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Revisa Goiás

SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
 MARATONA REVISA
LÍNGUA PORTUGUESA
SEMANA 1
Professor(a), as atividades da “Semana 1” priorizam o
trabalho com os principais descritores: D12- Identificar
a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D10- iden-
tificar o conflito gerador do enredo e os elementos que
constroem a narrativa. / D17- Reconhecer o efeito de sen-
tido decorrente da exploração de recursos ortográficos
e/ou morfossintáticos. / D5- Interpretar um texto com
auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadri-
nhos, foto etc.). / D1- Localizar informações explícitas em
um texto. / D4- Inferir uma informação implícita em um
texto. / D15- Estabelecer relação lógico/discursiva pre-
sente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc.
/ D2- Estabelecer relações entre informações de partes
de um texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para continuidade do texto. Em algumas
atividades são apresentadas também habilidades do DC-
GO-EM e Competências e Habilidades do Enem.
Estudante, vamos continuar sendo protagonistas do
processo de ensino-aprendizagem. Para isso, vamos
ler, interpretar, analisar e responder às atividades.
Quem é Maurício de Sousa?
Maurício de Sousa (1935) é um cartunista e
empresário brasileiro, o criador de vários persona-
gens de história em quadrinhos, entre eles, Môni-
ca, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento. Hoje,
entre quadrinhos e tiras de jornais, suas criações
chegam a cerca de 50 países. Os quadrinhos se
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
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juntam a livros ilustrados, revistas de atividades,
álbum de figurinhas, CDs, livros tridimensionais e
livros em braile, jogos, brinquedos, papelaria etc.
Maurício de Sousa foi nomeado para a cadei-
ra n.º 24 da Academia Paulista de Letras. É o mais
famoso e premiado autor brasileiro de história em
quadrinhos.
Disponível em: https://www.pensador.com/autor/mauricio_de_sousa/biografia/.
Acesso em: 29 maio 2023 (adaptado).
O que é História em Quadrinhos?
História em quadrinhos - ou HQ - é o nome
dado à arte de narrar histórias através de dese-
nhos e textos em sequência, normalmente na
horizontal.
Essas histórias possuem os fundamentos bási-
cos das narrativas: enredo, personagens, tempo,
lugar e desfecho. No geral, apresentam lingua-
gem verbal e não-verbal.
Os artistas utilizam diversos recursos gráfi-
cos nesse gênero textual para trazer o leitor para
"dentro" da história contada.
Para comunicar as falas das personagens, por
exemplo, são empregados balões com textos es-
critos. O formato desses balões também transmi-
te intenções distintas.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-em-quadrinhos/. Acesso
em: 29 maio 2023.
"Eu tenho de saber interagir com a imagem, ler a
imagem, ler o mapa, ler a legenda do mapa, tudo para
relacionar com o texto que não está só escrito no livro."
Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/
revista/entrevistas/artigo/2271/por-novos-e-multiplos-letramentos. Acesso em: 29 maio 2023.
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Leia o texto. to. Para construir essa HQ, o autor utilizou alguns
elementos da narrativa. Quem são as persona-
gens que participam dessa história?

Sugestão de resposta:
Participam dessa história a Turma da Mônica e a per-
sonagem autista André.
D10- Identificar o conflito gerador do enredo e os
elementos que constroem a narrativa.

3. No texto predomina, de modo intencional, “o pon-

to de exclamação” para

(A) enaltecer os monumentos iluminados de azul.

(B) criticar a missão que as personagens têm no
Rio de Janeiro.
(C) enfatizar a necessidade de se conscientizar
sobre o autismo.
(D) minimizar a importância de quem pintou o
Cristo Redentor de azul.
(E) ironizar a causa de o André e muitas outras
pessoas serem autistas.
Gabarito C
D17- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
exploração de recursos ortográficos e/ou morfos-
sintáticos.

4. Para construir esse tipo de texto, geralmente, os

autores/artistas utilizam a linguagem verbal (pa-
lavras escritas) e a não verbal (recursos gráficos,
Disponível em: https://www.canalautismo.com.br/noticia/instituto-mauricio-de-sousa-
cores, tipos de balões, gestos, expressão fisio-
-lanca-tirinha-inedita-e-videos-para-comemorar-o-dia-mundial-do-autismo/. Acesso em: nômica, pontuação...). Retire do texto exemplos
29 maio 2023.
que comprovem essa afirmação.
1. Esse texto é uma História em Quadrinhos (HQ), pois

(A) noticia um acontecimento recente.

(B) faz um anúncio de um passeio turístico. Sugestão de resposta:
(C) explica como fazer algo diante de um fato. Exemplos que comprovam a afirmação: (linguagem
(D) expõe um posicionamento sobre um assunto. verbal) “Cascão, temos uma missão aqui no Lio de
(E) narra uma história por meio de desenhos se- Janeilo!” e (linguagem não verbal): imagens, cores,
quenciados. expressão fisionômica e gestos.
Gabarito E
D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes Leia o texto.
gêneros.
Superfungo: especialistas explicam alcance e
riscos do Candida auris
2. Essa História em Quadrinhos, publicada no “Dia
Em quatro dias, três pacientes foram diagnosticados
Mundial da Conscientização do Autismo”, foi em Pernambuco. Ele pode não oferecer risco às pessoas
criada especialmente para falar sobre esse assun-
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saudáveis. Mas para quem tem um sistema imunológico
debilitado, pode levar à morte.
Por Fantástico: 28/05/2023.
Em menos de uma semana, três pessoas de Per-
nambuco foram diagnosticadas com um "superfun-
go". E um hospital de alta complexidade deixou de
receber novos pacientes para evitar o aumento da
contaminação.
O fungo Candida auris se espalha silenciosamen-
te pelo mundo. Segundo especialistas, ele pode não
oferecer risco às pessoas saudáveis. Mas para quem
tem um sistema imunológico debilitado, pode levar
à morte.
Um exame pré-operatório, de rotina, na UTI de
um hospital em Paulista, região metropolitana do
Recife, revela que um paciente de 48 anos, diabéti-
co, está com o superfungo Candida auris. Vinha pas-
sando por procedimentos cirúrgicos para tratar de
uma necrose no pé esquerdo.
Com o diagnóstico, o homem foi isolado e o hos-
pital fechou as portas para novos pacientes. A medi-
da drástica foi tomada porque ele havia passado por
vários setores.
[...]
Três dias depois, em outro hospital público, de
Olinda, mais um caso. Desta vez, o superfungo foi
encontrado num homem de 77 anos, que tratava das
sequelas de um AVC, um acidente vascular cerebral.
Em 25 de maio, em um hospital particular do
Recife, um paciente - de 66 anos - internado com
doença renal crônica, é também diagnosticado com
Candida auris. Três casos de contaminação por um
fungo pouco comum, de difícil tratamento, em três
hospitais diferentes do estado.
"Não temos nenhum tipo de identificação de ca-
deia de transmissão epidemiológica que crie víncu-
los entre esses pacientes", diz José Lancart de Lima.
Candida auris é um fungo que foi identificado -
pela primeira vez - no Japão, em 2009. E logo se es-
palhou. Há casos registrados na Europa, África, Ásia,
Oceania e nas Américas. Aqui, foi em 2020.
O primeiro caso foi num paciente que estava in-
ternado na Bahia. Entre 2021 e 2022, houve surto
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de Candida auris no Recife. O maior já registrado no
país, com 48 notificações.
"Houve uma busca ativa importante de coloni-
zados, por isso que a gente achou tantos pacientes
colonizados", diz Arnaldo Lopes Colombo, professor
de infectologia da Escola Paulista de Medicina.
Significa que havia fungo habitando a pele e ou-
tras superfícies do corpo, mas não havia infecção por
Candida nesses pacientes. A Unifesp e a Fiocruz par-
ticiparam das pesquisas desses casos brasileiros.
[...]
Os especialistas dizem que não vai ser num lu-
gar comum que as pessoas que estão bem de saúde
vão contrair Candida auris e ter problemas. O perigo
mesmo está dentro dos hospitais, especificamente
entre os pacientes com sistema imunológico debili-
tado, aqueles que estão internados há algum tempo.
As regiões do corpo onde o fungo Candida auris
costuma ficar são: ouvidos, narinas, axilas e virilhas.
Nesta fase, não há sintomas. Mas um machucado,
uma ferida na pele ou o uso de algum tipo de catéter
no hospital, pode dar a chance de que esses fungos
entrem no corpo, atinjam a corrente sanguínea e
provoquem uma infecção. Em casos graves, podem
até prejudicar órgãos como o coração e o cérebro.
É quando o paciente pode ter febres, calafrios e o
agravamento de doenças que o levaram ao hospital.
[...]
Dos cinco padrões genéticos desse superfungo,
os dois que estão no Brasil até agora - por sorte - são
os que ainda respondem a medicamentos.
Os cuidados num hospital devem ser levados à
risca. Os superfungos podem ficar um bom tempo
entre os equipamentos. Num quarto, por exemplo,
eles já foram encontrados nos trilhos das camas, nas
bandejas, nos equipamentos que controlam os sinais
vitais e estetoscópios.
Em março deste ano, o Centro de Controle e Pre-
venção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) já tinha
alertado para o ritmo alarmante com que a espécie
Candida auris se espalha nas unidades de saúde.
[...]
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvi-
sa) lançou orientações e o Ministério da Saúde acom-
panha os casos de perto. O Hospital Português - que
é particular e fica no Recife - não quis comentar o
caso. Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambu-
co, os três pacientes com superfungos passam bem.
Disponível em: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2023/05/28/superfungo-espe-
cialistas-explicam-alcance-e-riscos-do-candida-auris.ghtml. Acesso em: 29 maio 2023
(adaptado).
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Professor(a), o trabalho com a habilidade (D1) busca lo-
calizar no texto, as “informações” com base nas marcas
que o texto traz. É muito importante auxiliar os(as) es-
tudantes para que consigam encontrar as “informações
explícitas” considerando a base textual. As perguntas
que podem contribuir para compreender esse descritor
são: “O quê? / Quem? / Onde? /Quando? / Qual? / Para
quê?” E para que os(as) estudantes consigam “inferir”
uma “informação implícita”, eles(as) precisam considerar
o conhecimento de mundo e a articulação das “informa-
ções explícitas.”
Estudante, o texto lido é uma notícia.
Características principais desse gênero: texto des-
critivo e/ou narrativo em terceira pessoa (impessoal)
relativamente curto com linguagem formal, objetiva
e clara, texto com título (principal e auxiliar), presença
de discurso indireto, com fatos atuais e reais do coti-
diano e texto de cunho informativo que geralmente é
veiculado nos meios de comunicação.
5. De acordo com o primeiro parágrafo do texto, o
que houve em Pernambuco?
Sugestão de resposta:
De acordo com o primeiro parágrafo do texto, em
menos de uma semana, três pessoas foram diagnos-
ticadas com um ‘superfungo.’
D1- Localizar informações explícitas em um texto.
Estudante, a resposta da questão 5 apresenta uma
informação (clara, está escrita) e explícita no primei-
ro parágrafo. É preciso perceber que ao ler um texto,
além de interpretar, é fundamental compreender,
analisar como esse texto foi construído, considerar
as características do gênero, identificar o tema/as-
sunto, as “informações explícitas e implícitas” entre
outros aspectos textuais.
6. De acordo com o texto, o que nos leva a inferir que
o Candida auris é um “superfungo"?
Sugestão de resposta:
O que nos leva a inferir que o Candida auris é um ‘su-
perfungo’ é o fato de ele não se manifestar e atacar as
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pessoas de maneira silenciosa podendo causar a morte.
D4- Inferir uma informação implícita em um texto.
Já a questão 6 requer de você, estudante, uma habi-
lidade de inferência. Dessa forma, para que consi-
ga inferir uma “informação implícita”, é necessário
considerar o “conhecimento de mundo” para articu-
lar as “informações explícitas na construção do tex-
to.” Isto é, para encontrar “informações implícitas”,
primeiro é preciso identificar o “tema do texto” e as
“informações explícitas.”
7. No argumento: “Segundo especialistas, ele pode
não oferecer risco às pessoas saudáveis. Mas
para quem tem um sistema imunológico debili-
tado, pode levar à morte.”, o termo destacado
estabelece a ideia de
(A) adição.
(B) condição.
(C) proporção.
(D) concessão.
(E) conformidade.
Gabarito E
D15- Estabelecer relação lógico/discursiva presente
no texto, marcada por conjunções, advérbios etc.
Estudante, adquirir um repertório rico de elemen-
tos articuladores é muito importante para ler, ana-
lisar, interpretar e compreender com efetividade os
textos diversos, bem como as questões do Enem.
Assim sendo, estude sobre esses articuladores
compreendendo a relação que eles estabelecem no
texto e não apenas as classificações. Por exemplo,
a questão 7 requer que você domine a habilidade
de perceber essa relação lógico/discursiva, isto é, a
presença de elementos articuladores textuais que
contribuem demasiadamente com a organização,
inteligibilidade e comunicação do texto. Na questão
7 não é necessário classificar a palavra “Segundo”
como conjunção “conformativa”, mas saber qual é
a relação lógico/discursiva que ela estabelece no
texto, um ato ou efeito de se pôr de acordo; confor-
mação, concordância (com o que afirmam os espe-
cialistas sobre o assunto).
Professor(a), é importante mostrar para os(as) estudantes
que o leitor constrói coerência para os textos que lê a partir
das marcas de relação de continuidade que eles sugerem.
Desse modo, os objetos aos quais o texto faz referência
(coisas, pessoas, lugares, fatos etc.) são apresentados/in-
troduzidos e depois retomados no texto, com a finalidade
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de se relacionarem com outros elementos textuais à medi-
da que o texto vai progredindo (progressão textual). Nesse
sentido, são mobilizados na construção do texto recursos
coesivos referenciais linguísticos diversificados.
Um dos maiores problemas na produção de texto do
Enem, por exemplo, é a dificuldade dos(as) estudantes
desenvolverem a “progressão textual.” Dentre outros, o
D2 é um dos (descritores) que muito contribui para me-
lhorar essa dificuldade dos nossos(as) estudantes.
8. No trecho: “Os cuidados num hospital devem ser
levados à risca. Os superfungos podem ficar um
bom tempo entre os equipamentos. Num quarto,
por exemplo, eles já foram encontrados nos tri-
lhos das camas, nas bandejas, nos equipamentos
que controlam os sinais vitais e estetoscópios.” O
termo destacado refere-se aos
(A) equipamentos.
(B) superfungos.
(C) cuidados.
(D) medicamentos.
(E) padrões genéticos.
Gabarito: B
D2- Estabelecer relações entre informações de par-
tes de um texto, identificando repetições ou substi-
tuições que contribuem para continuidade do texto.
De olho no Enem!
Estudante,
Linguagens, códigos e suas tecnologias é a prova
do Enem em que são testados conhecimentos rela-
cionados aos conteúdos de língua portuguesa, lite-
ratura, língua estrangeira, artes, educação física e
tecnologias da informação e comunicação. O prin-
cipal objetivo da prova é verificar a capacidade de
os(as) participantes de interpretar textos.
Resumo sobre linguagens, códigos e suas
tecnologias
A prova de linguagens, códigos e suas tecnolo-
gias avalia conhecimentos sobre língua portugue-
sa, literatura e língua estrangeira.
• Também cobra conteúdos de artes, educação
física e tecnologias da informação e comunicação.
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• A interpretação de textos é o que mais cai
na prova, sendo o conhecimento teórico um auxi-
liar nessa interpretação.
• É preciso organizar o tempo para estudar
todo o conteúdo exigido de forma contínua e
equilibrada.
Disponível em: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/linguagens-codigos-
-e-suas-tecnologias.htm. Acesso em: 2 jun. 2023 (adaptado).
Professor(a), ainda que o Enem cobre outras “habilidades
e competências”, pois entende-se que os(as) estudantes
estão avançando em proficiência, é muito importante
refletir sobre a necessidade de os(as) estudantes domi-
narem as habilidades/descritores básicas(o), que são de-
senvolvidas(os) no Ensino Fundamental e Médio, afinal,
sem esse desenvolvimento efetivo, provavelmente os(as)
estudantes não conseguirão alcançar êxito na resolução
da prova do Enem. Por exemplo, a questão 9 (Enem) es-
tabelece um diálogo direto com a(o) habilidade/descri-
tor D12 – Identificar a finalidade de textos de diferen-
tes gêneros. Assim, além dos descritores, os gêneros
textuais devem ser trabalhados partindo dos elementos
constitutivos de cada gênero. A leitura analítica do texto,
bem como a compreensão das “partes e do todo textual”
sempre serão o “ponto de partida e de chegada”, não é
possível desenvolver as “habilidades necessárias” sem o
trabalho insistente com o texto/gênero em sala de aula.
Vamos ler e interpretar algumas
questões do Enem?
Estudante, o primeiro passo para interpretar a ques-
tão 9 (Enem), depois da leitura analítica do texto e
do enunciado, é “identificar o tema”, ou seja, saber
do que o texto trata. Esse é um importante caminho,
uma vez que todas as “informações e elementos
textuais” convergem para o “tema do texto.” No
caso da questão 9 do Enem que você vai analisar, o
enunciado já trouxe o tema “consequências da per-
da de um animal de estimação”, aspecto que facilita
o entendimento do texto.
9. (ENEM - 2020)
Mulher tem coração clinicamente partido após
morte de cachorro
Como explica o The New England Journal of Me-
dicine, a paciente, chamada Joanie Simpson, tinha
sinais de infarto, como dores no peito e pressão alta,
e apresentava problemas nas artérias coronárias. Ao
fazerem um ecocardiograma, os médicos encontra-
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ram o problema: cardiomiopatia de Takotsubo, co-
nhecida como síndrome do coração partido.
Essa condição médica tipicamente acontece com
mulheres em fase pós-menstrual e pode ser prece-
dida por um evento muito estressante ou emotivo.
Nesses casos, o coração apresenta um movimento
discinético transitório da parede anterior do ventrí-
culo esquerdo, com acentuação da cinética da base
ventricular, de acordo com um artigo médico bra-
sileiro que relata um caso semelhante. Simpson foi
encaminhada para casa após dois dias e passou a to-
mar medicamentos regulares.
Ao Washington Post, ela contou que estava qua-
se inconsolável após a perda do seu animal de esti-
mação, um cão da raça yorkshire terrier. Recuperada
após cerca de um ano, ela diz que não abrirá mão de
ter um animal de estimação porque aprecia a com-
panhia e o amor que os cachorros dão aos humanos.
O caso aconteceu em Houston, nos Estados Unidos.
Disponível em: https://exame.abril.com.br. Acesso em: 1º dez. 2017.
Pelas características do texto lido, que trata das
consequências da perda de um animal de estimação,
considera-se que ele se enquadra no gênero
(A) conto, pois exibe a história de vida de Joanie
Simpson.
(B) depoimento, pois expõe o sofrimento da
dona do animal.
(C) reportagem, pois discute cientificamente a
cardiomiopatia.
(D) relato, pois narra um fato estressante vivido
pela paciente.
(E) notícia, pois divulga fatos sobre a síndrome
do coração partido.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2020_PV_im-
presso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 2 jun.2023.
diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 - Reconhecer em textos de diferentes gêneros, re-
cursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade
de criar e mudar comportamentos e hábitos.
Estudante, para responder à questão 10 (Enem), além
de ler o texto e o enunciado com muita atenção, você
precisa considerar que o gênero do texto lido é um
“cartaz”, informação que está no enunciado. Consi-
dere que o texto é composto pela linguagem verbal
(palavras escritas) e não verbal (imagem) e que essas
informações também já estão no enunciado. É im-
prescindível atentar-se para o que o enunciado re-
quer: interpretar o texto considerando o “objetivo”
dele, isto é, este texto foi escrito para quê? Com qual
objetivo? Considerando todos esses aspectos, ana-
lise o texto partindo das palavras/expressões-chave
do texto verbal: “vamos calçar os sapatos dos refu-
giados”, observe uma ideia de “todos” em uma “cau-
sa” / “necessidade” (ideia de adesão). E veja mais... “E
dar o primeiro passo” com uma finalidade/ “objetivo”
(cobrada(o) no enunciado) e que está explícita(o) no
elemento articulador de “finalidade” – “para entender
sua situação” - (retomando nossa análise: para quê?).
Sugestão de resposta: para aderir à causa dos refu-
giados. Depois dessa interpretação, é muito impor-
tante olhar novamente para o texto como um “todo”
e para a expressão-chave do “enunciado”: “o uso da
imagem do calçado) / “aliada” ao texto verbal. Isto é,
a imagem simboliza essa “necessidade.”
10. (ENEM - 2019)

Gabarito: E
D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros.

