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COMO USAR ILUSTRAÇÕES E TABELAS EM TRABALHOS ACADÊMICOS E RELATÓRIOS

Belo Horizonte
Novembro 2019
Elaboração

Biblioteca Professora Maria Helena de Andrade


Núcleo de Editoração

Agda Mendonça
Ana Paula da Silva
Marília Andrade Ayres Frade

Estagiário
Ýtalo Felype Andrade Ferreira
COMO USAR ILUSTRAÇÕES E TABELAS EM TRABALHOS ACADÊMICOS E RELATÓRIOS

“Ilustrações” é um nome genérico para gráficos, gravuras, fotografias, mapas,


desenhos, diagramas, fluxogramas, cronogramas, organogramas, esquemas, plantas, mapas,
quadros e outros. Elas servem para elucidar, explicar e simplificar o entendimento de um
texto.
A tabela “é uma forma não discursiva de apresentar informações, das quais o
dado numérico se destaca como informação central” (IBGE, 1993, p. 9). O quadro se
diferencia da tabela, pois apresenta informações textuais e não adota dados estatísticos. Os
quadros e as tabelas não devem ser fechados lateralmente. Os dados numéricos não devem
ser separados por traços horizontais. Usam-se traços horizontais somente para limitar os
quadros e as tabelas (topo e rodapé) e o cabeçalho. Quando houver necessidade de se
destacar parte do cabeçalho ou parte dos dados numéricos, podem-se usar traços verticais
paralelos.
“Não se deve deixar nenhuma célula vazia no corpo da tabela ou quadro” (LESSA;
VASCONCELLOS, 2014, p. 121). Nesse caso, devem-se usar os sinais convencionais
internacionais conforme o Quadro 1.

Quadro 1: Sinais convencionais utilizados em tabelas e quadros e seus significados


Sinal
Significado
convencional

- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento.

.. Não se aplica dado numérico.

... Dado numérico não disponível.

Dado numérico omitido a fim de evitar a individualização da


x
informação

0 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um


0,0 etc. dado numérico originalmente positivo.

-0 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um


-0,0 etc. dado numérico originalmente negativo.
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA,
1993.
Elaboração própria.

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As ilustrações são normalizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT, 2011) e as tabelas, pelo Instituto Brasileiro de Normas Técnicas (IBGE) através das
Normas de Apresentação Tabular (IBGE, 1993). Todas as ilustrações e tabelas devem ser
numeradas em algarismos arábicos e criadas no mesmo tipo de fonte do texto. Elas devem
conter título claro e completo em sua parte superior (o quê, onde e quando) e fonte
resumida (autor, data e página) na parte inferior, mesmo que seja produção do próprio autor.
As abreviações devem ser evitadas. Os dados completos da fonte consultada devem figurar
na lista de referências. A legenda, notas e outras informações necessárias, se houver,
também devem ficar na parte inferior.
A apresentação de séries temporais exige cuidado especial: as consecutivas
devem ser ligadas por hífen (-) e as não consecutivas por barra (/). Exemplos: 1997/2001
(anos de 1997 e 2001); 2005-2010 (anos de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010).
O gráfico representa uma tabela, por isso sua fonte deve ser a mesma da tabela
que lhe deu origem. A legenda é a descrição das convenções utilizadas na elaboração do
gráfico. Os eixos dos gráficos e tabelas devem ser nomeados. Qualquer alteração feita na
ilustração ou tabela original deve ser registrada após a fonte.
As ilustrações e tabelas, assim como seus títulos e fontes, devem ser centralizadas
na página e impressas logo após o trecho onde são mencionadas. Todas as ilustrações e
tabelas devem ser citadas no trabalho pela forma como foram nomeadas: se integrarem o
texto, só a inicial deve ser maiúscula; se a citação estiver no final da frase ou parágrafo,
devem-se usar somente letras maiúsculas dentro do parêntese.
Toda ilustração ou tabela que ultrapassar a dimensão da página deve ser
apresentada em duas ou mais partes. Cada página deve ter uma das seguintes indicações:
continua para a primeira, conclusão para a última e continuação para as demais.
Exemplos na próxima página.

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O Mapa 1 apresenta a renda média nas microrregiões de saúde.

Mapa 1: Renda familiar média nas microrregiões de saúde – Bahia,


Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro –
2000

Fonte: Dados básicos: IPEADATA, 2000.


Elaboração: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2000.

A destinação do lixo da população residente em domicílios particulares


permanentes extremamente pobres e pobres foi analisada (TABELA 1).

Tabela 1: População residente em domicílios particulares permanentes extremamente pobres e


pobres por destino do lixo – Brasil, Minas Gerais, RMBH e Belo Horizonte (%) – 2016
2016
Extremamente pobres Pobres
Regiões
Coleta Coleta Outros Coleta Coleta Outros
direta indireta destinos direta indireta destinos
Brasil 59,6 9,3 31,0 54,8 9,5 35,7
Minas Gerais 67,7 6,6 25,8 61,8 6,3 31,9
RMBH 86,6 5,4 8,1 96,8 0,0 3,2
Belo
Horizonte 98,4 0,0 1,6 100,0 0,0 0,0
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2016, p. 3.
Elaboração: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2019.
Notas: Outros destinos: queimado (na propriedade), enterrado (na propriedade), jogado em
terreno baldio ou logradouro e outro destino.
RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normas de documentação e informação.


Rio de Janeiro: ABNT, 2011. Disponível em: https://www.abntcolecao.com.br/. Acesso em:
nov. 2019.
FRANÇA, Júnia Lessa; VASCONCELLOS, Ana Cristina de. Manual de normalização de
publicações técnico-científicas. 9. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de apresentação tabular. 3.
ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993.

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