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Livro Respostas

Fundamentos de Aritmética

Vinicius

Licensed to ARTHUR JOSE FERREIRA TORRES - arthurjf.torres23@gmail.com - 114.669.586-18 - HP12916026203911


Prefácio
Olá, caros leitores. Meu nome é Vinícius Nobre. Decidi criar este livro
digital de forma a responder todos os problemas apresentados no livro
Fundamentos de Aritmética, escrito originalmente por Hygino H.
Domingues, e publicado pela editora Atual no ano de 1991.
Além do livro ter-me servido inicialmente como um excelente objeto
de estudo pessoal, creio eu que este e-book virá a sanar todas as
dificuldades daqueles que, porventura, não conseguem resolver
algumas questões do livro.
Procurei ser o mais didático possível, utilizando muita das vezes uma
linguagem parecida com a do autor Hygino. Aproveitem.
Dúvidas ou agradecimentos, entrem em contato através do meu e-mail:
v1n1nobre@hotmail.com
Muito obrigado. Até a próxima.

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Referências

FA_1-20 FA_262-291

FA_21-31 FA_292-302

FA_32-61 FA_303-321

FA_62-86 FA_322-332

FA_87-110 FA_333-351

FA_111-122 FA_352-360

FA_123-133 FA_361-364

FA_134-143 FA_365-394

FA_144-153 FA_395-414

FA_154-171 FA_415-423

FA_172-192 FA_424-462

FA_193-222 FA_463-468

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FA_223-249 FA_469-478

FA_250-261 FA_479-490

FA_491-508

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FA-1 _ Escreva cada um dos seguintes números em hieróglifos egípcios:
a) 1 493 c) 6 548
b) 641 d) 15 127

a) 1493 = b) 641 =

c) 6548 = c) 15127 =

FA-2 _ Passe cada um dos seguintes numerais egípcios para o nosso


sistema de numeração:

a) c)

b)

a) 538 b) 1263 c) 1035

FA-3 _ Expresse em notação babilônica os seguintes números:


a) 1 000 c) 10 000
b) 1 342 d) 12 348

a) 1000 = 16.60 + 40 =

b) 1342 = 22.60 + 22 =

c) 10000 = =

d) 12348 = =

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FA-4 _ Passe para o nosso sistema de numeração:

a) c)

b) d)

a) = 1.60 + 3 = 63

b) = 2.60 + 12 = 132

c) = = 72610

d) = = 4342

FA-5 _ Um dos vestígios deixados pelo sistema de numeração


sexagesimal da Mesopotâmia é o sistema de medida de ângulos em
graus, minutos e segundos (sessenta segundos valem um minuto e
sessenta minutos valem um grau). Isto posto, efetue:
a) ° ’ ” ° ’ ” c) ( ° ’ ”)
b) ° ’ ” ° ’ ” d) ( ° ’ ”) :
a) ° ’ ” ° ’ ”= ° ’ 7” = ° ( ° ’) ( ’ 7”) =
= 7° ’ 7”
b) ° ’ ” ° ’ ”= °7 ’ ” ° ’ ”= ° 9’ 7 ”
° ’ ”= ° ’ ”
c) 3 ( ° ’ ”) = ° ’ 9” = ° ( ° ’) ( ’ 9”) =
= ° ’ 9”
d) ( ° ’ ”) : = , °( ’ ’) ”- : = ( ° ’ ”) : = 7° ’ ”

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FA-6 _ Escreva os numerais jônicos gregos correspondentes a:
a) 398 c) 9 128
b) 1 223 d) 20 392
a) 398 = τϙη c) 9 = ‘θρκη

b) = ‘αςκγ d) 9 = τϙβ

FA-7 _ Passe do sistema de numeração jônico grego para o nosso


sistema de numeração:

a) τπα c) ‘βςιθ

b) ςϙη d) τλγ

a) τπα = 381 c) ‘βςιθ = 12219

b) ςϙη = 298 d) τλγ = 300333

FA-8 _ Para efetuar uma multiplicação, como 26 54, por exemplo, os


gregos procediam segundo a decomposição a seguir:
=( )( )=
=
=
O dispositivo prático, ainda usando nossos numerais, era o seguinte:
26
54_______
1 000 80
__300 24_
1 300 104 = 1 404

Em numerais jônicos, observando que = = e =


(upsilon):

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κ σ
ν δ
‘α π
τ κδ
‘α τ ρδ = ‘αυδ

Efetue segundo o método jônico a multiplicação de λγ (= ) por πα


(= ) Use = μ (mu) 7 = ο (omicron) e = χ (chi)
Resposta:
λ γ
π α
‘βυ λ
ςμ γ
‘βχμ λγ = ‘βχογ

FA-9 _ No sistema de numeração romano uma barra sobre um certo


numeral multiplica seu valor por 1 000, ao passo que duas barras o
multiplicam por . Assim:

= e =
Escreva os numerais romanos correspondentes a:
a) 1 492 c) 74 812
b) 1 998 d) 3 142 236
a) 1492 = MCDXCII c) 74812 = DCCCXII

b) 1998 = MCMXCVIII d) 3142236 = CCXXXVI

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FA-10 _ Passe para o nosso sistema de numeração os seguintes
numerais romanos:
a) CXXIV c)

b) MDCCXLVIII d) XXV

a) CXXIV = 124 c) = 19000

b) MDCCXLVIII = 1748 d) XXV = 90000025

FA-11 _ Mostre que são perfeitos os números 496 e 8128.


9 = ; Os divisores de 496, excluindo o próprio, são:
e . Efetuando a soma destes
divisores teremos:
= 9
Conclusão: 496 é um número perfeito.
Da mesma forma: = 7.
7
=
E 8128 também é um número perfeito.

FA-12 _ Mostre que os números 1 184 e 1 210 são amigáveis.


Nota: A descoberta de que esses dois números são amigáveis só foi
feita em 1886 por um jovem italiano de 16 anos de idade chamado
Nicolo Paganini.
= 7
7 7 9 9 =
=
=
Conclusão: Ambos são amigáveis.

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FA-13 _ Plutarco (c. 100 d.C.) afirmou que se um número triangular é
multiplicado por 8 e acrescido de 1 o resultado é um número
quadrado. Prove este fato e faça uma ilustração geométrica dele.
n(n )
esolução do livro: omo n = então

n = n(n ) = n n =( n ) = n

Uma ilustração geométrica para o caso n = 2 pode ser vista na figura a


seguir.

FA-14 _ Prove que o quadrado de qualquer número ímpar, múltiplo de


3, é a diferença entre dois números triangulares.
Todo número triangular (n ) pode ser obtido pelo número
triangular anterior acrescido de n, isto é:

n = n n
Daí: n n = n. Observe que todo número ímpar múltiplo de 3 é da
forma 6m + 3 (m ). Como queremos que a diferença entre dois
números triangulares resulte num quadrado ímpar múltiplo de 3,
então basta substituir na fórmula anterior n por ( m ) . Donde:

( m ) ( m ) =( m ) = m

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FA-15 _ Prove que n = n n, para todo n .
A prova será realizada por indução.
n = 1 .: = = (Verdadeiro).
Suponhamos que seja válido para k , isto é, k = k k. Observe
a figura dos números poligonais:

Esta figura possui 4 linhas e 3 aberturas. Um número pentagonal pode


ser obtido através da soma do número pentagonal anterior mais o
número de pontos do gnômon.
O número de pontos do gnômon é igual ao número de pontos em cada
abertura mais os 4 pontos fixos nas linhas. Como cada abertura possui
(n ) pontos em relação ao n que se quer construir (por exemplo,
em cada abertura possui = pontos), e além disso possui 3
aberturas então:

k = k (k ) (k )
O que pode ser reescrito da seguinte forma: k = k ( k )
(Substituindo k por k + 1 na equação).
Como , k = k k, por hipótese, então:

k = k k ( k )=( k k) (k k )=
= (k ) = k k

E a equação também é válida para k + 1. Donde se conclui a


demonstração por indução.

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FA-16 _ Escreva os seguintes números como soma de no máximo três
números triangulares:
a) 56 b) 69 c) 287
Listando os primeiros 25 números triangulares:
1, 3, 6, 10, 15, 21, 28, 36, 45, 55, 66, 78, 91, 105, 120, 136, 153, 171,
190, 210, 231, 253, 276, 300, 325.
Por observação:
= =
9= =
7= 7 =

FA-17 _ Estabeleça a seguinte fórmula para todo n :


( n ) =( n ) ( )
De fato: ( n ) ( ) = ,( n ) -,( n ) -=
n(n )
=( n ) = = n(n ) = n n =

=( n )

FA-18 _ Mostre que 1 225 e 41 616 são, simultaneamente, números


triangulares e quadrados.
Resolução do livro: Obviamente 1 225 é número quadrado, pois
= . Por outro lado, de
n(n )
=

segue que n n = e portanto (resolvendo esta equação)


n = 99. Assim:
= =

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FA-19 _ Um número oblongo conta a quantidade de pontos sobre um
plano de maneira a formar um retângulo em que o número de linhas é
uma unidade maior que o de colunas. Se n indica o enésimo número
oblongo, então

e, em geral, n = n(n ).
Prove algébrica e geometricamente que:
a) n = n
b) Todo número oblongo é a soma de dois números triangulares iguais.
c) n n =
d) n n =n
e) n (n ) =( n )
f) n = n (n ) (n ) (n )
Resolução do livro de a), b), c) e d):
( n)n
a) n= = n(n )= n

b) No caso n = 3:

Em geral: n = n n
n( n )
c) n n = n(n ) n = n( n )= = n

d)

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e) n (n ) =n n(n ) (n ) = ,n (n )-
=( n )

f) n (n ) (n ) (n ) =
, n (n )- ,(n ) (n ) -=
(n )(n ) n(n )
= n ( n n )= n =

(n )( n )
= n = (n )(n ) n =

=n n n =n n = n(n )= n

FA-20 _ Prove a seguinte fórmula para a soma dos n primeiros números


triangulares, estabelecida pelo matemático indiano Aryabhatta (c. 500
d. C.):
n(n )(n )
n =

Sugestão: Agrupe o primeiro membro em pares e substitua cada soma

k k por k (considere o caso n par e o caso n ímpar).


A prova será feita por indução:
( )( )
n= : = = = ( erdadeiro)

k(k )(k )
upondo v lido para k ou seja k =

temos que:
k(k )(k )
k k = k =

k(k )(k ) (k )(k )


= =

k(k )(k ) (k )(k )


= =

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(k )(k )(k ) (k ),(k ) -,(k ) -
=

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FA-21 _ Calcule:

a) ∑( i )
i

∑( i ) = ∑i ∑ = ( * = =
i i i

b) ∑ i(i )
i

∑ i(i )= = = 7
i

c) ∑ i
i
r r
(r )(r )
∑ i = ∑i =
i i

i
d) ∑
i

i
∑ = = =
i

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FA-22 _ Calcule:

a) ∏
i

∏ = =
i

b) ∏ i
i

∏i = = 9=
i

c) ∏(i )(i )
i

∏(i )(i ) = ∏(i ) ∏(i )=( 7)( 7 )=


i i i

= =

i
d) ∏
i

i
∏ = =9 7 = 9
i

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FA-23 _ Escreva, usando o símbolo de somatório ou produtório:
a) (a ) (a ) (a )

(a ) (a ) (a ) = ∑(ai ) ∑(ai )
i i

b) nn
n

nn = ∑ ii
i

c) 7 9

7 9 = ∏( i)
i

d) a b a b a n bn
n

a b a b a n bn = ∑ a i bi
i

e) n
n

n = ∑i
i

p
f)
p
p i
=∑
i

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FA-24 _ (Fuvest-81) P é uma propriedade relativa aos números
naturais. Sabe-se que: 1) P é verdadeira para o natural n = 10; 2) Se P é
verdadeira para n, então P é verdadeira para 2n; 3) Se P é verdadeira
para n, n , então P é verdadeira para n . Pode-se concluir que:
a) P é verdadeira para todo natural n.
b) P é verdadeira somente para os números naturais n, n .
c) P é verdadeira para todos os números naturais pares.
d) P é verdadeira somente para as potências de 2.
e) P não é verdadeira para os números ímpares.
Como a propriedade P vale para n = 10, então vale para n = 0, 2, 4, 6, 8
segundo a afirmação 3). As afirmações 2 e 3 nos garantem a validade
da propriedade P para todos os números naturais pares. Logo, a
alternativa correta é a letra c.

FA-25 _ Prove por indução:


n(n )( n )
a) n = (n )

( )( )
n= = = =

Supondo válido para r , isto é:


r(r )( r )
r =

Então:
r (r ) =( r ) (r ) =
r(r )( r ) r(r )( r ) (r )
= (r ) = =

(r ),r( r ) (r )- (r )( r r r )
= = =

(r )( r r r ) (r ),r( r ) ( r )-
= = =

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(r )(r )( r ) (r ),(r ) -, (r ) -
= =

b) n =( n) (n )
n(n )
omo j vimos n= emonstraremos por indução

a partir deste fato.

n= ( * = =

upondo v lido para r então:


r (r ) =( r ) (r ) =

r(r ) r (r ) (r )
=( ) (r ) = =

(r ) ,r (r )- (r ) (r r )
= = =

(r ) (r ) (r )(r ) (r ),(r ) -
= =( ) =( )

n(n )(n )
c) n (n )= (n )

n= =

upondo v lido para r então:


, r(r )- (r )(r )=
r(r )(r ) r(r )(r ) (r )(r )
(r )(r )=

(r )(r )(r ) (r ),(r ) -,(r ) -


= =

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d) a an = (a )(an an a ) (n )
Para n = 1 a igualdade fica a = (a ) , que é obviamente
verdadeira para todo a . Seja agora r e façamos a hipótese:
ar = (a )(ar ar a ) (a )
do que resulta ar = (a )(ar ar a ) . Então:
ar = ar a = ,(a )(ar ar a ) -a =
= (a )(ar ar a a) (a )=
= (a )(ar ar a a )

e) n n (n )
Para n = 2 a desigualdade é obviamente verdadeira ( ). Supondo
r r (r ).
De modo geral, r r (r ), donde segue r r , e,
portanto, r = (r ) r .
Ainda, segundo a hipótese da indução:
r r r r r r r r = (r )
Assim, por transitividade, (r ) (r ) .

f) a an an (n )
Se n = 1 a relação fica a a , e pelo exercício anterior, é verdadeira
para todo a . Seja r e admitamos a hipótese:
ar ar (a )
Como a , então: ar ar ar a ar a ar a(r )
.

g) a an a n
(n )
Para n = 1, temos a a , o que é obviamente verdadeira para todo
a . Supondo válido para , então:
ar a r
a(r )
a r
a (r )

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h) a a an an (n )
Resolução do livro de h): Para n = 1 a relação é a a que
obviamente é verdadeira para a = 2. Supondo k k (k ),
então (k )=( k) k k k = (k ) .
Logo a a , para todo a . Seja r e façamos a hipótese:
a ar ar
Daí
a ar ar ar ar = ar ar
o que conclui a resolução. Note-se que na última passagem usamos o
resultado proposto em f).

i) n n (n )
Provaremos antes o seguinte: (n ) n n n .
Por indução sobre n: n = ( ) = = = 7.
Seja k e admitamos a hipótese da indução: (k ) k . Então:
(k ) =k k k k k = (k ) k k
Note que este último valor k k nunca supera (k ) . De fato:
k k k } k k k
k
k k k k k k k k = (k )
Assim, por transitividade, ,(k ) - (k ) .

Agora voltemos a questão propriamente dita, n n (n ).


Para n = 6, temos = = 7 . Seja k e admitamos a
hipótese k k . Se tivéssemos (k ) (k ) , então teríamos:
(k )k (k )(k ) k (k )
k k k (k ) k (k )
o que não é possível segundo a proposição anterior pois k . Logo,
(k ) (k ) sempre que k k e a proposição é verdadeira.

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j) n n (n )
Para n = 4 a relação fica = = . Seja k e admitamos a
hipótese k k . Se tivéssemos (k ) (k ) , então teríamos:
(k )k (k )(k ) k (k )
k k k (k ) k (k )
Absurdo segundo o exercício h) pois k . Assim, (k ) (k )
sempre que k k e a proposição é verdadeira.

FA-26 _ Prove que:


( n )=n
ou seja, que a soma dos n primeiros números ímpares é n .
Vejamos por indução: n = = . Supondo válido para k , isto
é, ( k ) = k , então:
( k ) , (k ) -=
=, ( k )- k =k k = (k )

FA-27 _ Prove por indução sobre n que o número de subconjuntos de


um conjunto finito com n elementos é n .
Se n = 0 então = , e o conjunto das partes de A é ( ) = * +, donde
o número de elementos de ( ) é 1, ou seja, .
Suponha agora verdadeiro que qualquer conjunto com k elementos
tenha k subconjuntos distintos. A partir disso, demonstraremos que
qualquer conjunto com k elementos terá k subconjuntos
distintos.
Com efeito, seja = *a a ak ak + um conjunto com k
elementos. Os subconjuntos de A dividem-se em dois tipos: os que
contêm ak e os que não contém ak . Contaremos:
1. O número de subconjuntos de A que não contém ak .
2. O número de subconjuntos de A que contém ak .

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 Seja = *a a ak +. O número de subconjuntos de A que não
contém ak é igual ao número de subconjuntos de B. Ora, como
B tem k elementos e estamos aceitando a hipótese de indução
para conjuntos com k elementos, então teremos k subconjuntos
de A que não contém ak .

 Um subconjunto de A que contém ak é da forma *ak +,


onde X é um subconjunto de B. Então o número de subconjuntos
de A que contém ak também é igual número de subconjuntos
de B, ou seja, k .

Assim, o número total de subconjuntos de A será:


k k k k
= =
Isto conclui a demonstração.

FA-28 _ Prove por indução sobre n que:


(am )n = amn
para quaiquer a m n a .
Seja m fixo, faremos por indução sobre n:
n= (am ) = = a = am
Supondo verdadeiro para p , isto é, (am )p = amp , então:
(am )p = (am )p am = amp am = amp m
= am(p )

FA-29 _ Se b c a, mostre que:


a (b c) = (a b) c
Seja u = a (b c). Então a = u (b c) = (u c) b a b=
(u c) (a b) c = u = a (b c).

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FA-30 _ Sejam . Se e , mostre que
. De um modo geral, prove que se a beb c,
então c a .
= ou
7 9 =7 ou 9
Efetuando as diferenças em todos os casos, os resultados
possíveis são 2, 3, 4 ou 5. Donde .

No caso geral:
a b a b ( )
b c b c ( )
O maior valor que pode assumir diante dessas desigualdades é
quando y assumir o maior valor em (2) e quando x assumir o menor
valor em (1), isto é, = c e =a . Daí :
= (c ) (a )=c a
O menor valor que pode assumir diante dessas desigualdades é
quando y assumir o menor valor em (2) e quando x assumir o maior
valor em (1), isto é, = b e =b . Daí :
= (b ) (b )=
Assim: a b b c c a .

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FA-31 _ Prove que o produto de quatro números naturais consecutivos,
acrescido de 1, é um quadrado perfeito.
Resolução do livro: Se a indica o menor dos números,então os outros
são a + 1, a + 2 e a + 3.
Como
a(a )(a )(a )=a a a a
deve-se procurar m de modo que:
a a a a = (a ma )
Desenvolvendo o segundo membro e identificando o resultado com o
primeiro, obtém-se m = 3. Logo:
a(a )(a )(a ) = (a a )
Por exemplo, se a = 4, então:
7=( ) = 9

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FA-32 _ (Fuvest-77) Calcule quantos múltiplos de três, de quatro
algarismos distintos, podem ser formados com 2, 3, 4, 6 e 9.
Resolução do livro: Com os cinco algarismos dados podem ser
formados apenas três subconjuntos de quatro algarismos cuja soma
dos elementos é divisível por 3: {2, 3, 4, 6}, {2, 3, 4, 9} e {2, 4, 6, 9}. Cada
um deles dá origem a 24 múltiplos de 3. Logo, a resposta é =7

FA-33 _ (UFMG-89) Seja n = ab000 um número não nulo, cujos cinco


algarismos são a, b e três zeros. Se n é um quadrado perfeito e é
divisível por 3, pode-se afirmar que a + b é igual a:
a) 1 b) 6 c) 8 d) 9 e) 12
Todo número terminado por um número ímpar de zeros não é
quadrado perfeito. Sendo um quadrado sempre o produto de dois
fatores iguais, quando um fator termina com um, dois, ou mais zeros, o
quadrado terá o dobro do números de zeros, ou seja, os zeros estarão
em um quadrado sempre em número par.
Para n = ab000 ser quadrado perfeito, b tem que ser zero, já que tem
que ter um número par de zeros. E assim, o a pode ser 4 ou 9, mas
como o número é divisível por 3, será 9.
ogo a = 9 e b = a b = 9 ( etra d)

FA-34 _ Se cdu é o maior número de três algarismos divisível por 11,


então a soma c + d + u vale:
Resolução do livro: O maior número de três algarismos é 999, cuja
divisão por 11 fornece resto 9. O número procurado é, então
999 9 = 99 Resposta: 18.

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FA-35 _ Quantos números naturais entre 1 e 1 000 são divisíveis por 9?
E quantos, entre 250 e 25 000, são divisíveis por 11.
Sugestão: (1ª parte): O primeiro desses números é 9 e o último 999.
Conte o número de termos da P.A. em que o primeiro termo é 9, o
último é 999 e a razão é 9.
Dada a sugestão, só nos resta calcular o número de termos utilizando a
fórmula geral da P.A.
an = a (n )r 999 = 9 (n )9 n=
Analogamente, para a segunda parte, efetuando a divisão de 250 e
25000 por 11 obtemos 250 = 11.22 + 8 e 25000 = 11.2272 + 8 e daí o
primeiro e o último termo da P.A. são, respectivamente, 253 e 24992,
com razão 11. Assim:
an = a (n )r 99 = (n ) n=

FA-36 _ (Cesgranrio-89) Se n é o número de múltiplos de 6


compreendidos entre 92 e 196, então n é:
a) 14 b) 15 c) 16 d) 17 e) 18
O primeiro desses números é 96 e o último 192. Como no exercício
anterior, basta calcular o número de termos da P.A. de termos a = 9
an = 9 e razão 6. Logo:
an = a (n )r 9 =9 (n ) n = 7 (Letra d)

FA-37 _ Se n e a são naturais não nulos, quantos números naturais


entre 1 e n são divisíveis por a?
Se n < a, então a não divide nenhum número natural entre 1 e n.
Se a n e a , então a está entre 1 e n. Como a a, então a é o
primeiro termo compreendido entre 1 e n divisível por a. Suponhamos
que aq n (q ) seja o último. Desta forma calcularemos o número
de termos da P.A., através da fórmula geral, onde a = a ab = aq r = a
e b é o número de termos:

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ab = a (b )r aq = a (b )a aq = ab b=q
Assim, no caso a n, o número de naturais compreendidos entre 1 e n
e divisíveis por a é igual ao maior natural q (q ) tal que aq n. Este
número é exatamente o quociente da divisão euclidiana de n por a.

FA-38 _ Prove que:


a) a soma de dois números pares é par e que a soma de dois número
ímpares também é par.
Sejam a e b números pares; da definição a = 2m e b = 2n (m n ).
Portanto, a + b = 2m + 2n = 2(m + n) = 2q (q ) e a soma também
é um número par.
Supondo agora a e b ímpares, então a = 2m + 1 e b = 2n + 1
(m n ). Daí a + b = (2m + 1) + (2n + 1) = 2m + 2n + 2 =
2(m + n + ) = q’ e a soma também é um número par
b) o produto de dois números naturais é ímpar, se e somente se, ambos
são ímpares.
Se ambos a e b são ímpares, então a.b = (2m + 1)(2n + 1) = 4mn +
2m + 2n + 1 = 2(2mn + m + n) + 1 = 2k + 1(k ) resultando em
um número ímpar.
Agora supondo a.b = 2k + 1 e a um número par. Então a.b =(2m).b =
(mb) = k ( k ) bsurdo Então não devemos ter
nenhum dos fatores par, ou seja, ambos devem ser ímpares.

FA-39 _ Prove que o quadrado de um número natural a é par se, e


somente se, a é par.
Resolução do livro: Se a é par, então a = t, para algum t ; daí
a = ( t) = t = ( t ) é par. Para a recíproca suponhamos que a
fosse ímpar, digamos a = r ; então a = r r =
( r r) é ímpar, o que não é possível.

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FA-40 _ Mostre que a b a b é par, para quaisquer a b .
a b a b = a(a ) b(b )
Como a e (a + 1) tem paridades diferentes um deles é par. O mesmo
ocorre em relação a b e (b + 1). Então:
a(a ) = k e b(b )= r
e k r = (k r), que é divisível por 2 portanto par.

FA-41 _ Se a, b e c são números naturais não nulos, prove que:


ab ac bc
( ) De fato:
ab b = ak (k ) bc = (ak)c = (ac)k ac bc
(⇐) Novamente:
ac bc bc = (ac)k = (ak)c b = ak ab

FA-42 _ Prove que: ( n) ( n ), para todo


n .
n(n )
ugestão: embrar que n= e usar o

exercício 25-a.
De fato, levando em conta a sugestão:
(a) n(n )( n )
( n ) = * +=

n(n )
= ( n )

o que conclui a demonstração.

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FA-43 _ Prove por indução que:
n n
a) 7 ( ) n
n n
Seja a(n) = . Por indução sobre n:
n= = =7=7 7 a( )
Supondo verdadeiro para r , ou seja, 7 a(r). Temos que:
r r r r
a(r) = = 7q (q ) = 7q
Logo:
)= (r ) (r ) r r
a(r = =
r (7q r ) r ( )=
= = 7( q)
r r )
= 7( q) 7 = 7( q ) 7 a(r

n n
b) 9 ( ) n
n n
Seja a(n) = . Por indução sobre n:
n= = = =9 9 a( )
Supondo verdadeiro para r , ou seja, 9 a(r). Temos que:
r r r r
a(r) = = 9q (q ) = 9q
Logo:
r (r )
a(r )= =
r r
= (9q ) =
r r
=9 ( q) =
r
=9 ( q) ( ) ( )=
r
=9( q) 9 =
r )
=9 ( q ) 9 a(r

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( n n )
c) n
n n
Seja a(n) = . Por indução sobre n:
n= = = = a( )
Supondo verdadeiro para r , ou seja, a(r). Temos que:
r r r r
a(r) = = q (q ) = q
Logo:
)= (r ) (r )
a(r =
r r r r
= = =
= ( q ) = ( q) = ( q) =
= ( q ) a(r )

n n
d) 7 ( ) n
n n
Resolução do livro de d): Seja a(n) =
n= a( ) = = 7
Logo 7 a( ).
r r
Seja r e suponhamos que 7 a(r), ou seja: = 7q
para algum q .
r r
Daí = 7q .
(r ) (r )
n=r a(r )= =
r r r ( 7q r )
= = =
r ( ) = 7( r
= 7( q) q )

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FA-44 _ Demonstre que de dois números pares consecutivos um é
sempre divisível por 4.
Representando os pares consecutivos da forma 2k e 2k + 2 (k ), ou
seja, 2k e 2(k + 1). Se k é par então:
k = ( m) = m k
E se k é impar, então:
(k ) = ,( m ) -= ( m ) = (m ) ( k )
E isto conclui a demonstração pois um dos pares será necessariamente
divisível por 4.

FA-45 _ (Unicamp-89) É possível encontrar dois números, ambos


divisíveis por 7, tais que a divisão de um pelo outro deixe resto 39?
Justifique a resposta.
Sejam a b tais que 7|a e 7|b. Pela propriedade total da relação
ordem, a b ou b a. Examinemos b a:
 Se b = a = 0, a divisão de a por b não seria possível pois cairia
numa indefinição.
 Se b = 0 e a , a divisão de a por b também não seria possível.
 Façamos b . Pelo algoritmo de divisão de Euclides:
a = bq r (r b)
Supondo r = 39 então a = b q 9. No entanto, 7 b 7 bq e como
7|a, 7 divide a diferença a b q = 9. Absurdo pois 7 9.
Raciocínio análogo para a b. Portanto não existem números naturais
divisíveis por 7 tais que a divisão de um pelo outro dê resto 39.

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FA-46 _ Escreva o número 182 respectivamente nas bases 2, 8 e 12.
Obs.: No caso da base 12 use os algarismos indo-arábicos de 0 a 9 e as
letras a e b para indicar, respectivamente, 10 e 11, se for preciso.
= 9 = ( )= = ( ) =
= = ( ) =
= ( ) =
= ( ) =
= =
=( )

= = ( ) =
=( )

= = ( ) =
= =( )

FA-47 _ Efetue:
a) ( ) ( )
( ) ( ) =
( ) ( )=
=( ) ( ) ( ) =
=7 7 =
=( ) ( ) =
= =( )

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b) ( ) ( )
( ) ( ) =
=( ) ( )=
=( ) ( )=
=( ) ( ) ( ) =
= =
= =( )

c) ( ) ( ) (No livro está ( ) mas está errado)


( )
( )
3012
2010 +
( )

d) ( ) ( ) ( )
Resolução do livro de d)
( ) Notar que:
( )  = = 7 =( )
2053  =9= 7 =( )
1025
1025
( )

( )
+ ( )
( )
onde levamos em conta que = = 7 =( )

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FA-48 _ Passe para o nosso sistema de numeração:
( ) ( ) e ( ab) onde a representa “dez” e b “onze”
( ) = = 9 = 97
( ) = = = 7
( ab) = = 7 =
= 9

FA-49 _ Construa a tábua de multiplicação referente à base 7.


 0 1 2 3 4 5 6
0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 1 2 3 4 5 6
2 0 2 4 6 11 13 15
3 0 3 6 12 15 21 24
4 0 4 11 15 22 26 33
5 0 5 13 21 26 34 42
6 0 6 15 24 33 42 51

FA-50 _ Determine b em cada um dos seguintes casos:


a) ( )b =
( )b = b b = b = b=9

b) =( 7)b
b) ( 7)b = 7 b b b b =
b b = b b =
Fazendo b² = t teremos: t t = . Resolvendo esta
9
equação do segundo grau obtemos t = b = ou

A segunda igualdade conduz a b não ser um número natural. Portanto


só é válida a primeira opção ou seja: b² = b=

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FA-51 _ Na divisão euclidiana de 802 por b o quociente é 14 e o resto r.
Determine b e r.
Resolução do livro: Por hipótese, 802 = b . 14 + r (r < b). Daí:
b = r b. Assim b e 802 < 15b. Os valores
possíveis para este sistema de desigualdades são b = 54, 55, 56 ou 57.
Logo, respectivamente: r = 46, 32, 18 ou 4.

n(n )
ostre que para todo n o número est em

e que seu algarismo das unidades não pode ser 2, nem 4, nem 7 e
nem 9.
n(n )
ugestão: e o algarismo das unidades de fosse um desses

o de n(n + 1) seria 4 ou 8. Mostre que isso não é possível.


É óbvio que n(n + 1) é par pois n ou (n + 1) é necessariamente par.
n(n )
ssim est em

Se o algarismo das unidades de n for 0, o de (n + 1) será 1 e assim por


diante. Se for 9 , o de (n + 1) será 0. Efetuando os possíveis produtos
dos algarismos das unidades de n e (n + 1) teremos:
= = = = =
= 7= 7 = 9=7 9 =
Ou seja, o algarismo das unidades de n(n + 1) só pode ser 0, 2 ou 6.
n(n )
essa forma o algarismo das unidades de de fato não pode ser

2, nem 4, nem 7 e nem 9, pois, de acordo com a sugestão, o de n(n + 1)


seria 4 ou 8, o que já vimos não ser possível.

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FA-53 _ Mostre que ( )b ( )b , para todo b > 1. Escreva o
quociente da divisão em termos da base b.
( )b = b b b =b b
( )b = b b b b b =b b =
= (b ) b = ,(b ) b-,(b ) b- =
= (b b )(b b )
Logo, ( )b ( )b , dando como quociente:
b b = (b ) b = ((b ) )
b

FA-54 _ Prove que:


a) em todo sistema de numeração de base b > 2 o número ( )b é um
quadrado perfeito;
Resolução do livro de a)
( )b = b b =( b)

b) em todo sistema de numeração de base b > 3, o número ( )b é


um cubo perfeito.
( )b = b b b = (b )

FA-55 _ Determinar as condições sobre os naturais b e d, b > 1 e d > 1,


a fim de que: ( )b = ( )d .
Inicialmente, ( )b b e( )d d , dado os algarismos
destes números. Daí:
( )b = ( )d b = d b = (d )
Porém notemos que d = b= ( ) = e isto não satisfaz a
condição inicial. Logo, ( )b = ( )d b = (d )ed .

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FA-56 _ Seja n um número natural e n = (ar ar a a ) sua
representação na base 5. Prove que: n (a a ar ).
Generalize este resultado para uma base qualquer b > 2.
Sugestão: Veja como foi justificado o critério de divisibilidade por 9 no
nosso sistema de numeração.
Observemos inicialmente que o resto da divisão de k por 4 é sempre
1, para todo k . De fato: = = . Vamos supor, para todo
r
r , = s . Daí:
r r
= =( s ) = s = ( s) =
= ( s )
Assim, para todo n na base 5:
r
n=a a ar =a a ( q ) ar ( q r )=
= (a a ar ) (a q ar qr ) = (a a ar ) q
Logo: n (a a ar ).

Para a generalização, devemos levar em consideração a base b, que


pode assumir uma das seguintes formas: 4q, 4q + 1, 4q + 2 (q ) ou
4q + 3 (q ). Examinemos cada um dos casos:
1º) b = 4q
n=a a b a r br = a a ( q) ar ( q)r =
=a (a q ar qr ) = a k
Daí: n a .

2º) b = 4q + 1
É fácil provar que para todo n , bn deixa resto 1 na divisão por 4.
Assim, utilizando a mesma argumentação no caso b = 5 acima obtemos
que: n (a a ar ).

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3º) b = 4q + 2
Observe: b = ( q ) = q q = ( q q ) b .
n
Assim: b (n ). Daí:
n=a a b a r br = a a ( q ) ar ( q )r =
=a a qa k a k r ar = (a a ) k
Daí: n (a a ).

4º) b = 4q + 3
Neste caso, observe que:
b =( q ) = q q 9= k (k )
b =b b=( k )( q )= k (k )

Ou seja, br = k r ou br = k r , conforme r seja par ou ímpar,


respectivamente:
Assim, se r for par:
n=a a b a r br = a a ( q ) ar ( q )r =
=a a ( q ) a ( k ) ar ( k r )=
= (a a a a ar ) m
Daí: n (a a a ar ).

E se r for ímpar:
n=a a b a r br = a a ( q ) ar ( q )r =
=a a ( q ) a ( k ) ar ( k r )=
= (a a a a ar ) m
Daí: n (a a a ar ).

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FA-57 _ (Fuvest-88)
1 a b c
3
a b c 4

Acima está representada uma multiplicação, onde os algarismos a, b e c


são desconhecidos. Qual o valor da soma a + b + c?
a) 5 c) 11 e) 17
b) 8 d) 14
a b c * 9+. O único valor de c multiplicado por 3 tal que o
algarismo da unidade do produto resultante seja 4 é c = 8.
Daí = , subindo duas unidades para a coluna das dezenas.
Na coluna das dezenas, o único valor de b multiplicado por 3 e somado
com 2 tal que a unidade resultante seja 8 é b = 2.
Por fim, na coluna das centenas, o único valor de a multiplicado por 3
tal que a unidade resultante seja 2 é a = 4.
Conclusão: a + b + c = 4 + 2 + 8 = 14 (Letra d).

FA-58 _ O produto de um número de três algarismos por 7 termina à


direita em 638. Ache esse número.
Seja abc este número (a b c * 9+).
O único valor de c multiplicado por 7 tal que o algarismo da unidade
do produto resultante seja 8 é c = 4. Daí 7 = , subindo duas
unidades para a coluna das dezenas.
Na coluna das dezenas, o único valor de b multiplicado por 7 e somado
com 2 tal que a unidade resultante seja 3 é b = 3. Daí 7 = ,e
novamente sobe duas unidades para a coluna das centenas.
Por fim, na coluna das centenas, o único valor de a multiplicado por 7 e
somado com 2 tal que a unidade resultante seja 6 é a = 2.
Conclusão: O número procurado é o 234.

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FA-59
a) Na divisão euclidiana de a por b, o quociente é 106 e o resto 304.
Qual o maior número de que se pode aumentar dividendo e divisor
sem que o quociente se altere?
Resolução do livro de a): Por hipótese a = b ( b)
Acrescentando x ao dividendo e ao divisor, se 106 é o quociente da
divisão de a + x por b + x, então (segundo 4 . 2):
(b ) a (b ) 7
Subtraindo 106b + x de cada um dos termos:
b
A última desigualdade se verifica para todo x pois 304 < b. Assim basta
estudar que fornece as soluções x = 0, 1 ou 2. A resposta é
então o número 2.

b) E se q = 356 e r = 4 623?
Analogamente à questão a), temos a = b ( b).
Adicionando x ao dividendo e ao divisor, se 356 é o quociente da
divisão de a + x por b + x , então:
(b ) a (b ) 7
Subtraindo 356b + x de cada um dos termos:
b
A última desigualdade se verifica para todo x pois 4623 < b. Estudando
obtemos = ou . A resposta é então o
número 13.

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FA-60 _ Se o algarismo das centenas do produto a5 . 164 é 9, determine
a (a representa um algarismo de nosso sistema de numeração).
= = =
= 7 =7 =9
= 7 = = 9
9 =
Das multiplicações efetuadas, a que satisfaz a condição do problema é
. Logo: a = 8.

FA-61 _ Quantos números há num sistema de numeração de base b,


formados de n algarismos? Qual o menor deles? (Escreva-o em função
de b).
Seja (an an a a )b a representação geral de um número de n
algarismos de base b > 1.
Como ai =* b + (i = n) e an , então, com
exceção de an , os demais n algarismos podem assumir, de forma
independente, os b valores distintos de , enquanto que an poderá
assumir somente b valores distintos.
Dessa forma, por combinação, existem (b ) bn números distintos
num sistema de numeração de base b formado de n algarismos.
O menor destes números será quando an = e os demais algarismos
forem iguais a zero, ou seja:
(an an a a )b = a a b a n bn a n bn =
= b bn bn = bn

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FA-62 _ Ache:
a) mdc(648, 140) e mmc(648, 140)
mdc(648, 140) = 4.mdc(162, 35) e pelas divisões sucessivas:
=
=
= 9
=9
9=
=
Assim: mdc(648, 140) = 4.mdc(162, 35) = 4.1 = 4.

mmc( )= = =

b) mdc(60, 132, 64) e mmc(60, 132, 64)


mdc(60, 132, 64) = mdc(64, 60, 132) = mdc(mdc(64, 60), 132) =
mdc(4, 132) = 4 já que 4|132.

mmc( ) = mmc(mmc( ) ) = mmc ( *=

= mmc(9 )= mmc( )= = visto que


mdc(80, 11) = 1.

FA-63 _ O máximo divisor comum de dois números é 48 e o maior deles


é 384. Ache o outro número.

esolução do livro: eja b o número procurado omo = então

b b
e mdc ( *= (corol rio propos ) ssim os valores

b
poss veis de são ou 7 e portanto b = ou

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FA-64 _ O máximo divisor comum de dois números é 20. Para se chegar
a esse resultado pelo processo das divisões sucessivas, os quocientes
foram, pela ordem, 2, 1, 3 e 2. Ache os números:
Indicando os números por a e b, pelo processo das divisões sucessivas:
a=b r
b=r r
r =r r
r =r
Como r = = mdc(a b), substituindo nos valores indicados:
r =r = =
r =r r = =
b=r r = =
a=b r = =
Os números portanto são 500 e 180.

FA-65 _ Encontre dois números naturais cuja soma é s = 304 e cujo


mdc é 16.
Resolução do livro: Se a e b são os números, então 304 : 16 = a : 16 + b
: 16 = 19. Como mdc(a : 16, b : 16) = 1, então a : 16 e b : 16 podem ser
iguais a: 1 e 18, 2 e 17, 3 e 16, 4 e 15, 5 e 14, 6 e 13, 7 e 12, 8 e 11, 9 e
10 (as demais possibilidades nada acrescentam à resposta). Logo as
soluções são: 16 e 288, 32 e 272, , 144 e 160 (9 ao todo).

FA-66 _ Ache dois números cujo produto é 4 800 e seu mdc é 20.
a b
e a e b são os números então = = = e como

a b
mdc ( *= os valores poss veis são e ou e e da a e b

poderão assumir 20 e 240 ou 60 e 80.

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FA-67 _ Prove que mdc(n, 2n + 1) = 1, para todo n .
De fato, 1|n e 1|(2n + 1). Supondo k divisor de n e 2n + 1, então:
kn k( n ) k n k( n ) k ,( n ) n- =

FA-68 _ Demonstre que dois números ímpares consecutivos são primos


entre si.
Resolução do livro: Se r é um divisor comum aos dois números, então r
divide 2, que é a diferença entre o maior e o menor. Logo, r = 1, pois r
não pode ser par, uma vez que é divisor de números ímpares.

FA-69 _ Se n e k são números naturais não nulos e mdc(n, n + k) = 1,


prove que mdc(n, k) = 1.
e fato ne k eja d’ divisor de n e k Então:
d n d k d n d (n k) d mdc(n n k) =

FA-70 _ Se a b , prove que mdc(a, ab + 1) = mdc(b, ab + 1) = 1.


e fato ae (ab ) eja d’ divisor de a e ab Então:
d a d (ab ) d ab d (ab ) d ,(ab ) ab- =

FA-71 _ Prove que mdc(a + bc, b) = mdc(a, b) para quaisquer


a b c .
Resolução do livro: Seja d = mdc(a, b) e provemos que d = mdc(a + bc,
b). Como d|a e d|b, então d divide a + bc. Seja r um divisor de a + bc e
de b; de r|b resulta que r|bc; então r|(a + bc) e r|(bc) e portanto r|a;
dividindo a e b, então r|d = mdc(a, b).

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FA-72 _ (Magistério 1º e 2º graus – SP-86) Sendo q um número natural
diferente de zero e = *n : n é múltiplo de q+, a frase verdadeira
é:
a) =
b) se p q, então =
c) se r r então
d) existe q , q > 0 tal que =
e) = , onde r = mdc(p, q)
R) r r q r. Como todo múltiplo de r é, por transitividade,
múltiplo de q, então . Logo, a resposta é a letra c.

FA-73 _ Se a e b são números naturais primos entre si, prove que


mdc(a b a ab b ) = .
A partir da hipótese: mdc(a ab) = a e mdc(ab b ) = b.
Seja d tal que d (a b) e d (a ab b ). Então:

d (a b) d (a b) = a ab b
d (a b) e d (a ab b ) d (a b) (a ab b ) = ab
d (a b) d (a b) a = a ab
d (a ab b ) e d (a ab) d (a ab b ) (a ab) = b
Logo: d (ab) e d b d mdc(ab b ) = b

d (a b) d (a b) b = ab b
d (a ab b ) e d (ab b ) d (a ab b ) (ab b )=a
Logo: d a e d (ab) d mdc(a ab) = a

Por fim: d a e d b d mdc(a b) = .

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FA-74 _ Se a, b e c são números naturais e b|c, prove que mdc(a, b) =
mdc(a + c, b).
Seja d = mdc(a, b). Como d|a e d|b, e pela hipótese, b|c, então pela
transitividade d c a : d a e d c d (a c)
eja d’ tal que d’ (a c) e d’ b Novamente b c e pela transitidade
d’ c a : d’ (a c) e d’ c d’ a
inalmente: d’ a e d’ b d’ mdc(a b) = d

FA-75 _ Se a, b e c são números naturais não nulos, prove que mdc(a. b)


é um divisor de mdc(a, bc).
De fato sejam d = mdc(a b) e d’ = mdc(a bc) ela definição d a e d b
donde segue que d a e d bc e portanto d mdc(a bc) = d’

FA-76 _ Se mdc(a, c) = 1, prove que mdc(a, bc) = mdc(a, b), para todo
b .
Resolução do livro: Da hipótese decorre que mdc(ab, bc) = b. Como
porém mdc(ab, bc) é divisível por mdc(a, bc), devido ao exercício 75,
então mdc(a, bc)|b; observando que mdc(a, bc)|a, conclui-se então que
mdc(a, bc)|mdc(a, b). Levando em conta que mdc(a, b)|mdc(a, bc),
ainda devido ao exercício 75, fica estabelecida a igualdade do
enunciado.

FA-77 _ Se mdc(a, 4) = 2 e mdc(b, 4) = 2, prove que mdc(a + b, 4) = 4.


Da hipótese, a e b são pares, já que 2|a e 2|b. Mostremos agora que
tanto a quanto b são da forma k (k ). Conforme a divisão
euclidiana de a por 4:
a= k r (r = ou )

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Porém se r = 1 ou r = 3 teríamos a = k = ( k) ou
a = 4k + 3 = 4k + 2 + 1 = 2(2k + 1) + 1. Absurdo pois a é par.
E se r = 0, então a = k a, e daí mdc(a, 4) = 4, absurdo segundo a
hipótese.
Logo a = 4k + 2. Analogamente, b = 4m + 2 e portanto:
a b=( k ) ( m )= k m = (k m )
Donde implica que 4|(a + b), concluindo que mdc(a + b, 4) = 4.

FA-78 _ Sejam a, b e c três números ímpares arbitrários. Prove que:


a b a c b c
mdc(a b c) = mdc ( *

Provemos antes o seguinte: Se c é um divisor de dois números naturais


ímpares, então c divide a média aritmética entre eles.
Da hipótese, c é ímpar (divisor de números ímpares) e portanto
c= k (k ) inda: c a e c b c (a b) e como a soma de dois
números ímpares resulta num par, a b = m (m ) e daí c m. No
entanto, mdc(c = m ) = (Veja FA-70 tomando a = 2). Assim:
a b
c m e mdc(c ) = cm=

Retornando à questão, seja d = mdc(a, b, c). Pela proposição anterior:


a b a c b c
d d e d

a b a c b c
onsiderando d tal que d d e d teremos:

a b a c a b c b c
d e d d =a

b c b c
d a e d d a

Analogamente, d b e d c, concluindo que d mdc(a b c) = d.

