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CURSO DE FUNDIÇÃO
1ª PARTE
SÃO CARLOS
2020
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS
CURSO DE FUNDIÇÃO
-1! Parte-
RUBENS L. PEREIRA
Rubens L. Pereira
FUNDIÇÃO. DEFINIÇÃO. OS MÉTODOS DA FUNDIÇÃO.
OPERAÇÕES DA FUNDIÇÃO
DEFINIÇÃO
(1) O tenno é empregado também, se bem que menos geralmente, para fundições
que produzem aço ou gusa.
1
O custo da instalação, em geral, é bem menor que as para ob-
tenção por outro processo - conformação e forjamento - assim como os
modelos são menos custosos e de mais simples modificação, se for o caso.
O campo da fundição tem aumentado continuamente devido ao
desenvolvimento da Metalurgia que tem permitido a obtenção de peças
cada vez com melhores propriedades. Novas ligas, mais corretos e con-
trolados tratamentos térmicos e métodos de fundição, melhor conheci-
mento dos fenômenos que ocorrem na solidificação etc., tem permitido a
melhoria das propriedades, o que pode ser observado comparando-se índi-
ces tecnológicos das especificações antigas e modernas.
Como exemplo, temos o caso dos ferros fundidos que eram
obtidos, antigamente, com resistência até aproximadamente 20 kg/rom2 e
hoje em dia, até com 70 kg/mm2 •
OS MÉTODOS DE FUNDIÇÃO
2
3) As peças saem dos moldes praticamente acabadas. Poucas,
em geral, são as operações de acabamento.
4) Melhores propriedades mecânicas.
Porém, devido ao alto custo das matrizes, este processo só po-
de ser empregado, quando se trata de produção em grande escala; há tam-
bém restrição quanto ao metal a ser fundido. Hoje em dia, só são empre-
gados para esse fim o alumínio, o zinco, o magnésio, o cobre o chumbo e
as suas ligas e, o feno fundido, mais :rn:rnmente.
Se chamannos T 1 o custo ferramenta! para um determinado
processo, com um custo de produção unitária Pl• e o comparamos com
outro, com respectivamente custos T 2 e P2· para a produção de n peças
teremos os custos
T 1 + np1 e T2 + nPZ
Se
T1 + np1 > T2 + np2 teremos
Tl-T2
n>
PI-P2
(1) Existe uma força devida a altura com que é vazado o metal dentro do molde.
3
O processo, hoje em dia, ainda mais largamente utilizado é este
último.
Será estudado aqui, o caso de uma fundição que utiliza este
processo.
É o caso também em que são usados os moldes temporários,
isto é, constituídos de uma substância que é denominada areia de fundição
ou terra de fundição.
OPERAÇÕES DE FUNDIÇÃO
4
peças são desmoldadas, isto é, retiradas da areia.
As caixas onde são feitos os moldes podem ser deixadas até a
hora da desmoldagem, ou então, retiradas logo após a moldagem e antes
do vazamento, dependendo do tipo de caixa utilizada. Nas Figuras 4, 5, 6
e 7 são vistos modelos de caixas de fundição.
No caso de se retirar a caixa logo após a moldagem ou antes
do vazamento, devemos calçar, na maioria das vezes, os moldes, lateral-
mente, ou com armação metálica (jackets) na .hora de vazar, ou com areia
de fundição, para evitar arrombamento lateral das caixas, devido à pressão
metálica no interior do molde.
No caso de peças grandes ou com área muito grande, e depen-
dendo do metal ou liga que vai ser vazado, os moldes devem ser pesados
- colocação de pesos na parte superior - para evitar o levantamento des-
sas partes pelo mesmo efeito da pressão metálica.
Essa pressão é às vezes, bastante grande e é função da superfí-
cie da peça (lateral, para o caso de arrombamento e superfície superior no
caso de levantamento) e da diferença em altura da parte superior da peça e
a parte superior do canal, no caso de levantamento, e altura total - peça
mais canal no caso de pressão e arrombamento. Em ambos os casos a
pressão é função também da densidade do metal ou liga. No caso de se
apresentarem superlícies laterais inclinadas como a da Figura 8, a pressão
de levantamento é mais elevada do que a citada (s6 superfície superior).
As caixas podem apresentar dispositivos para fixar uma sobre a
outra, podendo ser evitada dessa maneira a pesagem. Se as caixas de fun-
dição são grandes e não têm travessas, a pesagem toma-se quase que
obrigatória, para evitar o deslocamento da areia no seu interior. Figura 9.
Depois de desmoldada a peça, a areia volta para a secção de
areias, onde será novamente preparada para recircular (1), e as peças são
enviadas para a rebarbação. Faz-se aqui a primeira escol.ha de peças de-
feituosas.
M são quebrados ou cortados os canais que voltam para os
fomos, juntamente com as peças rejeitadas, e as peças aproveitadas são
limpas, utilizando-se para isso vários processos:
I) Tambor rotatório contendo no interior pequenas peças de
ferro duro (bolas, estrelas etc.);
(1) Parte da areia é perdida e deve ser substitufda pela colocação de areia nova.
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2) esmeril ou raspadeira (para metais moles) por meio dos
quais é retirada a parte do canal que ficou junto à peça, e as rebarbas
(metal solidificado nas juntas das caixas ou entre molde e macho);
3) jato de areia ou metralha de aço ou ferro duro que limpa
completamente a peça de toda areia aderente.
As peças sofrem nova inspeção para descarte de peças com de-
feitos e seguem para a armazenagem e expedição.
A secção de desenho se:rá responsável pela confecção de dese-
nhos necessários para a preparação de novos modelos, caixas etc., ou mo-
dificações nos já existentes, visando uma melhoria de produção.
A secção de manutenção como o nome indica, deve manter to-
da a fundição em perfeitas condições de funcionamento.
A secção de matéria prima recebe, armazena e distribui os ma-
teriais necessários à produção de cada um dos setores.
O laboratório, imprescindível nas fundições modernas, pode
ser subdividido em: laboratório químico, de ensaios mecânicos, de areia e
de pesquisas.
a) laboratório químico - controla toda a matéria prima adquiri-
da e analisa o material produzido.
b) laboratório de ensaios mecânicos- menos necessário que o
anterior, mas essencial quando é preciso trabalhar dentro de especifica-
ções muito rígidas.
c) laboratório de areia- também exigido para diminuir as per-
das de fundição e para obtenção de peças com bom acabamento.
d) laboratório de "pesquisas - refinamento que só as grandes
fundições podem manter, com o fito de desenvolver a ciência metalúrgica,
paralelamente às escolas e laboratórios oficiais ou particulares.
MODELOS- CARACTERÍSTICAS
6
A escolha deve ser feita, primeiramente, baseada no uso que
vai ter. Se o número de peças a obter é muito grande, deve-se optar pelo
modelo de metal para evitar, ou pelo menos diminuir, as possibilidades de
quebra ou deformação com o uso, pennitindo, assim, obter peças em
maior número e com maior acuracidade.
As ligas de alumínio são as mais empregadas para esse fim,
devido à sua resistência, aliada à pequena densidade.
Mas são também bastante utilizadas para emprego em máquinas
de moldar, moldes de aço ou ferro fundido ou bronze.
Estudo de Modelo - Antes de fazer o modelo a peça deve ser
estudada, pois que muitas vezes, pequenas modificações possíveis de se-
rem feitas, vêem facilitar muito a obtenção dos moldes, reduzindo dessa
maneira a mão de obra dos moldadores, como também pode diminuir o
aparecimento de defeitos na peça fundida. Compensa muitas vezes, ter um
modelo mais difícil de confeccionar e, portanto, mais caro, como também
modificar um pouco o projeto original, para facilitar a operação de mol-
dagem. Figuras 10, 11, 12 e 13.
As Figuras 14, 15 e 16 representam os desenhos de uma peça
tendo a mesma finalidade, mas que nos dois últimos casos foram modifi-
cados para evitar defeitos de fundição nas partes mais grossas, como é re-
presentado na Figura 17.
Nas partes mais grossas, o metal leva mais tempo a solidificar,
e nesses locais podem se formar vazios de retração ou chupagem.
Se o número de peças a ser obtido é pequeno, não- compensa
confeccionar um modelo caro.
Nas Figuras 11 e 13 temos os desenhos de uma mesma peça
que no primeiro caso deve ser fundida em um molde dividido em três
partes, e no segundo caso, pelo uso do macho externo o molde fica divi-
dido em duas partes. A moldagem feita em duas caixas somente é muito
mais simples e rápida.
Deve-se, sempre que possível, evitar mudanças bruscas de es-
pessuras na peça, pois que trariam dificuldades na fundição. Um entendi-
mento entre engenheiro projetista e o fundidor é sempre interessante. No
caso de não ser possível modificar o formato e haver variações bruscas de
secção de um ponto a outro da peça, devem-se tomar cuidados especiais
na moldagem para produzir a solidificação direcional, controlada por meio
de resfriadores, machos ou massalotes. Figura 18 e 23.
O metal que vai constituir a peça deve também ser conhecido,
7
pois que eles se contraem diferentemente na solidificação e os modelos
devem ser feitos levando em conta essa contração.
Na Tabela 1 são dados valores de contração de algumas ligas.
São valores aproximados, pois que variam com muitos fatores: temperatu-
ra de vazamento, espessura da peça, forma, composição etc.
TABELA 1
8
Essas contrações produzem tensões que podem deformar a pe-
ça e causar a sua fratura.
Em peças que apresentam partes grossas ligadas a partes !mas,
as primeiras de contraem mais e as peças podem apresentar a concavidade
voltada para essa parte. Figura 24.
Quando as tensões são eleva<jas a peça pode romper, como
ocorre muitas vezes em volantes que apresentam raios retos. Figura 25.
Os modelos devem ser construídos de maneira a facilitar a
moldagem, de permitir a sua extração do molde de areia e, no caso de uso
de machos, a sua colocação de maneira f"rrme. Devem ser previstas então
boas marcações, Figuras 11, 13, 26, 27.
Devem ser evitados cantos vivos, pois facilitam o aparecimento
de tensões e trincas. Devem apresentar nos cantos raios de 10 a 20% da
espessura das peças. Figura 12.
