Fórum Ciclo 01: Estruturas de Madeira e Estruturas Metálicas
Nome: Adailton José Lacerda
Matrícula: ead10523014
No Brasil a madeira é empregada para diversos fins, tais como, em
construções de igrejas, residências, depósitos em geral, cimbramentos, pontes (grande utilização do Eucalipto), passarelas, linhas de transmissão de energia elétrica, na indústria moveleira, construções rurais e, especialmente, em edificações em ambientes altamente corrosivos, como à beira-mar, nas indústrias químicas, curtumes, etc. Atualmente, ainda existe no Brasil um grande preconceito em relação ao emprego da madeira. Isto se deve ao desconhecimento do material e à falta de projetos específicos e bem elaborados. As construções em madeira geralmente são idealizadas por carpinteiros que não são preparados para projetar, mas apenas para executar. Consequentemente, as construções de madeira são vulneráveis aos mais diversos tipos de problemas, o que gera uma mentalidade equivocada sobre o material madeira. Porém, as casas de madeira pré-fabricadas são uma alternativa para evitar gastos de energia e dinheiro com arquitetos, pedreiros, materiais de construção e acabamento. Além da extração de árvore e o seu desdobro serem um processo que envolve baixíssimo consumo de energia, outro aspecto importante e desconhecido pela sociedade refere-se à questão ecológica. Ou seja, quando se pensa no uso da madeira é automático imaginar grande devastação de florestas. Consequentemente, o uso da madeira parece representar um imenso desastre ecológico. No entanto, é esquecido que, em primeiro lugar, a madeira é um material renovável e que durante a sua produção (crescimento) a árvore consome impurezas da natureza, transformando-as em madeira. A não utilização da árvore depois de vencida sua vida útil devolverá à natureza todas as impurezas nela armazenada. Também, não se deve esquecer jamais que é um processo praticamente não poluente. Outras vantagens de optar pela casa de madeira: • Baixo custo: Em certos casos, as casas de madeira podem ser até 60% mais baratas que as casas de alvenaria. Isso porque ela dispensa o uso de cimento, tijolos, tintas, pedreiros, arquitetos e tantos outros detalhes necessários à sua construção. • Tempo de construção: O tempo de construção é bastante inferior à de uma casa de alvenaria. Em poucos meses é possível vê-la completamente erguida, pronta para os novos moradores. • Isolamento térmico: A madeira é um ótimo isolante térmico e mantém a casa em uma temperatura neutra, nem tão quente no verão e nem tão fria no inverno. • Durabilidade: Quando feita com madeira de boa qualidade e ganhando tratamento adequado ao longo dos anos, as casas podem durar muitos anos. É um mito a ideia de que as casas de madeira duram menos que as convencionais. A Figura 1 mostra uma casa de madeira pré-fabricada.
Figura 1 – Casa de madeira pré-fabricada.
1ª. Solução típica: uso de verniz para durabilidade e resistência
Para que tenha durabilidade e resistência, as casas de madeira devem receber um tratamento especial na área externa e interna. Recomenda-se passar verniz de base aquosa de 4 em 4 anos para a parte externa e 20 em 20 anos para a parte interna. Além disso, é necessário tratar o solo do terreno antes de receber a casa para evitar a infestação de cupins.
2ª. Solução típica: ligações entre peças estruturais de madeira
As ligações representam um importante ponto no dimensionamento das estruturas de madeira, pois praticamente toda estrutura de madeira apresenta partes a serem interligadas. Basicamente a norma brasileira considera três tipos de ligações entre peças de madeira: pinos metálicos, cavilhas de madeira e conectores. Os pinos metálicos correspondem aos pregos e parafusos. As cavilhas são pinos de madeira torneados, porém a norma não é clara quanto ao possível tipo de cavilha chamada de partida, ou seja, pino de madeira com corte longitudinal em diagonal. Os conectores podem ser os anéis metálicos ou as chapas metálicas com dentes estampados. A norma recomenda que não seja usado apenas um pino ou cavilha, como garantia de uma melhor distribuição de esforços e segurança. Por observação experimental conclui-se que também é importante dispor os pinos em linha, distanciando-os ao longo da direção longitudinal, aumentando assim a rigidez da ligação em relação a distribuição do momento interno, gerado pelo braço de alavanca correspondente à distância entre os pinos. A norma brasileira considera que os conectores metálicos correspondem a elementos circulares também chamados de anéis metálicos. Estes são elementos cilíndricos ocos semelhantes a um pedaço de tubo (cano). Assim, os parâmetros que caracterizam estes conectores são o seu comprimento, diâmetro e espessura da parede do anel. Os diâmetros dos anéis referem-se à parte interna. São permitidos pela norma apenas anéis com diâmetros iguais a 64 mm e 102 mm. Estes devem ser sempre utilizados com parafusos de 12 e 19 mm, respectivamente, inseridos no furo central que serve para execução da ranhura onde o anel é embutido. Estes anéis devem ter espessuras mínimas de 4 mm e 5 mm, respectivamente. O parafuso usado no furo central não é considerado como elemento resistente para a ligação.