Você está na página 1de 60

O TOSADOR

No pet shop, assim como no banho e tosa, administrar corretamente as


mercadorias e sempre manter o controle para reposição das mesmas, cuidar
da higiene e realizar as tosas das raças com as ferramentas corretas,
adequadas a cada tipo de pelo/pelagem.
No caso de exposições além da tosa da raça, preparar os animais para entrada
na pista incluindo seu adestramento (comportamento).
Abaixo seguem outras atividades que podem ser realizadas pelo tosador
dentro da rotina de uma clínica veterinária ou pet shop:

1. Limpeza dos animais;


2. Higienizar o local de trabalho;

3. Conter o animal;

4. Fazer a tricotomia de animais;

5. Observar condições físicas e neurológicas dos animais;

6. Fazer a assepsia do animal;

7. Transportar o animal dentro do estabelecimento;

8. Recolher o material utilizado;

9. Separar materiais descartáveis;

10. Separar o lixo e embalar para descarte;

11. Limpeza e esterilização de materiais usados;

12. Esterilizar materiais, instrumentos e o ambiente.

1
O CÃO E O BANHO E TOSA

O que é o banho e tosa?


Um local onde é realizado a higienização e assepsia de cães e gatos
domésticos.

O tosador é o profissional responsável pela higiene cuidado tanto do animal


quanto do seu material de trabalho e ambiente de trabalho, o serviço de
banho e tosa tem a finalidade e a função de além de um serviço estético é
também um serviço de saúde animal.

O que é o cão?
Mamífero canídeo, domesticado pelo homem desde tempos remotos, que
atende pelo plural de cães e tem como forma feminina, cadela.
Mandar o pet para o banho e a tosa é mais que uma questão de estética. Além
de deixar os animais mais bonitos, aparar os pelos pode ajudá-los a se
movimentar melhor, trazer mais conforto durante o verão e evitar acidentes.
Cada raça tem características específicas que, consequentemente, trazem a
necessidade de uma tosa diferente.
Quando a estética é um diferencial, existem profissionais especializados em
tornar os pets ainda mais bonitos. Muitos tutores optam pelos serviços dos
groomers criativos, que realizam verdadeiras obras de arte no pelo dos
animais. A qualificação é tanta que muitos deles participam de competições
até internacionais.
Ainda que os pelos sejam uma proteção natural, funcionando como isolante
térmico tanto no inverno quanto no verão, o crescimento contínuo deles pode

2
gerar um acúmulo de detritos em algumas regiões do corpo ou se esticar até
os coxins (almofadinhas das solas) e ocasionar escorregões com resultados
graves.
A tosa ajuda não só no controle do calor excessivo do animal, mas também no
combate às pulgas e feridas causadas pelas altas temperaturas e pela umidade
elevada. O crescimento do pelo ocasiona um ambiente propício para a
proliferação de fungos e bactérias, especialmente se o animal não for secado
de forma adequada após o banho.
A tosa, é uma alternativa para pets cuja pelagem é muito fina e costuma
formar nós, ideal é que o tutor escove o pelo do cachorro diariamente, mas
isso raramente ocorre. Por isso, mantê-lo menor é um grande auxílio,
considera.

Indica-se que a tosa higiênica; das partes íntimas e embaixo das patas; seja
realizada entre 15 e 20 dias, e um corte maior a cada três meses.
Assim como a respiração dificuldades de respiração características dos cães
braquicefálicos, a pelagem dos animais ajuda a equilibrar a temperatura
corporal deles. Por isso, o corte exige atenção. É fundamental se certificar de
que a tosa não vai causar problemas, mesmo que o tutor esteja tentando
aliviar o incômodo dos bichinhos.
Cada raça conta com características específicas. Por exemplo, o grupo de cães
do qual pertencem spitz alemão, chow chow, samoiedas e husky siberiano não
podem ser tosados com a máquina, porque o crescimento normal dos pelos
pode ser prejudicado.
Outro problema é ocasionado pelas possíveis queimaduras de sol em animais
de pelagem muito branca e com a pele rosada, como o maltês e o poodle, que
não devem perder totalmente a proteção da pelagem. Alergias às lâminas e
cortes também são preocupações recorrentes.
É importante ficar atento que filhotes muito novos também podem apresentar
uma dificuldade a mais durante a tosa. Por isso, o especialista aconselha que
os pequenos só se submetam ao processo a partir dos seis meses, e que eles
sejam acostumados aos ruídos do soprador desde cedo.
A tosa higiênica é um estilo de tosa utilizado em regiões específicas do
cachorro, como: barriga, área perianal, anal e nas almofadas plantares (parte
inferior das patas, também chamada de coxins ou almofadinhas), cuja
finalidade é garantir melhor higiene nessas regiões.
Em razão da genética, algumas raças de cachorros possuem grande quantidade
de fios no corpo, e isso pode causar acúmulo de sujeira, mau odor e
3
desconforto no animal, mesmo com banhos frequentes, pois há dificuldade de
limpeza na área cheia de pelagem.
Além disso, na tosa higiênica ainda pode ser incluído o corte ou lixamento de
unhas, limpeza e depilação da área dos ouvidos e olhos. Espera-se que o
animal faça a tosa higiênica ao menos uma vez ao mês, de preferência quando
tomar banho. No entanto, a frequência pode ser variável.
É importante observar como é o pelo do seu bicho de estimação. Mesmo raças
naturalmente peludas podem ter o crescimento de pelos mais devagar que
outras, por isso observe seu cachorro, pois o tempo irá variar de um animal
para outro.

Quais as principais raças que precisam da tosa higiênica?


Todos os cachorros podem fazer a tosa higiênica, se for necessário, mas ela é
indispensável à saúde e bem-estar de determinadas raças, por exemplo:

Golden Retriever;
Poodle;
Lhas Apso;
Shih Tzu;
Pequinês;
Yorkshire;
Schnauzer;
Collie;
Maltês;

4
Quais as vantagens para os cachorros?

Por mais que muitos possam pensar que a tosa higiênica é um apenas um luxo
dispensável para o animal, ela deve ser vista como uma necessidade de saúde
e bem-estar na vida do cachorro. Diante disso, confira algumas vantagens que
essa prática pode proporcionar.

Saúde

Cada área cuidada por esse tipo de tosa tem um bom motivo de necessidade e
o principal deles é a higiene. Para a região dos coxins, na sola das patinhas do
cão, a retirada de pelos ajuda a evitar o acúmulo de sujeira (principalmente em
fêmeas), aumenta sua segurança e melhora a movimentação, pois evita
escorregamentos.

Na área da barriga e nas áreas íntimas, o acúmulo de resíduos e bactérias pode


causar alergias e irritações na pele, além de diversas doenças que chegam a ser
graves para o seu bicho de estimação, conforme o parasita instalado ali. Por
isso, é preciso tomar bastante cuidado com essa região, já que a frequência da
tosa higiênica pode prevenir o cachorro de diversos males à sua saúde.

Além do cuidado com a saúde e o conforto, a estética do animal também é


bastante importante. No verão, quando a temperatura é quente a maior parte
do tempo, a tosa higiênica é perfeita para os cachorros, pois deixa seu corpo
mais fresco e evita desconfortos. Se perceber bem, o animal se sente bem mais
livre e confortável com seu corpo quando está devidamente tratado.

Apesar de ser muito recomendada, nem todos os donos pedem o conjunto


completo de higiene do cachorro, visto que a maioria das pessoas acredita que
ao remover os pelos o animal estará mais suscetível a problemas com sua pele
sem a proteção, como infecções e queimaduras ao entrar em contato direto
com o chão frequentemente.

1 – Tosa higiênica
A tosa higiênica não tem restrições em relação à raça. Ela é feita para reduzir o
comprimento dos pelos em lugares específicos do corpo do animal, como
patas, barriga e genitália. Afinal, esses lugares estão mais propensos a

5
acumular sujeira.

2 – Tosa na tesoura
A tesoura traz um melhor acabamento, ainda que deixe o procedimento mais
demorado. Ela é indicada para cães que ficam muito agitados com o barulho da
máquina, que possuem alergia à lâmina ou, ainda, aos cães de pelo médio e
longo.

3 – Tosa na máquina
A tosa na máquina deve ser feita apenas por profissionais. Afinal, só eles vão
saber a lâmina certa para o tipo de pelo do pet. Sem falar que a máquina
utilizada por nós não é igual à destinada aos animais.

