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SISTEMA NERVOSO SENSORIAL I

Profª Drª Nicole Ribeiro S. Gallas e Souza


Profa. Dra. Nicole Ribeiro

PLANO GERAL DOS SISTEMAS SENSORIAIS


Conjunto de estruturas neurais encarregadas do processo;
Todas as vias sensitivas possuem certos elementos em comum:
 Estímulo interno ou externo;
 Receptor – transdutor;
 Vias sensitivas (neurônio aferente);
 Circuitos em cadeia (níveis mais complexos do SN);
 SNC (integração).

HALL, J. E. (2011) Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica (*), 12ª ed., Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, RJ. ISBN: 978-85-352-3735-1
Profa. Dra. Nicole Ribeiro

TIPOS DE RECEPTORES SENSITIVOS


Os receptores são divididos em cinco grande grupos, de acordo com o tipo de
estímulo ao qual eles são mais sensíveis.
A especificidade de um receptor para um tipo particular de estímulo é
conhecida como a Lei das energias específicas do nervo.
TIPO DE RECEPTOR ESTÍMULO
Quimiorreceptores Detectam gosto, odores, O2 e CO2 no
sangue, pH, dentre outras
Mecanorreceptores Pressão (barorreceptores), estiramento
celular (osmorreceptores), vibração,
aceleração, som
Fotorreceptores Energia luminosa (fótons de luz)
Termorreceptores Graus variados de temperatura
Nociceptores Dano tecidual interpretado como dor

SILVERTHORN, D. U. (2010) Fisiologia Humana – uma abordagem integrada(**), 5ª ed., Ed. Artmed, RS. ISBN 9788536322841
Profaa.. Dr
Prof Draa.. Nicole
Nicole Ribeiro
Ribeiro

TIPOS DE RECEPTORES SENSITIVOS


Profa. Dra. Nicole Ribeiro

SENSIBILIDADE DIFERENCIAL DOS RECEPTORES

Como eles detectam os diferentes estímulos?


Os Receptores são específicos (especializados)

Apresentam em sua membrana plasmática proteínas capazes de


absorver seletivamente uma única forma de energia

BERNE, R. M., LEVY, M. N., KOEPPEN, B. M. & STANTON, B. A. (2004). Fisiologia (*), 5ª ed., Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, RJ. ISBN-10:8535213678
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MECANISMOS DOS POTENCIAIS


DO RECEPTOR:
1) Deformação mecânica;
2) Aplicação de substância
química;
3) Variação de temperatura;
4) Efeito pela radiação
eletromagnética.

SILVERTHORN, D. U. (2010) Fisiologia Humana – uma abordagem integrada(**), 5ª ed., Ed. Artmed, RS. ISBN 9788536322841
BERNE, R. M., LEVY, M. N., KOEPPEN, B. M. & STANTON, B. A. (2004). Fisiologia (*), 5ª ed., Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, RJ. ISBN-10:8535213678
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Profa. Dra. Nicole Ribeiro
TRANSDUÇÃO
Energia = Potencial de ação

Estímulo específico sobre os receptores

Abertura dos canais iônicos

Influxo de sódio para o receptor

DESPOLARIZAÇÃO

Estímulo elétrico pelo neurônio aferente


O receptor é um Profa. Dra. Nicole Ribeiro
transdutor que
converte o estímulo
em potenciais

Potenciais
SNC graduados atingem
o limiar*

Neurônio sensitivo Formam potenciais


aferente de ação (PAs)

LIMIARES SENSORIAIS*(estímulo mínimo exigido para ativar um receptor): só a


partir de uma determinada intensidade/diferenciação de um estímulo é que
o ser humano é capaz de percebê-lo, podendo variar de indivíduo para
indivíduo, em função de intensidade, duração de exposição e sensibilidade.
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Profa. Dra. Nicole Ribeiro

ADAPTAÇÃO DOS RECEPTORES

 Propriedade individual de cada tipo de


receptor;
 Adaptação parcial ou completa;
 Adaptação rápida = receptores fásicos;
 Adaptação lenta = receptores tônicos;
 Mecanismos de adaptação:
-reajustes na estrutura do próprio
receptor;
-acomodação elétrica na terminação
nervosa.

