Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PNE-70-00055
As proteções aqui admitidas deve serguir diretivas pricipais e orientações da norma principal e geral para
tema, norma BRASKEM PNE-60-0090 (Critérios e Premissas Básicas para Projeto de Sistemas de Proteção
contra Incêndios para Unidades Industriais)
Consideração
Proteção passiva é todo conjunto de medidas cuja aplicação tem a finalidade de evitar, isolar e/ou retardar a
ação do fogo ou calor excessivo e de propagar fumaça, chamas ou gases tóxicos e quentes,
independentemente da ação de pessoas, sistemas ou equipamentos. Neste contexto, incluem-se as seguintes
metodologias de proteção passiva:
• Classificação de áreas;
• Arranjo físico das áreas e equipamentos;
• Paredes resistentes a fogo;
• Portas resistentes a fogo;
• Revestimentos resistentes a fogo;
• Selos resistentes a fogo;
• Pinturas retardantes de chamas em cabos, leitos, eletrocalhas, eletrodutos e perfilados;
• Tratamentos ignifugantes, etc.
Ablativo – Propriedade do material que pode consumir energia através de processos químicos ou físicos nas
condições de incêndio, permanecendo suficientemente estável para atrasar a passagem do calor, fumaça,
chamas ou qualquer combinação deles.
A definição do sistema mais indicado deverá ser definida pela projetista juntamente com a especificação de
cada fabricante, as aprovações exigidas nessa normativa e a legislação vigente.
Para efeito de aplicabilidade, este item refere-se exclusivamente à proteção passiva através da
compartimentação com selos resistentes a fogo, pinturas retardantes de chamas em cabos, leitos,
eletrocalhas, eletrodutos, perfilados e paredes resistentes a fogo.
Os sistemas de proteção passiva devem ser certificados, que não se queimam e nem desprendem gases ou
vapores inflamáveis em quantidade suficiente para se inflamarem espontaneamente quando levados a uma
temperatura de cerca de 750°C.
Todas as aberturas existentes ou a serem feitas em lajes e paredes convencionais ou do tipo resistente a fogo
de subestações (celas de transformadores e salas elétricas) e salas técnicas (salas elétricas, de controle, de
painéis de interface e rearranjo, de instrumentação/automação), necessárias para a passagem entre elas de
condutos destinados às instalações:
• Elétricas, de instrumentação/automação e comunicação (dutos de barras, leitos, eletrocalhas, perfilados,
eletrodutos e canaletas);
• Ventilação, exaustão e ar condicionado (dutos e tubulação);
• Hidráulicas (tubulações);
que possam conduzir e propagar o fogo, deverão ser devidamente compartimentadas (fechadas) com
sistemas de selagens resistentes a fogo certificados, reconstituindo parcial, temporária e satisfatoriamente as
características construtivas originais, no que tange à estanqueidade de ambientes compartimentados
adjacentes entre si, seja horizontal (entre ambientes num mesmo andar) ou verticalmente (entre andares),
permitindo também sua vedação pelo impedimento e retardamento a propagação de fumaça, chamas e gases
tóxicos e quentes originados a partir de eventual incêndio que venha a ocorrer nestas instalações.
A selagem resistente a fogo é também conhecida como firestop. Tem como função principal garantir a
selagem contra fogo, gases tóxicos e fumaça, porém, pode ter também características de isolamento acústico,
de proteção contra a entrada de pós poluentes e respingos de água e de vedação para sistemas de
pressurização e climatização de subestações e salas técnicas. Quando requerida pela Braskem, a proteção
passiva poderá ser aplicada também adequada e diretamente no interior de painéis e equipamentos elétricos.
Especificações básicas
Todos os sistemas de selagem resistentes a fogo deverão ter certificações que comprovem seu desempenho
com relação a proteção contra a ação do fogo, a propagação de fumaça e gases quentes e tóxicos, além das
seguintes características:
Nomenclatura Americana
• F-rating (integridade) = 2 h (limitada à resistência da laje ou parede);
• T-rating (isolamento) = 2 h (limitada à resistência da laje ou parede);
Nomenclatura ABNT e Européia
• E (Integridade) - 2 horas (limitada à resistência da laje ou parede);
• I (Isolamento) – 2 horas (limitada à resistência da laje ou parede).
