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"Quando o mundo estiver


unido na busca do
conhecimento, e não mais
lutando por dinheiro e poder,
então nossa sociedade
poderá enfim evoluir a um
novo nível."
Liberdade Financeira

Sem “mimimi”

Autor: Bruno César

“ Este livro é dedicado a todas as pessoas que desejam ser responsáveis


pelo seu próprio futuro financeiro”.

Agradecimentos

Sou imensamente grato aos meus pais e pela maneira como fui criado.

Eu jamais teria me tornado a pessoa que sou hoje, se meu pai e minha mãe,
não houvessem me incentivado tanto a ler e a estudar desde criança (ir todas
as semanas na biblioteca municipal de Osasco/SP, pegar 2 livros e ler foi um
presente imensurável).

Mesmo com uma situação financeira desafiadora, meus pais sempre fizeram
de tudo para educar eu e minha irmã da melhor maneira possível.

Tenho um orgulho tremendo e encho o meu peito para falar o quanto sinto de
amor pelos dois e pela minha irmã.

Algumas pessoas pensam que tive uma educação rígida demais, mas eu sei
que tive a educação perfeita.

Eu não mudaria absolutamente nada da maneira como fui educado e até hoje
aprendo com os dois.

Minha mãe, sempre amorosa, simpática e doce. Meu pai, amoroso do jeito
dele, totalmente correto e de um caráter incrível.

Diria que minha família é sem sombra de dúvida alguma, a maior benção
que recebi nessa vida.

Além da minha família, quero agradecer a diversas pessoas que contribuíram


de maneira direta ou indireta para a criação desse projeto.
Diria que a maioria das pessoas contribuíram de forma indireta.

Apenas por me contar seus problemas financeiros, seus sonhos, suas


dificuldades, etc, essas pessoas serviram como fonte de inspiração para que
eu pudesse desenvolver esse projeto da maneira que foi desenvolvido.

Agradeço a todas elas, que me ajudaram de maneira única e sincera.

E para finalizar, quero dizer que sou muito grato por ter recebido a
capacidade de compartilhar meu conhecimento através das palavras.

Sumário

Cap 1 Introdução

Parte 1 – Fundamentos

Cap 2 Entendendo os fundamentos

Cap 3 O perigo do pensamento de curto prazo

Cap 4 Por que não depender da aposentadoria do governo?

Cap 5 Dinheiro e os Pilares da VidaPágina

Cap 6 A armadilha do mundo consumista

Cap 7 A simplicidade de grandes investidores

Cap 8 Imóvel

Cap 9 Um vilão chamado carro

Cap 10 O perigo dos parcelamentos

Cap 11 Liberdade Financeira – Cada um tem a sua

Cap 12 “Atalhos” para a riqueza

Cap 13 Saúde – Seu principal ativo


Cap 14 Não existe desculpa para não enriquecer

Cap 15 Encarando crises de uma forma diferente

Cap 16 A fórmula 50/50

Cap 17 Sonho ou realidade?

Parte 2 – Estruturando seu Planejamento Financeiro

Cap 18 Não enlouqueça

Cap 19 Preparação

Cap 20 Dividindo seus gastos por categoria

Cap 21 Balanço financeiro

Cap 22 Fluxo de Parcelas

Cap 23 Plano de Ação – Corte de gastos

Cap 24 Mapa do dinheiro

Cap 25 Aumente sua renda

Parte 3 – Fantástico Mundo dos Investimentos

Cap 26 Introdução

Cap 27 Renda Fixa e Renda Variável

Cap 28 O que é bolsa de valores?

Cap 29 Entendendo Ações

Cap 30 Ações – Cases

Parte 4 – Começando a Investir


Cap 31 Plano de Investimentos

Cap 32 Corretoras

Cap 33 Comprando ações

Cap 34 Disciplina

Cap 35 Apenas 4 horas por mês

Cap 36 Conheça Demer e Giba

Cap 37 Conclusão

Capítulo 1

Introdução

Qual o propósito desse livro?

Antes de começarmos a falar sobre o tópico de liberdade financeira, quero


deixar claro algumas coisas.

Desde meus 15 anos de idade, eu venho lendo os mais diversos livros sobre
dinheiro e liberdade financeira. Gostei de muitos, adorei outros, mas a
grande dificuldade que percebi tanto para mim como para amigos e
familiares foi como realmente aplicar de forma consciente, consistente e
com disciplina o que era ensinado.

Parecia fácil começar, mas ao realmente tentar colocar em prática, se tornava


complicado, gastava-se muito tempo e praticamente todas as vezes, o
interesse era perdido e o processo jogado na lata de lixo.

No papel, tudo costuma ser muito bonito, mas na hora de realizar e executar
na prática, a história acaba sendo diferente (principalmente quando
pensamos em algo que devemos executar por muitos anos).

Decidi escrever esse livro para ajudar as pessoas a estruturarem sua vida
financeira de uma vez por todas. Para fazerem seu dinheiro trabalhar para
elas e para que não vivam suas vidas inteiras “correndo atrás do rabo”, ou
seja, sempre que ganham mais, gastam mais, não investem e ficam

eternamente dependentes de seus salários e posteriormente, do governo,


quando for a época de se aposentar.

Esse livro se propõe a ensinar você a trilhar o seu próprio caminho para a
sua liberdade financeira.

Digo de antemão que não é uma tarefa fácil (inclusive, se você está
procurando uma fórmula mágica para isso, pode parar de ler o livro agora,
pois esse livro não é para você), mas ao seguir os passos que aqui descrevo,
no decorrer dos próximos anos, você estará muito orgulhoso de si mesmo e
sentirá que a cada dia que passa, você está gastando seu dinheiro de forma
mais inteligente, além de ter adquirido o habito de poupar e investir o seu
dinheiro com sabedoria e com um propósito totalmente definido: Alcançar
sua liberdade financeira (falaremos bastante sobre isso).

Portanto, peço calma a você. Realize suas anotações e não se preocupe com
seu nível de conhecimento atual. Independentemente do que você conheça
sobre dinheiro ou investimentos, esse livro será de grande valia (o livro foi
escrito tanto para pessoas com nenhum conhecimento sobre o tópico como
para pessoas com profundos conhecimentos).

O grande “X” da questão quando se trata de realmente conquistar a liberdade


financeira é 80% disciplina e 20% conhecimento.

A liberdade financeira pode te trazer coisas muito boas e pode ser


conquistada das mais diversas formas.

Nosso foco aqui será que você consiga conquistar a sua não se enxergando
como uma “exceção”, mas sim como uma pessoa comum. Mostrarei a você
que qualquer pessoa, independentemente de sua renda, pode ser livre
financeiramente.

Apenas não se iluda em achar que irei te dar uma fórmula mágica ou uma
maneira extremamente rápida de enriquecer e ser livre. Não é essa a
proposta.
Você verá que tudo depende exclusivamente da sua disciplina (inclusive
quanto tempo irá levar) e de como você pensa sobre dinheiro. Nossa mente
comanda nossa vida, você querendo ou não.

Apenas tenha um pouco de paciência e saiba que esse livro é um daqueles


que você vai encher o peito e poder dizer para todos os seus familiares e
amigos “Esse livro mudou a minha vida”.

Quem sou eu?

Acredito ser justo antes de começarmos a falar sobre o tema principal do


livro, eu me apresentar.

Me chamo Bruno César, sou natural da cidade de São Paulo e tenho 32 anos.

Meus pais vieram do Nordeste para São Paulo quando estavam na casa dos
20 anos, se conheceram na cidade de Osasco e começaram a namorar.

Pouco tempo depois do namoro, se casaram e alguns anos depois, eu nasci.

Quatro anos depois, foi a vez da minha irmã vir ao mundo.

Ali se completava nossa família.

Infelizmente, uma das vividas recordações que tenho da minha infância,


eram as viagens ao hospital, pois eu fui uma criança muito doente.

Sofria de uma bronquite muito forte, que me impedia muitas vezes andar
100

metros sem “ter que parar para descansar”. A falta de ar era uma
companheira que esteve comigo durante muitos anos e isso trouxe bastante
sofrimento para meus pais.

Éramos uma família humilde, meu pai sempre trabalhava muito para poder
construir nossa casa e minha mãe ficava comigo e com a minha irmã em
casa.
É engraçado compartilhar isso, mas por não ter nenhuma capacidade de
praticar atividade física, eu sempre levava um atestado para a escola que
informava ao professor de educação física que eu não tinha condições de
participar das aulas.

Na verdade, isso não era engraçado, pois eu ficava bem chateado. O

engraçado foi que por isso eu comecei o meu primeiro “negócio”.

Com o dinheiro do lanche (que eu não comia), eu comecei a comprar


algumas figurinhas e vender para meus colegas de sala nas aulas de
educação física. Além de vender, descobri que eu era muito bom em “bater
figurinhas”, sendo que muitas vezes eu vendia as figurinhas e 10 minutos
depois estava com elas novamente (pois havia ganho as mesmas no jogo de
“bater figurinhas” com os outros alunos).

Minha mãe não entendia de onde vinha aquele dinheiro que eu levava para
casa, mas era exatamente isso que acontecia. Eu vendia o produto, era ótimo
no esporte de “bater figurinha”, recuperava o produto e vendia novamente.

Quer negócio melhor? Isso aconteceu durante meus 6 e 7 anos de idade até
proibirem isso na escola, pois havia se tornado uma febre!

Acho que por esse episódio deve ter dado para notar que dinheiro não era
uma coisa que “sobrava” em nossa casa.

Na verdade, dinheiro sempre foi associado a muita dor e dificuldade. Meu


pai não teve chances de estudar quando morava no Ceará, pois trabalhava
praticamente para sustentar sua família inteira (que era bem grande por
sinal).

Ao vir para São Paulo, começou a estudar a noite, mas devido eu ser muito
doente e ter que me levar nas costas ao hospital (praticamente todos os dias),
ele acabou saindo da escola no colegial.

Já minha mãe estudou até o colegial, tendo cursado “Técnico em


Contabilidade”, mas como engravidou de mim e mais uma vez por minha
saúde, ela abandonou os estudos e o trabalho e se tornou uma ótima dona de
casa em tempo integral.
Pelas limitações de estudo do meu pai, ele se esforçava muito no trabalho.

Me lembro até hoje de um período que ele trabalhou por 6 meses seguidos,
sem tirar um dia de folga, para começar a obra de expansão da nossa casa
(morávamos em uma casa de 1 quarto, 1 sala, 1 banheiro e 1 cozinha). Eu
sempre senti um orgulho tremendo dele e da minha mãe, além de enxergar
no meu pai o exemplo vivo de como o trabalho é o principal caminho para
conseguirmos nossas próprias coisas.

Agora, também me lembro claramente de uma cena dentro de um grande


supermercado que aconteceu e que me marcou um pouco.

Eu era uma criança chata e muitas vezes fazia um “show”. Certa vez eu
queria muito um pacote de biscoitos recheados (que eram muito caros) e
meu pai não queria comprar (porque não tinha dinheiro), e eu não entendia.

Gritava, chorava, esperneava e me jogava no chão. Minha mãe (coitada),


morria de vergonha, mas meu pai, era irredutível. No final das contas, não
levamos o pacote de bolacha e fui para casa frustrado.

Isso aconteceu quando eu era bem novinho e logo depois disso eu me dei
conta de que não tínhamos muito dinheiro e que dali para frente eu teria que
colaborar e ser compreensível com a situação.

Analiso que aquele dia foi um dia importante para mim, pois mesmo sendo
muito pequeno, eu queria trabalhar e ter as minhas coisas.

Foquei nos meus estudos, e queria muito trabalhar.

Quando tinha 12 anos, e estava finalizando a oitava série, meu pai conseguiu
comprar meu primeiro computador e uma impressora (parcelado em 24

vezes).

Fiquei encantando com tudo aquilo e ao contrário de querer encher o


computador de jogos e passar o dia inteiro jogando, comecei a pensar o que
eu poderia fazer para “fazer dinheiro”.

De tanto procurar, encontrei no jornal de domingo um anúncio que dizia


“Tenha sua própria gráfica em casa, faça esse curso de 50 reais e aprenda”.

Só que eu não tinha os 50 reais e decidi aprender por conta própria.

Aprendi a montar Cartões de Visita, fiz uma pequena pasta e comecei a


visitar pequenas lojas no centro da cidade de Osasco.

Dizia sempre que trabalhava com meu pai (senão ninguém acreditava em
mim), e depois de dezenas de “Nãos”, consegui meu primeiro pedido e
pouco a pouco fui conseguindo meus clientes.

Com o tempo comecei a fazer calendários também, mas parei porque dava
muito trabalho.

Fiz isso por um certo tempo e depois descobri um novo negócio.

Aprendi a recarregar cartuchos de impressora de tinta e me encantei com


aquilo. Eu fazia 25 reais em questão de 5 minutos, ou seja, dava bem menos
trabalho do que fazer 100 cartões de visita.

Em pouco tempo migrei do meu “Business de Cartões de Visita” para meu

“Business de Cartuchos de Tinta”. Cheguei até a pagar aulas de inglês


recarregando cartuchos de tinta.

Com muito esforço, meus pais conseguiram me colocar em um colegial


técnico em informática, e como o colegial consistia de 4 anos, eu só podia
começar a estagiar aos 16 – meu terceiro e penúltimo ano do colegial técnico
(E foi exatamente o que fiz, comecei a estagiar logo que fiz 16 anos e parei
de trabalhar com cartuchos de tinta).

Nessa época aprendi como funcionava o mundo corporativo, trabalhei na


Sabesp e na Telefônica, sendo que me encantei em trabalhar dentro de uma
empresa multinacional.

Durante meu estágio, duas coisas importantes aconteceram.

Primeiro, eu decidi que moraria fora do país quando fizesse 18 anos e


segundo, conheci o mercado de ações e comecei a ler bastante sobre o
assunto.

Considero esses dois fatos como marco na minha vida, porque nunca mais
parei de ler e estudar sobre investimentos.

Quando estava próximo de completar 18 anos, meu estagio estava


terminando e por ser uma época de servir ao Exército, eu não poderia ser
contratado.

Só que acabei sendo dispensado e fui contratado como funcionário na


Telefônica.

Para meu desespero, eu havia combinado com meu chefe que iria ficar por 1

mês no Canada, durante minhas férias, mas 30 dias antes disso acontecer, ele
cancelou minhas férias.

Na época fiquei revoltado, mas hoje eu agradeço.

Seis meses depois disso acontecer, decidi sair em definitivo da empresa e


ficar por 1 ano na Irlanda.

Como a minha vida costuma ser bem dinâmica e tudo mudar muito rápido, 1

ano se tornaram 3 anos.

O curso de inglês se tornou em faculdade (fiz 2 anos de Ciências da


Computação na Irlanda) e voltei para o Brasil apenas por causa da grande
crise financeira mundial de 2008, que devastou a Irlanda (com a crise perdi
meus 3 empregos que tinha para pagar minha faculdade de 9 mil euros por
ano. Entregava jornal na rua das 06:00 as 08:30, estudava das 09:00 as
17:00, era camareiro em um hotel das 19:00 as 22:00 e aos finais de semana
lavava pratos das 08:00 as 23:00).

De volta ao Brasil (para alegria de meus pais), continuei minha faculdade até
me formar e procurei emprego na área de tecnologia.

Comecei trabalhando em uma transportadora como programador, mas eu


odiava o lugar. Fiquei 30 dias e pedi para sair pois já havia conseguido um
novo emprego.

Não estava muito animado com o que eu trabalhava, pois havia acabado de
voltar da Irlanda, falava bem o inglês e não o utilizava. Isso me incomodava
bastante.

Foi aí que lembrei que tem uma área dentro de tecnologia que é bem
globalizada. Nessa área eu poderia trabalhar implantando um sistema
chamado “SAP” e teria a oportunidade de trabalhar sempre em empresas
multinacionais interagindo com estrangeiros.

Pesquisei bastante e descobri que o investimento na época seria de 22 mil


reais em treinamento e tinha um grande risco de não conseguir um emprego,
pois a área era muito fechada.

Tinha um pequeno detalhe. Eu ganhava 3 mil reais por mês. Para fazer o
treinamento eu precisava me deslocar todos os dias, durante 6 meses, de
Alphaville até a Avenida Paulista. Só conseguiria fazer isso de carro.

Além da dívida de 22 mil reais, tive que comprar um carro de 13 mil.

Resumo da história, salário de 3 mil e uma nova dívida de 35 mil. Arrisquei


bastante.

No final das contas deu tudo certo, pois meu inglês me abriu portas e no
segundo mês de curso eu já estava na área com um salário muito maior que o
anterior.

Tem um pequeno detalhe nessa história toda. Eu queria muito entrar nessa
área para ganhar bem, poder juntar um bom capital e abrir meu próprio
negócio.

Quando voltei da Irlanda já tinha um plano de negócios detalhado na área


imobiliária. Precisava apenas do capital para começar.

Trabalhei na minha nova área para levantar o capital por 3 anos e no final
desse período, abandonei minha carreira e fui me dedicar integralmente a
minha empresa, que se chamava ZIMP.
Resumidamente, o ZIMP era uma plataforma de anúncios imobiliários.

Minha proposta era criar uma plataforma que fosse inteligente e que pudesse
ajudar as pessoas a encontrarem o imóvel perfeito e não ser somente um
grande classificado virtual (como temos até hoje).

O projeto era muito promissor, sendo que consegui um investimento de uma


grande corretora de valores, tive um ótimo mentor no negócio e fechei uma
parceria tecnológica com uma empresa americana.

Infelizmente, devido a diversos problemas em paralelo (sócios não


entregaram o combinado, o investidor cortou o aporte financeiro, etc) o
negócio não deslanchou e tive que encerrar a empresa. Foi um golpe duro
para mim na época, pois perdi todo o meu capital. Podemos dizer que ali foi
a minha primeira grande queda.

No fim desse período, voltei rapidamente para minha antiga área e me


restabeleci rapidamente.

Trabalhei muito e ia muito bem, cada vez conseguia salários mais altos e
projetos melhores.

Até que...

Me encantei com uma vertente do mercado financeiro (que não recomendo a


ninguém) que se chama “Day Trade”.

Basicamente é comprar e vender ações, opções ou contratos futuros no


mesmo dia. Às vezes uma operação dura apenas segundos. Conheci
pouquíssimas histórias de sucesso.

Fiz diversos cursos, fui a eventos, palestras, contratei uma psicóloga, fiz
mentoria, etc. E tomei um tombo enorme financeiro.

A área ilude as pessoas, pois ela te mostra que é possível fazer dinheiro de
maneira muito rápida. Você acaba escutando histórias maravilhosas de
pessoas que ficaram milionárias da noite para o dia e fica enfeitiçado.
Essa fase foi tão pesada para mim que até cheguei a escrever um livro que se
chama “Day Trade sem Mimimi” para alertar outras pessoas sobre o risco
dessa área.

Foi muito difícil passar por esse tombo, pois chegava a dar vergonha ter
caído em algo assim. Não é que é impossível dar certo, mas a nível de
estatística, eu diria que é o mesmo de querer ser um Neymar, Messi ou
Cristiano Ronaldo no mundo do futebol. As chances de dar certo são
baixíssimas.

Depois dessa fase, tomei decisões importantes referentes a minha vida


profissional e financeira, pois sempre quis tudo de maneira muito rápida e
com a minha experiência de vida notei que essa ansiedade pode levar a
pessoa a ruina.

Decidi que viveria aplicando os conhecimentos financeiros que sempre

apliquei tão bem (sempre trabalhei muito bem meu dinheiro) e que além
disso, compartilharia isso com o maior número possível de pessoas.

Não tem uma semana que alguma pessoa próxima ou amigo não me
pergunte sobre como organizar suas finanças ou como investir.

Encaro a vida como uma grande jornada de aprendizado. As quedas são


geralmente as fases onde mais aprendemos. Temos sempre duas opções em
cada queda: Cair e ficar se colocando como vítima, ou levantar
vigorosamente e utilizar aquela queda como motivador para crescer e
evoluir.

Faço de tudo para sempre escolher a segunda opção.

Risco Versus Segurança

Quando pensamos em vida financeira e falamos em riscos ou segurança


muita coisa vem a nossa mente.

Eu pessoalmente vivi a maior parte da minha vida me expondo muito ao


risco, sendo que muitas vezes sofri bastante por isso.
O risco é algo que chega a viciar, pois dá muita adrenalina a nossa vida.

Pensando nas pessoas que são apaixonadas por esportes radicais, elas estão
constantemente expostas ao risco e quando mais o vivenciam, mais o
querem.

O risco para ela no caso não é financeiro e sim de vida.

Com dinheiro é a mesma coisa, quando mais você se expõe, maior pode ser
o retorno e mais adrenalina você vivencia.

Vivi com Traders muito experientes que trabalhavam 5 dias por semana das
8:00 as 18:00 comprando e vendendo contratos futuros de dólar (não se
preocupe se não entender essa parte, pois é apenas um comentário), em
questão de minutos eles poderiam ganhar ou perder milhares de reais e
aquilo era tão intenso que eu podia ver nos olhos deles o quanto de
adrenalina eles vivenciavam a cada operação.

Eu chamaria isso de viver no extremo do risco.

Por outro lado, penso na geração do meu pai, onde tanto ele, como diversos
amigos trabalharam as vidas inteiras esperando a aposentadoria.

Meu pai trabalhou como metalúrgico durante sua vida toda (sendo 35 anos
na mesma empresa) e se aposentou trabalhando nela.

Durante sua vida toda, principalmente por falta de informação (não existia
tanta informação disponível como existe hoje em dia), ele manteve sempre
seu dinheiro na poupança, pois sempre foi dito pelo gerente do banco e por
todas as pessoas que era o mais “seguro”.

Uma parte de seu salário ia para o FGTS, outra para o INSS e o restante
(quando sobrava) ia para a poupança.

Ele levou sua vida inteira assim, procurando estar sempre bem “seguro”.

Confiava bastante no governo, pois sua ideia era ficar tranquilo quando se
aposentasse.
Ao se aposentar, todo aquele dinheiro que era descontado mensalmente do
seu salário para o FGTS praticamente não havia rendido nada (falaremos
sobre o poder destruidor da inflação no próximo capitulo), sua
aposentadoria, na qual ele contribuía um valor considerável todos os meses
para se aposentar quase com o teto foi decepcionante. Como sua expectativa
de vida era alta, foi aplicado o tal “fator previdenciário” e o valor da
aposentadoria foi reduzido substancialmente.

Se ele não tivesse sua reserva da poupança, teria sido bem complicado parar
de trabalhar.

Fora tudo isso, somente para pagar o convênio dele e da minha mãe, o
desembolso mensal era assustador. A realidade de se aposentar, ao contrário
do que parecia 20 anos atrás, de aproveitar, viajar um pouco, havia se
tornado assustadora. Os altos custos fixos e o baixo rendimento
complicavam bastante.

Essa situação que descrevi não só aconteceu com meus pais, como também
com diversos amigos dele, além de se repetir todos os anos com inúmeras
pessoas.

A aposentadoria chega, e o padrão de vida das pessoas tem que ser reduzido
forçadamente ao invés de opcionalmente.

Meu pai fez um único investimento “de risco” durante sua vida toda. No ano
de 2002, foi liberado pelo governo utilizar uma parte do FGTS para comprar
ações da empresa Vale do Rio Doce, e meu pai tentou investir um bom
percentual do seu FGTS nas ações.

Infelizmente, muitas pessoas se interessaram e meu pai teve que investir um


valor menor (pois haviam limites), mas mesmo assim, foi um ótimo
investimento.

Em questão de 10 anos, o dinheiro rendeu simplesmente 18 Vezes. Nada mal


para o único “investimento de risco” dele, certo?

Essa situação que ocorreu com meu pai, ilustra para você, como certas
decisões que tomamos em nossas vidas, podem ter um impacto gigantesco
em nossas vidas financeiras.
Mas voltando ao tema desse subcapítulo, considero muito ruim viver sempre
em um risco extremo e também considero péssimo viver buscando apenas
segurança a vida inteira.

Quando se vive totalmente focado no risco, a vida tem altos e baixos demais,
o estresse é muito alto e muitas vezes, quando realmente se coloca na ponta
do lápis os ganhos e perdas, e comparamos com estratégias não tão
arriscadas de investimentos, mas com um prazo maior de tempo (tempo é
uma das variáveis mais importantes quando pensamos em investimentos),
notamos que é possível ter ganhos superiores, se expondo a um risco muito
menor e só precisamos ter um pouco mais de paciência.

Por outro lado, quando vivemos buscando apenas segurança, sempre


pensando em “não perder dinheiro”, nossos resultados são pífios.

Não temos o estresse de estar exposto ao risco, mas ao mesmo tempo,


vivemos nossa vida frustrados.

Frustrados porque deixamos passar as mais inúmeras oportunidades em


nossas vidas, deixamos de fazer nosso dinheiro trabalhar para gente e
quando ficamos mais velhos, além da frustração, vem um grande
arrependimento por termos deixado passar uma parte tão importante das
nossas vidas.

Aquele tempo que gastamos assistindo um único jogo de futebol ou um


episódio de uma novela, poderia ter sido utilizado para mudar nossas vidas
todos os meses e construir nossa liberdade financeira.

O grande X da questão sobre risco e segurança é encontrar um equilíbrio.

Não existe uma fórmula mágica para isso.

O importante é você saber exatamente onde você está colocando seu


dinheiro e como aquele mercado funciona, e não apenas investir em algo
porque ouviu no jornal nacional “que a bolsa de valores está decolando” ou
que o mercado imobiliário “é o melhor investimento dos últimos tempos”.

A grande mídia não está interessada em ver você tendo sucesso na sua vida
financeira, pois quanto mais liberdade financeira você tiver, mais longe você
acabara ficando deles, portanto, te faço um convite e um alerta.

Seja 100% responsável por sua liberdade financeira, jamais coloque a


responsabilidade da sua liberdade nas costas de qualquer terceiro e saiba que
como toda conquista na vida, precisamos por energia, tempo e disciplina.

No decorrer desse livro, iremos trabalhar diversos pontos da sua vida


financeira e a questão de Risco Vs Segurança será abordada de maneira
prática no momento que falarmos sobre como começar a investir.

Liberdade Financeira: O que é isso?

Em um curso que fiz de PNL (Programação Neolinguística), descobri algo

bem interessante.

Certos termos que são utilizados principalmente pelas áreas de marketing e


por políticos não possuem um significado especifico e quando são ditos para
as pessoas são interpretados de maneira curiosa.

Quando um político está em campanha eleitoral e diz “Vou investir em


Segurança”, parece algo muito simples e claro, mas se você parar para
pensar, o que significa essa expressão para você?

Para uma pessoa de classe média alta, que vive em um bom bairro,
Segurança, pode ser simplesmente poder sair de casa sem ser assaltado ou
poder caminhar tranquilamente na rua e não ser sequestrado por ter um
pouco mais de dinheiro que a média da população.

Já para um cidadão morador de uma comunidade, Segurança, pode


simplesmente significar não ter que seguir ordens de traficantes todos os dias
e poder ir trabalhar sem ter que se preocupar com confrontos diários entre a
polícia e marginais na porta de sua casa.

É a mesma palavra, mas com significados totalmente diferentes para pessoas


diferentes.

Quando falamos em dinheiro, é a mesma coisa.


Liberdade Financeira é algo muito aberto, que pode ser interpretado de
diversas formas.

Irei dar a minha definição de liberdade financeira e depois peço que por
favor, pegue um caderno e escreva qual é a sua.

Para mim, Bruno César, liberdade financeira é ter uma quantidade de


dinheiro suficiente para pagar o meu padrão de vida mensal, apenas com
rendimentos.

Complicado?

Padrão de vida basicamente é seu custo anual dividido por 12. Ou seja, é
todo o dinheiro que você precisa para viver, pagar suas contas, viajar,
comprar o

que precisa comprar, estudar, etc.

Não vou entrar no mérito de valores no momento, mas iremos fazer algumas
contas mais para frente.

Para outras pessoas, liberdade financeira pode ser viver com muito mais
dinheiro do que possuem hoje, com muita ostentação (como é mostrado em
filmes, novelas, clipes musicais) e para outras, pode ser ainda, atingir um
patamar de dinheiro não muito alto e ir viver em um local onde o custo de
vida seja muito baixo.

Liberdade financeira é algo pessoal e único.

Recomendo que você ao menos tente escrever o que você considera ser livre
financeiramente. Talvez você até já tenha isso definido. Se sim, ótimo! Se
não, pense com carinho. Construir a liberdade financeira depende
unicamente e exclusivamente de você, não pense que dá trabalho demais, ou
que você é muito ocupado para isso, pois depois, não adianta você reclamar
ou culpar o governo, a economia, seu trabalho ou sua área.

Prefiro viver sempre acreditando que sou responsável por 100% das coisas
que acontecem na minha vida. Vivo melhor, trabalho melhor e consigo
produzir muito mais do que as pessoas que conheço que sempre procuram
um culpado por estarem na situação que se encontram.

Para que desejar ter Liberdade Financeira?

Uma outra pergunta que você também deve se fazer. Faz sentido para você
ser livre financeiramente?

Pode parecer uma pergunta ridícula, que você pense “Claro que sim,
qualquer pessoa quer isso”.

Mas não é bem assim que funciona.

Para muitas pessoas a única prioridade na vida é curtir e aproveitar.

Para elas a jornada nesse planeta é simplesmente “aguentar o trabalho de


segunda a sexta das 08:00 às 17:00” e chegar ao final de semana para fazer
um churrasco e curtir.

Não existe preocupação em planejar nada ou crescer como pessoa.

No decorrer do livro, vocês irão notar que é importante querer evoluir no


geral, pois geralmente quanto melhor estamos de saúde, de carreira, etc,
maior são nossos rendimentos, mais podemos investir e mais rápido
chegamos a liberdade financeira.

Essa jornada é incrível, mas não é para todos. Como tudo na vida, isso é uma
escolha.

Quando decidi escrever o livro, realmente coloquei meu coração e minha


energia toda aqui para ajudar o maior número possível de pessoas, pois
realmente acredito que qualquer um possa ser livre financeiramente, se
assim o desejar e realmente estiver disposto a fazer o que é necessário para
isso.

(Espero que você seja uma dessas pessoas).

Mas voltando ao tema, para que é importante desejar a tal liberdade


financeira?
Quero fazer apenas um comentário aqui, não estou falando de aposentadoria
aqui, a liberdade pode ser atingida a qualquer momento da sua vida, e
depende exclusivamente de como você gasta seu dinheiro (seu custo fixo
mensal), de como você investe e do quanto você ganha por mês. São
algumas variáveis que podem mudar drasticamente o “quando” conquistar a
sonhada liberdade financeira.

Enxergo que ter a liberdade financeira tem muitas vantagens, dentre as quais
destaco:

Não ter mais a pressão de “ter que trabalhar” para se sustentar e sim
trabalhar por prazer;

Ter uma vida mais leve, onde a pressão é menor, pois o dinheiro é algo que
não é mais visto como uma meta difícil de alcançar e sim como um parceiro
que te ajuda a ter mais qualidade de vida e paz; Dar um foco maior em
outras áreas da vida como: saúde, família, etc, já que algumas vezes o foco
no trabalho é tão grande que outras áreas acabam ficando um pouco de lado;

Realizar viagens mais longas e conhecer locais que você não conseguiria
apenas com o “seu salário”;

Ajudar outras pessoas e instituições que façam sentido para você; Ter seu
ano sabático e conhecer melhor a si mesmo, Etc.

São inúmeras possibilidades quando pensamos nisso e creio que poderia


ficar o dia inteiro listando para você, mas, como disse antes, considero isso
também algo muito pessoal e que você mesmo pode criar a sua pequena lista
(pelo menos com as principais) para te ajudar a começar e continuar nesse
processo (que costuma se estender por alguns anos).

Fora tudo isso que falamos, você pode ainda se dedicar integralmente a uma
causa social que você sempre teve vontade ou mesmo abrir seu próprio
negócio, sem ter aquela pressão absurda de lucrar para ontem (muitos
negócios que seriam vencedores são fechados pois o empreendedor não tem
o capital necessário para segurar a empresa pelo período de maturação da
ideia).

Mais uma vez, te convido para um exercício.


Pense qual o propósito de você ser livre financeiramente e escreva em um
local que seja fácil para você de sempre observar.

Ter metas claras e sempre visíveis é uma parte importante do processo, pois
em nenhum momento eu disse que o processo seria fácil.

A vida é feita de escolhas e muitas delas têm seus efeitos que nem sempre
são

tão agradáveis como desejamos.

Essa jornada irá exigir de você decisões diárias e reafirmações que você
realmente quer esse caminho para a sua vida e para a vida da sua família.

O caminho pode ser tão transformador para você, que chego a ficar
empolgado ao imaginar no quanto de bem um simples livro pode fazer na
vida de tantas pessoas. Espero que também esteja empolgado!

Ganhar ou Fazer Dinheiro?

Quis falar um pouco sobre isso, pois tendo trabalhado e estudado com
muitos estrangeiros, e utilizando muito a língua inglesa algo me chamou a
atenção.

No Brasil, costumamos sempre falar “Eu ganho X Reais por mês.” E nos
Estados Unidos as pessoas falam “Eu faço X dólares por mês”.

Pode parecer uma simples diferença, mas não é.

Quando você joga na loteria, você GANHA o prêmio certo?

A loteria é algo que se você ganhar, foi sorte, certo? O seu único esforço foi
comprar um bilhete de loteria, pois a probabilidade de ganhar na loteria é
incrivelmente baixa.

Ganhar significa colocar a responsabilidade do sucesso em um terceiro. Se


você ganha algo, alguém te deu. Não é responsabilidade sua. E isso é
péssimo no nosso país.
Nós já temos enraizada uma cultura de assistencialismo que escraviza as
pessoas há muitos anos (esse não é o tema do livro, portanto não me
aprofundarei nele), e quando falamos eu “ganho X reais”, parece que a
empresa onde você trabalha está te dando o dinheiro quando na verdade uma
troca está acontecendo.

Você está colocando o seu capital humano, seu esforço físico, seu intelecto
disponível para a empresa X horas por dia e em troca, você FAZ X reais.

Você não ganhou nada, você se esforçou e FEZ aquele dinheiro.

Quando falamos “Eu Faço X reais por mês”, trazemos a responsabilidade


para nós e nossa mente inconsciente entende isso.

Esse livro não foi escrito para criar verdades, portanto nada que eu falar aqui
quero que acredite de imediato.

Leia, faça suas anotações e teste. Veja os resultados práticos.

Sempre fui uma pessoa cética, mas sempre fui uma pessoa aberta a escutar.

Portanto, te faço um convite. Não diga mais “Eu GANHO X por mês”, diga

“Eu FAÇO X reais por mês” e principalmente, não faça metas escrevendo

“EU quero GANHAR X reais por mês”, escreva “Eu quero FAZER X reais
por mês”.

Duvido que sua vida financeira não irá mudar. Inconscientemente você
começará a agir de maneira diferente. Seus resultados mudarão muito.

Não acredite, apenas faça e veja os resultados.

As 3 principais dificuldades do processo

Não entramos ainda na parte mais prática do processo, mas como uma boa
casa, a fundação é importante e nesse momento, estamos criando a fundação
do processo em você, antes de realmente começar.
Abaixo, irei listar os 3 principais motivos que as pessoas têm em serem
pobres ou simplesmente nunca conseguirem nem mesmo passar perto de
suas

liberdades financeiras.

Economizar

Sem sombra de dúvidas alguma, vejo que uma das maiores dificuldades de
todas as pessoas e casais é economizar dinheiro.

Existe uma grande força proveniente do marketing que todos os dias quer
nos vender coisas que muitas vezes não precisamos.

Eu já me peguei várias vezes pensando como meus pais conseguiram criar


eu e minha irmã com a renda que tínhamos. Não possuíamos nenhum luxo
em casa e muitas coisas não podíamos comprar, mas nunca faltou comida e
meu pai nunca se negou a comprar um livro para mim.

Por que será que ele conseguiu nos criar assim e hoje diversas pessoas que
ganham mais de 10 vezes o valor que ele ganhava, sempre estão endividadas
e não conseguem investir 1 real sequer?

Seja na televisão, na internet ou no celular, a todo o momento somos

“bombardeados” de propagandas.

As propagandas são tão bem-feitas que muitas vezes nem conseguimos


notar.

Roupas, carros, casas, celulares são apenas algumas das coisas que se
tornaram sinais de status e que fazem com que todos nós tenhamos coisas
das quais não precisamos.

Será que realmente temos a necessidade de trocar de carro a cada 2 anos? Ou


comprar roupas sem planejamento algum? Ou comprar um apartamento
financiado e logo após quita-lo já procurar um imóvel maior e entrar em um
novo financiamento?
Será que eu e você queremos mesmo isso? Ou estamos quase sendo
controlados a fazer isso?

Não pense que isso é algo do acaso, pois todas essas “vontades” plantadas
em nosso subconsciente são o fruto de um ótimo trabalho feito por
profissionais altamente gabaritados dos mais diversos tipos de indústrias.

Sentir culpa por isso não faz bem nem a mim e nem a você, mas nos
próximos capítulos te mostrarei como se livrar desse “vicio do consumismo”

e comprar realmente o que você necessita, pois eu tenho certeza absoluta que
ser livre financeiramente é muito melhor do que pequenos prazeres (que
muitas vezes você não dá nenhuma importância).

Tenha calma, pois quando você menos esperar, estará automaticamente


pensando 2 vezes antes de comprar algo ou contrair uma nova prestação.

A dificuldade que todos temos em não economizar nada mais é do que gastar
demais com coisas desnecessárias por impulso.

A partir do momento que você se tornar um comprador consciente, você


estará livre disso.

Medo de Investir

A segunda grande dificuldade que a maioria das pessoas enfrenta é o medo


de investir.

Existe um pensamento generalizado que investir é o mesmo que apostar.


Esse tipo de pensamento é totalmente equivocado.

Quando você faz uma aposta, por exemplo, na loteria. Que critérios você usa
para escolher os números e realizar o seu “investimento? Acredito que tenha
seus “números da sorte”, use algumas datas especiais (como o nascimento do
seu cachorro) e ore bastante, certo? Você realmente acha que tem algum
sentido em colocar o seu futuro financeiro em uma aposta? Você acha que
isso é igual a investir?

Vou adiantar apenas um pouco o que irei falar mais para frente.
Dentro da parte prática do livro, falarei muito de ações.

Quando você compra a ação de uma empresa, você está adquirindo um


pequeno pedaço dessa empresa e a partir do momento que você possui
aquela ação, você se torna sócio da mesma.

Agora eu te pergunto. Por que uma empresa permanece aberta?

A resposta é: Porque toda empresa tem que dar lucro. Simples assim.

Se você é sócio de uma boa empresa, ela dará lucro sempre e você como
acionista se beneficiará com o aumento do pedaço da empresa que você
comprou, além de poder receber dividendos de tempos em tempos.

Sem lucros, uma empresa não continua aberta. Algumas lucram mais, outras
menos, alguns momentos as cotações podem se distorcer (tanto para cima,
como para baixo), mas o ponto aqui é que, boas empresas tem um batalhão
de boas pessoas lutando todos os dias para fazer a empresa dar mais lucro e
você fazer mais dinheiro.

Investir é procurar boas empresas para se tornar sócio por muitos anos.

Apostar é comprar uma ação hoje e vender amanhã.

Não se preocupe em como você vai procurar ações para investir. Falaremos
disso mais à frente.

É bem triste ouvir de muitas pessoas que bolsa de valores é um cassino.

Chega a me dar um aperto no coração de escutar tamanha ignorância.

Investir com planejamento e da maneira correta, pensando no longo prazo, é


tão seguro como deixar o dinheiro na poupança, a diferença aqui, é que o
dinheiro na poupança não irá render absolutamente nada (só corrigirá a
inflação no melhor cenário) e na bolsa (ou em outros bons investimentos), o
seu dinheiro irá se multiplicar diversas vezes.

É normal ter medo do que não conhecemos, mas peço a você para manter a
mente aberta e aproveitar cada palavra dita nesse livro, pois se assim o fizer,
sua vida será bem diferente daqui para frente.

Disciplina

Você já parou para pensar em como é difícil ter disciplina na vida?

Pense nas academias.

Geralmente no fim do mês de dezembro, diversas pessoas criam seu plano


de metas para o próximo ano e posso garantir a você que uma boa parte
delas tem a meta “ir à academia X vezes por semana” em algum lugar dessa
lista.

O ano começa, e as academias ficam lotadas (janeiro é o mês que costuma


ter a maior quantidade de matriculas do ano).

Segunda-Feira, estacionamento da academia cheio, filas no banheiro para


tomar banho, aquela loucura.

Terça-Feira, bem cheio ainda, mas algumas pessoas começam a “perder a


hora” e não conseguem acordar.

Quarta-Feira, meio da semana, pessoal já está meio cansado do trabalho,


tirar um dia de folga da academia não vai matar, né? (Já dá para tomar banho
tranquilo).

Quinta-Feira, chegando o finalzinho da semana, começa aquela preguiça.


Dia ruim de ir para academia, tem happy hour a noite e, como não deu para
ir na quarta, melhor dormir mais para estar descansado para curtir com o
pessoal do escritório.

Sexta-Feira, academia vazia. No estacionamento é possível parar o carro até


de lado e não tem fila em absolutamente nenhum aparelho para malhar.

Quis mostrar a você com o exemplo acima que a coisa mais fácil do mundo
é se desviar de uma meta. Nossa mente sempre criará a quantidade mais

absurda de desculpas para que você desista de algo que quer muito.
Quando se trata de dinheiro, é ainda pior.

Porque simplesmente 99% das pessoas não ligam para ter um planejamento
financeiro, economizar e investir.

Se você comenta com alguém que faz isso, irá parecer um extraterrestre.

Parece que o certo é errado e o errado é o certo.

Mas não se preocupe, pois, a minha maior preocupação de todas nesse livro
foi realmente criar uma maneira para que você consiga manter seu foco da
liberdade financeira por toda a sua vida.

Não estou exagerando. Eu odeio fazer as coisas pela metade e quem me


conhece sabe disso. Como venho dizendo, tenha paciência e tudo será
esclarecido mais à frente.

Para quem esse livro foi escrito?

Acho que você deve estar se perguntando se esse livro realmente é para
você.

O grande fato motivador de escrever esse livro foi a quantidade de pessoas


que sempre vem me perguntar sobre esse tema.

A quantidade é incrível. Por um lado, fico muito feliz, pois vejo que inspiro
confiança nas pessoas, já que me procuram para falar de algo tão delicado.

Mas por outro lado, fico triste e até espantado em ver como as pessoas não
tem praticamente nenhum conhecimento nessa área.

Isso inclusive não tem nem um pouco a ver com a renda da pessoa. Fui
procurado por pessoas que tem uma renda muito baixa e por pessoas que tem
uma renda absurdamente alta. O vício de viver sempre no limite do que se
ganha atinge todas as classes sociais.

Portanto, quero deixar bem claro qual é o perfil do público que gostaria que
realmente lesse esse livro.
Lembra-se que eu disse que 99% das pessoas não tem muito interesse em
aprender a se planejar financeiramente, poupar e investir? Esse é o público
do livro.

Seja você uma pessoa jovem, começando sua carreira com 18 anos. Seja
você uma pessoa mais madura, casada, com filhos.

Seja você um empreendedor, com uma renda relativamente alta. Seja você
um profissional liberal que tem uma renda considerável e não é rico.

Seja você um professor de primário, ou um médico cardiologista.

Não importa qual é o seu salário mensal ou seu pró-labore, sua profissão,
onde você vive e com quem vive.

O que importa é que você quer atingir sua liberdade financeira e realmente
tem a vontade de ter o controle sobre essa área tão importante da sua vida.

É impossível viver ignorando o dinheiro. O dinheiro é algo que, como


qualquer outra ferramenta, pode trazer muita alegria e felicidade, se for bem
utilizado.

Portanto, digo com toda a certeza, de que, se você comprou esse livro, ele
com certeza é para você.

Como esse livro está estruturado?

A estrutura do livro foi montada como a construção de uma casa.

Começamos com o sonho, vamos para o projeto, começamos a fundação,


erguemos a casa decoramos e por fim, cuidados dela com todo o carinho e
desfrutamos da mesma.

Trazendo para a nossa realidade, o capítulo 1, que termina aqui, traz alguns

conceitos bem introdutórios sobre o livro inteiro e mostra a você como é o


meu modo de pensar.
Na próxima página, teremos a “Parte 1 – Fundamentos” que irá apresentar a
você, conceitos financeiros básicos antes de entrar na parte 2.

A “Parte 2- Estruturando o seu Planejamento Financeiro” irá te mostrar


passo a passo como organizar suas finanças de maneira muito detalhada,
além de te mostrar como montar seu próprio fluxo de caixa e falar sobre
como aumentar sua renda constantemente para que você esteja cada vez
mais perto da sua liberdade financeira.

Na sequência, temos a “Parte 3- Entendendo o Fantástico Mundo dos


Investimentos”, onde falaremos sobre os investimentos nos quais nos
basearemos para o nosso plano e esclareceremos todos os pontos importantes
para que você se sinta confortável e não tenha dúvidas de qual caminho
seguir.

E a “Parte 4 – Começando a Investir” iremos realmente colocar a mão na


massa e começaremos a investir de verdade.

Ainda teremos um pequeno estudo de caso na prática”, onde iremos simular


a vida de nossos amigos Demer e Giba, onde mostrarei na prática como não
é fácil seguir pelo caminho sugerido, mas que o esforço vale totalmente a
pena.

Espero que aproveite a leitura e que eu possa te ajudar a conquistar sua


liberdade financeira.

Parte 1

Fundamentos

Capítulo 2

A mágica dos juros compostos

Introdução

Existe uma frase que gosto muito e que há certo tempo venho fazendo de
tudo para vivencia-la diariamente:
“O simples é o que funciona”.

Eu gosto muito dessa frase, porque hoje em dia, percebo que se criou uma

“necessidade” de complicar as coisas a tal ponto, que diversas vezes, as


pessoas se aprofundam tanto em um assunto, que se esquecem do propósito
do que estavam fazendo.

Acabam gastando muita energia e seus resultados são pífios.

Acredito que você não saiba exatamente como o seu celular funciona por
dentro. Que não conheça todos os componentes e nem o software que está
gravado no chip do celular e que possibilita que seu aparelho possa executar
as mais diversas funções.

Mas tenho certeza de que você sabe utilizar uma boa parte das
funcionalidades do seu celular, além de instalar diversos aplicativos e, além
de utiliza-lo para se comunicar, provavelmente você o utiliza para as mais
diversas tarefas.

Se você usa o seu celular diariamente e nunca precisou aprender como é o


seu funcionamento interno, porque em outros assuntos, você gasta tanto
tempo com detalhes, mas na hora de realmente colocar em prática, você não
consegue? Ou perde o interesse com tanta facilidade?

