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3.1 Construção
O NR-8, do MTE, dispõe sobre as especificações para edificações de ambiente de
trabalho. No caso especifico de laboratórios de ensino devem ser descritos os itens
abaixo.
3.1.1 Piso
O piso deve ser impermeável, antiderrapante, resistente mecânica e quimicamente e
não deve apresentar saliência nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas
ou a movimentação de materiais.
O piso de cerâmica comum é o mais recomendável pelo seu baixo custo, facilidade na
colocação e limpeza, segurança oferecida, ótima resistência e durabilidade. No entanto,
há várias alternativas de piso como os de: granilite, madeira (tacos), borracha.
De acordo com a NBR 14050 – ABNT, recomenda-se que todos os laboratórios
tenham pisos do tipo Argamassa polimérica com grande quantidade de carga mineral,
constituído por resina epóxi e quartzo selecionado de alta dureza. Este tipo de piso é
indicado para pisos industriais que demandam elevada resistência química e mecânica.
Ideal para áreas de tráfego pesado.
A espessura mínima deve ser de 3mm, com acabamento antiderrapante, e rodapés
meia cana, conferindo facilidade na limpeza e maior segurança nos ambientes de
trabalho.
É de primordial importância que não haja desníveis ou elevações no piso, a fim de evitar
tropeços e possíveis acidentes. Outro aspecto importante a considerar quanto ao piso,
refere-se à sua constante manutenção e limpeza. Os reparos que se fizerem necessários
devem ser feitos imediatamente, mantendo-se o bom estado do mesmo.
3.1.2 PAREDES
As paredes devem ser de alvenaria revestida com reboco, massa corrida e pintura
acrílica semi-fosca, em cores claras. Devem ser impermeáveis, revestidas com material
que permita o desenvolvimento das atividades em condições seguras, sendo resistentes
ao fogo e a substâncias químicas, além de oferecer facilidade de limpeza. De acordo
com a NR-8, item 8.4.1, as partes externas, bem como todas que separem unidades
autônomas de uma edificação, ainda que não acompanhem sua estrutura, devem
obrigatoriamente observar as normas técnicas oficiais relativas a resistência ao fogo,
isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência estrutural e
impermeabilidade.
3.1.3 Teto
O teto deve atender às necessidades do laboratório quanto à passagem de tubulações,
luminárias, grelhas, isolamento térmico e acústico, estática. A NR-8, item 8.2 preconiza
que os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao teto, pé direito, de acordo com as
posturas municipais, atendidas as condições de conforto, segurança e salubridade,
estabelecidas na Portaria 3.214/78. (Redação dada pela Portaria nº 23, de 9-10-2001).
3.1.4 Portas e janelas
As janelas e portas devem ser amplas e distribuídas de tal forma que permitam uma boa
iluminação e arejamento do laboratório.
Recomendam-se janelas basculantes por apresentarem maior segurança e por serem
facilmente abertas e fechadas com um só comando de mão.
As janelas devem estar localizadas acima de bancadas e equipamentos, numa altura
aproximada de 1,20m do nível do piso e que a área de ventilação/iluminação seja
proporcional à área do recinto, numa relação mínima de 1:5 (um para cinco). Deverá
haver sistema de controle de raios solares, como persianas metálicas ou breezes
(anteparos externos instalados nas janelas que impeçam a entrada de raios solares, mas
não impeçam a entrada de claridade). Porém, sob nenhuma hipótese deverão ser
instaladas cortinas de material combustível.
As janelas devem estar afastadas das áreas de trabalho e dos equipamentos, tais como
cabines de segurança biológica, balanças, estufas, fornos industriais e capelas de
exaustão química, entre outros que possam ser afetados pela circulação de ar.
As portas deverão ser amplas com largura mínima de 1,20m e com abertura para o lado
de fora do laboratório. Recomenda-se o uso de visores em divisórias, paredes, portas e
onde mais for possível. Os acabamentos das portas devem ser em material que retarde o
fogo.
É recomendável que se tenha mais de uma saída e sempre distantes entre si. Caso não
seja possível, as janelas devem favorecer a saída de emergência. Por isto, não devem ser
obstruídas com armários, a fim de proporcionarem ema alternativa para saída de
emergência. e com sentido de abertura da porta para a parte externa do local de
trabalho.
3.1.5 Sala de armazenagem dos reagentes
Para a armazenagem dos reagentes devem ser seguidos diversos critérios rigorosos.
