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Caroline de Amorim Santos

O desaparecimento da cueca

da sorte

Ilustrações de Paulo Henrique de Campos

Marílias
O desaparecimento da cueca da sorte

Caroline de Amorim Santos

Ilustrações de Paulo Henrique de Campos

Marílias
©Marilías Ltda.

Dados Internacionais de Catalogação na


Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira dos Livros, SP, Brasil)

Santos, Caroline de Amorim.


O desaparecimento da cueca da sorte/ Caroline
de Amorim Santos. São Paulo: Marílias, 2015.

ISBN 978-85-146- 0031-7


1. Literatura infanto-juvenil
Agradecimentos

Agradeço a todos que tornaram a realização

desta obra possível, em especial à minha família, à

Daniela e ao Paulo Henrique, que estiveram

presentes durante todo o processo de criação.


Prefácio

Uma escola, um sumiço e estudantes


“metidos” a detetives, eis os ingredientes para a
história criada por Caroline Amorim, estudante de
Letras e ávida leitora. O sumiço da Cueca é um
livro ágil, de fácil leitura, com diálogos objetivos e
personagens marcantes.

O texto de Caroline, retrata com bastante


bom humor a rotina de estudantes da escola Mário
de Andrade, que veem sua rotina se agitar com o
desaparecimento de uma vestimenta da sorte
peculiar. Esse é o eixo central da história, mas não
a resume, já que esta ainda conta com elementos
de mistério, romance e aventura, tudo que precisa
para torná-la interessante.

Assim como eu, acredito que o leitor se verá


envolvido com a trama do princípio ao fim, se
identificará com determinado personagem e ansiará
para a descoberta do mistério, desfrutando do texto
com fácil entendimento e lindas ilustrações.

Daniela Pereira dos Santos


Aquele parecia mais um dia comum na

escola Mário de Andrade, mas um crime tinha

acabado de acontecer durante o intervalo.

— Cadê a minha cueca da sorte?! Alguém

roubou meu bem mais precioso, minha sorte

acabou! Sou um azarado agora! — Lamentava

Pedro, que durante aqueles anos no Mário de

Andrade havia utilizado a cueca da sorte para

tirar boas notas.

— Calma cara, você deve ter esquecido em

casa, colocado para lavar, essas coisas... — dizia

Duda.

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Pedro estava no Mário de Andrade havia

dois anos, tinha mudado de cidade com a família

quando o pai perdeu o emprego. No começo foi

difícil se adaptar à cidade nova e ao novo colégio.

Duda foi seu primeiro amigo na escola e os dois se

tornaram inseparáveis. Com o tempo, Pedro

passou a ser notado pois sempre tirava notas

boas, até mesmo em provas surpresa. Todos

diziam que tinha muita sorte.

— O que vou fazer agora? Já sei! Vou falar

com os Detetives, eles com certeza vão resolver

esse caso!

Os Detetives eram um grupo de amigos da

7ª A, que resolviam qualquer mistério. Todos os

procuravam quando queriam saber alguma coisa

que estava acontecendo na escola ou quando algo

sumia.

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Havia muitos também que não gostavam

deles, achavam que não passavam de um bando de

intrometidos. O grupo era formado por Bianca, a

líder, Crânio, que recebeu esse apelido por ser

muito inteligente, Danda, que era tímida mas

observadora e Flash, que era muito rápido.

— Bianca, tenho um trabalho para vocês.

— Já sei, sua cueca da sorte sumiu e você

está desesperado.

— Como sabe disso?

— Tenho ótimos contatos.

— Por favor, me ajudem, semana que vem

começam as provas e sem a minha cueca da sorte

eu estou ferrado... Posso até reprovar, nunca fiz

provas sem ela.

— Relaxa, os Detetives nunca deixam um

caso sem resolver! Agora eu preciso falar com os

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outros antes de começarmos a investigar. Quando

a aula acabar encontre a gente no jardim da

escola e conversamos melhor.

Bianca então foi conversar com seus

companheiros de trabalho:

— Pessoal, temos um novo caso para

solucionar.

