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CAPÍTULO LXIX

TÁBUA NUMEROLÓGICA

1 2 3
4 5 6
7 8 9

Este é um tabuleiro ou quadro muito importante para se compreender profunda-


mente os mistérios esotéricos.
É um quadrilátero dividido em 9 números.
Há uma tríplice divisão, tanto vertical como horizontal. Aí expressam-se os Princí-
pios da Aritmética e da Geometria.
Nessa tábua encontramos,a arquitectura individual, o universo interior que cada um
deve edificar dentro de si; é a construção do nosso universo íntimo, interior.
A arquitectura cósmica relaciona-se com os 7 cosmos do infinito.
A arquitectura social está relacionada com a construção dos nossos templos, edifí-
cios, casa.
É preciso compreender que esta tábua relaciona-se com os 3 Princípios da Arqui-
tectura atrás mencionados, a Geometria e a Matemática.
Temos de nos relacionar com os números porque a Cabala nisso se baseia.
O quadro dividido em 9 partes representa uma tríplice extensão ou a triplicidade do
ternário ou seja, a nona esfera.
Muito temos explicado sobre a nona esfera, porém esta pode ser demonstrada ma-
tematicamente.
Tudo o que se relaciona com a nona esfera ou Auto-realização do homem pode
comprovar-se com os números ou matemáticas esotéricas que provêm de remotas épo-
cas.
Analisemos o primeiro ternário vertical:
1 – Mónada
4 – Cruz
7 – Setenário
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O “1” é a Mónada, a Unidade, o Jehová, o Pai que está em segredo; é a Tríade Di-
vina e não está encarnada num Mestre que não tenha eliminado o ego. É Osíris, o pró-
prio Deus, o Verbo.
Tem a sua expressão no “4”, porque o “quatro” é o Carro de Mercabah da Cabala,
que representa os 4 corpos:
1. Corpo físico
2. Corpo astral solar (autêntico)
3. Corpo mental solar (autêntico)
4. Corpo causal solar (autêntico)

É o carro dos séculos que assume a figura do homem celeste.


A Mónada expressa-se por meio do “carro” e nele viaja.
O “4” também representa os quatro pontos da cruz que encerra os mistérios do Lin-
gam-Yoni e no cruzamento de ambos encontra-se a chave através da qual se consegue a
Auto-realização.
A Mónada realiza-se por meio da cruz. Sem o “4” não há Auto-realização ou se vi-
olaria a lei dos ternários que pertence ás matemáticas esotéricas.

