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MEMORIAL DESCRITIVO

CLIENTE: MEGA LOC SERVIÇOS E LOCACOES DE


EQUIPAMENTOS LTDA

MICRO GERAÇÃO 8,8 kWp/ 8,0 kWac

25 de Maio de 2023
1. OBJETIVO

Solicitação de acesso para implantação de um sistema de geração distribuída solar fotovoltaico


nos moldes das REN 482/2012 e REN 687/2015 – ANEEL e de acordo com as normas técnicas da Enel
CNC-OMBR-MAT-18-0122-EDBR, com capacidade nominal de 8,0 kW.

1.1. PROJETO:
Engº. MARCELO GUEDES PEREIRA
Engenheiro Eletricista
RNP nº 0621424960
CREA: 365700CE

1.2. Interessados:
MEGA LOC SERVIÇO E LOCAÇÕES DE
EQUIPAMENTOS LTDA
CNPJ: 13.626.827/0001-57
RUA CRISTAL, 84
URUCUNEMA, Eusebio – CE

2. NORMAS APLICÁVEIS

 Resolução Normativa ANEEL Nº 414, de 9 de setembro de 2010.


 Resolução Normativa ANEEL Nº 482, de 17 de abril de 2012.
 Resolução Normativa ANEEL Nº 687, de 24 de novembro de 2015.
 Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional –
PRODIST/ANEEL.
 ABNT NBR 10899:2013 – Energia solar fotovoltaica — Terminologia
 ABNT NBR 11704:2008 – Sistemas fotovoltaicos – Classificação
 ABNT NBR 16149:2013 – Sistemas Fotovoltaicos (FV) – Características da interface de
conexão com a rede elétrica de distribuição.
 ABNT NBR 16150:2013 – Sistemas Fotovoltaicos (FV) — Características da interface de
conexão com a rede elétrica de distribuição — Procedimento de ensaio de conformidade
 ABNT NBR 16274:2014 – Sistemas fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos mínimos para
documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho
 ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão
 ENEL CNC-OMBR-MAT-18-0122-EDBR – Conexão de Micro e Minigeração Distribuída ao
Sistema Elétrico da Enel Distribuição Ceará / Enel Distribuição Goiás/ Enel Distribuição Rio

3. DESCRIÇÃO GERAL DO CONSUMIDOR

O consumidor está registrado sob o Nº do Cliente 56800440, sendo titular da UC MEGA LOC
SERV E LOCACOES DE EQUIPA LTDA, cliente conectado à rede da Enel/CE em Baixa Tensão (BT
Trifásico), na Rua Cristal, 84, Bairro Urucunema, em Eusebio/CE.
O croqui abaixo ilustra a localização do empreendimento, em relação à sua vizinhança:

Figura 1 – Croqui de Localização do Empreendimento.


Destaque para os limites da propriedade e vias de acesso.
3.1 CÁLCULO DE CARGA INSTALADA
Conforme exigência da Norma Técnica Enel-CE CNC-OMBR-MAT-18-0122-EDBR para
Conexão de Microgeradores à Rede, foi feito o cálculo atualizado da carga total instalada, com relação
e potência de todos os equipamentos existentes na unidade consumidora. A carga instalada total foi de
15,18 kW, estando instalado no padrão de entrada do consumidor disjuntor geral de proteção trifásico
de corrente nominal 25 A.

4. DESCRIÇÃO GERAL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

A topologia proposta para o empreendimento é de colocação de módulos fotovoltaicos sobre o


telhado do edifício. Nos itens seguintes, detalhar-se-ão os componentes do sistema gerador.

4.1 PAINÉIS FOTOVOLTAICOS


O módulo fotovoltaico escolhido foi o DAH SOLAR DHM – 72X 10 – 550W. As principais
características do módulo podem ser encontradas em folha de dados técnicos (datasheet) apensado a
este Memorial.
No total, o painel se compõe de 16 (dezesseis) desses módulos, que serão conectados ao
respectivo MPPT do inversor diretamente por seu conector.

4.2 INVERSOR
O inversor a ser utilizado é da marca Hoymilles, modelo HMS-2000-4T, serão instalados no
total 4 (quatro) destes equipamentos conectados aos painéis solares. As principais características dos
inversores podem ser encontradas em folhas de dados técnicos (datasheets) apensados a este memorial.
Os inversores serão instalados em local coberto que permite o abrigo das instalações de
conversão, bem como a proteção do sistema das intempéries e de acesso não-autorizado.

