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Davis, Robert B. "Cognitive Processes Involved in Solving Sirnple Algebraic Equations". de escolas locais. Porém, concentramo-nos em aspectos gerais, relevan- i
Journal of Children 's Mathematical Behaviour 1 (1975): 7-35. tes para qualquer currículo em que os alunos iniciassem o estudo de
Herscovics, Nicolas e Louise Chalouh. "Conflicting Frames of Reference in lhe Leaming
funções. Pode-se notar isso na seção logo a seguir, na qual listamos os
of Algebra". Em Proceedings of the Seventh Annual Meeting of the North American
Chapter of the lnternational Group for the Psychology of Mathematics Education,
componentes do conceito de função incluídos na pesquisa. A seção
editado por Suzanne Darnarin e Marilyn Shelton, pp. 123-31. Columbus, Ohio: seguinte descreve as dificuldades e as concepções erradas que encontra-
PME-NA,1985. mos e sugere algumas modificações currlculares que poderiam ajudar a
Matz, Marilyn. "Towards a Process Model for High School Algebra Errors". Manuscri- superá-Ias. Os leitores poderão assim comparar os resultados e sugestões
to não publicado, Working Paper 181, Massachusetts Institute of Technology Arti- com seus próprios currículos.
ficial Intelligence Laboratory, 1979.
Wagner, Sigrid. "Conservation of Equation and Function under Transformation of
Variable.". Journalfor Research in Mathematics Education 12 (1981): 107-18.
Componentes da compreensão do conceito de função
48 49
nhado por problemas-amostra utilizados na pesquisa. (Note-se que pode 11. A. Para uma dada função, capacidade 4. Para cada um dos pontos dados e a
haver mais de uma resposta correta para um item e que as respostas são de identificar pré-imagens, imagens função representada pelo gráfico,de-
dadas no Apêndice.) Esses componentes, que são apenas uma parte do e pares (pré-ímagem, imagem) cidir se se trata de uma imagem, uma
que poderia ser considerado como os aspectos de uma compreensão pré-imagem, ou um ponto que não re-
geral das funções, foram estabelecidos depois de analisarmos as fases presenta um par (pré-imagem, imagem).
pelas quais os alunos passam (ou deveriam passar) no seu primeiro curso E
de funções. Levamos em conta dois fatores básicos:
1. Define-se uma função por dois conjuntos, o domínio e o contra-
domínio, e por uma regra que associa a cada elemento do domí-
c
nio exatamente um único elemento do contradominio. 5. Dada a função f:
2. A maioria das funções (no currículo pré-cálculo) tem vanas
, f: {núme~I_{núme~sl
representações - gráfica, algébrica, tabular, por meio de um naturais naturais
!
diagrama de flechas, para citar só quatro. j{x) = 4x + 6
x -> {5
-3X2 +3 x~O Ii' g(x) = -7
a) Complete o seguinte:
x(O )
Justificativa _ g(4) = O g(-7) = O
B. Capacidade de dar um exemplo de 3. Dê mn exemplo de uma relação que g(O) = O g(3,5) = O
uma relação que é função e de uma é uma função e um exemplo de uma
b) Existe algum número real x tal que
que não é !; relação que não é uma função.
a) Função _ g(x) = 3? Quantos? Justifique.
b) Não-função _ c) Existe algum número real x tal que
g(x) = -7? Quantos? Justifique.
Fig. 5.1 Componentes da compreensão do conceito de função e alguns problemas-amostra Fig. 5.1 (continuação)
50 51
I.
ID. A Capacidade de identificar funções 8. Dada a função f IV. A Capacidade de identificar fun- 11. Assinale o gráfico que representa uma
ções satisfazendo certas condi- função de domínio {x I 2 < x < 6}
iguais
(Duas funções f e g se dizem f: {~~r:}- {~=} ções dadas e contradomínio {y I -1 < Y < 4}.
iguais quando têm mesmo domí- f(x) = 4x + 6 (a)
nio e mesmo contradomínio e decida quais das funções seguintes y
quando, para todo x do domínio, são iguais a f e justifique.
f(x) = g(x).) 6
a) g: {n~eros} _ {n~eros}
reats reais 4 o-
g(x) = 4x + 6
2
b {números} {números}
) g: naturais -+ naturais
g(x) = 2x + 3 6 x
c) y
15 (b)
9
-3 3 9 15 x
d) y
4
20
• 2 4 6 x
12 •
•
4 (c) y
-2 2 6 10 x
6
B. Capacidade de passar de uma 9. Ache a forma algébrica da função
4
forma de representação para outra mostrada no gráfico, especificando
o domínio e o contradomínio. 2
y
5
2 4 6 x
3
I, , • B. Capacidade de dar exemplos de 12. a) Dê um exemplo, na forma algé-
J I funções satisfazendo certas con- brica, de uma função do conjun-
-1 3 5x dições dadas to dos números reais no conjunto
dos números naturais.
