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Análise morfométrica de espécies arbóreas da região central do

município de Imperatriz-MA

Resumo: A arborização é fundamental no meio urbano. Entretanto, quando sua implantação é mal

planejada acaba afetando sua eficiência e a qualidade de vida da sociedade, gerando conflitos com a

infraestrutura urbana. A morfometria por sua vez, permite o conhecimento da dinâmica de crescimento

do componente arbóreo, prevendo espaço necessário para seu desenvolvimento e sua estabilidade,

permitindo ações silviculturais e manejo adequado em ambientes urbanos. Diante disso, objetivou-se

analisar as espécies mais frequentes da zona central do município de Imperatriz-MA em relação aos

parâmetros morfométricos. Para tanto, estudou-se a arborização da cidade por meio de um inventário do

tipo censo, onde todos os indivíduos presentes na área central da cidade tiveram seus parâmetros

dendrométricos mensurados. Foram contabilizadas 2.321 árvores, distribuídas em 69 espécies e 26

famílias. Do total de indivíduos inventariados, 65,7% são de espécies exóticas e 34,3% são de nativas.

Sendo a espécie M. tomentosa a mais representativa.. Com relação aos parâmetros morfométricos, a altura

total média dos indivíduos das espécies de maior representatividade foi de 6,2 m, altura da primeira

bifurcação de 1,2 m, altura de copa de 2,1 m, e DAP médio de 0,25 m. Quanto ao diâmetro médio e área

média da copa os resultados obtidos foram 5,37 m e 26, 83 m², respectivamente. Com isso, conclui-se

que arborização de Imperatriz pode ser considerada jovem ou de plantios recentes na sua maioria, ou são

plantas na fase adulta que tiveram manejo inadequado, devendo-se substituir gradativamente a

Azadirachta indica.

Palavras-chave – Floresta Urbana, Espécies Exóticas, Dendrometria.

ABSTRACT - Afforestation is essential in the urban environment. However, when its

implementation is poorly planned it ends up affecting its efficiency and the quality of

life of society, generating conflicts with the urban infrastructure. The morphometry in

turn allows the knowledge of the growth dynamics of the tree component, predicting the

space required for its development and its stability, allowing silvicultural actions and

proper management in urban environments. Therefore, this study aimed to analyze the
most frequent species in the central area of the municipality of Imperatriz-MA in

relation to morphometric parameters. To this end, the afforestation of the city was

studied through a census inventory, where all individuals present in the central area of

the city had their dendrometric parameters measured. There were 2321 trees, distributed

in 69 species and 26 families. Of the total number of individuals surveyed, 65.7% are

exotic species and 34.3% are native. The most representative species is M. tomentosa.

Regarding the morphometric parameters, the average total height of the individuals of

the most representative species was 6.2 m, height of the first bifurcation was 1.2 m,

crown height was 2.1 m, and average DBH was 0.25 m. As for the average diameter and

average crown area, the results obtained were 5.37 m and 26.83 m², respectively. Thus,

we can conclude that most of the trees in Imperatriz can be considered young or recent

plantings, or are adult plants that have been inadequately managed and should gradually

replace Azadirachta indica.

Keywords - Urban Forest, Exotic Species, Dendrometry.

Introdução

As árvores proporcionam importantes benefícios para a qualidade de vida do

homem no ambiente da cidade (SIRVINSKAS, 2000). A vegetação urbana além de

influenciar no aspecto paisagístico, contribui na melhoria da qualidade de vida das

pessoas, fornece lazer, conforto, bem-estar e está presente no cotidiano da sociedade

(ARAÚJO; ARAÚJO, 2011).

Neste contexto, a floresta urbana apresenta diversos benefícios, dentre eles,

mitigar os impactos ambientais da urbanização, melhorando o clima, absorvendo o

dióxido de carbono, melhorando e contribuindo para qualidade da água, diminuindo os

níveis de barulho, proporcionando abrigo para fauna e atribuindo beleza paisagística às

cidades, entre outros benefícios (SILVA, 2015). Segundo Bortoleto et al. (2006), muitas
cidades brasileiras não possuem um planejamento apropriado de floresta urbana, sendo

que vários projetos se fundamentam em práticas meramente empíricas, sem

conhecimento real do assunto.

O paisagismo urbano é uma das ferramentas que podem ser empregadas para a

melhoria da qualidade de vida e conforto ambiental (DE CÁSSIA; HENKES, 2012).