Quero deixar extremamente claro que esse livro é focado em ser prático.

Não irei explicar os pormenores de economia a fundo, pois o propósito desse


livro não é que você se torne um economista e sim que você aprenda a ter
disciplina com seus gastos e aprenda a investir de maneira mensal e
consistente.

Informações financeiras e de investimentos estão espalhadas por toda a


internet, além de existirem centenas de livros sobre esse assunto nas
livrarias.

Eu não pensei em momento algum em concorrer com esses materiais (alguns


são ótimos, diga-se de passagem). Meu propósito é te ajudar a construir o
seu caminho para a liberdade financeira de verdade. Não quero que você
fique com esse plano apenas no papel. Quero pratica.

Tenho vários amigos que sempre me dizem que sou uma pessoa que coloca
as minhas ideias em pratica. Tenho orgulho disso na minha personalidade.

Mas independentemente de você ter facilidade em fazer isso ou não, meu


compromisso com você é trilhar o seu caminho da liberdade financeira e
ajuda-lo a seguir em frente, te acompanhando em todo esse processo.

Não iremos criar fórmulas matemáticas complicadas.

O trabalho que faremos aqui é realmente aprender como ser práticos, gastar
pouco tempo no processo e realmente te mostrar que você não precisa ser
um expert em finanças ou em investimentos para ser livre financeiramente.

Nesse capítulo te mostrarei a “mágica dos juros compostos” de maneira


prática. Caso queira se aprofundar no assunto, fique à vontade em pesquisar
mais a respeito.

Mas lembre-se, tudo que você precisa para planejar, criar e executar sua
liberdade financeira, será mostrado para você nesse livro, de maneira
simples e direta.

Colocar em prática, depende apenas de você.

O que são juros compostos?

Basicamente, juros compostos são juros que acumulam sobre o capital


principal e também sobre os juros já acumulados.

Complicado? Vamos observar o exemplo abaixo.

Vamos supor que você tem R$ 10.000,00 em sua poupança e você decide
que é hora de realizar seu primeiro investimento.

Depois de muito procurar, você encontra um ótimo investimento que tem


uma taxa de retorno de 15% ao ano, sendo que de acordo com o ativo que
você está adquirindo, você tem esse retorno garantido por 15 anos.
Para facilitar:

Capital Inicial : R$ 10.000,00

Juros (ao ano) : 15%

Período (tempo) : 15 anos

Abaixo, vamos simular como ficará nosso capital no decorrer dos próximos
5

anos:

Ano 1

Rendimentos Ano 1 = Capital Inicial * 15%, ou seja, 10.000 * 15% = R$

1.500,00

Capital do Ano 1 = Capital Inicial + Rendimentos Ano 1, ou seja, 10.000 +

1.500 = R$ 11.500,00

Portanto, ao final do primeiro ano, nosso capital que era de 10 mil reais, se
tornou 11.500 reais, pois aplicando uma taxa de juros de 15%, obtivemos um
lucro de 1500 reais.

Ano 2

Rendimentos Ano 2 = Capital Ano 1 * 15%, ou seja, 11.500 * 15% = R$

1.725,00

Capital do Ano 2 = Capital Ano 1 + Rendimentos Ano 2, ou seja, 11.500 +

1.725 = R$ 13.225,00

Portanto, ao final do segundo ano, nosso capital que era de 11.500 reais no
ano 1, foi para 13.225 reais, pois aplicando uma taxa de juros de 15%,
obtivemos um lucro de 1725 reais.
Aqui começamos a notar o poder dos juros compostos, pois já obtivemos um
lucro superior ao lucro do ano 1, sendo que o investimento que fizemos
foram os mesmos 10 mil reais.

Ano 3

Rendimentos Ano 3 = Capital Ano 2 * 15%, ou seja, 13.225 * 15% = R$

1.983,75

Capital do Ano 3 = Capital Ano 2 + Rendimentos Ano 3, ou seja, 13.225 +

1.983,75 = R$ 15.208,75

Portanto, ao final do terceiro ano, nosso capital que era de 13.225 reais no
ano 2, foi para 15.208,75 reais, pois aplicando uma taxa de juros de 15%,
obtivemos um lucro de 1983,75 reais.

Ano 4

Rendimentos Ano 4 = Capital Ano 3 * 15%, ou seja, 15.208,75 * 15% = R$

2.281,31

Capital do Ano 4 = Capital Ano 3 + Rendimentos Ano 4, ou seja, 15.208,75

+ 2.281,31 = R$ 17.490,06

Portanto, ao final do quarto ano, nosso capital que era de 15.208,75 reais no
ano 3, foi para 17.490,06 reais, pois aplicando uma taxa de juros de 15%,
obtivemos um lucro de 2.281,31 reais.

Ano 5

Rendimentos Ano 5 = Capital Ano 4 * 15%, ou seja, 17.490,06 * 15% = R$

2.623,51

Capital do Ano 5 = Capital Ano 4 + Rendimentos Ano 5, ou seja, 17.490,06


+ 2.623,51 = R$ 20.113,57

Portanto, ao final do quinto ano, nosso capital que era de 17.490,06 reais no
ano 4, foi para 20.113,57 reais, pois aplicando uma taxa de juros de 15%,
obtivemos um lucro de 2.623,51 reais.

Ano 15

Para não se tornar repetitivo, irei realizar o cálculo diretamente do décimo


quinto ano, para notarmos como ficaria nosso capital: Ao final do décimo
quinto ano, nosso capital estaria em R$ 81.370,62, ou seja, um ganho de R$
71.370,62.

Pudemos notar com esse rápido exercício o grande poder dos juros
compostos.

Fizemos um investimento de apenas 10 mil reais e ao final de 15 anos, nosso


investimento aumentou muito de valor sem que tivéssemos que fazer
absolutamente nada.

A taxa utilizada de 15% pode parecer alta para um investimento de renda


fixa (não se preocupe se não sabe o que é renda fixa) no momento atual, mas
em um passado não muito distante, era possível adquirir um título do tesouro
direto nacional pré-fixado a taxas muito parecidas.
Juros simples

Agora, apenas para compararmos, se houvéssemos utilizado juros simples,


qual teria sido nosso resultado ao final de 15 anos.

Capital Inicial : R$ 10.000,00

Juros (ao ano) : 15%

Período (tempo) : 15 anos

Utilizando juros simples, a grande diferença é que os juros não se aplicam


sobre os rendimentos.

Exemplificando:

Rendimentos Ano 1 = 10.000 * 15% = R$ 1.500,00

Rendimentos Ano 2 = 10.000 * 15% = R$ 1.500,00

Rendimentos Ano 3 = 10.000 * 15% = R$ 1.500,00

Rendimentos Ano 4 = 10.000 * 15% = R$ 1.500,00


Rendimentos Ano 5 = 10.000 * 15% = R$ 1.500,00

Rendimento Ano 15 = 10.000 * 15% = R$ 1.500,00

Rendimentos Totais = R$ 22.500,00

Capital Final = Capital Inicial + Rendimentos Totais Capital Final = 10.000


+ 22500 = R$ 32.500,00
Utilizando juros compostos, o total após 15 anos seria de R$ 81.370,62 e
com juros simples R$ 32.500,00, ou seja, com juros compostos obtivemos
um retorno de quase 3 vezes mais que utilizando juros simples.

Quanto mais tempo passa, maior é a diferença.

Conclusão

Espero que tenha gostado do que viu nesse capítulo referente aos juros
compostos, pois é exatamente essa “arma” que iremos utilizar para construir
nosso caminho rumo a liberdade financeira.

A grande diferença na estratégia que iremos montar é que, além de


utilizarmos os juros compostos a nosso favor, também iremos realizar
aportes no meio do caminho, que irão servir de “fermento” a nossa
estratégia.

Não quero te empolgar demais, mas além de realizarmos nossos aportes


mensalmente, para acelerar o processo, receberemos periodicamente

“dividendos” que também poderemos utilizar para acelerar ainda mais nosso
processo rumo a liberdade financeira.
Não crie preocupações em se aprofundar mais sobre investimentos nesse
momento, pois teremos capítulos inteiros falando sobre isso.

Capítulo 3

O perigo do pensamento de curto prazo

Introdução

Algo muito perigoso que vem acontecendo com todas as pessoas


(independente da classe social) é a busca por resultados imediatos.

Todos querem emagrecer em 1 mês, ficar ricos em 1 ano e terem uma vida
perfeita em 5 anos.

Infelizmente a vida não é assim, sendo que geralmente a maioria das


conquistas dependem de um bom tempo de maturação, que nunca deve ser
ignorado.

O grande risco de sempre querer “tudo para ontem” é aquele sentimento de


grande ansiedade que faz com que todos nós vivamos sempre o futuro e nos
esqueçamos do presente.

Quando pensamos em investimentos e construir nossa liberdade financeira, a


variável tempo é uma das mais importantes.

Salvo raras exceções, onde oportunidades únicas podem alavancar nosso


capital rapidamente (aproveitaremos essas oportunidades), quanto mais
tempo estivermos posicionados em um ativo (por exemplo, comprados em
uma ação), maiores são as chances de termos ótimos lucros.

A ansiedade de criar uma riqueza de maneira rápida, faz com que tomemos
decisões precipitadas de investimentos e muitas vezes fiquemos cegos para
oportunidades tão claras como água.

É simplesmente impossível prever se uma ação vai subir ou cair de preço em


um curto período de tempo. Não existe fórmula mágica, não existe guru de
mercado ou qualquer outro recurso que poderá antecipar esse tipo de
informação para você.
O que existem são “palpitadores”, que muitas vezes trabalham para
corretoras, e sempre estão dizendo que uma ação irá subir ou cair,
simplesmente para gerar “ordens de compra e venda” para aquela ação e
gerar lucro para sua corretora (já que a corretora cobra uma taxa de cada
cliente a cada compra e venda de ações).

Devemos ter muito cuidado com o que ouvimos e principalmente de quem


ouvimos.

Eu diria que se um “guru de mercado” fosse tão bom e tivesse uma


assertividade tão alta, ele poderia simplesmente investir seu dinheiro,
entrando e saindo das operações que ele recomenda e não precisaria de um
emprego com carteira assinada. Faz sentido para você? Para mim faz, e
muito.

Portanto, a lição desse capítulo é que você tenha paciência e saiba que
grandes investidores compram ações de uma empresa para realmente se
tornar sócios dela.

Eles analisam diversos fatores da empresa (não se preocupe com isso agora)
e entram no papel (entrar significa comprar) para permanecer por longos
anos.

Para eles o investimento é quase certeiro (porque mesmo realizando uma boa
analise, nem sempre é possível ter certeza absoluta de que teremos lucro em
um negócio).

E pode ter certeza que, grandes investidores não colocam todo o seu dinheiro
em uma única empresa, eles diversificam e compram ações das mais
diversas empresas que eles julgarem interessantes.

A ansiedade pode acabar com sua liberdade financeira e pode destruir da


noite para o dia o seu grande sonho.

Uma pequena história

Demerval era um trabalhador sério, experiente e de muito sucesso em sua


profissão.
Após ler esse livro que está em suas mãos, ele organizou suas finanças e
começou a investir mensalmente uma boa parte de sua renda em ações.

Os anos passavam e Demerval via seu dinheiro crescendo todos os meses,

graças ao poder mágico dos juros compostos.

Infelizmente, Demerval era um pouco ansioso e todos os dias verificava na


conta de sua corretora qual era o saldo de seus investimentos.

Enquanto a bolsa subia, esse comportamento não era um problema.

Só que chegou o ano das eleições. (Geralmente esse costuma ser um ano
com muitos altos e baixos para todos os investimentos).

Demerval começou a enlouquecer, pois sua carteira de investimentos variava


muito.

Em um dia todas as suas ações subiam muito.

No outro, caiam muito.

Até que ele teve uma brilhante ideia. Por que não vender as ações quando
elas subissem e comprar quando elas caíssem? (Parece óbvio não?) Só que é
impossível fazer isso (mas Demerval achava que era possível).

As ações subiram e ele vendeu.

Só que elas continuaram subindo, subindo e subindo.

Quanto mais subiam, mais Demerval suava frio, se irritava e queria morrer.

Ele pensava “Se eu não tivesse vendido, estaria fazendo muito dinheiro”.

Até que um dia, as ações recuaram um pouco e ele comprou tudo o que
pode.

Só que elas continuam caindo, caindo e caindo.


Demerval ficou com muito medo de perder seu suado dinheiro e vendeu
todas as ações que tinha.

E o que você acha que aconteceu?

O mercado começou a subir, e subiu e subir. Nunca mais parou.

As ações de Demerval triplicaram de valor em 6 meses.

Devida a sua ansiedade, Demerval se tornou um “apostador” e não um

“investidor”.

Um investidor de verdade não quer acertar as quedas e altas da bolsa.

O real investidor não liga para os balanços que a bolsa venha a ter. (Na
verdade ele/ela costuma comprar ainda mais quando a bolsa cai).

Ao investir em uma empresa, estamos nos tornando sócios do negócio.

Acreditamos na maneira que a empresa é administrada e nos produtos e/ou


serviços que a mesma comercializa.

Se você acha que um “apostador” tem mais sucesso que um investidor, deixo
o caminho livre para você escolher o caminho que quer seguir.

Se quiser se tornar um investidor e construir sua liberdade financeira, te


convido a continuar o livro e construir nosso caminho rumo a liberdade.
Caso contrário, prazer em conhece-lo e boa sorte em sua jornada.

No longo prazo, o mercado sempre se ajusta aos fundamentos das empresas.

Mesmo que o mundo passe por crises, guerras, catástrofes, etc, as empresas
têm que continuar lucrando para continuar a existirem.

Sem lucro, as empresas não sobrevivem. Portanto, iremos escolher boas


empresas, com uma boa administração e acompanha-las para crescermos
juntos e construirmos nosso caminho.
Lucro é o motivador de qualquer negócio bem sucedido e acredito friamente
que todas as empresas estarão sempre lutando para prover o melhor
resultado possível para os seus acionistas (que somos eu e você).

Não se preocupe em como irá escolher suas ações ou qualquer outro tipo de
investimento, pois mais para frente iremos falar sobre isso.

Antes de chegar a pensar em “como investir”, você deve ter “o que investir”.

Sem uma vida financeira bem estruturada e planejada, não tem sentido
querer investir.

Portanto, para finalizar, lembre-se que você irá se tornar um “investidor” e


não caia na tentação dos mais diversos “gurus do mercado” que dão “dicas”

de compra e venda de ativos todos os dias, pois eles não se interessam que
você realmente faça dinheiro. O foco dos “gurus” é que você faça muitas
operações de compra e venda, pois assim, você irá gerar muitas taxas para as
corretoras lucrarem.

Quanto menos você comprar e vender, melhor.

Você verá que não ficaremos mais de 20 minutos por mês na frente do
computador para comprar ou vender ações.

O tempo é o ativo mais valioso da nossa vida (não podemos compra-lo),


portanto meu compromisso com você é otimizar ao máximo o processo de
conquista da liberdade financeira, para que você possa ter o máximo de
tempo livre para desfrutar com sua família, amigos e com você mesmo.

Capítulo 4

Por que não depender da aposentadoria do

governo?

Introdução
Aposentadoria é um tema polêmico e costuma ser um assunto onde o
consenso é bem difícil de ser atingido.

Quando muito jovens, geralmente não costumamos pensar muito nisso, pois
estamos cheios de “energia” e não sentimentos a menor necessidade em
gastar tempo pensando e planejando algo que está “tão longe” de nossa
realidade.

Conforme a vida vai passando, isso acaba mudando um pouco.

O tema aposentadoria começa a aparecer mais no bate papo com os amigos,


no jantar com a família e até naquele churrasco de final de semana.

Antigamente, costumava-se acreditar que contribuir mensalmente para o


INSS já seria suficiente para ter uma aposentadoria tranquila, mas após
observar diversas pessoas (incluindo meu pai) se aposentarem, percebi que
pensar assim é se se enganar.

No caso do meu pai, ele começou a trabalhar muito cedo na roça e após se
mudar para o estado de São Paulo, trabalhou como metalúrgico durante toda
sua vida até atingir a idade para se aposentar de acordo com a legislação
previdenciária daquele momento (algo que costuma mudar de tempos em
tempos).

Ele pagava um percentual alto de seu salário mensalmente para o INSS


como forma de contribuir para sua aposentadoria no futuro.

Para ele, trabalhar duro, guardar um pouco de dinheiro na poupança e pagar


mensalmente o INSS significava uma aposentadoria tranquila (já que o valor
pago mensalmente para o INSS correspondia a alguns salários mínimos de
aposentadoria).

Infelizmente, não foi bem assim que aconteceu.

Quando chegou o momento de se aposentar, ele teve uma surpresa bem

desagradável.
Devido ao grande déficit da Previdência Social, o governo criou um
mecanismo onde pessoas que se aposentassem muito jovens, teriam um
desconto em suas aposentadorias (o chamado fator previdenciário), e meu
pai foi “vitima” dessa nova política.

Agora, imagina a situação dele.

Uma pessoa com idade avançada, que trabalhou durante toda sua vida em
trabalhos pesados, ao chegar no momento de descansar e “curtir” a vida, se
deparar com a surpresa de que teria uma renda bem inferior ao que ele
calculava receber.

Frustrante não?

Tenho certeza absoluta que essa história aconteceu também com diversas
pessoas ao seu redor e possivelmente continuará acontecendo.

Além disso, um outro ponto que havia me esquecido, foi o FGTS.

O FGTS é uma “poupança” compulsória que também é descontada


mensalmente de todos os trabalhadores que se enquadram no regime CLT.

Essa poupança, que sinceramente, para mim, é simplesmente uma maneira


do governo realizar um empréstimo da população com uma taxa de juros
irrisória, acabou sendo uma outra enganação.

Meu pai “contribuiu” durante toda sua vida e ao se aposentar, quando pode
resgatar o benefício, uma nova surpresa: O valor a ser resgatada era ridículo.

A taxa de juros utilizada para corrigir essa poupança era muito baixa.

Pense comigo como deve ter sido frustrante para meu pai ser obrigado a
diminuir sua qualidade de vida mesmo tendo se esforçado e trabalhado tanto
durante toda sua vida.

Sabe por que isso aconteceu?

Por dois simples motivos.


O primeiro: por falta de informação, já que a internet não existia e as
informações referentes a investimentos eram muito difíceis de acessar.

E segundo: Ele deixou a responsabilidade de cuidar do seu futuro financeiro


com o pior terceiro possível – O Governo.

Tenho um grande orgulho do meu pai e da minha mãe (me inspiro nos dois
para viver minha vida), e sei que eles fizeram de tudo que estava ao alcance
deles para garantir seu futuro financeiro.

Eles tinham disciplina em poupar todos os meses, tinham paciência, mas


infelizmente não tinham a informação de como investir (hoje eles poderiam
estar muito bem de dinheiro).

Só que esse não é o meu caso e nem o seu.

Se nós não cuidarmos de nosso futuro financeiro, com tantas informações


disponíveis como podemos acessar hoje, a responsabilidade é totalmente
nossa.

Quando falo de liberdade financeira nesse livro, a aposentadoria está inclusa


dentro do pacote.

Independentemente de sua idade hoje, o ponto mais importante é nunca


deixar na mão do governo a responsabilidade sobre seu futuro financeiro.

A política pode mudar tudo constantemente, mas a única coisa que não pode
ser mudada é a regra básica de qualquer país capitalista: uma empresa só
continua aberta se estiver lucrando.

Se a empresa está lucrando, quer dizer que ela é bem administrada e


possivelmente terá um longo futuro pela frente.

Ao identificar boas empresas, e comprar ações das mesmas, você estará se


tornando sócios de grandes projetos que podem durar por décadas.

Esses grandes projetos, irão devolver uma parte dos lucros para todos os
acionistas (eu e você) através do aumento do valor da empresa
(consequentemente o aumento do valor da ação), além de distribuírem
dividendos (em muitos casos), que consequentemente poderão ser
reinvestidos em mais compras de ações, gerando um efeito extremamente
interessante e lucrativo para você.

Sinceramente, existe aposentadoria melhor que essa?

Capítulo 5

Dinheiro e os Pilares da Vida

Introdução

Sempre na última semana de dezembro eu costumo criar meu “Plano Pessoal


do próximo ano”.

É algo que venho fazendo há muitos anos e que me ajuda a ter metas claras e
definidas para o próximo ano inteiro.

No decorrer do ano, eu costumo olhar esse plano de tempos em tempos para


avaliar se estou realmente na direção correta.

Para criar esse plano, eu criei um pequeno sistema que chamo de “Pilares da
vida”.

Simplificando a explicação, acredito que para termos uma vida feliz é


importante estarmos bem em todas às áreas da nossa vida e não apenas em
uma.

Por exemplo, não consigo acreditar que um Diretor de uma grande empresa
com um salário milionário é realmente feliz se ele tem um péssimo
relacionamento com a mulher e os filhos, tem diversas doenças e seus

“amigos” são apenas outros diretores da empresa.

Financeiramente ele está muito bem, mas existe um grande desequilíbrio e


internamente ele é uma pessoa infeliz.
No meu caso, eu faço o meu planejamento anual e também realizo
avaliações constantes de como meus pilares (ou áreas) da vida estão.

Considero os seguintes pilares:

Amor, Família e Amigos

Profissional

Financeiro (Dinheiro e Bens Materiais)

Saúde

Espiritualidade e Compartilhar (Doações)

Lazer

Basicamente, utilizo esses 6 pilares para avaliar e planejar minha vida.

Costumo inclusive avaliar pelo menos duas vezes ao ano, dando uma nota de

0 a 10, como estou em cada um desses pilares.

Eu já vivenciei a situação de estar muito bem no pilar profissional e


financeiro, mas totalmente desequilibrado nos outros.

A experiência foi péssima e posso dizer com propriedade que não valeu a
pena o custo para estar bem apenas em 2 pilares.

Os pilares e a correlação com sua liberdade financeira Quando você olhar


para os pilares que citei no começo desse capítulo, é possível que pense ser
besteira e o que importa é realmente ter “dinheiro sobrando”.

Talvez você até pense que quanto mais tempo você investir em aprender
sobre dinheiro ou investimentos, mais rico poderá ficar.

Discordo em grande parte do que escrevi na última frase. Aprender sobre


investimentos com certeza ajuda, mas o equilíbrio dos pilares vai influenciar
totalmente na sua liberdade financeira e irei te mostrar isso pilar a pilar:
Amor, Família e Amigos

Ao estar feliz com sua família, sua casa se torna o seu “forte” e sempre que
você estiver exausto e cansado no trabalho, irá se lembrar que no final do dia
(ou no final de semana), você terá um momento tão incrível com sua família
que aqueles problemas diários não são absolutamente nada.
Instantaneamente você fica mais leve.

Fora isso, ao ter bons amigos (e não aqueles que te levam para o buraco),
você terá um apoio adicional para compartilhar problemas, alegrias e dar
ótimas risadas. Somente o fato de rir por si só, fará com que você se sinta
mais feliz e tenha uma vida mais leve.

Além das risadas, existe um ponto muito importante quando falamos de

amigos.

É bem importante ter a nossa volta pessoas que realmente nos fazem crescer.
Não sei se você já ouviu essa frase, mas para mim ela é muito verdadeira:
Você é a média das 5 pessoas que você mais convive. Ou seja, se você só
convive com pessoas endividadas e que gastam sem parar, existe uma
chance muito grande de você também ser assim.

Selecione as pessoas que você mais convive de maneira que tanto elas te
ajudem a crescer como você também as ajude.

Na questão da liberdade financeira é legal que você indique o livro para


pessoas próximas a você que você entenda que estejam abertas a seguir
nesse caminho.

Será muito mais fácil para você seguir o processo se possuir mais pessoas
seguindo o mesmo caminho (vocês poderão se apoiar e falar sobre o
assunto).

Fora isso, a leveza da família e dos amigos, aumenta sua performance no


trabalho e consequentemente aumentará sua renda, pois no médio/longo
prazo você terá aumentos de salário ou simplesmente irá procurar novos
desafios em outras empresas com rendimentos maiores.
Quanto maior o rendimento, mais dinheiro você tem para investir e mais
rápido sua liberdade financeira chegará.

Tudo está conectado!

Profissional

O pilar profissional é muito importante, pois para a maioria das pessoas, esse
pilar é a principal fonte de renda.

Inclusive gostaria de fazer um comentário.

No “mundo cor de rosa” vendido hoje por diversos livros e publicações, é


dito que temos que “trabalhar com o que amamos”.

Eu diria que seria muito bom se isso fosse possível para todas as pessoas.
Mas o grande problema é que é muito difícil descobrir o que realmente
amamos fazer e ao martelar isso diariamente na cabeça de todas as pessoas, a
chance de criar-se uma tristeza profundo e uma possível depressão é enorme.

Digo isso, pois passei anos dizendo que não gostava do que fazia e tinha me
trabalhar com algo que eu realmente “amasse”.

Só que quando realmente eu parava para analisar o que eu amava, entrava


em parafuso.

Notei que estava sendo totalmente influenciado pelo o que eu ouvia por aí e
a partir do momento que apaguei esse pensamento da minha mente, comecei
a trabalhar melhor, produzir mais e consequentemente fazer mais dinheiro.

Sugiro que não entre nessa onda do “trabalhar apenas com o que eu amo”,
pois, a chance de você queimar uma boa parte da sua vida é bem alta.

Simplesmente, dê o melhor de si no lugar onde você está no momento e você


irá notar que rapidamente você começara a “gostar mais do que você faz” e
também a fazer mais dinheiro.

Quanto mais dinheiro fizer, mais perto ficará da sua liberdade financeira.
Financeiro (Dinheiro e Bens Materiais)

Do pilar financeiro, iremos tratar praticamente durante o livro todo, portanto


prefiro não realizar nenhum comentário agora.

Saúde

Esse é um dos pilares que mais gosto de falar.

Infelizmente, muitas pessoas deixam completamente de lado esse pilar.

Não se cuidam, comem mal, não praticam nenhum exercício físico e chegam
até a colocar o corpo no limite todos os finais de semana de

tamanha quantidade de alimentos ruins que ingerem.

Saúde é o único bem que o seu dinheiro não pode comprar, portanto se não
cuidar dela, não importa quanto dinheiro você tenha, outras pessoas irão
desfrutar dele e não você.

Sou uma pessoa que sempre cuidou bem da saúde. Às vezes tenho minhas
quedas (como toda pessoa), mas sempre cuido muito bem da minha
alimentação e pratico exercício físico pelo menos 5 vezes por semana.

Sabe qual é o maior benefício imediato em estar com sua saúde 100%?

Ter muita energia.

E sabe o que acontece com pessoas que possuem muita energia? Elas
trabalham mais, produzem mais e fazem mais dinheiro.

Não querendo soar repetitivo, mas se você faz mais dinheiro, investe mais e
ficar mais perto da sua liberdade financeira. Simples assim.

Espiritualidade e Compartilhar (Doações)

Esse pilar é um pouco polêmico para algumas pessoas, mas para mim
sempre foi uma das minhas grandes bases.
Cada pessoa tem suas crenças e costumo dizer que nessa hora o mais
importante é respeitar o que as outras pessoas acreditam, mesmo que não
acreditemos em uma única palavra do que é dito.

A base espiritual (independente da religião) é algo que costuma me dar uma


energia extra para atingir minhas metas e superar meus desafios.

Não vou entrar em muitos detalhes referentes a espiritualidade e ao que eu


acredito, pois, esse pilar é algo extremamente pessoal.

Além da espiritualidade, esse pilar também possui o item

“Compartilhar”.

Esse livro que está em suas mãos no momento, faz parte exatamente dessa
categoria dentro do meu sistema de pilares.

Acredito que quanto mais compartilhamos e ajudamos outras pessoas, mais


o universo nos ajuda e mais felizes somos.

Cada pessoa pode compartilhar de seu próprio jeito, mas garanto a você, que
não existe nada mais satisfatório do que escutar que com uma ação sua, você
conseguiu mudar algo na vida de outra pessoa.

Digo isso, pela experiência que tive com meu outro livro sobre “Day Trade”.
Conheci inúmeras pessoas que perderam muito dinheiro e tiveram suas vidas
destroçadas. Decidi escrever o livro e contar minha experiência, não focado
em quantas cópias poderia vender, mas sim que poderia evitar dor e
sofrimento para algumas pessoas. O dinheiro nesse caso foi apenas o efeito,
mas a causa real do livro foi realmente ajudar alguém.

Lazer

Lazer é o pilar que sempre tive mais dificuldade, pois adoro trabalhar e
produzir. Para mim o lazer é ir à academia, participar de provas de corrida,
ler um bom livro ou fazer um curso de algum assunto novo.

Creio que esse pilar também é bem pessoal, mas como todos os outros é bem
importante.
Viajar e se desligar um pouco do mundo, pode te trazer novas ideias que
nunca passaram pela sua cabeça e podem te ajudar a crescer ainda mais
como pessoa e posteriormente influenciar no seu rendimento mensal.

Comentários finais sobre os pilares

Considero esses pilares a base para minha felicidade e faço um grande


esforço para por energia em todos sempre.

Infelizmente, não consigo colocar a mesma quantidade de energia em todos


os pilares sempre, pois de acordo com a fase da minha vida, as vezes um
pilar acaba demandando mais energia que o outro, mas tento manter o
equilíbrio sempre.

Sei que esse livro se trata de liberdade financeira e de dinheiro, mas peço
que guarde com atenção essa frase, pois apenas fui capaz de entende-la
depois de cometer os mais diversos erros:

“Sem equilíbrio na vida, de nada vale o dinheiro e a liberdade financeira”.

Ter dinheiro e não ter saúde ou uma família e amigos para desfrutar, é o
mesmo que nada ter.

Penso que o dinheiro não deve ser o propósito da sua vida.

E por que digo isso?

Pessoas que vivem a vida inteira totalmente focadas em apenas fazer mais e
mais dinheiro (vivi uma boa parte da minha vida assim), acabam se tornando
cegas para todos os outros pilares e muitas vezes quando notam, perderam
oportunidades únicas que podem não voltar mais.

O processo que estou descrevendo no livro leva isso em consideração e por


isso criei esse capítulo sobre pilares da vida.

A vida não costuma ser fácil para a maioria das pessoas normais.

Trabalhamos muitas horas por dia, estudamos muito para evoluir em nossas
profissões e temos que dar atenção para nossas famílias e amigos.
Se você começar a preencher as poucas horas livres que você tem com
estudos mirabolantes financeiros ou criando planilhas mirabolantes, você
não terá tempo para cuidar de você, da sua família e desfrutar um pouco com
seus amigos.

No longo prazo, te garanto, isso irá pesar bastante.

Por isso, te peço para não perder o foco do trabalho que estamos fazendo,
pois nos capítulos finais do livro, irei te mostrar como gastar o mínimo
tempo possível para cuidar do seu dinheiro e caminhar mensalmente para
sua liberdade financeira.

Quero que você gaste pouquíssimas horas com esse processo por mês (não
mais que 4 horas por mês) e que fique satisfeito em estar cuidando desse
importante pilar.

Além disso, acredito que o dinheiro nada mais é do que o combustível para
os outros pilares. Ele pode ser utilizado para muitas coisas boas e realmente
tornar a sua vida mais feliz.

Capítulo 6

A armadilha do mundo consumista

Introdução

Quanto mais o tempo passa, melhor são as condições financeiras da


população em geral (salvo algumas exceções) e mais serviços e produtos são
disponibilizados.

Toda essa evolução tem um lado muito bom, pois facilita nossas vidas
diárias

e simplificam diversas tarefas que antigamente gastávamos horas para


realizar.

Além de toda essa evolução de produtos e serviços, o acesso à informação


hoje em dia é vasto, sendo que somos bombardeados a todo momento com
muita informação (o que nem sempre é bom).
A qualidade da informação que chega até nós nem sempre é de qualidade, e
mesmo sem saber, somos influenciados conscientemente e
inconscientemente (principalmente quando o assunto é consumo).

Esse assunto pode parecer sem conexão com esse livro, mas na realidade, o
assunto é totalmente relevante.

A mídia e os departamentos de marketing das mais diversas empresas têm


estratégias de vendas que nos bombardeiam de todos os lados: propagandas
na TV, propagandas na internet, filmes, seriados, novelas, jogos de futebol,
etc.

Somos forçados a acreditar que devemos comprar certos produtos e serviços


que muitas vezes são totalmente inúteis para o nosso dia a dia.

E por que isso é tão importante?

Pois essas compras desnecessárias no decorrer de 1 ano inteiro (ou de 10

anos) representam uma parte considerável de nossos gastos e esse dinheiro


que poderia ser investido e estar trabalhando para você, na verdade estão
sendo “torrados” de uma maneira nem um pouco inteligente (para não dizer
outra coisa).

Não é que não possamos comprar “mimos” e coisas supérfluas, mas a


maioria das pessoas, se realmente analisarem a fundo como gastam seu
dinheiro (não se preocupe, isso fará parte do seu processo nesse livro), se
assustariam ao notar como um grande percentual de toda a sua renda é
desperdiçada com compras sem o menor sentido.

Dinheiro é uma ferramenta poderosa na sua vida, que pode tanto te ajudar a
ser feliz ou ser uma grande fonte de problemas. A escolha é sua.

Ganhe mais e gaste mais

Um comportamento que podemos notar em praticamente quase todas as


pessoas é o “ganhe mais, gaste mais”.
Ou seja, conforme sua renda vai aumentando, você também aumenta o seu
padrão de vida e no final do mês, se você costumava dizer que não
conseguia investir dinheiro, pois seus rendimentos eram baixos, mesmo
aumentando o seu salário, você continua sem dinheiro para investir.

No final das contas, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não
adianta você aumentar seu salário e sua renda, se você não souber gastar o
seu dinheiro.

Digo isso por experiência própria.

Quando tinha 18 anos e fui contratado na Telefônica, o meu salário era


baixo, mas eu conseguia pagar todos os meus custos mensais: Faculdade,
Cursos, Pequenas Viagens, cerveja com os amigos e inclusive guardei
dinheiro para realizar meu intercâmbio na Irlanda (claro que trabalhei lá o
tempo todo).

O dinheiro parecia que “rendia” muito.

Nessa época eu já investia, mas o percentual da minha renda que ia para a


minha conta de investimentos na corretora (explicarei sobre isso mais para
frente) era muito pequeno.

Anos depois, minha renda aumentou muito (diria que em torno de 13 vezes),
e mesmo assim, o percentual que eu conseguia investir continuava muito
baixo.

A diferença é que eu comprava roupas melhores, o celular do ano, um carro


extremamente confortável e assinava alguns serviços que eu considerava

“essenciais”.

Note que minha renda aumentou TREZE VEZES, e mesmo assim eu não
conseguia investir uma parte considerável da minha renda.

E por que isso?

Porque eu não sabia gastar.


Espero que você esteja fazendo contas nesse momento e pensando sobre seu
histórico de salários e renda dos últimos anos e chegue a uma conclusão
parecida com a minha.

Somos praticamente “forçados” a gastar sempre mais.

Conforme evoluímos em nossa carreira, temos mais pessoas a nossa volta


com rendas parecidas a nossa, e, como todas essas pessoas também não
sabem gastar, você acaba sendo influenciado por péssimos conselhos (que te
afastam da liberdade financeira).

Toda vez que ouvir um conselho do tipo “troque de carro”, ou “compre um


celular novo”, ou coisas do tipo, analise a vida financeira da pessoa que está
te aconselhando. Você gostaria de ter a mesma vida financeira que ela? Se a
resposta é não, eu recomendo que pense duas vezes antes de seguir um
conselho que simplesmente irá te levar para um caminho que te distanciará
de sua liberdade financeira.

A ilusão do Cartão de Crédito

Antes de terminar esse capítulo que fala sobre as armadilhas do mundo


consumista, eu não poderia deixar de falar para você sobre a principal: O

cartão de crédito.

Temos cartões para todos os gostos: laranja, vermelho, verde, amarelo, azul,
com a bandeira do seu time de futebol e até alguns que são símbolo de
cobiça e status como o pretinho.

Aparentemente, ter um cartão de crédito parece ser uma conquista. Se


utilizado da maneira correta, realmente pode ser uma boa ferramenta.

Mas temos uma pegadinha aqui.

Quando você muda de emprego ou tem um aumento de salário, o que o seu


banco costuma fazer?

O banco aumento o limite do seu cartão de crédito, certo? (Espero que tenha
respondido sim)
Com um limite maior, você pode gastar mais, certo?

Além de gastar mais, você pode PARCELAR mais.

Pense naquele dia que você foi visitar uma loja no shopping apenas para dar
uma “olhada” em um novo celular que você “tem certeza absoluta de que
está precisando”.

Ao chegar a loja, um vendedor muito simpático te mostrou o aparelho e você


pensou “que incrível! Eu adoraria ter esse celular”.

O vendedor então ao notar sua cara de espanto com o preço, diz “mas se
você parcelar em 12 vezes não terá juros e a parcela com certeza cabe no seu
orçamento”.

Sabe o que aconteceu aqui?

Automaticamente, aquele valor que parecia impossível de pagar se


transformou em apenas “uma pequena parcela” e você não faz a conta
pensando no valor total e sim apenas no valor da parcela.

Eu diria para você, que esse é o grande perigo do cartão (nem estou falando
de taxas), pois aqui você começa a acabar com o seu fluxo de caixa mensal
(te ajudarei a montar o seu de maneira prática nos próximos capítulos) e sua
renda começa a ficar comprometida antes mesmo de você receber seu salário
ou pró-labore.

O cartão de crédito tem o poder de criar uma “ilusão” de que você possui

mais dinheiro do que realmente tem.

É uma grande armadilha que é vendido como um grande benefício.

O parcelamento é uma grande ilusão e peço de coração a você que daqui em


diante evite ao máximo utilizar essa função do seu cartão.

Ao realizar suas compras apenas com a opção “à vista” do cartão, você


pensará duas vezes antes de realizar uma compra e não comprometerá sua
renda futura (as vezes de 1 ano inteiro), evitando grandes frustrações ao
receber sua fatura do cartão e ver aquela linha escrito “1 de 12” e mais 11

parcelas restantes para pagar por um produto que depois de um tempo você
considerou inútil.

Meu foco não é dizer que o cartão de crédito é algo ruim. Eu considero
extremamente útil, sendo que utilizo a função crédito para todos os
pagamentos, pois facilita eu realizar o meu controle mensal de gastos.

Recomendo você a utilizar sempre o seu cartão de crédito na função “à


vista”, pois isso mudará drasticamente o seu fluxo de caixa mensal.

Um segundo ponto que quero mencionar a você é: se você utiliza o cartão de


crédito, utilize apenas o cartão de crédito e não utilize nem débito e nem
dinheiro.

Se você utilizar tanto o crédito como o débito em conjunto, você terá a


impressão de que sua renda é “dobrada” e no momento que sua fatura do
cartão chegar, você não terá dinheiro suficiente para paga-la e isso pode se
transformar em um verdadeiro pesadelo financeiro.

Tenho um tio que por 3 vezes seguidas, se enrolou com o cartão de crédito, e
sabe o que ele fazia? Pagava o valor mínimo da fatura (quando você faz isso,
os juros cobrados são absurdamente altos) e nas 3 ocasiões ele negociou com
a empresa que trabalhava para ser demitido, receber seus direitos e pagar o
cartão de crédito (com muitos juros é claro).

Jamais utilize débito e crédito juntos. JAMAIS. Isso pode realmente acabar
com sua vida financeira (e você NUNCA chegará a sua liberdade
financeira).

O fato de utilizar sempre o cartão de crédito facilita bastante para


descobrirmos exatamente como gastamos nosso dinheiro.

Recomendo a você concentrar todos os seus gastos no cartão de crédito,


pagando sempre a vista.
Evite ao máximo utilizar seu cartão de débito e sacar dinheiro, pois o que
pagamos com dinheiro fica difícil de controlar e saber posteriormente com o
que aquele valor foi gasto. A ideia aqui é simplificar ao máximo sua vida
financeira, portanto quero que você gaste o mínimo de tempo possível para
controlar seus gastos e investir.

Esse é o nosso foco aqui.

Antes de finalizar esse tópico, quero fazer um último comentário importante.

A maioria dos cartões de crédito possuem anuidades. Ao escolher o seu


cartão de crédito, pese bastante se aquele cartão realmente faz sentido para
você.

Exemplificando, eu por muitos anos, tive um cartão “Black” que acumulava


2

milhas a cada dólar gasto no cartão.

Parecia um ótimo negócio, mas a anuidade desse cartão era bem alta.

Quando sentei para fazer as contas, pelas milhas que eram acumuladas por
mês, esse cartão só valeria a pena para mim se eu gastasse um valor superior
a 7 mil reais por mês no cartão.

Portanto, cancelei o cartão e adquiri um cartão sem anuidade nenhuma e


com um limite que atendesse as minhas necessidades.

Taxas de contas bancárias, anuidades de cartões e coisas do tipo são


realmente dinheiro jogado no lixo.

Sugiro que você verifique o quanto paga de anuidade no seu cartão de


crédito e faça a conta se realmente isso vale a pena para você.

Mesmo que não pareça um valor relevante em 1 ano, o valor da anuidade

poderá ser investido e após alguns anos, esse valor também te ajudará a
conquistar sua liberdade financeira.
Todos esses gastos quando somados, tornam-se um valor relevante e irão te
ajudar muito em sua jornada rumo a liberdade.

Capítulo 7

A simplicidade de grandes investidores

Introdução

Nesse capítulo iremos falar brevemente sobre duas pessoas que possuo uma
tremenda admiração.

Ambos são grandes investidores e mesmo sem terem se influenciado, suas


maneiras de agir e pensar são parecidas.

Vivem de maneira simples, investem há décadas e são focados


principalmente no mercado de ações.

Suas filosofias de investimento são baseadas em utilizar as ações como uma


maneira de se tornar sócios de grandes empresas.

Ambos se focam em procurar empresas que sejam muito bem administradas


e

que possuam um alto potencial de longevidade (ou seja, empresas que


possam atuar por séculos).

Creio que pela breve descrição, vocês já devem imaginar de quem estou
falando.

A primeira pessoa é conhecida como o “Oráculo de Omaha”, sendo


simplesmente o maior investidor do mundo, Warren Buffett.

E o segundo, é hoje o maior investidor Pessoa Física da bolsa de valores


brasileira, Luiz Barsi Filho.

Falaremos um pouco a respeito de cada um (não se aprofundando muito,


pois a internet está cheia de informação referente a ambos), mas focando
muito mais na maneira de pensar desses dois “gênios” dos investimentos.
O meu propósito nesse capítulo é mostrar a vocês, como o pensamento de
médio/prazo funciona muito bem quando falamos de investimentos.

Warren Buffett

Warren Buffet tem uma marca impressionante em seus investimentos.

Desde a década de 60, ele tem conseguido um retorno médio anual de 20%.

Se pensarmos em 2019, estamos falando de 59 anos com um retorno médio


de 20% ao ano.

Esse número é simplesmente incrível.

Se realizarmos uma simulação, garanto que você cairá para trás.

Vamos supor que no ano de 1960 você tivesse aplicado 1000 reais na bolsa
de valores e gerenciasse seu dinheiro como Warren Buffett.

Hoje você teria simplesmente mais de 40 milhões de reais. (Não foi


descontada a inflação desse cálculo).

Pode parecer brincadeira, mas o poder dos juros compostos é realmente


impressionante.

Claro que nessa pequena simulação, estamos falando de Warren Buffett, que
é uma pessoa simplesmente incomparável. (Jamais devemos simular o
retorno de nossos investimentos com base no retorno que ele tem).

Basicamente, ele sempre investe em empresas nas quais o corpo


administrativo é de confiança e que possuam um diferencial competitivo,
além de claro, se mostrarem como empresas com uma alta chance de
sobrevivência por muitas décadas.

Luiz Barsi Filho

Já nosso “orgulho nacional” tem uma história muito interessante.


Ele começou seus investimentos na casa de seus 30 anos e até hoje é um
investidor ativo em ações.

Seu método é muito similar ao de Warren Buffett. Ele sempre procura


empresas com um ótimo corpo administrativo, que possuam um grande
potencial de perdurarem por muitos anos e que sejam boas pagadoras de
dividendos (dividendos são uma parcela do lucro de uma empresa que é
distribuída para os acionistas periodicamente).

Sempre reinvestindo todos os dividendos recebidos, ele deixou os juros


compostos realizarem sua mágica.

Hoje é o maior investidor pessoa física da bolsa de valores brasileira e


desfruta um estilo de vida simples.

Ele costuma dizer que entre comprar um carro de 100 mil reais ou comprar
um de 50 mil e investir os outros 50 mil na bolsa, ele sempre preferiu a
segunda opção.

Luiz Barsi também costuma dizer que investe por prazer e que entende que
investir em ações é uma das melhores maneiras de se tornar sócio de
negócios promissores.

Para ele, as duas palavras mais importantes para o sucesso de um investidor


são: Disciplina e paciência. (Concordo totalmente) Resumo

Escrevi esse pequeno capítulo apenas para demonstrar o poder dos juros
compostos e como um pensamento “simplista” de investimentos pode gerar
resultados muito satisfatórios no longo prazo.

Você não precisa investir valores absurdos por mês para conquistar sua
liberdade financeira, mas o grande X da questão é ter a disciplina de investir
todos os meses e começar o quanto antes, pois os juros compostos se
acumulam conforme o tempo passa.

Quanto mais cedo começar, mais juros irão se acumular e mais perto da sua
liberdade financeira você estará.

Capítulo 8
Imóvel

Introdução

Nesse capítulo irei tratar um assunto muito delicado: Imóveis.

Quando pensamos em liberdade financeira e investimentos, esse tema é


sempre muito polêmico.

Eu tenho uma opinião muito formada em relação a isso, mas antes de te


contar qual é, quero me aprofundar no tema.

No Brasil, ter imóvel é um dos maiores símbolos de sucesso pessoal.

Quando alguém diz “eu vivo de aluguel”, as pessoas costumam até a “sentir
dó” da pessoa, pois com certeza, na opinião popular, viver de aluguel é visto
como ser um fracassado. (Meus pais dizem isso).

Só que aqui, quero te lembrar de uma coisa.

O povo brasileiro, infelizmente, é um povo extremamente carente em


educação financeira, portanto, antes de entrar no “fluxo de pensamento
popular”, você deveria pensar duas vezes.

Será que esse pensamento totalmente difundido em nossa sociedade


referente a imóveis irá te ajudar realmente a ter sucesso?

Claro que, a palavra sucesso é uma daquelas palavras que são extremamente

“genéricas”, pois sucesso pode ter significados diferentes para cada pessoa.

Para mim, sucesso (pensando no pilar financeiro) é ter um patrimônio


considerável do qual eu possa usufruir e não depender mais do meu emprego
para sobreviver, ou seja, sucesso financeiro para mim é conquistar a minha
liberdade financeira.