10. Trace o gráfico da função b) O número de tais funções, dife-
rentes entre si, é:
: {n~eros} -+ {n~eros}
g reais reais -O
g(x) = x - 2 • 1
-2
- maior que 2 e menor que 10
••
- maior que 10 mas não infinito
• infinito
Justifique sua resposta.
52 53
13.a) No sistema de coordenadas dado,
trace o gráfico de uma função tal
que as coordenadas de cada um
dos pontos A, B representem uma
1 • maior que 10 mas não infinito
• infinito
Justifique sua resposta.
pré-ímagem e a imagem corres- 15. a) Dê um exemplo, na forma algé-
pondente da função. brica, de uma função f para a qual
f(3) = 4, f(6) = 7 e f(8) = 13
y
b) O número de exemplos como es-
.A se, diferentes entre si, é:
• O
- 1
-2
• maior que 2 mas menor que 10
• maior que 10 mas não infinito
• x
B • infinito
Justifique sua resposta.
b) O número de tais funções, dife-
rentes entre si, que se podem tra- Fig. s.i (continuação)
çar é:
• O
• 1
·2
• maior que 2 mas menor que 10 o conceito de função: dificuldades, concepções erradas
• maior que 10 mas não infinito
• infinito
e corretivos
Justifique sua resposta.
14. a) No sistema de coordenadas dado, Os itens da figura 5.1 são apenas exemplos de uma ampla varieda-
trace o gráfico de uma função tal de de itens que envolvem funções nas formas gráfica e algébrica e que
que as coordenadas de cada um
foram usados na pesquisa. Nesta seção, usamos os exemplos da tabela
dos pontos A, B, C, D, E, F re-
presentem uma pré-imagem e a para descrever as dificuldades e concepções erradas que encontramos e
imagem correspondente da função. para sugerir algumas causas possíveis e corretivos que temos aplicado
y correntemente nas revisões curricuIares.
-
D
A
• •
Termos
E
•
B
i=
. '
•
C
x
Os alunos muitas vezes têm dificuldades com os termos pré-ima-
gem, imagem, par (pré-imagem, imagem), dominio, contradominio e
conjunto imagem. Isso leva a outras dificuldades, como localizar pré-
b) O número de tais funções, dife-
rentes entre si, que se podem tra- I imagens e imagens nos eixos em representações gráficas, identificar
çar é: ' I. imagens e pares (pré-imagem, imagem) para funções dadas na forma
·0 algébrica, distinguir entre conjunto imagem e contradomiruo e ignorar o
•1 domínio e o contradomínio da função. Discutamos cada um desses pontos.
·2
• maior que 2 mas menor que 10 I Dificuldades para localizar pré-imagens e imagens nos eixos em
representações gráficas. David (10ª série) deu para o problema 6 a
Fig. s.r (continuação) resposta mostrada na figura 5.2. Trata-se de uma resposta típica de
54 55
muitos alunos que localizaram as imagens e as pré-imagens incorreta- b) -2 sim/@ não é um número natural
mente no gráfico da função. Eles não perceberam que na representação
10 @/não número natural
gráfica o eixo x representa o dominio e o eixo y o contradonúnio, ao
passo que os pontos do gráfico representam os pares (pré-imagem, imagem). 8 @/não número natural
Esta é uma dificuldade clara e fundamental. Muitos alunos não 46 <§!D/ não número natural
fazem a conexão entre os componentes da definição verbal de função e os 23 @/não número natural
'y
y y c) (5; 26) e/não ambos são números naturais
II
(0,5;8) sim/@ 0,5 não é um número natural
i
,I (2; 10) e/não números naturais
h(x) = 3 ção de função, tal como é ensinada atualmente, envolve muitos conceitos
4
- domínio; contra domínio, conjunto imagem, regra de correspondência.
