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Matemática Volume 2
9. 9. Matemática Volume 2

ano
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C. Produto
Manuel Marques e Paula Ferreira

Matemática Volume 2
Componentes do projeto:

Manual do aluno
Caderno de Preparação para o Exame Nacional
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Caderno de atividades DE ACORDO COM O NOVO
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MANUAL CERTIFICADO pela Faculdade DE ACORDO COM O NOVO
de Ciências da Universidade de Lisboa, PROGRAMA
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MANUAL CERTIFICADO
A Santillana publicou a obra Projeto Desafios Matemática 9.o ano Conforme o novo pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
em dois volumes para reduzir o peso a transportar pelos alunos.
Os dois volumes não podem ser vendidos separadamente.
Acordo Or tográfico
da língua portuguesa

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9.
Matemática Volume 2

ano

Projeto Desafios

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ÍNDICE

Axiomática, paralelismo,
5 6
Unidade

Unidade
Lugares Geométricos
perpendicularidade e Circunferência 54
e medida 4

Atividades iniciais 55
Atividades iniciais 5
6.1 Identificar lugares geométricos 56
5.1 Axiomatização da Geometria 6
Circuncentro do triângulo
Vocabulário do método axiomático
Bissetriz de um ângulo convexo
F actos essenciais da axiomatização
Incentro do triângulo
da Geometria
Verificar a aprendizagem 62
Verificar a aprendizagem 11
Identificar outros lugares
5.2 Paralelismo e perpendicularidade 6.2 geométricos 64
de retas e planos 12
Ortocentro
 eometria euclidiana e o axioma
G
das paralelas Baricentro
Posições relativas de retas no plano Verificar a aprendizagem 66
P lanos paralelos, retas paralelas e retas
paralelas a planos
6.3 Ângulo ao centro 68
Arco de circunferência
Planos perpendiculares e retas perpendiculares
Ângulo ao centro e arco de circunferência
a planos
Verificar a aprendizagem 71
Verificar a aprendizagem 22
Relação entre ângulos,
5.3 Medida 25 6.4 arcos e cordas 73
Distância entre pontos e planos Cordas e arcos compreendidos entre retas
 istância entre uma reta paralela
D paralelas
a um plano e esse plano  eta que passa pelo centro de uma circunferência
R
Distância entre dois planos paralelos e é perpendicular a uma corda
Comparar e calcular volumes Verificar a aprendizagem 75
Comparar e calcular áreas Ângulos inscritos e outros
Verificar a aprendizagem 33
6.5 ângulos excêntricos 77
Hiperpágina 38 Ângulo inscrito
Síntese 40 Ângulo do segmento
Atividades globais 44 Ângulo ex-inscrito
Autoavaliação 48 Ângulo convexo de vértice no interior
E stratégias para a resolução de um círculo
de problemas e jogos 50 Ângulo de vértice no exterior de um círculo
Investigar 52 Verificar a aprendizagem 82

6.6 Polígonos regulares 84


Construção
Ângulos internos de um polígono convexo
Ângulos externos de um polígono convexo
S oma de ângulos opostos de um quadrilátero
inscrito numa circunferência
Verificar a aprendizagem 87
Hiperpágina 90
Síntese 92

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Atividades globais 95

Unidade
Autoavaliação 98 ESTATÍSTICA
 etrato de um matemático
R E PROBABILIDADES 142
— Arquimedes 100
P roblemas famosos
— Problema da quadratura do círculo 101
Investigar 102

7
Unidade

TRIGONOMETRIA NO
TRIÂNGULO RETÂNGULO 104

Atividades iniciais 143

Organizar e representar dados


8.1 em histogramas 144
Variáveis estatísticas
Dados agrupados em classes
Histogramas
Verificar a aprendizagem 147

Atividades iniciais 105 8.2 Experiência aleatória 149


Hiperpágina 106 Experiências aleatórias e deterministas
Acontecimento
Razões trigonométricas
7.1 de um ângulo agudo 108
Verificar a aprendizagem 152

Construção de triângulos retângulos 8.3 Probabilidade de um acontecimento 154


a partir de um ângulo agudo Noção de probabilidade
Seno, cosseno e tangente Propriedades
Utilização da calculadora Verificar a aprendizagem 158
Verificar a aprendizagem 111
8.4 Métodos de contagem 160
Determinação do comprimento do lado
7.2 de um triângulo retângulo 113
Tabela de dupla entrada
Diagrama em árvore
Verificar a aprendizagem 115
Diagrama de Venn
Relações entre razões Verificar a aprendizagem 162
7.3 trigonométricas 117
Relação entre o seno e o cosseno 8.5 Probabilidade experimental 164
Relação entre a tangente, o seno e o cosseno Probabilidade e frequência relativa
Relações entre razões trigonométricas Estimativa de uma probabilidade
de ângulos complementares Verificar a aprendizagem 166
Razões trigonométricas dos ângulos Síntese 168
de 30°, 45°e 60° Hiperpágina 172
Verificar a aprendizagem 122 Atividades globais 174
Determinação da amplitude Autoavaliação 178
7.4 de um ângulo agudo 124 Retrato de um matemático
Verificar a aprendizagem 127 — Blaise Pascal 180
Síntese 129 Problemas famosos
— O problema do grão-duque da Toscana 181
Atividades globais 132
Investigar 182
Autoavaliação 136
Retrato de um matemático
— Terence Tao 138
Problemas famosos
— O perímetro da Terra 139
TESTE INTERMÉDIO 2 184
Investigar 140
SOLUÇÕES 188

ANEXOS 207

   3

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5
Unidade

Axiomática, paralelismo,
perpendicularidade e medida

Atividades iniciais 5
5.3 Medida 25
5.1 Axiomatização da Geometria 6
Vocabulário do método axiomático Distância entre pontos e planos
F actos essenciais da axiomatização  istância entre uma reta paralela a um plano
D
da Geometria e esse plano
Verificar a aprendizagem 11 Distância entre dois planos paralelos
Comparar e calcular volumes
5.2 Paralelismo e perpendicularidade
de retas e planos 12 Comparar e calcular áreas
Geometria euclidiana e o axioma das paralelas Verificar a aprendizagem 33
Posições relativas de retas no plano Hiperpágina 38
P lanos paralelos, retas paralelas e retas Síntese 40
paralelas a planos Atividades globais 44
P lanos perpendiculares e retas perpendiculares Autoavaliação 48
a planos E stratégias para a resolução de problemas
Verificar a aprendizagem 22 e jogos 50
Investigar 52

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Atividades iniciais

A relação de Euler
1 
Observa os sólidos geométricos a seguir representados.

A. C. E. G. I.

B. D. F. H. J.
u6p49h2 u6p49h3 u6p49h4 u6p49h5
u6p49h1

1.1 Indica:
u6p49h8 u6p49h9 u6p49h10
u6p49h6
a) os poliedros; u6p49h7 c) os paralelepípedos;
b) os prismas; d) as pirâmides.
1.2 Para cada um dos poliedros, regista o número de faces (F), o número de vértices (V) e o
número de arestas (A). Organiza os dados numa tabela.
1.3 Verifica a relação de Euler para os poliedros convexos.

Cubos
2  das seguintes representações são planificações do cubo?
Quais

A. B. C.  D. E. F.

3  sólidos A, B e C são constituídos por cubos com 1 cm de aresta.


Os u6p49h16
u6p49h11 u6p49h12 u6p49h13u6p49h14
A B u6p49h15
C
Vista de cima (planta)

Vista da direita

Vista de frente

3.1 u6p49h17
Para cada sólido, representa: u6p49h18 u6p49h19
a) a vista de frente; b) a vista da direita; c) a vista de cima (planta).
3.2 Determina a área da base de cada um dos três sólidos.
3.3 Indica o volume de cada sólido.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  5

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5.1 Axiomatização da Geometria
Tarefa 1
Considera, nas regras do jogo de xadrez, os movimentos da peça
representada por um cavalo.
1  uma folha quadriculada, representa um tabuleiro de xadrez e indica
N
todas as posições que um cavalo pode tomar numa jogada, partindo
de um ponto fixo.
2 Modifica a regra de movimentação do cavalo e indica as posições que,
após uma jogada, o cavalo pode tomar.
3 Os jogos, um com a regra original e outro com a regra criada, seriam
o mesmo?

Vocabulário do método axiomático


A humanidade tem-se ocupado com a Matemática desde os tempos remo-
tos e a sua compreensão tem mudado com o decorrer do tempo.

O termo «teoria» é muito utilizado nos mais variados contextos. Nem sem-
pre o significado que lhe é atribuído é o mais adequado ou o mais preciso.

U5P6H1r Uma teoria é um dado conjunto de proposições consideradas verda-


deiras. Incluem-se também na teoria todas as proposições que delas
forem dedutíveis logicamente.

Exemplos:
Repara
Uma proposição é uma • A Geometria euclidiana estuda as relações entre pontos, retas e planos.
afirmação matemática • A Teoria dos Números estuda as relações entre os números.
que é verdadeira ou falsa.
Exemplos: Recorre-se a definições com o propósito de explicar com exatidão conceitos,
• «2 é maior do que 1» tornando-os mais claros. Há, no entanto, que evitar as definições circulares
• «2 é primo» que não têm qualquer utilidade.
• «7 é divisível por 2»
Por exemplo, a definição seguinte do termo «mamífero»:

«Um mamífero é um animal cujos pais são mamíferos»,

é uma definição circular, pois usa o conceito a ser definido como uma parte
da definição ou assume uma compreensão do conceito antes de o ter defi-
nido.

Uma demonstração matemática é um argumento matemático rigoroso que


estabelece a verdade de uma dada proposição.

Numa demonstração deduzimos uma proposição a partir de outras propo-


sições, seguindo certas regras de inferência lógica.

Uma proposição que foi demonstrada constitui um teorema.

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Para podermos deduzir logicamente proposições sem cairmos em raciocí-
Repara
nios circulares, necessitamos de fixar alguns objetos, algumas relações entre
No dicionário de português
objetos e algumas proposições. encontramos como
sinónimos de inferir:
concluir, deduzir,
Numa teoria é necessário fixar: depreender, apurar, …
• alguns objetos que não definimos, chamados objetos primitivos;
• a lgumas relações entre objetos, que não se definem a partir das
outras, chamadas relações primitivas;
• a lgumas proposições que se consideram verdadeiras, sem as demons-
trarmos, chamadas axiomas.

Um conjunto de objetos primitivos, relações primitivas e axiomas, a par-


tir dos quais todos os objetos e relações da teoria possam ser defini-
dos e todas as proposições verdadeiras demonstradas, é designado
por axiomática da teoria.

Outros objetos de uma teoria poderão ser definidos a partir dos primitivos
ou de objetos previamente definidos.

Os objetos primitivos, as relações primitivas e os axiomas da teoria podem


ter interpretações intuitivas, o que permite aplicar os teoremas à resolução
de problemas da vida real. A validade de uma teoria pode ser testada como
modelo da realidade em determinado contexto.

Por exemplo, o Teorema de Pitágoras, tal como o Teorema de Tales, permi-


tem resolver problemas da vida real.

Os teoremas, quando são considerados resultados auxiliares para a demons-


tração de um teorema considerado mais relevante, podem ser designados
por lemas.

Os teoremas que, no desenvolvimento de uma teoria, surgem como conse-


quências estreitamente relacionadas com um teorema considerado mais
relevante, podem ser designados por corolários.

Na demonstração de um teorema podem ser usados axiomas, definições e


teoremas previamente demonstrados.

Considera a afirmação:

«Se um jovem é praticante de futebol, então, é um praticante de desporto».

Podemos distinguir duas partes: a condição necessária e a condição sufi-


ciente.

Ser praticante de futebol é uma condição suficiente para ser praticante de


desporto. Basta ser praticante de futebol para ser praticante de desporto.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  7

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No entanto, ser praticante de futebol não é uma condição necessária para
se ser praticante de desporto. Não é indispensável ser praticante de futebol
para ser praticante de desporto, pois há outros praticantes, por exemplo, de
andebol ou de atletismo, que não são praticantes de futebol e são pratican-
tes de desporto.

Porém, ser praticante de desporto é uma condição necessária para se ser


praticante de futebol. É indispensável ser praticante de desporto para se ser
praticante de futebol, pois não se pode ser praticante de futebol sem se ser
também praticante de desporto.

Ser praticante de desporto não é uma condição suficiente para ser prati-
cante de futebol. Com efeito, pode ser-se praticante de desporto e não se
ser praticante de futebol; pode, por exemplo, ser-se praticante de andebol
ou atletismo.

Dizemos, de modo mais abreviado, que o facto de alguém ser praticante de


futebol implica que é praticante de desporto, mas o facto de alguém ser
praticante de desporto não implica que seja praticante de futebol.

Utilizamos o símbolo & entre a condição suficiente e a condição necessária.

Dizemos que A & B é uma implicação.

Exemplos:

• « O número a é um número racional» & «O número a2 é um número


racional»
a
• «A fração é irredutível» & m.d.c (a, b) = 1
b
Dada uma implicação A & B, a implicação recíproca é B & A.

Exemplo:

A implicação recíproca de «Se um número é múltiplo de 4, então, é um


número par» é «Se um número é par, então, é múltiplo de 4». Neste caso,
a primeira é uma implicação verdadeira e a segunda, a sua recíproca, é
falsa.

Existem condições que são necessárias e suficientes em simultâneo.

Por exemplo:

«Um número é racional se, e só se, pode escrever-se na forma de fração.»

Um número ser racional é condição necessária e suficiente para se poder


escrever na forma de fração.

Em muitos teoremas podemos distinguir duas partes:

• a hipótese, conjunto de uma ou mais proposições de que se parte;

• a tese, afirmação que se pretende provar, a partir da hipótese.

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Exemplos:
• «
 Num triângulo retângulo a soma dos quadrados das medidas dos com-
primentos dos catetos é igual ao quadrado da medida do comprimento
da hipotenusa.»

Hipótese:
[ABC] é um triângulo retângulo.

Tese:
A soma dos quadrados das medidas dos comprimentos dos catetos de
[ABC] é igual ao quadrado da medida do comprimento da hipotenusa.

 A soma das amplitudes dos ângulos internos de um polígono com n


• «
lados é (n - 2) × 180°.»

Hipótese:
O polígono P tem n lados.

Tese:
A soma das amplitudes dos ângulos internos de P é (n - 2) × 180°.

Exercício resolvido

1. Considera a implicação:
«Se um polígono é um paralelogramo, então, é um quadrilátero.»

a) Distingue a condição suficiente da condição necessária.


b) Enuncia a implicação recíproca e diz se é uma implicação verdadeira.

2. Identifica a hipótese e a tese no teorema seguinte:


A soma das amplitudes dos ângulos internos de um quadrilátero é igual
a 360°.

Resolução:
1. a) Condição suficiente:
O polígono é um paralelogramo.
Condição necessária:
O polígono é um quadrilátero.
b) «
 Se um polígono é um quadrilátero, então, é um paralelogramo» é a
implicação recíproca, que é falsa.

2. Hipótese:
O polígono é um quadrilátero.
Tese:
A soma das amplitudes dos ângulos internos é 360°.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  9

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Factos essenciais da axiomatização
da Geometria
Um dos matemáticos mais conhecidos é Euclides, do qual se conhece um
único trabalho, constituído por 13 volumes, Os Elementos, obra escrita há
cerca de 24 séculos, em que a Geometria é apresentada como uma teoria
hipotético-dedutiva através de uma axiomática.

Historicamente foram apresentadas para a Geometria euclidiana diversas


axiomáticas que foram sendo aperfeiçoadas. Dadas duas dessas axiomáti-
cas, é possível definir os termos e relações primitivas de uma através dos
termos e relações primitivas da outra e é possível demonstrar os axiomas de
uma dessas axiomáticas a partir dos axiomas da outra; por esse motivo,
designamo-las por axiomáticas equivalentes. Essas axiomáticas condu-
zem aos mesmos teoremas.

Existem axiomáticas da Geometria que tomam como objetos primitivos os


pontos, as retas e os planos, e outras que tomam apenas como objetos pri-
mitivos os pontos.

A relação «B está situado entre A e C» estabelecida entre pontos de um trio


ordenado (A, B, C), assim como a relação «os pares de pontos (A, B) e (C, D)
são equidistantes», entre pares de pontos, podem ser tomadas como
relações primitivas da Geometria.

Da axiomática original de Euclides faziam parte um conjunto de propo-


sições, designadas por «postulados» e «axiomas», que eram aceites sem
demonstração. Distinguiam-se postulados e axiomas, de acordo com o que
se supunha ser o respetivo grau de evidência e domínio de aplicabilidade.
Nas axiomáticas atuais essa distinção não é feita, tomando-se o termo «pos-
tulado» como sinónimo de «axioma».

Exemplo:

Na axiomática de Euclides, existem cinco postulados e cinco axiomas.

São exemplos de um postulado e um axioma, respetivamente, as seguintes


proposições:

«Dados dois pontos, há um segmento de reta que os une.»

«Duas quantidades iguais a uma terceira são iguais entre si.»

O que deves saber


• Vocabulário do método axiomático
• Factos essenciais da axiomatização da Geometria

10

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Verificar a aprendizagem

VOCABULÁRIO DO MÉTODO AXIOMÁTICO E FACTOS DE AXIOMATIZAÇÃO DA GEOMETRIA

1 Considera
 a seguinte implicação:
«Se um número natural termina em zero, então, é múltiplo de 5.»
a) Distingue a condição necessária da condição suficiente.
b) Indica a implicação recíproca e diz se é verdadeira.

2 Indica
 se cada uma das proposições seguintes é verdadeira ou falsa:
a) Uma teoria inclui todas as proposições que forem dedutíveis logicamente, de um conjunto de pro-
posições consideradas verdadeiras nessa teoria.
b) Uma proposição verdadeira numa teoria é verdadeira em qualquer teoria.
c) A
 s proposições que se consideram verdadeiras sem as deduzir de outras chamam-se relações
primitivas.
d) Uma axiomática de uma teoria inclui um conjunto de objetos primitivos.
e) Alguns teoremas podem ser designados por lemas e outros por corolários.

3 Copia
 e completa cada uma das alíneas seguintes com uma das palavras «necessária» ou «suficiente»
de modo a obteres afirmações verdadeiras.
a) D
 ado um número natural p, é condição , para que p seja um número natural, que
p seja um quadrado perfeito.
b) É condição , para que um número natural seja par, que termine em zero.
c) É condição , para que um triângulo seja equilátero, que tenha os três ângulos iguais.
d) É condição , para que um paralelogramo seja um losango, que as diagonais sejam
perpendiculares.

4 Nas
 alíneas do exercício anterior, indica em que casos a afirmação continua verdadeira se as comple-
tares com a expressão «necessária e suficiente».

5 Em
 cada um dos seguintes teoremas, identifica a hipótese e a tese:
a) Num triângulo, a ângulos iguais opõem-se lados iguais.
b) Num polígono convexo, a soma das amplitudes dos ângulos externos com vértices distintos é 360º.
c) O produto de dois números racionais negativos é um número racional positivo.
d) Dois ângulos alternos internos têm igual amplitude.

AUTOAVALIAÇÃO Sei utilizar o vocabulário do método axiomático e factos essenciais da


axiomatização da geometria?

Tarefa de investigação

6 Investiga o significado de:


a) autorreferência;
b) contradição;
c) círculo vicioso;
d) paradoxo lógico.

7 Procura exemplos de cada um dos termos das alíneas do item anterior.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  11

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Paralelismo e perpendicularidade
5.2 de retas e planos
Tarefa 2
Considera, no plano, o triângulo [ABC] e o paralelogramo
[DEFG].
A E F 1  om os vértices da figura, e utilizando as letras
C
correspondentes indica duas retas:
a) coincidentes;
b) paralelas;
B C D G
c) concorrentes.
2 Com uma altura do triângulo, indica uma reta perpendicular
a uma reta que contenha um dos lados do paralelogramo.

U5P13H1r Geometria euclidiana e o axioma das paralelas

Axioma euclidiano de paralelismo


P
Por um ponto P exterior a uma reta r não passa mais do que uma reta
r
a ela paralela.

O 5.º postulado de Euclides, tal como enunciado na obra Os Elementos,


estabelece o seguinte:

5.º postulado de Euclides


Se duas retas num plano, intersetadas por uma terceira, determinam
81,99º com esta ângulos internos do mesmo lado da secante, cuja soma é
U5P13H3r inferior a um ângulo raso, então, as duas retas intersetam-se no semi-
90º plano determinado pela secante que contém esses dois ângulos.

Este postulado é equivalente ao axioma euclidiano de paralelismo no sen-


tido em que substituindo um pelo outro obtemos axiomáticas equivalentes.

Introduzindo modificações na axiomática da Geometria euclidiana é possível


construir novas teorias.

Por exemplo, se substituirmos o 5.º postulado de Euclides pela sua negação


obtemos outras teorias que se designam por Geometrias Não-euclidianas.
Se esta for a única modificação à axiomática original da Geometria eucli-
U5P13H4r diana a teoria resultante designa-se por Geometria hiperbólica ou de Loba-
chewski.

Recorda
Duas retas dizem-se Posições relativas de retas no plano
complanares se e só se
estão contidas num Vamos demonstrar três teoremas da Geometria euclidiana aplicando o
mesmo plano. Se não axioma euclidiano de paralelismo (ou o 5.º postulado de Euclides).
existir nenhum plano que
contenha as duas retas,
então, dizemos que estas Se uma reta interseta uma de duas paralelas e é com elas complanar,
são não complanares. então, interseta a outra.

12

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Demonstração:
Consideremos duas retas paralelas, a e b, uma reta c, complanar com a e b, c
P
que interseta a reta b no ponto P. b

Vamos mostrar que a reta c também interseta a reta a.


a

O ponto P não pertence à reta a, pois pertence à reta b e as retas a e b são


paralelas.

Pelo axioma euclidiano de paralelismo sabemos que por um ponto exterior


a uma reta não passa mais do que uma reta a ela paralela. Como b é para-
lela a a e passa em P, a reta c, distinta de b, não pode ser paralela a a.

Logo, as retas a e c são complanares e não paralelas, pelo que se interse-


tam.
U5P13H5r
Ângulos correspondentes determinados por uma secante em duas
retas paralelas são iguais.

Demonstração: t s
Considera a reta r, secante a duas retas paralelas s e t. Designa por a e b a g
dois ângulos correspondentes determinados em s e t pela reta r. b
r
A soma de a com g (assinalado na figura) não é inferior a um ângulo raso,
pois, nesse caso, pelo 5.º postulado de Euclides, as retas s e t seriam concorren-
tes no semiplano determinado por r que contém os ângulos a e b.

Por outro lado, a soma de a com g não é superior a um ângulo raso, pois
neste caso, segundo o 5.º postulado de Euclides, as retas s e t seriam con-
correntes no outro semiplano determinado por r.

Assim, a soma de a com g é igual a um ângulo raso. Como g é suplemen-


tar de b tem-se que a e b são iguais.
U5P14H1r
Duas retas paralelas a uma terceira num dado plano são paralelas
entre si.

Demonstração:
Considera as retas distintas r e s, paralelas à reta t. r

Vamos supor que as retas r e s não são paralelas. Uma vez que são compla-
nares intersetam-se num ponto P, exterior a t (pois r é paralela a t e s é s
paralela a t). Neste caso, r e s seriam duas retas paralelas a t passando pelo
t
ponto P, contrariando o axioma euclidiano de paralelismo. Logo, as retas r e
s são paralelas.

U5P14H2r
  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  13

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Planos paralelos, retas paralelas e retas
paralelas a planos
Dados três pontos não colineares, existe um, e um só, plano que passa
pelos três pontos. Diz-se que três pontos não colineares definem um plano.
O plano definido por três pontos A, B e C denota-se por plano ABC. Duas
retas concorrentes também definem um plano.

No espaço, dois planos podem não ter pontos em comum e nesse caso
designamo-los por planos paralelos. Caso contrário, designamo-los por
planos concorrentes.

A interseção de dois planos concorrentes é uma reta.

Exemplos:
Num cubo, duas faces que não estão em planos paralelos têm uma aresta
em comum. Essa aresta está contida na reta que é a interseção dos dois pla-
nos que contêm essas faces.

Diz-se que uma reta é paralela a um plano quando não o intersetar. Uma
reta que não é paralela a um plano nem nele está contida diz-se reta secante
ao plano.

Uma reta é paralela a um plano se, e só se, é paralela a uma reta do


plano.

Exemplo:
Considera um prisma reto. Uma U5P15H1r
reta que contenha uma aresta de uma das
bases é paralela ao plano que contém a outra base do prisma reto.

U5P15H3r

Uma reta secante a um plano interseta-o exatamente num ponto.

14

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Exemplo:
Considera uma pirâmide. Uma reta que contenha uma aresta de uma face
lateral é secante ao plano que contém a base da pirâmide.

Se uma reta é secante a um de dois planos paralelos, então, é tam-


bém secante ao outro.

Exemplo:
Considera um prisma. Uma reta que contém uma aresta de uma face lateral
é secante ao plano que contém uma das bases e é também secante ao
plano que contém a outra U5P16H1r
base.

U5P16H2r

t1

Se um plano é concorrente com um de dois planos paralelos, então,


b
é também concorrente com o outro, e as retas interseção do primeiro
com cada um dos outros dois são paralelas.
g
U5P16H3r t2
Vamos verificar que se um plano a é concorrente com dois planos paralelos
b e g, então, as retas interseção do primeiro com cada um dos outros dois
são paralelas.

Considera que a reta interseção dos planos a e b é a reta t1 e que a reta


interseção dos planos a e g é a reta t2.

Supõe que as retas t1 e t2 não são paralelas. Então, por pertencerem ambas
ao plano a, as retas t1 e t2 são concorrentes, logo, têm um ponto em
comum. O ponto comum às duas retas também pertence a ambos os pla-
nos b e g, o que contraria o facto de estes planos serem paralelos. Demons-
trou-se assim que as retas t1 e t2 têm de ser paralelas.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  15

354818 004-053 U5.indd 15 13/05/15 17:11


Duas retas paralelas a uma terceira (as três não necessariamente com-
planares) são paralelas entre si.

Exemplo:
Num prisma triangular reto, as retas que contêm as arestas laterais são
paralelas entre si.

Uma condição necessária e suficiente para que dois planos distintos


sejam paralelos é que exista um par de retas concorrentes em cada
plano, duas a duas paralelas.

t1
t2 Exemplo:
a
b • As retas t1 e s1 estão contidas no plano a e são concorrentes.
s2
U5P17H2r
• As retas t2 e s2 estão contidas no plano b e são concorrentes.
s1
• As retas t1 e t2 são paralelas, tal como as retas s1 e s2.

Então, os planos a e b são paralelos.

a
g Dois planos paralelos a um terceiro são paralelos entre si.
U5P17H3r b
Demonstração:
Considera a e b dois planos, ambos paralelos ao plano g, distinto dos
outros dois.
U5P17H4r Suponhamos que os planos a e b não são paralelos. Então, intersetam-se e,
portanto, a é concorrente com b. Como b é paralelo a g, a também é con-
corrente com o plano g, o que contraria o facto de a ser paralelo ao plano
g. Demonstrou-se assim que a e b são paralelos.

Por um ponto exterior a um plano passa um único plano paralelo ao


primeiro.

Vamos provar que não existe mais do que um plano paralelo a outro que
passe por um ponto fora deste.

16

354818 004-053 U5.indd 16 13/05/15 17:11


Demonstração: g

Considera um plano a e um ponto P exterior ao plano. Considera também P b


que o plano b passa por P e é paralelo ao plano a.

Qualquer outro plano g (distinto de b) que passe por P é concorrente com a


o plano b, portanto também é concorrente com o plano a pois a e b são
paralelos. Logo, g não pode ser paralelo ao plano a, o que prova que b é o
único plano paralelo a a e que passa por P.

Planos perpendiculares e retas


perpendiculares a planos
Sejam a e b dois planos que se intersetam numa reta t. U5P18H1r
Na reta t considera dois pontos distintos O1 e O2 e, num mesmo semiplano
determinado por t em a, considera duas semirretas O o 2 A2, ambas per-
o1 A1 e O
pendiculares a t.
o1B1 e O
Considera duas semirretas O o 2 B2, num mesmo semiplano determinado
por t em b, ambas perpendiculares a t.

Os ângulos convexos A1O1B1 e A2O2B2 são iguais.

B2

B1

A2
O2
A1
a O1
t

Dados dois planos a e b que se intersetam numa reta t, quaisquer


dois ângulos convexos A1O1B1 e A2O2B2, de vértices em t e lados per-
pendiculares a t, construídosU5P18H2r
da forma anterior, são iguais. Qualquer
um destes ângulos, e a respetiva amplitude comum, é designado por
ângulo dos dois semiplanos.

Dois semiplanos que formam um ângulo reto designam-se por semiplanos


perpendiculares.
Os planos suporte de dois semiplanos perpendiculares designam-se por pla-
nos perpendiculares.

Exemplo:
Num cubo os planos que contêm duas faces com uma aresta em comum
são planos perpendiculares.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  17

354818 004-053 U5.indd 17 13/05/15 17:11


Por exemplo, na figura ao lado, os planos a e b que contêm as faces
[KMNJ] e [KALJ], respetivamente, são planos perpendiculares:

h • Têm em comum a reta JK;


• As semirretas oJN e KM
o estão num mesmo semiplano determinado por JK
J
N em a e são perpendiculares à reta h;
L
• As semirretas oJL e KA
o estão num mesmo semiplano determinado por JK
K M
A em b e são perpendiculares à reta h;
• Os ângulos convexos LJN e AKM são ângulos retos.

Se uma reta t é perpendicular a duas retas r e s num mesmo ponto P,


é igualmente perpendicular a todas as retas complanares a r e s que
passam por P, e qualquer reta perpendicular a t que passa por P está
contida no plano determinado pelas retas r e s.

t Uma reta diz-se perpendicular a um plano num ponto P quando é per-


s U5P19H1r
r pendicular em P a um par de retas distintas desse plano.
P
Podemos afirmar também que:

Uma reta t perpendicular a um plano num ponto P é perpendicular a


todas as retas desse plano que passam por P.

Efetivamente, uma reta t é perpendicular a um plano a num ponto P quando


é perpendicular a, pelo menos, duas retas desse plano que passam por P.
Mas, como vimos, isso significa que t também é perpendicular a todas as
retas complanares a essas duas retas que passam por P.

Dois planos são perpendiculares se, e só se, um deles contém uma


U5P19H2r reta perpendicular ao outro.

Demonstração:
Considera dois planos a e b. Para demonstrar o resultado anterior, vamos
provar que:

1.º Se o plano a contiver uma reta t perpendicular ao plano b, então, a é


perpendicular a b;

A reta t, contida no plano a e perpendicular ao plano b, não sendo paralela


nem estando contida em b, interseta-o exatamente num ponto que desig-
namos por P. Esse ponto é comum aos dois planos, que não são coinciden-
tes, e pertence à sua interseção, que, como sabemos, é
uma reta que designamos por s. Sendo a reta t perpendi-
cular ao plano b, é perpendicular a todas as retas conti-
t
a das em b e que passam por P, em particular, t é perpen-
dicular a s. Consideremos a reta r contida em b, que
b
P
s passa em P e é perpendicular a s; concluímos que r tam-
bém é perpendicular a t. O plano a é perpendicular a b,
r
pois r e t são perpendiculares a s (reta de interseção dos
dois planos) e perpendiculares entre si.

18

354818 004-053 U5.indd 18 13/05/15 17:11


2.º Se o plano a for perpendicular ao plano b, então, contém uma reta t
perpendicular a b.

Se o plano a for perpendicular a b, a sua interseção é uma reta que desig-


namos por s. Considerando um ponto P de s, uma reta t contida em a e
perpendicular a s em P, e uma reta r contida em b e perpendicular a s em P,
então, estas duas retas formam quatro ângulos retos, ou seja, são perpendi-
culares. Como a reta t é perpendicular a s e a r, então, é perpendicular ao
plano que as contém, isto é, ao plano b.
B
Dado um ponto A e um plano a, existe uma única reta que passa por
A e é perpendicular a a.
A interseção dessa reta com o plano a designa-se por pé da perpen- A
dicular e também por projeção ortogonal do ponto A no plano a.
No caso de o ponto A pertencer ao plano a, a reta perpendicular a a
que passa por A designa-se por reta normal ao plano a em A.

Vamos mostrar que, dado um ponto e um plano, não existe mais do que
Recorda
uma reta que passe pelo ponto e seja perpendicular ao plano.
Num plano:
Vamos supor que por um ponto P passam duas retas, distintas, r e s, perpendi-
— dada uma reta r e um
culares ao plano a. As retas r e s são concorrentes, logo, definem um plano ponto P, não pertencente
que designamos por b. O plano b é distinto de a porque contém a reta r a r, existe uma única reta
que não está em a. Vamos distinguir dois casos: perpendicular a r passando
por P;
1.º O ponto P pertence ao plano a; — dadaU5P20H1r
uma reta r e um
ponto P a ela pertencente,
Neste caso, os planos a e b têm um r s
existe uma única reta
ponto em comum, logo são concor- perpendicular a r passando
por P.
rentes, pelo que a sua interseção é b

uma reta que designamos por t. t


Como t é uma reta do plano a e a P
passa em P podemos concluir que r
e s são perpendiculares a t.
Concentremo-nos no plano b. Neste
plano as duas retas r e s são perpen-
diculares a t no ponto P. Logo, r e s não podem ser distintas, pelo que r = s.

2.º O ponto P não pertence ao plano a.

Consideremos os pontos R e S, r
s
pontos de interseção de r e s, res-
b
petivamente, com o plano a. Os P
três pontos P, R e S pertencem U5P20H2r t
a b. Os planos a e b são conco- a R
S
rrentes e a reta de interseção, que
designamos por t, contém os pon-
tos R e S.
Concentremo-nos no plano b. Neste plano, as retas r e s são perpendiculares
a t e passam no ponto P. Logo, r e s não podem ser distintas, pelo que r = s.
Concluímos que a reta perpendicular a um plano que passa por um ponto
é única.

U5P21H1r
  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  19

354818 004-053 U5.indd 19 13/05/15 17:11


Dada uma reta r e um ponto P, existe um único plano perpendicular a r
passando por P.
Se P pertencer a r, o plano perpendicular a r passando por P é o lugar
geométrico dos pontos do espaço que determinam com P uma reta
perpendicular a r e designamo-lo por plano normal a r em P.

Se P não pertencer a r, o plano perpendicular a r passando por P é o


lugar geométrico dos pontos que determinam com o pé da perpendi-
cular traçada de P para r, uma reta perpendicular a r e designamo-lo
por plano perpendicular (ou normal) a r passando por P.
r

P
U5P21H2r

Exemplo:
Considera o cubo [ABCDEFGH] da figura seguinte.

H
E G
F

U5P21H3r

C
D B
A

O único plano perpendicular a AF que passa por F é o plano EFG. As retas


EF, HF e GF são perpendiculares a AF.

O único plano perpendicular a DE passando por A é o plano ABC. O ponto


D é o pé da perpendicular traçada de A para DE.
U5P21H4r
Se uma reta é perpendicular a um de dois planos paralelos, então, é
perpendicular ao outro.
Dois planos perpendiculares a uma mesma reta são paralelos.

20

354818 004-053 U5.indd 20 13/05/15 17:11


Exemplo: t
F
E G
Considera o prisma [ABCDEFGH] e a reta t perpendicular ao plano ABC. H
B
A
Como o plano EFG é paralelo ao plano ABC, a reta t também é perpendicu- C
D
lar ao plano EFG.

Dado um segmento de reta [AB], o plano normal à reta suporte do seg-


mento de reta no respetivo ponto médio designa-se por plano mediador
desse segmento de reta.
A
G D
M
F E U5P22H2r
B

O plano mediador de um segmento de reta [AB] é o conjunto dos


pontos do espaço equidistantes de A e B.

Na figura, tem-se: FA = FB ; GA = GB ; DA = DB ; EA = EB ; MA = MB.

Exemplo:
No cubo [ABCDEFGH], da figura ao lado, considera o plano BDE. E
F
U5P22H3r G H
A reta FH é perpendicular ao plano BDE. O plano BDE é o plano normal à D
reta suporte do segmento [FH] no seu ponto médio. O plano BDE é o plano A
C
mediador do segmento de reta [FH]. O ponto E é equidistante de F e H, tal B
como os pontos B, D e G.

O plano mediador do segmento de reta [AC] também é o plano BDE.

Exercício resolvido

O prisma [ABCDEF] é reto.


Prova que os planos ABC e ACD são perpendiculares. U5P22H4r
D
A
E
F
B
C
Resolução:
Os planos ABC e ACD são perpendiculares porque o plano ACD contém a
reta AD (perpendicular a duas retas distintas, AC e AB, do plano ABC) que é
perpendicular ao plano ABC. u6p61h7

O que deves saber


• Caracterizar a Geometria euclidiana através do axioma das paralelas.
• Identificar posições relativas de retas no plano.
• Identificar planos paralelos, retas paralelas e retas paralelas a planos.
• Identificar planos perpendiculares e retas perpendiculares a planos.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  21

354818 004-053 U5.indd 21 13/05/15 17:11


Verificar a aprendizagem

Geometria Euclidiana e o axioma das paralelas

1 Indica se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas.


a) O axioma euclidiano de paralelismo é equivalente ao 5.º postulado de Euclides.
b) As axiomáticas da Geometria euclidiana e da Geometria hiperbólica são equivalentes.
c) Os termos primitivos de uma axiomática são sempre os termos primitivos de qualquer axiomática.
d) Na axiomática original de Euclides fazia-se a distinção entre postulados e axiomas.
e) A interseção de dois planos não paralelos é um ponto.

2 Mostra
 que, no plano, se uma reta é perpendicular a uma de duas retas perpendiculares, então, é
paralela à outra.

3 Considera
 as figuras do plano seguintes.
r r
Justifica que as retas r e s são concorrentes 47,58°
126,46°
em cada uma das situações. t
t
132,91° 126,95°
s s

POSIÇÕES RELATIVAS DE RetaS E PLANOS

4 D C
[ABCDEFGH ] é um cubo.
4.1  lém de ABF, que outras designações se podem dar ao plano
A A B
que contém a face [ABFE]? H
G
4.2 Indica uma designação do plano que contém as retas BF e CG.
4.3 Indica seis retas contidas no plano ABC. E F

U5P23H1r U5P23H2r
5 [ABCDE] é uma pirâmide quadrangular regular. F é o pé da altura da pirâmide.
Indica a posição relativa das retas: u6p63h1
E
a) AB e DC f) EF e AF
b) EA e EB g) AD e BC
c) AD e DC h) EC e DC D
C
d) AF e FC i) EF e BC F
A
e) AB e EC j) AC e BD B

6 [ABCDEF] é um prisma reto, em que [ABC] é um triângulo acutângulo.


6.1 Indica a posição relativa dos planos:
A u6p63h2
a) ABE e DEF c) BCF e DAC C
b) ABC e DEF d) ABE e DEB
B
6.2 Indica a posição relativa da reta e do plano: D

a) CF e ABE c) AD e DEF F
b) AB e ADE d) BC e ACF
6.3 Identifica duas retas não complanares. E

AUTOAVALIAÇÃO  Conheço as posições relativas entre retas e planos?

u6p63h3

22

354818 004-053 U5.indd 22 13/05/15 17:11


PARALELISMO

7  D. Marta quer pôr cortinados num quarto e, por isso, tem de fixar um varão paralelo ao chão,
A
de modo que o cortinado não deslize para um dos lados. Explica como poderá proceder.

8  Jaime quer montar uma prateleira triangular, no canto de duas paredes, para colocar um televisor.
O
Como deve fixar a prateleira para que fique paralela ao chão?
D
A
9  onsidera o paralelepípedo retângulo da figura.
C B C
Prova que:
a) a reta AE é paralela ao plano BCG;
b) a reta EF é paralela ao plano DCG;
c) os planos ABC e EFG são paralelos; E
G
d) os planos FBC e EAD são paralelos. F

AUTOAVALIAÇÃO  Sei identificar paralelismo entre retas e planos e entre planos?

PERPENDICULARIDADE

10 A
 Joana quer espetar uma vara num canteiro, a fim de ajudar uma planta a crescer verticalmente.
Explica como deve fixar a vara para que fique perpendicular ao chão.

11 O
 Zito recebeu um cesto de basquetebol (constituído por um aro e uma tabela) e comprou um poste
para o fixar no exterior.
Como deve o Zito colocar a tabela de modo que fique vertical, ou seja, perpendicular ao chão?

12 Considera o paralelepípedo retângulo [ABCDEFGH] da figura.


D C
12.1 Prova que:
a) a reta BF é perpendicular ao plano EFG; A B
b) a reta AB é perpendicular ao plano BCG;
H
c) os planos ABF e EFG são perpendiculares; G
d) os planos ABF e EAD são perpendiculares.
E F
12.2 Prova que a reta BF é perpendicular à reta HF.

AUTOAVALIAÇÃO  Sei identificar perpendicularidade entre retas e planos e entre planos?


u6p64h1
Aplicar

13 O
 sólido apresentado ao lado é um prisma hexagonal regular.
13.1 Diz qual é a posição relativa: F E
a) das retas BC e IJ;    b) dos planos ABH e EDJ.
A D
13.2 Identifica:
a) uma reta oblíqua ao plano BCI; B C
L K
b) dois planos paralelos à reta BC.
G J
13.3 Prova que:
a) os planos ABC e GHI são paralelos; H I
b) os planos CDJ e GHI são perpendiculares.
13.4 D
 iz, justificando, qual a amplitude do ângulo dos dois semiplanos determinados pela reta CI
e que contêm as faces [BCIH] e [CDJI], respetivamente.
u6p64h2

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  23

354818 004-053 U5.indd 23 13/05/15 17:11


14 O
 Diogo quer verificar se uma mesa de bilhar está na horizontal, para as
bolas não caírem para um dos lados. Para isso, usa um nível de bolha de ar.
Qual das situações permite afirmar que a mesa está horizontal? Escolhe a opção correta.
A. B. C. D. 

15 Indica
 o valor lógico (verdadeiro ou falso) das frases seguintes. No caso das afirmações falsas, explica
a razão pela qual são falsas.
A. Se uma reta é paralela a um plano, então, é paralela a todas as retas desse plano.
u6p64h4 u6p64h5 u6p64h6 u6p64h7
B. Se dois planos são paralelos, então, qualquer reta de um deles é paralela ao outro plano.
C. Se uma reta é perpendicular a um plano, então, só é perpendicular a duas retas do plano que
passam pelo ponto de interseção com o plano.

Tarefa

16 O
 Diogo está a construir uma mesa de madeira. O tampo da
mesa é um paralelepípedo retângulo com 90 cm de compri-
mento, 70 cm de largura e 2 cm de altura. Para os pés, o Diogo
tem ao seu dispor vários prismas retos quadrangulares com 30
cm de comprimento e cuja aresta da base mede 2 cm.
16.1 Q
 ual é o número mínimo de pés necessário para segu-
rar o tampo de forma estável?
16.2 C
 omo pode o Diogo usar um esquadro para verificar
que os pés estão perpendiculares ao chão?
16.3 C
 omo usar um nível de bolha de ar para verificar que o
tampo é paralelo ao chão?

17 Na
 figura A, podes observar uma taça D
A B
cujo modelo geométrico é um tronco de
C
pirâmide, de bases quadradas e parale- A
las, representado a cor na figura B.
8 cm
17.1 Indica a posição relativa: H
B

a) das retas AE e BF; E G


b) da reta EF com o plano DCB. F
17.2 Q
 ual das afirmações seguintes é 12 cm
verdadeira?
A. A
 s retas AB e DC são oblí-
quas.
V
B. A
 reta AE é oblíqua ao plano
que contém a face [BCGF].
C. As retas AE e BF são paralelas.
D. A reta HG é concorrente com o plano que contém a face [ABFE ]. u6p65h3

24

354818 004-053 U5.indd 24 13/05/15 17:11


5.3 Medida
Tarefa 3
1 Constrói, em cartolina, um prisma
QUANTAS PIRÂMIDES CHEIAS DE AREIA (OU DE reto quadrangular e uma pirâmide
SAL, OU DE ARROZ) SÃO NECESSÁRIAS PARA
ENCHER UM PARALELEPÍPEDO COM A MESMA quadrangular (ambos abertos), com
BASE E A MESMA ALTURA? as medidas indicadas nas figuras.
2 Verifica que a altura do prisma e da
7 cm 7 cm
pirâmide são praticamente iguais.

7 cm

7 cm
3 Responde à pergunta da Sofia.
5 cm 5 cm
7 cm 7 cm
4 Conjetura uma fórmula para
o volume da pirâmide.

U6P50H1
Distância entre pontos e planos
u6p50h1
u6p50h1
Considera um ponto P e um plano a. Consideremos todos os segmentos de
reta cujas extremidades são o ponto P e um ponto qualquer do plano a.
Coloca-se a questão qual destes segmentos tem menor comprimento? Ou:
qual é a menor distância entre o ponto P e um ponto do plano?

b Se o ponto P pertence ao plano, a menor distância de P a um ponto do


P plano é igual a zero, uma vez que o segmento [PP] tem comprimento igual
Q
a
a zero (PP = 0).
R
Se o ponto P não pertence ao plano a, consideremos a projeção ortogonal
do ponto P no plano a que designamos por Q. Seja R um outro ponto do
plano a. As retas PQ e PR são concorrentes, logo, definem um plano que
P designamos por b. O plano b é distinto de a, pois contém o ponto P; por
outro lado, tem dois pontos em comum com o plano a, pelo que a e b são
R Q concorrentes e a sua interseção é a reta QR.

Considerando o plano b, os pontos P, Q e R definem um triângulo retângu-


lo, em que [PR] é a hipotenusa e [PQ] é um cateto. Podemos, então, con-
cluir que PQ 1 PR. Como R é um ponto qualquer do plano a, concluímos
que a distância de P à respetiva projeção ortogonal em a é inferior à distân-
cia de P a qualquer outro ponto do plano.
U5P27H1r
Dado um ponto P e um plano a, a distância entre o ponto e o
plano é a distância de P à respetiva projeção ortogonal em a.

Podemos agora definir V2


U5P27H2r altura de uma pirâ- V1
mide, ou de um cone:
é a distância do respeti-
vo vértice ao plano que
contém a base. C1 C2

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  25

354818 004-053 U5.indd 25 13/05/15 17:11


Na pirâmide da figura, o ponto C1 é a projeção ortogonal do vértice V1 no
plano que contém a base da pirâmide. A altura da pirâmide é V1C1.

No cone da figura, o ponto C2 é a projeção ortogonal do vértice V2 no plano


que contém a base do cone. A altura do cone é V2C2.

Distância entre uma reta paralela a um plano


e esse plano
b Considera uma reta t paralela a um plano a e um ponto P de t. Traça o pé
P da perpendicular de P para a. O plano definido pela reta t e pelo pé da per-
t
a pendicular traçada de P para a, que designamos por b, é perpendicular a a
r porque o plano b contém uma reta perpendicular a a (definida pelo ponto
P e pelo pé da perpendicular traçada de P para a).

Os planos a e b são concorrentes, logo, a sua interseção é uma reta que


designamos por r.

Os pontos da reta r são os pés das perpendiculares traçadas dos pontos da


reta t para o plano a. A reta r designa-se por projeção ortogonal da reta
t no plano a. As retas t e r são paralelas e a distância entre elas é a distân-
cia entre a reta t e o plano a; é menor do que a distância de qualquer
ponto de t a um ponto de a distinto da respetiva projeção ortogonal, como
vimos anteriormente.

U5P28H1r Distância entre dois planos paralelos


Dados dois planos paralelos a e b, as distâncias entre qualquer ponto de
um e a respetiva projeção ortogonal no outro são iguais. Essa distância é
menor do que a distância entre qualquer par de pontos, um em cada um
dos planos, que não sejam projeção ortogonal um do outro, como vimos
anteriormente.

Dados dois planos paralelos a e b, definimos a distância entre


os planos a e b como a distância comum entre qualquer par de
pontos, um de cada um dos planos, que sejam a projeção ortogonal
um do outro.

A altura de um prisma, relativamente a um par de bases, ou de um cilin-


dro, é a distância entre os planos que contêm as respetivas bases.

U5P28H2r
N I

M
D

26

354818 004-053 U5.indd 26 13/05/15 17:11


No prisma da figura, o vértice D é a projeção ortogonal do vértice I no plano
que contém a outra base do prisma. A altura do prisma é DI.

No cilindro da figura, o ponto M é a projeção ortogonal do ponto N, que


pertence a uma base do cilindro, no plano que contém a outra base do
cilindro. A altura do cilindro é MN.

Comparar e calcular volumes


Considera o prisma triangular reto de bases [ABC] e [DEF].

E D

B A

Vamos fazer uma decomposição deste prisma em três pirâmides triangula-


res [ACBF], [DFEA] e [ABEF].

E D

U5P29H1rF

B A

As duas primeiras têm alturas iguais _CF = ADi e bases iguais, [ABC] e [DEF],
respetivamente, pelo que têm o mesmo volume.

F E D
Recorda
O volume do prisma é igual
ao produto da área da base
U5P29H2r F
pela altura.

B A

A
C

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  27

354818 004-053 U5.indd 27 13/05/15 17:11


As pirâmides [DFEA] e E D E
[ABEF] têm bases iguais,
F
[ADE] e [ABE], respetiva- F
mente, e alturas iguais
(distância de F ao plano
que contém ambas as
bases), pelo que tam-
A B A
bém têm volumes iguais.
Concluímos que as três pirâmides têm o mesmo volume. Cada pirâmide tem
um terço do volume do prisma que decompusemos.

A medida, em unidades cúbicas, do volume de qualquer pirâmide


triangular é igual a um terço do produto da medida, em unidades qua-
dradas, da área de uma base pela medida da altura correspondente.

Podemos determinar o volumeU5P30H1r


de qualquer pirâmide,U5P30H2r
decompondo-a em
pirâmides triangulares.

Uma pirâmide quadrangular [ABCDE] pode ser decomposta, por exemplo,


em duas pirâmides triangulares [ABCE] e [ACDE].

Tem-se:
E V[ABCDE] = V[ABCE] + V[ADCE] =
A[ACB] # EF A[ADC] # EF
= +
3 3
_ A[ACB] + A[ADC]i# EF
D =
A
3
F
C A[ABCD] # EF
=
B 3

A medida, em unidades cúbicas, do volume de qualquer pirâmide


é igual a um terço do produto da medida, em unidades quadradas,
da área da base (Ab) pela medida da altura (h).
Ab # h
VPIRÂMIDE =
3

U5P30H3r
Podemos aproximar o volume do cone por volumes de pirâmides de bases
circunscritas e inscritas à base do cone e com o mesmo vértice, como por
exemplo:

E E

28

354818 004-053 U5.indd 28 13/05/15 17:11


De facto:

A medida, em unidades cúbicas, do volume de um cone é igual a


um terço do produto da medida, em unidades quadradas, da área da
base (Ab) pela medida da altura (h).
Ab # h
VCONE =
3

Para determinar a medida do volume de uma esfera necessitamos de saber


o seu raio R:

A medida, em unidades cúbicas, do volume de uma esfera, de raio


R, é igual a:
4
VESFERA = pR 3
3

Comparar e calcular áreas


A interseção de uma dada circunferência com um ângulo ao centro designa-se
por arco de circunferência. Recorda
Uma circunferência
Dada uma circunferência, a cada ângulo ao centro corresponde um arco de é o conjunto de pontos,
de um determinado plano,
circunferência.
U5P31H3r a uma distância dada de
um ponto nele fixado,
Numa circunferência, ou em circunferências iguais, o comprimento designado por centro.
de um arco de circunferência é diretamente proporcional à ampli- Um círculo é a reunião de
uma circunferência com a
tude do respetivo ângulo ao centro. respetiva parte interna.
Numa circunferência, ou em circunferências iguais, a área de um Um ângulo ao centro
setor circular é diretamente proporcional à amplitude do respetivo é um ângulo de vértice no
ângulo ao centro. centro da circunferência.
Um setor circular é a
interseção de um ângulo
Na figura seguinte, a amplitude do ângulo C ao centro com o círculo.
B
b é o dobro da do ângulo a.
A medida do comprimento do arco de
circunferência CD é o dobro da do arco a
b A
O
AB e a medida da área do setor circular
associado ao ângulo b também é o dobro
da medida da área do setor circular asso-
ciado a a.
D

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  29

354818 004-053 U5.indd 29 13/05/15 17:11


Numa circunferência, ou em circunferências iguais, arcos com compri-
mentos iguais são geometricamente iguais.
Numa circunferência, ou em circunferências iguais, setores circulares
com áreas iguais são geometricamente iguais.
Numa circunferência, ou em circunferências iguais, arcos determina-
dos por ângulos ao centro iguais são iguais e vice-versa.

Exemplo:
As duas circunferências da figura são iguais (a medida do raio é 2).
E

A a = 60°
F
C D
2
b = 60°
2

Os ângulos a e b têm a mesma amplitude. Os arcos DE e FG associados a


cada um dos ângulos a e b, respetivamente, têm comprimentos iguais,
logo, são geometricamente iguais.

Os setores circulares associados a cada um dos ângulos a e b, respetiva-


U5P32H2r
mente, têm áreas iguais, logo, são geometricamenteU5P32H3r
iguais.

A soma das áreas das faces de um poliedro é designada por área da


superfície do poliedro.

Exemplo:
Considera uma caixa com a forma de um prisma reto cuja base é um qua-
drado com medida da aresta igual a 2 unidades de comprimento e altura
igual a 3 unidades.

Para obter a área da superfície desta caixa vamos somar as medidas das
áreas, em unidades quadradas, das quatro faces laterais e das bases:

4 #_2# 3i + 2 2 # 2 = 32

A área da superfície da caixa é de 32 unidades quadradas.

30 U5P33H1r

354818 004-053 U5.indd 30 13/05/15 17:11


Vamos agora deduzir uma fórmula para a área da superfície lateral de um
cone (área lateral).

c1 c2
geratriz (g)
g

r r

ALATERAL 5 pr g

Podemos observar que a planificação da superfície lateral do cone corres-


ponde a um setor circular de raio igual à sua geratriz.
u6p55h2
A fórmula da área lateral do cone obtém-se através de uma regra de três simples:
Perímetro c2 Área c2
Perímetro c1 ALATERAL
Isto é:
2pg pg2
2pr ALATERAL
2pr 3 p g 2
ALATERAL 5 5p3r3g
2p g

A medida, em unidades quadradas, da área lateral de um cone


reto é igual ao produto da medida do comprimento da geratriz pelo
raio da base multiplicado por p,
Alateral cone = prg
em que g é a medida da geratriz e r a medida do raio da base do cone.

Exemplo:
Considera o cone reto da figura, em que o raio da base
tem 6 unidades de medida e a altura 8 unidades.
8 g
Para determinar a medida da área da sua superfície late-
ral vamos calcular a medida da geratriz g, usando o Teo-
rema de Pitágoras. 6
A
g 2 = 6 2 + 8 2, como g 2 0, g = 100 . Logo, g =10.

A medida da área da superfície lateral do cone é 10 × 6 × p, isto é, 60p


unidades quadradas.

A medida, em unidades quadradas, da área de uma superfície


esférica é igual a 4pR2 , em que R é a medida do raio da esfera.
U5P33H2r
Exemplo:
Considera a superfície esférica de centro em C e raio 2.

A medida da área da superfície esférica é: C


2

4 # p # 2 2 =16p

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  31

354818 004-053 U5.indd 31 13/05/15 17:11


Exercício resolvido

A grande pirâmide de Quéops (Gizé, Egito) é uma pirâmide regular quadran-


gular (a base é um quadrado).
Calcula a área da superfície da pirâmide e o seu volume.

148 m 187 m

230 m

230 m

Resolução:
1.º ATOTAL 5 ABASE 1 ALATERAL 187 m

• A base é um quadrado, logo: u6p51h3


230 m
ABASE 5 ℓ2 5 2302 5 52 900
• ALATERAL 5 4 3 A
230 3 187
543 5 86 020
2
• ATOTAL 5 230 3 187
52 900 1 86 020 5 138 920
2 ABASE 3 h 5 52 900 3 148 2
A área da superfície da pirâmide é 138 920 m .
3 3
ABASE 3 h 52 900 3 148 u6p51h4
2.º VPIRÂMIDE 5 5 ø 2 609 733
3 3
O volume da pirâmide é, aproximadamente, 2 609 733 m3.

