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PADRÃO NORMATIVO DE ENGENHARIA

PNE-70-00055

8.4.9. [PS] Proteção passiva

As proteções aqui admitidas deve serguir diretivas pricipais e orientações da norma principal e geral para
tema, norma BRASKEM PNE-60-0090 (Critérios e Premissas Básicas para Projeto de Sistemas de Proteção
contra Incêndios para Unidades Industriais)

Consideração
Proteção passiva é todo conjunto de medidas cuja aplicação tem a finalidade de evitar, isolar e/ou retardar a
ação do fogo ou calor excessivo e de propagar fumaça, chamas ou gases tóxicos e quentes,
independentemente da ação de pessoas, sistemas ou equipamentos. Neste contexto, incluem-se as seguintes
metodologias de proteção passiva:
• Classificação de áreas;
• Arranjo físico das áreas e equipamentos;
• Paredes resistentes a fogo;
• Portas resistentes a fogo;
• Revestimentos resistentes a fogo;
• Selos resistentes a fogo;
• Pinturas retardantes de chamas em cabos, leitos, eletrocalhas, eletrodutos e perfilados;
• Tratamentos ignifugantes, etc.

Os sistemas de proteção passiva possuem as seguintes características:

Ablativo – Propriedade do material que pode consumir energia através de processos químicos ou físicos nas
condições de incêndio, permanecendo suficientemente estável para atrasar a passagem do calor, fumaça,
chamas ou qualquer combinação deles.

Intumescente – Propriedade do material em aumentar de volume quando submetido a calor.


Elastomérico – Propriedade do material que possui alta capacidade de movimentação.

A definição do sistema mais indicado deverá ser definida pela projetista juntamente com a especificação de
cada fabricante, as aprovações exigidas nessa normativa e a legislação vigente.

Para efeito de aplicabilidade, este item refere-se exclusivamente à proteção passiva através da
compartimentação com selos resistentes a fogo, pinturas retardantes de chamas em cabos, leitos,
eletrocalhas, eletrodutos, perfilados e paredes resistentes a fogo.
Os sistemas de proteção passiva devem ser certificados, que não se queimam e nem desprendem gases ou
vapores inflamáveis em quantidade suficiente para se inflamarem espontaneamente quando levados a uma
temperatura de cerca de 750°C.

8.4.9.1 Proteção Passiva - Compartimentação de aberturas para passagem de condutos através de


selos resistentes a fogo

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Todas as aberturas existentes ou a serem feitas em lajes e paredes convencionais ou do tipo resistente a fogo
de subestações (celas de transformadores e salas elétricas) e salas técnicas (salas elétricas, de controle, de
painéis de interface e rearranjo, de instrumentação/automação), necessárias para a passagem entre elas de
condutos destinados às instalações:
• Elétricas, de instrumentação/automação e comunicação (dutos de barras, leitos, eletrocalhas, perfilados,
eletrodutos e canaletas);
• Ventilação, exaustão e ar condicionado (dutos e tubulação);
• Hidráulicas (tubulações);
que possam conduzir e propagar o fogo, deverão ser devidamente compartimentadas (fechadas) com
sistemas de selagens resistentes a fogo certificados, reconstituindo parcial, temporária e satisfatoriamente as
características construtivas originais, no que tange à estanqueidade de ambientes compartimentados
adjacentes entre si, seja horizontal (entre ambientes num mesmo andar) ou verticalmente (entre andares),
permitindo também sua vedação pelo impedimento e retardamento a propagação de fumaça, chamas e gases
tóxicos e quentes originados a partir de eventual incêndio que venha a ocorrer nestas instalações.
A selagem resistente a fogo é também conhecida como firestop. Tem como função principal garantir a
selagem contra fogo, gases tóxicos e fumaça, porém, pode ter também características de isolamento acústico,
de proteção contra a entrada de pós poluentes e respingos de água e de vedação para sistemas de
pressurização e climatização de subestações e salas técnicas. Quando requerida pela Braskem, a proteção
passiva poderá ser aplicada também adequada e diretamente no interior de painéis e equipamentos elétricos.

