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CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe


Plano de Bacia

Apresentação

Em 2007 foi aprovado o Primeiro Plano de Bacia Hidrográfica para as Unidades de


Gestão 20 e 21 que juntas compõem o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e
Peixe. Tal Plano pautou, por mais de dez anos as ações do Comitê no sentido de melhorar a
qualidade dos recursos hídricos e aumentar a disponibilidade total, controlando a demanda.

A legislação e o avanço na gestão, inclusive com a implantação em vias de


acontecer, da cobrança pelos recursos hídricos, neste território, exigiram a atualização do
Plano que mediante um esforço dos membros do comitê foi aprovado na última reunião
plenária de 2017.

O Plano de Bacia Hidrográfica dos Rios Aguapeí e Peixe deve nortear as ações do
Comitê de Bacias pelos próximos 10 anos.

Boa leitura a todos.

Daniel Alonso
Presidente do CBH AP
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Equipe Técnica de execução:


IRRIGART – Engenharia e Consultoria em Recursos Hídricos e Meio Ambiente Ltda.
Coordenador: Geol. Antonio Melhem Saad, M.Sc., Dr.
Equipe de Apoio Técnico - Eng. Ambiental Felipe Trentini da Silveira
Eng. Ambiental Thelma Chiochetti da Silva
Eng. Ambiental Rafael Bortoletto
Eng. Civil Tatiane Karine Vedovotto
Geógrafa Mayra Mello
Estagiária Gestão Ambiental Flávia Domingos Pacheco
Estagiária Eng. Civil Fernanda Hissa

Câmara Técnica de Planejamento e Avaliação - CTPA


Sociedade Civil - Titulares
Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool do Estado de São Paulo - SIFAESP -
Helmut Werner Forster
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP - Vandir Pedroso de
Almeida
Cooperativa Agrícola Sul Brasil de Marília - Ângelo Domingos Rossi
Faculdades Adamantinenses Integradas - FAI - José Aparecido dos Santos
Rotary Club de Marília 4 de abril - Mário César Vieira Marques
Associação dos Eng. Arq. e Agrônomos de Marília - Paulo Roberto de Oliveira
Associação Brasileira de Recursos Hídricos - ABRH - Luís Sérgio de Oliveira

Estado
Secretaria de Saneamento e Recursos hídricos - SSRH - Adilce Ap. de Melo Fabrão
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP - Décio Dias
Cesco
Secretaria da Saúde - Luís Francisco Quinzani Jordão
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI - Walter Hipólito da Silva
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB - Rafael Carrion Montero
Departamento de águas e energia elétrica - DAEE - Emilio Carlos Prandi
Universidade Estadual Paulista - UNESP - Sérgio Bispo Ramos
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - APTA - UPD Marília
Marildes Josefina Lemos Neto
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Municípios
Dracena - Artur Bonini do Prado
Clementina - Marco Aurélio Alves Cenerino
Garça - Ulysses Bottino Peres
Junqueirópolis - William dos Santos
Marília - Ricardo Sevilha Mustafá
Santo Expedito - Vitor Norbiato Florentino
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COMITE DA BACIA HIDROGRÁFICA AGUAPEÍ-PEIXE (CBH-AP)

Presidente Secretário Executivo


Daniel Alonso Denis Emanuel de Araújo
PM de Marília DAEE

Vice-presidente Secretário Executivo Adjunto


Luís Sérgio de Oliveira Suraya Modaelli
Associação Brasileira de Recursos DAEE
Hídricos
Coordenador do CT-PA
Emílio Carlos Prandi
DAEE

SEGMENTO ESTADO

Secretaria Estadual de Saneamento e CETESB


Recursos Hídricos Paulo Wilson Pires de Camargo
Adilce Ap. de Melo Fabrão Lídia Regina Prota Sannino
Emílio Carlos Prandi
Secretaria Estadual da Saúde
Secretaria da Fazenda Luís Francisco Quinzani Jordão
Carmen Silvia Maurício Zebron Margarete Beloni

CODASP
Humberto da Fonseca Brandão UNESP
Rodrigo Lilla Manzione
Secretaria Estadual da Educação Paulo Cézar Rocha
Ângela Maria de A. J. S. Pereira
Sandra Raquel Scassola Dias CATI
Claudio Hagime Funai
DAEE Idoraldo Dassi Gonçalves Jr.
Denis Emanuel de Araújo
Suraya Damas de Oliveira Modaelli APTA
Adriana Novais Martins
Anelisa de Aquino Vidal
SABESP
Eudóxio Aparecido Ribeiro Blanco Fundação Florestal
Sergio Hideki Yamashita Jefferson Bolzan
Natália Poiani Henriques
Polícia Militar Ambiental
Ewerton Ricardo Messias
Rafael Gonçalves de Oliveira
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SEGMENTO MUNICÍPIO

Prefeitura Municipal de Alto Alegre Prefeitura Municipal de Martinópolis


Helena Berto Cristiano Macedo Angel

Prefeitura Municipal de Guaraçaí Prefeitura Municipal de Álvares


Nelson Kazumi Machado
José Carlos Cabrera Parra
Prefeitura Municipal de Ocauçu
Alessandra Colombo Marana Prefeitura Municipal de Sagres
Ricardo Rived Garcia
Prefeitura Municipal de Lavínia
Clóvis Izidio de Almeida Prefeitura Municipal de Santo Expedito
Ivandeci José Cabral
Prefeitura Municipal de Garça
João Carlos dos Santos Prefeitura Municipal de Bastos
Manoel Ironides Rosa
Prefeitura Municipal de Clementina
Célia Conceição Freitas Galhardo Prefeitura Municipal de Irapuru
Silvio Ushijima
Prefeitura Municipal de Rinópolis
José Ferreira de Oliveira Neto Prefeitura Municipal de Parapuã
Gilmar Martin Martins
Prefeitura Municipal de Nova
Guataporanga Prefeitura Municipal de Dracena
Vagner Alves de Lima Juliano Brito Bertolini

Prefeitura Municipal de Tupi Paulista Prefeitura Municipal de Piacatu


Alexandre Tassoni Antônio Euclásio Garruti

Prefeitura Municipal de Júlio Mesquita Prefeitura Municipal de São João do


José Carlos Mira Pau D’Alho
Fernando Barberino
Prefeitura Municipal de Queiroz
Ana Virtudes Miron Soler Prefeitura Municipal de Osvaldo Cruz
Edmar Carlos Mazucato
Prefeitura Municipal de Getulina
Antonio Carlos Maia Ferreira Prefeitura Municipal de Caiabu
Dario Marques Pinheiro
Prefeitura Municipal de Marília
Daniel Alonso Prefeitura Municipal de Oscar Bressane
Luiz Antônio Romano
Prefeitura Municipal de Alfredo
Marcondes Prefeitura Municipal de Lutécia
Edmilson José Correa Eduardo Girotto
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SEGMENTO SOCIEDADE CIVIL

Sindicato da Indústria da Fabricação do União da Agroindústria Canavieira do


Álcool no Estado de São Paulo – Estado de São Paulo
SIFAESP Renato Cavalcante da Silva
Helmut Werner Forster
Talita Mara Boni Associação Profissional da Indústria da
Fabricação de Álcool, Açúcar,
Associação Brasileira de Recursos Similares e Conexos
Hídricos – ABRH Ricardo Jampani Picinini
Luís Sérgio de Oliveira
Sindicato Rural de Lucélia
Rotary Club de Marília 4 de Abril Djair Bedore Fiorini
Mário César Vieira Marques
Sílvio Aquino Mussi Guimarães Cooperativa Agrícola Sul-Brasil de
Marília
Associação Brasileira de Engenharia Ângelo Domingos Rossi
Sanitária e Ambiental – ABES
Mauro da Costa Val Cooperativa dos Cafeicultores da
Região de Marília
Faculdades Adamantinenses Guilherme Alves Meira
Integradas – FAI
Jose Aparecido dos Santos Federação das Indústrias do Estado de
Vagner Amado Belo de Oliveira São Paulo
Vandir Pedroso de Almeida
Associação Ambientalista de Marília –
ONG Origem Centro das Indústrias do Estado de São
Aureo Luiz Conservani Paulo
Thiago Henrique Soares Borelli
Associação dos Engenheiros,
Arquitetos e Agrônomos de Tupã e Sindicato das Indústrias de Extração de
Região Areia do Estado de São Paulo
Natália Dadario Antonio Marques Gaspar
Delci Salioni Junior
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1
2. ESCOPO GERAL DO PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA ........................................ 2
3. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA ................ 3
3.1 Estrutura do CBH-AP ............................................................................................. 3
3.1.1 Composição do CBH-AP........................................................................................ 8
3.1.2 Principais atividades desenvolvidas pelo CBH-AP ............................................... 12
3.1.3 Perfil da equipe de coordenação para elaboração e implementação do PBH. ..... 13
3.2 Mobilização Social e Articulação Institucional ...................................................... 13
3.2.1 Reunião de acompanhamento técnico e facilitação de acordos ........................... 14
3.2.2 Encontros ampliados ........................................................................................... 15
3.2.3 Oficinas Setoriais ................................................................................................. 17

4. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................ 19
4.1 Caracterização Geral das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos
20 (Aguapeí) e 21 (Peixe) ................................................................................................... 19
4.1.1 Dinâmica Demográfica e Social ........................................................................... 28
4.1.2 Dinâmica Econômica ........................................................................................... 67
4.1.3 Saúde Pública e ecossistemas – Doenças de veiculação hídrica ........................ 90
4.2 Caracterização física da UGRHI-20 e 21 ............................................................. 91
4.3 Disponibilidade de recursos hídricos .................................................................. 101
4.3.1 Disponibilidade hídrica superficial ...................................................................... 102
4.3.2 Disponibilidade hídrica subterrânea ................................................................... 106
4.3.3 Disponibilidade hídrica total ............................................................................... 110
4.3.4 Postos pluviométricos ........................................................................................ 111
4.4 Demanda por recursos hídricos ......................................................................... 114
4.4.1 Captação de água superficial e de água subterrânea ........................................ 115
4.4.2 Demandas consuntivas ...................................................................................... 118
4.4.3 Demanda de água ............................................................................................. 118
4.4.4 Demanda da água por tipo de uso ..................................................................... 121
4.4.5 Demandas não-consuntivas ............................................................................... 126
4.4.6 Interferências em cursos d’água ........................................................................ 127
4.5 Balanço: demanda x disponibilidade .................................................................. 127
4.6 Qualidade das águas ......................................................................................... 135
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4.6.1 Qualidade das águas superficiais ...................................................................... 137


4.6.2 Qualidade das águas subterrâneas ................................................................... 152
4.6.3 Saúde pública e ecossistemas – danos à vida aquática .................................... 161
4.6.4 Restrições do uso da água ................................................................................ 162
4.6.5 Classificação da água subterrânea quanto à potabilidade ................................. 162
4.6.6 Síntese dos dados de qualidade das águas ....................................................... 164
4.7 Saneamento Básico ........................................................................................... 165
4.7.1 Abastecimento de água potável ......................................................................... 167
4.7.2 Índice de atendimento de água .......................................................................... 171
4.7.3 Fontes alternativas de abastecimento de água .................................................. 177
4.7.4 Índice de perdas no sistema de abastecimento de água .................................... 178
4.7.5 Esgotamento sanitário ....................................................................................... 184
4.7.6 Carga poluidora doméstica ................................................................................ 186
4.7.7 Índice de atendimento com rede coletora de esgotos ........................................ 193
4.7.8 Coleta e tratamento de efluentes ....................................................................... 198
4.7.9 Manejo de resíduos sólidos ............................................................................... 220
4.7.10 Resíduos sólidos domiciliares ............................................................................ 221
4.7.11 Coleta de resíduos sólidos urbanos ................................................................... 224
4.7.12 Disposição de resíduos sólidos urbanos ............................................................ 229
4.7.13 Coleta Seletiva e reciclagem de resíduos .......................................................... 234
4.7.14 Resíduos de serviços de saúde ......................................................................... 235
4.7.15 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas ............................................... 236
4.8 Gestão do território e de áreas sujeitas a gerenciamento especial .................... 238
4.8.1 Uso e ocupação da terra .................................................................................... 238
4.8.2 Remanescentes de vegetação e áreas protegidas por Lei ................................. 249
4.8.3 Áreas suscetíveis à erosão, escorregamento e/ou assoreamento ..................... 256
4.8.4 Áreas de mineração ........................................................................................... 265
4.8.5 Áreas suscetíveis à enchente, inundação e/ou alagamento ............................... 267
4.8.6 Poluição ambiental............................................................................................. 270
4.9 Avaliação do Plano de Bacia ............................................................................. 278
4.9.1 Metas do Plano de Bacias já executadas ........................................................... 279

5. PROGNÓSTICO ........................................................................................................ 280


5.1 Planos, programas, projetos e empreendimentos com incidência nas UGRHIs 20 e
21 280
5.2 Cenário de planejamento ................................................................................... 311
5.2.1 Concepção e formulação dos Cenários de Planejamento .................................. 311
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5.2.2 Dinâmica Socioeconômica ................................................................................. 314


5.2.3 Demanda por recursos hídricos ......................................................................... 330
5.2.4 Disponibilidade de recursos hídricos .................................................................. 337
5.2.5 Balanço: demanda x disponibilidade .................................................................. 340
5.2.6 Qualidade das Águas......................................................................................... 347
5.2.7 Saneamento Básico ........................................................................................... 351
5.3 Gestão dos recursos hídricos nas UGRHIs 20 e 21 ........................................... 389
5.3.1 Legislação pertinente aos recursos hídricos ...................................................... 389
5.3.2 Plano de Bacias Hidrográficas ........................................................................... 389
5.3.3 Outorga de uso dos recursos hídricos................................................................ 390
5.3.4 Licenciamento Ambiental ................................................................................... 398
5.3.5 Cobrança pelo uso da água ............................................................................... 403
5.3.6 Enquadramento dos corpos d’água ................................................................... 406
5.3.7 Monitoramento quali-quantitativo dos recursos hídricos ..................................... 411
5.3.8 Sistema de informações sobre recursos hídricos ............................................... 417
5.4 Áreas críticas e prioridades para gestão dos recursos hídricos.......................... 419
5.4.1 Delimitação das áreas críticas para gestão dos recursos hídricos ..................... 420
5.4.2 Estabelecimento de prioridades para gestão dos recursos hídricos ................... 430
5.5 Proposta de intervenção para gestão dos recursos hídricos das UGRHIs 20 e 21434

6. PLANO DE AÇÕES ................................................................................................... 437


6.1 Definição das metas e ações para Gestão dos Recursos Hídricos nas UGRHIs 20
e 21 437
6.1.1 M.1 – Elaborar de estudos para o aprimoramento do conhecimento dos recursos
hídricos 445
6.1.2 M.2 - Elaborar Planos de controle de erosão urbana e rural para os municípios da
UGRHI-20 e 21 446
6.1.3 M.3 – Ampliar a rede de monitoramento qualitativa e quantitativa dos recursos
hídricos 446
6.1.4 M.4 – Elaboração de estudos para aumentar o conhecimento sobre quantidade e
qualidade dos recursos hídricos subterrâneos para utilização futura ................................. 447
6.1.5 M.5 – Revisar o Programa de investimento do Plano de Bacia das UGRHIs 20 e
21, conforme legislações vigentes ..................................................................................... 448
6.1.6 M.6 – Promover campanhas de regularização de usos nas UGRHIs 20 e 21 .... 449
6.1.7 M.7 – Solicitar aos órgãos do Estado o aumento de fiscalização nas UGRHIs 20 e
21 (DAEE, CETESB, Polícia Ambiental, Defesa agropecuária, entre outros) ..................... 450
6.1.8 M.8 – Implantar a cobrança pelo uso da água para início em 2019 ................... 450
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6.1.9 M.9 – Incentivar a participação dos representantes dos poderes legislativo e


executivo junto as Câmaras Técnicas do CBH-AP ............................................................ 451
6.1.10 M.10 – Incentivar as Secretarias do Estado a divulgar no CBH-AP os programas
existentes voltados à conservação dos recursos hídricos, visando obter outras fontes de
financiamento e reduzir a dependência dos recursos do FEHIDRO................................... 451
6.1.11 M.11 – Atingir até 2023 eficiência mínima de 80% das ETES nos municípios das
UGRHIs 20 e 21452
6.1.12 M.12 – Implantar soluções de saneamento rural em 10 bairros rurais dos
municípios das UGRHIs 20 e 21 até 2027 ......................................................................... 453
6.1.13 M.13 – Implantar até 2020 junto aos técnicos da CETESB 3 cursos para
treinamento de projetos de encerramento de aterro sanitário ............................................ 454
6.1.14 M.14 – Implantar até 2027 seis projetos de encerramento de aterro sanitário ... 454
6.1.15 M.15 – Financiar projetos e obras de controle de erosão rural e urbana conforme
descrito nos Planos municipais .......................................................................................... 455
6.1.16 M.16 – Melhorar o índice de cobertura vegetal na UGRHI 20 e 21 priorizando as
áreas de mananciais de abastecimento ............................................................................. 456
6.1.17 M.17 – Atingir até 2027 o índice de perda máxima de 25% em todos os municípios457
6.1.18 M.18 - Incentivar campanhas publicitárias junto a FAESP e FIESP para
racionalização do uso da água na agricultura e na indústria .............................................. 458
6.1.19 M.19 – Melhorar a Educação ambiental na UGRHI 20 e 21 através de cursos,
treinamentos e workshop ................................................................................................... 459
6.1.20 M.20 – Capacitar 50 técnicos das Prefeituras Municipais em elaboração de
projetos voltados a conservação e recuperação de recursos hídricos ............................... 460
6.1.21 M.21 - Criar sistema de divulgação e de acompanhamento de projetos em
desenvolvimento para os membros do Comitê .................................................................. 460
6.2 Montagem do programa de investimentos ......................................................... 461
6.2.1 Levantamento de recursos disponíveis .............................................................. 461
6.3 Balanço entre as Prioridades de Gestão e as Ações do PBH ............................ 484
6.4 Definição do arranjo institucional para implementação do PBH ......................... 487
6.4.1 Responsabilidade dos principais atores envolvidos ........................................... 489
6.5 Definição da Sistemática de Acompanhamento e Monitoramento do PBH ........ 490

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 494


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Estrutura organizacional do CBH-AP ...................................................................... 5


Figura 2. Reunião com a CT-PA realizada em 17 novembro, Marília-SP. ............................ 15
Figura 3. Reunião com a CT-PA realizada em 17 novembro, Marília-SP. ............................ 16
Figura 4. Reunião com a CT-PA realizada em 17 novembro, Marília-SP. ............................ 16
Figura 5. Oficina realizada em Dracena. .............................................................................. 17
Figura 6. Oficina realizada em Dracena. .............................................................................. 18
Figura 7. Localização das UGRHIs-20 e 21 no Estado de São Paulo. ................................. 19
Figura 8. UGRHI-20 e 21 e municípios integrantes. ............................................................. 20
Figura 9. Municípios pertencentes à UGRHI-20. .................................................................. 23
Figura 10. Sub-bacias e municípios da UGRHI-20. .............................................................. 24
Figura 11. Municípios pertencentes à UGRHI-21. ................................................................ 26
Figura 12. Sub-bacias e municípios da UGRHI-21. .............................................................. 28
Figura 13. Evolução da população – UGRHI-20 e 21........................................................... 30
Figura 14. Municípios das UGRHIs-20 e 21 por faixa de população. ................................... 31
Figura 15. População total em 2015 nos municípios com sede na UGRHI-20. .................... 32
Figura 16. População total em 2015 nas Sub-bacias da UGRHI-20. .................................... 33
Figura 17. TGCA na UGRHI-20. .......................................................................................... 34
Figura 18. Evolução da população total, urbana e rural. ...................................................... 39
Figura 19. UGRHI-20: Taxa de urbanização. ....................................................................... 41
Figura 20. Densidade Demográfica na UGRHI-20. .............................................................. 42
Figura 21. População total em 2015 nos municípios com sede na UGRHI-21. .................... 44
Figura 22. População total em 2015 nas Sub-bacias da UGRHI-21. .................................... 44
Figura 23. TGCA na UGRHI-21. .......................................................................................... 45
Figura 24. Evolução da população total, urbana e rural. ...................................................... 50
Figura 25. UGRHI-21: Taxa de urbanização. ....................................................................... 51
Figura 26. Densidade Demográfica na UGRHI-21. .............................................................. 53
Figura 27. Índice Paulista de Responsabilidade Social. ....................................................... 57
Figura 28. IPRS na UGRHI-20. ............................................................................................ 57
Figura 29. Índice Paulista de Responsabilidade Social. ....................................................... 59
Figura 30. IPRS na UGRHI-21. ............................................................................................ 59
Figura 31. IDHM na UGRHI-20. ........................................................................................... 60
Figura 32. IDHM nos municípios da UGRHI-20.................................................................... 62
Figura 33. IDHM na UGRHI-21. ........................................................................................... 62
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Figura 34. Evolução do IDHM nos municípios da UGRHI-21. .............................................. 64


Figura 35. Produtos em 2012 – Lavouras temporárias – UGRHI 20 .................................... 69
Figura 36. Produtos em 2012 – Lavouras permanentes UGRHI 20 ..................................... 70
Figura 37. Produtos em 2012 da UGRHI 21– Lavouras temporárias ................................... 71
Figura 38. Produtos em 2012 da UGRHI 21– Lavouras permanentes ................................. 71
Figura 39. Número animais da agropecuária na UGRHI-20. ................................................ 73
Figura 40. Número de estabelecimentos/empregos da agropecuária na UGRHI-20. ........... 74
Figura 41. Número animais da agropecuária na UGRHI-21. ................................................ 75
Figura 42. Número de estabelecimentos/empregos da agropecuária na UGRHI-21. ........... 76
Figura 43. Distribuição fundiária das Unidades de Produção Agropecuárias na UGRHI-20. 78
Figura 44. Distribuição fundiária das Unidades de Produção Agropecuárias na UGRHI-21. 80
Figura 45. Número de estabelecimentos industriais na UGRHI-20. ..................................... 81
Figura 46. Número de empregos nos estabelecimentos industriais na UGRHI-20. .............. 82
Figura 47. Estabelecimentos industriais na UGRHI-21 ........................................................ 83
Figura 48. Número de estabelecimentos industriais na UGRHI-21. ..................................... 84
Figura 49. Localização de áreas de pesquisas de mineração na UGRHI-20. ....................... 86
Figura 50. Localização de áreas de pesquisas de mineração na UGRHI-21. ....................... 86
Figura 51. Número de estabelecimentos de mineração na UGRHI-20. ................................ 87
Figura 52. Número de estabelecimentos de mineração na UGRHI-21. ................................ 87
Figura 53. Número de estabelecimentos de comércio e serviços na UGRHI-20. ................. 88
Figura 54. Número de estabelecimentos de comércio e serviços na UGRHI-21. ................. 89
Figura 55. Divisão por Sub-bacias das UGRHI’s-20 e 21. .................................................... 92
Figura 56. Distribuição da área das Sub-Bacias na UGRHI-20 e 21. ................................... 92
Figura 57. Unidades aquíferas aflorantes das UGRHIs 20 e 21. .......................................... 97
Figura 58. Esquema conceitual do risco de contaminação das águas subterrâneas. ........... 99
Figura 59. Vulnerabilidade natural das águas subterrâneas............................................... 100
Figura 60. Mapa de vulnerabilidade dos aquíferos – UGRHI-20 e 21. ............................... 101
Figura 61. Estimativa da disponibilidade hídrica superficial (Qmédia) das Sub-Bacias .......... 103
Figura 62. Estimativa da disponibilidade hídrica superficial (Q7,10) das Sub-Bacias ........... 103
Figura 63. Disponibilidade hídrica superficial per capita – UGRHI-20. ............................... 104
Figura 64. Disponibilidade hídrica superficial per capita – UGRHI-21. ............................... 104
Figura 65. Disponibilidade hídrica superficial per capita (2015), por sub-bacia – UGRHI20.105
Figura 66. Disponibilidade hídrica superficial per capita (2015), por sub-bacia – UGRHI 21.105
Figura 67. Modelo conceitual de recarga transitória média plurianual. ............................... 107
Figura 68. Disponibilidade hídrica subterrânea per capita (2015) – UGRHI 20. ................. 108
Figura 69. Disponibilidade hídrica subterrânea per capita (2015) – UGRHI 21. ................. 108
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Figura 70. Disponibilidade hídrica subterrânea per capita (2013), por sub-bacia na UGRHI
20. ..................................................................................................................................... 109
Figura 71. Disponibilidade hídrica subterrânea per capita (2013), por sub-bacia na UGRHI
21. ..................................................................................................................................... 109
Figura 72. Disponibilidade hídrica total nas sub-bacias da UGRHI-20. .............................. 110
Figura 73. Disponibilidade hídrica total nas sub-bacias da UGRHI-21. .............................. 111
Figura 74. Distribuição dos postos pluviométricos nas UGRHI’s-20 e 21. .......................... 112
Figura 75. Relação do nº de outorgas com a área da bacia. .............................................. 116
Figura 76. Proporção de captações superficiais e subterrâneas. ....................................... 116
Figura 77. Captações superficiais e subterrâneas nas UGRHI’s-20 e 21. .......................... 117
Figura 78. Relação de vazão captada superficial e subterrânea. ....................................... 117
Figura 79. Demanda total de água. .................................................................................... 119
Figura 80. Demanda total de água por Sub-bacia – UGRHI 20.......................................... 120
Figura 81. Demanda total de água por Sub-bacia – UGRHI 21.......................................... 120
Figura 82. Demanda total de água por tipo de uso. ........................................................... 121
Figura 83. Demanda urbana de água. ............................................................................... 122
Figura 84. Demanda industrial de água. ............................................................................ 123
Figura 85. Demanda rural de água. ................................................................................... 123
Figura 86. Localização de pivôs nas UGRHIs 20 e 21 ....................................................... 124
Figura 87. Demanda estimada de água para abastecimento urbano. ................................ 125
Figura 88. Número de outorgas para outras interferências em cursos d’água.................... 126
Figura 89. Número de barramentos outorgados nas UGRHI’s- 20 e 21. ............................ 127
Figura 90. Evolução temporal da demanda superficial em relação ao Q7,10 nas UGRHI’s-20 e
21. Fonte: DAEE, 2015. ..................................................................................................... 128
Figura 91. Demanda total em relação ao Q7,10 nas UGRHI’s-20 e 21, por sub-bacia.......... 129
Figura 92. Evolução da demanda total em relação ao Q95% nas UGRHI’s-20 e 21. ............ 130
Figura 93. Demanda total em relação ao Q95% nas UGRHI’s-20 e 21, por sub-bacia.......... 131
Figura 94. Evolução da demanda total em relação ao Qmédio nas UGRHI’s-20 e 21. .......... 132
Figura 95. Demanda total em relação ao Qmédio nas UGRHI’s-20 e 21, por sub-bacia. ....... 133
Figura 96. Evolução da demanda subterrânea em relação a vazão explotável- UGRHI’s-20 e
21. ..................................................................................................................................... 134
Figura 97. Evolução do número de pontos de monitoramento de qualidade de água na
UGRHI 20. ......................................................................................................................... 137
Figura 98. Mapa com pontos de amostragem de qualidade de água na UGRHI 20. .......... 138
Figura 99. Evolução do número de pontos de monitoramento de qualidade de água na
UGRHI 21. ......................................................................................................................... 140
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 100. Mapa com pontos de amostragem de qualidade de água na UGRHI 21. ........ 141
Figura 101. Evolução dos resultados IQA nos pontos de monitoramento existentes na
UGRHI-20. ......................................................................................................................... 143
Figura 102. Evolução dos resultados IQA nos pontos de monitoramento existentes na
UGRHI-21. ......................................................................................................................... 143
Figura 103. Resultados IAP na UGRHI-20. ........................................................................ 144
Figura 104. Resultados IAP na UGRHI-21. ........................................................................ 145
Figura 105. Resultados IVA na UGRHI-20. ........................................................................ 147
Figura 106. Resultados IVA na UGRHI-21. ........................................................................ 147
Figura 107. Resultados IET na UGRHI-20. ........................................................................ 149
Figura 108. Resultados IET na UGRHI-21. ........................................................................ 150
Figura 109. Amostras com OD abaixo do VR na UGRHI-20. ............................................. 151
Figura 110. Amostras com OD abaixo do VR na UGRHI-20. ............................................. 151
Figura 111. Mapa dos pontos de monitoramento de águas subterrâneas na UGRHI 20. ... 154
Figura 112. Mapa dos pontos de monitoramento de águas subterrâneas na UGRHI 21. ... 156
Figura 113. Concentração de nitrato e número de pontos analisados na UGRHI-20. ........ 158
Figura 114. Concentração de nitrato e número de pontos analisados na UGRHI-21. ........ 159
Figura 115. Evolução da mortandade de peixes na UGRHI-20. ......................................... 161
Figura 116. Evolução da mortandade de peixes na UGRHI-21. ......................................... 162
Figura 117. Classificação da água subterrânea na UGRHI-20. .......................................... 163
Figura 118. Classificação da água subterrânea na UGRHI-21. .......................................... 164
Figura 119. Administração do serviço de água e esgoto nos municípios da UGRHI-20 e
limítrofes. ........................................................................................................................... 166
Figura 120. Administração do serviço de água e esgoto nos municípios da UGRHI-21 e
limítrofes. ........................................................................................................................... 167
Figura 121. Classificação de municípios quanto ao tipo de manancial UGRHI 20. ............ 169
Figura 122. Classificação de municípios quanto ao tipo de manancial UGRHI 21. ............ 171
Figura 123. Índice de atendimento de água com relação a população total nos municípios da
UGRHI-20. ......................................................................................................................... 173
Figura 124. Índice de atendimento de água nos municípios da UGRHI-20. ....................... 174
Figura 125. Índice de atendimento de água com relação a população total nos municípios da
UGRHI-21. ......................................................................................................................... 176
Figura 126. Índice de atendimento de água nos municípios da UGRHI-21. ....................... 176
Figura 127. Localização dos usos de fontes alternativas nos municípios das UGRHIs-20 e
21. ..................................................................................................................................... 178
Figura 128. Índice de perdas de água nos municípios da UGRHI-20. ................................ 180
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 129. Índice de perdas na distribuição de água nos municípios da UGRHI-20/21. ... 181
Figura 130. Índice de perdas de água nos municípios da UGRHI-21. ................................ 183
Figura 131. Índice de perdas na distribuição de água nos municípios da UGRHI-21. ........ 184
Figura 132. Carga orgânica poluidora doméstica dos municípios da UGRHI-20. ............... 188
Figura 133. Relação da carga orgânica reduzida nos municípios da UGRHI-20. ............... 188
Figura 134. Carga orgânica gerada por sub-bacia. ............................................................ 189
Figura 135. Redução da carga orgânica por sub-bacia – UGRHI 20.................................. 189
Figura 136. Carga orgânica poluidora doméstica dos municípios da UGRHI-21. ............... 191
Figura 137. Relação da carga orgânica reduzida nos municípios da UGRHI-21. ............... 192
Figura 138. Carga orgânica gerada por sub-bacia. ............................................................ 192
Figura 139. Redução da carga orgânica por sub-bacia – UGRHI 21.................................. 193
Figura 140. Índice de atendimento de rede de esgoto nos municípios da UGRHI-20......... 195
Figura 141. Índice de atendimento por rede de esgoto nos municípios da UGRHI-20. ...... 195
Figura 142. Índice de atendimento de rede de esgoto nos municípios da UGRHI-20......... 197
Figura 143. Índice de atendimento por rede de esgoto nos municípios da UGRHI-21. ...... 197
Figura 144. Porcentagem de esgoto coletado sobre os esgotos gerados nos municípios da
UGRHI-20. ......................................................................................................................... 200
Figura 145. Porcentagem de esgoto coletado sobre o esgoto gerado na UGRHI-20. ........ 200
Figura 146. Porcentagem de esgoto coletado sobre os esgotos gerados nos municípios da
UGRHI-21. ......................................................................................................................... 202
Figura 147. Porcentagem de esgoto coletado sobre o esgoto gerado na UGRHI-21. ........ 202
Figura 148. Porcentagem de esgoto tratado nos municípios da UGRHI-20. ...................... 204
Figura 149. Porcentagem de esgoto tratado sobre o esgoto gerado nos municípios da
UGRHI-20. ......................................................................................................................... 205
Figura 150. Porcentagem de esgoto tratado nos municípios da UGRHI-21. ...................... 206
Figura 151. Porcentagem de esgoto tratado sobre o esgoto gerado nos municípios da
UGRHI-21. ......................................................................................................................... 207
Figura 152. Redução da carga orgânica poluidora doméstica nos municípios da UGRHI-20.209
Figura 153. Proporção de redução da carga orgânica doméstica nos municípios da UGRHI-
20. ..................................................................................................................................... 210
Figura 154. Redução da carga orgânica poluidora doméstica nos municípios da UGRHI-21.211
Figura 155. Proporção de redução da carga orgânica doméstica nos municípios da UGRHI-
21. ..................................................................................................................................... 212
Figura 156. Classificação do ICTEM nos municípios da UGRHI-20. .................................. 214
Figura 157. ICTEM dos municípios da UGRHI-20. ............................................................. 215
Figura 158. Classificação do ICTEM nos municípios da UGRHI-21. .................................. 216
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 159. ICTEM dos municípios da UGRHI-21. ............................................................. 217


Figura 160. Pontos de lançamento superficial nas UGRHIs-20 e 21. ................................. 219
Figura 161. Resíduos sólidos gerados nos municípios na UGRHI-20. ............................... 222
Figura 162. Evolução da geração de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-20. .................. 222
Figura 163. Resíduos sólidos gerados nos municípios na UGRHI-21. ............................... 223
Figura 164. Evolução da geração de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-20. .................. 224
Figura 165. Cobertura do sistema de coleta de resíduos sólidos nos municípios da UGRHI-
20. ..................................................................................................................................... 226
Figura 166. Evolução da coleta de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-20. ..................... 226
Figura 167. Cobertura do sistema de coleta de resíduos sólidos nos municípios da UGRHI-
21. ..................................................................................................................................... 228
Figura 168. Evolução da coleta de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-21. ..................... 228
Figura 169. Classificação da destinação final dos resíduos sólidos urbanos nos municípios
da UGRHI-20. .................................................................................................................... 230
Figura 170. Classificação da destinação final dos resíduos sólidos urbanos (IQR) na UGRHI-
20 ...................................................................................................................................... 231
Figura 171. Classificação da destinação final dos resíduos sólidos domiciliares nos
municípios da UGRHI-21. .................................................................................................. 232
Figura 172. Classificação da destinação final dos resíduos sólidos domiciliares (IQR) –
UGRHI-21. ......................................................................................................................... 234
Figura 173. Municípios com coleta seletiva nas UGRHIs 20 e 21. ..................................... 235
Figura 174. Situação dos municípios das UGRHIs 20 e 21 em relação ao Plano de
Drenagem. ......................................................................................................................... 237
Figura 175. Uso e ocupação do solo nas UGRHIs – 20 e 21. ............................................ 240
Figura 176. Distribuição das classes de uso do solo nas UGRHIs – 20 e 21. .................... 241
Figura 177. Distribuição do uso e ocupação do solo por sub-bacia – UGRHI 20. .............. 242
Figura 178. Distribuição do uso e ocupação do solo por sub-bacia – UGRHI 21. .............. 243
Figura 179. Área de cana das UGRHIs 20 e 21 no ano de 2013 ....................................... 244
Figura 180. Espacialização da evolução da área de cana nas UGRHIs 20 e 21 ................ 246
Figura 181. Espacialização dos pivôs centrais nas UGRHIs 20 e 21. ................................ 248
Figura 182. Distribuição dos remanescentes de vegetação nas UGRHIs 20 e 21. ............. 252
Figura 183. Distribuição dos remanescentes de vegetação nas UGRHIs 20 e 21.............. 253
Figura 184. Distribuição dos remanescentes de vegetação por sub-bacia UGRHI 20........ 254
Figura 185. Distribuição dos remanescentes de vegetação por sub-bacia UGRHI 21........ 255
Figura 186. Mapa de suscetibilidade a erosão das UGRHIs 20 e 21. ................................ 257
Figura 187. Mapa de processos erosivos do Estado de São Paulo – UGRHIs 20 e 21 ...... 260
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 188. Classes de criticidade dos municípios em relação aos registros de erosões. .. 263
Figura 189. Ocorrência de enchentes na UGRHI-20. ......................................................... 269
Figura 190. Ocorrência de enchentes na UGRHI-21. ......................................................... 269
Figura 191. Ocorrência de enchentes nas UGRHIs-20 e 21. ............................................. 270
Figura 192. Mapa com áreas contaminadas nas UGRHIs - 20 e 21................................... 275
Figura 193. Número de áreas contaminadas 2011/2015 na UGRHI - 20. .......................... 275
Figura 194. Número de áreas contaminadas 2011/2015 na UGRHI-21. ............................ 276
Figura 195. Número de áreas remediadas 2011-2015 na UGRHI-20................................. 277
Figura 196. Número de áreas remediadas 2011-2015 na UGRHI-21................................. 277
Figura 197. Sub-bacias das UGRHIs 20/21. ...................................................................... 280
Figura 198. Síntese das atividades do Projeto Aquíferos. .................................................. 297
Figura 199. Localização das UGRHIs no Estado de São Paulo e fase do Projeto Ambiental
Estratégico Aquíferos......................................................................................................... 298
Figura 200. Municípios das UGRHI-20/21 com áreas inseridas no programa nascentes. .. 299
Figura 201. Áreas do CAR disponíveis para restauração ecológica. .................................. 301
Figura 202. Municípios das UGRHIs 20/21 em relação ao Plano Diretor. .......................... 303
Figura 203. Municípios da UGRHI-20 E 21 em relação aos Planos de Saneamento. ........ 305
Figura 204. Municípios das UGRHIs-20/21 em relação ao Plano Municipal de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos. ................................................................................ 306
Figura 205. Projeção da população na UGRHI-20. ............................................................ 317
Figura 206. Projeção da população na UGRHI-21. ............................................................ 319
Figura 207. Projeção de população na UGRHI-20. ............................................................ 321
Figura 208. Projeção de população na UGRHI-21. ............................................................ 321
Figura 209. Projeção de população por sub-bacia da UGRHI-20. ...................................... 324
Figura 210. Projeção de população por sub-bacia da UGRHI-21. ...................................... 324
Figura 211. Projeção dos estabelecimentos no setor de agropecuária na UGRHI-20. ....... 326
Figura 212. Projeção dos estabelecimentos no setor de agropecuária na UGRHI-21. ....... 326
Figura 213. Valor adicionado (PIB) do setor de agropecuária ............................................ 327
Figura 214. Projeção dos estabelecimentos no setor industrial na UGRHI-20. .................. 328
Figura 215. Projeção dos estabelecimentos no setor industrial na UGRHI-21. .................. 328
Figura 216. Projeção dos estabelecimentos no setor de comércio e serviços na UGRHI-20.329
Figura 217. Projeção dos estabelecimentos no setor de comércio e serviços na UGRHI-21.330
Figura 218. Projeção da disponibilidade per capita superficial na UGRHI 20. .................... 339
Figura 219. Projeção da disponibilidade per capita superficial na UGRHI 21. .................... 340
Figura 220. Gráficos demonstrando a projeção da demanda x disponibilidade subterrânea da
UGRHI 20 para todos os cenários. .................................................................................... 342
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 221. Gráficos demonstrando a projeção da demanda x disponibilidade subterrânea da


UGRHI 21 para todos os cenários. .................................................................................... 342
Figura 222. Classificação do balanço hidríco adaptado. .................................................... 343
Figura 223. Gráficos demonstrando o comparativo de uso x disponibilidade nas sub-bacias
da UGRHI 20 para o cenário tendencial............................................................................. 344
Figura 224. Gráficos demonstrando o comparativo de uso x disponibilidade nas sub-bacias
da UGRHI 21 para o cenário tendencial............................................................................. 344
Figura 225. Gráfico demonstrando o comparativo de uso x disponibilidade nas sub-bacias de
abastecimento urbano da UGRHI 20. ................................................................................ 345
Figura 226. Gráfico demonstrando o comparativo de uso x disponibilidade nas sub-bacias de
abastecimento urbano da UGRHI 21. ................................................................................ 345
Figura 227. Gráfico demonstrando a evolução do comparativo de uso x disponibilidade de
água subterrânea da UGRHI-20 para o cenário tendencial. ............................................... 346
Figura 228. Gráfico demonstrando a evolução do comparativo de uso x disponibilidade de
água subterrânea da UGRHI-21 para o cenário tendencial. ............................................... 347
Figura 229. Evolução do Índice de qualidade de água nas UGRHIS 20 e 21. .................... 348
Figura 230. Evolução do Índice de qualidade de água para proteção da vida aquática nas
UGRHIS 20 e 21. ............................................................................................................... 349
Figura 231. Classificação da água subterrânea (nº de amostras por categoria) ................. 349
Figura 232. IPAS – Indicador de Potabilidade das águas subterrâneas da UGRHI-20....... 350
Figura 233. IPAS – Indicador de Potabilidade das águas subterrâneas da UGRHI-21....... 350
Figura 234. Concentração de nitrato: nº de amostras em relação ao valor ........................ 350
Figura 235. Projeção do abastecimento urbano na UGRHI 20........................................... 353
Figura 236. Projeção do abastecimento urbano na UGRHI 21........................................... 355
Figura 237. Projeção do índice de perdas no abastecimento urbano na UGRHI 20. .......... 357
Figura 238. Projeção do índice de perdas no abastecimento urbano na UGRHI 21. .......... 358
Figura 239. Projeção de fontes alternativas de abastecimento na UGRHI 20 .................... 360
Figura 240. Projeção de fontes alternativas de abastecimento na UGRHI 21 .................... 360
Figura 241. Projeção do índice de coleta de esgoto na UGRHI 20. ................................... 362
Figura 242. Projeção do índice de coleta de esgoto na UGRHI 21. ................................... 364
Figura 243. Projeção do índice de tratamento de esgoto na UGRHI 20. ............................ 366
Figura 244. Projeção do índice de tratamento de esgoto na UGRHI 21. ............................ 367
Figura 245. Projeção da proporção de redução da carga orgânica poluidora doméstica nos
municípios da UGRHI 20. .................................................................................................. 369
Figura 246. Projeção da proporção de redução da carga orgânica poluidora doméstica nos
municípios da UGRHI 21. .................................................................................................. 370
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 247. Projeção da eficiência do tratamento nos municípios da UGRHI 20................ 374
Figura 248. Projeção da eficiência do tratamento nos municípios da UGRHI 21................ 375
Figura 249. Projeção do índice de coleta de resíduos sólidos nos municípios da UGRHI 20.380
Figura 250. Projeção do índice de coleta de resíduos sólidos nos municípios da UGRHI 21.381
Figura 251. Evolução da classificação do IQR dos municípios na UGRHI 20. ................... 381
Figura 252. Evolução da classificação do IQR dos municípios na UGRHI 21. ................... 382
Figura 253. Demanda de Água Superfícial e Subterrânea na UGRHI-20 ........................... 394
Figura 254. Demanda de Água Superfícial e Subterrânea na UGRHI-21 ........................... 395
Figura 255. Relação entre demanda estimada e outorgada para uso urbano – UGRHI-20.395
Figura 256. Relação entre demanda estimada e outorgada para uso urbano – UGRHI-21.396
Figura 257. Enquadramento dos cursos d’água (UGRHI 20 e 21). .................................... 410
Figura 258. Resultados IQA nos pontos existentes. ........................................................... 411
Figura 259 Estações de monitoramento quali-quantitativo na UGRHI-20 e 21. .................. 412
Figura 260. Postos pluviométricos e de monitoramento na UGRHI-20 e 21. ...................... 415
Figura 261. Áreas críticas referentes à demanda x disponibilidade de água. ..................... 421
Figura 262. Áreas críticas referentes à disponibilidade de água. ....................................... 425
Figura 263. Áreas críticas referentes ao monitoramento qualitativo e quantitativo. ............ 426
Figura 264. Áreas críticas referentes à eficiência do tratamento de esgoto. ...................... 428
Figura 265. Áreas críticas referentes a erosões. ................................................................ 429
Figura 266. Mapa de suscetibilidade à erosão nos municipios das UGRHIS 20 e 21......... 430
Figura 267. Reuniões públicas. .......................................................................................... 432
Figura 268. Convite para participação das discussões do Plano de Bacias - AP. .............. 433
Figura 269. Histórico de recursos disponibilizados pelo FEHIDRO nas UGRHIs 20 e 21. . 462
Figura 270. Total de recursos disponíveis para as UGRHIs 20 e 21 .................................. 465
Figura 271. Invesrimentos previstos para cada quadriênio. ............................................... 482
Figura 272. Investimentos previstos por quadriênio. .......................................................... 482
Figura 273. Fontes de investimento para cada quadriênio. ................................................ 483
Figura 274. Prioridades conforme resultados do Diagnóstico, Prognóstico e oficinas
realizadas. ......................................................................................................................... 485
Figura 275. Distribuição dos investimentos nas UGRHIs 20 e 21 conforme PDCs. ........... 486
Figura 276. Distribuição dos investimentos nas UGRHIs 20 e 21 conforme PDCs prioritários.487
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Composição do CBH-AP no biênio 2015-2016. ..................................................... 9


Quadro 2. Dados das reuniões plenárias realizadas em 2015. ............................................ 12
Quadro 3. Dados das reuniões de Câmara Técnica realizadas em 2015. ............................ 12
Quadro 4. Municípios com área contida na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe – UGRHI 20.21
Quadro 5. Caracterização geral da UGRHI-20. .................................................................... 22
Quadro 6. Sub-bacias e municípios da UGRHI-20. .............................................................. 23
Quadro 7. Municípios com área contida na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe – UGRHI 21.25
Quadro 8. Caracterização geral da UGRHI-21. .................................................................... 27
Quadro 9. Sub-bacias e municípios da UGRHI-21. .............................................................. 28
Quadro 10. Caracterização socioeconômica da UGRHI-20 e 21. ........................................ 29
Quadro 11. TGCA dos municípios da UGRHI-20. ................................................................ 34
Quadro 12. UGRHI–20: População total, urbana e rural, 2010 e 2015. ................................ 35
Quadro 13. População estimada dos assentamentos rurais nos municípios da Bacia do
Aguapeí. .............................................................................................................................. 37
Quadro 14. UGRHI-20: Evolução da população urbana e rural. ........................................... 38
Quadro 15. Evolução da taxa de urbanização ..................................................................... 39
Quadro 16. Densidade demográfica das Sub-bacias. .......................................................... 42
Quadro 17. TGCA dos municípios da UGRHI-21. ................................................................ 46
Quadro 18. UGRHI–21: População total, urbana e rural, 2010 e 2015. ................................ 47
Quadro 19. População estimada dos assentamentos rurais nos municípios da Bacia do
Peixe. .................................................................................................................................. 48
Quadro 20. UGRHI-21: Evolução da população urbana e rural. ........................................... 49
Quadro 21. Evolução da taxa de urbanização ..................................................................... 50
Quadro 22. Densidade demográfica das Sub-bacias. .......................................................... 53
Quadro 23. Grupos do IPRS. ............................................................................................... 55
Quadro 24. Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS 2012 – UGRHI-20. ............ 55
Quadro 25. Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS 2012 – UGRHI-21. ............ 57
Quadro 26. Faixa de valores do IDHM. ................................................................................ 60
Quadro 27. IDHM dos municípios da UGRHI-20. ................................................................. 61
Quadro 28. IDHM dos municípios da UGRHI-21. ................................................................. 63
Quadro 29. Grupos do IPVS. ............................................................................................... 64
Quadro 30. Distribuição (%) da população dos municípios da UGRHI-20 nos Grupos do
IPVS. ................................................................................................................................... 65
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
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Quadro 31. Distribuição (%) da população dos municípios da UGRHI-21 nos Grupos do
IPVS. ................................................................................................................................... 66
Quadro 32. Estrutura Fundiária nos municípios que compõem a UGRHI-20. ...................... 77
Quadro 33. Estrutura Fundiária nos municípios que compõem a UGRHI-21. ...................... 79
Quadro 34. Relação dos maiores consumidores industriais ................................................. 82
Quadro 35. Relação das maiores industrias localizadas na UGRHI-21. ............................... 85
Quadro 36. Área das Sub-bacias das UGRHI’s-20 e 21. ..................................................... 91
Quadro 37. Área das sub-bacias e os respectivos municípios da UGRHI-20. ...................... 93
Quadro 38. Área das sub-bacias e os respectivos municípios da UGRHI-21. ...................... 94
Quadro 39. Área das Sub-bacias das UGRHI’s-20 e 21. ..................................................... 96
Quadro 40. Classe de vulnerabilidade dos aquíferos na UGRHI-20 e 21. .......................... 100
Quadro 41. Indicadores de disponibilidade de recursos hídricos da UGRHI-20 e 21. ........ 102
Quadro 42. Valores estimados de Qmédia e Q7,10 para as Sub-Bacias da UGRHI-20 e 21
(adaptado de CRH, 2016). ................................................................................................. 102
Quadro 43. Disponibilidade hídrica subterrânea das UGRHI’S 20 e 21. ............................. 107
Quadro 44. Estimativa da disponibilidade hídrica total nas Sub-Bacias da UGRHI-20 e 21.110
Quadro 45. Postos de monitoramento pluviométrico nas UGRHIS 20 e 21. ....................... 112
Quadro 46. Levantamento da média pluviométrica nos meses secos (abr/set). ................. 113
Quadro 47. Indicadores de captação de água da UGRHI-20 e 21. .................................... 115
Quadro 48. Indicadores de demanda consuntiva de água das UGRHI’s-20 e 21. .............. 118
Quadro 49. Totais de captação por fonte nas UGRHI’s-20 e 21. ....................................... 119
Quadro 50. Totais de captação por Sub-bacias nas UGRHI’s-20 e 21............................... 119
Quadro 51. Totais de captação por tipo de usuário e sub-bacia nas UGRHI’s-20 e 21. ..... 121
Quadro 52. Indicadores de demanda não consuntiva de água das UGRHI’s-20 e 21. ....... 126
Quadro 53. Indicadores de balanço x disponibilidade de água das UGRHI’s-20 e 21. ....... 128
Quadro 54. Balanço x disponibilidade de água: UGRHI’s-20 e 21: demanda superficial x
Q7,10. .................................................................................................................................. 129
Quadro 55. Classificação da demanda em relação ao Q95%. .............................................. 130
Quadro 56. Balanço x disponibilidade de água: UGRHI’s-20 e 21: demanda total x Q95%. . 131
Quadro 57. Classificação da demanda em relação ao Qmédio.............................................. 132
Quadro 58. Balanço x disponibilidade de água das UGRHI’s-20 e 11: demanda total x Qmédio.132
Quadro 59. Classificação da demanda subterrânea em relação às reservas explotáveis. .. 135
Quadro 60. Descrição de pontos de amostragem de qualidade de água da UGRHI 20. .... 139
Quadro 61. Resultados dos parâmetros dos pontos de monitoramento da UGRHI 20 ....... 139
Quadro 62. Descrição de pontos de amostragem de qualidade de água na UGRHI 21. .... 141
Quadro 63. Resultados dos parâmetros dos pontos de monitoramento da UGRHI 21 ....... 142
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 64. Descrição de pontos de amostragem de IAP. ................................................. 144


Quadro 65. Descrição de pontos de amostragem de IAP. ................................................. 145
Quadro 66. Descrição de pontos de amostragem de IVA. ................................................. 146
Quadro 67. Descrição de pontos de amostragem de IVA. ................................................. 147
Quadro 68. Descrição de pontos de monitoramento de IET. .............................................. 148
Quadro 69. Descrição de pontos de monitoramento de IET. .............................................. 149
Quadro 70. Descrição de pontos de monitoramento de água subterrânea da UGRHI-20. . 153
Quadro 71. Desconformidades de qualidade das águas dos aquíferos Bauru e Serra Geral
na UGRHI-20. .................................................................................................................... 154
Quadro 72. Descrição de pontos de monitoramento de água subterrânea da UGRHI-21. . 155
Quadro 73. Desconformidades de qualidade das aguas do aquífero Bauru na UGRHI - 21.157
Quadro 74. Índice de potabilidade das águas subterrâneas da UGRHI-20. ....................... 160
Quadro 75. Índice de potabilidade das águas subterrâneas da UGRHI-21. ....................... 160
Quadro 76. Indicadores de qualidade de água das UGRHI – 20 e 21. ............................... 164
Quadro 77. Concessionárias e tipos de captação nos municípios da UGRHI-20. .............. 168
Quadro 78. Indicadores de abastecimento público de água da UGRHI-20. ....................... 169
Quadro 79. Concessionárias e tipos de captação nos municípios da UGRHI-21. .............. 170
Quadro 80. Indicadores de abastecimento público de água da UGRHI-21. ....................... 171
Quadro 81. População atendida – abastecimento de água – UGRHI-20............................ 172
Quadro 82. População atendida – abastecimento de água – UGRHI-21............................ 174
Quadro 83. Índice de perdas nos sistemas de abastecimento de água na UGRHI 20. ...... 179
Quadro 84. Índice de perdas nos sistemas de abastecimento de água na UGRHI 21. ...... 181
Quadro 85. Indicadores de esgotamento sanitário das UGRHIs- 20 e 21. ......................... 185
Quadro 86. Carga poluidora nos municípios da UGRHI-20. ............................................... 186
Quadro 87. Carga poluidora nos municípios da UGRHI-21. ............................................... 190
Quadro 88. População atendida – rede de esgotos – UGRHI-20. ...................................... 194
Quadro 89. População atendida – rede de esgotos – UGRHI-21. ...................................... 196
Quadro 90. Porcentagem de atendimento de coleta de esgotos na UGRHI-20.................. 198
Quadro 91. Porcentagem de atendimento de coleta de esgotos na UGRHI-21.................. 201
Quadro 92. Porcentagem de tratamento de esgotos na UGRHI-20. .................................. 203
Quadro 93. Porcentagem de tratamento de esgotos na UGRHI-21. .................................. 205
Quadro 94. Porcentagem da eficiência do tratamento de esgotos na UGRHI-20. .............. 208
Quadro 95. Porcentagem da eficiência do tratamento de esgotos na UGRHI-21. .............. 210
Quadro 96. Índice de coleta e tratabilidade de esgoto na UGRHI-20. ................................ 213
Quadro 97. Índice de coleta e tratabilidade de esgoto na UGRHI-21. ................................ 215
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 98. Dados dos pontos de lançamento de esgoto dos municípios SABESP e não
SABESP da UGRHI-20. ..................................................................................................... 217
Quadro 99. Dados dos pontos de lançamento de esgoto dos municípios SABESP e não
SABESP da UGRHI-21. ..................................................................................................... 218
Quadro 100. Indicadores de resíduos sólidos das UGRHIs-20 e 21. ................................. 220
Quadro 101. Índices de produção per capita de resíduos sólidos urbanos em função da
população urbana. ............................................................................................................. 221
Quadro 102. Coleta de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-20. ....................................... 224
Quadro 103. Coleta de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-20. ....................................... 227
Quadro 104. Enquadramento das condições das instalações de tratamento e/ou disposição
final de resíduos sólidos domiciliares. ................................................................................ 229
Quadro 105. Classificação dos municípios da UGRHI-20, quanto às condições de tratamento
e disposição dos resíduos domiciliares (IQR). ................................................................... 230
Quadro 106. Classificação dos municípios da UGRHI-21, quanto às condições de tratamento
e disposição dos resíduos domiciliares (IQR). ................................................................... 233
Quadro 107. Resíduos de saúde coletado ......................................................................... 236
Quadro 108. Indicadores de uso e ocupação do solo da UGRHI – 20 e 21. ...................... 239
Quadro 109. Uso e ocupação do solo nas UGRHs 20 e 21. .............................................. 241
Quadro 110. Quantificação do uso e ocupação do solo por sub-bacia – UGRHI 20. ......... 242
Quadro 111. Quantificação do uso e ocupação do solo por sub-bacia – UGRHI 21. ......... 243
Quadro 112. Quantificação da área de cana 2013 – UGRHI 20......................................... 244
Quadro 113. Quantificação da área de cana 2013 – UGRHI 21......................................... 244
Quadro 114. Evolução da área de cana nas UGRHIs 20 e 21 ........................................... 245
Quadro 115. Quantificação da área de pivôs centrais por município da UGRHI 20 ........... 247
Quadro 116. Quantificação da área de pivôs centrais por município da UGRHI 21 ........... 247
Quadro 117. Quantificação dos pivôs centrais por sub-bacia UGRHI 20 ........................... 248
Quadro 118. Quantificação dos pivôs centrais por sub-bacia UGRHI 21 ........................... 248
Quadro 119. Indicadores de áreas protegidas e UC da UGRHI 20 e 21. ........................... 250
Quadro 120. Indicadores de áreas protegidas e UC das UGRHIs - 20 e 21....................... 250
Quadro 121. Quantificação dos remanescentes de vegetação nas UGRHIs 20 e 21. ........ 252
Quadro 122. Quantificação dos remanescentes de vegetação na UGRHI-20 por sub-bacia.254
Quadro 123. Quantificação dos remanescentes de vegetação na UGRHI-21 por sub-bacia.255
Quadro 124. Classe de suscetibilidade a erosão nas UGRHIs 20 e 21. ............................. 257
Quadro 125. Classe de suscetibilidade a erosão por sub-bcia – UGRHI 20. ...................... 259
Quadro 126. Classe de suscetibilidade a erosão por subbcia – UGRHI 21. ....................... 259
Quadro 127. Erosões por município da URGHI-20 ............................................................ 261
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 128. Erosões por município da URGHI-21 ............................................................ 262


Quadro 129. Classes de criticidade à erosão dos municípios ............................................ 263
Quadro 130. Classes de criticidade dos municípios da UGRHI 20 ..................................... 263
Quadro 131. Classes de criticidade dos municípios da UGRHI 21 ..................................... 264
Quadro 132. Distribuição dos acidentes e consequências relacionados a desastres naturais
na UGRHI-20, no período de 2000 a 2011......................................................................... 265
Quadro 133. Distribuição dos acidentes e consequências relacionados a desastres naturais
na UGRHI-21, no período de 2000 a 2011......................................................................... 265
Quadro 134. Áreas de mineração nas UGRHIs 20 e 21. .................................................... 266
Quadro 135. Indicadores de áreas suscetíveis a enchente e inundações nas UGRHIs-20 e
21. ..................................................................................................................................... 268
Quadro 136. Indicadores de poluição ambiental nas UGRHIs - 20 e 21............................. 271
Quadro 137. Localização dos pontos de contaminação – 2015 da UGRHI- 20 .................. 272
Quadro 138. Localização dos pontos de contaminação – 2015 da UGRHI- 21 .................. 273
Quadro 139 Avaliação do cumprimento das metas e ações do plano de bacia atual. ........ 279
Quadro 140. Estado do sistema de abastecimento público de água – UGRHI 20 .............. 281
Quadro 141. Estado do sistema de abastecimento público de água – UGRHI 20 .............. 282
Quadro 142. Municípios e descrição da obra do programa microbacias – CATI na UGRHI-
20. ..................................................................................................................................... 284
Quadro 143. Municípios e descrição da obra do programa microbacias – CATI na UGRHI-
21. ..................................................................................................................................... 286
Quadro 144. Projetos de Educação Ambiental financiados pelo FEHIDRO nas UGRHIs-
20/21 (Período 2008 – 2015). ............................................................................................ 290
Quadro 145. Pontuação dos municípios das UGRHI-20 e 21 no Programa Verde Azul. .... 291
Quadro 146. Municípios da UGRHI-20 contemplados com o Programa Melhor Caminho. . 294
Quadro 147. Municípios UGRHI-21 contemplados com o Programa Melhor Caminho. ...... 295
Quadro 148. Situação dos Resíduos Sólidos na UGRHI 20. .............................................. 307
Quadro 149. Situação dos Resíduos Sólidos na UGRHI 21. .............................................. 308
Quadro 150. Estimativa de valores, em reais correntes, de ICMS ecológico repassados aos
municípios em 2015. .......................................................................................................... 309
Quadro 151. Critérios para as projeções de saneamento. ................................................. 313
Quadro 152. Dados demográficos da UGRHI-20 por município. ........................................ 315
Quadro 153. Dados demográficos da UGRHI-21 por município. ........................................ 318
Quadro 154. Projeção da população urbana e rural da UGRHI-20. ................................... 320
Quadro 155. Projeção da população urbana e rural da UGRHI-21. ................................... 320
Quadro 156. Projeção da população nas sub-bacias da UGRHI-20................................... 323
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 157. Projeção da população nas sub-bacias da UGRHI-21................................... 323


Quadro 158. Perfil atual e projeção da demanda total de água na UGRHI 20, por setor de
usuário (%). ....................................................................................................................... 331
Quadro 159. Perfil atual e projeção da demanda total de água na UGRHI 21, por setor de
usuário (%) ........................................................................................................................ 331
Quadro 160. Demandas estimadas futuras para abastecimento público nas sub-bacias da
UGRHI-20. ......................................................................................................................... 334
Quadro 161. Demandas estimadas futuras para abastecimento público nas sub-bacias da
UGRHI-21. ......................................................................................................................... 334
Quadro 162. Demandas estimadas futuras para setor industrial na UGRHI-20 e 21. ......... 336
Quadro 163. Demandas estimadas futuras para setor rural na UGRHI 20 e 21. ................ 336
Quadro 164. Projeção da disponibilidade hídrica per capita UGRHI-20. ............................ 338
Quadro 165. Classificação da disponibilidade hídrica adotada pela UNESCO - 2003. ....... 338
Quadro 166. Projeção da disponibilidade hídrica total per capita por sub-bacia – UGRHI-20.338
Quadro 167. Projeção da disponibilidade hídrica per capita UGRHI-21. ............................ 339
Quadro 168. Projeção da disponibilidade hídrica total per capita por sub-bacia – UGRHI-21.340
Quadro 169. Indicadores propostos para avaliação da distribuição de água – UGRHI 20. 352
Quadro 170. Indicadores propostos para avaliação da distribuição de água – UGRHI 21. 354
Quadro 171. Indicadores propostos para avaliação da perda de água – UGRHI 20. ......... 356
Quadro 172. Indicadores propostos para avaliação da perda de água – UGRHI 21. ......... 357
Quadro 173. Projeção das fontes alternativas para a UGRHIs 20 e 21 – Cenário tendencial.360
Quadro 174. Indicadores propostos para coleta de esgoto – UGRHI 20. ........................... 361
Quadro 175. Indicadores propostos para coleta de esgoto – UGRHI 21. ........................... 363
Quadro 176. Indicadores propostos para tratamento de esgoto – UGRHI 20..................... 365
Quadro 177. Indicadores propostos para tratamento de esgoto – UGRHI 21..................... 366
Quadro 178. Indicadores da geração de esgoto e eficiência do tratamento para 2027–
UGRHI 20. ......................................................................................................................... 371
Quadro 179. Indicadores da geração de esgoto e eficiência do tratamento para 2027–
UGRHI 21. ......................................................................................................................... 372
Quadro 180. Índices estimativos de geração per capita de resíduos sólidos urbanos, em
função da população urbana.............................................................................................. 376
Quadro 181. Projeção de índices de geração diária de resíduos sólidos urbanos em 2027 -
UGRHI-20 . ........................................................................................................................ 376
Quadro 182. Projeção de índices de geração diária de resíduos sólidos urbanos em 2027 -
UGRHI-21 . ........................................................................................................................ 377
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 183. Projeção de índices de coleta de resíduos sólidos urbanos para 2027 – UGRHI
20. ..................................................................................................................................... 378
Quadro 184. Projeção de índices de coleta de resíduos sólidos urbanos para 2027 – UGRHI
21. ..................................................................................................................................... 379
Quadro 185. Início de operação do aterro de resíduos sólidos da UGRHI-20. ................... 382
Quadro 186. Início de operação do aterro de resíduos sólidos da UGRHI-21. ................... 383
Quadro 187. Classificação dos usos dos recursos hídricos, segundo a Instrução Técnica
DAEE DPO nº09, de 30/05/2017. ...................................................................................... 392
Quadro 188. Uso da água – UGRHI-20/21. ....................................................................... 393
Quadro 189. Licenças e autuações no ano de 2015 para empreendimentos da UGRHI-20.401
Quadro 190. Licenças e autuações no ano de 2015 nos empreendimentos da UGRHI-21.402
Quadro 191. Leis/Decretos que regulamentam a cobrança pelo uso da água. .................. 405
Quadro 192. Usos preponderantes das águas a partir das classes previstas pelo
enquadramento.................................................................................................................. 406
Quadro 193. Enquadramento dos corpos d’água da UGRHI 20, segundo o Decreto Estadual
nº. 10.755/77 (São Paulo, 1977) ........................................................................................ 407
Quadro 194. Enquadramento dos corpos d’água da UGRHI 21 segundo o Decreto Estadual
nº. 10.755/77 (São Paulo, 1977) ........................................................................................ 408
Quadro 195. Extensão dos corpos d’água por UPH de acordo com o enquadramento. ..... 409
Quadro 196. Indicadores de monitoramento quali-quantitativo da UGRHI-20 e UGRHI-21.412
Quadro 197. Postos Pluviométricos da UGRHI-20 e 21. .................................................... 413
Quadro 198. Postos fluviométricos da UGRHI-20 e 21. ..................................................... 414
Quadro 199. Resumo dos indicadores de disponibilidade hídrica da UGRHI 20. ............... 422
Quadro 200. Resumo dos indicadores de disponibilidade hídrica da UGRHI 21. ............... 422
Quadro 201. Legenda dos indicadores de disponibilidade hídrica...................................... 422
Quadro 202. Demandas estimadas futuras (cenário tendencial) – UGRHI 20. ................... 423
Quadro 203. Demandas estimadas futuras (cenário tendencial) – UGRHI 21. ................... 423
Quadro 204. Priorização de Metas..................................................................................... 434
Quadro 205. Divisão dos PDCs e SubPDCs conforme a Deliberação CRH “ad referendum”
n.190, de Dezembro 2016”. ............................................................................................... 439
Quadro 206. Roteiro das atividades realizadas para a montagem do Plano de Ações e do
Programa de Investimento de Curto Prazo do Comitê do AP............................................. 440
Quadro 207. Ações por PDC. ............................................................................................ 441
Quadro 208. Resumo das metas e ações para atendimento das propostas de recuperação
de áreas críticas. ............................................................................................................... 442
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 209. Recursos a serem arrecadados pela Cobrança pelo uso da água nas UGRHIs
20 e 21............................................................................................................................... 463
Quadro 210. Recursos previstos para investimentos nas UGRHIs 20 e 21 (FEHIDRO +
COBRANÇA). .................................................................................................................... 464
Quadro 211. Programa de Investimento do Comitê do AP, para execução 2017 a 2029. .. 466
Quadro 212. Distribuição dos recursos para as ações propostas para o PBH, para execução
2017 a 2019. ...................................................................................................................... 468
Quadro 213. Distribuição dos recursos para as ações propostas para o PBH, para execução
2020 a 2023. ...................................................................................................................... 471
Quadro 214. Distribuição dos recursos para as ações propostas para o PBH, para execução
2024 a 2027. ...................................................................................................................... 476
Quadro 215. Valores estimados para atender as demandas nos prazos estabelecidos. .... 481
Quadro 216. Investimentos anuais previstos para as UGRHIs 20 e 21 .............................. 484
Quadro 217. Distribuição dos recursos conforme os PDCs................................................ 486
Quadro 218. Previsão de recursos FEHIDRO no PPA, de 2016 a 2019. ........................... 488
Quadro 219. Atores envolvidos (Instituições) e Responsabilidades. .................................. 489
Quadro 220. Síntese dos indicadores utilizados no Relatório de Situação. ........................ 493

LISTA DE ANEXOS
Anexo 1.1037/17 - Caracterização física da rede fluvial de drenagem ............................... 497
Anexo 2.1037/17 - Vulnerabilidade dos aquíferos .............................................................. 498
Anexo 3.1037/17 - Espacialização das demandas consuntivas e não consuntivas ............ 499
Anexo 4.1037/17 - Localização das captações superficiais e subterrâneas ....................... 500
Anexo 5.1037/17 - Índice de qualidade de água superficial ............................................... 501
Anexo 6.1037/17 - Localização dos pontos de poluição..................................................... 502
Anexo 7.1037/17 - Pontos de lançamento de efluentes ..................................................... 503
Anexo 8.1037/17 - Índice de qualidade de água subterrânea ............................................ 504
Anexo 9.1037/17 - Sistemas de abastecimento público ..................................................... 505
Anexo 10.1037/17 - Captações para abastecimento público.............................................. 506
Anexo 11.1037/17 - Padrões de uso do solo ..................................................................... 507
Anexo 12.1037/17 - Áreas de cana .................................................................................... 508
Anexo 13.1037/17 - Delimitação de áreas protegidas ........................................................ 509
Anexo 14.1037/17 - Delimitação dos remanescentes de vegetação .................................. 510
Anexo 15.1037/17 - Delimitação de áreas suscetíveis à erosão ........................................ 511
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Anexo 16.1037/17 - Listagem de erosões rurais ................................................................ 512


Anexo 17.1037/17 - Listagem de erosões urbanas ............................................................ 513
Anexo 18.1037/17 - Delimitação de áreas suscetíveis à inundação e enchente ................ 514
Anexo 19.1037/17 - Pontos de contaminação ambiental ................................................... 515
Anexo 20.1037/17 - Ações recursos FEHIDRO ................................................................. 516
Anexo 21.1037/17 - Projeção do balanço demanda X disponibilidade ............................... 517
Anexo 22.1037/17 - Projeção de abastecimento de água .................................................. 518
Anexo 23.1037/17 - Projeção do índice de perdas............................................................. 519
Anexo 24.1037/17 - Projeção dos indices de eficiência no tratamento de esgoto .............. 520
Anexo 25.1037/17 - Enquadramento dos corpos d'água .................................................... 521
Anexo 26.1037/17 - Rede de monitoramento pluviométrico, fluviométrico e qualidade de
água .................................................................................................................................. 522
Anexo 27.1037/17 - Delimitação de áreas críticas ............................................................. 523
Anexo 28.1037/17 Relatório das oficinas de trabalho ........................................................ 524
Anexo 29: Planilhas de ações e programa de investimentos ............................................. 525
Anexo 30: Sistemas de informações gerenciais do pbh-mp ............................................... 529
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

1. INTRODUÇÃO

O Comitê das bacias hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe, no âmbito da


deliberação CRH n.º 146, de 11 de dezembro de 2012, apresenta o primeiro produto relativo
ao Plano de Bacias 2016 a 2027. Este primeiro produto, aqui denominado de Relatório I –
Informações Básicas atende ao Anexo II da Deliberação “Ad Referendum” CRH n° 188/16.
Para o gerenciamento racional dos recursos hídricos da UGRHI dos rios Aguapeí e
Peixe (20/21) é necessário o conhecimento de suas características ambientais e hídricas,
através dos quais será revisto e atualizado o plano de ações para atender as metas
almejadas que foram apresentadas no Plano de Bacia, no sentido de gerir os recursos
hídricos. O Plano de Bacia, juntamente com o Relatório de Situação da Bacia, são as
ferramentas básicas para a implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos do
Estado de São Paulo. Através do Plano de Bacia, são organizados os elementos técnicos de
interesse e estabelecidos objetivos, diretrizes, critérios e intervenções necessárias para o
gerenciamento dos recursos hídricos, ordenados na lógica de programas, metas e ações.
Esta primeira etapa se refere apenas ao horizonte de planejamento do curto prazo (2016-
2019). O horizonte total de planejamento é de 12 anos: 2016 a 2027.

O CBH-AP elaborou o seu 1º Plano de Bacia Hidrográfica em 2008, prevendo metas


e ações para o gerenciamento em um horizonte de aplicação até o ano de 2020. Segundo o
Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH), a atualização do Plano de Bacia deve ser
feita quadrienalmente, baseado na situação dos recursos hídricos da bacia. Seus objetivos
são orientar o desenvolvimento local e regional, bem como estimular a obtenção de índices
progressivos de recuperação e preservação dos recursos hídricos da Unidade de
Gerenciamento dos Recursos Hídricos dos Rios Aguapeí e Peixe – UGRHI-20/21.
Em 11 de dezembro de 2012, foi aprovada a Deliberação CRH n.º 146, que substitui
a Deliberação n.º 62/2006 e aprova novos critérios, prazos e procedimentos para elaboração
do Plano de Bacia Hidrográfica, sendo assim necessária nova adequação do Plano de Bacia
existente à nova Deliberação realizada pelo CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos
(Del. CRH 146/2012).
Para a elaboração deste novo Plano da Bacia, foram examinados detalhadamente
todos os estudos e planos em elaboração e todos os documentos produzidos pelas
entidades, locais e regionais de interesse para o presente trabalho.

Além disso, para o acompanhamento da Situação dos Recursos Hídricos na


UGRHI-20/21, anualmente é elaborado um Relatório de Situação, onde é utilizada a

1
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

metodologia de indicadores sócio/ambientais (FPEIR), cujas algumas informações foram


utilizadas para elaboração deste Plano, em especial o Relatório se Situação ano base 2015.

2. ESCOPO GERAL DO PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Segundo a Deliberação n.146/2012, os Planos de Bacia hidrográfica estruturam-se


em três módulos:

 Diagnóstico – da situação dos recursos hídricos da bacia;

 Prognóstico – quanto à evolução da situação dos recursos hídricos da bacia,


segundo um ou mais cenários, e uma visão de futuro, envolvendo a
compatibilização entre disponibilidades e demandas, sejam qualitativas ou
quantitativas, bem como em relação aos interesses internos e externos à bacia;

 Plano de ação – constituído por um conjunto de metas, ações e investimentos para


que a realidade projetada seja alcançada nos horizontes previstos; e um conjunto
de indicadores para acompanhar a sua implementação e a consecução de suas
metas.

Em paralelo ao desenvolvimento do Plano de Bacia, foram propostas atividades


ligadas ao processo de participação da sociedade na elaboração do PBH, mediante à
reuniões públicas e discussões, para possibilitar a compreensão e fomentar a contribuição
ao processo. Essas discussões foram realizadas através de reuniões junto à Secretaria
Executiva do CBH-AP e Câmara Técnica de Planejamento e Avaliação.

Também, com base na Deliberação CRH n.º 146/2012, a elaboração do Plano de


Bacia, foi baseada na estrutura do Relatório de Situação dos Recursos Hídricos, realizado
através da metodologia FPEIR (descrita abaixo), relacionamento de indicadores sócio
ambientais, que visa resumir e sintetizar as informações de caráter técnico e científico,
preservando a essência dos dados originais e utilizando variáveis que melhor demonstrem a
situação dos recursos hídricos da região.

Os indicadores têm sido estruturados em modelos desenvolvidos a partir da década


de 1980, e organizados em categorias que se inter-relacionam, quais sejam, Força Motriz,
Pressão, Estado, Impacto e Resposta.

Os indicadores selecionados foram alocados nas seguintes categorias:

 Força-motriz – as pressões indiretas que a sociedade exerce sobre os recursos


hídricos, em face das dinâmicas socioeconômicas e territoriais;

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CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Pressão – as pressões diretas que a sociedade exerce sobre os recursos hídricos,


basicamente sob a forma de emissão de poluentes e modificação no uso e
ocupação da terra;
 Estado – o resultante estado dos recursos hídricos frente às pressões e respostas
exercidas pela sociedade;
 Impacto - as consequências decorrentes do estado dos recursos hídricos;
 Resposta - as ações da sociedade em resposta às modificações do “estado”, na
forma de decisões políticas, adoção de programas e ações diversas.
Em novembro de 2016, no dia 23 foi publicado no Diário Oficial do Estado de São
Paulo em sua seção 1, Poder Executivo, página 57, a Deliberação CRH “ad referendum”
188 de 9 de novembro de 2016. Essa Deliberação reformula as Deliberações anteriores no
tocante ao Programa de Investimentos, modificando a metodologia de aplicação dos
recursos e definindo as prioridades para investimentos com recursos do FEHIDRO, da
seguinte forma:

I. Investimento de no máximo 25% nos “PDC 1 – Bases técnicas em Recursos


Hídricos – BRH” e “PDC 2 – Gerenciamento de Recursos Hídricos”;

II. Investimento de no mínimo 60% em até 3 PDCs distribuídos em no máximo


6 subProgramas de Duração Continuada, a critério do CBH;

III. Investimento de no máximo 15% nas demais ações do PBH, em PDCs a


critério do CBH.

Este Plano de Bacia Hidrográfica foi elaborado e redigido conforme esta última
deliberação “Ad Referendum” do CRH – Deliberação 188/16.

3. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA

3.1 Estrutura do CBH-AP

Em atendimento ao que preceitua a Lei Estadual nº 7.663/91, foi criado, em 02


de dezembro de 1994, no município de Tupã, o Comitê da Bacia Hidrográfica dos
Rios Aguapeí e Peixe – CBH-AP, com a competência estabelecida em seu Estatuto
de gerenciar os recursos hídricos, visando à sua recuperação, preservação e
conservação.
Os Comitês de Bacia Hidrográfica, integrantes do Sistema Integrado de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SIGRH), são órgãos colegiados, consultivos e

3
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

deliberativos, de nível estratégico, com atuação descentralizada nas unidades


hidrográficas estabelecidas pela Lei Estadual 9.034/1994, que o CBH-AP tem como
área de atuação as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Rio
Aguapeí (UGRHI-20) e do Rio do Peixe (UGRHI-21) (CBH-AP, 2015).
O CBH-AP é composto por 32 municípios que possuem sede na UGRHI-20 e
27 municípios com sede na UGRHI-21.
Os objetivos do CBH-AP estão em conformidade com os princípios e diretrizes
estabelecidas na Lei n.º 7663 / 1991:
• promover o gerenciamento descentralizado, participativo e integrado, sem
dissociação dos aspectos quantitativos e qualitativos dos recursos hídricos em
sua área de atuação;

• adotar a bacia hidrográfica como unidade físico-territorial de planejamento e


gerenciamento;

• reconhecer o recurso hídrico como um bem público, de valor econômico, cuja


utilização deve ser cobrada, observados os aspectos de quantidade, qualidade
e as peculiaridades de cada bacia;

• apoiar o rateio de custo das obras de aproveitamento múltiplo de interesse


comum ou coletivo, entre os beneficiários;

• combater e prevenir as causas e efeitos adversos da poluição, das


inundações, das estiagens, da erosão do solo e do assoreamento dos corpos
d’água;

• defender o direito à promoção, pelo Estado, de programas de


desenvolvimento, bem como de compensação aos municípios afetados por
áreas inundadas resultantes da implantação de reservatórios e por restrições
impostas pelas leis de proteção de recursos hídricos, área de proteção e
conservação ambiental ou outros espaços especialmente protegidos;

• compatibilizar o gerenciamento dos recursos hídricos com o desenvolvimento


regional e com a proteção do meio ambiente;

• promover a utilização racional dos recursos hídricos, superficiais e


subterrâneos, assegurando o uso prioritário para o abastecimento das
populações;

4
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

• promover a maximização dos benefícios econômicos e sociais resultantes do


aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos;

• estimular a proteção das águas contra ações que possam comprometer o uso
atual e futuro;

• promover a integração das ações na defesa contra eventos hidrológicos


críticos, que ofereçam riscos à saúde e à segurança públicas assim como
prejuízos econômicos e sociais;

• coordenar ações para racionalizar o uso das águas e prevenir a erosão do


solo nas áreas urbanas e rurais;

A estrutura organizacional do CBH-AP compõe-se de plenário, diretoria e


câmaras técnicas (CTs), podendo ser instituídos, grupos de trabalho (GTs) para
análises de temas específicos (Figura 1).

Figura 1. Estrutura organizacional do CBH-AP

A Diretoria Executiva é composta por um presidente, representado por um


Prefeito Municipal ou um membro da Sociedade Civil, e um vice-presidente
representado por membro titular da Sociedade Civil ou um Prefeito Municipal.
A Secretaria Executiva é coordenada por um Secretário Executivo,
representante dos órgãos do Estado, com atuação efetiva na Bacia e interesse na
participação, juntamente com um Secretario executivo adjunto. É responsável pelo
apoio administrativo, técnico, logístico e operacional do Comitê. Os representantes
da Diretoria Executiva e Secretaria Executiva são eleitos em Assembleia Geral do
Comitê, convocada para este fim.

5
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Enquanto órgão colegiado, o CBH-AP possui 42 representantes Titulares e 42


representantes Suplentes que compõem o plenário do Comitê. Essa composição é
dividida paritariamente entre três segmentos (14 membros por segmento), sendo
que a escolha das entidades que integram o Comitê é realizada a cada dois anos:
• Segmento Estado: r epresentantes da Secretaria de Estado ou de órgãos e
entidades da administração direta e indireta, cujas atividades se relacionem com o
gerenciamento ou uso de recursos hídricos, proteção ao meio ambiente,
planejamento estratégico e gestão financeira do Estado, com atuação na bacia
hidrográfica correspondente;

• Segmento Sociedade Civil Organizada: representantes de entidades da sociedade


civil, sediadas na UGRHI 20 e 21, conforme as categorias abaixo:

a. universidades, institutos de ensino superior e entidades de pesquisa e


desenvolvimento tecnológico;
b. usuários das águas, representados por entidades associativas;
c. associações especializadas em recursos hídricos, entidades de classe e
associações comunitárias, e outras associações não governamentais.
• Segmento Município: Prefeitos dos municípios com sede na UGRHI ou que possuem
área contida, desde que aprovados pelo Plenário do Comitê;

Para auxiliar as tomadas de decisão do plenário do CBH-AP, foram criadas instâncias


colegiadas de caráter consultivo, que são as Câmaras Técnicas. As normas de orientação
ao funcionamento das Câmaras Técnicas foram estabelecidas pela Deliberação CBH-AP
003/96, de 19 de julho de 1996. Atualmente o CBH-AP possui três Câmaras Técnicas e um
Grupo Técnico que se reúnem periodicamente para discutir assuntos e demandas do
Comitê:

 Câmara Técnica de Planejamento e Avaliação (CT-PA): Criada pela


Deliberação CBH-AP/004/96;
 Câmara Técnica de Educação Ambiental, Capacitação, Mobilização Social e
Informações em Recursos Hídricos (CT-EM):criada pela Deliberação CBH-
AP/072/04, de 14/09/2004, modificada pela Deliberação CBH-AP/137/2010 de
25/02/2010;
 Câmara Técnica de Assuntos Institucionais (CT-AI): criada em 19 de julho de
1996 pela Deliberação CBH-AP/005/96, de 19/07/96;
 Grupo Técnico para implantação da Cobrança (GT-Cobrança): composto em

6
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

2010 para acompanhar o início dos estudos de implementação da cobrança pelo


uso da água nas UGRHIs 20 e 21 .

As câmaras técnicas tem atribuição de desenvolver e aprofundar as discussões sobre


temáticas necessárias antes da sua submissão ao plenário, conforme Deliberação CBH-
AP/003/96 e:

 propor minutas de anteprojeto de Lei e outros arcabouços legais;

 propor critérios e normatizações;

 acompanhar estudos, projetos e outros trabalhos relacionados com as suas


atribuições;

 subsidiar as discussões do CBH-AP, manifestando-se quando consultado, nas


matérias de competência deste, explicitadas no Artigo 4º de seu Estatuto conforme
suas atribuições específicas;

 informar-se sobre as Deliberações do Comitê, do Conselho Estadual de Recursos


Hídricos – CRH, do Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos –
CORHI, do Conselho Estadual de Meio Ambiente – CONSEMA, e de órgãos e
instituições afins que possam subsidiar os trabalhos da Câmara Técnica;

 criar Sub-Câmaras ou Grupos de Trabalho, no âmbito de suas atribuições


específicas, conforme a natureza e necessidade dos assuntos em discussão;

 submeter ao CBH-AP os casos omissos e as propostas de alterações nestas


Normas Gerais e do Estatuto do CBH-AP;

 apresentar relatórios, pareceres e propostas decorrentes dos trabalhos para


apreciação e decisão do Plenário do Comitê;

 subsidiar, no que couber, os trabalhos da Secretaria Executiva e CORHI na


elaboração, avaliação e acompanhamento dos trabalhos pertinentes ao Plano das
Bacias Hidrográficas e ao Relatório de Situação dos Recursos Hídricos.
Os grupos de trabalho são instituídos, quando necessário para realizarem análises ou
execução de temas específicos para subsidiar alguma decisão colegiada. Em geral são
temporários e são extintos quando o objetivo para o qual foram criados tenha sido atingido.

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CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

3.1.1 Composição do CBH-AP

A composição do Comitê das bacias hidrográficas dos rios Aguapeí e Peixe, reflete
os múltiplos interesses com relação às águas da bacia. De uma forma geral, são três os
interesses que se expressam na bacia:

 Dos usuários diretos de recursos hídricos

 Dos poderes públicos constituídos (Estado e Municípios)

 Das organizações civis na defesa dos interesses coletivos.


Em geral, os interesses de alguns usuários se voltam para questões da
disponibilidade de água e sua qualidade, características indispensáveis como insumo ao
desenvolvimento dos processos produtivos. Outros usuários utilizam-se das águas para
diluição dos efluentes gerados por suas atividades. Em muitos casos, os usos são
concorrentes ou conflitantes entre si na medida em que uma atividade pode influenciar
negativamente a outra, seja por questões de disponibilidade e/ou por qualidade.
Por sua vez, os poderes públicos podem interferir nos usos da água com a
implementação de políticas setoriais, influenciando de maneira significativa a gestão dos
recursos hídricos.
Finalmente, as organizações civis devem refletir a multiplicidade dos interesses
desse setor. Podem ser focados nos aspectos coletivos de conservação, preservação e
recuperação ambiental.
Esse conjunto de representações deve buscar reunir os antagonismos dos interesses
sobre a água, porém, o uso dos recursos hídricos deve ser sustentável de modo a assegurar
condições não só para as atuais gerações, mas também para as futuras.
De acordo com a Lei 7663 de 30 de dezembro de 1991, a composição dos comitês
de bacia deve contar com a participação de representantes de Estado, Municípios e de
entidades da Sociedade Civil.
Da mesma forma, a redação do estatuto do CBH-AP, revisto e aprovado em
11/12/2000, estabelece no Art.7º, a paridade de votos entre o Estado, Municípios e
Sociedade Civil, que será composto pelos membros, com direito a voz e voto, sendo:
quatorze (14) representantes do Estado, quatorze (14) representantes dos Municípios e
quatorze (14) representantes da Sociedade Civil. A composição atual do CBH-AP, para o
biênio 2015-2016 á apresentada no Quadro 1.

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CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 1. Composição do CBH-AP no biênio 2015-2016.


Segmento Estado

Titulares Suplentes

SECRETARIA DA FAZENDA SECRETARIA DA FAZENDA


Nelma Garcia Carmen Sílvia Maurício Zedron

SECRETARIA ESTADUAL DE SECRETARIA ESTADUAL DE


SANEAMENTO E RECURSOS HIDRÍCOS SANEAMENTO E RECURSOS HIDRÍCOS
Adilce Ap. de Melo Fabrão Emílio Carlos Prandi

FUNDAÇÃO FLORESTAL FUNDAÇÃO FLORESTAL


Jefferson Bolzan Nelson Antonio Gallo

SECRETARIA DE ENERGIA SECRETARIA DE ENERGIA


Antonio Carlos Aparecido Ehrenberg Celso Machado

SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO


Ângela Maria de Alencar Jeronymo Simão Sandra Raquel Scassola Dias
Pereira

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE


Luís Francisco Quinzani Jordão Margarete Beloni

DAEE DAEE
Denis Emanuel de Araujo Suraya Modaelli

SABESP SABESP
Eudóxio Aparecido Ribeiro Blanco Milton Okamoto

UNESP UNESP
Paulo Cesar Rocha José Mariano Caccia Gouveia

APTA - AGÊNCIA PAULISTA DE APTA - AGÊNCIA PAULISTA DE


TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS
Adriana Novais Martins Anelisa de Aquino Vidal

CATI – COORDENADORIA DE CATI – COORDENADORIA DE


ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL
Sebastião Netto de Carvalho e Silva Dirceu Lopes Mascarin

POLICIA MILITAR AMBIENTAL POLICIA MILITAR AMBIENTAL


Ewerton Ricardo Messias Eliton Ricardo Sanches

SECRETARIA ESTADUAL DE LOGÍSTICA SECRETARIA ESTADUAL DE LOGÍSTICA


E TRANSPORTES E TRANSPORTES
Osvaldo Boccardo Junior Marcos Vinícius da Silva Victorino

CETESB CETESB
Paulo Wilson Pires de Camargo Lídia Regina Prota Sannino

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CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Segmento Sociedade Civil

ABRH - Associação Brasileira de Recursos ABRH - Associação Brasileira de Recursos


Hídricos Hídricos
Luís Sergio de Oliveira à indicar

ABES – Associação Brasileira de Associação dos Engenheiros, Arquitetos e


Engenharia Sanitária e Ambiental Agrônomos da Região de Dracena
Sérgio Hideki Yamashita Luis Alberto Loureiro

Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Associação dos Engenheiros, Arquitetos e


Agrônomos de Garça Agrônomos de Tupã e Região
Maria Ângela de Castro Panzieri Natália Dadario

Associação dos Engenheiros, Arquitetos e OAB - Ordem dos Advogados do Brasil


Agrônomos de Marília Cláudio Pádua Godoi
Paulo Roberto de Oliveira

Cooperativa Agrícola Sul-Brasil de Marília Sindicato Rural de Cafelândia


Ângelo Domingos Rossi João Pedro Navarro

COOPEMAR - Cooperativa dos Sindicato Rural de Tupã


Cafeicultores da Região de Marília Marcio Antonio Vassoler
Guilherme Alves Meira

CIESP - Centro das Indústrias do Estado de FIESP - Federação das Indústrias do Estado
São Paulo de S. Paulo
Vandir Pedroso de Almeida Darlene de Pádua Melo Spila

SIFAESP – Sindicato da Indústria da SINDAREIA - Sindicato das Indústrias de


Fabricação do Álcool no Estado de São Extração de Areia do Estado de São Paulo
Paulo Antonio Marques Gaspar
Helmut Werner Forster

Sindicato Rural de Garça Sindicato Rural de Marília


Alberto Baracat Valnir Bellucci

Sindicato Rural de Lucélia Sindicato Rural de Iacri


Djair Bedore Fiorini Adelmo Bérgamo

UDOP - Associação Profissional da Indústria ÚNICA - União da Agroindústria Canavieira


da Fabricação de Álcool, Açúcar, Similares e do Estado de São Paulo
Conexos Renato Cavalcante Da Silva
Ricardo Jampani Picinini

FAI - Faculdades Adamantinenses FAI - Faculdades Adamantinenses


Integradas Integradas
José Aparecido dos Santos Reinaldo Turra Junior

Rotary Clube de Marília 4 de Abril Rotary Clube de Marília 4 de Abril


Mário César Vieira Marques Sílvio Aquino Mussi Guimarães

Associação Ambientalista de Marília - ONG Associação Ambientalista de Marília - ONG


ORIGEM ORIGEM
Áureo Luiz Conversani à indicar

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CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Segmento Municípios

P.M. DE GARÇA P.M. DE BASTOS


Prefeito: José Alcides Faneco Prefeita: Virginia Pereira da Silva Fernandes

P.M. DE OCAUÇU P.M. DE RANCHARIA


Prefeita: Alesandra Colombo Marana Prefeito: Marcos Slobodticov

P.M. DE CLEMENTINA P.M. DE ALTO ALEGRE


Prefeita: Célia Conceição Freitas Galhardo Prefeita: Helena Berto Tomazini Sorroche

P.M. DE GUARARAPES P.M. DE LAVÍNIA


Prefeito: Edenilson de Almeida Prefeito: Mario Hiroshi Yamashita

P.M. DE LUPERCIO P.M. DE ALFREDO MARCONDES


Prefeito: João Ferreira Junior Prefeito: Celso Pirani Passos

P.M. DE VALPARAÍSO P.M. DE FLORIDA PAULISTA


Prefeito: Marcos Yukio Higuchi Prefeito: Maxsicley Grison

P.M. DE GETULINA P.M. DE GUAIMBÊ


Prefeito: Fabio Augusto Alvares Prefeito: Albertino Domingues Brandão

P.M. DE SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ P.M. DE PARAPUÃ


Prefeito: Osanias Viana do Carmo Prefeito: Samir Alberto Pernomian

P.M. DE VERA CRUZ P.M. DE MARTINÓPOLIS


Prefeito: Fernando Garcia Simon Prefeito: Antonio Leal Cordeiro

P.M. DE DRACENA P.M. DE SANTO EXPEDITO


Prefeito: José Antonio Pedretti Prefeito: Ivandeci Jose Cabral

P.M. DE JUNQUEIRÓPOLIS P.M. DE SÃO JOÃO DO PAU D’ALHO


Prefeito: Helio Aparecido Mendes Furini Prefeito: Manoel Pereira dos Santos

P.M. DE MARIÁPOLIS P.M. DE RINOPOLIS


Prefeito: Ismael de Freitas Calori Prefeito: Valentim Trevisan

P.M. DE LUCÉLIA P.M. DE CAIABÚ


Prefeito: Osvaldo Alves Saldanha Prefeito: Dario Marques Pinheiro

P.M. DE POMPÉIA P.M. DE HERCULÂNDIA


Prefeito: Oscar Norio Yasuda Prefeito: Olendo Golineli Neto

11
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

3.1.2 Principais atividades desenvolvidas pelo CBH-AP

A seguir são apresentados o resumo das atividades desenvolvidas pelo CBH-AP,


durante o ano de 2015, sendo realizadas 03 reuniões plenárias e 8 reuniões de Câmaras
Técnicas, conforme apresentado:
Quadro 2. Dados das reuniões plenárias realizadas em 2015.
Nº de Frequência média de participação Nº de Deliberações
Ano
Reuniões nas reuniões (%) * aprovadas
2015 3 68,3 6
* número médio de membros presentes por reunião / número de integrantes do CBH

Relação das principais discussões que ocorreram no âmbito dos CBHs, destacando
os encaminhamentos, tais como moções, deliberações aprovadas, etc.
• Educação Ambiental: aprovação de deliberações destinando recursos ao projeto
Diálogo Interbacias de Educação Ambiental em Recursos Hídricos;
• Hierarquização e indicação de projetos ao FEHIDRO 2015;
• Encaminhamentos referente ao Projeto Regional de implementação/atualização do
PBH do CBH (substituição do tomador de recursos);
• Aprovação do Relatório de Situação 2015.
• Definição de critérios para a tomada de recursos do FEHIDRO 2016.

Quadro 3. Dados das reuniões de Câmara Técnica realizadas em 2015.


• CT-PAS: Câmara Técnica de Número de reuniões em
Planejamento e Avaliação; 2015:
Câmaras Técnicas • CTEM: Câmara Técnica de Educação 8 (oito)
Ambiental.
* Pode ser descrita detalhadamente, por CT, ou totalizada, através da soma de todas as reuniões das diferentes CTs

Principais discussões e encaminhamentos:


• Análise, habilitação e hierarquização dos projetos FEHIDRO 2015;
• Apreciação da minuta de Deliberação do CRH sobre a revisão dos critérios de
cobrança pelo uso dos recursos hídricos;
• Construção do Relatório de Situação 2015;
• Critérios para a tomada de recursos do FEHIDRO 2016;
• Participação e avaliação do Diálogo Interbacias de Educação Ambiental em
Recursos Hídricos;
• I Encontro de CTEAs dos Comitês Paulistas.

12
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

3.1.3 Perfil da equipe de coordenação para elaboração e implementação do PBH.

No processo de elaboração deste Plano de Bacia Hidrográfica (PBH) os diversos


setores da região participaram e acompanharam o desenvolvimento dos trabalhos através
de seus representantes nas instâncias consultivas do CBH-AP. A CT-PA acompanhou e
debateu os assuntos de importância para o Plano de Bacia. Esta câmara técnica é
composta por membros dos seguintes órgãos:

 Segmento Estado: SABESP, Secretaria da Saúde, DAEE, APTA, CATI – Secretaria


de Agricultura e Abastecimento, CESP – Companhia Energética de São Paulo,
CETESB.

 Segmento Sociedade Civil: Rotary Club de Marília 4 de abril, Associação dos


Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de Garça, SIFAESP, CIESP, Cooperativa
Agrícola Sul Brasil de Marília, Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos
de Marília, Faculdade Adamantinenses Integradas – FAI, ABRH.

 Segmento municípios: Bastos, Lucélia, Ocauçu, Martinópolis, Valparaíso,


Presidente Prudente, Alto Alegre, Garça, Piacatu, Alvares Machado.
Para a viabilização deste Plano de Bacia das UGRHIs-20 e 21, a participação dos
agentes de diferentes segmentos da Sociedade Civil, Estado e Município, no processo,
foram de fundamental importância, tanto na caracterização das unidades hidrográficas
quanto na hierarquização das mesmas, bem como na identificação e priorização das ações,
de caráter corretivo e preventivo, que devem ser adotadas para cada unidade de
planejamento da rede hidrográfica do CBH-AP.

3.2 Mobilização Social e Articulação Institucional


A mobilização social abrange os diferentes segmentos sociais atuantes nas bacias
do Aguapeí e Peixe, como órgãos públicos, usuários de recursos hídricos, instituições de
pesquisa, organizações sociais atuantes nas UGRHIs-20 e 21 nas diferentes etapas de
trabalho.

O objetivo da mobilização é gerar um comprometimento coletivo com a gestão dos


recursos hídricos e com o Plano de Bacia, por meio da difusão de informações, debates,
elaboração de proposta e estabelecimento de compromissos.

O processo de mobilização social para elaboração deste Plano de Bacias será


realizado de acordo com os seguintes princípios básicos:

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CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

• Os eventos necessários para envolver os atores da UGRHI-20/21 na elaboração


do PBH-AP devem englobar momentos de apresentação, de troca de
informações, coleta de sugestões, de construção de acordos e de validação das
etapas previstas e do produto final como um todo;

• O público alvo participante destas reuniões deve ser constituído pelos membros
do CBH-AP, por órgãos públicos, usuários de recursos hídricos, instituições de
ensino e pesquisa sediadas na área, concessionárias de serviços públicos,
prefeituras municipais, organizações interessadas ou com atuação na UGRHI
20/21 e segmentos da sociedade civil, sendo aberta a participação a todos os
interessados;

• Todas as atividades de mobilização deverão ser amplamente divulgadas através do


site do CBH-AP, mídias eletrônicas, canais de comunicação, informes entre outras
formas que propiciem a maior participação possível do público alvo.

São previstos para a mobilização social deste PBH-AP vários eventos e instâncias
participativas, para troca de informações, coleta de sugestões, construção de acordos e
validação, assim distribuídos:

3.2.1 Reunião de acompanhamento técnico e facilitação de acordos

A participação social deve acontecer em todas as etapas da elaboração do Plano,


em diferentes níveis, com diversos atores da bacia, porém é essencial a participação da
Câmara Técnica de Planejamento e Avaliação (CT-PA), que consiste em uma instância
para acompanhamento técnico e de facilitação na construção dos acordos a serem
pactuados entre os atores responsáveis pela gestão na bacia.

Nesta primeira etapa, foram realizadas as seguintes atividades de mobilização


nesta etapa:

- Reuniões da equipe técnica com a Secretaria Executiva do CBH-AP: Marília, dia


03/novembro/16, sede do CBH-AP.

- Reuniões da equipe técnica com a Secretaria Executiva do CBH-AP: Marília, dia


11/novembro/16, sede do CBH-AP.

- Reuniões da equipe técnica com a Secretaria Executiva do CBH-AP: Marília, dia


16/novembro/16, sede do CBH-AP.

- Reunião de discussão com a CT-PA: Marília, dia 17/novembro.

14
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

- Reuniões da equipe técnica com a Secretaria Executiva do CBH-AP: Marília, dia


14/dezembro/16, sede do CBH-AP.

Figura 2. Reunião com a CT-PA realizada em 17 novembro, Marília-SP.

3.2.2 Encontros ampliados

São eventos programados para a apresentação dos trabalhos realizados em cada


etapa do trabalhotrabalho (diagnóstico, prognóstico e plano de ação) para os membros do
CBH-AP, com o objetivo de esclarecimento de dúvidas e coleta de contribuições para
serem incorporadas ao conteúdo dos produtos finais de cada etapa.

O público alvo dos encontros ampliados é constituído pelos membros do CBH-AP


e dos CBH's de UGRHI's adjacentes, órgãos públicos, usuários de recursos hídricos,
instituições de ensino e pesquisa sediadas na área, concessionárias de serviços públicos,
prefeituras municipais, organizações interessadas ou com atuação nas UGRHIs 20 e 21 e
segmentos da sociedade civil, sendo aberta a participação a todos os interessados.

15
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Na etapa do Diagnóstico, realizou-se o encontro ampliado juntamente com a


Plenária do CBH-AP no dia 15/dezembro/2016, no município de Marília. Posteriormente,
foi realizada uma nova apresentação, esta do Relatório I – Informações Básicas, contendo
o Diagnóstico final e parte do Plano de Ação (Ações para o período de 2016-2019),
concomitantemente à Plenária do CBH-AP do dia 28/03/207, em Marília.

Figura 3. Reunião com a CT-PA realizada em 17 novembro, Marília-SP.

Figura 4. Reunião com a CT-PA realizada em 17 novembro, Marília-SP.

A etapa Prognóstico foi apresentada na Plenária do CBH-AP do dia 20/julho/2017


realizada em Clementina. A última etapa do Plano de Bacias, o Plano de ação e programa
de investimento, que junto com o Prognóstico compõem o Relatório II – Plano de Bacia,
foi apresentado na Plenária do CBH-AP do dia 04/dezembro/2017 realizada no município
de Marília. Essa reunião aprovou o produto, através de uma Deliberação que
posteriormente será avaliado pelo CRHi (Coordenadoria de Recursos Hídricos do Estado
de São Paulo).

16
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

3.2.3 Oficinas Setoriais

As oficinas setoriais tem por objetivo a obtenção de contribuições específicas


sobre os principais problemas na bacia, o papel de cada segmento na gestão de recursos
hídricos e os desafios e potencialidades frente aos recursos hídricos e sistema de
gerenciamento das UGRHIs-20 e 21.

A primeira oficina realizada (Quadro 4), para a etapa do Diagnóstico, abordou


discussões sobre os pontos fortes e fracos das UGRHIs, bem como as oportunidades e
ameaças identificadas pelos atores, utilizando a matriz SWOT / FOFA (forças,
oportunidades, fraquezas e ameaças). Ainda, foram discutidos cenários futuros,
considerando três diferentes possibilidades: cenário recessivo (hipótese de redução do
crescimento econômico); cenário tendencial (hipótese de permanência das condições
socioeconômicas da realidade existente); cenário acelerado (hipótese de aceleração do
crescimento econômico).

Quadro 4. Oficina setorial – Diagnóstico.


Número de
Local Data
participantes
Dracena – Universidade Estadual Paulista 23/05/2017 39
Osvaldo Cruz – Escola Técnica Estadual Amim Jundi 24/05/2017 35
Garça – Sede do SAAE 25/05/2017 27

Figura 5. Oficina realizada em Dracena.

17
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A segunda etapa de oficina foi realizada por meio da metodologia GUT (gravidade,
urgência e tendência), permitindo levantar a percepção dos diferentes atores sociais em
relação às prioridades de gestão com a construção e pactuação das ações a serem
executadas ao longo do horizonte de planejamento do Plano de Bacia das UGRHIs 20 e 21,
bem como suas expectativas para o Plano de ações.
Quadro 5. Oficina setorial – Plano de Ação.
Número de
Local Data
participantes
Dracena – Universidade Estadual Paulista 16/08/2017 33

Osvaldo Cruz – Escola Técnica Estadual Amim Jundi 17/08/2017 25

Marília – Sede do DAEE 18/08/2017 20

Figura 6. Oficina realizada em Dracena.

A metodologia e os resultados das oficinas setoriais realizadas nas UGRHIs-20 e 21


são apresentados em anexo a este Plano de Bacia.

18
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

4. DIAGNÓSTICO

O diagnóstico geral da UGRHI-20: Aguapeí e da UGRHI 21: Peixe tem o objetivo de


caracterizar a situação atual dos recursos hídricos, com a identificação das áreas críticas e
temas críticos que merecem especial atenção quanto à sua gestão.

4.1 Caracterização Geral das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos 20


(Aguapeí) e 21 (Peixe)

As Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe são unidades de gerenciamento


de recursos hídricos contíguas, definidas pela Lei nº 9.034, de 27 de dezembro de 1994
como Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 20 e 21 (Figura 7).

Figura ilustrativa

Figura 7. Localização das UGRHIs-20 e 21 no Estado de São Paulo.


Fonte: Base – IGC – INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (2010).

Essas duas UGRHIs (20 e 21) compõem juntos o Comitê das Bacias Hidrográficas
dos Rios Aguapeí e Peixe (CBH-AP), que integra os municípios conforme Figura 8,
correspondendo a uma área de 23.965 km².

19
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 8. UGRHI-20 e 21 e municípios integrantes.


Fonte: Adaptados de CBH-AP, 2011.

 Unidade de Gerenciamento do Rio Aguapeí (UGRHI-20)

A UGRHI-20 possui área de drenagem de 13.196 km2, limitando-se ao Norte com a


Bacia do Rio Tietê, a Oeste com o Estado do Mato Grosso do Sul, tendo como divisa o Rio
Paraná, a Leste seu limite é a Serra dos Agudos e ao Sul, com a Bacia do Rio do Peixe
(Figura 9). É formada pelo Rio Feio, que nasce entre as cidades de Gália e Presidente Alves
e pelo Rio Tibiriça, que nasce na cidade de Garça. A Bacia possui uma extensão
aproximada de 420 km até sua foz no Rio Paraná, a uma altitude de 260 metros, entre o
Porto Labirinto e o Porto Independência.

Segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos (Lei Estadual 9.034, de 27 de


dezembro de 1994), que estabeleceu a divisão hidrográfica do Estado, pertencem à UGRHI-
20 municípios cujas sedes estejam inseridas em seu território, correspondendo estes a 32
municípios descritos a seguir:

01 - Álvaro de Carvalho 12 - Lucélia 23 - Queiróz


02 - Arco Íris 13 - Luiziânia 24 - Quintana
03 - Clementina 14 - Monte Castelo 25 - Rinópolis
04 – Dracena 15 - Nova Guataporanga 26 – Salmourão

20
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

05 - Garça 16 - Nova Independência 27 - Santa Mercedes


06 - Gabriel Monteiro 17 – Pacaembu 28 - Santópolis do Aguapeí
07 – Getulina 18 – Panorama 29 - São João do Pau D’Alho
08 – Guaimbê 19 – Parapuã 30 – Tupã
09 – Herculândia 20 – Paulicéia 31 - Tupi Paulista
10 – Iacri 21 - Piacatu 32 - Vera Cruz
11 - Julio Mesquita 22 - Pompéia

Além dos municípios que integram a UGRHI por Lei, existem outros 30 municípios,
com sede fora da área da UGRHI-20, mas com parte de seu território inserido na Unidade,
recebendo estes a denominação de “municípios com área contida”. Esses municípios estão
apresentados no Quadro 6.

Quadro 6. Municípios com área contida na Bacia Hidrográfica Aguapeí – UGRHI 20.
Área contida na UGRHI 20
Município Bacia da Sede - UGRHI
(%)
Adamantina 78,00 Rio do Peixe – UGRHI 21
Alto Alegre 81,37 Baixo Tietê – UGRHI 19
Araçatuba 3,84 Baixo Tietê – UGRHI 19
Bento de Abreu 75,25 Baixo Tietê – UGRHI 19
Bilac 21,01 Baixo Tietê – UGRHI 19
Braúna 72,96 Baixo Tietê – UGRHI 19
Cafelândia 18,30 Tietê/Batalha – UGRHI 16
Castilho 14,13 Baixo Tietê – UGRHI 19
Flórida Paulista 73,78 Rio do Peixe – UGRHI 21
Gália 10,75 Médio Paranapanema – UGRHI 17
Guaiçara 11,34 Tietê/Batalha – UGRHI 16
Guaraçaí 44,56 Baixo Tietê – UGRHI 19
Guarantã 48,24 Tietê/Batalha – UGRHI 16
Guararapes 37,56 Baixo Tietê – UGRHI 19
Inúbia Paulista 63,42 Rio do Peixe – UGRHI 21
Irapuru 71,82 Rio do Peixe – UGRHI 21
Junqueirópolis 67,75 Rio do Peixe – UGRHI 21
Lavínia 45,47 Baixo Tietê – UGRHI 19
Lins 14,46 Tietê/Batalha – UGRHI 16
Marília 58,52 Rio do Peixe – UGRHI 21
Mirandópolis 39,13 Baixo Tietê – UGRHI 19
Murutinga do Sul 7,71 Baixo Tietê – UGRHI 19
Oriente 51,34 Rio do Peixe – UGRHI 21
Osvaldo Cruz 73,24 Rio do Peixe – UGRHI 21
Ouro Verde 31,37 Rio do Peixe – UGRHI 21
Pirajuí 28,70 Tietê/Batalha – UGRHI 16
Presidente Alves 28,78 Tietê/Batalha – UGRHI 16
Promissão 20,37 Baixo Tietê – UGRHI 19
Rubiácea 61,02 Baixo Tietê – UGRHI 19
Valparaíso 47,86 Baixo Tietê – UGRHI 19

O Quadro 7 apresenta um resumo das características gerais da UGRHI-20.

21
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 7. Caracterização geral da UGRHI-20.


Características Gerais – UGRHI -20
Total (2015) Urbana (2015) Rural (2015)
População
369.412 hab. 89,9% 10,1%
.
Área territorial Área de drenagem
Área
9.562,5 km2 13.196 km2
Principais rios e Rios Aguapeí, Tibiriça e Iacri; Ribeirões Cainguangues e das Marrecas; Córrego
reservatórios Afonso XIII.

Serra Geral
Área de abrangência: estende-se por toda a região oeste e central do Estado, é
subjacente ao Aquífero Bauru e recobre o Guarani.
Bauru
Aquíferos Abrange totalmente as UGRHIs 15-TG, 18-SJD, 19-BT, 20-Aguapeí, 21-Peixe e
22-PP e parte das UGRHIs 04-Pardo, 08-SMG, 12-BPG, 13-TJ, 16-TB e 17MP.
Guarani
Ocorre em toda a Bacia Hidrográfica do Rio Aguapeí, abaixo do Aquífero Serra
Geral.
Mananciais de grande
porte e de interesse Interesse Regional:
regional Córrego do Agrião
Disponibilidade hídrica Vazão média (Qmédio) Vazão mínima (Q7,10)) Vazão Q95%
Superficial 3
97 m /s
3
28 m /s
3
41 m /s
Disponibilidade hídrica Reserva Explotável
subterrânea 13 m /s
3

Nas áreas urbanas destacam-se os setores de serviços e comércio como fonte


indutora da economia regional. Nas áreas rurais, por sua vez, a agricultura e a
pecuária são as atividades mais expressivas, destacando-se as lavouras de café,
Principais atividades cana de açúcar e milho. As áreas de pastagem, que antes ocupavam boa parte
econômicas das áreas rurais, agora dividem espaço com a cana de açúcar. Atenta-se também
para a atividade de extração mineral de areia nos afluentes do Rio Aguapeí, como
o Rio Tibiriçá e Ribeirão Caingangue e olarias instaladas principalmente nos
municípios que margeiam o Rio Paraná.
2
Apresenta 857 km de vegetação natural remanescente que ocupa,
aproximadamente, 6,5% da área da UGRHI. As categorias de maior ocorrência
Vegetação remanescente
são Floresta Estacional Semidecidual e Formação Arbórea/Arbustiva em Região
de Várzea.
Unidades de Conservação de Proteção Integral
PE do Aguapeí e PE do Rio do Peixe
Unidades de Conservação de Uso Sustentável
Áreas protegidas
RPPN Foz do Rio Aguapeí e Trilha Coroados.
Terras Indígenas
Vanuiere
RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Fontes: Seade, ANA, 2016, CBH-AP, 2014, CETESB, 2013b, São Paulo, 2014, São Paulo, 2006, São Paulo,
2009.

22
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 9. Municípios pertencentes à UGRHI-20.


Fonte: Adaptados de CBH-AP, 2011.

Para efeito de planejamento dos recursos hídricos, a UGRHI-20 foi dividida em 03


sub-bacias: Alto Aguapeí, Médio Aguapeí e Baixo Aguapeí. A Figura 10 e o Quadro 8
apresenta a localização dos municípios da UGRHI-20 dentro de cada sub-bacia.

Quadro 8. Sub-bacias e municípios da UGRHI-20.


Sub-bacia Municípios
Álvaro de Carvalho, Garça, Getulina, Guaimbê, Júlio Mesquita e
Alto Aguapeí
Vera Cruz.
Arco Íris, Clementina, Gabriel Monteiro, Herculândia, Iacri, Lucélia,
Médio Aguapeí Luiziânia, Parapuã, Piacatu, Pompéia, Queiroz, Quintana,
Rinópolis, Salmourão, Santópolis do Aguapeí e Tupã.
Dracena, Monte Castelo, Nova Independência, Nova
Baixo Aguapeí Guataporanga, Pacaembú, Panorama, Paulicéia, Santa Mercedes,
São João do Pau D’alho e Tupi Paulista.
Total 32 municípios
Fonte: CETEC, 2008

23
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 10. Sub-bacias e municípios da UGRHI-20.


Fonte: CETEC, 2008.

 Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Peixe (UGRHI-21)

A UGRHI-21 apresenta uma forte similaridade física com a Bacia do rio Aguapeí -
UGRHI 20, pois grande parte dos seus municípios localiza-se exatamente no divisor de
águas entre as duas bacias.
A UGRHI-21 possui área de drenagem de 10.769 Km², limitando-se com a Bacia do
Rio Aguapeí ao Norte, ao Sul com a Bacia do Rio Paranapanema, a Oeste com o Rio
Paraná e a Leste com a Serra dos Agudos e a Serra do Mirante. O Rio do Peixe nasce na
Serra dos Agudos, numa altitude de 670 metros, percorrendo uma extensão de 380 Km,
desembocando no Rio Paraná a uma altitude de 240 metros (Figura 11).
Segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos (Lei Estadual 9.034 de 27 de
dezembro de 1994), que estabeleceu a divisão hidrográfica do Estado de São Paulo,
pertencem à UGRHI-21 aqueles municípios cujas sedes estejam inseridas na área da Bacia
Hidrográfica do Rio do Peixe, correspondendo estes aos 26 municípios descritos a seguir:

24
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

01 - Adamantina 14 - Lutécia
02 - Alfredo Marcondes 15 - Mariápolis
03 - Álvares Machado 16 – Marília
04 - Bastos 17 - Martinópolis
05 - Borá 18 - Oriente
06 - Caiabu 19 - Oscar Bressane
07 - Emilianópolis 20 - Osvaldo Cruz
08 - Flora Rica 21 - Ouro Verde
09 - Flórida Paulista 22 - Piquerobi
10 - Indiana 23 - Pracinha
11 - Inúbia Paulista 24 - Ribeirão dos Índios
12 - Irapuru 25 - Sagres
13 - Junqueirópolis 26 - Santo Expedito

Existem, contudo, outros 25 municípios com as sedes fora da área da UGRHI-21,


apenas com parte de seu território inserido na Unidade, os chamados “municípios com área
contida”. Esses municípios são apresentados no Quadro 9.