4.3 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E PONTO DE CONEXÃO


O conjunto de geração e conexão está dotado de proteção integrada contemplando:
 Elemento de interrupção;
 Sub e sobretensão (inversor);
 Sub e sobrefrequência (inversor);
 Sincronismo (inversor);
 Anti-ilhamento (inversor);
 Curto-circuito (inversor)
 Sobrecarga (inversor).
O inversor será convenientemente configurado durante o processo de instalação, para
atendimento aos parâmetros mínimos de segurança e confiabilidade definidos pela Enel/CE na sua CNC-
OMBR-MAT-18-0122-EDBR. Os detalhes do sistema de proteção podem ser consultados no diagrama
unifilar básico em anexo. O aterramento de: módulos, estruturas metálicas, inversor, quadros CC e CA
será feito com cabo de cobre de seção mínima 4 mm² e interligado ao sistema de aterramento da
residência, promovendo a equipotencialização global da instalação.
A proteção CC dimensionada para este projeto inclui dispositivo de proteção contra surtos (DPS)
e seccionadora CC, todos instalados sobre trilho DIN no interior de caixa elétrica adequada (cf. IEC
61439-1/-2:2016).
Os DPS Classe II (cf. EN 50539-11:2012), ligados em Y, possuem tensão nominal de 1.000 Vcc
e correntes de descarga nominal de 20 kA e máxima de 40 kA por polo, com visualização da vida útil
na parte frontal ou através de contato auxiliar.
A chave seccionadora CC (cf. IEC 60947-3:2008) não tem partes metálicas expostas, não é
sensível à polaridade, permitindo secção a plena carga (e em falta), e a interrupção simultânea de ambos
os pólos positivo e negativo.
A proteção CA, localizada em caixa de montagem elétrica adequada (cf. IEC 61439-1/-2:2016)
e distinta daquela destinada à proteção CC (cf. item "4.2.5.7" da ABNT NBR 5410:2010), inclui dois
disjuntor CA unipolar de 25 A, 230 Vca para o inversor, acompanhado de DPS CA, Classe II, com
tensão nominal de 275 Vca e corrente de descarga nominal/máxima de 12,5/60 kA por polo, com
visualização da vida útil na parte frontal ou através de contato auxiliar.
Todas as proteções estão detalhadas também no Diagrama Unifilar (v. fl. EL-01 do Projeto
Executivo anexo) que se encontra apensado a este Memorial Descritivo.
O ponto de conexão do sistema fotovoltaico será feito no quadro de distribuição interno, sendo
este localizado dentro da edificação, não havendo modificação do ponto de conexão (padrão de entrada)
da unidade consumidora. O fornecimento e medição de energia são feitos através de um padrão de
entrada trifásico, em 220 V/380V.

4.4 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES


Para dimensionamento dos condutores, levou-se em consideração as normas brasileiras para
instalação de sistemas elétricos de baixa tensão (cf. ABNT NBR 5410); as condições de instalação dos
condutores; a temperatura de operação de 90 °C; a inclusão de um fator de segurança de 5% no
comprimento de cada condutor; e a avaliação geral da queda de tensão sempre pelo pior caso.
4.4.1 CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE
MÉT. CAP. COND.
CIRCUITO TIPO IB TIPO DE CONDUTOR
INST.* CORRENTE
CA 3 (B1)
INV01~INV02 18,2 A 1/N/PE 3x 4,0 mm² Cu, PVC, 70°, 750 V 25,0 A
220V **
CA 3 (B1)
INV03~INV04 18,2 A 1/N/PE 3x 4,0 mm² Cu, PVC, 70°, 750 V 25,0 A
220V **

**de acordo com a Tab. 33 da ABNT NBR 5410:2004

4.4.2 QUEDA DE TENSÃO


Fórmula utilizada para queda de tensão em sistemas monofásicos (I) e trifásicos (II):

Onde:
 ΔV% é a queda de tensão percentual;
 V é a tensão nominal do circuito, em V;
 ρ é a resistividade do condutor, em Ω.m;
 L é o comprimento do condutor, em m;
 S é a seção circular do condutor, em mm²;
 I é a corrente nominal do circuito, em A.

4.4.2.1 DO INVERSOR AO QGBT


Pac Vac Iac DIST. T. ΔV
INV. QUADRO +5% CABO mm² ΔV%
(W) (V) (A) (m) (°C) (V)
INV01~INV02 QGBT 3600 220 18,2 10 10,5 Cu 4,0 90 2,43 1,10%
INV03~INV04 QGBT 3600 220 18,2 10 10,5 Cu 4,0 90 2,43 1,10%

4.5 ESTRUTURAS DE FIXAÇÃO


A estrutura de fixação dos módulos na residência do Cliente é composta de peças metálicas em
alumínio e aço inox, garantindo uma durabilidade e resistência aos agentes atmosféricos de até 20 anos.
As estruturas estarão aterradas por condutor PE de cobre 4,0 mm² e conectadas ao BEP.
Para instalação em uma altura superior a 2m do chão, deve-se seguir as normas de trabalho em altura
apresentadas na NR35. O local onde será instalado o sistema fotovoltaico não deverá apresentar
obstáculos que possam ocasionar sombreamento parcial dos módulos fotovoltaicos.
Preferencialmente, as bases de ancoragem dos trilhos que se servem à fixação dos módulos
devem ser espaçadas igualmente. Uma distância máxima de 3m é o suficiente para se adequar à norma
(cf. ABNT NBR 6123:2013).

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