4 – Tosa bebê
Apesar do nome, não quer dizer que essa tosa seja para cães filhotes. O
objetivo da tosa bebê é deixar o cão com aparência infantil, com pelos curtos e
arredondados, além de facilitar a escovação.

5 – Tosa de raça
A tosa de raça mantém as características próprias da raça. No Schnauzer, por
exemplo, o aspecto de saia na parte traseira é mantido pelo corte dos pelos.
No Poodle, os pompons nas patas lembram o aspecto fofinho dos seus pelos.

6 – Tosa verão
Esse tipo de tosa é indicado de acordo com a avaliação do esteticista, e
geralmente acontece quando o pet está com muito nós. Para garantir seu bem-
estar e diminuir as chances de ocasionar fungos na pele, essa tosa é a melhor
opção. Porém visto que exista uma complexidade e riscos, o tutor deve ter
conhecimento e autorizar os serviços.

6
AS ETAPAS DA VIDA DE UM CÃO

Período neonatal: do nascimento: dias de vida


A fase em que o cachorrinho depende exclusivamente de sua mãe. Com esta

7
idade ele não consegue controlar sozinho a temperatura de Seu corpo, precisa
de estimulação física para fazer Xixi e defecar, e não vê ou ouve, mas já sente o
Cheiro da mãe.

Período de Transição: de 13 a 20 dias de Vida


Nesta fase o filhote passa por diversas mudanças Físicas. Os olhinhos abrem,
ele começa a “engatinhar, ele já pode ouvir, e, por volta Dia já aparece o
primeiro dentinho.

Período de Reconhecimento: de 21 a 28 dias de vida


Só agora ele começa a usar os seus sentidos de audição e visão. Ele pode
reconhecer movimentos, e objetos. Ele precisa muito de sua mãe e irmãos
para se sentir seguro e, porque estas percepções sensoriais ocorrem, é muito
importante que o ambiente em que eles sejam calmo e estável.

Período de Socialização Canina: de 21 a 49 dias de vida


É quando o filhotinho aprende os comportamentos específicos que fazem
cachorro. Por isso é tão importante não tirar o filhote da ninhada antes de
semanas de vida. E durante este período que ele aprende noções de higiene
respeito à hierarquia, e a ser disciplinado, com os irmãozinhos ele aprende
“dominante x dominado”.

Período de Socialização com Humanos: de 7 a 12 semanas de vida


Este é o melhor período para o filhote se juntar à sua nova família. Está na
melhor época para introduzi-lo as coisas que farão parte da sua vida. Por
exemplo, automóveis, outros animais, crianças, idosos, sons, etc. Tudo a nesta
fase é permanente.

Primeiro Período do Medo de 8 a 11 semanas de vida


Neste período qualquer experiencia traumática dolorosa ou assustadora vá ter
um impacto mais duradouro do que em qualquer outra fase da vida do animal.

Período do “rebelde sem causa”: de 13 a 16 semanas de vida


E quando o pequeno meliante resolve testar toda a paciência dos seus donos.
Ele vai tentar te morder, mesmo que pareça de brincadeira, dominar, e testar
para ver quem será o líder da Matilha.

Período das “Escapadas”: de 4 a 8 meses de vida

8
Se você ainda não ensinou ao seu filhote a vir quando chamado, este é o
momento. Nesta idade ele desenvolve uma surdez seletiva que pode durar de
poucos dias a várias semanas. É muito importante que os donos saibam como
reagir nesta fase para evitar que seu cachorro se tome um eterno fujo.

Segundo Período do Medo: de 6 a 14 meses


E quando o cachorro começa a ficar relutante em se aproximar de coisas ou
pessoas novas ou até mesmo já conhecidas. O mais importante é que os donos
não forcem o cão nestas situações, e nem tentem consolá-los, deixando que
ele resolva sozinho que não há motivo para ter medo. O treinamento de
obediência nesta época ajuda a construir a autoconfiança do cachorro.

Maturidade: de 1 a 4 anos de vida (varia entre as raças)


Para a maioria das raças a maturidade (inclusive a sexual) ocorre entre 1,5 e 3
anos de idade, sendo que raças pequenas tendem a amadurecer mais cedo do
que os cães gigantes este período é normalmente marcado com um aumento
na agressividade e um novo teste da autoridade do líder. O aumento da
agressividade não é necessariamente uma coisa negativa. Muitos cães que
eram excessivamente amistosos com estranhos passam a ser ótimos cães de
guarda.

Velhice: a partir de 7 anos


Vários cuidados especiais são necessários nessa fase da vida. É bom estar
sempre preparado para dedicar atenção especial ao seu amigo.

9
O DESENVOLVIMENTO DO CACHORRO
Os cachorros crescem devido à construção e maturação de vários tecidos.
Estes tecidos. De natureza diferente, não se formam todos ao mesmo tempo
nem à mesma velocidade o que explica a variação das necessidades
alimentares dos cachorros, tanto no plano qualitativo quanto quantitativo.

Poderíamos comparar o desenvolvimento físico à construção de uma fábrica.


Esta começa por um projeto (o sistema nervoso) e prossegue pela instalação
de máquinas (o esqueleto). Para fazer funcionar estas “máquinas”, serão então
necessários operários (os músculos) que irão reivindicar em seguida uma
proteção social (a gordura).

A razão pela qual existe uma insuficiente reserva energética no cachorro ao


nascimento, A gordura só é depositada numa fase mais tardia do
desenvolvimento do cachorro, apesar de ser a principal fonte de
armazenamento de energia. A única fonte de energia que o recém-nascido
contém é constituída pelas pequenas reservas de glicogênio (fígado e
músculos), as quais cobrem apenas as necessidades referentes às doze horas
após o parto. O cachorro, fica deste modo dependente das condições térmicas
exteriores, até ao aparecimento do reflexo do calafrio (depois do 6% dia),
desenvolvimento do tecido adiposo (final da terceira semana) e aparecimento
dos mecanismos de regulação térmica.

A variação existente entre as necessidades alimentares das várias raças e, para


um mesmo individuo, durante as diferentes fases do seu desenvolvimento. A
composição do corpo evolui durante o crescimento no sentido de uma
diminuição do seu teor em água e em proteínas, para favorecer um aumento
das gorduras e dos minerais.
A obesidade, que ameaça as raças pequenas de forma muito mais precoce que
as raças Grandes.
A maioria dos clubes de raças dispõem de gráficos de crescimento médios dos
machos e das fêmeas. Estes gráficos permitem controlar o desenvolvimento
ponderal dum cachorro desde o seu nascimento até à idade adulta. O peso de
um cachorro ao nascimento pode variar de 70 a 700 gramas (dependendo da
raça e do sexo). Depois de uma perda de peso fisiológica no primeiro dia, que
não deve exceder 10 %, o peso dos cachorros aumenta muito rapidamente
durante as primeiras semanas (este aumento é em média de 5 a 10 % por dia).

10
Uma pesagem diária dos cachorros, sistematicamente à mesma hora, permite
controlar o seu crescimento. Os cachorros de raças grandes, que multiplicam o
seu peso por 100 até atingir a idade adulta, merecem uma atenção e uma
vigilância especial.
De uma forma geral, um cachorro que não ganhe peso durante dois dias
consecutivos deve ser cuidadosamente vigiado. A causa responsável pelo
atraso de crescimento deve ser rapidamente pesquisada. Esta causa pode estar
relacionada com a mãe se toda a ninhada apresentar o mesmo problema (leite
insuficiente ou toxico), ou a fatores individuais se apenas alguns cachorros
apresentam este atraso (Fenda palatina, Competição alimentar).

Desenvolvimento comportamental do cão

Antes do desmame, a mãe assume, muito mais do que o pai, uma parte ativa
no desenvolvimento físico e comportamental dos cachorros, parte que se
mostrará determinante para o equilíbrio e integração posterior destes no seu
novo meio social.
O desenvolvimento do comportamento em cãezinhos frequentemente é
dividido em quatro grandes períodos, sendo o terceiro altamente significativo:

Período neonatal
Dura as duas primeiras semanas de vida e consiste basicamente em turnos de
amamentação intercalados com turnos de sono. O período neonatal tem início
no nascimento e termina com a abertura das pálpebras. Foi frequentemente
chamado “fase vegetativa”, visto que a vida do cachorro parece estar

11
dominada pelo sono e por algumas atividades reflexas. Durante esta fase, o
cachorro apenas reage aos estímulos tácteis e move-se em direção às fontes
de calor, rastejando.