Portanto, nesse capítulo iremos tratar o tema “Imóveis” dentro do contexto


para liberdade financeira.
Como já disse inúmeras vezes, não sou dono da verdade. Meu foco aqui é
abrir sua mente para tomar o controle da sua vida financeira e
principalmente ter a consciência de que as decisões que você toma no
decorrer da sua vida, terão grandes consequências (principalmente referentes
a compras de altos valores, como imóveis).

Imóvel próprio é um investimento?

Começamos aqui nossas polêmicas.

Sinceramente, o imóvel pode ser sim um investimento, mas depende muito


da maneira como você realiza a compra (financiado ou à vista) e qual é o
propósito daquele imóvel.

Ao comprar o imóvel com o intuito de valorização, geralmente imaginamos


que é impossível perder dinheiro, mas o ponto aqui é que ao ter tanto
dinheiro imobilizado em um único investimento, podemos estar perdendo a
oportunidade de outros investimentos mais lucrativos.

Creio que a melhor maneira para falar sobre esse tópico é realizar algumas
contas.

Vamos supor que você deseje comprar um imóvel no valor de 500 mil reais
na cidade de São Paulo.

Você terá duas opções de compra, a primeira realizando o pagamento a vista


e a segunda, financiando o imóvel.

Se você pagar o imóvel a vista, você realiza a compra e fim de história.

Vamos pensar o seguinte.

Historicamente, o imóvel valoriza-se na média corrigindo a inflação, ou seja,


mesmo que tenha grandes picos de valorização, no longo prazo, o imóvel se
valoriza muito próximo a inflação, protegendo o seu dinheiro da
desvalorização.

Se pensarmos em um período de 30 anos, esse imóvel de 500 mil reais, iria


valer em torno de 2 milhões de reais (as contas são apenas uma estimativa,
pois é impossível prever a inflação futura).

Aparentemente, seria um grande investimento, certo?

Vamos continuar.

Agora, vamos pensar o seguinte:

Se invés de comprar o imóvel, você alugasse um imóvel similar. Como será


que essa conta ficaria?

Em uma média, o aluguel médio está cerca de 0,4% ao mês do valor do


imóvel, ou seja, um imóvel de 500 mil reais, custaria em torno de R$

2.000,00 por mês, ou seja, cerca de R$ 24.000,00 por ano.

Em 30 anos, desembolsaríamos somente de aluguel cerca de 1 milhão e meio


de reais! Assustador? Tenha calma.

Já que não compramos o imóvel, aquele dinheiro todo ficou disponível para
investir.

Pensando no longo prazo, não é difícil para você conseguir um retorno


médio de 1% ao mês para seus investimentos. (Pensando em uma carteira de
ações).

Lembro que é impossível eu te garantir esse retorno, pois a economia é um


ser vivo que muda bastante. A única coisa é que é impossível um país
crescer sem que suas empresas cresçam.

Voltando ao nosso cenário...

Vamos pensar o seguinte. Iremos utilizar aqueles 500 mil reais para investir
e todo ano pagaremos nosso aluguel de uma vez, ou seja, deduziremos 24
mil
reais ao final do ano do montante total.

Corrigiremos o aluguel a uma taxa de 5% ao ano, para deixar nossa conta


mais real.

A simulação ficaria assim:

No gráfico acima, coloquei apenas como seria o ganho de capital nos


primeiros 5 anos de nossa estratégia.

Notem que, ao final de cada 12 meses, temos uma “quebra” na linha de


crescimento do nosso gráfico, pois a cada 12 meses, realizamos o pagamento
do aluguel anual (sendo corrigido anualmente).

Se observamos o período inteiro de 30 anos, o resultado seria:


Ou seja, nosso capital iria para cerca de 7 milhões de reais.

Lembro que, não colocamos aqui a questão de manutenção do imóvel (no


caso de alugar, seria responsabilidade do dono do imóvel).

Comparando os dois cenários, ao comprar o imóvel a vista e morar nele, em


30 anos o mesmo estaria valendo cerca de 2 milhões de reais, enquanto, ao
viver de aluguel, você teria ao final do período de 30 anos, cerca de 7
milhões de reais, uma diferença considerável não?

Imóvel Financiado

Agora, sabemos que infelizmente a maioria dos brasileiros não possuem


condições de comprar sua moradia a vista e costumam utilizar os famosos
financiamentos imobiliários.

Um financiamento nada mais é do que um empréstimo bancário com uma


taxa de juros reduzida (pois o imóvel é uma garantia do empréstimo e caso
você não honre as parcelas, seu imóvel poderá ir para as mãos do banco).

Infelizmente, a maioria da população tem um pensamento extremamente


simples para decidir se compra um imóvel financiado.

O pensamento é “A parcela do financiamento será menor do que um


aluguel?
Se sim, estou no caminho certo!”.

Será mesmo?

Mais uma vez, quero realizar uma simulação com você.

Vamos supor que você queira comprar o mesmo imóvel do exemplo anterior
por 500 mil reais e opta por dar uma entrada de 30% do valor (ou R$

150.000,00) e financia o saldo restante de 350 mil reais em 30 anos.

Utilizando um simulador de financiamento imobiliário do site do banco


CAIXA Econômica Federal, a taxa de juros anual ficou em 10,25% ao ano.

Entrada: R$ 150.000,00

Primeira Parcela: R$ 3.956,21

Valor Financiado: R$ 350.000,00

Valor Total Pago ao Banco: R$ 742.126,41

Em 30 anos, iremos pagar mais do que o dobro pelo valor que financiamos
inicialmente (R$ 350.000,00).

O valor da parcela fica muito mais alto do que um aluguel para esse tipo de
imóvel (Cerca de R$ 2000,00).

Veja o fluxo do primeiro ano:


A renda para ser aceito em um financiamento desses é de cerca de R$

13.000,00 por mês.

Geralmente ao observar um fluxo desses, as pessoas costumam pensar que


vale a pena, pois mesmo sendo mais caro que um aluguel (indo inclusive
contra o pensamento de que o valor da parcela deveria ser menor do que o
do aluguel), depois de um certo tempo, a parcela irá diminuir bastante e
nesse caso será algo totalmente “viável” e um ótimo “investimento”.

Você não precisa acreditar nos cálculos que estou compartilhando com
você, você pode realizar os seus próprios e chegar a conclusões bem
parecidas.

Ao final de 30 anos, você terá pago pelo imóvel cerca de 1 milhão e o


mesmo

irá valer cerca de 2 milhões de reais.


Creio que você já notou onde quero chegar.

Desculpe se estou sendo chato, mas quero forçar você a pensar sobre esse
tópico.

Quero mostrar para você, um cenário onde, irei calcular o que aconteceria se
você pagasse um aluguel de R$ 2.000,00 por mês e utilizasse o restante do
valor da parcela do financiamento para investir.

Montarei o cálculo considerando os 30 anos, e corrigirei o valor do aluguel


em 5% ao ano.

Quando realizamos os cálculos, parece assustador essa ideia de financiar e


creio que você deva se sentir “assaltado”.

Infelizmente, o mundo funciona assim e quem não cuida bem de sua vida
financeira é devorado pelos “leões”.

Voltando a nossa simulação...

Vamos combinar as regras da nossa simulação:

1.

Você irá morar de aluguel pelos próximos 30 anos.

2.

Seu aluguel é de R$ 2.000,00 por mês, e será corrigido anualmente a taxa de


5% ao ano.

3.

O valor a ser investido, durante os próximos 30 anos será igual ao valor da


parcela original, ou seja, R$ 3.956,21.

4.
Pagaremos o aluguel anualmente, realizando uma retirada de nosso capital
investido (O cenário ideal serial não realizar essa retirada e pagar o aluguel
com outro capital).

5.

Um último detalhe importante, o valor da entrada de R$ 150.000,00

será aportado como investimento, já que não teremos pago essa entrada ao
banco.

Vamos lá!

Como seriam os primeiros 5 anos utilizando essa estratégia?

Conforme podemos ver no gráfico acima, ao final de cada ano, temos uma
pequena “queda” em nosso capital, pois realizamos o pagamento do aluguel
anual.

Podemos considerar um resultado razoável para os primeiros 5 anos, mas a


partir daqui a mágica realmente começa a acontecer.

Lembre-se que os juros compostos são incríveis, pois o rendimento de 1% ao


mês acontece sobre o capital inicial + os aportes mensais + os juros já
acumulados.
Vejamos como ficaria nossa estratégia em 5 anos:

Aqui você pode notar que o crescimento do seu capital se torna exponencial
conforme o tempo passa.

O capital inicial é o mesmo, os aportes mensais são os mesmos, e você ainda


retira todo final de ano o valor do aluguel anual do seu capital (senão esse
capital seria ainda maior).

Vamos aproveitar e simular como ficaria nosso cenário se aportássemos


todos os meses R$ 3.956,21 e não realizássemos as retiradas anuais para
pagar o aluguel.
E ao final de 30 anos:

A diferença é muito grande.

Se evitássemos as retiradas ao final de cada ano, simplesmente dobraríamos


o nosso capital.

Não se espante com os números, estou mostrando a você apenas o “o poder


dos juros compostos”.

Espero que os exemplos acima também te ajudem a reavaliar se comprar um


imóvel próprio é realmente a melhor opção para você.

Vida a Dois

Além dos pontos que comentei acima, gostaria de ressaltar uma outra coisa.

Geralmente o imóvel é uma das primeiras metas de um casal jovem.

Antes mesmo de se casar, um dos eventos mais comemorados pelo casal e


pelas respectivas famílias é a compra do imóvel pelo casal, onde os dois irão
iniciar sua vida juntos.

Realmente é um momento bonito e especial, mas não posso deixar de


mencionar que esse pode ser também um dos maiores erros que um casal
pode cometer se não for bem planejado.
Ao assumir uma dívida tão grande e duradoura como a compra de um
imóvel (chamo de dívida, pois até você quitar o financiamento, você deve
para o banco e se você não pagar as prestações, você perde o imóvel), o
casal pode estar começando com o pé esquerdo sua história juntos.

Não quero ser pessimista e nem desanimar você, mas acredito que a melhor
forma de educar uma pessoa é com a realidade. (Espero que você tenha
comprado esse livro para ler verdades e não para receber afagos).

Dinheiro é um pilar muito importante para a vida de um casal e caso você


comprometa a maior parte de sua renda com um custo fixo muito alto,
quando algum problema aparecer o nível de estresse pode subir muito e sua
relação com sua amada/amado pode se desgastar e até mesmo chegar ao fim.

O dinheiro deve ser um combustível para ajudar os relacionamentos a serem


mais felizes e terem mais prazer e não o contrário.

É péssimo um casal que gasta a maior parte do tempo falando sobre

dividas e dinheiro.

Isso é tão perigoso que com o tempo, a relação pode esfriar muito e
funcionar quase como “uma empresa”.

Por isso, quero deixar como conselho no fim desse capítulo: jamais compre
um imóvel na emoção, pois não será fácil se livrar dele.

Pesquise, planeje, faça contas e leia diversas vezes as simulações que fiz
para você nesse capítulo.

Conversem e decidam se talvez o melhor caminho não é viver de aluguel e


trabalhar juntos para construir a liberdade financeira do casal.

No futuro poderão adquirir um imóvel do jeito que quiserem sem


comprometer uma parte expressiva do patrimônio do casal.

O outro lado da moeda


Creio que ao ler o capítulo inteiro, deva ter ficado um pouco claro para você
que eu tenho uma forte opinião sobre imóveis.

Mas não devemos generalizar nunca, pois em todo mercado existem ótimas
oportunidades

Somente quero ressaltar um ponto que considero extremamente importante.

O propósito desse livro é te ajudar a tomar o controle da sua vida financeira,


ou seja, aprender a poupar, organizar seu dinheiro, investir e atingir sua
liberdade financeira.

Só que existe um porem.

O que eu disse é possível para qualquer pessoa, depende simplesmente da


força de vontade de cada um.

Mas se você realmente não consegue poupar, comprar um imóvel pode ser
algo bom para você, pois somente assim você acabará “guardando”

dinheiro de maneira forçada.

Eu não considero isso uma boa estratégia e acho que é inclusive se colocar
como vítima da situação, mas se para você essa é a única alternativa, é
melhor que compre um imóvel do que “torrar” todo o seu dinheiro com
coisas supérfluas.

Conclusão

Espero que esse capítulo tenha feito sua cabeça esquentar um pouco.

Ter um imóvel próprio é uma “crença” cultural muito forte de todos nós
brasileiros e entendo que sua cabeça deve ter “fritado” um pouco ao ver uma
opinião com tantos números e fatos dizendo o contrário.

Como sempre digo, eu não sou o dono da verdade e somente você é o


responsável pela sua vida, já que a cada ação que você tomar, você terá um
efeito em sua vida e não poderá culpar ninguém por isso (ao menos acredito
que não deveria).
Portanto peço que continue lendo o livro e tirando suas conclusões.

Não tome nenhuma decisão precipitada referente a vender seu imóvel atual.

O grande foco desse livro é te ensinar a organizar seus gastos e investir o


máximo possível, e a questão do imóvel é um assunto a se pensar com muita
calma e cautela.

Pode ser que você até decida vender seu imóvel e viver de aluguel para
aportar mais dinheiro em seus investimentos, como pode decidir não vende-
lo e aportar menos dinheiro, mas o que realmente importa é investir, pois
somente assim você construirá um bom patrimônio e alcançara sua liberdade
financeira.

Capítulo 9

Um vilão chamado carro

Introdução

Creio que acabei juntando duas polêmicas na sequência.

No capítulo anterior falei sobre Imóveis (acredito que tenha sido um pouco
perturbador) e agora falarei sobre carros.

Carro no Brasil, além de ser um meio de transporte muito comum, também é


um claro sinal de status.

O sucesso de uma pessoa costuma ser medido de acordo com o carro que ela
possui.

Será que faz sentido isso?

Há 10 anos atrás, morei por 3 anos na Irlanda e lá vivenciei um fenômeno


muito interessante referente a carros.

Uma parte relativamente grande da população não possuía carros.


O detalhe mais interessante é que todos poderiam comprar um carro
(inclusive podiam comprar modelos que são caríssimos no Brasil e lá eram
relativamente acessíveis) mas não compravam.

Conversei com diversas pessoas e perguntei o porquê desse fenômeno e tive


algumas respostas interessantes:

Não tenho carro porque o custo não compensa.

É mais barato andar de transporte público.

Uso taxi sempre que preciso, pois para mim é acessível.

Acho um absurdo o preço de um carro (Imagine se vivesse no Brasil!).

Entre outras respostas.

Vejam que interessante, as pessoas pensavam no carro apenas como um meio


de se locomover, sendo que, em nenhum momento notei nenhuma
preocupação referente ao que outras pessoas pensariam sobre a pessoa ter ou
não ter um carro.

São países muito diferentes, tanto de cultura como de tamanho, mas eu acho
interessantíssimo como a cultura de um país pode influenciar totalmente
nossas vidas financeiras.

Da mesma maneira que falei sobre a cultura do brasileiro de sentir

“vergonha” por morar de aluguel, aqui também temos um traço cultural


muito forte de que uma pessoa que não possua um carro ou que possua um
modelo econômico não é uma pessoa de sucesso.

Aqui faço uma pergunta para você.

Você quer ter sucesso de verdade ou quer apenas parecer ter sucesso?

De que adianta viver sempre “de aparência”, aumentando cada vez mais seus
custos fixos, trocando de imóvel, de carro, de celular a todo tempo, apenas
para “parecer rico” e no fim do mês toda a sua renda ir diretamente para a
fatura do cartão de crédito e infinitos boletos?

Desculpe dizer isso para você, mas para mim, essa é a receita justamente do
oposto do sucesso.

Diariamente somos “tentados” pelo marketing agressivo a comprar carros

“Zero KM” e caso já tenhamos um carro, troca-lo anualmente por um


modelo mais recente, melhor e “com cheiro de novo”.

Não posso negar que é ótima a sensação de comprar um carro novo, sentir
aquele cheiro de um produto que acabou de sair da fábrica, é sensacional.

Mas como eu disse anteriormente, cada decisão que tomamos referente a


comprar qualquer coisa tem um impacto relevante no nosso caminho rumo a
nossa liberdade financeira.

Primeiro, quero falar de alguns pontos referente a compra de um carro: 1 –


Carro Novo Versus Carro Usado

Existe uma discussão grande referente a esse tema, pois ao comprar um


carro zero KM você economiza com a manutenção e geralmente possui uns
“3 anos de sossego” referentes a gastos maiores com o carro.

Já ao comprar um carro usado, isso pode ou não acontecer.

Para comprar um carro usado, você terá que “investir” muito mais tempo
escolhendo, já que, além de escolher o modelo, você terá que avaliar as

condições do carro e isso pode significar mais horas em todo o processo.

Além da diferença do custo de manutenção, que faz o carro zero KM parecer


mais interessante, temos o ponto da desvalorização do veículo.

Ao comparar o valor de um veículo zero KM com um veículo do mesmo


modelo com apenas 1 ano de uso, você irá notar que a diferença de preço é
enorme.
Pensando no custo/benefício, tem sentido você pagar uma diferença tão
grande em um carro apenas por causa de 1 ano de uso?

Claro que existe o risco da parte mecânica, mas cá entre nós, você pode
pedir a ajuda de um mecânico para avaliar o carro e dificilmente o mesmo
estará com problemas.

Essa diferença é muito relevante, pois ele paga a manutenção tranquilamente


e sobrara um bom dinheiro para você investir.

Eu disse 1 ano de diferença, mas algumas vezes você consegue comprar


ótimos carros com 2 ou 3 anos de uso (depende muito de como era o dono
anterior).

Além disso, se você estiver procurando um carro importado, essas diferenças


se tornam absurdas.

Não quero te desmotivar a comprar um carro, apenas quero que você faça
isso com inteligência, pois como veremos mais adiante, esse dinheiro pode
fazer bastante falta em seus investimentos.

Quero dar um exemplo de minha vida pessoal.

Há alguns anos atrás eu queria comprar um carro bem confortável e que me


passasse um certo “status”, pois considerava isso importante (hoje acho uma
tremenda besteira), e decidi o modelo que compraria O valor desse carro
zero KM era 85 mil reais. Achei bem caro.

Acabei comprando um carro com 2 anos de uso, em ótimas condições por 55


mil. Simplesmente 30 mil reais a menos, ou um desconto de 35% do valor
inicial.

Só que, por esse carro ser um carro mais confortável ele também desvaloriza
bastante e ao decidir vende-lo, o seu preço de tabela era de cerca de 45 mil
(3

anos depois da compra), mas as ofertas que eu recebia eram de apenas 35


mil reais.

Comparando com o preço que eu paguei, é uma desvalorização de cerca de


R$ 6.666,67 reais por ano.

Se eu tivesse comprado zero Km, eu o venderia por cerca de 45 mil (2 anos


depois), ou seja, uma desvalorização de 45 mil, ou cerca de 20 mil por ano!

Agora vamos imaginar o seguinte, ao comprar o carro usado, eu economizei


somente na desvalorização 20 mil reais.

Pode não parecer tanto, mas que tal realizarmos aquele exercício de simular
esses 20 mil reais investidos por 30 anos a uma taxa de juros de 1% ao mês.

Como será que ficaria?

Segue o gráfico abaixo:


Você estaria “queimando” simplesmente R$ 718.992,83 reais.

Parecia pouco né?

2 – Troca de Carro Anual

Agora o pior cenário do mundo é trocar de carro anualmente.

Imagine você trocar de carro todos os anos e deixar uma diferença de 20 mil
reais todos os anos.

Conheço algumas pessoas que são vendedores de lojas de carros e eles me


falaram que muitas pessoas trocam todos os anos seus carros por carros zero
KM.

Essas pessoas costumam não querer se dar ao trabalho de vender o carro


para um terceiro e preferem deixar o carro diretamente na concessionária, o
que acarreta em vender seu carro atual por um preço pior ainda.

Se simularmos uma troca de carro anual, onde você perde todos os anos 20

mil reais, como será que ficariam nossos investimentos?

Pode parecer piada, mas ao final de 360 meses (30 anos), seu capital seria de
cerca de 6,2 Milhões de reais.
Claro que essa conta é apenas superficial e não levei em consideração alguns
custos adicionais com manutenção (apesar que você não teria os custos de
emplacar o carro usado), mas mesmo assim, creio que você teve a
oportunidade de enxergar nesse capítulo como a busca pelo status de ter um
carro sempre do ano pode atrapalhar (e muito) a oportunidade de você
chegar a sua liberdade financeira.

Eu não quis entrar nesse capítulo do mérito de ter ou não ter um carro, pois
muitas pessoas chegam a ser mais agressivas nesse ponto e simplesmente
decidem não ter um carro, pois o custo anual de um carro é muito maior do
que o que geralmente calculamos.

Mas caso você queira realizar esse cálculo, eu diria para você considerar:
Desvalorização anual do veículo, IPVA, DPVAT, Seguro, Gasolina, Multas e
Manutenção.

Hoje temos alternativas econômicas para se locomover e caso você decida


abrir mão de seu veículo, uma alternativa é você residir próximo ao seu
trabalho e utilizar o Uber por exemplo durante a semana, caso necessário.

Para viajar, pode alugar um carro.

Mas repito, faça essas contas minuciosamente, pois temos que medir o
impacto que a falta do carro pode fazer em nossas vidas e na vida de nossas
famílias.

Agora caso você tenha dois carros, eu realmente recomendo que se desfaça
do segundo e utilize esse dinheiro no seu plano de liberdade financeira.

Espero que esse capítulo tenha clareado um pouco sua mente referente a esse
tópico que tanto impacta em sua saúde financeira.

Capítulo 10

O perigo dos parcelamentos

Introdução
Antigamente não existiam tantas opções para os consumidores em termos de
crédito na hora de comprar algum produto ou serviço como existe hoje em
dia.

Era muito comum as pessoas pagarem suas compras à vista, o que acarretava
em uma menor taxa de consumo.

Conforme o tempo foi passando, os cartões de credito foram se tornando


cada vez mais comuns e mais acessíveis, sendo inclusive oferecidos hoje em
dia quase sem nenhum critério.

Muitas pessoas possuem diversos cartões de crédito de diversas bandeiras e


bancos diferentes.

Foi criado até um conceito de “exclusividade”, onde cartões de crédito com


benefícios exclusivos são oferecidos para uma pequena parcela da população
com uma alta renda. Esses cartões exclusivos costumam ter a cor preta e
chegam a inflar bastante o ego das pessoas que os possuem.

Com toda essa história de crédito e cartões de crédito, onde você acha que

quero chegar?

Quero chegar ao ponto que hoje em dia você pode acabar se iludindo e
achando que possui uma renda muito maior do que a que você realmente
possui.

Quando você tem um cartão de crédito que possui um limite alto (diga-se de
passagem, do mesmo valor do seu salário), você pode se iludir e pensar que
sua renda está dobrada.

Algumas pessoas (espero que não muitas), costumam ter muito mais do que
1

cartão e costumam justificar esse comportamento que só possuem vários


cartões para o caso de algum dia precisarem.

Não sou contra utilizar cartões de crédito, mas sou contra utiliza-lo da forma
errada.
O pior cenário possível para o usuário de cartão de crédito é ter um cartão
com um limite alto e pagar o “valor mínimo da fatura”.

Sabe o que acontece quando você faz isso?

O saldo restante daquela fatura que você não pagou, se acumulará para a
próxima, com uma taxa de juros astronômica!

Pode parecer até uma piada, mas você pode realmente “quebrar” ao agir
dessa maneira de forma continua.

Além dos riscos de quebrar ou se iludir com um poder aquisitivo que na


verdade você não tem, o cartão de crédito tem um outro fator que pode
parecer como um grande benefício (e realmente é), que seriam as compras
parceladas.

Se utilizado com sabedoria, o parcelamento não é uma funcionalidade ruim.

Temos dois grandes problemas com o parcelamento:

1.

Compramos mais

2.

Nosso fluxo de caixa fica comprometido

O que quero dizer com esses dois pontos?

Quando você decide, por exemplo, comprar um novo celular.

Provavelmente o preço do celular é algo que deve pesar consideravelmente


na sua decisão.

Ao pesquisar os celulares, você se “apaixona” por um modelo, mas esse


modelo está simplesmente o dobro do que você havia planejado.
Mesmo com essa diferença tão grande de preço, você decide ir até uma loja
no shopping center próximo a sua casa, apenas para “dar uma olhadinha” no
aparelho.

Ao chegar a loja, o vendedor percebe que você ficou encantado com o


aparelho e começa a tentar vende-lo para você.

Como um ótimo profissional, ele fala de todas as funcionalidades do celular


e consegue, inclusive, fazer com que você se imagine utilizando aquele belo
celular.

Além de ser um belo celular, é um lançamento e praticamente ninguém o


tem ainda (exclusividade).

Você começa a fazer contas para saber se aquele bem “não cabe no seu
bolso”.

O vendedor, então lhe pergunta se você por acaso não possui um cartão de
crédito e faz aquela pergunta tão comum hoje em dia:

“Por que você não parcela? A parcela vai sair bem pequena e você vai poder
pagar tranquilamente”.

Ele não está errado, mas sabe o que acontece?

Se você fosse comprar pagando pelo celular de uma vez, você não o
compraria, pois notaria que aquele bem, está caro e fora do que você havia

planejado.

Parcelando o celular, você pensa que em 12 meses estará pagando apenas


uma pequena parcela, e aquele item que parecia tão caro instantes atrás, se
tornou relativamente barato.

Aqui entramos no segundo ponto que comentei acima.

A partir do momento que você assumiu um parcelamento, você


comprometeu um percentual da sua renda por um determinado período (12
meses, por exemplo), ou seja, durante os próximos 12 meses, você terá que
pagar de maneira obrigatória uma parcela referente ao seu novo celular.

Se você realizar diversas compras parceladas, assinar muitos serviços e cada


vez que quiser comprar algo, realizar um novo parcelamento, em pouco
tempo você terá comprometido uma boa parte da sua renda.

E sabe o que acontece?

Quanto mais você comprometer da sua renda, menos dinheiro terá para
investir e mais longe estará da sua liberdade financeira.

O parcelamento é algo bem perigoso para a vida financeira de uma pessoa e


eu realmente recomendo que você tenha o máximo de cuidado possível com
essa funcionalidade.

Sugiro que você não parcele absolutamente nada no cartão, pois mesmo
quando realizar compras de valores mais altos, você pensará muito mais
antes de realizar a compra e possivelmente conseguira bons descontos ao
realizar a compra à vista.

Não se preocupe, pois, na próxima parte do livro, iremos falar muito sobre
controle financeiro e a questão do parcelamento será esmiuçada na prática
para você.

Capítulo 11

Liberdade Financeira – Cada um tem a sua

Introdução

Sabe porque é tão difícil alcançar a “liberdade financeira”?

Porque muitas vezes nem conseguimos definir exatamente o que esse termo
composto significa dentro de nossas cabeças.

Ser independente financeiramente é principalmente não depender do seu


salário para sobreviver, com uma certa qualidade de vida e tranquilidade.
Claro que, como eu mesmo disse anteriormente, independência financeira é
algo muito relativo e pessoal, sendo que cada pessoa pode definir o que é ser
independente financeiramente.

Nesse livro, farei de todo o possível para simplificar ao máximo esse


conceito para você.

Não irei apresentar nenhuma fórmula mágica, nenhum “esquema único” ou


qualquer outra barbaridade que não vai levar você a lugar algum.

Irei te apresentar o caminho mais viável e promissor possível, sendo que,


como tudo na vida, não temos o controle total do processo.

Conseguimos controlar o quanto gastamos, o quanto ganhamos e o quanto

investimentos, mas o retorno dos nossos investimentos não temos como


controlar, pois, isso depende de muitos fatores, pessoas, situação econômica,
etc.

Apenas quero que você tenha em mente que o mundo sempre estará em
crescimento no médio/longo prazo (claro que recessões irão acontecer no
decorrer dessa jornada), e para que o mundo cresça, as empresas irão crescer
e consequentemente nossos investimentos.

Poupar e investir pode parecer complicado para você, mas é algo que com o
tempo se mostrara muito simples. Tenha paciência.

Calculando sua Liberdade Financeira

Creio que você deva imaginar que esse capitulo irá entrar “com tudo” nos
cálculos referentes a sua independência financeira, mas sinceramente, eu não
vejo tanto sentido nisso.

Minha filosofia de vida (e a de diversos outros investidores) é de que por um


período devemos investir o máximo que consigamos, desde que tenhamos
uma vida feliz.

Para ser feliz, você não precisa gastar cada centavo que recebe.
Todas as pessoas buscam no fundo a felicidade, mas algumas confundem
isso com apenas ter dinheiro.

Dinheiro ajuda muito, mas não é tudo na vida.

Ter muito dinheiro e não ter saúde alguma, não vale de absolutamente nada.

Portanto, a conta é simples.

Quanto mais dinheiro você conseguir aportar e investir, mais patrimônio


você irá acumular e mais rápido você chegara a liberdade financeira.

Na internet você pode encontrar diversas calculadoras de “Como Calcular


Sua Liberdade Financeira”.

Não digo que são ruins, mas elas fazem com que você se esforce menos e
que o patrimônio que você poderia acumular seja muito menor, pois “já que
você não precisa investir tanto”, pode gastar bastante e investir pouco.

Quero deixar muito claro que não sou a favor de se privar de viver para
apenas guardar dinheiro e investir. Você apenas deve gastar com inteligência
e saber que, ao poupar e investir, você estará construindo um futuro
promissor para você e sua família, sem depender de ninguém, somente de
você.

Seu capital acumulado irá sofrer variações no decorrer desse período, alguns
anos não irá crescer absolutamente nada, em outros poderá até diminuir, mas
em alguns anos irá se multiplicar como mágica.

Portanto, eu te digo: jamais venda ativos de empresas boas apenas porque


alguém disse que uma crise está vindo.

Se vier uma crise, pense que uma promoção está chegando e vai ser a hora
de comprar mais ativos baratos e enriquecer ainda mais no longo prazo.

Geralmente enquanto a maioria das pessoas vendem seus ativos em crises, os


reais investidores compram (e compram muito).
Não sei se você já notou, mas estou construindo o “Mindset” de investidor
em você.

Hoje o que é dito na mídia sobre investir na verdade é “apostar”.

Investir é entrar de sócio em projetos promissores de empresas bem


administradas.

Investir é colocar o seu dinheiro em algo que realmente faça sentido e


apenas esperar.

Pense no seu patrimônio como plantar uma árvore.

Você compra uma pequena muda, e vai cuidando dela todos os dias.

Com o passar do tempo, ela cresce, dá frutos e fica muito bonita (além de
dar uma bela sombra).

Só que essa árvore não cresce do dia para a noite, o processo leva tempo.

Algumas vezes ela crescerá devagar, passará por tempestades de granizos,


mas como você cuida com muito amor e carinho, sem esquecer de rega-la
um dia sequer, ela cresce forte e fica enorme.

Assim é o seu patrimônio. Pense nele como uma árvore.

O pensamento de hoje sobre investimentos é o inverso.

Dizem para você comprar ações hoje e vender no próximo ano.

Muitas vezes as pessoas podem até realmente “ganhar” dinheiro, mas estão
praticamente apostando, pois em 1 ano é muito difícil uma empresa crescer
vigorosamente, pois todos os projetos e novos produtos desenvolvidos por
um negócio promissor levam tempo.

Mas vamos voltar ao ponto que comentei algumas linhas acima.

Como calcular sua liberdade financeira?


É bem simples.

Você estará livre financeiramente a partir do momento em que seus


investimentos te proporcionarem um rendimento mensal igual ao seu custo
mensal, ou seja, se você tem um custo de 10 mil reais para viver (entenda
isso como todas as suas despesas), se seus investimentos te proporcionarem
um rendimento mensal de 10 mil reais por mês, você estaria livre
financeiramente.

Simples não? Mais ou menos.

A conta não é tão simples, porque a partir do momento que você consumir
todo o rendimento de seus investimentos, não teremos mais a mágica dos
juros compostos acontecendo, pois você estará consumindo todos os meses
os rendimentos e os juros só atuarão sobre o capital inicial. Com o tempo e
com a inflação, seu custo tende a subir e seus rendimentos não serão mais
suficientes para custear sua vida.

Sei que pode parecer um pouco incomodo para você não conseguir calcular
quanto seus rendimentos irão render em um prazo “x” de tempo, mas, de
coração, quem promete te dizer isso com exatidão, está mentindo, pois é
impossível.

Somente em ativos muito ruins, com retornos péssimos, você consegue


calcular os ganhos com exatidão.

Conclusão

Jamais se esqueça que um investimento que você jamais deve deixar de lado
é do investimento em você mesmo. Quanto mais você investir em você,
maiores serão seus rendimentos, mais você poderá investir e mais perto
estará de sua liberdade financeira. É um ciclo.

O convite aqui é para que você entre em uma jornada onde você aprenderá a
gastar o seu dinheiro, a investir e a criar sua liberdade financeira, gastando
poucas horas por mês.

Só que tenho que ser realista com você.


Não adianta eu te prometer algo que não posso cumprir.

Pense que, se as empresas não derem lucro, a economia para e entra em

colapso.

Uma economia em colapso é tudo que ninguém quer, portanto, poupando e


investindo, estaremos no fluxo do capitalismo, que sempre funcionou e
sempre irá funcionar.

As empresas estão constantemente criando novos produtos e soluções para


atender nossas necessidades. Esses produtos e soluções demandam
investimentos, que serão convertidos em lucros. Esses lucros impactarão
positivamente o valor das empresas e posteriormente nossos investimentos.

É algo tão simples como ver o sol nascer todos os dias.

Basta você ter paciência, disciplina e acreditar.

Capítulo 12

“Atalhos” para a riqueza

Introdução

Muitas vezes em nossas vidas somos convidados a ir por “caminhos mais


fáceis” para chegar a um objetivo mais rápido e com menos esforço.

Um exemplo muito claro é a área da saúde.

Ao invés de realizar uma reeducação alimentar (que leva tempo e esforço)


definitiva que realmente pode mudar nosso corpo e nossa saúde de maneira
saudável, recebemos propostas de remédios milagrosos, suplementos
mágicos ou médicos “fantásticos”.

É tentador ir por um caminho mais “fácil”, mas infelizmente o que costuma


ocorrer é que o resultado realmente vem mais rápido, mas costuma ter um
custo alto.
No caso da saúde, pode ser um efeito colateral do remédio ou uma doença
futura, entre outros efeitos.

E na vida financeira, será que isso também ocorre?

A resposta é sim, com certeza.

Irei listar nesse capítulo alguns exemplos que considero perigosos e muito
úteis para você que realmente quer construir sua liberdade financeira.

Você será tentado a todo momento a mudar seu caminho e “pegar atalhos”.

Infelizmente, esses atalhos podem “destruir” toda uma jornada e por isso fiz
questão de criar esse capítulo para te alertar dos perigos que irão te rondar
daqui para frente.

Day Trade

Conheço diversos amigos que logo ao começarem a estudar e dar seus


primeiros passos no mundo dos investimentos se encantam com o mundo de

“Day Trade”.

O que é day trade?

Day trade é uma modalidade de negociação que visa obtenção de lucro no


curtíssimo prazo, ou seja, são operações feitas de compra e venda de um
mesmo ativo em um mesmo dia.

Pode parecer um pouco complicado, mas irei exemplificar para você com
uma pequena historinha.

Demerval e a Carreira de Day Trader

Demerval estava empolgadíssimo com o incrível mundo dos investimentos


que acabara de descobrir, pois notou que poderia ser livre financeiramente se
investisse bem o seu dinheiro.
Começou direitinho, aprendeu sobre renda fixa, renda variável, fundos
imobiliários, etc.

Montou um ótimo plano de gerencialmente pessoal financeiro e começou a


realizar aportes mensalmente em sua corretora.

Certo dia, Demerval estava animado com seu plano financeiro e comentou
com seu amigo Zé Carlos no trabalho.

Zé Carlos achou interessante o que Demerval estava fazendo, mas disse

“Cara, eu tenho um amigo que está ganhando muito dinheiro na bolsa e ele
está me ajudando a ganhar também”.

Demerval ficou interessado e pediu mais detalhes do que esse “amigo do Zé


estava fazendo”.

Zé Carlos então continuou falando: Meu amigo trabalha aqui na empresa


também e está fazendo operações de day trade na bolsa. Ele coloca um valor
X e em um mesmo dia ele consegue dobrar o seu dinheiro.

E continuou, eu gostei da sua estratégia, mas a do meu amigo é “muito mais


rápida e muito melhor”.

Demerval ficou pensativo e pensou “por que não fazer isso também?”.

E foi o que fez.

Ele foi falar diretamente com o amigo do Zé que se chamava Alécio e pediu
mais detalhes.

Alécio disse para ele: Cara, você só precisa colocar um pouco de dinheiro na
corretora e eles te liberam uma quantidade de contratos de dólar ou índice
para você poder operar.

Uma pequena pausa aqui. Não irei entrar nos detalhes de como esse
mercado funciona, pois não é o meu propósito desse capítulo.

E continuou...
O mercado abre todo dia as 09:00 e fecha as 18:00 e você só precisa acertar
algumas compras e vendas para poder “ganhar” seu dinheiro. Comecei
fazem 6 meses e estou indo muito bem (na verdade ele perdia mais do que
ganhava, mas estava praticamente viciado nas operações).

Demerval ficou muito empolgado.

Ele pensou, se eu retirar 5 mil reais dos meus investimentos atuais e colocar
no “mercado de day trade”, em 20 dias, terei muito dinheiro. Ele ficou tão
empolgado que chegou a ficar ofegante.

Por ser uma pessoa de atitude, Demerval decidiu que começaria a operar no
dia seguinte e operaria apenas 1 hora por dia durante seu horário de almoço
(já que não seria justo fazer algo pessoal em horário de trabalho, pois ele
sempre fora um funcionário exemplar).

Na noite que antecedeu o grande dia de começar a operar, Demerval não


conseguiu dormir.

Sua esposa notou como ele estava empolgado e pedia para ele se conter. Ela
dizia para ele tomar cuidado, pois “dinheiro não cai do céu”. Ele se irritou e

tiveram uma pequena briga.

O dia amanheceu, Demerval foi para o trabalho e praticamente não


conseguiu fazer nada no período da manhã tamanha sua empolgação com o
grande evento que aconteceria no horário do almoço.

Finalmente o grande momento chegou e Demerval fez sua primeira ordem


de compra no mercado futuro de dólar.

E para sua sorte ele acertou a operação e ganhou 1000 reais em menos de 5

minutos.

Ele entrou em êxtase.

Demerval continuou e acertou novamente. Dessa vez ele fez 2 mil reais.
Naquele dia Demerval conseguiu dobrar seu dinheiro e parou exatamente no
final do seu horário de almoço.

Demerval foi agradecer ao seu grande “mestre” Alécio que havia mostrado o
caminho das pedras para ele finalmente conseguir ficar “rico”.

Naquele momento Demerval se arrependeu de ficar investindo em ações. Se


irritou em pensar em toda a baboseira que havia escutado sobre criar
liberdade financeira e que o tempo era seu grande aliado nesse processo.

Ele chegou em casa e contou para sua esposa. Ela ficou feliz, mas receosa,
pois ela tinha medo de que aquilo fosse uma grande ilusão e que seu marido
pudesse sofrer uma queda muito grande.

Infelizmente, foi que aconteceu.

Os próximos dias continuaram bons, mas Demerval não teve o mesmo


desempenho.

Ganhava em um dia, perdia no outro, mas ao final das primeiras semanas o


resultado era positivo.

Porém, Demerval não notou que havia perdido totalmente o foco no seu

trabalho e começou a atrasar suas tarefas e seu Diretor já estava de olho nele.

As próximas semanas foram de grandes eventos políticos nos Estados


Unidos e o mercado financeiro estava extremamente volátil.

Parecia que Demerval não tinha “controle” algum sobre o que estava
acontecendo e em questão de poucos dias já havia perdido tudo que ganhou
naquele mês e mais um pouco.

Ele começou a ficar tenso. Chegar em casa irritado e não conseguia parar de
pensar que devia ter sido menos ganancioso.

Sua esposa notou, mas preferiu ficar calada, pois sempre que tocavam no
assunto, o jantar erra interrompido e Demerval ficava extremamente
nervoso.
Finalmente, Demerval teve uma grande “ideia”. Ele realizaria uma
transferência de todo o dinheiro que havia investido até hoje e faria uma

“grande operação” no mercado que além de recuperar todo o dinheiro que


ele havia perdido, geraria um lucro enorme para ele.

E foi o que ele fez.

Infelizmente, o mercado não respeitou o seu plano e ele perdeu tudo.

No dia que Demerval fez a operação, houve um grande evento econômico na


União Europeia e o mercado ficou extremamente volátil.

Demerval estava desconsolado.

Ele olhou para o Alécio e viu que ele também havia perdido muito dinheiro
naquele dia.

Zé Carlos preferiu não ir pelo mesmo caminho que os dois e acabou se


safando de perder todo esse dinheiro.

Infelizmente a história do Demerval não é apenas uma história.

Ela é real e acontece todos os dias com muitas pessoas.

Aconteceu inclusive comigo. Escrevi um livro para contar os detalhes da


minha experiência no mercado de Day Trade. O propósito desse livro foi
alertar todas as pessoas que queiram se aventurar nesse mercado o que
realmente ele é.

O nome do livro é “Day Trade Sem Mimimi”.

Não existe mágica para ganhar dinheiro.

Pouquíssimas pessoas têm sucesso nesse mercado. Eu digo que são os

“Neymars” do mercado.
Acredito que seja mais interessante para você ter um plano de liberdade
financeira onde você não precise ser tão bom como o Neymar.

Um plano real e consistente que faça sentido tem um grande valor e poderá
te ajudar a conquistar muitas coisas.

Espero que essa história abra os seus olhos e que você não caia nessa ilusão
como eu mesmo tive o desprazer de cair.

Investimentos Mágicos

Algo que acontece bastante no mercado financeiro e em outros mercados são


os “investimentos mágicos”.

E o que são isso?

São investimentos com retornos garantidos muito altos e que não possuem
lastro algum.

Mais para frente vamos entender como funciona o principal ativo que gosto
de trabalhar: Ações.

Quando investimos em ações, temos uma empresa por trás. A empresa

produz diariamente um produto ou serviço e temos acesso a informações que


são obrigatórias para a mesma publicar.

O papel que compramos possui um “lastro”, ou seja, ele é de algo real.

Hoje em dia temos as Criptomoedas, que são criadas todos os dias e


prometem ganhos exponenciais.

Algumas pessoas lucram com Criptomoedas, mas a maioria não.

Eu estudei a fundo esse assunto, sendo que fiz um curso sobre o assunto em
uma renomada universidade americana.

Acho a tecnologia por traz das moedas incrível, mas não encontro um
sentido para as moedas no mundo que vivemos hoje.
Não sou o dono da verdade, mas apenas quero deixar claro que

“investimento” em criptomoedas entraria na categoria “investimentos de alto


risco” para mim e deveria ser assim para qualquer pessoa.

O que procuramos aqui são investimentos certeiros que irão te gerar um bom
retorno ao longo prazo.

Portanto não recomendo esse tipo de operação para nossa estratégia.

Pirâmides

Quando começamos a pensar em como aumentar nossa renda e começamos


a procurar na internet como fazer isso, sempre aparecem milhares de

“oportunidades” incríveis.

Muitas dessas oportunidades vêm na forma de pirâmides, ou seja, você só


ganha dinheiro se outra pessoa entrar no negócio abaixo de você e também
colocar dinheiro.

Exemplo:

Você é convidado para um novo “esquema” chamado “Uiuiui”. O “Uiuiui” é


um suco “inovador” que promete emagrecer qualquer pessoa e deixa-la
saudável.

Para entrar no negócio, você precisa desembolsar 1000 reais.

Todos os meses você precisa pagar uma mensalidade fixa de 300 reais para a
empresa. Por 300 reais você tem direito a 2 caixas do suco “Uiuiui”, ou seja,
você está pagando 150 reais por caixa.

Para ganhar dinheiro, você precisa convidar mais pessoas e a cada pessoa
nova, você ganhara 50% do valor da assinatura da pessoa (500 reais) e mais
10% da assinatura mensal dessa pessoa. (30 reais)

Se essa pessoa convidar uma próxima, você ganhara apenas 2% do valor da


assinatura mensal dessa pessoa (6 reais).
Ou seja, você precisa ter inúmeras pessoas convidadas abaixo de você para
fazer dinheiro.

O esquema é chamado de pirâmide, porque o produto em si é apenas uma


desculpa para o fluxo de dinheiro, pois sua eficácia não é nem mesmo
comprovada.

Geralmente histórias de esquemas desse tipo existem aos montes e


costumam ter um final triste, pois quase sempre, o governo entra na jogada,
abre um processo e o esquema é fechado.

Os grandes ganhadores desses “esquemas” são sempre as pessoas que


entraram no começo, pois, por terem muitas pessoas abaixo de si, acabam
faturando um bom dinheiro.

Mais uma vez, repito. Não tem sentido entrar em negócios que não tem um

sentido real e que realmente não gere algum valor para os clientes e para a
sociedade.

Resumo

Para concluir esse capítulo, quero deixar bem claro que não existe mágica
para ganhar dinheiro. Inclusive ganhar dinheiro não é o objetivo desse livro.

Queremos fazer dinheiro, e para isso, iremos procurar uma estratégia sólida,
que funcione e que faça sentido para você.

Queremos que você se torne sócio de boas empresas, que tenha toda a ajuda
necessária para encontra-las e que faça isso gastando pouco tempo.

Parece bom demais para ser verdade?

Também acho. Porém, espero que leia o livro inteiro e que tire suas próprias
conclusões se o que falo aqui faz sentido para você ou não.

Se você não possui a disciplina nem de terminar esse livro, sobre um assunto
tão importante, dificilmente chegará a liberdade financeira um dia.
Capítulo 13

Saúde – Seu principal ativo

Introdução

No capítulo “5 – Pilares da Vida”, comentei brevemente sobre o tema saúde.

Fiz questão de montar um capítulo sobre esse tópico, pois mesmo que você
tenha adquirido esse livro com o único intuito de construir sua liberdade
financeira, aprender sobre dinheiro e investimentos, eu diria a você que de
nada vale ser bem-sucedido no pilar financeiro, se você deixar de lado o
pilar de saúde.

E por que digo isso?

No decorrer da minha vida, conheci muitas pessoas. Também costumo ler


muito sobre pessoas bem-sucedidas e algo que percebo é que todas têm um
grande interesse pelo tópico da saúde.

E por que será que isso acontece?

Eu diria que a resposta é simples, mas nem sempre óbvia.

Nosso corpo é uma máquina dentro de uma fábrica. E toda maquina precisa
de manutenção.

Além da manutenção, de tempos em tempos, alguns componentes precisam


ser trocados.

