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DIMENSÕES VOLUME 3

DIMENSÕES
10

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DIMENSÕES VOLUME 3 Matemática A 10.o ano


Matemática A 10. ano de escolaridade VOLUME 3

C. Produto
o

Componentes do projeto: Matemática A 10.o ano de escolaridade


Manual do aluno
Caderno de atividades e avaliação contínua CRISTINA NEGRA
Livromédia EMANUEL MARTINHO
HELDER MARTINS
Só para professores:
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Pedro J. Freitas
EDUCATECA — Guia de recursos do professor
Hugo Tavares
Solucionário
Livromédia do professor

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Acordo Ortográfico
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do Ministério da Educação,
E AS M E T A S
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da versão do aluno: CURRICULARES
978-989-708-684-7

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A Santillana publicou a obra Dimensões de Matemática A 10.o ano
em três volumes para reduzir o peso a transportar pelos alunos.
Os três volumes não podem ser vendidos separadamente. pela Faculdad
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Ci cias da Un
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de Li sb oa

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DIMENSÕES
Matemática A 10.o ano de escolaridade
VOLUME 3

10

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Índice

Domínio 4
Funções Reais de Variável Real  p. 4

UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções p. 6


10.1 Conceito de função p. 6
Produto cartesiano de conjuntos p. 9
10.2 Funções injetivas, sobrejetivas e bijetivas p. 14
Função injetiva p. 14
Função sobrejetiva p. 16
Função bijetiva p. 16
10.3 Função composta p. 18
10.4 Função identidade p. 20
10.5 Função inversa de uma função p. 21
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 26

UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real p. 30


11.1 Funções definidas por expressões analíticas p. 30
11.2 Zeros de uma função p. 32
11.3 Paridade. Simetrias dos gráficos das funções pares e das funções ímpares p. 34
11.4 Relação geométrica entre o gráfico de uma função e o da respetiva inversa p. 37
11.5 Translações de gráficos de funções p. 39
Funções do tipo g(x) = f (x) + d p. 39
Funções do tipo g(x) = f (x - c) p. 40
Translações e gráficos de funções: g(x) = f (x - c) + d p. 41
11.6 Contrações/dilatações de gráficos de funções p. 42
Funções do tipo g(x) = af (x) p. 42
Funções do tipo g(x) = f (bx) p. 43
11.7 Reflexões e gráficos de funções p. 45
Reflexão de eixo Ox : g(x) = -f (x) p. 45
Reflexão de eixo Oy : g(x) = f (-x) p. 46
Avaliar conhecimentos p. 50

Unidade 12 Monotonia, extremos e concavidade p. 54


12.1 Intervalos de monotonia de funções reais de variável real p. 54
Estudo da monotonia de uma função quadrática
da forma f (x) = ax 2 p. 60
12.2 Extremos de uma função real de variável real p. 61
Extremos absolutos de uma função p. 61
Extremos relativos de uma função p. 63
12.3 Sentido da concavidade do gráfico de uma função p. 65
Sentido da concavidade do gráfico da função quadrática
definida por f (x) = ax 2 p. 67
Avaliar conhecimentos p. 70
Professor Preparação para o teste 7 p. 74
LIVROMÉDIA
Unidade 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções p. 76
Programa 13.1 Função quadrática p. 76
e Metas Curriculares
Zeros da função quadrática p. 81
Matemática A
Ensino Secundário Sinal da função quadrática p. 83
Inequações de 2.o grau p. 85
Planificação anual 13.2 Funções definidas por ramos p. 86
e planos de aula 13.3 Função módulo p. 88

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Funções definidas por f(x) = a x - b + c (a, b, c ! IR, a ! 0) p. 89
Resolução de condições com módulos p. 91
Composição da função módulo com outra função p. 94
Composição de uma função com a função módulo p. 95
13.4 Estudo de funções que envolvem radicais quadráticos e cúbicos p. 96
Inversa da função f : IR+0 " IR+0 definida por f(x) = x 2 p. 96
Inversa da função f : IR " IR definida por f (x) = x 3 p. 98
 Funções definidas analiticamente por
n
g(x) = a x - b + c (a, b, c ! IR, n ! {2, 3}, a ! 0) p. 98
Equações envolvendo radicais quadráticos e cúbicos p. 99
Inequações envolvendo radicais quadráticos e cúbicos p. 104
13.5 Funções polinomiais p. 106
Domínio p. 106
Zeros e sinal de uma função polinomial de grau superior a 2 p. 107
13.6 Gráficos de funções definidas por ramos p. 108
13.7 Operações com funções p. 111
Função soma e função produto p. 111
Função quociente p. 112
Função potência de uma função p. 113
Avaliar conhecimentos p. 118
Essencial p. 124
Avaliação global de conhecimentos p. 130
Preparação para o teste 8 p. 140
Preparação para o teste 9 p. 142
matemática no mundo real p. 144

Domínio 5
ESTATÍSTICA  p. 146

UNIDADE 14 Características amostrais p. 148


14.1 Somatórios p. 148
Propriedades dos somatórios p. 152
14.2 Média de uma amostra p. 155
Propriedades da média de uma amostra p. 158
14.3 
Variância e desvio-padrão de uma amostra.
Propriedades da variância e do desvio-padrão de uma amostra p. 163
Propriedades do desvio-padrão p. 169
14.4 Percentil de ordem k p. 175
Propriedades do percentil de ordem k p. 178
Determinação de percentis em dados quantitativos, organizados em classes p. 179
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 183
ESSENCIAL p. 188
AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS p. 192
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 10 p. 197
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 11 p. 199
matemática no mundo real p. 202

soluções p. 204

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Domínio 4
Funções Reais de Variável Real

UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções p. 6

UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real p. 30

UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade p. 54

UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções p. 76

AS SUAS METAS
• Definir a composição de funções e a função inversa de uma função bijetiva.
• Relacionar propriedades geométricas dos gráficos com propriedades das respetivas funções.
• Identificar intervalos de monotonia de funções reais de variável real.
• Identificar extremos de funções reais de variável real.
• Estudar funções elementares e operações algébricas sobre funções.
• R
 esolver equações e inequações envolvendo as funções polinomiais e a composição da função
módulo com funções polinomiais.
• Resolver equações e inequações envolvendo as funções raiz quadrada e raiz cúbica.
• R
 esolver problemas envolvendo as propriedades geométricas dos gráficos de funções reais de variá-
vel real.
• R
 esolver problemas envolvendo as funções afim, quadrática, raiz quadrada, raiz cúbica, módulo, Professor
LIVROMÉDIA
funções definidas por ramos e a modelação de fenómenos reais.
• R
 esolver problemas envolvendo a determinação do domínio de funções obtidas por aplicação Planos
de operações algébricas a funções dadas. de aula
105 a 162

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10
UNIDADE

NOTA HISTÓRICA
Gottfried Leibniz (1646-1716)
10.1
GENERALIDADES
ACERCA DE FUNÇÕES

Conceito de função
Em inúmeras circunstâncias da vida corrente, surgem situações em
que se estabelecem correspondências entre dois conjuntos de objetos
bem definidos.

EXEMPLO 1
Uma carta de um restaurante estabelece uma correspondência entre
os pratos disponíveis e o respetivo custo.

Pratos do dia
Sopa de legumes • 3 1,
Bacalhau cozido com grão •
Filósofo, cientista, matemático, Salada de camarão com orégão
diplomata e bibliotecário alemão Bife de alcatra. • 3 7,7
Bitoque • 3 5,90
a quem é atribuída a criação
do termo «função», embora
a definição de função apareça
Sobremesas
Doce de bolacha com natas •
mais tarde, com Leonhard Euler. Fruta da época • 3 2,5

EXEMPLO 2
Na tabela seguinte apresentam-se as classificações obtidas, no final
u4p8h2aluno do 10.º ano de um curso
do primeiro período, pelo Eduardo,
científico-tecnológico, nas diferentes disciplinas.

Disciplina Classificação do 1.º período


Português 15
Inglês 16
Filosofia 14
Educação Física 18
Matemática A 18
Professor
LIVROMÉDIA Biologia e Geologia 19
Física e Química A 17
Atividades
da Unidade 10
A tabela estabelece uma correspondência entre o conjunto das dis-
Internet
Vídeo animado sobre
ciplinas do currículo escolhido pelo Eduardo e as classificações por
Leibniz ele obtidas no final do 1.º período.

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UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

Também na análise científica de fenómenos em várias áreas, como,


por exemplo, Física, Biologia, Geografia e Economia, se estabelecem
correspondências entre conjuntos de objetos.

EXEMPLO 3
A evolução do PIB per capita (em euros) em Portugal, de 2000 a 2013:

Ano PIB per capita


2000 12 116,9 €
2001 12 976,4 €
2002 13 490,6 €
2003 13 717,8 €
2004 14 242,1 €
2005 14 687,6 €
2006 15 287,1 €
2007 16 059,9 €
2008 16 289,1 €
2009 15 946,8 € NOTA: O PIB per capita de um país
2010 16 349,0 € calcula-se dividindo o produto
2011 16 208,9 € interno bruto (valor de toda a
riqueza produzida) pelo número
2012 15 702,3 €
de habitantes desse país.
2013 15 842,2 €

A tabela estabelece uma correspondência entre o ano e o respetivo


PIB per capita.
AVALIAR CONHECIMENTOS

O conceito de função, que surge da consideração de determinados tipos 1

de correspondência, é um dos conceitos mais importantes em Matemática. Considere a correspondência


entre o peso e a altura
Pela sua importância, relembre: de um grupo de seis pessoas.

Definição de função Peso (kg) Altura (cm)


Dados dois conjuntos A e B , fica definida uma função f 81 180
(ou aplicação) de A em B quando a qualquer elemento x de A
64 162
se associa um, e um só, elemento de B , que se representa por f(x) .
75 170

No exemplo 1, cada prato tem custo único, pelo que a correspondência 52 165
estabelecida na carta é uma função entre o conjunto dos pratos e o con- 64 165
junto de preços. 81 186
No exemplo 2, porque a cada disciplina (objeto do conjunto das discipli-
Diga, justificando,
nas) corresponde uma, e apenas uma, classificação final do 1.º perío­do,
se a correspondência
a correspondência é uma função do conjunto das disciplinas no con- é uma função.
junto das classificações.
7

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No exemplo 3, a cada ano corresponde um, e apenas um, valor do PIB
per capita, sendo, por isso, também uma função do conjunto dos anos
no conjunto dos valores do PIB per capita.

Notações
Definida uma função f de A em B :
• um elemento x de A designa-se por objeto e o seu corres-
pondente em B , f(x) , por imagem de x ;
• o conjunto A designa-se por domínio de f e representa-se
por Df ;
• o conjunto B designa-se por conjunto de chegada;
• o conjunto das imagens designa-se por contradomínio de f
e representa-se por Dlf , CDf ou f(A) ;
• escreve-se f : A " B para denotar que f é uma função de A
em B .
AVALIAR CONHECIMENTOS

2
Tendo em conta a definição EXEMPLO 4
de função, diga, justificando, Na função f : A " B definida pelo diagrama seguinte:
se cada uma das seguintes
A B
correspondências é ou não
a 1
função.
2
b
a) 3
1 4
c
5 4
2
6
3 7
• O domínio é Df = {a, b, c} ;
b) • O conjunto de chegada é B = {1, 2, 3, 4} ;
1 4
5 • Para representar que a imagem de a é 1 escreve-se f(a) = 1 ;
u4p10h1
2u4p10h2
6 • f(b) = 2 e f(c) = 4
3 7 • O contradomínio é Dlf = {1, 2, 4} .

c)
1 4 Recorde-se que nem todas as correspondências que se estabelecem
5 entre conjuntos de elementos são funções.
2u4p10h3
6
3 7
EXEMPLO 5
d) • A correspondência entre um conjunto de nomes próprios e um
1
4 conjunto de pessoas pode não ser uma função.
2u4p10h4
5 Um nome próprio é atribuído, em geral, a mais do que uma pessoa.
3
• A correspondência entre o conjunto dos quadrados perfeitos
e o conjunto dos números inteiros que o têm como quadrado não
3 é uma função.
Para as correspondências Por exemplo, a 4 correspondem o -2 e o 2 .
u4p10h5
do exercício anterior
• A correspondência que a cada número racional x faz corresponder
que são funções, indique
1
o domínio, o conjunto o seu inverso x não é uma função, pois 0 é racional e não tem
de chegada e o contradomínio. inverso.

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UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

É importante referir que uma função (ou aplicação) só fica bem carac- NOTA
terizada quando são definidos, de forma inequívoca, o domínio, o con- O conjunto dos pontos do plano
junto de chegada e a regra que permite determinar a imagem de cada está associado univocamente
objeto. ao produto cartesiano de IR por IR ,
(conjunto dos pares ordenados (x, y)
Nas funções apresentadas nos exemplos 1, 2 e 3, o domínio e a regra onde x e y são números reais)
estão bem definidos nas tabelas apresentadas e o conjunto de chegada que se representa por IR ◊ IR ,
ou IR2 .
está definido pelo contexto, pelo que as funções estão bem caracterizadas.

No exemplo 4, a função apresentada está definida por meio de um Professor


diagrama sagital (ou de setas), onde estão também bem definidas Metas curriculares
as três características. FRVR10
Descritores 1.1 e 1.2

Produto cartesiano de conjuntos

Uma outra forma de estabelecer correspondências entre elementos


de dois conjuntos A e B é através de um conjunto C de pares ordena-
dos (a, b) , onde o primeiro elemento, a , pertence a A e o segundo,
b , é um correspondente de a em B .

Produto cartesiano
Dados dois conjuntos A e B , designa-se por produto carte-
siano de A por B o conjunto dos pares ordenados (a, b) , tais
que a e b pertencem a A e B , respetivamente, ou seja,
{(a, b): a ! A / b ! B}
Este conjunto representa-se por A # B .

Um conjunto G 1 A # B define uma função f de A em B quando,


e apenas quando, para todo a ! A existir um, e somente um, b ! B
tal que (a, b) ! G . Neste caso, diz-se que G é o gráfico de f .

Ou seja,

Gráfico de uma função


Dada uma função f : A " B o conjunto
G = {(x, y): x ! A / y = f(x) ! B} ,
AVALIAR CONHECIMENTOS
subconjunto de A # B , designa-se por gráfico de f .
4
Considere o conjunto
EXEMPLO 6 D = {1, 2, 3} .
O produto cartesiano, A # B , dos conjuntos A = {a, b, c} e Indique quais dos seguintes
B = {1, 2, 3, 4} , domínio e conjunto de chegada da função f , conjuntos são gráficos
respetivamente, definida no exemplo 4, é: de funções de D em D :
{(a, 1), (a, 2), (a, 3), (a, 4), (b, 1), (b, 2), (b, 3), (b, 4), (c, 1), (c, 2), (c, 3), (c, 4)} a) {(1, 1), (1, 2), (1, 3)}

O seu subconjunto b) {(1, 1), (2, 2), (3, 3)}


G = {(a, 1), (b, 2), (c, 4)} c) {(1, 3), (2, 3), (3, 3)}
é o gráfico de f .
d) {(1, 3), (2, 1), (3, 1)}

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EXEMPLO 7
Relativamente à evolução do PIB per capita em Portugal, de 2000
a 2013, representando o conjunto dos pontos cuja abcissa é o ano
e a ordenada é o correspondente valor do PIB per capita, obtém-se
uma representação gráfica da função.
y
18
AVALIAR CONHECIMENTOS 16

(milhares de euros)
5 14

PIB per capita


Indique qual das seguintes 12
curvas representa o gráfico 10
de uma função. 8
6
A. y
4
2

2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
O x
Ano
B. y

u4p12h4 EXEMPLO 8
O x Na figura seguinte estabelece-seu4p12h1
a correspondência entre a distân-
cia percorrida, em centenas de quilómetros, por um automóvel
durante uma viagem e a quantidade de combustível, em litros, exis-
C. y tente no seu depósito.
u4p12h5
y
O
x
Volume de combustível / L

40

30
6
u4p12h6
Na figura está uma 20
representação gráfica
10
da função f de domínio
[-1, 7] e conjunto
de chegada IR . 0 1 2 3 4 5 6 7 x
Distância percorrida / 100 km
y

3 f Na figura pode observar-se que, por exemplo, os pontos de coorde-


nadas (3, 5) , (3, 10) e (3, 15) pertencem ao conjunto represen-
u4p12h2
1 tado. Então, porque existem pontos com diferentes ordenadas que
21 0 7x
têm a mesma abcissa, a correspondência representada não pode ser
gráfico de uma função.
Indique: No contexto apresentado, isto significa que, ao quilómetro 300 ,
a) a imagem de 0 ; elemento do conjunto dos valores da distância percorrida, corres-
u4p12h7 ponde mais do que um elemento do conjunto dos valores do volume
b) f(2)
c) o objeto cuja imagem de combustível existente no depósito (o condutor parou para abas-
por f é 1 ; tecer).
d) o contradomínio de f .

10

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UNIDADE 10 GENERALIDADES ACERCA DE FUNÇÕES

Como se sabe, existem funções cujo processo de relacionar objetos RECORDAR


com as respetivas imagens pode ser estabelecido por uma expressão Duas funções f e g são iguais
analítica. Esta é a situação mais comum em Matemática, em particular, ( f = g ) se, e somente se,
em Álgebra e Análise. têm o mesmo domínio,
o mesmo conjunto de chegada
e cada elemento do domínio tem
EXEMPLO 9 a mesma imagem por f e por g .
A área A de um quadrado de lado x é dada pela expressão
A(x) = x 2
Professor
Neste caso, a correspondência associa a cada número real positivo x METAS CURRICULARES
o número real positivo x 2 , que é único, uma vez que cada número FRVR10
Descritor 1.3
real tem um único quadrado.
LIVROMÉDIA
A expressão define, assim, uma função do conjunto dos números
reais positivos no conjunto dos números reais. Internet
Jogo Stop that Creature

Quando uma função f , de A em B , é definida analiticamente,


a igualdade y = f(x) é verdadeira quando, e apenas quando, x assume
um valor pertencente a A e y assume o valor da imagem de x por f .
NOTA
Assim, nestas condições, é usual designar x por variável indepen- Apenas se considera a restrição
dente e y por variável dependente, dizendo-se também que y no caso em que C + A ! Q .
é função de x .

Quando se define analiticamente uma função, é importante especificar


o seu domínio. AVALIAR CONHECIMENTOS

Por exemplo, uma função f de domínio IR , que a cada número real 7


x faz corresponder o seu quadrado, ou seja, definida por f(x) = x2 , Considere a função f
é definida pela mesma expressão analítica que a função A (definida de domínio
no exemplo anterior). No entanto, como não têm o mesmo domínio A = {0, 1, 2, 3, 4, 5}
e definida analiticamente
( DA = IR+, Df = IR ) , f e A são funções distintas.
pela expressão
De facto, para x = -3 , por exemplo, f(-3) = 9 e não existe ima- f(x) = x(x + 1)
gem de -3 por A , dado que -3 " DA .
7.1 Copie e complete
Apesar de distintas, para qualquer x ! DA , A(x) = f(x) , ou seja, em a tabela:
DA (conjunto mais restrito), a condição A(x) = f(x) é universal.
Note-se que DA 1 Df , pelo que, DA + Df = DA e, portanto, qual- x f(x)
quer x ! DA tem imagem por f e por A . 0 ?
Pode assim dizer-se que restringindo o domínio de f a IR +
se obtém 1 ?
a função A e que esta é a restrição de f a IR+ .
2 ?
3 ?
Restrição de uma função
Dados dois conjuntos A e B , uma função f : A " B e um 4 ?
conjunto C , a função definida de C + A em B , que a cada 5 ?
valor de x faz corresponder f(x) (imagem de x por f ) designa-
-se por restrição de f a C e representa-se por f |C , isto é, 7.2 Indique o contradomínio
a restrição de f a C é a função de f .
f |C : C + A " B , tal que f |C (x) = f(x), 6x ! C + A 7.3 Represente por meio
de uma tabela f |{0, 2, 4} .

11

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EXEMPLO 10
Voltando ao contexto do exemplo 2, a tabela seguinte apresenta
as classificações obtidas pelo Eduardo, no final do primeiro período,
nas disciplinas da componente específica.

Matemática A 18
Biologia e Geologia 19
Física e Química A 17

A tabela define, assim, uma restrição da função que faz correspon-


der a cada disciplina do currículo do Eduardo a respetiva classifica-
ção, ao conjunto das disciplinas da componente específica.

