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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TADEU OLIVEIRA DUARTE

FICHAMENTO SOBRE PROCESSOS CONSTRUTIVOS


DOCENTE: TATIANE MADEIRO

BELÉM
2023
ALVENARIA
Definição:
A técnica de construção em alvenaria é definida, basicamente, em uma estrutura que manuseia
pedras, tijolos ou blocos (cerâmicos ou de concreto) ligados por argamassa. O propósito é
proporcionar firmeza, vedar ambientes e conceder conforto acústico e térmico para o local
edificado. É um sistema construtivo convencional.
A alvenaria pode ser armada e não armada, onde a armada é o procedimento que, por
necessidade da estrutura, os componentes resistentes, como por exemplo o tijolo, dispõem de
uma armadura de aço. Enquanto a alvenaria não armada é empregada em estruturas próprias
para entregar sustentação em paredes de alvenaria que não possuem armação.

Tipos:
Alvenaria Estrutural (Armada/ Não Armada):
Este é um tipo de sistema da construção que utiliza métodos de alvenaria na infraestrutura do
imóvel. A finalidade da alvenaria estrutural é conceder sustentação ao peso da laje, das paredes,
dos móveis e dos residentes que habitarão o espaço.

Alvenaria de Vedação:
A alvenaria de vedação é executada para sustentar somente o seu devido peso e a carga das
portas e janelas inseridas nela. Ou seja, ela não tem finalidade estrutural na edificação, apenas
funciona para dividir os ambientes. Ela é usada tanto internamente quanto externamente.
Possui:
• Laje: Dão sustentação a contrapisos e funcionam como teto, são estruturas que
desempenham a interface entre pavimentos de uma edificação.
• Viga: Responsável pelo suporte das lajes, pode ser de ferro, madeira ou concreto
armado, transfere o peso das lajes e demais elementos para as colunas.
• Pilar: O pilar é um tipo de coluna simples, utilizado na vertical para sustentar toda a
estrutura.

Alvenaria de Embasamento:
Esse tipo de alvenaria é aquela que é mantida na base da construção, geralmente, sobre as vigas
baldrame. Ela é utilizada para estabelecer o nível do terreno, sendo extremamente útil em zonas
com aclive ou declive.

Vantagens da Alvenaria:
• Possui baixo custo;
• A maioria dos materiais para mão de obra tem fácil acesso;
• É um sistema construtivo convencional, a maior parte da mão de obra sabe manusear;
• Rapidez na obra;
• Redução do consumo de madeira, aço ou concreto.

Desvantagens da Alvenaria:
• Os materiais são pesados e necessitam de uma fundação mais resistente;
• Se feito em alvenaria estrutural, precisa solicitar uma avaliação profissional para
derrubar uma parede;
• Não é sustentável, pois se utiliza muita água em alvenaria de concreto e cerâmica.

Locais de Uso:
• Usada para separar os ambientes internos das habitações, como as paredes (Vedação);
• Usado no solo para suportar o peso e tamanho do imóvel, para não haver rupturas
(Fundação);
• É usada nos pilares, para que esses recebam os esforços verticais e transfira-os para a
fundação.

Exemplos:
• Tijolos de concreto celular;
• Tijolos de adobe;
• Tijolos cerâmicos;
• Tijolos de concreto;
• Bloco de cerâmica estrutural.

MADEIRA
Definição:
É um sistema construtivo onde é realizado com peças de madeiras e placas estruturais para
envolver residências e edificações de até 5 pavimentos. Essa técnica é reproduzida a partir de
madeiras reflorestadas. É um tipo de construção muito resistente a tração.

Tipos:
Madeira de Lei (Certificada):
Madeiras de lei são aquelas que graças a sua qualidade e resistência, as torna muito mais
duradouras do que as demais. Madeiras como essas possuem grande capacidade de resistir a
fungos, cupins e outros agentes deteriorantes, como a umidade. Algumas espécies de madeira
de lei são:
• Ipê;
• Angelim-Vermelho;
• Jacarandá;
• Peroba-Rosa;
• Andiroba.

