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REFRATÁRIOS
APLICAÇÃO
Iberê R. Duarte
Joinville
10/2004
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS.............................................................................................................5
1 FORNO INDUÇÃO SEM NÚCLEO MAGNÉTICO....................................................6
2 PARTES DO FORNO INDUÇÃO SEM NÚCLEO MAGNÉTICO............................7
3 REFRATÁRIO DA TAMPA...........................................................................................8
4 BICA.................................................................................................................................10
5 CONCRETO DA BOBINA............................................................................................13
6 ISOLANTE......................................................................................................................15
7 ISOLANTE DO ANEL SUPERIOR.............................................................................16
8 ANEL SUPERIOR E INFERIOR.................................................................................17
9 REPARO DO ANEL SUPERIOR.................................................................................18
10 BLOCO EXTRATOR....................................................................................................20
11 SENSOR DE CORRENTE DE FUGA - ARANHA.....................................................21
12 REVESTIMENTO REFRATÁRIO..............................................................................23
12.1 TIPOS DE REFRATÁRIOS......................................................................................23
12.1.1 AÇOS........................................................................................................................24
12.1.2 FERROS FUNDIDOS – FC/FE................................................................................24
12.1.3 LIGAS DE ALUMÍNIO...........................................................................................25
12.1.4 LIGAS DE COBRE..................................................................................................25
12.2 AGENTE SINTERIZANTE......................................................................................25
12.3 REVESTIMENTO DO FUNDO DO FORNO.........................................................26
12.3.1 VIBRADORES E COMPACTADORES.................................................................26
12.3.2 PROCEDIMENTOS PARA O FUNDO...................................................................29
12.4 GABARITOS...............................................................................................................31
12.5 REVESTIMENTO LATERAL..................................................................................34
12.5.1 VIBRADORES E COMPACTADORES.................................................................34
12.5.2 PROCEDIMENTOS PARA A LATERAL..............................................................36
12.6 SINTERIZAÇÃO........................................................................................................39
12.6.1 REFRATÁRIO ÁCIDO – SÍLICA...........................................................................39
12.6.2 REFRATÁRIO NEUTRO – ALUMINA.................................................................42
13 CONSUMO TÍPICO......................................................................................................43
14 DESGASTES TÍPICOS NO FORNO INDUÇÃO.......................................................46
14.1 SUPERAQUECIMENTO..........................................................................................46
14.2 TRINCAS.....................................................................................................................49
14.3 SPALLING..................................................................................................................49
14.4 EROSÃO/CORROSÃO.............................................................................................50
14.5 ENGROSSAMENTO/DEPOSIÇÃO.........................................................................51
14.6 SATURAÇÃO.............................................................................................................52
14.7 CONTROLES DO DESGASTE................................................................................53
15 REPAROS.......................................................................................................................53
16 EXTRAÇÃO DO REFRATÁRIO.................................................................................55
17 TRATAMENTO E CONTROLE DAS TORRES DE REFRIGERAÇÃO...............55
17.1 ÁGUA...........................................................................................................................55
17.2 TIPOS DE SISTEMAS DE RESFRIAMENTO.......................................................56
17.3 PROBLEMAS NA TORRE DE REFRIGERAÇÃO...............................................57
17.4 CONTROLES.............................................................................................................58
17.5 CUIDADOS DIÁRIOS DO OPERADOR NA OPERAÇÃO DA TORRE............58
17.6 ÍNDICES DE ESTABILIDADE AO CARBONATO DE CÁLCIO.......................59
2
17.7 ÍNDICE DE CORROSIVIDADE DE LARSON-SKOLD.......................................59
18 MANUTENÇÃO PREVENTIVA EM FORNOS INDUÇÃO A CADINHO............61
18.1 OBJETIVOS................................................................................................................61
18.2 BOBINAS.....................................................................................................................61
18.3 PENETRAÇÃO DE METAL....................................................................................62
18.4 REVESTIMENTO BOBINAS...................................................................................63
18.5 RECUPERAÇÃO DE BOBINAS..............................................................................64
18.6 SHUNTS.......................................................................................................................66
18.7 ESTRUTURA DOS FORNOS...................................................................................67
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................70
3
INTRODUÇÃO
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AGRADECIMENTOS
ALTONA
Rua: Engº Paul Werner, 925 – Blumenau / SC
Participante: José Schmitz
EMBRACO
Rua: Dona Francisca, 12500 – Joinville / SC
Fundador: Ildefonso Finta Filho
Participante: Luiz G. Cardoso
FUNDIÇÃO TUPY
Rua: Albano Schmidt, 3400 – Joinville / SC
Fundador: Mauro Müeller
Participantes: João Gonzaga Medeiros, Ilson Reinert, Fernando C. dos Santos, Gilberto R. Chaves
e Jaime dos S. Júnior
METALÚRGICA RIOSULENSE
Rua: Emílio Adami, 700 – Rio do Sul / SC
Participantes: Rivelino de Abreu
OMIL
Rua: Dr. Getúlio Vargas, 1660 – Ibirama / SC
Participantes: Demilson R. da Silveira, Jailson J. Schmidt e Alcione Martins
SCHULZ
Rua: Dona Francisca, 6901 – Joinville / SC
Participante: Ivaldo J. dos Santos
WEG MOTORES
Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3000 – Jaraguá do Sul / SC
Fundador: Célio Alberto Eisenhut
Participantes: João O. Ramos, Vanderlei N. Machado, Cícero C. M. Breis e Amarildo S. Rocha.