Contudo, para Dantas e Souza (2004), é necessária a alocação apropriada da

arborização, uma vez que o uso incorreto ou impróprio dessas árvores pode ocasionar

grandes prejuízos para o usuário, bem como para as empresas de energia, água e esgoto.

Conforme Coletto et al. (2008), planejar a arborização é imprescindível para o

desenvolvimento urbano, necessitando-se do conhecimento prévio da situação, assim

como, a noção das espécies vegetais e suas respectivas características, que poderão ser

empregadas na arborização.

Dessa forma, para possibilitar que esse manejo seja adequado, é essencial

conhecer bem esse patrimônio arbóreo. Devendo a arborização urbana ser analisada e

arquitetada com base em ferramentas de planejamento, por meio de um inventário

quantitativo e diagnóstico da arborização (BOBROWSKI, 2014).

O inventário de árvores pode ser utilizado para obtenção de dados e informações

utilizáveis sobre a floresta urbana. Esses dados provêm da análise de cada indivíduo

vegetal e as informações são valores agregados como total, médias, porcentagens,

gráficos ou tabelas visando fornecer subsídios para o manejo (ARAUJO e ARAUJO,

2011). Têm-se inventário por censo total ou por amostragem, sendo que, para locais

onde a arborização urbana é heterogênea, torna-se mais apropriado o censo total, tanto

para bairros, quanto para vias públicas ou em cidades de pequena extensão (SILVA,

2015).
Os dados obtidos por meio do inventário são utilizados para a análise da

morfometria e estudos das relações das árvores com o meio urbano. Os métodos de

avaliação da morfometria, suas relações e a dinâmica das formas das árvores, tornam-se

indispensáveis no manejo de florestas plantadas e nativas (ROMAN et al., 2009),

contudo essas técnicas são pouco utilizadas na floresta urbana.

A morfometria da vegetação urbana pode fornecer variáveis importantes para o

planejamento da implantação das espécies que serão alocadas na arborização, como o

estabelecimento de padrões mínimos para a intervenção por podas, além do

comportamento de cada espécie e a interação entre as árvores nas ruas (BOBROWSKI

et al., 2013).

Para Lima Neto (2014) os tratos silviculturais utilizados para a vegetação

urbana, tendem criar e manter condições adequadas às árvores urbanas, gerando

melhorias e benefícios que possam ser proporcionados para a população, entre eles, a

diminuição dos conflitos com postes, redes de energia, sinalização, adicionado ao fato

da ocupação arbórea adequada em calçadas e demais passeios para pedestres.

Esses procedimentos envolvem ações como: escolha das espécies mais

apropriadas, planejamento da coleta de sementes, melhoria na produção de mudas,

eficiência nas técnicas de plantio e aplicação correta da técnica e intensidade de poda

(BOBROWSKI et al., 2013) para condução de fuste e copa adequados ao componente

urbano.

No município de Imperatriz, localizado na região oeste do Maranhão, os estudos

sobre a arborização urbana são ainda insuficientes, não existe um inventário da floresta

urbana em área total abrangendo todos os bairros e não possui um Plano Diretor de

Arborização com diretrizes norteadoras.


Há como exceção o censo realizado por Angelo (2017), para as zonas residencial

e central, recenseadas por Pereira et al. (2020) apresentando pouca alteração na

arborização e inventariada em diferentes processos de amostragem (ANGELO et al.,

2023), apresentando conflitos com a estrutura urbana (SILVA et al., 2018) além do

censo realizado no bairro Beira rio (LIMA et al., 2022) . Diante do exposto, objetiva-se

analisar as espécies mais frequentes da zona central do município de Imperatriz - MA

em relação aos parâmetros morfométricos.

Material e métodos

O município de Imperatriz está localizado no oeste do Estado do Maranhão, na

microrregião nº 38. Tem divisa ao Norte com os municípios de Cidelândia e São

Francisco do Brejão; ao Leste com João Lisboa, Senador La Rocque e Davinópolis e; à

Oeste com os municípios do Tocantins de São Miguel do Tocantins, Praia

Norte, Augustinópolis e Sampaio; e ao Sul com Governador Edison Lobão.

O município encontra-se a 629,5 km da capital do Estado, possui uma área total

de 1.367,90 km². O clima é caracterizado como tropical (AW’), de acordo com a

classificação climática de Köppen - Geiger, com duas estações bem definidas, a chuvosa

de novembro a maio e a seca de junho a outubro e, apresentando temperatura média em

torno de 29ºC. O município apresenta uma população estimada de 253.873 habitantes,

de acordo com IBGE, 2016.

