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Nome: Felipe Normando Cavalcante Aires

R.A.: 22306745

Turma: Vespertino A
Texto: BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade
democrática. [Syn]Thesis: Cadernos do Centro de Ciências Sociais, vol. 5, No. 1, 20

O texto "Judicialização, Ativismo Judicial e Legitimidade Democrática", escrito por Luís


Roberto Barroso, aborda a relação complexa entre a judicialização das questões políticas, o
ativismo judicial e a legitimidade democrática. Barroso é um renomado jurista brasileiro e
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o que lhe confere experiência e conhecimento
sobre o assunto em discussão.

No texto, Barroso inicia apresentando uma visão geral sobre o fenômeno da judicialização,
que ocorre quando questões políticas e sociais são levadas ao Judiciário em busca de uma
solução. Ele reconhece que a judicialização é uma realidade contemporânea, motivada por
uma série de fatores, como a expansão do acesso à justiça e a dificuldade dos demais poderes
em lidar com demandas complexas. Barroso reconhece que a judicialização tem se tornado
uma realidade cada vez mais presente, impulsionada por diversos fatores, como o acesso
expandido à justiça e as dificuldades enfrentadas pelos demais poderes no enfrentamento de
questões complexas. O autor também discute o papel do Judiciário como um locus de
resolução de conflitos políticos e sociais, pontuando que a judicialização não deve ser vista
como uma invasão indevida do espaço dos poderes legislativo e executivo, mas sim como
uma resposta necessária diante das lacunas e omissões desses poderes.

O autor também aborda o conceito de ativismo judicial, que consiste na postura mais proativa
dos juízes na interpretação e aplicação das leis, muitas vezes assumindo um papel de
legisladores, especialmente em temas polêmicos e sensíveis. Barroso destaca que o ativismo
judicial pode ser uma ferramenta legítima para a proteção dos direitos fundamentais e a
efetivação dos princípios constitucionais, mas ressalta a importância de um ativismo
responsável, fundamentado em argumentos sólidos e em consonância com os valores
democráticos.
Em relação à legitimidade democrática, o autor ressalta que a atuação judicial, embora esteja
fora das urnas, deve ser pautada pelos princípios democráticos. Ele argumenta que a
legitimidade da atuação judicial está relacionada à sua capacidade de proteger direitos
fundamentais e promover a justiça, sendo essencial que os juízes sejam independentes,
imparciais e transparentes em suas decisões.

Barroso discute também a noção de diálogo institucional, defendendo a importância do


equilíbrio entre os poderes e a colaboração entre eles para a preservação da democracia. Ele
enfatiza que a judicialização excessiva e o ativismo judicial desenfreado podem gerar tensões
e desequilíbrios, prejudicando a legitimidade democrática.

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