Exercício resolvido

A parte superior de um moinho é um cone. Calcula a área da sua superfície


e o seu volume.

83%
2,9 m
2m

2,1 m

Resolução:
u6p55h4
1.º ATOTAL 5 ABASE 1 ALATERAL
• ABASE 5 pr2 5 p 3 2,12 5 p 3 4,41 5 4,41p
• ALATERAL 5 prg 5 p 3 2,1 3 2,9 5 6,09p
• ATOTAL 5 4,41p 1 6,09p 5 10,50p ø 33,0
A área da superfície do cone é, aproximadamente, 33,0 m2.
ABASE 3 h 4,41p 3 2
2.º VCONE 5 5 ø 9,2
3 3
O volume do cone é, aproximadamente, 9,2 m3.

32

354818 004-053 U5.indd 32 13/05/15 17:11


Verificar a aprendizagem

Distância

1 Considera
 uma pirâmide quadrangular regular com vértice E e base E
[ABCD]. A aresta da base tem 6 cm de comprimento e a aresta lateral
tem 5 cm.
a) Determina a distância do vértice E à reta BC. 5

b) D
 etermina a distância do vértice E ao plano ABC.
D
c)  distância do vértice E ao plano ABC é igual à distância de E a
A A
uma reta definida pelos vértices da pirâmide. Indica uma reta nes- 6 C
sas condições. B

d) Explica por que razão a distância do ponto D ao plano BCE não é a medida do comprimento
do segmento de reta [DC].

2 Considera
 o prisma quadrangular regular [ABCDEFGH]. A área de cada base tem 16 unidades qua-
dradas e a área de cada face lateral tem 24 unidades quadradas.

A
E
D U5P35H1r
H
B
F

C
G

a) Determina a distância da reta GH ao plano ABE.


b) Determina a distância da reta GE à reta AC.
c) Qual é a distância entre os planos ABE e CDH? E entre EFG e ABC?

AUTOAVALIAÇÃO  Sei determinar distâncias?

Área da superfície e volume

3 Em U5P35H2r
 cada caso, calcula a área da superfície do sólido. A planificação pode ser uma ajuda.
a) 17 cm c)

14 cm
12 cm
8 cm 10 cm
15 cm

b) d)

17 cm
31 cm u6p52h2
14 3 cm
u6p57h1
8 cm
28 cm

u6p57h7
u6p52h8
  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  33

354818 004-053 U5.indd 33 13/05/15 17:11


4 Calcula
 a área de superfície das esferas seguintes:

a)         b)
11 cm

38 mm

5 Calcula
 o volume de cada um dos sólidos seguintes:

a) c) 5 cm e)  

24 cm
6,5 cm 6 cm
3 cm

9,2 cm

b) d) f)
35 cm
u6p52h5 14 cm u6p57h4

14 cm 52,5 mm
14 cm 57 cm

AUTOAVALIAÇÃO  Sei calcular a área da superfície e o volume de um sólido?


u6p57h11
u6p52h12
Aplicar

6 Considera
 os sólidos apresentados a seguir:

A. Leite C. Caixa E. Meia laranja

19 cm
26 cm
8 cm

6 cm
9 cm
23 cm

B. Pirâmide do Louvre D. Gelado

20,6 m 27 m 15 cm 6 cm

35 m 35 m 15,3 cm

a) Calcula a área de superfície de cada sólido (com 2 c. d., se necessário).


b) Calcula o volume de cada um dos sólidos (com 2 c. d., se necessário).

34

354818 004-053 U5.indd 34 13/05/15 17:12


7 Na
 figura apresentada, que não está à escala, surge representada uma piscina cujas medidas estão
expressas em metros.

B 20 C
J
2
D
A
0,6 I
G
F K
10
E L 10 H

• [ABCDEFGH ] é um paralelepípedo retângulo.


• [IJKL] é uma rampa retangular que se inicia a 0,6 m de profundidade.
Q u6p53h9
 uantos litros de água são necessários para encher totalmente a piscina? Apresenta todos os cálcu-
los efetuados.
NOTA: 1 m3 5 1000 litros.
Adaptado do Exame Nacional, 2006, 2.a chamada

8 Na
 figura A, podes observar um vaso cujo
A B
modelo matemático é um tronco de pirâ- 40 cm

mide (virado ao contrário), de bases quadra-


das paralelas, representado na figura B. 20 cm
50 cm
 etermina o volume do vaso, arredondado
D
às unidades.

45 cm

9  m esquimó vive num iglu que tem a forma de uma semiesfera com 6,3 metros de diâmetro no inte-
U
rior. Qual é o volume de ar existente dentro do iglu?
23 cm u6p53h11
10  Sr. João está a pintar uma parede com o material apre-
O
6 cm
sentado à direita. 15 cm

10.1 Qual é a capacidade da lata de tinta, em litros?


10.2 O Sr. João começou por pintar uma faixa horizontal
e reparou que o rolo deu 5 voltas completas. 18 cm
Calcula a área da faixa pintada.

11  m copo de forma cónica contém sumo até meia altura. De acordo com as
U
medidas indicadas na figura, responde às questões seguintes, com valores 5 cm

aproximados às décimas, quando necessário.


6,5 cm
11.1 Calcula: 8,2 cm
a) a área do interior do copo;
b) o volume de sumo no copo.
11.2 Que quantidade de sumo é necessária para acabar de encher o copo?
11.3 Comenta a afirmação: «O copo está meio cheio.»

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  35

354818 004-053 U5.indd 35 13/05/15 17:12


12 Um
 cubo com 10 cm de aresta está cheio de água. Ao colocar dentro do cubo uma esfera com 10 cm
de diâmetro, parte da água transborda.

10 cm

Quando se retira a esfera, qual é a quantidade de água que fica dentro do cubo?
u6p59h2
13 Qual
 é a altura de uma pirâmide com 726 cm3 de volume e cuja base tem 121 cm2 de área?

14 A Joana cortou um quarto de círculo com 20 cm de raio e fez um cone para pôr castanhas.
Qual é o perímetro da base do cone (com 1 c. d.)?

15 Calcula
 a altura de um cilindro com 500 m3 de volume e 6,5 m de raio.
Indica um valor aproximado às milésimas.

16 Calcula a altura de um cone com 150 L de capacidade e 4 dm de raio.


Indica um valor aproximado às centésimas.

17 Determina o raio de uma esfera cuja área da superfície esférica é 324p cm2.

18 O
 diâmetro da Lua é aproximadamente um quarto do diâmetro da Terra. Quantas vezes o volume da
Terra é superior ao volume da Lua?

19 O
 sólido que se segue é constituído por um cilindro e um cone de revolução, com a mesma base e a
mesma altura.
AO é a altura do cone.
A

C
B
O
6 cm

6,5 cm

19.1 Qual é a posição da geratriz [AB] em relação ao plano da base inferior do cilindro?
19.2 Justifica que o plano ABC é perpendicular ao plano da base do cone.
u6p65h3
20 A
 Terra é uma esfera com cerca de 6378 km de raio, ligeiramente
achatada nos polos.
Calcula a área da sua superfície e o seu volume.

36

354818 004-053 U5.indd 36 13/05/15 17:12


Tarefas

21 As
 bolas de ténis são vendidas em caixas cilíndricas nas quais cabem à justa quatro bolas
de 3,3 cm de raio. Nas respostas às perguntas seguintes, indica os resultados arredonda-
dos às centésimas.
21.1 Qual é o volume de cada bola?
21.2 Qual é o volume da caixa não ocupado pelas bolas?
21.3 Compara o volume da caixa não ocupado pelas bolas com o volume do cilindro.
21.4 Compara a área da superfície da caixa com a área da superfície de uma bola.

22 O
 Jaime construiu um chapéu de cartolina, com a forma de um cone. Para isso,
recortou um setor circular com as medidas indicadas na figura. u6p59h3
22.1 Qual é a área do chapéu?
290º 10 cm
22.2 Qual é o perímetro da base do chapéu?
22.3 Calcula a medida do raio da base.
22.4 Constrói o chapéu, mede o raio da base e compara-o com o valor
obtido na alínea anterior.

u6p59h4
Tarefas de investigação

23 P rocura outros sólidos com a forma de cilindro, cone e esfera. Para cada um deles, faz um esboço
indicando as medidas e calcula a área da superfície e o volume.

24 Prolongando as arestas de um sólido, podem definir-se várias retas.


24.1 Num cubo, quantos pares de retas não complanares se podem definir?
24.2 Investiga a mesma questão noutros prismas e em pirâmides.

25  segmentos de reta [AC] e [BD] são diâmetros da circunferência de centro O


Os B
A
e raio 6 cm. A amplitude do ângulo convexo AOB é 60º.
60º
Utiliza 3,1416 para valor aproximado de p.
O
a) Indica, justificando, qual é a razão entre as medidas dos arcos de circunfe-
rência correspondentes aos ângulos ao centro convexos AOB e DOC.
C
b) D
 etermina a área do setor circular correspondente ao ângulo ao centro D
convexo AOB.
c) Determina o comprimento do arco BC.

26  circunferência de centro O e raio 5 cm estão assinalados dois pontos, A e B, e o ângulo ao centro


Na
convexo AOB. Sabendo que a área do setor circular correspondente ao ângulo AOB é 32,73 cm2
determina o valor, aproximado às unidades, da amplitude do ângulo AOB.
Utiliza 3,1416 para valor aproximado de p.

U7P28H3r
A

O
5 cm B

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  37

354818 004-053 U5.indd 37 13/05/15 17:12


Hi perpágina

Sólidos geométricos à vista


Os sólidos geométricos são utilizados por arquitetos e engenheiros nos seus projetos
e construções, por essa razão podemos encontrar objetos com a forma de sólidos geométricos
em diversas situações do dia a dia. Nesta página apresentam-se alguns exemplos,
mas se fores observador e estiveres atento vais
encontrar muitos mais.

Prismas retos Os prismas são poliedros com duas bases geometricamente


iguais e paralelas. As suas faces laterais são paralelogramos.

Um prisma cujas bases


são triângulos diz-se Área da superfície
APRISMA 5 2 3 ABASE 1 ALATERAL
prisma triangular. e volume
de um prisma reto:
VPRISMA 5 ABASE 3 h

Base Base

PBASE PBASE
h

Um prisma reto cujas


bases são retângulos é um
paralelepípedo retângulo. Base Base

Uma pirâmide diz-se regular quando a base é um Pirâmides


polígono regular (triângulo equilátero, quadrado, etc.)
e as arestas laterais são iguais. regulares

Área da superfície APIRÂMIDE 5 ABASE 1 ALATERAL


e volume
de uma pirâmide regular:
ABASE 3 h
VPIRÂMIDE 5
3

Recorda:
Reco
ord
rda:
a
Base
b3h
ATRIÂNGULO 5
2

h ARETÂNGULO 5 b 3 h

AQUADRADO 5 ℓ2

38

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Cilindros
ACILINDRO 5 2 3 ABASE 1 ALATERAL
Área da superfície
e volume VCILINDRO 5 ABASE 3 h
de um cilindro:

Base
h PBASE5 2pr

Base

Recorda:
ACÍRCULO 5 pr 2

Cones

Área da superfície ACONE 5 ABASE 1 ALATERAL g – geratriz


e volume
de um cone:
ABASE 3 h
VCONE 5
3

PBASE g
ALATERAL = × g = pr g
2

Esferas
ASUPERFÍCIE ESFÉRICA 5 4pR 2
Área da superfície
e volume 4
de uma esfera: VESFERA 5 pR 3
3

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  39

354818 004-053 U5.indd 39 13/05/15 17:13


Síntese

Axiomática

Teoria — conjunto de proposições consideradas verdadeiras. Incluem-se também na teoria todas


as proposições que delas forem dedutíveis logicamente.
Objetos primitivos — alguns objetos que é necessário fixar e que não definimos.
Relações primitivas — algumas relações entre objetos que é necessário fixar e que não se definem
a partir de outras.
Axiomas — algumas proposições que é necessário fixar e que se consideram verdadeiras sem as demonstrar.
Axiomática de uma teoria — conjunto de objetos primitivos, relações primitivas e axiomas a partir
dos quais todos os objetos e relações da teoria possam ser definidos e todas as proposições verdadeiras
demonstradas.
Termos a utilizar — definição; teorema; demonstração de um teorema; lema; corolário; condição
necessária; condição suficiente; hipótese e tese.
Axiomáticas equivalentes — é possível definir os termos e relações de uma axiomática através dos
termos e relações da outra e demonstrar os axiomas de uma axiomática a partir dos axiomas da outra.
5.º postulado de Euclides — se duas retas num plano, intersetadas por uma terceira, determinam
com esta ângulos internos do mesmo lado da secante, cuja soma é inferior a um ângulo raso, então,
as duas retas intersetam-se no semiplano determinado pela secante que contém esses dois ângulos.
Axioma euclidiano de paralelismo — por um ponto exterior a uma reta não passa mais que uma reta
a ela paralela.
O axioma euclidiano de paralelismo é equivalente ao 5.º postulado de Euclides.

Paralelismo

• Se uma reta interseta uma de duas retas paralelas e é com elas complanar, então, interseta a outra.
• Ângulos correspondentes determinados por uma secante em duas retas paralelas são iguais.
• Duas retas paralelas a uma terceira num dado plano são paralelas entre si.
• A interseção de dois planos não paralelos é uma reta e, nesse caso, designamo-los por planos concorrentes.
• U
 ma reta é paralela a um plano quando não o intersetar. Uma reta que não é paralela a um plano
nem nele está contida diz-se reta secante ao plano.
• Uma reta é paralela a um plano se, e só se, é paralela a uma reta do plano.
• Uma reta secante a um plano interseta-o exatamente num ponto.
• Se uma reta é secante a um de dois planos paralelos, então, também é secante ao outro.
• S e um plano é concorrente com um de dois planos paralelos, então, é também concorrente com
o outro, e as retas interseção do primeiro com cada um dos outros dois são paralelas.
• Duas retas paralelas a uma terceira (as três não necessariamente complanares) são paralelas entre si.
• U
 ma condição necessária e suficiente para que dois planos distintos sejam paralelos é que exista um
par de retas concorrentes em cada plano, duas a duas paralelas.
• Dois planos paralelos a um terceiro são paralelos entre si.
• Por um ponto exterior a um plano passa um único plano paralelo ao primeiro.

40

354818 004-053 U5.indd 40 13/05/15 17:13


Perpendicularidade

 ois semiplanos que formam um ângulo reto designam-se por semiplanos perpendiculares.
• D
Os planos suporte destes semiplanos designam-se por planos perpendiculares.
• S e uma reta t é perpendicular a duas retas r e s num mesmo ponto P, é igualmente perpendicular a
todas as retas complanares a r e s que passam por P e qualquer reta perpendicular a t que passa por P
está contida no plano determinado por r e s.
 ma reta diz-se perpendicular a um plano num ponto P quando é perpendicular em P a um par
• U
de retas distintas desse plano.
• Dois planos são perpendiculares se, e só se, um deles contém uma reta perpendicular ao outro.
 ado um ponto A e um plano a, existe uma única reta que passa por A e é perpendicular a a.
• D
A interseção dessa reta com o plano a designa-se por pé da perpendicular e também por projeção
ortogonal do ponto A no plano a. No caso do ponto A pertencer ao plano a, a reta perpendicular
a a que passa por A designa-se por reta normal ao plano a em A.
 ada uma reta r e um ponto P, existe um único plano perpendicular a r passando por P. Se P pertencer a r,
• D
o plano perpendicular a r passando por P é o lugar geométrico dos pontos do espaço que determinam com
P uma reta perpendicular a r e designamo-lo por plano normal a r em P. Se P não pertencer a r, o plano
perpendicular a r passando por P é o lugar geométrico dos pontos que determinam com o pé da
perpendicular traçada de P para r, uma reta perpendicular a r e designamo-lo por plano perpendicular
(ou normal) a r passando por P.
• Se uma reta é perpendicular a um de dois planos paralelos, então, é perpendicular ao outro.
• Dois planos perpendiculares a uma mesma reta são paralelos.
• P
 lano mediador de um segmento de reta [AB] é o plano normal à reta suporte do segmento de reta no
respetivo ponto médio, e é também o lugar geométrico dos pontos do espaço equidistantes de A e B.

Medida

 ado um ponto P e um plano a, a distância entre o ponto e o plano é a distância de P à respetiva


• D
projeção ortogonal em a.
 distância entre uma reta r paralela a um plano a e esse plano é a distância entre a reta r e a sua
• A
projeção ortogonal em a.
 ados dois planos paralelos a e b, definimos a distância entre os planos a e b como a distância
• D
comum entre qualquer par de pontos, um de cada um dos planos, que sejam a projeção ortogonal um
do outro.
Base
• Área da superfície e volume de um prisma:
APRISMA 5 2 3 ABASE 1 ALATERAL h
PBASE
h

VPRISMA 5 ABASE 3 h
Base

• Área da superfície e volume de uma pirâmide:


APIRÂMIDE 5 ABASE 1 ALATERAL h
u6p66h5 ap

ABASE 3 h
VPIRÂMIDE 5
3 Base

u6p66h6

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  41

354818 004-053 U5.indd 41 13/05/15 17:13


• Área da superfície e volume de um cilindro:
ACILINDRO 5 2 3 ABASE 1 ALATERAL VCILINDRO 5 ABASE 3 h

Base r

h h PBASE5 2pr h
r
r
Base

• Área da superfície e volume de um cone:


u6p66h7
ABASE 3 h
ACONE 5 ABASE 1 ALATERAL VCONE 5
3

geratriz (g)
g

r r

AO 5 pr 2 ALATERAL 5 pr g

• Área da superfície esférica e volume da esfera:


u6p67h1
2 4
ASUPERFÍCIE ESFÉRICA 5 4pr VESFERA 5 pr3
3

 uma circunferência, ou em circunferências iguais, o comprimento de um arco de circunferência e


• N
a área de um setor circular são diretamente proporcionais à amplitude do respetivo ângulo ao
centro.
• N
 uma circunferência, ou em circunferências iguais, arcos com comprimentos iguais são geometrica-
mente iguais.
• N u6p67h2
 uma circunferência, ou em circunferências iguais, setores circulares com áreas iguais são geometrica-
mente iguais.
• N
 uma circunferência, ou em circunferências iguais, arcos determinados por ângulos ao centro iguais
são iguais e vice-versa.
• A soma das áreas das faces de um poliedro é designada por área da superfície do poliedro.

42

354818 004-053 U5.indd 42 13/05/15 17:13


Exemplos:
Considerando as medidas indicadas nos sólidos das figuras determinamos a sua área de superfície
e volume:

Prisma quadrangular reto


APRISMA = 2 × (2,9)2 + 4 × 2,9 × 4 = 63,22
4
VPRISMA = (2,9)2 × 4 = 33,64

2,9
2,9

Pirâmide regular
2 2
a: 3 + (1,25) = 3,25
U5P42H1N
APIRÂMIDE = _2,5i +
2 4 # 2 ,5
# 3,25 = 22,5
2
3
_2,5i # 3
2 a
VPIRÂMIDE = = 6,25
3
2,5
2,5

Cilindro
ACILINDRO = 2 × p × 12 + 2 × p × 1 × 3 = 8p
VCILINDRO = p × 12 × 3 = 3p

3
U5P42H2N
1

Cone
ACONE = p × (1,25)2 + p × 1,25 × 3,25 = 5,625p

p#_1,25i # 3
2

VCONE = =1,5625p 3
3,25
3
U5P42H3N
1,25

Esfera
ASUPERFÍCIE ESFÉRICA = 4 × p × 22 = 16p 2
4 3 32
Vesfera = # p#2 = p
3 3

U5P42H4N

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  43

U5P42H5N
354818 004-053 U5.indd 43 13/05/15 17:13
Atividades globais

QUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA


Das quatro alternativas, escolhe a única opção correta.

1 Considera uma circunferência de raio r. Qual das seguintes afirmações é verdadeira?


A. Os comprimentos dos arcos correspondentes a ângulos verticalmente opostos são diferentes.
B. As áreas de setores circulares correspondentes a ângulos suplementares são sempre iguais.
C. Os arcos correspondentes a ângulos verticalmente opostos são geometricamente iguais.
D. O
 s setores circulares correspondentes a ângulos suplementares são sempre geometricamente
iguais.

2  onsidera um prisma e uma pirâmide com bases geometricamente iguais e com igual volume.
C
A distância do vértice da pirâmide ao plano que contém a sua base é:
A. menor que a medida da altura do prisma.
B. igual á medida da altura do prisma.
C. igual ao triplo da medida da altura do prisma.
D. igual à terça parte da medida da altura do prisma.

3  a figura apresentada à direita, [ABCDEFGH ] é um cubo


N D C
com 18 cm de aresta. A B
Qual é o volume da pirâmide [BEFG]?
H G
A. 2916 cm3 C. 1458 cm3
B. 1944 cm 3
D. 972 cm 3 E F

4  ual é o volume de ar existente dentro de um túnel


Q
semicilíndrico com 0,4 km de comprimento e 14 m
de diâmetro? u6p68h6
A. 9800p m 3
C. 39 200p m 3

B. 19 600p m 3
D. 78 400p m3

5  Joana comprou 1 L de sumo de limão e vários copos em forma de cone com 15 cm de altura e cujo
A
raio da base mede 3 cm. (Recorda: 1 L 5 1 dm3)
Quantos copos poderá encher de sumo?
A. 6 B. 7 C. 8 D. 9

6  ual é o volume da maior esfera que cabe no interior de um paralelepípedo retângulo com 18 cm
Q
de altura e cujas arestas das bases medem 12 cm e 6 cm?
A. 36p cm3 B. 144p cm3 C. 288p cm3 D. 972p cm3

7 O sólido [ABCDEF ] é um prisma reto. Qual das afirmações seguintes é falsa?


A. As retas AB e AD são concorrentes. D

B. A reta AC é paralela ao plano DEF. A


E
C. As retas AB e DE são complanares. F
B
D. Os planos BCF e BCA são paralelos. C

u6p68h8
44

354818 004-053 U5.indd 44 13/05/15 17:13


8  Zito espetou um prego numa tábua de madeira. Para tal, traçou uma linha na tábua e, com um
O
esquadro, fez com que o prego fosse perpendicular a essa linha. O que se pode concluir?
A. O prego é perpendicular à tábua.
B. O prego é concorrente à tábua.
C. O prego é paralelo à tábua.
D. Nada se pode concluir.

EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
9 Considera os sólidos apresentados a seguir.
A. Caixa de arrumação D. Paliteiro G. Suporte de vela (cone)

5,3 cm 7,2 cm
4,6 cm

6 cm
7,8 cm
46 cm 70 cm
8,6 cm
44 cm 5,3 cm

B. Esfera decorativa E. Caixa de pão (semicilindro) H. Colher de gelado

7 cm
12 cm 39 cm

50 mm

C. Cilindro (sem base inferior) F. Pirâmide (com base) I. Rolo de fita-cola

14 cm
24 cm 27,06 cm 1,5 cm
1,3 cm
40 cm
6 cm
25 cm
25 cm

9.1 Calcula a área da superfície exterior de cada sólido (com 2 c. d., se necessário).
9.2 Calcula o volume de cada um dos sólidos (com 2 c. d., se necessário).

10 T rês caixas de chocolate, de tamanhos diferentes, têm a forma de prismas retos. Todas têm a mesma
área da base, que é igual a 600 cm2, mas a caixa pequena tem 3 cm de altura, a média tem 5 cm de
altura e a grande tem 8 cm de altura.
10.1 Calcula o volume de cada uma das caixas.
10.2 S erá correto afirmar que, nestes três exemplos, o volume é diretamente proporcional à altura
da caixa? Justifica a tua resposta.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  45

354818 004-053 U5.indd 45 13/05/15 17:13


Atividades globais

Tarefas

11  prisma vermelho da figura ao lado foi construído unindo os pontos médios das arestas de um
O
cubo com 8 cm de lado.
11.1 Indica a posição relativa: D
K
L C
a) das retas IM e CG;       c) da reta MN e do plano EFG.
A J
b) dos planos IJN e ABF;
I B
11.2 Calcula o volume do prisma triangular [AILEMP ].
H O
11.3 Determina o volume do prisma vermelho.
P G
11.4 Compara o volume do prisma vermelho com o do cubo.
E N
11.5 Determina a área da base do prisma vermelho. M
F

12 As faces do octaedro regular são triângulos equiláteros.


12.1 U
 sa a planificação apresentada ao lado
para construir um octaedro regular, A
u6p70h2
em cartolina, com 6 cm de aresta.
12.2 Q
 uantos vértices, arestas e faces tem E
um octaedro? B
D
C
12.3 Identifica:
a) um plano paralelo a ABC;
b) uma reta não complanar com BC. F

12.4 D
 etermina a área aproximada da superfície do octaedro. (Usa uma régua para efetuar
medições.)
12.5 S abendo que o octaedro é constituído por duas pirâmides com 18 cm de altura, determina
u6p70h3
o seu volume.
12.6 O
 octaedro pode ser inscrito numa esfera com 18 cm de raio. Calcula a razão entre
o volume da esfera e o volume do octaedro.

13 A Sofia recortou um triângulo retângulo cujos lados medem 3 cm, 4 cm e 5 cm.


13.1 A
 o efetuar uma rotação de 360° em torno do lado que mede 4 cm, o triângulo
gera um sólido. Determina:
5 cm
4 cm
a) o volume do sólido;       b) a área da superfície do sólido.
13.2 D
 ando uma volta completa em torno do lado que mede 3 cm, o triângulo gera 3 cm
outro sólido. Comenta a afirmação: «Os dois sólidos têm o mesmo volume.»
13.3 Q
 uais são as dimensões do menor prisma quadrangular que pode conter ambos os sólidos
obtidos nas alíneas anteriores (separadamente)?

14 Determina o comprimento da aresta de um cubo constituído por 512 cubos com 2 cm de aresta.
D C
15  m cubo pode ser decomposto em pirâmides regulares de base qua-
U u6p69h10
drada, de modo que:
A B
• a base de cada pirâmide seja uma face do cubo;
• o vértice das pirâmides seja o centro do cubo. O
H
O cubo apresentado à direita tem 12 cm de aresta. G

E F

46 u6p70h1

354818 004-053 U5.indd 46 13/05/15 17:14


15.1 Calcula o volume da pirâmide [EFGHO].
15.2 C
 ompara o volume da pirâmide com o volume do cubo e indica quantas pirâmides cabem
dentro do cubo.

16 Sobre dois cilindros, A e B, sabe-se que: A


• a altura do cilindro A é quatro vezes maior do que a do cilindro B;
• o raio da base do cilindro B é o dobro do raio da base do cilindro A. B
16.1 Qual dos cilindros permite transportar mais água?
16.2 Compara a área lateral dos dois cilindros.

CANGURU MATEMÁTICO SEM FRONTEIRAS u6p70h4

17 Numa
 loja de brinquedos está exposta uma construção com quatro pisos de blocos verdes e brancos
(figura I). Cada piso é feito com blocos da mesma cor. Na figura II, a construção é vista de cima.
Quantos blocos brancos foram usados na construção?

I II

A. 9 B. 10 C. 12 D. 13 E. 14
Prova Benjamim, 2008

OLIMPÍADAS PORTUGUESAS DE MATEMÁTICA


u6p71h1
u?p??h?
18 O
 João Martim quer pintar as faces de vários cubos, de modo que cada face fique apenas com uma
cor: vermelho ou azul.
Quantos cubos pode pintar o João Martim, de modo que fiquem coloridos de forma diferente?
XXVII OPM, 1.a Eliminatória

CONVIVER COM A MATEMÁTICA


19 A
 metade inferior de um cubo foi pintada de azul.

19.1 E m cada uma das planificações seguintes,


a base já está pintada de azul.
Copia as quatro planificações e termina-as.
a) b) c) d)
u6p71h8

19.2 Inventa duas novas planificações do cubo azul e branco.


19.3 Se a aresta do cubo medir 5 cm, qual é a área da parte azul?
u6p71h9 u6p71h10 u6p71h11
u6p71h12

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  47

354818 004-053 U5.indd 47 13/05/15 17:14


Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas. AUTOAVALIAÇÃO

• Identifica claramente, na tua folha de respostas, os números dos itens a que respondes.
Apresenta uma única resposta para cada item.
• O teste inclui dois itens de escolha múltipla. Em cada um deles, são indicadas quatro
alternativas de resposta, das quais só uma está correta. Não apresentes cálculos nem
justificações.

Págs. 10, 12, 25 e 26 1 Qual das afirmações seguintes é verdadeira?



A. N a Geometria euclidiana, por um ponto fora de uma reta r passam duas
retas (distintas) paralelas a r.
B. Uma circunferência é um lugar geométrico.
C. A altura de uma pirâmide é a medida de uma aresta lateral.
D. Uma reta e a sua projeção ortogonal num plano não são retas paralelas.

Págs. 28 e 29 2 Calcula
 o volume dos sólidos seguintes. Apresenta um valor arredondado com
uma casa decimal, quando necessário.
a) c)
5 cm 18 cm

6 cm 16 cm
3 cm 16 cm

b) d)
u6p72h3
15 cmu6p72h1
12 cm
10 cm
7 cm

Pág. 29 3 Na
 figura A, podes observar um A B
candeeiro. Uma parte do can- u6p72h4
u6p72h2
deeiro é um tronco de cone, 8 cm
representado na figura B. 4 cm
 etermina o volume do tronco
D
12 cm
de cone. Apresenta o resul-
tado arredondado às décimas. 10 cm

Págs. 28 e 29 4 Determina
 o volume e a área da superfície de cada um dosu6p72h6
sólidos apresenta-
dos a seguir.
Apresenta o resultado arredondado às centésimas, quando necessário.
a) 10 cm b) 10 cm
13 cm
12 cm
10 cm

18 cm 12 cm
14 cm 8 cm

48 u6p72h8
u6p72h7

354818 004-053 U5.indd 48 13/05/15 17:14


Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas.

5 O
 planeta Terra é uma esfera com cerca de 6378 km de raio, ligeiramente
Pág. 29
achatada nos polos. Os mares e os oceanos ocupam cerca de 71 % da super-
fície terrestre.
5.1 Qual é o volume do hemisfério norte?
5.2 Qual é a área da superfície terrestre, em milhões de km2, não ocupada
pelos mares e pelos oceanos? Apresenta um valor aproximado às centé-
simas.
B C
6 Na
 figura, podes ver um cubo com uma pirâmide Págs. 12 e 28
quadrangular no interior. A base da pirâmide coincide A
D
com a face [ABCD] do cubo. O vértice P da pirâmide
pertence à face [EFGH ] do cubo.
F
6.1 Indica uma reta perpendicular a AC e contida G
no plano ABC. P
E H
6.2 Indica um plano concorrente a ABC.
6.3 Qual das retas seguintes não é complanar com EH? Escolhe a opção
correta.
A. EF B. BC C. CG u6p73h1
D. DH
6.4 O cubo tem 15 cm de aresta. Calcula o volume da pirâmide e compara-o
com o volume do cubo.

7 O
 Zito construiu uma rampa com a forma F C Págs. 14 e 15
de um prisma triangular reto, para andar
de skate. E
B
Sobre o sólido, sabe-se que:
• [ABC] é um triângulo retângulo em B;
• AB 5 BC
ABm;AC
1,8 BC 5DA
AC m;
0,75 DA D A
AB BCAB ACBC5 DA ACm; DA 5 1,6 m.
1,95
7.1 Prova que:
a) a reta DA é paralela ao plano EBC; u6p73h2
b) a reta CB é perpendicular ao plano DAB;
c) o plano EFC é perpendicular ao plano DAB.
7.2 Calcula o volume do prisma.

8 Qual
 é a altura de uma pirâmide quadrangular com 300 dm3 de volume e cujas Pág. 28
arestas da base medem 12 dm?

9  raio de uma esfera designa-se por r. Qual deve ser a altura de um cone, cujo
O Pág. 29
raio da base é r, para ter o mesmo volume que a esfera?

GRELHA DE AVALIAÇÃO
Exercício 1 2 3 4 5 6 7.1 7.2 8 9
1
Cotação (pontos) 5 16 7 20 8 20 12 4 4 4
1
Para saberes a cotação de cada alínea, basta dividires a cotação do exercício pelo número de alíneas.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  49

354818 004-053 U5.indd 49 13/05/15 17:14


Estrategias para a resolucao de problemas e jogos

Jogo Gomoku

Jogos orientais
Um dos jogos mais conhecidos no Oriente, principalmente na
China e no Japão, é o Go. Surgiu na China há mais de 2500 anos
e foi introduzido no Japão em 800 d. C. Na Antiguidade, chegou
a ser uma das quatro artes ensinadas aos nobres chineses (as
outras eram a música, a caligrafia e a pintura). O desenrolar do
jogo faz lembrar uma guerra em que ocorrem diversas batalhas.
O Gomoku também é um jogo tradicional japonês com origens
chinesas. O nome completo é Go-moku Narabe, que significa
literalmente «cinco pedras numa linha».
Uma partida de Go.

Número de jogadores: 2.
material:
• Um tabuleiro quadrado com 9 linhas verticais por 9 linhas horizontais (o tabuleiro original é de 19 3 19,
mas também se pode jogar em tabuleiros 9 3 9 ou 13 3 13 para jogos mais rápidos, apesar de menos
estratégicos).
• Um número suficiente de peças brancas e pretas. Um jogador fica com as peças brancas e o outro com
as peças pretas.
Regras:
• O
 Gomoku joga-se nas interseções das linhas do tabuleiro (incluindo
os limites do tabuleiro).
• Começam as pretas.
• Em cada turno, cada jogador coloca uma peça da sua cor numa
interseção vazia.
• Ganha o jogador que conseguir criar uma linha (horizontal, vertical
ou diagonal) com exatamente cinco peças da sua cor. (As linhas
com mais de cinco peças não servem para vencer.)

Vitória das pretas (na diagonal).

Existem muitas variantes do Gomoku. Uma delas é o Gomoku Ninuki, em que os u6p74h2
joga-
5
dores podem capturar pares de peças adversárias. Vence quem conseguir uma linha de 4
cinco ou quem capturar primeiro dez peças. No exemplo ao lado, as brancas podem 3
capturar quatro peças pretas, jogando em b2 (as peças pretas ficam cercadas). 2
1
Mais informações sobre o Go e o Gomoku: a b c d e

Neto, J. P., Silva, J. N. — Jogos Matemáticos, Jogos Abstractos. Lisboa, Gradiva, 2004.

u6p74h3

50

354818 004-053 U5.indd 50 13/05/15 17:14


Problema A área do Algarve A N

Almodôvar
N 122

Alcoutim

A Sofia e o Diogo adoram passar férias no Algarve. Aljezur Monchique


A2 IC 27

Sofia: — S ei calcular a área de triângulos, retângulos N 120


A 22 Silves S. Brás
Castro
Marim

e círculos, mas como medir a área do Algarve?


Portimão de Alportel
Loulé A 22
Lagos Lagoa N 125 Vila Real
Vila de Santo
do Bispo Tavira António

Diogo: — Podemos usar um mapa!


Albufeira
Olhão

Estima a área do Algarve usando a escala do mapa. 10 km

EXPLICAÇÃO DA ESTRATÉGIA DO JOGO E RESOLUÇÃO DO PROBLEMA:


Para ganhar no jogo Gomoku, é importante saber atacar sem se esquecer de defender. Do ponto de vista
defensivo, quando o adversário alinha três peças, tem de ser imediatamente interrompido, pois quatro peças
alinhadas com interseções vazias nas extremidades dão uma vitória certa (B). Uma boa estratégia de ataque
consiste em criar ameaças duplas (C).

B 9 C 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 As brancas ganham 2 As pretas ganham
1 em c6 ou h6. 1 em f5 ou h8.
a b c d e f g h i a b c d e f g h i

ESTRATÉGIA: Criar duas alternativas ou procurar duas soluções.


u6p75h2 u6p75h3
Em relação ao problema, observa-se que o contorno do N
D N 122

Algarve é irregular. Não sendo possível calcular a área direta- Almodôvar

Alcoutim

mente, é possível obter duas estimativas que depois se Aljezur Monchique


A2 IC 27

reduzirão a uma só. Assim, começa-se por cobrir a região N 120


Castro
Silves Marim

com uma grelha de quadrados (quanto menores, melhor


A 22 S. Brás
Portimão de Alportel
Loulé A 22
Lagos Lagoa N 125 Vila Real

será a estimativa). Vila


do Bispo
Albufeira
Tavira
de Santo
António

Olhão

Na figura D, cada quadrado tem uma área de 100 km2.


Podem fazer-se duas estimativas da área do Algarve, para 10 km
enquadrar o valor real:
• a primeira, inferior à realidade, considerando apenas os 32 quadrados interiores (totalmente contidos no
Algarve): 32 3 100 km2 5 3200 km2;
• a segunda, superior à realidade, considerando os 65 quadrados que tocam o Algarve em algum ponto:
65 3 100 km2 5 6500 km2.
3200 1 6500
Por fim, calcula-se a média entre esses dois valores: 5 4850.
2
RESPOSTA: Uma estimativa da área do Algarve é 4850 km2.

Procura um mapa de uma cidade, de um concelho, de um distrito, de um país ou de um continente que te


interesse e faz uma estimativa da sua área.

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  51

354818 004-053 U5.indd 51 13/05/15 17:14


Investigar

Os cinco sólidos platónicos

Um poliedro regular é um sólido geométrico cujas faces são polígonos regulares todos iguais e tal que em
cada vértice se interseta o mesmo número de arestas.
Curiosamente, apesar de existir uma infinidade de polígonos regulares (triângulo equilátero, quadrado, pen-
tágono regular, hexágono regular, etc.), apenas existem cinco poliedros regulares (convexos):


Tetraedro Cubo Octaedro u6p76h4
Dodecaedro Icosaedro
u6p76h1 u6p76h3 u6p76h5
u6p76h2como sólidos platónicos porque o filósofo Platão (427-347 a. C.) os asso-
Estes cinco sólidos são conhecidos
ciou aos elementos (tetraedro-fogo, cubo-terra, octaedro-ar e icosaedro-água), num esquema que fascinou
os homens durante séculos. O dodecaedro simbolizava o Universo.

Sugestão de trabalho

1. C
 omeça por recortar triângulos equiláteros (todos iguais) em cartolina. Unindo-os com fita-cola,
constrói um tetraedro, um octaedro e um icosaedro. Em alternativa, usa materiais existentes na tua
escola (por exemplo, Polydron).
2. Explica por que razão não existem mais poliedros regulares cujas faces são triângulos.
3. Utilizando quadrados, constrói um cubo.
4. Por que razão não existem mais poliedros regulares cujas faces são quadrados?
5. Utilizando pentágonos, constrói um dodecaedro.
6. Por que razão não existem mais poliedros regulares cujas faces são pentágonos?
7. Investiga o motivo pelo qual não é possível construir poliedros regulares com hexágonos ou com
polígonos com mais lados.
8. U
 m poliedro dual obtém-se unindo os centros das faces
adjacentes de um poliedro. Por exemplo, o poliedro dual do
cubo é o octaedro, conforme se pode ver na figura apresen-
tada à direita.
Qual é o poliedro dual dos outros quatro sólidos platónicos?
9. R
 ecorrendo ao programa Poly (disponível
no endereço indicado na página seguinte),
investiga outros sólidos e visualiza as suas u6p76h6
planificações.
10. Procura o nome de quatro poliedros cujas faces são triângulos equiláteros e quadrados.
u6p76h7

52

354818 004-053 U5.indd 52 13/05/15 17:14


Projetos de sustentabilidade

Sugestões de trabalho

1. U
 m metro quadrado de painel solar produz cerca de 0,7 kWh
por dia.
Quantos metros quadrados de painéis solares seriam necessá-
rios para produzir integralmente a eletricidade que é consumida
na tua casa, em cada dia?
2. D
 e acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cada
pessoa necessita de aproximadamente 110 litros de água por
dia para atender as necessidades de consumo e higiene.
Investiga o consumo de água em tua casa e determina as dimensões de uma cisterna cilíndrica que
poderia abastecê-la durante um mês.

Existe uma quarta dimensão?


Flatland1 (1884) é uma obra revolucionária que se desenrola num universo a duas dimensões habitado por
figuras geométricas. O narrador de Flatland é um quadrado que tem dois encontros marcantes: um com o
Rei da Linha Reta (Lineland — que tem apenas uma dimensão) e outro com uma esfera da Spaceland (que
tem três dimensões). Uma vez convencido da existência da terceira dimensão, o quadrado tenta persuadir a
esfera de que também deve existir uma quarta dimensão:
«Numa única dimensão, não produz um ponto, ao mover-se, uma linha com dois pontos terminais?
Em duas dimensões, não produz uma linha, ao mover-se, um quadrado com quatro pontos terminais?
Em três dimensões, não produz um quadrado, ao mover-se, […] um cubo com oito pontos terminais?
E em quatro dimensões não produzirá um cubo, ao mover-se […], uma estrutura ainda mais divina com
dezasseis pontos terminais?»

?
1D (Linha) 2D (Plano) 3D (Espaço) 4D

A «estrutura» imaginada pelo narrador de Flatland designa-se por hipercubo. Qual foi o raciocínio que per-
mitiu ao narrador concluir que o hipercubo teria 16 pontos terminais?
u6p77h2
1
ABBOTT, Edwin — Flatland, Uma aventura em muitas dimensões. Lisboa, Assírio & Alvim, 2006.

Paginas da Internet
• Programa Poly: http://www.peda.com/download/
• Poliedros: http://www.atractor.pt/mat/Polied/fr-polied.htm
• Hipercubo: http://www.fc.up.pt/cmup/pick/Manhas/Modulo1Hipercubo.html

  Unidade 5 Axiomática, paralelismo, perpendicularidade e medida  53

354818 004-053 U5.indd 53 13/05/15 17:14


6
Unidade

Lugares Geométricos
e Circunferência

Atividades iniciais 55 Ângulos inscritos e outros


6.5 ângulos excêntricos 77
6.1 Identificar lugares geométricos 56
Ângulo inscrito
Circuncentro do triângulo
Ângulo do segmento
Bissetriz de um ângulo convexo
Ângulo ex-inscrito
Incentro do triângulo
Ângulo convexo de vértice no interior
Verificar a aprendizagem 62 de um círculo
Identificar outros lugares Ângulo de vértice no exterior de um círculo
6.2 geométricos 64 Verificar a aprendizagem 82
Ortocentro
Baricentro
6.6 Polígonos regulares 84
Construção
Verificar a aprendizagem 66
Ângulos internos de um polígono convexo
6.3 Ângulo ao centro 68 Ângulos externos de um polígono convexo
Arco de circunferência Soma de ângulos opostos de um quadrilátero
Ângulo ao centro e arco de circunferência inscrito numa circunferência
Verificar a aprendizagem 71 Verificar a aprendizagem 87
Hiperpágina 90
Relação entre ângulos,
6.4 arcos e cordas 73
Síntese 92
Atividades globais 95
Cordas e arcos compreendidos entre retas
paralelas Autoavaliação 98
Reta que passa pelo centro de uma circunferência Retrato de um matemático
e é perpendicular a uma corda — Arquimedes 100
Verificar a aprendizagem 75 Problemas famosos
— Problema da quadratura do círculo 101
Investigar 102

54

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Atividades iniciais

Triângulos

 o triângulo [ABC], sabe-se que BWAC = 70° e ACWF =121°.


D A
1 D
1.1 Identifica os ângulos internos do triângulo e determina as suas 70º
121º
amplitudes desconhecidas.
1.2 Identifica os ângulos externos do triângulo e calcula as suas ampli- C
F
tudes desconhecidas.
1.3 Qual é a soma das amplitudes dos ângulos externos de um triângulo? B
1.4 Constrói um triângulo [ABC], tal que AB = 4 cm, W V = 80°.
A = 60° e B
E

Circunferências D
B G
2 u4p5h1

Copia e completa a grelha à direita e descobre o nome de um matemático C E
famoso, ligado à Geometria. A
F H
A. Ponto que está à mesma distância de todos os pontos da circunferência.
B. Conjunto dos pontos do plano que estão à mesma distância de um ponto fixo.
C. Interseção da circunferência com um ângulo ao centro.
D. Conjunto dos pontos que pertencem à circunferência ou ao seu interior.
E. S egmento de reta que une o centro da circunferência e um qualquer
ponto dessa circunferência.
F. Razão entre o diâmetro e o raio.
G. Segmento de reta que une dois pontos quaisquer da circunferência e que
passa pelo seu centro.
H. Interseção do círculo com um ângulo ao centro.

3 
Constrói uma circunferência e representa os elementos A, C, E, F e G descritos no exercício 2.

4 
Inquiriram-se os alunos da turma da Sofia sobre o local onde passaram a noite de Natal.
Os dados encontram-se representados no gráfico circular abaixo. u4p5h2
Onde passaste a noite de Natal?

6%

20%
15%

Residência
Avós maternos
21%
38% Avós paternos
Tios
Outros

4.1 Qual é a amplitude do setor circular correspondente aos alunos que passaram a noite em casa
dos avós maternos?
4.2 Determina a área desse setor circular. Apresenta o resultado com 2 c. d.
4.3 Se o gráfico circular tivesse sido construído com o dobro da medida de raio, o que se observaria
relativamente u4p5h3
aos valores obtidos em 4.1 e 4.2? Justifica as tuas respostas.

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   55

354818 054-103 U6.indd 55 13/05/15 17:25


6.1 Identificar lugares geométricos
Tarefa 1
Num ambiente de Geometria dinâmica, ou no teu caderno diário, constrói
um triângulo [ABC]. Segue os seguintes procedimentos:
1 Constrói as mediatrizes dos lados [AB] e [AC].
2 Assinala o ponto de interseção, P, das duas mediatrizes.
3 Conjetura sobre a posição da terceira mediatriz (do lado [BC]).
4 Verifica se a tua conjetura é válida para outros triângulos.
5 Constrói a circunferência de centro P que passa por A.
O que observas?
6 Verifica se a situação se mantém para outros triângulos.

Um lugar geométrico é o conjunto de todos os pontos que satisfazem


uma dada propriedade.
Uma circunferência num plano é o lugar geométrico dos pontos desse plano
a uma distância dada de um ponto fixo. Uma superfície esférica é o lugar
geométrico dos pontos do espaço a uma distância dada de um ponto fixo.

Circuncentro do triângulo A

Nota
O Zito quer colocar uma circunferência à volta de
Uma circunferência diz-se
um logótipo triangular, do seu clube de skate, O
circunscrita a um como se pode ver na figura ao lado, ou seja, B
triângulo quando os quer circunscrever uma circunferência ao triân-
vértices do triângulo são gulo [ABC]. C
pontos da circunferência.

Como se poderá desenhar tal circunferência?


s r
Comece-se por construir as retas r e s, mediatri- A
Recorda
zes, respetivamente, de [AB] e [BC].
Mediatriz de um
segmento de reta é a reta As retas r e s não são paralelas porque são per- P
perpendicular a esse
segmento de reta no seu pendiculares a retas não paralelas, as retas AB U7P6H2r B

ponto médio. É o lugar e BC, respetivamente. Assim, intersetam-se num


C
geométrico dos pontos ponto designado por P.
do plano equidistantes
dos extremos do segmento O ponto P pertence às mediatrizes de [AB] e de
de reta.
[BC], pelo que o ponto P é equidistante, respeti-
vamente, dos pontos A e B e dos pontos B e C. A
Assim, P é equidistante dos pontos A e C, pelo
que se pode concluir que P pertence à mediatriz
U7P6H3r
de [AC]. P
B
Como PA = PB = PC , P é o centro de uma cir-
cunferência circunscrita ao triângulo [ABC]. C

56

354818 054-103 U6.indd 56 13/05/15 17:25


Assim, a circunferência com centro no ponto P, ponto de interseção das
A
mediatrizes dos lados do triângulo, e raio PA está circunscrita ao triângulo.

O centro de qualquer circunferência que contenha os três pontos A, B e C é


equidistante desses pontos, logo, é a interseção das três mediatrizes do tri- P
B
ângulo [ABC]. Assim, existe uma única circunferência que passa pelos três
vértices de um triângulo. C

As três mediatrizes dos lados de um triângulo intersetam-se num


ponto chamado circuncentro do triângulo.
O circuncentro está à mesma distância dos três vértices do triângulo.
É o centro da única circunferência circunscrita ao triângulo.
JÁ ACHEI O
U7P7H1r
CIRCUNCENTRO!
B BASTOU TRAÇAR
AS MEDIATRIZES
DIATRIZES
Circuncentro
DE DOISS LADOS.

A C
P

Assim, para o Zito descobrir o centro da circunferência circunscrita ao triân-


gulo, basta determinar o ponto de interseção das mediatrizes de dois lados
u4p22h3
do triângulo.

Exercício resolvido

Num parque de merendas exis-


tem três mesas, A, B e C.

Onde deve ser colocado um B


caixote do lixo de modo que o A
C
mesmo fique à mesma distância
de cada uma das três mesas?

Resolução:
O ponto que está à mesma distância de A, B e C é o circuncentro do triân-
gulo [ABC]. Para o localizar, basta traçar as mediatrizes de dois segmentos
de reta, por exemplo, [AB] e [BC]. O ponto de interseção dessas mediatrizes
é o local onde se deve colocar o caixote do lixo, L.

B
A
C

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   57

354818 054-103 U6.indd 57 13/05/15 17:25


Bissetriz de um ângulo convexo
Recorda que a bissetriz de um ângulo é a semirreta nele contida, de origem
Nota
no vértice, e que forma com cada um dos lados ângulos iguais.
A distância de um ponto A
a uma reta r é a distância
Vamos provar o seguinte:
de A ao pé da
perpendicular traçada
de A para r. A bissetriz de um ângulo convexo é o lugar geométrico dos pontos
r
do ângulo que estão à mesma distância das retas suporte dos lados
desse ângulo.
B
Considerem-se um ângulo convexo BSE, um ponto D da respetiva bissetriz e
A os pontos A e C, pés das perpendiculares traçadas de D para SB e SE, respe-
tivamente. Vamos mostrar que CD = AD.
E
u4p18h2 C

S
SE EU TIVESSE TRANSFERIDOR,
BASTAVA MEDIR A AMPLITUDE
DO ÂNGULO E DIVIDI-LA POR 2. A
B
Observa-se o seguinte:
o é a bissetriz do ângulo ESB.
• Os ângulos CSD e DSA são iguais porque SD
• Os ângulos SCD e SAD também são iguais, pois são retos.

Assim, os ângulos SDC e SDA também são iguais.


U7P8H1r
Como SD é um lado comum aos dois triângulos, [SCD] e [SDA], pode con-
cluir-se, pelo critério ALA de igualdade de triângulos, que estes dois triân-
gulos são iguais.

Como [CD] e [AD] se opõem a ângulos iguais em triângulos iguais, tem-se


que CD = AD.
U4P18H4
Como D é um ponto qualquer da bissetriz do ângulo BSE, pode concluir-se
que qualquer ponto da bissetriz de um ângulo é equidistante das retas
suporte dos lados desse ângulo.

Falta provar que qualquer ponto do ângulo que seja equidistante das retas
suporte dos seus lados pertence à bissetriz.

F
B

58

354818 054-103 U6.indd 58 13/05/15 17:25


Considere-se P, um ponto do ângulo BSE, equidistante das retas suporte
dos respetivos lados. Então, P é equidistante dos pés das perpendiculares, F
e G, traçadas de P para SB e SE, respetivamente, pelo que FP = GP .

Como [SP] é o lado comum aos triângulos [SGP] e [SFP] e estes são retângu-
los, pode concluir-se que SG = SF , recorrendo ao Teorema de Pitágoras.

Assim, os triângulos [SGP] e [SFP] são iguais, pelo critério LLL de igualdade
de triângulos. Então, conclui-se que os ângulos ESP e PSB são iguais (opõem
a lados iguais em triângulos iguais), pelo que P pertence à bissetriz do ângulo
BSE.

Pelo provado pode afirmar-se que a bissetriz de um ângulo convexo é o


lugar geométrico dos pontos do ângulo que são equidistantes das retas
suporte dos lados do ângulo.

Exemplo: C
o é a bissetriz do ângulo ABC porque
A semirreta BD
D
forma com cada um dos lados ângulos iguais.
Tendo em conta a propriedade demonstrada, 18,6º
o está à mesma distância de
qualquer ponto de BD B 18,6º
A
BC e de BA.

Por exemplo, CD = AD.

Exercício resolvido u4p18h3

Desenha um ângulo qualquer e traça a sua bissetriz, com régua e compasso.

Resolução:

1.º Desenhar o ângulo ABC. 3.º T raçar um arco de centro em D e


abertura superior a metade de ED.
C Com a mesma abertura e centro
em E, traçar outro arco. Designar
por F o ponto de interseção.
C
B
A E

B
D A

u4p18h5
2.º Com o compasso de centro 4.º Traçar a semirreta de origem em B
em B e abertura qualquer, e que passa por F.
traçar um arco ED. É a bissetriz do âng­ulo ABC .
u4p18h6
C C

E E

B B
D A D A

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   59


u4p18h7 u4p18h8

354818 054-103 U6.indd 59 13/05/15 17:25


Incentro do triângulo
Um dos amigos do Zito achou que o logótipo ficaria melhor se tivesse uma
circunferência inscrita no triângulo.

Como se poderá desenhar tal circunferência?


Nota
Uma circunferência diz-se Comece-se por construir as bissetrizes de dois dos seus ângulos internos,
inscrita num triângulo por exemplo, dos ângulos CAB e ABC, e por encontrar o ponto de interse-
quando os lados do
triângulo são tangentes à
ção dessas bissetrizes (P).
circunferência.
A

P
B

Como P pertence à bissetriz do ângulo CAB, então, é equidistante das retas


AC e AB. Mas, o ponto P também pertence à bissetriz do ângulo ABC, pelo
que é equidistante das retas AB e BC. Assim, temos que P é equidistante de
AC e CB, logo pertence à bissetriz do ângulo ACB.

A
U7P10H1r

P
B

Como o ponto P pertence às três bissetrizes dos ângulos internos do triân-


gulo [ABC], então, sendo J, K e L os pés das perpendiculares traçadas de P
para cada um dos lados do triângulo, tem-se JP = KP = LP . Assim, P é o
centro de uma circunferência que passa pelos pontos J, K e L. Como os seg-
mentos [JP], [KP] e [LP] são raios dessa circunferência, perpendiculares aos
lados do triângulo, estes lados são tangentes à circunferência e, portanto, a
U7P10H2r
circunferência está inscrita no triângulo.

K
P
B

L
C

60

U7P10H3r
354818 054-103 U6.indd 60 13/05/15 17:25
Podemos, então, desenhar a circunferência inscrita no triângulo.

K
P
B

L
C

As três bissetrizes dos ângulos internos de um triângulo intersetam-se JÁ ACHEI


O INCENTRO!
num ponto chamado incentro do triângulo. BASTOU TRAÇAR
O incentro de um triânguloU7P10H4r
encontra-se à mesma distância dos três AS BISSETRIZES
lados. É o centro da circunferência inscrita no triângulo. DE DOIS ÂNGULOS
INTERNOS.

B B
E
D
Incentro
P

A C A C
F

Assim, para o Zito descobrir o centro da circunferência inscrita no triângulo


basta determinaru4p22h4 u4p22h5 de dois ângulos
o ponto de interseção das bissetrizes
internos do triângulo.

Exemplo:
O presidente do clube de skate do Zito quer colocar um quiosque, no
terreno triangular, formado pelas paredes do estádio, do ginásio e da pis-
cina, de modo que fique à mesma distância destas três estruturas. A partir
da planta do terreno, o Zito encontrou o incentro deste triângulo como
indicado na figura.