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FA-79 _ Prove que o produto de três números naturais consecutivos é
divisível por 6.
Sugestão: Se 2|a e 3|a, então 6|a, pois mdc(2, 3) = 1.
Seja a = n(n )(n ) (n ). É óbvio que um dos fatores é
forçosamente par, ou seja, 2|a. Provemos também que, de fato, pelo
menos um dos fatores é divisível por 3. Pela divisão euclidiana de
n por 3:
n= q r (r = ou )
Assim:
r= n= q n.
r= n= q n = q = (q ) (n )
r= n= q n = q = (q ) (n )
Logo, 3|a, e a sugestão do problema encerra a demonstração.

FA-80 _ (Unicamp-88) Os planetas Júpiter, Saturno e Urano têm


períodos de revolução em torno do Sol de aproximadamente 12, 30 e
84 anos, respectivamente. Quanto tempo decorrerá, depois de uma
observação, para que eles voltem a ocupar simultaneamente as
mesmas posições em que se encontravam no momento da observação?
Basta encontrar o mínimo múltiplo comum dos períodos de revolução
dos planetas em torno do Sol. Assim:
mmc(12, 30, 84) = mmc(mmc(12, 30), 84) = mmc(60, 84) = 420
anos.

FA-81 _ Determine todos os números de três algarismos divisíveis por


8, 11 e 12.
mmc(8, 11, 12) = 264. Basta encontrar os múltiplos de 264 tais que
100 < 264n < 1000 que são e , ou seja, 264,
528 e 792.

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FA-82 _ Determine o menor número natural que dividido por 12, 20 e
38 dá o mesmo resto 10.
Para manter o resto 10 fixo, é necessário encontrar o mínimo múltiplo
comum destes números acrescido de 10, ou seja:
mmc(12, 20, 38) = mmc(mmc(12, 20), 38) = mmc(60, 38) = 1140
Então, 1140 + 10 = 1150 é o número encontrado.

FA-83 _ (Cesgranrio-88) Seja N um inteiro tal que 200 < N < 300; seja
igual a 2 o resto da divisão de N por 3, por 5 ou por 8. Então a soma dos
algarismos de N é:
a) 5 b) 7 c) 8 d)10 e)12
Da mesma maneira do exercício anterior: mmc(3, 5, 8) = 120. Logo N é
igual a um múltiplo de 120 acrescido de 2 e que está entre 200 e 300.
Ou seja: N = 120.2 + 2 = 242. A soma dos algarismos é, portanto,
igual a 8 (Letra c).

FA-84 _ Ache dois números naturais conhecendo seu mdc 12 e seu


mmc 240.
Resolução do livro: Sejam a e b os números. Então 12 . 240 = ab, em
virtude da proposição 4.
a b a b a b
a = e como mdc ( *= então = e =

a b
ou = e =

As possíveis soluções são, portanto: 12 e 240 ou 48 e 60.

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FA-85 _ Ache dois números naturais cuja soma é 120 e cujo mmc é 144.
Sejam a e b os números. Como m = mmc(a, b) = 144 então a, b > 0 e
portanto (vide FA-96):
mdc(a, b) = mdc(a + b, m) = mdc(120, 144) = 24
a b a b
ssim: a b= = e sabendo que mdc ( *=

a b
os únicos valores poss veis são = e = (ou vice versa porém

nada acrescenta, e notemos que para 1 e 4 os valores de a e b não


satisfazem a condição do mmc).
Os números encontrados são, portanto, a = 48 e b = 72.

FA-86 _ Seja m o mínimo múltiplo comum de dois números naturais


não nulos a e b. Prove que:
m m
mdc . /=
a b
ab m ab b
e fato seja d = mdc(a b) então m = = =
d a d a d
m a
o mesmo modo: = e como j sabemos:
b d
m m a b
mdc . / = mdc ( *=
a b d d

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r s t
FA-87 _ (Fuvest-84) Sejam m = n= ep=
a) Quantos divisores de m são múltiplos de 100?
m= =( )( ). Mantendo ( )= fixo,
obteremos através da fórmula do número de divisores de a
quantidade de divisores de m múltiplos de 100.
( )=( )( )= =
Logo, existem 20 divisores de m multiplos de 100.

b) Escreva as condições que devem satisfazer r, s e t para que n seja


divisor comum de m e p.
mdc(m p) = . Para n = r s t ser divisor comum de m e p,
deverá também ser divisor de mdc(m, p), ou seja, devemos ter:
r s= t

FA-88 _ Decomponha em fatores primos:


a) 51 262 = 9 7
b) 20 305 = 5 . 31 . 171
c) 123 057 =

FA-89 _ Dados a b c , através de sua decomposição canônica:


a= 97 b= 9 c= 9 7 , ache:
i) mdc(a, b) = 9 7 = 9
ii) mdc(b, c) = 9 7 = 9
iii) mdc(a, b, c) = 9 7 = 9
iv) mmc(a, c) = 9 7
v) mdc(a, b) = 9 7

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Para este exercício bastou aplicar a regra elementar, segundo o qual o
máximo divisor comum de dois ou mais números naturais não nulos é
o produto dos fatores primos comuns, cada um com o menor expoente,
ao passo que o mínimo múltiplo comum é o produto dos fatores
primos comuns, cada um com o maior expoente.

FA-90 _ (Magistério – 1º e 2º graus – SP-86) Sejam a e b números


naturais, não primos entre si, cujo produto é 420. O máximo divisor
comum de a e b é:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 5 e) 7
a b= = 7. Da decomposição deste produto, concluímos
que a e b somente podem ser pares. De fato, supondo b ímpar, então
residiriam apenas os fatores 3, 5 ou 7 em sua decomposição.
Lembrando da regra elementar citada anteriormente e do fato de 3, 5 e
7 estarem elevados à unidade, teríamos mdc(a b) = 7 = ,
o que não é possível segundo o problema. Assim, a e b possuem o fator
2 em comum e mdc(a b) = 7 = (Resposta letra b).

FA-91 _ Verifique se são primos ou não os números: 269, 287 e 409.


269 é primo pois √ 9 e nenhum primo p divide 269 (crivo
de Eratóstenes).
287 não é primo pois é divisível por 7.
409 é primo pois √ 9 e nenhum primo p divide 269 (crivo
de Eratóstenes).

FA-92 _ Ache três pares de números a b de modo que mdc(a, b) =


11 e mmc(a b) = 9 .
11 e 9 / e 9 / e 9

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FA-93
a) Mostre que todo número primo é da forma 4k + 1 ou 4k + 3.
Resolução do livro de a) Pelo algoritmo da divisão, aplicado a um
número a (dividendo) e a 4 (divisor): a = 4k, a = 4k + 1,
a = 4k + 2, e a = 4k + 3. O primeiro e o terceiro casos representam
números compostos (são múltiplos de 2). Restam: a = 4k + 1 ou
a = 4k + 3.

b) Mostre que todo número primo é da forma 6k + 1 ou 6k + 5.


Pelo algoritmo da divisão, aplicado a um número a (dividendo) e a
6 (divisor): a = 6k, a = 6k + 1, a = 6k + 2, a = 6k + 3, a = 6k + 4, ou
a = 6k + 5. O primeiro é um número composto (múltiplo de 6).
Também temos o terceiro e quinto (múltiplos de 2) e o quarto
(múltiplo de 3). Restam: a = 6k + 1 ou a = 6k + 5.

FA-94 _ (Fuvest-77) Sejam a e b números naturais e p um número


primo.
a) Se p divide a b e p divide a, então p divide b.
b) Se p divide ab, então p divide a e divide b.
c) Se p divide a + b, então p divide a e divide b.
d) Se a divide p, então a é primo.
e) Se a divide b e p divide b, então p divide a.
Qual destas afirmações é correta?
A resposta correta é a da opção a). Da hipótese, p (a b )ep a
p (a b )ep a p ,(a b ) a - = b . Ora, se p é um divisor
primo de b , o teorema fundamental da aritmética obriga que p esteja
na decomposição em primos de b . Como todo fator primo de b
também é de b, então figura em b o fator primo p, ou seja, p|b.

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FA-95 _ Se a soma de dois números naturais não nulos é um número
primo, prove que esse números são primos entre si.
Sejam a b e d = mdc(a, b).
Da definição d|a e d|b, e portanto d|(a + b). Considerando a + b um
número primo, então d = 1 ou d = a + b. No entanto, se tivéssemos
d = a + b, teríamos (a + b)|a e a + b > a, o que é um absurdo.
O mesmo aconteceria com b.
Assim, d = 1, ou seja, a e b são primos entre si.

FA-96 _ Se m = mmc(a, b), mostre que mdc(a + b, m) = mdc(a, b),


sempre que a, b > 0.
a b
esolução do livro: eja d = mdc(a b) omo mdc ( *= então
d d
a b a b
mdc ( *= (ver e emplo ) a (propos ):
d d d d
ab
mdc (a b *=d u seja:
d
mdc(a + b, m) = d = mdc(a, b)

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FA-97 _ Por meio do crivo de Eratóstenes, ache todos os números
naturais primos menores que 150.
Como 11 < √ < 13 então basta aplicar os cortes nos múltiplos de 2,
3, 5, 7 e 11, conforme tabela abaixo:
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110
111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130
131 132 133 134 135 136 137 138 139 140
141 142 143 144 145 146 147 148 149 150

FA-98 _ Mostre que todo primo da forma 3n + 1 é necessariamente da


forma 6m + 1.
Seja p = 3n + 1 e suponhamos n ímpar, digamos n = 2m + 1 (m ).
Assim: p = 3n + 1 = 3(2m + 1) + 1 = 6m + 4 = 2(3m + 2). Absurdo,
visto que é um número composto porém p é primo.
Logo: n = 2m e p = 3n + 1 = 3(2m) + 1 = 6m + 1.

FA-99 _ Prove que todo número natural do tipo 3n + 2 admite um


divisor do mesmo tipo.
Resolução do livro: Os divisores primos de 3n + 2 são de dois tipos:
3r + 1 e 3s + 2. Se todos fossem do primeiro tipo, então:
n =( r )( r ) ( rk )= r
o que não é possível.

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FA-100 _ Se p é um número natural primo e se a é um inteiro tal que
p
1 < a < p, prove que p divide . /.
a
p p(p ) (p a )
embrete: . / =
a a
Provaremos duas proposições primeiramente, de modo que a
resolução do exercício seja feita de forma mais fácil.

1ª) O produto de n números naturais consecutivos é divisível por n!


Usaremos o primeiro princípio de indução sobre n (n ). O resultado
é óbvio para n = 1. Se n = 2, como em um produto de dois naturais
consecutivos um é necessariamente par, então 2! = 2 divide este
produto.
Seja n e admitamos, por hipótese de indução, que (n ) divide o
produto de n naturais consecutivos.
Agora consideremos o produto de n naturais consecutivos.
Seja (k) = (k )(k ) (k n) a representação deste produto de
n naturais consecutivos (k ). Agora aplicaremos a indução sobre k.
Se k = 0, então ( ) = ( )( ) ( n) = n=n e
portanto n ( ) Suponhamos que n (k). Então:
(k ) = (k )(k ) (k n )=
= ,(k )(k ) (k n)-(k ) ,(k )(k ) (k n)- n
A primeira parcela desta soma é igual a P(k), que é , segundo a
hipótese, divisível por n!.
A segunda parcela desta soma é igual a n vezes o produto de n
termos consecutivos, isto é, n vezes algum múltiplo de (n ) (já
considerando a hipótese de indução anterior). Claramente, n vezes
algum múltiplo de (n ) é múltiplo de n!.
Desta forma, ambas as parcelas são divisíveis por n! e portanto
n (k ), concluindo a nossa demonstração por indução.

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n
2ª) Se n e k são números naturais, k n, então . / .
k
n n(n ) (n k )
ela f rmula e ibida no e erc cio: . / =
k k
Observe que o numerador é um produto de k naturais consecutivos. De
acordo com a proposição anterior, k! divide este numerador.
n
Assim: . / .
k

Voltemos à questão propriamente dita. Temos que:


p p(p ) (p a ) p(p ) (p a ) (p a)
. /= = =
a a a (p a)
p p (p )
= =
a (p a) a (a ) (p a)
p (p ) p p
a . /=p =p . / p a . /
a (a ) (p a) a a

p p
Por fim: p a . / e mdc(p a) = p . /, e concluímos o exercício.
a a

FA-101 _ Seja n . Mostre que entre n e n! existe um primo p.


Sugestão: Considere n .
Se n = 2, temos 2! = 2.1 = 2 e o primo existente é 2. Seja n > 2 e
suponhamos que não existam primos entre n e n!.
Consideremos n . Obviamente, n n n . Como n ,
então n admite um divisor primo p, que segundo a hipótese, não
pode estar entre n e n!. Portanto: p n.
Porém, para todo k, k n, k divide n!, pois n = n(n ) .
Assim p n .
Logo: p n e p (n ) p . Absurdo. Então realmente deve existir
um primo no intervalo de n à n!.

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FA-102 _ Sejam a, b e p números naturais, sendo p primo. Se mdc(ab, p)
= 1, prove que: pk |(apk bps ) k = s e p|(a b)
Mostremos primeiramente que:
mdc(ab, p) = 1 mdc(a p) = mdc(b p) =
Seja d = mdc(a, p). Como d|a e d|p e p é primo, então d = 1 ou d = p.
Se tivéssemos d = p então ter amos p a p (ab) e portanto
mdc(ab, p) = p, absurdo conforme a hipótese. Logo d = mdc(a, p) = 1.
Analogamente, d = mdc(b, p) = 1.

Agora voltando ao problema:


( ) ek s então k s, e daí pk ps pk bps .
pk (apk bps ) e pk bps pk apk .

Como apk é múltiplo de pk e pk pk , então a deve conter pelo


menos um fator primo p. Absurdo pois mdc(a, p) = 1.
Analogamente absurdo para s < k. Pela tricotomia: k = s. Assim:
-
pk |(apk bpk ) pk |pk (a b) p pk pk (a b) p (a b)

(⇐) e fato:

p (a b) p pk pk (a b) pk (apk bpk ) = (apk bps )

FA-103 _ Se a e b são números naturais primos entre si, prove que


an bm também o são, para quaisquer n m .
Resolução do livro: Vamos supor mdc(an bm ) . Então an e bm
admitem um divisor primo comum p. Se n = 1, então p|a; se n > 1,
então p|a ou p an ; por indução: p|a. Analogamente p|b. Absurdo.

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n
FA-104 _ Se (n ) é primo, prove que n também é primo.
Sugestão: Se n fosse composto, n = rs (r, s > 1) então n poderia
ser fatorado não trivialmente (em fatores maiores que 1) segundo a
fórmula do exercício 25-d.
Dada a sugestão:
rs
= ( r )s =( r
)(( r )s ( r )s ( r) r
)
Ambos os fatores são distintos e maiores do que 1, pois r , mas isto
contradiz com a hipótese do problema.

FA-105 _ Qual o menor natural que admite 15 divisores? E o menor que


admite 20 divisores?
Observemos que 15 = 3.5 = (2 + 1)(4 + 1). Façamos a procura dos
menores primos elevados à segunda e quarta potências, que são
ou . O menor é = .
Analogamente, 20 = 4.5 = (3 + 1)(4 + 1), e teremos ou .O
menor é = .

FA-106 _ Prove que um número natural não nulo tem um número


ímpar de divisores se, e somente se, esse número é quadrado perfeito.
Seja n = p p ps s onde s , cada fator pi é primo e pi pj
sempre que i j, e seja (n) o número de divisores de n .
Se (n) é ímpar, então:
(n) = ( )( ) ( s )=
Se o produto de s fatores resulta num número ímpar, então cada um
dos fatores é ímpar (generalização óbvia do exercício FA-38(b)), ou
seja:
( i ) = ki ( i s)
Do cancelamento da adição, i = k i , para todo índice i, e portanto:

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k k ks k k k
n=p p ps n = .p p ps s /

sendo n quadrado perfeito.

Quanto à recíproca, n = p p ps s n =p p ps s
e daí:
(n ) = ( )( ) ( s )=
e o número de divisores de n é ímpar.
Em particular, n = 1 = ( ) = , ímpar.

FA-107 _ Mostre que (n) = se, e somente se, n é primo.


Se n fosse composto, teríamos n = ab (a, b > 1) e como 1, a e b dividem
n, então (n) . Absurdo. A recíproca é imediata, pois se n é primo,
os únicos divisores são 1 e n, e daí (n) = .

FA-108 _ Determine e para que n = 7 tenha 84 divisores.


(n) = ( )( )( )= ( )( )= 7
( )( )=( )( ) = e = ou = e = .

FA-109 _ Seja n um número natural livre de quadrados (n não é


divisível por nenhum quadrado perfeito). Se r é o número de fatores
primos de n, mostre que (n) = r .
Resolução do livro: Sendo n livre de quadrados e sendo p pr seus
fatores primos, então n = p p pr .
r
Logo, (n) = ( )( ) ( )= .

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FA-110 _ Mostre que todo número natural n > 2 pode ser escrito
n = k m, onde k e m é ímpar.
De fato, é rápido representar qualquer natural n > 2 como o produto
de primos da forma n = k p p ps s , onde k i e pi
( i s).
Assim, se n é par, então k > 0 e p p ps s = m, ímpar.
Se n é potência de 2, então k > 0 e todos os expoentes de p ps são
nulos, resultando em 1, também ímpar.
Por fim, se n é ímpar, então k = 0 e p p ps s = m, ímpar.

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FA-111 _ Calcule (n) para n = .
( )=
( )= =
( )= =

( )= ( )= = =7

( )= =
( )= ( )= ( ) ( )= =
(7) = 7=

( )= ( )= = =

(9) = ( )= = =

( )= ( )= ( ) ( )= =

FA-112 _ Mostre que não são perfeitos os números:


a) ( )
Seja n = ( ). Então:
( )= ( )( )= ( )( )( )
= 7 7 = 7 7

(n) = ( ) ( ) ( ) ( 7) ( 7) = =

=( ) ( )( )( )= ( )

n= ( )= ( )
Obviamente (n) n visto que .

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b) 691

√ 9 7. Os primos menores que 26 são 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17,


19 e 23. Nenhum deles divide 691.
Logo 691 é primo (crivo de Eratóstenes).
Obviamente: ( 9 ) = 9 9 = .

FA-113 _ Prove que um número primo não pode ser perfeito.


Se um número primo p fosse perfeito, como os únicos divisores de p
são 1 e p, então teríamos (p) = p = p , o que implica p = 1;
absurdo pois p é primo.

FA-114 _ Prove que:


a) Um número perfeito nunca é uma potência de um número primo.
Seja p uma potência de um número primo p ( ). Supondo p um
número perfeito e levando em conta os divisores pp p de p ,
então:
(p ) = p = p p p p = p p p
Porém, para todo a a a a a (FA-25(h)), o que
mostra que a igualdade acima é um absurdo, ou seja, um número
perfeito nunca é uma potência de um número primo.

b) Um número perfeito nunca é um quadrado perfeito.


Um número quadrado perfeito n pode ser representado da forma

n = (p pk k )
onde cada fator pi ( i k) é primo, pi pj sempre que i j, além
de i .

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A soma dos divisores de n é dada por:
k k

(n) = ∏ (pi i ) = ∏( pi pi i )
i i

Observe que, para todo i k, o termo pi pi i é ímpar.


De fato, cada parcela deste somatório é individualmente ímpar e temos
um número ímpar de parcelas (mais precisamente i parcelas).
Como o produto de ímpares também é ímpar, então conclui-se que
(n) é necessariamente ímpar. Entretanto, se n fosse perfeito, teríamos
por definição (n) = n, que é um número par. Absurdo conforme
mostrado anteriormente.
Logo, um número perfeito nunca é um quadrado perfeito.

c) Um número perfeito nunca é o produto de dois números primos


ímpares.
Resolução do livro de c): Vamos supor n = pq, onde p e q são primos
ímpares, p q (o caso p = q cai em b). Então:
p q
(n) = = (p )(q ) = n = pq
p q
Daí segue que pq = p + q + 1. Mas é fácil provar que se p e q são
números naturais , então pq > p + q + 1 (por indução sobre q, por
exemplo). Este absurdo mostra que não pode ocorrer n = p . q, nas
condições supostas.

FA-115 _ Use o teorema de Euler já citado, segundo o qual todo número


perfeito par é da forma k ( k ), onde k é primo, para
provar que todo número perfeito par é um número triangular.
De fato:
k k
k k k k
( )
( )= ( )=
k k
( ) ,( ) -
= = ( k )

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FA-116 _ Um número natural se diz abundante se (n) ne
deficiente se (n) n.
a) Classifique em deficientes, perfeitos ou abundantes os números
.
(n) para já foi calculado no exercício FA-111.
Calcularemos os restantes e depois classificaremos:
( )= =
( )= ( ) ( )=7 =
( )= =
( ) = ( 7) = ( ) (7) = =
( )= ( )= ( ) ( )= =
Deficientes: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 13, 14 e 15.
Perfeitos: 6
Abundantes: 12

b) Ache todos os números deficientes e todos os abundantes da forma


s
(s ).
s)
( = ( ) ( s) = ( s
)
( s) s
=
Provaremos por indução que, para todo número natural s :
( s) s

s= = = = (Verdadeiro)
Seja k e suponhamos, por hipótese de indução, que
k k
( )
então:
k k k k k k
( ) ( )
k k ( ) k k k
( ) = =
k k k k k
( )

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k k k
( )

Como k então ( k
) k
e a demonstração
por indução está completa.
s
Portanto, todos os números da forma (s ) são deficientes.

FA-117 _ Mostre que todo múltiplo de um número perfeito, diferente


do próprio número e de zero, é abundante.
Seja n este número perfeito e consideremos zn (z ) múltiplo de n.
Então:
d zn

(zn) = ∑ d zn
d zn

Sejam d dk (k ) os divisores de n, distintos entre si e de n.


Temos que:
n z zn
d n zd zn

dk n zdk zn
Como n é perfeito e z , teremos que:
d zn d zn

z zd zdk ∑ d z( d dk ) ∑ d
d zn d zn

d zn

zn ∑ d
d zn

d zn

Note que não poderemos ter z zd zdk ∑ d visto que


d zn

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d zn

d dk também estão presentes no somat rio ∑ d


d zn

Por fim:
d zn d zn

zn ∑ d (zn) ∑ d zn = (zn)
d zn d zn

(zn) (zn) (zn) (zn) (zn)


concluindo que (zn) é abundante para todo z .

FA-118 _ Se n é um número perfeito par e se d|n, 1 < d < n, mostre que


d é deficiente.
dn n = dr (r r n)
Note que se q|d, então q.r|d.r = n.
Suponhamos que (d) d. Então:

d (d) dr = n r (d) = r ∑ q = ∑ (q r) ∑ d = (n)


qd qd dn

n (n)
Absurdo pois (n) é perfeito. Logo (d) d e portanto d é deficiente.

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FA-119 _ Se n > 2 e se 2n + 1 é primo, prove que a = n( n ) é um
número abundante.
A resolução do livro não está correta. Primeiro porque mostra apenas
que (a) a e não que (a) a. Segundo porque esta proposição
não é verdadeira conforme irei mostrar neste contra-exemplo.
Para n = 5, temos que 2.5 + 1 = 11 é primo, a = 2.5(2.5+1) = 10.11 e
então:
(a) = ( )= ( ) ( )= =
a= =
Daí teremos (a) a para n = 5, o que mostra que a proposição do
exercício não é necessariamente verdadeira.

eja n um número perfeito rove que ∑ =


d
dn

Nota: O somatório é estendido a todos os divisores de n (inclusive


1 e n) e a apenas estes números.
esolução do livro: ejam d d dr os divisores de n
n n
Então também são os divisores (todos) de n e fato como
d dr
n n n n
n= di então divide n (i = r) por outro lado se =
di di d i dj
então di = dj . Logo:
n
∑ =∑ d = n
d
dn dn

do que resulta

n∑ = n
d
dn

e portanto

∑ =
d
dn

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FA-121 _ Use o resultado anterior para provar que se n é perfeito e d|n,
d n, então d não é perfeito.
Se d|n e d n, então d n. Se n é perfeito, então conforme o
exercício anterior:

∑ =
k
kn

omo todo divisor d’ de d também é por transitividade divisor de n


mas nem todo divisor de n é divisor de d, então teremos que:
cd

∑ =∑ ∑
k d c
kn d d cn

cd

bserve que ∑ pois contém o elemento no somat rio


c n
cn

Logo:
cd cd

∑ ∑ = e ∑ ∑
d c c d
d d cn cn d d

∑ d não é perfeito
d
d d

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FA-122 _ Mostre que, para todo n n (n) n .
Para n = 1, teremos ( ) (Verdadeiro).
Consideremos n = p p pk k , onde cada fator pi é primo, pi pj
sempre que i j e i (i = k). Então:
(n) = (p )(p ) (pk k )

Neste produto o primeiro fator é p , o segundo p o último


pk k . Logo (n) n.
Observe que, para todo i (i = k)
(h) (g)
i i i
(pi ) pi pi
k
Logo: (n) p p pk = (p p pk k ) = n .

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FA-123 _ Determine os ternos pitagóricos primitivos correspondentes
aos seguintes pares de números naturais u, v, conforme o teorema 4:
u v a = 2uv b=u v c=u v

a) 9 5 90 56 106
b) 11 10 220 21 221
c) 10 7 140 51 149
d) 11 6 132 85 157

Nota: O único terno não primitivo do quadro acima é o da letra a), mas
podemos obtê-lo conforme: (90, 56, 106) = 2.(45, 28, 53), e como
mdc(45, 58, 53) = 1, então (45, 28, 53) é o terno pitagórico primitivo
procurado.

FA-124 _ Ache todos os ternos pitagóricos primitivos das formas:


a) (12, b, c)
Sendo 12 = 2uv, b = u v ec=u v , onde u v ,
mdc(u, v) = u v um par e outro mpar obtemos: = uv
uv = 6, dando como possíveis soluções u = 3 e v = 2 ou u = 6 e v = 1.
Assim, os ternos são (12, 5, 13) ou (12, 35, 37).

b) (a, 8, 6)
o mesmo modo da letra a): uv = uv = u= ev= eo
único terno é (15, 8, 17).

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FA-125 _ Seja (a, b, c) um terno pitagórico no qual a e c são números
naturais consecutivos. Mostre que a = 2t(t + 1), b = 2t + 1 e
c = 2t(t + 1) + 1, para algum t e que, portanto, (a, b, c) é primitivo.
Seja c = a + 1. Como mdc(a, b, a + 1) = mdc(a, a + 1, b) =
mdc(mdc(a, a + 1), b) = mdc(1, b) = 1, o terno pitagórico é primitivo.
Notemos que: a b = (a ) b = (a ) a = a , ou
seja, b é mpar b é mpar e portanto a é par
Daí existem u t , mdc(u, t) = 1, u > t, um par e outro ímpar, de
maneira que: a = 2ut, b = u t ec = u t .
Porém: c = a u t = ut u ut t =
(u t) = u t= u=t .
Logo:
a = ut = tu = t(t )
b=u t = (t ) t = t
c=a = t(t )

FA-126 _ Mostre que (3, 4, 5) é o único terno pitagórico primitivo cujos


termos são números naturais consecutivos.
Considere o terno pitagórico (a, a + 1, a + 2) (a ). Resolvendo a
equação temos que:
a (a ) = (a ) a (a a )=a a
a a =
Esta equação do segundo grau fornece como soluções a = ou a =
(este não pertence aos naturais), e de fato o único terno pitagórico
formado por números naturais consecutivos é (3, 4, 5).

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FA-127 _ Seja (a, b, c) um terno pitagórico tal que c = b + 2. Prove que
existe r tal que a = r b = r ec=r . Esse terno é
primitivo?
Primeiramente:
a =c b = (c b)(c b) = (b b)(b b) = ( b )
Logo: a é par a é par.
Suponhamos b par, ou seja, b = b , e daí c = b = (b ).
Como o máximo divisor comum de dois pares consecutivos é 2 e
a é par, então:
mdc(a, b, c) =mdc(a, b, b + 2) =
= mdc(a, mdc(b, b + 2)) = mdc(a, 2) = 2
Logo, (a, b, c) = (a b c ), onde (a b c ) é pitagórico primitivo e
c =b .
A partir deste fato, em virtude do exercício FA-125, temos que
a = t b = t(t ) e c = t(t ) , para algum t , e daí
(a, b, c) = ( ( t ) t(t ) t(t ) )
Seja r = 2t + 1. Observemos que:
( t ) = t t = t(t )=b
( t ) =c
Logo existe r = t tal que a = r b = r ec=r ,ea
condição de b par é satisfeita.

Supondo agora b ímpar. Como dois números ímpares consecutivos são


primos entre si (FA-68), então:
mdc(a, b, c) = mdc(a, mdc(b, b + 2)) = mdc(a, 1) = 1
Logo, existem r s , mdc(r, s) = 1, r > s, um par e outro ímpar, de
maneira que: a = 2rs, b = r s ec =r s .
Porém,
c=b r s =r s s = s = s=
concluindo também que: a = r b = r ec=r .

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Dos dois casos considerados, segue-se que o terno não é
necessariamente primitivo.

FA-128 _ Se (a, b, c) é um terno pitagórico, prove que a ou b.


Resolução do livro: Vamos supor que ae b. Então: (a = 3t + 1 ou
a = 3t + 2) e (b = 3r + 1 ou b = 3r + 2). Supondo, por exemplo,
a = 3t + 2 e b = 3r + 1, então a b =( t ) ( r ) =
3q + 2, onde q = t r t r . Assim, teríamos que ter
c = q . Mas isso não é possível, como se pode verificar para todas
as formas possíveis de c: c = 3s, c = 3s + 1 ou c = 3s + 2. De fato, se
por exemplo c = 3s + 2, então c = 9s s = u .
Para os demais casos, o procedimento é o mesmo.

FA-129 _ Seja (a, b, c) um terno pitagórico cujos termos, na ordem em


que aparecem, formam uma progressão aritmética. Prove que existe
r de modo que a = 3r, b = 4r e c = 5r.
Se o terno (a, b, c) forma uma progressão aritmética, então b = a + r e
c = a + 2r, onde r é a razão da P.A. (r ). Como o terno (a, b, c)
também é pitagórico, então:
a b =c a =c b a = (c b)(c b)
a = (a r a r)(a r a r) = ( a r) r
a = ar r a ar = r (a r) r = r
(a r) = r = ( r) (a r) = r a= r
Logo, se o terno (a, b, c) é pitagórico e forma uma P.A., então a = 3r,
b = 4r e c = 5r, onde r é a razão da P.A.

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FA-130 _ Seja (a, b, c) um terno pitagórico tal que b é ímpar. Prove que
4|a.
Conforme já visto no livro,
a = kuv b = k(u v ) e c = k(u v )
onde k, u e v são convenientes números naturais não nulos. Se k é par
então 4|a. Mas de qualquer forma, para k ímpar, u e v não podem ser
ambos ímpares ou pares, pois o fator (u v ) de b seria par, donde b
é par, o que contraria o fato de b ser ímpar. Assim, u ou v é par, e
portanto 4|a.

FA-131 _ Se (a, b, c) é um terno pitagórico primitivo, mostre que um de


seus termos é necessariamente múltiplo de 5.
Se (a, b, c) é um terno pitagórico primitivo, então
a = uv b = (u v ) e c = (u v )
onde u v , mdc(u, v) = 1, u > v, um par e outro ímpar. Se u e v
fossem múltiplos de 5, ou seja, 5|u e 5|v, teríamos que 5|a, 5|b e 5|c, o
que não é possível pois mdc(a, b, c) = 1. Se 5|u ou 5|v, então 5|a.
A tabela abaixo mostrará as formas de a, b e c com base nas formas
restantes de u e v.
u v a = uv b = (u v ) c = (u v )
5k + 1 k’ q q q
5k + 1 k’ q q q
5k + 1 k’ q q q
5k + 1 k’ q q q
5k + 2 k’ q q q
5k + 2 k’ q q q
5k + 2 k’ + 3 q q q
5k + 2 k’ q q q
5k + 3 k’ q q q
5k + 3 k’ q q q
5k + 3 k’ q q q
5k + 3 k’ q q q
5k + 4 k’ q q q
5k + 4 k’ q q q

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5k + 4 k’ + 3 q q q
5k + 4 k’ q q q

Portanto, independentemente das formas que u e v assumirem, sempre


teremos pelo menos um dos termos de (a, b, c) múltiplo de 5.

FA-132 _ Se (a, b, c) é um terno pitagórico primitivo, prove que 12|ab e


60|abc.
Resolução do livro: Como (a, b, c) é primitivo, podemos supor a = 2uv,
b = (u v ) e c = (u v ), onde u > v, mdc(u, v) = 1, v é ímpar e u
é par (ou vice-versa). Supondo u par e considerando que 2u|a então
4|a. Mas 3|a ou 3|b, conforme exercício 128. Levando em conta que
mdc(3, 4) = 1, podemos concluir então que 12|ab. Para concluir que
60|abc, basta levar em conta o exercício anterior.

FA-133 _ Seja (a, a + 1, c) um terno pitagórico. Se k indica o k-ésimo


k(k )
número triangular isto é k = prove que

( a a ( a )c) é também um terno pitagórico.


Se (a, a + 1, c) é um terno pitagórico, então:
a (a ) =c a a =c
Com base nisto, temos que:
a( a ) ( a )( a )
( a) ( a ) =( * ( * =

a ( a ) ( a ) ( a )
= =

( a ) , a ( a ) - ( a ) ( a a )
= = =

( a ) ( a a )=( a ) c = ,( a )c-
E o terno ( a a ( a )c) também é pitagórico.

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FA-134 _ Ache mdc(f f ) mdc(f f ) e mdc(f f ).
mdc(9 ) = mdc( )= = mdc(f f ) = f =
mdc(15, 20) = 5.mdc(3, 4) = 5 = mdc(f f )=f =
mdc(24, 36) = 12.mdc(2, 3) = 12.1 = 12 mdc(f f )=f =

FA-135 _ Verdadeiro ou falso: se s = mmc(m, n), então


fs = mmc(fm fn )? Justifique.
Falso, conforme contra-exemplo para m = 5 e n = 4:

mmc( )= = =
mdc( )

mmc(f f ) = mmc( )= = = f
mdc( )

FA-136 _ Ache os números de Fibonacci que são divisores de f ef .


Os divisores de 16 são: 1, 2, 4, 8 e 16. Portanto, os números de
Fibonacci que dividem f são f f f f e f .
Da mesma forma, os divisores de 30 são 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15 e 30 e os
divisores de f são f f f f f f f e f .

FA-137 _ Verdadeiro ou falso: fp é primo se, e somente se, p é primo?


Justifique.
Obviamente falso, visto que f = é primo, porém o índice 4 não é
primo.

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FA-138 _ Se fn , prove que (fn fn ).
Resolução do livro: Observemos que:
fn fn = (fn fn )(fn fn )
Mas fn fn = fn e fn fn = fn fn fn = fn fn .
Logo: fn fn = fn (fn fn ) = fn fn fn . Como fn , então fn
e fn . Donde (fn fn ).

FA-139 _ Se fn , prove que 9 (fn fn ).


Repare que:
(fn fn )(fn – fn ) = fn fn fn fn fn fn
Então:
fn fn = (fn fn )(fn – fn ) fn fn fn fn =
= (fn fn )(fn – fn ) fn fn (fn fn ) =
= (fn fn )(fn fn fn fn )

Como: (fn fn ) = (fn fn fn fn ) então:

(fn fn ) fn fn = (fn fn fn fn )

Substituindo na equação anterior:


fn fn = (fn fn )(fn fn fn fn ) =
= (fn fn ),(fn fn ) fn fn -

Lembrando que como são números de Fibonacci vale a igualdade:


fn fn = fn

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Logo: fn fn = fn (fn fn fn ) = fn fn fn fn

fn = 9 fn 9 fn
fn = 9 fn 9 fn fn fn

Assim: 9 fn fn fn fn 9 (fn fn ).

FA-140 _ Prove que (fn fn ) n . Conclua então que f f f


são todos números pares.
Resolução do livro: Como
fn fn = fn fn fn = fn fn fn fn = fn
Então (fn fn ) n . Em particular: f f = f e como f = e
f = , então f = De um modo geral, sempre que fn é par a
fórmula fn = fn fn garante que fn também é par, o que conclui
a justificativa.

FA-141 _ Prove que: (fn fn ) n . Conclua a partir daí que


f f f são múltiplos de 5.
fn fn = fn fn fn = (fn fn ) fn fn fn =

= (fn fn ) (fn fn ) = fn ( fn ) = fn
o que implica que (fn fn ) n .
De modo geral, para todo n , sempre que fn , a fórmula
fn = fn fn garante que fn e como f , concluímos que
f f f são todos múltiplos de 5.

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FA-142 _ Se mdc(m, n) = 1, prove que fm fn fmn .
mdc(m n) = mdc(fm fn ) = f =
m mn fm fmn
n mn fn fmn
fm fmn fn fmn e mdc(fm fn ) = fm fn fmn

FA-143 _ Há uma conjectura segundo a qual somente cinco números de


Fibonacci são números triangulares. Ache-os.
Construiremos inicialmente a sequência dos números triangulares e
depois compararemos com a sequência de Fibonacci.
Sequência dos números triangulares: (1, 3, 6, 10, 15, 21, 28, 36, 45, 55,
...).
Sequência de Fibonacci: (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, ...).
A observação nos permite concluir inicialmente que:
f =f =
f = =
f = =
f = =
No entanto, a demonstração completa de que somente estes cincos
números de Fibonacci são também triangulares é muito extensa e foge
completamente do escopo deste livro.
Ao leitor interessado na demonstração completa, considere este artigo
(em inglês): www.fq.math.ca/Scanned/27-2/ming.pdf

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FA-144 _ Se a e b são números naturais e a + b = 1, prove que a = 1 ou
b = 1.
Supondo a > 1, isto é, a = u (u ), teremos que:
a b= (u b) = u b= u=b=
Absurdo. Desse modo, a , ou seja, a = 1 ou a = 0.
Logo, se a = 1 então b = 0, e se a = 0 então b = 1. Ao menos um dos
dois será o número 1.

FA-145 _ Sejam a e b números naturais não nulos. Prove que a ab e


b ab.
Resolução do livro: Seja c = ab. Como b , então b e portanto
b = 1 + u (u ). Então c = ab = a = a(1 + u) = a + au, do que resulta
a c.

FA-146 _ Se a e b são números naturais e ab = 3, prove que a = 1 ou


b = 1.
Da hipótese, os fatores não podem ser nulos. Tomando a , teremos
a=u e b=v (u v ). Daí:
ab = (u )(v ) = uv u v = uv (u v) =
De acordo com o exercício FA-144, uv = ou (u v) = .
Se uv = então u = v = . Porém teríamos 3.2 = 3, absurdo. Logo,
somente (u v) = e novamente do exercício FA-144, u = ou
2v = 1.
Obviamente, não podemos ter 2v = 1 para qualquer valor natural de v.
Assim, u = 1 e daí v = v= .
Por fim, se a teremos b = v = = . A demonstração é
análoga se considerarmos b , onde teremos a = .

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FA-147 _ Se a e b são números naturais não nulos e se a + b = 2, prove
que a = b = 1.
Da hipótese de que não são nulos temos que a eb , ou seja,
a= u e b= v (u v ).
Logo:
a b= ( u) ( v) = (u v) =
u v= u=v= .
Daí a = 1 e b = 1.

FA-148 _ Se a + b = 3, onde a e b são números naturais, não nulos,


prove que a = 1 ou b = 1.
Suponhamos a > 2. Logo a , ou seja a = u (u ). Daí:
a b= (u b) = u b= u=b=
Absurdo pois b . Assim a e como a , podemos ter a = 2 ou
a = 1. É óbvio que se tivermos a = 2, então teremos b = 1, já que
2 + 1 = 3.
Raciocínio análogo se considerarmos b ao invés de a.

FA-149 _ Se ac < bc e c , prove que a < b.


Resolução do livro: Vamos supor a b, o que se traduz por a = b + u,
para algum u . Então ac = (b + u)c = bc + uc. Donde bc ac, o que
contraria a hipótese.

FA-150 _ Se a + c < b + c, prove que a < b.


De fato, temos b + c = a + c + u (u ), e pela lei do cancelamento,
b = a + u, donde a < b.

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FA-151 _ Se a b, prove que: c b a c a b.
De fato: c b a c a (b a) a = b.

FA-152 _ Se a < b, prove que an bn , para todo n .


Sugestão: Use indução sobre n e lembre que, por definição, a = e
an = an a (n a ).
Se a = 0 é imediato que an bn . Seja a . Provaremos por indução
sobre n.
Para n = 1, a relação fica a < b, o que é verdadeiro segundo a hipótese
do problema.
Seja k e suponhamos que ak bk . Daí:
ak bk e a b ak a bk b ak bk
O que conclui a demonstração por indução.

FA-153 _ Prove que para todo n ,n= (n parcelas).


De fato, por indução sobre n, temos que 1 = 1 (1 parcela) e 2 = 1 + 1
(2 parcelas). Supondo k ek= (k parcelas) então:
k=⏟ k =⏟ =⏟
k parcelas k parcelas k parcelas

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FA-154 _ Seja a ℤ, . Prove por indução que:
n
i) (– a) = an , para todo n par;

i) n = 0 (– a) = =a
t
eja n = t e suponhamos (– a) = a t . Assim:
(– a) (t ) t t t t (t )
= (– a) = (– a) ( a) = a a =a = a

Nota: Observemos que (– a) = a , a ℤ é consequência de


ab = ( a)( b) fazendo b = a.

n
ii) (– a) = an , para todo n ímpar.

ii) n = 1 (– a) = a= a
t
t
eja n = t e suponhamos (– a) = a . Assim:
(– a) (t ) t t t
= (– a) = (– a) (– a) = ( a )a =
t (t )
= a = a

FA-155 _ Para todo r , prove que:


r

a) ∑( )i =
i

r = : ∑( )i = ( ) ( ) = =
i
k

ip tese da indução para k : ∑( ) =


i
(k ) k

Então: ∑ ( )i = ∑( )i ( ) k ( ) k
=
i i

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( ) k ( ) ( ) k ( ) = ( ) k ( )=
=
( ) k
= = =

b) ∑ ( )i =
i
r r
(a)
∑( )i = ∑( )i ( ) r
= ( ) r ( )=
i i

= ( )= =
Note que usamos ( ) r = r ℤ (r ) proposição facilmente
demonstrável por indução.

FA-156 _ Use indução para provar que:


a) a an n
a) n = 0 : a = eja k e suponhamos ak . Assim:
ak = ak a
Como 0 < ak e 0 < a por hipótese então 0 < ak a = ak .

n
b) a a n
b) n = 0 : a =a = eja k e suponhamos a k . Assim:
(k ) k k
a =a =a a
k k (k )
Como 0 < a e 0 < a (pois a ) conclui-se 0 < a a =a .

n
c) a a < n
Resolução do livro de c)
n
n = 0: a =a =a (por hipótese).
r
eja r e suponhamos a .

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(r ) (r )
n = r + 1: a = a( r )
=a a .
r
Como a , pela hipótese da indução, e como a (pois a )
(r )
então a a . Donde a (r ) .

FA-157 _ Sejam a e t elementos de ℤ e consideremos = a t .


Mostre que para todo n existe an ℤ de modo que n = an t .
Por indução sobre n:
n= : = (a t ) = = = t
r
Seja r e admitamos = ar t , para algum ar ℤ. Então:
r r
= = (ar t )(a t ) = ar a t ar t a t = as t
onde as = ar a t ar a ℤ.

FA-158 _ Sejam a e t elementos de ℤ e consideremos = a t .


Mostre que para todo ímpar n existe an ℤ para o qual
n
= an t .
Resolução do livro: (por indução sobre n):
n= : = (a t ) =a t
r
Seja r e suponhamos = ak t , onde k = 2r + 1.
Então: (r ) = r
= r
= (ak t )(a t ) =
(ak t )(a t a t )
Podemos fazer a t a t = (a t a )t = as t , onde
as = a t a . Logo
(r ) r
= = (ak t )(as t ) = am t
onde am = ak as t ak as .

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FA-159 _ Se a b ℤ, prove por indução sobre n que
an bn = (a b)(an an b abn bn ), para todo n .
A igualdade vale para n = 1, 2, 3 pois
a b = (a b)
a b = (a b)(a b)
a b = (a b)(a ab b )
Seja r e suponhamos que, para todo k r , vale a
igualdade ak bk = (a b)(ak ak b abk bk ).
Observe a seguinte igualdade:
ar br = (ar br )(a b) ar b abr
Assim:
ar br = (a b)(ar ar b abr br )(a b) ar b
abr = (a b),(ar ar b) (ar b ar b ) (a br
abr ) (abr br )- ( ab)(ar br )
Desenvolvendo a segunda parcela:
( ab)(ar br ) = ( ab)(a b)(ar ar b abr br )
= (a b)( ar b ar b a br abr )
Logo, colocando o fator (a b) em evidência ficamos com
ar br = (a b)(ar ar b abr br )
E a igualdade é, portanto, verdadeira para todo n .

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FA-160 _ Sejam a e b números inteiros (a ou b ). Prove que
a ab b .
Sugestão: Para o caso a > 0 e b < 0 (ou vice-versa), acrescente
= ab ab à expressão a ab b e leve em conta que ab < 0 (logo
ab ).
Se a = 0, então a ab b =b . Analogamente, se b = 0 teremos
a ab b = a .
Fazendo a eb . Se a, b > 0 ou a, b < 0, é óbvio que
a ab b pois cada parcela da soma é positiva.
Por fim, se a > 0 e b < 0 (ou vice-versa), temos que:
a ab b = (a b) ( ab)
Como (a b) e ab ab , então a ab b .

FA-161 _ Para quaisquer a b ℤ, prove que: a b a b .


Sugestão: Usar os exercícios 159 e 160.
a b a b . Como a ab b (FA-160) então:
(a b)(a ab b )
Mas: (a b)(a ab b )=a b (FA-159).
Logo: a b a b .

