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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"


Campus de Guaratinguetá, Departamento de Energia

Cogeração

Material de apoio à disciplina

Prof. Celso Eduardo Tuna

Guaratinguetá, Agosto de 2021


Conteúdo
• Introdução
• Ciclos de Cogeração Usuais
• Conceitos de Exergia e Análise Exergética
• Ciclos com TV
• Ciclos com TG
• Seleção de TG
• Termoeconomia
• MCI

Unesp/FEG/DEN - Cogeração 2
Definição

• Geração simultânea de energia eletro-


mecânica e energia térmica útil a partir do
mesmo combustível, através da
recuperação do calor residual de sua
combustão;

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Aplicação convencional

941.2 kJ Caldeira Qu = 800 kJ


(η = 17/20)

η = 0.457
Moto-gerador
3000 kJ (η = 1/3) W = 1000 kJ

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Aplicação com cogeração
Qe = 200 kJ

Caldeira de
recuperação Qu = 800 kJ
(η = 4/5)
η = 0.6
Qg = 1000 kJ

Moto-gerador
3000 kJ (η = 1/3) W = 1000 kJ

Qa = 1000 kJ

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EUF = Energy Utilization Factor

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Desenvolvimento moderno
• 1870: Máquinas a vapor de eixo alternativo
acopladas a geradores em áreas de grande
densidade populacional;

– Favoreceria o aquecimento de ambientes;

– Impulso para a difusão da tecnologia;

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Século XX
• Décadas de 20-30: desenvolvimento de sistemas de calefação de
ambientes no norte da Europa, União Soviética e países do bloco
comunista;

• Pós-guerra: cresce significativamente o número de centrais de


cogeração;

• Em outras regiões, a difusão da tecnologia foi lenta;

• Década de 70: crise do petróleo e resistência de grupos ambientais à


energia nuclear trazem grande impulso à cogeração.

• Décadas de 80-90: consolidação da cogeração através de


regulamentação governamental.

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Evolução do preço do petróleo
UDS/barril

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Evolução do preço do petróleo
UDS/barril

Jul/2008: 143.68 USD/barril;


Hoje Jul/2021: 76,31 USD/barril
(02/08/2021)

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Unesp/FEG/DEN - Cogeração 11
Evolução do preço do gás natural
Hoje: 1,9419 R$/m3 (02/08/2021) (0,3884 US$/m3) (5,00
R$/US$) para um consumo mensal entre 100 000 a 500 000
m3/mês. Segmento cogeração.
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Unesp/FEG/DEN - Cogeração 13
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Distribuição do consumo de gás natural no Brasil

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Matriz Elétrica Brasileira 2020

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No Brasil
• Setor elétrico brasileiro fortemente hídrico, aliado à pouca
necessidade de aquecimento de ambientes, não proporcionava
um cenário propício para a cogeração;
• Historicamente, a implantação de sistemas de cogeração eram
restritas a aplicações muito específicas, como refinarias e
plataformas de petróleo;
• O choque do petróleo, na década de 70, mudou este cenário:
– Necessidade de se utilizar a energia de modo mais racional
(conservação de energia): sistemas de cogeração se viabilizaram
nas indústrias alimentícias, de papel e celulose, siderúrgicas e
outras
– Introdução do álcool combustível (Pró-álcool): cogeração nas
usinas sucroalcooleiras, hoje o setor mais intensivo em cogeração
no Brasil

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No Brasil, hoje
• Disponibilidade de gás natural impulsionou novas aplicações, como no
setor terciário (hotéis, centros comerciais, hospitais etc);
• A Aneel estabelece os requisitos para a qualificação de centrais
termelétricas cogeradoras de energia na Resolução Normativa 235, de
14 de novembro de 2006.
• Alto custo da energia elétrica
• R$ 641 R$ MWh (128 $/MWh) industrial
• R$ 917,85 R$ MWh (184 $/MWh) residencial (Minha conta de energia
do mes passado: R$ 324 por 353 kWh/mês.
• R$ 860 R$ MWh (172 $/MWh) comercial
• Principais barreiras:
– Equipamentos importados;
– Riscos elevados;
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Custo da Energia Elétrica no Brasil em 2019.