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1 FORNO INDUÇÃO SEM NÚCLEO MAGNÉTICO
Os fornos a indução sem núcleo magnético são equipamentos que tem como
característica principal operar como unidade de fusão. O material refratário deve ser
selecionado de forma a atender as exigências pertinentes ao processo de trabalho. Os fatores
de desgastes básicos são as altas taxas de aquecimento, agitação do banho, ciclos térmicos e
presença de escórias agressivas. Objetiva-se obter no revestimento as camadas distintas de
material sinterizado, semi sinterizado e em pó em contato com o cimento da bobina.
Este tipo de forno é composto de um cadinho de material refratário monolítico, envolto
por uma bobina indutiva. A bobina indutiva é constituída de um tubo de cobre em espiral,
pelo qual circula água de refrigeração, bem como corrente alternada, quando em operação. A
bobina forma ao seu redor um campo magnético que induz na carga metálica correntes
Foucault. Estas correntes aquecem a carga. Na parte externa da bobina, ao redor, são fixados
núcleos externos feitos de pacotes (shunts) de chapas silicosas de aços especiais para
transformadores, com o objetivo de concentrar o campo de magnético.
6
Atualmente a maioria dos fornos indução sem núcleo magnético são revestidos com
materiais secos de sílica. A natureza e o desempenho dos revestimentos refratário, entre
aspectos mecânicos e elétricos e especialmente o custo do refratário por tonelada de metal
produzido, são fatores decisivos para a economia do forno indução sem núcleo magnético. Já
é reconhecido e aceito, que o material seco de sílica ainda oferece a mais favorável relação
econômica entre a vida do revestimento e o custo. No entanto não deve ser negligenciado os
possíveis efeitos nocivos da sílica sobre a saúde dos profissionais envolvidos com o processo
de manutenção e troca do revestimento refratário.
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Legenda da Fig. 2:
1-Carcaça da tampa
2-Refratário da tampa
3-Bica
4-Reparo do anel superior
5-Anel superior
6-Entrada e saída da água
7-Bobina
8-Cimento da bobina
9-Isolação ou mica
10-Refratário
11-Anel inferior
12-Aranha
13-Bloco extrator
14-Shunt
15-Isolante do anel superior
3 REFRATÁRIO DA TAMPA
Tabela 1 – Exemplo de alguns concretos usados nas tampas dos fornos indução.
O desgaste geralmente desta região ocorre em locais mais próximos da bica em função
da proximidade com o metal, desgaste central, devido respingos e desgaste mecânico, ao
prensar a carga fria no forno com a tampa.
8
Fig. 3 – Exemplos de âncoras.
9
Fig. 5 – Pé de galinha para L < 125 mm, a esquerda e para L> 125 mm a direita.
4 BICA
10
Fig. 7 – Orientação para a confecção da bica.
11
Fig. 8 – Orientação para a confecção da bica do forno indução.
Tabela 2 – Exemplos de alguns refratários usados nas bicas dos fornos à indução.
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5 CONCRETO DA BOBINA
Serve para formar uma superfície lisa, cônica que proteja a bobina contra penetração.
Materiais
São aqui empregados concretos refratários de pega hidráulica. A mistura é preparada
de tal forma que fique pastosa e aderente a bobina. O teor de umidade varia em função da
granulometria do produto, a faixa usual se situa na faixa de 8 a 17%, sendo a média em
torno de 10 a 12%. A aplicação geralmente é feita com o uso de colher de pedreiro e
réguas para fazer o nivelamento e a conicidade. A secagem é feita com o uso de
aquecedor elétrico a resistência (pinheirinho), ao ar ou com um bloco de ferro e o forno
ligado em baixa potência. O tempo de secagem é longo (50 à 60h). No caso de bobinas
com perfil de tubo redondo, a fixação do concreto é melhor, existe maior segurança, pois
o concreto penetra entre as espiras, conforme a figura abaixo. Para bobinas com perfil
quadrado isto não ocorre.
1-Bobina
2-Concreto da bobina
3-Refratário
4-Metal líquido
Fig. 9 – Detalhe do concreto da bobina.
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Conicidade: é recomendável uma conicidade de cerca de 1,5% do topo ao fundo ou cerca
de 1 cm/m.
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6 ISOLANTE
Atualmente são usadas isolantes a base de mica, a base de amianto não devem ser usadas
em função do perigo à saúde dos instaladores, já está comprovado que o amianto provoca
câncer. Além deste fator, o uso de amianto reduz a camada de pó no refratário, na região
próxima da bobina, ou seja, há um aumento na camada dura, sinterizada, devido seu forte
efeito como isolante térmico, isto provoca propagação da trinca através da região sinterizada e
facilita a penetração de metal até bem perto da bobina.
Esta camada de material isolante é aplicada com o objetivo de servir como barreira para
uma eventual penetração de metal e para facilitar o deslizamento do refratário durante a
expansão e contração e também facilitar na extração com o sistema de extração hidráulico,
que empurra todo o refratário com um pistão hidráulico acoplado no fundo do forno. A mica é
um isolante elétrico e não térmico, com o tempo carboniza ou esfarela. As mantas são base de
material cerâmico. Algumas fundições não usam o material isolante. Usuários de mica,
recomendam que a mesma seja colada na parede, a fim de evitar a formação de bolsa de ar,
fato já ocorrido.
