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DESCASCADOR MANUAL DE AMENDOIM.

ALTERNATIVA PARA
o pEauENO PRODUTOR
Circular T6cnica n° 29 J SSN 0100-6460
Outubro, 1999

DESCASCADOR MANUAL DE AMENDOIM. ALTERNATIVA PARA O


PEQUENO PRODUTOR

Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva


Luiz Vieira
Vale Orozimbo Silveira
Cawalho Robério Ferreira dos
Santos Roseane Cavalcanti dos
Santos Waltemilton Vieira
Cawaxo
Isaias Alves
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Tiragem: 500 exemplares

Comité de Publicacées
Presidente: Luiz Paulo de Carvalho
Secretâria: Nivia Marta Soares Gomes
Membros: Alderi Emidio Araujo
Eleusio Curvelo Freire
Francisco de Souza
Ramalho José Mendes de
Araujo
José Wellingthon dos Santos
Lficia Helena Avelino Arañjo
Malaquias da Silva Amorim Neto

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Algodâo. (Campina


Grande, PB
Descascador manual de amendoim, alternativa para o pequeno
produtor por Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva e outros.
Campina Grande, 1999.
23p. (Embrapa - CNPA. Circular Técnica, 29)

1. Mecanizacâo Agricola. 2. Amendoim — Descascador Manual.


I. Vale, L.V. II. Carvalho, O.S., III. Santos, R.C. IV. Santos, R.F.V.
Cartaxo, W.V. e VI. Alves, I. VII. Tftulo. VIII. Serie.
CDD 631.3
OEmbrapa 1999
SUMéRlO

Pdgina
g n t d g g 0 4 y 4 g * y g y A ¥ u R g A A 6 W g 0 fl A A 0 0 0 A 0 0 W fl fl 0 fl fl 0 0 A 0 0 R R 0 R Y fl fl * fl fl 0

2. Dimensionamento e Montagem da Mdquina Des-


cascadora...................................................... 07
3. Principio de Funcionamento.............................. 14
4. AvaliaSâo do Desempenho............................... 18
5. Resultados Obtidos......................................... 18
6. Comparagâo entre o Descascamento com a Md-
quina e o Manual........................................... 19
7. Conclusées.................................................... 22
8. Referéncias Bibliogrâficas................................. 23
DESCASCADOR MANUAL DE AMENDOIM, ALTERNATIVA PARA 0
PEQUENO PRODUTOR
Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva*
Luiz Vieira Vale’
* Orozimbo Silveira Carvalho'
Robério Ferreira dos Santoa’
Roseane Cavalcanti doa Santos'
Waltemilton Vieira Cartaxo’
laafas Alves’
1. INTBODU$AO
A regiâo Nordeste ocupa uma &rea equivalente a 18,2B
do territdrio nacional e abriga um ter5o da popuiaS6o brasileira.
£ nesta 6rea que se verifica o maior percentual de deanutri5âo
da populat&a, causada pela car6ncia de alimentos ricos em
protefnas, vitaminas e lipfdios.
Para esta regiâo, o cultivo de plantas oleaginosas e
leguminosaa acsume papel importante, par serem cultures que
apresentam alto valor energ6tico e prot8ico capazes de suprir
as car6ncias nutricionaia da populagao. Neste particular, a
cultura do amendoim torna-se relevante, em fungâo do seu
valor energético e protéico para a alimenta5ao humana e
animal, e para a produ5âo de éleo e matéria-prima para a
indñstria.
Parte da regiâo No rdeste apresenta grande
potencialidade em solo e clime pare a cultivo do amendoim;
entretanto. v4rioa fatores t6m contribufdo para a sua lenta
expan8&o, destacando-se, dentre outros, o baixo nfvel
tecnol6gico utilizado pelo agricultor e a falta de tecnologias
adequedas & sua capacidade de adogao. Para se
incrementar a &rea de produ58o e o nfvel de produtividade
na regiâo, torna- ae necessério o dasenvolvimento de
tecnologias apropriadas
Peaqulsador da Embrapa Algod&, CP 174, CEP b81O7-720, Cempina

