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SOCIESC
FUNDIÇÃO
Iberê R. Duarte
OUTUBRO/2004
JOINVILLE
SUMÁRIO
V= 2gH
Onde:
V = velocidade do metal
g = aceleração da gravidade
H = altura de vazamento
A formula acima é verdadeira se o fluxo de metal ocorre em condições ideais sem perdas
de carga, mas, na prática o fluxo de metal está sujeito a perdas por fricção e mudança de
viscosidade o produz a perda de energia.
Fig. 1 – Vazão em função da área do ataque e da altura de vazamento.
2 FATOR DE PERDAS
Em consideração a perda de energia no sistema de canais um fator de perdas pode ser
introduzido nos cálculos. O fator de perdas () representa a redução total de velocidade ou vazão
a qual o metal esta sujeito no sistema de canais. A figura 2 apresenta que o fator de perda é
afetado geralmente por dois fatores, por outro lado a perda de energia no sistema de canais e na
peça é as vezes causada também pela contrapressão de gases na cavidade do molde, ou método
incorreto de vazamento e de outra maneira a viscosidade do metal que depende principalmente da
composição química, temperatura de vazamento e do tipo de metal.
V= 2gH
Qg = P/t
O mesmo metal pode passar através do canal com a vazão (Q) e pode ser descrito sob a
vazão volumétrica, que é dada pela velocidade do metal (V) que atravessa a secção transversal do
canal (A), temos assim a seguinte expressão matemática:
Qv = V . A
Podemos igualar as duas formas de vazão, para isto, deve-se multiplicar a vazão
volumétrica pela densidade (d) da liga em questão, temos então a seguinte expressão matemática:
P/t = d . V. A
Agora é possível então calcular a seção do canal de ataque com a seguinte expressão
matemática:
Peças com bolhas de gases, os gases presos no sistema de canais de distribuição pelo
sistema turbulento entrará na cavidade do molde e farão parte da peça.
Inclusão de areia, a turbulência do metal poderá erodir grão de areia que serão
arrastados para a cavidade do molde.
Inclusões de escórias, escórias produzidas no metal não poderão subir para a superfície
do metal no funil de vazamento, pois a coluna de metal não é contínua.
O tempo total para o enchimento do molde será maior em relação a um sistema onde
ocorre o enchimento simultâneo de todas as peças, o qual pode gerar defeitos causados pelo
calor excessivo no molde.
Na figura 5 as áreas dos canais de distribuição e ataques foram reduzidas e então o sistema
de canais foi cheio em tempo menor, causando o seguinte:
A figura 6 apresenta outro caso de um sistema com fluxo não continuo nos canais. As áreas
dos canais de distribuição são bem proporcionais e após uns poucos segundos o sistema de canais
está cheio. No terceiro segundo (Fig. 6A), ambos as cavidades começam a encher quase
simultaneamente.
Fig. 6 – Vazamento do molde com sistema de canais de distribuição correto, mas com áreas de
ataques muito pequenas.
Após 5 segundos o molde parece estar cheio, o fluxo de ferro ultrapassa o topo do funil e o
operador interrompe o vazamento (Fig. 6B). A fila de molde faz o movimento para frente, mas o
nível de ferro no funil baixa (Fig. 6C). A razão para este acontecimento é devido à ocorrência de
um fluxo muito pequeno de metal através dos canais de ataque, em outras palavras, existe um
choque muito grande ou diferença de relação de áreas muito grande entre canais de distribuição e
ataques.
Tempo enchimento = 3 e 4s
Tempo enchimento = 5 e 6s
Tempo enchimento = 7s
Fig. 7 – Teste feito com interrupção do vazamento em um molde com seqüência de enchimento
não simultânea em todas as cavidades.
7 NOMOGRAMA PADRÃO
A Disamatic recomenda o nomograma padrão para calcular os sistema de canais. O
nomograma da figura 8 une os fatores da formula para calculo da área da secção do canal de
ataque e é fácil de usar.
Para uso do monograma é necessário ter os seguintes dados:
Fig. 8 - Nomograma padrão para calcular canais de ataque para ferros fundidos.
O tempo total máximo de vazamento deve ser menor que o tempo do ciclo de
moldagem da máquina (t).
O tempo do ciclo da máquina (t2) é a soma tempo do ciclo de moldagem (t) e o tempo
de transporte do molde, após o vazamento (t1), que normalmente é de 2 a 3 segundos.
O tempo total de vazamento (T2) deveria geralmente ser o mais curto possível e sempre
menor que o tempo do ciclo de moldagem (t).
T + T1 < t
onde:
Tabela 1 – A tabela abaixo é um guia para determinar as distâncias entre peças e bordas das
placas modelos, somente para as máquinas Disamatic modelos 1013, 2120/B e 2130/B.
Levando em consideração que não serão necessários machos e massalotes para este exemplo,
o layout pode ser conforme se apresenta à figura 12.
t2 = 3600s/h = 10 s/molde
360 moldes/h
-Deduzir o tempo para transporte do molde (t1), que é dado pelo ciclo de moldagem é de 2 s.
t = 10 – 2 = 8 s
-Deduzir o tempo para encher o sistema de canais (T1), que é de 2 s, tem-se então o tempo para
encher a cavidade das peças.
T<8–2=6s
-Fator de perdas = 0,5
H1 = 150 mm
H2 = 250 mm
H3 = 350 mm
Dados de saída do nomograma da figura 13, para as áreas dos canais de ataque:
A1 = 50 mm2
A2 = 40 mm2
A3 = 33 mm2
Tabela 2 – Dados de entrada e de saída usados no exemplo para a determinação da secção dos
canais de ataque.
Fig . 14 – Área dos canais de ataque e de distribuição foram obtidas diretamente do nomograma
usando-se os dados da tabela 1.
Tabela 3 – Dimensões padronizadas para a cota A e respectivas áreas para os canais primários.
No 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
a 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
(mm)
Área 75 108 147 192 243 300 363 432 507 588 675 768 867 972 1063 1200
(mm2)
A área (A4) do canal primário vertical deve ser suficiente para levar o fluxo de metal que
vai alimentar os canais de ataque que estão conectados neste canal primário.
Portanto:
Fig. 17 – Forma final dos canais de ataque e dos canais primários calculados no exemplo.
A forma final dos canais de ataque e dos canais de distribuição é apresentada na figura 17.
Para um melhor controle do fluxo, canais primários verticais cônicos deveriam ser usados,
conforme a figura 18 apresenta.
Transferência do metal para o sistema de canais deve ser feita da maneira mais rápida
possível para que se obtenha a pressão metalostática do sistema, a qual foi usada para calcular
as áreas dos canais de ataque.
Possua um desenho e tamanho tal que corresponda à vazão (kg/s) para o qual o sistema
foi dimensionado.
Evite a formação de respingos de metal.
Assegure a separação primária de escórias, permitindo que impurezas e escórias possam
ficar na superfície do banho.
Impeça a formação de excesso de metal sobre a superfície do molde.