Período transicional
Restringe-se ao período entre 14 e 21 dias de idade, e a resposta à dor passa a
ser mais reconhecida. Este período termina assim que o cachorro começa a
ouvir, ou seja, a reagir aos ruídos (perto da quarta semana). Mesmo que a
visão ainda não esteja perfeita nesta fase, a persistência de comportamentos
tais como o escavar ou as explorações táteis, permitem suspeitar de
perturbações na visão.

Período de socialização
É um período de máxima importância na vida de um cão. Como o seu nome
indica, o período de socialização representa para os cachorros uma fase de
aprendizagem da vida social. Começa por um período de atração (não têm
medo de nada) e prossegue geralmente por um período de aversão (medo de
tudo o que é novo). Os cachorros tornam-se progressivamente capazes de
comunicar, e adquirem o sentido da hierarquia interpretando as represálias
maternas, os sinais olfativos e de postura. Se, por falta de tempo ou de
observação, não se aproveita o período de atração do cachorro (geralmente 3
a 9 semanas) para o acostumar ao seu futuro ambiente, será muito mais difícil
retificar os maus hábitos adquiridos. Este período, extremamente sensível e
maleável, pode ser explorado pelo proprietário ou criador para:

- Favorecer os contatos com os futuros proprietários (em especial com as


crianças) caso se trate de um animal de companhia, e com os indivíduos com
os quais deverá:
- Conviver em paz (carteiros, gatos, ovelhas).
Habituar o cachorro aos estímulos que encontrará na sua vida futura (barulhos,
odores de roupa, tiros se tratar de um cão de caça como o Setter ou o
Perdigueiro, carros, helicópteros, etc.).
- Reforçar a aprendizagem da hierarquia, impondo-lhe, se necessário, posturas
de submissão (segurando-o pelo dorso ou pela pele do pescoço). Pelo mesmo
método, é possível reforçar os comportamentos desejados e reprimir as
atividades indesejadas;
- Motivar os contatos entre cachorros, sancionando aqueles que ainda não

12
controlam bem a intensidade da sua mordida;
- Observar o comportamento dos cachorros para poder orientar a escolha dos
futuros proprietários, em função do caráter de cada um. As tendências para a
dominância podem ser percebidas a partir desta época, através de jogos, de
imitações sexuais e dos comportamentos alimentares. Em algumas raças
(Cocker. Golden), a agressividade tornou-se mesmo um motivo de não
confirmação.
- Muitas atitudes ditas “naturais” podem ser adquiridas durante este período;
Principalmente se a mãe estiver habituada a esses estímulos e de evidenciar
uma postura calma junto da sua ninhada durante o período de aversão;

Sendo assim, aconselham-se classicamente dois períodos propícios para a


venda dos cachorros:
- A partir da 7° semana, se o proprietário entende de educação canina e deseja
adquirir um cachorro “maleável”:
- No final do período de aversão (pela 12 semana), se o cliente procura um
cachorro “pronto”, que já tenha sido socializado e ensinado por um
profissional.
Em todos os casos, será sempre útil orientar a escolha do futuro proprietário,
de modo a obter um cachorro adaptado às suas exigências. Também devem
ser dados conselhos de socialização que deverão ser posteriormente
reforçados pelo apoio do Médico Veterinário durante a consulta pós-compra.
Para evitar uma ligação demasiado forte do cão ao seu dono (que
frequentemente se traduz em danos ambientais quando o cão é deixado
sozinho), será bom lembrar do fenômeno natural de "desligamento que ocorre
antes da puberdade quando o cachorro é deixado com a mãe.

Período Juvenil
Aqui eles entram na fase mais ativa de exploração do ambiente. É necessário
que o treinamento doméstico continue nesta fase a fim de evitar que as lições
sejam esquecidas. Vale lembrar que uma experiência ruim também pode ser
traumática. É muito importante acompanhar o desenvolvimento de um
cãozinho, estar atento às mudanças de comportamento e levá-lo ao
veterinário periodicamente e/ou sempre que perceber que algo está errado.

13
O CRESCIMENTO DO CACHORRO

Os cachorros têm todas as velocidades de crescimento diferentes O


crescimento de um cachorro não é linear com o tempo: ou seja, o seu ganho
de peso diário evolui com o decorrer do tempo. Assim, o ganho de peso diário
aumenta após О nascimento para alcançar um patamar de duração variável,
diminuindo depois, à medida que o animal se aproxima da sua maturidade.
(idade e peso adulto). No plano estritamente matemático, a evolução desta
velocidade de crescimento (fala-se em GMD, ou ganho médio diário)
corresponde a uma derivada da função sigmoides representada pela curva de
crescimento (evolução no peso em função do tempo). O estudo das curvas de
referência para as várias raças, mostra que os cachorros de raças pequenas,
apresentam uma reduzida velocidade de crescimento atingindo rapidamente a
idade adulta. Estes cachorros são já relativamente pesados, quer no
nascimento quer no desmame, relativamente ao seu peso adulto. Na
realidade, os cachorros de raças pequenas quando nascem estão mais
desenvolvidos” que os de raças médias ou grandes. Os cachorros de raças
grandes têm um peso à nascença relativamente baixo e apresentam um
extenso período de crescimento. É importante compreender estas diferenças
de desenvolvimento e de comportamento biológico, visto que explicam o
interesse em adaptar a alimentação do cão não apenas à sua idade, mas
também ao seu tamanho. As diferenças entre as raças de cães são observáveis
desde o nascimento: uma cadela Caniche, por exemplo, dá à luz três cachorros
pesando cada um 150 a 200 gramas, enquanto que o peso à nascença de
cachorros Terra Nova (oito a dez cachorros) oscila entre 600 e 700 gramas.
Mesmo que um cão adulto de raça gigante pese 25 vezes mais que um cão de
raça pequena, a relação dos seus pesos à nascença não ultrapassa um fator de
1 para 6. Isto significa que as diferentes raças têm diferentes padrões de
crescimento, sendo a amplitude e a duração do crescimento, proporcional ao
peso final do cão: - metade do peso adulto é atingida aos 3 meses de idade
num cachorro de raça pequena e apenas aos 5 a 6 meses num cachorro de raça
grande.

A maturidade
A maturidade é um período de realização do cão, durante a qual se instalam
modificações celulares. Apesar destas modificações não serem ainda
observáveis a olho nu, são uma indicação de idade avançada.
14
O envelhecimento

O envelhecimento canino é um processo natural ainda não totalmente


entendido, embora sabido que ocorra de modo variado, dependendo das raças
e de seu porte. Enquanto um cão de médio porte vive em torno de doze anos,
um gigante tem expectativa de vida mais curta. Antes, acreditava-se que estes
animais envelheciam sete anos para cada ano de vida de um ser humano. No
entanto, essa teoria foi revista, e mais recentemente, tenta-se comparar o
estágio de desenvolvimento inicial da vida do cão com aquele dos seres
humanos. De acordo com alguns resultados obtidos, raças pequenas alcançam
seus tamanhos finais entre os oito e os doze meses; raças de porte médio
entre doze e dezesseis meses; de porte grande entre dezesseis e dezoito
meses; e as gigantes, por volta dos dois anos.
Com isso, foi possível traçar um paralelo que resultou em variação de porte
para porte. As raças pequenas e médias têm os cinco primeiros anos de vida
para o primeiro ano humano. Deste ponto em diante, são quatro para cada
ano vivido por um ser humano. Já as raças grandes e gigantes, de maturidade
mais lenta, envelhecem sete e doze, respectivamente, em seu primeiro ano de
vida, com cinco e sete anos a partir do segundo ano de vida, para cada
tamanho. Com base nessas afirmações, pode-se dizer que um chihuahua
nascido no mesmo dia e ano que um homem, tenha, cinco anos mais tarde, 21.
Cães de idade avançada estão mais sujeitos a doenças, dores e alterações
comportamentais. Por isso, é importante dar atenção às mudanças da idade de

15
um cão doméstico, pois isso permite suprir novas necessidades e proporciona
melhores / condições de vida. Entre os principais males que podem acometer
os idosos caninos estão a artrite, o mal de Alzheimer e a depressão. Esses
problemas e outros, como a queda de dentes, decorrentes da idade, são
diagnosticáveis desde o início pela observação das mudanças
comportamentais e pela realização de constante acompanhamento
veterinário. Problemas de visão e audição quietude, perca de melanina e
queda do pelo são fatores considerados normais, causados pelo avanço da
idade.