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Curiosidade
• Custo do litro da gasolina R$ 5,50
• Custo do litro do álcool R$ 4,00
• Custo litro do diesel R$ 4,5
• Custo do m3 do GNV R$ 3,8 (14 km/m3)
• Investimento de R$ 5300 reais no kit gás

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Qualificação de Planta de Cogeração ANEEL

• Observa-se os requisitos mínimos, segundo aspectos de


racionalidade energética, para o reconhecimento da
qualificação de centrais termelétricas cogeradoras, com vistas
à participação nas políticas de incentivo ao uso racional dos
recursos energéticos. De acordo com o parágrafo 2° do artigo
4° da resolução normativa 235 da ANEEL de 14 de Novembro
de 2006, uma central cogeradora preenche os requisitos
mínimos de racionalidade energética mediante o
cumprimento das seguintes inequações:

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Qualificação de Planta de Cogeração ANEEL
Et
 15%
Ef
E t  energia da utilidade calor [kW ]
E f  energia da fonte [kW ]

Et E
 X  e  Fc %
Ef Ef
E e  capacidade de energia eletromecâ nica instalada [kW ]
X e F%  fatores retirados da tabela existente
no parag.1o do artigo 4o da resolução

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Qualificação de Planta de Cogeração ANEEL
Configuração topping
• O calor residual do processo de geração de energia
eletromecânica é recuperado para geração de calor útil (+
comum)

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Configuração bottoming
• O calor residual do processo de geração de energia térmica
útil é recuperado para geração de energia eletromecânica

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da Vinci
Demanda (kW)
Perfis de demanda

Energia elétrica

Energia térmica

hora

Energia térmica útil: vapor, água gelada, água quente, ar quente etc

Qual delas um sistema de cogeração deve atender prioritariamente?

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Estratégias de operação
• Paridade elétrica:

– Em qualquer instante, a potência elétrica gerada é


igual à potência elétrica demandada;

• Se a energia térmica cogerada for maior que a energia


térmica demandada, o excedente é rejeitado para o
ambiente (ou termoacumulado, quando aplicável);

• Se a energia térmica cogerada for menor que a energia


térmica demandada, um gerador térmico auxiliar
complementa a demanda.

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Estratégias de operação
• Paridade térmica:

– Em qualquer instante, a potência térmica gerada é


igual à potência térmica demandada;

• Se a energia elétrica cogerada for maior que a energia


elétrica demandada, o excedente é vendido para a rede;

• Se a energia elétrica cogerada for menor que a energia


elétrica demandada, o complemento é adquirido da rede.

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Ciclos padrão

Ciclo Fluido Máquina


Rankine Vapor Turbina a vapor
Otto Ar Motor de combustão interna (centelha)
Diesel Ar Motor de combustão interna (compressão)
Brayton Ar Turbina a gás
Compressão de vapor Vapor Refrigerador

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Ciclo de Rankine
• Fluido de trabalho:

– Muda de fase;
– Não muda de composição;
– Combustão externa.

• Processos:

– Evaporação isobárica;

– Expansão adiabática;

– Condensação isobárica;

– Compressão adiabática.
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Ciclo de Rankine
2
Wt

Qq

3
Qf
Wb
2
4
1
Qq
temperatura
Wt
1

Wb Qf
4 3
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Ciclo de Rankine
• Parcela significativa das plantas de cogeração do Brasil:
– Turbinas de extração/contra-pressão;
– Resíduos industriais como combustível;
– Açúcar e álcool;
– Papel e celulose;
– Baixa eficiência (20-35%);

• Geração termelétrica de grande porte:


– Turbinas de condensação (em ciclo combinado com TG);
– Carvão mineral ,óleo e gás natural como combustível;
– Aumento de eficiência:
• pré-aquecimento de condensado;
• reaquecimento de vapor;
• diminuição da pressão de condensação;
• aumento da temperatura e pressão do vapor.
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Estudo de caso – Exemplo 1
• Bagaço de cana: Ponto P T h s
– PCI = 6000 kJ/kg; (MPa) (°C) (kJ/kg) (kJ/kgK)
1 2 120.4 506.6 1.530
• Caldeira: 2 2 400 3248 7.127
– 18 t/h 3 0.2 120.2 2707 7.127
– ηc = 0.82 4 0.2 120.2 504.7 1.530