Devem apresentar nas paredes que vão ser moldadas vertical-
mente uma inclinação' que é denominada "saída" e que facilita o destaca-
mento do modelo do molde. Esta inclinação varia com a forma e dimensão
da peça, o método de produção (moldagem) e com a localização das pare-
des (interiores ou exteriores).
Esta saída faz com que logo que se inicie a extração do modelo
do molde de areia, acabado, as paredes do modelo se afastem das paredes
do molde, evitando dessa maneira rompê-las inadvertidamente. Figura 28.
Sob condições normais, esta inclinação varia entre S e 1°, de-
vendo as paredes internas terem maior inclinação. A Tabela 2 dá alguns
valores empregados para os ângulos de saída.
TABELA2
ÂNGULOS DE SAÍDA
9
Cores dos Modelos - Para facilitar o reconhecimento das vá-
rias partes de um modelo, estas são pintadas de acordo com convenções.
A Tabela 3 dá uma convenção que é utilizada em muitas fundições do
Brasil.
Nas partes que devem ser usinadas é deixado o que se denomi-
na "sobre-metal" que é a espessura que vai ser usinada para dar o acaba-
mento.
TABELA3
10
TABELA 4
Dlmen:stón
.mâxlrna de la
I Poslclón Qc la
supert!c.le durante
"mOldura. mm la colad.a
..; 120 I
Superior 2.5 3.5 2.5! 4.0 ...5 I l--
Inferior, laten.l
12.0 12,5 12,0 3,0
13,5 1
2.5 ... 0 3.0 ... 5 5.0 I s.o 5.0 5.5
2.0 s.o 2,5 3,5 4,0 2,5 4,0 4,5
1 1 1 1 1 1 1
261-500 I
Superior
Inferior, lateral
3,5,4,5,3,5,5,0 ,6,0 , ... o 6,0 I í,O
2,5 3,5 s.o 4,0 ~.5 3,5 4,5 5,o
1
501-&lO I
Superior
Inferior, lateral
4,5,5,0
3,5 4,0 3,5 4,5 5,0 ,s.o
, ... 5,6,0 ,7,0 4,0 ,6,5,7,0
4,5 5,0
1
801-1250 I
Superior
Inferior, lateral
5,0 ,6,0,5,0 ,7,0 ,7,0 ,6,0 ,7.0 ,8,0
3,5 4,0 4,0 5,0 5,5 4,5 5,0 6,0
1
"1251-2000 I
Superior
Inferior, lateral
5.5
4,0
7 .o
4,5
6.0
4,5
7.5
5,0
8.0
6,0
6.5
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8.0 I s.o
5,5 6,0
1 1 1 1 1 1 1
2001-3150 I
Superior
Inferior, laten.l
6.0
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:3151-SO:JO I
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1
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Inferior, lateral
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Medida nominal. mm
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- - - - - -
5,0 4,0 6,0 6,() - - -
4,0 3,5 4,0 4,5 -
Inferior.
lateral 3.0 4.0 - -
261.-530 Superior 5,1) 6,0 6,() 5,0 7,0 S,u 6.0 7,•) 8.0.
Inferior.
lateral 3,0 s.o s.o 4,0 5,0 6,0 4,0 6,!1 6,0
SJ!.-8 13 I
Superior 5,017,017,016,018,018,017.019,0110,0.
14.0 s.o 5,0 4,5 6,0 6,0 5,0 6,0 7,o.
Inferior,
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81Ji-!.25J Superior 7,0 8,0 9,0 7,0 9,0 10,0 8,0 10,0 !1,0
s.o 6,0 6,0 5,0 7,0 7,0 6,0 7,0 8,0
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lateral
1250--:Z.JOO I
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6,0 7,0 7.0 6,0 7,0 8,0 6,0 8,0 9,0
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lateral.
Superior
Inferior,
111.0110.01 !.O.Oi9.011i.OI u.o 1.0.0 Iu.o 13.0.
7,0 7,0 8,0 7,0 8,0 9,0 1,0 s.n 1 10,0
I I I13,010,nI l9,0 114,(}
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I-,12,01-l-113,01i0,0l-113,flli5,0.
!.<!,U 110,0 12,1) 10,0111.0 11 ,o 12,0
I
Illferlor.
lateral
Superior
8,0 8,0 9,0 8,0 8,0 8,0 11,0
Inferior,
lateral
l - 9,0 - - 9,0 14,0 - 10,1.1 11,0
1
~iO()(JOI Snperlor
Inferior,
_1_1_1_1_1_1_1_1~ 0
latem! - - - - - - - - 12,0
12
TABELA 6
Producclón
Dimenslón máxima
en gran escala I en ser!e I I unitar!a
de la moldura, mm Molduras
simples Icomplejasj simples Icomple)as I simples Icomple)as
200 2 2 2 3 3 4
201-300 2 2 2 4 4 5
301-500 3 3 3 5 5 &
501-80(1 3 4 4 5 5 í
801-1200 4 5 5 6 6 8
1201-1800 4 5 5 7 7 9
I
13
Os modelos não precisam apresentar saída e os moldes são in-
teiriços, não apresentando divisões e por isso dão maior precisão às peças.
A espuma é trabalhada por corte com fio aquecido - 200 -
3000C, quando a produção é pequena, ou produzidos por meio da injeção
em moldes. Devem ser pintados.
No caso de ser necessário colagens, não utilizar cola em que a
água seja o solvente, pois a cola leva muito tempo para secar, o que pode
levar ao aparecimento de defeitos de fundição.
Pode ser usada a cola processada por dissolução do polietireno
com benzeno ou tetra cloreto de carbono.
A entrada dos canais de vazamento são feitos pela parte infe-
rior do molde.
São mais utilizados para confecção dos moldes o processo
C02 ou o de cura à frio.
A fundição deve ser feita em local com boa ventilação, por
causa dos gases que se formam.
14
3) Modelos com placa, com ou sem macho
Para produção em grande escala trabalha-se com as denomina-
das placas, que são placas metálicas ou de madeira, ou plástico, onde são
colocados os modelos. É um equipamento mais caro mas que compensa
para grande produção.
Os modelos podem estar de um s6 lado da placa, Figura 36, ou
então divididos com uma parte da peça de cada lado, Figura 37.
As placas tem, em dois de seus lados, orifícios onde se colo-
cam guias, que serão ajustadas aos pinos existentes em uma das partes da
caixa (parte inferior) e que servem também de pinos guias para a outra
parte da caixa, Figura 38 e 45, 46, 47 e 48.
Dessa maneira evita-se que as peças saiam desencontradas.
Qualquer jogo ou folga existente entre os pinos de guia, orifí-
cios de caixa superior ou placa, causa o aparecimento de peças desencon-
tradas, quando o modelo apresenta uma parte em cada lado da placa, Fi-
gura 39.
Podemos ter também o caso de uma peça dividida em duas
partes, sendo colocada uma em cada placa, estas sendo perfeitamente
ajustáveis, dessa maneira pode-se trabalhar com dois moldadores, cada um
fazendo uma metade do molde e ajuntando-se depois as caixas. As placas
permitem facilmente moldar várias peças de uma só vez e também impri-
mir na areia os canais de enchimento, Figuras 36 e 37.
4) Modelos de Chapelona
Quando se vai fundir uma peça que seja um sólido de revolu-
ção (cadinhos, retortas etc.) em vez de usar um modelo, usa-se o modelo
de "Chapelona".
Este sistema utiliza peças com o formato das geratrizes (exter-
na e interna ou superior e inferior das peças a fundir), de maneira que
possam ser adaptadas a uma haste que pode girar em torno de um eixo,
Figura 40.
Em casos menos comuns os perfis podem sofrer movimentos
diferentes do de rotação.
15
MACHOS DE FUNDIÇÃO
16
Machos são preparados também pelo processo COz e "shell
molding" ou em casca. (l)
Nestes casos saem já endurecidos da caixa e não necessitam
dos berços.
Para reparar machos com defeitos podem ser empregadas as
seguintes massas:
e 65% de areia, 25% grafita, 10% argila. Para cada quilo de
p6 adicionar 0,3 l de água e 0,5% de sabão em p6.
Para colar os machos:
• 40% dextrina e 60% de argila. Adicionar 65% de água.
17
tal que podem ser usadas diretamente sem outra adição do que água: como
exemplos podem ser citadas: a terra da Lapa (São Paulo) e a chamada ter-
ra de Lisboa, esta última usada na fundição de metais não ferrosos, prin-
cipalmente para o alumínio.
2) As semi-sintéticas são aquelas em que se adiciona algum
elemento além da água para corrigir e melhorar a sua composição de mo-
do a poderem ser utilizadas.
3) As areias sintéticas são obtidas a partir de elementos de ba-
se (areia, argila etc.) e misturados em proporção adequada.
18
O módulo de ímura de uma areia é determinado da seguinte
maneira: é tomada uma série de peneiras padrão e nesta série é peneirada
uma amostra com o peso determinado e verifica-se a quantidade retida em
cada peneira. Multiplicam-se os valores encontrados em cada peneira pe-
los respectivos coeficientes, que são números arbitrários de valor aproxi-
mado ao número de malhas por unidade de comprimento da peneira ante-
rior, somam-se essas parcelas e divide-se pela soma do material retido.
Tem-se assim, o módulo que representa o diâmetro médio ideal da peneira
de malhas iguais ao seu diâmetro, dado pelo número de malhas por unida-
de de comprimento.
Na Tabela 7 é dado um exemplo de cálculo do módulo de finu-
ra de uma areia.
TABELA 7
Peneira Coeficiente
N.o de malhas %retida da produto
Padrão U.S. peneira
6 0,0 3 o
12 1.0 5 5,0
20 5,6 10 56,0 módulo
30 8,4 20 168,0
40 15,0 30 450,0 de
50 18,8 40 752,0
70 16,6 50 830,0 finun
100 7,8 70 546,0 4.247= 53
140 0,8 100 80,0 80,2
200 3,0 140 420,0 CWsificaçio
270 0,2 200 40,0 5-F
> 270 3.0 300 900,0
Argila (A.F.S.) 19,8
Soma sem argila 80,2 4.247,0
19
c) Quanto à parte do molde em que é usada: areias de facea-
mento, areias de enchi..rnento e areias de rnacho.
