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ROGER MARCHI POLEZA

GESTÃO DE ESTOQUES
SUAS FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO

Joinville
2019
ROGER MARCHI POLEZA

GESTÃO DE ESTOQUES
SUAS FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Anhanguera Educacional de Joinville
como requisito parcial para a obtenção do título
de graduado em Engenharia de Produção.

Orientador: Diego Costa

Joinville
2019
ROGER MARCHI POLEZA

GESTÃO DE ESTOQUES
SUAS FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Anhanguera Educacional de Joinville
como requisito parcial para a obtenção do título
de graduado em Engenharia de Produção.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Joinville, de de
Dedico este trabalho a minha esposa
Claudiani e as minhas filhas Eduarda e
Laís que sempre apostaram em mim,
sempre estiveram ao meu lado
incentivando, sendo pacientes, dando
muito apoio, carinho e compreensão pela
minha ausência em diversas ocasiões,
contribuindo assim muito para esta
conquista.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus Pai todo poderoso, que lança sobre mim sua gloria e
sabedoria infinita.
A minha esposa Claudiani e as minhas filhas Eduarda e Lais, que muitas vezes
conviveram com a minha ausência e falta de tempo em razão dos esforços em prol da
graduação, mas mesmo assim mantiveram-se como profundas apoiadoras.
Aos meus pais Antonio e Veronica por terem sido o fundamento de meu caráter e uma
importante fonte de inspiração sobre o valor do esforço e trabalho digno na construção
de uma vida feliz.
Ao corpo docente que colocou sua inteligência e cultura a serviço do ensino e do qual
recebemos importantes conhecimentos.
Aos amigos formados durante esta caminhada, onde buscamos o mesmo objetivo,
lutamos contra os mesmos obstáculos e comemoramos pelos mesmos motivos.
POLEZA, Roger M. Aplicação dos Conceitos de Gestão de Estoques na Cadeia
de Processos Industriais. 2019. 50. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação
em Engenharia de Produção) – Faculdades Anhanguera, Joinville, 2019.

RESUMO

As organizações buscam sempre a maximização dos lucros, os estoques são ativos


que representam uma grande parcela do orçamento pois de certa forma temos um
grande capital investido e que se não bem gerenciado gera o contrario do que se
espera e acaba dando prejuízo para a organização. O gestor de estoques tem em
suas mãos a possibilidade de tornar esta balança favorável, sabendo quando
ressuprir cada produto e quanto deve manter em estoque, sempre com a ideia de
evitar paradas no processo de manufatura e também que materiais se tornem
excedentes ou obsoletos o que impede seu uso. A gestão de estoques é essencial
para toda e qualquer organização e diante esta necessidade, busca a redução dos
custos de estoque de uma empresa. Face a estes desafios, a gestão de estoques
surge como principal fator para a obtenção de resultados positivos a organização.
Partindo dessa premissa, este trabalho apresenta um estudo da literatura relativa à
gestão de estoques e alguns dos modelos de controle de estoque mais comuns
praticados pelas empresas.

Palavras-chave: Gestão; Estoque; Desafios.


POLEZA, Roger M. Aplication of Concepts of Storage Management in Industrial
Process Chain. 2019. 33. Final Paper (Production Engineering) – Faculdades
Anhanguera, Joinville, 2019.

ABSTRACT

Organizations always seek to maximize profits, inventories are assets that represent a
large portion of the budget because in a way we have a large capital invested and if
not well managed generates the opposite of what is expected and ends up giving
damage to the organization. The inventory manager has in his hands the possibility of
making this balance favorable, knowing when to resupply each product and how much
must keep in stock, always with the idea of avoiding stops in the manufacturing process
and also that materials become surplus or obsolete what prevents its use. Inventory
management is essential for any organization, and in the face of this need, it seeks to
reduce the inventory costs of a company. Faced with these challenges, inventory
management emerges as the main factor in achieving positive results for the
organization. Based on this premise, this paper presents a literature review of inventory
management and some of the most common inventory control models practiced by
companies.

Key-words: Management; Storage; Challengers.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Elementos do MRP..............................................................................25


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Enfoques JIT para Alguns Problemas .................................................... 22


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ERP Enterprise Resource Planning


