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INSTITUTO INDUSRTRIAL DE

MATUNDO

PARTICIPAR NA CONCEPÇÃO E
DESENHO DE ELEMENTOS
ESTRUTURAIS DE
RA 1: Analisar os documentos do ante AÇO E MADEIRA
projecto
a) Interpretar a(s) planta(s) preliminar(es)
b) Identificar os elementos portantes principais, secundarios e nao portantes
c) Determinar com exactidao a regulamentaçao para aplicar
d) Identificar os constrangimentos de realizaçao.
CONCEITO, CARACTERIZAÇAO E
PROPRIEDADES GEOMETRICAS DE AÇO E
MADEIRA
Aço
O aço é uma liga de ferro e carbono com outros elementos adicionais (silício, manganês, fósforo, enxofre
etc.), resultante da eliminação total ou parcial de elementos inconvenientes que se fazem presentes no
produto obtido na primeira redução do minério de ferro. O teor de carbono nessa liga varia de 0 a 1,7%.
Os aços estruturais para construção civil possuem teores de carbono da ordem de 0,18% a 0,25%. Esse
material tem grande aplicação na Engenharia devido às seguintes características: ductilidade;
incombustibilidade; facilidade de ser trabalhado; resistência a tracção, flexão e torção; resistência a
impacto, abrasão e desgaste. Em condições adequadas, apresenta também resistência a variações de
temperatura, intempéries e agressões químicas.
 
As armaduras utilizadas no betão armado e pré-esforçado são fabricadas a partir do aço.  
  Caracterização das armaduras
As armaduras classificam-se em: armaduras para betão armado e armaduras de pré-esforço.
 Armaduras para betão armado
As armaduras para betão armado podem apresentar-se de diversas formas, sendo as mais correntes os varões, os fios
e as redes.
Os varões (Figura 1) e fios (Figura 2) têm a secção com forma aproximadamente circular, sendo fios quando o seu
diâmetro é relativamente pequeno. As redes são constituídas por fios ou varões, ligados entre si, formando malhas
rectangulares ou quadradas. As malhas em que as ligações são obtidas por soldadura designam-se por redes
electrossoldadas (Figura 3).
Os varões são o tipo de armaduras mais utilizado no betão armado.
Varões nervurados para betão armado (Pádua Loureiro,
Fio em bobinas e vários produtos em aço (UNESID,
1995)
1998)
Armaduras de pré-esforço
As armaduras de pré-esforço devem ser caracterizadas pelo seu processo de fabrico, pela sua constituição e pelas
suas propriedades mecânicas e de aderência. Exigem determinações e verificações apropriadas, devido aos
problemas específicos frequentes quanto a amarrações, bainhas, sistemas de aplicação de forças, etc.
Podem ser constituídas por fios, varões ou cordões, ou por associação de fios ou cordões paralelos.
 
A distinção entre o fio e o varão está ligada à possibilidade de fornecimento em rolos e é feita habitualmente pelo
diâmetro de 12mm.
Os cordões são um conjunto de fios enrolados em hélice em torno de um eixo longitudinal comum.
 
É necessário ter em conta outras propriedades, tais como, aptidão para soldadura e a possibilidade de formação
ondulações terminais para amarração. Há casos que é necessário caracterizar as armaduras quanto ä resistência a
fadiga e quanto a sensibilidade ä corrosão sob tensão. E finalmente as propriedades de aderência.
 
Propriedades geométricas
As propriedades geométricas dos varões que têm maior interesse são o diâmetro, o comprimento e a
configuração da superfície.
Os diâmetros dos varões variam de país para país, apresentando a norma europeia prEN10080 os seguintes
valores:

Diâmetro Secçao Perímetro Massa por metro

 
mm cm2 cm Kg/m

6 0,283 1,89 0,222

8 0,503 2,51 0,395

10 0,785 3,14 0,617

12 1,13 3,77 0,888

16 2,01 5,03 1,58

20 3,14 6,28 2,47

25 4,91 7,85 3,85

32 8,04 10,1 6,31

40 12,6 12,6 9,87


 Diâmetros superiores (50, 57 e 63 mm) são raramente produzidos, sendo utilizados essencialmente em estacas.

 A norma prEN 10038 recomenda um comprimento de 12 m. Nos últimos anos, se registou uma nítida
preponderância de determinados comprimentos, variando apenas apreciavelmente em função do tipo de
transporte. No caso das redes, e quando não se trate de casos especiais, elas são, como os fios, fornecidas em
bobinas.