20
O tamanho e a espessura das peças tem influência pela quanti-
dade maior ou menor de calor que o metal carreia dentro do molde, assim
como a pressão metalostática do metal líquido no interior do molde.
As peças são divididas em: pequenas - até 5 kg de peso e 10
mm de espessura; médias - de 5 a 30 kg e 1O a 25 mm de espessura; gran-
des- acima desses valores. Estes dados são para ligas ferrosas ou não fer-
rosas pesadas.
No caso de ligas de alumínio ou magnésio estes valores são
menores.
21
gada à mnidade, à quantidade de argila e ao fonnato dos grãos de areia.
A uwidade 6ti.rna de trabalho é a que dá o maior volume espe-
cífico à areia fofa. Apesar de não ser este o valor que dá maior resistência
e permeabilidade às areias, é o geralmente empregado. Os teores que dão
rr1aior resistência variam entre 3 a 4 %, Figura 41, porém o teor de uwida-
de empregado varia entre 6 e 7% conforme o metal a ser moldado e o teor
de argila (1).
Quanto maior este, maior deve ser a uwidade.
Os grãos de areia de fonna arredondada dão também maior
moldabilldade. São então indicados para areia de enchlmento, facilitando
o adensamento e são de emprego quase forçado, quando da confecção de
machos, em máquinas de soprar.
3) Dureza e resistência - propriedade de resistir ao jato e força
viva do metal em movimento, como também aos esforços que surgem ao
serem manuseadas as caixas prontas.
4) Colapsibilidade- qualidade que deve apresentar o molde de
ceder após o início da solidificação do metal, que se contrai, evitando
trincas a quente.
5) Permeabilidade - propriedade de se deixar atravessar pelos
gases do metal ou gerados no molde durante o vazamento, como também
pelo ar contido no molde antes do vazamento.
A permeabilidade de uma areia é tanto maior quanto maior for
a quantidade de vazios existentes entre os seus grãos. É uma propriedade,
portanto, que está intimamente ligada à granulometria da areia, à quanti-
dade de aglomerante, à umidade e ao adensamento do molde.
Se considerarmos os grãos todos esféricos e do mesmo diâme-
tro, qualquer que fosse o valor deste, o volume total de vazios seria o
mesmo; mas quanto menor o grão, menores os canais e maiores as varia-
ções de direção, dificultando a passagem dos gases. Deve-se, em cada ca-
so, procurar usar a areia de módulo mais baixo e que dê acabamento satis-
fatório à peça. Quanto mais f"ma a areia - módulo mais aito - mais fino é
o acabamento da peça.
(1) Estes valores são para a areia sintética a ser usada verde. Para areias semi-sin-
téticas e naturais os teores são mais elevados, assim como para as areias que se-
rão secadas ou estufadas. Empregam-se também, em alguns casos, areias com
teores de 3 a 4% de umidade. (Fundição de aço)
22
Os grãos de areia não apresentam, no entanto, todos, as mes-
mas dimensões, os menores se insinuando nos vazios deixados pelos
maiores, diminuindo o volume de vazios. Quanto maior a variação das
dimensões, menor esse volume de vazios, Figura 42.
Devido a outros fatores, a areia deve apresentar uma concen-
tração de dimensões de grãos dentro de uma certa faixa de tamanhos como
visto na Tabela 7 e representado em gráfico na Figura 43.
Esta concentração deve variar entre 50 e 70% em três peneiras
consecutivas ou 90% em quatro, para que seja considerada boa. A quanti-
dade de argila também tem importância, pois que sendo muito !ma dimi-
nui o volume de vazios.
Quanto maior o teor de argila menor a permeabilidade.
As areias finas necessitam de maior quantidade de argila para
que fiquem envolvidas por uma camada de argila da mesma espessura que
as areias grossas.
Este é um fator que diminui a permeabilidade das areias finas.
O teor de unidade também tem influência. Se não é suficiente,
parte das partículas finas soltas preenche os vazios entre os grãos; se é em
demasia, forma lama que veda as passagens. Para uma dada areia a per-
meabilidade varia inversamente ao adensamento ou socamento do molde.
Nas tabelas 8 e 9 são apresentados alguns dados ·a respeito
dessas propriedades.
23
TABELA 8
NÚMERO DE PERMEABILIDADE DE AREIAS USADAS
PARA DIFERENTES TIPOS DE FUNDIÇÃO
N9 DE PERMEA-
TIPO DE FUNDIÇÃO BILIDADE DE
AREIA VERDE
24
TABELA9
DIRETRIZES PARA A A V ALIAÇÃO DA PERMEABILIDADE
E RESISTÊNCIA DE MOLDES DE AREIA
menos que 1,2 mto. baixa menos que 4,25 mto. baixa
1,2- 1,75 baixa 4,25-7 baixa
1,75-3 média 7- 12 média
3-5 alta 12- 17 alta
mais que 5 mto. alta mais que 17 mto. alta
25
DUREZA DOS MOLDES DE AREIAS VERDES
26
Todas essas propriedades podem ser controladas por meio de
aparelhos em laboratório especializado.
Constituintes das areias - A areia de base é em geral silicosa,
podendo ser também aluminosas, zirconíticas, cromitas ou olivi.J."las.
A areia silicosa (quartzo) aquecida a 870°C transforma-se em
tridimita com va."iação de volume de 14 a 16% e funde-se a 1550° -
1650°C.
A zirconita, silicato de zirconio (Zr2 02Si. 02) é duas vezes
mais densa que o qua.-tzo, tem alto ponto de fusão (2.200°C), alta condu-
tividade e baixa expansão ( ± l/3 da sílica) e resistência ao molhê.J:liento
pelo metal fundido (em geral).
A cromita (Fe O Cr2 03) funde a 1750 - 1830°C e tem alta
condutividade.
A olivina - orto silicato de Magnésio e Ferro (Mg2 Si 04-
Fe2 Si 04) é empregada em casos especiais,como fundição de aço .wa..'l-
ganês, evitando reações com o metal fundido. A sua expansão é da ordem
de 7 a 8%.
Os grãos podem apresentar formas diversas: angulares, sub-an-
gulares e redondas.
As primeiras apresentam maior permeabilidade e dão .wais ele-
vada resistência e as últimas maior moldabilidade.
Dos aglomerantes minerais a argila é o mais empregado, de-
vendo possuir alto poder aglomerante. Sendo menos refratária que as
areias, abaixa os valores desta propriedade, assim como a permeabilidade.
A umidade deverá crescer, também com o teor de argila e isto é um in-
conveniente também para fundição com areia verde. Deve usar-se, em ca-
da caso, a menor quantidade de argila para obter as qualidades necessá-
rias.
Existem dois tipos de argilas mais empregadas em fundição:
montmorilonfticas e caulinfticas.
As melhores são as primeiras e conhecidas sob o nome de
bentonitas, se bem que não as mais refratárias.
Existem dois tipos de bentonitas: s6dicas e cálcicas, sendo as
primeiras melhores para fundição. As cálcicas podem ser modificadas com
carbonatos de sódio para se tornarem s6dicas.
Em geral são necessárias três vezes mais de argila caulinfticà
do que bentonita s6dica para se obter a mesma resiliência.
As bentonitas são mais utilizadas em fundições de aço que
27
apresentam alto ponto de fusão e alta tensão superficial.
As segundas são as mais comuns e encontradas no Brasil.
Por argila, em uma área de fundição, compreendemos também
as partículas de dimensões inferiores a 20 microns (0,02 mm). As argilas,
quando aquecidas acima de uma certa temperatura (aproximadamente
lOOOOC), perdem a propriedade de plasticidade e coesão, não mais ser-
vindo como aglomerante. Diz-se que a argila está queimada.
Entre aglomerantes orgânicos temos a dextrina, o breu, óleos
diversos, outras resinas e melaço.
A dextrina derivada do amido aumenta a plasticidade e a re-
sistência mecânica quando estufada. Produz voláteis redutores que melho-
ram o acabamento superficial da peça, evitando a penetração do metal na
areia.
Um tipo semelhante é a farinha de milho gelatinizada (mogul).
O breu aumenta muito a resistência de moldes secos, evitando
a reabsorção de água por estes.
Os óleos são, em geral, usados para a confecção de machos,
dando grande resistência às areias estufadas. Apresentam, em geral, muito
baixa resistência à verde.
São utilizados: óleo de milho, de linhaça, de mamona, oiticica
etc. As resinas sintéticas são também utilizadas na confecção de machos.
As mais utilizadas são: fenol formadeido (baquelite) e ureaformaldeido.
Atualmente são usadas também na confecção de moldes (shell-molding).
As areias, neste caso, não devem ter argila e matérias orgânicas pois di-
minuem a resistência e a moldabilidade.
O módulo da areia mais recomendado para estas aplicações va-
ria entre 95 a 150 (A.F.S.).
O melaço obtido da refinação do açúcar é também bom aglo-
merante utilizado tanto para machos como também para a moldagem.
Apresenta o inconveniente por absorver água.
O carvão é adicionado para que os gases por ele gerados me-
lhorem o acabamento da peça. Diminui também a expansividade da areia e
aumenta a refratariedade. O carvão, em geral, é do tipo betuminoso, com
alta porcentagem de materiais voláteis. Deve ser moído a uma granulação
mais rma que a areia de base para diminuir a expansibilidade.
Os ligantes orgânicos queimam, produzindo gases, entre eles o
nitrogênio e o hidrogênio, deixando resíduo carbônico.
A velocidade com que se desfaz o molde depende da composi-
28
ção quírrüca e é graqde a escolha a ser feita para obter a desmoldagem re-
querida.
As v~-:tagens dos ligantes orgânicos são:
® Fácil :remoção da areia da peça;
~ Ev~olução de gases!' produzindo z.:tn.1osfe.ra redutora e barreira
de gases dando 'bc1:1 acabruuento às peças; ::10 entanto podem produzi!"
reações metal-molóe (furos de agull.1.a- aços carbono e ferro fundido ma-
!eávd). Para que não ocorr--am esses defeitos, evitar resinas com u:réia ou
misturas com hexa;r'qa;
®:'! Apresentam alta moldabilidade.
