MEMORIAL DESCRITIVO

MICROGERAÇÃO
DISTRIBUÍDA

Jaicós - PI, 09 de dezembro de 2021.

 1. UNIDADE CONSUMIDORA
PROPRIETÁRIO: Durvanderson Santana Veloso
CPF: 037.790.833-96
LOCAL DA OBRA: Rua José Florêncio, S/N, B-Urbano, Jaicós-PI
CEP: 64575-000
UC UNIDADE GERADORA: 1788925-1
Tipo de usina: “Solar” Fotovoltaica
Data de entrada em operação: Janeiro de 2021
E-mail do proprietário: “Durvanderson” < datec_@hotmail.com >
E-mail contato: "Durvanderson Veloso" < durvanderson1994@hotmail.com>

2. OBJETIVO

O projeto em questão tem como objetivo a conexão de uma microgeração distribuída

(sistema fotovoltaico conectado à rede) ao sistema elétrico da EQUATORIAL ENERGIA,
adotando as condições de acesso e critérios técnicos, operacionais e requisitos de projetos
aplicáveis à conexão de microgeração distribuída ao sistema de distribuição da EQUATORIAL
ENERGIA, de forma a garantir que ambos os sistemas, após a conexão, operem com
segurança, eficiência, qualidade e confiabilidade.

3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

3.1 Legislação – ANEEL

 Resolução normativa Nº 414, de 9 de setembro de 2010 – Condições Gerais
de Fornecimento de Energia Elétrica;
 Resolução Normativa Nº 687, de 24 de novembro de 2015 – Que altera a
resolução Nº 482, de 17 de abril de 2012, e os módulos 1 e 3 do PRODIST – Acesso de
microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o
sistema de compensação de energia elétrica;
 PRODIST – Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema
Elétrico Nacional.

3.2 Normas Brasileiras

 NBR 5410, Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
3.3 Normas Técnicas da EQUATORIAL ENERGIA
 Norma Técnica para a conexão de acessantes à rede de distribuição das
distribuidoras da Eletrobrás – conexão em baixa tensão.
 4. LOCALIZAÇÃO
LATITUDE: -7.3505957
LONGITUDE: -41,1323803

VISTA GOOGLE MAP:

Fig. 1 – Imagem Google Map.

5. CARACTERÍSTICA DO PADRÃO DE ENTRADA GERAL

Tipo: Aéreo Monofásico(F-N)
Tensão de fornecimento: 220V
Condutor: Cabo de cobre isolado PVC 2#6 mm²
Disjuntor Existente: 40 A
Aterramento: Cobre 6mm² com conexão haste/cabo conector de derivação cunha

6. CENTRAL GERADORA
Central geradora de energia elétrica, com potência instalada de 7,28 KW utilizando
uma fonte de geração a energia solar (fotovoltaico), conectada na rede de baixa tensão de
distribuição da unidade consumidora. A unidade consumidora está interligada à rede de
baixa tensão (220V) da EQUATORIAL ENERGIA.

6.1 Unidade Geradora

A energia Elétrica gerada por grupo de painéis fotovoltaicos é conectada à rede por
meio de inversor de corrente em conexão monofásica, 220V.
Tabela 1: Quadro de Geração Instalado
Potência instalada Total 7,28 kWp
Área Total da Usina (m²) 32,00 m²
Número de Arranjos 2
Módulos fotovoltaicos: 16
6.2 Montagem, Instalação e Forma de acesso ao Inversor:
6.2.1 Montagem
O inversor será montado na posição vertical na parede da garagem da residência,
ficando no ambiente interno da residência.
A montagem do suporte na parede deve ser feita usando parafusos de aço ou de
alumínio com m diâmetro de 6 – 8 mm, se atentando para que o suporte não seja distorcido
ou deformado.

Fig. 2 – Local de instalação do inversor.

