Compreendendo e acolhendo o Dízimo:
Esta é um papel que diz é comumente entregue no momento do ofertório da
Quando falamos em dízimo, muitas vezes, a
primeira ideia que vem em nossa mente é a de que ele
se refere exclusiva e diretamente a uma questão
financeira, reduzindo-o a um fator de mera
arrecadação de valores. No entanto, é preciso
compreendê-lo, sobretudo, numa dimensão bíblico-
espiritual. Para se doar algum valor, basta tê-lo e
querer doá-lo, quando, como e a quem quiser. No
caso do dízimo, não se trata de uma doação,
simplesmente, mas, sobretudo, de uma devolução.
Para isto, são necessárias mais do que as condições
para tal; é preciso, especialmente, a fé que me leva a
reconhecer que o que possuo, licitamente, vem de
Deus. O dízimo nos ensina a exercitarmos a salutar
dependência de Deus em nossas vidas porque nos
dota da consciência de que, se temos, é porque Dele
recebemos. O dízimo é também expressão de
compromisso com a Igreja, fundada por Nosso
Senhor Jesus Cristo, por meio do qual sustentamos a
sua missão evangelizadora e santificadora no mundo.
O dízimo é um modo muito concreto de se viver a
partilha e de se exercitar a corresponsabilidade junto
da comunidade de fé.
Por que devo ser dizimista?
Antes de tudo, por se tratar de um preceito
bíblico, que requer o nosso assentimento amoroso e a
nossa adesão livre e consciente. A nossa condição de
batizados nos torna corresponsáveis pela missão da
Igreja, da qual somos membros e filhos. A Igreja,
enquanto templo santo, é também casa de Deus. Nela,
encontramos acolhida, repouso e alimento espiritual;
celebramos as alegrias e encontramos amparo e
direcionamento nas dificuldades. No templo santo
recebemos boa parte dos sacramentos: nele
recebemos o santo batismo, celebramos a Santíssima
Eucaristia, obtemos o perdão dos nossos pecados por
meio da confissão, entre outros. À semelhança da
nossa morada, a casa de Deus, com muito mais razão,
também necessita de cuidados e manutenção em vista
do seu pleno funcionamento.
respeito a todos e que precisa ser assumido como
compromisso de amor.
Muitos perguntam:
qual deve ser o valor do meu dízimo?
A este respeito, São Paulo nos esclarece:
“Cada um dê como propôs no seu coração, não com
tristeza, nem constrangido, porque Deus ama o que dá
com alegria.” (2Cor. 9,7). O apóstolo não especifica a
devolução do dízimo em termos percentuais, mas
apela para a consciência dos cristãos. O dízimo não é
esmola e nem tampouco o que nos sobra. O fiel
agradecido a Deus, que ama a Igreja, reto e honesto
no seu agir, buscará ser o mais generoso possível,
dentro das suas possibilidades, em obediência às
indicações da Palavra de Deus e às moções do seu
próprio coração.
Quem deve devolver o dízimo?
Este é um dever de todos os cristãos. O rico
oferta da sua riqueza e o pobre partilha a partir da sua
pobreza. O seu sentido profundo está na coerência das
condições de cada um e na fidelidade ao
compromisso e não no valor estabelecido. Ninguém
está dispensado: nem o padre, nem o catequista, nem
os funcionários da paróquia, nem o agente de
pastoral, nem o integrante dos movimentos
paroquiais, nem os ministros extraordinários da
Sagrada Comunhão ou qualquer outro fiel da
comunidade que possua os meios para tal. Todos, sem
exceção, formam a comunidade – o Corpo de Cristo –
e são, portanto, responsáveis por ela.
Dízimo é o mesmo que oferta?
Não. O dízimo é, como já vimos, uma
devolução, efetuada de maneira regular,
mensalmente, assumida com fidelidade e motivada
pela gratidão a Deus. A oferta independe do dízimo e
Santa Missa, dentro do contexto litúrgico-celebrativo.
Há, também, as ofertas extras, que podem ser
realizadas em qualquer momento, por motivações
espontâneas ou em prol de campanhas específicas da
comunidade.
Onde devo devolver o meu dízimo?
O dízimo é de natureza paroquial. Isso não
impede que outras instituições, sobretudo aquelas que
se destinam a trabalhos de promoção humana e social,
recebam doações dos fiéis católicos. Aliás, é muito
justo e oportuno que o façam. Tal gesto, no entanto,
não se confunde e não substitui a devolução do
dízimo. Este, por sua vez, deve ser mensalmente
devolvido junto à paróquia da qual o fiel é membro e
na qual realiza a sua experiência comunitária de fé.
Isto independe, inclusive, sobretudo nas cidades que
possuem mais de uma paróquia, de questões
geográficas. Devolve-se o dízimo na paróquia onde se
frequenta, pois ela se constitui a expressão mais
próxima da Igreja, que é nossa Mãe e da qual
recebemos o alimento espiritual e catequético
necessários para a nossa caminhada cristã
Dízimo: responsabilidade de todos
O dízimo é um dos meios pelos quais cada
cristão, vivendo como membro da família do Povo de
Deus, demonstra o seu senso de corresponsabilidade
com a missão e a manutenção da Igreja. O dízimo não
é uma esmola, uma coleta e nem tampouco uma
espécie de pagamento pelos bens espirituais
recebidos. O maior benefício colhido pela Igreja
através dos gestos de partilha de cada dizimista não
decorre dos valores arrecadados, mas, especialmente,
da presença de cada um no seio da comunidade,
revestida do espírito de autêntico comprometimento,
viva caridade e solidariedade. Se você já é dizimista,
siga perseverante e mantenha-se fiel. Mas, se você
ainda não faz esta experiência, não retarde mais um
só dia esta decisão. Procure a equipe da Pastoral do
Dízimo ou dirija-se à secretaria da paróquia para
efetuar o seu cadastro. Comece já a ser um dizimista,
com alegria, liberdade de coração, senso de gratidão e
confiança.