JIT Just in Time
MRP Materials Requirements Planning
SAP Systemanalyse und Programmentwicklung
PEPS Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
2 GESTÃO DA PRODUÇÃO ............................................................................. 12
2.1 HISTÓRICO DA GESTÃO DA PRODUÇÃO ................................................... 12
2.2 DEFINIÇÃO DA GESTÃO DA PRODUÇÃO.................................................... 13
2.3 CONCEITOS DE PRODUÇÃO........................................................................ 13
2.4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO ........................................ 14
2.5 OBJETIVOS DA GESTÃO DA PRODUÇÃO ................................................... 14
2.5.1 Eficácia ............................................................................................................ 15
2.5.2 Eficiência ......................................................................................................... 15
2.5.3 Efetividade ....................................................................................................... 16
2.5.4 Qualidade ........................................................................................................ 16
3 GESTÂO DE ESTOQUE ................................................................................. 17
3.1 CONTEXTO HISTORICO E EVOLUÇÃO ....................................................... 17
3.2 ESTOQUE ........................................................................................................... 18
3.3VARIANTES DE ESTOQUE................................................................................. 18
3.3.1 Retaguarda de estoque ................................................................................... 18
3.3.2 Estoque cíclico ................................................................................................ 19
3.3.3 Estoque antecipado ......................................................................................... 19
3.3.4 Objetivos dos estoques ................................................................................... 19
3.3.5 Funções de estoque ........................................................................................ 20
3.3.6 Estoques intermediários .................................................................................. 20
3.4 GESTÃO DE ESTOQUES ............................................................................... 20
3.4.1 Escopo da gestão de estoques ....................................................................... 21
3.4.2 Just in time (JIT) .............................................................................................. 21
3.4.3 Princípios do Just in Time................................................................................ 22
4 FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DE ESTOQUES............................ 24
4.1 SAP R/3 (SYSTEMANALYSE UND PROGRAMMENTWICKLUNG)............... 24
4.2 MRP (MATERIALS REQUERIMENTS PLANNING) ........................................ 25
4.3 ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) .............................................. 26
4.4 PEPS (PRIMEIRO A ENTRAR PRIMEIRO A SAIR) ....................................... 26
4.5 CÓDIGO DE BARRAS .................................................................................... 27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 28
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29
11

1 INTRODUÇÃO

O gerenciamento de estoques em uma indústria é fator primordial para a


mnutenção do fluxo de produção. Apesar da grande quantidade de produtos
fabricados por uma indústria do segmento de linha branca, a quantidade excessiva de
matéria prima pode afetar diretamente no sequenciamento da produção de produtos.
Na busca de resultados na execução do controle de estoque, é considerável
que o gestor tenha um controle ativo com soluções favoráveis a gestão. A divergência
de informações pode acarretar transtornos para uma organização, onde a mesma
pode ficar. A quantidade de matéria prima deve ser adequada ao ritmo de produção
para não causar ociosidade no estoque. Neste contexto gereciar de modo eficiente o
estoque de uma cadeia industrial de modo a não causar ociosidade de matéria prima?
Por tudo exposto acima a presente pesquisa tem sua significância porque
busca verificar a importância dos processos de controle de estoque e o impacto destes
para o crescimento da organização e que o presente trabalho contribua para que os
gestores tomem decisões mais sólidas na hora de estocar, programar e vender seus
produtos
O objetivo geral foi explanar a importancia de um bom gerenciamento dos
estoques e ferramentas para ajudar a tomada de decisões relacionadas ao assunto,
os objetivos específicos do presente trabalho foram: apresentar o as definições de
gerenciamento de produção; conceituar gerenciamento de estoque e; descrever a
como é feita a gestao de estoque apresentando tecnicas e ferramentas de
gerenciamento.
O presente trabalho se classificou como uma revisão de literatura definido por
(FINDLAY; COSTA; GUEDES, 2006) como analisam-se as mais recentes obras
científicas disponíveis que tratem do assunto ou que dêem embasamento teórico e
metodológico para o desenvolvimento do trabalho científico.
Será realizada uma consulta a livros, dissertações e por artigos científicos
selecionados através de busca nos seguintes base de dados (livros, dissertações,
teses e sites de banco de dados, etc). O período dos artigos pesquisados serão os
trabalhos publicados nos últimos 20 anos. As palavras-chave utilizadas na busca
serão: produção, estoque e ferramentas de gerenciamento.
12

2 GESTÃO DA PRODUÇÃO

2.1 HISTÓRICO DA GESTÃO DA PRODUÇÃO

Para descrever o histórico da gestão de produção deve-se destacar alguns


períodos e passagens ao longo dos anos onde mudanças marcantes aconteceram na
produção de bens de consumo. Na idade média a força produtiva dependia
basicamente do artesanato onde a mão de obra era qualificada para aquele tipo de
serviço.
Para Landres (2005) O progresso técnico na indústria de máquinas inicialmente
foi implementado por artesãos criativos, que modificaram instrumentos antigos e
projetaram novos, ou seja, a mudança foi gradual e cumulativa
Segundo Pasqualini, Lopes e Siedenberg (2010), ainda que descentralizadas,
as organizações do trabalho se concentravam em um lugar geográfico apenas. No
século XIX, a produção artesanal estabelecia ses próprios prazos de entrega e seus
preços de mercado.
A Revolução Industrial começou na década de 1770 na Inglaterra e se espalhou
para o resto da Europa e para os Estados Unidos durante o século XIX. Apenas
ferramentas simples estavam disponíveis; as máquinas em uso hoje não tinham sido
inventadas. Então, uma série de inovações no século 18 mudou a face da produção
para sempre substituindo o poder da máquina pela energia humana. Talvez o mais
significativo deles foi o motor a vapor comercializado pela primeira vez por James Watt
em 1776, o que deu início a primeira revolução industrial, porque forneceu uma fonte
de energia para operar máquinas em fábricas. Amplo suprimentos de carvão e minério
de ferro forneciam materiais para geração de energia e fabricação de máquinas.
As novas máquinas, feitas de ferro, eram muito mais fortes e duráveis do que
as simples máquinas de madeira que eram utilizadas anteriormente. Fábricas
começaram a surgir e crescer rapidamente, oferecendo empregos para inúmeras
pessoas que foram atraídas em grande número das áreas rurais. Apesar das grandes
mudanças que estavam ocorrendo, a teoria e prática da administração não
progrediram muito neste periodo.
Para Pasqualini, Lopes e Siedenberg (2010), cabe destacar os trabalhos de
Frederyck Taylor, onde o mesmo destacava a forma de aumentar os processos
produtivos por meio da eficiência das operações.
13