Além de todos esses problemas, cães idosos possuem tendência a um aumento


dos depósitos adiposos, sendo o animal mais gordo e com capacidade de
metabolização dos seus lipídios pior, diminuição na hidratação do organismo,
comparável a uma desidratação crónica, que é prejudicial ao seu bom
funcionamento, redução da proteção imunológica, diminuição da resistência
ao frio e das capacidades de luta contra o calor, redução gradual da função
renal, desmineralização lenta do esqueleto, destruição das membranas
celulares devido ao “stress oxidativo membra nano” aumento dos casos de
insuficiências hepáticas, aumento evidente da frequência de tumores,
malignos ou benignos, aumento da formação de tártaro o qual deve ser
tratado), podendo causar inflamações e infecções nas gengivas que podem
contribuir para à perda dos dentes, à medida que o cão engorda, a saliva é
produzida em menor quantidade pois o tecido adiposo invade as glândulas
salivares, a passagem dos alimentos através do trato intestinal mais lenta,
devido a um decréscimo do tónus muscular intestinal (assim o cão pode
evidenciar fases constipação, as quais se seguem frequentemente episódios de
diarreias), o intestino torna-se progressivamente menos capaz de se adaptar a
uma modificação do alimento (por esta razão, a alimentação deve permanecer
constante) Além de todos esses fatores, a absorção dos nutrientes é menos
eficiente, sendo necessário fornecer um alimento especifico.

A PELE E O PELO

A pele recobre o organismo e a protege de lesão. Desempenha um papel


importante no controle da temperatura e torna o animal apto a responder a
diversos estímulos externos em virtude de suas multas terminações nervosas.
A espessura e flexibilidade da pele veriam muito entre as espécies e de acordo
com o local.

16
Pode-se distinguir 3 camadas na pele.

Epiderme: composta por células queratinizadas, cuja espessura varia de


acordo com o que recebe. Ela responde rapidamente ao desgaste grosseiro,
como ocorre nos coxins das patas de cães e gatos. A epiderme não possui
vasos sanguíneos, porque se nela houvesse vasos ficaria mais sujeita a ser
penetrada por microrganismo.
Os nutrientes e oxigênio chegam epiderme por difusão a partir de vasos
sanguíneos da derme. A epiderme apresenta várias camadas. A origem da
multiplicação derme celular é a camada basal. Todas as outras são constituídas
de células cada vez mais diferenciadas que, com o crescimento basal, vão
ficando cada vez mais periféricas, acabando por descamar e cair.

Derme: a derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. E


constituído por elementos fibrilares, como o colágeno e a elastina (que
garantem a elasticidade da pele) e outros elementos da matriz extracelular,
como proteínas estruturais, íons e água de solvatação. Os fibroblastos são as
células envolvidas. Com a produção dos componentes da matriz extracelular.

Hipoderme: é a camada mais profunda, rica em células repletas de gordura


(adipócitos) e faz conexão entre a derme e a fáscia muscular. Além disso tem a
função de: reservatório energético; isolante térmico; modelagem da superfície
corporal, absorção de choque fixação dos órgãos.
Apenas a derme e a hipoderme são vascularizadas e inervadas, atuando como
receptoras das informações provenientes do exterior e interior.

17
São modificações da epiderme:

Glândulas sudoríparas: importantes na perda de calor evaporação


superficial, mas também exerce papel na excreção de resíduos.

Glândulas sebáceas: produz secreção oleosa que tem função de proteção e


de tornar a pele e os pelos à prova d’agua, prevenindo-os de se tornarem
secos, ou quebradiços. Ele também pode inibir o crescimento de
microrganismos na pele. As outras glândulas compreendem as glândulas anais,
que servem para marcação territorial e as glândulas supra caudais, situadas
sobre a base da cauda.

Afecções mais comuns de pele:


1. Alergias cutâneas: são fenômenos de hipersensibilidade que ocorrem
em pele de cães sensíveis. O alérgeno pode penetrar no organismo do animal
através de quatro vias: inalação (pode provocar uma atópica urticária),
ingestão (provoca alergia alimentar ou medicamentosa, com ou sem
urticária), através da pele (alergia de contato) ou por via parenteral (em caso
de dermatites provocadas por picadas de pulgas, injeções de medicamentos
ou urticária),

2. Dermatite atópica: é uma dermatite pruriginosa alérgica, de


predisposição hereditária. Por trás dela, podem existir os mais diversos
agentes: pólen, perfume (usado depois do banho em pet shops ou até mesmo
o do dono), ácaro, mofo, fumaça de cigarro, produtos de limpeza, lã,
remédios, plástico e por aí vai. É comum no cachorro e bem rara no felino.
Manifesta-se em animais com 1 a 3 anos de idade nas raças Terrier, Dálmata,
Setter Irlandês e Pequinês e tem caráter sazonal.

3. Dermatite de contato: é uma reação inflamatória da pele causada pelo


direto com substância irritante, tais como sabão, detergentes, inseticidas,
ácidos, gasolina, dentre outros, ou contato com substância alergênica (depois
de contatos repetidos ocorre aparecimento local de uma dermatite nas
regiões de contato).
4. Dermatite de lambedura: é causada por lambedura repetida das patas,
ocorrendo principalmente em cães de grande porte muito ativos que ficam a
18
sós durante o dia em casa.

5. Dermatite por picada de pulgas (DAPP): a picada da pulga num animal


tem como resultado irritação, dor e comichão. Quando além disso, o animal é
alérgico aos componentes da saliva pulga, surge a dermatite alérgica pela
picada da pulga (dapp), cujo sintomas são autolesões causada por dermatite
alérgica, Perda de pelo.

6. Sarnas: é uma doença de pele causada por um pequeno ácaro


microscópico chamado Sarcoptes scabiei. O parasita “cava” túneis nas
camadas mais profundas da pele causando intensa coceira, o sintoma mais
conhecido da sarna tanto em humanos como em animais. Mas é claro que
nem todo prurido (coceira) significa sarna. Além da coceira, que pode ser tão
intensa que faça com que o animal pare de comer pelo estresse, a sarna causa
perda de pelos, descamações e crostas na cabeça, orelhas e patas, podendo
alastrar-se para todo o corpo do animal, se não tratada.

7. Micoses: alguns tipos de fungos são os causadores de micoses, tanto no


homem quanto nos animais. Esses fungos podem viver no solo, nas plantas ou
na pele. Mesmo sendo tão facilmente encontrados, os fungos só irão causar
micoses na presença de condições especiais, como baixa resistência do
organismo. Assim, numa mesma casa com vários animais, um deles pode
apresentar micose em vários locais do corpo e os outros não.

19
O PELO
A pelagem de cachorro é mais um dos elementos que ajudam a tornar esses
pets simplesmente irresistíveis. Com diferentes cores, texturas, comprimentos
e padrões, ela costuma ser um dos principais distintivos entre as raças.

Tudo isso, além de contribuir para a aparência charmosa de cada uma delas.
Mas você sabia que a pelagem dos cachorros tem funções que vão muito além
da estética? Saiba mais sobre o assunto a seguir!

Os mamíferos e os pelos

Como todo mundo sabe, a pelagem não é exclusiva a cães e gatos. Diversos
outros animais, incluindo os seres humanos, também têm o corpo parcial ou
completamente coberto por pelos.

O que você talvez não lembre das aulas de Ciências é que essa é uma das
características que diferenciam os mamíferos de outras classes de animais
vertebrados, como répteis e aves.

Por serem animais homeotérmicos, isto é, que mantêm sua temperatura


corporal sempre constante, os mamíferos dependem de estruturas que os
ajudem a fazer isso. E a pelagem é um dos mecanismos que atuam na
conservação da temperatura, como veremos a seguir.

É importante destacar, no entanto, que nem todos os mamíferos possuem


pelagem. Algumas ordens de animais, como as de baleias e golfinhos, são
20
exemplos disso.

