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N-293 REV.

D OUT / 97

FABRICAÇÃO E MONTAGEM
DE ESTRUTURAS METÁLICAS

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 04 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Construção Civil
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho – GTs


(formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 29 páginas


N-293 REV.D OUT / 97

PÁGINA EM BRANCO

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N-293 REV.D OUT / 97

SUMÁRIO

PREFÁCIO.............................................................................................................................5

1 OBJETIVO .........................................................................................................................5

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES..............................................................................5

3 DEFINIÇÕES .....................................................................................................................6

3.1 COMPONENTES...............................................................................................6

3.2 ESTRUTURAS METÁLICAS AUXILIARES PARA PLATAFORMAS DE

PRODUÇÃO......................................................................................................6

3.3 ESTRUTURAS METÁLICAS CONVENCIONAIS...............................................6

3.4 ESTRUTURAS METÁLICAS DE MÓDULO PARA PLATAFORMAS DE


PRODUÇÃO......................................................................................................7

4 CONDIÇÕES GERAIS .......................................................................................................7

4.1 DOCUMENTAÇÃO............................................................................................7

4.2 FUNDAÇÕES PARA MONTAGEM....................................................................9

4.3 FUNDAÇÕES DEFINITIVAS ...........................................................................10

4.4 RECEBIMENTO, IDENTIFICAÇÃO E ARMAZENAMENTO.............................11

4.5 SOLDAGEM ....................................................................................................13

4.6 FABRICAÇÃO E MONTAGEM ........................................................................14

4.7 INSPEÇÃO ......................................................................................................17

4.8 CONTROLE DIMENSIONAL ...........................................................................18

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ...........................................................................................18

5.1 ESTRUTURAS SOLDADAS CONVENCIONAIS .............................................18

5.2 ESTRUTURAS METÁLICAS DE MÓDULOS E AUXILIARES DE

PLATAFORMAS DE PRODUÇÃO...................................................................20

5.3 ESTRUTURAS CONVENCIONAIS APARAFUSADAS....................................27

____________

/PREFÁCIO

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PÁGINA EM BRANCO

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PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-293 REV D OUT/97 é a Revalidação da Norma PETROBRAS


N-293 REV C ABR/87, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a fabricação e montagem de estruturas
metálicas convencionais, estruturas metálicas de módulos e estruturas metálicas auxiliares para
plataformas de produção.

1.2 A aplicação desta Norma é restrita a estruturas metálicas de aço-carbono e carbono-


manganês.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

PETROBRAS N-13 - Aplicação de Tinta;


PETROBRAS N-133 - Soldagem;
PETROBRAS N-134 - Chumbadores para Concreto;
PETROBRAS N-250 - Montagem de Isolamento Térmico a Alta Temperatura;
PETROBRAS N-683 - Estocagem de Tubo não Revestido em Área Descoberta;
PETROBRAS N-1590 - Ensaio Não-Destrutivo - Qualificação de Pessoal;
PETROBRAS N-1594 - Execução de Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;
PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia;
PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;
PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partícula Magnética;
PETROBRAS N-1644 - Construção de Fundações e Estruturas de Concreto
Armado;
PETROBRAS N-1678 - Aço Estrutural para Plataforma;
PETROBRAS N-1757 - Aplicação de Proteção Contrafogo em Instalação
Terrestre;
PETROBRAS N-1812 - Plataformas e Instalações Marítimas para Produção de
Petróleo;
PETROBRAS N-1852 - Fabricação e Montagem de Estrutura Marítima Fixa de
Aço;
PETROBRAS N-2109 - Controle Dimensional - Qualificação de Pessoal;
PETROBRAS N-2125 - Pesagem de Estruturas Marítimas;
ABNT NBR-5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por
Atributos, 1985;
ABNT NBR-6122 - Projeto e Execução de Fundações;

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ABNT NBR 8800 - Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios;


ANSI B 1.1 - Unified Inch Screw Threades, 1982;
ANSI B 18.2.1 - Square and Hex Bolts and Screws, 1981;
ANSI B 18.2.2 - Square and Hex Nuts, 1972.
API Spec. 2B - Fabricated Structural Steel Pipe, 1977;
ASME Section V - Boiler and Pressure Vessel Code - 1983;
ASTM A-6 - General Requirements for Rolled Steel Plates, Shapes,
Sheet Piling, and Bars for Structural Use, 1985;
ASTM A-143 - Safeguarding Against Embrittlement of Hot-Dip
Galvanized Structural Steel Products and Procedure for
Detecting Embrittlement;
ASTM A-500 - Cold-Formed Welded and Seamless Carbon Steel
Structural Tubing in Rounds and Shapes, 1984;
ASTM A-501 - Hot-Formed Welded and Seamless Carbon Steel
Structural Tubing, 1984;
AWS D 1 1 - Structural Welding Code-Steel, 1986;
FBTS N-001/92 - Qualificação e Certificação de Inspetores de Soldagem -
Procedimento.

3 DEFINIÇÕES

Para a aplicação desta Norma devem ser utilizadas as definições da norma PETROBRAS
N-1812 e mais as seguintes:

3.1 Componentes

Chama-se componente qualquer um dos dois seguintes:

a) Peça fabricada: Peça como saída de fábrica: Ex: virola, tramo, nó (ver FIGURA
1, 2 e 4 da norma PETROBRAS N-1852);
b) Subconjunto: Conjunto de duas ou mais peças fabricadas soldadas no canteiro de
montagem: Ex: nó mais membro tubular, membro tubular-conjunto de vários
tramos (ver FIGURA 1 detalhe 5 da norma PETROBRAS N-1852).