• Para tempos de proteção menores aos citados acima, somente após a aprovação junto à engenharia
da Braskem;
• Ser isento de asbestos solventes inflamáveis ou tóxicos e não produzir gases inflamáveis ou tóxicos
durante a secagem ou processo de cura;
• O sistema de selagem resistente a fogo proposto para as médias e grandes aberturas deve ter sido testado
e aprovado para tal situação pelos órgãos certificadores. O sistema resistente a fogo testado em grandes
e médias aberturas podem ser utilizadas em pequenas aberturas. O inverso torna-se inadmissível.
Consideram-se:
- Aberturas grandes: ≥ 1,80m²
- Aberturas médias: 0,30m² a 1,79m²
- Aberturas pequenas: < 0,30m²
• Ter característica autoportante, ou seja, não estar apoiado em telas ou suportes para permanecer no vão
comprovado através de testes que mostram o desempenho da selagem em médias e grandes aberturas,
de acordo com os procedimentos previstos na norma BS 476 parte 20, EN 1366-3 ou norma equivalente;
• Ter certificação compatível com a aplicação a que se destina, com relação ao local a ser instalado como
piso ou paredes, internas ou externas, elementos passantes como cabos, bandejas, dutos, entre outros;
• Em locais sujeitos a intempéries, o selo deverá ter aprovações que comprovem seu desempenho nesses
ambientes;
• Não requerer manutenção periódica;
• Permitir a passagem de novos cabos/dutos, sem afetar a aplicação já efetuada e que possibilite fácil ajuste
para fechamento de frestas em decorrência da passagens destes novos elementos;
• Ser de fácil aplicação (não requerer a utilização de nenhum equipamento ou ferramenta especial);
• Ter resistência à corrosão causada por ambientes agressivos, se solicitado;
• Ter certificado de testes de envelhecimento para comprovar a manutenção de suas propriedades por
determinado período de tempo, através de procedimentos previstos nas normas / aprovações UL 1479,
DIN 4102, ETA ou equivalentes;
Notas:
1. Caso o limite de resistência a fogo de lajes e paredes não atenda aos requisitos de segurança, a
Projetista deverá propor solução no sentido de adequar esta situação às prescrições estabelecidas
nas normas referidas acima;
2. Em função das necessidades, condições ambientais e características específicas das instalações
locais da Unidade, o atendimento normativo da proteção passiva requerida poderá ser distinto daquele
acima indicado, desde que seja mais eficaz e/ou mais adequada, justificada prévia e tecnicamente
pela Projetista e aprovada pela engenharia da Braskem.
Abaixo seguem alguns exemplos de sistemas que podem ser utilizados, mas não restritos apenas a estes:
• Para grandes e médias aberturas em áreas internas, o sistema de selagem resistente a fogo pode ser
composto por placa de lã de rocha de alta densidade (entre 140kg/m3 e 160kg/m3) e pintura ablativa.
Importante possuir característica autoportante e testes compatíveis com aberturas grandes e médias
de acordo com os procedimentos previstos na norma BS 476 – 20, EN 1366-3 ou mesmo nível de
aprovação, conforme figura 20.
• Para aberturas médias em áreas internas e onde há restrição ao uso de sistemas com lã de rocha, o
sistema de selagem resistente a fogo pode ser feito através da utilização de blocos intumescentes,
com aprovação FM ou UL, ou mesmo nível de aprovação, conforme figura 21 abaixo:
• Compartimentação de aberturas em áreas externas devem ser feitos por sistemas com aprovação
contra intempéries. Para grandes e médias aberturas em áreas externas podem ser utilizada
argamassa resistente a fogo, com aprovação BS 476, UL ou mesmo nível de aprovações, conforme
figura 25 abaixo:
• Para compartimentação de pequenas aberturas ou juntas em áreas externas, pode ser utilizado
fechamento com lã de rocha de baixa densidade e selante elastomérico à base de silicone, com
aprovação FM, UL ou mesmo nível de aprovações, conforme figura 26 abaixo:
Notas:
1. A Compartimentação através de selos resistentes a fogo não desobriga o uso necessário de barreiras
internas em condutos do tipo duto de barras e eletrodutos, para a prevenção contra a condução e
propagação de fogo, fumaça, chamas e gases tóxicos advindos de eventual incêndio de origem
elétrica, como curtos-circuitos e arcos elétricos. Para dutos de barras recomenda-se o uso de barriers
e para eletrodutos o uso de unidades seladoras.
