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Protocolo Fisio Pop
Protocolo Fisio Pop
Padrão
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/13/2016
Fisioterapia Ambulatorial nas
Lesões dos membros inferiores e coluna lombar
UNIDADE DE
REABILITAÇÃO
Procedimento Operacional
Padrão
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/13/2016
Fisioterapia na reabilitação de lesões dos membros
inferiores e coluna lombar
Versão 1.0
2016, Ebserh. Todos os direitos reservados
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
www.Ebserh.gov.br
EXPEDIENTE
Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo
Mineiro
Produção
HISTÓRICO DE REVISÕES
GLOSSÁRIO ..................................................................................................................................6
APLICAÇÃO ..................................................................................................................................6
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................6
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................29
APLICAÇÃO
Setor de fisioterapia em ortopedia, traumatologia e desportiva do Centro de Reabilitação
Dr. Fausto Cunha de Oliveira.
I. INFORMAÇÕES GERAIS
INTRODUÇÃO
Várias são as definições que conceituam a fisioterapia, porém destaca-se a definição do
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), a qual descreve a
fisioterapia como uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos
gica e siste
-
(DUTTON, 2010)
No Centro de Reabilitação Dr. Fausto Cunha de Oliveira são atendidos pacientes de alta
complexidade de fisioterapia em ortopedia, traumatologia e desportiva com afecções dos
membros superiores (MMSS) como: fraturas de clavícula, escápula, úmero, rádio, ulna, punho e
mão e lesões de partes moles: como ligamentos, músculos e outros; afecções em membros
inferiores (MMII) como: fraturas de quadril, fêmur, tíbia, tornozelo, pé e lesões de partes moles:
como ligamentos, músculos e outros; e ainda afecções da coluna como hérnia discal, escoliose,
espondilolistese, hipercifose, hiperlordose e outras. Neste Procedimento Operacional Padrão
(POP) a equipe irá tratar das patologias mais comumente atendidas no serviço, bem como os
protocolos e técnicas utilizadas.
OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA
Acolher o paciente de forma humanizada;
Avaliar o paciente de forma global através: da anamnese, da observação, do exame físico,
FRATURA DE PATELA
Os objetivos do tratamento dos pacientes que foram submetidos à redução aberta e
fixação interna de fraturas de patela é fornecer uma articulação femoropatelar estruturalmente
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estável e preparar uma recuperação funcional completa da extremidade inferior envolvida
(MAXEY e MAGNUSSON, 2003; DUTTON, 2010).
, aumentar a mo
-
principais para a artroplastia total de joelho
corrigir a instabilidade do joelho
patelofemoral grave (MAXEY e MAGNUSSON, 2003; DUTTON, 2010).
) e ponte
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: bicicleta
Fortalecimento do rotador lateral do quadril em decúbito lateral
bilaterais dos calcanhares, deslizamentos na parede e agachamentos parciais
REPAROS NO MENISCO
,
meniscectomia ou reparo meniscal. Existem 4 técnicas para reparo:
1. Reparo aberto do menisco
2. Reparo artroscópico de dentro para fora
3. Reparo artroscópico de for a para dentro
4. Reparo artroscópico interno
Deslizamentos na p
.
.
Atividades em cadeia cinetica fechada (iniciar proximo ao final da fase)
110o
Treinamento da marcha
-
; massagem leve nas cicatrizes das inc
(3a a 4a semanas), de acordo coma necessidade
.
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corrida
Atividades de equilibrio
- /femoral nos limites
da amplitude
Treinamento neuromuscular: elevaçao de calcanhar, subida de degrau lateral, subir/descer
degrau anterior, agachamentos na parede (flexão de joelho em 45 a 60o), investidas
parciais
.
ios da fase anterior
A partir do momento que o
os e dribles
ores efi
.
.