4=†
No “4” estão contidos os mistérios do sexo.
Masculino + Feminino = †
A Auto-realização da Mónada verifica-se no Setenário, no Homem autêntico. O
Setenário está completo quando já se tem os 7 princípios ou corpos cristificados, os 7
chacras desenvolvidos e levantadas as 7 serpentes de fogo.
Analisemos o segundo ternário vertical:
2 – Mãe Divina
5 – Inteligência
8 – Caduceu de Mercúrio
O “2” é Heve, a Divina Mãe, é o Pai desdobrado; logo Ela também é Brahama ,
porque é o aspecto feminino do Pai.
Iod: Mónada
Heve: Mãe Divina
Iod-Heve: Jehová
O autêntico Jehová é o nosso Pai que está em segredo e a nossa Mãe Divina.
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O cruel Jehová dos Judeus é uma antropomorfização do verdadeiro Jehová que está
dentro de cada m de nós.
Heve, a Mãe Divina expressa-se por meio da Inteligência, o nº. 5; é por seu inter-
médio que se consegue a eliminação do ego, porque a verdadeira inteligência está n,Ela.
Se pretendemos dissolver o ego, temos de apelar à Mãe divina, compreendendo os
nossos próprios erros a fundo e pedindo-lhe que os elimine.
A Mãe Divina manifesta-se através do Santo Oito, o Caduceu de Mercúrio, o qual
representa a espinha dorsal, a energia da Kundalini ascendendo pelo canal Sushumná.
O Santo Oito tem a sua raiz no sexo. O Santo Oito é o símbolo do Infinito.
A relação; 2-5-8 é extraordinária; o Caduceu de Mercúrio ou símbolo do infinito
encontra-se na nona esfera.
Toda esta sabedoria foi conhecida nos mistérios Pitagóricos. Na Maçonaria é co-
nhecida, contudo não têm aprofundado nestes estudos.
Analisemos o terceiro ternário vertical:
3 – Trindade
6 – Amor; o Homem e a Mulher
9 – Nona Esfera
O número “3” corresponde ao Terceiro Logos, o Espírito Santo. O Terceiro Logos
em si mesmo é a força sexual criadora que se expressa em todo o universo.
Trabalha-se por meio do nº. 6, o qual se relaciona-se com o sexo. Aí encontramos o
homem e a mulher.
No Tarôt aparece-nos um homem ante o vício e a virtude; ante a virgem e a ramei-
ra.
A força sexual tem de ser trabalhada mediante o “seis” ou seja com o Amor; isto
tem a sua expressão no “9”, o qual equivale à nona esfera.
O número “nove” é o número do Mestre.
As três tríades ou linhas horizontais representam os três mundos:
Espiritual - Espírito
Anímico - Alma
Físico - Corpo
Nesta Tábua estão contidos os Princípios para a Auto-realização do homem.

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CAPÍTULO LXX

O NÚMERO UM (1)

O número “1” é o Sol, o Astro-Rei que nos dá a vida. Corresponde à constelação de


Ares, o qual governa a cabeça. Corresponde-lhe a nota musical Dó e a côr branca; o
metal é o Ouro e como pedra preciosa o Diamante.
Entre os plexos onde se encontram os chacras, é atribuído ao número “Um”, o cár-
dias porque se o coração deixa de funcionar ocorre a morte, por isso é o número “Um”.
O nº.1 é a sabedoria do Pai, é a coroa, porque o Ancião dos Dias é o Rei que leva o
poder sobre a Natureza. É o “Um” porque tem o poder, porque é Ele que manda.
A Sabedoria é o Pai; nós não podemos ensinar à Mónada. A sabedoria do Pai tudo
prevê.
Para não faltar à piedade, podemos tornar-nos desapiedados, pois muitas vezes não
compreendemos o Pai. Ele é o nº.1 da Árvore Cabalística.
As idéias originais correspondem ao “Um”. É óbvio que pertencem ao nº. 1 a von-
tade, a iniciativa pessoal, o ánimo empreendedor.
A unidade do pensamento e a acção devem formar o “Um”, com a vontade original
e a firmeza como impulso formidável naquilo que se vai executar.

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CAPÍTULO LXXI

O NÚMERO DOIS (2)

Ao número “2” corresponde-lhe a constelação de Touro, a qual governa a região da


laringe criadora, esse útero maravilhoso onde se gesta a palavra, o verbo.
A sua nota musical é RÉ, a côr é o Violeta, o metal é a Prata e entre as pedras pre-
ciosas,a Esmeralda.
O plexo que lhe corresponde é o da laringe, a tiróide, o chacra do ouvido mágico,
da clariaudiência.
Para se despertar esse chacra há um mantra laríngico; o “E”, o qual deve soar com
a nota musical RÉ e que se deve vocalizar diariamente.
Deve-se inalar com a nota RÉ e exalar com ela vocalizando,
“EEEEEEEEEE……..”, conseguindo-se assim o desenvolvimento do chacra laríngico
que nos dá o poder de ouvir as vozes do ultra; dos seres superiores.
É preciso desenvolver esse chacra da laringe porque de outro modo torna-se impos-
sível ouvir esses sons.
A linfa e o estômago correspondem ao número “Dois” e também à Lua.
O número “Um” desdobra-se na sua parte “dual”. O nº. 2 é a primeira trimurti no
seu segundo aspecto, o Cristo.
Não se deve confundir com a segunda trimurti, na qual o Pai se desdobra na Mãe e
esta no Menino.
O nº. “2” da Árvore Cabalística é o Filho, o Cristo, o Instrutor do Mundo. Por isso
dizia Hermes Trismegisto: “Dou-te amor, no qual está contido todo o summum da sa-
bedoria”.
O nº. 2 tem 32 sendas e 50 portas. A sua explicação é a seguinte:
32 sendas; 3 + 2 = 5 (a Pentalfa, o Homem)
50 portas; 5 + 0 = 5 (a Pentalfa, o Homem)
Somemos os resultados: 5 + 5 = 10