 A configuração da superfície pode ser lisa ou rugosa. As superfícies rugosas podem ser obtidas com saliências
(superfícies nervuradas) ou reentrâncias (superfícies indentadas). Assim, os varões podem ser classificados em
lisos ou rugosos e relativamente a estes em nervurados e indentados (.
 Os varões nervurados são os que se utilizam mais frequentemente, pois são os que conferem maior aderência
entre a armadura e o betão. As nervuras são utilizadas também para efectuar a marcação dos varões. Esta
marcação é importante, pois a troca de varões em obra pode originar acidentes graves quando, por engano, se
utilizem aços de menor resistência que a prevista no projecto.
 Os varões indentados conferem, em regra, uma aderência menor que os varões nervurados e só são, em geral,
utilizados em redes.
 Classificação das armaduras para betão armado e pré-esforçado
As armaduras são classificadas em função das seguintes características:
Qualidade, indicando o valor característico da tensão de cedência (fsyk)
Classe, indicando as características de ductilidade
Dimensões
Características de superfície
Soldadibilidade
Caracterização do Aço
A caracterização do aço é feita através de dois ensaios: Ensaio de tracção e Ensaio de dobragem
 Resistência (Designação)
A235NL; A235NR
A400NR, A400ER; A400EL*
A500NR; A500EL; A500ER 
O REBAP exige que todos os varões de resistência superior a do A235 tenham a superfície rugosa e sejam de alta
aderência ao betão.
 Aderência
 Alta aderência (superfície rugosa ou nervurada)
 Aderência normal (superfície lisa)

A aderência das armaduras ao betão é uma propriedade que influência significativamente o


comportamento das estruturas, quer em serviço, quer em situações próximas da rotura.
No que se refere ao comportamento em serviço, a aderência é fundamental para o controlo da
fendilhação do betão. Dado que actualmente se utilizam essencialmente aços de alta resistência, que
trabalham a tensões elevadas em condições normais de utilização, há a necessidade de distribuir o mais
possível a fendilhação do betão por forma a que as fendas apresentem larguras reduzidas.
 
Este objectivo consegue-se fazendo com que a transmissão de tensões entre o aço e o betão se faça em
boas condições, no menor comprimento possível, para o que é necessário utilizar varões rugosos em que
a aderência entre os dois materiais é maximizada. Surge, assim, o conceito de varões de alta aderência.
 Ductilidade
É a capacidade do material de se deformar sob a acção de cargas antes de se romper, daí sua grande importância, já
que estas deformações constituem um aviso prévio à ruptura final do material pelo aparecimento de grandes
deformações; a capacidade de suportar deformações impostas originadas, por exemplo, por variações de temperatura,
assentamentos de apoio, retracção e fluência; a capacidade de suportar acções acidentais imprevistas sem colapsarem;
a capacidade de dissipação de energia sob a acção de cargas cíclicas como os sismos; etc., o que é de extrema
importância para prevenir acidentes em uma construção, por exemplo.
 
 Dobragem
A aptidão que os varões apresentam para suportarem as dobragens a que têm de ser submetidos é uma propriedade
importante, nomeadamente no que se refere ao fabrico das armaduras.
 
Todos os varões devem apresentar aptidão para a dobragem, particularmente os diâmetros mais pequenos que são
utilizados em estribos e cintas.
Esta propriedade resulta do comportamento dúctil do aço que permite suportar grandes deformações sem romper.
 
As normas estabelecem diâmetros mínimos de dobragem por forma a não prejudicarem a resistência do aço. As
dobragens devem ser realizadas a frio dado que o calor pode alterar as propriedades mecânicas do aço.
MADEIRAS
 
 As árvores produtoras de madeira de construção são do tipo exogênico, que crescem pela adição de
camadas externas, sob a casca.
 A madeira é um material heterogéneo, em que as suas características dependem do ambiente em que a
árvore cresce.
Estrutura e Crescimento das Madeiras
 As árvores crescem em média cerca de 12 cm por ano, e a estrutura da madeira divide-se em três partes:
 Raiz, que tem a função de suportar a árvore ao solo e permite a passagem de sais minerais e água nas
células por penetração;
 Fuste, que suporta a árvore face ao vento e sob a acção de gravidade, conduz sais minerais até as folhas;
 Copa (folhas e ramos), permite a obtenção de oxigénio e hidratos de carbono necessárias a subsistência
da árvore através de substâncias orgânicas.
O crescimento da árvore, quer em altura, quer em diâmetro resulta da actividade de um conjunto de células localizadas nos
arredores do tronco na qual não ocorre o espaçamento da parede celular, mantendo a capacidade de se dividirem.
O crescimento da árvore ocorre em três direcções:
 Longitudinal, permitindo o transporte da seiva;

