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Aida Amisse

Belona Fernando Mateus Mandlate


Camila Aleixo Giragieque
Carlos Manuel Pires
Suzana da Pascoa

Formas de Contenção dos Custos Externos do Transporte


(Licenciatura em Economia com Habilitações em Planificação Económica)

Nampula
2023
Aida Amisse
Belona Fernando Mateus Mandlate
Camila Aleixo Giragieque
Carlos Manuel Pires
Suzana da Pascoa

Formas de Contenção dos Custos Externos do Transporte

Trabalho de caracter avaliativo a ser


apresentado na cadeira de Economia dos
Transportes, no curso de Licenciatura em
Economia, 3º ano, leccionado por:
Docente: Délcio Ivens Roberto Tarcísio

Nampula
2023
Índice
Introdução...............................................................................................................................3

Formas de Contenção dos Custos Externos do Transporte.....................................................4

O Princípio de Quem paga é o Poluidor.................................................................................4

Taxas de Congestionamento...................................................................................................5

Taxas de Parqueamento..........................................................................................................6

Padrões de Emissão.................................................................................................................7

Subsídios de Transporte e Meio Ambiente.............................................................................9

Protegendo os Sofredores......................................................................................................10

Conclusão..............................................................................................................................12

Referencias bibliográficas.....................................................................................................13
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Introdução
O transporte desempenha um papel fundamental na conectividade e no desenvolvimento
económico de uma sociedade. No entanto, além dos custos directos associados à infra-
estrutura e à operação dos sistemas de transporte, há também os chamados "custos
externos" que podem impactar negativamente a sociedade e o meio ambiente. Esses custos
externos incluem poluição do ar, congestionamentos, acidentes de trânsito e danos às infra-
estruturas urbanas.
Diante desses desafios, surgem a necessidade e o interesse em adoptar medidas de
contenção dos custos externos do transporte. Essas medidas visam minimizar os impactos
negativos gerados pelo sector de transporte, promover a sustentabilidade e melhorar a
qualidade de vida das comunidades.
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Formas de Contenção dos Custos Externos do Transporte


O transporte é uma parte essencial da vida moderna, proporcionando mobilidade e
conectividade para pessoas e mercadorias. No entanto, o sector de transporte também gera
custos externos significativos que afectam a sociedade e o meio ambiente. Esses custos
externos incluem poluição do ar, congestionamentos, acidentes de trânsito e degradação das
infra-estruturas urbanas. Para lidar com esses desafios, é crucial adoptar medidas eficazes
de contenção dos custos externos do transporte.

As formas de contenção dos custos externos do transporte são estratégias e políticas


destinadas a mitigar os impactos negativos gerados pélo sector de transporte, minimizando
os custos sociais, económicos e ambientais associados. Essas medidas podem abranger
diferentes aspectos, desde a melhoria da eficiência energética dos veículos até a promoção
de modos de transporte sustentáveis e a implementação de políticas de planejamento
urbano.

Ao buscar a contenção dos custos externos do transporte, é importante considerar a


complexidade e a interconexão dos factores envolvidos. Isso requer uma abordagem
abrangente que envolva parcerias entre governos, empresas, especialistas em transporte e a
sociedade civil. Somente por meio de uma colaboração efectiva será possível implementar
medidas eficazes e sustentáveis para reduzir os custos externos do transporte.

O Princípio de Quem paga é o Poluidor


O princípio do "poluidor-pagador" é um conceito amplamente aceito no campo da
economia ambiental e da gestão ambiental. Esse princípio estabelece que aqueles que
causam danos ao meio ambiente ou geram externalidades negativas, como poluição, devem
arcar com os custos associados a esses danos.

De acordo com o princípio do poluidor-pagador, os poluidores devem ser responsabilizados


pêlos custos das medidas de prevenção, controle e mitigação dos impactos ambientais
resultantes de suas actividades. Isso significa que os custos externos associados à poluição
devem ser internalizados nos custos de produção ou nos preços dos produtos, de modo que
os poluidores arquem com as consequências de suas acções. Arthur Cecil (2021, p.56)
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A implementação desse princípio pode ser realizada por meio de várias medidas, como a
imposição de impostos ambientais sobre as actividades poluentes, a aplicação de multas e
penalidades por violações ambientais, a criação de sistemas de comércio de emissões, ou
seja, a concessão de licenças para emissão de poluentes com limites estabelecidos e a
possibilidade de compra e venda dessas licenças.