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FA-162 _ Se a b ℤ, prove que: a = b a = b.
Se a = 0, então a = b = b = , donde a = b. O mesmo
ocorreria com b = 0.
Agora, se a b , então eles não possuem sinais diferentes. De fato,
supondo a < 0 e b > 0, teríamos conforme exercício FA-156(c):
b =a
Absurdo. Logo a, b > 0 ou a, b < 0. Assim, da igualdade a = b temos:
9
a b = (a b)(a a b a b ab b )=
Um dos fatores é igual a zero. Porém, a a b a b ab b ,
pois cada parcela desta soma é estritamente positiva conforme os
sinais de a e b.
Donde a b= a = b.

n n n
FA-163 _ Se ℤ , prove que =( )(
), para todo n .
Resolução do livro: (por indução sobre n):
n= : = = ; o segundo membro neste caso é
(x + 1).1. Logo, vale a propriedade para n = 0.
Seja r e suponhamos
r r r
=( )( )
Multiplicando a igualdade anterior por :
r r r
=( )( )
Somando 1 a ambos os membros e passando para o segundo:
r r r
=( )( ) ( )
Daí:
r r r
=( )( ) ( )( )=
r r
=( )( )

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FA-164 _ Sejam a a an ℤ. Prove que:
n n

a) |∑ ai | ∑ ai
i i

Por indução sobre n:


n n

n = : |∑ ai | = a a = ∑ ai ( erdadeiro)
i i

A proposição também vale para n = 2, conforme demonstrado neste


livro. Seja r e admitamos, por hipótese de indução, que
r r

|∑ ai | ∑ ai
i i

Observe que
r r r

|∑ ai | = |∑ ai ar | |∑ ai | ar
i i i
r

visto que ∑ ai = k (k ℤ) inda segundo a hip tese de indução:


i
r r r r r

|∑ ai | ∑ ai |∑ ai | ar ∑ ai ar = ∑ ai
i i i i i
r r

ogo por transitividade: |∑ ai | ∑ ai


i i

n n

b) |∏ ai | = ∏ ai
i i

Por indução sobre n:


n n

n = : |∏ ai | = a = ∏ ai
i i

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Também é demonstrado no livro para n = 2. Seja r e suponhamos
que:
r r

|∏ ai | = ∏ ai
i i

Então:
r r r r r

|∏ ai | = |∏ ai ar | = |∏ ai | ar = ∏ ai ar = ∏ ai
i i i i i

FA-165 _ Um subconjunto de ℤ , se diz limitado superiormente


se k ℤ de modo que k, para todo . Cada elemento k nessas
condições chama-se cota superior de S. Uma cota superior de S que
pertença a S chama-se máximo de e m e m’ são m imos de então
m m e m m a m = m’ Notação m = ma
Isto posto, prove que todo subconjunto de ℤ , limitado
superiormente, possui máximo.
Sugestão: Seja = * ℤ + ostre que ’ admite cotas
inferiores e que (min ) = ma .
Seja = *k ℤ k + o conjunto não vazio formado pelas
cotas superiores de S. Como o conjunto L admite, por sua vez, cotas
inferiores em S, pela própria construção do conjunto, então, pelo
princípio do menor inteiro, L possui mínimo. Seja m = min L.
Mostremos que m = min L = max S.
m m . Se m teríamos x < m e portanto
m , implicando que m . Mas isto é um absurdo
pois m m = min . Logo m .
Assim: m m m = ma .

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FA-166 _ Seja a ℤ e indiquemos por (n) uma propriedade
(verdadeira ou falsa) associada a cada n a. Suponhamos que: i) (a) é
verdadeira; ii) n a, se (n) é verdadeira, então (n ) também o é.
Prove que (n) é verdadeira para todo n a.
Seja = * ℤ a e ( ) é falsa+. Basta provar que = .
Suponhamos e seja m = max L. Logo (m) é falsa e como, por
hipótese, (a) é verdadeira, então m < a, donde m a.
Em resumo m m a. Mas isto obriga (m ) a ser verdadeira (se
fosse falsa, m + 1 estaria em L, o que não é possível pois max L = m <
m + 1). Então, devido a ii): (m ) = (m) é verdadeira. Absurdo.

Logo, = e (n) é verdadeira para todo n a.

FA-167 _ Seja n ℤ n .
a) Se n > 0, mostre que n = (n parcelas).
Já foi demonstrado no exercício FA-153.

b) Se n < 0, mostre que n = ( ) ( ) ( ), onde o número


de parcelas é p = n.
Usaremos o princípio de indução do exercício anterior (FA-166).
n= : Obviamente o número de parcelas é p = = ( ).
Seja r e suponhamos r = ( ) ( ) ( ), onde p = r.
Então:
r =r ( )=⏟
( ) ( ) ( ) ( )
r

e o número de parcelas é p = r = (r ).

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FA-168 _ Seja f = ℤ ℤ uma função tal que f(a + b) = f(a) + f(b), para
quaisquer a b ℤ. Prove que:
a) f(0) = 0
f( ) = f( ) = f( ) f( ) f( ) =

b) f( a) = f(a), para todo a ℤ.


f( ) = f(a ( a)) = f(a) f( a) = f( a) = f(a)

n n

c) f ( ∑ ai + = ∑ f(ai ) para quaisquer a a an ℤ (n )


i i

A propriedade vale obviamente para n = 1 e n = 2.


r r

eja r e admitamos por hip tese de indução f ( ∑ ai + = ∑ f(ai )


i i

Então:
r r r

f ( ∑ ai + = f ( ∑ ai ar + = f ( ∑ ai + f(ar ) =
i i i
r r

= ∑ f(ai ) f(ar ) = ∑ f(ai )


i i

d) Dê exemplos de funções f: ℤ ℤ para as quais se verifique a


condição enunciada.
Como exemplo de função f: ℤ ℤ temos f(x) = , pois:
f( ) = =
f( a) = ( a) = a = f(a)
f(a) f(b) = ( a) ( b) = (a b) = f(a b)

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FA-169 _ Mostre que para uma função f: ℤ ℤ vale a condição
f(a + b) = f(a) + f(b), para quaisquer a b ℤ, se e somente se
f(n) = f(1)n, para todo n ℤ.
Sugestão: Decompor n segundo o exercício 167 (isso para
estabelecer a condição necessária).
( ) en= então obviamente f( ) = f( ) = = f( )
Pela sugestão, se n > 0, n = , com n parcelas. Então,
conforme provado em b) e c) do exercício FA-168:
f(n) = f( )=⏟
f( ) f( ) f( ) = f( ) n
n parcelas

Da mesma forma, se n < 0, então n = ( ) ( ) ( ), com


n parcelas. Daí:
f(n) = f(( ) ( ) ( )) = f(
⏟ ) f( ) f( )=
n parcelas

f( ) ( n) = ( f( ))( n) = f( ) n

(⇐) e f(n) = f( ) n, para todo n ℤ, então fazendo n = a + b


(a b ℤ), teremos:
f(a b) = f( ) (a b) = f( ) a f( ) b = f(a) f(b)

FA-170 _ Mostre que a função f: ℤ definida por f(n) = 2n se n e


f(n) = ( )n se n < 0 é bijetora.
Para resolver o exercício, basta demonstrar que a função é, ao mesmo
tempo, injetora e sobrejetora.
Demonstraremos primeiramente que a função é injetora, isto é, dois
elementos quaisquer distintos em ℤ possuem imagens distintas em
por meio da aplicação f.
Observe que para todo k ℤ , temos que
f(k) = ( )k =( )k =( )(k ) =
= ( k ) f(k) é mpar

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Tendo em vista esta observação, temos que dados k m ℤ k m, se
k<0em , então f(k) f(m), pois f(k) é ímpar e f(m) = m é par.
Se k m , então:
k m k = f(k) f(m) = m
E se k, m < 0, então:
k m ( )k ( )m ( )k = f(k) f(m) = ( )m

Assim, quaisquer que sejam k m ℤ, se k m, então f(k) f(m), e


portanto a função é injetora.

Mostremos agora que a função é sobrejetora, isto é, m(f) = .


Observe que:
f( )=( )( ) =
f( )=( )( ) =
f( )=( )( ) =

Os números inteiros estritamente negativos à medida que vão


decrescendo, vão formando os números naturais ímpares na função f.
De modo que m(ℤ ) = , onde I representa o conjunto dos naturais
ímpares.
Da mesma forma, quanto aos inteiros positivos:
f( ) = =
f( ) = =
f( ) = =

E m(ℤ ) = , onde P representa o conjunto dos naturais pares.


Como ℤ ℤ =ℤe = , então m(f) = e a função também é
sobrejetora.

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FA-171 _ a) Mostre que, para todo n :
n
( n n n ) (n )=
n)(
9
Por indução sobre n:
n= : ( ) ( )= 9 =
99
= = =
9 9 9
Seja k e admitamos, por hipótese de indução, que:
k
k k k ) (k )=
( k)(
9
Multiplicando cada membro da igualdade por 10, teremos:
k
k k k
( k) 9 k =
9
k k k ) (k )=
( k) 9 9(k
k
=
9
k k k (k )=
( k (k )) 9
k
=
9
Somando cada membro da igualdade por 1, ficamos com:
k k k (k )=
( k (k )) 9
k
=
9
(k ) (k ) (k )/ ( ) ((k )=
. )
(k )
=
9
E a igualdade também é verdadeira para k + 1, encerrando nossa
demonstração por indução.

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b) Use a) para justificar a seguinte curiosa sequência de resultados
relativa ao nosso sistema de numeração:
9 =
9 =
9 =
9 =
9 =

De fato:
n n n
( n) = ( n) onde
( n) representa o número n na base 10. Além disso:

n n
=( ⏟ ) = (999
⏟ 9)
n zeros n noves
n
= (⏟ )
9 n uns

E a igualdade em a) fica:
( n) 9 (n )=⏟
n uns

O que justifica a sequência curiosa mostrada no exercício.

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FA-172 _ Ache o quociente e o resto da divisão euclidiana de a por b
nos seguintes casos:
a) a = 390, b = 74 9 =7 ( )
b) a = b= = ( 7)
c) a = b= = ( )

FA-173 _ Na divisão de 326 pelo inteiro b > 0, segundo o algoritmo de


Euclides, o quociente é 14 e o resto é r. Ache os possíveis valores de
b e r.
Observe que:
=( )
=( )
=( )
=( )
Assim: b = 22 e r = 18 ou b = 23 e r = 4.

FA-174 _ Na divisão euclidiana de por um inteiro b > 0, o resto é


12. Ache o divisor e o quociente em todos os casos possíveis.
Resolução do livro: =b q ( b). Daí 7=b q
(b > 12). Donde as possibilidades são as seguintes: b = 17 e q =
ou b = 21 e q = 7.

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FA-175 _ Na divisão euclidiana de a por b o quociente é 6 e o resto, o
menor possível. Ache a e b nos seguintes casos:
a) a b=
a=b r ( r b) Substituindo na igualdade do exercício:
a b= ( b r) b= b r= r
Como r é o menor resto possível, então fazendo r = 0, ficamos com:
b= b=
a= b r= =
R) a = 630 ; b = 105.

b) a + b = 234
Da mesma forma que em a):
a b= ( b r) b= 7b r=
Observe que:
=7 ( ) 7
=7 ( )
=7 ( )
=7 ( )
O menor inteiro r que satisfaz 7b r= é r = 3, e portanto
b = 33.
Donde: a = b r= =
R) a = 201 ; b = 33.

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FA-176 _ Qual o maior número natural de quatro algarismos divisível
por 19? E qual o menor?
=( 9 ) 999 = 9
9994 é o maior número natural de quatro algarismos divisível por 19.
=( 9 ) 7= 9
1007 é o menor número natural de quatro algarismos divisível por 19.

FA-177 _ Prove que:


n n
a) é múltiplo de 5, n
Se n = 0, então = = =
Para todo n , vale a fórmula
n n ( n n n n )
=
do exercício FA-159 que, obviamente, é divisível por 5.

( n
b) n 9) n
Por indução sobre n:
n= : 9= 9=9 9= =
k
Seja k e suponhamos que ( k 9), ou seja:
k k
k 9= q (q ℤ) = q k 9
Daí:
(k ) (k ) k
9= k 7=
=( q k 9) 9 k 7= (9q) 7 k k 7=
= (9q) k = (9q k )
(k )
E portanto ( (k ) 9).

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n n
c) 7 ( ) n
Por indução sobre n:
n= : = =9 =7=7
k k
Seja k e suponhamos que 7 ( ), ou seja:
k k k k
= 7q (q ℤ) = 7q
Daí:
(k ) (k ) k (k )
= =
k (k ) (k ) (k )
= (7q )9 = 7 (9q) 9 =
(k ) (k )
7 (9q) 7 = 7(9q )
(k ) (k )
E portanto 7 ( ).

n
d) 9 ( n ) n
Por indução sobre n:
n= : = = = =9
k
Seja k e suponhamos que 9 ( k ),ou seja:
k k
k = 9q (q ℤ) = 9q k
Daí:
(k ) (k ) k
= k =
(9q k ) k = 9 ( q) k k =
9 ( q) k = 9( q k )
(k )
E portanto 9 ( (k ) ).

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FA-178 _ Sejam a, b, c inteiros tais que a (b c) e a ( b c). Mostre
que a|c. Pode-se concluir também que a|b? Justifique a resposta.
A questão é falsa pois se a = 5, b =11 e c = 7, teremos:
7= = e ( )
7= = e
Porém: = a c = 7.

FA-179 _ Seja m um inteiro ímpar. Mostre que o resto da divisão de m


por 4 é 1 ou 3.
Resolução do livro: Vamos supor m = 2n + 1. Se r é o resto na divisão
de m por 4, então:
n = q r (r = ou )
Para r = 0 ou r = 2, o segundo membro dessa igualdade seria par, o
que não é possível.

FA-180 _ Sejam m, n inteiros quaisquer. Mostre que:


a) m é par se, e somente se, m + 2n é par.
De fato, se m é par, então m = k (k ℤ). Daí:
m n k n = (k n) m n é par
Quanto à recíproca:
m n = p (p ℤ) m= p n = (p n) m n é par

b) m + n é ímpar se, e somente se, m n é ímpar.


m n= k (k ℤ) m n ( )n = k ( )n
m n = (k n) m n é mpar
A recíproca demonstra-se analogamente.

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FA-181 _ Seja a um inteiro. Mostre que:
a) Um dos inteiros a, a + 1, a + 2 é divisível por 3.
Devido ao algoritmo de Euclides: a = 3k, a = 3k + 1 ou a = 3k + 2
(k ℤ). Examinando cada uma dessas formas, teremos que:
a= k a
a= k a = k = (k ) (a )
a= k a = k = (k ) (a )

b) Um dos inteiros a, a + 2, a + 4 é divisível por 3.


Resolução do livro de b): Devido ao algoritmo de Euclides, a = 3k,
a = 3k + 1 ou a = 3k + 2. No primeiro caso 3|a; no segundo a + 2 = 3k
+ 1 + 2 = 3(k + 1) e portanto 3|(a + 2); por fim, se a = 3k + 2, então
a + 4 = 3k + 6 = 3(k + 2) e 3|(a + 4).

c) Um dos inteiros a, a + 1, a + 2, a + 3 é divisível por 4.


Devido ao algoritmo de Euclides: a = 4k, a = 4k + 1, a = 4k + 2 ou
a = 4k + 3 (k ℤ). Examinando cada uma dessas formas, teremos que:
a= k a
a= k a = k = (k ) (a )
a= k a = k = (k ) (a )
a= k a = k = (k ) (a )

FA-182 _ Seja m um inteiro cujo resto da divisão por 6 é 5. Mostre que o


resto da divisão de m por 3 é 2.
De acordo com o exercício:
m= q m= ( q) = ( q ) = k (k ℤ)
E, devido à unicidade, o resto da divisão de m por 3 é 2.

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FA-183 _ Se o resto na divisão euclidiana de m por 8 é 5, qual o resto na
divisão de m por 4?
Da mesma forma que o exercício anterior:
m= q m= ( q) = ( q ) = k (k ℤ)
E o resto da divisão de m por 4 é 1.

FA-184 _ Sejam m e n inteiros ímpares. Prove que:


a) ( m n)
m n = (m n) = ,( a ) ( b )- =
= ( a b) = (a b) ( m n)

b) (m n )
m= a m =( a ) = a a
n= b n =( b ) = b b

m n =( a a ) ( b b )=
= (a a b b) = ,a(a ) b(b )-
Como a(a + 1) e b(b + 1) são pares (paridades diferente) e a diferença
entre eles também é par, então (m n ).

c) (m n )
m n =( a a ) ( b b ) =
= (a a b b) = ,a(a ) b(b )-
E como em b), (m n ).

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FA-185 _ Mostre que r ,(r )n -, para todo r e todo n .
Mantendo r fixo e fazendo indução sobre n:
n = : (r ) = r, e obviamente r|r para todo r .
Seja m e admitamos, por hipótese de indução, que para todo r ,
r ,(r )m -, ou seja:
(r )m = rq (q ℤ) (r )m = rq
Daí:
(r )m = (r )m (r ) = (rq )(r ) =
=r q rq r = r(rq q )
E, portanto, r ,(r )m -.

FA-186 _ Prove que, para todo n :


n
a) 7 ( )
Por indução sobre n:
n= : = = = =7
k
Supondo válido para k , ou seja, 7 ( ), então:
k k
= 7q (q ℤ) = 7q
Daí:
(k ) k k
= = =
= (7q ) = 7 ( q) = 7 ( q) 7 = 7( q )
(k )
Logo: 7 ( ).

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n
b) ( 7)
Por indução sobre n:
n= : 7= 7= 7= =
k
Supondo válido para k , ou seja, ( 7), então:
k k
7 = q (q ℤ) = q 7
Daí:
(k ) k k
7= 7= 7=
=( q 7) 9 7= (9q) 7= (9q) = (9q 7)
(k )
Logo: ( 7).

( n ( )n )
c)
Por indução sobre n:
n= : ( ) = ( ) = = =
k ( )k ), então:
Supondo válido para k , ou seja, (
k ( )k k )k
= q (q ℤ) = q (
Daí:
k ( )(k )
= k ( )k =
=[ q ( )k ] ( )k ( )= q ( )k ( )k =
= q ( )k = q ( )k = , q ( )k -
Logo: ( k ( )(k )
).

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FA-187 _ Mostre que a diferença entre os quadrados de dois inteiros
consecutivos é sempre um número ímpar. E a diferença entre os cubos
de dois inteiros concecutivos?
De fato, sejam k e k + 1 estes números (k ℤ), temos que:
(k ) k =k k k = k ( mpar)
k (k ) =( )( k ) ( mpar)
Quanto à diferença entre cubos:
9
(k ) k = ,(k ) k-,(k ) k(k ) k -=
= (k k k k k )= k k = q (q ℤ)

k (k ) =( )( q )
Se q é par então 3q + 1 é ímpar, e se q é ímpar então 3q + 1 é par.
Portanto a diferença entre cubos inteiros consecutivos não é
necessariamente par.

FA-188 _ Seja m um inteiro.


a) Mostre que o resto da divisão de m por 3 é 0 ou 1.
Devido ao algoritmo de Euclides: m = 3k, m = 3k + 1 ou
m = 3k + 2 (k ℤ) Analisando cada caso:
m= k m = ( k) = 9k = ( k ) = q

m= k m =( k ) = 9k k =
= ( k k) = q

m= k m =( k ) = 9k k =
= ( k k ) = q

Devido à unicidade, o resto da divisão de m por 3 é 0 ou 1.

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b) Se m é ímpar, mostre que o resto da divisão de m por 4 é 1.
Resolução do livro de b): Como m = 2k + 1, então m = k k =
4 . q + 1 (q = k k). Pela unicidade do resto r da divisão em tela,
r = 1.

FA-189 _ Se a é um inteiro não divisível por 2 e nem por 3, prove que


(a ).
Aplicando o algoritmo da divisão para a como dividendo e 6 como
divisor: a = 6r + s (s = 0, 1, 2, 3, 4 ou 5). Como ae a, então s = 1
ou s = 5.
No primeiro caso:
a= r a =( r ) = r r =
= r( r )
Se r é par, então ( r( r )). Se r é ímpar, então 3r + 1 é par, e
daí ( r( r )). Portanto, ( r( r )) para todo r ℤ.

Assim: ( r( r )) e (a ).

O caso s = 5 pode ser enfrentado pela mesma linha de raciocínio.

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FA-190 _ Demonstre que: para que a b seja múltiplo de 3 é
necessário e suficiente que a b seja múltiplo de 3.
(a b ) (a b)(a ab b )
(a b) ou (a ab b )
Observe a tabela abaixo com as possíveis formas de a e b:
a B a ab b a ab b
3q q’ 3k k’ 3m + 1 3n + 1
3q + 1 q’ 3k + 1 k’ 3m + 1 3n
3q + 2 q’ 3k + 1 k’ 3m + 1 3n + 1
3q q’ 3k k’ 3m + 1 3n + 1
3q + 1 q’ 3k + 1 k’ 3m + 1 3n + 1
3q + 2 q’ 3k + 1 k’ 3m + 1 3n
3q q’ 3k k’ 3m 3n

Com esta tabela concluimos que (a ab b ) se, e somente se, a e b


tiverem a mesma forma na divisão euclidiana por 3.
Portanto, em todos os casos: (a b).

Quanto à recíproca:
(a b) (a b)(a ab b )=a b

FA-191 _ Se 10a + b é múltiplo de 7, prove que a b também o é.


a b = 7a a 7b b = 7(a b) (a b)
(a b) = ( a b) 7(a b)
Como o segundo membro da igualdade é múltiplo de 7 e 7 não divide 3,
então 7 (a b). Daí:
7 (a b) 7 (a b) = a a b ab b
} 7 (a b )
7 (a b) 7 (a b) ( ab) = a b ab
Como a b = (a b ) 7b e tanto a b quanto 7b são
múltiplos de 7, então a proposição fica demonstrada.

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FA-192 _ Seja a um inteiro tal que ae a. Prove que (a ).
Resolução do livro: Aplicando o algoritmo da divisão para a como
dividendo e 6 como divisor: a = 6r + s (s = 0, 1, 2, 3, 4 ou 5). Como
ae a, então s = 1 ou s = 5. No primeiro caso: a =
=( r ) = r r = r( r ). Se r é par, então 12r é
múltiplo de 24 e o mesmo se pode dizer, portanto, de a ; se r é
ímpar, então 3r + 1 é par, daí (a ). O caso s = 5 pode ser
enfrentado pela mesma linha de raciocínio.

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FA-193 _ Calcule:
a) mmc( )

mmc( ) = mmc( )= = =
mdc( )

b) mdc( )
mdc( ) = mdc( )=

c) mdc( )
mdc( ) = mdc( )= mdc( )= =

d) mmc( 7 )
7 7
mmc( 7 ) = mmc( 7 )= = =7
mdc( 7 )

e) mmc( )

mmc( ) = mmc( )= = = 7
mdc( )

f) mmc( 77 )
mmc( 77 ) = mmc( 77 ) = mmc(mmc( 77) )
Calculando mmc( 77):
77 77
mmc( 77) = = =
mdc( 77)
Assim:

mmc( 77 ) = mmc( )= =
mdc( )

= = = =9
mdc( ) mdc(77 )

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FA-194 _ Se a = b= 9 e c= , determine:
a) mdc(a, b)
mdc(a b) = mdc( a b ) = mdc( 9) = 9 =

b) mmc(b, c)
mmc(b c) = mmc( b c ) = mmc( 9 )= 9=

c) mdc(a, b, c)
mdc(a b c) = mdc(mdc(a b) c) = mdc( ) = mdc( )=

d) mmc(a, b, c)
mmc(a b c) = mmc(mmc( a b ) c ) =
= mdc(mdc( 9) ) = mmc( 9 )=
= 9 = 7 7

FA-195 _ Se =* ℤ mdc( )= +e =* ℤ mdc( ) = +,


ache .
Seja a um elemento qualquer de ℤ Então:
a a
a a
a ( ) ae a
Como já visto no exercício FA-189, se ae a, então a = 6k + 1 ou
a = 6k + 5 (k ℤ). Assim:
=* k k ℤ+ * k k ℤ+

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FA-196 _ Se n é inteiro, quais os possíveis valores de mdc(n, n + 7)?
Seja d = mdc(n, n + 7). Então:
d n e d (n 7) d ,(n 7) n- = 7
Como 7 é primo, então d = 1 ou d = 7.

FA-197 _ Encontre os valores poss veis de b em ℤ de maneira que:


a) mdc( b b) = 9
Fazendo mdc( b b) = 9 temos que:
9( b) b = 9s (s ℤ) b= 9s
Porém, se s for múltiplo de 7, o mesmo ocorrerá com b e b, tendo
como consequência mdc( b b) 9.
Assim: b = 9s 7 s.

b) mdc(20 + b, b) = 4
Fazendo mdc( b b) = temos que:
( b) b = r (r ℤ) b= r
Porém, se r for múltiplo de 5, o mesmo ocorrerá com b e b, tendo
como consequência mdc( b b) .
Assim: b = r r.

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c) mmc(b, b + 15) = 180
Se c é um divisor de b e (b + 15), então c divide 15, que é a diferença
entre (b + 15) e b. Assim: mdc(b, b + 15) = 1, 3, 5 ou 15.
Examinando cada caso:
1º) mdc(b, b + 15) = 1
b(b )
mmc(b b )= =
mdc(b b )
b(b )= b b =
Não h soluções em ℤ para esta equação do segundo grau.

2º) mdc(b, b + 15) = 3


b(b )
mmc(b b )= =
mdc(b b )
b(b )
= b b =

Não h soluções em ℤ para esta equação do segundo grau.

3º) mdc(b, b + 15) = 5


b(b )
mmc(b b )= =
mdc(b b )
b(b )
= b b 9 =

Não h soluções em ℤ para esta equação do segundo grau.

4º) mdc(b, b + 15) = 15


b(b )
mmc(b b )= =

b b 7 =
Esta equação do segundo grau fornece como soluções b = 45
ou b =

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7
d) mdc ( b* =
b
Se b|576, então b possui os mesmos fatores primos de 576.
7 7
omo mdc ( b* = mdc ( | | b*= = e 7 =
b b
então b = = ou b = = 7 (qualquer outro valor
7
acrescentaria mais fatores comuns b e )
b
Donde: b = ou b = 7 .

FA-198
a) Se n é um inteiro par, prove que mdc(n, n + 2) = 2.
Seja d = mdc(n, n +2). Então d|n e d|(n + 2), e portanto d|2. Logo,
d = 1 ou d = 2. Mas como n é par, n + 2 também é par. Donde d = 2,
pois 2 é o maior divisor comum entre eles.

b) Se n é ímpar, prove que mdc(n, n + 2) = 1.


Resolução do livro de b): Seja d = mdc(n, n +2). Então d|n e d|(n + 2),
e portanto d|2. Logo, d = 1 ou d = 2. Mas como n é ímpar, então d não
pode ser igual a 2. Donde d = 1.

FA-199 _ Sejam a e b inteiros primos entre si. Prove que


mmc(a, b) = |ab|.
De fato:
ab ab
mmc(a b) = = = ab
mdc(a b)

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FA-200 _ Sejam a b ℤ. Prove que:
mdc(a b) = mdc(a b b) =
( ) eja d = mdc(a b b). Então d|(a + b) e d|b e daí d|a pois
(a b) b = a. Logo d mdc(a b) = d= .
(⇐) eja c = mdc(a b). Então:
ca e cb c (a b) e c b c mdc(a b b) = c=

FA-201 _ Sejam a, b e c três inteiros assim relacionados: c = ab + 1.


Prove que mdc(a, c) = mdc(b, c) = 1.
Se d = mdc(a, c), então:
da e dc d ab e d c d (c ab) = d=
Analogamente: mdc(b, c) = 1.

FA-202 _ Sejam a, b e c inteiros arbitrários. Se mdc(a, b) = 1 e


c|(a + b), prove que mdc(a, c) = mdc(b, c) = 1.
Resolução do livro: Seja d = mdc(a, c). Então d|a, d|c e, como c|(a + b),
então d|(a + b). Lodo d|b, pois b = (a b) a. Consequentemente d|1,
pois 1 = mdc(a, b).

FA-203 _ Sejam a e b inteiros primos entre si. Prove que


mdc(a b a b) = ou mdc(a b a b) = .
mdc(a b) = mdc( a b) =
Seja d = mdc(a b a b). Logo d divide a soma bem como a diferença
de a + b e a b, ou seja, d|2a e d|2b. Daí d|mdc(2a, 2b) = 2.
Donde d = 1 ou d = 2.

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FA-204 _ Mostre que mdc(a, b) = mdc(a, b, a + b), para quaisquer
a b ℤ.
De fato, mdc(a, b, a + b) = mdc(mdc(a, b), a + b). Como mdc(a, b)
divide a + b, então mdc(a, b, a + b) = mdc(a, b).

FA-205 _ Seja c um inteiro ímpar. Se c é um divisor de a + b e de a b,


mostre que c também é um divisor de de d = mdc(a, b).
De fato, c|2a e c|2b, pois ambos são, respectivamente, soma e diferença
de a + b e a b. Como c é ímpar, mdc(2, c) = 1 e portanto c|a e c|b.
Donde c|mdc(a, b) = d.

FA-206 _ Considere os inteiros a, b e c. Se a|c, c|b e mdc(a, b) = 1,


prove que a = .
De fato, pela transitividade, a|b. Daí mdc(a, b) = 1 = |a|.
Logo a = .

FA-207 _ Para dois inteiros quaisquer a e b, prove que mdc(a, b) =


mdc(5a + 3b, 13a + 8b).
eja d = mdc(a b) ogo d a e d b d ( a b) e d ( a b) gora
seja c ℤ tal que c|(5a + 3b) e c|(13a + 8b). Então:
c( a b) c ( a b) c( a b) c ( 9a b) ca
c( a b) c ( a b) c( a 9b) c ( a b) cb
Daí: c a e c b c mdc(a b) = d.

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FA-208 _ Se mdc(m, b, c) = 1, prove que mdc(a, b, c) = mdc(ma, b, c),
para qualquer a ℤ.
Resolução do livro: Seja d = mdc(a, b, c). Obviamente d e d|(ma),
d|b e d|c. Seja r um divisor comum a ma, b e c e mostremos que
mdc(r, m) = 1. De fato, se s|r e s|m, então s|b, s|c e s|m e daí s = ,
devido à hipótese. Como r|(ma), o fato de mdc(r, m) = 1 implica r|a.
Logo, r|a, r|b e r|c e portanto r|d.

FA-209 _ Para todo inteiro n, prove que n(n + 1) e n + 2 são primos


entre si se n é ímpar e mdc(n(n + 1), n + 2) = 2 se n é par.
Seja d = mdc(n(n + 1), n + 2). Então d|n(n + 1) e d|(n + 2).
Mostremos que mdc(d, n + 1) = 1. De fato, se r|d e r|(n + 1), então
r|(n + 2) e r|(n + 1), donde r|1.
ssim: d n e d (n ) d mdc(n n ) ara finalizar o problema
basta levar em consideração o mesmo raciocínio empregado no
exercício FA-198(a).

FA-210 _ Se d = mdc( ), ache dois inteiros e de maneira


que
( ) =d
d = mdc( ) = mdc( ). Encontremos pelas divisões
sucessivas:
=
=
=
=
=
=
=

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Daí mdc( )= em que:
= = ( )= =
=( ) = ( ) =
( )( )= ( ) =
=( ) ( ) = ( ) =
= ( )( )=( )
E os inteiros procurados são = e = .

FA-211 _ Encontre um par de inteiros , para o qual


( ) ( 9) = .
Da mesma forma que o exercício anterior:
= 9
9=
=
Onde:
= 9 = 9 ( 9 ) =( ) ( 9) ( )
E o par de inteiros é = e = .

FA-212 _ Se a e b são inteiros não nulos, prove que:


a) Existem inteiros x e y para os quais ax + by = c se, e somente se, c é
múltiplo de d = mdc(a, b).
( ) e fato se d = mdc(a b) temos que d a e d|b.
Donde: d|(ax + by) = c.
(⇐) d c c = dm (m ℤ). Como d = mdc(a, b), então existem
ℤ tais que a b = d, e portanto, a(m ) b(m ) = c,
concluindo que existem inteiros = m e = m para os quais
ax + by = c.

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FA-213 _ Demonstre que se a|bc e mdc(a, b) = d, então a|cd.
Resolução do livro: Devido à proposição 7, existem ℤ para os
quais d = a b . Daí: cd = (ac) (bc) . Como a|(ac) e, por
hipótese, a|(bc), então a|cd.

FA-214 _ Prove que, se a|c, b|c e mdc(a, b) = d, então ab|cd.


Sugestão: Use a mesma idéia do exercício anterior.
a c e b c ab bc e ab ac e d = mdc(a b) então e istem ℤ
para os quais d = a b . Daí: (ac) (bc) = cd. Como ab divide
o primeiro membro, pois divide cada uma das parcelas, então ab|cd.

FA-215 _ Prove que mdc(a b a b) mdc(a b), para quaisquer


a b ℤ.
Se d = mdc(a, b), então:
da e db d (a b) e d (a b) d mdc(a b a b)
Logo: d = mdc(a b) mdc(a b a b).

FA-216 _ Sejam a e b inteiros primos entre si. Prove que:


a) mdc(2a + b, a + 2b) = 1 ou 3
Resolução do livro de a): Seja d = mdc(2a + b, a + 2b). Então d|(2a
+ b), d|(2a + 4b), e portanto d|(3b). Mas mdc(d, b) = 1. De fato, se r|d
e r|b, então r|(a + 2b) e r|(2b) e daí r|a; absurdo pois mdc(a, b) =
1. Logo d|3, razão pela qual d = 1 ou d = 3.

b) mdc(a ba b )= ou
Se a e b são primos entre si, então a + b e ab também são primos entre
si. Seja d = mdc(a b a b ). Então:

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d (a b) e d (a b ) d (a b) e d (a b ) d ( ab)
Mostremos que mdc(d, ab) = 1. De fato, se r|d e r|(ab), então r|(a + b)
e r|(ab), donde r|mdc(a + b, ab) = 1.
Logo d|2, razão pela qual d = 1 ou d = 2.

c) mdc(a ba ab b )= ou
Se d = mdc(a ba ab b ), então:
d (a b) e d (a ab b ) d (a b) e d (a ab b )
d ( ab)
mdc(d, ab) = 1, pelo mesmo motivo em b).
Logo d|3, ou seja, d = 1 ou d = 3.

FA-217 _ Se se efetua a divisão euclidiana de 4 373 e de 826 pelo


mesmo número b > 0, obtêm-se restos 8 e 7, respectivamente. Qual o
valor de b?
7 = bq bq = b
= bq 7 bq = 9 b 9
b b 9 e = 9 7 b 7
b 9 b 7 e 9= 7 9 b9 b= ou 9
Porém a divisão de 4373 e de 826 por não fornece restos pois
4373 = 1.4373 e 826 = 1.826 .
Da mesma forma, a divisão de 4373 e de 826 por 3 fornece restos
distintos do problema já que 4373 = 3.1457 + 2 e 826 = 3.275 + 1.
Assim: b = 9.

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FA-218 _ Determine todos os números de três algarismos que são
múltiplos, simultaneamente, de 9 e 11.
Todo múltiplo de 9 e 11 é múltiplo de 99, pois mdc(9, 11) = 1.
Assim, basta calcular os múltiplos de 99 que possuem três algarismos,
que são:
99 ( )= 9
99 ( )= 97
99 ( )= 9
99 ( )= 9
99 ( )= 9
99 ( 7) = 9
99 ( )= 79
99 ( 9) = 9
99 ( )= 99

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FA-219
a) Se n é um inteiro arbitrário, prove que n(2n + 7)(7n + 1) é múltiplo
de 6.
Se n é par, então 2|n e daí 2|n(2n + 7)(7n + 1). Se n é ímpar, então
7n + 1 é par, e da mesma forma 2|n(2n + 7)(7n + 1).
Assim, para todo n ℤ, 2|n(2n + 7)(7n + 1).

Agora, aplicando o algoritmo da divisão de n por 3: n = 3q, n = 3q + 1


ou n = 3q + 2 (q ℤ). Examinando cada uma das formas:
Se n = q então obviamente n n(2n + 7)(7n + 1).
Se n = 3q + 1, então:
n 7= ( q ) 7= q 9= ( q )
( n 7) n( n 7)(7n )
Se n = 3q + 2, então:
7n = 7( q ) = q = (7q )
(7n ) n( n 7)(7n )
Assim, para todo n ℤ, 3|n(2n + 7)(7n + 1).

Logo, como mdc(2, 3) = 1, então 6|n(2n + 7)(7n + 1), para todo n ℤ.

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b) Prove que ab(a b )(a b ) é múltiplo de 30, para quaisquer
a b ℤ.
Sugestão para b): Mostrar que e expressão dada é divisível por 5 e por
6.
Se a ou b forem múltiplos de 5, o mesmo será de ab(a b )(a b ).
Porém, qualquer que sejam as formas de a e de b na divisão por 5,
pelos menos um dos fatores (a b ) ou (a b ) será múltiplo de 5,
conforme tabela abaixo:
a b a b a b a b
5q + 1 q’ + 1 5k + 1 k’ 5r + 2 5s
5q + 1 q’ 5k + 1 k’ 5r 5s + 2
5q + 1 q’ 5k + 1 k’ 5r 5s + 2
5q + 1 q’ 5k + 1 k’ 5r + 2 5s
5q + 2 q’ 5k + 4 k’ 5r 5s + 3
5q + 2 q’ 5k + 4 k’ 5r + 3 5s
5q + 2 q’ 5k + 4 k’ 5r + 3 5s
5q + 2 q’ 5k + 4 k’ 5r 5s + 3
5q + 3 q’ 5k + 4 k’ 5r 5s + 3
5q + 3 q’ 5k + 4 k’ 5r + 3 5s
5q + 3 q’ 5k + 4 k’ 5r + 3 5s
5q + 3 q’ 5k + 4 k’ 5r 5s + 3
5q + 4 q’ 5k + 1 k’ 5r + 2 5s
5q + 4 q’ 5k + 1 k’ 5r 5s + 2
5q + 4 q’ 5k + 1 k’ 5r 5s + 2
5q + 4 q’ 5k + 1 k’ 5r + 2 5s

Assim, quaisquer que sejam a b ℤ, ab(a b )(a b ).


Da mesma maneira podemos construir uma tabela com todas as
formas de a e b na divisão por 6 onde pelos menos um dos fatores ab,
(a b ) ou (a b ) será múltiplo de 6.
Assim, quaisquer que sejam a b ℤ, ab(a b )(a b ).
Para finalizar o exercício, basta levar em conta que mdc(5, 6) = 1.

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FA-220 _ Prove que:
mdc(a mn) mdc(a m) ou mdc(a n)
Resolução do livro:
( ) amos supor mdc(a mn) = d mdc(a m) = e mdc(a n) =
Desta última relação decorre que, para convenientes ℤ
a n = . Daí am mn = m. Como d divide as parcelas do
primeiro membro desta igualdade, d|m. Mas d|a e, sendo
1 = mdc(a, m) , d = 1. Absurdo.
(⇐) dmitamos com a hip tese feita que mdc(a mn) = ogo para
algum par ℤ a mn = . Mas daí segue, simultaneamente,
que mdc(a, m) = mdc(a, n) = 1 (corolário 1, proposição 7). Absurdo.

FA-221 _ Prove que o produto de cinco inteiros consecutivos é múltiplo


de 120.
Já foi demonstrado no exercício FA-100 que o produto de n naturais
consecutivos (n ) é múltiplo de n!, o que obviamente estende-se
aos inteiros.
Dessa forma, o produto de cinco inteiros consecutivos é múltiplo de
5! = 5.4.3.2.1 = 120.

FA-222 _ Se a, m e n são inteiros positivos e n é ímpar, prove que:


mdc(an am )
Resolução do livro: Seja d = mdc(an am ). Então an = kd e
m n m mn m n mn
a = sd . Daí (a ) = a = ud e (a ) = a = vd (ver
exercícios 157 e 158). Daí ud = vd e portanto d(v u) = .
Donde d|2, o que implica d = 1 ou d = 2.

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FA-223 _ Decomponha em fatores primos, segundo o teorema
fundamental da aritmética em ℤ os seguintes inteiros:
a) = ( )
b) = ( 7 )
a) 7= ( 9 )
a) = ( 99)

FA-224 _ Verifique se são primos os seguintes inteiros:


a) 9

√ 9 Os primos menores que 21 são 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17 e


19. Mas nenhum deles divide 449. Logo 449 é primo (crivo de
Eratóstenes). O mesmo se pode dizer portanto de 9.

b) 7
7 não é primo pois 7=7 ( ).

c)
não é primo pois 7 = 7 ( 7 ).

d) 7

√ 7 Os primos menores que 15 são 2, 3, 5, 7, 11, e 13. Mas


nenhum deles divide 227. Logo 227 é primo (crivo de Eratóstenes).
O mesmo se pode dizer portanto de 7.

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FA-225 _ Seja p um número primo, p ep . Prove que existe
k ℤ de modo que p = k .
Sugestão: A hipótese obriga que p = a .
Aplicando o algoritmo de divisão para p como dividendo e 6 como
divisor: p = 6a + s (s = 0, 1, 2, 3, 4 ou 5). Como p é primo, então s = 1
ou s = 5 (as demais formas são compostas).
Analisando o primeiro caso:
p= a p =( a ) = a a = ( a a)
a a é par, para todo a ℤ, ou seja, a a = k (k ℤ). Assim:
p = ( a a) = ( k) = k
Para o segundo caso:
p= a = a = (a ) = b (b = a )
Daí:
p =( b ) = b b = ( b b)
b b também é par para todo b ℤ, ou seja, b b = k (k ℤ).
Assim:
p = ( b b) = ( k) = k

FA-226 _ Para todo inteiro n, prove que:


mdc(n n n )= ou
Resolução do livro: Vamos supor mdc(n n n )=d e seja
p um divisor primo de d. Então p (n ) e p (n n ); daí p|3n,
pois (n n ) (n ) = n. Como p é primo, então p|3 ou p|n.
Se p|n, como p (n n ), então p|1, o que não é possível. Logo p = 3
(ou p = ) e o único primo positivo de d é 3. Provemos que o
expoente de 3 em d é 1, ou seja d = 3. Se d = k (k ), então
9 (n ) e 9 (n n ); daí n = 9r + 1 e n n = 9s; logo,
(9r ) (9r ) = r 7r = 9(9r r) = 9s, do
que resulta (9r r) = s. Absurdo. Donde, se d > 1, então
d = 3.

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FA-227 _ Determine todos os inteiros primos que podem ser escritos
como n , para algum n ℤ.
Para n = (n )(n ) ser primo, ao menos um dos fatores deve
ser igual a . Caso contrário, n será composto.
Analisando cada caso:
1º) n = n= ou n =
Porém não podemos ter n = 0 pois = não é primo.

2º) n = n= ou n =
Da mesma maneira, não é possível n = 0.

Portanto, n é primo somente se n = , e o único inteiro que


pode ser escrito desta forma é = ( ) .

FA-228 _ Se n é um inteiro e n é primo, mostre que n = 2 ou


n= .
Para n = (n )(n n ) ser primo, ao menos um dos fatores
deve ser igual a . Caso contrário, n será composto.
Analisando cada caso:
1º) n = n= ou n =
Porém não podemos ter n = 0 pois = não é primo.

2º) n n = n n= ou n n =
A primeira equação fornece como soluções n = 0 ou n = . Da mesma
maneira, não é possível n = 0.
segunda equação não fornece soluções em ℤ

Conclusão: n = 2 ou n = .

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FA-229 _ Para todo inteiro n > 3, prove que n é um número
composto.
Sugestão: Acrescente n n à expressão e procure fatorar o
resultado.
n =n =n ( n n )=
= (n n ) n = (n ) ( n) =
= (n n )(n n )
Como n > 3, então de acordo com o exercício FA-25(e):
n n n n n n n n
Portanto, n é composto pois ambos os fatores são maiores que 1.

FA-230 _ Se n é primo, prove que n é múltiplo de 3.


Sugestão: Mostre que são impossíveis as alternativas n = 3q + 1 ou
n = 3q + 2.
Aplicando o algoritmo de divisão aos números n (dividendo) e 3
(divisor): n = 3q, n = 3q + 1 ou n = 3q + 2 (q ℤ).
Porém, para as duas últimas formas, n é composto, conforme:
n= q n =( q ) = ( q q )
n= q n =( q ) = ( q q )
Assim: n = q n.

FA-231 _ Se p é um número primo, prove que p é um número


composto.
De fato, se p fosse primo, pelo exercício anterior, p seria múltiplo
de 3, o que seria um absurdo pois p é primo e p .

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FA-232 _ Se o resto da divisão euclidiana de um número primo por 3 é
1, mostre que na divisão desse número por 6 o resto também é 1.
Seja p este número. Então p = 3q + 1 (q ℤ).
Não é possível que q seja ímpar. De fato, supondo q = 2t + 1 (t ℤ),
teremos:
p = 3q + 1 = 3(2t + 1) + 1 = 6t + 4 = 2(3t + 2)
Absurdo pois p é primo. Portanto q é par, ou seja, q = 2t (t ℤ). Assim:
p = 3q + 1 = 3(2t) + 1 = 6t + 1
Devido à unicidade do resto, a questão está resolvida.

FA-233 _ Sejam d = mdc(a b ) e d = mdc(a b ). Prove que


mdc(a b b ) = mdc(a d d ).

Se b = p p pk k e b = p p ps s representam as
decomposições em primos de b e b , onde cada fator pi é primo,
pi pj sempre que i j e i i (i = k s), então é válido
representar todo divisor do produto b b da seguinte forma:

(p p pk k )( p p ps s )
( i i) ( j j) (i = k) (j = s)
De fato, se algum divisor de b b dividir apenas b basta fazer, segundo
a representação, j = (j = s) e p p ps s = .
Igualmente, se algum divisor de b b dividir apenas b basta fazer
i = (i = k) e portanto p p pk k = .
Se algum divisor de b b dividir ambos, então este divisor é da forma
(p p ps s ) onde j ma * i j + e a representação acima é
pertinente.

Posto isto, agora voltemos à questão:


Seja r = mdc(a b b ) Então r a e r (b b ).