Piscina Estádio Estádio


Piscina
Quiosque

Ginásio Ginásio

O que deves saber


• Construir a circunferência inscrita num triângulo.
• Identificar e construir bissetrizes.
• Construir a circunferência circunscrita a um triângulo.
U5P61H1N
• Determinar, por construção, o circuncentro e o incentro de um triângulo.
U5P62H1N
  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   61

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Verificar a aprendizagem

CIRCUNFERÊNCIA CIRCUNSCRITA — circuncentro de um triângulo

Tarefa

1 Observa
 os triângulos seguintes.
B E H

3,8 cm
3,7 cm 2,3 cm

D F G I
A C 4 cm 6,7 cm

1.1 N
 um ambiente de Geometria dinâmica, ou no teu caderno, constrói cada um dos triângulos.
1.2 Determina
u4p24h4 o circuncentro de cada um dos triângulos.
1.3 Formula uma conjetura sobre a localização do circuncentro de um triângulo, em função das
u4p24h5 u4p24h6
características do triângulo.
1.4 Testa a tua conjetura em triângulos diferentes e verifica se se mantém válida.

2 Copia a figura para o teu caderno (sobrepondo a folha) e descobre o centro


da circunferência.

BISSETRIZ
3 Em
 cada caso, decalca as duas semirretas assinaladas para o teu caderno e
assinala o lugar geométrico dos pontos do relvado que estão à mesma distância das duas semirretas.

a) b) u4p24h7

AUTOAVALIAÇÃO  Sei identificar e construir uma bissetriz?

CIRCUNFERÊNCIA INSCRITA — incentro de um triângulo

4 Copia
 os triângulos abaixo para o teu caderno, ou para um ambiente de Geometria dinâmica, e des-
cobre o seu incentro.
Nota: Os triângulos não estão à escala.

a) C b) F c) I

5 cm 4 cm 3 cm

50º
70º 40º D E
A B 5 cm G H
4 cm 5 cm

5 Desenha um triângulo isósceles [ABC] com AB = BC = 8 cm e AC = 5u4p24h3


cm.
u4p24h1
5.1 Desenha a circunferência inscrita no u4p24h2
triângulo.
5.2 Mede o raio dessa circunferência e determina um valor aproximado às unidades do seu perímetro.

62

354818 054-103 U6.indd 62 13/05/15 17:26


6 Seleciona
 a opção que completa corretamente a afirmação: O incentro de um triângulo…
A. … está à mesma distância dos vértices do triângulo.
B. … pode estar fora do triângulo.
C. … está à mesma distância dos lados do triângulo.
D. … é o ponto de interseção das mediatrizes dos lados do triângulo.

AUTOAVALIAÇÃO  Sei construir a circunferência inscrita num triângulo dado?

Aplicar

7 Num
 jogo de futebol, o árbitro considerou que um dos joga-
dores estava fora de jogo (isto é, não tinha entre ele e a linha D1
de fundo, pelo menos, dois jogadores da equipa adversária).
GR
Se o jogador em causa estava à mesma distância do guarda-
-redes e dos últimos dois defesas, terá o árbitro tomado a deci-
são correta? D2

 o esquema ao lado mostra-se a posição do guarda-redes


N
(GR) e dos dois últimos defesas (D1 e D2).
Reproduz, no teu caderno diário, os pontos D1, D2 e GR e jus-
tifica convenientemente a tua resposta. u4p25h1

Tarefa

8 Considera
 dois pontos, A e B, e uma reta r, como indica a figura. A B
8.1 Investiga a posição de um ponto C, sabendo que C per-
tence à reta e que é o centro de uma circunferência que
passa pelos pontos A e B.
8.2 Quantos triângulos isósceles têm [AB] por lado e estão ins- r

critos na circunferência de centro C?

u4p25h3
9 Dados
 dois pontos, quantas circunferências consegues traçar que passem pelos dois pontos? Justifica
a tua resposta.

Tarefas de investigação

10 Abre um ambiente de Geometria dinâmica.


1.o Constrói um triângulo retângulo.
2.o Constrói a circunferência inscrita nesse triângulo.
3.o D
 etermina a soma das medidas do diâmetro e da hipotenusa e a soma das medidas dos ­catetos.
4.o F ormula uma conjetura.
5.o A
 ltera o triângulo e verifica se a conjetura se mantém válida.
6.o P rova a tua conjetura.

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   63

354818 054-103 U6.indd 63 13/05/15 17:26


Identificar outros lugares
6.2 geométricos
Tarefa 2
Num ambiente de Geometria dinâmica, ou no teu caderno diário, constrói um
triângulo [ABC]. Segue os procedimentos seguintes:
1 Constrói as alturas relativas aos lados AB e AC.
2 Assinala o ponto de interseção, P, das duas alturas.
3 Conjetura sobre a posição da terceira altura (relativa ao lado BC).
4 Verifica se a tua conjetura é válida para triângulos diferentes.

Ortocentro

Recorda As retas suporte das três alturas de um triângulo são concorrentes


A altura de um triângulo num ponto chamado ortocentro do triângulo.
relativamente a um lado
(designado por base) é o
segmento de reta que une B
o vértice oposto à base
com o pé da
D
perpendicular, traçada
desse vértice para a reta
E
que contém a base.
O

altura

base

A C
F

Baricentro
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que une um vértice do
U7P14H2r
U7P14H4r triângulo ao ponto médio do lado oposto. Um triângulo tem três
medianas.

O Jaime sugeriu que no logótipo para o clube de skate se usasse um triân-


gulo e duas das suas medianas e se utilizasse uma fita vermelha e uma
verde, como mostra a figura.

64

354818 054-103 U6.indd 64 13/05/15 17:26


Como poderá determinar a relação entre os comprimentos das fitas verme-
lha e verde?

Considere-se um triângulo [ABC] e os pontos médios M e N, respetivamen-


te, dos lados [AB] e [BC].
B

M N

A C

Construam-se agora as duas medianas que passam por M e N, respetiva-


mente, e determine-se o ponto de interseção das mesmas.
B

M N Recorda
S
Se uma reta intersetar
dois lados, [AB] e [BC]
A U7P15H1r C
de um triângulo, nos seus
pontos médios M e N,
Queremos agora saber qual é a relação entre AS e AN. respetivamente, então,
é paralela ao terceiro
Os triângulos [MSN] e [ASC] são semelhantes, lado [AC] e AC = 2MN .
B
pelo critério AA de semelhança de triângulos, B
pois os ângulos MSN e ASC são verticalmente
M N N
opostos, logo, são iguais e os ângulos MNA e S r M

NAC também são iguais, por serem ângulos alter-


A C A C
nos internos determinados porU7P15H2r
uma secante num
par de retas paralelas (MN e AC).

Tem-se que AC = 2MN , pelo que a razão de semelhança que transforma


[MSN] em [ASC] é igual a 2. Então,
AS AS 2# SN 2 CS CS 2# SM 2
= = = e = = =
AN AS + SN 3# SN 3 CM CS + SM 3# SM 3
2 2
Assim, conclui-se que AS = AN e CS = CM. U7P15H3r U7P15H4r
3 3

Duas quaisquer medianas de um triângulo intersetam-se num JÁ SEI!


2 A FITA VERMELHA MEDE
ponto que dista de cada um dos vértices do comprimento da O DOBRO DA FITA VERDE.
3
respetiva mediana.

Resulta da propriedade anterior que a terceira mediana de um triângulo é


concorrente com as outras duas no mesmo ponto.

As três medianas de um triângulo são concorrentes num ponto, designado


por baricentro, centro de massa ou centroide do triângulo.

O que deves saber


• Determinar, por construção, o ortocentro e o baricentro de um triângulo.

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   65

U6P87H2
354818 054-103 U6.indd 65 JAIME A DIZER: 13/05/15 17:26
Verificar a aprendizagem

Ortocentro

1 Copia
 os triângulos abaixo para o teu caderno, ou para um ambiente de Geometria dinâmica, e des-
cobre o seu ortocentro.
Nota: Os triângulos não estão desenhados à escala.
a) b) c)
B B B

3 a = 70° 4 3
3 5

A b = 35°
C A
C
A 3 4
C

2
Seleciona
 a opção que completa corretamente a afirmação: O ortocentro de um triângulo…
A. … está à mesma distância dos lados do triângulo.
B. … é o ponto de interseção das mediatrizes dos lados do triângulo.
C. … está à mesma distância dos vértices do triângulo.
D. … é o ponto de interseção das retas suporte das três alturas do triângulo.
U7P15AH1r U7P15AH2r U7P15AH3r
3 Desenha
 um triângulo isósceles [ABC] com AB = BC = 5 cm e AC = 4,1 cm.
a) Marca o ortocentro do triângulo.
b) Determina o valor aproximado às centésimas da altura referente ao lado [AC].

AUTOAVALIAÇÃO  Sei determinar por construção o ortocentro de um triângulo?

Baricentro

4 Copia
 os triângulos abaixo para o teu caderno, ou para um ambiente de Geometria dinâmica, e
determina o seu baricentro.
Nota: Os triângulos não estão desenhados à escala.
a) b)
C B

4
3
B
4
C
a = 50°
4 A 5

5
Seleciona
 a opção que completa corretamente a afirmação: O baricentro de um triângulo é…
A. … o ponto onde concorrem as três medianas do triângulo.
B. … o ponto de interseção das bissetrizes dos ângulos internos do triângulo.
C. … o ponto de interseção das mediatrizes dos lados do triângulo.
D. … o ponto de interseção das retas suporte das três alturas do triângulo.
U7P15AH5r
U7P15AH4r
AUTOAVALIAÇÃO  Sei determinar por construção o baricentro de um triângulo?

66

354818 054-103 U6.indd 66 13/05/15 17:26


Aplicar

6 Copia
 e completa cada uma das frases com as seguintes palavras: baricentro, circuncentro, incentro
e ortocentro.
a) O é o ponto de interseção das medianas.
b) O é o ponto de interseção das mediatrizes dos lados de um triângulo.
c) O é o ponto de interseção das bissetrizes internas de um triângulo.
d) O é o ponto de interseção das retas suportes das alturas.
e) O é o ponto que divide cada mediana numa razão de 2 para 1.
f) O é o centro da circunferência inscrita num triângulo.
g) O é o centro da circunferência circunscrita a um triângulo.

7 A
 figura está representado o triângulo [ABC], N e P são os pontos médios
Na
dos lados [AC] e [BC], respetivamente. Sabendo que G é o baricentro do
triângulo [ABC], AP = 6 cm e GN =1,5 cm, determina, em centímetros: N
G
a) AG
b) GP B C
P
c) BG
d) BN

8 No A
 triângulo [ABC], da figura, [AM] e [CN] são medianas que se intersetam
em G. Sendo AG =10 cm e CN =18 cm, calcula û, y e z.
N
z G
y
û
B U7P15BH1r
M
C

B
9 Euler
 demonstrou que, num triângulo [ABC] qualquer, são colineares
três dos seus pontos notáveis, a saber: o baricentro (F), o circuncentro
(G) e o ortocentro (O). A reta que passa por esses três pontos toma
o nome de reta de Euler.
4,5 4,5
Copia para o teu caderno e encontra a reta de Euler para o triângulo
isósceles apresentado ao lado.
U7P15BH2r
C
A

10 Um ponto P é equidistante dos vértices de um triângulo [ABC]. O ponto P é…


A. … o baricentro do triângulo [ABC].
B. … o incentro do triângulo [ABC].
C. … o circuncentro do triângulo [ABC].
U7P15BH3r
D. … o ortocentro do triângulo [ABC].

11  segmento de reta que une um vértice de um triângulo ao pé da perpendicular traçada desse vér-
O
tice para a reta suporte do lado oposto é denominado…
A. … mediana. C. … bissetriz. E. … base.
B. … mediatriz. D. … altura.

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   67

354818 054-103 U6.indd 67 13/05/15 17:26


6.3 Ângulo ao centro
Tarefa 3
Quando se atira uma pedra para um lago, causa-se
uma perturbação na água que origina ondas circulares
concêntricas (com o mesmo centro).
1  ede a amplitude dos ângulos BAOB, BCOD e BEOF.
M
O O que observas?
A B 2  que acontece ao comprimento dos arcos AB, CD e EF
O
C D à medida que o raio aumenta?
E F
3 Calcula o comprimento do arco AB, se OA =10 cm.
4 Calcula a área do setor circular EOF se OE = 25 cm.

Arco de circunferência
Na circunferência representada em seguida, os pontos A e B, não diametral-
mente opostos, dão origem a dois arcos de circunferência (distintos) de
extremos A e B, um menor representado a azul e um maior representado
a verde.

Dados dois pontos A e B de uma circunferência de centro O, não dia-


metralmente opostos, designamos por:
• a
 rco menor AB, o arco determinado na circunferência pelo ângulo
ao centro convexo AOB;
• a U7P16H1rna circunferência pelo ângulo
 rco maior AB o arco determinado
ao centro côncavo AOB.

Um arco menor AB pode designar-se de modo mais simples apenas por


Recorda
arco AB.
ângulo
convexo Dados três pontos A, B e P de uma dada circunferência de centro O, o arco
ângulo
convexo APB é o arco de extremos A e B que contém o ponto P.
ângulo
côncavo
ângulo
côncavo
Dados dois pontos A e B de uma circunferência de centro O, designa-
mos por corda [AB] o segmento de reta [AB]. Os arcos de extremos
A e B são designados por arcos subtensos pela corda [AB]. O arco
menor AB é o arco correspondente à corda [AB].

68

354818 054-103 U6.indd 68 13/05/15 17:26


Designamos por segmento de círculo a região do círculo compreen-
dida entre uma corda e um arco por ela subtenso, dito maior quando
o arco for maior e menor quando o arco for menor.

Na circunferência seguinte:
D

A
O

• O é o centro da circunferência;
• [OA], [OB] e [OC] são raios;
• [ED] e [AC] são cordas;
• [AC ] é um diâmetro;
• o arco AB tem extremos A e B;
• o arco ACB tem extremos A e B e contém C;
• os arcos ED e EBD são arcos subtensos pela corda ED;
• o arco ED é o arco correspondente à corda ED;
• a região pintada a amarelo representa um segmento de círculo menor
e a representada a verde um segmento de círculo maior.

Ângulo ao centro e arco de circunferência

Numa circunferência, ou em circunferências iguais, cordas determina-


das por ângulos ao centro iguais também são iguais e vice-versa.

Os ângulos ao centro AOB e DOE são iguais (têm a mesma amplitude),


então, as cordas determinadas por estes ângulos também são iguais, ou
seja, as cordas [AB] e [DE] são iguais, pois opõem-se a ângulos iguais em
triângulos iguais. De facto, os triângulos [AOB] e [DOE] são iguais, pelo cri-
tério LAL ([OA], [OB], [OD] e [OE] são raios).
A

B
O

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   69

354818 054-103 U6.indd 69 13/05/15 17:26


OS ARCOS A COR TÊM A MESMA A amplitude de um arco de circunferência é a amplitude do ângulo
AMPLITUDE MAS COMPRIMENTOS ao centro correspondente.
DIFERENTES. O COMPRIMENTO
DEPENDE DO RAIO ( %
DA CIRCUNF
CIRCUNFERÊNCIA.
N ERÊNCIA. A amplitude do arco APB representa-se por APB, ou simplesmente por AB
quando se tratar de um arco menor.
Exemplo:
O ângulo AOB é um ângulo ao centro a que corresponde O
o arco AB.
Se AOWB = 110°, então, a amplitude do arco AB também
A B

%
é igual a 110°.
Escreve-se AB =110°.

Exercícios resolvidos

1. Considera a circunferência à direita. C u4p6h5


161º

Qual é a amplitude do arco AC? E a do ângulo AOB?


Recorda O
93º
2. E m cada uma das figuras, o polígono representado
• Ângulos:
é regular e o centro da circunferência é o ponto B. B
Reto Raso Giro A
Indica para cada um dos casos a amplitude do arco AC:
a) b)
90º 180º 360º C C
u4p7h1
• Notações:
B
W : amplitude
AOB A B
u4p7h2
do ângulo AOB;
% A
AB : amplitude
do arco AB.
Resolução:
1. O arco AC é o arco correspondente ao ângulo ao centro AOC, logo,
%
W = 93°.
AC = AOC
$
W = BC = 161° e um ângulo giro tem 360° de amplitude:
Como BOC
W U5P70H1N
AOB W + BOC
= 360° - _COA W i = 360 ° - _93° +161°i =106°.
U5P70H2N
2. a) O polígono é um quadrado, logo, o ângulo ao centro ABC tem de ampli-
tude 90°. O arco AC é o arco correspondente ao ângulo ABC, logo,
%
AC = 90°.
b) O
 polígono é um triângulo equilátero, logo, o ângulo ao centro ABC tem
de amplitude 60°. O arco AC é o arco correspondente ao ângulo ABC,
%
logo, AC = 60°.

O que deves saber


• Identificar os elementos de uma circunferência.
• Relacionar a amplitude de um ângulo ao centro com a do arco
correspondente.

70

354818 054-103 U6.indd 70 13/05/15 17:26


Verificar a aprendizagem

CIRCUNFERÊNCIA

1 Desenha,
 a lápis, uma circunferência de raio igual a 4 cm. Nessa circunferência traça:
a) dois raios, a azul;
b) um diâmetro, a preto;
c) uma corda, que não seja um diâmetro, a verde;
d) um arco menor, a vermelho.

2 Explica
 qual é a diferença entre uma circunferência e um círculo.

AUTOAVALIAÇÃO Sei distinguir circunferência de círculo e identificar raio, diâmetro, corda e arco?

ÂNGULO AO CENTRO E ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA

3 Observa
 as circunferências de centro O. Determina, justificando, o valor de cada uma das variáveis, û, y.

a) b) y c) H d) I
E F
31º
O z
O
O y
115°
y O
65º û B û û
A J
B A
û 120º G

Tarefa
u4p8h4
4 Da circunferência WB = 57°.
u4p8h1 de centro O desenhada, sabe-se que [AD] e [BC] são diâmetros e AO
u4p8h2 u4p8h3
4.1 Indica, justificando, a amplitude do ângulo COD. A

4.2 Determina a amplitude dos arcos AB e CD.


57º O C
4.3 Copia e completa a frase seguinte: B
 ângulos ao centro geometricamente iguais correspondem arcos
A
%
e vice-versa, a arcos ­correspondem ângulos ao centro .
W
D
4.4 Calcula BOD e AC . Justifica as tuas respostas.

u4p8h5
AUTOAVALIAÇÃO Sei relacionar a amplitude de um ângulo ao centro com a do arco correspondente?

SETOR CIRCULAR

5  figura está representada uma circunferência de centro O e dois arcos AB e CD


Na A
iguais. Justifica que: O
a) os ângulos ao centro AOB e COD são iguais;
B
b) as cordas [AB] e [CD] são iguais. D
C

6  circunferência ao lado tem centro %


A O.
W = 40º, indica AB.
A
a) Sabendo que AOB
%
B
W e ACBW . C
(
b) Se AB = 35º, determina AOB
% O
c) Se ACB = 280°, determina AOBW e AB.

AUTOAVALIAÇÃO Sei determinar o comprimento de um arco e a amplitude de um setor circular?

U7P19H1r
  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   71

354818 054-103 U6.indd 71 13/05/15 17:26


Aplicar

7 Classifica
 as afirmações seguintes como verdadeiras ou falsas.
A. Arcos correspondentes a ângulos ao centro iguais têm o mesmo comprimento.
B. Se um arco de circunferência tem 72° de amplitude, o ângulo ao centro que lhe corresponde
mede também 72°.
C. Numa circunferência de centro O, desenhou-se um triângulo equilátero [ABC] com os três vérti-
ces sobre a circunferência. Então, a amplitude do arco AB é igual a 120°.

8  figura ao lado, estão duas circunferências geometricamente iguais, de centros A e B, que se interse-
Na
tam em E. As retas AB e CD são paralelas, AB = 4,8 cm e ACWD = 51°.
F
8.1 Classifica o quadrilátero [ABCD].
8.2 Calcula as amplitudes dos restantes ângulos internos do qua- E
A B
$ $
drilátero [ABCD].
8.3 Justifica que CE = ED. 51º

8.4 Calcula a amplitude do arco maior CFE. C D

9  alvo à direita é composto por circunferências concêntricas, de centro O,


O u4p9h1
em que OA = 12,8 cm e OC = 20 cm.
9.1 Em quantos setores está dividido o círculo menor?
O
9.2 Qual é a amplitude do arco de cada um desses setores circulares?
Justifica a tua resposta. A B

9.3 Compara, justificando, a amplitude dos arcos AB e CD. C D


9.4 Calcula a área da região pintada a azul. Arredonda o valor para 2 c. d.

10 Espalhadas
 por todo o Mundo, as rodas gigantes são ponto de atração
para milhões de visitantes. Três delas são: The London Eye (Londres),
com 135 m de diâmetro e 32 cabinas; Singapore Flyer (Singapura),
com 150 m de diâmetro e 28 cabinas; e A Grande Roda de Pequim
(ao lado), a maior do Mundo, com 193 m de diâmetro e 48 cabinas.
10.1 Para cada uma das rodas, determina:
a) a amplitude do arco de circunferência compreendido entre
duas cabinas consecutivas (2 c. d.);
b) o comprimento desse arco (2 c. d.).
10.2 A Grande Roda de Pequim demora 20 minutos a completar uma
volta. Qual é a velocidade média, em km/h, a que gira?

Tarefas de investigação

11 Compara a área de um setor circular de raio r e de amplitude a com:


a) a área de um setor circular de raio 2r e de amplitude a;
b) a área de um setor circular de raio r e de amplitude 2a;
r
c) a área de um setor circular de raio e de amplitude a.
2
12 Mostra que a área de um setor circular de raio r e comprimento do arco , pode ser dada pela fórmula:
r , Asetor
Asetor circular = , # .      SUGESTÃO: Usa a proporção = .
2 P( A(

72

354818 054-103 U6.indd 72 13/05/15 17:26


Relação entre ângulos,
6.4 arcos e cordas
Tarefa 4
A prática de wrestling amador faz-se em campos circulares.
1 T raça uma circunferência, de centro O, no teu caderno diário.
2 Desenha uma corda, [AB], qualquer.
3 Traça a mediatriz dessa corda.
Por onde passa a mediatriz?
4 Dobra a circunferência pela mediatriz.
O que observas?
5 Desenha outra corda, [CD], que seja paralela à corda inicial.
6 Que relação observas entre os arcos que se situam entre essas
duas cordas?
7 E entre os ângulos ao centro correspondentes?

Cordas e arcos compreendidos entre retas


paralelas

Numa circunferência, são iguais arcos, e cordas, determinados por


duas retas paralelas e entre elas compreendidos.

Considera a circunferência de centro O e duas retas AB e CD secantes à cir-


Repara
cunferência e paralelas.
Numa circunferência,
As cordas AB e CD são paralelas. • a arcos iguais
A r correspondem ângulos
A reta r, perpendicular a AB que passa por O, é a B ao centro iguais
C e vice-versa;
mediatriz de [AB] e de [CD], pois o ponto O é equi-
D • a cordas iguais
distante de A e B e r é perpendicular a AB. Assim, O
correspondem ângulos
conclui-se que: ao centro iguais
• as cordas [AC] e [BD] são iguais, pois são imagem e vice-versa;

uma da outra pela reflexão de eixo r; • a arcos iguais


correspondem cordas
• os arcos AC e BD são iguais, pois, numa mesma circunferência, a cordas iguais e vice-versa.
iguais correspondem arcos iguais.

Reta que passa pelo centro de uma


circunferência e é perpendicular a uma corda
U7P21H1r
Qualquer reta que passe pelo centro de uma circunferência e seja
perpendicular a uma corda, bisseta essa mesma corda (ou seja,
divide a corda em dois segmentos de reta iguais), assim como os arcos
subtensos e os ângulos ao centro correspondentes.

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   73

354818 054-103 U6.indd 73 13/05/15 17:26


Seja r uma reta que passa pelo centro de uma circunferência, O, e é
perpendicular a uma corda [AB], num ponto P. Verifica-se o seguinte:
A r
• A reta r é a mediatriz de [AB], logo, AP = BP . C
• A imagem do ponto A pela reflexão de eixo r P

é o ponto B.
O
• Os ângulos ao centro AOC e BOC são iguais B
D
pois são imagem um do outro pela reflexão
de eixo r.
• Os arcos AC e BC são iguais pois são determinados por ângulos ao
centro iguais.
• Os arcos subtensos pela corda [AC] e os arcos subtensos pela corda
[BC] são iguais.

Exercício resolvido

Observa a figura ao lado onde está represen-


U7P22H1N
A

tada uma circunferência de centro O. Sabe-se C


P
que a reta CD contém o centro da circunferên-
cia e é perpendicular à corda AB. O

a) Se a amplitude do ângulo BOA for 62º, qual B


D
$
é a amplitude do ângulo AOC?
%
b) Se AC = 55º, determina BD.
c) Sabendo que OA = 5 cm e AB = 8 cm, qual é o valor da área do triângulo
[OAB]?

Resolução:
a) Uma vez que qualquer reta que passe pelo centro de uma circunferência
e seja perpendicular a uma corda a bisseta, assim como aos arcos subten-
sos e aos ângulos ao centro correspondentes, conclui-se que a amplitude
$ %
do ângulo AOC é metade da amplitude do ângulo BOA, ou seja, 31º.
b) Pela propriedade descrita anteriormente, sabemos que U7P22H1r
BC = AC = 55º.
Assim, a amplitude do ângulo ao centro BOC é 55º, pois a amplitude de um
arco de circunferência é a amplitude do ângulo ao centro correspondente.
$
A amplitude do ângulo ao centro BOD é 180º - 55º = 125º, pelo que
BD =125º.
AB #OP
c) A área do triângulo [OAB] é dada por ; sabe-se que OA = 5 cm
2
e AB = 8 cm. Só falta determinar a altura OP do triângulo; para tal vamos
aplicar o Teorema de Pitágoras, por exemplo, ao triângulo retângulo [OAP].
Como OA = 5 cm e AP = 4 cm, então,
2 2 2 2
5 = 4 + OP + 25 =16 + OP +
2
+ OP = 25 - 16 + OP = ! 9 =!3
Como OP é um comprimento, OP = 3.
AB #OP 8#3
Logo, a área do triângulo [OAB] é = =12 cm2.
2 2

O que deves saber


• Estabelecer relações entre ângulos, arcos e cordas.

74

354818 054-103 U6.indd 74 13/05/15 17:27


Verificar a aprendizagem

RETAS E CIRCUNFERÊNCIA

1 Quantos
 pontos de interseção podem existir entre uma reta e uma circunferência?

2 Da
 figura à direita, sabe-se que: C B
• [AB] é uma corda da circunferência;
• CD é a mediatriz da corda [AB];
A
• o ponto E está na circunferência.
E
2.1 Indica um eixo de simetria da circunferência.
2.2 Qual é a posição relativa das cordas [AB] e [CD]?
2.3 Qual é a relação entre os arcos CA e CB?
D
Cordas e arcos compreendidos entre retas paralelas

3 Sabendo
 que a corda [AB] é paralela à corda [CD], descobre o valor de û em cada uma das figuras.
Justifica as tuas respostas.

a) B û
D
           c) u4p34h1
B
A
A O û
30º O 56º

C D
C

b) B            d) B

A
u4p34h2
1,6 cm u4p34h4
O D
û
û D
O A 40º û

C C
A
4  a figura ao lado está representada uma circunferência de centro O e
N
cordas [AB] e [CD] paralelas. Traça a reta r perpendicular a AB e
duasu4p34h3
B
que passa em O. Justifica que: u4p34h5 C
O
4.1 a reta r é a mediatriz de [AB] e de [CD];
4.2 a corda [AC] é igual à corda [BD];
D
4.3 os arcos AC e BD são iguais.

5 Na figura seguinte está representado um trapézio inscrito numa circun-


B
ferência de centro O. A
5.1 Justifica que:
a) 0 trapézio é isósceles;
O
b) o arco BD é igual ao arco AC. D
5.2 Representa o eixo de simetria do trapézio.
C
U7P23H1r

AUTOAVALIAÇÃO  Estabeleço relações entre arcos, cordas e ângulos?

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   75


U7P23H2r
354818 054-103 U6.indd 75 13/05/15 17:27
Aplicar A
30º
D
6 Na figura está representada uma circunferência de centro O, em que:
• A, B, C e D são pontos da circunferência; E

• o segmento de reta [BD] é um diâmetro;


O
• E é o ponto de interseção das retas BD e AC; C
• o triângulo [ADE] é retângulo em E; B
• CW
AD = 30°
Sem efetuares medições, explica por que razão a seguinte afirmação é verdadeira:
«Os triângulos [ADE] e [CDE] são iguais.» u4p35h1
Adaptado do Exame Nacional do 3.º Ciclo, 2007, 1.ª chamada

7 Uma
 empresa produz uma embalagem cúbica, com volume igual a 216 cm3, A
para colocar bolachas redondas. Os lados da base do cubo são tangentes à B
bolacha, conforme é ilustrado na figura.
7.1 Calcula
 o valor exato e um valor arredondado às centésimas do compri-
C O
mento do segmento de reta [AB].
7.2 Sabendo que C é um ponto de tangência, determina a área do setor circular
azul. Arredonda o resultado para 2 c. d.

8  figura considera a circunferência de centro em O e que passa por A, os diâ-


Na C
metros [AE] e [CF] e o segmento [AD] de comprimento 2. B D 2 A
8.1 Mostra que o raio da circunferência tem comprimento 2 2. u4p35h2
x’
x
8.2 Indica, justificando, qual é a amplitude do arco:
O
8.2.1 AB
8.2.2 AC E
8.2.3 EF F

Tarefa de investigação
3
9  figura as circunferências são concêntricas com raios r e 2 r , respetivamente, (r > 0).
Na

Os pontos O, A e C são colineares, tal como os pontos O, B e D.


5 U5P76H1N
Mostra que a área do trapézio [ACDB] é igual a da área do triângulo [OAB].
4

B C
90°
A
90°

76

354818 054-103 U6.indd 76 13/05/15 17:27


Ângulos inscritos
6.5 e outros ângulos excêntricos
Tarefa 5
Constrói uma circunferência, num software de Geometria dinâmica, de centro A.
A Marca os pontos B, C e D sobre a circunferência e traça as semirretas AoB , AC
o , DB
o e DC
o .
1  etermina a amplitude dos ângulos BAC e BDC.
D
D
2 Compara as duas amplitudes encontradas.
3 Modifica os ângulos, arrastando os pontos B e C, e formula uma conjetura acerca
A
da relação entre as duas amplitudes.
4 Prova a conjetura, quando [DC] é um diâmetro (figura ao lado).
B 5 Arrasta o vértice D (mantendo inalterados B e C) e regista o que sucede.
C
6 Arrasta o ponto C tal que [BC] seja um diâmetro. Qual é a amplitude do ângulo
BDC? Prova este resultado.

u4p10h1
Ângulo inscrito

Designa-se por ângulo inscrito num arco de circunferência qualquer


ângulo de vértice no arco e distinto dos extremos, e cujos lados pas-
sem pelos extremos desse arco.

Exemplo:
Os ângulos AVB são ângulos inscritos nos arcos de circunferência AB.
A. V B. V C. V

O O O B

A A A
70º B 50º B 140º
V

Em cada uma das figuras, o ângulo AVB está inscrito no arco AVB, designa- a
O
do arco capaz do ângulo inscrito. Os arcos AB representados a vermelho,
b
u4p10h2 por arcos compreendidos u4p10h3
designam-se u4p10h4 entre os lados do ângulo inscrito. A
c

Amplitude de um ângulo inscrito RECORDA QUE A AMPLITUDE


DE UM ÂNGULO
Vamos relacionar a amplitude de um ângulo inscrito num arco de circunfe- EXTERNO DE UM TRIÂNGULO
rência com a amplitude do arco. Temos três casos a considerar: É IGUAL À SOMA DAS
AMPLITUDES DOS ÂNGULOS
1.º caso: Um dos lados do ângulo inscrito contém um diâmetro. INTERNOS NÃO ADJACENTES:
c 5 a 1b .
Observa a figura:

• [OA] e [OV ] são raios da circunferência, logo, o triângulo V


WV = OV
[AVO] é isósceles e, por isso, OA WA ;
• A amplitude de um ângulo externo de um triângulo é O

igual à soma das amplitudes dos dois ângulos internos


W = OAV
não adjacentes, assim AOB W + OVWA ; A

WV = OV WA , deduz-se que AOB


W = 2OV
WA.
B
• Como OA %
W
Logo, OVWA = AOB , ou seja, OV WA = AB .
2 2
u4p10h7
  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   77

354818 054-103 U6.indd 77 13/05/15 17:27


2.º caso: O centro da circunferência não pertence ao ângulo inscrito.

Considerando um ponto C da circunferência tal que V


[VC] seja um diâmetro, tem-se:
%
W
O
AC
• AVC = (demonstrado no 1.º caso)
$
2 A
B C
W
• BVC =
BC
(demonstrado no 1.º caso)
2
Assim,
% $ % $ %
W = AVC
AVB W - BVC
W = AC
-
BC
=
AC - BC
=
AB U7P27H1R
2 2 2 2
3.º caso: O centro da circunferência pertence ao ângulo inscrito mas não
pertence a nenhum dos lados.

Considerando um ponto C da circunferência tal que V


[VC] seja um diâmetro, tem-se:
%
W
O B
AC
• AVC = (demonstrado no 1.º caso)
$
2 A

W = CB (demonstrado no 1.º caso)


C
• CVB
2
Assim,
% $ % $ (
W W W AC CB AC + CB ACB U7P27H2R
AVB = AVC + CVB = + = =
2 2 2 2

A amplitude de um ângulo inscrito é igual a metade da ampli-


tude do arco compreendido entre os seus lados.

Retomando o exemplo da página anterior, temos:


W =
A. AVB
70° W = 140° = 70°
= 35°       C. AVB
2 2
W = 50° = 25°
B. AVB
2

Propriedades dos ângulos inscritos


• Ângulos inscritos no mesmo arco

Observa a figura A. Todos os ângulos inscritos têm o A


arco AB compreendido entre os seus lados e, portanto,
estão inscritos no mesmo arco. O B
A
Então, a amplitude de qualquer desses ângulos
%
AB
inscritos é .
2

u4p11h1
Ângulos inscritos no mesmo arco de circunferência têm a mesma
amplitude.

78

354818 054-103 U6.indd 78 13/05/15 17:27


• Ângulos inscritos numa semicircunferência
Curiosidade
Observa a figura B.
O ângulo ACB está inscrito na semicircunferência ACB B C
e o arco ADB é o arco compreendido entre os seus
lados, que também é uma semicircunferência. A B
( O

W
É ao matemático Tales de
ADB 180º Mileto (624 a. C-547 a. C.)
Assim, ACB = = = 90º.
2 2 que se atribui a descoberta:
«Qualquer triângulo inscrito
Um ângulo inscrito numa semicircunferência é reto. u4p11h2 numa semicircunferência
é um triângulo retângulo.»
V

Ângulo do segmento A B
O
Considera o ângulo ABC representado na figura.
O vértice do ângulo é o extremo B da corda [AB], um dos seus lados contém
a corda [AB] e o outro é tangente à circunferência. A região colorida é um
segmento de círculo. Diz-se que o ângulo ABC é o ângulo do segmento.
u4p11h4

Ângulo do segmento é um ângulo com vértice num dos extremos


de uma corda, um dos lados contendo a corda e o outro tangente à
circunferência.

Vamos relacionar a amplitude do ângulo do segmento com a amplitude do


Recorda
arco compreendido entre os seus lados.
Setor circular
Comece-se por desenhar uma reta paralela a CB que passe U7P28H2r
por A. Essa reta interseta a circunferência em dois pontos: O
o ponto A e um outro ponto que designamos por D. B
O
A
A amplitude dos arcos BD e BA é igual, pois são arcos D
compreendidos entre retas paralelas. C
C
O ângulo DAB é um ângulo inscrito e a sua amplitude
$ D
BD Segmento de círculo
é .
2 O
Os ângulos DAB e ABC têm a mesma amplitude, pois são B
ângulos alternos internos de lados paralelos.
$ %
A
O
V
Então, ABC = DABW = BD AB
.
C
2
=
2 U7P28H3r
U7P28H1r
A amplitude do ângulo do segmento é igual a metade da ampli-
tude do arco compreendido entre os seus lados.
C

'
Exemplo:
O
Sabendo que VCB = 296º, qual é a amplitude do ângulo
U7P28H4r
$
B
AVB?
W =
AVB
VB
=
360° - 296°
= 32º
V
2 2 A

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   79

354818 054-103 U6.indd 79 13/05/15 17:27


Ângulo ex-inscrito

Designa-se por ângulo ex-inscrito num arco de circunferência um


ângulo adjacente a um ângulo inscrito e a ele suplementar.

Exemplo:

O ângulo AVB é um ângulo ex-inscrito, pois é um A


V
ângulo suplementar adjacente ao ângulo inscrito BVC.
C
Qual é a amplitude do ângulo AVB? O

O ângulo AVB é suplementar do ângulo BVC.


$ $ B
W =
Como BVC
BC W =180º -
, então, AVB
BC
.
2 2
$ % $
Como BC = 360º - `CV + VBj, vem:
% $ % $ % $
360º - `CV + VBj
W
AVB =180º - =180º - 180º +
CV + VB
=
CV + VB
2 2 2

U7P29H2r
A amplitude de um ângulo ex-inscrito é igual à semissoma das
amplitudes dos arcos correspondentes às cordas que as retas
suporte dos lados contêm.

Exemplo:
$ $
Se VC =145º e VB =105°, então:
$ $
W =
AVB
VC + VB
=
145º +105º
=
250º
=125º
2 2 2

Ângulo convexo de vértice no interior


de um círculo
C D
Na figura ao lado, as cordas [AD] e [BC] intersetam-se no
V
ponto V, que está no interior do círculo. Assim, AVB é um
ângulo convexo com vértice no interior do círculo. O

Os ângulos ABC e BAD são ângulos inscritos, logo: B


% $
A

V = AC e BAD
ABC W = BD
2 2
No triângulo [VAB], tem-se: AV WB =180 c - ABVC - BW AD. Logo,
u4p11h5
% $ % $
WB =180 ° -
AV
AC
-
BD W =
, isto é, AVB
360 ° - AC - BD
.
2 2 2
% $
% $ % $
Como 360° - AC - BD = AB + CD , vem que AV B = W AB + CD
.
2

80

354818 054-103 U6.indd 80 13/05/15 17:27


A amplitude de um ângulo convexo de vértice no interior de C
D
um círculo é igual à semissoma das amplitudes dos arcos compre- V
endidos entre os lados do ângulo e os lados do ângulo verticalmente
O
% $
oposto: A

W AB + CD B
AVB =
2

Exemplo: u4p11h6
% $
WB = 112° + 52° = 82 °.
Se AB =112° e CD = 52°, então, AV
2

Ângulo de vértice no exterior de um círculo


Na figura, as retas VA e VB intersetam-se no ponto V, que está no exterior
do círculo. Assim, o ângulo AVB é um ângulo de vértice exterior ao círculo.

Os ângulos ABV e BAV são ângulos inscritos, logo: V


% % $ $ $ $
V = W =
C D
AD AC + CD BC CD + DB
ABV =    e   BAV =
2 2 2 2
No triângulo [VAB], tem-se: A B
W =180º - _ ABV
V + BAV W i+
% $ $ $
AVB
W
+ AVB =180º - f
AC + CD
+
CD + DB p
+
2 2
% $ $ $
W
+ AVB =180º - f
AC + CD + CD + DB p
+
2
% $ $ $
W
+ AVB =180º - f
AC + CD + DB + CD p
+
2
% $
W
+ AVB =180º - f
360 º - AB + CD p
+
% $ % $
2
W
+ AVB =180º - 180º +
AB - CD W
+ AVB =
AB - CD
2 2

V
A amplitude de um ângulo de vértice exterior a um círculo e
C D
cujos lados o intersetam é igual à semidiferença entre a maior e a
menor das amplitudes dos arcos compreendidos entre os respetivos
% $
lados: O
W
A B
AB - CD
AV B =
2

Exemplos:
% $ u4p11h7
• Se AB =120° e CD = 28°, então, AV WB = 120° -28° = 46°.
2
$
% $
W
• Se AVB = 90° e AB = 220°, tem-se que 90° =
220° - CD
, pelo que CD = 40°.
2
%
$ %
W = 60° e CD = 20°, tem-se que 60° = AB - 20° , pelo que AB =140°.
• Se AVB
2
  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   81

354818 054-103 U6.indd 81 13/05/15 17:27


Verificar a aprendizagem

ÂNGULO INSCRITO

1 Para
 cada figura, descobre o valor de û.

a) B c) H e) N g)
û û O
37º W Y
O M O û
O
81º
A G
C X
104º û P
I
b) F d) K f) S T h) C
û
û 26º û
76º û B
D J A u4p12h4
43º
u4p12h1
O
u4p12h2
O R u4p12h3
O O
60º Z
L
E U

AUTOAVALIAÇÃO  Sei relacionar a amplitude de um ângulo inscrito com a do arco associado?

OUTROS ÂNGULOS EXCÊNTRICOS


u4p12h5 u4p12h6 u4p12h7 u4p12h8
2 Num ambiente de Geometria dinâmica, ou numa folha de papel, desenha um ângulo A

ABC de vértice no interior de um círculo.
2.1 Copia a tabela seguinte para o teu caderno. Usando as opções do software O
C
B
(ou um transferidor) preenche a tabela. D
$ % $ % $ %
BW
AC EC WB
AC AD EC + AD DE + AC V
ABC E

2.2 Compara os valores obtidos nas duas últimas colunas.


u4p12h9
2.3 Constrói outros ângulos de vértice no interior do círculo e verifica se se mantém a relação de 2.2.

3 Para
 cada figura, descobre o valor de û.
J P U W
a) I
47º b) 51º c) d)
G N M S R 104º
û L T
û
û O 62º O O û
O
H Y
F Q V X
144º
K 178º
129º

Tarefa
u4p12h13
V
4 Observa
 u4p12h12
a circunferência de centro O e o ângulo AVB de vértice no exterior do círculo.
u4p12h10 u4p12h11 D
% $
Justifica as igualdades seguintes. C

W
a) ADB =
AB
c) V W
 AD =
CD
% % $
2 2
W W
O
AB AB - CD A B
b) ADV =180° - d) AV B =
2 2

82
u4p12h14

354818 054-103 U6.indd 82 13/05/15 17:27


5 Para
 cada figura, descobre o valor de û.
B Q
a) b) G c) I
d) S
26º
K û
û P
û T
D 24º O O
E
53º 87º
64º M
O
L
û 35º
C R
O 72º J
A F
H
145º
u4p13h3 u4p13h4
AUTOAVALIAÇÃO Sei relacionar a amplitude de um ângulo excêntrico com a do arco associado?

u4p13h2
u4p13h1 B
Aplicar
A

6 À %circunferência
 direita, encontra-se um triângulo inscrito numa % de centro O, O
tal que [BC] é um diâmetro da circunferência e AC = 2 AB .
6.1 Prova que o triângulo [ABC ] é retângulo.
6.2 Calcula a amplitude dos ângulos ABC e BCA. C

7 Na
 bandeira da Coreia do Norte encontra-se uma estrela
de cinco pontas inscrita numa circunferência. B
u4p13h5
Calcula a amplitude dos ângulos EBD e BGC. A F G C
J H
Mostra como chegaste à tua resposta. I
E D

V
8 Para
 iluminar um tapete circular com 1,5 m de raio, ­colocou-se um projetor (V),
como mostra a figura. C 50º D
19º
S abe-se que:
• $AVWB =50° u4p13h6
• CD = 19°
O
 alcula o comprimento, em metros, do arco de circunferência AB que
C
fica iluminado pelo projetor.
A B
Arredonda o resultado às centésimas.

Tarefa

9 Sejam
 A, B e C três pontos distintos de uma circunferência em que o arco AB tem 180° de amplitude.
Justifica a afirmação seguinte: «O triângulo [ABC] não é equilátero.»
u4p13h7
Adaptado do Exame Nacional do 3.° Ciclo, 2007, 2.ª chamada

Tarefa de investigação

10 Considera um triângulo isósceles [ABC], inscrito numa circunferência, em que AB = BC.


 %
V e AB . Formula uma conjetura e prova-a.
Investiga uma relação entre ABC

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   83

354818 054-103 U6.indd 83 13/05/15 17:27


6.6 Polígonos regulares
Tarefa 6 Observa os polígonos regulares que se seguem.
1 Identifica no polígono 1 1 2 3 4 5 6
um ângulo interno
e um ângulo externo.
2 Copia e completa a tabela.

N.º mínimo
u4p26h2Soma u4p26h3Amplitude Soma
u4p26h5dasu4p26h6
N.º u4p26h1
Amplitude
de ­triângulos das amplitudes amplitudes
Polígono Nome de cada ângulo de cada ângulo
de lados em que dos ângulos dos ângulos
interno externo
se divide internos externos
1 u4p26h4
2
3
4
5
6
... ... ... ... ... ...

Construção
Como construir, por exemplo, um pentágono regular inscrito numa circun-
ferência?
D
Um pentágono regular é um polígono com 5 lados iguais,
logo, irá dividir a circunferência em cinco arcos iguais.
Nota E
O
C
Para relembrares as A amplitude de cada arco é igual à amplitude do ângulo
construções de polígonos ao centro correspondente.
regulares com régua %
e compasso, consulta Por exemplo, AB = AOB W = 360° = 72°. A B
a hiperpágina (páginas 90 5
e 91). Assim, para construir um pentágono regular inscrito numa circunferência:
u4p26h7
1.o T raça-se a circunferência de centro O e um raio [OA]. O ponto A é um
vértice do pentágono.
2.o C
 om o transferidor, marca-se um arco de circunferência de amplitude
Repara igual a 72° e encontra-se um novo vértice do pentágono, B.
3.o 3.o A
 bre-se o compasso com uma abertura igual à do segmento de reta [AB]
e, com o centro em B, traça-se um novo arco, marcando C.
B
4.o C
 om a mesma abertura do compasso e centro em C, traça-se novo arco,
C
72º marcando D. Encontra-se, da mesma forma, o vértice E.
O A
5.o Unem-se os cinco pontos, A, B, C, D e E, obtendo o pentágono.
B B B
1.o 2.o 3.o C 4.o e 5.oC
72º 72º 72º
A O A O A O A
u4p26h8 O
D
E

84
u4p26h9 u4p26h10 u4p26h11 u4p26h12

354818 054-103 U6.indd 84 13/05/15 17:27


Para construir um polígono regular, com n lados, divide-se uma cir-
360°
cunferência em n arcos, cada um com amplitude igual a .
n

Ângulos internos de um polígono convexo


Qual é a amplitude de cada ângulo interno de um
pentágono regular? C
O
• O triângulo [DOE ] é isósceles, porque OD = OE .
54º 72º
• Como o pentágono é regular, decompõe-se em cinco 54º54º
triângulos iguais, logo: D E

DOEW = 360° = 72° e u4p27h1


5
W W
CDE = CDO + ODE W = DEOV + ODE
W =180° - 72° =108°

• Cada ângulo interno do pentágono mede 108o.

Em qualquer polígono convexo com n lados, a soma das amplitudes Nota


dos ângulos internos é dada por _n - 2i # 180°. Num polígono regular,
com n lados, a amplitude
de cada ângulo interno é:
Demonstração: (n - 2) # 180°
n
Consideremos um polígono convexo com n lados. É possível decompô-lo
em n triângulos com um vértice comum, O (situado no interior do polígo-
no), e tal que em cada triângulo dois vértices são coincidentes com vértices

do polígono, como mostra o exemplo da figura.

A soma das amplitudes dos ângulos internos dos n triângulos é igual a n × 180°.
A soma das amplitudes dos ângulos com vértice em O é igual a 360º.

Logo, a soma dos n ângulos internos do polígono é igual a

n × 180° - 360° = n × 180° - 2 × 180° = (n - 2 ) × 180°

Exemplo:
Num polígono convexo com 20 lados, a soma das amplitudes dos ângulos
internos é:

(20 - 2) × 180° = 18 × 180° = 3240°

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   85

354818 054-103 U6.indd 85 13/05/15 17:27


Ângulos externos de um polígono convexo

Em qualquer polígono convexo com n lados, a soma das amplitu-


des dos ângulos externos com vértices distintos é igual a 360°.

Demonstração:
180º Externo Consideremos um polígono convexo com n lados.
Interno
A soma das amplitudes de um ângulo interno e de um externo adjacente é
igual a 180°. Assim, a soma das amplitudes dos n ângulos internos com as
amplitudes de n ângulos externos com vértices distintos é igual a n × 180°.
u4p27h2
NUM POLÍGONO REGULAR Como a soma das amplitudes dos n ângulos internos é igual a (n - 2 ) × 180°,
COM N LADOS, A AMPLITUDE
DE CADA ÂNGULO EXTERNO conclui-se que a soma das amplitudes de n ângulos externos com vértices
É IGUAL A 360˚ . distintos é igual a:
n
n × 180° - (n - 2 ) × 180° = [n - (n - 2 )] × 180° =
= (n - n + 2 ) × 180° =
= 2 × 180°= 360°

Soma de ângulos opostos de um quadrilátero


inscrito numa circunferência
Considera um quadrilátero [ABCD] inscrito numa cir- B
cunferência de centro O.

Quanto é a soma das amplitudes de ângulos opostos? O


A
Veja-se, por exemplo, qual é a soma da amplitude dos C
ângulos opostos BCD e BAD. D

Como os ângulos BCD e BAD são ângulos inscritos na circunferência, temos:


( '
W
BCD =
BAD W
   e   BAD =
BCD
2 2
Assim, podemos dizer que:
( ' ( '
W W
BCD + BAD =
BAD
+
BCD
=
BAD + BCD
=
360º
U7P35AH1r
= 180º
2 2 2 2

A soma dos ângulos opostos de um quadrilátero inscrito numa circun-


ferência é igual a um ângulo raso.

O que deves saber


• Inscrever um polígono regular numa circunferência.
• Determinar a amplitude de um ângulo interno e de um ângulo externo
de um polígono regular.

86

354818 054-103 U6.indd 86 13/05/15 17:27


Verificar a aprendizagem

CONSTRUÇÃO DE POLÍGONOS REGULARES INSCRITOS NUMA CIRCUNFERÊNCIA

1 Um
 polígono regular está inscrito numa circunferência. Determina a amplitude do ângulo ao centro
correspondente ao lado do polígono, se ele tiver:
a) 5 lados; b) 12 lados; c) 36 lados.

2 Constrói
 os polígonos regulares seguintes, inscritos em circunferências.
a) Triângulo equilátero; d) Octógono;
b) Quadrado; e) Eneágono (9 lados);
c) Hexágono; f) Decágono (10 lados).

3 Na
 construção de um polígono regular inscrito numa circunferência, o ângulo ao centro correspon-
dente a um dos lados mede 24°.
Quantos lados tem o polígono? Escolhe a opção correta.
A. 156 B. 24 C. 15 D. 8

AUTOAVALIAÇÃO  Sei inscrever um polígono regular numa circunferência?

ÂNGULOS INTERNOS DE UM POLÍGONO CONVEXO

4 Calcula
 a amplitude de cada ângulo interno de um polígono regular com:
a) 10 lados; b) 18 lados; c) 80 lados.

5 Calcula
 a soma das amplitudes dos ângulos internos de um undecágono (polígono com 11 lados).

6 Determina
 o número de lados de um polígono regular em que a amplitude de cada ângulo interno
é igual a:
a) 168° b) 171° c) 150°

7 Quantos
 lados tem um polígono convexo cuja soma das amplitudes dos ângulos internos é 3960°?

AUTOAVALIAÇÃO  Sei determinar a amplitude de um ângulo interno de um polígono regular?

ÂNGULOS EXTERNOS DE UM POLÍGONO CONVEXO

8 Calcula
 a amplitude de cada ângulo externo de um polígono regular com:
a) 9 lados; b) 12 lados; c) 45 lados.

9 Qual
 é a soma das amplitudes dos ângulos externos de um polígono convexo com 50 lados?
Escolhe a opção correta.
A. 7,2° B. 50° C. 172,8° D. 360°

10 Determina
 o número de lados de um polígono regular em que a amplitude de cada ângulo externo é
igual a:
a) 120° b) 14,4° c) 6°

11 Conhecendo
 a soma das amplitudes dos ângulos externos de um polígono convexo, podes descobrir
o seu número de lados? Justifica a tua resposta.

AUTOAVALIAÇÃO  Sei determinar a amplitude de um ângulo externo de um polígono regular?

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   87

354818 054-103 U6.indd 87 13/05/15 17:27


Aplicar

12 Na
 fotografia à direita, está representado um pormenor de um teto que
tem a forma de um polígono regular. Quantos lados tem o polígono?
Apresenta todos os ­cálculos que efetuares.

13 Existe
 algum polígono convexo cuja soma das amplitudes dos ângulos
internos seja igual a 1000°?
Justifica a tua resposta.

14 A
 Sofia e o Diogo estão a fazer um jogo: cada um dá um certo número de passos e, depois de cada
passo, vira à esquerda segundo um determinado ângulo. Termina quando se volta ao ponto de partida.

É A MINHA VEZ DE JOGAR.


VOU VIRAR SEMPRE 20o À ESQUERDA.
QUANTOS PASSOS DAREI?

Explica quantos passos dará a Sofia até voltar ao ponto de partida.


U4P29H2
15 Para uma festa, construíram-se chapéus em forma de cone, como
mostra a imagem ao lado.
15.1 Desenha uma planificação do chapéu.
20 cm
15.2 Qual é o perímetro da base do chapéu? Apresenta todos
os cálculos que efetuares.
15.3 Qual foi o ângulo usado no setor circular para construir o
chapéu?

16 cm
16 O heptágono é um polígono com sete lados.
16.1 Constrói, num ambiente de Geometria dinâmica, um heptágono regular, [ABCDEFG], inscrito
numa circunferência de centro O.
16.2 Traça a bissetriz de um dos seus ângulos internos e assinala o ponto de interseção, P, desta
com o lado oposto do heptágono.
16.3 Prova que a bissetriz que traçaste é a mediatriz do lado oposto.
SUGESTÃO: Começa por provar que a bissetriz é perpendicular ao lado oposto.

17 Relativamente à figura à direita, sabe-se que: I


• [ACEG] é um quadrado de lado 4 e centro O, sendo B, D, F e A B C
H os pontos médios dos seus lados;
• os vértices do quadrado [ACEG] são os centros das circunfe- H
rências representadas na figura, cada uma de raio 2; O D
• o ponto I pertence à circunferência de centro no ponto A;
• o ponto A pertence ao segmento de reta [IO]. G F E

88

u4p39h2
354818 054-103.indd 88 15/06/15 15:42
17.1 Qual é a amplitude, em graus, do ângulo BIH?
17.2 Determina a área da região sombreada, arredondada às décimas.
17.3 Determina o comprimento de [IO] (com 1 c. d.).
NOTA: Nas duas últimas questões, sempre que, nos cálculos intermédios, procederes a arredondamen-
tos, conserva duas casas decimais.
Adaptado do Exame Nacional do 3.° Ciclo, 2010, 2.ª chamada

18 Investiga
 se existe algum tipo de proporcionalidade C I R C U N F E R Ê N C I A W E F A C O
I N V R I U OM T E J A L O K E C V Í U
entre o número de lados de um polígono regular
R E A J A E G C B J U I T O S E T O R Q
e a amplitude de cada um dos seus: C I R C U N S C R I T A I L O X U A C A
a) ângulos internos; U Q C A E T Y Ã O G E O Ã Ç R T T A U Z
N I O L T Q W E R H A D M N T E R I L A
b) ângulos externos. C E L N A I Ç B Í G N I N S C R I T O I
E X C Ê N T R I C O P Â N D S N O P L G
19 Na
 grelha à direita, encontra vinte e duas palavras
N G T Y G O P S A E K M A I C O R D A Q
T A Ã O E L I S Á R T E I L M O N P F S
relacionadas com esta unidade.
R I O Q N U M E D I A T R I Z A C D F G
O R Y L T U I T A Q C R V N H D E I D A
S I N C E N T R O F P O L Í G O N O L A
A N Ó O T R G I N O M T F G U I T A Ç Í
E T Q A D R B Z C B M D E S F E R A L O
R E G U L A R I D F B M I Ç F Á O Ã L N
I R G H J I K Ç P O U Y T D D V B C X J
 N G U L O A S F V N K U L I A M O L P
E O H Y U N C D A D V H M Ã O T R A S C
D R T V N J F S A E I L U I M O B S A F

Tarefa

20 Usa
 a construção do hexágono regular que fizeste em 2. c) e responde u4p39h3
às questões seguintes.
20.1 Qual é a amplitude do ângulo ao centro correspondente ao lado do hexágono?
20.2 Qual é a amplitude dos restantes dois ângulos de cada um dos seis triângulos que compõem
o hexágono?
20.3 Justifica que esses triângulos são congruentes.
20.4 Prova que o comprimento do lado do hexágono é igual ao raio da circunferência.
20.5 Mostra que a área de um hexágono regular com 6 cm de lado é igual a 18 # 27 cm2.
20.6 A altura de um dos triângulos que decompõem o hexágono regular denomina-se apótema.
Mostra que a área do hexágono regular pode ser obtida pela fórmula:
Perímetro
Área = # Apótema
2
20.7 Investiga se a fórmula anterior é válida para outros polígonos regulares.