EXEMPLO 11
Seja a função
f : A " IR com A = {-2, -1, 0, 1, 2, 3}
definida por
f(x) = 2x + 1
A restrição de f ao conjunto dos números naturais IN representa-
-se por f | IN , tem domínio A + IN = {1, 2, 3} , conjunto
de chegada IR e é definida por
f|IN (x) = 2x + 1
Representando a função e a respetiva restrição por meio de tabelas
vem:
x f(x)
-2 -3
-1 -1
0 1

AVALIAR CONHECIMENTOS
1 3

8 2 5
Considere a função g 3 7
de domínio IR definida
analiticamente por
x f|IN(x)
g(x) = -2x + 1
1 3
8.1 Determine:
a) g(0) 2 5
b) a imagem de -4 ; 3 7
c) o objeto cuja imagem
por g é 3 .
8.2 Represente graficamente Uma restrição de uma função pode coincidir com a própria função.
a função g .
8.3 Considere o conjunto EXEMPLO 12
A = {-2, -1, 0, 1, 2} . Note-se que a restrição da função f , definida no exemplo anterior,
Determine o gráfico ao conjunto Z , coincide com a própria função, uma vez que:
de g|A e represente-o.
A + Z = {-2, -1, 0, 1, 2, 3} = A
12

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UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
Na figura está representado, em referencial cartesiano, o gráfico
de uma função g .
y

O 1 x

Indique
1.1  o domínio de g .
1.2 Indique,caso existam, dois objetos que tenham a mesma
imagem por g . u4p15h1
1.3 Represente por um diagrama sagital a restrição de g ao
conjunto A = {1, 2, 3} , admitindo que o contradomínio
de g coincide com o seu conjunto de chegada. AVALIAR CONHECIMENTOS

1.4 Indique o contradomínio de g|A . 9


RESOLUÇÃO: Considere a função h
1.1 Dg = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} de domínio [-1, 1] ,
cujo gráfico é o segmento
1.2 Por exemplo, os objetos 1 e 4 têm ambos imagem, por g ,
de reta representado
igual a 2 , ou seja, g(1) = g(4) = 2 . na figura seguinte.
1.3 Como A 1 Dg , o domínio de g|A é o próprio A = {1, 2, 3} .
y
Então, como g(1) = 2 , g(2) = 3 e g(3) = 4 , tem-se:
4

0
1 1 h
2
2 O1 x
3 21
3
4 22
guA

1.4 Como se pode observar no diagrama: 9.1 Mostre que h pode ser
definida analiticamente
Dlg|A = {2, 3, 4} u4p15h3
por h(x) = 3x + 1 .
u4p15h2
9.2 Indique o contradomínio
de h .
No exercício resolvido anterior, obteve-se o contradomínio da restri- 9.3 Calcule o objeto cuja
ção de g a um conjunto A , contido no domínio da função. Neste imagem por h é 0 .
0
caso, o contradomínio da restrição designa-se por conjunto imagem 9.4 Esboce o gráfico
1
de A por g . 2 da função h|[-4, 0]
1
2 3 e indique o seu
4 contradomínio.
3

13

645624 004-029 U10.indd 13 20/03/15 10:06


Professor Conjunto imagem
Metas curriculares
Dados dois conjuntos A e B , uma função f : A " B e um
FRVR10
Descritores 1.4 e 1.5 conjunto C 1 A , designa-se por conjunto imagem de C por f
e representa-se por f(C) o conjunto
f(C) = {y ! B: 7x ! C: y = f(x)}
das imagens por f dos elementos de C .
Este conjunto pode também ser representado por {f(x): x ! C} .

Note-se que o conjunto das imagens de A por f é, por definição, o con-


tradomínio de f , o que justifica a notação f(A) para representar Dlf .

EXEMPLO 13
Considere-se a função f : A " IR com A = {-2, -1, 0, 1, 2, 3}
definida por
f(x) = 2x + 1
Sendo C = {-2, 0, 2} , o conjunto imagem de C por f é
f(C) = {-3, 1, 5}

10.2 Funções injetivas, sobrejetivas e bijetivas


AVALIAR CONHECIMENTOS Função injetiva
10
Considere a função f , Na função g definida no exercício resolvido 1, observou-se que exis-
de domínio IR , definida tem dois objetos diferentes, 1 e 4 , que têm a mesma imagem, ao
analiticamente por contrário do que se verifica com a função f definida no exemplo 11, em
f(x) = x2 + 1 que todos os objetos têm imagens diferentes. Diz-se, por isso, que
e representada graficamente a função f é injetiva e a função g é não injetiva.
na figura seguinte.
y Função injetiva
Dados dois conjuntos A e B , uma função f : A " B designa-
5 -se como função injetiva se, e somente se, para todo x1 e x2
pertencentes a A , x1 ! x2 & f(x1) ! f(x2) .
Neste caso, designa-se a função f por injeção de A em B .
2

A proposição
22 21 O1 2 x 6x1, x2 ! A, x1 ! x2 & f(x1) ! f(x2)
é equivalente, por contrarrecíproco, a
Indique o contradomínio
10.1  6x1, x2 ! A, f(x1) = f(x2) & x1 = x2
de f .
Então, pode dizer-se de forma equivalente que:
Indique f(C) em que:
10.2 
u4p16h1
a) C = {-2, -1, 0, 1, 2}
Uma função f : A " B é injetiva se, e só se,
b) C = [-1, 2] 6x1, x2 ! A, f(x1) = f(x2) & x1 = x2
A função f é injetiva?
10.3 
Justifique.

14

645624 004-029 U10.indd 14 20/03/15 10:06


UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

EXEMPLO 14 Professor
Dados os conjuntos A = {-2, -1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5} , Metas curriculares
a função h: A " B , definida por h(x) = x , é não injetiva, uma FRVR10
Descritor 1.5
vez que -1 = 1 , ou seja, existem objetos diferentes com
a mesma imagem.
Já a sua restrição h|{-2, -1, 0} é uma função injetiva. Como se pode
observar na tabela, não existem, nesta restrição, objetos com ima-
gens iguais:

x h(x) = x
-2 u-2u = 2
-1 u-1u = 1
0 u 0u = 0

EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
Considere a função a: IR " IR definida por
a(x) = -x + 3
Mostre
2.1  que a é uma função injetiva.
2.2 Determine, caso exista, o objeto que tem 5 como imagem
por a .
2.3 Seja k um número real qualquer. Determine, caso exista,
x tal que a(x) = k .
RESOLUÇÃO:
2.1 Sejam x1 e x2 dois
números reais quaisquer. AVALIAR CONHECIMENTOS
Se a(x1) = a(x2) , então, -x1 + 3 = -x2 + 3 , donde se
11
conclui que x1 = x2 .
Considere os gráficos de três
Portanto, a é uma função injetiva.
funções f , g e h .
2.2 Pretende-se x tal que a(x) = 5 .
Gf = {(0, 2), (1, 3), (2, 0), (3, 1)}
a(x) = 5 +
Gg = {(0, 2), (1, 2), (2, 2), (3, 2)}
+ -x + 3 = 5 + Gh = {(0, 2), (1, 3), (2, 0), (3, 2)}
+ -x = 2 + 11.1 Indique, justificando,
+ x = -2 (-2 ! Da) qual das três funções
Então, -2 é o objeto que tem 5 como imagem por a . são injetivas.
2.3 Resolvendo a equação a(x) = k em ordem a x , vem: 11.2 Para cada função
não injetiva indique
a(x) = k +
uma restrição injetiva.
+ -x + 3 = k +
12
+x=3-k
Mostre que as funções
Como k é um número real também 3 - k o é e, por isso, seguintes, de domínio IR ,
pertence ao domínio de a . são injetivas.
Portanto, 3 - k é o objeto que tem k como imagem 1
a) f(x) = x-5
por a . 2
-3x + 2
b) g(x) =
5

15

645624 004-029 U10.indd 15 20/03/15 10:06


Professor TAREFA 1
Metas curriculares Prove que qualquer função f : IR " IR definida por f(x) = ax + b ,
FRVR10 a ! 0 , (função afim) é injetiva.
Descritores 1.6 e 1.7

Tarefa 1
Função sobrejetiva
Sejam x1 e x2 dois números reais quaisquer.
Se f(x1) = f(x2) , então, ax1 + b = ax2 + b ,
donde se conclui que x1 = x2 . Na alínea 2.3 do exercício resolvido anterior provou-se que, para qualquer
Portanto, f é uma função injetiva.
valor de k real, existe um valor de x real que tem k como imagem;
isto significa que a(IR) = IR , ou seja, o contradomínio de a coincide
com o seu conjunto de chegada. Quando isto acontece, diz-se que a é
uma função sobrejetiva ou, neste caso, uma função de IR sobre IR .

Em geral:
AVALIAR CONHECIMENTOS
Função sobrejetiva
13 Dados dois conjuntos A e B , uma função f : A " B designa-se
Indique quais das funções por função sobrejetiva se para todo o y ! B existe pelo
de A em B seguintes menos um x ! A , tal que y = f(x) , isto é, equivalentemente,
são injetivas, sobrejetivas
f(A) = B .
ou bijetivas.
Uma função sobrejetiva de A em B designa-se por sobrejeção
de A em B ou função de A sobre B .
a) f

a 1
2 EXEMPLO 15
b
3 Na função g : A " B , definida pelo g
c
4 diagrama, todo o elemento de B é 22
d 5 4
imagem de um elemento de A , ou
2
A B seja, o contradomínio coincide com o 1
conjunto de chegada. Então, g é uma 1
b) g
função sobrejetiva ou uma sobreje-
a 1 ção de A em B . A B
bu4p18h3 2
c
d 3
Função bijetiva
e 4

A B Função bijetiva
c)
Uma função f : A " B simultaneamente injetiva e sobrejetiva
u4p18h1
h
u4p18h4 designa-se por função bijetiva.
a 1
b 2
Uma função bijetiva de A em B designa-se por bijeção de A
c 3 em B .
d 4
e 5
EXEMPLO 16
A B Na função f : A " B , definida pelo f
d) diagrama, o contradomínio de f 0 0
i
a u4p18h5 1 coincide com o conjunto de chegada
1 1
b 2 e quaisquer dois elementos de A têm
c 3 2 4
imagens diferentes em B . Então, f
d 4
é simultaneamente sobrejetiva e inje- 3 9
e 5
tiva sendo, por isso, bijetiva, ou seja, A B
A B f é uma bijeção de A em B .
16
u4p18h6

645624 004-029 U10.indd 16 20/03/15 10:06


UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 3 Professor


2 Metas curriculares
Considere a função f : IR " IR definida por f(x) = x - 2x + 3 .
FRVR10
Mostre que f não é injetiva nem sobrejetiva. Descritor 1.7

RESOLUÇÃO:
Uma equação de segundo grau incompleta da forma
ax2 + bx = 0 , com b ! 0
tem duas soluções.
Assim, resolvendo a equação f(x) = 3 , obtém-se
x2 - 2x = 0 + x(x - 2) = 0 + x = 0 0 x = 2 AVALIAR CONHECIMENTOS

Portanto, 0 e 2 têm a mesma imagem ( 3 ) , pelo que f é não 14


injetiva. Na figura está representado
A função f é sobrejetiva se para todo o y ! IR existe, pelo o gráfico de uma função f
menos, um x real, tal que y = f(x) . de domínio
{-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4}
Resolvendo a equação y = f(x) em ordem a x vem
e conjunto de chegada
x2 - 2x + 3 = y + {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} .
+ x2 - 2x + 3 - y = 0 +
y
2 ! 4 - 4 (3 - y) 2 ! 4y - 8
+x= +x=
2 2
Ora, esta equação é impossível se
1
4y - 8 < 0 + y < 2
0 1 x
portanto, f é não sobrejetiva.

14.1 Justifique que f


Note-se que, no exercício resolvido 3, quando se prova que a equa- não é injetiva
ção y = f(x) não é possível quando y < 2 , prova-se também que nem sobrejetiva.
u4p19h1
tem duas soluções para y > 2 , ou seja, existem dois objetos distintos 14.2 Seja A = {1, 2, 3, 4} ,
com imagem y > 2 . Prova-se igualmente, desta forma, que f é não determine f(A) .
injetiva. 14.3 Indique uma restrição
de f que seja injetiva.
14.4 Represente graficamente
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4 uma função g com
Prove que qualquer função afim de domínio IR definida por o mesmo domínio
f(x) = ax + b , a ! 0 é bijetiva. e conjunto de chegada
de f que seja bijetiva.
RESOLUÇÃO:

Na resolução da tarefa 1 provou-se que f é injetiva. 15

Para se provar que f é sobrejetiva considere-se um número real Considere a função h ,


y e procure-se x ! IR , tal que y = ax + b . de IR em IR , definida
analiticamente por h(x) = x2 .
Resolvendo a equação y = ax + b em ordem a x vem:
Justifique que:
y-b
y = ax + b + ax = y - b + x = a a) h não é injetiva

Então, para qualquer número real y existe um, e apenas um, nem sobrejetiva;
y-b b) h|IR+0 é injetiva mas não
valor real x , da forma a , para o qual y = ax + b . sobrejetiva;
0 " IR0 definida
c) f: IR+ +
Portanto, f é bijetiva.
por f(x) = x2 é bijetiva.

17

645624 004-029 U10.indd 17 20/03/15 10:06


Professor 10.3 Função composta
Metas curriculares
FRVR10
Descritor 1.8 EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
Num avião que viaja à velocidade de cruzeiro de 900 km/h ,
a quantidade, Q , em litros, de combustível consumida é dada
em função da distância, d , em quilómetros, por
Q(d) = 14,5d
Determine
5.1  a distância percorrida pelo avião em 2 horas
e 30 minutos, à velocidade de cruzeiro.
Qual é o consumo do avião (quantidade de combustível con-
5.2 
sumida) em 2 horas e 30 minutos, à velocidade de cruzeiro?
Determine
5.3  uma expressão que permita calcular o consumo
do avião em função do tempo, t , em horas, de viagem
à velocidade de cruzeiro.
RESOLUÇÃO:
5.1 Seo avião viaja a uma velocidade constante, a distância
percorrida é diretamente proporcional ao tempo.
Assim, se em 1 hora o avião percorre 900 km , em 2,5 horas
( 2 horas e 30 minutos) percorre 900 ◊ 2,5 = 2250 km .
5.2 Em 2,5 horas o avião percorre 2250 quilómetros. Como
Q(2250) = 14,5 ◊ 2250 = 32 625 , então, em 2 horas
e 30 minutos o avião consome 32 625 litros de combustível.
5.3 Àvelocidade de cruzeiro, a distância d percorrida pelo
avião é dada em função do tempo de viagem t , em horas, por,
d(t) = 900t
Então, o consumo do avião é dado em função do tempo de via-
gem, t , em horas, por
Q^d(t)h = 14,5d(t) = 14,5 ◊ 900t = 13 050 t

No exercício resolvido anterior, a nova função, que permite obter


o consumo de combustível em litros, em função do tempo, em horas,
resulta da composição da função d (distância) de domínio [0, +3[
com a função Q (quantidade) de domínio [0, D] , para um certo
D > 0 (o valor de D depende da quantidade de combustível existente
no depósito do avião).

AVALIAR CONHECIMENTOS

16
Considere os dados
do exercício ao lado t Q (d(t))
e determine o consumo
do avião numa viagem, d(t)
à velocidade de cruzeiro, d Q
Dd
com a duração de 3 horas
e 15 minutos.
DQ
18

645624 004-029 U10.indd 18 20/03/15 10:06


UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

Observe-se que na definição desta nova função, consumo em função Professor


do tempo, é necessário, antes de determinar a quantidade de combus- Metas curriculares
tível consumido, determinar a distância percorrida pelo avião d(t) , FRVR10
Descritor 1.8
o que só é possível se t ! Dd . Por outro lado, determinada a distân-
cia, só será possível calcular o consumo se essa distância d(t) perten-
cer ao domínio de Q .

Isto significa que a nova função que se representa por Q % d e se


designa por função composta de Q com d tem domínio
DQ % d = {t ! Dd: d(t) ! DQ}

EXEMPLO 17
Admitindo que o avião referido no exercício anterior tem no seu
depósito 200 mil litros de combustível, a distância máxima que
este pode percorrer à velocidade de cruzeiro é
200 000 400 000
= (aproximadamente 13 793 km )
14,5 29
Dividindo a distância máxima pela velocidade de cruzeiro do avião
4000
obtém-se a autonomia do avião: h.
261

Assim, a função Q % d : <0, F " IR definida por


4000
261
(Q % d)(t) = 13050t
é a função que permite obter o consumo deste avião, em função
do tempo, à velocidade de cruzeiro.
AVALIAR CONHECIMENTOS

17
Função composta
Considere as funções f e g
Dadas duas funções f : Df " A e g: Dg " B , designa-se por
definidas pelos diagramas
função composta de g com f e representa-se por g % f
seguintes.
a função g % f : Dg % f " B , tal que
Dg % f = {x ! Df : f(x) ! Dg} e 6x ! Dg % f , g % f(x) = g( f(x)) f
A função g % f designa-se também por g composta com f , 1 5
g após f ou f seguida de g . 2
10
12
3 14

g
f g
10 2
12u4p21h2 3
x f(x) g (f(x)) 14 4

Dg
17.1 Determine:
Df A B
a) f % g (10)

g%f b) gu4p21h3
% f (2)
17.2 Representa numa
tabela a função g % f .

19
u4p21h1

645624 004-029 U10.indd 19 20/03/15 10:06


Professor EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
Metas curriculares
Considere os conjuntos A ={0, 1, 2, 3} , B = {0, 2, 4, 6} e
FRVR10
Descritores 1.8 e 1.9 C = {1, 3, 5, 7} e as funções f : A " B , definida por f(x) = 2x ,
e g: B " C , cujo gráfico é Gg = {(0, 1), (2, 3), (4, 5), (6, 7)} .
Determine
6.1  o gráfico de f .
6.2 Calcule:
a) g % f (1)
b) g( f(3))
6.3 Determine o domínio e o gráfico de f % g .
RESOLUÇÃO:
6.1Tem-se que f(0) = 2 # 0 = 0 ; f(1) = 2 # 1 = 2 ;
f(2) = 2 # 2 = 4 e f(3) = 2 # 3 = 6 .
AVALIAR CONHECIMENTOS
Então, o gráfico de f é
18 {(0, 0), (1, 2), (2, 4), (3, 6)}
Considere as funções f e g
definidas pelas tabelas: 6.2 a) g % f (1) = g( f(1)) = g(2) = 3
b) Dado que f(3) = 6 , g( f(3)) = g(6) = 7 .
x f(x) x g(x) 6.3 Analisando o gráfico de g observa-se que g(0) = 1
1 2 0 1 e g(2) = 3 pertencem a A , domínio da função f ,
enquanto g(4) = 5 e g(6) = 7 não pertencem a A .
2 4 2 0
Assim, do domínio de g , o conjunto B , apenas o 0 e o
3 6 4 1 2 têm imagens em A . Então, o domínio de f % g é
4 8 6 0 Df % g = {0, 2}
8 1 O gráfico de f % g é
Gf % g = {(0, 2), (2, 6)}
18.1 Determine f % g (0) pois f( g(0)) = f(1) = 2 e f( g(2)) = f(3) = 6 .
e g % f (3) .
18.2 Indique Df % g e Dg % f .
18.3 Construa uma tabela
10.4 Função identidade
para definir a função
f%g.
18.4 Diga, justificando, Dado um conjunto A , designa-se por função identidade em A
se é verdadeira ou falsa e representa-se por IdA , a função IdA : A " A , tal que
a igualdade: 6x ! A, IdA(x) = x
f%g=g%f

19 Repare-se que, dado um y ! A , basta fazer x = y para que


Considere os conjuntos IdA(x) = y , ou seja, IdA é uma função sobrejetiva.
A = {-1, 0, 1, 2} e
B = {-2, -1, 0, 1, 2, 3, 4} Por outro lado, quaisquer que sejam x1, x2 ! A se IdA(x1) = IdA(x2) ,
e a função f: A " B definida porque IdA(x1) = x1 e IdA(x2) = x2 , tem-se que x1 = x2 , ou seja,
analiticamente por f(x) = 2x . a função IdA é injetiva.
Mostre que f % IdA = f
e IdB % f = f . Portanto,
SUGESTÃO: defina as funções
Dado um conjunto A , a função identidade em A é bijetiva.
f , IdA , IdB , f % IdA e IdB % f
utilizando tabelas.

20

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UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

10.5 Função inversa de uma função


Uma função de A em B determina, de forma inequívoca, a imagem
de qualquer elemento de A . Sendo esta função injetiva é também
possível, dado um elemento do contradomínio de f , determinar
de forma inequívoca o elemento de A que lhe corresponde.