 Tangencial, em que as células dividem-se de forma a proporcionar o crescimento diametral;

 Radial, em que se desenvolvem células do xilema das gimnoespermas (traqueideos) que combinam a função de condução e
sustentação das plantas.
Para o dimensionamento importam as propriedades nas direcções das fibras principais e na direcção perpendicular a elas.
Propriedades Físicas das Madeiras
 Higrospicidade

Capacidade da madeira para absorver humidade da atmosfera envolvente e de a perder por evaporação (retracção).
 Flexibilidade

Capacidade da madeira para flectir por acção de forças exercidas sobre si, sem quebrar.
 Durabilidade

Propriedade que mede a resistência temporal da madeira aos agentes prejudiciais, sem putrificar (apodrecimento ou Alteração dos
comportamentos).

Propriedades Químicas das Madeiras

 A composição química da madeira é constituída principalmente por dois tipos de compostos: os componentes estruturais e os
componentes não estruturais.
 Nos componentes estruturais incluem-se a celulose, as hemi-celuloses e a lenhina, que são macro-moléculas responsáveis pelas
propriedades mecânicas da madeira.
 A composição química da madeira oscila percentualmente entre 40 a 50 de celulose, 20 a 30 de hemiceluloses e 20 a 35 de lenhina.
 Quanto aos componentes não estruturais são constituídos por substâncias com massa molecular baixa ou média, do tipo orgânico ou
inorgânico, vulgarmente denominados por extractivos e cinzas. Quimicamente a madeira pode conter extractivos numa percentagem
que varia entre 0 e 10.
 Estas componentes são responsáveis por todas as propriedades da madeira, tais como, a higroscopicidade e resistência ä corrosão.
Propriedades Mecânicas das Madeiras

 Resistência à compressão: Resistência da madeira a forças que tendem a encurtar o seu comprimento;
 Resistência à tracção – Resistência da madeira a forças com tendência a estender o seu comprimento;
 Resistência à flexão – Resistência da madeira a forças ao longo do seu comprimento;
 Dureza – Resistência oferecida pela madeira a forças de penetração.
Tipos de Madeira de Construção
As madeiras utilizadas na construção podem classificar-se em duas categorias: madeiras maciças e madeiras
industrializadas.  
 Madeiras maciças

madeira bruta ou roliça: empregada em forma de tronco, servindo para estacas, escoramentos, postes, colunas.
Estas madeiras, que não passaram por um período longo de secagem, ficam sujeitas a retracção transversal que
provoca rachaduras nas extremidades. Para evitar rachaduras nas extremidades, recomenda-se revestir as secções
de corte com alcatrão ou outro impermeabilizante.

 
madeira falquejada: tem as faces laterais aparadas a machado, formando sessões maciças, quadradas ou
rectangulares, é utilizada em estacas, pontes e etc.
Obtida de troncos por corte com machado. No falquejamento do tronco, as partes laterais cortadas constituem
em perda. Podem ser obtidas secções maciças falquejadas de grandes dimensões, como, por exemplo 30X30 ou
mesmo 60X60.
madeira serrada: é o produto natural mais utilizado. O tronco é cortado nas serrarias, em dimensões padronizadas
para o comércio, passando depois por um período de secagem. Apresenta limitações geométricas tanto em
termos de comprimento quanto em dimensões da secção transversal.
As madeiras serradas são vendidas em secções padronizadas, com bitolas nominais em centímetros ou polegadas.
Vantagens e Desvantagens da Madeira como Material de Construção
 
As madeiras são utilizadas como material de construção devido a:
 baixa massa volúmica e elevada resistência mecânica;
 qualidade estética;
 conforto térmico;
 emprego de ferramentas simples;
 absorve choques sem estilhaçar;
 capacidade de resistir esforços de compressão e tracção;
 flexibilidade construtiva.