2.2 DEFINIÇÃO DA GESTÃO DA PRODUÇÃO

A era da administração científica trouxe mudanças generalizadas para o


gerenciamento das fábricas.O movimento foi encabeçado pelo engenheiro de
eficiência e inventor Frederick Winslow Taylor, que é muitas vezes referido como o pai
da gestão científica. Taylor acreditava na “Ciência da Gestão” baseada na
observação, medição, análise e melhoria de métodos de trabalho e incentivos
econômicos. Ele estudou métodos de trabalho em grande detalhe para identificar o
melhor método para fazer cada trabalho.
Chiavennato (2015), destaca que a gestão da produção utiliza recursos físicos
e materiais da empresa como máquinas, equipamentos, instalações, matérias primas,
edifícios e tecnologia para que todos os ativos possam ser integrados e reunidos em
uma atividade conjunta organizada. Sob esta ótica as empresas buscam a integração
de todos os setores para a excelencia do negocio e prosperidade no mercado e
também a efetividade na busca das metas estabelecidas.
A gestão e controle da produção visa garantir que os processos se movam
para atingir o nível exigido cada dia mais no mercado globalizado.
Para Pasqualini, Lopes e Siedenberg (2010), relata que os recursos materiais
de uma empresa não podem ser tratados como pessoas, pois não possuem
inteligência para tal, sendo dependente das pessoas e ainda, as pessoas não podem
ser tratadas como recursos, .

2.3 CONCEITOS DE PRODUÇÃO

Segundo Slack (1996) a produção é a função central das organizações já que


é aquela que vai se incumbir de alcançar o objetivo principal da empresa, ou seja, sua
razão de existir.O processo de produção consiste no número de atividades e
operações. Essas atividades podem ser aplicadas em diferentes combinações e para
atingir o objetivo desejado.
O propósito da manufatura é, de acordo com Askin e Stamdridge (1993),
enriquecer a sociedade através da produção funcionalmente desejada, esteticamente
agradável, ambientalmente segura, economicamente acessível, altamente confiável,
e de alta qualidade.
14

Para DAVIS, AQUILANO E CHASE (2001) o gerenciamento dos recursos


diretos que são necessários para a obtenção dos produtos e serviços de uma
organização, sendo que essa função está concentrada em um processo de
transformação de matéria-prima através de pessoas, máquinas ou ferramentas
obtendo o resultado desejado.
O conceito basico de produção é que os clientes escolherão produtos e
serviços amplamente disponíveis e de baixo custo. Portanto, as empresas estão
principalmente preocupados em produzir o maior número possível de unidades.
Concentrando-se na produção de volumes máximos com toda a cadeia necessaria
interagindo entre si, a empresa visa maximizar a lucratividade explorando mercados
com possibilidades de expansão e economias de escala.

2.4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

Para Slack(1996) planejamento e controle é a atividade de se decidir sobre o


melhor emprego dos recursos voltados a produção, assegurando, assim, a execução
do que foi previsto. Seus produtos, serviços e processos são desenhados então o
trabalho esta sendo planejado e controlado de forma continua.
Ainda segundo Slack (1996) o planejamento e controle da produção envolve
centenas de decisões minuto a minuto durante a semana de trabalho, ainda envolve
a habilidade de colocar a estratégia de produção na estratégia geral da organização
envolvendo as estratégias funcionais e do negocio.

2.5 OBJETIVOS DA GESTÃO DA PRODUÇÃO

O gerenciamento de operações se preocupa em gerenciar os recursos que


produzem diretamente os serviços e produtos da organização. Os recursos
geralmente consistem em pessoas, material, tecnologia e informação, mas podem ir
além disso. Esses recursos são reunidos por uma série de processos para que sejam
utilizados para fornecer o serviço ou produto principal da organização
Chiavenatto (2015) destaca os principais objetivos a serem alcançados pela
gestão da produção. Para ele, a gestão da produção não funciona por acaso, ela
precisa de planejamento atento para alcançar a máxima eficiência.
15

A ideia de sobrevivencia do negocio e de que uma empresa deve fabricar


produtos de baixo custo em grandes quantidades, em vez de produtos que atendam
às necessidades específicas dos clientes, pelos quais pagariam mais com custos altos
e sem a possibilidade de atender uma fatia expressiva do mercado.
Assim, os objetivos do gerenciamento da produção são “produzir bens e
serviços de qualidade certa, nas quantidades certas, de acordo com o cronograma e
um custo mínimo”. Chiavenatto (2015) ainda destaca a diferença entre eficiência e
eficácia, dando a maior importância entre os conceitos

2.5.1 Eficácia

Eficacia é o grau em que os objetivos são alcançados e até que ponto os


problemas são resolvidos. Ao contrario da a eficiência, a eficácia não tem relação a
custos e tem seu principal significado em fazer a coisa certa não importando o quanto
isto custe.
Segundo Pasqualini, Lopes e Siedenberg (2010), é a capacidade de a produção
produzir o seu melhor produto. Significa o melhor que se pode fazer nas condições
favoráveis para que o produto fabricado venha a beneficiar todo o fluxo produtivo
trazendo assim a melhor utilização dos recursos da empresa.
Para Chiavenatto (2015), eficácia é uma medida do alcance de resultados,
enquanto a eficiência é uma medida da utilização dos recursos nesse processo a
eficácia está completamente relacionada ao produto final, ou seja, aos objetivos finais
da empresa e como ele pretente alcançar a qualidade final com suas operações.