• Calcule: P2 = 2 MPa
T2 = 400 °C
– potência líquida;
– consumo de combustível.
– eficiência do ciclo;
P3 = 200 kPa
X3 = 1

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• Wtv = h2 – h3 = 3248-2707 = 541 kJ/kg
• Wb = h1-h4 = 506,6-504,7 = 1,9 kJ/kg
• Wliq = 541-1,9 = 539,1 kJ/kg
• Wliq = mv * Wliq = 5 * 539,1 = 2695,5 kW
• mcomb = (mv*Dhcal) / (rend*PCI)
• Mcomb = (5*(3248-506,6))/(0,82*6000)
=2,786 kg/s
• Rend=Wliq/Ecomb = 2695,5/(2,786*6000) =
0,16125

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Turbinas a vapor

• Apresenta ampla faixa de: potência, condição do vapor e


configurações de projeto;
• Possuem dois elementos principais:
– Fixo – estator: fluido adquire energia cinética à custa de
perda de pressão (Princípio de Bernoulli);
– Móvel – rotor: transforma em movimento rotativo (energia
mecânica) a energia cinética do fluido;
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Turbinas a vapor
• Em cogeração, a classificação mais relevante é quanto à
saída do vapor:
– Contrapressão
– Condensação

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Turbinas a vapor
• Turbinas de contrapressão:
– concepção mais simples, nas quais o vapor sai a uma pressão
maior ou igual à pressão atmosférica.
– Permite extração em estágios intermediários.

• Vantagens:
– Simplicidade;
– Menor custo;
• Minimização de água para resfriamento;

• Desvantagens:
– Maiores para uma mesma potência;
– Dependência entre potência de eixo e carga térmica;
– Pouca flexibilidade no atendimento de demandas térmicas e
elétricas.

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Turbinas a vapor

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Turbinas a vapor
• Turbinas de condensação:
– O vapor sai a uma pressão menor que a atmosférica;
– Mais eficientes que as de contrapressão;
– Pressões tão baixas quanto 50 mbar;
– Permite extração de vapor nos estágios intermediários;

• Vantagens:
– Alta eficiência de eixo;
– Pouca dependência entre potência de eixo e carga térmica;
– Flexibilidade no atendimento de demandas térmicas e elétricas;

• Desvantagens:
– Maior complexidade;
– Maior custo;
– Menores eficiências globais em cogeração.

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Turbinas a vapor

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Critérios de performance de plantas de
cogeração
• Rendimento Térmico e Heat Rate
W 3600
T  HR 
Liq
[kJ / kWh ]
 C PCI
m T

• Energy Utilization Factor (EUF) ou Rendimento


Global de Cogeração – 1ª Lei
 Q
(W  )
EUF  G1aLei 
Liq P

 C PCI
m
 eQ
W  são qualidades de energia diferentes
Liq P
Critérios de performance de plantas de
cogeração
• Heat-to-Power Ratio ou relação calor/trabalho
Q
HPR  P

W Liq
• Conceitos de Exergia e Análise Exergética (vide
arquivo anexo)

• Rendimento Global de Cogeração – 2ª Lei


  E x
W
G 2aLei 
Liq VP

m CT PCI
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Heat-to-Power Ratio ou relação calor/trabalho
• Parâmetro que pode ser utilizado em avaliação preliminar
para escolha do tipo de tecnologia a ser utilizada.
• Esta razão apresenta valores típicos dependendo do sistema
utilizado, como podemos ver na tabela abaixo.
• Valores de razão calor-trabalho para alguns sistemas

Sistema Valores
TV de contra-pressão 3,3 a 10
TV de condensação 0,6 a 2,5
Turbina a gás 1,25 a 3,3
Motores 0,4 a 1,25
Ciclo Combinado 0,6 a 1,7
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Critérios de seleção de tecnologias
• Relação CALOR/TRABALHO que caracteriza cada
tecnologia de cogeração.