BERNE, R. M., LEVY, M. N., KOEPPEN, B. M. & STANTON, B. A. (2004). Fisiologia (*), 5ª ed., Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, RJ. ISBN-10:8535213678
Profa. Dra. Nicole Ribeiro

O receptor de cada neurônio primário pega a informação a partir de uma área


específica conhecida como Campo de Recepção. Muitos dos neurônios
primários convergem para um único neurônio secundário, e o campo de
recepção deste é muito grande. Áreas mais sensíveis possuem campos de
recepção menores.

SILVERTHORN, D. U. (2010) Fisiologia Humana – uma abordagem integrada(**), 5ª ed., Ed. Artmed, RS. ISBN 9788536322841
LENT, Roberto. Cem Bilhões de Neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2004. 698p. il
As regiões da pele inervadas por um
único par de raízes sensitivas formam
um DERMÁTOMO. Existe uma
correspondência de um-para-um entre
os dermátomos e os segmentos
espinhais (organização em bandas). No
entanto, há um sobreposição na
inervação.

Cervical: parte posterior do couro cabeludo, pescoço, ombros e maior parte dos braços;
Torácica: tórax e parte do abdome;
Lombar: abdome e região anterior das pernas;
Sacral: genitais, períneo e face posterior das pernas.
BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências; desvendando o sistema nervoso. São Paulo: Artmed, 2001
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AXÔNIOS AFERENTES
PRIMÁRIOS
Axônios entram na
medula através das raízes
Depois de detectar o estímulo, os dorsais
receptores conduzem a
informação para as fibras
nervosas através de impulsos
nervosos.

Cada fibra nervosa termina em


uma área específica do sistema
nervoso central.

LENT, Roberto. Cem Bilhões de Neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2004. 698p. il.
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Apresentam diâmetros variados e seus tamanhos correlacionam-se com o
tipo de receptor sensorial ao qual estão ligados:

O diâmetro de um
axônio, juntamente
com a quantidade de
mielina, determina
sua velocidade de
condução do
potencial de ação
(PA).
LENT, Roberto. Cem Bilhões de Neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2004. 698p. il.
http://leg.ufpi.br/subsiteFiles/lapnex/arquivos/files/Farmacologia%20dos%20anestesicos%20locais.pdf
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MODALIDADES SENSORIAIS
Como as diferentes fibras nervosas
transmitem as várias
modalidades sensoriais?

Princípio da “Linha Marcada


ou Rotulada”
Cada via nervosa termina num ponto
específico do Sistema Nervoso Central;
-Homúnculo sensorial. REPRESENTAÇÃO
SOMATOTÓPICA
CORRESPONDENTE
BERNE, R. M., LEVY, M. N., KOEPPEN, B. M. & STANTON, B. A. (2004). Fisiologia (*), 5ª ed., Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, RJ. ISBN-10:8535213678
Esse arranjo em colunas cria uma estrutura altamente Profa. Dra. Nicole Ribeiro
organizada que mantêm a associação entre receptores
específicos e a modalidade sensitiva que eles transmitem.
O tamanho das regiões não é fixo = NEUROPLASTICIDADE.

SILVERTHORN, D. U. (2010) Fisiologia Humana – uma abordagem integrada(**), 5ª ed., Ed. Artmed, RS. ISBN 9788536322841
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CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências; desvendando o sistema nervoso. São Paulo: Artmed, 2001
Córtex Somatossensorial primário (S1) Profa. Dra. Nicole Ribeiro

Centro integrador e
retransmissor de informações
sensoriais e motoras

Todos os neurônios sensitivos


secundários cruzam a linha mediana
do corpo: as sensações provenientes
do lado esquerdo do corpo são
processadas no hemisfério encefálico
direito e vice-versa.

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências; desvendando o sistema nervoso. São Paulo: Artmed, 2001
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http://www.uel.br/laboratorios/lefa/aulasfisiogeral/SISTEMANERVOSOPARTE5sistemasensorial.pdf
Profa. Dra. Nicole Ribeiro

Sistema Epicrítico ou Via


Coluna Dorsal-Lemnisco
Medial

• Fibras nervosas grossas e


mielinizadas;
• Velocidade de 30 a 110 m/s;

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências; desvendando o sistema nervoso. São Paulo: Artmed, 2001
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Sistema Protopático ou
Via Espinotalâmica

• Fibras mielinizadas mais finas;


• Transmitem sinais com
velocidades variando de
alguns metros por segundo até
40 m/s.

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências; desvendando o sistema nervoso. São Paulo: Artmed, 2001
FIM

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