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Se r (b b ), então conforme mostrado anteriormente r = r r , onde
r b er b .
Assim:
r (r r ) e r r a r a
r a e r b r mdc(a b ) = d

r (r r ) e r r a r a
r a e r b r mdc(a b ) = d

r d e r d r r = r (d d )
r a e r (d d ) mdc(a d d )

Seja k = mdc(a d d ). Então:


d b e d b d d (b b )
k (d d ) e d d (b b ) k (b b )
k a e k (b b ) k mdc(a b b ) = r

Por fim:
rk e kr r = mdc(a b b ) = mdc(a d d ) = k

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FA-234 _ Seja n um inteiro composto. Prove que n divide (n )
A resolução do livro só estará correta se tivermos n > 4, já que 4 não
divide 3!. O erro se deve ao uso do sinal ao invés de >. Assim:
Resolução: Sendo n composto, então existem a b ℤ de maneira que
a b n e n = ab. Assim, a e b são fatores de (n ) Se a b,
é imediato, então, que n divide (n ) Se a = b, então n = a ,o
que implica a > 2. Daí a a = n e portanto 2a também é fator de
(n ) Donde
(n ) = (n ) ( a) a
o que mostra que a (n )

FA-235 _ Ache dois inteiros a e b, se o primeiro tem 21 divisores, o


segundo 10 e mdc(a, b) = 1250.
= possui 10 divisores pois:
( )= ( )=( )( )= =
Como 1250|b e b possui 10 divisores então b = 1250.
Observe que 21 = 3.7 = (2 + 1)(6 + 1). Como a tem 21 divisores, então
a deve possuir apenas dois fatores primos distintos, um deles elevado à
sexta e o outro à segunda potências.
Como = a, então a = = .

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FA-236 _ Mostre que há uma infinidade de primos da forma 4r + 1.
Sugestão: Suponha que os primos dessa forma fossem n: p p pn .
Considere a = p p pn . Os fatores primos de a têm que ser da
forma 4n + 3. Mas isso levará a um absurdo.
Precisaremos antes de um lema necessário para a resolução do
exercício. Também é preciso que o leitor conheça o pequeno teorema
de Fermat para entender a questão. A sugestão do livro de nada serve.
Lema: Todo divisor primo p de ( ℤ ) é da forma
4n + 1 (n ℤ ).
Suponhamos que p ( ), com p > 2. Como p é ímpar, temos que
p
ℤ e para algum ℤ que = p onsequentemente:

= p
p
Elevando pot ncia ambos os lados da igualdade acima temos

para alguns ℤ que (FA-157-158):


p
p p p se é par
( ) p
= =( p ) ={
p
p se é mpar

Se p = p , então p = p . Como p ( ), segue que


p (caso contrário teríamos p|1). Logo, pelo pequeno teorema de
Fermat, temos que p ( p ), e, consequentemente, p|2, o que é
uma contradição.
p
ortanto a única alternativa poss vel é que seja par o que implica

que p é da forma 4n + 1 (n ℤ ).

Voltemos agora à questão:


Suponhamos, por absurdo, que haja um número finito p p pk de
primos da forma 4n + 1, onde pk é o maior deles. Considere o número:
r= p p pk

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Observe que r é da forma 4m + 1 (m = p p pk ) e pk r.
Logo r é composto.
Observe também que r pois r é ímpar, e para todo i = k,
pi r (caso contrário conduziria a pi ). Portanto, todo divisor primo
de r é da forma 4n + 3, o que é um absurdo em vista do lema anterior.
Assim, existem infinitos primos da forma 4n + 1.

FA-237 _ Ache o menor inteiro positivo n para o qual a função


f(n) = n n 7 fornece um número composto.Faça o mesmo com
as funções g(n) = n n e h(n) = n n .
f( ) = 7= 7
f( ) = 7= 9

f( )= 7= 7 = 7 7
O menor inteiro positivo que satisfaz o problema é n = 16.
Quanto às demais funções:
O menor inteiro positivo tal que g(n) = n n fornece um
número composto é n = 18, pois:
g( )= =7 = 9 7
Para k , f(k) é primo (basta calcular um por um e você
confirmará).
Por fim, o menor inteiro positivo tal que h(n) = n n fornece
um número composto é n = 22, pois:
h( )= ( ) = = 7
Para k , f(k) é primo (mais uma vez, basta calcular um por um
e você confirmará).

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FA-238 _ Em 1742 o russo Christian Goldbach formulou a seguinte
conjectura (conhecida como conjectura de Goldbach) “ odo inteiro
par maior que é a soma de dois números primos positivos” or
exemplo, 4 = 2 + 2; 6 = 3 + 3; 8 = 5 + 3; 10 = 3 + 7; 12 = 5 + 7, etc.
Essa ainda é uma questão em aberto na Matemática.
Admitindo a conjectura de Goldbach, prove que todo inteiro par maior
que 5 é igual à soma de três números primos positivos.
Sugestão: Se n =p q (p e q primos), então 2n = p + q + 2 e 2n
+ 1 = p + q + 3.
n n n
Assim, admitindo a conjectura de Goldbach, teremos que
n = p q (p e q primos), implicando que 2n = p + q + 2.
Como 2 também é primo, então o exercício fica demonstrado.

FA-239 _ Seja p um número ímpar. Se p e p + 2 são números primos,


diz-se que p e p + 2 são primos gêmeos.
a) Mostre que 1949 e 1951 são primos gêmeos.

√ 9 9 . Nenhum primo p < 44 divide 1949. Logo, 1949 é


primo (crivo de Eratóstenes).
Da mesma forma, √ 9 e nenhum primo p < 44 divide
1951. Logo, 1951 é primo (crivo de Eratóstenes).
Como 1951 = 1949 + 2, então 1951 e 1949 são primos gêmeos.

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b) Se p e p + 2 são primos gêmeos e p > 3, mostre que sua soma é
múltiplo de 12.
p (p )= p = (p )
Aplicando o algoritmo de divisão à p (dividendo) e 12 (divisor):
p= k s (s = ) (k ℤ)
Se s = 0, 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 10, então p = 12k + s é composto, o que não é
possível.
Se s = 1, como p > 2, então teremos k e:
p= k p = k = ( k )
o que também é um absurdo pois p + 2 é primo.
Analogamente, não podemos ter s = 7.
Assim, p = 12k + 5 ou p = 12k + 11 (k ℤ). Analisando cada uma das
formas possíveis:
p= k (p )= ( k )= ( k ) (p )
p= k (p )= ( k )= ( k )
(p )

FA-240 _ Seja p um número primo ímpar. Prove que (p ) ou


(p ).
Aplicando o algoritmo de divisão à p (dividendo) e 10 (divisor):
p= k s (s = 7 ou ) (k ℤ)
Para s = 1:
p= k p =( k ) = ( k ) k
p = ( k ) k= ( k k) (p )
Os demais casos podem ser enfrentados pela mesma linha de
raciocínio.

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FA-241 _ Sejam a e b inteiros tais que mdc(a, b) = p, onde p é primo.
Prove que mdc(a b) = p ou p .
Resolução do livro: Seja mdc(a b) = d e indiquemos por q um divisor
primo de d (Note-se que como p a e p|b, então d > 1). Como q a e
q|b, então q|a e q|b; daí q|p e portanto q = p. Assim d = pr (r ).
Vamos supor que r > 2. Então, de um lado, p b. De outro, pr a , o que
leva a a = pr q (q ℤ); mas p|a e então a = ps (s ℤ); assim
p s = pr q , de onde segue (cancelando p ) que p|s e portanto (já que
a = ps) p a. Como porém mdc(a, b) = p, as conclusões a que chegamos
(p a e p b) constituem um absurdo. Logo r .

FA-242 _ Se mdc(a, b) = p, onde p é primo, mostre que mdc(a b) = p


p ou p .
Seja mdc(a b) = d. Note que:
pa e pb pa e pb pd d
Se q é um divisor primo de d, então:
qa e qb qa e qb q mdc(a b) = p q=p
Assim: d = pr (r ). Vamos supor que r > 3. Então:
p pr e pr b p b
pr a a = pr t (t ℤ)
pa a = ps (s ℤ)
a = ps e a = pr t p s = pr t
s = pr t pr s
p pr e pr s ps
ps e pp p ps = a
p a e p b p mdc(a b) = p
Absurdo. Logo r .

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FA-243 _ Quais os valores possíveis de mdc(a b ), se mdc(a, b) é um
número primo? Justifique.
Se mdc(a, b) = p, onde p é primo, então a = pk m e b = p n,
ou vice-versa, onde k e mdc(m, n) = 1.
Se tivéssemos mdc(m n) , então a e b teriam mais fatores em
comum, donde resultaria mdc(a b) p
Assim:
a = pk m a =p k
m
b = pn b =p n
-
Observe que mdc(m n) = mdc(m n ) = .
Se k = 1, então mdc(a b ) = p , e se k > 1, então mdc(a b ) = p .
Lembre-se da regra elementar segundo a qual o máximo divisor
comum de dois números inteiros é o produto dos fatores primos
comuns, cada um com o menor expoente.
Se considerarmos a outra alternativa, isto é, a = p n e b = pk m,
teremos:
a = pn a =p n
b = pk m b =p k
m
Como k , então k , e portanto mdc(a b ) = p neste caso.
Conclusão: se mdc(a, b) = p, então mdc(a b ) = p ou p .

FA-244
a) Ache o expoente de 5 na decomposição de 100! Em fatores primos.
Resolução do livro de a): Os fatores de = 99 em que o
5 figura são 9 (vinte fatores). Observemos que:
9 = ( 9 ). No produto entre
parênteses o 5 figura nos fatores 5, 10, 15 e 20. Como =
( ), então o expoente de 5 no fatorial 100! é 20 + 4 = 24.

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b) Qual o expoente de 7 na decomposição de 1000 em fatores primos?
Justifique a resposta.
= =( ) = = 7
O expoente de 7 na decomposição de 1000 em fatores primos é zero.

FA-245 _ Decomponha em fatores primos, segundo o teorema


fundamental da aritmética, o número 50!
Sugestão: Estenda o raciocínio do exercício anterior a todos os fatores
primos de 50!
= 7 7 9( )( 9 )( 7 )( 9)
( )(7 9)( )
( 9 7 )( ).1
Calculando individualmente os produtos que estão entre parênteses:
=
9 = 9
7 = 7
9=
=
7 9= 7
=
9 7 =
=
Reunindo os fatores primos, teremos:
= 7 7 9 9 7 7

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FA-246 _ Se mdc(a, b) = d, prove que mdc(a b ) = d .
Seja d = d d dmm , onde di (i = m) são os divisores primos
de d. Podemos representar a decomposição de a e b da seguinte forma:
a = (d d dmm ) p p ps s

b = (d d d )p p ptt
Onde pi pj dk i j k (i = s) (j = t) (k =
m).
Se tivéssemos, para algum i e j, pi = pj e i j , teríamos
mdc(a b) d.

Assim, p p ps s e p p p t t são primos entre si. ( )


Daí:
s
a = (d d dm m ) p p ps
t
b = (d d dm m ) p p pt
Em vista de ( ) e do exercício FA-103, teremos portanto que:

mdc(a b ) = d d dm m = (d d dmm ) = d

FA-247 _ Se p e p são ambos números primos, prove que p


também é primo.
Se p é primo e p , então p é da forma 3k + 1 ou 3k + 2 (k ℤ).
Porém, para ambas as formas, p é composto, como se segue:
p= k p =( k ) = ( k k )
p= k p =( k ) = ( k k )
Logo, p e p são ambos números primos somente se p = 3.
Obviamente, p = = é primo.

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FA-248 _ Sejam a e b inteiros primos entre si e n um inteiro tal que
n + 2 = p é um número primo. Mostre que:
mdc(a ba nab b )= ou p
mdc(a b) = mdc(a b ab) = mdc((a b)p pab) = p
Seja d = mdc(a ba nab b ). Então:
d (a b) e d (a nab b ) d (a b) e d (a nab b )
d ,(a b) (a nab b )- = (n )ab
Como n + 2 = p, então d|(pab). Daí:
d (a b) e d (pab) d (a b)p e d (pab)
d mdc((a b)p pab) = p d= ou p

n r
FA-249 _ Se a = é primo (n ), prove que n = (r ).
Resolução do livro: Vamos supor que um dos fatores primos de n fosse
ímpar. Se 2s + 1 (s ) é esse fator, então n = t( s ), onde t ,e
a = ( t) s

t s
Fazendo = , então a = . Mas, conforme exercício 163:
s s s
=( )( )=a
Absurdo, pois e s s
(por quê?) e a é
primo. Se n não possui fatores primos ímpares, então n é potência de 2
(expoente 0).

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FA-250 _ Resolva cada uma das seguintes equações diofantinas:
a) 3x + 4y = 20
Como mdc(3, 4) = 1, então essa equação admite soluções.
Se ( ) é solução paticular de 3x + 4y = 1, então ( )é
solução de 3x + 4y = 20.
Como ( ) é solução particular de 3x + 4y = 1, então ( )é
solução de 3x + 4y = 20. Assim, a solução geral pode ser expressa por:
= t = t (t ℤ)

b) =
Como mdc( ) = mdc( ) = , então essa equação admite
soluções.
Se ( ) é solução paticular de = , então ( )é
solução de = .
Como ( ) é solução particular de = , então ( )é
solução de = . Assim, a solução geral pode ser expressa por:
= t = t (t ℤ)

c) 24x + 138y = 18
Como mdc(24, 138) = 6 e 6|18, então esta equação é compatível.
Consideremos sua forma equivalente 4x + 23y = 3. Observe que:
= ( ) ( )=
Ou seja, ( ) é solução particular de 4x + 23y = 3. Assim, a solução
geral pode ser expressa da seguinte forma:
= t = t (t ℤ)

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d) =
Como mdc( ) = mdc( )= e ( ), então esta equação é
compatível. Observe que:
= = ( ) ( ) = ( ) ( )
O que mostra que o par (4, 4) é solução particular de = .
Assim, a solução geral pode ser expressa da seguinte forma:
= t = 9t (t ℤ)

e) 9 =
Como mdc( 9) = mdc( 9) = e , então esta equação é
compatível. Tomando sua forma equivalente = , temos que:
= ( )( ) ( )=
O que mostra que o par ( ) é solução particular da equação. Assim,
a solução geral pode ser expressa da seguinte forma:
= t = t (t ℤ)

f) 7 =
Como mdc( 7) = mdc( 7) = e , então esta equação é
compatível. Tomando sua forma equivalente 9 = , temos que:
9= =9 = 9( ) ( )= ( ) 9( )
O que mostra que o par ( ) é solução particular da equação.
Assim, a solução geral pode ser expressa da seguinte forma:
= 9t = t (t ℤ)

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FA-251 _ Dividir 100 em duas parcelas positivas tais que uma é
múltiplo de 7 e a outra de 11 (Euler).
Basta resolver a equação diofantina linear 7x + 11y = 100 ( ).
Esta equação é compatível pois mdc(7, 11) = 1.
De
11 = 7.1 + 4
7 = 4.1 + 3
4 = 3.1 + 1
segue que:
= = (7 )= 7=
= ( 7) 7= 7 = 7( ) ( )
Daí:
7( ) ( )=
O que mostra que o par ( ) é solução particular da equação. A
solução geral pode ser expressa por:
= t = 7t (t ℤ)
Como , teremos que:
t t t
7t 7t t
Reunindo: t t= .
Assim, somente se t = 28. Donde x = 8 e y = 4.
Portanto, as parcelas positivas requeridas são 56 e 44.

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FA-252 _ Ache todos os inteiros estritamente positivos com a seguinte
propriedade: fornecem 6 quando divididos por 11 e resto 3 quando
divididos por 7.
Resolução do livro: Indiquemos por n, genericamente, esses números.
Então, n = 11x + 6 = 7y + 3. Daí 7 = . Uma solução
particular desta equação é ( 9) e portanto sua solução geral é
dada por = 7t = 9 t (t ℤ). Devemos impor que
n= ( 7t) = 77t , o que leva a t = e
daí = . Logo, n = 7 9 7 77r 7

FA-253 _ Um parque de diversões cobra US$ 1 a entrada de crianças e


US$ 3 a de adultos. Para que a arrecadação de um dia seja US$ 200,
qual o menor número de pessoas, entre adultos e crianças, que
poderiam frequentar o parque nesse dia? Quantas crianças? Quantos
adultos?
Se x representa o número de crianças e y o número de adultos no
parque, então x + 3y = 200. Devemos encontrar uma solução
particular ( ) ℤ ℤ tal que a soma seja a menor
possível. Observando que:
= =( ) =( ) ( )
Então ( ) é solução particular da equação. A solução geral
pode ser expressa por:
= t = t (t ℤ)
Daí:
t= = = 7
t= = = =
t= = = =7

t= = = =
t= = =
Logo, devemos ter no parque 2 crianças e 66 adultos.

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FA-254 _ Um certo número de “seis” e de “noves” são adicionados e a
soma resultante é e o número de “seis” e o de “noves” fossem
permutados a soma seria uantos “seis” e quantos “noves” foram
somados?
Conforme o exercício:
6x + 9y = 126
9x + 6y = 114
Onde x representa a quantidade de “seis” adicionados e y a quantidade
de “noves” adicionados
A solução será igual à interseção dos conjuntos soluções das equações
diofantinas acima.
A primeira equação é compatível pois mdc(6, 9) = 3 e 3|126. Sua
forma equivalente é 2x + 3y = 42. Como:
=( ) ( ) ( )=
Então uma solução particular é o par ( ). A solução geral pode
ser expressa por:
= t = t (t ℤ)
Substituindo x e y na segunda equação, ficaremos com:
9 = 9( t) ( t) =
7 7t t= t= t=
Logo:
= =
= =

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FA-255 _ Ao descontar um cheque de viagem o caixa se enganou, de
maneira que recebi tantas notas de US$ 50 quanto as de US$ 10 que
deveria ter recebido e vice-versa. Só depois percebi o erro e verifiquei
que, se gastasse US$ 300 da importância recebida, ainda ficaria com o
dobro do valor do meu cheque. Verifiquei também que este valor era o
menor possível para que tal fato pudesse ocorrer. Qual a importância
do cheque e quantas notas de cada espécie deveria eu ter recebido?
Se representa o valor do cheque, x o número de notas de 50 e y o
número de notas de 10 recebidas, então de acordo com o problema:
= ()
=( ) ( )
Substituindo (I) em (II):
( )=( )
=
9 = =
Observe que o par (25, 5) é solução particular de = . Assim
= t = t (t ℤ)
é a solução geral. Como , então:
t t t
t t
Com isto, temos que:
t= = =
t= = =
t= = 9 =

Os menores valores de x e y que satisfazem a condição do problema é


x = 13 e y = 1.
Por fim:
= = =

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FA-256
a) Resolva a equação diofantina 7x + 19y = 1921.
Como mdc(7, 19) = 1, então esta equação é compatível. Observe que:
19 = 7.2 + 5
7 = 5.1 + 2
5 = 2.2 + 1
Donde:
= = (7 )= 7= ( 9 7 ) 7=
= 7( ) 9( )
O que implica:
7( ) 9( 7 )= 9
O que mostra que o par ( 7 ) é solução particular da
equação. Assim, a solução geral pode ser expressa por:
= 9t = 7 7t (t ℤ)

b) Determine em a solução ( ) cuja soma seja a


menor possível.
Fazendo e , teremos:
9t 9t t 9
7 7t 7t 7 t
Com isto, temos que:
t= 9 = = =
t= = =9 =

t= = =9 = 9
t= = 9 = = 7
Logo, (3, 100) é o par procurado.

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FA-257 _ Um fazendeiro que dispõe de US$ 1 770 pretende gastar essa
importãncia na compra de cavalos e bois. Se cada cavalo custa US$ 31 e
cada boi US$ 21, qual o maior número de animais que pode adquirir?
Quantos cavalos? Quantos bois?
Se x representa a quantidade de cavalos e y a quantidade de bois, então
de acordo com o problema:
31x + 21y = 1770
Equação compatível pois mdc(31, 21) = 1. Ainda:
31 = 21.1 + 10
21 = 10.2 + 1
Donde:
= = ( )= ( ) ( )
( ) ( ) = 77
O que mostra que o par ( ) é solução particular da
equação. Assim, a solução geral pode ser expressa por:
= t = t (t ℤ)
Como e , então:
t t t 9
t t t 7
Daí:
t= 9 =9 =7 =
t= 7 = = =7
t= 7 = =9 =
Logo, o maior números de animais que pode adquirir é 80 animais,
sendo destes 9 cavalos e 71 bois.

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FA-258 _ Uma certa quantidade de maçãs é dividida em 37 montes de
igual número. Após serem retiradas 17 frutas, as restantes são
acondicionadas em 79 caixas, cada uma com a mesma quantidade.
Quantas maçãs foram colocadas em cada caixa? Quantas tinha cada
monte?
Se z representa a quantidade de maçãs, x a quantidade de maçãs em
cada monte e y a quantidade de maçãs em cada caixa, então de acordo
com o problema:
z = 37x (I)
z 7 = 79 ( )
Substituindo (I) em (II), teremos:
7 7 = 79 7 79 = 7
Esta equação é compatível pois mdc( 7 79) = .
Observe que o par (9, 4) satisfaz a equação. Logo, a solução geral pode
ser expressa por:
=9 79t = 7t (t ℤ)
Como x > 0 e y > 0, então t .
R) Respectivamente, 9 79t e 7t (t ).

FA-259 _ Determine o número de soluções ( ), com e


> 0, para cada uma das equações:
a) 10x + 28y = 1 240
Esta equação é compatível pois mdc(10, 28) = 2 e 2|1240.
Observe que:
28 = 10.2 + 8
10 = 8.1 + 2
Donde:
= = ( )= ( ) ( )
( ) ( )=

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O que mostra que o par ( ) é solução particular da equação.
Assim, a solução geral pode ser expressa por:
= t = t (t ℤ)
Fazendo x > 0 e y > 0, teremos:
t t t
t t t
Reunindo: t .
Como t só pode assumir 8 valores dentro das condições do exercício,
então o número de soluções estritamente positivas possíveis é 8.

b) 7 =7
Esta equação é compatível pois mdc( 7 ) = . Como:
1000 = 761.1 + 239
761 = 239.3 + 44
239 = 44.5 + 19
44 = 19.2 + 6
19 = 6.3 + 1
Então:
= 9 = 9 ( 9 )=7 9 =
= 7( 9 ) =7 9 =
=7 9 (7 9 )= 9 7 =
= ( 7 ) 7 = ( ) 7 ( 9)
( 7) 7 ( )=7
O que mostra que o par ( 7 ) é solução particular da equação.
Assim, a solução geral pode ser expressa por:
= 7 7 t = t (t ℤ)
Fazendo x > 0 e y > 0, teremos:

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7 7 t 7 t 7 t
t t t
Como t < 1, então existem infinitas soluções que satisfazem o critério
do exercício.

FA-260 _ Encontre uma solução para cada uma das equações


diofantinas:
a) 3x + 5y + 6z = 4
Como mdc(3, 5, 6) = 1, então esta equação é compatível.
De
= = = ( ) ( ) ( )
segue:
( ) ( ) ( )=
Logo, o terno ( ) é uma solução da equação dada.

b) 100x + 72y + 90z = 11


Esta equação não possui soluções pois mdc(100, 72, 90) = 2 e .

c) 9 z=
Como mdc( 9 )= e 1|2, então esta equação é compatível.
De
49 = 31.1 + 18
31 = 18.1 + 13
18 = 13.1 + 5
13 = 5.2 + 3
5 = 3.1 + 2
3 = 2.1 + 1

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segue:
= = ( )= = ( ) =
= = ( )=7 =
= 7( ) =7 =7 ( 9 )=
= ( 9) 9( ) ( )
( ) 9( ) ( )=
Logo, o terno ( ) é uma solução da equação dada.

d) 120x + 84y + 144z = 60


Como mdc(120, 88, 144) = 12 e 12|60, então esta equação é
compatível.
De
120 = 84.1 +36
84 = 36.2 + 12
36 = 12.3
segue:
= = ( )= ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )=
Logo, o terno ( ) é uma solução da equação dada.

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FA-261 _ Dê uma interpretação geométrica, em termos de coordenadas
cartesianas, para o fato de que uma equação diofantina linear em duas
incógnitas quando admite uma solução, admite infinitas.
Conforme já demonstrado no livro, se ( ) é uma solução particular
da equação diofantina linear ax + by = c, então a solução geral pode
ser expressa por:
b a
= t = t (d = mdc(a b) t ℤ)
d d
Em termos cartesianos, as soluções de ax + by = c podem ser
representadas, num sistema tridimensional de eixos ortogonais
entre si, através de triplas ordenadas da forma
b a
( t t c*
d d
indicando pontos no espaço tridimensional.

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FA-262 _ Ache todos os inteiros x tais que:
a) e (mod )
b) e (mod 7)

É fácil ver que a b (mod m) (a m) b (mod m) a b ℤ.


E se a b (mod m), então (a r) b (mod m) ( r m). Com isso:

a) Como (mod ) e 5 é o menor inteiro positivo que satisfaz a


condição, então com base no que foi referido acima 9 são
côngruos a 5 módulo 8.

b) (mod 7). Logo, devemos ter 7k , que nos


dá k 7, e nos fornecem 9 , todos côngruos a
módulo 7.

FA-263 _ Se (mod m), ache os possíveis valores de m.


(mod m) m = (m )
Fatorando 252: = 7.
Assim, os possíveis valores de m são: 79 .

FA-264 _ Ache os restos nas seguintes divisões:


a) por 7
(mod 7) (mod 7)
(mod 7) e (mod 7) (mod 7)
(mod 7) ( ) = = (mod 7)
Como (mod 7) então o resto da divisão de por 7 é 1.

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b) por 100
(mod ) ( ) (mod )
(mod ) ( ) = (mod )
(mod ) e (mod )
= 7 (mod )
Como (mod ) então o resto da divisão de por
100 é 1.

c) por 5
Resolução do livro de c): Como (mod ), então
(mod ); daí (mod ) e portanto (mod ); logo
( ) (mod ); como (mod ), então (mod ).
Observando que (mod ), então (mod ) e daí
(mod ); donde (mod ). Obviamente
(mod ), pois (mod ). Assim:
(mod )
Pela propriedade o resto é 4.

d) por 3
(mod ) (mod ). Temos (mod ), e se
(mod ), então (mod ). Assim:
( ) = (mod )
Logo, a divisão de por 3 fornece resto nulo.

e) por 3
(mod ) (mod ) (mod )
(mod ) e (mod ) (mod )
(mod ) e (mod ) (mod )
Logo, o resto da divisão é 2.

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FA-265 _ Mostre que é divisível por 41.
= 9 (mod ) (mod )
(mod ) (mod )
Logo, ( ).

FA-266 _ Qual o resto na divisão euclidiana de s =


99 por 4? Justifique.
Notemos as seguintes séries de congruências:
(mod ) (mod )
9 97 (mod ) 9 97 (mod )
9 (mod ) 9 (mod )
7 99 (mod ) 7 99 (mod )
Todas estas séries apresentam 25 termos cada (a primeira não conta o
0 e a última não conta o ). Portanto:
( ) (mod )
Donde conclui-se que 4|s e o resto é 0.

FA-267 _ Mostre que o resto na divisão de s(n) = n


por 12 é 9, para todo n .
Sugestão: Se n , então n (mod ).
A sugestão do problema é facilmente verificada por indução. Logo,
convém apenas descobrir o resto da divisão de 1! + 2! + 3! por 12.
Como 1! + 2! + 3! = 9, então obviamente 9 (mod ),
e o resto portanto é nove.

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FA-268 _ Se n é um múltiplo de 4, qual o resto da divisão de
n n n
9n
por 10?
Seja n = q (q ℤ ). As congruências n (mod ), n
(mod ), n (mod ) e n (mod ) são facilmente
verificadas por indução. Com base nisso, notemos as seguintes
congruências:
n ( 9)n
( 9) (mod ) = 9n (mod )
( ) (mod ) n ( )n = n
(mod )
( 7) (mod ) n ( 7)n = 7n (mod )
( ) (mod ) n ( )n = n
(mod )
Logo:
n
9n (mod )
E o resto divisão por 10 é três.

FA-269
a) Mostre que o resto da divisão de um número inteiro positivo por 10
é seu algarismo das unidades.
r
De fato, n = q a , onde q = a ar . Como:
(mod ) q (mod )
a a (mod )
Então: n = q a a a (mod ).

b) Mostre que o resto da divisão de um inteiro positivo por 100 é o


número formado por seus dois últimos algarismos.
Sugestão: Considerar o número na forma
r
a a ar
O raciocínio se procede da mesma forma que em a), bastando
fazer n = q a a .

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FA-270 _ Ache o algarismo das unidades dos seguintes números:
7( ) e 9( ) .
Como 7 7 (mod ) 7 9 (mod ) 7 (mod ) e 7
(mod ), então 7 r
7 9 ou (mod ), conforme,
respectivamente, r ou (mod ). Mas 7 (mod ) 7
(mod ) 7 (mod ) 7 (mod ) . Ou seja, 7s
ou (mod ), conforme s seja ímpar ou par. Como 7 é ímpar, então
7 (mod ). Logo 7( ) (mod ). Assim, o algarismo das
unidades do número dado é 3.

Quanto ao outro número:


9 9 (mod ) 9 (mod ) 9 9 (mod ) ou seja,
s
9 9 ou (mod ), conforme s seja ímpar ou par. Como 9 é ímpar,
então 9( ) 9 (mod ). Assim, o algarismos das unidades é 9.

FA-271 _ Se a b (mod m) e n|m (n > 1), mostre que a b (mod n).


As hipóteses sugerem que n|m e m (a b), donde pela transitividade
n (a b), e portanto a b (mod n).

FA-272 _ Ache os dois últimos algarismos do número

n = 7( )

Como 7 7 (mod )7 9 (mod )7 (mod )e7


(mod ), então 7 r
7 9 ou (mod ), conforme,
respectivamente, r ou (mod ). Mas 7 (mod ) 7
(mod ) 7 (mod ) 7 (mod ) . Ou seja, 7s
ou (mod ), conforme s seja ímpar ou par. Como 1000 é par, então
7 (mod ). Logo 7( )
7 (mod ).
Assim, conforme o exercício FA-269(b), os dois últimos algarismos do
número dado são 07.

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FA-273 _ Se a b (mod m ) e a b (mod m ), mostre que
a b (mod m) , onde m = mmc(m m ) (Assim, se mdc(m m ) = ,
então a b (mod m m ))
Seja M = * ℤ a b (mod )+ não é vazio pois
ostremos que ma = a b
De fato: a b (a b) a b (mod a b) a b
c c a b (mod c) c (a b) c a b e como c
então: c = c a b c a b

Consideremos m m M e mostremos que m = mmc(m m )


t t t
eja a b = p p prr ( t i ) (i = r) sua decomposição em
primos omo todo elemento de necessariamente divide a b
então:

m = p p pr r e m = p p pr r
onde i i t i (i = r).

Como m = p p pr r , i = ma * i i + então i t i pois i = i

ou i = i. Logo:
m a b m (a b) a b (mod m) m
o que conclui a demonstração do exercício.

Nota: A mesma argumentação prova que d= mdc(m m ) também


pertence a M. Basta considerar d = p p pr r , i = min* i i +.

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FA-274 _ Se a b (mod m), prove que
mdc(a, m) = mdc(b, m)
Sejam d = mdc(a, m) e k = mdc(b, m). Então:
d a d m e m (a b) d a e d (a b) d ,a (a b)- = b
db e dm d mdc(b m) = k

k b k m e m (a b) k b e k (a b) k ,(a b) b- = a
ka e km k mdc(a m) = d
Por fim: d k e k d d = k.

FA-275 _ Mostre que o algarismo das unidades do número


s= n n n n
é 4 se n (mod ) e é 0 nos demais casos,
para todo n .
Resolução do livro: No caso n (mod ) valem as congruências
n (mod ) n (mod ) n (mod ) e n
(mod ), o que implica s (mod ). Se
n (mod ), então n (mod ) n (mod ) n
(mod ) e n (mod ) e portanto s
(mod ). O raciocínio é o mesmo para os dois casos restantes.

FA-276 _ Mostre que formam um sistema completo de


restos, módulo 11, mas que o mesmo não acontece com
.
k
(mod ) k ℤ , visto que toda potência de 2 não possui o
fator 11 em sua decomposição.
Como (mod ), pode-se dizer que n (mod ) conforme
n (mod ), e portanto k (mod ) quando k 9.
Por fim, seja i j
, com i j, digamos j i 9. Daí i j
=
j i j
( ), em que i j 9. Porém, o número 11 não divide esse

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j i j
produto. De fato, se ( ), como 11 é primo, então 11 teria de
j i j
dividir ou ( ). Mas nenhum deles é múltiplo de 11 visto que
j i j (mod ). Assim, i j
(mod ) e (mod ).

Para os números temos (mod ) e isso


prova que estes não formam um sistema completo de restos.

FA-277 _ Seja m > 1 um inteiro. Se a ℤ e mdc(a, m) = 1, prove que:


c c a c a c (m )a
formam um sistema completo de restos módulo m, para qualquer
inteiro c.
Se ai aj (mod m), onde j i m , como mdc(a, m) = 1, então
i j (mod m); donde m (i j) e m i j. Absurdo. Logo:
ai aj (mod m) c ai c aj (mod m)
Isso mostra que os números formam um sistema completo de restos.

FA-278 _ Se r r rm formam um sistema completo de restos


módulo m, mostre que o mesmo se pode dizer de
r ar a rm a
para todo a ℤ.
De fato, se ri rj ( i j m), então, pela definição de sistema
completo de restos:
ri rj (mod m)
O que implica:
ri a rj a (mod m)
Portanto, r ar a rm a também formam um sistema
completo de restos módulo m, para todo a ℤ.

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n n
FA-279 _ Se n > 0 não é múltiplo de 3, prove que a = é
divisível por 13.
Resolução do livro: Como (mod ), 9 (mod ),
(mod ) t
(mod ), então (mod )e
t
9 (mod ).
Além disso, 9 9 (mod ) 9 (mod ), 9 7
(mod ), 9 9 (mod ) . Ou seja:
t t
9 9 (mod )e9 (mod )
Assim, para n = 3t + 1:
a = 9n n
9 (mod )
Analogamente se procede para n = 3t + 2.

FA-280 _ Use sistemas de restos convenientes para provar que:


a) Se a é ímpar, a (mod ).
Vamos supor a = 2t + 1 (t ℤ). Então, conforme um sistema completo
de restos conveniente que consta no livro (página 128).
t ou (mod )
t ou (mod )
a 7 ou 9 (mod )
a 9 9 ou (mod )
Mas 9 9 (mod ).
Assim: a (mod ).

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b) Para todo inteiro a, a ou (mod 9).
a ou (mod 9)
a 7 ou (mod 9)
Mas:
7 (mod 9)
(mod 9)
(mod 9)
Assim: a ou (mod 9).

c) Para todo inteiro a, a a (mod ).


a ou (mod )
a ou 7 (mod )
Mas (mod ) e 7 (mod ), ou seja:
a a ou (mod )

d) Se a é um inteiro, ae a, então a (mod ).


Já provado no exercício FA-192.

e) Se a é quadrado perfeito (a = t t ℤ) e também cubo perfeito


(a = s s ℤ), então a 9 ou (mod ).
Para que a seja quadrado e cubo perfeito ao mesmo tempo, é
necessário que todos os fatores primos de a sejam múltiplos de 6,
ou seja, a = r (r ℤ). Assim, temos que:
r 7 ou (mod )
r² 9 9 9 9
256, 289 ou 324 (mod 36).

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Como:
(mod ) 9 (mod ) (mod )
9 (mod ) (mod ) (mod )
(mod ) 9 (mod ) 9 (mod )
9 (mod ) (mod ) 9 (mod )
(mod )
Então:
r 9 ou (mod )
(r ) r a 0, 1, 64, 729, 2197, 4096, 15625 ou 21952
(mod 36).

Ainda:
(mod ) 7 9 9 (mod ) 97 (mod )
9 (mod ) (mod ) 9 (mod )

Por fim:
a 9 ou (mod )

f) Se a é cubo perfeito, a ou (mod 9).


Resolução do livro de f): Vamos supor a = t . Como
t (mod 9), então t 7 (mod 9).
Mas (mod 9), (mod 9), 7 (mod 9), 7
(mod 9), (mod 9) e (mod 9).
Logo a = t ou (mod 9).

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FA-281 _ Mostre que, para todo inteiro a:
a) o algarismo das unidades de a² é 0, 1, 4, 5, 6 ou 9.
a (mod )
a 9 (mod ).
Mas (mod )e (mod ). Então:
a ou 9 (mod )
Agora basta levar em consideração o exercício FA-269(a).

b) o algarismos da unidades de a³ pode ser qualquer dos algarismos


de nosso sistema de numeração.
a (mod )
a 7 (mod ).
(mod ) 7 (mod ) (mod )
(mod ) (mod ) 7 7 (mod )
9 (mod )
Assim: a 7 ou 9 (mod )

c) o algarismo das unidades de a4 é 0, 1, 5 ou 6.


(a)
a ou 9 (mod )
a ou (mod )
(mod ) (mod ) (mod )
(mod )
Assim: a ou (mod )

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FA-282 _ Mostre que os inteiros 1 111, 111 111, 11 111 111 ,
(número de algarismos par), são todos números compostos.
Seja a = ⏟ a representação destes inteiros, onde n é par.
n algarismos

Então 11|a, pois


( )n = ⏟
( ) ( ) ( )=
n
parcelas

=
e 11|0, conforme critério de divisibilidade estabelecido no livro.
Assim, a = k (k ), e portanto composto.

FA-283 _ Seja ar ar a a a a representação decimal em nosso


sistema de numeração de um inteiro positivo n ( portanto ai 9,
i= r). Prove que n é divisível por 7 se, se somente se,
a a a a a a a
é divisível por 7.
(mod 7)
(mod 7)
(mod 7)
(mod 7)
(mod 7)
(mod 7)

Isto significa que:


r (mod 7)
Conforme, respectivamente:
r (mod )

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Então:
a a (mod 7)
a a (mod 7)
a a (mod 7)
a a (mod 7)
a a (mod 7)
a a (mod 7)
a a (mod 7)

r
i
∑ ai = n a a a a a a a (mod 7)
i

FA-284 _ Estabeleça critérios de divisibilidade por 4, por 5 e por 6.


O critério de divisibilidade por 4 é estabelecido no exercício FA-287.
Para que um inteiro seja divisível por 6 é necessário e suficiente que
seja divisível por 2 e por 3, já que mdc(2, 3) = 1.
Quanto ao critério de divisibilidade por 5, seja n = ar ar a a a
a representação decimal de n em nosso sistema de numeração, onde
ai 9 , i = r e ar . Então:
r
n =a a a ar =
( a ) ( r( r
=a a ) ar ) =
r r
= ( a a ar ) a =
= k a (k ℤ)
Assim: | n |a , isto é, se a = ou a = .

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FA-285 _ Seja a um inteiro positivo e indiquemos por b o inteiro
formado quando se escrevem os algarismos de a na ordem contrária
(Por exemplo, se a = 1 236, b = 6 321). Prove que a b (mod 9) e
portanto 9 (a b).
Se a = ar ar a a a é a representação decimal de a em nosso
sistema de numeração, então b = a a a ar ar . Donde:
r r r r
a b=( ar ar a ) ( a a ar ) =
r r r )a
=( )ar ( )ar (
k
Como 9 ( ), para todo k , então:
r
(mod 9)
c
Multiplicando cada lado por ( c r), teremos:
r c c
(mod 9)
r c r c
Provemos que (mod 9). De fato:
r c r c r c( c )
=
c r c r c
Como 9 ( ), então 9 ( ).
r c c
Assim, por transitividade: (mod 9)
Este fato nos permite concluir que cada parcela de a b vista
anteriormente é divisível por 9. Logo:
9 (a b) a b (mod 9)

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FA-286 _ Um palíndromo é um número que, escrito da direita para
esquerda ou da esquerda para a direita, o resultado é o mesmo
(Por exemplo, 373 e 52 125 são palíndromos). Prove que todo
palíndromo com um número par de algarismos é divisível por 11.
Podemos representar um palíndromo a com um número par de
algarismos da seguinte forma:
a=⏟
a a ak ak a a (k )
k algarismos

Assim:
a a ( )k a k ( )k ak a a =
= (a
⏟ a ) (a a ) [( )k ak ( )k ak ] =
k parcelas

= =
Como 11|0, então 11|a. Note que usamos o critério de divisibilidade
estabelecido no livro.

FA-287 _ Seja ar ar a a a a representação decimal de um número


natural n e consideremos k k r. Prove que n é divisível por
k
se, e somente se, o número ak ak a a é divisível por k .
Resolução do livro: Observemos que:
r k k
n = ar ak ak a a
k k k k r k
Como (mod ), (mod ) (mod ),
então:
k k
n ak a a (mod )
Ou seja:
k
n ak ak a a (mod )
k k
Logo: n ak ak a a
Em particular, n é divisível por 4 se a a (número formado pelos dois
últimos algarismos de n) é divisível por 4, por 8 se a a a é divisível
por 8, etc.

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FA-288 _ Aplique os critérios de divisibilidade para verificar se:
a) 125 431 784 é divisível por 7.
Utilizando o critério do exercício FA-283, temos que:
7 =
= 9 = 7
Como 7 7, então 125 431 784 não é divisível por 7.

b) ( 7 ) é divisível por 16.


( 7 )= 9
16|1492448 pois = , conforme critério estabelecido no
exercício FA-287.

c) 1 978 542 é divisível por 77.


1978542 será divisível por 77 somente se for divisível por 7 e 11
simultaneamente pois mdc(7, 11) = 1. Porém, aplicando o critério de
divisibilidade por 7, temos que:
7 9 =
= 9 =
Como 7 ( ), então 7 97 , e portanto 1 978 542 não é
divisível por 77.

d) 2 810 542 é divisível por 18.


Para que 2 810 542 seja divisível por 18 é necessário e suficiente que
seja divisível por 2 e por 9, já que mdc(2, 9) = 1. Porém:
2 + 8 + 1 + 0 + 5 + 4 + 2 = 22
E9 . Logo .

e) ( ) ( ) 9 é divisível por 11.


11|253 pois = e 11|0. Logo: ,( ) ( ) 9 -.

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k
FA-289 _ Mostre que (mod ) se k é um número natural
k
par e que (mod ) se k é ímpar.
De fato:
(mod )
( ) ( ) (mod )
O que implica (mod ), (mod ),
(mod ) .

FA-290 _ Se o número x679y (x e y representam algarismos) é divisível


por 72, ache x e y.
7 79 9 79 e 79 ssim conforme critérios de
divisibilidade já estabelecidos:
9 79 9( 7 9 ) 9( ) ()
79 79 ( )
O único valor que satisfaz (II) é y = 2.
Assim, teremos que 9|(x + 24). Como 9, então o único valor
que satisfaz (I) é x = 3.
R) x = 3, y = 2.

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FA-291 _ Sem efetuar os cálculos, aplique a prova dos noves aos
seguintes exemplos:
Qual a conclusão, em cada caso?
a) 65 + 101 + 1 213 + 48 = 1 427
(mod 9)
(mod 9)
7 (mod 9)
(mod 9)
7 7 (mod 9)
Assim:
7 7 (mod 9)
A soma passou pela prova dos noves.

b) 6 4 2
2 1 5
* * * *
* * *
* * * *
1 3 0 8 3 0

(mod 9)
(mod 9)
(mod 9)
Assim:
(mod 9)
O produto passou pela prova dos noves, embora:
=

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c) 1 4 8 2 4 5 1 2 1
* * * 1 2 2 5
* * *
* * *
3 0

Fazendo a = 148245, b = 121, q = 1225 e r = 30, teremos:


a (mod 9)
b (mod 9)
q (mod 9)
r (mod 9)
Daí:
bq r 7 a (mod 9)
A divisão não passou pela prova dos noves, e portanto a divisão
euclidiana não está correta.

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FA-292 _ Resolva as seguintes congruências lineares:
a) (mod )
Esta congruência é compatível, pois mdc(5, 36) = 1 e 1|2, além de
possuir apenas uma solução conforme convenção feita no livro.
Observe que:
(mod )
Logo o conjunto solução é {16}.

b) 7 (mod )
Esta congruência é compatível, pois mdc(3, 5) = 1. Como:
7 (mod )
Então o conjunto solução é {4}.

c) (mod 9 )
Como mdc(34, 98) = 2 e 2|60, então esta congruência admite duas
soluções.
De
98 = 34.2 + 30
34 = 30.1+4
30 = 4.7 + 2
segue que:
= 7= 7( )= 7 =
= (9 ) 7 = ( ) 9 ( )
O que implica:
( 9 ) 9 ( )= ( 9 ) (mod 9 )
Ou seja, 9 é solução particular da congruência. Assim, a outra
solução é:
9
9 = 9 9=

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Que por sua vez, as duas soluções são côngruas a:
9 =9 ( ) 9 9 9 (mod 9 )
= 9 ( 7) (mod 9 )
Logo, o conjunto solução é, conforme convenção do livro, {45, 94}.

d) (mod )
A solução está no exemplo 14 no próprio livro.

e) 7 (mod )
A congruência não possui soluções pois mdc(20, 15) = 5 e 7.

f) (mod )
Como mdc(14, 48) = 2 e 2|36, então esta congruência admite duas
soluções. De:
48 = 14.3 + 6
14 = 6.2 + 2
Segue que:
= = ( )= (7) ( )
O que implica:
( ) ( )= ( ) (mod )
Ou seja, 126 é solução particular da congruência. Assim, a outra
solução é:

= =

Que por sua vez, as duas soluções são côngruas a:


= ( ) (mod )
=9 ( ) (mod )
Logo, o conjunto solução é, conforme convenção do livro, {6, 30}.

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g) (mod 7)
A congruência é compatível pois mdc(5, 7) = 1. Como:
(mod 7)
Então o conjunto solução é {5}.

h) (mod )
Como mdc(20, 31) = 1 e 1|30, então esta congruência admite uma
única solução. De:
31 = 20.1 + 11
20 = 11.1 + 9
11 = 9.1 + 2
9 = 2.4 + 1
Segue que:
=9 =9 ( 9) = 9
= ( ) = 9 = 9( )=
= ( ) ( 9)
O que implica:
( ) ( 7 )= ( ) (mod )
Ou seja, 420 é solução particular da congruência, que por sua vez, é
côngruo a:
= ( ) 7 7 (mod )
Logo, o conjunto solução é, conforme convenção do livro, {17}.