Os liga.aqtes à base de cereais são utilizados em geral abaixo de
2%.
Na fundição do magnésio e suas ligas adicionam-se, para pro-
teção contra a i>1flamação do magnésio por decomposição de água nos
moldes, substâncias protetoras tais como: en.-'Côf:re, ácido bórico, bórax,
fluoreto de amônio ou fluoborato de potássio e amônio.
A proporção desses elementos é variável entre 4 e 10%, au-
mentando com o tamanho da peça e com o abaixamento da permeabilidade
da areia.
A serragem é adicionada para diroÍl'1Uir a expansão.
Composição típica de algumas areias para fundição:
b) Para faceamento
Umidade 4 a 4,5%
Permeabilidade A.F.S. 150 a 200
Areia Rio Claro - 87 K - módulo 49
Argila 1açanã 7,5 K
Bentonita 1,0 K
Açúcar Preto 6,0 K
Água 4,51t
29
c) Areia para peças médias - faceamento
Umidade 6 a 6,5%
Permeabilidade A.F.S.- 40 a 50
Areia Rio do Peixe - 85 K - módulo 85
Argila Jaçanã 14 K
Dextrina 1 K
Água 6,5lt
d) Para peças pequenas - faceamento
Umidade 5,5 a 6%
Permeabilidade A.F.S.- 20 a 25
Areia São Vicente- 80 K- módulo 100
Argila J açanã 15 K
Carvão 5 K
Água 6lt
Na Tabela 10 são dados alguns outros tipos de areias de fundi-
ção.
TABELA 10
Argila - Jaçanã 14 10 4 20 20
Breu 2
Serragem
30
Estas composições são de areias estudadas no IPT.
Para machos são, em geral, empregadas areias somente com
óleo na proporção de 1,0 a 1,5%. As areias são secadas antes de misturar
o óleo. Depois de confeccionados, os machos são estufados, a temperatura
variando entre 200° e 400°C. Podem ser usados também outros tipos de
aglomerantes para os machos como já citado.
Preparo das areias - As areias de fundição para serem empre-
gadas devem ser preparadas de maneira que se obtenha uma mistura bem
homogênea.
Esta homogeneização é feita em misturadores que constam, na
maior parte, de uma caçamba dentro da qu.al giram m6s e pás. As m6s não
tocam o fundo para não triturar os grãos de areia. A quantidade de água
necessária é também adicionada.
Existe u.m tempo ótimo de mistura que dá para a areia melhores
resultados e que deve ser es.tudado por meio de ensaios e fica em tomo de
5 minutos.
A areia usada que volta ao circuito é peneirada para retirar os
maiores pedaços de metal e restos de machos; em uma instalação completa
são retirados os !mos (areia e argila queimada) por sucção, e pequenas
partículas metálicas por meios magnéticos (para fundição de metais mag-
néticos).
A areia de fundição deve ser também areada por u.m meio
qualquer (desintegradores, aeradores ou. condicionadores).
Na Figura 44 vemos esquematicamente a representação de uma
estação de tratamento de areia de fundição.
31
molde em sua cavidade.
Causas: umidade defeituosa, baixo teor de aglomerante, ou
mistura mal feita.
Escamado ou escama - pequena área proeminente em parede
rma principalmente, em geral porosa, com impregnação de areia.
Causas: areia fina, alta umidade, alto teor de aglomerante,
dando elevada resistência.
Lavagem de areia - saliências grosseiras do metal ou cantos
vivos arredondados. Defeitos também ao longo da linha de entrada do
metal.
Causas: umidade incorreta, baixo teor de aglomerante ou insu-
ficiente tempo de mistura.
Superfície grosseira - superfície muito áspera, dando mau aca-
bamento à peça.
Causas: areia grossa ou com má distribuição granulométrica,
alta permeabilidade, alto teor de aglomerante.
Fraturas - fendas que aparecem nas peças durante o esfria-
mento.
Causas: resistência muito elevada.
Rabo de rato - a superfície apresenta depressões alongadas em
superfícies planas.
Causas: umidade alta, má distribuição granulométrica, resistên-
cia elevada.
Pontos duros - áreas de maior dureza, dificultando a usinagem
por estarem na superfície.
Causas: partículas metálicas na areia.
Junta fria - falta de união no local da peça onde se encontram
duas correntes de metal líquido.
Causas: alta umidade e baixa permeabilidade.
Inclusão de areia - cavidade de forma irregular apresentando
no interior estrutura granular.
Causas: areia mal homogeneizada, resistência e permeabilidade
baixas.
Esses defeitos podem ser causados por outros fatores como
sejam: mau projeto da peça ou dos canais, temperatura de vazamento, ma-
nuseio descuidado dos moldes etc.
32
AREIA PARA FUNDIÇÃO DO AÇO
TINTAS
33
Essas duas propriedades são contraditórias e em parte o caso
pode ser resolvido com a pintura do molde.
Essas coberturas ou tintas são constituídas por um material re-
fratário em pó fino, suspenso em um líquido, água ou álcool isopropilico.
A tinta deve resistir ao choque térmico devido à entrada do
metal fundido, e também, não reagir com esse metal. Não deve também
prejudicar a areia de fundição que deve ser reaproveitada.
Para o aço são mais empregadas tintas à base de cromita (Fe O
- Cr2 03)ou zirconita (Zr 02- Si 0:2), contendo bentonita, para facilitar
a suspensão do pó e sua aderência ao molde ou então compostos celulósi-
cos, óleos, melaço ou dextrina.
Não é conveniente colocar mais do que 3 a 4% de bentonita ou
0,2 - 0,3% de alginato de sódio para evitar problemas de trincamento da
tinta quando seca.
A quantidade de cromita ou zirconita vai depender de como é
aplicada a tinta: pintando com pincel ou por borrifamento com ar compri-
mido.
A camada de tinta deve ser de pelo menos 0,5 mm de espessura
para prevenir a penetração do metal. Maiores peças a espessura pode ser
maior.
Se o líquido usado para suspensão é a água, o molde depois
deve ser secado - ar quente, chama, ou estufa. Se é empregado o álcool,
ele é queimado.
As partículas devem passar na peneira 200 e 55% mais ou me-
nos devem ficar retidos em peneira 325.
Para fundição do ferro fundido e ligas de cobre são emprega-
das tintas à base de grafita ou talco.
(*) Fazemos notar aqui que tratamos de moldagem mecanizada e não de fundição
mecanizada que compreende a mecanização de toda a fundição: transporte de
areia, das caixas etc.
A secção destas caixas é, !>a maioria das vezes, quadrada ou
retangular e menos comumente de outras formas, Figuras 4, 5, 6 e 7.
Elas são divididas em meias caixas ou várias partes e são
ajustadas umas sobre as outras, por meio de pinos e guias ou outros pro-
cessos, Figuras 45 a 49, apresentando também ressaltos denominados
orelhas, alças ou munhões para facilitar o manuseio, Figuras 50 e 51.
Estas caixas podem ser de abrir ou inteiriças, Figuras 4, 51 e
5%.
As caixas de abrir ou as de modelo igual à da Figura 4, com
facas, podem ser retiradas depois de moldada a peça deixando formado
um "bolo" de areia, no interior do qual fica o vazio que será preenchido
pelo metal. Uma só caixa serve então para moldar vários "bolos" que se-
rão preenchidos de metal na mesma ocasião.
Como já foi citado anteriormente, em geral estes bolos devem
ser calçados lateralmente, com a própria areia de fundição ou os "jac-
kets".
Quando as caixas não permitirem retirar o "bolo" antes do va-
zamento, o número de caixas necessário é maior, pois elas ficarão ocupa-
das até a desmoldagem da peça.
Moldagem Manual: A moldagem manual é uma verdadeira arte
e depende da habilidade do moldador.
Vejamos as etapas seguidas para a obtenção do molde de areia:
1) Caso de Modelo Inteiriço- com ou sem macho
a) O moldador coloca o modelo sobre uma placa plana (estra-
do) Figura 53 ou, se o modelo não tem uma superfície plana ou não é
partido, sobre uma "cama" (em geral, para pequena produção, esta é feita
com a própria areia de produção). Esta cama conterá a parte do modelo
que será formada na caixa superior, Figura 54.
Estuda a colocação da peça no estrado de modo a permitir a
colocação dos canais de vazamento e, se preciso, canais de subida, mas-
saiotes etc.
Os canais de vazamento, subida e massalotes devem ser bem
dimensionados e sua colocação bem estudada para evitar defeitos de fun-
dição.
Em geral os canais são superdimensionados, evitando-se dessa
maneira, pela prática, fazer um estudo analítico de um canal exato.
São os três os principais problemas relativos a um canal: tama-
nho, forma e posição e estão relacionados principalmente com as caracte-
35
rísticas de solidificação do metal e tamanho e fonna da peça.
Na Figura 55 vemos esquematizado um canal dos mais simples
utilizados, com suas designações.
A secção do canal de vazamento é em geral circular e a do ca-
nal de distribuição e enchimento pode ser retangular, triangular, trapezoi-
dal etc. Figura 56.
Para facilitar a quebra desse canal ap6s a fundição, quando a
liga é frágil, é feito um pequeno estrangulamento em local pr6ximo à pe-
ça, Figura 57.
As Figuras 58, 59, 60 e 61 mostram esquematicamente outros
tipos de canais.
b) coloca uma meia caixa (1) sobre a cama ou estrado, espalha
licop6dio, areia seca ou grafita fina sobre o modelo e cama, para facilitar
a sua retirada do molde depois de feito e coloca areia de faceamento den-
tro da caixa, peneirando no ato até cobrir todo o modelo e comprime a
areia, Figuras 62 e 63.
c) a seguir enche toda a caixa com areia de enchimento, so-
cando bem e retirando o excesso de areia, Figuras 64 e 65.
d) com um arame :fmo, perfura o molde para dar saída aos ga-
ses e inverte a caixa, retirando a seguir o estrado ou cama, Figura 66. (2)
e) asperge areia seca, licop6dio ou grafita sobre o modelo e
caixa inferior, coloca a parte superior da caixa de moldagem, os modelos
dos canais, a haste de abalamento e peneira areia de faceamento sobre o
modelo, Figuras 67, 68 e 69.
f) quando devem ficar pendentes grandes bolos de terra, como
no exemplo, estes são reforçados pela colocação de ganchos metálicos
que se apoiam nas travessas das caixas. Coloca areia de enchimento e api-
soa.