3.2 Estruturas Metálicas Auxiliares para Plataformas de Produção

São estruturas metálicas independentes do convés ou que o complementam, tais como: lança
dos queimadores, estrutura para o pedestal do guindaste, sondas de produção “Work-Over”,
heliponto.

3.3 Estruturas Metálicas Convencionais

São estruturas metálicas industriais que podem ser instaladas em terra ou em plataformas de
produção e que suportam diretamente equipamentos e sistemas. Subdividem-se em dois tipos:

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3.3.1 Primárias

Torre da tocha em Unidades Industriais ou quaisquer estruturas de suporte de equipamentos,


que envolvam riscos de segurança operacional ou pessoal, tais como: pórticos ou suportes de
tubulação, suportes de equipamentos de caldeiraria.

3.3.2 Secundárias

Escadas, plataformas de acesso, plataformas de operação, acessórios de plataformas de


produção ou quaisquer estruturas que não impliquem em riscos de segurança operacional.

3.4 Estruturas Metálicas de Módulo para Plataformas de Produção

São as estruturas metálicas responsáveis pela integridade do módulo e que se apoiam nos
conveses de plataformas de produção.

Nota: As demais estruturas dos módulos devem ser tratadas como estruturas convencionais.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Documentação

4.1.1 Procedimento de recebimento, identificação e armazenagem de materiais e componentes.


Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1852, item 4.1.1.

4.1.2 Procedimento de Fabricação

Deve conter no mínimo o seguinte:

a) objetivo;
b) normas aplicáveis e documentos de projeto de fabricação;
c) definições;
d) processos de conformação, incluindo requisitos para controle do grau de
conformação; no caso de conformação a quente, faixa de temperaturas
admissíveis e método para controle das temperaturas;
e) seqüência de soldagem dos componentes e método de controle e correção das
deformações;
f) método de acoplamento, ajustagem e pré-fixação de componentes;
g) controle dimensional (tolerâncias, estudo prévio das contrações pós-soldagem,
variações de temperatura, equipamentos, métodos, referências, recalques
admissíveis de apoios e plano de inspeção contendo fases da execução).

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4.1.3 Procedimento de Montagem

Deve conter no mínimo o seguinte:

a) objetivo;
b) normas aplicáveis e documentos de projeto de fabricação;
c) definições;
d) tipos de bases e suportes provisórios e permanentes, selas de giro e apoios
pivotados;
e) método de alinhamento e nivelamento dos apoios de estrutura;
f) preparação e testes do terreno;
g) seqüência de montagem e soldagem da estrutura;
h) métodos de acoplamento, ajustagem e pré-fixação de componentes à estrutura:
- posição relativa dos componentes (método e equipamentos de verificação,
medições e locais para execução da medições);
- dispositivos de ajustagem e pré-fixação (tipos, aplicação, quantidade,
afastamento e dimensões);
i) tipos de andaimes, escadas e elevadores (plano de instalação, inspeção e
manutenção);
j) cuidados gerais a serem adotados na soldagem;
l) método de controle e correção de deformações;
m) controle dimensional (tolerâncias, estudo prévio das contrações pós-soldagem,
variações de temperatura, recalques admissíveis de apoios, deformações antes,
durante e após a montagem, pré-deformações, eixos de seções e plano de
inspeção contendo fases de execução).

4.1.3.1 Para estruturas convencionais, o procedimento de montagem deve conter, no mínimo,


as informações das alíneas a), b), c) e h) do item 4.1.3.

4.1.4 Procedimento de Movimentação de Cargas

Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1852, item 4.1.9.

4.1.5 Procedimento de Controle Dimensional

Deve conter no mínimo o seguinte:

a) objetivo;
b) normas aplicáveis;
c) definições;
d) componentes a serem examinados;
e) equipamentos utilizados e gabaritos;
f) método para exames dimensionais de componentes;
g) métodos para exames dimensionais de subconjuntos;
h) métodos para exames dimensionais da estrutura, abrangendo no mínimo os
seguintes pontos: colunas, contraventamentos, vigas principais, vigas de
fechamento, vigamentos em treliça, pisos, escadas e passadiços, paredes
estruturais, elevações e geometrias;

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i) método de exame dimensional de juntas soldadas, antes e após a soldagem,


abrangendo no mínimo os seguintes pontos: geometria dos chanfros, reforços de
solda, concavidade e/ou convexidade de cordões de solda;
j) métodos de utilização de equipamentos de topografia;
l) tolerâncias;
m) relatórios.

4.1.6 Procedimento de Recebimento, Tratamento, Conservação e Manuseio de


Consumíveis de Soldagem

Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1852, item 4.1.5.

4.1.7 Procedimento de Tratamento Térmico

Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1852, item 4.1.7.

4.1.8 Procedimento de Pesagem

Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-2125.

4.1.9 Procedimento de Pré-Aquecimento

Deve conter no mínimo o seguinte:

a) objetivo;
b) normas aplicáveis;
c) definições;
d) métodos e equipamentos a serem utilizados;
e) método e extensão de verificação e medição dos limites máximo e mínimo de
temperatura.

4.1.10 Procedimento de Enchimento Adicional, de Reparo de Solda e de Metal de Base

Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1852, item 4.1.6.

4.2 Fundações para Montagem

4.2.1 O projeto das fundações para as fases de montagem deve estar de acordo com a
ABNT NBR 6122.

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4.2.2 A preparação do terreno, bem como a execução das fundações e estruturas de concreto
armado (blocos e pistas de embarque) devem estar de acordo com a norma PETROBRAS
N-1644.

4.2.2.1 No assentamento de blocos premoldados é dispensada a interposição de camada de


concreto magro entre o solo e o bloco.