• Disponibilidade de combustíveis adequados a cada


tecnologia, a custos relativamente baixos

• Impactos ambientais podem afetar de maneira


favorável ou desfavorável.

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Critérios de seleção de tecnologias
• Custo dos investimentos necessários, bem como os
gastos na operação e manutenção dos sistemas.

• Eficiência de conversão do combustível em energia


elétrica.

• Disponibilidade operacional dos sistemas de


cogeração, que influencia a confiabilidade do
sistema elétrico e o custo final do suprimento

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Termoeconomia dos Ciclos a Vapor

Ciclo de cogeração com turbina a vapor


(vide arquivo anexo)

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Ciclo Brayton
• Fluido de trabalho

– Não muda de fase;


– Muda de composição química;
– Combustão interna, contínua

• Processos:

– Compressão adiabática;

– Aquecimento isobárico;

– Expansão adiabática;

– Resfriamento isobárico.
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Ciclo Brayton
– Compressão adiabática;

Qq – Aquecimento isobárico;
P
2 3
– Expansão adiabática;
2 3
Wc Wt – Resfriamento isobárico.
s1 = s 2 s3 = s 4

1 4 1 4

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Ciclo Brayton
η = 1 – 1 / (P2 / P1)(k -1)/k

Razão de compressão: P2 / P1

k = 1.4
eficiência

razão de compressão
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Ciclo Brayton
• Parcela significativa de plantas termelétricas no mundo:
– Alternativa ao uso do carvão;
– Aumento da eficiência com ciclo combinado;
– Forte dependência das condições ambientes;
– Eficiência depende de diversos fatores (20-35%);

• Cogeração:
– Aplicação com elevada demanda térmica;
– Aquecimento distrital.

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Configurações Usuais

 m
WTG
 g h 3  h 4   m
 g  c Pg 3 4 T3  T4 
 m
W C
 ar h 2  h 1   m
 ar  c Par1 2 T2  T1 

2  3  m g h 3  h 2   m g  c Pg 2  3 T3  T2   m c  PCI  cc



Q   
 W
W 
 W
W  W T  TG C
Liq TG C
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m c  PCI
Equações
3600  m
 comb  PCI 3600 g m
m  ar  m
c
HR  
Wliq T
  k 1
   k 1

  P4   
  P2   1  
k
1 T4  T3 1  TG 1   
k
T2  T1 1 
 P1     P3   
 C   

 
 




• T3 = temp. de entrada na TG (900 a 1300 oC)

kJ kJ kJ cP
c Par  1,0037 R ar  0,287 c Var  0,7165 k ar   1,4
kgK kgK kgK cV
kJ kJ
c Pg  1,148 k g  1,333 R g  0,286
kgK kgK

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• Ciclo a gás com regenerador (pré-aquecedor de ar)

reg 
calor real transferido T  T2 
 5
máximo calor possível de ser transferido T4  T2 
T5  T2  reg T4  T2 

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Turbinas a gás com reaquecimento

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Turbinas a gás com inter-resfriamento
na compressão

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Cogeração com Turbinas a Gás

m V h V  h a   8 h 9  h 8 
m
HRSG  
mg  cPg Tg  TCH   mQS  PCI m
   g  cPg T6  T7   m  QS  PCI

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Equações
m V h V  h a   8 h 9  h 8 
m
HRSG  
 g  cPg Tg  TCH   m
m  QS  PCI m g  cPg T6  T7   m  QS  PCI

m V h V  h a  m 8 h 9  h 8 
g  
HRSG  cPg Tg  TCH  HRSG  cPg T6  T7 
m

Onde T6 é determinado aplicando a 1ª Lei no regenerador

 ar  (h 5  h 2 )  m
m  g  (h 4  h 6 )
 ar  c Par (T5  T2 )  m
m  g  c Pg (T4  T6 )
c Pg (T4 )  c Par (T5  T2 )
 ar  m
m g T6 
c Pg

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Exemplo
• Considere um conjunto a gás, operando com recuperador de
calor conforme esquema da figura abaixo. Admita potência de
500 kW entregue ao gerador. Determine o trabalho líquido do
cjto a gás e a eficiência do ciclo com o regenerador (pré-
aquecedor de ar), considerando:
• T3 = 1350 K T1 = 288 K P0 = 101 kPa r1 = P2/P1 = 8
• C = 0,85 TG = 0,87 cc = 0,98 M = 0,99
• reg = 0,80 DPcc = 2% DPreg = 3% DPgás = 4 kPa (perda
de carga no escape dos gases de exaustão) PCI GN = 50.000
kJ/kg
Turbinas a gás
• Utilizadas em sistemas de cogeração de médio e
grande porte;

• Faixa de potência: de poucas centenas de


kilowatts até muitas centenas de megawatts.
– micro-turbinas: dezenas de kilowatts.