Tira o excesso de areia, faz as tiragens de ar e retira os canais,
Figura 70.
g) abala o modelo por meio de pancadas, retira a parte supe-
rior da caixa e o modelo da caixa inferior, Figura 71.
O modelo é abalado por meio de haste a ele fixado ou, às ve-
zes, abalando a caixa por meio de leves deslocamentos laterais.
(1) Se a caixa é de grandes dimensões ela é barreada pela parte interna para auxi-
liar a fixação da areia ou terra de fundição que será colocada no seu interior.
(2) Se a areia tiver permeabilidade suficiente não há necessidade de abrir esses jit-
ros de respiração.
36
h) conserta os pontos quebrados, faz as comunicações entre
canais e peças, limpa o conjunto e fecha as caixas, Figura 72.
Muitas vezes o molde deve ser secado levando-se as caixas pa-
ra estufas, ou elas são simplesmente secadas com carvão em brasa que é
colocado sobre o molde pronto, ou com maçaricos, fazendo uma secagem
superficiaL A resistência do molde é aumentada pelo secamento.
No caso de existirem machos, são eles colocados antes de fe-
char a caixa. As caixas são presas uma contra a outra por meio de presi-
lhas, pesos etc., e fica pronta para ser vazada.
37
Quando são feitas peças muito grandes, devem ser deixadas
respirações como são vistas nas figuras citadas, para permitir a saída dos
gases gerados quando o metal é vazado. São orifícios que, quando de
grandes dimensões, são, em geral, cheios de carvão e ligados ao exterior
por meio de tubos.
(1) Hoje em dia aplicam-se vibradores como os usados nas máquinas para facilitar
a operação de extração dos modelos nos trabalhos manuais.
36
d) trepidação - esta operação é realizada por meio de ar com-
primido que eleva o conjunto, mesa da máquina e caixa até uma certa al-
tura, deixando-o cair, executando uma parada brusca.
A energia cinética acumulada comprime a areia sobre o mode-
lo. Esta operação é repetida várias vezes.
e) rotação da caixa- a parte da areia que já sofreu trepidação
é voltada para baixo numa rotação de 1800.
f) aspersão de licop6dio, enchimento da parte superior e com-
pressão. Esta é feita puxando-se a cabeça da máquina sobre a caixa, colo-
cando-se um estrado de madeira sobre a areia (neste estrado está fixado
um modelo de bacia de vazamento, no ponto onde ficará o canal de vaza-
mento) e comprimindo o conjunto por meio do pistão inferior que eleva a
mesa da máquina.
g) abertura do canal por meio de um tubo de paredes finas.
h) retirada ou suspensão da caixa superior. Esta é feita fazen-
do-se vibrar a placa por meio de um vibrador a ela ligado e suspendendo
ao mesmo tempo a caixa. A vibração é obtida por meio de pequenas pan-
cadas com elevada frequência feitas a ar comprimido.
i) retirada da placa enquanto esta é feita vibrar, como no item
anterior.
j) limpeza da caixa, colocação dos possíveis machos existen-
tes; nova limpeza a ar comprimido e fechamento da caixa.
Em uma máquina podem-se produzir, com peças simples, até
40 ou mais caixas por hora.
Pode-se também usar a placa presa à mesa da máquina, fazen-
do-se, então, meia caixa em cada máquina. Em geral, esta então roda me-
canicamente a caixa inferior. As caixa são ajustadas posteriormente.
As máquinas. que trabalham por arremesso fazem o lançamento
de areia por meios mecânicos ou a ar comprimido.
39
O acabamento depende da perrneabilidade e grau de compacta-
ção.
Com a alta pressão, a areia precisa de maior teor de uw.idade.
Para esse tipo de moldagem são utilizadas prensas cujas mesas
seguem o contorno da peça e por isso são mais empregadas em sistemas
de moldagem automáticos e para grandes produções.
As características da areia são mais críticas e devem ser muito
bem controladas.
Um exemplo de composição é a seguinte:
41
Para a mistura à quente o misturador é aquecido a ± 150°C é
;:arregado de areia e a resina novolaca. A mistura continua até ser atingida
a temperatura de 80 - 90°C. Coloca-se o endurecedor urotropina 7 -
8% e mistu.ra-se durante mais 3 a 4 mi.111utos. Devem ser tomados cuidados
para evitar a passagem da resina ao estado irreversíveL (l)
O material assim preparado é colocado dentro de uma caçamba
basculante com forma apropriada, Figura 78.
A qua."lti.dade de areia nessa caçamba deve ser mantida mais ou
menos constante. Fecha-se a parte superior com uma placa onde estão
colocados os modelos e inverte-se a caçamba, Figura 79.
A placa que havia sido previamente aquecida entre 150°C a
250°C e lubrificada, fica recoberta pela areia, sujeita a uma pressão exer-
cida pela própria areia (2).
(1) A resistelu:ia da casca vai variar com a quantidade de resina. Esta deve variar
também com o módulo de areia. As areias finas requerem maior teor de resina.
(2) A lubrificação, para evitar a adesão de resina ao molde, pode ser feita com solu-
ção de silicone a 35% ou tetracloreto de C.
42
O processo Shell-Molding é empregado também para a cons-
trução de machos.
Com este processo tem-se conseguido fundir peças com grande
precisão- tolerância de 0,2 mm em peças de 20 em.
A produção é grande, ocupando relativamente pouco espaço.
Em relação ao processo comum, as peças saem com muito bom
acabamento, necessitando de menos canais, dando, portanto, menos perda
de metal por peça fundida, e podendo ser fundidas a temperaturas mais
baixas e com paredes mais finas. Em bibliografias citam-se espessuras de
peça de 0,25 mm! Os ângulos de saída também são bem menores.
O consumo de areia é também mais baixo, da ordem de 5% de
areia usada nos processos comuns. As desvantagens que oferece são: alto
custo de resina e dos moldes e não possibilidade de reaproveitamento da
areia usada.
PROCESSO C02
43
FUNDIÇÃO EM CERA PERDIDA
44
Na confecção da matriz são levados em conta as contrações da
cera. Para a confecção dos modelos são consideradas as contrações que
ocorrem na queima das cascas e na retração do metal, quando se deseja
maior precisão nas medidas finais.
A cera utilizada deve ser sempre a mesma para evitar variações
de contração no esfriamento, ap6s injetada na matriz, como o mínimo de
cinza, quando for para ser queimado, em geral com temperatura de fusão
entre 55- 85°C. Existem normas para estas ceras.
Uma composição de cera pode ser:
Cera de abelha - 55%
Para!ma- 35%
Carnaúba- 15%
Para modelos grandes e paredes finas pode ser empregada a
seguinte mistura:
Colofonia - 50%
Poliestireno - 30%
Ceresina - 20%
São utilizados também modelos de espuma de poliestireno.
Os modelos de cera podem ser lavados com aerosol desengor-
durante para que o revestimento se fixe melhor.
O revestimento é feito com material refratário com aglomeran-
tes.
Quando a fundição é em bloco, o refratário conterá partículas
grossas e finas.
As grossas, acima de 100 "mesch", para diminuir a tendência
a fratura. As partículas tmas são menores que 200 "mesch".
Metais de baixo ponto de fusão podem ser fundidos no gesso.
O aglomerante empregado é silicato de etila ou de s6dio.
O modelo é geralmente mergulhado ou pulverizado com uma
.fma camada de refratário ( < 200 "mesch").
Os modelos de cera são revestidos com a camada de refratário
fino - obtida em várias pulverizações ou mergulhos intervalados de 1O a
20 segundos, sendo que a terceira, quarta ou demais camadas devem ser
feitas por pulverizações de material mais grosso ou chamote granular, até
a espessura de 6 a 12 mm.
Se o revestimento é em casca o modelo deve ser dissolvido por
imersão em vapor de tricloroetileno. As cascas são secadas 24 h e a seguir
queimadas a 600 - IOOOOC.
45
Depois de prontas as cascas são colocadas em caixas e preen-
chidas com areia.
Se a moldagem é em bloco os modelos revestidos são ligados
pela boca de vazamento a uma placa de aço.
Uma camisa de chapa de aço inoxidável envolve o conjunto e é
colada com cera a placa de aço.
A camisa contendo os modelos revestidos é preenchida com a
mistura contendo partículas grossas e fmas com cuidado.
O conjunto é submetido ao vácuo (5 mm de mercúrio) e a vi-
brações para eliminar bolhas de ar.
No fim de algumas horas a reação como silicato de etila se
processa. O molde então é aquecido lentamente a 50°C por 8 horas e a
seguir mais 8 horas a 110°C.
Neste segundo aquecimento a cera é derretida.
Em seguida o conjunto é queimado a 900° - 1000°C durante
quatro horas.
Uma fórmula que pode ser utilizada para o revestimento é a
seguinte:
sílica 7 partes
água 0,6 partes
silicato de sódio 0,5 partes
ácido clorídrico gotas
LIGAS DE COBRE
47
TABELA 11
COMPOSIÇÃO % EM PESO
SAE
40
LIGAS
llronu Verm.
I Cu
84,6-86,0
Sn Pb Zn
4,0-6,0 4,0-6,0 4,0{í,O 0,30
Fe Nl
1,0
p AI
0,005
SI
0,005
Sb
-
Mn
65 Dr. foef.p/ena. 88,()..90,0 10,()..12,0 0,50 0,50 0,15 (1) 0,10.0,30 0,005
66 Bronze p/ ITIUICil 83,0-86,0 4,5-6,0 8,0·10,0 2,0 0,20 0,50 0,005 0,005 0,30
660 Bronze p/rnencal 81,()..85,0 6,25·7,5 6,().8,0 2,().4,0 0,20 0,50 0,15(2) 0,005 0,005 0,25
68A Bronze de Al 86,()..89,0 0,50 2,54,0 8,5·9,5 (3)
68B Bronu de Al 86,()..89,0 0,20 1,().2,0 10,0·11 ,5-
7/Pb + Zn + N/ .. t%
2}P ~ 0,6'11. r-mlr3fllfll ,_. furtd/çlo 6ffl moldf pfmHIMnW
49
dos materiais utilizados na carga assim como as perdas por oxidação, va-
porização e reações com o refratário do fomo.