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regula a transmissão térmica entre a carga líquida e bobina controlando a
sinterização do cadinho.
facilita a compactação da massa por socagem ou vibração pela sua superfície
lisa.
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Fig. 13 – Isolante do anel superior.
Também são usados blocos pré-moldados e tijolos montados com massa refratária. É
muito importante que o bloco fique bem seco, principalmente o anel inferior, o excesso de
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água poderá condensar na bobina e apresentar corrente de fuga durante a sinterização. No
caso de fornos grandes estes blocos são concretados no local.
O reparo do anel superior sofre manutenção de acordo com o tipo de liga que é
produzida e do método de carregamento, existem fundições que não procedem ao reparo,
deixam para fazer tudo novo na troca de revestimento. Está região sofre agressão mecânica da
carga sólida no carregamento e agressão térmica, em função da exposição ao ar. Para evitar o
desgaste prematuro recomenda-se também, manter o forno sempre fechado e evite
temperaturas altas (acima de 15000C, no caso de refratário a base de sílica, para ferros
fundidos). Com o uso de massas de socagem é possível fazer pequenos reparos (diários) com
mais freqüência.
Com o uso de um gabarito varias fundições fazem o reparo com a mesma massa seca do
revestimento refratário. Com o gabarito é possível então fazer o garfeamento do material e
com o auxílio de um soquete fazer o acabamento. É importante que a quebra do refratario
nesta região seja chanfrada para melhor proteção da bobina. Em fundição de ferro fundido é
possível fazer a massa do anel com maior teor de óxido de boro (fundente da sílica) na sílica
do, a sinterização desta região pode então ser obtida, enchendo-se o forno até este local.
18
Fig. 16 – Reparo do anel superior.
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10 BLOCO EXTRATOR
20
Muitos fornos ainda não possuem tal recurso instalado, neste local existe uma base que
pode ser também na forma de um bloco ou base feita com tijolos.
Mn Si
AISI C máx. P máx. S máx. Cr Ni Outros
máx. máx.
17,00
10,50 a
304L 0,12 2,00 1,00 0,045 0,030 a
13,00
19,00
22,00
12,00 a
308 0,20 2,00 1,00 0,045 0,030 a
15,00
24,00
24,00
19,00 a
310 0,08 2,00 1,50 0,045 0,030 a
22,00
26,00
16,00
10,00 a Mo 2,00 a
316 0,03 2,00 1,00 0,045 0,030 a
14,00 3,00
18,00
Notas:
1. A utilização de um material inadequado na confecção da aranha poderá desgastar e formar
cavidades no fundo do forno, na região próxima a aranha, que está em contato com o
metal.
2. A função da aranha é dar contato com o banho metálico.
3. A altura da aranha depende da espessura da massa.
4. O espaço vazio do parafuso de fixação da aranha deverá ser preenchido, para evitar perda
de refratário.
Monitoramento de Fuga:
Os mais modernos fornos a indução equipados com sistema de fuga (aterramento) usam
ligação entre a bobina e o eletrodo de aterramento. A corrente do terra é proporcional ao
tamanho do forno e por conseqüência a resistência do forno é determinada pelo fabricante.
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Monitoramento do Sistema de Fuga em Fornos a Indução:
Função da aranha:
A função da aranha é aterrar o banho, e isso ocorre através do contato elétrico direto entre
a aranha e o metal fundido. A ponta da aranha deve estar projetada no banho. O banho
metálico deve ser aterrado toda a vez pelo arranjo da aranha. Isso é essencial para assegurar
que o refratário reparado ou novo seja protegido pelo fio de cromo-níquel instalado na base
do refratário e não prejudicar o revestimento, com o qual se previne o contato elétrico.
- Instalar a aranha de aço inoxidável níquel-cromo nos blocos da soleira antes que a base seja
vibrada e socada.
- Quando se usa uma forma é aconselhável assegurar que há condução elétrica entre a forma
(na soleira do forno) e a haste da aranha.
- Perceber que a ponta da aranha deverá sobressair do refratário, e nas primeiras corridas
pode formar pequenos furos na base do refratário. Algum metal residual pode permanecer
nos furos, mantendo a interligação elétrica.
- Se numa inspeção se pensar que o fio da aranha é curto demais, para manter a interligação
é necessário soldar um novo comprimento de fio. Tomar muito cuidado na remoção do
refratário para que se tenha área suficiente para soldar. Na reposição do refratário assegurar
para não cobrir a ponta da haste da aranha.
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Precauções necessárias para utilização da aranha;
- Leituras de fuga de terra indicam falhas incipientes do refratário, mas não devem ser
usadas como indicação isolada da condição do refratário.
- O sistema de fuga de terra deve ser somente desensitizado para a primeira fusão após
revestimento novo. Em nenhuma circunstância o sistema de fuga de terra deve ser
desensitizado durante operação normal do forno.
- Oscilação do forno através de indicação de alta fuga de corrente não pode ser ignorado.
- Alta fuga de terra pode indicar falhas que não sejam do refratário, como vazamento de
água, depósito de carbono nas espiras, contaminação com pó metálico, e problemas na
isolação da bobina. Estas possibilidades devem ser consideradas se indicação da fuga de
terra for detectada.
- Sob hipótese alguma o sistema de fuga de terra deve ser desativado.