Especificações básicas

Todos os sistemas de selagem resistentes a fogo deverão ter certificações que comprovem seu desempenho
com relação a proteção contra a ação do fogo, a propagação de fumaça e gases quentes e tóxicos, além das
seguintes características:
Nomenclatura Americana
• F-rating (integridade) = 2 h (limitada à resistência da laje ou parede);
• T-rating (isolamento) = 2 h (limitada à resistência da laje ou parede);
Nomenclatura ABNT e Européia
• E (Integridade) - 2 horas (limitada à resistência da laje ou parede);
• I (Isolamento) – 2 horas (limitada à resistência da laje ou parede).
• Para tempos de proteção menores aos citados acima, somente após a aprovação junto à engenharia
da Braskem;
• Ser isento de asbestos solventes inflamáveis ou tóxicos e não produzir gases inflamáveis ou tóxicos
durante a secagem ou processo de cura;
• O sistema de selagem resistente a fogo proposto para as médias e grandes aberturas deve ter sido testado
e aprovado para tal situação pelos órgãos certificadores. O sistema resistente a fogo testado em grandes
e médias aberturas podem ser utilizadas em pequenas aberturas. O inverso torna-se inadmissível.
Consideram-se:
- Aberturas grandes: ≥ 1,80m²
- Aberturas médias: 0,30m² a 1,79m²
- Aberturas pequenas: < 0,30m²

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• Ter característica autoportante, ou seja, não estar apoiado em telas ou suportes para permanecer no vão
comprovado através de testes que mostram o desempenho da selagem em médias e grandes aberturas,
de acordo com os procedimentos previstos na norma BS 476 parte 20, EN 1366-3 ou norma equivalente;

• Ter certificação compatível com a aplicação a que se destina, com relação ao local a ser instalado como
piso ou paredes, internas ou externas, elementos passantes como cabos, bandejas, dutos, entre outros;

• Em locais sujeitos a intempéries, o selo deverá ter aprovações que comprovem seu desempenho nesses
ambientes;
• Não requerer manutenção periódica;
• Permitir a passagem de novos cabos/dutos, sem afetar a aplicação já efetuada e que possibilite fácil ajuste
para fechamento de frestas em decorrência da passagens destes novos elementos;
• Ser de fácil aplicação (não requerer a utilização de nenhum equipamento ou ferramenta especial);
• Ter resistência à corrosão causada por ambientes agressivos, se solicitado;

• Ter certificado de testes de envelhecimento para comprovar a manutenção de suas propriedades por
determinado período de tempo, através de procedimentos previstos nas normas / aprovações UL 1479,
DIN 4102, ETA ou equivalentes;

• Os produtos fibrosos empregados nos preenchimentos de aberturas que compõem os sistemas de


selagens resistentes a fogo deverão ser classificados como não prejudicial à saúde dos seus
mantenedores e ao meio ambiente, apresentando classificação favorável no Ministério da Saúde e INCA
(Instituto Nacional do Câncer);

Notas:
1. Caso o limite de resistência a fogo de lajes e paredes não atenda aos requisitos de segurança, a
Projetista deverá propor solução no sentido de adequar esta situação às prescrições estabelecidas
nas normas referidas acima;
2. Em função das necessidades, condições ambientais e características específicas das instalações
locais da Unidade, o atendimento normativo da proteção passiva requerida poderá ser distinto daquele
acima indicado, desde que seja mais eficaz e/ou mais adequada, justificada prévia e tecnicamente
pela Projetista e aprovada pela engenharia da Braskem.