Principais funções da pelagem de cachorro

Para entender melhor de que forma o pelo de cachorro contribui para o bom
funcionamento de seu organismo, antes é preciso conhecer como são essas
estruturas.
São constituídos de queratina e se formam no interior de folículos pilosos que,
por sua vez, podem ter glândulas sebáceas anexas. Entre as funções da
pelagem de cachorro estão:

Proteção

A pelagem atua como uma camada extra entre o ambiente externo e a


epiderme. Ajuda a diminuir a incidência de picadas de insetos e contribui para
evitar feridas em acidentes mais leves. Também serve como uma camada
protetora, protegendo dos raios ultravioletas da pele. Os pelos previnem
queimaduras e o câncer de pele. Por isso mesmo, o protetor solar canino
costuma ser indicado justamente para as áreas sem pelos.

Isolante térmico

A combinação de pelos e glândulas sebáceas forma um isolante térmico que


diminui a troca de temperatura com o ambiente. Isso facilita a tarefa de
manter a temperatura corporal sempre constante sem sobrecarregar o
metabolismo.

Termorregulação

Nos cachorros, a presença de glândulas sudoríparas na pelagem é outro meio


de manter a temperatura corporal constante. Quando as temperaturas estão
muito elevadas, essas glândulas liberam o suor, o que ajuda a refrescar o
corpo.

21
Impermeabilização

As glândulas sebáceas anexas aos folículos pilosos liberam sebo a fim de


lubrificar a pele, formando uma camada impermeabilizante. Dessa forma, a
pele fica mais protegida contra a umidade.

Tipos de pelos

Independentemente da raça, os cães possuem tipos de pelos diferentes.


Algumas regiões do corpo, como ao redor dos olhos, possuem pelos mais
alongados e de espessura mais grossa. Isso acontece com cachorro com pelos
longos ou curtos.

“Existem pelos que têm função tátil. Essa pelagem lisa é mais espessa que os
outros tipos e possuem terminações nervosas. Já os pelos de revestimento são
a maioria no corpo do cão e têm a função de fazer a cobertura do corpo”, diz a
Dra. Mariana Sui Sato, médica-veterinária da Petz. Abaixo, conheça os tipos de
pelo e mais algumas de suas funções:

• Pelos primários ou de revestimento: são pelos mais rígidos, que


conferem a cobertura da pele.
• Pelos secundários ou lanosos: são periféricos, mais curtos, mais finos e
mais numerosos. Conferem a subcobertura da pele.
• Pelos táteis: com distribuição restrita pelo corpo, são envolvidos por um
seio venoso. São pelos grossos e altamente inervados.

Pelagem dupla: veja raças que precisam de cuidados especiais

Atuando como um isolante térmico, a cachorros com pelo curto ou longo


ficam aquecidos em dias frios. Por outro lado, eles podem se tornar um
verdadeiro incômodo nos períodos de calor.

Mas atenção: antes de levar o cachorro para uma boa tosa, tenha em mente
que não são todas as raças que podem ser tosadas. Algumas delas, como
Border Collie, Chow Chow, Spitz Alemão e Husky Siberiano possuem a

22
chamada pelagem dupla.

Formada por uma camada de pelos e outra de subpelos, esse tipo de pelagem
funciona como uma manta térmica, contribuindo ainda mais que a pelagem
normal para a conservação da temperatura interna em condições extremas de
frio ou de calor.
No caso dessas raças, em vez da tosa comum, é recomendado o uso da técnica
conhecida como trimming, que apara e dá forma aos pelos com tesoura. Isso
evita a situação de encontrar pelo de cachorro caindo pela casa.

ECTOPARASITOS

Os ectoparasitos são responsáveis por diversas alterações cutâneas em cães e


gatos, tais como eczemas, prurido, queda de pelo, causam estressa nos
animais com suas picadas, levando a queda no consumo de alimentos, e em
casos tais como as pulgas, podem causar dermatite alérgica (DAPP) ou
transmitirem diversas doenças, transmitida pela picada do carrapato, os
proprietários devem estar sempre atentos à presença desses parasitas em seus
animais de companhia.

23
Pulgas

São insetos desprovidos de asas, cujo corpo é achatado lateralmente. As pulgas


do cão pertencem as espécies Ctenocephalides canis ou Ctenocephalides felis,
dos quais somente os adultos são parasitas. É muito raro encontrar um animal
que ainda não tenha tido pulgas. E como é difícil acabar com elas se
reproduzem com uma velocidade e facilidade incrível e, se a infestação não for
combatida logo no início, o problema toma proporções assustadoras. Isso sem
contar com as doenças causadas pelas pulgas (dermatite alérgica a picada de
pulgas, anemia, estresse, verminoses). Para combatermos essa praga
doméstica, temos que entender bem como elas vivem e se reproduzem.
Os cães se infestam de pulgas nas ruas. Mas esta, normalmente, é uma
infestação pequena. Essas pulgas são levadas para casa e lá elas vão encontrar
muitos locais para fazer a desova (postura dos ovos). É importante saber que
as pulgas põem seus ovos no ambiente e é este o responsável pelas grandes
infestações de pulgas nos animais.
A pulga apenas se alimenta no cão ou gato sugando seu sangue. A presença de
pulgas é revelada pelos seus excrementos: trata-se de pequenos grãos pretos
que se encontram na pele do animal, especialmente na região dorso-lombar.
Correspondem ao sangue absorvido e, depois, digerido pelas pulgas. No
ambiente, ela coloca ovos que podem permanecer viáveis por até um ano! Na
presença de calor e umidade (nas estações mais quentes, principalmente)
esses ovos eclodem, viram larvas que se alimentam de poeira e detritos; as
larvas transformam-se em adultos que atacam os animais em busca de
alimento. Assim, o pobre animal é apenas o culpado “indireto” por uma grande
infestação de pulgas. Seu erro foi trazer a pulga para casa. O ambiente é o

24
responsável por “produzir” milhares de pulgas que tiram o sossego dos animais
de estimação e de seus donos. Sabendo disso, devemos entender que tratar
apenas o animal (cão ou gato) numa grande infestação é um erro. Você vai
matar algumas pulgas. A maior quantidade delas está nas frestas do piso,
pilhas de papéis, tapetes e carpetes, na forma de ovos, larvas ou pulgas
adultas.
A pulga é espécie-específica, ou seja, existem pulgas que atacam humanos e
outras que picam animais. A pulga de cães e gatos não vai atacar as pessoas
enquanto ela tiver disponível uma fonte de alimento. Assim, quem sofre é o
animal. E o processo é tão rápido que quando você observa mais atentamente
a cão por ele estar se coçando muito, dezenas de pulgas já podem ser vistas,
principalmente na região do abdômen (barriga) e em volta do ânus e cauda.
Grandes infestações de pulga no ambiente fazem com que elas, na ausência de
alimento suficiente, passem a picar também as pessoas da casa. Resumindo,
como as pulgas só atacam os animais, o problema passa desapercebido e,
quando é descoberto, já tomou grandes proporções com a infestação do
ambiente.
Já vimos que o problema não é apenas o cão. Para avaliarmos a extensão da
infestação, podemos fazer um teste simples. Dê um banho antipulgas no
animal e procure certificar-se que foram mortas todas as pulgas. Após secá-lo
bem, solte-o na casa, mas não o leve para a rua. Uma hora mais tarde,
verifique se o cão está com pulgas. Considere:
- Nenhuma, uma ou duas pulgas foram encontradas: seu cão tinha uma
pequena manifestação e, provavelmente, pegou num passeio. Neste caso, o
ambiente ainda não está infestado.
- Várias pulgas foram encontradas: sua casa possui um ou mais focos de pulga.
O ambiente tem que ser tratado, assim como o cão. Sabendo agora o nível de
infestação do cão e da casa, tomamos as medidas Necessárias:
- Na casa: dedetização, 2 aplicações com intervalos de 3 a 4 semanas, ou uso
semanal;
- No Ambiente, de produtos antipulgas da linha veterinária (consulte o seu
veterinário), até acabar com a infestação. No caso de optar por uma empresa
que faça a dedetização, procure retirar animal do local por 48Horas, no
mínimo.
- No cão: banhos antipulgas semanais e aplicação de produtos antipulgas
tópicas de longa duração, a critério do seu veterinário.