! ’In Memorium
6

e capazes de aumentar a capacidade de trabalho do agricultor,


alâm de reduzir os custos de produgâo. E ntre as principais
dificuldades t8cnicas no cultivo do amendoim destacam-se
nâo apenas a escassez de semente melhorada mas,
também. a nâo disponibilidade de equipamentos e mâquinas
agrfcolas adaptadas as necessidades dos pequenos
produtores nas opera¿ées da colheita e pds-colheita, visando
â redugâo do esforgo ffsico despendido e tornando disponfvel
tempo de trabalho para outras atividades na propriedade.
O processo de descascamento das vagens é u ma das
operagées mais caras, morosas e fatigantes, uma vez que nas
pequenas propriedadas rurais o desc a seamen to aind a é
realizado de forma manual, através da pressâo dos dedos
sobre as vagens, para a sua quebra, sendo que um homem é
capaz de descascar, em média, somente 1kg de vagem/hora.
Para simplificar esta operagao nas regiées produtoras de
amendoim dos continentes asidticos e africanos , foram
desenvolvidos equipamentos de acionamento manual, com
base no mesmo princfpio das trilhadeiras de cereais. (Hopfen,
19 70; Central Institute of Agricultural Engneering, 198 1 ;
Carruthers, 1985
e Sing, 1993).
Estas mâquinas consistem de um cilindro ou um semi-
cilindro dotado de pequenos dentes que, ao ser movimentado,
at rita a vagem que se encontra contraposta a uma peneira
chamada °c €incavo °, proporcionando sua quebra e, como
consequ6ncia, a obtengao dos graos.
No Brasil existem mâquinas compostas de cilindro e
c6ncavo, de acionamento manu al, mas apresentam altos
Indices de dano as sementes.
Este trabalho objetiva descrever o desenvolvimento e
a avaliatâo de uma mâquina de acionamento manual para a
operagâo de descascamento das vagens de amendoim.
7

2. DIMENSIONAMENTO E MONTAGEM DA MAQUINA


DESCASCADORA

O processo de dimensionamento e montagem da


m8quina descascadora de amendoim foi procedido de acordo com
as Figuras 1, 2, 3 , 4 e 5 e descrigâo a seguir:
• Chassi: Construfdo com cantoneiras de ferro tipo L, de 1 1/4°
x 1/4° e chapa de ferro de 1/8. A chapa é utilizada para
compor as partes laterais da m4quina e, as cantoneiras, a
sua sustentagâo. Na parte superior do chassi, em todo o seu
contorno, foi colocado um anteparo de chapa de 118°,
formando um tipo de moega para recebimento das vagens a
serem descascadas e, na parte inferior dos p4s, foi colocada
uma barra chata de 1° x 1/8°, que une os pés das partes frontai e
traseira da mdquine, para maior estabilidade.
• Semi-cilindro descascador: Construido nas pa<es laterais
com chapa de ferro de 1/8°. que se unem atrav6s de barras
chatas de 1/2* x 1/8°. Em algumas barras foram colocadas
fileiras eqñidistantes de grampos galvanizados de cerca, que
atuam como elemento principal para a quebra da vagem do
amendoim. No centro do diâmetro imagin6rio do semi-cilindro
confeccionou- se uma armagâo de barras de ferro de 3/4° x
1/8°, onde foram colocados o eixo e a alavanca para
acionamento da mâquina, ambos de ferro redondo, sendo o
eixo com diâmetro de 5/8° e a alavanca com 1°. O eixo foi
fixado ao chassi por meio de mancais com bucha e parafuso
e, junto a estes, foi colocada uma mola cilindrica de
compressâo, que permite a regulagem da altura do semi-
cilindro em relagao ao c6ncavo, de acordo com a quantidade
de vagens em processo de descascamento.
• Tela c6ncava: Construfda com barra chata de ferro de 1/2° x
1/ 8° e vergalhao de 3/16° de diâmetro, colocados em sentido
transversal, um em relagâo ao outro, formando uma tela
curva de malhs de 14,8 x 11mm, por onde fluem a casca e os
graos. A tela tern a forma cilfndrica para acompanhar o
movimento semi-rotacional do seai-cilindro e 4 fixada ao
chassi da
8

mâquina por meio de solda elétrica ou com parafusos, para


permitir a troca por outra tela com malha adequada ao
tamanho das vagens do amendoim.
• A reIa¿âo e a quantidade do material necessârio para a
c on fec g âo da m â qui na d es c a s c a do ra de a m en d
oi m encontram-se na Tabela 1.
9