Madeira Branca (Certificada):


A madeira branca é um dos tons da madeira, que podem ser também médias, escuras ou
avermelhadas. O mais surpreendente é que uma mesma espécie pode apresentar inúmeras
tonalidades de acordo com o clima, o solo e da disponibilidade de nutrientes que a árvore tem
no local. Alguns tipos de madeira branca são:
• Eucalipto;
• Pinus;
• Cerejeira;
• Pinho;
• Itaúba.

Vantagens:
• Menos produção de resíduos sólidos;
• Diminuição do tempo no canteiro de obras;
• Resiste a esforços de compressão e de tração;
• Possui bom conforto térmico e acústico;
• A estrutura é mais leve e gera economia na construção da fundação;
Desvantagens:
• Altamente inflamável, é preciso tratar a madeira com produtos que retardam as chamas;
• Suscetível a fungos e insetos;
• Dilata em umidades elevadas de forma frequente, podendo trazer problemas à estrutura;
• Manutenção periódica

Locais de Uso:
• Pode ser utilizada nas esquadrias da construção;
• Utilizada nas estruturas de cobertura, como ripas e caibros;
• Usada no piso da edificação;
• Usadas temporariamente como andaimes e escoramentos.

Exemplos:
• Portas, janelas e venezianas;
• Assoalhos, tacos e parquetes;
• Forros e painéis para o teto.

AÇO:
Definição:
O aço é o elemento decorrente da interligação do carbono, do ferro e de outros materiais
mediante o procedimento químico aos quais são submetidos. Na construção civil, sempre foi
um insumo de muita relevância. Sua flexibilidade de aplicações e sua resistência asseguram que
esteja sempre presente nas obras. Extremamente utilizado em construções Steel Frame.

Tipos:
CA-25:
Esse aço corresponde aos vergalhões de superfície lisa em barras retas. É bastante utilizado na
construção de pisos e pavimentos, como barras de transferência, mas também atende outras
aplicações nas obras. É comercializado com comprimento de 12 m, e é soldável para todas as
bitolas. Atualmente é pouco utilizado em projetos de armação.

CA-50:
O CA-50 é um aço laminado a quente, com características que superam as exigências, gerando
maior segurança de utilização, além de garantir alta aderência ao concreto. Ele é o principal
elemento das armações de aço, como colunas, gaiolas e radier de aço. É o tipo de aço mais
utilizado em obras. Algumas das características são:
• Superfície rugosa;
• Laminados à quente

CA-60:
É produzido com aço de baixo teor de carbono, apresentando ótima soldabilidade, além de
maior aderência do aço ao concreto, melhor ancoragem nas estruturas e melhor combate à
fissuração do concreto. Principais características:
• Superfície lisa;
• Trefilação fio a fio

Aço Galvanizado:
O aço galvanizado é um material que passa pelo processo conhecido como “Galvanização”, no
qual o aço é revestido por uma camada de zinco bem fina que proporciona mais resistência
contra a corrosão (ferrugem). O aço em si é um material muito utilizado nas estruturas de
construções por todos os lugares, no caso do aço galvanizado, ele é extremamente usado em
construções em estilo Steel Frame.

Vantagens:
• A obra é mais limpa e organizada, sem depósitos de cimento, madeira e afins, ou seja,
o entulho é menor;
• Rapidez na obra, se comparado a obras tradicionais, o prazo de finalização de uma
construção em aço é extremamente rápido;
• Possui material reciclável e utiliza tecnologia limpa, reduzindo o impacto ambiental;
• Há mais facilidade de fazer reparos e manutenções se comparado a obras tradicionais.

Desvantagens:
• Ausência de mão de obra, esse sistema ainda é novidade no país e não há tantas empresas
e profissionais qualificados para atuar nessa área;
• O custo é bastante oneroso, pela falta de concorrência e profissionais especializados, o
valor da obra acaba elevando.

Locais de Uso:
• É utilizado para construção de fundações;
• Usado em áreas externas, como portões, grades ou cercas;
• Bastante útil em vigas e pilares de concreto armado;

Exemplos:
• Cercas;
• Portões;
• Encanamentos.

GESSO:
Definição:
O gesso para construção civil é um material pulverulento (pó) branco, obtido pela calcinação
de uma rocha chamada gipsita. Assim como o cimento, o gesso tem propriedades aglomerantes,
isto é, depois de misturado com água, endurece depois de certo tempo, adquirindo
características ligantes e resistência. Porém existem também gessos em placas ou blocos com
finalidades semelhantes.