Quadro 9. Municípios com área contida na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe –


UGRHI 21.
Área contida na
Município Bacia da Sede - UGRHI
UGRHI 21 (%)

Caiuá 50,96 Pontal do Paranapanema -UGRHI 22

Dracena 62,89 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Echaporã 30,42 Médio Paranapanema – UGRHI 17

Garça 46,73 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Herculândia 32,14 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Iacri 13,84 Rio Aguapeí – UGRHI 20

João Ramalho 35,74 Médio Paranapanema – UGRHI 17

Lucélia 28,86 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Lupércio 36,73 Médio Paranapanema – UGRHI 17

Ocauçu 28,15 Médio Paranapanema – UGRHI 17

Pacaembu 29,63 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Panorama 63,43 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Parapuã 70,82 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Pompéia 28,55 Rio Aguapeí – UGRHI 20

25
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Área contida na
Município Bacia da Sede - UGRHI
UGRHI 21 (%)

Presidente Bernardes 29,92 Pontal do Paranapanema -UGRHI 22

Presidente Epitácio 27,82 Pontal do Paranapanema -UGRHI 22

Presidente Prudente 80,84 Pontal do Paranapanema -UGRHI 22

Presidente Venceslau 68,53 Pontal do Paranapanema -UGRHI 22

Quatá 77,09 Médio Paranapanema – UGRHI 17

Quintana 76,09 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Rancharia 44,01 Médio Paranapanema – UGRHI 17

Regente Feijó 20,91 Pontal do Paranapanema -UGRHI 22

Santo Anastácio 24,46 Pontal do Paranapanema -UGRHI 22

Tupã 56,98 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Vera Cruz 60,55 Rio Aguapeí – UGRHI 20

Figura ilustrativa

Figura 11. Municípios pertencentes à UGRHI-21.


Fonte: Adaptados de CBH-AP, 2011.

26
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

O Quadro 10 apresenta um resumo das características gerais da UGRHI-21.

Quadro 10. Caracterização geral da UGRHI-21.


Características Gerais – UGRHI -21
Total (2015) Urbana (2015) Rural (2015)
População
457.138 hab. 91,3% 8,7%
.
Área territorial Área de drenagem
Área
8.425,5 km² 10.769 km²
Rios do Peixe, da Garça; Ribeirões do Mandaguarí, Taquaruçu, do Veado, das
Principais rios e reservatórios
Marrecas e Córrego Alegre.
Serra Geral
Área de abrangência: é subjacente ao Aquífero Bauru em toda a Bacia do
Aguapeí e recobre o Guarani.
Aquíferos
Bauru
Abrange totalmente as UGRHIs 15-TG, 18-SJD, 19-BT, 20-Aguapeí, 21-Peixe
e 22-PP e parte das UGRHIs 04-Pardo, 08-SMG, 12-BPG, 13-TJ, 16-TB e
17MP.

Grande porte:
Rio do Peixe (Transposição UGRHI 22), fonte de abastecimento para Marília e
Mananciais de grande porte e
Presidente Prudente.
de interesse regional
Interesse Regional:
Nascentes do Rio do Peixe e do Ribeirão da Negrinha e Córrego da Fartura.
Disponibilidade hídrica Vazão média (Qmédio) Vazão mínima (Q7,10)) Vazão Q95%
Superficial 3
82 m /s
3
29 m /s 38 m /s
3

Disponibilidade hídrica Reserva Explotável


subterrânea 9 m /s
3

Nas áreas urbanizadas dos municípios que integram a Bacia do Peixe,


destacam-se os setores de serviços e comércio como mantenedores da
economia regional, com exceção de Marília, considerada polo regional e onde
Principais atividades
se concentra grande parte das atividades industriais, principalmente do
econômicas
segmento alimentício. O município também é uma importante referência de
ensino universitário. Nas áreas rurais ainda há predominância da pecuária,
com forte expansão da agroindústria de cana.
Apresenta 796 km2 de vegetação natural remanescente que ocupa,
aproximadamente, 7% da área da UGRHI. As categorias de maior ocorrência
Vegetação remanescente
são Floresta Estacional Semidecidual e Formação Arbórea/Arbustiva em
Região de Várzea.
Unidades de Conservação de Proteção Integral
Áreas protegidas EE de Marília;
PE do Aguapeí e PE do Rio do Peixe.
Legenda: EE - Estação Ecológica; PE – Parque Estadual.
Fontes: Seade, ANA, 2016, CBH-AP, 2014, CETESB, 2013b, São Paulo, 2014, São Paulo, 2006, São Paulo,
2009.

Para efeito de planejamento dos recursos hídricos, a UGRHI-21 foi dividida em 03


sub-bacias: Alto Peixe, Médio Peixe e Baixo Peixe. A Figura 13 e o Quadro 11 apresenta a
localização dos municípios da UGRHI-21 dentro de cada sub-bacia.

27
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 11. Sub-bacias e municípios da UGRHI-21.


Sub-bacia Municípios
Alto Peixe Marília.
Médio Peixe Bastos, Borá, Lutécia, Oriente, Oscar Bressane.
Adamantina, Alfredo Marcondes, Alvares Machado, Caiabu,
Emilianópolis, Flora Rica, Flórida Pta., Indiana, Inúbia Paulista,
Baixo Peixe Irapuru, Junqueirópolis, Mariápolis, Martinópolis, Osvaldo Cruz,
Ouro Verde, Piquerobi, Pracinha, Ribeirão dos Índios, Sagres,
Santo. Expedito.
Total 26 municípios
Fonte: CETEC, 2008

Figura ilustrativa

Figura 12. Sub-bacias e municípios da UGRHI-21.


Fonte: CETEC, 2008.

4.1.1 Dinâmica Demográfica e Social

A caracterização das UGRHIs 20 e 21 descreve o perfil socioeconômico, e avalia a


evolução populacional e as dinâmicas sociais, econômicas e saúde pública das bacias.
Dentre as fontes utilizadas destacam-se IBGE (Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística)
e SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).

28
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

O Quadro 12 apresenta os indicadores de dinâmica demográfica e social, econômica


e de saúde pública das UGRHIs-20/21.

Quadro 12. Caracterização socioeconômica da UGRHI-20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro
FM.01-A: A taxa geométrica de crescimento anual (TGCA) da UGRHI
FM.01 (2005-2015):
Crescimento UGRHI 20: em média 0,35% a.a.
Populacional
UGRHI 21: em média 0,52% a.a.
FM.02-A: População FM.02-B: População FM.02-C: População
total (2015): urbana (2015): rural (2015):
FM.02 População UGRHI 20: 369.412 hab. UGRHI 20: 332.282 hab. UGRHI 20: 37.130 hab

UGRHI 21: 457.138 hab. UGRHI 21: 417.547 hab. UGRHI 21: 39.591 hab
Dinâmica
demográfica FM.03-A: Densidade demográfica FM.03-B: Taxa de urbanização
e social (2015): (2015):
FM.03 Demografia UGRHI20: 38,6 hab/km² UGRHI20: 89,9%

UGRHI 21: 54,3 hab/km² UGRHI 21: 91,3%


FM.04-A Índice Paulista de
FM.04 – FM.04-B: Índice de desenvolvimento
Responsabilidade Social (IPRS)
Responsabilidade humano municipal (IDH-M) (2010):
(2012):
social e
desenvolvimento UGRHI20: grupo 4. UGRHI20: em média 0,736.
humano
UGRHI 21: grupo 4. UGRHI 21: em média 0,738.
FM.05-A: Estabelecimentos da FM.05-B: Pecuária (corte e leite)
agropecuária (2014): (2015):
UGRHI 20: 2.294 estabelecimentos UGRHI 20: 695.094 cabeças

UGRHI 21: 1.848 estabelecimentos UGRHI 21: 783.273 cabeças.


FM.05
Agropecuária FM.05-C: Avicultura (abate e
FM.05-D: Suinocultura (2015):
postura) (2015):
UGRHI 20: 5.891.600 cabeças UGRHI 20: 24.676 cabeças

UGRHI 21: 28.862.500 cabeças UGRHI 21: 4.850 cabeças

Dinâmica FM.06-B: Estabelecimentos FM.06-C: Estabelecimentos de


Econômica industriais (2014): mineração em geral (2014):
FM.06 Indústria e
mineração UGRHI 20: 905 estabelecimentos UGRHI 20: 38 estabelecimentos
UGRHI 21: 930 estabelecimentos UGRHI 21: 18 estabelecimentos
FM.07-A: Estabelecimentos de FM.07-B: Estabelecimentos de
comércio (2014): serviços (2014):
FM.07 Comércio e
serviços UGRHI 20: 3.215 estabelecimentos UGRHI 20: 18.252 estabelecimentos
UGRHI 21: 5.506 estabelecimentos UGRHI 21: 4.408 estabelecimentos
FM.09-A: Potência de energia hidrelétrica instalada:
FM.09 Produção UGRHI20: não possui.
de Energia
UGRHI 21: 2,6 MW.

Saúde I.01-B: Incidência de esquistossomose autóctone (2015):


I.01 Doenças de
Pública e UGRHI20: não houve casos registrados.
veiculação hídrica
ecossistemas
UGRHI 21: média de 0,44 casos / habitantes por ano.

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Plano de Bacia

4.1.1.1 População e crescimento populacional

As Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos dos Rios Aguapeí (UGRHI-20)


e Peixe (UGRHI-21) possuem uma área total conjunta de 23.965 km² e são compostos por
59 municípios que possuem sede nas UGRHIs. Sua população total, segundo dados do
SEADE, 2015 é de 826.550 habitantes, representando 2% da população total do Estado de
São Paulo, e, caracterizando-se por um perfil eminentemente urbano, com um total de
749.829 residentes urbanos e população rural de apenas 76.721 habitantes. A taxa de
urbanização média das UGRHIs está próxima a 90%.

O crescimento populacional e a densificação que acompanham o processo de


urbanização agravam fatores como poluição doméstica e industrial das águas, resultando
em prejuízos para sociedade (TUCCI, 2006).

A Figura 13 apresenta a evolução da população nas UGRHIs-20 e 21, que


representa em média um crescimento de 0,35% ao ano na UGRHI-20 e 0,52% ao ano na
UGRHI-21.

Figura 13. Evolução da população – UGRHI-20 e 21.


Fonte: Seade, 2015.

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Figura ilustrativa

Figura 14. Municípios das UGRHIs-20 e 21 por faixa de população.


Fonte: Seade, 2014.

 Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Aguapeí (UGRHI-20)

A UGRHI-20 possuía em 2015 um total de 369.412 habitantes, representando 0,91%


do total do Estado de São Paulo, conforme dados do SEADE, 2015.

Os dados populacionais por município confirmam claramente que o polo regional da


Bacia continua sendo Tupã, com 63.111 habitantes e 17% do total da UGRHI, no ano de
2015. Em segundo lugar está Garça, com 42.769 habitantes e Dracena com 44.247
habitantes, ambos representando 12% do total da UGRHI. Os três municípios citados (Tupã,
Garça e Dracena) juntos, totalizam 41% do total de habitantes da UGRHI. Após esses três
municípios, Pompéia é o município que contem maior número de habitantes, com 20.650,
representando 6% do total da UGRHI.

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Figura 15. População total em 2015 nos municípios com sede na UGRHI-20.
Fonte: Seade, 2015.

Por outro lado, em 2015, os municípios da UGRHI-20 que possuíam o menor número
de habitantes (menos que 5.000 habitantes) são: Álvaro de Carvalho (4.843), Arco Íris
(1.857), Gabriel Monteiro (2.702), Júlio Mesquita (4.524), Monte Castelo (4.017), Nova
Guataporanga (2.186), Nova Independência (3.429), Queiroz (3.044), Salmourão (4.960),
Santa Mercedes (2.816), Santópolis do Aguapeí (4.482) e São João do Pau d’Alho (2.037).
Estes municípios, juntos, totalizam 11% do total de habitantes da Bacia estudada.

Quando analisada a concentração de população por Sub-bacia, pode-se observar na


Figura 16 que o Médio Aguapeí é a Sub-bacia que concentra a maior parte da população,
representando 49,3% do total da UGRHI. É nessa Sub-bacia que está localizado o município
de Tupã, além de mais 15 municípios.

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Figura 16. População total em 2015 nas Sub-bacias da UGRHI-20.


Fonte: Seade, 2015.

A avaliação do ritmo de crescimento, através do comportamento que vem assumindo


a TGCA da UGRHI-20 e de cada município que a compõem, é de fundamental importância
para o estudo da demanda de água, pois dessa forma se torna possível verificar onde existe
a tendência de concentração e onde está havendo certa estagnação populacional ou
mesmo perda de população. A Figura 17 e o Quadro 13 apresentam a evolução dos
municípios da UGRHI-20 quanto a TGCA.

Pode-se observar que o crescimento populacional da UGRHI-20 é constante em


todos os municípios. Desde o decênio 2002-12 até 2005-15 os municípios se encaixam no
mesmo intervalo de faixa de TGCA. Somente o município de Santa Mercedes, que se
classificava em 2002-12 entre 0 e 0,6, passou a se classificar com valores abaixo de 0.

Em todos os períodos o município de Nova Independência é o que cujo padrão de


crescimento ultrapassa 3%, porém, desde 1999-2009 essa taxa vem declinando, chegando
no decêndio de 2005-2015 a ter valor de 3,03%, enquanto no primeiro decêndio seu valor
era de 3,65%.

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Figura 17. TGCA na UGRHI-20.


Fonte: Seade, 2014.

Quadro 13. TGCA dos municípios da UGRHI-20.


TGCA (%)
Municípios
2000-2010 2001-2011 2002-2012 2003-2013 2004-2014 2005-2015
Álvaro de Carvalho 1,26 1,20 1,15 1,11 1,07 1,02
Arco-Íris -1,17 -1,16 -1,12 -1,10 -1,05 -1,01
Clementina 2,70 2,59 2,50 2,41 2,34 2,27
Dracena 0,66 0,62 0,60 0,57 0,55 0,53
Gabriel Monteiro -0,06 -0,07 -0,07 -0,06 -0,06 -0,04
Garça -0,01 -0,05 -0,08 -0,10 -0,11 -0,12
Getulina 0,37 0,33 0,30 0,27 0,23 0,19
Guaimbê 0,41 0,34 0,30 0,28 0,26 0,21
Herculândia 0,85 0,81 0,78 0,77 0,74 0,71
Iacri -0,55 -0,52 -0,50 -0,45 -0,40 -0,37
Júlio Mesquita 0,62 0,55 0,49 0,44 0,42 0,43
Lucélia 0,82 0,77 0,74 0,72 0,69 0,66
Luiziânia 1,63 1,60 1,59 1,59 1,57 1,53
Monte Castelo -0,08 -0,09 -0,10 -0,14 -0,15 -0,16
Nova Guataporanga 0,42 0,34 0,28 0,26 0,23 0,18
Nova Independência 4,02 3,78 3,54 3,34 3,18 3,03
Pacaembu 0,55 0,46 0,38 0,31 0,25 0,19
Panorama 0,67 0,62 0,59 0,56 0,54 0,51
Parapuã -0,24 -0,27 -0,29 -0,32 -0,33 -0,35
Paulicéia 1,81 1,71 1,63 1,56 1,51 1,49
Piacatu 1,34 1,30 1,28 1,27 1,26 1,25
Pompéia 0,94 0,88 0,85 0,82 0,79 0,77

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TGCA (%)
Municípios
2000-2010 2001-2011 2002-2012 2003-2013 2004-2014 2005-2015
Queiroz 2,59 2,41 2,28 2,16 2,05 1,95
Quintana 0,98 0,97 0,96 0,95 0,93 0,90
Rinópolis -0,32 -0,31 -0,29 -0,29 -0,28 -0,29
Salmourão 0,90 0,85 0,81 0,77 0,75 0,73
Santa Mercedes 0,09 0,06 0,04 -0,01 -0,05 -0,10
Santópolis do Aguapeí 1,14 1,12 1,09 1,08 1,09 1,08
São João do Pau d'Alho -0,38 -0,42 -0,46 -0,49 -0,54 -0,56
Tupã 0,03 -0,01 -0,04 -0,06 -0,08 -0,09
Tupi Paulista 0,71 0,68 0,66 0,65 0,64 0,65
Vera Cruz -0,29 -0,32 -0,33 -0,33 -0,33 -0,33
UGRHI 20 0,47 0,43 0,40 0,38 0,36 0,35
Fonte: Seade, 2015.

A UGRHI-20 Aguapeí apresentou um declínio na Taxa Geométrica de Crescimento


Anual para os períodos analisados. Os períodos foram divididos em decênios, isto é, 10
anos, da seguinte forma: 2000-2010, 2001-2011, 2002-2012, 2003-2013, 2004-2014 e 2005-
2015. As taxas constatadas foram 0,47%, 0,43%, 0,40%, 0,38%, 0,36% e 0,35%
respectivamente.

Somente os municípios de Arco Íris, Gabriel Monteiro, Iacri e Rinópolis apresentaram


taxa de crescimento maior do que zero, comparando o decênio 2005-15 com os anteriores.
Mesmo assim, esses municípios apresentam TGCA de zero. Os municípios de Clementina,
Nova Independência e Queiroz, apresentaram as piores TGCAs comparando o período
2000-10 e 2005-15 (-0,44%, -0,99% e -0,64%). É possível analisar ainda que, mesmo com
esse declínio em alguns municípios, a UGRHI-20 manteve o número de população em
ascensão, evidenciando que está havendo concentração populacional em algumas áreas.

Como a totalidade do país, a Bacia Hidrográfica do Aguapeí se caracteriza por um


perfil predominantemente urbano, muito embora em muitos municípios da UGRHI-20 a
população rural ainda seja significativa (Quadro 14).

Quadro 14. UGRHI–20: População total, urbana e rural, 2010 e 2015.


População População População População
População População
Município Urbana Rural Urbana Rural
total 2010 total 2015
(2010) (2010) (2015) (2015)
Álvaro de Carvalho 4.645 2949 1696 4843 3171 1672
Arco-Íris 1.927 1098 829 1857 1126 731
Clementina 7.049 6719 330 7743 7454 289
Dracena 43.234 39924 3310 44247 40984 3263
Gabriel Monteiro 2.708 2257 451 2702 2335 367

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População População População População


População População
Município Urbana Rural Urbana Rural
total 2010 total 2015
(2010) (2010) (2015) (2015)
Garça 43.115 39192 3923 42769 39609 3160
Getulina 10.762 8332 2430 10797 8589 2208
Guaimbê 5.423 4738 685 5466 4889 577
Herculândia 8.690 7916 774 8980 8318 662
Iacri 6.422 5052 1370 6353 5199 1154
Júlio Mesquita 4.428 4212 216 4524 4315 209
Lucélia 19.868 17207 2661 20491 17834 2657
Luiziânia 5.023 4605 418 5395 5035 360
Monte Castelo 4.063 3211 852 4017 3271 746
Nova Guataporanga 2.176 1889 287 2186 1934 252
Nova Independência 3.058 2438 620 3429 2831 598
Pacaembu 13.220 9741 3479 13139 9681 3458
Panorama 14.575 14157 418 14897 14545 352
Parapuã 10.846 8898 1948 10662 8984 1678
Paulicéia 6.330 5263 1067 6757 5842 915
Piacatu 5.281 4658 623 5599 5058 541
Pompéia 19.948 18559 1389 20650 19293 1357
Queiroz 2.802 2380 422 3044 2672 372
Quintana 5.999 5489 510 6260 5759 501
Rinópolis 9.938 8639 1299 9813 8805 1008
Salmourão 4.814 4317 497 4960 4579 381
Santa Mercedes 2.831 2458 373 2816 2518 298
Santópolis do Aguapeí 4.273 4129 144 4482 4358 124
São João do Pau d'Alho 2.104 1706 398 2037 1711 326
Tupã 63.475 60929 2546 63111 60580 2531
Tupi Paulista 14.261 11200 3061 14762 11594 3168
Vera Cruz 10.772 9366 1406 10624 9409 1215
Total na UGRHI 20 364.060 323.628 40.432 369.412 332.282 37.130
% da UGRHI-20 100 88,89 11,11 100 89,95 10,05
Total do Estado de SP 41.223.683 39.548.206 1.675.477 40.617.431 38.754.215 1.863.217
% UGRHI-20/ESP 0,88 0,82 2,41 0,91 0,86 1,99
Fonte: SEADE, 2015.

Os dados consolidados referentes a assentamento rural que estão disponíveis no


site do INCRA – Ministério do Desenvolvimento Agrário indicaram que a Bacia do Aguapei
tem um total estimado de 925 pessoas, correspondendo a 185 famílias que se
estabeleceram em igual número de lotes agrários. Quando se relaciona o total de residentes
assentados com o total de população da UGRHI-20 no ano de 2015, verifica-se que esta
representa apenas 0,2% da população.

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No ano de 2010, o Estado de São Paulo tinha 1.675.477 pessoas vivendo na área
rural. Desse total 2,41% pertenciam à UGRHI-20 e, em 2015, o Estado registrou 1.863.217
habitantes rurais, sendo que a UGRHI-20 era responsável por 1,99%.

A fim de se obter uma melhor compreensão sobre o comportamento da população


rural nessa porção do território paulista, foi necessário conhecer o número que famílias que
foram assentadas no Aguapeí. Essas informações são disponibilizadas no site do INCRA (o
número de lotes/ famílias assentadas, a área ocupada em km² e os municípios receptores),
conforme indicam os dados no Quadro 15.

Quadro 15. População estimada dos assentamentos rurais nos municípios da Bacia
do Aguapeí.
Nº de
População
Municípios Assentamentos (2014) lotes / Área (ha)
Estimada*
famílias
Getulina PA Simon Bolivar 37 768,38 185
PE Fazenda Buritis 54 2209,5 270
Paulicéia PA Fazenda Santo Antonio 30 332,4 150
PA Fazenda Regência 33 709,1 165
Tupi Paulista PE Santa Rita 31 749,6 155
Total UGRHI 20 185 4.768,8 925
Notas: (*) População estimada: 1 família constituída por 5 pessoas, conforme orientação do ITESP
Fonte: INCRA, 2016.

Desde 1983, quando se iniciaram os assentamentos no Estado de São Paulo, até o


ano de 2015, no território da UGRHI-20 foram assentadas 185 famílias que correspondem a
aproximadamente 925 pessoas. Foram utilizados aproximadamente 4.768,8 hectare para
assentar as famílias rurais, correspondendo a 0,36% do total da área da UGRHI-20, que é
de 13.196 km².

Comparando população urbana e rural, observa-se no Quadro 16, que


aproximadamente 89,95% da população da UGRHI-20 estão circunscritas aos perímetros
urbanos.

O conhecimento da evolução da taxa de urbanização é importante, uma vez que, a


urbanização aumenta o desenvolvimento econômico e a competição pelos recursos
naturais. A urbanização também aumenta as áreas impermeáveis e produção de
sedimentos e resíduos sólidos que escoam para a drenagem, aumentando os riscos de
poluição. Este índice é um resumo do perfil predominante que a Bacia e seus municípios
vêm assumindo no período adotado para esta análise.

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Quadro 16. UGRHI-20: Evolução da população urbana e rural.


População Total População Urbana População Rural
Município
2010* 2014 2015 2010* 2014 2015 2010* 2014 2015

Álvaro de Carvalho 4.645 4.803 4.843 2949 3126 3171 1696 1677 1672
Arco-Íris 1.927 1.871 1.857 1098 1121 1126 829 750 731
Clementina 7.049 7.599 7.743 6719 7303 7454 330 296 289
Dracena 43.234 44.043 44.247 39924 40771 40984 3310 3272 3263
Gabriel Monteiro 2.708 2.703 2.702 2257 2320 2335 451 383 367
Garça 43.115 42.838 42.769 39192 39551 39609 3923 3287 3160
Getulina 10.762 10.790 10.797 8332 8538 8589 2430 2252 2208
Guaimbê 5.423 5.457 5.466 4738 4860 4889 685 597 577
Herculândia 8.690 8.921 8.980 7916 8240 8318 774 681 662
Iacri 6.422 6.367 6.353 5052 5173 5199 1370 1194 1154
Júlio Mesquita 4.428 4.505 4.524 4212 4295 4315 216 210 209
Lucélia 19.868 20.365 20.491 17207 17707 17834 2661 2658 2657
Luiziânia 5.023 5.319 5.395 4605 4948 5035 418 371 360
Monte Castelo 4.063 4.027 4.017 3211 3261 3271 852 766 746
Nova
2.176 2.184 2.186
Guataporanga 1889 1925 1934 287 259 252
Nova
3.058 3.352 3.429
Independência 2438 2749 2831 620 603 598
Pacaembu 13.220 13.156 13.139 9741 9693 9681 3479 3463 3458
Panorama 14.575 14.832 14.897 14157 14471 14545 418 361 352
Parapuã 10.846 10.699 10.662 8898 8970 8984 1948 1729 1678
Paulicéia 6.330 6.669 6.757 5263 5725 5842 1067 944 915
Piacatu 5.281 5.534 5.599 4658 4978 5058 623 556 541
Pompéia 19.948 20.507 20.650 18559 19145 19293 1389 1362 1357
Queiroz 2.802 2.994 3.044 2380 2613 2672 422 381 372
Quintana 5.999 6.207 6.260 5489 5705 5759 510 502 501
Rinópolis 9.938 9.838 9.813 8639 8780 8805 1299 1058 1008
Salmourão 4.814 4.930 4.960 4317 4529 4579 497 401 381
Santa Mercedes 2.831 2.819 2.816 2458 2507 2518 373 312 298
Santópolis do
4.273 4.439 4.482
Aguapeí 4129 4312 4358 144 127 124
São João do Pau
2.104 2.050 2.037
d'Alho 1706 1710 1711 398 340 326
Tupã 63.475 63.184 63.111 60929 60650 60580 2546 2534 2531
Tupi Paulista 14.261 14.657 14.762 11200 11511 11594 3061 3146 3168
Vera Cruz 10.772 10.654 10.624 9366 9403 9409 1406 1251 1215
Total na UGRHI 20 364.060 368.313 369.412 323.628 330.590 332.282 40.432 37.723 37.130
Fonte: SEADE, 2015 / CRHi 2015.

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Figura 18. Evolução da população total, urbana e rural.


Fonte: Seade, 2015.

Cabe destacar que o critério para definir se uma área é urbana ou rural é
eminentemente legal, conforme as Leis de Zoneamento de cada município. Assim, o cálculo
das taxas de urbanização só pode se elaborado obedecendo aos limites dessas leis. Além
disso, os desmembramentos municipais e as alterações nos limites das áreas urbanas e das
zonas rurais modificam os valores das taxas de urbanização dos municípios no decorrer dos
anos adotados para esta análise. Após esses esclarecimentos, apresenta-se o Quadro 17
sobre a evolução da taxa de urbanização.

Quadro 17. Evolução da taxa de urbanização


Taxa de urbanização (%)
MUNICÍPIO
2010 2011 2012 2013 2014 2015

Álvaro de Carvalho 63,5 63,9 64,3 64,7 65,1 65,5


Arco-Íris 57,0 57,7 58,5 59,2 59,9 60,6
Clementina 95,3 95,5 95,8 95,9 96,1 96,3
Dracena 92,3 92,4 92,5 92,5 92,6 92,6
Gabriel Monteiro 83,3 84,0 84,6 85,2 85,8 86,4
Garça 90,9 91,3 91,7 92,0 92,3 92,6
Getulina 77,4 77,9 78,3 78,7 79,1 79,6
Guaimbê 87,4 87,8 88,3 88,7 89,1 89,4

39
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Plano de Bacia

Taxa de urbanização (%)


MUNICÍPIO
2010 2011 2012 2013 2014 2015

Herculândia 91,1 91,4 91,8 92,1 92,4 92,6


Iacri 78,7 79,4 80,0 80,6 81,3 81,8
Júlio Mesquita 95,1 95,2 95,3 95,3 95,3 95,4
Lucélia 86,6 86,7 86,8 86,9 87,0 87,0
Luiziânia 91,7 92,0 92,4 92,7 93,0 93,3
Monte Castelo 79,0 79,5 80,0 80,5 81,0 81,4
Nova Guataporanga 86,8 87,1 87,5 87,8 88,1 88,5
Nova Independência 79,7 80,3 80,9 81,5 82,0 82,6
Pacaembu 73,7 73,7 73,7 73,7 73,7 73,7
Panorama 97,1 97,3 97,4 97,5 97,6 97,6
Parapuã 82,0 82,5 83,0 83,4 83,8 84,3
Paulicéia 83,1 83,9 84,5 85,2 85,8 86,5
Piacatu 88,2 88,7 89,1 89,5 90,0 90,3
Pompéia 93,0 93,1 93,2 93,3 93,4 93,4
Queiroz 84,9 85,6 86,2 86,8 87,3 87,8
Quintana 91,5 91,6 91,7 91,8 91,9 92,0
Rinópolis 86,9 87,6 88,2 88,7 89,3 89,7
Salmourão 89,7 90,3 90,8 91,4 91,9 92,3
Santa Mercedes 86,8 87,4 87,9 88,4 88,9 89,4
Santópolis do Aguapeí 96,6 96,8 96,9 97,0 97,1 97,2
São João do Pau d'Alho 81,1 81,7 82,3 82,8 83,4 84,0
Tupã 96,0 96,0 96,0 96,0 96,0 96,0
Tupi Paulista 78,5 78,5 78,5 78,5 78,5 78,5
Vera Cruz 86,9 87,3 87,6 88,0 88,3 88,6
Total da UGRHI 20 88,9 89,1 89,3 89,6 89,8 89,9
Total do Estado de São Paulo 95,9 96,0 96,1 96,1 96,2 96,3
Fonte: SEADE, 2015/ CRHi 2015.

Verifica-se que, em 2010, a taxa do Estado de São Paulo era de 95,9%, enquanto a
UGRHI-20 registrava 88,9%. Pelo grau de urbanização do Estado verifica-se que, em 2015,
a UGRHI-20 possuía um significativo contingente populacional vivendo na área urbana dos
municípios (89,9%). Isso confirma que o crescimento urbano acompanhou a evolução do
Estado.

40
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Plano de Bacia

Figura 19. UGRHI-20: Taxa de urbanização.


Fonte: Seade, 2015.

Em 2015, o Estado registrou uma taxa de urbanização de 96,3% e a UGRHI-20


89,9%. Treze (13) municípios computaram taxas de urbanização superiores àquelas
registradas para o conjunto da UGRHI-20 (89,9%), a saber: Clementina (96,3%), Dracena
(92,6%), Garça (92,6%), Herculândia (92,6%), Júlio Mesquita (93,4%), Luiziânia (92%),
Panorama (97,6%), Piacatu (90,3%), Pompéia (96,3%), Quintana (96,3%), Salmourão
(92,3%), Santópolis do Aguapeí (97,2%) e Tupã (96%).

Todos os outros dezenove (19) municípios apresentaram taxas de urbanização


menores que a média da UGRHI-20, sendo que, dois (2) deles, apresentam as taxas de
urbanização abaixo de 70%, são eles: Álvaro de Carvalho (65,5%) e Arco Íris (60,6%).
Através desses dados, pode-se concluir que esses dois municípios apresentam grande
parte da sua população total vivendo em áreas rurais.

Outro importante aspecto que deve ser abordado com relação a demografia, refere-
se à evolução da densidade demográfica dos trinta e dois municípios, objeto deste plano.
Cabe destacar que os dados sobre a densidade complementam e enriquecem o
conhecimento sobre o comportamento populacional uma vez que esse índice, normalmente,
é utilizado para verificar a intensidade de ocupação de um território.

A Figura 20 apresenta a evolução das Densidades Demográficas (adotada as faixas


estabelecidas pelo SEADE), na qual se evidencia que, em 2015, havia dezessete municípios
(a maioria) cujo resultado da relação habitante por km² se situava entre 10 e 30 hab/km².

41
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Plano de Bacia

No outro extremo deve ser ressaltado o município de Tupã que apresentou, na


mesma data, densidade demográfica bastante expressiva (100,5 hab/km2). Os municípios
de Dracena e Garça também apresentaram altos índices de densidade demográfica (90,7 e
77 hab./km², respectivamente.

Ainda, em 2015 um município encontrava-se na faixa de densidade menor do que 10


hab/km²: Arco Íris, como confirmam os dados da Figura 20.

Figura 20. Densidade Demográfica na UGRHI-20.


Fonte: SEADE, 2015/CRHi 2015.

Vale destacar que a densidade demográfica da própria Bacia é considerada baixa


registrando, em 2015, aproximadamente 38,6 hab/km².

Quadro 18. Densidade demográfica das Sub-bacias.


Densidade
População
Sub-bacia Municípios Área (km²) demográfica
(hab.)
(hab./km²)
Álvaro de Carvalho 152,62
Garça 555,77
Getulina 675,43
Alto Aguapeí 79.023 39,96
Guaimbê 217,45
Julio Mesquita 128,21
Vera Cruz 247,85
Arco Íris 263,21
Clementina 168,74
Médio Aguapeí Gabriel Monteiro 138,53 182.102 36,65
Herculândia 365,14
Iacri 324,03

42
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Plano de Bacia

Densidade
População
Sub-bacia Municípios Área (km²) demográfica
(hab.)
(hab./km²)
Lucélia 314,46
Luiziânia 167,01
Parapuã 365,22
Piacatu 232,54
Pompéia 786,41
Queiroz 235,50
Quintana 319,76
Rinópolis 358,50
Salmourão 172,75
Santópolis do Aguapeí 127,55
Tupã 629,11
Dracena 488,04
Monte Castelo 233,16
Nova Independência 265,28
Nova Guataporanga 34,12
Pacaembú 339,72
Baixo Aguapeí 108.287 41,38
Panorama 353,14
Paulicéia 373,89
Santa Mercedes 166,87
São João do Pau d'Alho 117,85
Tupi Paulista 244,65
Total UGRHI-20
9.562,51 369.412 38,63
*a área considerada refere-se apenas aos municípios com sede na Sub-bacia, conforme dados disponíveis no SEADE,2015.

Conforme se observa no Quadro 15, a Sub-bacia do Baixo Aguapeí é a que possui a


maior densidade demográfica, apresentando um valor de 41,38 habitantes por km². Essa
Sub-bacia concentra 29% da população da UGRHI, embora outros 49% se concentrem na
Sub-bacia do médio Aguapeí que possui uma área de 182.102 km².

 Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Aguapeí (UGRHI-21)

A UGRHI-21 possuía em 2015 um total de 457.138 habitantes, representando 1,13%


do total do Estado de São Paulo, conforme dados do SEADE, 2015.

Os dados populacionais por município confirmam claramente que o polo regional da


Bacia continua sendo Marília, com 224.637 habitantes e 49% do total da UGRHI, no ano de
2015. Em segundo lugar está Adamantina, com 33.879 habitantes e Osvaldo Cruz com
31.134 habitantes, ambos representando 14% do total da UGRHI. Os três municípios
citados (Marília, Adamantina e Osvaldo Cruz) juntos, totalizam 63% do total de habitantes da
UGRHI. Após esses três municípios, Martinópolis é o município que contém maior número
de habitantes, com 24.961, representando 5% do total da UGRHI.

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Plano de Bacia

Figura 21. População total em 2015 nos municípios com sede na UGRHI-21.
Fonte: Seade, 2015.

Por outro lado, em 2015, os municípios da UGRHI-21 que possuíam o menor número
de habitantes (menos que 5.000 habitantes) são: Alfredo Marcondes (3.916); Borá (808);
Caiabu (4.094); Emilianópolis (3.054); Flora Rica (1.654); Indiana (4.801); Inúbia Paulista
(3.769); Lutécia (2.660); Mariápolis (3.948); Oscar Bressane (2.524); Piquerobi (3.533);
Pracinha (2.877); Ribeirão dos Índios (2.160); Sagres (2.366) e Santo Expedito (2.891).
Estes municípios, juntos, totalizam 10% do total de habitantes da Bacia estudada.

Figura 22. População total em 2015 nas Sub-bacias da UGRHI-21.


Fonte: Seade, 2015.

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Plano de Bacia

Quando analisada a concentração de população por Sub-bacia, pode-se observar na


Figura 22 que o Alto Peixe é a Sub-bacia que concentra a maior parte da população,
representando 49% do total da UGRHI. É nessa Sub-bacia que está localizado o município
de Marília.

A avaliação do ritmo de crescimento, através do comportamento que vem assumindo


a TGCA da UGRHI-21 e de cada município que a compõem, é de fundamental importância
para o estudo da demanda de água, pois dessa forma se torna possível verificar onde existe
a tendência de concentração e onde está havendo certa estagnação populacional ou
mesmo perda de população. A Figura 23 e o Quadro 19 apresentam a evolução dos
municípios da UGRHI-21 quanto a TGCA.

Pode-se observar que o crescimento populacional da UGRHI-21 é constante em


todos os municípios. Desde o decênio 2002-12 até 2005-15 os municípios se encaixam no
mesmo intervalo de faixa de TGCA. Somente o município de Pracinha, que se classificava
em 2002-12 com TGCA >4, passou a se classificar com valores entre 2,4 e 3,0.

Na maior parte dos períodos o município de Pracinha é o que cujo padrão de


crescimento ultrapassa 3%, porém, essa taxa vem declinando, chegando ao decênio de
2005-2015 com valor de 2,95%, enquanto no primeiro decênio seu valor era de 7,09%.

Figura 23. TGCA na UGRHI-21.


Fonte: Seade, 2014.

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Quadro 19. TGCA dos municípios da UGRHI-21.


TGCA (%)
Municípios
2000 - 2010 2001 - 2011 2002 - 2012 2003 - 2013 2004 - 2014 2005 - 2015

Adamantina 0,09 0,07 0,06 0,05 0,04 0,03


Alfredo Marcondes 0,51 0,45 0,39 0,34 0,31 0,27
Álvares Machado 0,38 0,33 0,29 0,25 0,20 0,15
Bastos -0,06 -0,09 -0,12 -0,15 -0,18 -0,19
Borá 0,13 0,05 0,05 0,09 0,10 0,06
Caiabu -0,01 -0,01 0,00 -0,01 -0,03 -0,03
Emilianópolis 0,43 0,40 0,36 0,33 0,30 0,27
Flora Rica -2,14 -2,07 -2,01 -1,92 -1,81 -1,74
Flórida Paulista 1,44 1,22 1,00 0,80 0,60 0,39
Indiana -0,21 -0,21 -0,21 -0,22 -0,22 -0,21
Inúbia Paulista 0,89 0,88 0,88 0,87 0,85 0,83
Irapuru 0,42 0,31 0,19 0,07 -0,04 -0,16
Junqueirópolis 0,96 0,93 0,89 0,86 0,85 0,83
Lutécia -0,64 -0,60 -0,57 -0,58 -0,60 -0,60
Mariápolis 0,15 0,15 0,14 0,15 0,16 0,16
Marília 0,95 0,91 0,88 0,85 0,82 0,80
Martinópolis 0,81 0,78 0,75 0,72 0,72 0,71
Oriente 0,34 0,32 0,29 0,27 0,28 0,27
Oscar Bressane -0,06 -0,06 -0,04 -0,04 -0,04 -0,02
Osvaldo Cruz 0,42 0,36 0,32 0,29 0,26 0,22
Ouro Verde 0,87 0,83 0,81 0,76 0,72 0,70
Piquerobi 0,17 0,17 0,15 0,11 0,09 0,06
Pracinha 7,09 6,11 5,21 4,41 3,66 2,95
Ribeirão dos Índios -0,15 -0,18 -0,20 -0,20 -0,22 -0,25
Sagres -0,19 -0,20 -0,21 -0,20 -0,19 -0,19
Santo Expedito 1,05 1,00 0,95 0,93 0,90 0,84
UGRHI 21 0,70 0,65 0,61 0,58 0,55 0,52
Fonte: Seade, 2015.

A UGRHI-21 Peixe apresentou um declínio na Taxa Geométrica de Crescimento


Anual para os períodos analisados. Os períodos foram divididos em decênios, isto é, 10
anos, da seguinte forma: 2000-2010, 2001-2011, 2002-2012, 2003-2013, 2004-2014 e 2005-
2015. As taxas constatadas foram 0,70%, 0,65%, 0,61%, 0,58%, 0,55% e 0,52%,
respectivamente.

Somente os municípios de Bastos, Caiabu, Mariápolis e Ribeirão dos Índios


apresentaram taxa de crescimento maior do que zero, comparando o decênio 2005-15 com
os anteriores. Os municípios Flórida Paulista, Irapuru e Piquerobi apresentaram as piores

46
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Plano de Bacia

TGCAs comparando o período 2000-10 e 2005-15 (-0,73%, -1,37& e -0,67%,


respectivamente). É possível analisar ainda que, mesmo com esse declínio em alguns
municípios, a UGRHI-21 manteve o número de população em ascensão, evidenciando que
está havendo concentração populacional em algumas áreas.

Como a totalidade do país, a Bacia Hidrográfica do Peixe se caracteriza por um perfil


predominantemente urbano, muito embora em muitos municípios da UGRHI-21 a população
rural ainda seja significativa (Quadro 20).

Quadro 20. UGRHI–21: População total, urbana e rural, 2010 e 2015.


População População População
População População População
Município Urbana Urbana Rural
total (2010) Rural (2010) total 2015
(2010) (2015) (2015)
Adamantina 33.794 31.945 1.849 33.879 32.398 1.481
Alfredo Marcondes 3.889 3.253 636 3.916 3.429 487
Álvares Machado 23.506 21.177 2.329 23.602 21.412 2.190
Bastos 20.446 17.609 2.837 20.259 17.724 2.535
Borá 805 627 178 808 629 179
Caiabu 4.072 3.315 757 4.094 3.420 674
Emilianópolis 3.019 2.496 523 3.054 2.609 445
Flora Rica 1.755 1.420 335 1.654 1.396 258
Flórida Paulista 12.832 10.124 2.708 12.447 9.821 2.626
Indiana 4.826 4.128 698 4.801 4.173 628
Inúbia Paulista 3.627 3.174 453 3.769 3.362 407
Irapuru 7.786 5.505 2.281 7.544 5.333 2.211
Junqueirópolis 18.711 15.387 3.324 19.402 16.241 3.161
Lutécia 2.715 2.159 556 2.660 2.176 484
Mariápolis 3.915 3.136 779 3.948 3.281 667
Marília 216.576 206.860 9.716 224.637 214.559 10.078
Martinópolis 24.203 20.328 3.875 24.961 21.348 3.613
Oriente 6.095 5.693 402 6.181 5.844 337
Oscar Bressane 2.537 2.099 438 2.524 2.156 368
Osvaldo Cruz 30.906 27.772 3.134 31.134 28.208 2.926
Ouro Verde 7.794 7.170 624 8.037 7.489 548
Piquerobi 3.537 2.669 868 3.533 2.744 789
Pracinha 2.842 1.361 1.481 2.877 1.378 1.499
Ribeirão dos Índios 2.187 1.850 337 2.160 1.874 286
Sagres 2.395 1.819 576 2.366 1.904 462
Santo Expedito 2.801 2.476 325 2.891 2.639 252
Total na UGRHI 21 447.571 405.552 42.019 457.138 417.547 39.591
% da UGRHI-21 100 90,61 9,39 100 91,34 8,66
Total do Estado de SP 41.223.683 39.548.206 1.675.477 40.617.431 38.754.215 1.863.217
% UGRHI-21/ESP 1,09 1,03 2,51 1,13 1,08 2,12
Fonte: SEADE, 2015.

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Plano de Bacia

Os dados consolidados referentes a assentamento rural que estão disponíveis no


site do INCRA – Ministério do Desenvolvimento Agrário indicaram que a Bacia do Peixe tem
um total estimado de 1.030 pessoas, correspondendo a 206 famílias que se estabeleceram
em igual número de lotes agrários. Quando se relaciona o total de residentes assentados
com o total de população da UGRHI-21 no ano de 2015, verifica-se que esta representa
apenas 0,2% da população.

No ano de 2010, o Estado de São Paulo tinha 1.675.477 pessoas vivendo na área
rural. Desse total 2,5% pertenciam à UGRHI-21 e, em 2015, o Estado registrou 1.863.217
habitantes rurais, sendo que a UGRHI-21 era responsável por 2,1%.

A fim de se obter uma melhor compreensão sobre o comportamento da população


rural nessa porção do território paulista, foi necessário conhecer o número que famílias que
foram assentadas no Peixe. Essas informações são disponibilizadas no site do INCRA (o
número de lotes/ famílias assentadas, a área ocupada em km² e os municípios receptores),
conforme indicam os dados no Quadro 21.

Quadro 21. População estimada dos assentamentos rurais nos municípios da Bacia
do Peixe.
Nº de
População
Municípios Assentamentos (2014) lotes / Área (ha)
Estimada*
famílias
PA Chico Castro Alves 85 1783,1 425
Martinópolis
PA Nova Vida 37 961,6 185
PE Santo Antonio da Lagoa 29 968,0 145
Piquerobi PE São José da Lagoa 29 1026,4 145
PE Santa Rita 26 600,9 130
Total UGRHI 21 206 5.340,0 1.030
Notas: (*) População estimada: 1 família constituída por 5 pessoas, conforme orientação do ITESP
Fonte: INCRA, 2016.

Desde 1983, quando se iniciaram os assentamentos no Estado de São Paulo, até o


ano de 2015, no território da UGRHI-21 foram assentadas 206 famílias que correspondem a
aproximadamente 1.030 pessoas. Foram utilizados aproximadamente 5.340 hectare para
assentar as famílias rurais, correspondendo a 0,5% do total da área da UGRHI-21, que é de
10.769 km².

Comparando população urbana e rural, observa-se no Quadro 22, que 91% da


população da UGRHI-21 estão circunscritas aos perímetros urbanos.

O conhecimento da evolução da taxa de urbanização é importante, uma vez que, a


urbanização aumenta o desenvolvimento econômico e a competição pelos recursos
naturais. A urbanização também aumenta as áreas impermeáveis e produção de

48
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Plano de Bacia

sedimentos e resíduos sólidos que escoam para a drenagem, aumentando os riscos de


poluição. Este índice é um resumo do perfil predominante que a Bacia e seus municípios
vêm assumindo no período adotado para esta análise.

Quadro 22. UGRHI-21: Evolução da população urbana e rural.


População Total População Urbana População Rural
Município
2010* 2014 2015 2010* 2014 2015 2010* 2014 2015
Adamantina 33.794 33.862 33.879 31.945 32.318 32.398 1.849 1.544 1.481
Alfredo Marcondes 3.889 3.910 3.916 3.253 3.397 3.429 636 513 487
Álvares Machado 23.506 23.583 23.602 21.177 21.366 21.412 2.329 2.217 2.190
Bastos 20.446 20.296 20.259 17.609 17.704 17.724 2.837 2.592 2.535
Borá 805 808 808 627 629 629 178 179 179
Caiabu 4.072 4.090 4.094 3.315 3.400 3.420 757 690 674
Emilianópolis 3.019 3.047 3.054 2.496 2.587 2.609 523 460 445
Flora Rica 1.755 1.674 1.654 1.420 1.402 1.396 335 272 258
Flórida Paulista 12.832 12.522 12.447 10.124 9.880 9.821 2.708 2.642 2.626
Indiana 4.826 4.806 4.801 4.128 4.164 4.173 698 642 628
Inúbia Paulista 3.627 3.740 3.769 3.174 3.324 3.362 453 416 407
Irapuru 7.786 7.593 7.544 5.505 5.368 5.333 2.281 2.225 2.211
Junqueirópolis 18.711 19.262 19.402 15.387 16.069 16.241 3.324 3.193 3.161
Lutécia 2.715 2.671 2.660 2.159 2.174 2.176 556 497 484
Mariápolis 3.915 3.942 3.948 3.136 3.254 3.281 779 688 667
Marília 216.576 223.002 224.637 206.860 212.997 214.559 9.716 10.005 10.078
Martinópolis 24.203 24.808 24.961 20.328 21.144 21.348 3.875 3.664 3.613
Oriente 6.095 6.164 6.181 5.693 5.818 5.844 402 346 337
Oscar Bressane 2.537 2.527 2.524 2.099 2.146 2.156 438 381 368
Osvaldo Cruz 30.906 31.088 31.134 27.772 28.122 28.208 3.134 2.966 2.926
Ouro Verde 7.794 7.987 8.037 7.170 7.425 7.489 624 562 548
Piquerobi 3.537 3.534 3.533 2.669 2.730 2.744 868 804 789
Pracinha 2.842 2.871 2.877 1.361 1.375 1.378 1.481 1.496 1.499
Ribeirão dos Índios 2.187 2.165 2.160 1.850 1.869 1.874 337 296 286
Sagres 2.395 2.372 2.366 1.819 1.888 1.904 576 484 462
Santo Expedito 2.801 2.873 2.891 2.476 2.608 2.639 325 265 252
Total na UGRHI 21 447.571 455.197 457.138 405.552 415.158 417.547 42.019 40.039 39.591
Fonte: SEADE, 2015 / CRHi 2015.

49
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Plano de Bacia

Figura 24. Evolução da população total, urbana e rural.


Fonte: Seade, 2015.

Cabe destacar que o critério para definir se uma área é urbana ou rural é
eminentemente legal, conforme as Leis de Zoneamento de cada município. Assim, o cálculo
das taxas de urbanização só pode se elaborado obedecendo aos limites dessas leis. Além
disso, os desmembramentos municipais e as alterações nos limites das áreas urbanas e das
zonas rurais modificam os valores das taxas de urbanização dos municípios no decorrer dos
anos adotados para esta análise. Após esses esclarecimentos, apresenta-se o Quadro 23
sobre a evolução da taxa de urbanização.

Quadro 23. Evolução da taxa de urbanização


Taxa de urbanização (%)
MUNICÍPIO
2010 2011 2012 2013 2014 2015

Adamantina 94,5 94,8 95,0 95,2 95,4 95,6


Alfredo Marcondes 83,6 84,5 85,4 86,1 86,9 87,6
Álvares Machado 90,1 90,2 90,3 90,5 90,6 90,7
Bastos 86,1 86,4 86,7 87,0 87,2 87,5
Borá 77,9 77,9 77,9 77,9 77,9 77,9
Caiabu 81,4 81,8 82,3 82,7 83,1 83,5
Emilianópolis 82,7 83,3 83,8 84,4 84,9 85,4
Flora Rica 80,9 81,7 82,4 83,1 83,8 84,4
Flórida Paulista 78,9 78,9 78,9 78,9 78,9 78,9
Indiana 85,5 85,8 86,1 86,4 86,6 86,9
Inúbia Paulista 87,5 87,9 88,2 88,6 88,9 89,2

50
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Plano de Bacia

Taxa de urbanização (%)


MUNICÍPIO
2010 2011 2012 2013 2014 2015

Irapuru 70,7 70,7 70,7 70,7 70,7 70,7


Junqueirópolis 82,2 82,5 82,8 83,1 83,4 83,7
Lutécia 79,5 80,0 80,5 80,9 81,4 81,8
Mariápolis 80,1 80,7 81,4 82,0 82,6 83,1
Marília 95,5 95,5 95,5 95,5 95,5 95,5
Martinópolis 84,0 84,3 84,6 84,9 85,2 85,5
Oriente 93,4 93,7 94,0 94,2 94,4 94,6
Oscar Bressane 82,7 83,3 83,9 84,4 84,9 85,4
Osvaldo Cruz 89,9 90,0 90,2 90,3 90,5 90,6
Ouro Verde 92,0 92,3 92,5 92,7 93,0 93,2
Piquerobi 75,5 75,9 76,4 76,8 77,3 77,7
Pracinha 47,9 47,9 47,9 47,9 47,9 47,9
Ribeirão dos Índios 84,6 85,1 85,5 86,0 86,3 86,8
Sagres 75,9 76,9 77,8 78,8 79,6 80,5
Santo Expedito 88,4 89,1 89,7 90,3 90,8 91,3
Total da UGRHI 21 90,6 90,8 90,9 91,1 91,2 91,3
Total do Estado de São Paulo 95,9 96,0 96,1 96,1 96,2 96,3
Fonte: SEADE, 2015/ CRHi 2015.

Verifica-se que, em 2010, a taxa do Estado de São Paulo era de 95,9%, enquanto a
UGRHI-21 registrava 90,6%. Pelo grau de urbanização do Estado verifica-se que, em 2015,
a UGRHI-21 possuía um significativo contingente populacional vivendo na área urbana dos
municípios (90,6%). Isso confirma que o crescimento urbano acompanhou a evolução do
Estado.

Figura 25. UGRHI-21: Taxa de urbanização.


Fonte: Seade, 2015.

51
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Em 2015, o Estado registrou uma taxa de urbanização de 96,3% e a UGRHI-21


91,3%. Quatro (4) municípios computaram taxas de urbanização superiores àquelas
registradas para o conjunto da UGRHI-21 (91,3%), a saber: Adamantina (95,6%), Marília
(95,5%), Oriente (94,6%) e Ouro Verde (93,2%).

Todos os outros dezenove (19) municípios apresentaram taxas de urbanização


menores 91,3%, sendo que, dois (2) deles, apresentam as taxas de urbanização abaixo de
75%, são eles: Irapuru (70,7%) e Pracinha (47,9%). Através desses dados, pode-se concluir
que esses dois municípios apresentam grande parte da sua população total vivendo em
áreas rurais.

Outro importante aspecto que deve ser abordado com relação à demografia, refere-
se à evolução da densidade demográfica dos vinte e seis municípios, objeto deste plano.
Cabe destacar que os dados sobre a densidade complementam e enriquecem o
conhecimento sobre o comportamento populacional uma vez que esse índice, normalmente,
é utilizado para verificar a intensidade de ocupação de um território.

A Figura 26, apresenta a evolução das Densidades Demográficas (adotada as faixas


estabelecidas pelo SEADE), na qual se evidencia que, em 2015, havia nove municípios (a
maioria) cujo resultado da relação habitante por km² se situava entre 10 e 30 hab/km².

No outro extremo deve ser ressaltado o município de Marília que apresentou, na


mesma data, densidade demográfica bastante expressiva (192,0 hab/km2). Os municípios
de Osvaldo Cruz e Bastos também apresentaram altos índices de densidade demográfica
(125,5 e 117,9 hab./km², respectivamente).

Ainda, em 2015 um município encontrava-se na faixa de densidade menor do que 10


hab/km²: Lutécia, como confirmam os dados da Figura 20.

52
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Plano de Bacia

Figura 26. Densidade Demográfica na UGRHI-21.


Fonte: SEADE, 2015/CRHi 2015.

Vale destacar que para o ano de 2015 a densidade demográfica registrada para a
Bacia era de aproximadamente 54,3 hab/km².

Quadro 24. Densidade demográfica das Sub-bacias.


Densidade
População
Sub-bacia Área (km²) demográfica
(hab.)
(hab./km²)
Alto Peixe 1.170,05 224.637 192,0
Baixo Peixe 6.052,44 200.069 33,1
Médio Peixe 1.203,00 32.432 27,0
Total UGRHI-21 8.425,49 457.138 54,3
*a área considerada refere-se apenas aos municípios com sede na Sub-bacia, conforme dados disponíveis no SEADE,2015.

Conforme se observa no Quadro 30, a Sub-bacia do Alto Peixe é a que possui a


maior densidade demográfica, apresentando um valor de 192,0 habitantes por km². Essa
Sub-bacia concentra 49% da população da UGRHI, embora outros 44% se concentrem na
Sub-bacia do Baixo Peice que possui uma área de 6.052,44 km².

4.1.1.2 Responsabilidade Social e Desenvolvimento Humano

O Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) é um sistema de indicadores


socioeconômicos referidos a cada município do Estado de São Paulo, destinado a subsidiar
a formulação e a avaliação de políticas públicas na esfera municipal. Com o IPRS, a
Fundação Seade procurou criar, para o Estado de São Paulo, um indicador que,

53
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preservando as três dimensões (renda, escolaridade e longevidade) do Índice de


Desenvolvimento Humano – IDH tivesse como base:

 Variáveis aptas a captar mudanças nas condições de vida do município em curto


espaço de tempo;

 Registros administrativos que satisfizessem as condições de periodicidade e


cobertura, necessárias para atualização do indicador para os anos entre os censos
demográficos e para todos os municípios do Estado;

 Uma tipologia de municípios que permitisse identificar, simultaneamente, a situação


de cada um nas dimensões renda, escolaridade e longevidade. Esse tipo de
indicador, apesar de não ser passível de ordenação, possibilita um maior
detalhamento das condições de vida existentes no município, o que é fundamental
quando se pensa no desenho de políticas públicas específicas para municípios com
diferentes níveis e padrões de desenvolvimento.

A partir desses parâmetros, compôs-se o IPRS: três dimensões setoriais, que


mensuram as condições atuais do município em termos de renda, escolaridade e
longevidade – permitindo, nesse caso, o ordenamento dos 645 municípios do Estado de São
Paulo segundo cada uma dessas dimensões – e uma tipologia constituída de cinco grupos,
denominada grupos do IPRS, que resume a situação dos municípios segundo os três eixos
considerados. Assim, apesar de representarem as mesmas dimensões, os componentes
dos indicadores setoriais são distintos daqueles utilizados pelo IDH. Em cada uma das três
dimensões foram criados indicadores sintéticos, que permitem a hierarquização dos
municípios paulistas conforme seus níveis de riqueza, longevidade e escolaridade. Esses
indicadores, expressos em uma escala de 0 a 100, constituem uma combinação linear das
variáveis selecionadas para compor cada dimensão. A estrutura de ponderação foi obtida de
acordo com um modelo de análise fatorial, em que se estuda a estrutura de
interdependência entre diversas variáveis.

O Quadro 25, a seguir, apresenta a composição dos 5 grupos do IPRS. As definições


explicitadas fornecem as condições básicas para a apresentação do IPRS, que, de forma
sucinta, traduzem as condições socioeconômicas da UGRHI-20, conforme Quadro 26.

54
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Plano de Bacia

Quadro 25. Grupos do IPRS.


GRUPO CATEGORIAS
Alta riqueza, alta longevidade e média escolaridade.
Alta riqueza, alta longevidade e alta escolaridade.
Grupo 1 Alta riqueza, média longevidade e média escolaridade.
Alta riqueza, média longevidade e alta escolaridade.
Alta riqueza, baixa longevidade e baixa escolaridade.
Alta riqueza, baixa longevidade e média escolaridade.
Grupo 2 Alta riqueza, baixa longevidade e alta escolaridade.
Alta riqueza, média longevidade e baixa escolaridade.
Alta riqueza, alta longevidade e baixa escolaridade.
Baixa riqueza, alta longevidade e alta escolaridade.
Baixa riqueza, alta longevidade e média escolaridade.
Grupo 3
Baixa riqueza, média longevidade e alta escolaridade.
Baixa riqueza, média longevidade e média escolaridade.
Baixa riqueza, baixa longevidade e média escolaridade.
Baixa riqueza, baixa longevidade e alta escolaridade.
Grupo 4
Baixa riqueza, média longevidade e baixa escolaridade.
Baixa riqueza, alta longevidade e baixa escolaridade.
Grupo 5 Baixa riqueza, baixa longevidade e baixa escolaridade.
Fonte: SEADE, 2012.

Para o Estado de São Paulo, o IPRS mais atualizado refere-se ao ano de 2012, que
foi a base utilizada para os municípios das UGRHI-20 e 21.

Quadro 26. Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS 2012 – UGRHI-20.


IPRS ano de 2012
Municípios Grupo do
Riqueza Longevidade Escolaridade
IPRS
Álvaro de Carvalho 30 61 44 5
Arco-Íris 30 71 44 4
Clementina 34 71 64 3
Dracena 34 68 60 3
Gabriel Monteiro 32 66 72 4
Garça 34 66 58 4
Getulina 32 73 41 4
Guaimbê 29 60 50 5
Herculândia 33 62 52 5
Iacri 32 61 50 5
Júlio Mesquita 26 69 46 4
Lucélia 33 80 60 3
Luiziânia 31 51 58 4
Monte Castelo 30 62 57 4
Nova Guataporanga 23 81 50 4
Nova Independência 37 54 58 4
Pacaembu 30 71 56 3
Panorama 32 64 54 4
Parapuã 35 63 53 5
Paulicéia 35 64 48 5
Piacatu 30 68 63 3
Pompéia 44 71 65 1

55
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IPRS ano de 2012


Municípios Grupo do
Riqueza Longevidade Escolaridade
IPRS
Queiroz 43 61 45 2
Quintana 35 70 58 3
Rinópolis 32 63 53 5
Salmourão 27 57 47 5
Santa Mercedes 34 69 41 4
Santópolis do Aguapeí 31 66 50 5
São João do Pau d'Alho 31 77 59 3
Tupã 36 64 54 4
Tupi Paulista 30 62 66 4
Vera Cruz 33 72 56 3
Média do IPRS - UGRHI 20 32 66 54 4
Fonte: SEADE, 2012.

Para o ano de análise (2012), as informações do IPRS indicam apenas um (1)


município da UGRHI-20 apresentou condições socioeconômicas favoráveis, em que seu
IPRS ficou no grupo 1, o município de Pompéia. No grupo 2, onde predomina a alta renda,
variando a longevidade e a escolaridade, também foi enquadrado só um município,
Queiroz.. No entanto, 8 municípios da UGRHI-20 estão enquadrados no grupo 3 do IPRS,
onde predomina a baixa riqueza, com variações na escolaridade e longevidade.
Observa-se também que parte da população da UGRHI-20 encontra-se em
condições socioeconômicas bastante vulneráveis, na medida em que as informações acima
apontam que 22 municípios, em 2012, registraram IPRS nos grupos 4 e 5, nos quais as
precariedades econômicas são preponderantes. Desse conjunto, Álvaro de Carvalho,
Guaimbê, Herculândia, Iacri, Parapuã, Paulicéia, Rinópolis, Salmourão e Santópolis do
Aguapeí estão enquadrados no grupo 5, que se constitui o grupo mais desfavorável do
IPRS.

A Figura 27 apresenta a evolução dos municípios quanto ao IPRS na UGRHI-20.


Comparando os anos analisados, observa-se que houve um aumento dos municípios
enquadrados no grupo 5. Se somados os grupos 4 e 5, há um total de 22 municípios nesse
enquadramento em 2012. Para os grupos 1, 2 e 3, apenas 10 municípios se encaixam
nessas categorias. Assim, de modo geral, conclui-se que houve um declínio no desempenho
dos municípios.

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Plano de Bacia

Figura 27. Índice Paulista de Responsabilidade Social.


Fonte: SEADE, 2012

A Figura 31 apresenta a evolução do IPRS na bacia do Aguapeí desde o ano de


2010, até o ano de 2012, nos anos que os dados foram disponibilizados pela Fundação
SEADE.

Figura ilustrativa

Figura 28. IPRS na UGRHI-20.


Fonte: Dados – CRHi 2015 / Seade, 2012.

Quadro 27. Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS 2012 – UGRHI-21.


IPRS ano de 2012
Municipios Grupo Grupo do
Riqueza Longevidade Escolaridade
do IPRS IPRS (2010)
Adamantina 34 74 64 3 3
Alfredo Marcondes 28 82 64 3 3
Álvares Machado 31 78 47 4 4
Bastos 39 72 58 3 4
Borá 38 80 60 3 3
Caiabu 27 74 40 4 4

57
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IPRS ano de 2012


Municipios Grupo Grupo do
Riqueza Longevidade Escolaridade
do IPRS IPRS (2010)
Emilianópolis 26 92 46 4 3
Flora Rica 29 69 60 3 3
Flórida Paulista 31 55 52 5 4
Indiana 26 70 49 4 4
Inúbia Paulista 37 79 49 4 3
Irapuru 26 59 46 5 5
Junqueirópolis 35 61 65 4 4
Lutécia 31 62 51 5 4
Mariápolis 26 64 43 5 4
Marília 40 71 65 3 3
Martinópolis 32 77 52 4 4
Oriente 31 58 48 5 4
Oscar Bressane 29 57 74 4 3
Osvaldo Cruz 34 72 57 3 4
Ouro Verde 30 60 63 4 4
Piquerobi 29 78 64 3 3
Pracinha 25 73 43 4 3
Ribeirão dos Índios 26 77 50 4 3
Sagres 26 74 60 3 4
Santo Expedito 25 69 55 3 3
Média do IPRS - UGRHI 21 30 71 55 4 4
Fonte: SEADE, 2012.

Para o ano de análise (2012), as informações do IPRS indicam que nenhum dos
municípios da UGRHI-21 apresentou condições socioeconômicas favoráveis, em que seu
IPRS ficou no grupo 1. No grupo 2, onde predomina a alta renda, variando a longevidade e a
escolaridade, também não foram constatados na UGRHI-21 municípios que se
enquadrassem nesse perfil. No entanto, 12 municípios da UGRHI-21 estão enquadrados no
grupo 3 do IPRS, onde predomina a baixa riqueza, com variações na escolaridade e
longevidade.

Observa-se também que parte da população da UGRHI-21 encontra-se em


condições socioeconômicas bastante vulneráveis, na medida em que as informações acima
apontam que 14 municípios, em 2012, registraram IPRS nos grupos 4 e 5, nos quais as
precariedades econômicas são preponderantes. Desse conjunto, Irapuru está enquadrado
no grupo 5, que se constitui o grupo mais desfavorável do IPRS.

A Figura 29 apresenta a evolução dos municípios quanto ao IPRS na UGRHI-21.


Comparando os anos analisados, observa-se que houve um decréscimo dos municípios
enquadrados no grupo 3 de 2 municípios, em 2012 comparando com 2010. Nos grupos 4 e
5, se somados, em 2010 existiam 14 municípios enquadrados, e em 2012 este numero
passou para 16, com destaque para um aumento de 4 municípios no grupo 5. Somando a

58
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Plano de Bacia

isso, não há municípios enquadrados nos grupos 1 e 2. Pode-se concluir através desses
dados, que houve uma piora no índice de responsabilidade social da UGRHI-21 comparado
com os anos anteriores.

Figura 29. Índice Paulista de Responsabilidade Social.


Fonte: SEADE, 2012

A Figura 30 apresenta a evolução do IPRS na bacia do Peixe desde o ano de 2004,


até o ano de 2012, nos anos que os dados foram disponibilizados pela Fundação SEADE.

Figura ilustrativa

Figura 30. IPRS na UGRHI-21.


Fonte: Dados – CRHi 2015 / Seade, 2012.

4.1.1.3 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

O IDH-M (índice de desenvolvimento humano municipal) é um indicador que sintetiza


três aspectos do desenvolvimento humano: vida longa e saudável, acesso ao conhecimento
e padrão de vida, traduzidos nas dimensões de longevidade, educação e renda, como já

59
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explicito anteriormente, distintos dos indicadores utilizados para o IPRS. Quanto mais
próximo de 1, maior o desenvolvimento humano do município, classificado segundo as
categorias indicadas no Quadro 28.

Quadro 28. Faixa de valores do IDHM.


Faixas Valores
Muito Alto 0,80 – 1,0
Alto 0,70 – 0,799
Médio 0,60 – 0,699
Baixo 0,50 – 0,599
Muito Baixo 0,00 – 0,499

Figura 31. IDHM na UGRHI-20.


Fonte: SEADE, 2010.

Comparando os índices de desenvolvimento humano nos municípios da Bacia do Rio


Aguapeí, entre 2000 e 2010, houve um aumento no número de municípios com o índice
classificado como alto (de 3 municípios para 31 municípios). Consequentemente, o número
de municípios classificados com o IDH médio diminuiu (de 27 municípios para 1 município).
Nenhum município foi classificado com IDH-M baixo ou muito baixo. O Quadro 29 e a Figura
32 apresentam a evolução do IDH-M nos municípios da bacia do Aguapeí, comparando
dados de 2000 e 2010, anos que os dados foram disponibilizados pelo Atlas de
desenvolvimento humano no Brasil, de 2013.

60
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Quadro 29. IDHM dos municípios da UGRHI-20.


Índice de Desenvolvimento Humano Ranking
Municípios Est.
Municípios
2000 2010 São Paulo
(2010)
Álvaro de Carvalho 0,560 0,688 610
Arco-Íris 0,636 0,722 452
Clementina 0,636 0,725 430
Dracena 0,717 0,776 83
Gabriel Monteiro 0,631 0,763 145
Garça 0,685 0,769 115
Getulina 0,623 0,717 494
Guaimbê 0,607 0,728 409
Herculândia 0,612 0,727 418
Iacri 0,629 0,733 362
Júlio Mesquita 0,613 0,716 500
Lucélia 0,665 0,752 216
Luiziânia 0,602 0,702 574
Monte Castelo 0,639 0,741 297
Nova Guataporanga 0,639 0,726 426
Nova Independência 0,644 0,735 345
Pacaembu 0,660 0,725 430
Panorama 0,635 0,722 452
Parapuã 0,625 0,737 330
Paulicéia 0,603 0,711 528
Piacatu 0,644 0,732 370
Pompéia 0,719 0,786 47
Queiroz 0,572 0,715 502
Quintana 0,634 0,732 370
Rinópolis 0,655 0,723 446
Salmourão 0,607 0,719 476
Santa Mercedes 0,631 0,739 314
Santópolis do Aguapeí 0,642 0,740 306
São João do Pau d'Alho 0,641 0,750 232
Tupã 0,691 0,771 107
Tupi Paulista 0,713 0,769 115
Vera Cruz 0,665 0,754 199
Fonte: SEADE, 2010.

Observa-se que, somente o município de Álvaro de Carvalho está classificado como


médio no IDHM no ano de 2010. Na lista de classificação dos municípios do Estado de São
Paulo, divulgada pelo Atlas de Desenvolvimento humano no Brasil (2013), Álvaro de
Carvalho está na 610ª posição no ano de 2010.

61
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 32. IDHM nos municípios da UGRHI-20.


Fonte: SEADE, 2010.

IDH-M
30

25 2 2
Muito Baixo
n° de municípios

20 Baixo
Médio
15
21 Alto
24
10 Muito Alto

5
3
0
2000 2010

Figura 33. IDHM na UGRHI-21.


Fonte: SEADE, 2010.

Comparando os índices de desenvolvimento humano nos municípios da Bacia do


Peixe, entre 2000 e 2010, houve um aumento no número de municípios com o índice
classificado como alto (de 3 municípios para 24 municípios). Consequentemente, o número
de municípios classificados com o IDH baixo, diminuiu (de 2 municípios para 0 municípios).
Apenas dois municípios foram classificados como IDH médio. O Quadro 30 e a Figura 34
apresentam a evolução do IDHM nos municípios da bacia do Peixe comparando dados de
2000 e 2010, anos que os dados foram disponibilizados pelo Atlas de desenvolvimento
humano no Brasil, de 2013.

62
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Plano de Bacia

Quadro 30. IDHM dos municípios da UGRHI-21.


Índice de Desenvolvimento Humano
Municípios
2000 2010
Adamantina 0,721 0,790
Alfredo Marcondes 0,646 0,741
Álvares Machado 0,661 0,758
Bastos 0,651 0,751
Borá 0,649 0,746
Caiabu 0,626 0,729
Emilianópolis 0,635 0,727
Flora Rica 0,639 0,727
Flórida Paulista 0,622 0,715
Indiana 0,678 0,761
Inúbia Paulista 0,664 0,759
Irapuru 0,645 0,712
Junqueirópolis 0,649 0,745
Lutécia 0,657 0,720
Mariápolis 0,634 0,718
Marília 0,725 0,798
Martinópolis 0,645 0,721
Oriente 0,667 0,770
Oscar Bressane 0,684 0,749
Osvaldo Cruz 0,705 0,762
Ouro Verde 0,578 0,692
Piquerobi 0,619 0,711
Pracinha 0,570 0,696
Ribeirão dos Índios 0,612 0,721
Sagres 0,601 0,730
Santo Expedito 0,666 0,732
Fonte: SEADE, 2010.

Observa-se que, nenhum município está classificado como muito alto no IDHM no
ano de 2010. O município com maior IDH é Marília, com 0,798 e classificado como o 25º na
lista dos municípios do Estado de São Paulo, divulgada pelo Atlas de Desenvolvimento
humano no Brasil (2013). Os municípios que estão classificados como IDHM médio (0,60-
0,699) são: Pracinha (0,696) e Ouro Verde (0,692).

A melhora no índice de desenvolvimento social se dá através da melhora em índices


referentes à educação (aumento do nível de escolaridade), longevidade (expectativa de vida
ao nascer) e renda per capita dos residentes do município.

63
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 34. Evolução do IDHM nos municípios da UGRHI-21.


Fonte: SEADE, 2010.

4.1.1.4 Índice Paulista de Vulnerabilidade Social

O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) é um sistema de indicadores que


expressam o grau de desenvolvimento social e econômico dos municípios do Estado de São
Paulo. A dimensão socioeconômica compõe-se da renda apropriada pelas famílias e do
poder de geração da mesma por seus membros, considerando que os níveis baixos de
renda definem a situação de pobreza, enquanto a escassez de fontes de rendimentos
seguros e regulares delimitam situações concretas de riscos à pobreza. Já a demográfica
está relacionada ao ciclo de vida familiar, expressas pela idade do responsável e a presença
de crianças com idade até quatro anos, não relacionando pobreza e ciclo de vida.

A partir desses parâmetros, compôs-se o IPVS constituído de sete grupos. O Quadro


31, a seguir, apresenta a composição dos 7 grupos do IPVS. As definições explicitadas
fornecem as condições básicas para a apresentação do IPVS, ano 2010, que, de forma
sucinta, traduzem as condições da UGRHI-20, conforme Quadro 32.

Quadro 31. Grupos do IPVS.


Dimensões
Grupo Socio-econômica IPVS
Ciclo de vida familiar
1 Muito alta Famílias jovens, adultas e idosas Baixíssima vulnerabilidade
2 Média Famílias adultas e idosas Vulnerabilidade muito baixa
3 Média Famílias jovens Vulnerabilidade baixa
4 Baixa Famílias adultas e idosas Vulnerabilidade média
5 Baixa Famílias jovens Vulnerabilidade alta
6 Baixa Famílias jovens Vulnerabilidade muito alta
7 Baixa Famílias idosas, adultas e jovens Vulnerabilidade alta
Fonte: Fundação Seade. Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, 2014.

64
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Plano de Bacia

Quadro 32. Distribuição (%) da população dos municípios da UGRHI-20 nos Grupos do
IPVS.
População (%) - 2010
Municípios
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7
Álvaro de Carvalho - - - 93,1 6,9 - -
Arco-Íris - 14,4 - 72,1 - - 13,5
Clementina - 27,3 50,7 11,4 10,6 - -
Dracena 0,6 59,4 4,7 29,3 5,5 - 0,5
Gabriel Monteiro - 39,2 - 60,8 - - -
Garça - 32,1 12,1 48,1 5,4 - 2,3
Getulina - 22,7 6,8 63 2,2 - 5,2
Guaimbê - 4,5 - 63,7 25,7 - 6,1
Herculândia - 6,2 - 69 24,8 - -
Iacri - 21,7 5,4 65,6 7,3 - -
Júlio Mesquita - - - 79,6 20,4 - -
Lucélia 1,9 39,4 - 50,5 8,2 - -
Luiziânia - 6,7 25,7 38,9 28,7 - -
Monte Castelo - 15,2 - 84,8 - - -
Nova Guataporanga - 6,9 - 93,1 - - -
Nova Independência - 13,4 14,2 28,8 36,1 - 7,5
Pacaembu - 29,4 - 59,7 8,8 - 2
Panorama - 21,6 3,8 40,3 34,2 - -
Parapuã - 28,6 2 66,6 - - 2,8
Paulicéia - - 18,4 57,7 15,7 - 8,2
Piacatu - 18,1 - 43,4 38,5 - -
Pompéia - 39,2 15,8 39,1 5,9 - -
Queiroz - - 10,9 57 32,1 - -
Quintana - - - 92,4 7,6 - -
Rinópolis 2,7 21,5 2,9 63,1 9,8 - -
Salmourão - - 3,6 61,9 34,5 - -
Santa Mercedes - 7,7 - 92,3 - - -
Santópolis do Aguapeí - - 26,1 61,2 12,8 - -
São João do Pau d'Alho - 26,2 - 73,8 - - -
Tupã - 33,7 8,4 51,1 6,8 - -
Tupi Paulista - 62,4 4,2 33,3 - - -
Vera Cruz - 35,9 3,5 56,7 - - 3,9
Média do IPVS - UGRHI 20 1,7 25,3 12,2 59,4 16,9 - 5,2
Fonte: Seade, 2010.

As informações do IPVS indicam que a maioria da população dos municípios da


UGRHI-20, se enquadra no Grupo 4 – Vulnerabilidade média, com a dimensão
socioeconômica baixa e famílias adultas e idosas. O município que melhor se enquadra no
IPVS, é o município de Dracena, com mais de 59% da sua população enquadrada no Grupo
2 (vulnerabilidade muito baixa), seguido de Lucélia, Gabriel Monteiro e Pompéia, nos quais a
população se enquadra, em sua maior parte, no grupo 2.

65
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Plano de Bacia

O município de Arco-Íris é o município que possui maior parcela da população


(13,5%) no grupo 7, de alta vulnerabilidade, com a dimensão socioeconômica baixa e
famílias idosas e adultas, e a maioria pertencentes à áreas rurais.

Quadro 33. Distribuição (%) da população dos municípios da UGRHI-21 nos Grupos do
IPVS.
População (%) - 2010
Municipios
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7

Adamantina - 55,5 4,4 38,1 2 0 0


Alfredo Marcondes - 17,8 - 82,2 - - -
Álvares Machado - 30,1 5,8 46,6 17,5 - -
Bastos - 23,7 18,9 53,5 2,9 - 0,9
Borá - - - 100 - - -
Caiabu - 13,1 - 67,8 19,1 - -
Emilianópolis - - - 93,9 - - 6,1
Flora Rica - 10,5 - 89,5 - - -
Flórida Paulista - 23,3 11,4 40,6 24,8 - -
Indiana - 43,2 11,4 29 16,4 - -
Inúbia Paulista - 22,2 5,9 49,2 22,8 - -
Irapuru - 16,6 - 75,5 7,9 - -
Junqueirópolis - 47,6 1,2 42,7 8,4 - -
Lutécia - - - 100 - - -
Mariápolis - 26,4 19,4 54,3 - - -
Marília 6,1 44,3 14,5 27,3 6,2 1,5 0,1
Martinópolis - 14,6 8,1 67,9 6,3 - 3,1
Oriente - 12,3 9,7 78 - - -
Oscar Bressane - - - 87,3 12,7 - -
Osvaldo Cruz - 58,9 5,5 26,9 5,5 2,6 0,6
Ouro Verde - 10,7 - 61,1 28,2 - -
Piquerobi - 5,2 - 80,8 - - 14,1
Pracinha - 10,7 - 89,3 - - -
Ribeirão dos Índios - 8,4 - 91,6 - - -
Sagres - 14,6 - 78,7 - - 6,6
Santo Expedito - - - 85,6 14,4 - -
Média do IPVS - UGRHI 21 6,1 24,3 9,7 66,8 13,0 1,4 3,9
Fonte: Seade, 2010.

As informações do IPVS indicam que a maioria da população dos municípios da


UGRHI-21, se enquadra no Grupo 4 – Vulnerabilidade média, com a dimensão
socioeconômica baixa e famílias adultas e idosas. O município que melhor se enquadra no
IPVS, é o município de Osvaldo Cruz, com mais de 50% da sua população enquadrada no
Grupo 2 (vulnerabilidade muito baixa), seguido de Adamantina (55,5%), Junqueirópolis

66
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Plano de Bacia

(47,6%) e Marília (44,3%), nos quais a população se enquadra, em sua maior parte, no
grupo 2.

O município de Piquerobi, é o município que possui maior porcentagem de sua


população, comparada com os outros municípios, enquadra no grupo 7 (14,1%), de alta
vulnerabilidade, com a dimensão socioeconômica baixa e famílias idosas e adultas, e a
maioria pertencentes à áreas rurais.

4.1.2 Dinâmica Econômica

Na UGRHI-20, a agricultura e a pecuária são as atividades mais expressivas. Nas


lavouras destacam-se café, cana-de-açúcar e milho. As áreas de pastagem, que antes
ocupavam boa parte das áreas rurais, dividem agora com a cana-de-açúcar este espaço no
uso do solo rural. Atenta-se também para a atividade de extração mineral de areia nos
afluentes do Rio Aguapeí, como o Rio Tibiriçá e Ribeirão Caingangue e olarias instaladas
principalmente nos municípios que margeiam o Rio Paraná. Já nas áreas urbanas dos
municípios que integram a Bacia do Rio Aguapeí, destacam-se os setores de serviços e
comércio como fonte indutora da economia regional.

De forma geral, pode-se afirmar que a Bacia Hidrográfica do Peixe (UGRHI -21) se
constitui basicamente como uma bacia rural, uma vez que sua principal fonte econômica
está ligada a atividades agrícolas, com a cultura canavieira apresentando destaque. A
produção de milho, café e amendoim também são representativas no contexto estadual e a
pecuária, que representa uma produção de 8% no total do Estado de São Paulo. De acordo
com o PERH (Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo) a UGRHI-21 é
classificada como Agropecuária.

Adotou-se para esta análise dados sobre o setor primário, secundário e terciário,
disponíveis no Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE, 2015), fornecidos pelo CRHi
para os anos de 2010 a 2015, e também os dados do Ministério do trabalho e emprego,
2014. Entretanto, é importante ressaltar que os dados disponíveis acerca do uso dos
recursos hídricos nos três setores da economia são muito escassos nas bacias em questão.

4.1.2.1 Agropecuária

A agropecuária representa o conjunto das atividades ligadas à agricultura e à


pecuária. É de grande importância para a economia das UGRHI, uma vez que, é a principal
atividade.

67
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Plano de Bacia

A intensidade de atividade de agricultura e pecuária em uma região representa


grandes demandas de quantidade de água, uma vez que essas atividades são consideradas
como as maiores demandas, em volume de recursos hídricos, além de influenciarem
diretamente na qualidade dos recursos hídricos. De uma maneira geral, pode-se dizer que a
qualidade de uma determinada água é função do uso e ocupação da terra na bacia
hidrográfica. A interferência do homem como na poluição de origem agrícola tem uma
implicação direta na qualidade das águas superficiais e subterrâneas.

A área total dos municípios da UGRHI-20, conforme anteriormente apresentada, é de


13.196 km². Desse total aproximadamente 68% do território são comprometidos com a
agropecuária (cobertura herbácea arbustiva). Para a UGRHI-21, a área total dos municípios
é de 10.769 km², sendo 73% desse território ocupado com agropecuária (cobertura
herbácea arbustiva).

 Agricultura

A agricultura foi divida em faixas, a primeira denominada de Lavouras permanentes,


que segundo o IBGE é a área plantada ou em preparo para o plantio de culturas de longa
duração, que após a colheita não necessitassem de novo plantio, produzindo por vários
anos sucessivos. Foram incluídas nesta categoria as áreas ocupadas por viveiros de mudas
de culturas permanentes. E as lavouras temporárias que abrangeu as áreas plantadas ou
em preparo para o plantio de culturas de curta duração (via de regra, menor que um ano) e
que necessitassem, geralmente de novo plantio após cada colheita, incluíram-se também
nesta categoria as áreas das plantas forrageiras destinadas ao corte.

Os principais produtos da lavoura temporária que se desenvolvem na UGRHI-20 são:


cana-de-açúcar, amendoim e milho. Em 2012, a UGRHI-20 produzia 177.783 hectares de
Cana-de-açúcar em 27 dos 32 municípios pertencentes a unidade hidrográfica, isso
representava 18% da área total da UGRHI utilizada para a agricultura e 3% do total da
produção estadual dessa cultura (em ha). Os municípios de Dracena (11.308 hectares),
Paulicéia (11.198 hectares), Nova Independência (10.500 hectares), Iacri (10.390 hectares),
Pompéia (10.000 hectares), Tupã (9.005 hectares), Santa Mercedes (5.500 hectares),
Pacaembú (8.500 hectares) e Queiroz (8.084 hectares), se somados contribuem com 50%
do total da cultura da cana-de-açúcar na UGRHI-20. A produção do amendoim representa
7% do total das culturas temporárias na UGRHI-20, este, por sua vez é cultivado apenas em
19 municípios, podendo-se destacar no município de Tupã e Quintana. A produção de milho

68
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Plano de Bacia

representa apenas 6% do total das culturas na UGRHI-20, sendo cultivado em 30


municípios da UGRHI-20, em menor quantidade.

As outras culturas temporárias de menor área ocupada são: Mandioca representando


apenas 2% do total da área agricultável da UGRHI-20, outras culturas: arroz, batata doce,
feijão, mamão, mamona, melancia, melão, soja, sorgo, tomate. A Figura 35 ilustra os
produtos das lavouras temporárias desenvolvidos na Bacia do Aguapeí.

Figura 35. Produtos em 2012 – Lavouras temporárias – UGRHI 20


Fonte: Seade, 2012.

A área ocupada por lavouras permanentes na Bacia Hidrográfica do Aguapeí


representa 3% do total da área agricultável. A produção de café foi a mais expressiva na
UGRHI 20 com relação às culturas permanentes, representando 81%, sendo cultivadas em
25 municípios. Em seguida está a produção de borracha, que representa 10% da área de
culturas permanentes na UGRHI-20.

As outras culturas temporárias de menor área ocupada são: abacate, banana,


borracha, caqui, coco, goiaba, laranja, limão, manga, maracujá, pera, pêssego, tangerina,
urucum e uva, que juntos, representam 9% da área total de culturas permanentes na
UGRHI-20. A Figura 36 ilustra os produtos de lavouras permanentes na Bacia do Aguapeí.

69
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Plano de Bacia

Figura 36. Produtos em 2012 – Lavouras permanentes UGRHI 20


Fonte: Seade, 2012.

A UGRHI-21 tem como principais produtos de lavoura temporária as seguintes


culturas: cana-de-açúcar, milho e amendoim. Em 2012, a UGRHI-21 produzia 156.158
hectares de Cana-de-açúcar em 24 dos 26 municípios pertencentes à unidade hidrográfica,
isso representava 78,94% da área total da UGRHI utilizada para a agricultura e 3,03% do
total da produção estadual dessa cultura (em ha). Os municípios Junqueirópolis (25.000
hectares), Martinópolis (24.100 hectares), Flórida Paulista (20.000 hectares) e Adamantina
(13.000), se somados contribuem com 52,5% do total da cultura da cana-de-açúcar na
UGRHI-21. A produção do milho representa 5% do total das culturas na UGRHI-21 e 1,38%
da produção em todo o Estado de São Paulo, este, por sua vez é cultivado em todos os
municípios de forma mais homogênea, podendo-se destacar somente os municípios de
Lutécia e Marília, com 3.500 ha e 1.700 ha, respectivamente. A produção de amendoim
representa 4% do total das culturas na UGRHI-21 e aproximadamente 8% da produção em
todo o Estado de São Paulo. O amendoim é cultivado em 20 dos 26 municípios da UGRHI-
21.

As outras culturas temporárias de menor área ocupada são: Soja e Feijão,


representando 4% do total da área agricultável da UGRHI-21. Outras culturas temporárias:
abacaxi, algodão, arroz, bata-doce, mamão, mandioca, melancia e tomate. A Figura 37
ilustra os produtos das lavouras temporárias desenvolvidos na Bacia do Peixe.

70
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Lavouras temporárias - Principais produtos


em 2012

Cana de açúcar
47% 45% Milho
Amendoim
Soja
3% Feijão
Outros

1% 2% 2%
Figura 37. Produtos em 2012 da UGRHI 21– Lavouras temporárias
Fonte: Seade, 2012.

A área ocupada por lavouras permanentes na Bacia Hidrográfica do Peixe


representa 6% do total da área agricultável. A produção de café foi a mais expressiva na
UGRHI 21 com relação às culturas permanentes, representando 66,2%. Em seguida está a
produção de borracha, que representa 15,9% da área de culturas permanentes na UGRHI-
21.

As outras culturas temporárias de menor área ocupada são: abacate, banana, caqui,
coco, goiaba, laranja, limão, manga, maracujá, pera, tangerina, urucum e uva, que juntos,
representam 18,5% da área total de culturas permanentes na UGRHI-21. A Figura 38 ilustra
os produtos de lavouras permanentes na Bacia do Peixe.

Lavouras Permanentes - Principais produtos em 2012

18%

16% Café

66% Borracha
Outros

Figura 38. Produtos em 2012 da UGRHI 21– Lavouras permanentes


Fonte: Seade, 2012.

71
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Plano de Bacia

 Criação de Animais

A criação de animais se refere conjuntamente as atividades de criação bovina de


corte e leiteira (pecuária), avicultura, suinocultura, entre outros. O principal problema
causado pela pecuária em relação aos recursos hídricos é o comprometimento da qualidade
das águas com dejetos dos animais, antibióticos e hormônios e pesticidas utilizados no
cultivo de rações, além de assoreamento causado por pastagens degradadas e o
desmatamento de áreas de vegetação nativa para ocupação com áreas de pastagens.

Para esta análise foram selecionadas três classificações: a bovinocultura (bovinos,


bubalinos), a avicultura (galinhas, codornas, frangos) e a suinocultura.

Na UGRHI-20, em 2015, a criação de bovinos e bubalinos corresponde a 695.094


animais, representando aproximadamente 6,8% do total do Estado de São Paulo.
Destacam-se nessa criação os municípios de: Pompeia com 66.150 cabeças, Tupã com
55.463 cabeças, Getulina com 41.400 cabeças, Rinópolis com 35.000 cabeças, Iacri com
31.370 cabeças e Pacaembu com 31.200 cabeças. Nesses seis municípios estavam
concentrados, em 2015, 37% de todos os bovinos e bubalinos criados na UGRHI-20.
Importante ressaltar todos os municípios integrantes da UGRHI-20 reservaram partes de
áreas de suas respectivas zonas rurais para a criação de bovinos ou bubalinos, que no
âmbito da pecuária é destinado ao corte e à produção de leite.

A avicultura da UGRHI-20 comparada com o Estado de São Paulo registra uma


criação de 0,7% do total paulista, correspondendo a 5.891.600 aves. Os municípios que
mais se dedicaram na avicultura em 2015 foram: Rinópolis com 1.000.000 aves, Parapuã
com 950.000, seguidos por Tupã com 919.600 aves, Queiroz com 900.000 aves e
Pacaembu, que contabilizou 880.000 aves. Esses municípios representaram 79% do total da
UGRHI-20.

Em 2015, a criação de suínos na UGRHI-20 correspondia a 2,3% do total do Estado


de São Paulo, totalizando 24.676 animais. Os municípios com a maior criação de suínos
foram: Tupã, com 15.000 animais, seguido por Iacri, Dracena, Tupi Paulista e Salmourão,
com 3.500, 2.926, 1.000 e 900 animais, respectivamente. Esses municípios representam
95% do total da Bacia.

A Figura 39 apresenta a comparação no número de animais entre os anos de 2010 e


2015 na UGRHI-20. Pode-se observar que no período a avicultura segue como a maior
atividade na UGRHI-20, apesar de ser a atividade que sofreu maior queda em número de

72
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Plano de Bacia

animais (redução de 43%). Em seguida aparece a pecuária e em terceiro lugar a


suinocultura, em número de animais.

De acordo com os dados apresentados na Figura 39 pode-se observar que houve


uma queda nas três atividades, comparando 2010 e 2015. Em relação a pecuária e
suinocultura, houve uma redução de 16% e 9% respectivamente no número de animais
comparando os anos de 2010 e 2015.

Figura 39. Número animais da agropecuária na UGRHI-20.


Fonte: SEADE, 2015.

Para desenvolvimento da análise do número de estabelecimentos e emprego formais


agropecuários foi utilizada a fonte de dados do SEADE para os anos de 2010, 2011, 2012,
2013 e 2014.

Em relação ao número de estabelecimentos do setor da agropecuária, em 2010,


havia 2.508 estabelecimentos que empregavam 7.644 pessoas. Dois anos depois, em 2012,
a UGRHI-20 computou uma retração nos estabelecimentos agropecuários de 162
estabelecimentos, passando a registrar 2.346 estabelecimentos. No entanto, houve aumento
nos postos de trabalho, quando se verificou que haviam 7.836 empregos formais vinculados
ao setor primário da economia, em 2012 (SEADE, 2014). Nos anos seguintes, 2013 e 2014,
o número de estabelecimentos no setor foi diminuindo, com 2.319 e 2.294 estabelecimentos,
respectivamente.

Com relação aos empregos no setor, no ano de 2013 houve uma queda do número
de empregados de 427 em relação ao ano anterior (2012), mas em 2014 houve um aumento
de 146 postos de trabalho, totalizando 7.555. A Figura 40 mostra a variação do número de

73
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Plano de Bacia

estabelecimentos e número de empregados da agropecuária na UGRHI-20 no período


analisado.

Figura 40. Número de estabelecimentos/empregos da agropecuária na UGRHI-20.


Fonte: Seade, 2015 e CHRi 2015.

Na UGRHI-21, em 2015, a criação de bovinos e bubalinos corresponde a 783.273


animais, representando aproximadamente 8% do total do Estado de São Paulo. Destacam-
se nessa criação os municípios de: Marília, com 115.000 cabeças; Martinópolis, com
100.000 cabeças; Piquerobi, com 59.274 cabeças; Flórida Paulista, com 39.268 cabeças; e
Caiabu, com 37.500. Nesses cinco municípios estavam concentrados, em 2015, 44,8% de
todos os bovinos e bubalinos criados na UGRHI-21. Importante ressaltar que todos os
municípios integrantes da UGRHI-21 reservaram partes de áreas de suas respectivas zonas
rurais para a criação de bovinos ou bubalinos, que no âmbito da pecuária é destinado ao
corte e à produção de leite.

A avicultura da UGRHI-21, comparada com o Estado de São Paulo, registra uma


criação de 4% do total paulista, correspondendo a 28.862.500 aves. Os municípios que mais
se dedicaram na avicultura em 2015 foram: Bastos, com 20.000.000 aves, Martinópolis, com
6.939.000 animais, Flórida Paulista, com 570.000 aves e Marília, com 570.000. Esses
municípios representaram 97,3% do total da UGRHI-21.

Em 2015, a criação de suínos na UGRHI-21 correspondia a 0,45% do total do Estado


de São Paulo, totalizando 4.850 animais. Os municípios com a maior criação de suínos
foram: Álvares Machado, com 1.500 animais, seguido por Flórida Paulista e Junqueirópolis,

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Plano de Bacia

com 750 e 600 animais, respectivamente. Esses municípios representam 58,8% do total da
Bacia.

A Figura 41 apresenta a comparação no número de animais entre os anos de 2010 e


2015 na UGRHI-21. Pode-se observar que no período a avicultura segue como a maior
atividade na UGRHI-21. A pecuária e a suinocultura apresentaram taxas de decrescimento
de 2010 para 2015.

De acordo com os dados apresentados na Figura 41 pode-se observar que houve


uma queda de 2% no número de bovinos/ bubalinos e de 80% no número de suínos da
UGRHI-21, comparando 2010 e 2015. Em relação à avicultura, houve um aumento de 99%
no número de animais comparando os anos de 2010 e 2015.

Figura 41. Número animais da agropecuária na UGRHI-21.


Fonte: SEADE, 2015.

Já para a UGRHI-21, em 2010 havia 2.059 estabelecimentos do setor da


agropecuária que empregavam 9.534 pessoas. Dois anos depois, em 2012, a UGRHI-21
computou uma retração nos estabelecimentos agropecuários de 111 estabelecimentos,
passando a registrar 1.948 estabelecimentos, consequentemente também houve uma
diminuição nos postos de trabalho, quando se verificou que haviam 9.352 empregos formais
vinculados ao setor primário da economia, em 2012 (SEADE, 2014). Nos anos seguintes,
2013 e 2014, o número de estabelecimentos no setor foi diminuindo, com 1.864 e 1.848
estabelecimentos, respectivamente.

Com relação aos empregos no setor, no ano de 2013 houve uma queda no número
de empregados para 7.045 em relação ao ano anterior (2012) e novamente uma queda no

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Plano de Bacia

ano de 2014 para 6.984. A Figura 42 mostra a variação do numero de estabelecimentos e


número de empregados da agropecuária na UGRHI-21 no período analisado.

Figura 42. Número de estabelecimentos/empregos da agropecuária na UGRHI-21.


Fonte: Seade, 2015 e CHRi 2015.

Torna-se imprescindível aqui afirmar a atenção que deve ser dada a agropecuária,
no que concerne a utilização da água para o desenvolvimento dos diferentes produtos. Além
disso, o uso de defensivos agrícolas (agrotóxicos) deve ser uma preocupação constante,
uma vez que comprometem seriamente os cursos d’água e os mananciais de abastecimento
público.

 Estrutura Fundiária

O levantamento da estrutura fundiária foi feito com base no “Projeto LUPA”,


desenvolvido pela CATI. Os dados aqui apresentados referem-se à totalidade dos
municípios presentes na UGRHI, isto é, considera também a porção destes municípios que
se encontram fora da UGRHI.

Como pode ser observado no Quadro 32 e no quadro 33, bem como na Figura 43 e
na Figura 44, a estrutura fundiária nas UGRHI-20 e 21 é bastante heterogênea. A maioria
das unidades de produção possui área entre 20 e 50 ha, configurando assim, pequenas
propriedades. Todavia, ainda existem 116 unidades de produção (UGRHI-20) e 91 (UGRHI-
21) com área maior que 1.000 ha, sendo estas consideradas propriedades de grande porte,
para os padrões do Estado de São Paulo.

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Quadro 34. Estrutura Fundiária nos municípios que compõem a UGRHI-20.


Município (0,1] (1, 2] (2,5] (5,10] (10,20] (20,50] (50,100] (100,200] (200,500] (500,1.000] (1.000,2.000] (2.000,5.000] (5.000,10.000] > 10.000
Álvaro de Carvalho - 1 7 19 26 19 7 12 16 7 3 - - -
Arco-Íris 3 5 20 32 86 125 40 30 17 2 4 - - -
Clementina 2 5 25 53 100 88 48 11 9 2 2 - - -
Dracena 32 57 226 214 200 143 69 38 32 6 6 1 - -
Gabriel Monteiro - 6 26 41 68 85 32 11 6 3 1 - - -
Garça 7 7 101 200 176 146 65 53 54 14 3 - - -
Getulina 21 9 77 58 93 131 60 46 47 19 7 3 - -
Guaimbê 7 8 25 43 60 90 25 19 19 10 - - - -
Herculândia - 11 51 59 75 156 67 52 28 9 3 - - -
Iacri 15 8 45 61 123 155 55 44 30 5 1 - - -
Júlio Mesquita - 4 9 7 12 27 19 14 7 4 1 - - -
Lucélia 17 13 84 123 128 129 52 38 20 4 2 1 - -
Luiziânia 3 4 31 40 72 72 30 11 14 7 - - - -
Monte Castelo 3 6 57 81 118 128 37 16 14 3 2 1 - -
Nova Guataporanga 1 4 36 37 31 43 6 4 3 - - - - -
Nova Independência 1 5 27 25 90 30 23 20 9 7 4 3 - -
Pacaembu 7 12 118 108 175 180 79 27 13 4 1 2 - -
Panorama - 3 25 30 44 56 20 17 15 10 4 3 - -
Parapuã 6 10 117 151 167 150 68 36 32 3 2 - - -
Paulicéia - - 14 16 91 60 8 15 17 9 4 1 - -
Piacatu - 1 26 59 92 120 37 12 9 4 1 - 1 -
Pompéia 1 - 7 25 51 111 63 78 52 24 7 3 1 -
Queiroz - - 4 6 12 13 14 19 18 6 4 1 - -
Quintana - 7 33 28 53 42 18 19 24 7 7 2 - -
Rinópolis - 6 62 115 233 218 54 26 17 3 6 1 - -
Salmourão - - 15 34 55 62 21 11 2 2 3 2 - -
Santa Mercedes 1 - 14 18 46 64 22 23 10 2 3 - - -

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Município (0,1] (1, 2] (2,5] (5,10] (10,20] (20,50] (50,100] (100,200] (200,500] (500,1.000] (1.000,2.000] (2.000,5.000] (5.000,10.000] > 10.000
Santópolis do
- 2 11 17 26 37 24 19 10 4 - - - -
Aguapeí
São João do Pau
1 4 48 67 72 53 8 11 2 - 1 1 - -
d'Alho
Tupã 21 37 206 171 223 245 83 60 55 11 2 - - -
Tupi Paulista 9 13 161 193 253 212 55 20 5 2 2 - - -
Vera Cruz 3 5 25 45 49 69 41 32 15 6 3 - - -
TOTAL 161 253 1.733 2.176 3.100 3.259 1.250 844 621 199 89 25 2 -

Figura 43. Distribuição fundiária das Unidades de Produção Agropecuárias na UGRHI-20.


Fonte: Projeto LUPA – CATI, 2008.

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Quadro 35. Estrutura Fundiária nos municípios que compõem a UGRHI-21.


Área da UPA (ha)
Município (0,1] (1, 2] (2,5] (5,10] (10,20] (20,50] (50,100] (100,200] (200,500] (500,1.000] (1.000,2.000] (2.000,5.000] (5.000,10.000] > 10.000
Adamantina 11 17 96 94 205 219 78 53 35 5 - 1 - -
Alfredo Marcondes 7 10 96 125 175 162 36 8 - 2 - - - -
Álvares Machado 8 26 168 211 282 300 83 45 11 2 - - - -
Bastos 2 8 77 66 71 119 37 16 9 4 - - - -
Borá - 1 6 2 6 17 13 20 13 4 - 1 - -
Caiabu 11 20 98 108 139 99 37 19 9 4 1 2 - -
Emilianópolis 1 2 16 26 43 82 55 30 18 4 2 - - -
Flora Rica - 1 17 27 43 61 30 26 19 3 4 - - -
Flórida Paulista 11 5 48 116 212 220 95 59 33 12 6 - - -
Indiana 4 9 36 47 72 77 26 13 11 2 - - - -
Inúbia Paulista 1 3 19 34 36 33 11 5 4 1 4 - - -
Irapuru 6 98 147 196 140 40 19 10 2 - 1 - -
Junqueirópolis 20 20 148 241 308 282 83 46 37 8 4 1 - -
Lutécia 1 3 14 22 34 70 42 73 48 6 7 - - -
Mariápolis 1 2 80 89 163 172 50 16 10 2 - - - -
Marília 2 7 41 81 234 253 81 99 77 25 16 4 - -
Martinópolis 7 8 113 105 248 201 105 88 62 25 14 7 1 -
Oriente - - 5 11 22 43 27 23 10 2 3 1 - -
Oscar Bressane - 1 19 17 52 97 49 31 19 2 1 - - -
Osvaldo Cruz 3 8 123 174 220 227 40 23 9 1 1 - - -
Ouro Verde - 2 40 57 83 85 27 16 25 9 1 1 - -
Piquerobi 3 6 18 30 62 88 41 35 45 17 3 1 - -
Pracinha 1 2 3 11 16 31 9 6 5 2 - - - -
Ribeirão dos Índios - 1 32 24 48 83 45 21 11 3 - 1 - -
Sagres 5 5 33 52 68 78 35 16 8 2 2 - - -
Santo Expedito 3 25 62 39 51 59 19 13 6 2 - - - -
TOTAL 108 290 1.555 2.005 3.033 3.198 1.173 810 536 149 70 20 1 -

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Plano de Bacia

Figura 44. Distribuição fundiária das Unidades de Produção Agropecuárias na UGRHI-21.


Fonte: Projeto LUPA – CATI, 2008.

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Plano de Bacia

4.1.2.2 Atividade Industrial

De maneira geral a atividade industrial demanda grandes quantidades de água e


influencia diretamente na qualidade dos recursos hídricos. O uso da água no setor industrial
se realiza de várias formas, dentre elas como insumo no processo produtivo, uso em
sistemas de resfriamento de equipamentos e também para fins sanitários.

Para o desenvolvimento da análise do número de estabelecimentos e emprego


formais nas indústrias foi utilizada a fonte de dados do SEADE para os anos de 2010, 2011,
2012, 2013 e 2014.

 Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Aguapeí (UGRHI-20)

O setor secundário da UGRHI-20 é constituído pela indústria extrativa mineral,


construção civil, utilidade pública e pela indústria de transformação, segundo a terminologia
adotada pela RAIS – Relação Anual de Informação Social do MTE - Ministério do Trabalho e
Emprego do Governo Federal do Brasil.

Figura 45. Número de estabelecimentos industriais na UGRHI-20.


Fonte: Seade, 2015 e CHRi 2015.

Em 2010, a Bacia Hidrográfica do Aguapeí possuía 811 estabelecimentos industriais


que propiciavam emprego formal a 23.791 trabalhadores. Dois anos depois, em 2012, foi
possível verificar que houve um incremento dos empreendimentos fabris, passando a
UGRHI-20 a abrigar 72 novas instalações industriais, totalizando 883 estabelecimentos no
setor industrial, fazendo com que o numero de empregos formais também aumentasse,
passando para 24.445 trabalhadores.

81
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Plano de Bacia

Em 2014, o número de estabelecimentos industriais aumentou aproximadamente 2%


em relação ao ano de 2012, totalizando 905 estabelecimentos. O número de empregos
formais, por sua vez, aumentou 4% em relação a 2012, alcançando um total de 25.359.

Figura 46. Número de empregos nos estabelecimentos industriais na UGRHI-20.


Fonte: Seade, 2015 e CHRi 2015.

Dentre os municípios da UGRHI-20 que apresentam o maior número de


estabelecimentos industriais, está Garça, com 179 indústrias, representando 20% do total de
estabelecimentos, seguido por Tupã com 18%, Panorama com 11% e Dracena e Pompéia
com 10% cada.

Entre 2010 e 2014 foi possível verificar que dois municípios da UGRHI-20 tiveram
uma contração no número de estabelecimentos industriais, sendo eles: Álvaro de Carvalho e
Arco-Íris. Os municípios de Herculândia, Monte Castelo, Nova Guataporanga, Pacaembu,
Quintana e Salmourão mantiveram o mesmo número de estabelecimentos industriais entre
2010 e 2014. Todos os demais municípios apresentaram aumento nas atividades industriais.

No ano de 2010, foram levantados todos os processos de outorga e identificados os


12 maiores usuários industriais, o que demonstra a vocação industrial da UGRHI. O Quadro
36 apresenta esta relação.

Quadro 36. Relação dos maiores consumidores industriais


Indústria Tipo indústria Município
Clealco Açúcar e Álcool S.A Usina Açúcar e Alcool Clementina
Clealco Açúcar e Álcool S.A Usina Açúcar e Alcool Queiroz
Central de Álcool de Lucélia
Lucélia
(Bionergia do Brasil S.A) Usina Açúcar e Alcool
Usina Dracena A.A Usina Açúcar e Alcool Dracena

82
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Indústria Tipo indústria Município


Usina Caete S.A Usina Açúcar e Alcool Paulicéia
Usina Santa Mercedes Ltda Usina Açúcar e Alcool Santa Mercedes
Usina Ipê Usina Açúcar e Alcool Nova Independência
Usina Califórnia Usina Açúcar e Alcool Parapuã
Pilão Amidos Alimentícia Tupã

Máquinas Agrícolas Jacto S.A Maquinas e Equipamentos Pompéia


Agrícolas
Frutezas Sucos Naturais Alimentícia Dracena
Industria de Farinha e Polvilho
Arco Íris
Marinez Ltda Alimentícia
Como pode ser observado no Quadro 36, a maior parte das maiores indústrias na
região está relacionada ao setor agroindustrial, em especial nas indústrias sucroalcooleiras,
e alimentícias.

 Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Peixe (UGRHI-21)

O setor industrial da UGRHI-21 é constituído pela indústria extrativa mineral,


construção civil, utilidade pública e pela indústria de transformação, segundo a terminologia
adotada na fonte de pesquisa RAIS – Relação Anual de Informação Social de 2009 (MTE,
2009). A indústria de transformação contava em 2009 com 867 estabelecimentos, ou seja,
60% do total de indústrias, que era de 1.442 unidades na totalidade da UGRHI-21. A Figura
47 mostra a distribuição das indústrias segundo seus ramos, em 2009.

Figura 47. Estabelecimentos industriais na UGRHI-21


Fonte: MTE, 2009

Para o desenvolvimento da análise do número de estabelecimentos e emprego


formais nas indústrias foi utilizada a fonte de dados do SEADE para os anos de 2010, 2011,
2012, 2013 e 2014.

83
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 48. Número de estabelecimentos industriais na UGRHI-21.


Fonte: Seade, 2015 e CHRi 2015.

Em 2010, a Bacia Hidrográfica do Rio Peixe detinha 817 estabelecimentos industriais


que propiciavam emprego formal a 24.146 trabalhadores. Dois anos depois, em 2012, foi
possível verificar que houve um incremento dos empreendimentos fabris, passando a
UGRHI-21 a abrigar 76 novas instalações industriais, totalizando 893 estabelecimentos no
setor industrial, fazendo com que o número de empregos formais também aumentasse,
passando para 24.601 trabalhadores.

Em 2013 e 2014, o número de estabelecimentos industriais aumentou em relação ao


ano de 2012, passando a possuir 930 e 947 estabelecimentos, respectivamente. Esse
aumento do número de indústrias resultou em um aumento do número de empregados para
25.559, em 2013. No entanto, em 2014 houve uma redução de 11 postos de trabalho,
totalizando 25.548 empregos formais.

Dentre os municípios da UGRHI-21 que apresentam o maior número de


estabelecimentos industriais, está Marília, com 476 indústrias, representando 50% do total
de estabelecimentos, seguido por Adamantina com 12%, Osvaldo Cruz com 9% e Álvares
Machado, com 5%.

Entre 2010 e 2014 foi possível verificar que dois municípios da UGRHI-21 tiveram
uma contração no número de estabelecimentos industriais, sendo eles: Flórida Paulista e
Mariápolis.

Ressalta-se que os municípios seguintes apresentaram aumento em


estabelecimentos industriais comparando os anos de 2010 e 2014: Marília (56), Adamantina
(22), Álvares Osvaldo Cruz (13), Martinópolis (12), Junqueirópolis (8), Bastos (7), Machado

84
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

(5), Oriente (3), Alfredo Marcondes (2), Oscar Bressane (2), Caiabu (1), Inúbia Paulista (1),
Piquerobi (1), Pracinha (1) e Sagres (1).

No ano de 2010, foram levantados todos os processos de outorga e identificados os


maiores usuários industriais, o que demonstra qual a vocação industrial da UGRHI. O
Quadro 36 apresenta esta relação.

Quadro 37. Relação das maiores industrias localizadas na UGRHI-21.


Indústria Tipo de Indústria Município
Branco Peres Açúcar e Álcool Usina Açúcar e Álcool Adamantina
Spaipa S.A Bebidas Marília
Marilan Alimento Alimentícia Marília
Nestlé Alimentícia Marília
Ikeda Empresarial Máquinas Marília
Usalpa Usina Açúcar e Álcool Junqueirópolis
Fiação de Seda Bratac Têxtil Bastos
Dori Alimentos Alimentícia Marília
Floralco Açúcar e Álcool Usina Açúcar e Álcool Florida Paulista
Adacouros Têxtil Adiamantina
Ajinomoto Alimentícia Valparaíso
Univalem (Cosan) Usina Açúcar e Álcool Valparaíso
Mundial (Cosan) Usina Açúcar e Álcool Mirandópolis
Produtos Hércules Alimentícia Herculândia
Usina Rio Vermelho Açúcar e Álcool Usina Açúcar e Álcool Junqueirópolis
Granol Ind. Com e Exportação Alimentícia Osvaldo Cruz
Bel Produtos Alimentícios Alimentícia Marília

Como pode ser observado no Quadro 36, a maior parte das maiores indústrias na
região está relacionada ao setor agroindustrial em especial nas indústrias sucroalcooleiras e
alimentícias.

4.1.2.3 Setor de Mineração

A mineração é uma atividade degradadora e uma das maiores modificadoras da


superfície terrestre, afetando não somente a paisagem local, mas o ecossistema em geral
(IPT,1992). A mineração de areia em cavas é parte da “cesta básica” da construção civil. No
entanto, a exploração tem gerado muita polêmica tanto na comunidade científica, quanto na
sociedade em geral e nos meios de comunicação, não somente pela degradação causada,
mas também pelas lagoas resultantes do processo final da exploração, que se apresentam
em grande número.

Os locais de ocorrência de minerações ativas e inativas na área do Aguapeí e Peixe


foram levantados a partir de dados georreferenciados disponíveis pelo DNPM. Os bens

85
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

minerais extraídos na região do Aguapeí são: areia, argila, basalto, minérios, turfa, conforme
pode ser observada sua distribuição na UGRHI-20 na Figura 49. Para a região do Peixe, os
principais bens minerais extraídos são: areia, argila, basalto e turfa conforme pode ser
observada sua distribuição na UGRHI-21 na Figura 50.

Figura 49. Localização de áreas de pesquisas de mineração na UGRHI-20.


Fonte: DNPM 2014.

Figura 50. Localização de áreas de pesquisas de mineração na UGRHI-21.


Fonte: DNPM 2014.

A Figura 51 e Figura 52 apresentam a quantidade dos estabelecimentos de


mineração nas UGRHI-20 e UGRHI-21, respectivamente, comparando os anos de 2008 e

86
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

2010. Para a UGRHI-20, os estabelecimentos de mineração tiveram um aumento de 32


unidades do início de 2008 a 2015. Para a UGRHI-21 houve um aumento de 12 unidades.

Figura 51. Número de estabelecimentos de mineração na UGRHI-20.


Fonte: MTE, 2015 e CRHi, 2015.

Figura 52. Número de estabelecimentos de mineração na UGRHI-21.


Fonte: MTE, 2015 e CRHi, 2015.

Os municípios que possuem estabelecimentos de mineração na bacia do Rio


Aguapeí são Dracena (1), Garça (6), Guaimbê (1), Herculândia (2), Nova Independência (1),
Panorama (10), Parapuã (3), Pauliceia (6), Pompeia (1), Rinópolis (2), Santópolis do
Aguapeí (1) e Tupã (4), abrigando em 2015, um total de 38 estabelecimentos.

