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Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial

Laboratório de Controlador Lógico Programável (LCLJ5)


Prof. Jorge Athanasios Pimenidis

Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial


Laboratório de Controlador Lógico Programável - LCLJ5
Professor: Jorge Athanasios Pimenidis

Relatório de Experiências 01

Introdução ao CLP

Data da Realização: 30/08/2023


Data Limite de Entrega: 30/08/2023

Integrante:

Prontuário: SP308519-8 - Gabriel Vinicius da Silva

São Paulo
2023
Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial
Laboratório de Controlador Lógico Programável (LCLJ5)
Prof. Jorge Athanasios Pimenidis

SUMÁRIO
1. OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................ 3
1.1 Objetivos Específicos .......................................................................................... 3
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 4
3. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO .......................................................................... 5
3.1. Princípio de Funcionamento do CLP .............................................................. 5
3.2. Linguagem de programação ........................................................................... 6
3.2.1. Programação em Ladder ......................................................................... 6
3.3. Introdução aos Temporizadores TP, TON e TOF ........................................ 7
3.3.1. Temporizador Por Pulso – TP.................................................................. 8
3.3.2. Temporizador com Atraso na Energização – TON ................................... 8
3.3.3. Temporizador com Atraso na Desenergização - TOF .............................. 9
4. MATERIAL EXPERIMENTAL .............................................................................. 10
5. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................. 11
5.1. Experimento 01 – Partida Direta e Contato Selo ........................................... 12
5.1.1. Descritivo de Funcionamento da Partida Direta com Contato Selo ........ 14
5.2. Experimento 02 – Partida Direta com Reversão ........................................... 14
5.2.1. Descritivo de Funcionamento da Partida Direta com Reversão ............. 16
5.3. Experimento 03 – Partida Automática Estrela-Triângulo ............................... 17
5.3.1. Descritivo de Funcionamento da Partida Automática Estrela-Triângulo . 18
6. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 19
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 20
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1. OBJETIVOS GERAIS

O relatório apresenta o estudo introdutório ao Controlador Lógico Programável


- CLP, sua linguagem de programação em Ladder e aplicações.

1.1 Objetivos Específicos

Estudo e Aplicações :

• Introdução ao Controlador Lógico Programável – CLP


• Introdução a linguagem de programação de CLP’s em Ladder
• Introdução aos Temporizadores TON, TP e TOF
• Partida direta e contato de selo.
• Partida direta com reversão de sentido de giro e intertravamento.
• Partida Automática Estrela-Triângulo, Intertravamento e Estratégias de
tempo.

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2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Após a 3° Revolução Industrial que ocorreu em meados do século XX, a partir


dos anos de 1950, foram desenvolvidas novas tecnologias onde iniciou-se a
automatização dos processos industriais. O desenvolvimento dessas
tecnologias gerou a necessidade de se criar um equipamento que pudesse
realizar diversas funções e controlar processos considerados complexos, onde
não houvesse a necessidade de alterar a lógica de funcionamento dos painéis
elétricos a cada mudança das linhas de produção, além de sempre visando a
economia de tempo e dinheiro. A partir disto, em 1968, sob liderança do Eng.
Richard Morley nasce dentro da General Motors um equipamento que
revolucionaria os processos industriais, o Controlador Lógico Programável -
CLP. Desde então, o Controlador Lógico Programável – CLP vem sendo
aprimorado constantemente, mas é uma grande invenção desde sua criação.
(FRANCHI, M. Claiton; CAMARGO, A. L. Valter, 2008).

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3. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
O Controlador Lógico Programável ou mais conhecido apenas por “CLP”, como o
próprio nome diz é um equipamento que controla e executa processos a partir de uma
lógica de programação. É considerado um computador dedicado a processos em
geral, pois utiliza-se da lógica binária, 0 ou 1. Atualmente a maioria dos fabricantes de
CLP’s adotaram por regra a padronização das linguagens de programação,
abordaremos o estudo do CLP com linguagem de programação em Ladder.