A área de estudo para avaliação da arborização está delimitada conforme Lei de

zoneamento do município (Lei nº 003/2014), onde foi realizado inventário florestal do

tipo censo, nas Zonas Central (ZC) e Zona Residencial Central (ZRC) de Imperatriz-

MA (Figura 01), conhecida como zona central, totalizando 274,02 ha perfazendo 228
quadras onde todas as espécies arbóreas presentes nas calçadas ou próximas a ela e com

altura > 1,5m, tiveram mensurados os parâmetros morfométricos e dendrométricos e

apenas as sete espécies mais frequentes na arborização urbana tiveram os dados

apresentados neste trabalho.

As informações foram coletadas e registradas em fichas de campo, entre os

meses de fevereiro de 2016 e fevereiro de 2017 e apenas os indivíduos com altura > 1,5

m foram incluídos no levantamento, sendo os dados posteriormente tabulados em

planilha eletrônica. Para a localização das vias, foi utilizada uma planta da zona central

da cidade.

Figura 1 – Localização do município de Imperatriz no estado do Maranhão, delimitação da área de


estudo e divisão da zona central (ZC) e zona residencial central (ZRC). (Fonte: Autores, 2023).
Os indivíduos catalogados foram identificados com o nome vulgar e nome

científico, por meio de consulta à literatura especializada. Após a identificação, os

indivíduos foram arranjados quanto à sua origem: espécie nativa, quando pertencente ao

território brasileiro; e espécie exótica, quando pertencente a outros países.

Os parâmetros dendrométricos foram avaliados do seguinte modo: a altura total

foi medida através de clinômetros; a altura de copa e a altura da primeira bifurcação

foram tomadas com uma trena de haste rígida graduada em centímetros e, a

circunferência à altura do peito (CAP) auferida com o auxílio de uma fita métrica. Logo

após, os dados foram transformados em DAP (diâmetro à altura do peito) por meio da

Equação 1.

CAP
DAP= (1)
π

A área da projeção da copa foi estimada utilizando uma trena de 30 metros, a

partir das medidas de quatro raios da árvore, conforme a orientação Norte-Sul e, Leste e

Oeste. De posse desses valores, obteve-se o diâmetro médio de copa (DC.m-1) e a área

de projeção da copa (APC.m-2) por meio da aplicação da Equação 2.

APC= ( π4 ) . dc 2
(2)

Uma pergunta: Foi feita alguma análise estatística??? qual o software utilizado?

Resultados e Discussão

O censo das espécies da arborização urbana na zona central da cidade de

Imperatriz-MA apresentou uma composição florística formada por 2321 árvores,

distribuídas em 69 espécies diferentes e pertencentes a 26 famílias botânicas (Tabela 1).

Tabela 1. Dados inventariados da arborização na zona central de Imperatriz, MA



Família Nome vulgar Nome Científico O
I
Cajueiro Anacardium occidentale L. N 9
Anacardiacea
Mangueira Mangifera indica L. E 89
e
Cajazeiro Spondias mombin L. N 3
Ata Annona squamosa L. E 14
Annonaceae Pimenta de
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. N 1
macaco
Alamanda Allamanda cathartica L. N 1
Flor de meda Calotropis procera (Aiton) W. T. Aiton E 1
Espirradeira Nerium oleander L. E 4
Apocynaceae Jasmim Plumeria pudica Jacq. E 19
Jasmim manga Plumeria rubra L. E 11
Chapéu de
Thevetia peruviana (Pers.) K. Schum E 5
napoleão
Ipê rosa Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos N 5
Ipê amarelo Handroanthus serratifolius (Vahl) S. O. Grose N 49
Bignoniaceae
Spathodea Spathodea campanulata P. Beauv. E 1
Ipê de jardim Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth E 17
Caricaceae Mamão Carica papaya L. E 2
Caryocaracea
Pequi Caryocar brasiliense Cambess N 2
e
Chrysobalana 11
Oiti Moquilea tomentosa Benth. N
ceae 47
Clusiaceae Clusia sanguinea Clusia burchellii Engl. N 1
Combretacea Jasmim da índia Quisqualis indica L. E 27
e Amendoeira Terminalia catappa L. E 67
Árvore do
Dilleniaceae Dillenia indica L. E 6
dinheiro
Euphorbiacea Pião roxo Jatropha gossypiifolia L. E 2
e Pinhão branco Jatropha curcas L. E 6
Falso sândalo Adenanthera pavonina L. E 7
Angico vermelho Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan N 2
Pata de vaca Bauhinia curvula Benth N 6
Pau brasil Caesalpinia echinata Lam. N 3
Pau ferro Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. N 2
Sibipiruna Caesalpinia pluviosa DC. N 21
Flamboyant
Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. E 9
mirim
Fabaceae Caneleiro Cenostigna macrophyllum Tul. N 5
Chuva de ouro Cassia fistula L. E 6
Chloroleucon tenuiflorum (Benth.) Barneby &
Barreiro N 3
J. W. Grimes
Sombreiro Clitoria fairchildiana R. A. Howard N 13
Flamboyant Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. E 2
Brasileirinho Erythrina variegata L. E 6
Ingá-cipó Inga edulis Mart N 1
Ingá doce Pithecellobium dulce (Roxb) Benth E 19