Professor(a), para responder à questão 10 (Enem), o(a)

estudante além de dominar a habilidade/descritor D12-
Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.,
para saber que o texto é um “cartaz”, ele(a) precisa
dominar a habilidade/descritor D5- Interpretar um tex- Nesse cartaz, o uso da imagem do calçado aliada
to com auxílio de material gráfico diverso (propaganda, ao texto verbal tem o objetivo de
quadrinhos, foto etc.) para, assim, alcançar a habilida-
de e competência cobradas no Enem / Competência de (A) criticar as difíceis condições de vida dos refu-
área 7 - Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as giados.
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(B) revelar a longa trajetória percorrida pelos re-
fugiados.
(C) incentivar a campanha de doações para os re-
fugiados.
(D) denunciar a situação de carência vivida pelos
refugiados.
(E) simbolizar a necessidade de adesão à causa
dos refugiados.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2019/cader-
no_de_questoes_1_dia_caderno_1_azul_aplicacao_regular.pdf. Acesso em: 2 jun. 2023.
Gabarito: E
D5- Interpretar um texto com auxílio de material
gráfico diverso (propaganda, quadrinhos, foto etc.).
Para refletir...
O que é uma pergunta retórica?
É uma pergunta que é feita e tem como obje-
tivo provocar uma reflexão, e não uma resposta
com a informação, como seria em uma pergunta
verdadeira. A pessoa que faz a pergunta retórica
já sabe a resposta, ela só faz a pergunta pois quer
provocar no interlocutor uma reação, que pode
ser: expressar uma crítica, mostrar indignação,
estimular uma reflexão, persuadir o interlocutor a
fazer o que ela quer, sensibilizar o interlocutor, en-
fatizar uma ideia, demonstrar uma ironia, etc. [...]
Qual a sua utilidade?
Devido ao fato de nossa língua ter um grande
vocabulário e conhecimento, podemos expressar
nossas ideias e críticas de vários modos diferen-
tes, dando uma ideia para ser facilmente entendi-
do ou que cause uma reflexão. [...]
Disponível em: https://www.materias.com.br/portugues/pergunta-retorica.html.
Acesso em: 13 jun. 2023 (adaptado).
Professor(a), é fundamental reforçar com os(as) estudan-
tes o que é “progressão textual” e “progressão temáti-
ca.” Eles(a) têm muita dificuldade de compreen-
derem a “progressão textual” tanto na interpretação
quanto na produção de texto do Enem. Na questão 11
(Enem) percebe-se, especialmente no enunciado, quais
habilidades/descritores os(as) estudantes precisam do-
minar para ler e interpretar com efetividade para chegar
à opção–resposta. Para que o(a) estudante consiga avan-
çar para a Competência de área 6 e para a Habilidade
do Enem: H18– Identificar os elementos que concorrem
para a progressão temática e para a organização e estru-
turação de textos de diferentes gêneros e tipos., algumas
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habilidades/descritores básicas(o) devem ser desenvolvi-
dos em sala de aula.
Estudante, para chegar à resposta da questão 11
(Enem) é necessário, depois da leitura analítica do tex-
to, atentar para a leitura de mundo que você já tem
e principalmente para a compreensão das palavras/
expressões-chave do enunciado: “estratégia de pro-
gressão do texto”, isto é, o processo pelo qual o texto
se constrói partindo das repetições a serviço do tex-
to, ou seja, “retomada e continuidade.” A ideia de ‘es-
tratégia’ está ligada ao planejamento da construção
do texto que muitas vezes busca persuadir o leitor. É
preciso também entender o que é “interlocução”, ou
seja, a ideia de diálogo que o texto apresenta (é como
se o autor do texto conversasse com o leitor).
11. (ENEM - 2019)
A ciência do Homem-Aranha
Muitos dos superpoderes do querido Homem-
-Aranha de fato se assemelham às habilidades bio-
lógicas das aranhas e são objeto de estudo para
produção de novos materiais.
O “sentido-aranha” adquirido por Peter Parker
funciona quase como um sexto sentido, uma espé-
cie de habilidade premonitória e, por isso, soa como
um mero elemento ficcional. No entanto, as ara-
nhas realmente têm um sentido mais aguçado. Na
verdade, elas têm um dos sistemas sensoriais mais
impressionantes da natureza.
Os pelos sensoriais das aranhas, que estão es-
palhados por todo o corpo, funcionam como uma
forma muito boa de perceber o mundo e captar in-
formações do ambiente. Em muitas espécies, esse
tato por meio dos pelos tem papel mais importan-
te que a própria visão, uma vez que muitas aranhas
conseguem prender e atacar suas presas na comple-
ta escuridão. E por que os pelos humanos não são
tão eficientes como órgãos sensoriais como os das
aranhas? Primeiro, porque um ser humano tem em
média 60 fios de pelo em cada cm² do corpo, en-
quanto algumas espécies de aranha podem chegar
a ter 40 mil pelos por cm²; segundo, porque cada
pelo das aranhas possui até 3 nervos para fazer a
comunicação entre a sensação percebida e o cére-
bro, enquanto nós, seres humanos, temos apenas 1
nervo por pelo.
Disponível em: http://cienciahoje.org.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
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Como estratégia de progressão do texto, o autor
simula uma interlocução com o público leitor ao
recorrer à
(A) revelação do “sentido-aranha” adquirido
pelo super-herói como um sexto sentido.
(B) caracterização do afeto do público pelo su-
per-herói marcado pela palavra “querido”.
(C) comparação entre os poderes do super-herói
e as habilidades biológicas das aranhas.
(D) pergunta retórica na introdução das causas da
eficiência do sistema sensorial das aranhas.
(E) comprovação das diferenças entre a consti-
tuição física do homem e da aranha por meio
de dados numéricos.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2019/cader-
no_de_questoes_1_dia_caderno_1_azul_aplicacao_regular.pdf. Acesso em: 2 jun. 2023.
Gabarito: D
D2- Estabelecer relações entre informações de partes
de um texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade do texto.
D13- Evidenciar as marcas linguísticas que eviden-
ciam o locutor e o interlocutor de um texto.
D19- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da ex-
ploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
Competência de área 6 (Enem) / H18 – Identificar os
elementos que concorrem para a progressão temá-
tica e para a organização e estruturação de textos
de diferentes gêneros e tipos.
Professor(a), a questão 12 (Enem) perpassa pelo descritor
D17- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso
da pontuação e de outras notações. Nesse caso, o(a) estu-
dante precisa considerar não apenas o uso convencional
das “aspas”, mas para além disso. Na questão em estudo, é
fundamental compreender qual foi a intenção do autor ao
utilizá-las no texto em expressões metafóricas. Essa habi-
lidade requer que o(a) leitor(a) perceba “efeitos particula-
res gerados pelo uso da pontuação.” Isto é, “efeitos de sen-
tido.” E perpassa também pelo D18- Reconhecer o efeito
de sentido decorrente da escolha de uma determinada
palavra ou expressão., uma vez que apresenta expressões
metafóricas, plurissignificativas.
Estudante, para chegar à opção-resposta da questão
12 (Enem), além de ler, compreender o texto e o enun-
ciado, é importante atentar-se para alguns aspectos-
-chave presentes no enunciado: “expressões metafó-
ricas empregadas intencionalmente pelo autor do
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
9
texto”, ou seja, não basta considerar o uso das “aspas”,
mas refletir sobre a “intenção do autor” ao utilizá-las
no texto de modo metafórico: “ouro do século 21”,
“elementos do futuro” ou “vitaminas da indústria.” É
importante perceber também que o título do texto é
uma expressão metafórica. Entende-se por “metafó-
rico” algo que apresenta sentido figurado, represen-
tativo de alguma coisa, simbólico.
12. (ENEM - 2020)
O ouro do século 21
Cério, gadolínio, lutécio, promécio e érbio; sumá-
rio, térbio e disprósio; hólmio, túlio e itérbio. Essa lista
de nomes esquisitos e pouco conhecidos pode parecer
a escalação de um time de futebol, que ainda teria no
banco de reservas lantânio, neodímio, praseodímio,
európio, escândio e ítrio. Mas esses 17 metais, cha-
mados de terras-raras, fazem parte da vida de quase
todos os humanos do planeta. Chamados por muitos
de “ouro do século 21”, “elementos do futuro” ou “vi-
taminas da indústria”, eles estão nos materiais usados
na fabricação de lâmpadas, telas de computadores,
tablets e celulares, motores de carros elétricos, bate-
rias e até turbinas eólicas. Apesar de tantas aplicações,
o Brasil, dono da segunda maior reserva do mundo
desses metais, parou de extraí-los e usá-los em 2002.
Agora, volta a pensar em retomar sua exploração.
SILVEIRA, E. Disponível em: www.revistaplaneta.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).
As aspas sinalizam expressões metafóricas
empregadas intencionalmente pelo autor do
texto para
(A) imprimir um tom irônico à reportagem.
(B) incorporar citações de especialistas à repor-
tagem.
(C) atribuir maior valor aos metais, objeto da re-
portagem.
(D) esclarecer termos científicos empregados na
reportagem.
(E) marcar a apropriação de termos de outra ci-
ência pela reportagem.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2020_PV_im-
presso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 6 jun. 2023.
Gabarito: C
D17- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do
uso da pontuação e de outras notações.
D18- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
escolha de uma determinada palavra ou expressão.
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da Educação
Revisa Goiás

LÍNGUA PORTUGUESA
SEMANA 2

“Identificar as informações/ideias que estão no texto e

aparecem de modo claro (explícito) ou nas inferências
(modo implícito).” / “Compreender que as informações/
ideias secundárias contribuem para chegar à ideia cen-
tral/principal, isto é, ao tema.”