— Ah, tem que ser hoje? Eu já tinha

planos...

— Que planos? Instalar algum novo

programa no seu computador, Crânio?

— Às vezes você é bem cruel, Bianca. Eu

também tenho uma vida social sabia?

Todos riram.

— Desculpe Crânio, era só brincadeira. O

que você tem para fazer de tão importante?

— Não posso contar, é pessoal.


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— Você está muito misterioso hoje — disse

Danda — aposto que tem alguma garota envolvida

nisso.

— Finalmente cara! Achei que você fosse

passar a vida no computador! Quem é ela? É gata?

Bom, não importa, o importante é deixar de ter

essa reputação de BV.

— Vocês vão me deixar falar ou vamos

ficar discutindo sobre quando o Crânio vai deixar

de ser boca virgem?

— Lá vem a estressadinha... Relaxa gata,

fala logo antes que a professora chegue.

— O negócio é o seguinte: O Pedro da 7ª C

disse que a cueca da sorte dele sumiu e pediu

nossa ajuda para descobrir o que aconteceu antes

que comecem as provas.

— Não entendo aquele cara, será que ele

usa a mesma cueca todo dia?


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— Que nojo! Exclamou Danda — Temos

mesmo que fazer isso?

— Quanta frescura! nós já fizemos coisas

piores... — comentou Crânio.

— E de qualquer forma eu já falei que

ajudaríamos. Vamos nos encontrar no jardim

depois da aula pra saber mais detalhes e

começamos a investigar de manhã assim o Crânio

faz o que ele tem que fazer...

Nesse momento foram interrompidos pela

professora de Matemática, senhora Irani,

também conhecida como Torturadora de almas,

ela fazia as provas mais difíceis da escola e

poucos alunos se salvavam.

— O assunto aí parece estar muito

interessante já que vocês preferem falar sobre

ele ao invés de prestar atenção na aula. Então por

favor, compartilhem com a classe.


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— Desculpe professora.

— Depois da aula no jardim, não esqueçam.

— Sussurrou Bianca.

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Enquanto isso, Pedro se sentia

desesperado, não sabia o que faria sem sua cueca

da sorte. Ele não a usava todos os dias como

muitos pensavam, mas a deixava sempre na

mochila e a usava em emergências como provas,

primeiro dia de aula, encontro com alguma menina,

ou se tivesse uma dor de barriga inesperada.

— O que vou fazer se não achar minha

cueca? Coisas ruins vão me acontecer, as provas

estão chegando, eu posso reprovar, posso sofrer

um acidente atravessando a rua e o pior... Nunca

vou ter uma chance com a Bianca.

— Pedro, você só precisa estudar e tomar

cuidado, não precisa de uma cueca da sorte. E

você não teria uma chance com a Bianca nem se

todas as suas roupas fossem da sorte. Ela é

popular e você é só um cara esquisito que perdeu

uma roupa íntima, o que te torna bem ridículo.

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Pedro ficou pensando no que o amigo disse.

Talvez Duda tivesse razão, talvez ele ter ido bem

em provas surpresa tenha sido apenas

coincidência, uma roupa não podia mudar tanto as

coisas. Aquilo de cueca da sorte era uma

bobagem. Ficou mais tranquilo, então o professor

de história anunciou que faria uma prova

surpresa.

Pedro tentou manter a calma e lembrar

tudo o que haviam estudado até ali, mas nada

surgia em sua mente a não ser o pensamento fixo

de que sem a cueca da sorte não poderia fazer

aquela prova.

Quando ele foi responder as questões,

estava tão nervoso que não conseguia lembrar-se

de nada. Acabou ficando com zero.

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— Eu disse, Duda, sem minha cueca da

sorte as coisas dão errado.

— Você ficou nervoso e deu branco, só isso.

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Quando finalmente a aula acabou, Pedro

correu para o jardim. Na pressa acabou

tropeçando em galho seco que estava no caminho

e caiu na lama ficando todo sujo e logo pensou:

“Isso nunca aconteceria se eu estivesse com a

minha cueca da sorte!”