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Saltos com as duas pernas
Saltos com as duas pernas sobre um trampolim
, com os olhos
fechados
Investidas
Saltos para cima e para baixo utilizando uma caixa de 15 a 45 centímetros (cm)
Treino
s, para os lados e na diagonal
Intervenção fisioterapêutica
As complicações após a imobilização são rigidez articular, atrofia muscular da parte
distal da perna e possivelmente da musculatura da parte proximal da coxa e quadril, assim como
um padrão anormal da marcha. É importante que o fisioterapeuta realize uma avaliação
abrangente para determinar todos os possíveis problemas que podem surgir na reabilitação,
inclusive amplitude de movimento, mobilidade articular, flexibilidade muscular,
comprometimento de força, propriocepção, equilíbrio e marcha, o fisioterapeuta precisa também
determinar as necessidades funcionais que serão impostas ao paciente e estabelecer objetivos a
curto e a longo prazo de acordo com essas necessidades.
Recursos de eletroterapia, termoterapia e fototerapia (para anagesia)
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Recursos cinesioterápicos para mobilização articular (joelho, tornozelo e ossos do pé)
Alongamentos terapêuticos e fortalecimento da musculatura preservada de todo o
membro inferior afetado e contra-lateral se necessário (a fim de evitar atrofias)
Exercícios de ganho de ADM
Alongamentos passivos de tríceps surral, tibial anterior, flexores e extensores dos
artelhos, fibulares e isquiotibiais (3 séries de 30 segundos cada)
Exercícios de fortalecimento isométrico evoluindo para isotônico resistido (todo o
membro inferior)
Após o inicio da descarga de peso deve-se treinar e reeducar a marcha e dar enfase a
fortalecer musculatura da coxa e estabilizadores do quadril
Treino proprioceptivo (inicialmente sentado, evoluindo para em pé bipodal e depois
unipodal)
Na evolução de uma fratura intervêm múltiplos fatores, como a idade do paciente, a lesão
de partes moles, a perda óssea, a existência prévia de enfermidades, infecções, cirurgia realizada
em momento oportuno, a técnica operatória bem escolhida, o conhecimento do cirurgião, a
reabilitação, a colaboração do paciente e outros fatores.
FRATURAS MALEOLARES
Fraturas maleolares são lesões extremamente frequentes, causadas por traumas
rotacionais na região do tornozelo. Apesar do mecanismo de trauma ser comum, caracteriza-se
por enorme variação de lesões, fundamentalmente à custa da intrincada anatomia ósteo-cápsulo-
ligamentar. Embora classicamente fraturas não desviadas possam ser manejadas de forma não-
cirúrica, a maioria das fraturas bimaleolares desviadas deve ser abordada cirurgicamente
(DUTTON, 2010).
.
A
(MARK, 2010).
-
- -
- - -
- -
uscular proprioceptivo da extremidade inferior
Intervenção fisioterapêutica de 4 a 8 semanas de pós-operatório
),
tornozelo.
35 a 40o.
Fortalecimento progressivo da cadeia fechada da panturrilha e do estabilizador do
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tornozelo
es
carga total por volta da 5a ou 6a
FRATURAS DE TORNOZELO E PÉ
O tratamento inicial visa reduzir o edema pelo trauma cirúrgico, fazer analgesia do local,
minimizar a aderência das cicatrizes que ficam sob os maléolos.
Na fase inicial, quando o paciente ainda apresenta-se imobilizado deve-se sempre encorajar a
movimentação ativa das articulações livres, elevação do membro também auxilia a diminuição
do edema (ANDREWS et al, 2005; FOSS, KETEYIAN e FOX, 2000; HOPPENFELD e
MURTHY, 2000).