Estudante, vamos trabalhar com o gênero artigo de

opinião que está presente no jornalismo impresso e
Disponível em: https://br.freepik.com/vetores/jovens-estudantes/2. Acesso em: 14 jun. 2023. na multimídia, veiculado, na maioria das vezes, pela
Internet. Esse gênero faz parte do agrupamento do
Professor(a), as atividades da “Semana 2” priorizam o “argumentar”, por suas próprias características como
trabalho com os principais descritores: D12– Identificar a discussão de assuntos que circulam na sociedade,
a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6- Iden- sobretudo os polêmicos, que exigem posicionamen-
tos que buscam aceitação ou refutação, por meio de
tificar o tema de um texto. / D7- Identificar a tese de um
sustentação construída com argumentos consisten-
texto. / D8- Estabelecer relações entre a tese e os argu-
tes para persuadir o leitor.
mentos oferecidos para sustentá-la. / D15- Estabelecer
relação lógico/discursiva presente no texto, marcada por Leia o texto.
conjunções, advérbios etc. / D3- Inferir o sentido de uma
palavra ou expressão. / D2- Estabelecer relações entre
partes de um texto, identificando repetições ou substi-
tuições que contribuem para a continuidade de um tex-
to. / D19- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáti-
cos. Em algumas atividades são apresentadas também
algumas habilidades do DCGO-EM e as Competências e
Habilidades do Enem.
Disponível em: https://pt.slideshare.net/ieausprp/iea-aquecimento-global-e-mudanas-
-climticas-14251669. Acesso em: 2 jun.2023.
Professor(a), é fundamental auxiliar os(as) estudantes
durante a leitura, interpretação e análise dos textos, Estratégias para enfrentar os riscos decorrentes da
atividades e questões do Enem. Insistimos sempre na emergência climática no Brasil
concepção de ensino-aprendizagem de Língua Portugue- Por Deize Sbarai Sanches Ximenes e Ivan Carlos
sa partindo do currículo que defende o texto como “o Maglio, pesquisadores do LAB Verde da Faculdade
ponto de partida e o ponto de chegada.” Nesse sentido, de Arquitetura e Urbanismo da USP e do USP Cidades
para que o(a) estudante desenvolva as habilidades/des- Globais do Instituto de Estudos Avançados da USP.
critores necessárias(os), é essencial que, após a leitura Os riscos e impactos das mudanças climáticas
analítica do texto, sejam trabalhados os elementos cons- são sentidos em todas as partes do mundo com os
titutivos do gênero e a identificação do tema/assunto eventos extremos que assolam as cidades e sua po-
em (todos os textos). Sem esse primeiro momento, não pulação. O efeito do aquecimento global é uma re-
há desenvolvimento dos descritores/habilidades. Preci- alidade evidenciada por especialistas e referendada
samos considerar que no ensino-aprendizagem da lín- nos últimos relatórios científicos do Painel Intergo-
gua, uma habilidade está conectada à outra. Essa inter- vernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Orga-
ligação/dependência também existe nos elementos que nização das Nações Unidas (ONU), que comprovam a
constituem o texto. Para tanto, alguns “conhecimentos interferência negativa da ação humana na natureza,
necessários” contribuem para que os(as) estudantes de- e em especial nas cidades mais vulneráveis.
senvolvam as habilidades, como: “Perceber que as ideias A emergência climática ameaça o bem-estar
principais convergem para o tema central do texto.” / humano e a saúde planetária, mas há ainda uma
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
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janela de oportunidade – que se fechará rapida-
mente – para garantir um futuro habitável e sus-
tentável para todos. Nesse contexto é fundamental
buscar ações de resiliência ao clima, que integrem
ações de adaptação e de mitigação aos riscos cli-
máticos para promover o desenvolvimento susten-
tável para todos.
No Brasil, os efeitos da emergência climática já
são sentidos em diversas regiões, como o aumento
da temperatura média, a ocorrência de secas pro-
longadas, chuvas cada vez mais intensas causando
enchentes e deslizamentos de terra. Para enfrentar
esses riscos, é fundamental a implantação de solu-
ções baseadas na natureza e a adaptação baseada
em ecossistemas.
As soluções baseadas na natureza são medidas que
utilizam os processos naturais para proteger as cidades
e reduzir os impactos das mudanças climáticas. Elas
podem incluir a conservação e a implantação de áreas
verdes e a recuperação de ecossistemas, como man-
gues e florestas, que ajudam a controlar enchentes, ab-
sorver carbono e reduzir a poluição atmosférica.
Para enfrentar a vulnerabilidade aos riscos decor-
rentes das mudanças climáticas, estratégias e planos
de adaptação climática estão sendo colocados em
prática e, nesse contexto, temos uma grande linha
de projetos e ações partindo das Soluções baseadas
na Natureza (SbN) para reduzir a vulnerabilidade dos
territórios urbanos e rurais aos riscos climáticos.
A União Internacional de Conservação da Na-
tureza (UICN) define SbN como ações destinadas a
proteger, gerenciar e restaurar de maneira susten-
tável os ecossistemas naturais ou modificados, para
enfrentar os desafios da sociedade – mudança do
clima, segurança alimentar e hídrica ou desastres
naturais, de modo eficaz e adaptável, para propor-
cionar bem-estar e benefícios à biodiversidade. Em
2016, a UICN adota formalmente o conceito de SbN,
por meio da publicação da carta Definindo Soluções
Baseadas na Natureza.
Como um desdobramento do guarda-chuva das
SbN, a Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE)
une as temáticas de biodiversidade e clima, e dos
serviços ecossistêmicos como parte de uma estra-
tégia geral de adaptação para ajudar as pessoas a
se adaptarem aos efeitos adversos da mudança do
clima. A AbE é considerada uma medida de baixo
arrependimento que apresenta benefícios de múl-
tipla natureza: econômicos, sociais, ambientais e
culturais, sequestro de carbono, efeitos sobre a se-
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
11
gurança alimentar, gestão sustentável da água e a
promoção de uma visão integrada do território.
[...]
Assim, a melhor forma de implementar a AbE é
adotá-la como elemento de uma estratégia de adap-
tação mais ampla para o desenvolvimento susten-
tável, envolvendo projetos de gerenciamento dos
recursos naturais baseados em comunidades, ofe-
recendo benefícios socioeconômicos, projetos de
adaptação à mudança do clima e projetos de con-
servação da biodiversidade e do ecossistema.
[...]
Disponível em: https://jornal.usp.br/artigos/estrategias-para-enfrentar-os-riscos-decor-
rentes-da-emergencia-climatica-no-brasil/. Acesso em: 2 jun. 2023 (adaptado).
13. O texto “Estratégias para enfrentar os riscos de-
correntes da emergência climática no Brasil”, é
um “artigo de opinião”, uma vez que, predomi-
nantemente,
(A) descreve um conhecimento sobre o clima
brasileiro.
(B) relata um fato sobre as soluções baseadas na
natureza.
(C) narra como criar estratégias de adaptação
sustentável para melhorar o clima.
(D) expõe um ponto de vista sobre os riscos e im-
pactos das mudanças climáticas no planeta.
(E) noticia um acontecimento sobre ações des-
tinadas à proteção e restauração dos ecos-
sistemas.
Gabarito D
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferen-
tes gêneros.
14. Qual é o título do texto lido? Transcreva do título
palavras/expressão-chave que retoma(m) o tema
do texto.
Sugestão de resposta:
“Estratégias para enfrentar os riscos decorrentes da
emergência climática no Brasil.”
Palavras/expressão-chave que retoma(m) o tema do
texto: “os riscos” / “emergência climática.”
15. Um caminho muito interessante para “identificar
o tema do texto” é sublinhar, em todo o texto,
as palavras e expressões-chave que são apresen-
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tadas para reforçar/retomar/insistir em aspectos
predominantes do tema. Sendo assim, transcre-
va do texto palavras/expressões-chave que com-
provam o “tema” do texto em estudo.
Sugestão de resposta:
“Os riscos e impactos” / “eventos extremos que as-
solam as cidades e sua população” / “O efeito do
aquecimento global” / “ação humana na natureza”
/ “emergência climática” / “ameaça o bem-estar
humano e a saúde planetária” / “riscos climáticos”
/ “aumento da temperatura média” / “ secas pro-
longadas, chuvas cada vez mais intensas causando
enchentes e deslizamentos de terra” / “os efeitos da
emergência climática” / “esses riscos” / “impactos
das mudanças climáticas” / “riscos decorrentes das
mudanças climáticas” / “mudança do clima” / “de-
sastres naturais” / “efeitos adversos da mudança do
clima” / “ Estratégias para enfrentar” / “soluções
baseadas na natureza e a adaptação baseada em
ecossistemas” / “ estratégias e planos de adaptação
climática” / “estratégia geral de adaptação.”
16. Qual é o tema do texto em estudo?
(A) O efeito do aquecimento global anunciado
pelos especialistas.
(B) Os benefícios e os projetos que podem con-
tribuir com a biodiversidade.
(C) Os riscos e impactos decorrentes da emer-
gência climática que ameaçam o planeta.
(D) A implantação de soluções baseadas na Na-
tureza (SbN) para reduzir riscos climáticos.
(E) A adoção da AbE como estratégia de adapta-
ção mais ampla visando a sustentabilidade.
Gabarito C
D6- Identificar o tema de um texto.
Estudante, o ponto de vista defendido no texto (tese)
deve ser defendido(a) com argumentos bem funda-
mentados, persuasivos e consistentes.
17. O artigo de opinião é um texto dissertativo-argu-
mentativo no qual o autor apresenta uma tese,
isto é, a defesa de um ponto de vista sobre de-
terminado tema. A argumentação é o principal
recurso retórico utilizado nos textos de opinião,
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
12
uma das características desse tipo de texto é a
persuasão. Sendo assim, qual é a tese do texto
em estudo?
Sugestão de resposta:
A tese do texto em estudo é: “Nesse contexto é fun-
damental buscar ações de resiliência ao clima, que
integrem ações de adaptação e de mitigação aos
riscos climáticos para promover o desenvolvimento
sustentável para todos.”
D7- Identificar a tese de um texto.
HABILIDADE DA BNCC
(EM13LP05) Analisar, em textos argumentativos, os
posicionamentos assumidos, os movimentos argu-
mentativos (sustentação, refutação/contra-argu-
mentação e negociação) e os argumentos utilizados
para sustentá-los, para avaliar sua força e eficácia, e
posicionar-se criticamente diante da questão discu-
tida e/ou dos argumentos utilizados, recorrendo aos
mecanismos linguísticos necessários.
"A argumentação é um processo linguístico que
envolve a defesa de uma ideia ou ponto de vista por
parte de quem argumenta. Ela é usada em diversas
situações do cotidiano, como em debates formais
ou informais ou mesmo em situações familiares.
Apesar de muito usual nas relações humanas,
uma boa argumentação pede melhor clareza na
exposição do raciocínio que embasará uma tese
(ponto de vista) a ser defendida, principalmente
em sua composição escrita."
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm. Acesso
em: 21 jun. 2023.
18. Com base no conhecimento que você já tem so-
bre o gênero “artigo de opinião” e na sua leitura
de mundo, o que é “argumentar?”
Sugestão de resposta:
Argumentar é explicitar um raciocínio, uma compro-
vação, ou um indício do qual pode ser tirado uma
dedução ou consequência, ou seja, para argumentar,
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é preciso esclarecer os motivos, as razões, as causas
que levam uma opinião a ser aceita.
Estudante, é imprescindível compreender que na ar-
gumentação as “vozes textuais” contribuem com a
consistência do discurso argumentativo. Esse as-
pecto textual está presente nas estratégias de argu-
mentação como dados estatísticos, pesquisas, fatos
comprováveis, experiências científicas realizadas por
cientistas de uma determinada área, ou ainda, por
meio da fala/discurso de um escritor, sociólogo, filó-
sofo, historiador, geógrafo entre outros.
Sobre o Argumento
Para escrever um artigo de opinião é preciso,
antes de tudo, ter uma tese muito clara para de-
fender diante de uma questão polêmica. Afinal,
toda a organização textual do artigo, assim como
sua consistência, estarão subordinadas à defesa
dessa tese. Por isso, todo o artigo deve poder ser
resumido por um argumento central. É com esse
argumento que o autor articula sua opinião pes-
soal (a tese ou a conclusão de seu raciocínio e os
dados e as justificativas que a sustentam). [...]
Exemplos de Argumentos
Argumento por exemplificação
Explicação
No argumento por exemplificação, o argumen-
tador baseia a tese ou conclusão em exemplos
representativos, os quais, por si sós, já são sufi-
cientes para justificá-la.
Exemplo
Vejam os exemplos de muitas experiências po-
sitivas – Jundiaí (SP), Campinas (SP), São Caetano
do Sul (SP), Campina Grande (PB) etc. – sistemati-
camente ignoradas pela grande imprensa. Tantos
exemplos levam a acreditar que existe uma ten-
dência predominante na grande imprensa do Brasil
de só noticiar fatos negativos.
Argumento por causa e consequência
Explicação
No argumento por causa e consequência, a
tese ou conclusão é aceita justamente por ser uma
causa ou uma consequência dos dados.
Exemplo
Não existem políticas públicas que garantam a
entrada dos jovens no mercado de trabalho. Assim,
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
13
boa parte dos recém-formados numa universidade
está desempregada ou subempregada. O desem-
prego e o subemprego são uma consequência ne-
cessária das dificuldades que os jovens encontram
de ingressar no mercado de trabalho.
Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/etapa/tipos-
-de-argumento/. Acesso em: 21 jun. 2023.
19. No texto em estudo, o trecho no qual predomina
um argumento de causa/consequência é:
(A) “...ações partindo das Soluções baseadas na
Natureza (SbN) para reduzir a vulnerabilida-
de dos territórios urbanos e rurais aos riscos
climáticos.”
(B) “Em 2016, a UICN adota formalmente o con-
ceito de SbN, por meio da publicação da carta
Definindo Soluções Baseadas na Natureza.”
(C) “No Brasil, os efeitos da emergência climática
já são sentidos em diversas regiões, como o
aumento da temperatura média, a ocorrência
de secas prolongadas, chuvas cada vez mais
intensas causando enchentes e deslizamen-
tos de terra.”
(D) “...relatórios científicos do Painel Intergover-
namental de Mudanças Climáticas (IPCC) da
Organização das Nações Unidas (ONU), que
comprovam a interferência negativa da ação
humana na natureza, e em especial nas cida-
des mais vulneráveis.”
(E) “A AbE é considerada uma medida de baixo
arrependimento que apresenta benefícios de
múltipla natureza: econômicos, sociais, am-
bientais e culturais, sequestro de carbono,
efeitos sobre a segurança alimentar, gestão
sustentável da água e a promoção de uma vi-
são integrada do território.”
Gabarito C
D8- Estabelecer relações entre a tese e os argumen-
tos oferecidos para sustentá-la.
HABILIDADE DA BNCC
(EM13LP04) Estabelecer relações de interdiscursivi-
dade e intertextualidade para explicitar, sustentar e
conferir consistência a posicionamentos e para cons-
truir e corroborar explicações e relatos, fazendo uso
de citações e paráfrases devidamente marcadas.
HABILIDADE DA BNCC
(EM13LP05) Analisar, em textos argumentativos, os
posicionamentos assumidos, os movimentos argu-
mentativos (sustentação, refutação/contra-argu-
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mentação e negociação) e os argumentos utilizados
para sustentá-los, para avaliar sua força e eficácia, e
posicionar-se criticamente diante da questão discu-
tida e/ou dos argumentos utilizados, recorrendo aos
mecanismos linguísticos necessários.
Professor(a), os(as) estudantes têm muita dificuldade
de compreender e desenvolver a habilidade do D15.
Para enriquecer o trabalho com esse descritor em sala
de aula, sugerimos os seguintes conhecimentos neces-
sários: “Ler textos de gêneros diversos, principalmente
observando as partes e o todo textual. / Identificar o
sentido global do texto, isto é, o tema. / Identificar as
principais informações explícitas e implícitas do texto em
estudo. / Reconhecer a função de palavras e ou expres-
sões articuladoras/conectoras em textos diversos sejam
conjunções, preposições, advérbios, e respectivas locu-
ções. / Identificar nos textos relações de comparação,
causalidade, concessão, tempo, condição, proporção,
explicação, adição, condição, oposição, conclusão etc. /
Perceber a necessidade da função/relação de elementos
articuladores/conectores para que o texto tenha sentido
(coerência). / Compreender o valor semântico (além das
classificações gramaticais) das conjunções, preposições,
advérbios e respectivas locuções etc. / Compreender o
que é relação lógico-discursiva (articuladores textuais
que contribuem na organização e sentido para que as
ideias do texto sejam compreensíveis e auxiliem a co-
municação). / Reconhecer elementos de modalização
discursiva no campo da (obrigatoriedade/possibilidade/
proibição/permissibilidade)”.
20. No trecho “A emergência climática ameaça o
bem-estar humano e a saúde planetária, mas
há ainda uma janela de oportunidade – que se
fechará rapidamente – para garantir um futuro
habitável e sustentável para todos.” O termo des-
tacado estabelece uma ideia de
(A) causa.
(B) oposição.
(C) condição.
(D) conclusão.
(E) finalidade.
Gabarito E
D15- Estabelecer relação lógico/discursiva presente
no texto, marcada por conjunções, advérbios etc.
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Leia o texto.
O Mambembe
Artur Azevedo
ATO PRIMEIRO
Quadro 1
Sala de um plano só em casa de dona Rita. Ao fun-
do, duas janelas pintadas. Porta à esquerda dando para
a rua, e porta à direita dando para interior da casa.
CENA I
(Ao levantar o pano, a cena está vazia. Batem à
porta da esquerda.)
MALAQUIAS (Entrando da direita.) — Quem será
tão cedo? Ainda não deu oito horas! (Vai abrir a por-
ta da esquerda.) Ah! É seu Eduardo!
EDUARDO (Entrando pela esquerda.) — Adeus,
Malaquias. Quedê dona Rita? Já está levantada?
MALAQUIAS — Tá lá dentro, sim, sinhô.
EDUARDO — E dona Laudelina?
MALAQUIAS — Inda tá drumindo, sim, sínhô.
EDUARDO — Vai dizer a dona Rita que eu quero
falar com ela.
MALAQUIAS — Sim, sinhô. (Puxando conversa.)
Seu Eduardo onte tava bom memo!
EDUARDO — Tu assististe ao espetáculo?
MALAQUIAS — Ora, eu não falho! Siá dona Rita
não me leva, mas eu fujo e vou. Fico no fundo es-
piando só!
EDUARDO — Gostas do teatro, hein?
MALAQUIAS — Quem é que não gosta do que
é bão? Que coisa bonita quando seu Eduardo fingia
que morreu quase no fim! Xi! Parecia que tava mor-
rendo memo. Só se via o branco do olho! E dona
Laudelina ajoelhada, abraçando seu Eduardo! Seu
Eduardo tava morrendo, mas tava gostando, não é,
seu Eduardo?
EDUARDO — Gostando, por quê? Cala-te!
MALAQUIAS — Então Malaquia não sabe que
seu Eduardo gosta de dona Laudelina?
EDUARDO — E ela?... Gosta de mim?
MALAQUIAS — Eu acho que gosta... pelo meno
não gosta de outro... eu sou fino; se ela tivesse outro
namorado, eu via logo. Aquele moço que mora ali no
chalé azu, que diz que é guarda-livro, outro dia quis
se engraçá com ela [...]
EDUARDO — Toma lá quinhentos réis.
MALAQUIAS — Ih! Obrigado, seu Eduardo. (Vai a
sair pela direita. Entra dona Rita.)
DONA RITA — Que ficaste fazendo aqui, moleque?
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MALAQUIAS — Nada, não, senhora; fui abri a por- (sinais que são usados no texto para além da sua função
ta a seu Eduardo e ia dizê a vosmecê que ele tava ai. gramatical, uma vez que de acordo com o contexto, as-
DONA RITA — Vai acabar de lavar a louça, mas sumem sentidos de enfatizar, chamar a atenção, mostrar
vê lá se me quebras alguma coisa. (A Eduardo.) Não uma subjetividade etc.). / Identificar efeito de sentido no
se passa um dia que este não me quebra um prato... emprego proposital do itálico, negrito, caixa alta, aspas
um copo... uma xícara... Vai! etc. / Reconhecer que a pontuação (aspas, reticências,
MALAQUIAS — Sim, senhora. (Sai pela direita.) parênteses, ponto de interrogação, de exclamação etc.)
[..] quanto as demais notações (caixa alta, tipo e tamanho de
Disponível em: https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=downloa-
d&id=6179. Acesso em: 5 jun. 2023 (adaptado).
letra etc.) são recursos gráficos, próprios do sistema da
escrita, que podem promover e/ou intensificar “efeitos de
21. No fragmento “Porta à esquerda dando para sentido”, sendo fundamentais para o processamento da
a rua, e porta à direita dando para interior da leitura. / Identificar o uso de recursos visuais e jogos de
casa.” Infere-se que o verbo dando, nesse con- palavras para propiciar diferentes sentidos.”
texto, significa
23. No trecho “E ela?... Gosta de mim?”, o uso do
(A) saindo. ponto de interrogação e das reticências na ex-
(B) voltando. pressão destacada revela uma/um
(C) retornando.
(D) ingressando. (A) interrupção.
(E) permanecendo. (B) convencimento.
Gabarito A (C) ironia na certeza.
D3- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. (D) ênfase na dúvida.
(E) destaque na entonação.
Gabarito D.
22. No trecho “— Nada, não, senhora; fui abri a porta D17- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
a seu Eduardo e ia dizê a vosmecê que ele tava pontuação e outras notações.
aí.”, o termo destacado faz referência a/ao HABILIDADE DA BNCC
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes
(A) Eduardo. de usos expressivos da linguagem, da escolha de de-
(B) Malaquias. terminadas palavras ou expressões e da ordenação,
(C) aquele moço. combinação e contraposição de palavras, dentre ou-
(D) guarda-livro. tros, para ampliar as possibilidades de construção de
(E) chalé azu. sentidos e de uso crítico de língua.
Gabarito A
D2- Estabelecer relações entre partes de um texto,
identificando repetições ou substituições que con- De olho no Enem!
tribuem para a continuidade de um texto.

Professor(a), os(as) estudantes também apresentam difi-
culdades no desenvolvimento do D17. É importante que
sejam trabalhados alguns conhecimentos necessários
que podem auxiliar no desenvolvimento desse descritor,
especialmente, no entendimento do “efeito de sentido”
apresentado nesse descritor. Para tanto sugerimos: “Iden-
tificar o assunto global do texto e os principais elemen-
tos do texto/gênero. / Identificar a finalidade, isto é, para
que o texto foi escrito. / Compreender “efeito de sentido”
como a possibilidade de o autor fazer uso de palavras/
expressões de modo intencional. / Compreender a fun-
ção de diferentes sinais de pontuação em textos variados
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15
Professor(a), a questão 24 (Enem) dialoga com os descri-
tores: D10- Identificar o conflito gerador do enredo e os
elementos que constroem a narrativa. / D18- Reconhecer
o efeito de sentido decorrente da escolha de uma deter-
minada palavra ou expressão. É muito importante traba-
lhar essas habilidades com os(as) estudantes focalizando
as “Habilidades do Enem” que são mais amplas e com-
plexas. O D18, por exemplo, exige que os(as) estudantes
consigam identificar recursos literários que mobilizam a
linguagem em uma determinada situação comunicativa,
como as figuras de linguagem, a plurissignificação dos
textos literários dentre outros aspectos.
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Estudante, para que você consiga chegar à opção-res-
posta da questão 24 (Enem), além de ler o texto e o
enunciado, é importante considerar que esse texto é
narrativo, tem a predominância da linguagem literá-
ria, uma vez que apresenta a conotação/sentido figu-
rado, sendo assim, é um texto que aceita mais de uma
interpretação. Ele traz aspectos descritivos muito in-
teressantes que contribuem para o entendimento do
que pode estar centrado na percepção. Reflita sobre
o que pode significar ‘percepção’, ou seja, apreensão
de sentidos... É fundamental, compreender o que o
enunciado apresenta “narrador” (voz que conta a his-
tória). Analise o comando: “o narrador mobiliza recur-
sos de linguagem que geram uma expressividade
centrada na percepção da”, veja que o enunciado foca
no ‘narrador’ que mobiliza ‘recursos de linguagem’, ou
seja, usa formas/meios para “expressar sentimentos,
emoções” ..., afinal, a palavra ‘expressar’ foi utilizada
com um “propósito comunicativo.”
24. (ENEM - 2020)
Na sua imaginação perturbada sentia a nature-
za toda agitando-se para sufocá-la. Aumentavam as
sombras. No céu, nuvens colossais e túmidas rolavam
para o abismo do horizonte... Na várzea, ao clarão
indeciso do crepúsculo, os seres tomavam ares de
monstros... As montanhas, subindo ameaçadoras da
terra, perfilavam-se tenebrosas... Os caminhos, es-
preguiçando-se sobre os campos, animavam-se quais
serpentes infinitas... As árvores soltas choravam ao
vento, como carpideiras fantásticas da natureza mor-
ta... Os aflitivos pássaros noturnos gemiam agouros
com pios fúnebres. Maria quis fugir, mas os membros
cansados não acudiam aos ímpetos do medo e deixa-
vam-na prostrada em uma angústia desesperada.
ARANHA, J. P. G. Canaã. São Paulo: Ática, 1997.
No trecho, o narrador mobiliza recursos de
linguagem que geram uma expressividade
centrada na percepção da
(A) relação entre a natureza opressiva e o desejo
de libertação da personagem.
(B) confluência entre o estado emocional da
personagem e a configuração da paisagem.
(C) prevalência do mundo natural em relação à
fragilidade humana.
(D) depreciação do sentido da vida diante da
consciência da morte iminente.
(E) instabilidade psicológica da personagem face
à realidade hostil.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2020_PV_im-
presso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 6 jun. 2023.
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Gabarito: B
D10- Identificar o conflito gerador do enredo e os
elementos que constroem a narrativa.
D18- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
escolha de uma determinada palavra ou expressão.
Competência de área 5 (Enem) - H16 - Relacionar
informações sobre concepções artísticas e procedi-
mentos de construção do texto literário.
Professor(a), a questão 25 (Enem) requer do(a) estudante
principalmente que ele(a) saiba o que é procedimento argu-
mentativo, bem como para que serve esse tipo de processo.
Nesse caso, a questão perpassa pelo D8- Estabelecer rela-
ções entre a tese e os argumentos oferecidos para susten-
tá-la. Partindo do desenvolvimento dessa habilidade, o(a)
estudante consegue compreender que a argumentação, as
estratégias de argumentação e os tipos de argumentos con-
vergem para a ideia de convencer/persuadir/ganhar a ade-
são do leitor nos processos comunicativos/argumentativos.
Estudante, para responder à questão 25 (Enem) além
de ler o texto e o enunciado, é necessário atentar-se
para alguns aspectos, como: “procedimento argu-
mentativo”, isto é, o recurso acionado pelo produtor
do texto com a finalidade de levar o leitor a crer na-
quilo que o texto diz e a fazer aquilo que ele propõe.
Afinal, a ideia argumentativa visa persuadir/conven-
cer e ganhar a adesão do leitor. Essa ideia inclusive
pode ser interpretada no enunciado (nas palavras/ex-
pressões-chave) “busca-se seduzir o leitor.” De acor-
do com o enunciado, essa sedução se dá por meio de
“uma voz externa sobre a identidade histórica do
povo português.” É importante considerar principal-
mente o final do comando: “O trecho que evidencia
esse procedimento argumentativo é.”
25. (ENEM - 2020)
Relatos de viagem: nas curvas da Nacional 222, em
Portugal
Em abril deste ano, fomos a Portugal para uma
viagem de um mês que esperávamos há um ano.
Pois no dia 4 de maio, chegávamos ao Aeroporto
Francisco Sá Carneiro, no Porto. Que linda a “antiga,
muy nobre, sempre leal e invicta” cidade do Porto!
“Encantei-me”, diriam eles... pelas belas paisagens,
construções históricas com lindas fachadas, parques
e praças muito bem cuidados.
Os tripeiros, sinônimo de portuenses, têm orgulho
de sua cidade, apelidada de Invicta — nunca foi invadi-
da. E valorizam tudo o que há de bom ali, como “a me-
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lhor estrada para se dirigir do mundo”, a Nacional 222.
Pois na manhã do 25 de abril, Dia da Revolução
dos Cravos, resolvemos conhecer a tal maravilha. A
cada 10 km tínhamos que encostar: corríamos, dan-
çávamos, tomávamos chocolate quente, sopa, tudo
que fosse quentinho. E lá íamos para mais uma eta-
pa. Uma aventura deliciosa. Depois de três horas —
mais ou menos o dobro do tempo necessário, não
fossem as paradas para aquecimento —, chegamos à
casa! Congelados, mas maravilhados e invictos!
Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).
cia Nacional de Saúde. Atente para o enunciado,
ele determina com clareza o que é preciso levar em
consideração para responder à questão: “Com base
no conceito apresentado no texto, a saúde é con-
sequência direta do(a).” É necessário olhar para o
conceito apresentado no texto (‘conceito amplia-
do’), em seguida, considerar a palavra-chave ‘saúde’
(ilustrada na figura) e ainda dentro desse contexto,
a ‘consequência’ do problema que também repre-
senta um todo estruturado.