Logo depois os Detetives chegaram ao local

combinado.

— Então vamos resolver isso logo pois

tenho um compromisso. — Disse Crânio com seu

ar de intelectual.

— Oi Pedro, a Bi já contou porque você

pediu nossa ajuda. Mas a gente precisa de

algumas informações sobre o... objeto

desaparecido. Eca! Danda não conseguia parar de

pensar que o garoto provavelmente usava a

mesma cueca todos os dias.

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— O que a Danda quer saber é em que

momento você percebeu que a sua cueca sumiu, se

você suspeita de alguém que possa ter pego, coisa

que aliás eu duvido muito... Quem ia querer um

treco nojento assim?

— Minha cueca da sorte não é um treco

nojento seu idiota!

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— Meninos, não vão começar uma briga por

causa de um comentário né? Todo mundo sabe que

o Flash é assim, fala mais do que deve e nunca

pensa antes. Enfim, fala tudo que você lembra,

Pedro.

— Bom, eu sempre deixo minha cueca da

sorte na mochila, pelo que me lembro ela estava lá

quando eu fui para o intervalo, mas quando voltei

não estava mais.

— E você suspeita de alguém?

— Tem o Lucas, ele vive me “trollando” e

hoje durante a aula de história ele comentou que

era o dia de sorte dele. Ele foi bem na prova oral.

Além disso tem a professora Irani torturadora,

ela sempre fala que um dia vai descobrir como eu

faço pra ir tão bem nas provas dela e que quando

ela descobrir meu truque vou ficar em maus

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lençóis. Também tem a moça da cantina, eu a ouvi

dizer que estava com muita sorte hoje.

— Por que a moça da cantina roubaria uma

cueca da sorte?

— Não sei, talvez ela tenha ouvido falar

que eu era muito sortudo e resolveu ver se

funcionava com ela.

— Isso não faz muito sentido, mas vamos

investigar.

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— Existe a possibilidade de você ter

esquecido essa tal cueca da sorte em casa?

— Não, tenho certeza que estava com ela.

— Então nós vamos achar, não se preocupe.

Mas como é essa cueca?

Pedro se sentiu envergonhado, mas como

não tinha outro jeito resolveu contar:

— É uma cueca com estampa de ursinhos

coloridos e tem minhas iniciais nela.

— Cara, e eu que achava que o Crânio fosse

esquisito... Só falta você dizer que tem vários

bichinhos de pelúcia no quarto e tem medo do

escuro.

— Como assim? Não é normal dormir com a

luz acesa? — Perguntou Crânio, um pouco confuso

e envergonhado.

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— Eu já estou cansado de você, Flash. Fala

logo o que você tem contra mim?

— Já chega! Nada de brigas. E não tem

nada demais em ter uma cueca assim, não é

mesmo Danda?

— Verdade, migs, até que é fofo.

— Pedro, você já falou o suficiente, vamos

pra casa agora e amanhã começamos a procurar

por pistas. Nós vamos achar a sua cueca da sorte

e não se importe com as bobagens do Flash, com o

tempo você se acostuma.

— Valeu, Crânio!

Naquele mesmo dia, voltando para casa,

Pedro relembrava o que havia acontecido. Será

que Flash estava certo? Era mesmo muito

humilhante ter uma cueca com aquela estampa.

Mas o que podia fazer? Ganhou de presente da

sua avó antes de se mudar, ela lhe disse que


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enquanto tivesse aquela cueca teria muita sorte.

Pedro havia gostado da ideia e nunca se importou

com a estampa, afinal o importante era ter sorte!

Além disso, Bianca havia dito que não tinha

nada demais naquela estampa. Não havia mesmo,

antes do comentário de Flash ele nunca havia se

importado com os desenhos.

Enquanto andava distraidamente pensando

nos acontecimentos daquele dia, não prestou

atenção no caminho e acabou pisando em um cocô

de cachorro:

— Que nojo! Não sei como algumas pessoas

dizem que isso dá sorte. Eu acho que isso só prova

que estou com muito azar!