• Partida lenta;

• Diversos fabricantes globais:


– General Eletric;
– Roll Royce;
– Alstom;
– Siemens.

• Não existem fabricantes no Brasil.

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Turbinas a gás
• Desempenho varia com a carga;

• Desempenho fortemente afetado pelas


condições ambientes:
– Temperatura
– Altitude
– Umidade relativa

• Potência nominal sempre referenciada


nas condições ISO
– T = 15 °C;
– P = 1 atm;
– UR = 60%).

• Fabricantes disponibilizam curvas de


desempenho em função desses
parâmetros.
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• SELEÇÃO DE TURBINAS A GÁS PARA
COGERAÇÃO (vide arquivo anexo)
• Termoeconomia de ciclos a gás (vide arquivo anexo)

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Motor de combustão interna
• Apresentam eficiências relativamente altas
mesmo em tamanhos pequenos;

• Ampla faixa de potência: 75 kW até 50 MW;

• Boa disponibilidade: 80 a 90%;

• Pouca variação de desempenho com as


condições ambientes;

• Primeira opção para sistemas de cogeração :


– setor terciário;
Wärtsilä – setor industrial (baixa ou média tensão);

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Motor de combustão interna
• Partida rápida:
– Emergência;
– corte de pico (peak shaving);
– geração na ponta.

• Principais fabricantes globais:


– Dresser-Waukesha;
– Wärtsilä;
– Caterpillar;

Dresser-Waukesha

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Motor de combustão interna
• Dissipação de calor:

– Trocas radiativas e naturalmente convectivas entre o


ambiente e superfícies quentes do motor;

– Gases quentes de exaustão;

– Óleo do circuito de lubrificação;

– Água do circuito de arrefecimento;

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Motor de combustão interna
• Recuperação de calor de um
motor:
– rotação,
– potência,
– fator de carga,
– combustão (rica ou pobre),
– fabricante etc.

• As especificações do fabricante
devem ser sempre consideradas
para determinar as
características da recuperação
de calor para uma dada
instalação.

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Unesp/FEG/DEN - Cogeração 72
Motor de combustão interna
• Recuperação calor de motores:

• Calor dos gases de exaustão: geração de vapor ou de


água quente:
– A temperatura dos gases pode ser aumentada através
de queima suplementar na caldeira.
– É necessário suprimento adicional de ar de
combustão para a queima suplementar.
• Calor associado aos circuitos de refrigeração do óleo:
geração de água quente a temperaturas intermediárias
ou para pré-aquecimento.
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Motor de combustão interna
• Recuperação calor de motores:

• Calor associado à água do sistema de arrefecimento:


geração de água quente
– Normalmente utilizada como fonte de calor de uma
máquina de refrigeração por absorção.
– Nesse caso, é comum se recuperar também o calor
dos gases de exaustão para obter maior vazão de
água quente.

Unesp/FEG/DEN - Cogeração 74
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volta
Unesp/FEG/DEN - Cogeração 76
Cogeração e MCI
Configuração típica de cogeração com MCI para produção de água quente e gelada

Figura 2. Possíveis associações para cogeração de energia

(Fonte: Elaboração própria)


Prof. Celso Eduardo Tuna (Fonte: Cogeração Energia
Unesp/FEG/DEN Ltda, 2015)
- Cogeração 77
Produção de eletricidade e água quente

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Resultados da Análise Termodinâmica para de produção de
eletricidade e água quente
Tabela
Figura 20 Distribuição
19.-Distribuição
Distribuição energéticaenergética
energéticapara para com
paraooG3406
G3406 ocom
G3406
gás natural
biogás – Caso
– Caso 1 1