Aplicação dos sistemas de selagem resistentes a fogo


Os selos resistentes a fogo podem ser compostos por placas revestidas, blocos, selantes, espumas,
argamassa, entre outros. A escolha da solução deve estar em conformidade com o tamanho da abertura,
tipo de elemento passante, material base e demais critérios constantes nesta norma.
Abaixo segue quadro resumo sugestivo para compartimentação de aberturas através de selos resistentes
a fogo e ilustrações com as principais aplicações:

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Situação Encontrada Sistema Recomendado

Grandes e Médias Aberturas Sistema autoportante testado pela BS 476-20, EN1366 -3 ou


Área Interna mesmo nível de aprovação, composto por lã de rocha de alta
densidade* e pintura ablativa.
Médias Aberturas Blocos Intumescentes com aprovação FM, UL ou mesmo nível
Áreas Internas de aprovações.
(restrição ao uso de sistemas com lã de rocha).
Pequenas Aberturas Selante Intumescente à base de dispersão acrílica e água,
Área Interna aprovação FM, UL ou mesmo nível de aprovação, instalado com
lã de rocha de baixa densidade.**
Juntas Internas Selante Elastomérico à base de dispersão acrílica e água,
aprovação FM, UL, ou mesmo nível de aprovação, instalado
com lã de rocha de baixa densidade.**
Pequenas Aberturas muito congestionadas Espuma Expansiva Intumescente com aprovação UL, FM, BS
Área Interna 476, ETA ou mesmo nível de aprovação.
Grandes e Médias Aberturas Argamassa Resistente a Fogo, a base de cimento Portland, sem
Áreas Externas asbestos, fenol ou halógenos, aprovação UL, BS 476 ou mesmo
nível de aprovações.
Juntas Externas Selante Elastomérico à base de silicone, aprovação FM, UL ou
mesmo nível de aprovações, instalado com lã de rocha de baixa
densidade.**
Leitos de cabos Pintura Intumescente Retardante de Chamas em Cabos
Área Interna ***, aprovação FM ou IEC 60332 ou mesmo nível de aprovação.
Leitos de cabos Pintura ablativa Retardante de Chamas em Cabos
Área Interna ou Externa ***, aprovação FM ou IEC 60332 ou mesmo nível de aprovação.

* Alta Densidade – 140kg/m3, 160kg/m3 ou superior

**Baixa Densidade – Aprox. 64kg/m3

*** Ver item 8.4.9.2 e Figura 28

Figura 19 – Quadro Resumo de Soluções para Compartimentação


Através de Selagens Resistentes a Fogo e Proteção de Cabos

Abaixo seguem alguns exemplos de sistemas que podem ser utilizados, mas não restritos apenas a estes:

• Para grandes e médias aberturas em áreas internas, o sistema de selagem resistente a fogo pode ser
composto por placa de lã de rocha de alta densidade (entre 140kg/m3 e 160kg/m3) e pintura ablativa.
Importante possuir característica autoportante e testes compatíveis com aberturas grandes e médias
de acordo com os procedimentos previstos na norma BS 476 – 20, EN 1366-3 ou mesmo nível de
aprovação, conforme figura 20.

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Figura 20 - Compartimentação de Abertura com Sistema Autoportante composto por Placa de Lã de


Rocha e Pintura Ablativa

• Para aberturas médias em áreas internas e onde há restrição ao uso de sistemas com lã de rocha, o
sistema de selagem resistente a fogo pode ser feito através da utilização de blocos intumescentes,
com aprovação FM ou UL, ou mesmo nível de aprovação, conforme figura 21 abaixo:

Figura 21 - Compartimentação - Fechamento de Abertura com Bloco Intumescente

• Para compartimentação de pequenas aberturas como passagens de cabos, tubulações ou juntas em


áreas internas, podem ser utilizados sistemas de selantes intumescentes, elastoméricos ou espumas
expansivas intumescentes, com aprovações FM, UL, ETA, ou mesmo nível de aprovações, de acordo
com as certificações para cada aplicação, conforme figuras 22, 23 e 24 abaixo:

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Figura 22 – Compartimentação de Pequena Passagem de Cabos com Lã De Rocha de Baixa


Densidade e Selante Intumescente

Figura 23 - Compartimentação de Junta Interna com Lã De Rocha de Baixa Densidade e Selante


Elastomérico

Figura 24 - Compartimentação de Pequena Passagem de Cabos e Tubos em Aberturas Muito