87
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Plano de Bacia

Os municípios que possuem estabelecimentos de mineração na bacia do Peixe são


Álvares Machado (2), Caiabu (2), Flora Rica (1), Indiana (1), Mariápolis (1), Marília (10) e
Pracinha (1), abrigando em 2015, um total de 18 estabelecimentos.

4.1.2.4 Comércio e Serviços

O setor da economia que engloba as atividades de comércio e dos serviços é o setor


terciário. As atividades vinculadas ao comércio incluem: o comércio varejista e o comércio
atacadista. Para caracterizar o setor de serviços foram consideradas as seguintes
ocupações: instituições de crédito, seguros e capitalizações; administração e comércio de
imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos profissionais, auxiliares das atividades
econômicas; transporte e comunicação; serviços de hotelaria, alimentação, reparação,
manutenção, redação; serviços médicos, odontológicos e veterinários; instituições de
ensino. Alguns estabelecimentos comerciais e de serviços como universidades, postos de
combustível, hospitais, hotéis, shoppings, oficinas mecânicas e outros demandam de
grandes volumes de água para abastecimento urbano/sanitário.

A UGRHI-20 conquistou 3.031 estabelecimentos comerciais num período de três


anos. Em 2010, no setor de comércio existiam 2.662 estabelecimentos, em 2013 foram
computadas 5.693 empresas no ramo do comércio.

No setor de serviços também houve um aumento no número de estabelecimentos


entre os anos de 2010 e 2013, passando de 1.668 para 4.933 estabelecimentos no setor de
serviços, um aumento de 3.265 estabelecimentos no período. A Figura 53, apresenta o
crescimento dos estabelecimentos de comércio e serviços no período de 2010 – 2013.

Figura 53. Número de estabelecimentos de comércio e serviços na UGRHI-20.


Fonte: Seade, 2015.

88
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Plano de Bacia

A maioria dos estabelecimentos de comércio e serviços desenvolve-se nas áreas


urbanas dos municípios, e na UGRHI-20 a maior concentração encontra-se no município de
Tupã, apresentando 23% do total dos estabelecimentos do comércio e 24% dos
estabelecimentos de serviços, seguido por Dracena (19% do comércio e 17% dos serviços)
e Garça (13% do comércio e 10% dos serviços).

A UGRHI-21 conquistou 2.394 estabelecimentos comerciais num período de quatro


anos. Em 2010, no setor de comércio existiam 1.668 estabelecimentos, e, dois anos depois,
em 2012 foram computados 2.846 empresas no ramo do comércio e, no ano de 2014 esse
número aumentou para 5.056 estabelecimentos.

No setor de serviços também houve um aumento no número de estabelecimentos


entre os anos de 2010 e 2014, passando de 1.668 para 4.408, totalizando um aumento de
2.740 estabelecimentos no período.

Em ambas as situações há um grande aumento quando comparados os dados de


2014 e 2010. No entanto, ao comparar 2014 com 2013, houve uma redução de 11% tanto
para os estabelecimentos comerciais, quanto para serviços. A Figura 54, apresenta o
crescimento dos estabelecimentos de comércio e serviços no período de 2010 – 2014.

Figura 54. Número de estabelecimentos de comércio e serviços na UGRHI-21.


Fonte: Seade, 2015.

Através desses dados, pode-se dizer que, o setor terciário da economia das Bacias
encontra-se em fase de exponencial expansão, tanto no que concerne ao número de
estabelecimentos comerciais e serviços quanto no número de empregos oferecidos.

89
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Plano de Bacia

4.1.3 Saúde Pública e ecossistemas – Doenças de veiculação hídrica

As necessidades de saúde da população são muito mais amplas do que as que


podem ser satisfeitas com a garantia de cobertura dos serviços de saúde. Sua dimensão
pode ser estimada através da precariedade de um sistema de água e esgoto sanitário e
industrial, com o uso abusivo de defensivos agrícolas, com a inadequação das soluções
utilizadas para o destino dos resíduos sólidos, ausência de medidas de proteção contra
enchentes, erosão e desproteção dos mananciais, e os níveis de poluição e contaminação
hídrica.

Um fator importante que contribui para a poluição e contaminação dos cursos d’água
e que consequentemente confere risco à saúde humana pela água, diz respeito à ocupação
dos espaços rurais e urbanos que são realizadas sem um adequado planejamento visando o
equilíbrio entre o ambiente e sua utilização.

Como consequência tem-se a eliminação da cobertura vegetal, adensando e


impermeabilizando o solo, o que impede a infiltração e recarga dos cursos d’água. Também
aumenta a produção e carreamento de resíduos para os rios, comprometendo a
conservação da água em termos de quantidade e qualidade.

4.1.3.1 Esquistossomose autóctone

Doenças de veiculação hídrica são aquelas causadas pela presença de


microrganismos patogênicos (bactérias, vírus e parasitas) na água utilizada para diferentes
usos. Essas doenças aumentam em intensidade e distribuição nas regiões com alta
concentração populacional e com ampliação de despejos de atividades industriais,
especialmente os provenientes das indústrias de processamento de matéria orgânica.

A esquistossomose é uma doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre em


contato direto com águas superficiais onde existam hospedeiros intermediários,
relacionadas com a deficiência no saneamento básico. O período de 2010-2015 foi
analisado pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) – Divisão de doenças de
transmissão hídrica e alimentar não foi identificada casos de esquistossomose nos
municípios da UGRHI-20. Para a UGRHI-21, observou-se a ocorrência de casos no
município de Junqueirópolis e Ouro Verde. Pode-se concluir, levando em relação os dados
apresentados pela referida fonte, que há uma média de 0,4 casos por 100.000
habitantes/ano, registrados em Junqueirópolis e Ouro Verde.

90
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Plano de Bacia

4.2 Caracterização física da UGRHI-20 e 21

A caracterização física da bacia hidrográfica tem o objetivo de levantar todas as


áreas criticas do ponto de vista da manutenção da água para um planejamento bem
sucedido da conservação da qualidade e quantidade de água.

 Recursos Hídricos Superficiais

A Política Nacional de Recursos Hídricos estabelecida pela Lei Federal nº. 9.433, de
8 de janeiro de 1997 (BRASIL, 1997), definiu que a gestão dos recursos hídricos seria feita
por bacias hidrográficas. A Constituição Federal (BRASIL, 1988) determina que a
dominialidade seja por corpos d’água, ou seja, por rios, lagos e águas subterrâneas. Dessa
forma, têm-se dois níveis de domínio e um impasse a ser negociado. Os níveis de domínio
são:

 Domínio da União: lagos, rios e quaisquer correntes em terrenos de seu domínio ou


que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros Países, ou se
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como terrenos marginais e
as praias fluviais. (Art. 20, inciso III)

 Domínio dos Estados: águas superficiais e subterrâneas, fluentes, emergentes e em


depósito, ressalvadas nesse caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União
(Art.26, inciso I).

A divisão hidrológica utilizada neste plano foi mantida em relação ao último plano de
bacia desenvolvido pelo CBH-AP (2008), conforme apresentado na Figura 55.

O Quadro 38 apresenta a área de drenagem de cada uma das sub-bacias e a sua


respectiva porcentagem da área total da UGRHI-20 e UGRHI-21.

Quadro 38. Área das Sub-bacias das UGRHI’s-20 e 21.


2 % na na
UGRHI Sub-Bacia Sigla Área (km )
UGRHI
Alto Aguapei AA 3.680,25 27,89
20 Médio Aguapei MA 5.011,44 37,98
Baixo Aguapei BA 4.504,31 34,13
Sub-Total UGRHI 20 13.196,00 100,00
Alto Peixe AP 742,53 6,90
21 Baixo Peixe BP 6.652,79 61,78
Médio Peixe MP 3.373,68 31,33
Sub-Total UGRHI 21 10.769,00 100,00
Total CBH AP 23.965,00 100,00%

91
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 55. Divisão por Sub-bacias das UGRHI’s-20 e 21.


Fonte: CBH-AP, 2008.

Figura 56. Distribuição da área das Sub-Bacias na UGRHI-20 e 21.


Fonte: mapa base.

Devido ao histórico de ocupação da ambas as UGRHI’s, os municípios se localizam,


em sua maioria no divisor de água. Desta forma, os limites políticos (área dos municípios)
são muito diferentes dos limites físicos (URGHI e sub-bacias). Sendo assim, alguns
municípios possuem área territorial em mais de uma sub-bacia, conforme apresentado no
Quadro 39.

92
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Plano de Bacia

Quadro 39. Área das sub-bacias e os respectivos municípios da UGRHI-20.


2
Área total Área fora Área na UPH (km )
Área na
Município município da UGRHI Alto Médio Baixo
UGRHI (km²)
(km²) (Km²) Aguapeí Aguapeí Aguapeí
Adamantina 410,46 323,45 87,01 147,40 176,05
Alto Alegre 314,40 245,27 69,13 245,27
Álvaro de Carvalho 152,87 152,87 - 152,87
Araçatuba 1.191,37 45,54 1.145,83 45,54
Arco-Íris 264,75 264,75 - 264,75
Bento de Abreu 303,70 231,17 72,53 231,17
Bilac 155,32 30,53 124,78 30,53
Braúna 206,57 146,32 60,24 20,65 125,67
Cafelândia 924,66 170,22 754,44 170,22
Castilho 1.068,25 145,96 922,29 145,96
Clementina 169,72 169,72 - 169,72
Dracena 491,13 156,99 334,14 156,99
Flórida Paulista 526,38 394,36 132,02 394,36
Gabriel Monteiro 144,18 144,18 - 144,18
Gália 357,59 41,98 315,61 41,98
Garça 555,56 293,40 262,16 293,40
Getulina 676,28 676,28 - 676,28
Guaiçara 27,54 26,09 1,44 26,09
Guaimbê 222,76 222,76 - 222,76
Guaraçaí 570,98 254,56 316,42 254,56
Guarantã 461,48 222,40 239,08 222,40
Guararapes 949,02 353,08 595,94 353,08
Herculândia 360,31 247,37 112,94 247,37
Iacri 322,29 283,39 38,90 283,39
Inúbia Paulista 85,92 55,42 30,50 55,42
Irapuru 216,75 158,80 57,94 158,80
Júlio Mesquita 129,82 129,82 - 129,82
Junqueirópolis 578,84 397,52 181,32 397,52
Lavínia 537,09 243,40 293,69 243,40
Lins 574,85 79,14 495,71 79,14
Lucélia 315,20 226,31 88,89 226,31
Luiziânia 158,85 158,85 - 35,44 123,42
Marília 1.168,37 606,71 561,66 590,29 16,43
Mirandópolis 917,33 353,46 563,87 353,46
Monte Castelo 232,24 232,24 - 232,24
Murutinga do Sul 252,81 18,68 234,13 18,68
Nova Guataporanga 35,34 35,34 - 35,34
Nova Independência 261,97 261,97 - 261,97
Oriente 220,23 116,46 103,77 12,66 103,80
Osvaldo Cruz 237,25 177,91 59,34 177,91

93
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Plano de Bacia

2
Área total Área fora Área na UPH (km )
Área na
Município município da UGRHI Alto Médio Baixo
UGRHI (km²)
(km²) (Km²) Aguapeí Aguapeí Aguapeí
Ouro Verde 262,89 83,57 179,32 83,57
Pacaembu 338,81 243,12 95,69 243,12
Panorama 331,36 187,99 143,36 187,99
Parapuã 361,03 108,25 252,79 108,25
Paulicéia 336,71 336,71 - 336,71
Piacatu 229,02 229,02 - 229,02
Pirajuí 823,70 234,65 589,05 234,65
Pompéia 782,76 563,96 218,80 81,75 482,21
Presidente Alves 290,21 85,93 204,28 85,93
Promissão 791,26 154,01 637,25 154,01
Queiroz 248,32 248,32 - 84,42 163,90
Quintana 318,36 77,17 241,19 77,17
Rinópolis 365,63 365,63 - 365,63
Rubiácea 235,45 144,90 90,55 144,90
Salmourão 176,04 176,04 - 176,04
Santa Mercedes 171,95 171,95 - 171,95
Santópolis do Aguapeí 127,60 127,60 - 127,60
São João do Pau d'Alho 119,71 119,71 - 119,71
Tupã 624,19 273,72 350,48 273,72
Tupi Paulista 245,22 245,22 - 245,22
Valparaíso 855,29 413,33 441,96 122,11 291,22
Vera Cruz 246,88 109,71 137,17 109,71
Total 25.032,77 13.196,00 3.680,25 5.011,44 4.504,31

Quadro 40. Área das sub-bacias e os respectivos municípios da UGRHI-21.


2
Área total Área fora Área na UPH (km )
Área na
Município município da UGRHI Alto Médio Baixo
UGRHI (km²)
(km²) (Km²) Peixe Peixe Peixe
Adamantina 410,46 89,78 320,68 89,78
Alfredo Marcondes 119,37 119,37 - 119,37
Álvares Machado 344,94 97,23 247,71 97,23
Bastos 171,24 170,58 0,67 170,58
Borá 118,55 118,09 0,46 118,09
Caiabu 250,97 250,97 - 250,97
Caiuá 533,49 278,01 255,47 278,01
Dracena 491,13 336,80 154,33 336,80
Echaporã 512,12 159,36 352,75 159,36
Emilianópolis 224,18 224,18 - 224,18
Flora Rica 225,01 225,01 - 225,01
Flórida Paulista 526,38 136,15 390,23 136,15

94
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Plano de Bacia

2
Área total Área fora Área na UPH (km )
Área na
Município município da UGRHI Alto Médio Baixo
UGRHI (km²)
(km²) (Km²) Peixe Peixe Peixe
Gália 357,59 6,36 351,23 6,36
Garça 555,56 247,86 307,71 247,86
Herculândia 360,31 114,27 246,04 114,27
Iacri 322,29 40,78 281,50 40,78
Indiana 133,21 111,87 21,35 111,87
Inúbia Paulista 85,92 31,03 54,88 31,03
Irapuru 216,75 59,36 157,39 59,36
João Ramalho 419,89 153,81 266,08 135,81 18,00
Junqueirópolis 578,84 185,03 393,81 185,03
Lucélia 315,20 90,93 224,27 90,93
Lupércio 150,56 57,21 93,35 57,21
Lutécia 475,15 255,32 219,83 255,32
Mariápolis 186,56 186,56 - 186,56
Marília 1.168,37 509,16 659,21 183,81 325,35
Martinópolis 1.256,19 695,38 560,81 695,38
Ocauçu 304,41 84,97 219,44 84,97
Oriente 220,23 104,19 116,04 104,19
Oscar Bressane 214,80 214,80 - 214,80
Osvaldo Cruz 237,25 60,90 176,35 60,90
Ouro Verde 262,89 180,74 82,15 180,74
Pacaembu 338,81 97,88 240,93 97,88
Panorama 331,36 145,34 186,02 145,34
Paraguaçu Paulista 10,26 10,26 - 10,26
Parapuã 361,03 253,26 107,77 171,86 81,40
Piquerobi 480,68 282,93 197,74 282,93
Pompéia 782,76 221,55 561,20 221,55
Pracinha 63,53 63,53 - 63,53
Presidente Bernardes 747,82 229,70 518,12 229,70
Presidente Epitácio 1.274,45 316,49 957,96 316,49
Presidente Prudente 561,22 450,24 110,98 450,24
Presidente Venceslau 758,19 527,64 230,55 527,64
Quatá 650,48 501,14 149,33 501,14
Quintana 318,36 240,81 77,55 240,81
Rancharia 1.574,67 701,39 873,28 227,74 473,65
Regente Feijó 261,56 54,31 207,25 54,31
Ribeirão dos Índios 196,49 196,49 - 196,49
Sagres 157,84 157,84 - 157,84
Santo Anastácio 551,05 138,84 412,21 138,84
Santo Expedito 94,43 94,43 - 94,43
Tupã 624,19 351,07 273,12 351,07
Vera Cruz 246,88 137,60 109,28 137,60
Total 22.129,80 10.768,81 11.360,99 717,81 3.363,00 6.688,00

95
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Plano de Bacia

A seguir é apresentada uma breve descrição de cada uma das Sub-bacias:

 Alto Aguapeí, da nascente do Rio Aguapeí até o posto pluviográfico 7C-


002, na divisa entre os municípios de Luiziânia e Queiroz;

 Médio Aguapeí, da divisa entre os municípios de Luiziânia e Queiroz até a


foz do Córrego Cana Verde, no município de Lucélia;

 Baixo Aguapeí, da foz do Córrego Cana Verde, no município de Lucélia até


a foz do Rio Aguapeí no rio Paraná.

 Alto Peixe, das nascentes dos Ribeirões da Garça e do Alegre até a


captação do Departamento de Água e Esgoto de Marília;

 Médio Peixe, da captação do Departamento de Água e Esgoto de Marília


até a Usina Quatiara, na divisa entre os municípios de Rancharia e Arapuã;

 Baixo Peixe, da Usina de Quatiara, na divisa entre os municípios de


Rancharia e Arapuã e a foz do Peixe;

O Quadro 41 apresenta as sedes dos municípios presentes em cada uma das sub-
bacias.

Quadro 41. Área das Sub-bacias das UGRHI’s-20 e 21.


Área
UGRHI Sub-Bacia Sede dos municípios
(km2)
Alto Aguapeí Álvaro de Carvalho; Garça, Getulina, Guaimbê, Júlio
3.680,25
Mesquita e Vera Cruz.
Arco Íris, Clementina, Gabriel Monteiro, Herculândia,
Médio Aguapeí Iacri, Lucélia, Luiziânia, Parapuã, Piacatu, Pompéia,
20 5.011,44
Queiroz, Quintana, Rinópolis, Salmourão, Santópolis do
Aguapeí e Tupã.
Dracena, Monte Castelo, Nova Independência, Nova
Baixo Aguapeí 4.504,31 Guataporanga, Pacaembu, Panorama, Paulicéia, Sta.
Mercedes, São João do Pau D’Alho e Tupi Paulista.
Alto Peixe 742,53 Marília
Médio Peixe 6.652,79 Bastos, Borá, Lutécia, Oriente e Oscar Bressane
21 Adamantina, Alfredo Marcondes, Alvares Machado,
Caiabu, Emilianópolis, Flora Rica, Flórida Pta., Indiana,
Baixo Peixe 3.373,68 Inúbia Pta., Irapuru, Junqueirópolis, Mariápolis,
Martinópolis, Osvaldo Cruz, Ouro Verde, piquerobi,
Pracinha, Ribeirão dos Índios, Sagres, Sto. Expedito

O detalhe da rede de drenagem em cada uma das sub-bacias pode ser observado
no Desenho 01.1037/17, em anexo.

96
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Recursos Hídricos Subterrâneos

Os recursos hídricos subterrâneos correspondem à parcela de água que ocorre


abaixo da superfície da Terra, preenchendo os poros ou vazios intergranulares das rochas
sedimentares, ou as fraturas, falhas ou fissuras das rochas compactas, e desempenham
um importante papel na manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos
(BORGUETTI et al., 2007).

As águas subterrâneas, nem sempre corretamente consideradas ou denominadas,


constituem recursos hídricos do subsolo que são extremamente importantes. Elas
garantem a alimentação e fluxos dos cursos d’água superficiais ao longo do ano e,
particularmente para a Bacia do Aguapeí e Peixe, representam valiosas e estratégicas
reservas de água, tanto para o presente como para as futuras gerações. Normalmente,
apresentam excelente qualidade, dispensando processos caros de tratamento de água.
Geralmente, nem todas as formações geológicas mostram comportamento que permitem a
extração para quaisquer finalidades.

Figura ilustrativa

Figura 57. Unidades aquíferas aflorantes das UGRHIs 20 e 21.


Fonte: DAEE/UNESP et al, 2013.

A ocorrência das águas subterrâneas na Bacia, conforme descrito no Plano de


Bacias 2008 (CETEC, 2008), é condicionada pela presença de três unidades aquíferas, a
saber: Sistema Aquífero Bauru, Aquífero Serra Geral e Aquífero Guarani. A área aflorante
do Aquífero Bauru corresponde a aproximadamente 95% de toda a área da UGRHI. O
restante da área possui afloramento do aquífero cenozoico e se concentra nas áreas

97
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

lindeiras do Rio Paraná, na porção baixa das UGRHIS. Os Aquíferos Serra Geral e
Guarani ocorrem apenas em sub-superfície, estando, portando, semi-confinado a confinado
pelos outros aquíferos que estão sotopostos a ele em toda a UGRHI-20 e 21.

O sistema aquífero Bauru é constituído de arenitos finos e mal selecionados na base,


e de arenitos argilosos e calcíferos no topo. É uma unidade hidrogeológica de extensão
regional, contínua, livre a semi-confinada, com espessura média de 100 m, mas que pode
chegar a 250 m (CAMPOS, 1993). NA UGRHI-20 e 21, por aflorar em 95% de sua extensão,
constitui excelente fonte de recursos hídricos para a região, sendo amplamente solicitado
devido à sua fácil captação, com poços relativamente rasos.

O pacote de derrames basálticos da Formação Serra Geral pode apresentar


condições aquíferas em função das descontinuidades engendradas pelas juntas de
solifluxão e/ou presença de pacotes de arenitos interderrames, os quais se comunicam
através de juntas verticais de resfriamento (REBOUÇAS, 1994). Mesmo não aflorante na
área da UGRHI-20 e 21, o sistema aquífero Serra Geral, constitui importante fonte de água
para usos diversos na região.

O sistema aquífero Guarani, confinado a semi-confinado em toda extensão da


UGRHI-20 e 21, é o principal reservatório de água subterrânea do Estado de São Paulo. É
constituído de arenitos eólicos e fluviais bem selecionados, das Formações Botucatu e
Pirambóia (IPT,op.cit.) com espessura média de 300 m.

O significado de vulnerabilidade de um aquífero pode ser distinguido através da sua


maior ou menor suscetibilidade de ser afetado por uma carga poluidora. É um conceito
inverso ao de capacidade de assimilação de um corpo d’água receptor, com a diferença de
o aquífero possuir uma cobertura não saturada que proporciona uma proteção adicional.

A interação desses fatores com elementos poluidores, sua disposição no solo e a


mobilidade físico-química do produto, permite avaliar o grau de risco de poluição do
aquífero.

O mapa de vulnerabilidade de aquíferos define áreas mais susceptíveis a


degradação por um evento antrópico de poluição. O método utilizado para elaboração do
mapa foi adaptado de Foster & Hirata (1998), que se baseia na interação sucessiva de três
fases. A primeira fase consiste na identificação do tipo de ocorrência de água subterrânea,
num intervalo de 0-1. A segunda fase trata da especificação dos tipos litológicos acima da
linha saturada do aquífero. Esta fase é representada numa escala de 0,3 – 1,0. A terceira
fase é estimativa da profundidade de nível da água, num intervalo de 0,4 – 1,0. O produto
destes três parâmetros será o índice de vulnerabilidade expresso numa escala de 0 – 1, em

98
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Plano de Bacia

termos relativos. Estes índices são representados qualitativamente por alto, médio ou baixo,
cada um destes apresentando dois subníveis (alto e baixo). Ao usar este mapa de
vulnerabilidade, obtido por meio de esquemas simplificados, deve-se ter em mente que “não
existe uma vulnerabilidade geral a um contaminante universal, num cenário típico de
contaminação”.

A validade técnica desta cartografia pode ser assumida desde que fique claro que
este índice não se refere a poluentes móveis e persistentes que não sofram retenção
significativa ou transformação durante o transporte em subsuperfície.

A Figura 58 e a Figura 59 apresentam os fatores que influenciam na confecção do


mapa de vulnerabilidade dos aquíferos.

Figura 58. Esquema conceitual do risco de contaminação das águas subterrâneas.


Fonte: CPTI, 2008.

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Plano de Bacia

Figura 59. Vulnerabilidade natural das águas subterrâneas.


Fonte: CPTI, 2008.

O risco de contaminação das águas subterrâneas consiste na combinação da


vulnerabilidade natural do aquífero junto à carga poluidora aplicada no solo ou em
subsuperfície. A Figura 60 apresenta o mapa de vulnerabilidade dos aquíferos na UGRHI-20
e 21. A distribuição de cada classe de vulnerabilidade da UGRHI-20 e 21 está descrita no
Quadro 42 e pode ser visualizada na Figura 60.

Quadro 42. Classe de vulnerabilidade dos aquíferos na UGRHI-20 e 21.


UGRHI-20
Alto Aguapeí Médio Aguapeí Baixo Aguapeí UGRHI-20
Vulnerabilidade Área Área Área Área
% % % %
(Km²) (Km²) (Km²) (Km²)
Alta 121,69 3,31 181,71 3,63 455,50 10,11 758,90 5,75
Médio 511,90 13,91 904,18 18,04 816,98 18,14 2.233,06 16,92
Baixa 3.046,66 82,78 3.925,55 78,33 3.231,83 71,75 10.204,05 77,33
Total 3.680,25 100,00 5.011,44 100,00 4.504,31 100,00 13.196,00 100,00
UGRHI-21
Alto Peixe Médio Peixe Baixo Peixe UGRHI-21
Vulnerabilidade Área Área Área Área
% % % %
(Km²) (Km²) (Km²) (Km²)
Alta 24,65 3,32 77,15 2,29 726,28 10,92 828,08 7,69

100
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Médio 63,94 8,61 411,16 12,19 1.247,87 18,76 1.722,96 16,00


Baixa 653,95 88,07 2.885,37 85,53 4.678,64 70,33 8.217,95 76,31
Total 742,53 100,00 3.373,68 100,00 6.652,79 100,00 10.769,00 100,00

Figura ilustrativa

Figura 60. Mapa de vulnerabilidade dos aquíferos – UGRHI-20 e 21.


Fonte: DAEE/LEBAC, 2013. Escala 1:100.000
Como pode ser observado no Quadro 42, a classe de baixa vulnerabilidade ocupa
cerca de 75% da área, em ambas as UGRHI’s, indicando desta forma que grande parte dos
aquíferos possui um risco potencial a contaminação baixo. Esta característica decorre
principalmente da profundidade do lençol freático nas áreas mais altas (divisores de água),
que ficam em torno de 20-30 metros.

4.3 Disponibilidade de recursos hídricos

Neste capítulo é analisada a disponibilidade hídrica dos mananciais superficiais e


dos aquíferos subterrâneos na UGRHI-20 e 21.

O estudo da disponibilidade hídrica visa subsidiar a identificação de potenciais


impactos das demandas e o estabelecimento de diretrizes e critérios gerais orientativos para
a concessão de outorgas e licenças e para a cobrança pelo uso da água. O Quadro 43
apresenta os indicadores de disponibilidade de recursos hídricos na UGRHI-20 e 21.

101
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Quadro 43. Indicadores de disponibilidade de recursos hídricos da UGRHI-20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro
E.04-A – Disponibilidade per capita – Qmédio em
E.04 Disponibilidade relação à população total: m³/hab.ano
de águas superficiais 8.280 m³/hab.ano (2015) – UGRHI 20
Disponibilidade 5.656 m³/hab.ano (2015) - – UGRHI 21
das águas E.05-A – Disponibilidade per capita de água
E.05 Disponibilidade
subterrânea: m³/hab.ano
de águas
1.109,79 m³/hab.ano (2015) – UGRHI 20
subterrâneas
620,87 m³/hab.ano (2015) – UGRHI 21
E.08-B – Proporção de postos pluviométricos de
monitoramento com o total do semestre seco
Eventos E.08 – Enchentes e
(abr/set) abaixo da média: %.(2015)
Críticos Estiagem
0%- UGRHI 20
0%- UGRHI 21
Fonte: Banco de Indicadores do CRH (2016).

4.3.1 Disponibilidade hídrica superficial

Um parâmetro hidrológico básico que traduz a disponibilidade hídrica de uma bacia


hidrográfica é a vazão média de longo período (Qmédia). Este parâmetro dá uma indicação do
limite superior de seu potencial hídrico aproveitável. Por outro lado, em virtude da
variabilidade do regime pluvial nas épocas de baixa pluviosidade, a disponibilidade hídrica
pode ser caracterizada pela vazão mínima, como por exemplo, a Q7,10, que é a vazão
mínima de sete dias consecutivos com período de retorno de 10 anos. Entende-se por
período de retorno o tempo médio, em anos, que um evento (chuva) pode ser igualado ou
superado pelo menos uma vez.

A disponibilidade hídrica foi baseada nos dados apresentados por CRH (2016), a
partir de dados e métodos de regionalização hidrológica do DAEE (1984 1988). Os valores
estimados de Qmédia e Q7,10 são apresentados no Quadro 44, na Figura 61 (Qmédia) e Figura
62 (Q7,10). Para o cálculo das vazões, utilizaram-se as áreas totais das Sub-Bacias.

Quadro 44. Valores estimados de Qmédia e Q7,10 para as Sub-Bacias da UGRHI-20 e 21


(adaptado de CRH, 2016).
Área % na Sub 3 3
Nome 2 Qmédia (m /s) Q7,10 (m /s)
(km ) Bacia

Alto Aguapeí 3.680,25 27,89% 27,05 7,81


Médio Aguapeí 5.011,44 37,98% 36,84 10,63
Baixo Aguapeí 4.504,31 34,13% 33,11 9,56
Total da UGRHI-20 13.196,00 100,00% 97,00 28,00
Alto Peixe 742,53 6,90% 5,65 2,00
Médio Peixe 6.652,79 61,78% 50,66 17,92
Baixo Peixe 3.373,68 31,33% 25,69 9,09
Total da UGRHI-21 10.769,00 100,00% 82,00 29,00

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Figura 61. Estimativa da disponibilidade hídrica superficial (Qmédia) das Sub-Bacias


(adaptado de CRH, 2016).

Figura 62. Estimativa da disponibilidade hídrica superficial (Q7,10) das Sub-Bacias


(adaptado de CRH, 2016).
Verifica-se, no Quadro 44, que a Qmédia para a UGRHI-20 é de 97 m3/s e na
UGRHI-21 é de 82 m3/s, enquanto que a Q7,10 é de 28 m3/s na UGRHI-20 e de 29 m3/s na
UGRHI-21.

A Figura 63 e a Figura 64 apresentam a estimativa da disponibilidade hídrica


superficial por habitante (per capita), que no ano de 2015, foi de 8.280 m³/hab.ano na
UGRHI-20 e 5.656 m³/hab.ano na UGRHI-21. Comparando os anos de 2011 a 2015,
observa-se que a disponibilidade per capita apresenta uma pequena queda nos valores, em
ambas as UGRHI’S. Isso ocorre devido ao aumento da população e consequentemente o
aumento da demanda de água, diminuindo a disponibilidade per capita. A disponibilidade
per capita é calculada através da vazão média (Qmédia) em relação a população total da
bacia.

103
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Figura 63. Disponibilidade hídrica superficial per capita – UGRHI-20.


Fonte: Relatório de Situação, 2015.

Figura 64. Disponibilidade hídrica superficial per capita – UGRHI-21.


Fonte: Relatório de Situação, 2015.

Apesar dos valores de disponibilidade superficial para as UGRHI’s-20 e 21


apresentarem boa relação, temos que considerar as especificidades de cada uma das sub-
bacias. A Figura 65 apresenta a disponibilidade per capita de cada uma das sub-bacias,
para o ano de 2015 para a UGRHI20 e a Figura 66 apresenta a relação para a UGRHI-21.

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Figura 65. Disponibilidade hídrica superficial per capita (2015), por sub-bacia –
UGRHI20.
Fonte: Adaptado de Relatório de Situação, 2015.

Figura 66. Disponibilidade hídrica superficial per capita (2015), por sub-bacia – UGRHI
21.
Fonte: Adaptado de Relatório de Situação, 2015.

Já em relação a UGRHI-20, conforme apresentado na Figura 65, a concentração da


população na Sub-Bacia do Médio Aguapeí faz com que a disponibilidade per capita seja
menor nesta sub-bacia em comparação a URGHI total (8.280,71 e 6.379 m3/hab.ano). Ainda
assim, os valores são classificados como “bons”, segundo classificação adotada pela ANA,
cuja situação ótima ocorre para disponibilidade maiores que 1.700 m3/hab.ano.

Em relação a UGRHI-21, conforme apresentado na Figura 66, a concentração da


população na Sub-Bacia do Alto Peixe faz com que a disponibilidade per capita seja bem
menor nesta sub-bacia em comparação a URGHI total (5.656 e 794 m3/hab.ano). Desta

105
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forma, nesta sub-bacia, segundo Beekmann (1999) a situação é de crônica escassez de


água. Nas demais sub-bacias, os valores são classificados como “bons”, segundo
classificação adotada pela ANA, cuja situação ótima ocorre para disponibilidade maiores
que 1.700 m3/hab.ano. Sendo assim, a bacia do Alto Peixe configura-se como uma área
crítica em termos de disponibilidade hídrica.

4.3.2 Disponibilidade hídrica subterrânea

As águas subterrâneas, nem sempre corretamente consideradas ou denominadas,


constituem recursos hídricos do subsolo que são extremamente importantes. Elas garantem
a alimentação e fluxos dos cursos d’água superficiais ao longo do ano e, particularmente
para a região do Aguapei e Peixe, representam valiosas e estratégicas reservas de água,
tanto para o presente como para as futuras gerações. Normalmente, apresentam excelente
qualidade, dispensando processos caros de tratamento de água. Geralmente, nem todas as
formações geológicas mostram comportamento que permitem a extração para quaisquer
finalidades.
Conforme já descrito anteriormente, a área aflorante do Aquífero Bauru corresponde
a aproximadamente 95% de toda a área das UGRHI’s. O restante da área possui
afloramento do aquífero cenozoico e se concentra nas áreas lindeiras do Rio Paraná, na
porção baixa das UGRHIS. Os Aquíferos Serra Geral e Guarani ocorrem apenas em sub-
superfície, estando, portando, semi-confinado a confinado pelos outros aquíferos que estão
sotopostos a ele em toda a UGRHI-20 e 21.

Segundo o CORHI (2000) “... em termos conceituais, sendo a água subterrânea um


componente indissociável do ciclo hidrológico, sua disponibilidade no aquífero relaciona- se
diretamente com o escoamento básico da bacia de drenagem instalada sobre a área de
ocorrência. A água subterrânea constitui, então, uma parcela desse escoamento, que, por
sua vez, corresponde à recarga transitória do aquífero”. Assim sendo, as reservas
disponíveis de água subterrâneas podem ser estimadas a partir de índices de utilização dos
volumes estocados, correspondentes à recarga transitória média plurianual, conforme
proposta de LOPES (1994, apud CORHI, 2000), para diferentes tipos de aquíferos. No caso
do Aguapeí e Peixe, esses índices de utilização correspondem a 25-27% para o Bauru e as
coberturas recentes (quaternárias), e a 20% para o Aquífero Serra Geral. Utilizando-se tais
índices, as áreas de ocorrência dos diferentes aquíferos na UGRHI e a disponibilidade geral
da Bacia apresentada no relatório preliminar do Plano de Recursos Hídricos 2004/2007 do
Estado de São Paulo (Consórcio JMR/ENGECORPS, 2005), foi possível estimar as
disponibilidades subterrâneas para cada uma das Sub- Bacias acordo com os aquíferos

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nelas ocorrentes, conforme apresentado no Quadro 45. A Figura 67, apresenta,


conceitualmente a recarga subterrânea considerada neste cálculo.

Figura 67. Modelo conceitual de recarga transitória média plurianual.

Quadro 45. Disponibilidade hídrica subterrânea das UGRHI’S 20 e 21.


Aquíferos
Sub-Bacia Bauru + Cenozóico Total Aq. livre
(m³/s) (m³/s)
Alto Aguapeí 3,63 3,63
Médio Aguapeí 4,94 4,94
Baixo Aguapeí 4,44 4,44
Total da UGRHI-20 13,00 13,00
Alto Peixe 0,62 0,62
Médio Peixe 5,56 5,56
Baixo Peixe 2,82 2,82
Total da UGRHI-21 9,00 9,00

Com base nos valores de disponibilidade hídrica subterrânea (ou reserva explotável),
elaborou-se a análise da disponibilidade per capita de água subterrânea na UGRHI-20,
conforme apresentado na Figura 68 e na UGRHI-20, apresentado na Figura 69.

107
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Figura 68. Disponibilidade hídrica subterrânea per capita (2015) – UGRHI 20.
Fonte: Adaptado de Relatório de Situação, 2015.

Figura 69. Disponibilidade hídrica subterrânea per capita (2015) – UGRHI 21.
Fonte: Adaptado de Relatório de Situação, 2015.

Analogamente a disponibilidade superficial per capita, a disponibilidade subterrânea


também foi estratificada pelas sub-bacias presentes na UGRHI, conforme apresentado na
Figura 70 para a UGRHI 20 e na Figura 71 para a UGRHI-21.

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Figura 70. Disponibilidade hídrica subterrânea per capita (2013), por sub-bacia na
UGRHI 20.
Fonte: Relatório de Situação, 2015.

Figura 71. Disponibilidade hídrica subterrânea per capita (2013), por sub-bacia na
UGRHI 21.
Fonte: Relatório de Situação, 2015.

Da mesma forma que a disponibilidade de água superficial, a sub-bacia do Alto


Peixe, por concentrar a maior população da UGRH-21 possui a menor disponibilidade
hídrica subterrânea per capita, ficando com índices menores que a média da UGRHI,
configurando-se como uma área crítica em termos de disponibilidade hídrica subterrânea.

109
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Plano de Bacia

4.3.3 Disponibilidade hídrica total

A partir dos resultados nos itens anteriores, o Quadro 36, a Figura 72 (UGRHI 20) e
Figura 73 apresentam uma estimativa da disponibilidade hídrica total das Sub-bacias da
UGRHI-20 e 21.

Quadro 46. Estimativa da disponibilidade hídrica total nas Sub-Bacias da UGRHI-20 e


21.
Disponibilidade Hídrica
Águas Águas Águas Águas
Sub-Bacia Total Total
superficiais subterrâneas superficiais Subterrâneas
(m³/s) (%)
Q7,10 (m³/s) (m³/s) (%) (%)
Alto Aguapeí 7,81 3,63 11,43 68% 32% 100%
Médio Aguapeí 10,63 4,94 15,57 68% 32% 100%
Baixo Aguapeí 9,56 4,44 13,99 68% 32% 100%
Total da UGRHI-20 28,00 13,00 41,00 68% 32% 100%
Alto Peixe 2,00 0,62 2,62 76% 24% 100%
Médio Peixe 17,92 5,56 23,48 76% 24% 100%
Baixo Peixe 9,09 2,82 11,90 76% 24% 100%
Total da UGRHI-21 29 9,00 38,00 76% 24% 100%
Fonte: Adaptado de Relatório de Situação, 2015.

Figura 72. Disponibilidade hídrica total nas sub-bacias da UGRHI-20.


Fonte: Adaptado de Relatório de Situação, 2015.

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Figura 73. Disponibilidade hídrica total nas sub-bacias da UGRHI-21.


Fonte: Adaptado de Relatório de Situação, 2015.

Pode-se concluir que 68% da disponibilidade total da Bacia do Aguapeí (UGRHI 20)
correspondem às águas superficiais. Todas as Sub-bacias se situam neste mesmo patamar.

Já em relação a Bacia do Rio do Peixe, as águas superficiais representam 76% da


disponibilidade total.

Ressalta-se que os dados de disponibilidade subterrânea aqui apresentados


referem-se apenas aos aquíferos aflorantes, não estando computadas as vazões
disponíveis para captações no Aquífero Serra Geral e no Aquífero Guarani, presentes em
toda a área das UGRHIS 20 e 21, em subsuperfície.

4.3.4 Postos pluviométricos

O Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE)/


Centro Tecnológico de Hidráulica - CTH opera e mantem a rede hidrológica do Estado de
São Paulo. Esta se compõe por centenas de postos pluviométricos espalhados por todo o
território paulista. Estes poços medem a quantidade de água precipitada (chuva) durante um
determinado tempo. A partir da leitura desses postos, infere-se a condição da bacia quanto
à escassez de chuvas durante o período seco (abril a setembro) onde notadamente estão
relacionados os problemas de estiagem. Perante a descrição e quantificação dos postos de
monitoramento pluviométrico da bacia, o Quadro 45 apresenta a densidade desses pontos.

111
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Quadro 47. Postos de monitoramento pluviométrico nas UGRHIS 20 e 21.


Área da Densidade
Tipo de n.º de
UGRHI bacia (postos/1.000 Fonte
postos postos
(km²) km²)
Pluviométricos 22 1,67 DAEE
20 13.196
Fluviométricos 0 0,00 DAEE
Pluviométricos 24 2,23 DAEE
21 10.769
Fluviométricos 2 0,19 DAEE

Fonte: DAEE (2016).

Figura ilustrativa

Figura 74. Distribuição dos postos pluviométricos nas UGRHI’s-20 e 21.


Fonte: DAEE, 2016.

O monitoramento pluviométrico permite identificar períodos de seca, estimar a


precipitação máxima provável em uma bacia hidrográfica, além de evidenciar a dinâmica
fluvial e indicar operações em reservatórios. Permite também comprovar estiagem para
seguros agrícolas e paralisação de obras, determinar época de plantios, controlar pragas,
dimensionar canais e galerias pluviais, além de fornecer informações para turismo.

As situações de estiagem trazem inúmeros impactos negativos para a bacia


hidrográfica, como prejuízos econômicos e sociais, prejudicando a produção agropecuária e
o abastecimento público. A identificação de períodos de semestre seco abaixo da média é
uma referencia para se estabelecer situações criticas de disponibilidade em uma bacia
(CRHi, 2013).

112
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Quadro 48. Levantamento da média pluviométrica nos meses secos (abr/set).


Média 2015
Média Histórica
(Abril a
UGRHI Posto Município Sub-Bacia (Abril a Setembro)
Setembro)
Mm/mês
Mm/mês
C6-071 Guaimbê Alto Aguapeí 48,7 63,4
C6-078 Guaimbê Alto Aguapeí 46,9 74,5
C7-006 Getulina Alto Aguapeí 47,0 79,9
C7-016 Braúna Médio Aguapeí 49,0 80,5
C7-034 Valparaíso Médio Aguapeí 47,4 54,6
C7-064 Luiziânia Médio Aguapeí 46,5 81,8
C7-074 Queiroz Médio Aguapeí 53,3 125,5
C7-075 Salmorão Médio Aguapeí 51,9 82,5
C7-078 Piacatu Médio Aguapeí 56,4 79,8
C8-008 Monte Castelo Baixo Aguapeí 50,6 58,5
20
C8-019 Panorama Baixo Aguapeí 51,1 69,7
C8-030 Flórida Paulista Baixo Aguapeí 50,3 67,1
C8-043 Dracena Baixo Aguapeí 53,7 62,2
C8-052 Adamantina Baixo Aguapeí 54,4 99,4
C8-058 Mirandópolis Baixo Aguapeí 51,3 61,4
D6-018 Garça Alto Aguapeí 58,6 80,9
D6-025 Marília Alto Aguapeí 61,0 82,9
D6-086 Pirajuí Alto Aguapeí 50,6 77,9
D6-093 Pirajuí Alto Aguapeí 59,6 71,2
D6-098 Marília Alto Aguapeí 59,9 61,4
C7-001 Parapuã Baixo Peixe 59,1 90,4
C7-004 Tupã Médio Peixe 56,4 76,5
C7-054 iacri Médio Peixe 57,6 100,9
C7-062 Bastos Médio Peixe 58,5 92,4
C7-066 Tupã Médio Peixe 55,4 116,8
C7-067 Osvaldo Cruz Baixo Peixe 63,9 87,2
C8-001 Piquerobi Baixo Peixe 56,2 95,9
C8-002 Flórida Paulista Baixo Peixe 57,5 82,2
C8-004 Adamantina Baixo Peixe 54,9 77,4
C8-009 Santo Anastácio Baixo Peixe 59,2 78,5
21
C8-014 Alfredo Marcondes Baixo Peixe 56,3 96,9
C8-018 Lucélia Baixo Peixe 56,3 91,6
C8-026 Emilianópolis Baixo Peixe 56,0 95,4
C8-042 Irapuru Baixo Peixe 54,9 88,2
C8-054 Martinópolis Baixo Peixe 62,0 87,5
C8-055 Ouro Verde Baixo Peixe 58,0 78,7
C8-059 Flora Rica Baixo Peixe 57,2 103,9
D6-080 Marília Alto Peixe 64,8 81,5
D6-092 Garça Alto Peixe 64,8 107,1
D7-001 Quatá Médio Peixe 59,3 106,1

113
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Plano de Bacia

Média 2015
Média Histórica
(Abril a
UGRHI Posto Município Sub-Bacia (Abril a Setembro)
Setembro)
Mm/mês
Mm/mês
D7-048 Marília Alto Peixe 70,6 90,9
D7-073 Rancharia Médio Peixe 60,0 87,9
D7-074 Marília Médio Peixe 61,1 95,5
D8-003 Presidente Prudente Baixo Peixe 56,4 106,7
D8-047 Indiana Baixo Peixe 62,2 99,2
D8-057 Caiabu Baixo Peixe 63,3 91,3
Fonte: DAEE, 2016.
As situações de estiagem trazem inúmeros impactos negativos para a bacia
hidrográfica, como prejuízos econômicos e sociais, prejudicando a produção agropecuária e
o abastecimento público. A identificação de períodos de semestre seco abaixo da média é
uma referencia para se estabelecer situações criticas de disponibilidade em uma bacia.

Analisando o ano de 2015 (Quadro 48), a proporção de postos pluviométricos de


monitoramento que no período de abril a setembro apresentou medição abaixo da média foi
nula, isto é, todos os postos pluviométricos indicaram índices médios maiores que a média
histórica no ano de 2015.

4.4 Demanda por recursos hídricos

Neste capítulo é analisada a demanda hídrica dos mananciais superficiais e dos


aquíferos subterrâneos nas UGRHI’s 20 e 21. O estudo da demanda hídrica visa
estabelecer a referencia temporal para a elaboração de projeções e subsidiar a identificação
de alternativas de intervenção para reduzir seus potenciais efeitos sobre a disponibilidade
hídrica.

Os dados de demandas aqui apresentados referem-se, única e exclusivamente, aos


dados cadastrados junto aos órgãos reguladores (DAEE e ANA). É importante frisar que os
usos não regularizados não entram nas estimativas de demanda hídrica, isto é, em função
da existência de vários usos irregulares (suposição esta feita a partir de visitas a campo e
conhecimento da realidade local, principalmente com os usuários rurais), a demanda real
tende a ser maior que a demanda aqui apresentada, principalmente nas atividades
relacionadas a irrigação.

114
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Plano de Bacia

4.4.1 Captação de água superficial e de água subterrânea

As informações relativas à captação de água permitem avaliar a prevalência das


origens (superficial ou subterrânea) e a densidade dos pontos de captação, indicando áreas
vulneráveis para gestão. O Quadro 49 apresenta os indicadores de captação de água nas
UGRHI’s-20 e 21. Os dados de captação de água são indicados pelas outorgas emitidas
pelo DAEE.

Quadro 49. Indicadores de captação de água da UGRHI-20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro
P.03-A: Captações superficiais em relação à área total da bacia:
nº de outorgas/1000 km²
16,10 outorgas / 1000 km² - UGRHI 20
12,60 outorgas / 1000 km² - UGRHI 21
P.03-B: Captações subterrâneas em relação à área total da
bacia: nº de outorgas/1000 km²
35,80 outorgas / 1000 km² - UGRHI 20
P.03 43,80 outorgas / 1000 km² - UGRHI 21
Demanda
Captações de
de água P.03-C: Proporção de captações superficiais em relação a
água
soma total das captações outorgadas:%
31,0% - UGRHI 20
22,4% - UGRHI 21
P.03-C: Proporção de captações subterrâneas em relação a
soma total das captações outorgadas:%
69,0% - UGRHI 20
77,6% - UGRHI 21
Controle R.05-C: Vazão total
R.05-B: Vazão total outorgada
da R.05 Outorga outorgada para captações
para captações superficiais: m³/s
exploração de uso da subterrâneas: m³/s
e uso da água 2,94 m³/s - UGRHI 20 1,657 m³/s - UGRHI 20
água 2,98 m³/s - UGRHI 21 1,211 m³/s - UGRHI 21
Fonte: CRHi – Ano base 2015.

A outorga para captação de águas superficiais ou subterrâneas abrange os sistemas


de instalações destinados à extração da água para fins de uso público ou privado. A
quantidade de captações superficiais e subterrâneas existentes nas UGRHI’s-20 e 21
permite avaliar a intensidade e a tendência da captação para subsidiar ações de
gerenciamento dos recursos hídricos.

Conforme Figura 75, a quantidade de outorgas concedidas para captações


superficiais e subterrâneas teve um aumento significativo entre os anos de 2011 a 2015,
com destaque para as outorgas subterrâneas que aumentaram 36% na UGRHI 20 e 67% na
UGRHI 21.

115
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Plano de Bacia

UGRHI 20 UGRHI 21
Figura 75. Relação do nº de outorgas com a área da bacia.
Fonte: CRHi – Ano base 2015.

Imagina-se que estes dados estejam subestimados, uma vez que existem
dificuldades dos órgãos licenciadores (DAEE e CETESB) em atender toda demanda de
fiscalização e assim inibir usos irregulares. Outro problema é a falta de informação da
população, quanto a regularização e licenciamentos dos usos e intervenções em corpos
d’água, aumentando a existência de usos não outorgados e atividades não licenciáveis.

Assim, deve ocorrer maior fiscalização quanto ao uso dos Recursos Hídricos
(captações e lançamentos), controle de poluição. Integração entre os cadastros de
instituições como Defesa Agropecuária, CATI, DAEE, CETESB, entre outras, visando
identificar possíveis usuários de água e atividades poluidoras.

Em relação à proporção da quantidade de captações superficiais e subterrâneas nas


UGRHI’s 20 e 21, pode-se observar que o comportamento é similar nas duas, com
predomínio, em números absolutos, de pontos de captação subterrânea (69 e 77,63%) nas
UGRHIs 20 e 21, respectivamente (Figura 76). Tal fato decorre da facilidade em se obter
água subterrânea na região, uma vez que o aquífero Bauru aflora em toda a região.

UGRHI 20 UGRHI 21
Figura 76. Proporção de captações superficiais e subterrâneas.
Fonte: CRHi – Ano base 2015.

116
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Figura ilustrativa

Figura 77. Captações superficiais e subterrâneas nas UGRHI’s-20 e 21.


Fonte: Banco de Outorgas do DAEE, 2016.

Quanto às vazões outorgadas, no período de 2011 a 2015, houve um crescimento ao


longo dos anos.

Em termos de demanda superficial, o crescimento foi lento e gradual, totalizando


aproximadamente 22% ao longo dos últimos 5 anos na UGRHI 20 e de 67% na UGRHI-21.
Já as demandas subterrâneas aumentaram 32% na UGRHI 20 e de 63% na UGRHI 21 no
período, corroborando com o aumento do número de outorgas já identificadas
anteriormente.

UGRHI 20 UGRHI 21
Figura 78. Relação de vazão captada superficial e subterrânea.
Fonte: CRHi – Ano base 2015.

117
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4.4.2 Demandas consuntivas

As informações relativas à demandas consuntivas permitem acompanhar a evolução


das demandas por categoria de uso, bem como identificar sua distribuição espacial e é de
fundamental importância para gestão dos recursos hídricos, pois, reflete a pressão direta
sobre a disponibilidade hídrica. O Quadro 50 apresenta os indicadores de demanda
consuntiva nas UGRHI’s-20 e 21. A espacialização das demandas consuntivas pode ser
verifica no Desenho 03.1037/17, em anexo.
Quadro 50. Indicadores de demanda consuntiva de água das UGRHI’s-20 e 21.
Variável Indicador Parâmetro
P.01-B: Demanda de água
P.01-A: Demanda total de água: m³/s
superficial: m³/s
1
P.01 4,60 m³/s – UGRHI 20 2,94 m³/s– UGRHI 20
2
Demanda de 4,19 m³/s – UGRHI 21 2,98 m³/s – UGRHI 21
água P.01-C: Demanda de água P01-D - Demanda de água em
3
subterrânea: m³/s rios de domínio da União: m /s
1,66 m³/s– UGRHI 20 0,03 m/s– UGRHI 20
1,21 m³/s – UGRHI 21 0,016m³/s – UGRHI 21
Demanda de P.02-A: Demanda urbana de água: P.02-B: Demanda industrial de
Água m³/s água: m³/s
0,953 m³/s– UGRHI 20 1,86 m³/s– UGRHI 20
2,453 m³/s – UGRHI 21 0,99 m³/s – UGRHI 21
P.02-D: Demanda para outros
P.02 Tipos de P.02-C: Demanda rural de água: m³/s
usos de água: m³/s
uso da água 1,73 m³/s– UGRHI 20 0,05 m³/s– UGRHI 20
0,74 m³/s – UGRHI 21 0,00 m³/s – UGRHI 21
P.02-E: Demanda estimada para abastecimento urbano: m³/s
0,95 m³/s– UGRHI 20
1,35 m³/s – UGRHI 21
R.05-G: Vazão outorgada para uso urbano / volume estimado para
Controle da R.05 Outorga
abastecimento urbano: %
exploração e de uso da
uso da água água 81,84% - UGRHI 20
181% – UGRHI 21
Fonte: CRHi – Ano base 2015.
A demanda refere-se ao volume total de água superficial e subterrânea requerido
por todos os tipos de uso: urbano, industrial, rural e outros usos, conforme dados
disponibilizados pelo CRH para a elaboração do Relatório de Situação.

4.4.3 Demanda de água

Neste capítulo, os dados de utilização (demanda de água) são estratificados para as


sub-bacias. Esta estratificação foi realizada diretamente proporcional à área de cada um dos
municípios dentro de cada uma das sub-bacias, respeitando-se os critérios de área urbana,
para as demandas urbanas e de área rural para as demandas rurais/industriais. O
conhecimento da demanda de água superficial e subterrânea permite gerenciar o balanço
entre a demanda e disponibilidade de água superficial e subterrânea nas UGRHI’s-20 e 21.
1
Não considera as captações em rios federais (P01-D).
2
Não considera as captações em rios federais (P01-D).

118
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O Quadro 51 e a Figura 79 apresentam as vazões captadas (superficiais e subterrâneas),


divididas por tipo de uso nas UGRHI’s-20 e 21.

Quadro 51. Totais de captação por fonte nas UGRHI’s-20 e 21.


3 3
Tipo TOTAL (m /s) – UGRHI 20 TOTAL (m /s) – UGRHI 21
Superficial (Rios Estaduais) 2,94 2,98
Subterrânea 1,66 1,21
Superficial (Rio Federal) 0,03 0,016
Total 4,63 4,21
Fonte: CRHi – Ano base 2015.

Figura 79. Demanda total de água.


Fonte: CRHi – Ano base 2015.

Observa-se no Quadro 51 que o valor total de captação é de 4,63 m3/s na UGRHI-20


e de 4,21 m3/s na UGRHI-21. Deste valor, uma pequena parcela é captada diretamente da
calha do Rio Paraná e não entra no cálculo do balanço hídrico.

Desta forma, os valores de demanda foram estratificados por Sub-Bacias, conforme


apresentado no Quadro 52, na Figura 80 (UGRHI 20) e na Figura 81 (UGRHI 21). As
captações federais, por se localizarem na calha do Rio Paraná, não entram no cálculo das
demandas por Sub-Bacias.

Quadro 52. Totais de captação por Sub-bacias nas UGRHI’s-20 e 21.


Demanda Demanda
3 Demanda
UGRHI Sub-bacia Superficial (m /s) Subterrânea 3
3 Total (m /s)
Rios Estaduais (m /s)
Alto Aguapeí 1,09 0,11 1,19
20 Médio Aguapeí 0,64 0,48 1,12
Baixo Aguapeí 1,21 1,07 2,28
UGRHI-20 2,94 1,66 4,60
21 Alto Peixe 0,24 0,13 0,36

119
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Demanda Demanda
3 Demanda
UGRHI Sub-bacia Superficial (m /s) Subterrânea 3
3 Total (m /s)
Rios Estaduais (m /s)
Médio Peixe 0,87 0,50 1,37
Baixo Peixe 1,87 0,59 2,46
UGRHI-21 2,98 1,21 4,19
Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

Figura 80. Demanda total de água por Sub-bacia – UGRHI 20.


Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

Figura 81. Demanda total de água por Sub-bacia – UGRHI 21.


Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

120
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4.4.4 Demanda da água por tipo de uso

O conhecimento da demanda por tipo de uso é de fundamental importância para a


gestão dos recursos hídricos, uma vez que o desequilíbrio entre os usos da água pode
acarretar conflitos. Além disso, a avaliação das variações nos volumes consumidos subsidia
o estabelecimento de metas de adequação do consumo para os diversos tipos de uso.

A Figura 82 e o Quadro 53 apresentam a distribuição da demanda de água na


UGRHI-20 e 21 por tipo de usuário. Pode-se observar que a maior demanda é para o setor
urbano na UGRHI 21 e no setor industrial, na UGRHI 20.

Figura 82. Demanda total de água por tipo de uso.


Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

Quadro 53. Totais de captação por tipo de usuário e sub-bacia nas UGRHI’s-20 e 21.
Demanda Demanda
Demanda Demanda
rural de para outros
UGRHI Sub-bacia urbana de industrial de
3 3 água usos de água
água (m /s) água (m /s) 3 3
(m /s) (m /s)
Alto Aguapeí 0,17 0,09 0,94 0,00
20 Médio Aguapeí 0,45 0,47 0,21 0,00
Baixo Aguapeí 0,33 1,31 0,59 0,05
UGRHI-20 0,95 1,86 1,73
Alto Peixe 0,24 0,04 0,08 0,00
21 Médio Peixe 0,50 0,49 0,38 0,00
Baixo Peixe 1,72 0,45 0,28 0,00
UGRHI-21 2,45 0,99 0,74 0,00
Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

121
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4.4.4.1 Uso urbano

A Demanda urbana de água representa o volume total de água superficial e


subterrânea requerido pelos usos urbanos: abastecimento público, comércio e serviços. O
parâmetro aponta as atividades socioeconômicas para as quais a água superficial e/ou
subterrânea se destina e abrange especificamente o uso urbano.

A Figura 83 apresenta o uso urbano da água distribuído pelas Sub-Bacias nas


UGRHI’s 20 e 21. A Sub-bacia do Baixo Peixe concentra as maiores demandas urbanas,
uma vez que existem algumas cidades de médio porte e uma captação para abastecimento
do município de Presidente Prudente.

Figura 83. Demanda urbana de água.


Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

4.4.4.2 Uso industrial

A demanda industrial de água representa o volume total de água superficial e


subterrânea requerido pelos usos industriais: processos produtivos, tratamento de efluentes
industriais. O parâmetro aponta as atividades socioeconômicas para as quais a água
superficial e/ou subterrânea se destina e abrange especificamente o uso industrial. Para
esse levantamento assumiu a vazão total outorgada.

122
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Figura 84. Demanda industrial de água.


Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

A demanda industrial na UGRHI não é significativa, concentrando cerca de 23% da


demanda total.

4.4.4.3 Uso rural e irrigação


A demanda rural de água representa o volume total de água superficial e subterrânea
requerido pelos usos rurais, com: irrigação, pecuária, aquicultura, etc. O parâmetro aponta
as atividades socioeconômicas para as quais a água superficial e/ou subterrânea se destina
e abrange especificamente o uso rural.

Figura 85. Demanda rural de água.


Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

123
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A demanda rural para o setor agrícola na bacia do Aguapeí é de 1,66 m3/s e na bacia
do Peixe é de 1,21 m3/s. A Figura 85 apresenta os dados obtidos, para os usuários rurais
nas sub-bacias das UGRHI’s 20 e 21.

Os dados apresentados na Figura 85 mostram que a demanda rural é maior na sub-


bacia do alto Aguapeí.

A análise das demandas de água para a irrigação já foram alvos de inúmeros


trabalhos no sentido de quantificar as demandas reais de irrigação da UGRHI. Todavia,
existe uma série de incertezas nesta quantificação, uma vez que dependem de: (i)
condições climáticas, (ii) condições de mercado, (iii) tecnologia envolvida, (iv) captações
regularizadas, dentre outros. Segundo mapeamento realizado pela EMBRAPA, existem nas
UGRHI’s-20 e 21 cerca de 12 pivôs centrais (vide Figura 86), número bastante reduzido em
comparação com outras UGRHIS do Estado de São Paulo, por exemplo. Todavia, existem
áreas de café irrigadas por outros métodos.

Figura ilustrativa

Figura 86. Localização de pivôs nas UGRHIs 20 e 21


Fonte: Embrapa e Ana (2016)

124
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4.4.4.4 Outros usos de água

A demanda para outros usos de água representa o volume total de água superficial e
subterrânea requeridos pelos usos que não se enquadram como urbano, industrial ou rural,
denominados conjuntamente de “outros usos”. Estes usos são praticamente insignificantes
para as UGRHIs, de forma que os valores registrados são abaixo de 0,05 m3/s.

4.4.4.5 Comparativo entre demanda estimada e outorgada: uso urbano

Este item define-se como a relação entre a vazão total outorgada para captações de
águas destinadas a uso urbano (uso regularizado) e o volume de água estimado para
atender o abastecimento urbano (regularizado ou não).

Esse dado permite avaliar o grau de implantação do instrumento de outorga para uso
urbano através da comparação da vazão outorgada para este fim com a demanda urbana
estimada. A fonte de dados para a estimativa da demanda é o “Índice de atendimento de
água” obtidos do Sistema Nacional de Informações sobre saneamento – SNIS, do
“Coeficiente de retirada urbano per capita, obtidos do Operador Nacional do Sistema Elétrico
– ONS e dados de população obtidos da fundação SEADE.

Pode-se observar na Figura 87 que, em 2010 a relação da demanda outorgada com


a demanda estimada para abastecimento urbano, era de 67% na UGRHI-20 e de 50% da
UGRHI-21, isto é, apresentava um baixo índice de regularização dos usos.

A partir do ano de 2012 houve um crescimento da demanda outorgada em relação a


demanda estimada, fazendo esse índice crescer para 81% na UGRHI-20 e 181% na
UGRHI-21. Desta forma, nota-se claramente que houve uma melhora significativa naa
regularização dos usos urbanos.

UGRHI 20 UGRHI 21
Figura 87. Demanda estimada de água para abastecimento urbano.
Fonte: Adaptado de CRHi – Ano base 2015.

125
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Plano de Bacia

4.4.5 Demandas não-consuntivas

Por uso não consuntivo de água, entende-se como aquele em que, no


aproveitamento do recurso hídrico, não existe consumo de água, ou seja, entre a derivação
e o lançamento de água no rio não existe perda. Desta forma incluem-se como não
consuntivos os usos destinados a navegação, produção de energia hidrelétrica, recreação e
lazer, aquicultura, entre outros. O Quadro 54 apresenta os indicadores de demanda
consuntiva nas UGRHI’s-20 e 21. A espacialização das demandas não-consuntivas pode ser
verificada no Desenho 03.1037/17, em anexo.

Quadro 54. Indicadores de demanda não consuntiva de água das UGRHI’s-20 e 21.
Variável Indicador Parâmetro
R.05-D: Outorgas para outras interferências em cursos d’água:
Controle da R.05 Outorga nº de outorgas
exploração e de uso da
uso da água água 208 outorgas – UGRHI 20
225 outorgas – UGRHI 21
P.08 P.08-D: Barramentos: nº total de barramentos
Interferências
Barramentos
em corpos 158 barramentos – UGRHI 20
em corpos
d’água 147 barramentos – UGRHI 21
d’água

O número de outorgas concedidas para interferências em corpos d’água que não


envolva captação de água ou lançamento são denominados outras interferências. Esse
indicador permite avaliar o grau de implantação da outorga de uso da água, ou seja, do
controle sobre os diferentes usos de recursos hídricos. Os usos denominados como outras
interferências são enquadrados nas seguintes categorias: Barramento, canalização, píer,
piscinão, proteção de leito/margem, retificação e travessias.

UGRHI -20 UGRHI -21


Figura 88. Número de outorgas para outras interferências em cursos d’água.
Fonte: DAEE, 2015.

126
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Plano de Bacia

A quantidade de outorgas concedidas para outras interferências em corpos d’água


vem crescendo constantemente, muito em função do aumento das atividades de fiscalização
e para o licenciamento ambiental.

4.4.6 Interferências em cursos d’água

 Navegabilidade

Nas UGRHI’s 20 e 21, os trechos navegáveis são somente os localizados no Rio


Paraná.

 Barramentos hidrelétricos

O conhecimento de número de barramentos implantados em uma determinada área


é de grande importância para a gestão dos recursos hídricos, visto que podem modificar o
volume de água disponibilizado para áreas de jusante. Na UGRHI-21, existe apenas um
barramentos hidrelétricos, localizado no município de Rancharia.

 Barramentos

Quanto ao indicador de quantidade de barramentos outorgados, desde 2011 o


número vem aumentando gradativamente, muito em função da regularização de
barramentos já existentes.

UGRHI -20 UGRHI -21


Figura 89. Número de barramentos outorgados nas UGRHI’s- 20 e 21.
Fonte: CRHi, 2016.

4.5 Balanço: demanda x disponibilidade


Conhecidas as disponibilidades reais e as demandas existentes na bacia do
Aguapei/Peixe, pode-se determinar o balanço hídrico em função da disponibilidade e da
demanda. Conceitualmente, o balanço hídrico determina qual a disponibilidade de água
existente nas UGRHI-20 e 21, determinada a partir da disponibilidade real, diminuída dos

127
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Plano de Bacia

valores de captação e acrescida dos valores de lançamento. O Quadro 55 apresenta os


indicadores de balanço x disponibilidade nas UGRHI’s-20 e 21.

Ressalta-se que nos cálculos apresentados a seguir, não são computadas as vazões
captadas em rios federais, uma vez que estes se situam no oeste da bacia e possuem uma
grande disponibilidade em função dos barramentos construídos. Ressalta-se, também, que
o balanço hídrico aqui apresentado refere-se as demandas cadastradas, isto é, usos
irregulares, isto é, não cadastrados nos órgãos de controle, não são computados.

Quadro 55. Indicadores de balanço x disponibilidade de água das UGRHI’s-20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro
E.07-A: Demanda total E.07-B: Demanda total
(superficial e subterrânea) em (superficial e subterrânea)
relação ao Q95%: % em relação ao Qmédio: %
11,20 % - UGRHI 20 4,7 % - UGRHI 20
E.07 Balanço: 11,00 % - UGRHI 21 5,1% - UGRHI 21
Balanço demanda versus E.07-C: Demanda superficial em E.07-D: Demanda
disponibilidade relação a vazão mínima subterrânea em relação às
superficial (Q7,10): % reservas explotáveis: %
10,50 % - UGRHI 20 12,70 % - UGRHI 20
10,30 % - UGRHI 21 13,50 % - UGRHI 21

O Desenho 04.1037/17 apresenta os pontos de captação superficial e subterrânea


de água, demonstrando a demanda em relação a disponibilidade hídrica.

 Demanda total em relação ao Q7,10

Representa o balanço entre a demanda superficial e a disponibilidade Q7,10%, que é a


vazão disponível nas UGRHI’s-20 e 21 em épocas de estiagem. Para essa demanda, são
utilizados os dados de demanda total apresentados pelo Relatório de Situação 2015, obtidos
a partir de dados do DAEE e os volumes de disponibilidade obtidos do PERH 2004-2007 e
tem como fonte o DAEE.

UGRHI -20 UGRHI -21


Figura 90. Evolução temporal da demanda superficial em relação ao Q7,10 nas UGRHI’s-
20 e 21. Fonte: DAEE, 2015.

128
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

De acordo com os dados apresentados na Figura 90 pode-se concluir que a


demanda total em relação à Q7,10% é de 10,50% na UGRHI-20 e de 10,28% na UGRHI-21,
portanto, classifica-se como boa, haja visto que no Estado de São Paulo o órgão gestor
outorga até 50% da Q7,10.

Já em termos das sub-bacias, os números apresentam uma leve variação, indo de


demanda de 12% em relação a Q7,10, a sub-Bacia do Alto Peixe apresenta a maior relação,
com consumo de 21% em relação a Q7,10. Ainda assim, em todas as Sub-bacias, a
situação, em termos médios, é confortável, conforme observado no Quadro 56 e na Figura
91.

Quadro 56. Balanço x disponibilidade de água: UGRHI’s-20 e 21: demanda superficial


x Q7,10.
Demanda
Área % na Sub Q7,10 Relação Demanda
UGRHI Nome 3 Superficial
(km2) Bacia (m /s) 3 Superficial x Q7,10
(m /s)
Alto Aguapeí 3.680,25 28% 7,81 1,09 14%
20 Médio Aguapeí 5.011,44 38% 10,63 0,64 6%
Baixo Aguapeí 4.504,31 34% 9,56 1,21 13%
Total da UGRHI-20 13.196 100% 28,00 2,94 11%

Alto Peixe 742,53 7% 2,00 0,24 12%

21 Médio Peixe 6.652,79 62% 17,92 0,87 5%

Baixo Peixe 3.373,68 31% 9,09 1,87 21%

Total da UGRHI-21 10.769 100% 29,00 2,98 10,30%

UGRHI -20 UGRHI -21


Figura 91. Demanda total em relação ao Q7,10 nas UGRHI’s-20 e 21, por sub-bacia.
Fonte: Adaptado de CRHi, 2016.

129
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Demanda total em relação ao Q95%

Representa o balanço entre a demanda total (superficial e subterrânea) e a


disponibilidade Q95%, que é a vazão disponível nas UGRHI’s-20 e 21 em 95% do tempo e
representa a vazão “natural” da bacia, sem interferências. Para essa demanda, são
utilizados os dados de demanda total apresentados pelo Relatório de Situação 2015, obtidos
a partir de dados do DAEE e os volumes de disponibilidade obtidos do PERH 2004-2007 e
tem como fonte o DAEE.

UGRHI -20 UGRHI -21


Figura 92. Evolução da demanda total em relação ao Q95% nas UGRHI’s-20 e 21.
Fonte: DAEE, 2015.

O valor de referência da demanda total em relação ao Q95% é feita através da


classificação da Agência Nacional de Águas (ANA) que foi adaptado pela CRHi, conforme
Quadro 57.

Quadro 57. Classificação da demanda em relação ao Q95%.

Fonte: CRHi, 2010.

De acordo com os dados apresentados na Figura 93 pode-se concluir que a


demanda total em relação à Q95%, em ambas as UGRHIS classifica-se como boa.

Já em termos das sub-bacias, os números não apresentam grande variabilidade, se


situando, em todas as sub-bacias abaixo dos 30% da Q95% comprometidas com a
demanda total, conforme apresentado no Quadro 58 e na Figura 93.

130
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 58. Balanço x disponibilidade de água: UGRHI’s-20 e 21: demanda total x Q95%.
Área % na Sub Q95% Demanda Total Relação Demanda
UGRHI Nome 3 3
(km2) Bacia (m /s) (m /s) Total x Q95%
Alto Aguapeí 3680,25 28% 12,55 1,19 10%
20 Médio Aguapeí 5011,44 38% 17,09 1,12 7%
Baixo Aguapeí 4504,31 34% 15,36 2,28 15%
Total da UGRHI-20 13.196 100% 45,00 4,60 10%
Alto Peixe 742,53 7% 2,62 0,36 14%

21 Médio Peixe 6652,79 62% 23,48 1,37 6%

Baixo Peixe 3373,68 31% 11,90 2,46 21%

Total da UGRHI-21 10.769 100% 38,00 4,19 11%

UGRHI -20 UGRHI -21


Figura 93. Demanda total em relação ao Q95% nas UGRHI’s-20 e 21, por sub-bacia.
Fonte: Adaptado de CRHi, 2016.

 Demanda total em relação ao Qmédio

A demanda total em relação ao Qmédio é o balanço entre a demanda total (superficial


e subterrânea) e a disponibilidade média ou vazão média de longo período, que representa
a vazão media de água nas UGRHI’s-20 e 21 durante o ano e é considerado um volume
menos restritivo ou menos conservador, sendo mais representativo em bacias que possuem
regularização de vazão, o que não é o caso em questão.

O valor de referência da demanda total em relação ao Qmédio é feita através da


classificação da Agência Nacional de Águas (ANA) que foi adaptado pela Coordenadoria de
Recursos Hídricos - CRHi, conforme Quadro 59. Por se tratar de uma vazão de referência
menos conservadora ou menos restritiva, adotam-se faixas de classificação mais restritivas
do que as demais vazões de referência.

131
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 59. Classificação da demanda em relação ao Qmédio.

Fonte: CRHi, 2010.

De acordo com os dados apresentados na Figura 94 pode-se concluir que a


demanda total em relação à Qmédia se situa na casa dos 5% em ambas as UGRHI’s,
portanto, classificam-se como “boa”.

UGRHI -20 UGRHI -21


Figura 94. Evolução da demanda total em relação ao Qmédio nas UGRHI’s-20 e 21.
Fonte: Adaptado de CRHi, 2016.

Já em termos das UPH’s, os números não apresentam grande variabilidade, se


situando abaixo de 10% da Qmédia comprometidas com a demanda total, sendo todas as
sub-bacias classificadas como situação “boa”, conforme apresentado no Quadro 60 e na
Figura 95. A sub-bacia do Baixo Peixe encontra-se no limite entre a classificação “Boa” e
“Atenção”.

Quadro 60. Balanço x disponibilidade de água das UGRHI’s-20 e 11: demanda total x
Qmédio.
Área % na Sub Qmédio Demanda Total Relação Demanda
UGRHI Nome 3 3
(km2) Bacia (m /s) (m /s) Total x Qmédio
Alto Aguapeí 3.680,25 28% 27,05 1,19 4%
20 Médio Aguapeí 5.011,44 38% 36,84 1,12 3%
Baixo Aguapeí 4.504,31 34% 33,11 2,28 7%
Total da UGRHI-20 13.196 100% 97,00 4,60 5%

Alto Peixe 742,53 7% 5,65 0,36 6%

21 Médio Peixe 6.652,79 62% 50,66 1,37 3%

Baixo Peixe 3.373,68 31% 25,69 2,46 10%

Total da UGRHI-21 10.769 100% 82,00 4,19 5%

132
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Plano de Bacia

UGRHI 20

UGRHI 21

Figura 95. Demanda total em relação ao Qmédio nas UGRHI’s-20 e 21, por sub-bacia.
Fonte: Adaptado de CRHi, 2016.

 Demanda subterrânea em relação às reservas explotáveis

A demanda subterrânea em relação às reservas explotáveis é o balanço entre a


demanda subterrânea e a disponibilidade hídrica subterrânea. A disponibilidade
3
subterrânea é calculada através da estimativa do volume de água que está disponível para

3
Deve ser ressaltado que a determinação da disponibilidade hídrica subterrânea é complexa e com
muita controvérsia no meio técnico e acadêmico, portanto, estes valores tem que ser analisados com
muito critério.

133
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

consumo sem comprometimento das reservas totais, ou seja, a Reserva explotável é


semelhante ao volume infiltrado.

Devido a importância do parâmetro e à ausência de dados sobre a estimativa da


demanda por água subterrânea, optou-se por assumir a vazão outorgada para captações
subterrâneas como sendo equivalente à demanda subterrânea total, devendo a análise ser
realizada de forma criteriosa e com as devidas ressalvas.

UGRHI 20

UGRHI 21

Figura 96. Evolução da demanda subterrânea em relação a vazão explotável- UGRHI’s-


20 e 21.
Fonte: DAEE, 2015.

134
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Plano de Bacia

O valor de referência da demanda subterrânea em relação às reservas explotáveis é


feita através da classificação do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH 2004-2007),
que foi adaptado pela CRHi, conforme Quadro 61.

Quadro 61. Classificação da demanda subterrânea em relação às reservas explotáveis.

Fonte: CRHi, 2010.

De acordo com os dados apresentados na Figura 96 pode-se concluir que a


demanda subterrânea em relação as reservas explotáveis é de 12,74% na UGRHI-20 e de
13,45% na UGRHI-21, portanto, ambas classificam-se como Boa.

4.6 Qualidade das águas

A importância da qualidade das águas está bem conceituada na Política Estadual de


Recursos Hídricos, tendo como objetivo “assegurar que a água, recurso natural essencial à
vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar social, possa ser controlada e utilizada,
em padrões de qualidade satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras,
em todo território do Estado de São Paulo” (Art. 2o, Tít. I, Cap. I, Lei No 7663/91).

O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA definiu as classes de qualidade


de águas doces, salinas e salobras através da Resolução CONAMA 357/2005.
Posteriormente, a Resolução CONAMA 430/2011 alterou e complementou resolução citada
fixando condições e padrões de emissão para o lançamento de efluentes em corpos d’água
receptores.

Para cada classe de qualidade, são associados usos preponderantes atuais ou


futuros, fixando-se ou adotando-se padrões de qualidade os valores limites dos parâmetros
de qualidade estabelecidos em legislação. Dessa forma, os resultados obtidos no
monitoramento das águas doce, salobra e salina são comparados com os respectivos
padrões de qualidade das classes de enquadramento, de cada corpo d’água (CETESB,
2012).

A poluição das águas origina-se de várias fontes, entre as quais se destacam


efluentes domésticos, efluentes industriais, deflúvio superficial urbano e deflúvio superficial
agrícola. Está, portanto, associada ao tipo de uso e ocupação da terra. Cada uma dessas
fontes possui características próprias quanto aos poluentes que carreiam. Os esgotos
domésticos apresentam contaminantes orgânicos biodegradáveis, nutrientes e bactérias. A
diversidade de indústrias também contribui com variabilidade mais intensa nos

135
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

contaminantes lançados aos corpos d’água, depende das matérias-primas e dos processos
industriais utilizados (SIGRH, 2001).

Tanto na Legislação Estadual (Decreto Estadual 8468/76) quanto na Federal


(Resolução CONAMA 357/05), está estabelecido que os usos preponderantes do recurso
hídrico são, dentre outros: abastecimento público e preservação do equilíbrio das
comunidades aquáticas. Portanto, a CETESB estabelece indicadores ambientais específicos
para cada uso do recurso hídrico: o IQA (índice de qualidade das águas); IAP (índice de
qualidade de águas brutas para fins de abastecimento público); e o IVA (Índice de
preservação da vida aquática).

Para refletir a qualidade das águas para seus múltiplos usos, tem-se, ainda o índice
de Balneabilidade, que avalia as condições da água para fins de recreação de contato
primário. Assim, a avaliação da qualidade das águas é composta pelos Índices: IAP –
qualidade de águas brutas para fins de abastecimento público e IB – índice de
balneabilidade.

As principais vantagens dos índices de qualidade de águas são a facilidade de


comunicação com o público não técnico, o status maior do que os parâmetros individuais e o
fato de representar uma média de diversas variáveis em um único número, combinando
unidades de medidas diferentes em uma única unidade. No entanto, sua principal
desvantagem consiste na perda de informação das variáveis individuais e da interação entre
as mesmas. O índice fornece uma avaliação integrada, mas não substitui uma avaliação
detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica.

Os principais objetivos das redes de monitoramento de qualidade das águas


gerenciadas pela CETESB, para os Comitês de Bacias Hidrográficas são: avaliar a evolução
da qualidade das águas doces; propiciar o levantamento das áreas prioritárias para o
controle da poluição das águas; identificar trechos de rios onde a qualidade d’água possa
estar mais degradada, possibilitando ações preventivas e de controle da CETESB, como a
construção de ETEs (Estações de Tratamento de Esgotos) por parte do município
responsável pela poluição ou a adequação de lançamentos industriais e; subsidiar o
diagnóstico da qualidade das águas doces utilizadas para o abastecimento público e outros
usos e; dar subsídio técnico para a elaboração dos Relatórios de Situação dos Recursos
Hídricos, realizados pelos Comitês de Bacias Hidrográficas.

136
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

4.6.1 Qualidade das águas superficiais

 UGRHI 20

A CETESB dispõe de Rede Estadual de Monitoramento da Qualidade das Águas


Superficiais, desde julho de 1990, sendo que na UGRHI-20, até o ano de 2016, havia 10
pontos: AGUA02010, AGUA02100, AGUA02500 e AGUA02800 no Rio Aguapeí;
ANOR02300 (Córrego Água do Norte); CASC02050 (Reservatório Cascata), IACR03750
(Rio Iacri); RECA02900 (Ribeirão das Marrecas); TBIR02700 e TBIR03300 (Rio Tibiriçá),
conforme apresentado na Figura 97.

Figura 97. Evolução do número de pontos de monitoramento de qualidade de água na


UGRHI 20.

De forma geral, a quantidade de pontos de monitoramento é altamente insuficiente


para uma análise mais aprofundada da situação da qualidade das águas superficiais da
UGRHI-20.

A Figura 98 apresenta o mapa da UGRHI-20 contendo a localização dos pontos de


monitoramento de água superficial. O Quadro 60 descreve os 10 pontos de amostragem de
qualidade das águas da CETESB, na UGRHI-20. Quatro localizados no Rio Aguapeí, um no
Córrego Água do Norte, um no Reservatório Cascata, um no Rio Iacri, um no Ribeirão das
Marrecas e dois no Rio Tibiriçá.

137
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 98. Mapa com pontos de amostragem de qualidade de água na UGRHI 20.
Fonte: CETESB, 2015.

De forma geral, a UGRHI-20 apresenta baixa densidade de pontos de monitoramento


de qualidade das águas superficiais. Observa-se um total de 10 pontos de amostragem
superficial, o que dá uma densidade de aproximadamente 1.319 km² a cada ponto de
monitoramento.

138
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 62. Descrição de pontos de amostragem de qualidade de água da UGRHI 20.

RB = Rede básica de monitoramento


Fonte: CETESB, 2015.

Quadro 63. Resultados dos parâmetros dos pontos de monitoramento da UGRHI 20

Fósforo total
DBO (5,20)

Clorofila a
Turbidez
Classe

Nitrato

E. coli
OD
Corpo d'água Ponto

- Limites CONAMA 2 10 100 5 30 >5 0,05 1.000


Córrego da Água Norte ANOR02300 2 0,8 120 4,7 34,0 7,3 0,02 199
Reservatório Cascata CASC02050 2 0,5 30 5,3 44,0 8,0 0,04 134
Ribeirão das Marrecas RECA02900 2 0,9 16 2,1 5,0 4,3 0,03 2.000
AGUA02010 2 0,6 17 2,0 0,5 6,7 0,03 304
AGUA02100 2 0,8 45 2,2 1,4 6,4 0,04 224
Rio Aguapeí ou Feio
AGUA02500 2 1,0 49 2,0 1,3 7,6 0,05 149
AGUA02800 2 0,8 56 2,0 2,2 6,8 0,06 155
Rio Tibiriçá TBIR02700 2 1,1 27 2,0 0,5 6,4 0,05 664
- Limites CONAMA 3 10 100 10 60 >4 0,075 2.500
Rio Iacri IACR03750 3 1,3 28 4,4 5,0 6,4 0,17 2.500
Rio Tibiriçá TBIR03300 3 0,8 58 6,6 1,6 5,7 0,15 26.000
Legenda Desconformidade em relação à classe estabelecida
Fonte: CETESB, 2015.

Esses pontos estão instalados em cursos d’água enquadrados como Classe 2 e


Classe 3, segundo o Decreto Estadual nº 10.755/1977 (São Paulo, 1977). Assim, os
parâmetros avaliados devem respeitar os limites aceitáveis para estas classes definidos pela
Resolução Conama nº 357/2005. Para estes pontos, foram apresentadas desconformidades
referentes a todos os parâmetros, exceto Nitrato, conforme destaca o Quadro 63. Nos

139
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

cursos d’água da Classe 2, apenas três pontos apresentaram dados adequados aos limites.
Já para a Classe 3, todos os cursos d’água estão conforme.

 UGRHI 21

Na UGRHI-21, até o ano de 2015, havia 05 (cinco) pontos de monitoramento:


ARPE02800 (Reservatório do Arrependido); PEIX02100, PEIX02400, PEIX02600 e
PEIX02800 no Rio Peixe, conforme apresentado na Figura 98.

Figura 99. Evolução do número de pontos de monitoramento de qualidade de


água na UGRHI 21.

De forma geral, a quantidade de pontos de monitoramento é altamente insuficiente


para uma análise mais aprofundada da situação da qualidade das águas superficiais da
UGRHI-21.

A Figura 98 apresenta o mapa da UGRHI-21 contendo a localização dos pontos de


monitoramento de água superficial. O Quadro 64 descreve os cinco pontos de amostragem
de qualidade das águas da CETESB, na UGRHI-21. Sendo um localizado no Reservatório
do Arrependido e quatro no Rio Peixe.

140
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa
Figura 100. Mapa com pontos de amostragem de qualidade de água na UGRHI 21.
Fonte: CETESB, 2015.

De forma geral, a UGRHI-21 apresenta baixa densidade de pontos de monitoramento


de qualidade das águas superficiais. Observa-se um total de 5 pontos de amostragem
superficial, o que dá uma densidade de aproximadamente 2153,8 km² a cada ponto de
monitoramento, além disso, não há nenhum ponto de monitoramento de água superficial na
sub-bacia do Alto Peixe.

Quadro 64. Descrição de pontos de amostragem de qualidade de água na UGRHI 21.

RB = Rede básica de monitoramento Fonte: CETESB, 2015.

141
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 65. Resultados dos parâmetros dos pontos de monitoramento da UGRHI 21

DBO (5,20)

Clorofila a
Turbidez

Fósforo
Classe

Nitrato

E. coli
total
OD
Corpo d'água Ponto

- Limites CONAMA 2 10 100 5 30 >5 0,05 1.000


Reservatório do Arrependido ARPE02800 2 0,5 3 2,1 3,0 6,1 0,02 6
PEIX02100 2 1,4 71 3,3 2,9 7,0 0,11 15.000
PEIX02400 2 1,0 66 2,5 2,1 7,4 0,04 1.300
Rio do Peixe
PEIX02600 2 0,9 92 2,2 4,9 7,0 0,06 385
PEIX02800 2 0,9 106 2,2 6,6 6,7 0,06 323
Legenda Desconformidade em relação à classe estabelecida
Fonte: CETESB, 2015.

Nesta UGRHI, todos os pontos estão instalados em cursos d’água enquadrados


como Classe 2. Para estes pontos, foram apresentadas desconformidades referentes a
Turbidez, Fósforo total (ambientes intermediários) e Coliformes termotolerantes (Escherichia
coli), conforme destaca o Quadro 63.

Para melhor compreensão desse tema, são apresentados os seguintes desenhos:

a) Desenho 05.1037/17 apresenta os pontos de monitoramento de água superficial,


juntamente com os índices de qualidade de água para esses pontos.

b) Desenho 06.1037/17 apresenta os pontos de poluição ambiental (CETESB, 2015).

c) Desenho 07.1037/17 apresenta os pontos de monitoramento, lançamento superficial.

4.6.1.1 Índice de qualidade das águas (IQA)

O índice de qualidade das águas reflete principalmente a contaminação dos corpos


hídricos ocasionada pelo lançamento de efluentes domésticos. É importante também
salientar que este índice foi desenvolvido para avaliar a qualidade das águas, tendo como
determinante principal a sua utilização para o abastecimento público, considerando aspectos
relativos ao tratamento dessas águas.

O monitoramento do IQA também permite identificar áreas prioritárias para o controle


da poluição das águas e elaborar diagnóstico das águas utilizadas para abastecimento
público.

O valor do IQA é obtido a partir de 9 parâmetros considerados relevantes para a


avaliação da qualidade das águas: temperatura, pH, oxigênio dissolvido, demanda
bioquímica de oxigênio, quantidade de coliformes fecais, nitrogênio, fósforo, resíduos totais
e turbidez. A partir dos parâmetros avaliados, a CETESB adota as seguintes categorias para
classificação dos pontos em relação ao IQA:

142
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Fonte: CETESB, 2015.

As Figura 101 e Figura 102 apresenta a comparação das médias dos valores de IQA
para a UGRHI-20 e publicado no Relatório de Qualidade das Águas Superficiais no Estado
de São Paulo (CETESB, 2015).

Figura 101. Evolução dos resultados IQA nos pontos de monitoramento


existentes na UGRHI-20.
Fonte: CETESB, 2015.

Figura 102. Evolução dos resultados IQA nos pontos de monitoramento


existentes na UGRHI-21.
Fonte: CETESB, 2015.

143
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

4.6.1.2 Índice de qualidade das águas brutas para fins de abastecimento (IAP)

O IAP avalia, além das variáveis consideradas no IQA, as substâncias tóxicas e as


variáveis que afetam a qualidade organoléptica da água, advindas, principalmente de fontes
difusas. Este índice é calculado apenas nos pontos que são coincidentes com captações
utilizadas para abastecimento público. A partir dos parâmetros avaliados, a CETESB adota
as seguintes categorias para classificação dos pontos em relação ao IVA.

Fonte: CETESB, 2016.


A UGRHI 20 possui dois pontos de análise de IAP, sendo um localizado no Córrego
da Água Norte e outro no Reservatório Cascata, como apresentado no Quadro 66.

Quadro 66. Descrição de pontos de amostragem de IAP.

Fonte: CETESB, 2015.

Figura 103. Resultados IAP na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

É possível observar que no ano de 2010 os dois pontos eram considerados “bons” e
em 2011 e 2012 eles se dividiram entre “bom” e “regular”. A partir de 2012 os pontos tiveram
um declínio na qualidade, ocasião em que um deles obteve categoria “péssima” (2013). Em
2015 os dois pontos foram classificados como “regular”, evidenciando a baixa qualidade das
águas.

144
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A UGRHI-21 possui três pontos de análise de IAP, um localizado no Reservatório do


Arrependido e dois no Rio Peixe, como apresentado no Quadro 67.

Quadro 67. Descrição de pontos de amostragem de IAP.

Fonte: CETESB, 2015.

É possível observar que, no geral, os resultados ficam entre bom e regular. Apenas
no ano de 2011 houve resultado “ótimo”, bem como “ruim”; e no de 2014, um dos pontos
teve resultado “ruim” novamente.

Figura 104. Resultados IAP na UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

4.6.1.3 Índice de qualidade das águas para a proteção da vida aquática (IVA)

O IVA é utilizado para avaliar a qualidade das águas para a proteção da vida
aquática, para fins de proteção da fauna e flora em geral. O índice leva em consideração a
presença e a concentração de contaminantes tóxicos (cobre, zinco, chumbo, cromo,
mercúrio, níquel, cádmio, surfactantes, fenóis), seu efeito sobre os organismos aquáticos
(toxicidade) e duas das variáveis consideradas essenciais para os organismos aquáticos:
oxigênio dissolvido e pH. O cálculo do IVA é priorizado em pontos que estão enquadrados
em classes que preveem a proteção da vida aquática excluindo-se assim, os corpos hídricos
classe 04 (CONAMA 357/05).

145
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Os contaminantes tóxicos são agrupados no IPMCA (índice de variáveis mínimas


para a preservação da vida aquática), enquanto o pH e o oxigênio dissolvido estão
agrupados no IET (índice de estado trófico). Desta forma, o IVA fornece informações não só
sobre a qualidade da água em termos ecotoxicológicos, mas também sobre o seu grau de
trofia. A partir dos parâmetros avaliados, a CETESB adota as seguintes categorias para
classificação dos pontos em relação ao IVA:

Fonte: CETESB, 2011.

O Quadro 68 apresenta os pontos de amostragem de qualidade das águas para


proteção da vida aquática da CETESB, na UGRHI-20.

Quadro 68. Descrição de pontos de amostragem de IVA.

RB = Rede básica de monitoramento


Fonte: CETESB, 2015.

Desde 2010 o índice de qualidade de água para proteção da vida aquática,


apresentou melhora, em que apenas um ponto era classificado como “bom”, quatro eram
classificados como “regulares” e um como “ruim”. A partir de 2013 todos os pontos passam
a ser classificados como “regulares”, “bons” e “ótimos”.

146
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Plano de Bacia

Figura 105. Resultados IVA na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

O Quadro 69 apresenta os pontos de amostragem de qualidade das águas para


proteção da vida aquática da CETESB, na UGRHI-21.

Quadro 69. Descrição de pontos de amostragem de IVA.

RB = Rede básica de monitoramento


Fonte: CETESB, 2015.

Figura 106. Resultados IVA na UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

147
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Plano de Bacia

O índice de qualidade de água para proteção da vida aquática teve resultados


apenas entre “ótima”, “bom” e “regular”, o que é bastante adequado para as UGRHIs.

4.6.1.4 Índice de estado trófico (IET)


O índice de estado trófico tem por finalidade apontar o grau de trofia do corpo
d’água, ou seja, a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu
consequente efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas ou ao aumento da
infestação de macrófitas aquáticas. O IET leva em consideração a presença de clorofila-a e
fósforo total. A partir dos parâmetros avaliados, a CETESB adota as seguintes categorias
para classificação dos pontos em relação ao IET:

Fonte: CETESB, 2011.

O Quadro 70 apresenta a descrição dos pontos de monitoramento de IET na UGRHI 21.

Quadro 70. Descrição de pontos de monitoramento de IET.

Fonte: CETESB, 2015.

148
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Plano de Bacia

Figura 107. Resultados IET na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

Para o indicador de Índice de Estado Trófico – IET, os pontos localizados na UGRHI-


20, no geral, tiveram desempenho intermediário entre 2010 e 2013, estando divididos no
intervalo de “ultraoligotrófico” e “eutrófico”. O ano de 2014 se destaca por ter dois pontos
classificados como “ultraoligotrófico”, três “oligotrófico” e quatro “mesotrófico”. Em 2015, no
entanto, aumentou para sete os pontos classificados como “mesotrófico” e apenas três
foram considerados “oligotrófico”.

O Quadro 71 apresenta a discrição dos pontos de monitoramento de IET na UGRHI


21.

Quadro 71. Descrição de pontos de monitoramento de IET.

Fonte: CETESB, 2015.

149
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Plano de Bacia

Figura 108. Resultados IET na UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

Para o Índice de Estado Trófico – IET, todos os pontos de monitoramento localizados


na UGRHI-21, com exceção de 2012, obtiveram resultados entre “oligotrófico” e
“mesotrófico”.

4.6.1.5 Concentração de Oxigênio Dissolvido


A concentração de oxigênio dissolvido fornece informações diretas sobre a saúde do
corpo hídrico em termos de suporte no recebimento de carga orgânica e evidencia
principalmente, o lançamento de efluentes domésticos e industriais. O monitoramento do
oxigênio dissolvido é realizado nos pontos de amostragem da rede de monitoramento de
água doce, na forma de valor médio (OD).

O gráfico apresentado na Figura 109 apresenta o número de amostras de água que


apresentaram o parâmetro oxigênio dissolvido acima do valor de referência descrito na
Resolução CONAMA nº 357/2005 (valor para água doce - Classe 2: não inferior a 5 mg/L
OD) para a UGRHI 20.

150
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Plano de Bacia

Figura 109. Amostras com OD abaixo do VR na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

Em 2015, dos pontos de monitoramento localizados na UGRHI (10 pontos), apenas


um apresentou concentração de oxigênio <5mg/l.

O gráfico apresentado na Figura 109 apresenta o número de amostras de água que


apresentaram o parâmetro oxigênio dissolvido acima do valor de referência descrito na
Resolução CONAMA nº 357/2005 (valor para água doce - Classe 2: superior a 5 mg/L OD)
para a UGRHI 21.

Figura 110. Amostras com OD abaixo do VR na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

Em 2015, dos pontos de monitoramento localizados na UGRHI (5 pontos), todos


apresentaram concentração de oxigênio ≥5mg/l.

151
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

4.6.2 Qualidade das águas subterrâneas

A qualidade natural das águas subterrâneas está relacionada às suas características


físico-químicas. Segundo Campos (1993), “as características químicas dependem,
inicialmente, da composição de cada sistema aquífero”.

O comportamento hidrogeoquímico global no território paulista demonstra que as


águas subterrâneas têm baixa salinidade, com valores de resíduo seco a 180º inferiores a
250 mg/L. São águas predominantemente bicabornatadas, secundariamente sulfatadas e
cloretadas. Quanto ao conteúdo catiônico, são essencialmente cálcicas seguidas das
sódicas e das cálcicas magnesianas (CAMPOS, op. cit.).

Embora as águas subterrâneas sejam naturalmente melhor protegidas dos agentes


contaminantes que as águas superficiais, a grande expansão das atividades antrópicas nas
áreas urbanas e rurais tende a engendrar processos de contaminação que, pelas
características do meio físico em questão (as velocidades de fluxo nos aquíferos variam
geralmente de poucos centímetros a alguns metros por dia) podem levar alguns anos para
que seus efeitos sejam produzidos.

De maneira geral, todos os sistemas aquíferos do território paulista acham-se


expostos à deterioração progressiva, face aos impactos causados às estruturas geológicas
pela ocupação urbana crescente, pela explosão industrial e pela escalada agrícola. Embora
o Estado de São Paulo seja um dos mais evoluídos do país, observa-se mau uso
generalizado do solo. Nas áreas urbanas, em especial, é notório o efeito da imposição de
alterações das condições naturais e da explotação exagerada da água subterrânea:
rebaixamentos dinamicamente crescentes dos níveis piezométricos conduzindo à exaustão
dos aquíferos; abundância de vetores e agentes de contaminação e poluição devidos à
infiltração de esgotos, e à disposição de resíduos sólidos ("lixões", aterros sanitários e
industriais) etc.

A CETESB opera a Rede Estadual de Monitoramento da qualidade das águas


subterrâneas, desde julho de 1990, em atendimento à Lei Estadual 6.134 de 02 de junho de
1988, regulamentada pelo Decreto Estadual n.º 32.955 de 07 de fevereiro de 1991
(CETESB, 1998).

O Desenho 08.1037/17 traz o Índice de Qualidade da Água Subterrânea, juntamente


com os pontos de monitoramento, em anexo.

152
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Plano de Bacia

 UGRHI 20

Na UGRHI-20 são monitorados quatorze poços tubulares utilizados para


abastecimento público. Desses, doze captam água do aquífero Bauru, um do aquífero
Guarani e um no aquífero Serra Geral. A Figura 111 e o Quadro 72 apresentam a
localização dos pontos de monitoramento e as características desses pontos.

Quadro 72. Descrição de pontos de monitoramento de água subterrânea da UGRHI-20.


Ponto UTM - E UTM - N Município Descrição
BA0028P 557.348 7.615.671 Clementina P4 - DAEE
BA0241P 444.460 7.624.993 Dracena P01 - DAEE
GU0206P 607.238 7.549.856 Marília P3 Santa Antonieta - DAEM
BA0073P 441.685 7.644.660 Monte Castelo P Reservatório - PM
BA0079P 448.820 7.666.421 Nova Independência P26 - PM
BA0088P 410.781 7.636.988 Panorama P Av. K - DAEE
BA0090P 523.693 7.592.819 Parapuã P5 - Sabesp
BA0097P 541.922 7.612.029 Piacatu P4 - Sabesp
BA0203P 586.417 7.555.735 Pompéia P1 - SAAE
BA0211P 584.868 7.555.559 Pompéia P Caixa d'Água - SAAE
BA0337P 517.991 7.630.920 Rubiácea P2 Dist. Caramuru- Sabesp
SG0156P 514.145 7.610.632 Salmourão P6 - Sabesp
BA0123P 422.208 7.638.276 Santa Mercedes P1 - Sabesp
BA0146P 541.689 7.577.686 Tupã P1 - Sabesp
Fonte: CETESB, 2015.

De acordo com o Relatório de qualidade das águas subterrâneas do Estado de São


Paulo (CETESB, 2016) as maiores desconformidades ocorreram no Aquífero Bauru devido a
contaminação por nitrato, indicador de alteração da qualidade das águas decorrente das
atividades antrópicas. Os poços de Clementina – BA028P, Parapuã – BA090P e Tupã –
BA0146P, todos do Aquífero Bauru, vêm historicamente apresentando concentrações
elevadas dessa substância. O Quadro 73 apresenta a desconformidades encontradas na
qualidade das águas subterrâneas na UGRHI 20.

153
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 111. Mapa dos pontos de monitoramento de águas subterrâneas na UGRHI 20.
Fonte: CETESB, 2015.

Quadro 73. Desconformidades de qualidade das águas dos aquíferos Bauru e Serra
Geral na UGRHI-20.
Desconformidades de qualidade das águas do Aquífero Bauru UGRHI 20 Aguapeí
Número de
Valor Máximo Resultado
Município Ponto Parâmetro Amostra desconformidades
Permitido Desconforme
2010-2012
Nitrogênio
Clementina BA0028P 10 mg L-1 set/15 11 mg L-1 0
Nitrato
Coliformes Ausente em
Panorama BA0088P mar/15 Presente 0
Totais 100 mL
Bário 700 μg L-1 set/13 711 μg L-1 0
Parapuã BA0090P Nitrogênio
10 mg L-1 set/15 12 mg L-1 1
Nitrato
mar/14 1213 μg L-1
Ferro 300 μg L-1 0
set/14 798 μg L-1
BA0203P Bactérias
500 UFC mL-1 mar/14 710 UFC mL-1 0
Heterotróficas
Coliformes Ausente em
mar/14 Presente 0
Pompéia Totais 100 mL
mar/13 845 μg L-1
mar/14 1118 μg L-1
BA0211P Bário 700 μg L-1 set/14 930 μg L-1 3
mar/15 830 μg L-1
set/15 910 μg L-1
Valparaíso BA0149P Crômio 50 μg L-1 abr/13 59,4 μg L-1 1

154
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Desconformidades de qualidade das águas do Aquífero Bauru UGRHI 20 Aguapeí


Número de
Valor Máximo Resultado
Município Ponto Parâmetro Amostra desconformidades
Permitido Desconforme
2010-2012
out/14 64,9 μg L-1
abr/15 98,1 μg L-1
out/15 61,6 μg L-1
Ferro 300 μg L-1 abr/15 1138 μg L-1 0
Bactérias 1200 UFC mL-
500 UFC mL-1 abr/15 0
Heterotróficas 1
Coliformes Ausente em out/14 Presente
1
Totais 100 mL abr/15 Presente
Salmourão SG0156P Crômio 50 μg L-1 mar/15 52,0 μg L-1 0
*O monitoramento teve início no período 2004-2015 (CETESB, 2015)

 UGRHI 21

Na UGRHI-21 são monitorados quatorze poços tubulares utilizados para


abastecimento público. Desses, treze captam água do aquífero Bauru e um do Guarani. A e
o Quadro 74 apresentam a localização dos pontos de monitoramento e as características
desses pontos.

A UGRHI-21 apresenta baixa densidade de postos de monitoramento de qualidade


das águas subterrâneas, dificultando a real verificação das situações das águas
subterrâneas na região.

Quadro 74. Descrição de pontos de monitoramento de água subterrânea da UGRHI-21.


Ponto UTM - E UTM - N Município Descrição
BA0002P 457.437 7.571.750 Alfredo Marcondes P3 - Sabesp
BA0339P 527.656 7.576.272 Bastos Cooperativa Avícola
BA0022P 475.257 7.565.884 Caiabu P2 - Sabesp
BA0356P 409.762 7.597.748 Caiuá P Assentamento São Camilo Lote 13
BA0040P 482.233 7.609.645 Flórida Paulista P7 - Sabesp
BA0052P 504.049 7.592.775 Inúbia Paulista P4 - Sabesp
BA0297P 463.532 7.615.424 Irapuru P1- PM
BA0253P 627.516 7.524.824 Lupércio P1 - Sabesp
BA0066P 480.130 7.589.535 Mariápolis P2 - Sabesp
GU0207P 611.379 7.540.048 Marília P Bairro Marajó - DAEM
BA0289P 594.087 7.549.387 Oriente P13 - Sabesp
BA0327P 464.313 7.562.235 Presidente Prudente P3 Montalvão - Sabesp
BA0107P 536.346 7.537.974 Quatá P Ind. Açucareira Fazenda Quatá
BA0117P 504.304 7.580.046 Sagres P2 - Sabesp
Fonte: CETESB, 2015.

155
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 112. Mapa dos pontos de monitoramento de águas subterrâneas na UGRHI 21.
Fonte: CETESB, 2012.

De acordo com o Relatório de qualidade das águas subterrâneas do Estado de São


Paulo (CETESB, 2016), os resultados do monitoramento da qualidade de águas
subterrâneas na UGRHI-21 não apresentam diferenças significantes, relativamente aos
resultados publicados nos triênios anteriores. As concentrações acima dos valores máximos
permitidos ocorreram para três substâncias, crômio (3 poços), nitrato (2 poços) e bário (1
poço). O poço de Oriente – BA0289P vem apresentando concentrações de bário sempre
próximas ao VMP desde sua inserção na Rede de Monitoramento de Qualidade de Águas
Subterrâneas da CETESB, em 2012. A presença de crômio nos poços localizados em
Alfredo Marcondes – BA0002P, BA0022P – Caiabu, BA0040P – Flórida Paulista e BA0158P
– Álvares Machado também é recorrente não sendo observada diferença com os resultados
dos triênios anteriores. No triênio 2010-2012 o nitrato acima dos valores máximos permitidos
foi constatado apenas no ponto localizado em Inúbia Paulista, sendo que no presente triênio
outro poço também apresentou essa desconformidade, Flórida Paulista – BA0040P.

156
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 75. Desconformidades de qualidade das aguas do aquífero Bauru - UGRHI 21.
Desconformidades de qualidade das águas do Aquífero Bauru UGRHI 21 Peixe
Número de
Valor Resultado
desconformi
Município Ponto Parâmetro Máximo Amostra Desconform
dades 2010-
Permitido e
2012
mar/13 96,9 μg L-1
set/13 74,9 μg L-1
Alfredo mar/14 75,5 μg L-1
BA0002P Crômio 50 μg L-1 6
Marcondes set/14 93,5 μg L-1
mar/15 108 μg L-1
set/15 98,4 μg L-1
mar/13 87,3 μg L-1
set/13 66,7 μg L-1
Alvares mar/14 73,7 μg L-1
BA0158P Crômio 50 μg L-1 6
Machado set/14 84,3 μg L-1
mar/15 89,7 μg L-1
set/15 86,2 μg L-1
mar/13 94,7 μg L-1
set/13 65,3 μg L-1
mar/14 66,6 μg L-1
Caiabu BA0022P Crômio 50 μg L-1 6
set/14 79,8 μg L-1
mar/15 99,5 μg L-1
set/15 86,6 μg L-1
set/14 59,1 μg L-1
Crômio 50 μg L-1 1
Flórida set/15 66,6 μg L-1
BA0040P
Paulista Nitrogênio mar/13 11,0 mg L-1
Nitrato
10 mg L-1 0
set/13 11,2 mg L-1
Nitrogênio
Inúbia Paulista BA0052P
Nitrato
10 mg L-1 mar/13 11,0 mg L-1 1
Mariápolis BA0066P Crômio 50 μg L-1 mar/15 56,3 μg L-1 0
mar/13 788 μg L-1
set/13 993 μg L-1
abr/14 885 μg L-1
Oriente BA0289P Bário 700 μg L-1 2
set/14 840 μg L-1
mar/15 770 μg L-1
set/15 840 μg L-1
*O monitoramento teve início no período 2004-2015 (CETESB, 2015).

 Concentração de Nitrato

É de extrema importância o monitoramento das águas subterrâneas que são


utilizadas para abastecimento público, uma vez que estas não recebem tratamento como as
águas superficiais, recebem apenas cloração. A ocorrência de baixos teores do íon nitrato
que representa o estágio inicial da degradação da matéria orgânica.

157
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

As principais fontes contaminantes desta substância é a aplicação de fertilizantes


orgânicos e sintéticos nitrogenados, utilização de fossas sépticas ou negras, vazamento das
redes coletoras de esgoto e influência de rios contaminados na zona de captação de poços
(CETESB, 2011), bem como a possível contaminação em poços rasos tipo
“cacimba/amazonas” no aquífero livre com lençol freático não profundo (menor que 5
metros), devido a aplicação de vinhaça.

No Estado de São Paulo concentrações de nitrato ≥ 5 mg/L trata-se unicamente de


origem antrópica (efluentes domésticos, adubos, etc), neste caso representam um estado de
alerta uma vez que a ocorrência de concentrações acima de 10 mg/L pode ser nociva a
saúde humana (Portaria MS n° 2914/11). Os resultados do monitoramento da água
subterrânea apresentam a concentração de Nitrato nos pontos de amostragem da rede de
monitoramento.

O gráfico apresentado na Figura 113 apresenta a concentração do parâmetro nitrato


para os pontos de monitoramento, e o número de amostras de água que apresentaram o
parâmetro abaixo e acima do valor de referência descrito na Portaria MS 2914/11 (5 mg/L)
para a UGRHI 20.

Figura 113. Concentração de nitrato e número de pontos analisados na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

O indicador de concentração de Nitrato apresentou flutuação na ocorrência deste


contaminante acima de 5mg/L nas amostras de monitoramento da CETESB. No entanto, ao
comparar 2015 e 2010, fica aparente a redução significativa no número de postos de
monitoramento que apresentaram concentração de Nitrato ≥ 5mg/l.

O gráfico apresentado na Figura 114 apresenta a concentração do parâmetro nitrato


para os pontos de monitoramento, e o número de amostras de água que apresentaram o

158
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

parâmetro abaixo e acima do valor de referência descrito na Portaria MS 2914/11 (5 mg/L)


para a UGRHI 21.

Figura 114. Concentração de nitrato e número de pontos analisados na UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

O indicador de concentração de Nitrato apresentou ocorrência deste contaminante


acima de 5mg/L em amostras de monitoramento da CETESB em baixa quantidade em todos
os anos, exceto 2014.

É necessário, nas áreas urbanizadas e de expansão urbana, a ampliação e melhoria


das redes públicas de coleta e tratamento de esgotos. E nas áreas rurais, as definições de
critérios de aplicação de insumos agrícolas nitrogenados sejam de origem sintética ou
derivados de resíduos e efluentes industriais ou domésticos, considerando os limitantes
ambientais para assegurar a qualidade desse recurso hídrico, utilizado para abastecimento
público.

 Fluoreto em águas subterrâneas

No monitoramento realizado pela CETESB, não foram identificados pontos onde a


concentração de fluoreto na água ultrapassasse o valor máximo de 1,5 mg/L. Assim, os
valores não representam risco à saúde humana tanto na UGRHI 20 quanto na UGRHI 21.

 Indicador de Potabilidade das águas subterrâneas (IPAS)

O comprometimento da qualidade da água subterrânea para fins de abastecimento


pode acarretar danos à saúde humana e, considerando que as águas subterrâneas para
abastecimento público não recebem tratamento (apenas cloração) é de extrema importância

159
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

que se monitore os parâmetros de potabilidade de acordo com a Portaria do Ministério da


Saúde n° 2914/11.
O indicador de potabilidade das águas subterrâneas é definido a partir do percentual
de amostras em conformidade com os padrões definidos na Portaria do Ministério da Saúde
n° 2914/11. A avaliação de qualidade considera-se a classificação do IPAS, representando
três categorias de qualidade:

Fonte: CETESB, 2011.

É possível observar na UGRHI 20 que entre os anos de 2012 a 2015, as águas


subterrâneas foram classificadas como “boa” na qualidade para consumo humano com mais
de 67% das amostras dentro dos padrões de potabilidade.
As desconformidades em relação ao padrão de potabilidade foram constatadas na
UGRHI-20 os parâmetros de Bário e Bactérias Heterotróficas, bário, crômio, ferro, nitrato e
coliformes totais.
Quadro 76. Índice de potabilidade das águas subterrâneas da UGRHI-20.
2012 2013 2014 2015 Parâmetros Desconformes (2015)
UGRHI-20
Aguapeí Bário, crômio, ferro, nitrato, coliformes totais,
85,7 82,1 86,7 76,7
bactérias heterotróficas

Desta forma, a qualidade das águas subterrâneas na UGRHI 20 apresenta o índice


de potabilidade de águas subterrâneas classificado como “bom”, pois leva em consideração
todos os parâmetros amostrados. Deve-se uma atenção especial à pequena elevação das
concentrações de Bário, crômio, ferro e Bactérias Heterotróficas que vem ocorrendo ao
longo desse monitoramento em alguns pontos da UGRHI-20, esses parâmetros, em grandes
concentrações apresentam riscos à saúde humana.

Na UGRHI 21 observa-se que entre os anos de 2012 a 2015, as águas subterrâneas


estiveram no limiar das categorias “boa” e “regular”. As desconformidades em relação ao
padrão de potabilidade foram constatadas para os parâmetros de Bário, Crômio e Nitrato no
ano de 2015.
Quadro 77. Índice de potabilidade das águas subterrâneas da UGRHI-21.
UGRHI-21 2012 2013 2014 2015 Parâmetros Desconformes (2015)
Peixe 67,9 60,7 70,0 66,7 Crômio, nitrato, bário

Desta forma, a qualidade das águas subterrâneas na UGRHI apresenta o índice de


potabilidade de águas subterrâneas classificado como “regular”, pois leva em consideração

160
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

todos os parâmetros amostrados. Deve-se uma atenção especial à pequena elevação das
concentrações de Bário, Crômio e Nitrato que vem ocorrendo ao longo desse
monitoramento em alguns pontos da UGRHI-21, conforme se observa no Quadro 77. Esses
parâmetros, em grandes concentrações apresentam riscos à saúde humana.

4.6.3 Saúde pública e ecossistemas – danos à vida aquática

A mortandade de peixes e de outros organismos podem ter causas naturais, ou ser


resultante de atividades antrópicas, e evidencia a contaminação ou poluição de um rio,
sendo um ponto extremo de pressão no corpo d’água.
Em relação aos fatores naturais, estão alterações bruscas de temperatura, alteração
na salinidade, bactérias, vírus, entre outros, e, entre os fatores antrópicos estão os
lançamentos de efluentes, acidentes com substâncias químicas, atividades agrícolas, entre
outras atividades que possam causar contaminação no curso d’água e consequente morte
de peixes.
Dentre os acidentes ambientais relacionados à qualidade dos corpos d’água, no
território da UGRHI-20 foram registradas ao longo de 6 anos, 12 eventos de reclamação
relativa a ocorrências de mortandade de peixes e/ou outros organismos aquáticos, as quais
foram atendidas pela CETESB. No ano de 2015 foram registradas 3 ocorrências. A Figura
115 apresenta a evolução das reclamações referentes à mortandade de peixes na UGRHI-
20.

Figura 115. Evolução da mortandade de peixes na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

Em relação a UGRHI 21 foram registrados ao longo de 6 anos, 3 eventos de


reclamação relativa a ocorrências de mortandade de peixes e/ou outros organismos

161
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

aquáticos, as quais foram atendidas pela CETESB. A Figura 116 apresenta a evolução das
reclamações referentes à mortandade de peixes na UGRHI-21.