Se pecamos em realizar a manutenção de tempos em tempos ou utilizamos


componentes ruins possivelmente teremos problemas com essa máquina.

Se algum problema acontece a essa máquina, ela precisa ser desligada e para
de produzir.

Geralmente as manutenções programadas, que são realizadas dentro das


fábricas, tem por objetivo evitar que qualquer máquina pare de maneira não
programada e impacte a produção.

Ao não realizar as manutenções, ou ao utilizar componentes de baixa


qualidade, quando essa máquina parar, os mecânicos terão um trabalho
tremendo em encontrar o defeito e posteriormente corrigi-lo.

Na maioria das vezes, o tempo gasto “investigando” o problema é muito


maior do que o tempo que seria gasto com manutenções programadas.

E dependendo do tipo de empresa onde a máquina se encontra, o custo desse


reparo pode ser extremamente alto (além de ser urgente, pois está
impactando a produção e as entregas aos clientes).

Não sei se você consegue notar, mas com nosso corpo acontece exatamente
o mesmo.

Quando digo corpo, quero dizer a saúde do nosso corpo e não o aspecto
estético.

Conheço muitas pessoas que não praticam exercícios físicos, pois não “tem
tempo”, ou que se exercitar é perda de tempo e elas poderiam estar
estudando ou fazendo outra coisa “mais útil”.

Eu não poderia discordar mais dessa opinião.

Acredito cegamente na seguinte frase:

“Temos sempre duas maneiras de aprender, através do amor ou da dor”.

Com nossa saúde, funciona exatamente assim.

Se você passar uma vida inteira comendo mal, não bebendo água suficiente,
não realizando atividade física alguma, existe uma alta chance de um dia
você ficar doente ou adquirir uma doença e seu médico falar “Sr. Fulano, ou
você começa a praticar atividades físicas agora e cuidar da sua alimentação
muito bem, ou sua estadia nesse planeta não vai se prolongar muito mais”.

E todo o patrimônio que você conseguiu construir com tantas horas de


esforço e trabalho, podem não significar simplesmente mais nada para você.
E o pior de tudo, você poderá passar seus “últimos dias” se arrependendo e
pensando “só queria ter mais uma chance e fazer tudo diferente”.

Não quero ser “catastrófico”, mas como você já deve ter notado no decorrer
das páginas que você leu até o momento, que não escrevi esse livro para
passar a mão na cabeça de ninguém.

Quero realmente ajudar você a crescer muito no seu pilar financeiro,


chegando até sua liberdade financeira, mas não a qualquer custo. Quero que
você consiga fazer isso, com equilíbrio e aproveitando sua vida ao máximo
durante todo o processo.

Pense na saúde como um investimento de longo prazo Eu tenho um conceito


muito bem definido sobre saúde.

Prefiro encarar a saúde como um investimento de longo prazo. Um


investimento que segue a mesma linha do que eu acredito para a conquista
da liberdade financeira.

Só que, ao contrário do que venho falando, que você gastara pouquíssimas


horas por mês para controlar sua vida financeira e realizar seus
investimentos, a saúde demanda um pouco mais de tempo.

Só que o retorno que você terá com sua saúde, será muito maior do que
qualquer investimento financeiro.

Te faço uma pergunta, daqui há 10 anos, você prefere ser muito rico, mas ter
muitas doenças e estar constantemente indo ao médico e correndo risco de
vida diariamente ou ser pobre, com uma saúde de ferro e viver até os 100

anos com total independência?

Para mim a resposta é bem clara.

Dinheiro não compra saúde.

Mas você pode ter os dois. Só precisa levar ambas as áreas pensando sempre
no longo prazo.
Pensar que ambas vão te presentear com “juros compostos” e te farão ser
uma pessoa que estará pronta sempre para qualquer desafio.

Investir na saúde, basicamente é realizar as seguintes atividades: Praticar


diariamente uma atividade física que você goste Comer muitos vegetais e
refeições saudáveis

Evitar consumir açúcar, sal e comidas gordurosas

Beber muita água todos os dias

Dormir bem

Não é fácil realizar essas atividades.

Eu diria que pode levar anos até você conseguir colocar todas em prática
(principalmente simultaneamente), mas eu posso te garantir, que não há nada
melhor do que acordar todos os dias cheio de energia e nunca pensar em

“dormir só mais 5 minutinhos”, pois você tem tanta energia que está louco
para acordar e sair realizando suas atividades.

Eu, já fazem alguns anos (mais de 10) que faço um esforço diário para seguir
os itens que comentei acima.

Vou a academia pelo menos 5 vezes por semana para praticar musculação,
gosto de correr algumas vezes por semana, bebo 3 litros de água por dia,
costumo comer muitos vegetais e verduras e fazem alguns anos parei de
consumir carnes (meu motivo foi relacionado totalmente a saúde).

Posso dizer por experiência própria que me sinto incrível.

Estou sempre disposto, faço muitas atividades diferentes e consigo trabalhar


como um “touro”.

Aqui entra um ponto importante que eu queria chegar.

Ao cuidar de sua saúde, você tem alguns benefícios que irão impactar
diretamente em sua vida financeira.
1.

Energia

Você terá muito mais energia para fazer qualquer coisa. No trabalho, você irá
render muito mais que qualquer outra pessoa, e possivelmente isso resultará
em aumentos de salário para você. Com mais dinheiro, você investe mais e
fica mais perto de sua liberdade financeira.

2.

Gastos com médico e farmácia

Quem tem pessoas mais velhas na família sabe o quanto do orçamento pode
ser comprometido com médicos, remédios e consultas.

Quanto mais saudável você for, menos irá gastar com isso e mais dinheiro
disponível terá para investir e gastar com outras coisas.

3.

Desfrutar a vida

Como disse anteriormente, de nada adianta ter muitos bens ou ser muito
bem-sucedido na vida, se você não puder caminhar ou andar de bicicleta
com seu filho.

Sua saúde garantirá que você desfrute tudo que construiu até seus últimos
dias nesse planeta.

Eu poderia ficar falando para você por horas, dos inúmeros benefícios que
você tem ao cuidar de sua saúde, mas quero apenas que você crie
consciência de que esse pilar é importantíssimo para você e que jamais deve
ser esquecido ou deixado de lado.

Apenas para compartilhar com você um novo projeto nessa área, estou
planejando para os próximos anos participar de uma prova IronMan. São as
provas mais difíceis do mundo na área de triathlon. Só tem um pequeno
detalhe. Nunca fiz nenhuma prova de triathlon. Portanto começarei pequeno,
devagar, até poder completar uma prova dessas. São 3.8 Km de natação,

180,2 KM de ciclismo e 42,2 KM de corrida até chegar a prova mais difícil.

Com planejamento, tempo, disciplina e determinação, sei que é possível.

Voltando ao tema do capítulo...

Saúde não é um pilar fácil de cuidar, pois constantemente somos


bombardeados com propagandas de como é prazeroso comer “porcarias”,
nos empanturrar de álcool e trocar o dia pela noite. Parece que o certo é
errado e o errado é o correto.

A mídia tenta criar na mente das pessoas que a real felicidade está em coisas
que te fazem mal.

Felicidade é algo relativo e muito pessoal, talvez para você ser feliz seja
realmente viver assim, mas eu duvido muito.

Uma coisa que aprendi é sempre analisar se minhas vontades são realmente
minhas, ou se fui influenciado por terceiros e pela mídia. Uma boa parte das
vezes, minhas vontades não são realmente minhas e acabo não comprando
ou realizando determinadas coisas.

Fora toda essa influência que sofremos, quando decidimos cuidar de nossa
saúde de uma maneira mais séria, principalmente em nos alimentar melhor e
nos exercitar, constantemente chegamos a ser até ridicularizados.

Quero te dar uma dica, sobre ser ridicularizado por cuidar de você mesmo.

Sempre que alguém criticar algo que você está fazendo ou te der um
conselho, olhe para a pessoa e veja se aquela pessoa está bem na área na qual
ela está te aconselhando ou fazendo piadas sobre você. Geralmente a pessoa
não estará.

A vida é um pouco complicada, mas da mesma maneira que você tomou a


iniciativa de adquirir esse livro e mudar de uma vez por todas a maneira
como você lida com o dinheiro, é importante você também tomar a rédea da
sua vida em outros pilares.

Jamais, deixe outras pessoas serem responsáveis pelo seu futuro. Ao fazer

isso, fica fácil você se vitimizar e colocar a culpa em alguém quando algo
não der certo.

Você é o responsável por construir sua própria realidade, jamais se esqueça


disso.

Capítulo 14

Não existe desculpa para não enriquecer

Introdução

Alguma vez você já parou para pensar porque as pessoas nunca conseguem
atingir suas metas?

Criam um planejamento, definem diversos indicadores, escrevem em uma


planilha ou caderno, mas na hora de executar, sempre aparece algo que

“atrapalha”, e aquela meta que parecia tão alcançável, se torna impossível.

Quando pensamos em se organizar financeiramente, poupar e investir, as


desculpas são inúmeras.

Você pode pensar que “ganha pouco” e não sobra nada para investir, ou, que
nesse momento, ainda não é hora de investir e com certeza mais para frente
você “terá tempo suficiente para isso”.

Ou, você pode estar focado em comprar um imóvel, um carro novo, uma
viagem, ou qualquer coisa que pareça te proporcionar um grande prazer
imediato.

Existe somente um problema.


Você pode ficar simplesmente a vida inteira “empurrando com a barriga” sua
vida financeira.

Isso não é um problema, se você não quiser conquistar sua liberdade


financeira ou construir um bom patrimônio.

Agora, se você sonha em conquistar sua liberdade, ter um bom valor


acumulado e dentro de um prazo de alguns anos, não mais depender do seu
emprego atual para sobreviver, agir empurrando sua vida financeira com a
barriga, se tornará uma grande dor de cabeça.

Digo isso, porque, assim como sua saúde, devemos começar a cuidar de
nosso pilar financeiro o quanto antes, pois os juros compostos dependem do
variável tempo para gerarem frutos.

Quanto mais tempo seus investimentos tiverem para “germinar” e render,


maior será o retorno para você.

É muito melhor que você comece investindo pequenos valores desde agora,
mas que persista fazendo isso durante todos os meses, do que daqui há 10

anos realizar um grande aporte de uma vez.

No decorrer da sua vida será inevitável que aconteçam problemas.

Um problema no carro, um gasto inesperado, a compra de um equipamento


que você jamais imaginou ter que comprar. São inúmeras as possibilidades
de gastos que podem aparecer em nossas vidas de uma hora pra outra.

Creio que para você deve ser claro que, mesmo querendo muito, tanto você
como eu, não temos controle algum sobre nossas vidas.

O grande perigo aqui é utilizar essa falta de controle como desculpa para

nunca poupar e investir.

Os problemas não são algo exclusivo da sua vida, pois acontecem com todo
mundo.
Portanto, como você pode continuar sempre poupando e investindo mesmo
com todos os problemas (que você não faz ideia hoje que possam acontecer)
que enfrentará no decorrer da sua vida?

Pode parecer algo extremamente difícil, mas te garanto que não é.

Diria que é quase como praticar exercícios físicos.

Quando começamos a praticar é algo que costuma ser chato, dá uma certa
preguiça, desânimo, etc.

Mas, após um certo período (que pode variar de algumas semanas a alguns
meses), você começa a sentir os benefícios daquele exercício físico em sua
vida, e também começa a sentir-se orgulhoso de si mesmo.

É um processo que vai se construindo sem que você tome conhecimento.

Digo isso, porque passei exatamente por isso em ambos processos.

Quando você criar o hábito de poupar e investir, notará que isso se tornara
uma das prioridades da sua vida e a cada aporte mensal, você terá a sensação
de que está diante de um grande projeto pessoal que trará muita felicidade e
alegria para você e para sua família.

É um investimento pessoal que proporcionara um grande retorno para você.

Nos primeiros meses e talvez até anos, você ainda não sentirá de maneira tão
intensa o poder dos juros compostos, ou da valorização dos seus ativos, mas
no decorrer dos anos, quando seus ativos começarem a se valorizar bastante
e você começar a receber gordos dividendos, você ficará tão empolgado que
o momento de aportar o dinheiro te trará um prazer tão grande que posso
garantir a você, vai ser um dos melhores momentos do seu mês.

Apenas peço que confie em mim e no que estou falando, pois mesmo sem
me

conhecer, espero que o que eu disse até aqui faça algum sentido para você.
Estamos falando aqui de um grande projeto de vida, algo único que poucas
pessoas fazem (principalmente por falta de conhecimento e/ou motivação),
algo que te diferenciará muito da grande maioria das pessoas.

Minha expectativa é que esse livro ajude a mudar esse quadro, pois ao
investir em ações ou outros ativos, estamos na verdade investindo em nosso
país.

Esse investimento ajuda a movimentar a economia, gera empregos e faz


nossa nação se tornar cada vez mais próspera.

Em contrapartida, ao investir, você recebe um retorno, pois ao assumir um


certo risco é totalmente justo ter um retorno equivalente.

Pense que você está se tornando sócio/sócia de grandes projetos empresariais


que abastecem nossa economia ou a economia de outros países.

Investir não é algo egoísta como muitas pessoas pensam.

Investir é acreditar em um projeto de uma empresa e colher os frutos desse


investimento.

Considero um investimento como uma maneira de nós, como pessoas físicas,


ajudarmos no desenvolvimento de nosso país e termos como benefício,
rendimentos que irão nos ajudar a atingir nossa liberdade financeira.

Apenas peço que você seja forte, tenha disciplina e jamais saia do caminho
dos investimentos.

O arrependimento que você pode sentir depois de algumas décadas pode ser
realmente muito intenso e não gostaria que você passasse por isso.

Já ouvi diversas pessoas mais velhas que se arrependem muito por não terem
investido durante suas vidas, ou que por apenas terem confiado no governo
(FGTS e Aposentadoria), acabaram envelhecendo e vivendo “no limite”,
pois o dinheiro suado que sempre guardaram na poupança e para o governo,
rendeu muito pouco e seus rendimentos mensais se tornaram irrisórios.
Como eu sempre digo, e repito aqui, tudo na vida são escolhas e não adianta
você culpar o governo, as crises, seus pais, seus amigos, Deus, ou quaisquer
outras pessoas pelas escolhas que você fez ontem, faz hoje e fará no seu
futuro.

Você é o responsável por tudo que acontece em sua vida.

Se você não concorda, você sempre se colocará de vítima e culpara terceiros


por sua falta de sucesso.

Não quero soar duro, mas prefiro ser verdadeiro, do que (como vemos em
diversos livros de autoajuda), “passar a mão” na sua cabeça e daqui há
alguns anos, você ficar olhando para trás e se arrependendo.

Meu objetivo é que o tempo que você está gastando lendo esse livro seja
realmente algo útil para você e que juntos realmente consigamos trilhar um
caminho financeiro para você de muito sucesso e conquistas.

O foco desse livro é dinheiro, investimentos e liberdade financeira, mas você


irá notar, no decorrer de cada página, que considero extremamente
importante que você conquiste sua liberdade de maneira equilibrada, sem
sofrer no processo.

Não concordo que devamos conseguir as coisas a qualquer custo.

Tenho uma filosofia de vida que me faz acreditar que podemos ser e ter tudo
que queremos, desde que tenhamos equilíbrio e sejamos agradecidos pelo o
que conseguimos até hoje (se não somos agradecidos pelo o que já temos,
como iremos conseguir mais?).

Abra sua mente o máximo que conseguir, e continue lendo o livro. Tenho
certeza que não irá se arrepender.

Capítulo 15

Encarando crises e catástrofes de uma forma

diferente
Introdução

Acredito que você deva se preocupar um pouco, ao pensar que investimentos


são arriscados e que ao invés de fazer dinheiro, você pode perder dinheiro.

Sua preocupação é a preocupação da maioria das pessoas que sonham em


investir, mas será que ela tem fundamentos?

Claro que existem riscos em qualquer tipo de investimentos que realizarmos.

Ações, renda fixa, imóveis, etc. Todos apresentam riscos.

A diferença é o tipo de risco que você corre.

É comum escutar que o investimento em ações é um “investimento de


risco”, mas eu discordo.

Dos investimentos que comentei acima, considero investir em ações o


investimento mais seguro possível.

Claro que depende como você interpreta o mercado e qual é a sua


interpretação do que é investir.

Se você pensa que investir é compra uma quantidade de ações hoje por 1000

reais e vender daqui 365 dias por 2000 reais, concordo que o mercado de
ações é altamente arriscado.

Agora, se você realmente tem uma mentalidade de investidor e seu foco é


comprar ações de empresas que são bem estruturadas, tem um ótimo plano
de negócio, uma grande equipe gerencial, com baixo endividamento e pagam
bons dividendos, sinceramente, o risco é muito baixo e a chance de você
colher ótimos frutos em um investimento de longo prazo (no mínimo 10

anos) é muito alto.

Esse livro é voltado para você se tornar um investidor de verdade e não um


apostador.
Esqueça as histórias que você lê em portais de internet e revistas falando
sobre pessoas que se tornaram “ricas da noite para o dia”, pois esse tipo de
história cria uma expectativa péssima nas pessoas, que a bolsa é um cassino
onde você pode ficar “rico” com bastante sorte e por “apostar” bem.

Investir não é apostar e ponto final.

Investir é se tornar sócio minoritário de ótimos negócios e acompanha-los


por anos, recebendo juros e dividendos periodicamente e os reinvestindo.

Quer se tornar um investidor e conquistar sua liberdade financeira, torne-se


um investidor de verdade e deixe os juros compostos trabalharem para você
(ao invés do você trabalhar para eles ao se endividar).

E as outras categorias de investimento?

A renda fixa jamais te trará liberdade financeira, a não ser que você tenha
um alto valor financeiro, além de que o fundamento desse tipo de
investimento é geralmente emprestar dinheiro para o governo (não considero
o governo um bom sócio).

Imóveis podem ser um bom investimento, mas por ser um mercado


altamente cíclico, se você entrar na época errada, seu imóvel pode demorar
muitos anos para se valorizar, o que acarretará em uma grande perda de
dinheiro (já que

você poderia usar esse capital para investir em outro ativo e fazer dinheiro).

Crises e Recessões

A economia mundial é cíclica.

O que isso quer dizer?

Que de tempos em tempos crises acontecem, sendo que muitas vezes essas
crises podem levar a recessões.

O que costuma acontecer nesses períodos?


Para nossos amigos apostadores, desespero geral.

Como o foco de quem aposta é o curto prazo, quedas nas cotações soam
desesperadoras e geralmente o apostador irá se desfazer de todos os seus
ativos por entrar no “medo coletivo”.

Agora, o que você acha que os investidores de longo prazo fazem nessas
oportunidades?

Eles compram, compram e compram.

Para eles, uma crise é uma liquidação, um Outlet, uma oportunidade única.

Além de ser uma oportunidade única, como nosso foco são determinados
tipos de ativos, durante essas crises, nossos ativos são os que costumam
sofrer menos, pois possuem ótimos fundamentos e muitos investidores que
estão posicionados nesses ativos, preferem não se desfazer dos mesmos,
refletindo em quedas não tão expressivas nas cotações (como acontece em
ativos mais especulativos).

O segredo aqui é a maneira que você pensa.

Se você investe pensando em 10, 20 ou 30 anos, uma crise de 3 anos não irá
acabar com você.

Essa crise pode ser uma oportunidade de aumentar sua carteira de


investimentos e lucrar muito mais, pois as empresas boas se mantem vivas,
sendo que muitas inclusive costumam continuar crescendo durante as crises
e isso com certeza se refletirá nas cotações (as cotações sempre se reajustam
no médio/longo prazo para o valor justo).

Portanto, não se desespere, e jamais esqueça do seu objetivo.

Seu foco é conquistar sua liberdade financeira, comprar ativos com bons
preços e segura-los pelo tempo que os mesmos fizerem sentido.

Pense comigo se você hoje possuísse um milhão de ações da Coca Cola.

Vamos dizer que a ação da Coca Cola custe 100 reais.


Não realizei uma análise nessa ação em especifico, mas vamos pensar o
seguinte:

A empresa é centenária

O produto da empresa não demanda grandes investimentos (Baixo


Endividamento)

O produto é consumido mundialmente

Vamos dizer que a empresa pague bons dividendos todos os anos Warren
Buffet é um grande investidor do papel

Resumindo, o papel tem ótimos fundamentos.

Só que, como eu disse acima, a economia é cíclica e infelizmente (ou


felizmente no nosso caso), acontece uma grande recessão mundial e a
cotação da coca cola chega a 50 reais (ou 50% de desconto em relação a
cotação de hoje).

Ao analisar os resultados da Coca Cola, você nota que as vendas não


diminuíram e os fundamentos continuam os mesmos.

O que você faz?

Vende suas ações com prejuízo de 50% para se “proteger” da crise?

Sinceramente, você acha que a Coca Cola irá fechar por causa da crise?

As pessoas irão parar de beber Coca Cola por causa da recessão? (Talvez até
diminuam o consumo, mas não irão parar).

Você COMPRA mais ações e aproveita essa grande promoção.

Quando a crise passar, você estará com um patrimônio incrivelmente maior


pois você aproveitou uma grande oportunidade (que não acontecem todos os
dias).
Os “apostadores” irão começar a comprar quando as cotações estiverem
chegando novamente a 100 reais (muitas vezes até quando passaram desse
valor), e você teve a paciência de comprar tudo o que pode a 50 reais, 60, 70

e 80.

Você agiu como um “investidor de verdade”, ao escutar na televisão todos os


dias a mídia dizer “Bolsa de Valores Derrete”, ao invés de ficar desesperado,
você comemorava a grande promoção e investia mais.

Notou a diferença?

Conclusão

O propósito desse capítulo foi ilustrar como um investidor de verdade se


comporta durante uma crise ou recessão.

As crises e recessões sempre irão acontecer e será um fator determinante a

maneira como você irá se comportar.

Alguns investidores de muito sucesso costumam dizer:

“Compre enquanto todos dizem para vender e venda quando todos falarem
para comprar”.

Por que você acha que eles dizem isso?

Pois o pensamento vendido nas grandes mídias é que investir é apostar,


portanto segundo os “experts da grande mídia”, as pessoas devem seguir a
manada e fazer sempre o que todos fazem.

Se você fizer o que todos fazem, adivinhe: Você terá o mesmo resultado que
todas as outras pessoas.

Não sei você, mas quando olho a minha volta e falo com pessoas que dizem

“investir”, não vejo muitos milionários/bilionários.


Vejo, na verdade, muitos apostadores, que ficam felizes da vida ao conseguir
um lucro de 10% em uma compra e venda.

Quando simulamos alguns capítulos atrás um ganho de 1% ao mês, foi


apenas uma simulação.

Você irá notar que muitos investimentos seus, ao somar dividendos, juros e
valorização do ativo em si, irá te trazer um retorno muito maior que esse.

Aqui está o grande “pulo do gato”, ao entrar como sócio minoritário” de um


grande negócio através da compra de uma ação. Um exército de pessoas
competentes irá trabalhar incansavelmente para que a empresa sempre cresça
e gere lucros e você desfrutará desses resultados.

O crescimento de uma empresa pode ser infinito.

Ao focar seus investimentos apenas em renda fixa, os rendimentos sempre


são limitados e comparados ao mercado de ações são péssimos.

Lembre-se, eu e você somos investidores e não apostadores.

Esqueça a balela de que bolsa de valores é arriscado, você apenas precisa


compras as ações corretas (falaremos em breve disso).

E não se esqueça, os bancos não tem o menor interesse que você se torne um
investidor. Eles querem o seu dinheiro parado em uma conta de poupança
(com um péssimo rendimento) ou investido em aplicações que são boas
apenas para eles (e para as metas de vendas dos gerentes).

Também não se esqueça que as corretoras (onde você compra e vende ações

– falaremos disso na próxima parte do livro), ganham quando você compra e


vende um ativo, portanto elas sempre irão te incentivar a fazer isso.

Jamais se esqueça, você é um investidor de longo prazo buscando sua


liberdade financeira. Não escute pessoas ou instituições que jogam contra
você.

Você, sua família e sua liberdade financeira são suas reais prioridades.
Ninguém mais.

Capítulo 16

A fórmula 50/50

Introdução

Imagina que ao ler o título desse capítulo você deva pensar “Que raio de
fórmula é essa!”.

Deve pensar também que prometi diversas vezes que não iria te apresentar
nenhuma “fórmula mágica” para enriquecer. Minha promessa continua
válida.

Basicamente a fórmula 50/50 é apenas uma maneira de você rapidamente


estabelecer uma meta de investimentos para sua vida.

Basicamente essa fórmula quer dizer 2 coisas:

1.

Gaste apenas 50% da sua renda

2.

Invista 50% da sua renda

Viu como não tem nada de mágico?

Não se preocupe agora com esses números, o importante aqui é ficar claro
que para conseguir sua liberdade financeira você precisará se esforçar. Não
existe mágica.

Quanto mais você poupar e investir, mais seu dinheiro irá render e mais
próximo você estará da sua liberdade financeira.

Poupar costuma ser complicado para a maioria das pessoas (geralmente é


para todas) e investir costuma ser mais complicado ainda (já que a mídia e os
grandes bancos costumam mostrar que investir é apostar), mas não se
preocupe, pois irei esclarecer para você que nenhum dos dois pontos é tão
complicado assim

Como gastar somente 50%?

Parece um pouco agressivo viver com apenas 50% da sua renda, não parece?

Concordo com você que sim, mas depende justamente de como você
enxergar isso.

A maioria das pessoas vive sempre no limite. Praticamente gastam todo o


dinheiro que fazem.

Se geralmente vivemos assim, como mudar isso e começar a gastar somente


50% da sua renda?

Não se assuste. Se você não conseguir chegar a esse número, tente chegar o
mais próximo dele possível.

Sobre economizar eu falarei bastante na parte 2 do livro. Você irá notar que
economizar é mais um hábito do que outra coisa.

Geralmente gastamos muito porque somos influenciados o tempo todo a

“torrar” nosso dinheiro com artigos fúteis, além de vivermos vidas voltadas a
agradar o nosso ego.

A partir do momento que tomamos consciência de como gastamos,


automaticamente nos tornamos poupadores e a cada ideia de compra que

“aparecer” em sua mente, você acaba sempre pensando 2 ou 3 vezes antes de


comprar.

Pense que o cartão de crédito retira aquela “dor” que costumávamos sentir
ao pagar algo com dinheiro. Antigamente, ou até hoje mesmo (faça o teste),
quando íamos a uma loja comprar algo e pagávamos em dinheiro, sentíamos
uma certa “dor” ao pegar uma certa quantidade de cédulas de nossa
carteira/bolsa. Já com o cartão não. Parece que não precisamos pagar por
aquilo.

Chega a ser algo parecido com o que as crianças costumam dizer.

Veja essa pequena história:

Bartolomeu leva seu filho Jeremias para passear no shopping em um belo


domingo ensolarado.

Ao chegarem ao shopping (para infelicidade de Bartolomeu), eles dão de

“cara” com a maior loja de brinquedos da atualidade e Jeremias fica

“encantado”.

Ele insiste tanto, que os dois entram para “apenas dar uma olhadinha”.

Jeremias se encanta com um boneco maior que ele de seu desenho animado
preferido e começa a insistir para que seu pai compre o brinquedo.

Bartolomeu um pouco sem graça, abaixa sua cabeça, olha para seu filho e
diz:

Jê, papai está sem dinheiro esse mês, tive que pagar muitas contas e não
consigo comprar o brinquedo para você.

Jeremias, como se fosse o menino mais inteligente do mundo, sorri e diz:

Papai, não se preocupe, você não precisa de dinheiro para comprar o meu
boneco. É só usar seu cartão de crédito.

A história pode até parecer besta para você, mas inconscientemente somos
todos treinados a ser como o pequeno Jeremias e a achar que ao usar o cartão
de crédito, não estamos gastando.

Com o tempo isso se torna algo tão natural, que poderá parecer que você
pode comprar qualquer coisa.
Voltando ao tópico do capítulo, mas como gastar somente 50% da sua renda
e ter uma boa vida?

Temos algumas ações a fazer:

Zerar suas dividas

Zerar seus parcelamentos

Entender seus gastos

Cortar gastos desnecessários

Diria que esses são os 4 primeiros passos que você deve fazer para reduzir
seus gastos.

Quando analisamos profundamente nossos gastos por algum tempo,


descobríamos que muitos deles (como taxas bancárias, tv a cabo, etc) são
desnecessários e podem ser facilmente cortados (as vezes somente com um
e-mail ou uma ligação telefônica).

Não se preocupe, pois, esses passos serão tratados no próximo capítulo com
detalhe.

Agora vem a grande dica do capítulo.

Ao realizar esses passos, provavelmente você não conseguirá reduzir seus


gastos tanto até chegar a apenas 50%.

Como somos investidores de longo prazo, temos que pensar no longo prazo
inclusive quando pensamos em gastos e renda.

Vamos supor que hoje você tenha uma renda mensal de 10 mil reais (essa
renda pode ser a do casal também) e você gaste 10 mil reais por mês.

Ao final de cada mês não te sobra absolutamente nada, pois você é ótimo em
gastar. Você faz questão de “torrar” até o último centavo.
Após realizar o exercício de analisar gastos, cortar dividas, parcelamentos,
etc, você consegue diminuir seus gastos para 7500 reais, ou seja, 25%. Que
maravilha! Agora você está na fórmula 75/25, ou seja, gasta 75% da sua
renda e economiza 25%.

Como mudar isso?

Dificilmente, você conseguira gastar menos, portanto você precisara fazer

mais dinheiro, ou seja, aumentar sua renda.

Para isso, você constantemente investe em você mesmo e após 6 meses você
recebe uma proposta para um novo emprego e sua renda sobe para 15 mil
reais!

Aqui está “pulo do gato”. Sua renda aumentou, mas você irá MANTER seu
padrão de vida, ou seja, agora você ganha 15 mil reais, gasta 7,5 mil e
economiza 7,5 mil, ou seja, sua fórmula agora é a 50/50, ou seja, gasta 50%
e investe 50%. Incrível!

Você continua investindo em você e depois de mais 1 ano, você e sua


parceira/parceiro conseguem promoções em seus trabalhos e a renda de
vocês chega a 30 mil reais! Que noticia ótima!

Vocês, como um casal determinado, mantem o padrão de vida em 7500 reais


e guardam 22500 reais, ou seja, vocês foram tão agressivos que chegaram a
fórmula 25/75 e agora investem simplesmente 75% de tudo que recebem.

Não é fácil manter seu padrão de vida, principalmente após aumentar sua
renda consideravelmente. Mas ao fazer isso, você poderá investir um valor
tão considerável por mês, que seus investimentos irão “voar”.

Segure o seu “ego” e não saia trocando de carro, casa, etc, e você irá ver
como sua vida financeira irá voar.

Sair comprando coisas sem necessidade somente porque sua renda subiu é
seguir a manada. E sabe o que acontece se você fizer o que todo mundo faz?

Você terá os mesmos resultados. É isso que você quer?


Sua liberdade financeira depende apenas de você e de mais ninguém.

E como investir os 50%?

Não se preocupe com isso agora. Na parte 3 e 4 do livro falaremos muito

sobre isso e te mostrarei como fazer isso de forma inteligente.

Conclusão

Não sei se você já conseguiu notar onde eu quis chegar até agora.

Mas a grande dificuldade em construir sua liberdade financeira é saber


economizar.

Esse é o ponto principal. Não adianta você se matar para aprender a investir
se você não tiver “o que investir”.

Muitas pessoas colocam suas energias no lado errado da equação.

Poupar, aumentar sua renda, investir e ter paciência.

É simples assim.

Não tem mágica.

Você somente precisa seguir o processo que outras pessoas fizeram e terá
resultados similares.

Você deve pensar “Quem é esse cara para me falar isso?”.

Você está fazendo a pergunta errada.

Quer saber se faz sentido o que eu estou te ensinado?

Leia sobre Warren Buffet e Luiz Barsi Filho.

Tenho certeza absoluta que você se encantará com a sabedoria de ambos. Eu


tenho uma admiração profunda pelos dois e tudo que fiz nesse livro foi
entender a maneira como eles pensam e transformar em algo mais prático e
acessível para qualquer pessoa.

Meu foco é tornar tudo simples e prático.

Te ensinarei a se organizar, poupar, investir e principalmente (considero o


mais difícil), a ter disciplina.

Apenas me prometa que continuará lendo até o final. Essa leitura irá valer a
pena. Te garanto.

Capítulo 17

Sonho ou realidade?

Introdução

Creio que esse capítulo é um dos melhores capítulos do livro.

Por que digo isso?

Iremos “sonhar” um pouco, ou seja, realizar algumas simulações com alguns


cenários de aportes e possíveis resultados em 10, 20 e 30 anos.

Claro que não tenho uma bola de cristal, mas os cenários são totalmente
possíveis, sendo inclusive que pode ocorrer que seus resultados sejam ainda
melhores.

Repito que é IMPOSSÍVEL prever o rendimento futuro de qualquer


investimento, sendo que para realizar esses cálculos me baseei em
performances de outros investidores de sucesso que tiveram a paciência de
economizar e investir todos os meses, por muitos anos.

Existe uma expressão no mercado financeiro muito famosa que diz “Não
existe almoço grátis”, ou seja, para ter um bom retorno em qualquer
estratégia de investimento, precisamos ter foco e disciplina. Sem isso, é
impossível.

Não escrevi esse livro para apostadores, que buscam enriquecer com
“milagres” ou “da noite para o dia”.

Esse livro foi escrito para pessoas comuns, que possuam qualquer tipo de
emprego, que morem em qualquer lugar e que possuam qualquer tipo de
sonhos.

O propósito do livro é te mostrar um caminho viável para sua liberdade


financeira, sem que para isso, você tenha que sacrificar toda a sua vida.

A velocidade com que você irá conquistar sua liberdade financeira,


dependerá principalmente dos aportes que você realizar e do tempo, pois
quanto mais tempo para os juros compostos trabalharem, melhor será o
retorno para você.

O caminho não é fácil, mas também não é muito difícil. Exige apenas
disciplina.

Iremos trabalhar todos os pontos da estratégia aqui, conceitualmente e


principalmente na parte prática.

Não se preocupe, você está quase na parte 2 do livro e lá abordaremos o


primeiro grande pilar dessa estratégia: Como economizar e administrar bem
o seu dinheiro.

Sonho ou realidade?

Costumo dizer a todas as pessoas que não existe nada melhor do que uma
boa planilha e um bom gráfico para enxergar até onde podemos chegar.

Quero mostrar a você que planejar sua liberdade financeira não é um sonho e
sim uma realidade.

O grande X da questão é você manter o foco e a disciplina no projeto, pois é


um projeto de longo prazo e depende inteiramente de você para dar certo.

É inclusive muito importante que no caso de um casal, que esse objetivo


esteja claro para as duas pessoas, já que a liberdade financeira será para os
dois.
Voltando ao assunto do capítulo...

Imagine que ao seguir a estratégia sugerida pelo livro, você estará dedicando
por um longo período uma parte dos seus ganhos para investir.

Isso tem um custo, pois o dinheiro investido poderia ser gasto com outras
coisas, mas ao meu ver, esse dinheiro te trará tantos frutos, que
posteriormente, você será capaz de desfrutar muito mais do que desfrutaria
hoje.

Seu melhor amigo nessa jornada se chama “juros compostos” e você poderá
ver com seus próprios olhos o porquê de eu falar isso.

Como cada cenário funciona

Pensei em montar diversos cenários diferentes para você enxergar onde é


possível chegar, mas decidi me focar em 3 cenários.

O primeiro cenário é focado em um retorno de 10% ao ano para os seus


investimentos (muito plausível quando pensamos em uma estratégia de
longo

prazo e escolhemos boas empresas).

O segundo cenário é focado em um retorno de 15% ao ano para os seus


investimentos (também é muito plausível).

O terceiro cenário é focado em um retorno de 20% ao ano para os seus


investimentos. Pode parecer que é um cenário “otimista”, mas te garanto,
que fazendo bem sua lição de casa, ou seja, escolhendo bem no que investir
(te falarei exatamente como fazer isso), esse cenário também é possível.

Lembre-se do que eu disse antes, não temos controle em como as empresas


irão lucrar no futuro, mas ao manter uma boa carteira de investimentos,
nossa chance de sucesso é praticamente certa.

Um outro detalhe importante referente a cada cenário é que cada gráfico


possui 3 linhas, sendo que cada linha representa uma estratégia de aportes:
Aporte 1K: Significa que você estaria todos os meses investindo mil reais.
Aporte 5K: Significa que você estaria todos os meses investindo cinco mil
reais.

Aporte 10K: Significa que você estaria todos os meses investindo 10 mil
reais.

Não existe um número mágico do aporte ideal. Essa variável está no seu
controle. Quanto mais você investir, mais rápido alcançara sua liberdade
financeira.

Um último detalhe antes de realmente entramos cenário a cenário é que a


taxa de juros foi calculada anualmente para facilitar as contas.

O cálculo é muito simples e você mesmo pode monta-lo.

Não coloquei a inflação projetada, pois sinceramente, quanto mais simples


forem os cálculos, mais fácil de enxergar o resultado.

De nada adianta termos milhares de planilhas, gráficos, dados e não

conseguirmos economizar dinheiro e investir.

O simples funciona, não se esqueça disso.

Cenário 1: Retorno de 10% ao ano


O gráfico possui dois eixos.

O eixo horizontal representa os anos, começa no 1 e vai até o número 30.

O eixo vertical, representa o valor acumulado no decorrer dos anos.

Possuímos 3 linhas no gráfico, a linha superior, representa os aportes de 10

mil reais por mês, a linha do meio, os aportes de 5 mil reais e a linha
inferior, aportes de mil reais por mês.

Para facilitar a visualização, vamos observar as tabelas abaixo, onde


podemos enxergar em maior detalhe os resultados:

Na tabela acima, podemos observar como seria o resultado de uma estratégia


de investir mil reais mensalmente em nossa estratégia.

Ao final de 30 anos, você teria desembolsado 360 mil reais (parece muito?) e
teria acumulado um patrimônio de cerca de 2 milhões e 171 mil reais!
Desse valor total acumulado ao final de 30 anos (2,17 milhões), 1,8 Milhão
seriam provenientes apenas de juros compostos!

Incrível não?

Estamos falando de um cenário onde aportaríamos apenas 1000 reais por


mês e teríamos um rendimento de 10% ao ano (conservador).

E se aumentássemos nosso aporte para 5 mil reais? Como seriam os


resultados?

Confira abaixo:

Veja que incrível!

Você teria aportado 1,8 milhão de reais ao final de 30 anos, mas seu
património seria de quase 11 milhões de reais!! (Sendo que 9 milhões seriam
apenas de juros compostos!)

Aqui ainda estamos falando de um rendimento de apenas 10% ao ano.

Os juros compostos são poderosíssimos!

Agora, para fechar o cenário de rendimentos a 10%, veja como ficaria nosso
patrimônio ao aportar 10 mil reais por mês:

Aportaríamos 3,6 milhões de reais em 30 anos, mas em contrapartida,


acumularíamos quase 22 milhões de reais!

Somente de juros compostos, faríamos mais de 18 milhões de reais!


Não fique assustado com esses números, pois é matemática básica e são
totalmente plausíveis.

Essa é a diferença entre “apostar” no curto prazo e “investir” no longo prazo.

Aqui você realmente tem resultados.

Cenário 2: Retorno de 15% ao ano

E se simulássemos nossos rendimentos a uma taxa de 15% de retorno por


ano?

Será que 5% faz tanta diferença assim?

É o que veremos.
Note que no gráfico anterior, a linha superior (dos aportes de 10K a um
rendimento anual de 10%) não chegava a 25 milhões de reais.

Aumentamos o rendimento em 50% (pois foi de 10% para 15%) e nesse


gráfico, o mesmo aporte de 10 mil reais, no levou aos 60 milhões de reais.

Incrível não?

Com uma taxa 5% superior a anterior, mais que dobramos nossos resultados.

Agora, vamos ver no detalhe os resultados:

Ao aportar 1000 reais por mês, durante um período de 30 anos, aportamos


no total 360 mil reais, mas nosso patrimônio foi para quase 6 milhões de
reais!

São mais de 5 milhões somente em juros compostos.

Não estou brincando com você. É simples matemática financeira.

Aqueles 1000 reais que você “torra” todos os meses com futilidades, podem
te garantir um futuro incrivelmente próspero.

Não tem mágica.

Não tem pegadinha.

Só depende da sua disciplina e da sua força de vontade.


Ter ou não ter liberdade financeira, depende somente de você e das decisões
que você irá tomar no decorrer de sua vida.

E como ficaria com os aportes de 5 mil reais por mês e um rendimento de


15% ao ano?

Você aportaria os mesmos 1,8 milhões de reais como no primeiro cenário,


mas seu patrimônio seria de quase 30 milhões de reais.

Apenas de juros compostos (ou “do dinheiro que trabalhou para você”),
seriam mais de 28 milhões de reais!

Segure seu queixo, pois ainda tenho mais algumas simulações para você.

Agora quero te mostrar como seriam aportes de 10 mil reais por mês e um
rendimento de 15% ao ano.

Novamente, 3,6 milhões aportados por você, diretamente de sua renda


mensal durante 30 anos e um retorno de quase 60 milhões de reais!

Uau!!

Mais de 56 milhões de reais apenas em juros compostos.

Para chegar aqui você decidiu deixar os juros trabalharem para você e não o
contrário (contraindo dívidas e trabalhando para enriquecer os bancos).

O cenário 1 já era muito bom, o cenário 2 melhorou razoavelmente, mas


agora que lhe mostrar o cenário 3.
Cenário 3: Retorno de 20 % ao ano

Não pense que esse é o cenário mais otimista.

Realmente é possível que você tenha retornos ainda maiores que esse.

Tudo vai depender exclusivamente de sua disciplina de aportes e de você


realmente agir com um investidor de longo prazo.

Olhe como ficou nossa linha superior!

Parece o resultado da Loteria de Loteria de Reveillon, mas não é.

Aqui não existe sorte e sim competência.

Inclusive, aproveite para não jogar mais dinheiro fora com loterias e use esse
dinheiro para investir.

Confie na sua competência e esqueça de jogos de azar.

Se olharmos novamente para o primeiro gráfico, quando aportávamos 10 mil


reais por mês a uma taxa de 10% ao ano, nosso patrimônio chegou a 21

milhões de reais.

Dobrando a taxa de juros para 20%, nosso patrimônio chegou a incríveis 170
milhões de reais.

Esse é o famoso poder dos juros compostos (não quero ser repetitivo, mas
quero que você realmente aprenda isso).

Veja agora, como ficaria sua vida no futuro caso aportasse mensalmente
1000

reais, por 30 anos, a uma taxa de rendimentos de 20%

Veja como mudou o cenário.

Aportamos 360 mil reais durante 30 anos e nosso patrimônio chegou a 17

milhões de reais.

Sendo que 16,6 Milhões foram de juros!

Parece mágica, mas não é.

Preste atenção no que você vê aqui.

É difícil encontrar esses números em outros lugares.

Sei que você pode estar pensando que isso aqui é uma grande “viagem”, mas
te garanto que essa “viagem” pode te trazer a liberdade que você jamais
imaginou.

Essa “viagem” tem sentido, pois você está investindo em projetos de


empresas que carregam a economia do nosso país nas costas.
Se essas empresas não crescerem, não existe Brasil. Simples assim.

Agora, vamos observar o cenário onde aportamos mensalmente 5 mil reais


durante 30 dias com uma taxa de retorno de 20% ao ano.

O que você acha de investir durante 30 anos 1,8 milhões de reais (5 mil por
mês) e ao final de 30 anos seu patrimônio chegar a incríveis 85 milhões de
reais?

E desses 85 milhões de reais, mais de 83 milhões de reais forem juros


compostos?

Sinceramente, acho “legal”.

E para finalizar, vamos observar como seria o cenário de aporte de 10 mil


reais por mês, durante 30 anos a uma taxa de 20% ao ano.

Você aportaria 3,6 Milhões de reais em 30 anos e teria um patrimônio de


mais de 170 milhões de reais.
Pode parecer um sonho, mas isso é a realidade.

Quando você possui disciplina para economizar e investir, os resultados


estarão lá, esperando por você.

Conclusão

Espero que esse capítulo tenha gerado uma expectativa enorme referente a
jornada que você começou ao adquirir esse livro.

Não comece a duvidar se essas contas são reais ou não, pois como te disse
anteriormente, é impossível calcular os rendimentos futuros de qualquer
aplicação, mas se você entendeu o conceito de que um país não cresce se as
empresas não crescerem, creio que você tenha entendido que é praticamente
impossível seus investimentos darem errado.

Quando você pensa e atua como um investidor de longo prazo, você fica
feliz em qualquer momento da economia.

Se a economia vai bem, seus investimentos se valorizam e você faz dinheiro.

Se entramos em recessão, o mercado se torna uma grande liquidação e você


realiza mais compras para fortalecer seu portfolio e posteriormente, quando
a crise passar, você fará mais dinheiro.

Nós, como investidores de longo prazo sempre fazemos dinheiro se


investimos em empresas sérias e bem administradas.

Não existe mágica alguma. Apenas poupe, invista, tenha disciplina e


paciência.

Plante a semente, regue todos os dias com disciplina, tenha paciência para
sua árvore crescer e daqui a alguns anos, colha os frutos.

Simples, não?

A parte introdutória do livro termina aqui e eu espero que você tenha


gostado
do que leu até o momento.

Caso tenha dúvidas sobre algum assunto, não se preocupe, pois, muitos
assuntos serão aprofundados nos próximos capítulos.

Alguns assuntos inclusive você não precisa se tornar especialista, você


apenas precisa saber o suficiente para que o seu plano pessoal rumo a
liberdade financeira funcione bem e com consistência.

Tenha paciência, pois esse livro tem muitas informações.

No decorrer do livro, irei te mostrar alguns atalhos para que você gaste o
mínimo possível de tempo por mês para cuidar e administrar suas finanças.

O meu foco com esse livro é que ele seja prático para você.

Criamos uma boa base nessa primeira parte do livro para começarmos a
entrar na parte prática.

Te garanto que, até o final do livro você se sentirá muito respaldado e


preparado para começar sua jornada rumo a liberdade financeira
imediatamente.

Como eu sempre digo “O Simples Funciona”.

Vamos simplificar o máximo possível para que você comece a sua jornada
da maneira mais simples possível.

Pronto(a) para a parte 2 do livro?

Parte 2

Estruturando o seu Planejamento Financeiro Capítulo 18

Não enlouqueça

Introdução
Decidi escrever esse capítulo após conversar com um grande amigo sobre o
projeto desse livro.

Ao escutar o projeto, ele ficou muito empolgado e me contou a história de


algumas pessoas próximas a ele que haviam ido para o “lado extremo” da
coisa.