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FA-293 _ Resolva os seguintes sistemas de congruências simultâneas:
a) (mod ) (mod ) 3 (mod 7)
Pode-se aplicar o teorema chinês do resto.
Neste caso, mmc(3, 5, 7) = 105 e as congruências a resolver são
(mod ) (mod ) e (mod 7)
das quais b = , b = eb = são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
7 (mod )

b) (mod 9) (mod 7) (mod )


Aplicando o teorema chinês do resto, neste caso, mmc(9, 7, 5) = 315
e as congruências a resolver são
(mod 9) (mod 7) e (mod )
das quais b = , b = eb = são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
7 (mod )

c) (mod ) (mod 7)
Uma solução particular da primeira congruência é 7 e da segunda é 4.
Logo, as soluções gerais são, respectivamente, x = 7 + 10t e x = 4 + 7s,
com t s ℤ, que podem ser traduzidas, em termos de congruências,
como: 7 (mod ) e (mod 7)
Como a multiplicação da primeira dessas congruências por 3 leva a
3x 1 (mod 10) e da segunda por 4 leva a 4x 2 (mod 7), então o
sistema dado equivale a:
7 (mod )
{
(mod 7)

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Aplicando o teorema chinês do resto, neste caso, mmc(10, 7) = 70
e as congruências a resolver são
7 (mod )e (mod 7)
das quais b = eb = são, respectivamente, soluções particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
7 7 7 7 (mod 7 )

d) (mod ) (mod ) (mod 7)


A última congruência tem como solução particular 5, dando como
solução geral x = 5 + 7t (t ℤ) ou seja (mod 7) omo a
multiplicação desta congru ncia por leva a (mod 7) então o
sistema dado equivale a:
(mod )
, (mod )
(mod 7)
Que pode ser resolvido mediante teorema chinês do resto.
Neste caso, mmc(3, 5, 7) = 105 e as congruências a resolver são
(mod ) (mod ) e (mod 7)
das quais b = , b = eb = são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
7 (mod )

e) (mod ) (mod 7) 9 (mod )


3 é solução particular da primeira congruência, 2 da segunda e 4 da
terceira. Assim, conforme já explicado nos exercícios anteriores, o
sistema dado é equivalente a:
(mod )
, (mod 7)
(mod )

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Que pode ser resolvido mediante teorema chinês do resto.
Neste caso, mmc(5, 7, 11) = 385 e as congruências a resolver são
77 (mod ) (mod 7) e (mod )
das quais b = , b = eb = são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
77 9 (mod )

FA-294 _ che um inteiro tal que (mod ) (mod 9)


x 10 (mod 29) (Euler).
Resolvendo o sistema segundo o teorema chinês do resto, temos que
mmc(11, 19, 29) = 6061, e as congruências a resolver são
(mod ) 9 (mod 9) e 9 (mod 9)
das quais b = , b = eb = são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
9 9 (mod )
E um inteiro que satisfaz o problema é 4128.

FA-295 _ che um inteiro tal que (mod ) (mod )e


x 15 (mod 17) (Regiomontanus – séc. XV).
Resolvendo o sistema segundo o teorema chinês do resto, temos que
mmc(10, 13, 17) = 2210 e as congruências a resolver são
(mod ) 7 (mod )e (mod 7)
das quais b = , b = eb = são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:

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7 9 (mod )
E um inteiro que satisfaz o problema é 1103.

FA-296 _ Ache o menor inteiro que fornece restos 1, 2, 5 e 5 quando


dividido, respectivamente, por 2, 3, 6 e 12 (Yih-Hing – séc. VII).
Sendo x este inteiro, então de acordo com o problema:
(mod )
(mod )
{
(mod )
(mod )
Das duas últimas congruências teremos, segundo o exercício FA-273,
que (mod 12) (mmc(6, 12) = 12). O sistema portanto é
equivalente a:
(mod )
, (mod )
(mod )
Da primeira congruência sai x = 1 + 2r. Substituindo na segunda:
1 + r (mod ) r (mod ) donde r = s
Então: x = 1 + 2(2 + 3s) = 5 + 6s. Passando à terceira congruência:
5+ s (mod ) s (mod ) s = k
Assim, x = 5 + 6(2k) = 5 + 12k. O menor inteiro positivo que satisfaz o
problema é 5.

FA-297 _ Ache o menor inteiro a > 2 tal que: 2|a, 3|(a + 1), 4|(a + 2) e
5|(a + 3).
Resolução do livro: O problema pode ser equacionado mediante o
sistema:
a (mod ) a (mod ) a (mod ) e a (mod )
que, pelo corolário da proposição 15, admite soluções. Da primeira
congruência sai a = 2r. Substituindo na segunda: 2r = 2 (mod 3);

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donde r = 1 + 3s e então a = 2 + 6s. Passando à terceira congruência:
s (mod ) s (mod ) da s = t e então a = t
inalmente: t (mod ) t (mod ) t = k
Assim, a = 2 + 60k (k ℤ) e a resposta é 62.

FA-298 _ Retirando-se os ovos contidos num cesto 2, 3, 4, 5 e 6 de


cada vez restarão, respectivamente, 1, 2, 3, 4 e 5 ovos. Quando eles são
retirados de 7 em 7, não sobra nenhum no cesto. Qual o menor número
de ovos que um cesto nessas condições pode conter? (Brahmagupta –
séc. VII)
O problema pode ser equacionado mediante o sistema:
(mod )
(mod )
(mod )
(mod )
(mod )
{ (mod 7)
Donde:
(mod ) = t
(mod ) t (mod ) t (mod ) t= t’
= t= ( t’) = t’
(mod ) t’ (mod ) t’ (mod ) t’ = s’
= t’ = ( s’) = s’
(mod ) s’ (mod ) s’ (mod )
s’ = r’
= s’ = ( r’) = 9 r’
(mod 7) 9 r’ (mod 7) r’ (mod 7)
r’ = 7m’
= 9 r’ = 9 ( 7m’) = 9 m’
(mod ) 9 m’ (mod ) m’ (mod )

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m’ = q k’ (k’ = ou )
ssim: = 9 m’ = 9 ( q k’) = 9 v
Como x > 0, então 119 é o menor inteiro que satisfaz o problema.

FA-299 _ (Antigo problema chinês) Um bando de 17 piratas, ao tentar


dividir entre si, igualmente, as moedas de ouro de uma arca, verifica
que 3 moedas sobrariam. Na discussão que se seguiu um dos piratas foi
morto; na nova tentativa de divisão, já com um pirata a menos, desta
feita 10 moedas sobrariam. Novo quiproquo e mais um pirata é morto.
Mas agora, por fim, é possível dividir igualmente a fortuna entre eles.
Qual o menor número de moedas que a arca poderia conter?
Se x representa o número de moedas de ouro, então o problema pode
ser equacionado segundo o sistema:
(mod )
, (mod )
(mod 7)
Aplicando o teorema chinês do resto, temos mmc(15, 16, 17) = 4080
e as congruências a resolver são
7 (mod ) (mod )e (mod 7)
das quais b = , b = e b = 9 são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
7 9 7 3930 (mod 4080)
O menor número de moedas possível é 3930.

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FA-300 _ Resolva, mediante o teorema chinês do resto, os seguintes
sistemas:
(mod )
a) , (mod )
(mod )
mmc(10, 11, 13) = 1430. As congruências a resolver são
(mod ) (mod )e (mod )
das quais b = 7, b = eb = são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
7 (mod )

(mod 7)
b) , (mod 9)
(mod )
(mod 9) partir disto temos que mmc(7, 9, 10) = 630
e as congruências a resolver são
9 (mod 7) 7 (mod 9) e (mod )
das quais b = , b = e b = 7 são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
9 7 7 7 (mod )

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FA-301
a) Mostre que o fato de 360 = 5 . 8 . 9, onde os fatores são primos entre
si implica que resolver a congru ncia 7 (mod ) equivale a
resolver o sistema
7 (mod )
,7 (mod )
7 (mod 9)
De fato, se ℤ é solução de 7 (mod ) então de acordo com
o exercício FA-271:
7 (mod )e 7 (mod )
7 (mod )e 7 (mod )
7 (mod )e9 7 (mod 9)
Ou seja, também é solução do sistema apresentado.
Da mesma forma, se é solução do sistema, então de acordo com o
exercício FA-273, 7 (mod ), pois mmc(5, 8, 9) = 360 e
também é solução de 7 (mod )

b) Resolva, usando o teorema chinês do resto, o sistema que aparece


em a).
7 (mod ) (mod )
7 (mod ) (mod )
7 (mod 9) 7 (mod 9)
Como a multiplicação dessas três congruências por 7 faz com que se
retorne às congruências iniciais, então o sistema dado é equivalente a:
(mod )
, (mod )
7 (mod 9)
Pelo teorema chinês do resto, mmc(5, 8, 9) = 360 e as congruências a
resolver são
7 (mod ) (mod ) e (mod 9)

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das quais b = , b = e b = 7 são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
7 77 9 (mod )

FA-302 _ Procure três inteiros consecutivos, o primeiro dos quais é


divisível por um quadrado, o segundo por um cubo e o terceiro por
uma quarta potência (quadrado, cubo e quarta potência, diferentes
entre si).
Supondo e os divisores respectivos dos três inteiros
consecutivos, então:
(mod ) (mod )
, (mod 7) , (mod 7)
(mod ) (mod )
Aplicando o teorema chinês do resto: mmc(25, 27, 16) = 10800 e as
congruências a resolver são
(mod ) (mod 7) e 7 (mod )
das quais b = ,b = eb = são, respectivamente, soluções
particulares.
Assim, a solução geral do sistema é dada por:
7 7 (mod )
Assim, 350, 351 e 352 são inteiros que satisfazem o problema.

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FA-303 _ Calcule: ( ) ( )e ( ).
= =

( )= ( *( *= =

= =( )( )=
( )= ( ) ( ) ( )= =

= 9 = (7 )=7
( ) = (7) ( ) ( )= =7

FA-304 _ Se n = , verifique as seguintes igualdades:


(n) = (n ) = (n ).
n= = 9 . 2593 é primo pois √ 9 e nenhum primo
p divide 2593 (crivo de Eratóstenes).
Logo: (n) = ( )= ( ) ( 9 )= 9

n = = 7= 7 9= 7 7= 7 9
(n )= ( 7) = ( ) (7) ( ) ( 9) = = 9

n = = = 97
1297 é primo pois √ 97 e nenhum primo p divide 1297
(crivo de Eratóstenes).
Logo: (n )= ( )= ( ) ( 97) = 9 = 9

Conclusão: (n) = (n ) = (n )

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r r
FA-305 _ Considere os números m = e n= 9 , onde r .
Mostre que (m) = (n).
r r r
m= = =
m
(m) = m =

r r
n= 9 = 9
r r
n ( 9 ) 9 ( ) 9 m m
(n) = n = = = = =
9

Logo: (m) = (n).

FA-306 _ Mostre que: (n) = n n é primo.


Resolução do livro: amos supor n não primo Então n admite um
divisor r, 1 < r < n, e portanto mdc(r, n) = r > 1. Assim, há pelo menos
dois elementos em * n+ não primos com n: r e n. Mas isto
implica que (n) é no máximo igual a n – 2 . Absurdo.

FA-307 _ Mostre que se d|n então (d) (n).


Por hipótese, n = dk (k ℤ ). Se mdc(d, k) = 1 então:
(n) = (dk) = (d) (k) (d) (n)
or outro lado se mdc(d k) então d e k possuem fatores primos
em comum. Se d = p p pr r é a sua decomposição canônica onde
i (i = r) então:

dk = p p pr r q, onde i i (i = r) e mdc(d q) = .
A igualdade acima é bem justificada. De fatos se multiplicarmos os
possíveis primos p p pr comuns de k com d obtemos o produto
p p pr r já que impomos que os expoentes i devem ser maiores

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ou iguais aos expoentes i de d. Os fatores primos de k diferentes de d
estarão em q, e portanto mdc(d q) = .
De mdc(d q) = segue que mdc(pi q) = pois cada pi de d não
divide q. Por fim, se mdc(pi q) = então mdc .p p pr r q/ = .

Logo:

(n) = (dk) = .p p pr r / (q) =

= p p pr r ( *( * ( * (q)
p p pr

d=p p pr r divide p p pr r pois i i (i = r).


Assim: p p pr r = dt (t ℤ ). Substituindo na igualdade:

(n) = dt ( *( * ( * (q) = (d) (q) t


p p pr
Donde se conclui: (d) (n).

FA-308 _ Mostre que (m ) = m (m) para todo m


Para m = 1 a igualdade é facilmente justificada. Tomemos m > 1.
De acordo com o teorema fundamental da aritmética:
m=p p pr r
é sua decomposição em primos onde r pi pj sempre que i je
i .
r
Logo: m = p p pr possui os mesmos fatores primos de m.
Donde:

(m ) = m ( * ( * = mm( * ( *=
p pr p pr
= m (m)

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FA-309 _ Prove as seguintes afirmações:
a) Se n é ímpar, então ( n) = (n)
De fato, se n é ímpar então mdc(2, n) = 1.
Assim: ( n) = ( ) (n) = (n) = (n).

b) Se n é par, então ( n) = (n)


Resolução do livro de b) Se n é par e n = p pr r é sua
decomposição canônica, então a de 2n é n = p pr r e
portanto:

( n) = n ( *( * ( *= (n)
p pr

c) ( n) = (n) n
( ) e não dividisse n como é primo então mdc( n) =
Daí teríamos: ( n) = ( ) (n) = (n) = (n) (hipótese).
Como (n) para todo n , então pelo cancelamento da
multiplicação teríamos 2 = 3. Absurdo.
(⇐) e n e n = p pr r (pi i= r) é sua
decomposição canônica então a de n = p pr r terá os
mesmos fatores primos de n. Portanto:

( n) = n ( *( * ( *= (n)
p pr

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d) ( n) = (n) n
Resolução do livro de d) ( ) amos supor que n Então devido a c)
( n) = (n), o que contraria a hipótese.
(⇐) e n, então na decomposição canônica de n não aparece o fator
3. Digamos, n = p pr r (pi i= r).
r
Logo n = p r é a decomposição de 3n em fatores primos e

( n) = n ( *( * ( *= (n)
p pr

FA-310 _ Se p e p são números primos ímpares e n = ( p ),


mostre que (n) = (n ).
(n) = ( ( p )). Como mdc( p )= então:

( ( p )) = ( ) ( p )= p = (p )

(n )= ( ( p ) ) = ( p). Como mdc( p) = pois p


então: ( p) = ( ) (p) = (p )
Conclusão: (n) = (n ).

FA-311 _ Se p e 2p + 1 são primos ímpares e n = 4p, mostre que


(n ) = (n) .
Mesmo esquema do exercício anterior:
(n )= ( p )= ( ( p )) = ( ) ( p )= p
(n) = ( p) = ( ) (p) = (p ) = p
Conclusão: (n ) = (n) .

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FA-312 _ Seja n um inteiro positivo em cuja decomposição canônica
figuram r fatores primos ímpares distintos. Prove que (n).
Se n é impar, então figuram em n somente os r fatores primos ímpares
distintos. Seja: n = p p pr r , temos que:
(n) = (p ) (p ) (pr r )
Provemos que (pi i ) para todo i = ( r).
(pi i ) = pi i p i =p i (p )
Como p é primo ímpar então (p ) é par. Daí:
(pi i ) = k i , para algum k i ℤ

Assim: (n) = (p ) (p ) (pr r ) = ( k ) ( k ) ( kr) =


r r
= k k kr = k (k ℤ )
Donde se conclui: r (n). Para n par a demonstração é análoga,
independentemente do fator primo 2 de n.

n
eja n um número natural par tal que (n) =
r
Prove que n = , para algum r
Resolução do livro: Podemos escrever n = r q, onde r eqéo
produto dos fatores primos de n, distintos de 2. Então mdc( r q) =
e portanto (n) = ( r ) (q) = r (q).
n
as por hip tese (n) = = r q

Logo r (q) = r q, o que implica (q) = q. Mas isso só é


possível para q = 1 (justifique). Logo: n = r .
Justificativa: De fato: Se n ℤ então (n) = n n= .
Se n = 1 é imediato que (n) = n. Seja n > 1 (portanto diferente de 1).
Então n admite um divisor primo p n tal que mdc(p, n)=p. Logo
existe um número de 1 a n não primo com n. Então: (n) n n

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FA-314 _ Seja d = mdc(m, n). Mostre que: (mn) (d) = d (m) (n)
Seja o conjunto dos inteiros primos positivos que dividem um certo
inteiro x. Dessa forma mn = m n.

orém o seguinte produt rio ∏ ( *∏( * poder conter


p p
pm pn

certos ( * que se repetem ssim se dividirmos este produt rio


p

por ∏ ( * obteremos e atamente os ( * de (mn) j que


p p
pd

se p m e p n, então p d = mdc(m n). Assim:

∏p m . ∏
p/ p n . p/
(mn) = mn ∏ ( * = mn =
p ∏p d .
p mn
p/
(m) (n) d (m) (n) d (m) (n)
= = =
∏p d . d ∏p d . (d)
p/ p/

Donde se conclui: : (mn) (d) = d (m) (n).

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FA-315
a) Seja m > 1 e considere a congruência a b (mod m), onde mdc(a,
(m)
m) = 1. Mostre que = a b é uma solução particular dessa
congruência linear.
Como mdc(a, m) = 1, então a congruência a b (mod m) admite
soluções. De acordo com o teorema de Euler:
(m) (m)
a (mod m) a b b (mod m)
(m)
a (a b) b (mod m)
(m)
Portanto =a b é uma solução particular dessa congruência
linear.

b) Use a parte a) para achar soluções particulares de (mod )


e (mod ).
( )
( ) = ( ) (7) = ogo = é solução particular
de (mod ).
( )
( )= . Daí = é solução particular de
(mod ).

FA-316 _ Sejam a e n inteiros maiores que 1 e tais que mdc(a, n) =


mdc(a n) = rove que a a a (n) (mod n).
(n)
Sugestão: Fatore a .
(n) (n)
mdc(a, n) = 1 a (mod n) a (mod n)
(n) (n)
a = (a )( a a a ) (FA-25(d)).
(n)
Logo: (a )( a a a ) (mod n)
(n)
n (a )( a a a ) omo mdc(a 1, n) = 1
então:
(n) (n)
n( a a a ) a a a (mod n)

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FA-317 _ Seja p > 2 um número primo. Prove que:
p p (p )p (mod p)
Sugestão: Use o pequeno teorema de Fermat para cada uma das
parcelas do primeiro membro.
De fato, cada parcela deste somatório é, segundo o pequeno teorema
de Fermat, côngruo a 1 módulo p. Como temos p parcelas, então:
p p (p )p p (mod p)
Mas: p (mod p) p (mod p) Assim, por transitividade:
p p (p )p (mod p)

FA-318 _ Calcule, usando o teorema de Euler:


a) (mod 7)
( )
(mod 7). Como 1000 = 6.166 + 4 então:
(mod 7). Mas: (mod 7) (mod 7).
Logo, por transitividade: (mod 7).

b) 7 (mod )
Resolução do livro de b) Como ( ) = e mdc(7, 54) = 1, então
7 (mod ). Observando que 1000 = 18.55 + 10 então
7 7 (mod ). Mas
7 = 9 (mod ) 7 (mod ) 7 (mod ) e
portanto 7 7 (mod ). Donde
7 7 (mod ).

c) 7 (mod )
( )= e7 (mod ). Como 1015 = 30.33 + 25 então:
7 7 (mod ). Mas 7 = 7 (mod ) 7
(mod ). Donde : 7 (mod ).

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FA-319 _ Mostre que an e an têm o mesmo algarismo das unidades,
para quaisquer inteiros a e n, ambos maiores que zero.
Se a e a , respectivamente, indicam esses algarismos, então:
an = q a
an = q a
Assim: an an = (q q ) (a a ). Se (an an ) então
(a a ) e portanto a = a , já que a a 9. Basta provar
n n
então que a a é múltiplo de 10.
Observe que: an an = an (a ).
Se a, então pelo pequeno teorema de Fermat:
a =a (mod ) a (mod )
an (a ) (mod ) (a a )
Se 5|a então an a (a )= a a
Assim, para quaisquer a e n inteiros estritamente positivos:
(an an )

Se a, então a (mod ) a (mod ) a (mod )


an (a ) (mod ) (an an ).
Se 2|a então an an (a ) = an an .
Assim, também, para quaisquer a e n inteiros estritamente positivos:
(an an )

Por fim: (an an ), (an an ) e mdc( )= (an an ).

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FA-320 _ Seja a > 0 um inteiro tal que mdc(a, 5) = 1. Mostre que, para
todo inteiro n > 0, vale:
n n
a a (mod )
Sugestão: Pequeno teorema de Fermat.
De fato, pelo pequeno teorema de Fermat:
a (mod ) a (mod ) (a )n = a n n
= (mod )
a (mod ) (a )n = a n n
= (mod ) a n (mod )
(mod )
n n
Portanto: a a (mod ).

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FA-321 _ Seja : ℤ a função definida por:
a) ( ) =
b) (n) = se p n, para algum primo p
c) (n) = ( )r se n = p p pr é um produto de fatores primos
distintos entre si.
Esta função, importante na teoria dos números, é chamada função de
Möbius, em homenagem ao matemático alemão A. F. Möbius (1790-
1868), aluno de Gauss, que a introduziu com vistas ao seguinte
problema:
“ e duas funções aritméticas (ou seja, duas funções definidas em )
f e g estão relacionadas por

f(n) = ∑ g(d)
dn

é poss vel e pressar g em termos de f ”

Isto posto:
i Calcule (n) nos seguintes casos: n = 4, n = 12, n = 86 n = 105 e
n = 120.
= ( )=
= ( )=
= ( )=( ) =
= 7 ( )=( ) =
= ( )=

ii Prove que é multiplicativa, isto é, (mn) = (m) (n), sempre que


mdc(m, n) = 1.
Resolução do livro: Se existe um primo p tal que p m ou p n, então
p mn e daí
(mn) = = (m) (n)

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Caso contrário, m = p p pr e n = q q qs , onde os pi e os qj são
primos distintos entre si (lembrar que mdc(m, n) = 1). Então:
(mn) = ( )r s
=( )r ( )s = (m) (n)

iii rove que ∑ (d) = se n = e ∑ (d) = se n


dn dn

Sugestão: Se n > 1, considere os casos n = p e n = p p pr r


(decomposição canônica de n; n > 1) e, para este último, aplique a
multiplicatividade de .
Se n = 1, pela própria definição da função:

∑ (d) = ( ) =
dn

Seja n > 1. Então conforme a sugestão, n = p ou n = p p pr r


( i r ).
Analisando o primeiro caso, temos que se = , então n = p. Como p é
primo, então os únicos divisores de n são 1 e p. Daí:

∑ (d) = ( ) (p) = ( )=
dn

Se , então os divisores de n = p são pp p . Igualmente:

∑ (d) = ( ) (p) (p ) (p ) =
dn

= ( ) = ( )=

Quanto ao segundo caso, temos que se d é um divisor de n, então


d=p p pr r , onde i i e mdc .pi i pj j / = , sempre que
i j. Daí, conforme visto em ii:

(d) = .p p pr r / = .p / .p / .pr r /

omo a função é multiplicativa então podemos representar ∑ (d)


dn

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na forma de um somatório r-uplo, tal como se segue:
r
t t t
∑ (d) = ∑ (p ) ∑ (p ) ∑ (prr )
dn t t tr

Ou seja:
r
t t t
∑ (d) = ∑ ∑ ∑ (p ) (p ) (prr )
dn t⏟ t tr
somat rio r uplo

Esta representação é válida pois trata-se de uma generalização do


somatório duplo discutido no capítulo II do livro.
Usando a mesma argumentação do primeiro caso, temos que:
i
t
∑ (pi i ) = para todo i r
ti

Logo:

∑ (d) = =
dn

n
iv e f(n) = ∑ g(d) prove que g(n) = ∑ μ(d)f . /
d
dn dn

(fórmula de inversão de Möbius).


Resolução do livro:

n
∑ μ(d)f . / = ∑ μ(d) ∑ g(c) = ∑ (∑ (d)g(c),
d n n
dn dn c dn c
d d
n n n
as: d n e c c ned ostremos que vale e fato como c
d c d
n n n
então c n pois n é múltiplo de mas c se traduz por = cq
d d d
n n
(q ℤ) e como c n (acabamos de provar) então = dq ou seja d
c c

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demonstração de ⇐ é an loga
Assim:

n
∑ μ(d)f . / = ∑ (∑ g(c) (d), =
d n
dn cn d
c

( )
= ∑ (g(c) ∑ (d), = ∑ g(c) = g(n)
cn n cn
d
c

onde, na passagem (*), usamos iii.

v Para todo n , prove que:


(n) (n ) (n ) (n )=
Resolução: Vamos supor n = 2q (par). Se o próprio q é par, então 2²|n e
(n) = . Se q é ímpar, então n + 2 = 2q + 2 = 2(q + 1), onde q + 1 é
par e portanto (n ) = , pois 2²|(n + 2).
Se n é ímpar, então n = 2t + 1. Se t é par, digamos t = 2s, então teremos
n = 4s + . Daí:
n = s = (s ) (n ) (n )=
E se t é ímpar, digamos t = 2s + 1, então n = 4s + 3 e portanto:
n = s = (s ) (n ) (n )=

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vi Se n , prove que:
n

∑ (k ) = ( ) ( ) (n ) =
k

De fato, se r , então (r ) = , pois o fator 4 estará sempre em r!, e


daí 4 = 2²|r! .
Assim:
n

∑ (k ) = ( ) ( ) ( ) =
k

= ( ) ( ) ( )= ( ) ( ) =

vii Vamos supor que a decomposição canônica de um inteiro a > 1 seja


a=p p pr , onde r é par e pi pj sempre que i j. Se d percorre o
conjunto dos divisores de a tais que d √a, mostre que:

∑ (d) =
d

Resolução do livro: Se d é um desses divisores, então d é um produto de


alguns fatores de a. Se, por exemplo, d = p p √a, então
a=p p p pr √a p pr
e daí
a
√a = p pr = c
√a
E como (a) = ( )r = = ( ) ( )r = (d) (c), então
μ(d) = μ(c) (=1, neste caso). De um modo geral, a cada d conforme o
enunciado corresponde um divisor c de a tal que cd = a e c √a.
Ademais μ(d) = μ(c). Levando em conta a parte iii:

∑ (d) = ∑ (d) ∑ (c) = ∑ (n) =


d d c na

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FA-322 _ Ache os restos quadráticos de 7, 13 e 17.
(mod 7) (mod 7) (mod 7)
(mod 7) (mod 7) (mod 7)
1R7, 2R7 e 4R7. Assim todos os inteiros da forma 7t + 1, 7t + 2 e
7t + 4 (t ℤ) são restos quadráticos de 7.

p
p= =

Basta examinar do conjunto * + os quadrados de 1 a 6 apenas


visto que (mod ) (mod ) etc. De forma geral:
(p b) b (mod p).
(mod ) (mod ) 9 (mod )
(mod ) (mod ) (mod )
1R13, 3R13, 4R13, 9R13, 10R13 e 12R13.
Os inteiros x tais que 9 ou (mod ) são restos
quadráticos de 13.

p
or fim mesmo esquema: p = 7 =

(mod 7) (mod 7) 9 (mod 7)


(mod 7) (mod 7) (mod 7)
7 (mod 7) (mod 7)
1R17, 2R17, 4R17, 8R17, 9R17, 13R17, 15R17 e 16R17.
Se 9 ou (mod 7) então 7.

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FA-323 _ Verdadeiro ou falso: 6R19, 9N19, 4R23, 8N23? Justifique:
Pelo critério de Euler: 9 (mod 9)
(mod 9) ( ) (mod 9)
9 (mod 9)
Conclusão: 6R19 (Verdadeiro).

Da mesma forma: 9 9 9 (mod 9)


9 (mod 9) 9 7 (mod 9)
9 7 (mod 9) 9 9
Conclusão: 9N19 (Falso).

(mod )
(mod ) (mod )
7 (mod ) 9 (mod )
(mod ) (mod )
Conclusão: 4R23 (Verdadeiro).

Por fim: (mod ).


= . Como já vimos (mod ). Então:
(mod )
Conclusão: 8N23 (Falso).

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FA-324 _ Seja a um resto quadrático do número primo ímpar p.
Mostre que:
a) p (mod ) (p a) p.
b) p (mod ) (p a)Np.
Sugestão: Use o fato de que p a a (mod p) e o critério de Euler.
a) De acordo com a sugestão:

p a a (mod p) (p a) ( a) (mod p)
p k
omo p = k (k ℤ ) por hip tese então = = k

p
e o e poente de ( a) é par ogo segundo o e erc cio :
(hip)
(p a) ( a) =a (mod p)
Como (p a) não é divisível por p, então (p a) p.

b) Seguindo o mesmo raciocício do exercício anterior:


p k
p= k = = k ( mpar)

(p a) ( a) = a (mod p)
Não podemos ter (p a) p pois isto acarretaria (mod p), o que
não é possível pois p > 2. Logo: (p a)Np.

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FA-325 _ Seja p um primo ímpar e sejam a e b inteiros tais que
p a e p b. Mostre que:
ab a b
( * = ( *( *
p p p
Portanto, em que condições ab é resto quadrático de p?
Inicialmente, provemos o seguinte teorema:

aNp a (mod p) (p )
( ) e aNp então como já demonstrado no livro:

(p ) a (mod p)
Pelo teorema de Wilson: (p ) (mod p). Por transitividade:

a (mod p)

(⇐) e tivéssemos aRp, então pelo critério de Euler:


(hip)
a (mod p)
Absurdo pois p > 2. Logo: aNp.
Este teorema reunido com o critério de Euler nos permite dizer que se
c é um inteiro não divisível por p, primo ímpar, então:

c ou (mod p)
c
E portanto a notação ( * de egendre nada mais é do que uma
p
simplificação desta última congruência.
Assim, se tivermos, por exemplo, aRp e bRp:
a b
( *= e ( *=
p p

(ab) =a b (mod p)
ab a b
( *= =( *( *
p p p

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E daí (ab)Rp e a igualdade do enunciado está correta. O mesmo se
verifica para os três casos restantes.
Teremos ab resto quadrático de p quando tivermos aRp e bRp ou aNp e
bNp.

FA-326 _ Use o teorema de Wilson para provar que as soluções de


(mod p) p = m (primo)
são m (mod p).
Resolução do livro: Se a e b são soluções dessa congruência, então
a² + b² (mod p) e da (a b)(a b) (mod p).
Logo, considerando que p é primo, b a (mod p) ou b a (mod p).
Observemos porém que, como p = 4m + 1:
(p ) = (p )(p ) (p m)( m)( m )
( m) ( m ) (mod p)
devido ao teorema de Wilson e ao fato de que p (mod p)
p (mod p) p m m (mod p), onde o número de
congruências é 2m (par). Logo ( m)( m ) é uma solução de
(mod p), o que conclui o exercício, levando em conta a
observação inicial.

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FA-327 _ Seja p > 2 um número primo. Mostre que a congruência
(mod p) admite soluções se, e somente se, p (mod ).
Sugestão: A congruência admite soluções se, e somente se, é resto
quadrático de p.
Seja u uma solução de (mod p), ou seja, u é um inteiro tal
que u (mod p). Aplicando o algoritmo da divisão para u e p:
u = pt ( p)
Assim:
(pt ) (mod p) p t pt (mod p)
Como p t pt (mod p) pois p divide cada parcela então:
(mod p)
O que mostra que também é solução da congruência considerada.
Logo: (mod p) (mod p) p.
Da mesma forma, se p então existe um inteiro ( p) tal
que: (mod p) o que implica (mod p) concluindo
que a congruência (mod p) admite solução.

Provemos então que se p então p (mod ). De fato:


p
p ( ) (mod p)
p
sto s é poss vel se é par omo p é mpar então p assume uma das

seguintes formas: 4m + 1 ou 4m + 3 (m ℤ ). Já vimos anteriormente


p
no e erc cio que se p = m então é mpar

Logo p é necessariamente da forma 4m + 1, ou seja:


p (mod )

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FA-328 _ Agrupe os fatores do produto

em pares ab (mod ). Justifique o procedimento empregado.


De fato, seja ( ) = = . Como 1R23, isto, é,
(mod ), então ( )( ) (mod ) e os 20 fatores
restantes, que são justamente os fatores do enunciado, podem ser
agrupados dois a dois, sem exceção, de forma que o produto resultante
seja côngruo a 1 módulo 23. Basta, portanto, encontrar a solução das
congruências lineares (mod ) (mod ) etc.
(mod ) =* +
(mod ) =* +
(mod ) =* +
(mod ) =* +
7 (mod ) =* +
9 (mod ) =* +
(mod ) =* +
(mod ) =* +
(mod ) =* +
7 (mod ) = * 9+
Portanto:
=
( )( )( )( )(7 )(9 )( )( )( )( 7 9)

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FA-329 _ Use o teorema de Wilson para mostrar que, se p > 2 é primo,
então:
p
(p ) ( ) (mod p)
Sugestão: Leve em conta que (p ) (mod p) p
(mod p) (p ) (mod p) p (mod p)
(p ) = (p ) =, (p )-, (p )-
Observe que:
(p ) (mod p)
(p ) (mod p)

(p ) (mod p)
p
Então: (p ) ( ) (p ) (mod p), o que
p
implica: (p ) ( ) (p ) (mod p).
Como, pelo teorema de Wilson, (p ) (mod p), então:
p p
(p ) ( ) ( )=( ) (mod p)

FA-330 _ Seja p > 2 um número primo. Use o teorema de Wilson para


provar que:
(p ) (p ) (mod p)
De fato, seguindo o mesmo raciocínio do exercício anterior:
(p ) (mod p) (p ) (mod p)
(p ) (mod p) (p ) (mod p)

(p ) (mod p) (p ) (mod p)

Donde: (p ) (p ) (mod p)

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FA-331 _ Prove a recíproca do teorema de Wilson:
“ e (n 1)! 1 (mod n) então n é primo”
Resolução do livro: Se n não fosse primo, então admitiria um divisor
primo p p n omo então p é um dos fatores de (n ) =
1 + nq e p|n, então p|1, o que é absurdo.

FA-332 _ Prove que um inteiro n > 1 é primo, se e somente se,


(n ) (mod n)
( ) e n é primo então pelo teorema de Wilson:
(n ) (mod n) (n )(n ) (mod n)
Como (n ) (mod n) então:
(n ) (n ) (mod n) (n ) (mod n)

(⇐) e n não fosse primo então n admitiria um divisor primo p


1 < p < n. Segundo a hipótese:
(n ) = nq
Como n e n são primos entre si então p n . Assim,
p|(n ) pois estaria em (n ) , além de p|nq, o que implicaria p|1.
Absurdo. Logo n é primo.

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FA-333 _ Ache a ordem dos inteiros 4, 7 e 11:
a) módulo 17 b) módulo 25 c) módulo 15
a)
(mod 7) 7 7 (mod 7) (mod 7)
(mod 7) 7 (mod 7) (mod 7)
(mod 7) 7 (mod 7) (mod 7)
7 (mod 7) (mod 7)
Resposta: 4, 16 e 16

b)
(mod ) 7 7 (mod ) (mod )
(mod ) 7 (mod ) (mod )
(mod ) 7 (mod ) (mod )
(mod ) (mod )
(mod ) (mod )
(mod )

Resposta: 10, 4 e 5.

c)
(mod ) 7 7 (mod ) (mod )
(mod ) 7 (mod ) (mod )
7 (mod )
7 (mod )
Resposta: 2, 4 e 2.

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FA-334 _ Seja p um primo. Se a é um inteiro tal que p a, prove que: a
ordem de a, módulo p, é 2 se, e somente se, a (mod p).
( ) a (mod p) a = (a )(a ) (mod p)
p (a )(a )
Como p é primo então: p (a ) ou p (a ). Porém, se p dividisse
(a ) teríamos a (mod p), o que não é possível pois 1 < 2 e 2 é
a ordem de a, módulo p. Donde : p (a ), ou seja, a (mod p).

(⇐) e fato a (mod p) a (mod p) sendo 2, portanto,


ordem de a, módulo p.

FA-335 _ Prove cada uma das seguintes afirmações:


a) Se a tem ordem hk, módulo n, então a tem ordem k, mod n.
k
ahk (mod n) (ah ) (mod n). Não é possível ter um inteiro b,
b
b k, tal que (ah ) = ahb (mod n) pois b k hb hk e hk
é a ordem de a, módulo n. Logo k é a ordem de ah , módulo n.

b) Se a ordem do inteiro a, módulo p > 2 (p primo) é 2k, então


ak (mod p).

a k = (ak ) (mod p). De acordo com a letra a), 2 é a ordem de ak ,


módulo p. Como p a implica que p ak , então levando em
consideração o exercício FA-334: ak (mod p).

c) Se a tem ordem n , módulo n, então n é primo.


Sugestão para c): Use exercício 306.
Da hipótese: n (an ). Suponhamos d = mdc(a n) Então os
fatores primos de d dividem, por sua vez, a e n. Seja p um desses
fatores:
pn n (an ) p (an )

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pa p an
p an p (an ) p

(n)
Absurdo. Logo mdc(a, n) = 1 e a (mod n) (Teorema de Euler).
Se n é a ordem de a, módulo p, então n (n), ou seja,
n (n). Observando que , para todo n > 1, (n) n , então a
propriedade anti-simétrica nos garante que (n) = n .
Por fim, se (n) = n , então n é primo, conforme já demonstrado no
exercício FA-306.

FA-336
n
a) Mostre que o inteiro 2 tem ordem n, mod. .
h n
Sugestão para a): h n .
n
De fato (mod n ). Se tivéssemos um inteiro h, h n, tal
que h (mod n ), então teríamos que n ( h ), ou seja,
n h
. Mas isto não é possível pois:
h n h n
h n
n
Logo: n é a ordem de 2, módulo .

n
b) Prove que ( ) é múltiplo de n, para todo n > 1.
mdc( n ) = , visto que n
é ímpar para todo n .
Aplicando o teorema de Euler:
( n ) n
(mod )
n
Como já demonstrado em a), n é ordem de 2, módulo . Assim:
( n )
n

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c) Se p > 1 é primo, pode-se concluir que (pn ) é múltiplo de n,
para todo n > 1. Justifique a resposta.
Para quaisquer a n ℤ mdc(a an ) = , proposição esta
facilmente verificada. Portanto mdc(p pn ) = . Aplicando o
teorema de Euler:
(pn )
p (mod pn )
A mesma argumentação utilizada em a) nos mostra que n é a ordem de
p, módulo pn . Assim: n (pn ).

FA-337 _ Vamos supor que a ordem de a módulo n é h e que a ordem de


b módulo n é k. Prove que:
a) a ordem de ab módulo n divide hk.
k h
Resolução do livro de a): Como (ab)hk = (ah ) (bk ) (mod n), a
proposição 20 garante que hk é múltiplo da ordem de ab, módulo n.

b) Se mdc(h, k) = 1, então a ordem de ab é exatamente hk.


Resolução do livro de b): Seja d a ordem de ab, módulo n. Então
d
(ab)d (mod n) e portanto (ab)dh = (ah ) bdh (mod n); como
d
porém (ah ) (mod n), pois a tem ordem h, módulo n, então
bdh (mod n), o que implica k|(dh); como porém mdc(h, k) = 1,
então k|d. Analogamente se mostra que h|d. Donde (hk)|d, pois mdc(h,
k) = 1. Mas em a) já havíamos obtido que d|(hk). Donde d = hk.

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FA-338 _ Seja a > 1 um inteiro. Se p > 2 é primo, prove que os divisores
ímpares primos de ap ou são também divisores de a ou são da
forma 2px + 1.
Se q é um primo ímpar, divisor de ap , então ap (mod q). Logo
as possíveis ordens de a, módulo q, são 1 ou p.
Se for 1, então a (mod q) q (a ).
Se for p, então ap (mod q). Observe que mdc(a, q) = 1. De fato, se
para algum c, c|a e c|q, temos que:
ca c ap
cq q (ap ) c (ap )
c ap c (ap ) c ,ap (ap )- =
Daí: a (q) = aq (mod q). Como p, neste caso, é a ordem de a,
módulo q, então p (q ). Como (q ) e mdc(2, p) = 1, então
p (q ). Donde: q = 2px + 1 ( ℤ ).

FA-339 _ Seja a > 1 um inteiro. Se p > 2 é primo, prove que os divisores


primos ímpares de ap ou dividem a + 1 ou são da forma 2px + 1.
Resolução do livro: Se q é um primo ímpar, divisor de ap , então
p (mod q) e daí a p
a (mod q). Logo, as possíveis ordens de
a, módulo q, são d = 1, 2, p ou 2p.
Vamos supor d = 1. Então a (mod q) e daí ap (mod q); mas
p
como a (mod q), então (mod q), o que não é possível
pois q é ímpar. Se d = p, então igualmente teríamos ap (mod q), o
p
que contradiz a (mod q). No caso d = 2 se tem a (mod q);
daí q (a )(a ) o que implica q (a ) ou q (a ), ou seja,
a (mod q) ou a (mod q)
Como a primeira possibilidade corresponde a d = 1 deve ser
descartada, restando a (mod q), o que equivale a q (a ).
Finalmente, se d = 2p, como (q) = q é múltiplo de 2p, então
q = 1 + 2px.

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FA-340 _ Mostre que há infinitos números primos da forma 2px + 1,
onde p > 2 é primo.
Sugestão: Todo divisor primo de p é da forma 2px + 1 (exerc.
338). Suponha que p p pr fossem todos os primos da forma dada.
Considere o número (p p pr )p e use o exercício 338.
Levando em consideração a sugestão e fazendo n = p p pr , então:
(d)
np = (n )(np np n )
Vamos examinar o fator np np n , o qual denotaremos
por f(n). Primeiramente, pi (mod p) para todo i r pois:
pi =( p i ) = p i

Assim: n (mod p) n = pk (k ℤ ).
Desenvolvendo np de acordo com a fórmula do binômio de Newton
que consta no exercício FA-364 do livro, teremos:
p p
(pk )p =. / (pk)p ( * (pk) p
p
p p p p
( * (pk) ( * (pk)
p p

p p p
Como . /=( *= e ( * = (p ), então:
p p

p
(pk )p = (pk)p ( * (pk) (p )(pk) =
p
p
= p k [pp k p ( *] (p )pk =
p
= p p k (p )pk

Podemos desenvolver np np n e n de maneira análoga, donde


teremos:
(pk )p = p p k (p )pk
(pk )p = p p k (p )pk

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(pk ) = pk
=
Somando membro a membro ambos os lados da igualdade teremos:
(p )p (p )
f(n) = p k pk p = p * pk pk +=

(p )
= p *p ( k k) + = p(p )

O desenvolvimento de f(n) nos permitiu observar que p está na


decomposição em primos de f(n). Porém não podemos ter p ( )
na decomposição pois p não didide (p ). Como f(n) é obviamente
maior que p e f(n) é ímpar, pois trata-se da soma de p parcelas
ímpares, então f(n) deve admitir pelo menos um fator primo ímpar q
diferente de p.
Como todo divisor primo de f(n) também é divisor de np , então
segundo o exercício FA-338 q é divisor de n ou q é igual a um dos
pi listados. Porém ambas as hipóteses são absurdas.
De fato, supondo q (n ), então:
(mod q)
n (mod q)

np p
(mod q)
O que implica: np n p (mod q) q p. Mas isto é um
absurdo pois q p e q .
Se q = pi = p i , então:
qn q np
q np q (np ) q
Igualmente absurdo. Isto nos mostra que a suposição inicial estava
errada, e que de fato há infinitos primos da forma 2px + 1.

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FA-341 _ Prove as seguintes afirmações:
a) Os divisores primos ímpares de um inteiro n são da forma
4k + 1.
Proposição demonstrada no exercício FA-236.

b) Os divisores primos ímpares de um número inteiro n são da


forma 8k + 1.
n = (n ) =m (m ℤ). Portanto, os divisores primos
ímpares de n , caso hajam, são, de acordo com a), da forma 4r + 1.
Mostremos que também são da forma 8k + 1.
p
upondo p primo mpar tal que p (n ) então ℤ a:
p
n (mod p) (n ) = np ou (mod p)
p
onforme seja par ou mpar respectivamente e p n ter amos:

pn pn
pn p (n ) p
Absurdo. Logo mdc(n, p) = 1. Aplicando o teorema de Euler:
(p)
n = np (mod p)
p
ssim é par ou seja:

p
= k p = k p= k

FA-342 _ Prove que há infinitos números primos da forma 4k + 1.


Já foi demonstrado no exercício FA-236.

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FA-343 _ Prove que há infinitos números primos da forma 8k + 1.
Suponhamos que haja um número finito de primos p p pk
da forma dada, onde pk é o maior deles. Considere o número:
r= p p pk
Observe que r é da forma n (n = p p pk ) e r. Logo, os
divisores primos ímpares de r são da forma 8k + 1 (FA-341(b)).
Ou seja, se q é um destes divisores, então q é algum dos pi ( i k)
listados inicialmente. Mas isto é um absurdo pois conduziria a q|1.
Logo, existem infinitos primos da forma 8k + 1.

FA-344 _ Seja p um primo ímpar. Se p a, mostre que


p
a (mod p)
Já foi demonstrado no exercício FA-325.

FA-345
a) Mostre que 2 é raíz primitiva de 19, mas não é de 17.
( 9) =
(mod 9) (mod 9) (mod 9)
(mod 9) 9 (mod 9) (mod 9)
(mod 9) (mod 9) (mod 9)
(mod 9) 7 (mod 9) (mod 9)
(mod 9) (mod 9) (mod 9)
7 (mod 9) (mod 9) (mod 9)

( 7) =
(mod 7) (mod 7)
(mod 7) (mod 7)
(mod 7) 9 (mod 7)
(mod 7) (mod 7)

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b) Mostre que 15 não admite raízes primitivas.
( )= ( )= ( ) ( )= = .
Se a ℤ, então conforme sistema completo de restos conveniente:
a 7 (mod )
Se a (mod ), então 15|a. Neste caso, não há ordem.
Se a (mod ), então 1 < 8 e a não é raíz primitiva de n.
Se a (mod ), então a (mod ), e como 2 < 8, então a não
é raíz primitiva de 15.
Se tivermos a (mod ), então:
a ( ) (mod ) a (mod )
Neste caso, a também não é raíz primitiva de 15.
Os demais casos se processam pela mesma linha de raciocínio.