Figura 116. Evolução da mortandade de peixes na UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

4.6.4 Restrições do uso da água

Apesar da proteção natural das águas subterrâneas a expansão das atividades


antrópicas, tanto nas áreas urbanas quanto rurais, tende a propiciar os processos de
contaminação que podem variar conforme as características do meio físico.
No caso da Bacia Hidrográfica do Aguapeí, 12 amostras foram classificadas como
não potáveis e de acordo com o Relatório de Águas Subterrâneas da CETESB (2015). No
aquífero Bauru foram constatadas 11 inconformidades, sendo 2 com bário, 2 com Bactérias
Heterotróficas, 2 com coliformes totais, 1 com crômio, 1 nitrogênio, 1 nitrato, 1 ferro. No
aquífero Serra Geral foi encontrada apenas 1 amostra desconforme com crômio.
Entretanto, tais classificações não representam objeções no uso da água.
No caso da Bacia Hidrográfica do Peixe 8 amostras foram classificadas como
desconformes

4.6.5 Classificação da água subterrânea quanto à potabilidade

A análise dos pontos de amostragem da rede de monitoramento determina a


classificação da água subterrânea quanto à conformidade em relação aos padrões de
potabilidade da Portaria do Ministério da Saúde n° 2914/11.

162
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A potabilidade das águas subterrâneas brutas é um dos indicadores de qualidade e


qualquer desconformidade representa a necessidade de tratamentos adicionais na água,
além da cloração (que já é uma rotina comum), antes de ser distribuída para consumo
humano.

A Figura 117 apresenta a classificação da água subterrânea quanto à potabilidade


nos pontos analisados pelo monitoramento da CETESB na UGRHI 20.

Os dados disponibilizados para o indicador de classificação das águas subterrâneas


mostrou que desde 2010 a UGRHI 20 apresentou um aumento nas amostras enquadradas
como “não-potável”, chegando a 7 amostras em 2015.

Figura 117. Classificação da água subterrânea na UGRHI-20.


Fonte: CBH-AP, 2015. *não há dados para 2011

Na Figura 117 é apresentada a classificação da água subterrânea quanto à


potabilidade nos pontos analisados pelo monitoramento da CETESB na UGRHI 21.

163
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 118. Classificação da água subterrânea na UGRHI-21.


Fonte: CBH-AP, 2015.

Os dados disponibilizados para o indicador de classificação das águas subterrâneas


mostrou que, na maioria dos anos, cerca de 1/3 das amostras não tem alto índice de
potabilidade.

É importante destacar a baixa densidade de postos de monitoramento, nas UGRHIs -


20 e 21 o que dificulta o monitoramento e a melhor classificação das águas subterrâneas.

4.6.6 Síntese dos dados de qualidade das águas

O Quadro 76 apresenta o quadro síntese dos indicadores de qualidade de água na


UGRHI-20, conforme modelo do Relatório de Situação e baseados nos pontos
caracterizados neste capítulo.

Quadro 78. Indicadores de qualidade de água das UGRHI – 20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro
E.01-B: IAP - Índice de qualidade
E.01-A: IQA - Índice de qualidade
das águas brutas para fins de
das águas: n° de pontos por
abastecimento público: n° de pontos
categoria
por categoria

UGRHI-20: 12 pontos UGRHI-20: 2 pontos


UGRHI-21: 5 pontos UGRHI-21: 3 pontos
Qualidade das E.01 Qualidade das
E.01-C: IVA - Índice de qualidade
águas águas superficiais
das águas para proteção da vida E.01-D-: IET - Índice de Estado
aquática: n° de pontos por Trófico: n° de pontos por categoria
categoria

UGRHI-20: 12 pontos UGRHI-20: 12 pontos


UGRHI-21: 5 pontos UGRHI-21: 5 pontos

164
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Variável Indicador Parâmetro

E.01-E: Concentração de oxigênio dissolvido: n° de amostras em relação


ao valor de referência

UGRHI-20: 12 amostras
UGRHI-21: 5 amostras
E.02-B: IPAS – Indicador de
E.02-A: Concentração de nitrato: Potabilidade das águas
n.º de amostras em relação ao subterrâneas: % de amostras
E.02 Qualidade das valor de referência (5mg/L) conformes em relação ao padrão de
água subterrâneas potabilidade (2015)
UGRHI-20: 66,70%
UGRHI-20: 30 amostras
UGRHI-21: 100%
UGRHI-21: 30 amostras

I.02-A: Registro de reclamação de mortandade de peixes: nº e registros /


ano
Saúde Pública e I.02 Danos à vida
ecossistemas aquática
UGRHI-20: 3 ocorrências
UGRHI-21: 0 ocorrências

I.05-C: Classificação da água subterrânea: nº de amostras por categoria


I.05 Restrições ao
Uso da água
uso da água
UGRHI-20: 7 não potáveis
UGRHI-21: 10 não potáveis

4.7 Saneamento Básico

Este item caracteriza a oferta e qualidade dos sistemas de abastecimento público de


água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana, visando
subsidiar a avaliação de tendências, necessidades e condicionantes para expansão dos
serviços e a identificação de alternativas de intervenção para reduzir potenciais efeitos de
sua evolução sobre a disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos.

 UGRHI 20

A UGRHI-20 apresenta condições regulares em relação ao abastecimento e


esgotamento sanitário, pois, dos 32 (trinta e dois) municípios integrantes, 15 possui o
sistema de agua e esgoto operados pela SABESP, ou seja, 48% dos municípios e 17
(dezessete) municípios possuem serviços autônomos de água e esgoto, conforme se pode
observar na Figura 119.

165
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 119. Administração do serviço de água e esgoto nos municípios da UGRHI-20 e


limítrofes.
Fonte: SABESP, 2015.

 UGRHI 21

A UGRHI-20 apresenta condições favoráveis em relação ao abastecimento e


esgotamento sanitário, pois, dos 26 (vinte e seis) municípios integrantes, 20 possui o
sistema de agua e esgoto operados pela SABESP, ou seja, 77% dos municípios e apenas 6
(seis) municípios possuem serviços autônomos de água e esgoto, conforme se pode
observar na Figura 120.

166
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 120. Administração do serviço de água e esgoto nos municípios da UGRHI-21 e


limítrofes.
Fonte: SABESP, 2015.

4.7.1 Abastecimento de água potável

Neste tema são apresentadas informações sobre o sistema de abastecimento de


água dos municípios das UGRHIs-20 e 21, com identificação dos mananciais superficiais e
subterrâneos utilizados para abastecimento público, as condições de captação (pontos e
vazões captadas) e índice de atendimento, incluindo uso de fontes alternativas de
abastecimento de água.

 UGRHI 20

O Quadro 79 apresenta os tipos de captação de cada município, juntamente com o


responsável pela operação nos municípios da UGRHI-20. Estas informações são
sintetizadas na Figura 121.

167
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Plano de Bacia

Quadro 79. Concessionárias e tipos de captação nos municípios da UGRHI-20.

Municípios Responsável pela operação Tipo de captação

Álvaro de Carvalho Sabesp Subterrânea


Arco-Íris Sabesp Subterrânea
Clementina Autônomo Subterrânea
Dracena Autônomo Subterrânea
Gabriel Monteiro Sabesp Superficial/misto
Garça Autônomo Superficial/misto
Getulina Autônomo Subterrânea
Guaimbê Autônomo Subterrânea
Herculândia Autônomo Subterrânea
Iacri Sabesp Subterrânea
Júlio Mesquita Autônomo Subterrânea
Lucélia Sabesp Subterrânea
Luiziânia Sabesp Subterrânea
Monte Castelo Autônomo Subterrânea
Nova Guataporanga Sabesp Subterrânea
Nova Independência Autônomo Subterrânea
Pacaembu Autônomo Subterrânea
Panorama Autônomo Subterrânea
Parapuã Sabesp Subterrânea
Paulicéia Autônomo Subterrânea
Piacatu Sabesp Superficial/misto
Pompéia Autônomo Subterrânea
Queiroz Sabesp Subterrânea
Quintana Sabesp Subterrânea
Rinópolis Autônomo Subterrânea
Salmourão Sabesp Subterrânea
Santa Mercedes Sabesp Subterrânea
Santópolis do Aguapeí Sabesp Superficial/misto
São João do Pau d'Alho Autônomo Subterrânea
Tupã Sabesp Subterrânea
Tupi Paulista Autônomo Subterrânea
Vera Cruz Autônomo Subterrânea

168
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 121. Classificação de municípios quanto ao tipo de manancial UGRHI 20.

Observa-se que a maioria dos municípios (32) utiliza água subterrânea para
abastecimento público (87,5%). Apenas Gabriel Monteiro, Garça, Piacatu e Santópolis do
Aguapeí utilizam captação superficial/mista. O Quadro 80 apresenta os indicadores
abastecimento público de água na UGRHI-20, que serão discutidos nos itens posteriores.

Quadro 80. Indicadores de abastecimento público de água da UGRHI-20.


Variável Indicador Parâmetro

E.06 E.06-A: Índice de atendimento de água: % 90,2%


Saneamento
Infraestrutura de E.06-D: Índice de perdas do sistema de
básico 15,5%
Saneamento distribuição de água: %

O Desenho 09.1037/17 em anexo, apresenta os sistemas de abastecimento públicos


e isolados. E o Desenho 10.1037/17 em anexo, apresenta o tipo de manancial que abastece
os municípios.

 UGRHI 21

O Quadro 81 apresenta os tipos de captação de cada município, juntamente com o


responsável pela operação nos municípios da UGRHI-21. Estas informações são
sintetizadas na Figura 124.

169
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 81. Concessionárias e tipos de captação nos municípios da UGRHI-21.

Município Responsável pela operação Tipo de captação

Adamantina Sabesp Subterrânea


Alfredo Marcondes Sabesp Subterrânea
Álvares Machado Sabesp Subterrânea
Bastos Sabesp Subterrânea
Borá Sabesp Subterrânea
Caiabu Sabesp Subterrânea
Emilianópolis Sabesp Subterrânea
Flora Rica Sabesp Subterrânea
Flórida Paulista Sabesp Subterrânea
Indiana Autônomo Subterrânea
Inúbia Paulista Sabesp Subterrânea
Irapuru Autônomo Subterrânea
Junqueirópolis Autônomo Subterrânea
Lutécia Sabesp Subterrânea
Mariápolis Sabesp Subterrânea
Marília Autônomo Superficial/misto
Martinópolis Autônomo Subterrânea
Oriente Sabesp Subterrânea
Oscar Bressane Sabesp Subterrânea
Osvaldo Cruz Sabesp Superficial/misto
Ouro Verde Autônomo Subterrânea
Piquerobi Sabesp Subterrânea
Pracinha Sabesp Subterrânea
Ribeirão dos Índios Sabesp Subterrânea
Sagres Sabesp Subterrânea
Santo Expedito Sabesp Subterrânea

Observa-se que a grande maioria dos municípios (26) utiliza água subterrânea para
abastecimento público (92%). Apenas Marília e Osvaldo Cruz utilizam captação
superficial/mista. O Quadro 85 apresenta os indicadores abastecimento público de água na
UGRHI-21, que serão discutidos nos itens posteriores.

170
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 122. Classificação de municípios quanto ao tipo de manancial UGRHI 21.

Quadro 82. Indicadores de abastecimento público de água da UGRHI-21.


Variável Indicador Parâmetro

E.06 E.06-A: Índice de atendimento de água: % 92,1%


Saneamento
Infraestrutura de E.06-D: Índice de perdas do sistema de
básico 20,6%
Saneamento distribuição de água: %

O Desenho 09.1037/17 em anexo, apresenta os sistemas de abastecimento públicos


e isolados. E o Desenho 10.1037/17 em anexo, apresenta o tipo de manancial que abastece
os municípios.

4.7.2 Índice de atendimento de água

O atendimento de água está ligado à qualidade e disponibilidade dos recursos


hídricos, pois um atendimento deficiente pode promover captações particulares e/ou o
aumento de uso de fontes alternativas e, consequentemente, gera o risco de consumo de
água não potável pelos padrões da Portaria MS n° 2914/11.

Esse índice estima o percentual da população que é efetivamente atendida por


abastecimento público de água. Os dados são retirados do Sistema Nacional de

171
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Plano de Bacia

Informações de Saneamento – SNIS que corresponde ao “índice de atendimento por rede


de água dos prestadores de serviços participantes do SNIS, em relação à população total”.

O valor de referência utilizado para classificar os municípios quanto ao índice de


atendimento sobre a população total foi adaptado do SNIS pela CRHi, conforme segue:

Fonte: CRHi, 2010.


 UGRHI 20

Os dados da população atendida pelo abastecimento de água na UGRHI-20 são


apresentados no Quadro 81.

Quadro 83. População atendida – abastecimento de água – UGRHI-20.


População
População Índice de
População urbana
Município Urbana Abastecimento%
Total 2015 atendida
2015 (Pop. Total)
(%)
Álvaro de Carvalho 4.843 3.171 63 100
Arco-Íris 1.857 1.126 56 99
Clementina 7.743 7.454 95 100
Dracena 44.247 40.984 100 100
Gabriel Monteiro 2.702 2.335 86 100
Garça 42.769 39.609 91 100
Getulina 10.797 8.589 77 100
Guaimbê 5.466 4.889 96 96
Herculândia 8.980 8.318 86 94
Iacri 6.353 5.199 79 100
Júlio Mesquita 4.524 4.315 SD SD
Lucélia 20.491 17.834 88 100
Luiziânia 5.395 5.035 91 99
Monte Castelo 4.017 3.271 80 100
Nova Guataporanga 2.186 1.934 90 100
Nova Independência 3.429 2.831 79,73 100,00
Pacaembu 13.139 9.681 74 100
Panorama 14.897 14.545 97 99
Parapuã 10.662 8.984 84 100
Paulicéia 6.757 5.842 100 100
Piacatu 5.599 5.058 92 100
Pompéia 20.650 19.293 SD SD
Queiroz 3.044 2.672 88 100
Quintana 6.260 5.759 92 100
Rinópolis 9.813 8.805 SD SD

172
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Plano de Bacia

População
População Índice de
População urbana
Município Urbana Abastecimento%
Total 2015 atendida
2015 (Pop. Total)
(%)
Salmourão 4.960 4.579 89 99
Santa Mercedes 2.816 2.518 91 100
Santópolis do Aguapeí 4.482 4.358 96 99
São João do Pau d'Alho 2.037 1.711 81 100
Tupã 63.111 60.580 97 100
Tupi Paulista 14.762 11.594 100 100
Vera Cruz 10.624 9.409 SD SD
UGRHI 20 369.412 332.282 80,32 90,2
Fonte: SNIS, 2015.

Observa-se no Quadro 81 que o índice de abastecimento de água possui uma média


de 80,32% na UGRHI-20. Quando se compara o índice de atendimento sobre a população
total (urbana e rural) grande parte dos municípios se classificam como regular. O município
de Arco-Íris é o que possui o menor índice de atendimento (56,4%), isso, porque quase de
40% da população desse município está em áreas rurais. Apenas 14 municípios possuem
índice de atendimento de água classificado como “bom” quando comparado à população
total.

Observa-se na Figura 123 o índice de atendimento de água em relação à população


total do município não variou muito em relação à classificação nos municípios da UGRHI-20
avaliando os dados desde 2010, diminuiu um município classificados como “bom” e alguns
municípios que não tinham os dados informados, se classificaram como “regular”.

Figura 123. Índice de atendimento de água com relação a população total nos
municípios da UGRHI-20.
Fonte: SNIS, 2015.

173
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Nenhum dos municípios da UGRHI-20 apresentou o índice de atendimento em


relação a população total abaixo de 50% classificado como ruim. E, a maioria dos
municípios se classifica como “regular”. A Figura 124 apresenta as informações
espacializadas por município.

Figura ilustrativa
Figura 124. Índice de atendimento de água nos municípios da UGRHI-20.
Fonte: CRHI, 2015.

 UGRHI 21

Os dados da população atendida pelo abastecimento de água na UGRHI-21 são


apresentados no Quadro 84.

Quadro 84. População atendida – abastecimento de água – UGRHI-21.


População
População Índice de
População urbana
Município Urbana Abastecimento%
Total 2015 atendida
2015 (Pop. Total)
(%)
Adamantina 33.879 32.398 96 100
Alfredo Marcondes 3.916 3.429 87 100
Álvares Machado 23.602 21.412 95 100
Bastos 20.259 17.724 86 100
Borá 808 629 95 100
Caiabu 4.094 3.420 82 100
Emilianópolis 3.054 2.609 84 100
Flora Rica 1.654 1.396 81 100
Flórida Paulista 12.447 9.821 80,01 100,00

174
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Plano de Bacia

População
População Índice de
População urbana
Município Urbana Abastecimento%
Total 2015 atendida
2015 (Pop. Total)
(%)
Indiana 4.801 4.173 SD SD
Inúbia Paulista 3.769 3.362 87 100
Irapuru 7.544 5.333 71 100
Junqueirópolis 19.402 16.241 82 100
Lutécia 2.660 2.176 82 100
Mariápolis 3.948 3.281 83 100
Marília 224.637 214.559 96 100
Martinópolis 24.961 21.348 100 100
Oriente 6.181 5.844 92 99
Oscar Bressane 2.524 2.156 83 100
Osvaldo Cruz 31.134 28.208 90 100
Ouro Verde 8.037 7.489 87 94
Piquerobi 3.533 2.744 76 100
Pracinha 2.877 1.378 52 100
Ribeirão dos Índios 2.160 1.874 85 100
Sagres 2.366 1.904 79 100
Santo Expedito 2.891 2.639 90 100
Total - UGRHI 21 457.138 417.547 91,9 92,1
Fonte: SNIS, 2015.

Observa-se no Quadro 84 que o índice de abastecimento de água possui uma média


de 91,9% na UGRHI-21. Quando se compara o índice de atendimento sobre a população
total (urbana e rural) a maioria dos municípios se classifica como regular. O município de
Irapuru é o que possui o menor índice de atendimento (70,7%), isso, porque quase de 30%
da população desse município está em áreas rurais. Apenas 6 municípios possuem índice
de atendimento de água classificado como “bom” quando comparado à população total.

Observa-se na Figura 125 o índice de atendimento de água em relação à população


total do município não variou muito em relação à classificação nos municípios da UGRHI-21
avaliando os dados desde 2010, diminuíram 2 municípios classificados como “bom” e outros
que antes não tinham os dados informados, se classificaram como “regular”.

Nenhum dos municípios da UGRHI-21 apresentou, em 2014, índice de atendimento


em relação a população total abaixo de 50% classificado como ruim. E, a maioria dos
municípios se classifica como “regular”. A Figura 126 apresenta as informações
espacializadas por município.

175
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 125. Índice de atendimento de água com relação a população total nos
municípios da UGRHI-21.
Fonte: SNIS, 2015.

Figura ilustrativa

Figura 126. Índice de atendimento de água nos municípios da UGRHI-21.


Fonte: CRHI, 2015.

176
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Plano de Bacia

4.7.3 Fontes alternativas de abastecimento de água

Conforme a definição constante do Decreto Estadual n.º 50.667, que regulamenta a


Lei Estadual n° 12.183 de 29 de dezembro de 2005 que “dispõe sobre a cobrança pelo uso
dos recursos hídricos”, em seu artigo 8°, define que solução alternativa privada como sendo
toda modalidade, individual ou coletiva, distinta do sistema sob responsabilidade do poder
público. A solução alternativa é um tipo de abastecimento de água associada a fontes,
poços, distribuição por veículos ou mesmo instalações particulares, em condomínios, hotéis,
clubes, comunidades, dentre outros exemplos, isto é, ocorre quando não há o
abastecimento pela rede pública.

As UGRHIs-20 e 21, como visto anteriormente, possui índice de abastecimento de


água na área urbana acima de 90% na maioria dos municípios. Isso indica que o uso de
fontes alternativas, ocorre principalmente onde a rede pública não consegue atender, devido
ao alto custo, a dificuldade de construção de redes de abastecimento em função da baixa
densidade demográfica e dificuldades na manutenção do sistema.

Todavia, o uso de fontes alternativas de abastecimento de água gera o risco de


consumo de água não potável pela população atendida, uma vez que não há controle
efetivo da qualidade destas águas. Portanto é necessário que os municípios tenham esse
cadastro de fontes alternativas através de sua vigilância sanitária, para que se possa fazer o
controle de qualidade da água através de análises ambientais, e também o incentivo e
conscientização da população quanto à necessidade de poupar as reservas naturais de
água e utilizar a rede pública de abastecimento quando disponível.

De acordo com os dados levantados de usos cadastrados no DAEE – Departamento


de água e energia elétrica do Estado de São Paulo, os usos para soluções alternativas,
somam um total de 0,004 m³/s na UGRHI-20 e 0,01 m³/s na UGRHI-21. Esses usos, são em
sua totalidade provenientes de água subterrânea para finalidade de uso sanitário
(abastecimento) e, representam valores insignificantes em ambas as UGRHI’s. A Figura 127
apresenta a distribuição dos pontos de captação por fontes alternativas nos municípios das
UGRHIs-20 e 21.

177
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 127. Localização dos usos de fontes alternativas nos municípios das UGRHIs-
20 e 21.
Fonte: DAEE, 2015.

O problema das fontes alternativas na UGRHI apresenta se concentrado nas sub-


bacias do Alto e Médio Peixe e principalmente nos municípios de Bastos e Marília.

4.7.4 Índice de perdas no sistema de abastecimento de água

Este índice é importante para estimar o volume de perdas do sistema público de


abastecimento de água. Os dados referem-se aos dados apresentados no Sistema Nacional
de Informações de Saneamento – SNIS, que corresponde ao “volume anual de água
disponível para consumo subtraído do volume estimado anual de água consumido por todos
os usuários, em relação ao volume anual de água disponível para consumo”, ou seja, a
comparação entre o volume de água disponibilizado para distribuição e o volume
consumido.

A perda em redes de abastecimento é bastante relevante ao balanço hídrico, pois,


quando minimizada pode contribuir para o aumento da disponibilidade hídrica, uma vez que
a demanda captada tende a diminuir.

178
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

O valor de referência utilizado para classificar os municípios quanto ao índice de


perdas de água no atendimento foi adaptado do SNIS pela CRHi, conforme segue:

Índice de perdas do sistema de distribuição de água Classificação

dados não fornecidos/obtidos Sem dados

≥ 40% Ruim
> 25% e < 40% Regular
≤ 5% e ≤ 25% Bom
Fonte: CRHi, 2015.
 UGRHI 20

O Quadro 85 apresenta o índice médio de perdas para os municípios da UGRHI-20.


Segundo o SNIS, dados abaixo de 5% podem ser falhas nas informações fornecidas, pois é
um índice pouco provável para a realidade dos municípios do país.

Quadro 85. Índice de perdas nos sistemas de abastecimento de água na UGRHI 20.
Municípios Índice de perdas (%)
Álvaro de Carvalho 21
Arco-Íris 6
Clementina 17
Dracena 21
Gabriel Monteiro 9
Garça 30
Getulina -
Guaimbê 3
Herculândia 0
Iacri 14
Júlio Mesquita -
Lucélia 26
Luiziânia 9
Monte Castelo 0
Nova Guataporanga 14
Nova Independência 0
Pacaembu 7
Panorama 20
Parapuã 10
Paulicéia 14
Piacatu 23
Pompéia -
Queiroz 12
Quintana 13
Rinópolis -
Salmourão 13
Santa Mercedes 3

179
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Municípios Índice de perdas (%)


Santópolis do Aguapeí 16
São João do Pau d'Alho 94
Tupã 13
Tupi Paulista 10
Vera Cruz -
Total - UGRHI 20 15,5
(-) dados não disponíveis.
Fonte: SNIS, 2015 – dados referentes a 2014.

Observa-se no Quadro 85 que o índice médio de perdas de água no abastecimento


público na UGRHI-20 é 15,5%. Os municípios que apresentam os maiores valores referente
a perdas no sistema de abastecimento público, são: Garça (30%), Lucélia (26%) e Piacatu
(23%). O município de São João do Pau d’alho apresenta índice de perdas de 94%, devido
a este alto índice provavelmente se trata de um erro nas informações, esta informação bem
como os municípios apresentados com 0% e sem informações serão visitados, e para o
prognóstico, esses valores serão revistos.

Figura 128. Índice de perdas de água nos municípios da UGRHI-20.


Fonte: CRHI, 2014.

Dos 32 municípios da UGRHI-20, apenas 1 (um) está atualmente classificados como


índice de perdas “ruim”, ou seja, apresenta o índice maior que 40%, 2 (dois) municípios
apresentam o índice de perdas entre 25% e 40%, classificados como “regular e o restante

180
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Plano de Bacia

dos municípios apresentam índices de perda inferior a 25%. Apenas 5 (cinco) municípios
não apresentaram os dados.

Observa-se na Figura 128 que houve uma alteração nos dados de índices de perdas
na distribuição da água, avaliando os dados desde 2011 nos municípios da UGRHI-20. A
Figura 129 apresenta essa evolução por município. Esses dados serão levantados
novamente para a realização do prognóstico nas visitas a serem realizadas nos municípios.

Figura ilustrativa

Figura 129. Índice de perdas na distribuição de água nos municípios da UGRHI-20/21.


Fonte: CRHI, 2015.

 UGRHI 21

O Quadro 86 apresenta o índice médio de perdas para os municípios da UGRHI-21.


Segundo o SNIS, dados abaixo de 5% podem ser falhas nas informações fornecidas, pois é
um índice pouco provável para a realidade dos municípios do país.

Quadro 86. Índice de perdas nos sistemas de abastecimento de água na UGRHI 21.
Municípios Índice de perdas (%)
Adamantina 26,6
Alfredo Marcondes 17,3
Álvares Machado 19,8
Bastos 12,4
Borá 19,6

181
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Municípios Índice de perdas (%)


Caiabu 11,0
Emilianópolis 16,2
Flora Rica 17,9
Flórida Paulista 18,3
Indiana SD
Inúbia Paulista 16,8
Irapuru 63,0
Junqueirópolis 0,0
Lutécia 19,5
Mariápolis 10,2
Marília 50,0
Martinópolis 40,0
Oriente 24,4
Oscar Bressane 14,8
Osvaldo Cruz 22,1
Ouro Verde 22,7
Piquerobi 15,6
Pracinha 6,4
Ribeirão dos Índios 19,9
Sagres 18,2
Santo Expedito 11,9
Total - UGRHI 21 20,6
(-) dados não disponíveis.
Fonte: SNIS, 2015 – dados referentes a 2014.

Observa-se no Quadro 86 que o índice médio de perdas de água no abastecimento


público na UGRHI-21 é 20,6%. Os municípios que apresentam os maiores valores referente
a perdas no sistema de abastecimento público, são: Irapuru (63%), Marília (50%) e
Martinópolis (40%). Os municípios que não apresentaram dados bem como os municípios
apresentados com 0% serão visitados, e para o prognóstico, esses valores serão revistos.

182
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Plano de Bacia

Figura 130. Índice de perdas de água nos municípios da UGRHI-21.


Fonte: CRHI, 2014.

Dos 32 municípios da UGRHI-20, 3 (três) estão atualmente classificados como índice


de perdas “ruim”, ou seja, apresenta o índice maior que 40%, 1 (um) município apresenta o
índice de perdas entre 25% e 40%, classificados como “regular e o restante dos municípios
apresentam índices de perda inferior a 25%. Apenas 2 (dois) municípios não apresentaram
os dados.

Observa-se na Figura 128 que houve uma alteração nos dados de índices de perdas
na distribuição da água, avaliando os dados desde 2011 nos municípios da UGRHI-21. A
Figura 131 apresenta essa evolução por município. Esses dados serão levantados
novamente para a realização do prognóstico nas visitas a serem realizadas nos municípios.

183
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 131. Índice de perdas na distribuição de água nos municípios da UGRHI-21.


Fonte: CRHI, 2015.

4.7.5 Esgotamento sanitário

Este item caracteriza e avalia os sistemas de coleta, transporte e tratamento de


efluentes sanitários, destacando a eficiência destes sistemas para redução da carga
poluidora. Os sistemas de coleta e tratamento de esgotos são importantes para a saúde
pública, uma vez que o lançamento de esgotos domésticos nos cursos d’água causam
impactos negativos significativos na qualidade da água. A degradação dos recursos
hídricos, sejam eles superficiais ou subterrâneos, implica riscos e impactos negativos à
saúde pública; o perfil da saúde da população está intimamente ligado à qualidade e à
quantidade de água a ela ofertada.

Os pontos de lançamento de esgoto domiciliar, coletado, em áreas urbanas, pela


SABESP, Prefeituras ou Serviços Autônomos de Água e Esgoto, são considerados fontes
pontuais de poluição direta dos cursos d’água onde são lançados, podendo também
afetar as águas subterrâneas e solos, de forma indireta. O Desenho 07.1037/17 em anexo
apresenta os pontos de lançamento de efluentes, especificando cada tipo de lançamento
das UGRHIs 20 e 21.

184
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Plano de Bacia

Os esgotos domiciliares caracterizam-se pela grande quantidade de matéria


orgânica biodegradável, responsável por significativa depleção do oxigênio nos cursos de
água, como resultado da estabilização pelas bactérias. Estes efluentes líquidos apresentam
ainda, nutrientes e organismos patogênicos que podem causar efeitos deletérios no corpo
receptor, dificultando, ou mesmo inviabilizando, o seu uso para outros fins. Da mesma
forma, os núcleos urbanos sem atendimento ou apenas com coleta parcial por rede de
esgoto podem constituir importante fonte de poluição difusa, vinculada às alternativas que
se lhes colocam como disponíveis para o saneamento in situ, ocorrendo na forma de
lançamentos diretos no solo, fossas negras, secas e até mesmo sépticas.

As informações sobre os efluentes domésticos das UGRHIs-20 e 21 (porcentagem


de atendimento, porcentagem de tratamento, locais de tratamento, locais de lançamento,
carga remanescente, entre outros), são obtidas no Relatório de Qualidade de águas
interiores do Estado de São Paulo 2015 (CETESB, 2015) e também dos dados
disponibilizados para elaboração do Relatório de Situação (CRH, 2015). O quadro 85
apresenta os indicadores esgotamento sanitário nas UGRHIs-20 e 21.

Quadro 87. Indicadores de esgotamento sanitário das UGRHIs- 20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro UGRHI 20 UGRHI 21
P.05-C: Carga orgânica
Poluição P.05 Efluentes industriais
poluidora doméstica: kg 18.409 23.293
Ambiental e sanitários
DBO/dia (2015)
E.06-C: Cobertura da rede
Saneamento E.06 Infraestrutura de
Básico Saneamento
coletora de efluentes 77,15 90,68
sanitários: - 2014%
R.02-B: Proporção de
efluente doméstico
coletado em relação ao 97,4 97,8
efluente doméstico total
gerado: % (2015)
R.02-C: Proporção de
efluente doméstico tratado
em relação ao efluente 96,6 94,7
Controle da doméstico total gerado: %
R.02 Coleta e tratamento
poluição (2015)
de efluentes
ambiental R.02-D: Proporção de
redução da carga orgânica
84,7 38,1
poluidora doméstica:%
(2015)
R.02-E: ICTEM (Indicador de
Coleta e Tratabilidade de
Esgoto da População 8,5 9,1
Urbana de Munícipio).
(2015)

185
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Plano de Bacia

4.7.6 Carga poluidora doméstica

A carga poluidora doméstica gerada estimada, é a soma das cargas orgânicas


poluidoras reduzidas (via tratamento) e remanescentes. A carga poluidora remanescente é
composta basicamente de efluentes domésticos e é a soma da carga orgânica não coletada
e da carga orgânica que o tratamento não reduziu.

A carga orgânica potencial, segundo CETESB (2005) é estimada pela multiplicação


da população urbana do município pela quantidade de matéria orgânica gerada por
habitante, por dia, representada pela DBO (0,054kg DBO/dia). Com a carga potencial
gerada pela população do município e as porcentagens de coleta e tratamento, bem como a
eficiência do sistema de tratamento de esgoto, calcula-se a carga orgânica remanescente.

A carga poluidora doméstica remanescente é medida pela quantidade de DBO 5,20


(Demanda Bioquímica de oxigênio) contida no efluente que é lançado no corpo d’água.
Valores altos de DBO em um corpo d’água são resultados de despejos de origem
predominantemente orgânica. Quanto mais alto o índice de DBO, pior é a qualidade da
água. A presença de alto teor de matéria orgânica no efluente pode induzir à completa
extinção do oxigênio na água, provocando o desaparecimento de peixes e outras formas de
vida aquática. Pode também produzir sabores e odores desagradáveis, além de obstruir os
filtros de areia utilizados nas estações de tratamento de água e possibilitar a proliferação de
microrganismos tóxicos e/ou patogênicos.

 UGRHI - 20

O Quadro 88 apresenta a carga poluidora dos municípios da UGRHI-20.

Quadro 88. Carga poluidora nos municípios da UGRHI-20.


Carga Orgânica (kg DBO / dia)
Município Curso d'água receptor
Potencial Remanescente Reduzida

Álvaro de Carvalho 171,23 15,93 155,31 Cór. Santa Cecília


Arco-Íris 60,80 14,10 46,70 Cór.do Sumidouro
Clementina 402,52 99,89 302,62 Cór.C.
Dracena 2.213,14 397,90 1.815,24 R.Marrecas
Gabriel Monteiro 126,09 25,02 101,07 Cór.Águas Claras
Garça 2.138,89 239,72 1.899,17 Rib. Da Garça e Rio Tibiriçá
Getulina 463,81 56,01 407,80 Cór. Gavanheri
Guaimbê 264,01 74,54 189,47 Rib. Guaimbê
Herculândia 449,17 56,15 393,03 Cor. Da Água Boa e Rib. Iacri
Iacri 280,75 53,09 227,66 Cór. Jurema
Júlio Mesquita 233,01 62,17 170,84 Cór. do Dudu
Lucélia 963,04 223,06 739,97 Cór. Boa Esperança

186
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Carga Orgânica (kg DBO / dia)


Município Curso d'água receptor
Potencial Remanescente Reduzida

Luiziânia 271,89 32,87 239,02 Rib.Luiziânia


Monte Castelo 176,63 49,34 127,29 Rib. Galante
Nova Guataporanga 104,44 10,74 93,70 Cór.Barreiro e Solo
Nova Independência 152,87 68,50 84,38 Solo
Pacaembu 522,77 251,33 271,45 Cór.Pacaembu
Panorama 785,43 278,64 506,79 Cór. Das Marrecas e Rio Paraná
Parapuã 485,14 53,25 431,89 Cór.Alheiro
Paulicéia 315,47 248,95 66,52 Cór.Itaí
Piacatu 273,13 57,03 216,10 Cór.Bela Vista
Cór.Cabeça de Porco e Ribeirão
Pompéia 1.041,82 265,81 776,01
do Futuro
Queiroz 144,29 57,72 86,57 Cór. Matadouro
Rib.Iacri, Cór. Mercedes e Cór.
Quintana 310,99 78,10 232,89
Veado
Rinópolis 475,47 161,82 313,65 Cór. Andorinha
Salmourão 247,27 31,65 215,62 Cór.Cupri
Santa Mercedes 135,97 24,63 111,34 R.Marrecas
Santópolis do Aguapeí 235,33 75,50 159,83 Cór.Fartura
São João do Pau d'Alho 92,39 18,68 73,72 Cór.São João do Pau d'Alho
Tupã 3.271,32 490,27 2.781,05 Rib. Afonso XIII
Tupi Paulista 626,08 151,89 474,18 Cór. Galante
Vera Cruz 508,09 122,69 385,40 Cór. Ipiranga
Total - UGRHI 20 17.943,23 2.743,38 15.076,98
Fonte: CETESB, 2015.

Verifica-se que os municípios de Dracena, Garça, Pompéia e Tupã juntos geram


aproximadamente 48% da carga orgânica potencial de toda a UGRHI-20.

Em relação à carga remanescente, os municípios de Lucélia, Pacaembu, Panorama,


Pompéia e Rinópolis, apesar de não apresentarem grandes populações urbanas, possuem
baixos índices de coleta e/ou eficiência no tratamento de efluentes, o que contribui para o
aumento da sua carga poluidora remanescente.

Essa carga remanescente leva em consideração a quantidade de esgoto gerada, o


índice de coleta de efluentes e também a eficiência de cada tratamento.

A Figura 132 apresenta a comparação entre os anos de 2010 a 2015 da carga


poluidora doméstica gerada nos municípios da UGRHI-20 e 21.

187
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Plano de Bacia

Figura 132. Carga orgânica poluidora doméstica dos municípios da UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

A Figura 133 apresenta a relação da carga orgânica que é reduzida em função da


eficiência do tratamento de esgotos existentes nos municípios da UGRHI- 20. Observa-se
que a carga reduzida, apresenta um aumento nos valores comparando 2010 e 2015. Isto
ocorre devido ao aumento dos índices de coleta e/ou eficiência no tratamento.

Pode-se concluir através desses dados, que, desde 2010 a UGRHI-20 vem
apresentando bons índices de coleta e tratamento de carga poluidora.

Figura 133. Relação da carga orgânica reduzida nos municípios da UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

188
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Em termos gerais, constata-se redução de 84,7% da carga poluidora potencial,


resultando em lançamento diário de 2.743,38 kg de DBO5,20, nos corpos d’água da Bacia. A
Figura 134 apresenta a carga orgânica gerada nos municípios, por sub-bacia e a Figura 135,
a redução da carga orgânica na estação de tratamento de efluentes.

Figura 134. Carga orgânica gerada por sub-bacia.

Nota-se que a sub-bacia do Médio Aguapeí apresenta a maior carga orgânica


geradas na UGRHI-20. Isso ocorre, devido à essa sub concentrar a maior parte da
população urbana da UGRHI-20 (aproximadamente 49,3% da população urbana da UGRHI-
20).

Figura 135. Redução da carga orgânica por sub-bacia – UGRHI 20.


Fonte: CETESB, 2015.

189
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Plano de Bacia

Contudo, em termos percentuais, a su-bacia com menor índice de redução de carga


poluidora é a Baixo Aguapeí (67%).

 UGRHI - 21

O Quadro 88 apresenta a carga poluidora dos municípios da UGRHI-21.

Quadro 89. Carga poluidora nos municípios da UGRHI-21.


Carga Orgânica (kg DBO / dia)
Município Curso d'água receptor
Potencial Remanescente Reduzida

Rib. Dos Ranchos e Boa


Adamantina 1.749,5 192,6 1.556,8
Esperança
Alfredo Marcondes 185,2 34,6 150,6 R.Taquaruçu
Córrego do Limoeiro (ETE de
Álvares Machado 1.156,2 167,7 988,5
Pres. Prudente)
Bastos 957,1 163,1 794,0 Rib. Da Sede
Borá 34,0 2,9 31,1 Cór.do Borá
Cór. Água da Paineira e C´r.
Caiabu 184,7 30,5 154,2
Jacutinga
Emilianópolis 140,9 21,3 119,6 Cór. Sto Antônio
Flora Rica 75,4 6,4 69,0 Rib.Ilha e Rib. Do Perobal
Flórida Paulista 530,3 77,4 452,9 Cór. Matadouro e Cór. Indaia
Indiana 225,3 78,9 146,5 Cór. Acampamento
Inúbia Paulista 181,5 30,8 150,8 R. Aguapei-Mirim
Irapuru 288,0 68,4 219,5 Cór. Patrimônio
Junqueirópolis 877,0 569,6 307,4 Cór. Colibri e Cór. Ponte Seca
Lutécia 117,5 9,0 108,5 Cór. Boa Esperança
Mariápolis 177,2 30,2 147,0 Cór. Ranchos
Cór. Cascatinha, do Pombo, do
Marília 11.586,2 11.586,2 0,0 Barbosa, Palmital, Cincitina e
Rib. Dos Índios
Martinópolis 1.152,8 233,7 919,1 Cór. Capão Bonito
Oriente 315,6 50,6 264,9 Cór Jatobá
Oscar Bressane 116,4 15,9 100,5 Cór.do Saltinho
Osvaldo Cruz 1.523,2 396,3 1.127,0 R. Walesburgo
Ouro Verde 404,4 90,7 313,7 Solo
Piquerobi 148,2 41,8 106,3 Cór.Saltinho, Cór. Da Represa
Rib. dos macacos e Rib. da
Pracinha 74,4 12,1 62,3
Baliza
Ribeirão dos Índios 101,2 12,8 88,4 Rib. dos Indios
Sagres 102,8 8,1 94,7 Cór. Queixada
Santo Expedito 142,5 17,1 125,4 Cór. Bocaina
Total - UGRHI 21 22.547,5 13.948,9 17.479,6
Fonte: CETESB, 2015.

190
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Plano de Bacia

Verifica-se que os municípios de Adamantina, Álvares Machado, Marília, Osvaldo


Cruz e Martinópolis geram aproximadamente 76% da carga orgânica potencial de toda a
UGRHI-21.

Em relação à carga remanescente, o destaque é o município de Marília, pois não há


tratamento de efluentes, portanto toda a carga poluidora gerada, coletada ou não, é jogada
in natura nos corpos d’água.

Essa carga remanescente leva em consideração a quantidade de esgoto gerada, o


índice de coleta de efluentes e também a eficiência de cada tratamento.

A Figura 136 apresenta a comparação entre os anos de 2010 a 2015 da carga


poluidora doméstica gerada nos municípios da UGRHI-21.

Figura 136. Carga orgânica poluidora doméstica dos municípios da UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

A Figura 137 apresenta a relação da carga orgânica que é reduzida em função da


eficiência do tratamento de esgotos existentes nos municípios da UGRHI- 20. Observa-se
que a carga reduzida, manteve seus valores estáveis comparando 2010 e 2015. O baixo
índice de redução de carga orgânica deve-se, principalmente, a falta de tratamento no
esgoto do município de Marília, por apresentar a maior população urbana da UGRHI seus
valores de DBO/dia causa este baixo índice na média geral da bacia.

Pode-se concluir através desses dados, que, desde 2010 a UGRHI-21 vem
apresentando baixos índices, especialmente de tratamento e remoção de carga poluidora.

191
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
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Figura 137. Relação da carga orgânica reduzida nos municípios da UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

Em termos gerais, constata-se redução de 38% da carga poluidora potencial,


resultando em lançamento diário de 13.948,9 kg de DBO5,20, nos corpos d’água da Bacia. A
Figura 138 apresenta a carga orgânica gerada nos municípios, por sub-bacia e a Figura 139,
a redução da carga orgânica na estação de tratamento de efluentes.

Figura 138. Carga orgânica gerada por sub-bacia.

Nota-se que a sub-bacia do Alto Peixe apresenta a maior carga orgânica geradas na
UGRHI-21. Isso ocorre, devido ao município de Marília estar localizado nesta sub-bacia e
consequentemente concentrar 51% de toda a população urbana da bacia.

192
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
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Figura 139. Redução da carga orgânica por sub-bacia – UGRHI 21.


Fonte: CETESB, 2015.

Em termos percentuais, a sub-bacia com menor índice de redução de carga


poluidora é a Alto Aguapeí (0%) devido a falta de tratamento de esgoto no município de
Marília.

4.7.7 Índice de atendimento com rede coletora de esgotos

Este item apresenta o percentual estimado de população total atendida por coleta de
efluente sanitário em relação à população total. Os dados são retirados do Sistema Nacional
de Informações de Saneamento – SNIS que corresponde ao “índice de atendimento com
rede de esgotos, dos prestadores de serviços participantes do SNIS, em relação à
população total”.

O valor de referência utilizado para classificar os municípios quanto ao índice de


cobertura de rede coletora de esgoto foi adaptado do SNIS pela CRHi, conforme segue:

Cobertura da rede coletora de efluentes sanitários Classificação


dados não fornecidos/obtidos Sem dados
< 50% Ruim
≥ 50% e < 90% Regular
≥ 90% Bom
Fonte: CRHi, 2010.

193
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 UGRHI - 20

Os dados da população atendida pelo abastecimento de água na UGRHI-20 são


apresentados no Quadro 90.

Quadro 90. População atendida – rede de esgotos – UGRHI-20.


Cobertura rede
População
Municípios Atendida coleta de
Total (2015)
esgoto (%)
Álvaro de Carvalho 4.843 3.061 63,2
Arco-Íris 1.857 1.007 54,22
Clementina 7.743 7.381 95,32
Dracena 44.247 40.858 92,34
Gabriel Monteiro 2.702 2.319 85,84
Garça 42.769 38.877 90,9
Getulina 10.797 8.303 76,9
Guaimbê 5.466 5.224 95,58
Herculândia 8.980 6.947 77,36
Iacri 6.353 4.948 77,89
Júlio Mesquita 4.524 SD SD
Lucélia 20.491 17.758 86,66
Luiziânia 5.395 4.946 91,67
Monte Castelo 4.017 3.200 79,65
Nova Guataporanga 2.186 1.943 88,9
Nova Independência 3.429 2.734 79,73
Pacaembu 13.139 8.094 61,6
Panorama 14.897 14.386 96,57
Parapuã 10.662 8.816 82,69
Paulicéia 6.757 2.628 38,9
Piacatu 5.599 5.089 90,9
Pompéia 20.650 SD SD
Queiroz 3.044 2.687 88,28
Quintana 6.260 5.747 91,8
Rinópolis 9.813 SD SD
Salmourão 4.960 4.226 85,2
Santa Mercedes 2.816 2.073 73,61
Santópolis do Aguapeí 4.482 4.145 92,48
São João do Pau d'Alho 2.037 1.651 81,07
Tupã 63.111 61.192 96,96
Tupi Paulista 14.762 14.762 100
Vera Cruz 10.624 SD SD
UGRHI - 20 369.412 285.002 77,15
Fonte: SNIS, 2015.

194
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Observa-se no Quadro 90 que o atendimento médio com rede de esgotos na


UGRHI-20 é de 77% da população total.

Figura 140. Índice de atendimento de rede de esgoto nos municípios da UGRHI-20.


Fonte: CRH, 2015.

Figura ilustrativa

Figura 141. Índice de atendimento por rede de esgoto nos municípios da UGRHI-20.
Fonte: SNIS, 2015.

195
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Plano de Bacia

Apenas o município de Paulicéia apresentou o índice de atendimento com rede de


esgotos abaixo de 50% (38,9%), classificada como ruim.

Apenas 16 (dezesseis) municípios apresentaram índice regular e os restantes


apresentaram-se com índice classificado como bom.

 UGRHI - 21

Os dados da população atendida pelo abastecimento de água na UGRHI-20 são


apresentados no Quadro 91.

Quadro 91. População atendida – rede de esgotos – UGRHI-21.


Cobertura rede
População
Municípios Atendida coleta de
Total (2015)
esgoto (%)
Adamantina 33.879 32.229 95,1
Alfredo Marcondes 3.916 3.248 83,0
Álvares Machado 23.602 21.721 92,0
Bastos 20.259 17.421 86,0
Borá 808 770 95,3
Caiabu 4.094 2.864 70,0
Emilianópolis 3.054 2.535 83,0
Flora Rica 1.654 1.323 80,0
Flórida Paulista 12.447 9.821 78,9
Indiana 4.801 SD SD
Inúbia Paulista 3.769 3.138 83,3
Irapuru 7.544 5.328 70,6
Junqueirópolis 19.402 15.954 82,2
Lutécia 2.660 2.147 80,7
Mariápolis 3.948 3.087 78,2
Marília 224.637 214.394 95,4
Martinópolis 24.961 24.961 100,0
Oriente 6.181 5.629 91,1
Oscar Bressane 2.524 1.984 78,6
Osvaldo Cruz 31.134 27.768 89,2
Ouro Verde 8.037 6.970 86,7
Piquerobi 3.533 2.590 73,3
Pracinha 2.877 2.707 94,1
Ribeirão dos Índios 2.160 1.827 84,6
Sagres 2.366 1.737 73,4
Santo Expedito 2.891 2.378 82,3
UGRHI - 21 457.138 414.534 90,6
Fonte: SNIS, 2015.

Observa-se no Quadro 90 que o atendimento médio com rede de esgotos na


UGRHI-21 é de 90,6% da população total.

196
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Nenhum dos municípios apresentou classificação ruim. Portanto, a UGRHI 21 possui


todos os municípios com índice que variam entre 50% e 100%.

Figura 142. Índice de atendimento de rede de esgoto nos municípios da UGRHI-20.


Fonte: CRH, 2015.

Figura ilustrativa

Figura 143. Índice de atendimento por rede de esgoto nos municípios da UGRHI-21.
Fonte: SNIS, 2015.

197
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

4.7.8 Coleta e tratamento de efluentes

Este item apresenta o percentual estimado de população urbana atendida por coleta
de efluente sanitário (notar que o índice apresentado no capítulo 4.7.7 refere-se à população
total). O lançamento de esgotos domésticos in natura, ou parcialmente tratados, é uma das
principais causas de poluição das águas superficiais. O aumento da porcentagem da
população atendida pelos serviços de coleta e tratamento de esgotos é fundamental para a
melhoria da qualidade das águas e o desenvolvimento sustentável.

 Proporção de efluente doméstico coletado em relação ao efluente doméstico


gerado

A coleta de efluentes sanitários é uma medida importante para controlar a


contaminação das águas superficiais e subterrâneas. Este item dimensiona a resposta em
relação a pressão exercida pela geração de efluentes sanitários e a partir do diagnóstico
levantado, avalia a necessidade de investimentos futuros em saneamento. A classificação
dos municípios quanto ao índice coleta de esgoto segue abaixo:

Fonte: CRHi, 2010.


 UGRHI 20

O Quadro 92 apresenta a porcentagem de atendimento de coleta de esgoto nos


municípios da UGRHI-20.

Quadro 92. Porcentagem de atendimento de coleta de esgotos na UGRHI-20.


Atendimento
Responsável População
Município Coleta Pop
pela operação Total (2015)
urbana (%)
Álvaro de Carvalho SABESP 4.843 100,0
Arco-Íris SABESP 1.857 99,0
Clementina PM 7.743 100,0
Dracena EMDAED 44.247 100,0
Gabriel Monteiro SABESP 2.702 100,0
Garça SAEE 42.769 100,0
Getulina SAEE 10.797 100,0
Guaimbê SAEE 5.466 99,0
Herculândia PM 8.980 100,0
Iacri SABESP 6.353 100,0
Júlio Mesquita PM 4.524 95,0
Lucélia SABESP 20.491 98,0

198
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Atendimento
Responsável População
Município Coleta Pop
pela operação Total (2015)
urbana (%)
Luiziânia SABESP 5.395 100,0
Monte Castelo PM 4.017 100,0
Nova Guataporanga SABESP 2.186 100,0
Nova Independência PM 3.429 100,0
Pacaembu PM 13.139 83,6
Panorama PM 14.897 94,0
Parapuã SABESP 10.662 100,0
Paulicéia PM 6.757 55,0
Piacatu SABESP 5.599 100,0
Pompéia SAAE 20.650 99,1
Queiroz SABESP 3.044 100,0
Quintana SABESP 6.260 98,0
Rinópolis PM 9.813 100,0
Salmourão SABESP 4.960 100,0
Santa Mercedes SABESP 2.816 100,0
Santópolis do Aguapeí SABESP 4.482 100,0
São João do Pau d'Alho PM 2.037 100,0
Tupã SABESP 63.111 100,0
Tupi Paulista PM 14.762 100,0
Vera Cruz PM 10.624 95,0
Total - UGRHI 20 369.412 97,4
Fonte: CETESB, 2015.

A UGRHI-20 possui um índice médio de cobertura coleta de esgoto de 97,4% em


área urbana, índice bom (Quadro 92), este índice representa a proporção do efluente
doméstico coletado em relação ao efluente doméstico gerado, sendo assim, apenas dois
municípios apresentaram índices regulares, sendo Pacaembu (83,6%) e Paulicéia (55%). A
proporção de efluente doméstico coletado é a carga orgânica poluidora doméstica coletada
(kg DBO/dia) em relação a carga orgânica poluidora doméstica potencial (kg DBO/dia).

199
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 144. Porcentagem de esgoto coletado sobre os esgotos gerados nos


municípios da UGRHI-20.
Fonte: CETESB, 2015.

Figura 145. Porcentagem de esgoto coletado sobre o esgoto gerado na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

Os índices de efluentes domésticos coletados são satisfatórios e vem apresentando


pequenas oscilações ao longo dos anos, com valores entre 96 e 97%.

200
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 UGRHI 21

O Quadro 93 apresenta a porcentagem de atendimento de coleta de esgoto nos


municípios da UGRHI-20.

Quadro 93. Porcentagem de atendimento de coleta de esgotos na UGRHI-21.


Atendimento
Responsável pela População Total
Município Coleta Pop urbana (%)
operação (2015)

Adamantina SABESP 33.879 100,0


Alfredo Marcondes SABESP 3.916 99,0
Álvares Machado SABESP 23.602 98,0
Bastos SABESP 20.259 100,0
Borá SABESP 808 100,0
Caiabu SABESP 4.094 99,0
Emilianópolis SABESP 3.054 98,0
Flora Rica SABESP 1.654 100,0
Flórida Paulista SABESP 12.447 100,0
Indiana PM 4.801 95,0
Inúbia Paulista SABESP 3.769 100,0
Irapuru SABESP 7.544 97,0
Junqueirópolis PM 19.402 92,4
Lutécia PM 2.660 100,0
Mariápolis SABESP 3.948 100,0
Marília DAEM 224.637 80,0
Martinópolis PM 24.961 99,0
Oriente SABESP 6.181 100,0
Oscar Bressane SABESP 2.524 99,0
Osvaldo Cruz SABESP 31.134 100,0
Ouro Verde PM 8.037 95,0
Piquerobi SABESP 3.533 92,0
Pracinha SABESP 2.877 100,0
Ribeirão dos Índios SABESP 2.160 100,0
Sagres SABESP 2.366 100,0
Santo Expedito SABESP 2.891 99,0
Total - UGRHI 21 457.138 97,8
Fonte: CETESB, 2015.

A UGRHI-21 possui um índice médio de cobertura coleta de esgoto de 97,8% em


área urbana, índice bom (Quadro 92), este índice representa a proporção do efluente
doméstico coletado em relação ao efluente doméstico gerado, sendo assim, todos os
municípios apresentam índice de coleta classificados como bom. A proporção de efluente
doméstico coletado é a carga orgânica poluidora doméstica coletada (kg DBO/dia) em
relação a carga orgânica poluidora doméstica potencial (kg DBO/dia).

201
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 146. Porcentagem de esgoto coletado sobre os esgotos gerados nos


municípios da UGRHI-21.
Fonte: CETESB, 2015.

Figura 147. Porcentagem de esgoto coletado sobre o esgoto gerado na UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

Os índices de efluentes domésticos coletados são satisfatórios e vem apresentando


pequenas oscilações ao longo dos anos, com valores entre 94 e 97%.

202
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

4.7.8.1 Proporção de efluente doméstico tratado em relação ao efluente doméstico


total gerado

O tratamento de esgoto é uma adequação dos efluentes sanitários a serem lançados


em um curso d’água para que não causem impactos ambientais relacionadas às
características físicas, químicas e biológicas deste curso d’água.

A classificação dos municípios quanto ao índice tratamento de esgoto segue abaixo:

Fonte: CRHi, 2010.


 UGRHI 20

O Quadro 94 apresenta a porcentagem de tratamento de esgoto para os municípios


da UGRHI-20.

Quadro 94. Porcentagem de tratamento de esgotos na UGRHI-20.


Responsável pela População Atendimento (%)
Município operação Total (2015) Tratamento

Álvaro de Carvalho SABESP 4.843 100,0


Arco-Íris SABESP 1.857 99,0
Clementina PM 7.743 100,0
Dracena EMDAED 44.247 100,0
Gabriel Monteiro SABESP 2.702 100,0
Garça SAEE 42.769 100,0
Getulina SAEE 10.797 100,0
Guaimbê SAEE 5.466 98,0
Herculândia PM 8.980 100,0
Iacri SABESP 6.353 100,0
Júlio Mesquita PM 4.524 95,0
Lucélia SABESP 20.491 98,0
Luiziânia SABESP 5.395 100,0
Monte Castelo PM 4.017 100,0
Nova Guataporanga SABESP 2.186 100,0
Nova Independência PM 3.429 100,0
Pacaembu PM 13.139 66,2
Panorama PM 14.897 94,0
Parapuã SABESP 10.662 100,0
Paulicéia PM 6.757 55,0
Piacatu SABESP 5.599 100,0
Pompéia SAAE 20.650 93,2
Queiroz SABESP 3.044 100,0

203
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Responsável pela População Atendimento (%)


Município operação Total (2015) Tratamento

Quintana SABESP 6.260 98,0


Rinópolis PM 9.813 100,0
Salmourão SABESP 4.960 100,0
Santa Mercedes SABESP 2.816 100,0
Santópolis do Aguapeí SABESP 4.482 100,0
São João do Pau d'Alho PM 2.037 100,0
Tupã SABESP 63.111 100,0
Tupi Paulista PM 14.762 100,0
Vera Cruz PM 10.624 95,0
Total - UGRHI 20 369.412 97,1
Fonte: CETESB, 2015.

A proporção de efluente doméstico tratado é a carga orgânica poluidora doméstica


reduzida (kg DBO/dia) em relação ao efluente doméstico gerado (kg DBO/dia). A UGRHI-20
possui um índice de tratamento de esgoto considerado bom, 97,1% (Quadro 94).

Quanto a classificação de acordo com os valores de referência, somente os


municípios de Paulicéia (55%) e Pacaembu (66,2%) estão classificados como “regulares”,
pois a proporção de efluente tratado é menor que 90%. Todos os outros municípios da
UGRHI-20 possuem o tratamento de esgotos classificados como “bom”.

Figura 148. Porcentagem de esgoto tratado nos municípios da UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

O índice de tratamento dos efluentes gerados tem se mantido alto, com pequenas
melhoras, por conta de investimentos da SABESP e do Programa Água Limpa do DAEE.
Entretanto, no ano de 2015 houve uma leve queda.

204
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 149. Porcentagem de esgoto tratado sobre o esgoto gerado nos municípios da
UGRHI-20.
Fonte: CETESB, 2015.
 UGRHI 21

O Quadro 95 apresenta a porcentagem de tratamento de esgoto para os municípios


da UGRHI-21.

Quadro 95. Porcentagem de tratamento de esgotos na UGRHI-21.


Responsável pela População Atendimento (%)
Município operação Total (2015) Tratamento

Adamantina SABESP 33.879 100,0


Alfredo Marcondes SABESP 3.916 99,0
Álvares Machado SABESP 23.602 98,0
Bastos SABESP 20.259 100,0
Borá SABESP 808 100,0
Caiabu SABESP 4.094 99,0
Emilianópolis SABESP 3.054 98,0
Flora Rica SABESP 1.654 100,0
Flórida Paulista SABESP 12.447 100,0
Indiana PM 4.801 95,0
Inúbia Paulista SABESP 3.769 100,0
Irapuru SABESP 7.544 97,0
Junqueirópolis PM 19.402 92,4
Lutécia PM 2.660 100,0
Mariápolis SABESP 3.948 100,0

205
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Responsável pela População Atendimento (%)


Município operação Total (2015) Tratamento

Marília DAEM 224.637 0,0


Martinópolis PM 24.961 99,0
Oriente SABESP 6.181 100,0
Oscar Bressane SABESP 2.524 99,0
Osvaldo Cruz SABESP 31.134 100,0
Ouro Verde PM 8.037 95,0
Piquerobi SABESP 3.533 92,0
Pracinha SABESP 2.877 100,0
Ribeirão dos Índios SABESP 2.160 100,0
Sagres SABESP 2.366 100,0
Santo Expedito SABESP 2.891 99,0
Total - UGRHI 21 457.138 47,7
Fonte: CETESB, 2015.

A proporção de efluente doméstico tratado é a carga orgânica poluidora doméstica


reduzida (kg DBO/dia) em relação ao efluente doméstico gerado (kg DBO/dia). A UGRHI-21
possui um índice de tratamento de esgoto considerado ruim, 47,7% (Quadro 95). Esta baixa
classificação é devido, principalmente, a falta de tratamento de esgoto no município de
Marília, uma vez que se trata da maior concentração de população urbana.

Todos os outros municípios da UGRHI-21 possuem o tratamento de esgotos


classificados como “bom”.

Figura 150. Porcentagem de esgoto tratado nos municípios da UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

O índice de tratamento dos efluentes gerados tem se mantido alto, com pequenas
melhoras, por conta de investimentos da SABESP e do Programa Água Limpa do DAEE.
Entretanto, no ano de 2015 houve uma leve queda. É importante salientar que a falta de

206
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

tratamento de esgoto no município de Marília contribui para baixar a média de toda a UGRHI
21, portanto é de extrema importância que haja investimentos para implantação de ETEs
neste município.

Figura ilustrativa

Figura 151. Porcentagem de esgoto tratado sobre o esgoto gerado nos municípios da
UGRHI-21.
Fonte: CETESB, 2015.

 Proporção de redução da carga orgânica poluidora doméstica

As tecnologias de tratamento de efluentes são aperfeiçoamentos do processo de


depuração da natureza, que busca reduzir seu tempo de duração e aumentar sua
capacidade de absorção, com melhor resultado em termos de qualidade do efluente
lançado, considerando a população a ser atendida.

A remoção da carga orgânica doméstica é a porcentagem de efetiva da remoção


através de tratamento (carga orgânica poluidora doméstica reduzida, em kg DBO/dia) em
relação à carga orgânica poluidora doméstica potencial (kg DBO/dia).

A classificação dos municípios quanto a proporção de redução de carga orgânica,


segue abaixo:

Fonte: CRHi, 2010.

207
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 UGRHI 20

O Quadro 96 apresenta eficiência do tratamento para redução da carga orgânica


poluidora doméstica para os municípios da UGRHI-20.

Quadro 96. Porcentagem da eficiência do tratamento de esgotos na UGRHI-20.


(%) Proporção de redução da carga orgânica
Município População Total
Tratam. doméstica (%)

Álvaro de Carvalho 4.843 100,0 90,7


Arco-Íris 1.857 99,0 77,6
Clementina 7.743 100,0 75,2
Dracena 44.247 100,0 82,0
Gabriel Monteiro 2.702 100,0 80,2
Garça 42.769 100,0 88,8
Getulina 10.797 100,0 87,9
Guaimbê 5.466 98,0 72,5
Herculândia 8.980 100,0 87,5
Iacri 6.353 100,0 81,1
Júlio Mesquita 4.524 95,0 77,2
Lucélia 20.491 98,0 78,4
Luiziânia 5.395 100,0 87,9
Monte Castelo 4.017 100,0 72,1
Nova Guataporanga 2.186 100,0 89,7
Nova Independência 3.429 100,0 55,2
Pacaembu 13.139 66,2 62,1
Panorama 14.897 94,0 68,6
Parapuã 10.662 100,0 89,0
Paulicéia 6.757 55,0 38,3
Piacatu 5.599 100,0 79,1
Pompéia 20.650 93,2 75,1
Queiroz 3.044 100,0 60,0
Quintana 6.260 98,0 76,4
Rinópolis 9.813 100,0 66,0
Salmourão 4.960 100,0 87,2
Santa Mercedes 2.816 100,0 81,9
Santópolis do Aguapeí 4.482 100,0 67,9
São João do Pau d'Alho 2.037 100,0 79,8
Tupã 63.111 100,0 85,0
Tupi Paulista 14.762 100,0 75,7
Vera Cruz 10.624 95,0 79,8
Total - UGRHI 20 369.412 97,1 79,7
Fonte: CETESB, 2015.

208
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A UGRHI-20 possui um índice de proporção de redução de carga orgânica poluidora


doméstica classificado como regular com 79,7%, ou seja, de toda a carga orgânica
doméstica produzida na área da UGRHI 20 aproximadamente 79% é tratada. Com este
índice a classificação geral da UGRHI é considerada “bom”, apenas Paulicéia (38,8%) se
classifica como “ruim”, com proporção de redução de carga orgânica abaixo de 50%. Estes
índices podem ser observados na Figura 152.

Figura ilustrativa

Figura 152. Redução da carga orgânica poluidora doméstica nos municípios da


UGRHI-20.
Fonte: CETESB, 2015.

Comparando os anos de 2010 a 2015, observa-se que proporção de redução da


carga orgânica dos municípios da UGRHI-20, sofreu algumas variações, apresentando seu
maior índice em 2014 (81,2%) e com leve queda em 2015. Pode-se concluir que a eficiência
dos tratamentos de efluentes aumentou com os investimentos feitos, levando em
consideração que a população aumentou e houve consequentemente um aumento na
geração da carga orgânica poluidora doméstica.

O índice ainda é classificado como Regular, mas é importante que sejam feitos
investimentos na ampliação e melhorias em estações de tratamento, para que haja uma
melhora na redução da carga orgânica doméstica.

209
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 153. Proporção de redução da carga orgânica doméstica nos municípios da


UGRHI-20.
Fonte: CETESB, 2015.

 UGRHI 21

O Quadro 97 apresenta eficiência do tratamento para redução da carga orgânica


poluidora doméstica para os municípios da UGRHI-21.

Quadro 97. Porcentagem da eficiência do tratamento de esgotos na UGRHI-21.


(%) Proporção de redução da carga
Município População Total
Tratam. orgânica doméstica (%)

Adamantina SABESP 100,0 89,0


Alfredo Marcondes SABESP 99,0 82,2
Álvares Machado SABESP 98,0 87,2
Bastos SABESP 100,0 83,0
Borá SABESP 100,0 91,4
Caiabu SABESP 99,0 84,3
Emilianópolis SABESP 98,0 86,6
Flora Rica SABESP 100,0 91,5
Flórida Paulista SABESP 100,0 85,4
Indiana PM 95,0 68,4
Inúbia Paulista SABESP 100,0 83,1
Irapuru SABESP 97,0 78,6
Junqueirópolis PM 92,4 37,9
Lutécia PM 100,0 92,3
Mariápolis SABESP 100,0 83,0
Marília DAEM 0,0 0,0

210
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

(%) Proporção de redução da carga


Município População Total
Tratam. orgânica doméstica (%)

Martinópolis PM 99,0 80,5


Oriente SABESP 100,0 84,0
Oscar Bressane SABESP 99,0 87,2
Osvaldo Cruz SABESP 100,0 74,0
Ouro Verde PM 95,0 81,6
Piquerobi SABESP 92,0 78,0
Pracinha SABESP 100,0 83,7
Ribeirão dos Índios SABESP 100,0 87,4
Sagres SABESP 100,0 92,1
Santo Expedito SABESP 99,0 88,9
Total - UGRHI 21 369.412 47,7 38,50
Fonte: CETESB, 2015.

A UGRHI-21 possui um índice de proporção de redução de carga orgânica poluidora


doméstica classificado como ruim, com 38,5%, ou seja, de toda a carga orgânica doméstica
produzida na área da UGRHI 21 apenas 38% é tratada. Com este índice a classificação
geral da UGRHI é considerada “ruim”, índice este devido a falta de tratamento de esgoto em
Marília. Estes índices podem ser observados na Figura 154.

Figura ilustrativa

Figura 154. Redução da carga orgânica poluidora doméstica nos municípios da


UGRHI-21.
Fonte: CETESB, 2015.

211
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 155. Proporção de redução da carga orgânica doméstica nos municípios da


UGRHI-21.
Fonte: CETESB, 2015.

Comparando os anos de 2010 a 2015, observa-se que proporção de redução da


carga orgânica dos municípios da UGRHI-21 sofreu pequenas variações, apresentando seu
maior índice em 2014 (39,5%) e com leve queda em 2015.

O índice ainda é classificado como ruim, portanto, é importante que sejam feitos
investimentos na ampliação e melhorias em estações de tratamento, para que haja uma
melhora na redução da carga orgânica doméstica, principalmente no município de Marília.

 ICTEM – Indicador de coleta e tratabilidade de esgoto da população urbana

O ICTEM4 é um indicador que varia de 0 a 10 e retrata a situação que leva em


consideração a efetiva remoção da carga orgânica (em relação à carga orgânica potencial
gerada pela população urbana) sem deixar de observar a importância de outros elementos
que compõem em um sistema de tratamento de esgoto, como a coleta, o afastamento e o
tratamento. Além disso, considera também o atendimento à legislação quanto à eficiência de
remoção (superior a 80% da carga orgânica) e a conformidade com os padrões de
qualidade do corpo receptor dos efluentes (CETESB, 2013). Este índice permite comparar
de maneira global a eficácia de esgotamento sanitário.Os dados do ICTEM são obtidos no

4
ICTEM = valor zero significa que não há coleta e nem tratamento do esgoto e valor 10 significa que
há coleta e tratamento de toda a população urbana.

212
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

relatório de “Qualidade das águas superficiais no Estado de São Paulo”, publicado


anualmente pela CETESB.

A CETESB estabelece o enquadramento do sistema de esgotamento sanitário do


município através dos valores do ICTEM conforme segue:

Fonte: CETESB, 2015.


 UGRHI 20

O Quadro 98 apresenta os dados de ICTEM desde 2010 até 2015 para os


municípios da UGRHI-20.

Quadro 98. Índice de coleta e tratabilidade de esgoto na UGRHI-20.


Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Álvaro de Carvalho 9,8 9,8 9,8 9,5 9,5 9,5
Arco-Íris 8,0 9,7 8,3 8,3 8,3 8,1
Clementina 9,5 9,5 9,5 8,0 9,5 7,9
Dracena 9,6 8,6 9,7 9,7 9,7 9,7
Gabriel Monteiro 7,9 8,1 8,1 8,1 8,1 9,5
Garça 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5
Getulina 1,5 8,1 8,1 8,1 9,5 9,5
Guaimbê 7,3 8,1 8,1 8,1 7,3 7,7
Herculândia 7,5 9,5 9,5 9,5 8,0 9,5
Iacri 9,5 8,0 9,7 9,7 9,7 9,7
Júlio Mesquita 6,6 6,6 9,4 9,4 7,9 7,9
Lucélia 10,0 10,0 10,0 10,0 8,6 8,6
Luiziânia 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5 9,5
Monte Castelo 10,0 10,0 10,0 8,1 8,1 8,2
Nova Guataporanga 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Nova Independência 10,0 10,0 7,5 7,2 7,1 7,1
Pacaembu 9,7 9,7 9,7 10,0 10,0 7,0
Panorama 7,7 7,7 5,7 7,6 7,6 7,6
Parapuã 5,7 9,8 9,8 9,5 9,5 9,5
Paulicéia 4,4 4,4 4,1 5,0 5,4 5,3
Piacatu 7,7 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3
Pompéia 8,0 9,5 9,4 9,4 9,4 7,8
Queiroz 8,0 8,0 9,5 9,7 7,8 6,9
Quintana 7,0 7,1 9,5 8,1 8,1 7,9
Rinópolis 9,5 9,8 9,8 9,8 9,8 7,3
Salmourão 10,0 10,0 8,4 10,0 10,0 10,0

213
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015


Santa Mercedes 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Santópolis do Aguapeí 7,1 5,9 5,9 5,9 5,9 7,4
São João do Pau d'Alho 8,3 8,3 10,0 10,0 10,0 10,0
Tupã 9,5 9,7 9,7 9,7 9,7 9,5
Tupi Paulista 10,0 10,0 8,4 9,7 9,7 8,1
Vera Cruz 3,4 8,4 8,2 9,4 9,4 8,1
MÉDIA UGRHI 20 8,2 8,8 8,8 8,9 8,8 8,5
Fonte: CETESB, 2015.

A UGRHI-20 possui um índice de coleta e tratamento de esgoto de 8,5, portanto,


classifica-se como BOM. Em 2010, 1 (um) município da UGRHI-20 se classificava com o
ICTEM como “péssimo”, atualmente nenhum dos municípios recebe esta classificação.

Figura 156. Classificação do ICTEM nos municípios da UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

Comparando os índices do ano de 2010 com o ano de 2015, houve uma melhora em
grande parte dos municípios. De 23 (vinte e três) municípios que possuíam o ICTEM
classificados como “bom”, em 2015, aumentou para 26 (vinte e seis). No ano de 2015,
apenas 6 municípios são classificados como “regular”, são eles, Nova Independência (7,1),
Pacaembu (7,0), Paulicéia (5,3), Queiroz (6,9), Rinópolis (7,3) e Santópolis do Aguapeí
(7,4).

214
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 157. ICTEM dos municípios da UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

 UGRHI 21

O Quadro 99 apresenta os dados de ICTEM desde 2010 até 2015 para os


municípios da UGRHI-20.

Quadro 99. Índice de coleta e tratabilidade de esgoto na UGRHI-21.


Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Adamantina 9,67 8,6 9,97 10,0 10,0 10,0
Alfredo Marcondes 8,28 8,3 8,62 8,6 10,0 10,0
Álvares Machado 6,24 6,2 6,73 6,7 10,0 10,0
Bastos 6,95 8,6 8,44 7,9 9,7 9,5
Borá 9,79 9,8 9,80 9,7 9,7 9,7
Caiabu 8,52 8,5 6,29 7,4 8,5 10,0
Emilianópolis 9,97 10,0 9,97 10,0 10,0 10,0
Flora Rica 8,39 8,4 8,39 9,9 10,0 10,0
Flórida Paulista 10,00 8,3 8,33 8,1 9,7 9,7
Indiana 6,33 6,3 4,97 6,3 7,4 7,4
Inúbia Paulista 10,00 9,7 9,70 9,7 9,7 9,7
Irapuru 10,00 10,0 10,00 10,0 10,0 8,6
Junqueirópolis 9,70 9,7 9,70 9,7 6,9 5,6
Lutécia 7,94 9,8 9,80 9,8 9,8 9,8
Mariápolis 10,00 10,0 10,00 9,7 9,7 9,7
Marília 1,20 1,2 1,20 1,2 1,2 1,2

215
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Plano de Bacia

Município 2010 2011 2012 2013 2014 2015


Martinópolis 9,49 9,5 8,18 8,7 10,0 10,0
Oriente 9,47 9,7 9,70 9,5 9,5 9,5
Oscar Bressane 9,49 9,5 9,49 9,5 9,5 9,5
Osvaldo Cruz 9,70 8,0 7,95 8,1 8,0 8,0
Ouro Verde 9,84 9,8 9,84 9,9 9,9 9,9
Piquerobi 8,38 9,8 9,84 8,3 8,5 8,5
Pracinha 9,70 9,7 9,70 10,0 10,0 10,0
Ribeirão dos Índios 10,00 9,7 10,00 10,0 10,0 10,0
Sagres 10,00 9,7 9,70 10,0 10,0 10,0
Santo Expedito 6,95 7,0 7,00 7,0 10,0 10,0
MÉDIA UGRHI 21 8,7 8,7 8,6 8,7 9,1 9,1
Fonte: CETESB, 2015.

A UGRHI-21 possui um índice de coleta e tratamento de esgoto de 9,1, portanto,


classifica-se como BOM. Desde 2010, o município de Marília se classificava com o ICTEM
como “péssimo”.

Figura 158. Classificação do ICTEM nos municípios da UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

Comparando os índices do ano de 2010 com o ano de 2015, houve uma melhora em
grande parte dos municípios. De 21 (vinte e um) municípios que possuíam o ICTEM
classificados como “bom”, em 2015, aumentou para 23 (vinte e três). No ano de 2015,
apenas 2 municípios são classificados como “regular”, são eles, Indiana (7,4) e
Junqueirópolis (5,6). Apenas o município de Marília mantem-se com classificação “péssima”.

216
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 159. ICTEM dos municípios da UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

 Pontos de lançamento de efluentes

Os dados dos pontos de lançamento de efluentes domésticos dos municípios (nome


do corpo receptor) foram retirados do relatório de qualidade de água da CETESB (2015), e
do cadastro de usuários de recursos hídricos das UGRHIs-20 e 21 e são apresentados no
Quadro 100 e Quadro 101 na Figura 160.

Quadro 100. Dados dos pontos de lançamento de esgoto dos municípios SABESP e
não SABESP da UGRHI-20.
Município Curso d'água receptor Município Curso d'água receptor
Álvaro de Carvalho Cór. Santa Cecília Pacaembu Cór.Pacaembu
Arco-Íris Cór.do Sumidouro Panorama Cór. Das Marrecas e Rio Paraná
Clementina Cór.C. Parapuã Cór.Alheiro
Dracena R.Marrecas Paulicéia Cór.Itaí
Gabriel Monteiro Cór.Águas Claras Piacatu Cór.Bela Vista

Garça Rib. Da Garça e Rio Pompéia


Tibiriçá Cór.Cabeça de Porco e Ribeirão do Futuro
Getulina Cór. Gavanheri Queiroz Cór. Matadouro
Guaimbê Rib. Guaimbê Quintana Rib.Iacri, Cór. Mercedes e Cór. Veado

Herculândia Cor. Da Água Boa e Rib. Rinópolis


Iacri Cór. Andorinha
Iacri Cór. Jurema Salmourão Cór.Cupri

217
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Município Curso d'água receptor Município Curso d'água receptor


Júlio Mesquita Cór. do Dudu Santa Mercedes R.Marrecas
Santópolis do
Lucélia
Cór. Boa Esperança Aguapeí Cór.Fartura
São João do Pau
Luiziânia
Rib.Luiziânia d'Alho Cór.São João do Pau d'Alho
Monte Castelo Rib. Galante Tupã Rib. Afonso XIII
Nova Guataporanga Cór.Barreiro e Solo Tupi Paulista Cór. Galante
Nova Independência Solo Vera Cruz Cór. Ipiranga
Fonte: CETESB, 2015.

Quadro 101. Dados dos pontos de lançamento de esgoto dos municípios SABESP e
não SABESP da UGRHI-21.
Município Curso d'água receptor Município Curso d'água receptor

Rib. Dos Ranchos e Boa


Adamantina Lutécia Cór. Boa Esperança
Esperança
Alfredo Marcondes R.Taquaruçu Mariápolis Cór. Ranchos

Córrego do Limoeiro (ETE Cór. Cascatinha, do Pombo, do Barbosa,


Álvares Machado Marília
de Pres. Prudente) Palmital, Cincitina e Rib. Dos Índios

Bastos Rib. Da Sede Martinópolis Cór. Capão Bonito


Borá Cór.do Borá Oriente Cór Jatobá
Cór. Água da Paineira e
Caiabu Oscar Bressane Cór.do Saltinho
C´r. Jacutinga
Emilianópolis Cór. Sto Antônio Osvaldo Cruz R. Walesburgo

Flora Rica Rib.Ilha e Rib. Do Perobal Ouro Verde Solo

Cór. Matadouro e Cór.


Flórida Paulista Piquerobi Cór.Saltinho, Cór. Da Represa
Indaia

Indiana Cór. Acampamento Pracinha Rib. dos macacos e Rib. da Baliza

Ribeirão dos
Inúbia Paulista R. Aguapei-Mirim Rib. dos Indios
Índios
Irapuru Cór. Patrimônio Sagres Cór. Queixada
Cór. Colibri e Cór. Ponte
Junqueirópolis Santo Expedito Cór. Bocaina
Seca

Além dos lançamentos dos municípios, foram retirados da base de dados de


outorgas do DAEE, com informações do ano de 2015, os lançamentos superficiais de
usuários rurais, urbanos e industriais. Esses dados são apresentados e espacializados na
Figura 160. Esse mapa é apresentado em escala adequada no Desenho 07.1037/17, em
anexo.

218
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 160. Pontos de lançamento superficial nas UGRHIs-20 e 21.


Fonte: DAEE, 2015.

 Lançamento de efluentes industriais

As cargas poluidoras de origem industrial correspondem aos lançamentos de


efluentes líquidos diretamente nos rios e córregos, com ou sem tratamento prévio,
constituindo-se fontes de poluição direta das águas superficiais onde são lançadas e,
indireta, de solos e águas subterrâneas, como decorrência da infiltração e migração
descendente.

Em relação às atividades industriais com potencial para geração de carga poluidora,


há algumas indústrias presentes na UGRHI: Indústrias alimentícias, indústrias de bebidas,
Frigoríficos, Têxtil e Usinas de Açúcar e Álcool.

O relatório de qualidade de águas superficiais da CETESB, não possui base de


dados para quantificação das fontes poluidoras nos setores industriais. A UGRHI-20 e 21
apresenta baixa atividade industrial, e não concentra elevados índices de despejos de
efluentes industriais. De acordo com dados outorgados do DAEE (2015) a UGRHI-20
possui 16lançamentos industriais outorgados. As cargas remanescentes de origem
industrial, apesar de reduzidas com relação às cargas potenciais, devido de medidas de
tratamento, continuam participando da carga remanescente total, sendo uma das fontes de

219
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Plano de Bacia

poluição dos recursos hídricos. Conforme os dados de outorga de usuários (DAEE, 2015), a
vazão lançada pelo setor industrial é da ordem de 0,33 m³/s. A UGRHI 21 não apresenta
nenhuma outorga relacionada a atividades industriais.

4.7.9 Manejo de resíduos sólidos

Os resíduos sólidos têm uma influência basicamente indireta sobre os recursos


hídricos, porém de grande potencial poluidor das águas superficiais e subterrâneas.
Resíduos sólidos são considerados um dos grandes problemas das sociedades
contemporâneas, manifestando-se intensamente nas áreas urbanas, onde agravam
problemas ambientais já existentes e levam ao aparecimento de outros, quase sempre
relacionados às formas ineficientes de gestão. É considerada uma fonte potencial de
contaminação do solo, águas superficiais e águas subterrâneas.
Este item caracteriza e avalia os sistemas de coleta, transporte e tratamento e
disposição final de resíduos sólidos/rejeitos. Os resíduos sólidos resultam de atividades de
origem: industrial, doméstico, serviços de saúde, comercial, agrícola, de serviços e varrição.
As informações sobre o manejo de resíduos sólidos das UGRHI-20 e 21 (coleta,
tratamento de disposição final), são obtidas no Inventario Estadual de Resíduos Sólidos
Domiciliares (CETESB, 2015). O Quadro 102 apresenta estes indicadores.
Quadro 102. Indicadores de resíduos sólidos das UGRHIs-20 e 21.
Variável Indicador Parâmetro UGRHI 20 UGRHI 21
P.04-A: Resíduo sólido
Poluição P.04 Resíduos
Ambiental sólidos
domiciliar gerado: 253 351,87
ton./dia (2015)
E.06-B: Taxa de
E.06
Saneamento cobertura do serviço de
Básico
Infraestrutura
coleta de resíduos:
87,38 89,14
de Saneamento
(2014)%
Adequado: Adequado:
R.01-B: Resíduo sólido
220,69 ton./dia 325,37 ton./dia
domiciliar disposto em (87%) (92%)
aterro: ton./dia de Inadequado: Inadequado:
resíduo/IQR (2015) 32,38 ton./dia 26,5 ton./dia
R.01 Coleta e
Controle da (13%) (8%)
disposição de
Poluição
resíduos R.01-C: IQR da
Ambiental
sólidos instalação de
destinação final de
resíduo sólido 8,3 8,27
domiciliar:
enquadramento de 0 a
10 (2015)
Fonte: adaptado de CRHi (2016)

220
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Plano de Bacia

4.7.10 Resíduos sólidos domiciliares

Os resíduos sólidos domiciliares são aqueles gerados nas residências e sua


composição é bastante variável. Em média, mais de 50% dos resíduos domiciliares são
compostos por materiais orgânicos (restos de comida e varrição).

Para estimar a geração de resíduos domiciliares é considerado somente o resíduo de


origem domiciliar, que contempla: residências, estabelecimentos comerciais e
estabelecimentos de serviços de pequeno porte. A quantidade de resíduo sólido gerado é
estimada com base na população urbana de cada município, considerando seu índice de
produção de resíduos (per capita), conforme descrito no Quadro 103.

Quadro 103. Índices de produção per capita de resíduos sólidos urbanos em função
da população urbana.
População Urbana Produção de Resíduo
(nº de hab.) (kg/hab.dia)
Até 25.000 0,7
De 25.001 a 100.000 0,8
De 100.001 a 500.000 0,9
Maior que 500.000 1,1
Fonte: CETESB, 2014.

 UGRHI 20

A UGRHI-20 tem geração de aproximadamente 253,07 toneladas diárias de lixo


(2015). O município que se classifica como o maior gerador de resíduos sólidos domiciliares
é o município de Tupã, seguido pelos municípios de Dracena e Garça, por se tratarem dos
municípios mais populosos da UGRHI-20, representando aproximadamente 46% do total de
lixo gerado na UGRHI-20. Este indicador de resíduo sólido está intimamente ligado ao
número de pessoas e ao crescimento populacional do município e da UGRHI.

Observa-se na Figura 162 que a geração de resíduos sólidos entre os anos de 2010
e 2012 não apresentou grandes aumentos ou diminuições nas toneladas diárias. Após esse
período, houve um aumento significativo aproximadamente 90% na geração de resíduos
sólidos urbanos de entre 2012 e 2015.

221
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Plano de Bacia

Figura 161. Resíduos sólidos gerados nos municípios na UGRHI-20.


Fonte: CETESB, 2015.

Esse aumento ocorreu devido aos índices estimativos de produção “per capita” de
resíduos sólidos urbanos adotados em função da população urbana, que, de 2010 a 2012,
era utilizado para municípios menores do que 100.00 habitantes, um índice de 0,4
kg/hab.dia, e, em 2013, foi utilizado os valores do Quadro 103 (0,7 e 0,8 kg/hab.dia para
municípios de até 25.000 habitantes e de 25.000 até 100.000 habitantes, respectivamente).

Figura 162. Evolução da geração de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-205.


Fonte: CETESB, 2015.

 UGRHI 21

A UGRHI-21 tem geração de aproximadamente 351,87 toneladas diárias de lixo


(2015). O município que se classifica como o maior gerador de resíduos sólidos domiciliares

5
A partir do ano de 2013 houve uma mudança na metodologia de cálculo da quantidade de resíduos
sólidos.

222
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

é o município de Marília, seguido pelos municípios de Adamantina e Osvaldo Cruz, por se


tratarem dos municípios mais populosos da UGRHI-21, representando aproximadamente
70% do total de lixo gerado na UGRHI-21. Este indicador de resíduo sólido está intimamente
ligado ao número de pessoas e ao crescimento populacional do município e da UGRHI.

Figura 163. Resíduos sólidos gerados nos municípios na UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2015.

Observa-se na Figura 163 e Figura 164 que a geração de resíduos sólidos entre os
anos de 2010 e 2012 não apresentou grandes aumentos ou diminuições nas toneladas
diárias. Após esse período, houve um aumento significativo de aproximadamente 70% na
geração de resíduos sólidos urbanos de entre 2012 e 2015.

Esse aumento ocorreu devido aos índices estimativos de produção “per capita” de
resíduos sólidos urbanos adotados em função da população urbana, que, de 2010 a 2012,
era utilizado para municípios menores do que 100.00 habitantes, um índice de 0,4
kg/hab.dia, e, em 2013, foi utilizado os valores do Quadro 103 (0,7 e 0,8 kg/hab.dia para
municípios de até 25.000 habitantes e de 25.000 até 100.000 habitantes, respectivamente).

223
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Plano de Bacia

Figura 164. Evolução da geração de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-206.


Fonte: CETESB, 2015.

4.7.11 Coleta de resíduos sólidos urbanos

Este item aborda o percentual estimado de população atendida por coleta de


resíduos sólidos domiciliares em relação à população total. Os dados são disponibilizados
pelos SNIS, que corresponde a “taxa de cobertura do serviço regular de coleta de resíduos
domiciliares, dos municípios participantes do SNIS”.

O valor de referência utilizado pelo SNIS é adaptado para classificar os municípios


quanto à coleta de resíduos sólidos:

Fonte: CRHi, 2010


 UGRHI 20

O Quadro 104 apresenta o índice de coleta nos municípios da UGRHI 20.

Quadro 104. Coleta de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-20.


Município Índice Coleta (%) 2014
Álvaro de Carvalho 95,99
Arco-Íris 75,35
Clementina 95,32

6
A partir do ano de 2013 houve uma mudança na metodologia de cálculo da quantidade de resíduos
sólidos.

224
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Plano de Bacia

Município Índice Coleta (%) 2014


Dracena 100
Gabriel Monteiro 83,33
Garça 100
Getulina 77,42
Guaimbê SD
Herculândia 100
Iacri 100
Júlio Mesquita SD
Lucélia 86,02
Luiziânia 91,69
Monte Castelo 58,99
Nova Guataporanga 87,76
Nova Independência 79,73
Pacaembu 100
Panorama 100
Parapuã 82,66
Paulicéia 100
Piacatu 92,38
Pompéia 100
Queiroz SD
Quintana 87,21
Rinópolis 86,93
Salmourão 100
Santa Mercedes 86,84
Santópolis do Aguapeí 96,63
São João do Pau d'Alho 81,07
Tupã SD
Tupi Paulista 100
Vera Cruz 100
Total 90,90
Fonte: SNIS, 2015.

A UGRHI-20 possui um índice de coleta de resíduos sólidos urbanos de 90,9% do


total gerado, considerando os municípios que possuem dados, pois para alguns dos
municípios há ausência dos dados. Vinte e nove (29) municípios dispõem de dados de
cobertura de coleta de resíduos sólidos domiciliares. Destes, nenhum se classifica como
“ruim”, 12 (doze) são classificados com valores entre 50 e 90% de cobertura de coleta de
resíduos sólidos. E o restante está classificados como “bom”, conforme se observa na
Figura 165.

225
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 165. Cobertura do sistema de coleta de resíduos sólidos nos municípios da


UGRHI-20.
Fonte: SNIS, 2015.

Figura 166. Evolução da coleta de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-20.


Fonte: SNIS, 2015.

Pode-se notar uma evolução na coleta de resíduos sólidos principalmente no que se


refere aos municípios que se classificam como BOM.

226
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Plano de Bacia

 UGRHI 21

O Quadro 104 apresenta o índice de coleta nos municípios da UGRHI 20.

Quadro 105. Coleta de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-20.


Município Índice Coleta (%) 2014

Adamantina 91,4
Alfredo Marcondes 83,66
Álvares Machado 90,09
Bastos 86,12
Borá SD
Caiabu SD
Emilianópolis SD
Flora Rica 100
Flórida Paulista 100
Indiana SD
Inúbia Paulista 87,52
Irapuru 70,71
Junqueirópolis 79,96
Lutécia 100
Mariápolis 100
Marília 95,51
Martinópolis 100
Oriente 100
Oscar Bressane SD
Osvaldo Cruz 89,86
Ouro Verde SD
Piquerobi 75,46
Pracinha 47,89
Ribeirão dos Índios 84,6
Sagres 100
Santo Expedito 100
Total 89,14
Fonte: SNIS, 2015.

A UGRHI-21 possui um índice de coleta de resíduos sólidos urbanos de 89,14% do


total gerado, considerando os municípios que possuem dados, pois para alguns dos
municípios há ausência dos dados, este índice é classificado como Regular. Vinte (20)
municípios dispõem de dados de cobertura de coleta de resíduos sólidos domiciliares.
Destes, apenas Pracinha se classifica como “ruim”, 8 (oito) são classificados com valores
entre 50 e 90% de cobertura de coleta de resíduos sólidos. E o restante está classificados
como “bom”, conforme se observa na Figura 165.

227
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 167. Cobertura do sistema de coleta de resíduos sólidos nos municípios da


UGRHI-21.
Fonte: SNIS, 2015.

Pode-se notar que o número de municípios classificados como bom vem se


mantendo estável desde 2012, e uma evolução nos números de municípios que antes não
possuíam dados.

Figura 168. Evolução da coleta de resíduos sólidos urbanos na UGRHI-21.


Fonte: SNIS, 2015.

228
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Plano de Bacia

4.7.12 Disposição de resíduos sólidos urbanos

A disposição adequada de resíduos sólidos é uma medida importante para evitar a


contaminação de águas superficiais e subterrâneas. Os dados de quantidade de resíduos
sólidos urbanos gerados no município e do enquadramento do aterro no qual o município
dispõe este resíduo, são obtidos através da CETESB, que publica desde 2012 o “Inventario
Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos”.

Este inventário de dados consiste na avaliação e classificação da destinação final de


resíduos sólidos urbanos, através do índice IQR. A classificação do IQR em 2012, 2013,
2014 e 2015 apresenta informações da metodologia de avaliação, que contempla a
aplicação de critérios de pontuação e de classificação dos locais de destinação dos resíduos
sólidos urbanos. Nestes critérios, foram criadas três formas de avaliação do local de
destinação de resíduos, conforme apresentado:

a) IQR = avaliação dos aterros sanitários.

b) IQR Valas = avaliação dos aterros em valas.

c) IQC = avaliação dos aterros controlados

Em função dos índices IQR, IQR-Valas e IQC apurados, as instalações são


enquadradas como inadequadas e adequadas, conforme mostra o Quadro 106.

Quadro 106. Enquadramento das condições das instalações de tratamento e/ou


disposição final de resíduos sólidos domiciliares.
IQR – NP, IQR Valas – NP e
Enquadramento
IQC
0,0 a 7,0 Condições Inadequadas (I)
7,1 a 10,0 Condições Adequadas (A)
Fonte: CETESB, 2015.

Pode-se concluir conforme os dados apresentados a seguir que no decorrer dos


anos, foram alcançadas melhorias nas condições dos locais de destinação final de resíduos
urbanos dos municípios do Estado de São Paulo.

Essas melhorias deve-se em grande parte, às ações da CETESB, no controle da


poluição, assim como à orientações prestadas aos municípios quanto à gestão dos resíduos
sólidos. Isso se deve também ao desenvolvimento de políticas públicas de auxílio, dentre as
quais se destacam: Programa de aterro em valas, Fundo Estadual de Recursos Hídricos –
FEHIDRO, Programa Município VerdeAzul, que permitem ações que trazem melhorias
significativas no referido tema.

229
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Plano de Bacia

 Unidade de Gerenciamento do Rio Aguapeí (UGRHI-20)

Pode-se observar que, apenas 1 (um) município da UGRHI-20, apresentou em 2015,


destinação de resíduos inadequada. Pode-se concluir que esse número diminuiu em relação
ao ano de 2014. A Figura 169 apresenta a classificação do IQR nos municípios, conforme a
metodologia adotada pela CETESB, em 2012, 2013, 2014 e 2015.

Figura 169. Classificação da destinação final dos resíduos sólidos urbanos nos
municípios da UGRHI-20.
Fonte: CETESB, 2015.

O Quadro 107 apresenta o enquadramento dos municípios da UGRHI-20 quanto às


condições de tratamento e disposição dos resíduos domiciliares nos anos de 2012, 2013,
2014 e 2015.

Quadro 107. Classificação dos municípios da UGRHI-20, quanto às condições de


tratamento e disposição dos resíduos domiciliares (IQR).
INVENTÁRIO IQR
Lixo
Município 2012 Classific 2013 Classif 2014 Classific 2015 Classif
(t/dia)
IQR ação IQR icação IQR ação IQR icação
Álvaro de Carvalho 2,24 7,4 A 8 A 5,3 I 8,1 A
Arco-Íris 0,75 8 A 7,2 A 8,2 A 7,2 A
Clementina 5,33 9,5 A 7,5 A 8,3 A 7,8 A
Dracena 33,87 8,4 A 8,1 A 9 A 9,4 A
Gabriel Monteiro 1,63 9,1 A 9,5 A 8 A 9,5 A
Garça 32,38 7,5 A 7,1 A 7,5 A 6,3 I
Getulina 6,12 7 I 7,5 A 9,5 A 9,5 A
Guaimbê 3,48 8 A 7,4 A 8,2 A 7,6 A
Herculândia 5,92 5,7 I 7,1 A 9,5 A 8 A
Iacri 3,57 9 A 7,7 A 8,9 A 9,4 A
Júlio Mesquita 3,12 7,6 A 9 A 8,6 A 8,1 A
Lucélia 12,85 7,4 A 6,4 I 5,9 I 9,4 A
Luiziânia 3,54 9,5 A 7,2 A 9,1 A 7,7 A
Monte Castelo 2,32 8 A 7,7 A 7,7 A 8,5 A

230
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Plano de Bacia

INVENTÁRIO IQR
Lixo
Município 2012 Classific 2013 Classif 2014 Classific 2015 Classif
(t/dia)
IQR ação IQR icação IQR ação IQR icação
Nova Guataporanga 1,39 8,7 A 8,7 A 8,7 A 7,9 A
Nova Independência 2 9 A 9 A 9 A 8,3 A
Pacaembu 7,2 8,3 A 8,7 A 8,7 A 8,2 A
Panorama 10,51 7,3 A 8,7 A 9 A 8,6 A
Parapuã 6,37 9 A 7,7 A 8,9 A 9,4 A
Paulicéia 4,06 7,8 A 7,8 A 8,7 A 8,7 A
Piacatu 3,54 9 A 9,5 A 7,3 A 8 A
Pompéia 13,92 8,5 A 8,1 A 8,1 A 8 A
Queiroz 1,88 9 A 8,5 A 8,5 A 8,5 A
Quintana 4,12 8,3 A 7,1 A 7,2 A 7,2 A
Rinópolis 6,17 9 A 7,7 A 8,9 A 8,9 A
Salmourão 3,23 7,2 A 6,1 I 8,3 A 8,3 A
Santa Mercedes 1,79 6,7 I 6,7 I 7,2 A 7,2 A
Santópolis do Aguapeí 3,12 9 A 9,5 A 8,5 A 8 A
São João do Pau
1,22
d'Alho 8,2 A 9 A 9 A 9 A
Tupã 50,41 9,6 A 8,8 A 5,6 I 7,1 A
Tupi Paulista 8,33 8,2 A 8,5 A 8,5 A 7,3 A
Vera Cruz 6,69 8,7 A 9,4 A 10 A 10 A
IQR MÉDIO 253,07 8,2 8,0 8,2 8,3
LEGENDAS: (A) Condição Adequada / (I) Condição Inadequada.
Fonte: CETESB, 2015

Figura ilustrativa

Figura 170. Classificação da destinação final dos resíduos sólidos urbanos (IQR) na
UGRHI-20
Fonte: CETESB, 2015.

231
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Plano de Bacia

No ano de 2015 houve aumento na disposição de resíduo sólido em aterro


classificado como Adequado, sendo que 220,7 toneladas de resíduos são dispostos de
forma adequada e apenas 32,38 toneladas de resíduos são dispostos como Inadequados,
ocasionada pelo município de Garça.

A Figura 170 apresenta o enquadramento dos municípios da UGRHI-20, quanto às


condições de tratamento e disposição dos resíduos domiciliares (IQR) em 2015.

 Unidade de Gerenciamento do Rio Aguapeí (UGRHI-21)

Pode-se observar que, apenas 1 (um) município da UGRHI-21, apresentou em 2015,


destinação de resíduos inadequada. Pode-se concluir que esse número é constante em
relação aos anos anteriores (2013 e 2014). A Figura 171 apresenta a classificação do IQR
nos municípios, conforme a metodologia adotada pela CETESB, em 2012, 2013, 2014 e
2015.

Figura 171. Classificação da destinação final dos resíduos sólidos domiciliares nos
municípios da UGRHI-21.
Fonte: CETESB, 2015.

O Quadro 108 apresenta o enquadramento dos municípios da UGRHI-20 quanto às


condições de tratamento e disposição dos resíduos domiciliares nos anos de 2012, 2013,
2014 e 2015.

232
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Plano de Bacia

Quadro 108. Classificação dos municípios da UGRHI-21, quanto às condições de


tratamento e disposição dos resíduos domiciliares (IQR).
INVENTÁRIO IQR
Lixo
Município (t/dia) - 2012 Classifi 2013 Classif 2014 Classif 2015 Classific
2015 cação icação icação ação
IQR IQR IQR IQR
Adamantina 26,5 9 A 9 A 8,1 A 4,6 I
Alfredo Marcondes 2,4 9,2 A 9,2 A 8,7 A 8,7 A
Álvares Machado 15,55 8,5 A 9 A 7,5 A 7,5 A
Bastos 12,7 9 A 7,7 A 8,9 A 9,4 A
Borá 0,46 8 A 9,8 A 8,9 A 9,4 A
Caiabu 2,4 7,2 A 7,3 A 8,1 A 9,2 A
Emilianópolis 1,84 8,2 A 9 A 8,2 A 9,5 A
Flora Rica 0,93 8,5 A 8,5 A 8,5 A 8,6 A
Flórida Paulista 7,73 7,2 A 7,1 A 7,1 A 9 A
Indiana 2,96 6,2 I 8,2 A 4,6 I 8,6 A
Inúbia Paulista 2,38 9 A 9 A 9 A 9 A
Irapuru 4,05 7,3 A 7,3 A 7,9 A 7,9 A
Junqueirópolis 11,55 8,6 A 8,6 A 7,6 A 7,8 A
Lutécia 1,52 7,2 A 7,2 A 7,5 A 7,2 A
Mariápolis 2,28 7,2 A 7,9 A 8,5 A 8,2 A
Marília 199,4 8,8 A 9,4 A 9,9 A 9,7 A
Martinópolis 15,17 8 A 7,2 A 7,2 A 7,1 A
Oriente 4,2 8,7 A 7,7 A 7,9 A 8,7 A
Oscar Bressane 1,51 7,2 A 7,2 A 7,5 A 7,2 A
Osvaldo Cruz 23,35 4,2 I 4,9 I 8,9 A 9,3 A
Ouro Verde 5,36 9 A 8,4 A 9 A 9 A
Piquerobi 1,94 8,5 A 7,2 A 8,2 A 7,1 A
Pracinha 1,19 8,5 A 7,5 A 8,5 A 8,5 A
Ribeirão dos Índios 1,33 8,7 A 7,7 A 9 A 9,5 A
Sagres 1,31 7,7 A 8,2 A 8,2 A 7,2 A
Santo Expedito 1,86 7,2 A 7,5 A 8,5 A 7,1 A
IQR MÉDIO 351,87 8,0 8,0 8,2 8,3
LEGENDAS: (A) Condição Adequada / (I) Condição Inadequada .
Fonte: CETESB, 2015

Na UGRHI-21, no ano de 2015, 325,40 toneladas de resíduos são dispostos de


forma adequada e apenas 26,5 toneladas de resíduos são dispostos como Inadequados,
ocasionada pelo município de Adamantina.

A Figura 172 apresenta o enquadramento dos municípios da UGRHI-20, quanto às


condições de tratamento e disposição dos resíduos domiciliares (IQR) em 2015

233
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 172. Classificação da destinação final dos resíduos sólidos domiciliares (IQR) –
UGRHI-21.
Fonte: CETESB, 2015.

4.7.13 Coleta Seletiva e reciclagem de resíduos

Outra informação relevante em relação aos resíduos sólidos de origem doméstica é


quanto à recuperação de recicláveis. Nas bacias dos rios Aguapeí e Peixe, 18 (dezoito)
municípios não possuem coleta seletiva de resíduos recicláveis urbanos, conforme dados
disponíveis no diagnóstico do manejo de resíduos sólidos urbanos, do SNIS (2014). A
Figura 173 apresenta os municípios que possuem ou não coleta seletiva.

234
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 173. Municípios com coleta seletiva nas UGRHIs 20 e 21.


Fonte: SNIS, 2014.

4.7.14 Resíduos de serviços de saúde

Conforme IPT/CEMPRE (2000) denomina-se Resíduo dos Serviços de Saúde


(RSS), o lixo que contém ou possa conter germes patogênicos, originário de diversos
locais que desenvolvem atividades relacionadas ao setor de saúde da população e de
animais, tais como: hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias,
postos de saúde, consultórios odontológicos, dentre outros. Esse tipo de resíduo merece
atenção especial desde sua geração até o momento da disposição final, por ser perigoso
tanto à saúde pública como ao meio ambiente. Além dos resíduos com risco biológico
citados, os RSS podem conter resíduos com risco químico e radioativo, além de resíduos
comuns (IPT, 2008).

O tratamento adequado dos RSS deve garantir a inertização do mesmo antes de


ser disposto no solo, conforme as Resoluções CONAMA n° 05/1993 e 358/2005, que
estabelecem normas e procedimentos mínimos para o gerenciamento desses resíduos,
com vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente. O Quadro 109,
apresenta informações sobre a massa de RSS coletadas per capita nos municípios da
UGRHI-20 e 21. As informações foram retiradas dos indicadores sobre coleta de resíduos

235
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Plano de Bacia

sólidos de serviços de saúde, disponibilizados pelo SNIS, no diagnóstico do manejo de


resíduos sólidos urbanos.

Quadro 109. Resíduos de saúde coletado


Massa de RSS coletada per capita
KG / 1000 hab.dia

UGRHI 20 21,61
UGRHI 21 18,06
Fonte: SNIS, 2015.

4.7.15 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas

Drenagem é o termo empregado na designação das instalações destinadas a escoar


o excesso de água, seja em rodovias, na zona rural ou na malha urbana. A drenagem
urbana não se restringe aos aspectos puramente técnicos impostos pelos limites restritos à
engenharia, pois compreende o conjunto de todas as medidas a serem tomadas que visem
à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações aos quais à sociedade
está sujeita.

O caminho percorrido pela água da chuva sobre uma superfície pode ser
topograficamente bem definido, ou não. O comportamento do escoamento superficial direto
sofre alterações substanciais em decorrência do processo de urbanização de uma bacia,
principalmente como consequência da impermeabilização da superfície, o que produz
maiores picos e vazões. Com o desenvolvimento urbano, a impermeabilização do solo
juntamente com o desmatamento da vegetação ciliar diminui a área de infiltração,
aumentando a vazão dos rios e o volume de escoamento. Esse volume, que escoava
lentamente pela superfície do solo e ficava retido pelas plantas, passa a escoar no canal
exigindo maior capacidade de escoamento das seções.

As torrentes originadas pela precipitação direta sobre as vias públicas desembocam


nos bueiros situados nas sarjetas. Estas torrentes (somadas à água da rede pública
proveniente dos coletores localizados nos pátios e das calhas situadas nos topos das
edificações) são escoadas pelas tubulações que alimentam os condutos secundários, a
partir do qual atingem o fundo do vale, onde o escoamento é topograficamente bem
definido, mesmo que não haja um curso d’água perene. O escoamento no fundo do vale é o
que determina o chamado Sistema de Macrodrenagem ou sistema coletor principal de
drenagem.

Na UGRHI-20 alguns municípios estão realizando ou já realizaram o Plano Diretor de


Drenagem Urbana, que analisa o sistema de drenagem natural, macrodrenagem e

236
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Plano de Bacia

microdrenagem, apontando os problemas existentes quanto à inundação urbana. Vinte e


seis (26) municípios da UGRHI-20 já possuem o Plano de Drenagem urbana, de acordo com
dados levantados do FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos, sendo que, dois
estão em execução. Os municípios que ainda não possuem são: Álvaro de Carvalho, Arco
Íris, Monte Castelo, Panorama, Paulicéia e São João do Pau D’alho. Essa informação será
confirmada nos trabalhos de campo que serão realizados nos municípios.

Na UGRHI-21, onze (11) municípios possuem o Plano Diretor de Drenagem urbana


concluído, de acordo com dados levantados do FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos
Hídricos. Os municípios que ainda não possuem são: Adamantina, Bastos, Borá, Caiabú,
Emilianópolis, Indiana, Irapuru, Lutécia, Marília, Martinópolis, Oriente, Ouro Verde,
Piquerobi, Santo Expedito. Essa informação será confirmada nos trabalhos de campo que
serão realizados nos municípios.

Figura ilustrativa

Figura 174. Situação dos municípios das UGRHIs 20 e 21 em relação ao Plano de


Drenagem.
Fonte: FEHIDRO, 2015.

O plano diretor deve possibilitar a identificação das áreas a serem preservadas e a


seleção das que possam ser adquiridas pelo poder público antes que sejam ocupadas,
loteadas ou que seus preços se elevem e tornem a aquisição proibitiva. O plano de

237
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Plano de Bacia

drenagem deve ser articulado com as outras atividades urbanas (abastecimento de água e
de esgoto, transporte público, planos viários, instalações elétricas, etc.) de forma a
possibilitar o desenvolvimento da forma mais harmonizada possível.

Do plano deve também constar a elaboração de campanhas educativas que visem a


informar a população sobre a natureza e a origem do problema das enchentes, sua
magnitude e consequências. É de capital importância o esclarecimento da comunidade
sobre as formas de solução existentes e os motivos da escolha das soluções propostas. A
solicitação de recursos deve ser respaldada técnica e politicamente, dando sempre
preferência à adoção de medidas preventivas de maior alcance social e menor custo.

O controle da drenagem urbana é muito importante para a UGRHI, uma vez que ela
ajuda na prevenção dos processos erosivos e consequentemente no assoreamento dos
cursos d’água. Nesta ótica, os planos municipais de drenagem urbana configuram-se como
um importante instrumento de auxilio nesta problemática.

O Desenho 18.1037/17, em anexo, apresenta as áreas vulneráveis de acordo com


dados levantadas no estudo realizado pelo IPT (2012), sobre áreas inundáveis, no estado
de São Paulo.

4.8 Gestão do território e de áreas sujeitas a gerenciamento especial


Este item apresenta as informações de natureza espacial, que possa favorecer ou
impor restrições físicas à proteção dos recursos hídricos. Dentre as informações
apresentadas estão a cobertura vegetal e áreas de proteção legalmente instituídas, que
podem contribuir para a redução dos processos erosivos e a conservação da água e
padrões de uso do solo, áreas contaminadas e áreas suscetíveis a processos erosivos ou
eventos hidrológicos extremos.

4.8.1 Uso e ocupação da terra

O uso da terra pode ser entendido como a forma que um determinado espaço está
sendo ocupado pelo homem. Esta análise faz-se necessária uma vez que a partir dela pode
se determinar as ações a serem desenvolvidas no local, além de identificar áreas onde o
solo pode estar sendo utilizado de forma inadequada e suas implicações sobre o
escoamento superficial, o aporte de sedimentos no leito dos corpos d’água,
impermeabilização e compactação do solo, capacidade de armazenamento e infiltração de
água no solo, entre outros.

238
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

O mapeamento do uso e ocupação da terra tem grande importância para estudos


que envolvem o planejamento de qualquer natureza, especificamente, o planejamento
ambiental. É necessário para conhecer a área e as atividades que ali são desenvolvidas e
para dimensionar as propostas de intervenções. As informações referentes ao uso e
ocupação da terra das UGRHIs – 20 e 21 foram obtidas a partir do Mapa de Cobertura da
Terra do Estado de São Paulo, elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de
São Paulo (SMA), através da Coordenadoria de Planejamento Ambiental. O mapeamento
utilizou como base imagens de satélite Landsat TM 5 do ano de 2010 e na escala 1:100.000.
O Quadro 110 apresenta um dos indicadores de uso e ocupação do solo nas UGRHIs – 20 e
21.

Quadro 110. Indicadores de uso e ocupação do solo da UGRHI – 20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro
Dinâmica de FM.10 Uso e FM.10-F: Área inundada UGRHI 20 UGRHI 21
ocupação do ocupação do por reservatórios
território solo hidrelétricos: km² 144,9 10,2

O Desenho 11.1037/17 apresenta os padrões de uso e ocupação do solo presentes


nas UGRHI-20 e 21.

 Classes de uso e ocupação do solo

Desta forma nas UGRHIs 20 e 21 foram determinadas 5 classes de uso e ocupação


do solo, sendo elas:

 Corpos d’água: que incluem todas as águas interiores, como os cursos d’água e
canais, corpos d’água naturalmente fechados, sem movimento e reservatórios
artificiais.

 Cobertura Arbórea: nesta classe estão incluídas as formações vegetais compostas


predominantemente por elementos arbóreos, incluindo as matas ciliares que
acompanham os cursos d’água, floresta estacional semidecídua, floresta ombrófila
densa e floresta ombrófilas mista, além de área de cerrado, mangue e restinga,
quando estas apresentarem vegetação de maior porte. São incluídas também as
formações arbóreas homogêneas plantadas, como pinus, eucalipto, seringueira e
citrus.

 Cobertura Herbácea-arbustiva: caracterizada pela presença de formação herbácea


e/ou arbustiva. Nesta classe o solo está coberto por vegetação de gramíneas ou
leguminosas com altura que varia entre alguns decímetros e alguns metros. Além
disso, incluem também pastos melhorados, culturas temporárias, semi-perenes,

239
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Plano de Bacia

todas as terras cultivadas caracterizadas pelo delineamento de áreas cultivadas,


podendo se constituir em zonas agrícolas heterogêneas ou homogêneas e áreas
remanescentes de cerrado e restinga.

 Solo Exposto: áreas de intervenção antrópica que foram terraplenadas ou aradas,


constituindo áreas em transição de uso ou uma fase intermediária do mesmo uso ou
ainda áreas onde processos erosivos expuseram o solo.

 Área Construída: constitui áreas de uso intensivo, estruturada por edificações e


sistema viário, onde há o predomínio de superfícies artificiais não agrícolas. Incluem-
se nesta categoria áreas urbanas de uso residenciais, comerciais e de serviços, além
de condomínios residenciais e de lazer, pequenos sítios, localizados distantes da
mancha urbana principal ou ao longo de rodovias e vais de acesso.

A Figura 175 representa o uso e ocupação do solo nas UGRHIs- 20 e 21. No Quadro
111 as classes de uso e ocupação são quantificadas para UGRHI.

Figura ilustrativa

Figura 175. Uso e ocupação do solo nas UGRHIs – 20 e 21.


Fonte: Secretaria do Meio Ambiente, 2010.

240
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Plano de Bacia

Quadro 111. Uso e ocupação do solo nas UGRHs 20 e 21.


Classe de uso do solo - nas UGRHI 20 UGRHI 21
UGRHI 20 e 21 Área (Km²) % Área (Km²) %
Área construída 154,21 1,17 136,22 1,26
Área Úmida 60,95 0,46 29,80 0,28
Cobertura Arbórea 1.833,30 13,89 1.432,25 13,30
Cobertura Herbácea Arbustiva 9.712,24 73,60 8.229,74 76,42
Corpo d'água 34,59 0,26 161,02 1,50
Solo Exposto 1.400,71 10,61 779,98 7,24
Total 13.196,00 100,00 10.769,00 100,00
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente, 2010.

Figura 176. Distribuição das classes de uso do solo nas UGRHIs – 20 e 21.

O uso predominante na bacia é a cobertura herbácea arbustiva, que representa


73,60% da área na UGRHI 20 e 76,42 na UGRHI 21, seguido por cobertura arbórea com
13,89% na UGRHI 20 e 13,30 na UGRHI 21. Nas UGRHIs 20 e 21 o solo exposto
representa 10,61% e 7,24%, respectivamente.

A área construída representa 1,17% na Bacia do Aguapeí e 1,26% na Bacia no


Peixe, enquanto a área úmida representa 0,46% e 0,28%, respectivamente.

Deve ser feito uma ressalta importante neste tópico: o mapa de uso do solo,
elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente faz grandes agrupamentos de classes de uso
do solo que dificultam as análises voltadas aos recursos hídricos. Como exemplo, pode-se
citar a categoria Cobertura Herbácea Arbustiva, que abrange todas as áreas de pastagens e
agricultura, usos estes que impactam de maneira distinta os recursos hídricos. Sendo assim,
houve a necessidade de se buscar dados adicionais para subsidiar a análise.