EXEMPLO 18
A Joana nas férias do Natal foi ajudar
a mãe na sua pastelaria. A especiali-
dade da pastelaria são os croissants
com chocolate, que são vendidos a
0,75 € a unidade.
Como o movimento é muito, para facilitar as contas, a Joana
e a mãe fizeram uma tabela relacionando o número de croissants
vendidos com o valor a pagar.

N.º de croissants 1 2 3 4 5 6 7 8
Preço (em euros) 0,75 1,5 2,25 3 3,75 4,5 5,25 6

Considerando A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} e
B = {0,75; 1,5; 2,25; 3; 3,75; 4,5; 5,25; 6} , a tabela define uma
AVALIAR CONHECIMENTOS
função p : A " B , que ao número de croissants associa o preço em
euros. 20
Considere o conjunto
Como Dlp = B e p é injetiva, a cada elemento y de B (preço)
A = {-2, -1, 0, 1, 2}
fica associado um, e um só, elemento x de A (número de crois-
e a função f : A " A
sants), tal que y = p(x) , ficando assim definida uma nova função em que f(x) = -x .
q: B " A .
20.1 Determine IdA % f (-2) .
O diagrama que define q obtém-se invertendo as setas do dia-
20.2 Determine x ! A ,
grama que define p . tal que f(x) = 1 .
p q 20.3 Defina uma função

1 0,75 0,75 1
g: A " A , tal que
2 1,50 1,50 2 g % f = IdA .
3 2,25 2,25 3
21
4 3 3 4
5 3,75 3,75 5
Considere os conjuntos
6 4,50 4,50 6 A = {-1, 1, 3}
7 5,25 5,25 7 e B = {3, 4, 5} ,
8 6 6 8 e a função f : A " B .
A B B A Indique, justificando,
o valor lógico das seguintes
proposições:
u4p23h3
Para as funções p: A " B e q: B " A , definidas no exemplo ante- a) Se f(1) = 3 , então,
rior, dado x pertencente a A , dizer que p(x) = y é o mesmo que x = 1 & f(x) = 3 .
dizer que q(y) = x , Dq = B = Dlp e Dlq = A = Dp .
b) Se f é bijetiva
u4p23h2 e f(-1) = 4 , então,
Neste caso, diz-se que p e q são inversas uma da outra.
f(x) = 4 + x = -1 .

21

645624 004-029 U10.indd 21 20/03/15 10:06


Professor Considere-se agora o seguinte exemplo:
Metas curriculares
FRVR10
Descritor 1.10 EXEMPLO 19
Na pastelaria da mãe da Joana existe
uma promoção, das 18 às 19 horas,
chamada «Hora Feliz», em que os
clientes pagam apenas dois croissants
por cada três que levarem.
A tabela de preços para croissants durante a «Hora Feliz»
é a seguinte:

N.º de croissants 1 2 3 4 5 6 7 8
Preço (em euros) 0,75 1,5 1,5 2,25 3 3 3,75 4,5

Considerando os mesmos conjuntos A e B do exemplo anterior,


tal como aí, a tabela define uma função pl: A " B , que ao número
x de croissants associa o preço em euros, pl(x ) .
No entanto, neste caso, não é possível, dado o preço pago por um
cliente, determinar de forma inequívoca o número de croissants
vendidos. Por exemplo, para o preço de 1,5 € o cliente pode ter
levado 2 ou 3 croissants, ou seja, a correspondência que associa
o preço ao número de croissants não é uma função.
p' q'
1 0,75 0,75 1
2 1,50 1,50 2
3 2,25 2,25 3
4 3 3 4
5 3,75 3,75 5
6 4,50 4,50 6
7 5,25 5,25 7
8 6 6 8
A B B A

Note-se que, quando se invertem as setas, se obtém uma correspon-


dência que não é unívoca; por exemplo, 1,5 tem dois correspon-
dentes em A , isto porque pl é não injetiva, mas também porque
u4p24h3 em A ( 5,25
existem elementos em B que não têm correspondente
e 6 ) , porque pl é não sobrejetiva.
AVALIAR CONHECIMENTOS u4p24h2
22 Repare-se que dizer que uma função f : A " B é bijetiva é o mesmo
Considere a função f de que dizer que para todo y ! B existe um, e apenas um, elemento x
A = {0, 5, 10, 15, 20}
de A , tal que y = f(x) .
em B = {0, 1, 2, 3, 4} ,
x
tal que f(x) = . Estabelece-se, assim, uma correspondência unívoca, ou seja, uma fun-
5
22.1 Justifique que f ção g de B em A , tal que
é bijetiva. y = f(x) + x = g(y), 6(x, y) ! A # B
22.2 Determine o gráfico
da função inversa de f . Tal função g designa-se por função inversa de f .

22

645624 004-029 U10.indd 22 20/03/15 10:06


UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

Função inversa Professor


Metas curriculares
Dados dois conjuntos A e B e uma função f : A " B bijetiva,
FRVR10
designa-se por função inversa de f e representa-se por f -1 Descritores 1.10, 1.11 e 1.12
a função f -1 : B " A , tal que
y = f(x) + x = f -1(y), 6(x, y) ! A # B

EXEMPLO 20
Na figura seguinte estão representadas em diagrama a função f
e a sua inversa f -1 .
f
f(0) = 1 + f (1) = 0
-1
0 1 AVALIAR CONHECIMENTOS

f(1) = 2 + f -1(2) = 1 1 2 23
Considere as funções f e g ,
f(2) = 3 + f -1(3) = 2 2 3 de {1, 2, 3, 4, 5, 6} em
f(3) = 4 + f -1(4) = 3 3 4 {1, 2, 3, 4, 5, 6} , definidas
pelo gráfico e pela tabela
A f 21
B seguintes, respetivamente.
y
6
Da definição resulta que:
5

Dada uma função bijetiva f : A " B : 4

• a sua inversa f -1 : B " A é também umau4p25h1


função bijetiva; 3

• a inversa de f é f , ou seja, ^f h = f .
-1 -1 -1
2
A função f -1 designa-se também por bijeção recíproca de f . 1

0 1 2 3 4 5 6 x

Suponhamos agora que, para uma função f : A " B , existe uma função
g: B " A , tal que x g(x)
y = f(x) + x = g(y), 6(x, y) ! A # B u4p25h2
1 4

Vamos ver que neste caso f tem de ser bijetiva. 2 3


3 2
Tem-se, por definição de função, que para cada x ! A existe um,
4 1
e apenas um, y ! B , tal que f(x) = y , e para esse y ! B existe
um, e apenas um, x ! A , tal que g(y) = x . Então, para qualquer 5 3
y ! B a equação f(x) = y tem uma, e uma só, solução em A . 6 6

Portanto, f é bijetiva. 23.1 Justifique que apenas


a função f admite
Juntando esta observação com a definição de função inversa, mostra-
inversa.
-se o seguinte:
23.2 Determine:
Proposição a) f -1(3)
Dados dois conjuntos A e B , uma função f : A " B é bijetiva b) f % g (2)
se, e somente se, existe uma função g: B " A , tal que
c) f -1 % g (1)
y = f(x) + x = g(y), 6(x, y) ! A # B
23.3 Caracterize
a função f -1 .

23

645624 004-029 U10.indd 23 20/03/15 10:06


EXERCÍCIO RESOLVIDO 7
Considere as funções f , g e h definidas a seguir:
• f: {a, b, c} " {1, 2, 3} com gráfico Gf = {(a, 3); (b, 1); (c, 2)}
• g: C " C definida por

g
1 3

2 2

3 1

C C

• h: {-1, 0, 1} " {0, 1} definida por h(x) = x2


7.1 I ndique quais as funções bijetivas e determine as respetivas
inversas.
7.2 Determine as composições das funções bijetivas com as res-
u4p26h1
petivas inversas.
RESOLUÇÃO:

7.1 As funções f e g são bijetivas, uma vez que cada elemento
do conjunto de chegada é imagem de um, e apenas um, ele-
mento do domínio. A função h é não bijetiva porque -1
e 1 têm a mesma imagem por h , ou seja, é não injetiva.
AVALIAR CONHECIMENTOS
• A inversa de f é f -1 : {1, 2, 3} " {a, b, c} com gráfico
24
Gf - 1 = {(1, b); (2, c); (3, a)} .
Considere a função f : IN " IN
definida analiticamente • A função inversa de g é g21
por f(x) = 2x . g-1 : C " C
1 3
Justifique que f não admite que coincide com g .
inversa. • A função h é não 2 2
bijetiva:
25 3 1
h(-1) = (-1)2 = 1
Considere o conjunto
e h(1) = 12 = 1 .
A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} C C

e a função f : A " A bijetiva.


Copie e complete a tabela f % f -1 (1) = f^f -1(1)h = f(b) = 1 , f
7.2  % f -1 (2) = f(c) = 2
seguinte: e f % f (3) = f(a) = 3 . Então, a função f % f -1 é a fun-
-1

ção identidade do conjunto {1, 2, 3} .


f -1 % f (a) = f -1^f(a)h = f -1(3) = a ,
x f(x) f -1(x)
u4p26h2
1 3 ? f -1 % f (b) = f -1(1) = b e f -1 % f (c) = f(2) = c
2 1 ? Então, a função f -1 % f é a função identidade do conjunto
{a, b, c} .
3 4 ?
g % g-1 (1) = g^g-1(1)h = g(3) = 1 ,
4 6 ?
g % g-1 (2) = g(2) = 2 e g % g-1 (3) = g(1) = 3 ,
5 2 ? e como g = g-1 , g % g-1 = g-1 % g é a função identidade
6 ? ? de {1, 2, 3} .

24

645624 004-029 U10.indd 24 20/03/15 10:06


UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

Em geral, tem-se o seguinte critério equivalente para uma função ser Professor
bijetiva: Metas curriculares
FRVR10
Proposição Descritor 1.13

Dados dois conjuntos A e B , f : A " B é uma função bijetiva


se, e somente se, existe g : B " A , tal que
f % g = IdB e g % f = IdA
Tal função g é a função inversa de f , ou seja, g = f -1 .

Demonstração:
Suponhamos que f: A " B é bijetiva.
Sabe-se que existe uma função g: B " A , tal que
f
f(x) = y + g(y) = x, 6(x, y) ! A # B
x f(x)
Então, dado x ! A , se f(x) = y , g % f (x) = g(y) = x .
f 21

Portanto, g % f = IdA . Df D'f

Analogamente, prova-se que f % g = IdB .

Reciprocamente, se tal função g existe, então, a função f é bijetiva.


u4p27h1
De facto, por definição de função, para qualquer y ! B existe um,
AVALIAR CONHECIMENTOS
e apenas um, x ! A , tal que g(y) = x e, porque f % g = IdB ,
y = f^g(y)h = f(x) . Portanto, para cada y ! B existe um, e apenas 26

um, x ! A , tal que f(x) = y , ou seja, f é bijetiva. Considere a função


c.q.d. f : {1, 2, 3} " {4, 6, 9}
definida pela tabela:
Quando uma função bijetiva f : A " B é definida por uma expressão
analítica, pode determinar-se uma expressão analítica da sua inversa, x 1 2 3
resolvendo em ordem a x a equação y = f(x) . f(x) 9 4 6

EXEMPLO 21 26.1 Justifique que f


admite inversa.
A função f : IR " IR definida por
f(x) = -3x + 1 26.2 Indique o valor de:
é bijetiva, uma vez que é uma função afim com coeficiente de x a) f (2)
não nulo, pelo que f admite inversa. b) f -1(4)
Resolvendo a equação y = -3x + 1 em ordem a x obtém-se: c) f % f -1 (6)
1- y 26.3 Determine o gráfico
y = -3x + 1 + 3x = 1 - y + x =
3 de f -1 .
1- y
Tem-se, então, por definição de inversa, que f -1(y) = , ou, 27
3
voltando o x a assumir o papel de variável independente Considere a função g ,
1- x de IR em IR , definida
f -1(x) =
3 analiticamente por
Repare-se que: g(x) = 2x + 4 .
1 - (-3x + 1)
f -1 % f (x) = f -1^f(x)h = f -1(-3x + 1) = =
3 27.1 Justifique que g
3x
= =x é bijetiva e calcule
3
g-1(x) .
f % f -1 (x) = f ^f -1(x)h = f c m = -3 c m+1=
1- x 1- x
3 3 27.2 Determine g-1(-1)

e g % g-1 d n.
= -(1 - x) + 1 = x 7

Portanto, f % f -1
= IdIR e f -1
% f = IdIR . 15

25

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AVALIAR CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


SUGESTÃO
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
Os exercícios apresentados
são apresentadas.
permitem praticar a definição
de composição de funções
1
e a função inversa
de uma função bijetiva. Em qual dos diagramas seguintes está definida uma função de domínio A = {1, 2, 3, 4} ?
O professor pode selecionar
alguns destes exercícios
(A) (C)
para trabalho autónomo 1 1
dos alunos em vários
2 2
2 2
momentos, e não apenas 3 3
no final do tema. 3 3
4 4 4 4
LIVROMÉDIA

PowerPoint (B) (D)


O essencial u4p28h1 u4p28h3
1 2 1 2
Exercícios do Caderno 2 2
3 3
de Apoio 3 3
4 4 4 4

2
u4p28h2 u4p28h4
Considere a função f de domínio {0, 1, 2, 3} e o conjunto de chegada {0, 1, 2} , cujo gráfico
é G = {(0, 2), (1, 1), (2, 2), (3, 0)} .
Relativamente à função f pode afirmar-se que:
(A) f é bijetiva. (C) f é não injetiva e é sobrejetiva.
(B) f é injetiva e não é sobrejetiva. (D) f é não injetiva e não sobrejetiva.

3
Considere as funções f e g , em que o gráfico de f se encontra representado na figura
e a função g: IR " IR é definida pela expressão analítica g(x) = -x2 + 4x .
y
6

22 21 0 1 2 3 4 x

3.1 Qual das restrições seguintes de f é injetiva?


(A) fuIN (B) fu[0, 4] (C) fu]1, 4[ (D) fu{1, 2, 3}
3.2 O valor de g % f (2) é:
(A) 1 (B) 2 (C) 4 (D) 5
3.3 O valor de f % g (2) é: u4p28h5
(A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 5

26

645624 004-029 U10.indd 26 20/03/15 10:06


UNIDADE 10 Generalidades acerca de funções

4
Considere as funções f e g , de domínio {1, 2, 3, 4} e conjunto de chegada IR , definidas
pelas tabelas:
x f(x) x g(x)
1 -2 1 2
2 3 2 3
3 4 3 -1
4 -1 4 -2

O domínio da função f % g é:
(A) {1, 2} (B) {2, 3} (C) {3, 4} (D) {1, 2, 3, 4}

5
Considere as funções f e g definidas pelo diagrama e tabela seguintes, respetivamente.

f x g(x)
a 1 1 a
b
2
c 2 b
d 3
3 c

O gráfico da função g % f é:
(A) G = {(1, 1), (2, 2), (3, 3)}
u4p29h1
(B) G = {(a, a), (b, b), (c, c), (d, b)}
(C) G = {(a, a), (b, b), (c, c), (d, d)}
(D) G = {(1, a), (2, b), (3, c)}

6
Considere a função afim g: IR " IR , tal que g(x) = -2x + 7 .
O valor de g-1(1) é:
1 1
(A) (B) (C) 3 (D) 5
5 3
7
4
Seja f : IR " IR uma função bijetiva, tal que f(3) =.
5
Qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira?

(A) f -1d n = (C) f -1d n = 3


1 4 4

3 5 5
4 5
(B) f -1(-3) = - (D) f -1(-3) =
5 4
8
Seja f : IR " IR uma função afim bijetiva. Sabendo que (0, 2) pertence ao gráfico de f e (3, 4)
pertence ao gráfico de f -1 , indique qual das expressões seguintes pode representar analiticamente
a função f .
(A) f(x) = x + 2 (C) f(x) = 2x - 5
1
(B) f(x) = x + 2 (D) f(x) = 2x - 2
4

27

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AVALIAR CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos
que tiver de efetuar e as justificações necessárias.

9
Considere o conjunto D = {-1, 0, 1} .
Indique, das seguintes correspondências de D em D , quais as que definem funções:

a b c
21 21 21 21 21 21
0 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1

10
Sejam A = {1, 2, 3} e B = {1, 4, 9, 16} .
Considereu4p30h1 u4p30h2
a função g definida de A em B pelo seu gráfico: Gg = {(1, 1),u4p30h3
(2, 4), (3, 9)} .
10.1 Indique o domínio, o conjunto de chegada e o contradomínio de g .
10.2 Indique:
10.2.1 g(2)
10.2.2 o objeto cuja imagem por meio de g é 9 .
10.3 Defina g por meio de uma expressão analítica.

11
Considere a função h de domínio IR , definida analiticamente por h(x) = x2 - 2x .
11.1 Determine:
11.1.1 h(-1)
11.1.2 o objeto positivo cuja imagem por h é 1 .
11.2 Considere o conjunto A = {0, 1, 2, 3} .
11.2.1 Represente graficamente a restrição de h a A e indique o seu contradomínio.
11.2.2 Justifique que a restrição definida em 11.2.1 não é injetiva.

12
Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {0, 3, 6, 9, 12} .
12.1 Estabeleça uma correspondência de A em B que seja uma função injetiva.
12.2 Indique, justificando, o valor lógico das seguintes proposições:
a) Qualquer função injetiva de A em B admite uma restrição injetiva.
b) Existe pelo menos uma função de A em B que é bijetiva.

13
A temperatura de um determinado local pode ser registada em graus
Celsius ou em graus Fahrenheit.
A expressão algébrica que relaciona a temperatura, F , em graus
Fahrenheit com a temperatura em graus Celsius, C , é dada por
F = 32 + 1,8C

28

645624 004-029.indd 28 04/10/16 11:42


UNIDADE 10 GENERALIDADES ACERCA DE FUNÇÕES

13.1 Qual é a temperatura, em graus Fahrenheit, quando a temperatura em graus Celsius é 0 °C ?


13.2 Qual é a temperatura, em graus Celsius, quando a temperatura em graus Fahrenheit é 59 °F ?
13.3 Qual é o significado da constante 1,8 ?
13.4 Determine, por uma expressão algébrica, a temperatura em graus Celsius em função
da temperatura em graus Fahrenheit.

14
Seja A = {0, 1, 2} . Considere a função f definida de A em A pela tabela seguinte.

x f(x)
0 2
1 0
2 1

14.1 Justifique que f é uma função bijetiva e caracterize a sua inversa.


14.2 Determine:
14.2.1 ( f % f )(0)
14.2.2 f -1(2)
14.2.3 ^ f % f -1h(1)

15
Considere as funções a , b , c e d , bijetivas, definidas de IR em IR .
Sabe-se que:
a(2) = 5 , b(2) = -3 , c(1) = -3 e d(-3) = 2
Determine:
a) a-1(5)
b) (d % c)(1)
c) ^b-1 % d-1h(2)

16
Considere as funções f e g definidas de IR em IR por: f(x) = 5 - 6x e g(x) = 5 - 3x2 .
16.1 Mostre que f é uma função bijetiva.
16.2 Justifique que g não é injetiva nem sobrejetiva.
16.3 Existe algum valor de x , tal que f(x) = g(x) ? Se sim, qual ou quais?
16.4 Determine uma expressão analítica da função f -1 .

17
Considere a função f : [1, 3] " [2, 4] , cujo gráfico é o segmento y
de reta representado na figura. 4
Professor
LIVROMÉDIA
17.1 Indique:
3
17.1.1 o contradomínio de f . Ficha de trabalho 9
2
-1
17.1.2 f (3) Teste 10
1
17.2 Determine uma expressão analítica da função f .
CADERNO
17.3 Caracterize a função f -1 e indique o seu contradomínio. 0 1 2 3 4 x DE ATIVIDADES
e avaliação contínua
Ficha de trabalho 9

u4p31h2
29

645624 004-029.indd 29 04/10/16 11:42


11
UNIDADE

11.1
Generalidades
acerca de funções
reais de variável real

Funções definidas por expressões analíticas

EXEMPLO 1
O gráfico seguinte representa o volume, v , de água, em m3 ,
em função do tempo, em horas, num determinado reservatório
durante o seu enchimento. A capacidade máxima do reservatório
é de 70 m3 .
AVALIAR CONHECIMENTOS
v
1
Considere a função f 60
definida no exemplo 2:
1.1 Indique a imagem 40
de 2 e diga qual é o seu
significado no contexto
20
do problema.
1.2 Qual é o objeto cuja
imagem é 13,5 ? 0 2 4 6 8 10 12 14 16 t

2 Esta correspondência é uma função, o seu domínio é o intervalo


Considere a figura [0, 16] , pois o tempo pode tomar qualquer valor real. O contrado-
seguinte, que representa mínio, porque o reservatório está vazio inicialmente e a sua capaci-
um retângulo de largura 5 dm dade máxima é 70 , é o intervalo [0, 70] .
e comprimento 10 dm .
u4p32h1
10 dm
EXEMPLO 2
Na figura ao lado está representado um
5 dm
x 1 6 dm cubo de aresta x cm .
x dm Designando por f(x) a expressão que
define a área total da superfície do cubo, x
2.1 Atendendo aos dados
em cm2 , em função da medida da aresta
u4p32h4
da figura mostre que
x , em cm , tem-se que f(x) = 6x2 , sendo
a área da parte sombreada
que, neste contexto, a expressão tem sig-
é dada por:
nificado se, e somente se, x tomar valo-
A(x) = -x2 - 6x + 50
res positivos.
2.2 Indique quais são u4p32h3
Neste contexto, a expressão analítica f(x) = 6x2 define uma fun-
os valores de x para
os quais A(x) tem ção de IR em IR .
+ +

Professor significado.
LIVROMÉDIA
2.3 Se a área sombreada As funções definidas nos exemplos 1 e 2 têm como domínio e con-
Atividades for de 28,75 dm2 , junto de chegada subconjuntos de IR , dizendo-se, por isso, funções
da Unidade 11 qual é o valor de x ? reais de variável real.