2.5.2 Eficiência

Chiavenatto (2015), destaca é a utilização correta e coordenada de recursos


empresariais, para ele para conseguir a melhor eficiência deve-se adotar os melhores
métodos, normas, procedimentos e processos a fim de fazer o que é certo, da melhor
maneira possível.
Eficiencia é a capacidade de produzir um produto com um mínimo de esforço,
com a menor despesa possivel, sem desperdícios no processo e com a qualidade que
torne o valor deste em um beneficio para a empresa. É tambem buscar sempre a
16

melhoria continua em todo processo e ter a relação entre o trabalho efetivo e a energia
despendida na produção a possibilidade de alcançar os objetivos da empresa.

2.5.3 Efetividade

Nada mais é do que alcançar o objetivo que é traçado, fazendo uso dos
recursos disponíveis de forma ideal para este objetivo acompanhando e modificando
tais recursos buscando sempre a eficácia e a eficiência dos processos.
Para Pasqualini, Lopes e Siedenberg (2010), efetividade é a melhoria
alcançada ou alcançável nas condições usuais de prática do cotidiano tornando a
empresa eficiente e eficaz ao mesmo tempo, ou seja, de atingir as metas definidas no
prazo e orçamento estabelecidos e conseguir apresentar um resultado final
satisfatório.

2.5.4 Qualidade

Para Chiavenatto (2015), qualidade é uma decorrência da aplicação da


melhoria contínua, ela significa o atendimento das exigências do cliente, ou seja, é ter
como objetivo as necessidades do usuário.
Segundo Deming(1990) fazer certo da primeira vez, destaca que qualidade é
tudo aquilo que melhora o produto do ponto de vista do cliente ainda associa
qualidade à impressão do cliente, portanto não é estática. A dificuldade em definir
qualidade está na renovação das necessidade futuras do usuário em características
mensuráveis, de forma que o produto possa ser projetado e modificado para dar
satisfação por um preço que o usuário possa pagar.
Conforme Juran(1992) define a qualidade a partir de dois significados como
adequação ao uso e, ausência de falhas. Além disso, define a função qualidade como
sendo o conjunto de atividades através das quais atingimos a adequação ao uso, não
importando em que parte da organização estas atividades são executadas.
17

3 GESTÂO DE ESTOQUE

3.1 CONTEXTO HISTORICO E EVOLUÇÃO

Nos primeiros pontos da história humana, como as primeiras pessoas se


tornaram caçadoras-coletoras, deveria haver algum gerenciamento de estoques. Os
caçadores desenvolveram armas brutas de madeira para facilitar suas caçadas. O
primeiro gerenciamento de estoque rudimentar foi feito rapidamente. Quantas lanças
pontiagudas de madeira precisam, quantos devem ser levadas para uma caçada. Que
tal flechas e pontas de flechas que alguém precisa, quantos devem carregar, eles vão
inevitavelmente quebrar ou se perder, quantos deveriam estar de volta na cabana ou
na caverna.
Anterior aos termos utilizados hoje para a gestão dos estoques, o homem já
organizava seus produtos e procurava prestar seus serviços da melhor forma possível.
Segundo Rentes (2011, p. 37 - 40), um dos registros mais antigos sobre administração
da produção são dos Monges suméricos em 5000 a.C, onde os mesmos
contabilizavam os estoques, empréstimos e impostos decorrentes de suas transações
comerciais.
Já Ching (2011) define gestão de estoque não apenas como um meio de reduzir
custos, mais se colocada em pratica como um conceito integrado a gestão de
estoques se torna uma ferramenta de estratégia fundamental para a sobrevivência do
negocio.
O século XIX foi responsável por introduzir as mudanças e é impossível listar
um campo da vida moderna que não tenha sido afetado durante aquela época. Um
dos setores econômicos mais impactados foi a indústria de bens, que passou a contar
com fábricas e deixou de lado o trabalho de artesãos. Isso resultou em uma nova
gama de necessidades voltadas para o abastecimento da produção (AUTOR, ANO).
Com o aumento dos meios de fabricação, foi preciso prevenir a escassez de
matérias-primas. Porém, foi possível construir entrepostos em pontos estratégicos do
trajeto e garantir o abastecimento, por isso Bowersox e Closs (2001) definem área de
operação que nunca para e ocorre em todos os lugares do mundo com a finalidade
de tornar possível a disponibilidade de produtos e serviços em qualquer local onde
forem necessários.
18