Deve-se ter em conta que os produtos químicos po
PROJETO DE INSTALAÇÕES
O principal aspecto que deve ser observado aqui é que os produtos que serão manuseados
devem visar principalmente o projecto de esgoto. O consumo de água, vapor e GLP
dependerá de instrumentação que será utilizada.
O projecto eléctrico levará em conta o consumo de energia requerido para os equipamentos,
aquecedores, bem como ar condicionado e sistema de exaustão.
ILUMINAÇÃO
Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminancia estabelecidas na NBR 5413, norma brasileira resitada no
INMETRO.
O nivel de iluminamento recomendado é de 500 lux à 1000 lux, devendo ser evitados a
incidencia de reflexos ou focos de luz sobre as áreas de trabalho.É importante avaliar a
necessidade do sistema de iluminação de emergência, conforme estabelece a citada
norma.
As iluminarias devem ser embutidas no forro e as lampadas florescentes deve ter
protecção para evitar queda sobre a bancada ou piso do laboratório.
Nas áreas que se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, as luminárias e
interruptores deverão ser a prova de explosão.
Nota: Para os laboratórios que possuem equipamentos e/ou produtos químicos sensíveis
à luz solar, deve-se projetar a construção (ou reforma) excluindo-se a luz solar direta
sobre o laboratório.
INSTALAÇÃO ELÉTRICA
O projecto das instalações electricas devem obedecer as normas de segurança e atender
ao estabelecido na norma NR-10, do MTE(12), considerando o espaço seguro quanto ao
dimensionamento e a localização dos seus componentes e as influencias externas,
quando da operação e da realização de serviços de contrução e manutenção.
• Preferencialmente deverão ser externas às paredes (facilitando qualquer
manutenção), se forem embutidas devem tter facilidade de acesso;
• Os pontos que alimentarão as bancadas deverão ser deixadas a 60 cm do piso, isto é,
sempre abaixo dos tampos das bancadas;
• Para a elaboração de um projeto elétrico é necessário que o responsável pelo
laboratório, forneça ao projetista os equipamentos que serão instalados, com a
potência, tensão e localização dos aparelhos sobre as bancadas ou sobre o chão.
• As tomadas sobre as bancadas, devem estar a mais ou menos 1,0 m distantes entre
si, sendo que em cada ponto (cada caixa do tipo pedestal) deverá ter uma tomada
110V e uma 220V (onde houver tais tensões).
• Deve-se considerar que as tomadas de uso geral nas bancadas (onde não tiver um
equipamento específico instalado) têm potência de 200W para tomada 110V e
200W para a 220V.
• Nas áreas onde se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, toda instalação
elétrica (eletrodutos, caixas de passagem, tomadas, interruptores e luminárias)
deverá ser à prova de explosão.
Os circuitos electricos devem ser protegidos contra humidade e agentes corrosivos, por
mmeio de electrodos emburrachados e flexiveis e dimensionados com base no numeo
de equipamentos e as suas respectivas pottencias, além de contemplar futuras
ampliações. O quadro de fforça deve ficar em local visível e de facil acesso, sendo
recomendavel um painel provido de um sistema que permita a interrrupção imediata da
energia electrica, em caso de emergencia, em varios pntos do labratorio, como por
exemplo, nas bancadas.
A fiação deve ser isolada com material que apresenta propriedade antichama.
• Os eletrodutos e conduletes deverão ser identificados com a cor padronizada pela
norma da ABNT e as tomadas 110V e 220V deverão ter plaquetas de identificação.
BANCADAS DE TRABALHO
As bancadas devem ser posicionadas de forma que a luz natural incida nelas
lateralmente, para que não ocorra sombra sobre a bancada e para que a luz não
incida directamente aos olhos do laboratorista. A distância entre duas bancadas é
muito importante para que haja livre tráfego de carrinhos de vidraria,
minimizando o risco de choques com os laboratoristas;
Os reagentes devem ser identificados por rótulos de risco com a finalidade de:
o Tornar tais produtos reconhecíveis à distância, pela aparência geral dos
símbolos (como forma e cor);
o Permitir a identificação rápida dos riscos que apresentam e prover, por meio
das cores dos rótulos de risco, uma primeira indicação quanto aos cuidados a
observar no manuseio.
São apresentados abaixo os símbolos os quais indicam o perigo que algumas
substâncias químicas apresentam.
Simbolo: E
Indicações de perigo; Explosivo
Precauções: evitar, choques, fricção, faiscas, fogo e calor.