30

645624 030-053 U11.indd 30 20/03/15 10:08


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

Função real de variável real AVALIAR CONHECIMENTOS Professor


Uma função f : A " B designa-se por função real de variável 3 Metas
curriculares
real (abreviado por função r.v.r.) se A e B estiverem contidos Ao Sr. Manuel, empresário
FRVR10
em IR . de construção, foi Descritores 2.1
encomendada a construção e 2.2
de um muro para vedar uma
Diz-se função real porque B 1 IR , e de variável real porque A 1 IR . propriedade. O Sr. Manuel
tem seis trabalhadores.
Quando uma função f está definida através de uma expressão, f(x) , O número de dias necessários
a que chamamos expressão analítica de f , e quando nada for dito em para a construção do muro
contrário, essa expressão representa a função f com conjunto de che- depende do número
gada IR e domínio constituído por todos os números reais a para os de trabalhadores disponíveis,
quais a expressão f(a) tem significado em IR ; ou seja, f(a) é um de acordo com o diagrama:
número real. Este processo de caracterizar f designa-se por definição
n
(analítica) de f pela expressão f(x) .
1 60
2 30
EXEMPLO 3 3 20
Considerem-se as funções reais de variável real definidas por: 4 15
4 5 12
f(x) = 2 - x , g(x) = x e h(x) = x - 1
6 10
Como 2 - x ! IR,6x ! IR , tem-se que Df = IR .
4 A B
A expressão x não está definida em IR se x = 0 , pelo que
Dg = {x ! IR: x ! 0} = IR\{0} 3.1 Justifique que n
é uma função
Como não existem, em IR , números cujo quadrado seja um número
de proporcionalidade
negativo, a expressão x - 1 só tem significado em IR se
u4p33h2
inversa.
x-1H0
3.2 Defina, por uma
Portanto, expressão analítica,
Dh = {x ! IR: x - 1 H 0} = [1, +3[ o número de dias
necessários ( n )
Quando uma função real de variável real tem por domínio um inter- em função do número
de trabalhadores ( x ) .
valo de números reais, a variável independente assume todos os valo-
res desse intervalo. 4
Considere as funções reais
de variável real f e g ,
EXEMPLO 4
definidas por:
O gráfico cartesiano da função real de variável real de domínio
f(x) = 2 - x
[-2, 2] definida por
g(x) = (x + 4)2
h(x) = -2x + 3
é o segmento de reta de declive m = -2 e ordenada na origem Determine:
b=3. a) o domínio de f
y e o domínio de g .
b) f c m e g(-1)
1
f 2
c) o objeto cuja imagem por
3 f é 3.
d) os objetos para os quais
f e g têm a mesma
22 O 2 x imagem.

31

645624 030-053 U11.indd 31 20/03/15 10:08


Professor EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
Tarefa 1
Considere as funções reais de variável real definidas por:
1.1 D'f = [-1, 3[
3
1.2 -3 e 1 f(x) = x2 , g(x) = 2 - x e h(x) =
1.3 x ! ]-5, -4] , {-1, 3} x -1
1.4 f (0) = -1 Determine:
a) f (2)
b) os objetos cuja imagem por f é 2,25 .
c) x , tal que f(x) = g(x) .
d) o domínio de h .
RESOLUÇÃO:

a) f (2) = 22 + f(2) = 4
b) Determinar os objetos cuja imagem por f é 2,25 é encon-
trar os valores do domínio de f que verificam a equação
AVALIAR CONHECIMENTOS
f(x) = 2,25 :
5 f(x) = 2,25 + x2 = 2,25 + x = ! 2,25 + x = !1,5
Represente graficamente: Então, uma vez que ambas as soluções pertencem ao domínio
a) f(x) = 2x - 1 de f ( IR ) , -1,5 e 1,5 são os objetos pretendidos.
1
b) g(x) = -
2
x-2 = g(x) + x2 = 2 - x + x2 + x - 2 = 0 +
c) f (x)
c) h(x) = x2
-1 ! 3
+x= + x = -2 0 x = 1
3 2
d) i(x) = d) Dh = {x ! IR: x - 1 ! 0} = IR\{1}
x
6
Determine o domínio
das funções definidas por: 11.2 Zeros de uma função
a) f(x) = x + 1
4
b) g(x) = - TAREFA 1
x +1
2x Seja f a função real de variável real, de domínio ]-5, 3] , repre-
c) h(x) = 2 sentada graficamente por:
x - 3x
d) i(x) = 1 + 2x NOTA: A «bola y
2
e) j(x) = 4- x aberta» signi-
3
f) l(x) = x fica que o ponto
3
não pertence ao
7 gráfico. A «bola
Considere as funções reais f
fechada» inclui
de variável real f e g ,
o ponto no grá-
definidas por:
fico da função.
f(x) = x3 25 21 O 1 3 x

g(x) = 4x 21

Determine:
7.1 
f (-3) Indique: u4p34h1
7.2 o objeto cuja imagem 1.1 o contradomínio de f .
por f é -8 . 1.2 os objetos cuja imagem por meio de f é 2 .
7.3 
x , tal que f(x) G g(x) . 1.3 o(s) valor(es) de x , tal que f(x) = 0 .
k , tal que f(kx) = 2x3,
7.4  1.4 o valor de f(0) .
x ! IR .

32

645624 030-053 U11.indd 32 20/03/15 10:08


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

Na tarefa 1 solicita-se, em 1.3, os valores de x , tais que f(x) = 0 ,


ou seja, os objetos cuja imagem por f é zero. Tais valores designam-se
por zeros ou raízes da função f , isto é:

Zeros de uma função


Dada uma função f , real de variável real, designam-se por zeros
de f todos os valores x ! Df , tais que f(x) = 0 .

EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
Considere as funções f e g , reais de variável real, definidas por
f(x) = 1 - 2x e g(x) = x2 + x - 6
de domínios IR e IR+ , respetivamente.
Determine os zeros de f e de g .
RESOLUÇÃO:
AVALIAR CONHECIMENTOS
Para determinar os zeros de f faz-se:
1 8
f(x) = 0 + 1 - 2x = 0 + x = Considere a função real
2
1 1 de variável real g ,
Como ! Df , conclui-se que é o único zero de f .
2 2 de domínio [-2, 3[ ,
Zeros de g : representada graficamente
-1 ! 25 na figura seguinte.
g(x) = 0 + x2 + x - 6 = 0 + x = +
2
+ x = -3 0 x = 2 y
Como 2 ! Dg e -3 " Dg , conclui-se que 2 é o único zero 2
de g .
1

22 21 O 1 2 3 x
Graficamente, os zeros de uma função são as abcissas dos pontos
de ordenada nula, ou seja, são os pontos de interseção do gráfico car- Indique:
tesiano da função com o eixo Ox . a) x , tal que g(x) = 2 .
b) os zerosu4p35h2
de g .
EXEMPLO 5
9
O gráfico cartesiano da função representada na figura seguinte interseta Determine o domínio e os
o eixo Ox nos pontos de coordenadas (-3, 0) , (-1, 0) e (4, 0) . zeros das seguintes funções:
Assim, -3 , -1 e 4 são zeros desta função. a) f(x) = 4 - 2x
x
y b) g(x) = - x2
2
c) h(x) = 3 - x
x -1
d) i(x) =
x
10
23 21 O 4 x Seja f uma função real
de variável real, em que
se sabe que f(x) = 2 + 3x .
Calcule os zeros de:
a) f -1
b) f % f
u4p35h1
33

645624 030-053 U11.indd 33 20/03/15 10:08


Professor 11.3  aridade. Simetrias dos gráficos
P
Metas curriculares das funções pares e das funções ímpares
FRVR10
Descritor 2.3
O gráfico de uma função, real de variável real, contém toda a informa-
ção sobre a mesma.
A sua representação geométrica, que se designa por gráfico cartesiano,
pode traduzir todos ou apenas alguns dos atributos da função.
É frequente a identificação do gráfico com a sua representação geomé-
trica e sempre que não houver ambiguidade designá-la gráfico de f .

EXEMPLO 6
Considere-se a função f , real de variável real, definida por
f(x) = 3 - x2 ,
representada graficamente na figura seguinte.
y

O x

AVALIAR CONHECIMENTOS Esta representação gráfica sugere que números reais simétricos
11 têm a mesma imagem, por exemplo, -1 e -2 têm a mesma
u4p36h1
Mostre que as funções imagem que 1 e 2 , respetivamente, o que se comprova determi-
seguintes são pares: nando as suas imagens:
a) f(x) = 2x2 + 5 f(-1) = 3 - (-1)2 = 2 = f(1)
b) g(x) = x4 - x2 f(-2) = 3 - (-2)2 = -1 = f(2)
2
c) h(x) = 2 Mais geralmente, para x ! IR , tem-se que -x ! IR e
x
f(-x) = 3 - (-x)2 = 3 - x2 = f(x)
d) i(x) = x
Conclui-se, assim, que:
12 6x ! IR , -x ! IR e f(-x) = f(x) ,
Sejam a, b ! IR . ou seja, se o par ordenado (x, y) pertence ao gráfico de f , também
Determine a e b de forma (-x, y) lhe pertence.
que g , definida por g(x) = Geometricamente, isto significa que o gráfico cartesiano de f tem
=x4+(a-2)x2+(b+1)x+3 ,
uma simetria de reflexão de eixo Oy .
seja uma função par.

13
As funções que verificam a propriedade apresentada no exemplo ante-
Justifique que a função p ,
rior designam-se por funções pares.
real de variável real,
de domínio ]-3, 3] ,
definida por Função par
p(x) = -x2 , Uma função f , real de variável real, designa-se par se, para
não é par. todo o x ! Df , -x ! Df e f(-x) = f(x) .

34

645624 030-053 U11.indd 34 20/03/15 10:08


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

Desta definição resulta: Professor


Metas curriculares
Dado um plano munido de um referencial ortogonal, uma função FRVR10
real de variável real f é par se, e somente se, o eixo Oy for eixo Descritores 2.4 e 2.6

de simetria do respetivo gráfico cartesiano.

(2b, f(b)) (b, f(b)) AVALIAR CONHECIMENTOS

14
As figuras seguintes
O x
representam partes
(2a, f(a)) (a, f(a))
dos gráficos de funções
pares. Copie e complete-os.
14.1 
Outro tipo de simetria ocorre quando uma função real de variável real y
satisfaz a seguinte propriedade:
6x ! Df , -xu4p37h1
! Df / f(-x) = -f(x)
O x
As funções que verificam esta propriedade designam-se por ímpares.

Função ímpar
Uma função f , real de variável real, designa-se ímpar se, para
14.2 
todo o x ! Df , -x ! Df e f(-x) = -f(x) . y

u4p37h3
EXEMPLO 7
A função g , real de variável real, definida por O x

g(x) = x3 - x ,
satisfaz a propriedade anterior.
De facto, para qualquer x ! IR , tem-se que -x ! IR e
g(-x) = (-x)3 - (-x) = -x3 + x = -(x3 - x) = -g(x) 15
Graficamente, isto significa que se um ponto de coordenadas (x, y) Mostre que as funções
pertence ao gráfico cartesiano de f também o ponto (-x, -y) seguintes são ímpares:
u4p37h4
lhe pertence, ou seja, o gráfico cartesiano é simétrico em relação a) f (x) = -2x
à origem. 1 3
b) g(x) = x + 4x
2
y 1
c) h(x) = 3
x -x
16
Averigue se as seguintes
funções reais de variável real
O x
são pares ou ímpares:
a) f (x) = 2x2 + x + 5
2x
b) g(x) =
x 2 +1
c) h(x) = 0
u4p37h2
35

645624 030-053 U11.indd 35 20/03/15 10:08


Professor Geometricamente, resulta da definição de função ímpar que:
METAS CURRICULARES
FRVR10 Dado um plano munido de um referencial cartesiano, uma
Descritores 2.5 e 2.7 função real de variável real, f , é ímpar se, e somente se,
o respetivo gráfico cartesiano for simétrico em relação à origem,
isto é, se, e somente se, a imagem do gráfico pela reflexão
central de centro na origem coincidir com o próprio gráfico.

Averiguar se uma função real de variável real é par ou ímpar, ou não é


par nem ímpar, é estudar a sua paridade.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
Considerem-se as funções i e j , reais de variável real, defini-
das por:
AVALIAR CONHECIMENTOS
i(x) = x2 + x
17
e
Justifique, recorrendo 4
a processos analíticos, j(x) =
x -1
que a função g definida por Estude a paridade de i e de j .
g(x) = 3 + x
RESOLUÇÃO:
não é par nem ímpar. De acordo com a expressão que define analiticamente as fun-
18 ções, tem-se que Di = IR e Dj = IR\{1} .
A figura seguinte representa Para qualquer x ! Di , tem-se que -x ! Di e
parte do gráfico de uma
i(-x) = (-x)2 + (-x) = x2 - x
função ímpar. Copie
e complete-o. Como

y 1 ! Di , i(1) ! i(-1) e i(1) ! -i(-1)


pode-se concluir que i não é par nem ímpar.
Relativamente a j , verifica-se que 1 " Dj e -1 ! Dj , o que
O 2 x basta para concluir que j não é par nem ímpar.

Viu-se que uma função é ímpar se, e somente se, o respetivo gráfico
19
cartesiano for simétrico em relação à origem. Então, se 0 ! Df e
Seja f uma função real, f(0) = b , os pontos de coordenadas (0, b) e (0, -b) pertencem ao
u4p38h1 gráfico cartesiano de f , portanto, f(0) = b e f(0) = -b , pelo que
de domínio IR , par,
e tal que b = -b + b = 0
6x ! IR, f(x) > 0
Conclui-se assim que:
Estude a paridade
das funções seguintes: Se uma função f , real de variável real, é ímpar e 0 ! Df ,
a) g(x) = 2x + f(-x) então, f(0) = 0 . Isto é, o ponto (0, 0) pertence sempre ao
b) h(x) = 1 - f (x) gráfico de f .
2x
c) i(x) =
f (x)
1
d) j(x) =
3 + f (x)

36

645624 030-053.indd 36 04/10/16 11:44


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

11.4 Relação geométrica entre o gráfico Professor


de uma função e o da respetiva inversa Metas curriculares
FRVR10
Descritor 2.8
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Considere as funções f : IR " IR e g: IR " IR definidas por
1
f(x) = 2x - 4 e g(x) = x + 2 , respetivamente.
2
4.1 Mostre que g( f(x)) = x e f( g(x)) = x , 6x ! IR e que,
portanto, g = f -1 .
4.2 Represente, num plano munido de um referencial o.n. xOy ,
-1
os gráficos das funções f e g = f e a reta de equação
y=x.
4.3 Mostre que os pontos A(1, -2) e B(-2, 1) pertencem
ao gráfico de f e de g , respetivamente, e que a reta
de equação y = x é a mediatriz de [AB] .
RESOLUÇÃO:

4.1 As funçõesf e g são funções afins e, portanto, ambas bijetivas.


Por outro lado, para qualquer x ! IR , 2x - 4 ! IR e
1
g( f(x)) = g(2x - 4) = (2x - 4) + 2 = x
2 1
Além disso, para qualquer x ! IR , x + 2 ! IR e
2
f( g(x)) = f c x + 2 m = 2c x + 2 m - 4 = x
1 1

2 2
Assim, tem-se
g % f (x) = x e f % g (x) = x
Portanto, g = f -1 .
4.2  y

f 21
x

y 5x f AVALIAR CONHECIMENTOS

20
4.3 Como f(1) = 2 × 1 - 4 = -2 , o ponto A pertence ao Considere as funções
gráfico de f e, por definição de função inversa de f , B f : IR " IR e g: IR " IR
pertence ao gráfico de g = f -1 . definidas no exercício
u4p39h1 resolvido ao lado.
Uma equação da mediatriz de [AB] é
20.1 Resolva a questão 4.3
(x - 1)2 + (y + 2)2 = (x + 2)2 + (y - 1)2 +
para os pontos C(2, 0)
+ x2 - 2x + 1 + y2 + 4y + 4 = e D(0, 2) pertencentes
= x2 + 4x + 4 + y2 - 2y + 1 , aos gráficos de f e g ,
ou seja, y = x , concluindo-se, assim, o pretendido. respetivamente.
20.2 Justifique que as retas
Note-se que os pontos A e B do exercício anterior, porque são extre- AC e BD são imagem
mos de um segmento de reta cuja mediatriz é a bissetriz dos quadran- uma da outra pela
tes ímpares, são imagem um do outro pela reflexão axial de eixo reflexão axial de eixo
de equação y = x .
de equação y = x .
37

645624 030-053 U11.indd 37 20/03/15 10:08


Professor Este resultado pode ser generalizado para quaisquer dois pontos
Metas curriculares e qualquer função e sua inversa.
FRVR10
Descritor 2.8 Considere-se uma função f : A " B , real de variável real, bijetiva.
Se um ponto P(a, b) pertence ao gráfico de f , então, por definição
de inversa, o ponto Q(b, a) pertence ao gráfico da função f -1 .

y Tem-se, então, que:


y 5x
Se a = b , P e Q coincidem e pertencem à reta de equação y = x .
P
b
M Se a ! b , a mediatriz de [PQ] pode ser definida pela equação
(x - a)2 + (y - b)2 = (x - b)2 + (y - a)2
a Q
Ou seja,
x2 - 2ax + a2 + y2 - 2by + b2 = x2 - 2bx + b2 + y2 - 2ay + a2
a b x
Cortando os termos comuns a ambos os membros, obtém-se:
-2ax - 2by = -2bx - 2ay + 2ay - 2by = 2ax - 2bx

u4p40h1 Colocando em evidência 2y no primeiro membro e 2x no segundo, vem:


(a - b)2y = (a - b)2x
AVALIAR CONHECIMENTOS
Finalmente, dividindo ambos os membros por 2(a - b) (como
21 a ! b , 2(a - b) ! 0 ) , tem-se:
Considere uma função g y=x
afim, de IR em IR , tal que
g(0) = 2 e g(2) = 1 Se P ! Q , a reta de equação y = x é a mediatriz de segmento de
21.1 Indique dois pontos reta [PQ] .
que pertençam Portanto, P e Q são imagem um do outro pela reflexão axial de eixo
ao gráfico de g-1 . de equação y = x .
21.2 Esboce no mesmo
referencial cartesiano
Dado um plano munido de um referencial monométrico, o grá-
uma representação
fico de uma função f , real de variável real, bijetiva e o gráfico
gráfica de g e de g-1 .
da sua inversa f -1 , são imagem um do outro pela reflexão axial
22 de eixo de equação y = x .
Na figura seguinte está parte
do gráfico de uma função f
de IR em IR+ , bijetiva. EXEMPLO 8
Os gráficos das funções y
y
f : IR+0 " IR+0 e g: IR+0 " IR+0 ,
4 f
definidas por
3 f(x) = x2 e g(x) = x ,
são, como se observa na figura, ima- g
2
gem um do outro pela reflexão de eixo
1 de equação y = x .
Repare-se que
f % g(x) = _ x i = x
O x 2 O x

e
Esboce uma representação g % f(x) = x 2 = x ,
gráfica da função f -1 . 6x ! IR0 , portanto, f e g são inversas uma da outra .
+

u4p40h3
38 u4p40h2

645624 030-053 U11.indd 38 20/03/15 10:08


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

11.5 Translações de gráficos de funções Professor


Metas
Funções do tipo g(x) = f(x) + d curriculares
FRVR10
Descritor 2.9
AVALIAR CONHECIMENTOS
TAREFA 2 Tarefa 2
Considere as funções f e g definidas em IR por f(x) = x2 e 23 2.1 Q = P + u ,
g(x) = x2 + 3 . Considere ainda, num plano munido de um refe- Considere as funções r.v.r. ou seja,
Q_^2, f(2)h +
rencial cartesiano xOy , os gráficos destas duas funções e o ponto f , g e h representadas + (0, 3)i +
graficamente a seguir. + Q(2, 7)
P do gráfico de f de abcissa 2 . Por outro lado,
2.1 Determine as coordenadas de um ponto y y g(2) = 22 +
g +3=7,
Q , imagem de P pela translação de 4
e, como tal,
vetor u(0, 3) , e justifique que, tal como f Q pertence
Q
1 x ao gráfico de g .
sugere a figura ao lado, Q pertence ao 2.2 A tem
26 0 1 7
gráfico de g . f
P 22 de coordenadas
(x, x 2) , para
2.2 Justifique que, tal como acontece com Q , 3 x ! IR qualquer.
a imagem de qualquer ponto A , do grá- y A + u(x, x 2 + 3) =
fico de f , pela translação referida na alí- O 2 x u4p41h2 = (x, g(x ))
3 Conclui-se assim
nea anterior é um ponto do gráfico de g . g que A + u
1 x pertence ao
24 0 1 4 gráfico de g .