FA-346 _ Seja a um resto quadrático de um primo ímpar p. Mostre que


a não é raíz primitiva de p.
De fato, se aRp, então conforme critério de Euler:
p
a (mod p)
p
omo (p) = p então a não é ra z primitiva de p

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FA-347 _ Seja a uma raíz primitiva de um primo ímpar p. Prove que:
a) e p (mod ) então a também é ra z primitiva de p
p
p= k = k (par)

A recíproca de FA-346 também é verdadeira, isto é, se a é raíz


primitiva de p, então aNp. Daí:
p p
a = ( a) (mod p)
p
(p)
[( a) ] = ( a)p ( a) ( ) (mod p)

Suponhamos que tivéssemos (p) tal que ( a) (mod p).


Supondo par, então:

( a) = a (mod p)
Absurdo pois a é raíz primitiva de p. Da mesma forma, supondo
ímpar:

( a) = a (mod p) a (mod p)
Como a é raíz primitiva de p, então os elementos a a a (p)
são mutuamente incôngruos, módulo p (provaremos mais tarde em
FA-351(a)).
Assim, se
p
a a (mod p)
então:
p
=

p
bsurdo pois é mpar e é par

ogo a também é ra z primitiva de p

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p
b) e p (mod ) então a ordem de a m dulo p é

p
p= k p = k = k ( mpar) a:
p p p
aNp a (mod p) a = ( a) (mod p)
p p
eja a ordem de a m dulo p ogo divide

p
e como é mpar segue que também é mpar a:
p
( a) = a (mod p) a a (mod p)
(p)
Como a a a são mutuamente incôngruos, módulo p, então:
p
=

FA-348 _ Sejam a e b raízes primitivas de um primo ímpar p. Prove que


ab não é raíz primitiva de p.
Resolução do livro: Como a é raíz primitiva de p, então (p) = p éo
p
menor expoente estritamente positivo para o qual a (mod p).
p p p
Daí .a / .a / (mod p) e portanto a (mod p),
p
posto que a ordem de a é p nalogamente b (mod p).
p
Donde (ab) (mod p) e a ordem de ab, módulo p, é menor que
(p).

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FA-349 _ Se p = k é primo e se a não é resto quadrático de p,
prove que a é raíz primitiva, módulo p.
p p
(p)
aNp a (mod p) (a * ap a (mod p)

(p) = p k
Seja (p) a ordem de a, módulo p. Como = ,
k k
então = ou k . Como já visto, a (mod p).
k
Não podemos ter = pois:
k
p k
p k
= = a =a (mod p)
k j
Para todo j k, não podemos ter = , pois:
k
a (mod p)
j
k j k j j k j
.a / =a =a (mod p)

(mod p)
Absurdo pois p > 2.
k
Logo = = (p), e portanto a é raíz primitiva de p.

FA-350 _ Seja a uma raíz primitiva de n. Se k > 0 e se mdc(k (n)) = ,


prove que ak também é raíz primitiva de n.
(n) (n) k (n)
a (mod n) (a ) = (ak ) k
(mod n)
Se j (n) é a ordem de ak , módulo n, então j (n). Observe que:
j
(ak ) akj (mod n)

Se a é raíz primitiva de n, então (n) (kj). Como mdc(k (n)) = ,


então (n) j.
Pela propriedade antissimétrica, j = (n). Logo, ak também é raíz
primitiva de n.

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FA-351 _ Seja n > 1 um inteiro:
a) Se a é raíz primitiva de n, mostre que os elementos de
(n)
= {a a a } são mutuamente incôngruos, módulo n.
Se para algum par i j (n), tivéssemos ai aj (mod n), como
mdc(a, n) = 1 implica que mdc(ai n) = , então dividindo ambos os
lados da congruência por ai teríamos aj i (mod n).
Sendo a raíz primitiva de n, temos que (n) (j i). No entanto,
j i (n). Logo:
j i= j=i
(n)
Absurdo conforme suposição inicial. Logo, os elementos a a a
são mutuamente incôngruos, módulo n.

b) Se a a a (n) indicam os inteiros positivos menores que n e


primos com n, prove que todo elemento de A é côngruo, módulo n, a
um único elemento ai .
Resolução do livro de b): Dividamos ai ( i (n)) por n:
ai = n qi ri ( ri n)
Como mdc(a, n) = 1, então mdc(ai n) = e portanto mdc(n ri ) = .
Logo ri é um dos elementos de {a a a (n) }. Como ai ri (mod n),
então cada ai é côngruo, módulo n, a algum dos aj ( j (n)). Não
i i (n), pois
podemos ter a ar (mod n) e a as (mod n), r s
isto obriga ar as (mod n), o que não é possível, já que 0 ar as < n.

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FA-352 _ Se a b c d ℤ, prove que:
a) (a b)(c d) = (ac bd) (ad bc)
(a b)(c d) = ,a ( b)-,c ( d)- =
ac a( d) ( b)c ( b)( d) = ac ( ad) ( bc) bd =
= (ac bd) (ad bc)

b) (a b)(c d) = (ac bc) (ad bd)


(a b)(c d) = (a b),c ( d)- =
ac a( d) bc b( d) = ac ( ad) bc ( bd) =
= (ac bc) (ad bd)

FA-353 _ Sejam x e y inteiros tais que xy = 1. Prove que x = y = 1 ou


x= =

= = =
onde se = então = ou = ortanto:
= = = =
= =( ) = =

FA-354 _ Prove que: a b c a b c.


a b c a ( b) b c ( b) a b c

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FA-355 _ e p prove que a p a para todo a ℤ.
p p ( p) a a a p a

FA-356 _ rove que: ² = = ou =


De fato, 0² = 0 e 1² = 1. Se x = 2, então = = .
Se x > 2, então x = 2 + r (r ℤ ). Daí: = (r ) =r r .
Como r² + 4r + 4 > r + 2, pois r > 0, então x² > x.
Se x < 0, então x² > 0, e portanto x² > x.
Donde se x² = x, então x = 0 ou x = 1.

FA-357 _ Para todo a ℤ, mostre que


a =m * ℤ a+
Como 1 > 0, por FA-355 temos que a a, e portanto a
pertence ao conjunto dado.
Se tivéssemos a a ter amos que = (a ) rea= s
(r s ℤ ) onde a = (a ) r s o que implica r + s = 1. Mas isto
não é possível pois:
r s r s r s
Donde a =m * ℤ a+.

FA-358 _ e a bec d mostre que a d b c


a b c d a c b d a c ( d) b d ( d)
a ( d) c b a ( d) c ( c) b ( c)
a ( d) b ( c) a d b c

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FA-359 _ Prove que: a bec d bc ad ac bd
c d d c
a b d c a(d c) b(d c)
ad ac bd bc bc ad ac bd

FA-360 _ Mostre que, para todo n ℤ, o conjunto


* ℤn n +
é vazio.
Se tivéssemos n n , teríamos que x = n + r e n + 1 = x + s
(r s ℤ ). Donde n + 1 = (n + r) + s, o que implica r + s = 1. Mas isto
não é possível pois:
r s r s r s
Donde o conjunto * ℤn n + é vazio.

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FA-361 _ Resolva, com o uso do inverso aritmético do coeficiente de x,
as seguintes congruências lineares:
a) 7 (mod 23)
O inverso aritmético de 3, módulo 23, é 8 pois = . Assim:
(mod ) ( ) 7= ( 7) 7 (mod )
8.7 é solução particular da congruência dada. Logo, a solução geral é:
7 (mod )

b) (mod )
(mod ) ( ) ( )
( ) (mod )
Logo, a congruência inicial é equivalente (mod ) que
admite soluções pois mdc(4, 15) = 1. Neste caso, uma solução
particular é o inverso aritmético de 4 módulo 23, que é 4* = 4, pois
= ssim (mod ) é a solução geral.

c) (mod 9)
5* = 4, pois = . Assim 4.3 = 12 é solução particular da
congru ncia dada ou seja (mod 9) é a solução geral

d) 9 (mod 7)
9 (mod 17). 9* = 2, pois 9 = . Assim 2.16 é solução
particular da congru ncia dada ou seja (mod 7) é a
solução geral.

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FA-362 _ Seja m > 1 um inteiro. Para cada a ℤm fixado, mostre que
m
f = ℤm ℤm definida por f( ) = a é bijetora.
Resolução do livro:
m m
i Se ℤm e a= a, adicionando (módulo m) o simétrico
aditivo m a de a a ambos os membros da igualdade:
m m m m
( a) (m a) = ( a) (m a)
Daí
m m m m
0a (m a)1 = 0a (m a)1

ou
m m
=
de onde resulta x = y; logo f é injetora.
m
ii Dado ℤm , tomando = a’ (a’ = m a = simétrico aditivo
m m m m m
de a), então ℤm e f( ) = ( a) a= (a a) = = ;
donde f é sobrejetora.

FA-363 _ A criptografia objetiva, em suma, a codificação de mensagens.


Para tanto, são usadas uma chave de transmissão através da qual a
mensagem é codificada e uma chave de recepção para decodificá-la.
Nos casos mais simples essas chaves são iguais.
Um dos sistemas criptográficos mais antigos e simples é a chamada
“cifra de ésar” (a razão do nome é que Júlio ésar a usava) cifra de
César baseia-se na propriedade exposta no exercício anterior.
Imaginemos as 26 letras usuais e o espaço (entre duas palavras)
associados aos elementos de ℤ , conforme o quadro:
espaço
A B C J K L X Y Z
0 1 2 3 10 11 12 24 25 26

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Fixado um elemento a ℤm (a é a chave do c digo de transmissão e
f
de recepção), a aplicação a permuta os elementos de ℤ e,
consequentemente, os elementos do conjunto formado pelo símbolo do
espaço e as 26 letras. Dessa forma cada mensagem se transforma em
código; o fato de f ser bijetora garante que mensagens diferentes são
codificadas de maneira diferente e, ainda, a possibilidade da
decodificação.
ejamos por e emplo como codificar a frase “eu vou” usando como
chave a = 15.

E 5 5 15 = 20 T
U 21 21 15 = 9 I
0 0 15 = 15 O
V 22 22 15 = 10 J
O 15 15 15 = 3 C
U 21 21 15 = 9 I

ortanto o c digo para a frase dada é “ J ”


Para decodificar, por exemplo G X A, considerando que o simétrico
aditivo de 15 é 12 (mantendo, portanto, a chave a = 15) procede-se
assim:

G 7 7 12 = 19 S
X 24 24 12 = 9 I
A 1 1 12 = 13 M

ogo a mensagem era “sim”


Isto posto:

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a) odifique “ eoria dos números” usando a = como chave

T 20 20 5 = 25 Y
E 5 5 5 = 10 J
O 15 15 5 = 20 T
R 18 18 5 = 23 W
I 9 9 5 = 14 N
A 1 1 5 = 6 F
0 0 5 = 5 E
D 4 4 5 = 9 I
O 15 15 5 = 20 T
S 19 19 5 = 24 X
0 0 5 = 5 E
N 14 14 5 = 19 S
U 21 21 5 = 6 Z
M 13 13 5 = 18 R
E 5 5 5 = 10 J
R 18 18 5 = 23 W
O 15 15 5 = 20 T
S 19 19 5 = 24 X

Palavra decodificada final: Y J T W N F E I T X E S Z R J W T X.

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b) Se a chave usada foi a = 12, decodifique a mensagem:
OMY Z Y U

O 15 15 15 = 3 C
M 13 13 15 = 1 A
Y 25 25 15 = 13 M
A 1 1 15 = 16 P
0 0 15 = 15 O
D 4 4 15 = 19 S
L 12 12 15 = 0
Z 26 26 15 = 14 N
F 6 6 15 = 21 U
Y 25 25 15 = 13 M
Q 17 17 15 = 5 E
C 3 3 15 = 18 R
U 21 21 15 = 9 I
O 15 15 15 = 3 C
0 0 15 = 15 O
D 4 4 15 = 19 S

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FA-364 _ Como já foi esboçado neste Apêndice, um anel comutativo é
constituído de um conjunto uma “adição” ( ) e uma
“multiplicação” ( ) sobre de modo que: a (a + b) + c =
a + (b + c), a b c ; a a + b = b + a, a b ; a existe elemento
neutro para a adição, ou seja, um elemento tal que a + 0 = a
a ; a para todo a existe a tal que a a’ = (a’ é o oposto
ou simétrico aditivo de a) m a(bc) = (ab)c, a b c ; m existe
elemento neutro para a multiplicação, ou seja, um elemento tal
que a . 1 = a, a ; m a(b + c) = ab + ac, a b c .
São exemplos de anéis, como já vimos, ℤ e ℤm ( m ).
Num anel comutativo A a soma e o produto de n elementos
a a an (n ), bem como a potência enésima de a
(n ) se definem generalizando os conceitos respectivos em ℤ
Assim, são definidos por recorrência do seguinte modo:
n n n n

∑ ai = ( ∑ ai + an ∏ ai = ( ∏ ai + an
i i i i

e
a = a an = an a (n )
Isto posto, provemos a chamada fórmula do binômio de Newton para
um anel comutativo A qualquer:
“ e e são elementos não nulos de um anel comutativo (ou seja e
são diferentes do elemento neutro da adição de A) então, para todo
n 1, vale a relação
n
n
( )n = ∑ . p / n p p
( )
p

onde
n n
.p/= ( p n)
p (n p)
Observemos que, por definição, a = (elemento neutro da
multiplicação) para todo a e 0! = 1.

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Resolução do livro:
i Provemos primeiro a relação de Stiffel para os coeficientes binomiais
que figuram na fórmula do binômio, ou seja
n n n
. /=. / . / ( r n )
r r r
De fato:
n n (n ) (n )
. / . /= =
r r r (n r ) (r ) (n r)
(n ) (n )
= =
r(r ) (n r ) (r ) (n r)(n r )
(n )
= ( *=
(r ) (n r ) r n r
(n ) n n n
= = =. /
(r ) (n r ) r(n r) r (n r) r

ii A fórmula do binômio será provada por indução sobre n.


n = 1:
( ) =
n
p p
∑( * = =
p
p

Logo, a fórmula vale para n = 1.


eja n e suponhamos:
n
n
( )n = ∑( * n p p
p
p

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Multiplicando por x + y a relação anterior:
n n
n n
( )n = ∑ ( * n p p
∑( * n p p
p p
p p

Ora, se r é um inteiro tal que 0 < r < n, então no segundo membro da


relação anterior há dois termos cuja parte literal é n r r : o primeiro se
obtem para p = r no primeiro somatório, sendo seu coeficiente o
n
número . / e o outro se obtém para p = r no segundo
r
n
somat rio sendo seu coeficiente o número . /
r
n r r )n é:
Logo o coeficiente de em (
n n n
. / . /=. /
r r r
Então:
n
n n n
( )n = . / n
∑. / n r r
. / n
=
r n
r
n
n n r r
= ∑. /
r
r

posto que
n n n n
. /=. / e . /=. /
n n

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FA-365 _ Mostre que:

a) =

Resolução do livro de a):


( )
= = =
( )

b) =
999 999 99
( )
= = = =
999 999 9999 99 99 99 99( ) 99

c) =
9 999 99
( )
= = =
9 999 99 99 99 ( ) 99

che uma fração ordin ria igual a cuja soma do


7
numerador com o denominador seja 48.
: 9 9 : 7 7
= = = = = =
7 7 : :
Esta é a fração procurada pois 28 + 20 = 48.

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99
7 che uma fração ordin ria igual a de modo que a

diferença entre seu denominador e seu numerador seja 184.


99 99: 7 7 7: 9 9
= = = = = =
:7 9 9: 9
Esta é a fração procurada pois 9=

FA-368 _ Ache duas frações ordinárias de denominadores 5 e 7 cuja

soma é igual a

ejam e as frações procuradas Então:


7
7
= =
7
Daí: 7x + 5y = 26. Uma solução particular dessa equação diofantina
é o par (3, 1).

ogo uma resposta ao problema é dada pelas frações e


7

FA-369 _ Ache duas frações ordinárias de denominadores 3 e 11 cuja

diferença seja igual a

esolução do livro: ejam e as frações procuradas Então:

= =

a: = Uma solução particular dessa equação diofantina é


( ) ogo uma resposta ao problema é dada pelas frações

= e omo ( t t) t ℤ é a solução geral da

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equação diofantina obtida, então todo par de frações
t t
(t ℤ)

constitui uma solução do exercício.

FA-370 _ Existem duas frações ordinárias de denominadores 7 e 11,

com numeradores positivos cuja soma seja Justifique a resposta


77

ejam e estas frações Então:


7
7
= = 7 =
7 77 77
De
11 = 7.1 + 4
7 = 4.1 + 3
4 = 3.1 + 1
segue que
= = (7 )= 7= ( 7) 7= ( ) 7( )
e portanto:
( ) 7( 9 ) =
que mostra que o par ( 9 ) é uma solução particular. A solução
geral pode ser expressa por:
= 7t = 9 t (t ℤ)
Mas:
7t 7t t
9 t t 9 t 9
Donde: t 9. Absurdo.
Logo, não é possível encontrar tais frações com numeradores em ℤ .

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m r
7 ejam e frações ordin rias irredut veis ostre que:
n s
m r
= m= r e n= s
n s
De fato:
m r
= ms = nr
n s
m nr mdc(m n) = mr
r ms mdc(r s) = rm
mr rm m= r
Analogamente: n = s.

m
7 eja uma fração ordin ria irredut vel e r ℤ prove que:
n
m rn m
r =
n n
também é irredutível.
De fato, se mdc(rn + m, n) = k, então:
k (rn m) k n k (rn m) k rn k ,(rn m) rn- = m
km kn k mdc(m n) =

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FA-373 _ Determine r ℤ de maneira que as seguintes frações
ordinárias representem números inteiros.
r
a)
r
r
ugestão para a) =
r r
r
e acordo com a sugestão se ℤ então ℤ
r r
Isto só é possivel se o numerador for múltiplo do denominador,
ou seja:
( r ) r = ou r =
Analisando cada caso:
r = r=
r = r=
r = r=
r = r=
)r= ou

r
b)
r
Da mesma forma que em a):
r
=
r r
r
e ℤ então ℤ ogo:
r r
( r ) r = ou r =
Analisando cada caso:

r = r= (não é poss vel pois r ℤ)

r = r=

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r = r=

r = r= (não é poss vel pois r ℤ)

R) r = 0 ou 4.

FA-374 _ Se n ℤ, mostre que são irredutíveis as frações:


n
a) (n )
n
e fato se d = mdc(n n ) então d ,(n ) (n )- =

n
b)
n
e fato se d = mdc(n n ) então:
d (n ) d( n )
d( n ) d( n ) d

n
c) (n )
n(n )
Se d = mdc( n n(n )), então:
d( n ) d( n n)
d ( n(n )) d( n n)
d( n n) d ( n n) dn
dn d n
d( n ) d n d

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m r
7 e = mostre que
n s
m r mu rv
= =
n s nu sv
para quaisquer u v ℤ, ambos não nulos.
De fato:
m r
= nr = ms nru = msu
n s
nru srv = msu srv (nu sv)r = (mu rv)s
m r mu rv
= =
n s nu sv

r m
7 ejam e frações irredut veis ostre que:
s n
r m rn ms
=
s n sn
é irredutível se, e somente se, mdc(s, n) = 1.
Resolução do livro:
( ) amos supor mdc (s n) 1 e seja p um divisor primo comum a s e
a n. Mas então p|(sn) e p|(rn + ms), o que contraria a hipótese.
(⇐) e a soma não fosse irredut vel então sn e (rn ms) seriam
divisíveis por um conveniente primo p. De p|(sn), resulta que p|s ou
p|n.
Admitamos que p s como p (rn ms) então p (rn) como p s pois
mdc(s, r) = 1, então p|n. Absurdo, já que, por hipótese, mdc(s, n) = 1.
A hipótese p|n leva igualmente a um absurdo.

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FA-377 _ Sejam r e s inteiros não nulos. Mostre que a fração ordinária
r s
representa um número inteiro se e somente se r = s
rs
r s r s
=
rs s r
r s r s
( ) ara que seja inteiro é necess rio que e sejam
rs s r
ambos inteiros.
r
e fato supondo (s r) racional não inteiro e seja k = mdc(r s)
s
ou seja, r = kq e s = kq (mdc(q q ) = ). Daí:
r s kq kq k q k q q q
= = =
s r kq kq k q q q q
Se tívéssemos q q (q q ), resultaria que:
q q q q q (q q ) q (q q )
q q q q
q (q q ) q q q q
Como mdc(q q ) = mdc(q q ) = , então q q só é possível se
q = . Porém:
s = kq = k k= s
r = kq = ( s)q sr
Absurdo, conforme suposição inicial.
r
ogo ℤ donde s r r = sq (q ℤ) a:
s
s s
= =
r sq q
s
ssim ℤ somente se q = onde r = s
r

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(⇐) e fato:
r s ( s) s s s s
= = = = = (inteiro)
rs ( s)s s s

7n n
7 ostre que as frações ordin rias e não

podem representar números inteiros para o mesmo valor de n ℤ.


7n
ℤ (7n ) 7n (mod )

Esta congruência admite soluções pois mdc(7, 4) = 1. Uma solução


particular é 7 (mod ). Assim, n (mod ) constitui solução
geral da congruência, o que pode ser traduzido por n = t (t ℤ).
Substituindo na segunda fração:
n ( t) t t 9
= = =

upondo ( t 9) teremos t 9 (mod ) orém esta


congruência não admite soluções, qualquer que seja o valor de t, pois
mdc(10, 6) = 2 e ( 9).
7n n
ogo se ℤ então ℤ

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FA-379 _ Determine dois inteiros r e s, primos entre si, tais que:
r s
=
r s 7
Sugestão: Exercício 371.
r s 9 (r s)(r s) r s
= =
r s (r s)(r rs s ) r rs s
Suponhamos mdc(r sr rs s ) e seja p um divisor primo de
ambos. Então:
p (r s) p (r s)
p (r s) p (r rs s ) p ,(r s) (r rs s )- = rs
p rs p r ou p s
Supondo p|r:
p r p (r s) ps
pr ps p mdc(r s) =
Absurdo. Analogamente se p|s.
Donde mdc(r sr rs s )= e mdc(13, 127) = 1.
Assim, ambas as frações ordinárias são irredutíveis. Logo, segundo o
exercício FA-371:
r s=
r rs s = 7
Considerando apenas o caso r + s = 13 e r rs s = 7, teremos:
r rs s = (r s) rs = sr = 9 sr = 7
sr = sr =

r s= r= s
sr = s( s) = s s = s s =
Uma possível solução desta equação do segundo grau é s = 7.
Donde r = 7=
Logo, o par (7, 6) satisfaz a condição do enunciado.

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n
eja n um inteiro ostre que a fração é irredut vel
n
se, e somente se, n é ímpar.
Sugestão: Se n = r e 3n + 1 = s, mostre que s s 9r = .
Na verdade, a fração é irredutível se, e somente se, n é par. Vejamos:
( ) upondo n mpar digamos n = k (k ℤ), teremos:
n =( k ) = k k = ( k k) (par)
n = ( k ) = k = k = ( k ) (par)
O que não é possível pois mdc(n n ) = . Logo, n é par.
(⇐) eja n = k (k ℤ). Daí n e 3n + 1 são ímpares. Suponhamos
que mdc(n n ) = mdc( k k ) e seja p um
divisor primo ímpar comum a eles. Segue que:
p( k ) p( k ) p ,( k ) ( k )- = k k
p k( k ) p k ou p ( k )
Supondo p|k:
pk p k
p( k ) p k p
Absurdo. Supondo p|(2k + 3):
p( k ) p( k 9)
p( k 9) p ( k ) p
Igualmente absurdo pois p é ímpar.
Logo, mdc(n n )= e a fração é irredutível.

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r
etermine todas as frações ordin rias tais que
s
r 7 r
=
s s
r 7 r
= (r 7)(s ) = rs
s s
rs r 7s = rs r 7s = r 9s =
Resolvendo a equação linear:
9= = ( ) 9( )
( ) 9( )=
que mostra que o par ( ) é solução particular da equação.
A solução geral pode ser expressa por:
r= 9k s = k (k ℤ)
r 7 r
omo então s es ou seja:
s s
k k 7
k k
r
ogo as frações que satisfazem o enunciado são da forma:
s
9k
(k 7ek )
k

r m
ejam e frações ordin rias tais que rn ms =
s n
a) Mostre que ambas as frações são irredutíveis.
É claro que e que r e s gora se c r e c s então c (rn ms)
ou seja, c|1. Donde mdc(r, s) = 1.
Analogamente, mdc(m, n) = 1 e portanto ambas as frações são
irredutíveis.

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kr m
b) e k ℤ e ks n mostre que também é irredut vel
ks n
De fato, se mdc(kr + m, ks + n) = d, então:
d (kr m) d (krn mn)
d (ks n) d (kms mn)
d (krn mn) d (kms mn) d ,(krn mn) (kms mn)-
d k(rn ms) = k = k
dk d kr
d (kr m) d kr dm
dk d ks
d (ks n) d ks dn
dm dn d mdc(m n) = d=

r
eja n um inteiro rove que onde r = n n
s
e s= n n , é irredutível.
Resolução do livro:
Notemos que s = 30n² + 21n + 13 = 2(15n² + 8n + 6) + (5n + 1) =
r ( n ) ou seja s r= n ademais r = n² n =
( n )( n ) ssim se d r e d s então d (s r) ou seja
d( n ) mas então d visto que = r ( n )(3n + 1), e disso
resulta que d n donde d pois ( n ) n=
Assim d = e mdc(r, s) = 1.

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FA-384 _ Prove por indução que:
n
= (n )
n(n ) n

n= : = = ( erdadeiro)

Seja k e suponhamos, por hipótese de indução, que:


k
=
k(k ) k
Então:
k
= =
k(k ) (k )(k ) k (k )(k )
k(k ) k k
= =
(k )(k ) (k )(k ) (k )(k )
(k ) k k
= = =
(k )(k ) k (k )
E a demonstração por indução está completa.

FA-385 _ Mostre que as seguintes somas não são números inteiros:

a) = (n )
n
Resolução do livro de a):
r
Seja r o maior inteiro positivo tal que n e seja k o produto dos
ímpares n.
r
Então o produto k é uma soma de n parcelas todas

r
k
números inteiros e ceto k r
= ra se fosse inteiro o

k
mesmo aconteceria com que é a diferença entre e a soma de n

k
parcelas inteiras omo ℤ então ℤ

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b) = (n )
n
Seja k o maior inteiro positivo tal que k n e seja P o produto
i
das potências de primos ímpares pi n (pi i ), onde
logicamente inclui os primos que estão na decomposição de 2n + 1.
Então o produto k é uma soma de n parcelas, todas números
inteiros, exceto:

k
k
=

ra se fosse inteiro o mesmo aconteceria com que é a diferença


k
entre e soma de n parcelas inteiras

omo ℤ então ℤ

FA-386 _ J. J. Sylvester (1814-1897) propôs o seguinte método para


escrever um número racional a, 0 < a < 1, como soma de frações
unitárias (ver Introdução): i achar a maior fração unitária que seja
menor que a fração dada; ii subtrair essa fração unitária da fração
dada; iii achar a maior fração unitária menor que a diferença obtida
em ii; iv subtrair desta diferença, a fração unitária obtida em iii;
v continuar o processo até que uma das diferenças seja fração unitária.
9 7
plique esse processo s seguintes frações: e

esolução parcial do livro: a ogo a = é o menor


a
natural para o qual a desigualdade se verifica.

= a a escolha neste caso deve ser a = 7


a

omo = é unit ria então


7

= =
7

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Quanto às outras frações:

a min* ℤ +=
a

omo = é unit ria então =

9
= =

Por fim:
7
7a min* ℤ 7 +=
a
7 7
omo = é unit ria então =

FA-387
a) Considere o polinômio unitário:
n n
f( ) = a a an (a a an ℤ)
r
e a fração ordin ria irredut vel u = é ra z de f( ) isto é f(u) =
s
prove que s = e que r a (ou seja, u é um divisor inteiro de a ).
r r n r n
f(u) = a a . / an . / . / =
s s s
Multiplicando ambos os lados da igualdade por s n ficaremos com:
a sn a rs n a rn s rn =
Donde:
s(a s n a rs n a rn ) = rn s rn s rn
Porém mdc(r s) = mdc(r n s) = . Portanto só é possível s r n se
s= . Donde u = r ℤ.

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Da mesma forma:
a a u a n un un =
u(a a n un un ) = a u= r a ra

b) Determine as raízes racionais de f( ) = 7 9.


Como o polinômio f(x) é unitário, então de acordo com a), as raízes
racionais de f( ) são inteiras e dividem 9 ou seja podem ser um dos
seguintes números: ou 9. Substituindo cada um deles na
aplicação:
f( ) = 7 9=
f( )=( ) ( ) ( ) 7( ) 9=
f( ) = 7 9=
f( )=( ) ( ) ( ) 7( ) 9=
f(9) = 9 9 9 79 9=
f( 9) = ( 9) ( 9) ( 9) 7 ( 9) 9= 7
Logo, a única raíz racional de f(x) é 1.

FA-388 _ Mostre que os seguintes polinômios não admitem raízes


racionais:
a) f( ) = ²
As raízes racionais de f( ) = ² , caso existam, são inteiras e
dividem (e erc cio FA-387(a)), ou seja, podem ser um dos
seguintes números: ou . Mas nenhum deles é raíz de f(x),
conforme:
f( ) = =
f( )=( ) =
f( ) = =
f( )=( ) =

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Logo, f( ) = ² não admite raízes racionais.

b) g( ) =
As raízes racionais de g( ) = , caso existam, são inteiras e
dividem ou seja podem ser um dos seguintes números: ou .
Mas nenhum deles é raíz de g(x), conforme:
g( ) = =
g( )=( ) =
g( ) = =
g( )=( ) =
Logo, g( ) = não admite raízes racionais.

c) h( ) =
As raízes racionais de h( ) = , caso existam, são inteiras e
dividem ou seja podem ser um dos seguintes números: ou
Mas nenhum deles é raíz de h(x), conforme:
h( ) = =
h( )=( ) ( ) =
Logo, h( ) = não admite raízes racionais.

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FA-389 _ Seja K um corpo. Uma aplicação bijetora f: se diz um
automorfismo de K se: f(x + y) = f(x) + f(y) e f(xy) = f(x)f(y), para
todo par de elementos . Mostre, através das etapas seguintes,
que o único automorfismo de é a aplicação id ntica:
i f(1) = 1; ii f( a) = f(a) a ; iii f(m) = m, m ℤ;
m m
iv f ( * = n v f. /= m n ℤ n
n n n n
Resolução do livro: ii Como f(0) = f(0 + 0) = f(0) + f(0), então, pela lei
do cancelamento da adição, f(0) = 0. Assim, a : f( a) f(a) =
f(( a) a) = f( ) = então f( a) = f(a).
n
iv f( ) = f . / = f (n * = f( * = f( * f( *
n n n n n n n

f ( * = nf ( * f( * = v dmitindo n o que sempre


n n n n
m m
é poss vel f . / = f (m * = f(m)f ( * = m =
n n n n n

FA-390

a) che duas frações ordin rias positivas respectivamente iguais a

e de maneira que a soma de seus termos (numerador e denominador)

coincida e seja a menor possível.

esolução do livro de a): s frações procuradas são do tipo e

onde ℤ . Devemos impor que x + 2x = 4y + 5y = s, de onde


s s
resulta = e = omo s deve ser a menor poss vel então
9
s = mmc(3, 9) = 27 (pois x e y são inteiros). Daí x = 9 e y = 3.
9
resposta é então: e

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b) dem para as frações e
7
z
s frações procuradas são do tipo e onde ez ℤ
7z
Devemos impor que:
s s s
= = z 7z = s = = ez=
9
Como e z ℤ , então 5|s, 6|s e 9|s; donde mmc(5, 6, 9)|s.
Como s deve ser o menor possível, então s = mmc(5, 6, 9) = 90.
Daí x = 18, y = 15 e z = 10.

resposta é então: e
7 7

r
9 eja um número racional positivo não nulo rove que:
s
r s
s r
Em que condições ocorre a igualdade?
De fato, conforme já demonstrado no livro:
r r s
. / =
s s r
Donde:
r r
s s r s
s } s }
s r
r r
r s
e = então:
s r
r s r s
= = r s = rs
s r rs
r rs s = (r s) = r s= r=s

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FA-392
a) Seja a um número racional tal que 0 < a < 1. Mostre que existe
r para o qual

a
r r
k
eja a = omo a então:
s
k
k s
s
Assim k s . Observe que:
k sk s sk k s k
k(s ) s k s
Logo, o subconjunto = * k s+ não é vazio pois contém o
elemento s + 1. Pelo princípio do menor número natural, S admite
mínimo. Seja r + 1 = min S. Então: s < k(r + 1).
Não podemos ter s < kr pois acarreta r e r < r + 1 = min S. Assim:
kr s k(r )
Donde:
k
s k(r )
r s
k
kr s
s r
k
e tivéssemos r = na primeira relação ter amos = =a
s
o que contraria a hipótese.
Portanto:

a (r )( )
r r
(*) Os sinais de desigualdade estão trocados em relação ao que foi
pedido, mas na verdade houve uma troca errônea de posição dos
sinais do exercício.

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7 7
b) che r conforme parte a) nos seguintes casos: a = ea=

7
7(r ) 7r 7 7r
r
Como r = min* 7 +, então r = 3.
Igualmente:
7
7(r ) 7r 7 7r
r
Neste caso, r = min* 7 += .

FA-393 _ Se n > 1 é um inteiro, prove que:

n n n
Por indução sobre n:
n = 2.:
7
= = pois 7 = =

Seja k e admitamos, por hipótese de indução, que:

k k k
Então:

k k k k k k k

k k k k k k k
Observe que:
k k k
= =
k k ( k )( k ) (k )( k )
k
= =
k k k (k )( k ) k

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k ( k )
= =
(k )( k ) (k )( k )
k k
= =
(k )( k ) (k )( k )
Como k , então:

=
k k k (k )( k )

k k k

Logo, por transitividade:

(k ) (k )
E a demonstração por indução está completa.

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m r
9 ejam a = e b = números racionais a b ep q
n s
prove que:
mp rq
a b
np sq
De fato:
m r
ms nr smp npr
n s
smp srq npr srq (mp rq)s (np sq)r
mp rq r
np sq s
mp rq m
Não podemos ter pois:
np sq n
mp rq m
n(mp rq) m(np sq)
np sq n
mnp nrq mnp msq nrq msq
r m
nr ms =b =a
s n
Logo:
mp rq
a b
np sq

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FA-395 _ Determine:
77 77
a) [ ] = ma { ℤ| } = ma * ℤ 77+ =

7
b) [ ]

7 7
[ ] = ma { ℤ| } = ma * ℤ 77+ =

=2

c) [ m ] onde m ℤ (m )

[m ]=m [ ]=m ( )=m

m
d) [ ] m
m
m m m
= = [ ]= [ ]
m m m m m m

1º caso: m < 0:
m m m (m ) ( )(m )

()
m m

m m = ( )
m

( )e( ) [ ]=
m m
m
[ ]= [ ]=[ ]= ( )=
m m m

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2º caso: m = 1:
m
[ ]=[ ]=, -=
m

3º caso: m > 1:

m m m = ()
m

m (m ) m (m ) ( )
m

( )e( ) [ ]=
m m
m
[ ]= [ ]=[ ]= =
m m m

FA-396 _ ostre que ,a- , a- = ou conforme a seja inteiro ou


não.
Sugestão: Se a ,a- = a , então a e a= ,a- ( a )
Se a ℤ então ,a- = a e , a- = a a:
,a- , a- = a ( a) =
Se a ea ℤ, então levando em consideração a sugestão e o fato de
que ,a- ℤ, teremos que:
, a- = , ,a- ( a )- = ,a- , a -
O que implica:
,a- , a- = , a -
Como a é um racional não inteiro, então a , pois caso contrário
teríamos a = [a], o que não é possível já que ,a- ℤ.
Donde a e portanto , a -= .
Assim: ,a- , a- = .

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FA-397 _ Se a e b são números racionais positivos, mostre que
,a-,b- ,ab-
Fazendo a = a ,a- e b = b ,b-, então a b a = ,a- a
e b = ,b- b . Donde:
ab = (,a- a )(,b- b ) = ,a-,b- ,a-b ,b-a a b
Como ,a-,b- ℤ, então:
,ab- = [,a-b ,b-a a b ] ,a-,b-
Como a e b são racionais positivos, então:
[,a-b ,b-a a b ]
,a-,b- [,a-b ,b-a a b ] ,a-,b- = ,ab-

FA-398 _ Mostre que:


a ,a-
0 1=[ ]
n n
para todo inteiro n > 0.
Resolução do livro:
a a a
eja k = 0 1 Então a = n 0 1 kn onde kn n
n n n
a
(pois k en ) ogo (proposição iii):,a- = n 0 1 ,kn-
n
,a- a ,kn-
o que implica =0 1 Usando mais uma vez a parte iii da
n n n
,kn-
proposição citada considerando que :
n
,a- a
[ ]=0 1
n n

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FA-399 _ Mostre que ,a- ,b- ,a b- , a- , b-
Sugestão: Considere a = ,a- a a e b = ,b- b
b . Examine os casos em que nenhum, um ou ambos os

números a e b são maiores ou iguais a

Como a = ,a- a e b = ,b- b , então:


a b = ,a- ,b- (a b )
,a b- = ,a- ,b- ,a b -
,a- ,b- ,a b- = ,a- ,b- ,a b -
E também:
a = ,a- a , a- = ,a- , a -
} }
b = ,b- b , b- = ,b- , b -
, a- , b- = ,a- ,b- , a - , a -

Se provarmos que ,a b - , a - , a -, então provaremos a


desigualdade do enunciado.
Examinando os casos de acordo com a sugestão:

: a e b

a
} a b ,a b -=
b

a a , a -=
} } } , a - , b -=
b , b -=
b

Donde: ,a b - , a - , a -.

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: a e b (ou vice versa)

a
} a b a b
b

,a b -= ou

a a , a -=
} } } , a - , b -=
b , b -=
b

Donde: ,a b - , a - , a -.

Por fim:

: a e b

a
} a b ,a b -=
b

a a , a -=
} } } , a - , b -=
b , b -=
b

Donde: ,a b - , a - , a -.

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FA-400 _ Sejam a e b , ambos maiores que 1. Prove que:
a a a b
0 1 [ ] [ ]=a
b b b b b
Resolução parcial do livro: (para o caso 1 < a < b): Na sequência de
numeradores a a a b aparece b pois a < b e b < a b
1 (já que 1 < a). Do colchete correspondente ao numerador b em
diante, todos são iguais a 1.
a b a b
or e emplo o primeiro deles é [ ]=[ ]=
b b b
a b b a
e o último [ ]=[ ]= pois a b
b b b b
Como o número destes colchetes iguais a 1 é a, e todos os anteriores
são nulos, então a soma efetivamente é igual a a.

2º caso: a = b.
Teremos:
a a a b
0 1 [ ] [ ]=
b b b b b
a
=, - [ ] [ ]=
a a
a
= ( [ ]* ( [ ]* =
a a
a
(⏟ ) [ ] [ ]= a =a
a a
a parcelas

Onde levamos em consideração o fato de que:


a
a a
a a
a
[ ]= =[ ]=
a a

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3º caso: 1 < b < a.
Efetuando a divisão euclidiana de a por b:
r ( a = bq
r b)
a
er= teremos a = bq ou seja = q (q ℤ) onde:
b
a a a b
0 1 [ ] [ ]=
b b b b b
b
= ,q- [q ] [q ]=
b b
b
=q (q [ ]* (q [ ]* =
b b
b
(q
⏟ q q) [ ] [ ] = bq = bq = a
b b
b parcelas

Seja r . Então:
a = bq r ( r b )
a r a r a r b a (b r)
q= q = = =
b b b b b
a b r b(q )
u seja para algum r b = =q
b b b
onde q ℤ.
o colchete correspondente ao numerador a (b r) em diante
todos são iguais a q + 1, pois:
r b r b
b(q ) (r )=a b b(q ) (b )=
= b(q ) b(q )

a b r = b(q ) b(q ) (r )=a b b(q )


a b
q q
b

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a (b r) a b
[ ]= =[ ]=q
b b
Como o números destes colchetes iguais a q + 1 é r, então a soma
destes colchetes é r(q + 1).
Além disso, os colchetes que antecedem a (b r) são todos iguais a
q, pois:
r b bq r=a bq b = b(q ) a b(q )

bq a a (b r) a (b r) = b(q )
a a (b r)
q q
b b
a a (b r)
0 1= =* +=q
b b
omo o números destes colchetes iguais a q é (b r) então a soma
destes colchetes é q(b r)
Logo, a soma total dos colchetes é:
q(b r) r(q ) = bq qr qr r = bq r=a

FA-401_ Mostre que 1000! Termina em 249 zeros.


Sugestão: Exemplo 3.
Como = , então 9 é o maior expoente de 2 tal que
não supera 1000. Assim, conforme exemplo 3 do livro, o expoente de 2
na fatoração de 1000! é:

[ ] [ ] [ ]=

= 7 = 99
Da mesma forma, 4 é o maior expoente de 5 tal que não supera
1000. Donde o expoente de 5 na fatoração de 1000! é:

[ ] [ ] [ ] [ ]= = 9

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Portanto, = k, onde k é o produto dos primos ímpares
distintos de 2 e 5. Donde:
= k=( ) k= m
E 1000! termina de fato com 249 zeros.

FA-402 _ Determine quais dos seguintes números são racionais


decimais e ponha cada um destes na representação decimal.

a)

Para que esta fração seja um número racional decimal, é suficiente


que o denominador apresente somente os fatores 2 e 5 na sua
decomposição. Como = , então a fração é efetivamente um
racional decimal. Colocando da representação decimal:
9
= = = = 9

7
b)

= . Logo esta fração não é racional decimal.


Sua representação decimal é:
7
=

c)
7
7 = 7. Logo esta fração não é racional decimal.
Sua representação decimal é:

= 7
7

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d)

= . Logo esta fração é racional decimal.


Sua representação decimal é:

= = = =

FA-403 _ Determine as frações ordinárias cuja representação decimal é


a seguinte:
a) 12,0178
7 9 9 9
7 = = = =

b)

= =

c) 0,01075
7
7 = = = =

d)

= = = =

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FA-404
a) Ache o menor número decimal positivo pelo qual se devem

multiplicar as frações e a fim de obter produtos inteiros

Resolução do livro de a):


r
ea= n
é o número procurado então

r r r r
n
= n n
e n
= n n

devem ser inteiros. O menor valor de r para que isso aconteça é


mmc( n n n n )
= n n
. Assim
n n
a= n
= =

b) Ache o menor número decimal positivo que, dividido pelas frações

e fornece quocientes inteiros


7
r
ea= n
é o número procurado então

r r 7 r r
n
= n
= n n
= n n
7
r r r r
n
= n
= n n
= n n

O menor valor de r que faz com que estas divisões se transformem em


inteiros é quando r = mmc( n n n n )
= n n
. Assim:
n n
a= n
= =

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FA-405 _ Escreva em ordem crescente os seguintes números decimais:
a = 0,245132 c = 0,245232
b = 0,245213 d = 0,245123

d a b c

FA-406
Sejam = a a ar ar ar a e = a a a r br br b ,
números racionais decimais. Se ar br , prove que x > y.
Podemos representar x da seguinte forma:
a a ar ar ar a
= r

Igualmente para y. Se tivéssemos , teríamos:


a a ar ar ar a a a a r br br b
r r

a a ar ar ar a a a a r br br b
,a a ar ar ar a - ,a a a r br br b -
a a ar ar , ar a - a a a r br , br b -
a a ar ar a a a r br
O que é um absurdo, pois levando em consideração a hipótese e o fato
de que é um sistema de numeração posicional:
ar br
r r r r
a a ar a a br
a a ar ar a a a r br
Logo: x > y.

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FA-407
n
a) ostre que é irredut vel para todo n ℤ n n
n(n )
De fato, supondo mdc(2n + 1, n(n + 1)) > 1 e seja p um divisor primo
de ambos. Então:
p n(n ) p n ou p (n )
Se p|n, teremos:
pn p n
p( n ) p n p
Absurdo. Se p|(n + 1), então:
p (n ) p( n )
p( n ) p( n ) p
Igualmente absurdo. Logo mdc(2n + 1, n(n + 1)) = 1.

b) Determine n a fim de que essa fração represente um número


racional decimal.
Resolução parcial do livro de b):
Devemos impor que n(n )= ( ).
Como mdc(n, n + 1) = 1, então há duas possibilidades: (n = e
n + 1 = ) ou (n = e n + 1 = ). Examinemos a primeira. De
= segue que = =( )( )=
( ). É claro que = e = fornecem uma solução
para o problema: neste caso n = 4. Vamos supor que pudesse haver
uma solução para . Então = , o que obriga
a ser par; daí
=
=( ) ( ) ( )
e como 3 divide esta soma, teria também que dividir , o que não é
possível. Donde n = 4 é a única solução.

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Examinemos agora a outra alternativa, isto é, n = en+1= .
Daí: = omo (mod ) ² (mod )
2³ (mod 3), , então s ou (mod ) conforme s seja ímpar
ou par. Logo o expoente não pode ser par pois conduziria a .
Seja ímpar. Como e = , então ( ). Donde:
(mod )
Como a ordem de 2, módulo 5, é 4, então , o que é um absurdo pois
é ímpar.
Logo a igualdade = ( ) não é possível, e para este
caso não há soluções para n.