Família Nome vulgar Nome Científico O
I
Senna pendula var. ambigua H.S. Irwin &
Fedegoso N 14
Barneby
Cássia-de-sião Senna siamea (Lam.) H. S. Irwin & Barneby E 5
Tamarindo Tamarindus indica L. E 6
Lamiaceae Teca Tectona grandis L. F. E 1
Lythraceae Extremosa Lagerstroemia indica L. E 16
Malpighiacea
Acerola Malpighia glabra L. E 7
e
Hibisco Hibiscos sinensis Mill. E 1
Malvaceae
Monguba Pachira aquatica Aubl. N 54
33
Meliaceae Nim indiano Azadirachta indica A. Juss. E
3
Jaca Artocarpus heterophyllus Lam. E 2
13
Moraceae Ficus Ficus benjamina (L.) E
7
Amora Morus nigra L. E 3
Eucalipto Eucalyptus spp. E 1
Jambo vermelho Eugenia malaccensis (L.) E 25
Jabuticabeira Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel N 1
Myrtaceae
Goiabeira Psidium guajava L. E 9
Jambo branco Syzygium aqueum (Burm. f.) Alston E 1
Jamelão Syzygium cumini (L.) Skeels E 20
Nictaginacea Primavera; Três Bougainvillea spectabilis var. glabra (Choisy)
N 3
e marias Hook.
Rhamnaceae Juá Ziziphus joazeiro Mart. N 1
Rubiaceae Noni Morinda citrifolia L. E 2
Lima Citrus limettioides Tanaka E 2
Limão Citrus limon (L.) Osbeck E 7
Rutaceae Tangerina Citrus reticulata Blanco E 1
Laranjeira Citrus sinensis (L.) Osbeck E 10
Murta Murraya paniculata (L.) Jack E 54
Salicaceae Salgueiro chorão Salix babylonica L. E 2
Maria mole Dilodendrom bipinnatum Radlk E 2
Sapindaceae
Pitomba Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk. N 1
Sapotaceae Sapoti Manilkara zapota (L.) P. Royen E 6
Nota: O: Origem, onde E: exótica e N: nativa; Nº I: Número de Indivíduos.

De acordo com a análise quantitativa, as famílias com o maior número de

espécies foram: Fabaceae, com dezoito espécies (26,08%); Apocynaceae e Myrtaceae,

com seis espécies cada (8,69%); e Rutaceae, com cinco espécies (7,2%) (Tabela 1).

Lima Neto (2014) em um estudo da arborização urbana da cidade de Boa Vista - RR


encontrou que, a maior quantidade de espécies (31) foi da Família Fabaceae,

correspondendo a 34% do total de espécies identificadas. Em outro estudo, realizado por

Silva (2015) em bairros de Itacoatiara – AM, a Família Fabaceae também obteve o

maior número de espécies da arborização urbana desta cidade, com 16,1% (5 espécies).

Segundo Santamour Júnior (2002) é recomendado que não se utilize mais que

30% de espécies da mesma família botânica. Dessa forma, pode-se inferir que, a

distribuição quantitativa de espécies da mesma família botânica para a composição

florística da zona central de Imperatriz - MA está adequada.

No que diz respeito ao número de indivíduos por família botânica, as que

tiveram maior quantidade foram, Chrysobalanaceae, com 1147 árvores (49,42%),

Meliaceae, com 333 árvores (14,35%), Moraceae, com 142 árvores (6,12%) e Fabaceae,

com 125 árvores (5,6%) (Tabela 1). O percentual encontrado não difere dos valores

encontrados por Silva (2015), onde a Família Chrysobalanaceae com apenas a espécie

Moquilea tomentosa, obteve o maior número de indivíduos, 453 árvores, cerca de

80,0% do total registrado.