3.2 ESTOQUE

Quando uma empresa ou companhia produz um excedente de produtos a fim


de garantir uma margem de vendas ou ofertas, esta empresa está criando estoque.
De acordo com Viana (2000), o estoque é uma oportunidade que as empresas
possuem de sanar, suprir uma determinada demanda emergencial.
Para Machado (2004), os estoques são vistos negativamente pelas empresas
porque representam um projeto bem planejado de administração e controle
contribuindo para elevar o risco de perdas financeiras das organizações. De uma
maneira prática, o estoque pode configurar como uma falaha de estratégia da
companhia.
Outras definições dadas por outros autores, como Viana (2011) que afirma que
o acúmulo organizado de produtos ou materiais pode configurar como estoque, e que
o mesmo pode participar de forma cíclica da produção da empresa. Para o autor, o
estoque pode ser representado essencialmente por produtos acabados,
componentes, dispositivos e até insumos para uso administrativo.

3.3VARIANTES DE ESTOQUE

Em muitas empresas, o principal escopo é a manutenção dos estoques em


nível mínimo e tolerável. Para Slack, Chambers e Johntons (2009), o desnível
apresentado no que é produzido e no que é despachado ao cliente cria o temido
estoque que consequentemente pode influenciar no controle operacional e nas
variantes de estoque.

3.3.1 Retaguarda de estoque

Segundo Slack, Chambers e Johntons (2009), todo tipo de mercado onde não
há uma previsibilidade de venda de um produto ou certeza do número dos produtos
vendidos, pode ocorrer um estoque de segurança. Neste caso, a quantidade de
produtos armazenados visa garantir o fornecimento de determinado produto quando
ocorre a falta em outro mercado consumidor.
19

3.3.2 Estoque cíclico

Quando setores, ou áreas de diferentes de uma firma fornecem produtos


oriundo de diversas fontes, há a carecterizaçãod do estoque de ciclo. Nesta
modalidade há a alimentação de peças ou produtos de diversas fontes e de diversos
fornecedores, pois não há uma garantia de fornecimento de todos os produtos de
apenas um fabricante (VIANA, 2011).

3.3.3 Estoque antecipado

Nesta modalidade de estoque, o fluxo produtivo possui um ritmo que é


incompatível com a demanda apresentada. Neste caso, segundo Ching (2010),
produz-se um determinado produto antecipadamente prevendo o seu consumo ou
venda em um tempo projetado, o autor explana que alguns estoques existem
normalmente em uma indústria de manufatura, onde a matéria-prima requer
processamento para ser transformado futuramente em um produto acabado.
Para Viana (2011), a utilização é acompanhada com o volume de produção e
produtos em processo são materiais que estão em distintas etapas do processo de
fabricação. Conhecer os tipos de estoque ajudam no planejamento e também na
provisão de recursos aos clientes.

3.3.4 Objetivos dos estoques

Segundo Viana (2011), estoques ajudam a otimizar o atendimento


salvaguardando a empresa de qualquer imprevisto que possa ocorrer em meio aos
processos do marketing ou vendas. Minimizar os custos é sempre o objetivo central
das empresas, é possível administrar as modalidades de estoques por meio do
controle de dois parâmetros, como a minimização o custo de estocagem e
armazenagem e otimizar os trabalhos de estocagem. Quando se busca pelo valor
minimo no custo de estocagem, também é reduzida a cobertura destes estoques,
podendo ocasionar um aumento no risco de produção da empresa.
Para Dias (2010) o objetivo principal do estoque é minimizar perdas e custos,
otimizar investimentos, reduzindo as necessidades de capital investido. Por outro lado,
se buscar a garantia de um nível de atendimento igual a 100%, envolve a estocagem
20

de grande quantidade do produto, elevando os custos do estoque podendo não se


tornar uma vantagem.

3.3.5 Funções de estoque

Bowersox e Closs (2010), destacam que o estoque ideal é aquela a produção


é sincronizada de acordo com as solicitações dos clientes. Produz-se sempre quando
ocorre um pedido ou solicitação inicial, isto é, a produção ocorre por encomenda.
Segundo a filosofia enxuta um mínimo de estoque nem sempre é possível, pois há
sempre fatores que implicam em pequenos estoques.
Para Chopra (2004) o estoque existe devido a uma inadequação entre
suprimentos e demanda e este se encontra espalhado por toda a cadeia passando de
matérias-primas para produtos em processamento e, finalmente para produtos
acabados.

3.3.6 Estoques intermediários

Bowersox e Closs (2010) ressaltam que quando se fragmenta os produtos


produzidos nas operações de produção pode ocorrer estoques intermediários. Nesta
configuração os produtos não se encontram prontos, isto é, são semi acabados que
após uma pequena etapa de processamento pode estar prontos com maior rapidez.
Segundo Pozo (2008), os estoques intermediários ajudam o fluxo produtivo
agilizando a produção em pontos com necessidades diferenciadas diminuindo os
custos de preparação de máquinas, o custo da unidade fabricada, de mão de obra e
manuseio.