O princípio do poluidor-pagador tem o objectivo de incentivar as empresas e os indivíduos


a adoptarem práticas mais sustentáveis e a reduzirem seus impactos ambientais. Ao
internalizar os custos da poluição, espera-se que haja uma mudança de comportamento em
direcção a actividades mais limpas e à adopção de tecnologias mais ambientalmente
amigáveis.

No contexto do transporte, o princípio do poluidor-pagador pode ser aplicado, por exemplo,


por meio da imposição de impostos sobre combustíveis fósseis, pedágios urbanos para
veículos poluentes, incentivos fiscais para veículos eléctricos ou a promoção de
investimentos em infra-estrutura para modos de transporte mais sustentáveis, como o
transporte público e ciclovias.

É importante ressaltar que a implementação do princípio do poluidor-pagador deve ser


equilibrada e levar em consideração as realidades económicas e sociais, evitando impactos
excessivos sobre determinados sectores ou grupos vulneráveis da sociedade. O objectivo é
buscar um equilíbrio entre a responsabilidade pélo impacto ambiental e a necessidade de
desenvolvimento económico sustentável.

Taxas de Congestionamento
As taxas de congestionamento são uma forma específica de contenção dos custos externos
do transporte que se concentra em mitigar os congestionamentos nas vias urbanas. Essas
taxas, também conhecidas como pedágios urbanos ou taxas de acesso, são cobradas dos
veículos que circulam em áreas ou períodos de maior congestionamento.

O objectivo principal das taxas de congestionamento é desencorajar o uso excessivo de


veículos particulares em áreas urbanas congestionadas e incentivar a adopção de modos de
transporte mais sustentáveis. Ao cobrar uma taxa dos veículos que circulam nessas áreas
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congestionadas, busca-se reduzir o número de veículos nas vias, melhorar a fluidez do


trânsito e diminuir os congestionamentos.

Além de aliviar os congestionamentos, as taxas de congestionamento também têm o


potencial de trazer outros benefícios, como a redução da poluição do ar e das emissões de
gases de efeito estufa, o aumento da eficiência do transporte e a melhoria da qualidade de
vida nas áreas urbanas.

A implementação das taxas de congestionamento requer uma infra-estrutura adequada,


incluindo sistemas de cobrança electrónica e mecanismos de fiscalização eficientes.
Também é necessário considerar a equidade e a acessibilidade, garantindo que medidas
complementares, como o fortalecimento do transporte público, sejam implementadas para
oferecer alternativas viáveis aos motoristas.

Diversas cidades ao redor do mundo já adoptaram com sucesso as taxas de


congestionamento, como Londres, Estocolmo e Singapura. Esses exemplos demonstram
que, quando bem planejadas e implementadas, as taxas de congestionamento podem ser
eficazes na contenção dos custos externos do transporte, melhorando a mobilidade urbana e
contribuindo para a sustentabilidade ambiental.

No entanto, é importante reconhecer que a implementação de taxas de congestionamento


pode enfrentar resistência e desafios políticos, requerendo um processo de conscientização
e consulta pública. Além disso, é necessário monitorar e avaliar continuamente os impactos
das taxas de congestionamento, a fim de ajustar sua implementação e maximizar seus
benefícios.

Em suma, as taxas de congestionamento são uma forma efectiva de contenção dos custos
externos do transporte, buscando melhorar a fluidez do trânsito e promover uma mobilidade
urbana mais sustentável. Ao combiná-las com outras estratégias e políticas, é possível
alcançar um sistema de transporte mais eficiente, seguro e ambientalmente responsável.

Taxas de Parqueamento
As taxas de parqueamento referem-se às taxas cobradas pélo estacionamento de veículos
em áreas específicas, como ruas, estacionamentos públicos ou privados. Essas taxas podem
ser aplicadas com o objectivo de gerenciar a demanda de estacionamento, incentivar o uso
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de modos de transporte mais sustentáveis, financiar a manutenção e operação de infra-


estruturas de estacionamento ou como fonte de receita para o governo local.

A implementação de taxas de parqueamento pode ter vários efeitos e objectivos, incluindo:

Gestão da demanda: Ao cobrar taxas de parqueamento, as autoridades podem ajustar os


preços de acordo com a demanda para garantir a disponibilidade de estacionamento. Por
exemplo, em áreas de alta demanda, as taxas podem ser mais altas para incentivar a
rotatividade de veículos e evitar que os espaços sejam ocupados por longos períodos.