- ALAVANCA DE ASIO NAMENTO


- ANTEPAfiO OU MOEOA
8 - SEMI- CILINDRO
OESCASEAOOR
1- TELA CQNCAYA
5 - CHASSIS
FIGURA 1. Vista lateral da mâquina descascadora de amendoim e
detalhe dos grampos descarogadores
10

LEGENDA
\ - AL AvANCA OE ACJ‹XtAMEaO
ANTEPARO OJ M0€EA 3 - TEL A C NCAYA

FIGURA 1. Vista lateral da mâquina descascadora de amendoim e


detalhe dos grampos descarogadores
11

LE0EN0A

FIGURA 3. Vista de topo da mâquina descascadora de


amendoim e detalhe da mola reguladora.
12

t. E B E N D A
I - A6AVAHCA ”IANUAL
2 - 9'EUI-0lLfNDRo £fgSCA90ADDR
5 - £ IXO DO 9EMI - CIL INDRO
4 - 6RAMP0 OE CEf$CA $ALVdNlZAO0

FIGURA 4. Vista perspectiva do semi-cilindro


descascador.
13

LECENDA

FIGURA 5. Vista perspectiva da méquina descascadora


de
amendoim
14

i abela 1. RelagQo de materiaia que consthuem a mdquina dea-


cascadora da amendoim

Csrztore s da ferro L, de 1.1/4-x 1/4 m 3,2


Chepa de ferrode I/8de espessszza m’ 1,0
Berra chata de ferro de 1’ x 1/8“ m 6,0
chapaaafe«o&›Aaee»++>xa +’ o.s
B zachatado ferrode 1/2’ x 1/8“ m 12
ere•6•eav•u•eu#'ama •e 1,s
Bazs chats dn ferro de 3/4’ x 1/8" m 1,0
Fsroeax=u<a sA“pcontecgao<&ao m o,a
Ferro redondo de 1• p/oznfeo Bo da 4evanca m 1,o
Mancais da ferro com bucba de bronze p/etxo txdd 2
Mola ciIkx ica ate czaz¥z’asz$o• cornprfmemo - 1",
w#4 2
3 Tela cériceva Verga0›¥o de ferro da 3/1B• m 20,o
Barra chats zoo ferro de 1/2* x m 60
1/8• Eletrodo ok 46 de 1/8" kq
Parafuso de fende c/porca (› ° x 3/t8") p/fixaggo
w#d 70.0
Psrafuao asxtavado c/pores l1“ x 8I6”I p/flxa
0o

Parsfuao sextavedo c/poma l3" x 5/B-) p/ flxep¥o 2,0


dos m xais

3. PRINCIPIO DE PUNCIONAMENTO
A descascadora de amendoim é operada,
preferancialmente, por duas pessoas, ou seja, uma acionando a
alavanca e a outra colocando o material a ser descescado
na moega ou, entâo, atrav4s de um finico oparador, que terd
que executar as duas tarefas (Figura 6). A operagâo de
descascamanto comega com o abastecimento da moega com
aa vagens de amendoim em quantidades uniformes e
contfnuas, momento em que se efetua o movimento alternado
da alavanca lFigura 7). Eate movimento imprime uma fricggo
da vagem sobre o cdncavo, provocando a quebra da mesma,
obtendo-se assim, os graos e fragmentos de cascas que fluem
através das malhas da tela cdnCava, caindo cobra
15

uma Iona de pano ou de plâstico (Figura 8). Por se tratar de um


equipamento simples, o mesmo nâo dispée de um dispositivo de
separacâo da casca dos graos, necessitando, assim, que esta
opera¿:âo seja feita de forma manual, com o auxilio de uma
peneira e do vento para a abanatâo.
16