Congestionadas com Espuma Expansiva Intumescente

• Compartimentação de aberturas em áreas externas devem ser feitos por sistemas com aprovação
contra intempéries. Para grandes e médias aberturas em áreas externas podem ser utilizada

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argamassa resistente a fogo, com aprovação BS 476, UL ou mesmo nível de aprovações, conforme
figura 25 abaixo:

Figura 25 – Compartimentação de Abertura com Argamassa


Resistente a Fogo

• Para compartimentação de pequenas aberturas ou juntas em áreas externas, pode ser utilizado
fechamento com lã de rocha de baixa densidade e selante elastomérico à base de silicone, com
aprovação FM, UL ou mesmo nível de aprovações, conforme figura 26 abaixo:

Figura 26 - Fechamento de Junta Externa com Placa de Lã de Rocha de Baixa Densidade e


Selante Elastomérico

Notas:
1. A Compartimentação através de selos resistentes a fogo não desobriga o uso necessário de barreiras
internas em condutos do tipo duto de barras e eletrodutos, para a prevenção contra a condução e
propagação de fogo, fumaça, chamas e gases tóxicos advindos de eventual incêndio de origem
elétrica, como curtos-circuitos e arcos elétricos. Para dutos de barras recomenda-se o uso de barriers
e para eletrodutos o uso de unidades seladoras.
2. O mesmo se requer dos cabos instalados em áreas sujeitas a fogo ou que façam parte de circuitos
que, por questão de segurança, necessitem continuar em operação por determinado tempo, mesmo
sob condição de fogo.

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8.4.9.2 Proteção Passiva em cabos, leitos, eletrocalhas, eletrodutos e perfilados

Cabos, leitos, eletrocalhas, eletrodutos e perfilados deverão ter proteção contra fogo através de pinturas
retardantes de chamas em cabos, isolação mineral e/ou mantas seguindo as recomendações do analista
de risco da planta. Os sistemas mencionados estão descritos abaixo:

Em caso de pinturas retardantes de chamas em cabos, devem ser atendidos os seguinte critérios:

• Pinturas com características intumescentes para áreas internas e características ablativas para
áreas internas e externas;
• Deverão ser a base de água, livre de solventes, inodoro;
• Ter certificado de testes de envelhecimento para comprovar a manutenção de suas propriedades
por determinado período de tempo, através de procedimentos previstos nas normas UL 1479, ISO
4589 ou normas equivalentes;
• Não interferir no funcionamento dos cabos;
• Não propiciar aumento de temperatura nos cabos;
• O coeficiente de transferência de calor da pintura deverá ser informado pelo fabricante para ajuste
de cálculos de dimensionamento de condutores no critério de ampacidade;
• Atender as normas e certificações FM 3971 e/ou IEC 60331 e/ou IEC 60332;
• Propiciar a diminuição da carga combustível do local, retardando a propagação das chamas e
minimizando prejuízos, até que se cumpram os 6 passos exigidos no item 10.5.1 da NR-10;
• A pintura poderá ser integral por todo o leito de cabos ou fracionada de acordo com a aprovação
adotada e/ou análise de risco da planta, porém, nunca inferior ao determinado pela NBR 13231,
sendo no mínimo 1,00m na horizontal e 1,50m na vertical;

• A espessura da pintura e sua extensão devem ser definidas de acordo com a aprovação a ser
adotada e fabricante do produto.

NOTAS IMPORTANTES:

1) Sobre ESPESSURA observar com atenção os itens abaixo:


• Diferentes produtos, sob diferentes normas (IEC ou FM), resultam em aprovações de
diferentes espessuras.
• Para CADA PROJETO pode demandar soluções ESPECÍFICAS, sendo que para
TODAS ADOTADAS devem EXIGIDAS as respectivas CERTIFICAÇÕES.
• Abaixo APENAS VALORES TÍPICOS, e REFORÇADO que APENAS COMO
REFERÊNCIA de DIFERENÇAS que podem ocorrer para diferentes NORMAS.