26. (ENEM - 2020)

Nesse texto, busca-se seduzir o leitor por meio da O conceito de saúde formulado na histórica VIII
exploração de uma voz externa sobre a identida- Conferência Nacional de Saúde, no ano de 1986,
de histórica do povo português. O trecho que evi- ficou conhecido como um “conceito ampliado”
dencia esse procedimento argumentativo é de saúde, conforme ilustrado na figura. Esse
conceito foi fruto de intensa mobilização em
(A) “Que linda a ‘antiga, muy nobre, sempre leal diversos países da América Latina nas décadas de
e invicta’ cidade do Porto!”. 1970 e 1980, como resposta à crise dos sistemas
(B) “ ‘Encantei-me’, diriam eles... pelas belas pai- públicos de saúde.
sagens, construções históricas com lindas fa-
chadas [...]”.
(C) “Os tripeiros, sinônimo de portuenses, têm
orgulho de sua cidade [...]”.
(D) “E valorizam tudo o que há de bom ali, como ‘a
melhor estrada para se dirigir do mundo’ [...]”.
(E) “Pois na manhã do 25 de abril, Dia da Revo-
lução dos Cravos, resolvemos conhecer a tal
maravilha”.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2020_PV_im-
presso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 jun. 2023.

Gabarito: A
D8- Estabelecer relações entre a tese e os argumen-
tos oferecidos para sustentá-la.
Competência de área 7 - H23 - Inferir em um texto Com base no conceito apresentado no texto, a
quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu saúde é consequência direta do(a)
público-alvo, pela análise dos procedimentos argu-
mentativos utilizados. (A) adoção de um estilo de vida ativo por parte
H24 - Reconhecer no texto estratégias argumen- dos indivíduos.
tativas empregadas para o convencimento do pú- (B) disponibilidade de emprego no mercado de
blico, tais como a intimidação, sedução, comoção, trabalho.
chantagem, entre outras. (C) condição habitacional presente nas cidades.
(D) acesso ao sistema educacional.
(E) forma de organização social.
Estudante, para chegar à opção-resposta da questão Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2020_PV_im-
26 (Enem), é necessário ler o texto atentando-se para presso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 jun.2023.
aspectos muito importantes. Considere que o texto
apresenta palavras escritas na contextualização do Gabarito: E
conceito (primeiro parágrafo) e logo em seguida, há D5- Interpretar um texto com auxílio de material
uma imagem que apresenta diversos fatores que in- gráfico diverso (propaganda, quadrinhos, foto etc.).
fluenciam a saúde dos indivíduos, fato que demons- D11- Estabelecer relação causa/consequência entre
tra o “conceito ampliado” preconizado pela Conferên- partes e elementos do texto.
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LÍNGUA PORTUGUESA
SEMANA 3

Professor(a), as atividades da “Semana 3” priorizam o E assim, quando mais tarde me procure

trabalho principalmente com os descritores: D12- Identi- Quem sabe a morte, angústia de quem vive
ficar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D10- Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos
que constroem a narrativa. / D19- Reconhecer o efeito Eu possa me dizer do amor (que tive):
de sentido decorrente da exploração de recursos orto- Que não seja imortal, posto que é chama
gráficos e/ou morfossintáticos. / D5- Interpretar um tex- Mas que seja infinito enquanto dure.
to com auxílio de material gráfico diverso (propaganda, Disponível em: https://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/
soneto-de-fidelidade. Acesso em: 2 jun. 2023.
quadrinhos, foto etc.) / D6- Identificar o tema de um tex-
to. / D11- Estabelecer relação causa/consequência entre 27. O texto é um Soneto que é composto por dois
partes e elementos do texto. quartetos e dois tercetos com 14 versos no total.
Qual é o gênero de “Soneto de Fidelidade” do
escritor Vinicius de Moraes?

Sugestão de resposta:
O gênero é um poema.
D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros.

Disponível em: https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/19981-vinicius-de-mora- 28. Considerando a leitura do texto, o que o eu-lírico

es. Acesso em: 2 jun.2023.
não promete?
Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta
e um dos maiores compositores da música popu-
lar brasileira, além de ter sido um dos fundadores Sugestão de resposta:
da Bossa Nova - um movimento musical surgido O eu-lírico não promete amor eterno nem garante
nos anos 50. Foi também dramaturgo e diploma- que permanecerá apaixonado até o fim dos seus dias.
ta. Entre os seus maiores sucessos está "Garota de
Ipanema" que teve a letra escrita por Vinicius e a 29. Analisando o verso, “Antes, e com tal zelo, e sem-
canção composta por Tom Jobim, em 1962. pre, e tanto”, o que o eu-lírico promete ao utilizar
Disponível em: https://www.ebiografia.com/vinicius_de_moraes/. Acesso em: 2 jun. 2023. o termo ‘Antes’?

Leia o texto.
Soneto de Fidelidade Sugestão de resposta:
O eu-lírico promete amar em absoluto, de modo pleno
Vinicius de Moraes e com todas as suas forças enquanto o afeto durar.
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 30. Ao longo dos versos, o eu-lírico garante uma en-
Que mesmo em face do maior encanto trega. Explique.
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento Sugestão de resposta:

E em louvor hei de espalhar meu canto O eu-lírico garante uma entrega, mas não necessa-
E rir meu riso e derramar meu pranto riamente a duração da relação.
Ao seu pesar ou seu contentamento.
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31. Na última estrofe do poema há uma comparação
do “amor com a chama”. Nesse caso, o que eu-líri-
co reconhece ao comparar o amor com a chama?
Sugestão de resposta:
Nesse caso, o eu-lírico reconhece que o amor é um
sentimento perecível e que, assim como a chama,
pode ser apagado com o tempo.
32. Nos versos: “Que não seja imortal, posto que é
chama” / “Mas que seja infinito enquanto dure.”
Qual é a ideia que o termo destacado estabelece?
Sugestão de resposta:
A ideia que o termo destacado estabelece é de oposição.
De olho no Enem!
Professor(a), é muito importante que você leia os textos
em sala de aula junto com os(as) estudantes analisando
o gênero, tipo textual, elementos que compõem o texto
(partes e todo). É necessário, mostrar a eles(a) que não
há nenhum elemento/palavra/expressão/intertexto/in-
terdiscurso que é aleatório no texto, tudo o que está nos
textos tem “intenção”/propósito. Todos os textos têm
uma finalidade, bem como a escolha de determinados
elementos textuais. A questão 33 (Enem) perpassa dire-
tamente pelos descritores D10 e D3- Inferir o sentido de
uma palavra ou expressão em um texto. Sugerimos que
você olhe também para a(s) habilidade(s) do Enem que
essa questão pode ser inserida e dialogue com os(as) es-
tudantes sobre isso, considerando que as Competências/
Habilidades do Enem são mais amplas.
Estudante, para você chegar à opção-resposta da
questão 33, além da leitura analítica, é necessário
atentar para o tipo de texto que é narrativo. Sendo as-
sim, é fundamental buscar o conhecimento que você já
tem sobre os elementos que compõem o texto narra-
tivo. Outro aspecto, é considerar o que afirma o “enun-
ciado.” Dessa forma, é preciso olhar para a “intenção”
do “ditado popular” (frases/expressões importantes
da cultura nacional ou local, cheias de sabedoria, pois
são passadas de geração para geração. Esses ditados
transmitem conhecimento e experiências que podem
ajudar pessoas mais “jovens/novas” a entenderem de-
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
19
terminados acontecimentos e comportamentos). O
enunciado deixa claro que no texto há uma “persona-
gem” que ao empregar um “ditado popular” tem uma
“intenção”, ou seja, o uso não é aleatório. Para desco-
brir essa “intenção”, retome o texto para interpretar,
compreendendo esse propósito pensado.
33. (ENEM – 2020)
Chiquito tinha quase trinta quando conheceu
Mariana num baile de casamento na Forquilha,
onde moravam uns parentes dele. Por lá foi fi-
cando remanchando. Fez mal à moça, como
costumavam dizer, tiveram de casar às pressas.
Morou uns tempos com o sogro, descombinaram.
Foi só conta de colher o milho e vender. Mudou
pra casa do velho Chico Lourenço [seu pai]. Fu-
maça própria só viu subir um par de anos depois,
quando o pai repartiu as terras. De tão parecidos,
pai e filho nunca combinaram direito. Cada qual
mais topetudo, muitas vezes dona Aparecida ou-
via o marido reclamar da natureza forte do filho.
Ela escutava com paciência e respondia dum
jeito sempre igual:
— “Quem herda, não rouba”.
Vinha um brilho nos olhos, o velho se acalmava.
ROMANO, O. Casos de Minas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Os ditados populares são frases de sabedoria
criadas pelo povo, utilizadas em várias situações
da vida. Nesse texto, a personagem emprega um
ditado popular com a intenção de
(A) criticar a natureza forte do filho.
(B) justificar o gênio difícil de Chiquito.
(C) legitimar o direito do filho à herança.
(D) conter o ânimo violento de Chico Lourenço.
(E) condenar a agressividade do marido contra o
filho.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2020_PV_im-
presso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 19 jun. 2023.
Gabarito: B
D10- Identificar o conflito gerador do enredo e os
elementos que constroem a narrativa.
D3- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
em um texto.
Estudante, para chegar à resposta da questão 34
(Enem), é muito importante que, além da leitura ana-
lítica, principalmente atentando para a insistência
da repetição da palavra “não”, você considere que o
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gênero do texto é a “carta” e ela tem um “objetivo”

Estudante, para responder à questão 35 (Enem), além
/ finalidade. Outro aspecto a ser considerando no
da leitura cuidadosa, é preciso considerar que o gênero
“enunciado” é a expressão: “sequência de enunciados
do texto é uma “campanha publicitária” que apresenta
negativos” (enunciados: são formas de comunicação/
a linguagem verbal (palavras escritas) e não verbal
interação entre os sujeitos). É importante compreen-
(imagem), com a predominância da estrutura verbal.
der que está claro no enunciado/comando da ques-
Olhando para esse aspecto, fica implícita, a ideia de
tão que esses “enunciados” são “negativos” (exprime
que é necessário “olhar também para a “tipologia tex-
negação/ rejeição) e mais, eles têm uma “função”, ou
tual.” Considere que no texto há uma ideia persuasiva
seja, têm um papel a ser desempenhado no texto.
para alcançar o leitor e um diálogo com diferentes in-
terlocutores: com quem sofre o bullying, quem conhe-
34. (ENEM – 2019) ce uma pessoa vítima de bullying e com quem conhece
Meu caro Sherlock Holmes, algo horrível um agressor. É fundamental considerar as palavras/
expressões-chave que o enunciado/comando apre-
aconteceu às três da manhã no Jardim Lauriston.
senta: “campanha se destaca pela maneira como uti-
Nosso homem que estava na vigia viu uma luz às liza a linguagem” / “para conscientizar” (veja aqui uma
duas da manhã saindo de uma casa vazia. Quando finalidade explícita no articulador ‘para’). Conscienti-
se aproximou, encontrou a porta aberta e, na sala zar quem: “a sociedade” / de quê? “da necessidade de
da frente, o corpo de um cavalheiro bem-vestido. se acabar com o bullying.” O enunciado também traz a
Os cartões que estavam em seu bolso tinham o palavra-chave “estratégia” que norteia a leitura inter-
nome de Enoch J. Drebber, Cleveland, Ohio, EUA. pretativa para que se compreenda que tudo foi pensa-
Não houve assalto e nosso homem não conseguiu do para assim, esta campanha se destacar.
encontrar algo que indicasse como ele morreu.
Não havia marcas de sangue, nem feridas nele. 35. (ENEM – 2019)
Não sabemos como ele entrou na casa vazia. Na
verdade, todo assunto é um quebra-cabeça sem
fim. Se puder vir até a casa seria ótimo, se não, eu
lhe conto os detalhes e gostaria muito de saber
sua opinião. Atenciosamente, Tobias Gregson.
DOYLE, A. C. Um estudo em vermelho. Cotia: Pé de Letra, 2017.

Considerando o objetivo da carta de Tobias

Gregson, a sequência de enunciados negativos
presente nesse texto tem a função de

(A) restringir a investigação, deixando-a sob a

responsabilidade do autor da carta.
(B) refutar possíveis causas da morte do cava-
lheiro, auxiliando na investigação.
(C) identificar o local da cena do crime, localizan- Disponível em: www.essl.pt. Acesso em: 9 maio 2019 (adaptado).

do-o no Jardim Lauriston. Essa campanha se destaca pela maneira como

(D) introduzir o destinatário da carta, caracteri- utiliza a linguagem para conscientizar a sociedade
zando sua personalidade. da necessidade de se acabar com o bullying. Tal
(E) apresentar o vigia, incluindo-o entre os sus- estratégia está centrada no(a)
peitos do assassinato.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/ plicaçã_basica/enem/provas/2019/cader-
no_de_questoes_1_dia_caderno_1_azul_aplicacao_regular.pdf. Acesso em: 19 jun. 2023.
(A) chamamento de diferentes atores sociais pelo
uso recorrente de estruturas injuntivas.
Gabarito: B (B) variedade linguística caracterizadora do por-
D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes tuguês europeu.
gêneros. (C) restrição a um grupo específico de vítimas ao
D19- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da ex- apresentar marcas gráficas de identificação
ploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. de gênero como “o(a).”
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(D) combinação do significado de palavras escri- associação com os “violadores de segurança”.

tas em línguas inglesa e portuguesa. Esses desenvolvedores de software se recusam
(E) enunciado de cunho esperançoso “passe à a reconhecer o significado pejorativo do termo
história” no título do cartaz. e continuam usando a palavra hacker para indi-
Disponível em: https://download.inep.gov.br/ plicaçã_basica/enem/provas/2019/cader-
no_de_questoes_1_dia_caderno_1_azul_aplicacao_regular.pdf. Acesso em: 19 jun. 2023.
car “alguém que ama programar e que gosta de
ser hábil e engenhoso”. Além disso, esses progra-
Gabarito: A mas são entregues à comunidade com o código
D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes fonte aberto e disponível, permitindo que a ideia
gêneros. original possa ser aperfeiçoada e devolvida
D5- Interpretar um texto com auxílio de material novamente à comunidade. Nos programas con-
gráfico diverso (propaganda, quadrinhos, foto etc.) vencionais, o código de programação é secreto e
Competência de área 7 / H21 – Reconhecer em textos de propriedade da empresa que o desenvolveu,
de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais sendo quase impossível decifrar a programação.
utilizados com a finalidade de criar e mudar compor- O que está em jogo é o controle da inovação
tamentos e hábitos. tecnológica. Software livre é uma questão de li-
berdade de expressão e não apenas uma relação
econômica. Hoje existem milhares de programas
Estudante, para chegar à opção-resposta da ques-
tão 36 (Enem), é necessária uma leitura bem atenta, alternativos construídos dessa forma e uma co-
pois além de identificar o tema do texto, é preciso munidade de usuários com milhões de membros
refletir sobre “partes”, palavras/expressões-chave no mundo.
retomadas ao longo do texto para saber o que o BRANCO, M. Software livre e desenvolvimento social e económico. In:
enunciado/comando requer. Por exemplo, “Softwa- CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Org). A sociedade em rede: do conheci-
mento à acção política. Lisboa: Imprensa Nacional, 2005 (adaptado).
re livre”/ “construído de forma colaborativa” / “es-
ses programas são entregues à comunidade com
o código fonte aberto e disponível” / “ideia origi- A criação de softwares livres contribui para a
nal possa ser aperfeiçoada e devolvida novamen- produção do conhecimento na sociedade porque
te à comunidade” / “Software livre é uma questão
de liberdade de expressão” / “existem milhares de
programas alternativos construídos dessa forma e (A) democratiza o acesso a produtos construídos
uma comunidade de usuários.” Veja que o enuncia- coletivamente
do: “A criação de softwares livres contribui para a (B) complexifica os sistemas operacionais dispo-
produção do conhecimento na sociedade porque”, níveis no mercado.
requer que você veja um motivo/razão/causa, esse (C) qualifica um maior número de pessoas para
aspecto é marcado pelo uso do elemento articula- o uso de tecnologias.
dor “porque.” Podemos entender o “enunciado” da (D) possibilita a coleta de dados confidenciais
seguinte forma: ‘A criação de softwares livres’ (reto- para seus desenvolvedores.
ma ideia principal do tema) ‘contribui para’ (mostra o (E) insere profissionalmente os hackers na área
objetivo/finalidade dessa criação, é o “para que”) / ‘a
de inovação tecnológica.
produção do conhecimento na sociedade’ (é a con-
Disponível em: https://download.inep.gov.br/ plicaçã_basica/enem/provas/2019/cader-
cretização/resultado dessa finalidade) / ‘porque’ (ar- no_de_questoes_1_dia_caderno_1_azul_aplicacao_regular.pdf. Acesso em: 19 jun. 2023.
ticula e enuncia a ideia do comando para que o leitor
pense na causa para tudo isso). Portanto, a criação Gabarito: A
de softwares livres ultrapassa a “finalidade econô- D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes
mica” da produção deles, à proporção que são com- gêneros.
partilhados com a comunidade de usuários. D11- Estabelecer relação causa/consequência entre
partes e elementos do texto.
36. (ENEM – 2019)
Software livre é qualquer programa de com-
putador construído de forma colaborativa, via
internet, por uma comunidade internacional
de desenvolvedores independentes. São cen-
tenas de milhares de hackers, que negam sua
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
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LÍNGUA PORTUGUESA
SEMANA 4
Professor(a), as atividades da “Semana 4” priorizam o
trabalho com os principais descritores: 12- Identificar a
finalidade de textos de diferentes gêneros. / D19- Reco-
nhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de
recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. / D20- Re-
conhecer diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que tratam do mesmo tema em
função das condições em que eles foram produzidos e
daquelas em que serão recebidos. / D5- Interpretar um
texto com auxílio de material gráfico diverso (propagan-
da, quadrinhos, foto etc.).
Leia o texto.
Disponível em: https://midiamax.uol.com.br/politica/charge/2020/charge-dengue-pro-
blema-mais-urgente/. Acesso em: 6 jun.2023.
37. Essa charge cumpre uma função na qual predo-
mina uma natureza social. Qual seria? Publicitária
ou Educativa? Justifique a sua resposta.
Sugestão de resposta:
Nessa charge predomina a natureza social educativa,
uma vez que leva o(a) leitor(a) a refletir sobre a ma-
nutenção de práticas preventivas já conhecidas em
tempos de novas ameaças à saúde da população.
D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros.
38. Qual é o verbo que aparece implícito na fala do
homem?
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
22
Sugestão de resposta:
Na fala do homem está implícito o verbo “usar.”
D19- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
exploração de recursos ortográficos e/ou morfos-
sintáticos.
39. A comunicação definida pela troca de informações
entre quem envia a mensagem (emissor) e quem
recebe a mensagem (receptor) tem o objetivo de
transmitir uma mensagem (conteúdo). Dessa for-
ma, a linguagem representa o uso da língua em
diversas situações comunicativas. Na construção
do gênero charge foram empregadas duas lingua-
gens. Quais são elas? Justifique a sua resposta.
Sugestão de resposta:
Na construção do gênero “charge” foram utilizadas
as linguagens: verbal, porque utiliza palavras escri-
tas, e a não verbal, uma vez que foram utilizados ges-
tos, imagens, cores, expressão fisionômica etc.
De olho no Enem!
Estudante, para chegar à opção-resposta da questão
40 (Enem), além da leitura analítica, é preciso com-
preender a tipologia textual e o enunciado, afinal, é
esse que determina de modo claro, o que a questão/
enunciado requerem do(a) candidato(a) na prova do
Enem: “Todo gênero apresenta elementos constitu-
tivos que condicionam seu uso em sociedade. A letra
de canção identifica-se com o gênero ladainha, es-
sencialmente, pela utilização da sequência textual.”
O enunciado deixa evidente que você precisa refletir
sobre os gêneros textuais e os elementos que cons-
tituem esses gêneros. O enunciado ainda mostra que
o gênero do texto-base é uma “canção” e que há uma
identificação com outro gênero textual que é a la-
dainha, isto é, texto próprio do universo religioso que
é caracterizado por uma série de apelos aos fiéis para
que orem com frequência pedindo bênçãos. Esse gê-
nero é parodiado pela canção de Cazuza, que faz uma
sátira à “gente careta e covarde” além disso, no texto
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há formas verbais com a finalidade de convencer o
interlocutor a pedir piedade, grandeza e coragem
“vamos pedir” / “dê.” Outro aspecto importante é
compreender que há uma “sequência textual” para
que haja a identificação com o gênero “ladainha.”
Essa questão apresenta aspectos de intertextuali-
dade (paródia).
40. (ENEM - 2019)
Blues da piedade
pois a presença das mulheres no âmbito da ciência
é crescente, como está evidenciado no gráfico, esse
aspecto é fomentado por organizações, com referên-
cia ao evento de incentivo “Meninas Internacionais no
Dia das TIC” (texto II).
41. (ENEM – 2020 – 2ª aplicação)
TEXTO I
Participação feminina em projetos submetidos à Fapesp*

