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SISTEMA DE ENCHIMENTO
Caetano Monteiro
Departamento de Engenharia Mecânica
1
Para produzir uma peça metálica por fundição, introduz-se o metal fundido numa cavidade de forma correspondente
à da peça a obter, moldada num material adequado, onde solidifica.
A peça fundida só poderá, porém, resultar perfeita se o modo de o metal entrar na cavidade a ele destinada obedecer
a um certo número de condições.
Em muitos casos, será necessário estabelecer uma rede de canais de abastecimento bastante complicada. O conjunto
destes elementos destinados a levar o metal até à peça, designa-se por "gitagem" ou, preferivelmente, "sistema de
gitagem".
Sem perder de vista que o sistema ideal de gitagem é aquele que contribui para a produção de uma peça sã, com o
mínimo de metal gasto em gitos, um sistema de gitagem eficiente deverá:
a) Impedir a formação de películas soltas de óxido e a passagem destas para a peça;
b) Impedir o arrastamento de ar ou gases no jacto metálico;
c) Evitar a erosão da moldação ou macho;
d) Criar condições favoráveis ao arrefecimento e alimentação da peça.
2 - CARACTERÍSTICAS DO ESCOAMENTO
À superfície dos materiais fundidos em contacto com o ar, forma-se rapidamente uma camada de óxido metálico.
Esta oxidação depende do tipo de metal, sendo sobretudo considerável em ligas de alumínio e determinadas ligas de
cobre. Se o escoamento for calmo, a película superficial não se fragmenta e vai situar-se à periferia da peça, o que,
segundo alguns autores, melhora o aspecto desta. Se, pelo contrário, o líquido tiver um escoamento de forma
turbulenta, a película de óxido pode romper, sendo os seus fragmentos arrastados para o interior da veia líquida e
podem ir localizar-se em qualquer ponto da peça, ocasionando defeitos.
Donde, para satisfazer à primeira condição anterior - "impedir a formação de películas soltas de óxidos e a
passagem destas para a peça" - impõe-se que o enchimento não seja excessivamente rápido.
Mas, mesmo com velocidades baixas, podem criar-se zonas de turbulência em certos pontos:
- curvas em ângulo vivo (fig. 2)
- alargamentos e estreitamentos (fig. 3)
2
Por isso, impõe-se ainda que todas as curvas e mudanças de direcção do sistema sejam arredondadas e os
alargamentos e estreitamentos graduais, tal como se representa também nos esquemas da figura 3.
De qualquer modo, o primeiro metal que penetra na moldação progride com uma agitação considerável, projecção
de gotas (salpicos) e enrolamentos da frente de avanço sobre si mesma. A agitação nesta fase do enchimento é tanto
mais forte quanto mais extensa for a queda na vertical. Quando o primeiro metal chega ao fim do sistema de
enchimento e atinge a entrada da peça, os canais começam então a encher totalmente e acabam os salpicos e
projecções.
Como todo o processo descrito se passa num curto espaço de tempo, pode considerar-se que a peça se enche
praticamente com os canais plenos de metal, que se escoa de uma forma calma e quase constante, mercê de um
sistema de gitagem bem calculado.
Não se deverá perder de vista, porém, que embora a fase inicial agitada seja de curta duração, convém que o metal
nela alterado seja levado a situar-se fora da peça (prever purgas de óxidos).
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Em segundo lugar, indicou-se como função de um sistema de gitagem: "impedir o arrastamento de ar ou gases".
Efectivamente, os defeitos de origem gasosa, caracterizados pelo aparecimento na peça de cavidades de paredes
lisas e forma geralmente esférica, localizadas na superfície ou situando-se imediatamente abaixo da camada
superficial solidificada, são conhecidos de todos os fundidores (ver Figura 4).
Também o desenho e dimensionamento defeituosos do sistema de gitagem podem provocar a inclusão de gases ou
ar na peça, quer por aspiração, quer por arrastamento.