Na tarefa anterior justifica-se que a imagem de qualqueru4p41h1


ponto do grá-
fico de f pela translação de vetor u é um ponto do gráfico de g .
26
Será que todo o ponto do gráfico de g é imagem de um ponto do grá-
y
fico de f , pela translação de vetor u ?
u4p41h3
3
Para responder a esta questão considere-se um ponto B do gráfico de h
1 x
g de abcissa x , ou seja, B(x, g(x)) . Como g(x) = x2 + 3 , tem-se 0 1
26 5
(x, g(x)) = (x, x2+3) = (x + 0, x2 + 3) . Ora, o ponto de coordenadas 22
(x, x2) é o ponto do gráfico de f de abcissa igual à abcissa de B . Então,
B é imagem de um ponto do gráfico de f pela translação de vetor u(0, 3) . 23.1 Represente
graficamente
Considere-se agora o caso geral e tomem-se as funções reais de variável u4p41h4
as funções i e j,
real f e g , tais que Df = Dg e g(x) = f(x) + d, d ! 0 , e a trans- definidas por
lação Tu , com u(0, d) . i(x) = f(x) - 3
Qualquer ponto A do gráfico de f tem coordenadas (x, f(x)) . e j(x) = g(x) + 2 .
Então, Tu(A) = A + u tem coordenadas (x, f(x)+d) = (x, g(x)) , 23.2 Indique o contradomínio
ou seja, é um ponto do gráfico de g . de l , tal que
l(x) = f(x) + 1
Por outro lado, se B é um ponto do gráfico de g de abcissa x 23.3 Quantos zeros tem
(x, g(x)) = (x, f(x)+d) = (x, f(x)) + (0, d) , ou seja, B é o transfor- a função m definida
mado do ponto do gráfico de f de abcissa igual à abcissa de B . por m(x) = h(x) - 3 ?

24
Dados uma função real de variável real f , um número real b Considere uma função f
não nulo e um plano munido de um referencial cartesiano, de contradomínio [-2, 4] .
o gráfico cartesiano da função real de variável real definida em Sabendo que a função
Dg = Df por g(x) = f(x) + b é a imagem do gráfico cartesiano g(x) = f(x) + k tem
de f pela translação de vetor u(0, b) . contradomínio [-6, 0] ,
determine o valor de k .

39

645624 030-053 U11.indd 39 20/03/15 10:08


Professor Funções do tipo g(x) = f(x - c)
Metas curriculares
FRVR10 Analisando o gráfico cartesiano y
Descritor 2.10
da função f : [-3, 3] " IR defi-
Tarefa 3 nida por f(x) = 9 - x 2 , bem h f g
9 - _x - 3i , com domínio [0, 6]. Analogamente,
2
3.1 g(x) = como os gráficos cartesianos
h(x) = 9 - _x + 4i com domínio [-7, -1] .
2
das funções reais de variável real
B_^2, f(2)h + (3, 0)i , então, B _5, 5 i . Por outro lado, 27 23 21 3 6 x
definidas por g(x) = f(x - 3)
g(5) = 9 - _5 - 3i = 5 , logo, B ! Gg . De modo
2

semelhante se deduz que C ! Gh . e h(x) = f(x + 4) , observa-se que, num referencial ortogonal, uns
3.2 Qualquer ponto do gráfico de f tem de coordenadas podem ser obtidos dos outros por translações horizontais.
A ax , 9 - x k , para x ! [-3, 3] . A + u ax + 3, 9-x k u4p42h1
2 2
Por exemplo, os gráficos de g e h são imagens do gráfico de f pelas
Como g(x + 3) = 9 - _x + 3 - 3i =
2 2
9 - x = f(x) ,
logo, A + u ! Gg .
translações de vetores u(3, 0) e v(-4, 0) , respetivamente.
De igual modo se deduz que A + v ! Gh . Consequentemente, os domínios de g e h são [0, 6] e [-7, -1] ,
respetivamente.

Note-se que, por exemplo, só será possível determinar a imagem de x - 3


por f se x - 3 H -3 / x - 3 G 3 , ou seja, x H 0 / x G 6 .
AVALIAR CONHECIMENTOS

25
TAREFA 3
Considere a função
f : [0, 5] " IR , definida por Considere as funções f , g e h , definidas acima.
3.1 Considere o ponto A do gráfico de f de abcissa igual a 2 .
f(x) = x2 - 4x + 1
Mostre que os pontos B = A + u e C = A + v são pontos
e representada graficamente
dos gráficos de g e h , respetivamente.
na figura.
SUGESTÃO: Pode começar por determinar uma expressão ana-
y lítica para g(x) e outra para h(x) .
3.2 Mostre que, dado um ponto genérico A , do gráfico de f , as
6
suas imagens pelas translações de vetores u(3, 0) e v(-4, 0)
pertencem aos gráficos de g e h , respetivamente.

1
Na tarefa anterior é feita a justificação de que a imagem de qualquer
1 5 x ponto do gráfico de f , pelas translações de vetores u(3, 0) e v(-4, 0) ,
pertence aos gráficos de g e h , respetivamente.
23
Para uma justificação mais geral considerem-se funções f e g
25.1 Seja g a função de domínios Df e Dg = {x + c: x ! Df} , onde c ! IR , e tais que,
definida por para todo x ! Dg , g(x) = f(x - c) . Considerem-se ainda, num
g(x) =u4p42h2
f(x) - 1 plano munido de um referencial cartesiano, os gráficos destas funções,
Indique: um ponto A do gráfico de f de abcissa a e o vetor u(c, 0) .
a) g(2)
Como o ponto A , de abcissa a , pertence ao gráfico de f , tem coor-
b) o contradomínio de g . denadas (a, f(a)) e Tu(A) = A + u tem coordenadas (a+c, f(a)) .
25.2 Considere a função
h(x) = f(x - 1) Por outro lado, se a ! Df , a + c ! Dg , então,
Mostre que g(a + c) = f(a + c - c) = f(a)
h(x) = x2 - 6x + 6
Portanto, Tu(A) = A + u pertence ao gráfico de g .
e esboce uma
representação gráfica Reciprocamente, se um ponto B de abcissa b pertence ao gráfico
de h . de g , tem coordenadas (b, g(b)) , em que g(b) = f(b - c) .

40

645624 030-053 U11.indd 40 20/03/15 10:08


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

Por outro lado, como b ! Dg, b - c ! Df , então, o ponto A(b - c, f(b - c))
pertence ao gráfico cartesiano de f e Tu(A) = A + u tem coordena-
AVALIAR CONHECIMENTOS
Professor
26 Metas
das (b - c + c, f(b - c)) = (b, g(b)) , ou seja, B é imagem de um curriculares
Na figura seguinte estão
ponto A do gráfico de f pela translação de vetor u(c, 0) . representadas graficamente
FRVR10
Descritores 2.9
as funções f e g , tal que e 2.10

Dados uma função real de variável real f , um número real c f(x) = g(x + c) .
e um plano munido de um referencial cartesiano, o gráfico y
cartesiano de uma função g , definida por g(x) = f(x - c)
no conjunto Dg = {x + c: x ! Df} , é a imagem do gráfico
cartesiano de f pela translação de vetor u(c, 0) .
O x
f g

Translações de gráficos de funções: g(x) = f(x - c) + d

Da conjugação das propriedades que relacionam translações verticais Indique o valor de c .


e horizontais de gráficos de funções resulta a seguinte propriedade u4p43h2
mais geral:

Dados uma função real de variável real f , dois números reais c


e d e um plano munido de um referencial cartesiano, o gráfico
cartesiano de uma função g , definida por g(x) = f(x - c) + d
no conjunto Dg = {x + c: x ! Df} , é a imagem do gráfico
cartesiano de f pela translação de vetor u(c, d) . Ou seja, um
ponto A(a 1, a 2) pertence ao gráfico cartesiano de f se, e
somente se, o ponto Al(a1 + c, a2 + d) pertence ao gráfico car- y
tesiano de g .
A 1u
g

De facto, se u1(0, d) e u2(c, 0) , então, u = u1 + u2 tem coordena- u


das (c, d) . O x
Dado A(a1, a2) pertencente ao gráfico de f , tem-se que
Tu (A) = Tu + u (A) = _Tu % Tu i (A)
A
1 2 1 2 f
Assim, como Tu (A) tem coordenadas (a1 + c, a2) , tem-se que
Tu _Tu (A)i tem coordenadas (a1 + c, a2 + d) .
2

1 2

AVALIAR CONHECIMENTOS
u4p43h1
27
EXERCÍCIO RESOLVIDO 5 Seja h uma função
Seja h uma função de domínio [-2, 1] , contradomínio [-4, 2] de domínio [-3, 3] ,
e zeros -1 , 0 e 1 . Indique: contradomínio [-4, 2]
o
5.1  domínio e os zeros de i(x) = h(x - 1) . e zeros -2 , 0 e 1 .
5.2 o domínio e o contradomínio de l(x) = h(x + 2) + 1 . Indique:
a) o domínio e os zeros de
RESOLUÇÃO:
i(x) = h(x - 1)
5.1 Como o gráfico de i é imagem do gráfico de h pela trans-
lação de vetor u(1, 0) , tem-se Di = [-1, 2] e os zeros b) o contradomínio de
de i são -1 + 1 , 0 + 1 , 1 + 1 , ou seja, 0 , 1 , 2 . j(x) = h(x) + 5
c) o domínio e o
O gráfico de
5.2  l é imagem do gráfico de h pela translação de
contradomínio de
vetor a(-2, 1) . Então, Dl = [-2 - 2, 1 - 2] = [-4, -1]
e Dll = [-4 + 1, 2 + 1] = [-3, 3] . l(x) = h(x + 2) + 1

41

645624 030-053 U11.indd 41 20/03/15 10:08


Professor 11.6 Contrações/dilatações de gráficos de funções
Metas
curriculares Funções do tipo g(x) = af(x)
FRVR10
Descritores 2.11 e
2.12
Dados um plano munido de um referencial ortogonal e um
Tarefa 4 número real 0 < a < 1 (respetivamente, a > 1 ) , designa-se
y
g por contração vertical (respetivamente, dilatação vertical) de
coeficiente a a transformação z do plano, que a cada ponto
j P(x, y) associa o ponto z(P) de coordenadas (x, ay) .
f
h
23 O 3 x
O gráfico de h TAREFA 4
é a imagem
do gráfico de f
AVALIAR CONHECIMENTOS Obtenha na calculadora os gráficos da função f : [-3, 3] " IR ,
u4p44h2_LP
por uma contração 28 definida por f(x) = 9 - x 2 , e das funções g , h e j com
vertical e os gráficos 1
de g e j por Considere as funções f , o mesmo domínio de f , definidas por g(x) = 3f(x) , h(x) = f(x)
dilatações verticais. g e h representadas 3 2
e j(x) = f(x) .
Tarefa 5 parcialmente na figura 2
5.1, 5.2 e 5.4 seguinte. Comparando os gráficos de g , h e j com o gráfico de f , indique
y a transformação que permite obter o gráfico de cada uma como
y
g imagem do gráfico de f .

1 f
O1 x 6 TAREFA 5
Seja Gf = {(-2, 3), (0, 1), (3, 0), (4, 1), (6, 2)} o gráfico de uma
(o gráfico de f
está a azul, função f .
h
a imagem de f
1 5.1 Represente o gráfico de f num referencial ortogonal.
por z a vermelho
u4p44h3_LP
e o de h a verde) 0 1 x 5.2 Represente as imagens dos pontos do gráfico cartesiano de f
5.3 O gráfico pela transformação z , que ao ponto P(x, y) associa o ponto
de g é a imagem
do gráfico de f pela
Sabe-se que g(x) = af(x) z(P) de coordenadas Pl(x, 3y) .
transformação z . 1 5.3 Considere a função g de domínio {-2, 0, 3, 4, 6} definida
com a ! IR e h(x) = f(x) .
5.4 } associa a 2
cada ponto P(x, y) Indique:u4p44h1 por g(x) = 3f(x) .
o ponto }(P) Relacione o gráfico cartesiano de g com a transformação z
de coordenadas a) h(2)
1 e o gráfico cartesiano de f .
Pm(x, y) .
2 b) o valor de a .
5.4 Represente novamente o gráfico de f e o gráfico da função h
29
1
de domínio {-2, 0, 3, 4, 6} , definida por h(x) = f(x) .
2
De uma função f : IR " IR
Caracterize uma transformação ] para a qual o gráfico de h
sabe-se que:
é imagem do gráfico de f .
• Dlf = [-2, 1]
• f (2) = -1
Repare-se que, dadas duas funções f e g com o mesmo domínio, tais
29.1 Indique o contradomínio
de g , tal que que, para todo x ! Df , g(x) = af(x) , um ponto P(x, y) pertence
g(x) = 4f(x) ao gráfico de f se, e somente se, o ponto Q(x, ay) pertence ao gráfico
de g , resultando daqui a seguinte propriedade:
29.2 Seja h a função
definida analiticamente
Dados um plano munido de um referencial ortogonal, uma função
por
f (x) f e um número real 0 < a < 1 (respetivamente, a > 1 ) , o grá-
h(x) = fico cartesiano da função g de domínio Dg = Df , definida por
3
Indique o valor g(x) = af(x) , é imagem do gráfico cartesiano de f pela contração
de h(2) . vertical (respetivamente, pela dilatação vertical) de coeficiente a .

42

645624 030-053 U11.indd 42 20/03/15 10:08


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

Funções do tipo g(x) = f (bx) NOTA Professor


Calculadora: Metas
curriculares
Para obter f(ax) pode proceder
Dados um plano munido de um referencial ortogonal e um das seguintes formas:
FRVR10
Descritores 2.13
número real 0 < a < 1 (respetivamente, a > 1 ) , designa-se 1 e 2.14
por contração horizontal (respetivamente, dilatação horizon- • N o editor de funções introduza NOTA
tal) de coeficiente a a transformação z do plano, que a cada em Y1 = a expressão de f ; Na impossibilidade
de indicar
ponto P(x, y) associa o ponto z(P) de coordenadas (ax, y) . • Coloque o cursor em Y2 = ,
os procedimentos
aceda à tecla VARS , selecione para todos
Y-VARS seguido de 1:Function os modelos
e de 1:Y1 . de calculadoras,
Considere-se a função definida em IR por f(x) = x2 - 4 . Na figura ao longo do
Obterá:
encontram-se representados em referencial ortogonal xOy os gráficos manual são
apresentadas
de f e das funções definidas, também em IR , por as instruções para

g(x) = f(2x) e h(x) = f b xl


1 os dois modelos
mais utilizados
4 em sala de aula.
y
g

h • C
 om o cursor no local da figura,
f escrever dentro de parênteses
o valor de a e a variável x .

1 2 8 x

A observação da figura sugere que o gráfico de g é imagem do grá-


fico de f por uma contração horizontal e o gráfico de h por uma
• Obterá o gráfico de f(ax) .
dilatação horizontal.
2
u4p45h1
• N o editor de funções introduza
Para analisar o problema do ponto de vista algébrico, observe-se que em Y1 = a expressão de f ;
a função g faz corresponder a cada número real x o mesmo valor que • Coloque o cursor em Y2 = ,
f faz corresponder a 2x . Isto significa que o ponto de coordenadas pressione a tecla VARS ,
(x, y) pertence ao gráfico de g se, e somente se, o ponto de coordena- de seguida F4 e, por fim, F1 .
• Obterá:
das (2x, y) pertence ao gráfico de f , o que equivale a dizer que (x, y)
é um ponto do gráfico de f se, e somente se, b , yl é um ponto
x
2
do gráfico de g . Portanto, o gráfico de g é a imagem do gráfico
1
de f pela contração horizontal de coeficiente .
2
Pode justificar-se de forma análoga que o gráfico de h é a imagem
• C
 om o cursor no local da figura,
do gráfico de f pela dilatação horizontal de coeficiente 4 .
escrever dentro de parênteses
o valor de a e a variável x .
Em geral, da mesma forma mostra-se o seguinte:

Dados um plano munido de um referencial ortogonal, uma fun-


ção f e um número real 0 < a < 1 (respetivamente, a > 1 ) ,
o gráfico cartesiano da função g de domínio Dg = & a : x ! Df0 ,
x

definida por g(x) = f(ax) , é imagem do gráfico cartesiano


de f pela dilatação horizontal (respetivamente, pela contração • Obterá o gráfico de f(ax) .
1
horizontal) de coeficiente a .

43

645624 030-053 U11.indd 43 20/03/15 10:08


EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
Na figura seguinte está representado, em referencial ortogonal
xOy , o gráfico da função real f de domínio ]-1, 3] .
AVALIAR CONHECIMENTOS
Sabe-se que: y
• o contradomínio de f é
30
[0, 4] ;
Na figura seguinte estão
• 3 é o único zero de f ; 4
f
representadas quatro
• f (0) = 2 3
funções, tais que g , h e j
são funções do tipo f(ax) .
y
j 21 O 3 x
f
h

a função g definida no conjunto E- , 1E por


1
O x 6.1 Considere
3
g g(x) = 2f(3x) u4p46h1
a) Determine g(0) .
Associe a cada uma b) Diga, justificando, qual o contradomínio de g .
das funções cada um 6.2 Considere a translação, Tu , de vetor u(2, -1) , e a trans-
dos seguintes valores de a : formação z do plano que transforma o ponto P(x, y)
0,5 ; 0,3 u4p47h3
e 2. 1
no ponto Plbx, yl .
2
31 Obtenha o domínio, o contradomínio e uma expressão a­ nalítica
Seja f uma função da função h , que tem como gráfico cartesiano a imagem
de domínio [-3, 5]
do gráfico de f pela composta Tu % z .
e contradomínio [-2, 3] .
RESOLUÇÃO:
31.1 Indique uma
transformação { 6.1 a) g(0) = 2f(0) = 2 × 2 3 = 4 3
do plano, para a qual b) O gráfico cartesiano de g é a imagem do gráfico de f
a imagem do gráfico pela aplicação de uma contração horizontal de coeficiente
cartesiano de f seja 1
o gráfico cartesiano de seguida de uma dilatação vertical de coeficiente 2 .
3
uma função que tenha: Então, o ponto de coordenadas (x, y) pertence ao gráfico
de f se, e somente se, o ponto de coordenadas b , 2yl
a) o mesmo domínio
x

de f e contradomínio
3
pertence ao gráfico de g .
;-1, E .
3
2 Portanto, o contradomínio de g é
b) o mesmo Dlg = ]2 × 0, 2 × 4] = ]0, 8]
contradomínio de f 6.2 O gráfico de h é obtido aplicando a translação Tu
e domínio [-15, 25] . 1
à imagem de f pela contração vertical de coeficiente .
2
31.2 Indique uma expressão
A imagem do gráfico de f , pela contração referida, é o
analítica para cada uma 1
das funções obtidas gráfico da função definida pela expressão f(x) , que tem
2
na questão anterior. o mesmo domínio de f e contradomínio [0, 2] .
Portanto, a função h tem domínio ]-1 + 2, 3 + 2] =
32
= ]1, 5] , contradomínio [0 - 1, 2 - 1] = [-1, 1] e expres-
Represente graficamente
a função h , definida são analítica
1
na questão 2 do exercício h(x) = f(x - 2) -1
2
resolvido ao lado.