Vamos pedir piedade

Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro: Universal
Music, 2000 (fragmento).

Todo gênero apresenta elementos constitutivos

que condicionam seu uso em sociedade. A letra
de canção identifica-se com o gênero ladainha, es-
sencialmente, pela utilização da sequência textual
(A) expositiva, por discorrer sobre um dado tema.
(B) narrativa, por apresentar uma cadeia de ações.
(C) injuntiva, por chamar o interlocutor à partici-
pação.
(D) descritiva, por enumerar características de
um personagem.
(E) argumentativa, por incitar o leitor a uma to-
mada de atitude.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2019/cader-
no_de_questoes_1_dia_caderno_1_azul_aplicacao_regular.pdf. Acesso em: 20 jun. 2023.
Gabarito: C
D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros.
Estudante, para chegar à opção-resposta da questão
Mulheres na ciência. Pesquisa Fapesp, n. 259, set. 2017.
TEXTO II
As ações “Meninas Internacionais no Dia das
TIC” são comemoradas todos os anos no mun-
do todo. O evento tem como objetivo criar um
ambiente global que capacita e incentiva mulhe-
res jovens a considerar a área crescente de TIC
(Tecnologias de Informação e Comunicação),
permitindo que tanto as profissionais quanto as
empresas de tecnologia colham os benefícios de
uma maior participação feminina nesse setor.
Segundo a União Internacional de Teleco-
municações (UIT), atualmente existem cerca de
260 milhões de usuárias de internet a menos na
comparação com os homens conectados. E, para
reverter esse cenário, o evento busca proporcio-
nar atividades de capacitação, além de discutir
assuntos factuais sobre o mercado de trabalho.
Disponível em: www.em.com.br. Acesso em: 21 maio 2018.

41 (Enem) é preciso, além da leitura analítica, consi- Em ambos os textos, constata-se que a
derar que os textos podem ser vistos na relação de participação das mulheres nas diferentes áreas
uns com os outros, ou seja, podem ser comparados, de conhecimento
confrontados com diferentes finalidades. O texto I
demonstra um significativo crescimento da participa- (A) apresenta taxas de crescimento significativas
ção feminina na ciência (de 25% a 45%). O texto II re-
em relação à dos homens.
força o incentivo atribuído às mulheres para a inser-
ção no meio científico. O diálogo entre os dois textos
(B) superou a produção masculina na construção
demonstra uma análise sobre a mudança/transfor- de projetos ao longo dos anos.
mação da realidade das mulheres, nesse contexto, (C) vem sendo estimulada por meio de ações
educativas em diferentes setores.
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(D) tem se transformado, seja pela iniciativa fe-

minina, seja pelo incentivo de organizações.
(E) dobrou em relação à atuação de pesquisado-
res do outro gênero, no intervalo de 16 anos.
Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2020_PV_rea- JU LOYOLA. The promise of happiness. LOYOLA, J.
plicacao_PPL_D1_CD1.pdf. Acesso em: 12 jun.2023. Disponível em: http://ladyscomics.com.br. Acesso em: 8 dez. 2018 (adaptado).

Gabarito D TEXTO II
D20- Reconhecer diferentes formas de tratar uma in- Quadrinista surda faz sucesso na CCXP com
formação na comparação de textos que tratam do narrativas silenciosas
mesmo tema em função das condições em que eles A área de artistas independentes da Comic Con
foram produzidos e daquelas em que serão recebidos. Experience (CCXP) deste ano é a maior da história
D5- Interpretar um texto com auxílio de material do evento geek. São mais de 450 quadrinistas e ilus-
gráfico diverso (propaganda, quadrinhos, foto etc.) tradores no Artistsꞌ Alley.
E a diversidade vai além do estilo das HQ. Em
Estudante, além da leitura analítica, para chegar à uma das mesas na fila F, senta a quadrinista com de-
opção-resposta da questão 42 (Enem), é necessário ficiência auditiva Ju Loyola, com suas histórias que
olhar para o título do texto I (linguagem verbal) e classifica como “narrativas silenciosas”. São histó-
a predominância da linguagem não-verbal (ima- rias que podem ser compreendidas por crianças e
gens), bem como para as palavras/expressões/re- adultos, e pessoas de qualquer nacionalidade, pelo
tomadas-chave do texto II e principalmente para simples motivo de não terem uma única palavra.
o enunciado da questão: “O Texto I exemplifica a A artista não escreve roteiros convencionais
obra de uma artista surda, que promove uma ex- para suas obras. Sua experiência de ter que en-
periência de leitura inovadora, divulgada no Texto
tender a comunicação pelo que vê faz com que
II. Independentemente de seus objetivos, ambos
os textos.’’ Ambos os textos remetem ao acesso à ela se identifique muito mais com o que observa
leitura (o texto I exemplifica e o texto II traz a infor- do que com o que as pessoas dizem.
mação sobre ele). Exemplo: “Em uma das mesas na E basta folhear suas obras que fica claro que
fila F, senta a quadrinista com deficiência auditiva elas não são histórias em quadrinhos que per-
Ju Loyola, com suas histórias que classifica como deram as palavras, mas sim que ganharam uma
“narrativas silenciosas”. São histórias que podem nova perspectiva.
ser compreendidas por crianças e adultos, e pes- Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 8 dez. 2018 (adaptado).
soas de qualquer nacionalidade, pelo simples mo-
tivo de não terem uma única palavra.” Essa questão O Texto I exemplifica a obra de uma artista surda,
também apresenta aspectos de intertextualidade. que promove uma experiência de leitura inova-
dora, divulgada no Texto II. Independentemente
de seus objetivos, ambos os textos
42. (ENEM – 2019 – 1ª aplicação)
(A) incentivam a produção de roteiros compos-
TEXTO I
tos por imagens.
A promessa da felicidade (B) colaboram para a valorização de enredos ro-
mânticos.
(C) revelam o sucesso de um evento de cartunistas.
(D) contribuem com o processo de acessibilidade.
(E) questionam o padrão tradicional das HQ.
Disponível em: https://s3.static.brasilescola.uol.com.br/enem/arquivos/caderno-de-ques-
toes-1-dia-caderno-1-azul-aplicacao-regular.pdf. Acesso em: 12 jun. 2023.

Gabarito D
D20- Reconhecer diferentes formas de tratar uma in-
formação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema em função das condições em que eles
foram produzidos e daquelas em que serão recebidos.
D5- Interpretar um texto com auxílio de material
gráfico diverso (propaganda, quadrinhos, foto etc.).
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MATEMÁTICA

Professor(a), este material foi elaborado com o objetivo de ser suporte para o seu trabalho, sendo
norteado pela matriz de descritores do SAEB, pelo corte bimestral do DC-GOEM e por algumas edições
do Exame Nacional do Ensino Médio.

Reitera-se que o Maratona Revisa, assim como o Revisa Goiás, são elaborados e estruturados a
partir de uma matriz de subdescritores, pautada nos descritores do SAEB. Essa matriz contempla um
conjunto de conhecimentos prévios que precisam ser desenvolvidos com efetividade para que o estu-
dante do ciclo do 9° ano à 3ª série avance no desenvolvimento integral das habilidades dos descritores
propostos no ensino-aprendizagem.

Neste material de apoio, busca-se trabalhar com atividades abertas e com questões do ENEM que
tratam desses descritores e, também, de alguns objetivos de aprendizagem que compõem o DC-GO e o
DC-GOEM.

Aproveite cada questão para revisitar habilidades estudadas nas séries anteriores e que são basi-
lares (básicas) para o estudo de cada objeto de conhecimento (conteúdo) proposto. Em cada questão
objetiva, analise cada uma das opções individualmente, buscando identificar os possíveis erros que
os estudantes possam vir a cometer. Reforce que o erro faz parte do aprendizado e que ele indica o
que precisa ser revisado. Acreditamos que, dessa forma, o estudante se familiarizará com o exame
(ENEM) e, consequentemente, obterá melhor rendimento. Observe que é colocada uma sugestão de
solução após cada questão. Se considerar necessário, proponha ou incentive os estudantes a propo-
rem outros caminhos.

Acreditamos que você, Professor(a), conhece com maior propriedade as habilidades já desenvolvi-
das pelos seus estudantes, assim como suas dificuldades. Dessa forma, buscou-se, por meio deste e dos
outros materiais produzidos, servir de apoio ao trabalho de excelência já realizado por você. Desejamos
sucesso no seu trabalho! Conte conosco.

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MATEMÁTICA - 3ª SÉRIE
QUADRO DE DESCRITORES E SUBDESCRITORES
SAEGO
DESCRITORES SUBDESCRITORES
2022
Identificar os elementos do triângulo retângulo, associando cada um a sua
D02 A
medida.
D02 B Reconhecer a fórmula do Teorema de Pitágoras.
D02 – Reconhecer
Reconhecer as relações métricas envolvendo a altura, os catetos e suas proje-
aplicações das D02 C
ções em um triângulo retângulo.
relações métricas do
Calcular medidas desconhecidas dos lados de um triângulo retângulo, utili-
(39%) triângulo retângulo D02 D
zando Teorema de Pitágoras.
em um problema
D02 E Resolver problemas envolvendo o Teorema de Pitágoras.
que envolva figuras
planas ou espaciais. Calcular medidas desconhecidas dos lados de um triângulo retângulo utilizan-
D02 F
do as relações métricas envolvendo a altura e as projeções dos catetos.
Resolver problemas utilizando as relações métricas envolvendo a altura, os
D02 G
catetos e suas projeções em um triângulo retângulo.
D05 A Identificar a razão trigonométrica seno no triângulo retângulo.
D05 B Identificar a razão trigonométrica cosseno no triângulo retângulo.
D05 C Identificar a razão trigonométrica tangente no triângulo retângulo.
D05 – Resolver pro- D05 D Calcular a razão trigonométrica seno no triângulo retângulo.
blema que envolva
D05 E Calcular a razão trigonométrica cosseno no triângulo retângulo.
razões trigonomé-
(25%)
tricas no triângulo D05 F Calcular a razão trigonométrica tangente no triângulo retângulo.
retângulo (seno,
cosseno, tangente). D05 G Resolver problema que envolva razão trigonométrica seno no triângulo retângulo.
Resolver problema que envolva razão trigonométrica cosseno no triângulo
D05 H
retângulo.
Resolver problema que envolva razão trigonométrica tangente no triângulo
D05 I
retângulo.
D30 A Calcular a medida de um arco.

D30 B Calcular o comprimento de um arco.

D30 C Relacionar as unidades de medidas de arcos (grau e radiano).

D30 – Identificar grá- D30 D Determinar em qual quadrante se encontra um arco através de uma razão
ficos de funções tri- trigonométrica.
gonométricas (seno, D30 E Calcular o valor de uma razão trigonométrica utilizando arcos côngruos.
(28%)
cosseno, tangente)
reconhecendo suas D30 F Construir o gráfico de uma função trigonométrica.
propriedades. Determinar os coeficientes a; b; c e d de uma função seno a partir de seu
D30 G
gráfico.
Determinar os coeficientes a; b; c e d de uma função cosseno a partir de
D30 H
seu gráfico.
D30 I Resolver problemas envolvendo funções trigonométricas.

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SEMANA 1
Triângulo retângulo
Descritores SAEB:
D02 – Reconhecer aplicações das relações métricas do
triângulo retângulo em um problema que envolva figuras
planas ou espaciais.
D05 – Resolver problema que envolva razões trigonomé- Trigonometria no triângulo retângulo
tricas no triângulo retângulo (seno, cosseno, tangente). Além das relações métricas (relações entre as
Objetos de conhecimento desenvolvidos: medidas dos lados) no triângulo retângulo, existem
• Triângulos; relações entre as medidas dos ângulos e dos lados
• Semelhança de triângulos; de um triângulo.
• Relações métricas no triângulo retângulo; Sabe-se que, em um triângulo retângulo, o maior
• Trigonometria no triângulo retângulo. lado (oposto ao ângulo de 90°) é chamado de hi-
potenusa, e os outros lados (que formam o ângulo
Relembrando de 90°), de catetos. Porém, usando um dos ângulos
agudos do triângulo como referência, podem-se de-
Triângulo retângulo nominar esses catetos como cateto oposto e cateto
Um triângulo é retângulo se possuir um ângulo adjacente. Veja:
reto, ou seja, um ângulo de 90°. Em um triângulo re-
tângulo, o maior lado, que é oposto ao ângulo reto, é
denominado hipotenusa. Os outros dois lados, que
formam o ângulo reto, são denominados catetos.
Entre elementos de um triângulo retângulo ainda se
destacam a altura relativa à hipotenusa e às proje-
ções dos catetos sobre a hipotenusa. Dado o triân-
gulo ABC a seguir, destacam-se esses elementos:

Razões trigonométricas em um triângulo retângulo

Seno de um ângulo agudo: em um triângulo re-
tângulo, denomina-se seno de um ângulo agudo θ,
indicado por sen (θ), a razão entre a medida do ca-
teto oposto a esse ângulo e a medida da hipotenusa
do triângulo retângulo.

Pela semelhança de triângulos, determinam-se

algumas importantes relações entre as medidas dos
lados do triângulo, relações estas conhecidas como
relações métricas no triângulo retângulo. São elas:
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Cosseno de um ângulo agudo: em um triângulo
retângulo, denomina-se cosseno de um ângulo agu-
do θ, indicado por cos (θ), a razão entre a medida do
cateto adjacente a esse ângulo e a medida da hipo-
tenusa do triângulo retângulo.
Tangente de um ângulo agudo: em um triângu-
lo retângulo, denomina-se tangente de um ângulo
agudo θ, indicada por tg (θ), a razão entre a medida
do cateto oposto e a medida do cateto adjacente a
esse ângulo.
Seno, cosseno e tangente de alguns ângulos
notáveis:
Alguns ângulos aparecem com maior frequên-
cia, sendo assim chamados de ângulos notáveis.
Para esses ângulos, os valores das razões trigono-
métricas relacionadas a eles merecem destaque:
Relações entre as razões trigonométricas
Das razões trigonométricas já conhecidas e do te-
orema de Pitágoras, podem-se estabelecer as seguin-
tes relações que serão úteis em algumas situações:
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Professor(a), a atividade 1 possibilita que o estudante
desenvolva a habilidade de identificar os elementos do
triângulo retângulo, associando cada um a sua medida.
Relembre com seus estudantes o nome de cada elemen-
to notável do triângulo retângulo, associando cada um
com sua medida.
1. Considere o triângulo ABC a seguir:
Identifique as medidas de cada um dos seguintes
elementos desse triângulo retângulo:
a) Hipotenusa:
b) Cateto maior:
c) Cateto menor:
d) Altura relativa à hipotenusa:
e) Projeção do cateto maior:
f) Projeção do cateto menor:
Sugestão de solução:
a) Hipotenusa: 10 cm
b) Cateto maior: 8 cm
c) Cateto menor: 6 cm
d) Altura relativa à hipotenusa: 4,8 cm
e) Projeção do cateto maior: 6,4 cm
f) Projeção do cateto menor: 3,6 cm
D02 A – Identificar os elementos do triângulo retân-
gulo, associando cada um a sua medida.
Professor(a), as atividades 2 e 3 têm o objetivo de relem-
brar as relações métricas no triângulo retângulo estuda-
das no 9º ano: (EF09MA13) Demonstrar relações métricas
do triângulo retângulo, entre elas o Teorema de Pitágoras,
utilizando, inclusive, a semelhança de triângulos.
Apesar dessa habilidade ter sido estudada no Revisa de
fevereiro, será retomada nesta aula, por se tratar de uma
habilidade basilar para o estudo da trigonometria.
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2. Considere o triângulo retângulo a seguir. Solução:

D02 C – Reconhecer as relações métricas envolven-
do a altura, os catetos e suas projeções em um tri-
ângulo retângulo.
a) ( F ) h2 = m + n
b) ( V ) b2 = a ∙ m
Nas sentenças a seguir, assinale com um x aquela c) ( F ) a + h = b + c
que corresponde ao teorema de Pitágoras aplicado d) ( V ) a = m + n
a esse triângulo. e) ( V ) h2 = m ∙ n
f) ( V ) c2 = a ∙ n
( ) x2 = y2 ̶ z2 g) ( V ) a ∙ h = b ∙ c
( ) y2 = x2 + z2 h) ( F ) b2 = a ∙ c
( ) x2 = y2 + z2 i) ( V ) a2 = b2 + c²
( ) x2 = y2 ⋅ z2
( ) z2 = y2 + x2 Professor(a), a atividade 4 possibilita que o estudante
Solução: desenvolva a habilidade de calcular medidas desconhe-
( ) x2 = y 2 ̶ z2 cidas dos lados de um triângulo retângulo, utilizando o
( ) y2 = x2 + z2 Teorema de Pitágoras. Por se tratar de um triângulo isós-
( X ) x2 = y2 + z2 celes, aproveite a atividade para relembrar sobre as clas-
( ) x2 = y2 ∙ z2 sificações dos triângulos e as propriedades dos triângulos
( ) z2 = y2 + x2 isósceles e equiláteros.
D02 B – Reconhecer a fórmula do Teorema de Pitá-
goras. 4. Em um triângulo retângulo isósceles, um dos cate-
tos mede 8 cm. Qual é a medida da hipotenusa?
3. Considere o triângulo a seguir:
(A) 16 cm
(B) 32 cm
(C) 4√2 cm
(D) 8√2 cm
(E) 32 cm
Gabarito: D
Sugestão de resolução:
Em um triângulo retângulo isósceles, os dois catetos
Considerando as medidas dos lados desse triân- são congruentes, ou seja, possuem a mesma medida.
gulo, classifique em (V) para verdadeira ou (F) para Assim, tem-se um triângulo com dois catetos de me-
falso cada sentença a seguir: dida 8 cm e uma hipotenusa de medida x. Portanto,
pode-se aplicar o teorema de Pitágoras:
a) ( ) h2 = m + n x2 = 82 + 82 → x2 = 64 + 64 → x2 = 64 ∙ 2 → x = √(64 ∙ 2)
b) ( ) b2 = a ∙ m → x = 8√2
c) ( )a+h=b+c D02 D – Calcular medidas desconhecidas dos lados
d) ( )a=m+n de um triângulo retângulo, utilizando teorema de
e) ( ) h2 = m ∙ n Pitágoras.
f) ( ) c2 = a ∙ n
g) ( )a∙h=b∙c Professor(a), a atividade 5 é uma questão do ENEM de
h) ( ) b2 = a ∙ c 2014, que neste momento, tem o objetivo de que o es-
i) ( ) a2 = b2 + c² tudante desenvolva a habilidade de resolver problemas
envolvendo o Teorema de Pitágoras.