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Abaixo alguns exemplos considerando espessura seca:

Pintura Intumescente

Aprovação Espessura Seca Extensão da Pintura


Horizontal Vertical
FM 1,6mm Integral Integral
IEC 60332 0,8 mm Integral Integral
IEC 60332 0,5 mm 1m de pintura Integral
com intervalos de 14m

Pintura Ablativa

Aprovação Espessura Seca Extensão da Pintura


Horizontal Vertical
FM 1,6mm Integral Integral
IEC 60332 1,0mm 1m de pintura Integral
com intervalos de 14m

• Deve ser pintada toda a superfície dos cabos, laterais e fundo da bandeja de cabos, conforme
indicação abaixo:

Figura 27 – Esquema de pintura retardante de chamas por todas as faces do leito e


superfície dos cabos

• A pintura pode ser feita por pistola ou pincel conforme figura 28 abaixo:

• Figura 28 – Proteção Passiva - Aplicação de Pintura Retardante de Chamas em Cabos


por Pistola ou Pincel.

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Intumescentes para Áreas internas ou Ablativas em Áreas Internas / Externas

Em caso de isolação mineral, devem ser atendidos os seguintes critérios:

Material da isolação em óxido de magnésio (mgo);


• Cobertura metálica: sem costura em liga resistente à corrosão à base de níquel;
• Número de condutores: 1 a 7, fabricados em cobre, cobre com cobertura de níquel ou em níquel;
• Não permitir o fluxo ou a transmissão de gases explosivos através da rota de fiação;
• Configurações adequadas para instalação em áreas classificadas ou não classificadas;
• Seção nominal dos condutores para cabos com isolação de 300 V: 0,5 a 4,0 mm²;
• Seção nominal dos condutores para cabos com isolação de 600 V: 1 a 240 mm²;
• Temperatura de exposição contínua de 250°C;
• Temperatura de exposição máxima: superior a 1.010°C;
• Conectores de terminação fabricados em latão;
• Os cabos com isolação mineral para operação em condições de fogo deverão ter sido ensaiados
e aprovados de acordo com os requisitos das Normas UL 1709 (23) e UL 2196;
• Deverão ser apresentados os respectivos certificados, atestando o atendimento aos requisitos das
normas citadas acima.
Quando a proteção passiva utilizar mantas cerâmicas protetoras, os seguintes critérios deverão ser atendidos:
• Composição química (% em peso, após exposição ao fogo): 45% de alumina, 53% de sílica e 1% a 2%
de outros materiais;
• Propriedades físico-químicas: cor branca, temperatura de serviço até 1.200°C, temperatura de fusão
1.760°C, densidade de 128 kg/m3; resistência a ataques químicos, não ser afetada por água e óleo,
propriedades térmicas e físicas restauradas após a secagem;
• Flamabilidade conforme as Normas ASTM E814 e UL 723 com propagação de chama, fumaça e gases
desenvolvidos, todos nulos;
• Coberturas testadas e aprovadas de acordo com as Normas ASTM E119 e UL 1709. Cobertura externa
de ambos os lados em folhas de alumínio ou aço inoxidável (preferivelmente AISI 316), com espessura
de 2 mils (0,0508 mm);
• Tempo de resistência térmica de proteção contra exposição direta ao fogo de hidrocarbonetos (110°C) de
20 minutos (considerando mantas de 38 mm de espessura) ou de 30 minutos (mantas de 50 mm de
espessura), de acordo com os ensaios prescritos na Norma UL. Nestas condições de fogo, a temperatura
máxima na cobertura dos cabos deve ser  70°C.
As mantas deverão ser aplicadas envolvendo o sistema de condutos, inclusive sobre caixas de junção,
obedecendo-se as recomendações de quantidade de camadas de aplicação e de sobreposição longitudinal e
radial indicadas nas instruções do Fabricante.
Após a instalação sobre os condutos, as mantas deverão ser devidamente amarradas com cinta metálica em
aço galvanizado ou inoxidável, largura  20 mm e espessura  0,4 mm, com espaços máximos entre as cintas
de acordo com as recomendações do Fabricante (ver figura 29).