Quando digo “extremo”, digo que algumas pessoas praticamente param de


viver e se focam unicamente e exclusivamente em economizar todo o
dinheiro que podem para poder investir.

E foi isso que a irmã do meu amigo fez.

Infelizmente, ela teve um “custo” em sua vida pessoal devido a isso.

Prefiro não entrar em mais detalhes, mas creio que deu para você entender
onde quero chegar.

Para muitas pessoas que nunca leram sobre o mundo dos investimentos e seu
poder no longo prazo, o simples contato com esse mundo pode ser

“chocante”.

Quando digo “chocante”, digo que a pessoa pode entrar em um estado de


êxtase tão grande que é possível que ela comece a viver unicamente e
exclusivamente para conquistar sua liberdade financeira.

Não digo que isso é errado, só que se você fizer isso, você terá que arcar
com as consequências que essa decisão acarretará.

Como venho dizendo no decorrer desse livro, quando falamos de liberdade


financeira, não existe um valor especifico fechado que seja padrão para todas
as pessoas.

É algo extremamente pessoal, que para mim pode ser uma coisa e para você
pode ser algo totalmente diferente.

Mas o grande detalhe aqui é mesmo que conseguir a liberdade financeira não
seja uma tarefa fácil, que exige alguns sacrifícios, o grande X da questão é
manter um equilíbrio com os outros pilares de sua vida.

Acredito que viemos a esse mundo para evoluir como pessoas.

Ter nossas famílias, estudar, trabalhar, compartilhar com o mundo nossa luz
única e realizar conquistas.

Para viver e evoluir não podemos nos focar exclusivamente em uma única
coisa.

O equilíbrio nos faz crescer em todas as áreas ao mesmo tempo.

Se apenas o pilar financeiro significasse felicidade absoluta, você não


presenciaria tantos casos de suicídio e overdose de pessoas incrivelmente
ricas e poderosas.

O dinheiro deve ser utilizado com sabedoria, deve ser gasto com inteligência
e também deve ser utilizado para o seu lazer e o lazer de sua família.

Apenas não existe sentido algum em você consumir 70% da sua renda
mensal com lazer e entretenimento.

Concorda que isso seria um desequilíbrio muito grande?

Tem um outro ponto importante aqui. Se você não faz uma viagem, não
come algo que gosta ou não compra um mimo para você de vez em quando,
para o seu inconsciente pode parecer que o dinheiro de nada vale para você.

Não sou a favor de se privar dos prazeres que o dinheiro pode comprar.

Só que também não sou a favor de viver apenas para esses prazeres.

O “pulo do gato” aqui é que você desfrute sua vida, mas que consiga investir
dinheiro suficiente para conquistar sua liberdade financeira.

Não sei se em algum momento você já parou para pensar que alguns anos
atrás, quando sua renda era muito inferior, parecia que o dinheiro “rendia
mais”.
Talvez você tenha pensado “nossa, naquela época eu fazia tantas coisas com
tão pouco dinheiro, será que tudo está tão caro assim? ”.

Em partes, os preços sempre sobem, devido a inflação, mas por outro lado, o
que acontece com 99% das pessoas é que quanto mais elas aumentam seus
rendimentos, mais elas aumentam seus gastos.

Alguns gastos são totalmente fúteis e desnecessários e esse é o dinheiro que


devemos realmente focar em guardar e investir.

Tudo é uma questão de equilíbrio.

Gastar com o que realmente faz sentido e economizar com o que é fútil.

Fazer uma viagem com sua esposa/marido é um investimento no seu


relacionamento.

Trocar de carro ou celular todos os anos, para mim, é burrice. Não tem
ganho algum. Apenas de ego.

Por isso, quero deixar claro para você, pois no próximo capitulo falaremos
em detalhes sobre gastos e administração de dinheiro. A palavra que fará
uma

diferença enorme na sua vida é EQUILIBRIO.

O dinheiro não existe à toa. Ele existe para ser o combustível dos outros
pilares da vida. Apenas deve ser utilizado com sabedoria.

Pode parecer besteira para várias pessoas, mas um dia eu tenho certeza que
fará um grande sentido para você.

Capítulo 19

Preparação

Introdução

Finalmente chegamos a segunda parte de nosso livro!


Imagino que você estava um pouco ansioso para sair da teoria e entrar na
parte prática do processo.

Essa ansiedade é normal, mas como em todo processo bem estruturado é


importante que você leia o livro sem pular nenhum capítulo, pois sem os
conceitos dificilmente você conseguira ter a disciplina necessária para
construir sua liberdade financeira.

Na parte 2 do livro iremos falar sobre o primeiro passo (e um dos tópicos


mais importantes) para a construção de sua liberdade financeira:
Planejamento Financeiro.

Quando pensamos em Planejamento Financeiro, é comum realizar a


associação apenas com planejamento de gastos, dívidas, rendimentos, etc.
Em partes, isso fará parte do capítulo, mas iremos muito além.

Iremos entrar profundamente no processo de como você pode ter total


consciência de como administra o seu dinheiro e ensinar o seu cérebro a
pensar duas vezes antes de realizar qualquer gasto.

Falaremos de como montar seu balanço mensal, seu mapa do dinheiro e


também como identificar seus gastos supérfluos.

Te garanto que os próximos capítulos serão bem intensos.

Mas antes de começar, é importante que você se conscientize do quão


importante é administrar bem o seu dinheiro.

Nos capítulos anteriores fizemos algumas simulações de como seu resultado


muda de acordo com a quantidade de dinheiro que você tem disponível para
aportar mensalmente.

Às vezes um pequeno gasto, feito durante anos, pode ter um impacto


significativo no seu resultado financeiro.

Vou te dar um pequeno exemplo.

Eu adoro fazer exercícios físicos e desde meus 15 anos vou a academia 5


vezes por semana.

Além do prazer de realizar os exercícios nos aparelhos, também me sinto


mais energizado durante o dia e noto que consigo realizar uma quantidade
muito maior de tarefas do que outras pessoas que não se exercitam.

Resumindo, para mim ir à academia é um investimento.

Por muitos anos eu frequentei uma academia que era reconhecida por sua
excelência. Suas instalações eram de primeira linha, sempre existam
instrutores dispostos a ajudar os alunos e os vestiários eram enormes (o que
evitava filas na hora de tomar banho).

Eu realmente gostava de me exercitar lá.

Só que existe uma concorrente, com uma mensalidade muito menor (muito
menor mesmo!) e após realizar as contas que te mostrarei na sequência,
decidi trocar de academia.

Os aparelhos eram muito parecidos, o que mudava é que essa academia não
tinha o “status” da anterior, seus vestiários eram menores e a quantidade de
instrutores era bem reduzida se comparado a sua concorrente.

Como frequento a academia a muitos anos, sei executar muito bem os


exercícios e praticamente nunca preciso do instrutor para me ajudar com os
exercícios.

Em relação aos aparelhos, adaptei alguns exercícios e não tive dificuldades.

A mensalidade da primeira academia era de R$ 240,00 por mês no plano


anual e a mensalidade da segunda R$ 89,99 (vamos arredondar para R$

90,00).

Por mês, ao realizar essa troca, economizei R$ 150,00.

Se aplicarmos esses 150 reais durante um período de 30 anos, o que será que
aconteceria?
Com um rendimento de 10% ao ano, o resultado seria:

Com um rendimento de 15% ao ano, o resultado seria: Com um rendimento


de 20% ao ano, o resultado seria: Note como uma simples economia pode
significar um resultado incrível no longo prazo.

Apenas mudei de academia, mas observando o cenário de 20% ao ano,


apenas essa economia poderia me gerar quase 2,5 milhões de reais em 30

anos.

Mas não se preocupe, pois esse foi apenas um dos exemplos.


Quando você mudar sua mentalidade de gastador-apostador para poupador-
investidor, você mesmo terá suas próprias ideias de como poupar.

Pode acreditar, será algo praticamente inconsciente.

A partir do capítulo 20, irei te ensinar como organizar sua vida financeira.

Você irá aprender como realizar um pequeno exercício todos os meses para
criar a consciência de como você gasta.

A partir do momento que você adquirir essa consciência, automaticamente


você irá mudar.

Não tem mágica aqui.

Nós costumamos gastar porque somos induzidos a acreditar que não estamos
gastando de fato (lembra do exemplo do cartão de crédito que falamos há
pouco?).

Apenas você terá que por energia no processo e repeti-lo mensalmente, por
toda sua vida.

Um outro ponto importante é a partir de hoje você nunca mais parcelar nada.

Com exceção de seu imóvel (caso você realmente decida ter um) ou aluguel,
minha recomendação a você é não parcelar absolutamente nada.

Pague tudo à vista. Isso te mostrará o real valor do dinheiro.

O processo de zerar seus parcelamentos será abordado mais à frente!

(Capítulo 22).

Para finalizar, quero voltar em um assunto que já abordamos.

Coloque como meta para você (e seu parceiro/parceira) chegar a fórmula


50/50. Gastar 50% do que vocês fazem por mês e investir 50%.
Pode parecer difícil, mas se vocês pensarem no longo prazo, nos aumentos
de renda que possivelmente irão ter, essa meta se torna totalmente viável.

Apenas tem que ser com equilíbrio.

De nada adianta vocês não viajarem, irem ao cinema, etc, para economizar e
o relacionamento se tornar algo totalmente sem graça e no final vocês se
separarem.

De nada adianta liberdade financeira se não for para ser desfrutada com as
pessoas que amamos.

Dinheiro sozinho não significa absolutamente nada. (E olha que esse livro é
sobre dinheiro).

Busque sua liberdade financeira, mas nunca a qualquer custo.

Então, vamos começar a organizar sua vida financeira?

Capítulo 20

Dividindo seus gastos por categoria

Introdução

Chegamos finalmente a parte prática do livro! Depois de tanto eu prometer


que colocaríamos a mão na massa, finalmente chegou o momento!

Nesse capitulo irei introduzir o conceito de categorias de gastos.

É muito importante categorizar nossos gastos de maneira inteligente e


rápida, para que possamos ter uma boa visão de como estamos gastando
nosso dinheiro.

Imagina que, se você simplesmente gastar o seu dinheiro e não tiver a


mínima ideia no que está gastando e o quanto está gastando, a tendência é
que você gaste até o último centavo que possui em sua conta, ao invés de
utilizar uma boa parte de sua renda para investir e trilhar sua liberdade
financeira.
Nesse capítulo detalharei o conceito de categoria e subcategoria de gastos.

É algo que uso para meu controle pessoal há alguns anos e funciona
extremamente bem.

O propósito de categorizarmos nossos gastos é criar a consciência de como


você está gastando.

Você pode até achar “besteira”, mas peço que faça o teste de realizar esse
exercício por alguns meses e você irá notar que automaticamente começara a
gastar menos dinheiro.

É impossível que isso não aconteça. Ao tomar conhecimento de como e


quanto você gasta, sua mente mudará o modo como ela age em relação ao
dinheiro e aos seus gastos.

Iremos aprender primeiramente sobre cada categoria e no próximo capítulo


entramos no processo de categorizar em si.

Categorias de Gastos

Pense nas categorias de gastos, como grandes grupos para que você possa ter
uma imagem mensal de como seu dinheiro foi gasto.

Por exemplo, ao observar na fatura do seu cartão de crédito o gasto

“Farmácia”, iremos categorizar esse gasto na categoria “Saúde”.

Dentro dessa categoria, podemos ter diversos tipos de gastos, e no decorrer


de um ano, poderemos observar o quanto gastamos de dinheiro com nossa
saúde.

Poderemos notar inclusive, se estamos gastando demais com essa categoria e


se devemos criar algum “plano de ação” para ela, ou seja, trabalhar para
reduzir o quanto gastamos com ela.

Não quero entrar no detalhe do processo agora, pois quero detalhar as


categorias para você.
Basicamente, trabalharemos com as seguintes categorias:

Alimentação

Dívidas/Juros/Taxas Bancárias

Educação

Lazer

Moradia

Outros

Saúde

Transporte

Poderíamos criar infinitas categorias, mas a ideia aqui é ser simples (lembra
da frase “O simples funciona?), pois quero que você “bata o olho” e saiba
exatamente como está sua vida financeira.

Dentro de cada categoria, teremos diversas subcategorias, que irão


possibilitar que você saiba exatamente todos os gastos que você fez em um
mês e quanto foi exatamente cada um.

Não duvide dessa estrutura. Apenas teste. Te faço esse convite.

Apenas para deixar esse capítulo mais simples, as categorias serão utilizadas
quando formos realizar nosso controle de despesas mensalmente.

Se fossemos lançar a despesa que expliquei acima, o lançamento seria assim:


É um processo extremamente simples e relativamente rápido, mas não

entrarei no detalhe aqui, pois farei isso no próximo capítulo.


Agora vamos detalhar cada categoria.

Categoria: Alimentação

A categoria alimentação é uma categoria muito importante na vida de


qualquer pessoa.

Essa categoria é essencial para nossas vidas e não é inteligente realizar


economias referentes a ela.

Dentro dessa categoria, podemos ter as mais diversas subcategorias, como


por exemplo: supermercado, padaria, frutaria, restaurante etc.

Para facilitar o processo de lançar as nossas despesas, observamos cada


despesa e primeiro associamos uma subcategoria a ela, pois aqui, você pode
utilizar qualquer subcategoria que achar condizente para você.

Após finalizar de lançar todas as despesas e classifica-las por subcategorias,


realizamos a classificação por Categorias, sendo que, as Categorias nos
darão uma melhor visão de nossos gastos.

Portanto acredito que você possa ter inúmeras subcategorias diferentes das
minhas, mas nossas categorias sempre serão iguais.

Lembro que, dentro de alimentação, não iremos incluir categorias


relacionadas a lazer, tais como: Café, bares, etc.

É importante que você consiga classificar suas despesas de uma maneira


onde depois você realmente consiga identificar onde você pode estar
exagerando nos gastos.

Categoria: Divida/Juros/Taxas Bancárias Essa categoria não deveria nem


existir em nosso controle financeiro.

O ideal é que você não tenha nenhum lançamento referente a isso.

Subcategorias: Parcela do Carro, Taxa do Cartão de Crédito (Anuidade),


Tarifas Bancárias, etc.
Não incluiremos uma possível parcela do financiamento do seu apartamento
aqui, pois é interessante coloca-la embaixo da categoria “Moradia”.

Você deve fazer de tudo para não pagar nem anuidade no seu cartão de
crédito e nem taxas bancárias ao seu banco.

Hoje existem inúmeras opções para isso.

Pagar esses tipos de taxas é o maior desperdício que você pode fazer.

Corte esses gastos imediatamente.

Referente a dividas, faça um grande esforço de quita-las o quanto antes.

Não é inteligente que você tenha uma dívida com o banco e ao invés de
realizar a quitação, você utilizar o dinheiro para investir, pois os juros
cobrados geralmente serão maiores do que você teria de retorno em seus
investimentos.

Se você quer ser um investidor de verdade e conquistar sua liberdade


financeira, quite suas dívidas e não faça nenhuma nova.

Sobre comprar carros financiados, sinceramente, evite.

O carro é um passivo para você, pois ele desvaloriza muito anualmente, além
de ser o responsável por diversos gastos. Esqueça que carro é um
investimento. Nunca é.

Evite ao máximo financiar a compra de um carro.

Como eu disse acima, o ideal é que você consiga não ter nenhum lançamento
nessa categoria. (Apenas tenha calma, pois não conseguira fazer isso de hoje
para amanhã, isso pode levar um certo tempo).

Categoria: Educação

Sinceramente, eu considero pouco interessante economizar nessa categoria.


Somente a educação fará com que sua renda aumente consideravelmente e
consistentemente durante sua vida.

Claro que você deve ser muito criterioso ao realizar cursos e comprar livros,
pois existem diversos cursos e livros que não terão utilidade alguma para
você.

Sempre que for realizar um investimento em você nessa área, pense qual é o
propósito desse investimento e o que provavelmente terá de ganho como
pessoa e como profissional. Se não houver um propósito definido,
simplesmente não gaste.

Subcategorias: Cursos, Livros, Faculdade, MBA, Treinamentos, Relatórios


Financeiros (falaremos sobre eles mais à frente), etc.

Qualquer investimento ou compra que você realizar onde você irá aprender
algo deve ser lançado abaixo dessa categoria.

Você pode ter inúmeras subcategorias dentro dessa categoria, mas sempre
use a categoria “Educação”, para que você tenha ao final de cada mês e de
cada ano uma visão do quanto você investiu em você.

Categoria: Lazer

Chegamos a uma das categorias que considero “polêmicas”.

Por que digo que é polêmica?

Porque é onde muitas pessoas perder o equilíbrio.

Alguns poupadores extremos simplesmente não têm nenhum gasto nessa


categoria, enquanto gastadores desenfreados gastam mais de 50% de sua
renda apenas nessa categoria.

Ambos os casos são ruins, pois devemos ter equilíbrio.

Se você cortar o lazer de sua vida, com o tempo estará mais estressado e
tomará piores decisões. Isso terá um impacto direto em todos os outros
pilares da sua vida (principalmente no financeiro).

Subcategorias: Viagens, Cinema, Cafés, Bares, Hotéis, Restaurantes, etc.

A subcategoria viagem é uma que considero muito importante, pois a cada


viagem que você faz, é uma oportunidade para você se desligar do mundo e
retornar com muito mais energia.

Mesmo sendo um custo considerável, é importante você viajar de vez em


quando.

Lembre-se do tal “equilíbrio”.

Apenas tome cuidado para não gastar toda a sua renda aqui. Muitas pessoas
tentam preencher os vazios de suas vidas apenas com bares, comida e
futilidades, mas no final, continuam vazias.

Tome bastante cuidado com essa categoria, pois aqui você pode cortar
muitos gastos.

Quando você começar a realizar seu controle mensal (próximo capítulo),


isso se tornará claro.

Categoria: Moradia

Chegamos a uma das categorias que costumam consumir uma parte


considerável de nossas rendas.

Tome cuidado para não entrar em financiamentos imobiliários que


consomem muito de sua renda (mais de 30% costuma ser bastante).

Escrevi um capítulo inteiro falando sobre imóveis. Espero que tenha lido
com atenção, pois pode ter um impacto enorme em seus investimentos.

Subcategorias: Aluguel, Parcela do Financiamento, Conta de Água, Conta de


Luz, Conta de Internet, Conta de Gás, etc.

Tudo que for relacionado a sua moradia entrará aqui. Gastos com
manutenção, eletrodomésticos, tv a cabo, etc.
Ao ter consciência do real custo de sua moradia, muitas vezes você irá se
perguntar se realmente tem sentido morar onde você mora.

Categoria: Saúde

Podemos ter dois tipos de gastos dentro dessa categoria: Preventivos e


Corretivos.

Preventivos são gastos que são praticamente investimentos e nos fazem


manter uma saúde de qualidade, como: Academia, Yoga, vitaminas,
suplementos, etc.

Corretivos são gastos quando estamos doentes ou temos uma grande


tendência de ficar: médicos, remédios, cirurgias, etc.

Subcategorias: Academia, Convênio, Médicos, Farmácia, etc.

Classifique como Saúde todos os gastos que forem relacionados a mesma.

Tente gastar mais com a parte preventiva do que corretiva. Se for o


contrário, pode ser um mal sinal.

Lembre-se, a saúde é o maior bem que temos e cuidar dela vai ser bem
importante para ter uma vida de qualidade.

Não adianta ser bilionário e não ter saúde. Você não desfrutará e será infeliz.

Categoria: Transporte

Essa categoria costuma espantar as pessoas.

Quando comecei a controlar meus gastos eu não imaginava no tamanho do


gasto que meu carro representava.

Subcategorias: Gasolina, Troca de Óleo, Estacionamento, IPVA, Impostos,


Multas, Pedágios, Taxi, Metro, Trem, Ônibus, etc.

Qualquer gasto referente a transporte entrará aqui.


Quando você começar a realizar esse controle mensalmente, poderá se
assustar.

Os gastos com carros são bem maiores do que imaginamos.

Essa categoria é uma ótima para economizar.

Conforme o tempo passar e você se acostumar ao controle mensal, diversas


ideias irão aparecer para você e muitas economias serão feitas nessa
categoria.

Tenho certeza de que, se você vai trabalhar de carro, ao observar o tamanho


do custo, começara a pensar se realmente vale a pena fazer isso (dependendo

de onde você mora, ainda tem a grande perda de tempo com o trânsito).

Categoria: Outros

Qualquer gasto que não se encaixou nas categorias acima pode ser
categorizada como “Outros”.

Utilizo essa categoria para simplificar todo o processo.

Não adianta termos um controle lindo e maravilho onde gastamos 10 horas


por mês para fazer.

A palavra é “Simplificar”.

Subcategorias: Celular, Roupas, saques, outras compras, etc.

Tente categorizar ao máximo seus gastos nas outras categorias e somente


utilizar “Outros” para gastos onde você não conseguiu encaixar nas
categorias anteriores.

Aproveito para te dizer para focar em evitar ao máximo sacar dinheiro de


sua conta, pois você acaba perdendo o controle de como esse dinheiro foi
gasto.
A base para nosso controle financeiro será seu extrato de conta corrente e
sua fatura do cartão de crédito, se sacamos dinheiro, acabamos perdendo o
controle.

Recomendo evitar ao máximo saques.

Conclusão

Não se preocupe se ainda não entendeu o porquê de termos falado de


categorias nesse capítulo.

Esse capítulo é uma preparação para o próximo, sendo que o mais


importante é que você comece a se familiarizar com as categorias (elas serão
suas companheiras por décadas).

Capítulo 21

Balanço Financeiro

Introdução

Após conhecermos as categorias chave para o controle de nossas finanças,


iremos aprender como realmente executar o processo (passo a passo).

Irei explicar exatamente como faço mensalmente o meu controle e com um


exemplo prático acredito que será muito fácil você montar o seu.

Não se preocupe em relação as planilhas. No final do livro deixarei um link


onde você poderá entrar e realizar o download da planilha utilizada nesse
capítulo.

Recursos

Para esse processo, você precisará dos seguintes recursos: Fatura do seu
cartão (ou cartões) de crédito – Recomendo que você tenha 1 cartão de
crédito apenas.

Extrato mensal da sua conta corrente.


Um computador ou laptop (não recomendo realizar seu controle pelo celular,
até um caderno serviria, mas você teria mais trabalho).

O software Microsoft Excel (Ou qualquer software de planilha eletrônica)

O método mais fácil de conseguir sua fatura do cartão de crédito e o extrato


de sua conta corrente é através do seu Internet Banking, mas você também
poderá solicitar que sejam enviados mensalmente por correio para você (o
importante é você tê-los em mãos).

Periodicidade

Antes de começar, quero explicar para você qual deve ser a periodicidade.

No tópico acima eu comentei que você precisará de sua fatura de cartão de


crédito e de seu extrato mensal de sua conta corrente, pois somente assim
você poderá enxergar todos os seus gastos. (Caso se sinta mais confortável e

queira imprimir ambos documentos, fique à vontade).

Aqui temos um detalhe importante.

Vamos supor que estejamos no dia 11/01/2019 e você queria realizar seu
processo de controle de gastos do mês de dezembro de 2018.

Para que isso seja possível, a sua fatura do cartão de crédito já deve estar
encerrada (dependendo do cartão ela não fecha no mesmo mês).

O extrato da conta corrente é mais fácil, pois no último dia do mês ela
sempre é fechada, mas a fatura do cartão pode ser no começo do mês
subsequente.

No meu caso, minha fatura do cartão de crédito fecha sempre no dia 06.

Portanto minha fatura a ser paga no mês de janeiro de 2019 tem gastos do
dia 07/12/2018 até o dia 06/01/2019.

Portanto, não adianta eu querer realizar meu controle antes do dia 07, pois a
fatura do cartão não estará disponível.
Você deve definir qual data e horário você realizará o processo que será
descrito nesse capítulo.

No meu caso, eu sempre realizo meu controle no dia 10 de cada mês, as


20:00.

Portanto, após definir uma data fixa, eu recomendo que você crie um sistema
de lembretes para que você NUNCA se esqueça de realizar o seu controle.

Recomendo que coloque o lembrete no seu próprio celular, ou em algum


local que possa te “lembrar” a realizar a tarefa.

Eu utilizo o Google Calendar ( https://calendar.google.com ), pois acho


extremamente simples:

Para criar um evento que eu receba sempre um e-mail me avisando todo dia
10 de cada mês as 20, horas, eu sigo os seguintes passos: 1) Selecione o dia
10 e clique no botão “Criar”: 2) Clique no botão “Mais Opções”:

3) Dê um título para o seu “Alerta” e clique no botão “Não se Repete”

para que as opções apareçam:

4) Quando aparecerem as opções, clique em “Personalizar”:


5) Na nova tela, mude de “semana” para “mês”, não altere mais nada e
clique em “Concluir”.
6) Após salvar, na nova tela que aparecer, mude o horário para o horário que
você pretende realizar a tarefa:
7) Na aba de Notificação, mude de “Notificação” para “E-mail” e mude de
10 para 30 (Minutos):
8) Apenas clique em “Salvar”.

Você irá notar que todos os dias 10 de cada mês a partir de hora até “para
sempre” você receberá um e-mail por volta de 19:30 avisando que você deve
realizar seu controle financeiro.

Não esqueça de fazer isso, pois é um passo muito importante.

Você não é obrigado a utilizar o Google Agenda. Você pode utilizar qualquer
ferramenta, o importante é que se lembre de realizar a atividade sempre no
mesmo dia, pois assim, você criara uma rotina e um compromisso.

Se você não tem compromisso com seu futuro financeiro, como quer
alcançar sua liberdade financeira?

Estrutura de Pastas

Além de termos nosso “ajudante” para nos lembrar todos os meses de qual
dia iremos realizar nosso controle financeiro, é importante que sejamos
organizados com todos os arquivos a serem utilizados.
Irei mostrar a você como é a minha estrutura de pastas no meu computador
pessoa, para caso você ache interessante, seguir o mesmo modelo.

Possuo uma pasta chamada “Finanças”.

Dentro dessa pasta possuo outra chamada “Faturas”.

Dentro de faturas, possuo uma pasta para cada ano, por exemplo, 2018,
2019, etc.

Dentro de cada pasta de ano, possuo duas pastas: Extrato Bancário e Cartão
de Crédito.

Dentro dessas pastas salvo os arquivos de extrato bancário na pasta “Extrato


Bancário” e as faturas de cartão de crédito na pasta “Cartão de Crédito”.

Para ficar mais fácil a visualização, confira abaixo uma imagem:


Não acrescentei todos os arquivos e faturas dos anos anteriores porque a
figura ficaria enorme!

Espero que tenha ficado claro minha sugestão para que você se organize.

Planilhas

Já ensinei a você como criar um alerta para que você nunca se esqueça de
realizar seu controle financeiro mensal e também te ensinei a criar uma

estrutura de pastas onde você possa guardar suas faturas de cartões de


crédito e seus extratos bancários (você também pode guarda-los em uma
pasta, caso você escolha utilizar os impressos).

Agora, quero apresentar a você as planilhas que iremos utilizar.


O primeiro passo é criar um arquivo Excel e nomeá-lo “Balanço Financeiro
2018” (pode ser utilizado qualquer software de planilhas eletrônicas) com a
seguinte estrutura (não se preocupe, disponibilizarei para você a planilha que
eu utilizo, o link estará no final do livro):

3 planilhas: “01 – Extrato”, “02 – Consolidado” e “03 - Fluxo de Parcelas”.

Nesse capítulo falaremos apenas das planilhas 01 e 02, pois a planilha 03


será abordada no próximo capítulo.

A planilha “01 – Extrato” ficará assim:


Dentro dela, iremos realizar o lançamento de todos os gastos que tivemos em
um determinado mês.

Já a próxima planilha, “02 – Consolidado”, deve ficar assim:

Nessa planilha teremos uma visão consolidada de nossos gastos.

O processo

Antes de começar, eu já adianto a você, que você terá um pouco de trabalho.

Também adianto que não é um trabalho “legal”.

Lançar despesas de um mês inteiro não é algo divertido, mas não deve levar
mais do que 1 hora (eu costumo levar no máximo 30 minutos).

Irei explicar exatamente para você como eu faço.


Começamos o processo com a planilha “01-Extrato”, que possui a estrutura:

Considero essa estrutura bem simples, e irei te explicar exatamente o que


significa cada coluna.

Data

Aqui você pode colocar a data que foi realizado o gasto. Para facilitar, você
pode colocar apenas o mês. Por exemplo: “Janeiro”.

Valor

Aqui você deve colocar o valor exato do gasto.

Descrição

Aqui você deve informar uma breve descrição do que foi esse gasto. Por
exemplo “Livro”, “Bar”, “Supermercado”, “Café”, “Academia”, “Aluguel”,

“Parcela do Apartamento”, “Empréstimo Bancário”, “Faculdade”, etc.

Deve ser algo simples, mas nos ajudará muito com a próxima etapa do
processo.

Talvez você não consiga identificar na sua fatura do Cartão de Crédito ou no


seu Extrato Bancário o que exatamente aquele gasto é, caso isso acontece, o
classifique como “Outros”.

É importante que você coloque uma boa dose de energia aqui, pois é um
passo muito importante. Tente classificar o mínimo possível de seus gastos
como “Outros”.

Categoria
Esse campo é importantíssimo, por isso recomendo que você preencha todas
as outras colunas primeiro (pois é um trabalho mais “braçal”) e depois
classifique cada despesa com uma das categorias abaixo: Alimentação

Divida/Juros/Taxas Bancárias

Educação

Lazer

Moradia

Outros

Saúde

Transporte

Caso você tenha dificuldade em realizar essa classificação, consulte o


capítulo 20, pois lá, expliquei exatamente o que cada categoria significa.

Origem

Essa é a categoria mais fácil, pois simplesmente indica se aquela despesa


está na fatura do cartão de crédito, ou no extrato bancário.

Na prática

Agora que você já está bem familiarizado com toda a estrutura do processo,
irei fazer um exercício prático para que você consiga visualizar como o
processo deve ser feito.
Primeiramente, irei pegar uma fatura do meu cartão de crédito referente ao
mês dezembro de 2018. (Lembrando que essa fatura será paga no mês de
janeiro de 2019).

Conforme podemos ver, possuo diversos lançamentos na fatura de meu


cartão de crédito.

O importante é que você lance todos os gastos, independentemente de quais


sejam.

Agora, começamos a lançar em nossa planilha.


Conforme podemos ver acima, realizei os lançamentos primeiro com os
dados: Data, Valor, Descrição e Origem e deixei a categoria em branco.
O segundo passo, é realizar a classificação dos mesmos. A ideia aqui é
classifica-los da maneira mais próxima possível da categoria que eles
realmente pertencem.
Não lancei todos os gastos, pois são muitas linhas e acredito que
perderíamos preciosas páginas com informações de que nada acrescentariam
ao processo.

Após terminar de realizar esse processo para sua fatura inteira do cartão de
crédito, você deve realizar exatamente o mesmo para o seu extrato bancário.

Posso automatizar?

Tenho certeza absoluta que muitas pessoas irão se perguntar se elas podem
automatizar esse processo utilizando algum sistema ou aplicativo.

A reposta é “Não”.

Por que não?

Simplesmente porque ao lançar seus gastos, você estará tomando


consciência e relembrando cada pequeno gasto que você fez durante todo o
mês.

Essa consciência, com o tempo, irá fazer com que você, automaticamente,
comece a economizar.

Pode duvidar do que estou dizendo. Mas peço que faça o processo por
alguns meses.

O resultado será tão incrível em sua vida que você nunca mais irá parar de
fazer (já faço isso há muitos anos).

E agora?
Agora que já lançamos todas os nossos gastos de cartão de crédito e de nosso
extrato bancário (pagamentos no débito, boletos, transferências, etc), temos
mais uma rápida etapa.

Iremos criar um filtro para nossa planilha “01 – Extrato”, da seguinte


maneira:

Selecione as células “Data”, “Valor”, “Descrição”, “Categoria” e “Origem”:


Clique na aba “Dados” do Excel e depois no botão “Filtro”: Teremos o
seguinte resultado:

Agora, na coluna A (Data) iremos selecionar “Dezembro” e começaremos


nossa brincadeira.

Lembra que temos uma planilha chamada “Consolidado”?


Iremos realizar a soma de quanto gastamos em cada categoria e colocar
nessa planilha (você pode automatizar isso se quiser no Excel, mas aqui
estamos fazendo de maneira manual para ser mais simples).

E como fazemos isso?

Simplesmente vá até a planilha “01-Extrato”, selecione a primeira categoria

“Alimentação” e realize a soma.

Apenas ao selecionar as linhas o próprio Excel irá te in formar a somatória


no canto superior direito, conforme podemos ver abaixo:
Após termos a soma do valor, simplesmente iremos voltar a planilha “02-
Consolidado” e colocar o valor lá:

Espero que você não esteja reclamando de fazer isso.

De verdade, você acha que gastar, digamos, 2 horas do seu mês para fazer
isso e realmente tomar controle da sua vida financeira, não vale a pena?

Faça isso para todas as categorias e você terá um mapa perfeito de como
você vem gastando seu dinheiro.

Resultado

Irei mostrar para você como ficaria o resultado de um ano inteiro realizando
esse exercício.

Ao abrir a planilha “02 – Consolidado”, você iria ver algo assim: Notem que
você consegue ter uma ótima visão de seus gastos aqui.

Você consegue enxergar exatamente como você gasta.

Só que você pode fazer mais uma pequena coisa.

Diria que é uma pequena “mágica”.

Veja você mesmo:


O que aconteceu?

Simplesmente pintamos de cinza escuro a célula que aumentou de valor de


um mês para o outro e de cinza claro a que diminuiu.

Você consegue ver como ficou simples de enxergar quando seus gastos
diminuem ou aumentam?

Faça isso e vejo a quantidade de ideias que vão “surgir do nada” para você
economizar e consequentemente ter ainda mais dinheiro para investir e
conquistar sua liberdade financeira.

Conclusão

O que podemos concluir desse processo?

O propósito do processo é criar consciência.

Muitas vezes eu e você gastamos dinheiro quase que por “costume”.

Se você não gasta, chega até a sentir como se “algo estivesse errado”.

Mas sabe o que está errado quando você gasta por gastar? Você.

Agindo assim você se afasta cada vez mais de sua liberdade financeira.

Eu repito, faça o processo. Quanto mais se empenhar, mais rápido irá se


acostumar e mais fácil será de fazer.
Você vai se acostumar tanto a fazer esse balanço financeiro que futuramente
não vai gastar mais de 1 hora para executa-lo.

Não pense que paramos de falar sobre gastos. Esse assunto é primordial para
sua liberdade financeira.

Não adianta você querer começar a investir se está endividado ou com gastos
muito altos.

Você precisa colocar sua vida financeira em dia, para então começar a
investir.

Tenha calma, isso é um processo que leva tempo, mas que te trará resultados
incríveis.

Você não precisa acreditar em uma única palavra do que eu falo, mas te peço
que teste tudo que eu disser nesse livro.

Se funciona para mim, por que não funcionará para você? (Tenho certeza
absoluta que irá).

Capítulo 22

Fluxo de Parcelas

Introdução

No capítulo anterior falamos das duas primeiras planilhas do nosso Balanço


Financeiro. Nesse entraremos no detalhe referente a terceira planilha
chamada “03 – Fluxo de Parcelas”.

Antes de começarmos a parte prática, acredito ser importante falar um pouco


do conceito e do propósito dessa planilha.

Em um dos capítulos anteriores falei sobre cartões de credito e a sensação


que os mesmos criam nas pessoas.

Não sei se a palavra correta seria sensação ou “ilusão”.


A grande mágica por trás dos cartões é retirar a “dor” de desembolsar o
dinheiro total para pagar um produto de uma vez.

Se você quer comprar um celular que custa R$ 2.000,00, mas se encanta por
um que custa R$ 4.000,00, o vendedor irá te dizer que ao parcelar em 10X a
diferença por mês será de “apenas” R$ 200,00 e com certeza “absoluta” você
tem condições de pagar uma parcela ”tão pequena” por um produto tão

“incrível”.

Na verdade, a diferença total é de R$ 2.000,00. Com esse capital você


poderia realizar um ótimo aporte e tornar mais próxima a conquista da sua
liberdade financeira.

Lembra-se do exercício que fizemos referente a economizar R$ 150,00 por


mês na mensalidade da academia e o quanto isso representaria para você
após 30 anos?

Todo o tempo somos influenciados a gastar tudo que recebemos pela


desculpa que somente comprando nos sentiremos felizes e realizados.

Sinceramente não acredito nisso.

Se isso fosse verdade, porque os psicólogos e psiquiatras tem a agenda tão


cheia? Estranho, não?

Voltando ao assunto...

Nesse capítulo irei te apresentar uma ferramenta que irá e ajudar a visualizar
o grande impacto que o parcelamento tem em sua vida.

Quando digo parcelamento é parcelamento de qualquer coisa.

Pode ser a mensalidade da faculdade, a tv a cabo, a parcela do empréstimo


no banco, a parcela do financiamento do seu apartamento, o hotel, a plano
pós pago do celular, etc.

Pense que nessa planilha devemos simplesmente colocar todo e qualquer


gasto que nos comprometemos de antemão a pagar por determinado tempo.
Um financiamento imobiliário, por exemplo, pode significar um
parcelamento de décadas.

O plano pós pago do seu celular, não tem uma data fim de contrato (a não ser
quando é um plano fidelizado), mas todos os meses você paga um valor fixo,
ou seja, uma parcela.

Não se esqueça de nenhuma parcela.

Não tem problema nenhum que os gastos que forem colocados aqui sejam
iguais a alguns gastos da fatura do seu cartão de crédito, pois na fatura temos
todos os nossos gastos, sejam eles parcelados ou não.

Mas calma, pois te explicarei em mais detalhes.

A planilha

Veja como será a estrutura da nossa planilha:

A estrutura da planilha é extremamente simples.

Na coluna item, colocaremos um nome que identifique nossa parcela.


Na coluna Origem, apenas colocamos a informação se o gasto está sendo
pago diretamente de nossa Conta Corrente (C/C), ou através do Cartão de
Crédito (Crédito).

Nas próximas colunas, temos os meses e o valor de cada parcela.

Por exemplo, se o gasto 1 for um produto no valor de R$ 1000,00 que foi


parcelado em 10 vezes, a planilha ficaria preenchida assim: É uma planilha
extremamente simples de preencher.

O único detalhe é que devemos atualiza-la constantemente, pois a cada novo


parcelamento, devemos inclui-lo em nossa planilha.

Propósito

Talvez você esteja se perguntando qual o propósito disso.

A resposta é bem simples.

Essa planilha vai mostrar a você o quanto você já comprometeu de sua renda
no futuro. Vai remover de você a ilusão de que seu cartão de dinheiro
aumenta seu poder aquisitivo.

Além de remover a “ilusão” de ter um poder aquisitivo que você na verdade


não tem, nosso “Fluxo de Parcelas” irá te ajudar a ter ideias de como reduzir
seu nível de endividamento (pois parcelas são dívidas) e irá te incentivar a
realizar suas compras sempre pagando “à vista”.

Ao pagar suas compras sempre “à vista”, você realmente saberá como foram
seus gastos naquele mês.

Inconscientemente, você pensara 1000 vezes antes de realizar um


parcelamento.

Isso acarretará que você se endivide menos e que você tenha mais dinheiro
disponível para investir.

Não escute outras pessoas que irão te dizer que isso é besteira.
Como eu te disse inúmeras vezes anteriormente. Faça o teste você mesmo e
analise os resultados.

Para os casais, sugiro que inclusive façam o preenchimento dessas planilhas


em conjunto.

Não é legal que a consciência referente aos gastos e investimentos esteja


somente com 50% da família.

Os casais podem construir essa história financeira juntos. Inclusive as


chances de sucesso serão muito maiores trabalhando assim.

Na prática

Quero mostrar para você a planilha “Fluxo de Parcelas” preenchida. Creio


que facilitará o entendimento.

Agora aquelas “pequenas parcelas que cabem no seu bolso” parecem um


pouco maiores, não?
Podemos ver que, na média, estamos com cerca de 4 mil reais
comprometidos todos os meses até o mês de setembro de 2019. De outubro
para frente, ficamos com cerca de 3 mil comprometidos por mês.

De início, pode parecer que “você não tem o que fazer”, mas tenho certeza

absoluta que é possível realizar ajustes. Quase sempre é possível.

Algumas compras, se pagas “à vista” oferecem um bom desconto.

Outros gastos, podem ser reduzidos com uma boa negociação.

Sempre existe algo a se fazer.

Conclusão

Espero que você tenha conseguido entender o propósito por trás dessa
ferramenta.

Quero abrir seus olhos para o mundo das finanças e quero que você, a partir
de agora pare de seguir a “manada” que é influenciada pela mídia a ter
péssimas práticas financeiras.

Quanto mais endividado a população é, mais os grandes bancos lucram.

O endividamento é de interesse de algumas grandes empresas.

Antes você não possui a informação sobre isso, mas agora você a possui.

Espero que faça bom proveito dela.

Use o arquivo de “Balanço Financeiro” todos os meses, e utilize todas as


planilhas.

Mais para o final do livro, irei te ajudar a montar um roteiro para que você
passa se organizar e preparar um calendário para executar essas atividades.

Conforme te prometi no começo do livro, você não gastará mais do que 4


horas por MÊS para lançar suas despesas, analisa-las, realizar seu aporte
para investir, escolher seu investimento para aquele mês e comprar os ativos.

O seu tempo vale ouro, portanto economizaremos o máximo possível dele.

Apenas te peço que não tenha preguiça e se mantenha firme até o final do
livro.

Tudo na vida é uma escolha, e depende apenas de você ler o livro até o final
e realmente aprender a dominar suas finanças.

Capítulo 23

Plano de Ação – Corte de Gastos

Introdução

Você não achou que preencheríamos nosso arquivo de “Balanço Financeiro”

e não faríamos nada com isso, achou?

Se sim, te peço desculpas. Pois temos mais um passo nesse processo.

Somente ao preencher o arquivo inteiro mensalmente, seus gastos irão


mudar drasticamente.

Inconscientemente, você vai começar a ter menos vontade de gastar.

Você se tornará uma pessoa mais inteligente ao gastar e agirá com menos

“impulso”.

Mas, como o meu propósito é maximizar ao máximo os seus resultados,


decidi trazer uma coisa que funciona muito bem no mundo corporativo para
você.

É uma ferramenta chamada “Plano de Ação”.

Como tudo nesse livro, é algo simples de planejar e executar.


Simplesmente, ao analisar principalmente as planilhas “02 – Consolidado” e

“03 – Fluxo de Parcelas”, você irá identificar como economizar e


principalmente como tentar se aproximar do “ZERO” em sua planilha de
fluxo de parcelas.

Pode parecer impossível, mas com paciência e determinação, não digo que
você vá chegar a ter 0 reais parcelados, mas você pode diminuir
consideravelmente.

Você pode criar um plano de ação para cada “buraco” que você identificar
dentro do seu Balanço Financeiro.

“Buraco” nada mais é do que gastos desnecessários e exagerados, ou até


mesmo dividas e parcelamentos que podem ser adiantados, etc.

É algo bem simples. Você vai ver.

Dívidas
Para exemplificar, destaquei 3 itens do nosso “Fluxo de Parcelas” que
poderiam ser renegociados ou simplesmente quitados (com um grande
desconto).

Quando financiamos um apartamento ou um carro, existe uma grande taxa


de juros por trás.

No caso do apartamento, por ser um valor mais alto, depois que você
assumiu o financiamento, é um pouco mais difícil de quita-lo, portanto é
interessante, antes de comprar um apartamento/imóvel calcular se realmente
vale a pena.

Já no caso do carro, sem sombra de dúvidas, se você o quitar com


antecedência, você receberá um grande desconto. Esse desconto pode ser
usado como aporte para investir e conquistar sua liberdade financeira.
Nesse caso, para termos um controle, vamos criar mais uma planilha dentro
do nosso arquivo “Balanço Financeiro” que chamaremos de “04 – Plano de
Ação”, com a estrutura abaixo e vamos incluir uma linha com o item

“Planejar e Quitar meu carro”.

Na coluna “Categoria” colocamos a exata categoria de gastos (A mesma


utilizada na planilha Extrato), na coluna “Ação” colocamos exatamente o
que iremos fazer, na coluna “Ganho Esperado” colocamos o valor que
iremos economizar e na coluna “Status” colocamos o status da tarefa.

É algo bem simples. Essa planilha será utilizada apenas para manter o
controle.

Após termos inserido a informação acima, precisamos pensar em um


“plano”

para executar a atividade.

Você pode colocar esse plano em algum caderno ou em outra planilha (não
falei para colocar aqui, pois acredito que seriam informações demais) quais
ações você irá tomar para ter aquela tarefa executada.

Para o exemplo acima, poderia ser algo assim:

1.

Verificar quantas parcelas faltam até o final do parcelamento ligando para o


gerente da minha conta.

2.

Verificar com o gerente qual seria o meu desconto se quitasse o valor inteiro
hoje.
3.

Me planejar para juntar o valor total de quitação.

4.

Quitar o financiamento.

Tem que ser algo extremamente simples. Não existe necessidade de


complicar.

Caso quiséssemos tentar conseguir um desconto para o outro item que


identificamos na nossa planilha “Fluxo de Parcelas” – Faculdade,
poderíamos inserir mais uma linha em nossa planilha de planos de ação:
Nesse caso, o plano de ação ficaria assim:

1.

Conversar com a área financeira da faculdade e perguntar se existe programa


de desconto para pagamento anual da mensalidade.

2.

Caso sim e o desconto for interessante, se planejar para juntar o dinheiro.

3.

Quitar 1 ano de mensalidades de uma vez.


E por aí vai.

Cortes Obrigatórios

Alguns tipos de gastos eu serei obrigado a dizer a você que você DEVE

ELIMINAR.

São gastos tão ridículos que parecem que você está “queimando dinheiro”.

São eles: Taxas Bancárias, Anuidades de Cartão de Crédito e Juros


Bancários.

Os dos primeiros, dependem totalmente de você.

Hoje existem inúmeras contas correntes e cartões de crédito que não cobram
tarifas de seus clientes.

Alguns cartões dizem que tem “inúmeros benefícios”, mas realmente duvido
que você os utilize.

Ter acesso a uma “super sala no aeroporto” para usar 1 vez a cada 2 anos não
me parece algo muito inteligente (se você pagar 1000 reais por ano de
anuidade).

No caso de juros bancários, você DEVE fazer todo o possível para eliminar
qualquer crédito pessoal ou empréstimo que você tenha com seu banco, pois
os juros são “pornográficos”.

Antes de investir, ELIMINE suas dívidas.

A única exceção é o imóvel. Por ser um valor muito alto, é difícil quita-lo da
noite para o dia.

Mas caso ainda não tenha comprado seu imóvel, faça as contas e veja se
realmente vale a pena.