Incentivo ao uso de modos de transporte alternativos: Taxas de parqueamento mais altas


podem ser aplicadas a veículos particulares, enquanto modos de transporte mais
sustentáveis, como transporte público, bicicletas ou caminhadas, podem receber incentivos
financeiros, como descontos ou estacionamento gratuito. Essa abordagem visa incentivar as
pessoas a optarem por modos de transporte mais eficientes e sustentáveis.

 Receita para investimentos em infra-estrutura: As taxas de parqueamento podem


ser utilizadas como uma fonte de receita para o governo local, que pode ser
direccionada para melhorias e expansão da infra-estrutura de estacionamento,
transporte público, ciclovias, calçadas e outros projectos relacionados à mobilidade
urbana.
 Redução do tráfego e congestionamento: Ao aumentar os custos do
estacionamento, as taxas podem desencorajar o uso excessivo de veículos
particulares, reduzindo assim o número de carros nas ruas e contribuindo para a
diminuição do congestionamento de tráfego.
 Subsídio cruzado: Em algumas situações, as taxas de parqueamento podem ser
aplicadas em áreas comerciais ou em eventos especiais, como shows ou jogos
esportivos, com o objectivo de subsidiar o transporte público ou outras formas de
mobilidade.

É importante ressaltar que a implementação de taxas de parqueamento deve ser


cuidadosamente planejada e considerar as necessidades e circunstâncias específicas de cada
localidade. Além disso, é necessário garantir a transparência e a justiça no processo de
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cobrança, bem como considerar as necessidades de acessibilidade para pessoas com


deficiência e outras populações vulneráveis.

Padrões de Emissão
Segundo Kenneth Gillingham (2009), os padrões de emissão são regulamentações
estabelecidas pêlos governos para limitar as emissões de poluentes provenientes de
veículos, indústrias e outras fontes. Esses padrões têm como objectivo controlar e reduzir
os impactos negativos da poluição do ar na saúde humana e no meio ambiente.

No contexto do transporte, os padrões de emissão são particularmente relevantes para


veículos motorizados, como automóveis, caminhões, ónibus e motocicletas. Esses padrões
estabelecem limites máximos permitidos para a emissão de poluentes atmosféricos, como
dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogénio (NOx),
hidrocarbonetos (HC) e partículas sólidas (PM).

Os padrões de emissão podem variar de acordo com o tipo de veículo e a região geográfica.
Geralmente, os órgãos reguladores estabelecem cronogramas progressivos para a
introdução de novos padrões, incentivando a adopção de tecnologias mais limpas e
eficientes ao longo do tempo. Os fabricantes de veículos devem cumprir esses padrões para
obter a certificação e permissão para comercializar seus produtos.

De acordo com o MacKenzie, D., & Wachs, M. (1997), os padrões de emissão podem ser
divididos em duas categorias principais:

 Padrões de emissão de gases: Esses padrões estabelecem limites para a emissão de


gases poluentes provenientes do escapamento dos veículos. Eles geralmente
abrangem poluentes como dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO),
óxidos de nitrogénio (NOx), hidrocarbonetos (HC) e compostos orgânicos voláteis
(COV). Os veículos devem atender a esses limites através do uso de tecnologias
como conversores catalíticos, sistemas de injecção electrónica de combustível e
sistemas de recirculação de gases de escape.
 Padrões de emissão de partículas: Esses padrões estabelecem limites para a
emissão de partículas sólidas provenientes do escapamento dos veículos, como
partículas de fuligem e poeira fina. Eles são particularmente relevantes para
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veículos a diesel, que podem gerar uma quantidade significativa de partículas. Os


veículos a diesel devem adoptar tecnologias como filtros de partículas diesel (DPF)
para reduzir as emissões de partículas.

Os padrões de emissão são estabelecidos em nível nacional e regional por agências


reguladoras, como a Agência de Protecção Ambiental (EPA) nos Estados Unidos ou a
Comissão Europeia na União Europeia. Essas agências realizam pesquisas, análises
científicas e consultas públicas para definir e actualizar os padrões com base nos avanços
tecnológicos, considerações ambientais e necessidades de saúde pública.