No plano de bacia de 2008, a estimativa de uso e ocupação do solo baseou-se em


estimativas do projeto LUPA (1997). Por se tratar de levantamentos com metodologias

241
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Plano de Bacia

completamente opostas (coleta de dados junto a produtores x imagem de satélite), não foi
possível realizar a avaliação da evolução do uso do solo.

 Uso do solo por sub-bacia das UGRHIs 20

A partir do mapa de cobertura da terra foi possível estimar o uso do solo


predominante em casa uma das sub-bacias das UGRHIs. O Quadro 112 representa esta
quantificação para as sub-bacias da UGRHI 20, assim como a Figura 177 representa sua
distribuição.

Quadro 112. Quantificação do uso e ocupação do solo por sub-bacia – UGRHI 20.
Classe de uso do Alto Aguapeí Médio Aguapeí Baixo Aguapeí Total
solo - UGRHI 20 Área Área Área Área
Aguapeí % % % %
(Km²) (Km²) (Km²) (Km²)
Área construída 35,36 0,96 67,15 1,34 51,70 1,15 154,21 1,17
Área úmida 0,00 0,00 0,00 0,00 60,95 1,35 60,95 0,46
Cobertura Arbórea 788,40 21,42 616,07 12,29 428,83 9,52 1.833,30 13,89
Cobertura Herbácea
2.656,32 72,18 3.790,47 75,64 3.265,46 72,50 9.712,24 73,60
Arbustiva
Corpo d'água 1,89 0,05 11,75 0,23 20,95 0,47 34,59 0,26
Solo Exposto 198,29 5,39 526,00 10,50 676,42 15,02 1.400,71 10,61
Total 3.680,25 100,00 5.011,44 100,00 4.504,31 100,00 13.196,00 100,00

Figura 177. Distribuição do uso e ocupação do solo por sub-bacia – UGRHI 20.

A classe predominante em todas as sub-bacias é de cobertura herbácea arbustiva,


representando mais de 70% da área total em todas elas. A sub-bacia do Baixo Aguapeí se
destaca por apresentar a maior porcentagem de sua área com solo exposto (15,02%). A
cobertura arbórea ocupa 21,42% da área da sub-bacia do Alto Aguapeí, destacando tal

242
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Plano de Bacia

bacia como a com maior porcentagem de vegetação natural. A sub-bacia do Médio Aguapeí
apresenta a maior porcentagem de área construída, 1,34% de sua área total.

A classe de área úmida está presente apenas na sub-bacia do Baixo Aguapeí,


representando 1,35%. As áreas de corpos d’água apresentam menos de 0,5% em todas as
sub-bacias da UGRHI 20.

 Uso do solo por sub-bacia na UGRHIs 21

O Quadro 113 representa esta quantificação para as sub-bacias da UGRHI 21, assim
como a Figura 178 representa sua distribuição.

Quadro 113. Quantificação do uso e ocupação do solo por sub-bacia – UGRHI 21.
Classe de uso do Alto Peixe Médio Peixe Baixo Peixe Total
solo - UGRHI 21 Área Área Área Área
Peixe % % % %
(Km²) (Km²) (Km²) (Km²)
Área construída 24,31 3,27 36,78 1,09 75,13 1,13 136,22 1,26
Área úmida 0,00 0,00 0,00 0,00 29,80 0,45 29,80 0,28
Cobertura Arbórea 215,56 29,03 534,73 15,85 681,96 10,25 1.432,25 13,30
Cobertura Herbácea
482,00 64,91 2.534,16 75,12 5.213,58 78,37 8.229,74 76,42
Arbustiva
Corpo d'água 0,56 0,08 7,35 0,22 153,10 2,30 161,02 1,50
Solo Exposto 20,10 2,71 260,65 7,73 499,23 7,50 779,98 7,24
Total 742,53 100,00 3.373,68 100,00 6.652,79 100,00 10.769,00 100,00

Figura 178. Distribuição do uso e ocupação do solo por sub-bacia – UGRHI 21.

A área predominante nas sub-bacias da UGRHI 21 é a classe de cobertura herbácea


arbustiva, representando mais de 60% das áreas totais das sub-bacias. A sub-bacia do Alto
Peixe se destaca com a maior porcentagem de sua área classificada como cobertura
arbórea (29,03%), ou seja, maior proporção de vegetação natural e com a maior proporção

243
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Plano de Bacia

de área construída, apresentando 3,27% de sua área total. A sub-bacia do Baixo Peixe
apresenta a maior porcentagem de solo exposto, 7,5% de sua área total, além de ser a
única sub-bacia a apresentar a classe de áreas úmidas com 1,13%. A classe de corpos
d’água representa menos de 1% da área total de cada sub-bacia.

4.8.1.1 Área de Cana

A partir de dados do Canasat (INPE, 2016) foi possível quantificar e espacializar a


área de cana presente nas UGRHIs 20 e 21. Esta quantificação é de extrema importância
uma vez que detalha o uso do solo da área e é possível estimar diversos fatores das
UGRHIs como irrigação e possíveis contaminações. A Figura 179 apresenta o mapa de área
de cana das UGRHIs no ano de 2013, o Quadro 114 apresenta a quantificação da UGRHI
20 e o Quadro 115 da UGRHI 21.

Figura ilustrativa

Figura 179. Área de cana das UGRHIs 20 e 21 no ano de 2013

Quadro 114. Quantificação da área de cana 2013 – UGRHI 20


Alto Aguapeí Médio Aguapeí Baixo Aguapeí Total
Área
Áreas de Cana 2013 Área (Km²) % Área (Km²) % % Área (Km²) %
(Km²)
704,99 16,94 1.635,30 39,30 1.820,45 43,75 4.160,74 100,00

Quadro 115. Quantificação da área de cana 2013 – UGRHI 21


Alto Peixe Médio Peixe Baixo Peixe Total
Áreas de Cana
Área (Km²) % Área (Km²) % Área (Km²) % Área (Km²) %
2013 UGHI 21
0,27 0,01 762,47 38,24 1.231,10 61,75 1.993,84 100,00

244
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Plano de Bacia

Para melhor visualização do mapa, em escala compatível, consultar Desenho


12.1037/17, em anexo.

A área total de cana na UGRHI 20 é de aproximadamente 4.160 Km², enquanto da


UGRHI 21 é de 1.993 Km². Na Bacia do Aguapeí a sub-bacia que apresenta a maior
porcentagem de cana é a Baixo Aguapeí, com 43,75% do total de cana da UGRHI, este
valor representa 40,42% da área total da sub-bacia.

Na UGRHI 21 a sub-bacia com maior porcentagem de cana é a Baixo Peixe,


apresentando 61,75% do total de cana. Entretanto, a sub-bacia Médio Peixe apresenta
maior proporção de área com cana, com 22,6% de sua área total.

Com os dados históricos do Canasat foi possível também acompanhar a evolução da


expansão da área de cana nas Bacias do Aguapeí e do Peixe, como pode ser observado no
Quadro 116.

Quadro 116. Evolução da área de cana nas UGRHIs 20 e 21


Área de cana (km²) UGRHI 20 - Aguapeí UGRHI 21 - Peixe
2003 1.176,90 527,75
2006 1.735,28 877,76
2009 3.522,49 1.628,00
2013 4.160,74 1.993,84

Conforme pode ser observado houve um crescimento significativo da área de cana.


Em 10 anos (2003 – 2013) na UGRHI 20 a área de cana cresceu aproximadamente 253%,
passando de 1.1176 km² para 4.285 km². Na UGRHI 21 o crescimento foi de 277%,
passando de apenas 527 km² para 1.993 km². A Figura 180 ilustra a espacialização do
crescimento da área de cana.

245
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Plano de Bacia

Figura 180. Espacialização da evolução da área de cana nas UGRHIs 20 e 21


Fonte: Canasat (INPE, 2016)

246
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Plano de Bacia

4.8.1.2 Pivôs Centrais

Um dado importante para o dimensionamento real das UGRHIs 20 e 21 é a área de


pivôs centrais. Com este dado é possível estimar, principalmente, dados de uso de água
para irrigação. De acordo com os dados disponibilizados pela ANA há um total de 7,7 km²
de pivôs centrais distribuídos na UGRHI 20 e 5,85 Km² na UGRHI 21, conforme pode ser
observado na Figura 181 e nos Quadro 117 e Quadro 118.

Quadro 117. Quantificação da área de pivôs centrais por município da UGRHI 20


% em relação à área dos
% em relação à área dos pivôs
Município Área (Km²) municípios dentro da UGRHI
na bacia
20
Rinópolis 0,62 8,11 0,17
Irapuru 1,13 14,74 0,72
Mirandópolis 5,94 77,15 1,69
Total 7,70 100,00 2,58

Quadro 118. Quantificação da área de pivôs centrais por município da UGRHI 21


% em relação à área dos pivôs % em relação à área dos
Município Área (Km²)
na bacia municípios dentro da UGRHI 21

Rancharia 4,18 71,46 0,60


Martinópolis 1,00 17,07 0,14
Piquerobi 0,19 3,28 0,07
Caiuá 0,48 8,20 0,17
Total 5,85 100,00 0,98

Conforme observado no Quadro 117 o município com maior porcentagem do total da


área de pivôs na UGRHI 20 é Mirandópolis, que engloba 91,88% do total de pivôs centrais e
2,01% da área total do município. Na UGRHI 21 a maior porcentagem de pivôs encontra-se
no município de Rancharia com 71,46% do total de pivôs e 0,60% da área total do
município.

Com relação às sub-bacias na UGRHI 20 é destacada a sub-bacia do Baixo Aguapeí


com a maior porcentagem de pivôs centrais, enquanto na UGRHI 21 o destaque é do Baixo
Peixe, entretanto, a sub-bacia do Médio Peixe apresenta a maior proporção de pivôs em
relação ao total de sua área, com 0,08% da área total, conforme elencado nos Quadro 119 e
Quadro 120.

247
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 181. Espacialização dos pivôs centrais nas UGRHIs 20 e 21.


Fonte: Embrapa, ANA (2014)

Quadro 119. Quantificação dos pivôs centrais por sub-bacia UGRHI 20


Sub-bacia % em relação à área % em relação à área das
Área (Km²)
UGRHI 20 dos pivôs na bacia sub-bacias da UGRHI 20
Alto Aguapeí 7,07 91,89 0,19
Médio Aguapeí 0,62 8,11 0,01
Baixo Aguapeí 0,00 0,00 0,00
Total 7,70 100,00 0,20
Fonte: Embrapa, ANA (2014)

Quadro 120. Quantificação dos pivôs centrais por sub-bacia UGRHI 21


Sub-bacia % em relação à área % em relação à área das
Área (Km²)
UGRHI 21 dos pivôs na bacia sub-bacias da UGRHI 21
Alto Peixe 0,00 0,00 0,00
Médio Peixe 2,56 43,73 0,08
Baixo Peixe 3,29 56,27 0,05
Total 5,85 100,00 0,13
Fonte: Embrapa, ANA (2014)

248
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Plano de Bacia

4.8.2 Remanescentes de vegetação e áreas protegidas por Lei

Este item caracteriza as áreas protegidas, especificando unidades de conservação


(conforme a Lei Federal n.º 9.985/2000, seus regulamentos e/ou alterações), assim como
outras áreas sob regime especial de administração, em função de dispositivos legais
federais, estaduais ou municipais.

O conceito de área protegida ou Unidade de Conservação (UC) surgiu em 1872,


nos Estados Unidos, com a criação do Parque Nacional de Yellowstone (primeiro parque
nacional), num contexto de valorização da manutenção de áreas naturais. (SMA, 1998).

A Lei n.º6.884, de 29 de junho de 1962, deliberada pelo Governo do Estado de São


Paulo, trata-se de um instrumento legal de âmbito estadual que dispõe sobre os parques e
florestas estaduais, monumentos naturais, além de outros regulamentos.

Estabelece conforme o Artigo 1.º, que os “parques estaduais são áreas de domínio
público, destinadas à conservação e proteção de paisagens e grutas da flora e da fauna.”
Esta lei foi elaborada antes do Código Florestal de 1965, e já abordava a importância de
elaboração de zoneamento, observando nos artigos 2.º a 6.º, que atividades podem ser
realizadas em áreas definidas através desta lei:

“...serão mantidas zonas em estado primitivo, nas quais ficam proibidas todas as
atividades que importem em qualquer modificação do aspecto primitivo da região, exceto
abertura e manutenção de caminhos para acesso de pedestres.”

Os parques estaduais constituem unidades de conservação, terrestres e/ou


aquáticas, normalmente extensas, destinadas à proteção de áreas representativas de
ecossistemas, podendo também ser áreas dotadas de atributos naturais ou paisagísticos
notáveis, sítios geológicos de grande interesse científico, educacional, recreativo ou
turístico. Assim, os parques são áreas destinadas para fins de conservação, pesquisa e
turismo. Podem ser criados no âmbito nacional, estadual ou municipal, em terras de seu
domínio, ou que devem ser desapropriadas para esse fim (Fundação Florestal, 2010). O
Quadro 121 apresenta o indicador de áreas protegidas e UC nas UGRHIs 20 e 21. O
Desenho 13.1037/17 apresenta o mapa das UGRHIs 20 e 21 com a escala adequada, em
anexo.

249
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 121. Indicadores de áreas protegidas e UC da UGRHI 20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro
R.09-A: Unidades de conservação (UC): UGRHI 20: 3
UGRHI 20: Terras Indígenas
Conservação e R.09 Áreas protegidas e Parque Estadual do Aguapeí
recuperação do Unidades de Estação Ecológica de Marília
meio ambiente Conservação
R.09-A: Unidades de conservação (UC): UGRHI 21: 1
UGRNI 21: Parque Estadual do Rio Peixe
Fonte: adaptado de CRHi (2016)

O Quadro 122 apresenta os instrumentos legais que estabeleceram tais unidades de


conservação. As UGRHIs 20 e 21 não pertencem a nenhuma Área de Proteção e
Recuperação de Mananciais (APRM) e o Zoneamento econômico ecológico do Estado de
São Paulo está em fase de elaboração. Segundo a Coordenadoria de Planejamento
Ambiental de São Paulo (2017), estão sendo elaborados estudos que subsidiarão os
processos de implementação do Zoneamento no Estado.

Quadro 122. Indicadores de áreas protegidas e UC das UGRHIs - 20 e 21.


Documento
Data Denominação Município Área (ha) URGHI
(diploma legal)
Estação Ecológica – Administração Instituto Florestal
Estação Ecológica UGRHI
Dec. 56.615 28/12/10 Marília 607,14
20
de Marília
Parque Estadual – Administração Fundação Florestal
Castilho, Guaraçaí,
02/07/98
Dec. 43.269 Parque Estadual do Junqueirópolis, Monte UGRHI
e 9.043,97 20
Dec. 44.730 Aguapeí Castelo, Nova Andradina
28/02/00
e São J. do Pau D’Alho
Ouro Verde, Dracena,
Parque Estadual do UGRHI
Dec. 47.095 2002 Presidente Venceslau e 7.720,00 21
Rio Peixe
Piquerobi
Fonte: adaptado de CRHi (2016)

 Estação Ecológica de Marília

Trata-se de uma unidade de conservação de proteção integral situada no município


de Marília, Estado de São Paulo e tem por objetivo a preservação dos ecossistemas e
processos ecológicos, em zona de grande relevância ambiental, possibilitando a realização
de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação
ambiental em contato com a natureza.

A vegetação predominante é do tipo Floresta Estacional Semidecidual, em cujo


interior situam-se nascentes que compõem o manancial da Bacia Hidrográfica Aguapeí-
Peixe.

250
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Parque Estadual do Aguapeí

O Parque Estadual do Aguapeí está localizado no estado de São Paulo, Brasil. Foi
criado pelo decreto 43.269 de 2 de julho de 1998 como forma de compensação pela
construção da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta. Abrange área dos municípios de
Castilho, Nova Independência, Guaraçaí, São João do Pau d'Alho, Monte Castelo e
Junqueirópolis, perfazendo uma área total de 9 043,97 ha[1]. Abrange grandes extensões de
várzeas do rio Aguapeí, que são alagadas periodicamente. É um dos últimos locais onde
ainda é encontrado o cervo-do-pantanal no estado de São Paulo.

A vegetação predominante é do domínio da Floresta Estacional Semidecidual numa


região que teve sua cobertura original bastante alterada. Ao redor da zona núcleo existem
inúmeras pastagens, tal como canaviais e alguns fragmentos de floresta de 10 a 1000
hectares. A vegetação dentro da unidade é composta por matas ciliares inundáveis, tal
como por floresta estacional semidecidual e alguns trechos de pastagens cultivadas. Foram
registradas espécies como: peroba-comum, amendoim-bravo, guapuruvu, ipê-do-cerrado,
ipê-felpudo.

 Parque Estadual do Rio Peixe

A área delimitada como Parque Estadual Rio do Peixe abrange quatro municípios
que possuem o Rio do Peixe como limite territorial em comum, sendo eles: Outro verde,
dracena, Presidente Venceslau, Piquerobi.

O parque, juntamente com o Parque Estadual Aguapeí, cumpre a função de


preservar os últimos trechos dos ecossistemas de várzeas, que outrora existiam em grande
parte dos rios paulistas que desembocavam no rio Paraná. É de suma importância também,
por ser um dos últimos locais em São Paulo, onde ainda reside o cervo-do-pantanal. Foi
criado pela CESP como forma de compensação pela construção da UHE Porto Primavera

4.8.2.1 Remanescentes de Vegetação

A Bacia do Aguapeí possui atualmente um total de 846,77 Km² de remanescente de


vegetação natural, representando aproximadamente 7% da área total da UGRHI. São
encontradas três principais tipos de vegetação remanescente, são eles: Florestas
Estacionais Semidecidual, Formação Arbórea/Arbustiva em Região de Várzea e Vegetação
Secundária da Floresta Estacional Semidecidual.

Na Bacia do Peixe são encontrados 797,18 Km² de vegetação natural, representando


aproximadamente 8% do total do seu território. Na bacia são encontradas quatro tipos de

251
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Plano de Bacia

vegetação remanescente, são eles: Florestas Estacionais Semidecidual, Formação


Arbórea/Arbustiva em Região de Várzea, Vegetação Secundária da Floresta Estacional
Semidecidual e Savana Florestada.

A Figura 182 representa a distribuição espacial da vegetação na área, no Quadro


121 as áreas de cada tipo de vegetação estão quantificadas.

Figura ilustrativa

Figura 182. Distribuição dos remanescentes de vegetação nas UGRHIs 20 e 21.


Fonte: Inventário Florestal (2010)

O Desenho 14.1037/17 em anexo apresenta a delimitação dos remanescentes de


vegetação natural das UGRHIs 20 e 21 em escala adequada.

Quadro 123. Quantificação dos remanescentes de vegetação nas UGRHIs 20 e 21.


UGRHI - 20 UGRHI - 21
Tipologia de Floresta Área Área
% %
(Km²) (Km²)
Floresta Estacional Semidecidual 151,63 17,91 211,90 26,58
Formação Arbórea / Arbustiva em Região de Várzea 299,60 35,38 250,52 31,43
Savana Florestada 0,00 0,00 29,77 3,73
Vegetação Secundária da Floresta Estacional
395,54 46,71 304,99 38,26
Semidecidual
Total 846,77 100,00 797,18 100,00
Fonte: Inventário Florestal (2010)

252
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Na área da UGRHI 20 e 21 a Floresta Estacional Semidecidual representa,


respectivamente, 17,91% e 26,58% do total de vegetação remanescente e trata-se de uma
formação de ambientes menos úmidos, em geral ocupam ambientes entre uma zona úmida
e um ambiente semiárido. Tem como característica formações arbóreas de
aproximadamente 20 metros e um atributo marcante que uma razoável perda de folhas
durante períodos de estiagem. Ligada a ela está a vegetação secundária da Floresta
Semidecidual que se caracteriza por ser a “capoeira” e se destaca por representar o maior
percentual de vegetação em ambas UGRHIs, apresentando 46,71% na UGRHI 20 e 38,26%
na UGRHI 21.

A Formação Arbórea/Arbustiva em Região de Várzea abrange áreas de planícies


aluviais presentes na época de cheia dos rios. Essa formação vegetal agrupa composição
florística diversificada, variando de espécies de porte arbóreo e arbustivas e abrange
35,38% na UGRHI 20 e 31,43% da UGRHI 21.

A Formação Savana Florestada ou cerradão é formada por com árvores de até 12


metros de altura, mais fechada e densa que a savana típica. Esta formação é encontrada
apenas na UGRHI 21 e representa 3,73% da área de vegetação remanescente.

Figura 183. Distribuição dos remanescentes de vegetação nas UGRHIs 20 e 21


Fonte: Inventário Florestal (2010)

 Remanescente de Vegetação por Sub-bacia – UGRHI 20

A sub-bacia do Alto Aguapeí se destaca com o maior índice de vegetação natural da


UGRHI, apresentando 41% de todo o remanescente florestal presenta na área,
especialmente a Vegetação Secundária Floresta Estacional Semidecidual que ocupa 48%

253
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

deste percentual. Além disso, esta sub-bacia possui a maior proporção de remanescente de
vegetação em relação a sua área total, desta forma, a vegetação remanescente ocupa 9,5%
do total da área.

A sub-bacia Baixo Aguapeí apresenta e menor porcentagem do total de


remanescente e a menor proporção em relação a sua área total, apresentando 25% e 5%,
respectivamente. No Quadro 124 é possível comparar os valores de cada tipo de
remanescente de vegetação em cada sub-bacia da UGRHI 20.

Quadro 124. Quantificação dos remanescentes de vegetação na UGRHI-20 por sub-


bacia.
Alto Aguapeí Médio Aguapeí Baixo Aguapeí Total
Tipologia de Floresta Área Área Área Área
% % % %
(Km²) (Km²) (Km²) (Km²)
Floresta Estacional Semidecidual 79,51 22,81 38,84 13,65 33,28 15,58 151,63 17,91
Formação Arbórea / Arbustiva em
100,11 28,72 108,71 38,20 90,78 42,50 299,60 35,38
Região de Várzea
Vegetação Secundária da Floresta
168,97 48,47 137,01 48,15 89,56 41,92 395,54 46,71
Estacional Semidecidual
Total 348,59 100,00 284,56 100,00 213,62 100,00 846,77 100,00
Fonte: Adaptado de Inventário Florestal (2010)

Figura 184. Distribuição dos remanescentes de vegetação por sub-bacia UGRHI 20.
Fonte: Adaptado de Inventário Florestal (2010)

 Remanescente de Vegetação por Sub-bacia – UGRHI 21

A sub-bacia do Médio Peixe se destaca com o maior índice de vegetação natural da


UGRHI, apresentando 44% de todo o remanescente florestal presenta na área,

254
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Plano de Bacia

especialmente a Vegetação Secundária Floresta Estacional Semidecidual que ocupa 37%


deste percentual.

Entretanto, a sub-bacia do Alto Peixe possui a maior proporção de remanescente de


vegetação em relação a sua área total, desta forma, a vegetação remanescente ocupa 17%
do total da área.

A sub-bacia Baixo Aguapeí apresenta a menor proporção em relação a sua área


total, apresentando apenas 4% da sua área recoberta por vegetação remanescente. No
Quadro 125 é possível comparar os valores de cada tipo de remanescente de vegetação em
cada sub-bacia da UGRHI 21.

Quadro 125. Quantificação dos remanescentes de vegetação na UGRHI-21 por sub-


bacia.
Alto Peixe Médio Peixe Baixo Peixe Total
Tipologia de Floresta Área Área Área Área
% % % %
(Km²) (Km²) (Km²) (Km²)
Floresta Estacional Semidecidual 56,93 43,51 92,11 25,74 62,86 20,37 211,90 26,58
Formação Arbórea / Arbustiva em
14,18 10,84 105,81 29,57 130,53 42,31 250,52 31,43
Região de Várzea
Savana Florestada 0,00 0,00 24,03 6,72 5,74 1,86 29,77 3,73
Vegetação Secundária da Floresta
59,74 45,66 135,85 37,97 109,40 35,46 304,99 38,26
Estacional Semidecidual
100,0
Total 130,85 100,00 357,80 100,00 308,53 100,00 797,18
0
Fonte: Adaptado de Inventário Florestal (2010)

Figura 185. Distribuição dos remanescentes de vegetação por sub-bacia UGRHI 21.
Fonte: Adaptado de Inventário Florestal (2010)

255
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Plano de Bacia

4.8.3 Áreas suscetíveis à erosão, escorregamento e/ou assoreamento

A bacia hidrográfica é uma unidade ecossistêmica e morfológica que integra os


impactos das interferências antrópicas sobre os recursos hídricos (Jenkins et al., 1994).
Constitui um sistema aberto que recebe energia e materiais solúveis. Em função das
mudanças de entrada e saída de energia, ocorrem ajustes internos nos elementos das
formas e nos processos associados.

O principal impacto dos processos do meio físico nos recursos hídricos das UGRHIs
20 e 21 está associado à dinâmica superficial (processos de erosão e assoreamento),
comprometendo-os quali-quantitativamente.

Mudanças significativas no comportamento das condições naturais de uma bacia,


causadas por processos naturais ou atividades antrópicas, podem gerar alterações, efeitos
e/ou impactos nos seus fluxos energéticos, desencadeando desequilíbrios ambientais e,
portanto, a degradação da paisagem. Dentre os processos causadores dessa degradação,
destaca-se a erosão dos solos. A erosão é um processo geológico exógeno e contínuo
responsável pela remoção e pelo transporte de partículas do solo, principalmente pela ação
da água das chuvas. É um importante agente na modelagem da paisagem terrestre e na
redistribuição de energia no interior da bacia hidrográfica; podendo ocorrer naturalmente, ou
desencadeado por fatores associados a ações das mudanças causadas pelo homem.

O reconhecimento da organização, caracterização e evolução das formas do relevo


possibilitam resgatar a manifestação dos processos erosivos através da dinâmica superficial
da paisagem e ainda expandir a tendência de incidência dos processos através de
suscetibilidades, diferenciadas em setores de relevo.

O processo de erosão, no que tange ao meio físico tem grande ligação com a
erosividade da chuva. Quanto mais intensa for a chuva, maior será a sua erodibilidade, isto
é, chuvas intensas tem grande potencial para causar erosões, principalmente em solos
desprovidos de vegetação.

O planejamento do uso e ocupação da terra deve observar a combinação entre tipo


de solo e topografia, evitando que as áreas com maior suscetibilidade à erosão sejam
ocupadas por atividades incompatíveis, desencadeando processos erosivos, como
ravinamento e voçorocas.

Em trabalho recente, realizado pelo IPT (2008) observa-se que em ambas as


UGRHIs a classe de maior representatividade é de Muito alta suscetibilidade a erosão por

256
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sulcos, ravinas e boçorocas (rochas sedimentares/básicas) representando 82,75% da área


total da UGRHI 20 e 76,66% da UGRHI 21, conforme pode ser observado na Figura 186 e o
Quadro 126apresenta as áreas encontradas para cada classe de erosão.

Figura ilustrativa

Figura 186. Mapa de suscetibilidade a erosão das UGRHIs 20 e 21.


Fonte: SMA/CPLA/IPT, 2008.

Quadro 126. Classe de suscetibilidade a erosão nas UGRHIs 20 e 21.


UGRHI 20 UGRHI 21
Suscetibilidade a erosão
Área (km²) % Área (km²) %
Muito alta suscetibilidade a erosão por sulcos,
ravinas e boçorocas (rochas 10.919,60 82,75 8.255,83 76,66
sedimentares/básicas)
Alta suscetibilidade a erosão por sulcos,
1.596,03 12,09 2.018,55 18,74
ravinas e boçorocas de grande porte.
Baixa suscetibilidade a erosão 188,89 1,43 68,54 0,64
Muito baixa suscetibilidade a erosão 491,48 3,72 426,09 3,96
Total 13.196,00 100,00 10.769,00 100,00
Fonte: SMA/CPLA/IPT, 2008.

257
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Plano de Bacia

Descrição das classes de suscetibilidade à erosão:

 A classe muito alta suscetibilidade a erosão por sulcos, ravinas e boçorocas (rochas
sedimentares/básicas) são áreas de grande fragilidade em face dos processos
erosivos lineares e ocorrem onde há o afloramento de arenitos das Formações
Bauru, Pirambóia e Botucatu, com relevo ondulado (colinas médias) à forte ondulado
(morrotes e morros) e predomínio de argissolos de textura arenosa. Os processos
erosivos afetam áreas rurais e urbanas

 A classe de Alta Suscetibilidade a Erosão nos solos Subsuperficiais (rochas


cristalinas) induzidos por movimentos de terra, passível de ocorrer nos morros e
colinas;

 As Baixas Suscetibilidades à erosão ocorrem em terrenos sustentados por rochas


cristalinas, rochas básicas (Formação Serra Geral) e rochas sedimentares finas
(Sub-Grupo Itararé e Formações Corumbataí, Irati e Tatui) com relevo ondulado a
suave ondulado e solos argilosos espessos presentes principalmente na Depressão
Periférica.

É importante salientar que essas classes de suscetibilidade à erosão indicam uma


condição potencial, determinada por alguns fatores predisponentes destes processos, como
a litologia, os tipos de solos, o relevo, a cobertura vegetal, etc. A ocorrência de erosões se
dá principalmente pelas interferências antrópicas através das diferentes formas de uso e
ocupação das terras. Desta forma, mesmo terrenos de média suscetibilidade podem
apresentar grande incidência de processos erosivos, em função da maneira como são
ocupados.

 Suscetibilidade a erosão por sub-bacia UGRHI 20

Em relação às áreas de suscetibilidade por sub-bacias, nota-se que o Médio Aguapeí


apresenta o maior percentual de área em muito alta suscetibilidade a erosão, com
praticamente toda sua área inserida nesta classe (96,34%). O Baixo Aguapeí apresenta a
menor proporção de área em classe de muito alta suscetibilidade com 58,1%.

No Quadro 127 é possível observar a quantificação das classes de suscetibilidade à


erosão para cada sub-bacia.

258
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Quadro 127. Classe de suscetibilidade a erosão por sub-bcia – UGRHI 20.


Alto Aguapeí Médio Aguapeí Baixo Aguapeí Total
Suscetibilidade a erosão Área Área Área Área
% % % %
(Km²) (Km²) (Km²) (Km²)
Muito alta suscetibilidade a
erosão por sulcos, ravinas e
3.474,71 94,42 4.828,11 96,34 2.616,78 58,10 10.919,60 82,75
boçorocas (rochas
sedimentares/básicas)
Alta suscetibilidade a erosão por
sulcos, ravinas e boçorocas de 33,54 0,91 112,67 2,25 1.449,82 32,19 1.596,03 12,09
grande porte.
Baixa suscetibilidade a erosão 0,00 0,00 0,00 0,00 188,89 4,19 188,89 1,43
Muito baixa suscetibilidade a
172,01 4,67 70,66 1,41 248,82 5,52 491,48 3,72
erosão
Total 3.680,25 100,00 5.011,44 100,00 4.504,31 100,00 13.196,00 100,00
Fonte: Adaptado de SMA/CPLA/IPT, 2008.

 Suscetibilidade a erosão por sub-bacia UGRHI 21

Na UGRHI 21 a sub-bacia Alto Peixe se destaca por possuir 100% de sua área
classificada como muito alto suscetibilidade a erosão. Entretanto, todas as sub-bacias
apresentam a maior parte de sua área classifica como tal. Evidenciando a preocupante
realidade da UGRHI. No Quadro 128 é possível observar a quantificação das classes de
suscetibilidade à erosão para cada sub-bacia.
Quadro 128. Classe de suscetibilidade a erosão por subbcia – UGRHI 21.
Alto Peixe Médio Peixe Baixo Peixe Total
Suscetibilidade a erosão UGRHI
21 Área Área Área Área
% % % %
(Km²) (Km²) (Km²) (Km²)
Muito alta suscetibilidade a erosão
por sulcos, ravinas e boçorocas 742,53 100,00 3.063,61 90,81 5.192,22 78,05 8.998,36 83,56
(rochas sedimentares/básicas)
Alta suscetibilidade a erosão por
sulcos, ravinas e boçorocas de 0,00 100,00 310,07 9,19 965,94 14,52 1.276,02 11,85
grande porte
Baixa suscetibilidade a erosão 0,00 0,00 0,00 0,00 68,54 1,03 68,54 0,64
Muito baixa suscetibilidade a erosão 0,00 0,00 0,00 0,00 426,09 6,40 426,09 3,96
Total 742,53 100,00 3.373,68 100,00 6.652,79 100,00 10.769,00 100,00
Fonte: Adaptado de SMA/CPLA/IPT, 2008

4.8.3.1 Pontos de Erosão Cadastrados


O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) realizou em 2012 um levantamento onde
foram cadastradas todas as erosões rurais e urbanas no Estado de São Paulo. A partir
deste levantamento foi possível quantificar o número de erosões em cada UGRHI e
posteriormente para os municípios.

259
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De acordo com IPT (2012) foram cadastradas na UGRHI 20 126 erosões urbanas,
sendo 87 boçorocas e 13 ravinas, e 2.573 erosões rurais, sendo 1.222 boçorocas e 1.351
ravinas.

Na UGRHI 21 foram cadastradas 151 erosões urbanas, sendo 81 boçorocas 71 e


ravinas. Além de 6.780 erosões rurais, sendo 5.323 boçorocas e 1.457 ravinas. Lembrando
que estes tipos de processos ocorrem principalmente em áreas de muito alta suscetibilidade
à erosão.
A Figura 187 apresenta os pontos de erosão registrados no trabalho realizado pelo
IPT e DAEE (2012), o mapa pode ser observado em escala adequada em anexo no
Desenho 15.1037/17, em anexo. Os locais dos pontos de erosões cadastrados, bem como o
grau de criticidade podem ser melhor analisados no “Relatório Técnico n° 131.057-205,
Cadastramento de pontos de erosão e inundação no Estado de São Paulo”, IPT e DAEE
(2012). Os Anexos 16.1037/17 e 17.1037/17 trazem a listagem compilada dos pontos de
erosão rural e erosão urbana, respectivamente, nas UGRHI 20 e 21.

Figura ilustrativa

Figura 187. Mapa de processos erosivos do Estado de São Paulo – UGRHIs 20 e 21


Fonte: DAEE/IPT (2012)

260
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 Pontos de erosão por municípios da UGRHI 20

Com o cadastro de erosões os pontos foram quantificados por municípios, como


apresenta o Quadro 129.
Quadro 129. Erosões por município da URGHI-20
Erosões Erosões Erosões Erosões
Município Total Município Total
urbanas Rurais urbanas Rurais
Adamantina 10 65 75 Luiziânia 3 30 33
Alto Alegre 0 43 43 Marília 27 268 295
Álvaro Carvalho 4 63 67 Mirandópolis 0 38 38
Araçatuba 0 21 21 Monte Castelo 1 7 8
Arco Íris 1 53 54 Nova Independência 0 13 13
Bento de Abreu 0 7 7 Nova Guataporanga 1 0 1
Bilac 0 12 12 Oriente 0 33 33
Brúna 0 15 15 Osvaldo Cruz 1 21 22
Cafelândia 0 46 46 Ouro Verde 0 7 7
Castilho 0 1 1 Pacaembu 0 31 31
Clementina 2 32 34 Panorama 1 9 10
Dracema 14 21 35 Parapuã 2 14 16
Flórida Paulista 1 67 68 Paulicéia 0 11 11
Gabriel Monteiro 2 17 19 Piacatu 1 26 27
Gália 0 35 35 Pirajuí 0 120 120
Garça 4 57 61 Pompéia 14 238 252
Getulina 3 98 101 Presidente Alves 0 41 41
Guaiçara 0 1 1 Promissão 0 64 64
Guaimbê 1 21 22 Queiroz 1 73 74
Guaraçaí 0 8 8 Quintana 4 94 98
Guarantã 0 93 93 Rinópolis 2 90 92
Guararapes 0 30 30 Rubiácea 0 38 38
Herculândia 2 68 70 Salmourão 1 19 20
Iacri 1 42 43 Santa Mercedes 0 7 7
Inúbia Paulista 0 1 1 São João do Pau D'Alho 1 2 3
Irapuru 0 47 47 Santópolis do Aguapeí 0 29 29
Júlio Mesquita 4 56 60 Tupã 5 59 64
Junqueirópolis 1 32 33 Tupi Paulista 1 22 23
Lavínia 0 13 13 Valparaíso 0 27 27
Lins 0 6 6 Vera Cruz 6 45 51
Lucélia 4 26 30 Total 126 2.573 2.699
Fonte: DAEE/IPT (2012)

A maior parte das erosões registradas na bacia é rural, entretanto o município de


Marília registrou 27 erosões urbanas, número bastante acima dos outros municípios,
caracterizando-se também como o município como maior número total de erosões, 295.

261
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 Pontos de erosão por municípios da UGRHI 21

Com o cadastro de erosões os pontos foram quantificados por municípios, como


apresenta o Quadro 130.
Quadro 130. Erosões por município da URGHI-21
Erosões Erosões Erosões Erosões
Município Total Município Total
urbanas Rurais urbanas Rurais
Adamantina 19 30 49 Martinópolis 9 416 425
Alfredo Marcondes 10 154 164 Ocauçu 0 42 42
Álvares Machado 0 104 104 Oriente 0 137 137
Alvinlândia 2 0 2 Oscar Bressane 0 322 322
Bastos 0 45 45 Osvaldo Cruz 6 45 51
Borá 0 91 91 Ouro Verde 0 21 21
Caiabu 0 314 314 Pacaembu 0 155 155
Caiuá 0 50 50 Panorama 0 10 10
Dracena 2 71 73 Parapuã 0 59 59
Echaporã 0 162 162 Piquerobi 0 133 133
Emilianópolis 0 103 103 Pompéia 5 298 303
Flora Rica 0 143 143 Pracinha 0 69 69
Flórida Paulista 0 126 126 Presidente Bernardes 0 180 180
Garça 2 235 237 Presidente Epitácio 0 9 9
Herculândia 0 49 49 Presidente Prudente 41 592 633
Iacri 0 7 7 Presidente Venceslau 0 208 208
Indiana 0 92 92 Quatá 1 207 208
Inúbia Paulista 0 25 25 Quintana 0 214 214
Irapuru 0 59 59 Rancharia 0 140 140
João Ramalho 0 32 32 Regente Feijó 0 59 59
Junqueirópolis 11 69 80 Ribeirão dos Índios 0 83 83
Lucélia 0 88 88 Sagres 0 113 113
Lupércio 0 5 5 Santo Anastácio 2 112 114
Lutécia 4 201 205 Santo Expedito 0 74 74
Mariápolis 10 195 205 Tupã 6 147 153
Marília 21 332 353 Vera Cruz 0 153 153
Total 151 6.780 6.931
Fonte: DAEE/IPT (2012)

A maior parte das erosões registradas na bacia é rural, porém Presidente Prudente
registrou 41 ocorrências de erosão urbana, além disso, o município apresenta a maior
quantidade total de erosões (urbanas e rurais), com um total de 633 pontos de erosões
registrados.

 Grau de criticidade de erosão municipal

A partir da análise da criticidade de cada erosão o IPT (2012) classificou cada


município em 4 classes de criticidade, conforme apresenta o Quadro 131 .

262
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Quadro 131. Classes de criticidade à erosão dos municípios


Classe de Criticidade
Muito Alta
Alta
Média
Baixa

Desta forma, os municípios das bacias foram classificados quanto a sua criticidade
como apresenta a Figura 188 o mapa com a divisão dos municípios classificados, assim
como nos Quadro 132 e Quadro 133.

Figura ilustrativa

Figura 188. Classes de criticidade dos municípios em relação aos registros de


erosões.
Fonte: IPT/DAEE, 2012

Quadro 132. Classes de criticidade dos municípios da UGRHI 20


Criticidade Municípios UGRHI 20
GARÇA MARÍLIA POMPÉIA
Muito Alta IRAPURU ORIENTE QUINTANA
JÚLIO MESQUITA PACAEMBU VERA CRUZ
Alta ADAMANTINA GUAIMBÊ SANTA MERCEDES

263
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Criticidade Municípios UGRHI 20


ALTO ALEGRE GUARAÇAÍ SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ
ÁLVARO DE CARVALHO GUARANTÃ TUPÃ
ANDRADINA HERCULÂNDIA TUPI PAULISTA
ARCO ÍRIS IACRI VALPARAÍSO
BILAC INÚBIA PAULISTA OSVALDO CRUZ
BRAÚNA LAVÍNIA PARAPUÃ
CAFELÂNDIA LINS PIACATU
CLEMENTINA LUCÉLIA PIRAJUÍ
FLÓRIDA PAULISTA LUIZIÂNIA PRESIDENTE ALVES
GABRIEL MONTEIRO MIRANDÓPOLIS QUEIROZ
GÁLIA MURUTINGA DO SUL RINÓPOLIS
GETULINA NOVA GUATAPORANGA SALMOURÃO
SÃO JOÃO DO PAU D'ALHO GUARARAPES NOVA INDEPENDÊNCIA
Média BENTO DE ABREU JUNQUEIRÓPOLIS OURO VERDE
DRACENA MONTE CASTELO RUBIÁCEA
ARAÇATUBA COROADOS PAULICÉIA
Baixa AVANHANDAVA GUAIÇARA PENÁPOLIS
CASTILHO PANORAMA PROMISSÃO

Quadro 133. Classes de criticidade dos municípios da UGRHI 21


Criticidade Municípios UGRHI 21
ALFREDO MARCONDES LUTÉCIA PRESIDENTE BERNARDES
ÁLVARES MACHADO MARIÁPOLIS PRESIDENTE PRUDENTE
BORÁ MARÍLIA QUINTANA
CAIABU ORIENTE REGENTE FEIJÓ
Muito Alta EMILIANÓPOLIS OSCAR BRESSANE SAGRES
FLORA RICA PACAEMBU SANTO ANASTÁCIO
GARÇA PIQUEROBI SANTO EXPEDITO
INDIANA POMPÉIA VERA CRUZ
IRAPURU PRACINHA
ADAMANTINA IACRI OSVALDO CRUZ
BASTOS INÚBIA PAULISTA PARAPUÃ
ECHAPORÃ LUCÉLIA PRESIDENTE VENCESLAU
Alta
FLÓRIDA PAULISTA LUPÉRCIO RIBEIRÃO DOS ÍNDIOS
GÁLIA MARTINÓPOLIS TUPÃ
HERCULÂNDIA OCAUÇU
CAIUÁ JUNQUEIRÓPOLIS RANCHARIA
Média DRACENA OURO VERDE
JOÃO RAMALHO QUATÁ
Baixa PANORAMA PARAGUAÇU PAULISTA PRESIDENTE EPITÁCIO

264
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 Desastres naturais

Durante os anos de 2000 a 2011 diversas ocorrências de desastres naturais foram


registradas nas UGRHIs – 20 e 21 Esses desastres estão relacionados a eventos de
escorregamentos, inundações, tempestades, raios, erosão e subsidência do solo.

Foram registrados um total de 12 acidentes na UGRHI 20 e 551 pessoas afetadas.


Na UGRHI 21 foram registrados 60 acidentes com 296 pessoas afetadas.

No Quadro 134 e Quadro 135 é possível observar esta distribuição durante os anos.
Grande parte destes desastres foi registrada durante os meses de verão (dezembro a
março), consequência da maior quantidade de precipitação neste período.

Quadro 134. Distribuição dos acidentes e consequências relacionados a desastres


naturais na UGRHI-20, no período de 2000 a 2011.
UGRH - 20 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

Total de Acidentes 0 0 0 6 1 0 1 1 0 3 0 0 12

Óbitos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pessoas Afetadas 0 0 0 0 0 0 3 47 0 501 0 0 551


Fonte: Brollo et al. 2011 e 2012, apud Tominaga et. al, 2012.

Quadro 135. Distribuição dos acidentes e consequências relacionados a desastres


naturais na UGRHI-21, no período de 2000 a 2011.
UGRH - 21 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

Total de Acidentes 0 1 0 10 3 5 5 2 4 13 12 5 60

Óbitos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

Pessoas Afetadas 0 0 0 10 0 15 14 9 5 135 102 6 296


Fonte: Brollo et al. 2011 e 2012, apud Tominaga et. al, 2012.

4.8.4 Áreas de mineração

As operações necessárias para o desenvolvimento da atividade de mineração


(instalação, funcionamento e desativação), tende a provocar alterações no meio físico, que
podem configurar impactos ambientais negativos, influenciando diretamente na qualidade e
quantidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos O Quadro 136 mostra as áreas

265
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Plano de Bacia

de mineração nas UGRHIs-20 e 21, de acordo com dados do Departamento Nacional de


Produção Mineral (DNPM).

Quadro 136. Áreas de mineração nas UGRHIs 20 e 21.


UGRHI 20 UGRHI 21
Extração Área Área
% %
(km²) (km²)
Água Mineral 3,11 0,55 3,75 1,22
Areia 117,30 20,63 106,57 34,70
Argila 222,21 39,08 68,78 22,39
Argila Refratária 1,30 0,23 1,96 0,64
Basalto 137,96 24,26 18,46 6,01
Cascalho 1,36 0,24 6,31 2,06
Não cadastrado 1,35 0,24 0,47 0,15
Diamante 0,00 0,00 2,87 0,94
Diamante industrial 0,00 0,00 0,11 0,03
Saibro 0,04 0,01 1,67 0,54
Turfa 83,97 14,77 96,21 31,32
Total 568,61 100,00 307,16 100,00
Fonte: DNPM, 2016.

Os principais minérios de extração na área da UGRHI 20 é argila, areaia e basalto,


representando juntos mais de 80% de toda a área de exploração. Enquanto que na UGRHI
21 os principais são areia, turfa e argila, que juntas representam aproximadamente 90% da
área de extração.

Dentre as principais alterações ambientais causadas pela mineração, destacam-se:


supressão de áreas de vegetação, reconfiguração de superfícies topográficas, impacto
visual, aceleração e processos erosivos, indução de escorregamentos, modificação dos
cursos d’água, aumento da turbidez e quantidade de sólidos em suspensão em corpos
d’água receptores, assoreamento de curso d’água, interceptação do lençol freático com
rebaixamento ou elevação do nível de base local, mudanças na dinâmica de movimentação
das águas subterrâneas, inundações a jusante, aumento de ruídos, aumento na emissão de
gases e partículas em suspensão no ar, lançamento de fragmentos rochosos a distancia,
entre outros.

Como consequências destas alterações, observam-se vários problemas, alguns até


com situações de risco:

 Problemas geotécnicos: erosão e assoreamento na produção de areia em morros e


morrotes, erosão na produção de areia em colinas e assoreamento e inundação na

266
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Plano de Bacia

produção de areia e argila em planícies aluvionares. Maior erodibilidade por águas


pluviais em solos de alteração de rochas cristalinas, que, quando minerados, podem
propiciar riscos de assoreamento e consequentes inundações;

 Danos às fundações de habitações, edificações industriais e comerciais diversas,


linhas de transmissão, ruas, estradas e outros usos próximos às minerações;

 Insalubridade e riscos decorrentes do lançamento de resíduos em lagos abandonados


e acidentes de quedas ou afogamento;

 Aumento da vulnerabilidade dos aquíferos subterrâneos com prejuízo à captação em


poços e cacimbas nas proximidades;

 Perda da qualidade das águas situadas à jusante e utilizadas como mananciais para
abastecimento público;

 Perda da qualidade do ar;

 Vítimas ou danos decorrentes do ultralançamento de fragmentos rochosos;

 Incômodo às pessoas e danos às habitações e outras edificações causadas pela


propagação de vibrações do solo e pela sobrepressão atmosférica.

4.8.5 Áreas suscetíveis à enchente, inundação e/ou alagamento

Enchente é uma situação natural de transbordamento de água do leito natural,


provocada pelo aumento do escoamento superficial, invadindo áreas de várzea ou do leito
do rio onde há presença humana na forma de moradias.

Inundação é o acumulo de água resultante do escoamento superficial da chuva que


não foi suficientemente absorvida pelo solo. Resulta de chuvas intensas em áreas total ou
parcialmente impermeabilizadas ou falhas na rede de drenagem urbana, causando
transbordamentos.

Nas áreas urbanas, as inundações são percebíveis com maior intensidade devido à
ocupação das várzeas dos rios, à ausência de galerias pluviais, à redução da infiltração de
água nos solos provocada pelas grandes áreas impermeabilizadas que promovem o
aumento do escoamento superficial e, consequentemente, à quantidade de água pluvial que
chega às calhas dos rios.

De acordo com a Defesa Civil, as águas acumuladas no leito das ruas e nos
perímetros urbanos, por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de
drenagem deficientes são denominadas alagamentos. Nos alagamentos, o extravasamento

267
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

das águas depende muito mais de uma drenagem deficiente, que dificulta a vazão das
águas acumuladas, do que das precipitações locais. O fenômeno relaciona- se com a
redução da infiltração natural nos solos urbanos, provocada pela compactação e
impermeabilização do solo; pavimentação de ruas e construção de calçadas, reduzindo a
superfície de infiltração; construção adensada de edificações, que contribuem para reduzir o
solo exposto e concentrar o escoamento das águas; desmatamento de encostas e
assoreamento dos rios que se desenvolvem no espaço urbano; acúmulo de detritos em
galerias pluviais, canais de drenagem e cursos d’água e insuficiência da rede de galerias
pluviais. O Quadro 137 apresenta o indicador de áreas suscetíveis a enchentes e
inundações nas UGRHIs – 20 e 21.

Quadro 137. Indicadores de áreas suscetíveis a enchente e inundações nas UGRHIs-


20 e 21.
Variável Indicador Parâmetro
E.08-A: Ocorrência de enchente ou UGRHI 20: 5/ 2015-2016
Eventos E.08 Enchentes
de inundação: nº de
Críticos e estiagem UGRHI 21: 1/ 2015-2016
ocorrências/período
Fonte: Adaptado de CRHi (2016).

Segundo CRHi (2015) foram identificados pontos propícios de alagamento em áreas


urbanas, relacionados em geral, à falta de planejamento de uso e ocupação do solo, mau
dimensionamento ou inexistência de sistemas de drenagem, e às precipitações mais
significativas.

Na UGRHI 20 os municípios mais afetados no período entre 2015 e 2016 foram


Arco-Íris, Herculândia, Pompéia, Quintana e Tupã. Na UGRH 21 apenas o município de
Marília. As Figura 189 e Figura 190 apresentam o histórico de ocorrência enchente e
inundação das UGRHIs 20 e 21, respectivamente.

A ocorrência de enchentes ou inundações resulta em perdas materiais e humanas,


interrupção de atividade econômica e social nas áreas inundadas, contaminação por
doenças de veiculação hídrica e contaminação da água.

268
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 189. Ocorrência de enchentes na UGRHI-20.


Fonte: CRHI, 2016.

Figura 190. Ocorrência de enchentes na UGRHI-21.


Fonte: CRHI, 2016.

Há baixa incidência de inundações nestas UGRHIs, devido ao fato da maioria dos


municípios serem de pequeno porte, sendo mais frequentes as ocorrências de alagamentos,
principalmente nas áreas urbanas.

Em trabalho realizado pelo IPT (2012), com um levantamento realizado em campo,


de mapeamento das áreas de risco a inundação, foram identificados pontos de ocorrência
de inundações e enchentes, sendo eles: UGRHI 20 nos municípios de Panorama, Tupã e
Getulina. Na UGRHI 21 em Garça e Bastos.

269
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A Figura 191 apresenta a espacialização dos pontos de ocorrência e as áreas de


enchente/inundação e o grau de perigo a inundação. O Desenho 18.1037/17 em anexo
apresenta o mapa com os pontos de inundação e enchente registrados, em escala
adequada.

Figura ilustrativa

Figura 191. Ocorrência de enchentes nas UGRHIs-20 e 21.


Fonte: IPTI, 2012.

A elaboração de Planos diretores de Drenagem urbana e a implementação das


ações previstas em cada Plano, implantação de novas redes de drenagem, entre outras, são
ações que evitam a ocorrência de enchentes e inundações.

4.8.6 Poluição ambiental

A poluição é definida na legislação brasileira (Lei 6.938/81, Art.3, III) como a


“...degradação da qualidade ambiental...” que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde,
segurança e o bem-estar da população, que criem condições adversas às atividades sociais
e econômicas, que afetem desfavoravelmente a biota, as condições estéticas ou sanitárias
do ambiente ou que lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
estabelecidos.

A principal consequência da incidência de ocorrências de poluição ambiental está na


contaminação do lençol freático. A grande maioria das ocorrências de contaminação

270
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

registradas nas Bacias do Aguapeí e Peixe atinge o lençol, contaminando as águas


subterrâneas, conforme dados apresentados no Quadro 138.

A água subterrânea é vulnerável a diferentes formas de contaminação química e


biológica, quer seja pelo lançamento inadequado de fertilizantes, agrotóxicos, pela
disposição inadequada de resíduos sólidos domésticos e industriais.

Tratando-se de águas subterrâneas, esse comprometimento tende a ser mais


prolongado, pois tais ambientes não contêm microorganismos aeróbios em quantidade
suficiente para promover a efetiva biodegradação dos poluentes. Também ficam reduzidos
os efeitos físicos e químicos característicos da interação do meio ambiente com o poluente
envolvido. O Quadro 138 apresenta o indicador de poluição ambiental e controle de poluição
ambiental nas UGRHIs-20 e 21.

Quadro 138. Indicadores de poluição ambiental nas UGRHIs - 20 e 21.


Variável Indicador Parâmetro UGRHI 20 UGRHI 21
2011: 14 ocorrências 2011: 23 ocorrências
P.06-A: Áreas contaminadas
2012: 14 ocorrências 2012: 27 ocorrências
em que o contaminante
2013: 14 ocorrências 2013: 27 ocorrências
atingiu o solo ou a água: nº
2014: 15 ocorrências 2014: 28 ocorrências
P.06 de áreas / ano
Poluição 2015: 15 ocorrências 2015: 28 ocorrências
Contaminação
ambiental
Ambiental P.06-B: Ocorrência de 2011: 01 ocorrência 2011: 02 ocorrências
descarga/derrame de 2012: 01 ocorrência 2012: 01 ocorrência
produtos químicos no solo ou 2013: 01 ocorrência 2013: 0 ocorrências
na água: nº de ocorrências / 2014: 03 ocorrências 2014: 01 ocorrência
ano 2015: 02 ocorrências 2015: 03 ocorrências
R.03 Controle 2011: 14 ocorrências 2011: 23 ocorrências
Controle da 2012: 14 ocorrências 2012: 27 ocorrências
da R.03-A: Áreas remediadas: nº
poluição 2013: 14 ocorrências 2013: 27 ocorrências
contaminação de áreas/ano
ambiental 2014: 15 ocorrências 2014: 28 ocorrências
ambiental
2015: 15 ocorrências 2015: 28 ocorrências
R.03-B: Atendimentos a 2011: 01 ocorrência 2011: 02 ocorrências
descarga/derrame de 2012: 01 ocorrência 2012: 01 ocorrência
produtos químicos no solo ou 2013: 01 ocorrência 2013: 00 ocorrência
na água: nº 2014: 03 ocorrências 2014: 01 ocorrência
atendimentos/ano 2015: 02 ocorrências 2015: 03 ocorrências
Fonte: Adaptado de CRHi, 2016.

 Contaminação ambiental – áreas contaminadas

Áreas contaminadas podem ser definidas como áreas ou locais onde há


comprovadamente poluição ou contaminação (CETESB). Os poluentes ou contaminantes
podem se encontrarem no solo, nas águas subterrâneas, nas águas superficiais, etc. e

271
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

podem ser transportados de um meio para outro, podendo causar efeitos negativos nos
locais próximos às áreas contaminadas.

A existência de uma área contaminada pode gerar problemas, como danos a saúde,
comprometimento da qualidade dos recursos hídricos, restrições ao uso do solo e danos ao
patrimônio publico e privado, com a desvalorização das propriedades além de danos ao
meio ambiente.

Desde 2002 a CETESB divulga uma listagem das áreas contaminadas do Estado de
São Paulo. Na relação de áreas contaminadas de 2016, a UGRHI- 20 apresenta um total de
16 ocorrências relacionadas à poluição ambiental e todas elas atingiram solo e/ou águas
superficiais/subterrâneas. Deste total de ocorrências apenas 2 receberam algum tipo de
remediação no ano de 2015, sendo o município de Dracena o que apresentou maior numero
de registros. O Quadro 139 apresenta a relação dos municípios que sofreram algum tipo de
contaminação na UGRHI-20, consta também o tipo de contaminante, o meio impactado e as
ações de remediação, quando houve.

Na UGRHI 21 foram registradas 30 ocorrências, onde todas atingiram solo/subsolo


e/ou águas superficiais/subterrâneas. Destas, apenas 1 recebeu algum tipo de remediação
no ano de 2015 e sendo o município de Marília com maior numero de registros. O Quadro
140 apresenta a relação dos municípios que sofreram algum tipo de contaminação, consta
também o tipo de contaminante, o meio impactado e as ações de remediação, quando
houve.

Quadro 139. Localização dos pontos de contaminação – 2015 da UGRHI- 20


Município Contaminantes Meio impactado Remediação
Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas
Dracena Extração multifásica
combustíveis automotivos/ TPH subterrâneas
Solventes aromáticos/
Dracena Águas subterrâneas Bombeamento e tratamento
combustíveis automotivos
Dracena Solventes aromáticos/ PAHs Águas subterrâneas Atenuação natural monitorada
Subsolo/ águas
Dracena PAHs Extração multifásica
subterrâneas
Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas Bombeamento e tratamento/
Dracena
combustíveis automotivos subterrâneas extração multifásica
Garça Solventes aromáticos Subsolo -
Lucélia Solventes aromáticos Águas subterrâneas Atenuação natural monitorada
Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas
Pacaembu Air sparging
combustíveis automotivos subterrâneas
Pacaembu PAHs Águas subterrâneas Atenuação natural monitorada
Piacatu Solventes aromáticos Águas subterrâneas Extração multifásica
Pompéia Solventes aromáticos Águas subterrâneas -
Pompéia Solventes aromáticos Águas subterrâneas -

272
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Plano de Bacia

Município Contaminantes Meio impactado Remediação


Rinópolis Solventes aromáticos Subsolo Outras
Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas Bombeamento e tratamento/ air
Salmourão
combustíveis automotivos subterrâneas sparging
Bombeamento e tratamento/
Solventes aromáticos/ PAHs /
Tupi Paulista Águas subterrâneas extração de vapores do solo
combustíveis automotivos
(SVE)
Valparaíso* Combustíveis automotivos Águas subterrâneas Bombeamento e tratamento
Fonte: CETESB, 2016.

Quadro 140. Localização dos pontos de contaminação – 2015 da UGRHI- 21


Município Contaminantes Meio impactado Remediação

Adamantina Solventes aromáticos/ PAHs Águas subterrâneas Atenuação natural monitorada

Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas


Adamantina Extração multifásica
combustíveis automotivos subterrâneas
Adamantina Solventes aromáticos/ PAHs Águas subterrâneas -
Subsolo/ águas
Adamantina Solventes aromáticos/ PAHs -
subterrâneas
Alfredo Solventes aromáticos/ PAHs/
Subsolo -
Marcondes combustíveis automotivos
Álvares Subsolo/ águas
Solventes aromáticos/ PAHs -
Machado subterrâneas
Flórida Subsolo/ águas
Solventes aromáticos/ PAHs Extração multifásica
Paulista subterrâneas
Flórida Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas
Extração multifásica
Paulista combustíveis automotivos subterrâneas
Solventes aromáticos/ PAHs/
Irapuru Águas subterrâneas Extração multifásica
combustíveis automotivos
Subsolo/ águas
Junqueirópolis Solventes aromáticos/ PAHs Extração multifásica
subterrâneas

Junqueirópolis Solventes aromáticos Subsolo Atenuação natural monitorada

Marília Solventes aromáticos Subsolo -


Extração de vapores do solo
Marília Solventes aromáticos Subsolo
(SVE)
Marília TPH/ outros Subsolo -
Solventes aromáticos/ Extração de vapores do solo
Marília Águas subterrâneas
combustíveis automotivos (SVE)
Extração de vapores do solo
Marília Solventes aromáticos/ PAHs Águas subterrâneas (SVE)/ air sparging/ extração
multifásica
Marília Solventes aromáticos Subsolo -
Marília Solventes aromáticos Subsolo -
Marília Solventes aromáticos Subsolo -
Marília Solventes aromáticos Subsolo -
Marília Solventes aromáticos Subsolo Remoção de solo/resíduo

273
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Plano de Bacia

Município Contaminantes Meio impactado Remediação


Marília Solventes aromáticos Subsolo -
Marília Solventes aromáticos Subsolo Remoção de solo/resíduo
Solo superficial/
Marília Metais subsolo/ águas Outras
subterrâneas
Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas
Osvaldo Cruz Extração multifásica
combustíveis automotivos subterrâneas
Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas
Ouro Verde -
combustíveis automotivos subterrâneas
Solo superficial/
Presidente
Metais/ PAHs subsolo/ águas -
Prudente*
subterrâneas/ ar
Regente Subsolo/ águas
Metais/ PAHs -
Feijó* subterrâneas

Sagres Solventes aromáticos Subsolo Atenuação natural monitorada

Santo Solventes aromáticos/ PAHs/ Subsolo/ águas


Extração multifásica
Expedito combustíveis automotivos subterrâneas
Fonte: CETESB, 2016.

Como é possível observar na Figura 192 as áreas contaminadas estão concentradas


principalmente nos municípios de Dracena, Pompéia e Pacaembu, na UGRHI 20 e em
Marília e Adamantina na UGRHI 21. O Desenho 19.1037/17 em anexo apresenta o mapa
em escala adequada.

274
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 192. Mapa com áreas contaminadas nas UGRHIs - 20 e 21.


Fonte: Adaptado de CRHi, 2016.

Analisando o histórico de áreas contaminadas da UGRHI-20, foi registrado um total


de 73 ocorrências, este número aparece estável entre o período de 2011 a 2015. Esta
distribuição pode ser observada no gráfico da Figura 193.

Figura 193. Número de áreas contaminadas 2011/2015 na UGRHI - 20.


Fonte: CETESB, 2016.

275
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Plano de Bacia

Na UGRHI 21 foram registradas 133 ocorrências, este número manteve-se estável


durante o período de 2011 a 2016. Esta distribuição pode ser observada no gráfico da
Figura 194.

Figura 194. Número de áreas contaminadas 2011/2015 na UGRHI-21.


Fonte: CETESB, 2016.

A contaminação das águas superficiais ou subterrâneas altera diretamente sua


qualidade, e consequentemente, compromete sua disponibilidade e impacta negativamente
o meio ambiente. A contaminação em pontos de recarga de aquíferos apresenta criticidade
ainda maior devido sua alta vulnerabilidade a contaminação.

Uma medida de redução da contaminação dos solos e águas superficiais e


subterrâneas é a remediação das áreas contaminadas. Os dados são obtidos através das
ações rotineiras de fiscalização e licenciamento da CETESB que são consolidados na Ficha
Cadastral de área contaminada e integram o Cadastro de áreas contaminadas da CETESB.

As Figura 195 e Figura 196 apresentam o número de áreas remediadas em relação


ao total de áreas contaminadas da bacia em que o contaminante atingiu o solo e/ou a água.
Na UGRHI 20 dentre as áreas contaminadas, 6 áreas foram remediadas no (2011 – 2015) e
na UGRHI 21 foram 5.

276
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Plano de Bacia

Figura 195. Número de áreas remediadas 2011-2015 na UGRHI-20


Fonte: CETESB, 2016

Figura 196. Número de áreas remediadas 2011-2015 na UGRHI-21


Fonte: CETESB, 2016

Deve-se ressaltar que as áreas contaminadas são geralmente oriundas de


técnicas/processo antigos que as empresas adotavam, mesmo que a identificação das
áreas contaminadas seja recente. O maio foco de contaminação são os postos de
combustíveis. Estes estabelecimentos utilizam de técnicas muito mais seguras atualmente,
tais como o tanque duplo e o sistema de monitoramento preventivo.

277
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Plano de Bacia

4.9 Avaliação do Plano de Bacia

O Plano de Bacias anterior das UGRHI-20 e 21 e seu respectivo Programa de


Investimento apresentado no PBH-AP em fase de atualização preveem ações para atender
as metas estipuladas para o período de curto (2008 - 2009) e médio prazo (2010 a 2015),
períodos já finalizados e com os investimentos já definidos. São estabelecidos três cenários
de investimento:

a) Cenário desejável (formulado sem restrições financeiras, contemplando todas as


ações propostas e possíveis de serem realizadas no horizonte do plano): investimento de
R$ 609.486.538,2;

b) Cenário piso (formulado a partir de uma visão mais realista, com a identificação
dentre as ações propostas no cenário desejável quais já tem verbas comprometidas ou
previstas): investimento de R$ 117.746.832,58;

c) Cenário recomendado (identificação, dentre as ações propostas no cenário


desejável, de quais devem ser incluídas com a ampliação dos recursos financeiros do
cenário piso): investimento de R$ 167.103.072,58.

Devido à dificuldade em se conectar os empreendimentos financiados com recursos


do FEHIDRO com as metas do Plano de Bacias, foi feito um agrupamento das ações e
projetos executados pelas áreas temáticas definidas no Plano de Bacias anterior, conforme
apresentado:

 Erosão, drenagem e poluição;

 Educação, comunicação, capacitação;

 Perdas e racionalização do uso;

 Saneamento;

 Recuperação;

 Bases técnicas;

 Outros.

Desta forma, comparou-se o montante investido em cada uma destas categorias com
os valores previstos no Plano anterior. Essa análise inclui as atividades no período de 2008-
2015 e é apresentada no Quadro 141.

278
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Plano de Bacia

Quadro 141 Avaliação do cumprimento das metas e ações do plano de bacia atual.
Valor investido Realização da
Categoria Valor previsto VI/VP
(curto + médio) meta (%)
Erosão, drenagem e
R$ 26.292.434,83 R$ 258.800.000,00 0,10 10,2
poluição
Educação,
comunicação, R$ 319.040,24 R$ 10.350.000,00 0,03 3,1
capacitação
Perdas e
R$ 3.276.467,03 R$ 155.634.264,88 0,02 2,1
racionalização do uso
Saneamento R$ 1.534.218,30 R$ 310.803.672,28 0,00 0,5
Recuperação R$ 1.768.348,16 R$ 42.215.000,00 0,04 4,2
Bases técnicas R$ 1.107.633,94 R$ 52.875.000,00 0,02 2,1
Outros R$ 0,00 R$ 4.750.000,00 0,00 0,0
Total R$ 34.298.142,50 R$ 830.677.937,16 0,04 4,1

Pode-se observar no Quadro 141 que as ações realizadas no período de 2008-


2015, representam apenas 4,1% do total de ações de curto e médio prazo, previstas no
plano de bacias em fase de atualização.

4.9.1 Metas do Plano de Bacias já executadas

O Anexo 20.1037/17 apresenta as ações executadas com recursos do FEHIDRO


do período de 2008 a 2015. Esta relação demonstra a capacidade do Comitê CBH-AP em
gerir os recursos disponíveis e transformá-los em investimentos que resultem na melhoria
da qualidade e da quantidade dos recursos hídricos. Todavia, a limitação de recursos
constitui o maior entrave para o cumprimento das metas estabelecidas nos planos de bacias
anteriores.

279
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Plano de Bacia

5. PROGNÓSTICO

A etapa do prognóstico fundamenta-se nos dados apresentados no diagnóstico e


corresponde à montagem do cenário tendencial das disponibilidades e demandas ao longo
do tempo.
O prognóstico traz informações sobre a evolução da situação dos recursos hídricos
da bacia, segundo um ou mais cenários e uma visão do futuro, envolvendo a
compatibilização entre disponibilidades e demandas, objetivando inventariar os planos,
projetos e empreendimentos previstos e/ou implantados na UGRHI 20/21, que apresentem
correlação com a gestão dos recursos hídricos. As UGRHIs 20 e 21 são divididas em sub-
bacias (Figura 197) sendo elas: UGRHI 20 – Baixo Aguapeí, Médio Aguapeí e Alto Aguapeí;
UGRHI 21 – Baixo Peixe, Médio Peixe e Alto Peixe.

Figura ilustrativa

Figura 197. Sub-bacias das UGRHIs 20/21.

5.1 Planos, programas, projetos e empreendimentos com incidência nas UGRHIs 20


e 21

Sobre as unidades de gerenciamento de recursos hídricos incidem planos e normas


estabelecidos em diferentes escalas: Federal, Estadual e Municipal. Este item apresenta os
instrumentos de gestão nessas três esferas institucionais na área de abrangência das
UGRHIS 20 e 21, Aguapeí Peixe, que se relacionam com disponibilidade, demanda e
qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

280
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Plano de Bacia

 Atlas Brasil de Abastecimento Urbano de Água

O Atlas é um programa nacional coordenado pela Agência Nacional de Águas


(ANA), que atua para a compilação de dados que sustentam a construção de diagnóstico e
planejamento nas áreas de recursos hídricos e saneamento, em vias de garantir a oferta de
água para o abastecimento das sedes urbanas em todo o país.

Na avaliação da situação atual dos municípios em relação ao abastecimento


público de água, são consideradas três categorias: abastecimento satisfatório, sistema
requer ampliação, sistema requer novo manancial. Para Bacia Aguapeí-Peixe, são três os
municípios que se encontram no extremo “requer novo manancial” (Garça, Marília e Osvaldo
Cruz). Na UGRHI 20, 50% dos municípios apresentaram necessidade de ampliação do
sistema de abastecimento, enquanto 42% foram considerados satisfatórios (Quadro 142).
Já a UGRHI 21 teve apenas 31% dos municípios requerendo ampliação e 65% com
sistemas de abastecimento satisfatórios (Quadro 143).

Quadro 142. Estado do sistema de abastecimento público de água – UGRHI 20


Sistema de abastecimento público
Municípios de água (2015)
UGRHI 20 Requer Requer novo
Satisfatório
ampliação manancial
Álvaro de Carvalho x
Arco-Íris x
Clementina x
Dracena x
Gabriel Monteiro x
Garça x
Getulina x
Guaimbê x
Herculândia x
Iacri x
Júlio Mesquita x
Lucélia x
Luiziânia x
Monte Castelo x
Nova Guataporanga x
Nova Independência x
Pacaembu x
Panorama x
Parapuã x
Paulicéia x

281
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Sistema de abastecimento público


Municípios de água (2015)
UGRHI 20 Requer Requer novo
Satisfatório
ampliação manancial
Piacatu x
Pompéia x
Queiroz x
Quintana x
Rinópolis x
Salmourão x
Santa Mercedes x
Santópolis do Aguapeí x
São João do Pau d'Alho x
Tupã x
Tupi Paulista x
Vera Cruz x
TOTAL 21 10 1
Fonte: ANA, 2015.

Quadro 143. Estado do sistema de abastecimento público de água – UGRHI 20


Sistema de abastecimento público
Municípios de água (2015)
UGRHI 21 Requer Requer novo
Satisfatório
ampliação manancial
Adamantina x
Alfredo Marcondes x
Álvares Machado x
Bastos x
Borá x
Caiabu x
Emilianópolis x
Flora Rica x
Flórida Paulista x
Indiana x
Inúbia Paulista x
Irapuru x
Junqueirópolis x
Lutécia x
Mariápolis x
Marília x
Martinópolis x
Oriente x
Oscar Bressane x
Osvaldo Cruz x

282
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Plano de Bacia

Sistema de abastecimento público


Municípios de água (2015)
UGRHI 21 Requer Requer novo
Satisfatório
ampliação manancial
Ouro Verde x
Piquerobi x
Pracinha x
Ribeirão dos Índios x
Sagres x
Santo Expedito x
TOTAL 11 13 2
Fonte: ANA, 2015.

 Programa Estadual de micro bacias hidrográficas do Estado de São Paulo

O Programa Estadual de Micro bacias Hidrográficas do Governo do Estado de São


Paulo, juntamente com o Banco Mundial, é executado pela Secretaria de Agricultura e
Abastecimento, por meio da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), que tem
por objetivo recuperar e preservar os recursos naturais, incluindo a conservação do solo,
plantio das matas ciliares, utilização racional da água e melhorar a qualidade de vida do
produtor rural e da sua família, promovendo o desenvolvimento rural sustentável no Estado
de São Paulo, por meio da ampliação das oportunidades de ocupação, melhoria dos níveis
de renda, maior produtividade geral das unidades de produção, redução dos custos e uma
reorientação técnico-agronômica. Assim, suas ações pautaram combater a pobreza rural e
difundir medidas e ações visando combater erosões e disseminar manejos sustentáveis dos
solos e águas, por meio da descentralização e incentivo à participação dos agentes locais,
via formação e fortalecimento das associações de produtores rurais (CLEMENTE e
HESPANHOL, 2011).

O programa visa também ao aumento do bem-estar das populações rurais, seja


pela implantação de sistemas de produção agropecuária que garantam a sustentabilidade,
como a recuperação das áreas degradadas e as áreas de preservação permanente (APP),
bem como a melhoria na qualidade e a quantidade das águas, com plena participação e
envolvimento dos beneficiários (produtores amparados pelo programa) e da sociedade.

O Plano Estadual de Micro bacia Hidrográfica I foi implantado no Estado de São


Paulo entre os anos de 2000 e 2008. Considerando os avanços obtidos na execução do
mesmo, o governo do Estado iniciou negociações com o Banco Mundial para continuidade

283
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

do programa (Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável - PEMH II no período de


2008 a 2012).

O programa de microbacias I teve como foco os pequenos proprietários rurais,


sendo a maior parte dos recursos financeiros direcionada a este grupo. Em cada microbacia,
a principal ação do programa foi a adaptação de estradas rurais, de maneira a controlar o
fluxo de água e propiciar a infiltração no solo, permitindo que ela permaneça por mais tempo
na propriedade e se infiltre no solo, abastecendo o lençol freático e evitando escoamento de
grandes quantidades de água, o que, por sua vez, provoca erosão dos solos e
assoreamento dos cursos d’ água (HESPANHOL, 2008).

O programa foi executado em parceria pela CATI e Secretaria do Meio Ambiente, e,


em sua primeira fase, tinha previsto trabalhar com 1.500 microbacias hidrográficas,
atingindo apenas 986. Na segunda fase (PEMH II) também previu trabalhar com 1.500 micro
bacias hidrográficas, atingindo mais de 108.000 famílias rurais, ampliando as ações nas
comunidades, com propostas de intervenção nas questões econômicas, sociais e
ambientais, na busca do desenvolvimento rural sustentável.

No período de 2000 a 2014, apenas os municípios de Álvaro de Carvalho, Nova


Guataporanga, Panorama, Paulicéia, Pompéia e Salmourão não foram contemplados pelo
Programa Microbacias, todos os demais municípios da UGRHI-20 estão destacados no
Quadro 144.

Quadro 144. Municípios e descrição da obra do programa microbacias – CATI na UGRHI-20.


Período 2000 - 2014
Município
Descrição Local Ano Custo
Arco-Íris Recuperados 1,39 km de estrada rural Córrego do Toledo 2016 R$ 43.000,00
Concluiu 2,13 km de adequação de
Clementina Córrego São José - R$ 103.000,00
estradas rurais micro bacias
Córr. Palmeiras e
Recuperados 4,12 km de estrada rural 2007 R$ 222.000,00
Água Sumida
Dracena
Córr. dos
Recuperados 4,45 km de estrada rural 2007 R$ 240.000,00
Marrequinhos
Gabriel Monteiro Recuperados 3,74 km de estrada rural Córrego do Saltinho 2007 R$ 186.000,00
Microbacia Água do
Adequação de 3,46 km de estrada Santo André - 2005 R$ 127.000,00
Garça estrada GAR-168
Microbacia Água da
Adequação de 4,56 km de estrada rural 2006 R$ 81.000,00
Jabuticabeira
Adequação de 2,21 km de estradas
Córrego Gavanhery 2007 R$ 196.000,00
Getulina rurais
Recuperados 5,01 km de estradas rurais Ribeirão Aliança 2006 R$ 190.000,00
Adequação de 4,59 km de estradas
Guaimbê Ribeirão Guaimbê 2007 R$ 240.000,00
rurais
Desenvolvimento Rural/Sustentabilidade
Herculândia - - R$ 10.000,00
Socioeconômica e Ambiental

284
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Período 2000 - 2014


Município
Descrição Local Ano Custo
Recuperados 2,95 km de estrada rural Córrego Jurema 2006 R$ 155.000,00
Iacri
Recuperados 3,45 km de estrada rural Córrego do Atali 2007 R$ 129.000,00
Recuperados 4,15 km de estrada rural Córrego Figueira 2007 R$ 182.000,00
Júlio Mesquita Córrego São João
Recuperados 4,20 km de estrada rural 2006 R$ 159.000,00
do Inhema
Serviços de adequação de 3,85 km de Córrego
2007 R$ 204.000,00
estradas rurais Jacutinga/Égua
Lucélia
Adequação de 1,59 km de estradas
córrego da Balsa 2006 R$ 107.000,00
rurais
Em
Luiziânia Adequação de 4,3 km de estradas rurais Ribeirão Luiziania R$ 195.000,00
andamento
Córrego do Frango –
Recuperados 4,22 km de adequação de
Monte Castelo Estrada Lurdes e 2005 R$ 191.000,00
estrada rural
Moriama
Nova Córrego Saltinho da
Adequação de 3,95km de estrada rural 2006 R$ 184.000,00
Independência Boa Vista
Recuperados 3,75 km das estradas Córrego Areia
Pacaembu 2007 R$ 139.000,00
rurais Branca
PRP-361/331/354 -
Recuperados 3 km de estrada rural Bairro 2011 R$ 236.000,00
Parapuã
Negrinha/Beluci
Recuperados 3,45 km de estrada rural Córrego Drava 2007 R$ 147.000,00
Piacatu Recuperados 4,54 km de estrada rural Córrego Bela Vista 2006 R$ 164.000,00
Córregos
Recuperados 1,46 km da estrada rural
Queiroz Mandaguaris / 2006 R$ 64.000,00
José Pereira Lima
Queixada
Quintana Adequação de 4,3 km de estradas rurais Córrego Iacri Concluído R$ 151.000,00
Adequação de 3,3 km de estradas rurais Córrego Itauna Concluído R$ 218.000,00
Rinópolis Córrego
Adequação de 4,53 km da estrada rural 2006 R$ 247.000,00
Barreirinho/Barreirão
Adequação de 4,05 km de estradas
Santa Mercedes Córrego da Marréca Concluído R$ 162.000,00
rurais
Santópolis do
Adequação de 4,34km de estrada rural Córrego do Agrião 2006 R$ 207.000,00
Aguapeí
São João do Pau
Recuperados 4,04 km de estrada rural Córrego Pau D´Alho 2006 R$ 130.000,00
d'Alho
Tupã Recuperados 4 km de estradas rurais Bairro Pitangueiras 2006 R$ 220.000,00
Bairro Sete de
Recuperados 4,46 km de estradas rurais 2006 R$ 217.000,00
Setembro
Adequação de 4,32 km de estradas Córrego do Barro
2007 R$ 198.000,00
rurais Preto
Tupi Paulista
Recuperação e adequação de 1,27 km Córrego Quinca
- R$ 145.500,00
de estradas rurais Baiano
Recuperação e adequação de 4,2 km de
Córrego do Galante - R$ 162.000,00
estradas rurais
Água Fria e
Vera Cruz Recuperados 3,42 km de estrada rural 2004 R$ 102.000,00
Escolinha
TOTAL R$ 1.543.500,00
Fonte: Relatório de obras e ações período 2000-2014.

Foi investido na UGRHI-20, no período analisado, um total de R$ 1.543.500,00 em


obras de adequações de estradas rurais pelo programa Microbacias.

285
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A UGRHI-21 também teve a maior parte dos seus municípios contemplada pelo
Programa Microbacias (Quadro 145), não participando apenas Bastos e Borá. O município
de Emilianópolis não consta no quadro, pois não foram encontradas informações.

Quadro 145. Municípios e descrição da obra do programa microbacias – CATI na UGRHI-21.


Período 2000 - 2014
Município
Descrição Local Ano Custo
Adamantina Recuperados 4,30 km de estrada rural Córrego dos Ranchos 2007 R$ 188.000,00
Alfredo Microbacia
Adequação de 3,8 km de estrada rural 2006 R$ 265.000,00
Marcondes Silveirópolis/Montalvão
Adequação de 3,23 km de estrada rural Córrego São Geraldo 2007 R$ 149.000,00
Álvares
Machado Recuperados 4,3 km de adequação da Córrego da Paca e
2006 R$ 213.000,00
estrada rural Macaco
Caiabu Adequação de 3,5 km de estradas rurais Córrego Santa Tereza Concluído R$ 108.000,00
Recuperados 4,00 km de estrada rural Córrego da Ilha 2006 R$ 196.000,00
Flora Rica FR-01 - Córrego do
Recuperados 4,07 km de estrada rural 2005 R$ 151.000,00
Alambique
Flórida Paulista Recuperados 4,40 km de estrada rural Córrego do Garbeloto 2006 R$ 137.000,00
Inúbia Paulista Recuperados 3,74 km de estradas rurais Ribeirão dos Macacos 2006 R$ 114.000,00
Irapuru Recuperados 4,00 km de estrada rural Córrego do patrimônio 2006 R$ 180.000,00
Junqueirópolis Adequação de 4,00 km da estrada rural Córrego do Ariranha 2007 R$ 156.000,00
LTC-443 - Água da
Lutécia Recuperados 2,06 km de estrada rural 2004 R$ 72.000,00
Boa Esperança
Recuperados 4,16 km de estradas rurais Córrego dos Ranchos 2007 R$ 199.000,00
Mariápolis
Recuperados 4,39 km de estradas rurais Córrego Cascadura 2005 R$ 199.000,00
Adequação de 3,69 km de estradas rurais Córrego Pádua Sales 2007 R$ 166.000,00
Marília MAR-440- Microbacia
Adequação da estrada 2005 R$ 211.000,00
Córrego da Cascata
Córr. Alegrete – Estr.
Adequação de 3,75 km da estrada rural 2005 R$ 146.000,00
Martinópolis MTO- 030 e 455
Adequação de 2,55 km da estrada rural Ribeirão Santa Tereza 2006 R$ 150.000,00
Oriente Recuperados 4,53 km de estradas rurais Córrego Jatobá - R$ 192.000,00
Oscar Recuperados 4,31 km de adequação de Microbacia Água da
2006 R$ 161.000,00
Bressane estradas rurais Panela
Osvaldo Cruz Recuperados 4,33 km de estrada rural Córrego da negrinha 2006 R$ 286.000,00
Adequação de 3,54 km de estrada rural Córrego Água Branca 2007 R$ 149.000,00
Ouro Verde
Adequação de 4,15 km de estrada rural Cór. Alta Vista Alegre 2007 R$ 190.000,00
Recuperados 3,99 km de estradas rurais Córrego da Represa 2007 R$ 180.000,00
Piquerobi
Recuperados 3,14 km de estradas rurais Cór. São Bartolomeu 2006 R$ 103.000,00
Ribeirão dos Macacos
Pracinha Adequação de 3,34 km de estradas rurais na estrada José Concluído R$ 123.000,00
Manoel Parra
Ribeirão dos Córrego Ribeirão dos
Recuperados 3,95 km de estradas rurais 2006 R$ 278.000,00
Índios Índios
Estr. José Pereira
Sagres Recuperados 1,17 km da estrada rural Lima – Microbacia Cór 2004 R$ 55.000,00
Lambari / Paineirinha
Santo Expedito Adequação de 3,52 km de estradas rurais Córrego Jacutinga Concluído R$ 158.000,00
Total R$ 4.875.000,00
Fonte: Relatório de obras e ações período 2000-2014.

286
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Nesse período, foi investido na UGRHI-21 um total de R$ 4.875.000,00 em obras


de adequações de estradas rurais pelo programa Microbacias.

 Programa Estadual Água Limpa

O Programa Água Limpa é uma ação conjunta entre a Secretaria Estadual de


Saneamento e Recursos Hídricos, por intermédio do DAEE, e a Secretaria Estadual da
Saúde para ser implantado em parceria com as prefeituras envolvidas. O Governo do
Estado disponibiliza os recursos financeiros para a construção das estações de tratamento
de esgotos e a implantação de emissários e estações elevatórias, contrata a execução das
obras ou presta, através das várias unidades do DAEE, a orientação e o acompanhamento
técnico necessário.

O município entra com o projeto, a licença ambiental já concedida pela CETESB


(Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e a área onde as obras serão
executadas e o Governo do Estado, com recursos financeiros para as obras. São
beneficiados pelo Projeto, municípios com até 50.000 habitantes que lançam seus efluentes
nos corpos d’água sem realizar nenhum tipo de tratamento ou que tratam parcialmente seus
esgotos e que não são atendidos pela SABESP.

Na UGRHI 20 – Aguapeí, 15 (quinze) municípios possuem concessão do serviço de


esgoto da SABESP, portanto, estes não são contemplados pelo programa. Os municípios
que foram atendidos pelo Programa Água Limpa na UGRHI-20 são relacionados abaixo.

Clementina Nova Independência Rinópolis


Guaimbê Pacaembu São João do Pau D’alho
Herculândia Panorama Tupi Paulista
Júlio Mesquita Paulicéia Vera Cruz
Monte Castelo Pompéia
Fonte: Questionários municípios, 2016.

Na UGRHI 21 – Peixe, 20 (vinte) municípios possuem concessão do serviço de


esgoto da SABESP, portanto, estes não são contemplados pelo programa. Os municípios
que foram atendidos pelo Programa Água Limpa na UGRHI-21 são relacionados abaixo.

Irapuru Martinópolis Ouro Verde


Junqueirópolis
Fonte: Questionários municípios, 2016.

287
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Projetos e atividades de Educação Ambiental

Para que os princípios da política hídrica sejam atingidos e implementados, é


fundamental o desenvolvimento de amplo, contínuo, permanente e vigoroso processo
educativo voltado à formação de agentes ambientais e de gestores de recursos hídricos com
nova cultura hídrico-ambiental. Nesta perspectiva, a Educação Ambiental assume o papel
de importante e eficiente instrumento de gestão, uma vez que possui interfaces evidentes
com a política hídrica, estando diretamente voltada ao desenvolvimento da cidadania e de
novas relações sociedade-natureza.

O CBH-AP realiza suas ações de Educação Ambiental por meio da Câmara


Técnica de Educação Ambiental, Capacitação, Mobilização Social e Informações em
Recursos Hídricos - CTEM, cujas atribuições são instituídas pela Deliberação CBH-
AP072/2004. A essa Câmara compete, dentre outras coisas:

I – propor diretrizes, planos e programas de educação ambiental e capacitação em recursos hídricos;

II – propor e analisar mecanismos de articulação e cooperação entre o poder público, os setores


usuários e a sociedade civil quanto à educação e capacitação em recursos hídricos;

III – propor e analisar mecanismos de mobilização social para fortalecimento do Sistema Integrado de
Gerenciamento de Recursos Hídricos – SIGRH;

IV – propor e analisar diretrizes de disseminação da informação sobre os recursos hídricos voltadas


para a sociedade e auxiliar na divulgação das ações do Comitê e entidades ou órgãos parceiros,
utilizando-se de comunicação acessível a todos;

V – propor minutas de anteprojetos de Lei e outros arcabouços legais;

VI – propor critérios e normatizações, dentre estes, propor critérios de pontuação para a


hierarquização de Projetos de Educação Ambiental na área de atuação do CBH-AP que visem à
tomada de Recursos do FEHIDRO;

VII – acompanhar as ações de Educação Ambiental vinculadas a projetos financiados pelo FEHIDRO
na área de atuação do CBH-AP;

VIII – subsidiar as discussões do CBH-AP, manifestando-se quando consultado, nas matérias de sua
competência;

IX – subsidiar com pareceres, dados ou atividades, no que couber, os trabalhos da Secretaria


Executiva na elaboração, avaliação e acompanhamento dos trabalhos pertinentes ao Plano das
Bacias Hidrográficas e ao Relatório de Situação dos Recursos Hídricos;

288
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

X – informar-se sobre as Deliberações do Comitê, dos Conselhos Nacional (CNRH) e Estadual de


Recursos Hídricos (CRH), do Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CORHI),
do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA), e de órgãos e instituições afins que possam
subsidiar os trabalhos da Câmara Técnica;

XI – criar Grupos de Trabalho, no âmbito de suas atribuições específicas, conforme a natureza e


necessidade dos assuntos em discussão;

XII – apresentar relatórios, pareceres e propostas decorrentes dos trabalhos para apreciação e
decisão do CBH-AP;

XIII – organizar e coordenar anualmente a realização da Semana da Água;

XIV – exercer competências que lhe forem especialmente delegadas pela Assembléia do Comitê das
Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe.

Os programas de educação ambiental desenvolvidos nas UGRHI-20 e 21, que


constam nos investimentos realizados pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos
(FEHIDRO), são apenas dois: 1 - Projeto de Educação Ambiental Natureza Viva Fase VI
(Marília – SP) e 2 - Projeto de Desenvolvimento Educativo e Integração dos Comitês de
Bacias - VI Diálogo Interbacias de Educação Ambiental em Recursos Hídricos.

O Diálogo Interbacias de Educação Ambiental em Recursos Hídricos envolve todos


os Comitês de Bacias do Estado de São Paulo. O evento tem como principais objetivos
discutir e avaliar os avanços da educação ambiental e a gestão dos recursos hídricos no
Estado de São Paulo, promover a integração entre os diversos agentes ambientais que
atuam em diferentes bacias hidrográficas, incentivar programas voltados à educação
ambiental, identificar e premiar as melhores práticas ambientais e gerenciamento de
recursos hídricos, articular a integração de ações educativas dos Comitês de Bacias
Hidrográficas e disponibilizar informações sobre as unidades de gerenciamento de recursos
hídricos. Assim, o CBH-AP aprova o repasse de verba proveniente dos Recursos
Financeiros do FEHIDRO para a realização do Diálogo Interbacias de Educação Ambiental e
Recursos Hídricos.

Nas UGRHIs 20 e 21 – Aguapeí e Peixe, no período de 2008 – 2015, foi aplicado


no tema Educação Ambiental pelo financiamento FEHIDRO, um total de R$ 612.091,64
(seiscentos e doze mil e noventa e um reais e sessenta e quatro centavos). O Quadro 146
apresenta a relação dos projetos de Educação Ambiental das UGRHI-20 e 21.

289
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 146. Projetos de Educação Ambiental financiados pelo FEHIDRO nas UGRHIs-20/21
(Período 2008 – 2015).
Abrangência Projeto Tomador Ano Valor
Comando de Policiamento
Projeto de Educação Ambiental Natureza Viva
Marília Ambiental - 2º Batalhão 4ª 2008 R$ 73.091,64
Fase VI
Cia - Marília
Projeto de Desenvolvimento Educativo e
Consórcio Intermunicipal
Integração dos Comitês de Bacias - VI Diálogo
Regional do Vale do 2008 R$ 134.000,00
Interbacias de Educação Ambiental em
Paranapanema - CIVAP
Recursos Hídricos
Desenvolvimento educativo e integração dos
Transferência para o
Regional Comitês de Bacias - VII Diálogo Interbacias de 2009 R$ 30.000,00
CBH- MP
Educação Ambiental em Recursos Hídricos

Desenvolvimento educativo e integração dos


Transferência para o
Regional Comitês de Bacias - VIII Diálogo Interbacias de 2010 R$ 30.000,00
CBH- MP
Educação Ambiental em Recursos Hídricos
Pós-graduação Lato Sensu - Modalidade
Especialização, Educação à Distância: Saúde Transferência para o
Regional 2011 R$ 105.000,00
Ambiental e Gerenciamento de Recursos CBH- PP
Hídricos
Desenvolvimento educativo e integração dos
Transferência para o
Regional Comitês de Bacias - IX Diálogo Interbacias de 2011 R$ 30.000,00
CBH- MP
Educação Ambiental em Recursos Hídricos
Transferência para o
Regional Mestrado Profissional em Geografia (Turma 2) 2012 R$ 50.000,00
CBH- PP
Desenvolvimento educativo e integração dos
Transferência para o
Regional Comitês de Bacias - X Diálogo Interbacias de 2012 R$ 30.000,00
CBH- MP
Educação Ambiental em Recursos Hídricos

Desenvolvimento educativo e integração dos


Transferência para o
Regional Comitês de Bacias - XI Diálogo Interbacias de 2013 R$ 30.000,00
CBH- MP
Educação Ambiental em Recursos Hídricos
Mestrado Profissional em Geografia aplicado à Transferência para o
Regional 2014 R$ 50.000,00
gestão de recursos hídricos (Turmas 2, 3 e 4)” CBH- PP
Desenvolvimento educativo e integração dos
Transferência para o
Regional Comitês de Bacias - XII Diálogo Interbacias de 2014 R$ 30.000,00
CBH- MP
Educação Ambiental em Recursos Hídricos
Desenvolvimento educativo e integração dos
Transferência para o
Regional Comitês de Bacias - XIII Diálogo Interbacias de 2015 R$ 20.000,00
CBH- MP
Educação Ambiental em Recursos Hídricos
Fonte: CBH, 2016 / FEHIDRO, 2016.

 Programa município Verde Azul

O Programa Município Verde-Azul tem como principal objetivo estimular os


municípios a participarem da política ambiental, com adesão ao Protocolo Verde de Gestão
Ambiental Compartilhada, certificando os municípios ambientalmente corretos, que passam
a ter prioridade no acesso aos recursos públicos.

As 10 diretivas, nas quais os municípios concentram seus esforços para


desenvolvimento da agenda ambiental são: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos,

290
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Biodiversidade, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Cidade Sustentável, Gestão das


Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho Ambiental (SMA, 2014).

Dentre os municípios que aderiram ao programa, está um total de 598. Em


novembro de 2008, o primeiro ranking foi divulgado e somente 44 municipalidades foram
certificadas. Em 2014, este número alcançou 130 municípios, demonstrando que o Estado
está cada vez mais “Verde Azul” (SMA, 2014). O Quadro 147 apresenta a evolução dos
municípios das UGRHI-20 e 21 que obtiveram certificação do Programa Verde Azul.
Quadro 147. Pontuação dos municípios das UGRHI-20 e 21 no Programa Verde Azul.
Evolução 2013 - 2016 (UGRHI 20)
Município 2013 2014 2015 2016
Clas. Nota Clas. Nota Clas. Nota Clas. Nota
Álvaro de Carvalho 117 80,14
Clementina 36 90,32 80 82,41 13 92,8
Dracena 43 84 65 86,53 17 90,92 48 84,77
Gabriel Monteiro 14 90 40 89,99 12 92,78 11 93,11
Monte Castelo 72 80,44
Nova Guataporanga 66 81 68 86,18 82 82,19 57 82,03
Piacatu 12 91 43 89,71 30 89,25
Rinópolis 100 82,68 64 81,44
São João do Pau d'Alho 50 83,3 33 90,52 59 85,72 63 81,59
Tupi Paulista 104 82,09 85 82,05
Evolução 2013 - 2016 (UGRHI 21)
Adamantina 49 83,3 20 92,26 35 88,67
Bastos 53 83
Flórida Paulista 27 91,32 36 88,48
Irapuru 83 82,16
Oscar Bressane 106 80,53
Osvaldo Cruz 92 81,2 36 87,47
Ouro Verde 61 87,35
Pracinha 71 83,67
Municípios sem valores, não foram certificados, pois receberam nota inferior ao necessário em um dos quesitos.

A UGRHI-20 teve todos seus 32 municípios aderentes ao PMVA. No entanto, desses


municípios, apenas 10 receberam certificação entre os anos de 2013 e 2016. No ano de
2016, os municípios que tiveram as piores colocações foram Parapuã (590º lugar e 0,73
ponto), Queiroz (544º lugar e 7,29 pontos) e Guaimbê (525º lugar e 8,16 pontos).

Para a UGRHI-21, a adesão foi quase completa: apenas o município de Indiana não
faz parte do Programa Município Verde Azul. Apesar da adesão também ter sido alta,
apenas 8 foram capazes de atingir pontuação suficiente para receber a certificação, o que
representa 30% da UGRHI em questão. Neste ano, os piores resultados foram obtidos pelos

291
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

municípios de Inúbia Paulista (565º lugar e 5,58 pontos), Pracinha (533º lugar e 7,6 pontos)
e Sagres (474º lugar e 9,39 pontos).

Ações Propostas para o município de acordo com o Programa Município Verde Azul:

1. Estabelecimento do Protocolo Verde, de boas práticas ambientais, com 10 diretivas


básicas nas quais os municípios se comprometem em executar, numa gestão compartilhada
com o estado:

a.1 Esgoto tratado - Ampliar os índices de coleta, transporte, tratamento e disposição,


de forma adequada dos esgotos urbanos;

b.1 Resíduos Sólidos - Fortalecer a gestão dos resíduos sólidos domiciliares e da


construção civil, de programas ou ações de coleta seletiva e da responsabilidade pós
consumo;

c.1 Biodiversidade - Proteger e/ou recuperar áreas estratégicas para a manutenção da


biota;

d.1 Arborização urbana - Incrementar a gestão do meio ambiente urbano por meio do
planejamento e definição de prioridades para a arborização urbana;

e.1 Educação ambiental - Implementar a Educação Ambiental no âmbito formal e


informal em três eixos: formação, capacitação e mobilização da comunidade;

f.1 Cidade sustentável - Estimular o uso racional dos recursos naturais;

g.1 Gestão das águas – Fortalecer a gestão municipal sobre a qualidade da água para
abastecimento público;

h.1 Qualidade do ar - Implementar atividades e participar de iniciativas que contribuam


para a manutenção ou melhoria da qualidade do ar e do controle da emissão excedente
de gases de efeito estufa;

i.1 Estrutura ambiental - Estimular o fortalecimento das Secretarias / Departamentos /


Diretorias de Meio Ambiente;

j.1 Conselho de Meio Ambiente - Estimular o funcionamento regular dos Conselhos


Municipais de Meio Ambiente.

2. Instituição do Índice de Avaliação Ambiental (IAA) para avaliar a participação dos


municípios na política ambiental. O IAA é representado pela soma dos valores obtidos com
a aplicação do Indicador de Atendimento às Diretivas Ambientais e do Indicador de Pró-

292
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

atividade dos Municípios frente às Diretivas Ambientais. Ao resultado obtido é subtraído o


indicador de Passivos e Pendências Ambientais.

3. Realização de cursos de capacitação dos interlocutores. Sendo uma das principais


figuras do Projeto Município Verde Azul, o interlocutor, indicado pelo Prefeito, é o
representante da administração ambiental, signatária do Protocolo Verde, que promove o
contato da Secretaria de Meio Ambiente com a Prefeitura e o fornecimento das informações.
Foram realizados 15 cursos de capacitação, envolvendo 3.135 participantes, cabendo
destacar 609 interlocutores, 398 prefeitos, 116 vice-prefeitos e 435 vereadores.

4. Adesão dos 645 municípios do Estado de São Paulo.

5. Realização de parceria com os vereadores municipais.

6. Análise dos planos de ação.

 Programa Melhor Caminho

O Programa Melhor Caminho foi instituído pelo Decreto nº. 41.721 de 17 de abril de
1997, destinado à elaboração de convênios entre a Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo e prefeituras municipais para a execução de obras
de recuperação de estradas rurais de terra. Tem como objetivos a readequação das
estradas rurais de terra, dotar de estruturas que favoreçam a infiltração de aguas pluviais e
recarga de lençol freático para evitar ocorrência de processos erosivos e melhorar as
condições de suporte e rolamento das estradas rurais.

O programa Melhor Caminho engloba um conjunto de técnicas de mecanização


agrícola, com o objetivo de impedir que as estradas favoreçam a formação das enxurradas.
Começa por arrebentar os barrancos laterais, abrindo as portas para a saída da água de
chuva. Canaletas se implantam para facilitar o escoamento. E na saída desses “bigodes”, da
estrada como os apelidam o agricultor, constroem-se, afundados no terreno, grandes
buracos (bacias de contenção) que funcionam como caixas d’água, capazes de reter a
enxurrada.

A partir de todas essas técnicas, os benefícios são: estradas rurais com boas
condições operacionais, segurança e trafegabilidade aos usuários, preservação dos
recursos naturais (água e solo), reduzindo os processos erosivos e assoreamentos de
corpos d’água, redução de custos dos transportes dos insumos e produção agrícola,
redução do custo de conservação e prolongamento da vida útil da estrada; promoção da

293
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

melhoria da qualidade de vida da população da região, treinamentos de tecnologias de


conservação de estradas rurais às administrações municipais.

O Programa Melhor Caminho, administrado pela Secretaria Estadual da Agricultura,


já consertou 10.000 quilômetros de vias secundárias em quase todos os municípios
paulistas. Na UGRHI 20, os municípios que participaram do programa Melhor Caminho são
apresentados no

Quadro 148, sendo o total investido no período analisado de R$ 9.597.000,00. A


UGRHI-21 teve participação dos municípios conforme apresentado no Quadro 149,
totalizando um investimento de R$ 8.724.000,00.

Quadro 148. Municípios da UGRHI-20 contemplados com o Programa Melhor Caminho.


Período 2008 - 2014
Município Ano
Descrição Custo
conclusão
Recuperados 7 km da Estrada Rural do 4ª fase
Álvaro de Carvalho 2009 R$ 631.000,00
(AVC-010, AVC-164, AVC-158, Centro)
Recuperados 5,00 km da estrada CLM-376 (Bairro
Clementina 2008 R$ 330.000,00
Córrego C. Lontra (5ª Fase))
Dracena Recuperados 4,90 km das estradas rurais (7ª Fase) 2010 R$ 363.000,00
Recuperados 4,00 km da estrada GBM-155 (Bairro Água
2011 R$ 280.000,00
Boa (3ª Fase))
Gabriel Monteiro
Recuperados 5,00 km da estrada GBM-155 (Bairro
2008 R$ 355.000,00
Vacari (2ª Fase))
Recuperados 6,15 km de estrada rural, 3ª fase (Estrada
Garça - R$ 429.000,00
GAR-471 e Estrada GAR-419)
Recuperados 4,95 km da estrada municipal GMB-485 (2ª
Guaimbê 2008 R$ 387.000,00
Fase)
Recuperados 5 km de Estrada rural (Estrada JLM-030 e
- R$ 344.000,00
Estrada JLM- 343, Bairro Ilha)
Júlio Mesquita
Recuperados 4,71 km de Estrada rural (Estrada JLM-
- R$ 346.000,00
430)
Recuperados 5 km de estrada rural (LCL-020 - Bairro Mil
Lucélia - R$ 342.000,00
Alqueires)
Recuperados 5,50 km das estradas (LZN-135, LZN-238
Luiziânia 2008 R$ 352.000,00
no Bairro Volta Grande)
Recuperados 5,60 km das estradas (NGT-447 no Bairro
Nova Guataporanga Emílio Augusto, NGT-443 no Bairro Caeté e NGT-463 (5ª 2008 R$ 364.000,00
Fase))
Recuperados 5,30 km das estradas (NIN-278 no Bairro
XV de Novembro, NIN-310 no Bairro Primavera e NIN- 2008 R$ 341.000,00
Nova Independência 255 no Bairro União)
Recuperados 4,23 km da estrada (NIN-263 no Bairro
2010 R$ 321.000,00
Pousada Alegre)
Recuperados 4,80 km das estradas (PNR-260, PNR-124
Panorama 2008 R$ 312.000,00
e PNR-30/ Bairro Boiadeira e Itambi)
Recuperados 6,30 km da estrada (PLC-117/418 – Bairro
- R$ 525.000,00
Paulicéia Fazenda Buriti)
Recuperados 5,10 km da estrada (PLC-020 – Bairro Itaí) 2008 R$ 326.000,00
Recuperados 3,90 km das estradas (PCT-161/223/050
Piacatu 2011 R$ 294.000,00
Bairro Bela Vista/ Estivanelli)

294
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Período 2008 - 2014


Município Ano
Descrição Custo
conclusão
Recuperados 5,30 km das estradas (PCT-118, no Bairro
2010 R$ 348.000,00
Cassimiro e PCT-464, no Bairro Estivanelli)
Recuperação de 4,5 km da 3ª fase da Estrada Municipal
2008 R$ 319.000,00
MPM-040 (Bairro Vila Audênia)
Pompéia
Recuperação de 4,22 km da 4ª fase da Estrada
2010 R$ 350.000,00
Municipal PMP-426 (Bairro Novo Cravinhos)
Queiroz Recuperados 5 km da estrada (QRQ-010) 2008 R$ 342.000,00
Recuperados 6,00 km da estrada rural (RNP-
340/358/050/262 - Bairros Panela, Coqueiro e - R$ 576.000,00
Rinópolis Andorinha)
Recuperados 1,5 km da estrada rural(RNP-060/124
2010 R$ 147.000,00
Bairro Bom Censo/Jureminha)
Recuperados 4,00 km de estrada rural (SLM-348/270 -
2011 R$ 324.000,00
Bairro Cupri)
Salmourão
Recuperados 4,59 km de estrada rural (SLM-349 - Bairro
2008 R$ 294.000,00
Cupri)
Recuperados 5,70 km da estrada (SMD - 336, no Bairro
Santa Mercedes 2008 R$ 387.000,00
Terra Nova)
Recuperados 5,35 km das estradas (SAT-386, no Bairro
Santópolis do Aguapeí
Cateto e SAT-355, no Bairro Limão)
2008 R$ 344.000,00
Recuperados 5,70 km das estradas (SJA-436/446/325 -
São João do Pau d'Alho 2008 R$ 368.000,00
Bairro Taquara Branca)
Recuperados de 4,5 km de estrada rural (VCR175,
- R$ 393.000,00
Vera Cruz Bairro 3 Unidos, VCR300, Bairro Araguá)
Recuperados 3,30 km de estrada rural 2012 R$ 74.000,00
TOTAL R$ 9.597.000,00
Fonte: Relatório de obras e ações dos municípios - período 2008-2014.

Quadro 149. Municípios UGRHI-21 contemplados com o Programa Melhor Caminho.


Período 2008 - 2014
Município Ano
Descrição Custo
conclusão
Recuperados 5,05 km de estrada rural (ADM-337 –
2010 R$ 385.000,00
Bairro Aidelândia – 5ª Fase)
Adamantina
Recuperados 7,50 km de Estrada Rural (ADM -267 -
2008 R$ 585.000,00
Bairro Boa Vista – 4ª Fase)
Recuperados 7,35 km de estrada vicinal (AVM - 385 (8ª
2008 R$ 549.000,00
fase))
Recuperados 1,40 km de estrada vicinal (AVM-482 –
Álvares Machado 2010 R$ 124.000,00
Bairro Nossa Senhora da Vitória)
Recuperados 3,90 km de estrada vicinal (AVM-492/380
2010 R$ 301.000,00
Bairro Nossa Senhora da Vitória – (10ª fase))
Recuperados 5 km de Estradas Rurais (Bairro Saúde -
Bastos 2008 R$ 321.000,00
BAS-168/030)
Recuperados 5,50 km da Estrada Rural (Estrada
Borá Municipal BOR 020 e 342, Bairro Córrego Borá e 2008 R$ 353.000,00
Barreiro)
Recuperados 4,90 km da Estrada Rural (Bairro
Caiabu 2008 R$ 345.000,00
Mandaguari – Mandaguari)
Recuperados 5,00 km de estrada rural (FR - 08 e 05
Flora Rica 2008 R$ 324.000,00
Bairro Santa Maria)
Recuperados 4,50 km de estrada rural (FLP – 321 -
Flórida Paulista 2011 R$ 324.000,00
Bairro Indaiá do Aguapei)

295
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Período 2008 - 2014


Município Ano
Descrição Custo
conclusão
Recuperados 4 km de estrada (IBP-050/010 – Bairro
2010 R$ 305.000,00
Jardim Novo/Canguçu)
Inúbia Paulista
Recuperados 5 km de estrada (IBP-440, IBP-251 e IBP-
2008 R$ 324.000,00
040)
Recuperados 4,10 km de estrada rural (IRU-040 – Bairro
2010 R$ 323.000,00
Novo Paturi)
Irapuru
Recuperados 5,00 km de estrada rural (IRU-040 - Bairro
2008 R$ 300.000,00
Pastinho)
Recuperados 5 km da estrada (JQL-114 - Bairro
Junqueirópolis 2008 R$ 305.000,00
Junqueirópolis)
Recuperados 5,80 km de estrada Municipal do Buncka
Lutécia 2008 R$ 374.000,00
(Bairro Buncka – 2ª Fase)
Recuperados 5,80 km das estradas (MRP-358 e MRP-
Mariápolis 2008 R$ 374.000,00
327 (4ª fase))
Recuperados 5,3 km de estrada rural (MAR-010 (4ª
2008 R$ 372.000,00
fase))
Marília
Recuperados 5 km de estrada rural (MAR-304 e MAR-
2010 R$ 437.000,00
010 (5ª fase))
Recuperados 5,10 km da Estrada Rural (Estrada
Oriente - R$ 369.000,00
Municipal ORI-248, no Bairro Santa Mariana)
Recuperados 4,5 km de estradas rurais (Estrada
Oscar Bressane - R$ 308.000,00
Municipal OCB 328 e 430, Bairro Graminha)
Recuperados 5,50 km de estrada rural (OVC-449/444 –
Osvaldo Cruz 2010 R$ 425.000,00
6ª Fase)
Recuperados 4,80 km de Estrada Municipal (Bairro
2010 R$ 367.000,00
Monte Cristo/Macacos)
Pracinha
Recuperados 4,41 km da Estrada Rural da 2ª Fase
2008 R$ 284.000,00
(Bairro Balisa, Macaco e Buteco)
Sagres Recuperados 3,76 km de estradas (Bairro 3 Placas) 2008 R$ 246.000,00
TOTAL R$ 8.724.000,00
Fonte: Relatório de obras e ações dos municípios - período 2008-2014.

 Projeto Ambiental Estratégico Aquíferos

O programa Aquífero do Estado de São Paulo coordenado pela Secretaria do Meio


Ambiente tem como principal objetivo promover a proteção dos aquíferos do Estado de São
Paulo, identificando as áreas críticas e sensíveis em termos de qualidade e quantidade. As
metas a serem cumpridas pelo programa são: elaborar e implementar instrumentos e
procedimentos para gestão, utilização e proteção das águas subterrâneas; criar
procedimentos e normas para cadastro de empresas de perfuração de poços; integrar a
rede de monitoramento da qualidade e quantidade das águas subterrâneas; executar ações
de educação ambiental. A Figura 198 apresenta a síntese do Projeto Aquífero.

296
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 198. Síntese das atividades do Projeto Aquíferos.


Fonte: IG, 2011.

Já foram realizadas algumas ações para cumprimento das metas propostas:


diagnóstico ambiental para subsídio ao Plano de Desenvolvimento e Proteção ambiental da
área de afloramento do Aquífero Guarani no Estado de São Paulo (o aquífero guarani não
abrange as áreas das UGRHIs-20 e 21); regionalização de diretrizes de utilização e
proteção das águas subterrâneas – fase 1 – bacias do Oeste (onde está localizado a bacis
dos rios Aguapeí e Peixe) foi iniciado em 2010; roteiro orientativo para delimitação de área
de proteção de poço; plano de ação – enfrentamento da contaminação por nitrato nas águas
subterrâneas do sistema Aquífero Bauru; proposta de implantação do cadastro estadual das
empresas de perfuração de poços no Estado de São Paulo; publicação de revistas e
cadernos sobre águas subterrâneas do Estado de São Paulo; implementação da rede de
monitoramento integrada de qualidade e quantidade das águas subterrâneas (CETESB e
DAEE); proposição de normas para áreas de alta vulnerabilidade de aquíferos à poluição e
proposição de diretrizes para o licenciamento de empreendimentos nas áreas críticas pela
Resolução SMA 14/2010; proposição do anteprojeto de lei específica da área de proteção e
recuperação de mananciais – APRM do Aquífero Guarani, uma vez que a área de
afloramento deste aquífero se caracteriza como manancial de interesse regional; realização
de cursos para capacitação de agentes técnicos envolvidos na gestão de recursos hídricos
subterrâneos.

297
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 199. Localização das UGRHIs no Estado de São Paulo e fase do Projeto Ambiental
Estratégico Aquíferos.
Fonte: Instituto Geológico, 2016.

Ações futuras nas UGRHI-20 e 21: (i) internalizar o sistema de regionalização de


diretrizes de utilização e proteção das águas subterrâneas nos procedimentos de gestão dos
recursos hídricos no CBH e instalar uma rotina de alimentação e atualização de dados
compatível com o GISAT, que é um sistema integrado de outorga, utilizado pelo DAEE; (ii)
ampliar a rede de monitoramento de qualidade de águas subterrâneas.

 Programa Nascentes

Instituído em 5 de junho de 2014, pelo Decreto nº 60.521, o programa tem o


objetivo básico de ampliar a proteção e conservação dos recursos hídricos e da
biodiversidade, por meio da otimização e direcionamento de investimentos públicos e
privados para proteção e recuperação de matas ciliares, nascentes e olhos-d’água; para
proteção de áreas de recarga de aquífero; para ampliação da cobertura de vegetação nativa
em mananciais, especialmente a montante de pontos de captação para abastecimento
público; para plantios de árvores nativas e melhoria do manejo de sistemas produtivos em
bacias formadoras de mananciais de água.

O programa nascentes alia a conservação de recursos hídricos à proteção da


biodiversidade por meio de uma estrutura institucional inovadora. O programa de governo,
que envolve 12 secretarias do estado, otimiza e direciona investimentos públicos e privados
para cumprimento de obrigações legais, para compensação de emissões de carbono ou

298
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

redução da pegada hídrica ou ainda para implantação de projetos de restauração


voluntários (SMA, 2016).

O programa une especialistas em restauração, empreendedores com obrigações de


recuperação a serem cumpridas e possuidores de áreas com necessidade de recomposição
da vegetação nativa.

Desde o início do programa, foram realizados plantios em áreas prioritárias de 80


municípios no Estado de São Paulo. A Figura 200 apresenta os municípios da UGRHI-20/21
que já foram contemplados com áreas nesse projeto.

Figura ilustrativa

Figura 200. Municípios das UGRHI-20/21 com áreas inseridas no programa nascentes.