Dentre as espécies identificadas no inventário na cidade de Imperatriz, observou-

se que 45 são exóticas e 24 são nativas do Brasil. Desta forma, 65,7% das árvores têm

origem exótica e 34,3% são nativas (Figura 2). Apesar do município de Imperatriz

pertencer e estar entre os biomas, floresta amazônica e cerrado (ecótono), há o domínio

de espécies exóticas na composição da arborização.

Dados semelhantes foi encontrado por Bortoleto et al. (2007) na arborização

viária da Estância Turística de Águas de São Pedro, onde teve-se a ocorrência de

61,33% de espécies exóticas e 38,67% de espécies nativas, propondo a necessidade de

incentivo do uso da flora nativa.


41,9%
Indivíduos
58,1%

Exóticos
Nativos

65,7%
Espécies
34,3%

Figura 2. Porcentagem de indivíduos e espécies nativas e exóticas.(Fonte: Autores,


2023).

A grande quantidade de espécies exóticas relatadas no presente estudo indica a

carência de responsabilidade da sociedade em geral e falta de informação técnica,

quanto à manutenção e conservação da flora nativa. Aproximadamente em todas as

cidades brasileiras há uma predominância a não utilização de espécies nativas, sendo

demasiada maioria o uso de espécies que não pertencem aos nossos biomas,

desapoderando de beneficiar-se da flora regional (CAMILO et al., 2013).

O sucesso obtido pelas espécies exóticas em sua introdução em outros países

deve-se a fatores como, a adequada seleção de espécies, metodologia silvicultural

desenvolvida e grande facilidade de coleta de sementes. Não obstante, as nativas,

representam o resultado de seleção durante vários séculos, apresentando melhor

adaptação para garantir a dinâmica do solo e clima, afirma Klein (1985) apud

Rodrigues; Copatti, (2009).

O uso de espécies nativas para integrar a arborização urbana, trazem numerosas

vantagens, como a minimização da utilização de espécies exóticas invasoras, maior

resistência a pragas e instalação de uma fauna mais diversificada (BIONDI; LEAL,


2008). Além de facilitar o manejo e diminuir os custos de manutenção da arborização

urbana, quando se conjectura que as espécies nativas da região estão melhor adaptadas

às condições edafoclimáticas do seu local de origem (SANTOS et al., 2011).

Quanto à origem dos indivíduos, constatou-se que há 41,9% (973) de árvores

exóticas versus 58,1% (1348) de árvores nativas, sendo que não há diferença expressiva

entre elas (Figura 1). Motter e Müller (2012) verificaram que a arborização de

Tuparendi-RS é composta em sua maioria por indivíduos exóticos com 63,16 % e

36,84% de indivíduos nativos. Em Guaxupé-MG, foi verificado que 55,05% (125) são

árvores exóticas e 44,95% (102) são árvores brasileiras (nativas) (CAMILO et al.,

2013).

Para transformar essa circunstância, deve-se evitar ou diminuir a quantidade de

árvores exóticas e estimular o plantio de espécies características da região, visando

aproveitar o potencial de biodiversidade florística da cidade e melhorar a qualidade de

vida da sociedade.

Constata-se na Tabela 1 que houve grande número de espécies presentes nas vias

públicas, enquanto apenas poucas espécies perfazem a demasiada maioria do total de

indivíduos utilizados na arborização de Imperatriz - MA.

Dentre a diversidade de 69 espécies, sete espécies representam 81,04% dos

indivíduos. As mais frequentes foram: Oiti (Moquilea tomentosa) com 49,42%, Nim

Indiano (Azadirachta indica) 14,35%, Ficus (Ficus benjamina) 5,90%, Mangueira

(Mangifera indica) 3,83%, Murta (Murraya paniculata) 2,89%, Amendoeira

(Terminalia catappa) 2,33% e Monguba (Pachira aquatica) 2,33%. Sendo que as outras

62 espécies correspondem a 18,96%. No tocante a essa realidade, a frequência de

indivíduos é demasiada para um pequeno grupo de espécies.


Para Lima Neto e Biondi (2010), em um estudo sobre as calçadas em um bairro

de Curitiba – PR apontam para a hipótese, que a elevada quantidade de espécies e a

acanhada frequência, corroboram que é possível que a maioria dos plantios tenha sido

feito por moradores e não pela prefeitura.