4.2.2.2 A preparação da carreira de embarque deve obedecer às recomendações constantes da


publicação “Standard for Insurance Warranty Surveys in Marine Operations” emitida pela
DNV - DET NORSKE VERITAS.

4.2.3 Deve ser feita uma marcação de eixo e elevação nas bases e suportes.

4.2.4 Deve ser previsto um sistema de controle e compensação de recalques durante a


montagem.

4.3 Fundações Definitivas

4.3.1 A preparação do terreno, bem como a execução das fundações e estruturas de concreto
armado devem estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1644.

4.3.1.1 As dimensões da base devem estar de acordo com o desenho de fundação de


estruturas e devem ser registradas no certificado de conformidade da base, de acordo com o
item 4.3.6.

4.3.2 Os chumbadores devem satisfazer a norma PETROBRAS N-134 e devem atender às


seguintes tolerâncias:

a) diâmetro - ANSI B 1.1 - Seção 5;


b) comprimento de rosca - não deve ser menor que o especificado no projeto de
fundações;
c) estado da rosca - não deve apresentar trincas e amassamentos, ou corrosão que
impeça a movimentação de porca;
d) deve ser prevista uma proteção temporária contra corrosão dos chumbadores,
após a instalação dos mesmos.

4.3.3 A posição relativa dos chumbadores na base deve atender às tolerâncias previstas na
norma PETROBRAS N-1644.

4.3.4 Deve ser feita uma marcação de eixos e elevação nas bases.

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4.3.5 O nivelamento da base deve ser executado através da colocação de calços. Os calços
devem ser dimensionados e espaçados de modo a suportar a estrutura, levando-se em conta os
seguintes requisitos:

a) na elevação deve ser adotada uma tolerância de mais ou menos 1 mm em relação


à elevação de projeto;
b) os calços devem estar dispostos próximos dos chumbadores, cerca de 25 mm
afastados dos copos dos mesmos, devendo estar totalmente contidos na região de
apoio;
c) a altura do calço (metal + argamassa) deve ser no máximo 5 mm acima da altura
prevista no projeto;
d) a largura mínima do calço deve ser de 50 mm;
e) o comprimento mínimo do calço deve ser de 100 mm;
f) após a colocação da chapa de base da estrutura e de cunhas, deve haver espaço
suficiente para a execução do grauteamento.

4.3.6 O certificado de conformidade de base deve conter registro de:

a) coordenadas;
b) elevação;
c) dimensão;
d) posição relativa entre chumbadores e base;
e) nivelamento.

4.3.7 A execução do grauteamento deve ser realizada observando-se as condições


estabelecidas na norma PETROBRAS N-1644.

4.3.7.1 O grauteamento de bases só deve ser executado depois de ser corrigido o prumo e o
alinhamento de coluna e ser dado o aperto final dos parafusos.

4.4 Recebimento, Identificação e Armazenamento

4.4.1 Os materiais e componentes estruturais recebidos nos canteiros devem ser inspecionados
de acordo com os requisitos abaixo:

a) todos os materiais e componentes devem ser verificados de acordo com o


item 4.7.7;
b) todas as chapas , perfis e tubos devem estar de acordo com os itens 4.7.4 e 4.7.5;
c) os componentes recebidos devem ser submetidos a um exame dimensional de
acordo com o item 4.8;
d) os chanfros devem ser submetidos a um exame visual-dimensional de acordo com
o item 4.7.8;
e) as juntas soldadas de fábrica devem ser submetidas a um exame visual-
dimensional de acordo com o item 4.7.9;

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f) devem ser verificados se os componentes foram submetidos aos ensaios não-


destrutivos previstos.

4.4.2 As chapas, perfis ou tubos não devem apresentar mossas, rebarbas ou bordas serrilhadas
ou trincadas.

4.4.3 Todos os componentes de estrutura devem estar numerados e marcados de acordo com
o sistema de identificação estabelecido no procedimento de fabricação. A identificação deve
coincidir com a numeração adotada nos certificados de materiais e desenhos certificados de
fabricação.

4.4.3.1 A identificação deve ser efetuada sempre que possível, mediante emprego de punção
com pontas arredondadas.

4.4.3.2 O local de identificação deve ser revestido com verniz de modo que a marcação seja
mantida até a utilização da estrutura, e demarcado com tinta de cor contrastante com o
material de base.

4.4.3.3 A disposição da identificação deve ser tal que os dígitos estejam contidos no máximo
em um retângulo de 250 x 300 mm e, no mínimo, 120 x 200 mm.

4.4.4 Todos os materiais recebidos devem estar identificados, e esta identificação deve ser
verificada em função de:

a) chapas, tubos sem costura ou perfis laminados - certificado de usina do material;


b) tubos e perfis soldados - certificado de fabricação;
c) para os materiais submetidos a galvanização deve ser verificado se foram tomadas
as providências previstas na norma ASTM A 143.

4.4.5 O descarregamento e movimentação dos componentes devem ser feitos sem causar
danos aos mesmos. Deve ser evitado o contato direto dos cabos de aço com os componentes
pintados. Para o caso de componentes galvanizados, este contato não é permitido.

4.4.6 Os componentes pintados devem apresentar o estado geral da pintura de acordo com a
N-13, itens 6 e 7.

4.4.7 Os consumíveis para soldagem devem estar de acordo com o item 4.3.15 da norma
PETROBRAS N-1852.

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4.4.8 Materiais tais como chapas, perfis e tubos podem ser armazenados ao tempo, devendo
entretanto serem tomados cuidados para evitar empenos devidos à posição inadequada ou
escoramento insuficiente. Para evitar que tais materiais fiquem em contato direto com o solo,
devem ser utilizados calços.