Há arrastamento quando o metal líquido, que se encontra em contacto com o ar através da moldação porosa, ao
deslocar-se com velocidade elevada, arrasta consigo um caudal de ar. Daqui advém mais uma razão para limitar a
velocidade de enchimento.
A aspiração de gases através da moldação, pela criação de depressões, isto é, de pressões inferiores à atmosférica, é,
porém, mais frequente. É provável a formação de depressões em canais verticais de secção constante.
Neste caso, representativo de muitos canais de descida, a depressão acentua-se da base para o ponto de ligação do
gito à bacia de vazamento. E, muito embora todas as depressões tendam a anular-se à medida que o metal sobe na
peça, poderá ser impossível eliminar completamente a depressão em canais de descida de comprimento
considerável.
Não é, portanto, aconselhável adoptar uma secção constante para os canais de descida de grande altura, devendo
preferir-se um gito afunilado com uma secção no fundo inferior à secção junto à bacia de vazamento.
Nos alargamentos de secção, a secção menor é também zona provável de depressões. Igualmente se verificam
depressões não estacionárias nas zonas de turbulência indicadas nas figuras 2 e 3, para curvas em ângulo vivo e
alargamentos bruscos de secção.
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3 - MODO DE ENCHIMENTO
Chama-se modo de enchimento ao método de fazer chegar o metal à cavidade que dará forma à peça. Ao definir o
modo de enchimento devem-se ter em conta os seguintes factores:
- Economia de material;
- Forma de solidificação da liga;
- Forma geométrica das peças;
- Sensibilidade à oxidação;
- Resistência das moldações;
- Enchimento completo.
1 Retornos: Em fundição é o conjunto dos componentes necessários à fabricação de peça, como sistemas de alimentação e de enchimento, que
não incorporam a peça final, e são por isso destinados a ser refundidos; inclui-se frequentemente neste conjunto peças inutilizadas no processo de
fabrico.
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Figura 6 - Ataque pelas partes finas (Repartição dos ataques em proporção com o volume local da cavidade).
- Sensibilidade à Oxidação
Há dois grandes grupos de ligas quanto à sensibilidade que apresentam à oxidação pelo ar quando no estado líquido:
a) As que contêm quantidades apreciáveis de alumínio, zinco, crómio ou magnésio - formam com facilidade
uma camada de óxidos em contacto com o ar.
Estas ligas devem ser vazadas em nascente, procurando-se que o enchimento seja calmo, pelas partes
inferiores da peça, de forma que a velocidade do metal não exceda 1 metro por segundo. Os ataques devem
ter uma secção franca, para que o caudal do metal, a velocidade reduzida, possa ser grande.
b) A maior parte das ligas de ferro e de cobre não se oxidam com facilidade no estado líquido e podem ser
vazadas em queda.
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- Enchimento Completo
Para assegurar o enchimento completo de uma cavidade é necessário encher num espaço de tempo Te inferior ao
tempo que leva a liga a arrefecer desde a temperatura a que é vazada até começar a solidificar (temperatura de
liquidus).
É preciso avaliar o tempo de arrefecimento da liga na cavidade, pelo que é necessário saber a temperatura de
entrada, o percurso do metal, e o coeficiente de perda de calor.
No Anexo B. II indicam-se as temperaturas a que começam a solidificar algumas ligas de fundição.
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4.1 - Definições
Um sistema de enchimento ou gitagem típico é constituído por :
- Uma bacia de vazamento (figura 8);
- Uma conduta vertical, chamada canal de descida;
- Uma conduta horizontal chamada canal de distribuição ou simplesmente canal, que conduz o caudal de
metal pelas diferentes zonas da cavidade;
- Um ou vários canais intermediários de pequenas dimensões, que ligam directamente na peça, o ataque
(figura 9).
Sortilha com filtro Sortilha com anteparo fusível Sortilha com rolha
4.2 - Escalonamento
O escoamento do metal através do sistema de gitagem é regulado pela dimensão dos canais. Os sistemas de
enchimento podem ser em pressão em depressão ou mistos, conforme a relação entre as áreas das secções dos
diferentes componentes do sistema.