3.1. Princípio de Funcionamento do CLP


O CLP pode ser representado basicamente por 3 partes, que são: Os módulos de
entradas (Input), A Unidade de Controle de Processamento (CPU) e os módulos de
saídas (Output).
Os módulos de entradas (Input) consiste em receber os informações de campo
para realizar o controle do processo, como por exemplo sinais de sensores,
transdutores ou botoeiras. Estas entradas podem ser Analógicas ou Digitais, Internas
ou Externas. As entradas externas são aquelas recebidas por um atuador em campo,
já as entradas internas são sinais recebidos por outros componentes internos ao CLP
como por exemplo um temporizador.
A Unidade de Controle de Processamento (CPU) como o próprio nome já diz é o
“cérebro da máquina”, onde são processados os sinais recebidos nas entradas e a
partir da programação são convertidos em saídas ou acionamentos de outros
componentes internos como por exemplo contadores.
Os módulos de saídas (Output) é o módulo de alimentação das cargas, onde é
acionado cargas a partir de cada processo. Assim como as entradas, existem saídas
analógicas ou Digitais podendo serem internas ou externas.
Entradas e ou Saídas Digitais são aquelas que atuam apenas com sinais de dois
valores, denominados nível alto 1, e nível baixo 0. Por exemplo, ligado ou desligado.
Entradas e ou Saídas Analógicas são aquelas que atuam com sinais de níveis
variados, sempre havendo uma realimentação do sinal, onde a partir disto é gerado
um controle de um processo, por exemplo o controle de velocidade de um motor seja
por encoder ou tacogerador.

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Figura 01 – Representação de funcionamento do CLP

Fonte: (FRANCHI, M. Claiton; CAMARGO, A. L. Valter, 2008).

3.2. Linguagem de programação


Para se programar um CLP precisamos saber, o que é programação?
Programação é considerada uma lista de instruções que o sistema computacional é
capaz de reconhecer e executar procedimetos a ele intruídos, correlacionando suas
entradas e saídas, atuando cargas e tomando decisões a partir de uma lógica. Existe
algumas linguagens de programação, vai depender de alguns fatores como aplicação,
desenvolvimentos, processos, etc. Neste relatório vamos abordar a programação do
controlador lógico em linguagem Ladder, a qual se assemelha bastante com
comandos elétricos onde permite uma boa relação para compreensão e elaboração
de projetos.

3.2.1. Programação em Ladder


A Linguagem Ladder, diagrama Ladder ou diagrama de Escada, é uma das
formas gráficas para programação de Controladores Lógicos Programáveis – CLP’s,
no qual as funções lógicas são representadas através de contatos e bobinas, de modo
análogo a um esquema elétrico com os contatos dos transdutores e atuadores. A
programação em Ladder é uma das linguagens de programação que mais vem sendo
utilizada devido ao seu baixo nível de complexidade e capacidade de entendimento,
pois se assemelha bastante com diagramas de comandos elétricos.

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A Linguagem Ladder é baseada em contatos abertos ou fechados, acionando
bobinas seja de atuadores ou transdutores, internos ou externos. É possível a
implementação de outros componentes internamente como temporizadores,
contadores, etc. Assim, auxiliando na lógica de funcionamento, tomando decisões e
realizando processos, seja dos mais simples aos mais complexos.
Abaixo podemos observar um exemplo de programação em Ladder, onde i01
sendo um contato normalmente fechado da entrada, I02 sendo um contato
normalmente aberto da entrada e Q01 sendo a bobina de uma sáida para alimentar
uma carga.

Figura 02 – Exemplo de Programa em Ladder

Fonte: Figura do Autor

3.3. Introdução aos Temporizadores TP, TON e TOF

Temporizador é um dispositivo capaz de medir o tempo, que pode ser usado


para controlar a sequência de um evento ou processo. Quando falamos de
temporizadores em CLP, não encontramos componentes físicos, pois eles são
apenas uma das funções que o controlador lógico é capaz de executar. Neste
relatório iremos abordar 3 tipos de temporizadores, são:

TP – Temporizador por Pulso;

TON – Temporizador com Atraso na Energização;

TOF – Temporizador com Atraso na Desenergização.

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3.3.1. Temporizador Por Pulso – TP

O Temporizador por Pulso ou “Pulse Timer – TP” é um dos temporizadores


mais utilizados, e seu funcionamento é da seguinte maneira, quando a entrada
IN passa de falsa para verdadeira, chamamos de borda de subida, a saída Q vai
para o nível lógico 1 e assim permanecerá ate que se esgote o tempo
programado (PT). Quando se é detectada a borda de subida na entrada IN, o
tempo em que a saída permanece ligada é fixo, independentemente de a entrada
IN continuar ligada ou não. Podemos observar que as variações na entrada IN
só serão detectadas depois que o período de tempo atual estiver esgota.

Figura 03 – Representação do Temporizador por Pulso – TP

Fonte: (FRANCHI, M. Claiton; CAMARGO, A. L. Valter, 2008).