FA-408 _ Dê a representação binária e a representação 6-nária (base 6)

da fração

= 7 = ( ) = ( ) =
= =( )
Portanto:
( )
= =( )

Da mesma forma:
= =( ) =
=( ) = = =
= ( 7) ( )= ( ) 9=
= ( ) =
= =
= =( )
Donde:
( )
= = =( )

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FA-409 _ Se ( ) é a representação na base 8 de um certo número
racional, determine sua representação decimal e sua representação
binária.
( ) 9
( ) = = = =

= = = =

Da mesma forma:

( ) = = =

( )
= = =

( )
= =( )

FA-410 _ Qual dos seguintes números racionais é o maior?

a=
7 7 7 7

b=
7 7 7 7

7 7 7 7 ( )
a= = =
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7

7 7 7 7 ( )
b= = =
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7

Donde:
( ) ( )
( ) ( ) b a
7 7

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che de maneira que = e a soma

seja a maior possível. E para que x + y seja a menor possível, como


devem ser ?

= = = =

O par (1, 1) satisfaz a equação linear. A solução geral pode ser expressa
da seguinte forma:
= t = t (t ℤ)
Como , então:
t t t
t t t
Para que a soma x + y seja a maior possível, t terá de assumir o menor
valor em ℤ . Mas isto não é possível de determinar pois ℤ não possui
mínimo. Assim, não é possível estabelecer a maior soma x + y.
Por outro lado, para que a soma x + y seja a menor possível, basta
fazermos t = 0. Donde:
= t= =
= t= =

FA-412 _ O sistema de numeração babilônico de base 60 deixou


vestígios que se traduzem na medida de ângulos e do tempo. Isto
posto:
a) Passe 7h 15 min 9 seg para o sistema decimal.
9
7h min 9 seg = 7 =7 omo

= =

então a resposta é 7,2525 horas.

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b) Passe 17° ’ ’’ para o sistema decimal

7° = 7 =7 omo

= =

então a resposta é 17,205 graus.

c) e um “rel gio decimal” marca horas e presse essa marcação


em horas, minutos e segundos.
9
h= = = = =

= 12h 9min 0s

FA-413 _ Justifique as seguintes regras:


a) (m a a ar ) ( )= ma a ar , onde o número de
zeros no segundo membro é igual ao número de zeros do segundo
fator do segundo membro.
s
É fácil provar por indução que, para todo q , q=q ,
onde s é igual ao número de zeros que antecedem q. Donde:
(m a a s)
ar ) ( )=( ma a ar )( =
s (s )
=( ma a ar )( )=( ma a ar ) =
=⏟ ma a ar = ⏟ ma a ar
s zeros s zeros

r (m a a
b) Se s > r, então as ) = m a a ar ar ar as .
r (m a a
c) Se s = r, então as ) = m a a as .
d) Se s < r, então r (m a a as ) = m a a as , onde o
número de zeros é r s
Não é necessário justificar b), c) e d), pois a verdade é auto-evidente.
Claro, considerando s, r > 0.

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FA-414 _ Os três problemas a seguir envolvem a ideia de porcentagem.
Lembremos que 1% = 0,01.
a) (Fuvest-88) Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15%
e 20%, respectivamente, a área do retângulo é aumentada de:
i) 35% iii) 3,5% v) 38%
ii) 30% iv) 3,8%

Área do retângulo: a b= ab.


Se a aumentou em 15% e b em 20%, teremos agora 1,15a e 1,2b e:
a b= ab
Se antes 1.ab equivalia a 100% da área, 1,38ab equivale a 100% da
área mais 38%. Portanto, opção v).

b) (Fuvest-84) Em uma prova de 25 questões, cada resposta certa vale


e cada resposta errada Um aluno resolveu todas as questões e
teve nota 0,5. Qual a porcentagem de acertos desse aluno?
i) 25% iii) 20% v) 5%
ii) 24% iv) 16%

Se x representa o número de respostas certas e y o número de


respostas erradas, então:
= = ()
= ( )
Substituindo (I) em (II):
( ) = =
= 9 = 9
Donde: = = 9=

porcentagem de acertos é = = (ii)

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c) Numa prova de fundo um corredor percorre os primeiros 60% do
percurso à velocidade de 20km/h e o restante a 18km/h. Se o tempo
total gasto por ele foi de duas horas, qual o comprimento do percurso?
Indicaremos o comprimento em quilômetros do percurso por x, o
tempo gasto em horas nos primeiros 60% do percurso por t , e o
tempo gasto em horas nos últimos 40% do percurso por t .
Primeiramente, 20 km está para 1 hora de corrida, assim como 60% do
comprimento do percurso está para t , isto é:

= t = ()
t
Da mesma forma, 18 km está para 1 hora de corrida, assim como 40%
do comprimento do percurso está para t , ou seja:

= t = ( )
t
Somando as equações (I) e (II):
t t = ( )
Como t t = , então t = t . Substituindo em (III):
t ( t )= t =
Restringindo esta equação a uma equação diofantina linear, teremos
que um par que satisfaz a equação é ( ) solução geral pode ser
expressa da seguinte forma:
t = k = k (k ℤ)
Substituindo estes valores em (I):
( k) = ( k) k= k
k k
k k= =

k= k 9
Donde: = k ( 9) km.

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FA-415 _ Prove que a altura e o lado de um triângulo equilátero são
segmentos de reta incomensuráveis.
De fato, suponhamos, por absurdo, que altura e lado fossem
comensuráveis. Seja o triângulo ABC, indicado na figura abaixo, onde
r
cada lado tem medida e a altura ̅̅̅̅̅ de medida (r s )
s
Podemos supor mdc(r, s) = 1.

Pelas propriedades de um triângulo equilátero, a altura ̅̅̅̅̅ divide o


segmento ̅̅̅̅ , no ponto M, em dois segmentos ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅ de mesma
medida (que neste caso são iguais a ½). Além disso, a altura forma um
ângulo de 90 graus com ̅̅̅̅.
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo ABM:
r r
=( * . / =
s s
r
= r = s
s
Como , então r ; donde 3|r, ou seja, r = 3k (k ).
Com isto, temos:
r = s k = s k =s
s s

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Absurdo pois r e s são primos entre si. Logo, a altura e o lado de
qualquer triângulo equilátero são segmentos incomensuráveis.

n
ejam ={ }e ={ }
n
Mostre que sup A = 1 e sup B = 0.
Resolução (primeira parte) do livro:
n
bviamente é cota superior de pois para todo n
n

eja omo é arquimediano e iste n

para o qual se verifica n =n da n n ou


n
n (n ) e portanto ssim nenhum racional é
n
cota superior de A, o que conclui a resolução.

Quanto ao conjunto B, obviamente 0 é uma cota superior de B.


Suponhamos que houvesse uma cota superior de B menor que 0.
Daí teríamos:

ultiplicando os termos por ( ) ficaremos com:

Assim, de acordo com FA-392(a), existe um r para o qual:

r r
onde multiplicando novamente os termos por ( ):

r r

bsurdo pois ogo: sup =


r

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FA-417 _ Se um subconjunto não vazio admite máximo, prove
que sup A = max A.
De fato, se S representa o conjunto das cotas superiores, então
max A S, pois max A a, para todo a , e para todo ,
x max A, pois max A A. Assim min S = sup A = max A.

FA-418
a) A quais dos cortes seguintes pertencem os números racionais

: ( ) ( ) ( ) ( *

pertence a ( ) ( ) ( )e ( *

pertence a ( ) ( )e ( *

pertence a ( ) e ( )

pertence a ( ) e ( )

pertence a ( ) apenas

b) che cinco números racionais que pertençam ao corte ( * mas

não pertençam a ( ).

e
7 9

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FA-419 _ Prove que: (r) (s) r s.
Na verdade é (r) (s) r s. Provaremos a seguir.
( ) uponhamos s r elo fato de ser denso e iste tal que
s r. Como (r) e (r) (s), então (s); mas isto
significa que s. Absurdo, segundo a lei da tricotomia. Logo r s.
(⇐) e r = s então (r) = (s), e obviamente (r) (s). Agora
supondo r < s, temos que, para todo (r), x < r; donde, por
transitividade, x < s. Assim, todo elemento de (r) também é elemento
de (s), ou seja, (r) (s).

FA-420 _ Sejam e cortes em tais que e iste b b . Prove


que ( e ).
Obviamente, pois existe um elemento b que não pertence a
ambos. Seja ; pela lei da tricotomia: x = b, b < x ou x < b.
Se tivéssemos x = b, então teríamos b , o que não é possível
segundo a hipótese.
Da mesma forma, se tivéssemos b < x, pela própria definição de corte
também teríamos b , o que não é possível.
Assim x < b, e como b , novamente da definição de corte, .
Logo, todo elemento de também é de , ou seja, .

FA-421 _ Seja um corte em rove que também são cortes em :


a) = *r aa +, para todo r .
i Que é imediato. Como é um corte, existe tal que .
Mostremos que r . De fato, se r , então r + x = r + a,
para algum a . Donde cancelando r, x = a. Absurdo pois .
ii Seja , x = r + a, com a . Se y < x, isto é, y < r + a, então
y r < a, o que garante a relação r . Fazendo r=a ,
então = r a , do que segue .

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iii Seja , x = r + a, onde a . Sendo um corte , existe b tal
que b > a. Daí r + b > r + a e, como r b , então de fato é um
corte em

b) = *ra a +, para todo r , r > 0.


Resolução do livro:
i Que é imediato. Como é um corte, existe tal que .
Mostremos que r . De fato, se r , então rx = ra, para algum
a , e portanto (já que r ) x = a. Absurdo pois . ii Seja ,

= ra com a e isto é ra então a o que garante a


r

relação azendo =a então = ra do que segue


r r
. iii Seja , x = ra, onde a . Sendo um corte , existe b
tal que b > a. Daí rb > ra e, como rb , então, de fato, é um corte
em

FA-422 _ Se é um corte em indiquemos por o complementar de


em relação a
a) Se r e = *r aa +, prove que = *r +.
Se , então , ou seja, r a, para todo a . Se para algum
r a , tivéssemos y < r + a, como é um corte (FA-421(a)), pela
própria definição teríamos . Absurdo.
Assim, para todo r a , r + a < y, ou seja, existe b , b > 0, de
maneira que:
=r a b=r (a b) = r
Obviamente ; donde .
Isto prova que = *r +.

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b) Se r , r > 0, e = *ra a +, prove que = *r +.
Podemos representar e r > 0 na forma de frações:
m s
= r= (m n s t ℤ n s t )
n t
Donde:
m m m s s
= == . / =
n n n t t
m s t s m t s mt
= = ( *= =r ( )
n t s t n s t ns
Ou seja, qualquer elemento y de pode ser representado como um
produto rx . Não podemos ter , pois senão teríamos .
Assim .
Isto prova que = *r +.

FA-423 _ Seja um corte em


a) Se a , prove que (a) ( (a) e (a) ).
De fato, a (a), pois, para todo (a), x < a.
Quanto à conclusão, basta levar em consideração o exercício FA-420.

b) Se a ( a a ), prove que (a).


Se , pela lei da tricotomia temos que: x = a, a < x ou x < a.
Não é possível x = a pois a . Da mesma forma, não podemos ter
a < x, pois como é um corte, isto implicaria a .
Logo, x < a, ou seja, (a).
Portanto, como todo elemento de também é elemento de (a),
então (a).

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FA-424 _ Prove que são irracionais os números √ √ e√7.
Resolução do livro:
r
uponhamos que se pudesse ter √ = (r s s )
s
Então r² = 3s². Mas nesta igualdade o expoente de 3 no primeiro
membro é par ( ) e no segundo é ímpar ( ), o que contraria o
teorema fundamental da aritmética (unicidade).
Os demais números se justificam de maneira análoga.

FA-425 _ Seja p > 1 um número primo. Prove que √ p é irracional.


r
uponhamos que se pudesse ter √ p = (r s s )
s
Então r² = ps². Mas nesta igualdade o expoente de p no primeiro
membro é par ( ) e no segundo é ímpar ( ), o que contraria o
teorema fundamental da aritmética (unicidade).

FA-426 _ Prove que a soma de um número racional com um irracional


é irracional.
Sugestão: Por absurdo, suponha que pudesse ser racional.
De fato, se tivéssemos:
m s m s
= . /
n t n t
Teríamos:
s m sn mt
= =
t n nt
Absurdo pois = .

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FA-427 _ Prove que o produto de um número racional não nulo por um
irracional é um número irracional.
De fato, se tivéssemos:
m s m s
= . /
n t n t
Teríamos:
m m m s n s ns
. / =. / = =
n n n t m t mt
Absurdo pois = .

FA-428 _ Exiba dois números irracionais distintos cuja diferença seja


racional.
Como exemplo temos √ e √ pois √ (FA-424) e
1+√ I (FA-426). Donde √ √ = ( ).

FA-429 _ Exiba dois irracionais distintos cujo quociente seja racional.


Como exemplo temos √ e √ , ambos irracionais (FA-427),
tais que:

√ : √ = √ = = ( *
√ √

FA-430 _ Sejam números tais que = . Mostre que se é


irracional, o mesmo acontece com (Neste caso usa-se a notação
= √ ).
Resolução do livro: Se fosse racional, então = = também
seria, o que é absurdo.

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FA-431 _ Sejam e irracionais. Se é racional, prove que é
irracional.
Resolução do livro: Se fosse racional, então ( ) ( )=

também seria pois por hip tese as então =

também teria que ser racional, o que contraria a hipótese.

FA-432 _ Sejam e irracionais. Se é racional, prove que +


é irracional.
Se fosse racional, então ( ) ( )= também
seria pois ( ) uma vez que por hipótese.

as então = também teria que ser racional o que contraria a

hipótese.

FA-433 _ Prove que √ √ é irracional.


Resolução do livro: Seja u = √ √ . Então u √ = √ e
portanto u √ u = . Daí √ u = u , do que resulta
(elevando ao quadrado): u = u u ou u u = .
Logo u é raíz do polinômio f( ) = cujos coeficientes são
inteiros. Mas, de acordo com o exercício 387, as possíveis raízes de f(x)
são (os divisores de ) omo f( ) = f( ) = f( ) não admite
raízes racionais e portanto √ √ .

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FA-434 _ Prove que são irracionais √ √ √ √ e√ √ .
Seja u = √ √ . Então:

u √ =√ (u √ ) = (√ )

u √ u = u = √ u

(u ) = ( √ u) u u = u
u u =
Logo u é raíz do polinômio f( ) = , cujos coeficientes são
inteiros. Mas, de acordo com o exercício FA-387, as possíveis raízes
racionais de f(x) são (os divisores de ) omo f( ) = f( ) =
então f(x) não admite raízes racionais e portanto √ √ .

Agora seja v = √ √ . Então:

v √ =√ (v √ ) = (√ )

v √ v (√ ) v (√ ) = (√ )

v √ v 9v √ = v 9v = √ (v )

(v 9v ) = [ √ (v )]
v v v v v = 7v v 7
v 9v v 7v v =
Logo v é raíz do polinômio: g(x) = 9 7 ,
cujos coefiecientes são inteiros. Mas, devido a FA-387, as possíveis
raízes racionais de g(x) são ou (os divisores de ) omo:
g( ) = ( ) 9( ) ( ) 7( ) ( ) =
g( )=( ) 9( ) ( ) 7( ) ( ) =
g( )=
g( )= 7
Então g(x) não admite raízes racionais e portanto √ √ .

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Por fim, seja s = √ √ . Então:

s √ =√ (s √ ) = (√ )

s √ s (√ ) s (√ ) = (√ )

s √ s s √ = s s = √ ( s )

(s s ) =[ √ ( s )]
s s s s s 9= s s
s s s s s =
Logo s é raíz do polinômio: h(x) = ,
cujos coefiecientes são inteiros. Mas, devido a FA-387, as possíveis
raízes racionais de h(x) são (os divisores de 1). Como:
h( ) = ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) =
h( )=( ) ( ) ( ) ( ) ( ) =
Então h(x) não admite raízes racionais e portanto √ √ .

FA-435 _ Seja p > 1 um número primo. Para todo n , prove que n√ p


é irracional.
Sugestão: Usar a ideia apresentada na resolução do exercício 433.
r
upondo n√ p = (r s ℤ s ) temos que:
s
r n n rn
n
(√ p ) = . / p= n r n = ps n
s s
Porém o expoente de p no primeiro membro da igualdade é da forma
nk (k ℤ ) ao passo que o expoente de p no segundo membro da
igualdade é da forma nk (k ℤ ). Daí:
nk = nk n(k k )=

n=k k = ou n = k k =
Absurdo pois n . Assim, n√ p é irracional.

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FA-436 _ Prove que cos ° é irracional.
Resolução do livro:
Consideremos a identidade cos = cos cos . Se = °,
fazendo cos = u = cos °, então

= cos °= u u

e portanto u u = . Assim, u = cos ° é raíz de


f(x) = 8x³ 6x 1. Mas fazendo 2x = y, então 2u é raíz de
g(y) = y³ omo g( ) = e g( ) = então g não admite
raízes racionais e portanto 2u é irracional. Daí u também é irracional.

FA-437 _ Prove que são irracionais os números cos ° e cos °.


Consideremos a identidade cos = cos cos . No primeiro
caso, fazendo = ° e cos = u = cos °, então:

cos °= = u u

E portando u u = . Assim, u = cos ° é raíz de


f(x) = 8x³ 6x + 1. Mas fazendo 2x = y, então 2u é raíz de
g(y) = y³ 3y + 1, cujos coeficientes são inteiros. Devido a FA-387, as
possíveis raízes racionais de g(y) são (os divisores de 1). Como:
g( ) = ( ) ( ) =
g( )=( ) ( ) =
Então g não admite raízes racionais e portanto 2u é irracional.

onde ( 7) ( u) = u também é irracional

Quanto ao segundo caso, fazendo = ° e cos = v = cos °, então:


cos °= = v v v v=√

( v v) = (√ ) v 9 v v =

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v 9 v v =
Assim, v = cos ° é raíz de g( ) = 9 .
Mas fazendo 2x = y, então 2v é raíz de h( ) = 9 ,
cujos coeficientes são inteiros. Devido a FA-387, as possíveis raízes de
h(y) são ou (os divisores de ) omo:
h( )=( ) ( ) 9( ) =
h( )=( ) ( ) 9( ) =
Então h(y) não admite raízes racionais e portanto 2v é irracional.

onde ( v) = v = cos ° também é irracional ( 7)

FA-438 _ Prove que são irracionais: sen ° e sen °.


Consideremos a identidade: sen = sen sen . No primeiro
caso, fazendo = ° e sen = u = sen °, teremos:


sen °= = u u

u u =√ ( u u ) = (√ )
u 9 u u = u 9 u u =
Ou seja, u = sen ° é raíz de f( ) = 9 .
A argumentação usada para provar que sen ° é irracional é a mesma
que foi usada no exercício FA-437 para provar que cos ° é irracional.

Quanto ao segundo caso, fazendo = ° e sen = v = sen °, então:

sen °= = v v v v =

Ou seja, v = sen ° é raíz de g( ) = . Mas fazendo


2x = então v é ra z de h( ) = , cujos coeficientes são
inteiros. Devido a FA-387, as possíveis raízes racionais de h(y) são
(os divisores de ) omo:
h( ) = ( ) ( ) =

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h( )=( ) ( ) =
Então h não admite ra zes racionais e portanto v é irracional

onde ( v) = v = sen ° também é irracional ( 7)

FA-439 _ Use a identidade cos = cos cos cos


para mostrar que cos ° é irracional.
Fazendo = ° e cos = cos ° = v, então:

cos °= = v v v

v v v =
Ou seja, v = cos ° é raíz de f( ) = .
Mas fazendo 2x = y, então 2v é raíz de g( ) = , cujos
coeficientes são inteiros. Devido a FA-387, as possíveis raízes racionais
de g(y) são (os divisores de ) a:
g( ) = ( ) ( ) ( ) =
g( )=( ) ( ) ( ) =
Assim supondo 2v racional, então 2v = 1. Donde:

v = cos ° = cos °=

Absurdo pois a função cosseno (f( ) = cos ) no intervalo fechado


, 9 °- é decrescente, ou seja:
° ° cos ° cos ° cos ° cos °
Logo a suposição estava errada e portanto 2v é irracional.

onde ( v) = v = cos ° também é irracional ( 7)

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FA-440 _ Se cos é irracional, prove que cos também é irracional.
Resolução do livro: Se cos fosse racional, o mesmo aconteceria com
cos e cos . Como porém cos = cos , caímos num
absurdo.

FA-441 _ Se cos é irracional, prove que sen e tg também são


irracionais.
Supondo sen , então:
sen sen
sen sen
sen sen
Como porém cos = sen , caímos num absurdo.

De acordo com FA-440, se cos , então cos , e portanto


cos .
Supondo tg , k 9 ° (k ), então da seguinte identidade
(válida mas que não iremos demonstrar):

cos =
tg
Teremos: ( tg ) cos = . Porém tg , tg e
cos . Assim, de FA-427, teremos ( tg ) cos = .
Absurdo pois . Logo tg é irracional.

FA-442 _ Prove que se cos é racional, então cos também é racional.


De fato, se cos , então cos cos .
Como cos cos = cos , então cos .

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FA-443 _ Através do uso conveniente de alguns dos exercícios
anteriores, prove que são irracionais os números
cos ° sen ° tg °
cos ° sen ° tg °
cos ° sen ° tg °
De FA-436, temos que cos ° . Como cos ° = cos °, então de
FA-440, teremos cos ° . Ainda, de FA-441, teremos sen ° e
tg ° .
Mais uma vez, cos ° = cos °. De FA-440, teremos cos ° . Ainda,
de FA-441, teremos sen ° e tg ° .
Por fim, cos ° = cos ( )° = cos ( ° ). Então, novamente de
FA-440, cos ° . Ainda, de FA-441, teremos sen ° e
tg ° .

FA-444 _ Prove que:


a) ( ) ( )= ( )
Resolução do livro de a):
Seja z ( ) ( ). Então z = x + y, onde ( )e ( ), o que
equivale a x < 2 e y < 3. Logo z = x + y < 2 + 3 = 5, o que garante a
relação z ( ). Por outro lado, se z ( ), então z < 5 e daí
z = 5 a, para algum a , a > 0.
a a
omo z = a=. / . / e as parcelas desta última soma

pertencem respectivamente a ( ) e ( ), então z ( ) ( ).

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b) ( ) ( ) = ( ) (sem usar o fato de que n (n) define a
imersão de em )
( ) e ( ) .
Seja z ( ) ( ). Então, de acordo com a definição vista no livro,
temos que z (z ) ou z = xy ( ( ) ( ) ).
No primeiro caso: z z z ( ).
No segundo caso:

} =z ( )

Por outro lado, seja z ( ). Se z , então pela própria definição do


livro, z ( ) ( ).
Agora seja 0 < z < 6 e tomemos um elemento q ( ) estritamente
positivo. Sempre é possível encontrar um racional que é solução da
equação z = x.q (a solução é = z q ). Como z > 0 e q , então

Se tivéssemos , teríamos:

} ( q) = z z
q
Absurdo. Assim , ou seja, ( ).
Logo, z = q, onde ( ) eq ( ) q , concluindo que
z ( ) ( ).

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FA-445 _ Se é um corte e r > 0 é um número racional, prove que
= *a r a +.
Para todo a existe a r tal que a < a + r. Como é um corte
(FA-421(a)), então a . Logo (I).
Seja um corte em e consideremos , onde representa o
complementar de em omo a para todo a , então x é uma
cota superior de .
Assim , e é limitado superiormente; donde admite
supremo em
Seja z = sup . Se tivéssemos z , como é um corte, então haveria
um tal que z < y. Absurdo pois z é cota superior de . Logo z .
Se tivéssemos que z , então teríamos z e y < z, para qualquer
. Porém, de acordo com FA-422(a) z = a’ r (a ). Fazendo
y = a + r, para algum a , teremos:
y<z a r a’ r a a’
r a’ a’ r=z
eunindo: a a’ z as isto é um absurdo pois z é a menor das cotas
superiores de .
Portanto, existe um elemento z tal que z ez . Donde (II).
De (I) e (II) concluímos que .

s r
ejam r s tais que r s ostre que =r é

irracional e que r s. Conclua daí que I é denso em
s r
esolução do livro: e fosse racional então √ = também o
r
seria o que é um absurdo or outro lado como √ então
s r s r
da s r e portanto r r s
√ √ √

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FA-447 _ Para quaisquer a b =* +, prove que:

a) a b √a √b
Se a b , então √ a √ b .
Supondo √ b √ a , teremos:

√b √a (√ b ) √a√b b √a√b

√b √a √a√b (√ a ) √a√b a

b √a√b √a√b a b a
Absurdo conforme hipótese. Logo √ a √b.

b) √ a b √a √b

√a √b √a √b a b a √a √b b

Como a √a √b b = (√ a √ b ) , então:

a b (√ a √b)

Obviamente a b e (√ a √b) . Aplicando, portanto, a):

√a b √( √ a √b)

Mas √(√ a √b) =√a √ b . Donde:

√a b √a √b

FA-448 _ Para quaisquer a b , prove que ab a b .


Para todo , . Assim (a b) ; donde:
a ab b a b ab
Como ab = ab , então:
ab a b

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FA-449 _ Prove por indução os seguintes resultados:
a) Para todo a , 0 < a < 1, ( a)n n
a( n ).
Para n = 1 a desigualdade ( a) a é verdadeira pois:
a a a a a
Seja k e admitamos, por hipótese de indução, que:
( a)k k
a ()
Da hipótese 0 < a < 1, temos que:
a a ( a)k k ( a)k a k
a ( )
Somando membro a membro (I) e (II), teremos:
( a)k ( a)k a k
a k
a
Mas observe que:
( a)k ( a)k a = ( a)k ( a) = ( a)k
k k k k
a a= a= a
Logo:
( a)k k
a
E a demonstração por indução está completa.

b) Se a a an (n ) são números reais positivos (ai ,


i= n), então
( a )( a ) ( an ) (a a an )
n = 2: ( a )( a )= a a a a ()
Como ai , então:
a a a a a a a a a a
()
( a )( a ) (a a )
Seja k e admitamos, por hipótese de indução, que:
k

∏( ai ) (a a ak )
i

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Multiplicando cada membro da desigualdade ( ak ) , obtemos:
k

∏( ai ) ( ak ) ( a a ak )( ak )
i
k

∏( ai ) ( a ak ) ak ( a ak )
i
k

∏( ai ) ( a ak ) ak (a ak )
i

Como obviamente ak (a ak ) , então:


( a ak ) ak (a ak ) (a ak )
Donde , por transitividade:
k

∏( ai ) (a ak )
i

E a demonstração por indução está completa.

FA-450 _ Prove que, para todo k e para todo número real a > 1,
existe n de modo que an k.
Se k < a, então obviamente existe tal que k < a¹.
Se k = a, como a > 1, então existe tal que k < a².
Por fim, seja a < k. De a > 1, segue que a = 1 + h, para algum h ,
h> evido ao fato de ser arquimediano e iste n para o qual:
nh > k
O que implica 1 + nh > k. Mas devido à desigualdade de Bernoulli:
an = ( h)n nh
Donde por transitividade:
an k

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FA-451 _ Se a, b, c e d são números reais, prove que:
sup*a c b d+ sup*a b+ sup*c d+
Da propriedade da relação total: a + c b + d ou b + d a + c.
Além disto, levando em consideração FA-417 (que também vale em )
teremos que:
max{a + c, b + d} = sup{a + c, b + d} = a + c ou b + d
Supondo sup{a + c, b + d} = a + c, então:
sup*a b+ a
} sup*a b+ sup*c d+ a c = sup*a c b d+
sup*c d+ c
Analogamente tomando sup{a + c, b + d} = b + d.

FA-452 _ Seja A um subconjunto não vazio de Um elemento k se


diz cota inferior de A se k , para todo . Um subconjunto ,
, se diz limitado inferiormente se admite cotas inferiores em
Se é um subconjunto de limitado inferiormente prove que o
conjunto das cotas inferiores de A tem máximo, ou seja, que existe uma
cota inferior que é maior que todas as outras, diferentes dela mesma
(O máximo das cotas inferiores é chamado ínfimo de A e é indicado por
inf A).
Sugestão: Mostre que =* + é limitado superiormente e
que se s indica o supremo de então s = inf
Seja x uma cota inferior de A. Assim a, para todo a , e daí
x a para todo a esignando por o conjunto
=* a a +
observa-se em virtude de a que é limitado superiormente
Como obviamente , então possui supremo
Mostremos que:
sup( ) = inf
e fato chamando s = sup( ) teremos s a, para todo a e daí
s a, para todo a o que implica que s é cota inferior de
Deve-se mostrar que ela é a maior das cotas inferiores.

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Seja uma cota inferior de A, ou seja, β a, para todo a .
Logo β a, para todo a , e assim – é cota superior de
donde pela definição do supremo, s e então s, isto é,
s é a maior das cotas inferiores de A.
ortanto todo subconjunto não vazio de limitado inferiormente
possui ínfimo.

FA-453 _ Se a b , mostre que


a b a b a b a b
sup*a b+ = e inf*a b+ =

- 7
sup{a, b} = max{a, b} = a ou b.
No primeiro caso, isto é, sup{a, b} = a, temos que:
a b a b a b= a b
Daí:
a b a b a b a b a
= = = a = sup*a b+

No segundo caso, isto é, sup{a, b} = b, teremos:


a b a b
ea b= então a = b. Daí:
a b a b b b b b b
= = = b = sup*a b+

ea b então a b = (a b) a mesma forma:


a b a b a b (a b) b
= = = b = sup*a b+

a b a b
igualdade inf*a b+ = se verifica pela mesma linha de

raciocínio, levando apenas em consideração que inf{a, b} = min{a, b}.

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FA-454
a) Seja um subconjunto não vazio limitado superiormente.
Prove que um certo b é o supremo de H, se e somente se, dado
> 0, , as seguintes condições se verificam: i b , para todo
; ii b , para pelo menos um .
questão não permite provar a condição necess ria (⇐)
Portanto, será provado aqui outro teorema, que caracteriza de uma
outra forma o supremo de um conjunto.
“ e é um subconjunto não vazio e limitado superiormente, então
b é o supremo de H, se e somente se:
i b, para todo
ii Qualquer que seja , , existe pelo menos um tal que
b “

( ) endo b o supremo de então obviamente b, para todo .


Se , então e daí b b. Se para todo tivéssemos
b , então b seria cota superior de H, o que resultaria em um
absurdo pois b b e b é a menor das cotas superiores de H. Logo,
existe pelo menos um tal que b .
(⇐) a condição i, b é cota superior de H. Seja s tal que s’ b
ortanto b s 0. Segundo a condição dada em ii, existe
tal que b (b s ) donde s’ e portanto s’ não é cota superior
de H. Logo, b é cota superior de H e nenhum número real menor que b
é cota superior de H, concluindo que b é o supremo de H.

b) Enuncie e demonstre uma caracterização semelhante para a = inf H,


onde é um subconjunto de limitado inferiormente
Se é um subconjunto não vazio e limitado inferiormente, então
b é o nfimo de H, se e somente se:
i b , para todo
ii Qualquer que seja , , existe pelo menos um tal que
b “

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( ) endo b o nfimo de então obviamente b , para todo .
Se , então b b. Se para todo tivéssemos b ,
então b seria cota inferior de H, o que resultaria em um absurdo
pois b b e b é a maior das cotas inferiores de H. Logo, existe pelo
menos um tal que b .
(⇐) a condição i, b é cota inferior de H. Seja s tal que s’ b
ortanto s b egundo a condição dada em ii, existe
tal que b (s b); donde x s’ e portanto s’ não é cota inferior
de H. Logo, b é cota inferior de H e nenhum número real maior que b é
cota inferior de H, concluindo que b é o ínfimo de H.

FA-455 _ Sejam A e B subconjuntos não vazios, e limitados


inferiormente de efinindo =* +, prove
que:
inf(A + B) = inf A + inf B
Resolução do livro: Se k é uma cota inferior de A e k é cota inferior de
B, é claro que k k é cota inferior de A + B e portanto este último
conjunto é limitado inferiormente.
Como inf A x, , e inf B y, , então inf A + inf B x + y,
e . Logo inf A + inf B é cota inferior de A + B e então
inf A + inf B inf(A + B). Por outro lado, para cada fixado, vale a
relação inf( ) y, ortanto inf( ) inf B ou
inf( ) inf x, para todo ogo inf( ) inf inf A
ou, o que é equivalente inf(A + B) inf A + inf B.

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FA-456 _ ejam e subconjuntos de não vazios e limitados
superiormente. Prove que:
sup(A + B) = sup A + sup B
Se k é uma cota superior de A e k é cota superior de B, é claro que
k k é cota superior de A + B e portanto este último conjunto é
limitado superiormente.
omo sup e sup , então
sup A + sup B x + y, e . Logo sup A + sup B é cota
superior de A + B e então sup A sup sup( ) (I).
or outro lado como sup( ) e , então
sup(A + ) , e portanto, , sup(A + ) é cota
superior de B. Donde sup(A + ) sup o que implica
sup(A + B) sup . Novamente, sup(A + B) sup é cota
superior de A. Donde sup(A + B) sup sup e portanto
sup(A + ) sup sup (II).
De (I) e (II) conclui-se que sup(A + B) = sup A + sup B.

FA-457 _ Sejam A e B conjuntos não vazios de e esses subconjuntos


são limitados superiormente (respect., inferiormente) prove que:
sup(A B) = sup{sup A, sup B}
(respectivamente, inf(A B) = inf{inf A, inf B})
Se , então ou (ou a ambos).
Se , como A é limitado superiormente, então k , onde k é
cota superior de A.
Da mesma forma, se , então k , onde k é cota superior do
conjunto B.
Suponhamos que haja tal que k . Então não é
possível termos , pois se , então k . Logo ,e
portanto k . Donde por transitividade k .

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Estas observações nos permitem concluir que, para todo ,
existem k k tais que k ou k , e que portanto é
limitado superiormente.
De acordo com FA-417 (também v lido em ):
sup{sup A, sup B} = max{sup A, sup B} = sup A ou sup B
Supondo sup{sup A, sup B} = sup A, então sup A sup
Como sup B y, , então por transitividade, sup A y, .
O fato de sup A x, , nos permite concluir que
sup A z, z , ou seja, sup A é cota superior de .
Donde sup sup( ) (I).
Se , então x e portanto sup( ).
Logo, sup(A B) , e portanto sup( ) é cota
superior de A. Donde sup( ) sup (II).
De (I) e (II) conclui-se que:
sup( ) = sup A = sup{sup A, sup B}
Analogamente se tomarmos sup{sup A, sup B} = sup B.
A prova inf(A B) = inf{inf A, inf B} se demonstra usando a mesma
linha de raciocínio.

FA-458 _ Para todo , e para todo c , ponhamos, por


definição, c = *c + sso posto se é limitado ( limitado
superior e inferiormente), prove que:
a) sup (c ) = c sup se c e sup (c ) = c inf se c
Se c = 0, então A = {0} e sup (cA) = 0 = c sup A.
Seja c > 0. Para todo , sup donde c sup c , ou
seja c sup é cota superior de c e portanto c sup sup (c ) (I).
omo sup (c ) c , então c sup (c ) , ou seja,
c sup (cA) é cota superior de A, e portanto c sup (c ) sup
Donde sup (c ) c sup (II).
De (I) e (II) conclui-se que sup (cA) = c sup A.

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Seja c < 0. Para todo inf donde c inf c , ou
seja c sup é cota superior de c e portanto c inf sup (c ) (I).
omo sup (c ) c , então c sup (c ) , , ou seja,
c sup (cA) é cota inferior de A, e portanto c sup (c ) inf
Donde sup (c ) c inf (II).
De (I) e (II) conclui-se que sup (cA) = c inf A.

b) inf (c ) = c inf se c e inf (c ) = c sup se c


A demonstração, salvo algumas modificações, é análoga à que consta
em a).

FA-459 _ Sejam A e B subconjuntos não vazios de limitados


inferiormente (respect., superiormente). Se , prove que
inf A inf (respect sub sup )
Resolução (primeira parte) do livro:
or definição inf ogo inf , ou seja, inf B é
uma cota inferior de ogo inf inf
a mesma forma sup ogo sup , ou seja,
sup é uma cota superior de ogo sup sup

FA-460 _ Seja : um automorfismo (ver exercício 389).


a) Mostre que (a) = a, para todo a .
Sugestão para a): Ver resolução do exercício citado no enunciado.
( )= ( )= ( ) ( ) ( )=
O restante se procede da mesma maneira que o exercício FA-389, dos
itens iv e v.

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b) Mostre que, para quaisquer a b ,a b (a) (b).
Sugestão para b): a b b a = ² para algum ; observar que
( )= ( ) .
a b b=a ( ). Como y > 0, então existe , x > 0, tal
que y = x². Assim: b = a + x².
Como é um automorfismo, então:
( )= ( )= ( ) ( )= ( )
Daí:
( ) (a) (a) ( )
Porém: (a) ( ) = (a ) = (b). Logo:
(a) (b)

c) Se = , prove que, também, ( ) = (Logo, o único


automorfismo de é a aplicação id ntica)
Resolução do livro de c): Vamos supor, por exemplo, ( ) e
tomemos r de maneira que ( ) r . De r segue que
(r) ( ) (devido a b)); mas (r) = r, por a); assim r ( ) r,
o que é absurdo.

FA-461 _ Sejam A e B subconjuntos de com a seguinte propriedade


sup A < inf B. Prove que = .
Se existisse um elemento tal que teríamos:
e
sup
inf
inf sup inf sup
Absurdo pois contraria a hipótese do enunciado. Logo = .

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FA-462 _ Mostre que, para todo inteiro n > 1, vale a relação:
n n
( * ( *
n n

ugestão: Usar a desigualdade de ernoulli para a =


(n )
e expoente do primeiro membro igual a n + 1.
Primeiramente, observe que:
(n ) n(n ) (n ) n
= = = =
(n ) (n ) (n ) (n ) (n )
(n ) (n ) (n ) n
= * + =* + [ ] =
(n ) n (n ) (n ) n n

=( *( *
n n
Observemos ainda que:
n n (n )

(n ) (n )

om isto aplicando a desigualdade de ernoulli para a = :


(n )
n
n
[ ]
(n ) (n )
n n
n
( * ( *
n n (n )
n n
n
( * ( * ( *
n n (n )

ultiplicando ( * a ambos os lados da desigualdade:


n
n n
n
( * ( * ( *( *()
n n n (n )

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Como:
n (n ) (n ) n
( *( *=* +* +=
n (n ) (n ) (n )
,(n ) -,(n ) n-
= =
(n )
(n ) n(n ) (n ) n (n ) n
= = =
(n ) (n )
(n ) n n
= =
(n ) (n ) (n )
Então:
n
( *( *
n (n )
n
ultiplicando ambos os lados da desigualdade por ( * :
n
n n
n
( * ( *( * ( * ( )
n n (n ) n
De (I) e (II) conclui-se, por transitividade:
n n
( * ( *
n n

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FA-463 _ Construir geometricamente, com régua e compasso, os pontos
de abcissas √ √ √ e √ √ .

Para a construção de √ marcamos sobre r o ponto A, de medida 3,


além do ponto C, de medida 4. Traçamos a semicircunferência da qual
o segmento de extremidades na origem O e no ponto C é diâmetro.
Pelo ponto A levantamos o segmento perpendicular à r, até alcançar a
semicircunferência no ponto B, formando assim o triângulo ∆
“ odo triângulo inscrito numa semicircunfer ncia é retângulo”
(propriedade que não iremos demonstrar). Neste caso, ̂ =9 ° e
a hipotenusa do triângulo é o diâmetro da semicircunferência.
lém disso “em um triângulo retângulo o quadrado da altura sobre a
hipotenusa é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a
hipotenusa” (também não iremos demonstrar) ogo se a altura AB
mede x, e os catetos projetados AO e AC medem, respectivamente,
3 e 1, então:
= =√
O ponto P tal que ̅̅̅̅ = é o ponto procurado.
Analogamente, podemos encontrar os pontos de abcissas √ e √ .
Com isto, fica simples identificar em r os pontos √ √ e
√ √ .

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FA-464
a) Se a abcissa de um ponto é dada por cos , construa
geometricamente o ponto de abcissa sen .

Constrói-se, primeiramente, uma reta perpendicular à r, passando pelo


ponto de origem O, e depois a circunferência , cujo centro é O e raio
de medida igual a 1.
Seja B um ponto da reta r tal que ̅̅̅̅ = cos ; levantando o
segmento BP, perpendicular a r, onde P é o ponto de intersecção do
segmento com a circunferência, é possível portanto, contruir o
triângulo retângulo ∆
Se ̅̅̅̅ = , então:

cos = =√ cos

Mas √ cos = sen . Donde = sen .


O ponto C tal que e ̅̅̅̅ = é o ponto procurado.
OBS: Para o caso cos , basta encontrar na reta r o ponto B tal que
̅̅̅̅ = cos (simétrico), aplicar o raciocínio anterior a fim de
encontrar sen , e depois projetar o ponto C, à esquerda de O, tal que
̅̅̅̅ = sen .

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b) E dado o ponto de abcissa sen , construa o ponto de abcissa cos .

Constrói-se, primeiramente, uma reta perpendicular à r, passando pelo


ponto de origem O, e depois a circunferência , cujo centro é O e raio
de medida igual a 1.
Seja B um ponto da reta r tal que ̅̅̅̅ = sen ; podemos encontrar
um ponto D na reta perpendicular à r tal que ̅̅̅̅ = ̅̅̅̅. Traçando,
então, um segmento DP, paralelo à r, onde P é o ponto de intersecção
do segmento com a circunferência, é possível portanto construir o
triângulo retângulo ∆
Se ̅̅̅̅ = , então:

sen = =√ sen

Mas √ sen = cos . Donde = cos .


O ponto C tal que e ̅̅̅̅ = é o ponto procurado.
OBS: Para o caso sen , basta encontrar na reta r o ponto B tal que
̅̅̅̅ = sen (simétrico), aplicar o raciocínio anterior a fim de
encontrar cos , e depois projetar o ponto C, à esquerda de O, tal que
̅̅̅̅ = cos .

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FA-465 _ Dados a b , a < b, o intervalo de extremos a e b, fechado
em ambos os e tremos é o seguinte subconjunto de :
,a b- = * a b+
De maneira óbvia se definem ,a b,= * a b+, ]a, b] e ]a, b[.
Na figura destacamos os intervalos - - , , e - 9,

Mostrar que ]0, 1[ tem a mesma cardinalidade de [0, 1] (Dois conjuntos


não vazios têm a mesma cardinalidade se é poss vel definir f:
f bijetora).

esolução do livro: bservemos que , -= { } e que

- ,= { } onde =, - { }

( u =- , { }) função f , - - , definida por

{ }

(identidade)

{ }

ou seja, a função dada por

se =
f( ) =
se =
n n
{ se
é bijetora (justifique). Logo, efetivamente, [0, 1] e ]0, 1[ têm mesma
cardinalidade.

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FA-466 _ Mostre que [0, 1[ e ]0, 1] têm mesma cardinalidade que [0, 1].
Observe que:

, - = (, - { }* { }

, , = (, - { }* { }

evemos provar que a função f: , - , , definida por

se = (n )
f( ) = { n n
se (, - { }*

é bijetora. Primeiro provaremos que é injetora.


Sejam k k , - k k . Examinemos os três casos:

) k k { }

azendo k = ek = (m m m m ) Então:
m m

m m m m = f(k ) f(k ) =
m m

) k k { }

Como k k , então obviamente f(k ) = k k = f(k ).

) k { } e k { } (ou vice versa)

e k = (m ) então f(k ) = { } e
m m

f(k ) = k { } onde f(k ) f(k )

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Precisamos agora provar que a função f também é sobrejetora.
e fato seja , ,

e { } então = (n n )
n

ortanto e iste , - tal que = (n = n ) e:


n

f( ) = =
n

e { } como , , , - então obviamente e iste

, - tal que = e f( ) = .

Logo a função f é bijetora e, efetivamente, [0, 1[ e [0, 1] têm mesma


cardinalidade.

Quanto ao conjunto ]0, 1], temos que:

- - = (, - { }* { }

função g: , - - - dada por

se =

g( ) = se = (n n )
n n

{
se (, - { }*

também é bijetora (Não iremos demonstrar, mas segue os mesmos


moldes da demonstração anterior).

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FA-467 _ Para quaisquer a b , a < b, prove que os intervalos [a, b],
[a, b[, ]a, b] e [a, b] têm mesma cardinalidade que [0, 1].
Sugestão: Mostre que, por exemplo, [a, b] e [0, 1] têm mesma
cardinalidade, provando que f( ) = a (b a) define uma função
bijetora de [0, 1] em [a, b]. Analogamente, [0, 1[ tem mesma
cardinalidade que [a, b[, etc. Usar os dois exercícios anteriores.
Nota: Pelo exercício anterior, todo intervalo [a, b], não importa quão
grande seja sua amplitude, tem a mesma cardinalidade de [0, 1]. Isso
significa intuitivamente que ,a b- e , - t m a “mesma quantidade”
de pontos, a b , a < b. Por exemplo, a cardinalidade de
[ , ] é a mesma que a de [0, 1].
Se , - e a < b, então:
b a (b a) (b a)
a a (b a) b
sto mostra que a função f: , - ,a b- tal que f( ) = a (b a)
está bem definida. Mostremos que esta função é bijetora.
Para quaisquer , -, se f( ) = f( ), então:
f( ) = f( ) a (b a) =a (b a)
(b a) = (b a) =
Portanto a função é injetora. (I)

Agora, para todo ,a b-, temos que:


a
a b a b a
b a
a
azendo = então e iste , - tal que:
b a
a
= a = (b a) =a (b a) = f( )
b a
Ou seja, a função f também é sobrejetora. (II)
De (I) e (II) conclui-se que a função é bijetora, e portanto [a, b] e [0, 1]
possuem a mesma cardinalidade, para quaisquer a b , a < b.

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De maneira análoga demonstra-se que [a, b[ possui a mesma
cardinalidade [0, 1[, ]a, b] a mesma de ]0, 1], e ]a, b[ a mesma de ]0, 1[.
Para finalizar o exercício basta levar em consideração FA-465-466.

ostre que f( ) = define uma função de

em - , e que esta função é bijetora. Que conclusão se pode tirar,


a esta altura em termos de cardinalidade para os intervalos em

Para todo a :
a a a a a a
a
( )( a) a a
a

ortanto a função f: - , tal que f( ) = est bem

definida. Provemos que esta função é bijetora.