Seja Sd a área de secção do canal de descida;
Sc a área da secção do canal de distribuição;
Sa a área das secções dos ataques.
Dividindo os valores destas áreas por Sd obtém-se a sequência:
1; S c ; S a ;
Sd Sd
9
Se os valores de S c e S a forem maiores que 1, o sistema é divergente, e diz-se que é um sistema em depressão:
Sd Sd
1 < Sc < Sa ;
Sd Sd
No caso de os valores das secções diminuírem para os ataques fica o sistema convergente, e diz-se que é um sistema
em pressão:
1 > Sc > Sa ;
Sd Sd
Serão mistos quando é divergente do canal de descida para o de distribuição, e converge para o ataque.
B - Saídas do modelo
As saídas necessárias para desmoldar o modelo não levantam problemas ao funcionamento do sistema de
enchimento, desde que não provoquem o aparecimento de uma zona de divergência acentuada.
Não surgem problemas nos canais horizontais nem para os ataques, que podem ter saídas francas (figura 15) uma
vez que a saída não modifica a convergência da conduta.
No caso das condutas verticais pode haver problemas:
- Em primeiro lugar deve haver uma altura mínima, hb, de metal acima da entrada do canal de descida tal
que:
hb ≥ 2,5 d' (altura maior ou igual a 2,5 o diâmetro de entrada).
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Figura 16 – Traçados recomendados para os sistemas em queda directa. Figura 17 – Altura recomendada na bacias de vazamento.
Esta altura hb serve para evitar o vórtex ou redemoinho que se forma quando qualquer líquido se escoa a
grande velocidade por um orifício (figura 16). Pode considerar-se o canal de descida como curto quando a
sua altura não excede 20 cm.
Nestes casos pode dar-se uma saída de 1 ou 2%, e o canal de descida pode fazer parte da placa molde.
- Para canais de descida longos (com altura superior a 20 cm) o problema agrava-se, e não há possibilidade
de manter um canal divergente. É à entrada do canal de descida que há maiores probabilidades de
descolamento do metal. Assim deve fazer-se um canal cilíndrico, que a partir de 4/5 da sua altura vá
alargando até atingir na parte superior um diâmetro d = 1,2 d.
A altura que o metal na bacia de vazamento deve ter pode calcular-se como sendo (figura 17):
hb ≥ 3 d + 0,14 d
- No caso do pé de vazamento, o metal é obrigado a mudar bruscamente do trajecto vertical que trazia para
um trajecto horizontal. Para evitar perturbações no fluxo de metal devem dar-se arredondamentos aos
ângulos interiores. Além disso, deve prever-se uma ligeira convergência à saída do pé de vazamento, para
regularizar a corrente de metal, e evitar turbilhões (figura 18).
Em fundição recorre-se por vezes a escalonamentos divergentes do tipo 1-1,2-2 ou 1-4-4 e 1-4-16, mas, se não
houver cuidado, em vez de se conseguir a redução de velocidade desejada, provoca-se o descolamento entre o metal
e as paredes dos canais. Para evitar estes inconvenientes deve garantir-se que:
- As secções dos canais só aumentam nos percursos horizontais ou verticais ascendentes;
- O aumento de secção deve ser de forma tronco-cónica ou tronco-piramidal, com divergência inferior a
10%;
- O divergente deve estar à saída de um troço que tenha um caudal uniforme;
- O divergente deve ficar cheio logo no início do enchimento.
Estas condições são satisfeitas se se construir um divergente como o da figura 19, e se colocar à saída do pé de
vazamento.
Com um sistema destes podem ser vazadas peças que necessitem de uma altura metalostática até 1,6 m, e mesmo
alturas superiores.
As formas circulares ou quadradas são as que provocam menor perda de temperatura, e de pressão.
Nos canais perpendiculares ao plano de apartação usa-se a secção circular (canal de descida, por exemplo),
como a da figura 21.