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No “O” estão os princípios masculino e feminino, o fundamento do amor, através
do sexo.

Esta questão das 50 portas é muito interessante; num dos rituais gnósticos diz-se
que existe um palácio:”o solo daquele palácio é de prata e ouro, lapizlazul e jaspe; ali
respira-se uma variedade de aromas, rosas e jasmins; porém a meio de tudo sopra um
hálito de morte. Deixai entrar os oficiantes ou abrir as portas uma a uma ou todas de
uma vez só. Deixai-os de pé no solo do palácio. Não se afundará. Ai de ti, oh guerreiro!
Oh lutador, se o teu servo se afundar. Mas há remédios e remédios”.
Concerteza que nos mundos superiores há um templo com 50 portas rodeado pelos
quatro elementos: fogo, terra, ar e água e está custodiado por duas esfinges de ouro.
O estudante recebe instruções nesse templo e cada um dos seus salões corresponde-
se na Cabala com as 50 portas e as 32 sendas, (vê as suas vidas anteriores).
Dentro de nós próprios temos as cincoenta portas. Tudo está dentro do homem.
Há muitos anos, num dia de ano novo, ao desdobrar-me tive que viver certo drama
no teatro do mundo; estando a ser perseguido, cheguei ao templo das 50 portas com as
suas duas esfinges de ouro que guardavam a entrada. Já estudamos o simbolismo da
esfinge; o rosto, as patas de leão,etc.
Entrei no palácio, estava rodeado de água, atravessei um formoso jardim, porém
havia ali um hálito de morte; entrei na primeira das 50 portas e fui recebido por um
grupo de irmãos que me aplaudiam; depois saí e penetrei noutro formoso jardim que
também tinha um hálito de morte; entrei logo na segunda porta e aqueles que antes me
haviam felicitado estavam convertidos nuns traidores, vociferavam e caluniavam; fiquei
em silêncio e atravessei o outro jardim, a terceira porta; encontrei ali outras pessoas que
me felicitavam, atravessei outro salão e outras pessoas. Passei assim por essas 50 portas
e seguindo as 32 sendas, quer dizer, caminhando pela «Senda Interior». Encontrei uns
mestres vestidos de verdugos, (os verdugos do ego) que me disseram: “Estuda o ritual
da vida e da morte, enquanto não chega o oficiante”; o oficiante era o meu Real Ser.
Com isto estou a explicar-vos sobre as 32 sendas e as 50 portas; o nº. 2, tudo cor-
responde ao Cristo Íntimo, o qual tem de nascer em cada um de nós. Ele é Amor.
O nº. 2 é o Amor, o Cristo sofredor, aquele que tem de viver todo o drama.

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No número “2” há duas colunas: Jakim e Boaz. Aqui há associação. Temos de a-
prender a associar as idéias, pensamentos, com as pessoas, com as coisas, ,com os fami-
liares; temos de saber escutar as opiniões contrárias, sem nos aborrecer, dissolver o eu
da ira, cultivar a harmonia; que as associações sejam harmoniosas.
No “dois” estão as relações: a mãe com o filho; a mulher com o homem e o homem
com a mulher; com as coisas; com as antíteses; com as opiniões.
Temos de aprender a manejar as idéias, os negócios, em paz , harmonia e serenida-
de.
Isto é o número “dois”.
Temos de aprender a manejar o “dois”.