3.4 GESTÃO DE ESTOQUES

Dias (2010), destaca que a gestão e administração de estoques é a espinha


dorsal das organizações. É através dela que pode-se prever como os produtos
produzidos podem ser distribuídos conforme a demanda. Pozo (2008), descreve que
quando há a presença de estoques muito grandes e numerosos, há um incremento
no capital de giro podendo impactar nos elevados custos da empresa. Apesar de que
o baixo estoque pode influenciar no tempo de entrega e demora de produção, deve-
21

se buscar sempre um ponto de equilíbrio onde a demanda deve ser equalizada com
a oferta. A gestão de estoques busca conduzir e direcionar os recursos disponíveis
com valor econômico agregado destinados ao suprimento das necessidades futuras,
na organização não interrompendo os processos de manufatura e entrega aos
clientes. A busca pelo equilíbrio e manutenção dos recursos ociosos em equilíbrio com
relação ao que foi investido na prevenção de incertezas e reduzir os custos do efeito
de sazonalidade e a mais simples abordagem da gestão de estoques. E isto so pode
ser obtido mantendo estoques mínimos e não correr o risco de não tê-los em
quantidades suficientes e necessárias para que o fluxo da produção esteja em
equilíbrio com o fluxo de consumo (DIAS, 2010).

3.4.1 Escopo da gestão de estoques

Para conseguir sucesso na gestão de estoques,alguns objetivos citados por


Ching (2010) devem ser cumpridos. Deve-se realizar de forma controlada o cálculo do
estoque mínimo, o cálculo dos lotes de suprimento, a previsão do estoque máximo,
atualização da ficha de controle, emissão de solicitações de suprimento da demanda,
recebimento dos materiais, conservação e preservação do material e a prática
insistente e recorrente das ferramentas 5S de qualidade.
Para Chopra (2004) a gestão de estoques tem uma participação crucial na
capacidade da cadeia de suprimentos, apoiando a estratégia competitiva da empresa
que busque como meta principalmente ser uma empresa fabricante de baixo custo
gerindo seu estoque para se tornar mais eficiente reduzindo a quantidade de recurso
parado.
Chiavenato (2005), destaca que em maior ou menor grau o estoque possui
enorme importância para a cadeia produtiva das empresas.Com um estoque bem
dimensionado é possível reduzir os espaços de armazenamento e ainda atender o
cliente de forma contínua evitando atrasos e contratempos de entrega de produtos.

3.4.2 Just in time (JIT)

A ferramenta consiste em controlar o fluxo produtivo de qualquer organização


reduzindo estoque e consequentemente os custos de produção. Nas empresas onde
22

a técnica é implantada, há um baixo estoque de produção e o cliente é atendido de


acordo com a demanda de produção. Conforme Corrêa e Gianesi (2009), a técnica
teve origem no Japão em meados de 1970, para ser utilizado na unidade fabril da
Toyota Motor Company. Naquela época, a empresa buscava um mínimo de estoque
para reduzir os custos operacionais e agilizar o fornecimento de produtos.
Segundo os autores, JIT busca sempre a melhoria contínua do processo
produtivo, sendo utilizados para evitar a paralização do processo produtivo. Segundo
a técnica o estoque possui função como um investimento necessário quando
problemas acontecem no processo produtivo.
Outros autores como Ching (2010), destacam que o JIT concentra seus
esforços no atendimento da demanda, com a máxima qualidade e sem perdas,
possibilitando a produção eficaz se tratando de custos, no momento e no local correto,
minimizando ouso dos recursos.

3.4.3 Princípios do Just in Time

Ching (2010) desta que a filosofia Just in Time é baseada em alguns princípios
com a qualidade dos produtos produzido, a velocidade e confiabilidade da prestação
de serviços, a flexibilidade na produção dos produtos e finalmente no compromisso
com o cliente. A Tabela 1 a seguir descreve problemas típicos e suas possíveis
soluções dentro da filosofia JIT.

Tabela 1 Enfoques JIT para alguns problemas.


Problemas Solução Jit
Maquinas não confiável Torna-la confiável
Gargalos grandes tamanhos de lote Atacar os gargalos e aumentar a
capacidade
Produzir necessidade do cliente
Longo lead times de produção Melhorar a flexibilidade da produção e reduzir
o tempo set up
Melhorar processos e trabalhar
Fonte: Ching (2010)

Finalizando, o JIT é apresentar a necessidade do material certo, na quantidade


certa, no tempo e no local certo fazendo um estoque menor e por consequência terá
23

um custo menor. Com este sistema, o produto, matéria prima chega ao local de
utilização somente no momento exato em que for necessário, ou seja, os produtos
somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados, não
existe estoque parado.

3.4.3.1 Estratégia ABC

Machado (2004) e Arnold (2011) destaca que nesta estratégia, os estoques são
categorizados por ordem de importância, sendo que os principais são divididos em
três grupos: No grupo A, os itens que exigem os maiores investimentos e maiores
cuidados no controle, como registros permanentes e monitoramento constante. No
grupo B, não há necessidade de maiores cuidados no controle. Neste tipo de estoque
o controle é medianamente controlado, amsi ainda de forma permanente. E finalmente
no grupo C, encontram-se classificados os demais itens, normalmente em grande
número, mas de baixo custo.
24