Tarefas de investigação

21 Prova
 que o comprimento do lado de um quadrado inscrito numa circunferência de raio r é igual
a 2 # r.
C
22 Prova
 que o comprimento do lado de um triângulo equilátero inscrito numa circun-
ferência de raio r é igual a 3 # r . D
F A
SUGESTÃO: Na figura ao lado, começa por investigar uma relação entre o comprimento
dos segmentos de reta [FB] e [BD].
B

u4p29h3
  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   89

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Construções com régua e compasso


Noutras disciplinas, já aprendeste a construir polígonos regulares inscritos numa
circunferência, usando apenas régua e compasso.
Podes rever agora como fazias!

Triângulo

C C

A A’ A A’ A A’ A A’’
A

B B
1 2 3 4 5
Desenha uma Assinala os pontos Centra o compasso Obtiveste os dois Une com uma
circunferência A e A’ sobre no ponto A’ e, últimos pontos régua os pontos
com um diâmetro os extremos passando no que faltavam. A, B e C e obténs
qualquer. do diâmetro centro, interseta Assinala-os com um triângulo
da circunferência. a circunferência. as letras B e C. equilátero.

Hexágono

F F E F E

A D D
A D A D A D A

B B C B C
1 2 3 4 5
Desenha uma Centra o compasso Marca os pontos Determinaste os Com o auxílio de
circunferência no ponto A e, B e F. De seguida últimos pontos uma régua, une
e um diâmetro. passando no repete o passo que faltavam. os seis pontos
Assinala os centro, interceta a anterior mas com Assinala-os com para concluíres
pontos A e D. circunferência. o centro em D. as letras C e E. o teu hexágono.

Quadrado
D

A C C
A C A C A C A

B
1 2 3 4 5
Desenha uma Centra o compasso De seguida repete Com o auxílio Assinala os pontos
circunferência em A e descreve o passo anterior da régua, une os B e D e une-os
e um diâmetro. meia circunferência com o centro em pontos resultantes com A e B para
Assinala os aleatoriamente C e com a mesma da interseção dos concluíres
pontos A e C. entre o centro e C. abertura. semicírculos. o teu quadrado.

90

354818 054-103 U6.indd 90 13/05/15 17:28


A

o
Pentágon F’
F’ F
F
F’
F
F’
F’ F
F 5
ponto A.
4 Assinala o
lio mpasso
3 Com o auxí Centra o co
repete o une os p as sando
2 De seguida, da régua, em F’ e,
mpasso rior com ltantes interceta
1 Centra o co passo ante pontos resu no centro,
ma eve F’ e com eç ão dos rê ncia.
Desenha u em F e des
cr o centro em da inte rs a circu n fe
cia rência ertura s.
circ u n fe rê n
mei a ci rc u n fe a mesma ab semicírculo
iâ m et ro. en te p as so .
e um d aleatoriam do com
ss in al a o s e o ce n tro e F’.
A entr
F’.
pontos F e
A
A
A B
F’
A F
F’
F G
F’ H
F H G
FF’’
F
9
o ponto
8 Obtiveste
centra primento
7 De seguida, B e o co m
mpasso so em A d o teu
6 Centra o co o co m p as
ra até
do la d o
Agora
Com o auxí
lio o to que
n e, com ab er tu
pentágo n o .
no novo p m arco
g u a, u ne os st e e descreve H, d es cr ev e u
já va i se r fá ci l...
da ré obtive
ltantes tre A e o que interset
e
pontos resu um arco en
te rs eç ão et ro . rc u n fe rê ncia.
da in diâm a ci
culo.
do semicír
A
A E
A B
E FF’’
A B F
F’
B F
F’
B F C D
F’ D
F C
13
lio
12 Com o auxí
assim ré gua, une
11 Obtiveste d e u m a
esmo rtices A, B, C, D
10 Repete o m todos o s vé os pontos
tro em B, en to en tágono. e E para co
ncluíres
Com o cen p ro ce d im d o te u p
abertura n tro do ora os tá gono.
e a mesm a com o ce Assinala ag o teu p en
so, nas D e E.
do co m p as co m p as so pontos C,
e novo .
interset a d interseções
rc u n fe rê n cia.
a ci

Sugestão de trabalho

Pesquisa técnicas de construção, com régua e compasso,


de mais polígonos regulares e de outros polígonos, por exemplo,
o pentágono estrelado, no site http://www.geometricas.net/

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   91

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Síntese

Lugares geométricos

Um lugar geométrico é o conjunto de todos os pontos que satisfazem uma dada propriedade.
Uma circunferência num plano é o lugar geométrico dos pontos desse plano a uma C
distância dada de um ponto fixo. Uma superfície esférica é o lugar geométrico D
dos pontos do espaço a uma distância dada de um ponto fixo.
18°
A bissetriz de um ângulo convexo é o lugar geométrico dos pontos do ângulo B
18°

que estão à mesma distância dos lados desse ângulo. A

Circunferência inscrita no triângulo Circunferência circunscrita ao triângulo


Para a obter traçam-se as B Para a obter traçam-se B
bissetrizes de dois ângulos as mediatrizes de dois lados
internos do triângulo. O do triângulo. O ponto de u4p71h7
O
A C
O ponto de interseção C interseção das mediatrizes,
A
das bissetrizes, circuncentro, é o centro
incentro, é o centro da circunferência inscrita. da circunferência circunscrita.
B
Ortocentro Baricentro u4p71h8
D
As retas suporte das três alturasu4p71h9
de um triângulo As três medianas de um triângulo E
são concorrentes num ponto chamado ortocentro são concorrentes, num único A P
do triângulo. ponto designado por baricentro, F C

centro de massa ou centroide do triângulo.


B Duas quaisquer medianas de um triângulo
D intersetam-se num ponto que dista de cada
E
2
O um dos vértices do comprimento da
3
A C respetiva mediana.
F
2 2 2
AP = AE , CP = CD e BP = BF
3 3 3

U7P40H2r

Circunferência e ângulos

Ângulos ao centro

U7P40H1r
• Ângulo ao centro é um ângulo com vértice no centro da circunferência.
• A
 interseção de uma dada circunferência com um ângulo ao centro designa-se
O
por arco de circunferência.
A 110º B
• A cada ângulo ao centro corresponde um arco de circunferência. C 110º D
• A
 rcos correspondentes a um mesmo ângulo ao centro têm a mesma 110º

amplitude (embora possam ter comprimentos diferentes, dependendo do raio da circunferência).


• A amplitude de um arco de circunferência é a amplitude do ângulo ao centro correspondente.
u4p36h2

92

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Relações entre ângulos, arcos e cordas

Se CO é perpendicular a [AB], C
B
Se [AB] // [CD], então:
B
M
então: M

% $
A • AC = BD A

% $
• AM = MB O • AC = BD O

• AC = CB W = BOD
• AOC W D

W = COBW
E
C

• AOC
Qualquer reta que passe pelo centro de uma Numa circunferência,
circunferência e seja perpendicular a uma corda
u4p36h9
são iguais arcos e cordas determinados
bisseta essa corda assim como os arcos subtensos por duas retas paralelas e entre elas u4p36h10
e os ângulos ao centro correspondentes. compreendidos.

Ângulos inscritos

• Ângulo inscrito num arco Propriedades:


de circunferência é qualquer C Ângulos inscritos no mesmo arco têm a mesma
ângulo de vértice no arco amplitude (A). Um ângulo inscrito numa
e cujos lados passem pelos 55º
O
semicircunferência é reto (B).
extremos desse arco. B
A.  C
D
B. C
110º
A amplitude do ângulo A
62º
inscrito é igual a metade  110º 62º
B
da do arco compreendido A O A O
entre os seus lados. u4p36h4 B

Ângulo do segmento u4p36h6


u4p36h5
• Ângulo do segmento é um ângulo com vértice num dos extremos
de uma corda, um dos lados contendo a corda e o outro tangente
à circunferência. O
B
 amplitude do ângulo de um segmento é igual a metade da amplitude
• A A
do arco compreendido entre os seus lados.
C

Ângulo ex-inscrito

• Ângulo ex-inscrito num arco de circunferência é um ângulo adjacente a um


ângulo inscrito e a ele suplementar.
A V
 amplitude de um ângulo ex-inscrito é igual à semissoma das amplitudes
• A
dos arcos correspondentes às cordas que as retas suporte dos lados contêm. C
U7P41H1r
O
Exemplo:
O ângulo AVB é um ângulo ex-inscrito, é o ângulo suplementar adjacente B
do ângulo inscrito BVC.

Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   93

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U7P41H2r 18/05/15 11:51
Ângulo convexo de vértice no interior de um círculo

 amplitude de um ângulo convexo de vértice no interior de um círculo é igual


• A C 40º D
à semissoma das amplitudes dos arcos compreendidos entre os lados do ângulo V
e os lados do ângulo verticalmente oposto:
% $
82º
O B
W
AVB =
AB + CD
A
2 124º

Ângulo de vértice no exterior de um círculo

u4p36h7
 amplitude de um ângulo de vértice exterior a um círculo e cujos lados
• A V
C
o intersetam é igual à semidiferença entre a maior e a menor 35º
30º
das amplitudes dos arcos compreendidos entre os respetivos lados: D
% $
A O

W
AVB =
AB - CD
100º
2 B

u4p36h8
Polígonos regulares inscritos numa circunferência

Construção de um polígono regular com n lados


o
1. Desenha-se uma circunferência de centro O e um raio [OA].
2.o Calcula-se a amplitude do ângulo ao centro correspondente a cada lado, 360° : n.
3.o Com o transferidor, marca-se, a partir do raio, um ângulo com essa amplitude.
4.o Com a medida do arco, marcam-se os restantes pontos e unem-se.

360º : 6 5 60º
O A

• A soma das amplitudes dos ângulos externos é igual a 360°.

cou 180
• Num polígono regular, cada ângulo externo mede
º-
360° m
.
u4p71h10 n
• A soma das amplitudes dos ângulos internos é igual a (n - 2) # 180°.

(n - 2) #180°
• Num polígono regular, cada ângulo interno mede .
n
 soma dos ângulos opostos de um quadrilátero inscrito numa circunferência é igual a um
• A
ângulo raso.

94

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Atividades globais

Questões de escolha múltipla


Das quatro alternativas, escolhe a única opção correta.

1 Qual é a amplitude do arco AC? A


D
O
A. 103° C. 77° 77°
B. 90° D. 38,5° C B

2 S e um ângulo inscrito numa circunferência mede 44°, qual é a amplitude do ângulo ao centro que
corresponde ao mesmo arco?
u4p38h1
A. 22° B. 44° C. 88° D. 136°

3 O Diogo comprou uma piza com 28 cm de diâmetro. A fatia da piza que comeu fazia um
ângulo de 45°. Qual foi a área da piza comida pelo Diogo, arredondada às unidades?
A. 616 cm2 C. 153 cm2
B. 308 cm2 D. 77 cm2

4 Da figura ao lado, sabe-se que: C

• [AD] é um diâmetro da circunferência de centro em O; B E D

% $ $
•  B e C são pontos da circunferência;
O
•   AB = BC = CD. A
4.1 A amplitude do ângulo ABD é:
A. 60° B. 90° C. 100° D. 120°
4.2 A amplitude do ângulo BAED é:
A. 60° B. 90° C. 120° u4p38h3 D. 150°

5 O lugar geométrico de todos os pontos do espaço que estão, no máximo, a 3 cm de um ponto A, é:


A. a superfície esférica de centro A e raio 3 cm. C. a circunferência de centro A e raio 3 cm.
B. a esfera de centro A e raio 3 cm. D. o círculo de centro A e raio 3 cm.

6 Observa a figura ao lado, em que r é a mediatriz do segmento de reta


[AB]. Qual das condições representa o lugar geométrico dos dois pon- 1,5 cm
tos assinalados a vermelho? A r
C
A. Conjunto dos pontos que estão à mesma distância de A e de B
e que estão a 1,5 cm de C.
B. Conjunto dos pontos que estão à mesma distância de A e de B.
C. Conjunto dos pontos que estão à mesma distância de A, B e C. B
D. Conjunto de pontos que estão a 1,5 cm de C.

7 Quantos lados tem um polígono regular cujo ângulo interno mede 165,6°?
A. 14 B. 13 C. 23 u4p38h4
D. 25

8 Um hexágono regular está inscrito numa circunferência de raio igual a 8 cm.
Qual é a sua área (2 c. d.)?
A. 48 cm2 B. 166,28 cm2 C. 214,66 cm2 D. 271,53 cm2

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   95

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Atividades globais

EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
9 Classifica as afirmações seguintes como verdadeiras ou falsas. No caso das afirmações falsas, justifica
as tuas respostas.
A. Arcos correspondentes ao mesmo ângulo ao centro têm sempre o mesmo comprimento.
B. O circuncentro de um triângulo é sempre um ponto do interior do triângulo.
C. O centro de uma superfície esférica é um ponto que não lhe pertence.
D. Q
 ualquer reta que passe pelo ponto médio de um segmento de reta é a mediatriz desse
segmento.
E. A circunferência inscrita num triângulo tem o seu centro no ponto de interseção das bissetrizes
dos ângulos internos e raio igual à distância desse ponto aos vértices do triângulo.
F. Existe um polígono regular cujos ângulos externos medem todos 23°.

10 Uma instituição sem fins lucrativos quer construir um lar


O
AD

de acolhimento para crianças e mulheres. SUP


ERM
ERC

 figura ao lado mostra uma escola, um supermercado


A STO

DIC
O

PO

e um posto médico.
 eproduz a figura no teu caderno e assinala, a vermelho,
R
a zona do mapa em que se deve construir o lar, sabendo OLA
ESC 0 200 m
que a instituição quer que ele fique: ESCALA

• mais perto da escola do que do supermercado;


• mais afastado da escola do que do posto médico; U4P39H1
• a menos de 400 metros do supermercado.

11 Em Ciências Naturais estuda-se a estrutura interna da Terra. Esta é constituída por três grandes
camadas: o núcleo (parte mais central), o manto (que rodeia o núcleo) e a crosta (a camada mais
superficial da Terra).

Crosta
de 20 a 70 km de espessura
Manto superior
abaixo dos continentes e 10 km
de 70 a 700 km
abaixo dos oceanos.
de espessura.
Núcleo
Manto inferior
de 2900 a mais de 6000 km
de 700 a 2900 km
de espessura.
de espessura.

A área da superfície terrestre é aproximadamente 510 milhões de km2.


Nas questões seguintes, considera a Terra esférica.
11.1 Em notação científica, como se escreve a área da superfície terrestre?
11.2 A que distância do centro da Terra se encontram os pontos que pertencem à superfície ­terrestre?
recorda: Asuperfície esférica = 4pr 2, onde r representa o raio.
11.3 S upõe que num determinado local da Terra, um ponto pertencente ao núcleo se encontra a uma
profundidade de 4300 km da superfície terrestre. A que distância se situa do centro da Terra?
11.4 Qual é o volume, em km3, da Terra?

96

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CANGURU MATEMÁTICO SEM FRONTEIRAS
12 A Leonor desenhou os seis vértices de um hexágono regular e uniu alguns dos seis pontos com
linhas para obter uma figura geométrica.
Essa figura não é, seguramente, um:
A. trapézio; D. triângulo equilátero;
B. triângulo retângulo; E. triângulo obtusângulo.
C. quadrado; Prova Cadete, 2010

13 A figura mostra um eneágono (polígono com 9 lados) regular.


u4p41h2
Qual é a medida da amplitude do ângulo assinalado em X?
X
A. 40° D. 55°
B. 45° E. 60°
C. 50°
Prova Cadete, 2009

u4p41h4
OLIMPÍADAS PORTUGUESAS DE MATEMÁTICA
14 Na figura à direita está representado um quadrado de lado 4 metros e oito
u?p??h?

arcos de circunferência centrados nos vértices do quadrado. Os quatro arcos


maiores passam pelo centro do quadrado.
Determina a área da região assinalada a sombreado na figura.
XXVII OPM — Categoria A — 2.ª eliminatória

CONVIVER COM A MATEMÁTICA


15 A Sofia vive a 2 km da escola e a Joana a 5 km da escola. A que distância as duas amigas vivem uma
da outra? u4p41h5
Elabora um pequeno texto no qual expliques o teu raciocínio.

16 A maqueta ao lado representa um «edifício torcido», simulada no ­computador,


e uma planta do respetivo rés do chão. Os pontos cardeais indicam a orienta-
ção do prédio.
 o rés do chão do edifício, encontram-se a entrada principal e um espaço
N
comercial. Acima do rés do chão, há mais 20 andares de apartamentos.
 planta de cada andar é semelhante à planta do rés do chão, mas
A
a orientação é ligeiramente diferente da do andar situado imediatamente
abaixo. O cilindro central contém a caixa do elevador e um patamar em cada
andar.
 ada andar de apartamentos apresenta uma certa «torção» em relação ao rés
C N
E
do chão. O último andar (o 20.º andar acima do rés do chão) faz um ângulo
reto com o rés do chão.
O S
 opia a planta do rés do chão para o teu caderno e desenha, em cima
C
desta, a planta do 10.º andar, mostrando como é que este andar está
situado em relação ao rés do chão.
N
O E

u4p41h7
  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   97

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Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas. Autoavaliação

• Identifica claramente, na tua folha de respostas, os números dos itens a que


respondes. Apresenta uma única resposta para cada item.
• O teste inclui dois itens de escolha múltipla. Em cada um deles, são indicadas quatro
alternativas de resposta, das quais só uma está correta. Não apresentes cálculos nem
justificações.

B
1 Da
 figura ao lado, sabe-se que:
• a circunferência tem centro O; 66°
C
• o segmento de reta [AB] é um diâmetro;
O
• o ponto C pertence à circunferência;
V = 66°;
• ABC
• a reta AD é tangente à circunferência no ponto A. A
D
Págs. 77 e 78 1.1 Indica, justificando, a amplitude do arco AC.
Pág. 68 1.2 Como se designa o ângulo AOC?
Págs. 69 e 70 1.3 Indica, justificando, a amplitude do ângulo AOC.
Pág. 79 1.4 Determina a amplitude do ângulo CAD. Apresenta os cálculos.
u4p42h1
Págs. 73 e 74 2 Qual
 é a área de um setor circular com 8 cm de raio e 36° de amplitude? Arre-
donda o resultado a duas casas decimais.
A. 2,51 cm2 B. 5,03 cm2 C. 10,06 cm2 D. 20,11 cm2

Págs. 10 e 11 3 Seleciona
 a região sombreada abaixo que representa a condição:
«Estar a 3 cm ou mais de C e a 2 cm ou menos de D, com CD = 4 cm»

A. B. C. D.
3 cm 3 cm 3 cm
2 cm
2 cm 2 cm 2 cm
C D C D C D C D

Pág. 56 4  D. Marta pretende, com um único aspersor (I), regar três plantas, A, B e C,
A
que tem numa parte do jardim (II). Para isso, quer colocar o aspersor à mesma
u4p42h2 u4p42h3 u4p42h4
distância das três plantas. u4p42h5
I.   II. B

4.1  opia a figura II para o teu caderno e assinala o local onde deverá ficar
C
o aspersor.
4.2  epresenta o lugar geométrico dosu4p42h7
R pontos do jardim onde a D. Marta
pode plantar uma quarta planta que esteja à mesma distância do asper-
sor que as outras três.

98

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Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas.

5 V = 64°.
 om régua e compasso, desenha a bissetriz de um ângulo ABC com ABC
C Págs. 58 e 59
Não apagues as linhas de construção.

6 Com o auxílio de material de desenho, inscreve, numa circunferência, um eneá- Págs. 84, 85, 88 e 89
gono regular (polígono com 9 lados).
Não apagues as linhas auxiliares que traçares para construíres o eneágono.

7 O Pentágono é uma estru-


tura militar, pertencente ao
Departamento de Defesa dos
Estados Unidos, inaugurada
a 15 de janeiro de 1943.
Como o nome indica, é um A C
edifício com a forma de um B
pentágono regular, em que E
D
cada lado mede 921 pés.
7.1 S abendo que 10 pés = 3,048 m, quantos metros mede cada lado do
Pentágono?
7.2 O edifício encontra-se dividido em 10 áreas: 5 com forma retangular e 5
em forma de papagaio.
Sem utilizar transferidor, determina a amplitude do ângulo DBE.
Apresenta todos os cálculos que efetuares.

8 P ode existir um polígono cuja soma das amplitudes dos seus ângulos internos Págs. 84 e 85
seja 2700°?
Justifica a tua resposta.
D
9  a figura à direita, está representada uma circunfe-
N Págs. 73, 77 e 78
rência de centro O. Sabe-se que:
A
• a corda [DC] é paralela à corda [AB]; O
W = 55°
• ACD
V .
55º
Determina a amplitude do ângulo OBC B
C
Apresenta os cálculos que efetuares.

10 P rova que a amplitude de um ângulo excêntrico V Pág. 81


B
exterior AVD é dada pela fórmula:
% $ A u4p42h2C
W
AV D =
AD - BC
O
2
D

GRELHA DE AVALIAÇÃO u4p43h3


Exercício 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
Cotação (pontos) 20 5 5 14 6 8 12 8 14 8
1
Para saberes a cotação de cada alínea, basta dividires a cotação do exercício pelo número de alíneas.

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   99

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Retrato de um matemático

Arquimedes

Vida
Arquimedes nasceu em Siracusa, na Sicília, em 287 a. C. Além de ter
sido o maior matemático da sua época e um dos maiores de todos
os tempos, é também considerado por muitos o «Pai da Física» e um
dos maiores inventores de sempre.
Muitas foram as «engenhocas» que inventou, principalmente
máquinas de guerra, construídas para defender a sua cidade dos
ataques das forças romanas. Com estas invenções, Siracusa conse-
guiu resistir por dois anos aos ataques de que era alvo.
Arquimedes morreu em 212 a. C., quando Siracusa foi finalmente
vencida pelos romanos. No seu túmulo existe uma escultura
da demonstração matemática de que o volume da esfera é igual
a dois terços do volume do cilindro com altura e diâmetro iguais.

Palimpsesto de Arquimedes
Em 1906, foi examinado um pergaminho com 174 páginas de orações reli-
giosas do século xiii. Verificou-se que estas orações tinham sido escritas
depois de raspados textos existentes nesse pergaminho. Quando isto acon-
tecia designava-se o «papel» por palimpsesto.
Através de técnicas avançadas com utilização de luz ultravioleta e raios X, foi possível descobrir que os textos
que tinham sido raspados constituíam as únicas cópias conhecidas de uma grande parte dos tratados de
Arquimedes.

Invenções
• D
 efesa de Siracusa: foram várias as invenções de Arquimedes para atacar os navios
romanos. Um conjunto de espelhos refletores que, ao virar-se para o Sol, incendiavam
os navios; catapultas que suportavam pedras até 250 kg; roldanas que levantavam
os navios e os destruíam; etc.
• P
 arafuso de Arquimedes: consiste num parafuso giratório dentro de um cilindro e serve para transpor-
tar água e outros materiais para um nível superior. É ainda hoje a base de vários tipos de bombas e até
de compressores para motores a diesel.

Pesquisa mais informações sobre Arquimedes e sobre as suas descobertas.


• Vida e obra: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/arquimedes/index.htm
• Stomachion: http://math.nyu.edu/~crorres/Archimedes/Stomachion/intro.html
• Parafuso de Arquimedes: http://projecto-ver.blogs.sapo.pt/9386.html

100

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Problemas famosos

Problema da quadratura do círculo

São três os problemas matemáticos mais famosos e que chega-


ram até nós, desde a antiguidade grega, provavelmente através dos
Pitagóricos (século vi a. C.).
Uma lenda refere que, durante uma epidemia, os habitantes de Ate-
nas foram pedir conselho ao oráculo de Delfos e este ­ordenou-lhes
que fizessem um altar cúbico com o dobro do volume de um outro
altar cúbico existente. Este problema ficou conhecido como
­Problema da duplicação do cubo.
Os outros dois problemas geométricos são o Problema da trisse-
ção do ângulo (divisão de um ângulo em três partes iguais) e o Oráculo de Del
fos (Grécia).
Problema da quadratura do círculo (construção de um qua-
drado com a mesma área de um círculo).
Apenas no século xix se demonstrou que estes três problemas são impossíveis de resolver usando
apenas régua não graduada e compasso.

Considera um quadrado de lado , e um círculo de raio r.

A4 = A5 + ,

+ , 2 = pr 2 + , =! pr 2
u4p45h3
Como , é um comprimento, é um número positivo:
u4p45h2
, = pr 2 + , = p # r 2 .
Como r é um comprimento, é um número positivo: , = p # r .
Para que a área do quadrado seja igual à área do círculo é, então, necessário que o lado do quadrado meça
p # r . No caso particular em que r = 1, o lado do quadrado mede p .
Mas será possível marcar p usando apenas uma régua não graduada e um compasso?
A resposta foi dada em 1882, pelo matemático alemão Carl Louis Ferdinand von Lindemann, que provou
que não é possível efetuar tal construção, apenas com régua não graduada e compasso.

Sugestão de trabalho

Usando um software de Geometria dinâmica (por exemplo, o GeoGebra), com as ferramentas que
quiseres, constrói um círculo qualquer e, a seguir, constrói um quadrado com a mesma área que o círculo.

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   101

354818 054-103 U6.indd 101 13/05/15 17:29


Investigar

Lugares geométricos no jardim


A construção de jardins foi, desde sempre, uma arte. Em inúmeros palácios, conventos e quintas, encontram-se
jardins que remontam ao passado.
Podes perguntar-te: «Como conseguem os jardineiros fazer tudo tão geométrico?»
Não será, com certeza, apenas «a olho». Utilizam técnicas que são transmitidas de gerações em gerações e,
embora nos nossos dias já existam programas informáticos para fazer projetos de jardins, é manualmente
que esses projetos se constroem.
1. Construção de uma circunferência
P or exemplo, para a construção de um canteiro
circular, o jardineiro usa duas estacas presas por uma
corda. Fixa uma das estacas no ponto que pretende
para centro da circunferência e, ­esticando a corda,
desenha na terra, com a outra estaca, a circunferên-
cia pretendida. O comprimento da corda define o raio
da circunferência.
2. Construção de uma elipse
A elipse é o lugar geométrico dos pontos do plano cuja
soma das distâncias a dois pontos fixos é sempre
F2
a mesma, ou seja: F1

AF1+ AF2 = BF1+ BF2


B
Existem vários métodos para construir uma elipse. A
Um dos métodos mais utilizados chama-se, precisa-
mente, método do jardineiro: ata-se uma corda
u4p46h2
a duas estacas de madeira e fixam-se as duas estacas
no chão (a distância entre as estacas deve ser menor
do que o comprimento da corda). Com outra estaca
encostada à corda, traça-se a elipse, mantendo sem-
pre a corda esticada.

Sugestões de trabalho

1. E m grupo, elabora uma recolha de fotografias com jardins em que estejam presentes formas
­geométricas.
Elabora uma apresentação de diapositivos com as fotografias e o respetivo local de recolha.
2. U
 ma escola com jardins torna-se muito mais agradável. Em conjunto com a tua turma, elabora um
projeto de ajardinamento para a tua escola, utilizando conceitos estudados nesta unidade. Apresenta
a tua proposta à Direção. Depois, poderás usar os métodos do jardineiro!

102

354818 054-103 U6.indd 102 13/05/15 17:29


A

Ortocentro A
Altura em
Uma altura de um triângulo é um segmento de reta perpendicular a um lado do tri- relação
à base [BC]
ângulo (ou ao seu prolongamento), traçado pelo vértice oposto.
As três alturas de um triângulo intersetam-se num único ponto chamado ortocentro
do triângulo. B C

Sugestões de trabalho

u4p47h1
1. Num ambiente de Geometria dinâmica:
1.º Traça uma reta AB e marca nela um ponto, P.
2.º Constrói um triângulo qualquer com vértice em P.
3.º Encontra o ortocentro do triângulo desenhado.
4.º Clicando em cima do ortocentro, seleciona Ativar Traço.
5.º Move o vértice P sobre a reta.
6.º Como se designa o lugar geométrico descrito pelo ortocentro?
7.º Move os vértices do triângulo inicial e volta a mover o ponto P. O que observas?
2. R
 ealiza uma investigação semelhante à realizada em 1 para o circuncentro, para o incentro e para
o baricentro (ponto de interseção das medianas).

Reta de Euler
O
Leonhard Euler (ver página 118 do volume 1 deste manual) demonstrou o seguinte teorema: B
C
«Num triângulo [TRI] qualquer, o baricentro (B), o circuncentro (C) e o ortocentro (O) T
são colineares, ou seja, os três pontos pertencem à mesma reta.»
I
Sugestão de trabalho

1. Num ambiente de Geometria dinâmica, verifica o Teorema da Reta de Euler.


 ompara a distância entre o baricentro e o ortocentro com a distância entre o baricentro e ou4p47h3
2. C circuncen-
tro e formula uma conjetura.

Páginas de Internet
• Software de Geometria dinâmica de download gratuito: http://www.professores.uff.br/hjbortol/car/
• Pontos e retas notáveis: http://clientes.netvisao.pt/arselio/Cindy0/triangulos.htm
• Palavras-cruzadas de lugares geométricos http://umpoucodematematica.no.sapo.pt/095_exercicios_pc_
lug_geom.htm

  Unidade 6 LUGARES GEOMÉTRICOS E CIRCUNFERÊNCIA   103

354818 054-103 U6.indd 103 13/05/15 17:29


7
Unidade

TRIGONOMETRIA
NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Atividades iniciais 105  elações entre razões trigonométricas


R
Hiperpágina 106 de ângulos complementares
 azões trigonométricas dos ângulos
R
Razões trigonométricas
7.1 de um ângulo agudo 108
de 30°, 45° e 60° de amplitude
Verificar a aprendizagem 122
Construção de triângulos retângulos
a partir de um ângulo agudo 7.4 Determinação da amplitude
 um ângulo agudo
Seno, cosseno e tangente de 124
Utilização da calculadora Verificar a aprendizagem 127
Verificar a aprendizagem 111 Síntese 129
Atividades globais 132
Determinação do comprimento
7.2  lado de um triângulo retângulo
do 113
Autoavaliação 136
Retrato de um matemático
Verificar a aprendizagem 115
— Terence Tao 138
Relações entre razões Problemas famosos
7.3 
trigonométricas 117 — O perímetro da Terra 139
Relação entre o seno e o cosseno Investigar 140
Relação entre a tangente, o seno e o cosseno

104

354818 104-141 U7.indd 104 14/05/15 10:23


Atividades iniciais

Teorema de Pitágoras
1  etermina o comprimento da hipotenusa ou do cateto desconhecido. Indica o valor exato e ­apresenta
D
um valor aproximado às décimas.

a) û cm b) c) 18 cm
15 cm
û cm 9 cm
10 cm 6 cm
û cm
14 cm

NOTA: Os triângulos não estão desenhados à escala.

2 u7p117h1 u7p117h2 D
 figura ao lado, os triângulos [ABC], [CDE] e [EBF ] são triângulos
Na u7p117h3 C
3
4
retângulos. Os seus ângulos retos estão assinalados na figura. E
A figura não está construída à escala. 85
37
As medidas estão indicadas em centímetros.
B
2.1 Determina o perímetro do triângulo [BCE ]. 35
84
A F
2.2 Prova que o triângulo [BCE ] também é um triângulo retângulo.

Triângulos semelhantes
3 Copia e completa:
 Se dois triângulos são semelhantes, então, os seus ângulos correspondentes
« , e os seus lados
correspondentes .»
u7p117h4

4 Os triângulos semelhantes podem ser utilizados para determinar distâncias que são difíceis de medir
diretamente.
Nas figuras seguintes, as medidas estão expressas em metros.
Em cada caso, prova que os triângulos são semelhantes e determina a distância entre A e B.
a) Distância entre a ilha e a costa. c) Altura da pirâmide quadrangular.

BC = 60 A FD = 2
A
DC = 40 CD = 4,2
DE = 25 F DE = 3,8
D 40
2
25
C 60 B B E GH = 5,28
C 4,2 D 3,8
E G 5,28 H

b) Altura da estátua. d) Largura do rio.


U7P117H7
B
DC =1,65 D
BC = 45
EC = 2,40 EE BE = 60
CA = 2,88 A 60 DC = 90
D 90
BB
45
1,65 C

E 2,40 C 2,88 A

U7P117H8

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   105


U0P17H2

354818 104-141 U7.indd 105 14/05/15 10:23


Hi perpágina

Quem precisa de Trigonometria?


A Trigonometria é o ramo da Matemática que estuda as relações entre os lados e os ângulos
de triângulos. Quem a utiliza pode, assim, calcular medidas desconhecidas (comprimento
de um lado ou amplitude de um ângulo) nos triângulos retângulos.
c
Várias civilizações contribuíram para aquilo que é hoje a Trigonometria, a
nomeadamente os Egípcios antigos e os Babilónios, mas foram os Gregos a
que mais a desenvolveram. Na sua origem, estiveram problemas b
de Astronomia, em que as distâncias não se podiam medir
diretamente.

Na atualidade encontram-se aplicações para


a Trigonometria nas Engenharias, na Cartografia,
na Arquitetura, nas Telecomunicações,
na Astronomia, na Medicina,
na Física e em muitas outras
áreas. O seu estudo
é indispensável para
os cientistas.
c
a

b a Situação 2

Situação 1

Muitas das
descobertas
da Astronomia
devem-se
às aplicações
da Trigonometria.

No passado, a Trigonometria permitiu prever eclipses, estimar


equinócios e estabelecer calendários. Hoje em dia, o seu papel
continua a ser fundamental em vários campos da Astronomia
para efetuar medições de astros, calcular distâncias no Espaço, etc.

106

354818 104-141 U7.indd 106 14/05/15 10:23


Situação 3 O gosto pela Matemática e a facilidade na sua utilização
constituem dois requisitos essenciais no exercício da atividade
Um topógrafo é um de um engenheiro civil.
profissional que também
Situação 4
intervém na construção
civil: é responsável por A Trigonometria é uma das ferramentas dos engenheiros
medições de terra e pela para construírem estradas, pontes, edifícios, barragens,
elaboração de mapas, aeroportos, etc. Por exemplo, na construção de uma casa,
além do levantamento o conhecimento trigonométrico é indispensável para
topográfico, que determinar a inclinação correta do telhado.
consiste no
desenho do mapa
tridimensional de
um terreno.
c a

a b

A necessidade de se orientar com precisão em mar alto levou a que os marinheiros


utilizassem a posição dos astros e que inventassem instrumentos como o quadrante
e o astrolábio, cujo funcionamento está relacionado com a Trigonometria.

Na era do GPS e da navegação automática,


B os marinheiros ainda utilizam os faróis,
que dão uma segurança adicional para
confirmar a posição do navio. Observando
α
a altura angular a que os faróis lhes
aparecem acima do horizonte e aplicando
C
algumas regras de Trigonometria, podem
estimar a proximidade da costa.

A Trigonometria
tem, desde Sugestões de trabalho
sempre, uma
estreita relação Investiga o funcionamento de dois aparelhos
com a navegação.
utilizados pelos topógrafos: o teodolito
e a estação total (ou taqueómetro).

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   107

354818 104-141 U7.indd 107 14/05/15 10:23


Razões trigonométricas
7.1 de um ângulo agudo
Tarefa 1
A Constrói um triângulo dinâmico [ABC ], retângulo em B, e tal que W A = 30c.
1 Determina o valor das três razões seguintes:
BC AB BC
a) b) c)
C AC AC AB
2 Modifica o triângulo, arrastando o ponto B (mas mantendo W A = 30c),
e formula uma conjetura acerca das três razões.
30º
A 3 Constrói um novo triângulo [ABC ], retângulo em B, mas com outra amplitude
B
para o ângulo de vértice em A, e verifica se a conjetura continua válida.

u7p120h1 Construção de triângulos retângulos a partir


de um ângulo agudo
Considera um ângulo agudo θ.

Vamos construir um triângulo retângulo, em que um dos seus ângulos


internos é θ. Para tal traçamos uma perpendicular de um ponto A qualquer,
distinto do vértice, de um dos lados de θ para o outro lado do ângulo:

Comecemos por construir Tracemos a mediatriz do O vértice do ângulo θ,


um arco de circunferência segmento de reta [QR]. o ponto A e o ponto B,
com centro no ponto A O ponto A pertence à ponto médio do segmento
e que intersete o outro mediatriz traçada porque de reta [QR], definem um
lado em dois pontos, está à mesma distância triângulo retângulo em
Q e R. U7P58H4r
de Q e de R. que um dos ângulos
internos é θ.

A
A A

u u B u
Recorda Q R
C
Q R B
Critério AA de semelhança
de triângulos:
Dois triângulos são
semelhantes se há uma
correspondência entre
os ângulos de um e do
outro, de modo que dois
ângulos de um triângulo Todos os triângulos construídos desta forma são semelhantes: considerando
são iguais, respetivamente, quaisquer dois destes triângulos, observamos que têm ambos um ângulo
reto, poisU7P58H1r
aos que lhe correspondem
no outro. são retângulos, e também um ângulo igual a θ,U7P58H3r
logo, pelo critério
AA de semelhança de triângulos, são semelhantes.
U7P58H2r
108

354818 104-141 U7.indd 108 14/05/15 10:24


Seno, cosseno e tangente Nota
A palavra «trigonometria»
Num triângulo [ABC], retângulo em B, o lado [AC] é a hipotenusa. Em rela-
foi introduzida pelo
ção ao ângulo agudo i, com vértice em A, o lado [AB] é o cateto adja- matemático alemão
cente, e o lado [BC] é o cateto oposto (que está em frente ao ângulo i). Pitiscus (1561-1613)
e baseia-se nas palavras
C gregas trígonos, ‘triângulo’,
hipotenusa e metron, ‘medida’.
cateto oposto a u

u
A B
cateto adjacente a u

Dados um ângulo agudo i, interno a um triângulo retângulo, e


uma unidade de comprimento, designamos por:
• S
 eno de i, o quociente entre as medidas do comprimento do
cateto oposto a i e da hipotenusa.
Representamo-lo por sin(i), sin i, sen(i) ou sen i;
• C U7P59H1r
 osseno de i, o quociente entre as medidas do comprimento
do cateto adjacente a i e da hipotenusa.
Representamo-lo por cos(i) ou cos i;

• T
 angente de i, o quociente entre as medidas do comprimento
do cateto oposto a i e do cateto adjacente a i. Representamo-la
por tan(i), tan i, tg(i) ou tg i.

O seno de i, cosseno de i e a tangente de i dizem-se razões trigonomé-


tricas de i.
Exemplo: C

Considera o triângulo retângulo em B da figura ao lado. 13 cm


5 cm
As razões trigonométricas de i são:
u
5 12 5 A B
sen i= ; cos i = e tg i = 12 cm
13 13 12

Exercício resolvido

O triângulo [PQR ] é retângulo em Q.


Determina as razões trigonométricas dos ângulos a e b. U7P59H2r
Resolução: P 5 cm
3 4 α R
• sen a = • s en b = β
5 5
4 cm
4 3 3 cm
• cos a = • cos b =
5 5
Q
3 4
• tg a = • tg b =
4 3
Nota: O cateto [PQ] é adjacente a a, mas é oposto a b. O cateto [QR] é adjacente a b
e oposto a a.
u7p121h1

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   109

354818 104-141 U7.indd 109 14/05/15 10:24


Considera dois ângulos a e a’, com a mesma amplitude de vértices A e B,
respetivamente. Fixemos, num dos lados de a, um ponto P e, num dos lados
P de a’, um ponto Q. Seja R o pé da perpendicular traçada de P para o outro
lado do ângulo a e seja S o pé da perpendicular traçada de Q para o outro
lado do ângulo a’.
a
A
R Os triângulos [APR] e [BQS] são semelhantes pelo critério AA de semelhança
de triângulos. Temos, então:
Q
PR QS
•  = , pelo que sen a = sen a’
AP BQ
AR BS
U7P60H1r •  = , pelo que cos a = cos a’
a’ AP BQ
B
S PR QS
•  = , pelo que tg a = tg a’
AR BS

Temos, portanto, que ângulos com a mesma amplitude têm o mesmo seno,
Repara W, cos a
cosseno e tangente, pelo que podemos escrever sen a W e tg a
W.
Se a amplitude do ângulo
U7P60H2r
a é 40°, então, podemos Recorda que o quociente entre as medidas de comprimento de dois
escrever sen a = sen 40°, segmentos de reta não depende da unidade de medida considerada. Assim,
cos a = cos 40° o valor de cada uma das razões trigonométricas de um ângulo agudo a
e tg a = tg 40°.
é independente da unidade de comprimento fixada.

Dado um ângulo agudo a, interno a um triângulo retângulo, a medida do


comprimento de cada lado do triângulo é um número positivo, logo, as
razões trigonométricas de a são números positivos. Assim, o seno e o cos-
seno de a são números positivos e, como o maior lado de um triângulo
retângulo é a hipotenusa, têm valor inferior a 1.

O seno e o cosseno de um ângulo agudo são números positivos infe-


riores a 1.

Nota Utilização da calculadora


Primeiro, verifica que
a calculadora está em Basta utilizar as teclas sin (seno), cos (cosseno) e tan (tangente).
modo «Degree» (grau): é
usual aparecer essa Exemplos:
indicação no ecrã
(D, Deg, etc.). • sen 40° á 0,64: sin
4 4 0 5 0.64278761

• cos 78° á 0,21: cos


4 7 8 5 0.207911691

• tg 14° á 0,25: tan


4 1 u7p121h2
4 5 0.249328003

u7p121h3

O que deves saber u7p121h4


• Definir razões trigonométricas de ângulos agudos.
• Determinar o seno, o cosseno e a tangente de um ângulo agudo.

110

354818 104-141 U7.indd 110 14/05/15 10:24


Verificar a aprendizagem

SENO, COSSENO E TANGENTE

1 Considera
 um triângulo [TRI ] retângulo em R. Indica:
a) a hipotenusa; I
b) o cateto adjacente ao ângulo T;
c) o cateto oposto ao ângulo T;
d) o cateto adjacente ao ângulo I;
e) o cateto oposto ao ângulo I. T R

2 Em
 cada um dos triângulos retângulos seguintes, calcula o seno, o cosseno e a tangente do ângulo
agudo assinalado. Quando o valor não for exato, apresenta um valor aproximado às centésimas.

a) C     b) E u7p122h1     c) 29 cm I


G
12 cm
15 cm 5 cm
9 cm 20 cm 21 cm
D F
A B 13 cm
H
12 cm

3 Para
 descobrir o cosseno de 60°, a Sofia e o Diogo construíram, cada um, um triângulo retângulo
u7p122h2
com um ângulo de 60°. Após medirem os lados e calcularem a razão associada u7p122h4
ao cosseno, notaram
que tinham obtido o mesmo valor apesaru7p122h3
de os triângulos serem diferentes.
Terá sido uma coincidência? Explica a tua resposta.

4 Para
 cada um dos ângulos a seguir indicados, constrói um triângulo adequado (com material de
desenho ou num ambiente de Geometria dinâmica), mede o comprimento dos seus lados e calcula
valores aproximados às centésimas do seno, do cosseno e da tangente.
a) 20°
b) 53°
c) 68°

AUTOAVALIAÇÃO Sei determinar o seno, o cosseno e a tangente de um ângulo agudo?

5 Para
 qualquer ângulo agudo A, copia e completa os intervalos. Em cada caso, justifica a tua resposta.
a) sen W
A[@ ; 6
W
b) cos A [ @ ; 6

UTILIZAÇÃO DA CALCULADORA

6 Recorrendo
 à calculadora, indica valores aproximados às centésimas de:
a) sen 19°
b) cos 75°
c) tg 36°

7 Compara
 os valores obtidos no exercício 4 com os que se obtêm utilizando a calculadora.

AUTOAVALIAÇÃO Sei recorrer à calculadora?

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   111

354818 104-141 U7.indd 111 14/05/15 10:24


Aplicar

8  triângulo [FGH ] tem por medidas: FG = 33 cm, GH = 56 cm e FH = 65 cm.


Um
8.1 Prova que o triângulo é retângulo.
8.2 Seleciona a única igualdade verdadeira entre as quatro apresentadas a seguir.
W=
A. sen H
65
B. W=
cos H
33
C. sen FV =
33
D. tg FV =
56
33 56 65 33
9  B é um ângulo agudo, qual das igualdades seguintes é necessariamente falsa?
Se
V = 0,25
A. tg B V =1,05
B. sen B V = 0,68
C. cos B V = 2,3
D. tg B

10 W W
 triângulo [ABC] é retângulo em B. Copia as expressões seguintes e completa com: sen A, cos A,
O
tg W W, cos C
A, sen C W ou tg C
W. Pode existir mais do que uma resposta.

a) 35 = c) 12 = C
37 37 74 m
24 m
35
b) 12 = d) =
35 12 B
70 m
A

11 Em
 cada caso, determina a razão trigonométrica indicada.
a) cos W
A W
b) tg D
u7p123h1
B D
8m
6m 41 cm 35 cm

C
A F E

12 Utilizando
 material de desenho, ou num ambiente de Geometria dinâmica, constrói um triângulo
7
que te permita medir a amplitude do ângulo cuja tangente é igual a .
10
13 O
 ângulo de 45° tem algumas particularidades.
13.1 Recorre à calculadora para obter sen 45°, cos 45° e tg 45°.
13.2 Procura uma explicação para:
a) a relação entre o seno e o cosseno de 45°;
b) o valor obtido para a tangente de 45°.

Tarefas de investigação

14 [ABC ] e [FGH ] são dois triângulos retângulos em B e em G, respetivamente.


14.1 Sabendo que tg W A = 0,5, o que se pode concluir acerca dos lados do triângulo [ABC ]?
14.2 Sabendo que cos FV = 0,5, o que se pode concluir acerca dos lados do triângulo [FGH ]?

15 Dois ângulos dizem-se complementares quando a soma das suas amplitudes é igual a 90°.
Por exemplo, o complementar de um ângulo de 10° é um ângulo de 80°.
15.1 Utiliza a calculadora para comparar o seno de um ângulo com o cosseno do seu comple-
mentar. Apresenta quatro exemplos.
15.2 Considera um triângulo [ABC ] retângulo em B. Prova que cos _90° - W
Ai = sen W
A.

112

354818 104-141 U7.indd 112 14/05/15 10:24


Determinação do comprimento
7.2 do lado de um triângulo retângulo
Tarefa 2
Em relação à fotografia ao lado, o topógrafo fez as medições
C
seguintes, usando um teodolito:
B
A W =11°
• BAC
• AB =10,19 m e BD = 3,31 m.
D 1 J ustifica que se podem aplicar as razões trigonométricas
no triângulo [ABC].
2 Como se designam os lados [AB] e [BC] em relação
ao ângulo A?
3 Calcula a altura do ponto C (com 2 c. d.).

Num triângulo retângulo, quando se conhece a amplitude de um ângulo


agudo e o comprimento de um dos lados, a trigonometria permite calcular
o comprimento de qualquer um dos outros dois lados.
As razões
Exemplo 1: utilização do seno
trigonométricas (seno,
No triângulo [ABC ], retângulo em B, qual é a medida do lado [BC ]? cosseno e tangente)
só se podem aplicar
C em triângulos
retângulos!
Hipotenusa 8 cm û cm Cateto oposto aoB A
30º
A B

No processo de resolução, deve responder-se a três questões: Recorda


a Num triângulo retângulo,
1. Quais são as medidas conhecidas no triângulo?
com um ângulo agudo
A amplitude do ângulo BAC e o comprimento da hipotenusa (8 cm). de amplitude a:
u7p124h2
a
2. O que se quer determinar? Hipotenusa
C. oposto
O comprimento do cateto oposto ao ângulo BAC (û cm). a
C. adjacente
3.a Qual das razões trigonométricas se deve utilizar?
 seno, pois é, das três razões, a que relaciona a hipotenusa com o
O C. oposto
• s en a =
cateto oposto. Hipotenusa
C. adjacente
Obtém-se, assim, uma equação: • c osu7p124h3
a=
Hipotenusa
û
sen 30° =
8
+ 8 # sen 30° = û + 8 # 0,5 = û + 4 = û • t g a =
C. oposto
C. adjacente
NOTA: O valor de sen 30° obtém-se recorrendo à calculadora.

Conclui-se que o lado [BC ] mede 4 cm.

Exemplo 2: utilização do cosseno


No triângulo [FGH ], retângulo em G, qual é a medida do lado [FH ]?
F
û cm Hipotenusa

25º
G H
7 cm Cateto adjacente aoB H

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   113


u7p124h4

354818 104-141 U7.indd 113 14/05/15 10:24


1.º C
 onhecem-se a amplitude do ângulo FHG (25°) e o comprimento do
cateto adjacente ao ângulo FHG (7 cm).
2.º Q
 uer determinar-se o comprimento da hipotenusa (û cm).
3.º U
 tiliza-se o cosseno, pois relaciona o cateto adjacente com a hipote-
nusa:

cos 25° = û + _cos 25°i # û = 7 + û =


7 7
, logo û . 7,7
cos 25°

Conclui-se que o lado [FH ] mede aproximadamente 7,7 cm.

Exemplo 3: utilização da tangente


Repara
No triângulo [MNL],
No triângulo [LMN ], retângulo em M, qual é a medida do lado [ML]?
retângulo em M,
o comprimento do lado [NL] M
pode ser obtido utilizando: û cm Cateto adjacente a L
Cateto oposto a L 3 cm
• Razões trigonométricas: 18º
3 N L
sen 18° = +
NL
+ NL . 9,7 1.º C
 onhecem-se a amplitude do ângulo MLN (18°) e o comprimento do
cateto oposto ao ângulo MLN (3 cm).
• o
 Teorema de Pitágoras,
uma vez conhecido 2.º Q
 uer determinar-se o comprimento do cateto adjacente ao ângulo
o comprimento MLN (û cm).
do lado [ML]:
3.º Utiliza-se a tangente, pois relaciona os dois catetos:
2 2
NL = MN + ML , logo ,
2
u7p125h1

tg 18° = û + _tg 18°i # û = 3 + û =


2 2 2
NL . 3 + 9,2 , donde , 3 3
, logo û . 9,2
NL . 9,7 tg 18°

Conclui-se que o lado [ML] mede aproximadamente 9,2 cm.

Exercício resolvido

Determina o valor da altura da árvore, aproximado às centésimas.

Resolução: C

• O triângulo [ABC ] é retângulo;


BC A
tg 31° =
10
+ 10 # tg 31° = BC 31º
22º BB

• O
 triângulo [ABD ] é retângulo; 10 m
D

BD
tg 22° =
10
+ 10 # tg 22° = BD U7P125H2

• CD
 = BC + BD = 10 # tg 31° + 10 # tg 22° . 10,05.
A árvore tem aproximadamente 10,05 m de altura.

O que deves saber


• Calcular o comprimento de um lado de um triângulo retângulo.
• Determinar distâncias a locais inacessíveis.

114

354818 104-141.indd 114 15/06/15 15:51


Verificar a aprendizagem

CALCULAR O COMPRIMENTO DO LADO DE UM TRIÂNGULO RETÂNGULO

1 [ABC]
 é um triângulo retângulo em B, do qual se conhece a amplitude do ângulo BAC.
Copia e completa a tabela.

Comprimento conhecido Comprimento a determinar Razão trigonométrica a utilizar


Cateto adjacente ao BAC Hipotenusa
Cateto oposto ao BAC Cateto adjacente ao BAC
Hipotenusa Cateto oposto ao BAC
Cateto oposto ao BAC Tangente
Cateto oposto ao BAC Seno
Hipotenusa Cosseno

2  cada caso, calcula o comprimento do segmento de reta [AB], com aproximação às centésimas.
Em

a) A b) A
C c) A
û cm
17º
7 cm 8 cm B
û cm û cm 66º
B C 6,2 cm
31º
C B

3 Em
 cada caso, calcula o comprimento do segmento de reta [DE ], com aproximação às centésimas.
a) E b) E u7p126h2 c) u7p126h3
F
u7p126h1
û cm 4,5 cm
64º
3 cm 67º
û cm
23º D E
D F û cm
10 cm D F

4 Em
 cada caso, calcula o comprimento do segmento de reta [GH ], com aproximação às centésimas.
u7p126h6
a) G b) û cm c) G û cm
u7p126h4 Gu7p126h5
19º
H H
û cm 9 cm
70º 12,3 cm
25º
I H I
15 cm
I

AUTOAVALIAÇÃO Sei calcular o comprimento de um lado de um triângulo retângulo?

u7p126h9
DISTÂNCIAS A LOCAIS INACESSÍVEIS
u7p126h7 u7p126h8
5 Calcula,
 com aproximação às centésimas:
a) a largura do rio, BC ; b) a altura da falésia, EG.

C E

D 13º
21º F
A 42°

20,15 m 38,25 m G
B

AUTOAVALIAÇÃO Sei determinar distâncias a locais inacessíveis?


U7P126H11

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   115

354818 104-141 U7.indd 115 14/05/15 10:24


Aplicar

6 «Resolver» um triângulo significa descobrir o comprimento dos lados e a amplitude dos ângulos
­desconhecidos. Resolve os triângulos seguintes, determinando (com 2 c. d.):
W, AC e BC ;
a) C b) FV, GH e FH ; c) PV, PQ e QR.
C H Q
P
F 43º

25 mm
30º 1,74 dm
A B G 62º
13 cm
R
7 Determina,
 com aproximação às centésimas:
u7p127h1
a) DF c) GIu7p127h2 e) PN u7p127h3
G M
51°
F 3,2 m 95° 3,2 m
84 m
H
P N
1,45 m O
43 m
39° J
E I
D

b) AC d) LK f) RS

C
J
52° Q
2,4 m
3m
138° L
A 20 m B K P 42° R 28° S

8  Frodo está preso no ponto F. Com a trela toda esti-


O F
cada, consegue chegar ao ponto A.
8.1 Calcula o comprimento da trela (com 2 c. d.). 40º

8.2 O Sr. João quer que o Frodo consiga alcançar o B A C


ponto B para proteger a entrada. Em quantos cen-
3m 6m
tímetros deve aumentar o comprimento da trela?

9 U7P127H10
 figura seguinte, o ponto B pertence a uma circunferência de centro O
Na
B
e de diâmetro [AC ]. O raio mede 20 cm. D
C
O ponto D pertence ao segmento de reta [BC ].
W = 40c e AB = 24 cm.
Sabe-se ainda que BAD
24 cm
40º O
9.1 Justifica que o triângulo [ABC ] é retângulo em B.
9.2 Calcula o comprimento do lado [BC ]. A

9.3 Determina o perímetro do triângulo [ACD] (com 1 c. d.).

Tarefas de investigação
u7p127h11
10 O
 quadrante é um instrumento que permite medir a amplitude de ângulos. Constrói um quadrante
(ver página 140) e utiliza-o para medir a altura de uma árvore recorrendo à Trigonometria.
Apresenta todas as medições e todos os cálculos que efetuares.

116

354818 104-141 U7.indd 116 14/05/15 10:25


Relações entre razões
7.3 trigonométricas
Tarefa 3
1 Utilizando a calculadora, calcula o valor
H da expressão (sen a)2 + (cos a)2 para
O
vários valores de a à tua escolha
a (0° 1 a 1 90°).
A 2 Formula uma conjetura.
3 Com a calculadora, compara o valor
sen a
de com o de tg a para vários
cos a
valores de a à tua escolha.
u7p132h2 4  Formula uma conjetura.