25
Importante

1- Nunca aplique em seu animal produtos que são utilizados na casa contra
insetos e baratas;
2- Filhotes, fêmeas gestantes e gatos, não devem ser banhados com
produtos inseticidas,
3- CONSULTE O VETERINARIO antes de usar qualquer produto antipulgas:
4- Banhos antipulgas devem ser dados com o cuidado do animal não
lamber o produto durante o banho. O mesmo para o uso de talcos. A ingestão
do produto pode causar intoxicação
5- Animais com ferimentos abertos (feridas ou queimaduras) não devem
ser tratados com produtos antipulgas tópicas (para passar, banhar ou aspergir)

O controle da infestação por pulgas se faz através de medidas simples banhos


antipulgas frequentes (quando for possível), uso de produtos antipulgas de
longa duração em gotas para aplicar topicamente, spray ou por via oral
(comprimidos), deve-se evitar o uso do carpete em casas que têm animais.
Pisos “frios” e bem rejuntados, sem frestas, evitam a proliferação das pulgas,
usar produtos antipulgas nas casinhas dos cães periodicamente, Tapetes ou
cobertores de uso dos animais devem ser lavados com frequência, tosar os
animais nas épocas mais quentes, para se controlar melhor as pulgas e facilitar
os banhos, alguns locais como praças, canteiros e jardins, podem ter focos de
pulgas, por serem frequentados por muitos animais. Se você perceber que o
cão volta se coçando dos passeios, evite esses locais.
Sempre que seu animal tiver uma infestação de pulgas, você deve consultar o
seu veterinário para que ele prescreva um vermífugo. As pulgas podem
transmitir vermes e causar anemia, além de perturbar e até mudar,
temporariamente, o comportamento do seu animal, que vai ficar mais irritado,
impaciente e exausto de tanto se coçar. Alguns cães chegam até a se mutilar,
causando ferimentos graves pela coceira, além de poder causar doenças.

26
Os carrapatos encontram-se difundidos por toda a Terra, e
concomitantemente à sua atividade hematófaga, intervém também como
transmissores de muitos outros agentes causadores de doenças, como vírus,
bactérias, protozoários, funcionando, portanto, como vetores de doenças,
tanto aos animais como ao homem.

Geralmente têm a forma oval, porém quando repletos de sangue de seus


hospedeiros, pois é o sangue seu alimento, apresentam-se então convexos e
até esféricos. Existe um grande dimorfismo sexual relacionado com o fato de o
abdômen das fêmeas ser fortemente dilatável, ao contrário do que acontece
com os machos. O seu corpo, de cor vermelho acastanhado, é achatado,
exceto depois de se alimentarem, quando se torna globuloso.

Algumas espécies podem ter até 25 mm de diâmetro, e sua carapaça quitinosa


de revestimento, verdadeiro exoesqueleto, é firme e resistente, relativamente
à sua pouca espessura.

O conhecimento do ciclo de desenvolvimento do carrapato é extremamente


importante para uma melhor eficácia do tratamento no ambiente. As fêmeas
adultas podem atingir até 11 mm de comprimento, possuem coloração
marrom-avermelhada e os machos medem cerca de 3,5 mm e são mais
escuros. É uma espécie que parasita três hospedeiros diferentes. A larva tem
seis patas e após o período curto de ecdise, perde a pele e se transforma em
uma ninfa como oito patas, que busca outros hospedeiros, e após fixar-se,

27
alimenta-se por uma semana deixando-se cair novamente no chão. Caso não
encontre hospedeiros, as larvas podem sobreviver até 568 dias sem se
alimentar, sendo, portanto, muito resistentes. As ninfas também suportam
longos períodos sem alimento, podendo sobreviver até 180 dias.

Dependendo da umidade e temperatura, as ninfas se transformam em adultos


entre duas e três semanas. Os adultos iniciam a cópula quatro dias após e sua
fixação nos hospedeiros e as fêmeas se tornam ingurgitadas entre 6 e 50 dias,
quando então podem abandonar os cães e começam a postura, que pode
durar até 29 dias, depositando-se 4.000 a 5.000 ovos cada uma. A postura é
feita em frestas, debaixo de pedras, folhas secas, ou até na cobertura dos
canis, já que as fêmeas podem escalar até 4 metros de altura. Em 4 dias
começa a eclosão dos ovos, que, em grupo de milhares, recomeçam o
processo, irritando cães e seus donos. Os adultos são a fase mais resistente e
podem sobreviver até 580 dias sem hospedeiro.

Os carrapatos provocam uma irritação local devido a penetração do carrapato


e ação local da sua saliva. A lesão local pode se tornar um foco para a
penetração de bactérias, o que leva a mais infecções. Em casos de infestação
maciça por carrapatos, o animal pode desenvolver quadro de anemia severa.
Além da anemia, a infestação provoca alterações imunes no animal, pois
ocorre uma reação de hipersensibilidade (coceira) no local da fixação, o que
elimina a presença de outros carrapatos, que aos poucos, vão diminuindo em
número.

Os carrapatos também podem transmitir vários agentes causadores de


doenças seja através de uma fêmea à sua descendência, seja de um estado de
desenvolvimento a outro, seja pela combinação dos dois.

Assim como as pulgas, o carrapato não é um problema só do animal, mas sim


do ambiente. O carrapato, em todos os seus estágios de vida (desde larva até
adulto), é muito resistente. Assim, combater o carrapato é difícil.

Os inimigos que os proprietários de cães não veem, ou seja, os ovos e larvas,


estão no ambiente e nele sobrevivem durante muitos meses. Assim, muitos
são os casos de proprietários que vivem combatendo o carrapato no cão, mas
nunca conseguem exterminá-lo por completo. Um outro detalhe é que os
carrapatos colocam seus ovos na vegetação e também em frestas das paredes

28
e piso. Dessa forma, todos esses lugares têm que ser tratados e não os cães
somente.

As medidas de controles consistem em aplicações mensais de


ectoparasiticidas, concomitantemente a aplicações de produtos carrapaticidas
no ambiente. Animais de pelos longos devem ser tosados no verão, época em
que o calor e umidade fazem com que a incidência de carrapatos aumente
muito.

Uso de carrapaticidas: aplicar nos canis, casinha dos cães, em plantas e


canteiros, atentando para frestas nas paredes ou pisos e ralos. Repetir o
tratamento a cada 15 dias no caso de infestações muito severas ou 21 dias;
devendo ser, no mínimo, três aplicações para interferir no ciclo reprodutivo e
de desenvolvimento do parasita de forma eficiente.

. Em canis de alvenaria, o uso da vassoura de fogo é muito eficaz. O calor irá


destruir todos os estágios do carrapato. Repetir o tratamento a cada 15 dias;
se possível, fechar todas as frestas existentes nos canis ou paredes dos
quintais.

A NUTRIÇÃO DE CÃES DOMÉSTICOS


Existem grandes diferenças no modo de alimentar um animal poucas pessoas
têm condições de preparar diariamente uma refeição caseira balanceada para
cães e gatos. Com isso, veterinários e nutricionistas elaboram as fórmulas das
rações para que ela prolongue a vida dos bichos de estimação. Porém cuidados
devem ser tomados, pois há muitas rações sendo vendidas cheias de sal e
corantes, que provocam problemas urinários, dificultam a absorção dos
nutrientes e geram mais fezes.

A alimentação caseira

29
A alimentação caseira fornecida pelos proprietários para seus animais pode ser
desde um alimento sofisticado, que possui todos os componentes necessários
para um equilíbrio nutricional, até sobras de refeições. Tradicionalmente, essa
alimentação é composta por uma mistura “carne-arroz-cenoura”, com o
acréscimo de um complemento mineral-vitamínico adequado. Contanto que o
valor nutritivo seja o mesmo, os ingredientes dessa mistura podem ser
trocados, e para isso necessita-se de conhecimento nessas substituições para
que o valor nutritivo se mantenha A dieta saudável média para um cão deve
ser uma mistura de 75% de carboidratos e 25% de proteínas da carne.
Antes de formular uma dieta caseira algumas dicas podem ser levadas em
consideração:

Olhe antes de se lançar – Verifique com seu veterinário se está bem passar
para comida caseira, e qual o tipo e forma de preparo do alimento cozido é
bom para o seu cão.

Ideias para carne – Sempre cozinhe a carne antes de utilizá-la para alimentar o
seu cão, vários órgãos como fígado, rins, etc. são extremamente bons para o
seu cão, como são os ovos e cascas de ovos trituradas misturados ao alimento
do cachorro. Carnes como carne bovina, frango, atum ou ovelha devem ser
trituradas e bem cozidas.