Essas perdas, trabalhando sempre nas mesmas condições po-
dem ser conhecidas para determinado fomo.
Exemplo:
Deve ser fundida uma liga com a composição:
Sn- 6% Zn- 6% Pb- 3% Cu- restante
A carga sera de 70% de metais puros e 30% de sucata com es-
sa composição.
As perdas são calculadas em
Sn - 1% Zn - 2% Pb - 2% Cu-1%
de maneira que as cargas devem ser para 100 kg, aumentadas
de:
Sn 6 X 1 = 0,06k
100
Zn 6 X 2 = 0,12 k
100
3 X 2
Pb = 0,06 k
100
Cu 85 X 1 = 0,85 k
100
FUNDIÇÃO DE BRONZE DE AI
LIGAS DE ALUMÍNIO
51
prega-se então, o alumínio.
As principais ligas usadas em fundição são as dadas nas Tabe-
las 12, 13 e 14 (classificação americana).
A adição dos diversos elementos à liga, modifica as suas pro-
priedades.
O Al e impurezas normais nas ligas acima constituem a dife-
rença para 100.
DESIGNAÇÃO S.A.E
COMERCIAL 1954 Cu Si Mg Zn Ni Outros Elementos
DAUGA
195 38 4,5
122
142
I 34
39
10,0
4,0
0,2
1,5 2,0
108 4,0 3,0
113 33 7iJ 2fJ
214 32o 4,0
220 324 10,0
B214 1,8 4;D
43 35 5,0
s'JóSllíclo 5,0
355 322 1,3 SiJ 0,5
3,7 6,3
319 329 3,7 6,3
X-8 327 1,5 8,0 0,4 0,4Mn
356 323 7,0 0,3
T enzaloy 0,7 0,4 7,5
Temalloy5 1,6 3,0 0,5 Mn- 0,3 Cr
Temalloy7 2,1 4,3 0,5 Mn - 0,3 Cr
40E 310 0,55 5,6 0,5 Mn- 0,3 Cr
A612 0,5 0,7 6,5
52
TABELA13
Ní I Outros Elementos
53
TABELA14
21!1 !1,0
43 304 s,oo
13 305 12,0 2,0
All 12,0 1,3
&S 3(17 3,5 s,o 2,0
A!IS 3,5 s,o 1,3
A380 .306 3,5 !1,5 1,3
380 30& 3,5 !1,5 2,0
A360 9,5 0,5 1,3
360 309 9,5 o,s 2,0
São assim utilizadas ligas mães de Cu, Ni, Fe, Cr, Si.
Estas ligas permitem também aumentar a precisão da composi-
ção da liga finaL Uma pequena diferença na pesagem, não influi tanto
como se essa diferença fosse de metal puro. Além disso, as pesagens são
maiores e os erros cometidos podem ser proporcionalmente menores: per-
mitem também a obtenção de uma dissolução mais perfeita na liga_
As ligas mães são preparadas principalmente de três maneiras:
a) adicionando-se alumfnio sólido no metal líquido, que deve
ter alto ponto de fusão;
b) misturando-se o alumfnio líquido no metal também no esta-
do líquido;
c) metais sólidos adicionados ao alumfnio líquido; neste caso
devem ser relativamente fáceis de dissolver no alumfnio. Ex.: o ferro.
Na preparação da liga final, o alumfnio é fundido primeiro e
depois são adicionados os metais ou ligas bases necessárias. É deixado
sempre para o fim a adição de elementos facilmente oxidáveis. Ex.: o
magnésio.
As ligas devem ser sempre fundidas sob a proteção de uma es-
cória, que reduz a absorção de gases e também pode ter uma ação benéfi-
ca, purificando a liga.
As escórias mais utilizadas tem suas composições dadas na Ta-
bela 15, na proporção de 2- 3%.
TABELA 15
-- 5)40%NaCI
40%KCI
20% Crialita
6) 30%NaCI
40%KCI
15%Na,co,
!5%KF
(1) Os sais básicos dos fluxos são: cloreto de zinco, cloreto de alum{nio e criolita.
Outra mistura recomendada para as ligas alumínio-silfcio é: 1 parte de clorato
de sódio, 2 partes de cloreto de sódio e 4 panes de fluoreto de sódio. Os fluxos
para as ligas Al-Mg, contém sempre C!Mg. Um fluxo desgaseificante pode ser
preparado à base de hexacloroetana (0,5 -1,0%).
55
750°C, para evitar a formação de nitretos. Pode ser também empregado o
cloro, desde que sejam tomados cuidados especiais. Em todos os casos os
gases devem ser bem secos.
É também utilizado o processo de fundir a liga, deixá-la esfriar
até quase a solidificação no próprio cadinho (com o abaixamento da tem-
peratura, diminui a solubilidade dos gases, que são eliminados por dife-
rença de densidade) depois aquecê-la rapidamente à temperatura dese-
jada e va?ar.
Maiores cuidados devem ser tomados na desgaseificação,
quando se emprega sucata ou cavacos, pois que, em geral, vêem impreg-
nados de sujeira, óleo, etc, o que facilita a absorção de gases pelo metal
'fundido.
A escolha da sucata deve também ser feita criteriosamente para
poder ser obtida uma liga com composição adequada.
A temperatura de vazamento das ligas de alumínio varia entre
700 - 750°C, dependendo, em grande parte, da peça que vai ser vazada.
A prática indica a temperatura mais baixa (sempre desejada), suficiente
para enchê-la.
A Figura 88 mostra a quantidade de hidrogênio que pode ser
absorvida por alguns metais, em função de temperatura. Procura-se por is-
so mantê-la sempre a mais baixa possíveL
Depois de iniciado o vazamento da peça, ele não deve ser in-
terrompido, para evitar que a camada de óxido de alumínio que se forma
na superfície do metal líquido se rompa e penetre na peça, inutilizando-a,
muitas vezes.
Segundo K. Schneider, as ligas de Al-Si podem ter sua granu-
lação, normalmente grande, diminuída, pela adição de fósforo vermelho,
cloreto de potássio e fluoreto de titânio e potássio, o tratamento devendo
ser seguido por uma degasagem com cloro.
Se a liga tiver sido tratada com sódio ou seus sais, o tratamento
com fósforo é contra-indicado.
Cálculo de carga
Sucata - cuidados idênticos à fundição de cobre.
Devemos fundir uma liga com a seguinte composição:
Si- 5% Mg- 0,4% Cu- 1,25% Al-
As perdas no forno são:
Si -1% Mg-3% Cu-I% Al-I%
56
O cálculo é feito para urna carga de 100 kg e devemos aumen-
tar o peso de carga para compensar as perdas: (oxidação, reações com re-
fratário e vaporização).
Si 5 xl = 0,05 k
100
Mg 0,4 X 3 = 0,012 k
100
Cu 1,25 X 1
= 0,012 k
100
AI 93,35 X 1 = 0,933 k
100
Si Mg Cu AI TOTAL
COMPOSIÇPo
DA LIGA 5 0,4 0,25 93,35 100.00
Peso 5 0,4 1,25 93,35 100,00
Perdas 1 3 2 1
Aumento 0,05 0,012 0,012 0,933 1,007
Peso calculado carga 5,05 0,412 1,262 94,283 101,007
Devemos colocar:
57
contendo 38,85 - 5,05 33,8 AI
contendo l ,262 Al
O AI a ser colocado
58
Esta tinta deve ser aplicada com um cadinho aquecido a mais
ou menos I00°C.
O emprego do cadinho de grafita ou fornos com soleiras de
bauxita, ou magnésio, torna-se obrigatório, quando as ligas são muito sen-
síveis à introdução de ferro.
LIGAS DE ZINCO
FUNDIÇÃO DO AÇO
59
Este amolecimento prematuro da areia, é devido a impurezas,
principalmente a cal e o óxido de ferro, que agem como fundentes.
O molde deve ser bem adensado para diminuir ou evitar o apa-
recimento de defeitos, mais fáceis de ocorrer do que quando se funde ou-
tro metal.
Deve ser escolhida também uma areia com alta permeabilidade,
permitindo o escapamento fácil dos gases formados ou arrastados na fun-
dição.
Estes gases se não podem escapar, formam bolhas na superfície
da peça, ou pequenos furos. Esse defeito aparecerá de qualquer maneira
se o aço não for completamente desoxidado. Essa desoxidação é feita, em
grande parte, por meio de ferro silício, e este elemento aparece, em geral,
em mais altos teores nas peças fundidas.
Completa-se a desoxidação com alumínio que é, em parte, co-
locado no fomo com imersão, para evitar a sua oxidação na superfície, e
parte na panela, com alumínio granulado, na hora de seu enchimento.
Recomenda-se empregar de 0,05-0,1% de alumínio.
Em casos especiais pode ser feita a desoxidação com titânio.
A :resistência à passagem do metal líquido, isto é, :resistência à
erosão, deve ser grande, pois o aço tem um grande poder de "lavar" a su-
perfície dos moldes.
Já foi verificado que as inclusões de areia nas peças de aço tem
sua origem na lavagem que o material produz nos canais e massalotes.
Lavagem no contorno da peça já é mais raro.
A areia carreada irá para o interior da peça, dando defeitos
(pontos duros na usinagem), e o local de onde saiu, será preenchido pelo
metal, dando mau acabamento.
A areia, logo depois de iniciada a solidificação da peça, deve
se desintegrar, pois o aço se retrai grandemente, durante a solidificação, e
então, principalmente os bolos de areia ou machos, devem esboroar para
permitir essa deformação.
A contração do aço é variável conforme o seu teor de carbono
e temperatura de vazamento- Figura 89.
Devido a essa contração a boa colocação do massalote e bem
situado é absolutamente necessária para a obtenção de peças boas.
Essas dificuldades todas, e também a alta temperatura de fusão
do aço, é que tomam o emprego de outras ligas, sempre que possível, in-
dicadas.