Para quaisquer , se f(x) = f(y), então:

= | |=| | =

( )= ( ) = =
Substituindo na primeira igualdade:

= = =

Portanto a função f é injetora. (I)

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Seja - ,.
Se 0 < y < 1, então:

azendo = então e iste tal que:

= = =

= ( )= = = f( )

e então:

azendo = então e iste tal que:

= = =

= ( )= = = f( )

Portanto a função f também é sobrejetora. (II)

De (I) e (II) segue que a função f é bijetora.

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Além deste fato, levando em consideração FA-465-466-467,
a conclusão a que chegamos é que qualquer intervalo em R, seja aberto
ou fechado, possui a mesma cardinalidade que

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FA-469 _ Mostre que:
n
a) lim =
n
omo é arquimediano, dado , existe (r ) de modo que:
(r ) =r
Portanto:

r
Como porém:

r n r n
n r
Então, para todo n r:
n
| |=| |=
n n n r
n
onde: lim =
n

b) lim =
√n
fato de ser arquimediano nos permite sempre considerar que
dado er , existe de maneira que:

√r =√r
E portanto:

√r
Como porém:
7(a)
r n √r √n
√n √r
Então, para todo n r:
def
| |=| |= lim =
√n √n √n √r √n

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n n
c) lim ( n n
)=

Observe que, para todo n :


n n n n n n n ( n n) n

n n
= n n
= n n
= n n
=

( n n) n n
= n n n n
= n n
=
n
= n = n
n.
n/ . /

Isto significa que a sequência pode ser reescrita da forma acima.


Mostremos então que que o limite desta sequência é 3.

omo então dado de acordo com e iste r

tal que:
r
( *

E portanto:
r
( * r
. /

É fácil provar por indução que se q , q > 1, e m , então:


qm qm
Assim, para todo n r (n r ):
r n r n
( * ( * ( * ( * n r
. / . /

ogo para todo n r:

| n |=| n| = n r
. / . / . / . /

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n
d) lim ( *=
n n n
Observe que, para todo n :
n (n )
= =
n n n n
(n )n
(n )n n n
= = = = =
n n n n n n
Isto significa que a sequência pode ser reescrita da forma acima.

ostremos que o limite desta sequ ncia é

De fato, dado devido ao fato de ser arquimediano e iste r


de maneira que:
r =r
E portanto:

r
r
Como porém:

r n r n
n r
Então, para todo n r:

| |=| |=
n n n r

n
onde: lim ( *=
n n n

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FA-470 _ Dada uma sequência (an ) em se *r r r + e
r < r < r < , então (b b b ) = (ar ar ar ) chama-se
subsequência de (an ).
a) Se an a, prove que toda subsequência de (an ) também converge
para a.
De fato, se an a, então dado , existe um índice r tal que, para
todo n r:
an a
e tivermos n r então r n r <r <r < , e portanto, para
todo ri r (i ):
|ari a|

Pois ari (an ). Donde lim (ar ar ar ) = a.

De qualquer forma, se tivermos r n o fato de não possuir


máximo, além de r < r < r < , nos garante que existe um índice
rj *r r r + (j ) tal que n rj . Portanto, para todo rj n r:

|arj a|

Já que arj (an ) e arj (ar ar ar ).

Donde lim (ar ar ar ) = a.

b) Dê exemplos de sequências que admitem subsequências


convergentes mas que elas próprias não convergem.
Como exemplo temos a sequência divergente (an ) = ( ),
mostrado no livro, onde (a n ) = ( ) é constante e
obviamente converge para 2.

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c) Seja (an ) uma sequ ncia em e as subsequ ncias (a a a )e
(a a a ) convergem para a, mostre que lim an = a.
Resolução do livro de c): Dado , existem por hipótese índices r
(ímpar) e r (par) de maneira que an a para todo índice ímpar
n r e para todo ndice par n r .
Se r = ma *r r +, então an a para todo n r o que conclui a
justificativa.

FA-471 _ Seja (an ) uma sequ ncia em e as subsequ ncias (a n ),


(a n ) e (a n ) convergem para a, b e c, prove que a = b = c e que
(an ) converge também para esse valor comum.
(a n ) é uma subsequência de (a n ) e (a n ), simultaneamente.
Então, de acordo com FA-470(a), a sequência (a n ) converge tanto
para b quanto para c. Devido à unicidade do limite, b = c.
Da mesma forma (a n ) é uma subsequência de (a n ) e (a n ), e
portanto (a n ) converge tanto para a quanto para c, ou seja, a = c.
Se lim (a n ) = (a n ) = a, então usando argumentação análoga a que
consta em FA-470(c), teremos lim (an ) = a.

FA-472 _ Se lim an = a, prove que lim an = a .


Primeiro provaremos que, para quaisquer a b :
|a b| a b
Se a = b, obviamente a desigualdade acima se verifica. Sejam a e b
distintos. Conforme já visto no livro:
a b a b
Similarmente:
b a b a
Usando o fato de que a b = b a e que b a = (a b ),
teremos:

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a b a b
(a b) a b
Mas, para todo t se c te c t então c t onde:
|a b| a b

Voltemos agora à questão. Se lim an = a, então dado , existe um


ndice r tal que para todo n r:
an a
Levando em consideração a proposição anterior:
| an a| an a | an a|
omo esta desigualdade se verifica para todo n r podemos concluir
portanto que lim an = a .

FA-473 _ Prove que: lim an = a lim an a = .


( ) e lim an = a, então dado , existe um índice r tal que, para
todo n r:
an a
Mas conforme proposição inicial demonstrada em FA-472:
| an a | = | an a | (an a) = an a
Donde, por transitividade:
| an a |
omo a desigualdade acima se verifica para todo n r então:
lim an a =

(⇐) e lim an a = , então dado , existe um índice r tal que,


para todo n r:
def
| an a | = | an a | = an a lim an a =

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FA-474 _ Considere a sequência de números racionais definida por
recorrência da seguinte maneira:

a = e an = (an * (n )
an
Mostrar que (an ) é decrescente (estritamente, ou seja, a a a
) e que an para todo n
Resolução do livro:

omo an pois cada an é racional e como


an

an = (an * = (an *
an an
então an para todo n a
an
an = (an * (an ) = an
an an
para todo n ogo a a a e (an ) é estritamente
decrescente. Vamos supor

an = (an *
an
Então an an , o que é impossível pois ∆ .

FA-475 _ Seja (an ) uma sequência decrescente e limitada. Mostre que


= *an n + é limitado inferiormente e que se a = inf A, então (an )
converge para a.
Sugestão: Exercício 452 e proposição 6.
Se (an ) é limitado, então, para um conveniente k , k > 0, vale
|an | < k para todo n onde k an .
Para todo b , vale a seguinte relação: b b b . Portanto, é
seguro afirmar que para todo n :
k an an k an

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Logo, o conjunto = *an n + é limitado inferiormente. De acordo
com FA-452, o conjunto A admite ínfimo.
Se inf A = a, provemos que a sequência (an ) converge para a.
Dado , como a a , então existe um índice r tal que
a < ar < a + . De fato, se tivéssemos a an para todo n
então a seria seria uma cota inferior de *an n + maior que a,
o que não é possível.
Mas então:
a a ar ar a
Ou seja:
a an a n r
Mas isso implica (conforme já visto no livro):
an a n r
Donde lim (an ) = a.

FA-476
i Classifique em crescente ou decrescente (se for o caso) cada uma das
seguintes sequências:
n
a) ( *
n
Se an representa o enésimo termo da sequência, então:
(n ) n
an = =
(n ) n 9
Calculando a diferença an an :
n n ( n )( n ) ( n )( n 9)
= =
n 9 n ( n 9)( n )
( n n ) ( n n 9) 9
= =
( n 9)( n ) ( n 9)( n )

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9
omo n então obviamente
( n 9)( n )
Assim, para todo n :
an an an an
n
ogo a sequ ncia ( * é crescente
n

n
b) ( n
*

Se bn representa o enésimo termo da sequência, então:


(n ) n
bn = (n )
= n

Calculando a diferença bn bn :
n n n ( n) n( n )
n n
= n n)
=
( )(
( n n ) ( n n ) n n
= n n)
= n n)
=
( )( ( )(
( n n )
= n n)
( )(
O numerador é negativo pois n n
, ao passo que o
denominador é positivo. Donde:
( n n )
( n )( n)

ssim para todo n :


bn bn bn an
n
ogo a sequ ncia ( n
* é decrescente

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c) (n ( )n n)
A sequência não é crescente nem decrescente pois, se cn representa o
enésimo termo da sequência, então c n = c n . De fato:
c n = ( n) ( ) n ( n) = n n
n
c n =( n ) ( ) ( n )= n n ( n )=
= n n

d) (sen (n ))
Esta sequência é constante pois:
sen = sen = = sen n =
Logo, não é crescente nem decrescente.

n
e) . n
/

Se en representa o enésimo termo da sequência, então:


(n )
en = n

Calculando a diferença en en :
n (n ) n n n n
(n ) n n n n
n n
= n n
= n n
=
n n n
n ( n) n n
= n n
= n n
= n n
= n n

ssim para todo n :


en en en en
n
ogo a sequ ncia . n
/ é decrescente

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n
f) ( *
n
Se fn representa o enésimo termo da sequência, então:
(n ) n
fn = =
(n ) n
Calculando a diferença fn fn :
n n (n ) (n )(n )
= =
n n (n )(n )
(n n ) (n n )
= =
(n )(n ) (n )(n )
ssim para todo n :
fn fn fn fn
n
ogo a sequ ncia ( * é crescente
n

ii Das sequências crescentes ou decrescentes, quais as que são


limitadas?
Das sequências crescentes e decrescentes, todas são limitadas,
pois todos os elementos destas sequências são positivos e além disso
existe tal que para todo n :
n n
n n =| |
n n
n n
n n
n
=| n
|

n
n n
n n
=| n
|

n n
n n =| |
n n

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iii Determine o limite destas últimas.
n
) lim ( *
n

n.
lim (
n
* = lim ( n/ ) = lim ( n)
n n.
n/ n
Usando argumentação análoga às que constam em FA-469, pode-se
provar que:

lim ( *= e lim ( )=
n
n
Donde:

lim *( *( )+ = lim ( n ) = lim ( n *= =


n n
n n

n
) lim ( n
*
n n
n
n . n/ . /
lim ( n
* = lim ( ) = lim ( n ,
n. /
n . /

Usando argumentação análoga às que constam em FA-469, pode-se


provar que:

n
lim ( ( * ) = e lim ( n ,=
. /

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Donde:
n
n . / n
lim [ ( * ( n ,] = lim ( n , = lim ( n
*=
. / . /

n
) lim . n
/

n
lim . n
/ = lim (n n
*

omo lim ( n
*= então:

n
lim (n n
* = lim . n
/=n =

n
) lim ( *
n
n (n )
lim ( * = lim ( )=
n n
n
= lim ( * = lim ( *
n n n

omo lim ( ) = e lim ( *= então:


n
n
lim ( * = lim ( *= =
n n

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FA-477 _ ostre que a sequ ncia do e erc cio 7 converge em e que
seu limite é √ .
Sugestão: Exemplo 16 e proposição 5.
Provaremos antes uma proposição, pois nos será útil para a resolução
do exercício.

e lim (bn ) = ( ) então lim ( * =


bn
Dado bn , como bn , então existe um índice r tal que para
todo n r:
bn bn
O que implica:
bn
bn
Porém:
bn bn bn
=| |=| |=| |=| |
bn bn bn bn bn bn
Portanto, dado , existe um ndice r tal que para todo n r:

| |
bn

onde lim ( * =
bn

Voltando agora à questão:


Se (an ) denota a sequência do exercício FA-474, o fato de ela ser
decrescente e também limitada pois an n , nos garante,
segundo FA- 7 que esta sequ ncia converge em
Fazendo a = inf *an n +, então, ainda de acordo com FA-475:
lim (an ) = a
De acordo com a proposição mostrada no exemplo 15 do livro,
se (an ) = (a a a ), então lim (an ) = lim (an ) = a, ou seja:

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an
lim ( (an *) = lim ( *=a
an an
Daí, de acordo com a proposição 5 do livro:
an a
lim (an ) = a lim . /=

Conforme visto em FA-474, 1 é cota inferior de *an n +.


Como a representa o nfimo deste conjunto então a ssim
segundo o que foi visto inicialmente:

lim (an ) = a lim ( * =


an a
Donde se conclui:
an a an a
lim . /= lim ( *= lim ( *=a=
an a an a
Resolvendo esta última igualdade:
a a
a= a= a =a a = a=√
a a

Logo: lim (an ) = √ .

FA-478
a) Sejam (an ) e (bn ) sequências de números reais convergentes
respectivamente para a eb . Se an bn , a partir de um certo
ndice mostre que a b
Na verdade, só teremos sempre a b se tivermos an bn para todo
n . Veremos adiante.
Provaremos antes o seguinte:
“ ara quaisquer a b , se b a , para todo então b a”
e fato se tivéssemos a b ter amos b a azendo portanto
=b a ter amos de acordo com a hip tese:

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b a b a (b a) b b
bsurdo onde b a

oltando ao e erc cio como an a e bn b então dado

existem índices r e r tais que:

a an a n r

b bn b n r

Seja r = ma *r r + e r o índice a partir do qual temos an bn .


Se tivermos r r, teremos portanto:

b bn an a

omando a cada desigualdade ficaremos com:

b bn an a b a

que implica segundo visto inicialmente que a b


Agora se tivermos r r , poderemos ter alguns índices r ri r tais
que:

a ai bi b

a ai bi b a b a b

ortanto a desigualdade a b s permanecer sempre desta forma se


tivermos an bn para todo n .

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b) Sejam (an ) (bn ) e (cn ) sequ ncias em tais que a partir de algum
índice, an bn cn . Se lim an = lim cn = a , prove que (bn )
também converge para a.
Resolução do livro de b):
Seja r o índice a partir do qual an bn cn . Assim, para todo n r ,
an bn cn e portanto a an a bn a cn .
Por hipótese existe r tal que a an n r , e existe r tal que
a cn n r . Seja r = ma *r r r + ara todo n r h duas
possibilidades: i a bn , o que implica a an e então a
bn a an . ii a bn , do que segue bn a e então
bn a cn a .
Portanto bn a n r, o que implica a = lim bn .

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79 onsidere a série infinita ∑
n(n )
n
n
a) e sn é a enésima reduzida da série dada mostre que sn =
n

ugestão para a): =


n(n ) n n
De fato, se sn é a enésima reduzida da série dada, então:
n
sn = = (n )
n(n ) n

b) Mostre que a soma dessa série é igual a 1.


De fato, segundo FA-469(a), lim (sn ) = . Portanto:

∑ =
n(n )
n

e uma série ∑ an converge prove que lim an =


n

Resolução do livro: Indiquemos por sn (n = ) as reduzidas e


por s a soma da série dada. Então lim sn = s e portanto, dado ,

e iste um ndice r tal que s sn n r ssim para todo n r:

an = sn sn = s sn sn s s sn sn s
Logo: lim an = lim an = .

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FA-481

a) ada a série ∑ an se lim an prove que ∑ an é


n n

divergente ( não é convergente)


De fato, se a série dada fosse convergente, de acordo com FA-480,
teríamos que ter lim an = , o que contradiz a hipótese.

b) Mostre que são divergentes:

n
i) ∑
n
n

n n
( )=( )=( *
n n n n

omo lim = e lim = então:


n

lim ( *= =
n
n
ortanto devido a a) a série ∑ é divergente
n
n

ii) ∑( )n
n

(( )n )=( )
A sequência (sn ) = ( ) de suas reduzidas não converge para
nenhum a .

ara justificar esta última afirmação tomemos =

Admitindo que (sn ) a, então:

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a a = a a

a a = ( a) = a a

Em resumo: a as isto implica que:

a = a = a =a =

O que não é possível.

ogo por definição a série ∑( )n é divergente


n

n
iii) ∑
n
n

n
omo lim = ( 7 (iii)) então a série dada é divergente
n

FA-482 _ Seja c um número real:

a) e ∑ an é convergente prove que ∑ can também é convergente


n n

e que se a soma de ∑ an é s a de ∑ can é cs


n n

De fato, segundo a hipótese, lim (sn ) = s, onde (sn ) representa a


sequência formada pelas somas parciais de (an ). Donde:
lim (sn ) = s c lim (csn ) = cs
Como (csn ) é a sequência formada pelas somas parciais de (can ) pois:
sn = a a an
csn = c(a a an ) = ca ca can

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Então a série ∑ can também é convergente
n

b) e ∑ an é divergente mostre que ∑ can também é divergente


n n

uponhamos que a série ∑ can seja convergente Neste caso se (sn )


n

representa a sequência formada pelas somas parciais de (can ), então:


lim (sn ) = s (s )
Porém:
sn = ca ca can = c(a a an )
sn
=a a an
c
sn
u seja (s n ) = . / onde (s n ) é a sequ ncia formada pelas somas
c
parciais de (an ). Daí:
sn s s
lim (sn ) = s lim . / = lim (s n ) = . /
c c c c

e onde de conclui que a série ∑ an é convergente bsurdo


n

ogo ∑ can é divergente


n

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c) ostre que ∑ é divergente
n
n

omo demosntrado no livro a série harmônica ∑ é divergente


n
n

ssim segundo b) tendo conclui se que ∑ é divergente


n
n

a a a
e s= (a a ar ai 9)

mostre que:
r
ar ar ar
s=a a ar

Resolução do livro:
a ar ar an
s = lim . r r n
/ por hip tese
n

Logo (usando a proposição 5):


r r r
ar ar n
s = lim . a a ar n
/ =
n
ar ar ar n
= lim .a a ar n
/ =
n
ar ar ar n
=a a ar lim . n
/ =
n
ar ar ar n
=a a ar n

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a a a
e s= (a a ai 9)

mostre que:
a a a
r
s= r r r

Por hipótese:
a a an
s = lim . n
/
n

Logo, usando a proposição 5 do livro:


a a an
r
s = lim . r r r n
/=
n
a a an
= r r r n

eja ∑ bn uma série de termos positivos que sabemos ser


n

divergente. Se (an ) é uma sequ ncia em tal que an bn , para todo

ndice n prove que ∑ an também é divergente


n

Resolução do livro:

e ∑ an fosse convergente pela proposição a série ∑ bn também


n n

teria que ser.

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ostre que ∑ é divergente
n
√n

Sugestão: Use o exercício anterior, comparando o termo genérico da


série dada com a série harmônica.
Primeiramente, provaremos por indução que, para todo n :
n √n
Para n = 1, a desigualdade se verifica imediatamente. Seja k e
admitamos, por hipótese de indução, que k √ k Daí:

k √k k √ √k √
Como √ = e √ k √ √k (FA-447(b)), então, por
transitividade:

k √k
O que encerra a demonstração.
Com isto, temos que:

n √n
√n n

ogo ( * é uma sequ ncia tal que para todo n :


√n √n n

fato da série harmônica ∑ ser divergente nos permite concluir


n
n

com base em que ∑ também é divergente


n
√n

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7 ostre que a série ∑ n
é convergente
n

Sugestão: Use a proposição 8 para comparar o termo genérico da série

dada com o termo genérico de n

Para todo n :

n n
n n n n

as ∑ n
= ( * ( * é uma série geométrica de
n

razão q = e acordo com a proposição 7 do livro esta série

converge em e cuja soma é:

s= =

proposição do livro garante que a série ∑ n


converge em
n

FA-488 _ Deixa cair uma bola da altura de 4 m. Cada vez que a bola

atinge o solo ap s cair da altura h m volta uma distância de hm

Determine a distância total percorrida pela bola.


A soma das distâncias, contando ida e volta, fica da seguinte forma:

( * ( * =

= ( * = ( * =

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n
=( ) ∑ ( *
n
n
as ∑ ( * é uma série geométrica de razão q =
n

e acordo com a proposição 7 do livro esta série converge em e cuja


soma é:

s= = = =

Portanto, a distância total percorrida pela bola, em metros, é:


n
( ) ∑ ( * =( )= = m
n

9 e ∑ an e ∑ bn são séries convergentes de soma s e t


n n

respectivamente mostre que ∑(an bn ) também converge e sua


n

soma é s t.
Resolução do livro:
n n n

∑(an bn ) = lim (∑(aj bj )) = lim (∑ aj ∑ bj ) =


n n
n j j j

n n

= lim ∑ aj lim ∑ bj = s t
n n
j j

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9 e ∑ an é convergente e ∑ bn é divergente mostre que
n n

∑(an bn ) é divergente
n

e fato se ∑(an bn ) fosse convergente então ter amos:


n

∑(an bn ) = s ∑ an = t (s t )
n n

9
∑,(an bn ) a n - = ∑ bn = s t (s t )
n n

bsurdo conforme hip tese

a mesma forma se supuséssemos ∑(an bn ) convergente:


n

∑(an bn ) = s ∑ an = t (s t )
n n

9
∑,(an bn ) a n - = ∑ bn = s t (s t )
n n

(a)
∑ bn = t s (t s )
n

Igualmente absurdo.

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FA-491 _ Determine a representação decimal dos números √ √ 7 e
√ , até a terceira casa após a vírgula, usando o procedimento do
teorema 2.
Observemos primeiro que [ √ ] = , pois:
7(a)
9 √ = √ =√9
Procuremos agora na sequência
9

ou seja, em
2 ; 2,1 ; 2,2 ; ; 2,9
o maior número que não supera √ . Como ( ) = e
(2,3)² = 5,29, então esse número é 2,2.
Agora na sequência
9

ou seja em,
2,2 ; 2,21 ; 2,22 ; ; 2,29
procuremos o maior número que não supera √ . Como (2,23)² =
4,9729 e (2,24)² = 5,0176, então esse número é 2,23.
Agora, por fim, vejamos em
9

ou em
2,23 ; 2,231 ; 2,232 ; ; 2,239
o maior número que não supera √ . Observando que (2,236)² =
4,999696 e (2,237)² = 5,004169, então a resposta é:

√ =

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Quanto aos números √ 7 e √ , temos que:

7 9 √7 [√7 ]=
(2,6)² = 6,76 ; (2,7)² = 7,29
(2,64)² = 6,9696 ; (2,65)² = 7,0225
(2,645)² = 6,996025 ; (2,646)² = 7,001316

√7 =

√ = √ √ = [√ ]=
(1,2)³ = 1,728 ; (1,3)³ = 2,197
(1,25)³ = 1,953125 ; (1,26)³ = 2,000376
(1,259)³ = 1,995616979
√ = 9

FA-492 _ Determine geometricamente a representação binária dos


números √ √ 7 e √ , até a terceira casa após a vírgula.
Conforme visto em FA-491, √ = . Assim:

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Como =( ) , então:

√ = = (( ) )

Quanto aos restantes, temos que:

√7 =

√7 = = (( ) )

√ = 9

√ = =( )

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FA-493 _ Ache as geratrizes das seguintes dízimas periódicas:
a)
Fazendo = , teremos que:
=
} =
=

( ) = = = =
9

b)
Fazendo = = , onde = , teremos que:
=
} =
=

( ) = = =
99
Donde:

= = =
99 99

c) ̅7̅̅̅

Fazendo = ̅7̅̅̅ = , onde = ̅7̅̅̅ , teremos que:

= 7 7 ̅̅̅̅
} = 7
= 7̅̅̅̅
7 7
( ) = 7 = =
99
Donde:
7
= = =
99 99

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d) ̅̅̅̅

Fazendo = ̅̅̅̅ = , onde = ̅̅̅̅ , teremos que:

= ̅̅̅̅
} =
= ̅̅̅̅

( ) = = =
9
Donde:
9
= = =
9 9

e)
Fazendo = = , onde = ,
teremos que:
=
} =
=

( ) = = =
99
Donde:

= = =
99 99

f) ̅̅̅̅̅
7
Fazendo = ̅̅̅̅̅
7 , teremos que:
= 7 ̅̅̅̅̅
7
} = 7
= ̅̅̅̅̅
7
7 7
( ) = 7 = =
999

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FA-494 _ Determine o número de algarismos do período da
representação decimal das frações ordinárias irredutíveis cujos
denomidadores são:
a) 11
Como:
(mod )
² ( )² (mod )
s
Então de acordo com a proposição 9 do livro as frações em que

s > 0 e mdc(s, 11) = 1 são representadas por dízimas periódicas sem


anteperíodo (pois mdc(11, 10) = 1) e com 2 algarismos no período.

b) 13
Como:
(mod )
² ( )² 9 (mod )
³ 9 9 (mod )

( ) (mod )
s
Então de acordo com a proposição 9 do livro as frações em que

s > 0 e mdc(s, 13) = 1 são representadas por dízimas periódicas sem


anteperíodo (pois mdc(13, 10) = 1) e com 6 algarismos no período.

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c) 17
Primeiramente, mdc(10, 17) = 1. Se h é a ordem de 10, módulo 17,
então h divide ( 7) = = , ou seja, h = 1, 2, 4, 8 ou 16. Porém:
(mod 7)
(mod 7) (mod 7)
(mod 7) (mod 7)
(mod 7) (mod 7)
Assim, 16 é a ordem de 10, módulo 17.
s
Então de acordo com a proposição 9 do livro as frações em que
7
s > 0 e mdc(s, 17) = 1 são representadas por dízimas periódicas sem
anteperíodo (pois mdc(17, 10) = 1) e com 16 algarismos no período.

d) 21
Como:
(mod )
² (mod )
³ (mod )
(mod )
9 (mod )
9 9 (mod )
s
Então de acordo com a proposição 9 do livro as frações em que

s > 0 e mdc(s, 21) = 1 são representadas por dízimas periódicas sem


anteperíodo (pois mdc(21, 10) = 1) e com 6 algarismos no período.

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FA-495 _ Determine o comprimento do anteperíodo e o do período da

representação decimal de nos seguintes casos:


n
a) n = 3 . 5²
n= = . Como a fração é irredutível e mdc(3, 10) = 1,
então, de acordo com a proposição 10 do livro, o anteríodo da dízima

peri dica que representa tem comprimento igual a ma * +=


n
Por outro lado, observando que a ordem de 10, módulo 3, é 1, então a
fração possui apenas um algarismo no período.

b) n = 2 . 3² . 5
Como a fração é irredutível e mdc(3², 10) = 1, então, de acordo com a
proposição 10 do livro, o anteríodo da dízima periódica que representa

tem comprimento igual a ma * += or outro lado observando


n
que a ordem de 10, módulo 9, é 1, então a fração possui apenas um
algarismo no período.

c) n = 105
n= = . Como a fração é irredutível e mdc(21, 10) = 1,
então, de acordo com a proposição 10 do livro, o anteríodo da dízima

peri dica que representa tem comprimento igual a ma * +=


n
Por outro lado, conforme visto em FA-494(d), 6 é a ordem de 10,
módulo 21, ou seja, a fração possui seis algarismos no período.

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d) n = 42
n = 42 = 2 . 21. Das mesmas razões explicitadas em c), a dízima

peri dica que representa possui anteper odo e per odo de


n
comprimentos 1 e 6, respectivamente.

e) n = 63
n= = . Como a fração é irredutível e mdc(63, 10) = 1,
então, de acordo com a proposição 10 do livro, a dízima periódica que

representa não possui anteper odo pois ma * +=


n
Por outro lado, observando que:
0 (mod 63)
² 7 (mod )
³ 7 7 (mod )
(mod )
9 (mod )
9 9 (mod )
Então a ordem de 10, módulo 63, é 6, ou seja, a fração possui seis
algarismos no período.

f) n = 190
n= 9 = 9 . Como a fração é irredutível e mdc(19, 10) = 1,
então, de acordo com a proposição 10 do livro, o anteríodo da dízima

peri dica que representa tem comprimento igual a ma * +=


n
Por outro lado, se h é a ordem de 10, módulo 19, então h divide
( 9) = 18, ou seja, h = 1, 2, 3, 6, 9 ou 18. Porém:
(mod 9)
(mod 9) (mod 9)

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(mod 9) (mod 9)
(mod 9) (mod 9)
(mod 9) (mod 9)
Então a ordem de 10, módulo 19, é 18, ou seja, a fração possui dezoito
algarismos no período.

m m
9 eja uma fração irredut vel
n n
a) Determine todos os possíveis valores de n > 1 de maneira que a
representação decimal desse número seja infinita, com um algarismo
no pré-período e dois no período.
Resolução do livro:
Como há anteperíodo, então mdc(n ) e portanto n = k ,
m
onde k ek k (se k = seria um número racional
n
decimal) e um dos expoentes é maior que zero (lembrar que o
comprimento do pré-período é igual a ma * +). Observando porém
que
1 = número de algarismos do pré-período = ma * +
então n = 2k, n = 5k ou n = 10k. Além disso
2 = número de algarismos do período = ordem de 10, módulo k
bservando que ² (mod k) implica que k|99, então k deve ser
procurado entre 9 ou 99 omo ¹ (mod ) e ¹
(mod 9), 10 tem ordem 1 módulo 3 e módulo 9; assim 3 e 9 devem ser
descartados. Restam k = 11, 33 ou 99.
Donde n = 22, 66, 198, 55, 165, 495, 110, 330 ou 990.

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b) Tomando para n a menor das soluções encotradas em a), qual o
valor de m para o qual o pré-período seja 3?
Resolução do livro:
m
upondo = abc ̅̅̅ devemos impor que
n
m bc c b 97 bc
= ̅̅̅ =
bc = =
99 99 99
o que leva a
97 bc
m=

Como m deve ser inteiro:


bc 97 (mod )
Considerando que bc é formado de dois algarismos (b e c), então
m
bc = ou bc = a m = 7 ou m = omo deve ser
n
irredutível, a fração procurada é
7
=

m m
97 onsidere uma fração irredut vel tal que ené
n n
formado por dois algarismos.
a) Determine todos os possíveis valores de n > 1 a fim de que a
representação decimal desse número seja infinita com um algarismo
no anteperíodo e três no período.
Como há anteperíodo, então mdc(n ) e portanto n = k ,
m
onde k ek k (se k = seria um número racional
n
decimal) e um dos expoentes é maior que zero (lembrar que o
comprimento do pré-período é igual a ma * +). Observando porém
que

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1 = número de algarismos do pré-período = ma * +
então n = 2k, n = 5k ou n = 10k. Além disso:
3 = número de algarismos do período = ordem de 10, módulo k
bservando que ³ (mod k) implica que k 999 então k deve ser
procurado entre 3, 9, 27, 37, 111, 333 ou 999.
Como 10 tem ordem 1 módulo 3 e módulo 9, então 3 e 9 devem ser
descartados. Os restantes satisfazem o critério. Donde n poderia
assumir 15 valores distintos, que são:
54, 74, 135, 185, 222, 370, 555, 666,
1110, 1665, 1998, 3330, 4995, 9990
Como n possui dois algarismos, então n = 54 ou n = 74.

b) Tomando para n a menor das soluções encotradas em a), determine


m a fim de que o pré-período seja 8.
m
upondo = abcd̅̅̅̅̅ devemos impor que
n
m bcd d c b
= ̅̅̅̅̅ =
bcd = =
999 999
bcd 799
=
99
o que leva a
bcd 799
m=

Como m deve ser inteiro:


bcd 799 7 (mod )
7 7 (mod )
Considerando que bcd é formado de dois algarismos (b, c e d), então
bcd = 148, 333, 518, 703 ou 888. Daí m = 44, 45, 46, 47 ou 48.
m
omo é irredut vel então m = 7
n

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9 onsidere a fração onde n = ( )
n

a) ual o comprimento do pré per odo de


n
n= = . Como a fração é irredutível e mdc(3, 10) = 1,
então, de acordo com a proposição 10 do livro, o anteríodo da dízima

peri dica que representa tem comprimento igual a ma * +=


n

b) Dado , determine a relação entre os pré-períodos de

e
n n
n =, - = . Como a fração é irredutível e
mdc(3, )= mdc( ) = , então, de acordo com a proposição

do livro o anteper odo da d zima peri dica que representa tem


n
comprimento igual a ma * +=

ogo o pré per odo de é vezes o de


n n

c) etermine de maneira que o pré per odo e o per odo de tenham


n
três algarismos.

ara que apresente comprimento de tr s algarismos no anteper odo e


n
período, devemos ter = e que 3 seja a ordem de 10, módulo ,
isto é, ( ) = 999. Como visto em FA-497(a), as únicas
potências de 3 maiores que 1 e que dividem 999 são 3, 3² ou 3³.
Donde = 3, 3² ou 3³.
Porém, não podemos ter = ou = , pois a ordem de 10,
módulo 3 e 3², é 1.
Logo: = = .

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99 etermine os poss veis valores de n a fim de que gere
n
uma dízima periódica simples (sem anteperíodo) e:
a) seu período tenha comprimento 2

ara que represente uma d zima peri dica sem anteper odo e com
n
período de dois algarismos devemos ter mdc(n 10) = 1 e que a ordem
de 10, módulo n, seja 2, isto é:
² (mod n) n( ² ) = 99
Os divisores de 99 são: 1, 3, 9, 11, 33 e 99. Não podemos ter n = 1 pois
n > 1; também não podemos ter n = 3 ou n = 9, pois a ordem de 10,
módulo 3 e módulo 9, é 1. Os demais satisfazem os dois critérios.
Donde: n = 11, 33 ou 99.

b) seu período tenha comprimento 4

ara que represente uma d zima peri dica sem anteper odo e com
n
período de quatro algarismos devemos ter mdc(n 10) = 1 e que a
ordem de 10, módulo n, seja 4, isto é:
(mod n) n( 1) = 9999
Os divisores de 9999 são: 1, 3, 9, 11, 33, 99, 101, 303, 909, 1111 e
9999. Não podemos ter n = 1, 3, 9, 11, 33 ou 99 devido às razões
apresentadas em a). Os demais satisfazem os dois critérios.
Donde: n = 101, 303, 909, 1111 ou 9999.

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FA-500 _ Considere uma dízima periódica gerada por uma fração
m
irredut vel tal que mdc(n 9) = ostre que o per odo da d zima é
n
divisível por 9.
Resolução do livro:
Podemos supor m < n. Assim, seja b b bs c̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
c ct a representação
m
decimal de ogo (ver demonstração do teorema ):
n
m b b bs c c ct b b bs
=
n 99 9
onde o número de “noves” é t e o de “zeros” é s. Observando que
t
b b bs c c ct = c c ct (b b bs )
e fazendo c c ct = eb b bs = , então (99 9 ) m=
t (b b
= n,c c ct bs ) b b bs - =
( t )-
= n,
Como 9 99 9 , então 9 divide n, ( t )-. Mas sendo
( t ). Levando em conta que
primo com n, 9 é divisor de
t
= 99 9 é múltiplo de 9, então 9|P.

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FA-501 _ Considere uma dízima periódica gerada pela fração
m
irredut vel e o número de algarismos do per odo é par e
n
mdc(n, 11) = 1, mostre que o período é múltiplo de 11.
Podemos supor m < n. Assim, seja b b bs c̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
c ct a
m
representação decimal de ogo:
n
m b b bs c c c t b b bs
=
n 99 9
Onde o número de “noves” é 2t (par) e o de “zeros” é s.
Observando que
t
b b bs c c c t=c c c t (b b bs )
e fazendo c c ct= eb b bs = , então:
(99 )m = n,c c t (b
9 c t b bs ) b b bs =
( t )-
= n,
Observando também que:
s
99 9 = 99
⏟ 9
t noves

Então 99 9 é um palíndromo com um número par de algarismos.


Levando em conta o exercício FA-286, 99 9 e portanto
99 9 . Logo 11 divide o outro lado da igualdade, isto é:
( t )-
n,
, ( t )-. Levando em conta
Como mdc(n, 11) = 1, então
t
que = 99 9 ( t “noves”) também é múltiplo de então
11|P.
m
ara o caso m n basta fazer =k b b bs c̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
c ct
n
e o restante de procede de maneira análoga.

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FA-502 _ Mostre que:
a) 999 =
Fazendo s = 999 , então:
s = 9 999
} s s=9 9s = 9 s=
s = 999

b) 999 =

999 = 999 = ( 999 )=


a)
= ( 999 )= ( )= =
= =

c) 999 =

999 = ( 999 )= ( 999 )=


a)
= ( )= =

d) = 999
= = = ( )=
a)
= ( 999 )= ( 999 )=
= 999 = 999

e) Se m > 0 e a = m 999 , então a = m + 1


a)
De fato: a = m 999 =m 999 =m .

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FA-503 _ Seja p > 1 um número primo diferente de 2 e de 5. Mostre

que se o per odo da d zima gerada por tem um número par de


p

algarismos digamos = a a
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
a t então a at =a at =
p
= = at a t = 9. Por exemplo:

= ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
7 onde = = 7=9
7
Sugestão: Por hipótese, 2t é o menor expoente estritamente positivo tal
t
que (mod p). Daí ( t )( t ) (mod p) e portanto
t t
t (mod p) sso obriga = a ser um número
p p p
Inteiro.
Acatando a sugestão:
t t
= = a a
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
a t a a at at a t ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
a a a t=
p p p
=a a at a a at at a t a̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
a a t at a t a̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
a a t=
a a at ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
(a at )(a at ) (at a t )
t
omo ℤea a at ℤ então:
p
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
(a at )(a at ) (at a t ) ℤ
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
(a at )(a at ) (at a t ) = ou
Se considerarmos a primeira alternativa, como = , então:
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
(a at )(a at ) (at a t ) =
a at =a at = = at a t=
a =a = =a t=

ois ai 9 (i = ) onde = = bsurdo


p
Logo a outra alternativa que é a correta.

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Considerando que = 999 (FA-502(a)), então:
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
(a at )(a at ) (at a t ) = 999
a at =a at = = at a t=9

m
eja uma fração irredut vel que gera uma d zima
n
periódica com um pré-período de s algarismos.
m
a) ostre que a representação decimal de também apresenta
n
pré-período.
Da hipótese, mdc(m, n) = 1, n = k , onde k > 1, mdc(k, 10) = 1
e pelo menos um dos expoentes não é nulo. Daí:
mdc(m n) = mdc(m² n²) =
n=k n =k
mdc(k )= mdc(k² )=
A proposição 10 do livro garante que a dízima periódica que
m
representa também apresenta pré per odo
n

m
b) rove que o pré per odo de é formado de s algarismos
n
Resolução do livro de b):
Da hipótese segue que n = k , onde k > 1, mdc(k, 10) = 1 e pelo
menos um dos expoentes não é nulo. Além disso: s = ma * +. Como
m m
=
n k
e as condições da proposição 10 se verificam para o denominador da
m
última fração então o pré per odo de tem
n

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ma * += ma * += s
algarismos.

FA-505 _ Seja n > 1 um inteiro.


n
a) ostre que se a fração não é irredut vel então
n(n )
mdc(n n(n )) =
amos supor d = mdc(n² n(n² )) e seja p um divisor
primo de d. Então:
p n(n² ) p n ou p (n² )
Supondo p|n:
pn p n²
p (n² ) p n² p
Absurdo. Assim:
p (n² ) p (n² ) p ,(n² ) (n² )- = p=
Provemos que o expoente de 2 em d é 1, ou seja, d = 2.
k
Se d = (k > 1), então:
(n² ) n² = r n² = r
n(n² ) n(n² )= s n²(n² )² = s²
Daí:
( r )( r )² = s² ( r )( r² r )= s²
r³ r² r r² r = s²
r³ r² r= s²
r³ r² r = s²
( r³ r² r) = ( s²) m= n (m n ℤ)
Absurdo. Donde se d > 1, então d = 2.

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b) Mostre que, em qualquer caso, sua representação decimal é infinita
e apresenta pré-período.
Sugestão para b): Mostre que, mesmo quando se dividem numerador e
denominador por 2 (na hipótese em isto é possível), o denominador
obtido é múltiplo de 6.
1º caso: A fração é irredutível.
bserve que n(n² ) = (n )n(n )en omo o produto de
três inteiros positivos consecutivos é divisível por 6 (FA-79), então:
n(n² ) = k = ( k) (k ℤ)
Seja p p ps s a decomposição de k em fatores primos, onde
pi i (i = s) e façamos p p ps s = m.
Independentemente se teremos em n(n² ) o e poente de
não nulo, além de mdc(3m, 10) = 1. A proposição 10 do livro garante
n
que a representação decimal de é uma d zima peri dica com
n(n )
pré-período.

2º caso: A fração não é irredutível


Neste caso mdc(n² n(n² )) = e n² é par então n é
ímpar. Assim, efetuando a divisão euclidiana de n por 12, teremos:
n = 12q + r (r = 1, 3, 5, 7, 9 ou 11)
É f cil constatar que qualquer que seja a forma de n n(n² )=
(n 1)n(n + 1) é múltiplo de 12.
Logo se dividirmos numerador e denominador por 2, obteremos uma
fração irredutível pois:
n n(n )
mdc(n n(n )) = mdc ( )=

E cujo denominador obtido é múltiplo de 6. Com argumentação


semelhante ao primeiro caso, conclui-se que a representação decimal
n
de também é uma d zima peri dica com pré per odo
n(n )

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FA-506 _ Mostre que, para todo inteiro n, n n en ,
a representação decimal de

n n n
apresenta pré-período.
n ( n )(n ) n(n )
= =
n n n n(n ) n n(n )(n )
( n n ) (n n) n n
= =
n(n )(n ) n(n )(n )
Vamos supor d = mdc(3n² + 6n + 2 , n(n + 1)(n + 2)) > 1 e seja p um
divisor primo de d. Então:
p n(n )(n ) p n p (n ) ou p (n )
Supondo p|n:
pn p n² p n²
pn p n
p n² p n p|(3n² + 6n)
p ( n² n ) p ( n² n) p p=

Agora, supondo p|(n + 1):


p (n ) p (n )² = n² n p ( n² n )
p ( n² n ) p ( n² n ) p (n² n)
p (n² n ) p (n² n) p
Absurdo.
Por fim, supondo p|(n + 2):
p (n ) p (n )² = n² n p ( n² n )
p ( n² n ) p ( n² n ) p( n )
p (n ) p( n )
p( n ) p( n ) p

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Provemos agora que expoente de 2 em d é 1, ou seja, d = 2.
Se d = k (k > 1), então 4|(3n² + 6n + 2). Mas isto não é possível.
Vejamos:
Se n é par, digamos, n = 2k (k ℤ), então:
3n² + 6n + 2 = 3(2k)² + 6(2k) + 2 =
= 12k² +12k + 2 = 4(3k² + 3k) + 2
E se n for ímpar, digamos, n = 2k + 1 (k ℤ):
3n² + 6n + 2 = 3(2k + 1)² + 6(2k + 1) + 2 =
= 3(4k² + 4k + 1) + 12k + 6 + 2 = 12k² + 12k + 3 + 12k + 8 =
= 12k² + 24k + 8 + 3 = 4(3k² + 6k + 2) + 3

Portanto d = mdc(3n² + 6n + 2 , n(n + 1)(n + 2)) = 1 ou 2.


n n
argumentação de que a representação decimal de
n(n )(n )
apresenta pré-período é análoga à que consta em FA-505(b),
considerando apenas que n(n + 1)(n + 2) = 6k (k ℤ) (no caso de
d = 1) e que se 3n² + 6n + 2 é par, então n também é par, e portanto
n(n + 1)(n + 2) é múltiplo de 12 (no caso d = 2).

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FA-507 _ Seja um número real. Se n > 1 é um inteiro, mostre que
p
e iste um número racional q n para o qual:
q
p
| |
q qn
Resolução do livro: Usaremos o princípio da casa dos pombos ou
princípio das gavetas de Dirichlet cujo enunciado é o seguinte:
“ e n + 1 objetos são colocados em no máximo n gavetas, então uma
delas ficar com mais do que um desses objetos”
Consideremos os n + 1 números: = , - , -
n [n ], todos do intervalo [0, 1].
Dividamos este intervalo em n subintervalos por meio dos pontos
n n
= =
n n n n

Estes n subintervalos são as gavetas onde estão os n + 1 números k –


[k ] ( k n). Logo, dois desses números, digamos r – [r ] e s –
[s ] r s n, estão na mesma gaveta, o que significa que a

distância entre eles é azendo s r = q e ,s - ,r - = p


n
então:
q p = (s r) (,s - ,r -) =

= (s ,s -) (r ,r -)
n
Daí segue que:
p
| |
q nq
Para concluir, observemos que r s n q=s r s n.

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FA-508 _ O exercício anterior fornece um método de aproximação de
números irracionais por números racionais. Use esse método nos
seguintes casos:
a) =√ en=3
Resolução do livro de a):
Como √ = , devemos considerar os 4 números:
0= √ ;√ [√ ]= √ [ √ ]=
√ [ √ ]= que estão no intervalo:

o primeiro e o último no subintervalo [ ] ogo mantendo a notação

do e erc cio anterior: r = e s = e da q = s r = e p = , - , -


= [ √ ] , - = . Assim, o número racional fornecido pelo

processo é e

|√ |
9

b) =√ en=4
Como √ = 7 , devemos considerar os 5 números:
= √ √ [√ ] = 7 √ [ √ ]=

√ [ √ ]= 9 √ [ √ ]= 9
Que estão no intervalo:

nde o primeiro e o quarto estão no subintervalo [ ]

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Logo, mantendo a notação exercício anterior: r = 0 e s = 3 e daí:
q=s r=
p=, - , -=[ √ ] , -=

ssim o número racional fornecido pelo processo é e:

|√ |

c) = en=6
Como = 9 , devemos considerar os 7 números:
= , -= 9 , -=
, -= 77 , -= 7
, -= 7 79 , -= 9
Que estão no intervalo:

nde o primeiro e o segundo estão no subintervalo [ ]

Logo, r = 0 e s = 1 e daí:
q=s r=
p=, - , -=, - , -=
Assim, o número racional fornecido pelo processo é 3 e:

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d) =e= 7 n=5
Como e = 7 , devemos considerar os 6 números:
= e e ,e- = 7
e , e- = e , e- =
e , e- = 7 e , e- = 9
Que estão no intervalo:

nde o primeiro e o quarto estão no subintervalo [ ]

Logo, r = 0 e s = 3 e daí:
q=s r=
p=, - , - = , e- , -=

ssim o número racional fornecido pelo processo é e:

|e |

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