Os objetivos do programa são: 1) Ampliar a proteção e conservação dos recursos


hídricos e da biodiversidade, protegendo e recuperando matas ciliares, nascentes e olhos
d´água; protegendo áreas de recarga de aquífero; ampliando a cobertura de vegetação
nativa em mananciais, especialmente à montante de pontos de captação para
abastecimento público; e estimulando o plantio de árvores nativas, além da melhoria do
manejo de sistemas produtivos em bacias formadoras de mananciais de água; 2) contribuir

299
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

para a conservação dos recursos hídricos visando a segurança pública; 3) conservar os


recursos hídricos em áreas rurais e urbanas, voltadas a assegurar o uso múltiplo das águas,
priorizando-se o abastecimento público.

 Programa de proteção e recuperação de nascentes

O programa de proteção e recuperação de nascente “Adote uma nascente” tem


como objetivo incentivar a proteção dos recursos hídricos por meio da identificação,
cadastro e compromisso de proteção de nascentes. É um programa da Secretaria do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo (SMA).

Os proprietários de terra em qualquer município do Estado de São Paulo, que


tiverem uma nascente em sua propriedade podem disponibilizar a área para ser adotada por
outra pessoa ou entidade, para garantir a proteção, manutenção ou recuperação da
vegetação em seu entorno. O processo de adoção da nascente é feito pelo site da
Secretaria do Meio Ambiente, através de um cadastro e, assim, obter informações do que é
necessário para recuperação e proteção da mesma.

Há três maneiras de obter informações sobre as áreas disponíveis: I – Áreas do


ITESP (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” é a
entidade responsável por planejar e executar as políticas agrária e fundiária do Estado de
São Paulo); II – Áreas do CAR (os proprietários indicaram interesse em participar do
programa durante a realização cadastro, deixando as áreas acessíveis àqueles que farão
projetos de proteção e recuperação de nascentes); III - Áreas em Unidades de Conservação
(UCs).

300
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 201. Áreas do CAR disponíveis para restauração ecológica.


Fonte: DataGEO – Sistema Ambiental Paulista, 2016

A UGRHI- 20 não possui nenhuma área registrada no ITESP. A UGRHI-21 possui


quatro áreas nos municípios de Piquerobi (Assentamentos Santo Antônio da Lagoa, São
José da Lagoa e Santa Rita) e Ribeirão dos Índios (Assentamento Yapinary).

As áreas do CAR estão dispersas quase na totalidade dos municípios das UGRHIs
(Figura 201). Na UGRHI-20, as áreas estão mais concentradas na região dos municípios de
Gabriel Monteiro/ Piacatu.

Em relação às Áreas em Unidades de Conservação, não consta nenhum município


das UGRHI-20 e 21 nos registros fornecidos pelo site.

 Projeto Mina d’água

O Projeto Mina d’água é o primeiro projeto de Pagamento por serviços ambientais


(PSA) instituído pelo Governo do Estado de São Paulo, em acordo com a Política Estadual
de Mudanças Climáticas (Lei n.º 13.798/09) (SMA, 2014). O projeto tem como objetivo a
proteção de nascentes em mananciais de abastecimento público por meio de incentivos
econômicos a politicas voluntárias de redução de desmatamento e proteção ambiental.

Os proprietários rurais que adotarem práticas para a proteção e a recuperação da


vegetação de nascentes poderão ser remunerados pelos serviços ambientais que essas
nascentes prestam à sociedade. Os produtores rurais selecionados poderão receber até

301
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

R$300,00 por nascente ao ano e participar com até 4 nascentes, desde que executem as
ações determinadas para sua proteção. A nascente é valorada de acordo com o estado da
vegetação no seu entorno e a sua importância para o abastecimento do município. Quanto
melhor for a conservação da vegetação no entorno da nascente e mais importante ela for
para o abastecimento, maior será o valor do pagamento (SMA, 2014).

O projeto foi concebido para ser desenvolvido em parceria com 21 municípios do


Estado de São Paulo, sendo um por UGRHI. O município de Garça, pertencente à UGRHI-
20 e com parte do território na UGRHI-21 faz parte do projeto, bem como o município de
Guararapes, localizado na UGRHI-19 (Baixo Tietê) e com parte na UGRHI-20.

 Planos Diretores Municipais

O Plano Diretor Municipal é um documento que regulamenta o planejamento e


ordenamento do território do município, é o instrumento básico de um processo de
planejamento municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano (ABNT,
1991). Através do estabelecimento de princípios, diretrizes e normas, o plano fornece
orientações para as ações que, de alguma maneira, influenciam no desenvolvimento
urbano. Essas ações podem ser desde a abertura de uma nova avenida, até a construção
de uma nova residência, ou a implantação de uma estação de tratamento de esgoto, ou a
reurbanização de uma favela.

Segundo as informações disponíveis juntos aos municípios, em especial, sites das


Câmaras dos Vereadores, somente 13% dos municípios da UGRHI-20 (Dracena, Iacri,
Pacaembu e Tupã) e 23% da UGRHI-21 (Adamantina, Álvares Machado, Bastos, Marília,
Martinópolis e Santo Expedito) possuem Plano Diretor. Os demais municípios não possuem
Plano Diretor ou versão semelhante, conforme pode ser observado na Figura 202.

302
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 202. Municípios das UGRHIs 20/21 em relação ao Plano Diretor.


Fonte: IBGE, 2013 e municípios, 2014.

 Planos Municipais de Saneamento Básico

O Plano de Saneamento básico (PMSB) tem como objetivo a universalização do


serviço público de saneamento básico dos municípios, com serviços e produtos de
qualidade, visando à melhoria nas condições ambientais e qualidade de vida da população.
Abrangem os serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, a
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e a drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas, conforme previsto na Lei Federal n. 11.445 de 05/01/07.

O plano define basicamente os objetivos, os princípios, as diretrizes, o plano de


metas e os respectivos programas e projetos, os recursos orçamentários, os instrumentos
de monitoramento e os mecanismos de participação social.

Além dos objetivos citados acima, o PMSB deve ser compatível e integrado às
demais políticas, planos e disciplinamentos do município relacionados ao gerenciamento do
espaço urbano e contribuir para o desenvolvimento sustentável do ambiente urbano;
assegurar a efetiva participação da população nos processos de elaboração, implantação,
avaliação e manutenção do PMSB; assegurar que a aplicação dos recursos financeiros

303
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

administrados pelo poder público se dê segundo critérios de promoção de salubridade


ambiental, da maximização da relação benefício-custo e de maior retorno social interno;
estabelecer mecanismos de regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico;
utilizar indicadores dos serviços de saneamento básico no planejamento, implementação e
avaliação da eficácia das ações em saneamento; promover a organização, o planejamento e
o desenvolvimento do setor de saneamento, com ênfase na capacitação gerencial e na
formação de recursos humanos, considerando as especificidades locais e as demandas da
população; promover o aperfeiçoamento institucional e tecnológico do município, visando
assegurar a adoção de mecanismos adequados ao planejamento, implantação,
monitoramento, operação, recuperação, manutenção preventiva, melhoria e atualização dos
sistemas integrantes dos serviços públicos de saneamento básico.

O Programa Estadual de Apoio Técnico à Elaboração dos Planos Municipais de


Saneamento Básico – PMSB, criado pelo Decreto n. 52.895/2008, é resultado do empenho
do Estado em garantir aos municípios paulistas as melhores condições técnicas para a
elaboração desses planos. Assim, empresas de consultoria são contratadas para
desenvolver os planos de saneamento básico. Até o momento, oito UGRHI foram
contempladas e 177 PMSB foram entregues.

Mais recentemente, foi editado o Decreto nº 61.825, de 4 de fevereiro de 2016, que


institui que serão aditados 98 convênios para elaboração de PMSB e, dentre as UGRHIs
incluídas, estão a 20 e 21. Segundo dados da Secretaria de Saneamento do Estado de São
Paulo, os planos de saneamento básico dos municípios das UGRHIs-20 e 21 foram
contratados e serão desenvolvidas por uma empresa de consultoria, contratadas pelo
Estado, por meio do Decreto nº 61.825 de fevereiro de 2016. Os trabalhos relativos aos
planos de saneamento nos municípios das UGRHIs 20 e 21 tiveram início em abril de 2017.
Os municípios contemplados com o PMSB estão apresentados na Figura 203. Os
municípios destacados em verde são municípios que já realizaram o plano de saneamento
com outras fontes de recursos.

Consultando os municípios, verificou-se que na UGRHI-20 apenas 4 possuem


PMSB (Iacri,, Lucélia, Parapuã, Rinópolis) e na UGRHI-21 apenas 3 (Flórida Paulista,
Osvaldo Cruz e Ouro Verde). Martinópolis, apesar de não possuir PMSB, possui Política
Municipal que trata sobre abastecimento público e proteção aos mananciais de água.

304
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 203. Municípios da UGRHI-20 E 21 em relação aos Planos de Saneamento.


Fonte: SSRH, 2017.

 Planos Municipais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PMGIRS)

A Politica Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil tem nos Planos de Resíduos


Sólidos um forte instrumento de aplicação da Lei 12.305/2010. Os Planos devem ser
elaborados por todos os municípios com o objetivo de definir objetivos específicos e metas
para evoluir a situação atual para a situação desejada sobre os resíduos sólidos.

A diretriz que norteia o Plano é a observação da seguinte ordem de prioridade: a


não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

305
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 204. Municípios das UGRHIs-20/21 em relação ao Plano Municipal de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos.

Dos que responderam o questionário, apenas 9 (nove) municípios da UGRHI-20


possuem Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – PMGIRS,
dentre eles: Alvaro de Carvalho, Clementina, Gabriel Monteiro, Iacri, Júlio Mesquita, Lucélia,
Panorama, Parapuã, Rinópolis. Na UGRHI-21, também são 9 (nove) municípios que
possuem o PMGIRS, entre eles: Bastos, Inúbia Paulista, Irapuru, Marília, Martinópolis,
Osvaldo Cruz, Pracinha, Ribeirão dos Índios, Santo Expedito. Esses municípios
representam uma quantia muito baixa considerando os prazos previamente estabelecidos e
a obrigatoriedade da elaboração do documento. A relação desses municípios pode ser
observada na Figura 204.

Ainda, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) fez um levantamento em 2015 sobre o


cumprimento da elaboração do PMGIRS por parte dos municípios, bem como sobre o local
onde é feita a disposição final da maior parte dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
produzidos.

Na época, 16 municípios da UGRHI 20 e 16 da UGRHI 21 haviam entregado o


PMGIRS (Quadro 150 e Quadro 151). Destes, todos os Planos apontados no levantamento

306
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Plano de Bacia

do MMA abrangem apenas os municípios como unidades, não tendo sido feito nenhum
Plano Intermunicipal, ainda que esta seja uma questão que requer cooperação entre
gestões públicas para ser resolvida. A grande parte dos municípios faz a disposição final da
maioria dos RSU em seu próprio território, contabilizando 84% dos municípios na UGRHI 20
e 81% da UGRHI 21.

Por último, quase todos os municípios fazem a disposição final em Aterro Sanitário, o
que não implica em uma boa avaliação da bacia, uma vez que esse dado considera
exclusivamente a maior parte dos RSU, não sua totalidade. Assim, ainda que em menor
quantidade, há muita disposição inadequada de resíduos (lixões, terrenos baldios, margens
de cursos d’água etc).

Quadro 150. Situação dos Resíduos Sólidos na UGRHI 20.


PMGIRS Disposição final dos RSU
Municípios Abrange apenas É feita no próprio
Possui? Aterro
UGRHI 20 esse município? município?
Sim Não Sim Não se aplica Controlado Sanitário Sim Não
Álvaro de Carvalho x x x x
Arco-Íris x x x x
Clementina x x x x
Dracena x x x x
Gabriel Monteiro x x x x
Garça x x x x
Getulina x x x x
Guaimbê x x x x
Herculândia x x x x
Iacri x x x x
Júlio Mesquita x x x x
Lucélia x x x x
Luiziânia x x x x
Monte Castelo x x x x
Nova Guataporanga x x x x
Nova Independência x x x x
Pacaembu x x x x
Panorama x x x x
Parapuã x x x x
Paulicéia x x x x
Piacatu x x x x
Pompéia x x x x
Queiroz x x x x
Quintana x x x x
Rinópolis x x x x
Salmourão x x x x
Santa Mercedes x x x x
Santópolis do Aguapeí x x x x
S. João do Pau d'Alho x x x x

307
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Plano de Bacia

PMGIRS Disposição final dos RSU


Municípios Abrange apenas É feita no próprio
Possui? Aterro
UGRHI 20 esse município? município?
Sim Não Sim Não se aplica Controlado Sanitário Sim Não
Tupã x x x x
Tupi Paulista x x x x
Vera Cruz x x x x
TOTAL 16 16 16 16 3 29 27 5

Quadro 151. Situação dos Resíduos Sólidos na UGRHI 21.


PMGIRS Disposição final dos RSU
Municípios Abrange apenas esse É feita no próprio
Possui? Aterro
UGRHI 21 município? município?
Sim Não Sim Não se aplica Controlado Sanitário Sim Não
Adamantina x x x x
Alfredo Marcondes x x x x
Álvares Machado x x x x
Bastos x x x x
Borá x x x x
Caiabu x x x x
Emilianópolis x x x x
Flora Rica x x x x
Flórida Paulista x x x x
Indiana x x x x
Inúbia Paulista x x x x
Irapuru x x x x
Junqueirópolis x x x x
Lutécia x x x x
Mariápolis x x x x
Marília x x x x
Martinópolis x x x x
Oriente x x x x
Oscar Bressane x x x x
Osvaldo Cruz x x x x
Ouro Verde x x x x
Piquerobi x x x x
Pracinha x x x x
Ribeirão dos Índios x x x x
Sagres x x x x
Santo Expedito x x x x
TOTAL 16 10 16 10 1 25 21 5

308
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Plano de Bacia

 ICMS Ecológico

O ICMS Ecológico é um mecanismo tributário que possibilita aos municípios acesso


a parcelas maiores que àquelas que já têm direito, dos recursos financeiros arrecadados
pelos Estados através do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, em
razão do atendimento de determinados critérios ambientais estabelecidos em leis estaduais.
É uma introdução de novos critérios para redistribuição de recursos do ICMS que reflete o
nível da atividade econômica nos municípios junto com a preservação do meio ambiente (O
ECO, 2014).
A Lei Estadual 8.510/1993 estabelece que uma percentagem de 0,5% dos recursos
financeiros do ICMS deve ser destinada aos municípios que possuem Unidades de
Conservação e outros 0,5% aos municípios que possuem reservatórios de água destinados
à geração de energia elétrica.
Os municípios que preservam suas florestas e conservam sua biodiversidade
ganham uma pontuação maior nos critérios de repasse e recebe recursos financeiros a título
de compensação pelas áreas destinadas à conservação, e, ao mesmo tempo, um incentivo
para a manutenção e criação de novas áreas para a conservação da biodiversidade. Nesse
sentido, o ICMS Ecológico é uma forma de Pagamento por Serviços Ambientais pela
conservação de biodiversidade.

No ano de 2015, a estimativa de valores repassados aos municípios das UGRHI-20


e 21, foi de R$ 826.277,07 e R$ 837.222,82, respectivamente (Quadro 152).

Quadro 152. Estimativa de valores, em reais correntes, de ICMS ecológico repassados aos
municípios em 2015.
UGRHI-20 UGRHI-21
Município Valor repassado Município Valor repassado
Dracena R$ 256.619,93 Junqueirópolis R$ 195.437,66
Monte Castelo R$ 309.682,11 Marília R$ 175.086,46
Nova Independência R$ 228.994,12 Ouro Verde R$ 312.436,93
São João do Pau d'Alho R$ 30.980,91 Piquerobi R$ 154.261,77
Total R$ 826.277,07 Total R$ 837.222,82
Fonte: SMA/CPLA, 2016.

309
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Plano de Bacia

 Empreendimentos previstos sujeitos a Estudos de Impacto Ambiental nas


UGRHIs-20 e 21

A Câmara Técnica de Planejamento e Avaliação (CT-PA) tem como uma das


atribuições a elaboração de pareceres técnicos de interesse do CBH-AP, especialmente nas
ações, projetos e obras que tenham relação com o planejamento, desenvolvimento regional,
integrando águas subterrâneas e superficiais. Durante o período de 2009 a 2013, foram
analisados alguns estudos de empreendimentos a serem implantados no território
pertencente às UGRHIs 20 e 21 e foram elaborados pareceres técnicos por parte da CT-
PAS, conforme segue:
• Parecer 001/ 2009: ampliação da unidade industrial e expansão de áreas agrícolas
da Usina Clealco Açúcar e Álcool S/A, situada no município de Queiroz;
• Parecer 001/2011: ampliação da unidade industrial e expansão de áreas agrícolas
da Branco Peres Açúcar e Álcool S/A, situada no município de Adamantina/SP;
• Parecer 001/ 2012: implantação industrial e agrícola da Brazil Flex Energy Açúcar e
Álcool Ltda - município de Piquerobi/SP;
• Parecer 002/2012: implantação industrial e expansão agrícola da Raízen Paraguaçu
S.A.- município de Paraguaçu Paulista/SP;
• Parecer 001/2013: ampliação industrial e expansão agrícola da Renuka do Brasil
S/A - município de Promissão/SP.

310
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Plano de Bacia

5.2 Cenário de planejamento

Segundo a Deliberação CRH n. 146/2012, o cenário de planejamento do Plano de


Bacia hidrográfica fundamenta-se no confronto entre as disponibilidades e as tendências de
evolução das demandas hídricas, considerando que as condições socioeconômicas não
sofrerão alterações significativas no horizonte de planejamento estabelecido. Os dados
desse cenário têm correlação direta com os dados do diagnóstico, porém retratando a
tendência de evolução, bem como a projeção para cenário recessivo e acelerado.

O objetivo principal da elaboração de cenários de planejamento é identificar a partir


da expansão demográfica e econômica, o padrão de evolução das demandas hídricas, para
os diferentes tipos de uso da água e para os serviços de saneamento, visando o
planejamento da infraestrutura e das ações necessárias para mitigar ou evitar seus impactos
diretos e indiretos nos recursos hídricos (CRH, 2012).

As projeções e respectivas análises são contempladas nos próximos itens deste


capítulo. A montagem do plano de ação para gestão dos recursos hídricos das UGRHIs 20 e
21 considera os intervalos de curto, médio e longo prazo compatível com o Plano Plurianual
estadual PPA (2016-2019, 2020-2023, 2024-2027).

5.2.1 Concepção e formulação dos Cenários de Planejamento

Estabelecer cenários de planejamento para a Bacia do Aguapeí e Peixe tem por


objetivo apontar as principais possibilidades de evolução da bacia de modo a identificar e
estimar o futuro dos recursos hídricos. A partir dos dados do diagnóstico realizado, e,
através de reuniões de discussão e oficinas de trabalho, foram desenvolvidos três cenários
de planejamento para o plano de bacias das UGRHIs – 20 e 21:

• Cenário recessivo – este cenário tem a premissa de assumir hipótese de redução


de crescimento econômico resultante de conjunturas macroeconômicas,
instabilidades político-econômicas, e uma conjugação de fatores negativos para o
crescimento econômico.

• Cenário tendencial – este cenário tem a premissa da permanência das condições


socioeconômicas da realidade existente. Nesse cenário, as demandas atuais,
determinadas no diagnóstico, foram projetadas mediante a aplicação de taxas e
índices oficiais federais e estaduais relativos ao crescimento demográfico, econômico
e setores usuários.

311
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Plano de Bacia

• Cenário acelerado - este cenário tem a premissa de assumir hipótese de aceleração


de crescimento econômico resultante de conjunturas macroeconômicas,
estabelecimento de incentivos fiscais regionais ou setoriais, e uma conjugação de
fatores positivos para o crescimento econômico.

5.2.1.1 Premissas adotadas nos cenários de planejamento

Para todas as projeções adotadas nos cenários tenham validade e sejam


condizentes com a realidade local, elaborou-se um processo de consulta pública, através da
realização de três diferentes municípios da UGRHI (Dracena, Osvaldo Cruz e Garça). A
partir destas consultas e também com o apoio da CT-PA, definiu-se o padrão de
comportamento para cada índice estudado, sob os diferentes cenários de planejamento. Os
coeficientes estudados são apresentados a seguir:

a) Sócio Economia

População Total: para o cenário tendencial, espera-se a manutenção da TGCA registrada


nos últimos 5 anos (2010/2016 em % a.a.). No cenário acelerado, estima-se um incremento
de 50% das taxas de crescimento e no cenário recessivo espera-se uma redução de 45% da
taxa de crescimento registrada nos municípios.

População Urbana: para o cenário tendencial, espera-se uma manutenção da taxa de


migração da população rural para a área urbana. No cenário acelerado, espera-se um
aumento de 50% nesta taxa, enquanto que em um cenário recessivo espera-se uma
redução de 50% nesta taxa de migração. Ressalta-se que em todos os cenários, a
população rural tende a diminuir ao longo do tempo.

b) Demandas de água

A estimativa para as demandas de água para os diferentes tipos de usuários


(urbano, industrial, rural e outros usos) seguiu diferentes critérios, respeitando as
particularidades de cada uso:

Demanda urbana: as estimativas de demanda urbana são baseadas exclusivamente da


população urbana, isto é, sua evolução ao longo do tempo varia linearmente a variação da
população urbana estimada para cada um dos cenários.

Demanda industrial: as estimativas de demanda futuras são baseadas nas projeções do n°


de estabelecimentos industriais projetados em cada cenário, ou seja, convencionou-se que
a variação da demanda é proporcional ao crescimento do número de indústrias.

312
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Plano de Bacia

Demanda rural: na demanda rural, onde estão inclusos o consumo de irrigação, a previsão
apresenta alguns componentes que dificultam a previsibilidade do tema, uma vez que a
expansão da irrigação depende apenas de fatores econômicos e de mercado. Desta forma,
condicionou-se que no cenário tendencial, o crescimento da demanda seguirá a tendência
dos últimos 5 anos (crescimento lento e gradual), enquanto que no cenário acelerado a
demanda dobra em relação a demanda atual e no cenário recessivo a demanda é reduzida
em 50%.

c) Saneamento

Para os índices de saneamento, foram estabelecidas algumas regras de evolução


dos indicadores a ser alcançados para cada um dos cenários, conforme apresentado no
Quadro 153.

Quadro 153. Critérios para as projeções de saneamento.

INDICADOR CENÁRIO REGRA

Recessivo Manter valores atuais


PERDAS Tendencial Diminuição de 2,5% do índice de perdas dos municípios
Acelerado Diminuir 5% do índice de perdas dos municípios
Recessivo Diminuição proporcional ao aumento da população
COLETA DE
Tendencial Mesmo índice de 2015
ESGOTO
Acelerado 100% de coleta em todos os municípios - ref. a população urbana
Recessivo Diminuição proporcional ao aumento da população
TRATAMENTO Tendencial Mantém os índices atuais
Acelerado 100% de tratamento para todos os municípios.
Índice de todos os municípios ate 80% - cai proporcional para
Recessivo
EFICIENCIA todos os municípios
TRATAMENTO Tendencial Mantém os índices atuais
Acelerado Índice sobe proporcionalmente 5% para todos os municípios
Recessivo Manter os valores atuais
ÍNDICE DE
Tendencial Municípios abaixo de 90% atingir pelo menos esse índice
ABASTECIMENTO
Acelerado Todos os municípios chegar a 95%

d) Balanço Hídrico

Para a elaboração do balanço hídrico, foram considerados a disponibilidade


apresentada no diagnóstico e as projeções de demanda segundo os critérios já
apresentados.

313
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Plano de Bacia

5.2.2 Dinâmica Socioeconômica

Este item apresenta as tendências de evolução demográfica e econômica,


indicando suas implicações para as demandas hídricas.

5.2.2.1 População

As projeções populacionais são essenciais para orientação de políticas públicas e


planejamento de uma região. Estas informações viabilizam análises de demanda de
serviços públicos, como fornecimento de água para abastecimento, esgotos, entre outros.

As projeções referentes à população são apresentadas no Quadro 154, Quadro


155, Figura 205 e na Figura 206. As projeções foram obtidas a partir das informações
disponíveis no “Sistema Seade de Projeções Populacionais” para os anos de interesse para
o planejamento deste Plano de Bacia.

Estima-se que no ano de 2027 (final do horizonte para ações de longo prazo) a
população total para o cenário tendencial da UGRHI-20 seja de 383.062 habitantes,
apresentando um crescimento total de 3,7% em relação à população de 2015. Esse
crescimento implica em aumento da demanda de água superficial e subterrânea; aumento
da produção de efluentes e resíduos sólidos; e, aumento das fontes de poluição difusa
(essas projeções são demonstradas nos itens seguintes).

314
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Plano de Bacia

Quadro 154. Dados demográficos da UGRHI-20 por município.

Cenário Tendencial TGCA Cenário Recessivo Cenário Acelerado


2010/2016
Município
2015 2019 2023 2027 (em % 2019 2023 2027 2019 2023 2027
a.a)
Álvaro de Carvalho 4.843 5.007 5.177 5.354 0,84 4.961 5.037 5.113 5.049 5.308 5.581
Arco-Íris 1.857 1.811 1.762 1.713 -0,69 1.832 1.809 1.787 1.792 1.719 1.649
Clementina 7.743 8.293 8.913 9.580 1,82 8.051 8.318 8.593 8.517 9.486 10.565
Dracena 44.247 44.985 45.782 46.593 0,44 44.660 45.015 45.373 45.281 46.488 47.728
Gabriel Monteiro 2.702 2.693 2.687 2.680 -0,06 2.696 2.693 2.690 2.691 2.681 2.671
Garça 42.769 42.507 42.236 41.966 -0,16 42.620 42.497 42.375 42.405 42.000 41.598
Getulina 10.797 10.830 10.860 10.891 0,07 10.817 10.831 10.845 10.841 10.887 10.932
Guaimbê 5.466 5.507 5.545 5.582 0,17 5.492 5.508 5.525 5.521 5.578 5.635
Herculândia 8.980 9.213 9.455 9.703 0,65 9.116 9.223 9.331 9.303 9.671 10.054
Iacri 6.353 6.295 6.240 6.185 -0,22 6.318 6.293 6.268 6.274 6.192 6.111
Júlio Mesquita 4.524 4.607 4.689 4.772 0,44 4.574 4.610 4.647 4.638 4.761 4.888
Lucélia 20.491 20.969 21.477 21.997 0,6 20.763 20.988 21.216 21.157 21.929 22.729
Luiziânia 5.395 5.701 6.032 6.382 1,42 5.570 5.714 5.862 5.822 6.334 6.891
Monte Castelo 4.017 3.986 3.952 3.919 -0,21 4.000 3.985 3.970 3.973 3.923 3.874
Nova Guataporanga 2.186 2.192 2.199 2.206 0,08 2.189 2.193 2.196 2.195 2.205 2.216
Nova Independência 3.429 3.725 4.068 4.441 2,22 3.594 3.739 3.891 3.848 4.387 5.001
Pacaembu 13.139 13.075 13.012 12.950 -0,12 13.101 13.072 13.044 13.051 12.958 12.865
Panorama 14.897 15.151 15.413 15.680 0,43 15.044 15.161 15.278 15.248 15.646 16.053
Parapuã 10.662 10.526 10.388 10.251 -0,33 10.584 10.521 10.459 10.474 10.268 10.066
Paulicéia 6.757 7.099 7.469 7.859 1,28 6.952 7.113 7.279 7.234 7.806 8.423
Piacatu 5.599 5.853 6.127 6.414 1,15 5.744 5.864 5.986 5.954 6.375 6.827
Pompéia 20.650 21.202 21.784 22.383 0,68 20.966 21.224 21.485 21.417 22.305 23.229
Queiroz 3.044 3.243 3.462 3.694 1,64 3.158 3.252 3.349 3.323 3.662 4.036
Quintana 6.260 6.467 6.687 6.915 0,84 6.379 6.476 6.574 6.548 6.885 7.238

315
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Plano de Bacia

Cenário Tendencial TGCA Cenário Recessivo Cenário Acelerado


2010/2016
Município
2015 2019 2023 2027 (em % 2019 2023 2027 2019 2023 2027
a.a)
Rinópolis 9.813 9.725 9.632 9.539 -0,24 9.763 9.721 9.679 9.690 9.551 9.414
Salmourão 4.960 5.081 5.204 5.330 0,6 5.032 5.086 5.141 5.127 5.314 5.508
Santa Mercedes 2.816 2.807 2.797 2.787 -0,09 2.812 2.807 2.802 2.804 2.789 2.773
Santópolis do Aguapeí 4.482 4.648 4.825 5.009 0,94 4.577 4.655 4.734 4.713 4.984 5.271
São João do Pau d'Alho 2.037 1.990 1.941 1.893 -0,62 2.010 1.988 1.966 1.971 1.899 1.829
Tupã 63.111 62.849 62.573 62.298 -0,11 62.963 62.839 62.715 62.745 62.332 61.922
Tupi Paulista 14.762 15.051 15.415 15.788 0,6 14.903 15.065 15.228 15.186 15.740 16.314
Vera Cruz 10.624 10.522 10.413 10.305 -0,26 10.567 10.517 10.468 10.480 10.318 10.158
Total da UGRHI 20 369.412 373.610 378.215 383.062 0,43 371.806 373.814 375.869 375.272 382.379 390.049
Fonte: SEADE, 2016.

316
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Plano de Bacia

Os municípios que apresentam a maior taxa de aumento de população relativa ao


número de habitantes são os municípios de Clementina, Luiziânia, Nova Independência e
Queiroz, que terão um crescimento representando mais de 18% da população atual
(comparando o período de 2015 – 2027 para o cenário tendencial).

Os municípios de Álvaro de Carvalho, Salmourão e Santópolis do Aguapeí, passam


de <5.000 habitantes para a faixa entre 5.000 e 10.000 habitantes cenário tendencial,
conforme demonstra a Figura 205.

Figura ilustrativa

Figura 205. Projeção da população na UGRHI-20.

A UGRHI-21 terá em torno de 480.831 habitantes no cenário tendencial em 2027, o


que significa um crescimento de 5% em comparação a 2015.

317
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Plano de Bacia

Quadro 155. Dados demográficos da UGRHI-21 por município.


Cenário Tendencial TGCA Cenário Recessivo Cenário Acelerado
Município 2010/2016
2015 2019 2023 2027 (em % a.a) 2019 2023 2027 2019 2023 2027
Adamantina 33.879 33.923 33.977 34.031 0,04 33.900 33.925 33.949 33.943 34.025 34.106
Alfredo Marcondes 3.916 3.934 3.955 3.975 0,13 3.926 3.935 3.944 3.942 3.973 4.004
Álvares Machado 23.602 23.703 23.788 23.874 0,09 23.668 23.706 23.745 23.735 23.863 23.992
Bastos 20.259 20.176 20.055 19.935 -0,15 20.226 20.171 20.117 20.131 19.950 19.771
Borá 808 811 814 816 0,08 810 811 812 812 816 820
Caiabu 4.094 4.106 4.121 4.136 0,09 4.100 4.107 4.113 4.112 4.134 4.156
Emilianópolis 3.054 3.076 3.102 3.128 0,21 3.066 3.077 3.089 3.086 3.125 3.165
Flora Rica 1.654 1.587 1.518 1.451 -1,11 1.617 1.584 1.553 1.560 1.459 1.364
Flórida Paulista 12.447 12.158 11.869 11.587 -0,6 12.280 12.148 12.017 12.049 11.621 11.208
Indiana 4.801 4.782 4.763 4.744 -0,1 4.790 4.781 4.772 4.774 4.746 4.717
Inúbia Paulista 3.769 3.879 3.997 4.118 0,75 3.832 3.884 3.936 3.922 4.102 4.290
Irapuru 7.544 7.363 7.182 7.006 -0,62 7.439 7.357 7.275 7.295 7.027 6.769
Junqueirópolis 19.402 19.959 20.540 21.138 0,72 19.724 19.981 20.242 20.174 21.059 21.984
Lutécia 2.660 2.621 2.580 2.540 -0,39 2.638 2.620 2.601 2.606 2.545 2.486
Mariápolis 3.948 3.974 4.001 4.029 0,17 3.963 3.975 3.987 3.984 4.025 4.066
Marília 224.637 230.853 237.480 244.296 0,71 228.178 231.108 234.076 233.303 243.402 253.937
Martinópolis 24.961 25.564 26.194 26.839 0,61 25.309 25.588 25.870 25.797 26.755 27.747
Oriente 6.181 6.250 6.321 6.392 0,28 6.221 6.253 6.284 6.276 6.383 6.490
Oscar Bressane 2.524 2.514 2.504 2.494 -0,1 2.519 2.514 2.510 2.511 2.496 2.481
Osvaldo Cruz 31.134 31.290 31.466 31.642 0,14 31.218 31.297 31.376 31.356 31.620 31.886
Ouro Verde 8.037 8.231 8.433 8.641 0,61 8.149 8.239 8.329 8.306 8.614 8.934
Piquerobi 3.533 3.533 3.532 3.530 -0,01 3.534 3.533 3.532 3.532 3.530 3.528
Pracinha 2.877 2.907 2.936 2.965 0,25 2.895 2.908 2.921 2.918 2.962 3.006
Ribeirão dos Índios 2.160 2.141 2.120 2.100 -0,24 2.149 2.140 2.131 2.133 2.102 2.072
Sagres 2.366 2.350 2.330 2.311 -0,21 2.358 2.349 2.341 2.343 2.313 2.284
Santo Expedito 2.891 2.961 3.036 3.112 0,62 2.931 2.964 2.997 2.989 3.102 3.219
Total da UGRHI 21 457.138 464.647 472.613 480.831 0,076 461.439 464.955 468.521 467.588 479.747 492.485
Fonte: SEADE, 2016.

318
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Os municípios que apresentam a maior taxa de aumento de população relativa ao


número de habitantes são os municípios de Inúbia Paulista, Junqueirópolis, Marília e Santo
Expedito, que terão um crescimento representando entre 7 e 9% da população atual
(comparando o período de 2015 – 2027 do cenário tendencial). Esse crescimento não
mudará o enquadramento desses municípios com relação as faixas de população, conforme
apresentado na Figura 206.

Figura ilustrativa

Figura 206. Projeção da população na UGRHI-21.

As projeções referentes à população urbana e rural das UGRHIs 20 e 21 são


apresentadas no Quadro 156 e Quadro 157, respectivamente. As projeções foram obtidas a
partir da projeção da população total e do grau de urbanização do ano de 2015 (SEADE,
2015).

319
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Quadro 156. Projeção da população urbana e rural da UGRHI-20.

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


UGRHI-20
2015 2019 2023 2027 2019 2023 2027 2019 2023 2027
População urbana 332.285 338.699 345.539 352.668 335.750 338.879 342.065 343.074 356.049 370.218
População rural 37.127 34.912 32.677 30.394 36.057 34.936 33.804 33.881 30.654 27.271
População total 369.412 373.610 378.215 383.062 371.806 373.814 375.869 376.956 386.703 397.490

Quadro 157. Projeção da população urbana e rural da UGRHI-21.

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


UGRHI-21
2015 2019 2023 2027 2019 2023 2027 2019 2023 2027
População urbana 417.540 426.624 436.172 445.988 422.595 426.916 431.290 430.405 444.957 460.123
População rural 39.598 38.023 36.441 34.843 38.844 38.039 37.230 37.183 34.791 32.362
População total 457.138 464.647 472.613 480.831 461.439 464.955 468.521 467.588 479.747 492.485

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Estima-se que no ano de 2027 para o cenário tendencial a população urbana da


UGRHI-20 seja de 352.668 habitantes, representando 92% da população total, e a
população rural seja de 30.393 habitantes, representando apenas 8% da população total da
UGRHI-20.

Conforme pode ser observado na Figura 207, a população rural na UGRHI-20


diminuiu entre os anos de 2010 e 2027, registrando uma queda de 25% no cenário
tendencial.

Figura 207. Projeção de população na UGRHI-20.

A UGRHI-21 apresenta projeções similares, sendo sua população urbana


correspondente a 92% do total e a rural, 8% em 2015.

Estima-se que, segundo o cenário tendencial, no ano de 2027 a população urbana


da UGRHI-21 seja de 445.988 habitantes, representando 93% da população total, e a
população rural seja de 34.843 habitantes, representando apenas 7% da população total da
UGRHI-21.

Figura 208. Projeção de população na UGRHI-21.


Conforme pode ser observado na Figura 208, a população rural na UGRHI-21
diminuiu entre os anos de 2010 e 2027; para o cenário tendencial, a população rural terá
uma redução de aproximadamente 17%.

321
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 Projeção da população por sub-bacia

As sub-bacias são consideradas de fundamental importância para o cálculo da


disponibilidade e demanda de água, bem como para o balanço hídrico. Também é
importante para estabelecimento de áreas críticas e a verificação das metas e ações
necessárias para o desenvolvimento sustentável.

Para a distribuição da população projetada por sub-bacia foram utilizados os anos


de 2019, 2023 e 2027, que correspondem ao final dos quatro quadriênios adotados com
base no PPA do Estado, para o planejamento das metas e ações deste Plano. O Quadro
158 apresenta a projeção da população por sub-bacia na UGRHI-20 e o Quadro 159
apresenta os dados da UGRHI 21.

A distribuição futura da população na UGRHI-20 indica que a sub-bacia do Médio


Aguapeí continuará sendo a sub-bacia cujo número de habitantes é o maior dentre as
outras, abrigando 50% da população no cenário tendencial.

Na UGRHI 21, a distribuição futura da população na UGRHI-21, a sub-bacia do Alto


Peixe permanece com a maior parte da população, abrangendo 49% do total da UGRHI em
2027, no cenário tendencial.

322
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Quadro 158. Projeção da população nas sub-bacias da UGRHI-20.

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


Sub-bacia
2015 2019 2023 2027 2019 2023 2027 2019 2023 2027
Alto Aguapeí 79.023 79.921 80.906 81.943 79.535 79.965 80.404 80.277 81.797 83.438
Médio Aguapeí 182.102 184.172 186.442 188.831 183.282 184.272 185.285 184.991 188.494 192.275
Baixo Aguapeí 108.287 109.518 110.868 112.288 108.989 109.577 110.180 110.005 112.088 114.336
Total UGRHI-20 369.412 373.610 378.215 383.062 371.806 373.814 375.869 375.272 382.379 390.049

Quadro 159. Projeção da população nas sub-bacias da UGRHI-21.

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


Sub-bacia
2015 2019 2023 2027 2019 2023 2027 2019 2023 2027
Alto Peixe 224.637 228.327 232.241 236.280 226.751 228.478 230.230 229.772 235.747 242.006
Médio Peixe 32.432 32.965 33.530 34.113 32.737 32.987 33.240 33.173 34.036 34.940
Baixo Peixe 200.069 203.355 206.842 210.438 201.951 203.490 205.051 204.642 209.964 215.539
Total UGRHI-21 457.138 464.647 472.613 480.831 461.439 464.955 468.521 467.588 479.747 492.485

323
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Figura 209. Projeção de população por sub-bacia da UGRHI-20.

Figura 210. Projeção de população por sub-bacia da UGRHI-21.

324
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5.2.2.2 Indicadores econômicos

Para a elaboração do prognóstico dos setores econômicos existentes nas UGRHI-


20 e 21, foram utilizados os dados disponíveis nos relatórios de situação e na plataforma
SEADE, comparando o crescimento do número de estabelecimentos entre os anos. Foi
utilizada para essa “previsão”, a taxa de crescimento / diminuição dos estabelecimentos,
comparando os anos de 2010 a 2015 para a definição do cenário tendencial.

Em relação ao valor adicionado dos municípios da UGRHI-20, que em 2014 foi de


R$ 7,7 bilhões de reais, o setor agropecuário contribuiu, com 12% para sua formação, o
setor industrial contribuiu com 19,7% do produto regional, o setor de comércio e serviços,
contribuiu com 68,3% da sua produção na UGRHI-20, conforme dados disponibilizados pela
Fundação SEADE (2016).

Na UGRHI-20 em 2010, havia 2.508 estabelecimentos do setor agropecuário. Cinco


anos depois a bacia computou uma redução nas edificações rurais de 248
estabelecimentos, passando a registrar um total de 2.260. Essa tendência apoiou o cálculo
das projeções, demonstradas na Figura 211. Assim, o setor da agropecuária, segundo essa
projeção, terá uma diminuição gradativa, chegando a alcançar em 2027 no cenário
tendencial, um valor 30% menor em relação ao ano de 2010.

Garça é o município que registrou o maior número de estabelecimentos rurais, em


2010 (384 estabelecimentos). Em relação à projeção para o ano de 2027, o município que
apresenta o maior número de estabelecimentos agropecuários no cenário tendencial é o
município de Tupã, com 227 estabelecimentos.

A UGRHI-21 também registrou redução nos estabelecimentos agropecuários para o


ano de 2027 (Figura 212). O encolhimento foi de 38% entre os anos de 2010, quando havia
2.059 estabelecimentos, e 2027, que obteve resultado de 1.294 estabelecimentos nas
projeções, observando o cenário tendencial.

Para o ano de 2010, o município detentor da maior parte dos estabelecimentos era
Marília, com 443 unidades. Em 2027, apesar da significativa redução, Marília ainda se
mantém em primeiro lugar com 158 estabelecimentos.

Não somente foi registrada a redução de estabelecimentos agropecuários, mas


também do valor adicionado ao PIB no período 2010 – 2014 (Figura 213) para a bacia,
reiterando as projeções de redução das atividades neste setor.

325
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Figura 211. Projeção dos estabelecimentos no setor de agropecuária na UGRHI-20.

Figura 212. Projeção dos estabelecimentos no setor de agropecuária na UGRHI-21.

326
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Figura 213. Valor adicionado (PIB) do setor de agropecuária


Fonte: SEADE, 2017.

Já no setor industrial, em 2010 estavam cadastrados 811 estabelecimentos na


UGRHI-20 e 817 na UGRHI-21, constituídos por indústrias extrativas minerais e indústrias
de transformação, onde nesse ramo, na maioria das vezes, demanda volume mais
significativo de água para a transformação das matérias primas em produtos acabados ou
semiacabados. Em 2015, houve um crescimento em ambas as UGRHI: na UGRHI-20 o
aumento foi de 11%, totalizando 902 estabelecimentos e na UGRHI-21 o aumento foi de
16%, alcançando a quantidade de 950 estabelecimentos industriais.

A projeção para o período de planejamento do Plano de Bacia é apresentada na


Figura 214 e Figura 215. Observa-se que, em 2027 haverá um crescimento na UGRHI-20
para 1.084 estabelecimentos industriais no cenário tendencial. Tupã apresentava em 2010,
o maior número de estabelecimentos industriais (154), e, para o futuro, será substituído por
Garça, município mais representativo nesse aspecto (em 2027, 214 estabelecimentos
industriais no cenário tendencial, representando 20% do total).

327
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Figura 214. Projeção dos estabelecimentos no setor industrial na UGRHI-20.

A UGRHI-21 terá um aumento de 50% na quantidade de indústrias em 2027 para o


cenário tendencial, alcançando a quantidade de 1.216 estabelecimentos. Marília, mais uma
vez, é o município de maior destaque: 420 estabelecimentos em 2010 e projeção de 603 em
2027 para o mesmo cenário.

Figura 215. Projeção dos estabelecimentos no setor industrial na UGRHI-21.

328
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O setor de comércio e serviços, aquele que concentra a maior parte dos


estabelecimentos e dos empregos, obteve um ligeiro aumento na participação. A UGRHI-20,
em 2010, detinha 6.401 estabelecimentos (58% comércio e 42% serviços). Em 2027, para o
cenário tendencial, o aumento projetado foi de 41%, assim espera-se um total de 9.044
estabelecimentos.

Figura 216. Projeção dos estabelecimentos no setor de comércio e serviços na UGRHI-20.

A projeção apresentada na Figura 217 para os estabelecimentos da UGRHI-21


apresenta um crescimento gradual do número de estabelecimentos. Para o cenário
tendencial em 2027, está previsto para a UGRHI-21 um total de 11.209 estabelecimentos no
setor de comércio e serviços. Com mudanças no universo dos estabelecimentos, desse
total, 49% será representado pelo setor de comércio e 51% representado pelo setor de
serviços, devido a taxa de crescimento do setor de comércio para o período analisado ter
sido maior.

329
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Figura 217. Projeção dos estabelecimentos no setor de comércio e serviços na UGRHI-21.

5.2.3 Demanda por recursos hídricos

A disponibilidade hídrica total (superficial e subterrânea) na bacia do Aguapeí-Peixe


é bastante favorável se comparada à demanda total consumida. O uso de água para
abastecimento público é prioritário, seguido pelo uso rural e uso industrial.

A partir dos dados do diagnóstico foram projetados cenários para a demanda de


água, respeitando os diferentes tipos de usos, conforme apresentado no Quadro 160 para a
UGRHI 20 e Quadro 161 para a UGRHI 21.

330
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Quadro 160. Perfil atual e projeção da demanda total de água na UGRHI 20, por setor de usuário (%).

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


Tipo de Uso
2015 (%) 2019 (%) 2023 (%) 2027 (%) 2019 (%) 2023 (%) 2027 (%) 2019 (%) 2023 (%) 2027 (%)

Rural 37,7 38,0 38,3 38,7 23,6 23,9 24,2 64,6 64,9 65,2
Outros 1,1 1,1 1,1 1,1 1,3 1,3 1,3 0,7 0,7 0,8
Urbano 20,7 19,8 19,1 18,4 24,5 23,5 22,6 11,3 10,9 10,5
Industrial 40,5 41,0 41,5 41,8 50,6 51,3 51,9 23,4 23,5 23,6
Total – UGRHI 20 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Quadro 161. Perfil atual e projeção da demanda total de água na UGRHI 21, por setor de usuário (%)

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


Tipo de Uso
2015 (%) 2019 (%) 2023 (%) 2027 (%) 2019 (%) 2023 (%) 2027 (%) 2019 (%) 2023 (%) 2027 (%)

Rural 17,7 18,0 18,3 18,7 10,0 10,4 10,8 39,3 39,4 39,5
Outros 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
Urbano 58,5 57,1 55,7 54,5 63,3 62,4 61,5 41,8 40,5 39,4
Industrial 23,7 24,8 25,9 26,8 26,5 27,1 27,6 18,8 20,0 21,0
Total – UGRHI 21 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

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De acordo com dados de outorgas do DAEE, a demanda total de água da UGRHI


20 registrou, entre 2010 e 2015, um aumento de 28% (de 3,58 m3/s para 4,60 m3/s). Este
fato se deve principalmente pelo aumento da demanda urbana, atualmente este uso
representa 20% do total da demanda da bacia. A UGRHI-21 teve um crescimento bastante
considerável, entre 2010 e 2015, totalizando um aumento de 76% (de 2,39 m³/s para
4,19%). Isso se deve, em especial, à demanda urbana que cresceu quase quatro vezes
neste período (de 0,66 m³/s para 2,45), atualmente representando 58% da demanda total.

Deve ser destacado, que há algumas incertezas em relação aos dados,


principalmente de usuários rurais (irrigação), devido à qualidade de informações do sistema
de outorga (muitos usuários não possuem outorga, limitando o cálculo da demanda sobre as
outorgas existentes no banco de dados do DAEE).

Segundo os dados e informações levantados, para os períodos de planejamento do


Plano de Bacia, a variação do tipo de uso da água deve ser causada pelo crescimento da
população e pelo aumento da urbanização, entretanto o setor industrial deve permanecer
praticamente o mesmo, uma vez que não há a previsão imediata de instalação de grandes
indústrias que consomem grande quantidade de água.

Prioridades de Uso

Em caso de calamidade pública ou ocorrência de eventos hidrológicos extremos, o


órgão gestor dos recursos hídricos na UGRHI-20 e 21, deve priorizar a utilização das águas
(superficiais e subterrâneas) na seguinte ordem:

1°: abastecimento público

2°: uso rural (dessedentação de animais);

3°: Usos industriais

4°: Demais usos, exceto irrigação.

5°: Irrigação.

Esta ordem de prioridade deverá ser seguida para ambos os cenários de


planejamento.

332
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Plano de Bacia

5.2.3.1 Abastecimento público

O saneamento básico é sem dúvida o item que apresenta maior demanda de


investimentos. Este item apresenta a projeção da demanda para abastecimento público de
água, que representa aproximadamente 20% da demanda total da UGRHI 20 e 60% da
UGRHI 21.

As demandas estimadas futuras para abastecimento público, considerando o


aumento da população conforme projeção apresentada no item 5.2.2.1, e o índice de
abastecimento atual dos municípios das UGRHI-20 e 21 e desconsiderando as perdas no
sistema são apresentadas nos Quadro 60 e Quadro 163. Os valores foram calculados com
base no consumo médio per capita de água atual dos municípios (m³/hab por dia) utilizando
as projeções populacionais para os anos de 2019, 2023 e 2027 para o cenário tendencial.

Nota-se que o crescimento da demanda por água para fins de abastecimento


público em função do crescimento populacional (consumo per capita) na UGRHI 20 será de
4% até o ano de 2027 no cenário tendencial e de 5% para a UGRHI 21.

333
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Plano de Bacia

Quadro 162. Demandas estimadas futuras para abastecimento público nas sub-bacias da UGRHI-20.

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


Sub-bacias
Demanda atual Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda
2015 (m³/s) 2019 (m³/s) 2023 (m³/s) 2027 (m³/s) 2019 (m³/s) 2023 (m³/s) 2027 (m³/s) 2019 (m³/s) 2023 (m³/s) 2027 (m³/s)
Alto Aguapeí 0,170 0,172 0,174 0,176 0,171 0,172 0,173 0,173 0,176 0,179
Médio Aguapeí 0,450 0,455 0,461 0,467 0,453 0,455 0,458 0,457 0,466 0,475
Baixo Aguapeí 0,330 0,334 0,338 0,342 0,332 0,334 0,336 0,335 0,342 0,348
Total 0,950 0,961 0,973 0,985 0,956 0,961 0,967 0,965 0,983 1,003

Quadro 163. Demandas estimadas futuras para abastecimento público nas sub-bacias da UGRHI-21.

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


Sub-bacias
Demanda atual Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda
2015 (m³/s) 2019 (m³/s) 2023 (m³/s) 2027 (m³/s) 2019 (m³/s) 2023 (m³/s) 2027 (m³/s) 2019 (m³/s) 2023 (m³/s) 2027 (m³/s)
Alto Peixe 0,236 0,240 0,244 0,248 0,238 0,240 0,242 0,241 0,248 0,254
Médio Peixe 0,497 0,506 0,514 0,523 0,502 0,506 0,510 0,509 0,522 0,536
Baixo Peixe 1,720 1,748 1,778 1,809 1,736 1,749 1,763 1,759 1,805 1,853
Total 2,453 2,494 2,537 2,581 2,477 2,495 2,515 2,510 2,575 2,643

334
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5.2.3.2 Indústria

A demanda industrial de água representa 40,5% do total na UGRHI 20 enquanto


que corresponde a 23,7% na UGRHI- 21. Para o cenário tendencial, o crescimento previsto
é de 20% na UGRHI 20 (de 1,862 m³/s para 2,238 m³s), e 28% na UGRHI 21 (de 0,992 m³/s
para 1,269 m³/s). O

Quadro 164 apresenta a projeção da demanda no setor industrial para as UGRHIs


20 e 21.

As indústrias, em sua maioria, estão adotando políticas orientadas às diretrizes


globais de desenvolvimento sustentável. Em uma pesquisa realizada pela FIESP em 2003,
mais de 70% das empresas no Estado de São Paulo, que foram amostradas informaram
adotar algum tipo de procedimento para a redução do consumo de insumos – energia, água,
matérias primas.

5.2.3.3 Agrícola

Segundo o DAEE, a demanda de água no setor rural na UGRHI 20 representava


48% do total em 2009, passando a 38% e, 2013 e mantendo esse valor para 2015. A
demanda de água no setor agrícola na UGRHI 21 correspondia a 23% do total em 2009, em
2013 caiu para 19% e em 2015 atingiu a participação de 18%.

Esta queda/ estagnação da porcentagem da demanda rural deve-se principalmente


ao aumento das demandas urbana e industrial, que resultou no declínio da proporção entre
elas. No entanto, vale ressaltar que em quantidade de água demandada (m³/s), ambas as
UGRHIs apresentaram aumento no uso agrícola. O Quadro 165 apresenta a projeção da
demanda no setor rural.

Lembrando que tais dados são referentes aos dados de cadastro de outorga,
podendo assim conter falhas em relação à real situação devido à falta de renovação de
outorgas vencidas.

335
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Quadro 164. Demandas estimadas futuras para setor industrial na UGRHI-20 e 21.

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


UGRHI
Demanda
Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda
atual
2019(m³/s) 2023(m³/s) 2027(m³/s) 2019(m³/s) 2023(m³/s) 2027(m³/s) 2019(m³/s) 2023(m³/s) 2027(m³/s)
2015(m³/s)
20 1,86 1,99 2,11 2,24 1,97 2,09 2,22 2,00 2,13 2,25
21 0,99 1,08 1,17 1,27 1,04 1,08 1,13 1,13 1,27 1,41

Quadro 165. Demandas estimadas futuras para setor rural na UGRHI 20 e 21.

Cenário Tendencial Cenário Recessivo Cenário Acelerado


UGRHI
Demanda atual Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda Demanda
2015 (m³/s) 2019(m³/s) 2023(m³/s) 2027(m³/s) 2019(m³/s) 2023(m³/s) 2027(m³/s) 2019(m³/s) 2023(m³/s) 2027(m³/s)

20 1,73 1,84 1,95 2,07 0,92 0,98 1,04 5,52 5,86 6,22

21 0,74 0,79 0,83 0,88 0,39 0,42 0,44 2,36 2,50 2,65

336
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5.2.3.4 Projeção de volumes para atendimento as demandas não consuntivas

Dentre os usos com demandas não consuntivas, estão os barramentos,


canalizações, piscinões, retificações e travessias. São usos que não envolvem a captação
ou lançamento de água.

Entre os anos de 2010 e 2015, houve um aumento nas outorgas de usos não
consuntivos de aproximadamente 37% (sendo uma média de 7% ao ano).

Considerando a dinâmica socioeconômica, e o aumento do número de outorgas,


pode-se dizer que as demandas não consuntivas também tendem a aumentar ao longo dos
anos. O aumento dos outros tipos de usos não consuntivos é previsto para os usos
relacionados ao aumento da população, e, a necessidade de aumento de infraestruturas
localizadas nos cursos d’água (barramentos pequenos para abastecimento, travessias,
piscinões, etc.). Essas atividades não afetam a disponibilidade quantitativa da água, porém
podem ter efeitos sobre a qualidade da água ou sobre o regime de vazões do manancial.

5.2.4 Disponibilidade de recursos hídricos

A unidade de gerenciamento de recursos hídricos Aguapeí e Peixe – UGRHI 20 e


21, nas condições atuais não apresentam problemas em relação à disponibilidade de água
subterrânea e água superficial.

Desde o ano de 2007 até o ano de 2015 os dados apresentados no relatório de


situação de recursos hídricos das UGRHIs 20 e 21 demonstram uma boa disponibilidade
superficial e subterrânea na região.

5.2.4.1 UGRHI 20 - Aguapeí

A disponibilidade hídrica subterrânea é bastante inferior a disponibilidade hídrica


superficial. Enquanto a superficial, em 2015, foi de 8.281 m³/hab.ano, a subterrânea foi de
1.110 m³/hab.ano para a mesma população.

O Quadro 166 apresenta a disponibilidade per capita atual, e a projeção da


disponibilidade hídrica total per capita, superficial e subterrânea calculada em relação ao
crescimento da população da UGRHI 20, projetada para os anos futuros. A metodologia
utilizada para o cálculo é conforme o Relatório de Situação (Qmédio (m³/ano) / população
(hab.)).

337
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Quadro 166. Projeção da disponibilidade hídrica per capita UGRHI-20.


Projeção disponibilidade per capita (m³/hab.ano)
Disponibilidade
2010 2015 2016 2019 2023 2027
População total da UGRHI 20 364.060 369.412 370.308 373.610 378.215 383.062
Disponibilidade per capita 9.529 9.390 9.368 9.285 9.172 9.056
Disponibilidade subt per capita 1.126 1.110 1.107 1.097 1.084 1.070
Disponibilidade superf per capita 8.402 8.281 8.261 8.188 8.088 7.986

Comparando as projeções feitas em relação à disponibilidade hídrica per capita,


pode-se observar que, a disponibilidade superficial continua sendo mais representativa do
que a disponibilidade subterrânea, e que, mesmo com a previsão de aumento da população,
(em 2027) a disponibilidade per capita superficial ainda classifica-se como “rica” conforme
classificação adotada pela UNESCO (2003) para traçar o quadro mundial (Quadro 167). A
disponibilidade per capita subterrânea classifica-se, em todos os anos apresentados como
“crítica”.

Quadro 167. Classificação da disponibilidade hídrica adotada pela UNESCO - 2003.


Disponibilidade hídrica por
Situação
habitante (m³/hab.ano)
< de 1.500 Crítica
1.500 a 2.500 Pobre
2.500 a 5.000 Ideal
5.000 a 10.000 Rica
10.000 a 20.000 Muito Rica
>20.000 Abundância

O Quadro 168 apresenta a disponibilidade per capita atual, e a projeção da


disponibilidade hídrica total per capita, calculada em relação à população das sub bacias,
projetada para os anos futuros. Observa-se que a área mais crítica quanto à disponibilidade
per capita é a Sub-bacia do Médio Aguapeí, onde está a maioria da população da UGRHI-
20, entretanto, a disponibilidade hídrica ainda é classificada como “rica”.

Quadro 168. Projeção da disponibilidade hídrica total per capita por sub-bacia – UGRHI-20.
3
Projeção da disponibilidade per capita (m /hab.ano)
Sub-bacia
2015 2019 2023 2027
Alto Aguapeí 10.796 10.120 10.810 10.817
Médio
6.379 6.294 6.204 6.112
Aguapeí
Baixo Aguapeí 9.642 9.487 9.319 9.150

338
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Figura 218. Projeção da disponibilidade per capita superficial na UGRHI 20.

5.2.4.2 UGRHI 21 - Peixe


A disponibilidade hídrica subterrânea (9m³/s) é bastante inferior a disponibilidade
hídrica superficial (82 m³/s). Enquanto a superficial, em 2015 foi de 7.000 m³/hab.ano, a
subterrânea foi de 768 m³/hab.ano para a mesma população.

O Quadro 169 apresenta a disponibilidade per capita atual, e a projeção da


disponibilidade hídrica total per capita, superficial e subterrânea calculada em relação ao
crescimento da população da UGRHI 21, projetada para os anos futuros. A metodologia
utilizada para o cálculo é conforme o Relatório de Situação (Qmédio (m³/ano) / população
(hab.)).

Quadro 169. Projeção da disponibilidade hídrica per capita UGRHI-21.


Projeção disponibilidade per capita (m³/hab.ano)
Disponibilidade
2010 2015 2019 2023 2027
População total da UGRHI 21 364.060 369.412 373.610 378.215 383.062
Disponibilidade per capita 7.883 7.768 7.681 7.588 7.492
Disponibilidade subt. per capita 780 768 760 750 741
Disponibilidade superf per capita 7.103 7.000 6.922 6.837 6.751

Comparando as projeções feitas em relação à disponibilidade hídrica per capita,


pode-se observar que, com a previsão de aumento da população, (em 2027) a
disponibilidade per capita superficial ainda classifica-se como “rica” conforme classificação
adotada pela UNESCO (2003) para traçar o quadro mundial (Quadro 167). A disponibilidade
per capita subterrânea classifica-se, em todos os anos apresentados como “crítica”.

O Quadro 170 apresenta a disponibilidade per capita atual, e a projeção da


disponibilidade hídrica total per capita, calculada em relação à população das sub bacias,
projetada para os anos futuros. Observa-se que a área mais crítica quanto à disponibilidade

339
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per capita é a Sub-bacia do Alto Peixe, onde está a maioria da população da UGRHI-21, e
as menores disponibilidades hídricas.

Quadro 170. Projeção da disponibilidade hídrica total per capita por sub-bacia – UGRHI-21.
3
Sub-bacia Projeção da disponibilidade per capita (m /hab.ano)
2015 2019 2023 2027
Alto Peixe 794 772 751 730
Médio Peixe 49.258 49.348 49.499 49.647
Baixo Peixe 4.049 4.022 3.994 3.964

Não existem projetos conhecidos com a capacidade de alterar de maneira


significativa a demanda por recursos hídricos para abastecimento público. Entretanto,
existem algumas medidas não estruturais de retenção de água na bacia como trincheiras de
infiltração, pavimentos permeáveis, retenção de água nas áreas de residências ou
condomínios, tais medidas podem contribuir para o aumento da disponibilidade hídrica. O
principal problema que os municípios devem enfrentar é a expansão da área urbana, que
demandam melhorias e expansão da rede de distribuição.

Para as cidades localizadas nas regiões com baixa disponibilidade hídrica


recomenda-se a elaboração de programas de controle de perdas e programas de
recuperação de mananciais superficiais de abastecimento.

Figura 219. Projeção da disponibilidade per capita superficial na UGRHI 21.

5.2.5 Balanço: demanda x disponibilidade

O balanço hídrico na UGRHI-20 utiliza somente 10,5% da água disponível, sofrendo


um aumento de 16% na demanda em 2027 (de 2,94 para 3,43 m³/s), no cenário tendencial.
Na UGRHI 21 é utilizado apenas 10,3% da disponibilidade superficial; na projeção do
cenário tendencial em 2027, calcula-se que haverá um aumento de 11% na demanda (de
2,98 para 3,31 m³/s).

340
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Consideramos para o balanço hídrico que não haverá alterações na disponibilidade


hídrica, uma vez que já é calculada sobre a vazão de estiagem dos cursos d’água (Q7,10).
A Figura 220 e Figura 221 apresentam os usos consuntivos e a disponibilidade existente nas
UGRHIs 20 e 21 (Q7,10).

Quanto à relação da disponibilidade x demanda, observa-se que os dados para as


UGRHIs 20 e 21 apresentam bons índices, quando se trata da disponibilidade x demanda
total. Conforme projeção realizada sobre a demanda x disponibilidade hídrica, observa-se
que no horizonte projetado para o cenário tendencial (2027) será utilizado apenas 12,2% da
disponibilidade total de água na UGRHI 20 e 11,4% na UGRHI 21.

O total de água disponível levando em consideração a demanda captada


(disponibilidade restante), em 2015, é de 89,5% na UGRHI 20, e 89,7% na UGRHI 21. A
projeção para esse saldo de acordo com as projeções tendenciais de aumento da demanda
de água é de 87,8% na UGRHI 20 e 88,6% na UGRHI 21, em 2027.

É importante salientar que o presente relatório trata apenas dos dados outorgados
que podem mascarar a real condição da bacia, uma vez que a presença de captações
irregulares pode modificar significativamente os dados.

341
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Figura 220. Gráficos demonstrando a projeção da demanda x disponibilidade subterrânea da UGRHI 20 para todos os cenários.

Figura 221. Gráficos demonstrando a projeção da demanda x disponibilidade subterrânea da UGRHI 21 para todos os cenários.

342
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Observa-se nos gráficos apresentados na Figura 220 que a sub-bacia que possui a
menor disponibilidade na UGRHI 20 é a sub-bacia do Alto Aguapeí, com uso em 2015 de
13,9% e saldo de 86,1%. Na Figura 221, verifica-se que a sub-bacia do Alto Peixe é a que
possui menor disponibilidade hídrica (2,0 m³/s), registrando uma demanda de 11,9% em
2015.

A disponibilidade de água para outorgas depende do conhecimento de cada curso


d’água, da qualidade da água e da demanda atual desse curso d’água. De maneira geral, a
partir das projeções de balanço em relação às demandas futuras, observa-se que a
disponibilidade de água para outorga em todas sub-bacias está em situação não
preocupante.

No entanto, a distribuição espacial da disponibilidade hídrica se dá através de


trechos de cursos d’água, mais ou menos utilizados. Desta forma, para novos usuários de
água, devem ser utilizadas as diretrizes para outorgas do DAEE (Departamento de Águas e
Energia Elétrica), que leva em consideração o balanço hídrico do trecho a ser utilizado
identificando todos os usos do trecho do curso d’água, para implantação de novos usos,
dando prioridades para abastecimento público.

O valor de referência para a classificação do balanço hídrico foi adaptado pelo


CRHi do PERH 2004-2007 e dos Relatórios de Situação dos Recursos Hídricos do Estado
de São Paulo (DAEE, 1999), conforme demonstrado a seguir na Figura 222.

Figura 222. Classificação do balanço hidríco adaptado.

Todas as sub-bacias de ambas as UGRHIs se classificam na faixa < 30% para


todos os períodos do cenário tendencial, sendo esta avaliada como “boa”. Observa-se nos
gráficos apresentados na Figura 223 e Figura 224 o balanço hídrico projetado para as
UPHs, comparando o ano de 2015 e 2027. O Desenho 21.1037/17 apresenta a demanda x
disponibilidade nas sub-bacias das UGRHIs 20 e 21.

343
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Figura 223. Gráficos demonstrando o comparativo de uso x disponibilidade nas sub-bacias da UGRHI 20 para o cenário tendencial.

Figura 224. Gráficos demonstrando o comparativo de uso x disponibilidade nas sub-bacias da UGRHI 21 para o cenário tendencial.

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Figura 225. Gráfico demonstrando o comparativo de uso x disponibilidade nas sub-bacias de abastecimento urbano da UGRHI 20.

Figura 226. Gráfico demonstrando o comparativo de uso x disponibilidade nas sub-bacias de abastecimento urbano da UGRHI 21.

345
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5.2.5.1 Demanda subterrânea em relação às reservas explotáveis

A Figura 227 e Figura 228 apresentam os usos consuntivos e a disponibilidade


existente nas UGRHIs 20 e 21 referentes à água subterrânea. O balanço entre a demanda
em relação as reservas explotáveis da UGRHI 20 utiliza somente 12,7% da água total
disponível na UGRHI, aumentando a demanda para 14,8% do total da água subterrânea
disponível, no cenário tendencial em 2027, sendo considerado um bom índice. A UGRHI 21
apresenta desempenho similar, utilizando 13,5% da reserva explotável e atingindo uma
quantia de 15,3% em 2027 no cenário tendencial.

Consideramos para o balanço hídrico que não haverá alterações na disponibilidade


hídrica subterrânea. É importante salientar que poços irregulares, que podem modificar a
demanda de água subterrânea, não foram considerados para o cálculo do balanço hídrico.

Figura 227. Gráfico demonstrando a evolução do comparativo de uso x disponibilidade de


água subterrânea da UGRHI-20 para o cenário tendencial.

346
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Figura 228. Gráfico demonstrando a evolução do comparativo de uso x disponibilidade de


água subterrânea da UGRHI-21 para o cenário tendencial.

Pode-se concluir que ambas as UGRHIs não possuem problemas quanto ao


balanço hídrico subterrâneo, uma vez que a maior parte da utilização de água é referente a
mananciais superficiais.

5.2.6 Qualidade das Águas

No que concerne à qualidade das águas, as UGRHIs 20 e 21 apresentam bom


desempenho geral, quando avaliadas pelos diferentes índices. Desta maneira, espera-se
que esse desempenho seja mantido e as reclassificações sejam no sentido de melhoria da
qualidade.

O Índice de Qualidade das Águas (IQA), que reflete a contaminação dos corpos
d´água principalmente pelo lançamento de efluentes, uma vez que este índice foi
desenvolvido para avaliar a qualidade das aguas tendo como determinante principal sua
utilização para o abastecimento público considerando aspectos relativos ao tratamento
dessas águas, é determinado, na UGRHI-20, por 10 (dez) estações de monitoramento a
partir de 2015. Estas, localizadas nos rios Aguapeí, Iacri, Tibiriçá, Córrego Água do Norte,
Reservatório Cascata e Ribeirão das Marrecas.

Na UGRHI-21, o índice de qualidade de águas é determinado por cinco estações,


localizadas no Reservatório do Arrependido e no Rio do Peixe.

347
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No geral, ambas as UGRHIs se mantiveram classificadas como “boa”, com pouca


variação entre “ótima” e “regular”.

Figura 229. Evolução do Índice de qualidade de água nas UGRHIS 20 e 21.


Fonte: CETESB, 2016.

De acordo com os dados apresentados na Figura 229, conclui-se que apesar do


aumento da população e aumento da economia regional, o índice de qualidade de água nos
pontos analisados conseguiu se manter classificado como bom.

Dos pontos analisados na bacia, apenas 1 não se enquadrou na categoria “boa” em


2015, sendo este o ponto do Rio Tibiriçá, em Marília (Ponto TBIR03300). Analisando a
tendência, ceteris paribus, de comportamento de todos os pontos com dados entre 2011 e
2015, constata-se que:

 8 pontos apresentam a tendência de aumento do IQA, conquistando uma classe


melhor na avaliação da CETESB;

 2 pontos pontos apresentam a tendência de redução do IQA, reduzindo a classe na


avaliação da CETESB;

Em relação ao IVA – Índice de qualidade para proteção da vida aquática, em que


são analisados 2 pontos na UGRHI-20 e 3 pontos na UGRHI-21, houve melhoras em alguns
pontos e piora em outros comparando 2011 a 2015. Para a UGRHI-20, de 2011 para 2015
houve a evolução de um ponto considerado péssimo, para regular, e também um ponto que
estava considerado como bom, passou para regular. A UGRHI-21 manteve o mesmo
padrão, de pontos classificados como ruins e bons, estão classificados como regular.

348
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Figura 230. Evolução do Índice de qualidade de água para proteção da vida aquática nas
UGRHIS 20 e 21.
Fonte: CETESB, 2016.

Quanto às águas subterrâneas, os dados disponibilizados para o indicador de


classificação das águas subterrâneas mostraram que o desempenho da UGRHI-20 e
UGRHI-21 apresentaram bons resultados, de 30 amostras que foram analisadas em cada
UGRHI, a UGRHI-20 apresentou 23 amostras classificadas como potável, e a UGRHI-21,
apresentou 20 amostras classificadas como potável. Em ambas as UGRHIs, analisando
desde 2010, houve melhoras nos resultados, e no ano de 2015 diminuiu o número de
amostras classificadas como potável em relação ao ano anterior conforme mostra a Figura
231.

Figura 231. Classificação da água subterrânea (nº de amostras por categoria)


– UGRHIS 20 e 21.
Fonte: CRHi, 2016.

Quanto ao indicador de Potabilidade das águas subterrâneas (IPAS), a UGRHI-20


obteve resultado bom em todos os anos. A UGRHI-21 se manteve no limiar entre boa7 e
regular8, obtendo os piores resultados em 2013 e 2015.

7
% de amostras em conformidade com os padrões de potabilidade > 67%
8
33% < % de amostras em conformidade com os padrões de potabilidade ≤ 67%

349
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Plano de Bacia

IPAS (%) Parâmetros Desconformes

2010 89,3 Nitrato, coliformes totais


2012 85,7 Bário, E. coli , coliformes totais

2013 82,1 Nitrato, crômio, bário


Bário, crômio total, ferro, bactérias heterotróficas,
2014 86,7
coliformes totais
Bário, crômio, ferro, nitrato, coliformes totais, bactérias
2015 76,7
heterotróficas
Figura 232. IPAS – Indicador de Potabilidade das águas subterrâneas da UGRHI-20.
Fonte: CETESB, 2016.

IPAS (%) Parâmetros Desconformes


2010 74,1 Nitrato, crômio
2012 67,9 Crômio, bário
2013 60,7 Nitrato, crômio, bário
2014 70,0 Crômio total, bário
2015 66,7 Crômio, nitrato, bário
Figura 233. IPAS – Indicador de Potabilidade das águas subterrâneas da UGRHI-21.
Fonte: CETESB, 2016.

Ressalta-se que dados obtidos no monitoramento da água subterrânea não


registraram concentrações de nitrato acima de 10 mg/L (Portaria do Ministério da Saúde n°
2914/11. 26). A UGRHI-20, que em 2013 chegou a ter 12 amostras com Nitrato acima do
permitido, conseguiu reduzir para 5 em 2015. Já a UGRHI-21, que em 2014 não apresentou
nenhuma amostra com valores superiores ao indicado pelo Ministério da Saúde, registrou 5
amostras inadequadas.

Figura 234. Concentração de nitrato: nº de amostras em relação ao valor


de referência da UGRHI-20.
Fonte: CETESB, 2016.

350
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Plano de Bacia

As UGRHI-20 e 21 apresentam baixa densidade de pontos de monitoramento de


qualidade das águas subterrâneas: apenas 14 pontos cada. Na UGRHI-20, os pontos estão
localizados nos seguintes municípios: Clementina, Dracena, Marília, Monte Castelo, Nova
Independência, Panorama, Parapuã, Piacatu, Pompéia, Pompéia, Rubiácea, Salmourão,
Santa Mercedes e Tupã. Na UGRHI-21, os municípios abrangidos são: Alfredo Marcondes,
Bastos, Caiabu, Caiuá, Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Irapuru, Lupércio, Mariápolis,
Marília, Oriente, Presidente Prudente, Quatá e Sagres. A baixa densidade desse pontos
(conforme já demonstrado no mapa de pontos de monitoramento de águas subterrâneas no
diagnóstico deste PB), dificulta a real verificação das situações das águas subterrâneas na
região. O Desenho 26.1037/17, em anexo, apresenta a localização dos pontos de
monitoramento qualitativo e quantitativo nos municípios das UGRHIs 20 e 21.

Em termos tendenciais, o aumento do número de pontos de monitoramento deve


levar ao cenário de mais pontos com problemas de qualidade da água dos que os atuais,
concentrados nos grandes cursos d’água. Especialmente em relação a qualidade da água
subterrânea, de suma importância para o abastecimento público, nota-se uma leve
tendência de piora na qualidade destas águas. Os parâmetros Bário e Cromo, apesar de
serem de ocorrências naturais, assim como o Nitrato, de carátes antrópico, causam sérios
problemas para a utilização das águas, muitas vezes inutilizando o poço. Sendo assim, o
aumento da rede de monitormanto é fundamental para a solidificação do conhecimento da
ocorrência destes “contaminantes” através da extensão da UGRHI 20 e 21.

Todavia, ao analisarmos a evolução dos pontos já existentes, tem-se uma


tendência de manutenção dos padrões atuais de qualidade, uma vez que não são
esperadas grandes alterações em temos de produção de carga orgânica doméstica ou
industrial na UGRHI-20 e 21, pelo contrário, espera-se que o Município de Marília consiga
realizar o tratamento do seu esgoto, melhorando significativamente a qualidade das águas
em toda a área do CBH-AP.

5.2.7 Saneamento Básico

O saneamento básico está intimamente ligado aos recursos hídricos, uma vez que
todo o abastecimento e afastamento dos esgotos são planejados a partir dos recursos
hídricos.

A partir dos dados identificados no diagnóstico específico e das metas principais


estabelecidas, foi sumarizado um conjunto de indicadores propostos para monitorar a
eficácia das ações a serem implementadas na Bacia.

351
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

5.2.7.1 Abastecimento de água potável

A média geral de atendimento de água atual da UGRHI 20 é de 99,5% e da UGRHI


21 é 99,3%. A projeção para o abastecimento público teve por base dados de evolução da
população e os índices de abastecimento urbano atual de água (Figura 235 e Figura 236).

Em relação à distribuição de água, não há qualquer mudança significativa nas


UGRHIs em todos os cenários. Isso ocorreu, pois a maior parte dos municípios já possui
abastecimento de 100% ou próximo deste valor. Assim, as mudanças foram muito pequenas
e ocorreram somente em alguns municípios: Herculândia na UGRHI 20; Flórida Paulista,
Ouro Verde e Pracinha, na UGRHI 21. No entanto, haverá necessidade de investimento no
sistema de abastecimento, uma vez que haverá aumento da população em maior ou menor
intensidade, de acordo com cada cenário. O Desenho 22.1037/17 apresenta o índice de
abastecimento de água nos três cenários estudados.

Quadro 171. Indicadores propostos para avaliação da distribuição de água – UGRHI 20.
Distribuição de água (%)

População Abastecimento Cenário Cenário Cenário


Município atual (2015)
Urbana 2015 Tendencial Recessivo Acelerado
Urbano Total 2027 2027 2027
Álvaro de Carvalho 3.171 100 65 100 100 100
Arco-Íris 1.126 99 60 99 99 99
Clementina 7.454 100 96 100 100 100
Dracena 40.986 100 93 100 100 100
Gabriel Monteiro 2.335 100 86 100 100 100
Garça 39.608 100 93 100 100 100
Getulina 8.589 100 80 100 100 100
Guaimbê 4.889 95 81 95 95 95,2
Herculândia 8.318 94 81 94 94 95
Iacri 5.199 100 82 100 100 100
Júlio Mesquita 4.315 100 95 100 100 100
Lucélia 17.833 100 87 100 100 100
Luiziânia 5.035 96 86 96 96 95,9
Monte Castelo 3.271 100 81 100 100 100
Nova Guataporanga 1.934 100 88 100 100 100
Nova Independência 2.831 100 83 100 100 100
Pacaembu 9.681 100 74 100 100 100
Panorama 14.545 100 97 100 100 99,9
Parapuã 8.984 100 84 100 100 100
Paulicéia 5.842 100 86 100 100 100
Piacatu 5.058 100 90 100 100 100

352
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Plano de Bacia

Distribuição de água (%)

População Abastecimento Cenário Cenário Cenário


Município atual (2015)
Urbana 2015 Tendencial Recessivo Acelerado
Urbano Total 2027 2027 2027
Pompéia 19.293 100 93 100 100 100
Queiroz 2.672 100 88 100 100 100
Quintana 5.759 100 92 100 100 100
Rinópolis 8.805 98 86 98 98 98
Salmourão 4.579 96 84 96 96 95,6
Santa Mercedes 2.518 100 89 100 100 100
Santópolis do Aguapeí 4.358 95 87 95 95 95
São João do Pau d'Alho 1.711 100 84 100 100 100
Tupã 60.580 100 96 100 100 100
Tupi Paulista 11.594 100 79 100 100 100
Vera Cruz 9.409 100 89 100 100 100
Total/ Média ponderada 332.285 99,5 85,5 99,5 99,5 99,5
Fonte: SABESP e coleta de dados primários nos municípios, 2015 e previsões.

Figura ilustrativa

Figura 235. Projeção do abastecimento urbano na UGRHI 20.

353
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Plano de Bacia

Quadro 172. Indicadores propostos para avaliação da distribuição de água – UGRHI 21.
Distribuição de água (%)

População Abastecimento Cenário Cenário Cenário


Município
urbana 2015 atual – (2015) Tendencial Recessivo Acelerado

Urbano Total 2027 2027 2027


Adamantina 32.398 100 96 100 100 100
Alfredo Marcondes 3.429 100 88 100 100 100
Álvares Machado 21.412 100 91 100 100 100
Bastos 17.725 100 87 100 100 100
Borá 629 100 78 100 100 100
Caiabu 3.420 100 84 100 100 100
Emilianópolis 2.609 100 85 100 100 100
Flora Rica 1.396 97 80 97 97 97
Flórida Paulista 9.821 94 70 94 94 95
Indiana 4.173 100 87 100 100 100
Inúbia Paulista 3.362 95 81 95 95 95
Irapuru 5.333 100 71 100 100 100
Junqueirópolis 16.241 100 84 100 100 100
Lutécia 2.176 100 82 100 100 100
Mariápolis 3.281 100 83 100 100 100
Marília 214.551 99 94 99 99 99
Martinópolis 21.349 100 86 100 100 100
Oriente 5.844 100 95 100 100 100
Oscar Bressane 2.156 99 83 99 99 99
Osvaldo Cruz 28.207 100 91 100 100 100
Ouro Verde 7.489 94 82 94 94 95
Piquerobi 2.744 100 78 100 100 100
Pracinha 1.378 85 35 90 85 95
Ribeirão dos Índios 1.874 100 87 100 100 100
Sagres 1.904 100 80 100 100 100
Santo Expedito 2.639 100 91 100 100 100
Total/ Média
417.540 99,3 82,5 99,3 99,3 99,4
ponderada
Fonte: SABESP e coleta de dados primários nos municípios, 2015 e previsões.

Vale ressaltar que a distribuição de água descrita nos Quadro 171 e Quadro 172,
leva em consideração apenas população urbana do município, sendo que os municípios da
UGRHIs apresentam habitantes em área rural.

354
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

O índice médio atual de perdas de água no sistema dos municípios da UGRHI 20 é


de 22%, sendo classificado como bom, enquanto a UGRHI 21 é classificada como regular
por apresentar um índice de perdas de 32%. No cenário tendencial em 2027, espera-se que
a UGRHI 20 reduza o índice de perdas para 19% e a 21 para 31%, ambas permanecendo
nas mesmas classes.

Figura ilustrativa

Figura 236. Projeção do abastecimento urbano na UGRHI 21.

Para os municípios alcançarem os índices propostos, é necessário um maior


investimento em ações relacionadas às obras de combate a perdas (troca de redes,
instalações de macromedidores, instalações de hidrômetros, entre outras).

Para redução do índice de perdas em municípios operados pela Sabesp, há


previsão de investimentos nos próximos anos (período de 2014-2023) apenas nos
municípios de Garça e Getulina. Em Garça, está previsto um projeto de implantação de
melhorias no sistema de abastecimento no valor de cerca de R$ 10 milhões para 2018. Em
Getulina, consta investimento em rede de distribuição em cimento amianto no valor de R$

355
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

30 mil. O Desenho 23.1037/17 apresenta o índice de perdas por município para os três
cenários, em anexo.

Quadro 173. Indicadores propostos para avaliação da perda de água – UGRHI 20.
Perda de água (%)
População Cenário Cenário Cenário
Município
Urbana 2015 Tendencial Recessivo Acelerado
2015 2027 2027 2027
Álvaro de Carvalho 3.171 24 21 24 19
Arco-Íris 1.126 9 6 9 4
Clementina 7.454 17 15 17 12
Dracena 40.986 23 20 23 18
Gabriel Monteiro 2.335 10 7 10 5
Garça 39.608 35 33 35 30
Getulina 8.589 20 18 20 15
Guaimbê 4.889 3 1 3 0
Herculândia 8.318 SD SD SD SD
Iacri 5.199 18 16 18 13
Júlio Mesquita 4.315 56 53 56 51
Lucélia 17.833 28 25 28 23
Luiziânia 5.035 8 6 8 3
Monte Castelo 3.271 SD SD SD SD
Nova Guataporanga 1.934 25 22 25 20
Nova Independência 2.831 SD SD SD SD
Pacaembu 9.681 7 5 7 2
Panorama 14.545 20 18 20 15
Parapuã 8.984 8 6 8 3
Paulicéia 5.842 31 28 31 26
Piacatu 5.058 24 21 24 19
Pompéia 19.293 27 24 27 22
Queiroz 2.672 8 5 8 3
Quintana 5.759 13 10 13 8
Rinópolis 8.805 15 13 15 10
Salmourão 4.579 19 16 19 14
Santa Mercedes 2.518 17 15 17 12
Santópolis do Aguapeí 4.358 15 12 15 10
São João do Pau d'Alho 1.711 SD SD SD SD
Tupã 60.580 19 17 19 14
Tupi Paulista 11.594 10 7 10 5
Vera Cruz 9.409 21 18 21 16
Total/ Média ponderada 332.285 22 19 22 17
Fonte: SABESP e coleta de dados primários nos municípios, 2015 e previsões.

356
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa
Figura ilustrativa
Figura 237. Projeção do índice de perdas no abastecimento urbano na UGRHI 20.

Quadro 174. Indicadores propostos para avaliação da perda de água – UGRHI 21.
Perda de água (%)
População Cenário Cenário Cenário
Município
Urbana 2015 Tendencial Recessivo Acelerado
2015 2027 2027 2027
Adamantina 32.398 24 21 24 19
Alfredo Marcondes 3.429 21 18 21 16
Álvares Machado 21.412 17 15 17 12
Bastos 17.725 11 8 11 6
Borá 629 23 20 23 18
Caiabu 3.420 14 12 14 9
Emilianópolis 2.609 15 12 15 10
Flora Rica 1.396 28 25 28 23
Flórida Paulista 9.821 19 16 19 14
Indiana 4.173 15 13 15 10
Inúbia Paulista 3.362 21 19 21 16
Irapuru 5.333 63 60 63 58
Junqueirópolis 16.241 SD SD SD SD
Lutécia 2.176 20 17 20 15
Mariápolis 3.281 5 2 5 0

357
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Plano de Bacia

Perda de água (%)


População Cenário Cenário Cenário
Município
Urbana 2015 Tendencial Recessivo Acelerado
2015 2027 2027 2027
Marília 214.551 51 48 51 46
Martinópolis 21.349 42 39 42 37
Oriente 5.844 30 27 30 25
Oscar Bressane 2.156 19 17 19 14
Osvaldo Cruz 28.207 22 20 22 17
Ouro Verde 7.489 21 19 21 16
Piquerobi 2.744 4 1 4 0
Pracinha 1.378 15 13 15 10
Ribeirão dos Índios 1.874 14 11 14 9
Sagres 1.904 20 18 20 15
Santo Expedito 2.639 18 15 18 13
Total/ Média ponderada 417.540 32 31 33 30
Fonte: SABESP e coleta de dados primários nos municípios, 2015 e previsões.

Figura ilustrativa
Figura 238. Projeção do índice de perdas no abastecimento urbano na UGRHI 21.

358
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Plano de Bacia

Diretrizes e critérios orientativos para Planos municipais de saneamento


considerando medidas relativas ao abastecimento de água:

• Estabelecer normas rigorosas para controle de captações e lançamentos nos cursos


d'água da bacia, incluindo cadastro permanente de usuários de água,
periodicamente atualizado;
• Propor estratégias para coibir o uso abusivo de água potável nos sistemas de
abastecimento e para evitar o desperdício e perdas na rede;
• Tornar as áreas de recomposição de mata ciliar em áreas de preservação
permanente, segundo legislação municipal e estadual (principalmente em cabeceiras
de mananciais de abastecimento público);
• Propor um plano de uso da água para irrigação, tendo em vista as culturas da região,
a disponibilidade hídrica e as características pedológicas da região;
• Incentivo os municípios participantes do CBH-AP a elaborarem e executarem planos
municipais de recursos hídricos;
• Valorização das cidades que desenvolvam programas voltados ao conceito de
“cidades produtoras de águas”, como proposto por Leal e Herrmann (1999).

• Projeção fontes alternativas

As UGRHIs 20 e 21 apresentam baixa densidade de pontos de monitoramento de


qualidade das águas subterrâneas: apenas 14 pontos cada, dificultando, assim, a real
verificação das situações das águas subterrâneas na região.

A projeção das fontes alternativas para abastecimento de água foi realizada a partir
dos dados de cadastro de outorgas do DAEE. Os usuários considerados foram uso rural,
condomínio, urbano, soluções alternativas, aquicultor, irrigante, uso comunitário e loteador,
entretanto só foram quantificados que constavam como finalidade sanitária, portanto trata-se
da população que não é atendida pela rede de abastecimento dos municípios.

A vazão total outorgada é de 5.760m³/h (1,6 m³/s) para a UGRHIs 20 e 1.980 m³/h
(0,55 m³/s) para a 21. Desta forma a projeção foi realizada com base neste dado de vazão e
a projeção de crescimento da população não atendida no cenário tendencial pelo
abastecimento de água convencional. Os dados do Quadro 175 apresenta a projeção das
fontes alternativas para a UGRHIs 20 e 21.

359
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 175. Projeção das fontes alternativas para a UGRHIs 20 e 21 – Cenário tendencial.
2019 2023 2027
UGRHI

Vazão Vazão Pop.nã Vazão


Pop.não
Pop. Pop.não fontes Pop. fontes Pop. o fontes
atendid
total atendida alternativa total alternativ Total atendid alternativ
a
s (m³/s) as (m³/s) a as (m³/s)
373.61 378.21
20 58.903 1,605 59.108 1,611 383.062 59.335 1,617
0 5
464.64 472.61
21 34.077 0,553 34.283 0,556 480.831 34.503 0,560
7 3

Figura 239. Projeção de fontes alternativas de abastecimento na UGRHI 20

Figura 240. Projeção de fontes alternativas de abastecimento na UGRHI 21

É possível observar que a vazão das fontes alternativas cresce na mesma


proporção que o crescimento da população, considerando que os índices de abastecimento
da população nos municípios das UGRHIs 20 e 21 sejam mantidos.

360
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

5.2.7.2 Esgotamento sanitário

A média geral de atendimento por coleta de esgoto na UGRHI 20 é de 91%,


enquanto na UGRHI 21 é de 93%. A maior parte dos municípios é considerada como regular
com índices entre 50 e 90% de atendimento. Destaca-se o município de Paulicéia, da
UGRHI 20, que possui a menor taxa de atendimento (46%), enquadrada como ruim.

A projeção para o índice de atendimento no cenário tendencial define que, apesar


da melhora na cobertura da coleta de esgoto, todos os municípios continuam enquadrados
nas mesmas classes para a UGRHI 20 (Figura 241). Na UGRHI 21, três municípios
passaram a ser avaliados na classe “bom”, sendo eles Alfredo Marcondes, Emilianópolis e
Ribeirão dos Índios (Figura 242).

Quadro 176. Indicadores propostos para coleta de esgoto – UGRHI 20.


Coleta de esgoto (%)
População Cenário Cenário Cenário
Município Tendencial Recessivo Acelerado
Urbana 2015
2015 2027 2027 2027
Álvaro de Carvalho 3.171 63 66 63 68
Arco-Íris 1.126 56 58 56 61
Clementina 7.454 95 98 95 100
Dracena 40.986 92 95 92 97
Gabriel Monteiro 2.335 92 95 92 97
Garça 39.608 91 93 91 96
Getulina 8.589 100 100 100 100
Guaimbê 4.889 95 98 95 100
Herculândia 8.318 77 79 77 82
Iacri 5.199 83 86 83 88
Júlio Mesquita 4.315 96 99 96 100
Lucélia 17.833 86 89 86 91
Luiziânia 5.035 87 90 87 92
Monte Castelo 3.271 79 82 79 84
Nova Guataporanga 1.934 91 93 91 96
Nova Independência 2.831 80 82 80 85
Pacaembu 9.681 84 86 84 89
Panorama 14.545 96 99 96 100
Parapuã 8.984 87 89 87 92
Paulicéia 5.842 46 48 46 51
Piacatu 5.058 95 97 95 100
Pompéia 19.293 100 100 100 100
Queiroz 2.672 98 100 98 100
Quintana 5.759 97 99 97 100
Rinópolis 8.805 72 75 72 77
Salmourão 4.579 84 87 84 89

361
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Plano de Bacia

Coleta de esgoto (%)


População Cenário Cenário Cenário
Município Tendencial Recessivo Acelerado
Urbana 2015
2015 2027 2027 2027
Santa Mercedes 2.518 84 86 84 89
Santópolis do Aguapeí 4.358 91 94 91 96
São João do Pau d'Alho 1.711 81 84 81 86
Tupã 60.580 97 100 97 100
Tupi Paulista 11.594 99 100 99 100
Vera Cruz 9.409 83 86 83 88
Total/ Média ponderada 332.285 91 93 90 94

Figura ilustrativa

Figura 241. Projeção do índice de coleta de esgoto na UGRHI 20.

362
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 177. Indicadores propostos para coleta de esgoto – UGRHI 21.


Índice de coleta de esgoto (%)
População Cenário Cenário Cenário
Município
Urbana 2015 Tendencial Recessivo Acelerado
2015 2027 2027 2027
Adamantina 32.398 98,02 100,0 98,02 100,00
Alfredo Marcondes 3.429 88,44 90,9 88,44 93,44
Álvares Machado 21.412 96,61 99,1 96,61 100,00
Bastos 17.725 87,00 89,5 87,00 92,00
Borá 629 100,00 100,0 100,00 100,00
Caiabu 3.420 71,64 74,1 71,64 76,64
Emilianópolis 2.609 88,41 90,9 88,41 93,41
Flora Rica 1.396 76,50 79,0 76,50 81,50
Flórida Paulista 9.821 72,74 75,2 72,74 77,74
Indiana 4.173 95,00 97,5 95,00 100,00
Inúbia Paulista 3.362 82,74 85,2 82,74 87,74
Irapuru 5.333 70,60 73,1 70,60 75,60
Junqueirópolis 16.241 82,23 84,7 82,23 87,23
Lutécia 2.176 84,90 87,4 84,90 89,90
Mariápolis 3.281 80,28 82,8 80,28 85,28
Marília 214.551 96,99 99,5 96,99 100,00
Martinópolis 21.349 100,00 100,0 100,00 100,00
Oriente 5.844 94,70 97,2 94,70 99,70
Oscar Bressane 2.156 80,27 82,8 80,27 85,27
Osvaldo Cruz 28.207 90,55 93,1 90,55 95,55
Ouro Verde 7.489 86,15 88,7 86,15 91,15
Piquerobi 2.744 74,15 76,7 74,15 79,15
Pracinha 1.378 87,03 89,5 87,03 92,03
Ribeirão dos Índios 1.874 87,80 90,3 87,80 92,80
Sagres 1.904 80,29 82,8 80,29 85,29
Santo Expedito 2.639 85,82 88,3 85,82 90,82
Total/ Média ponderada 417.540 93 96 94 97

363
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 242. Projeção do índice de coleta de esgoto na UGRHI 21.

 Tratamento

Os municípios da UGRHI 20 tratam 98% do esgoto coletado, enquanto a UGRHI 21


trata apenas 50%. O resultado da UGRHI 21 se deve exclusivamente à Marília, que trata
apenas 3%, enquanto todos os outros municípios tratam 100%. A projeção para o índice de
tratamento de esgoto coletado é de que com o crescimento populacional, os municípios da
UGRHI 20 apresentem índice de 92% no cenário tendencial em 2027, enquanto a UGRHI 21
mantém o tratamento em 50%. Apenas no cenário acelerado a UGRHI 21 alcança 100% de
tratamento da coleta de esgoto, uma vez que há projeção de Marília realizar o tratamento de
100% do esgoto coletado. Os indicadores de eficiência na gestão propostos para coleta e
tratamento de esgoto encontram-se apresentados no Quadro 178 e Quadro 179.

O Desenho 24.1037/17, em anexo, apresenta a distribuição dos índices de


tratamento de esgotos nos municípios das UGRHIS 20 e 21, nos três cenários estudados.

364
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 178. Indicadores propostos para tratamento de esgoto – UGRHI 20.


Tratamento de esgoto (%)
População Cenário Cenário Cenário
Município Tendencial Recessivo Acelerado
Urbana 2015
2015 2027 2027 2027
Álvaro de Carvalho 3.171 100 100 100 100
Arco-Íris 1.126 100 100 100 100
Clementina 7.454 100 100 100 100
Dracena 40.986 100 100 100 100
Gabriel Monteiro 2.335 100 100 100 100
Garça 39.608 100 100 100 100
Getulina 8.589 89 92 89 100
Guaimbê 4.889 84 87 84 100
Herculândia 8.318 100 100 100 100
Iacri 5.199 100 100 100 100
Júlio Mesquita 4.315 100 100 100 100
Lucélia 17.833 100 100 100 100
Luiziânia 5.035 100 100 100 100
Monte Castelo 3.271 100 100 100 100
Nova Guataporanga 1.934 100 100 100 100
Nova Independência 2.831 100 100 100 100
Pacaembu 9.681 62 64 62 100
Panorama 14.545 100 100 100 100
Parapuã 8.984 100 100 100 100
Paulicéia 5.842 100 100 100 100
Piacatu 5.058 100 100 100 100
Pompéia 19.293 100 100 100 100
Queiroz 2.672 100 100 100 100
Quintana 5.759 100 100 100 100
Rinópolis 8.805 100 100 100 100
Salmourão 4.579 100 100 100 100
Santa Mercedes 2.518 100 100 100 100
Santópolis do Aguapeí 4.358 100 100 100 100
São João do Pau d'Alho 1.711 100 100 100 100
Tupã 60.580 100 100 100 100
Tupi Paulista 11.594 100 100 100 100
Vera Cruz 9.409 100 100 100 100
Total/ Média ponderada 332.285 98 92 89 100
Fonte: CETESB, SABESP, 2015.

365
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 243. Projeção do índice de tratamento de esgoto na UGRHI 20.

Quadro 179. Indicadores propostos para tratamento de esgoto – UGRHI 21.


Tratamento de esgoto (%)
População Cenário Cenário Cenário
Município
Urbana 2015 Tendencial Recessivo Acelerado
2015 2027 2027 2027
Adamantina 32.398 100 100 100 100
Alfredo Marcondes 3.429 100 100 100 100
Álvares Machado 21.412 100 100 100 100
Bastos 17.725 100 100 100 100
Borá 629 100 100 100 100
Caiabu 3.420 100 100 100 100
Emilianópolis 2.609 100 100 100 100
Flora Rica 1.396 100 100 100 100
Flórida Paulista 9.821 100 100 100 100
Indiana 4.173 100 100 100 100
Inúbia Paulista 3.362 100 100 100 100
Irapuru 5.333 100 100 100 100
Junqueirópolis 16.241 100 100 100 100
Lutécia 2.176 100 100 100 100

366
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Plano de Bacia

Tratamento de esgoto (%)


População Cenário Cenário Cenário
Município
Urbana 2015 Tendencial Recessivo Acelerado
2015 2027 2027 2027
Mariápolis 3.281 100 100 100 100
Marília 214.551 3 6 3 100
Martinópolis 21.349 100 100 100 100
Oriente 5.844 100 100 100 100
Oscar Bressane 2.156 100 100 100 100
Osvaldo Cruz 28.207 100 100 100 100
Ouro Verde 7.489 100 100 100 100
Piquerobi 2.744 100 100 100 100
Pracinha 1.378 100 100 100 100
Ribeirão dos Índios 1.874 100 100 100 100
Sagres 1.904 100 100 100 100
Santo Expedito 2.639 100 100 100 100
Total/ Média ponderada 417.540 50 50 50 100
Fonte: CETESB, SABESP, 2015.

Figura ilustrativa

Figura 244. Projeção do índice de tratamento de esgoto na UGRHI 21.

367
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Plano de Bacia

 Geração de esgoto

A projeção da carga orgânica potencial de cada município é calculada a partir da


projeção da população e da carga de matéria orgânica gerada por habitante, por dia,
representada pela DBO. O valor obtido da literatura é de 54 g/hab.dia. Com a projeção da
carga potencial gerada pela população do município e as porcentagens de coleta e
tratamento, bem como a eficiência do sistema de tratamento dos esgotos, calcula-se a
previsão da carga orgânica remanescente, ou seja, aquela que será lançada nos corpos
hídricos receptores.

Os habitantes dos municípios da UGRHI 20 geraram em 2015, uma carga orgânica


total de 19,948 kgDBO/dia; na UGRHI 21, foi gerada uma carga orgânica de 24.685
kgDBO/dia. De acordo com a previsão de crescimento da população no cenário tendencial,
a carga orgânica potencial tratada irá aumentar 6% em 2027 na UGRHI 20 e 8% na 21.

Atualmente, na UGRHI 20, os municípios de Arco-Íris, Nova Independência,


Paulicéia e Rinópolis possuem índices de proporção de redução de carga orgânica poluidora
doméstica considerados “ruins”, abaixo de 50%; Garça, Getulina, Nova Guataporanga, e
Tupã foram considerados “bons” por estarem acima de 80%; todos os demais municípios
foram considerados “regulares”, apresentando resultados entre 50 e 80%. Na UGRHI 21, os
municípios considerados “ruins” são Junqueirópolis e Marília; por outro lado, Adamantina,
Álvares Machado, Borá e Martinópolis foram avaliados como “bons”; os demais foram
enquadrados como “regulares”.

Para os cenários recessivo e acelerado, os dados com as projeções para proporção


de redução de carga orgânica poluidora doméstica podem ser observados nas Figura 245 e
Figura 246. A projeção leva em consideração que serão realizadas ações referentes à
melhoramentos nas estações de tratamento de efluentes.

Em relação à eficiência no tratamento, na UGRHI-20, 40% dos municípios são


considerados “bons”, com valores maiores de 80%, enquanto apenas Paulicéia foi avaliada
como “ruim” por registrar 38%. Para a UGRHI 21, Junqueirópolis e Marília apresentam os
menores valores, 38 e 0%, respectivamente. Apenas Indiana, Irapuru, Osvaldo Cruz e
Piquerobi tiveram resultados “regulares”, assim, cerca de 77% da UGRHI foi avaliada como
“boa”.

A média da eficiência do tratamento de efluentes nos municípios da UGRHI 20 é


80%. Assim, a carga remanescente dos municípios da UGRHI 20, de acordo com a projeção
realizada para o período do Plano de Bacias, passa de 2.391 kgDBO/dia, em 2015, para

368
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

2.184 kgDBO/dia, em 2027, no cenário tendencial, diminuindo aproximadamente 9%, com


as previsões das melhorias na eficiência do tratamento, mesmo com o aumento da
população. A UGRHI 21 passa de uma carga remanescente de 13.217 kgDBO/dia em 2015
para 12.935 kgDBO/dia em 2027 no cenário tendencial, apresentando uma redução de 2%.

Figura ilustrativa

Figura 245. Projeção da proporção de redução da carga orgânica poluidora doméstica nos
municípios da UGRHI 20.

369
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 246. Projeção da proporção de redução da carga orgânica poluidora doméstica nos
municípios da UGRHI 21.

370
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 180. Indicadores da geração de esgoto e eficiência do tratamento para 2027– UGRHI 20.
Cenário tendencial Cenário recessivo Cenário acelerado
Proporção Proporção Proporção
Projeção DBO DBO Projeção DBO DBO Projeção DBO DBO
Município de redução de redução de redução
população potencial Projeção rema- população potencial Projeção rema- população potencial Projeção rema-
de carga de carga de carga
urbana tratada Eficiência nescente urbana tratada Eficiência nescente urbana tratada Eficiência nescente
poluidora poluidora poluidora
atendida (kg/dia) (kg/dia) atendida (kg/dia) (kg/dia) atendida (kg/dia) (kg/dia)
doméstica doméstica doméstica
Álvaro de Carvalho 2.303 124 98 64,52 2 2.180 118 96 60,48 5 2.835 153 100 68,20 0
Arco-Íris 603 33 85 49,40 5 638 34 83 45,88 6 688 37 88 53,04 5
Clementina 9.022 487 83 80,88 84 7.964 430 80 76,43 85 11.576 625 85 85,46 93
Dracena 40.932 2.210 90 84,90 232 38.929 2.102 87 80,36 273 44.488 2.402 92 89,57 192
Gabriel Monteiro 2.192 118 88 82,97 15 2.218 120 85 78,47 18 2.474 134 90 87,59 13
Garça 36.300 1.960 96 89,94 73 36.331 1.962 94 85,26 122 38.647 2.087 99 94,74 25
Getulina 8.663 468 95 95,42 21 8.858 478 93 92,92 34 9.431 509 98 97,92 11
Guaimbê 4.880 264 80 78,18 53 4.816 260 77 73,80 59 5.453 294 82 82,69 52
Herculândia 7.132 385 95 75,38 19 6.753 365 93 71,09 27 8.290 448 98 79,80 11
Iacri 4.339 234 89 75,93 27 4.434 239 86 71,64 33 4.865 263 91 80,35 23
Júlio Mesquita 4.483 242 85 83,41 37 4.267 230 82 78,89 41 4.814 260 87 87,18 33
Lucélia 16.950 915 86 76,06 129 15.964 862 83 71,76 143 18.878 1.019 88 80,48 118
Luiziânia 5.355 289 95 85,79 13 4.867 263 93 81,21 19 6.754 365 98 90,48 8
Monte Castelo 2.601 140 80 64,86 29 2.629 142 77 60,89 33 2.851 154 82 68,94 28
N. Guataporanga 1.816 98 97 90,43 3 1.791 97 95 85,74 5 1.987 107 100 95,25 0
N. Independência 3.015 163 63 51,56 61 2.650 143 60 48,00 57 4.341 234 65 55,25 82
Pacaembu 8.215 444 70 59,97 135 8.034 434 67 56,14 143 8.341 450 72 63,92 125
Panorama 15.091 815 76 75,05 194 14.406 778 74 70,75 205 16.297 880 79 78,64 188
Parapuã 7.727 417 97 86,35 15 7.865 425 94 81,76 25 8.264 446 99 91,06 4
Paulicéia 3.277 177 46 22,10 96 2.988 161 43 19,81 91 4.412 238 48 24,52 123
Piacatu 5.644 305 87 84,38 41 5.254 284 84 79,84 45 7.021 379 89 89,04 41
Pompéia 20.912 1.129 83 82,64 196 20.158 1.089 80 80,14 216 22.804 1.231 85 85,14 183
Queiroz 3.243 175 68 67,50 57 2.964 160 65 63,48 56 4.243 229 70 70,00 69
Quintana 6.324 342 84 83,42 55 5.893 318 81 78,90 59 7.083 383 86 86,42 52
Rinópolis 6.411 346 73 55,03 92 6.484 350 71 51,38 102 7.056 381 76 58,80 92
Salmourão 4.277 231 95 82,30 12 4.121 223 92 77,83 17 5.101 275 97 86,91 8

371
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Cenário tendencial Cenário recessivo Cenário acelerado


Proporção Proporção Proporção
Projeção DBO DBO Projeção DBO DBO Projeção DBO DBO
Município de redução de redução de redução
população potencial Projeção rema- população potencial Projeção rema- população potencial Projeção rema-
de carga de carga de carga
urbana tratada Eficiência nescente urbana tratada Eficiência nescente urbana tratada Eficiência nescente
poluidora poluidora poluidora
atendida (kg/dia) (kg/dia) atendida (kg/dia) (kg/dia) atendida (kg/dia) (kg/dia)
doméstica doméstica doméstica
Santa Mercedes 2.152 116 89 77,19 12 2.163 117 87 72,86 15 2.384 129 92 81,65 10
S. do Aguapeí 4.572 247 75 70,79 61 4.231 228 73 66,62 62 5.293 286 78 75,09 63
S. J. do Pau d'Alho 1.330 72 87 73,00 9 1.386 75 85 68,79 11 1.412 76 90 77,33 8
Tupã 59.800 3.229 93 92,51 242 58.454 3.157 90 87,40 315 59.082 3.190 95 95,01 159
Tupi Paulista 12.400 670 83 83,24 112 11.893 642 81 80,28 124 13.241 715 86 85,74 102
Vera Cruz 7.816 422 87 74,81 53 7.849 424 85 70,55 64 8.244 445 90 79,20 45
UGRHI 20 319.779 17.268 87 80,91 2.184 309.432 16.709 85 76,50 2.511 348.652 18.827 90 84,60 1.965

Quadro 181. Indicadores da geração de esgoto e eficiência do tratamento para 2027– UGRHI 21.
Cenário tendencial Cenário recessivo Cenário acelerado
Proporção Proporção Proporção
Projeção DBO DBO Projeção DBO DBO Projeção DBO DBO
Município de redução de redução de redução
população potencial Projeção rema- população potencial Projeção rema- população potencial Projeção rema-
de carga de carga de carga
urbana tratada Eficiência nescente urbana tratada Eficiência nescente urbana tratada Eficiência nescente
poluidora poluidora poluidora
atendida (kg/dia) (kg/dia) atendida (kg/dia) (kg/dia) atendida (kg/dia) (kg/dia)
doméstica doméstica doméstica
Adamantina 32.544 1.757 96 96,49 62 32.189 1.738 94 92,13 104 33.743 1.822 99 98,99 18
Alfredo Marcondes 3.166 171 90 81,54 18 3.191 172 87 77,09 22 3.715 201 92 86,12 16
Álvares Machado 21.466 1.159 95 93,90 61 20.955 1.132 92 89,11 88 22.218 1.200 97 97,24 33
Bastos 15.610 843 90 80,96 80 15.551 840 88 76,52 101 16.659 900 93 85,52 63
Borá 635 34 99 98,93 0 632 34 96 96,43 1 637 34 100 100,00 0
Caiabu 2.562 138 92 68,08 11 2.524 136 89 63,99 15 2.865 155 94 72,29 9
Emilianópolis 2.430 131 94 85,56 8 2.408 130 92 81,00 11 2.770 150 97 90,25 5
Flora Rica 968 52 99 78,25 0 1.044 56 97 73,86 2 1.055 57 100 81,50 0
Flórida Paulista 6.879 371 93 69,90 26 6.897 372 90 65,76 36 6.876 371 95 74,17 17
Indiana 4.020 217 76 74,02 52 4.003 216 73 69,75 57 4.296 232 78 78,42 50
Inúbia Paulista 3.131 169 91 77,19 16 2.960 160 88 72,86 19 3.548 192 93 81,65 13
Irapuru 3.620 195 86 62,93 27 3.630 196 84 59,02 32 3.615 195 89 66,98 22
Junqueirópolis 14.993 810 45 38,50 442 14.179 766 43 35,31 437 16.901 913 48 41,81 475
Lutécia 1.816 98 100 87,23 0 1.857 100 97 82,61 3 1.981 107 100 89,90 0
Mariápolis 2.772 150 90 74,88 14 2.757 149 88 70,61 18 3.195 173 93 79,27 12
Marília 232.137 12.535 8 7,46 11.595 216.828 11.709 5 4,85 11.123 242.507 13.095 10 10,00 11.786

372
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Cenário tendencial Cenário recessivo Cenário acelerado


Proporção Proporção Proporção
Projeção DBO DBO Projeção DBO DBO Projeção DBO DBO
Município de redução de redução de redução
população potencial Projeção rema- população potencial Projeção rema- população potencial Projeção rema-
de carga de carga de carga
urbana tratada Eficiência nescente urbana tratada Eficiência nescente urbana tratada Eficiência nescente
poluidora poluidora poluidora
atendida (kg/dia) (kg/dia) atendida (kg/dia) (kg/dia) atendida (kg/dia) (kg/dia)
doméstica doméstica doméstica
Martinópolis 22.955 1.240 88 88,03 148 22.526 1.216 86 85,53 176 25.015 1.351 91 90,53 128
Oriente 5.874 317 91 88,89 27 5.695 308 89 84,24 34 6.341 342 94 93,67 21
Oscar Bressane 1.764 95 95 78,37 5 1.775 96 92 73,99 7 1.977 107 97 82,86 3
Osvaldo Cruz 26.675 1.440 81 75,82 267 25.950 1.401 79 71,52 294 28.280 1.527 84 80,25 245
Ouro Verde 7.138 385 89 79,02 42 6.772 366 87 74,64 49 7.877 425 92 83,53 36
Piquerobi 2.102 113 86 65,54 16 2.092 113 83 61,54 19 2.354 127 88 69,65 15
Pracinha 1.272 69 91 81,65 6 1.218 66 89 77,19 7 1.326 72 94 86,23 5
R. dos Índios 1.645 89 95 85,68 5 1.664 90 92 81,11 7 1.793 97 97 90,37 3
Sagres 1.540 83 100 82,44 0 1.597 86 97 77,94 3 1.832 99 100 85,29 0
Santo Expedito 2.508 135 96 85,13 5 2.422 131 94 80,58 8 2.921 158 99 89,81 2
UGRHI 21 422.220 22.800 43 41,28 12.935 403.317 21.779 42 39,48 12.674 446.298 24.100 45 43,65 12.976

373
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 247. Projeção da eficiência do tratamento nos municípios da UGRHI 20.

374
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 248. Projeção da eficiência do tratamento nos municípios da UGRHI 21.

Critérios e diretrizes orientativos para Planos municipais de saneamento


considerando o esgotamento sanitário

 Enquadramento da maior parte dos cursos d'água em classes de qualidade


associadas a seus usos (resoluções CONAMA 20/1986 e CONAMA 357/05 ou
decreto estadual 8.468/76), por meio de estudos específicos ao nível do CBH-SM;

 Implantação de dispositivos de proteção dos corpos d'água contra extravasamentos


dos sistemas de bombeamento dos esgotos;

 Extensão da cobertura de atendimento do sistema de coleta, tratamento ou


exportação de esgotos;

 Promoção da eficiência e melhoria das condições operacionais dos sistemas


implantados.

375
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

5.2.7.3 Manejo de Resíduos Sólidos

A projeção de geração de resíduos sólidos nos municípios das UGRHI-20 e 21 foi


realizada com base na projeção da população e dos índices de produção por habitante
apresentado no Quadro 182.

Quadro 182. Índices estimativos de geração per capita de resíduos sólidos urbanos, em função
da população urbana.
População (hab) Produção (kg/hab.dia)
< 25.000 0,7
De 25.001 a 100.000 0,8
De 100.001 a 500.000 0,9
Maior que 500.000 1,1
Fonte: CETESB, 2015.

Os índices utilizados para apurar a projeção de resíduos gerados pelos municípios


consideram os resíduos da população total e não abrange a população flutuante. Os
indicadores de geração de resíduos sólidos encontram-se apresentados no Quadro 183 e
Quadro 184.

Os municípios da UGRHI-20 geraram em 2015, 7,9 toneladas de lixo por dia, em


média. A projeção é de que, para o ano de 2027, no cenário tendencial, haja um aumento na
geração de lixo de aproximadamente 12% em relação ao ano de 2015, passando a gerar um
total de 283,2 toneladas de lixo por dia.

Quadro 183. Projeção de índices de geração diária de resíduos sólidos urbanos em 2027 -
UGRHI-20 .
Cenário Cenário Cenário
2015
tendencial recessivo acelerado
Municípios
Lixo Projeção Lixo Projeção Lixo Projeção Lixo
(t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia)
Álvaro de Carvalho 2,2 3,7 3,6 3,9
Arco-Íris 0,8 1,2 1,3 1,2
Clementina 5,3 6,7 6,0 7,4
Dracena 33,9 37,3 36,3 38,2
Gabriel Monteiro 1,6 1,9 1,9 1,9
Garça 32,4 33,6 33,9 33,3
Getulina 6,1 7,6 7,6 7,7
Guaimbê 3,5 3,9 3,9 3,9
Herculândia 5,9 6,8 6,5 7,0
Iacri 3,6 4,3 4,4 4,3
Júlio Mesquita 3,1 3,3 3,3 3,4
Lucélia 12,9 15,4 14,9 15,9
Luiziânia 3,5 4,5 4,1 4,8
Monte Castelo 2,3 2,7 2,8 2,7
Nova Guataporanga 1,4 1,5 1,5 1,6
Nova Independência 2,0 3,1 2,7 3,5
Pacaembu 7,2 9,1 9,1 9,0

376
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Cenário Cenário Cenário


2015
tendencial recessivo acelerado
Municípios
Lixo Projeção Lixo Projeção Lixo Projeção Lixo
(t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia)
Panorama 10,5 11,0 10,7 11,2
Parapuã 6,4 7,2 7,3 7,0
Paulicéia 4,1 5,5 5,1 5,9
Piacatu 3,5 4,5 4,2 4,8
Pompéia 13,9 15,7 15,0 16,3
Queiroz 1,9 2,6 2,3 2,8
Quintana 4,1 4,8 4,6 5,1
Rinópolis 6,2 6,7 6,8 6,6
Salmourão 3,2 3,7 3,6 3,9
Santa Mercedes 1,8 2,0 2,0 1,9
Santópolis do Aguapeí 3,1 3,5 3,3 3,7
São João do Pau d'Alho 1,2 1,3 1,4 1,3
Tupã 50,4 49,8 50,2 49,5
Tupi Paulista 8,3 11,1 10,7 11,4
Vera Cruz 6,7 7,2 7,3 7,1
Total UGRHI-20 253,1 283,2 278,2 288,2

Os municípios da UGRHI-21 tiveram uma geração, em média, de 13,5 toneladas de


lixo por dia no ano de 2015. É previsto um aumento de 12% em 2027 no cenário tendencial
comparado a 2015. A geração média projetada para 2027 é de 15,2 toneladas de lixo por
dia.