60
As areias são sempre preparadas com bentonita ou com argila
comum, e adição de dextrina, e o molde deve ser pintado com grafita.
O teor de umidade nas areias verdes, deve ser bem baixo, para evitar, ao
máximo, a formação de bolhas superficiais. A umidade ótima parece ser
de 4%, nas areias sintéticas com 4 a 5,5% de argila. Alguns autores reco-
mendam usar moldes secados por meio de chama, nas partes que entram
em contato com o metal fundido. Outros acham que um pequeno teor de
umidade, para fundição de peças pequenas de paredes f"mas, dá melhor
acabamento à peça, pela formação de vapor que i..-npede o contato di..-eto
do metal com a areia, no momento da fusão. Apresentam ta..mbém menor
resistência que as areias secas à contração do metaL A preparação de
areia deve ser cuidadosa pois uma mistura com tempo insuficiente ou com
baixa umidade, ou mal feita por defeito do misturador, podem dar origem
a defeitos nas peças.
Na moldagem, a bacia de vazamento, em geral, é feita de areia
estufada, e na base do canal, que sofre um forte linpacto de jato de metal,
é colocado um macho.
Nas areias de moldagem e de machos para fundição de aço,
muitas vezes é acrescentado cromita Fe O Crz 03 para melhorar o aca-
bamento das peças, grafite e óxido de ferro.
61
T = C x M 2 (*)Expressão da espessura solidificada em função
do tempo
T- Tempo de solidificação
C - Constante (influenciada principalmente pelo tipo de molde
e temperatura de superaquecimento do material)
M-M6dulo
6Z
27
0,5 em
54
FORMA MÓDULO
63
um cone, e em casos contrários, cavidades secundárias que podem ser
bastante profundas, Figura 90.
A fim de que o seu módulo permaneça maior ou igual ao da
peça no final da solidificação, é preferível que seja 1,2 maior que o mó-
dulo da. peça, e a profundidade da cavidade, por segurança, da ordem má-
xima de 0,8 da altura do massalote.
A contração do aço varia com a sua composição, teo:r de car-
bono e a temperatura de superaquecimento (Figura 91). Os elementos de
liga também tem influência (Figura 92).
A forma da peça também tem influência em quantidade de me-
tal a ser alimentado, como po:r exemplo.
Placa com 10 em de espessura e 120 x 70 que apresenta o
mesmo módulo que em cubo de 30 em de lado. (Módulo 5).
A placa requer uma alimentação de 3.780 cm3 e o cubo so-
mente 1.220 cm3 considerando uma contração de 4,5%.
Portanto, o volume dos massalotes deve ser levado em conside-
ração.
Os massalotes cilíndricos alimentam uma contração de 14% e
os em forma de vaso (semi-esférico) 20%. (l)
O volume V, que um massalote pode alimentar está ligado ao
módulo pela relação:
V= q X (M) 3
64
Um massalote também s6 pode influenciar uma determinada
zona de peça que podemos chamar zona de alimentação. Para placas essa
zona se estende a uma distância de 2d, sendo d a espesura da placa e para
barras de I ,O a 1,5d, sendo d a menor dimensão de seção transversal. (Fi-
guras 97 a IOO). Aços de médio teor de carbono são de mais difícil ali-
mentação- maior zona de solidificação.
No entanto, no cálculo de volume do massalote, deve ser leva-
do em consideração, todo o volume da peça.
Os gráficos permitem observar também a influência da parte
terminal (que é o no caso de placas 2,5d).
A Figura 101 esquematiza esse fato.
A ligação entre o massalote e a peça também deve ser bem es-
tudada para evitar a sua solidificação prematura e impedir a alimentação
da peça.
Os módulos deverão crescer continuamente da peça para o
massalote como por exemplo:
M- peça; M- ligação: M- massalote = 1,0: 1,1 : 1,2 (1)
A alimentação de um massalote pode ser melhorada pela colo-
cação das almofadas, em peças altas, de tal maneira a aumentar o módulo
continuamente da base para o alto permitindo uma boa alimentação.
Esse aumento pode ser verificado traçando os círculos de Heu-
vers os raios aumentando de baixo para cima na relação 1 : I ,1 ou melhor
1 : 1,2 (Figura 102).
As almofadas necessárias são dadas pelo gráfico (Figura 103)
Observa-se que o método deve ser usado com cautela pois co-
locação de almofadas aumenta muito o módulo obrigando ao emprego de
massalotes maiores (Figura 104)
A altura do início da almofada varia também com a espessura
da peça pois deve ser levada em consideração a função da extremidade.
Figura 105.
A solidificação de placas é perfeita até uma distância igual a
2,5 d da extremidade onde d é a espessura da peça, como já visto. Figura
101
O massalote também sabemos, alimenta uma placa à distância
de 2d e uma barra à distância de 1,5d, sendo daqui, a menor dimensão da
seção da barra.
65
A alimentação dos massalotes, lateralmente, pode ser aumenta-
da com as ombreiras e portanto o número de massalotes diminuído.
A extensão dessa ombreira é da ordem de 2,8 vezes a espessu-
ra da placa ou 5,6 vezes o seu módulo, ou 5 vezes o módulo de massalote.
A Figura 106, nos mostra esses valores e a Figura 107 a forma dessas
ombreiras.
Nas fundições o corte dos massalotes traz também grande tra-
balho.
Para facilidade podem ser usados os machos quebradiços ou de
Washburn. Figura 108.
As dimensões desses machos são dadas na Tabela 16 e podem
ser calculadas pelas fórmulas:
MASSALOTES EXOTÉRMICOS
I Massalotes Massalotes
IMm Mp T Nr!>") cegos late- Superiores
rais (*)
mm
.. /;1 Dr!> &
em em mm mm mm mm rnm
"'
o "' "'
C<1
O()
1!.4 1.17 5-9 27.5 75 42 85 11\
g,-go ;.:::1 1.5 1.25 6.3 29 8o 45 90 f<}
o
~E
~ o =
lctl 1.6 1.34 6.7 31 85 48 100 20
o ;:l "' L7 1.42. 7-2 33 90 50 105 22
cac:ro
"'C<1 '-"'
1.8 1.51 7-6 35 96 54 110 23
<C
::;;"' 1.9 1.59 s.o 37 100 57 H5 24
2.0 1.67 8.4 39 106 60 120 26
2.2 1.84 9-2 43 117 66 135 2.'>
2.4 2.00 1U 47 127 71 145 30
--
....
o 2.6 2.20 11 51 138
- 78 155 33
"' 2.8 2.34 11.7 55 150 83 165 35
E 3.0 2.50 12.6 59 160 90 175 3ii
o
3.2 2.67 13.5 63 170 95 185 41
"'o"'
o. o 3.4 2.84 14.5 66 180 102 195 44
o~"'
lctl .....
3.6 3.00 15
16
7U
74
190
200
106 210 45
41'
=~
:::1
3-8 3-17 113 220
"'O"
4.0 3-34 17 71'1 212 120 230 51
o 4.25 3-55 18 83 225 126 245 54
õ 4-5 19 88 240 133 260 57 '
ca 3-7$
"'fq 4.75 3-97 20 93 252 140 270 60
::;; 5.0 4.18 21 97 265 147 285 63
67
No caso de fundição de aço ocorre somente um aquecimento
do material, a energia desprendida não sendo suficiente para elevar a tem-
peratura do aço, mas mantendo-o quente por mais tempo.
Para um bom desempenho desses materiais eles deveriam ser
testados para verificar sua eficiência, que é bem variável com a composi-
ção. Figura 112.
A Figura 113 nos mostra outros dados a respeito do assunto
- tempo de solidificação e aumento de módulo relativo.
O vazio fonuado em um massalote comum apresenta a fonna
de um cone, aumentando muito sua superfície e diminuindo o módulo. No
massalote exotérmico quando a espessura da parede é igual ou maior que
O, 15d, sendo d o seu diâmetro interno, não se fonua o cone mas há um
abaixamento por igual de toda superfície, mostrando um módulo residual
maior. Figura 114. O massalote deve ser coberto com pó exotérmico.
O máximo volume (Vp) da peça que pode ser aiimentado por
um w..assalote com volume (Vm), com material com contração de S%, e
volume de contração no massalote (V em) é:
100 X Vem- s X vp
s
e dados dos massalotes com volume (V ro), podem ser obtidos nas Tabelas
17 a 27 que se aplicam também aos exotérmicos - volumes internos.
Com um massalote bem detenllinado e espessura do exotérmico
maior ou igual a 0,15d, consegue-se uma cavidade de retração de até
67%, bem maior que 14% de um massalote não exotérmico. É recomen-
dado empregar sempre> 0,2d
Em muitos casos l/3 somente do massalote serve para alimen-
tação (33%).
A Figura 115 permite calcular a espessura do exotérmico do
massalote baseado no volume e módulo da peça.
A Figura 116 mostra os mesmos dados em escala logarítmica.
68
A Figura 117 é um exemplo de curvas a serem empregadas
quando a espessura do exotérmico é igual a 0,2d.
Recomenda-se tomar o módulo 5 a 10% maior, pois em geral o
massalote não é preenchido até em cima.
Dados a respeito de Massalotes
Em relação ao volume da peça
vP x c (1)
r-c
V m - volume do massalote
Vp - volume da peça
r - contração do massalote
c contração do aço
Valores de r (usuais)
(2)
d
ifÇ ou d ~
= --"---
1,18 9,18
d = ~047
, vp . ou
RESFRIADORES
70
O resfriador atua como se fosse uma extremidade da peça - in-
fluência de extremidade - mas mais intensivamente. É recomendado em-
pregar como se fosse iguaL
As Figuras 120 e 121 mostram como atua um resfriador, no
tempo de solidificação de uma peça.
Colocando então um resfriador entre dois massalotes, a distãn-
cia entre eles pode ser aumentada. Não é considerada então somente a zo-
na de alimentação, mas como se tivesse também uma zona terminal- Fi-
gura 101.
Os resfriadores externos, no caso de fundição de aço não po-
dem ser muito extensos, pois podem causar trincas em suas extremidades,
devido à contração do aço. O melhor é subdividir o res:friador em vários.