 
E não é utilizada como estrutura permanente pelos seguintes aspectos:
 material fundamentalmente heterogéneo e anisotrópico;
 Madeira de coníferas: fck = 20 a 30 MPa; ftk = 26 a 45 MPa; peso específico 5 a 6 kN/m 3
 Madeira de dicotiledôneas: fck = 25 a 70 MPa; ftk = 32 a 80 MPa; peso específico 6 a 10 kN/m 3

 pouca durabilidade quando não são tomadas medidas preventivas;


 instabilidade dimensional;
 material combustível;
 ecologicamente incorrecto; porque ela melhora a qualidade do ar pela fixação do CO 2; mantêm da biodiversidade de fauna e flora associadas; reduz de áreas
erodidas e do transporte de sedimentos;


muito sensível ao ambiente;
 material caro.
 Notas:
 Considera-se a madeira “comercialmente seca” logo que o seu teor de água atinja os 20%.
 Pelo processo de secagem ao ar, o teor de água pode descer cerca de 18 a 14%, dependendo das condições ambientais.
 Para utilizações que requerem teores de água baixos, por exemplo (8 a 12%), é geralmente necessário proceder a uma secagem artificial. 

Do ponto de vista de humidade, conforme o teor de humidade, as madeiras classificam-se portanto em:
 
 Madeira verde: quando h > 30%

 
 Madeira semi-seca: humidade acima de 23%

 
 Madeira comercialmente seca: quando 18 ≤ h ≤ 20%

 
 Madeira seca ao ar: 14% ≤ h ≤ 18%

 
 Madeira dessecada: 0% < h < 14% (em geral, só por secagem artificial)

 
 Madeira anidra: com 0% de humidade.

Abaixo de 20% a madeira pode considerar-se ao abrigo do ataque dos agentes de destruição, sendo este teor o mínimo como ambiente
favorável ä proliferação de fungos e bactérias.
ESTRUTURAS DE
CONSTRUÇAO
 A estrutura de uma construção consiste no conjunto das partes resistentes, dispostas a maneira
planeada.
 Uma estrutura deve suportar todas as acçoes (cargas), com as intensidade e combinaçao mais
desfavoraveis, sem atingir um estado limite.
 Estrutura é a inter relaçao entre partes para formar um todo, um conjunto, um sistema desempenhando
uma funçao. Ela ainda pode ser definida como um sistema que transfere cargas de um lugar para outro.
 Como partes que se interligam e que suportam uma determinada carga esses elementos podem ser
portantes (principais e Secundarios) e não portantes em função da carga que recebe
 Uma estrutura deve garantir a segurança contra os estados limites últomo ( ruptura, flambagem, etc.) e
de utilização ( deformação excessiva, fissuração etc.)
 Em virtude da complexidade das construções, uma estrutura requer o emprego de diferente tipos de
elementos estruturais, adequadamente combinados para a formaçãp do conjunto resistetente.
 Na construção civil, estrutura é o conjunto de elementos concebidos pelo engenheiro, arquiteto, que
dependerá de variáveis de projecto para comprir sua finalidade.
 Quando se projecta uma estrutura, a análise do comportamento estrutural exige que sejam feitas algumas
simplificações que conduzem a modeles estruturais.
 O cálculo surge para concretizar o que foi idealizado, onde por um raciocínio lógico onde se afirma que a
arquitetura e a engenharia devem andar juntos, para que um complete o outro de forma a tornar a
estrutura estável e adequada de maneira coerente com o que foi proposto e planeado. Para que se defina o
sistema estrutural mais adequado, para uma determinada situação de projecto, devem ser considerados
vários factores, Os principais São:
 Aspectos funcionais( dimensão do espaço interno, iluminação, limitações do espaço exterior, etc.);
 Aspectos estéticos ( sistemas diferentes geram formas diferentes).
 Carregamento atuante: Permantente; Variável (acidental; efeito do vento)

Material estrutural a ser utilizado ( cada material possui características mecanica peculiares):o material
deve estar adequado aos tipos de esforços solicitantes pela estrutura.
Antes do dimensionamento, a estrutura criada passa pelo pré – dimensionamento, que serve para
determinar as dimensões iniciais das peças. O pré – dimensionamento é feito, em geral através de fórmulas
e ábacos simplificados.

Na literatura referente a cálculo de estruturas de aço e de madeira voltada para engenheiro o pré
dimensionamento não é uma etapa explicitada. Ele é imposto, tomando por base secções comerciais, a
partir da experiencia do calculista.