Quadro 184. Projeção de índices de geração diária de resíduos sólidos urbanos em 2027 -
UGRHI-21 .
Cenário Cenário Cenário
2015
tendencial recessivo acelerado
Municípios
Lixo Projeção Lixo Projeção Lixo Projeção
(t/dia) (t/dia) (t/dia) Lixo (t/dia)
Adamantina 26,5 27,2 27,2 27,3
Alfredo Marcondes 2,4 2,8 2,8 2,8
Álvares Machado 15,55 16,7 16,6 16,8
Bastos 12,7 14,0 14,1 13,8
Borá 0,46 0,6 0,6 0,6
Caiabu 2,4 2,9 2,9 2,9
Emilianópolis 1,84 2,2 2,2 2,2
Flora Rica 0,93 1,0 1,1 1,0
Flórida Paulista 7,73 8,1 8,4 7,8
Indiana 2,96 3,3 3,3 3,3
Inúbia Paulista 2,38 2,9 2,8 3,0
Irapuru 4,05 4,9 5,1 4,7
Junqueirópolis 11,55 14,8 14,2 15,4
Lutécia 1,52 1,8 1,8 1,7
Mariápolis 2,28 2,8 2,8 2,8
Marília 199,4 219,9 210,7 228,5
Martinópolis 15,17 21,5 20,7 22,2
Oriente 4,2 4,5 4,4 4,5
Oscar Bressane 1,51 1,7 1,8 1,7

377
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Cenário Cenário Cenário


2015
tendencial recessivo acelerado
Municípios
Lixo Projeção Lixo Projeção Lixo Projeção
(t/dia) (t/dia) (t/dia) Lixo (t/dia)
Osvaldo Cruz 23,35 25,3 25,1 25,5
Ouro Verde 5,36 6,0 5,8 6,3
Piquerobi 1,94 2,5 2,5 2,5
Pracinha 1,19 2,1 2,0 2,1
Ribeirão dos Índios 1,33 1,5 1,5 1,5
Sagres 1,31 1,6 1,6 1,6
Santo Expedito 1,86 2,2 2,1 2,3
Total UGRHI-21 351,9 394,7 383,9 404,9

Coleta de resíduos sólidos urbanos: Segundo dados fornecidos pelos


municípios, na UGRHI 20 é coletado cerca de 93% dos resíduos da população total
residente na área dos municípios, já na UGRHI 21, a coleta é de 87%. Projetando para os
horizontes do plano de Bacia, considera-se que haverá o aumento do atendimento de coleta
de resíduos sólidos no cenário tendencial para ambas as UGRHIs, levando em
consideração o aumento da população na área urbana. Portanto, ainda que em 2027 a
UGRHI 20 mantenha 83% de cobertura, deverá haver investimentos na coleta em virtude do
aumento da população. A UGRHI 21, por sua vez, expandirá a coleta de resíduos para 89%.

Quadro 185. Projeção de índices de coleta de resíduos sólidos urbanos para 2027 – UGRHI 20.
Índice de coleta de resíduos sólidos (%)
Municípios Cenário Cenário Cenário
2015
tendencial recessivo acelerado
Álvaro de Carvalho 97,02 99,52 97,02 97,02
Arco-Íris 88,73 91,23 88,73 90,00
Clementina 95,32 97,82 95,32 95,32
Dracena 100,00 100,00 100,00 100,00
Gabriel Monteiro 83,33 85,83 83,33 90,00
Garça 100,00 100,00 100,00 100,00
Getulina 77,42 79,92 77,42 90,00
Guaimbê 83,22 85,72 83,22 90,00
Herculândia 100,00 100,00 100,00 100,00
Iacri 100,00 100,00 100,00 100,00
Júlio Mesquita - - - -
Lucélia 100,00 100,00 100,00 100,00
Luiziânia 91,67 94,17 91,67 91,67
Monte Castelo 79,04 81,54 79,04 90,00
Nova Guataporanga 100,00 100,00 100,00 100,00
Nova Independência 79,74 82,24 79,74 90,00
Pacaembu 94,20 96,70 94,20 94,20
Panorama 100,00 100,00 100,00 100,00
Parapuã 100,00 100,00 100,00 100,00
Paulicéia 83,14 85,64 83,14 90,00
Piacatu 92,35 94,85 92,35 92,35
Pompéia 100,00 100,00 100,00 100,00

378
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Índice de coleta de resíduos sólidos (%)


Municípios Cenário Cenário Cenário
2015
tendencial recessivo acelerado
Queiroz - - - -
Quintana 100,00 100,00 100,00 100,00
Rinópolis 86,92 89,42 86,92 90,00
Salmourão - - - -
Santa Mercedes 86,82 89,32 86,82 90,00
Santópolis do Aguapeí 96,64 99,14 96,64 96,64
São João do Pau d'Alho 81,08 83,58 81,08 90,00
Tupã 100,00 100,00 100,00 100,00
Tupi Paulista 78,53 81,03 78,53 90,00
Vera Cruz 90,93 93,43 90,93 90,93
Total UGRHI-20 93% 93% 92% 94%

Quadro 186. Projeção de índices de coleta de resíduos sólidos urbanos para 2027 – UGRHI 21.
Índice de coleta de resíduos sólidos (%)
Municípios Cenário Cenário Cenário
2015
tendencial recessivo acelerado
Adamantina 91,28 93,78 91,28 91,28
Alfredo Marcondes 100,00 100,00 100,00 100,00
Álvares Machado 89,79 92,29 89,79 90,00
Bastos 86,13 88,63 86,13 90,00
Borá - - - -
Caiabu - - - -
Emilianópolis - - - -
Flora Rica - - - -
Flórida Paulista 100,00 100,00 100,00 100,00
Indiana - - - -
Inúbia Paulista 87,53 90,03 87,53 90,00
Irapuru 70,70 73,20 70,70 90,00
Junqueirópolis 79,98 82,48 79,98 90,00
Lutécia 79,52 82,02 79,52 90,00
Mariápolis 100,00 100,00 100,00 100,00
Marília 95,51 98,01 95,51 95,51
Martinópolis 83,99 86,49 83,99 90,00
Oriente 100,00 100,00 100,00 100,00
Oscar Bressane - - - -
Osvaldo Cruz 89,86 92,36 89,86 90,00
Ouro Verde - - - -
Piquerobi - - - -
Pracinha 100,00 100,00 100,00 100,00
Ribeirão dos Índios 84,59 87,09 84,59 90,00
Sagres 100,00 100,00 100,00 100,00
Santo Expedito 100,00 100,00 100,00 100,00
Total UGRHI-21 87% 89% 87% 88%

379
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 249. Projeção do índice de coleta de resíduos sólidos nos municípios da UGRHI 20.

380
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 250. Projeção do índice de coleta de resíduos sólidos nos municípios da UGRHI 21.

O enquadramento dos municípios quanto às condições de tratamento e disposição


dos resíduos urbanos é avaliado a partir do IQR (Índice de qualidade de resíduos). No que
concerne à classificação do IQR, ambas as UGRHIs tiveram 100% dos municípios
classificados na categoria “Adequado” em 2016, mostrando uma melhora em comparação a
2011.

Figura 251. Evolução da classificação do IQR dos municípios na UGRHI 20.

381
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 252. Evolução da classificação do IQR dos municípios na UGRHI 21.

 Estimativa de vida útil dos aterros sanitários

A vida útil de um aterro sanitário é o tempo estimado que o aterro funcione até que
sua capacidade de armazenamento total seja alcançada. Para se calcular essa capacidade,
é necessário conhecer a área do aterro e a quantidade de resíduos recebidos diariamente
no aterro.

No caso dos municípios das UGRHI-20 e 21, os resíduos são enviados para
diferentes centros de tratamento e disposição de resíduos, sendo a maioria localizada nos
próprios municípios. Atualmente, 78% dos municípios da UGRHI-20 e 65% da UGRHI-21
possui aterro sanitário e/ou controlado em seu próprio território.

Geralmente, um aterro sanitário é construído para receber os resíduos para um


prazo (vida útil) de pelo menos 20 (vinte) anos (PRS, 2013). Após o término da vida útil, o
aterro deve ser fechado e deve-se buscar outro local para a disposição final do lixo nos
municípios. O Quadro 187 apresenta os dados da presença, tipo de aterro e aspectos
relativos à vida útil para os municípios pertencentes à UGRHI-20.

Quadro 187. Início de operação do aterro de resíduos sólidos da UGRHI-20.


Início de Tipo de Vida útil: Vida útil: Vida útil: Vida útil:
Município Tipo de unidade
operação Licença até 2014 até 2019 até 2023 até 2027
Álvaro de Carvalho Aterro sanitário 1990 LO 24 29 33 37
Arco-Íris Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Clementina
Aterro sanitário 2006 NA 8 13 17 21
Dracena Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Gabriel Monteiro Aterro controlado 2010 LO 4 9 13 17
Aterro controlado 2000 LO 14 19 23 27
Garça
Aterro sanitário 2000 NA 14 19 23 27
Getulina Aterro sanitário 2000 LO 14 19 23 27
Herculândia Aterro controlado 2014 LO 0 5 9 13
Lucélia Aterro sanitário 2014 NE 0 5 9 13

382
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Início de Tipo de Vida útil: Vida útil: Vida útil: Vida útil:
Município Tipo de unidade
operação Licença até 2014 até 2019 até 2023 até 2027
Luiziânia Aterro sanitário 2010 LO 4 9 13 17
Monte Castelo Aterro sanitário 2009 LO 5 10 14 18
Nova Guataporanga Aterro sanitário 2012 LO 2 7 11 15
Nova Independência Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Pacaembu Aterro controlado 2014 LO 0 5 9 13
Panorama Aterro sanitário 2002 LO 12 17 21 25
Parapuã Aterro controlado 2014 LO 0 5 9 13
Paulicéia Aterro controlado 2014 LO 0 5 9 13
Piacatu Aterro sanitário 2001 LO 13 18 22 26
Pompéia Aterro sanitário 2010 LO 4 9 13 17
Quintana Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Salmourão Aterro sanitário 2002 LO 12 17 21 25
Santa Mercedes Aterro controlado 1999 LO 15 20 24 28
Santópolis do Aguapeí Aterro sanitário 2010 LO 4 9 13 17
São João do Pau d'Alho Aterro sanitário 1998 LO 16 21 25 29
Tupi Paulista Aterro controlado 2014 LO 0 5 9 13
NA - dados não disponibilizados NE - não existe LO - licença de operação
Fonte: SNIS (Diagnóstico do manejo de resíduos sólidos urbanos - Cadastro nacional de unidades de
processamento de resíduos sólidos urbanos) – 2015

O Quadro 188 apresentam os dados da presença, tipo de aterro e aspectos


relativos à vida útil para os municípios pertencentes à UGRHI-21.

Quadro 188. Início de operação do aterro de resíduos sólidos da UGRHI-21.


Início de Tipo de Vida útil: Vida útil: Vida útil: Vida útil:
Município Tipo de unidade
operação Licença até 2014 até 2019 até 2023 até 2027
Adamantina Aterro sanitário 2007 OT 7 12 16 20
Alfredo Marcondes Aterro controlado 1998 LO 16 21 25 29
Álvares Machado Aterro controlado 2006 LO 8 13 17 21
Flora Rica Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Flórida Paulista Aterro sanitário 1999 LO 15 20 24 28
Inúbia Paulista Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Irapuru Aterro controlado 1985 LO 29 34 38 42
Junqueirópolis Aterro sanitário 2013 LO 1 6 10 14
Mariápolis Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Martinópolis Aterro controlado 2014 LO 0 5 9 13
Oriente Aterro sanitário 2010 LO 4 9 13 17
Osvaldo Cruz Aterro controlado 1993 NA 21 26 30 34
Piquerobi Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Pracinha Aterro sanitário 2005 LO 9 14 18 22
Ribeirão dos Índios Aterro sanitário 2014 OT 0 5 9 13
Sagres Aterro sanitário 2014 LO 0 5 9 13
Santo Expedito Aterro controlado 2014 LO 0 5 9 13
NA - dados não disponibilizados LO - licença de operação OT - outro tipo
Fonte: SNIS (Diagnóstico do manejo de resíduos sólidos urbanos - Cadastro nacional de unidades de
processamento de resíduos sólidos urbanos) - 2015

383
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Como se pode observar nos municípios das UGRHIs 20 e 21 deverá haver ações
relacionadas a estudos de alternativas de disposição de resíduos sólidos, uma vez que,
algumas licenças foram concedidas a mais de 20 anos e o aterro possui mais de 20 anos de
operação. Em termos práticos, em 2019, serão 07 aterros com mais de 20 anos de
operação; em 2023 serão 13 e ,em 2027, serão 15 aterros nesta condição. Estes aterros,
com vida útil próxima do fim demandarão investimento por parte das prefeituras municipais
para seu correto encerramento, evitando que eles possam se tornar um foco de
contaminação das águas superficiais e subterrâneas.

Diretrizes e critérios orientativos para Planos municipais de Saneamento


considerando medidas relativas a resíduos sólidos:

 Os planos de saneamento devem estar em consonância com os planos diretores


com os objetivos e as diretrizes dos planos plurianuais (PPA), com os planos de
recursos hídricos, com a legislação ambiental, legislação de saúde e educação, etc.

 A área de abrangência do plano de saneamento deverá ser toda a área do município,


contemplando localidades adensadas e dispersas, devendo ser, também, compatível
e integrado as demais políticas, aos planos e aos disciplinamentos do município
relacionados ao gerenciamento do espaço urbano.

 Fazer parte do desenvolvimento urbano e ambiental da cidade;

 Prever a disponibilidade dos serviços públicos de saneamento básico a toda


população do município (urbana e rural);

 Proteção da saúde pública e do meio ambiente

 Redução, reutilização, reciclagem, tratamento adequado de resíduos sólidos, e


destinação ambientalmente adequada;

 A responsabilidade dos geradores de resíduos sólidos;

 O fomento ao desenvolvimento de processos que busquem a alteração dos padrões


de produção e consumo sustentável de produtos e serviços;

 A educação ambiental e comunicação social relacionadas à separação dos resíduos


para coleta seletiva, reutilização e reciclagem de resíduos, entre outros;

384
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Adoção, desenvolvimento e aprimoramento das tecnologias ambientalmente


saudáveis e ecologicamente corretas como forma de minimizar os impactos
ambientais;

 Incentivo ao uso de matérias primas e insumos derivados de materiais recicláveis;

 A gestão e gerenciamento integrado dos resíduos sólidos;

 A articulação entre as diferentes esferas do poder público, visando à cooperação


técnica e financeira para a gestão integrada dos resíduos sólidos;

 A regularidade, continuidade, funcionalidade, eficiência e universalização da


prestação de serviços públicos de limpeza urbana além do manejo dos resíduos
sólidos com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a
recuperação dos custos integrais dos serviços prestados, como forma de garantir a
sustentabilidade financeira, operacional e administrativa do gerenciamento integrado
dos resíduos sólidos, bem como, a equidade aos moradores;

 Implantação de coleta seletiva, priorizando a contratação de cooperativas de


catadores,

 Incentivo a minimização, reutilização e reciclagem de resíduos.

 Incentivo ao desenvolvimento de programas de gerenciamento integrado de resíduos


sólidos;

 Compatibilização do gerenciamento dos resíduos sólidos com o gerenciamento dos


recursos hídricos, o desenvolvimento regional e proteção ambiental;

 Definir procedimentos relativos ao acondicionamento, armazenamento, coleta,


transporte, transbordo, tratamento e disposição final de resíduos sólidos;

 Incentivo ao estabelecimento de parcerias com organizações para otimizar a gestão


de resíduos sólidos;

 Incentivo a implantação de indústrias recicladoras de resíduos sólidos;

 Incentivo a criação e desenvolvimento de associações de catadores de resíduos;

 Incentivo à parceria entre Estado, Municípios e entidades privadas para


desenvolvimento de programas de capacitação de área de gerenciamento de
resíduos sólidos;

 Estabelecimento de critérios para o gerenciamento de resíduos perigosos;

385
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Incentivo a parceria entre Estado, Municípios e sociedade civil para implantação do


programa de educação ambiental, com enfoque na área de resíduos sólidos;

 Incentivo à criação de novos mercados de produtos reciclados e a ampliação dos já


existentes;

 Preferência, nas aquisições, a produtos compatíveis com os princípios e


fundamentos desta lei;

 Articulação institucional entre os gestores visando à cooperação técnica e financeira,


especialmente nas áreas de saneamento, meio ambiente, recursos hídricos e saúde
pública;

 Garantia de atendimento à população dos serviços de gerenciamento de resíduos


sólidos;

 Investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias ambientalmente


adequadas;

 Ação reparadora mediante a identificação de áreas degradadas pela disposição


inadequada de resíduos sólidos;

 Flexibilização da prestação de serviços de limpeza urbana, com adoção de modelos


gerenciais e tarifários, que assegurem a sua sustentabilidade econômica e
financeira;

 Fomento à criação e articulação de fóruns, conselhos municipais e regionais para


garantir a participação da comunidade no processo de gestão integrada dos resíduos
sólidos;

 Incorporação da Política de Gestão de Resíduos Sólidos aos objetivos expressos nas


políticas afins - Desenvolvimento Urbano, Saúde, Saneamento, Recursos Hídricos e
Meio Ambiente;

 Induzir os Municípios à adoção de práticas de gerenciamento e gestão que garantam


a sustentabilidade econômica de seus sistemas de gerenciamento de resíduos
sólidos, baseadas na remuneração justa dos serviços prestados e na vinculação dos
valores cobrados à efetiva execução dos mesmos;

 Apoio técnico e financeiro aos Municípios na formulação e implantação de seus


planos estratégicos de ação para o gerenciamento dos resíduos sólidos, de acordo
com critérios a serem definidos no regulamento;

386
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Introduzir o conceito de gerenciamento integrado de resíduos sólidos, estabelecendo


metas estaduais, regionais e locais para controle, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento e destinação final adequado para todo e qualquer resíduo sólido gerado;

 Incentivar e promover a articulação assim como a integração entre os Municípios


para a busca de soluções consorciadas e/ou compartilhadas, principalmente para o
tratamento e a destinação final de resíduos sólidos.

 Tendências de evolução sobre o manejo das águas pluviais

Como apresentado no diagnóstico e no prognóstico, os problemas relacionados ao


manejo das águas pluviais nas áreas urbanas do Aguapeí/Peixe são voltadas mais para o
problema de erosão do que combate as inundações.

A partir do meio físico bastante frágil em praticamente toda a UGRHI, o lançamento


de águas pluviais feitos de maneira inadequada acarreta o surgimento de pequenos focos
de erosão, que são agravados em épocas chuvosas.

Desta forma, as técnicas de construção de sistemas de escoamento de galerias


pluviais, em especial no trecho final, devem ser realizados com as técnicas adequadas aos
tipos de solo encontradas no local, privilegiando a dissipação da energia destas águas. Para
os novos loteamento que são construídos, o poder público municipal deve ter em mente a
necessidade de se avaliar cuidadosamente os projetos apresentados pelos
empreendedores, de maneira a garantir o pleno funcionamento da obra.

Este tipo de projeto deve deixar de ser o carro chefe dos projetos financiados com
recursos do FEHIDRO no decorrer dos próximos anos, sendo as ações pautadas mais no
treinamento dos agentes municipais, através dos projetos previstos no PDC 8.

5.2.7.4 Drenagem e Manejo das águas pluviais urbanas

Na UGRHI 20, dos municípios que responderam o questionário enviado, apenas


Ribeirão dos Índios possui Plano Diretor de Drenagem Urbana, sendo que 18 municípios
afirmaram possuir Plano Municipal de saneamento básico, que engloba também o item
Drenagem urbana. Na UGRHI 21, dentre os municípios que responderam o questionário,
são 7 os que possuem Plano Diretor de Drenagem Urbana e 13 os que possuem Plano de
Saneamento Básico.

387
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Estes planos visam elaborar diretrizes que possam solucionar problemas ligados a
enchentes e inundações urbanas, além de possibilitar a análise do sistema de drenagem
natural, macrodrenagem e microdrenagem, apontando os problemas existentes.

Diversas são as causas para ocorrência e prevalência de enchentes e inundações


em áreas urbanas, entre elas:

 Ocupação irregular ao longo da calha dos rios, em áreas marginais naturalmente


destinadas à preservação para a ocupação pelas enchentes ou transbordamentos
dos córregos e rios, com maior ou menor frequência, provocam elevação dos níveis
de enchentes e o alagamento de áreas até antes protegidas das cheias;

 Inundações de várzeas dos córregos e rios em decorrência de estrangulamentos e


obstruções na calha dos cursos d’água principais, ocasionados por bueiros e pontes
com dimensões e implantações inadequadas;

 Ausência de um zoneamento da ocupação urbana das bacias hidrográficas que


destine faixas de proteção ao longo dos cursos d’água principais e secundários, e
estabeleça índices de ocupações e de áreas permeáveis adequados visando à
redução dos escoamentos superficiais; e,

 Ausência de obras hidráulicas de contenção, como lagos e reservatórios de detenção


de cheias ou de armazenamento que façam parte de um plano de controle de cheias,
para a redução dos picos de enchentes, causadoras das inundações das áreas
baixas, próximas às margens dos cursos d’água.

Os planos diretores de drenagem urbana são importante instrumento para localizar


os problemas relacionados com a microdrenagem e macrodrenagem dos municípios,
propondo ações e minimizando os problemas relacionados a enchente e inundações nas
áreas urbanas nas UGRHIs. Portanto, podem-se levar em consideração as ações previstas
no Plano municipal de saneamento dos municípios. Quando essas ações são bem
executadas, as condições da drenagem melhoram na bacia como um todo.

Diretrizes e critérios orientativos para planos municipais de saneamento


considerando medidas relativas ao controle de cheias ou inundações:

 Reduzir os prejuízos decorrentes das inundações;

 Melhorar as condições de saúde da população e do meio ambiente urbano, dentro de


princípios econômicos, sociais e ambientais;

388
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Planejar os mecanismos de gestão urbana para o manejo sustentável das águas


pluviais e da rede hidrográfica do município;

 Implantar medidas não estruturais, como áreas de infiltração em casas, parques,


condomínios entre outros;

 Planejar a distribuição da água pluvial no tempo e no espaço, com base na tendência


de evolução da ocupação urbana;

 Ordenar a ocupação de áreas de risco de inundação através de regulamentação;

 Restituir parcialmente o ciclo hidrológico natural, reduzindo ou mitigando os


impactos da urbanização;

 Formatar um programa de investimentos de curto, médio e longo prazo que,


associado aos benefícios produzidos por esses investimentos, viabilize a obtenção
de recursos para a implantação das medidas propostas no Plano.

5.3 Gestão dos recursos hídricos nas UGRHIs 20 e 21


A gestão de recursos hídricos é definida como um conjunto de ações destinadas a
regular o uso, o controle e proteção dos recursos hídricos, em conformidade com a
legislação, através de instrumentos de gestão. A gestão integra projetos, planos e
programas com o objetivo de promover a recuperação e preservação da qualidade e
quantidade dos recursos das bacias hidrográficas brasileiras além de atuar na recuperação
e preservação dos cursos d’água em áreas urbanas.

5.3.1 Legislação pertinente aos recursos hídricos


Este item tem por objetivo avaliar o arcabouço legal vigente no que se refere à
gestão dos recursos hídricos, analisando as atribuições e capacidade técnico-institucional
das diversas instituições, públicas e privadas, que nela atuam (CRH, 2012).

O conceito de gestão aplicado à bacia hidrográfica deve integrar diversos


organismos que atuam diretamente nesta unidade e que juntamente com seus interesses
possam articular-se definindo prioridades e estratégias de ação, visando alcançar um
objetivo comum definido.

5.3.2 Plano de Bacias Hidrográficas


Em 2008, o primeiro Plano de Bacia Hidrográfica dos rios Aguapeí e Peixe foi
elaborado pela CETEC (Centro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e
Educação), adotando-se como referência a documentação e os dados existentes, com base

389
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

no Relatório Zero da Bacia do Aguapeí e Peixe, elaborado em 1997, e considerado,


também, programas ou outros planos setoriais existentes e em elaboração, que possuíam
ações de melhoria da qualidade ambiental e dos recursos hídricos na área de interesse.
O Plano atende, ao mesmo tempo, às necessidades de cunho regional, no âmbito
de uma Bacia, ou das Sub-Bacias que a compõem, subsidiando a estruturação do
planejamento do gerenciamento multibacias estaduais ou interestaduais. Portanto, a
elaboração do Plano de Bacia objetiva, em sentido amplo e geral, organizar os elementos
técnicos de interesse e estabelecer objetivos, diretrizes, critérios e intervenções ou ações
necessárias para o gerenciamento dos recursos hídricos, com inserção participativa dos
diversos setores envolvidos com o tema e com horizontes de curto, médio e longo prazos,
sem perder de vista a perspectiva e necessidade da realização de revisões periódicas.

Assuntos como o reenquadramento dos corpos d’água, cobrança pelo uso da água,
monitoramento, outorga e fiscalização, planejamento, erosão, uso e ocupação, entre outros,
foram tratados de forma a subsidiar os entes da bacia em ações futuras, sempre buscando a
melhora da qualidade das águas superficiais e subterrânea, bem como o aumento de suas
disponibilidades.

5.3.3 Outorga de uso dos recursos hídricos


Os recursos hídricos (águas superficiais e subterrâneas) constituem-se em bens
públicos que toda pessoa física ou jurídica tem direito ao acesso e utilização, cabendo ao
Poder Público a sua administração e controle. Portanto, qualquer que seja o tipo de uso da
água é necessário que solicitar um cadastramento, autorização, concessão ou licença
(Outorga) ao Poder Público.

A outorga de direito de uso ou interferência em recursos hídricos é um ato


administrativo de autorização ou concessão, mediante o qual o Poder Público faculta ao
outorgado fazer uso da água por determinado tempo, finalidade e condição expressa no
respectivo ato. Constitui-se num instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos,
essencial à compatibilização harmônica entre os anseios da sociedade e as
responsabilidades e deveres que devem ser exercidas pelo Poder concedente. No Estado
de São Paulo cabe ao DAEE o poder outorgante, por intermédio do Decreto Estadual
n°41.258/1996, de acordo com o artigo 7° das disposições transitórias da Lei 7.663/1991.
Esse instrumento tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos
da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos.

Conforme está disposto na Lei Federal nº 9.433/1997, dependem de outorga:

390
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 A derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo d'água para


consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;

 A extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de


processo produtivo;

 Lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos,


tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;

 Uso de recursos hídricos com fins de aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;

 Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente


em um corpo de água.

De acordo com o §1º do Art. 12 da Lei 9433/97, regulamentado pelo Art. 6º da


Resolução 707/2004 da ANA, não são objeto de outorga de direito de uso de recursos
hídricos, mas obrigatoriamente de cadastro no CNRH.

 serviços de limpeza e conservação de margens, incluindo dragagem, desde que não


alterem o regime, a quantidade ou qualidade da água existente no corpo de água;

 obras de travessia de corpos de água que não interferem na quantidade, qualidade


ou regime das águas, cujo cadastramento deve ser acompanhado de atestado da
Capitania dos Portos quanto aos aspectos de compatibilidade com a navegação;

 usos com vazões de captação máximas instantâneas inferiores a 1,0 L/s, quando
não houver deliberação diferente por parte do CNRH ou um critério diferente
expresso no plano da bacia hidrográfica em questão.

Com o objetivo de sistematizar os procedimentos de pedido e análise dos


processos de outorga, a Agência Nacional de Águas (ANA) elaborou o Manual de
Procedimentos Técnicos e Administrativos de Outorga de Direito de Uso de Recursos
Hídricos da Agência Nacional de Águas.

A partir de julho de 2017, as Portarias DAEE nº 717, 2.292, 2.850, 054, 2.069 e
2.434 foram revogadas, e atualmente esta em vigor as Portarias DAEE nº 1.630, 1.631,
1.632, 1.633, 1.634 e 1.635. As Portarias são complementadas com atualizações das
Instruções Técnicas DPO (IT-DPO) com instruções nº 08 a 13, revogando as Instruções
Técnicas DPO nºs 001 a 007. Estas instruções estabelecem as condições administrativas e
técnicas mínimas que auxiliam na obtenção de outorga de obras hidráulicas e serviços
novos ou a regularização dos usos e das obras existentes.

391
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

De acordo com a Instrução Técnica DPO nº 09, complemento da Portaria DAEE nº


1.630/17, que trata do regime de outorga realizado pelo DAEE, há uma classificação dos
usos e interferências dos recursos hídricos em captação, lançamento, obras hidráulicas e
serviços. Além disso, estabelecem condições mínimas que devem ser observadas para a
implantação de empreendimentos, obras e serviços que de alguma forma interfiram em
recursos hídricos superficiais. O Quadro 189 descreve algumas das formas de uso destes
recursos hídricos.

Ao considerar que outorga é apenas um direito de uso da água, sendo esta um bem
público, a Portaria DAEE nº 1.630/17 estabelece inúmeras obrigações ao outorgado, entre
elas: executar ou operar as obras hidráulicas segundo as condições determinadas pelo
DAEE, conservar em perfeitas condições de operacionalidade, estabilidade e segurança, as
obras e os serviços, responder em próprio nome pelos danos causados ao meio ambiente e
a terceiros em decorrência da implantação, manutenção, operação ou funcionamento de tais
obras ou serviços, bem como pelos que advenham do uso inadequado da outorga, manter a
operação das estruturas hidráulicas de modo que garanta a continuidade do fluxo d’água
mínimo fixado no ato da outorga, a fim de que possam ser atendidos os usuários à jusante
da obra ou serviço, preservar as características físicas e químicas das águas subterrâneas,
abstendo-se de alterações que possam prejudicar as condições naturais dos aquíferos ou a
gestão dessas águas. Além disso, de acordo com o artigo 28 desta Portaria, o ato de
outorga poderá ser suspenso ou readequado conforme há aumento da demanda ou
insuficiência natural de recursos hídricos para atendimento aos usuários, sem direito a
qualquer tipo de indenização ao outorgado.

Quadro 189. Classificação dos usos dos recursos hídricos, segundo a Instrução Técnica DAEE
DPO nº09, de 30/05/2017.
Tipo Discriminação
Uso em empreendimentos industriais, nos seus sistemas de processos,
Industrial
refrigeração, uso sanitário, combate a incêndios e outros.
Toda água captada que vise, predominantemente, ao consumo humano em
Urbana
núcleos urbanos (sede, distritos, bairros, vilas, loteamentos, condomínios, etc.)
Irrigação Uso em irrigação de culturas agrícolas.
Uso em atividade rural, como aquicultura e dessedentação de animais, incluindo
Rural
CAPTAÇÃO

uso sanitário, exceto a irrigação.


Toda água utilizada em processos de mineração, por meio de desmonte hidráulico
Mineração
ou para lavagem de material minerado, incluindo uso sanitário.
Geração de Toda água utilizada para geração de energia em hidroelétricas, termoelétricas e
energia outras.
Uso em atividades de recreação, tais como esportes náuticos e pescaria; bem
Recreação e
como para composição paisagística de propriedades (lagos, chafarizes, etc.) e
paisagismo
outros.
Uso em empreendimentos comerciais e de prestação de serviços seja para o
Comércio e
desenvolvimento de suas atividades, ou uso sanitário (shopping centers, postos de
Serviços
gasolina, hotéis, clubes, hospitais, etc.).

392
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Tipo Discriminação
Doméstico Uso exclusivamente sanitário em residências, urbano ou rural.

Outros Uso em atividades que não se enquadram nas acima discriminado.


Serão classificados como base no uso que foi dado à água que lhe deu origem,
LANÇAMENTOS
devendo-se adotar a mesma nomenclatura dada no item anterior.

Classificam-se conforme a finalidade do reservatório a ser formado, que pode ser


única ou múltipla: regularização de nível de água a montante, controle de cheias,
Barramentos
regularização de vazões, recreação e paisagismo, geração de energia, aquicultura,
outros.
Classificam-se por tipo ou processo em: tubular, escavado: cisterna/cacimba,
Poços Profundos
ponteira, outros.
OBRAS HIDRÁULICAS

Classificam-se, conforme sua finalidade em: combate a inundações, controle de


Canalizações e
erosão, adequação urbanística, adequação para obras de saneamento, adequação
proteção de Álveo
de sistemas viários, outros.
Aéreas: ponte e bueiros: rodoviárias, ferroviárias, rodoferroviárias e passarela para
pedestres, suporte para dutos e outros; dutos: com ou sem estruturas de suporte
utilizados em saneamento (transporte de água e esgoto), combustíveis (transporte
de petróleo, gasolina, gás etc.), redes de TV a cabo e outras; outros.
Intermediárias: quando a estrutura que permite a travessia situa-se entre o fundo
do álveo e superfície livre das águas para a cheia de projeto, constituindo-se de
Travessias
dutos utilizados em saneamento (transporte de água e esgoto), transporte de
combustíveis (petróleo, gasolina, gás e outros), redes de TV a cabo e outros.
Subterrâneas: quando a estrutura que permite a travessia situa-se abaixo do fundo
do álveo. dutos: utilizados em saneamento (transporte de água e esgoto),
combustíveis (transporte de petróleo, gasolina, gás e outros), redes de TV a cabo e
outras; túneis: para uso rodoviário, ferroviário, rodoferroviários, pedestres; outras.
Classificam-se em: desassoreamento, proteção de álveo, extração de minérios de
SERVIÇOS
Classe II.
Fonte: Instrução Técnica DAEE DPO nº09, de 30/05/2017. In: São Paulo.

A outorga de uso da água é um processo de extrema importância, uma vez que a


água é um recurso natural limitado, criando-se uma necessidade de cuidados para sua
utilização devido à sua fragilidade mediante as ações antrópicas, o que resulta em diversos
impactos ambientais, especialmente relacionados aos cursos d’água. Em geral, a outorga
tem colaborado para conhecimento dos usos da água, possibilitando que as demandas
futuras sejam atendidas (em relação à quantidade e qualidade).

De acordo com os principais dados de disponibilidade hídrica apresentados no


Plano de Bacia anterior, na UGRHI-20 a vazão média de longo período (Qmédia) da bacia é
de 97 m³/s e a vazão mínima de sete dias consecutivos com período de retorno (Q7,10) é
equivalente a 28m³/s e na UGRHI-21 a vazão média de longo período (Qmédia) da bacia é
de 82 m³/s e a vazão mínima de sete dias consecutivos com período de retorno (Q7,10) é
equivalente a 29 m³/s.

A maior demanda de uso da água na UGRHI-20 é para produção agropecuária,


representando 37,6% do total. Na UGRHI-21, a maior demanda de uso da água, é para o
uso urbano, representando 58,6% do total, conforme apresenta o Quadro 190.

Quadro 190. Uso da água – UGRHI-20/21.

393
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Plano de Bacia

UGRHI-20 UGRHI-21
Categoria de Uso
Demanda (m³/s) (%) Demanda (m³/s) (%)
Rural 1,73 37,6 0,74 17,7
Outros 0,05 1,1 0,00 0,0
Urbano 0,95 20,8 2,45 58,6
Industrial 1,86 40,5 0,99 23,7
Total 4,60 100,0 4,19 100,0
Fonte: CRH, 2015.

Deve ser destacado que há algumas incertezas em relação aos dados, devido às
informações do sistema de outorga, consequentes de dificuldades operacionais dos órgãos
gestores dos recursos hídricos (muitos usuários não possuem outorga, limitando o cálculo
da demanda sobre as outorgas existentes no banco de dados do DAEE).

O cadastro de outorgas torna-se imprescindível devido à importância de se


conhecer os tipos de uso da água na região e principalmente a legalidade deste uso. Em
2011, a UGRHI-20/21, através do cadastro de usuários de recursos hídricos realizado para o
estudo de cobrança pelo uso da água, possuía 1.268 (um mil, duzentos e sessenta e oito)
usuários de água outorgados e passíveis de cobrança.

Na Figura 253 nota-se um aumento considerável nos últimos anos tanto da


demanda superficial quanto subterrânea em relação ao número de outorgas por 1.000 km²
na UGRHI 20. No período analisado, é possível observar que a proporção entre as
captações superficiais e subterrâneas se manteve, uma vez que o aumento foi nos dois
tipos de captação.

Figura 253. Demanda de Água Superfícial e Subterrânea na UGRHI-20


Fonte: CRH, 2016.

394
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Na Figura 254 é possível observar que na UGRHI 21 houve um aumento


considerável no número de outorgas de captação superficial, enquanto nas captações
subterrâneas o aumento foi bastante inferior.

Figura 254. Demanda de Água Superfícial e Subterrânea na UGRHI-21


Fonte: CRH, 2016.

A Figura 255 e Figura 256 relacionam as demandas de água estimadas para


abastecimento urbano e a demanda de água outorgada nas UGRHIs 20 e 21. Essa relação
leva em consideração o índice de atendimento total de água de cada município e o
coeficiente de retirada urbano per capita, estimado pelo número de habitantes, calculado
pela ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Esses dados são disponibilizados no
Relatório de Situação (2015).

Figura 255. Relação entre demanda estimada e outorgada para uso urbano – UGRHI-20.
Fonte: CRH, 2016.

395
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Plano de Bacia

Figura 256. Relação entre demanda estimada e outorgada para uso urbano – UGRHI-21.
Fonte: CRH, 2016.

Com esses dados, pode-se verificar o grau de implantação do instrumento de


outorga para os usos urbanos, por meio da comparação da vazão outorgada com a
demanda estimada. O conhecimento da demanda estimada para abastecimento urbano é de
fundamental importância para a gestão dos recursos hídricos, uma vez que o desequilíbrio
entre os usos da água pode acarretar conflitos.

A diferença é evidente entre a demanda estimada e a outorgada no uso urbano,


evidenciando uma falha nos dados de outorgas na área (devido à falta de regularização de
usos de água por alguns municípios).

Os municípios da UGRHI-20 têm, em sua maioria, o abastecimento público


gerenciado pela Prefeitura Municipal, sendo apenas 14 municípios que têm essa operação
sob responsabilidade da Sabesp. Já na UGRHI-21 a maioria dos municípios são
gerenciados pela Sabesp e apenas 6 pelas prefeituras.

Na UGRHI 20, a demanda por água ainda encontra-se acima da demanda indicada
pelas outorgas emitidas pelo DAEE. Além disso, esta diferença se deve também ao
vencimento de algumas outorga, o que não significa que estas deixaram de existir, apenas
não estão legalizadas. Entretanto, a partir do ano de 2013 na UGRHI 21, a demanda
indicada pelas outorgas passou a ser superior a demanda estimada, é possível que este fato
se justifique pelo aumento no número de outorgas realizado na bacia, além de evidenciar o
uso excessivo dos recursos hídricos.

396
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

O sistema de outorga é um destaque dentre os instrumentos de gestão, o qual já se


encontra consolidado no Estado de São Paulo, onde o nível de consistência das outorgas
melhorou muito principalmente com o cadastro de usuários e atualizações realizadas pelos
próprios usuários. Porém ainda há muito a ser feito para que o uso da água legalizado seja
adequado.

A falta de informação da população em relação à regularização, licenciamento dos


usos e intervenções nos corpos d’água dificulta o procedimento de outorga aumentando a
existência de usos irregulares e consequentemente os riscos de contaminação nos corpos
d’água. Além da falta de informação a dificuldade dos órgãos licenciadores (DAEE e
CETESB) em atender e fiscalizar esta demanda contribui para o aumento dos usos
irregulares.

Algumas medidas instrutivas para minimizar problemas com usos irregulares e de


fato tornar os processos de outorga de uso da água eficientes devem ser tomadas. Dentre
elas:

 Plano para informatização da população, principalmente a rural, enfatizando a


necessidade deste tipo de serviço e esclarecendo todo o processo para outorga do
uso da água;

 Incentivo a programas de educação ambiental, evidenciando o uso consciente da


água;

 Programas de conservação e recuperação da bacia, visando o aumento da


disponibilidade de água.

 Maior fiscalização quanto ao uso dos Recursos Hídricos (captações e lançamentos),


controle de poluição.

 Fortalecimento dos instrumentos de gestão: outorga do direito de uso, licenciamento


ambiental, cobrança pelo uso da água, sistema de informação dos recursos hídricos
e planos de bacia;

 Integração entre os cadastros de Instituições como Defesa Agropecuária, CATI,


DAEE, CETESB, entre outras, visando identificar possíveis usuários de água e
atividades poluidoras;

 Incentivo a eficiência produtiva na indústria e estímulo ao reuso de água.

397
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

5.3.4 Licenciamento Ambiental

Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo que define o controle, o


monitoramento e a fiscalização de atividades ou empreendimentos que utilizam recursos
ambientais, são efetiva ou potencialmente poluidores ou sob, qualquer forma, e que podem
causar degradação ambiental, conforme estabelece a Resolução CONAMA n° 237/1997. No
Estado de São Paulo, o licenciamento ambiental é amparado pela Lei estadual n°
9.509/1997, que estabelece a Polícia Estadual de Meio Ambiente, tendo sido regulamentado
pelo Decreto estadual n° 47.400/2002 (e/ou suas alterações).

Os Estudos Ambientais exigidos relacionam-se à localização, instalação, operação


e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a
análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle
ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de
recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

Segundo a Resolução CONAMA 237/97, as atividades ou empreendimentos


considerados potencialmente ou efetivamente poluidores no território nacional devem obter
três tipos de licença:

 Licença Prévia (LP) concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a
serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

 Licença de Instalação (LI) que autoriza a instalação do empreendimento ou atividade


de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da
qual constituem motivo determinante; e,

 Licença de Operação (LO) em que é autorizada a operação da atividade ou


empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das
licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a Operação

No ordenamento jurídico nacional a legislação federal traça as normas gerais


enquanto as leis estaduais e municipais especificam-nas, cuidando das particularidades e
características regionais. Assim, conforme determina a Resolução CONAMA 237/97, os
Órgãos Estaduais de Meio Ambiente tem o poder de definir os critérios de exigibilidade, de

398
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

detalhamento e de complementação dos Estudos Ambientais, conforme a natureza, o porte


e as particularidades de cada empreendimento, com base na legislação federal e estadual.

Em São Paulo, as atividades ou empreendimentos que constituem fonte de


poluição têm o seu licenciamento regido pela Lei estadual n° 47.397/2002, que dá nova
redação ao Título V e anexo 5 acrescentando novos anexos ao Decreto estadual n°
8.468/1976. Os empreendimentos sujeitos a Avaliação de Impacto Ambiental têm o seu
licenciamento regido pelo Decreto estadual n° 47.400/2002, Resolução SMA n° 54/2004,
suas alterações e normas complementares.

Em ambas as categorias, estão previstos procedimentos administrativos


diferenciados, de acordo com a natureza, características e peculiaridades das atividades ou
empreendimentos, incluindo procedimentos simplificados, quando aplicável. Além das
licenças ambientais, é de competência do órgão estadual a emissão de autorizações,
alvarás e outros documentos pertinentes, no âmbito do controle de atividades ou
empreendimentos que utilizam recursos ambientais. Por fim, cabe registrar que se encontra
em andamento no Estado de São Paulo o Programa de Descentralização do Licenciamento
Ambiental, que delega ao município, através de convênio com o órgão estadual, a
competência para licenciar atividades do impacto local.

Com isso, o órgão estadual (CETESB) objetiva compartilhar com os municípios


melhor atendimento à sociedade e ao usuário dos serviços ambientais, onde a atuação
articulada e complementada dos órgãos, agilizará o licenciamento e fiscalizarão com maior
eficácia as fontes de poluição, as atividades geradoras de impacto ambiental e supressão de
vegetação. Por meio da Deliberação CONSEMA 33/09, foram estabelecidas as diretrizes
para a descentralização do licenciamento ambiental onde estão caracterizados os
empreendimentos de impacto local passível de licenciamento pelo município. Nas UGRHIS
20 e 21, até o ano de 2015, somente dois municípios assinaram o convênio com a CETESB
para realização do licenciamento ambiental por parte do município, para empreendimentos
de baixo impacto local, Osvaldo Cruz e Martinópolis (ambos com sede na UGRHI-21).

Segundo o Artigo 58 do Regulamento da Lei n° 997/76 aprovado pelo Decreto n°


8.468/76 e alterado pelo Decreto n° 47.397/02 são sujeitas a licenciamento ambiental
(Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação) as seguintes
atividades/empreendimentos:

 Construção, reconstrução, ampliação ou reforma de edificação destinada à


instalação de fontes de poluição;

399
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Instalação de uma fonte de poluição em edificação já construída;

 Instalação, ampliação ou alteração de uma fonte de poluição.

De acordo com o Regulamento da Lei n° 997/76 aprovado pelo Decreto n°


8.468/76, artigo 4 – são consideradas fontes de poluição todas as obras, atividades,
instalações, empreendimentos, processos, dispositivos, móveis ou imóveis, ou meios de
transporte que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar poluição ao meio
ambiente.

Parágrafo único: Para efeito de aplicação deste artigo, entende-se como fontes
móveis todos os veículos automotores, embarcações e assemelhados, como
fontes estacionárias, todas as demais.

De acordo com a Lei Estadual n° 997/76, artigo 2: considera-se poluição do meio


ambienta a presença, o lançamento ou a liberação, nas águas, no ar ou no solo, de toda e
qualquer forma de matéria ou energia, com intensidade, em quantidade, de concentração ou
com características em desacordo com as que forem estabelecidas em decorrência desta
Lei, ou que tornem ou possam tornar as águas, o ar ou o solo:

I. Impróprios, nocivos ou ofencivos à saúde;


II. Inconvenientes ao bem estar público;
III. Danoso aos materiais, à fauna e à flora;
IV. Prejudiciais à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades da
comunidade.

A CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, em observância ao


que estabelece o artigo 4º, da Lei Federal 10.650, de 16 de abril de 2003, que dispõe sobre
o acesso público aos dados e informações ambientais existentes nos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente, publica, a partir do ano de 2013, as
informações referentes às licenças concedidas e solicitadas, os autos de infração aplicados,
os recursos interpostos e os termos de ajustamento de conduta (TAC) assinados,
autorizações e indeferimentos e alvarás e indeferimentos. O Quadro 191 apresenta a
quantidade de licenças concedidas pela CETESB nos municípios da UGRHI-20 e a
quantidade de autuações da CETESB nos empreendimentos localizados nos municípios da
UGRHI-20, no ano de 2015.

400
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 191. Licenças e autuações no ano de 2015 para empreendimentos da UGRHI-20.


UGRHI-20 Total de Licenças Ambientais Total de autuações
Lic. Lic. Lic. Outras
Município Advertências Multas
Operação Instalação Prévia licenças
Álvaro de Carvalho 2 2 1
Arco-Íris 2 1
Clementina 2 1 1 1
Dracena 19 2 2 2 LO Prec. 5 4
Gabriel Monteiro 2 2
Garça 33 6 8 21 5
Getulina 1 1 LO Prec. 1
Guaimbê 1
Herculândia 4 7 1
Iacri 1 2 2
Júlio Mesquita 1 1
Lucélia 6 1 2 1 LO Prec. 11 4
Luiziânia 1 1 1
Monte Castelo 3 2 2
Nova Guataporanga 2 1 1
Nova Independência 2 1
Pacaembu 2 1
Panorama 22 1 4 1 2
Parapuã 6 13 5
Paulicéia 4 2 LO Prec. 4 3
Piacatu 1 1
Pompéia 26 1 8
Queiroz 2 2 2 1 2
Quintana 14 1 2
Rinópolis 5 1 1 4 4
Salmourão 2 1 1
Santa Mercedes 2 1 1 1 1
Santópolis do Aguapeí 1 LO Prec.
São João do Pau d'Alho 1
Tupã 29 2 3 21 7
Tupi Paulista 5 1 1 4 3
Vera Cruz 2 4 3
Total 199 24 33 7 122 49
Fonte: CETESB, 2016.

Foram concedidas no total, 7 Licenças de operação a titulo precário, 33 licenças


prévias, 24 licenças de instalação e 199 licenças de operação, durante o ano de 2015 para
empreendimentos nos municípios da UGRHI-20.

401
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Foi realizado nos municípios da UGRHI-20, um total de 171 autuações pela


Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), durante o ano de 2015. Muitas
vezes, as empresas são autuadas por falta de conhecimento ou despreparo no cumprimento
à legislação ambiental. Dentre as autuações realizadas, 122 foram advertências e 49 foram
passíveis de multas.

O Quadro 192 apresenta a quantidade de licenças concedidas pela CETESB nos


municípios da UGRHI-20 e a quantidade de autuações da CETESB nos empreendimentos
localizados nos municípios da UGRHI-21, no ano de 2015.

Quadro 192. Licenças e autuações no ano de 2015 nos empreendimentos da UGRHI-21.


UGRHI-21 Total de Licenças Ambientais Total de autuações
Lic. Lic. Lic. Outras
Município Advertências Multas
Operação Instalação Prévia licenças
Adamantina 14 1 2 1 LO Prec 11 3
Alfredo Marcondes 2 1
Álvares Machado 4 1 1 1 LO Prec 14 4
Bastos 10 1 5 7
Borá 2
Caiabu 2 1
Emilianópolis 1 1
Flora Rica 1 1 1
Flórida Paulista 6
Indiana 3 2 LO Prec 4
Inúbia Paulista 2 1
Irapuru 2 1 2 2 2
Junqueirópolis 7 4 6 5 2
Lutécia 1 1
Mariápolis 1 1
Marília 101 12 17 4 LO Prec 60 20
Martinópolis 9 1 2 1 LO Prec 7 1
Oriente 5 1 1 4
Oscar Bressane
Osvaldo Cruz 4 2 1 1 LO Prec 2 5
Ouro Verde 2 1 1 1
Piquerobi
Pracinha 1
Ribeirão dos Índios 2
Sagres 1
Santo Expedito 1 2 2
Total 182 29 43 10 119 40
Fonte: CETESB, 2016.

402
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Foram concedidas no total, 10 Licenças de operação a titulo precário, 43 licenças


prévias, 29 licenças de instalação e 182 licenças de operação, durante o ano de 2015 para
empreendimentos nos municípios da UGRHI-21.

Foi realizado nos municípios da UGRHI-21, um total de 159 autuações pela


Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), durante o ano de 2015. Dentre
as autuações realizadas, 119 foram advertências e 40 foram passíveis de multas.

Algumas medidas orientativas para subsidiar o licenciamento ambiental:

 Plano para informatização da população, enfatizando a necessidade do


licenciamento ambiental para diminuir os danos causados aos recursos hídricos;

 Para o licenciamento de empreendimentos que utilizarão recursos naturais, deve ser


considerado como instrumento de planejamento o Plano de Bacias, devido a possuir
informações sobre a área da UGRHI;

 Maior fiscalização quanto a empreendimentos já implantados, para que sejam


monitoradas as fontes de poluição.

 Implantação de sistema de informação dos recursos hídricos, para subsidiar a


fiscalização ambiental;

 Capacitação dos órgaos municipais para que estejam aptos às atividades do


licenciamento ambiental municipal;

 Integração entre os órgãos DAEE, CETESB, e Prefeituras Municipais, que são


responsáveis por licenciamentos municipais de baixo impacto ambiental, visando
identificar possíveis usuários de água e atividades poluidoras;

5.3.5 Cobrança pelo uso da água

A cobrança pelo uso das águas é um dos instrumentos de gestão dos recursos
hídricos previsto na Política Nacional de Recursos Hídricos e foi instituída pela Lei Federal
n. 9.433 de 08 de janeiro de 1997, e na Política Estadual de Recursos Hídricos de São
Paulo, instituída pela Lei Estadual n. 7.663 de 30 de dezembro de 1991, e regulamentada
pela Lei Estadual n. 12.183, de 29 de janeiro de 1999, e pelos Decretos n. 50.667 de 30 de
março de 2006 e n. 51.449 de 29 de dezembro de 2006.

A cobrança pelo uso dos recursos hídricos representa o valor a ser pago pela
utilização de um bem público, que é a água, visando à garantia dos padrões de qualidade,

403
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

quantidade e regime estabelecidos para corpos d’água das bacias. Tem por objetivos
principais:

 Reconhecer a água como bem público de valor econômico e dar ao usuário uma
indicação de seu real valor;

 Incentivar o uso racional e sustentável da água;

 Obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções


contemplados nos planos de Bacia Hidrográfica;

 Distribuir o custo socioambiental pelo uso degradador e indiscriminado da água; e

 Utilizar a cobrança da água como instrumento de planejamento, gestão integrada e


descentralizada do uso da água e seus conflitos.

A utilização dos recursos da cobrança está vinculada à implementação de


programas, projetos, serviços e obras, de interesse público, da iniciativa pública ou privada,
definidos nos PBHs, aprovados previamente pelos respectivos CBH e pelo Conselho
Estadual de Recursos Hídricos – CRH.

Os princípios da cobrança pelo uso da água são fundamentados nos conceitos de


“usuário pagador” e do “poluidor pagador”, adotados com o objetivo de combater o
desperdício e a poluição das águas, de forma com que quem desperdiça e polui paga mais.
O reconhecimento de que a água é recurso natural limitado, finito e escasso, é que torna
necessário tratá-la como um bem de uso público, essencial a vida, dotado de valor
econômico e a adotar a cobrança pelo uso desse bem para sua gestão de forma integrada e
participativa.

Para que a cobrança pelo uso da água seja um instrumento de gestão que
possibilite mudanças de comportamento, a melhoria da situação ambiental das bacias
hidrográficas e rios além de garantir a disponibilidade de água para população e os demais
usos, como produção de alimentos, lazer, transporte e geração de energia, entre outros, é
fundamental que o controle sobre esse instrumento (a cobrança) se dê de forma
descentralizada e com ampla participação da sociedade, através dos Comitês de Bacias.

Por iniciativa interna, o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE


promoveu em 1991, o primeiro estudo de simulação de cobrança para a Bacia do Rio
Piracicaba, bacia esta declarada crítica e considerada como modelo básico para fins de
gestão por decreto do Governador do Estado, em 1988. Dentre outros tópicos, foram
analisados os objetivos, as finalidades, os contribuintes e os preços da cobrança pelo uso

404
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

da água, abordando ainda preço médio, redistribuição de custos incorridos, obtenção de


eficiência econômica e estruturas de preços.

Por volta de 1996, o DAEE contratou Consórcio CNEC/FIPE para elaboração de


estudos de implantação da cobrança pelo uso da água no Estado de São Paulo. Em 2004,
contratou o Consórcio JMR / Engecorps para elaborar a Regulamentação da Cobrança pelo
Uso dos Recursos Hídricos, dentro dos estudos do Plano Estadual de Recursos Hídricos do
quadriênio 2004/2007. Este último estudo serviu de subsídio para regulamentar, pelo
Decreto nº 50.667, de 30 de março de 2006, a Lei nº 12.183, de 29 de dezembro de 2005,
que estabeleceu as diretrizes para a implementação da cobrança no Estado de São Paulo.
O Quadro 193 organiza os decretos e leis, que estabelecem a cobrança pelo uso da água,
de acordo com a ordem cronológica.

Quadro 193. Leis/Decretos que regulamentam a cobrança pelo uso da água.


Lei/Decreto Ano Descrição
Lei 24.643 1934 Aprova o Código de Águas Brasileiro
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
Lei 6.938 1981
aplicação, e dá outras providências.
Instituiu a política e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de
Lei 7.663 1991
São Paulo.
Instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento
Lei 9.433 1997
de Recursos Hídricos (Singreh)
Lei 9.984 2000 Criação da Agência Nacional de Águas (ANA)
Compete a ANA arrecadar e repassar os valores arrecadados pela cobrança à Agência da bacia,
Lei 10.881 2004
ou à entidade delegatória de funções de Agência de Água.
Dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São
Lei 12.183 2005 Paulo, os procedimentos para fixação dos seus limites, condicionantes e valores e dá outras
providências;
Regulamenta os dispositivos da Lei nº 12.183, de 29 de dezembro de 2005, estabelecendo
etapas a serem cumpridas pelos Comitês de Bacias Hidrográficas para viabilização da cobrança,
Decreto
2006 dentre elas, a aprovação dos valores a serem cobrados na bacia, a forma e a periodicidade da
50.667
cobrança, que deverão constar de estudos financeiros e técnicos que a fundamentem, conforme
o parágrafo único do artigo 14 deste decreto;
Deliberação Aprova procedimentos, limites e condicionantes para a cobrança dos usuários urbanos e
2008
CRH 90 industriais, pela utilização dos recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo.
Aprova a minuta de decreto que regulamenta a cobrança pela utilização dos recursos hídricos de
Deliberação
2009 domínio do Estado de São Paulo pelos usuários rurais, conforme estabelecido no paragrafo
CRH 101
único do artigo 1º das Disposições transitórias da Lei 12183/05.
Estabelece o conteúdo mínimo dos estudos técnicos e financeiros para fundamentação da
Deliberação
2009 cobrança pelo uso dos recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo a ser apresentados
CRH 111
pelos Comitês de Bacias para referendo do CRH.
Prorroga a Deliberação 90/08, que aprova procedimentos limites e condicionantes para a
Deliberação
2014 cobrança dos usuários urbanos e industriais, pela utilização dos recursos hídricos de domínio do
CRH 160
Estado de São Paulo.

O preço da água é discutido pelos Comitês de Bacias Hidrográficas, levando em


consideração o Decreto 50.667/06, de acordo com a necessidade de custeio dos planos e
projetos aprovados para um período de quatro anos. Também serão levadas em

405
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

consideração a quantidade e a qualidade de água disponível, o número de usuários


pagadores e sua média de consumo. Isto é, cada Comitê estabelece seu Plano de Ação e
pode contar com os recursos recebidos através da cobrança pelo uso da água para financiá-
lo. Desta forma, o preço cobrado pela água pode ser diferente em cada Bacia Hidrográfica.

Nas UGRHI-20 e 21, o processo de implementação encontra-se em fase final, em


que a Deliberação CBH-AP/166/2012 de 12/12/2012, aprovou a proposta para implantação
da cobrança dos usuários urbanos e industriais pelo uso dos recursos hídricos de domínio
do Estado de São Paulo, no âmbito das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Aguapeí e (UGRHI-20) e Peixe (UGRHI-21).

5.3.6 Enquadramento dos corpos d’água

O enquadramento dos corpos d’água orienta os órgãos e instituições quanto aos


usos permitidos das águas, bem como sobre o lançamento de efluentes. Neste sentido, para
atender à demanda de água exigida pela população e pelas atividades econômicas se faz
necessária uma efetiva gestão dos recursos hídricos, estruturada a partir do enquadramento
de seus corpos d’água.
O enquadramento ordena os cursos d’água em 4 classes, definindo os usos
preponderantes para cada uma delas, conforme determina a Resolução Conama nº 357 de
17 de março 2005 (Brasil, 2005). As classes variam de acordo com diferentes parâmetros
que indicam a qualidade das águas, sendo a Classe 1 de maior qualidade e a Classe 4 de
menor qualidade (Quadro 194).

Quadro 194. Usos preponderantes das águas a partir das classes previstas pelo
enquadramento
Class Usos preponderantes
e
Abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado
Proteção das comunidades aquáticas
Recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
1 conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000
Irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película
Proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas
Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional
Proteção das comunidades aquáticas
Recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
2
conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000
Irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte
e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto

406
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Class Usos preponderantes


e
Aqüicultura e atividade de pesca
Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado
Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras
3 Pesca amadora
Recreação de contato secundário
Dessedentação de animais
Navegação
4
Harmonia paisagística

Segundo a Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005, enquadramento


é o estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser,
obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo d’água, de acordo com
os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo.
A classificação das águas dos mananciais é regulamentada pelo Conselho Nacional
de Meio Ambiente através da resolução CONAMA nº 357 de 17 de março de 2005, sendo o
Órgão Ambiental o responsável pelo monitoramento da qualidade destes mananciais.
O Decreto Estadual nº. 10.755 de 22 de novembro de 1977 (São Paulo, 1977),
dispõe sobre o enquadramento dos corpos de água receptores na classificação prevista pelo
Decreto n. 8.468, de 8 de setembro de 1976 e dá providências correlatas.
A Lei Estadual 7.663, de 30 de dezembro de 1991, estabelece que compete ao
CRH efetuar o enquadramento de corpos d'água em classes de uso preponderante, com
base nas propostas dos Comitês de Bacias Hidrográficas - CBHs, compatibilizando-as em
relação às repercussões interbacias e arbitrando os eventuais conflitos decorrentes.
O enquadramento dos rios das UGRHI 20 e 21 é apresentado nos Quadro 195 e

Quadro 196 e ilustrado na Figura 257. O Desenho 25.1037/17 apresenta o mapa


com o enquadramento dos cursos d’água das UGRHIs 20 e 21, em anexo.

Quadro 195. Enquadramento dos corpos d’água da UGRHI 20, segundo o Decreto
Estadual nº. 10.755/77 (São Paulo, 1977)
Classificações
Corpos d’água segundo a correlação
entre as classes
Todos os cursos d´água cujas nascentes situam-se dentro de
áreas destinadas a Reservas Florestais do Estado, nos 1
trechos de seus cursos, nelas compreendidos;
Todos, exceto os alhures classificados; 2
Córrego da Figueira até a confluência com o Córrego do 3
Fundão;
Córrego Ipiranga até a confluência com o Córrego 3

407
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Classificações
Corpos d’água segundo a correlação
entre as classes
Ipiranguinha;
Córrego Lajeado ou Aguapeí Mirim desde sua confluência,
com o Córrego Boa Esperança até sua confluência com o Rio 3
Aguapeí;
Córrego Pacaembu até a confluência com o Ribeirão da 3
Iracema;
Ribeirão Claro até a confluência com o Córrego da Saudade; 3
Ribeirão Iacri desde a confluência com o Córrego Afonso XIII 3
até a confluência com o Rio Aguapeí;
Ribeirão Tibiriça desde a confluência com o Ribeirão 3
Cincinatina até a confluência com Ribeirão Pádua Sales;
Ribeirão Tibiriça até a confluência com o Ribeirão Ipiranga; 3
Córrego Afonso XIII, afluente do Ribeirão Iacri; 4
Córrego Boa Esperança, afluente do Córrego Lajeado ou 4
Aguapeí Mirim;
Córrego Palmital, afluente do Ribeirão Cincinatinia; 4
Ribeirão Cincinatina, afluente do Ribeirão Tibiriçá a partir de 4
sua confluência com o Córrego Palmital.

Quadro 196. Enquadramento dos corpos d’água da UGRHI 21 segundo o Decreto


Estadual nº. 10.755/77 (São Paulo, 1977)
Classificações segundo
Corpos d’água a correlação entre as
classes
Todos os cursos d´água cujas nascentes situam-se dentro de
áreas destinadas a Reservas Florestais do Estado, nos 1
trechos de seus cursos, nelas compreendidos.
Todos, exceto os alhures classificados; 2
Córrego São Luiz até a confluência com o Ribeirão do Futuro; 3
Córrego Àgua do Castelo, afluente do Rio do Peixe; 4
Córrego Colônia, afluente do Ribeirão da Sede; 4
Córrego Grande ou da Pomba; 4
Córrego Tocantins, afluente do Ribeirão dos Ranchos; 4
Ribeirão Barbosa até a confluência com o Rio do Peixe; 4
Ribeirão das Garças, afluente do Córrego Água do Castelo; 4
Ribeirão dos Ranchos desde a confluência com o Córrego 4
Tocantins até a confluência com o Rio do Peixe;
Ribeirão da Sede, afluente do Rio do Peixe; 4
Rio do Peixe até a confluência com o Ribeirão do Alegre. 4

Vale ressaltar, no entanto, que existem vários rios que estão em desconformidade
com esta classificação, tais como os rios de pequena vazão que recebem esgotos “in
natura”. A intenção do CBH-AP é dar início às discussões com vistas a proposição do
reenquadramento dos corpos d`água das Bacias Hidrográficas.

408
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Nas UGRHIs 20 e 21 como um todo e também nas Unidades de Planejamento


Hídrico (UPHs), a maior parte dos cursos d’água se enquadra na Classe 2, sendo esta a
classe que permite o uso para abastecimento público após tratamento convencional (Quadro
197).

Quadro 197. Extensão dos corpos d’água por UPH de acordo com o enquadramento.
Extensão dos cursos d'água (km)
Classe UGRHI 20 UGRHI 21
Baixo Médio Alto Baixo Médio Alto
Aguapeí Aguapeí Aguapeí Peixe Peixe Peixe
1 1 6
2 3.170 6.977 5.709 1.264 4.737 9.688
3 11 38 50 4 11
4 45 19 54 43 27
Total 3.182 7.060 5.779 1.318 4.784 9.733

Nas UPHs Baixo Aguapeí e Alto Aguapeí, a Classe 3 é a segunda mais presente,
abrangendo 11 e 50km de corpos d’água em cada sub-bacia, respectivamente. Essa classe
ainda permite o uso para abastecimento urbano, mas pode requerer um tratamento mais
avançado. Na agricultura pode ser utilizada para irrigação de grupos específicos de plantas
e dessedentação de animais, sendo este o setor que apresenta a maior demanda da UPH.

Em todas as demais UPHs, a Classe 4 é a que possui maior destaque depois da


Classe 2, somando 170km de extensão de cursos d’água na bacia. Esta classe é a que
apresenta menor qualidade da água e possui maiores restrições quanto ao uso, permitindo
apenas a navegação e harmonia paisagística.

409
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 257. Enquadramento dos cursos d’água (UGRHI 20 e 21).


Fonte: CBH-AP, 2012

Avaliando os pontos de monitoramento da qualidade das águas, o Decreto Estadual


nº 10.755/1977 enquadra como Classe 2 os cursos d’água onde 8 pontos da UGRHI 20 e 5
da 21 estão instalados. Ainda, são classificados como Classe 3 os cursos d’água onde se
encontram 2 pontos de monitoramento da UGRHI 20.

Ao comparar os resultados dos pontos de monitoramento com os valores máximos


estabelecidos para os parâmetros das Classes 2 e 3 (Resolução CONAMA 357/2005),
apenas 5 pontos da UGRHI 20 (AGUA02010, AGUA02100, AGUA02500, IACR03750 e
TBIR03300) e 1 da UGRHI 21 (ARPE02800) estão devidamente enquadrados, tendo todos
os demais excedido os limites de um ou mais parâmetros.

As UGRHIs ainda não possuem propostas de enquadramento, portanto o


enquadramento atual permanece válido. Serão estabelecidas algumas ações para que o
estudo de enquadramento seja realizado no período de vigência do Plano de Bacia, visando
elaborar, se necessário, o estudo de fundamentação para proposta de atualização de
enquadramento dos corpos d’água, cujo critério de elaboração é: adotar trechos de cursos
d’água que recebem lançamento de esgotos sanitários, considerar os usos preponderantes
na bacia, adotar a DBO como um parâmetro de qualidade para atualização do

410
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

enquadramento dos cursos d’água. Diante disso, foram propostas ações específicas para a
melhoria na rede de monitoramento.

Com o contínuo incremento de pontos de monitoramento será possível elaborar com


maior clareza um estudo para avaliar a necessidade de se rever o enquadramento nas
UGRHIs, principalmente nos trechos que se encontram enquadrados em classe 1 e 4, que
não possuem monitoramento atualmente.

Figura 258. Resultados IQA nos pontos existentes.


Fonte: CETESB, 2015.

5.3.7 Monitoramento quali-quantitativo dos recursos hídricos

A rede pluviométrica no Estado de São Paulo é operada pelo DAEE/ CTH. Na área
da UGRHI-20 encontram-se 20 postos e na UGRHI 21, 26 postos, conforme já apresentados
no item Postos Pluviométricos, contido no diagnóstico. Os principais objetivos destes é
monitorar a quantidade de água precipitada durante os meses secos (abril a setembro).

A rede de monitoramento deve conter estações que reflitam os fatores


discriminantes da qualidade das águas ao longo dos corpos d’água e, sempre que possível
ser integrada à rede hidrométrica. O monitoramento qualitativo e quantitativo tem por
objetivos:

 Avaliar a evolução temporal e fazer um diagnóstico da qualidade e quantidade das


águas superficiais e subterrâneas do Estado, de modo a avaliar sua conformidade
com a legislação ambiental;

 Identificar áreas prioritárias para o controle da poluição e da disponibilidade hídrica,


possibilitando a adoção de ações preventivas e corretivas;

 Subsidiar o diagnóstico e controle das águas utilizadas para o abastecimento público


de água, verificando a sua compatibilidade com o tratamento existente, bem como
para os múltiplos usos;

411
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

 Dar subsídio técnico para a excução dos planos de bacias hidrográficas e do relatório
de situação dos recursos hídricos das bacias, para a cobrança pelo uso da agua e
para o estudo de fundamentação da proposta de atualização do enquadramento dos
corpos d’água.

O Quadro 198 e a Figura 259 apresentam os indicadores de abrangência do


monitoramento das águas da UGRHI-21. O Desenho 26.1037/17 apresenta a rede de
monitoramento pluviométrico, fluviométrico e qualidade de água, em anexo.

Quadro 198. Indicadores de monitoramento quali-quantitativo da UGRHI-20 e UGRHI-21.


Parâmetro
R.04 Densidade R.04 Densidade
Variável Indicador UGRHI da rede de da rede de
monitoramento monitoramento
pluviométrico: hidrológico:
1,49 estações 0,379 estações
Aguapeí
por /1000 km² por /1000 km²
Monitoramento R.04 Abrangência do
das águas monitoramento 2,41 estações 0,371 estações
Peixe
por /1000 km² por /1000 km²

Figura 259 Estações de monitoramento quali-quantitativo na UGRHI-20 e 21.


Fonte: CRH, 2015.

A densidade de rede de monitoramento pluviométrico e hidrológico evoluiu pouco


nos últimos anos. Os pontos de monitoramento pluviométrico têm densidade considerada
regular, ao contrário dos pontos de monitoramento fluviométrico, com apenas 5 localizados
no território dos municípios da UGRHI-20 e 4 na UGRHI-21. O Quadro 199, o Quadro 200, e
a Figura 260 relacionam, respectivamente, os postos pluviométricos, postos fluviométricos e

412
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Plano de Bacia

pontos de monitoramento de qualidade de água superficial, pontos de monitoramento de


água subterrânea.

Pode-se considerar que a baixa densidade de pontos de monitoramento


fluviométrico é uma das causas da grande dificuldade em analisar a real situação dos
recursos hídricos na UGRHI-20 e 21. O número de instituições que geram informações de
monitoramento, mas que não integram uma única rede dificulta o acesso às informações.
Serão detalhadas metas e ações para o aumento da quantidade de pontos de
monitoramento fluviométrico na UGRHI-20 e 21.

Quadro 199. Postos Pluviométricos da UGRHI-20 e 21.


Postos Pluviométricos
UGRHI 20
Cód. do
Município Sub-bacia
Posto
C6-071 Guaimbê Alto Aguapeí
C6-078 Guaimbê Alto Aguapeí
C7-006 Getulina Alto Aguapeí
C7-016 Braúna Médio Aguapeí
C7-034 Valparaíso Médio Aguapeí
C7-064 Luiziânia Médio Aguapeí
C7-074 Queiroz Médio Aguapeí
C7-075 Salmorão Médio Aguapeí
C7-078 Piacatu Médio Aguapeí
C8-008 Monte Castelo Baixo Aguapeí
C8-019 Panorama Baixo Aguapeí
C8-030 Flórida Paulista Baixo Aguapeí
C8-043 Dracena Baixo Aguapeí
C8-052 Adamantina Baixo Aguapeí
C8-058 Mirandópolis Baixo Aguapeí
D6-018 Garça Alto Aguapeí
D6-025 Marília Alto Aguapeí
D6-086 Pirajuí Alto Aguapeí
D6-093 Pirajuí Alto Aguapeí
D6-098 Marília Alto Aguapeí
UGRHI 21
C7-001 Parapuã Baixo Peixe
C7-004 Tupã Médio Peixe
C7-054 iacri Médio Peixe
C7-062 Bastos Médio Peixe
C7-066 Tupã Médio Peixe
C7-067 Osvaldo Cruz Baixo Peixe
C8-001 Piquerobi Baixo Peixe

413
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Plano de Bacia

UGRHI 21
C8-002 Flórida Paulista Baixo Peixe
C8-004 Adamantina Baixo Peixe
C8-009 Santo Anastácio Baixo Peixe
C8-014 Alfredo Marcondes Baixo Peixe
C8-018 Lucélia Baixo Peixe
C8-026 Emilianópolis Baixo Peixe
C8-042 Irapuru Baixo Peixe
C8-054 Martinópolis Baixo Peixe
C8-055 Ouro Verde Baixo Peixe
C8-059 Flora Rica Baixo Peixe
D6-080 Marília Alto Peixe
D6-092 Garça Alto Peixe
D7-001 Quatá Médio Peixe
D7-048 Marília Alto Peixe
D7-073 Rancharia Médio Peixe
D7-074 Marília Médio Peixe
D8-003 Presid. Prudente Baixo Peixe
D8-047 Indiana Baixo Peixe
D8-057 Caiabu Baixo Peixe

Quadro 200. Postos fluviométricos da UGRHI-20 e 21.


Postos Fluviométricos
UGRHI 20
Cód. do Posto Município Sub-bacia
6C-005 Guaimbê Alto Aguapeí
7C-002 Luiziânia Médio Aguapeí
7C-011 Rinópolis Médio Aguapeí
7C-012 Queiroz Médio Aguapeí
8C-004 Valparaíso* Baixo Aguapeí
UGRHI 21
7C-015 Bastos Médio Peixe
7D-004 Marília Alto Peixe
7D-010 Marília Alto Peixe
8C-007 Presid. Prudente Baixo Peixe
*Apesar do posto 8C-004 estar localizado no território da UGRHI 20 (Valparaíso), também
compreende áreas da UGRHI 21 (Adamantina).

Os quatro tipos de monitoramento presentes na área não contemplam a área total


da bacia, evidenciando a necessidade de instalação de mais pontos de monitoramento a fim
de que o mesmo seja mais eficiente. A Figura 260 mostra a localização espacial dos postos
de monitoramento. Na Figura 260, é possível observar a carência de pontos de

414
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Plano de Bacia

monitoramento de água superficial na sub-bacia do Médio Aguapeí (UGRHI 20) e no Alto


Peixe (UGRHI 21).

Quanto aos pontos de monitoramento de água subterrânea e postos pluviométricos,


mesmo escassos, são distribuídos de forma igualitária em todo território das UGRHIs 20 e
21. Os postos fluviométricos são insuficientes em toda a área das duas UGRHIs.

Figura ilustrativa

Figura 260. Postos pluviométricos e de monitoramento na UGRHI-20 e 21.

De acordo com dados apresentados e o relatório de situação da UGRHI-20 (2015)


a qualidade das águas subterrâneas da região têm apresentado desconformidades em
relação aos padrões de potabilidade de água. Ainda assim, 70% das amostras analisadas
apresentaram boa qualidade. Situação semelhante tem ocorrido na UGRHI-21, onde o
número de amostras desconformes aumentou de 9 em 2014 para 10 em 2015. Ainda assim,
67% das amostras apresentam índice favorável.

Instrumentos como maior fiscalização, licenciamento, outorga e cobrança pelo uso


da água subterrânea auxiliaria na melhora destes poços. Além de educação ambiental
visando um cuidado maior nas atividades antrópicas que afetem diretamente na qualidade e

415
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

no uso das águas subterrâneas. Em relação à qualidade das águas superficiais, para ambas
as UGRHIs, somente 1 (um) apresentou qualidade “regular”, as demais foram “boas”.

 Diretrizes e Critérios para subsidiar o planejamento da rede de monitoramento


quali-quantitativo nas UGRHIs-20 e 21

Uma rede de monitoramento deve ser implantada gradualmente, passo a passo,


primeiramente com base em um modelo conceitual sobre a delimitação tridimensional do
corpo hídrico a ser monitorado, suas características químicas e hidrológicas e sua
vulnerabilidade a fontes de poluição e superexplotação. Sendo assim é possível elencar
algumas etapas gerais a serem cumpridas para seja instalada a rede de monitoramento, são
elas:

 Definição dos objetivos do monitoramento;

 Projeto de rede (seleção de pontos de monitoramento, parâmetros a serem


determinados, freqüência de amostragem);

 Operação do monitoramento (coleta, análise, interpretação, controle de qualidade);

 Avaliação dos resultados frente aos objetivos para validação do monitoramento.

Com relação à quantidade, observa-se na literatura que os principais objetivos de


um monitoramento são: estabelecer valores naturais de nível d’água em uma região e
identificar tendências de rebaixamento destes níveis.

No ano de 2001, foi publicado um manual sobre Aspectos Estatísticos da


Identificação de Tendências de Poluição em Águas Subterrâneas (Grath et al., 2001), e em
2003 foi publicado o Guia de Monitoramento de Qualidade e Quantidade de Águas
Superficiais Interiores, Águas Costeiras e Águas Superficiais - “Guidance Document nº 7”
(European Communities, 2003“). Esta última publicação estabelece que,
independentemente dos ajustes regionais, um programa de monitoramento deve levar em
consideração os seguintes aspectos:

 a unidade de gerenciamento deve ser a Bacia Hidrográfica;

 as variações naturais e aquelas provocadas pelas atividades humanas;

 as inter-relações entre as águas superficiais e subterrâneas, bem como a integração


dos aspectos quantitativos e qualitativos;

 integração entre os monitoramentos efetuados para os diferentes usos da água;

416
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Plano de Bacia

 possibilidade de detecção de desvio das condições observadas no monitoramento


frente àquelas consideradas como de referência; e,

 possibilidade de detecção de todos os impactos potenciais.

5.3.8 Sistema de informações sobre recursos hídricos

O sistema de informações de recursos hídricos é um instrumento da Política


Estadual de Recursos Hídricos, e, constitui um sistema de coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações sobre os recursos hídricos e os fatores
intervenientes em sua gestão. Tem objetivo de: (i) reunir, organizar, analisar, difundir e
permitir o monitoramento das informações sobre os recursos hidricos da bacia em termos de
disponibilidade, demana e qualidade; (ii) atualizar e complementar as informações sobre os
recursos hídricos da UGRHI e detectar vazios de informação para que possam ser
preenchidos e (iii) fornecer subsidios para a elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica e
Relatório de Situação dos Recursos Hídricos na Bacia.

A importância de um sistema de informações de recursos hídricos está no suporte à


gestão dos recursos hídricos, visando ao uso racional, à minimização de conflitos e à
proteção dos mananciais; suporte ao planejamento das ações de intervenção; possibilidade
de composição de informações para o desenvolvimento de estudos, planos e programas;
dados e instrumentos de processamento capazes de identificar a situação presente e
projeções futuras sobre o balanço oferta x demanda por água em relação as bacias
hidrográficas, bem como auxiliando a análise para outras unidades territoriais; dados e
instrumentos de análise para a tomada de decisões em situação de calamidade pública,
como secas e inundações (CIRILO e AZEVEDO, 2000 apud SILVA, 2006).

Neste contexto, o sistema de informação pode ser usado para identificar e


determinar a extensão de problemas de qualidade de águas, erosões, inundações, entre
outros, além de aprimorar os planos de bacias hidrográficas, e acompanhar a implantação
das metas e ações do Plano, pois permite melhor organização das informações da Bacia.

 Diretrizes e Critérios para subsidiar a implementação de um sistema de


informações nas UGRHIs-20 e 21

O Sistema de informações sobre os recursos hídricos das UGRHIs -20 e 21 deve


ser implantado e mantido pelo Comitê de Bacia Hidrográfica Aguapeí e Peixe reunindo
informações necessárias para administrar e gerir os recursos hídricos da Bacia. Se

417
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Plano de Bacia

necessário, poderá promover convênios com outras instituições para que possam
disponibilizar seus dados para uso do CBH-AP.

Um sistema de informação permite a integração e sobreposição de vários tipos de


informações, por meio de procedimentos computacionais e ferramentas para o
processamento dos dados facilitando a análise da representação do espaço e constituindo
uma importante ferramenta de apoio a gestão e tomada de decisão, uma vez que permite
sistematizar e organizar dados e informações de forma precisa e consistente.

Esse sistema também serve como subsídio para acompanhamento da implantação


do Plano de Bacia e para o enquadramento dos corpos d’água em classes, assim como
para a emissão da outorga e cobrança do uso da água. Algumas informações são
importantes para a implantação e funcionamento de um sistema de informações na bacia:

 Dados sobre a base de usuários e outorgas concedidas na UGRHI;

 Dados da rede de monitoramento qualitativo e quantitativo existentes na UGRHI;

 Dados sobre as unidades geológicas, unidades aquiferas e suas caracteristicas;

 Informações quanto a situação das áreas de mananciais, dados do meio físico


(geomorfologia e solos), biótico (biomas e dados ambientais), e socioeconômico
(atividades de produção e consumo);

 Dados sobre o uso e ocupação do solo;

 Dados sobre fontes de poluição, areas suscetiveis a erosão e inundação.

Objetivo a ser atingido com implantação de um sistema de informação:

 Desenvolvimento e gestão do banco de dados hidrológicos;

 Projeto, implantação e gestão do sistema de cadastro, outorga e cobrança;

 Projeto, implantação e gestão do sistema de informações aos usuários e públicos;

 Projeto, implantação e gestão de sistema de informações ambientais sobre recursos


hídricos;

 Divulgação dos resultados do sistema de informações de recursos hídricos na


Internet, para acesso e participação da sociedade.

418
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Plano de Bacia

 Mecanismos de divulgação nas UGRHIs-20 e 21

Nas UGRHIs – 20 e 21, o mecanismo de divulgação será por meio de documentos


técnicos, projetos, programas, composição das Câmaras Técnicas e da Secretaria
Executiva, assim como a agenda geral do Comitê da Bacia do Aguapeí e Peixe, que serão
divulgados para a sociedade para que seja possível o conhecimento e participação dos
processos desenvolvidos na bacia.

Desta forma, a sociedade deve estar apta a avaliar o desempenho dos projetos,
programas, entre outros desenvolvidos através do Comitê de Bacias, e isso depende do
acesso à informação disponibilizada. Além disso, instrumentos previstos em lei, como
audiências e consultas públicas, iniciativa popular e participação em grupos de trabalho,
serão utilizados como mecanismos de participação e controle da sociedade em questões
relativas às UGRHIs – 20 e 21.

A participação da sociedade na gestão das bacias hidrográficas do Aguapeí e Peixe


será por meio de representantes da sociedade civil em Grupos de trabalhos, Câmaras
Técnicas, para debater assuntos de interesse.

O principal mecanismo de divulgação sobre o andamento dos projetos sobre


recursos hídricos é a consulta pública, por se tratar de um instrumento democrático que dá
oportunidade à sociedade de participar da elaboração de documentos de interesse civil,
tornando o processo de decisão transparente e permitindo que o cidadão opine e participe
de decisões.

Apesar de não ser obrigatória, a consulta pública é uma ferramenta importante na


tomada de decisão através da discussão com a sociedade civil, e a divulgação de tais
consultas fica a cargo do Comitê de Bacias.

5.4 Áreas críticas e prioridades para gestão dos recursos hídricos

Este item aborda a elaboração dos elementos necessários para a construção do


pacto institucional que deve garantir a implementação do PBH, por parte dos atores
estratégicos no âmbito das UGRHIs. Em termos gerais, essa etapa consiste na identificação
das áreas criticas e/ou temas críticos para a gestão dos recursos hídricos, para os quais
deverão ser estabelecidas alternativas de intervenção passíveis de serem adotadas na
compatibilização das disponibilidades hídricas e dos aspectos quantitativos com as
demandas futuras, ou seja, a pactuação propriamente dita. Para tanto, deverão ser
desenvolvidas duas atividades complementares: (i) identificação das áreas criticas para a

419
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Plano de Bacia

gestão; (ii) identificação de prioridades para o estabelecimento de metas e ações do PBH


(CRH, 2012).

5.4.1 Delimitação das áreas críticas para gestão dos recursos hídricos

As áreas críticas são baseadas e inter-relacionadas com as principais informações


pertinentes aos recursos hídricos das UGRHIs, descritas no Diagnóstico e Prognóstico. A
partir dessas informações, nota-se que as questões mais urgentes na UGRHI-20 e 21, serão
resolvidas com ações de planejamento e gestão, bem como ações conservacionistas
ligadas aos processos de degradação ambiental, nos temas relacionados à dinâmica
superficial (erosão, assoreamentos), e contaminação ou poluição (tratamento de esgotos,
monitoramento entre outros). O Desenho 27.1037/17 mostra as áreas críticas por temas das
UGRHIs 20 e 21, em anexo.

5.4.1.1 Disponibilidade de água

As UGRHIs 20 e 21 não possuem criticidade entre vazões de captação e


disponibilidade hídrica quando analisadas em sua totalidade. O problema de disponibilidade
hídrica aparece apenas quando projetada para as pequenas bacias de abastecimento da
UGRHI 21. A sub-bacia Alto Peixe está enquadrada como crítica quando avaliada pelo
indicador Disponibilidade per capita (Qmédio em relação à população total), uma vez que
apresentou resultado menor que 1.500 m³/hab.ano. Este fato é ainda mais grave por se
tratar da sub-bacia que abriga aproximadamente 50% da população da UGRHI 21, sendo
assim a sub-bacia de gerenciamento e grandes investimentos. A sub-bacia Baixo Peixe
apesar de estar na classe “Boa” para Demanda total em relação a Qmédio, está muito
próxima da categoria “Atenção”, pois utiliza 9,6% do Qmédio e o indicador estabelece que a
categoria “Atenção” está no intervalo de 10 a 20% (Quadro 202). Uma das razões para a
UGRHI 21 apresentar estes resultados quanto aos indicadores de disponibilidade hídrica se
deve à captação de água do Rio Peixe realizada pelo município de Presidente Prudente,
que altera a vazão superficial e impacta no balanço hídrico da UGRHI.

Para 2027, no cenário tendencial, a UGRHI-20 mantém todas suas sub-bacias


avaliadas como “Boa”, no entanto, a sub-bacia Baixo Aguapeí fica muito próxima do estado
de “Atenção” no indicador Demanda subterrânea em relação às reservas explotáveis
(Quadro 201). A UGRHI-21 também mantém os mesmos resultados e, desta vez, a sub-
bacia Baixo Peixe está de fato enquadrada como “Atenção” para Demanda total em relação
a Qmédio.

420
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

No geral, a situação atual da UGRHI 20 é confortável, enquanto da UGRHI 21 já é


preocupante. De acordo com as projeções de população e demanda para o ano de 2027,
com a continuidade dos cenários, necessita-se assim de gerenciamento indispensável e
realização de investimentos médios.

Figura ilustrativa

Figura 261. Áreas críticas referentes à demanda x disponibilidade de água.

421
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Plano de Bacia

Quadro 201. Resumo dos indicadores de disponibilidade hídrica da UGRHI 20.


Qmédio em relação Demanda total em Demanda superficial Demanda subterrânea em Demanda total em
à população total relação à Q95% em relação à Q7,10 relação às reservas explotáveis relação à Qmédio
2015
Alto Aguapeí 10.796 10% 14% 3% 4%
Médio Aguapeí 6.379 7% 6% 10% 3%
Baixo Aguapeí 9.642 15% 13% 24% 7%
2027 - Cenário tendencial
Alto Aguapeí 10.411 11% 16% 3% 5%
Médio Aguapeí 6.152 7% 7% 11% 3%
Baixo Aguapeí 9.299 17% 15% 28% 8%

Quadro 202. Resumo dos indicadores de disponibilidade hídrica da UGRHI 21.


Qmédio em relação Demanda total em Demanda superficial Demanda subterrânea em Demanda total em
à população total relação à Q95% em relação à Q7,10 relação às reservas explotáveis relação a Qmédio
2015
Alto Peixe 794 14% 12% 20% 6%
Médio Peixe 49.258 6% 5% 9% 3%
Baixo Peixe 4.049 21% 21% 21% 9,6%
2027 - Cenário tendencial
Alto Peixe 755 15% 13% 22% 7%
Médio Peixe 46.831 7% 6% 11% 3%
Baixo Peixe 3.850 23% 23% 23% 11%

Quadro 203. Legenda dos indicadores de disponibilidade hídrica.


Legenda
Boa
Próximo ao estado de atenção
Atenção
Crítica

422
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Plano de Bacia

5.4.1.2 Demanda para os múltiplos usos da água

A busca da sustentabilidade no uso da água e do equilíbrio entre usuários também


se evidencia na concepção de Coimbra et al. (op. cit., p.37), os quais consideram o
gerenciamento de recursos hídricos como um "processo dinâmico, ambientalmente
sustentável, o qual, baseado numa adequada administração da oferta das águas, trata da
organização e compatibilização dos diversos usos setoriais dos recursos hídricos, tendo por
objetivo uma operação harmônica e integrada das estruturas decorrentes, de forma a se
obter o máximo benefício dessas estruturas".

O abastecimento de água potável, sem dúvida, é o principal setor a ser considerado


no âmbito da gestão dos recursos hídricos. Devido à importância para população é evidente
e necessária uma maior atenção quanto à sua disponibilidade em quantidade e qualidade.

Na UGRHI 20, os usos de maior demanda em 2015 são industrial (40,5%) e


agrícola (37,7%), enquanto o abastecimento urbano corresponde a apenas 20,7%. Na
UGRHI 21, o abastecimento urbano registrou uma demanda de 58,5% em relação à total,
seguido pelo uso industrial (23,7%).

Quadro 204. Demandas estimadas futuras (cenário tendencial) – UGRHI 20.


Demanda total (m³/s)
Tipo de Uso
2015 2019 2023 2027
Rural 1,73 1,84 1,95 2,07
Outros 0,05 0,05 0,06 0,06
Urbano 0,95 0,96 0,97 0,99
Industrial 1,86 1,99 2,11 2,24
Total - UGRHI 20 4,60 4,84 5,10 5,36

Quadro 205. Demandas estimadas futuras (cenário tendencial) – UGRHI 21.


Demanda total (m³/s)
Tipo de Uso
2015 2019 2023 2027
Rural 0,74 0,79 0,83 0,88
Outros 0,004 0,004 0,005 0,005
Urbano 2,45 2,49 2,54 2,58
Industrial 0,99 1,08 1,18 1,27
Total - UGRHI 21 4,19 4,37 4,55 4,74

A demanda superficial de toda a bacia não apresenta criticidade, mas quando


analisada separadamente, cabe uma atenção especial aos municípios de Júlio Mesquita
(UGRHI 20); Irapuru, Marília e Martinópolis (UGRHI 21), que possuem os maiores índices de
perdas (acima de 40%) e necessitam de estudos de novas alternativas de captação e
armazenamento de água.

423
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Plano de Bacia

Na UGRHI 20, a demanda subterrânea representa 36% da demanda total


cadastrada e na UGRHI 21 representa 29%. Sendo estas demandas críticas, a situação é
ainda mais preocupante uma vez que esses valores são referentes aos usos cadastrados no
DAEE, sendo que as demandas dos poços não outorgados não são contabilizadas.

Para um cenário acelerado, onde há um possível aumento na irrigação na UGRHI


20 como um todo, cabe uma atenção especial para a UPRH Alto Aguapeí, que neste caso,
entra em estado de atenção quando se trata de balanço hídrico.

Segundo os dados do Relatório de Situação referente ao ano de 2016, propõe-se à


UGRHI 20, em especial, o uso racional dos recursos hídricos e o estímulo às
concessionárias de serviços de água e esgoto a empreenderem ações estruturais e não
estruturais de forma que o índice de perdas de até 30% não seja superado. Em relação à
UGRHI 21, esse documento prevê a reformulação e ampliação das bases de dados relativos
às características e situação dos recursos hídricos, com a montagem de modelos de
quantidade e qualidade das águas dos corpos hídricos.

 Índice de abastecimento

Conforme dados apresentados, em relação ao índice de atendimento de


distribuição de água, apenas Pracinha, da UGRHI 21, foi enquadrada como “regular”, sendo
os demais municípios classificados como “bons”. Para 2027, todos os municípios da bacia
serão enquadrados com índice “bom”, não havendo preocupação quanto ao abastecimento
na bacia.

O Relatório de Situação 2017 traz como orientação à UGRHI 20, a proposta de


atingir e manter a universalização do atendimento com sistemas de suprimento de água em
toda a UGRHI. Para a UGRHI 21, mantiveram-se as mesmas orientações do tópico anterior.

 Uso racional

Para o uso racional da água é muito importante fomentar legislações municipais


que incentivem o uso racional da água, aplicando práticas de reuso de água, elaborando
sistemas de captação de água de chuva e combatendo as perdas.

Outro dado importante relacionado ao uso racional de água é o índice de perdas,


que, em 2015, representou na UGRHI 20 uma média de 22% e 32% na UGRHI 21. Os
municípios mais críticos quanto ao índice de perdas são Júlio Mesquita (UGRHI 20); Irapuru,
Marília e Martinópolis, que perdem anualmente mais de 40% de toda a água captada para

424
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Plano de Bacia

abastecimento público. Em termos de perdas físicas nas redes de abastecimento, existem


10 municípios com índices de perdas acima de 25%, que foram classificados como área
crítica, conforme apresentado na Figura 262.

Figura ilustrativa

Figura 262. Áreas críticas referentes à disponibilidade de água.

A implementação da cobrança pelo uso da água nas UGRHIs é uma importante


ferramenta para incentivar o uso racional e sustentável dos recursos hídricos. Para o uso
racional da água na agricultura, deveria ser proposto um plano de uso da água para
irrigação, tendo em vista as culturas da região, a disponibilidade hídrica e as características
pedológicas da região.

O Relatório de Situação explica que o Governador do Estado, em 2015, aprovou e


fixou os valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos de domínio do Estado de
São Paulo, dos usuários urbanos e industriais, nas Unidades de Gerenciamento de
Recursos Hídricos Aguapeí e Peixe.

5.4.1.3 Monitoramento qualidade e quantidade de água

O problema da qualidade das águas superficiais está como sempre associado às


formas de ocupação e uso do solo, e consequentemente ao lançamento dos efluentes dos

425
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Plano de Bacia

esgotos domésticos, indústriais e agrícolas, bem como da melhoria da disposição dos


resíduos sólidos das cidades localizadas nas UGRHIs.

Conforme dados apresentados no diagnóstico, a quantidade atual de pontos de


monitoramento de água superficial e subterrânea é insuficiente para as UGRHIs. Existem
apenas 14 pontos que medem a qualidade de água superficial em cada UGRHI. Quanto à
água subterrânea, é necessário um estudo da necessidade de instalação de novos pontos
para monitoramento, uma vez que a sua importância do atendimento das demandas de
água principalmente para o abastecimento público. Esse aumento de pontos pode ser
resolvido com a ampliação da rede de monitoramento da CETESB.

Figura ilustrativa

Figura 263. Áreas críticas referentes ao monitoramento qualitativo e quantitativo.

Em relação ao monitoramento quantitativo de água nas UGRHIs, há necessidade


de aumento da quantidade de pontos de monitoramento fluviométrico, uma vez que, em
2015, estavam operando apenas 5 pontos na UGRHI 20 e 4 na UGRHI 21. Esse
monitoramento é importante para monitorar a disponibilidade de água nas UGRHIs para
futuro crescimento econômico.

426
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Plano de Bacia

 Índices (carga meta, esgotamento, tratamento e outros)

Conforme dados apresentados no diagnóstico os índices de coleta de esgoto dos


municípios da UGRHI 20 são classificados como “regular” ou “bom”, tendo apenas Paulicéia
apresentado resultado “ruim” por ter coleta de esgoto abaixo de 50%. Na UGRHI 21, todos
os municípios foram enquadrados como “regular” ou “bom”. Para o cenário tendencial em
2027, todos os municípios da UGRHI 20 se manterão nas mesmas classes, apesar da
melhora projetada. Na UGRHI 21, os municípios de Alfredo Marcondes, Emilianópolis e
Ribeirão dos Índios serão reenquadrados na classe “bom”, ainda que haja melhoria em
todos os demais.

Em relação ao tratamento de esgoto, a UGRHI 20 realiza o tratamento de 98% do


esgoto coletado, tendo apenas três municípios avaliados como “regular” e todos os demais
na categoria “bom”. Por outro lado, a UGRHI 21 como um todo é classificada como “ruim”,
pois Marília trata apenas 3% do esgoto coletado, enquanto todos os outros municípios
tratam 100%. Para o cenário tendencial em 2027, todos os municípios da UGRHI 20apenas
Getulina avança da categoria “regular” para “bom”, mas há aumento para 93% de
tratamento do esgoto coletado. Na UGRHI 21, todos se mantêm nas mesmas classes e a
média de coleta também permanece em 50%. Neste caso, esta UGRHI apresenta criticidade
no tratamento de efluentes, uma vez que apenas no cenário acelerado há previsão de 100%
de tratamento em toda a UGRHI.

Além disso, outro grande problema encontrado nas UGRHIs é o saneamento básico
em áreas rurais, uma vez que não possuem nenhum tipo de coleta e tratamento de esgoto,
porém alguns municípios apresentam fossas sépticas em áreas rurais. Este item será objeto
de plano de ação no presente projeto, sendo uma das alternativas o incentivo na construção
de sistemas de fossas sépticas, além de alternativas a serem estudadas.

427
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 264. Áreas críticas referentes à eficiência do tratamento de esgoto.

5.4.1.4 Outras áreas críticas

 Erosão

Em levantamento realizado pelo IPT em 2012, intitulado “Cadastramento de pontos


de erosão e inundação no Estado de São Paulo”, constataram que no estado de São Paulo
existiam 0,166 voçorocas/km2. A maioria dos municípios do Estado (55% do total) foi
considerada de média criticidade em relação a esse tipo de erosão.

Neste levantamento, os municípios da UGRHI 20 apresentaram um total de 140


erosões lineares urbanas (44 ravinas e 96 voçorocas) e 2.624 rurais (1.370 ravinas e 1.254
voçorocas), representando 0,21 voçorocas/km². Na UGRHI 21, foram identificadas 165
erosões lineares urbanas (76 ravinas e 89 voçorocas) e 6.825 rurais (1.461 ravinas e 5.364
voçorocas), equivalente a 0,65 voçorocas/km2.

Estes processos ocorrem principalmente em áreas classificadas como de alta


suscetibilidade à erosão (classe I e II) e as UGRHIs 20 e 21 estão inseridas
predominantemente nestas classes, sendo a classe I “muito alta suscetibilidade à erosão” e
classe II “alta suscetibilidade à erosão” (Figura 266).

428
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Ambas as UGRHIs apresentam proporção de voçoroca/ km² muito acima da média


estadual, o que deixa evidente a criticidade deste tópico na região, fator que se deve à
predominância de rochas sedimentares, de composição majoritariamente arenosa,
pertencentes ao Grupo Bauru (DAEE/UNESP, 1982).

Segundo o Relatório de Situação de 2008, o intenso desmatamento sofrido pela


região em sua ocupação, aliada à sua alta susceptibilidade natural à erosão tem resultado
na formação de numerosas feições erosivas, na degradação do solo e no assoreamento dos
corpos d’água. Essa situação tem levado o Comitê de Bacias direcionar a maior parte dos
recursos das bacias no controle de erosão urbana e rural, além da construção de galerias
pluviais com a finalidade de diminuir os processos erosivos.

Figura ilustrativa

Figura 265. Áreas críticas referentes a erosões.

429
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Plano de Bacia

Figura ilustrativa

Figura 266. Mapa de suscetibilidade à erosão nos municipios das UGRHIS 20 e 21.
Fonte: IPT, 2012.

5.4.2 Estabelecimento de prioridades para gestão dos recursos hídricos

A definição de prioridades para a gestão dos recursos hídricos é resultado das


etapas de diagnóstico e prognóstico onde, através dos dados levantados foram classificadas
as áreas e temas mais críticos na UGRHI 20 e 21.

O diagnóstico atualizado realizado por este Plano de Bacias indicou que os


principais problemas das UGRHIs 20 e 21 são: insuficiência dos pontos de monitoramento
de água superficial e subterrânea e postos fluviométricos, resultando em baixa qualidade no
que concerne à análise das UGRHIs; elevada demanda por água subterrânea (criticidade se
apresenta ainda que tenha sido considerado apenas uso cadastrado no DAEE) e taxa de
ocorrência de erosão elevada.

Além desses tópicos, a UGRHI 21 apresenta também os seguintes problemas:


perdas de água no sistema de abastecimento urbano de água, gerando maior risco no
balanço hídrico; baixa disponibilidade hídrica per capita e baixa taxa de tratamento de
esgoto.

O estabelecimento da priorização das ações nas UGRHI 20 e 21 se dá


basicamente considerando os prazos limites para execução de cada uma das ações
recomendadas (curto, médio e longo prazo). Essa priorização envolve duas etapas: um

430
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

levantamento preliminar das ações e a classificação de acordo com os critérios


estabelecidos na Deliberação CRH 146, conforme segue:

 Grau de comprometimento dos recursos hídricos, superficiais e subterrâneos, em


termos de quantidade e de qualidade;

 Abrangência das áreas críticas identificadas, em termos de população e/ou


atividades afetadas;

 Implicações das criticidades identificadas sobre o uso múltiplo dos recursos hídricos,
incluindo o equacionamento dos interesses internos e externos à bacia;

 Prazos pré-estabelecidos para a consecução de metas específicas que, direta ou


indiretamente, afetem a gestão dos recursos hídricos;

 Necessidades especificas relacionadas à implementação dos instrumentos de


gestão: outorga de uso dos recursos hídricos, licenciamento ambiental, cobrança pelo
uso dos recursos hídricos, enquadramento dos corpos d’água.

5.4.2.1 Processo de mobilização e participação pública

O estabelecimento das prioridades para a gestão dos recursos hídricos nas


UGRHIs 20 e 21 foi resultado de um processo de mobilização social, de modo que os
produtos dessa atividade foram diferentes interesses presentes na bacia.

Com o processo de mobilização, foram realizadas oficinas de trabalho (Figura 267)


para definição de prioridades e apresentação das áreas crítica definidas a partir do
diagnóstico e prognóstico realizado. A Figura 268 apresenta o convite que foi enviado aos
representantes dos municípios, órgãos estaduais e sociedade civil, para participação nas
reuniões públicas realizadas para discussão do Plano de Bacias. Dentre os convidados
estão CETESB, Secretaria de Educação, Sindicatos Rurais, Associação dos Engenheiros,
Prefeituras Municipais, Sabesp, entre outros.

431
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Plano de Bacia

a)Apresentação e iniciação pela equipe do Comitê – b)Apresentação do diagnóstico do plano de bacias


CBH-AP. pela Irrigart.

c) Apresentação da metodologia das oficinas pela d) Participantes da 1ª oficina realizada em Dracena.


Irrigart.
Figura 267. Reuniões públicas.

As oficinas tiveram por objetivo obter contribuições específicas sobre (1) os


principais problemas hídricos da bacia, (2) o papel de cada um dos segmentos na gestão
integrada de recursos hídricos e (3) os desafios e potencialidades frente aos recursos
hídricos e o sistema de gerenciamento nas UGRHIs 20 e 21, utilizando a metodologia
SWOT, e levantando a percepção dos diferentes atores sociais em relação às condições
das UGRHIs, bem como suas expectativas de cenários futuros (Prognóstico).

Os resultados das discussões são apresentados em relatório no Anexo 28.1037/17.

432
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Plano de Bacia

Figura 268. Convite para participação das discussões do Plano de Bacias - AP.

433
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Plano de Bacia

5.4.2.2 Identificação das prioridades para o estabelecimento das metas e ações

Como resultado das discussões das reuniões públicas realizadas e as reuniões


realizadas com o grupo de acompanhamento do Plano de Bacias (um total de 6 reuniões até
a data deste relatório), assim considerando a análise das áreas críticas, foram identificadas
as prioridades para estabelecer as metas e ações do Plano de Bacias. Os participantes das
reuniões discutiram e chegaram a conclusão dos itens e temas mais críticos dentro das sub-
bacias analisadas. O Quadro 206 apresenta as prioridades para o estabelecimento de metas
e ações.

Quadro 206. Priorização de Metas.


PDCs Prioridade
PDC 1. Bases técnicas em recursos hídricos 1
PDC 3. Melhoria e recuperação da qualidade das águas 1
PDC 5. Gestão e demanda de água – GDA 2
PDC 8. Capacitação e comunicação social 2
PDC 2. Gerenciamento dos recursos hídricos – GRH 3

Os PDCs considerados de alta prioridade (Prioridade 1) correspondem aos temas


mais críticos na bacia, abordados anteriormente. Da mesma forma, os PDCs de média
prioridade (Prioridade 2) correspondem as ações enquadradas nas metas relacionadas,
priorizando principalmente ações relacionadas aos temas mais críticos na bacia. Os PDCs
de baixa prioridade (Prioridade 3) correspondem àquelas enquadradas nas metas de
intervenção relacionadas principalmente à revisão e elaboração de plano de ação e
programa de investimentos. Muitas dessas ações dos PDCs 2 e 8 podem ser aplicadas
através de ações institucionais sem a demanda de grande quantidade de recursos.

5.5 Proposta de intervenção para gestão dos recursos hídricos das UGRHIs 20 e 21

A elaboração de propostas de intervenção tem como referência a delimitação das


áreas criticas e temas críticos para a gestão dos recursos hídricos da bacia Aguapeí-Peixe,
levando em consideração as prioridades de gestão. Assim, a partir da análise crítica dos
dados do Diagnóstico e Prognóstico, foi possível elencar ações condizentes com as
necessidades das UGRHIs, sendo elas:

a) Melhoria do atendimento de água para fins de abastecimento público

• Efetuar estudos de detalhe sobre a disponibilidade e demanda hídrica superficial;

• Efetuar estudos sobre a disponibilidade hídrica subterrânea;

434
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Plano de Bacia

• Diagnóstico e preservação dos cursos d’água;

• Estabelecer normas rigorosas para controle de captações e lançamentos nos cursos


d’água da bacia, incluindo cadastro de usuários de água, periodicamente atualizado;

• Aumentar a rede de monitoramento fluviométrico e meteorológico, integrando as


redes já existentes (DAEE, ANEEL, CESP etc);

• Implementar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos como forma de fomento ao
uso racional e sustentável;

• Fortalecimento dos instrumentos de gestão, como a fiscalização, licenciamento


(prevenção), outorga e cobrança pelo uso dos recursos hídricos.

b) Maior controle e redução de perdas de água na distribuição

• Elaboração e implementação de Plano de Controle de Perdas, revisão e substituição


de redes de distribuição antigas;

• Incentivo a programas de uso racional da água;

• Fortalecimento dos instrumentos de gestão, como a fiscalização, licenciamento


(prevenção), outorga e cobrança pelo uso dos recursos hídricos;

• Investimentos na modernização das redes de distribuição de água;

• Fomentar legislações que incentivem o uso racional da água.

c) Melhoria no monitoramento quali-quantitativo

• Modernização e ampliação da rede de monitoramento da qualidade das águas


superficiais e subterrâneas;

• Fortalecimento dos instrumentos de gestão e fiscalização de controle à poluição nas


áreas urbanas;

• Programas de conservação e recuperação de bacias, visando a “produção de água”


e a consequente melhora da qualidade de água;

• Melhoria na eficiência dos sistemas de coleta, acompanhando a dinâmica


populacional;

• Efetuar estudos sobre contaminação de águas subterrâneas.

435
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

d) Maior controle dos índices de carga meta, coleta e tratamento de esgoto

• Ampliação da rede coletora de esgotos nos municípios que possuem índice de coleta
abaixo de 90%;

• Fortalecimento dos instrumentos de gestão, como a fiscalização, licenciamento


(prevenção), outorga e cobrança pelo uso dos recursos hídricos, além do controle da
poluição;

• Estudos de alternativas para coleta e disposição de esgoto sanitário em área rural.

• Ações visando localizar e eliminar pontos de lançamento clandestino de esgotos sem


tratamento prévio;

• Capacitação de técnicos dos municípios, que operam as estações de tratamento de


esgotos, para melhorar a eficiência das mesmas.

e) Melhoria da coleta e disposição de resíduos sólidos

• Execução dos Planos municipais de gerenciamento de resíduos sólidos (Lei Federal


12305/2010 e Decreto Federal 7404/2010).

f) Melhoria da drenagem e controle de erosão e escorregamento

• Implantação das metas dos Planos Municipais de Saneamento;

• Atualizar cadastros de área de risco;

• Implantar as metas dos Planos municipais de redução de risco, planos de drenagem,


entre outros;

• Efetuar medidas de combate à erosão, visando prevenir o assoreamento de corpos


d’água superficiais;

• Medidas de prevenção quanto à eficiência do sistema de drenagem superficial e a


quantificação do potencial de escoamento superficial nas redes de estradas vicinais
de terra;

• Implantar as ações previstas nos Planos de Drenagem Urbana.

• Operação em sistema de alerta, radares meteorológicos, redes telemétricas.

436
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6. PLANO DE AÇÕES

O Plano de ações trata da sistematização final dos resultados, na forma de um


Plano de ação para gestão dos recursos hídricos da UGRHI, e das diretrizes gerais que
servirão de apoio para sua implementação.

A identificação de ações para a melhoria da qualidade e da quantidade dos


recursos hídricos na UGRHI é um processo contínuo, que deve ser discutido levando-se em
consideração os aspectos físicos, político e socioeconômico.

O plano de bacia hidrográfica deve apresentar ações de intervenção, voltadas a


equilibrar o balanço entre a disponibilidade hídrica da bacia e às necessidades das
demandas de cada uso, e a melhor forma de implantá-las. Não basta apresentar uma
relação de ações que assegurem a disponibilidade adequada a cada um dos usos. O que
deve ser realizado é a organização dessas ações, de tal forma que haja uma
implementação, tanto espacial como temporalmente, adequada de modo a orientar o
esforço coletivo de toda uma geração de forma eficiente e eficaz em busca da preservação
e conservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

Essas qualidades de eficiência e eficácia podem ser melhoradas se as ações forem


reunidas em metas objetivas e claramente estabelecidas. Dessa forma, cada meta buscará
adequar as necessidades de cada uso, através de um conjunto de ações, as características
hídricas do manancial disponível no ponto de utilização. O conjunto de metas deverá
contemplar o objetivo final da Política para a gestão dos recursos hídricos, estabelecida
pelos detentores do domínio das águas: assegurar que a agua possa ser controlada e
utilizada em padrões de qualidade satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações
futuras9.

Este Plano de Bacia refere-se às ações a serem implantadas no período


compreendido pelos anos de 2016 a 2019, outras ao quadriênio seguinte e assim por diante,
até o quadriênio 2024-2027. Além das ações a serem implantadas até 2019, também deverá
recomendar o direcionamento daquelas a serem buscadas a médio e longo prazo (2020-
2023 e 2024-2027). Período este, regular e compatível com o Plano Plurianual Estadual
PPA (atualizados a cada quatro anos).

6.1 Definição das metas e ações para Gestão dos Recursos Hídricos nas UGRHIs
20 e 21

9
Art. 2 da Lei Estadual nº 7.663 de 30/12/91

437
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A partir de informações citadas nos itens anteriores do diagnóstico da situação


atual, no prognóstico dos recursos hídricos na bacia e nos resultados das discussões
realizadas oficinas de trabalho, nota-se que as questões mais urgentes nas UGRHIs 20 e 21
serão resolvidas com ações de planejamento e gestão, bem como com ações
conservacionistas ou intervencionistas diretamente ligadas aos processos de degradação
ambiental, quer da dinâmica superficial (erosão, assoreamento, entre outros), quer por
processos de contaminação ou poluição (deficiência no tratamento de esgotos, destinação
final de resíduos, entre outros).

Portanto, podemos sintetizar as METAS, que visam tanto a melhoria das águas
através da implementação de diversos programas de intervenção, como procuram viabilizar
a instalação de uma infraestrutura gerencial capaz de administrar o Sistema de Gestão dos
Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas dos rios Aguapeí e Peixe.

Dentro das metas, as ações foram enquadradas dentro dos PDCs e dos SubPDCs,
para que houvesse maior facilidade quanto ao seu cumprimento e execução, pois o
financiamento do FEHIDRO destina recursos por PDCs.

Os PDCs são Programas de Duração Continuada, que foram introduzidos pela


Deliberação CRH 181/2015, como instrumento auxiliar no planejamento da gestão dos
Planos de Bacia.

Como forma de otimizar e aumentar a eficiência na aplicação dos recursos


financeiros, nas ações de gestão e intervenção dos Planos de Bacia Hidrográfica dos CBHs,
do estado de São Paulo, o CRH, delibera “ad referendum”, em 2016, a revisão dos
Programas de Duração Continuada-PDC, para fins da aplicação dos instrumentos previstos
na política estadual de recursos hídricos.

Os PDCs, são programas voltados para a proteção e recuperação dos recursos


hídricos que visam concentrar em 8 (oito) temas principais , todas as ações de curto,
médio e longo prazo, para cumprir as Metas de Gestão e de Intervenção dos Planos de
Bacia. Esses programas foram criados como medidas dos instrumentos de gestão previstos
na política estadual de recursos hídricos.

O Quadro 207 apresenta a divisão dos PDCs e consequentemente os SubPDCs, de


tal forma a facilitar para a equipe de elaboração do Plano de Bacia, assim como a alocação
dos recursos.