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5. (Enem 2014) Diariamente, uma residência conso- 6. Calcule o valor de x usando as relações métricas
me 20 160 Wh. Essa residência possui 100 célu- do triângulo retângulo:
las solares retangulares (dispositivos capazes de a)
converter a luz solar em energia elétrica) de di-
mensões 6 cm x 8 cm. Cada uma das tais células
produz, ao longo do dia, 24 Wh por centímetro
de diagonal. O proprietário dessa residência quer
produzir, por dia, exatamente a mesma quantida-
de de energia que sua casa consome. Qual deve
ser a ação desse proprietário para que ele atinja b)
o seu objetivo?

(A) Retirar 16 células.

(B) Retirar 40 células.
(C) Acrescentar 5 células.
(D) Acrescentar 20 células.
(E) Acrescentar 40 células.
Gabarito: A
Sugestão de solução:
Primeiro, será necessário descobrir qual é a produção
de energia de cada célula. Para isso, é necessário desco-
brir a medida da diagonal (d) do retângulo, que é igual à
hipotenusa do triângulo de catetos iguais a 8 cm e 6 cm.
Aplicando o teorema de Pitágoras, obtém-se:
d2 = 62 + 82 → d2 = 36 + 64 →d2 = 100 → d = 10 cm
Como a medida da diagonal é igual a 10 cm, pode-se cal-
cular a energia (E) produzida pelas 100 células, ou seja:
E = 24 ∙ 10 ∙ 100 = 24 000 Wh (240 Wh por célula)
Como a energia consumida na residência é igual a 20
160 Wh, será necessário reduzir o número de células.
24 000 - 20 160 = 3 840 Wh, ou seja, as 100 células
produzem 3 840 Wh a mais;
Dividindo esse valor pela energia produzida por uma
célula, encontra-se o número que deverá ser reduzi-
do, ou seja:
3 840: 240 = 16 células
Portanto, a ação do proprietário para que ele atinja o
seu objetivo deverá ser retirar 16 células.
D02 E – Resolver problemas envolvendo o Teorema
de Pitágoras.
Professor(a), nas atividades 6 e 7, o objetivo é que o es-
tudante relembre e aplique as outras relações métricas
no triângulo retângulo, envolvendo altura relativa à hi-
potenusa, catetos, projeções dos catetos e a hipotenu-
sa. Reitere a importância do Teorema de Pitágoras, sem
deixar de ressaltar a importância das outras relações. Se
considerar conveniente, retome as demonstrações des-
sas relações utilizando as semelhanças entre triângulos.
A atividade 7 retoma o estudo do cálculo de áreas.
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30
c)
Sugestão de solução:
a) x2 = 10 ∙ 3,6 → x2 = 36 → x = √36 → x = 6 cm
b) x2 = 3,6 ∙ 6,4 → x2 = 23,04 → x = 23,04 → x = 4,8 cm
48
c) 10 ∙ x = 6 ∙ 8 → 10 ∙ x = 48 → x = 10→ x = 4,8 cm
D02 F – Calcular medidas desconhecidas dos lados de
um triângulo retângulo utilizando as relações métri-
cas envolvendo a altura e as projeções dos catetos.
7. Qual é a área de um triângulo retângulo, cujas pro-
jeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa
medem 3 cm e 12 cm?
Sugestão de solução:
Primeiramente, calcula-se a medida da altura (h) re-
lativa à hipotenusa:
h2 = m ∙ n → h2 = 12 ∙ 3 → h2 = 36 → h = √36 → h = 6 cm
Em seguida, calcula-se a medida da base (hipotenu-
sa), que é a soma das projeções:
a = m + n → a = 3 + 12 → a = 15 cm
Em seguida, calcula-se a área do triângulo ( At ), mul-
tiplicando a medida da base pela altura, e dividindo
por 2:
15 � 6
𝐴𝑡 = → 𝐴𝑡 = 15 � 3 → 𝐴𝑡 = 45 cm²
2
D02 G – Resolver problemas utilizando as relações
métricas envolvendo a altura, os catetos e suas
projeções em um triângulo retângulo.
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Professor(a), as atividades 8 e 9 têm o objetivo de con- 9. Considere o triângulo retângulo a seguir e calcule
tribuir para que o estudante desenvolva a habilidade de as razões trigonométricas solicitadas.
identificar as razões trigonométricas no triângulo retângu-
lo (seno, cosseno e tangente) a partir das medidas dos ca-
tetos e da hipotenusa. Se considerar necessário, demons-
tre pelo menos uma das razões por meio da constante de
proporcionalidade que se observa em triângulos retângu-
los semelhantes. A atividade 9 possibilita ao estudante
desenvolver a habilidade de calcular o seno, o cosseno e
a tangente dos ângulos agudos de um triângulo retângulo.

Assim como as relações métricas no triângulo retângulo,

as razões trigonométricas também foram estudadas no 9º
ano por meio da habilidade (GO-EF09MA25): Estabelecer
as razões trigonométricas fundamentais, seno, cosseno e
tangente, para resolver problemas em diferentes contex-
tos. Por ser também uma habilidade básica para o estudo
das funções trigonométricas, essa habilidade faz parte Sugestão de solução:
dessa recomposição de aprendizagem. Aproveite estas
duas atividades para mostrar que se 𝛼 + 𝛽 = 90°, então
1
sen(α) = cos (β), sen(β)=cos (α) e tg(α) = 𝑡𝑔 𝛼 = 𝑡𝑔(𝛽) ∙�

8. Considere o triângulo retângulo a seguir.

D05 D – Calcular a razão trigonométrica seno no

triângulo retângulo.
D05 E – Calcular a razão trigonométrica cosseno no
Relacione a coluna da esquerda com a coluna da triângulo retângulo.
direita: D05 F – Calcular a razão trigonométrica tangente
no triângulo retângulo.

Professor(a), a atividade 10 tem o objetivo de retomar o

estudo das relações básicas entre as razões trigonomé-
tricas. Aproveite a atividade e demonstre essas relações
Solução por meio do teorema de Pitágoras e das definições de
seno, cosseno e tangente.

10. Sabendo que, em um triângulo retângulo, x é um

4
ângulo agudo e que 𝑐𝑜𝑠 (𝑥) = , calcule sen (x)
5
e tg (x).
Sugestão de solução:
D05 A – Identificar a razão trigonométrica seno no
triângulo retângulo.
D05 B – Identificar a razão trigonométrica cosseno
no triângulo retângulo.
D05 C – Identificar a razão trigonométrica tangente
no triângulo retângulo.
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3 5 3 fixo P será
= � → 𝑡𝑔 𝑥 =
5 4 4
D05 D – Calcular a razão trigonométrica seno no
triângulo retângulo.
D05 F – Calcular a razão trigonométrica tangente
no triângulo retângulo.
Professor(a), as atividades 11 a 16 são questões do ENEM
que exigem o estudo da trigonometria no triângulo retân-
gulo, objeto de conhecimento trabalhado nesta semana.
Por se tratar de questões do ENEM, é importante analisar
cada uma das opções de resposta além do gabarito. Essas
opções, conhecidas como distratores, possibilitam identi-
ficar os possíveis erros e a partir daí retomar cada ponto
do conteúdo necessário de ser revisado.
A prova de Matemática do ENEM não testa somente co-
nhecimentos matemáticos. O estudante precisa estar
atento aos conhecimentos gerais. Além disso, será ne-
cessário realizar uma excelente interpretação de texto.
Assim, sugira que seu estudante destaque a pergunta
feita na questão. Após o desenvolvimento, o oriente a
voltar à pergunta destacada e avaliar se o resultado en-
contrado realmente responde ao comando da questão.
Assim como nos outros materiais de apoio, enviamos
sugestões de resoluções. Incentive os estudantes a ten-
tarem outros modos de resolução, pois assim, coletiva-
mente, aumentam seu repertório e desenvolvem a capa-
cidade de escolher caminhos mais práticos.
11. (ENEM 2011) Para determinar a distância de um
barco até a praia, um navegante utilizou o se-
guinte procedimento: a partir de um ponto A,
mediu o ângulo visual α fazendo mira em um
ponto fixo P da praia. Mantendo o barco no mes-
mo sentido, ele seguiu até um ponto B de modo
que fosse possível ver o mesmo ponto P da praia,
no entanto sob um ângulo visual 2α. A figura ilus-
tra essa situação:
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32
Suponha que o navegante tenha medido o ângulo
α = 30° e, ao chegar ao ponto B, verificou que o
barco havia percorrido a distância AB = 2 000 m.
Com base nesses dados e mantendo a mesma
trajetória, a menor distância do barco até o ponto
(A) 1 000 𝑚.
(B) 1 000 3 𝑚.
(C) 2 000
3
𝑚.
3
(D) 2 000 𝑚.
(E) 2 000 3 𝑚.
Gabarito: B
Sugestão de solução:
A menor distância entre o ponto P e a trajetória do
barco é um segmento perpendicular. Traçando esse
novo segmento, é possível obter dois triângulos: ABP
e BDP. Sabendo que a soma dos ângulos internos de
qualquer triângulo vale sempre 180°, podemos iden-
tificar os demais ângulos do problema. Como os ân-
gulos PÂB e AP̂ B são congruentes, ou seja, possuem
a mesma medida (30°), tem-se que o triângulo ABP é
isóscele. Sendo assim, os lados AB e BP também são
congruentes, ou seja, BP também mede 2 000 metros.
Utilizando a razão seno no triângulo BDP, determi-
na-se a medida da menor distância x do barco que
estará no ponto D ao ponto P:
→ 2𝑥 = 2 000 3 → 𝑥 = 1 000 3 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠.
D05 G – Resolver problema que envolva razão tri-
gonométrica seno no triângulo retângulo.
12. (Enem 2017) Uma desenhista projetista deverá
desenhar uma tampa de panela em forma circular.
Para realizar esse desenho, ela dispõe, no momen-
to, de apenas um compasso, cujo comprimento
das hastes é de 10 cm, um transferidor e uma folha
de papel com um plano cartesiano. Para esboçar
o desenho dessa tampa, ela afastou as hastes do
compasso de forma que o ângulo formado por elas
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fosse de 120°. A ponta seca está representada pelo
ponto C, a ponta do grafite está representada pelo
ponto B e a cabeça do compasso está representa-
da pelo ponto A conforme a figura.
Após concluir o desenho, ela o encaminha para
o setor de produção. Ao receber o desenho com
a indicação do raio da tampa, verificará em qual
intervalo este se encontra e decidirá o tipo de
material a ser utilizado na sua fabricação, de
acordo com os dados.
O enunciado fornece um desenho feito com o auxílio
de um compasso em que suas hastes medem 10 cm
e sua abertura é de 120°. A questão consiste em cal-
cular esse raio e verificar na tabela em que intervalo
ele se encontra.
Observando o desenho, vemos que este consiste em
um triângulo isósceles, cujos lados iguais são as has-
tes do compasso.
Em relação aos outros dois ângulos desse triângulo,
sabe-se que eles são congruentes, pois trata-se de
um triângulo isósceles. Chamando esse ângulo de α
e aplicando a fórmula da soma dos ângulos internos,
tem-se que
2α + 120° = 180°
2α = 60°
α = 30°
Traçando a altura desse triângulo isósceles, obtém-se
um triângulo retângulo que possui um ângulo de 30°
e hipotenusa medindo 10 centímetros. Como a altura
relativa à base de um triângulo isósceles também é
mediana, tem-se que o cateto adjacente ao ângulo
de 30° é a metade do raio procurado, ou seja, 𝑅 ∙
2
Aplicando a razão cosseno obtém-se:

→ 𝑅 = 10 � 1,7 → 𝑅 = 17 𝑐𝑚
Considere 1,7 como aproximação para √3 . D05 H – Resolver problema que envolva razão tri-
O tipo de material a ser utilizado pelo setor de gonométrica cosseno no triângulo retângulo.
produção será
Outra sugestão de resolução:
A I. Repare que o triangulo formado pelo raio não é
B II. retângulo
C III.
D IV.
E V.
Gabarito: D
Sugestão de solução:

Dessa forma, para encontrar o intervalo em que o raio

se encontra, utilizaremos aqui a Lei dos Cossenos.

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Como o comprimento da haste desse transferidor é Tem-se que

de 10cm, aplicando a Lei dos Cossenos: 𝐶𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑂𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑦
𝑡𝑔 15° = = = 0,26
r2 = 102 + 102 - 2 ∙ 10 ∙ 10 ∙ cos (120°) 𝐶𝑎𝑡𝑒𝑡𝑝 𝐴𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 114
r2 = 100 + 100 - 200 ∙ (− 1 ) y = 114 ∙ 0,26 = 29,64
2
r2 = 300; (r > 0, pois se trata de medida linear). Como as torres são exemplos de prisma oblíquo de
r = √300 base quadrada, calculamos a área da base (Ab ) que
wr = 10 ∙ 1,7 é quadrada:
r = 17 cm Ab = y2 = (29,64)2 = 878,529 m2
Ou seja, a área da base desse prédio ocupa na aveni-
13. (ENEM 2013) As torres Puerta de Europa são duas da um espaço maior que 700m².
torres inclinadas uma contra a outra, construídas D05 I – Resolver problema que envolva razão trigo-
numa Avenida de Madri, na Espanha. A inclinação nométrica tangente no triângulo retângulo.
das torres é de 15° com a vertical e elas têm, cada
uma, uma altura de 114 m (a altura é indicada na 14. (ENEM 2018) Para decorar um cilindro circular
figura como o segmento AB). Estas torres são um reto será usada uma faixa retangular de papel
bom exemplo de um prisma oblíquo de base qua- transparente, na qual está desenhada em negrito
drada e uma delas pode ser observada na imagem. uma diagonal que forma 30° com a borda infe-
rior. O raio da base do cilindro mede 6 cm, e ao
𝜋
enrolar a faixa obtém-se uma linha em formato
de hélice, como na figura.

O valor da medida da altura do cilindro, em

Disponível em: www.flickr.com. Acesso em: 27 mar. 2012
centímetro, é
(A) 36√3.
Utilizando 0,26 como valor aproximado para (B) 24√3.
a tangente de 15° e duas casas decimais nas (C) 4√3.
operações, descobre-se que a área da base desse (D) 36.
prédio ocupa na avenida um espaço (E) 72.
(A) menor que 100 m². Gabarito: B
(B) entre 100 m² e 300 m². Sugestão de solução:
(C) entre 300 m² e 500 m². O comprimento C da circunferência da base do cilin-
(D) entre 500 m² e 700 m². dro é tal que:
6
(E) maior que 700 m². C = 2 ∙ π ∙ r → C = 2 ∙ π ∙ 𝜋 → C = 12cm
Gabarito: E De acordo com a figura dada no enunciado, a faixa
Sugestão de solução: de papel dá 6 voltas completas no cilindro ao ser
Considere a figura a seguir como uma representação enrolada. Assim, o comprimento da faixa é igual a
da torre. 6 ∙ 12 = 72 cm
Então, tem-se a figura, em que h é a medida da altu-
ra do cilindro, em centímetros:

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ℎ 3 ℎ
𝑡𝑔 30° = → = → 3ℎ = 72 3 → ℎ = 24 3 𝑐𝑚
72 3 72
Portanto, a altura do cilindro mede 24√3 cm.
D05 I – Resolver problema que envolva razão trigo-
nométrica tangente no triângulo retângulo.

15. (Enem 2020) Pergolado é o nome que se dá a um

tipo de cobertura projetada por arquitetos, co-
mumente em praças e jardins, para criar um am-
biente para pessoas ou plantas, no qual há uma
quebra da quantidade de luz, dependendo da
posição do sol. É feito como um estrado de vigas
iguais, postas paralelas e perfeitamente em fila,
como ilustra a figura. Desta forma, a altura h de cada viga pode ser obtida
por meio das relações trigonométricas no triângulo re-
tângulo ABC, onde a tangente de 60º é igual à divisão
do cateto oposto (h) pelo cateto adjacente (15 cm).
𝐶𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑂𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 ℎ
𝑡𝑔 60° = → 3= → ℎ = 15 3 →
𝐶𝑎𝑡𝑒𝑡𝑝 𝐴𝑗𝑑𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 15

ℎ ≅ 15 � 1,73 → ℎ ≅ 25,95 → ℎ ≅ 26 𝑐𝑚
D05 I – Resolver problema que envolva razão trigo-
nométrica tangente no triângulo retângulo.

Um arquiteto projeta um pergolado com vãos de 16. (Enem PPL 2020) Projetado pelo arquiteto Os-
30 cm de distância entre suas vigas, de modo que, car Niemeyer, o Museu de Arte Contemporânea
no solstício de verão, a trajetória do sol durante (MAC) tornou-se um dos cartões-postais da cida-
o dia seja realizada num plano perpendicular de de Niterói (Figura 1).
à direção das vigas, e que o sol da tarde, no
momento em que seus raios fizerem 30° com a
posição a pino, gere a metade da luz que passa
no pergolado ao meio-dia.
Para atender à proposta do projeto elaborado
pelo arquiteto, as vigas do pergolado devem
ser construídas de maneira que a altura, em
centímetro, seja a mais próxima possível de

(A) 9. Considere que a forma da cúpula do MAC seja

(B) 15. a de um tronco de cone circular reto (Figura 2),
(C) 26. cujo diâmetro da base maior mede 50 m e 12 m é
(D) 52. a distância entre as duas bases. A administração
(E) 60 do museu deseja fazer uma reforma revitalizando
Gabarito: C o piso de seu pátio e, para isso, precisa estimar a
Sugestão de solução: sua área. (Utilize 1,7 como valor aproximado para
Quando o sol está a pino, ou seja, quando forma 90º, √3 e 3 para π).
temos 30 cm de luz entre cada viga.
Quando os raios do sol formam um ângulo de 30º
com os raios do sol a pino, queremos ter metade des-
sa luz, ou seja, 15 cm de luz e 15 cm de sombra.