I 2 Assim, ou temos de ter a certeza de que esses conceitos foram com-
preendidos em todas as representações, antes de continuarmos a ensinar
:1 -2 2 4 6 x mais coisas sobre funções, ou temos de optar por deixar de lado alguns
-2
aspectos. Certamente, quanto aos alunos mais fracos consideraríamos
.\ defensável omitir inteiramente qualquer tratamento explícito das funções
(a) (b) iguais, como no problema 8, e não pediríamos domínio e contra domínio
I no problema 9. Também as partes (b) e (c) do problema 5 poderiam ser
(;Fig.5.3 modificadas. Por exemplo:
b) (1) Ache as pré-imagens de 10 e 46.
(2) Justifique por que 8 e 23 não podem ser imagens.
Obviamente, é preciso neste ponto uma certa revisão curricular,
mas também temos de considerar se não seria conveniente e justificável (Ou: Existe algum x no domínio para o qual f(x) = 8? Existe
passar por cima de algumas dessas dificuldades, como explicaremos. algum x no domínio para o qual f(x) = 23?)
58 59
Concepções erradas Nos problemas 13 e 14 - e em problemas semelhantes dados na
forma gráfica -, muitos alunos traçaram uma reta ou numerosas retas.
Os alunos muitas vezes têm a concepção errada de que toda função Quando se dava um só ponto, a maioria dos alunos respondia correta-
é uma função linear (ver também Markovits, Eylon e Bruckheimer, mente que o número de funções é infinito (presumivelmente porque por
1983). As respostas que se seguem ilustram a "Iinearidade dos alunos". um ponto passam infinitas retas). Porém, quando se davam dois ou três
pontos, a resposta mais comum era uma função apenas. Para quatro ou
Ron (9A série), problema 13 lael (9A série), problema 14 mais pontos, a resposta mais freqüente era que não existia a função pedida.
a) a) Na representação algébrica, os alunos de alguma forma conseguiam
y y
cumprir a tarefa nos casos em que eram dados um ou dois pares (pré-
A imagem, imagem), mas quando nenhuma função linear se ajustava aos
D dados, como no problema 15, apenas um aluno deu uma resposta correta.
•
A •
E
Além disso, os alunos deram exemplos lineares quando solicitados
a dar exemplos e contra-exemplos de funções (problema 3). Sua concep-
• • x ção das funções como lineares poderia parecer influenciada pela geome-
B x B
•
F
C
tria (que aprendem simultaneamente com a álgebra na 9! série) e também
pelo tempo gasto no currículo exclusivamente com as funções lineares.
b) O número de tais funções, b) O número de tais funções, Para mudar essa concepção, sugerimos a inclusão de funções não-linea-
diferentes entre si, que se po- diferentes entre si, que se po- resao longo de todo o capítulo que trata das funções lineares, bem como
dem traçar é: dem traçar é: a inclusão de problemas sobre funções satisfazendo certas condições
•O @ dadas, como os problemas 12-15. Este último tipo de problema causou
@ dificuldades, e não apenas porque o conceito de função dos alunos se
• 1 restringisse principalmente ao caso linear. Em nossa experiência, a dis-
•2 ·2 cussão desses problemas com os alunos resultou numa compreensão
• maior que 2 mas menor que 10 • maior que 2 mas menor que 10 mais ampla do conceito de função.
• maior que 10 mas não infinito • maior que 10 mas não infinito
• infinito • infinito
Justifique sua resposta: Justifique sua resposta: . Dificuldades
Dois pontos podem ser ligados Se eu traçasse uma função tal
por uma só reta. que todos os pontos estivessem Os alunos muitas vezes têm dificuldades com certos tipos de funções.
nela, o que aconteceria é que A função constante. Quando a função é constante, todas as pré-
para todo x haveria dois y, e imagens têm a mesma imagem. As respostas ao problema que apresen-
daí não seria função.
tamos a seguir, bastante comuns, mostram que ele não foi compreendido.
Noa (1OJ-série) Dan (1OJ-série)
Galia (1OJ-série), problema 15
a) f(3) = 4 f(6) = 7 f(8) = 13 b) O número de tais funções,
g(4) = -4 g(-7) = 7 g(4) = -28 g(-7) = 49
g(O) = O g(3,5) = -3,5 g(O) = O g(3, 5) = -24,5
f(x) = x-I diferentes entre si, é:
11 f(x) =x - 5 @
'I
Também houve dificuldades com a função constante num problema
(; • 1 análogo ao problema 5, mas com a função seguinte:
'I •2
• maior que 2 mas menor que 10 g
: {n~eros}
reais
-+ {n~eros}
reais
!j • maior que 10 mas não infinito
,I • infinito g(x) - 4
I 60 61
,j
-..,-~~-_._
.•.•._-~~_.~-,..- '.'-..' -"<I'>.'_.~---~- .__ .
