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Até disputa de pênaltis muda operação de energia.

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AVALLONE: O porquê da presença de Neymar numa Seleção em pedaços

Até disputa de pênaltis muda


operação de energia. É a Copa
em Itaipu
Bruno Freitas
Do UOL, em Foz do Iguaçu 11/07/2014 06h00

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No mesmo instante em que Julio Cesar brilhava na disputa de
pênaltis contra o Chile nas oitavas, o sistema de energético do
Brasil assistia a uma baixa histórica de demanda. O país
praticamente parou por alguns minutos e logo depois voltou a
consumir com intensidade, numa oscilação brusca de gasto.
Toda a complexidade que a Copa impôs foi estudada com um
Tias de Fred defende ano de antecedência e exigiu uma operação especial de
(http://click.uol.com.br/? Itaipu, usina hidrelétrica com papel chave no funcionamento
mais&u=http://copadom
de-fred-defendem-atac
da nação.

Todos os jogos do Brasil na Copa até agora têm apresentado


fenômenos de comportamento semelhantes, com redução
drástica de consumo durante o primeiro e o segundo tempos,
com a população "estática" diante de televisores e gastando
energia insignificante. No intervalo, por sua vez, o torcedor vai
Copa distrai aldeia in à geladeira e se agita de outras formas, fazendo a curva
(http://click.uol.com.br/?
mais&u=http://copadom
disparar. Depois da partida os indíces também vão lá em cima
distrai-comunidade-indi em questão de minutos.

Essas nuâncias de curvas exigem uma concentração especial


de todos os atores deste sistema. E, obviamente, muito
planejamento. Afinal, são oscilações de consumo que não
aparecem habitualmente no dia a dia do brasileiro, bastante
radicais, que precisam de monitoramento para que o sistema
Bruxas e hippies
isola fantasia" funcione sem sustos.
(http://click.uol.com.br/?
mais&u=http://copadom Até aqui, o jogo contra o Chile talvez tenha sido o que
e-hippies-isolam-cidade
apresentou mais oscilações atípicas. Antes da partida o
sistema do país viu uma redução de 7 mil MW em duas horas.
No intervalo, uma elevação súbita de 2300 MW em apenas 9
minutos, seguida de queda de 2400 MW no segundo tempo,
em 15 minutos. Finalmente, após os pênaltis, a curva disparou
7 mil MW em meia hora.
Nem a Copa agita
rot habitantes
Durante o momento de glória de Julio César na Copa, o
(http://click.uol.com.br/?
mais&u=http://copadom consumo de energia brasileiro despencou, abaixo dos
a-copa-agita-rotina-da- padrões de madrugadas, por exemplo. A curva negativa
habitantes.htm)
espantou os especialistas envolvidos, que haviam planejado a
retomada após os 90 minutos.

É desta forma que as emoções da Copa também arrebatam as cabeças que


trabalham para o sistema energético do país. Em uma das salas de operações de
Itaipu, por exemplo, a engenheira eletricista Renata Tufaile recebe demandas
específicas da ONS (Operador Nacional de Sistema Elétrico) para dias da seleção
em campo. A usina de Foz também é municiada de boletins de comportamento
do país ao final de cada partida do Mundial.

penaltis-... 11/07/2014
"Temos que estar preparados para que esta retomada do parque hidráulico seja a
mais tranquila possível", afirma Renata, em menção à recuperação do consumo
habitual logo depois que o juiz apita o fim do jogo.

Segundo os especialistas, os fenômenos de comportamento observados em


partidas da seleção no Mundial repetem padrões típicos de capítulos finais de
novelas das 9h da Rede Globo. No último ano, a Copa das Confederações já
serviu como um treino para o sistema de energia do país.

E dentro deste mês especial para a história brasileira, Itaipu aperece como
protagonista do sistema energético. Anualmente, a usina produz entre 90 milhões e
95 milhões de MWh (megawatts-hora), quantidade suficiente para abastecer a
cidade de São Paulo por três anos. A energia do complexo abastece principalmente
a região Sudeste, além de parte significativa do território paraguaio (75% do
consumo por lá).

Mesmo num final de semana de Copa, Itaipu atrai turistas para a visita de suas
imensas dimensões, incluindo estrangeiros eliminados do Mundial, como alguns
americanos com câmeras no pescoço. Geralmente o visitante se espanta com a
barragem, um impressionante paredão com 7,9 km de extensão e 196 metros de
altura máxima que represa o Rio Paraná.

Apesar de Itaipu possuir 20 unidades geradoras de energia, apenas 18 delas ficam


ativas. As duas restantes só são acionadas caso uma das turbinas apresente
problemas ou tenha de passar pelo programa de manutenção periódica. Em 2013 a
usina que serve a Brasil e Paraguai registrou seu recorde histórico de produção,
com 98,6 milhões de MWh.

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