6.2.2 Instalação
Na entrada do inversor será utilizado uma entrada do inversor, com conexão MC4
Fêmea para os cabo positivo (+). E com conexão MC4 Macho para o cabo de conexão
negativa (-).
 Na saída do inversor o condutor fase (+) da rede deverá ser liga do no borne (L), o
condutor neutro (-) da rede deverá ser liga do no borne (N), e o fio de Aterramento deverá
ser liga do no borne (PE).
6.2.3 Forma de acesso ao inversor
A forma de acesso ao inversor do sistema será possível mediante a presença de
algum responsável pela residência, pois por motivos de abrigo e segurança o inverso ficará
instalado na garagem, parte interna da residência.
6.3 Padrão de entrada
A EQUATORIAL ENERGIA somente atenderá as solicitações de conexão de
microgeradores das unidades consumidoras que estejam com suas instalações de entrada
projetadas e executadas em conformidade com suas normas e com os preceitos técnicos e
de segurança e padrões vigentes das normas brasileiras relacionadas. Conforme modelo
apresentado nas Figuras abaixo:

Fig. 3 – Detalhe das dimensões da caixa de medição e proteção polimérica monofásica.

Fig. 4 – Detalhe de instalação da caixa de medição e proteção polimérica monofásica.

Fig. 5 – Detalhe de montagem do padrão de entrada monofásico, tendo acesso livre a

concessionaria, pois fica instalado na parte externa do muro da residência.
 Fig. 6 – Local de instalação de medidor.
O responsável técnico pela obra deve consultar as orientações e os detalhes de
instalação das caixas de medição e proteção, aterramento, postes, ramais de ligação, etc., na
norma NDEE-002 - Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão – Edificações
Individuais.
O sistema de medição de energia utilizado deverá ser bidirecional, conforme
recomendação do PRODIST - Módulo 3 - Seção 3.7 – Rev. 6 Item 7, ou seja, medir a energia
ativa injetada na rede e a energia ativa consumida da rede. Este sistema será composto por
um medidor eletrônico bidirecional, conforme diagrama unifilar no projeto em anexo.
A conexão do acessante a rede da EQUATORIAL ENERGIA se dá a 2 fios (F-N) com
seção de 6mm². A proteção de entrada se dá por disjuntor monopolar de 40A.
A proteção de geração do sistema no lado da corrente contínua é feita por 1 (uma)
String Box (2 entradas - 2 saída), instalada anteriormente ao inversor, inclue: 1 (uma) chave
dupla CC 1000Vcc de 32A e 2 (dois) DPS CC (CLASSE II) 1040Vcc de 40kA. A proteção de
geração do sistema do lado da corrente alternada é feita externamente do inversor por 1
(um) DPS CA Bipolar (CLASSE II) 275Vca de 40kA e 1 (um) disjuntor monopolar 40A. O
esquema de proteção está exposto no diagrama unifilar.
O sistema não possui DSV (Dispositivo de seccionamento visível, pois o inversor se
encontra de fácil acesso junto ao padrão de entrada, de modo a permitir que a
concessionaria opere o inversor sem dificuldade de acesso durante as 24 horas do dia, para
fins de atendimento das equipes de manutenção/operação (Conforme Prodist Modulo 3).

7. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO GERADOR E INVERSOR

Tabela 3: Ficha técnica
 Módulos fotovoltaicos – Marca: CANADIAN
Ficha Técnica do Gerador Modelo: CS3W – 455 MS
Máxima potência: Pmax (Wp) 455
Máxima tensão: Vmp (V) 41,3
Máxima corrente: Imp (A) 11,2
Tensão de circuito aberto: Voc (V) 49,3
Corrente de curto circuito (A) 11,66
Eficiência do módulo (%) 20,6%
Dimensões (mm) 2108×1048×35mm
Temperatura de operação (ºC) -40 ºC ~ +85 ºC
Inversor de corrente – Marca: DEYE
Ficha Técnica do Inversor Modelo: SUN-8K-G
Numero de MPPT 2
Máxima tensão (Vcc): 550
Potência Maxima CC (kW) 13
Tensão CC de inicialização (V) 120
Corrente CC máxima (A) 12,5+25
Faixa de operação MPPT nominal (V) 100– 550
Max. Potência de saída (kW) 8,0
Tensão CA nominal (V) 220
Corrente de saída (A) 38,3
Frequência CA nominal (Hz) 60 Hz
Fator de potência 0,8
Faixa de operação CA (Hz;V) 47~62 Hz /180~300v
Max. eficiência (%) 97,7
Proteções
Anti ilhamento Sim
Sub frequência Sim
Sobre frequência Sim
Sub tensão Sim
Sobretensão Sim