Quando os canais seguem o plano de apartação devem usar-se secções quadradas.
Para facilitar as saídas transforma-se o quadrado em trapézio de pequeno ângulo (figura 21.b).
3) Ataques
Para facilitar a preparação da peça e a rebarbagem, e porque o comprimento destes canais deve ser curto,
usam-se formas rectangulares, com uma relação a/b que deve ser cerca de 4 (figura 22).
Pode usar-se um valor a/b superior a 4, junto à peça, quando for desejado, mas é aconselhável o traçado da
figura 23, que dá junto ao canal de distribuição a relação a/b igual a 4.
Figura 22 - Forma recomendada para a secção dos ataques. Figura 23 - Traçado recomendado para ataques estreitos,
perpendiculares ao canal de distribuição.
Figura 24 – Relação entre a posição dos ataques e a dos canais de distribuição e a retenção de escórias.
e) Escolhe-se o escalonamento
- ligas pouco sensíveis à oxidação no estado líquido: Deve usar-se o escalonamento 1-1-1, de secção
decrescente, por ser mais económico (gasta menos metal). Ver anexo B-VI.
- ligas sensíveis à oxidação: Aconselha-se redução de velocidade do metal à entrada da cavidade. Pode
usar-se um sistema 1- H i - H i (Anexo B.VII)
Figura 26 - Carga metalostática H para um sistema em queda directa. Figura 27 - Carga metalostática H variável para um sistema de
enchimento em nascente.
Por outro lado, sabido o volume total a encher, VT, e o tempo disponível para o enchimento, Te, pode
calcular-se o caudal efectivo de enchimento:
VT
Q=
Te
válida para sistemas de enchimento em queda, em que não sejam desprezadas as perdas de carga.
As perdas de carga podem ser introduzidas afectando esta expressão de um factor B a estabelecer com
base nos Anexos B-X a B-XVII:
VT B
Sd =
Te 2 gH
No enchimento em nascente a velocidade no canal diminui com a subida de nível, o que implica um
caudal variável a atravessar a secção de descida. Uma forma expedita de tratar este problema, em face da
dificuldade que a variação geométrica da peça geralmente apresenta, é tomar para nas expressões
anteriores como velocidade de enchimento a média das velocidades inicial, vi = 2 gH i , e final,
v f = 2 gH f , donde resulta:
VT B 2
Sd =
Te 2g ( Hi + H f )
19
se: S c = α , então Sc = α Sd
Sd
se for necessário redução de velocidade e câmara de retenção de escórias usam-se as recomendações das
figuras 19, 24 e 25.
- A secção dos ataques também se obtém a partir do escalonamento:
se: S a = β , então Sa = β Sd
Sd
Devem usar-se as recomendações das figuras 22 e 23. No Anexo A apresenta-se um exemplo de cálculo.
6 - BIBLIOGRAFIA
1 - Apontamentos da disciplina de Tecnologia da Fundição.
2 - Metals Handbook, 8th Edition, Vol.: 5.B - Melting and Casting-American Society for Metals.
3 - Guia Prático - Utilização e Traçado de Peças em Liga de Cobre - INII
4 - Guia Prático - Traçado de Peças em Aço Vazado - INII
5 - Foundry Technology - P. R. Beeley - Butterworths - 1972
6 - Études de Montage de Piéces Diverses - Exemples d'application des Méthodes C.T.I.F. de Masselotage et
remplissage C.T.I.F. - 1982
7 - Le Remplissage des Empreintes de Moules en Sable - Éditions Techniques des Industries de la Fonderie -
C.T.I.F.
8 - Applied Science in the Casting of Metals, K. Strauss, Birmingham 1970.
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EXEMPLO DE CÁLCULO
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Para manter a coerência deste trabalho, estuda-se aqui o sistema de enchimento da mesma peça cuja alimentação foi
calculada no capítulo sobre alimentação. A peça está representada na figura A.l. A figura A. 2 mostra a peça munida
dos alimentadores.