- É imprescindível verificar no manual do equipamento os procedimentos a serem tomados,
caso o sistema indicador de corrente de fuga entre em operação, no caso em que o
miliamperímetro indicar zero ao apertar o by pass, o passo seguinte consistirá em
fechamento da válvula de refrigeração da bobina, esvaziamento do forno e depois
reabertura cuidadosa da válvula de refrigeração da bobina.
12 REVESTIMENTO REFRATÁRIO
Os revestimentos refratários dos fornos indução sem núcleo magnético na maioria dos
casos são do tipo massa seca, que é aplicada por processo de compactação manual e/ou
mecanizada do tipo vibratória, sendo a pega do tipo cerâmica, ou seja, ocorre sob alta
temperatura uma sinterização, o uso de concreto é refratário também existe, sendo mais
comum para fornos de ligas não-ferrosas. O uso de concreto refratário aumenta muito o tempo
de aplicação em função do tempo necessário para a secagem.
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12.1.1 AÇOS
Como pode ser visto na tabela acima o refratário usado em ferros fundidos é do tipo
ácido, a base de silíca e usa como agente sinterizante o óxido de boro ou ácido bórico.
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Tabela 10 – Exemplos de distribuição granulométricas encontradas em refratários para ferro
fundido, usadas em fornos a indução.
O material refratário para cobre e ligas de cobre pode ser do tipo ácido, básico e
neutro. O uso de um ou outro refratário vai depender do tipo de óxido predominante na
escória, em função dos elementos de liga que governam as reações químicas.
O óxido de boro e o ácido bórico são usados como agentes sinterizantes nos refratários
silicosos, o uso do óxido de boro permite que a sinterização do cadinho seja processada em
menor tempo, fazendo-se do uso de carga líquida oriunda de um outro forno. No caso do
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ácido bórico a sinterização deve ser do tipo sólida, muito mais lenta. O ácido bórico tem cerca
de 46% de água. Se for adicionado ferro liquido em um revestimento com ácido bórico vai
haver uma evolução de vapor muito rápida, o que provocará danos ao refratário, buracos e
lascamentos. Entretanto, o teor de óxido de boro pode variar em função do tamanho do forno,
da temperatura de uso e das regiões do forno. O uso excessivo de óxido de boro reduz a vida
útil do refratário. A tabela abaixo, sugerida por um fornecedor de refratário apresenta os
teores de ácido bórico e óxido de boro em função do tipo de metal a ser produzido.
Fig. 20 – Vibrador “cross”, para compactar o refratário do fundo do forno, tipo circulo
completo.
Fig. 21 – Garfo tipo tridente usado para retirar o ar do refratário do fundo e das paredes
laterais, de 1/2”.
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Ao usar os garfos é importante não encostar na base de sustentação dos dentes, para
não haver uma falsa socagem.
27
Fig. 24 – Garfo modelo meia lua ou tridente.
28
12.3.2 PROCEDIMENTOS PARA O FUNDO
Cuidados importantes:
A abertura dos pacotes de massa deve ser feita de tal forma que não gere pedaços de
embalagem sujeitos a serem misturados com a massa refratária.
O uso de uma peneira para com malha de cerca de 10mm para passar a massa seca a
fim de evitar a entrada de corpo estranho junto.
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4t = 160 mm
8t = 220 mm
16t = 325 mm
18 t = 360 mm
Equipamentos:
Para forno grande, use vibrador tipo Bosch (elétrico), alta frequência.
Não compactar excessivamente, evitar segregação.
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12.4 GABARITOS
Material:
Quanto ao material usado para confeccionar o gabarito, geralmente é indicado o aço
comum ao carbono do tipo 1010 ou 1020, laminado a quente.
Espessuras:
A espessura, em fornos pequenos, com capacidade para até 500kg, pode ser de cerca
de 1/8” (3,17 mm), fornos médios, até cerca de 3 t varia de 1/8” a 3/16” (3,17 a 4,57 mm)e em
fornos maiores, cerca de 4 a 18 t é usado chapa de 1/4” a 3/8” (6,35 a 9,39 mm).
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Fig. 27 – Gabarito reto, reboco cônico. Fig. 28 – Gabarito e reboco cônicos.
Conicidade:
Na figura 27 o gabarito é reto e o reboco da bobina é cônico, isto é feito por quem usa
sistema de extração hidráulico do refratário, mas, isto forma um funil entre o gabarito e o
cimento da bobina e pode favorecer a formação de empilhamento coesivo do refratário na
base do funil, desta forma ocorre o risco de baixa densidade do refratário nesta região. A fim
de evitar a baixa densidade nesta região aconselha-se que o gabarito possua uma conicidade
de cerca de 2 cm/m e o cimento da bobina uma conicidade de 1 cm/m, desta forma fica
garantido que o refratário possa adquirir a densidade necessária em toda a extensão da parede
lateral do forno, a figura 28 esquematiza.
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Fig. 29 – Recomendação de um fornecedor de refratário para o formato do gabarito.
Acabamento:
Quanto ao acabamento externo o mesmo deve ser liso, sem rebarbas ou excessos de
soladas, sem amassamentos e sem partes soltas que possam se desprender durante o processo
de compactação e adensamento do refratário. Não deve ser aplicado tinta de fundo ou de
acabamento.