Tipos:
Gesso em Pó:
O gesso em pó, por sua vez, é utilizado em pequenos reparos, como corrigir rachaduras
superficiais ou tapar buracos. Já as placas de gesso convencionais são usadas em forros e os
blocos são utilizados na construção de balcões, paredes e divisórias.

Gesso Acartonado:
O gesso acartonado, também conhecido como drywall, é um tipo de placa formada por gesso e
papel cartão, sustentada por perfis estruturais fabricados, em sua grande maioria, em madeira
ou aço. Há placas de gesso acartonado resistente ao fogo, standart e resistente à umidade.

Gesso em Blocos:
É definido como sendo componentes fabricados industrialmente compostos basicamente de
gesso, com formato de paralelepípedo, podendo ser maciço ou vazado, possuindo duas faces
planas e lisas, para receber o acabamento final como cerâmica, pintura ou papel de parede, com
encaixes macho e fêmea em lados opostos.

Gesso em Placas:
O gesso em placa é mais pesado e é bastante utilizado para ambientes menores, tendo uma
vantagem na instalação da parte elétrica, já que não precisa de barras de sustentação em sua
estrutura. Porém, trabalhar com esse modelo é mais trabalhoso e causa mais sujeiras em sua
instalação.

Vantagens:

• Ganho de espaço útil, facilidade no processo de instalação, e execução rápida e limpa


são algumas das vantagens do gesso acartonado;
• Um bom material para tampas rachaduras, como o caso do gesso em pó;
• Divisão de ambientes e bom isolamento acústico são uma das características do gesso
em placa.
Desvantagens:
• Possui uso limitado, pois não pode ser usado em áreas externas por causa do sol e da
chuva danificá-lo;
• Menos resistente à umidade, ou seja, deve haver cuidados em usá-lo em áreas molhadas;
• Precisa respeitar o limite de peso, pois o gesso pode não suportar o peso de algumas
estruturas ou objetos.

Locais de Uso:
• Usado amplamente em ambientes internos;
• Em superfícies planas para fazer acabamentos decorativos;
• Em ambientes menores para reparos de buracos ou fissuras;

Exemplos:
• Revestimentos de paredes;
• Tetos;
• Forros de placas;
• Painéis termo-acústicos

ROCHA:
Definição:
São estruturas sólidas constituídas por minerais e dispostas na litosfera. Elas são classificadas
em ígneas, sedimentares ou metamórficas de acordo com sua formação. Na forma granular são
denominados agregados e, em placas são denominadas rochas ornamentais ou pedras de
revestimento.
Tipos:
Rocha Metamórfica:
São resultantes de um processo de metamorfismo de rochas magmáticas ou sedimentares em
que ocorre modificação de sua composição atômica. Essas rochas têm muita importância
econômica em virtude de sua ampla utilização na construção civil e na fabricação de objetos
ornamentais.

Rocha Magmática:
Também conhecidas como ígneas ou eruptivas, são aquelas formadas a partir do resfriamento
do magma. Há a rocha magmática intrusiva, que se origina devido a um processo de formação
demorado, porém, na camada mais profunda da Terra, e a extrusiva, formada na crosta terrestre.

Rocha Sedimentada:
São rochas compostas por sedimentos. As rochas sedimentares são o produto da erosão das
rochas existentes. O material erodido se acumula como sedimento, no mar ou na terra, e é então
enterrado, compactado e cimentado para produzir esta rocha.

Vantagens:
• São resistentes ao calor, tornando-as ideal para usos externos;
• É um excelente material ornamental;
• São materiais resistentes e duros.

Desvantagens:
• Há impacto ambiental na retirada, por formar crateras no local e incomodo aos animais
causados por barulho dos explosivos;
• Cores mais claras podem sofrer mais com manchas;
• Algumas rochas podem riscar com facilidade.

Locais de uso:
• Podem ser usadas em ladrilhos ou calçadas;
• Em pisos, bancadas, banheiro, escadas, soleiras e inúmeros acabamentos de decoração;
• Muito útil para paredes e lareiras;

Exemplos:
• Mármore;
• Granito;
• Arenito;
• Ardósia;
• Quartzito;
• Brita.

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