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Quando finalmente chegou em casa, havia

um bilhete de seus pais dizendo que chegariam

tarde por causa do trabalho.


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“E além de tudo vou ter que cozinhar!”,

pensou Pedro que odiava essa tarefa e se sentia

cada vez mais azarado. O garoto tentou fazer um

macarrão instantâneo, mas acabou se distraindo

na internet e o macarrão ficou cozinhando por

tanto tempo que a água toda evaporou e o

macarrão tornou-se algo impossível de comer.

Naquele momento, Pedro queria sua cueca mais do

que tudo, sem ela sua vida ficava um caos.

Mais tarde naquela noite, depois do

desastre com o macarrão, Pedro passou a se

sentir melhor e tentou lembrar de mais alguma

informação que pudesse ajudar a achar seu

amuleto da sorte. Então lembrou-se que tinha

visto alguém entrando na sala de aula durante o

intervalo.

A pessoa parecia com pressa, como se não

quisesse ser vista.

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Talvez fosse bom contar isso para os

Detetives. Faria isso no dia seguinte. Precisava

ter sua cueca de volta logo, enquanto isso talvez

fosse bom tentar outro amuleto da sorte, talvez

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um trevo ou uma ferradura... Mas onde

encontraria essas coisas? Pensaria nisso depois.

No dia seguinte, assim que chegou à escola,

Pedro foi falar com os Detetives.

— Pessoal, não sei se serve de alguma

coisa, mas ontem eu vi alguém na minha sala de

aula durante o intervalo. Essa pessoa saiu com

pressa por medo de ser vista. Talvez isso tenha

algo a ver com o sumiço da minha cueca.

Bianca parecia incomodada com aquela

informação:

— Acho que isso não tem importância.

Qualquer um poderia ter entrado na sala de aula.

— Não, Bianca. Isso pode nos ajudar, só

precisamos saber quem foram as pessoas que

entraram na sala ontem durante o intervalo. —

disse Crânio.

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— Isso não deve ser muito difícil de

descobrir, eu sempre fico observando as pessoas

nos corredores durante o intervalo e já tenho

alguns suspeitos.

— O que? Como assim Danda? — Agora era

a vez de Flash ficar preocupado.

— Isso mesmo. Agora só precisamos

investigar os suspeitos um a um e a primeira

suspeita é a professora Irani!

Todos ficaram surpresos com o que Danda

disse. Será mesmo que a professora seria capaz

de fazer isso para torturar um dos alunos?

Os Detetives combinaram que Pedro não

deveria se envolver no caso e poderia voltar para

a classe enquanto eles tentavam desvendar o

mistério.

— Flash, você é o único aqui de quem a

professora Irani gosta, então você vai falar com


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ela pra saber se as informações batem com o que

eu vi ontem. Migs, use seu charme para convencer

o Lucas a te encontrar no jardim quando a aula

acabar, o Crânio e eu vamos investigar outra

pessoa. A gente se vê no final da aula e vamos ter

resolvido o mistério.

— Quem vocês vão instigar? Perguntou

Bianca.

— Por enquanto é melhor não falar. Vamos

logo.

Flash sabia que não tinha sido a professora

Irani quem tinha pego a cueca da sorte, ele

estava na sala quando ela foi até lá buscar um

livro que havia esquecido, então foi para a aula e

resolveu deixar a história da cueca de lado por

um tempo.

Enquanto isso Bianca foi falar com Lucas,

que sem saber que se tratava de uma investigação


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aceitou rapidamente o convite da garota para dar

uma volta no jardim depois da aula.

Pedro estava começando a perceber que

não precisava daquela cueca para ter sorte.

Durante todo o dia nada de ruim tinha lhe

acontecido, tinha até conseguido ir bem na prova

daquele dia. Parou para pensar que talvez todas

as coisas boas que aconteciam quando estava com

a cueca fossem apenas coincidência, assim como

as coisas ruins que tinham acontecido depois de

perder a cueca.