Muitas empresas adotavam gabaritos com furos ao longo da parede com o objetivo de
facilitar a saída de ar, foi observado que através destes orifícios ocorre o escape de óxido de
boro e separação de finos, gerando segregação e prejudicando a sinterização nestes locais. A
maioria da empresas utilizam atualmente o gabarito do tipo perdido, gabarito reaproveitado é
utilizado em empresa que possui fornos entre 16 a 18 t. No caso de gabarito reutilizável o uso
de um papel corrugado (ondulado de um lado e liso do outro) com 3mm de espessura, colado
na parte externa do mesmo é importante
Instalação do gabarito:
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bem preso é necessário o uso de calços de madeira e réguas que ficam presas a
determinados pontos na carcaça do forno, usa-se também carregar o gabarito com um
pouco de ferro gusa, para dar firmeza ao mesmo durante o processo de vibração. A
quantidade de calços de madeira varia de 3 a 4, dispostos radialmente. Com o uso de um
prumo é possível verificar se o mesmo está perpendicular em relação ao fundo.
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Fig. 32 – Vibrador “cross”. Fig. 33 – Vibrador “cross”instalado.
Vibrador Klein
Atualmente existe um novo vibrador no mercado, chamado Klein, é de fácil uso e gera
alta densidade no material compactado. O processo de compactação se baseia no efeito de
marteladas ou batidas, o mesmo possui três braços, sendo que cada braço é uma unidade de
compactação. O equipamento é ativado por ar comprimido. Para o manuseio do mesmo é
necessária uma ponte rolante ou talha. O vibrador inicia a compactação a uma altura de 5 cm
do fundo do gabarito, depois de aberta a válvula de ar a vibração inicia e o vibrador gira
lentamente ao redor do seu próprio eixo. A compactação começa pela parte inferior e vai
subindo até o topo do gabarito. Durante a compactação deve-se ir adicionado material
refratário. A operação termina quando o vibrador atinge uma distância de aproximadamente
20 cm abaixo do topo do gabarito.
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Fig. 36 e 37 – Vibrador Klein em funcionamento.
O pessoal envolvido não deve carregar nos bolsos ou qualquer outra parte do corpo
ou roupa objetos que poderão cair na massa refratária.
A abertura dos pacotes de massa deve ser feita de tal forma que não gere pedaços de
embalagens sujeitos a serem misturados com a massa refratária.
O uso de uma peneira com malha de cerca de 10mm para passar a massa seca é
importante, a fim de evitar a entrada de corpo estranho.
Para assegurar uma correta densidade de compactação sugere –se que seja controlada a
quantidade de refratário usado a cada novo revestimento e o tempo de vibração.
36
12.5.2.3 Fornos pequenos, até cerca de 500kg.
Forno para fusão de ferro fundido com aplicação do revestimento por vibração:
Caso 1:
Gabarito é fixado com régua na carcaça do forno;
Vibrador é fixado em 4 pontos no interior do gabarito com 4 réguas madeira;
Coloca todo o refratário, cerca de 500kg;
Garfeamento durante 5 minutos;
Vibração fixa, em um local do gabarito;
Tempo de vibração de 8 minutos;
Caso 2:
Gabarito não é fixado;
Vibrador é fixado em 4 pontos no interior do gabarito com 4 réguas de madeira;
Coloca o refratário em camadas de 50kg;
Garfeamento durante 1 minuto para cada camada;
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Após completado a colocação do refratário, faz vibração durante 8 minutos em um
ponto.
Forno para fusão de ferro fundido com aplicação do revestimento por vibração:
Colocação do gabarito com muito cuidado. O gabarito deve ser centrado com
espaçadores de madeira de forma evitar movimentos durante a compactação.
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Encha a parede lateral com o material refratário e usando uma vara com 15mm de
diâmetro vá retirando o ar, a cada 150mm, para assegurar que qualquer bolsa de ar seja
removida.
Instale o motor vibrador na estrutura do “cross”. Em fornos com diâmetro menor que
1m instale o “cross” no meio da altura do gabarito.
Posicione as 4 madeiras de forma que fiquem bem apoiadas nas paredes do gabarito.
Conecte a bomba hidráulica e aplique a pressão adequada.
Libere a tensão da ponte ou grua que sustenta o conjunto do vibrador.
Abra a válvula em baixa pressão, deixe vibrar por 20/30s, se necessário pare e aperte
mais o conjunto.
O tempo de vibração e velocidade vai depender do tamanho do forno, pressão do ar
usada e do tipo de refratário.
A vibração deve continuar por cerca de 3 minutos e então parar.
A superfície deve ser garfeada e mais material deve ser colocado, a vibração deve
prosseguir por mais 3 minutos para completar a operação.
Remova o vibrador e proceda com as orientações de limpeza e lubrificação do mesmo.l
Socagem Manual
Capacidade do forno Número de homens Tempo socagem/camada de 5 a 8 cm
em toneladas Fundo Laterais
Até 1 2 7 7
1a3 4 10 10
3a6 4 10 – 15 10
6 a 10 4 15 – 20 10 – 15
12.6 SINTERIZAÇÃO
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12.6.1.1 Sinterização - Generalidades
Quando sinterizar com carga líquida, o gabarito pode ser aquecido tanto indutivamente
quanto com um maçarico a gás ou óleo, até a temperatura de 800 a 1000 oC, antes de
adicionar o ferro ou o aço líquido.
Para obter uma adequada camada sinterizada, no mínimo 2 ou 3 fusões devem ser
realizadas após a fusão de sinterização ou deixar o forno cheio com carga líquida por 3
a 4 horas antes de desligar o forno.