44

645624 030-053 U11.indd 44 20/03/15 10:08


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

11.7 Reflexões e gráficos de funções Professor


Metas curriculares
Reflexão de eixo Ox : g(x) = -f (x) FRVR10
Descritor 2.15
Dada uma função real de variável real f , a função -f é aquela que
a cada valor de x faz corresponder -f(x) , o que graficamente signi-
fica que, um ponto de coordenadas (x, y) pertence ao gráfico de f se,
e somente se, o ponto (x, -y) pertence ao gráfico da função definida
no conjunto Dg = Df por g(x) = -f(x) .

(4, f (4))
AVALIAR CONHECIMENTOS

(21, f (21)) 33
A figura seguinte representa
(1, 2f (1))
parte do gráfico de uma
função h .
O x
(1, f (1)) y

(21, 2f (21)) 2 h

(4, 2f (4))
24 22 O 2 4 6 x
22

24

Dados uma função real de variável real f e um plano munido


Represente graficamente
de um referencial ortogonal, o gráfico cartesiano de uma função
as funções definidas por:
u4p48h3
g definida em Dg = Df por g(x) = - f(x) é a imagem
a) f (x) = -h(x)
do gráfico de f pela u4p47h1
reflexão de eixo Ox .
b) g(x) = -h(x) + 2
c) t(x) = -h(x - 2)
EXEMPLO 9 d) i(x) = -h(2x)
Na figura estão representadas em referencial ortogonal partes
34
dos gráficos das funções reais de variável real definidas por
A função f tem domínio
f(x) = x2 - 2x - 1 e g(x) = -x2 + 2x + 1 [0, 4] e contradomínio
y [-1, 3] .
Indique o domínio
f e contradomínio
das seguintes funções:
a) g(x) = -f(x)

k
x
b) h(x) = fa
x 2
c) i(x) = -f(x) + 1

35
Sabendo que uma função f ,
real de variável real, tem
g
como zeros -2 , 1 e 3 ,
indique os zeros da função
Repare-se que g(x) = -f(x), 6x ! IR . g(x) = f(-x)
u4p47h2
45

645624 030-053 U11.indd 45 20/03/15 10:08


Professor Reflexão de eixo Oy : g(x) = f(-x)
METAS
CURRICULARES Na figura seguinte pode observar-se partes dos gráficos cartesianos
FRVR10
Descritor 2.16
das funções reais de variável real, definidas por

LIVROMÉDIA f(x) = -x2 + 4x e g(x) = -x2 - 4x


PowerPoint
Transformações y
de funções

O x

g f

A figura sugere que os gráficos são imagem um do outro por reflexão


AVALIAR CONHECIMENTOS u4p48h1
de eixo Oy .
36
A figura seguinte representa Para justificar que esta propriedade é, em geral, verdadeira, considere-
graficamente a função h . -se uma função f , real de variável real, qualquer e a função g defi-
y
nida em Dg = {-x: x ! Df} por g(x) = f(-x) .
2
Se a é um ponto do domínio de f , tal que f(a) = b , então,
h O1 x
g(-a) = f(-(-a)) = f(a) = b ,

ou seja, se (a, b) pertence ao gráfico de f , (-a, b) pertence ao grá-


Represente graficamente fico de g .
as seguintes funções:
Reciprocamente, se (a, b) pertence ao gráfico de g , g(a) = b e,
a) f(x) =u4p49h3
h(-x)
porque g(a) = f(-a) , f(-a) = b , portanto, (-a, b) pertence
b) g(x) = -h(-x)
ao gráfico de f .
37
Considere uma função f y
de domínio ]2, 7[
e contradomínio ]0, 3[ .
Indique a expressão analítica (21, g (21)) (1, f (1))
de uma função g ,
cujo gráfico é o transformado
(24, g (24)) (4, f (4))
do gráfico de f , tal que:
O x
a) Dg = ]-7, -2[
e Dlg = ]0, 3[
b) Dg = ]2, 7[
e Dlg = ]-9, 0[ (25, g (25)) (5, f (5))
(21, f (21)) (1, g (1))
c) Dg = ]4, 14[
e Dlg = ]-3, 0[

46

645624 030-053.indd 46 04/10/16 11:46


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

Dados uma função real de variável real f e um plano munido


de um referencial ortogonal, o gráfico cartesiano de uma função
g definida em Dg = {-x: x ! Df} por g(x) = f(-x) é a
imagem do gráfico de f pela reflexão de eixo Oy .

EXERCÍCIO RESOLVIDO 7
Na figura ao lado estão represen- y
tadas graficamente duas funções
reais de variável real, f e g , de 6
domínio [-7, 3] . f

1
27 22 O 3 x
22

7.1 O gráfico de g é a imagem g


do gráfico de f pela compo- 212
sição de uma reflexão com
uma dilatação vertical.
Identifique as transformações referidas e escreva uma
expressão analítica da função g .
7.2 Esboce o gráfico da função definida por h(x) = f b- xl .
1
2
RESOLUÇÃO: u4p49h1
7.1 Como Dlf = [1, 6] e Dlg = [-12, -2] , o gráfico de g é
a imagem do gráfico de f pela reflexão de eixo Ox seguida
da dilatação vertical de coeficiente 2 .
Assim, uma expressão analítica de g é
g(x) = 2 ^- f(x)h = -2f(x)
Repare-se que a ordem pela qual se aplicam as transforma-
ções é, neste caso, indiferente, já que se obtém o mesmo AVALIAR CONHECIMENTOS

gráfico se ao gráfico de f se aplicar primeiro a dilatação 38


e depois a reflexão. Na figura estão representadas
7.2 O gráfico da função h é imagem do gráfico de f pela com- graficamente duas funções,
posição da reflexão de eixo Oy com a dilatação horizontal reais de variável real, em que
de coeficiente 2 . g(x) = f(bx) + d
com b e d números reais.
Assim, tem-se o seguinte gráfico:
y
y
f
6
h g 1
O 1 x
1

26 O 4 14 x Indique, justificando,
os valores de b e d .
u4p49h4
47
u4p49h2

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Professor TAREFA 6
Tarefa 6 Considere duas funções reais de variável real, f e g .
A opção correta é a I, com c = 1 Sabe-se que:
3
e a=- .
2 • Df = [-3, 3] , Dlf = [-1, 5] e -2 e 1 são os únicos zeros de f ;
A opção II não é a correta, pois
• g(x) = af(x + c) , em que a ! IR\{1} e c ! IR\{0} .
as transformações operadas no gráfico
de f fazem com que a função Apenas uma das opções seguintes pode representar a função g .
g continue a ter dois zeros.
A opção III não é a correta, pois I y III y
c ! IR\{0} e, como tal, o gráfico de g
sofre um deslocamento para a esquerda,
3 3
} }
se c > 0 , e para a direita, se c < 0 , 1 2 1 2
em relação ao gráfico de f . Logo, O x O x
1 1
os zeros de g não podem coincidir com
os de f .
A opção IV não é a correta, pois
as transformações operadas ao gráfico
de f alteram o domínio.

II y IV y

u4p50h1
u4p50h3

1
1
O 1 x
O 1 x 3
2}
2

Elabore uma composição na qual:


u4p50h2
• identifique a opção que pode representar a função g ;
AVALIAR CONHECIMENTOS • apresente uma razão para rejeitar cada uma das restantes opções.
u4p50h4
39
Considere a função real O gráfico de uma função, real de variável real, contém toda a informa-
de variável real f ção sobre o comportamento da mesma.
de domínio [-8, 4] Em muitas situações, visualizar partes do gráfico cartesiano de uma
e contradomínio [-2, 6] . função real de variável real, definida analiticamente, permite formar
y uma primeira ideia sobre as propriedades dessa função.
6 Neste sentido, a calculadora gráfica ou outros meios tecnológicos
f podem ser auxiliares preciosos.
2
26 24 2222 O 2 4 x
EXEMPLO 10
39.1 Represente A figura ao lado, obtida numa
graficamente
u4p50h6 calculadora gráfica, sugere que
as funções em que: o gráfico da função, real de
a) g(x) = -f(x - 2) variá­vel real, definida por
b) h(x) = 2f(x) - 3 f(x) = x4 + x2 tem uma sime-
39.2 Indique os zeros tria de reflexão de eixo Oy .
e o contradomínio De facto, para qualquer x ! IR ,
das funções em que: -x ! IR / f (-x) = (-x)4 + (-x)2 = x4 + x2 = f(x)
a) i(x) = -f(-x) Portanto, f é uma função par e, por isso, verifica a propriedade
b) j(x) = f(2x) observada.

48

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UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

A utilização de ferramentas gráficas deve no entanto ser feita com


critério e de forma cuidada.

O ecrã de visualização não permite, em geral, observar o gráfico car-


tesiano da função em todo o seu domínio (numa função de domínio
IR , por exemplo, é impossível), o que pode, numa abordagem descui-
dada, levar a conclusões erradas.

EXEMPLO 11
A figura, obtida no GeoGebra, apresenta parte do gráfico da função
definida por g(x) = x3 + 12x2 - 3 .
y

-1 O 1 x

A figura sugere a existência de uma simetria de reflexão de eixo


Oy , ou seja, sugere que a função g é par.
u4p51h1
No entanto, g(-x) = -x3 + 12x2 - 3 ! g(x) .
25 O 14 x
Portanto, a função g não é par. A representação do gráfico de g
numa outra janela, como na figura ao lado, evidencia este facto.

EXEMPLO 12
As figuras seguintes apresentam duas representações gráficas
da função, real de variável real, definida por u4p51h4
1
h(x) = 1000x + x ,
obtida numa calculadora, com janelas de visualização:
[-4, 4] × [-1000, 1000] e [-0,1; 0,1] × [-500, 500] ,
respetivamente. AVALIAR CONHECIMENTOS

40
Com o auxílio da calculadora
gráfica, obtenha uma
representação gráfica
das seguintes funções, reais
de variável real:
A primeira figura sugere que o gráfico de h é uma reta que passa a) f(x) = 4x
na origem do referencial. No entanto, 0 não pertence ao domínio b) g(x) = -50x
de h . c) h(x) = -x - 1000
Como se observa na segunda figura, h(x) assume valores, em 4
d) i(x) =
x
valor absoluto, cada vez maiores, quando x se aproxima, em valor 1
absoluto, de 0 . Por exemplo, h(0,001) = 1001 . e) j(x) = x -
1000x

49

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AVALIAR CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


SUGESTÃO
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
Os exercícios
são apresentadas.
apresentados
permitem relacionar
1
propriedades
geométricas O ponto de coordenadas (2, 3) pertence ao gráfico da função definida por:
dos gráficos
com propriedades
(A) f(x) = (x - 2)2 - 3
das respetivas (B) g(x) = 2x - 7
funções.
O professor pode (C) h(x) = x2 - 7
selecionar alguns
destes exercícios (D) j(x) = -3x + 9
para trabalho
autónomo dos alunos 2
em vários momentos, Na figura ao lado, estão representadas: r
e não apenas no final
• uma circunferência de raio 1 ; d(t)
do tema.
• uma reta r , tangente à circunferência no ponto A . P
LIVROMÉDIA
Admita que um ponto P , partindo de A , se desloca sobre
A
PowerPoint a circunferência, em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio,
O essencial
descrevendo uma única volta em 60 segundos.
Exercícios Seja d(t) a distância do ponto P à reta r , segundos após
do Caderno de Apoio o início do movimento.
Qual dos gráficos seguintes pode ser o da função d ?
(A) (B) (C) (D) u4p52h1
d d d d
2 2
1 1

0 60 t 0 60 t 0 60 t 0 60 t
Exame Nacional do 12.º ano, 2000

3
u4p52h2 u4p52h3 u4p52h4 u4p52h5
Na figura seguinte está uma representação gráfica de uma função f , real de variável real,
bijetiva.
y

0 x

Em qual das figuras seguintes pode estar a representação gráfica da função f -1 (função inversa
de f ) ? u4p52h6
(A) (B) (C) (D)
y y y y

3
0 x 0 x
23
0 x 0 3 x 23

50 u4p52h7
u4p52h8 u4p52h9 u4p52h10
645624 030-053 U11.indd 50 20/03/15 10:08
UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

4
De uma função f real de variável real, par, de domínio IR , sabe-se que f(-1) = 3 .
Qual das expressões analíticas pode definir a função f ?
(A) f(x) = x2 - 2x
(B) f(x) = x2 + 2x
(C) f(x) = x2 + 2
(D) f(x) = -x2 + 2

5
Indique qual dos gráficos seguintes pode ser o de uma função ímpar e injetiva.
(A) (B) (C) (D)
y y y y

0 x 0 x 0 x 0 x

Exame Nacional do 12.º ano, 1999

6 u4p53h1 u4p53h2 u4p53h3 u4p53h4


Se o ponto A(-1, 3) pertence ao gráfico de uma função f , então, o ponto Al pertencerá,
1
necessariamente, ao gráfico da função definida por g(x) = f(x + 1) - se as suas
2
coordenadas forem:

(A) c0, m (B) c-2, m (C) c0, m (D) c-2, m


5 5 7 7
2 2 2 2
7
Na figura ao lado, estão representadas graficamente y
duas funções, reais de variável real, f e g .
f
7.1 A função g pode ser definida por:
(A) g(x) = -f(x) + 1
(B) g(x) = -[ f(x) - 3] 0 x
(C) g(x) = -[ f(x) + 1]
g
(D) g(x) = -f(x) - 3
7.2 Considere a função h , tal que h(x) = 2f(x + 1) .
Qual dos gráficos seguintes pode ser o da função h ?
(A) (B) (C) (D)
u4p53h5
y y y y

0 x
0 x

u4p53h6 0 x 0 x
u4p53h8

u4p53h7 u4p53h9
51

645624 030-053 U11.indd 51 20/03/15 10:08


AVALIAR CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos
que tiver de efetuar e as justificações necessárias.

8
Determine o domínio e estude a paridade das funções, reais de variável real, definidas por:
1
8.1 
f (x) = - 2x2
2
2 x
8.2 
g(x) = x -
2
8.3 
h(x) = x x - x
8.4 
i(x) = 1 - 4 - x2

9 y
Seja g uma função, real de variável real, de domínio [-2, 2] , 3
em que parte do seu gráfico se encontra representada ao lado.
Represente, se possível, g graficamente e indique os seus zeros,
supondo que g :
a) é par. b) é ímpar. c) é injetiva. 0 1 2 x

10
Considere g uma função, real de variável real, de domínio IR e ímpar.
g _ x + 2i - 3
Qual é o valor de h(-2) sendo a função h definida por h(x) = ? u4p54h1
x2 + 2
11
Considere f a função, real de y
variável real de domínio [-6, 6]
representada graficamente na figura
ao lado. 1
Tal como a figura sugere, -5 e 0
são os únicos zeros de f . O 1 x

11.1 Justifique que f não é par nem


injetiva.
11.2 Indique os zeros das funções definidas por:
a) g(x) = f(x - 2) b) h(x) = f(-x) c) i(x) = -2f(x)
u4p54h2
11.3 Considere a função t(x) = f(x) + k , com k real.
Determine os valores de k para que t tenha:
a) um único zero.
b) dois zeros simétricos.
c) quatro zeros.
11.4 De uma função m sabe-se que o seu gráfico é a imagem do gráfico de f pela composição
de uma translação vertical com uma contração. Sabe-se ainda que Dm = [-3, 3]
e m(0) = -3 .
Escreva uma expressão analítica da função m .

52

645624 030-053 U11.indd 52 20/03/15 10:08


UNIDADE 11 Generalidades acerca de funções reais de variável real

12
Considere a função, real de variável real, de domínio IR definida por
f(x) = -2x + 3
12.1 Determine o domínio das funções seguintes:
1
a) g(x) =
f (x)
b) h(x) = f (x) … o gráfico
de g(x) =
Justifique que f é bijetiva e caracterize a função f -1 .
12.2 
=3f(x - 7) + 4…
13
A Joana telefonou à Alice a pedir ajuda. Ela tem, na sua calculadora
gráfica, a representação gráfica de uma função f , com a janela
de visualização [–3, 5] × [1, 7] , mas precisa de visualizar
o gráfico de outra função, definida por g(x) = 3f(x - 7) + 4 ,
e não consegue escolher uma janela adequada.
A Alice não consegue ver o gráfico que se encontra na calculadora
da amiga, ainda assim, descobre uma janela.
Que janela de visualização aconselharia à Joana?

14 y
O gráfico cartesiano ao lado representa
uma função h de domínio [-2, 2] . 1
14.1 Indique o contradomínio de h .
14.2 Justifique que a função h é ímpar.
22 21 1 2 x
14.3 Atendendo à representação gráfica de h ,
indique o conjunto solução das condições: 21
a) h(x) = 1
b) h(x) < 0
14.4 Represente graficamente e indique o domínio e o contradomínio das seguintes funções:
a) a(x) = -h(x)
b) c(x) = h(x + 2) u4p55h2
c) e(x) = h(x) + 1

15
Considere uma função f , real de variável real, bijetiva, de domínio IR .
Sabe-se que f(2) = 0 e f(-2) = 2 .
15.1 Justifique que f tem um único zero.
15.2 Estude a paridade de f .
15.3 Seja h a função definida por h(x) = f -1 (x + 2) - 3 .
Determine h(0) + h(-2) .
15.4 Seja t a função definida por t(x) = -2f(x) + 2 .
Indique as coordenadas de dois pontos do gráfico de t .
Professor
LIVROMÉDIA

Teste 11

53

645624 030-053 U11.indd 53 20/03/15 10:08


12
UNIDADE

AVALIAR CONHECIMENTOS 12.1


Monotonia, extremos
e concavidade

Intervalos de monotonia de funções reais


de variável real
1
O Pedro decidiu andar numa
No estudo de uma função, é importante analisar o comportamento
roda gigante, representada
da variável dependente em função da variação da variável indepen-
na figura seguinte.
dente. Este estudo é habitualmente designado por estudo da monotonia,
3 ou estudo da variação da função.
4 2

5 1 EXEMPLO 1
Considere, num referencial o.n. Oxyz , a esfera definida pela con-
6 8
dição x2 + y2 + z2 G 1 .
7
Admita-se que um ponto P z
A
se desloca ao longo do diâ- P
A figura seguinte apresenta
metro [AB] contido no
parte do gráfico da função
eixo Oz e, para cada posi- O y
d que dá a distância, em
ção do ponto P , considere-
metros, a u4p56h3
que a cadeira do x
B
Pedro se encontra do solo, -se o plano perpendicular
t segundos após a roda a Oz que contém P .
começar a girar. A função g: [-1, 1] " IR , definida por g(c) = r(1 - c2) , faz
y
corresponder à cota c do ponto P a área da secção (interseção da
esfera com o plano) produzida na esfera pelo referido plano.
d u4p56h1
Na figura seguinte, apresenta-se, em referencial ortonormado, uma
representação do gráfico de g . y
Pelo contexto, e observando o grá- p
fico, percebe-se que quando o ponto g(x2)
1 P se desloca de B para O (origem
0 5 t do referencial) os valores da variá-
vel independente c aumentam (de
1.1 Indique o instante em -1 a 0 ) , aumentando também os g(x1)
que a u4p56h3
cadeira do Pedro valores correspondentes da área (a
atinge pela primeira vez variável dependente y = g(c) varia
o ponto mais elevado. de 0 a r ) , isto é, se 21 x1 x2 O 1 x
1.2 Sabendo que quando x1, x2 ! [-1, 0] / x1 < x2 , então, g(x1) < g(x2)
a roda começou a girar
Por outro lado, quando P se desloca de O para A , os valores
a cadeira do Pedro se
de c aumentam (de 0 a 1 ) , enquanto os valores correspondentes
encontrava na posição 1, u4p56h2
Professor indique, justificando, se da área diminuem (de r a 0 ) , ou seja, se
LIVROMÉDIA
a roda girou no sentido x1, x2 ! [0, 1] / x1 < x2 , então, g(x1) > g(x2)
Atividades dos ponteiros do relógio Exprime-se estes factos dizendo que g é estritamente crescente
da Unidade 12 ou no sentido contrário. no intervalo [-1, 0] e estritamente decrescente no intervalo [0, 1] .