Figura A.1 - Dimensões da peça (Pistão em ferro fundido Figura A.2 - Peça munida dos alimentadores, instalada na caixa de
nodular), no estado bruto de vazamento. moldação (altura da caixa = 20 cm).
a) características conhecidas:
Material - Ferro Fundido Nodular 400 - 12
Densidade ρ = 7,3
Volume do conjunto VT = VP + Va = 4,21 + 2×6,53 ≈ 5,5 dm3 (calculado no capítulo sobre alimentação);
Massa do conjunto - PT = VT × ρ = 5,5 × 7,3 ≈ 40 Kg
Altura dos alimentadores = 82 mm = 0,82 dm
Altura da peça = 139 mm
Diâmetro máximo da peça = 470 mm
Caixas de moldação (chassis) = 500 x 500 x 200
c) Escalonamento :
É uma liga pouco sensível à oxidação.
O escalonamento pode ser 1-1-1.
Na figura A.3 apresenta-se a colocação do sistema de enchimento para esta peça.
d) Tempo de enchimento.
Considerando que a espessura da peça é da ordem de 15 mm, obtém-se do anexo B-1: N=1,6;
Sabendo que a massa total é 40 kg fica:
Te = N P = 1,6 40 ≈ 10 s
Admitindo que o tempo disponível para encher sem que surjam defeitos na moldação pode atingir 12 segundos
(Anexo B-V), pode esperar-se que o vazamento ocorra sem problemas.
4 4
d= Sd = 5,6 = 2,7 cm =27 mm
π 3,14
1,4
b= = 0,6 cm = 6 mm; a = 4 b = 24 mm
4
24
Tempo de enchimento - Te = N P
N factor determinado empiricamente em função da espessura característica da peça a encher
< 10 0,8
Aço 10 a 16 1
> 16 1,4
<4 1,6
Ferro 4a8 1,9
fundido 8 a 16 2,25
> 16 2,7
< 10 0,6
Ligas de
10 a 16 0,9
Cobre
> 16 1,2
< 10 1,7
10 a 16 2
Ligas Leves
16 a 35 2,5
> 35 3,9
26
Liga Liquidus ( °C )
Alumínio
A - S 13 570
A - U 4 NT
A-U8S
A - U 10 G 630
A-S4G
A-G6
A-G3T 645
A-U5GT 650
Bronzes 980
U - A 10 1030
Cobre 1080
Aços 1510
27
B - Ligas oxidáveis:
Para sistemas de escalonamento 1- H i - H i de canal decrescente:
1º - Admitir uma perda de temperatura global ao longo de Ld e de L0 de 10°C para as ligas leves, de 15°C
para as ligas de cobre e de 20°C para os aços.
2º - Juntar a esta perda a perda devida ao troço de canal cujo comprimento equivalente pode ser estabelecido
como Lt = 2 Lc, perda essa tomada nas colunas H = 1, do quadro acima, (qualquer que seja Hi) para a cota
c' do troço considerado (ver Anexo XV).
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3a5 15 a 30 20 a 60
30
n = número de ataques c1/c ou c1/c´ c2/c ou c2/c´ c3/c ou c3/c´ c4/c ou c4/c´ c5/c ou c5/c´
2 L = 0,40 m 0,8
Nota: No caso de L ser pequeno ou n elevado, é possível simplificar o traçado ligando os pontos A e B, bem
como os pontos A´ e B´ por uma recta.
31
1- H i - H i
c'
Valores de para um coeficiente B igual a 2
c
(velocidades nos ataques da ordem de 0,7 m/s)
c'
2 c'
Hi [dm] Hi = c
c
1 1 1
2 1,4 1,2
4 2 1,4
16 4 2
32 5,6 2,4
32
C
Valores da relação para o cálculo das dimensões da câmara de retenção de
c
escórias, no caso de um sistema de coeficiente B igual a 2.