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CAPÍTULO LXXII

O NÚMERO TRÊS (3)

Ao número”3” corresponde-lhe a constelação zodiacal de Gêmeos e o planeta Júpi-


ter.
A nota musical do número “3” é “MI”; entre os metais é o Estanho e entre os ple-
xos é o Esplénico (Baço) e o Hepático (Fígado).
A transmutação da energia criadora corresponde ao número “3”.
O chacra esplénico é o centro do corpo etérico, por aí entra a vida do Sol no nosso
organismo
O chacra esplénico recolhe durante a noite as energias depositadas pelo Sol durante
o dia; com essas energias, o chacra esplénico transmuta os glóbulos brancos em glóbu-
los vermelhos.
Durante o dia os resíduos orgánicos obstruem os canais nervosos de grande simpá-
tico; durante o sono a energia vital faz girar esse chacra e este por sua vez usa a energia
do Sol passando-a ao baço, transmutando os glóbulos brancos em vermelhos; passa
assim a energia ao plexo solar e distribui-se por todo o sistema nervoso.
A glândula tiróide coopera, desinfectando todo o organismo e quando o ego, (astral
lunar) regressa ao organismo é claro que este já está reparado e nos sentimos com me-
lhor saúde. Quando nos levantamos já cansados, isso significa que o organismo está
enfermo.
O chacra hepático serve para as saídas astrais. O corpo astral está conectado com o
fígado. Despertando o chacra do fígado toda a gente pode entrar e sair à vontade do
corpo físico.
O esplénico, o hepático e o plexo solar desenvolve-se com o mantra egípcio:
FE – UIN – DAGJ.
Canta-se com a nota MI, desenvolvendo-se assim os três chacras e os pulmões.
O número “3” é o “poder”; tem 50 portas e 50 luzes. Já sabemos o que significam
as 50 portas e temos de procurá-las dentro de nós próprios.
50 portas: 5 + 0 = 5 ( a Pentalfa; o Homem)
50 luzes: 5 + 0 = 5
Somando estes resultados:
5 + 5 = 10

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O “10”, são os dez Sephirotes da Cabala:

10 + 10 =

Este é o símbolo da Mãe Divina; a linha não é mais que a extensão do ponto.
Observamos que 10 =

Já sabemos que no “10” está o ∞


A energia criadora; o Espírito Santo, dá-nos o poder; o poder do sexo; é aí que está
a força do Espírito Santo. As 50 luzes são o poder do Espírito Santo; sem essa força não
temos a “Espada” e sem a “Espada” estamos desarmados.
Diz-se que no número “3” está contida a lei de Moisés; uma vez que no “Três” está
o Espírito Santo.
O Espírito Santo é quem nos ilumina; quem nos ensina a Lei.
Sabedoria ........ Pai
Amor................ Filho
Poder................ Espírito Santo
Olhando o aspecto prático da vida vêmos que o número “3” é a produção tanto ma-
terial como espiritual. A realização dos nossos próprios anelos, aspirações, idéias.
Porém se queremos frutificar, conseguir o éxito, temos de manejar o “3” com inte-
ligência, porque no “três” existe, harmonia, arte, beleza.
Expressar tudo de uma forma bela.
Temos de saber usar o “Três”, seja com a palavra ou no vestir, se queremos conse-
guir o triunfo.
O “3” permite a realização dos nossos maiores anelos.
Colocar as bases cria condições favoráveis para que surja o triunfo.
Se um dia nos sai a tónica três (ver-se-á posteriormente), temos de fazer as coisas
bem feitas, com precaução, com beleza, com harmonia, com perfeição e saber criar para
ter o que se anela nesse dia, seja nos negócios, no nosso trabalho ou em qualquer cir-
cunstância.

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