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Aumentar a potência e elevar a temperatura para cerca de 50oC acima da temperatura
de trabalho, manter por 1 a 2 h.
Esvaziar o forno.
Pintar o gabarito com uma mistura de grafite e óleo ou cobri-lo com papelão ondulado.
Inserir, centrar e nivelar o gabarito dentro do forno.
Colocar o refratário conforme as instruções adequadas para este fim.
Aquecer a forma com um maçarico a gás ou óleo ou indutivamente, na taxa de 150oC/h
até cerca de 400oC e manter por 1 hora.
Usar termopares do fundo até o topo para garantir a distribuição homogênea da
temperatura.
Resfria a forma com ar comprimido até uma temperatura menor que 100oC ou até que a
mesma não tenha mais contato com o revestimento.
Retirar a forma verticalmente com a talha ou ponte rolante, com cuidado.
O forno está preparado para sinterização pelo método da sinterização sólida ou um dos
métodos de sinterização líquida apresentados a seguir.
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Nota: Em todos os métodos de sinterização é importante fazer de 5 a 10 corridas ou manter
no mínimo 5 horas metal liquido, antes de resfriar o forno.
O carbono equivalente não deve ser muito alto na liga durante a sinterização, no caso
de ferro fundido.
Fig. 39 – Exemplo de uma curva de sinterização padrão para refratário de sílica em forno de
indução.
Fig. 40 – Exemplo de uma curva tipica de sinterização de um refratário com 87% de Al2O3 e
10% de MgO, usado para fusão de aços em forno para 2t.
42
Fig. 41 – Exemplo de uma curva tipica de sinterização de um refratário com 82% de Al2O3 e
14% de MgO, usado para fusão de aços em forno para 400kg.
13 CONSUMO TÍPICO
43
A tabela abaixo apresenta a média do consumo de refratário por tipo de metal.
Fig. 42- Exemplo do desempenho de refratário de sílica em forno indução para ferro fundido.
Fig. 43- Exemplo do desempenho de refratário de sílica ao longo das campanhas em forno
indução para ferro fundido.
44
Fig. 44- Exemplo do desempenho de refratário de sílica ao longo de vários anos em forno
indução para ferro fundido.
Fig. 46 – Rendimento do refratário neutro (Al2O3 e MgO) em um forno indução pequeno com
capacidade para 400kg de aço.
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14 DESGASTES TÍPICOS NO FORNO INDUÇÃO
14.1 SUPERAQUECIMENTO
46
Fig. 49 – Diagrama que apresenta a energia livre para a formação de óxidos.
47
Fig. 50 – Diagrama que orienta para escolha da temperatura limite do metal com o objetivo de
evitar a redução da sílica pelo carbono do metal em função da elevada temperatura.
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14.2 TRINCAS
14.3 SPALLING
49
Efeitos do acúmulo de água no revestimento refratário:
Spalling por vapor;
Problemas elétricos com o sistema de fuga;
Pouca formação de superfície quente;
Falha a terra;
Expansão excessiva de MgO hidratado;
Ebulição do metal;
Deslocamento vinculado até a bobina, do sistema ligante.
Choque Térmico:
As mudanças ou variações de temperatura, desenvolvem tensões dentro do revestimento
refratário;
Quando a diferença de tensões supera a tensão de ruptura do refratário, estas tensões
podem causar o início de trincas ou a propagação de trincas já existentes;
O choque térmico é a formação incontrolável de gretas nos refratários sinterizados que
ocorrem uma vez que o revestimento do refratário se resfria depois que já tenha sido
fundido o metal.
14.4 EROSÃO/CORROSÃO
50
Causado por aquecimento de um nível de metal mais baixo a altas temperaturas durante
muito tempo ou por uma alta densidade de potência (Kw/Ton);
Resultado de má prática de carregamento ou causada por sistema de aspiração;
Ataque rápido das escórias na superfície do metal líquido;
Falta de sinterização ou ataque químico por fluorita ou perlita;
Causado pelo ataque nos fornos de espera com flutuações no nível do metal;
Devido a um inadequado posicionamento do molde em relação às espiras ativas, ou
acrescentar C no fundo antes de completar a sinterização do forno. Similar a C;
14.5 ENGROSSAMENTO/DEPOSIÇÃO
Deposição:
Deposição é um acúmulo de óxidos insolúveis e/ou outros compostos ao longo da parede
do refratário a temperatura do metal fundido;
Os compostos insolúveis podem resultar de elementos pesados da carga dos materiais,
adições de ferro-ligas e desgaste do refratário;
A deposição pode causar:
Profunda sinterização da superfície quente;
Saturação/penetração do metal;
Redução do nível de potência aplicada no banho;
Trincas nos refratários;
Redução da capacidade do forno.
51
Deposição das escórias com alto ponto de fusão:
Causa: Acontece quando a sílica e a alumina entram em contato com altas temperaturas.
Natureza: A escória é densa, dura e normalmente tem aparência cinza ou escura, contendo
mais de 50% de ferro, quantidades apreciáveis de alumina e sílica que reagem para
produzir mulita (pf 1810ºC).
Porque se formam:
Pequenas quantidades de alumínio no metal ou de outras fontes de Al se oxidam, as
quais reagem com o revestimento de sílica ou escória ácida.
Retorno de fundição com coberturas de areia de moldar.
Uma escória ácida pode entrar no forno com refratários aluminoso.