No pré-dimensionamento, a obtenção da secção das peças é feita a partir do arranjo estrutural concebido,
do comportamento estrutural de cada peça e das exigencias normativas. Nesse contexto, diversos
parametros influenciam o resultados: o material utilizado, vãos das peças de carregamento, condições de
apoio, atendimento as condições de resistencia, de estabilidade e de deformação/deslocamentos (estado
limites últimos de utilização).
ELEMENTOS DE ESTRUTURAS
 PILARES

São elementos da estrutura que têm uma dimensão predominante sobre as outras, mas sendo esta na direção vertical.
Os pilares recebem as cargas das vigas e as transmitem verticalmente para outros elementos que comporão a
infraestrutura. Esta infraestrutura irá transmitir aquelas cargas ao solo, compondo assim todo o apoio da estrutura.
 VIGAS

São elementos longitudinais da estrutura onde existe 1 direção predominante, o comprimento. As vigas se
apresentam normalmente na posição horizontal e sua principal função é receber as cargas transmitidas pelas lajes.
As vigas também podem transmitir cargas sobre outras vigas, mas a transmissão final das cargas das vigas se dará
para o terceiro elemento básico da estrutura, que é o pilar.
 LAJES

São elementos estruturais planos onde as dimensões


em duas direções prevalecem sobre uma terceira.
Normalmente se apresentam na posição horizontal,
e são elas que recebem as cargas que agirão sobre a
estrutura.

 FUNDAÇÃO

Os tipos de fundações mais comum para cada tipo


de casa e terreno são:
 ESTRUTURAIS COMPLEMENTARES

São os elementos estruturais que completam a estrutura do edifício e que, normalmente, são formados por uma
combinação dos elementos estruturais básicos, como escadas, caixa d’água, muro de arrimo, vigas-paredes,...
 TRANSMISSÃO DE CARGAS
REGULAMENTAÇÃO PARA APLICAR NO
CÁLCULO DE ESTRUTURAS DE AÇO E DE
MADEIRA
São varias normas que se utilizam no dimensionamento de estruturas de aço e madeira. Onde destaca – se:
 RSA – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes
 REAE – Regulamento de Estruturas de Aço para Edificios
 REBAP – Regulamento de estrututra de Betão armado e Pré esforçado
 Eurocódigo 3 – projecto de Estruturas de Aço
 Norma portuguesa NP EN 1993 1-1 2010
 Norma portuguesa NP EN 1993 1-2 2010
 Norma portuguesa NP EN 1993 1-8 2010
 Normas Brasileira ABNT NBR 14762
 Tabelas Técincas
ACÇÕES A CONSIDERAR NO DIMENSIONAMENTO DE
ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Acção é toda a solicitação ou força aplicada a estrutura como peso própio; temperatura; vento; neve; sismos e
acções especificas.
O RSA – o Regulamento de segurança e Acções para Estruturas de Edificios e pontes, Classificaas Acções em
:
 Acções permanentes;
 Acçóes variaveis;
 Acções de acidente;

Critérios de quantificação das acções


Acções permanentes: Peso própio da estrutura e equipamentos.
Acçóes variaveis: valores extremos da ocorrencia no período de 50 anos( o maior nevão, vendaval dos
ultimos 50anos
Valores reduzidos
Valores característicos X probabilidade de ocorrencia em simultaneo a probabilidade do maior nevão ocorrer
em simultaneo com o maior venaval.
 Exemplo de acções mais frequentes que actua numa estrutura ordinária:

Acções permanentes
Peso própio – G

Acçóes variaveis
Sobrecarga – Q
Vento – W
Neve – S
Sismo – E
Acçóes de acidente
Força de impacto em acidentes rodoviários - Fa
 Critérios de combinação das acções

Combinações de acções
 Verificar estados limites para diferentes casos de carga;
 Considerar combinações verosimeis(Que tem aparência de verdade) e que produzam os efeitos mais desfavoráveis;
 Ex: Acção da neve em simultaneo com acção do peso de trabalhadores
 Ex: Não se considera verosimil concentração de pessoas em coberturas em simultaneo com acção de vento.

Acções permanetes
 Devem figurar em todasas combinações
 Afectadas de um coef. Segurança 1.5 se for desfavoravel
 Afectadas de um coef. Segurança 1.0 se for favorável
Desfavorável Favorável

Peso Vento Peso Vento


CONTINUAÇÃO...
 Cargas permanentes: são constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos pesos de todos
os elementos construtivos fixos e instalações permanentes. As cargas permanentes
normalmente geram forças de campo gravitacional, ou seja, acções verticais, subdividindo-se
em:
 Peso próprio da estrutura;
 Revestimento e instalações (contra-piso, piso, paredes divisórias, etc).
Quando forem previstas paredes divisórias, cuja posição não esteja definida no projecto, pode ser admitida, além dos demais
carregamentos, uma carga uniformemente distribuída por
metro quadrado de piso não menor que um terço do peso por metro linear de parede pronta, observado o valor mínimo de 1
kN/m².