3.3.2. Temporizador com Atraso na Energização – TON

O Temporizador com Atraso na Energização ou “Timer on Delay – TON”


funciona da seguinte maneira, a temporização inicia quando o sinal da entrada
IN vai para o nível lógico 1. Quando isso ocorre, o registro que contém o valor
acumulado ET é incrementado segundo a base de tempo. Quando o valor ET for
igual ao valor PT, pré-selecionado, a saída Q do bloco é energizada. Se a
entrada for desativada antes de decorrido o tempo programado, a temporização
para e o tempo acumulado é reiniciado com o valor de zero.

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Figura 04 – Representação do Temporizador com Atraso na Energização - TON

Fonte: (FRANCHI, M. Claiton; CAMARGO, A. L. Valter, 2008).

3.3.3. Temporizador com Atraso na Desenergização - TOF

O Temporizador com Atraso na Desenergização ou “Timer Off Delay – TOF”


funciona da seguinte maneira, A contagem do tempo começa quando a entrada
IN passa de verdadeira para falso, chamamos de Borda de descida e a saída
lógica Q permanece com nível lógico 1 até que o tempo previamente programado
se esgote.

Figura 05 – Representação do Temporizador com Atraso na Desenergização - TOF

Fonte: (FRANCHI, M. Claiton; CAMARGO, A. L. Valter, 2008).

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4. MATERIAL EXPERIMENTAL

Após serem atribuídos conhecimentos teóricos relacionado ao CLP e sua


linguagem de programação em Ladder, iremos abordar os procedimentos
experimentais e para isso precisamos conhecer os materiais a serem utilizados
nos experimentos em sala de aula.
Segue abaixo a lista de materiais utilizados:

Kit com CLP Moeller Easy 620-DC-TC, com sistema de alimentação 24VCC
através de ponte retificadora alimentada em 220VCA com Disjuntor Bipolar
Siemens 6A.

Cabos de Conexão tipo “banana"

Kit com Tomada de Alimentação trifásica 220VCA 3~, com Disjuntor tripolar Siemens
20A.

Kit de Contatores Siemens

Motor 3~ WEG de 1/4 de CV

Kit de Relé térmico Siemens

Multímetro Digital

Botoeiras NA e NF

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5. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL
Para a realização dos experimentos devemos seguir procedimentos de
execução e de segurança, pois estaremos trabalhando com energia elétrica em
corrente contínua e alternada. Sempre devemos nos atentar as partes
energizadas para que não ocorra nenhum incidente/acidente nem danifique os
equipamentos. Os passos a passos iniciais seguem os mesmo para todos os
experimentos que são:

1° Observar os exercícios propostos e realizar anotações necessárias.


2° Separar os equipamentos necessários de acordo com o exercício
proposto.
3° Disposicionar os equipamentos na bancada de forma organizada e
estratégica.
4° Realizar a montagem do circuito de comando e Energizar os
equipamentos, sempre se atentando com a segurança.
5° Realizar a programação do CLP de acordo com a aplicação proposta.
6° Realizar testes de funcionamento do comando e lógica de funcionamento.
7° Realizar a montagem do circuito de potência e interligar ao comando,
sempre se atentando com a segurança.
8° Certificar o pleno funcionamento do processo de acordo com a aplicação
proposta e apresentar experimento ao docente para avaliação.
9° Desenergizar os circuitos de comando e potência, e realizar
desmontagem do experimento.
10° Guardar os equipamentos utilizados, mantendo a limpeza e organização
da bancada e armário de equipamentos.

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5.1. Experimento 01 – Partida Direta e Contato Selo


Neste 1° experimento iremos verificar o funcionamento do CLP e iniciar as
programações em Ladder. Nesta aplicação proposta, devemos realizar uma
partida direta de um motor trifásico 220VCA 3~, com contato selo. Utilizando um
botão desliga, contato NF; um botão liga, contato NA; um contato de relé térmico,
contato NF, e uma bobina do contator.
Nota: O Contato Selo é um contato normalmente aberto do contator que
quando energizado “sela” o circuito, mantendo o funcionamento do circuito
apenas com um pulso no botão liga, energizando o contator. Este contato é
aberto apenas quando acionado o botão desliga ou é atuado o relé térmico,
desenergizando o circuito e abrindo o selo do contator.

Figura 06 – Programação em Ladder, Partida Direta com Contato Selo.