Relação entre o seno e o cosseno


Considere-se um triângulo retângulo com um ângulo agudo de amplitude a
e cujas medidas dos lados são designadas por H (hipotenusa), A (cateto
adjacente ao ângulo de amplitude a) e O (cateto oposto).

H
O
a
A

Vamos deduzir uma relação entre sen a e cos a:


u7p132h3
_sen ai + _cos ai = d n +d n = 2 + 2 =
2 2
2 2 O A O2 A2 O2 + A2
H H H H H2
Pelo Teorema de Pitágoras, tem-se O 2 + A 2 = H 2.

Assim, _sen ai + _cos ai =


2 2 H2
=1
H2

Fórmula fundamental da Trigonometria


Nota
Para qualquer ângulo agudo a: Pode escrever-se sen2 a
sen a + cos a =1
2 2 em vez de (sen a)2 e cos2 a
em vez de (cos a)2.

Como determinar o valor exato do seno de um ângulo agudo quando


se conhece o valor do seu cosseno (e vice-versa)?

Exemplo 1:

Qual é o valor exato de sen a sabendo que cos a = 0,3? Repara


No exemplo ao lado,
Utiliza-se a fórmula fundamental da Trigonometria:
o valor exato de sen a
sen 2 a + cos 2 a =1+ sen 2 a + 0,3 2 =1+ é 0,91.
+ sen 2 a + 0,09 =1+ sen 2 a =1- 0,09 + Se apenas se quisesse
um valor aproximado,
+ sen 2 a = 0,91+ sen a =! 0,91 poderia recorrer-se
Como o valor do seno de um ângulo agudo é positivo, fica sen a = 0,91. à calculadora, conforme
se verá adiante.

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   117

354818 104-141 U7.indd 117 14/05/15 10:25


Exemplo 2:
Recorda
2 4
• c m=
a 2 a Qual é o valor exato de cos a sabendo que sen a = ?
b 2 7
b
2
16
para b ! 0. sen2 a + cos2 a = 1 + d 4 n + cos2 a = 1 + + cos2 a = 1 +
a a 7 49
•  =
b b 16 33
+ cos2 a = 1 - + cos2 a = +
para a H 0 e b 2 0. 49 49

+ cos a = ! 33 + cos a = ! 33
49 7

Como o valor do cosseno de um ângulo agudo é positivo, tem-se cos a = 33 .


7

Relação entre a tangente, o seno e o cosseno


Considera novamente um triângulo retângulo com um ângulo agudo de ampli-
tude a e calcula o quociente entre o seno e o cosseno:
O
sen a H O H O
cos a = A = H # A = A = tg a
H

Demonstrou-se que:

sen a
Para qualquer ângulo agudo a: tg a = cos a

Repara Exercício resolvido


No exercício ao lado,
também se pode começar Em relação à figura seguinte, indica o valor exato das razões trigonométricas
por calcular BC aplicando do ângulo a.
o Teorema de Pitágoras:
2
BC = 5 - 4+ 2 2
C

+ BC = 9 +2
5m
+ BC =! 9 +
+ BC =! 3 a
A 4m B
Logo, BC = 3 m.
Resolução:
Assim:
4
sen a =
3
= 0,6 • cos a = = 0,8
5 5
e tg a =
3
= 0,75 • sen2 a + cos2 a = 1 +
4 + sen2 a + 0,82 = 1 +
+ sen2 a = 1 - 0,64 +
+ sen2 a = 0,36 +
+ sen a = ! 0,36 +
+ sen a = ! 0,6
Como a é um ângulo agudo, o seu seno é positivo, sen a = 0,6.
sen a 0,6
• t g a = cos a = = 0,75
0,8

118

354818 104-141 U7.indd 118 14/05/15 10:25


Relações entre razões trigonométricas
de ângulos complementares
Recorda que dois ângulos são complementares quando a sua soma é igual
a um ângulo reto.

Qualquer triângulo retângulo tem dois ângulos agudos cuja soma é igual a
um ângulo reto, logo, os ângulos agudos internos de um triângulo retân-
gulo são complementares.

Considera a figura ao lado. C

Determinemos as razões trigo- a


nométricas de cada um dos
ângulos agudos a e b:
b
AB BC B A
• sen a = ; cos a =
AC AC
AB
e tg a = .
BC
BC AB U7P69H1r
• sen b = = cos a; cos b = = sen a
AC AC

As razões trigonométricas de dois ângulos complementares estão relaciona-


das:

• O
 seno de um ângulo agudo é igual ao cosseno de um ângulo
complementar.
• O
 cosseno de um ângulo agudo é igual ao seno de um ângulo
complementar.

Exercício resolvido

2- 3 2+ 3
Sabendo que sen 15º = e que cos 15º = , determine:
2 2
a) cos 75°

b) sen 75°

Resolução:
Um ângulo de amplitude igual a 75° é complementar de um ângulo com
amplitude igual a 15°.

Logo:
2- 3
a) cos 75° = sen 15°, pelo que cos 75° = .
2
2+ 3
b) sen 75° = cos 15°, pelo que sen 75º = .
2

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   119

354818 104-141 U7.indd 119 14/05/15 10:25


Razões trigonométricas dos ângulos de 30°,
45°e 60° de amplitude
Um triângulo equilátero tem três ângulos internos de amplitude igual a 60°.
Considerando uma das suas alturas, obtemos dois triângulos retângulos
com ângulos agudos internos de amplitudes 60° e 30°. Pelo critério LAL,
esses triângulos são iguais. Considera que a medida do lado do triângulo
equilátero é a unidades de comprimento.

30° 30° 30°


a a a

60° 60° 60°


a a

2

Determinemos a altura, û, do triângulo equilátero, em função de a, utili-


zando o Teorema de Pitágoras:

a2 - c m +û=
a 2 3a 2
û=
2 4
U7P69H2r
Como a > 0, conclui-se que û =
3
a.
2
U7P69H3r
Temos, então, as medidas dos três lados do triângulo retângulo, em função
de a.

Nota
Vamos calcular as razões trigonométricas dos ângulos agudos deste triân-
Multiplicando o numerador
gulo retângulo:
e o denominador de
1 a
3 2 1
por 3, temos: • sen 30° = a =
2
1 1# 3
= =
3 3# 3 3
a
3 3 2 3
= = cos 30° = a = 30°
9 3 2
a
2 1 3 3
a
tg 30° = = —a
3 3 3 2
a
2
3 60°
a
2 3
• sen 60° = a = a
2 —
2
a
2 1
cos 60° = a =
2
3
a
2
tg 60°= a = 3
2 U7P70H1r

120

354818 104-141 U7.indd 120 14/05/15 10:25


Nota que:
1 3
sen 30º = cos 60º = ; sen 60º = cos 30º =
2 2
Considera agora um triângulo retângulo isósceles. Os dois ângulos agudos
internos têm amplitude igual a 45°. Considera que a medida dos catetos
desse triângulo é a unidades de comprimento.
Determinemos a medida, û, da hipotenusa, em função de a, utilizando o
Teorema de Pitágoras:

û = a 2 + a 2 + û = 2a 2

Como a > 0, conclui-se que û = 2 a


Vamos calcular as razões trigonométricas de 45°
Nota
um ângulo de amplitude 45°:
a 2a 1 1# 2
= =
a 1 2 2 2# 2
• sen 45° = = =
2a 2 2 2 2
= =
45° 4 2
a 1 2
cos 45° = = = a
2a 2 2
a
tg 45° = a =1

Sintetizam-se os valores obtidos na tabela seguinte.

Razões trigonométricas dos ângulos de 30º, 45º e 60º

a 30º 45º 60º


U7P70H2r
sen a 1 2 3
2 2 2

3 2 1
cos a
2 2 2

tg a 3 1 3
3

Exemplo:
sen 60° + cos 30° - tg 60° + tg 45° =
3 3
= + - 3 +1= 3 - 3 +1= 1
2 2

O que deves saber


• Estabelecer relações entre as razões trigonométricas seno, cosseno
e tangente de um ângulo agudo.
• Relacionar as razões trigonométricas de um ângulo agudo com
as razões trigonométricas de um ângulo complementar.
• Saber e utilizar as razões trigonométricas dos ângulos de 30º, 45º
e 60º.

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   121

354818 104-141 U7.indd 121 14/05/15 10:25


Verificar a aprendizagem

RELAÇÃO ENTRE O SENO E O COSSENO

1 2 3
O
 Zito afirma que, para um certo ângulo de amplitude a, encontrou sen a = 5 e cos a = 5 .
A Sofia diz que é impossível.
Qual deles tem razão? Justifica a tua resposta.

2 Os
 cálculos da Joana estavam corretos, mas foram riscados. Copia e completa:
«Segundo a fórmula fundamental da Trigonometria, se cos a = 0,15, então:
sen2 a + 2
= 1 + sen2 a + =1+
2
+ sen a = 1 - +
2
+ sen a = +
+ sen a =
Como o valor do seno é positivo, tem-se sen a = .»

3 Determina
 o valor exato de:
5
a) sen a, sabendo que cos a = 0,4; c) sen a, sabendo que b é complementar de a e cos b = ;
3 6
b) cos a, sabendo que sen a = 0,9; d) cos a, sabendo que sen a = .
8

AUTOAVALIAÇÃO Sei utilizar a fórmula fundamental da Trigonometria?

RELAÇÃO ENTRE A TANGENTE, O SENO E O COSSENO

4 Simplifica
 as expressões seguintes, em que a é a amplitude de um ângulo agudo:

a) sen a         b) cos a # tg a        c) sen a


cos a tg a
5 Determina
 o valor exato de:
a) tg a, sabendo que sen a = 0,28 e cos a = 0,96;
9 9
b) cos a, sabendo que tg a = e sen a = ;
40 41
8 15
c) sen a, sabendo que tg a = e cos a = ;
15 17
1
d) tg a, sabendo que b é complementar de a e tg b = .
3

6 2
Determina
 o valor exato de tg a, sabendo que sen a = .
7
Apresenta todos os cálculos que efetuares.

7 Em
 cada caso, determina o valor exato das razões trigonométricas do ângulo de amplitude a.
a)   b)   c)

11 cm
a 60 cm
85 cm
159 cm
a 84 cm
77 cm a

AUTOAVALIAÇÃO Sei utilizar as relações entre razões trigonométricas?

122

354818 104-141 U7.indd 122 14/05/15 10:25


Aplicar
21
8  cos a = 29 , então, sen a é igual a:
Se
8 9 20 21
A. B. C. D.
29 29 29 29

9 O
 sinal de trânsito «subida íngreme de 10 %» significa que
em cada 100 m medidos na horizontal a estrada sobe 10 m.
9.1 Para o ângulo de amplitude a assinalado na figura, 10%
sen a
determina o valor de . H
cos a
10 m
9.2 Que percentagem corresponderia a um ângulo de 10°? a
100 m
10 O Jaime descobriu um ângulo cuja amplitude a é tal que cos a = 4 sen a.
Determina o valor exato de tg a.

11 A
 Joana afirma que: u7p135h1
«Existe um ângulo agudo de amplitude a tal que sen a = cos a.»
11.1 Mostra que a afirmação é verdadeira, indicando o valor de a.
11.2 Nesse contexto, determina o valor exato de:
a) cos a b) tg a

12 Considera
 um ângulo agudo de amplitude a.
2 1
12.1 Prova que tg a +1= .
cos 2 a
1
12.2 Sabendo que cos a = , determina o valor exato de:
2
a) tg a b) sen a

13 Prova
 que, para qualquer ângulo agudo de amplitude a, é válida a relação:
sen a # cos a 2
+ sen a =1
tg a

Tarefa de investigação

14 Recorre a um software de Geometria (por exemplo, o GeoGebra) para C


construíres um triângulo retângulo dinâmico e medires a amplitude,
a, de um dos seus ângulos agudos.
14.1 Investiga o valor da expressão seguinte:

_sen a + cos ai + _sen a - cos ai


2 2

para vários valores de a. a 5 48,02º


A b 5 90º
Sugestão: No GeoGebra, utiliza o campo de entrada:
B

14.2 Simplifica o valor da expressão anterior de modo a provares que o resultado observado na
­investigação é válido qualquer que seja o valor a. u7p135h2

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   123

354818 104-141 U7.indd 123 14/05/15 10:25


Determinação da amplitude
7.4 de um ângulo agudo
Tarefa 4
No futebol, a marca de grande penalidade
7,32 m (A) situa-se a 11 m do centro da baliza.
W .
C 2,44 m
1 Determina o valor exato de tg CAB
2 Utilizando a calculadora, calcula
a amplitude do ângulo CAB
B
11 m
(com 1 c. d.).
3 Determina a amplitude do ângulo BAD
D A (com 1 c. d.).

Quando sabemos o valor de uma razão trigonométrica de um ângulo agudo


podemos, utilizando
U7P128H2uma tabela como a que se encontra no final do livro
ou utilizando uma calculadora, determinar o valor (exato ou aproximado) da
amplitude do respetivo ângulo.

Por exemplo, sabendo que sen a = 0,0698, cos b = 0,9994 e tg θ = 0,0175,


por consulta da referida tabela, da qual se transcreve uma parte, assina-
lando os valores indicados, obtemos um valor para a amplitude dos ângulos:
a = 4°, b = 2° e θ = 1°.

Graus Seno Cosseno Tangente


1 0,0175 0,9998 0,0175
2 0,0349 0,9994 0,0349
3 0,0523 0,9986 0,0524
4 0,0698 0,9976 0,0699

Num triângulo retângulo, quando


C se conhece o comprimento de dois lados,
as razões trigonométricas permitem
C
calcular a amplitude dos ângulos
cateto
hipotenusa 60
agudos. 24 oposto
cateto
hipotenusa 60 ao A
é

A B24 oposto
• A
 Joana quer encomendar uma mesaaodeAdesenho
pela Internet, mas, pri-
W , do tampo.
é

A
meiro, precisa de saber a inclinação,
B BAC
Nota
C
sin-1, cos-1 e tan-1 estão
60
habitualmente disponíveis
nas teclas sin, cos e tan A B
das calculadoras:
99
sin
21
D cos
21
E tan 21
F

sin
4 cos
4 tan
4 75

Para obter sin-1, por


exemplo, pressiona-se:
• CASIO: A situação é a seguinte:
u7p128h7
SHIFT sin C

• TEXAS: Cateto
Hipotenusa 60
24 oposto
4
2nd 4
sin ao A
é

u7p128h8 A B

u7p128h9
124

354818 104-141 U7.indd 124 14/05/15 10:25


1.º Quais são as medidas conhecidas do triângulo retângulo [ABC ]?
O comprimento do cateto oposto e o da hipotenusa.
2.º Qual das razões trigonométricas se pode utilizar?
O seno, pois esta razão relaciona o cateto oposto com a hipotenusa.

Obtém-se, assim:
W = 24 = 0,4.
sen BAC
60

3.º C
 omo determinar a amplitude do ângulo BAC, sabendo que o seu seno
é igual a 0,4?
Na calculadora, escreve-se sin-1 0.4. sin−1 0.4
W . 23,6° (com 1 c. d.).
Obtém-se BAC
23.57817848

sin
BW
AC . 23,6°      0,4 u7p128h5
sin
-1

W . 24º.
Se se utilizar a tabela trigonométrica do final do livro, obtém-se BAC

• No triângulo retângulo seguinte, qual é a amplitude do ângulo FEG?


C
6 cm Cateto adjacente ao E
é

E G cateto
hipotenusa 60
24 oposto
ao A

é
Hipotenusa 7 cm
A B
F

Neste caso, são conhecidos o comprimento do cateto adjacente e o da


hipotenusa, por isso, deve utilizar-se o cosseno.
u7p128h6
Obtém-se, assim: cos FEVG = .
6
7
Para determinar a amplitude do ângulo FEG sabendo que o seu cosseno
é igual a 6 , pode recorrer-se à calculadora, escrevendo cos-1 (6 ' 7).
7

Obtém-se FEG . 31,0° (com 1 c. d.). cos−1 (6 −7)


:
31.00271913
Nota C
• No triângulo retângulo seguinte, qual é a amplitude do ângulo KJL? Dada uma razão cateto
hipotenusa 60
trigonométrica de um oposto
24
K u7p129h1 ângulo, também é possível
ao A
é

A determinar a amplitude
B
6 cm Cateto oposto aoB J
Cateto adjacente aoB J 3 cm do ângulo consultando
uma tabela trigonométrica
J L (no final do manual).

Usa-se a tangente, pois esta razão relaciona os dois catetos:


Recorda
tg KTJL = = 2.
6
As subunidades
3 do grau são o minuto (l)
Para determinar a amplitude do ângulou7p129h2
KJL, sabendo que a sua tangente é e o segundo (ll):
igual a 2, pode utilizar-se a calculadora, escrevendo tan-1 2. 1° = 60l e 1l = 60ll

Obtém-se KTJL . 63,4° (com 1 c. d.).


Exemplo:
tan−1 2 30,215° = 30° 12l 54ll
63.43494882

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   125


u7p129h3

354818 104-141 U7.indd 125 14/05/15 10:25


Exercício resolvido

Para um maior rendimento, os painéis solares devem ser instalados com um


ângulo de inclinação (BCAB) idêntico à latitude do local.

Determina a latitude do local onde está instalado este painel solar.

1,95 m
B
A
0,75 m
D 1,5 m
E

Resolução:
A latitude do local é dada pelo ângulo de inclinação CAB.

W = CB = 1,95 - 0,75 = 0,8.


No triângulo retângulo [ABC ], tem-se tg CAB
AB 1,5

Recorrendo à calculadora, procura-se o ângulo cuja tangente é igual a 0,8:


escreve-se tan-1 0.8. Obtém-se uma amplitude de aproximadamente 38,7°,
que corresponde à latitude.

Exercício resolvido

Numa visita de estudo dois amigos


resolveram aplicar os seus conheci-
100 m
mentos de Trigonometria. Esticaram
100 metros de fio desde o cimo de
um castelo até a um ponto situado a a
25,88 m
O
25,88 metros da base do castelo. 6,93 m
b
Nesse local, a cave do castelo tem
uma profundidade de 6,93 metros.

Qual é a amplitude dos ângulos, a e b, registados pelos dois amigos e que


se encontram esquematizados na figura?

Resolução:

= 0,2588 ; cos _0,2588i . 75°


25,88 -1
cos a =
100 U5P124H1N
. 0,2678 ; tg _0,2678i .15°
6,93 -1
tg b =
25,88
A amplitude do ângulo a é aproximadamente 75° e a do ângulo b é aproxi-
madamente 15°.

O que deves saber


• Utilizar as funções sin-1, cos-1 e tan-1 da calculadora.
• N
 um triângulo retângulo, determinar a amplitude de um ângulo agudo
conhecendo o comprimento de dois lados.

126

354818 104-141 U7.indd 126 14/05/15 10:25


Verificar a aprendizagem

UTILIZAÇÃO DA CALCULADORA

1 Em
 cada caso, recorre à calculadora para determinar a amplitude do ângulo.
Apresenta valores aproximados às décimas.
a) cos W
A = 0,7 W = 0,9
c) tg C e) sen EV = 0,325
V=
b) sen B
1 W=
d) cos D
5
f) tg FV =
9
3 8 7
2  Sofia tentou calcular o valor da expressão sin 2,5 na calculadora, mas obteve uma mensagem
A -1

de erro. Como explicas essa mensagem?

3 Copia
 e completa, utilizando a calculadora. Apresenta valores aproximados às centésimas.
a) sen 38° = c) cos = 0,956 e) cos 89° =
15 4
b) sen = d) tg 69,5° = f) tg =
18 11

AUTOAVALIAÇÃO Sei utilizar as funções sin-1, cos-1 e tan-1 da calculadora?

AMPLITUDE DE UM ÂNGULO AGUDO NUM TRIÂNGULO RETÂNGULO

4  triângulo [ABC ] é retângulo em B.


Um
4.1 Constrói o triângulo [ABC ] sabendo que AB = 8 cm e BC = 5 cm.
4.2 Calcula a amplitude do ângulo A, com aproximação às unidades.
4.3 Com um transferidor, mede a amplitude do ângulo A e compara o valor obtido com o resul-
tado da questão anterior.

5 Em
 cada caso, calcula a amplitude do ângulo assinalado, com aproximação às décimas.
a) C c) I e) H

a 11,2 cm 1,4 cm
5 cm 3,2 cm
a
A
a B M
13 cm H G
10 cm M
b) E
24 cm
F
d) L f) P
a
2,8 cm 4,4 cm
1,3 cm
u7p130h3
26 cm a
J
u7p130h5 K R a Q
D 5,4 cm

6 Determina, com aproximação às centésimas:


u7p130h7

W
a) BAC W
b) EDF W
c) HGI

u7p130h6 u7p130h8
u7p130h4
C F
I
3m 5m
95 cm
5,6 m
E
B H G
15 m 1,1 m
A 86 cm D J
K

AUTOAVALIAÇÃO Sei calcular a amplitude de um ângulo?

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   127

354818 104-141 U7.indd 127 14/05/15 10:26


Aplicar

7 Concebidos
 para enfrentar situações difíceis, os veículos todo-o-terreno estão dotados de caracterís-
ticas específicas. P

J F

B A C
K L H G N M

(A) Â
 ngulo de ataque: representa a capacidade de realizar a aproximação a uma subida sem bater
com a parte dianteira do veículo.
(B) Ângulo de saída: representa a capacidade de sair de uma descida sem chocar atrás.
(C) Ângulo de inclinação: define a inclinação máxima a que o veículo pode circular sem se virar.
7.1 Sabendo que FH = 2,04 m, HG =1,72 m, KL =1,76 m e JK = 0,95 m, determina o ângulo de
ataque e o ângulo de saída (com 1 c. d.).
7.2 Sabendo que PM = 2,83 m e PN =1,59 m, será que o todo-o-terreno pode circular num plano
com 38° de inclinação? Justifica a tua resposta.

8 Sabendo
 A = 0,8, determina o valor de cos W
que sen W A.

9 Sabendo
 que tg a = 1,25, determina um valor aproximado às milésimas de sen a e cos a.

10 Resolve
 os triângulos seguintes, determinando (com 2 c. d.):
a) a, b e BC;      b) u, g e DF.
C E
32 mm
7,5 cm b
19 mm
D u g
a
A B
6 cm F
P
11 Considera
 o quadrilátero [MNPQ ] apresentado à direita. 2,4 cm
11.1 Determina, com 1 c. d., a amplitude:
3,2 cm
N
a) do ângulo MQN;
u7p131h4 u7p131h5
0,9 cm
b) do ângulo PQM.
M
11.2 Determina o perímetro do quadrilátero [MNPQ ]. Q

Tarefas

12 Para
 uma maior segurança, a distância da base de uma escada de pedreiro à parede
deve ser igual a um quarto do comprimento da escada.
12.1 Qual é o ângulo que uma escada nessa posição faz com o chão?u7p131h6
12.2 Será que o ângulo depende do comprimento da escada?
12.3 Usando um software de Geometria dinâmica, constrói um modelo da situação
e verifica as respostas às questões anteriores.

13 [ABCD]
 é um retângulo com AB = 80 cm e AD = 60 cm.
Determina o ângulo agudo formado pelas diagonais do retângulo (com 2 c. d.).

128

354818 104-141 U7.indd 128 14/05/15 10:26


Síntese

Razões trigonométricas de um ângulo agudo

 m triângulo retângulo tem um ângulo reto e dois ângulos agudos. A cada um dos ângulos agudos
• U
estão associados três valores que dependem da sua amplitude. Esses três valores são as razões
trigonométricas do ângulo agudo e designam-se por seno, cosseno e tangente.
• O
 seno (sen), o cosseno (cos) e a tangente (tg) de um ângulo agudo a obtêm-seCcalculando a razão C C
entre as medidas de comprimento de dois dos lados do triângulo retângulo: cateto cateto
hipotenusa 60 hipotenusa 60 hipotenusa 60
24 oposto 24 oposto
cateto oposto ao tangulo
• sen a = hipotenusa C ao A ao A

é
hipotenusa A BA BA B
cateto adjacente ao tangulo cateto oposto aoB A
• cos a =
hipotenusa a
A B
cateto oposto ao tangulo
• tg a = cateto adjacente aoB A
cateto adjacente ao tangulo
• O seno e o cosseno de um ângulo agudo são números positivos inferiores a 1.
• P ara obter valores aproximados do seno, cosseno e tangente de um ângulo de 36°, por exemplo, pode
construir-se um triângulo retângulo com um ângulo de 36°, medir os lados e utilizar as fórmulas anteriores.
u7p136h1
Pode também utilizar-se a calculadora ou uma tabela trigonométrica.

sin 36 cos 36 tan 36


0.587785252 0.809016994 0.726542528

u7p136h2 u7p136h3 u7p136h4


Determinação do comprimento do lado de um triângulo retângulo

Num triângulo retângulo, quando se conhece a amplitude de um ângulo agudo e o comprimento


de um dos lados, as razões trigonométricas permitem calcular o comprimento de outro lado.

Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3

H 7 cm O û cm
û cm O A 5 cm
63º û cm H 29º
38º 11 cm A

P ara determinar o valor de û,  tiliza-se o cosseno, pois


U  tiliza-se a tangente, pois
U
utiliza-se o seno, pois é a razão é a razão que relaciona é a razão que relaciona
que relaciona a hipotenusa o cateto adjacente com os dois catetos:
comu7p136h5
o cateto oposto: u7p136h6
a hipotenusa: u7p136h7
û
tg 29° = +
û 5 11
sen 38° = + cos 63° = û +
7 + 11# tg 29° = û , logo
+ 7 # sen 38° = û , logo + û=
5
, logo û . 6,10 _com 2 c. d.i
û . 4,31 _com 2 c. d.i cos 63°
û . 11,01 _com 2 c. d.i

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   129

354818 104-141 U7.indd 129 14/05/15 10:26


Determinação da amplitude de um ângulo agudo num triângulo retângulo

• D
 ado o valor do seno, do cosseno ou da tangente de um ângulo agudo, pode utilizar-se uma tabela
trigonométrica ou as funções sin-1, cos-1 e tan-1 da calculadora para descobrir a amplitude do
ângulo.
• N
 um triângulo retângulo, quando se conhece o comprimento de dois lados, as razões trigonométricas
permitem calcular a amplitude dos ângulos agudos.

Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3

O 12 cm
15 cm A
8 cm H
O 3 cm
a 5 cm A
a a
H 17 cm

S ão dadas as medidas S ão dadas as medidas S ão dadas as medidas


da hipotenusa e do cateto do cateto adjacente do cateto adjacente
oposto, poru7p137h1
isso, utiliza-se e da hipotenusa, logo, e do cateto oposto,
u7p137h3
o seno do ângulo agudo para utiliza-se o cosseno: por isso, utiliza-se a tangente:
determinar a sua amplitude: u7p137h2
15 cos−1 (15 −17)
: 12 tan−1 (12 −5)
:
cos a = tg a =
3 sin (3 −8)
:
−1 17 28.07248694 5 67.38013505
sen a =
8 22.02431284
Assim, a . 28°. Assim, a . 67°.
Assim, a . 22°.
u7p137h5 u7p137h6
u7p137h4

Relações entre razões trigonométricas e razões trigonométricas


dos ângulos de 30º, 45º e 60º

Fórmula fundamental da Trigonometria

Para qualquer ângulo agudo de amplitude a, sen2a + cos2a = 1.


Esta fórmula permite calcular o valor exato do seno de um ângulo agudo quando se conhece o valor
do seu cosseno (e vice-versa).

Exemplo:
1
Qual é o valor exato de sen a sabendo que cos a = ?
5
2
sen a+cos a = 1+ sen a+d n =1+ sen2 a+
1 1 1
2 2 2
5 25
= 1+ sen a =1-
2
25
+ sen2 a = 25
25
-
1
25
+
24 24
+ sen2 a = 24
25
+ sen a =! 24
25
+ sen a =! + sen a =! 5
.
25
24
Como o valor do seno é positivo, tem-se sen a = .
5

130

354818 104-141 U7.indd 130 14/05/15 10:26


Relação entre a tangente, o seno e o cosseno

Para qualquer ângulo agudo de amplitude a,


sen a
tg a = cos a

Exemplo:
1 24 24 1 24
Se cos a = e sen a = , então, tg a = sen a = : = 5
# = 24 .
5 5 cos a 5 5 5 1

Relações entre as razões trigonométricas de ângulos complementares

• O seno de um ângulo agudo é igual ao cosseno de um ângulo complementar.


• O cosseno de um ângulo agudo é igual ao seno de um ângulo complementar.

Exemplo:
sen 25° = cos 65°

Razões trigonométricas dos ângulos de 30°, 45° e 60°

30° 30° 30° 45°


a a 3 a
a
2 2a
a
60° 60° 60°
a a

2 45°

a 30º 45º 60º

U5P129H1N 1
sen a U5P129H2N2
2
3
2 2

U5P129H4N
1
cos a 3 2
2 2 2

tg a 3 1 3
3

Exemplo:
1 1
sen 30° + cos 60° + tg 60° - tg 45° = + + 3 - 1=1+ 3 - 1= 3
2 2

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   131

354818 104-141 U7.indd 131 14/05/15 10:26


Atividades globais

QUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA


Das quatro alternativas, escolhe a única opção correta.

1 No triângulo retângulo apresentado ao lado, as medidas de comprimento dos a b


a
lados são designadas por a, b e c e a medida da amplitude de um dos ângulos
agudos é designada por a.
c
Qual das igualdades seguintes está correta?
b c a c
A. cos a = B. cos a = a C. sin a = D. sin a =
a b b
u7p138h1
2 Qual é o valor da expressão 2 _cos 35° + tg 52°i, aproximado às centésimas?
A. 4,20 B. 2,92 C. 1,61 D. -13,91

3 Em alto mar, a extração de petróleo efetua-se através de pla-


r
taformas de perfuração marítima (uma delas, a Plataforma 52°
Mars, no golfo do México, é a maior estrutura do Mundo —
contando com a parte submersa, possui 990,6 m). Æ
 ual é a altura, û, (com 1 c. d.) da parte emersa da plataforma
Q
s
petrolífera apresentada na fotografia ao lado?
29 m
A. 22,7 m C. 36,8 m
r // s
B. 22,9 m D. 37,1 m

4 Na figura ao lado, [ABCD] é um quadrado cujo lado mede 8 cm. A B

Sabe-se ainda que o segmento de reta [AF] mede 6 cm.


O ponto E é a interseção das retas BF e DC.
Qual é a amplitude do ângulo FED, com aproximação às décimas? F
A. 36,9° C. 48,6°
E C
B. 41,4° D. 53,1° D

5 5
Se sen a = , então, tg a é igual a:
13
12 5 8 5
A. B. C. D.
13 12 13 8
u7p138h3
6 A altura de um triângulo equilátero é 3 cm. Qual é o perímetro desse triângulo?
A. 2 cm B. 4 cm C. 6 cm D. 8 cm

7  o cone representado ao lado, o diâmetro da base mede 12 cm


N
e o ângulo que a altura faz com a geratriz tem 55° de amplitude. 55º
Qual é o volume do cone, aproximado às centésimas?
A. 158,38 cm3 C. 475,15 cm3
B. 276,13 cm3 D. 1267,07 cm3

8 Num retângulo com 40 cm de base e 16 cm de altura, qual é a amplitude do ângulo obtuso ­formado
pelas duas diagonais, com aproximação às décimas?
A. 158,2° B. 157,5° C. 137,1° D. 136,4°
u7p138h4

132

354818 104-141 U7.indd 132 14/05/15 10:26


EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
9 No atletismo, a qualidade de um lançamento ou de um salto depende do ângulo de saída com que um
projétil ou o corpo são projetados: trata-se do ângulo agudo entre o vetor velocidade e a horizontal no
momento do lançamento ou do impulso.
O ângulo teórico ideal para lançar um objeto o mais longe possível é de 45°, no entanto, estudos indicam
que, acima dos 35°, o atleta transmite progressivamente menos velocidade ao projétil.
Em cada caso, determina o valor de û e de a (com 2 c. d.).

a) b)

û cm 37 cm
25 cm û cm
a a
34 cm 29 cm

10 Considera o retângulo [ABCD], apresentado a seguir, cuja área é igual a 120 cm2.
10.1 E screve uma equação do 2.° grau que traduza a área
A B
do retângulo. u7p139h2 u7p139h4
10.2 R
 esolve a equação e refere o valor de û no contexto do (û 2 3) cm
problema.
D C
10.3 Indica as dimensões do retângulo (base e altura). (û 1 4) cm
10.4 Calcula a amplitude do ângulo ADB (com 1 c. d.).
10.5 Refere o valor exato das três razões trigonométricas desse ângulo.

11 Na figura seguinte, está representada uma circunferência de centro O e de diâmetro [AB].
Os pontos C e D pertencem à circunferência.
Sabe-se ainda que OA = 4,5 cm e que BACW = 38°. u7p139h5 C
11.1 Determina a amplitude do arco AC.
11.2 Indica a amplitude do ângulo CDB.
38º
Justifica a tua resposta. A B
O
11.3 Justifica que o triângulo [ABC ] é retângulo.
11.4 D
 etermina o perímetro do triângulo [ABC ], com aproximação
às centésimas.
11.5 Calcula a área do triângulo [ABC ]. D

Tarefa
A D
12 A
 Trigonometria é frequentemente utilizada no cálculo
A B
de áreas de polígonos. u7p139h6
32º
Determina a área (com 1 c. d.): H E
a) do triângulo isósceles [ABC ] (A); O

b) do pentágono regular [DEFGH ] (B);


c) d
 e um polígono regular com 12 lados, todos com 6 cm
de comprimento. G F
B C
Nota: Nos cálculos intermédios, conserva três casas decimais. 8 cm 10 cm

u7p139h7
  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   133

354818 104-141 U7.indd 133 14/05/15 10:26


Atividades globais

13 Uma cidade tem duas escolas secundárias que estão a 1100 m de distância uma da outra e cujas
localizações correspondem aos pontos A e B, no mapa.

A B

A Câmara Municipal quer construir uma biblioteca, num ponto C, de acordo com duas condições:
• a biblioteca deve estar à mesma distância das duas escolas;
• a biblioteca deve estar a 600 m da escola situada no ponto A.
13.1 Quantas localizações reúnem ambas as condições?
13.2 Determina a amplitude do ângulo CAB (com 1 c. d.).

14 Durante uma prova de orientação, os participantes partem de um ponto A e percorrem um trajeto


em forma de triângulo, [ABD], conforme se pode ver no mapa que se segue.
Qual é a distância percorrida nesse trajeto triangular (com 2 c. d.)?

60º
   400 m

B
20º
C D

15 O funcionamento de um telemóvel é baseado numa comunicação em dois sentidos entre o aparelho


e uma antena colocada no topo de uma estação base.
P ara determinar a altura (û) de uma estação base, o Jaime D
mediu a amplitude de dois ângulos em dois pontos, A e B,
u7p140h3
com 20 m de distância.
15.1 D
 e acordo com a figura, copia e completa o sistema
de equações: û

)
tg 50° =
tg 35° =
35º 50º
15.2 D
 etermina a altura da estação-base (com 1 c. d.). A B C
Nos cálculos intermédios, conserva 3 casas decimais. 20 m y

16 Em cada caso, determina os valores de û e de y. As medidas estão indicadas em metros.


a) Veneza (Itália). b) Versalhes (França). U7P140H4

û û
70°
44°
27°
31° 2 y
y 8

134

354818 104-141 U7.indd 134 14/05/15 10:27


OLIMPÍADAS PORTUGUESAS DE MATEMÁTICA
u?p??h?
17 No interior de um triângulo equilátero [ABC ] marca-se um ponto P qualquer. A seguir, marcam-se
os pontos D, E e F sobre os lados do triângulo, de modo que os segmentos de reta [PD], [PE ] e [PF ]
sejam perpendiculares aos lados do triângulo (A).
A
17.1 A Rita está a investigar a questão seguinte: A

 Onde deve estar o ponto P de modo que a soma PD + PE + PF seja


«
a maior possível?».
E
 tilizando um software de Geometria dinâmica, constrói um triângulo
U P F
equilátero [ABC ] e formula uma conjetura acerca da questão investigada
pela Rita.
B C
17.2 Nas duas questões seguintes, considera BC = 2 cm. D

A A
B C

F
E F E
P
P u7p141h1

40º
B C B C
1 cm D 1 cm D

17.2.1 N
 o caso particular apresentado na figura B, determina um valor aproximado às
milésimas de PD + PE + PF .
u7p141h2 u7p141h3
17.2.2 No caso geral, determina o valor exato de PD + PE + PF .
Sugestão: Utiliza o facto de a área do triângulo [ABC ] ser igual à soma das áreas dos triân-
gulos [PBC ], [PAC ] e [PAB] (C ).
17.3 N
 o ambiente de Geometria dinâmica, compara a soma PD + PE + PF com a medida da altura
do triângulo e melhora a conjetura que formulaste na questão 17.1.
Adaptado das XXVI OPM, 2.ª eliminatória

CONVIVER COM A MATEMÁTICA


18 Um reservatório de água é constituído por um cilindro e um cone de revolução, com a mesma altura
(1,5 m) e o mesmo diâmetro de base (1,0 m), ­conforme se pode observar na figura.
No início, o reservatório está vazio.
Depois, enche-se de água, à razão de um litro por segundo. 1,0 m
Na figura ao lado, [BC] é um diâmetro da base do cone. E
D
18.1 Determina a amplitude do ângulo BAC, com aproximação às décimas.
Nos cálculos intermédios, conserva 3 casas decimais.
1,5 m
18.2 Determina a medida do comprimento da geratriz do cone, [AB].
Apresenta o resultado aproximado às décimas.
C
18.3 Quanto tempo demora o enchimento do reservatório? B
3
Recorda: 1 m = 1000 litros.
1,5 m

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   135

354818 104-141 U7.indd 135


u7p141h4 14/05/15 10:27
Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas. AUTOAVALIAÇÃO

• Identifica claramente, na tua folha de respostas, os números dos itens a que respondes.
Apresenta uma única resposta para cada item.
• O teste inclui três itens de escolha múltipla. Em cada um deles, são indicadas quatro
alternativas de resposta, das quais só uma está correta. Não apresentes cálculos
nem justificações.

Págs. 109 e 110 1 No


 triângulo retângulo apresentado ao lado, qual
das igualdades seguintes está correta? a
z y
A. û 2 = y 2 + z 2 C. cos a = y û
y z
B. sen a = D. tg a = û
z z
Págs. 108 a 110 2 Constrói
 um triângulo que te permita obter valores aproximados às centésimas
do seno, do cosseno e da tangente de um ângulo de 50°, efetuando medições
e cálculos, mas sem recorrer às funções trigonométricas da calculadora.
u7p142h1
Págs. 119 a 121 3  etermina, sem recorrer às funções trigonométricas da calculadora ou a uma
D
tabela, o valor exato de:
sen 5° - cos 85° + tg 2° × tg 88° + sen 30° + cos 30° - tg 45°
Pág. 110 4 Num
 triângulo retângulo em que a é um ângulo agudo, qual das igualdades
seguintes pode ser verdadeira?
A. sen a =-0,2 C. cos a = 2
B. tg a =1,5 D. sen a =1

Págs. 113 e 114 5 Em


 cada caso, calcula o comprimento do segmento de reta [AB], com aproxi-
mação às centésimas.
a) A
b) A C
8 cm 3 cm
û cm û cm 63º
27º
B C B

Págs. 113 e 114 6 Determina,


 com aproximação às centésimas:
a) BD b) CD

B C u7p142h3
u7p142h2
16°
A C
23°
1,8 m D

60 m D 0,8 m
B E 32° A

Págs. 124 e 125 7 Calcula


 a amplitude a do ângulo assinalado (com 1 c. d.).
a) D b) G
12 cm
a
12,2 cm a
7 cm
H I
13 cm
E F

136 u7p142h6
u7p142h7

354818 104-141 U7.indd 136 14/05/15 10:27


Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas.

8 P ara ter uma postura correta em frente A B Págs. 113, 114, 124 e 125
a um ecrã de computador, recomenda-se
que BW AC esteja compreendido entre 10° C
e 20° e que AC esteja entre 50 cm e 65 cm.
S e AB = 55 cm e BC =10 cm, a postura é
correta?
Justifica a tua resposta.

9 Durante uma partida de snooker, duas das A


bolas encontram-se nas posições indicadas
na figura. U7P143H1 25º

80 cm
Determina (com 2 c. d.):
a) a amplitude do ângulo BAC; Págs. 124 e 125
B
b) o comprimento AD; D C Págs. 113 e 114
56 cm
c) a distância entre as duas bolas. Págs. 113 e 114

10 Considera o triângulo 7ABCA, em que: A


AB = 55 cm , AC = 48 cm e BC = 73 cm. u7p143h248 cm
10.1 P rova que o triângulo 7ABCA é retângulo Pág. 117
55 cm C
em A.
D
10.2 D
 etermina a amplitude do ângulo ABC Págs. 124 e 125
73 cm
(com 1 c. d.).
10.3 Determina AD (com 2 c. d.). B Págs. 113 e 114
 ual é a área do triângulo 7ADCA , arredondada às unidades?
10.4 Q Págs. 113, 114, 124 e 125
Escolhe a opção correta.
A. 571 cm2 C. 639 cm2
B. 595 cm2 D. 660 cm2
u7p143h3
11 Prova que é válida a relação: Pág. 117
_sen a + cos ai =1+ 2# sen a # cos a
2

para qualquer ângulo agudo de amplitude a.

12 2
Sabendo que cos a = , determina o valor exato de: Págs. 117 e 118
3
a) sen a
b) tg a

13 1 Págs. 118, 120 e 121


Existe um ângulo agudo cuja amplitude a é tal que tg a # cos a = .
2
Determina o valor de a.

GRELHA DE AVALIAÇÃO
Exercício 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1
Cotação (pontos) 4 8 4 8 12 8 8 12 16 6 8 6
1
Para saberes a cotação de cada alínea, basta dividires a cotação do exercício pelo número de alíneas.

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   137

354818 104-141 U7.indd 137 14/05/15 10:27


Retrato de um matemático

Terence Tao

Vida
Terence Tao nasceu em 1975, na Austrália. Com 2 anos de idade, já
sabia contar, adicionar e soletrar (disse ao pai que tinha aprendido na
televisão).
Aos 9 anos, Tao entra para a universidade. Aos 17 anos, com os
graus de licenciatura e de mestrado concluídos, é aceite na presti-
giada Universidade de Princeton. O prodígio termina o doutoramento
aos 20 anos e é então contratado como professor pela UCLA (Uni-
versidade da Califórnia), cargo que ocupa atualmente.
Em 2006, após ter publicado inúmeros artigos científicos e ter sido
distinguido com vários prémios, Tao recebe a Medalha Fields. É con-
siderado por muitos como o melhor matemático da atualidade.

As Olimpíadas Internacionais da Matemática


A extraordinária capacidade de Tao para resolver problemas já era visível quando em
1986, 1987 e 1988 se tornou o participante mais novo de sempre nas Olimpíadas
Internacionais de Matemática, onde ganhou, respetivamente, as medalhas de bronze,
prata e ouro. Com 13 anos, tornou-se o mais novo vencedor de uma medalha de
ouro.
Com 15 anos, baseado nestas experiências, escreveu o livro Como Resolver Proble-
mas Matemáticos — Uma Perspectiva Pessoal.
Medalha Fields
(verso).
O Mozart da Matemática
Tao é o autor de trabalhos matemáticos excecionais, alguns dos quais resolvendo problemas antigos e difí-
ceis. Enquanto a maioria dos investigadores se concentra numa área específica da Matemática, ele consegue
trabalhar em várias áreas (e ser considerado um dos maiores especialistas mundiais!), algumas das quais
poderão ter aplicações no nosso dia a dia. Uma das suas maiores contribuições relaciona-se com números
primos (Teorema de Green-Tao).
Poderia pensar-se que Tao é um génio solitário, mas é exatamente o contrário: é uma pessoa acessível, que
se preocupa em partilhar o seu trabalho com o público em geral através da sua página web, http://www.
math.ucla.edu/~tao/, e do seu blogue, http://terrytao.wordpress.com.

No blogue de Terence Tao, consulta o trabalho intitulado The Cosmic Distance Ladder, no qual
o matemático explica o contributo da Trigonometria no cálculo de distâncias no Espaço.

138

354818 104-141 U7.indd 138 14/05/15 10:27


Problemas famosos

O perímetro da Terra

Na Grécia Antiga, os matemáticos utilizaram o que atualmente se designa por Trigonometria para
resolver alguns dos principais problemas relacionados com distâncias no Espaço.
Aristarco (310-230 a. C.) calculou a distância relativa do Sol e da Lua à Terra:
Lua (L)
Sol (S)
TL
87º Em linguagem atual, TS = .
cos 87°
Terra (T)

Apesar da ideia brilhante, o resultado obtido por Aristarco foi prejudicado por considerar que a
amplitude do ângulo LTS era 87°, quando na realidade é 89° 50l.
Na mesma época, Eratóstenes (285-194 a. C.), conhecido pelo seu método para descobrir números
u7p145h1
primos (Crivo de Eratóstenes), obteve uma notável aproximação do perímetro da Terra. Como?

Eratóstenes soube que no solstício de verão (21 de junho), ao meio-dia, o Sol iluminava totalmente um poço
profundo em Siena (hoje, Assuão, no Sul do Egito), o que significava que o Sol se encontrava a pique (A). No
mesmo momento, em Alexandria (situada no mesmo meridiano), o matemático observou que uma estaca
V = 7° 12l.
vertical produzia uma sombra e calculou a amplitude do ângulo entre os raios solares e a estaca: ABC
B
B C A
A Raios de Sol S
BB 800 km
Estaca
7º12’
7°12’
C S Siena O
A
Alexandria
Poço

Tendo em atenção que os raios do Sol podem ser considerados paralelos,Terra


u7p145h2 Eratóstenes deduziu que os ângu-
los ABC e AOS (B) tinham a mesma amplitude (são ângulos de ladosU7P145H3
paralelos, alternos internos). Depois,
segundo uma lenda, Eratóstenes enviou um escravo para medir a distância entre Alexandria e Siena, que é,
em unidades atuais, aproximadamente 800 km.
Por fim, efetuou uma simples proporção: 7° 12l 800 km
360° Perímetro da Terra
Eratóstenes obteve um valor de 40 000 km, muito próximo do atualmente estabelecido (40 072 km).

Sugestões de trabalho

1. U
 sando a Trigonometria, mostra como se pode calcular a amplitude do ângulo ABC, entre os raios
solares e a estaca, quando se conhece a altura da estaca e o comprimento da sua sombra.
2. Em grupo, determinem, experimentalmente, o perímetro da Terra.
http://www.apm.pt/files/_eratostenes_45fa8892e9b51.pdf

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   139

354818 104-141 U7.indd 139 14/05/15 10:27


Investigar

Quadrante
O quadrante é um instrumento antigo que serve para medir ângulos. Há mais
de quinhentos anos, era utilizado por astrónomos e navegantes portugueses
para determinar a altura de astros (expressa sob a forma de ângulo) e do Sol.
1. Construir um quadrante
1.o Recortar um quadrado em cartão grosso com 20 cm de lado.
2.o Com uma régua, deixar uma margem de 1 cm em dois lados adjacentes.
3.o Traçar um quarto de circunferência de centro em O e com 19 cm de raio.
4.o Com o transferidor, graduar o quadrante (de 0° a 90°).
Depois, recortar o cartão.
o
5. Furar o cartão no ponto O e fixar um fio de 30 cm de comprimento, com um peso na ponta.
6.o Cortar uma palhinha e fixá-la com fita-cola no lado dos 90°.
90º
20 cm

O


1.° 2.° 3.° 4.° 5.° 6.°
2. Medir uma altura inacessível
 tilizando o quadrante, uma fita métrica e Trigonometria, é possível medir a altura de uma árvore,
U
de uma casa ou de outro ponto elevado. Para tal, observa-se o ponto elevado, através da mira (palhinha)
pelo lado onde estão marcados os 90°, e lê-se o ângulo assinalado pelo fio que pende na vertical.
Esse ângulo é igual ao ângulo de amplitude a assinalado
u7p146h2na figura seguinte.

ûm a516º
90º
10 m a

1,70 m 1,70 m 16º

10 m

Sugestões de trabalho U7P146H3

1. Na figura anterior, calcula a altura do poste.


2. C
 onstrói um quadrante e determina a altura de pontos inacessíveis. Apresenta o teu trabalho sob
a forma de um relatório, incluindo ilustrações, medições e cálculos.
3. A
 o longo do tempo, o quadrante foi alvo de aperfeiçoamentos, entre os quais se destaca o nónio,
inventado pelo matemático português Pedro Nunes. Investiga esse dispositivo.
4. Pesquisa informações sobre outros instrumentos de navegação: astrolábio, sextante, etc.

140

354818 104-141 U7.indd 140 14/05/15 10:27


Lei dos senos
Sugestão de trabalho

a) Usando o GeoGebra, constrói um triângulo qualquer [ABC] (A). A A

b) Determina as amplitudes de BA, BB e BC. a569,90°


a b c b

sen W V W
c) Calcula o valor de , e : c
A sen B sen C
g552,36º
em Entrada escreve a/sin(a) e carrega em Enter; a seguir, calcula C
b557, 74º
b/sin(b) e c/sin(g). a
B
O que observas?
d) Constrói a circunferência circunscrita ao triângulo [ABC]. B A

e) C ompara o raio (r) da circunferência com as razões calculadas


anteriormente e formula uma conjetura.
a u7p147h1
sen W
f) Observa a figura B e prova que = 2r. O D
A C
Sugestão:
1.o Mostra que W W.
a
A=D B
o
2. Prova que o triângulo [BCD] é retângulo.
W e conclui que a
sen W
3.o Escreve uma expressão para sen D = 2r.
A

u7p147h2

Teorema de Napoleão (1769-1821)


Sugestão de trabalho

Constrói um triângulo qualquer [ABC], utilizando um software de Geometria dinâmica.


Depois, constrói um triângulo equilátero sobre cada um dos seus lados.
Investiga a figura que se obtém unindo os centros dos três triângulos equiláteros; a figura
designa-se por Triângulo de Napoleão.

Nota: Uma das demonstrações desta «curiosidade» recorre a fórmulas trigonométricas


avançadas.

Páginas da Internet
• Software Thales: http://umpoucodematematica.no.sapo.pt/10_software.htm
• Trigonometria (resumo): http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/trigonom/trigon1/mod114.htm
• Instrumentos de navegação: http://descobrimentos.no.sapo.pt/instrumentos.htm

  Unidade 7 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO   141

354818 104-141 U7.indd 141 14/05/15 10:27


8
Unidade

ESTATÍSTICA
E PROBABILIDADES

Atividades iniciais 143


8.4 Métodos de contagem 160
Organizar e representar dados Tabela de dupla entrada
8.1 em histogramas 144 Diagrama em árvore
Variáveis estatísticas Diagrama de Venn
Dados agrupados em classes Verificar a aprendizagem 162
Histogramas
Verificar a aprendizagem 147 8.5 Probabilidade experimental 164
Probabilidade e frequência relativa
8.2 Experiência aleatória 149 Estimativa de uma probabilidade
Experiências aleatórias e deterministas Verificar a aprendizagem 166
Acontecimento Síntese 168
Verificar a aprendizagem 152 Hiperpágina 172
Probabilidade Atividades globais 174
8.3 de um acontecimento 154 Autoavaliação 178
Noção de probabilidade Retrato de um matemático
Propriedades — Blaise Pascal 180
Verificar a aprendizagem 158 Problemas famosos
— O problema do grão-duque da Toscana 181
Investigar 182

142

354818 142-183 U8.indd 142 14/05/15 11:15


Atividades iniciais

Variáveis estatísticas
1  cartão de cidadão inclui algumas características
O
da população que podem ser estudadas.
a) Identifica variáveis estatísticas que podes visu-
alizar no cartão de cidadão.
b) Quais são as variáveis estatísticas qualitativas?
E as quantitativas?

2  s números de acessos, num determinado dia, a um site de Anime (animação originalmente do


O
Japão) em função do nível de escolaridade do utilizador, estão representados na tabela seguinte:

Nível de Sem nível 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Ensino Ensino
escolaridade de escolaridade Ensino Básico Ensino Básico Ensino Básico Secundário Superior
N.º de acessos 35 60 25 20 29 16

Constrói um gráfico de barras com a frequência absoluta.

3  onsidera as três palavras: impossível, possível e certo.


C
3.1 Associa cada uma das afirmações seguintes a uma dessas três palavras.
A. A próxima semana terá sete dias.
B. Comprei apenas uma rifa e vou ganhar o cabaz de Natal da minha escola.
C. Em Janeiro, irá chover em Portugal.
D. Hoje à tarde, vou encontrar um dinossauro vivo.
E. No próximo jogo de futebol a que for assistir, vou ver trinta golos.
3.2 No próximo fim de semana, o Zito vai participar num torneio de ténis.
Sobre essa situação, escreve três afirmações que possam ser classificadas com cada uma das
palavras acima.

4  jogo consiste em retirar uma bola, ao acaso, de um saco que contém bolas azuis e bolas verme-
Um
lhas (bolas indistinguíveis ao tato); coloca-se a mão no saco, mistura-se e tira-se uma bola, sem
olhar. O objetivo é retirar uma bola azul.
Existem três sacos, A, B e C, cuja composição é conhecida:

A B C

Imagina que podes escolher o saco. Qual deles escolherias para tentar retirar uma bola azul?
Justifica a tua resposta.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   143

354818 142-183 U8.indd 143 14/05/15 11:16


Organizar e representar
8.1 dados em histogramas
Tarefa 1
CADA UM VEM AO QUADRO 16 19 19 52 25 16 19 19 52 25
DIZER QUANTOS 12 44 58 47 12 44 58 47 7
SMS ENVIOU ONTEM. 20 56 90 22 20 56 90 22
32 80 98 46 32 80 98 46
21 95 34 28 21 95 34 28
23 42 38 10 23 42 38 10

CONTANDO COMIGO
SÃO 26 RESPOSTAS.

1 Indica a variável estatística da situação apresentada e classifica-a.


2 S erá fácil construir um gráfico de barras com estes dados? Justifica.

u5p16h1
Variáveis estatísticas
As variáveis estatísticas quantitativas podem ser de dois tipos:
Recorda
Variável estatística • c ada classe fica determinada por um número ou um número finito de
é uma característica que números (referem-se a características que só se podem contar e não se
admite diferentes valores podem medir);
(um número ou uma
modalidade), um por cada • c ada classe fica determinada por um intervalo de números (referem-se a
unidade estatística. características que se podem medir).
As variáveis estatísticas
podem ser quantitativas
Uma variável estatística quantitativa é discreta quando cada classe
ou numéricas quando
estão associadas a uma fica determinada por um número ou um conjunto finito de números e
característica suscetível é contínua quando se associa a cada classe um intervalo.
de ser medida ou contada
e qualitativas no caso
contrário. O peso, a altura e o perímetro craniano à nascença são exemplos de
variáveis quantitativas contínuas. O número de filhos e o número de tele-
móveis de um agregado familiar são exemplos de variáveis estatísticas dis-
Nota cretas.
• Q
 uando a variável
estatística assume Quando os dados são agrupados em intervalos, consideram-se intervalos
muitos valores distintos, disjuntos dois a dois cuja união é igual a um intervalo, sendo cada intervalo
podemos igualmente
agrupar os dados em fechado à esquerda e aberto à direita.
intervalos, para facilitar
a sua análise. Por exemplo, no estudo do perímetro craniano à nascença, o registo de
• C
 ada um destes 35,2 cm pertence ao intervalo [35; 35,5[.
intervalos é também
designado por classe.
Dados agrupados em classes
Para um trabalho sobre o sono, a Joana e a Sofia perguntaram aos alunos
da turma:
«A que horas te costumas deitar ao sábado?»

Como a variável estatística é contínua, a Sofia agrupou os dados em inter-


valos com 0,5h de amplitude, desde as 22h até às 24h.