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Legenda:
1 Bandejamento;
2 Cabos;
3 Malha em fio galvanizado
com largura de 1.200 mm
(2 kg/m²);
4 Duas camadas de manta com
densidade # 8 e espessura 25
mm;
5 Junta de vedação longitudinal
75 mm a 150 mm com fitas de
alumínio;
6 Cinta de amarração em aço
inoxidável 316, com 20 mm de
largura e 0,4mm de espessura
mínima.

Figura 29 – Proteção Passiva – Dispositivos para Amarração das Mantas

A instalação das mantas deverá ser feita por pessoal qualificado, com treinamento ministrado pelo Fabricante
ou por seu representante autorizado.
Contração e expansão térmica de bandejamentos
Para contornar a contração e expansão previsíveis de sistema de bandejamentos, deverá ser previsto um
trecho descontínuo de 25 mm a cada comprimento de trecho reto, definido da seguinte maneira:

Comprimento Máximo Permitido de Trecho Reto


Diferença de para Dilatação Térmica de 25 mm
Temperatura t (m)
(°C)
Aço Fibra de Vidro
14 156 203
28 78 102
42 52 68
56 39 51
70 31 41
83 26 34
97 22 29

Para bandejamentos metálicos utilizados com condutor de aterramento, deverão ser previstas cordoalhas nos
trechos descontínuos para a garantia da continuidade elétrica.

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Para que haja movimento longitudinal livre de contração e expansão térmica do bandejamento, no trecho
protegido por manta, a suportação deverá ser livre de fixação pelo uso de suporte-guia (nos demais trechos,
apenas fixação rígida em um dos suportes).
Todo trabalho de proteção passiva nas unidades da Braskem deverá ter os tipos de isolamento e pontos de
aplicação claramente definidos pela Projetista.
Após a execução dos serviços, a Contratada pela aplicação da proteção passiva deverá afixar, junto a cada
abertura fechada, um selo de conformidade da proteção passiva nela aplicada. Em atendimento à NBR 16944,
a placa deverá conter informações conforme exemplo abaixo:

Figura 30 – Placa de identificação para Proteção Passiva

No encerramento dos trabalhos, caberá a ela também dar treinamento ao pessoal de manutenção da Unidade
no sentido da preservação desta proteção sejam nos cabos ou aberturas de passagens e procedimentos de
manutenção.

8.4.9.3 Parede Resistente a fogo


Nos casos específicos em que não são respeitadas as distâncias mínimas entre de separação entre
transformadores e edificações, distâncias mínimas de separação entre transformadores e equipamentos
adjacentes e as recomendações mínimas para transformadores em instalações internas, conforme
estabelecido na Norma ABNT NBR 13231-2014, deve ser providenciado o uso de paredes do tipo resistente
a fogo para impedir a propagação de incêndio de um equipamento a uma edificação ou a outro equipamento
adjacente.
A principal propriedade física da parede resistente a fogo é a de que ela tem que resistir ao fogo por 2 (duas)
horas e não pode permitir a passagem de calor e chamas para locais próximos.
Preferencialmente, elas são construídas de blocos de concreto ou concreto armado. No caso das paredes
resistentes a fogo construídas com materiais diferentes de blocos de concreto ou concreto armado, estas
devem ser capazes de suportar 2 (duas) horas de exposição ao fogo de óleo mineral em ambos os lados, sem
a penetração de chama ao lado exposto, conforme Norma ABNT NBR 10636.
Nota: Soluções como muro anti-fogo, por exemplo, constituído por duas chapas de aço mecanicamente
ligadas a um núcleo de fibra de cimento, disponíveis em módulos, desmontáveis e realocáveis, instalados
sobre colunas ou fundações de cimento, são aceitáveis desde que tenham certificado de qualidade de produto
emitido por órgão certificador nacional. Esta solução é muito aplicada em área com restrição para
movimentação de cargas.

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