Fonte: Figura do Autor


Legenda:
I01 – Entrada Relé Térmico I02 – Entrada Botão Desliga
I03 – Entrada Botão Liga Q01 – Saída Bobina Contator

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Como podemos observar no Diagrama em Ladder, temos as entradas


sendo representada pela letra I e a saída e contato selo sendo representados
pela letra Q. Onde a entrada I01 é um contato NA referente ao sinal recebido do
Relé Térmico, e a Entrada I02 é um contato NA referente ao sinal recebido do
botão Desliga, e I03 é um contato NA referente ao sinal de pulso recebido do
botão Liga. Também temos Q01 sendo o contato NA do contator, utilizado para
ser feito o contato selo do circuito e na Saída Q01 sendo a bobina da carga onde
está sendo representando a alimentação do comando do contator.

Figura 07 – Diagrama de Potência e Comando Elétrico da Partida Direta com Contato


Selo

Fonte: Figura do Autor

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5.1.1. Descritivo de Funcionamento da Partida Direta com Contato Selo

Quando alimentado o circuito, devemos garantir que esteja sendo acionado as


entradas I01 e I02 que são contatos NF em campo, referente ao Relé Térmico e
Botão Desliga, respectivamente. Após, com um pulso de sinal na entrada I03,
referente ao Botão Liga, podemos observar sendo energizado a saída Q01 referente
a bobina do contator e sendo acionado o fechamento do contato NA Q01 do
Contator, referente ao contato selo. Assim como se pode observar no diagrama
elétrico de potência, após atuar os componentes do circuito, deve se obter o
acionamento do motor elétrico.
A partida direta é uma das formas de se ligar um motor, sendo a mais simples
pois é apenas energizado o circuito de potência a apartir de um comando seja
comandos elétricos ou CLP, e alimentando o motor em sua potência Nominal,
atingindo o RPM máximo. Nesta partida não temos controle sobre a corrente elétrica
do motor nem sobre o sentido de rotação a partir do comando.

5.2. Experimento 02 – Partida Direta com Reversão

Neste 2° Experimento iremos realizar a programação do CLP em Ladder para


uma partida direta de motor elétrico 220VCA 3~ porém com um adicional,
acrescentando um comando para reversão do sentido de rotação do motor. Devemos
observar que neste diagrama nós temos contatos de intertravamento no
acionamento dos comandos, são contatos referentes aos contatores Q1 e Q2, ambos
responsáveis pela alimentação elétrica do motor, porém atuando em sentidos
opostos e individualmente, não sendo possível serem acionados simultaneamente,
pois ocasionaria um curto-circuito na alimentação do motor.

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Figura 08 – Programação em Ladder, Partida Direta com Reversão, Sentido Horário

Fonte: Figura do Autor

Figura 09 – Programação em Ladder, Partida Direta com Reversão, Sentido Anti-Horário

Fonte: Figura do Autor

Legenda:
I01 – Entrada Relé Térmico I02 – Entrada Botão Desliga
I03 – Entrada Botão S2 Liga Horário I04 – Entrada Botão S3 Liga Anti-Horário
M01 – Memória 01 M02 – Memória 02
Q01 – Sáida Contator Horário Q02 – Sáida Contator Anti-Horário

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Figura 10 - Diagrama de Potência e Comando Elétrico da Partida Direta com Reversão

Fonte: Figura do Autor

5.2.1. Descritivo de Funcionamento da Partida Direta com Reversão

Quando alimentado o circuito, devemos garantir que esteja sendo acionado as


entradas I01 e I02 que são contatos NF em campo, referente ao Relé Térmico e
Botão Desliga, respectivamente. Quando acionado o botão S2 deverá ser acionado
a entrada I03, responsável por acionar a saída Q01 e alimentar a bobina do contator
Q1, assim ligando o motor em sentido horário. Devemos observar que ao acionar S2
também abrimos um contato NF que está na linha responsável por acionar Q02,
sendo assim o intertravamento de S2. Quando desejamos alterar o sentido de
rotação do motor, devemos apenas acionar o botão S3, que deverá ser acionado a
entrada I04, e em fração de segundos, irá desenergizar a linha de alimentação de
Q01, devido o intertravamento de S3, desligando o motor, e ao mesmo tempo estará
energizando a linha de acionamento da saída Q02, responsável por alimentar a
bobina do contator Q2 e ligar o motor em sentido anti-horário.