54

645624 054-075 U12.indd 54 20/03/15 10:17


UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade

De uma forma geral: Professor


Metas curriculares
Função estritamente crescente FRVR10
Dada uma função real de variável real f e A 1 Df , diz-se que f Descritores 3.1, 3.2 e 3.8

é estritamente crescente em A (ou apenas estritamente crescente,


se A = Df ) se, para quaisquer dois elementos x1 e x2 de A ,
x1 < x2 & f(x1) < f(x2)

Função estritamente decrescente


Dada uma função real de variável real f e A 1 Df , diz-se que f
é estritamente decrescente em A (ou apenas estritamente decres-
cente, se A = Df ) se, para quaisquer dois elementos x1 e x2 de A ,
x1 < x2 & f(x1) > f(x2)

Considere-se a função afim definida por


f(x) = ax + b

Para quaisquer dois números reais x1 e x2 , tem-se: NOTA


x1 < x2 & f(x1) < f(x2) , se a > 0 Em ambas as definições pode
omitir-se a palavra «estritamente»,
e
por exemplo, pode escrever-se
x1 < x2 & f(x1) > f(x2) , se a < 0 apenas: «A função f é crescente
em A , para indicar que esta
Efetivamente, se a > 0 ( a < 0 ) , multiplicando ambos os membros é estritamente crescente em A . »
da desigualdade x1 < x2 por a , obtém-se ax1 < ax2 (respetivamente,
ax1 > ax2 ) , e adicionando a ambos os membros b , ax1 + b < ax2 + b
(respetivamente, ax1 + b > ax2 + b ) .

Conclui-se, assim, que:

Uma função afim definida por f(x) = ax + b é estritamente


crescente (respetivamente, estritamente decrescente) se, e somente
se, a > 0 (respetivamente, a < 0 ) .

EXEMPLO 2
1
A função afim definida por f(x) = x + 2 é uma função
2
1
estritamente crescente, uma vez que a = >0.
2
y AVALIAR CONHECIMENTOS

2
f (x2) De uma função afim f ,
de domínio IR , sabe-se
f(x1) que f(2) = -1 e f(4) = 2 .
2.1 Justifique que f
O x1 x2 x
é estritamente crescente.
2.2 Determine uma expressão
analítica de f .

55

u4p57h1
645624 054-075 U12.indd 55 20/03/15 10:17
Professor Note-se que, se a = 0 , a função afim é definida por f(x) = b , pelo
Metas curriculares que qualquer número real tem imagem b por f .
FRVR10
Descritor 3.7
Neste caso, diz-se que f é uma função constante.

EXEMPLO 3
A função definida em IR por f(x) = 3 é uma função constante.
O seu gráfico é a reta horizontal de equação y = 3 .
y

3 f

21 O 1 3 x

De uma forma geral:


u4p58h1
Dada uma função real de variável real f e A 1 Df , diz-se que
f é constante em A (ou apenas constante, se A = Df ) se, para
quaisquer dois elementos x1 e x2 de A ,
f(x1) = f(x2)

EXEMPLO 4
A figura seguinte apresenta o gráfico de uma função h que faz
corresponder a cada instante, t , de uma viagem de um elevador do
R/C ao 9.º andar, parando no 3.º, a altura que o elevador se encontra
AVALIAR CONHECIMENTOS
do rés do chão.

3 y
Na figura está representado h
o gráfico de uma função f ,
real de variável real,
de domínio [-1, 8[ .
y

3
1 t
21 O 3 5 8 x

Indique um intervalo de Neste caso, existe um intervalo de tempo em que o tempo aumenta
números reais em que f seja:
e h u4p58h2
se mantém constante; no entanto, para quaisquer instantes t1
a) estritamente crescente. e t2 pertencentes ao intervalo de tempo de duração da viagem, t1
u4p58h4
b) estritamente decrescente. < t2 & h(t1) G h(t2) . Este facto exprime-se dizendo que h é uma
c) constante. função crescente em sentido lato.

56

645624 054-075 U12.indd 56 20/03/15 10:17


UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade

De uma forma geral: Professor


Metas curriculares
Função crescente em sentido lato FRVR10
Dada uma função real de variável real f e A 1 Df , diz-se Descritores 3.3 e 3.4

que f é crescente em sentido lato em A (ou apenas crescente


em sentido lato, se A = Df ) se, para quaisquer dois elementos
x1 e x2 de A ,
x1 < x2 & f(x1) G f(x2)

Função decrescente em sentido lato


Dada uma função real de variável real f e A 1 Df , diz-se que
f é decrescente em sentido lato em A (ou apenas decrescente
em sentido lato, se A = Df ) se, para quaisquer dois elementos
x1 e x2 de A ,
x1 < x2 & f(x1) H f(x2)

Note-se que uma função crescente (decrescente) em A é crescente


(decrescente) em sentido lato.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
P
Na figura está representada uma cir­
cunferência de raio 2 . d

Considere-se um ponto P que, partindo


A
de A , se desloca, com velo­cidade cons- 2

tante, sobre a circunferência, em sentido


contrário ao dos ponteiros do relógio.
Na figura seguinte, está representado, em referencial ortogonal,
o gráfico cartesiano da função d: [0, 120]" IR , que a cada
u4p59h1
instante t , em segundos, faz corresponder a distância d(P, A) .
y

120 t

Diga,
1.1  justificando, qual é o contradomínio de d e o tempo AVALIAR CONHECIMENTOS
que o ponto P demora a completar uma volta.
4
1.2 Indique restrições ded estritamente crescentes e restrições
u4p59h2 Esboce o gráfico de uma
de d estritamente decrescentes. função real de variável
RESOLUÇÃO: real g de domínio [0, 5] ,
1.1 Para cada posição de P , o segmento de reta [AP] é uma tal que:
corda. Sabe-se que, numa circunferência, a corda maior é a) g seja crescente
um diâmetro, portanto, o maior valor de d(P, A) é 4 , em sentido lato.
quando [AP] é um diâmetro, e o menor é 0 , quando P b) g seja estritamente
coincide com A , pelo que Dld = [0, 4] . (Continua) decrescente.

57

645624 054-075 U12.indd 57 20/03/15 10:17


Professor EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 (Continuação)
METAS CURRICULARES
Da análise do gráfico cartesiano, percebe-se que, para além
FRVR10
Descritores 3.5 e 3.7 do instante inicial, existem outros dois em que o ponto P
coincide com A , sendo um deles o instante 120 segundos.
Então, P completa 2 voltas em 120 segundos. Sabe-se
que P se move com velocidade constante, portanto, com-
pleta uma volta em 60 segundos.
1.2 Pelo exposto no ponto anterior, du[0, 30] e du[60, 90] são duas
restrições estritamente crescentes de d , e du[30, 60] e du[90, 120]
duas restrições estritamente decrescentes.

No exercício resolvido anterior, a função d é estritamente crescente


nos intervalos [0, 30] e [60, 90] , e estritamente decrescente nos
AVALIAR CONHECIMENTOS intervalos [30, 60] e [90, 120] ; diz-se, por isso, que, em qualquer
5 destes intervalos, a função é estritamente monótona.
Os gráficos seguintes são
de funções reais de variável Em geral:
real de domínio [-4, 4] .
Função monótona
Indique, justificando, quais
Dada uma função real de variável real f e A 1 Df , f diz-se
das funções representadas
são monótonas. estritamente monótona em A (ou simplesmente estritamente
monótona, se A = Df ) , se for estritamente crescente ou estrita-
y mente decrescente em A , e diz-se que f é monótona, em sen-
tido lato, em A (ou simplesmente monótona, em sentido lato, se
2 A = Df ) , se for crescente ou decrescente, em sentido lato, em A .
f

24 0 4 x
Também aqui a palavra «estritamente» pode, eventualmente, ser omi-
tida.
y
Uma função afim definida por f(x) = ax + b é estritamente monó-
4
u4p60h1
2 g
tona em IR , se a ! 0 .
Note-se que uma função constante é simultaneamente crescente e
24 0 4 x
decrescente em sentido lato, sendo, portanto, monótona, em sentido lato.

Efetivamente, se f é uma função constante, para quaisquer x1, x2 ! Df


y x1 < x2 & f(x1) = f(x2) , pelo que f(x1) G f(x2) e f(x1) H f(x2) ,
ou seja, f é simultaneamente crescente e decrescente, em sentido lato.
u4p60h2
4
2
h
Por outro lado, se f é, simultaneamente, estritamente crescente e
24
decrescente, em sentido lato, tem-se que para quaisquer
0 4 x
x1, x2 ! Df , se x1 < x2 & f(x1) G f(x2) / f(x1) H f(x2)
Portanto, f(x1) = f(x2) , ou seja, f é constante.
y
Intervalos onde uma função f é monótona dizem-se intervalos de
4
monotonia de f .
i
u4p60h3 Por exemplo, o intervalo [0, 30] é um intervalo de monotonia da fun-
24
0 4 x
ção d , definida no exercício resolvido 1, já que a restrição de d a
este intervalo é estritamente crescente.

58

u4p60h4
645624 054-075.indd 58 04/10/16 11:47
UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade

Intervalos de monotonia Professor


Metas curriculares
Dada uma função real de variável real f , um intervalo I 1 Df ,
FRVR10
tal que fuI é (estritamente) monótona, designa-se por intervalo Descritor 3.6
de (estrita) monotonia de f .

Existem funções que, sendo estritamente monótonas em qualquer NOTA


intervalo do seu domínio, não são monótonas. Quando se refere intervalo
de monotonia considera-se
o maior intervalo onde a função
EXEMPLO 5 é estritamente monótona.
• Por exemplo, a função f : [0, 1] , [2, 3] " IR , cujo gráfico carte-
siano está representado em referencial ortogonal na figura seguinte,
é estritamente crescente em qualquer intervalo contido no seu
domínio, no entanto, não é estritamente crescente. Repare-se que:
1 < 2 / f(1) > f(2)
y AVALIAR CONHECIMENTOS

f 6
Considere a função f ,
real de variável real,
0 x
de domínio [-7, 4]
1 2 3
e representada graficamente
• A função de proporcionalidade inversa definida por na figura seguinte.
1
f(x) = x y

é estritamente decrescente em ]-3, 0[ e em ]0, +3[ e, no


u4p61h1 17
entanto, não é decrescente em IR\{0} , que é o seu domínio.
y
9

1
27 23 0 4 x
22
O x

6.1 Justifique que f


não é monótona.
6.2 Indique dois intervalos
de monotonia de f .
u4p61h3
6.3 Indique, justificando,
Efetivamente, sabe-se que quanto maior é um número real posi- o valor lógico das
tivo, menor é o seu inverso. Então, seguintes proposições:
u4p61h21 1
0 < x1 < x2 & x > x 
p : f é estritamente
1 2
crescente em [-7, 0]
Por outro lado, se x1 < x2 < 0 , -x1 > -x2 > 0 .

q : f é crescente
1 1 1 1 em [-3, 4]
Então, - x < - x e, portanto, x > x .
1 2 1 2

r : [-7, 0] é um
No entanto,
1 1 intervalo de monotonia
-2 < 2 / - < de f
2 2

59

645624 054-075 U12.indd 59 20/03/15 10:17


Professor Estudo da monotonia de uma função quadrática
Metas curriculares da forma f(x) = ax 2
FRVR10
Descritor 3.9 Considere-se a função f , r.v.r., definida por f(x) = ax2 , com
a ! IR\{0} . Para iniciar o estudo desta função repare-se que:
f(-x) = a(-x)2 = ax2 = f(x), 6x ! IR
Daqui conclui-se que a função f é par e, por isso, o seu gráfico tem
simetria de reflexão em relação ao eixo Oy .

Portanto, conhecida a monotonia da função em IR+0 , fica conhecida,


por simetria, a monotonia da função em IR-0 .
De facto, se a função f é monótona crescente (decrescente) em IR+0
tem-se que: se x1 < x2 G 0 , então, -x1 > -x2 H 0 , pelo que
f(-x1) > f (-x2) ( f(-x1) < f(-x2) ) .

Portanto, sendo a função f par, tem-se f(x1) = f(-x1) > f(-x2) = f(x2) ,
( f(-x1) = f(x1) < f(-x2) = f(x2) ) , ou seja, f é monótona decres-
cente (crescente) em IR-0 .

Considerem-se, então, dois números reais x1 e x2 , tais que 0 G x1 < x2 .


Sendo x1 não negativo e x2 > x1 , tem-se que
x12 = x1x1 G x1x2 < x2x2 = x22 , ou seja, x12 < x22
Multiplicando agora ambos os membros desta última desigualdade
por a , obtém-se: ax12 < ax22 , se a > 0 ou ax12 > ax22 , se a < 0

Portanto, a função definida por f(x) = ax2 :


• é estritamente crescente em [0, +3[ , se a > 0 e, por simetria,
decrescente em ]-3, 0] ;
• é estritamente decrescente em [0, +3[ , se a < 0 e, por simetria,
crescente em ]-3, 0] .

Ou seja:

Considere-se uma função quadrática da forma f(x) = ax2 .


Se a > 0 , então, f é estritamente crescente em [0, +3[
e estritamente decrescente em ]-3, 0] .
Se a < 0 , então, f é estritamente decrescente em [0, +3[
e estritamente crescente em ]-3, 0] .
AVALIAR CONHECIMENTOS

7
EXEMPLO 6
Considere a função y
quadrática f , de domínio IR , Aplicando a propriedade anterior pode
afirmar-se que: f
definida analiticamente 3
por uma expressão do tipo A função r.v.r. f definida por f(x) = x2
2
f(x) = ax2 e tal que é estritamente crescente em [0, +3[
f(2) = -12 e estritamente decrescente em ]-3, 0] . O x
Determine o valor de a 1
A função definida por g(x) = - x2
e indique os intervalos 3
de monotonia de f .
é estritamente decrescente em [0, +3[
g
e estritamente crescente em ]-3, 0] .
60

645624 054-075 U12.indd 60 u4p62h1 20/03/15 10:17


UNIDADE 12 MONOTONIA, EXTREMOS E CONCAVIDADE

12.2 Extremos de uma função real de variável real Professor


METAS CURRICULARES
Extremos absolutos de uma função FRVR10
Descritor 4.3
No estudo da monotonia de funções pode utilizar-se um quadro, deno-
minado quadro de variação da função, onde a informação é apresen-
tada de forma sintetizada, utilizando setas para descrever o comporta-
mento da função em intervalos do seu domínio:
• Utiliza-se a seta 3 para indicar que a função é crescente;
• Utiliza-se a seta 4 para indicar que a função é decrescente.
• Utiliza-se a seta " para indicar que a função é constante.

EXEMPLO 7
O quadro seguinte apresenta de forma sintética a informação rela-
tiva à monotonia da função f definida no exemplo anterior.

x -3 0 +3
f 4 0 3

Leitura do quadro:
A função é decrescente no intervalo ]-3, 0] e crescente no inter-
valo [0, +3[ .

A leitura da tabela sugere ainda que 0 é o menor valor que a função


3 2
pode assumir e, de facto , x H 0,6x ! IR e f(0) = 0 .
2 AVALIAR CONHECIMENTOS
Exprime-se este facto dizendo que 0 é o mínimo absoluto de f . 8
Na figura seguinte,
De uma forma geral:
está representada parte
Extremos absolutos de uma função
do gráfico de uma função f
de domínio IR .
Designa-se por mínimo absoluto (respetivamente, por máximo
absoluto) de uma função f , real de variável real, o valor f(a) Sabe-se que f é estritamente
do contradomínio de f , tal que 6x ! Df, f(a) G f(x) (respe- decrescente em ]-3, -3]
e estritamente crescente
tivamente, 6x ! Df, f(a) H f(x) ) .
em [2, +3[ .
O máximo absoluto e o mínimo absoluto de f designam-se por
extremos absolutos de f . y

1 2
EXEMPLO 8
23 21O 4 x
Seja g: [-1, 3] " IR a função definida por g(x) = -2x + 1.
A função g é uma restrição de uma função afim decrescente 26
em IR , sendo, por isso, decrescente ( -2 < 0 ) . Então,
6x ! Dg, g(3) G g(x) G g(-1) 8.1 Construa o quadro
de variação de f .
Portanto, g(3) = -5 é o mínimo absoluto de g e g(-1) = 3
8.2 Indique os extremos
é o máximo absoluto de g .
absolutos
u4p63h1 de f ,
caso existam.

61

645624 054-075.indd 61 04/10/16 11:49


Professor Note-se que a função afim definida por f(x) = -2x + 1 não tem
Metas curriculares máximo nem mínimo, quando considerada com domínio IR .
FRVR10
Descritores 4.1 e 4.2
De forma mais geral:

Função afim e extremos


Uma função afim, definida por f(x) = ax + b, a ! 0 não tem
extremos absolutos.
Se a = 0 , a função é constante e, por definição, b é máximo
e mínimo absoluto de f .

AVALIAR CONHECIMENTOS
Majorante e minorante de uma função
9 Dada uma função real de variável real f , de domínio Df , um
Considere a função número real M designa-se por majorante de f (respetiva-
g: [0, 4] " IR definida mente, minorante de f ) quando 6x ! Df , f(x) G M (respe-
analiticamente por
tivamente, quando 6x ! Df , f(x) H M ) .
g(x) = 3x - 2 Uma função que admita um majorante (respetivamente, um
9.1 Justifique que g minorante) diz-se majorada (respetivamente, minorada).
é monótona.
9.2 Justifique que g
é limitada e indique, É importante notar que uma função que admita máximo absoluto é,
caso existam, os extremos necessariamente, majorada, mas existem funções majoradas que não
absolutos de g . admitem máximo absoluto, uma vez que nenhum dos majorantes
pertence ao contradomínio da função.
10
Considere a função f real
de variável real de domínio EXEMPLO 9
]-5, 4] , cujo gráfico se A função h: ]-1, 3] " IR defi- y

apresenta na figura seguinte. nida por h(x) = -2x + 1 é


3
majorada e, no entanto, não admite
y
máximo absoluto ( 3 não pertence
ao contradomínio de h , Dlh =
1
= [-5, 3[ ) . 21 O 3 x
O 1 x
A função h é majorada e mino-
rada, sendo os intervalos [3, +3[ h
e ]-3, -5] os conjuntos dos
majorantes e minorantes, respeti-
10.1 Indique o contradomínio
vamente ( -5 é o mínimo abso- 25
de f .
luto de h ) .
10.2 Indique os intervalos
u4p64h2 A função h diz-se limitada por ser majorada e minorada.
de monotonia de f .
10.3 Indique o conjunto dos
majorantes e o conjunto u4p64h1
dos minorantes de f . Função limitada
10.4 Justifique que f
Uma função que é simultaneamente majorada e minorada
é limitada e indique, designa-se função limitada, ou seja, existem m G M reais, tais
caso existam, que
os extremos absolutos 6x ! Df, m G f(x) G M
de f .

62

645624 054-075 U12.indd 62 20/03/15 10:17


UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade

Extremos relativos de uma função Professor


Metas curriculares
FRVR10
EXEMPLO 10 Descritores 4.4 e 4.5
O gráfico seguinte apresenta a evolução dos níveis percentuais
de oxigénio existente na atmosfera terrestre ao longo dos últimos
mil milhões de anos.

35

30
Oxigénio (vol. %)

25
21
20

15

10

5
3

21000 2900 2800 2700 2600 2500 2400 2300 2200 2100 0
Milhões de anos até ao presente

Pelas definições apresentadas, esta função é limitada, tem um


mínimo, aproximadamente 3 (valor que se manteve constante até
u4p65h1
há, aproximadamente, 640 milhões de anos) e um valor máximo
35 (atingido há 300 milhões de anos). Assim, os pontos (x, 3) ,
x ! [-1000, -640] , e (-300, 35) têm uma posição de destaque
no gráfico cartesiano porque são os «mais baixos» e o «mais alto»,
respetivamente. Deste ponto de vista, existem outros três pontos
que merecem atenção, pois, embora não correspondam a extremos
absolutos da função, cada um deles corresponde a um extremo
AVALIAR CONHECIMENTOS
de uma restrição da função a um intervalo centrado na abcissa
desse ponto. 11
Considere a função
representada no exemplo
35 ao lado, de domínio
[-1000, 0] .
30
11.1 Indique:
Oxigénio (vol. %)

25 a) um intervalo
21 onde a função
20
seja estritamente
15
crescente.
10 b) um majorante
e um minorante
5
3 da função.
c) valores aproximados
21000 2900 2800 2700 2600 2500 2400 2300 2200 2100 0
Milhões de anos até ao presente dos extremos
relativos da função.
Exprime-se estes factos dizendo que os mesmos correspondem a
11.2 Construa um quadro
extremos locais ou a extremos relativos da função. de variação da função.

u4p65h2 63

645624 054-075 U12.indd 63 20/03/15 10:17


NOTA Um intervalo centrado num número real designa-se por vizinhança
Se f(a) é um mínimo/máximo
desse número e esta noção é fundamental para se definir extremo rela-
relativo de f , existe uma Vr(a) tivo de uma função.
onde f(a) é o mínimo/máximo.

Noção de vizinhança
Dado um número real x0 e um número positivo r , designa-se
por vizinhança r de x0 , e representa-se por Vr (x0) , o inter-
valo ]x0 - r, x0 + r[ .