FIG U RA 6. D eta Ch e do a b a s tec imen to da maquina


descascadora de amendoim
1Y

FIGURA 7. Detalhe do acionamento da mâquina descascadora


de amendoim

FIGU RA 8. Detalhe do amendoim descascado


18

4. AVALIA¿AO DO DESEMPENHO
A mâquina foi avaliada em fungâo da distância entre o
céncavo e o semi-cilind ro, no descascamento de vagens de
amendoim da cultivar BR1.
As principais variâveis analisadas foram:
alcapacidade operacional: determinada pela r ela gâo
qu ant id ade de vag en s des c as cada s/ternp o
de p r o d u¿ â o , c o n s id e ra n d o - s e c o m o un
i d a d e experimental um saco de 20kg de vagens ;
b)forga média de acionamento: determinada por meio
de um dinamݎmetro de mola;
c ) e f i c i é n c i a d e d e s c a s c a m en t o: c a I c u I a
d a consid erando-se resultados obtidos de semente
inteira, semente qu eb rad a, vagem inteira e casca s,
através de amostras de 3 kg de amendoim em casca,
qu e f o r a m I e v a d a s â m â qu i n a , p a r a o
descascamento ;
d ) f r e qu én c i a d o m o v i m e n t o d a a I a v a n c a
de acionam ento: foi determinado considerand o-se um
ciclo do movimento de vai -e-vem da alavanca em
relacâo â sua posicâo or iginal;
e) c ustos de produ câo: para os custos fixos foram
consid erad os os seguintes it en s: depreciac âo , juros
do capital e alojamento. Para os custos variâveis,
reparos, manutencâo da m âquina e mâo-de-obra.

5. RESULTADOS OBTIDOS

Pelos e nsa ios r ealiz ad os, o mel ho r desempe nho da


mâ quina descascadora em funtâo da distância do semi-cilind ro
em reIa¿âo â tel a céncava, foi a abertur a de 12mm, ou sej a, a
dis tan c ia da extrem idade do grampo ao céncavo. Ne sta
co ndic âo , a performance da mâquina foi a seguinte:
19

• capacidade de descascamento 113,0 kg/hora


• forga média para o acionamento 98,0 N
• semente inteira obtida em 3kg de 1715,0 g
vagens
• percentual de semente inteira em
relagao
aos 3k8 de vagens 57,046
• semente quebrada obtida em 3kg de vagens 128,0 g
• percentual de semente quebrada em relagao aos
3kg de vagens 4,3$$
• vagem inteira obtida em 3kg de vagens 186,0 g
• percentual de vagem inteira em relagâo
aos
3 kg de vagens 5,56
• casca obtida em 3kg d6 va8ens 989,0 g
• percentual de casca obtida em 3kg de vagens 32,9’b
• freqi?9ncia de movimanto da alavanca de
abonameno/min 41,0

Obs: O material utilizado para aa avaliag6es apresentou os


seguintas valores para o teor de umidade: cascas =
14,76; semente = 6,7B.

g. coMPARA$4O ENTRE O DESCA6CAMENTO COM


A Md‹QUlNA E O MANUAL
Com reIaj¿ao ao desempenho por hora da m&quina
descascadora frente ao descascamento manual, observa-
se, na Tabela 2, que a mesma apresenta capacidade média
de descascamento 113 vezes maior que o processo
manual, diminuindo em 1O’b a quantidade de semente
obtida e apresentando, em média, 4,3’A de semente
quebrada, nâo dascascando 5,56 de vagens. Por se tratar
de um equipamcnto simples, nao realiza a separagao da
casca da semante nem catagao e selegao da semente que,
normalmcnte, sa realizam de forma simult6nea no processo
manual; no entanto, deve-se ressaltar que a porgâo de
samentes quebradas pode scr
20

aproveitada para fins industriais e as vagens inteiras s8o


aquelas de paqueno tamanho Icom 1 a 2 sementes/vagam)
que passam através da8 mathas da tela c6ncava e que
apresentam pouco valor comercial.
€m termos econ6micos, o dasempenho da m8quina 4
bem superior ao do descascamento manuel de amendoim,
apesar do processo com a m&quina ter um custo por hora
bem maior, como se observa na Tabela 3. A diferenga est6 na
cepacidade de beneficiamento, que torna o custo total, pare o
descascamento de um quilograma de vagem e obtenyao de 1
quilograma de semente, utilizando a m4quina 66 e 186,
respectivamente, dequele proporcionado pelo descascamento
manual, como se pode verificar na Tabela 4.
O descascamento manual 6 praticado apenaa par
pequenos produtores ruraia, quando neceasitam de semente
para o plantio, devido 6 melhor qualidade da semente resultsnte
nes te p roe a s s o. V al e salient ar que, normalmente , a
comercielizag4o da produgao 4 feita na forma de amendoim
em casca, pelas dificuldades que se tern para descascar o
produto manuatmante; no entanto, se o fizessem em forma de
grâo ou semente, obteriam uma receita bem maior pois.
aegundo dedos obtidos por Santos (19901 atrav6a da
EMATER- PB, EBDA, HIDROSERVICE-AL e CPATC-SE, na
época de safra normal, que no Nordeste ocorre nos meses de
maio a agosto, o prego do amendoim em casca tern-se
situado em R6O, 70/ kg, enquanto que, comercielizado em
semente, este valor passa a ser entre R61,5O s R62.OO, o
que equivale a um incramanto m4dio da ordem de 1506.
Diante do exposto, observa•se que a adog9o da
m&quina descascadora permitiré maior facilidade nessa
opera$âo, sl4m de propiciar maior agregaS&o de valor ao
produto, aumentando a renda lfquida do produtor.
21