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5.3. Experimento 03 – Partida Automática Estrela-Triângulo


Neste 3° Experimento iremos abordar mais uma forma de ligar um motor
elétrico 220VCA 3~, devemos realizar a programação do CLP em Ladder para
uma partida Automática Estrela-Triângulo, onde iremos modular a corrente
elétrica do motor no instante da partida, para vencer a inercia por um
determinado tempo e assim poder atingir a sua potência nominal. Para esse
experimento devemos nos lembrar do conceito de temporizadores visto no
desenvolvimento teórico.

Figura 11 – Programação em Ladder, Partida Estrela-Triângulo

Fonte: Figura do Autor

Legenda:
I01 – Relé Térmico Q02 – Bobina Contator Q2
I02 – Botão Desliga Q03 – Bobina Contator Q3
I03 – Botão Liga T01 – Temporizador TP : 3s
Q01 – Bobina Contator Q1 T02 – Temporizador TON :3,5s

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Figura 12 – Diagrama de Potência e Comando Elétrico da Partida Automática Estrela-Triângulo

Fonte: Figura do Autor

5.3.1. Descritivo de Funcionamento da Partida Automática Estrela-


Triângulo
Quando alimentado o circuito, devemos garantir que esteja sendo acionado as entradas
I01 e I02 que são contatos NF em campo, referente ao Relé Térmico e Botão Desliga,
respectivamente. Devemos observar que neste comando nós utilizamos temporizador do
tipo TP e TON, sendo TT1 e TT2, respectivamente. Quando acionamos o botão S2, deverá
ser acionado a entrada I03, reponsável por acionar a saída Q01 referente ao contator Q1.
Quando acionado o contator Q1, deverá ser acionado a bobina do temporizador TT1, o
qual irá acionar a saída Q02, referente o contator Q2, assim fechando o circuito e
alimentando o motor em Estrela por um determinado tempo. Também quando acionamos
Q1, damos condição para acionar a bobina do temporizador TT2, o qual irá contar um
determinado tempo e acionar seu contato, fechando o circuito para o acionamento da
saída Q03 referente ao contator Q3, assim alimentando o motor em Triângulo. Porém, TT2
só poderá atuar, após TT1 esgotar o tempo e abrir o contato que alimenta o contator Q2,
pois se permanecer energizado poderá se ocasionar um curto-circuito na potência.
Devemos observar que também existe um intertravamento no acionamento de TT1, pois
quando acionamos Q3 é aberto o contato de segurança na linha em que é alimentado
TT1, assim impedindo o seu acionamento até que seja desenergizado o circuito e
reiniciado o ciclo.

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6. CONCLUSÃO

Portanto, após obtermos conhecimentos teóricos e práticos referentes ao


Controlador Lógico Programável – CLP, sua linguagem de programação em
Ladder, Temporizadores e suas aplicações, podemos afirmar que seja em
processos industriais, comerciais ou residenciais, a utilização do CLP e seus
atributos se torna indispensável para otimização, precisão e controle de
processos. Visando sempre a redução de custos, seja para instalação e
manutenção, possui fácil configuração e alteração de programações se
adaptando aos processos facilmente, e oferece maior segurança e confiabilidade
para controle de processos. Nos experimentos realizados podemos comparar a
diferença de realizarmos um diagrama de comandos elétricos e uma
programação em Ladder, sendo a programação muito mais intuitiva e de fácil
compreensão, podendo realizar modificações facilmente e entregando um
diagrama mais enxuto e sucinto, executando o mesmo processo. Vale ressaltar
também a diminuição de componentes físicos utilizados para a instalação de
uma partida automática em estrela-triângulo, por exemplo, pois não é necessário
ser utilizado temporizadores físicos, pois o CLP já possui este componente
internamente em sua lógica. Podemos concluir que os experimentos nos
trouxeram muitos conhecimentos e agregaram valores aos discentes, pois
“aprender fazendo” é muito importante para o desenvolvimento profissional,
onde conseguimos enxergar cada detalhes presente nos exercícios propostos,
se assemelhando com as operações realizadas na indústria, visando também
sempre a segurança e preservação dos patrimônios.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• NATALE, Ferdinando. Automação Industrial: Série Brasileira de Tecnologia.


10°Edição. São Paulo, Editora Érica, 2015.

• FRANCHI, M. Claiton; CAMARGO, A. L. Valter. Controladores Lógicos


Programáveis: Sistemas Discretos. 1° Ediçao. São Paulo, Editora Érica, 2008.

• NASCIMENTO, G. Comandos Elétricos: Teoria e Atividades. 1° Edição. São Paulo,


Editora Érica, 2011.

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