Figuras 122 e 123.
O comprimento do res:friador deve ser no máximo 3 a 4 vezes a
espessura da parte a ser resfriada, e a distãncia entre eles de no mínimo o
seu comprimento para obter bons resultados. Em alguns casos esta distân-
cia pode ser diminuída.
Os resfriadores podem também ser colocados em várias faces
da peça. Figuras 124 e 125.
Em locais das peças que sofrem contração devem ser evitado a
colocação de resfriadores, ou estes devem ser colocados com amortecedo-
res flexíveis por trás. Figuras 126 e 127, ou com saída, Figura 128.
Em junções de peças e colocação de resfriadores permite dimi-
nuir o risco de trincas a quente- Figuras 129 e 130.
O tamanho desses resfriadores deve ser razoável para evitar
que se solde - Figura 131.
Os res:friadores devem ser de aço; os de ferro fundido podem
causar porosidade na peça - Figura 132 - assim como também deve ser
perfeitamente limpos de oxidação - limpeza por jato de areia, para evitar
o mesmo defeito.
Deve-se evitar também a precipitação de umidade na sua su-
perfície, quando colocado no molde, principalmente em fundição em areia
verde, pelo mesmo motivo.
Os res:friadores devem ser secados, fechado o molde, e vazados
logo. Podem ser pintados.
O resfriador vai retirar da peça parte do calor de superaqueci-
mento do metal líquido e também do calor de solidificação, aumentando a
velocidade de esfriamento.
71
Atua como se reduzisse o volume inicial da peça.
Baseado nesse fato e considerando uma temperatura de fusão
de 1550°C, por cálculo chega-se à seguinte fórmula que nos dá o peso do
resfriador para passar de módulo Mo e volume V o para um módulo Mr:
w 7,4 Vo Mo- Mr
Mo
Vo (Mo- Mr)
com separação A
Mo Mr
Mr Mo
2
Mr
2 Mo
3
72
qualquer que seja a espessura do resfriador.
Este, para maior efeito, deve ter no mfnimo, espessura igual à metade da
espessura da peça.
D 0,5 d
100
4g
- 5cc
73
O resfriador interno funciona como uma superfície interna e
dessa maneira diminui o m6dulo da peça.
Para que uma parte de maior módulo de uma peça seja ali-
mentada perfeitamente por uma parte de menor m6dulo, podemos reduzir
o seu módulo, colocando os resfriadores internos para que fique pelo me-
nos 10% menor que o de menor valor. Para que ele se solde à peça, não
afetando dessa maneira suas propriedades, (sempre há alteração devido a
possuir a composição diferente do metal fundido e modificar composição
local) deve atingir uma temperatura de aproximadamente 1450°C, aque-
cimento esse produzido pelo superaquecimento do aço e um pouco pelo
calor latente de solidificação.
O peso do resfriador pode então ser calculado e chega-se à
fórmula:
W resf. f x 'Y x Vo
Mo Mr
Mo
s X X 0,1 (max)
onde
S superaquecimento e
Mr modelo reduzido
74
O ábaco - Figura 139, pennite obter o diâmetro ou lado de
uma seção quadrada de uma barra.
As Figuras 140 e 141 pennitem fazer o cálculo quando o res-
friador não se solda, baseada na fórmula:
S X Mrl,8 X 0,2
75
TABELA !7
H-D
TABELA PARA l>!!ASSALOTES ClÚNDRICOS- H- D
~I I
:I
H
DG
v w
I
mm kg
-~;'::.'-l-.:::~~+-;:::~;;--l--:,~;~~so::_+--,::::"-!-J-..:~~~~~;-I-..;~::::!:.....j :~~
3
::~ ~~ :~; :~:~
2.4 t« 2.3 15.5 Slt 45.2 ..;.i 32.0 3.t 24.2 2.3 1~.11
2.6 f 56 3-! 21.0 7.8 61.0 s..c. -13.6 4.2 32-& 3.1 2..:..2.
2.K ~(~ 3-7 25.1 9.3 72.5 6.7 52.2 5.0 39)1 3-7 ZK-9
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J.2 iY2 5.5 37-5 14 tu9 9-9 77-5 7-5 58.5 5-S 43.0
3.4 204 6.6 45.0 ~7 133 12 93-5 9.0 70-5 6..6 5'-5
3.6 216 7.s; 53.11 2:11 1$G 14 H)9 U 86..0 7js 61.0
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6.25
6.50
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390
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86
CANAIS DE VAZAMENTO
INTRODUÇÃO:
v v 2 gh
V= !L~ (2)
1
(3)
V l + í:r
87
TABELA 28
88
TABELA 29
complexo 0,25-0,30
médio 0,30-0,40 Nekendzi
simples 0,40-0,50
complexo 0,25
médio 0,32 Dubtsky
simples 0,42
89
Calcula-se o módulo dessa parte da peça e o volume, conside-
rando-se agora, também, a parte mais grossa da peça.
M 72 1,8
40
tl tempo de vazamento
ts tempo de solidificação
vazão
ou
dh A dt
Ap
91
integrando entre h=O e h=hp e t=O e t=tv sendo tvo tempo de vazamento
1 dh A dt
2g Ap
obtemos:
A
Ap
A 2 Ap ( ~ -V ht - hp ) (6)
ty V2i
Sendo mais difícil obter a área da peça substituímos pelo seu
peso p = Ap x hp x -y e aplicando o coeficiente de resistência hidráulica f.L
EXEMPLO DE CÁLCULO
e portanto a vazão
1620
75.6 seg
21,42
'll"02l
0,34 6,6 em
4
93
e a base do canal de descida
94
A 1 =h 1 - I, e considerando o canal sempre cheio.
~ p1 v2 P2
(h1- I) +_1_ + - o + 2 +--
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( ::) 2
hl
4
Dl = v hl D2 (8)
~
10
95
chegaremos à relação:
v2 v2
o + _!l + _1_ p2 _L
o + --+ (9)
w 2g w 2g
ou
v2 - v2
pl p2 2 1
w 2g
96
sendo:
97
DEFEITOS
98
O remédio é empregar areia que pennite boa defomação (areia
a verde) ou empregar o artifício mostrado na Figura 178 (buracos que po-
dem ou não ser cheios com areia com alta retração, ou outro material, ma-
deira, plástico poroso.
Deve-se ter cuidado também com as travessas das caixas e ar-
mações colocadas que podem facilitar a ruptura da peça - Figuras 179 a
181, assim como a forma e colocação dos canais - Figura 182, errada e
183, certa. Figura 184, errada e 185 a\186. certas, ou a peça deve ser mo-
dificada para pennitir flexibilidade e deformação- Figuras 187 e 188.
Quando há possibilidade de aparecimento de trincas, são colo-
cadas nervuras como é visto nas Figuras 189 a 192.
Deve-se, sempre que possível, evitar grandes variações de es-
pessura, Figuras 193 a 198.
Os canais devem ser colocados em posição tal que tenham o
máximo de flexibilidade.
No ponto de ataque a peça pode ser feito um ajustamento da
seção. e o canal traçado de maneira a poder se deformar- Figuras 199 a
201.
Em caso de nervuras, se possível traçá-la vazada como na Fi-
gura 202.
A variação de espessura da peça deve ser feito como mostra a
Figura 203, mesmo para massalotes. O diâmetro dos círculos crescendo na
proporção de 1,1 ou 1 ,2.
A colocação da peça para moldar também deve ser bem pensa-
da para diminuir os defeitos - Figura 204.
MATERIAL EXOTÉRMICO
99
O material exotérmico em pó, em geral, é urna mistura de areia
ou fibras, principalmente refratárias (lã de vidro), ou celulose, de pó de
alunúnio e pó de óxido de ferro. A reação química ocorre entre o alumínio
e o óxido de ferro e oxigênio do ar que devem estar em quantidades equi-
libradas.
O tempo de esfriamento do aço envolvido com o material exo-
térmico aumenta. Esse aumento estando relacionado a quantidade de pó
utilizado e sua qualidade.
Com esse pó exotérmico podem ser construídas mangas exo-
térmicas empregadas para fazer massalotes.
Os massalotes que utilizam esse material podem ser bem meno-
res que os feitos com areia comum, pois permanecem então mais tempo no
estado fundido, alimentando melhor a retração da peça.
O abaixamento também do vazio formado é diferente e muito
mais material pode ser utilizado para compensar a contração, como já foi
falado no estudo dos massalotes, chegando até a 67% do seu volume.
Estas mangas não são muito empregadas porque são caras, e na
maior parte das vezes, só quando se funde aço especial compensa usá-las
com vantagens de preço.
Podem também ser feitas almofadas de material exotérmico
(como machos) para alimentar melhor uma peça, diminuindo o trabalho de
corte. Figura 205.
Essa almofada é efetiva somente com a espessura máxima igual
a espessura no local da peça que esta sendo fundida.
Cuidados especiais devem ser tomados com respirações para
afastar os gases que se formam em grande quantidade.
A seguir, fórmulas de pós exotérmicos:
Alunúnio em pó 10-12% 9%
Fe2 03 48-49% 19%
Areia ou fibras 39-41% 62%
Na F 1% 5%
NaN03 5%
fluorita 5%
"0
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' C) ~') \
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Para iniciar mais rapidamente a reação é adicionado um pouco
de fluoretos, nitretos ou cloretos.
Para confeccionar um massalote, ou almofada:
101
BIBLIOGRAFIA
103
MASCRÉ, C. & LEFEB VRE, A. Pouvior gazant et degazant des flux
pour alliages legers: importance de l'humidaté. Fonderie
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L.D. Hewitt. Oxford, Pergamon Press, c1966, 242p.
104
ÍNDICE
DEFINIÇÃO . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
OS MÉTODOS DE FUNDIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
MODELOS - CARACTERÍSTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
MACHOS DE FUNDIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
TINTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . 33
PROCESSO C0 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
LIGAS DE COBRE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
LIGAS DE ALUMÍNIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
105
UGAS DE ZINCO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
FUNDIÇÃO DO AÇO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
MASSALOTES EXOTÉRMICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
RESFR.IADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
CANAIS DE VAZAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
DEFEITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
MATERIAL EXOTÉRMICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
BIDLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103