144

354818 142-183 U8.indd 144 14/05/15 11:16


Assim, por exemplo:
• a s respostas dos alunos que consistem num valor maior ou igual a 22h e
menor do que 22,5h encontram-se na classe [22; 22,5[;
• o valor 22,5h pertence à classe [22,5; 23[.

A Sofia organizou as respostas numa tabela de frequências.

Horas a que os alunos


Frequência absoluta Frequência relativa
se deitam ao sábado
3
[22; 22,5[ 3 < 0,11 ou 11 %
28
6
[22,5; 23[ 6 < 0,21 ou 21 %
28
12
[23; 23,5[ 12 < 0,43 ou 43 %
28
7
[23,5; 24[ 7 5 0,25 ou 25 %
28
TOTAL 28 1 ou 100 %

No exemplo anterior agrupámos os dados de modo que as classes tenham a


Nota
mesma amplitude pré-fixada. Designamos este processo por agrupar os dados
A amplitude de uma
em classes da mesma amplitude. classe é a amplitude
do intervalo que a define.

Histogramas
Considerando um conjunto de dados agrupados em classes definimos
histograma como um gráfico de barras retangulares justapostas e tais que
a área dos retângulos é diretamente proporcional à frequência absoluta
(e, portanto, também à frequência relativa) de cada classe.

Exemplo:
Os dados do estudo da Joana e da Sofia podem ser representados num his-
tograma:
Horas a que os alunos se deitam ao sábado
14

12

10
N.º de alunos

0
22 22,5 23 23,5 24
Horas

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   145


u5p16h4

354818 142-183 U8.indd 145 14/05/15 11:16


Neste exemplo, as bases dos retângulos são todas iguais.
Repara
Num histograma a área, A, Quando as bases de todos os retângulos são iguais, as respetivas alturas
de cada retângulo é
também são diretamente proporcionais à frequência absoluta (e à frequên-
diretamente proporcional
à frequência absoluta, f, cia relativa) de cada classe.
da classe correspondente,
sendo a constante de Exercício resolvido
proporcionalidade direta k:
A Os jogadores de basquetebol do Benfica, na temporada de 2008/2009, tinham
=k
f as seguintes alturas, em metros:
Se as medidas das bases,
1,83; 1,83; 1,80; 1,81; 1,95; 1,97; 1,94; 2,00; 2,03; 2,04; 2,01; 2,05; 2,08; 2,08
dos retângulos são iguais
(b), como Ab = bh, vem: a) C
 onstrói uma tabela de frequências agrupando os dados em classes de
bh h k igual amplitude.
=k + =
f f b b) Constrói um histograma com as frequências relativas em percentagem.
k
é uma constante,
b Resolução:
então, a altura h e
frequência absoluta f são a)  Classes Frequência absoluta Frequência relativa
diretamente proporcionais. 4
[1,80; 1,85[ 4 < 0,29 ou 29 %
14

[1,85; 1,90[ 0 0%

1
[1,90; 1,95[ 1 < 0,07 ou 7 %0
14
2
[1,95; 2,00[ 2 < 0,14 ou 14 %
14
4
[2,00; 2,05[ 4 < 0,29 ou 29 %
14
3
[2,05; 2,10[ 3 < 0,21 ou 21 %
14
TOTAL 14 1 ou 100 %

b)  Altura dos jogadores de basquetebol do Benfica 2008/2009

30 %
25 %
20 %
Percentagem

15 %
10 %
5%
0%
1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 2,05 2,10
Altura dos jogadores/m

u5p17h2

O que deves saber


• Identificar variáveis estatísticas quantitativas discretas e contínuas.
• Organizar e representar dados em histogramas.

146

354818 142-183 U8.indd 146 14/05/15 11:16


Verificar a aprendizagem

Dados agrupados em classes

1 A
 lista que se segue apresenta o tempo de jogo, em minutos, de 24 jogadores de uma equipa da
Primeira Liga de Futebol (até à jornada 21).

32 43 54 112 169 174 268 269 372 373 487 592


765 947 1068 1250 1306 1319 1620 1650 1662 1680 1686 1800

1.1 Justifica por que razão se devem organizar os dados em classes.


1.2 Supõe que organizavas os dados em classes de amplitude 300. Quantas seriam as classes?
1.3 Organiza os dados em classes com 400 minutos de amplitude e constrói a tabela de frequências
absolutas e relativas. Nos cálculos, mantém 3 casas decimais.
1.4 Quantos elementos da equipa já tinham jogado vinte ou mais horas?
1.5 Qual era a percentagem de jogadores com menos de 800 minutos de tempo de jogo?

AUTOAVALIAÇÃO Consigo organizar dados contínuos em classes?

Histograma

2 Considera
 os dados do exercício anterior e responde às questões.
2.1 Constrói um histograma com as frequências absolutas.
2.2 O que podes dizer sobre os jogadores no que respeita ao tempo de jogo? Será que todos eles
participaram igualmente nos jogos?
Idade dos espectadores
3 Foi
 construído um gráfico com as idades dos espectado- 45
res de um programa de televisão.
N.º de espectadores

40
3.1 Comenta a afirmação:
 No programa, estavam quatro vezes mais espec-
« 35

tadores com idade entre os 60 e os 80 anos do que 30


entre os 0 e os 20 anos.»
25
3.2 Constrói um novo gráfico de modo a não induzir em
erro. 20
0 20 40 60 80
3.3  uantos espectadores tinham uma idade igual ou
Q Idade
superior a 40 anos?
3.4 Q
 ual era a percentagem de espectadores com
idade inferior a 60 anos? u5p18h1
AUTOAVALIAÇÃO Sei construir, analisar e interpretar histogramas?

Diagrama de caule e folhas

4 As
 classificações de um teste realizado pelos alunos da turma da Sofia foram, em percentagem:

86 30 56 67 53 78 82 34 56 41 30 67 39 88
32 70 91 29 20 16 40 66 41 73 18 46 64 36

4.1 Quantos alunos tem a turma da Sofia?


4.2 O
 rganiza os dados num diagrama de caule e folhas.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   147

354818 142-183.indd 147 20/05/15 16:22


4.3 Determina a percentagem de testes com classificação inferior a 50 %.
4.4 Enumera as vantagens do diagrama de caule e folhas.

AUTOAVALIAÇÃO Sei construir e interpretar diagramas de caule e folhas?

Aplicar

5  e acordo com os dados do Target Group Index (TGI)


D Posse de consolas de jogos em casa
Portugal — Setembro de 2008, 30 % dos portugueses 45 % 43 %
com idades entre os 15 e os 65 anos, residentes em 40 % 38 %
Portugal continental, têm consola de jogos em casa. 35 %
O histograma ao lado representa a percentagem de pes- 30 % 28 %
25 %
soas de várias faixas etárias que possuem consolas de 25 %
jogos em casa. 20 %
5.1 E ntre que idades se situam as pessoas que mais têm 15 %
consolas de jogos em casa? 10 % 8%

5.2 Q
 ual é a idade das pessoas que menos possuem 5%

consolas? 0%
15 25 35 45 55 65
5.3 S abendo que em 2008 existiam, em Portugal, apro- Idade
ximadamente, 1 236 000 jovens na classe [15; 25[
anos, quantos não tinham consola em casa? u5p19h2
6  Sofia está a realizar um estudo estatístico sobre a utilização do Facebook pelos alunos da sua turma.
A
Uma das perguntas do inquérito da Sofia é: «Quantos amigos tinhas no Facebook no dia em que te
registaste?»
Seguem-se as respostas:

18 23 20 15 19 18 8 12 18
22 19 10 17 26 15 14 16 19
7 11 27 16 15 9 14 7

6.1 Organiza as respostas numa tabela de frequências absolutas e relativas com os dados agrupa-
dos em classes, sendo a primeira [5; 10[ (entre 5 e 10 amigos).
6.2 Qual é a percentagem de alunos que têm pelo menos 10 amigos?
6.3 Constrói um histograma com frequências absolutas.
6.4 Constrói um diagrama de caule e folhas.
6.5 P ara conhecer as respostas ao inquérito, qual é a melhor representação: o histograma ou
o diagrama de caule e folhas?

investigar
7 Quando se analisa um jogo de futebol, por exemplo, fala-se em tempo útil de jogo, em número de
golos, em número de cartões, etc. Sobre um desportista, refere-se quantas medalhas conquistou,
em quanto tempo realizou determinada prova, etc. A Estatística é muito utilizada no desporto em
geral. Faz uma pesquisa sobre o teu desporto ou jogador preferido e apresenta estatísticas relaciona-
das com ele, usando um software de apresentações, por exemplo, o PowerPoint.

148

354818 142-183 U8.indd 148 14/05/15 11:16


8.2 Experiência aleatória
Tarefa 2
Num saco preto, colocam-se bolas de straight pool (uma das vertentes
do bilhar) numeradas de 1 a 15. Depois de misturar, tira-se uma bola,
ao acaso, e observa-se o seu número.
1 Indica todos os resultados possíveis.
2 É possível prever o número da bola extraída?
3 É impossível que saia um número inferior a 2?
4 É mais provável tirar um número par ou ímpar?
5 Seria preferível apostar que vai sair um número primo ou um divisor
do número 12?

Experiências aleatórias e deterministas


Uma experiência é um processo que conduz a um resultado pertencente a
um conjunto previamente fixado a que chamamos universo dos resulta-
dos ou espaço amostral, não existindo informação que permita excluir a
possibilidade de ocorrência de qualquer daqueles resultados. Designamos
os elementos do espaço amostral por casos possíveis.

Uma experiência diz-se determinista quando existe um único caso


possível e aleatória em caso contrário.

Exemplos:
Repara
• «
 Lançar uma moeda, equilibrada, de 1 € ao ar e observar a face que fica
virada para cima» é uma experiência aleatória em que existem dois casos
possíveis (face euro e face nacional).
• «
 Colocar água no congelador, a uma temperatura de 0 °C, e observar
o seu estado ao fim de 24 horas» é uma experiência determinista porque Face euro Face
(comum) nacional
só existe um caso possível, a água vai ficar no estado sólido.
As moedas de euro têm
dois lados diferentes:
Acontecimento um lado comum a toda
a Europa, com o valor
Lançar um dado equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6, e registar o da moeda, e um lado
nacional com uma figura
número de pintas da face voltada para cima é uma experiência aleatória escolhida pelo país.
com seis casos possíveis.

Nota
Embora V seja a notação
mais comum, é também
possível usar S ou E para
O espaço amostral, que representamos por V, é representar o espaço
V = {1; 2; 3; 4; 5; 6}. amostral.

Designamos por acontecimento qualquer subconjunto do universo


dos resultados de uma experiência aleatória e aos seus elementos
chamamos casos favoráveis a esse acontecimento.
u1p22h4
Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   149

354818 142-183 U8.indd 149 14/05/15 11:16


Utilizamos letras maiúsculas para representar acontecimentos. Dizemos que
o acontecimento A ocorre quando o resultado da experiência aleatória
pertence ao conjunto A.

Exemplos:
Acontecimentos no lançamento de um dado com as faces numeradas de
1 a 6:

• A:
 «sair um número par» ou A = {2; 4; 6}. O acontecimento A tem três
casos favoráveis e ocorre se o resultado da experiência aleatória for um
número par;
• B: «sair um número superior a 4» ou B = {5; 6}. O acontecimento B tem
dois casos favoráveis e ocorre se o resultado da experiência aleatória for
5 ou 6.

• N
 uma experiência aleatória designamos o conjunto vazio por aconte-
cimento impossível e o universo dos resultados por acontecimento
certo.
• Um acontecimento diz-se elementar se existir apenas um caso que
lhe seja favorável.
• Um acontecimento diz-se composto se existir mais do que um caso
que lhe seja favorável.

Exemplos:
Considerando a experiência aleatória anterior, do lançamento de um dado:

• C
 : «sair o número 3» ou C = {3}. O acontecimento C é elementar porque
só tem um caso favorável;
• D: «sair um número negativo» ou D = [. O acontecimento D é impossível;
• E : «sair um número inferior a 10» ou E = {1; 2; 3; 4; 5; 6}. O aconteci-
mento E é certo.

Repara  ois acontecimentos são incompatíveis ou disjuntos quando a sua


• D
• A
 contecimentos interseção é vazia.
disjuntos (A e B): • Dois acontecimentos são complementares quando são disjuntos e
a sua união é igual ao espaço amostral.
V
A B
O acontecimento complementar de A pode representa-se por A:
• A
 contecimentos A , A = V , A + A =Q
complementares:
u1p23h1
Exemplos:
V

A A Ainda na experiência de lançar um dado numerado de 1 a 6:

 s acontecimentos F: «sair o número 2» e G: «sair um número superior


• o
A é o complementar a 3» são incompatíveis, a sua interseção é vazia pois não têm casos favo-
de A. ráveis em comum;
u1p23h2
A + A =Q
 acontecimento «sair um número par» é complementar do aconteci-
• o
A, A = V
mento «sair um número ímpar».

150

354818 142-183 U8.indd 150 14/05/15 11:16


Exercício resolvido

O Diogo e o Zito vão jogar no computador. No início do jogo é atribuído


aleatoriamente pelo computador um dos 7 portais de entrada, que se encon-
tram numerados de 2 a 8.

1. C
 onsidera os acontecimentos A: «O portal tem um número primo supe-
rior a 6» e B: «O portal tem um número ímpar».
1.1 Qual dos acontecimentos é elementar? E composto?
1.2 Os acontecimentos são incompatíveis? E complementares?
1.3 Indica um acontecimento impossível.
1.4 Indica um acontecimento disjunto do acontecimento A.
1.5 Indica o acontecimento complementar do acontecimento B.

Resolução:

1. 1.1 O
 acontecimento A é elementar, A = {7}. O acontecimento B é com-
posto, B = {3; 5; 7}.
1.2 O
 s acontecimentos não são incompatíveis porque a sua interseção
não é vazia, A + B = {7}. Como não são incompatíveis não podem
ser complementares.
1.3 C: «O portal tem um número divisor de 11» ou C = Q.
1.4 D: «O portal tem um número múltiplo de 3» ou D = {3; 6}.
1.5 B: «O portal tem um número par» ou B = {2; 4; 6; 8}.

Exercício resolvido

Repara
Escolhendo, ao acaso, um número inteiro entre 1 e 9, determina o número
A B
de resultados favoráveis à ocorrência dos acontecimentos A e B.
1
A: «escolher um número superior a 4 e inferior a 8» 6 2
5
7 8 9
B: «escolher um número inferior a 3 ou superior a 5»
• N
 o exercício resolvido ao
Resolução: lado, os conjuntos A e B
não são disjuntos porque
A = {5; 6; 7}. O acontecimento A tem 3 resultados favoráveis. têm os elementos 6 e 7
em comum.
B = {1; 2; 6; 7; 8; 9}. O acontecimento B tem 6 resultados favoráveis.
• A + B = {6; 7}
interseção
• A , B = {1; 2; 5; 6; 7;
8; 9}
O que deves saber reunião (ou união)

• Distinguir experiências aleatórias e deterministas.


• Identificar acontecimentos de uma experiência aleatória.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   151

354818 142-183 U8.indd 151 14/05/15 11:16


Verificar a aprendizagem

EXPERIÊNCIAS ALEATÓRIAS E DETERMINISTAS

1 Classifica
 as afirmações seguintes como verdadeiras ou falsas.
A. Se um telemóvel fica ligado durante um mês, sem recarregar, é possível prever o que acontece
à bateria.
B. Quando se coloca um cubo de gelo num copo de sumo ao sol, não se sabe se o cubo vai derreter.
C. Se um quadrado tem 8 cm de lado, então, ninguém pode prever o seu perímetro.
D. Numa carteira, estão dez moedas de 50 cêntimos. Tiram-se três moedas, ao acaso. É possível
adivinhar o valor total do dinheiro extraído.

2  casal decidiu ter um filho. Justifica que o sexo do bebé é uma experiência aleatória.
Um

3 Deixa-se
 de regar uma planta interior por um ano e observa-se o que acontece à planta. Justifica que
se trata de uma experiência determinista.

4 Classifica
 as experiências seguintes como aleatórias ou deterministas. Justifica as tuas respostas.
A. Retirar uma bola de um saco que contém cinco bolas azuis e observar a cor.
B. Contar o número de jogadores em campo no início de um jogo oficial de futebol.
C. Deixar cair um recibo no chão e observar o lado que ficou para cima.
D. Retirar uma peça de xadrez de um saco opaco e registar a cor da peça.

AUTOAVALIAÇÃO Sei distinguir experiências aleatórias e deterministas?

ACONTECIMENTOS

Tarefa

5 Lança-se um dado D12, numerado de 1 a 12, como o da figura, e observa-se o número da face de cima.
5.1 Justifica que se trata de uma experiência aleatória.
5.2 Determina o universo dos resultados.
5.3 Identifica os casos favoráveis aos acontecimentos seguintes.
a) A: «sair um número ímpar»;
b) B: «sair um número inferior a 5»;
c) C
 : «sair um número múltiplo de 3»;
d) D
 : «sair um número divisor de 12».
5.4 Indica um acontecimento:
a) impossível; c) q
 ue tenha um caso favorável;
b) c erto; d) que tenha cinco casos favoráveis.
5.5 Indica dois acontecimentos incompatíveis.
5.6 O que é mais provável: «sair um número superior a 8» ou «sair um número inferior a 4»?
5.7 Determina o número de casos favoráveis aos acontecimentos seguintes:
 sair um número maior do que 5 e menor do que 10»;
a) «
b) «sair um número menor do que 2 ou maior do que 11».

AUTOAVALIAÇÃO Sei identificar acontecimentos de uma experiência aleatória?

152

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Aplicar

6 Qual
 é o espaço amostral da experiência aleatória que consiste em perguntar a uma pessoa, esco-
lhida ao acaso, quantos e-mail enviou no dia anterior? Escolhe a opção correta.
A. V = {1; 2; 3; 4; 5}
B. V = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10}
C. V = {0; 1; 2; 3; 4; 5; …}
D. V = {0; 2; 5; 9; 12; 26}

7 Indica
 o universo dos resultados de cada uma das experiências aleatórias seguintes.
a) Lançar uma moeda de 1 € (equilibrada) ao ar e observar a face que fica voltada para cima.
b) Lançar oito vezes um dado numerado de 1 a 6 e registar quantas vezes sai o número 5.
c) Perguntar a uma pessoa, escolhida ao acaso, quantos primos tem.
d) Ao acordar de manhã, verificar se está ou não a chover.
e) Perguntar a um aluno, ao acaso, qual é o país da América do Sul que mais gostaria de visitar.

8 Um
 baralho de 52 cartas tem 4 naipes: copas ( ), espadas ( ), ouros ( ) e paus ( ). Cada
naipe é constituído por 13 cartas (2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, dama, valete, rei e ás).
u1p25h1 u1p25h2 u1p25h4
De um baralho com 52 cartas, extrai-se uma u1p25h3
carta, ao acaso, e identifica-se a carta.
8.1 Justifica que se trata de uma experiência aleatória.
8.2 Indica o número de casos possíveis.
8.3 Determina o número de casos favoráveis aos aconteci-
mentos seguintes:
a) A: «extrair uma carta vermelha»;
b) B: «tirar um rei»;
c) C: «sair uma figura (dama, valete ou rei)»;
d) D: «extrair a dama de copas ou um 10»;
e) E: «não sair um ás».
8.4 Em relação a esta experiência, dá um exemplo de:
a) um acontecimento que tenha oito casos favoráveis;
b) um acontecimento impossível;
c) dois acontecimentos disjuntos;
d) dois acontecimentos complementares.

9 Comenta
 as afirmações seguintes.
a) Abrir um livro ao acaso, adicionar os números das duas páginas e observar se o resultado é par
ou ímpar é uma experiência determinista.
b) Num lançamento de um dado, numerado de 1 a 6, os acontecimentos A = {1; 2; 3; 4} e
B = {4; 5; 6} são complementares.
c) Dois acontecimentos disjuntos são necessariamente complementares.
d) L ançou-se 10 vezes um dado equilibrado, numerado de 1 a 6. Das 10 vezes, obteve-se um número
par. No próximo lançamento, é mais provável sair um número ímpar.
e) N
 um concurso em que sejam sorteados 5 números, compreendidos entre 1 e 50, é mais provável
ganhar com a chave 3-12-25-30-48 do que com a chave 1-2-3-4-5.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   153

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Probabilidade
8.3 de um acontecimento
Tarefa 3
Considera a experiência aleatória
A B C que consiste em retirar, ao acaso,
uma bola de um dos sacos e observar
a sua cor.
Indica o saco (A, B ou C) do qual é mais
provável retirar:
a) uma bola verde;
b) uma bola vermelha.
Explica as tuas respostas.

Noção de probabilidade
Vamos considerar experiências aleatórias que possam ser repetidas man-
tendo o mesmo universo de resultados e construídas de modo a que se espere,
num número significativo de repetições, que cada um dos casos possíveis
ocorra aproximadamente com a mesma frequência.

Os acontecimentos elementares destas experiências designam-se por equi-


prováveis.

Exemplos:
Experiências aleatórias com acontecimentos elementares equiprováveis:
• L ançar um dado, equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6, e registar
o número da face voltada para cima.
• L ançar uma moeda equilibrada, com as faces nacional e europeia, e regis-
tar a face voltada para cima.

Quando se realiza uma experiência aleatória, procura-se medir o grau de


possibilidade de um acontecimento ocorrer. Essa medida é a probabilidade
desse acontecimento.

Recorda Regra de Laplace


O cardinal de um conjunto
A, finito, é o número de Dada uma experiência aleatória cujos casos possíveis são em número
elementos desse conjunto finito e equiprováveis, a probabilidade de um acontecimento é o
e representa-se por #A. quociente entre o número de casos favoráveis a esse acontecimento e
o número de casos possíveis.
Repara A probabilidade de um acontecimento A representa-se por P(A).
A probabilidade de um
P _ Ai =
Número de casos favoráveis ao acontecimento A #A
acontecimento pode ser =
escrita na forma de fração Número de casos possíveis #V
(de preferência irredutível),
na forma de dízima ou sob Esta definição é designada por regra de Laplace ou por definição
a forma de percentagem. de Laplace de probabilidade.

154

354818 142-183 U8.indd 154 14/05/15 11:16


Considera a experiência que consiste em extrair, aleatoriamente, uma bola
Nota
de um saco que contém 3 bolas verdes e 7 bolas azuis, e observar a sua cor.
Um dado considera-se
Nesta experiência, cada uma das 10 bolas tem a mesma possibilidade de ser equilibrado ou perfeito se,
ao ser lançado, as suas
extraída. Apenas três casos são favoráveis ao acontecimento A: «sair uma bola faces tiveram igual
verde» e sete casos são favoráveis ao acontecimento B: «sair uma bola azul». probabilidade de ficar
A probabilidade do acontecimento A é P _ Ai= =0,3,ou seja, P _ Ai=30%.
3 voltadas para cima,
10 ou seja, os acontecimentos
elementares são
A probabilidade do acontecimento B é P _Bi = = 0,7, ou seja, P _ Ai = 70 %.
7
equiprováveis.
10
Podemos dizer que o acontecimento B tem maior probabilidade de ocorrer,
isto é, é mais provável do que o acontecimento A.
Considera, agora, a experiência que consiste em lançar um dado perfeito, com
as faces numeradas de 1 a 6, e registar o número da face voltada para cima.
Existem seis casos possíveis: 1, 2, 3, 4, 5, 6.
Considerem-se os acontecimentos:
A: «sair um número maior do que 4»
B: «sair um número menor que 3»
C: «sair o número 7»
D: «sair um número inferior a 7»
A probabilidade de cada um destes acontecimentos é:

P _ Ai = = ; P _Bi = = ; P _C i = = 0 e P _Di = =1
2 1 2 1 0 6
6 3 6 3 6 6
Os acontecimentos A e B são igualmente prováveis, porque têm a mesma
Nota
probabilidade. Também podemos dizer que os acontecimentos A e B são
Dados acontecimentos
equiprováveis. A e B, podemos ter A ! B
e P(A) = P(B).
O acontecimento C é impossível; P(C) = 0.
Os acontecimentos A, B e D são acontecimentos possíveis, pois a sua
probabilidade é não nula.
O acontecimento D é certo; P(D) = 1.

Propriedades
Vamos considerar experiências aleatórias cujos casos possíveis sejam em
número finito e equiprováveis.
Um saco contém 12 bolas: 3 azuis, 4 amarelas e 5 vermelhas.
Retira-se uma bola, ao acaso.

• P _«sair uma bola branca»i =


0
= 0, ou seja, 0 %.
12

A probabilidade do acontecimento impossível é 0 (ou 0 %).

• P _«sair uma bola colorida»i =


12
= 1, ou seja, 100 %.
12

A probabilidade do acontecimento certo é 1 (ou 100 %).

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   155

354818 142-183 U8.indd 155 14/05/15 11:17


• P _«sair uma bola azul»i =
3
= 0,25 = 25 %
12
Dado um acontecimento do espaço amostral V, como A 1 V, #A # #V = n,
#A
de onde resulta que 0 # P(A) = # 1.
#V

A probabilidade de um acontecimento é sempre um número maior


ou igual a 0 (ou 0 %), mas menor ou igual a 1 (ou 100 %).

• P _«sair azul ou amarela»i =


7
12
P _«sair azul»i + P _«sair amarela»i =
3 4 7
+ =
12 12 12
Em geral:
Se A e B forem acontecimentos disjuntos, tem-se #(A,B) = #A + #B,
de onde se deduz que
# _ A , Bi
P _ A , Bi = = n + n = P _ Ai + P _Bi
#A + #B #A #B
= n
#V

Se A e B são disjuntos, então, P _ A , Bi = P _ Ai + P _Bi.

• P _«sair azul»i + P _«não sair azul»i =


3 9 12
+ = = 1 = 100 %
12 12 12
Em geral:
Dois acontecimentos complementares A e A satisfazem:
«Sair azul e amarela» A , A = V e A + A = [
é um acontecimento pelo que P(A , A) = P(V) = 1 e P(A , A) = P(A) + P(A).
impossível, porque nenhuma
bola tem essas duas cores Logo, P(A) + P(A) = 1.
em simultâneo.
«Sair azul ou amarela» A soma das probabilidades de dois acontecimentos complementares
é um acontecimento é igual a 1 (ou 100 %): P _Ai + P _ Ai = 1.
possível e que tem

• P _«sair azul»i + P _«sair amarela»i + P _«sair vermelha»i =


7 casos favoráveis
(juntando as 3 bolas azuis
com as 4 amarelas). 3 4 5 12
= + + = = 1 = 100 %
12 12 12 12

A soma das probabilidades de todos os acontecimentos elementares


de uma experiência aleatória é igual a 1 (ou 100 %).

Exemplo:
Considera a experiência aleatória que consiste em extrair uma carta de um
baralho de 52 cartas. Supõe que todas as cartas têm a mesma probabili-
dade de serem extraídas.
• O acontecimento A: «sair um rei e uma carta de copas» é um acontecimento
elementar: existe um único caso favorável a este acontecimento — sair o rei
de copas. A sua probabilidade é P _ Ai =
1
.
52
• O acontecimento B: «sair um rei» é um acontecimento composto: exis-
tem quatro casos favoráveis a este acontecimento — sair o rei de copas
ou o rei de ouros ou o rei de paus ou o rei de espadas.
A sua probabilidade é P _Bi =
4 1
= .
52 13
156

354818 142-183 U8.indd 156 14/05/15 11:17


 acontecimento C: «sair uma carta de paus e de copas» é um aconteci-
• O
mento impossível: não existem casos favoráveis a este acontecimento.
A sua probabilidade é P _C i =
0
= 0.
52
• Os acontecimentos D: «sair um rei» e E: «sair um ás» são incompatíveis
(ou disjuntos). Logo, a probabilidade do acontecimento D , E é:
P _DUE i = P _Di + P _E i =
4 4 8 2
+ = =
52 52 52 13
• Os acontecimentos F: «sair uma carta de espadas» e G: «não sair uma
carta de espadas» são complementares. Assim, a soma das probabilida-
des dos acontecimentos F e G é 1:
P _F ,Gi = P _F i + P _Gi =
13 39 52
+ = =1
52 52 52
Exercício resolvido

Colocaram-se 25 bolas numeradas de 1 a 25, indistinguíveis ao tato, numa


caixa. Considera a experiência aleatória que consiste em retirar ao acaso uma
bola da caixa. Sejam A, B e C os acontecimentos definidos por:
A: «sair um número primo»; B: «sair um número par»; C: «sair um número
múltiplo de 6».
a)  alcula P(A) e P(C).
C
b) Define em extensão o acontecimento A , C.
c) Justifica que P(A , C) = P(A) + P(C).
d) Qual dos três acontecimentos definidos é o mais provável?

Resolução:
9
a) A = {2; 3; 5; 7; 11; 13; 17; 19; 23}, #A = 9 e #V = 25, logo, P(A) = .
4 25
C = {6; 12; 18; 24}, #C = 4 e #V = 25, logo, P(C) = .
25
b) A , C = {2; 3; 5; 6; 7; 11; 12; 13; 17; 18; 19; 23; 24}
c) Os acontecimentos A e C são disjuntos, isto é, A + C = Q, então,
P(A , C) = P(A) + P(C).
d) B = {2; 4; 6; 8; 10; 12; 14; 16; 18; 20; 22; 24}, #B = 12 e #V = 25,
12
logo, P(B) = .
25
P(C) < P(A) < P(B), então, o acontecimento B é o mais provável.

Exercício resolvido

Um saco contém rebuçados e pastilhas. Retira-se um deles, ao acaso.


Sabe - se que P _«sair um rebuçado»i =
1
.
8
Qual é a probabilidade de sair uma pastilha?
Resolução:
Os acontecimentos «sair um rebuçado» e «sair uma pastilha» são comple-
mentares. Assim, P («sair um rebuçado») + P («sair uma pastilha») = 1, logo:
P _«sair uma pastilha»i = 1- P _«sair um rebuçado»i = 1- = - =
1 8 1 7
8 8 8 8

O que deves saber


• Calcular probabilidades utilizando a regra de Laplace.
• Conhecer e utilizar as propriedades das probabilidades.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   157

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Verificar a aprendizagem

NOÇÃO DE PROBABILIDADE

1  saco contém 3 bolas vermelhas, 5 verdes, 6 amarelas e 1 azul.


Um

 etira-se uma bola, ao acaso, e observa-se a sua cor. Calcula a probabilidade dos acontecimentos
R
seguintes. Em cada caso, apresenta o resultado na forma de fração irredutível, dízima e percenta-
gem.
a) A: «sair uma bola vermelha». u1p28h1
b) B: «sair uma bola que não seja azul».
c) C: «sair uma bola amarela ou azul».
d) D: «sair uma bola amarela e azul».

AUTOAVALIAÇÃO Sei calcular probabilidades utilizando a regra de Laplace?

PROPRIEDADES

Tarefa

2 Lança-se
 um dado perfeito numerado de 1 a 20 e observa-se
o número que fica voltado para cima.
2.1 Calcula a probabilidade dos acontecimentos seguintes.
Em cada caso, apresenta o resultado na forma de fração
irredutível, dízima e percentagem.
a) A: «sair o número 20».
b) B: «sair um número inferior a 9».
c) C: «sair um número divisor de 15».
2.2  escreve um acontecimento impossível e indica a sua
D
probabilidade.
2.3 Apresenta um acontecimento certo e indica a sua probabilidade.
2.4 Justifica que a probabilidade de qualquer acontecimento varia entre 0 e 1, inclusive.
2.5 Calcula a soma das probabilidades dos 20 resultados possíveis:
P («sair o número 1») + P («sair o número 2») + … + P («sair o número 20»).
2.6 Calcula P («sair um múltiplo de 3») + P («não sair um múltiplo de 3»).
2.7 Considerando, de novo, os acontecimentos A, B e C da questão 2.1.
2.7.1 Verifica se os acontecimentos A e B podem ocorrer ao mesmo tempo;
2.7.2 Compara P (A , B) com a soma P (A) + P (B);
2.7.3 Verifica se os acontecimentos B e C são disjuntos;
2.7.4 Compara P (B , C) com P (B) + P (C).

AUTOAVALIAÇÃO Conheço as propriedades das probabilidades?

158

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Aplicar

3 Retirando
 uma letra, ao acaso, do título da obra de Gil Vicente O Auto da Barca do Inferno, qual é a
probabilidade, escrita sob a forma de percentagem, de sair uma vogal?

4 As
 peças de um jogo de dominó são colocadas em cima de uma mesa, voltadas para baixo. Depois
de misturadas, vira-se uma delas, ao acaso, e observam-se os números (número de pintas).
4.1 Indica o número de resultados possíveis.
4.2 Calcula a probabilidade dos acontecimentos seguintes. Apresenta os resultados sob a forma
de percentagem:
a) «virar um dominó com, pelo menos, um 6»;
b) «virar um dominó que não tenha o número 6»;
c) «virar um dominó com dois números ímpares»;
d) «virar um dominó cuja soma dos números seja igual
a 5» (considera-se que o branco equivale a zero);
e) «virar um dominó cuja soma dos números seja igual
a 6, 7 ou 8»;
f) «virar um dominó que tenha os números 2 e 4»;
g) «virar um dominó que tenha o número 2 ou
o número 4».

5 Um vendedor de blu-ray fez um levantamento do género de filmes que cada cliente prefere. Os resul-
tados estão apresentados na tabela.
Um blu-ray vai ser oferecido a um desses clientes através de um sorteio. u1p29h1
Indica a probabilidade, na forma de dízima, de o vencedor:
Homens Mulheres
a) ser um homem;
Comédia 79 45
b) preferir filmes de ação;
Drama 47 64
c) ser uma mulher que prefere filmes de terror;
Ação 62 29
d) gostar mais de comédias ou de dramas;
Terror 38 36
e) não ser alguém que prefira dramas.

6 O
 Zito tem um dado perfeito com 16 faces. Pintou algumas faces de vermelho e outras de azul.
No lançamento desse dado, a probabilidade de sair uma face azul é 3 .
4
Determina o número de faces pintadas de azul.

7 Certos
 cinemas têm duas salas (1 e 2). Num determinado momento, estão 24 pessoas na bilheteira.
2
A probabilidade de escolher uma delas, ao acaso, e de ela querer comprar um bilhete para a sala 1 é .
3
Quantas pessoas vão comprar um bilhete para a sala 2? Escolhe a opção correta.
A. 4 B. 8 C. 12 D. 16

8 Num
 telemóvel, estão misturadas músicas de três tipos: pop, rock e hip-hop. O modo shuffle per-
mite selecionar e ouvir uma música de forma aleatória.
5
Sabe-se que P («ouvir uma música pop») = 1 e P («ouvir uma música rock») = .
4 9
8.1 Determina, sob a forma de fração, a probabilidade de ouvir uma música do género hip-hop.
8.2 Se o telemóvel tiver 180 músicas, quantas pertencerão ao género rock?

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   159

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8.4 Métodos de contagem
Tarefa 4
Um restaurante propõe pizas com três tamanhos (pequeno, médio
e gigante) e dois tipos de massa (fina e alta).
1 Apresenta todas as possibilidades de escolha.
2 Se um cliente escolher uma piza completamente ao acaso,
qual é a probabilidade de ser média e com massa fina?
3 Se também for possível optar por ter azeitonas ou não, qual
é a probabilidade de o mesmo cliente escolher uma piza gigante
com massa alta e com azeitonas?

Tabela de dupla entrada


Considera a experiência aleatória que consiste em lançar dois dados cúbicos
Nota perfeitos e observar o número de pintas das faces que ficam voltadas para cima.
É útil construir uma tabela Qual é a probabilidade de o número de pintas ser igual nos dois dados?
de dupla entrada sempre
que a experiência consiste Para descrever o espaço amostral, consideram-se dois dados, um vermelho e
em observar dois objetos
(dois dados, duas bolas, um verde (para os distinguir), e constrói-se uma tabela:
duas moedas, etc.).
Dado 2
1 2 3 4 5 6
1 (1, 1) (1, 2) (1, 3) (1, 4) (1, 5) (1, 6)
Dado 1

2 (2, 1) (2, 2) (2, 3) (2, 4) (2, 5) (2, 6)


3 (3, 1) (3, 2) (3, 3) (3, 4) (3, 5) (3, 6)
4 (4, 1) (4, 2) (4, 3) (4, 4) (4, 5) (4, 6)
5 (5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4) (5, 5) (5, 6)
6 (6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4) (6, 5) (6, 6)

O par ordenado (3, 5), por exemplo, significa que o resultado do primeiro
dado é 3 e o do segundo é 5. É diferente do par (5, 3).
O número de casos possíveis é, então, 36 = 6 # 6. É importante notar que
todos esses casos são equiprováveis.
O acontecimento A: «obter o mesmo número de pintas nos dois lados» tem
Repara 6 casos favoráveis, visto que A = {(1, 1); (2, 2); (3, 3); (4, 4); (5, 5); (6, 6)}.
Pode preencher-se a tabela,
diretamente, com as somas: Utilizando a regra de Laplace, obtém-se:

P _ Ai =
6 1
+ 1 2 3 4 5 6 = á 0,17, ou seja, P(A) á 17 %
36 6
1 2 3 4 5 6 7
Qual é a probabilidade de a soma das pintas ser superior a 8?
2 3 4 5 6 7 8
3 4 5 6 7 8 9
O acontecimento B: «obter uma soma superior a 8» tem 10 casos favoráveis,
visto que B = {(3, 6); (4, 5); (4, 6); (5, 4); (5, 5); (5, 6); (6, 3); (6, 4); (6, 5); (6, 6)}.
4 5 6 7 8 9 10
5 6 7 8 9 10 11 Utilizando a regra de Laplace, obtém-se:

P _Bi =
6 7 8 9 10 11 12 10 5
= á 0,28, ou seja, P(B) á 28 %
36 18

160

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Diagrama em árvore
A Joana dispõe de dois pares de calças (umas de ganga e umas pretas),
Nota
três camisas (uma branca, uma verde e uma lilás) e duas camisolas (uma
O diagrama em árvore
vermelha e uma azul). é útil quando a experiência
envolve uma sequência
Escolhendo a roupa ao acaso, qual é a probabilidade de a Joana vestir as de dois ou mais passos.
calças de ganga com a camisola azul? Os casos possíveis
obtêm-se seguindo os
Para apresentar todos os casos possíveis, de forma organizada, podemos «ramos» da árvore.
utilizar um diagrama em árvore:
Calças Camisa Camisola calças — camisa — camisola

vermelha ganga — branca — vermelha


branca
azul ganga — branca — azul
vermelha ganga — verde — vermelha
ganga verde
azul ganga — verde — azul
vermelha ganga — lilás — vermelha
lilás
azul ganga — lilás — azul
vermelha pretas — branca — vermelha
branca
azul pretas — branca — azul
vermelha pretas — verde — vermelha
pretas verde
azul pretas — verde — azul
vermelha pretas — lilás — vermelha
lilás
azul pretas — lilás — azul

Existem 12 casos (igualmente) possíveis, dos quais 3 são favoráveis ao


acontecimento A: «vestir as calças de ganga e a camisola azul». Repara
Há 2 escolhas para
Assim, P _ Ai =
3 1 as calças, 3 para a camisa
= = 0,25, ou seja, P (A) = 25 %.
12 4 e 2 para a camisola, então,
existem 12 = 2 # 3 # 2
combinações possíveis.
Diagrama de Venn
Exercício resolvido

Há 50 jovens, mas
Num grupo de 50 jovens, 35 praticam judo e 20 praticam karaté. Todos pra- 35 + 20 = 55, o que
ticam pelo menos um desses dois desportos. significa que 5 jovens
foram contados duas vezes
Escolhendo um deles, ao acaso, determina a probabilidade de praticar: (praticam judo e karaté).

a) só judo; b) judo e karaté. Judo Karaté Judo Karaté

Resolução: 30 5 15
30 5 15
30
a) P(«só judo») = = 0,6, ou seja, 60 %.
50 20 2 5 5 15
5
b) P(«judo e karaté») = = 0,1, ou seja, 10 %. 35 2 5 5 30
50

u1p31h1 u1p31h2

O que deves saber


• Recorrer a métodos de contagem para resolver problemas.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   161

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Verificar a aprendizagem

MÉTODOS DE CONTAGEM

1 Lançam-se
 dois dados perfeitos e observam-se as faces que ficam voltadas para cima.
Determina a probabilidade dos acontecimentos seguintes:
a) A: «sair 3 nos dois dados»;
b) B: «sair pelo menos um 6»;
c) C: «não sair o 1»;
d) D: «a soma das pintas ser igual a 9»;
e) E: «a soma das pintas ser inferior a 5».

2 O
 Diogo e a Sofia estão a ver televisão, mas querem ver canais dife-

3
1

2
rentes. Para decidir quem vai escolher o canal, sugerem lançar dois 3 4
dados perfeitos com quatro faces (numerados de 1 a 4) e observar os
números que ficam voltados para baixo.
• Se o produto dos números for menor ou igual a 6, o Diogo escolhe o canal.
• Se o produto dos números for maior do que 6, é a Sofia que escolhe.
Os dois irmãos têm a mesma probabilidade de escolher o canal? Explica a tua resposta.
Adaptado do Teste Intermédio do 9.º ano, fevereiro de 2009
u1p32h2
Tarefa

3 Considera
 a experiência que consiste em lançar uma moeda
de 1 € (equilibrada) ao ar, deixá-la cair e observar a face
(euro ou nacional) que fica voltada para cima.
3.1 Repete-se a experiência duas vezes.
3.1.1 Determina o espaço amostral.
3.1.2 Qual é a probabilidade de sair duas vezes a face euro?
3.2 Repete-se a experiência três vezes.
3.2.1 Determina o espaço amostral.
3.2.2 Qual é a probabilidade de sair pelo menos duas vezes a face nacional?

4 Um
 restaurante propõe, na sua ementa:
• 3 tipos de entrada (queijo seco da Sertã; camarão cozido; ovo mexido com farinheira);
• 2 tipos de prato (salmão na grelha; posta à mirandesa grelhada);
• 3 tipos de sobremesa (bolo de bolacha; brigadeiro de chocolate; baba de camelo).
 uantas refeições diferentes se podem fazer nesse restaurante, escolhendo uma entrada, um prato
Q
e uma sobremesa? Justifica a tua resposta.

5 Num
 grupo de 30 músicos, 25 sabem tocar piano e 15 sabem tocar flauta transversal.
Escolhendo um deles, ao acaso, determina a probabilidade de saber tocar:
a) só flauta transversal;
b) piano e flauta transversal.

AUTOAVALIAÇÃO Sei resolver problemas de probabilidades recorrendo a métodos de contagem?

162

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Aplicar

6 O
 Diogo, a Sofia, o Zito, a Joana e o Jaime querem ir ao cinema com uns amigos, mas já só há dois
lugares disponíveis no automóvel. Para decidirem quem vai, escrevem os cinco nomes em pequenos
papéis, misturam-nos e sorteiam dois.
6.1 Determina o universo dos resultados.
6.2 Indica a probabilidade, sob a forma de fração, de:
a) dois rapazes irem ao cinema;
b) um rapaz e uma rapariga irem ao cinema.
6.3 Uma vez no cinema, das 80 pessoas que estão na sala, 30 compraram pipocas, 42 compraram
uma bebida e 20 não compraram nada.
E scolhendo uma pessoa da sala, ao acaso, qual é a probabilidade (em percentagem) de essa
pessoa ter comprado pipocas e uma bebida?

7 Considera
 a experiência aleatória que consiste em extrair 2 berlindes de um saco que contém 3
berlindes vermelhos e 2 azuis .
Sugestão: Para distinguir os berlindes, numera-os (por exemplo: V1, V2, V3, A1 e A2).
u1p33h1
7.1 Caso a experiência u1p33h2
se realize com reposição (retira-se um berlinde, vê-se a sua cor e torna-se
a colocar no saco antes de extrair o seguinte), determina a probabilidade dos acontecimentos:
a) A: «tirar dois berlindes vermelhos»;
b) B: «tirar dois berlindes com a mesma cor»;
c) C: «tirar berlindes de cores diferentes».

7.2 Caso a experiência se realize sem reposição (o primeiro berlinde retirado não volta a ser posto
no saco), determina a probabilidade dos acontecimentos A, B e C da questão anterior.

8 O
 Diogo e o Zito construíram a roda apresentada a seguir.
8.1 O Zito inventou um jogo: faz-se girar a roda e, se sair o número 4,
ele ganha; se sair outro número, faz-se girar novamente a roda e, 1
se sair um número par, ele ganha, caso contrário, ganha o Diogo.
4 2
 uais são os resultados possíveis deste jogo e quais são os resulta-
Q
dos que fazem com que o Zito ganhe o jogo?
3
8.2 Considera agora a experiência que consiste em fazer girar a roda
duas vezes e registar os números saídos.
Formula um acontecimento cuja probabilidade seja igual a:
a) 0,25 b) 0,125

Tarefa

9 Formula um problema de probabilidades, relacionado com o teu quotidiano, cuja resolução


u1p33h3envolva
a construção de uma tabela de dupla entrada ou de um diagrama em árvore.

Tarefa de investigação

10  uantos resultados possíveis existem quando se lança uma moeda de 1 € dez vezes ao ar e se observa
Q
a face que fica voltada para cima após cada lançamento?

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   163

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8.5 Probabilidade experimental
Tarefa 5
Dão-te um saco opaco com 5 bolas. Umas são brancas e outras cor de laranja,
mas não sabes quantas são de cada cor.
A experiência consiste em retirar uma bola, registar a sua cor e repô-la no saco.
1 E m grupo, repete a experiência 100 vezes e calcula a percentagem
de vezes em que saiu uma bola branca.
2 Vê as bolas que estavam no saco e calcula qual era a probabilidade
de tirar uma bola branca.
3 Compara os valores obtidos nas questões anteriores.

Probabilidade e frequência relativa


Lança-se uma moeda de 1 € ao ar 10 vezes. Quantas vezes se espera obter
a face euro voltada para cima?

O Jaime fez a experiência, pensando que iria obter 5 vezes a face euro, mas
só a observou uma vez. No entanto, isso não significa que a moeda tenha
algum problema (não esteja equilibrada), pois, quando se repete uma expe-
riência poucas vezes, tudo pode acontecer.

Lança-se a mesma moeda ao ar 1000 vezes. Quantas vezes se espera obter


a face euro voltada para cima?

O Jaime lançou a moeda 50, 500 e 1000 vezes.

Observa os gráficos de barras com as frequências relativas obtidas:


Recorda
 frequência absoluta
• A 50 lançamentos 500 lançamentos 1000 lançamentos
de um acontecimento
Frequência relativa/%

Frequência relativa/%

Frequência relativa/%

é o número de vezes 60 60 60
49,4 %
que ele ocorre. 50 44 % 50 48,2 % 50
40 40 40
 frequência relativa
• A
30 30 30
é o quociente entre
20 20 20
a frequência absoluta 10 10 10
e o número de repetições 0 0 0
da experiência. Euro Nacional Euro Nacional Euro Nacional

Verifica-se que, à medida que o número de lançamentos aumenta, a percen-


tagem de vezes que a face euro fica voltada para cima se aproxima de 50 %.
Ora, esse valor é a probabilidade do acontecimento «sair a face euro».

Quando se repete uma experiência


u1p34h2aleatória um grande número
de vezes, nas mesmas condições, a frequência relativa de um acon-
tecimento tende a aproximar-se de um valor que é a probabilidade
do acontecimento.

Outro exemplo:
Quando se lança 800 vezes um dado perfeito numerado de 1 a 4, obtém-se
a face 1 aproximadamente 25 % das vezes (cerca de 200 vezes), visto que a
probabilidade do acontecimento «sair a face 1» é 25 %.

164

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Estimativa de uma probabilidade
A Sofia deixou cair uma colher no chão e observou que tinha ficado virada
para baixo. Qual era a probabilidade de isso acontecer?

Como a colher não é um objeto equilibrado, seria um erro dizer que a pro-
babilidade era 50 %. Os casos «ficar virada para cima» e «ficar virada para
baixo» não são equiprováveis e, por isso, não se pode aplicar a regra de
Laplace.

No entanto, existe uma alternativa: repetindo muitas vezes a experiência de


deixar cair a colher, pode usar-se a frequência relativa do acontecimento
«ficar virada para baixo» como uma boa estimativa da sua probabilidade.

Por exemplo, se se deixar cair a colher 200 vezes e ela ficar 65 vezes virada
para baixo, poder-se-á dizer que:
65
P («ficar virada para baixo») . = 0,325
200
Assim, a frequência relativa de um acontecimento é uma estimativa da
probabilidade do acontecimento.

Quanto mais vezes a experiência é repetida, melhor é a estimativa.

Exercício resolvido

Descreve um método que permita estimar a probabilidade de um aluno, UMA AMOSTRA QUE NÃO SEJA
escolhido ao acaso, estar muito satisfeito com o desempenho da Associação REPRESENTATIVA DA POPULAÇÃO
PODE DAR ORIGEM
de Estudantes.
A INTERPRETAÇÕES ERRADAS.
Resolução:
1. E labora-se um questionário com a pergunta: «Qual é o teu grau de satis-
fação com o desempenho da Associação de Estudantes?»
Muito insatisfeito. Satisfeito.
Insatisfeito. Muito satisfeito.
2. E scolhe-se uma amostra representativa dos alunos da escola, a quem se
pede para responder ao inquérito.
3. Calcula-se a percentagem de respostas «Muito satisfeito».
4. E ssa percentagem é aproximadamente igual à probabilidade de um
aluno escolhido ao acaso estar muito satisfeito com a Associação de Estu-
dantes.

O que deves saber


• Compreender a relação entre probabilidade e frequência relativa.
• Usar a frequência relativa para estimar uma probabilidade.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   165

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Verificar a aprendizagem

Probabilidade e Frequência relativa

Tarefa

1 Considera o lançamento de um dado perfeito numerado de 1 a 6.


1.1 Repete a experiência 20 vezes e regista o número de vezes que observaste a face 1.
1.2 Copia e completa a tabela seguinte, acrescentando os resultados dos teus colegas.
N.º de lançamentos N.º de faces 1 (acumulado) Frequência relativa da face 1
20 ? ?
40 ? ?
60 ? ?
… … …

1.3 Quando se lança o dado, qual é a probabilidade de sair a face 1?


1.4 Compara as sucessivas frequências relativas da face 1 (questão 1.2) com a probabilidade de sair
a face 1 e formula uma conjetura.

2 A
 Joana retirou 2 cartas vermelhas e 5 cartas pretas de um baralho de cartas e colocou-as em cima
de uma mesa, viradas para baixo. Depois, pediu a um grupo de amigos para repetir 400 vezes a
experiência que consiste em virar uma carta, ver a sua cor, virá-la de novo e misturar as cartas.
Determina uma estimativa:
a) da percentagem de vezes que foi observada uma carta vermelha;
b) do número de vezes que foi vista uma carta preta.

3 A
 roda apresentada ao lado foi rodada 600 vezes.
1
3.1 Determina uma estimativa da frequência relativa com que saiu: 8 2
a) o número 6; 7 3
b) um número divisor de 8.
6 4
3.2 Determina uma estimativa do número de vezes que saiu: 5
a) um número diferente de 2 e de 7;
600
b) um número inferior a 3 ou um número superior a 5.

AUTOAVALIAÇÃO Compreendo a relação entre probabilidade e frequência relativa?


u1p36h1
ESTIMATIVA DE UMA PROBABILIDADE

Tarefa
A B
4  onsidera a experiência que consiste em deixar cair um pionés e observar
C
se a ponta fica inclinada para baixo (A) ou virada para cima (B).
4.1 Comenta a afirmação: «Segundo a regra de Laplace, P («ficar virado para cima») = 50 %.»
4.2 O Diogo deixou cair um pionés 10 vezes e observou 4 vezes o pionés virado para cima.
Pode concluir-se que P («ficar virado para cima») á 40 %?
4.3 Determina uma estimativa da probabilidade de o pionés ficar com a ponta virada para cima.

AUTOAVALIAÇÃO Sei usar a frequência relativa para estimar uma probabilidade?

166

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Aplicar

5 Existem
 quatro tipos de sangue: A, B, O e AB. Segundo
o Instituto Português do Sangue, 46,6 % da popula-
ção portuguesa é de tipo A e 42,3 % é de tipo O.
E scolhendo uma pessoa ao acaso, em Portugal, qual
é a probabilidade de ela ter sangue de tipo A ou de
tipo O?

6 Uma
 caixa contém bolas de três cores diferentes: amarelas, verdes e castanhas. Sabe-se que:

P(«tirar uma bola amarela») = 7 e P(«tirar uma bola verde») = 2 .


20 5
Repete-se 800 vezes a extração de uma bola, com reposição, observando a sua cor.
Determina uma estimativa da frequência relativa e da frequência absoluta dos acontecimentos:
a) A: «não tirar uma bola amarela»;
b) B: «tirar uma bola castanha».

7 A
 Universidade de Coimbra é uma das mais antigas da
Europa. A Sofia escreveu as letras de «UNIVERSIDADE
DE COIMBRA» em vários cartões, todos iguais. Depois,
misturou-os num saco e pediu a várias pessoas que tiras-
sem um cartão, dissessem a letra em voz alta e colocassem
novamente o cartão no saco.
 Diogo, que desconhecia as letras que estavam no saco,
O
mas ouvia as pessoas, estimou que a probabilidade de tirar
a letra «R» era, aproximadamente, 15 %.
7.1 Como poderá o Diogo ter chegado a essa estimativa?
7.2 Mostra que a estimativa não é muito boa e explica
como poderia ter sido melhorada.

8 Durante
 anos, o Jaime e o Zito jogaram um jogo que consistia em lançar dois dados, numerados de 1 a 6,
e observar a soma: se fosse igual a 7, ganhava o Jaime; se fosse igual a 6, o vencedor era o Zito; nos
restantes casos, era considerado empate. Cada um jogava com os seus próprios dados.
 pós comemorarem a 1000.ª partida, o Jaime analisou os registos: tinha ganhado 167 vezes e per-
A
dido 179 vezes. Concluiu que os seus dados eram normais, mas que os do Zito estavam viciados.
Explica como pôde o Jaime tirar essas conclusões.

9 Em
 cada caso, descreve um procedimento que permita obter uma estimativa para:
a) a probabilidade de uma nova revista de cinema vir a ter sucesso;
b) a probabilidade de um candidato à presidência de uma câmara municipal vir a ser eleito.

Tarefa de investigação

10 Para
 satisfazer os seus ouvintes, a rádio da escola quer conhecer as suas preferências.
10.1 Realiza uma sondagem e investiga quais são, atualmente, as músicas preferidas dos alunos.
10.2 Elabora um relatório da atividade, referindo como foi escolhida a amostra.
10.3 Imagina que está a tocar a música que ficou em primeiro lugar nas preferências. Se escolheres
um aluno ao acaso, qual é a probabilidade de ser a sua música preferida?

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   167

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Síntese


Classificar e organizar dados

Qualitativas: quando representam uma qualidade ou uma característica que não pode
Tipos ser contada ou medida.
de variáveis


estatísticas Discretas: quando cada classe fica determinada por um número
Quantitativas: ou conjunto finito de números.
Contínuas: quando se associa a cada classe um intervalo.

Para organizar os dados, constrói-se uma tabela de frequências absolutas (número de vezes que
ocorre um determinado acontecimento) e de frequências relativas (quociente entre a frequência
absoluta e o total de elementos em estudo).
Exemplos:
Dados discretos

Número
saído Frequência Frequência
numa absoluta relativa
roleta

10
1 10 5 0,33
. ou33%
0,33 5 33 %
30
12
2 12 5 0,4
= 0,45ou40%
40 %
30
8
3 8 5 0,27
. 0,275ou27%
27 %
30

Total 30 1 ou 100 %

Dados contínuos

Tempo
gasto Frequência Frequência
de casa absoluta relativa
à escola

12
[0; 10[ 12 = 0,48 ou 48 %
25

8
[10; 20[ 8 = 0,32 ou 32 %
25
5
[20; 30[ 5 = 0,2 ou 20 %
25

Total 25 1 ou 100 %

Nota: Os dados contínuos são agrupados em classes. Por exemplo: na classe [10; 20[, estão os números entre 10
e 20, incluindo o 10, mas não o 20.