4.4.9 Perfis e tubos galvanizados ou pintados devem ser armazenados de modo a evitar danos
na camada protetora.

4.4.10 As chapas devem ser armazenadas umas sobre as outras com defasagem nas bordas
para facilitar o manuseio, devendo essa parte defasada ser protegida com óleo à prova d'água.
O terreno deve ser em desnível e revestido com brita.

4.4.11 A estocagem de tubos em área descoberta deve estar de acordo com a norma
PETROBRAS N-683.

4.4.12 Os consumíveis de soldagem devem ser armazenados de acordo com a norma


PETROBRAS N-133, item 4.5.9.

4.5 Soldagem

A soldagem deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-133 e os requisitos desta
Norma.

4.5.1 Os procedimentos de soldagem devem ser elaborados e qualificados de acordo com a


norma PETROBRAS N-133 e as condições abaixo:

a) para estruturas convencionais - AWS D 1.1 - Seção 5;


b) para estruturas de módulos e estruturas auxiliares (ver item 4.4, da norma
PETROBRAS N-1852).

4.5.2 Os soldadores e operadores de soldagem devem ser qualificados de acordo com a norma
PETROBRAS N-133 e as condições abaixo:

a) para estruturas convencionais - AWS D 1.1 - Seção 5;


b) para estruturas de módulos e estruturas auxiliares (ver item 4.4, da norma
PETROBRAS N-1852).

4.5.3 Para os itens não cobertos por esta Norma e pela norma PETROBRAS N-133, deve ser
seguida a AWS D 1.1 - Seção 5.

4.5.4 Os inspetores de soldagem devem ser qualificados de acordo com a norma FBTS-
N-001/92. No caso dos inspetores de soldagem Nível 2, é requerido adicionalmente a
qualificação com base em programa de treinamento específico para as modalidades Estrutura
Metálica convencional e Estrutura Metálica Marítima.

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4.5.5 A faixa de pré-aquecimento deve comprometer a junta e mais 75 mm de cada lado. A


temperatura de pré-aquecimento deve ser conforme a norma PETROBRAS N-133, item 4.7.

4.5.6 As soldas provisórias e o ponteamento devem atender aos requisitos da norma


PETROBRAS N-133, item 4.12 e às seguintes condições:

a) os pontos de solda devem ter no mínimo 50 mm de comprimento e devem ser


tantos quanto o necessário para que o intervalo entre eles seja de no máximo
400 mm;
b) para pontos de solda que sejam removidos por goivagem, deve ser feito, no local,
exame por líquido penetrante ou partículas magnéticas;
c) os pontos de solda a serem incorporados às soldas de topo devem ser
esmerilhados e inspecionados visualmente;
d) todos os dispositivos auxiliares de montagem devem ser removidos após a
conclusão da montagem. Os cuidados com a remoção dos dispositivos auxiliares
de montagem são aqueles recomendados pela norma PETROBRAS N-133.

4.5.7 As operações de reparo por solda devem estar de acordo com a norma PETROBRAS
N-133, item 4.10.

4.5.7.1 Após a goivagem da superfície de reparo, a região deve ser completamente


esmerilhada e inspecionada com líquido penetrante ou partículas magnéticas.

4.5.8 A marcação das juntas soldadas deve ser feita por meio de punção com ponta
arredondada e de acordo com a norma N-133, item 4.13.

4.5.9 As soldas não devem ser interrompidas antes que tenha sido completada pelo menos
25% da área da seção transversal da junta.

4.5.10 As operações de goivagem, mesmo quando não aplicadas a reparos, devem seguir o
recomendado no item 4.5.7.1.

4.6 Fabricação e Montagem

4.6.1 Após a traçagem e corte, deve ser transferida a identificação das chapas e a marcação do
sentido de laminação das peças e sobras.

4.6.2 As descontinuidades em chanfros bem como as descontinuidades de laminação devem


ser analisadas e avaliadas segundo o item 3.2 da norma AWS D 1.1.

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4.6.3 A transição de espessura para juntas de topo deve atender a norma AWS D 1.1,
item 9.20 e figuras 9.20.1 e 9.20.3.

4.6.3.1 Para estruturas tubulares deve ser atendido o item 10.11, e figuras 10.11.A e 10.11.B
da norma AWS D 1.1.

4.6.4 As dimensões do chanfro de componentes devem atender ao especificado pela norma


AWS D 1.1 - item 2, parte C, observadas as tolerâncias previstas no item 3.3 da mesma norma.

4.6.4.1 Para juntas tubulares deve ser seguido o item 10.14 da norma AWS D 1.1.

4.6.5 As peças a serem acopladas devem estar totalmente inspecionadas e liberadas dos
ensaios não-destrutivos.

4.6.6 Os dispositivos de ajuste fino utilizados no acoplamento entre componentes, não devem
introduzir tensões elevadas na estrutura.

4.6.6.1 No caso de ocorrência de danos superficiais em chanfros, os mesmos devem ser


reparados por esmerilhamento ou solda (ver item 4.5.7).

4.6.6.2 Para execução do reparo, as peças devem ser afastadas, ou mesmo retiradas do local
de acoplamento.

4.6.7 A seqüência de montagem e soldagem deve ser tal que diminua ao mínimo as
deformações de acordo com o item 3.4 da norma AWS D 1.1.

4.6.8 O enchimento adicional com solda em regiões de estruturas classificadas como nível de
inspeção I e II só deve ser feito quando a abertura da raiz for menor ou igual à espessura da
chapa mais fina ou 10 mm, o que for menor.

