Paró quia Sã o José Esposo de Maria Sobradinho II-DF
PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO
Um homem tinha dois filhos. Disse o
mais moço a seu pai: “Pai, dá-me a parte dos teus bens que me toca”. E o pai repartiu os seus bens entre ambos. Poucos dias depois, o filho mais jovem juntou os seus haveres, partiu para um país longínquo e dissipou tudo por lá, vivendo dissolutamente. Depois de tudo gastar, eis que grande fome assolou aquele país e começou a sentir privações. Pôs-se então a serviço de um habitante, que o enviou para seus campos a guardar porcos. Bem que ele desejava fartar-se com as vagens que os porcos comiam, mas nem isso lhe dava. Caindo em si, disse: “Quantos empregados de meu pai têm pão à vontade, e eu aqui a morrer de fome. Vou partir, vou ter com meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados”. E partiu de volta para seu pai. Estava ainda longe, quando o pai o avistou, foi tomado de compaixão, corre-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. Disse-lhe então o filho: “Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho”. Mas o pai ordenou a seus servidores: “Trazei depressa a melhor roupa e revesti-o, pondo-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei também o novilho gordo, matai-o, comamos e façamos uma festa, porque meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado”. E começaram a festa. O filho mais velho estava no campo. Quando, ao voltar, chegou perto de casa, ouviu música e a dança, chamou um dos criados e perguntou-lhe o que significava aquilo. Este respondeu: “É teu irmão, está de volta, e teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde”. Encolerizou-se ele e não queria entrar. Saiu o pai e insistiu com ele. Mas respondeu ao pai: “Há tantos anos que te sirvo, sem transgredir jamais uma só de tuas ordens e nunca me deste um cabrito para fazer festa com meus amigos, apenas volta, porém esse teu filho que esbanjou teus bens com prostitutas e mandas matar para ele o novilho mais gordo”. Mas o pai lhe replicou: “Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu também. Cumpria-nos, todavia, rejubilarmo- nos e nos alegrarmos, por que este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado”. XXI ECC – 1ª Etapa – 13, 14 e 15 de outubro de 2023