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A medida da área do pátio do museu a ser Relembrando

revitalizada, em metro quadrado, está no intervalo
Arcos e ângulos
(A) [100, 200]. Arco geométrico é uma das partes de uma cir-
(B) [300, 400]. cunferência delimitada por dois pontos, incluindo
(C) [600, 700]. esses pontos. Se esses dois pontos são coinciden-
(D) [900, 1 000]. tes, tem-se um arco nulo ou arco de uma volta.
(E) [1 000, 1 100]. Todo arco de circunferência tem um ângulo central
Gabarito: D que o subtende.
Sugestão de solução:
Colocando as informações descritas na imagem de
suporte, tem-se:

Comprimento do arco e medida do arco:

A medida de um arco é a medida do ângulo cen-
Para encontrar o valor de x presente na medida do tral que o subtende, seja qual for a medida do raio
raio do piso do pátio (25 ̶ x), utiliza-se a razão tan- da circunferência que o contém. As unidades geral-
gente: mente utilizadas para medir os arcos são o grau (°)
𝐶𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑂𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 12 12 e o radiano (rad).
𝑡𝑔 60° = 𝐶𝑎𝑡𝑒𝑡𝑝 𝐴𝑗𝑑𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 → 3 = 𝑥 → 𝑥 = 3 1
Grau (°): um arco de 1° equivale a de uma
12 360
→𝑥≅ → 𝑥 ≅ 7 metros circunferência.
1,7
Radiano (rad): um arco de um radiano é um
Assim, o raio do pátio (R) é 25 ̶ 7 ≅ ∙ 18 metros. arco cujo comprimento retificado é igual ao raio da
A área do piso do pátio (Ap) é a área da circunferên- circunferência.
cia de raio R: O comprimento do arco é a medida linear do
2
𝐴𝑝 = 𝜋 � 𝑅² → 𝐴𝑝 ≅ 3𝑝 � 18 → 𝐴𝑝𝑝 ≅ 3 � 324 𝑝 ≅ 324
𝐴 = 𝜋 � 𝑅² → 𝐴 ≅ 3 � 182
→ 𝐴 arco,
3 � sendo utilizadas as medidas de comprimento:
→ 𝐴𝑝 ≅ 972𝑚² metros, centímetro, milímetro etc. Como o compri-
→ 𝐴𝑝 ≅ 972𝑚² mento da circunferência é calculado pela fórmula
D05 I – Resolver problema que envolva razão trigo- C = 2 ∙ π ∙ r, pode-se calcular o comprimento do
nométrica tangente no triângulo retângulo. arco (ℓ ) utilizando a seguinte relação:
𝛼
ℓ= � 2 � 𝜋 � 𝑟 , onde α é a medida em graus do arco.
360
SEMANA 2 Relação entre unidades para medir arcos
Funções trigonométricas Se cada arco de comprimento ℓ = r tem medida
de 1 rad, então o arco correspondente a uma cir-
Descritores SAEB: cunferência cujo comprimento é 2 ∙ π ∙ r tem medi-
D30 – Identificar gráficos de funções trigonométricas (seno, da 2 π radianos. Exemplos:
cosseno, tangente) reconhecendo suas propriedades.
Objetos de conhecimento desenvolvidos:
• Arcos e ângulos;
• Relação entre unidades para medir arcos;
• Circunferência unitária (Circunferência trigono
métrica);
• Valores notáveis do seno, cosseno e tangente;
• Funções trigonométricas; Observação: Considerando que um arco de
• Senoides. 180° mede π radianos, pode-se fazer essa conver-
são usando uma regra de três simples.
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Círculo Trigonométrico (Ciclo trigonométrico) Observe que:

É uma circunferência sobre um plano cartesia- O sen(α) é a ordenada de P(x, y), ou seja, sen(α) = y.
no, cujo raio é unitário. Possui um ponto considera- O cos(α) é a abscissa de P(x, y), ou seja, cos(α) = x.
do como origem (O) e o sentido considerado como Dessa forma, define-se:
positivo é o sentido anti-horário. Se o ângulo estiver no 1º quadrante, tanto o seu
seno como o cosseno serão positivos:

Se o ângulo estiver no 3º quadrante, tanto o seu

seno como o cosseno serão negativos:

Se o ângulo estiver no 2º quadrante, o seu seno

continuará positivo, mas o cosseno será negativo:

Disponível em: https://eadcampus.spo.ifsp.edu.br/pluginfile.php/23216/mod_resour-

ce/content/1/Trigonometria_no_ciclo.pdf. Acesso em: 20 jun. 2023.

Dado um ponto P (x, y) no círculo trigonométrico,

existe um único ângulo central que define as funções
seno e cosseno do seguinte modo. Observe: Se o ângulo estiver no 4º quadrante, o seu seno
será negativo, mas o cosseno será positivo:

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Ângulo 0º ou 90º ou 180º ou 270º ou

3𝜋
360º ou
(0 rad) (𝜋2)rad (π rad) ( 2 )rad (2π rad)
Seno 0 1 0 -1 0
Cosseno 1 0 -1 0 1

Ao analisar os quadrantes, tem-se que, se α está no

1º quadrante, então o ângulo π ̶ α está no 2º quadran-
te, o ângulo π + α estará no 3º quadrante e o ângulo
2π ̶ α ou ̶ α estará no 4º quadrante. Observe: Disponível em: www.infoescola.com /. Acesso em: 21 jun. de 2023.
Do ponto de vista prático, os arcos côngruos pos-
suem os mesmos valores numéricos para as suas ra-
zões trigonométricas.
Por exemplo:
 𝑠𝑒𝑛 60° = 𝑠𝑒𝑛 420° = 𝑠𝑒𝑛 780° = ⋯ = 𝑠𝑒𝑛 60° +
 𝑠𝑒𝑛 60° = 𝑠𝑒𝑛 420° = 𝑠𝑒𝑛 780° = ⋯ = 𝑠𝑒𝑛 60° + 𝑘 � 360° , com 𝑘 ∈ ℤ

𝜋 7𝜋 13𝜋
 𝑐𝑜𝑠 = 𝑠𝑒𝑛 = 𝑠𝑒𝑛 =⋯
3 3 3
𝜋
= 𝑠𝑒𝑛 3
+𝑘 � 2𝜋 , com 𝑘 ∈ ℤ

Funções trigonométricas: Função Seno e Função

Pode-se perceber ainda que vários valores de seno
e cosseno nos outros quadrantes podem se relacionar
com valores do 1º Quadrante que já estão tabelados.
Observe que é possível fazer as seguintes relações:
Cosseno
Seja x um número real que representa a medida
de um ângulo central no ciclo trigonométrico medi-
do a partir da origem, e que assim determinará um
único ponto.

Arcos côngruos (ou congruentes)

Dois arcos são côngruos se eles tiverem as mesmas
extremidades. No contexto do ciclo trigonométrico,
são aqueles que possuem a mesma origem no ponto A
e o final no ponto B, como indicado na figura a seguir.
Utilizando a letra x para a variável independente
que representa o ângulo, e y, ou f(x), para as funções,
define-se as funções seno e cosseno de um ângulo
como funções reais de variáveis reais que associam,
a cada número real x, o valor real sen (x) ou de cos
(x). Assim, o eixo das abscissas pode ser chamado
de eixo dos cossenos e o eixo das ordenadas de eixo
dos senos.

Observações:
1º) Ambas são funções ℝ → ℝ definidas f(x) =
sen (x) ou f(x) = cos (x).
2º) Possuem D = ℝ e Im = [ ̶ 1,1].
3º) São funções periódicas de período 2π.
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38 ℝ
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Para a construção das representações gráficas dessas funções, é necessária uma tabela com as razões
trigonométricas dos principais ângulos (em graus ou radianos). Observe:

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/funcoes-trigonometricas-1.htm. Acesso em: 20 jun. 2023.

Funções trigonométricas: Função Tangente

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Diferente das duas funções trigonométricas

anteriores, a função tangente não possui valor de
máximo nem valor de mínimo. A lei de formação
da função tangente é f(x) = tg(x).
A função tangente possui restrições para o
𝒔𝒆𝒏
seu domínio, como 𝒕𝒈 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔 , então não exis-
tem valores para tangente quando cos(x) = 0.
Como cos(90°) = 0 e cos(270°)=0, a função
tangente não está definida para esses ângulos.
Desta forma, quando há ângulos maiores que
uma volta completa, todos aqueles em que o va-
lor de cosseno é 0 não fazem parte do domínio da
função tangente. Assim:
𝜋
D = 𝑥 ∈ ℝ⃒ 𝑥 ≠ + 𝑘𝑥, 𝑘 ∈ ℝ e Im = ℝ
2

Analisando o gráfico y=tan(x), percebe-se que

o período da função tangente é π. Ou seja
𝑡𝑔 𝑥 = 𝑡𝑔 𝑥 + 𝑘𝑥 , com 𝑘 ∈ ℤ e 𝑥 ∈ D(𝑓)

Senoides e cossenoides Comparando o gráfico da função f(x) = 1 + sen(x)

Além das funções trigonométricas mostradas an-
teriormente, merecem atenção outras funções que
também envolvem seno e cosseno e que de modo
geral são escritas nas formas:
em que a, b, c e d são constantes e b e c diferen-
tes de zero. Exemplos:
com o gráfico da função f(x) = sen(x), verifica-se
que ele sofreu um deslocamento (translação) de
uma unidade para cima, ou seja, verticalmente.
Considere agora o gráfico da função f(x) = 2 ∙ sen(x)
com a constante b = 2

Qual o papel das constantes a, b, c e d?

Comparando o gráfico da função f(x) = 2 ∙ sen(x)
Considere o gráfico da função f(x) = sen(x) mos- com o gráfico da função f(x)= sen(x), verifica-se
trado anteriormente. que ele sofreu uma dilatação vertical (esticou)
duas vezes.
Considere agora o gráfico da função f(x) = sen(2x)
com a constante c = 2

Considere agora o gráfico da função f(x) = 1 +

sen(x) com a constante a = 1

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Comparando o gráfico da função f(x) = sen(2x)
com o gráfico da função f(x) = sen(x), verifica-se
que ele sofreu uma compressão horizontal (enco-
lheu) de modo que seu período foi dividido por 2.
Considere agora o gráfico da função f(x) = sen(x + π)
com a constante d = π
Comparando o gráfico da função f(x) = sen(x +
π) com o gráfico da função f(x) = sen(x), verifica-
-se que ele sofreu um deslocamento horizontal
(translação) para a esquerda de π unidades.
Generalizando:
A constante a translada o gráfico padrão em a
unidades verticais. Se a > 0 o gráfico “sobe” a uni-
dades. Se a < 0 o gráfico “desce” a unidades.
A constante b comprime ou dilata o gráfico ver-
ticalmente. Se |b| > 1 o gráfico dilata verticalmen-
te. Se 0 < |b| < 1 o gráfico comprime verticalmente.
O valor de b é chamado de amplitude do gráfico.
A constante c altera o período do gráfico, ou
seja, comprime ou dilata o gráfico horizontalmen-
te. Se |c| > 1, o gráfico será comprimido horizon-
talmente em |c| unidades. Se 0 < |c| < 1 o gráfico
dilata horizontalmente em |c| unidades. O perío-
do passa a ser 2𝝅 ∙
𝒄
𝒅 Professor(a), nas atividades 1, 2, 3 e 4, o objetivo é que
A constante d translada o gráfico padrão em 𝒄
unidades horizontais. Se d > 0, o gráfico translada
𝒅 do comprimento de um arco e calcule cada uma dessas
unidades para a esquerda. Se d < 0, o gráfico
𝒄 grandezas com as unidades de medida mais utilizadas:
translada 𝒅𝒄 unidades para a direita.
Professor(a), nesta semana propomos o estudo da tri-
gonometria no ciclo trigonométrico, proposto nos do-
cumentos que norteiam o nosso trabalho, por meio das
seguintes habilidades:
BNCC: (EM13MAT306) Resolver e elaborar problemas
em contextos que envolvem fenômenos periódicos reais
(ondas sonoras, fases da lua, movimentos cíclicos, entre
outros) e comparar suas representações com as funções
3ª série - Língua Portuguesa e Matemática | Agosto/2023
41
seno e cosseno, no plano cartesiano, com ou sem apoio
de aplicativos de álgebra e geometria.
DC – GOEM: (GO-EMMAT306A) Registrar, em listas, tabe-
las e outras informações contidas em situações problemas,
mídias (internet, livros ou revistas) que envolvem fenôme-
nos periódicos reais (ondas sonoras, fases da lua, movi-
mentos cíclicos etc.) identificando as características gráfi-
cas das funções seno e cosseno (periodicidade, domínio,
imagem), para justificar os procedimentos utilizados nas
soluções; (GO-EMMAT306B) Interpretar registros, dados e
informações em contextos que envolvem fenômenos pe-
riódicos reais, comparando suas representações com as
funções seno e cosseno, no plano cartesiano, com ou sem
apoio de aplicativos de álgebra e geometria para resol-
ver problemas de natureza trigonométrica e (GO-EMMA-
T306C) Resolver problemas cotidianos que envolvem
fenômenos periódicos reais, utilizando procedimentos
matemáticos diversos para construir modelos de funções
senos e cossenos e representá-las no plano cartesiano.
Matriz SAEB: D5 – Resolver problema que envolva razões
trigonométricas no triângulo retângulo (seno, cosseno,
tangente) e D30 – Identificar gráficos de funções trigono-
métricas (seno, cosseno, tangente) reconhecendo suas
propriedades.
Sabemos que esse assunto poderia ser trabalhado de
forma muito mais ampla, porém, se tratando de uma re-
composição, procuramos destacar o que é mais cobrado
nas avaliações externas e no exame nacional do ensino
médio. Boa aula e conte sempre conosco!
o estudante diferencie a medida de um arco da medida
grau e radiano. Dessa forma, procura-se também relacio-
nar essas duas medidas por meio de conversões propos-
tas nas atividades 3 e 4.
1. Qual é a medida em graus do arco, cujo ângulo
central que o subtende mede o correspondente
a três quartos de uma volta?
Sugestão de resolução:
A medida de um arco é a medida do ângulo central
que o subtende. Como três quartos de uma volta
mede 270°, então a medida desse arco é igual a 270°.
D30 A – Calcular a medida de um arco
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2. Qual é o comprimento de um arco corresponden- Sugestão de solução:

te a um ângulo central de 45° contido em uma a) 3º ou 4º quadrante
circunferência de raio 4 cm? Considere π = 3,1. b) 2º ou 3º quadrante
Sugestão de resolução: c) 2º ou 4º quadrante
D30 D – Determinar em qual quadrante se encon-
tra um arco através de uma razão trigonométrica.

Professor(a), o objetivo da atividade 6 é que o estudan-

D30 B – Calcular o comprimento de um arco. te identifique arcos côngruos (ou congruentes) e, assim,
3. Expresse as seguintes medidas em radianos: determine as razões trigonométricas de cada um. Se con-
siderar necessário, proponha o cálculo de outros valores
a) 120° que se reduzem a ângulos notáveis no primeiro quadrante.
b) 300°
Sugestão de resolução: 6. Determine o valor de cada razão trigonométrica
a)
120 𝛼
= → 180 � 𝛼 = 120 � 𝜋 → 𝛼 =
120�𝜋
→𝛼=
2𝜋
𝑟𝑎𝑑 utilizando arcos congruentes:
180 𝜋 180 3

b)
300 𝛼
= → 180 � 𝛼 = 300 � 𝜋 → 𝛼 =
300�𝜋
→𝛼=
5𝜋
𝑟𝑎𝑑 a) 𝑠𝑒𝑛 390° =
180 𝜋 180 3

D30 C – Relacionar as unidades de medidas de ar- b) cos

13𝜋
=
cos (grau e radiano). 3

4. Expresse as seguintes medidas em graus: c) 𝑡𝑔 1125° =

Sugestão de resolução:
𝜋
a) 𝑟𝑎𝑑 1
a) 𝑠𝑒𝑛 390° = 𝑠𝑒𝑛 30° + 360° = 𝑠𝑒𝑛 30° = 2
6
13𝜋 12𝜋 𝜋 𝜋
5𝜋 b) cos = cos +3 = cos 4𝜋 + 3 =
b) 𝑟𝑎𝑑 3 3
4
𝜋 𝜋 1
Sugestão de resolução: cos 2 � 2𝜋 + 3 = cos 3
= 2
𝜋
𝛼 𝜋 180
a) = 6
→ 𝜋 � 𝛼 = 180 � →𝛼= → 𝛼 = 30° c) 𝑡𝑔 1125° = 𝑡𝑔 1080° + 45° = 𝑡𝑔 3 � 360° + 45° =
180 𝜋 6 6
5𝜋 𝑡𝑔 45° = 1
𝛼 5𝜋 180�5
b) 180 = 𝜋
4
→ 𝜋 � 𝛼 = 180 � 4
→𝛼= 4
→ D30 E – Calcular o valor de uma razão trigonométri-
ca utilizando arcos côngruos.
𝛼 = 45 � 5 → 𝛼 = 225°
Professor(a), o objetivo da atividade 7 é possibilitar que
D30 C – Relacionar as unidades de medidas de ar-
o estudante desenvolva a habilidade de construir os
cos (grau e radiano).
gráficos de uma função trigonométrica. Proponha que
Professor(a), na atividade 5, o objetivo é que o estudante construam uma tabela com valores notáveis de ângulo
desenvolva a habilidade de reconhecer os quadrantes do e, a partir daí, marquem os pontos no plano e tracem
ciclo trigonométrico e os ângulos (ou arcos) pertencentes os gráficos. Se for possível, utilize o software GeoGebra
a cada um. Para essa atividade, utilizamos algumas razões acessando o link: www.geogebra.org.
trigonométricas de alguns ângulos notáveis a fim de aju-
dar a memorizar esses valores, necessários para o desen- 7. Construa o gráfico de cada função trigonométri-
volvimento das habilidades propostas nessa semana. ca a seguir:
a) f(x) = sen(x)
5. Determine em qual quadrante se encontra o arco
θ em cada caso:
1
a) 𝑠𝑒𝑛 𝜽 = − c) 𝑡𝑔 𝜽 = −1
2
3
b) 𝑐𝑜𝑠 𝜽 = −
2
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b) f(x) = cos(x) 8. Considerando o gráfico da função a seguir, obtidas

a partir de f(x) = a + b ∙ sen(cx + d), determine os
valores de a, b, c e d:

c) f(x) = tg(x)

Sugestão de solução:
Em relação ao gráfico da função f(x) = sen(x), esse
gráfico não se deslocou (transladou) verticalmente,
sendo assim o coeficiente a = 0.
Sugestão de solução: Em relação ao gráfico da função f(x) = sen(x), esse grá-
a) fico “dilatou” verticalmente 3 vezes, ou seja, sua am-
plitude aumentou 3 vezes. Portanto o coeficiente b = 3.
Em relação ao gráfico da função f(x) = sen(x), o pe-
ríodo desse gráfico não se alterou, ou seja, continua
sendo 2π. Sendo assim o coeficiente c = 0.
Em relação ao gráfico da função f(x) = sen(x), esse
gráfico não se deslocou (transladou) horizontalmen-
b) te, sendo assim o coeficiente d = 0.
Portanto, a lei de formação dessa função é f(x) = 3 ∙ sen(x)
D30 G – Determinar os coeficientes a; b; c e d de
uma função seno a partir de seu gráfico.