4.6.9 Os locais da estrutura onde devem ser montados componentes ou subconjuntos devem
ser previamente verificados quanto a dimensão e nivelamento, acabamento, liberação de
ensaios não-destrutivos e reparos e guias para acoplamento.

4.6.10 Antes do acoplamento devem ser verificados e registrados os comprimentos reais de


cada componente, posições relativas das soldas e demais alterações na condição do
componente.

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4.6.10.1 O posicionamento de soldas circunferenciais para tubos deve ser tal que a distância
mínima entre cordões adjacentes seja de 1000 mm ou um diâmetro, o que for menor.
Adicionalmente, em quaisquer 3 metros não devem existir mais de 2 juntas circunferenciais. A
distância mínima entre cordões longitudinais deve ser de 30 graus ou 300 milímetros, o que for
menor.

4.6.10.2 O posicionamento de soldas em perfis deve ser tal que evite as zonas hachuradas
mostradas na FIGURA 1. A distância mínima entre duas emendas deve ser de 1000 mm ou a
altura de viga, o que for menor.

Zonas onde as Soldas


devem ser Evitadas
l/8 l/8 l/8 l/8

l/2
l l/2
l

Viga em Balanço Viga Bi-Apoiada

FIGURA 1 - POSICIONAMENTO DE SOLDAS EM PERFIS

4.6.11 Em todas as colunas e, em todas as vigas, treliças e contraventamentos, deve ser


indicado o eixo das peças e a direção “NORTE” de projeto. Nas peças em que for possível a
montagem invertida, deve ser indicada qual a parte superior das mesmas.

4.6.12 O alinhamento e a prumada das colunas de bases de equipamentos devem ser ajustados
por meio de calços metálicos colocados por baixo da chapa da base das colunas, e verificados
por meio de instrumentos de topografia.

4.6.13 O reparo dimensional de componentes deve ser feito, sempre que possível, a frio.

4.6.13.1 Quando do uso de aquecimento localizado, a temperatura local do componente não


deve ultrapassar a 550ºC.

4.6.14 O alinhamento das seções para juntas de topo deve estar de acordo com a norma
AWS D 1.1 item 3.3.1.

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4.6.15 O perfil das soldas deve estar de acordo com a norma AWS D 1.1.

4.7 Inspeção

4.7.1 Os inspetores e operadores para ensaios não-destrutivos devem estar qualificados


conforme a norma PETROBRAS N-1590.

4.7.2 Os inspetores de controle dimensional, Níveis I, II, e III, devem estar qualificados de
acordo com a norma PETROBRAS N-2109. No caso de inspetores de controle dimensional
Nível II é requerida qualificação com base no programa de treinamento específico para as
modalidade Caldeiraria, Recebimento e Expedição de Materiais e Topografia Industrial, Anexo
II da norma PETROBRAS N-2109. Para o inspetor de controle dimensional Nível III é
requerida qualificação segundo o item 4.5.3 da norma PETROBRAS N-2109, nas modalidades
de Caldeiraria e Mecânica.

4.7.3 A inspeção por meio de ensaios não-destrutivos deve ser conforme procedimentos
qualificados e segundo as normas:

a) visual (ver norma PETROBRAS N-1597);


b) radiografia (ver norma PETROBRAS N-1595);
c) partículas magnéticas (ver norma PETROBRAS N-1598);
d) ultra-som (ver norma PETROBRAS N-1594);
e) líquido penetrante (ver norma PETROBRAS N-1596).

4.7.4 As chapas e perfis laminados a serem empregados na fabricação e montagem de


estruturas devem ter suas dimensões, peso e forma verificados segundo a norma ASTM A 6,
item 13.

4.7.5 As tolerâncias para os perfis soldados devem estar de acordo com a TABELA 8, da
norma PETROBRAS N-1852.

4.7.6 Para tubos com diâmetro externo abaixo de 400 mm (16”) as tolerâncias a serem usadas
devem ser as previstas na norma ASTM A 500, item 13 ou norma ASTM A 501, item 14,
respectivamente para tubos conformados a frio ou quente.

4.7.6.1 Para tubos com diâmetro externo acima de 400 mm (16”), inclusive, as dimensões
devem atender as tolerâncias da norma API Spec.2B, Seção 4.

4.7.7 Os materiais devem ser verificados quanto ao estado geral da superfície segundo a
norma ASTM A 6, item 9.

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4.7.8 As superfícies dos chanfros devem se apresentar lisa e uniforme, sem ranhuras profundas
e devem ser inspecionadas de acordo com a normaAWS D 1.1, item 3.2.

4.7.9 As soldas devem ser inspecionadas dimensionalmente para verificação de forma,


dimensões e alinhamentos de acordo com a norma AWS D 1.1, item 3.6.

4.7.9.1 O alinhamento deve atender o recomendado no item 4.6.14.

4.7.10 A inspeção visual das soldas deve ser feita de acordo com a norma AWS D 1.1, item
8.15.1.

4.7.11 A extensão da inspeção das soldas, bem como o critério de aceitação, deve ser de
acordo com os itens 5.1.1 e 5.2.3.

4.7.11.1 Quando o somatório dos comprimentos das descontinuidades consideradas


reprovadas exceder a 0,10 x comprimento de solda inspecionado, a extensão original do ensaio
não-destrutivo aplicável deve ser dobrada e, assim sucessivamente, se for o caso, até que a
junta seja totalmente inspecionada.

4.8 Controle Dimensional

4.8.1 As tolerâncias dimensionais devem estar de acordo com as tolerâncias estabelecidas no


projeto. A critério do projeto, as tolerâncias deste Item e do Capítulo 5, podem ser adotadas.