Conclusão
É importante que você gaste alguns minutos todos os meses para olhar para

as planilhas do seu “Balanço Financeiro”.

Durante esse tempo de observações é bem provável que você encontre


possíveis “Planos de Ação” para executar.

Também é importante de sempre atualizar o status das ações já presentes na


planilha.

Você não precisa ter necessariamente ações para todos os meses, mas tenho
certeza que de tempos em tempos você identificara ações para serem feitas e
economizara um bom capital.

Essas economias podem parecer pouco dinheiro à primeira vista, mas no


longo prazo podem fazer uma diferença enorme no seu patrimônio.

Não duvide do poder dos juros compostos, eles podem te surpreender.

Capítulo 24

Mapa do Dinheiro

Introdução

Depois de falarmos tanto em controle de gastos, parcelamentos, dividas, etc,


creio que chegou a hora de criamos um “mapa do seu dinheiro”.

E do que consiste esse mapa?

O mapa que abordaremos nesse capítulo é simplesmente uma maneira para


que você tenha uma exata visão de qual é o % do seu dinheiro que está sendo
gasto e qual o % do seu dinheiro que está sendo investido.

Ter uma visão mais “geral” é algo muito importante, pois pode mostrar a
você que é interessante se esforçar mais para poupar mais e investir mais, ou
até mesmo que você deveria se preocupar em aumentar mais sua renda para
realizar aportes mais interessantes.

Estrutura

Basicamente, teremos uma nova planilha em nosso arquivo “Balanço


Financeiro”, sendo inclusive a última planilha.

Iremos chama-la de “05 – Mapa do Dinheiro”.

Como eu disse anteriormente, o arquivo “Balanço Financeiro” será


disponibilizado a você no final do livro para que você possa efetuar o
download e utiliza-lo em sua casa.

Essa planilha, como todas as outras é bem simples.

Dentro dela, temos duas áreas:

Mapa Geral

Mapa Investimentos

E o que tem dentro de cada área?

Creio que seja melhor que eu explique linha a linha.

Na área Mapa Geral, iremos preencher da seguinte maneira: Na linha


“Renda Mês””, você irá inserir o valor total da sua renda naquele mês.
(Salário ou pró-labore).

Na linha “Aporte” você irá inserir o valor total que você transferiu para a
conta da corretora. Aqui quero fazer uma ressalva. Você ainda não sabe o
que é a “Conta da Corretora”, mas na parte 4 do livro explicarei exatamente
para você o que isso significa. Não se preocupe, pois tudo irá se ligar
conforme você lê o livro.
Na linha “% Investido”, você não precisa preencher nada, pois é
simplesmente uma o cálculo de qual percentual da sua renda você investiu
naquele mês.

Na linha “Total Gastos”, você deve inserir o total de gastos que você teve
naquele mês. Aqui você deve copiar o valor da planilha

“02-Consolidado”, pois ali você já possui essa informação.

Na linha “% Gasto”, você não precisa preencher nada, pois simplesmente é o


cálculo de quanto você gastou naquele mês em relação a sua renda.

Na área Mapa de Investimentos, iremos preencher da seguinte maneira: Na


linha “Aporte Acumulado”, você não precisa preencher nada, pois
simplesmente é um cálculo de quanto você aportou até aquele momento,
naquele ano.

Na linha “Total Conta Corretora”, você irá inserir o patrimônio total que
você possui investido na corretora. Faço uma nova

ressalva aqui, pois ainda não expliquei para você esse tópico. Não se
preocupe, pois te explicarei na parte 4 do livro.

Essa planilha é realmente muito simples de preencher, portanto acredito que


você não encontrara grandes dificuldades e nem gastara muito do seu
precioso tempo para fazer essa atividade.

Propósito

E qual o propósito disso? Por que preencher essa planilha todos os meses?

Não sei se você já notou o que fizemos aqui.

Essa planilha vai te mostrar exatamente em qual fórmula você está. Lembra
da fórmula “50/50”?

O exemplo acima está bem longe dela, pois os gastos estão muito altos e o %
de investimento está baixo. Essa planilha vai nos mostrar exatamente qual
fórmula estamos utilizando.

Seu foco é chegar a fórmula 50/50 (se for de sua vontade), e sem enxergar
por qual caminho você está indo, fica bem difícil de alcançar o objetivo.

Além desse ponto, dentro da área “Mapa de Investimentos”, você terá uma
noção exata de como seus investimentos estão evoluindo.

Ao consultar 1 vez por mês (não é necessário mais do que isso) a conta de
sua corretora para verificar quanto de capital você tem acumulado até aquele
momento, você poderá enxergar o poder dos juros compostos.

Note que no exemplo acima, aportamos R$ 26.700,00 e temos na corretora


R$ 28.135,96. Essa diferença são nossos lucros.

Esse exemplo está absurdamente conservador em termos de rendimentos,


portanto não se preocupe, pois eu quis apenas ilustrar o funcionamento da

planilha (todos os valores são exemplos fictícios).

Conclusão

Estou muito feliz por você ter chegado até aqui no livro.

Até o momento falamos de muitos assuntos diferentes, tendo focado


principalmente em economizar e controlar seu dinheiro.

Falaremos na sequência de como você pode aumentar sua renda para ter
mais recursos para investir e logo depois iremos entrar na terceira parte do
livro: O

mundo dos investimentos.

Espero que além do aprendizado, você esteja gostando da leitura!

Capítulo 25

Aumente sua renda


Introdução

Acredito que você já tenha criado uma boa “base” sobre como conseguir sua
liberdade financeira.

Não estou aqui para dizer que é um processo rápido e fácil, pois não é.

Esse é o último capítulo da parte 2 do livro, e espero realmente que você


tenha aprendido como realmente tomar consciência de seus gastos e como
organiza-los de uma maneira que você realmente só gaste seu suado dinheiro
com coisas que sejam úteis para você.

O processo que descrevi não é algo simples, mas também não é nada demais.

Além de precisar de poucas horas por mês para realiza-lo (eu gasto em
média 1 hora por mês), você não precisa ser um expert em planilhas ou
cálculos, já que uma simples planilha e cálculos básicos resolve o seu
problema.

Agora, se você acha que gastar, vamos dizer, 2 horas por mês para realizar
seu controle de gastos muito tempo, esse livro realmente não é para você.

Nada na vida é de graça. Precisamos investir tempo, energia e esforço em


qualquer meta que desejamos conquistar.

Se você acha que assistir um jogo de futebol, uma novela, ou dormir é mais
proveitoso e importante do que realmente tomar o controle da sua vida
financeira, não posso te ajudar.

O tempo é o bem mais precioso que temos e é praticamente a única coisa


que não podemos comprar. O tempo que passou não volta mais. Você não
pode comprar mais tempo. (O único lugar onde eu vi que se pode comprar
tempo é no filme “O Preço do Amanhã – Ano 2011”), portanto a melhor dica
que eu posso te dar é aproveite o seu tempo da melhor maneira possível.

Para mim o tempo é algo tão importante, que apenas decidi escrever esse
livro porque sei que estarei ajudando milhares de pessoas a gastarem o
mínimo de tempo possível para controlar suas vidas financeiras e construir
sua liberdade financeira.
Esse livro é uma meta minha de compartilhar com o mundo um

conhecimento que pode melhorar a vida de muitas pessoas (pois o dinheiro


costuma ser um dos maiores motivos de infelicidade e estresse na vida da
maioria das pessoas), e sei que dando a minha contribuição para sua vida,
ocorrerá um efeito em cascata e outras pessoas também serão beneficiadas.

Se você não está preocupado com dinheiro, será uma pessoa mais feliz, irá
tratar outras pessoas melhor, viver melhor, etc.

Mas voltando ao livro (e saindo da filosofia), pense no tempo como um


investimento para você e para sua vida.

Faça apenas atividades que tem um propósito, não faça coisas só “porque
todo mundo faz”. Você não é todo mundo. Cada pessoa é única.

Investir o seu tempo pode ter um impacto enorme em suas finanças e na


construção de sua liberdade financeira.

É isso que trataremos nesse capítulo. Boa leitura.

Invista seu tempo em você

Esse capítulo se trata principalmente de abrir sua mente para maneiras de


como aumentar sua renda mensalmente.

Se você pesquisar na internet “como aumentar minha renda”, você irá


encontrar muitas vezes ideias absurdas.

Existem dois caminhos para aumentar sua renda: ser o melhor profissional
da sua área ou abrir um negócio.

Vou tratar primeiro do caso de ser o melhor profissional em sua área de


atuação.

Seja o melhor

E como se tornar o melhor profissional na sua área?


Primeiro, estudando, estudando e estudando.

Não tem fórmula mágica. Para crescer, necessitamos de conhecimento.

Mas não adianta você sair realizando os mais diversos cursos, faculdades,
MBAs, etc.

Você precisa planejar seu caminho dentro de sua área. Verificar o que
realmente é necessário para chegar lá e não desperdiçar seu dinheiro e
principalmente seu tempo com cursos inúteis (Sempre considere o seu tempo
nessa equação, pois ele vale muito).

Se você observar uma pessoa que tem sucesso e o cargo no qual você quer
chegar, comece a observar o que essa pessoa sabe. Tente visualizar o
currículo dessa pessoa e até mesmo conversar para aprender que habilidades
você precisa acrescentar a você.

Inglês, espanhol, um curso novo, uma nova ferramenta, um intercâmbio,


uma certificação, um curso no exterior, etc. As possibilidades podem ser
ilimitadas.

As habilidades a serem aprendidas podem ser tanto técnicas como


comportamentais. Liderança, autoconfiança, gerenciamento de equipe, etc.

Esteja aberto a realmente se avaliar e entender o que você precisa fazer para
chegar lá.

Agora quero que você preste atenção em uma coisa.

Sua carreira também precisa de tempo. (Notou como essa variável está
presente em todos os investimentos que são relevantes para sua vida?).

Não adianta você pensar que criará um plano “mágico” hoje e daqui há 6

meses você estará exatamente no cargo que você almeja (e principalmente


com aquele tremendo salário).

Muitas vezes, para crescer temos que nos arriscar um pouco. Trocar de
emprego, cidade, país, etc. Somente você pode trilhar o seu caminho.
Mais uma vez, repito. Esse processo tem que ser levado com calma e
equilíbrio.

Por que digo equilíbrio?

De nada adianta você receber uma oportunidade incrível em outra cidade,


onde você precise ficar fora de sua cidade (onde sua esposa/marido) reside e
seu relacionamento se desgastar.

Falo mais uma vez, de que adianta o dinheiro se você não tem alguém para
realmente compartilhar sua vitória?

E para que você quer evoluir na sua carreira?

Para aumentar seu salário e seus rendimentos. Simples assim.

A cada salto de salário que você der, mais próximo você estará da fórmula
50/50 (a sua pode ser diferente, mas recomendo ter essa meta) e mais rápido
você alcançara sua liberdade financeira.

Não sei se já está claro para você, mas encaro e acredito que é impossível
crescer e ser feliz de verdade estando 100% em apenas um pilar (o
financeiro por exemplo), por isso eu falo tanto sobre equilíbrio.

Se você prestar atenção, um pilar é dependente do outro.

Ao cuidar da sua saúde, você tem mais energia, com mais energia você
trabalha mais, rende mais, ganha mais e desfruta mais.

Ao ter um bom relacionamento afetivo, sua mente fica mais tranquila e você
se torna uma pessoa menos estressada.

Com uma mente mais tranquila, você fica mais motivado, produz mais e faz
mais dinheiro.

A vida é assim. Eu não estou inventando nada. É só você prestar atenção e

não viver como um “robô”.


Pense na quantidade de pessoas famosas e ricas que se suicidam todos os
anos. Você acha que elas eram realmente felizes? O dinheiro para elas não
valia nada, pois elas não tinham o menor equilíbrio.

Voltando a sua carreira...

O jeito mais rápido para você aumentar seus rendimentos é se tornar o


melhor profissional da área onde você atua (talvez não o melhor, mas um
dos melhores).

Você precisa ser ambicioso na vida. Sem ambição não crescemos. É simples
assim.

Esqueça esse pensamento de que pessoas ricas só são ricas porque existem
pobres.

O dinheiro está aí disponível para todo mundo. É só cada pessoa realmente


se esforçar que também conseguira.

Meu pai passou por dificuldades muito grandes desde criança e não foi por
isso que ele se colocou como “vitima”. Ele lutou, construiu nossa família e
seu patrimônio.

Eu o vejo como um exemplo.

Meu pai é o meu herói. Ele trabalhou muito (era metalúrgico) e sempre
economizou tudo que podia (até hoje ele reclama de qualquer lâmpada acesa
sem necessidade). Se ele tivesse o conhecimento que estou passando para
você nesse livro, a aposentadoria dele seria muito mais tranquila.

Portanto, eu te digo. Mude sua mentalidade referente ao dinheiro.

Pense que, quando mais dinheiro você tiver, mais pessoas você poderá
ajudar (eu penso assim).

Muitas pessoas pregam que ser rico é quase um pecado. Só que essas
mesmas pessoas geralmente não ajudam quase ninguém (isso quando
ajudam).
Mas não quero me aprofundar nesse mérito, pois eu poderia escrever um
livro inteiro somente sobre isso (quem sabe mais para frente).

Mantenha seu foco em ser a melhor pessoa. Pense que 1 hora da sua vida
vale milhões e faça essa hora valer a pena.

Invista em você, aumente sua renda e conquiste sua liberdade financeira.

Não arrume desculpas e nem se vitimize.

Com toda a informação que está recebendo, conquistar sua liberdade


financeira depende exclusivamente de você.

Empreender

Se tornar um empreendedor e abrir um negócio próprio seria o segundo


caminho para aumentar sua renda.

Eu já tive alguns negócios e conheço diversas pessoas que empreendem.

Infelizmente, muitas pessoas também se iludem quando decidem


empreender.

O primeiro pensamento é que irão enriquecer muito rápido.

Só que o nosso amigo tempo entra aqui também.

A maioria dos negócios precisa de um tempo considerável para amadurecer


e começar a dar lucros.

Diversos negócios vencedores começam, mas por um otimismo exagerado


(eu vivenciei isso na pele), criam um planejamento otimista demais e o
dinheiro termina antes da empresa realmente começar a ter lucros.

É triste, mas é a realidade.

Um outro ponto é ter perfil. Ser empreendedor não é para qualquer pessoa.
Você precisa ter um perfil extremamente proativo e uma desenvoltura
absurda para lidar com problemas que você jamais teve que lidar em sua
profissão.

Claro que o retorno de um negócio (dependendo do que for) pode ser


enorme, mas também existe a chance de você perder todo o capital investido.

O risco é alto e você não deve se esquecer disso.

Se planeje de uma maneira conservadora (esqueça o otimismo no


planejamento) e se possível, não saia do seu emprego (como eu fiz na época)
para empreender, tente levar as coisas em paralelo (exigirá um esforço
maior), pois assim você terá mais tempo para que o negócio prospere e a
pressão sobre você será menor.

Repito. Não seja otimista demais.

Seja realista.

Não quero te desmotivar a empreender (pois eu adoro empreender), apenas


não quero que você seja um “sonhador”.

A vida passa rápido demais para cometermos erros básicos e cairmos em

“contos do vigário”.

Hoje em dia é muito comum termos “gurus” em todo tipo de assunto.

Por um lado, isso é bom, pois nos motivamos, aceitamos riscos e tentamos
coisas novas.

Infelizmente, por outro lado, muitos desses “gurus” nunca vivenciaram o que
realmente pregam e estão mais interessados em te vender algum curso ou
alguma fórmula mágica.

Pense que, a cada fracasso seu no empreendedorismo, uma grande quantia


de dinheiro será praticamente “queimada”.
Esse dinheiro poderia ser investido e ajudar você a acelerar ainda mais o seu
processo rumo a liberdade financeira, ou ainda, ser utilizado para o seu
prazer

e de sua família.

Trate o dinheiro com respeito e ele também te respeitará.

Portanto, antes de entrar em qualquer “empreitada empreendedora”, pense 2

vezes, analise bem os riscos e gaste muito tempo planejando, senão você
correrá o risco de fazer parte da péssima estatística do empreendedorismo
onde um terço das novas empresas fecham nos dois primeiros anos de vida.

Conclusão

Espero que esse capítulo tenha mostrado a você dois possíveis caminhos
para você aumentar sua renda e suas respectivas dificuldades.

Investir em você mesmo e se tornar um grande profissional pode te trazer


inúmeros benefícios:

Salários maiores

Maior liberdade para escolher o emprego certo

O fim do medo de ser demitido (pois muitas empresas lutarão para te


contratar)

Grande crescimento pessoal

Orgulho de si mesmo

Se tornar empresário é um outro caminho que também pode te trazer muitos

benefícios:

Ganhos “ilimitados”

Sucesso dependendo apenas de você


Possibilidades de sonhar alto

Grande crescimento pessoal

Liberdade

Ambos são bons caminhos e podem te trazer grandes benefícios, sendo cada
caminho bem diferente um do outro.

Espero que não tenha ficado incomodado com esse capitulo, mas em
nenhum momento desse livro o meu foco é “passar a mão na sua cabeça”.

Quando nos sentimentos incomodados com algo é porque estamos


expandindo nossa “zona de conforto” e crescendo como seres humanos.

Mantenha sua mente aberta e absorva tudo que considerar útil.

Teste e não fique apenas “maravilhado” com o que você está lendo.

Aplique. Se você não colocar em prática o que você aprende, com o tempo
esse aprendizado se torna tempo perdido.

Estudar por estudar no meu ponto de vista é desperdício de tempo.

Como eu sei que você é (ou quer ser) uma pessoa que aproveita o seu tempo
da melhor maneira possível e você realmente quer conquistar sua liberdade
financeira aproveite a parte 3 do livro que irá falar sobre “o Fantástico
Mundo dos Investimentos”.

Parte 3

O Fantástico Mundo dos Investimentos

Capítulo 26

Introdução

Introdução
Finalmente chegamos a parte 3 do nosso livro! Espero que você esteja tão
animado quanto eu!

Tivemos uma parte 1 introdutória com muitas informações (totalmente


relevantes), partimos para a parte 2, onde focamos em organizar suas
finanças (sem isso, você jamais terá dinheiro para investir) e agora, na parte
3 do livro, iremos focar no entendimento da área de investimentos.

Quero deixar claro que esse livro não tem o propósito de transforma-lo em
um “Expert de Investimentos”, mas sim, tornar você uma pessoa que saiba
exatamente como se organizar, planejar e investir seu dinheiro.

Você não precisa ser especialista em investimentos para investir.

Inclusive, com o tempo, você vai se interessar cada vez mais por aprender
sobre investimentos, estudando por conta própria e aprendendo cada vez
mais.

Apenas quero deixar claro que não é obrigatório que você seja um expert ou
que tenha conhecimentos avançados nos mais diversos tipos de
investimentos para construir seu caminho rumo a liberdade financeira.

Pense que você está fazendo aqui “aulas de direção”, onde ao final, você
estará totalmente apto a dirigir o seu carro (mas não terá o expertise
suficiente para construir um carro).

Tenho certeza que para a maioria das pessoas é mais importante se


locomover com seus carros do que saber exatamente como cada pequena
peça do carro funciona.

A ideia é a mesma aqui.

Você será o motorista do seu “carro”, a diferença é que aqui, ao invés de


você dirigir por uma estrada e chegar a uma bela praia, você estará dirigindo
sua vida financeira e ao final da estrada, você encontrará sua liberdade
financeira.

Simples assim.
Hoje em dia é muito comum que os investimentos sejam mostrados como
algo extremamente técnico e difícil de entender.

Inclusive, eu garanto a você, que se você for hoje até o gerente de sua conta

bancária e falar “quero investir, me ajuda”.

Ele dará um grande sorriso e te oferecerá “péssimos produtos” que nem ele
mesmo entende.

O que acontece é que o seu gerente do banco possui metas de vendas. Ele
não está interessado que você faça dinheiro.

O interesse dele é que você invista em algum produto que o ajude a bater a
meta. Assim ele recebe seu bônus no final do ano.

O interesse do seu gerente do banco é muito diferente do seu.

E se pensarmos nas publicações financeiras? Portais de internet, etc?

Não quero generalizar, mas esses veículos costumam ganhar dinheiro por
quantidade de vezes que as pessoas visualizam uma determinada página.

Quanto mais pessoas visualizam uma determinada página, mais fácil é para
eles venderem anúncios e ganharem dinheiro.

Agora, cá entre nós, que tipo de notícia você imagina gerar muitas

“visualizações de página”?

Uma notícia que diz “Economize seu dinheiro, invista e tenha paciência” ou

“Clique aqui e aprenda como multiplicar seu dinheiro por 10 vezes em 1

ano”?

Acho que não preciso te dizer que a segunda noticia iria estourar no número
de visualizações.
Infelizmente, nesse tipo de notícia são selecionados exemplos de
investimentos que passaram por eventos únicos (ou como gosto de chamar,
eventos exceção), se valorizaram muito em um único ano e se tornam
exemplos para matérias sensacionalistas.

O problema é que, quando você “aposta” (considero esse tipo de


investimento uma aposta) o seu suado dinheiro em um investimento sem
sentido algum, apenas porque alguém te disse ou porque você leu uma
notícia

que “alguém fez aquilo” uma vez, é praticamente como jogar na loteria.

Jamais pense que seus investimentos são apostas.

Devemos investir nosso dinheiro em projetos de empresas que são bem


administradas, tem um bom time, bons projetos, lucram constantemente e
possuem uma certa previsibilidade.

Esse tipo de empresa pode não “estourar” do dia para noite, mas no longo
prazo, os resultados que você vai ter com empresas desse tipo tendem a ser
incríveis.

Claro que não podemos prever o futuro, portanto nem todos os investimentos
serão um sucesso total, mas com certeza teremos um percentual de acertos
muito maior que de erros e isso refletirá em um resultado incrível para você.

Quando investimos com o pensamento de realmente nos tornarmos sócios da


empresa na qual compramos uma ação, não nos importamos com crises,
recessões, etc, pois independente do que ocorrer com a economia local e
global, se o projeto da empresa que estamos investindo for consistente,
mesmo que suas cotações despenquem durante crises e recessões, logo que a
tempestade passar, as cotações voltarão com força.

Inclusive, empresas muito boas e bem administradas costumam sentir muito


menos o efeito de crises.

Ao contrário de empresas que são “apostas”, que podem ter suas cotações
“destruídas” por uma crise ou recessão, nosso tipo de investimento em
empresas resilientes e bem administradas, fará com que você passe por um
estresse muito menor do que se estivesse “apostando” em investimentos sem
fundamentos.

Investimentos somente são arriscados quando são encarados como um


cassino.

Sempre se lembre do quanto foi difícil para você “fazer” aquele dinheiro que
está investindo.

Foram horas, dias, meses, anos de trabalho suado.

Aquele dinheiro poderia ser utilizado para uma viagem, um carro novo, uma
casa nova, etc. Mas você decidiu investi-lo para colher frutos mais para
frente. Você decidiu comprar um pequeno “pacote de sementes” para plantar
uma árvore, pois quer colher os frutos em alguns anos.

Não se influencie por amigos que dizem “fulano, compra essa ação da
empresa X, pois eu li no jornal Y que essa ação irá estourar esse ano”.

Pode ser que até isso aconteça, mas quais são as chances? Quais são os
fundamentos dessa notícia?

Tem um outro ponto importante que desejo deixar claro para você.

Falaremos disse mais adiante, mas quero adiantar apenas um pouquinho.

Quando compramos uma ação, estamos adquirindo um pequeno “pedacinho”

de uma empresa.

Por ter esse “pedacinho”, nos tornamos donos e recebemos uma parte dos
lucros (além de nosso pedacinho aumentar de valor conforme a empresa
cresce em valor como um todo).

Não podemos comprar esse “pedacinho” diretamente da empresa e por isso


foram criadas as figuras da Bolsa de Valores e da Corretora.
A Bolsa de Valores controla todas essas compras e vendas.

E a corretora é o local de onde você realmente irá comprar ou vender esses


pedacinhos (ações).

Agora quero te explicar como cada uma dessas figuras ganha dinheiro.

A Bolsa de Valores ganha dinheiro a cada operação de compra e venda que


você faz (além de algumas outras formas que não está em nosso escopo).

A Corretora também ganha dinheiro a cada compra e venda de ações.


Sempre que você comprar ou vender uma ação, você paga uma taxa para sua

corretora.

Então, o que você acha que tanto a Bolsa de Valores quanto a corretora
querem que eu e você façamos?

Eles querem que eu e você realizemos compras e vendas de ações o tempo


todo. Se possível como robozinhos, sem parar.

Você acha que isso tem sentido para alguém que tem o foco de investir e
entrar como sócio de um negócio (e não como apostador)?

Claro que não tem sentido. Não faz sentido algum.

Portanto, quero te alertar para que você não “entre nessa onda”.

Algumas pessoas dizem “Você vai ganhar dinheiro quando comprar na baixa
e vender na alta”.

O que isso quer dizer?

Que você deve comprar uma ação sempre que ela estiver barata e vende-la
quando ela estiver cara.

Agora te pergunto, tem como saber isso?

Claro que não.


É impossível prever o futuro (pelo menos nos dias de hoje).

Portanto esqueça essa ideia de sair comprando e vendendo o tempo todo. Ao


fazer isso, você estará simplesmente pagando taxas e comissões para a Bolsa
de Valores e para a Corretora. Você não terá ganho algum.

Foque em nossa estratégia e não saia dela.

O mercado financeiro pode ser tentador. Você pode ser tentado a ter lucros
rápidos, em 1 dia, em 1 hora, mas no final, o que conta é o resultado do
longo prazo.

Invista em projetos que tem sentido e não em “apostas”.

O seu futuro tem que ser baseado em decisões com sentido.

A escolha é sua e de mais ninguém.

Você é o responsável por qual caminho seguir, ninguém pode te obrigar.

Esse capítulo é apenas para te alertar das tentações que você irá enfrentar no
seu caminho rumo a liberdade financeira.

Fique a todo momento com os olhos abertos e filtre ao máximo a informação


que você receber.

A tendência é termos cada vez mais informações disponíveis, mas e como


fica a qualidade?

Seja inteligente, invista e jamais desista.

Capítulo 27

Renda fixa e Renda variável

Introdução

No mundo dos investimentos é bem comum ouvirmos os termos “Renda


Fixa” e “Renda Variável”.
Geralmente, é dito que investimentos em “Renda Fixa” são muito seguros e
os investimentos em “Renda Variável” são perigosos e arriscados.

Antes de explicar para você o conceito de cada uma dessas categorias de


investimentos, quero apenas fazer um pequeno “adendo”.

Geralmente, os investimentos em renda variável têm uma performance muito


melhor (a nível de retorno) para os investidores do que os investimentos em
renda fixa.

Mas, qual investimentos você acha que o seu gerente do banco irá te
recomendar?

Sem a menor sombra de dúvida, investimentos em Renda Fixa.

Caso você queira um investimento em “Renda Variável”, você


provavelmente será aconselhado a comprar a cota em algum “Fundo de
Investimento”.

Não irei me aprofundar em fundos de investimento nesse livro, mas quero


que você saiba o conceito, apenas para que você não seja enganado em seu
próprio banco.

Fundos de Investimento

Basicamente, um fundo de investimento é criado por uma instituição


financeira que irá administrar todo o capital do fundo e aplica-lo em
determinados tipos de investimentos.

O fundo pode ser tanto de Renda Fixa como de Renda Variável. Temos
fundos dos mais diversos tipos de ativos.

Investir em fundos de investimentos é algo ruim?

Não que seja ruim, mas possui um alto custo, além de muitas vezes você não
ter ideia de como o fundo está sendo administrado.

As pessoas que trabalham no fundo são responsáveis por comprar e vender


os ativos da maneira que bem entenderem (claro que seguem regras muito
restritas para isso), e você como investidor, terá apenas o trabalho de aportar
seu dinheiro em um fundo e “deixa-lo render”.

Pode parecer muito bom e confortável investir assim, mas essa modalidade
de investimento tem um alto custo.

Anualmente, a maioria dos fundos irá te cobrar uma taxa de administração.

No papel, a taxa pode parecer muito pequena, mas no longo prazo, ao


realmente calcular essa taxa e o quanto ela representa de desconto no retorno
de seus investimentos, a situação se complica.

Pense que alguns fundos são tão “simples” que eles compram papéis do

governo, que você mesmo poderia comprar, uma única vez e não pagar
simplesmente nenhuma taxa de administração (nunca) e ter os mesmos
rendimentos (maiores na verdade, pois você não pagará todos os anos uma
taxa de administração).

Não sou contra investir em fundos, inclusive existem ótimos gestores que
entregam ótimos resultados.

Minha opinião sobre esse assunto é óbvia. Acredito que a estratégia que vou
apresentar para você de investimento é tão simples e exige tão pouco tempo
por mês, que não faria sentido algum você pagar uma alta taxa de
administração para um fundo, onde você mesmo pode comprar os ativos e
investir.

Também não fico confortável em não saber exatamente no que meu dinheiro
está aplicado.

O propósito desse livro é que você conquiste sua liberdade financeira com
controle, disciplina, investimentos e bastante paciência.

Não é uma receita mágica, é apenas um caminho tão óbvio como o nascer do
sol todos os dias.

O segredo é se manter no caminho. Pode parecer óbvio, mas não é.


Não existe maior tristeza e frustação para um investidor do que vender seus
ativos por medo e após alguns anos ele verificar o valor daquele ativo e o
valor estar nas nuvens!

Não faça isso!

Tenha paciência e deixe seus investimentos tomarem corpo. O tempo e os


juros compostos serão seus grandes aliados.

Não se preocupe em como escolher seus ativos, pois falaremos disso em


breve.

Renda Fixa

Creio que o nome já deixa bem claro o que é essa categoria de investimento.

Basicamente já temos um acordo pré-definido sobre quanto será o nosso


rendimento no momento que realizamos a aplicação.

Podemos ainda quebrar em duas categorias esse tipo de investimento: Pré-


Fixado: São investimentos onde temos a taxa exata que teremos de retorno.
Por exemplo: Um título de Tesouro Direto com um rendimento fixo de 8%
ao ano valido por 25 anos. Durante 25 anos temos um rendimento fixo.

Pós-Fixado: Temos um valor fixo de rendimento + um valor variável. Por


exemplo: Um título de tesouro direto com um rendimento fixo de 3% +
IPCA. Ou seja, esse é um título que renderá 3% mais o valor do IPCA
daquele ano.

Geralmente os investimentos em renda fixa são baseados em dividas, ou


seja, estamos emprestando dinheiro para alguém. Pode ser para o governo ou
empresas.

Os investimentos mais comuns são:

Poupança

Tesouro Direto (Empréstimos para o Governo)


CDB

LCI/LCA

Fundos de investimento em renda fixa

Etc.

Investir em renda fixa não é uma opção ruim, apenas o que você tem que ter
em mente é que esse tipo de investimento geralmente terá um rendimento
baixo.

Costumam dizer que esse tipo de investimento “é o mais seguro”.

Mas o que é segurança para você?

Lembre-se que temos a famosa inflação, que faz com que o valor de nosso
dinheiro cada vez possa comprar menos mercadorias.

Muitos investimentos de renda fixa apenas nos protegem da inflação e não


nos dão a oportunidade de realmente criar patrimônio e trilhar o caminho
para nossa liberdade financeira.

Quando você atingir um certo patrimônio financeiro, você até pode colocar
uma parte do dinheiro em renda fixa, mas conforme você irá ver nos
próximos capítulos, não acredito que você vá querer fazer isso.

Portanto quero dizer a você que tudo vai depender do que você quer.

Renda Variável

E minha querida renda variável? O que posso dizer dela para você?

Acredito cegamente que ao investir em ações (principal ativo da renda


variável em minha opinião), você está investindo em empresas que geram
valor para nosso país, geram empregos e fazem a economia girar.

Ao comprar uma ação, você não sabe qual rendimento você vai ter com ela
no futuro (por isso o nome de renda variável), mas fazendo bem o seu
trabalho e escolhendo empresas sérias e bem gerenciadas, a chance de você
multiplicar seu capital chega ao infinito (no longo prazo).

É falado a todos os cantos que renda variável é arriscada. Eu diria que


depende de como você enxerga renda variável.

Se você quer comprar uma ação hoje e daqui 2 anos quadruplicar seu
dinheiro. Concordo com você. Realmente é bem arriscado.

Agora se você encarar o investimento em ações como realmente se tornar


sócio de um negócio, a história muda.

Concorda que, se você quisesse se tornar sócio de uma padaria, você


analisaria o histórico de lucros, quem são os sócios, onde a padaria está
localizada, etc?

E por que para se tornar sócio de uma empresa na bolsa de valores, você
quer gastar somente 5 minutos lendo uma notícia ou ouvir uma “dica” de um
amigo e “investir” suas economias na tal empresa?

Tem sentido?

Claro que não!

Ainda não chegamos ao ponto de como vamos escolher nossas ações, mas
logo estaremos lá.

Ao se associar a boas empresas (comprando pequenas partes delas), você irá


desfrutar por diversos anos lucros, que serão reinvestidos e sofrerão a

“mágica dos juros compostos”.

Chega a parecer mágica, mas é assim que funciona.

Você escolhe uma boa empresa, compra algumas ações, recebe lucros e
dividendos, compra mais ações, recebe mais lucros e dividendos, os juros
compostos trabalham e quando você se der conta, chegou em sua liberdade
financeira.
Claro que nem tudo são flores e em alguns momentos essas ações (mesmo
sendo de ótimas empresas) irão cair.

Só que sendo um investidor de longo prazo, essas quedas irão te dar uma

ótima oportunidade de comprar ainda mais ações a preços de liquidação e


quando o mercado voltar a subir, você estará sorrindo sem parar.

É simples assim.

Conclusão

Creio que você conseguiu notar qual o caminho iremos seguir daqui para
frente.

Sou um grande defensor da Renda Variável e realmente acredito que você


pode construir um ótimo futuro para você e para sua família ao criar um
plano de investimentos bem feito e consistente.

Como tudo na vida, isso levará um certo tempo.

Apenas tenha paciência e quando você menos esperar, os dividendos de suas


ações estarão “pulando” na sua conta, você vai reinvesti-los e seu patrimônio
vai crescer quase todos os meses.

Não ignore o que você está lendo aqui e nem se iluda com promessas de

“gurus” que dizem que podem te tornar um milionário “em 1 ano”.

Sempre que for investir em algo, você tem que realmente sentir que aquele
investimento faz sentido e não é simplesmente uma “aposta”.

Não aposte o seu futuro e o futuro da sua família.

Não ignore o que estou falando para você, pois daqui há 10, 20, 30 anos o

arrependimento será enorme quando você notar que você depende do


governo para viver.
Capítulo 28

O que é bolsa de valores

Introdução

Diariamente ao assistir o telejornal você deve escutar “Ibovespa subiu 1,2%”

ou “Ibovespa caiu 2%”.

O que é o Ibovespa?

Qual a relação do Ibovespa com a Bolsa de Valores brasileira? O que é a


Bolsa de Valores? Qual o seu propósito real?

São muitas perguntas que iremos esclarecer nesse capítulo.

É importante para você ter uma boa base de como esse mercado funciona.

Muitas vezes os investidores não se importam muito com esse tipo de


informação, mas acredito que ao menos um conhecimento básico seja
importante.

O que é bolsa de valores?

A Bolsa de Valores nada mais é do que um lugar onde investidores e


empresas se relacionam, negociando títulos e ações de maneira confiável e
transparente.

Para simplificar a explicação, vamos pensar em um exemplo.

Quando uma determinada empresa decide abrir capital, ou seja, se registrar


na bolsa de valores e vender ações, essa empresa disponibiliza através da
Bolsa de Valores suas ações, para que as mesmas possam ser negociadas
pelos investidores.

Quando digo negociar, quero dizer comprar e vender.


A bolsa é responsável por todo esse trâmite, além de garantir que as ações
estão em um local seguro.

Temos ainda a figura da corretora, que faz essa intermediação entre você e a
bolsa de valores, mas a própria corretora não é a responsável por manter as
ações. As ações são mantidas e guardadas pela própria bolsa, garantindo
assim segurança total ao investidor.

A bolsa nada mais é do que o órgão que intermedia todas as compras e


vendas de ações das empresas que possuem capital aberto.

Para negociar, os investidores necessitam apenas abrir uma conta gratuita em

qualquer corretora de valores, transferir dinheiro para a mesma e enviar suas


ordens. (Detalharei esse processo na parte 4 do livro).

O processo de compra e venda acontece quase que instantaneamente.

Não se preocupe muito com o processo técnico, pois ele será transparente
para você.

O horário de negociação para ações costuma ser das 10:00 as 17:00 na maior
parte do ano (algumas vezes devido ao horário de verão, isso pode mudar).

A Bolsa de Valores é responsável pela negociação de diversos ativos, tais


como:

Ações

Títulos de Renda Fixa

Fundos Imobiliários

Contratos Futuros (Moedas, Índices, Commodities, etc) Opções

A Bolsa de Valores torna o ambiente de negociação extremamente seguro e


transparente.
Além de ser responsável por assegurar a qualidade e transparência, a Bolsa
também exige que as informações das empresas listadas sejam públicas,
portanto, de tempos em tempos, as empresas participantes da Bolsa,
publicam seus balanços e resultados.

Observação: Não irei entrar em detalhes técnicos referentes a Bolsa, pois


acredito que estamos cobrindo todo o conteúdo necessário para que você
passa comprar ações na bolsa de valores. (Muitas vezes conteúdo demais
pode fazer você perder o foco).

E por que você acha que as empresas abrem capital (se tornam listadas na
bolsa) já que a partir desse momento se tornam públicas?

O principal motivo é para levantar capital para investir na própria empresa.

Pense o seguinte, uma empresa ao abrir capital, nada mais faz do que vender
um % do capital total da empresa.

Vamos dizer que uma determinada empresa que tem um valor de mercado de
R$ 100.000,00 decide abrir seu capital na bolsa.

Essa empresa decide que venderá 40% do seu capital na bolsa, portanto ela
disponibiliza X ações que correspondem a R$ 40.000,00.

O processo de precificação dessas ações é complicado, mas para simplificar


vamos dizer que o valor será de R$ 4,00, ou seja, teremos 10.000 ações
disponíveis a R$ 4,00 cada para negociação.

Conforme os lucros dessa empresa aumentam, o mercado realiza uma nova


precificação do preço da ação e o mesmo sobe.

O mecanismo é relativamente simples.

Claro que existe muita burocracia por trás de tudo isso.

A fiscalização é muito elevada e o nível de governança exigida das empresas


é altíssimo.
Uma empresa listada em bolsa costuma ter um nível de gerenciamento muito
bom, pois trimestralmente seus resultados são expostos aos investidores e
caso a empresa não esteja sendo bem gerenciada, o valor de suas ações pode
cair (e o valor da empresa cairá também).

Eu diria que uma bolsa de valores forte demonstra uma economia forte de
um determinado país.

Não existe melhor caminho do que esse para realmente investirmos nas
empresas que geram empregos e fazem a economia do nosso país girar.

O melhor de tudo isso, é que as empresas listadas estarão diariamente


lutando para serem melhores, lucrarem mais e consequentemente dividirem
uma parte desse lucro comigo e com você, os investidores.

Ao comprar uma ação de uma empresa, estamos investindo em um projeto,


em uma ideia e acredito que não existe nada mais justo do que receber uma
parte dos lucros.

Sem o nosso dinheiro, as empresas teriam menos capital para investir em seu
próprio negócio e cresceriam de maneira mais lenta.

É um processo onde todos ganham. É inteligente e certeiro.

Claro que no mercado existe muita especulação e por isso tantas pessoas
perdem dinheiro na bolsa de valores.

Muitas vezes o preço de uma ação sobe muito apenas por que uma notícia
falsa foi publicada por algum veículo de mídia famoso.

Quando você analisa a empresa, ela está absurdamente endividada e não


ocorreu absolutamente nada de relevante para que sua cotação suba.

Tem sentido comprar uma ação de uma empresa assim?

Claro que não. A não ser que você seja um apostador e não um investidor.

Índice Ibovespa
Lembra de quando você está em frente à televisão assistindo o jornal e o
apresentador diz “Índice Ibovespa sobe 3% com onda de otimismo”? Ou

“Índice Ibovespa derrete 4% e investidores se desesperam”.

Em um primeiro momento, você pode imaginar que essa volatilidade é

“terrível” e os investidores ora estão felizes, ora estão desesperados, certo?

Errado.

Especuladores e apostadores ficam assim. Investidores não.

Mas quero ir além.

Sabe o que exatamente é o Índice Ibovespa?

O Índice Ibovespa é uma carteira de ações formado pelas ações mais


negociadas da Bolsa de Valores Brasileira. Portanto não é realmente uma
média de todas ações listadas na bolsa.

Você pode inclusive acompanhar o índice através do link abaixo:

http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/produtos/indices/indices-

amplos/indice-ibovespa-ibovespa-composicao-da-carteira.htm

De tempos em tempos essa carteira é modificada, sendo que algumas ações


podem ser adicionadas ou removidas.

Além de termos uma quantidade determinada de ações, é dado um certo

“peso” a cada ação dentro do índice.

Na bolsa brasileira temos cerca de 400 empresas listadas, sendo que no


índice Ibovespa temos cerca de 60 ações que são responsáveis pela maior
parte do volume de negociação da bolsa como um todo.

O Índice serve como um “termômetro” de como o mercado de ações


brasileiro está indo.
Mas aqui faço uma ressalva importante. Nossos investimentos podem subir
muito mais que o Ibovespa (boas empresas geralmente vão por esse
caminho) e cair muito menos (principalmente empresas com bons
fundamentos).

Portanto, não se assuste ao ouvir que o Índice Ibovespa caiu X %.

Como investidor, você deve enxergar quedas como oportunidades de


comprar mais ativos com bons descontos.

Conclusão

Espero que tenha ficado claro para você que a Bolsa de Valores não é o

“Cassino” que muitas pessoas costumam comentar por aí.

Chamar a Bolsa de Valores de cassino é uma ignorância tão grande que


chega a me dar tristeza de escutar isso.

Muitas pessoas dizem isso por ignorância ou excesso de medo.

A bolsa pode ser um cassino se assim você quiser. Ao buscar lucros


exorbitantes em um curto prazo, com certeza a bolsa se tornara um grande
cassino para você.

Vou repetir inúmeras vezes no decorrer do livro que você precisa ter uma
mentalidade de investidor.

Não quero em nenhum momento te iludir ou fazer você pensar que a bolsa é
uma “jogada de sorte”.

Muitos filmes mostram a bolsa como um mecanismo de enriquecimento


rápido. Com ganhos milionários em um curto espaço de tempo.

Dentro da bolsa existem mercados altamente arriscados, como opções e


derivativos.

Estudei muito o mercado de derivativos, tendo inclusive atuado nele, e posso


dizer a você que o melhor mercado e o mais transparente para trilhar o seu
caminho rumo a liberdade financeira é o mercado de ações.

Muitos irão dizer o contrário, mas eu te garanto que, conforme o tempo


passar e você aprender mais e mais sobre o mercado de ações, você
concordará comigo.

Não existe dinheiro grátis.

Por isso temos que ser pessoas disciplinadas, resilientes e ter a paciência de
poupar, investir e esperar nossos investimentos gerarem bons frutos.

O que estou falando para você aqui não é nada demais. É simplesmente o
óbvio.

Só que esse “óbvio” precisa ficar claro para todas as pessoas que querem
acumular um patrimônio considerável e/ou alcançar sua liberdade financeira.

O esforço, se observado no longo prazo, não é grande.

Lembra-se do meu exemplo de economizar R$ 150,00 por mês na academia


e aplicar o dinheiro? Você realmente acha que isso é um grande esforço?

Sinceramente, acho que não. O retorno dessa economia no longo prazo pode
ser fenomenal e com certeza valerá muito a pena.

Espero que tenha gostado de entender o mecanismo por onde nosso dinheiro
irá fluir daqui em diante.

No próximo capítulo iremos falar sobre ações no detalhe.

Capítulo 29

Entendendo Ações

Introdução

Já falamos muito de ações até esse ponto do livro, mas não se preocupe se
até
aqui você ainda não entendeu bem o que esse ativo é.

O mercado financeiro costuma nos “encher” de termos complicados e


difíceis de compreender, que acabam por tirar o nosso interesse por
investimentos.

Não acredito que você, ao se tornar um investidor de longo prazo que busca
sua liberdade financeira realmente necessite se tornar um “Expert” em ações
e investimentos.

Claro que você precisa ter uma boa noção, pois senão pode vir a ter
problemas e estresse desnecessariamente.

Conhecimento é bom, mas as vezes pode chegar a atrapalhar.

Estou preocupado em passar a você através desse livro os conhecimentos


necessários para que você aprenda a controlar e organizar seus gastos,
planejar, investir e se manter no caminho rumo a liberdade financeira.

Por isso te faço um alerta.

Não saia nesse momento pesquisando todos os tipos de investimento


existentes no mundo.

É muito mais importante que você consiga primeiramente organizar suas


finanças e aprender a investir do que aprender “tudo sobre investimentos”.

O mundo dos investimentos é perigoso para as pessoas muito ambiciosas.

Ser ambicioso é uma característica muito boa, o problema é ter uma ambição

“cega” e cair nas armadilhas do mercado.

Uma armadilha famosa do mercado é dizer que o mercado de ações é


arriscado e você deve investir em um fundo de renda fixa. (Só não irão te
falar que seus rendimentos serão irrisórios).

Já no mercado de ações, você será bombardeado todos os dias para comprar


ações de empresas “com alto potencial”, mas totalmente sem fundamentos.
Não sem sentido você sair da sua estratégia em busca de “atalhos”.

Muitas pessoas passam a vida inteira buscando atalhos para ficarem ricos.

Sabe qual o problema disso?

Um dia elas acordam e se dão conta, que muitos anos passaram e aquele
amigo que sempre foi regrado, consciente com os investimentos, poupou e
investiu como se estivesse realmente cuidando de uma árvore, está
milionário e vivendo uma vida totalmente equilibrada.

Os “atalhos” consomem muito dinheiro.

Você sempre irá ouvir “se você quer ganhar dinheiro, você precisa arriscar,
se quer ganhar muito, arrisque muito”.

Não concordo.

Quando você compra a ação de uma empresa para se tornar sócio dela, você
está se baseando em fundamentos sólidos. Esses fundamentos diminuem
muito o seu risco, mas não diminuem o seu retorno.

Por investir em boas empresas, no longo prazo você será muito bem
recompensado.

Só que se você quer ficar rico em 30 dias, te desejo boa sorte (pois você vai
precisar).

O que é uma ação?

Uma ação nada mais é do que um “pequeno pedaço” de uma empresa. A


grosso modo é exatamente isso.

Imagine que você pode encontrar os mais diversos tipos de empresas na


bolsa de valores. Agora imagine que você adoraria abrir uma empresa igual
a alguma dessas.