A oxidação de silício do ferro fundido (durante a espera) produz sílica que se
combinará com um revestimento aluminoso.
Fontes de Óxidos:
Carga;
Aditivos – SiC, elementos para mescla;
Refratários;
Escória coagulante;
Oxidação: presença de oxigênio, temperatura e tempo.
14.6 SATURAÇÃO
52
Outros fatores que influem:
A potência e freqüência da bobina;
A introdução de compostos de baixo ponto de fusão;
A densidade fixada do refratário;
As condições da superfície quente.
Controle visual;
Medições elétricas;
Medições físicas – 50 a 60% do desgaste da espessura;
15 REPAROS
53
Reparos no fundo:
Retirar todo o refratário sinterizado e preencher com refratário novo, socagem com
garfo.
Um disco de ferro fundido é colocado sobre o refratário para evitar erosão.
O tempo de sinterização é o mesmo de um refratário totalmente novo.
54
16 EXTRAÇÃO DO REFRATÁRIO
ANTES HOJE
Demolição
Manual – 4 a 8 h Push out – 0,5 h
Instalação do Revestimento
Manual – 4 a 12 h Vibrado – 2,5 h
Sinterização
Sólida/Elétrica – 12 a 20 h Líquida – 4 a 8h
Total = 30 h Total = 11 h
17.1 ÁGUA
A água “in natural” nunca é pura, mesmo quando proveniente de uma precipitação da
chuva, teve contato com impurezas do ar. Devido ao grande poder de dissolução, as
impurezas contidas na água da chuva, são substancialmente aumentadas no contato com o
solo. Daí, a necessidade de purificar e condicionar a água antes do uso.
ppm (partes por milhão) – é uma unidade utilizada para expressar a concentração
(g/m ) de uma substância.
3
55
las ocorrendo a precipitação devido a água ter um limite para sua capacidade de
dissolver um sólido.
ex: sal de cozinha (cloreto de sódio) ou o açúcar.
Alguns dos fatores que tornam a água um excelente meio de resfriamento é o de poder
absorver grandes quantidades de calor por umidade de volume, por não se expandir e nem se
comprimir significativamente dentro da faixa de temperatura normalmente usada, além de não
se decompor.
Desinfecção Industrial
São processos que têm como objetivo destruir microorganismos, bem como oxidar matéria
orgânica e íons metálicos.
Cloração Simples – consiste na aplicação de cloro na água, sem receber outros tipos de
tratamento.
Ozônio: é uma forma gasosa instável de O3, obtida pela ação ionizante de um campo elétrico
sobre o oxigênio.
Obs: a ação esporicida e bactericida do ozônio é de 300 a 3000 vezes mais rápida que a do
cloro.
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Sistema semi-aberto de recirculação (condensadores evaporativos) – atualmente mais usado
nas indústrias para troca de calor.
Incrustações: impurezas contidas na água que podem depositar-se e ficar presas nas
tubulações. As causas são: Impurezas como cálcio, magnésio, ferro, sílica, sólidos suspensos
(material biológico); Contaminações do processo; Tratamento inadequado; Ausência de
tratamento.
Os efeitos são: Redução do rendimento térmico; Corrosão por deposição; Aumento de custo e
paradas não programadas; Diminuição da vida útil dos equipamentos.
Para evitar as incrustações adiciona-se produtos químicos chamados dispersantes (polímeros),
os que reagem com as partículas, evitando sua precipitação e aderência as superfícies .
Arraste Excessivo: em uma torre é à saída de gotas de água, junto com o ar no topo. Faz
parte do projeto da torre, pois é inerente ao processo de resfriamento. Está ligado a problemas
mecânicos e torna-se prejudicial ao sistema. Suas causas são: Danos no separador de
gotículas; Bicos distribuidores e canaletas obstruídas; Vazão de recirculação alta demais;
Fluxo de ar na torre elevada.
Os efeitos são: Diminuição da eficiência térmica; Aumento da umidade para a região,
acelerando o processo corrosivo externo; Favorece o crescimento microbiológico na parte
externa.
Para evitar o arraste excessivo verificar problemas mecânicos e inspecionar periodicamente os
bicos e canaletas.
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Distribuidores de Água Obstruídos: Suas causas são: - As impurezas da água são
provenientes do ar (arei), contaminação do processo ou externa e detritos jogados no circuito
(cigarro, fósforo, plástico, pano, borracha, etc.) e podem provocar entupimentos nos
distribuidores de água, principalmente se associado a substâncias ligantes (óleo, graxa).
Seus efeitos são: Redução do rendimento da torre; Deposição / incrustação acentuada na regra
abaixo do distribuidor obstruído; Corrosão localizada na serpentina.
Como evitar: Eliminar fonte de contaminação; Inspeções periódicas; Parada para manutenção
e limpeza das canaletas e bicos distribuidores; Uso de dispersantes (polímeros).
17.4 CONTROLES
Descarga: é a remoção de uma pequena porção de água concentrada da torre, para manter no
sistema o nível máximo permitido de impurezas.
Descarga Insuficiente – Aumentam as impurezas no interior da torre de resfriamento,
possibilitando a formação de deposição / incrustação.
Descarga excessiva – Aumento no custo do tratamento; Diminuição do residual de
produto no interior da torre de resfriamento.
A verificação das tendências da água, com base nos índices de estabilidade (tendência
a pitting) e agressividade ao fibrocimento, é de grande importância na diagnose de problemas
e na recomendação e controle de um programa de tratamento.