4.8.2 Para componentes tubulares devem ser seguidos os itens 5.1.3 a 5.1.9 da norma
PETROBRAS N-1852.

4.8.3 Para perfis, deve ser seguido o item 5.3.3 da norma PETROBRAS N-1852.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Estruturas Soldadas Convencionais

5.1.1 Inspeção

5.1.1.1 A extensão dos ensaios não-destrutivos deve seguir o recomendado no projeto.


Quando não houver indicação, seguir o recomendado nos itens 5.1.1.2 a 5.1.1.5.

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5.1.1.2 Todas as soldas devem ser inspecionadas visualmente segundo item 8.15 da norma
AWS D1.1.

5.1.1.3 As juntas soldadas de estruturas convencionais secundárias devem ser inspecionadas


de acordo com a TABELA 1. O critério de aceitação deve ser o previsto da norma
AWS A 1.1, item 8.15.

TABELA 1 - TIPO E EXTENSÃO DE ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO


PARA ESTRUTURAS SOLDADAS CONVENCIONAIS
SECUNDÁRIAS

Ensaio Não-
Junta Espessura Extensão
Destrutivo (END)
- topo partícula magnética
- ângulo com solda em ângulo qualquer ou 5%
líquido penetrante
- ângulo com penetração total visual 100%

5.1.1.4 As juntas soldadas de tubos ou perfis, de estruturas convencionais primárias devem ser
inspecionadas de acordo com a TABELA 2.

5.1.1.5 Para os casos em que o ensaio por ultra-som for utilizado, o procedimento de ensaio e de
avaliação de descontinuidades deve seguir o ASME V, subseção 4, artigos 4 e 5.

TABELA 2 - TIPO E EXTENSÃO DE ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO


PARA ESTRUTURAS SOLDADAS CONVENCIONAIS
PRIMÁRIAS

Junta Espessura Ensaio Não-Destrutivo (END) Extensão


radiografia 10%
< 12,7 partículas magnéticas 20%
visual 100%
topo radiografia ou ultra-som 10%
≥ 12,7 partículas magnéticas 20%
visual 100%
ângulo com solda partículas magnéticas 20%
em ângulo qualquer visual 100%
ângulo com ultra-som 20%
qualquer partículas magnéticas 50%
penetração total visual 100%

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5.1.2 Controle Dimensional

5.1.2.1 As estruturas primárias montadas devem estar de acordo com as tolerâncias


estabelecidas no projeto.

5.1.2.2 As estruturas secundárias montadas devem estar dentro das seguintes tolerâncias:

a) elevação das plataformas: mais ou menos 12 mm do especificado no projeto;


b) a distância vertical e horizontal entre degraus de escadas deve estar entre mais ou
menos 12,0 mm do especificado no projeto (FIGURA 2);
c) a diferença em elevação do chapeamento ou gradeamento nas emendas não deve
exceder 2,0 mm;
d) desalinhamento nas juntas cruciformes: m = t/2, máximo 8 mm onde “t” é a
espessura mais fina das chapas não contínuas;
e) na chaparia, a tolerância para deformações é de 20 mm de flecha máxima medida
com um gabarito de 1000 mm.

FIGURA 2 - TOLERÂNCIA DE ESCADA

5.2 Estruturas Metálicas de Módulos e Auxiliares de Plataformas de Produção

5.2.1 Soldagem

5.2.1.1 Para que o enchimento adicional (build-up) seja possível, a abertura de raiz não deve
exceder a 20 mm ou 2 vezes a espessura da chapa mais fina, o que for menor. No caso de
estruturas classificadas para o nível de inspeção I e II, ver item 4.6.8.

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5.2.1.2 O enchimento deve ser realizado com as peças desacopladas e os chanfros devem ser
reconstituídos e inspecionados com ensaios não-destrutivos por partículas magnéticas ou
líquido penetrante.

5.2.1.3 Os exames aplicados após soldagem da junta devem se estender à região do


enchimento.

5.2.1.4 Os reparos devem ser realizados empregando o procedimento de soldagem conforme


o item 4.5.1. Nos casos em que é requerido ensaio de impacto podem ser executados, no
máximo, 2 reparos em um mesmo local da junta.

5.2.1.5 O pré-aquecimento no reparo de solda deve ser aumentado de 25ºC em relação a


temperatura do procedimento de soldagem original.

5.2.1.6 A temperatura de pré-aquecimento deve ser verificada e mantida em uma extensão de


até 2 vezes a espessura da chapa, mínimo de 150 mm, de cada lado da região de reparo.

5.2.1.7 Para estruturas primárias, após reparo, a extensão dos ensaios não-destrutivos deve
ser aumentada em 25 mm a partir de cada extremidade.

5.2.1.8 Os testes de produção devem ser feitos segundo o procedimento da norma


PETROBRAS N-1852, item 4.8.

5.2.3 Inspeção de Juntas Soldadas

5.2.3.1 Todas as soldas devem ser 100% inspecionadas por exame visual. Para os demais
ensaios não-destrutivos, a seleção deve ser feita em função do nível de inspeção ao qual o
componente está qualificado e a extensão deve ser conforme a TABELA 3 da norma
PETROBRAS N-1852, na coluna correspondente ao convés.

5.2.3.2 Níveis de Inspeção

a) Nível de Inspeção I
- olhais de içamento;
- interseção de componentes e acessórios de nível de inspeção II e III com
acessórios de nível de inspeção I.
b) Nível de Inspeção II
- vigamento secundário de pisos;
- chaparia (quando não considerada como estrutura principal);
- passarelas e escadas.