Refeição simples – Uma refeição simples e nutritiva para seu cão é uma
mistura de arroz, carne moída ou picada, legumes, um pouco de levedura de
cerveja e água adequada, dependendo se você deseja seca ou úmida. Legumes
devem ser sempre cozidos e amassados também, uma vez que os cães não
podem digerir vegetais crus.

Fontes de carboidrato – Arroz, branco ou escuro, massas, farinha de trigo


integral, farinha de soja ou milho são boas fontes de carboidratos para cães.
Qualquer uma dessas matérias-primas deve ser um ingrediente necessário
para qualquer refeição que você possa preparar para o cão.
Suplementos – Pequenas quantidades fígado de bacalhau ou óleo de linhaça,
um pouco de alho cozido, leite em pó ou farinha de ossos são bons
complementos para a refeição, para garantir que as necessidades de cálcio do
cachorro sejam atendidas (farinha de osso ou cascas de ovos trituradas), o pelo
30
seja saudável e brilhante (fígado de bacalhau ou óleo de linhaça) e o cão
desenvolva resistência contra infecções e se livre de vermes e pulgas (alho).

Legumes - Cenouras, espinafre e brócolis (em pequenas quantidades), cozidos


e amassados são bons legumes para usar para a comida do seu cachorro.

Evite alimentos como chocolates, chá, café, passas de uva, uva, noz-moscada,
cebolas, ovos crus, frutos de casca dura (nozes, castanha) com exceção do
amendoim estão expressamente proibidos (não os utilize, nunca). Eles podem
causar todos os tipos de complicações, como convulsões, insuficiência renal,
intoxicação por salmonelas, problemas de circulação sanguínea, tremores, etc.
Também evite alimentos mofados, caroços de frutas e massa fermentada.

Tipos de ração comercial

No Brasil, hoje, temos diversos tipos de ração com qualidades diferentes. Com
isso, devemos conhecer bem os benefícios de cada uma para antes
escolhermos qual fornecer para o animal. Para facilitar o entendimento, vamos
classificá-los em três grupos.

a) Rações Populares São produtos mais baratos que existem no comércio.


Normalmente, formuladas com subprodutos de milho, soja, farelo de algodão,
etc. Tais ingredientes na ração de uma vaca, ou de um cavalo, seriam de
excelente digestão, mas devemos lembrar que os animais de companhia são
carnívoros e precisam de proteína de origem animal, pronta a ser assimilada

31
pelo seu organismo.

Rações “Standard” – São produtos de empresas de renome, na maioria das


vezes, buscam através da mídia uma fatia maior do mercado consumidor. Por
serem produtos de empresas maiores, têm um compromisso maior com a sua
qualidade e são formuladas com ingredientes qualitativamente melhores que
as rações populares. Contêm farinha de carne e ossos, glúten de milho,
gordura animal, etc. Porém ainda não são “ideais” quanto à digestibilidade,
porque se alcança o percentual de proteína com ingredientes de menor
digestibilidade como a soja ou o glúten. Quanto ao custo, estão numa faixa
intermediária de preços.

Rações Premium e Super Premium – São produtos de primeira qualidade,


em nutrição canina, por isso mais caros. Têm sua formulação baseada em
carne de frango, ovelha, peru... Porém, realmente carne, ou resíduos de
abatedouro, como digestas de frango por exemplo. Tais ingredientes, de
origem animal, têm maior digestibilidade, ou seja, o trato digestivo canino tem
menos trabalho para metabolizá-los. Esta é outra característica das rações
premium, como a digestibilidade é maior, o consumo diário de ração é menor
(o que ameniza o preço da ração). Promovem, ainda, uma vida mais saudável,
e reduzem o volume das fezes do animal. As Rações Super Premium são assim
classificadas a partir de um certo percentual, de digestibilidade, o que pode
variar de acordo com os interesses dos fabricantes, pois não há um “padrão”
neste sentido.

TIPOS DE ESTABELECIMENTOS

32
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, os
estabelecimentos são classificados da seguinte maneira:

Consultórios veterinários: São os estabelecimentos nos quais os veterinários


podem apenas efetuar consultas, apresentar o diagnóstico e indicar
tratamento. A eles estão vedadas internações e intervenções cirúrgicas, as
quais devem ser realizadas em locais devidamente apropriados.

Clínica Veterinária: Neste local, além do atendimento de praxe, pode ser


realizado O ato cirúrgico e eventuais internações. Funciona em horário restrito.

Pet Shops e Banho e Tosa ou loja de animais e o nome dado a um


estabelecimento comercial especializado em vender filhotes de animais,
alimentos e acessórios, além de oferecer serviços de embelezamento como
banho, tosa e perfumaria. Pode ou não ter em anexo uma clínica veterinária.
Os principais animais comercializados nesses estabelecimentos são cães, gatos,
pássaros e peixes ornamentais. Porém, muitas lojas também com como
chinchilas, esquilos, furões, lagartos, cobras e tartarugas.

Os estabelecimentos veterinários devem ser mantidos em ótimas condições de


ordem e higiene, inclusive no que se refere ao pessoal e material. É necessário
que conste no quadro de funcionários do Pet Shop, obrigatoriamente, faxineiro
que deverá estar presente durante todo o período de expediente.

As instalações mínimas necessárias para funcionamento dos Pet Shops são:

1 Loja com piso impermeável,


2 Sala para tosa (“trimming”);
3 Sala para banho com piso impermeável:
4 Sala para secagem e penteado (grooming”).
5 As instalações para abrigo dos animais expostos à venda deverão ser
separadas das instalações de realização de serviços. demais dependências;
6 Abrigo para resíduos sólidos.

O BANHO

33
O banho pode ser dado no cão ou gato a partir de 45 dias de idade, contanto
que a temperatura esteja quente. Jamais banhe um filhote novo em dias
extremamente frios. O banho pode ser dado semanalmente, mas a frequência
irá depender da raça e da tolerância do animal. Se ele começar a apresentar
muitos problemas de pelagem e/ou pele, deve-se diminuir a frequência dos
banhos. O poodle, por exemplo, deve ser banhado a cada quatro ou seis
semanas. Já o pointer pode esperar aproximadamente três meses por um bom
banho. Em geral, cães mantidos em casa pedem banhos frequentes por
questões de higiene.
Antes de começar o banho é importante a proteção dos ouvidos. Se o seu
animal tiver pelagem longa, escove-o muito bem e procure investigar possíveis
nós na pelagem. Se existirem, tente removê-los com um pente especial
(desembolador) Mas, cuidado, se você puxar os nós excessivamente irá
machucar a pele do seu animal, causando feridas. Os nos mais difíceis devem
ser deixados para a aplicação do condicionador. Antes de começar, você pode
cortar as unhas do seu cão ou gato. Mas só faça isso se estiver orientado pelo
veterinário e souber como fazer, do contrário, você machucará o animal e as
unhas poderão sangrar muito.

Os utensílios normalmente usados para a prática são xampu (existem aqueles


especiais para acondicionar o pelo e os próprios para cada cor de pelagem),
escova de cerdas, esponja, esteira de borracha para a banheira, duas toalhas
de tamanho grande. Corrente e “enforcador (para não deixar que o animal

34
escape da banheira), mangueira com spray (esguicho) e creme rinse (para cães
de pèlo longo, exceto poodles e terriers).

A SECAGEM

Depois de secar bem com a toalha, os petshops usam o soprador. Um aparelho


que lança um forte jato de ar frio sobre a pelagem. Expulsando toda a água
retida: Isso diminui em muito o tempo de uso do secador. Na falta do
soprador, capriche na secagem com a toalha, assim você gasta menos energia
elétrica e tempo com o secador.

Seque a pelagem com o secador. É claro que os petshops usam secadores


profissionais, muito potentes. Se você não tiver um bom secador em casa, terá
um grande trabalho e um enorme gasto de energia... Jamais use o secador
muito quente ou próximo à pele do animal. Você poderá causar queimaduras!
Para secar animais de pelagem longa, deve-se usar a escova de arame. Escove
os pelos em todos os sentidos. Não esqueça de secar as patas e entre os
dedos. Se quiser deixar o animal secar ao ar livre, faça isso somente se o dia
estiver muito quente e ele tiver pelagem curta, do contrário ele ficará com o
pelo cheio de nós e com um cheiro bastante desagradável (‘cachorro
molhado”).