Pediu-se aos alunos que dissessem qual dos números, 12; O; 4; 3,3, era A relação não é uma junção, porque toda pré-imagem tem duas 1
imagem por g. Bem poucos entenderam a questão. Marnyanskii (1969) imagens. Os alunos não perceberam que as duas regras se referem a duas
também encontrou dificuldades com a função constante. As respostas partes disjuntas do donúnio. Não entenderam que uma função, na forma
erradas dos alunos sugerem possibilidades para uma atuação corretiva. algébrica, pode ser dada por várias regras de correspondência, cada uma
Por exemplo: referente a uma parte distinta do donúnio. Isso também pode ter contri-
Dadas as três funções seguintes: buído para não conseguirem dar respostas corretas para problemas como
o número 15 e pode ter tido uma influência sobre o fato de seu conceito
fi {n~eros} ~ {n~eros} de função restringir-se aos casos lineares.
reais reais O conceito de função definida por secções e de gráficos desconexos
/(x) =5 é bastante importante, especialmente para aqueles que irão prosseguir
com a matemática e a área de ciências na high school, merecendo
: {n~eros} ~ {n~eros} portanto mais atenção no currículo. Mais uma vez, podemos usar o
g reais reais
expediente de apresentar questões de semelhança aparente e depois usar
g(x) = 5x a dessemelhança a fim de chamar a atenção dos alunos para os pontos
h: {n~eros} ~ n~eros} de dificuldade:
reais {reais
a) Trace os gráficos das seguintes funções:
h(x) = x
k(x) = 4x
m(IO) - D h(lO) = D k(lO) = O
(;
Problemas como os que sugerimos na figura 5.4 também deverão ajudar É interessante notar que tais questões, apesar de "óbvias" agora,
nesse caso. não nos ocorreram na ocasião do desenvolvimento original do material
Funções definidas por secções. Segue-se a resposta dada por Noa do currículo. Elas surgiram como uma resposta direta aos nossos estudos
(l0! série) ao problema 2: sobre as dificuldades dos alunos.
,I 62 63
Dificuldades causadas por manipulações técnicas. A complexidade Sem chegar ao ponto de bradar "De volta para o básico", essa é,
das manipulações técnicas envolvidas pode acarretar dificuldades para claramente, uma área que não podemos permitir que seja negligenciada.
qualquer tópico. No contexto específico das funções, não nos surpreen- Não há como resolver problemas sem essas habilidades manipulatórias
demos ao constatar que os alunos tinham mais dificuldade para resolver técnicas. Todavia, deveríamos encontrar meios de fazer com que a aqui-
uma tarefa em que a regra de correspondência continha frações, diga- sição dessas habilidades se tomasse interessante.
mos, do que uma tarefa semelhante envolvendo apenas inteiros. Mas as
tarefas também diferem quanto à sua complexidade. Assim, o problema i,
seguinte e as respostas dadas mostram (como seria de esperar) que, Conclusão
quando se dá a função na forma algébrica, é mais difícil achar pré-
Outros dois pontos gerais relevantes para o currículo revelaram-se
imagens, dadas as imagens, do"que vice-versa.
durante a pesquisa:
- Temos evidências de que foi mais fácil para os alunos lidar com
Amir (1Q! série)
funções dadas na forma gráfica do que na forma algébrica. Não é difícil
encontrar as razões disso. A representação gráfica é mais visual; o
Dada a função 1 domínio, o contra domínio e a regra de correspondência são dados simul-
I: {n~eros} -+ n~eros} taneamente; e se tem uma impressão visual do comportamento da fun-
reais {reais ção. Mas, em quase todos os currículos, a representação algébrica é
ensinada antes da representação gráfica. Sugerimos que se trabalhe mui-
1
/(x) = --x - 3 to mais a forma gráfica nos passos iniciais do desenvolvimento do
2 conceito de função.
Ache: - Nosso estudo incluiu também tarefas com uma "história" - por
'\
exemplo, a seguinte tarefa sobre bactérias, matematicamente semelhante
/(4) =~
-, f([2]) - -4 ao problema 13.
1(0) =~ , f(E!]) = 2 Numa cultura de bactérias, a popu-
lação depende da temperatura. Mar-
f(+)=1-3~ I f(O) = O ca-se num sistema de coordenadas
o número de bactérias por em? às
1(-12)=0 temperaturas de 10°C e 20°C.