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c) Nível de Inspeção III


- todos os demais componentes não incluídos nos níveis I e III;
- interseção de componentes e acessórios de nível de inspeção III com
componentes e acessórios de nível de inspeção II.

5.2.3.3 O critério para aceitação de descontinuidade detetadas através do exame visual deve
ser o da norma AWS D 1.1, item 9.25.1 para perfis e da norma AWS D 1.1, item 10.17.1 para
tubos.

5.2.3.4 Para o ensaio por ultra-som deve ser utilizado o critério de aceitação para
descontinuidades da norma N-1852, item 4.10.

5.2.3.5 Para os exames por radiografia e partículas magnéticas deve ser utilizado o critério da
norma AWS D 1.1, item 9.25 para perfis e da norma AWS D 1.1, item 10.17.3 e 10.17.5 para
tubos.

5.2.3.6 Para o exame por líquido penetrante deve ser utilizado o critério da norma
AWS D 1.1, item 9.25.4 para perfis e da norma AWS D 1.1, item 10.17.5 para tubos.

5.2.3.7 Todas as juntas tratadas termicamente devem ser examinadas 100% por ultra-som
antes e após o tratamento.

5.2.3.8 As estruturas convencionais internas aos módulos e auxiliares devem seguir o critério
de aceitação previsto nos itens 5.2.3.3 a 5.2.3.6.

5.2.4 Fabricação e Montagem

5.2.4.1 A fabricação de tubos e perfis estruturais deve seguir o disposto na norma


PETROBRAS N-1852, itens 4.5, 5.2.2 e 5.3.2.

5.2.4.2 Em juntas tubulares não deve ser usada a técnica de abertura de janelas no membro
secundário, sendo preferível o uso de “niples” obedecendo os limites de montagem do item
4.6.10.1.

5.2.5 Controle Dimensional

As tolerâncias dimensionais devem estar de acordo com as tolerâncias estabelecidas pelo


projeto. A critério do projeto, as tolerâncias a seguir podem ser adotadas.

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5.2.5.1 As linhas de centro das vigas de deslizamento devem estar dentro de mais ou menos
13 mm de suas posições de projeto.

5.2.5.2 A rotação da viga de deslizamento deve estar de acordo com a FIGURA 3.

5.2.5.3 As dimensões dos módulos devem estar dentro das tolerâncias estabelecidas pelas
FIGURAS 4 e 5 desta Norma, e pelos itens 5.4.1 a 5.4.6 da norma PETROBRAS N-1852.

cL Da Coluna ou
Viga

h1 + h2 = ± 0,0005 (b1 + b2)


h1

h2

b1 b2

FIGURA 3 - ROTAÇÃO DA VIGA DE DESLIZAMENTO

Dimensão de
Proj. H
Tolerância ± 0,1 % H
ou ± 12 mm.
(a que for menor)

Dimensão de Projeto L

Tolerância ± 0,1 % L ou ± 20 mm
A
( a que for menor)

ELEVAÇÃO

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Dimensão de Projeto B
Tolerância ± 0,1 % ou ± 12 mm
(a que for menor)
Vista A-A

FIGURA 4 - TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS

D1 D2
A
Toleância ± 0,1 % D1 ou Tolerância ± 0,1 % D2
± 20 mm ou ± 20 mm
(a que for menor) ( a que for menor)

ELEVAÇÃO VISTA A-A

D3

Tolerância ± 0,1 % D3 ou ± 20 mm
(a que for menor)

PLANTA

FIGURA 5 - TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS

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5.2.5.4 Para nós tubulares pré-fabricados, as tolerâncias devem estar de acordo com a norma
PETROBRAS N-1852, item 5.2.3.

5.2.5.5 Para o nivelamento dos pisos, a diferença máxima entre o nível de qualquer um dos
pontos é igual a 12 mm medidos nos cruzamentos das vigas principais (ver FIGURA 6).

Pontos de Medição
de Nível

FIGURA 6 - PONTOS DE MEDIÇÃO DE NIVELAMENTO DOS PISOS

5.2.6 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões

5.2.6.1 O tratamento térmico de alívio de tensões deve ser executado nas seguintes situações:

a) deformações plásticas superiores àquelas permitidas pela norma PETROBRAS


N-1678 em função do tipo de aço empregado;
b) juntas soldadas com espessuras de referência maior que 51 mm (ver FIGURA 7);

Nota: Para espessuras superiores a 51 mm, o tratamento térmico pode ser


dispensado se o procedimento de execução de soldagem contiver na sua
qualificação o ensaio de tenacidade à fratura, segundo o método da norma
PETROBRAS N-1859 e apresente valor de COD mínimo igual a 0,35 mm na
temperatura de projeto.

c) soldas localizadas em regiões não permitidas segundo o item 4.6.10. Para perfis
ver item 5.3.2.3 da norma PETROBRAS N-1852;
d) quando especificado pelo projeto.

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FIGURA 7 - ESPESSURAS DE REFERÊNCIA

5.2.6.2 Os ensaios não-destrutivos nas peças a serem tratadas termicamente, devem ser feitos
antes e após o tratamento térmico.

5.2.6.3 Quando houver necessidade de reparo após o tratamento térmico, o mesmo deverá ser
repetido nas seguintes situações:

a) quando a profundidade de reparo exceda a 51 mm;


b) no caso de soldas localizadas nas regiões citadas no subitem 5.2.6.1 c).