4 FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

Manter os estoques requer um alto investimento e o correto gerenciamento dele


é de grande valor para a continuidade dos processos produtivos das organizações.
Hoje em dia as técnicas de gerenciamento e estratégias para armazenar, rastrear,
entregar e solicitar compra, não são apenas utilizadas para saber sobre o movimento
de ir e vir dos inventários e sim buscar a melhor maneira possível para minimizar as
perdas e maximizar os lucros.
Segundo Bowersox e Closs (2010), os métodos de gerenciamento de estoques
usam bases de dados comuns para organizar necessidades de estoque nos vários
locais ou elos da cadeia de agregação de valor. A tecnologia da informação permitiu
que as empresas entregassem produtos solicitados em curto espaço de tempo, assim
diminuindo o nível de estoque necessário na empresa.
Para simplificar o gerenciamento dos estoques algumas ferramentas são
utilizadas hoje em dia, permitindo um controle mais dinâmico e que o fluxo de
informações permita a atualização destes em tempo real.

4.1 SAP R/3 (SYSTEMANALYSE UND PROGRAMMENTWICKLUNG)

Segundo Davenport (2002), as grandes empresas necessitam de sistemas


informatizados que integrem diversas áreas e departemantos. Desde o comercial até
o de recursos humanos. O sistema SAP R/3 ERP proporciona uma gama de
benefícios já citados como um melhor resposta na tomada de decisão, por meio do
acesso às informações em tempo real com o objetivo de identificar problemas iniciais
e poder valer-se de oportunidades de forma proativa. O autor ainda destaca que há
ganhos de produtividade, eficiência e um melhor tempo de resposta, aumentando o
alcance de processos empresariais para conectar mais pessoas, em tempo real,
dentro e fora da empresa, disponibilizando acesso rápido para visualizações
consolidadas e consistentes de seus processos.
Corrêa e Gianesi (2005) ressaltam que entre as várias atividades gerenciais
suportadas no SAP, está a de planejar níveis de estoques apropriados, sejam de
matérias-primas, semi-acabados e produtos acabados nos pontos corretos, para
garantir que as incertezas do processo afetem, o menos possível o nível de serviços
aos clientes e o funcionamento tranquilo da empresa. O sistema SAP trouxe para
25

indústria uma velocidade nunca vista antes devido sua integração com todas as
unidades em um único sistema fazendo as trocas de informações mais eficazes pois
reduz a burocracia e o tempo de espera não existindo mais a necessidade de
solicitações por e-mail ou telefone, o acesso a informação esta na direto na tela do
computador, independente da localização da unidade da empresa.

4.2 MRP (MATERIALS REQUERIMENTS PLANNING)

Segundo Dias (2010) é um sistema de planejamento, controle e gestão de


materiais. Tal conceito não é atual, embora muitas empresas o utilizem de forma
disfarçada em aplicativos e programas de computador. Para o autor os objetivos
principais do MRP são o de assegurar a plena disponibilidade de materiais,
componentes e produtos para atendimento ao planejamento da produção. Outro
objetivo é o de manter o nível de estoque no nível mínimo a fim de reduzir os custos
de estocagem. Em uma abordagem mais ampla, o MRP preocupa-se com o
planejamento da demanda a curto e longo prazo, definindo aos gestores o correto
dimensionamento dos estoques. Na figura 1 a seguir, apresenta-se os elementos
básicos do MRP.

Figura 1 – Elementos do MRP

Fonte: Dias (2010, p.112)

Observando a Figura 1 percebe-se que os critérios técnicos encontram-se


hierarquizados de forma que as ordens dos clientes e as previsões de demanda
26

empurram de forma ordenada o programa mestre de produção incocando a lista de


materiais e por conseguinte a emissão ordenada de relatórios.
Para Petronio (2001) a informação sobre estoques disponíveis são essenciais
para a operação de um sistema MRP já que se baseia na explosão dos produtos,
levando ao conhecimento detalhado todos os seus componentes e insumos
necessários a fabricação, tornando-se fácil o calculo de custo de cada produto.

4.3 ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING)

Para Slack, Chambers e Johnston (2009), muitas tomadas de decisões podem


refletir de maneira incisiva no planejamento de recursos. O ERP, é um sistema
possibilita que o gestor consiga analisar de forma ampla os reflexos de tomadas de
decisão. Segundo os autores o ERP é um sistema que auxilia o adminsitrador na
tomada de decisão. É um sistema integrado que possibilita o desenvolvimento de
novos itens, a aquisição de novos itens, inventários, integração com fornecedores e
acompanhamento da produção.
Para Davenport (2002), foi o mais importante desenvolvimento ocorrido na TI,
nos anos 90, para o mundo dos negócios. Ressalta ainda que a não implementação
de um ERP está fora de questão. Os ganhos a longo prazo de produtividade e
conectividade, comparadas com os gastos no desenvolvimento e manutenção do
sistema levam as organizações a buscarem uma implementação melhor e mais barata
de um sistema ERP.
O'Leary (2000) caracteriza um ERP como um pacote de software para ambiente
cliente-servidor que integra a maioria dos processos de negócio, processa a maioria
das transações organizacionais, usa uma base de dados empresarial e permite
acesso aos dados em tempo real.