Você consegue? Acredito que você não tenha o capital suficiente para isso.
Agora imagine o seguinte cenário.

Se fosse dada a você uma oportunidade de comprar um pequeno pedaço de


uma empresa pelo valor que você tem disponível hoje?

Você adora essa empresa. Ela tem bons fundamentos, como: baixo
endividamento, paga bons e consistentes dividendos, possui um baixo custo
para produzir seus produtos e não está naqueles mercados cíclicos (que tem
altos e baixos de tempos em tempos).

Ao ouvir a proposta, você fica até receoso e pode até se perguntar, “mas por
que alguém em santa consciência vai querer vender um pedaço de um
negócio tão promissor?”.

A resposta é: Porque o seu dinheiro irá ajudar essa empresa a ter ainda mais
sucesso. Você investirá seu dinheiro e o mesmo será utilizado para que a
empresa realize novos investimentos (tais como estrutura ou
desenvolvimento de novos produtos).

A empresa não é obrigada a vender todo o capital. Uma boa parte das
empresas não abrem todo o seu capital (ou seja, não vendem 100% da
empresa), chegando a vender por exemplo 40% do total do capital da
empresa.

Pense que a ação nada mais é do que a porta de entrada mais fácil para que
possa se tornar sócios de negócios de sucesso.

Imagine como seria difícil para você se tornar sócio de um negócio assim se
não existisse o mercado de ações?

Tipos de Ações

As ações são divididas principalmente em 3 tipos:

1.

Ordinárias (ON)
A grande diferença aqui é que essa ação dá ao investidor o direito de voto.
Para nós isso não é tão relevante, pois você só teria direito a voto se tivesse
uma quantidade muito grande de ações.

Geralmente essas ações possuem as letras da empresa e o número 3 ao final.

Exemplo: BBAS3, CSNA3, PETR3, etc.

2.

Preferenciais (PN)

Já a ação preferencial não possui direito a voto, mas tem preferência na hora
da distribuição de dividendos.

Essa sem sombra de dúvida alguma é o tipo de ação que devemos preferir
sempre.

Geralmente essas ações possuem as letras da empresa e o número 4 ao final.

Exemplo: PETR4, ITUB4, BBDC4, etc.

3.

UNITS

Units nada mais são do que ações de tipos diferentes que são agrupadas.

Por exemplo, uma UNIT pode ser composta por 2 ações preferenciais e 1
ordinária.

Geralmente essas ações possuem as letras da empresa e o número 11 ao


final.

Exemplo: TAEE11, SANB11, etc.

Blue Chips

Um termo que você vai escutar muito no mercado financeiro é “Ação Blue
Chip”.

Essas ações nada mais são do que as ações com os maiores volumes de
negociação da bolsa de valores.

Portanto, por terem tanta negociação, esses ativos se tornam muito líquidos
(fácil de comprar e vender) atraindo muitos investidores de curto prazo.

Exemplo: Bradesco (BBDC4), Itau (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3),


Petrobras (PETR4), Cosan (CSAN3), etc.

Por que uma ação sobe ou cai de preço?

Creio que essa pergunta já deve ter martelado sua cabeça ou um dia irá
martelar.

Primeiro, quero te explicar um conceito sobre o mercado financeiro.

O mercado financeiro vive sempre no futuro.

Por que digo isso?

O mercado financeiro sempre está olhando para o que pode acontecer no


futuro e precifica todos os investimentos com base nisso.

Por exemplo, fala-se muito da economia da China e dos Estados Unidos.

Como você acha que essas economias impactam nossa bolsa de valores?

Quando a economia da China está crescendo muito, quer dizer que ela vai
importar muito mais, ou seja, comprar produtos de diversos países (incluindo
o Brasil).

Se a China vai aumentar as compras, nossas empresas irão vender mais e a

expectativa do mercado financeiro no Brasil vai ser de que os lucros de


certas empresas (das impactadas) irá crescer e, portanto, esse lucro futuro irá
impactar no preço das ações.
No caminho contrário também acontece o mesmo.

Qualquer evento político ou econômico (guerras, recessões, crises) que pode


vir a afetar determinada empresa irá refletir em sua cotação.

Mas sabe qual é a graça aqui para nós?

Quando você investe pensando no longo prazo, essas pequenas

“tempestades” não tem muito impacto em nossa estratégia.

Crises econômicas são cíclicas (nunca sabemos quando irão terminar), mas
abrem uma janela de oportunidade para comprarmos boas ações com um
grande desconto.

No longo prazo os preços das ações irão se ajustar (sempre se ajustam) e


você sairá como um grande vencedor.

Não adianta ao primeiro sinal de crise vender suas ações, pois isso te levará
ao fracasso certo.

No decorrer dos próximos anos crises com certeza acontecerão e você vai
notar algo “estranho”.

Algumas crises não têm impacto nenhum no setor da empresa que você está
investindo, mas mesmo mantendo os lucros e não tendo motivo algum para a
cotação de sua empresa cair, ela cai, derrete.

Por que isso acontece?

Um outro fator que move o preço das ações (e outro ativos) é o psicológico.

Quando as pessoas notam que os preços estão caindo muito, elas entram em

“pânico” e saem vendendo tudo (independente do ativo que seja).

Esse comportamento derruba o preço dos ativos e faz a felicidade dos

investidores de longo prazo.


Os investidores de verdade festejam nas crises.

A crise irá passar, o preço irá se reajustar (sempre se reajusta) e você terá
comprado ativos de qualidade a preço de “banana”.

Sabe qual é o resultado disso? Você acelera sua jornada rumo a liberdade
financeira.

Simples, não? (Você só precisa acreditar na sua estratégia e não abandonar o


barco quando todos te disserem para fazer isso!).

Impostos de Renda

Tenho duas notícias para você referente ao imposto de renda sobre ações.

Uma é boa e a outra ruim.

Vamos começar pela notícia ruim primeiro.

Atualmente, as ações são tributadas a alíquota de 15%, ou seja, o lucro que


você obtiver com sua operação será igual a 15%.

Por exemplo:

Você comprou a ação da empresa XYZ por R$ 10.000,00 há 2 anos.

Hoje você decidiu vender essa ação e hoje o preço dela é R$ 30.000,00, ou
seja, você lucrou R$ 20.000,00.

O imposto seria calculado da seguinte maneira:

(Preço de Hoje – Preço da compra) X 15%.

Em nosso exemplo, ficaria assim:

R$ 30.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 20.000,00 * 15% = R$ 3.000,00 a serem


pagos.

Agora, vamos a notícia boa.


Caso suas vendas de ações em um mesmo mês não excedam 20 mil reais,
você não precisa pagar imposto de renda!

Exemplificando:

Vamos dizer que você comprou algumas ações há 2 anos e pagou pelas
mesmas a quantia de R$ 10.000,00.

Hoje você as vendeu por R$ 18.000,00, ou seja, obteve um lucro de R$

8.000,00.

Como essa foi sua única venda de ações do mês e não ultrapassou R$

20.000,00 (foi de apenas 18.000), você está isento de imposto de renda.

Legal né?

Diria que essa lógica também é bem simples.

Como nosso propósito é ficar com nossas ações por muitos anos,
sinceramente não espero que você esteja preocupado em pagar impostos
agora.

Os Traders de Ações (Que compram e vendem muitas ações em um mês)


tem a opção de contratar empresas que cuidam desses cálculos para eles.

Dividendos

Chegamos ao ápice do tópico ações.

Sinceramente, eu, Luis Barsi Filho, Warren Buffet e tantos outros


investidores somos apaixonados pelos dividendos.

Os dividendos são aquele valor definido pelas empresas que investimos a


serem pagos aos acionistas de tempos em tempos (pode ser mensal,
trimestral, semestral, anual, etc). Esse valor nada mais é do que a
distribuição de uma parte do lucro da empresa para os acionistas.
E por que isso é tão interessante?

Algumas pessoas chegam a dizer no mercado que empresas que pagam


dividendos, por não usarem esse dinheiro para reinvestir em seu próprio
negócio, não lucram mais e consequentemente suas cotações não sobem.

Na verdade, não concordo com essa afirmação.

Existem oportunidades de empresas que são boas pagadoras de dividendos,


que reinvestem uma parte de seus lucros (não o lucro inteiro, pois seus
modelos de negócios não são dependentes de muito capital para a empresa
crescer) e crescem constantemente em valor na Bolsa de Valores.

Essas empresas não crescem vertiginosamente como diversas “apostas” que


podemos encontrar na bolsa, mas como eu havia dito antes, essas empresas
são as empresas mais seguras possíveis para se investir.

Pense comigo.

Se uma empresa, ao contrário da maioria, não precisa de tanto dinheiro para


crescer, consegue pagar bons dividendos a seus acionistas (que não
costumam ser especuladores/apostadores) e são bem administradas, como
não se tornar sócio de um negócio desses? Simplesmente não tem como!

Nos próximos capítulos você irá ver como existem ótimas oportunidades de
empresas assim na bolsa.

Fora os pontos que comentei acima, ao comprarmos uma ação (para


realmente nos tornarmos sócio da empresa), ainda analisamos se o valor da
ação está “justo”, se aquela empresa é bem administrada e se o mercado que

ela atua não é um mercado “Cíclico” (mercados como o imobiliário, que


cresce muito em algumas épocas e depois fica anos parado), ou seja,
realizamos uma análise profunda da empresa para decidir se vamos colocar
nosso “rico dinheirinho” naquela empresa e nos tornarmos sócios por longos
anos.

Geralmente iremos procurar empresas que pagam um valor de dividendo a


partir de 6% ao ano (existem exceções), pois historicamente é um valor
muito interessante.

Você pode estar pensando “6% ao ano? Mas eu consigo isso com renda
fixa”.

Será que você consegue mesmo?

Vamos realizar uma pequena simulação.

Vamos supor que você realize um investimento de 10 mil reais em tesouro


direto em janeiro de 2019.

O título escolhido foi o Tesouro IPCA+ 2035, ou seja, um título pós fixado
até o ano 2035, ou seja, 16 anos de rendimentos.

Esse título está pagando hoje o IPCA + uma taxa de juros de 4,61% ao ano.

(É o melhor do dia de hoje).

Entrei no próprio simulador do site do Tesouro Direto para mostrar como


ficaria seu capital nesse período:

Site: https://simulador.tesourodireto.com.br
Aproveitei para incluir também a poupança em nossa simulação.

Lembro que é impossível calcular o valor do rendimento com exatidão,


portanto são apenas estimativas os resultados.

Se observarmos o rendimento total, no dia 15/05/2035, você teria: Poupança:


R$ 24.312,16 (Um lucro de mais de 14 mil reais) Tesouro Direto: R$
38.182,63 (Um lucro de mais de 28 mil reais) O que você achou? Foi um
bom investimento?

Quero mostrar para você agora um cenário onde você investiria os mesmos
10 mil reais na compra de ações que pagam 6% de dividendos ao ano.

Nessa simulação, você sempre compraria mais ações com seus dividendos,
ou seja, sempre reinvestiria o dinheiro.

Vamos supor que nossa empresa cresceria 10% ao ano (esse valor pode ser
muito superior a isso).

Vamos lá!

Veja como ficaria o gráfico dessa operação:

Noss0 capital simplesmente passaria de 100 mil reais!

Conseguiu “sentir” a diferença?


As empresas não têm limite para crescer. A renda fixa é limitada a partir do
momento que você faz o investimento.

Ainda existe um outro ponto importante referente a dividendos.

Pense que você comprou 100 ações da empresa XGJ por R$ 2.000,00, ou
seja, cada ação custou R$ 20,00.

Essa empresa paga anualmente um dividendo de R$ 1,20, ou seja, 6%.

Conforme o tempo vai passando, essa empresa expande suas operações, seus
lucros e consequentemente seu valor de mercado (e cotação da ação).

Cinco anos depois, essa mesma ação vale R$ 60,00 e a empresa XGJ

continua pagando 6% de dividendos, ou seja, o dividendo agora é de R$ 3,60

por ação.

Só que você não pagou 60 reais na ação, você pagou R$ 20,00, ou seja, você
está recebendo incríveis 18% de dividendos por ano.

Agora me responda.

Qual aplicação de renda fixa te paga isso por ano?

Nenhuma. Simples assim.

Conclusão

Quero deixar algo muito claro para você.

Esse livro não foi feito para te ensinar a montar planilhas absurdas de
cálculos mágicos para fazer dinheiro na bolsa.

Investir não é nada complicado, só depende de disciplina e propósito.

Os exemplos que dei para você até agora são simples, mas totalmente
viáveis (sendo alguns reais).
Meu propósito é que você comece a entender o porquê é tão interessante
investir em ações que são boas pagadoras de dividendos.

Existem diversos outros tipos de investimentos no mercado.

Alguns especialistas irão discordar da minha opinião, o que acho totalmente


natural, já que cada pessoa é única e possui seus pensamentos únicos.

Só que a informação “mastigada” que você está recebendo com essa


publicação é mais do que suficiente para você começar a investir de verdade
e não ter mais nenhuma desculpa para continuar postergando.

Lembre-se que o tempo pode ser seu amigo ou inimigo nos investimentos.

Amigo se você começar a investir o quanto antes para os juros compostos


realizarem a “mágica”.

Inimigo, se você todos os dias esperar mais um “pouquinho” para investir e


deixar de fazer rios de dinheiro.

Não sou dono da verdade, apenas compilei as informações que estudei


nesses últimos 17 anos para que você não precise perder muito dinheiro
antes de começar a realmente trilhar seu caminho.

Acredito que para você tudo que eu disse até agora faz muito sentido, pois
esse livro mostra como se tornar um investidor (sendo sócio de um negócio)
e não um aproveitador que apenas deseja apostar em um alta rápida para
ganhar um pouco de dinheiro.

Seja inteligente e faça o que tem sentido para você.

Qual sentido tem em comprar uma ação por 10 reais e querer vender por 12

amanhã?

Me explique, qual o propósito disso?

Simplesmente nenhum.
Foi criada toda essa “ilusão” para as pessoas gastarem dinheiro, executarem
muitas ordens de compra e venda, para que as corretoras, a bolsa de valores
e todos os envolvidos fiquem ricos a suas custas.

Se tornando sócio das empresas como estou sugerindo aqui para você, seus
gastos com compras e vendas serão irrisórios.

Espero que esse capítulo tenha sido especial para você e tenha aberto os seus
olhos.

Se isso não aconteceu, pare aqui e leia-o novamente.

Esse capítulo é muito importante.

Se você ainda dúvida do que está lendo, vamos acabar com essas dúvidas no
próximo capítulo.

Falaremos de alguns casos reais.

Te vejo lá!

Capítulo 30

Ações – Cases

Introdução

Talvez você esteja duvidando um pouco do que leu até agora. Principalmente
sobre os possíveis rendimentos no longo prazo.

Se você ainda duvida de que todo esse caminho é possível, esse capítulo em
especial, é exatamente para você.

O que é melhor do que fatos concretos para comprovar tantas páginas lidas
até agora?

Quero apenas lembrar a você que o foco desse livro não é procurar por ações
que sejam “exceções”, ou seja, aqueles “tiros” que podem te deixar rico ou
fazer com que você perca quase todo o seu capital.
Nosso foco é nos tornarmos sócios de boas empresas, que sejam bem
administradas, com um nível de endividamento saudável e que sejam boas

pagadoras de dividendos.

Ao nos tornarmos sócios de negócios assim, nos tornamos parceiros de


empresas que irão crescer constantemente e nos propiciar um incrível
resultado.

Claro que nem sempre isso será verdade pois não temos controle sobre o
futuro e diversos fatores podem influenciar.

O mais importante é que sejamos sempre muito criteriosos quando


escolhermos as ações das empresas nas quais nos “tornaremos sócios” por
um longo período.

Não pretendo que você venda suas ações por uns bons anos (sendo possível
que essas ações se transformem inclusive em herança), portanto, esqueça o
termo “vender ações”. Nosso foco é comprar boas ações.

Se você está se perguntando, “Mas nosso foco é ter uma carteira composta
por 100% de ações?”.

A resposta “SIM, COM CERTEZA”.

Já expliquei em capítulos anteriores porque considero o investimento em


ações extremamente seguro. Uma ação será arriscada se você compra-la
pensando em lucros exponenciais e rápidos.

O resultado no longo prazo será (na maioria das vezes) muito melhor do que
no curto prazo. Mesmo que suas ações tenham quedas em alguns anos ou
épocas, no longo prazo elas irão se recuperar e seus investimentos irão
proporcionar a você ótimos frutos.

Portanto, sempre que você explicar a alguém qual é a sua estratégia de


investimentos e a pessoa falar “Você é louco? Investir tudo em ações? Você
quer perder tudo o que tem?”. Não diga nada, apenas observe muito bem
essa pessoa e 10 anos depois, conversem novamente sobre o assunto e conte
sua experiência. Garanto que essa pessoa mudará de opinião drasticamente.
Inclusive, se você realmente tiver um bom apreço por essa pessoa,
recomende

que ela leia esse livro, você poderá mudar a vida dessa pessoa para sempre.

Agora, vamos analisar o caso de 3 empresas diferentes e como foi o


resultado delas nos últimos anos.

Antes de começar, apenas quero fazer um agradecimento.

As próximas informações, gráficos, etc, foram retirados do material


“Aprenda a Investir em Dividendos” da Casa de Análise de Investimentos
Suno Research ( https://www.sunoresearch.com.br ).

Não sou sócio da empresa e não recebo nada para falar sobre a empresa no
livro. Apenas gostei muito da simplicidade do material e decidi compartilha-
lo com você aqui.

A Suno é uma empresa especializada em gerar informações de qualidade


referente a investimentos.

Por seguirem uma linha parecida a minha (Warren Buffet, Luiz Barsi Filho e
Décio Bazin), decidi referencia-los aqui.

Caso 1: TAESA

A primeira empresa na qual iremos falar é a TAESA (Código: TAEE11).

A Taesa é uma das maiores empresas de distribuição de energia elétrica do


Brasil.

Não irei entrar muito no detalhe sobre a empresa em si. Mas apenas tenha
em mente que as empresas de distribuição de energia elétrica são o “filé
mignon”

do setor, pois não necessitam de grandes investimentos para continuar


crescendo.
Agora, vejamos um gráfico extraído do material da Suno Research sobre
essa empresa:

Esse gráfico represente um investimento de apenas R$ 100,00 no ano de


2006.

Podemos notar que existem duas linhas nesse gráfico.

A linha vermelha representa o investimento em R$ 100,00 sem a reaplicação


de investimentos, ou seja, a cada vez que a empresa pagou um dividendo,
você não comprou mais ações da empresa. Você simplesmente o sacou e o
utilizou em outra coisa.

Nesse caso o seu dinheiro teria gerado um retorno de 200% até o ano de
2017.

Esse retorno de 200% é muito próximo ao CDI do período, que também foi
de 200%. (Lembro que CDI é uma taxa de referência que o mercado utiliza
principalmente na renda fixa. Portanto, para simplificar e não se alongar,
pense que o CDI foi colocado no gráfico como forma de comparar nosso
investimento a renda fixa).

Agora, se você tivesse reinvestido os dividendos, conforme podemos ver na


linha azul, você teria obtido um retorno de excepcionais 900%.
Note a grande diferença que reinvestir os dividendos fazem no seu resultado
final.

Sugiro a você que sempre reinvista integralmente seus dividendos.

Claro que, em determinado momento, os valores de dividendos recebidos


serão tão grandes que você poderá retirar uma parte para pagar seus custos
anuais.

Apenas sugiro que você espere muitos anos antes de começar a retirar seus
dividendos, pois, quanto mais tempo você reinvesti-los, mais os juros
compostos irão atuar e mais o seu dinheiro irá crescer.

Caso 2: Ambev

A segunda empresa na qual iremos falar é a Ambev (Código: ABEV3).

A Ambev hoje é simplesmente uma das maiores empresas produtoras de


bebidas do mundo.

No caso da Ambev, o reinvestimento de dividendos trouxe um resultado


ainda mais incrível no longo prazo.

Vejam que diferença “bizarra”.


O cenário utilizado é de uma compra de ações da Ambev há 22 anos por R$

100,00.

Caso não tivéssemos reinvestido os dividendos, nosso retorno seria de 97X,


ou seja, nosso investimento de R$ 100,00 em 22 anos se tornaria incrível R$

9.700,00.

Agora, se você achou incrível um retorno de 97 vezes, o que diria de 220

vezes?

220 vezes. Isso mesmo.

Esse foi o retorno que você teria em 22 anos reinvestindo os dividendos que
você recebeu.

R$ 100,00 se transformariam em R$ 22.000,00.

Caso 3: Souza Cruz

A terceira e última empresa na qual iremos falar é a Souza Cruz (Código:


CRUZ3).
A Souza Cruz é uma grande fabricante de cigarros, subsidiária da British
American Tobacco.

Agora, observe o gráfico abaixo:

O investimento acima foi de R$ 100,00 e o prazo foi de 20 anos.

Sem reinvestir os dividendos, nosso capital teria transformando em menos


de R$ 4.000,00, perdendo inclusive para o CDI do período (como podemos
ver na linha preta).

Caso você tivesse reinvestido seus dividendos (conforme falo durante o livro
inteiro), seu ganho seria de 1800 vezes, ou seja, R$ 100,00 teriam se
transformado em R$ 180.000,00.

Incrível a diferença, não acha?

Conclusão

Se você é uma pessoa extremamente cética e está pensando, “mas ele


escolheu exemplos a dedo onde a estratégia deu certo, assim é fácil”.

Claro que é impossível acertar 100% dos investimentos.

Mas sendo rigoroso na seleção das ações, teremos grandes retornos em uma
boa parte deles.

Como nosso foco é investir para se tornar sócio da empresa, ao reinvestir os


dividendos e não vender nossas ações por muitos anos (ou décadas),
geralmente poderemos desfrutar dessas grandes oportunidades e criar um
patrimônio inimaginável no longo prazo.

Se lembra quando eu disse que não sou a favor de criar “metas de


patrimônio”?

Exatamente por isso.

Pois, você pode acabar chegando a um certo ponto onde irá parar de
reinvestir seus investimentos na totalidade e poderá perder grandes
oportunidades.

Até agora eu não disse absolutamente nada difícil de entender. Estou

montando tudo de uma maneira muito simples e descomplicada para você.

Na próxima parte do livro iremos falar sobre como realmente colocar esses
conhecimentos em prática.

Como selecionar as ações que você irá investir e principalmente, como fazer
isso de uma maneira extremamente rápida.

Lembre-se que o mais difícil não é aprender o processo.

O mais difícil é manter a disciplina de fazer isso sempre.

Se manter no caminho, na minha visão é o maior desafio de qualquer pessoa


que queira realmente trilhar sua liberdade financeira.

Mas não se preocupe, pois fiz um grande esforço para tentar “tapar” todos os
buracos. Não quero que você de maneira alguma se desvie da estratégia.

Mais para frente, irei te mostrar como pretendo te ajudar para que você se
mantenha no caminho.

Organizar seus gastos, poupar, investir, reinvestir os dividendos e ter


paciência.

O caminho é simples.

Basta apenas segui-lo.

Parte 4

Começando a Investir

Capítulo 31

Plano de Investimentos
Introdução

Antes de começar, quero te avisar de uma coisa extremamente importante.

Não adianta absolutamente nada você querer começar a investir sem antes
sanear suas dívidas.

Com o auxílio dos capítulos anteriores, eu espero de coração que você tenha
se dado conta da importância de manter suas contas em dia.

Se você souber se organizar bem, irá notar que sua qualidade de vida
permanecerá praticamente a mesma, só que, aqueles gastos totalmente

desnecessários deixarão de existir e o dinheiro para investir começará a

“brotar”.

Conforme você entra nesse novo modo de viver, inconscientemente você se


tornará um “poupador investidor”, ou seja, você estará sempre poupando
para investir, pois lá no fundo, você terá claramente para você, que aquele
valor economizado, irá se tornar um investimento, que passará pela “mágica
dos juros compostos” e se tornará em um patrimônio significativo para você
(se lembra do exemplo da Souza Cruz onde R$ 100,00 se tornaram R$

180.000,00 em 20 anos?).

Como qualquer outra coisa na vida, você somente terá resultados se manter o
que planejou.

Ter um bom controle financeiro, aportar mensalmente um percentual da sua


renda e ter paciência.

A fórmula é muito simples. Não tem segredo.

Acredito que você esteja animado com tudo que leu até agora.

Mas também acredito que você nesse momento esteja pensando: “Muito
legal tudo isso. Economizar, investir e ter paciência. Mas com o
conhecimento e o tempo que tenho hoje, como vou escolher as ações certas
para investir?”.

De coração, você não achou que eu deixaria o livro com um “buraco desse
tamanho”, achou?

No capítulo 33 te darei uma dica de algo que uso há anos e que me ajuda
muito nisso.

Lembre-se, o tempo é o ativo mais precioso que temos na vida.

Não querendo parecer pessimista, mas cada dia que passa, é 1 dia a menos
de vida, portanto temos que aproveitar cada segundo de nossas vidas ao
máximo, e por isso, sou fissurado em não gastar meu tempo com tarefas que
não me trazem nenhum retorno.

Mas não se preocupe, o meu compromisso com você continua e não mudou.

Você não gastará mais do que 4 horas por mês para cuidar da sua vida
financeira.

Em 4 horas você irá:

Controlar seus gastos (Criando consciência sobre eles) Escolher quais ativos
você irá investir

Investir de fato

Não pense que estou sendo otimista com você.

Eu não gasto mais de 2 horas por mês com esse processo todo e acredito que
você em breve, gastará muito menos do que isso (tenho uma outra surpresa
para você mais para frente).

Agora, se você não pode dedicar 4 horas por mês as suas finanças, a única
coisa que posso te dizer é “Eu sinto muito”, pois você irá ver outras pessoas

“voando” em suas vidas financeiras, e você, infelizmente, se arrependerá


daqui alguns anos.
Acho muito difícil você entrar no grupo que se arrependeu, pois, ao ler esse
livro, você já deu o seu primeiro passo para fazer parte do grupo seleto de

“investidores de verdade” do Brasil.

Muitas pessoas se dizem “investidores”, mas são na verdade “apostadores”,


que apenas querem um ganho rápido na carona de alguma empresa. Eu e
você não estamos nesse grupo.

Nosso grupo trabalha, poupa e investe o dinheiro em empresas que geram


riquezas e empregos para o nosso País.

Nosso grupo colabora para que o país cresça, evolua e que dê cada vez
condições melhores aos milhões de brasileiros que aqui vivem.

Ao investir, participamos desse processo inteiro e ao final, ainda recebemos


uma parte dos lucros (nada mais justo).

Invista, não aposte.

Planejando seus investimentos

Antes de falar em planejamento, quero deixar claro um ponto.

Eu invisto totalmente em ações. Pois acredito em tudo que falei até aqui.

Acredito nas empresas, acredito no capitalismo e acredito que um negócio


bem gerenciado, com endividamento controlado, um bom time e metas
factíveis crescerá sempre. (Mesmo com crises).

A diferença entre investir em ações e renda fixa, é que seus ganhos na renda
fixa serão extremamente pequenos ao se comparar com ações. O risco de seu
capital diminuir na renda fixa é menor, mas seus resultados serão aquém do
mínimo desejável para uma estratégia de liberdade financeira.

Não estou falando mal de renda fixa. Apenas não aconselho que você aloque
seu capital em renda fixa pensando em liberdade financeira ou na criação de
um patrimônio considerável.
Não tem o menor sentido em fazer isso.

Minha dica para você referente ao seu planejamento de investimentos é: seja


simples.

Não invente estratégia mirabolantes.

Não vá na onda de jornais, revistas, portais de internet, gurus que prometem


a você ganhos rápidos.

Ficarei bem chateado com você, se mesmo depois de ler todo o conteúdo que
criei aqui, você ainda acreditar que ações são arriscadas.

Você TEM que ter ciência de que o mercado de ações é mais volátil,
portanto durante crises e problemas econômicos o valor do seu capital irá
variar bastante.

Mas como você não está focado em ter um lucro rápido e abandonar o barco,
essas grandes variações não devem se tornar um motivo de preocupação para
você.

Apenas se lembre que você é um sócio do negócio e não um mero

“apostador” que apenas quer tirar proveito de uma situação.

Portanto, minha dica de alocação de capital para você é: Poupe o máximo


que você puder e invista em ações o máximo de dinheiro que puder. Você
pode ter outras aplicações financeiras, mas pense que o caminho mais seguro
e certo para você acumular um grande patrimônio, receber a cada ano mais e
mais dividendos, conquistar sua liberdade financeira, é a estratégia que você
está lendo nesse livro.

O que estou passando para você aqui, é o que Luis Barsi Filho e Warren
Buffet fizeram durante suas vidas inteiras.

Não tem mágica, não tem truque. Apenas tem persistência, esforço e
paciência envolvidos.
Repito. Você não é obrigado a investir todo o dinheiro que você consegue
economizar todos os meses em ações (eu invisto 100% do dinheiro que
economizo em ações mensalmente), mas invista uma quantidade
considerável.

Quanto mais você investir (aportar), mais o dinheiro irá trabalhar para você e
menos tempo irá levar até você conquistar sua liberdade financeira.

Não tem mágica. Mais dinheiro faz mais dinheiro. Simples assim.

E tem um outro detalhe.

Aporte TODOS OS MESES.

Não fique um único mês sem investir.

Investir para você deve ser tão importante como pagar suas contas.

Não existe justificativa para deixar de investir.

Seja duro com você nesse ponto. Seja persistente.

Os casais DEVEM estar nessa jornada juntos. Não faça como eu já fiz na
minha vida, em imaginar que eu sozinho conquistaria a liberdade financeira
e minha companheira receberia isso de bandeja. Essa conquista deve ser do
casal, da família. (Afinal todos irão desfrutar juntos).

Ao realizarem suas finanças em conjuntos, vocês estarão ainda mais unidos e


terão um relacionamento melhor do que já tem hoje.

Não sou consultor de casais, mas acredito que tudo é mais fácil quando é
feito com a pessoa que amamos.

Economizar não é uma tarefa fácil.

Por isso, eu reforço que é importante o casal estar em sintonia nesse ponto,
senão o projeto de liberdade financeira perde o propósito e se torna um
motivo de brigas (imagine o marido querendo gastar tudo que o casal recebe
e a esposa preocupada em chegarem a liberdade financeira).
Não quero ser repetitivo, mas também existe o outro lado na história de
conquistar a liberdade financeira.

De nada adianta você parar de viver para economizar todo o dinheiro que
pode.

O dinheiro deve ser uma ferramenta para que tenhamos uma vida melhor.

Não podemos desperdiça-lo, mas também não devemos nos tornarmos

“mesquinhos” e pararmos de viver em razão de economizar dinheiro. Temos


que ter um equilíbrio.

Ao se focar em investir em você, sua renda irá aumentar constantemente, e


com isso, você terá mais dinheiro para investir e também para desfrutar.

Pense no que venho dizendo desde o começo do livro. Devemos equilibrar


todos os pilares da vida. De nada adiantará você conquistar sua liberdade
financeira e estar separado, com problemas de saúde, sem nenhum amigo,
etc.

Voltando ao nosso tópico, invista sempre o máximo que puder, e jamais


deixe de investir, mesmo que o valor seja reduzido naquele mês, pois você
deve mostrar para o seu inconsciente que investir é uma das prioridades de
sua vida.

Inclusive, considero investir algo tão prioritário, que todos os meses ao


receber meus rendimentos (seja salário, pró-labore, etc), a primeira coisa que
faço é transferir o percentual que irei investir para a conta da corretora e
somente depois eu pago minhas contas.

Invisto antes de pagar as contas.

Esse é um conceito que você encontrará naquele livro “Pai Rico, Pai Pobre”,
que para mim, faz todo o sentido.

Quando você realmente tiver o controle de seus gastos, será fácil fazer isso,
e recomendo que faça o mesmo. Ao receber sua renda, transfira
imediatamente para sua corretora o dinheiro destinado a investimentos.
Caso chegue ao final do mês e tenha “sobrado” algum dinheiro em sua conta
corrente, não pense em “queimar” apenas porque sobrou. Transfira para sua
corretora na hora.

Quanto mais dinheiro investido, mais dinheiro trabalhando para você.

Simples assim.

Conclusão

Fui extremamente sincero com você nesse capítulo.

Acho muito bonito alguns trabalhos que vejo em outros lugares referentes a
como planejar seus investimentos.

O único problema é que as estratégias costumam ser tão complexas que


acabamos “deixando para lá”.

Nos encantamos com o conceito, mas pecamos na execução.

Essa foi a maior preocupação que tive nesse livro.

Teremos um capítulo “Resumão” com a exata sequência que sugiro que faça
mensalmente para controlar suas finanças e investir.

Agora, mãos à obra!

Capítulo 32

Corretoras

Introdução

Provavelmente ao pesquisar sobre investimentos ou falar com algum amigo


sobre mercado financeiro, você escutou o termo “Corretora de Valores”.

Nesse capítulo irei explicar para você o que é uma corretora de valores e
como você deve fazer para escolher uma para comprar e “vender” suas
ações.
Coloquei vender entre aspas, pois, como você já deve ter notado a essa altura
do campeonato, nosso grande foco aqui é compras ações de ótimas
empresas, tornando-se sócio delas e a ideia de vender a ação, só acontecerá
caso algo de muito ruim aconteça no longo percurso no qual seguiremos
associados a essa empresa.

Te explicarei o que você deve fazer para escolher sua corretora, quais
critérios são importantes, o que aconteceria caso sua corretora de valores
feche as portas (caso extremo) e te mostrarei uma pequena lista de corretoras
que considero boas para se trabalhar.

Por que preciso de uma corretora?

A bolsa de valores, nada mais é, do que uma instituição séria e transparente


onde qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar ou vender diversos
tipos de títulos financeiros (como ações por exemplo) de maneira simples e
totalmente regulamentada.

Só que para realizar essas compras e vendas de ações (nosso caso), a bolsa
de valores exige que exista uma figura chamada Corretora de Valores.

Eu e você não podemos comprar ações diretamente da bolsa de valores.

Para realizar uma compra ou venda, precisamos primeiramente ter uma


conta em uma corretora (sem custo algum) e a partir daí realizar nossas
operações.

É algo extremamente simples.

Pense que, uma conta em uma corretora de ações é como se fosse uma conta
bancária. A grande diferença é que você não possui nenhum custo de
abertura ou de manutenção dessa conta. Além disso, essa conta será utilizada
única e exclusivamente para compra e venda de ativos financeiros, não
podendo ser

utilizada para pagamento de contas, transferências para terceiros, etc.

A abertura de uma conta em uma corretora é algo extremamente simples e


rápido.
A grande maioria das corretoras fazem esse processo de maneira totalmente
online, sendo que, geralmente em um prazo máximo de 24 horas sua conta
está ativa e pronta para começar a comprar ações. (Eu digo ações pois é
nosso foco aqui, mas você também pode comprar diversos outros tipos de
ativos).

Ao final desse capítulo e no próximo capítulo, explicarei exatamente qual é


o caminho para que você possa comprar ações, vender e acompanhar seus
investimentos.

Como escolher uma corretora?

Hoje existem dezenas de corretoras disponíveis para que você possa abrir
uma conta.

No meio de tantas opções, é normal que você fique confuso e perdido, sem
saber exatamente qual instituição utilizar.

Essa confusão é normal.

Para te ajudar nessa tarefa, quero te mostrar alguns critérios que acredito
serem importantes para escolher uma corretora:

1.

Valor da corretagem

Quando compramos e vendemos uma ação, a corretora nos cobra um valor


de corretagem pela operação.

A maioria das corretoras tem um valor fixo (recomendo que trabalhe com
uma corretora com valor fixo de corretagem), e outras tem um valor
variável, dependendo do valor total da sua ordem de compra e venda.

Atualmente as corretagens começam em R$ 2,49 reais por ordem de compra


ou venda (independe da quantidade de ações), podendo chegar a mais de R$
20,00.

2.
Taxa de Custódia

É uma taxa que as corretoras podem ou não cobrar mensalmente por você ter
ações compradas através da mesma.

Recomendo que você utilize uma corretora que não cobre essa taxa.

3.

Atendimento (e-mail, telefone, etc)

Existem corretoras com preços muito baixos, mas que pecam no


atendimento.

Em nossa estratégia, de comprarmos e nos mantermos posicionados por


muitos anos, não teremos a necessidade de ter muito contato com o suporte
da corretora, mas caso seja necessário, é importante que tenhamos um
atendimento satisfatório por parte da mesma.

4.

Home Broker (Plataforma)

O Home Broker nada mais é do que uma plataforma de negociação, onde


podemos realizar nossas compras e vendas de ações.

Geralmente são ferramentas muito simples, que, após gastar 10 minutos


observando, você tem a total condição de comprar ou vender uma ação.

Apenas se lembre que, os home brokers são dotados dos mais inúmeros tipos
de recursos, que são totalmente desnecessários para você e eu.

Nosso foco é simplesmente realizar uma operação de compra de uma


determinada quantidade de ações.

Não precisamos de gráficos mágicos, ferramentas mirabolantes, etc.

Precisamos apenas de um local para colocar o código da ação que iremos


comprar, a quantidade e um botão de “Comprar”. Só isso! Nada mais.
Creio que esses sejam os 4 principais critérios para que possamos escolher
uma boa corretora.

Pense que seu foco deve ser simplificar. Seja simples. Não invente muito.

Se você inventar demais, vai perder seu foco.

Quando você abrir sua conta na corretora, receberá as mais variadas


“ofertas”

de produtos “incríveis”.

Alguns podem realmente ser.

Mas peço que mantenha a calma e o foco.

Seja disciplinado. Não fique a todo momento procurando um novo e incrível


investimento.

Sem foco e sem disciplina você simplesmente gastará apenas seu tempo e
energia com algo que não irá te trazer retorno algum.

Você está investindo seu tempo lendo esse livro (o tempo investido na leitura
não volta mais para você), portanto tire o melhor proveito dele.

Utiliza essas informações com sabedoria e otimize o seu tempo ao máximo.

Como abrir uma conta?

Abrir uma conta da corretora é extremamente fácil, além de não levar mais
do que 15 minutos para preencher o cadastro.
Eu possuo uma ótima experiência com 3 corretoras que já utilizei no
decorrer de minha vida de investidor:

XP Investimentos (https://www.xpi.com.br)

Rico (https://www.rico.com.vc)

Modal Mais (https://www.modalmais.com.br)

Não estou sugerindo que você abra uma conta nessas corretoras, e nem
recebo um centavo por isso, apenas estou comentando sobre boas
experiências que tive no decorrer dos anos.

Ao visualizar o site dessas 3 corretoras, você irá ver: Em todos os casos


temos claramente um botão de “Abra sua Conta” ou

“Cadastre-se” logo na página inicial.

Ao clicar nesse botão, você seja direcionado para uma página com passo a
passo de como proceder.

Não existe a menor dificuldade nesse processo, portanto não entrarei no


detalhe, já que o processo é simples e rápido.

Recomendo que você escolha uma corretora e realize seu cadastro.

Você pode inclusive abrir conta em quantas corretoras quiser, já que não
existe custo algum.
Apenas se atente ao que eu disse anteriormente. Você utilizará essa conta
apenas para comprar e acompanhar seus investimentos. Você realmente não
precisa se preocupar demais com funcionalidades do home broker de cada
corretora.

Ao abrir a conta na corretora, a mesma estará associada ao seu CPF e será


informada a bolsa de valores que você já está apto a comprar e vender ações.

Dificilmente esse processo levará mais de 24 horas.

E se a corretora quebrar?

Uma dúvida muito comum referente a corretoras é “Se a corretora quebrar, o


que acontece com minhas ações?”.

Primeiramente, quero mencionar que é muito difícil uma corretora quebrar,


mas claro que existe o risco (já aconteceu).

Em segundo lugar, a corretora é simplesmente um intermediador entre você


e a bolsa de valores, ou seja, as corretoras não mantem suas ações abaixo de
suas estruturas (ou em custódia como costuma-se dizer).

Após realizar a compra de uma ação através de uma corretora, suas ações
ficam em custódia (sob responsabilidade) de uma empresa chamada CBLC

(Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que guarda todos os


registros de propriedades de ações.

Caso a corretora quebre (estamos considerando algo com uma possibilidade


baixíssima de acontecer), você terá apenas que efetuar uma transferência de
corretora.

Geralmente, quando algo extremo como esse acontece, é publicado o


procedimento quase que imediatamente explicando como transferir suas
ações.

Apenas quero que tenha em mente que, esse tipo de situação dificilmente
acontece com corretoras estabelecidas e bem administradas (Caso das 3
corretoras que citei anteriormente), portanto, escrevi esse tópico apenas
como mera informação adicional para você.

Não existe a necessidade em se preocupar com esse tipo de situação.

Corretora e Imposto de Renda

Um ponto importante que quero aproveitar para mencionar nesse capítulo é


o Imposto de Renda.

Ao final de cada ano sua corretora irá te enviar um documento contendo a


sua posição acionária.

Nesse documento constará todos os ativos que você possui e seus


respectivos valores.

Você deve sempre incluir em sua declaração de Imposto de Renda todas as


ações que você possui para não se surpreendido e cair na famosa “malha
fina”.

Sugiro que você utilize apenas uma corretora (para facilitar e centralizar o
processo) e envie para o seu contador o documento recebido de sua
corretora.

Caso você não receba o documento, geralmente ele fica disponível dentro do
site da própria corretora.

Se você mesmo fizer sua declaração anualmente de imposto de renda,


existem diversos guias na internet de como realizar a declaração. É algo
relativamente simples.

O importante é que não se esqueça de fazer!

Recomendações
Conforme eu disse anteriormente, até hoje tive contato com as 3 corretoras
que mencionei anteriormente (XP, Rico e Modal) e, portanto, consigo
recomenda-las tranquilamente, pois sei que são instituições sérias e que tem
ótimos canais de atendimento.

Quero que você observe o quadro abaixo, onde comparo os critérios que
comentei anteriormente:

O que mais muda entre as 3 é o custo de corretagem.

A custódia é ZERO para os 3 casos e tanto o atendimento como a plataforma


são ótimos e fáceis de usar.

Portanto, faça seu próprio teste, abra a conta nas mesmas(ou em outras) e
decida qual você acha melhor.

Os valores que coloquei aqui são de hoje e podem mudar a qualquer


momento, pois dependem de cada instituição.

Você também pode procurar outras corretoras, apenas te peço que não
desperdice tempo demais com isso.

A corretora é simplesmente sua ferramenta para ter acesso a bolsa de


valores.

Nada mais que isso.

Conflito de Interesses

Quero mencionar rapidamente um ponto aqui.

Você já deve ter notado (ou notará) que todas as corretoras realizam as mais
diversas indicações de investimentos e ações com alto potencial de ganho.

Parece legal, certo?

Incialmente sim, mas temos um pequeno conflito aqui.


Se a corretora ganha dinheiro apenas quando você compra ou vende uma
ação, concorda que, quanto mais compras e vendas você fizer, mais dinheiro
a corretora irá ganhar?

Por isso, falarei no próximo capítulo de outra maneira para que você possa
conseguir realmente fontes de informações sobre quais ações comprar sem
que a empresa esteja interessada que você faça a maior quantidade possível
de compras.

Precisamos de parceiros que estejam interessados em nosso sucesso, sempre.

Portanto, encare a sua corretora como uma ferramenta de negociação,


somente isso.

Conclusão

Espero que tenha ficado claro para você qual é o papel das Corretoras no

mundo dos investimentos.

Elas são extremamente importantes e não conseguimos de maneira alguma


investir sem ter uma conta aberta em uma.

Não cheguei a comentar de grandes bancos, mas não recomendo que você
invista por eles, pois as taxas de corretagem e de custódia costumam ser
absurdamente altas.

Com o tempo você estará tão acostumado a comprar mensalmente suas


ações, olhar sua posição (o valor total que você tem investido e quanto
rendeu) que será tão fácil como dirigir um carro.

O grande “X” da questão é ter a disciplina de seguir o processo inteiro!

Organizar as Finanças => Poupar => Investir => Ter Paciência Parece fácil,
mas não é.

Todo mundo quer ficar rico em 1 dia e isso não existe.

Tudo na vida que realmente nos traz alegria, felicidade e paz, leva tempo.
Investimentos são a mesma coisa.

Seja paciente e o seu retorno será tão incrível que você e sua família ficarão
extremamente gratos por terem trilhado esse caminho.

Capítulo 33

Comprando Ações

Introdução

Finalmente chegamos ao tão esperado capítulo de como realmente comprar


ações.

Além da parte prática, de como realizar a compra de uma ação, passo a


passo, quero mostrar a você como escolher a ação correta e como realizar
isso de maneira rápida.

Não crie a expectativa de que ao ler apenas 1 ou 2 livros, você terá todo o
conhecimento para escolher bem suas ações.

Esse processo leva anos de estudo.

Mas irei te mostrar um jeito de agilizar esse processo para que você tenha a
capacidade de realizar suas compras a partir de hoje mesmo.

Não vou mostrar nenhuma “fórmula mágica incrível”. É apenas um jeito


prático e inteligente de adiantar esse processo de escolher suas ações.

Algo que você irá notar é que, com o decorrer do tempo, você irá aprender
sobre ações pouco a pouco, e, quanto menos esperar, estará lecionando
verdadeiras aulas para seus amigos.

Aprender sobre investimentos é como aprender um esporte novo.

No meu caso, eu adoro correr.

Comecei devagar. Fazendo 1 quilômetro na esteira. Depois 2 quilômetros, 3,


etc.
Quando me dei conta, estava acordando as 05:00 aos domingos para correr
10Km no Parque Ibirapuera.

Hoje já estou me preparando para uma prova de 21Km e pretendo em um


futuro próximo correr uma maratona.

Esse capítulo irá te mostrar como começar esse “primeiro quilômetro”.

A única diferença é que mesmo tendo conhecimentos limitados sobre como


investir e escolher suas ações, você terá a oportunidade de aprender como
começar hoje mesmo a escolher boas empresas e ter bons resultados em seus
investimentos.

Critérios para escolher uma boa ação

Na bolsa de valores brasileira existem mais de 400 ações diferentes que você
pode comprar. Existem opções para todos os gostos.

Empresas do segmento de agronegócio, financeiro, tecnologia, imobiliário,


etc. Você tem a opção de se tornar sócio de qualquer uma dessas centenas de
empresas a partir do momento em que comprar 1 ação da mesma.

Só que você não quer comprar a ação de uma empresa apenas para se tornar
sócio da mesma. Você quer se tornar sócio de empresas de sucesso. Você
quer ser sócio por décadas desse negócio e não comprar hoje e vender
amanhã.

Você pensa no longo prazo e quer alcançar sua liberdade financeira.

Você é um INVESTIDOR e não um mero APOSTADOR.