O percentual encontrado é similar a outros estudos realizados em cidades

brasileiras, tais como: Aracaju – SE, onde 10 espécies compreendiam 86% do total de

indivíduos (SANTOS et al., 2011); Santa Maria - RS, onde sete espécies correspondiam

a 61% das árvores (SZYMCZAK et al., 2012); Tuparendi - RS, onde apenas seis

espécies representavam cerca de 64% dos indivíduos (MOTTER; MULLER, 2012).

Os dados encontrados são impróprios para a arborização urbana. Quando

comparada com as outras cidades, Imperatriz -MA possui uma distribuição de espécies

desarmônica, precisando melhorar essa correlação. Grey e Deneke (1986) estabelecem

que a frequência de uma única espécie não ultrapasse 15%, portanto, Moquilea

tomentosa (oiti) possui frequência excedente a recomendação dos autores.

De acordo com a Figura 3 podemos observar que a M. tomentosa corresponde a

49,42% do total. Por conseguinte, a composição florística da cidade de Imperatriz – MA

está tendente, basicamente, nesta espécie.


Figura 3. Frequências das sete espécies com maior representatividade

A espécie M. tomentosa (oiti) tem sido amplamente usada na arborização de

ruas, no Brasil, em virtude da sua copa frondosa e perene (TUDINI, 2006). Devido à

homogeneidade, as árvores de M. tomentosa estão suscetíveis ao ataque de

fitopatógenos (pragas ou doenças), a infestação pode levar a morte da espécie e,

consequentemente, diminuiria o número de árvores da cidade.

Além disso, devido ser uma espécie de médio porte (6-15m), a mesma poderá

causar problemas relativos à quebra de calçadas, entupimento de guias e calhas e

conflito com a fiação elétrica (LORENZI, 2002) e habita naturalmente a floresta

ombrófila de mata atlântica, diferente do bioma encontrado na região (REFLORA,

2023).

Esta espécie também apresentou a maior frequência de indivíduos no

levantamento da arborização da cidade de Itacoatiara e é facilmente encontrada em

outros levantamentos florísticos em todo o Brasil, como: Estância de Águas de São

Pedro-SP (BORTOLETO et al., 2007), Nova Esperança-PR (ALBERTIN et al., 2011),

Aracaju – SE (SANTOS et al., 2011), Ourinhos-SP (SOUZA et al., 2012).

A espécie Azadirachta indica tem se tornado um problema na arborização

urbana, invasora e já naturalizada no Brasil (MORO et al., 2013), é comumente

utilizada na arborização pelo pouco conhecimento da população e autoridades em

relação a bioinvasão de espécies exóticas. Além disso, o Nim indiano vem sendo

disseminado pelo poder público em geral (RUFINO, et al.,2019), inclusive sendo

produzido e doado pela prefeitura municipal de Imperatriz para a população,

ocasionando no grande número de indivíduos na cidade.

Numa perspectiva abrangente e generalizada da arborização de cidades

brasileiras, constata-se relativa homogeneidade quanto ao uso de certas espécies,


gerando a limitada diversidade, concentrando-se a maioria em um número pequeno de

espécies (SOUZA, 1994).

No tocante ao inventário, outra informação notável é que 30 espécies apresentam

menos que cinco indivíduos em toda a área de estudo, intensificando o fato de que a

arborização urbana de grandes cidades ainda é composta por poucas espécies, onde as

maiores frequências de indivíduos estão concentradas nas mesmas. Conforme o descrito

por Motter e Müller (2012) para a arborização urbana de Tuparendi-RS, onde 18

espécies ocorreram com menos que 5 indivíduos.

A análise dos parâmetros morfométricos das sete espécies mais representativas

da área central de Imperatriz-MA mostra que a amendoeira, a mangueira e a monguba,

possuem o maior porte respectivamente (Tabela 2).

Tabela 2. Parâmetros morfométricos das sete espécies de maior frequência


Ht Hb Hc
Nome vulgar Nome Científico DAP (cm)
(m) (m) (m)
Oiti Moquilea tomentosa 4,4 0,7 1,8 13
Nim Indiano Azadirachta indica 4,6 1 2,4 16,5
Ficus Ficus benjamina 5,2 1 2,1 24,9
Mangueira Mangifera indica 9,1 1,5 2,4 41,7
Amendoeira Terminalia catappa 10,8 2,6 2,8 35,2
Monguba Pachira aquatica 6,4 1,5 2 32,6
Murta Murraya paniculata 3,1 0,5 1,4 12,9
Total 6,2 1,2 2,1 25,3
Nota: Ht: Altura total; Hb: altura de bifurcação Hc: altura de copa; DAP: diâmetro altura do peito.

