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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC

Campus de Xanxerê - Curso de Engenharia Civil

ESTRUTURAS METÁLICAS E
DE MADEIRA

Prof. Esp. Debora Simon


CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

CONTEÚDO:

CLASSES DE RESISTÊNCIA E LIGAÇÕES


CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

CLASSES DE RESISTÊNCIA

A NBR 7190 definiu classes de resistência para


possibilitar o emprego de madeiras com
propriedades padronizadas, mesmo que de
espécies florestais diferentes, orientando a
escolha do material para a elaboração de projetos
estruturais.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

CLASSES DE RESISTÊNCIA
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

CLASSES DE UMIDADE

A NBR 7190 estabelece que o projeto das estruturas de


madeira deve ser feito considerando o teor de umidade de
equilíbrio da madeira do local onde será implantada a
obra. Para isso, foram definidas as classes de umidade
especificadas na Tabela a seguir. Estas classes também
podem ser utilizadas para a escolha de métodos de
tratamentos preservativos das madeiras.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Aparelhamento ou Bitolagem

Das pranchas com um, dois ou três fios de serra ao alto ou


baixo, são obtidas peças de madeira serrada com bitolas
comerciais. A nomenclatura e as dimensões da madeira
serrada são fixadas pela PB-5R de acordo com o
aproveitamento racional da matéria-prima.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Relações de Medidas Usadas na Comercialização de


Madeira
Os profissionais deverão estar ambientalizados com as
formas e ou medidas empregadas na comercialização de
madeiras, pois alguns parâmetros usados por
compradores/vendedores muitas vezes não estão no
sistema internacional de unidades. Exemplos:
 Uma tábua: peça com 2,5 x 30 x 420 cm;
 Uma “dúzia” : doze peças do item anterior;
 Dúzia reduzida: p.ex. 12 peças de 2,5x30x210cm é meia dúzia
reduzida;
 Uma dúzia preenche uma área de 15m² (diferença mat. 0,8%)
 Necessitamos 2,5 dúzias para um metro cúbico (dif. Mat. 5,8%)
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Madeira Roliça

É utilizada com mais freqüência em construções


provisórias, como escoramento. Os roliços mais
importantes são o eucalipto e a bracatinga. As árvores
devem ser abatidas de preferência na época da seca,
quando o tronco tem menor umidade. Após o corte,
remove-se a casca, deixando-se o tronco secar em local
arejado e protegido contra o sol.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Madeira Falquejada

Utilizada normalmente em edificações com características


rústicas, sendo normalmente trabalhada com ferramentas
de uso tradicional de carpinteiros: machado, facão, inchó,
etc. Hoje, pela falta de bons profissionais na área, é
elevado seu valor. Trata-se de um trabalho em troncos
roliços de madeiras normalmente de lei.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Madeira Compensada

A madeira compensada é formada pela colagem sucessivas de


lâminas(entre 1 a 5mm) alternado-se as direções das fibras em ângulo
reto mas, sempre em número ímpar. As colas podem ser de origem
vegetal (p.ex. farinha de trigo) ou sintéticas(p.ex. fenólica). A colagem
é feita sob pressão, sendo utilizadas prensas em processos à frio e à
quente. Alguns processos as chapas são plastificadas ao final, dando
maior longevidade. As dimensões de mercado são de 110x220cm e
125x250cm de espessuras variadas.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Madeira Laminada e Colada

É um produto estrutural, formado por associação de


lâminas de madeira selecionada, coladas sob pressão com
adesivos sintéticos. As fibras das lâminas tem direções
paralelas. A espessura da lâmina tem de 1 a 5cm, podendo
serem coladas nas pontas formando peças de grande
comprimento. Este processo teve seu início no século
passado com o desenvolvimento de colas específicas para
madeiras e pela necessidade de vencer grandes vãos.
Para colagem as peças são aplainas e reduzidas à mesma
seção.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Produtos de Madeira Recomposta na Forma de Placas

