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COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL: ORIENTAÇÕES E

LEGISLAÇÕES VIGENTES – MINAS GERAIS (MG)


PRODUTOS QUE PODEM SER UTILIZADOS NA COMPARTIMENTAÇÃO:
CP 670
Revestimento ablativo corta fogo para placas de lã de rocha com densidade mínima de 150 kg/m3,
própria para a selagem de passagens elétricas e hidráulicas em lajes ou paredes, com resistência a fogo
mínima de 2 horas, com configuração de montagem de acordo com as aprovações ETA ou Certifire e
atendendo a NBR 6479 – ref. Hilti CP 670.
CFS SP WB
Pintura elastomérica corta fogo com capacidade de movimentação mínima de 50% para placas de lã
de rocha com densidade mínima de 80 kg/m3, própria para a selagem do vão de fachadas pele de vidro
e com resistência a fogo mínima de 2 horas, com configuração de montagem de acordo com as
aprovações internacionais (FM, UL, ETA) e atendendo à NBR 6479 – ref. Hilti CFS SP WB.
CFS WP
Fita intumescente para tubulação combustível com capacidade de expansão de 19x própria para
selagem de tubulação plástica, com instalação embutida em lã de rocha ou concreto e com resistência
ao fogo mínima de 2 horas, com configuração de montagem de acordo com o teste nacional (IPT) e
atendendo à NBR 6479 – ref. Hilti CFS WP.
FS One Max
Selante corta fogo intumescente, próprio para selagem de tubulações metálicas, plásticas e cabos e com
resistência a fogo mínima de 2 horas, com certificação internacional (FM, UL, ETA) e atendendo à
NBR 6479 – ref. Hilti FS One Max.
CP 678
Pintura intumescente retardante de chama, própria para aplicação em cabos energizados ou não em
área abrigada, que reduz a carga combustível, e com aplicação em acordo com aprovações FM e IEC
332 – ref. Hilti CP 678.

QR CODES – ORIENTAÇÕES DE PRODUTOS

FireStop – Fachadas FireStop - Instalações


COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL

Todas as aberturas existentes nos entrepisos devem ser devidamente protegidas por elementos corta-
fogo de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao fogo, atendendo o item
5.2.2 da IT7/05.
Todos os shafts verticais com passagem de tubulações deverão ser compartimentados em conformidade
com os requisitos técnicos estabelecidos na Instrução Técnica IT 07/2005 do Corpo de Bombeiros do
Estado de Minas Gerais e pela NBR 15.575.
Quaisquer aberturas horizontais e/ou verticais destinadas a passagem de instalações elétricas, hidro
sanitárias, telefônicas, e outras , nas paredes ou lajes de compartimentação que permitiriam a
comunicação direta entre áreas compartimentadas, devem ser seladas de forma a promover a vedação
total corta fogo e fumaça, visando à adequação da proteção passiva contra incêndio, devendo ser
ensaiadas para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da NBR 6479/92.
Além da proteção das passagens, as tubulações de materiais combustíveis com diâmetro interno
superior a 40mm, devem receber proteção adicional conforme item 5.2.2.3.4 da IT07/05 – MG e item
8.3.5 da NBR 15.575 – 3.
A selagem dos shafts podem ser substituídas por paredes de compartimentação cegas posicionadas
entre piso e teto, desde que atendam aos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF), conforme
a IT06.
Materiais rígidos não acompanham a dilatação e a movimentação natural do concreto podendo gerar
fissuras e trincas, comprometendo o seu desempenho em uma real situação de incêndio, já que através
das trincas podem passar fumaça e gases, e não devem ser aplicados.

1.1.1 Tubulações de materiais poliméricos


As tubulações de materiais poliméricos com diâmetro interno superior a 40 mm que passam através do
sistema de piso devem receber proteção especial representada por selagem intumescente capaz de
fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo abaixo do piso, através de fitas ou
colares intumescentes. Em caso de fitas intumescentes, considerar o número de voltas, de acordo com
as aprovações de cada fabricante.