Simbolo: O
Indicações de perigo: Oxidante
Precauções: evitar todo o contacto com substâncias combustíveis.
Perigo de inflamação: podem favorecer incêndios
e dificultar a sua extinção
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Fonte:http://www2.ufpa.br/quimdist/livros_2/livro_quim_inorg_experimental/1a
%20%20aula_edo%20 lab_qu%edmica.pdf
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6 INDICADORES ÁCIDO-BASE
Tabela 2
Indicadores convencionais Indicadores alternativos
Fenolftaleína Suco de feijão preto
Papel de tornessol Suco de repolho roxo
Alaranjado de metila Suco de açaí
Azul de bromotimol Suco de papoula vermelha
Vermelho de metila Suco de beterraba
7 SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
O laboratório de Química deve apresentar os seguintes materiais de segurança:
o Caixa de primeiros socorros
o Extintores de incêndio
o Luvas
o Máscaras
o Óculos
o Lava-olhos chuveiro
o Jaleco
7.1 CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS
Em um laboratório de química é necessário ter uma caixa de primeiros socorros,
sendo a sua localização de preferência em local de fácil acesso. Estas caixas devem
conter:
o Glicerina
o soro fisiológico
o gaze
o etanol
o esparadrapo
o algodão
o atadura
o pomada para queimaduras
o tesoura
o pinça metálica
o álcool iodado.
EXTINTORES DE INCÊNDIO
Os laboratórios devem estar equipados com extintores de combate a incêndios
devidamente sinalizados, bem como mantas anti-fogo e recipientes com areia. O
extintor é um instrumento simples de manusear, portátil e eficiente. A utilização de cada
tipo de extintor depende do tipo de incêndio. Existem quatro classes de fogos – A, B, C
e D – com características diferentes, logo com formas de extinção diferentes. O
conhecimento do tipo de fogo na maior parte dos casos leva a uma extinção apropriada.
Classes de incêndio
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua
superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras,
etc.;
Classe B - são considerados os inflamáveis os produtos que queimem somente em sua
superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores,
transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.
MÁSCARAS
É necessário o uso de máscaras de proteção, par evitar a inalação de vapores tóxicos
liberados por algumas substâncias. Podem ser respirador, purificador de ar
(descartavel) ou respirador purificador de ar (com filtro)
ÓCULOS
Fonte: CPNSP
Devem ser utilizados, de preferência durante as aulas que envolvam a manipulação de
produtos corrosivos. É utilizado também para proteção dos olhos contra impactos
mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas. Podem ser de lente incolor ou lente
com tonalidade escura
LAVA OLHOS E CHUVEIRO
Lava-olhos são equipamentos projetados de forma semelhante aos chuveiros de
segurança, só que com o objetivo específico de livrar os olhos de contaminantes. É de
vital importância que em áreas de manuseio de produtos químicos existam
equipamentos que proporcionem este fluxo de água , tais como: chuveiros, lava-olhos
ou bisnagas.
Chuveiros de segurança e lava-olhos, por serem equipamentos de emergência, devem
ser mantidos de forma a estarem preparados para uso imediato a qualquer instante. É de
responsabilidade de cada setor manter em condições de uso os chuveiros de segurança e
lava-olhos em local sob sua jurisdição.
JALECO
É muito importante o uso de jaleco no laboratório de química, já que evita o contato de
reagentes nocivos com o corpo.
Conclusão
Concluímos que a projecção de um laboratório exige responsabilidade e o conhecimento
dos materiais e reagentes, bem como as regras de manuseamento dos mesmos.
Concluímos também que os conceitos de operacionalização não se encontra assente no
laboratório 56 do IMIL, porque nada dentro dele é sinalizado e os armários de materiais
e reagentes encontram-se mal arrumados e identificados.
o laboratório não tem kit de primeiros socorros, ficha de segurança, não tem mapa de
emergência, plano de emergência, não tem extintores, chuveiros e lava-olhos, só te uma
saída e não está sinalizada, os interruptores não estão sinalizados, os armários de
reagentes temporários, não tem sinalização nem catalogação, o quadro de electricidade e
as torneiras de água e gás não estão sinalizadas.
É visível que no laboratório 56 do IMIL não existem Boas Praticas Laboratoriais (BPL)
e por isso não é considerado um laboratório operacional.
Referências bibliográficas
Monografia.pdf-Adobe Reader
M. Samara, L. Jardson, S. Gleice, A. Tarceile Andrade, L. Andreza faculdade de
Química UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, Belém- Brasil 2010.
ANEXOS