168

354818 142-183 U8.indd 168 14/05/15 11:17


Representar

Gráfico de barras: deve ter um título e uma legenda em cada um dos eixos; as barras têm a mesma largura,
são separadas pelo mesmo espaço e o seu comprimento é proporcional à frequência que representam.
Exemplo:
Número saído na roleta

Frequência absoluta
14
12
10
8
6
4
2
0
1 2 3

Histograma: considerando um conjunto de dados agrupados em classes, definimos histograma como


um gráfico de barras retangulares justapostas e tais que a área dos retângulos é diretamente
proporcional à frequência absoluta (e, portanto,u5p31h1
também à frequência relativa) de cada classe.
Exemplo:
Quanto tempo gastas de casa à escola?
60
50
Percentagem

40
30
20
10
0 10 20 30
Tempo/minutos

Diagrama de caule e folhas


Exemplo:

Peso de 12 alunos do 7.º ano


u5p31h2
3 6 8 9 9
4 2 2 3 5 5 5
5 8
6 8

Conceitos associados às probabilidades

• E
 xperiência aleatória — Experiência em que se podem identificar os resultados possíveis, mas não se
sabe qual deles vai acontecer. Deve poder repetir-se nas mesmas condições.
E xemplo: Um saco contém bolas numeradas de 1 a 5. Quando se retira uma delas, ao acaso, sabe-se
que o número obtido será 1, 2, 3, 4 ou 5, mas não se consegue prever com certeza qual deles será.
• Espaço amostral — Conjunto de todos os casos possíveis.
Exemplo: Na experiência aleatória anterior, tem-se V = {1; 2; 3; 4; 5}.
• Acontecimento — Subconjunto do universo dos resultados.
Exemplo: Na experiência aleatória descrita, A: «obter um número par»; A = {2; 4}.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   169

354818 142-183 U8.indd 169 14/05/15 11:17


Noção de probabilidade e regra de Laplace

• P
 robabilidade — Valor que mede o grau de possibilidade de um acontecimento ocorrer.
Pode ser apresentado na forma de fração, na forma de dízima ou em percentagem.
• R
 egra de Laplace — Quando todos os resultados de uma experiência aleatória são igualmente
possíveis e em número finito, a probabilidade de um acontecimento A é dada pela razão:

P _ Ai =
Número de casos favoráveis ao acontecimento A
Número de casos possíveis
Exemplo:
Um saco contém as bolas seguintes:

Retira-se uma bola, ao acaso, e observa-se a sua cor.


u1p38h1 3
Há 3 bolas vermelhas em 8 bolas, logo, P («sair uma bola vermelha») = = 0,375.
8

Propriedades das probabilidades

• A probabilidade de um acontecimento impossível (conjunto vazio) é 0.


• A probabilidade de um acontecimento certo (universo dos resultados) é 1.
Exemplos:
No lançamento de um dado perfeito, numerado de 1 a 6:
— A: «sair o número 7» é um acontecimento impossível;
— B: «sair o número natural» é um acontecimento certo.
• A probabilidade de qualquer acontecimento é sempre um número entre 0 e 1, inclusive.
• A soma das probabilidades de todos os acontecimentos elementares de uma experiência aleatória é igual a 1.
• Acontecimentos incompatíveis ou disjuntos — Acontecimentos cuja interseção é vazia.
Se A e B são disjuntos, então, P (A , B) = P (A) + P (B).
Exemplo:
P («sair uma bola azul ou verde») = P («sair uma bola azul») + P («sair uma bola verde»).
 acontecimento complementar de um acontecimento A é o acontecimento A, tal que A e A são
• O
disjuntos e a sua união é igual a V:
P _ Ai + P _ Ai = 1
A soma das probabilidades de dois acontecimentos complementares é igual a 1.
Exemplo:
P («não sair uma bola amarela») = 1 - P («sair uma bola amarela»).

170

354818 142-183.indd 170 20/05/15 16:21


Métodos de contagem

Tabela de dupla entrada

• É útil quando a experiência consiste em observar dois objetos.


E xemplo: Dois estojos têm, cada um, três marcadores: um azul (A), um preto (P) e um verde (V). Tira-se,
ao acaso, um marcador de cada estojo. Os resultados possíveis são:
Estojo 2
A P V
A AA AP AV

Estojo 1
P PA PP PV
V VA VP VV
1
P («obter dois marcadores verdes») =
9

Diagrama em árvore

• É útil quando a experiência envolve uma sequência de dois ou mais passos.


E xemplo: Responde-se, ao acaso, a três perguntas. Cada resposta pode estar certa (C) ou errada (E).
Os resultados possíveis são:
C CCC
C
E CCE
C
C CEC
E
E CEE
C ECC
C
E ECE
E
C EEC
E
E EEE
1
P («ter 3 respostas certas») =
8

u1p39h1

Probabilidade e frequência relativa

 uando se repete uma experiência aleatória um grande número de vezes, nas mesmas condições,
• Q
a percentagem de vezes que um acontecimento ocorre (frequência relativa) tende a aproximar-se
de um valor que é a probabilidade desse acontecimento.
Exemplos: Quando se lança uma moeda, a regra de Laplace diz-nos que a probabilidade de obter a
1
face euro é ou 50 %, então, se se lançar 3000 vezes, esperamos obter a face euro aproximadamente
2
1500 vezes.
• P ara obter uma estimativa da probabilidade de um acontecimento, repete-se a experiência muitas
vezes e calcula-se a sua frequência relativa. Quanto mais vezes a experiência for repetida, melhor será
a estimativa.
E xemplos: Se 5000 carregadores de telemóveis forem testados e se 100 apresentarem defeitos, pode
estimar-se que a probabilidade de comprar um carregador defeituoso é aproximadamente 2 %.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   171

354818 142-183 U8.indd 171 14/05/15 11:18


Hi perpágina

Quem precisa
de probabilidades?
São várias as profissões que requerem
conhecimentos de probabilidades.
Em algumas delas, pede-se apenas
que o profissional entenda a linguagem
das probabilidades de modo a interpretar
informações, noutras, é necessário
saber calcular probabilidades e,
com base nos resultados,
tomar decisões.

Engenheiro

O cálculo de proba-
bilidades é muito
importante para
os engenheiros,
nomeadamente
no controlo
da qualidade
da produção
industrial. O recurso a um
grande número
de experiências ou
A Estatística e as de testes permite
Probabilidades estimar a probabi-
fazem parte dos lidade de um
cursos de produto estar a ser
Engenharia. bem fabricado.

Biólogo

Na área da Biologia, são vários os casos em que se recorre


às probabilidades. Por exemplo, no estudo da transmissão
de características hereditárias, utiliza-se uma tabela
de dupla entrada, designada por xadrez mendeliano.

Progenitor
Sabe-se que várias doenças
A V
Progenitor

são de transmissão genética


A AA AV e, nesse caso, é importante
V AV VV prever a probabilidade de
Xadrez mendeliano transmissão da doença à
descendência.

172

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Meteorologista

Quem trabalha em meteorologia utiliza probabilidades.


As informações meteorológicas são recolhidas através
de satélites e de estações automáticas, de 10 em 10
minutos. Os dados são, depois, enviados para a sede
do Instituto de Meteorologia, onde são analisados;
é aí que intervém o cálculo de probabilidades para
formular previsões. Por fim, num boletim meteorológico,
é apresentado o estado de tempo mais provável para
os dias seguintes.
No site do Instituto
Português do Mar
Link e da Atmosfera,
Instituto Português do Mar e da Atmosfera é possível consultar
http://www.ipma.pt a probabilidade
de chuva nos
próximos dias.

Atuário

Quem trabalha numa


companhia de seguros
utiliza probabilidades
diariamente. Quando se
contrata um seguro, paga-se
um valor (com uma certa
regularidade), para que, caso se
sofra um dano ou um acidente,
se venha a receber um certo
montante que atenue os prejuízos.
De acordo O valor que uma companhia de
com os dados
seguros pede por um seguro
do condutor
(e do automóvel), quanto automóvel, por exemplo, não pode ser
maior for a probabilidade demasiado elevado, pois afastaria os
de ter um acidente maior clientes; por outro lado, não pode ser muito
será o valor a pagar baixo, pois poderia levar a companhia
pelo seguro. à falência, em caso de muitos acidentes.
Assim, os valores dos seguros baseiam-se em
estatísticas e em cálculos de probabilidades.

Sugestões de trabalho

1. Investiga outras profissões em que são utilizadas probabilidades.


2. Investiga exemplos de aplicação das probabilidades aos jogos.
3. Procura, no teu manual de Ciências Naturais, referências a probabilidades.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   173

354818 142-183 U8.indd 173 14/05/15 11:18


Atividades globais

Questões de escolha múltipla


Das quatro alternativas, escolhe a única opção correta.

1  Joana lançou nove vezes uma moeda (equilibrada) e obteve sempre a face euro voltada para cima.
A
Se lançar a moeda uma décima vez, qual das afirmações seguintes é verdadeira?
A. É certo que a face nacional vai ficar voltada para cima.
B. É mais provável obter a face nacional voltada para cima do que a face euro.
C. É mais provável obter a face euro voltada para cima do que a face nacional.
D. É tão provável obter a face nacional voltada para cima como a face euro.

2  ma viagem à Rússia vai ser sorteada entre as pessoas que liga-


U
ram para um determinado número de telefone. Sabe-se que
260 chamadas tiveram origem na região Norte, 320, no Centro,
170, no Sul e 50, nas Regiões Autónomas.
Qual é a probabilidade de o vencedor viver no Norte?
A. 26 %
B. 32,5 %
C. 38 %
D. 40 %

3 Cada uma das faces de um dado cúbico equilibrado foi pintada com uma das cores: verde, azul ou amarelo.
1
Sabe-se que: P («sair uma face verde») = e P («sair uma face azul») = 1 .
2 6
Lançando o dado, qual é a probabilidade de sair uma face amarela?
A. 0,1(6) B. 0,25 C. 0,(3) D. 0,(6)

4 Lançam-se dois dados (perfeitos) com as faces numeradas de 1 a 6 e multiplicam-se os dois números
saídos. Qual é a probabilidade de o produto dos números ser igual a 24?
1 1 1 1
A. B. C. D.
36 18 12 9
5 Numa ficha de avaliação, o Diogo responde ao acaso a duas questões de escolha múltipla com qua-
tro alternativas (A, B, C e D).
Qual é a probabilidade de acertar nas duas respostas?
A. 6,25 % B. 8% C. 25 % D. 50 %

6 Numa turma composta por 28 alunos, 16 já leram Os Lusíadas, de Luís de Camões, e 20 já leram
Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett. Todos os alunos leram, pelo menos, um livro.
Escolhendo um aluno ao acaso, qual é a probabilidade de ele ter lido apenas Os Lusíadas?

A. 1 B. 2 C. 3 D. 4
7 7 7 7
7 Repetindo 2000 vezes a experiência que consiste em tirar uma carta, ao acaso, de um baralho com
52 cartas, aproximadamente quantas vezes se obtém um rei?
A. 38 B. 77 C. 154 D. 500

174

354818 142-183 U8.indd 174 14/05/15 11:18


EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
8  ai ser oferecida uma bolsa de estudo a um estudante
V
universitário. Para isso, foram selecionados 50 alunos
e, como não foi possível desempatá-los, procedeu-se a
um sorteio. A tabela seguinte mostra a probabilidade
de o premiado pertencer a cada uma das faculdades:

Medicina Letras Ciências Economia Direito


0,24 0,16 0,28 0,18 ?

Quantos estudantes de Direito estavam entre os selecionados?

9 Num saco, estão quatro fichas com os números 3, 4, 5 e 6. Retiram-se, ao acaso, sucessivamente, as qua-
tro fichas (sem as repor no saco) e colocam-se lado a lado, pela ordem em que saíram, de modo a obter
um número com quatro algarismos. Por exemplo, se saírem sucessivamente as fichas 4, 3, 6 e 5, obtém-se
o número 4365.
9.1 Justifica que se trata de uma experiência aleatória.
9.2 Determina o espaço amostral.
9.3 Indica um acontecimento impossível.
9.4 Calcula a probabilidade, sob a forma de percentagem, dos acontecimentos seguintes:
a) A: «obter um número superior a 4500»;
b) B: «obter um número múltiplo de 5»;
c) C: «obter um número divisível por 3».
9.5 Repetiu-se a experiência 800 vezes. Indica uma estimativa do número de vezes em que se obteve
o número 3456. Justifica a tua resposta.

10 Num jogo, utiliza-se o dado planificado à direita (A) A B


e uma roda com cinco setores coloridos (B).
21
10.1  o lançamento do dado (equilibrado), determina
N
a probabilidade dos acontecimentos seguintes:
1 22 2
a) A: «sair o número 5»;
b) B: «sair um número positivo ou negativo»; 23
c) C: «não sair um número positivo».
0
10.2 S e o dado for lançado 1500 vezes, qual é a
percentagem de vezes que se espera obter o
número -3? Justifica a tua resposta.
10.3 Quando se faz girar a roda, determina a probabilidade dos acontecimentos seguintes:
u1p43h2
a) D: «sair a cor verde»;
b) E: «não sair a cor amarela».
10.4 Q
 ual é a expectativa sobre o número de vezes que se espera obter a cor verde, quando se faz
girar a roda 300 vezes? Se não acontecer exatamente esse número de vezes, significa que a
roda está mal construída?
10.5 N
 o jogo acima referido, lança-se o dado e faz-se girar a roda. Se o resultado do lançamento
do dado for não negativo e a cor que sair na roda for o verde, então, ganha-se um prémio.
Determina a probabilidade de ganhar um prémio.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   175

354818 142-183 U8.indd 175 14/05/15 11:18


Atividades globais

11 O Zito, a Rita, o Diogo e a Joana vão ao


teatro. Na bilheteira, compram bilhetes
para quatro lugares seguidos. Depois de
alguma indecisão sobre quem fica ao lado
de quem, decidem distribuir os bilhetes ao
acaso.
11.1 D
 e quantas maneiras diferentes se
podem sentar?
11.2 D
 etermina a probabilidade, sob a
forma de fração irredutível, dos
acontecimentos seguintes:
a) A: «a Rita fica numa das extre-
midades»;
b) B: «as duas raparigas ficam ao lado uma da outra»;
c) C: «o Zito fica ao lado da Rita e o Diogo fica junto da Joana»;
d) D: «o Diogo e o Zito não ficam ao lado um do outro».
11.3 S e os quatro amigos fossem 5 vezes ao teatro e se o Diogo calhasse sempre no mesmo lugar,
teria motivos para desconfiar do sorteio?
11.4 S e fossem 500 vezes ao teatro e distribuíssem sempre os bilhetes ao acaso, indica uma esti-
mativa do número de vezes em que o Zito e a Joana ficariam no meio.

Tarefas

12 Num sorteio para uma competição europeia de fute-


bol em que participam equipas portuguesas, ingle-
sas, italianas e espanholas, retira-se uma bola de um
recipiente, ao acaso.
A probabilidade de sair uma equipa inglesa é 31,25 %,
3
a de sair uma equipa espanhola é e a de sair uma
8
equipa italiana é 0,125.
12.1 D
 etermina, sob a forma de fração irredutível,
a probabilidade de:
a) «sair uma equipa portuguesa»;
b) «sair uma equipa inglesa ou espanhola».
12.2 S abe-se que há duas equipas italianas.
Quantas equipas há de cada um dos outros
países?

13 Um questionário é constituído por 20 perguntas de tipo «verdadeiro ou falso». A Sofia responde a
todas as questões, ao acaso.
Qual é a probabilidade de ter 20 respostas corretas?

176

354818 142-183 U8.indd 176 14/05/15 11:18


14 O peso de uma raça de ovelhas, Ile de France, originária de França, na idade adulta, varia entre
80 kg e 180 kg.
Numa herdade procedeu-se à pesagem de 50 ovelhas daquela raça e obtiveram-se, em quilogramas,
os seguintes dados:

80,3 92,4 110,6 140,9 122,2 90,5 91,7 130,8 135,4 99,8
80 93,7 88,4 175,7 179,3 93,4 88,4 93,5 100,4 108,3
90,5 153,4 179,2 155,1 112,3 144,2 104,3 145,7 167,8 114,5
140,4 133,5 139,2 123,5 125,4 133,6 122,5 144,5 123,4 125,6
160,3 163,5 148,2 166,3 154,1 112,9 134,9 108,7 103,2 139,3

14.1 Tomando o valor mínimo para extremo inferior da primeira classe, agrupa os dados em clas-
ses de amplitude 10 e constrói uma tabela de frequências.
14.2 Representa num histograma o conjunto dos dados relativos ao peso das ovelhas.
14.3 C
 onsidera a experiência aleatória de escolher uma destas ovelhas ao acaso, supondo que
cada ovelha tem igual probabilidade de ser escolhida, e registar o seu peso.
14.3.1 Determina a probabilidade de o peso da ovelha:
a) ser superior ou igual a 100 kg;
b) ser inferior a 100 kg;
c) estar no intervalo [90; 120[;
d) ser superior a 70 kg.
14.3.2 Indica dois acontecimentos:
a) compostos;
b) disjuntos;
c) complementares;
d) impossíveis.

CANGURU MATEMÁTICO SEM FRONTEIRAS


15 A Joana desenhou uma flor com 5 pétalas e quer pintá-la, mas só
tem duas cores. De quantas maneiras diferentes consegue pintar a
flor se tem de colorir cada uma das 5 pétalas com uma das duas 5
cores? (Duas formas de pintar a flor são iguais se uma delas puder
ser obtida da outra por meio de uma rotação.)
A. 6 B. 7 C. 8 D. 9 E. 10
Prova Benjamim, 2010

u1p45h3
OLIMPÍADAS PORTUGUESAS DE MATEMÁTICA
u?p??h?
16 A Joana quer escolher o seu horário para a natação. Ela quer ir a duas
aulas por semana, uma de manhã, outra de tarde, que não sejam
nem no mesmo dia nem em dias seguidos. De manhã, há aulas de
natação de segunda a sábado, às 9 h, às 10 h e às 11 h, e de tarde,
de segunda a sexta, às 17 h e às 18 h.
De quantas maneiras distintas pode a Joana escolher o seu horário?
XXV OPM — Categoria A — 1.ª eliminatória

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   177

354818 142-183 U8.indd 177 14/05/15 11:18


Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas. Autoavaliação

• Identifica claramente, na tua folha de respostas, os números dos itens a que


respondes. Apresenta uma única resposta para cada item.
• O teste inclui três itens de escolha múltipla. Em cada um deles, são indicadas quatro
alternativas de resposta, das quais só uma está correta. Não apresentes cálculos nem
justificações.

Pág. 149 1 Um
 saco contém 4 bolas azuis e 6 bolas verdes indistinguíveis ao tato.
Qual das experiências seguintes é aleatória?
A. Retirar uma bola e registar o número de bolas que ficam no saco.
B. Retirar uma bola e observar a sua cor.
C. Retirar cinco bolas para ver se pelo menos uma delas é verde.
D. Retirar uma bola e observar a sua forma.

2 Lança-se
 um dado perfeito numerado de 1 a 8 e observa-se o número da face
que fica voltada para cima.
Pág. 149 2.1 Justifica que se trata de uma experiência aleatória.
Pág. 149 2.2 Indica o espaço amostral.
Pág. 150 2.3 Refere:
a) dois acontecimentos disjuntos;
b) o
 acontecimento complementar de «sair um
número superior a 4».
2.4  etermina a probabilidade, sob a forma de per-
D
Págs. 154 e 155
centagem, de:
a) sair um número inferior a 2;
b) sair um número divisor de 8.

Págs. 155 e 156 3 Seleciona


 o único valor que pode representar uma probabilidade.

A. 3 B. 1,25 C. -0,7 D. 6
4 5
Págs. 154 e 155 4 À
 saída de uma sessão de cinema, foi pedida a opinião de todos os espectado-
res sobre o filme.
Os resultados são apresentados na tabela.

Fraco Razoável Bom Muito bom


Homens 7 5 31 25
Mulheres 3 12 20 32

Escolhendo um espectador ao acaso, determina a probabilidade (sob a forma


de percentagem) de:
a) ser uma mulher;
b) ser um homem que qualificou o filme de «bom» ou «muito bom»;
c) ser alguém que não considerou o filme «fraco».

178

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Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas.

5 Numa sala de convívio estão alunos do 7.º ano, do 8.º ano e do 9.º ano. Págs. 154, 155 e 156

A probabilidade de um aluno escolhido ao acaso estar no 9.º ano é 4 .


15
Se estiverem 120 alunos na sala, quantos não frequentam o 9.º ano?
A. 32 C. 88
B. 9 D. 93

6 A Sofia tem dois sacos pretos à sua frente. Em cada saco, há 4 bolas: uma azul, Págs. 160 e 161
uma verde, uma branca e uma preta. A Sofia coloca uma mão em cada saco
e retira uma bola de cada um.
Qual é a probabilidade (sob a forma de fração irredutível) de a Sofia tirar uma
bola azul e uma bola branca? Mostra como obtiveste a resposta.

7  um grupo de 70 jovens, 50 têm bicicleta


N Pág. 161
e 30 têm skate. Todos eles têm pelo menos
um dos dois.
 o escolher um dos jovens, ao acaso,
A
determina a probabilidade de ter:
a) só bicicleta;
b) bicicleta e skate.

8 Lança-se uma moeda de 1 € ao ar, deixa-se cair e observa-se a face que fica Pág. 161
voltada para cima. Repete-se a experiência três vezes.
Qual é a probabilidade de se obter três vezes a face euro?

9  m dado perfeito, com a forma de um cubo, tem duas faces brancas e as


U Pág. 165
restantes pretas. Lança-se o dado 1200 vezes. Indica uma estimativa do
número de vezes em que se obtém uma face preta.
Justifica a tua resposta.

10 Ao sábado são publicados vários jornais. Descreve um método para determinar Págs. 164 e 165
qual é a probabilidade de uma pessoa, escolhida ao acaso à saída de um
quiosque, num sábado, ter comprado um jornal.

11 Um grupo de amigos encontra-se num concerto. Escolhendo um deles ao Págs. 154, 155 e 156
acaso, a probabilidade de ter nascido em Évora é 40 % e a de ter nascido
em Portalegre é 1 . Os restantes amigos são 8 e nasceram em Beja.
3
11.1 Escolhendo um deles ao acaso, qual é a probabilidade de ter nascido
em Beja? Apresenta o resultado em forma de fração irredutível.
11.2 Quantos amigos nasceram em Évora? Explica a tua resposta.

GRELHA DE AVALIAÇÃO
Exercício 1 2.1 2.2 2.3 2.4 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Cotação1 (pontos) 5 4 4 8 8 5 12 5 10 10 10 5 6 8
1
Para saberes a cotação de cada alínea, basta dividires a cotação do exercício pelo número de alíneas.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   179

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Retrato de um matemático

Blaise Pascal

Vida
Blaise Pascal nasceu em 1623, em França. Com 3 anos de idade,
perdeu a mãe, ficando a sua educação a cargo do seu pai, que lhe
ensinou Matemática. Pascal foi um prodígio: aos 14 anos, já acompa-
nhava o pai em reuniões sobre Matemática e, aos 16, publicava o seu
primeiro teorema (Teorema de Pascal).
Pascal fez descobertas importantes em Matemática e em Física.
No entanto, em 1654, abandonou tudo para se dedicar à Filosofia
e à Teologia. Morreu em 1662, com apenas 39 anos.

La pascaline
Blaise Pascal foi autor de várias invenções. Aos 18 anos, para aliviar o trabalho do pai, que tinha de fazer
cálculos fastidiosos, Pascal inventa a primeira máquina de calcular, chamada La pascaline (A). O aparelho
permitia adicionar e subtrair, mas não teve o sucesso esperado, devido ao preço elevado. Ainda assim, Pas-
cal construiu e vendeu cerca de cinquenta exemplares.

Teoria das Probabilidades


Uma das primeiras tentativas de aplicar a Matemática ao estudo de fenómenos aleatórios deve-se ao mate-
mático italiano Jerónimo Cardano (1501-1576). Mais tarde, em 1654, um jogador profissional, o Cavaleiro
de Méré, pediu ajuda a Pascal para resolver problemas relacionados com jogos de azar. Pascal ficou muito
interessado e começou a trocar correspondência sobre o assunto com o seu amigo matemático Pierre
de Fermat (1601-1665). Essas cartas históricas são os documentos que estão na origem de um novo ramo
da Matemática, conhecido hoje por Teoria das Probabilidades.

A cicloide
A cicloide é a curva traçada por um ponto de uma circunferência que rola sobre uma reta (B). Numa noite
em que sofria de dor de dentes, Pascal estudou a cicloide para se distrair. Como a dor passou, o matemático
interessou-se ainda mais pelas propriedades dessa curva.

A Conservatório B
de Artes e Medidas
de Paris.

Pesquisa mais informações sobre Blaise Pascal, as suas invenções e os seus interesses em:
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/pasca_l/index.htm u1p48h3

180

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Problemas famosos

O problema do grão-duque da Toscana

No século xvi, na corte do grão-duque da Toscana, era habitual fazer apostas


num jogo que consistia em lançar três dados e registar o total de pontos. Os
jogadores italianos acreditavam que a possibilidade de obter um total
de 9 pontos era igual à possibilidade de obter um total de 10, visto que
qualquer desses números podia ser obtido através de seis combinações:
9=1+2+6=1+3+5=1+4+4=2+3+4=2+2+5=3+3+3
10 = 1 + 4 + 5 = 1 + 3 + 6 = 2 + 2 + 6 = 2 + 3 + 5 = 2 + 4 + 4 = 3 + 3 + 4
Contudo, o grão-duque observou que se obtinham mais frequentemente 10 pontos do que 9 pontos.
Como se pode explicar esta aparente contradição?

Os jogadores italianos pediram ajuda a um dos maiores génios da época, Galileu Galilei (1564-1642), para
resolver este problema. Após estudar a situação, Galileu descobriu o erro dos jogadores: algumas combina-
ções eram mais prováveis do que outras.
Para perceber melhor o raciocínio de Galileu, basta imaginar que os dados têm três cores diferentes.
• A soma 1 + 2 + 6 = 9 pode ser obtida de seis maneiras:

2 2 2 2 2

• A soma 1 + 4 + 4 = 9 pode ser obtida de três maneiras:


u1p49h2

• A soma 3 + 3 + 3 = 9 só pode ser obtida de uma maneira:

u1p49h3

Assim, o raciocínio dos jogadores deve ser corrigido:


• Existem 25 resultados favoráveis ao acontecimento «obter um total de 9» (seis para 1 + 2 + 6, 1 + 3 + 5
e 2 + 3 + 4; três para 1 + 4 + 4 e 2 + 2 +u1p49h4
5; um para 3 + 3 + 3).
• E xistem 27 resultados favoráveis ao acontecimento «obter um total de 10» (seis para 1 + 4 + 5, 1 +
+ 3 + 6 e 2 + 3 + 5; três para 2 + 2 + 6, 2 + 4 + 4 e 3 + 3 + 4).
Conclui-se que é mais provável obter um total de 10 do que um total de 9.

Sugestões de trabalho

1. No lançamento de três dados, qual é o número de resultados possíveis?


2. L ançam-se três dados e regista-se o total de pontos. É mais provável que o total seja igual
a 7 ou a 13? Explica a tua resposta.

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   181

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Investigar

Simulações com a calculadora gráfica


A repetição de uma experiência um grande número de vezes permite obter uma estimativa da probabilidade
de um acontecimento, mas tem o inconveniente de demorar muito tempo. Em alguns casos, pode utilizar-se
uma calculadora gráfica para simular a realização da experiência.

Simulação do lançamento de moedas


1. Pressiona a tecla APPS e abre a aplicação Prob Sim.
2. Escolhe a opção Toss Coins (confirma com ENTER).
3. P ara «lançar» uma moeda, carrega na tecla WINDOW. A letra T corresponde à face euro; a letra H cor-
responde à face nacional (A). Para simular 50 lançamentos, carrega na tecla TRACE.
4. P ara ver os resultados (B), carrega na tecla Y= e, a seguir, na tecla GRAPH. Na coluna TOSS está o total
de lançamentos e na coluna CumH está o total de vezes em que saiu a face nacional.
5. P ara «lançar» duas ou três moedas simultaneamente, carrega na tecla ZOOM. Em Coins, escolhe o
número de moedas e em StoTbl seleciona All, confirmando em ambos os casos com ENTER; no fim,
carrega em GRAPH e em Y=. Depois, é só «lançar» (C).

A B C

Simulação do lançamento de dados


1. Na aplicação Prob Sim, escolhe a opção Roll Dice.
2. A
 s opções são semelhantes às do lançamento da moeda. A observação do gráfico de barras é interessante
porque permite comparar a frequência de cada uma das faces (D).
3. É possível alterar o número de dados (Dice), bem como o número de faces (Sides) (E). No lançamento
de vários dados, pode estudar-se a soma obtida (na coluna Sum) (F).

D E F

Sugestões de trabalho

Recorrendo a uma calculadora gráfica, estima a probabilidade de:


a) obter uma única face nacional no lançamento de três moedas;
b) obter a soma 13 no lançamento de três dados (numerados de 1 a 6).

182

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O triângulo de Pascal e as probabilidades
No triângulo de Pascal (A), cada linha começa e termina com o número 1. Os restantes números são a soma
dos dois números que estão imediatamente acima. Observa como a linha 3 do triângulo de Pascal pode ser
relacionada com os resultados do lançamento de uma moeda 3 vezes:
Linha 0 1
Zero faces Uma face Duas faces Três faces A
euro euro euro euro Linha 1 1 1
NN€ N€€ Linha 2 1
1
1
2 1
NNN N€N €N€ €€€
€NN €€N Linha 3 1 1
3 3 1
1 3 3 1 Linha 4 1 4 6 4 1
...
Sugestões de trabalho

1. F ormula uma conjetura sobre o lançamento de uma moeda n vezes e os números da linha n do triân-
u1p51h1
gulo de Pascal. Testa a tua conjetura em algumas linhas.
2. Relaciona o lançamento de uma moeda n vezes com a soma dos números da linha n.
3. Determina a probabilidade de obter 4 vezes a face euro lançando uma moeda 6 vezes.

As agulhas do conde de Buffon B

O cálculo das probabilidades foi utilizado por um físico francês


conhecido por conde de Buffon (1707-1788) para calcular um valor c
aproximado de um famoso número. 2c

Sugestões de trabalho
u1p51h2

1. L ança várias agulhas iguais sobre uma folha de cartolina onde tenhas traçado retas paralelas (a dis-
tância entre as retas deve ser o dobro do comprimento da agulha) (B). Repete a experiência várias
vezes e estima a probabilidade de uma agulha cair sobre uma linha.
2. O
 número que o conde de Buffon procurava era o inverso dessa probabilidade.
Em http://www.mste.uiuc.edu/reese/buffon/bufjava.html, corre a simulação Java Applet for Buffon’s
Needle e descobre qual era esse número.

Páginas da Internet
• ALEA — Estatística e probabilidades: http://www.alea.pt
• Applet (simulador): http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_146_g_3_t_5.html

Unidade 8 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES   183

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Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas. TESTE INTERMÉDIO 2

• Não é permitido o uso de corretor. Sempre que precisares de alterar ou de anular


uma resposta, risca de forma clara o que pretendes que fique sem efeito.
• Escreve de forma legível a numeração dos itens, bem como as respetivas respostas.
As respostas ilegíveis são classificadas com zero pontos.
• Para cada item, apresenta apenas uma resposta. Se apresentares mais do que uma
resposta a um mesmo item, só a primeira é classificada.
• Podes utilizar a máquina de calcular com que habitualmente trabalhas.
• Para responderes aos itens de escolha múltipla, escreve, na folha de respostas,
o número do item e a letra que identifica a opção correta.

1 O
 Zito, o Jaime e o Diogo foram à Feira Popular.
1.1 Os três amigos compraram três fichas de carrinhos de choque mas deci-
diram gastar uma ficha de cada vez, ficando sempre um dos amigos
a ver os restantes dois. Cada um andou, portanto, duas vezes.
Pág. 154 1.1.1 S e escolherem aleatoriamente, qual é a probabilidade de o Jaime
ir na primeira viagem? Apresenta o resultado sob a forma de
fração irredutível.
Pág. 161 1.1.2 D
 e quantas maneiras diferentes podem os amigos distribuir-se
pelas três viagens? Escolhe a opção correta.
A. 3
B. 5
C. 6
D. 9
Págs. 155 e 156 1.2 O Jaime quis jogar na roda da sorte para tentar ganhar um prémio.
A probabilidade de não sair um prémio é o dobro da probabilidade de sair.
Qual é a probabilidade de sair um prémio?
Apresenta todos os cálculos que efetuares.
Págs. 154, 155 e 156 2 Na
 tabela seguinte encontra-se registado o número de visitantes diários da
Feira Popular em quatro dias de uma semana.

6.ª feira Sábado Domingo 2.ª feira


500 812 1050 402

2.1  ual foi a percentagem de aumento no número de visitantes de 6.ª feira


Q
para sábado? Apresenta todos os cálculos que efetuares.
2.2 Quantos visitantes se deslocaram à Feira Popular na 5.ª feira se a média
de visitantes diários de 5.ª feira a 2.ª feira foi de 610?

Págs. 92, 93, 97 e 98 (vol. 1) 3Uma


 educadora de infância alugou um autocarro para levar os alunos à Feira.
90
A expressão algébrica v = n representa o valor pago por cada aluno, v, em
euros, em função do número de alunos, n.
3.1 J ustifica que se trata de uma situação de proporcionalidade inversa.
3.2 O
 que representa o valor 90 no contexto da situação?
3.3 C
 ada aluno pagou 5 €. Quantos alunos se deslocaram à Feira?

184

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Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas.

4 Considera o sistema de equações: Págs. 26 e 27 (vol. 1)



3û = y
* y
2- =-û
2
Qual das soluções seguintes é a solução do sistema?
A. (1; 3)
B. (4; 12)
C. (-1; -3)
D. (2; 6)

5 Indica
 um número irracional que pertença ao conjunto A abaixo representado: Pág. 39 (vol. 1)
A = {û ! IR: -1 1 û 1 1}

6 Escreve
 todos os números pertencentes ao conjunto Z + A-2 ; 5A. Págs. 39 e 40 (vol. 1)
(Z designa o conjunto dos números inteiros relativos.)

7 Sabe-se
 que A + 7 2; 9 7 = [1,42; 9[. Pág. 43 (vol. 1)
Qual dos intervalos seguintes poderá ser o conjunto A?
A. 7 2 ; +3 7
B. ]1,42; 9[
C. 7 2; 1,42 7
D. [1,42; +3[
Págs. 64, 65, 68, 69 e 70
8 Resolve
 a inequação seguinte, representando o conjunto-solução geometrica-
(vol. 1)
mente e sob a forma de intervalo de números reais.

d û - n 2 4û +
3 1 1
2 6 6

9 Da
 figura ao lado, sabe-se que: D
• A, B, C e E são pontos da circunferência;
• D é um ponto exterior à circunferência;
52º
$ #
• AB = AC ; E B
• BC = 78° e EB = 52°.
78º
9.1 Determina, justificando, a amplitude Págs. 79 e 80
do ângulo BAC.
C
9.2 Calcula a amplitude do ângulo ADC. A Pág. 81
Apresenta todos os cálculos que efetuares.
9.3 Refere como procederias para encontrar Pág. 57
o centro, O, da circunferência.
Págs. 17 (vol. 1),
9.4 Qual é a amplitude da rotação do centro O que transforma o ponto B
79 e 80 (vol. 2)
no ponto A?
U7P147H1A
10 Quantos
 lados tem um polígono regular cuja amplitude de cada ângulo interno Pág. 85
é igual a 160º? Justifica o teu raciocínio.

TESTE INTERMÉDIO 2   185

354818 184-187.indd 185 14/05/15 12:38


Se tens dúvidas, consulta
TESTE INTERMÉDIO 2
as páginas indicadas.

Págs. 20 e 21 (vol. 1) 11 Apresenta duas razões que justifiquem porque a representação gráfica seguinte

não pode corresponder à função f(û) = -2û + 3.

y
6
5
4
3
2
1

262524232221 0 1 2 3 4 5 6 û
21
22
23
24

12 O B
Pág. 15 (vol. 1)
 triângulo [PQR] é uma redução do triângulo equi-
látero [ABC], de razão 0,5.
Q
Sabendo que QR = 5, calcula o perímetro do triân-
gulo [ABC].
Apresenta todos os cálculos que efetuares.
u7p148h1 P R
Prova de Aferição do 3.º Ciclo, 2003 A C

13A
 figura A é uma fotografia de uma chaminé.
A figura B representa um modelo geométrico da parte inferior da chaminé,
com a forma de um tronco de pirâmide de base retangular.
O modelo não está desenhado à escala. u7p148h2

A B
H

û cm

F G
23 cm C
D 35 cm

40 cm 45 cm
E
43 cm
A B
15 cm
65 cm

Pág. 12 13.1 Indica duas retas perpendiculares na figura B.


Págs. 124 e 125 13.2 Calcula a amplitude do ângulo BAD assinalado na figura B (com 1 c. d.).
13.3 Descobre o valor de û sabendo que o volume do tronco da pirâmide
Pág. 28 u7p148h4
é igual a 75 000 cm3. Arredonda o resultado às unidades.
Apresenta todos os cálculos que efetuares.

186

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Se tens dúvidas, consulta
as páginas indicadas.

14  figura ao lado representa um mapa


A Págs. 56 e 57
do Jardim Zoológico onde estão assi-
nalados os locais de residência de
alguns animais.
O Jardim Zoológico vai receber um Reptilário Aldeia dos Macacos

casal de coalas.
Árvore das Aves Exóticas
O local de residência dos coalas veri- Lago das Focas
fica as duas condições seguintes: Encosta dos Felinos

• fica à mesma distância da Árvore


Vale dos Tigres
das Aves Exóticas e do Lago das Baía dos Golfinhos
Focas;
• a sua distância à Aldeia dos Maca-
cos é igual à distância entre o
Reptilário e a Encosta dos Felinos.
Reproduz ou fotocopia a figura. Depois, desenha a lápis uma construção geo-
métrica que te permita assinalar o ponto correspondente ao local de residência
dos coalas.
Assinala esse ponto com a letra C.
NOTA: Não apagues as linhas auxiliares.
Exame Nacional do 3.º Ciclo, 2010 — 2.ª chamada

COTAÇÕES
1.1.1.................................................................................................3 pontos
1.1.2.................................................................................................4 pontos
1.2....................................................................................................5 pontos
2.1....................................................................................................4 pontos
2.2....................................................................................................4 pontos
3.1....................................................................................................3 pontos
3.2....................................................................................................4 pontos
3.3....................................................................................................4 pontos
4.......................................................................................................4 pontos
5.......................................................................................................3 pontos
6.......................................................................................................4 pontos
7.......................................................................................................4 pontos
8.......................................................................................................5 pontos
9.1....................................................................................................4 pontos
9.2....................................................................................................4 pontos
9.3....................................................................................................4 pontos
9.4....................................................................................................4 pontos
10.....................................................................................................5 pontos
11.....................................................................................................4 pontos
12.....................................................................................................5 pontos
13.1..................................................................................................3 pontos
13.2..................................................................................................5 pontos
13.3..................................................................................................6 pontos
14.....................................................................................................5 pontos

TESTE INTERMÉDIO 2   187

354818 184-187.indd 187 14/05/15 12:38


Soluções

5.1
5
AXIOMÁTICA, PARALELISMO,
Unidade

Axiomatização da Geometria Pág. 6


PERPENDICULARIDADE E MEDIDA Págs. 4 a 53
Tarefa 1:

Atividades iniciais Pág. 5 1.

1. 1.1 a) A, D, E, G, H, I e J.
b) A, E, H e I.
c) A, E e I.
d) D, G e J.
1.2
N.o N.o N.o
Poliedros
de faces (F) de vértices (V) de arestas (A)

A 6 8 12
2. Ao cuidado do aluno.
D 4 4 6
3. Seriam o mesmo se a regra criada fosse equivalente à original
E 6 8 12 e seriam diferentes no caso contrário.
G 5 5 8 Verificar a aprendizagem Págs. 11 e 12
H 5 6 9 1. a) Condição suficiente: «O número natural termina em zero»;
I 6 8 12 Condição necessária: «O número é múltiplo de 5».
b) «Se um número é múltiplo de cinco, então, termina
J 4 4 6
U5P6H1N
em zero» e é falsa.
1.3 2. a) V
Poliedro F V A F+V A+2 b) F
c) F
A 6 8 12 14 14
d) V
D 4 4 6 8 8
e) V
E 6 8 12 14 14 3. a) suficiente e/ou necessária
G 5 5 8 10 10 b) suficiente
c) suficiente e/ou necessária
H 5 6 9 11 11
d) suficiente e/ou necessária
I 6 8 12 14 14
4. a); c) e d)
J 4 4 6 8 8 5. a) Hipótese: O polígono é um triângulo; Tese: A ângulos

2. A, C e E. iguais opõem-se lados iguais.

3. 3.1 Sólido A: a) b) c) b) Hipótese: O polígono é convexo; Tese: A soma das amplitudes


Vista de frente Vista da direita Vista de cima (planta) dos ângulos externos com vértices distintos é 360º.
c) Hipótese: a e b são números racionais negativos;
Tese: O produto ab é um número racional positivo.
d) Hipótese: Os ângulos a e b são alternos internos; Tese: aU = b
V.
6. Ao cuidado do aluno.
7. Ao cuidado do aluno.
Sólido B: a) b) c)
u11p1h1
Vista de frente
u11p1h2
Vista da direita
u11p1h3
Vista de cima (planta)
Paralelismo e perpendicularidade
5.2 de retas e planos Pág. 13
Tarefa 2:

1. a) AE e EF, por exemplo.



b) EF e DG, por exemplo.
Sólido C: a) b) c)
u11p1h4
Vista de frente
u11p1h5
Vista da direita
u11p1h6
Vista de cima (planta) c) AE e ED, por exemplo.
2. Reta perpendicular à reta BC e que passa por A.

Verificar a aprendizagem Págs. 23 a 25


1. a) V
b) F
3.2 Sólido A: 7 cm2; sólido B: 7 cm2; sólido C: 7 cm2. c) F
u11p1h7
3.3 Sólido A: 10 cm3; sólido B: u11p1h8
13 cm3; sólido C:u11p1h9
11 cm3. d) V
e) F

188

354818 188-207.indd 188 13/05/15 17:20


2. Consideremos, no plano, duas retas perpendiculares, r e s. 12. 12.1 a) A reta BF é perpendicular às retas EF e FG
Seja t uma reta perpendicular à reta r. Duas retas (porque [ABFE] e [BCGF] são retângulos), que são
perpendiculares formam quatro ângulos retos. A reta r concorrentes e estão contidas no plano EFG, logo,
interseta as retas t e s e determina com elas pares de ângulos é perpendicular ao plano EFG.
alternos internos iguais. Logo, as retas s e t são paralelas. A reta AB é perpendicular às retas BC e BF,
b) 
r que são concorrentes e estão contidas no plano

BCG, logo, é perpendicular ao plano BCG.
t
O plano ABF é perpendicular ao plano EFG, porque
c) 
contém uma reta, BF, que lhe é perpendicular.
s
O plano ABF é perpendicular ao plano EAD, porque
d) 
contém uma reta, AB, que lhe é perpendicular.
A reta BF é perpendicular ao plano EFG, então,
12.2 
3. 180 - 126,46 = 53,54 e 53,54 + 126,95 = 180,49 > 180; é perpendicular a todas as retas desse plano que passam
47,58 + 132,91 = 180,49 > 180 pelo ponto F, incluindo HF.
Em ambos os casos as retas são concorrentes pelo 13. 13.1 a) Não complanares.
5.º postulado de Euclides.
b) Paralelos.
4. 4.1 ABE, AFE e BFE.
13.2 a) CD, por exemplo.
4.2 BCG, por exemplo.
b) GHI e FEK.
4.3 AB, AC, AD, BC, BD e CD.
Os planos ABC e GHI são paralelos pois contêm as
13.3 a) 
5. a) Paralelas. bases de um prisma.
b) Concorrentes. O plano CDJ é perpendicular ao plano GHI porque
b) 
c) Perpendiculares. contém uma reta, DJ, que lhe é perpendicular.
U3P107H1N
d) Coincidentes. 13.4 120°.
e) Não complanares. 14. D
f) Perpendiculares. 15. A. Falso: é paralela a algumas retas e não complanar com
g) Paralelas. outras.
h) Concorrentes. B. Verdadeiro.
i) Não complanares. C. Falso: é perpendicular a todas as retas que passam pelo
ponto de interseção com o plano.
j) Perpendiculares.
16. 16.1 3 pés.
6. 6.1 a) Perpendiculares.
16.2 Com o esquadro, deve verificar que os pés são
b) Paralelos.
perpendiculares a duas linhas retas concorrentes
c) Concorrentes. do chão.
d) Coincidentes. 16.3 Deve colocar o nível em cima da mesa em duas
6.2 a) Reta paralela ao plano. posições diferentes (não paralelas) e verificar se a bolha
b) Reta contida no plano. de ar está no centro.

c) Reta perpendicular ao plano. 17. 17.1 a) Concorrentes.

d) Reta secante ao plano. b) Estritamente paralela.

6.3 BE e AC, por exemplo. 17.2 B

7. O varão deve ficar paralelo a uma linha reta contida no chão.


8. As duas arestas da prateleira que vão ser encostadas 5.3 Medida Pág. 25
às paredes devem ser paralelas ao chão.
Tarefa 3:
9. a) A reta AE é paralela à reta BF ([ABFE] é um retângulo),
logo, é paralela ao plano BCG. 1. Ao cuidado do aluno.
b) A reta EF é paralela à reta HG ([EFGH] é um retângulo), 2. Ao cuidado do aluno.
logo, é paralela ao plano DCG. 3. 3 pirâmides.
c) O plano ABC contém duas retas concorrentes, AB e BC, que ABASE 3 h
são paralelas, respetivamente, às retas concorrentes EF e FG 4. VPIRÂMIDE =
3
do plano EFG, logo, os planos ABC e EFG são paralelos.
d) O plano FBC contém duas retas concorrentes, FB e BC, que Verificar a aprendizagem Págs. 33 e 37
são paralelas, respetivamente, às retas concorrentes EA e
1. a) 4 cm
AD do plano EAD, logo, os planos FBC e EAD são paralelos.
b) 7 cm
10. A vara deve ser perpendicular a duas linhas retas concorrentes
do chão. c) AC, por exemplo.
11. Primeiro, coloca-se o poste perpendicular ao chão. Depois, d) Porque a reta DC não é perpendicular ao plano BCE.
basta fixar a tabela ao poste, assegurando-se que a base 2. a) 4 u. c.
da tabela fica paralela ao chão. b) 6 u. c.
c) 4 e 6 u. c., respetivamente.

189

354818 188-207.indd 189 13/05/15 17:20


Soluções

3. a) 680 cm2 25. a) 1


b) 1641,5 cm2 (com 1 c. d.) b) 18,85 cm2 (com 2 c. d.)
2
c) 1382,3 cm (com 1 c. d.) c) 12,57 cm (com 2 c. d.)
d) 628,3 cm2 (com 1 c. d.) 26. 150º
4. a) 1520,5 cm2 (com 1 c. d.)
b) 18 145,8 mm2 (com 1 c. d.) Atividades globais Págs. 44 a 47
5. a) 89,7 cm 3
1. C
b) 457,3 cm3 (com 1 c. d.) 2. C
c) 117,8 cm3 (com 1 c. d.) 3. D
d) 73120,6 cm3 (com 1 c. d.) 4. A
e) 7238,2 cm3 (com 1 c. d.) 5. B
3
f) 75 766,4 mm (com 1 c. d.) 6. A
6. a) A. 678 cm2 7. D
B. 3115 m 2 8. D
C. 2709,62 cm2 (com 2 c. d.) 9. 9.1 A. 16 648 cm2 F. 1978 cm2
D. 172,47 cm2 (com 2 c. d.) B. 153,94 cm2 G. 73,51 cm2
E. 150,80 cm2 (com 2 c. d.) C. 1913,23 cm2 H. 3926,99 m2

b) A. 1026 cm3 D. 161,12 cm2 I. 86,46 cm2

B. 8411,67 m3 (com 2 c. d.) E. 2858,65 cm2


9.2 A. 141 680 cm3 F. 5000 cm3
C. 10 802,37 cm3 (com 2 c. d.)
B. 179,59 cm3 G. 67,86 cm3
D. 141,37 cm3 (com 2 c. d.)
C. 6157,52 cm3 H. 32 724,92 m3
E. 134,04 cm3 (com 2 c. d.)
D. 104,83 cm3 I. 34,45 cm 3
7. 330 000 L
E. 8821,59 cm3
8. 55 417 cm3
10. 10.1 1800 cm3, 3000 cm3 e 4800 cm3.
9. 65,462 m3 (com 3 c. d.)
10.2 Está correto: volume = 600 × altura (a constante
10. 10.1 3,18 L (com 2 c. d.)
é 600).
10.2 2167,70 cm2 (com 2 c. d.)
11. 11.1 a) Paralelas.
11. 11.1 a) 128,8 cm2
b) Concorrentes.
b) 21,3 cm3
c) Reta contida no plano.
11.2 148,9 cm3
1 11.2 64 cm3
11.3 A afirmação é falsa, só do copo é que está cheio.
8 11.3 256 cm3
12. 476,4 cm3 (com 1 c. d.) de água.
11.4 O volume do cubo (512 cm3) é duas vezes superior.
13. 18 cm
11.5 32 cm2
14. 31,4 cm
12. 12.1 Ao cuidado do aluno.
15. 3,767 m
12.2 6 vértices, 12 arestas e 8 faces.
16. 8,95 dm
12.3 a) DEF
17. 9 cm
b) AD, por exemplo.
18. 64 vezes
12.4 124,8 cm2
19. 19.1 Secante.
12.5 101, 82 cm3 (com 2 c. d.).
O plano ABC é perpendicular ao plano da base
19.2 
12.6 p
do cone porque contém uma reta, AO, que lhe
é perpendicular. 13. 13.1 a) 37,7 cm3 (com 1 c. d.).
20. ASUPERFÍCIE ESFÉRICA . 5,1 × 108 km2; VESFERA . 1,1 × 1012 km3. b) 75,4 cm2 (com 1 c. d.).
21. 21.1 150,53 cm3 13.2 A afirmação é falsa, pois o volume desse segundo cone
3 é de 50,3 cm3 (com 1 c. d.).
21.2 301,07 cm
1 13.3 As arestas da base quadrangular medem 8 cm e as
21.3 O volume vazio é do volume do cilindro.
3 arestas laterais medem 4 cm.
21.4 A área da caixa é 4,5 vezes maior. 14. 16 cm
22. 22.1 253, 07 cm2 (com 2 c. d.) 15. 15.1 288 cm3
22.2 50,61 cm (com 2 c. d.) 15.2 Cabem 6 pirâmides no cubo.
22.3 8,06 cm (com 2 c. d.) 16. 16.1 Têm o mesmo volume, logo, transportam a mesma
22.4 Ao cuidado do aluno. quantidade de água.
23. Ao cuidado do aluno. 16.2 A área lateral do cilindro A é duas vezes superior à área
24. 24.1 24 pares. lateral do cilindro B.
24.2 Ao cuidado do aluno.

190

354818 188-207.indd 190 13/05/15 17:20


17. E C
1.4
18. O João Martim pode colorir 10 cubos de forma diferente.
19. 19.1 a) c)

b) d)
u11p7h3 60º 80º
u11p7h1 A
4 cm
B

D
19.2 Ao cuidado do aluno. 2.
B C G
19.3 75 cm2 C Í D
u11p7h2 u11p7h4 I Cu8p148h1
R E I
AUTOAVALIAÇÃO Págs. 48 e 49 A R A C R A
1. B C C R U A F MH
E U C L I D E S
2. a) 90 cm3 N N O O O O T E
b) 2309,1 cm3 (com 1 c. d.). T F I R T
c) 1536 cm3 R E S O O
O R R
d) 314,2 cm3 (com 1 c. d.). Ê
3. 1960,4 cm3 (com 1 c. d.). N C
4. a) Volume = 2200 cm3; Área = 1080 cm2 C I
I R
b) Volume = 1884,96 cm3 (com 2 c. d.); A C
Área = 829,38 cm2 (com 2 c. d.) U
5. 5.1 Aproximadamente 5,43 × 1011 km3. L
A
5.2 148,24 milhões de km2.
R
6. 6.1 BD
6.2 PDC, por exemplo. 3.
C
6.3 C
F
6.4 Volume da pirâmide = 1125 cm3. O volume da pirâmide
é três vezes inferior ao volume do cubo (3375 cm3). u8p148h2
A
G
7. 7.1 a) A reta DA é paralela à reta EB contida no plano EBC
([ADEB] é um retângulo), logo, é paralela ao plano E
EBC.
A reta CB é perpendicular às retas EB e BA
b) 
(porque [FCBE ] é um retângulo e [ABC ] é um
triângulo retângulo em B), que são concorrentes 4. 4.1 136,8°
e estão contidas no plano DAB. Logo, a reta CB é 4.2 4,78 cm2 (com r = 2 cm)
perpendicular ao plano DAB. 4.3 A amplitude do setor circular seria a mesma; a área seria
O plano EFC é perpendicular ao plano DAB, porque
c)  u8p148h3
quatro vezes maior (aproximadamente, 19,10 cm2).
contém uma reta, CB, que lhe é perpendicular.
7.2 1,08 m3 Identificar lugares
8. 6,25 dm
6.1 geométricos Pág. 56
9. A altura do cone tem de ser 4r. Tarefa 1:

1. e 2.
A

6
Unidade

CIRCUNFERÊNCIA Págs. 54 a 103


P B

Atividades iniciais Pág. 55 C

1. 1.1 Ângulos internos: ABC; BCA; CAB. Amplitudes


desconhecidas: BC V = 51°.
W A = 59°; ABC 3. Vai intersetar as duas mediatrizes já traçadas, no ponto P.
4. Ao cuidado do aluno.
Ângulos externos: DAB; EBC; FCA. Amplitudes
1.2 
W = 110°; EBC
desconhecidas: DAB V = 129°. 5. A circunferência passa também pelos pontos B e C.
1.3 
360° 6. Ao cuidado do aluno.

U5P56H1N
191

354818 188-207.indd 191 13/05/15 17:20


Soluções

Verificar a aprendizagem 5. 5.1 B


Págs. 62 e 63
1. 1.1 e 1.2 B E

3,7 cm 2,3 cm
8 cm 8 cm
D F D
4 cm
A C
H
A
5 cm C
3,8 cm
5.2 r . 1,8 cm P . 11,3 cm
u8p155h6 6. C
u8p155h5
G
6,7 cm
I
7. O árbitro pag
não 149
tomou a decisão
soluçao 2.1 correta, uma vez que o defesa
D2 estava entre o jogador e o guarda-redes.
1.3 Num triângulo acutângulo, o circuncentro está no
seu interior; num triângulo retângulo está sobre a
hipotenusa; num triângulo obtusângulo, está no exterior.
D1
1.4 Ao cuidado do aluno. Sim, mantém-se válida.
2. GR

u8p155h7
D2

8. 8.1 
C é o ponto de interseção da reta r com a mediatriz
3. a)
u8p156h2
do segmento de reta [AB].
8.2 4
u8p156h1 9. Um número infinito.
10. 1.o Ao cuidado do aluno.
2.o Ao cuidado do aluno.
3.o Ao cuidado do aluno.
b) 4.o A soma das medidas do diâmetro e da hipotenusa é igual
à soma das medidas dos catetos.
5.o Ao cuidado do aluno. Sim, mantém-se válida.
6.o Seja [ABC] um triângulo retângulo, em que [AB] e [BC]
são os catetos e [AC] a hipotenusa.
Da figura abaixo (I), observa-se que:
• Cm = a + r
4. a) C • CM = b + r
• Cm + CM = a + r + b + r = a + b + 2r = H + d
A
I a
70º
40º
a H
A 4 cm B

b) F Cm
r b
r
5 cm r
B C
r b
50º CM

D 5 cm E

c) I
4 cm 3 cm
u8p156h5
G 5 cm H

192

354818 188-207.indd 192 13/05/15 17:20


b) B
Identificar outros lugares 4
6.2 geométricos Pág. 64
3
F
C
Tarefa 2: A
5
B
1. e 2. 5. A
P 6. a) Baricentro
A
b) Circuncentro
c) Incentro
d) Ortocentro
C e) Baricentro

f) Incentro
3. Vai intersetar as duas alturas já traçadas, no ponto P.
g) Circuncentro
4. Ao cuidado do aluno.
7. a) 4 cm
Verificar a aprendizagem Págs. 66 e 67 U7P15H12N
b) 2 cm
1. a) c) 3 cm
B
d) 4,5 cm
8. û = 5 cm, y = 12 cm e z = 6 cm
G 3
3 9. B
U7P14H1N
C
A 3

b) 4,5 4,5
B G
F
a = 70° O
4
G
A C
A b = 35°
C

c) 10. C
B
11. D
A=G

6.3 Ângulo ao centro Pág. 68


U7P15H7N
Tarefa 3:
C 1. Os três ângulos medem o mesmo: 113°.