Categoria
Hi [dm] 1 2 3 4 5 7 9 16
de escórias * No caso de moldações altas:
C [cm] C
(-) (-) (-) (-) 1,2 1,3 1,5 2 1ª Se a relação conduz a um volume de
1 (-) 1,4 1,7 2 2,25 2,65 3 4 2ª c
2 2,8 3,4 4 4,5 5,3 6 8 3ª retornos proibitivo:
- Deve multiplicar-se o número de canais a
(-) 1,4 1,7 2 2,25 2,65 3 1ª
sair da mesma descida;
2 2 2,8 3,4 4 4,5 5,3 2ª
- Pode aumentar-se o número de descidas
3 5,6 6,8 8 9 3ª
independentes.
1,5 2,1 2,5 3 1ª
3 3 4,2 5 6 2ª * No caso de moldações baixas:
6 8,4 3ª
C
2 Areia, escória (<2mm) ligas densas 1ª Se a relação = 1 , não se usa câmara de
Areia, escória (<2mm) Nas ligas 2ª c
4
Pele de alumina densas retenção, mas sim um troço de canal de
Pele de alumina nas ligas leves 3ª comprimento 5 a 10 c, antes do primeiro
(-) A retenção de escórias é assegurada pelo próprio ataque.
canal, para uma distância entre o pé de vazamento e o
ataque de 5 a 10 c
Câmaras de retenção:
Alumínio
A - S 13
A – S 10 G 2,4
A–S4G
A - U 4 NT
A – U 5 GT 2,5
A-U8S
Bronzes 7,8
Cobre 7,9
Sd
Número de ataques n; sd =
n
Coeficiente B
Para
Para Ld e La
Sd Sa Ld = 0,5 m
# 0,1 m
La = 0,1 m
P: peça torneada, com concordâncias arredondadas ligeiras nos flancos dos ataques.
Coeficiente B
Para
n Sd Sa Para Ld e La # 0,1 m La # 0,5 m
Ld = 0,2 a 1 m
Escalonamento 1 - 2 -1
Os ataques perpendiculares ao canal podem ser colocados indiferentemente no plano horizontal ou vertical, como
no caso do vazamento em chuveiro:
L (em metros) =
≤ 0,4 1 1,8 3 4 5 7 10
Ld + (Ld + La)/3
Secção de um troço de canal = Soma das secções dos ataques a jusante do troço;
Não se deve fazer redução para o último troço a jusante, quando o número n de ataques for superior a 4;
Considerar a cota H como altura metalostática.
8 a 10 2,2 (+ 0,15)
39
Escalonamento 1-1-1 ou 1- H i - H i
Coeficiente B segundo o escalonamento
(1) Escalonamento 1-1-1 com Hi = 1 dm para ligas oxidáveis; Com Hi qualquer para ligas não oxidáveis.
40
B – Câmara de retenção
• 1º Exemplo
Escalonamento 1-2-1
Canais de secção uniforme Sc
Sistema de chuveiro, ataques de secção
total Sa = Sd não representados
Uma mudança de direcção a mais em C
Comprimento equivalente a considerar
para entrada no quadro do Anexo XIII:
• 2º Exemplo
Escalonamento 1-2-1
Canais de secção uniforme Sc1 e Sc2
Sistema de chuveiro, ataques de secção
total Sa = Sd não representados
Mudanças de direcção suplementares C1,
C2 e C3
Comprimento equivalente a considerar
para entrada no quadro do Anexo XIII:
42
(Vazamento em pressão)
Condições a respeitar:
Secções dos ataques variáveis por andar (ver
figura)
hb ≥ Ld/B2
Para o traçado do canal decrescente, ver o
Anexo VI
(Moldação em cacho)
Sd = 2 n sa
hd ≥ Ld/B2
e que:
hd ≥ 3 d
Ld/3 + 4 La Coeficiente B
[m] (valor aproximado)
1 2,5 (+ 0,3)
2 2,7 (+ 0,3)
44
SISTEMAS DE ENCHIMENTO
SISTEMAS DE ENCHIMENTO
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