A TOSA

Os animais de estimação exigem cada vez mais cuidados E isso inclui o item

35
beleza Muitas vezes proprietários adquirem um “animalzinho” e acreditam que
os mesmos necessitam somente de alimentação, vacinas e carinho. Não
sabem, porém que seu cão necessita de ter higiene de uma forma ampla, que
inclui periodicamente banhos e tosas, corte de unhas, limpeza dos ouvidos,
dos olhos e escovação dos dentes.

A tosa ou grooming é uma arte que se desenvolveu com o passar do tempo, e


possui as funções de estética (como esconder alguns defeitos e ressaltar outras
qualidade, higiene e conforto para o animal. Banho, tosa, condicionamento do
pelo e tratamento das orelhas e unhas são os itens básicos de qualquer
tratamento de beleza de pets. No caso de algumas raças, o banho talvez seja
um dos mais importantes, pois nessas raças o banho inadequado pode
prejudicar o aspecto dos pelos e sua tosa, o ideal é que o animal vá desde cedo
(filhote) para os serviços de banho e tosa, com o intuito de adaptar ao
manuseio, ao tosador e as práticas de higiene. A partir de 3 meses ale já pode
frequentar fazendo tosa higiênica. Não se recomenda mais de um banho por
semana, sendo em animais de pêlos longos (poodle, shi-tzu. Ihasa apso etc) a
necessidade semanal para evitar que se embole os pelos, e nos animais de
pêlos curtos (dachshund, pinsher, basset hound) pode ser espaçar para cada
10-15 dias.

Existem dois tipos de tosa: o trimming (especial para exposição) e o grooming


(mais usado para cães domésticos). Para o grooming, ou tosa comum, usa-se
tanto a tesoura como o cortador. Quando for usar o cortador, é importante
manter o pulso flexível no caso de o cão mover-se subitamente. Usa-se o
cortador, em geral, seguindo a direção do pelo. Cortar com a tesoura é uma
arte um pouco mais lenta de se adquirir e requer mais horas de prática.

Limpe os ouvidos com algodão umedecido em álcool. Passe um perfume


especifico para animais, evitando a região do focinho. Na verdade, os cães
detestam esses perfumes... Se o seu animal for alérgico, dispense qualquer
essência. Caso queira aplicar algum produto anti pulgas em gotas ou spray,
faça isso no dia seguinte ao banho, quando pele e pelagem estarão 100%

36
secos.

MATERIAIS

Lâminas 40 / 30, Lâmina 10, Lâmina 7f, Lâmina 4f, Lâmina 5f e


Adaptadores.
37
CONTENÇÃO DE TRANSPORTE E ANIMAIS

Conter um animal significa limitar seus movimentos em diversos graus ou até


mesmo, sua completa imobilização. Desde seus primórdios, o homem
procurou adaptar os métodos de contenção às suas necessidades com o
propósito de obter comodidade e segurança na lida com os animais. Dentre
esses princípios, ao se lidar com animais domésticos ou silvestres, devem-se
reduzir as possibilidades de acidentes, utilizando-se métodos de contenção
seguros, A contenção física dos animais deve ocorrer de maneira que visem o
bem-estar dos mesmos durante todo procedimento de contenção e
transporte, proporcionando-lhes tranquilidade e evitando ferimentos neles e
nos membros da equipe de trabalho.

EQUIPAMENTOS USADOS

Guia/corda ou laço de contenção: pode ser de tecido em fibra de algodão


ou qualquer outro material macio e resistente, com espessura que não
ultrapasse 1.5, para que o animal não sofra ferimentos. O contato com o
animal deve ser realizado de maneira calma, acompanhando seus movimentos,
mantendo a corda feito um arco na mão direita. Ao se perceber que o animal
está mais calmo, passar o laço por sua cabeça até o pescoço e puxar
rapidamente a ponta livre para segurar o animal, deixando que ele ande alguns
metros para se sentir seguro.

Mordaça: deve ser feita com corda macia em fibra de algodão, com 1,5 m de
comprimento, utilizada para cães. A mordaça deve ser colocada segurando-se

38
a corda com a mão esquerda, passando-a pela região dorsal do pescoço e, com
a mão direita, passar a outra ponta da corda em volta do focinho por três
vezes. Na última volta, posicionar o braço embaixo da cabeça do animal
segurar as duas pontas da corda com a mão direita; libera-se a mão esquerda,
que passa embaixo do ventre do animal para pegá-lo no colo;

Cambão: é um tubo rígido produzido com diferentes materiais, resistente ao


peso dos animais, devendo ser leve, revestido na extremidade de contato com
o animal por borracha ou outro material resistente, que não machuque o
animal e macio. No interior do tubo rígido é uma corda de material flexível
como couro, algodão, aço, borracha ou outro similar. A corda, quando de aço,
deverá ter um revestimento de material confortável para o animal resistente.
Deverá preferencialmente, possuir uma trava de segurança para facilitar o
manejo a evitar o enforcamento do animal O material deve ser leve e
ergonômico.

Puçá: rede de malha de algodão trançado, fixa a um aro de material leve e


rígido, com cabo, geralmente confeccionado em alumínio. Este equipamento é
utilizado para manejar gatos em situações especiais e, também, alguns animais
silvestres de pequeno porte. Ac retirar o animal da malha deve se escolher
ambiente calmo e fechado e utilizar luvas de material resistente (borracha
grossa ou raspa de couro) para evitar acidentes com unhas ou dentes de
felinos.

Luvas: Podem ser de diversos materiais, tai como raspa de couro, borracha,
silicone, tecidos tipo lona ou mistas. Devem ser utilizadas um material
resistente espesso macio e flexível podendo apresentar diferentes
comprimentos de cano curto a longo) e se aprovados pelo Ministério do
Trabalho: São empregadas na contenção de animais como proteção individual
devendo ser utilizadas para recolhimento de animais de pequeno porte,
filhotes, gatos adultos em locais de difícil acesso ou com pequeno espaço para
manipulação em especial de animais agressivos ou arredios, a fim de evitar
mordeduras e arranhaduras.

39
Gaiola de contenções utilizada para administrações de medicamentos
tratamento de ferimentos possui parede retrátil para restringir ao mínimo a
movimentação do animal.

Gaiola ou caixa de transporte: feito em material leve, lavável,


preferencialmente impermeável resistente e com ventilação sistema externo
de fechamento seguro e alças para facilitar o temporário ou transporte do
animal recolhido o tamanho da caixa ou gaiola deve ser compatível com o do
animal de forma a permite movimentos naturais e transporte confortável.

Focinheiras: devem ser de material flexível, macio e adaptáveis aos diferentes


tipos de focinhos, mantendo a respiração e salivação normais. Seu emprego
será necessário em diversas situações e existem no mercado vários modelos.

O veículo usado para o transporte de animais

O recomendado para veículos de transporte de animais, tanto doentes quanto


destinados a banho e tosa são que esses veículos devem estar em perfeitas
condições para utilização, com manutenção em dia, corretamente higienizado,
o compartimento destinado ao transporte de animais (carroceria) deve ser
fechado, com sistema de ventilação permanente para circulação de ar,
proporcionando conforto e segurança. Seja adaptado para desembarque no
local de alojamento dos animais recolhidos (em casos de veículos sem sistema
de controle de temperatura e ventilação interna, o recolhimento dos animais
deve ser realizado somente nos períodos mais frescos do dia), a altura do
veículo seja compatível com a atividade, para que não haja dificuldades no
embarque e desembarque dos animais e que o veículo exiba: a identificação do
órgão a que pertence (logotipo, nome), telefone e endereço empresa.

Pontos a serem observados durante o transporte de animais:

40
Recomenda-se o transporte de pequeno número de animais em cada viagem
realizada, não excedendo a capacidade prevista. Deve-se evitar a permanência
prolongada dos animais nos veículos. Os cães devem ser transportados em
caixas/gaiolas ou compartimentos individuais, de tamanho adequado,
permitindo que possam realizar pequenos movimentos de acomodação no seu
interior, essas gaiolas ou caixas de transporte devem ser removíveis e, durante
o transporte, mantidas fixas no veículo.
Gatos devem ser transportados apenas em gaiolas ou caixas de transporte,
nunca soltos nos compartimentos específicos destinados ao transporte de
animais dos veículos O ideal é que não sejam transportadas espécies
diferentes na mesma viagem, que as mães sejam mantidas com as ninhadas,
que animais acidentados, com suspeita de doenças infectocontagiosas, feridos,
idosos ou cegos sejam rapidamente encaminhados para a clínica veterinária.

41

Você também pode gostar