Arnir, que achou as quatro imagens corretamente, só acertou na a) Trace o gráfico que, na sua opi- Número de bactérias
em milhões por cc
determinação de uma pré-imagem. A causa parece clara: para achar as nião, descreve a relação entre o
pré-imagens, o aluno tem de resolver uma equação, ao passo que as ., número de bactérias e a tempera-
8
imagens se acham diretamente por substituição. tura.
b) O número dos diferentes gráficos 6
Outro exemplo desse tipo de dificuldade ocorre na passagem de
uma forma de representação de uma função para outra. Verificamos que se podem traçar é 4
•
que a passagem da forma algébrica para a gráfica foi mais fácil que no -O 2
sentido contrário. Isso muito provavelmente decorreu das manipulações - 1 •
mais complicadas envolvidas na passagem da forma gráfica para a -2
algébrica. - maior que 2, mas menor que 10 10 20 30 40 50
-2
Entre os alunos de menor capacidade, as dificuldades causadas pela - maior que 10, mas não infinito Temperatura em ·e
complexidade das manipulações técnicas se manifestaram muito mais • infinito
acentuadamente do que outros tipos de dificuldades que já discutimos. Justifique sua escolha: _
64 65
r:
I
Alunos de menor capacidade muitas vezes acham mais fácil lidar j 7. a) g(4) = -7 g(-7) =-7
com tarefas no contexto de uma história do que com tarefas formuladas g(O) = -7 g(3,5) = -7 . . .
matematicamente. Assim, pode ser conveniente incluir tais exercícios b) Não. Trata-se de uma função cons~te cuja imagem e -7.
com maior freqüência no material a ser trabalhado, c) Qualquer número real pode ser substituído por x.
Descrevemos algumas dificuldades e concepções erradas que alu-
nos de nona e décima séries (cuja idade varia de 14 a 16 anos) têm 8. a) Não. Tanto o domínio como o contradomínio não são iguais aos
quanto ao conceito de função. Nosso objetivo principal ao empreender da função dada.
esse estudo era obter subsídios para uma futura revisão curricular. Nesse b) Não. A regra é diferente. . ..
sentido, um dos principais resultados da pesquisa foi tomar conhecimen- c) Não. O domínio neste caso é o conjunto dos r:~ero~ reais positivos.
to das dificuldades específicas, pois isso poderá resultar em sugestões d) Sim. O domínio e a regra de correspondenc~a ~ao os mesmos.
sobre como reduzi-Ias ou eliminá-Ias.
Podemos assumir também que o contradominio e o mesmo, mas
o aluno poderá ser capaz de justificar a resposta "Não" tendo por
REFERtNCIAS referência o contradomínio.
Markovits, Z.via, Bat Sheva Eylon e Maxim Bruckheimer. "Functions: Linearity
Unconstrained". Em Proceedings of the Seventb Conference ofthe Intemational 9. . {n~eros} -+ {n~eros}
fi reais reais
Group for the Psychology of Mathematics Education (PME), pp. 271-77. Rehovot,
Israel: Weizmann Institute, Department of Science Teaching, 1983.
Marnyanskii, I. A. "Psychological Characteristics ofPupils' Assimilation ofthe Concept
of a Function". Em Problems of Instruction, pp. 163-72. Soviet Studies in the
j(x) = {4,2, x
x ~3
<3
Psychology of Learning an Teaching Mathematics, vol. 12. Reston, Va.: National
Council of Teachers of Mathematics, 1969. O contradomínio pode, efetivamente, ser qualquer conjunto que con-
i!
tenha 2 e 4.
Apêndice 10.
66 67
b) O número é infinito. Por exemplo,
13. a)
f: {números reais} -+ {números reais}
y
A
a, x<3
4, x=3
a, 3<x<6
f(x)= 7, x=6
x 6<x<8
a,
13, x=8
a, x>8
b) O número é infInito. Qualquer curva (que representa uma função) onde a é um número real qualquer, fornece uma infinidade de funções.
que passe por A e B satisfaz as condições.
14. a)
B x
4, x~3 4, x = 3
f(x)= { 7, 3<x<8 f(x)= 7, x=6
{
13, x~8 13, x = 8
ou fi {n~eros} -+ {n~eros}
reais reais
X + 1, x ~6
f(x)= { x + 5, x>6
69
68