2. O mesmo se requer dos cabos instalados em áreas sujeitas a fogo ou que façam parte de circuitos
que, por questão de segurança, necessitem continuar em operação por determinado tempo, mesmo
sob condição de fogo.
Cabos, leitos, eletrocalhas, eletrodutos e perfilados deverão ter proteção contra fogo através de pinturas
retardantes de chamas em cabos, isolação mineral e/ou mantas seguindo as recomendações do analista
de risco da planta. Os sistemas mencionados estão descritos abaixo:
Em caso de pinturas retardantes de chamas em cabos, devem ser atendidos os seguinte critérios:
• Pinturas com características intumescentes para áreas internas e características ablativas para
áreas internas e externas;
• Deverão ser a base de água, livre de solventes, inodoro;
• Ter certificado de testes de envelhecimento para comprovar a manutenção de suas propriedades
por determinado período de tempo, através de procedimentos previstos nas normas UL 1479, ISO
4589 ou normas equivalentes;
• Não interferir no funcionamento dos cabos;
• Não propiciar aumento de temperatura nos cabos;
• O coeficiente de transferência de calor da pintura deverá ser informado pelo fabricante para ajuste
de cálculos de dimensionamento de condutores no critério de ampacidade;
• Atender as normas e certificações FM 3971 e/ou IEC 60331 e/ou IEC 60332;
• Propiciar a diminuição da carga combustível do local, retardando a propagação das chamas e
minimizando prejuízos, até que se cumpram os 6 passos exigidos no item 10.5.1 da NR-10;
• A pintura poderá ser integral por todo o leito de cabos ou fracionada de acordo com a aprovação
adotada e/ou análise de risco da planta, porém, nunca inferior ao determinado pela NBR 13231,
sendo no mínimo 1,00m na horizontal e 1,50m na vertical;
• A espessura da pintura e sua extensão devem ser definidas de acordo com a aprovação a ser
adotada e fabricante do produto.
NOTAS IMPORTANTES:
Pintura Intumescente
Pintura Ablativa
• Deve ser pintada toda a superfície dos cabos, laterais e fundo da bandeja de cabos, conforme
indicação abaixo:
• A pintura pode ser feita por pistola ou pincel conforme figura 28 abaixo:
Legenda:
1 Bandejamento;
2 Cabos;
3 Malha em fio galvanizado
com largura de 1.200 mm
(2 kg/m²);
4 Duas camadas de manta com
densidade # 8 e espessura 25
mm;
5 Junta de vedação longitudinal
75 mm a 150 mm com fitas de
alumínio;
6 Cinta de amarração em aço
inoxidável 316, com 20 mm de
largura e 0,4mm de espessura
mínima.
A instalação das mantas deverá ser feita por pessoal qualificado, com treinamento ministrado pelo Fabricante
ou por seu representante autorizado.
Contração e expansão térmica de bandejamentos
Para contornar a contração e expansão previsíveis de sistema de bandejamentos, deverá ser previsto um
trecho descontínuo de 25 mm a cada comprimento de trecho reto, definido da seguinte maneira:
Para bandejamentos metálicos utilizados com condutor de aterramento, deverão ser previstas cordoalhas nos
trechos descontínuos para a garantia da continuidade elétrica.
Para que haja movimento longitudinal livre de contração e expansão térmica do bandejamento, no trecho
protegido por manta, a suportação deverá ser livre de fixação pelo uso de suporte-guia (nos demais trechos,
apenas fixação rígida em um dos suportes).
Todo trabalho de proteção passiva nas unidades da Braskem deverá ter os tipos de isolamento e pontos de
aplicação claramente definidos pela Projetista.
Após a execução dos serviços, a Contratada pela aplicação da proteção passiva deverá afixar, junto a cada
abertura fechada, um selo de conformidade da proteção passiva nela aplicada. Em atendimento à NBR 16944,
a placa deverá conter informações conforme exemplo abaixo:
No encerramento dos trabalhos, caberá a ela também dar treinamento ao pessoal de manutenção da Unidade
no sentido da preservação desta proteção sejam nos cabos ou aberturas de passagens e procedimentos de
manutenção.