4.4 PEPS (PRIMEIRO A ENTRAR PRIMEIRO A SAIR)

Metodo de controle de estoques que conhecido como PEPS seguindo o


acrônimo em língua portuguesa ou FIFO (First In First Out), analisa o estoque da
empresa por ordem cronológica de entrada e saída de materiais, onde o primeiro que
constitui o estoque deve ser o primeiro a ser retirado com seu custo total de
transformação aplicado.
27

Segundo Viana (2011) destaca que em muitas empresas adota este sistema
onde o primeiro produto a entrar em um sistema de estocagem é o primeiro produto a
ser despachado, garantindo assim uma melhor rotatividade da produção nas áreas de
estocagem facilitando o controle do que é produzido e da demanda a ser produzida.
Destaca Araujo (2001) que o método é satisfatório quando o giro dos estoques
são razoalvelmente rápidos ou quando as flutuações normais nos custos dos materiais
podem ser absorvidos no preço do produtos. Ainda destaca que o método serve para
limpara a casa, ao dispor que os lotes/valores que tenham sido mantidos por um
período de tempo mais longo nos estoques.

4.5 CÓDIGO DE BARRAS

O código de barras criado em 1952 é uma representação gráfica de valores


numéricos que servem para identificar os produtos, tanto sua representação gráfica
quanto a numérica tem o mesmo valor.
Para Dias (2009), um código de barras é uma representação gráfica de dados
que podem ser numéricos ou alfanuméricos dependendo do tipo de código de barras
empregado. As linhas paralelas e verticais escuras e os espaços entre elas têm
diferentes larguras em função das várias técnicas de codificação de dados
empregada.
Com os códigos de barras, podemos descobrir facilmente o que tem em
estoque e o que não tem. Quando um cliente compra um produto, pode se digitalizar
o código de barras e retirá-lo de seus registros de estoque imediatamente. Os dados
de inventário serão precisos e em tempo real para tomar decisões de negócios
adequadas ao longo do dia.
28

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sem duvidas a gestão de estoques é um grande desafio para todas as


organizações. O mercado globalizado e altamente competitivo faz com que estas
busquem uma vantagem competitiva para a organização, além da busca pela melhor
qualidade dos produtos e serviços oferecidos.
Alem da busca pela vantagem competitiva as constantes crises na economia
mundial e por consequência a redução dos investimentos nas areas operacionais,
uma gestão eficiente de estoque é indispensável para que a empresa possa vencer
este cenário e também seja capaz de acompanhar e manusear os materiais, desde a
sua compra até a entrega ao cliente final.
O estoque é um indicador de custos que preocupa os gestores, para que tudo
ocorra da melhor forma dentro da empresa, é necessária à utilização de ferramentas
de gestão para gerenciamento dos estoques, e em todo esse processo, é fundamental
que as empresas fiquem atentas na capacidade de gerar informações confiáveis e
exatas sobre o estoque de bens disponíveis.
A empresa deve buscar estabelecer parâmetros de gestão e também tê-las
como boas práticas, sempre com o objetivo de reduzir seus custos, manter-se
competitiva no mercado, evitar paradas das linhas de produção por falta de estoques
e também os excedentes de produtos estoque para que tenha tal retorno do capital
investido.
Faz parte da estratégia a manutenção dos níveis de estoque mais reduzido
possível para um atendimento compatível às necessidades de manufatura, vendas, e
para todo bom planejamento a previsão é o ponto de partida.
Como possibilidade de pesquisas futuras para o tema gestão e controle de
estoques. Propõe-se um estudo sobre como vão se comportar as ferramentas de
controle com a nova era das industrias que estão chegando e principalmente face a
Industria 4.0.
29

REFERÊNCIAS

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11 nov. 2019.
32

Prezado, Roger.

Conforme definição do manual do aluno, no que compete aos prazos:

“ Os arquivos postados nos 7 (sete) dias úteis finais dos prazos estabelecidos
no cronograma serão corrigidos, entretanto, não haverá possibilidade de
republicação e melhoria da nota. ”

Seu trabalho foi avaliado. Habilite a aba de comentários do Word, na aba “revisão” e
faça todas as correções mencionadas antes de postar seu trabalho que será avaliado
pela banca. A atividade 4 é de competência da coordenação do curso, antes de
submeter o arquivo que será avaliado por eles, consulte o manual do aluno. Desejo-
lhe toda sorte do mundo.

Ressalto que a qualquer momento seu trabalho pode ser submetido a verificação de
plágio.

No final do arquivo anexo, encontra-se o feedback e o quadro de critérios.

Cordialmente,
Diego Costa
Tutor do trabalho de conclusão de curso de Engenharia de Produção
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TCC 2/2 - Atividade 3

Critérios Valor do critério Pontuação

Elementos pré-textuais e pós-textuais. (0-200) 200

Introdução clara e coerente com o trabalho. (0-400) 400

Considerações finais coerentes com os objetivos


(0-400) 300
propostos.

Desenvolvimento (Capítulo 1, 2 e 3) de forma clara e


(0-2000) 1800
estruturada ao longo de todo o trabalho

Apresentou coerência, linguagem formal e impessoal,


(0-600) 400
respeita as regras ortogramaticais.

As referências contemplam todas as obras e autores


que foram citados no trabalho, atendendo a (0-400) 400
formatação correta de acordo com ABNT.

Pontuação total (0-4000) 3500

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