A altura total média dos indivíduos das espécies de maior representatividade na

arborização da área estudada foi de 6,2 m, altura da primeira bifurcação de 1,2 m, altura

de copa de 2,1 m, e DAP médio de 0,25 m. O ideal é que a bifurcação das árvores esteja
acima de 2,0 metros de altura, desta forma evitando acidentes com transeuntes. Tal

altura pode ser alcançada através do manejo adequado da arborização urbana.

No inventário realizado por Szymczak et al. (2012) em vias de um bairro da

cidade de Santa Maria - RS, a altura total média dos indivíduos mais frequentes foi de

4,8 m, altura da bifurcação de 1,0 m, altura de inserção da copa de 2,3 m e DAP de 0,12

m. Rossetti et al. (2010) em um levantamento da arborização em dois bairros

paulistanos, verificou que a altura média de todas as árvores foi de 8,07 m e a altura da

bifurcação, de 1,97 m. Silva e Silva (2012) verificaram que a altura média das árvores

foi de 8,4 m e o diâmetro médio de 0,26 m para um bairro da cidade de Belo Horizonte -

MG.

Em relação à altura dos indivíduos Moquilea tomentosa, Azadirachta indica,

Ficus benjamina, Murraya paniculata e Pachira aquatica possuem altura inferior que

6,5 m, apenas Mangifera indica e Terminalia catappa estão acima do indicado, as quais

teoricamente sofrem conflito com a rede elétrica. Este fato deve-se ao órgão ambiental e

ao seu sistema de podas, que preza pelo rebaixamento da copa para que os galhos não

atinjam a rede elétrica, ou aos moradores que fazem a poda das árvores por conta

própria.

Confrontando o presente estudo com os anteriormente citados, constata-se que as

principais espécies utilizadas na arborização de Imperatriz são de plantios recentes na

sua maioria ou são plantas na fase adulta que sofreram intervenções por poda que

descaracterizaram seu porte, reduzindo o mesmo.

Para Rocha et al. (2004), o baixo porte ocasionado pela opção de realizar

plantios com espécies de pequeno porte, depende da calçada, pela pouca idade dos

indivíduos ou deficiência no crescimento dos mesmos. Além de tudo, a retirada de

árvores de grande porte no momento da construção de casas, prédios, asfaltamento, etc.,


faz com que aconteçam plantios de novos indivíduos em substituição, e assim a

arborização urbana se torna mais jovem (SZYMCZAK et al., 2012).

Os resultados obtidos com a análise da copa das árvores inventariadas na cidade

de Imperatriz refletem a grande extensão de áreas de copa e diferentes formas, variável

de acordo com cada espécie presente na arborização de ruas, conforme resultados

apresentados na Tabela 3.

Tabela 3. Diâmetro médio e Área média da copa das sete espécies de maior frequência
Nome vulgar Nome Científico DMC (m) AMC (m²)
Oiti Moquilea tomentosa 3,79 11,26
Nim Indiano Azadirachta indica 3,59 10,13
Ficus Ficus benjamina 4,14 13,44
Mangueira Mangifera indica 8,02 50,48
Amendoeira Terminalia catappa 9,45 70,07
Monguba Pachira aquatica 5,53 24,03
Murta Murraya paniculata 2,52 4,99
Total 5,29 26,34
Nota: DMC: Diâmetro médio da copa; AMC: Área média da copa.

As espécies Terminalia catappa (Amendoeira) e Mangifera indica (Mangueira)

obtiveram o maior diâmetro médio (DMC) e área média da copa (AMC). Sendo o 9,45

m, e 70,07 m², para T. catappa e 8,02 m e 50,48 m² para M. indica, respectivamente.

Moquilea tomentosa e Azadirachta indica tiveram os menores valores, com 3,79 m e

3,59 m para DMC e 11,26 m², e 10,13 m² para AMC, respectivamente. Das quais, essas

últimas duas espécies são as de maiores ocorrências no inventário da cidade.

Lima Neto (2014) em uma análise da arborização urbana de Boa Vista-RR

encontrou resultado contrário ao do presente estudo. Onde a espécie L. tomentosa

obteve a maior área de copa, com uma área média de 90,71 m². Segundo Lorenzi (2008)

L. tomentosa, que foi a espécie mais frequente na cidade, apresenta resultados

satisfatórios quanto ao sombreamento, pelas características da copa.