438
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 207. Divisão dos PDCs e SubPDCs conforme a Deliberação CRH “ad referendum”
n.190, de Dezembro 2016”.
PDC SubPDC
1.1 - Base de dados e sistemas de informação
1.2 - Apoio ao planejamento e gestão de recursos hídricos
1.3 - Enquadramento dos corpos d’água em classes, segundo os
PDC 01 – Bases técnicas usos preponderantes de água
em recursos hídricos - BRH 1.4 - Redes de monitoramento
1.5 - Disponibilidade Hídrica
1.6 - Legislação
1.7 - Fontes de poluição das águas
2.1 - Planos de Recursos hídricos e relatórios de situação
2.2 - Outorga de direito de uso dos recursos hídricos
PDC 02 – Gerenciamento 2.3 - Cobrança pelo uso dos recursos hídricos
dos Recursos Hídricos - 2.4 - Implementação do enquadramento dos corpos de água em
GRH classes, segundo os usos da água
2.5 - Articulação e cooperação para a gestão integrada dos recursos
hídricos
3.1 Sistema de esgotamento sanitário
PDC 03 – Melhoria e 3.2 Sistema de resíduos sólidos
Recuperação da qualidade 3.3 Sistema de drenagem de águas pluviais
das águas - MRQ 3.4 Prevenção e controle de processos erosivos
3.5 Intervenções em corpos d´água
PDC 04 – Proteção dos 4.1 Proteção e conservação de mananciais
corpos d’água - PCA 4.2 Recomposição da vegetação ciliar e da cobertura vegetal
5.1 Controle de perdas em sistemas de abastecimento de água
PDC 05 – Gestão da
5.2 Racionalização do uso da água
demanda de água - GDA
5.3 Reuso da água
PDC 06 – Aproveitamento 6.1 Aproveitamento múltiplo e controle dos recursos hídricos
dos Recursos hídricos - 6.2 Segurança hídrica das populações e dessedentação animal
ARH 6.3 Aproveitamento de recursos hídricos de interesse regional
7.1 Monitoramento de eventos extremos e sistemas de suporte a
PDC 07 – Eventos decisão
Hidrológicos extremos - 7.2 Ações estruturais para mitigação de inundações e alagamentos
EHE
7.3 Ações estruturais para mitigação de estiagem
8.1 Capacitação técnica relacionada ao planejamento e gestão de
recursos hídricos
PDC 08 – Capacitação e 8.2 Educação ambiental vinculada às ações dos planos de recursos
comunicação social - CCS hídricos
8.3 Comunicação social e difusão de informações relacionadas à
gestão de recursos hídricos

A montagem do plano de metas das UGRHIs 20 e 21 foi elaborada em conjunto


com o CBH-AP, grupo de acompanhamento e representantes dos municípios envolvidos,
oficinas de trabalho, a fim de criar um plano de metas e ações que seja realista e condizente
à realidade da bacia, priorizando as necessidades específicas dos recursos hídricos.

439
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

O Quadro 208 apresenta de forma resumida o roteiro de atividades realizadas pela


equipe de técnicos da IRRIGART, juntamente com a secretaria executiva do comitê do AP,
bem como com os componentes da câmara técnica de Planejamento, para fechamento do
Plano de Ações e o Programa de Investimentos.

Quadro 208. Roteiro das atividades realizadas para a montagem do Plano de Ações e do
Programa de Investimento de Curto Prazo do Comitê do AP.
Atividades exercidas para a elaboração do Plano
RESULTADOS OBTIDOS
de metas e ações

1) Definição das metas e ações para Gestão dos


Recursos hídricos nas UGRHIs – Reuniões entre
Quadro de metas e ações de curto, médio e
a secretaria executiva do CBH-AP, Câmara
longo prazo para o equacionamento das
Técnica de Planejamento do CBH-AP, Equipe
questões referentes à gestão e intervenção em
técnica da consultoria. Seguindo as normas da
recursos hídricos.
Deliberação CRH “Ad referendum” 188 de 9 de
novembro de 2016.

Os participantes das oficinas avaliaram os temas


2) Priorização dos temas conforme as oficinas
elencados, indicando a importância e a urgência
realizadas no prognóstico e no plano de ação.
de implantação de cada um dos temas.

Para a organização dos temas foram realizadas oficinas e reuniões, onde foram
discutidas exclusivamente as metas e ações a serem implantadas nas UGRHIs 20 e 21.

A primeira reunião foi realizada com o grupo de acompanhamento, onde foram


apresentadas as metas e ações elencadas pela equipe técnica da IRRIGART de acordo
com os dados obtidos no diagnóstico e prognóstico. Tais metas foram discutidas e
adaptadas de acordo com as pontuações feitas pelo grupo.

Após isso foram realizadas oficinas nos municípios de Dracena, Osvaldo Cruz e
Garça e Marília, juntamente aos seus representantes e pessoas interessadas, onde foram
ouvidas as necessidades específicas de cada um deles e compiladas no plano. Tais
reuniões foram de extrema importância, uma vez que propiciou a elaboração de um plano
de metas que atenda as principais necessidades da bacia de forma realista e objetiva. O
relatório detalhado dessas oficinas são apresentadas no Anexo 28.1037/17.

As metas e ações definidas a partir das atividades realizadas foram enquadradas


nos PDCs – programas de duração continuada. No total, foram definidas 25 ações (Quadro
209).

440
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 209. Ações por PDC.


Quantidade de
PDC – Programa de Duração Continuada
ações
PDC 01 – Bases técnicas em recursos hídricos - BRH 05
PDC 02 – Gerenciamento dos Recursos Hídricos - GRH 06
PDC 03 – Melhoria e Recuperação da qualidade das águas - MRQ 05
PDC 04 – Proteção dos corpos d’água - PCA 03
PDC 05 – Gestão da demanda de água - GDA 03
PDC 06 – Aproveitamento dos Recursos hídricos - ARH 00
PDC 07 – Eventos Hidrológicos extremos - EHE 00
PDC 08 – Capacitação e comunicação social - CCS 03

As ações atingem o objetivo da Política de Gestão, cada uma compreende uma


série de ações a serem implantadas mediante projetos de responsabilidade de entidades e
instituições existentes para tal fim. Não cabe, portanto, ao Comitê, executar projetos que
competem na organização da sociedade, a outros órgãos públicos ou privados, cabe sim
organizar, orientar e estimular a participação de todos no sentido de atingir a meta proposta.

O Quadro 210 apresentam um resumo das metas e ações propostas para as


UGRHIs 20 e 21 – Aguapeí-Peixe. No decorrer do relatório, estas ações são detalhadas,
com os respectivos custos, prazos e formas de implementação.

441
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 210. Resumo das metas e ações para atendimento das propostas de recuperação de áreas críticas.

PDC SUBPDC META AÇÃO PREVISTA

A1.1.1 Elaboração de estudos e projetos para detalhamentos


1.1. Bases de dados e M.1 - Elaborar de estudos para o dos possíveis conflitos pelo uso da água nas áreas críticas em
sistemas de informações em aprimoramento do conhecimento dos termos de balanço hídrico nas sub-bacias das UGRHIs 20 e 21
recursos hídricos recursos hídricos A1.1.2 Demais Estudos para aprimoramento do conhecimento
dos recursos hídricos
M. 2 - Elaborar Planos de controle de erosão
PDC 1 . Bases 1.2 Apoio ao planejamento e A1.2.1 Elaboração de Planos municipais de controle de erosão
urbana e rural para os municípios da UGRHI-
Técnicas em gestão de recursos hídricos rural, planos de controle de erosão urbana
20 e 21
Recursos
Hiídricos - BRH M.3 - Ampliar a rede de monitoramento A.1.4.1 Implementar ações de melhoria do monitoramento quali-
1.4. Redes de
qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos quantitativo na UGRHI 20/21, incluindo água subterrânea
Monitoramento
superficiais e subterrâneos (contaminação por agrotóxicos)
M.4 - Elaboração de estudos para aumentar o
A.1.5.1. Elaboração de estudos visando melhorar o
conhecimento sobre quantidade e qualidade
1.5. Disponibilidade Hídrica conhecimento sobre as águas subterrâneas nas UGRHIs 20 e
dos recursos hídricos subterrâneos para
21, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade
utilização futura
2.1. Planos de Recursos M.5 - Revisar o Programa de investimento do
A 2.1.1 Revisão do plano de ação e programa de investimentos
Hídricos e Relatório de Plano de Bacia das UGRHIs 20/21, conforme
do PBH das UGRHIs 20 e 21
Situação legislações vigentes
M.6 - Promover campanhas de regularização A.2.2.1. Realização de campanhas para conscientização sobre
PDC 2 – de usos nas UGRHIs 20/21 a importância da regularização das outorgas
Gerenciamento 2.2. Outorga de Direito de M.7 - Solicitar aos órgãos do Estado o
dos Recursos uso dos recursos hídricos aumento de fiscalização nas UGRHis 20 e 21 A.2.2.2. Apoio as atividades de fiscalização visando o combate
Hídricos -GRH
(Daee, Cetesb, Polícia Ambiental, defesa aos usos irregulares
agropecuária, entre outros)
2.3. Cobrança pelo uso dos M.8 - Implantar a cobrança pelo uso da água
A.2.3.1. Implantação da cobrança pelo uso da água
recursos hídricos para início em 2019

442
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

PDC SUBPDC META AÇÃO PREVISTA

M.9 - Incentivar a participação dos


representantes dos poderes legislativo e A.2.5.1. promover ações para integração entre os poderes
executivo junto as Câmaras Técnicas do CBH- públicos (executivo e legislativo) e o CBH-AP
2.5. Articulação e AP
cooperação para a gestão M.10 - Incentivar as Secretarias do Estado a
integrada dos recursos divulgar no CBH-AP os programas existentes
hidricos A.2.5.2. Interlocução com organismos estatais e privados para
voltados à conservação dos recursos hídricos,
auxiliar os municípios na busca por recursos financeiros para
visando obter outras fontes de financiamento e
desenvolvimento de projetos
reduzir a dependência dos recursos do
FEHIDRO.

M.11 - Atingir até 2023 eficiência mínima de A.3.1.1 Obras de implantação e ampliação de sistemas de
80% das ETES nos municípios das UGRHIs tratamento de esgotos urbanos e de melhorias da eficiência dos
3.1. Sistema de 20 e 21 sistemas
Esgotamento Sanitário M.12 - Implantar soluções de saneamento
A.3.1.2 Obras de implantação de sistemas de tratamento de
rural em 10 bairros rurais dos municípios das
esgotos de comunidades rurais isoladas
UGRHIs 20 e 21 até 2027
PDC-3-Melhoria M.13 - Implantar até 2020 junto aos técnicos
A.3.2.1 Auxílio técnico aos municípios para a elaboração de
e Recuperação da CETESB 3 cursos para treinamento de
projetos de encerramento de aterros sanitários
da Qualidade 3.2. Sistema de resíduos projetos de encerramento de aterro sanitário
das águas sólidos A.3.2.2 Obras de sistemas de disposição de resíduos sólidos
M.14 - Implantar até 2027 seis projetos de
que comprovadamente comprometam a qualidade dos recursos
encerramento de aterro sanitário
hídricos

A.3.4.1 Implantar as ações previstas nos Planos municipais de


3.4. Prevenção e controle de M.15 - Financiar projetos de controle de
controle de erosão rural e urbana dos municípios das UGRHIs-
processos erosivos erosão rural descritos nos Planos municipais.
20 e 21

PDC 4- Proteção M.16 - Melhorar o índice de cobertura vegetal A.4.1.1. Elaboração de projetos e implantação de projetos de
4.1 Proteção e conservação
dos corpos na UGRHI 20 e 21 priorizando as áreas de recurepação de mananciais de abastecimento público (atuais ou
de mananciais
d'água - PCA mananciais de abastecimento futuros)

443
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

PDC SUBPDC META AÇÃO PREVISTA

A.4.2.1. Elaboração de PDRF - Plano Diretor de Recomposição


4.2. Recomposição da Florestal nas UGRHIs 20 e 21
vegetação ciliar e da
cobertura vegetal A.4.2.2. Implantação de projetos de reflorestamento com base
nas diretrizes do PDRF
5.1. Controle de perdas em
M.17 - Atingir até 2027 o índice de perda A.5.1.1 Ações de controle de perdas nos sistemas de
sistemas de abastecimento
máxima de 25% em todos os municípios abastecimento de água.
de água
PDC 5- Gestão e
Demanda de A.5.2.1. Promover campanhas de incentivo a eficiencia no uso
água - GDA M.18- Incentivar campanhas publicitárias junto da água na indústrias
5.2. Racionalização do uso
a Faesp e Fiesp para racionalização do uso da
da água
água na agricultura e na indústria A.5.2.2. Promover campanhas de incentivo a eficiencia no uso
da água na agricultura

M. 19 - Melhorar a Educação ambiental na A.8.2.1. Apoiar financeiramente a elaboração de Programas de


UGRHI 20/21 através de cursos, treinamentos Educação Ambiental voltados para a recuperação dos Recursos
e workshop Hídricos superficiais e subterrâneos .
8.2 Educação ambiental
vinculada às ações dos
PDC 8 M.20 - Capacitar 50 técnicos das Prefeituras
planos de recursos hídricos
Capacitação e Municipais em elaboração de projetos voltados A.8.2.2. Promoção de cursos e seminários para capacitação
Comunicação a conservação e recuperação de recursos social dos membros das CT's, prefeituras e demais interessados
Social hídricos
8.3 - Comunicação social e
M. 21- Criar sistema de divulgação e de A.8.3.1. Implementação de ações de comunicação social
difusão de informações
acompanhamento de projetos em visando difundir as informações e atividades desenvolvidas pelo
relacionadas à gestão de
desenvolvimento para os membros do Comitê. CBH-AP
recursos hídricos

444
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.1 M.1 – Elaborar de estudos para o aprimoramento do conhecimento dos


recursos hídricos

Essa meta prevê o cadastro da localização das interferências existentes nos cursos
d’água, e cadastro de todas as captações superficiais e lançamentos, tomando
conhecimento dos valores efetivos de vazão para os trechos determinados, nas bacias Alto
Aguapeí e Baixo Peixe, onde, num cenário futuro acelerado, apresentam problemas de
disponibilidade hídrica.

6.1.1.1 Elaboração de estudos e projetos para detalhamentos dos possíveis conflitos


pelo uso da água nas áreas críticas em termos de balanço hídrico (A.1.1.1)

Esta ação está baseada nos resultados do diagnóstico e prognóstico realizado


anteriormente neste Plano de Bacia. A ação tem como objetivo elaborar estudos e projetos
que possam mitigar os conflitos provenientes pelo uso da água por diferentes usuários,
reduzindo a criticidade e garantindo o abastecimento da bacia de forma global.

Elaborar de estudos para o aprimoramento do conhecimento dos


Meta
recursos hídricos
Horizonte de projeto Curto e médio prazo
Custos envolvidos 449.260,05
Fonte de financiamento Cobrança
Área de abrangência UPHs Alto Aguapeí e Baixo Peixe
Atores responsáveis CBH-AP; DAEE; Instituições de ensino

6.1.1.2 Demais estudos para aprimoramento do conhecimento dos recursos hídricos


(A.1.1.2)

A ação tem como objetivo elaborar estudos e projetos com a finalidade de conhecer
melhor os recursos hídricos da UGRHI-20-21, além de organizar todos os dados em um
sistema de informação, para apoio ao planejamento futuro da gestão dos recursos hídricos.

Elaborar estudos para aprimoramento do conhecimento dos


Meta
recursos hídricos da UGRHI-20 e 21
Horizonte de projeto Curto, Médio e longo prazo – até 2027
Custos envolvidos R$ 2.098.500,00
Fonte de financiamento Cobrança / Compensação Financeira FEHIDRO
Área de abrangência UGRHIs-20 e 21
Atores responsáveis CBH-AP, DAEE, CATI, Instituições de ensino

445
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.2 M.2 - Elaborar Planos de controle de erosão urbana e rural para os municípios
da UGRHI-20 e 21

Essa meta tem como objetivo a realização do Plano Diretor de Erosão Rural e
Erosão Urbana em todos os municípios da UGRHI-20 e 21, uma vez que, este problema
abrange grande parte da bacia do Alto Paranapanema.

6.1.2.1 Elaboração de Planos municipais de controle de erosão rural, planos de


controle de erosão urbana (A.1.2.1)

Para os municípios que ainda não possuem o Plano de conservação do solo e


combate a erosão rural e plano de controle de erosão urbana, que é um importante
instrumento de planejamento de ações que visam combater o problema de erosão urbana e
rural que causam uma série de problemas ao município e aos cursos d’água.

Elaborar Planos de controle de erosão urabana e rural para os


Meta
municípios da UGRHI-20 e 21
Horizonte de projeto Curto, Médio e longo prazo – até 2027
Custos envolvidos R$ 5.531.449,95
Fonte de financiamento Compensação Financeira FEHIDRO
Área de abrangência UGRHI-20 e 21
Atores responsáveis Prefeituras Municipais

6.1.3 M.3 – Ampliar a rede de monitoramento qualitativa e quantitativa dos recursos


hídricos

O monitoramento da qualidade e quantidade das águas superficiais e subterrâneas


é de extrema importância no abastecimento de água, tanto público quanto rural e industrial.
Através desses postos de monitoramento, pode-se quantificar o volume de água disponível
e futuramente identificar pontos para estudos de reenquadramento dos cursos d’água.

Nesse item, contemplam-se ações de planejamento, implantação, operação,


manutenção, modernização, ampliação das redes de qualidade e quantidade das águas,
assim como o monitoramento dos usos outorgados além de disponibilização de dados e
informações.

Os organismos estatais e municipais serão incentivados a melhorar a rede de


monitoramento já existente, tanto sobre a qualidade das águas superficiais e subterrâneas,
bem como, avaliar e melhorar a densidade de postos de medição para disponibilizar os
dados da rede de medição de dados Pluviais e Fluviométricos.

446
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Com o aumento do monitoramento das águas superficiais e subterrâneas das


UGRHI-20 e 21 é possível unificar os dados em um sistema de informações atualizados e
realizar estudos sobre a disponibilidade hídrica das águas superficiais e subterrâneas. Tais
estudos possibilitarão a estimativa mais concreta de dados sobre o balanço hídrico das
UGRHIs-20/21.

6.1.3.1 Implementar ações de melhoria do monitoramento quali-quantitativo,


incluindo água subterrânea (contaminação por agrotóxicos) (A.1.4.1)

Esta ação visa à ampliação da rede de monitoramento com a implantação de novos


postos de monitoramento em locais adequados, além da modernização e manutenção dos
postos já existentes. Cabe ao CBH “cobrar” dos órgãos estaduais e federais (DAEE,
CETESB, ANA) a ampliação deste monitoramento.

Ampliar a rede de monitoramento qualitativo e quantitativo das


Meta
UGRHIs 20 e 21
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos 5.649.800,21

Fonte de financiamento FEHIDRO/Cobrança

Área de abrangência Todo o território das UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis DAEE, CETESB

6.1.4 M.4 – Elaboração de estudos para aumentar o conhecimento sobre quantidade


e qualidade dos recursos hídricos subterrâneos para utilização futura

Os estudos de detalhes sobre a disponibilidade hídrica das águas superficiais e


subterrâneas permitem a melhor estimativa de balanço hídrico das UGRHIs 20 e 21 e dão
suporte a uma boa gestão e planejamento dos recursos hídricos.

6.1.4.1 Elaboração de estudos visando melhorar o conhecimento sobre as águas


subterrâneas nas UGRHIs 20 e 21, tanto em termos de produção quanto de
qualidade (A.1.5.1.)

Auxiliar municípios que apresentem problemas relacionados à disponibilidade


hídrica, ou mesmo que queiram diversificar os mananciais disponíveis, se preparando para
eventos similares a seca de 2013/2014.

447
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Elaboração de estudos para aumentar o conhecimento sobre


Meta quantidade e qualidade dos recursos hídricos subterrâneos para
utilização futura
Horizonte de projeto Médio e longo prazo

Custos envolvidos 890.000,00

Fonte de financiamento Cobrança

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis IG, DAEE. Instituições de ensino, CETESB

6.1.5 M.5 – Revisar o Programa de investimento do Plano de Bacia das UGRHIs 20 e


21, conforme legislações vigentes

Essa meta tem prevê que sejam realizadas as revisões do programa de


investimentos do Plano de Bacia conforme legislações vigentes. Atualmente, a Deliberação
CRH n.º 146/2012, que aprova os critérios para elaboração do plano de Bacia, em seu artigo
10º, §1º a atualização do “Plano de ação para gestão dos recursos hídricos da UGRHI” e do
respectivo “Programa de investimentos” deverá ser feita a cada 4 (quatro) anos, nos termos
estabelecidos no inciso III do artigo 3º dessa Deliberação.

No artigo 1, Parágrafo único, da deliberação CRH “AD Referendum” 188/2016, o


conteúdo dos planos de bacias hidrográficas – PBH está definido na Deliberação CRH 146
de 2012, sendo o horizonte mínimo de planejamento de 12 anos, com as ações que
constituem o Plano de Ação abrangendo três quadriênios, coincidentes com o Plano
Plurianual - PPA. Assim o Programa de Investimentos deve apresentar uma projeção
baseada na estimativa de custo das ações, sendo que esta estimativa poderá ser revista
quando da aprovação de um novo PPA (no que se refere aos investimentos previstos neste)
e anualmente (no que se referem aos demais investimentos do PBH).

6.1.5.1 Revisão do plano de ação e programa de investimentos do PBH (A.2.1.1)


Revisão detalhada do plano de investimentos contido no Plano de Bacia para
acompanhamento das metas e ações que foram atendidas com os recursos que são
disponibilizados para o CBH-AP, bem como atualização dos valores a serem investidos nos
próximos horizontes do Plano de Bacia, ajustando-se tanto o custo das ações envolvidas
quando a disponibilidade financeira para investimentos.

448
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Revisar o Programa de investimento do Plano de Bacia das


Meta
UGRHIs 20 e 21 conforme legislações vigentes
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos 480.000,00

Fonte de financiamento FEHIDRO/ Cobrança

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis CBH-AP

6.1.6 M.6 – Promover campanhas de regularização de usos nas UGRHIs 20 e 21

Essa meta tem como objetivo principal de ampliar a regularização de usos e


usuários com vistas para consolidar a outorga como instrumento de gestão efetivo nas
UGRHs 20 e 21 e a integração entre os organismos do estado, federal, e o Comitê e
poderes públicos, para melhor execução do instrumento Plano de Bacia.

6.1.6.1 Realização de campanhas para conscientização sobre a importância da


regularização das outorgas (A.2.2.1)
As outorgas permitem maior precisão no planejamento dos recursos hídricos, pois
aproximam as informações sobre uso da água à realidade. Além disso, o descarte irregular
de efluentes também causa a contaminação dos corpos d’água.

Essa ação tem o objetivo de incentivar todos os usuários de água e principalmente


os sistemas autônomos e públicos de abastecimento urbano a efetivarem a regularização de
suas captações de água e dos lançamentos de efluentes através da obtenção das outorgas
junto ao DAEE.

Promover campanhas de regularização de usos nas UGRHIs 20 e


Meta
21
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos Ação sem custo

Fonte de financiamento -

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores envolvidos DAEE

449
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.7 M.7 – Solicitar aos órgãos do Estado o aumento de fiscalização nas UGRHIs 20
e 21 (DAEE, CETESB, Polícia Ambiental, Defesa agropecuária, entre outros)

Essa meta prevê o aumento da fiscalização que não se configura como um


instrumento de gestão, como objetivo principal ajudar a implantar a meta anterior de ampliar
a regularização de usos e usuários com vistas a consolidar a outorga como instrumento de
gestão efetivo nas UGRHs 20 e 21 e a integração entre os organismos do estado, federal, e
o Comitê e poderes públicos, para melhor execução do instrumento Plano de Bacia.

6.1.7.1 Apoio às atividades de fiscalização visando o combate aos usos irregulares


(A.2.2.2)

A falta de controle das outorgas prejudica toda a rede hídrica da UGRHI, pois as
quantidades consumidas não constam no cálculo da demanda hídrica. Assim, a fiscalização
contribui na reversão desta situação. Essa ação tem por objetivo apoiar os órgãos
fiscalizadores a identificar e regularizar os usos e usuários com vistas a promover o controle
das condições quali-quantitativos dos recursos hídricos.

Solicitar aos órgãos do Estado o aumento de fiscalização nas


Meta UGRHIs 20 e 21 (DAEE, CETESB, Polícia Ambiental, Defesa
agropecuária, entre outros)
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos Ação sem custo

Fonte de financiamento -

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis CBH-AP, DAEE, CETESB

6.1.8 M.8 – Implantar a cobrança pelo uso da água para início em 2019

A cobrança pelo uso da água é um instrumento de gestão que deve ser implantado
nas UGRHIs 20 e 21 visando atender parte da demanda por recursos financeiros
necessários para executar as ações preconizadas pelo Plano de Bacia.

6.1.8.1 Implantação da cobrança pelo uso da água (A.2.3.1)

A implantação da cobrança pelo uso da água nas UGRHIs 20 e 21 prevê o


cumprimento de ações elencadas neste plano, que são realistas e factíveis e foram
projetadas alinhando as despesas com as receitas estimadas para todos os horizontes de
planejamento.

450
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Meta Implantar a cobrança pelo uso da água para início em 2019


Horizonte de projeto Curto prazo
Custos envolvidos Ação sem custo
Fonte de financiamento -
Área de abrangência UGRHIs 20 e 21
Coordenação DAEE, CBH-AP

6.1.9 M.9 – Incentivar a participação dos representantes dos poderes legislativo e


executivo junto as Câmaras Técnicas do CBH-AP

A participação dos representantes dos poderes legislativo e executivo deve garantir


uma gestão integrada e participativa, desde o processo de formulação das políticas
públicas, ao planejamento, dotação orçamentária, execução, controle, entre outros.
Tornando, assim, compatíveis as necessidades da sociedade com as ações pública.

6.1.9.1 Promover ações para integração entre os poderes públicos (executivo e


legislativo) e o CBH-AP (A.2.5.1)
Garantir uma gestão integrada e participativa, desde o processo de formulação das
políticas públicas, ao planejamento, dotação orçamentária, execução, controle, entre outros.
Tornando, assim, compatíveis as necessidades da sociedade com as ações pública.

Aproximar o CBH-AP dos poderes públicos, tornando as atividades empreendidas


na bacia mais efetivas e com o embasamento necessário.

Incentivar a participação dos representantes dos poderes


Prioridade
legislativo e executivo junto as Câmaras técnicas do CBH-AP
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos Ação sem custo

Fonte de financiamento -

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21


Secretaria Executiva CBH-AP; Prefeituras Municipais; Secretaria
Atores responsáveis
Estado

6.1.10 M.10 – Incentivar as Secretarias do Estado a divulgar no CBH-AP os programas


existentes voltados à conservação dos recursos hídricos, visando obter outras
fontes de financiamento e reduzir a dependência dos recursos do FEHIDRO

Essa meta tem como objetivo disponibilizar informações sobre fontes alternativas
de recursos, diminuindo a dependência do FEHIDRO e possibilitando a execução de mais
projetos por meio desses recursos.

451
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.10.1 Interlocução com organismos estatais e privados para auxiliar os municípios


na busca por recursos financeiros para desenvolvimento de projetos (A.2.5.2)
Essa ação tem como objetivo a atuação do Comitê AP na interlocução dos
municípios com os organismos públicos e privados capazes de favorecer a captação de
recursos por diferentes fontes, no sentido de ajudar os municípios a buscar novas fontes de
investimentos, dentro dos programas e projetos existentes dentro das secretarias do estado
e outros órgãos.

Incentivar as Secretarias do Estado a divulgar no CBH-AP os


programas existentes voltados à conservação dos recursos
Meta
hídricos, visando obter outras fontes de financiamento e reduzir a
dependência dos recursos do FEHIDRO
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos Ação sem custo

Fonte de financiamento -

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21


Secretaria Executiva CBH-AP; Prefeituras Municipais; Secretaria
Atores responsáveis
Estado

6.1.11 M.11 – Atingir até 2023 eficiência mínima de 80% das ETES nos municípios das
UGRHIs 20 e 21

Essa meta prevê a realização de projetos e obras de sistemas de esgotamento


sanitário principalmente nos municípios com eficiência menor que 80%, elevando a
eficiência média da UGRHI, que em 2016 foi de 77% (sendo que em Marília esse índice é
zero).

6.1.11.1 Obras de implantação e ampliação de sistemas de tratamento de esgotos


urbanos e de melhorias da eficiência dos sistemas (A.3.1.1)

Aumentar o índice de coleta de efluentes por município, bem como a eficiência do


tratamento. Em suma, obter melhores resultados para o ICTEM (Indicador de coleta e
tratabilidade de esgoto do município), que leva em consideração a efetiva remoção da carga
orgânica (em relação à carga orgânica gerada pela população) sem deixar de observar a
importância de outros elementos que compõem um sistema de tratamento de esgotos, como
a coleta, o afastamento e o tratamento.

452
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Atingir, até 2023, eficiência mínima de 80% das ETES nos


Meta
municípios das UGRHIs 20 e 21
Horizonte de projeto Curto e médio prazo

Custos envolvidos 7.837.350,31

Fonte de financiamento Cobrança


Municípios pertencentes às UGRHIs 20 e 21 com ênfase aos que
Área de abrangência
representam índices menores que 80% de eficiência
Atores responsáveis SABESP, Sistemas Autônomos, CETESB

6.1.12 M.12 – Implantar soluções de saneamento rural em 10 bairros rurais dos


municípios das UGRHIs 20 e 21 até 2027

O uso de fossas sépticas biodigestoras garante o saneamento básico nas áreas


rurais, pois permite o tratamento de esgotos das residências rurais. O sistema tem como
vantagem tratar o esgoto sanitário com baixo custo e deve ser implantado em bairros rurais.
Alguns municípios da UGRHI-20 e 21 já estão implantando algumas soluções de
saneamento rural. Essa ação tem o objetivo de implantar, em pelo menos 10 bairros rurais
dos municípios da UGRHI-20 e 21, a solução de fossas sépticas ou outras soluções para
saneamento rural, durante o período deste plano de bacias.

6.1.12.1 Obras de implantação de sistemas de tratamento de esgotos de comunidades


rurais isoladas (A.3.1.2)

Incentivar o uso de fossas sépticas biodigestoras nas áreas rurais, pois permite o
tratamento de esgotos das residências alocadas nessas regiões. O sistema tem como
vantagem tratar o esgoto sanitário com baixo custo e pode ser implantado em todos os
municípios com área rural nas UGRHIs 20 e 21.

Implantar soluções de saneamento rural em 10 bairros rurais dos


Meta
municípios das UGRHIs 20 e 21 até 2027
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos 4.667.800,19

Fonte de financiamento FEHIDRO/ Cobrança

Área de abrangência Área rural dos municípios pertencentes as UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis Prefeituras Municipais; Sindicato Rural

453
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.13 M.13 – Implantar até 2020 junto aos técnicos da CETESB 3 cursos para
treinamento de projetos de encerramento de aterro sanitário

Capacitação de profissionais atuantes na área ambiental/sanitária, que poderão


auxiliar na elaboração e implantação de projetos de encerramento de aterro sanitário nas
UGRHIs 20 e 21. A formação desses profissionais é importante à bacia em vista da vida útil
dos aterros sanitários ativos, que em breve alcançarão a capacidade máxima e irão requerer
um correto encerramento, conforme as exigências ambientais e legislativas.

6.1.13.1 Auxílio técnico aos municípios para a elaboração de projetos de


encerramento de aterros sanitários (A.3.2.1)

Essa ação deve cumprir a meta acima descrita, de modo que os técnicos dos
municípios e operadores de aterros sanitários fiquem aptos a promover o encerramento de
aterros sanitários de forma adequada, controlando os possíveis vetores de poluição e
habilitando o local para futuras finalidades.

Implantar até 2020 junto aos técnicos da CETESB 3 cursos para


Meta
treinamento de projetos de encerramento de aterro sanitário
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos Ação sem custo

Fonte de financiamento -

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis CBH-AP, CETESB, Prefeituras Municipais

6.1.14 M.14 – Implantar até 2027 seis projetos de encerramento de aterro sanitário

Elaboração de projetos para encerramento de aterros sanitários com


impermeabilização do solo e tratamento de chorume, de modo a manter os recursos hídricos
locais protegidos.

6.1.14.1 Obras de sistemas de disposição de resíduos sólidos que comprovadamente


comprometam a qualidade dos recursos hídricos (A.3.2.2)

Os gestores devem inserir o encerramento de aterros sanitários no orçamento


municipal, viabilizando a execução dos projetos.

454
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Implantar até 2027 seis projetos de encerramento de aterro


Meta
sanitário
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos 2.141.050,07

Fonte de financiamento FEHIDRO/Cobrança

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis CBH-AP, Prefeituras Municipais

6.1.15 M.15 – Financiar projetos e obras de controle de erosão rural e urbana


conforme descrito nos Planos municipais

Essa meta tem como objetivo financiar projetos e obras de combate à erosão
urbana e rural por meio da implantação das ações previstas nos planos municipais de
macrodrenagem urbana assim como nos planos de saneamento básico dos municípios e
planos de controle de erosão rural.

A recuperação de voçorocas é prevista a partir de projetos pilotos típicos em áreas


urbanas de municípios amplamente atingidos por esse processo do meio físico, priorizando
áreas onde afloram rochas e sedimentos altamente suscetíveis a erosão. O cadastramento
de áreas erodidas em estradas rurais de terra, por deficiência de drenagem superficial e má
conservação do leito carroçável, torna-se um objetivo essencial para esse SubPDC.

6.1.15.1 Implantar as ações previstas nos Planos municipais de controle de erosão


rural e urbana dos municípios das UGRHs 20 e 21 (A.3.4.1)

Essa ação prevê a implantação de projetos e obras para melhoria dos sistemas
urbanos de drenagem de águas pluviais e ações capazes de promover a contenção da
erosão urbana, diminuindo a poluição difusa e o assoreamento dos corpos d’água.

Também tem como objetivo implantar as ações de controle de erosão rural


descritas nos planos de controle de erosão rural dos municípios que já o possuem. Essas
ações estão relacionadas à conservação do solo e obras de adequações de estradas rurais
e para contenção de erosão e assoreamento.

Financiar projetos e obras de controle de erosão rural e urbana


Meta
conforme descrito nos planos municipais.
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo
Custos envolvidos 26.125.867,48
Fonte de financiamento FEHIDRO/Cobrança
Área de abrangência UGRHIs 20 e 21
Atores responsáveis Prefeituras Municipais; CATI; Secretaria Agricultura; CODASP

455
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.16 M.16 – Melhorar o índice de cobertura vegetal na UGRHI 20 e 21 priorizando as


áreas de mananciais de abastecimento

A manutenção da vegetação nativa em uma bacia, com destaque para aquela


localizada próxima aos cursos de água, garante aspectos de quantidade e qualidade
adequados aos recursos hídricos. A presença de mata ciliar dificulta o carreamento de
sedimentos para dentro dos cursos d’água, protege o solo bem como os recursos hídricos
contra erosão e assoreamento.

Dessa forma, essa meta propõe ações para identificar, qualificar e recuperar áreas
de preservação permanente dentro da área da UGRHI-20/21 com o objetivo de priorizar
mananciais de abastecimento público.

Priorização para conservar de mananciais que abastecem a população, levando em


consideração o que diz o Decreto nº 61.183/2015.

6.1.16.1 Elaboração de projetos e implantação de projetos de recuperação de


mananciais de abastecimento público atuais ou futuros (A.4.1.1)
Promover a proteção dos corpos d'água, permitindo seu aproveitamento para os
usos múltiplos. Ainda, colocar em prática os instrumentos da lei de proteção e recuperação
de mananciais. Esta ação tem como objetivo a elaboração de estudos que determinem a
conservação e proteção dos mananciais superficiais. A conservação dos mananciais é de
grande importância, uma vez que propicia a produção de água, e assim beneficiando
principalmente o abastecimento público da bacia.

Melhorar o índice de cobertura vegetal nas UGRHIs, priorizando


Meta
as áreas de mananciais de abastecimento
Horizonte de projeto Médio prazo

Custos envolvidos 600.000

Fonte de financiamento Cobrança

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores envolvidos IF, CETESB, Prefeituras Municipais, ONGs, UNESP

6.1.16.2 Elaboração de Plano Diretor de Recomposição Florestal (PDR) nas UGRHIs 20


e 21 (A.4.2.1)

Essa ação visa a elaboração de estudos e levantamentos técnicos sobre a


formação vegetal nativa da bacia, bem como da malha hídrica, permitindo a definição de

456
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

áreas prioritárias para recomposição vegetal através de um Plano diretor de Recomposição


florestal.

Melhorar o índice de cobertura vegetal nas UGRHIs, priorizando


Meta
as áreas de mananciais de abastecimento
Horizonte de projeto Médio prazo

Custos envolvidos 560.000

Fonte de financiamento Cobrança

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis IF; CETESB; Prefeituras Municipais; ONGs; UNESP

6.1.16.3 Implantação de projetos de reflorestamento com base nas diretrizes do Plano


Diretor de Recomposição Florestal (A.4.2.2)

Esta ação está baseada nos resultados do Plano Diretor de recuperação florestal a
ser realizado conforme A.4.2.1. A ação tem como objetivo executar os projetos de
recuperação florestal de acordo com as prioridades elencadas no Plano. O Projeto de
recuperação de nascentes deverá ser realizado levando em consideração o novo Código
Florestal (Lei nº 12.651/2012).

Melhorar o índice de cobertura vegetal nas UGRHIs, priorizando


Meta
as áreas de mananciais de abastecimento
Horizonte de projeto Longo prazo

Custos envolvidos 2.800.000

Fonte de financiamento Cobrança

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis IF; CETESB; Prefeituras Municipais; ONGs; UNESP

6.1.17 M.17 – Atingir até 2027 o índice de perda máxima de 25% em todos os
municípios

Nesse tema está sendo prioritário efetuar ações de intervenção visando à redução
de perdas no sistema de abastecimento de água dos municípios das UGRHIs 20 e 21.

Executar ações dos Planos Diretores de Saneamento relacionadas ao tema perdas


de água no abastecimento por parte dos municípios, além de promover ações de combate a
perdas descritas nos planos diretores de perdas, para que alcancem a categoria “boa” no
índice de perdas.

457
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.17.1 Ações de controle de perdas nos sistemas de abastecimento de água (A.5.1.1)

Essa ação tem por objetivo implantar projetos, obras e serviços para o controle de
perdas nos sistemas de abastecimento dos diferentes setores usuários de água, com ênfase
nas redes públicas de abastecimento. Dentre as ações de combate às perdas de água,
estão:

a) Aquisição e instalação de hidrômetros residenciais e macro medidores;


b) Instalação de sistema redutor de pressão;
c) Serviços e obras de setorização;
d) Reabilitação de redes de água;
e) Pesquisa e eliminação de vazamentos, pitometria.

Atingir até 2027 o índice de perda máxima de 25% em todos os


Meta
municípios
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos 6.306.119

Fonte de financiamento Cobrança/ FEHIDRO


Municípios pertencentes às UGRHIs 20 e 21 que possuem o Plano
Área de abrangência
de Saneamento e/ou Plano de Perdas
Atores responsáveis SABESP; Sistema Autônomos

6.1.18 M.18 - Incentivar campanhas publicitárias junto a FAESP e FIESP para


racionalização do uso da água na agricultura e na indústria

Incentivar o uso de tecnológicas que aumentem a eficiência do uso da água nos


setores agrícola e industrial por meio de divulgação de informações sobre o assunto.

6.1.18.1 Promover campanhas de incentivo à eficiência no uso da água na indústria


(A.5.2.1)

Incentivo ao tratamento e promoção de água de reuso nos processos industriais,


bem como priorização de sistemas que demandem menor quantidade.

Incentivar campanhas publicitárias junto a Faesp e Fiesp para


Meta
racionalização do uso da água na agricultura e na indústria
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo
Custos envolvidos Ação sem custo
Fonte de financiamento -
Área de abrangência UGRHIs 20 e 21
Atores responsáveis FIESP; CBH-AP

458
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.18.2 Promover campanhas de incentivo a eficiência no uso da água na agricultura


(A.5.2.2)
Acompanhar a evolução do uso da água pelo setor de irrigação na bacia (áreas
irrigadas, equipamentos utilizados e culturas irrigadas) como subsídio para a proposição de
ações de gestão dos recursos hídricos. Incentivar o uso racional da agua na irrigação
através de praticas mais eficientes, bem como práticas que aproveitem a água da chuva.

Incentivar campanhas publicitárias junto a Faesp e Fiesp para


Prioridade
racionalização do uso da água na agricultura e na indústria
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos Ação sem custo

Fonte de financiamento -

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Atores responsáveis FIESP; CBH-AP

6.1.19 M.19 – Melhorar a Educação ambiental na UGRHI 20 e 21 através de cursos,


treinamentos e workshop

A comunicação com as populações dos municípios da UGRHI-20/21 é uma das


ações fundamentais para que o sistema e a política de recursos hídricos funcionem
adequadamente no estado de São Paulo. Na tentativa de aumentar esse efeito positivo nas
populações esse SubPDC, foi priorizado no sentido de apoiar financeiramente o poder
público municipal a implementar ações de Educação ambiental voltados para a conservação
e recuperação dos recursos hídricos superficial e subterrâneos.

6.1.19.1 Apoiar financeiramente a elaboração de Programas de Educação Ambiental


voltados para a recuperação dos Recursos Hídricos superficiais e
subterrâneos (A.8.2.1)

Financiamento de iniciativas de educação ambiental já existentes, bem como de


projetos futuros que tratem sobre recursos hídricos.

Melhorar a Educação ambiental nas UGRHIs 20 e 21 por meio de


Meta
cursos, treinamentos e workshop
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos 1.424.400

Fonte de financiamento FEHIDRO

Área de abrangência UGRHIs 20 e 21

Coordenação CBH-AP, ONGs

459
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.1.20 M.20 – Capacitar 50 técnicos das Prefeituras Municipais em elaboração de


projetos voltados a conservação e recuperação de recursos hídricos

Essa meta tem como objetivo a capacitação de técnicos das prefeituras para
elaborar projetos voltados a conservação e recuperação de recursos hídricos, visando a
busca de recursos tanto no Comitê, quanto em outros Órgãos Estaduais e Federais.

6.1.20.1 Promoção de cursos e seminários para capacitação social dos membros das
CT's, prefeituras e demais interessados (A.8.2.2)
Capacitação técnica dos envolvidos com a gestão de recursos hídricos nos
municípios integrantes das UGRHIS 20 e 21, técnicos de Prefeituras, integrantes de ONGs e
integrantes das Câmaras Técnicas, deixando livre a participação dos demais interessados.

Capacitar 50 técnicos das Prefeituras Municipais em elaboração


Meta de projetos voltados a conservação e recuperação de recursos
hídricos
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos 2.114.950

Fonte de financiamento FEHIDRO/Cobrança

Atores responsáveis Universidades; Prefeituras Municipais

6.1.21 M.21 - Criar sistema de divulgação e de acompanhamento de projetos em


desenvolvimento para os membros do Comitê

Essa meta tem como objetivo criar um sistema de acompanhamento e divulgação


da situação dos projetos financiados pelo FEHIDRO / Cobrança neste Comitê de Bacias.

6.1.21.1 Implementação de ações de comunicação social visando difundir as


informações e atividades desenvolvidas pelo CBH-AP (A.8.3.1)
Essa ação deve cumprir a meta estabelecida de criar um tipo de acompanhamento
dos projetos financiados pelo FEHIDRO/Cobrança, para que os integrantes das Câmaras
técnicas e membros do Comitê que tenham interesse nessas informações possam
acompanhar e avaliar futuramente o cumprimento das metas e ações do Plano de Bacias.

460
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Criar sistema de divulgação e de acompanhamento de projetos em


Meta
desenvolvimento para os membros do Comitê
Horizonte de projeto Curto, médio e longo prazo

Custos envolvidos 1.727.500

Fonte de financiamento FEHIDRO/Cobrança

Atores responsáveis CBH-AP

6.2 Montagem do programa de investimentos

A definição do programa de investimentos consiste na sistematização das


informações levantadas nas ações. Para tanto, as ações são produzidas em planilhas onde
possam ser identificados os investimentos previstos nos horizontes de curto, médio e longo
prazo, identificando possíveis fontes de financiamento para a implementação das ações.

6.2.1 Levantamento de recursos disponíveis

O valor médio de recursos financeiros disponibilizados pelo FEHIDRO para o CBH-


AP entre os anos de 2005 a 2017 está apresentado no gráfico da Figura 269. Também é
apresentado o valor previsto de recebimento para os próximos dois anos (2018 e 2019) de
acordo com a Deliberação COFEHIDRO n. 171/2016.

461
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 269. Histórico de recursos disponibilizados pelo FEHIDRO nas UGRHIs 20 e 21.
Fonte: COFEHIDRO, 2005 a 2017.

O valor médio anual de recurso financeiro recebido do FEHIDRO pelo Comitê das
Bacias hidrográficas dos rios Aguapeí e Peixe, entre 2016 e 2019, foi de R$ 2.994.369,05
(dois milhões novecentos e noventa e quatro mil, trezentos e sessenta e nove reais e
noventa e cinco centavos). Esse valor, descontando o valor previsto da cobrança em 2018 e
2019.

6.2.1.1 Recursos da cobrança pelo uso da água

A cobrança pelo uso da água é um instrumento de gestão que está sendo


implantada nas UGRHIs 20 e 21 visando atender parte da demanda por recursos financeiros
necessários para executar as ações preconizadas pelo Plano de Bacia. A cobrança pelo uso
da água nas UGRHIs 20 e 21 já está aprovada pelo Decreto Estadual n. 61.347, de 06 de
julho de 2015, que fixa os valores a serem cobrados e orienta como deverá ser aplicado
esse instrumento.

Os recursos financeiros oriundos da cobrança pelo uso da água nas UGRHIs 20 e


21 foram estimados no relatório de fundamentação da cobrança, tendo como valor estimado

462
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

a partir do 3ª ano de implantação da cobrança na ordem de R$ 4.532.000,00 (quatro milhões


quinhentos e trinta e dois mil reais) por ano, conforme demonstrado no Quadro 211.

Quadro 211. Recursos a serem arrecadados pela Cobrança pelo uso da água nas UGRHIs 20 e
21.
Previsão de recurso a ser Previsão de recurso a ser
Ano
arrecadado (%) arrecadado (R$)
2016 0% R$ 0,00
2017 0% R$ 0,00
2018 0% R$ 0,00
2019 50% R$ 1.133.000,00
2020 75% R$ 3.625.000,00
2021 100 % R$ 4.532.000,00
2022 100 % R$ 4.532.000,00
2023 100 % R$ 4.532.000,00
2024 100 % R$ 4.532.000,00
2025 100 % R$ 4.532.000,00
2026 100 % R$ 4.532.000,00
2027 100 % R$ 4.532.000,00
Total - R$ 36.482.000,00
Fonte: Deliberação COFEHIDRO nº 171 de 05 de Dezembro de 2016.

Os recursos a serem arrecadados com a cobrança, deverão aplicados de acordo


com os critérios definidos pelo CBH-AP, aprovado pelo Decreto Estadual n. 61.347/2015.

6.2.1.2 Outras fontes


As possíveis fontes de recursos financeiros para realização dos investimentos
propostos no Plano de Ação são a seguir discriminadas:

a) Recursos orçamentários oriundos do governo do Estado (Secretaria de Saneamento e


Energia, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, entre outros), que possuem
competência para atuar em recursos hídricos;

b) Recursos oriundos do governo federal, em geral através de convênios de cooperação


mútua, ou contratos de gestão;

c) Recursos de investimentos do setor privado referentes a compensações ambientais;

d) Recursos orçamentários dos municípios, como contrapartida aos projetos e ações que
estão propostos no Plano de Bacia, em geral através de cessão de máquinas, terreno,
pessoal, combustível, escritórios e infraestrutura de apoio, subcontratações, etc.;

e) Recursos de investimentos do setor privado, ou de empresas do Estado, em geral com


o suporte de receitas próprias mediante tarifas de prestação de serviços, como os da
Sabesp e dos Serviços autônomos de água e esgoto;

463
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

f) Recurso que poderão ser gerados da cobrança estadual pelo uso de recursos hídricos;

g) Recursos de financiamentos nacionais ou internacionais, e outras fontes não


enquadráveis nas descrições acima.

O acesso às fontes de recursos indicadas pressupõe a adequada capacidade de


formulação de projetos, um problema a algumas áreas do setor de saneamento ambiental,
principalmente para os pequenos municípios. O papel do CBH-AP é importante, para que
esses municípios consigam verbas para as ações recomendadas.

6.2.1.3 Recurso total disponível

Conforme Deliberação CRH “AD REFERENDUM” n. 185/206, alterada pela


Deliberação CRH “ad referendum” n. 188/2016, que estabelece o formato e cronograma de
entrega dos Planos de bacias hidrográficas assim como dá providências suplementares
relativas à apuração dos indicadores de distribuição dos recursos financeiros do FEHIDRO,
os recursos financeiros previstos para execução das metas e ações deste Plano de Bacias
devem estar em conformidade com a projeção relativa aos recursos financeiros do
FEHIDRO (2016-2019) no Plano Plurianual (PPA), conforme apresentado no Quadro 212.

Essa projeção, leva em consideração os recursos relativos ao FEHIDRO bem como


os recursos previstos da cobrança pelo uso da água. Essa projeção é disponibilizada para o
período de 2016-2019 e, para a previsão do atendimento das metas e ações deste plano de
bacias, foi estendida para todo o período do plano (2016-2027).

Quadro 212. Recursos previstos para investimentos nas UGRHIs 20 e 21 (FEHIDRO +


COBRANÇA).
Recurso previsto Recurso previsto Total por ano
Ano
FEHIDRO (R$) Cobrança (R$) (R$)
2016 R$ 2.842.509,23 R$ 0,00 R$ 2.842.509,23
2017 R$ 3.779.966,96 R$ 0,00 R$ 3.779.966,96
2018 R$ 2.550.000,00 R$ 0,00 R$ 2.550.000,00
2019 R$ 2.805.000,00 R$ 1.133.000,00 R$ 3.938.000,00
2020 R$ 2.994.369,05 R$ 3.625.000,00 R$ 6.619.369,05
2021 R$ 2.994.369,05 R$ 4.532.000,00 R$ 7.526.369,05
2022 R$ 2.994.369,05 R$ 4.532.000,00 R$ 7.526.369,05
2023 R$ 2.994.369,05 R$ 4.532.000,00 R$ 7.526.369,05
2024 R$ 2.994.369,05 R$ 4.532.000,00 R$ 7.526.369,05
2025 R$ 2.994.369,05 R$ 4.532.000,00 R$ 7.526.369,05
2026 R$ 2.994.369,05 R$ 4.532.000,00 R$ 7.526.369,05
2027 R$ 2.994.369,05 R$ 4.532.000,00 R$ 7.526.369,05
Total R$ 35.932.428,57 R$ 36.482.000,00 R$ 72.414.428,57
*valor calculado médio dos últimos 4 anos.

464
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Conforme apresentado no Quadro 212, a previsão dos recursos relativos ao


FEHIDRO e da Cobrança pelo uso da água nas UGRHIs 20 e 21, para o período 2016-2019
seguem os valores previstos no PPA do estado de São Paulo. Os recursos FEHIDRO, para
o período de médio prazo (2020-2023) e de longo prazo (2024-2027), foram calculados a
partir de uma média dos valores entre 2016 e 2019. Sendo assim, os valores deverão ser
revistos, juntamente com as metas e ações a cada quatro anos.

Os valores apresentados no Quadro 212, são apresentados, de maneira gráfica na


Figura 270. Nota-se que a partir do ano de 2021, os valores oriundos da cobrança pela
utilização dos recursos hídricos se tornará a principal fonte de recursos para os
investimentos previstos no Plano.

Figura 270. Total de recursos disponíveis para as UGRHIs 20 e 21

As ações elencadas neste plano são realistas e factíveis, considerando o montante


de recursos disponibilizados para o Comitê AP, uma vez que as despesas projetadas estão
em linha com as receitas estimadas, para todos os horizontes de planejamento.

Alguns projetos/atividades/ações que não foram listados neste plano de ações,


como ações da SABESB, na questão das metas e ações de esgotamento sanitário, ou
ações de recuperação e conservação do sistema de drenagem das estradas vicinais
(DER/CATI/SAA), ou recuperação das matas ciliares (SMA), deverão ser interpretadas como
sendo metas que, cada um dos coordenadores seja responsável pela realização com
recursos financeiros de seu próprio orçamento.

465
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

6.2.1.4 Custos envolvidos e cronograma de investimentos

Conforme apresentado em seu artigo 2-0 da Deliberação CRH “AD Referendum”


188 de 9 de Novembro de 2016, o Plano de Ação para a Gestão dos Recursos Hídricos e o
Programa de Investimentos para execução a partir de 2017, foram estruturados conforme os
Programas de Duração Continuada – PDC, com as prioridades para investimento estimadas
em porcentagens da estimativa de receitas do Fundo Estadual de Recursos Hídricos –
FEHIDRO referente ao CBH do Aguapeí-Peixe.

A deliberação CRH “AD Referendum” 188 /2016 em seu artigo 2º estabelece


porcentagens de investimentos:

I. Investimento de no máximo 25% no PDC 1 e PDC 2;

II. Investimento de no mínimo 60% em até 3 PDCs distribuídos em no máximo


seis SubPDCs, a critério do CBH;

III. Investimento de no máximo 15% nas demais ações do plano de Bacia, a


critério do CBH.

Considerando os dados do Diagnóstico e Prognóstico em conjunto com resultados


das oficinas realizadas, optou-se pela distribuição dos recursos conforme

Quadro 213, que detalha as prioridades, bem como as porcentagens da receita do


período do Plano, conforme estimadas no PPA-2016-2017, destinados ao Comitê de Bacias
do Aguapeí-Peixe definidas para cada um dos PDCs, SubPDCs e para cada ação de gestão
ou intervenção contida nos respectivos Programas de Duração Continuada.

Quadro 213. Programa de Investimento do Comitê do AP, para execução 2017 a 2029.
(%) Receita / investimento
PDC SubPDC Curto Médio Longo
prazo prazo prazo
1.1 - Bases de dados e sistemas de informações em
6,59% 4,62 % 2,56%
recursos hídricos
BASES TÉCNICAS 1.2 Apoio ao planejamento e gestão de recursos
12,38% 8,20 % 4,25%
hídricos
1 EM RECURSOS
HÍDRICOS - MRH 1.4 - Redes de Monitoramento 2,31% 6,42 % 12,04%

1.5 - Disponibilidade Hídrica - 1,44% 1,56%


2.1 - Planos de recursos hídricos e relatórios de
1,85% 0,62% 0,60%
situação
GERENCIAMENTO 2.2 - Outorga de Direito de uso dos recursos hídricos - - -
2 DOS RECURSOS
HÍDRICOS - GRH 2.3 - Cobrança pelo uso dos recursos hídricos - - -
2.5 - Articulação e cooperação para a gestão integrada
- - -
dos recursos hídricos
3 MELHORIAS E 3.1 - Sistema de esgotamento sanitário 10% 24,15% 15,95%

466
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

(%) Receita / investimento


PDC SubPDC Curto Médio Longo
prazo prazo prazo
RECUPERAÇÃO
3.2 - Sistema de resíduos sólidos - 6,16% 4,25%
DA QUALIDADE
DAS ÁGUAS - MRQ
3.4 - Prevenção e controle de processos erosivos 42,98% 31,21% 33,54%

PROTEÇÃO DOS 4.1 - Proteção e conservação de mananciais - 2,05% -


4 CORPOS D'ÁGUA -
4.2 - Recomposição da vegetação ciliar e da cobertura
PCA - 1,92% 9,30%
vegetal
5.1 - Controle de perdas em sistemas de abastecimento
GESTÃO DA 13,44% 8,90% 7,97%
de água
5 DEMANDA DE
AGUA - GDA 5.2 - Racionalização do uso da água - - -
8.2 - Educação ambiental vinculada às - dos planos de
CAPACITAÇÃO E 6,93% 4,82% 5,58%
recursos hídricos
8 COMUNICAÇÃO
SOCIAL - CCS 8.3 - Comunicação social e difusão de informações
3,51% 2,67% 2,39%
relacionadas à gestão de recursos hídricos

Como definido na Deliberação CRH “AD Referendum” 188 de 9 de Novembro de


2016, apresenta-se no Quadro 214, a distribuição de recursos para cada uma das ações de
gestão e intervenção, vinculadas diretamente aos PDCs e SubPDCs, priorizados e
aprovados pela Câmara técnica de Planejamento do CBH-AP. Os valores estimados para a
elaboração do Quadro 214, foram baseados da seguinte forma:

- Para o ano 2016 e 2017, foram considerados os valores já deliberados pelo Comitê,
de acordo com a Deliberação CBH-AP 199/2016 e Deliberação CBH-AP 207/2017.

- Para os anos 2018 e 2019, levou-se em consideração os valores previstos na


deliberação COFEHIDRO n° 171 de 05 de dezembro de 2016. Nesta deliberação, o valor de
investimento estimado para 2017 é equivalente a 100% da PPA, enquanto que para os anos
de 2018 e 2019, este percentual é de 60%, conforme estabelecido no art. 2° da Deliberação
COFEHIDRO n° 171/16.

O Quadro 214, Quadro 215 e Quadro 216 apresentam a previsão de investimentos


para o curto, médio e longo prazo, respectivamente.

467
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 214. Distribuição dos recursos para as ações propostas para o PBH, para execução 2017 a 2019.
Valor por ano (R$)
SubP
PDC

Receita
DC

Metas Ação 2016* 2017* 2018 2019


(%)
FEHIDRO FEHIDRO FEHIDRO FEHIDRO Cobrança
A1.1.1 Elaboração de estudos e projetos
para detalhamentos dos possíveis R$
-
conflitos pelo uso da água nas áreas 3,84 % - - - 249.260,00
M.1 Elaborar um diagrama unifilar críticas em termos de balanço hídrico nas
1.1 atualizado nas UPHs Alto Aguapeí e sub-bacias das UGRHIs 20 e 21
Baixo Peixe
A1.1.2 Demais Estudos para
2,75% R$ - -
aprimoramento do conhecimento dos - -
178.500,00
recursos hídricos
M.2 Elaborar Planos de controle de A1.2.1 Elaboração de Planos municipais
1 1.2 erosão urbana e rural para os R$ R$ R$ R$ -
de controle de erosão rural, planos de 12,38%
382.711,20 669.892,50 382.600,00 420.750,00
municípios da UGRHI-20 e 21 controle de erosão urbana.
A.1.4.1 Implementar ações de melhoria
M.3 Ampliar a rede de
do monitoramento quali-quantitativo na R$
1.4 monitoramento qualitativa e 2,31% - - - -
UGRHI 20/21, incluindo água subterrânea 150.000,00
quantitativa dos recursos hídricos
(contaminação por agrotóxicos)
M.4 Elaboração de estudos para A.1.5.1. Elaboração de estudos visando
aumentar o conhecimento sobre melhorar o conhecimento sobre as águas
1.5 quantidade e qualidade dos recursos subterrâneas nas UGRHIs 20 e 21, tanto - - - - - -
hídricos subterrâneos para utilização em termos de quantidade quanto de
futura qualidade
M.5 Revisar o Programa de
A 2.1.1 Revisão do plano de ação e R$
investimento do Plano de Bacia das
2.1 programa de investimentos do PBH das 1,85% - - - 120.000,00 -
UGRHIs 20/21, conforme
UGRHIs 20 e 21
legislações vigentes
M.6 Promover campanhas de A.2.2.1. Realização de campanhas para
regularização de usos nas UGRHIs conscientização sobre a importância da - - - - - -
20/21 regularização das outorgas
2
M.7 Solicitar aos órgãos do Estado o
2.2
aumento de fiscalização nas A.2.2.2. Apoio as atividades de
UGRHis 20 e 21 (DAEE, CETESB, fiscalização visando o combate aos usos - - - - - -
Polícia Ambiental, defesa irregulares
agropecuária etc)
M.8 Implantar a cobrança pelo uso A.2.3.1. Implantação da cobrança pelo
2.3 - - - - - -
da água para início em 2019 uso da água

468
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubP
PDC

Receita
DC

Metas Ação 2016* 2017* 2018 2019


(%)
FEHIDRO FEHIDRO FEHIDRO FEHIDRO Cobrança
M.9 Incentivar a participação dos
A.2.5.1. Promover ações para integração
representantes dos poderes
entre os poderes públicos (executivo e - - - - - -
legislativo e executivo junto as
legislativo) e o CBH-AP
Câmaras Técnicas do CBH-AP
M.10 Incentivar as Secretarias do
Estado a divulgar no CBH-AP os
2.5 A.2.5.2. Interlocução com organismos
programas existentes voltados à
estatais e privados para auxiliar os
conservação dos recursos hídricos,
municípios na busca por recursos - - - - - -
visando obter outras fontes de
financeiros para desenvolvimento de
financiamento e reduzir a
projetos
dependência dos recursos do
FEHIDRO.
A.3.1.1 Obras de implantação e
M.11 Atingir até 2023 eficiência R$
ampliação de sistemas de tratamento de 6,07%
mínima de 80% das ETES nos - - - - 394.000,00
esgotos urbanos e de melhorias da
municípios das UGRHIs 20 e 21
eficiência dos sistemas
3.1
M.12 Implantar soluções de
A.3.1.2 Obras de implantação de
saneamento rural em 10 bairros 3,93% R$
sistemas de tratamento de esgotos de - - - -
rurais dos municípios das UGRHIs 255.000,00
comunidades rurais isoladas
20 e 21 até 2027
M.13 Implantar até 2020 junto aos
A.3.2.1 Auxílio técnico aos municípios
técnicos da CETESB 3 cursos para
3 para a elaboração de projetos de - - - - - -
treinamento de projetos de
encerramento de aterros sanitários
encerramento de aterro sanitário
3.2
A.3.2.2 Obras de sistemas de disposição
M.14 Implantar até 2027 seis
de resíduos sólidos que
projetos de encerramento de aterro - - - - - -
comprovadamente comprometam a
sanitário
qualidade dos recursos hídricos
A.3.4.1 Implantar as ações previstas nos
M.15 - Financiar projetos de controle
Planos municipais de controle de erosão R$ R$ R$ R$
3.4 de erosão rural descritos nos Planos 42,98% -
rural e urbana dos municípios da 1.354.095,35 2.771.515,93 1.096.400,00 1.692.400,00
municipais.
UGRHIs-20 e 21
M.16 Melhorar o índice de cobertura A.4.1.1. Elaboração de projetos e
vegetal na UGRHI 20 e 21 implantação de projetos de recurepação
4 4.1 - - - - - -
priorizando as áreas de mananciais de mananciais de abastecimento público
de abastecimento (atuais ou futuros)

469
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubP
PDC

Receita
DC

Metas Ação 2016* 2017* 2018 2019


(%)
FEHIDRO FEHIDRO FEHIDRO FEHIDRO Cobrança
A.4.2.1. Elaboração de PDRF - Plano
Diretor de Recomposição Florestal nas - - - - - -
UGRHIs 20 e 21
4.2
A.4.2.2. Implantação de projetos de
reflorestamento com base nas diretrizes - - - - - -
do PDRF
M.17 Atingir até 2027 o índice de
A.5.1.1 Ações de controle de perdas nos 13,44% R$ R$ R$ R$
5 5.1 perda máxima de 25% em todos os -
sistemas de abastecimento de água. 300.041,25 133.837,50 382.500,00 489.740,00
municípios
A.5.2.1. Promover campanhas de
M.18 Incentivar campanhas incentivo a eficiencia no uso da água na - - - - - -
publicitárias junto a Faesp e Fiesp indústrias
5 5.2
para racionalização do uso da água A.5.2.2. Promover campanhas de
na agricultura e na indústria incentivo a eficiencia no uso da água na - - - - - -
agricultura
A.8.2.1. Apoiar financeiramente a
M.19 Melhorar a Educação elaboração de Programas de Educação
3,46% R$ R$
ambiental na UGRHI 20/21 através Ambiental voltados para a recuperação - - -
27.500,00 196.900,00
de cursos, treinamentos e workshop dos Recursos Hídricos superficiais e
subterrâneos .
8.2
M.20 Capacitar 50 técnicos das
A.8.2.2. Promoção de cursos e
Prefeituras Municipais em
8 seminários para capacitação social dos 3,47% R$
elaboração de projetos voltados a - - - -
membros das CT's, prefeituras e demais 224.950,00
conservação e recuperação de
interessados
recursos hídricos
M.21 Criar sistema de divulgação e A.8.3.1. Implementação de ações de
de acompanhamento de projetos em comunicação social visando difundir as 3,51% R$
8.3 - - - -
desenvolvimento para os membros informações e atividades desenvolvidas 227.500,00
do Comitê. pelo CBH-AP
Total dos investimentos 100% 2.036.848 3.575.246 2.550.000 2.805.000 1.133.000
*2016 e 2017 já foram investidos em projetos nas UGRHIs 20 e 21.

470
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 215. Distribuição dos recursos para as ações propostas para o PBH, para execução 2020 a 2023.
Valor por ano (R$)
SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2020 2021 2022 2023
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança

A1.1.1 Elaboração de
estudos e projetos para
detalhamentos dos possíveis
0,68% R$
conflitos pelo uso da água - - - - - - -
M.1 Elaborar um 200.000,00
nas áreas críticas em termos
diagrama unifilar de balanço hídrico nas sub-
1.1 atualizado nas UPHs bacias das UGRHIs 20 e 21
Alto Aguapeí e Baixo
Peixe
A1.1.2 Demais Estudos para
aprimoramento do R$ R$ R$
3,94% - - - - -
conhecimento dos recursos 350.000,00 400.000,00 400.000,00
hídricos
1
M.2 Elaborar Planos de
A1.2.1 Elaboração de Planos
controle de erosão
municipais de controle de R$ R$ R$ R$
1.2 urbana e rural para os 8,20% - - - -
erosão rural, planos de 598.874,00 598.874,00 598.874,00 598.874,00
municípios da UGRHI-
controle de erosão urbana.
20 e 21

A.1.4.1 Implementar ações


de melhoria do
M.3 Ampliar a rede de
monitoramento quali-
monitoramento R$ R$ R$ R$
1.4 quantitativo na UGRHI 6,42% - - - -
qualitativa e quantitativa 375.000,00 486.400,00 506.400,00 506.400,00
20/21, incluindo água
dos recursos hídricos
subterrânea (contaminação
por agrotóxicos)

471
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2020 2021 2022 2023
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança

M.4 Elaboração de A.1.5.1. Elaboração de


estudos para aumentar estudos visando melhorar o
o conhecimento sobre conhecimento sobre as
R$
1.5 quantidade e qualidade águas subterrâneas nas 1,44% - - - - - - -
420.000,00
dos recursos hídricos UGRHIs 20 e 21, tanto em
subterrâneos para termos de quantidade quanto
utilização futura de qualidade
M.5 Revisar o Programa
de investimento do A 2.1.1 Revisão do plano de
Plano de Bacia das ação e programa de R$
2.1 0,62% - - - - - - -
UGRHIs 20/21, investimentos do PBH das 180.000,00
conforme legislações UGRHIs 20 e 21
2 vigentes
A.2.2.1. Realização de
M.6 Promover
campanhas para
campanhas de
2.2 conscientização sobre a - - - - - - - - -
regularização de usos
importância da regularização
nas UGRHIs 20/21
das outorgas
M.7 Solicitar aos órgãos
do Estado o aumento
de fiscalização nas A.2.2.2. Apoio as atividades
UGRHis 20 e 21 de fiscalização visando o
2.2 - - - - - - - - -
(DAEE, CETESB, combate aos usos
Polícia Ambiental, irregulares
defesa agropecuária
etc)
2 M.8 Implantar a
cobrança pelo uso da A.2.3.1. Implantação da
2.3 - - - - - - - - -
água para início em cobrança pelo uso da água
2019
M.9 Incentivar a
A.2.5.1. promover ações
participação dos
para integração entre os
2.5 representantes dos - - - - - - - - -
poderes públicos (executivo
poderes legislativo e
e legislativo) e o CBH-AP
executivo junto as

472
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2020 2021 2022 2023
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança
Câmaras Técnicas do
CBH-AP
M.10 Incentivar as
Secretarias do Estado a
divulgar no CBH-AP os
A.2.5.2. Interlocução com
programas existentes
organismos estatais e
voltados à conservação
privados para auxiliar os
dos recursos hídricos, - - - - - - - - -
municípios na busca por
visando obter outras
recursos financeiros para
fontes de financiamento
desenvolvimento de projetos
e reduzir a dependência
dos recursos do
FEHIDRO.
A.3.1.1 Obras de
M.11 Atingir até 2023
implantação e ampliação de
eficiência mínima de R$ R$ R$
sistemas de tratamento de R$
3 80% das ETES nos 15,25% - - 1.200.000,0 - 1.200.000,0 - 1.200.000,0
esgotos urbanos e de 853.750,00
municípios das UGRHIs 0 0 0
melhorias da eficiência dos
20 e 21
sistemas
3.1
M.12 Implantar
soluções de A.3.1.2 Obras de
saneamento rural em 10 implantação de sistemas de R$ R$ R$ R$
8,90% - - - -
bairros rurais dos tratamento de esgotos de 650.000,00 650.000,00 650.000,00 650.000,00
municípios das UGRHIs comunidades rurais isoladas
20 e 21 até 2027
3
M.13 Implantar até 2020
A.3.2.1 Auxílio técnico aos
junto aos técnicos da
municípios para a
CETESB 3 cursos para
3.2 elaboração de projetos de - - - - - - - - -
treinamento de projetos
encerramento de aterros
de encerramento de
sanitários
aterro sanitário

473
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2020 2021 2022 2023
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança

A.3.2.2 Obras de sistemas


M.14 Implantar até 2027 de disposição de resíduos
seis projetos de sólidos que R$ R$ R$ R$
2,95% - - - -
encerramento de aterro comprovadamente 181.250,00 226.600,00 226.600,00 226.600,00
sanitário comprometam a qualidade
dos recursos hídricos

A.3.4.1 Implantar as ações


M.15 - Financiar previstas nos Planos
projetos de controle de municipais de controle de R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
3.4 31,21%
erosão rural descritos erosão rural e urbana dos 1.445.495,0 770.000,00 1.375.495,0 794.000,00 1.375.495,0 1.004.000,0 1.375.495,0 974.000,00
nos Planos municipais. municípios da UGRHIS 20 E
21

A.4.1.1. Elaboração de
projetos e implantação de
projetos de recurepação de R$ R$
4.1 2,05% - - - - - 2,05%
mananciais de 250.000,00 350.000,00
abastecimento público
M.16 Melhorar o índice
(atuais ou futuros)
de cobertura vegetal na
UGRHI 20 e 21 A.4.2.1. Elaboração de
4 PDRF - Plano Diretor de R$
priorizando as áreas de 1,92% - - - - - - 1,92%
mananciais de Recomposição Florestal nas 560.000,00
UGRHIs 20 e 21
4.2 abastecimento
. A.4.2.2. Implantação de
projetos de reflorestamento
- - - - - - - - -
com base nas diretrizes do
PDRF
M.17 Atingir até 2027 o
A.5.1.1 Ações de controle de
índice de perda máxima R$ R$ R$
5 5.1 perdas nos sistemas de 8,90% - - - - 8,90%
de 25% em todos os 650.000,00 650.000,00 650.000,00
abastecimento de água.
municípios

474
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2020 2021 2022 2023
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança
A.5.2.1. Promover
M.18 Incentivar
campanhas de incentivo a
campanhas publicitárias - - - - - - - - -
eficiencia no uso da água na
junto a Faesp e Fiesp
indústrias
5.2 para racionalização do
uso da água na A.5.2.2. Promover
agricultura e na campanhas de incentivo a
- - - - - - - - -
indústria eficiencia no uso da água na
agricultura
A.8.2.1. Apoiar
M.19 Melhorar a financeiramente a
Educação ambiental na elaboração de Programas de
R$ R$ R$ R$
UGRHI 20/21 através Educação Ambiental 2,05% - - - 2,05%
150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00
de cursos, treinamentos voltados para a recuperação
e workshop dos Recursos Hídricos
superficiais e subterrâneos .
8.2
M.20 Capacitar 50
A.8.2.2. Promoção de cursos
técnicos das Prefeituras
e seminários para
Municipais em
8 capacitação social dos R$ R$ R$ R$
elaboração de projetos 2,77% - - - 2,77%
membros das CT's, 150.000,00 220.000,00 220.000,00 220.000,00
voltados a conservação
prefeituras e demais
e recuperação de
interessados
recursos hídricos
M.21 Criar sistema de
A.8.3.1. Implementação de
divulgação e de
ações de comunicação
acompanhamento de R$ R$ R$
8.3 social visando difundir as 2,67% - - - - 2,67%
projetos em 195.000,00 195.000,00 195.000,00
informações e atividades
desenvolvimento para
desenvolvidas pelo CBH-AP
os membros do Comitê.
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
Total dos investimentos 100%
2.994.369 3.625.000 2.994.369 4.532.000 2.994.369 4.532.000 2.994.369 4.532.000

475
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 216. Distribuição dos recursos para as ações propostas para o PBH, para execução 2024 a 2027.
Valor por ano (R$)
SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2024 2025 2026 2027
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança
A1.1.1 Elaboração de
estudos e projetos para
detalhamentos dos
possíveis conflitos pelo - - - - - - - - -
M.1 Elaborar um diagrama
uso da água nas áreas
unifilar atualizado nas
1.1 críticas em termos de
UPHs Alto Aguapeí e
balanço hídrico
Baixo Peixe
A1.1.2 Demais Estudos
R$ R$
para aprimoramento do R$
2,56% - - 170.000,0 - 250.000,0 - 170.000
conhecimento dos 180.000,00
0 0
recursos hídricos
A1.2.1 Elaboração de
M.2 Elaborar Planos de
Planos municipais de
controle de erosão urbana R$ R$ R$ R$
1.2 controle de erosão rural, 4,25% - - - -
e rural para os municípios 320.000,00 320.000,00 320.000,00 320.000,00
planos de controle de
da UGRHI-20 e 21
1 erosão urbana.
A.1.4.1 Implementar
ações de melhoria do
M.3 Ampliar a rede de monitoramento quali-
R$ R$
monitoramento qualitativa quantitativo na UGRHI R$ R$
1.4 12,04% - - 906.400,0 - 906.400,0 -
e quantitativa dos 20/21, incluindo água 906.400,00 906.400,00
0 0
recursos hídricos subterrânea
(contaminação por
agrotóxicos)
M.4 Elaboração de A.1.5.1 Elaboração de
estudos para aumentar o estudos visando melhorar
conhecimento sobre o conhecimento sobre as R$
R$
1.5 quantidade e qualidade águas subterrâneas nas 1,56% - - - - 150.000,0 - -
320.000,00
dos recursos hídricos UGRHIs 20 e 21, tanto em 0
subterrâneos para termos de produção
utilização futura quanto de qualidade

476
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2024 2025 2026 2027
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança

M.5 Revisar o Programa


A 2.1.1 Revisão do plano
de investimento do Plano
de ação e programa de R$
2.1 de Bacia das UGRHIs 0,60% - - - - - - -
investimentos do PBH das 180.000,00
20/21, conforme
UGRHIs 20 e 21
legislações vigentes
2
A.2.2.1 Realização de
campanhas para
M.6 Promover campanhas
conscientização sobre a
2.2 de regularização de usos - - - - - - - - -
importância da
nas UGRHIs 20/21
regularização das
outorgas
M.7 Solicitar aos órgãos
do Estado o aumento de
A.2.2.2 Apoio às
fiscalização nas UGRHis
atividades de fiscalização
2.2 20 e 21 (DAEE, CETESB, - - - - - - - - -
visando o combate aos
Polícia Ambiental, defesa
usos irregulares
agropecuária, entre
outros)

M.8 Implantar a cobrança A.2.3.1 Implantação da


2 2.3 pelo uso da água para cobrança pelo uso da - - - - - - - - -
início em 2019 água

M.9 Incentivar a
participação dos A.2.5.1 Promover ações
representantes dos para integração entre os
2.5 poderes legislativo e poderes públicos - - - - - - - - -
executivo junto as (executivo e legislativo) e
Câmaras Técnicas do o CBH-AP
CBH-AP

477
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2024 2025 2026 2027
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança
M.10 Incentivar as
Secretarias do Estado a
A.2.5.2 Interlocução com
divulgar no CBH-AP os
organismos estatais e
programas existentes
privados para auxiliar os
voltados à conservação
municípios na busca por - - - - - - - - -
dos recursos hídricos,
recursos financeiros para
visando obter outras
desenvolvimento de
fontes de financiamento e
projetos
reduzir a dependência dos
recursos do FEHIDRO.

A.3.1.1 Obras de
M.11 Atingir até 2023 implantação e ampliação
eficiência mínima de 80% de sistemas de tratamento
9,93% - 602.400 - 932.400 - 702.400 - 752.400
das ETES nos municípios de esgotos urbanos e de
das UGRHIs 20 e 21 melhorias da eficiência
dos sistemas
3 3.1
M.12 Implantar soluções A.3.1.2 Obras de
de saneamento rural em implantação de sistemas
10 bairros rurais dos de tratamento de esgotos 6,02% - 453.200 - 453.200 - 453.200 - 453.200
municípios das UGRHIs de comunidades rurais
20 e 21 até 2027 isoladas

M.13 Implantar até 2020


A.3.2.1 Auxílio técnico aos
junto aos técnicos da
municípios para a
CETESB 3 cursos para
3 3.2 elaboração de projetos de - - - - - - - - -
treinamento de projetos de
encerramento de aterros
encerramento de aterro
sanitários
sanitário

478
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2024 2025 2026 2027
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança

A.3.2.2 Obras de sistemas


M.14 Implantar até 2027 de disposição de resíduos
seis projetos de sólidos que R$ R$ R$ R$
4,25% - - - -
encerramento de aterro comprovadamente 320.000,00 320.000,00 320.000,00 320.000,00
sanitário comprometam a qualidade
dos recursos hídricos

A.3.4.1 Implantar as ações


M.15 - Financiar projetos de previstas nos Planos
controle de erosão rural municipais de controle de R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
3.4 33,54% 1.874.369,05 650.000,00 1.874.369,05 650.000,00 1.874.369,05 650.000,00 1.874.369,05 650.000,00
descritos nos Planos erosão rural e urbana dos
municipais. municípios da UGRHIS 20
E 21

A.4.1.1 Elaboração de
projetos e implantação de
projetos de recuperação
4.1 - - - - - - - - -
de mananciais de
abastecimento público
4 M.16 Melhorar o índice de (atuais ou futuros)
cobertura vegetal na
UGRHI 20 e 21 A.4.2.1 Elaboração de
4.2 priorizando as áreas de PDRF - Plano Diretor de
- - - - - - - - -
. mananciais de Recomposição Florestal
abastecimento nas UGRHIs 20 e 21

A.4.2.2 Implantação de
R$ R$
projetos de R$ R$
4 4.2 9,30% - - 700.000,0 - 700.000,0 -
reflorestamento com base 700.000,00 700.000,00
0 0
nas diretrizes do PDRF

M.17 Atingir até 2027 o


A.5.1.1 Ações de controle R$ R$
índice de perda máxima R$ R$ R$ R$ R$ R$
5 5.1 de perdas nos sistemas 7,97% 450.000,0 450.000,0
de 25% em todos os 150.000,00 450.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 450.000,00
de abastecimento de água 0 0
municípios

479
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Valor por ano (R$)


SubPDC
PDC

Receita
Metas Ação 2024 2025 2026 2027
(%)
FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança FEHIDRO Cobrança

A.5.2.1 Promover
campanhas de incentivo a
M.18 Incentivar - - - - - - - - -
eficiência no uso da água
campanhas publicitárias
nas indústrias
junto a Faesp e Fiesp para
5.2
racionalização do uso da
A.5.2.2 Promover
água na agricultura e na
campanhas de incentivo a
indústria - - - - - - - - -
eficiência no uso da água
na agricultura

A.8.2.1 Apoiar
financeiramente a
M.19 Melhorar a elaboração de Programas
Educação ambiental na de Educação Ambiental
R$ R$ R$ R$
UGRHI 20/21 através de voltados para a 1,99% - - - -
150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00
cursos, treinamentos e recuperação dos
workshop Recursos Hídricos
superficiais e
8.2
subterrâneos

M.20 Capacitar 50
8 A.8.2.2 Promoção de
técnicos das Prefeituras
cursos e seminários para
Municipais em elaboração R$ R$
capacitação social dos R$ R$
de projetos voltados a 3,59% - - 270.000,0 - 270.000,0 -
membros das CT's, 270.000,00 270.000,00
conservação e 0 0
prefeituras e demais
recuperação de recursos
interessados
hídricos
M.21 Criar sistema de A.8.3.1 Implementação de
divulgação e de ações de comunicação
acompanhamento de social visando difundir as R$ R$ R$ R$
8.3 2,39% - - - -
projetos em informações e atividades 180.000,00 180.000,00 180.000,00 180.000,00
desenvolvimento para os desenvolvidas pelo CBH-
membros do Comitê. AP
Total dos investimentos 100% 2.994.369 4.532.000 2.994.369 4.532.000 2.994.369 4.532.000 2.994.369 4.532.000

480
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A princípio será recomendado a cada entidade ou instituição responsável por


competência de determinada ação, orientar seus investimentos, prioritariamente, no sentido
de efetivar as metas estabelecidas no plano de bacia, na componente intervenção em
estudos, serviços e obras. Na impossibilidade de atender tal recomendação, o Fundo de
Recursos Hídricos – FEHIDRO deverá ser acionado e ali buscado novos recursos
financeiros capazes de viabilizar aquele projeto.

O valor estimado como necessário para atender as demandas levantadas atinge


um total de R$ 71.404.045,93, sendo dividido nas ações de curto, médio e longo prazo,
conforme Quadro 217. Desse total, R$ 12.100.093,73 referentes a ações de curto prazo
(2016-2019), R$ 29.198.476,00 de médio prazo (2020-2023) e R$ 30.105.476,20 de longo
prazo (2024-2027).

Quadro 217. Valores estimados para atender as demandas nos prazos estabelecidos.
Custo (R$)
Metas Curto prazo Médio prazo Longo prazo Período total
(2016 – 2019) (2020 – 2023) (2024 – 2027) (2016 – 2027)
M1 R$ 427.760,00 R$ 1.350.000,00 R$ 770.000,00 R$ 2.547.760,00
M2 R$ 1.855.953,70 R$ 2.395.496,00 R$ 1.280.000,00 R$ 5.531.449,70
M3 R$ 150.000,00 R$ 1.874.200,00 R$ 3.625.600,00 R$ 5.649.800,00
M4 R$ - R$ 420.000,00 R$ 470.000,00 R$ 890.000,00
M5 R$ 120.000,00 R$ 180.000,00 R$ 180.000,00 R$ 480.000,00
M6 R$ - R$ - R$ - R$ -
M7 R$ - R$ - R$ - R$ -
M8 R$ - R$ - R$ - R$ -
M9 R$ - R$ - R$ - R$ -
M.10 R$ - R$ - R$ - R$ -
M.11 R$ 394.000,00 R$ 4.453.750,00 R$ 2.989.600,00 R$ 7.837.350,00
M.12 R$ 255.000,00 R$ 2.600.000,00 R$ 1.812.800,00 R$ 4.667.800,00
M.13 R$ - R$ - R$ - R$ -
M.14 R$ - R$ 861.050,00 R$ 1.280.000,00 R$ 2.141.050,00
M.15 R$ 6.914.411,28 R$ 9.113.980,00 R$ 10.097.476,20 R$ 26.125.867,48
M.16 R$ - R$ 1.160.000,00 R$ 2.800.000,00 R$ 3.960.000,00
M.17 R$ 1.306.118,75 R$ 2.600.000,00 R$ 2.400.000,00 R$ 6.306.118,75
M.18 R$ - R$ - R$ - R$ -
M.19 R$ 224.400,00 R$ 600.000,00 R$ 600.000,00 R$ 1.424.400,00
M.20 R$ 224.950,00 R$ 810.000,00 R$ 1.080.000,00 R$ 2.114.950,00
M.21 R$ 227.500,00 R$ 780.000,00 R$ 720.000,00 R$ 1.727.500,00
Total geral
R$ R$ R$ R$
dos
12.100.093,73 29.198.476,00 30.105.476,20 71.404.045,93
investimentos
FEHIDRO R$10.967.093,73 R$ 11.977.476,00 R$ 11.977.476,20 R$ 34.922.045,93
Cobrança R$ 1.133.000,00 R$17.221.000,00 R$18.128.000,00 R$36.482.000,00

481
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 271. Invesrimentos previstos para cada quadriênio.

Figura 272. Investimentos previstos por quadriênio.

482
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 273. Fontes de investimento para cada quadriênio.

A Figura 273 apresenta a evolução da participação de cada fonte de investimento


nos três quadriênios, reforçando a importância da Cobrança como provisora de receita para
as UGRHIs. No curto prazo, a principal fonte utilizada é o FEHIDRO, correspondendo a 91%
do total de investimento previsto. Nos anos subsequentes, a Cobrança pelo uso da água
passa a abranger a maior parte, se mostrando essencial para o cumprimento das metas
estabelecidas.

É importante destacar que foi realizado um levantamento de dados nos municípios,


em 2016, por meio de questionário e não foi divulgada nenhuma ação nas redes de
abastecimento de água e esgoto até o ano de 2020 por parte da SABESP. O planejamento
da SABESP é revisto periodicamente com o objetivo de adequação das necessidades dos
sistemas de água e esgoto aos recursos disponíveis. Sendo assim, as ações poderão ser
incluídas nas revisões periódicas do planejamento deste CBH-AP.

As ações apresentadas neste plano foram quantificadas de acordo com a


estimativa de verba disponíveis para sua realização (FEHIDRO) e futuramente a Cobrança
pelo uso dos recursos hídricos, mas sem impedimento de que possam ser realizado com
recursos adicionais, principalmente por fontes que possuem recursos a fundo perdido.

Após a sistematização dos custos estimados e as fontes de financiamento para


implementar o PBH-AP, foi realizado o cronograma físico financeiro, com a projeção
orçamentária anual para executar todas as ações previstas, conforme Quadro 218

483
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Quadro 218. Investimentos anuais previstos para as UGRHIs 20 e 21


1º Quadriênio 2º Quadriênio 3º Quadriênio

Fonte
PDC

Sub
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
PDC
R$ (em mil) R$ (em mil) R$ (em mil)
F - - 179 - - - - - - - - -
1.1
C - - - 249 350 - 400 600 180 170 250 170
F 383 670 383 421 599 599 599 599 320 320 320 320
1.2
C - - - - - - - -
1 F - - - 150 - - - -
1.4
C - - - - 375 486 506 506 906 906 906 906
F - - - - - - - - - - - -
1.5 C - - - - - 420 - - - - - -
O - - - - - - - - 320 - 150 -
Total PDC 1 383 670 561 820 1.324 1.505 1.505 1.705 1.726 1.396 1.626 1.396
F - - - 120 - - - -
2.1
C - - - - - - - 180 180
F - - - - - - - -
2.2
C - - - - - - - - - - - -
2
F - - - - - - - - - - - -
2.3
C - - - - - - - - - - - -
F - - - - - - - - - - - -
2.5
C - - - - - - - - - - - -
Total PDC 2 0 0 0 120 0 0 0 180 0 0 0 180
F - - 255 - 650 650 650 650
e3.1
C - - - 394 854 1.200 1.200 1.200 1.056 1.386 1.156 1.206
F - - - - - - - - 320 320 320 320
3 3.2
C - - - - 181 227 227 227
F 1.354 2.775 1.096 1.692 1.445 1.375 1.375 1.375 1.874 1.874 1.874 1.874
3.4
C - - - - 770 794 1.004 974 650 650 650 650
Total PDC 3 1.354 2.775 1.351 2.086 3.900 4.246 4.456 4.426 3.900 4.230 4.000 4.050
F - - - - - - - -
4.1
C - - - - 250 - 350 -
4
F - - - - - - - -
4.2
C - - - - - 560 - - 700 700 700 700
Total PDC 4 0 0 0 0 250 560 350 0 700 700 700 700
F 300 134 383 - - - - - 150 150 150 150
5.1
C - - - 490 650 650 650 650 450 450 450 450
5
F - - - - - - - -
5.2
C - - - - - - - - - - - -
Total PDC 5 300 134 383 490 650 650 650 650 600 600 600 600
F - - 28 422 300 370 370 370 150 150 150 150
8.2
C - - - - - - - - 270 270 270 270
8
F - - 228 - - - - - 180 180 180 180
8.3
C - - - - 195 195 195 191
Total PDC 8 0 0 255 422 495 565 565 561 600 600 600 600
Total PBH 2.037 3.578 2.550 3.938 6.619 7.526 7.526 7.526 7.526 7.526 7.526 7.526

F FEHIDRO C Cobrança O Outras Fontes

6.3 Balanço entre as Prioridades de Gestão e as Ações do PBH

A priorização das ações foi realizada a partir das necessidades previstas para a
bacia de acordo com diagnóstico e prognóstico realizado além de estar acordado com
levantamentos realizados nas oficinas públicas e participação social, assim como o grau de

484
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

dependência e relacionamento de cada uma destas. Pois, para atingir uma meta algumas
ações precisam ser realizadas e estas muitas vezes possuem uma relação de dependência,
tendo que realizar uma ação e posteriormente a outra. Todas as ações foram priorizadas de
acordo com os prazos de realização de cada uma delas, tendo em vista os recursos
disponíveis.

Figura 274. Prioridades conforme resultados do Diagnóstico, Prognóstico e oficinas


realizadas.

485
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

A distribuição dos recursos para investimentos nas ações previstas nas UGRHIs 20
e 21 foi feita de acordo com a previsão dos recursos a serem disponibilizados pelo
FEHIDRO anualmente, descritos no PPA 2016-2019, distribuindo-o conforme o Quadro 219.

Quadro 219. Distribuição dos recursos conforme os PDCs.


PDC Distribuição dos recursos
PDC 1 20,47% R$ 14.619.009,70
PDC 2 0,67% R$ 480.000,00
PDC 3 57,10% R$ 40.772.067,48
PDC 4 5,55% R$ 3.960.000,00
PDC 5 8,83% R$ 6.306.118,75
PDC 8 7,38% R$ 5.266.850,00
Total 100,00% R$ 71.404.045,93

Figura 275. Distribuição dos investimentos nas UGRHIs 20 e 21 conforme PDCs.

Para priorização dos investimentos levou em consideração o que diz a Deliberação


CRH “AD REFERENDUM” n. 188 de 23/11/2016, conforme a Figura 276:

• Investimento de 21,15% nos PDCs 1 e 2;

• Investimento de 71,48% nos PDCs 3, 4 e 5;

• Investimento de 7,38% no PDC 8.

486
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Figura 276. Distribuição dos investimentos nas UGRHIs 20 e 21 conforme PDCs prioritários.

6.4 Definição do arranjo institucional para implementação do PBH

O Plano de Bacia Hidrográfica é um instrumento de gestão que tem por objetivo


nortear as ações relacionadas aos recursos hídricos, contendo diagnóstico da bacia e as
aspirações dos usuários, da sociedade civil e dos poderes constituídos. Desta forma, deve-
se articular com as demais ações das UGRHIs em todas as instâncias além de ser
divulgado e conhecido por todos para ser efetivamente eficaz.

Considera-se fundamental a divulgação e a contínua discussão do Plano de Bacia


para aumentar à sensibilização e conscientização da sociedade em relação à utilização e
proteção dos recursos hídricos, assim fazer com que as ações do Plano se tornem possíveis
de serem executadas.

Sugere-se ao CBH-AP que a implementação do Plano de Bacia, siga a seguinte


estratégia:

a) Divulgação e discussão do Plano através de reuniões gerais, específicas internas e


externas ao CBH-AP;

b) Utilização do Plano como condicionante da distribuição dos recursos do FEHIDRO,


mantendo-se as proporções dos valores indicados no Plano com pequenas variações
caso seja necessário;

c) Avaliação anual dos resultados dos projetos e ações do Comitê, com ajustes no
plano, se necessário;

d) Articulação com outras instâncias do Estado de São Paulo, e da União relacionadas


à gestão dos recursos hídricos;

487
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

e) Participação ativa nas instâncias de representação do SIGRH externas ao CBH-AP;

f) Estabelecimento de parcerias com Universidades, Institutos de Pesquisa,


Organizações da Sociedade Civil, entidades governamentais internas e externas à
UGRHI, para o estudo de problemas de interesse aos recursos hídricos da Bacia; e

g) Constituir banco de dados com informações de interesse ao planejamento na Bacia,


diretamente acessível por todos os municípios.

De acordo com a estimativa da compensação financeira prevista no PPA- 2016 –


2019, do Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO, o CBH-AP, foi contemplado
para investir no curto prazo (2016-2019) com os seguintes valores:

Quadro 220. Previsão de recursos FEHIDRO no PPA, de 2016 a 2019.


COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PREVISTA NO PPA – 2016-2019.
Anos 2016 2017 2018 2019
Valores R$ 2.842.509,23 R$ 3.779.966,96 R$ 2.550.000,00 R$ 2.805.000,00

Esta realidade tende a se manter mesmo com a implementação da cobrança pelo


uso da água nas UGRHIs, em fase de consolidação. As primeiras simulações realizadas
durante a fundamentação da cobrança indicam que a cobrança a ser implementada terá
pouco efeito na disponibilidade de recursos, mas ainda assim servindo como importante
instrumento de conscientização para o uso racional da água.

Desta forma, é fundamental para o sucesso e implementação das ações aqui


propostas o envolvimento maciço de todo os membros do Comitê AP, em especial aos
membros do segmento do Estado e municípios, para que junto com os membros da
sociedade civil auxiliem a Secretaria Executiva na coordenação das ações do Plano.

O diagnóstico ora apresentado descreve a situação atual na Bacia e as metas


estabelecidas apontam aonde se quer chegar. Muito embora ambos os cenários devam ser
constantemente atualizados, importantes ações já foram definidas. Sugere-se que, no
percurso entre a situação atual e a pretendida, para a implantação do Plano de Bacia,
adote-se as seguintes estratégias:

a) Proposição de projetos realistas e com baixo custo de implementação, em


consonância com a disponibilidade de recursos;

b) Grande divulgação, por parte da Secretaria Executiva, nos recursos existentes para
a alocação em projetos voltados as metas do Plano de Bacia;

488
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

c) Auxílio técnico, através do financiamento de projetos, para que os tomadores


tenham condições de executar os projetos, ou mesmo tomar os recursos, em caso
de obras.

6.4.1 Responsabilidade dos principais atores envolvidos

O gerenciamento de recursos hídricos envolve, por abranger diferentes áreas da


sociedade, uma rede de atores, tanto governamentais quanto privados. Esses atores
desempenham papéis no que se refere aos múltiplos usos da água, seja atuando na gestão
de recursos hídricos, saneamento, irrigação, entre outros. Para um gerenciamento mais
eficiente, é necessário que haja a integração entre esses diferentes atores, e, sempre que
possível a compatibilização das suas atividades (ANA, 2015).

O Comitê de Bacias do Aguapeí-Peixe é o órgão que deve coordenar a participação


de todas as instituições que participam do Comitê no desenvolvimento de todas as ações do
Plano. As instituições e responsabilidades de cada uma se destacam no Quadro 221:

Quadro 221. Atores envolvidos (Instituições) e Responsabilidades.


Instituições Responsabilidades
A CATI tem papel fundamental em ações relativas à área
CATI – Coordenadoria de rural, principalmente por meio de seus programas que
Assistência Técnica Integral visam fortalecer o setor agrícola, em conjunto com a
recuperação de áreas degradadas e conservação do solo.
CETESB – Companhia A CETESB tem papel em todas as ações do plano, uma
Ambiental do Estado de São vez que pode verificar se os empreendimentos aprovados
Paulo causem impactos ambientais.
O Instituto Florestal tem papel nas ações de
IF – Instituto Florestal reflorestamento e restauração vegetal.
O DAEE tem papel fundamental nas ações relacionadas
aos instrumentos de gestão (outorgas, fiscalização,
DAEE – Departamento de sistemas de informação, cobrança pelo uso da água, Plano
águas e energia elétrica de bacias) e monitoramento de quantidade e qualidade de
águas.

A SABESP tem papel sobre as ações relacionadas a


SABESP – Companhia de abastecimento de água (tratamento e distribuição),
saneamento básico do esgotamento sanitário (rede de coleta, tratamento e
Estado de São Paulo lançamento), controle de perdas (micro e macromedição e
redes de distribuição).

Prefeituras Municipais As prefeituras municipais participantes do CBH-AP são


participantes do CBH-AP atores responsáveis pela apresentação de projetos para
(total de 58 municípios) execução das ações descritas neste Plano de Bacias.

489
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

Instituições Responsabilidades
A FIESP tem papel fundamental em ações relacionadas a
FIESP – Federação das promover o reuso de água, eficiência de uso de água e
Indústrias do Estado de São energia, gestão da água, consumo sustentável,
Paulo reciclagem, entre outras atividades que visam conservar os
recursos hídricos.
O IG é um ator responsável principalmente nas ações de
IG – Instituto Geológico
qualidade de água subterrânea.
APTA – Agência Paulista de A APTA é um ator responsável por desenvolvimento de
Tecnologia dos pesquisas e também pode fornecer áreas pilotos para
Agronegócios implantação de projetos conservação de água e solo.
Os Sindicatos rurais são atores responsáveis por
Sindicatos rurais
divulgação das Políticas dos Comitês e das Secretarias
participantes do CBH-AP
junto aos produtores rurais.
CODASP - Companhia de A CODASP é um ator responsável principalmente por
Desenvolvimento Agrícola ações relacionadas a controle de erosão e conservação
de São Paulo das estradas rurais.
As associações e ONGs participantes do CBH-AP são
atores responsáveis na promoção e participação de outras
Associações e ONGs
organizações como tomadoras de recursos, e grandes
participantes do CBH-AP
atuantes em ações relacionadas principalmente a
Educação Ambiental.
As Instituições de ensino que participam do CBH-AP são
atores importantes na execução de todas as ações, e
Estabelecimentos de ensino
também no fornecimento de infraestrutura para realização
participantes do CBH-AP
de capacitações, cursos, eventos de divulgação do Plano
de Bacias, entre outros.

6.5 Definição da Sistemática de Acompanhamento e Monitoramento do PBH

A sistemática de acompanhamento e monitoramento consiste no estabelecimento


do modelo e da periodicidade das avaliações a serem utilizados para a verificação do
andamento do PBH.

O principal instrumento para essa finalidade, legalmente instituído, é o Relatório de


Situação dos Recursos Hídricos, cuja estrutura permite retratar a evolução das principais
características e indicadores das bacias hidrográficas.

Entretanto, considerando as especificidades de um PBH, em especial o arranjo


institucional necessário para dar conta de seu caráter intersetorial, será necessário
incorporar, à metodologia de monitoramento, estratégias e indicadores adequados para
essa abordagem. A orientação acordada para o acompanhamento do Plano Estadual de
Recursos Hídricos, e que deve subsidiar a definição da sistemática para os PBH, é a adoção
de um novo grupo de indicadores, denominado indicadores de resultado, cuja finalidade
será avaliar o grau de cumprimento das metas pactuadas. Tais indicadores têm como

490
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

referência o conjunto de metas e indicadores de acompanhamento pactuados durante a


elaboração do PBH. A efetividade do PBH será resultado, assim, do balanço de ambos os
grupos de indicadores.

Os indicadores ambientais possibilitam acompanhar e monitorar continuamente a


qualidade ambiental em cada área e verificar sua relação com a situação dos recursos
hídricos da bacia. Sua avaliação, por sua vez, subsidia o processo de tomada de decisão
acerca das medidas e ações que devem ser priorizadas e empreendidas no sentido da
proteção ou recuperação dos mananciais. Outra vantagem é que possibilitam a
compatibilização entre sistemas de indicadores operados por vários órgãos.

A Lei 7.663 de 30 de dezembro de 1991 instituiu a Política Estadual de Recursos


Hídricos e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos no Estado de São
Paulo. De acordo com o Capítulo III, Artigo 19 da referida Lei, ficou estabelecido a
elaboração do relatório de “Situação dos Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas” no
Estado de São Paulo, além de seu conteúdo mínimo.

A adoção de indicadores visa resumir a informação de caráter técnico e científico


para transmiti-la de forma sintética, preservando o essencial dos dados originais e utilizando
apenas as variáveis que melhor servem aos objetivos e não todas as que podem ser
medidas ou analisadas. A utilização dos indicadores facilita o monitoramento e a avaliação
periódica das informações. Seu uso é interessante para situações como cronograma de
execução de implantação das ações e situação do empreendimento após iniciado.

Por permitir maior objetividade, superior sistematização da informação, e facilitar o


monitoramento / avaliação periódica, os indicadores ambientais têm adquirido crescente
expressão, sendo particularmente interessantes para horizontes de médio prazo, como é o
caso dos planos de bacia, uma vez que a comparação entre diferentes períodos é mais
simples e efetiva.

O modelo de indicadores utilizados atualmente para o “Relatório de Situação dos


recursos hídricos” é o modelo adotado pelo FPEIR, em face de sua amplitude e também em
razão de ser usado pela European Enviroment Agency (EEA) na elaboração de seus
relatórios de Avaliação do Ambiente Europeu, inclusive para avaliação dos recursos
hídricos. Cabe ressaltar, também, que este modelo vem sendo progressivamente adotado
no Estado pelos Comitês.

A estrutura denominada Força-Motriz (ou atividades humanas) – Pressão – Estado


– Resposta (FPEIR) ou, em inglês, Driving Force – Pressure – State – Impact – Response

491
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

(DPSIR), cuja filosofia geral é dirigida para analisar problemas ambientais, considera que a
Força-Motriz, isto é, as atividades humanas, produzem Pressões no meio ambiente que
podem afetar seu Estado, o qual, por sua vez, poderá acarretar Impactos na saúde humana
e nos ecossistemas, levando à sociedade (Poder Público, população em geral,
organizações, etc) emitir Respostas por meio de medidas, as quais podem ser direcionadas
a qualquer compartimento do sistema, isto é, a resposta pode ser direcionada para a Força
Motriz, para a Pressão, para o Estado ou para os Impactos.

Este Sistema de Indicadores tem sido utilizado nos Relatórios Anuais de Situação e
a sugestão é que deve ser adotados além desses, um novo grupo de indicadores,
denominados “indicadores de resultado”, os quais sejam incorporados ao Plano de Bacia
com a finalidade de avaliar o grau de cumprimento das metas pactuadas.

Os indicadores deverão estar ligados às metas gerais prioritárias do plano de bacia,


que estão relacionados ao diagnóstico e a evolução do prognóstico. Os indicadores,
respeitantes à implementação do Plano, devem ser escolhidos de forma a aferir o progresso
e a eficácia dessas intervenções e, assim, estarão medindo o cumprimento das metas.

Somando-se aos indicadores apresentados anteriormente, algumas ações deste


Plano de Bacia são efetivamente necessárias:

 Monitoramento quadrienal da eficácia e eficiência da execução dos projetos


financiados pelo FEHIDRO.
 Monitoramento quadrienal da eficácia e eficiência do Plano das bacias hidrográficas
dos rios Aguapeí e Peixe.
 Monitoramento quadrienal do aporte dos recursos investidos na bacia do Aguapeí-
Peixe.

a) Definição de indicadores de acompanhamento

Como um instrumento de gestão de recursos hídricos, faz-se necessária a criação


de um banco de acompanhamento dos indicadores propostos, para a correta aplicação de
todos os demais instrumentos de gestão, sendo uma ferramenta analítica de suporte que
possibilita o desenvolvimento de estratégias assim como a designação de ações sobre
sistemas hídricos complexos e extensos.

Cada meta do Plano de Bacia deve conter um indicador de acompanhamento


específico definido para avaliação do cumprimento do PBH, através do Relatório de
Situação das UGRHIs 20 e 21. O Quadro 222 presenta uma síntese dos indicadores a
serem propostos para avaliação das metas deste Plano de Bacia.

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Plano de Bacia

Quadro 222. Síntese dos indicadores utilizados no Relatório de Situação.


Indicador
Tema
Nome Grandeza / Parâmetro

Monitoramento dos Investimentos Aporte de recursos FEHIDRO por PDC


de Recursos Financeiros
Aporte de recursos outras fontes por PDC
Acompanhamento
do Plano de Bacia Execução dos compromissos por PDC
Monitoramento da implementação
do Plano de Bacia Situação dos empreendimentos financiados
pelo FEHIDRO

O ponto de partida para o banco de acompanhamento dos indicadores é o Relatório


de Situação, particularmente as planilhas em Excel para o preenchimento de dados e
avaliação comparativa dos resultados ano a ano.

Além disso, o Comitê de Bacia deve aprimorar os indicadores de acompanhamento


do Plano de Bacia, com reavaliação contínua pelos relatórios anuais de situação dos
recursos hídricos e futuros planos de bacia.

493
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA (2005b). Panorama da qualidade das águas


subterrâneas no Brasil. Agência Nacional da Água.

AGENCIA NACIONAL DE AGUAS – ANA (2010). Atlas de abastecimento urbano de água.


Disponível em www.atlas.ana.gov.br.

ARAÚJO, L.M.; França, A.B.; Potter, P.E. 1995. Aquífero Gigante do Mercosul no Brasil,
Argentina, Paraguai, e Uruguai: mapas hidrogeológicos das formações Botucatu, Pirambóia,
Rosário do Sul, Buena Vista, Misiones e Tacuarembó. Universidade Federal do Paraná
(UFPR) e Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás), 16p. e anexos.

BONACIN SILVA, A.L.; ALBUQUERQUE FILHO, J.L.; BREVIGLIERI, F.C.; SOARES, L.;
FILIPOV, M. 1998. Water table oscillation due to civil works: the case of hydroelectric dam
reservoirs impoundment in São Paulo state, Brazil. In: IAEG, Congr. Int. Assoc. Eng. Geol.,
8, Vancouver, Canada, pp. 2367-2372.

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Hídricos, cria o sistema nacional de gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o
inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e altera o art. 1º da Lei n.º 8.001, de 13 de
março de 1990, que modificou a Lei n.º 7.990, de 28 de dezembro de 1989.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).


Resolução n.º05, de 10 de abril de 2000. Brasília: Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
2000. Publicada no D.O.U de 11 de abril de 2000.

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CATI, 2011. Programa Estadual de desenvolvimento rural sustentável – Micro bacias 2.


Disponível em: http://www.cati.sp.gov.br/microbacias2/. Acesso em: out/2011.

CAMPOS, H.C.N.S. Caracterização e cartografia das províncias hidrogeológicas do Estado


de São Paulo. São Paulo, Tese (Doutorado), IGc - USP.. 177p. 1993.

494
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

COMITÊ DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO AGUAPEÍ E PEIXE - CBH-AP (2016)


Relatório de Situação dos Recursos Hídricos da UGRHI-20 e 21 – 2016

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO


PAULO – CETESB (2004). Relatório da qualidade das águas subterrâneas do Estado de
São Paulo – 2013-2015. Disponível no site:
http://aguasinteriores.cetesb.sp.gov.br/publicacoes-e-relatorios/. São Paulo: 2016.

CETESB - COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.


Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo. 2010 – 2015.

CETESB - COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.


Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares. 2010 - 2011.

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COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA DE SÃO PAULO (2011). Programa


melhor caminho. Disponível em: <http://www.codasp.sp.gov.br/. Acesso em: julho de 2011.

CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - CRH. Deliberação CRH nº 62. 2006.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução nº 274. 2000.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução nº 357. 2005.

DECRETO FEDERAL n.º 4.613. 2003. 11 de março de 2003. Regulamenta o conselho


nacional de Recursos Hídricos e dá outras providências.

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recursos hídricos no Estado de São Paulo. São Paulo. DAEE, 175p. 1984.

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FOSTER, S.S.D. & HIRATA, R.C.A. Groundwater pollution risk evaluation: the methodology
using available data. Lima: CEPIS/PAHO/WHO. 78p. 1988.

495
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

FUNDAÇÃO SISTEMA ESTADUAL DE ÁNALISE DE DADOS - SEADE (2017) Informações


socioeconômicas dos municípios das UGRHIs-20 e 21. Obtidas no site: www.seade.gov.br

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - IPT (2012)


Cadastramento de pontos de erosão e inundação no Estado de São Paulo. São Paulo: IPT/
DAEE.

MINISTÉRIO DAS CIDADES / SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL.


Sistema Nacional de informações sobre saneamento – SNIS. Diagnóstico de Serviços de
água e esgotos 2015.

MINISTÉRIO DAS CIDADES / SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL.


Sistema Nacional de informações sobre saneamento – SNIS. Diagnóstico do Manejo de
Resíduos Sólidos Urbanos 2015.

PREFEITURA MUNICIPAL. Acesso ao site das prefeituras municipais dos municípios


contidos nas UGRHIs-20 e 21 (2016) Dados e informações sobre o município. Acesso em
2017.

SABESP – COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO


(2016) Dados de saneamento básico (água e esgoto) dos municípios das UGRHIs-20 e 21.
Atualizações até 2016 obtidas nos escritórios regionais e locais.

São Paulo. Instituto Geológico (IG). Projeto ambiental estratégico aquíferos : síntese das
atividades período 2007 – 2010 / Mara Akie Iritani, Luciana Martin Rodrigues Ferreira,
Amélia João Fernandes, Sibele Ezaki (orgs). São Paulo : Instituto Geológico, 2011.

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE - SMA (1999) Perfil ambiental do Estado


de São Paulo. São Paulo: SMA.

SECRETEARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE - SMA (2016) Programa Nascentes.


São Paulo: SMA. Disponível em http://www.ambiente.sp.gov.br/programanascentes.

SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS. Fundo Estadual de Recursos


Hídricos.

496
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

ANEXO 1.1037/17 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA REDE FLUVIAL DE DRENAGEM

497
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400.000 520.000 640.000

LOCALIZAÇÃO DAS UGRHIs 20 e 21 NO ESTADO DE SÃO PAULO MUNICÍPIOS COM ÁREA NAS UGRHIs 20 E 21 DIVISÃO DAS SUBBACIAS DAS UGRHIs 20 e 21
7.720.000

7.720.000

1 Alto Alegre 34 Nova Independência 67 Guaiçara


2 Álvaro de Carvalho 35 Oriente 68 Iacri Legenda Unidades Aquíferas
3 Araçatuba 36 Osvaldo Cruz 69 Indiana
1 Mantiqueira 4 Arco-Íris 37 Ouro Verde 70 Junqueirópolis Limite UGRHI 20 - Aguapei Áreas Urbanas Corpos d'água
15 5 Bento de Abreu 38 Pacaembu 71 Mariápolis
2 Paraíba do Sul 18 8
12 6 Bilac 39 Panorama 72 Oscar Bressane 9
32
Limite UGRHI 21 - Peixe Rios principais Cenozóico
3 Litoral Norte
7.640.000

7.640.000
7 Braúna 40 Parapuã 73 Paraguaçu Paulista Baixo Aguapei
4 Pardo 8 Cafelândia 41 Paulicéia 74 Penápolis 18 Limite das subbacias Rios secundários Bauru
19 30
9 Castilho 42 Piacatu 75 Sagres 3
5 Piracicaba/Capivari/Jundiaí 34 25
10 Clementina 43 Pirajuí 76 Santo Expedito 41 57 Limite de município Corpos d'água
6 Alto Tietê 4 11 Dracena 44 Pompéia 77 Vera Cruz 54
7.640.000

7.640.000

31
7.600.000

7.600.000

20 12 Flórida Paulista 45 Presidente Alves 78 Ribeirão dos Índios 52 33 50 20


7 Baixada Santista 16 5
13 Gabriel Monteiro 46 Promissão 79 Pracinha 56
8 Sapucaí/Grande 9 68 6
21 14 Gália 47 Queiroz 80 Caiuá 39 23 38 13
13 15 Garça 48 Quintana 81 Echaporã 37 46
9 Mogi-Guaçu 22 11 12
58 42 10 7
16 Getulina 49 Rinópolis 82 João Ramalho 51 1 72 Médio Aguapei
10 Tietê/Sorocaba 17 Guaimbê 50 Rubiácea 83 Lupércio 53 26 01.1037/17 01/01
64 49 28
11 Ribeira de Iguape/Litoral 36 65 8
17
18 Guaraçaí 51 Salmourão 84 Lutécia
69 27 22 4 Baixo Peixe
89 76 63 66 16
12 Baixo Pardo/Grande 5 1 19 Guarantã 52 Santa Mercedes 85 Martinópolis 74 47
78 85 77 40
20 Guararapes 53 Santópolis do Aguapeí 86 Ocauçu 73 17
13 Tietê/Jacaré 87 19
2 21 Herculândia 54 São João do Pau d'Alho 87 Piquerobi 59 62 60 55 21 Alto Aguapei
24 43
7.560.000

7.560.000

14 Alto Paranapanema 22 Inúbia Paulista 55 Tupã 88 Presidente Bernardes 93


Plano de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas Aguapei e Peixe
10 88 44
2 Fonte:
7.560.000

7.560.000
23 Irapuru 56 Tupi Paulista 89 Presidente Epitácio 86 67
15 Turvo/Grande 6 24 Júlio Mesquita 57 Valparaíso 90 Presidente Prudente 94
48 35 45
Unidades Aquíferas Aflorantes. DAEE/UNESP, 2013
CIVAP - Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema
83 91 90 29
16 Tietê/Batalha 14 3 25 Lavínia 58 Adamantina 91 Presidente Venceslau 75 15 e CPRM, 2005. Escala 1:1.000.000
3 92
80 61 Caracterização física da rede fluvial de drenagem
7 26 Lins 59 Alfredo Marcondes 92 Quatá 71 70 14 Médio Peixe Rede de drenagem do Estado de São Paulo, obtida por processo
17 Médio Paranapanema 82
27 Lucélia 60 Andradina 93 Rancharia Legenda automático a partir da base do Projeto GISAT (cartas topográficas UGRHI 20 - Aguapei e UGRHI 21 - Peixe
7.300.000

7.300.000

18 São José dos Dourados 81


28 Luiziânia 61 Avanhandava 94 Regente Feijó 79 84 na escala 1:50.000). Coordenadoria de Planejamento Ambiental.
19 Baixo Tietê 11 29 Marília 62 Bastos 95 Santo Anastácio Limite UGRHI 20 - Aguapei Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2013.
30 Mirandópolis 63 Borá 96 Álvares Machado Alto Peixe 1:250.000 28/11/2017 Mayra de Oliveira Melo
20 Aguapeí Divisão das UGRHIs. DAEE/LEBAC, 2013
31 Monte Castelo 64 Caiabu Limite UGRHI 21 - Peixe
Divisão dos municípios. IBGE, 1982
7.480.000

21 Peixe 32 Murutinga do Sul 65 Emilianópolis


Limite das Sub bacias Divisão Sub-bacias. Plano das bacias hidrográficas dos rios Aguapei e
22 Pontal do Paranapanema 33 Nova Guataporanga 66 Flora Rica
Peixe, 2008. Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema
51.501.484/0001-93
200.000 1.000.000 160.000 280.000 400.000 520.000 640.000 400.000 520.000 640.000
CBH-AP Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Aguapeí e Peixe
Plano de Bacia

ANEXO 2.1037/17 - VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS

498
400.000 500.000 600.000

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