Foram desenvolvidos a partir de resíduos de madeira


serrada e compensada convertidos em flocos e partículas,
colados sob pressão. São muito utilizadas na indústria de
móveis, porém, estão ganhando mercado na construção
em forros, paredes e acabamentos em geral. Como
exemplo deste grupo temos: Aglomerado, OSB (Oriented
Strand Board) e o MDF.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Nomenclatura de Treliças e seus elementos Estruturais


CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Nomenclatura de Treliças e seus elementos Estruturais


CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Nomenclatura de Treliças e seus elementos Estruturais

Nome Comum ρap(12%) fc ft ftn fv Ec


(Kg/m³) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)

Angelin-pedra 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12912


Cedro Amargo 504 39,0 58,1 3,0 6,1 9839
E.Grandis 640 40,3 70,2 2,6 7,0 12813
E.Dunnii 690 48,9 139,2 6,9 9,8 18029
Ipê 1068 76,0 96,8 3,1 13,1 18011
Pinho-do-paraná 580 40,9 93,1 1,6 8,8 15225
Pinus elliottii 560 40,4 66,0 2,5 7,4 11889
Pinus taeda 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13304
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Ligações com Pinos Metálicos

As ligações com 2 ou 3 pinos são consideradas


deformáveis, permitindo-se o seu emprego exclusivamente
em estruturas isostáticas. No projeto estas ligações serão
calculadas como se fossem rígidas, dando-se à estrutura
isostática uma contra-flecha compensatória, de pelo
menos L / 100, onde L é o vão teórico da estrutura
considerada.
Nunca serão utilizadas ligações com um único pino.
As ligações com 4 ou mais pinos podem ser consideradas
rígidas nas condições seguintes:
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Ligações com Pinos Metálicos

Pregadas: será obrigatoriamente feita a pré-furação da


madeira, com diâmetro d0 não maior que o diâmetro def,
p.ex. coníferas d0 = 0,85 def Em estruturas provisórias,
admite-se o emprego de ligações pregadas sem pré-
furação da madeira, desde que se empreguem madeiras
moles de baixa densidade, ρ ap ≤ 600 Kg/m³, que
permitam a penetração dos pregos sem risco de
fendilhamento, e pregos com diâmetro d não maior que
1/6 da espessura da madeira mais delgada e com
espaçamento mínimo de 10 d .
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Ligações com Pinos Metálicos

Parafusadas : para que sejam consideradas rígidas, a pré-


furação deve ser feita com diâmetro d0 não maior que o
diâmetro d do parafuso acrescido de 0,5 milímetros.
Caso sejam empregados diâmetros d0 maiores, a ligação
deve ser considerada deformável.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Resistência dos Pinos

A resistência total de 1 pino de ligação é dada pela soma das


resistências correspondentes às suas diferentes seções de corte.
Nas ligações de até 8 pinos em linha, dispostos paralelamente ao
esforço a ser transmitido, a resistência total é dada pela soma das
resistências de cada um dos pinos.
Nas ligações com mais de 8 pinos, os pinos suplementares devem ser
considerados com apenas 2/3 de sua resistência individual. Neste
caso, sendo n o número efetivo de pinos, a ligação deve ser
calculada com o número convencional : no = 8 + 2/3 ( n – 8 )
Os pinos estruturais devem ser:
• Pregos: f yk ≥ 600 MPa, e diâmetro ≥ de 3 mm.
• Parafusos: f yk ≥ 240 MPa, e diâmetro ≥ de 10 mm.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Esforços

A tensão de cisalhamento ocorre comumente em parafusos, rebites e


pinos que ligam diversas partes de máquinas e estruturas.
Dizemos que um rebite está sujeito a corte simples quando este une
duas chapas nas quais são aplicadas cargas de tração F que
provocam o aparecimento de tensões numa seção do rebite. Outra
situação comum ocorre quando o rebite é usado para conectar três
chapas e poderá ser cortado em dois planos, como mostra a figura
abaixo. Neste caso o rebite está sujeito à corte duplo.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES

Esforços

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