Aliás, graças ao sumiço da sua cueca da

sorte tinha finalmente conseguido se aproximar

de Bianca, por quem ele tinha não uma queda, mas

um tombo desde que havia se mudado para a

cidade. Quando as aulas acabaram naquele dia,

foram todos para o jardim. Estavam lá Pedro,

Duda, Lucas e os Detetives.

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— O que está acontecendo? — perguntou

Lucas para Bianca.

— Estamos resolvendo um caso. Lucas, o

que você estava fazendo na sala ontem na hora do

intervalo?

— Eu... bom, eu fui buscar uma coisa que

tinha esquecido.

— Admita! Foi você quem pegou a cueca da

sorte do Pedro!

— Na verdade eu até ia fazer isso, adoro

trollar aquele cara, mas quando cheguei na sala já

não estava mais lá então eu saí. Eu juro que não

fui eu.

— Mas se não foi você, quem mais poderia

ter sido? Perguntou Bianca.

— Eu já sei quem foi. Mas ainda faltam

resolver alguns pontos desse quebra-cabeça. —

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Disse Danda — Por favor Crânio, conte sobre o

que descobrimos.

— Claro. Bianca, o que você foi fazer na

sala do Pedro ontem na hora do intervalo?

Bianca corou:

— Não fui fazer nada demais. Não fui eu

quem roubou a cueca da sorte, me deixem em paz!

— Se não foi você então o que você estava

fazendo lá?

— Eu ia deixar um bilhete nas coisas do

Pedro... eu gosto dele, mas ouvi passos e desisti

então sai correndo. Estão felizes agora?

— Que gracinha! Sempre soube que vocês

se gostavam e só faltava coragem dos dois lados!

Eu super shipo vocês!

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Pedro parecia bem confuso com toda aquela

situação.

— E você, Flash, o que foi fazer lá?

— Eu não nego. Fui até lá porque queria

pegar a cueca ridícula dele para provar pra Bianca

que esse cara é um idiota, não tem nada a ver ele

e a Bianca. Ela deveria ficar comigo!

— Então foi você quem roubou a cueca do

Pedro? — Perguntou Crânio

— Bem que eu queria, mas quando eu

cheguei já era tarde demais. Alguém foi mais

rápido.

— Mas se não foi você, então não temos

mais suspeitos...

— É aí que você se engana, Bianca! —

Exclamou Danda cheia de convicção. — Falta uma

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pessoa, o Duda. Foi ele quem pegou a cueca da

sorte do Pedro!

— Você?! Mas você é meu melhor amigo,

por que fez isso?

— Foi mal, Pedro, mas eu estava cansado

desse lance de sorte então resolvi provar que uma

peça de roupa não dá mais ou menos sorte, e acho

que consegui. Você foi bem na prova hoje e o mais

incrível de tudo: a Bianca disse que gosta de você.

Isso sim é sorte! Mas aqui está sua cueca de

ursinhos, que aliás, você deveria esconder para

sempre!

— Você tem razão! Eu percebi que não

preciso mais de um objeto pra ter sorte, valeu,

cara!

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Pedro finalmente percebeu que podia ser

muito feliz mesmo sem sua cueca da sorte, que

agora é só uma cueca e não fica mais na mochila.

Ele estudou, passou de ano e já se

considera sortudo o suficiente por ter feito

novos amigos e por finalmente as coisas com a

Bianca terem dado certo.

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A autora

Caroline de Amorim Santos,

estudante do último ano de

Letras pela Universidade São

Judas Tadeu, é apaixonada

por leitura desde a infância e

acredita que os livros podem nos levar para

viagens incríveis.

O ilustrador

Paulo Henrique de Campos

tem 24 anos, é fascinado por

animes, adora desenhar e

acredita que os desenhos nos

fazem sonhar mesmo estando

acordados.

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Há um mistério rondando o colégio Mário

de Andrade. A cueca da sorte de Pedro foi

roubada e agora ele precisa da ajuda de Bianca,

Danda, Crânio e Flash, os detetives da escola,

para recuperar seu amuleto da sorte e conseguir

passar de ano.

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