(Fonte: Elaborado pelo autor)


(Fonte: Elaborado pelo autor)
Relação entre produção elétrica [kWe] e capacidade de produção térmica [kWt]

Combustível [kWt/kWe]
Gás Natural 0,5969
Biogás 0,6144
Gás de Síntese 0,5818
Análise econômica para o sistema proposto de produção de
eletricidade e água quente
Custo de produção de eletricidade [US$/kWh]:

( I pl  I TC1  I TC 2 )  f Ecomb  E ge  E jaq  Perdas2


cel   ccomb   cmICE
H  EP EP

Custo de produção de água quente [US$/kWh]: Fator de anuidade:


I TC1  f E jaq  Perdas4 q k q  1 i
caq1   ccomb   cmTC f  k q  1
H  E aq1 E aq1 q 1 100

I TC 2  f E ge  Perdas4
caq2   ccomb   cmTC 2
H  E aq2 E aq2

Perdas = Ecomb – Ep – Ejaq - Ege


Receita anual esperada
Produção de eletricidade e vapor

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Resultados da Análise Termodinâmica para a produção de
eletricidade e vapor
Figura 27 - Distribuição energética para o G3406 com gás natural – Caso 2
Figura 28 - Distribuição energética energética
Distribuição para o G3406 com
para biogás – Caso 2
o G3406

(Fonte: Elaborado pelo autor)


(Fonte: Elaborado pelo autor)
Relação entre produção de vapor [.10-3 kg/s] e potência elétrica do motor [kWe]

Combustível [(.10-3kg/s)vapor/kWe]

Gás Natural 0,1349

Biogás 0,1399

Gás de Síntese 0,1555


Análise econômica para o sistema proposto de produção de
eletricidade e vapor

Custo de produção de eletricidade [US$/kWh]:

( I pl  I TC1  I CR )  f Ecomb  E ge  E jaq  Perdas2


cel   ccomb   cmICE
H  EP EP
Custo de produção de água quente [US$/kWh]:

I TC1  f E jaq  Perdas4


caq1   ccomb   cmTC
H  E aq1 E aq1

Custo de produção de vapor [US$/kWh]:

I CR  f E ge  Perdas4
cV   ccomb   cmSRA
H  EV EV
Receita anual esperada
Produção de eletricidade, água gelada e água quente

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Resultados da Análise Termodinâmica para a Produção de
eletricidade, água gelada e água quente
Figura 32 Distribuição
31--Distribuição
Distribuição energética energética
energéticapara
paraooG3406
G3406para o G3406
com
com biogás
gás – Caso
natural 3 3
– Caso

(Fonte: Elaborado pelo autor)


Relação de produção elétrica [kWe] e capacidade de refrigeração [TR]

Combustível [TR/kWe]

Gás Natural 0,1350

Biogás 0,1399

Gás de Síntese 0,1519


Análise econômica para o sistema proposto de produção de
eletricidade, água gelada e água quente
Custo de produção de eletricidade [US$/kWh]:

( I pl  I TC1  I SRA )  f Ecomb  Eaq  E ag  Perdas2


cel   ccomb   cmICE
H  EP EP

Custo de produção de água quente [US$/kWh]:

I TC1  f E jaq  Perdas4


caq1   ccomb   cmTC
H  E aq1 E aq1

Custo de produção de água gelada [US$/kWh]:

I SRA  f E ge  Perdas4
cag   ccomb   cmSRA
H  E REF E REF
Receita anual esperada
Custos de investimento e manutenção de equipamentos

Trocadores de Calor (BRIZI, et al., 2014):

I TC  60[US $ / kW ] cmTC  0,002[US $ / kWh]

Motor de Combustão Interna (BRIZI, et al., 2014):

I MCI  1200[US$ / kW ] cmMCI  0,015[US $ / kWh]

Caldeira de Recuperação (BRUNO, et al. 1988 e SILVEIRA, et al. 2012):


I CR * f
I CR  6996  211,5  mv [US$] cmCR  0,1 
H  EV
Sistema de Refrigeração por Absorção (BRIZI, et al., 2014):
0, 69
I SRA  3000   E REF  [US $] cmSRA  0,1 
I SRA * f
[US $ / kWh]
 3 H  E ref
Custo de produção em sistemas convencionais