1.1.2 Integridade do selo corta fogo


Conforme item 5.2.3 da IT – 07 – Decreto Estadual 47.998/2020 - MG, o sistema corta fogo a ser
utilizado deve ser autoportante, sem necessidade de nenhum elemento adicional (como anteparos,
cantoneiras, telas metálicas, etc.) para sustentar o sistema.
Caso esses elementos adicionais sejam utilizados, os mesmos deverão ser testados por órgãos
certificadores como parte integrante do sistema.

1.1.3 Meio Ambiente/Saúde


Os produtos empregados nos sistemas corta fogo deverão ser classificados como não prejudicial à
saúde dos seus mantenedores e ao meio ambiente.
Ser isento de solventes inflamáveis ou tóxicos; não produzir gases inflamáveis ou tóxicos durante a
secagem ou processo de cura;
Os produtos empregados nos sistemas corta fogo deverão ser classificados como não prejudicial à
saúde dos seus mantenedores e ao meio ambiente. Para isso deverá ser apresentado a classificação do
material divulgado pelo IARC (Agência Internacional para Pesquisa do Câncer) e OMS (Organização
Mundial da Saúde) como sendo “não classificado como cancerígenos para seres humanos”.
A Contratada deve tomar precauções e providências para que o ambiente da área de montagem não
seja deteriorado. O local de trabalho deverá ser mantido limpo, higiênico, seguro, evitando o
derramamento de óleos, graxas, combustíveis, solventes, tintas, etc., tudo que possa agredir o meio
ambiente.
É importante exigir que o material fibroso utilizado nos sistemas corta fogo possuam uma boa
classificação no IARC. Seguem abaixo as classificações possíveis para os materiais fibrosos:
Grupo 3: Não classificado como cancerígeno para humanos devido à inadequada evidência de
carcinogenicidade a seres humanos e relativa baixa biopersistencia desses materiais.
Fibras classificadas no grupo 3: lã de rocha, fibras de escórias, filamentos contínuos de lã de vidro,
fibra de vidro.
Grupo 2B: Possivelmente cancerígenos para serem humanos devido a sua relativa alta biopersistencia.
Fibras classificadas no grupo 2B: Fibra cerâmica refratária

1.2 Fixação de placas de identificação dos sistemas


O instalador deverá garantir os serviços de instalação de vedações contra fogo e fumaça, para que
possíveis diferenças e/ou erros de execução sejam constatados imediatamente.
Deverá ser instalada ao lado de cada abertura vedada uma placa de identificação mencionando o
sistema utilizado, a data de instalação e marca, com inscrições indeléveis e duráveis, com o objetivo
de auxiliar em futuras manutenções, permitindo identificação e contato com o fabricante do sistema.

1.3 Aberturas localizadas em áreas externas


Em áreas expostas ou sujeitas a umidade ou água, devem ser previstos sistemas imunes a intempéries
e raios UV, desde que os produtos a serem aplicados tenham sido testados e aprovados como parte
integrante do sistema. Não serão permitidas soluções para a proteção contra intempéries que incluam
produtos que não foram testados e aprovados juntamente com o sistema corta fogo.
Sistemas fibrosos vegetais para as áreas externas não serão aceitos.

1.4 Testes e aprovações


Os selos-corta fogo devem ser testados e aprovados conforme Normas internacionais e atender a duas
horas de incêndio e durabilidade mínima de 20 anos, conforme exige a norma de desempenho
NBR15.575.
Referência:
Pintura Ablativa HILTI CP 670;
Fita Intumescente HILTI CFS WP (para proteção em tubos até Ø6”);
Selante Intumescente FS ONE (Para fechamento de frestas).
COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL

Para o atendimento da área máxima de compartimentação, deve-se levar em consideração a área de


todos os pavimentos e mezaninos interligados com o pavimento considerado no cálculo, conforme o
item 5.1.2 da T07/05. A resistência ao fogo das paredes de compartimentação sem função estrutural
deve ser comprovada por meio do teste previsto na NBR 10636.