Cargas acidentais: são as cargas que podem atuar sobre as estruturas das edificações em função do seu uso (pessoas,
mobiliários, materiais diversos, veículos etc.)
ou cargas de factores externos, como a acção dos ventos e terremotos. As cargas acidentais nem sempre geram forças de
campo gravitacional sobre as estruturas,
como na acção dos ventos, que tem componentes de força horizontal. Subdividem-se em:
Sobrecarga (materiais, pessoas, veículos, mobiliário);
Força acidental (ventos, furações, terremotos);
Força excepcional (ataque terrorista).
 CARACTERIZAÇÃO DAS CARGAS
 Para efetuarmos o cálculo das peças estruturais e a correcta modelagem matemática é necessário fazer a
caracterização das cargas, conforme abaixo:
 Carga concentrada: É aquela que actua em um determinado ponto ou região com área desprezível.
Exemplos:
 Transmissão de esforços de um pilar num elemento de fundação;
 Viga apoiada em outra viga, descarregando sobre esta.
 Carga distribuída: É aquela cuja superfície de aplicação sobre a estrutura não pode ser considerada como
reduzida a um ponto. Pode ser uniforme ou variável:
 Carga distribuída uniforme: são aquelas que actuam uniformemente em uma superfície ou em um
elemento estrutural linear. Ex.: Peso próprio da laje, peso próprio de vigas ou paredes.
 Carga distribuída variável: actuam de forma variável. Ex.: Carga da água sobre as paredes de
reservatórios ou de piscina; carga de terra sobre um muro de arrimo.
DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS
DE ACORDO COM A CARACTERÍSTICA DA CARGA, ESTA TERÁ UMA RESPECTIVA UNIDADE DE
MEDIDA, COMO SEGUE:
CARGA CONCENTRADA ...... KN (QUILO-NEWTON)
CARGA DISTRIBUÍDA ......... KN / M (QUILO-NEWTON POR METRO)
PESO PRÓPRIO (G1) DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS:
 Lajes: Para o cálculo estrutural, o carregamento das lajes é definido por metro quadrado,
pouco importando seu tamanho total. Portanto, o peso próprio da laje é definido também por
metro quadrado, conforme abaixo:
 Vigas: As vigas são elementos lineares que recebe sua carga transversalmente, portanto sua
carga é distribuída por metro linear, no seu comprimento, e calculada assim:
 Pilares: Os pilares são elementos lineares na vertical que trabalham predominantemente à
compressão, portanto, devemos calcular seu peso próprio total, no respectivo andar:
CARGAS ADICIONAIS DOS ELEMENTOS
FIXOS (G2) DA EDIFICAÇÃO
 As cargas de outros elementos fixos da construção, além da estrutura propriamente dita, incidem sobre
lajes e vigas. Os pilares não recebem cargas adicionais desses elementos fixos diretamente; recebe
apenas a carga de outros elementos estruturais, por exemplo, as vigas.
 Lajes: As lajes recebem a carga de revestimentos de piso, impermeabilização, enchimentos, paredes
divisórias, etc. Como proceder:
 utilizar valores tabelados da NBR-6120;
 pesquisar ou determinar experimentalmente o peso específico dos materiais.
 Com o peso específico definido, deve-se calcular a carga por m².
 Vigas: As cargas adicionais dos elementos fixos para vigas é a carga de alvenaria. Essa carga é
distribuída por metro linear, no seu comprimento, e calculada como segue:
CARGAS ACIDENTAIS (SOBRECARGA)
Além do peso próprio e da carga proveniente dos elementos fixos da construção, temos de considerar as cargas
pertinentes ao uso da edificação. São exemplos de cargas que atuam em função do uso:
 pessoas;
 mobiliários;
 veículos;
 materiais diversos.
 As cargas acidentais incidem apenas sobre as lajes.
ESTRUTURA DE COBERTURA
DE MADEIRA
 As coberturas, que podem ser de duas, três, quatro, ou mais águas, possuem na sua estrutura
principal asnas. As asnas são uma espécie de vigas armadas em forma triangular, constituídas
por várias peças de madeira. As asnas de madeira podem ter inúmeras configurações
geométricas.
 As coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de
função e estilo arquitetônico das edificações, que têm como função principal a proteção das
edificações contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e
econômicas.
 Os componentes são Ripas, Caibros, Terças. Tesoura, Trama, água, Beiral, Cumeeira,
Espigão, Água furtada, Rufo.

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