A implementação e fiscalização dos padrões de emissão são essenciais para garantir que os
veículos em circulação cumpram os requisitos estabelecidos. Os governos podem realizar
inspecções veiculares regulares, testes de emissões e impor penalidades para veículos que
não atendam aos padrões estabelecidos.

Além do sector de transporte, também existem padrões de emissão para outras indústrias,
como a geração de energia, a produção industrial e a agricultura, dependendo dos poluentes
específicos associados a cada sector. Esses padrões visam reduzir as emissões de poluentes
atmosféricos e mitigar os impactos negativos na qualidade do ar e na saúde humana.

Subsídios de Transporte e Meio Ambiente


Os subsídios de transporte podem ter diferentes efeitos no meio ambiente, dependendo de
como são estruturados e implementados. A forma como esses subsídios são projectados
pode influenciar o comportamento dos usuários de transporte e o impacto ambiental
resultante. Aqui estão alguns pontos a serem considerados:

 Incentivo a modos de transporte sustentáveis: Os subsídios podem ser


direccionados para incentivar o uso de modos de transporte mais sustentáveis, como
transporte público, ciclismo e caminhada. Ao fornecer subsídios para esses modos,
os governos podem reduzir a dependência de veículos particulares, o que contribui
para a redução da emissão de gases de efeito estufa e outros poluentes atmosféricos.
 Promoção de veículos de baixa emissão: Subsídios podem ser direccionados para
a compra de veículos de baixa emissão, como veículos eléctricos (VEs) ou híbridos.
Esses subsídios tornam os veículos mais acessíveis e atraentes para os
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consumidores, incentivando a adopção dessas tecnologias mais limpas e reduzindo


as emissões de gases poluentes associadas aos veículos convencionais movidos a
combustíveis fósseis.
 Infra-estrutura de transporte sustentável: Os subsídios também podem ser
usados para financiar a construção e a melhoria da infra-estrutura de transporte
sustentável, como ciclovias, calçadas, estações de transporte público e pontos de
recarga para veículos eléctricos. Esses investimentos facilitam o uso de modos de
transporte mais sustentáveis e contribuem para a redução do impacto ambiental do
transporte.
 Impacto nos preços e demanda de transporte: Subsídios direccionados aos
combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel, podem reduzir os custos de
utilização de veículos particulares e, consequentemente, aumentar a demanda por
esses veículos. Isso pode resultar em maior consumo de combustíveis fósseis e
aumento das emissões de poluentes. Portanto, é importante considerar
cuidadosamente a estrutura dos subsídios e seu impacto no comportamento dos
usuários de transporte.
 Equidade e acesso ao transporte: Os subsídios também podem desempenhar um
papel importante na promoção da equidade no acesso ao transporte. Eles podem ser
direccionados para grupos de baixa renda ou áreas com pouco acesso a opções de
transporte sustentáveis, visando garantir que todos tenham acesso a meios de
transporte eficientes e acessíveis.

Em resumo, os subsídios de transporte podem desempenhar um papel significativo na


promoção de opções de transporte mais sustentáveis e na redução do impacto ambiental do
sector de transporte. No entanto, é essencial projectar e implementar esses subsídios de
forma estratégica, levando em consideração os objectivos ambientais, a equidade e os
impactos potenciais no comportamento dos usuários de transporte.

Protegendo os Sofredores
Ao discutir formas de contenção dos custos externos do transporte, é essencial considerar a
protecção dos sofredores, ou seja, das pessoas que são mais afectadas pelos impactos
negativos do transporte, como a poluição do ar, o ruído, os acidentes de trânsito e os
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congestionamentos. Esses sofredores geralmente incluem residentes de áreas urbanas


próximas a vias movimentadas, comunidades de baixa renda, idosos, crianças e pessoas
com problemas de saúde.

Conforme John Renne (2010), para Proteger os sofredores envolve adoptar medidas
específicas para reduzir os efeitos adversos do transporte sobre essas populações
vulneráveis. Algumas estratégias que podem ser implementadas incluem:

 Planejamento urbano sensível: Desenvolver políticas de planejamento urbano que


busquem minimizar a exposição dos sofredores aos impactos negativos do
transporte. Isso pode ser feito através da criação de áreas residenciais mais afastadas
de vias movimentadas, estabelecendo zonas de baixa emissão de poluentes e
garantindo a disponibilidade de espaços verdes para melhorar a qualidade do ar.
 Investimento em transporte público acessível e de qualidade: Priorizar a
expansão e aprimoramento do transporte público, tornando-o uma opção acessível e
atractiva para os sofredores. Isso pode envolver a criação de rotas e horários
convenientes, tarifas reduzidas para grupos vulneráveis, acesso facilitado a pessoas
com mobilidade reduzida e melhorias na segurança e conforto dos sistemas de
transporte público.
 Promoção de modos de transporte activos: Incentivar o uso de modos de
transporte activos, como caminhar e pedalar, por meio do desenvolvimento de infra-
estruturas adequadas, como calçadas amplas, ciclovias e estacionamentos seguros
para bicicletas. Essas medidas não apenas reduzem a exposição aos poluentes do
transporte, mas também promovem a actividade física e a saúde das comunidades.
 Participação e envolvimento comunitário: Incluir as comunidades afectadas nas
decisões relacionadas ao transporte, permitindo que expressem suas preocupações e
contribuam com soluções. Isso pode ser feito por meio de fóruns comunitários,
consultas públicas e parcerias entre governos locais, ONGs e moradores locais para
desenvolver soluções personalizadas para as necessidades específicas dos
sofredores.
 Monitoramento e avaliação contínuos: Estabelecer sistemas de monitoramento e
avaliação dos impactos do transporte nos sofredores, a fim de identificar problemas
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e tomar medidas correctivas quando necessário. Isso envolve a colecta de dados


sobre qualidade do ar, ruído, segurança viária e satisfação dos usuários para
compreender melhor os desafios enfrentados pelos sofredores e direccionar as
acções de melhoria.

Proteger os sofredores do transporte requer um enfoque inclusivo e abrangente que leve em


consideração suas necessidades e preocupações. Ao implementar medidas de contenção dos
custos externos do transporte, é fundamental assegurar que as acções adoptadas beneficiem
a todos, especialmente aqueles que são mais afectados pelos impactos negativos do sector
de transporte.

Conclusão
Em conclusão, a contenção dos custos externos do transporte é uma questão de extrema
importância para mitigar os impactos negativos gerados pelo sector de transporte na
sociedade e no meio ambiente. Os custos externos, como a poluição do ar, os
congestionamentos, os acidentes de trânsito e a degradação das infra-estruturas urbanas,
têm um impacto significativo em nossa qualidade de vida e exigem medidas eficazes para
reduzi-los.

Para lidar com esses desafios, é essencial adoptar estratégias e políticas abrangentes que
abordem os diferentes aspectos do transporte. Isso inclui melhorar a eficiência energética
dos veículos, promover modos de transporte sustentáveis, como o transporte público e os
meios de transporte activos, e implementar políticas de planejamento urbano que priorizem
a conectividade e a acessibilidade.

Além disso, a contenção dos custos externos do transporte requer uma abordagem
colaborativa, envolvendo governos, empresas, especialistas em transporte e a sociedade
civil. A parceria entre esses diferentes actores é fundamental para implementar medidas
efectivas e sustentáveis, que considerem a complexidade e a interconexão dos factores
envolvidos.
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Ao adoptar medidas de contenção dos custos externos do transporte, é possível melhorar a


qualidade de vida das pessoas, reduzir a poluição do ar, aliviar congestionamentos e
promover um ambiente urbano mais seguro e saudável. Portanto, investir em soluções
inovadoras, planejamento urbano inteligente e políticas de transporte sustentáveis são
caminhos essenciais para enfrentar os desafios relacionados aos custos externos do
transporte e construir um sistema de transporte mais eficiente e amigável ao meio ambiente.

Referencias bibliográficas

Eliasson, J. (2010). Carrots, Sticks or Sermons? Policy Instruments for Sustainable


Transport.

Gillingham, K., Newell, R. G., & Palmer, K. (2009). Energy efficiency policies: A
retrospective examination. Annual Review of Environment and Resources, 34, 565-592.

MacKenzie, D., & Wachs, M. (1997). The Myth of Automobile Dependence: A New
Vision of Transportation in America. University of California Press.

Renne, J. (2010). The Role of Transportation in Disaster Evacuation: An Analysis of


Hurricane Floyd. [O papel do transporte na evacuação de desastres: uma análise do furacão
Floyd].

Clifton, K. (2004). Transportation-Related Environmental Justice Analysis: Roles for


Travel Behavior Research. [Análise de Justiça Ambiental Relacionada ao Transporte:
Papéis para Pesquisa em Comportamento de Viagem].

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