Conforme o item 5.1 da IT09/17 - GO, podem ser empregados, para fins de compartimentação,
quaisquer materiais para a composição dos elementos construtivos, tais como alvenaria, gesso
acartonado, vidro e outros; desde que a medida de proteção seja testada e aprovada em seu conjunto,
atendendo às características de resistência ao fogo constantes. As portas, cortinas e vedadores
automatizados de enrolar somente podem ser utilizados, para fins de compartimentação, nas condições
expressas na IT07/05.

A compartimentação horizontal deve ser compatibilizada com o atendimento da IT 08 – Saídas de


emergência, quanto às distâncias máximas a serem percorridas, de forma que cada área
compartimentada seja dotada de saídas para o exterior da edificação e áreas adjacentes.

Os tubos plásticos de diâmetro interno superior a 40 mm, devem receber proteção especial representada
por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo em ambos os
lados da parede.

1.1 Condições especiais da compartimentação horizontal

A compartimentação horizontal está dispensada nas áreas destinadas exclusivamente a estacionamento


de veículos conforme item 5.1.5.1 da IT07/05. Em subsolos não destinados exclusivamente ao
estacionamento de veículos, a área de compartimentação será de 750 m². Áreas superiores a 750 m²
deverão possuir medidas de proteção analisadas por Corpo Técnico. Em complementação aos sistemas
de proteção, os subsolos deverão possuir aberturas de ventilação adequadas ao exterior, que permitam
realizar a exaustão de gases e fumaça do ambiente.

As paredes divisórias entre unidades autônomas e entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações
dos Grupos A (Divisões A-2 e A-3), B, e H (Divisões H-2 e H-3), devem possuir TRRF mínimo de 60
min (EI-60), independente do TRRF da edificação e das possíveis isenções. Obs.: Serão consideradas
unidades autônomas, para efeito desta IT, os apartamentos residenciais, os quartos de hotéis, motéis e
flats, as enfermarias e quartos de hospital, e assemelhados.

As escadas e rampas destinadas à circulação de pessoas provenientes dos subsolos das edificações
devem ser compartimentadas com PCF P-90 (EI-90) em relação aos demais pisos contíguos,
independente da área máxima compartimentada.

As áreas de compartimentação horizontal devem ser separadas por paredes de compartimentação que
atendam aos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF), não podendo ser inferior a 60 minutos
(EI-60). Os elementos de proteção das aberturas existentes nas paredes corta-fogo (EI) de
compartimentação podem apresentar TRRF de 30 min menor que a resistência das paredes de
compartimentação, porém nunca inferior a 60 min.
É de extrema importância que as paredes de compartimentação sejam dimensionadas estruturalmente
de forma a não entrarem em colapso caso ocorra a ruína da cobertura do edifício do lado afetado pelo
incêndio. No interior da edificação, as áreas de compartimentação horizontal devem ser separadas por
paredes corta-fogo devendo atender aos tempos requeridos de resistência ao fogo (T.R.R.F.), conforme
IT 06 (Segurança Estrutural nas Edificações);

1.2 Proteção das aberturas nas paredes de compartimentação

As aberturas existentes nas paredes de compartimentação devem ser devidamente protegidas por
elementos corta-fogo (EI) de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao
fogo, conforme as condições do item 5.1.3 da referida IT07/05.

1.2.1 Compartimentação em paredes de drywall

É fundamental possuir as documentações de atestado da empresa fabricante do drywall especificando


a altura limite que pode ser executada a parede, a tipologia (características construtivas) e o tempo de
resistência ao fogo correspondente e documento comprobatório de responsabilidade técnica do
responsável pela instalação.