2. Também aumenta.
2. D U7P15H13N
3. 19,72 m (2 c. d.)
3. a)
U7P15H8N
C 4. 616,32 cm2 (2 c. d.)
4,1 Verificar a aprendizagem Págs. 71 e 72
1. Por exemplo:
5 G A
U7P15H9N 4 cm
5
B
b) 4,56 cm
4. a) C

2. A circunferência é o lugar geométrico dos pontos do plano
que estão a uma distância fixa de um ponto dado. O círculo,
B
4 F além da circunferência, contém o seu interior.
3. a) û = 65°
u8p149h1
4
b) û = 120°; y = 240°.
U7P15H10N
a = 50°
c) û = 115°; y = 155°.
A d) û = 31°; y = 118°; z = 118°.

193

354818 188-207.indd 193 13/05/15 17:20


Soluções

4. 4.1 
57°, porque são ângulos verticalmente opostos. 5. e 6. (A vermelho na figura).
4.2 
57° B
4.3 Com a mesma amplitude; geometricamente iguais;
com a mesma amplitude.
W = 123°, porque os ângulos AOB e BOD são O D
%
4.4  BOD
A
 suplementares. AC = 123°, porque é o arco
correspondente ao ângulo ao centro AOC, que
é geometricamente igual ao ângulo ao centro BOD.
5. a) Os ângulos ao centro AOB e COD são iguais porque os C
arcos, AB e CD, determinados por estes ângulos são iguais.
3. Pelo centro da circunferência.
b) As cordas [AB] e [CD] são iguais porque são determinadas
pelos ângulos ao centro AOB e COD, respetivamente, que 4. A mediatriz divide a circunferência em duas partes iguais:
é um eixo de simetria.
%
também são iguais.
6. a) AB = 40° 6. São geometricamente iguais.
(
W = 35° e ACB = 325°. solucao
7. tarefa 7 iguais.
São geometricamente
%
b) AOB
c) AOB W = 80° e AB = 80°. Verificar a aprendizagem Págs. 75 e 76
7. A. Falsa. O comprimento do arco depende do raio 1. 0, 1 ou 2.
da circunferência a que pertence.
2. 2.1 CD
B. Verdadeira.
2.2 Perpendicular.
C. Verdadeira.
2.3 Têm a mesma amplitude.
8. 8.1 Trapézio isósceles.
W = 51°; W V = 129°.
3. a) 30°
8.2 D A=B
$ $ b) 1,6 cm
8.3  CE = ED, porque os ângulos ao centro correspondentes
têm a mesma amplitude _W Vi.
c) 56°
A=B
d) 20°
8.4 231°
4. 4.1 Qualquer reta que passe pelo centro de uma
9. 9.1 20 setores. circunferência e seja perpendicular a uma corda bisseta
360°
9.2 18°, porque = 18°. essa corda, logo, a reta r é a mediatriz de [AB] e [CD].
20
4.2 As cordas [AC] e [BD] estão compreendidas entre duas
9.3 Têm a mesma amplitude, pois correspondem ao mesmo
retas paralelas, AC e BD, logo, são iguais.
ângulo ao centro.
Os arcos AC e BD estão compreendidos entre duas retas
4.3 
9.4 37,10 cm2.
paralelas, AC e BD, logo, são iguais.
10. 10.1 a) The London Eye: 11,25°; Singapore Flyer: 12,86°;
5. 5.1 a) Como [ABCD] é um trapézio, as cordas são paralelas.
A Grande Roda de Pequim: 7,5°.
As cordas [AC] e [BD] estão compreendidas entre duas
The London Eye: 13,25 m; Singapore Flyer: 16,83 m;
b)  retas paralelas, logo, são iguais, pelo que o trapézio
A Grande Roda de Pequim: 12,63 m. é isósceles.
10.2 Aproximadamente 1,8 km/h. Como [ABCD] é um trapézio as cordas [AB] e [CD]
b) 
1
11. a) A área de um setor circular de raio r e de amplitude  é são paralelas. Os arcos AC e BD estão compreendidos
4
da área de um setor circular de raio 2r e de amplitude . entre duas retas paralelas, logo, são iguais.
1 5.2 O eixo de simetria do trapézio é a reta r perpendicular
b) A área de um setor circular de raio r e de amplitude  é a [AB] que passa por O, ou seja, a mediatriz de [AB].
2
da área de um setor circular de raio r e de amplitude 2. r
B
c) A área de um setor circular de raio r e de amplitude  A
r
é quatro vezes a área de um setor circular de raio O
2 D
e de amplitude .
12. , Asetor , Asetor ,pr 2 C
= + = + Asetor = +
Pcírculo Acírculo 2pr pr 2 2pr 6. Como o segmento de reta [BD] é perpendicular à corda [AC] e
passa no centro da circunferência: AE = EC.
+ Asetor =
,#r
= Asetor = , # .
r V = CED
Além disso, AED V = 90° e ED = ED; logo, pelo critério
2 2 LAL, os triângulos [ADE] e [CDE] são iguais.
7. 7.1 ( 18 - 3) cm; 1,24 cm.
7.2 3,53 cm2
Relações entre ângulos, arcos
6.4 arcos e cordas Pág. 73 O triângulo [OAD] é retângulo e isósceles, logo,
8. 8.1 
os catetos têm a mesma medida:
Tarefa 4:
2 2

OA = 2 +2 = 8=2 2
1., 2. e 3. (A preto na figura).
8.2 8.2.1 90°
8.2.2 45°
U6P75H1N
8.2.3 45°
9. Ao cuidado do aluno.

194

354818 188-207.indd 194 13/05/15 17:20


Ângulos inscritos 8. 3,12 m
6.5 e outros ângulos excêntricos Pág. 77 9. Se o arco AB tem uma amplitude de 180o, significa que
o triângulo [ABC] está inscrito numa semicircunferência,
Tarefa 5:
logo, o ângulo em C é reto. Assim, o triângulo já não pode
ser equilátero, pois é retângulo.
1. Ao cuidado do aluno. %
2. A amplitude do ângulo BAC é o dobro da do ângulo BDC. 10. ABCV = 180° - AB. Ao cuidado do aluno.
W = 2 # BDC
3. BAC W .
V + BDA
W = ABD W + BAC
W = 2BDA
W + BAC
W = 2BDC
W .
4. BAC 6.6 Polígonos regulares Pág. 84
5. A amplitude mantém-se.
Tarefa 6:
6. Ao cuidado do aluno. 90o. Como:
W
W = BAC + BDC
BDC W = 180c + BDCW = 90c 1.
2 2

Verificar a aprendizagem Págs. 82 e 83 Externo

1. a) 52°
b) 30° Interno
c) 74°
d) 208°
e) 40,5° 2.
f) 26°
N.º mínimo Soma das
g) 90° N.º
P Nome de triângulos amplitudes dos
de lados
h) 47° u8p157h1 que o divide ângulos internos
2. 2.1 Ao cuidado do aluno.
$ % 1 Triângulo 3 1 180°
2.2 DE + AC = 2ABC V
2 Quadrado 4 2 360°
2.3 Ao cuidado do aluno. Sim, mantém-se.
3 Pentágono 5 3 540°
3. a) 88°
b) 65,5° 4 Hexágono 6 4 720°
c) 49° 5 Heptágono 7 5 900°
d) 76°
%
6 Octógono 8 6 1080°
W = AB , porque a amplitude de um ângulo inscrito
4. a) ADB … … …
2
é metade da amplitude do arco correspondente. n n-2 `n - 2j # 180°
b) ADVW = 180° - ADB W , porque os ângulos ADV e ADB são
%
Amplitude Amplitude Soma das
W = 180° - AB .
P de cada ângulo de cada ângulo amplitudes dos
suplementares. Assim, de a) vem que: ADV
$ 2 interno externo ângulos externos
W
c) VAD =
CD
, porque a amplitude de um ângulo inscrito 1 60° 120° 360°
2
é metade da amplitude do arco correspondente. 2 90° 90° 360°

W = 180° - ADV
d) AVB W - VAD
W + 3 108° 72° 360°
% $
W f
+ AVB = 180° - 180° -
AB
p -
CD
+
4 120° 60° 360°
2 2
% $ 5
900° 360°
360°
W = 180° - 180° + AB - CD +
+ AVB
7 7
2 2
% $ % $ 6 135° 45° 360°
W =
AVB
AB
-
CD W =
+ AVB
AB - CD
… … …
2 2 2
5. a) 46° _n - 2i #180° 360°
360°
n n
b) 24°
c) 46,5° Verificar a aprendizagem Págs. 87 e 89
d) 35° 1. a) 72°
6. 6.1 O triângulo [ABC] é retângulo em A porque CAB é um b) 30°
ângulo inscrito numa semicircunferência (logo, é reto).
c) 10°
V = 60c e BC
6.2 ABC WA = 30c.
V = 36c; BGC
7. EBD W = 108c.

195

354818 188-207.indd 195 13/05/15 17:20


Soluções

2. W = 180° .
Por um raciocínio análogo conclui-se que EOP
a)
a) c)
c) e)
e) 7
Os segmentos de reta [FO] e [OE] são raios, logo, têm
120º
120º
60º
60º 40º o mesmo comprimento e vem que
40º
O
O O
O O
O V = OEP
OFP V = d180° - 360° n ' 2 = 450° .
7 7
 V
Assim, OPF = 180° -
450°
-
180°
= 180° - 90° = 90°
7 7
b)
b) d)
d) f)
f)
Como BP passa pelo centro da circunferência e é

perpendicular à corda [FE], bisseta-a, donde FP = EP .
90º
90º 45º
45º 36º
36º A reta BP é perpendicular ao segmento de reta [FE] e passa

O
O O
O O
O no seu ponto médio, por isso, BP é a mediatriz de [FE].
17. 17.1 45°
17.2 3,4
17.3 4,8
3. C
18. a) Não.
4. a) 144°
b) Sim, proporcionalidade inversa. Constante
b) 160°
de proporcionalidade: 360.
c) 175,5°
19. C I R C U N F E R Ê N C I A W E F A C O
5. 1620°
I N V R I U OM T E J A L O K E C V Í U
6. a) 30 lados.
soluçoes
soluçoes exemplo2
exemplo2 R E A J A E G C B J U I T O S E T O R Q
b) 40 lados. C I R C U N S C R I T A I L O X U A C A
c) 12 lados. U Q C A E T Y Ã O G E O Ã Ç R T T A U Z
7. 24 lados. N I O L T Q W E R H A D M N T E R I L A
C E L N A I Ç B Í G N I N S C R I T O I
8. a) 40° b) 30° c) 8° E X C Ê N T R I C O P Â N D S N O P L G
9. D N G T Y G O P S A E K M A I C O R D A Q
10. a) 3 lados. T A Ã O E L I S Á R T E I L M O N P F S
R I O Q N U M E D I A T R I Z A C D F G
b) 25 lados.
O R Y L T U I T A Q C R V N H D E I D A
c) 60 lados. S I N C E N T R O F P O L Í G O N O L A
11. Não, porque a soma das amplitudes dos ângulos externos A N Ó O T R G I N O M T F G U I T A Ç Í
é igual em todos os polígonos. E T Q A D R B Z C B M D E S F E R A L O
12. 8 lados. R E G U L A R I D F B M I Ç F Á O Ã L N
I R G H J I K Ç P O U Y T D D V B C X J
13. Não, porque a solução da equação 180 # (n - 2) = 1000 Â N G U L O A S F V N K U L I A M O L P
não é um número natural. E O H Y U N C D A D V H M Ã O T R A S C
14. 18 passos. D R T V N J F S A E I L U I M O B S A F
15. 15.1 Ao cuidado do aluno.
20. 20.1 60°
15.2 50,3 cm (1 c. d.)
20.2 60°
15.3 144°
16. 16.1 e 16.2 u8p160h2
20.3 Como os ângulos ao centro são iguais e os lados
adjacentes a esses ângulos também (pois são raios
B da circunferência), pelo critério LAL, os triângulos são

iguais.
A C
20.4 O
 s triângulos são equiláteros, porque os seus ângulos
têm 60°. Assim, o lado de um hexágono regular
é igual ao raio da circunferência em que está inscrito.
O
20.5 Ao cuidado do aluno.
G D
20.6 A área do hexágono, é seis vezes a área de cada
P triângulo. Assim:
F E b#a
AHExÁGONO = 6 #
Q 2
Como BP
16.3  o é a bissetriz do ângulo ABC, divide o ângulo (6# b)
= #a
em dois ângulos iguais, cada um com 2
P
450 c VP = d 450 n .
c
d n , logo, AB
= #a
2
7 7
Phexágono = 6 # b
 O arco AGQ está compreendido entre os lados do ângulo
u8p160h1
inscrito ABP, logo, a = apótema
)
AGQ = 2 # ABP V + 2 # 360° + FOP W = 2 # 450° + 20.7 É válida.
7 7
+ FOP W = 900° - 720° = 180°
7 7 7

196

354818 188-207.indd 196 13/05/15 17:20


W = 90°, pelo Teorema de Pitágoras:
21. Como AOD 11. 11.1 5,1 # 108 km2
2 11.2 Aproximadamente 6370,60 km (2 c. d.).
,2 = r 2 + r 2 + ,2 = 2r 2 + , = ! 2r +
11.3 Aproximadamente 2070,60 km.
+ , = 2 # r 2 , então, , = 2 r (r é positivo).
11.4 Aproximadamente 1,08 # 1012 km3.
B C 12. C
13. E
O
14. 32 - 32p + 8 8 p. Aproximadamente, 2,56 m.
r r
15. A distância a que as duas amigas vivem uma da outra pode
ser qualquer valor entre 3 km e 7 km, incluindo esses valores.
A , D
16.
V = 60°;
22. Como BFD
 W W = 180° - 120° = 60°, vem que
BDF = 180° - BDA
V = 180° - 60° - 60° = 60°.
FBD

Logo, o triângulo [BDF] é equilátero, donde sai que FD = BD = r .
Como o triângulo [ABF] é retângulo em B, pelo Teorema
2 2 2
de Pitágoras, FA = FB + BA + (2r)2 = r 2 + , 2 +
+ 4r 2 = r 2 + ,2 + 3r 2 = ,2, então, , = 3r 2 , donde

, = 3 r (, e r são positivos).

Atividades globais AUTOAVALIAÇÃO Págs. 98 e 99


Págs. 95 a 97
1. C 1. 1.1 
132°, porque a amplitude do arco é o dobro da
u8p160h3
amplitude do ângulo inscrito que lhe corresponde.
2. C
1.2 Ângulo ao centro.
3. D
1.3 
132°, porque é igual à amplitude do arco
4. 4.1 B
correspondente, AC.
4.2 C
1.4 66°
5. B
2. D
6. A
3. A
7. D
4. 4.1 Local assinalado a vermelho:
8. B

9. A. Falsa; depende do raio da circunferência. B
B. Falsa; pode ser um ponto exterior ou estar sobre um lado
do triângulo.
C. Verdadeira. A

D. Falsa; tem de ser uma reta que passe, perpendicularmente,


pelo ponto médio do segmento de reta.
E. Falsa; o raio é igual à distância do ponto de interseção
das bissetrizes a um dos lados do triângulo.
C
F. Falsa; 360 não é múltiplo de 23.
10. 4.2 Local assinalado a verde:

B
u8p161h1
A
O
RC AD
ER ME
SUP

O
DIC

STO
PO

5.

OLA
ESC
0
ESCALA
200 m
u8p161h2
32º
32º

197

u8p159h1
u8p161h3
354818 188-207.indd 197 13/05/15 17:20
Soluções

6. Verificar a aprendizagem Págs. 111 e 112


1. a) [TI]
b) [TR]
40°
c) [IR]
d) [IR]
e) [TR]
2. a) sen W
A = 0,6 ; cos W
A = 0,8 ; tg W
A = 0,75.
W . 0,92 ; cos D
b) sen D W . 0,38 ; tg D
W = 2,4.

7. 7.1 280,7208 m c) sen IT á 0,69; cos IT á 0,72; tg IT á 0,95.


7.2 72°
u8p161h4 3. Não foi uma coincidência: o valor do cosseno de 60c
8. Sim, um polígono com 17 lados. não depende das dimensões do triângulo retângulo.
9. 35° 4. a) sen 20° á 0,34; cos 20° á 0,94; tg 20° á 0,36.
WD = 180° - ACV
10. AV W - VAC
W + b) sen 53° á 0,80; cos 53° á 0,60; tg 53° á 1,33.
% $
W
c) sen 68° á 0,93; cos 68° á 0,37; tg 68° á 2,48.
f p
AD BC
+ AV D = 180° - 180° - - + 5. a) @ 0; 16
2 2
% $
b) @ 0; 16
+ AVWD = 180° - 180° +
AD BC
- +
2 2 6. a) 0,33
% $ % $
W
+ AV D =
AD
-
BC W
+ AV D =
AD - BC b) 0,26
2 2 2 c) 0,73
7. Ao cuidado do aluno.
2 2 2
8. 8.1 O triângulo é retângulo porque 65 = 33 + 56 .
7
TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO
Unidade

8.2 D
RETÂNGULO Págs. 104 a 141
9. B
cos W
10. a)  W.
A ou sen C
Atividades iniciais Pág. 105 b) tg AW

1. a) 136 cm á 11,7 cm c) sen W W.


A ou cos C
W
d) tg C
b) 29 cm á 5,4 cm
c) 243 cm á 15,6 cm 11. a) 0,6
2. 2.1 30 cm b) 0,61 (com 2 c. d.).
2.2 É um triângulo retângulo, porque 132 = 122 + 52. 12. Por exemplo:
3. Têm a mesma amplitude; têm comprimentos diretamente
proporcionais. 7 cm
4. a) São semelhantes pelo critério AA
_D V = 90c e DCE
W=B W = BC
WAi; AB = 37,5 m.
10 cm
b) São semelhantes pelo critério AA
A amplitude do ângulo é, aproximadamente, 35°.
W=W
_C V = BEA
A = 90c e DEC V i; AB = 3,63 m. 13. 13.1 sen 45° á 0,707; cos 45° á 0,707; tg 45° = 1
c) São semelhantes pelo critério AA u9p176h1
13.2 a) Um triângulo retângulo com um ângulo de 45°
V = 90c e FED
W=B V = AEB
V i; AB = 5,6 m.
tem outro ângulo de 45°, logo, é isósceles.
_D Como os dois catetos têm a mesma medida,
d) São semelhantes pelo critério AA o seno e o cosseno de 45° têm o mesmo valor.

V=C
_B W = 90c e EAB
W = DAC
W i; AB = 90 m. b) A tangente de 45° é igual a 1, porque os dois
catetos têm a mesma medida (quando se divide um
número, não nulo, por ele próprio obtém-se 1).
Razões trigonométricas
7.1 de um ângulo agudo Pág. 108
14. 14.1 O comprimento do cateto oposto ao ângulo de vértice
em A é metade do comprimento do cateto adjacente.
Tarefa 1: 14.2 O comprimento do cateto adjacente ao ângulo de
vértice em F é metade do comprimento da hipotenusa.
1. a) 0,5
15. 15.1 Ao cuidado do aluno.
b) 0,87 (aproximado).
cos _90° - W W=
Ai = cos C = sen W
BC
c) 0,58 (aproximado). 15.2  A
AC
2. O valor obtido em cada uma das três razões é constante.
3. A
 conjetura continua válida: uma vez fixada a amplitude do ângulo
A, o valor obtido em cada uma das três razões é constante.

198

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Comprimento Relações entre razões
7.2 de um segmento de reta Pág. 113
7.3 trigonométricas Pág. 117
Tarefa 2: Tarefa 3:

1. O triângulo [ABC ] é retângulo em B. 1. Ao cuidado do aluno.


2. [AB ] é o cateto adjacente e [BC ] é o cateto oposto. 2. Conjetura: (sen a)2 + (cos a)2 = 1.
3. 5,29 m 3. Ao cuidado do aluno.
sen 
Verificar a aprendizagem Págs. 115 e 116 4. Conjetura: = tg .
cos 
1.
Razão Verificar a aprendizagem
Comprimento Comprimento Págs. 122 e 123
trigonométrica
conhecido a determinar
a utilizar 2 2 3 2
1. A Sofia tem razão porque d n + d n ! 1.
Cateto adjacente 5 5
Hipotenusa Cosseno
ao BBAC 2. sen2 a + 0,152 = 1 + sen2 a + 0,0225 = 1 +

Cateto oposto Cateto adjacente


+ sen2 a = 1 - 0,0225 +
Tangente + sen2 a = 0,9775 +
ao BBAC ao BBAC
+ sen a = ! 0,9775
Cateto oposto
Hipotenusa Seno Como o valor do seno é positivo, tem-se sen a = 0,9775.
ao BBAC
3. a) 0,84
Cateto adjacente Cateto oposto
Tangente
ao BBAC ao BBAC b) 0,19
Cateto oposto 5
Hipotenusa Seno c)
ao BBAC 6
55
Cateto adjacente d)
Hipotenusa Cosseno 8
ao BBAC

4. a) tg a
2. a) 3,61 cm
b) sen a
b) 27,36 cm
c) cos a
c) 5,66 cm
0,28 28 7
3. a) 10,86 cm 5. a) = =
0,96 96 24
b) 1,32 cm
40
c) 11,52 cm b)
41
4. a) 6,99 cm
b) 26,14 cm 8
c)
17
c) 33,79 cm
5. a) 18,14 m d) 3
b) 23,51 m 2
6.
W = 60° ; AC . 15,01 cm ; BC . 7,51 cm
6. a) C 45
b) FV = 47° ; GH . 26,81 mm ; FH . 36,66 mm 77 36 36
c) PV = 28° ; PQ . 1,54 dm ; QR . 0,82 dm
7. a) cos  = ; sen  = ; tg  =
85 85 77
84 135 84
7. a) 2,30 m b) sen  = ; cos  = ; tg  =
159 159 135
b) 18,01 m
11 60 11
c) 95,86 m c) tg  = ; cos  = ; sen  =
60 61 61
d) 1,88 m 8. C
e) 4,72 m 9. 9.1 0,1
f) 2,31 m 9.2 Aproximadamente 17,6 %.
8. 8.1 9,33 m 1
10.
8.2 216 cm 4
9. 9.1 
O ângulo ABC está inscrito numa semicircunferência, 11. 11.1 45°
logo, é reto em B. 1 2
11.2 a) fou p
9.2 32 cm 2 2
9.3 83,2 cm
b) 1
10. Ao cuidado do aluno.

199

354818 188-207.indd 199 13/05/15 17:21


Soluções

2 7. 7.1 Ângulo de ataque á 32,5°; ângulo de saída á 28,4°.


12. 12.1 tg  + 1= c m + 1= sen  + 1=
2 sen  2
cos  2 7.2 Não pode circular num plano com 38° de inclinação porque
cos 
2 2 o ângulo de inclinação é aproximadamente igual a 34,2°.
sen  cos 
= 2
+ 2
= 8. 0,6
cos  cos 
2 2
9. sen a á 0,781 e cos a á 0,625.
sen  + cos  1
= = 10. a) a c 36,87°; b c 53,13°; BC = 4,5 cm
2 2
cos  cos 
b) u c 30,70°; g c 59,30°; DF . 37,22 mm
12.2 a) 3
11. 11.1 a) 12,7°
3
b) b) 49,6°
2
11.2 10,6 cm
sen  # cos  2 sen  # cos  2
13. + sen  = + sen  = 12. 12.1 75,5° (com 1 c. d.)
tg  sen 
cos  12.2 Não, porque a razão entre a distância à parede
cos  2 (cateto adjacente ao ângulo) e o comprimento
= sen  # cos  # + sen  =
sen 
2 2
da escada (hipotenusa) é constante.
= cos  + sen  = 1
12.3 Ao cuidado do aluno.
14. 14.1 Ao cuidado do aluno.
13. 73,74°
(sen a + cos a)2 + (sen a - cos a)2 = sen2 a + 2 #
14.2 
# sen a # cos a + cos2 a + sen2 a - 2 # sen a # Atividades globais Págs. 132 a 135
# cos a + cos2 a = sen2 a + cos2 a + sen2 a +
1. D
+ cos2 a = 1 + 1 = 2
2. A
7.4 Amplitude de um ângulo Pág. 124 3. D
4. A
Tarefa 4:
5. B
2,44 244 61
1. = = 6. C
11 1100 275
7. A
2. 12,5°
8. D
3. 18,4°
9. a) û á 42,20; a á 36,33°.
Verificar a aprendizagem Págs. 127 e 128 b) û á 22,98; a á 38,39°.
1. a) 45,6° 10. 10.1 û2 + û - 132 = 0
b) 19,5° 10.2 C.S. = #-12 ; 11-. No contexto do problema, û = 11.
c) 42,0° 10.3 15 cm # 8 cm
d) 51,3° 10.4 61,9°
e) 19,0° W = 15 ; cos ADB
10.5 sen ADB W = 8 ; tg ADB
W = 15 .
17 17 8
f) 52,1°
11. 11.1 104°
2. O
 valor do seno de um ângulo agudo está compreendido
11.2 
38°, porque corresponde ao mesmo arco que o ângulo
entre 0 e 1, por isso, não existe nenhum ângulo cujo seno seja
CAB.
igual a 2,5.
O ângulo ACB está inscrito numa semicircunferência,
11.3 
3. a) 0,62
logo, é reto.
b) 56,44°
11.4 21,63 cm
c) 17,06°
11.5 Aproximadamente 19,65 cm2.
d) 2,67
12. a) 55,8 cm2
e) 0,02
b) 172,0 cm2
f) 19,98°
c) 403,1 cm2
4. 4.1 Ao cuidado do aluno.
13. 13.1 Duas posições.
4.2 
32°
13.2 23,6°
4.3 Ao cuidado do aluno.
14. 890,67 m
5. a) 21,0°
û
*
b) 22,6° tan 50° = y
c) 63,2° 15. 15.1 û
tan 35° =
d) 58,8° y + 20
e) 66,4° 15.2 Aproximadamente 34,0 m.
f) 17,2° 16. a) û á 5,49 m; y á 7,14 m
6. a) 25,14° b) û á 8,64 m; y á 8,95 m
b) 11,31°
c) 64,16°

200

354818 188-207.indd 200 13/05/15 17:21


17. 17.1 A soma PD + PE + PF é constante, não depende
8
Estatística

Unidade
da posição do ponto P.
e probabilidadeS Págs. 142 a 183
17.2 17.2.1 Aproximadamente 1,732.
17.2.2 3
Atividades iniciais Pág. 143
A soma PD + PE + PF é sempre igual à medida
17.3 
da altura do triângulo.
1. a) Nome, apelido, sexo, altura, nacionalidade, n.º de ID civil.
18. 18.1 36,9°
b) Qualitativas: nome, apelido, sexo, nacionalidade; n.º de ID civil.
18.2 1,6 m
Quantitativas: altura.
18.3 Aproximadamente 26 minutos e 11 segundos.
2. 70
AUTOAVALIAÇÃO Págs. 136 e 137 60

Frequência absoluta
1. D 50
2. Por exemplo: 40
30
20
15,6 cm
11,9 cm 10
0
S/ nível Esc. 1.º Ciclo/EB 2.º Ciclo/EB 3.º Ciclo/EB Ens. Sec. Ens. Sup.

Nível de escolaridade
10 cm
3. 3.1 A. Certo. D. Impossível.
10
cos 50° . . 0,64 ; B. Possível. E. Possível.
15,6
C. Possível.
11,9
sen 50° . . 0,76 ; 3.2 Por exemplo: é impossível que o Zito ganhe o primeiro
u9p181h1
15,6
set por 7–0 (porque pelas regras do jogo de ténis, teria
11,9 terminado aos 6–0); é possível que um dos jogos dure

tg 50° . . 1,19
10 quatro horas; é certo que haverá um vencedor
1+ 3 no torneio.
3.
2
que vermelhas.
U5P141H1N
4. O saco C, porque é o único em que há mais bolas azuis do
4. B
5. a) 3,63 cm
Organizar e representar
b) 6,61 cm 8.1 dados em histogramas Pág. 144
6. a) 42,67 m
Tarefa 1:
b) 1,89 m
7. a) 55,0° 1. Número de sms; variável quantitativa.
b) 67,4° 2. Não, pois os valores dos dados obtidos são muito variados.
W . 10,3c (está entre 10°
8. A postura é correta, porque BAC Verificar a aprendizagem Págs. 147 e 148
e 20°) e AC . 55,9 cm (está entre 50 cm e 65 cm).
1. 1.1 Porque os dados são todos diferentes e muito variados.
9. a) 34,99°
1.2 7 classes.
b) 159,95 cm
1.3 
c) 82,51 cm Tempo Frequência
2 2 2 Frequência relativa
10. 10.1 O triângulo é retângulo porque 73 = 55 + 48 . de jogo absoluta
10.2 41,1° 10
[0; 400[ 10 < 0,417 ou 41,7 %
10.3 36,16 cm 24
10.4 A 3
[400; 800[ 3 5 0,125 ou 12,5 %
11. (sen a + cos a)2 = sen2 a + 2 ×sen a × cos a +cos2 a = 24
= (sen2 a + cos2 a) + 2 ×sen a × cos a =
2
= 1 + 2 ×sen a × cos a [800; 1200[ 2 < 0,083 ou 8,3 %
24
5
12. a) sen  = 3
3 [1200; 1600[ 3 5 0,125 ou 12,5 %
24
5
b) tg  = 6
2 5 0,25 ou 25 %
[1600; 2000[ 6
13. 30° 24

Total 24 1 ou 100 %

1.4 9 elementos.
1.5 54,2 % (1 c. d.)

201

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Soluções

2. 2.1  Tempo de jogo 6.2 


85 %
12
6.3  Número de amigos no Facebook
N.º de jogadores 10 14
8 12

Frequência absoluta
6 10

4 8
6
2
4
0
2
400 800 1200 1600 2000
0
Tempo/min
5 10 15 20 25 30
N.º de amigos
2.2 Não, há jogadores que jogam quase sempre e outros que
jogam pouco. 6.4 0 7 7 8 9
3. 3.1 Falso, nem chega ao dobro. O que induz em erro 1 0 1 2 4 4 5 5 5 6 6 7 8 8 8 9 9 9
é o facto de a escala no eixo das ordenadas não começar 2 0 2 3 6 7
em zero mas sim em vinte.
u5p107h2
Idade dos espectadores 6.5 Diagrama de caule e folhas.
3.2 
45 7. Ao cuidado do aluno.
u5p108h1
40
N.º de espectadores

35
30
Experiência
25
20
8.2 aleatória Pág. 149
15
10 Tarefa 2:
5
0 1. 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11; 12; 13; 14; 15
20 40 60 80
Idade 2. Não é possível.
3.3 75 espectadores. 3. Não.
3.4 Aproximadamente 69 %. 4. É mais provável tirar um número ímpar.
4. 4.1 28 5. Tanto faz, porque «sair um número primo» e «sair um
4.2  número divisor de 12» são resultados igualmente prováveis.
1 6 8
2 0 9 u5p107h3 Verificar a aprendizagem Págs. 152 e 153
3 0 0 2 4 6 9 1. A. Verdadeira.
4 0 1 1 6 B. Falsa.

5 3 6 6 C. Falsa.
D. Verdadeira.
6 4 6 7 7
2. É uma experiência aleatória porque se sabe que será rapaz
7 0 3 8 ou rapariga, mas não se consegue prever qual deles será.
8 2 6 8 3. É uma experiência determinista porque, sem água durante
9 1 um ano, sabe-se que a planta irá morrer.
4. A. Determinista, porque se sabe que a bola extraída será azul.
4.3 
50 %
B. Determinista, porque se sabe que são 22 jogadores.
4.4 Permite a visualização dos dados recolhidos da amostra,
não se perdendo informação. Dá-nos uma ideia mais C. Aleatória, porque não é possível prever qual dos lados
precisa da distribuição dos dados. ficará virado para cima.

5. 5.1 Entre os 35 e os 45 anos. D. Aleatória, porque não se consegue prever se será preta
ou branca.
5.2 Entre os 55 e os 65 anos.
5. 5.1 Sabe-se que o resultado será 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,
5.3 766 320 jovens. 11 ou 12, mas não se consegue prever qual deles será.
6. 6.1 5.2 V = {1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11; 12}
Número de Frequência
Frequência relativa
amigos absoluta 5.3 a) A = {1; 3; 5; 7; 9; 11}
4 b) B = {1; 2; 3; 4}
[5; 10[ 4 < 0,15 ou 15 %
26 c) C = {3; 6; 9; 12}
5 d) D = {1; 2; 3; 4; 6; 12}
[10; 15[ 5 < 0,19 ou 19 %
26
5.4 a) Por exemplo: «sair o número 13».
12
[15; 20[ 12 < 0,46 ou 46 % b) Por exemplo: «sair um número positivo».
26
c) Por exemplo: «sair um número superior a 11».
3
[20; 25[ 3 < 0,12 ou 12 % d) Por exemplo: «sair um número inferior a 6».
26
5.5 Por exemplo: «sair um número inferior a 3» e «sair um
2
[25; 30[ 2 < 0,08 ou 8 % número superior a 4».
26
5.6 «sair um número superior a 8»
Total 26 1 ou 100 %
5.7 a) 4 b) 2

202

354818 188-207.indd 202 13/05/15 17:21


6. C 3.7 3.7.1 A e B não podem ocorrer ao mesmo tempo.
7. a) X = {face euro; face nacional} 9
3.7.2 P (A , B) = P (A) + P (B) =
b) X = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8} 20
3.7.3 B e C não são disjuntos.
c) X = {0; 1; 2; 3; 4; 5; …} 9 , 12 3
3.7.4 P (B , C) = mas P (B) + P (C) = = .
d) X = {chove; não chove} 20 20 5
e) 
X = {Argentina; Bolívia; Brasil; Chile; Colômbia; Equador; 4. Aproximadamente 52 %.
Guiana; Paraguai; Peru; Suriname; Uruguai; Venezuela} 5. 5.1 28
8. 8.1 Não é possível prever qual das 52 cartas será extraída. 5.2 a) 25 %
8.2 52 b) 75 %
8.3 a) 26 d) 5 c) Aproximadamente, 21 %.
b) 4 e) 48 d) Aproximadamente, 11%.
c) 12 e) Aproximadamente, 36 %.
8.4 a) Por exemplo: «tirar um rei ou um valete»
f) Aproximadamente, 4 %.
b) Por exemplo: «tirar um 11» g) Aproximadamente, 46 %.
c) Por exemplo: «tirar um ás» e «tirar uma dama» 6. a) 0,565
d) Por exemplo: «tirar uma carta vermelha» e «tirar uma b) 0,2275
carta preta».
c) 0,09
9. a) A afirmação é verdadeira, porque a soma é sempre ímpar.
d) 0,5875
b) É falsa, porque têm o resultado 4 em comum.
e) 0,7225
c) É falsa. Por exemplo, no lançamento de um dado,
7. 12
«sair o número 1» e «sair o número 6» são
acontecimentos disjuntos, mas não são complementares. 8. B
7
d) É falsa, porque é tão provável sair par como ímpar. 9. 9.1
36
e) É falsa, porque as duas chaves são igualmente prováveis 9.2 100
(cada uma tem 1 resultado favorável).
Métodos
Probabilidade de um
8.4 de contagem Pág. 160
8.3 acontecimento Pág. 154 Tarefa 4:
Tarefa 3:
1. Pequena-fina; pequena-alta; média-fina; média-alta;
a) Do saco B. A percentagem de bolas verdes nos sacos A, B e C gigante-fina; gigante-alta.
é, respetivamente, 62,5 %, aproximadamente 67 % e 60 %. 1
2. . 0,17 ou 17 %
b) 
Do saco C. A percentagem de bolas vermelhas nos sacos A, B 6
e C é, respetivamente, 37,5 %, aproximadamente 33 % e 40 %. 1
3. . 0,08 ou 8 %
12
Verificar a aprendizagem Págs. 158 e 159
Verificar a aprendizagem Págs. 162 e 163
1. Ao cuidado do aluno.
1 1
2. a) = 0,2 ou 20 % 1. a) . 0,03, ou seja, 3 %
5 36
14 11
b) = 0,9(3) ou 93 % b) . 0,31, ou seja, 31 %
15 36
7 25
c) = 0,4(6) ou 47 % c) . 0,69, ou seja, 69 %
15 36
0 1
d) = 0 ou 0 % d) . 0,11, ou seja, 11 %
15 9
1 1
3. 3.1 a) = 0,05 ou 5 % e) . 0,17, ou seja, 17 %
20 6
2. Não. A probabilidade de ser o Diogo é 62,5 %
b) 2 = 0,4 ou 40 % e a probabilidade de ser a Sofia é 37,5 %.
5
1 3. 3.1 3.1.1 X = {(E, E); (E, N); (N, E); (N, N)}
c) = 0,2 ou 20 % 1
5 3.1.2
3.2 Por exemplo: «sair um número negativo». 0 ou 0 %. 4
3.3 
Por exemplo: «sair um número inferior a 21». 1 ou 100 %.  = {(E, E, E); (E, E, N); (E, N, E); (E, N, N); (N, E, E);
3.2 3.2.1 X
(N, E, N); (N, N, E); (N, N, N)}
3.4 A
 probabilidade de qualquer acontecimento está
compreendida entre a probabilidade do acontecimento 1
3.2.2
impossível (0) e a do acontecimento certo (1). O número 2
4. 18
de casos favoráveis está compreendido entre 0 1
e o número de casos possíveis. 5. a) . 0,17 ou 17 %
6
3.5 1 ou 100 %. 1
b) . 0,33 ou 33 %
3.6 1 ou 100 %. 3

203

354818 188-207.indd 203 13/05/15 17:21


Soluções

6. 6.1 {{Diogo, Sofia}; {Diogo, Zito}; {Diogo, Joana}; {Diogo, 6. a) 65 %; 520 vezes.
Jaime}; {Sofia, Zito}; {Sofia, Joana}; {Sofia, Jaime}; b) 25 %; 200 vezes.
{Zito, Joana}; {Zito, Jaime}; {Joana, Jaime}}.
7. 7.1 Calculou a frequência relativa da letra «R», dividindo
3 o número de vezes em que ouviu «R» pelo número total
6.2 a)
10 de vezes em que ouviu uma letra.
3 2
b) 7.2  A probabilidade de sair a letra «R» é c 0,095 ou 9,5 %.
5 21
6.3 15 % Poderia ter sido melhorada repetindo a experiência
mais vezes.
9
7. 7.1 a) = 0,36 ou 36 % 8. Pela regra de Laplace, a probabilidade de obter a soma 7
25
1
13 é ou 16,(6) %, logo, em muitos lançamentos, a frequência
b) = 0,52 ou 52 % 6
25 relativa da soma 7 é aproximadamente igual a 16,7 %, o que
12 corresponde a 167 ocorrências em 1000.
c) = 0,48 ou 48 %
25 Conclui-se que os dados do Jaime são normais.
5
3 2 Por outro lado, a probabilidade de obter a soma 6 é
7.2 P (A) = = 0,3 = 30 %; P (B) = = 0,4 ou 40 %; 36
10 5
ou 13,(8) %, logo, em muitos lançamentos, a frequência
3 relativa dessa soma deveria ser igual a aproximadamente
P (C) =
= 0,6 ou 60 %
5 13,9 %, o que corresponde a aproximadamente 139
8. 8.1 Casos possíveis: {4; (1, 1); (1, 2); (1, 3); (1, 4); (2, 1); ocorrências em 1000. Podemos suspeitar que os dados do Zito
(2, 2); (2, 3); (2, 4); (3, 1); (3, 2); (3, 3); (3, 4)}. estão viciados.
Casos favoráveis ao Zito: {4; (1, 2); (1, 4); (2, 2); (2, 4); (3, 9. a) Realiza-se uma sondagem perguntando às pessoas se
2); (3, 4)}. comprariam uma nova revista de cinema. A percentagem
de respostas afirmativas é uma estimativa da probabilidade
8.2 a) Por exemplo: «sair duas vezes o mesmo número»
de uma nova revista vir a ter sucesso.
b) Por exemplo: «sair o 1 e o 2 (não interessa a ordem)»
b) Realiza-se um inquérito a uma amostra representativa
9. Ao cuidado do aluno. da população de eleitores, perguntando em quem vão
10. Há 1024 casos possíveis. votar. Calcula-se a percentagem de intenções de voto
no candidato estudado. A probabilidade de ser eleito
é aproximadamente igual a essa percentagem.
Probabilidade
8.5 experimental Pág. 164 10. Ao cuidado do aluno.

Tarefa 5: Atividades globais Págs. 174 a 177


1. D
1. Ao cuidado do aluno.
2. B
2. Ao cuidado do aluno.
3. C
3. Ao cuidado do aluno.
4. B
Verificar a aprendizagem Págs. 166 e 167 5. A
1. 1.1 Ao cuidado do aluno. 6. B
1.2 Ao cuidado do aluno. 7. C
1
1.3 ou, aproximadamente, 16,7 %. 8. 7
6
1.4 Quando se lança o dado um grande número de vezes, 9. 9.1 Sabe-se que se vai obter um número constituído pelos
1 algarismos 3, 4, 5 e 6, mas não se consegue prever qual
a frequência relativa tende a aproximar-se de , que deles será.
6
é a probabilidade de sair a face 1. S = {3456; 3465; 3546; 3564; 3645; 3654; 4356; 4365;
9.2 
2. a) Aproximadamente 29 %. 4536; 4563; 4635; 4653; 5346; 5364; 5436; 5463;
5634; 5643; 6345; 6354; 6435; 6453; 6534; 6543}.
b) Aproximadamente 286 vezes.
9.3 Por exemplo, «obter um número superior a 7000».
3. 3.1 a) 12,5 %
9.4 a) Aproximadamente 67 %.
b) 50 %
b) 25 %
3.2 a) 450
c) 100 %
b) 375
9.5 Aproximadamente 33 vezes, porque, quando se repete
4. 4.1 A afirmação é falsa, porque o pionés não é um objeto a experiência muitas vezes, a frequência relativa
equilibrado; não se pode aplicar a regra de Laplace do acontecimento «obter o número 3456»
porque os acontecimentos «ficar virado para cima» 1
e «ficar inclinado para baixo» não são igualmente é aproximadamente igual à sua probabilidade d n.
24
prováveis. 1
# 800 . 33
4.2 Não. O número de experiências é insuficiente. 24
4.3 Ao cuidado do aluno.
5. Aproximadamente 88,9 %.

204

354818 188-207.indd 204 13/05/15 17:21


0 14.2 Peso das ovelhas
10. 10.1 a) = 0 ou 0 %
6 9
5 8
b) c 0,83 ou 83 %
6 7
4 6
c) c 0,67 ou 67 %
6 5
10.2 Aproximadamente 17 % das vezes, porque, quando 4
se repete a experiência muitas vezes, a frequência
relativa do acontecimento «obter o número -3» 3
1 2
é aproximadamente igual à sua probabilidade d n?
6 1
1
# 1500 = 250 0
6 [ [ [ [ [ [ [ [ [ [
90 100 110 120 130 140 150 160 170 180
2 0; ; ; ; ; ; ; ; ; ;
10.3 a) = 0,4 ou 40 % [8 [9
0 0 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
[1 [1 [1 [1 [1 [1 [1 [1
5
4 19
b) = 0,8 ou 80 % 14.3 14.3.1 a)
5 25
12 6
10.4 120 vezes. Não, porque esse valor é uma estimativa. b) =
50 25
No entanto, se o valor obtido for muito diferente
17
da estimativa, poderá ser necessário realizar mais c)
experiências para averiguar se a roda está bem 50
construída. d) 1
14.3.2 Por exemplo:
10.5 20 % U5P175H4N
a) A: «O peso da ovelha é inferior a 130 kg»
11. 11.1 24
1 B: «
 O peso da ovelha está compreendido
11.2 a)
2 entre 120 kg e 160 kg»
1 b) C: «O peso da ovelha é inferior a 140 kg».
b)
2 D: «O peso da ovelha é superior a 160 kg».
1 c) E: «O peso da ovelha é superior a 125 kg».
c)
3 F: «
 O peso da ovelha é inferior ou igual
1 a 125 kg».
d)
2 d) G: «O peso da ovelha é inferior a 75 kg».
11.3 Não, porque o número de experiências é insuficiente. H: «O peso da ovelha é de 185 kg».
11.4 83 15. C
3 16. 96
12. 12.1 a)
16
AUTOAVALIAÇÃO Págs. 178 e 179
11
b)
16 1. B
12.2 Há 3 equipas portuguesas, 5 inglesas e 6 espanholas. 2. 2.1 Sabe-se que o resultado será 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8,
1 1 mas não se consegue prever qual deles será.
13. = 2.2 X = {1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8}
2
20 1 048 576
2.3 a) Por exemplo: {1} e {8}.
14. 14.1
Frequência Frequência b) {1; 2; 3; 4}
Classes
absoluta relativa
2.4 a) 12,5 %
[80; 90[ 4 0,08 b) 50 %
[90; 100[ 8 0,16 3. A
[100; 110[ 5 0,1 4. a) Aproximadamente 50 %.
b) Aproximadamente 41 %.
[110; 120[ 4 0,08
c) Aproximadamente 93 %.
[120; 130[ 6 0,12
5. C
[130; 140[ 7 0,14 1
6. , porque há 2 casos favoráveis em 16 possíveis.
8
[140; 150[ 6 0,12 4
7. a) . 0,57 ou 57%
[150; 160[ 3 0,06 7
1
[160; 170[ 4 0,08 b) . 0,14 ou 14%
7
[170; 180[ 3 0,06 1
8. .
8
Total 50 1
Faz-se um diagrama em árvore.

205

354818 188-207.indd 205 13/05/15 17:21


Soluções

9. A
 proximadamente 800 vezes, porque, quando se repete a 13. 13.1 Por exemplo, FD e DC.
experiência muitas vezes, a frequência relativa do acontecimento 13.2 69,4º (com 1 c. d.).
«obter uma face preta» é aproximadamente igual à sua
13.3 Aproximadamente 50 cm.
probabilidade d n?
2 14.

3
2
# 1200 = 800
3
10. D
 urante vários sábados, em horas diferentes (principalmente
da parte da manhã) e em vários quiosques, faz-se um registo
do número total de pessoas que saem do quiosque e do
número de pessoas que compraram um jornal. Depois,
calcula-se a percentagem de pessoas que compraram um
jornal. A probabilidade de uma pessoa, escolhida ao acaso
à saída de um quiosque, num sábado, ter comprado um
Reptilário Aldeia dos Macacos
jornal será aproximadamente igual a esse valor. Quanto mais
observações forem feitas, melhor será a estimativa.
4 Árvore das Aves Exóticas
11. 11.1
15
4 Lago das Focas
11.2 12. Se 8 pessoas correspondem a , então, 40 %
15
correspondem a 12 pessoas. Encosta dos Felinos
TESTE INTERMÉDIO 2 Págs. 184 a 187 C
Vale dos Tigres
2
1. 1.1 1.1.1 Baía dos Golfinhos
3
1.1.2 C
1
1.2
3
2. 2.1 62,4 %
2.2 286 visitantes.
k
3. 3.1 É uma função do tipo y =
û , û ! 0.
3.2 90 representa o custo, em euros, do aluguer
do autocarro.
3.3 18 alunos.
4. B
5. Por exemplo, 0,2.
6. -1, 0, 1 e 2.
7. D
8. C.S. =F-` ; - <
1
6

1 0
-}
6
9. 9.1 39º, porque o ângulo BAC é um ângulo inscrito,
correspondente ao arco BC, logo, BÂC = 78º : 2 = 39º.
9.2 44,5º
9.3 Traçam-se as mediatrizes das cordas [AB] e [BC],
por exemplo.
O ponto de interseção das duas mediatrizes (circuncentro
do triângulo [ABC]) é o centro da circunferência.
9.4 141º no sentido positivo ou 219º no sentido negativo.
10. 18 lados, porque 360 : (180 - 160) = 18.
11. A função é afim, do tipo y = aû + b. Neste caso a = -2,
logo, a função é decrescente (a função representada
na figura é crescente) e b = 3, o que significa que
a função interseta o eixo das ordenadas no ponto
de coordenadas (0; 3), o que não acontece no gráfico
apresentado.
12. 30

206

354818 188-207.indd 206 13/05/15 17:21


ANEXOS

1. Tabela trigonométrica
Graus Seno Cosseno Tangente Graus Seno Cosseno Tangente
1 0,0175 0,9998 0,0175 46 0,7193 0,6947 1,0355
2 0,0349 0,9994 0,0349 47 0,7314 0,6820 1,0724
3 0,0523 0,9986 0,0524 48 0,7431 0,6691 1,1106
4 0,0698 0,9976 0,0699 49 0,7547 0,6561 1,1504
5 0,0872 0,9962 0,0875 50 0,7660 0,6428 1,1918
6 0,1045 0,9945 0,1051 51 0,7771 0,6293 1,2349
7 0,1219 0,9925 0,1228 52 0,7880 0,6157 1,2799
8 0,1392 0,9903 0,1405 53 0,7986 0,6018 1,3270
9 0,1564 0,9877 0,1584 54 0,8090 0,5878 1,3764
10 0,1736 0,9848 0,1763 55 0,8192 0,5736 1,4281
11 0,1908 0,9816 0,1944 56 0,8290 0,5592 1,4826
12 0,2079 0,9781 0,2126 57 0,8387 0,5446 1,5399
13 0,2250 0,9744 0,2309 58 0,8480 0,5299 1,6003
14 0,2419 0,9703 0,2493 59 0,8572 0,5150 1,6643
15 0,2588 0,9659 0,2679 60 0,8660 0,5000 1,7321
16 0,2756 0,9613 0,2867 61 0,8746 0,4848 1,8040
17 0,2924 0,9563 0,3057 62 0,8829 0,4695 1,8807
18 0,3090 0,9511 0,3249 63 0,8910 0,4540 1,9626
19 0,3256 0,9455 0,3443 64 0,8988 0,4384 2,0503
20 0,3420 0,9397 0,3640 65 0,9063 0,4226 2,1445
21 0,3584 0,9336 0,3839 66 0,9135 0,4067 2,2460
22 0,3746 0,9272 0,4040 67 0,9205 0,3907 2,3559
23 0,3907 0,9205 0,4245 68 0,9272 0,3746 2,4751
24 0,4067 0,9135 0,4452 69 0,9336 0,3584 2,6051
25 0,4226 0,9063 0,4663 70 0,9397 0,3420 2,7475
26 0,4384 0,8988 0,4877 71 0,9455 0,3256 2,9042
27 0,4540 0,8910 0,5095 72 0,9511 0,3090 3,0777
28 0,4695 0,8829 0,5317 73 0,9563 0,2924 3,2709
29 0,4848 0,8746 0,5543 74 0,9613 0,2756 3,4874
30 0,5000 0,8660 0,5774 75 0,9659 0,2588 3,7321
31 0,5150 0,8572 0,6009 76 0,9703 0,2419 4,0108
32 0,5299 0,8480 0,6249 77 0,9744 0,2250 4,3315
33 0,5446 0,8387 0,6494 78 0,9781 0,2079 4,7046
34 0,5592 0,8290 0,6745 79 0,9816 0,1908 5,1446
35 0,5736 0,8192 0,7002 80 0,9848 0,1736 5,6713
36 0,5878 0,8090 0,7265 81 0,9877 0,1564 6,3138
37 0,6018 0,7986 0,7536 82 0,9903 0,1392 7,1154
38 0,6157 0,7880 0,7813 83 0,9925 0,1219 8,1443
39 0,6293 0,7771 0,8098 84 0,9945 0,1045 9,5144
40 0,6428 0,7660 0,8391 85 0,9962 0,0872 11,4301
41 0,6561 0,7547 0,8693 86 0,9976 0,0698 14,3007
42 0,6691 0,7431 0,9004 87 0,9986 0,0523 19,0811
43 0,6820 0,7314 0,9325 88 0,9994 0,0349 28,6363
44 0,6947 0,7193 0,9657 89 0,9998 0,0175 57,2900
45 0,7071 0,7071 1,0000

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FONTES FOTOGRÁFICAS
Casa da Imagem
O Projeto Desafios de Matemática
P. 104 Observatório astronómico destinado ao 9.o ano de escolaridade,
3.o Ciclo do Ensino Básico, é uma obra coletiva,
Corbis
concebida e criada pelo Departamento de Investigações
P. 57 Parque de merendas e Edições Educativas da Santillana, sob a direção
de Sílvia Vasconcelos.
GettyImages
P. 35 Vaso com flores EQUIPA TÉCNICA
P. 54 Escadas em espiral Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
P. 55 Família a festejar o Natal Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
P. 68 Ondas circulares Ilustrações: Ana Mesquita, Félix, Paulo Oliveira e Leonor Antunes
P. 73 Luta livre Paginação: Célia Neves, Leonor Ferreira e Sérgio Pires
P. 113 Topógrafo Documentalistas: José Francisco
P. 116 Avião; Estrutura de ponte Revisão: Ana Abranches, Catarina Pereira e Jorge Silva
P. 118 Teto de igreja
EDITORA
P. 126 Painel solar
Dúnia Pontes
P. 127 Jogador de râguebi; Eletricista
P. 133 Lançamento do peso A edição revista de acordo com as novas metas curriculares
P. 134 Corrida de orientação é da responsabilidade de Arnaldo Rolo e Maria Helena Lopes.
P. 179 Jovens com skate e bicicleta

iStockphoto
P. 4 Ilustração

Lusa
P. 175 Queima das Fitas em Coimbra

AGRADECIMENTOS
Andrzej Gdula
P. 23 Caixa
Greg/PhotoXpress
P. 24 Recipiente com azeitonas
Erin e Lance Willett
P. 34 Pirâmide do Louvre
© 2015
A. Syed
P. 35 Balde de tinta Rua Mário Castelhano, 40 – Queluz de Baixo
Leonid Nyshko/PhotoXpress 2734-502 Barcarena, Portugal
P. 35 Cocktail APOIO AO PROFESSOR
Christopher Meder/PhotoXpress Tel.: 214 246 901
P. 45 Mão a segurar esfera apoioaoprofessor@santillana.com
Allen Pope
APOIO AO LIVREIRO
p. 45 Rolo de fita-cola
Tel.: 214 246 906
Ian Labardee apoioaolivreiro@santillana.com
P. 98 Aspersor
Internet: www.santillana.pt
Zsolt Zatrok
P. 101 Castelo na Grécia Impressão e Acabamento: Lidergraf
Chad Littlejohn
ISBN: 978-989-708-687-8
P. 116 Farol
C. Produto: 412 010 202
Tim Schnurpfeil
P. 116 Ponte 2.a Edição
4.a Tiragem
Bonnie Martin
P. 136 Escadas Depósito Legal: 387411/15
Simon Jackson
P. 142 Vários dados coloridos
Mao Guerra
P. 149 Bolas de snooker
Caltiva Creatividad
P. 153 Cartas de jogar
Marcel Gussoni
P. 160 Piza
Marzena Osuchowicz
P. 167 Banco de sangue
Yaroslav Ushakov A cópia ilegal viola os direitos dos autores.
P. 174 Catedral em Moscovo Os prejudicados somos todos nós.

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