Conhecendo os limites de solubilidade para determinada água, sob condições
conhecidas de temperatura de película em equipamentos, é possível, prever ou diagnosticar as
causas de deposição / incrustação que não dependem do tipo de fluxo.
58
Consideração Preliminares
Perguntas
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3-Quais os valores máximos e mínimos de alcalinidade e acidez?
Valores máximo de pH e alcalinidade são específicos de cada programa de tratamento
químico. Por exemplo, para o tratamento convencional, a base de fósforo / zinco o pH
recomendado fica entre 7,0 e 8,5. Já no tratamento de ciclos de concentração (descarga zero),
o pH dever ser mantido acima de 80.
4-O que fazer para evitar ou diminuir o descarte de água nas torres?
Para reduzir ou cortar as descargas das torres de resfriamento é necessário a utilização de um
programa de tratamento químico, especialmente formulado para controlar os processos
incrustantes e corrosivos (Continuum AEC da BetzDearborn), nessas condições
extremamente críticas, de elevadas concentrações de sólidos tanto dissolvidos como
insolúveis e em suspensão.
8-A água de descarte das torres pode ser tratada por processos biológicos, em especial se
misturada a esgotos sanitários? Caso afirmativo, quais seriam os processo mais indicados?
Sim, o tratamento das águas da purga das torres pode ser tratada biológicamente. O processo
mais recomendável demanda estudos dos contaminantes presentes. Em alguns casos o
tratamento físico – químico é imprescindível.
60
18 MANUTENÇÃO PREVENTIVA EM FORNOS INDUÇÃO A CADINHO
18.1 OBJETIVOS
18.2 BOBINAS
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Fig. 51 e 52 – Carbonização da bobina.
Água
Energia Elétrica são três fatores que não combinam.
Metal Líquido
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Fig. 53 e 54 – Aranha e penetração de metal.
Revestimento Iso, não ultrapassa 1500 Wolts, não ultrapassa a 2 KV (Kilo Volts).
Revestimento Line Isolated – material de alta resistência a elevação de temperaturas, com
boa flexibilidade, permitindo uma grande impermeabilidade. Resiste a uma temperatura
entre 130 a 170ºC, acima de 170ºC começa a carbonizar. É isento de porosidade, é usado
para até 7KV.
Line Isolated com fibra de vidro para 10 KV, eleva o grau de rigidez di-elétrica do
isolante, é flexível. Vida útil de 3 anos.
Pastoflex com fibra de vidro para 5 KV, não é tão flexível, a partir de 100ºC carboniza.
Vida útil de 1,5 a 2 anos.
Usam revestimento de fibra de vidro nas primeiras espiras (topo) e nas últimas espiras
(fundo).
100% das fundições de 1º mundo já não usam mais amianto.
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Fig. 57 e 58 – Revestimento ISO e revestimento LINE.
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Recalandrar – para o diâmetro original. Consiste na utilização de um mandril para o
trabalho de esticamento, fazendo-a voltar ao normal. Processo totalmente manual.
Aplicação de resinas em camadas: normalmente são aplicadas quentes aumentando a
aderência.
Secagem de resinas – ação do ligante, aderência maior.
Alinhamento vertical – montagem das espiras ativas e não ativas.
Instalação dos suportes de madeira – aparafusados na bobina. Entre a madeira e a bobina é
colocado material de isolação di-elétrico e térmico.
Procedimentos na Fábrica:
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18.6 SHUNTS
66
18.7 ESTRUTURA DOS FORNOS
Forno ABB:
É isolada a bobina com mica, não deixando a bobina respirar. Mudaram a forma de colocação
do amianto, deixando frestas para saída de umidade.
Se o fundo do refratário for danificado por super aquecimento, devido ao engaiolamento do
material, pode ocorrer uma explosão pelos lados.
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Forno Steel Shell:
1º prepara-se o fundo;
Após coloca-se a bobina;
Apertasse os shunts;
Interligação hidráulica;
Interligação das mangueiras;
Extração do refratário no fundo do forno (por trás).
Notas:
1. Coletor de gases – pode ser colocado na boca dos fornos, em qualquer forno.
2. Posição dos cabos - todos os cabos devem estar amarrados juntos, com material de alta
isolação térmica. Fazem a prensa e depois a solda para que as cordoalhas não se
soltem do cabo.
3. Módulo de resfriamento – uma forma de fazer a manutenção preventiva e corretiva
mais rápido seria a colocação de todos os equipamentos e instrumentos de refrigeração
ao lado do conversor, como: painel, moto bomba, indicadores de temperatura.
4. Semicondutores – são responsáveis por 90% das paradas da fundição.
5. Mangueiras de alta isolação são fundamentais para todos os fornos de indução
10KV.
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Fig. 75 e 76 – Coletor de gases e cabos protegidos com tecido de amianto.
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BIBLIOGRAFIA
Lafarge Refractories – Lining Materials for Coreless Induction Furnaces – Catálogo Ref.
No S 109 E, 06/2001.
Lafarge Refractories – Refratários para Fundições – Catálogo – Síderos – São Paulo, SP.
Lafarge Refractories – Mica para fornos a indução – Síderos – São Paulo, SP.
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Serv Melt Empresa do grupo Inductotherm que se dedica a treinamentos e serviços de
manutenção preventiva, corretiva, preditiva em fornos indução a cadinho. Palestra
proferida para o grupo da COINFU.
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