Água quente e vapor em caldeira convencional (SILVEIRA, et al. 2012) [US$/kWh]:

Poleo Poleo
cc _ aq   cm,cc1 cc _ V   cm,cc 2
 cc  cc
Água gelada em sistema de refrigeração elétrico convencional (SILVEIRA, et al. 2012)
[US$/kWh]:
cele C m,ce
cc _ ag  
COP H .E REF
Custo anual de manutenção do equipamento de refrigeração elétrico (SILVEIRA, et al. 2012)
[US$]:
0, 42
 E REF 
C m,ce  8000   
 1790 
Receita anual esperada
Ganho anual com a produção de eletricidade:

Lel  E P  H  (cele  cel )


Receita total para os casos 1, 2 e 3:
Ganho anual com a produção de água quente no TC1:
Laq1  Eaq1  H  (cc _ aq  caq1 ) R  Lel  Laq1  Laq 2

Ganho anual com a produção de água quente no TC2: R  Lel  Laq  LV


Laq2  Eaq2  H  (cc _ aq  caq2 )
R  Lel  Laq  Lag
Ganho anual com a produção de água gelada:

Lag  Eag  H  (cc _ ag  cag )

Ganho anual com a produção de vapor:

LV  EV  H  (cc _ V  cV )
• Exercício: Os gases de exaustão de um motor Diesel são
usados para gerar vapor com seu emprego num processo de
aquecimento; o motor produz 4600 kW e os gases entram a
384oC na caldeira de recuperação, dela saindo a 120oC. Vapor
saturado de 500 kPa é gerado e, após utilização, retorna a
50oC e pressão atmosférica, por bombeamento, à caldeira de
recuperação após ser destinado a um tanque de controle de
flutuações da demanda de vapor. Se a vazão de produção dos
gases do motor é de 8,95 kg/s, determine a vazão de vapor, o
fluxo térmico do processo, as eficiências térmica e global do
sistema, e a razão calor/trabalho, considerando um
rendimento de 80% na caldeira de recuperação e um
consumo específico do motor de 198,6 g/kWh. PCI = 42780
kJ/kg

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• Exercício: Uma empresa necessita de 10 MW elétricos e 15
kg/s de água quente a 65 oC, bem como 2 kg/s de vapor
saturado a 1,2 MPa. Proponha uma configuração com
motores de combustão interna reais em paridade elétrica e
faça uma comparação em termos de rendimento térmico e
global. Qc ch

MCI We

Qa Qrad
a

Qo B

Processo 1

Misturador

f
q
B
Processo 2

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• Motores Catterpilar a gás natural (PCI = 46500 kJ/kg)

Modelo Potência mc mg Tg oC
kW kg/s kg/s
A G3512 607 0,037 1,02 388
B G3516 809 0,049 1,26 450
C G3516B 1410 0,087 2,42 529
D G3520C 1600 0,090 2,80 403
E G3608 1713 0,099 3,36 460
F G3520C 1940 0,112 3,18 513
G G3612 2498 0,135 4,94 413
H G3616 3480 0,205 6,82 365

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Tecnologias alternativas: microturbinas
• Operaram com grande variedade de combustíveis;

• Quando comparadas com motores de combustão interna:


– Maior confiabilidade
– Menor nível de vibrações,
– Menor nível de ruído
– Menor emissões de poluentes (CxHy, CO e NOx).

• São integradas a sistemas de eletrônica de potência:


– Dispensam caixas de redução;
– Permitem operação isolada ou conectada à rede;

• Ainda necessitam de desenvolvimento para se tornarem competitivas;

• Eficiência baixa e fortemente dependente das condições ambientes.

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Tecnologias alternativas: microturbinas
(www.capstoneturbine.com)

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www.capstoneturbine.com
Tecnologias alternativas:
células-combustível
• Operam segundo um ciclo eletroquímico que transforma a energia química do
combustível diretamente em energia elétrica;
– Sua eficiência não é limitada pela eficiência de Carnot, pois não é uma máquina
térmica;

• É o mesmo ciclo de uma célula galvânica comum (pilhas e baterias):


– Nas pilhas, os eletrodos são reagentes;
– Numa célula-combustível, os eletrodos são inertes e os reagentes são
continuamente fornecidos.