Tabela 2. Desempenho da mdquina descascadora frente


ao descascamento manual. Campina
Grande, 1998

MANUAL 1,0 67 0,0 0,0 30,0 0.00 0,0

OMN 113,0 57 4,3 6.5 33.0 4b,0 6,O

Capacidade da descascamento

Tabela 3. Custo dos doia proces8os de descaacamento do


amendoim. Campina Grande, 1998

Mtq. Descacadora Desc.Manual


IRB/h) (R6/h)
CUSTOS FIXOS/HORA
Juros do capital ' o,os -
Depreciagño da m8quina 0,11 -
Reparasâo e manutencâo 0,12 -
Alojamento 0,01 -
CUSTOS VARI VEIS/HORA
Mao-de-obra pera acionamento da m&quina 1,40
Mâo-de-obra p/Iimpeza da semente 1,37
Mao-de-obra pare o descascamento 0,63
manual
CUSTO TOTAL/HORA 3,05 O,03
O valor de aquisigâo da m&quina descascadora foi estimado em
R84OO,00
22

Tabela 4. Custo total em (RS) para o beneficiamento de um kg de


vagens e obteng&o de 1 kg de sementes nos dois
processos de descascamento de amendoim.
Campina Grande, 1998
Mgquins Dsscascamant
Descascadora o Manual
Custo total para deecascamento de 1kg de
0,03 0,63
vagem Custo p/separa5ao/catsGao e sale56o de
o.› i
de 1kg 0, \ 7 0,94
Custo totai p/ obtencâo de 1kg de semente

7. CONCLUSéES

• A mâquina descascadora de amendoim apresenta capacidade


operacional de descascamento equivalente ao trabalho
de 113 pessoas.
• Para que haja um perteito descascamento das vagens 4
necess8rio que estas estejam secas, preferantemente ao
sol, com teor de umidade entre 12 a 1496.
• Em termos de desempenho economico, a simples
adogâo da m4quina poder6 reduzir os custos do
descascamento do amendoim em 82'¥•, quando
comparado com o processo manual
+ O percentual de 4,3’b de quebra das sementes e 5,56 de
vagens inteiras que restam no processo de
descascamento, esta dentro dos padrâes normaiñ obtidos
por mâquinas similares para esta operagao em outros
pafses.
• A malha da tela c&ncava de dimensoes 14,8 x 11mm é
recomendada para a cultivar de amendoim CNPA BR 1 e
outes cultivares cujas vagens apresentam tamanho e
formato similares.
23

8. REFER3NCIAS BIBLIOGRAFICAS

CARRUTHERS, I. Tools for agriculture: a buyers to


appropriate equiment. London: Intermediate Technology,
1985. 264p.
CE NTRAL INSTITUTE OF AGRICULTURAL ENGENEERING.
Development and evaluation of proceseing equipment. Nabi
Bagh, India, 1981. 63p.
HOPFEN, H.J. Aperos de labranza para las rcgiones aridas y
tropicales. Roma: FAO, 1970. p. 83-109 (FAO. Cuadernos de
Fomento Agropecuario 91I.
SANTOS R.C. dos. Viabiliza¿âo tecnoldgica para o cultivo do
amendoim no Nordeste . Campina Grande: EMBRAPA - CNPA,
1996. 48p.
SINGH, G. Development of unique groundnut decorticator.
Agricultural Mchanization in Asia, Africa and Latic America,
v.24, n.1, p.55- 64, 1993.
Agradecimentos

A participa$âo de ORLANDO LEANDRO GOMES• , foi Mestre de


Manutencâo da Embrapa Algodâo, de vital importância no
desenvolvimento do protétipo do Descascador manual de amendoiiT\.

* In memorium

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