Como então, escolher empresas que sejam ótimos investimentos?

Sempre me inspirei no ensinamento de 2 pessoas que considero “Gênios” do


investimento.
Os mencionei brevemente no capítulo 7 do livro e, caso você não se recorde
do nome deles, irei te ajudar: Warren Buffet e Luiz Barsi Filho.

Ambos têm uma mentalidade de investimento muito parecida com tudo que
eu disse até agora para você.

Quero agora apresentar a vocês alguns critérios que considero essenciais,


com base no ensinamento dos dois “gênios” que comentei para escolher uma
ação.

1.

Dividendos Acima de 6% (Dividend Yield)

Os dividendos nada mais são do que uma parte dos lucros de uma
determinada empresa que são distribuídos para os acionistas.

Para exemplificar, vamos pensar que a cotação de uma determinada empresa


está

R$ 60,00 por ação.

Se verificarmos que a empresa pagou um dividendo de R$ 4,20 por ação,


tivemos um Dividend Yield de 7%. O que entraria dentro dessa pequena
“regrinha”.

É importante também analisar historicamente se a empresa vem sempre


pagando um Dividend Yield maior que 6% ao ano.

Para buscar empresa que possuem um Dividend Yield maior que 6%,
recomendo a você utilizar o site http://www.fundamentus.com.br .

Esse site é ótimo, sendo inclusive gratuito.


Para procurar ações com dividend yield maior que 6%, você pode seguir

o passo a passo abaixo:

Clique em “Busca Avançada por Empresa”:

Insira o valor 0.06 (referente a 6%) no campo “Dividend Yield”: Clique em


“Buscar”.

Você poderá visualizar o resultado abaixo:


2.

Dívida Liquida Inferior a 100% do Patrimônio

Para calcular a dívida liquida de uma empresa, temos que utilizar a fórmula
abaixo:

Divida Liquida = Dívida – Aplicações Financeiras

Para finalizar:

Dívida Líquida Sobre Patrimônio Líquido = Dívida Líquida / Patrimônio


Seria saudável que o valor da Dívida Líquida sobre Patrimônio Líquido seja
inferior a 100%.

Essas informações podem ser encontradas diretamente no site da bolsa de


valores, mas creio não ser interessante para você no momento entrar em um
nível de detalhe tão profundo.

3.

Dívida liquida inferior a 3 Vezes do Lucro Operacional É interessante que


realizemos nossos investimentos em empresas que possuam uma Dívida
Líquida inferior a 3 Vezes seu lucro operacional.

Imagino que sua cabeça deva ter “esquentado” um pouco agora.

É normal.
Existem os mais inúmeros cálculos que podemos fazer para encontrar boas
empresas para investir.

Só que não quero que nesse momento o seu foco seja esse.

Uma boa parte das pessoas que conheço, se aprofundam tanto na parte
técnica dos investimentos que se esquecem de que precisam poupar para
investir.

O propósito desse livro é ser prático.

Quero que você invista seu dinheiro mesmo que não domine os critérios que
mostrei acima.

E como podemos fazer isso?

Como conseguir ajuda para escolher suas ações?

Quando não temos domínio sobre um assunto qualquer, é importante pedir


ajuda.

Com investimentos não seria nada diferente.

Um “atalho” que descobri de alguns anos para cá muito interessante são as

“Casas de Relatórios Financeiros”.

Essas “casas” nada mais são do que empresas que vendem serviços de
relatórios financeiros para o público em geral.

Essas empresas possuem pessoas muito preparadas para produzir relatórios


(diários, semanais ou mensais) para que qualquer pessoa possa investir com
inteligência na bolsa de valores.

Algo muito interessante em ter um serviço desse tipo é que cada ação
recomendada aos clientes vem acompanhada de um relatório extremamente

detalhado sobre o porquê daquela compra ter sido indicada.


Ao ler esses relatórios, você estará aprendendo muito. Muito mesmo.

Os conteúdos são muito ricos e cheio de informações que irão te ajudar a


aprender de uma maneira mais rápida e menos dolorosa.

Lembro que eu não sou associado a nenhuma dessas casas, apenas quero
facilitar a sua vida, te colocando no caminho de sua liberdade financeira o
quanto antes.

Escolher as ações por conta própria é algo que acontece naturalmente com
qualquer pessoa (depois de ter um certo nível de conhecimento), mas, ao
querer escolher suas ações desde o dia de hoje, as chances de você perder
dinheiro são altíssimas.

Sou o tipo de pessoa prática, que gosta de resultados e por isso estou
sugerindo que siga esse caminho para facilitar e agilizar sua vida (além de
economizar muitas horas e energia).

Um ponto que não posso deixar de mencionar é que essas casas de relatórios
sobrevivem unicamente com as assinaturas de seus clientes em um serviço
que recomenda investimentos.

Se essas empresas sobrevivem disso, elas têm a obrigação de sugerir os


melhores investimentos que realmente deem resultado, pois senão, perdem o
cliente.

Elas não funcionam como corretoras, que ganham dinheiro a cada operação
que você faz.

Se essas casas te indicarem muitos investimentos ruins, você acabara


cancelando, falando mal das mesmas e elas irão perder bastante dinheiro.
Por isso faz sentido você escolher uma delas e utilizar por um bom período
para realizar seus investimentos.

Agora, como tudo na vida, existem ressalvas.

Já que essas empresas não ganham dinheiro a cada compra e venda de ações

que você fizer, como elas podem aumentar suas receitas com você?
Vendendo mais relatórios.

Portanto, quero que você esteja focado na sua estratégia.

O foco é trabalhar com uma estratégia de empresas que paguem bons


dividendos e que sigam os critérios que comentei anteriormente.

Eu já utilizei várias empresas (irei listar para você algumas) e hoje existe
uma na qual eu me identifico mais, principalmente por ela ter uma grande
influência de uma pessoa na qual eu admiro muito e que já falei bastante no
livro: Luiz Barsi Filho.

Essa empresa se chama Suno Research ( https://www.sunoresearch.com.br ),


e eu, particularmente, gosto muito do trabalho que eles vêm fazendo.

Tenho um relatório deles focado em empresas pagadoras de dividendos que


se chama “Suno Ações” e o custo mensal desse produto é muito baixo.

Outras empresas que você pode procurar por relatórios são: Empiricus (
https://www.empiricus.com.br/ )

Inversa ( https://inversapub.com )

Etc.

Existem diversas empresas, mas listei as que eu pessoalmente já utilizei, e


verifiquei a qualidade e seriedade.

Quero dar um exemplo do relatório que assino da Suno Research para que
você possa ter ideia de como funciona.

Ao logar em minha área de usuário, eu encontro um link com carteiras


recomendadas de dividendos, que nada mais é do que um grande resumo:
Ao clicar no link:

Você pode notar que é um resumo extremamente útil, que, se eu tivesse a


necessidade de decidir hoje qual ativo comprar, teria duas boas opções logo
no início da lista.

A coluna DY significa “Dividend Yield”.


Na última coluna, temos uma indicação do que fazer. Os possíveis valores
são: Compra ou Aguardar.

Caso eu queira ler um relatório sobre a primeira empresa, por exemplo, eu


apenas clico em “todos os relatórios” e tenho acesso a informações desse
tipo:

São 12 páginas no total desse relatório.

Sempre são emitidos relatórios de acompanhamento para os ativos já


recomendados além dos relatórios detalhados sobre o porquê de um ativo ter
sido recomendado.

Cada relatório é uma aula e você terá a oportunidade de aprender muito,


além de ter essa grande ajuda para escolher ativos e se tornar sócio de ótimos
negócios.

Com o tempo, você irá aprender tanto que poderá escolher suas próprias
ações.
O importante aqui é você começar a investir o quanto antes e não se apegar
aquela velha desculpa que diversas pessoas usam “Eu não invisto, porque
não sei no que investir”.

Com os relatórios que comentei, essa desculpa não existe mais.

Como comprar ações?

Já falamos sobre corretoras, como escolher ações, relatórios financeiros.

Agora irei te mostrar como comprar uma ação.

Antes de mais nada, você já deve ter aberto sua conta em uma corretora de
sua preferência.

Esse é um pré-requisito para realizar a compra.

Irei mostrar passo a passo como fazer isso, utilizando uma conta da corretora
Rico como exemplo:

1.

Acesse sua conta da corretora.


2.

Realize a transferência de um valor para a conta da corretora: No topo


direito da tela logo após o longo, já é possível ver qual é o número da minha
conta na corretora:

Você pode notar que possuímos o número do banco, agência e conta.

Você apenas precisa realizar um DOC ou TED de sua conta corrente e após
alguns instantes (caso for realizado um TED) o dinheiro estará disponível na
conta de sua corretora.

3.

Após realizar esse passo e aguardar um pouco, o dinheiro estará disponível e


você poderá comprar suas ações.

4.

Clique em “Ações” conforme a tela abaixo:


5.

Após rolar a tela um pouco para baixo, você poderá ver:

Finalmente a famosa hora de comprar sua querida ação.

6.

Você só precisa preencher o código da empresa e a quantidade que quer


comprar:
7.

E clicar no botão “Enviar”.

8.

O sistema solicitará sua senha da corretora e pronto.

9.

Após a compra ser confirmada pela bolsa de valores, você receberá um e-


mail confirmando a compra!

10.

Ação comprada e processo finalizado!

Apenas quero ressaltar uma coisa.


Quando você vai colocar a quantidade de ações, você pode notar que ao lado
temos uma caixa que já está selecionada com “Melhor Oferta”.

O que isso quer dizer?

Quando enviamos uma ordem de compra para a bolsa de valores, estamos


comprando a ação de uma pessoa que já a possui.

Portanto, podemos enviar qualquer preço de ação que quisermos, mas a


compra somente será concluída se alguém quiser vender por aquele preço
que especificamos.

Quando deixamos selecionada essa opção, sempre conseguimos comprar a


ação, pois iremos pagar o preço que o vendedor está oferecendo a ação.

Para simplificar, pense no seguinte cenário:

Você quer comprar um determinado automóvel por 50 mil reais.

Após passar o dia inteiro visitando lojas, você finalmente encontra duas lojas
que possuem o carro que você quer.

Na primeira o vendedor está oferecendo o carro por 52 mil e na segunda por


51 mil.

Ao oferecer 50 mil reais, nenhum dos dois aceita a oferta.

Você fica com o dinheiro na mão e sem o carro.

Para garantir que você não fique sem o carro (já que ambos os carros estão
muito bonitos e outras pessoas podem chegar e comprar) você decide gastar
mil reais a mais e fechar com a segunda loja.

Só que antes de você oferecer 51 mil reais, outra pessoa chegou na loja e
disse que pagaria o preço que estava lá para levar o carro e o carro de 51 mil
foi vendido.

Infelizmente, você teve que gastar mais mil reais e fechar com a primeira
loja que vendia o carro por 52 mil reais.
O mercado de ações funciona exatamente da mesma maneira.

A pessoa que chegou pagando o preço “de tabela” do carro, estava utilizando
o botão “melhor oferta” que comentei algumas linhas acima.

Você não estava utilizando essa opção, pois queria comprar exatamente em
um determinado preço.

Não sou a favor de pagar qualquer preço, pois de nada adianta pagar um
valor muito alto pelo ativo.

Mas quando você observa aquele relatório da Suno Research que existe uma
recomendação de compra, você deve olhar a coluna “Preço Teto” para não
comprar uma ação por um preço maior que o recomendado.

Com o tempo, você mesmo irá aprender a identificar esse “preço teto”, mas
agora prefiro que você crie a mentalidade de investidor e comece realmente
a investir.

Está cheio de pessoas em todas as áreas que tem um conhecimento grandioso


de um assunto, mas que não conseguem por nada em prática.

De coração, não quero que você seja uma dessas pessoas.

Dividendos e o reinvestimento

Além de tudo o que te disse até agora, tem uma outra parte bem “legal” do
processo.

Quando você receber os dividendos de suas ações, elas ficarão disponíveis


no saldo da sua conta da corretora.

Quando receber esses dividendos, os utilize para comprar novas ações e


jamais faça uma retirada dos mesmos.

Esse processo de reinvestir os dividendos fará com que você tenha um


resultado ainda melhor sobre seus investimentos.
A melhor parte é que os dividendos são livres de imposto de renda, portanto
você irá recebe-los, reinvesti-los e fazer o seu patrimônio crescer de forma
mais rápida ainda.

Lembre-se, nosso foco aqui é que seu patrimônio fique tão “grande”, que

você nunca precise vender suas ações.

Com o tempo, seus dividendos serão tão “gordos”, que você poderá utilizar
apenas uma parte deles para custear seu estilo de vida e ainda sobrar uma
boa parte para reinvestir.

Parece mágica, mas não é.

Venda de Ações

A única diferença entre comprar e vender ações é botão da plataforma da


corretora.

Apenas sugiro a você que não use esse botão por longos anos.
Nosso foco não é comprar e vender a todo tempo, portanto esse tópico é o

mais curto de todo o livro!

Conclusão

Espero que agora você tenha uma ótima noção de como comprar ações.

A dica dos relatórios financeiros pode ser um divisor de águas na sua vida,
pois irá acelerar absurdamente o seu aprendizado.

Caso tenha ficado alguma dúvida, fique à vontade para pesquisar na internet,
pois existem ótimas fontes disponíveis de forma gratuita hoje em dia.

Esse capítulo é um dos mais importantes do livro, mas não é o mais


importante.

Comprar ações é algo relativamente fácil. O difícil é manter a disciplina para


ter um grande sucesso no médio/longo prazo.

Capítulo 34

Disciplina

Introdução

Você sabe qual é o maior motivo para qualquer ser humano não conseguir
atingir uma meta?

A resposta se resume a uma simples palavra: Disciplina.

Muitas pessoas dão as mais incríveis desculpas para não conseguir


conquistar algo, pois assim podem se sentir melhores ao desistir.

Tenho certeza que você ou alguém muito próximo a você já decidiu


emagrecer ou mudar algo no corpo.

Ao tomar essa decisão, você ou a pessoa que você conhece, devem ter
montado um super plano de exercícios e uma “super dieta”.
Ao começar o “novo plano”, depois daqueles primeiros dias de grande
empolgação, as dificuldades começam a aparecer.

Aquela corrida antes de ir trabalhar começa a parecer muito cansativa, pois

“não é justo você ter que acordar ainda mais cedo do que já acorda, trabalhar
o dia inteiro e chegar destruído em casa”.

A sua dieta, tão rígida e regrada, que estava indo tão bem, começa a ficar

“impossível”.

Você, que se esforça tanto, como vai deixar de comer aquele delicioso
brigadeiro na hora do almoço? Você merece, não merece? Uma pessoa que
passa por tanto estresse e se esforça tanto, não pode nem ao menos ter 120

segundos de prazer ao deliciar-se com um maravilhoso brigadeiro?

Aquela rotina que você montou, começa a ficar pesada demais. E você
começa a não seguir à risca.

Começa a correr apenas 3 vezes por semana, depois 2 e no fim, já que “você
não consegue correr todo dia mesmo, você desiste de correr” e decide focar
apenas na dieta, “já que tanta gente emagrecer só parando de comer”.

Mas o pessoal do escritório marca aquele almoço do “Melhor Rodizio de


Carnes de São Paulo” e você não pode perder, senão seria chato certo? E

outra, já que você está pagando tão caro pelo rodizio, tem que fazer valer o
dinheiro e comer tudo que aguentar (mesmo que você fique parecendo uma
cobra depois, digerindo aquela quantidade absurda de comida durante toda a
tarde).

Quando você nota, você já desistiu.

Aquela meta tão incrível, que ajudaria tanto sua autoestima, ficou para o
próximo ano. E a vida segue.

No próximo ano, isso acontece novamente.


Novas desculpas, nova desistência, mais frustração.

Com o tempo isso começa a te fazer mal e você inconscientemente decide


nem tentar mais, já que “ninguém consegue mesmo”.

Seu inconsciente te convence de que esse esforço com certeza será em vão,
portanto é melhor nem começar e já desistir logo de início.

Conhece histórias assim? Eu sim. Muitas. Infelizmente.

Disciplina e sua vida financeira

A história anterior retratou um ótimo caso de falta de disciplina na vida.

Imagine se as pessoas não conseguem ter disciplina por 6 meses para realizar
uma mudança física, como essas mesmas pessoas irão conseguir ter
disciplina durante anos ou décadas para trilhar sua liberdade financeira e
construir um

patrimônio considerável?

Talvez ao ler o título desse capítulo, você tenha pensando “o que um livro
sobre dinheiro e liberdade financeira tem para falar sobre disciplina?”.

A resposta é: TUDO!

Não adianta você poupar, estudar todos os livros do mundo sobre


investimento, começar a investir todos os meses e depois de um tempo
desistir do processo.

Com certeza surgirão “investimentos incríveis” e “oportunidades únicas de


ficar rico em 30 dias”.

Imagine se todas as vezes que surgir algo novo, você parar de executar o
processo que venho falando durante todo o livro?

O que você acha que vai acontecer?


Você começa a sacar o dinheiro investido da conta da sua corretora, ou
simplesmente para de aportar.

Como eu havia dito, estamos investindo em um negócio para nos tornarmos


sócios de longo prazo, para justamente desfrutar de todos os lucros.

Se você tirar o dinheiro e perder uma grande valorização do ativo, aquele


retorno incrível pode desaparecer.

Você precisa manter o foco. Você precisa ter disciplina. Você precisa evitar
querer mudar de estratégia a toda hora.

Você já ouviu falar das provas de Iron Man?

Iron Man é uma prova de triátlon onde os participantes percorrem grandes


distâncias de natação, corrida e ciclismo em uma mesma prova.

Por ser uma prova muito longa, ela foi nomeada de Iron Man (Homem de
Ferro), sendo praticada ao redor do mundo todo.

Recentemente me interessei pelo esporte e coloquei uma meta de longo


prazo para participar de uma prova assim.

Agora eu te pergunto. Eu posso querer participar e finalizar uma prova dessa


daqui 30 dias?

Claro que não.

Eu sou uma pessoa ativa em esportes.

Pratico há mais de 18 anos musculação e há algum tempo corrida de rua.

Não sou um atleta, mas tenho uma ótima resistência física.

Mesmo assim, não quero me comprometer a realizar uma prova dessas no


próximo ano, pois seria muito pesado para o meu corpo e eu poderia me
machucar seriamente.
Tenho muitos anos de atividade física e mesmo assim, prefiro pensar no
médio prazo para ter um bom resultado em uma prova dessas.

O mais incrível é que, quando eu era criança, eu tinha uma bronquite terrível
e não conseguia andar mais de 300 metros sem que tivesse que sentar com
uma falta de ar avassaladora.

Meus pais acreditaram que eu poderia melhorar, e me colocaram na natação


(mesmo sem terem condições de pagar) e eu realmente melhorei.

Muitos anos depois, estou eu, querendo participar de um Iron Man, que na
minha opinião é uma das provas físicas mais difíceis do mundo.

Acho simplesmente incrível como o mundo dá voltas.

Pense que sua vida financeira é a mesma coisa.

Você precisa começar a trilhar seu caminho.

Poupar, aumentar sua renda, investir, aumentar sua renda novamente,


investir mais, etc.

Quando você notar, estará “voando” nos investimentos.

Seus dividendos estarão “caindo” na conta da sua corretora sempre, você


estará os reinvestindo e os juros compostos estarão lá, trabalhando firme e
forte por você.

Se você tiver disciplina e se o objetivo de trilhar sua liberdade financeira


estiver realmente dentro de você e da sua esposa/marido, as chances de
sucesso serão enormes.

Apenas te suplico. Mantenha seu foco e com certeza ABSOLUTA, você e


sua família irão desfrutar de um grande futuro financeiro juntos.

Conclusão

Esse capítulo é um dos capítulos mais importantes desse livro.


Não adiantará absolutamente nada você ler esse livro inteiro, começar a
executar o processo sugerido e simplesmente desistir ou parar no meio.

O começo do processo costuma ser mais difícil, pois os juros compostos


começam trabalhando mais devagar, mas, conforme o tempo passa e seus
aportes continuam, os juros vão se acumulando, rendendo mais, e, quando
você menos esperar, a soma de dinheiro investido será muito volumosa.

Apenas tenha paciência, foco e disciplina.

Esse conselho não serve apenas para sua vida financeira, mas sim, para
qualquer coisa na sua vida.

Eu não sou perfeito e assim como muitas pessoas, já desisti diversas vezes
de projetos.

Mas com o tempo, eu pude perceber que as maiores vitórias na vida


costumam ser aquelas nas quais investimos bastante tempo por um longo
período.

Elas demoram para chegar, mas quando chegam, a felicidade costuma ser
plena e duradoura.

Lembre-se disso.

Investir energia e tempo com disciplina em atividades que realmente façam


sentido, trarão para você vitórias incríveis e inesquecíveis.

Buscar vitórias rápidas e fáceis podem chegar a trazer algum prazer para
você, mas provavelmente, logo após o “rápido prazer”, você sentirá um
grande vazio.

Capítulo 35

Apenas 4 Horas por Mês

Introdução

Fico muito feliz que você tenha chegado até esse ponto do livro.
Foram muitas páginas de muito conhecimento que tive a maior preocupação
de passar para você da maneira mais clara e simples possível (peço perdão se
algo não ficou tão claro como eu desejava que ficasse).

Como eu havia comentado antes, a minha maior preocupação não é que você
não consiga absorver todo o conhecimento do livro.

Minha maior preocupação é que você não consiga se organizar para seguir o
processo mensalmente por muitos anos.

Por isso, decidi criar esse capítulo para te ajudar a se organizar a realizar o
processo inteiro de controlar o seu dinheiro e investi-lo gastando não mais
do que 4 horas por mês.

O tempo é um bem muito precioso e não devemos desperdiça-lo.

Não quero dizer que cuidar do seu dinheiro é desperdício de tempo, mas
algumas pessoas (como eu mesmo já fiz) começam a entender o incrível
mundo dos juros compostos e dos investimentos e simplesmente só sabem
falar disso.

Acabam se esquecendo dos outros pilares de suas vidas e isso pode acarretar
em um grande desequilíbrio (problemas de saúde, no casamento, no
trabalho, etc).

Portanto, meu compromisso com você desde o começo do livro era que você
aprendesse como organizar seus gastos, poupar, escolher as ações corretas,
investir e acompanhar seus investimentos gastando no máximo 4 horas por
mês (não chego a gastar 2).

Esse capítulo é um grande resumo e sugiro que você siga o processo que
apresento para simplificar sua rotina relacionada ao dinheiro.

O resultado será incrível na sua vida.

Isso eu posso te garantir.

Montando sua agenda


O primeiro passo é montar sua agenda. Precisamos definir datas para as
seguintes atividades:

1.

Preencher a planilha “01 - Extrato” (Capítulo 21 do Livro) 2.

Preencher a planilha “02 - Consolidado” (Capítulo 21 do Livro) 3.

Preencher a planilha “03 - Fluxo de Parcelas” (Capítulo 22 do Livro)

4.

Preencher a planilha “04 – Plano de Ação” (Capítulo 23 do Livro) 5.

Dia do Aporte (Quando você transfere o dinheiro de sua conta corrente para
a corretora)

6.

Dia de Escolher as ações para serem compradas naquele mês 7.

Dia de comprar as ações (Essa é a única atividade com restrição de horários.


Você somente consegue comprar ações durante horário comercial).

8.

Preencher a planilha “05 – Mapa do Dinheiro” (Capítulo 24 do Livro)

Todas essas planilhas citadas acima estão dentro do arquivo “Balanço


Financeiro” que disponibilizarei o link para você no final do livro.

Recomendo que você utilize uma planilha “Balanço Financeiro” para cada
ano, assim no dia 31 de dezembro de cada ano, você pode simplesmente
guardar a planilha preenchida e começar uma nova para o novo ano que se
inicia.

O que eu sugiro é que preencha as planilhas “01-Extrato”, “02-


Consolidado”,
“03-Fluxo de Parcelas” e “04-Plano de Ação” no mesmo dia. Essa atividade
deve levar entre 1 hora e 3 horas. (Depende da quantidade de compras feitas
naquele mês).

Eu preencho essas planilhas no dia 10 de cada mês, pois nesse dia já tenho o
meu “Extrato Da Conta Corrente” e a “Fatura do meu Cartão de Crédito”

disponíveis para download no site do meu banco.

Seleciono geralmente o próximo dia para transferir o dinheiro de minha


conta corrente para a corretora (Atividade 5) e também para escolher qual
ação (ou ações) irei comprar naquele mês (Atividade 6). Essas duas
atividades levam no máximo 30 minutos. (Utilizo o relatório da Suno
Research para escolher a ação).

Finalmente, no próximo dia, eu realizo a compra das ações (Atividade 7) e


também preencho a planilha “Mapa do Dinheiro” (Atividade 8). Não gasto
mais do que 15 minutos em ambas atividades.

No pior dos casos gasto 4 horas do meu mês para realizar esse processo
inteiro.

Depois de realizar essas atividades, não gasto mais nenhum minuto com
atividades relacionadas ao processo.

Simples não?

Agenda – Exemplo

Recomendo que você deixe alertas em sua agenda (pode utilizar a agenda do
Google que recomendei no capítulo 21) para que você sempre seja avisado
de que deve realizar as atividades naquele determinado dia.

É preciso que você seja organizado e siga o processo todos os meses, para
somente assim, tomar as rédeas de suas finanças e trilhar seu caminho rumo
sua liberdade financeira.

Abaixo, segue um exemplo de como ficaria minha agenda para o mês de


janeiro de 2019:
Você pode notar que não é nada “pesado” ou de “outro mundo”.

Recomendo que deixe alertas configurados para que você faça isso todos os
meses do ano.
O processo é muito importante.

Mesmo que você não tenha ainda dinheiro suficiente para investir,
recomendo que abra a cona na corretora, e preencha todas as planilhas todos
os meses (mesmo que coloque zero no campo de “Aporte” na planilha “05 –

Mapa do Dinheiro”.

Conclusão

Fiz questão de escrever esse capítulo de maneira extremamente curta, pois a


ideia é que o mesmo seja somente um guia para você.

Sempre que tiver dúvidas referente a determinada atividade que deve


executar naquele mês, apenas venha ao capítulo 35, e veja qual atividade
você precisa fazer e qual é o capítulo correspondente da mesma.

Isso fará com que você economize tempo.

Você não precisa seguir exatamente a agenda que sugeri a você.

A ideia aqui foi propor um norte para que você não precise pensar demais
nesse começo de processo.

São muitos conceitos e atividades novas, portanto, mantenha tudo da


maneira mais simples possível, e tenha paciência, pois no futuro, todo esse
esforço e disciplina serão os responsáveis por trazer a você e sua família
frutos incríveis.

Capítulo 36

Conheça Demer e Giba

Introdução

E se você tivesse a possibilidade de “visualizar” nesse momento como seria


sua vida se você seguisse ou não o caminho que estou te mostrando nesse
livro?
Seria interessante?

Sinceramente, eu acredito que sim.

Por isso, esse capítulo é uma pequena história sobre dois grandes amigos,
Demer e Giba.

Ambos vieram de famílias parecidas, com valores parecidos e estudaram até


o colegial na mesma escola.

Como você terá a oportunidade de ler nas próximas linhas, a vida de Demer
e Giba teve resultados financeiros bem diferentes.

O propósito dessa história é mostrar a você que, pequenas decisões que


tomamos em nossas vidas podem ter um impacto enorme em nossa vida

financeira.

Adolescência

Demer e Giba eram dois garotos sonhadores de 16 anos que nutriam um


sentimento de conquistar o mundo.

Ambos sonhavam muito e conversavam por horas a fio sobre como seriam

“ricos”. Demer chegou a dizer que teria um “helicóptero”. Giba achava


“meio viagem” esse tipo de pensamento.

Os dois garotos vinham de famílias humildes, com pais muito esforçados,


que fizeram de tudo para que os filhos tivessem uma educação de qualidade.

Após estudar suas vidas inteiras em escolas públicas, os dois foram parar em
um colegial técnico pago, onde estudariam por 4 anos e aprenderiam uma
profissão.

Para os pais dos meninos, era o mundo ideal para ambos começarem a
trabalhar desde cedo (eles estavam certos).

E assim foi.
Estudaram durante 4 anos em um ritmo forte (o colégio era particular e o
nível de cobrança era bem grande) e no início do terceiro colegial, ambos
começaram a estagiar.

Demer foi para uma grande empresa multinacional e Giba para uma empresa
familiar.

Ali começaram algumas diferenças entre os dois.

Demer já tinha o sonho de morar em outro país para aprender outro idioma
(tanto que começou a economizar dinheiro para isso já nesse primeiro
estágio). Giba também queria morar no exterior.

A diferença foi que, Demer vivenciou dentro da empresa a importância de


falar outro idioma e Giba não.

Ao final dos dois 2 anos de estágio, ambos estavam em fase de alistamento


militar, portanto foram dispensados de seus estágios.

Após serem dispensados, ambos voltaram para suas antigas empresas, mas
agora como funcionários!

Giba estava muito satisfeito. Demer nem tanto.

Tanto que, após 1 ano trabalhando como funcionário, Demer pediu demissão
e foi embora para a Inglaterra estudar inglês.

Giba ficou por anos no mesmo emprego.

Começo da idade adulta

Podemos dizer que Demer “comeu o pão que o diabo amassou” durante os 4

anos que ficou na Inglaterra.

Enquanto isso, Giba estava bem confortável em seu emprego.

Ambos mantinham contato constante, mas Giba não se atrevia a seguir o


amigo na aventura, pois achava “arriscado demais”.
Os 4 anos passaram rápido e Demer voltou ao Brasil.

Os amigos se reencontraram e conversaram por horas.

Demer estava muito animado com tantas aventuras que havia vivido.

Conheceu pessoas do mundo todo, aprendeu a falar inglês em profundidade


e vivenciou várias paixões de adolescente durante os 4 anos.

Giba não tinha tantas histórias para contar. Ele havia ficado em “segurança

no seu trabalho” tendo recebido aumentos constantes de salário (o que te


dava mais certeza ainda de continuar na única empresa que havia trabalhado
até então).

Demer estava eufórico sobre algo que havia descoberto durante sua estadia
fora do país. Ele havia descoberto o “Incrível mundo dos investimentos”.

Ele havia lido muito, estudado e até comprado algumas ações “para ver
como era investir”.

Estava eufórico em saber que poderia ficar rico “da noite para o dia”

investindo em ações.

Giba ficou um pouco cético ao escutar aquela história, mas deu risada e
preferiu esquecer.

Começando a “investir”

Demer aproveitou sua volta ao mercado de trabalho para “investir” tudo que
podia.

Ele lia jornais e revistas especializados e comprava ações de acordo com as


recomendações dos “analistas”.

Enquanto isso, Giba gastava uma boa parte do seu salário em bares e
futilidades.
Ao final de alguns anos, Demer não havia ficado milionário e Giba estava na
mesma de sempre.

Demer não se conformava. Pois fazia tudo certo, mas não tinha resultados.

Ele sabia que não podia ser chamado de “poupador”, pois investia cerca de
10% do que ganhava, mas mesmo assim, ele já tinha 30 anos e ainda não
“era milionário”.

O livro

Certo dia, Demer estava procurando livros sobre enriquecimento e liberdade


financeira na internet e ele se deparou com esse mesmo livro que você está
lendo agora.

Inicialmente ele ficou um pouco cético, pois aquele livro dizia que lhe daria
a capacidade de transforma-lo em uma pessoa que teria controle sobre suas
finanças, aprenderia como investir e trilharia seu caminho rumo a liberdade
financeira gastando apenas 4 horas por mês. Parecia bom demais para ser
verdade.

Por ser uma pessoa que prefere conhecer algo antes de julgar, ele decidiu
adquirir uma cópia do livro. Na verdade, ele comprou duas cópias (uma para
ele mesmo e outra para Giba).

Demer “engoliu o livro”.

Em apenas um final de semana ele leu o livro inteiro.

Giba também começou a ler o livro, mas, por ser uma pessoa muito cética,
estava receoso e com medo de estar jogando seu tempo fora ao ler aquele
material.

De tanto Demer pedir, Giba leu o livro inteiro.

Demer era uma pessoa de muita atitude e começou a executar o processo


com precisão a partir daquele mesmo mês.
Giba gostou muito do assunto, mas achou que o “resultado era demorado
demais” e decidiu procurar caminhos mais “curtos” para chegar a liberdade
financeira.

Os próximos anos

E foi aqui que a vida dos dois começou a ficar bem diferente.

Demer tomou o controle de suas finanças.

Começou a investir nele mesmo e sua renda começou a subir.

Quanto mais ele aumentava sua renda, mais ele investia.

Conforme o tempo passava, mais ações ele possuía e mais dividendos


recebia. Quanto mais dividendos ele recebia, mais ele reinvestia e mais os
juros compostos trabalhavam para ele.

Já Giba começou a “investir/apostar” em operações mais curtas no mercado


de ações.

Ele comprava uma ação e a vendia quando a mesma subia um determinado


percentual.

Algumas vezes o resultado era muito bom, outras não.

Nos meses que ele ia bem, seu humor era incrível, ele tratava bem sua
esposa, filhos e amigos. Quando ia mal, ele se tornava a pessoa mais
ranzinza do mundo e todas as pessoas se afastavam dele.

Os anos foram passando.

Desde o dia que os dois haviam conversado sobre o livro, 10 anos já haviam
passado.

Até que um dia os dois voltaram a falar sobre o assunto.

Giba disse que aquele livro era uma perda de tempo e que “o negócio era
comprar barato e vender caro” para ganhar dinheiro.
Demer riu.

Giba não entendeu nada.

E Demer explicou para ele que no começo seus resultados não eram tão

“agressivos”, mas que ele decidiu continuar mesmo assim e depois de alguns
anos ele não conseguia acreditar em como seu dinheiro estava se
multiplicando.

Ele se focou em aportar o máximo de dinheiro que conseguia e 10 anos


depois, seu patrimônio era relativamente grande.

Sua liberdade financeira estava praticamente assegurada.

Giba ficou desesperado ao ouvir.

Sentiu um aperto no estômago.

Seus olhos ficaram marejados. Mas ele segurou firme e disse “minha
estratégia também vem dando muito certo”.

Só que aquele compra e vende frenético vinha tirando o sono de Giba nos
últimos anos.

Quantas vezes ele ficou sem dormir por causa de uma grande perda em uma
operação?

Fora isso, ele havia seguido o que os gurus sempre falavam por aí e todos os
meses ele separava um percentual de seus aportes para colocar na renda fixa.

Só que a economia do país havia melhorado muito nos últimos anos e a


renda fixa a cada ano que passava menos rendia.

Ele estava confuso.

Mais alguns anos se passaram e Demer saiu de seu emprego para começar
um negócio próprio.
Demer não trabalhava mais por necessidade e sim por prazer.

Por não ter mais a “obrigação” de trabalhar por necessidade, ele não tinha
aquela pressão enorme em fazer o negócio dar certo, portanto, seu negócio
acabou decolando.

Já seu amigo Giba, após ouvir as histórias de Demer, preferiu se afastar,


pois, aquele sucesso todo fazia mal para ele.

Era o fim da amizade de tantos anos.

Conclusão

Essa história ilustra algo que acontece em diversas áreas de nossas vidas.

Quando queremos tudo rápido e não damos o tempo necessário para nossos
projetos maturarem, os resultados costumam ser frustrantes.

Quando pensamos em dinheiro e liberdade financeira, o tempo é uma


variável importantíssima e não existe nenhuma maneira de acelerar isso.

Tempo e paciência são pontos chave para ter sucesso em uma estratégia de
liberdade financeira.

Você agora tem a escolha em suas mãos. Seu futuro financeiro depende
apenas de você.

Quem você vai ser?

Demer ou Giba?

Capítulo 38

Conclusão

Introdução

Finalmente chegamos ao capítulo final de nosso livro.


É uma satisfação enorme saber que você leu até a última palavra do que
escrevi nesse livro.

Pensei em escrever esse livro depois de ver tantas pessoas passando por tanta
dificuldade financeira e tendo tanta negatividade em suas vidas por isso.

Foquei em construir um livro onde pudesse fornecer “uma luz” para que
todos os leitores pudessem viver de maneira mais equilibrada e
conseguissem construir um ótimo patrimônio no longo prazo.

Falei apenas a verdade, fui duro quando precisei e principalmente, mantive o


foco em ser simples.

Estou cansado de ver tantos livros que são criados apenas para “vender”,
com frases bonitas e vazias, que vendem milhões de cópias, mas que não
acrescentam absolutamente nada a vida das pessoas.

Considero que um livro deve impactar a vida de uma pessoa profundamente.

Um livro deve fornecer um conhecimento único e que possa ser aplicado


logo após o fim da leitura do mesmo.

De coração, escrevi esse livro para mudar sua vida. E espero que eu tenha
conseguido.

Antes de concluir o livro, quero falar sobre mais alguns assuntos e também
te passar o link para download da planilha “Balanço Financeiro”.

Associar dinheiro a coisas ruins

Um erro que muitas pessoas cometem é pensar em “guardar dinheiro para os


momentos difíceis”.

Quando você pensa que vai guardar dinheiro porque um dia vai precisar dele
porque algo ruim irá acontecer, sua mente, automaticamente irá encontrar
uma maneira desse “desejo” se concretizar.

Não posso te explicar tecnicamente porque esse fenômeno acontece, mas


quando repetimos diversas vezes uma frase ou um pensamento, a chance
daquele fato ocorrer é bem grande.

Isso serve para fatos positivos, como negativos.

Sugiro que você pense em economizar e investir para criar sua liberdade
financeira e bonança e não para se salvar de algum imprevisto.

Parece besteira falar isso, mas esse pensamento dará um propósito para o seu
plano de liberdade financeira.

Você pode ter um propósito positivo (bonança) ou negativo (problemas). A


escolha é sua.

Link para a planilha

Caso queira a planilha modelo em Excel, apenas me envie um e-mail que


terei o mais prazer em envia-la para você:

bcpsantos@gmail.com

Ajude outras pessoas

Acredito que quanto mais ajudamos outras pessoas, mais o universo nos dá
em retorno.

Pensando nisso, quero te fazer um convite.

Se você gostou desse livro e acha que ele pode ser útil para um amigo ou
conhecido, compre um livro e o dê de presente a essa pessoa.

Imagine o quanto você pode mudar a vida dessa pessoa.

Seja alguém que tem um grande descontrole financeiro, que esteja


endividado, ou que tem muita vontade de alcançar a liberdade financeira,
mas que sempre acaba tentando caminho rápidos e se frustrando.

Pense que um simples ato seu, pode mudar completamente a vida de alguém.
Como eu disse diversas vezes no livro, um simples ato, uma simples decisão,
pode mudar completamente a sua vida.

Não são todas as pessoas que tem a atitude de “arriscar” em algo novo.

Infelizmente, principalmente no Brasil, fomos criados a buscar sempre


segurança, ou seja, somos influenciados diariamente a fazer somente o que
todo mundo faz, mas, como resultado disso, temos os mesmos resultados
(pobreza e falta de recursos financeiros).

Acredito que tudo na vida que fazemos deve ter m propósito.

Tentei mostrar a você o que é realmente se tornar um investidor, ter a


mentalidade e agir como um.

Quanto mais pessoas você “trouxer para esse lado”, melhor será para você,
pois além do seu parceiro/parceira de vida, você terá amigos e conhecidos
para falar sobre o tema. Isso ajudará a acelerar ainda mais o processo.

Dando esse livro para um ou mais amigos, você poderá estar mudando a vida
dessas pessoas (ou não, pois depende da atitude dos mesmos), portanto, eu
realmente recomendo a você que faça o teste e veja como você ficará feliz
em compartilhar um conhecimento tão importante.

Eu tenho o sonho que esse livro irá mudar a mentalidade de


milhares/milhões de pessoas no Brasil e que esse pensamento tão forte que
temos de “falta e pobreza” irá desaparecer para essas pessoas.

Ao mesmo tempo que meu propósito é ajudar você e milhões de pessoas a


mudar suas mentalidades e conquistar suas liberdades financeiras, meu
propósito também foi ajudar nosso país a crescer mais.

Investindo nas empresas através da bolsa, as mesmas terão mais dinheiro


para expandir suas operações, gerar mais empregos e fazer a máquina da
economia girar.

Para mim, é uma “roda perfeita”.


Eu te ajudo, você compartilha com amigos, que também ajudam, nós todos
investimos dinheiro no país, que cresce mais e como retorno, recebemos
uma parte dos lucros e todos conquistamos nossa liberdade financeira.

Simplesmente, um fluxo perfeito.

Seja persistente

Sei que pode parecer a você que chegar a fórmula 50/50 é agressivo demais.

Talvez seja verdade, caso não exista para você a menor possibilidade de
aumentar sua renda. Nesse caso realmente é difícil reduzir seus gastos ao
ponto de viver com apenas 50% do que recebe mensalmente.

Caso você tenha a possibilidade de aumentar sua renda (no médio/longo


prazo), dependerá unicamente e exclusivamente de você para que a
estratégia dê certo.

Quando você tem consciência de como o seu dinheiro é gasto e ao mesmo


tempo, enxerga seu dinheiro se multiplicando e sofrendo o poder dos juros
compostos, economizar fica muito mais fácil.

Economizar apenas por economizar é algo muito vazio e não costuma ser
muito motivador.

Geralmente, economizar é sinônimo de muita “dor” e “dificuldade”, pois


parece que você está abrindo mão de “viver”.

Na mídia é vendido que a única maneira de ser feliz é consumir sem parar.

Algo que não faz o menor sentido.

O dinheiro é uma ferramenta para ajudar você a ser muito mais feliz e não o
principal motivo.

Não caia nas armadilhas de parcelar, financiar e comprar produtos


totalmente desnecessários para você e para sua família.
Seja responsável com o seu dinheiro, compartilhe esses pensamentos com
sua família (recomendo que pelo menos o casal leia esse livro) e você notará
como será fácil poupar e investir todos os meses.

Após alguns anos, os dividendos vão cada vez ser maiores e você notará
como esse processo vale a pena.

Não tem mágica. É só ter disciplina e fazer.

Tenha paciência. Os juros compostos irão trabalhar duro para você. Não caia

na armadilha de querer retirar o dinheiro quando ele começar a se acumular


na conta de sua corretora. Reinvista os dividendos. Faça sua árvore crescer.

Eu não quero de maneira alguma que daqui 20 anos você olhe para trás e
pense “nossa, eu devia ter feito o que aquele livro havia sugerido!”, suspirar
fundo e se sentir frustrado.

Pense na sua liberdade financeira como uma árvore. Ela precisa de tempo
para crescer e dar frutos. Seus investimentos funcionam da mesma maneira.

Não caia nas promessas do mercado de enriquecimento rápido. Você pode


queimar tanto dinheiro e tão rápido, que pode ser assustador.

Não invista em absolutamente nada que não faz sentido.

Eu te mostrei o porquê investir em ações e tudo que está por trás. Você agora
sabe para onde seu dinheiro vai, o que será feito com ele e as motivações por
trás para que seu investimento seja um sucesso.

Para fazer dinheiro temos que investir uma energia enorme diariamente em
nossos empregos, portanto dê valor ao mesmo na hora de investir. Não saia
colocando o fruto do seu esforço em qualquer coisa.

Garanto a você. Essa jornada valerá a pena.

Livros Recomendados
Quero deixar a indicação de alguns livros para que você possa ler daqui há
algum tempo.

Não recomendo que termine esse livro e já vá ler os livros abaixo, pois é
importante colocar em prática o que aprendeu antes de adquirir mais
conhecimentos através de mais livros.

Muitas pessoas são ótimas “adquiridoras de conhecimento”, mas não

colocam nada em prática. De que isso adianta?

Livro 1

Título: Pai Rico, Pai Pobre

Autor: Robert Kiyosaki

Propósito da Leitura: Aprender o Mindset de bonança e a força da renda


passiva.

Livro 2

Título: Faça Fortuna com Ações

Autor: Décio Bazin

Propósito da Leitura: Aprender sobre dividendos a fundo.

Livro 3

Título: Guia Suno de Dividendos

Autor: Tiago Reis e Jean Tosetto

Propósito da Leitura: Aprender mais sobre dividendos.

Livro 4

Título: A bola de neve: Warren Buffet e o negócio da vida Autor: Alice


Schroeder
Propósito da Leitura: Aprender sobre a vida e a mentalidade de um

grande investidor.

Acredito que esses 4 livros serão de grande valia para o seu aprendizado.

Apenas se lembre que de nada adianta conhecimento sem prática.

Obrigado

Para finalizar, quero deixar o meu grande obrigado.

Agradeço por você ter adquirido esse livro. Por ter investido uma parte do
seu dinheiro e do seu tempo ao comprar e ler esse livro.

Espero que eu tenha conseguido atingir o meu propósito e mostrar a você o


caminho para a liberdade financeira.

Ficarei muito feliz se eu conseguir mudar sua vida financeira. Que você e
sua esposa/marido não tenham mais discussões sobre dinheiro, dívidas,
parcelas, etc. E que estejam focados em projetos pessoais, na família e na
construção de uma grande história de vida.

Peço desculpas se falei coisas que não te agradaram, mas esse é o meu jeito
de ser. Prefiro ser sincero e falar o que realmente acredito, pois sei que são
palavras que trazem efeitos reais, do que falar apenas o que as pessoas
querem ouvir, vender muitos livros, e ser algo superficial e sem utilidade.

Valorizo muito o meu tempo e também tentei valorizar o seu.

Cada palavra, cada frase e cada página foram escritos pensando em

acrescentar algo ao seu jeito de pensar para que você construa sua “paz
financeira”.

No meu último livro, senti uma grande felicidade ao receber comentários de


pessoas me agradecendo pelo livro ter alertado sobre possíveis riscos do
mercado de Day Trading.
Não tem nada mais gratificante do que saber que minhas palavras ajudaram
alguém. Isso é algo que realmente não tem preço.

Se você gostou do que leu, quero te pedir um favor.

Por favor deixe um comentário dizendo o que achou do conteúdo no site da


empresa onde você adquiriu o livro. Isso faz uma diferença tremenda para
outras pessoas que também querer seguir pelo mesmo caminho.

Da mesma maneira que procuramos por recomendações para reservar um


hotel, hoje em dia, as pessoas adoram ler os comentários sobre pessoas que
já leram um livro, portanto, eu te garanto, seu comentário será de extrema
relevância para diversas vezes.

Caso queira entrar em contato comigo, envie um e-mail para


bcpsantos@gmail.com.

Farei todo o possível para responder seu e-mail!

Minha principal rede social é o Linkedin:

https://www.linkedin.com/in/bruno-cesar-pereira-santos/

Farei todo o possível para responder seu e-mail!

Muita luz em sua jornada e um grande abraço,

Bruno César
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Liberdade Financeira
Sumário
Capítulo 1
Parte 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Parte 2
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Parte 3
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Parte 4
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 38

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