8. QUADRO DE CARGAS DA UNIDADE CONSUMIDORA

TABELA 04 – QUADRO DE CARGAS
ITEM Potência(W)
01 Computador 180
01 Notebook 40
02 Ar condicionado 12000 BTU 2800
01 Batedeira 100
01 Chuveiro elétrico 2200
01 Geladeira duplex 460
01 Freezer 300
01 Liquidificador 200
01 Torradeira 800
02 Televisões 400
01 Maquina de lavar roupas 1000
01 Modem de Internet 20
15 Lâmpadas de 20 w 300
Total 8.800,00

9. MEDIÇÃO
O sistema de medição será realizado através de um medidor bidirecional a ser instalado pela
concessionária, em substituição ao medidor existente instalado na caixa de medição da
propriedade, localizada conforme plantas em anexo.
Junto ao padrão de entrada de energia, próximo a caixa de medição/proteção, deverá ser
instalada uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “CUIDADO – RISCO DE
CHOQUE ELÉTRICO – GERAÇÃO PRÓPRIA”. A placa de advertência deverá ser confeccionada
em PVC 250x180x1 mm.

10. SISTEMA DE ATERRAMENTO

O sistema de aterramento da geração deverá ser conectado a malha de aterramento da
unidade consumidora. O aterramento da geração será através de uma haste de terra
cobreada de 2,4m x 5/8 interligada com conector de derivação cunha a cabo de cobre nu
#6mm².

11. IDENTIFICAÇÃO DOS CONDUTORES

Os cabos serão identificados da seguinte forma:
REF. KBE SOLAR PV1-F 4,00mm²
Corrente continua: VERMELHO (+) / PRETO (–)
Corrente alternada: VERMELHO (FASE) / AZUL (NEUTRO)
ATERRAMENTO: VERDE

12. PROTEÇÕES ELÉTRICAS

Este item fornece informações e considerações para operação segura e correta dos sistemas
de geração distribuída conectados à rede elétrica.
12.1 Proteção contra curto-circuito
O sistema de geração distribuída possui dispositivo de proteção contra sobrecorrentes, a fim
de limitar e interromper o fornecimento de energia, bem como proporcionar proteção à
rede da EQUATORIAL ENERGIA contra eventuais defeitos no sistema de geração distribuída.
Tal proteção é coordenada com a proteção geral da unidade consumidora, através do
disjuntor termomagnético.
Disjuntor termomagnético curva B, de corrente nominal de acordo com a potência do
inversor a ser instalada. Esse elemento será responsável pela proteção de curto-circuito e
sobrecargas que por eventualmente venham a ocorrer nesse trecho do ramal.
 Proteção para Inversor de 8kW– Disjuntor termomagnético monopolar de corrente
nominal, In 40A.

12.2 Seccionamento
O Sistema dispensa o DSV – Dispositivo de Seccionamento Visível, pois o inversor possui a
tecnologia precisa para fazer o seccionamento e identificar a falta, cortando, assim, a
conexão com a rede.

12.3 Queda de tensão

A instalação projetada atende ao requisito do valor máximo de queda de queda de tensão
verificando entre o ponto de instalação do sistema de geração distribuída e o padrão de
entrada da unidade consumidora seja de até 2%. Calculo de queda de tensão realizado
conforme 6.2.7 NBR 5410.

12.4 Proteções incorporadas e integrantes ao inversor empregado:

a. Proteção de subfrequência
Quando a frequência da rede assumir valores abaixo de 57,5 Hz, o sistema de geração
distribuída deve acessar o fornecimento de energia à rede elétrica em até 0,2 s. O sistema
somente voltará a fornecer energia à rede quando a frequência retornar para 59,9 Hz,
respeitando o tempo de reconexão.
b. Proteção de sobrefrequência
Quando a frequência da rede ultrapassar 62 Hz, o sistema de geração distribuída deve cessar
o fornecimento de energia à rede elétrica em até 0,2 s. O sistema somente voltará a
fornecer energia à rede quando a frequência retornar para 59,9 Hz, respeitando o tempo de
reconexão.
c. Proteção de subtensão
O sistema de geração distribuída, ao perceber uma condição anormal de tensão irá cessar o
fornecimento à rede. As seguintes condições da Tabela 5 serão cumpridas, com tensões
eficazes e medidas no ponto de conexão comum:
d. Proteção de sobretensão
O sistema de geração distribuída, ao perceber uma condição anormal de tensão irá cessar o
fornecimento à rede. As seguintes condições da Tabela 5 serão cumpridas, com tensões
eficazes e medidas no ponto de conexão comum:

Tabela 5 – Proteção contra sub e sobretensão

Tensão no ponto de conexão comum (% em relação à V Tempo máximo de
nominal) desligamento
V < 80% 0,4 segundos
80% ≤ V ≤ 110% Regime normal de operação
110% < V 0,2 segundos

e. Anti-ilhamento
O sistema de geração distribuída cessa o fornecimento de energia à rede em até 2 segundos
após a perda da rede da concessionária.
f. Proteção de injeção de componentes C.C. na rede elétrica
O sistema de microgeração cessa fornecimento de energia à rede em 1 segundo se a injeção
de componentes C.C. na rede elétrica for superior a 0,5% da corrente nominal do sistema de
geração distribuída.
g. Reconexão
Depois de uma “desconexão” devido a uma condição anormal da rede, o sistema de
microgeração não retorna o fornecimento de energia à rede elétrica (reconexão) por um
período mínimo de 180 segundos após a retomada das condições normais de tensão e
frequência da rede da concessionária.

13. AJUSTES
Os ajustes do sistema deverão ser configurados conforme os parâmetros recomendados
pela norma técnica da EQUATORIAL ENERGIA para Conexão de Acessantes à Rede de
Distribuição em Baixa Tensão – Microgeradores.
Tabela 06 - Ajustes recomendados da proteções

14. HARMÔNICOS E DISTORÇÃO DA FORMA DE ONDA

A distorção harmônica total (DHT) de corrente deve ser inferior a 10%, na potência
nominal do sistema de microgeração distribuída. Cada harmônica individual deve estar
limitada aos valores apresentados na Tabela abaixo:

Tabela 7. Limites de distorções harmônicas de corrente

15. FATOR DE POTÊNCIA

O sistema de microgeração distribuída deve ser capaz de operar dentro das faixas de fator
de potência apresentadas no quadro abaixo, quando a potência ativa injetada na rede for
superior a 20% da potência nominal do gerador.
Tabela 8 – Faixas de fator de potência em função da potência da geração.

Potência nominal da Faixa do fator de potência da

microgeração microgeração (FPG)
PN ≤ 7,41 kW FPG = 1, com tolerância de trabalhar na faixa
de 0,98 indutivo até 0,98 capacitivo
PN > 7,41 kW FPG ajustável de 0,92 indutivo até 0,92
capacitivo
Após a alteração na potência ativa, o sistema de microgeração distribuída deve ser capaz
de ajustar a potência reativa de saída automaticamente para corresponder ao FP
predefinido. Qualquer ponto operacional resultante destas definições deve ser atingido
em, no máximo, 10s.

16. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Junto ao padrão de entrada de energia deverá ser instalada uma placa de advertência com
os seguintes dizeres: “RISCO ELÉTRICO – GERAÇÃO PRÓPRIA” e uma Bandeirola no Ramal
de Entrada.
A placa de advertência deverá ser confeccionada em PVC com espessura mínima de 1 mm
e conforme modelo apresentado na Figura abaixo:

Fundo
Amarelo
 Fig. 7 – Modelo de placa de advertência
A CONCESSIONÁRIA deve providenciar a instalação de placa de advertência com
dimensões de 25cm x 18cm, em PVC ou Alumínio, com 1mm de espessura mínima, no
transformador, que supre a rede de distribuição em baixa tensão à qual a unidade

consumidora com microgeração estiver interligada, conforme Fig8.

Fig. 8 – Modelo das placas de sinalização para transformador de distribuição

Fig. 9 – Bandeirola para ramal de ligação da unidade com micro geração unidade
consumidora.
Quando não houver aterramento na unidade consumidora, deverá ser instalado um
aterramento conforme a NBR 5410 e a Norma NDEE-002 - Fornecimento de Energia
Elétrica em Baixa Tensão – Edificações Individuais.

17. ANEXOS
 Formulário de solicitação de Acesso
 TRT
 Diagrama Unifilar da conexão
 Manuais especificações e Certificados (Inversores, Módulos, Condutores, etc.)
 Lista de UC participantes (com indicação dos percentuais)

Jaicós - PI, 09 de dezembro de 2021.

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Durvanderson Santana Veloso
CFT: 03779083396
Técnico em Eletrotécnica