Uso de recursos físicos
Mobilização articular da tíbia, fíbula, articulação talocrural, ossos társicos, metatarsos,
artelhos
Alongamentos passivos de tríceps surral, tibial anterior, flexores e extensores dos
artelhos, fibulares e isquiotibiais (3 séries de 30 segundos cada)
Paciente sentado com o tornozelo lesado sobre a prancha de deslizamento. Desliza-se o
pé para anterior, posterior, lateral e medial
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Sentado com bolinhas de diferentes texturas sob a superfície plantar
Paciente sentado - uso de prancha de propriocepção (apoio ântero-posterior, látero-
lateral)
Flexão e extensão dos artelhos com auxílio de faixa (30 repetições)
Exercícios ativos com auxílio de cunha, dorsiflexão, flexão plantar, eversão, inversão (20
repetições)
Treino de marcha na barra paralela sem descarga de peso
Quando for retirada a imobilização o tratamento fisioterapêutico compreende a analgesia,
aumento da amplitude de movimento, aumento da força muscular e equilíbrio assim como o
retorno às suas atividades funcionais normais. Nesta fase é comum o edema, fibrose, contratura,
mobilização dolorosa, atrofia muscular e fraqueza comprometendo toda função
As técnicas que são utilizadas para liberar bloqueio articular nas outras articulações,
também são utilizadas aqui, como a artrocinemática, os deslizamentos articulares, os
alongamentos gerais, porém neste caso principalmente a panturrilha, as mobilizações ativas e os
fortalecimentos musculares (ANDREWS et al, 2005; FOSS, KETEYIAN e FOX, 2000;
HOPPENFELD e MURTHY, 2000).
Massagem - movimento de amassamento, deslizamento profundo e fricção
Exercício ativo livre e resistidos conforme evolução do paciente e grau da dor
A prevenção da limitação articular é realizada através de calor superficial, mobilizações,
massagem e cinesioterapia através de exercícios passivos, ativos, ativo resistidos
Exercícios ativo-resistidos,com faixa elástica (resistência média) para dorsiflexores e
flexores plantares, inversores e eversores (30 repetições)
exercícios funcionais com método Kabat (Reeducação Neuromuscular Proprioceptiva)
Treino de marcha de acordo com a descarga de peso corporal permitida progredindo com
exercícios de semi passada anterior e posterior, marcha lateral, marcha sobre a linha no
solo, de frente e costas e marcha sobre as espumas
Bicicleta ergométrica
Esteira
Subir e descer degrau de 7,5 cm com mínimo apoio
Exercício de equilíbrio em prancha
A Reeducação Proprioceptiva com paciente em pé, peso do corpo deve ser distribuído
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simetricamente, o terapeuta deverá deslocar o peso de paciente para anterior, posterior,
lado esquerdo e lado direito
Em apoio bipodal sobre a prancha e terá que realizar flexão plantar, dorsiflexão,
pronação, supinação e movimentos circulares
Utilizam-se cubos de espumas e o paciente deverá permanecer em apoio unipodal sobre
os mesmos. A altura do cubo é proporcional ao grau de dificuldade do exercício.
Paciente em apoio unipodal sobre a prancha realizando os mesmos movimentos
Paciente com apoio unipodal sobre uma bola de borracha, levando o pé para anterior,
posterior, medial e lateral.
Paciente, calçado, realizará saltos no sentido antero-posterior e latero-lateral
Paciente em pé, apoio unipodal (sobre o tornozelo lesado), utilizando apoio manual. O
paciente deverá fletir o joelho e logo em seguida deverá fletir o joelho com flexão de
tronco
Apoio unipodal, sem auxílio de barra para apoio manual.
Alongamento muscular global
MICRODISCOTOMIA LOMBAR
Cerca de 35% dos pacientes com herniação do disco lombar desenvolvem dor isquiática
verdadeira. Entretanto, nem todas as herniações do disco lombar desenvolvem sintomas. Cerca
de 90% daqueles com seu primeiro episódio de isquiática melhoram com tratamento
conservador. Em pacientes com sintomas radiculares, a cirurgia pode ser considerada se certos
critérios forem contemplados, como dor severa incapacitante, deficit neurológico progressivo,
envolvimento da bexiga e do intestino e ausência de resposta para um regime de tratamento
conservador por pelo menos seis semanas (MAXEY e MAGNUSSON, 2003).
ANDREWS, J. R. et al. Reabilitação física do atleta. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
KISNER, C.; COLBY, L. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 5 ed. São Paulo:
Manole, 2009.
SANTOS R. M. et al. Estabilização Segmentar lombar. Med Reabil 2011; 30(1); 14-7