9. Considerando o gráfico da função a seguir, obtidas

c) a partir de f(x) = a + b ∙ cos(cx + d), determine os
valores de a, b, c e d:

D30 F – Construir o gráfico de uma função trigono-

métrica.

Professor, as atividades 8 e 9 objetivam que o estudante

desenvolva a habilidade de interpretar geometricamente
os coeficientes a; b; c e d presentes em funções do tipo
f(x)= a + b ∙ sen(cx+d) ou f(x)= a + b ∙ cos(cx + d). O
propósito de trabalhar com mais ênfase essa habilidade Sugestão de solução:
é reconhecer que muitas questões do ENEM abordam Em relação ao gráfico da função f(x) = cos(x), esse
funções trigonométricas com essa habilidade. O uso do gráfico se deslocou (transladou) 1 unidade vertical-
software GeoGebra nessa atividade contribui para a vi- mente, sendo assim o coeficiente a=1.
sualização do que a variação de cada umas dessas cons- Em relação ao gráfico da função f(x) = cos(x), esse grá-
tantes altera no gráfico, auxiliando na compreensão do fico “dilatou” verticalmente 2 vezes, ou seja, sua am-
significado de cada uma das constantes. plitude aumentou 2 vezes. Portanto o coeficiente b=2.
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Em relação ao gráfico da função f(x) = cos(x), o perío-
do desse gráfico se alterou, ou seja, foi reduzido à me-
tade mudando para π. Sendo assim o coeficiente c = 2.
Em relação ao gráfico da função f(x) = cos(x), esse
gráfico não se deslocou (transladou) horizontalmen-
te, sendo assim o coeficiente d = 0.
Portanto, a lei de formação dessa função é f(x)=1+2∙-
cos(2x).
D30 H – Determinar os coeficientes a; b; c e d de
uma função cosseno a partir de seu gráfico.
Professor, as atividades de 10 a 14 são questões do ENEM
que abordam as habilidades trabalhadas nesta semana.
Reiteramos a sugestão de trabalhar a análise de cada
uma das opções (distratores) quando for conveniente. Se
considerar necessário, extrapole esse material, trazendo
outras questões e outras formas de resoluções para as
questões propostas.
10. (ENEM 2017) Raios de luz solar estão atingindo
a superfície de um lago formando um ângulo x
com a sua superfície, conforme indica a figu-
ra. Em determinadas condições, pode-se supor
que a intensidade luminosa desses raios, na su-
perfície do lago, seja dada aproximadamente
por I(x) = κ ∙ sen(x), sendo k uma constante, e
supondo-se que x está entre 0° e 90°.
Quando x = 30º, a intensidade luminosa se reduz
a qual percentual de seu valor máximo?
(A) 33%
(B) 50%
(C) 57%
(D) 70%
(E) 86%
Gabarito: B
Sugestão de solução:
A intensidade luminosa é dada por I(x) = k ∙ sen(x)
A intensidade será máxima quando sen(x) for má-
ximo, isso acontece no ângulo de 90°, aproximada-
mente às 12:00, quando o sol estiver a pino. Neste
caso, tem-se:
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𝐼(𝑥 )𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = 𝑘 � 𝑠𝑒𝑛 90° = 𝑘 � 1 = 𝑘
E quando o ângulo for de 30º, tem-se:
1
𝐼 𝑥 = 𝑘 � 𝑠𝑒𝑛 30° = 𝑘 � = 𝑘 � 0,5 = 50% 𝑑𝑒 𝑘.
2
D30 I – Resolver problemas envolvendo funções tri-
gonométricas.
11. (ENEM 2015) Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), produtos sazonais
são aqueles que apresentam ciclos bem definidos
de produção, consumo e preço. Resumidamente,
existem épocas do ano em que a sua disponibili-
dade nos mercados varejistas ora é escassa, com
preços elevados, ora é abundante, com preços
mais baixos, o que ocorre no mês de produção
máxima da safra.
A partir de uma série histórica, observou-se que
o preço P, em reais, do quilograma de um certo
produto sazonal pode ser descrito pela função
𝜋𝑥 − 𝜋
𝑃(𝑥) = 8 + 5 � 𝑐𝑜𝑠 ( � , onde x representa
6
o mês do ano, sendo x = 1 associado ao mês
de janeiro, x = 2 ao mês de fevereiro, e assim
sucessivamente, até x = 12 associado ao mês de
dezembro.
Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).
Na safra, o mês de produção máxima desse
produto é
(A) janeiro.
(B) abril.
(C) junho.
(D) julho.
(E) outubro.
Gabarito: D
Sugestão de solução:
O enunciado informa que a produção máxima vai
ocorrer quando os preços são mais baixos. A função
dada pela questão é a função do preço, sempre con-
siderando que x é o mês do ano.
Então, para que a produção seja máxima, tem-se que
calcular o menor preço possível. Para isso, é preciso
transformar essa função em uma fórmula que forne-
ça o valor mínimo possível. Nesse caso, isso ocorrerá
quando o cosseno for igual a -1. Isso porque -1 é o
menor valor possível para o cosseno (-1 ≤ cos x ≤ 1).
Pelo círculo trigonométrico, o cosseno será máximo
no ângulo 0 e mínimo em π (180°). Então, para en-
contrar o valor mínimo, o que está dentro dos parên-
teses na função deve valer π, ou seja:
𝜋𝑥 − 𝜋
6
= 𝜋 → 6𝜋 = 𝜋𝑥 − 𝜋 → 6𝜋 + 𝜋 = 𝜋𝑥 → 7𝜋 = 𝜋𝑥 → 𝑥 = 7
O mês 7 do calendário é julho.
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D30 I – Resolver problemas envolvendo funções tri- Sendo assim:

gonométricas.
12. (ENEM 2017) Um cientista, em seus estudos para
modelar a pressão arterial de uma pessoa, utiliza
uma função do tipo P(t) = A + Bcos(kt) em que A,
B e K são constantes reais positivas e t representa
a variável tempo, medida em segundo. Considere
que um batimento cardíaco representa o intervalo
de tempo entre duas sucessivas pressões máximas.
Ao analisar um caso específico, o cientista obteve
os dados:
2
𝑘𝑡 = 2𝜋 → 𝑘 �
3
= 2𝜋 → 2𝑘 = 6𝜋 → 𝑘 = 3𝜋
Portanto, a função obtida pelo cientista ao analisar o
caso é P(t) = 99 + 21 ∙ cos(3πt)
D30 I – Resolver problemas envolvendo funções tri-
gonométricas.
13. Em 2014 foi inaugurada a maior roda-gigante do
mundo, a High Roller, situada em Las Vegas. A fi-
gura representa um esboço dessa roda-gigante, no
qual o ponto A representa uma de suas cadeiras:

A função P(t) obtida, por este cientista, ao

analisar o caso específico foi

(A) P(t) = 99 + 21cos(3πt)

(B) P(t) = 78 + 42cos(3πt)
(C) P(t) = 99 + 21cos(2πt) A partir da posição indicada, em que o segmento OA
(D) P(t) = 99 + 21cos(t) se encontra paralelo ao plano do solo, rotaciona-
(E) P(t) = 78 + 42cos(t) se a High Roller no sentido anti-horário, em torno
Gabarito: A do ponto O. Sejam t o ângulo determinado pelo
Sugestão de solução: segmento OA em relação à sua posição inicial, e
Sabe-se que o valor máximo de cos(θ) é igual a 1 e o f a função que descreve a altura do ponto A, em
valor mínimo é ̶ 1. Sendo assim, quando a pressão for relação ao solo, em função de t. Após duas voltas
máxima, cos(kt) = 1 e quando a pressão for mínima, completas, f tem o seguinte gráfico:
cos(kt) = ̶ 1. Pelos dados da questão, tem-se que P(t)
= A + Bcos(kt). Sendo assim, obtém-se:
78 = 𝐴 + 𝐵 � (−1) 𝐴 − 𝐵 = 78
� →� → 2𝐴 = 198 → 𝐴 = 99
120 = 𝐴 + 𝐵 � 1 𝐴 + 𝐵 = 120
Substituindo em A+B=120, obtém-se:
99 + B = 120 → B = 120 ̶ 99 → B = 21
Para calcular o valor da constante K:
Um batimento cardíaco representa o intervalo de
tempo entre duas sucessivas pressões máximas. O
período entre duas pressões máximas na função cos-
seno é igual a 2π.
Segundo a tabela, o número de batimentos cardíacos
é de 90 por minuto, ou seja, 90 batimentos por 60 A expressão da função altura é dada por
segundos.
Para 1 batimento cardíaco: (A) f(t) = 80sen(t) + 88
90 1 60 2 (B) f(t) = 80cos(t) + 88
= → 90𝑡 = 60 → 𝑡 = →𝑡=
60 𝑡 90 3 (C) f(t) = 88cos(t) + 168
Assim, o intervalo para um batimento cardíaco é (D) f(t) = 168sen(t) + 88cos(t)
2
igual a de um segundo. (E) f(t) = 88sen(t) + 168cos(t)
3
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Gabarito: A
1ª sugestão de solução:
Partindo do gráfico da função f(x) = sen(x)
e multiplicando pela constante b=80, que dilata ver-
ticalmente o gráfico, obtém-se:
Agora, adicionando pela constante a=88, que trans-
lada o gráfico verticalmente, obtém-se:
Ou seja, a expressão da função altura é
f(t) = 80sen(t) + 88.
2ª sugestão de solução:
Seja f a função que descreve a altura do ponto A que
é representada por f(x). Essa altura é igual ao compri-
mento da altura do ponto A em relação ao eixo que
marca a origem (centro da roda) mais a altura desse
eixo ao solo, que pelo gráfico sabe-se que é igual a 88.
Pelo gráfico, identifica-se também que o raio dessa
roda gigante é igual a 80 (168-88).
Na figura acima, identifica-se um triângulo retângulo
de hipotenusa 80 (raio da roda), ângulo agudo t e o
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cateto oposto ao ângulo t que mede exatamente altu-
ra do ponto A em relação ao eixo que marca a origem
(centro da roda). Aplicando a razão seno no ângulo t,
obtém-se que esse cateto é igual a 80 ∙ sen(t).
Assim, somando as duas alturas, obtém-se f(t) =
80sen(t) + 88.
D30 I – Resolver problemas envolvendo funções tri-
gonométricas.
14. (ENEM 2019) Um grupo de engenheiros está pro-
jetando um motor cujo esquema de deslocamen-
to vertical do pistão dentro da câmara de com-
bustão está representado na figura.
𝛽�𝑇 𝜋
A função ℎ 𝑡 = 4 + 4 � 𝑠𝑒𝑛 2 − 2 definida para t
≥ 0 descreve como varia a altura h, medida em
centímetro, da parte superior do pistão dentro
da câmara de combustão, em função do tempo t,
medido em segundo. Nas figuras estão indicadas
as alturas do pistão em dois instantes distintos.
O valor do parâmetro β , que é dado por um
número inteiro positivo, está relacionado com a
velocidade de deslocamento do pistão. Para que
o motor tenha uma boa potência, é necessário
e suficiente que, em menos de 4 segundos após
o início do funcionamento (instante t = 0), a
altura da base do pistão alcance por três vezes
o valor de 6 cm. Para os cálculos, utilize 3 como
aproximação para π.
O menor valor inteiro a ser atribuído ao parâmetro
β , de forma que o motor a ser construído tenha
boa potência, é
(A) 1.
(B) 2.
(C) 4.
(D) 5.
(E) 8.
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Gabarito: D
Sugestão de solução:
O enunciado afirma que h(t) deve alcançar três vezes
o valor de 6 cm.
Então, primeiramente, determina-se o que acontece
quando h(t) é igual a 6:

𝛽�𝑇 𝜋 𝛽�𝑇 𝜋
ℎ 𝑡 = 4 + 4 � 𝑠𝑒𝑛 − → 4 + 4 � 𝑠𝑒𝑛 − =6
2 2 2 2

→ 4 � 𝑠𝑒𝑛
𝛽�𝑇 𝜋
− =6−4
A expressão algébrica que representa as posições
2 2 P(t) da massa m, ao longo do tempo, no gráfico, é
𝛽�𝑇 𝜋 𝛽�𝑇 𝜋 1
→ 4 � 𝑠𝑒𝑛 − = 2 → 𝑠𝑒𝑛 − =
2 2 2 2 2
(A) ̶ 3 cos (2t)
O enunciado diz que h(t) deve alcançar três vezes o (B) ̶ 3 sen (2t)
valor 6. Para que isso aconteça, o seno deve alcan- (C) 3 cos (2t)
1 (D) ̶ 6 cos (2t)
çar três vezes o valor 2 ∙ O seno alcança o valor 12 em
𝜋 5𝜋 13𝜋 (E) 6 sen (2t)
,
6 6
𝑒 6 (verificar no ciclo trigonométrico). Gabarito: A
Conclusão: quando o ângulo atinge 13𝜋 , o seno terá Resolução:
6
o valor de 12 pela terceira vez. Consequentemente, h(t) Analisando o gráfico, percebe-se que é uma função
terá o valor de 6 pela terceira vez. cossenoide, pois sen(0) = 0, e a função começa em -3.
O período desta função é: 3𝜋 − 𝜋 = 2𝜋 = 𝜋 . Logo, me-
O enunciado diz que em menos de 4 segundos, h(t) 2 2 2
tade de 2π.
deve atingir o valor de 6 cm pela terceira vez. Con- Com isso em mente, tem-se que 2𝜋 = 𝜋  𝑇 = 2.
𝑇
clui-se, assim, que o ângulo deve atingir 13𝜋 antes do Analisando o gráfico, o ponto (0,-3) pertence à fun-
6
instante t = 4, ou seja, no instante t = 4, o ângulo já ção, ou seja, como o valor começa em -3, o termo
deve ser maior do que 13𝜋 , o que pode ser represen- que multiplica a função cosseno vai ser -3, para que
6 esse seja o primeiro valor.
tado pela inequação:
Desta forma, com base nas alternativas, já podemos
𝛽 � 𝑡 𝜋 13𝜋 𝛽 � 4 𝜋 13𝜋 𝛽 � 4 13𝜋 𝜋 definir que a função será -3cos(2t).
− > → − > → > +
2 2 6 2 2 6 2 6 2
𝛽 � 4 13𝜋 3𝜋 𝛽 � 4 16𝜋 8𝜋 8�3
→
2
>
6
+
6
→
2
>
6
→ 2𝛽 >
3
→ 2𝛽 >
3
16. (ENEM 2020 - Digital) A figura ilustra a vista supe-
→ 2𝛽 > 8 → 𝛽 > 4 rior de um brinquedo gira-gira em um parque de
O menor valor inteiro a ser atribuído ao parâmetro diversões, no qual a linha contínua, em formato
β , de forma que o motor a ser construído tenha boa circular tendo O como seu centro, indica o assen-
potência, é 5. to onde as crianças se posicionam no brinque-
D30 I – Resolver problemas envolvendo funções tri- do. O ponto P indica a posição ocupada por uma
gonométricas. criança, em um instante de tempo T, quando o
brinquedo está girando continuamente no senti-
15. (ENEM 2021) Uma mola é solta da posição disten- do anti-horário (com O fixo), e velocidade cons-
dida conforme a figura. A figura à direita repre- tante por várias voltas.
senta o gráfico da posição P (em cm) da massa m
em função do tempo t (em segundo) em um siste-
ma de coordenadas cartesianas. Esse movimento
periódico é descrito por uma expressão do tipo
𝑃 𝑡 = ± A 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) ou 𝑃 𝑡 = ± A 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡),
em que A > 0 é a amplitude de deslocamento má-
ximo e ω é a frequência, que se relaciona com o
2𝜋
período T pela formula 𝜔 = .
𝑇
Considere a ausência de quaisquer forças
dissipativas.
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O brinquedo está situado nas proximidades de (D)

duas paredes verticais e perpendiculares entre
si. Seja D a distância de P até a parede I.
O gráfico que melhor representa, em função do
tempo t a partir do instante T, a distância D é

(A)

(E)

(B)

Gabarito: C
Resolução:
Primeiramente deve-se notar que será uma função
periódica, pois a distância vai variar até um valor
máximo e reduzir até um valor mínimo sempre.
Assim, analisando as alternativas, temos que ape-
nas as alternativas C ou a D representam funções
(C) periódicas.
Após, deve-se notar que essa função periódica inicia
o trajeto no valor mínimo, pois está no ponto mais
próximo da parede. Logo, é possível identificar que a
função que inicia seu trajeto no valor mínimo é a al-
ternativa C.

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Revisa Goiás
Expediente
Governador do Estado de Goiás Diretora de Política Educacional
Ronaldo Ramos Caiado Patrícia Morais Coutinho
Vice-Governador do Estado de Goiás Superintendente de Gestão Estratégica e Avaliação
Daniel Vilela de Resultados
Márcia Maria de Carvalho Pereira
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Superintendente do Programa Bolsa Educação
Márcio Roberto Ribeiro Capitelli
Secretária-Adjunta
Helena Da Costa Bezerra Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento Curricular
Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Diretora Pedagógica
Márcia Rocha de Souza Antunes Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos
Alessandra Oliveira de Almeida
Superintendente de Educação Infantil e Ensino
Fundamental Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino
Giselle Pereira Campos Faria Fundamental
Evandro de Moura Rios
Superintendente de Ensino Médio
Osvany Da Costa Gundim Cardoso Coordenadora de Recursos Didáticos para o Ensino Médio
Edinalva Soares de Carvalho Oliveira
Superintendente de Segurança Escolar e Colégio Militar
Cel Mauro Ferreira Vilela Professores elaboradores de Língua Portuguesa
Edinalva Filha de Lima Ramos
Superintendente de Desporto Educacional, Arte e Katiuscia Neves Almeida
Educação Luciana Fernandes Pereira Santiago
Marco Antônio Santos Maia
Professores elaboradores de Matemática
Superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais Alan Alves Ferreira
Rupert Nickerson Sobrinho Alexsander Costa Sampaio
Diretor Administrativo e Financeiro Tayssa Tieni Vieira de Souza
Andros Roberto Barbosa Silvio Coelho da Silva
Superintendente de Gestão Administrativa Professores elaboradores de Ciências da Natureza
Leonardo de Lima Santos Leonora Aparecida dos Santos
Sandra Márcia de Oliveira Silva
Superintendente de Gestão e Desenvolvimento de
Pessoas Revisão
Hudson Amarau De Oliveira Alessandra Oliveira de Almeida
Cristiane Gonzaga Carneiro Silva
Superintendente de Infraestrutura Maria Aparecida Oliveira Paula
Gustavo de Morais Veiga Jardim
Diagramação
Superintendente de Planejamento e Finanças Adriani Grun
Taís Gomes Manvailer Eduardo Souza da Costa
Superintendente de Tecnologia
Bruno Marques Correia

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