1.3 Integridade do selo corta fogo


Conforme item 5.1.4.1 da IT – 07 – Decreto Estadual 47.998/2020 - MG, o sistema corta fogo a ser
utilizado deve ser autoportante, sem necessidade de nenhum elemento adicional (como anteparos,
cantoneiras, telas metálicas, etc.) para sustentar o sistema.
Caso esses elementos adicionais sejam utilizados, os mesmos deverão ser testados por órgãos
certificadores como parte integrante do sistema.
A resistência ao fogo da parede de compartimentação, no que tange aos panos de alvenaria ou de painéis
fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada por meio da NBR 10636, já a
resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser dimensionada para situação de incêndio, de
acordo com o prescrito na IT 06 (Segurança Estrutural das Edificações);
Os vedadores corta-fogo (EI) devem atender ao disposto na norma NBR 11711.

NOVAS ORIENTAÇÕES CONFORME NBR 16.944

Os requisitos de ensaio para teste de elementos de compartimentação seguem as normativas abaixo,


anteriormente relacionados na Norma NBR 6479.
A referida norma NBR 16.944 divide-se em três partes fundamentais, sendo elas:

1. ABNT NBR 16944-1:2022 - Selagens resistentes ao fogo em elementos de


compartimentação
Parte 1: Requisitos
Esta Parte da ABNT NBR 16944 estabelece os requisitos para classificação, desempenho,
especificação, aplicação, instalação, responsabilidades, ensaios e inspeção, manutenção e
comissionamento de selagens resistentes ao fogo em elementos de compartimentação, a serem
empregadas na passagem de instalações elétricas, hidráulicas, mecânicas, de ar-condicionado e
comunicações (telefone, dados) e em todas as passagens que permitam a comunicação entre áreas
compartimentadas, incluindo juntas perimetrais e juntas de construção.

2. ABNT NBR 16944-2:2021 - Selagens resistentes ao fogo em elementos de


compartimentação
Parte 2: Ensaio de resistência ao fogo em selagens de aberturas de passagem de instalações de
serviço
Esta Parte da ABNT NBR 16944 foi elaborada para fornecer um método de ensaio de resistência ao
fogo para avaliar o desempenho de um sistema de selagem de passagem em elementos de
compartimentação, quando estes forem transpassados por instalações de serviço, como, por exemplo,
instalações hidráulicas e elétricas. Esta Parte da ABNT NBR 16944 deve ser lida em conjunto com a
ABNT NBR 16965.

3. ABNT NBR 16944-3:2022 - Selagens resistentes ao fogo em elementos de


compartimentação
Parte 3: Ensaio de resistência ao fogo em selagens de juntas de construção
Esta Parte da ABNT NBR 16944 especifica um método para determinar a resistência ao fogo de
selagens de juntas lineares com base em seu uso final pretendido.

1.1 Esta Parte da ABNT NBR 16944 estabelece os requisitos para classificação, desempenho,
especificação, aplicação, instalação, responsabilidades, ensaios e inspeção, manutenção e
comissionamento de selagens resistentes ao fogo em elementos de compartimentação, a serem
empregadas na passagem de instalações elétricas, hidráulicas, mecânicas, de ar-condicionado e
comunicações (telefone, dados) e em todas as passagens que permitam a comunicação entre áreas
compartimentadas, incluindo juntas perimetrais e juntas de construção.
LEGISLAÇÕES VIGENTES

 Lei 14.130/2001 – Regulamento de segurança contra incêndio e pânico no Estado e dá outras


providências;
 Decreto 44.746/2008 do Estado de Minas Gerais que regulamenta a lei 14.130/2001;
 Instrução Técnica n◦ 06 do Estado de Minas Gerais;
 Instrução Técnica n◦ 07 do Estado de Minas Gerais;
 Lei KISS – 13.425/2017;
 Constituição Federal (art. 37 6º - PJ direito público/privado responderem pelo dano que
causarem);
 Lei 10.406/2002 - Código Civil, art 1348 IV, V;
 Lei 8.078/90 - Código de defesa do consumidor, art 14, art 22;
 Lei 6.496/77 - Institui ART/RRT;
 Lei 4.591/64 - Lei do Condomínio, art.22 1º b;
 ABNT NBR 15.575/2013 – Desempenho das Edificações Habitacionais;
 ABNT NBR 6479 – Norma Brasileira de ensaios;
 Modelo Nacional Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Emergências.

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