5.2.6.4 O tratamento térmico de alívio de tensões deve atender aos seguintes itens:

a) AWS D 1.1, item 4.4;


b) o tratamento térmico em forno deve ser utilizado sempre que possível;

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c) o aquecimento por ambos os lados deve ser utilizado sempre que possível;
d) antes de iniciar-se qualquer tratamento térmico deve-se verificar os registros de
aferição dos termopares;
e) as temperaturas devem ser controladas por termopares em contato efetivo com a
peça em tratamento. Um número suficiente de termopares deve ser utilizado de
forma a que se possa garantir as faixas de temperatura e limites de gradiente
especificado, de modo a minimizar o risco de deformações e/ou tensões
resultantes do tratamento térmico;
f) as temperaturas indicadas pelos termopares devem ser registradas, continuamente
em gráficos, durante toda a execução do tratamento;
g) quando da aplicação do tratamento térmico local, uma região de pelo menos 5
vezes a espessura de referência do material de cada lado da solda deve ser
mantida na temperatura especificada pelo período de tempo especificado;
h) a região aquecida deve ser isolada de tal modo que a temperatura do material na
extremidade do isolamento não exceda 300°C.

5.3 Estruturas Convencionais Aparafusadas

5.3.1 Inspeção de Recebimento

5.3.1.1 Deve ser verificado se todos os lotes de parafusos e porcas estão identificados com as
seguintes características: especificação, tipo de rosca, tipo de porca, tipo de parafuso,
dimensões e quantidade.

5.3.1.2 Devem ser verificados os certificados de qualidade do material de todos os lotes de


parafusos e porcas, em confronto com as especificações ASTM aplicáveis.

5.3.1.3 Deve ser verificado, por amostragem (ver item 5.3.1.4), em cada lote, se as seguintes
características das porcas e parafusos estão de acordo com o projeto e as especificações
adotadas:

a) símbolo ASTM estampado no parafuso e na porca;


b) comprimento do parafuso;
c) diâmetro do parafuso e porca, segundo ANSI B 1.1, Seções 5 e 8;
d) altura e distância entre faces e arestas da porca e da cabeça do parafuso, segundo
ANSI B 18.2.1 e B 18.2.2, Tabelas 4 e 5 até 1 1/2”;
e) tipo e passo de rosca;
f) estado geral quanto a amassamentos, trincas, corrosão e acabamento geral e se
estão devidamente protegidos (ver item 5.3.1.5).

5.3.1.4 O plano de amostragem deve ser segundo a norma ABNT NBR 5426 e ter as
seguintes características:

a) amostragem simples;

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b) nível de inspeção II;


c) risco do consumidor 10 %;
d) qualidade limite 10%;

5.3.1.5 As roscas não devem apresentar trincas e amassamentos ou corrosão que impeçam o
movimento da porca em relação ao parafuso.

5.3.1.6 A armazenagem de parafusos, porcas, rebites e arruelas deve sempre ser feita em local
coberto. Os parafusos e porcas devem ser protegidos contra a corrosão, por meio de graxas ou
outros componentes adequados.

5.3.2 Documentação

Procedimento de montagem deve conter, além do estabelecido no item 4.1.3, ainda os


seguintes dados.

a) ferramentas e dispositivos de aperto de parafusos (tipo, calibração);


b) seqüência de aperto dos parafusos;
c) torque especificado para montagem;
d) torquímetros utilizados.

5.3.3 Montagem

5.3.3.1 A inclinação, em relação ao plano normal ao eixo do parafusos, da superfície das peças
em contato com cabeças de parafusos e porcas, deve ser menor do que 1:20. Para os casos de
inclinação maior que 1:20, devem ser utilizadas arruelas chanfradas ou em cunha.

5.3.3.2 Para o caso de estruturas com ligações aparafusadas, deve-se observar que:

a) o tipo dos furos e a tolerância na posição dos mesmos devem estar rigorosamente
de acordo com o projeto;

Nota: Caso não esteja previsto nenhum furo no projeto, o mesmo pode ser
executado inicialmente com maçarico e posteriormente alargado, desde que o
furo feito pelo maçarico tenha diâmetro 6 mm menor do que o furo definitivo.

b) não é permitida a ovalização dos furos, por qualquer processo, para provocar a
coincidência dos eixos. Os furos que estiverem em posição errada devem ser
completamente fechados com solda, e reabertos por processo adequado;
c) os parafusos não podem ser substituídos por outros de menor diâmetro, mesmo
que de material de maior resistência mecânica e com ou sem arruelas;
d) os parafusos e porcas nas abas de cantoneiras e perfis laminados devem
obrigatoriamente ter arruelas chanfradas.

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5.3.3.3 No caso de utilização de parafusos de alta resistência deve-se seguir o item 7.7.4 da
norma ABNT NBR 8800 e observar que:

a) não sejam utilizados parafusos que tenham sido removidos de juntas, após torque
de aperto;
b) as superfícies de contato estejam isentas de pintura, óleo, graxa;
c) seja utilizado o torque especificado.

5.3.3.4 O aperto final de parafusos só deve ser feito após a verificação da correta posição das
peças por exame dimensional.

5.3.3.5 O aperto dos parafusos deve ser feito com o uso de chaves adequadas, não sendo
permitido o uso de extensão ou outros recursos que provoquem apertos excessivos.

5.3.3.6 Os torquímetros devem ser calibrados diariamente para cada diâmetro de parafuso
instalado e para aplicar uma tensão 5 % maior que a tensão mínima especificada para o
parafuso.

5.3.3.7 A seqüência de aperto deve ser estabelecida partindo-se das partes de maior rigidez da
estrutura para as partes livres.

5.3.3.8 A seqüência de aperto deve ser repetida tantas vezes quanto necessário até que o
aperto de todos os parafusos de junção atinja o torque especificado.

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