• A corrente elétrica é gerada através de reações catalíticas no ânodo e no


cátodo;

• Atrativos: alta eficiência mesmo em carga parcial, modularidade, operação


limpa e silenciosa, resposta rápida de carga, mínima necessidade de
manutenção.

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Tecnologias alternativas:
células-combustível
• Tipos mais comuns:
– PEMFC – Célula combustível de membrana de troca de prótons;
– PAFC – Célula combustível de ácido fosfórico;
– MCFC – Célula combustível de carbonato fundido;
– SOFC – Célula combustível de óxido sólido;

• Células de alta temperatura são mais adequadas para aplicação em


sistemas de cogeração
Potência Temperatura
Célula Eletrólito Eficiência
(kW) (°C)
PEMFC Membrana polimérica úmida 0.001-250 60 máx 0.40
PAFC H3PO4 10-200 180-210 0.40-0.45
MCFC K2CO3/Li2CO3 200-2000 650-700 0.50-0.60
SOFC Y2O3/ZrO2 200-2000 900-1100 0.50-0.60
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Tecnologias alternativas:
gaseificação de biomassa

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Tecnologias alternativas: Gaseificação de Biomassa
Sistema convencional

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Caldeiras de recuperação
• São caldeiras sem chama, que utilizam gases quentes
provenientes de máquinas térmicas;

• Requer maior superfície de troca do que uma caldeira


convencional de igual capacidade;

• A quantidade de vapor gerada depende da


temperatura dos gases de exaustão na saída da caldeira
e do estado do vapor;

• São dimensionadas através do método do pinch point;

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Caldeiras de recuperação

economizador evaporador superaquecedor

condensado vapor superaquecido


vapor saturado gases de exaustão

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Pinch e approach point
temperatura

pinch point
gases
approach point

vapor/condensado

superaquecedor evaporador economizador

seção da caldeira
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Máquinas de refrigeração por
absorção
• Apresenta processos de condensação, expansão e evaporação
idênticos aos de máquinas de compressão de vapor;

• O processo de compressão é o de um líquido, ao invés de vapor:

– Permite uso de fontes de energia de menor qualidade, como calor


residual ou energia solar, para acionamento do ciclo

– Redução significativa do trabalho mecânico;

– Vapor de refrigerante, ao deixar o evaporador, é absorvido em uma


solução líquida, sendo então bombeada;

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• O vapor de amônia a baixa pressão, que deixa o evaporador,
entra no absorvedor onde é absorvido pela solução fraca de
amônia. A solução forte de amônia é então bombeada através
de um trocador de calor ao gerador (onde são mantidas uma
alta pressão e uma alta temperatura). Sob essas condições, o
vapor de amônia se separa da solução devido a transferência
de calor da fonte de alta temperatura.
• O vapor de amônia vai para o condensador, onde é
condensado, como no sistema de compressão de vapor, e
então se dirige para a válvula de expansão e para o
evaporador. A solução fraca de amônia é expandida e retorna
ao absorvedor através do trocador de calor.
Tecnologias disponíveis
• Quanto à capacidade: 30 a 2000 TR (1 TR = 3,516 kW)

• Quanto ao refrigerante:
– H2O(absorvente) NH3 (refrigerante)
• aplicação em processos (T < 0°C)
– LiBr (absorvente) H2O (refrigerante)
• aplicação em ar-condicionado (T > 0°C)
• Obs: Carga térmica ou potência frigorífica à quantidade de calor a
ser retirada de um sistema a refrigeração. Toneladas de
Refrigeração (TR): equivale à quantidade de calor a retirar da água a
0° C para formar 2000 libras de gelo a 0° C, em 24 horas.
2000 lb  144 Btu / lb
 12000 Btu / h
24 h
kcal
1 TR  3024  3,517 kW  12 x 103 Btu / h 1 Btu  1,055 kJ
h
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Custo de Aquisição de equipamentos (FONTES
et. al., 2010

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