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FEV 2003 NBR 14925


Unidades envidraçadas resistentes ao
fogo para uso em edificações
ABNT - Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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Rio de Janeiro - RJ
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Endereço eletrônico:
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www.abnt.org.br CE-24:201.01 - Comissão de Estudo de Vedações Corta-Fogo
NBR 14925 - Fire-resistant glazed assemblies for use in building
Descriptors: Glass. Fire. Fire resistance. Fire protection
Copyright © 2003,
Esta Norma foi baseada na ISO 9051:2001
ABNT–Associação Brasileira de Válida a partir de 31.03.2003
Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Vidro. Incêndio. Resistência ao fogo. 3 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Proteção contra incêndio

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Características de unidades envidraçadas resistentes ao fogo
4 Classificação
5 Tipos de vidro
6 Requisitos de desempenho
7 Avaliação
8 Relatório de ensaios
9 Identificação

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma foi elaborada em conjunto com a CE-37:000-03 - Comissão de Estudo de Vidros e suas Aplicações na
Construção Civil, do ABNT/CB-37 - Comitê Brasileiro Brasileiro de Vidros Planos.

1 Objetivo

Esta Norma fixa os requisitos exigíveis para unidades envidraçadas resistentes ao fogo, que contêm vidro transparente ou
translúcido, para uso em edificações.
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2 NBR 14925:2003

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 6479:1992 - Portas e vedadores - Determinação da resistência ao fogo - Método de ensaio

NBR 10636:1989 - Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da resistência ao fogo - Método de ensaio

3 Características de unidades envidraçadas resistentes ao f ogo

As unidades envidraçadas são constituídas não apenas pelo vidro, mas também pelos seus elementos de fixação e
estruturação. A capacidade de as unidades envidraçadas resistirem ao fogo depende do vidro, do método de
envidraçamento, do tipo do caixilho, do tamanho do painel, do método de fixação e do tipo da construção adjacente da
área envidraçada. Somente certos tipos de unidades envidraçadas são reconhecidas como resistentes ao fogo.

A resistência ao fogo é atendida na medida em que a unidade envidraçada mantém em condições de incêndio, a
estabilidade (resistência mecânica), a estanqueidade e, em alguns casos, também a isolação térmica. A possibilidade de
propagação direta do fogo ou da fumaça é evitada pelas características de estabilidade (resistência mecânica) e
estanqueidade, e a possibilidade da ignição de materiais combustíveis através da propagação do calor via unidade
envidraçada é evitada pela característica de isolação térmica.

4 Classificação

Uma vez que unidades envidraçadas têm desempenhos diferentes no caso de exposição ao fogo, elas devem ser
classificadas em um dos dois tipos descritos a seguir:

a) classe RE: unidades envidraçadas classificadas como RE garantem, num dado período de tempo, estabilidade
(resistência mecânica) e estanqueidade. A temperatura do lado não exposto ao fogo não é levada em consideração.
Por esta razão a verificação da estanqueidade não deve incluir o ensaio com o chumaço de algodão;

b) classe REI: unidades envidraçadas classificadas como REI garantem, num dado período de tempo, estabilidade
(resistência mecânica), estanqueidade e isolação térmica.

Quando a unidade envidraçada está incorporada às divisórias ou paredes internas, ou às envoltórias dos edifícios, valem
as condições da NBR 10636 para a definição das classificações REI ou RE.

Quando a unidade envidraçada está incorporada a porta corta-fogo, valem as condições da NBR 6479 para a definição das
classificações REI ou RE.

5 Tipos de vidro

As unidades envidraçadas podem, por exemplo, conter:

a) blocos de vidro;

b) vidro com baixo coeficiente de expansão térmica ou vidro cerâmico;

c) vidro temperado por tratamento térmico ou químico;

d) vidro aramado;

e) vidro laminado simples ou múltiplo.

6 Requisitos de desempenho

A classificação das unidades envidraçadas devem ser obtidas a partir de ensaios de resistência ao fogo, conforme as
NBR 6479 ou NBR 10636, envolvendo corpos-de-prova completos representativos de elemento construtivo onde se insere.

6.1 Portas corta-fogo

O corpo-de-prova deve incluir uma porta completa instalada, reproduzindo a situação real. As dimensões da unidade
envidraçada submetida ao ensaio condicionam a validade dos resultados para aplicações com dimensões iguais ou
inferiores.

6.2 Divisórias e paredes internas ou na envoltoria do edifício


O corpo-de-prova deve incluir, segundo cada caso, todos os tipos de junta prevista, respeitando a modulação da situação
real, bem como os sistemas de fixação, apoio e acabamentos. As dimensões ensaiadas das unidades envidraçadas ou da
sua modulação condicionam a validade dos resultados para aplicações com dimensões iguais ou inferiores.
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NBR 14925:2003 3

7 Avaliação

A unidade envidraçada resistente ao fogo deve ser classificada como RE ou REI tendo em conta os resultados de ensaios
e disposto na tabela 1.

A unidade envidraçada incluída em parede ou divisórias deve ter classificação RE ou REI correspondente respectivamente
as classes PC e CF, dadas às paredes ou divisórias, preservando os mesmos tempos de resistência ao fogo.

Tabela 1 - Tempo de resistência ao fogo

Tempo de resistência
Número de código
min
20 20 a 29
30 30 a 59
60 60 a 89
90 90 a 119
120 120 a 179
180 180 ou mais

8 Relatório de ensaios

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) nome do laboratório que executou o ensaio;

b) nome do fabricante do corpo-de-prova;

c) data da realização do ensaio;

d) nome(s) do(s) fabricantes(s) e comerciante(s) (se houver) dos compenentes principais do corpo-de-prova;

e) detalhes dos materiais, da construção e do acondicionamento do corpo-de-prova ensaiado;

f) descrição das fixações entre o corpo-de-prova ensaiado e as estruturas adjacentes;

g) lado exposto ao fogo;

h) resultado do ensaio determinado através da exposição à elevação padronizada de temperatura em função do tempo
e às condições preconizadas de pressão, considerando o tempo durante o qual os critérios estabelecidos na seção 6
são atendidos;

i) qualquer outra observação que se julgue relevante;

j) classes de resistência ao fogo RE ou REI e número de código conforme a tabela 1.

9 Identificação

A identificação deve conter as seguintes informações, devendo ser indelével e gravada distintamente em cada unidade
envidraçada resistente ao fogo, numa posição que seja visível a qualquer pessoa:

a) nome do fabricante e do comerciante;

b) número desta Norma;

c) classe de resistência ao fogo RE ou REI;

d) número de código do tempo de resistência ao fogo.

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