Pode-se perceber que, a maioria das árvores da cidade estudada são

dominantemente jovens, levando em consideração a situação da cobertura arbórea

encontrada e os diâmetros de copa característicos das espécies mais frequentes.

Bobrowski (2011b) esclareceu que, além das particularidades distintas de cada

espécie, a dinâmica da área de copa também é grandemente influenciada pelo tipo e

intensidade das podas realizadas, que alteram a arquitetura específica, a forma e a área

da copa. Além do mais, consoante o mesmo autor, a intensidade de intervenções por

poda é alterável conforme as espécies, no entanto, também são muito afetadas pelas

especificidades da estrutura urbana que pode limitar consideravelmente o

desenvolvimento de espécies de maior porte ou com maior projeção de área de copa.

A média geral encontrada para o DMC foi de 5,37 m. Bobrowski e Biondi

(2012) estudando a área de copa na arborização de ruas de Curitiba-PR encontrou um

diâmetro médio da copa das árvores em cerca de 4,0 m para a maioria dos indivíduos.

Conforme Silva (2015), copas com pequeno diâmetro que avançam até 1,5 m

sobre a rua, são consideradas convenientes por não atrapalharem o trânsito de veículos

altos e nem dificultar a visualização da sinalização das vias públicas. Em contrapartida,

essa situação pode ser desfavorável em relação ao fornecimento de sombra para os

veículos estacionados (ALMEIDA, 2009; MAZIOLI, 2012). Dessa maneira, é desejável

que o diâmetro da copa das árvores esteja dentro de uma amplitude que possa favorecer

ambas as situações.

Com relação à dinâmica da área de copa analisada para as espécies mais

frequentes e para o total da arborização de ruas, observou-se que o valor médio do

diâmetro médio da copa identificado na arborização de Imperatriz encontra-se dentro de

um intervalo aceitável. Isso, provavelmente, ocorreu devido à poda efetuada sempre que
os indivíduos apresentavam conflito com a rede elétrica, postes de iluminação, ponto de

ônibus e construções (ROCHA et al., 2004).

A área média total encontrada para as copas das árvores das sete espécies com

maior representatividade foi de 26,83 m². Não obstante, este valor teve consideráveis

variações, sendo superior para algumas espécies e inferior para outras, que por

apresentarem menor número de indivíduos não influenciaram no valor médio final.

Na cidade de Itacoatiara-AM, o valor da área média total das copas das dez

espécies mais frequentes foi de 32,02 m² (SILVA, 2015). Já para a cidade de Boa Vista,

conforme Lima Neto (2014), o valor da área média total das copas foi de 63,29 m², para

as 10 espécies mais frequentes desta cidade.

O resultado obtido para área média de copa pode ser considerado inferior se

comparado aos estudos anteriores. O ideal para cobertura arbórea sugerida para ruas e

calçadas com árvores de faixas etárias diversificadas seria 25%, conforme Maco e

McPherson (2002).

A participação das espécies nos percentuais de cobertura é um fator propício e

imprescindível para os planejadores da arborização municipal. A partir dos objetivos da

arborização urbana pode-se incentivar ou priorizar espécies de acordo com o grau de

projeção da sua copa e sua contribuição para o sombreamento. Ademais, conflitos com

equipamentos e a infraestrutura urbana podem ser evitados quando se conhece os limites

máximos de área e projeção da copa (LIMA NETO, 2014).

Conclusões

Os resultados indicaram que na zona central de Imperatriz existem 26 famílias

botânicas, 69 espécies e 2321 indivíduos, composta demasiadamente por Moquilea

tomentosa (Chrysobalanaceae) e há dominância de espécies exóticas na composição


florística, deixando de se utilizar a flora nativa que possui espécies de grande valor

paisagístico, devendo serem substituídas de acordo com a senescência, em especial para

Azadirachta indica pelo potencial invasor.

Os valores dos diâmetros médios encontrados, bem como as áreas de copa das

espécies mais representativas demonstram que a arborização da cidade é jovem e possui

pouca cobertura arbórea com poucos indivíduos, com baixa bifurcação em seus fustes,

ambas caracterizadas por podas errôneas e conduções mal realizadas.

Agradecimentos

ELAS – Empresa Latino-Americana de Sustentabilidade LTDA.

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