Extremos relativos de uma função


Diz-se que uma função f , real de variável real, atinge um
mínimo relativo ou local (respetivamente, atinge um máximo
relativo ou local), em a ! Df quando existe r > 0 , tal que
6x ! Vr(a) + Df , f(a) G f(x)
^respetivamente, 6x ! Vr(a) + Df , f(a) H f(x)h .
Neste caso, f(a) designa-se por mínimo relativo ou local
(respetivamente, máximo relativo ou local) de f e a por um
minimizante (respetivamente, por um maximizante) de f .
AVALIAR CONHECIMENTOS

12
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
Considere a função real
Na figura seguinte está representado o gráfico de uma função g
de variável real h de domínio
de domínio [-2, 4] .
[-4, 5[ representada y
graficamente a seguir. 11
y

g
1
0 1 x
4,75

Indique: 1
a) os intervalos
u4p66h2
de monotonia de h . 22 21 0 2 4 x

b) os extremos relativos de h . 21

13
Tendo em conta as condições da figura indique:
Esboce um gráfico de uma
função real de variável real a) os intervalos de monotonia de g .
u4p66h1
compatível com a informação b) os extremos relativos da função g .
dos seguintes quadros
RESOLUÇÃO:
de variação:
a) A função g é crescente nos intervalos [-2, -1] e [2, 4]
a)
x 2 5 +3 e é decrescente no intervalo [-1, 2] .
b) A função tem dois máximos relativos, 4,75 e 11 , sendo
f -1 4 -3 3
os respetivos maximizantes -1 e 4 , e dois mínimos relati-
b) vos -1 e 1 , sendo os respetivos minimizantes -2 e 2 .
x -3 -1 4 +3
Note-se que o máximo relativo 11 é o máximo absoluto de g ,
g " 3 4 0 3 e o mínimo relativo -1 é mínimo absoluto de g .

64

645624 054-075 U12.indd 64 20/03/15 10:17


UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade

Note-se que: Professor


Se f(a) é máximo absoluto (respetivamente, mínimo absoluto) de f , Metas curriculares
então, para qualquer r > 0,6x ! Vr(a) + Df , f(a) H f(x) ^respetiva- FRVR10
Descritor 4.7
mente, 6x ! Vr(a) + Df , f(a) G f(x)h , portanto, por definição, f(a)
é um máximo relativo (respetivamente, mínimo relativo) de f . Tarefa 1
a) Dados x1 ! x2 quaisquer:
se x1 < x2 , então, f (x1) < f(x2) ;
se x1 > x2 , então, f (x1) > f(x2) .
TAREFA 1 Em qualquer dos casos, f (x1) ! f(x2) ,
Considere dois conjuntos A 1 IR e B 1 IR , e uma função f : A " B logo, f é injetiva.
b) Seja A = [a, b] . Como f
estritamente crescente. é estritamente crescente, tem-se que:
6x ! A, f (a) G f (x) G f (b)
Justifique que: f (a) é mínimo e f(b) é máximo.
a) a função f é injetiva. Como a, b ! A , conclui-se, assim,
que f admite um máximo e um
b) se o conjunto
A é um intervalo fechado de números reais, então, mínimo.
a função f admite um máximo e um mínimo.

12.3 Sentido da concavidade do gráfico de uma função


Na figura seguinte está representada, em referencial ortogonal, parte
do gráfico cartesiano de uma função real de variável real.

0 a b c d x
AVALIAR CONHECIMENTOS

14
Nas figuras seguintes pode observar-se que, escolhidos dois pontos P
Qual das funções
e Q do gráfico de f de abcissas u4p67h1
xP, xQ ! [a, b] , tais que xP < xQ ,
representadas abaixo admite
o gráfico de f;]xP, xQ[ está «abaixo» do segmento de reta [PQ] , isto é, um extremo relativo para
dados um ponto R(xR, f(xR)) do gráfico de f com xR ! ]xP, xQ[ x = 0 ? Justifique a sua
e o ponto S(xS, yS) do segmento de reta [PQ] , tal que xS = xR , tem- resposta.
-se f(xR) < yS .
y

y y f

0 x
P
S P
S
R Q R Q y g
u4p67h5

O a xR b x
O a xR b x

0 x

65
u4p67h2n u4p67h6
u4p67h3n
645624 054-075 U12.indd 65 20/03/15 10:17
Professor Exprime-se este facto dizendo que o gráfico de f tem concavidade
Metas curriculares voltada para cima no intervalo [a, b] .
FRVR10
Descritor 4.7 Já no intervalo [b, c] , escolhidos dois pontos P e Q de abcissas xP ,
LIVROMÉDIA xQ ! [b, c] , tais que xP < xQ , o gráfico de f;]xP, xQ[ está «acima»
do segmento de reta [PQ] , ou seja, dados um ponto R(xR, f(xR)) do
GeoGebra
Sentido da concavidade do gráfico
gráfico de f com xR ! ]xP, xQ[ e o ponto S(xS, yS) do segmento
de uma função de reta [PQ] , tal que xS = xR , tem-se f(xR) > yS .

R
Q
P S

O a b xP xR xQ c x

De uma forma geral:

Sentido da concavidade dou4p68h1n


gráfico de uma função
Dada uma função real de variável real f , diz-se que o gráfico
de f tem concavidade (estritamente) voltada para cima (respe-
tivamente, concavidade estritamente voltada para baixo) num
dado intervalo I 1 Df se dados quaisquer dois pontos P e Q
de abcissas em I , tais que xP < xQ , o gráfico da restrição
de f ao intervalo ]xP, xQ[ estiver «abaixo» (respetivamente,
«acima») do segmento de reta [PQ] .

Como as figuras seguintes sugerem, dizer que o gráfico de f;]xP, xQ[


está abaixo (acima) do segmento de reta [PQ] é o mesmo que dizer
que, dado um ponto R do gráfico de f com abcissa xR ! ]xP, xQ[ ,
a reta PR tem menor (maior) declive do que a reta RQ .

y y
y
P
R Q
P P
Q
R Q
R

O a xP xR xQ b x O axP xR xQ b x O a b x P xR x Q c x

66 u4p68h2n u4p68h3n u4p68h4n

645624 054-075 U12.indd 66 20/03/15 10:17


UNIDADE 12 MONOTONIA, EXTREMOS E CONCAVIDADE

Pode, então, dizer-se de forma equivalente que: Professor


METAS CURRICULARES
Sentido da concavidade do gráfico de uma função FRVR10
Dada um função real de variável real f , diz-se que o gráfico Descritor 4.6

de f tem concavidade (estritamente) voltada para cima (respe-


tivamente, concavidade estritamente voltada para baixo), num
dado intervalo I 1 Df , se dados quaisquer três pontos P , Q
e R de abcissas em I , tais que xP < xR < xQ , o declive da reta
PR é inferior (respetivamente, superior) ao da reta RQ .

Sentido da concavidade do gráfico da função quadrática


definida por f(x) = ax 2

EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
Considere a função definida em IR pela expressão f(x) = 7 x2 .
3.1 Calcule as ordenadas dos pontos P , Q e R do gráfico
de f , sabendo que as respetivas abcissas são 0 , 2 e 5 .
3.2 Compare o declive das retas PQ e QR .
3.3 Repita o exercício da alínea anterior escolhendo três pontos
arbitrários P , Q e R do gráfico de f , de abcissas
xP < xQ < xR , respetivamente, e conclua quanto ao sentido
da concavidade do gráfico de f .
RESOLUÇÃO:
3.1 As ordenadas de P , Q e R são f(0) = 0 , f(2) = 28
e f(5) = 175 , respetivamente.
28 - 0
3.2 O declive da reta PQ é dPQ = = 14 AVALIAR CONHECIMENTOS
2-0
15
175 - 28
e o declive da reta QR é dQR = = 49 . Na figura está o gráfico
5- 2
de uma função f , real
Logo, dPQ < dQR .
de variável real, de domínio
3.3 Sejam P^xP, f(xP)h , Q^xQ, f(xQ)h e R^xR, f(xR)h três pontos [-2, 6] .
arbitrários do gráfico de f de abcissas xP < xQ < xR , res-
petivamente. y
Então, o declive de PQ é
f (xQ) - f (xP) 7x Q2 - 7x 2P
dPQ = xQ - xP = xQ - xP = 22 0 2
7 (xQ - xP) (xQ + xP) 21
6 x
= xQ - xP = 7(xQ + xP)

E, de forma análoga, o declive de QR :


f (xR) - f (xQ)
dQR = xR - xQ = 7(xR + xQ)
Indique um intervalo
Como xP < xR , adicionando xQ a ambos os membros u4p68h1
onde o gráfico de f
da desigualdade vem xQ + xP < xR + xQ e, multiplicando tem a concavidade:
por 7 , 7(xQ + xP) < 7(xR + xQ) . Então, dPQ < dQR , a) voltada para cima.
donde se conclui que f tem concavidade voltada para cima.
b) voltada para baixo.

67

645624 054-075.indd 67 04/10/16 12:00


y Substituindo, na expressão analítica da função do exercício anterior,
f R 7 por um número real a ! 0 e refazendo os cálculos do 3.3 na deter-
minação dos declives de PQ e QR , obtém-se:
f (xQ) - f (xP)
dPQ = xQ - xP = a(xQ + xP)
Q
P e
xP O xQ xR x f (xR) - f (xQ)
dQR = xR - xQ = a(xR + xQ)

y Mais uma vez, como xP < xR , tem-se que xQ + xP < xR + xQ .


R
f Assim, tem-se:
u4p69h1n a(xQ + xP) < a(xR + xQ) , se a > 0
Q
e
P
O xP xQ xR x a(xQ + xP) > a(xR + xQ) , se a < 0

Ou seja, dPQ < dQR , se a > 0 , o que significa que o gráfico de f tem
concavidade voltada para cima; e dPQ > dQR , se a < 0 , o que signi-
fica que o gráfico de f tem concavidade voltada para baixo.

u4p69h2n Assim,
Professor
Metas curriculares Sentido da concavidade do gráfico da função quadrática definida
FRVR10 por f(x ) = ax 2
Descritor 4.8
Dado um número real não nulo a , o gráfico da função f
Tarefa 2 definida pela expressão f(x) = ax2 , tem, em ]-3, + 3[ ,
(C), (D) e (E)
Como a concavidade é voltada para
a concavidade voltada para cima, se a > 0 , e voltada para
baixo ( a < 0 ) , o declive da reta BC baixo, se a < 0 .
é menor do que 3 .

y a .O y
a ,O
f R
xP xQ xR
O x
Q
P P
Q

AVALIAR CONHECIMENTOS xP O xQ xR x R
f
16
Seja g a função definida
em IR por g(x) = ax2 + 3 . TAREFA 2
Indique, justificando, a função definida em IR por f(x) =
u4p69h3n
Considere u4p69h4n
ax2, a < 0 e os
em cada alínea, o sentido pontos A , B e C do gráfico de f de abcissas xA < xB < xC ,
da concavidade do gráfico respetivamente. Sabendo que o declive da reta AB é igual a 3
de g , sabendo que: indique, justificando, quais dos seguintes valores não podem ser
a) g tem dois zeros. o valor do declive da reta BC :
b) g(-1) = 5 (A) 1   (B) 2   (C) 3   (D) 4   (E) 6

68

645624 054-075 U12.indd 68 20/03/15 10:17


UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade

EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Considere a função real de variável real definida por f(x) = x3 .
Mostre
4.1  que o gráfico de f tem concavidade estritamente
voltada para cima em IR+ e estritamente voltada para baixo
em IR- .
que o gráfico da função de domínio IR
4.2 Justifique
g(x) = -f(x)
tem concavidade estritamente voltada para baixo em IR+
e estritamente voltada para cima em IR- .
RESOLUÇÃO:
4.1 Sejam P , Q e R três pontos do gráfico de f de abcissas
x1, x2, x3 ! IR+ , respetivamente, tais que x1 < x2 < x3 .
Tem-se
x 32 - x 13 x 33 - x 32
dPQ = x - x e dQR = x - x
2 1 3 2

Aplicando a regra de Ruffini mostra-se que:


dPQ = x 22 + x1x2 + x 12 e dQR = x 32 + x2x3 + x 22
Tem-se, então, que
dPQ - dQR = x 22 + x1x2 + x 12 - (x 32 + x2x3 + x 22) =
= x 12 + x1x2 - x 32 - x2x3 =
= x 12 - x 32 + x1x2 - x2x3 =
= (x1 - x3)(x1 + x3) + x2 (x1 - x3) =
= (x1 - x3)(x1 + x2 + x3)
Como x1 < x3 , tem-se x1 - x3 < 0 , e x1, x2, x3 ! IR+ ,
implica x1 + x2 + x3 > 0 , pelo que
dPQ - dQR = (x1 - x3)(x1 + x2 + x3) < 0 ,
ou seja, dPQ < dQR .
Portanto, o gráfico de f tem concavidade estritamente vol-
tada para cima em IR+ .
De forma análoga, se x1, x2, x3 ! IR- são tais que x1 < x2 < x3 ,
então, x1 + x2 + x3 < 0 e x1 - x3 < 0 , pelo que
dPQ - dQR = (x1 - x3)(x1 + x2 + x3) > 0 ,
ou seja, dPQ > dQR , donde se conclui que o gráfico de f
tem concavidade estritamente voltada para baixo em IR- .
4.2 Sejam Pl, Ql, Rl três pontos do gráfico de g de abcissas
x1, x2, x3 ! IR+ , respetivamente, tais que x1 < x2 < x3 .
g (x2) - g (x1) f (x2) - f (x1)
Assim, dPlQl = x2 - x1 = - x2 - x1 = -dPQ .
Analogamente, dQlRl = -dQR .
AVALIAR CONHECIMENTOS
Atendendo ao que foi provado em 4.1, conclui-se que
dPlQl > dQlRl . Portanto, o gráfico de g tem concavidade 17
voltada para baixo em IR+. Estude as concavidades
Analogamente se prova que, se Pl, Ql, Rl são três pontos do gráfico da função real
do gráfico de g de abcissas x1, x2, x3 ! IR- , dPlQl < dQlRl de variável real definida por
e, portanto, o gráfico de g tem concavidade para cima h(x) = ax3 se:
em IR- . a) a < 0
b) a > 0

69

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AVALIAR CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


SUGESTÃO
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
Os exercícios
são apresentadas.
apresentados
permitem identificar
1
intervalos
de monotonia De uma função g , de domínio IR , sabe-se que:
e extremos
de funções reais
• g(0) = 1
de variável real, • g é estritamente crescente em [0, +3[ ;
bem como trabalhar • g é par.
a noção de
concavidade. Indique qual das seguintes afirmações é verdadeira.
O professor pode
selecionar alguns (A) O contradomínio de g é [0, +3[ . g é injetiva.
(C) 
destes exercícios
(B) g é estritamente crescente em IR . (D) g não tem zeros.
para trabalho
autónomo dos alunos Exame Nacional do 12.º ano, 1998
em vários momentos,
e não apenas
2
no final do tema.
Seja f uma função, real de variável real, de domínio [–3, 4] , definida analiticamente por
LIVROMÉDIA
f(x) = -x + 3
PowerPoint Selecione a afirmação verdadeira.
O essencial
(A) 
f é crescente e Dlf = [–1, 6] . (C) f é decrescente e Dlf = [–1, 6] .
Exercícios (D) f é injetiva e crescente.
(B) f é decrescente e Dlf = IR .
do Caderno de Apoio

3
Considere a função de domínio IR representada graficamente y
na figura ao lado. Sabe-se que esta é estritamente decrescente 5
em ]-3, -1] e estritamente crescente em [2, +3[ .
Qual das afirmações seguintes é verdadeira?
(A) A função tem o máximo absoluto 5 e o mínimo absoluto 0 .
21 0 0,5 2 x
(B) Um máximo relativo da função é 5 e o mínimo absoluto é 0 .
Os mínimos relativos da função são -1 e 2 e o máximo
(C) 
relativo é 0,5 .
(D) A função não tem extremos absolutos. u4p70h1
4
Seja f uma função real de variável real, de domínio IR , tal que:
• 1 é um maximizante de f ;
• -3 é um mínimo relativo de f .
Indique qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira:
(A) 
-1 é um minimizante e 3 é 2 é um maximizante e -6 é
(C) 
um máximo relativo da função g , um mínimo relativo da função i ,
definida por definida por
g(x) = -f(x) i(x) = 2f(x)
(B) -1 é um maximizante e -3 é (D) 3 é um maximizante e -6 é
um máximo relativo da função h , um mínimo relativo da função j ,
definida por definida por
h(x) = f(-x) j(x) = 2f(x - 2)

70

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UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade

5
Na figura, está parte da representação gráfica da função f , de domínio IR , estritamente
monótona nos intervalos ]-3, 2] e [2, +3[ .
5.1 A função f é crescente no intervalo: y
(A) ]-5, 2]
(B) ]-5, +3[ 1
(C) [-2, +3[ 0 1 x
f
[2, +3[
(D) 
5.2 A função f :
(A) tem um máximo e um mínimo. só tem um mínimo.
(C) 
só tem um máximo.
(B)  não tem máximos
(D)  nem mínimos.
u4p71h1
6
Na figura está representado, em referencial o.n. Oxyz , um cilindro z
de revolução de altura 3 , em que uma das bases está contida
no plano xOy , sendo o seu centro (0, 1, 0) e o seu raio igual a 1 .
Seja b ! [0, 2] e seja f a função que, a cada valor de b ,
faz corresponder o perímetro da interseção do cilindro com o plano
de equação y = b . 0
1 2 y
Qual é o máximo de f ? x

(A) 9 (B) 10 (C) 11 (D) 12


Exame Nacionalu4p71h2
do 12.º ano, 2002

7
O gráfico seguinte representa a função g , de domínio IR , em que g é estritamente crescente
em ]-3, -1] e em ; , +3; .
3
2
y

22 21 0 1 2 x

Indique qual das afirmações seguintes é falsa:


(A) O gráfico de g tem a concavidade voltada para cima em [1, 2] .
u4p71h3
(B) g|[-2, -1] é estritamente crescente.
O gráfico de g tem a concavidade voltada para baixo em [-2, -1] .
(C) 
(D) g é crescente em [1, +3[ .

8
Seja f a função quadrática de domínio IR , definida por f(x) = ax2 .
Sabendo que f é estritamente crescente em [0, +3[ , selecione a afirmação verdadeira.
O gráfico de f tem a concavidade voltada para cima.
(A) 
(B) O gráfico de f tem a concavidade voltada para baixo.
f é estritamente crescente em ]-3, 0] .
(C) 
(D) 0 é máximo absoluto de f .

71

645624 054-075 U12.indd 71 20/03/15 10:17


AVALIAR CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos
que tiver de efetuar e as justificações necessárias.

9
Considere as funções f e g afins, de domínio IR , definidas por
1 x
f(x) = - 2x e g(x) = 3 +
2 2
Recorrendo a processos exclusivamente analíticos, resolva as quatro alíneas seguintes.
9.1 Determine os zeros de cada uma das funções dadas.
9.2 Determine as coordenadas do ponto de interseção dos gráficos de f e g .
9.3 Justifique que as funções são monótonas e indique o tipo de monotonia.
9.4 Caracterize f % g , represente-a graficamente e justifique que esta é estritamente decrescente.

10
Considere a função afim g , em que se sabe que g(2) = 3 e g(-1) = 6 .
g (x2) - g (x1)
10.1 Indique o valor de
x2 - x1 para quaisquer x1, x2 ! Dg / x1 ! x2 .

Justifique que g é uma função estritamente decrescente.


10.2 
10.3 Determine uma expressão analítica da função g .

11
Na figura está representado o gráfico de uma função f , real de variável real, de domínio ]-3, 4] .
y

23 22 21 1 2 3 4 x

Indique um intervalo de números reais onde f seja:


a) estritamente crescente.
b) estritamente decrescente.
u4p72h1
c) constante.

12
Sendo h uma função afim estritamente decrescente, mostre que h-1 é uma função afim
estritamente decrescente.

13
Esboce o gráfico de uma função h em que:
a) h é estritamente crescente, tem domínio [-1, 1] e contradomínio [0, 4] .
b) h é não monótona e tem domínio ]-2, 3[ .
c) h tem domínio IR , é par, 4 é um dos seus zeros e é estritamente crescente em [0, +3[ .
d) h tem domínio e contradomínio [-4, 10] e a equação h(x) = 3 tem exatamente duas soluções.

72

645624 054-075 U12.indd 72 20/03/15 10:17


UNIDADE 12 Monotonia, extremos e concavidade

14
Sejam c e d duas funções reais de variável real, ambas de domínio IR , em que c é estritamente
crescente e d estritamente decrescente.
Mostre que:
a) a função f definida por f(x) = 1 - d(x) é estritamente crescente.
b) a função g definida por g(x) = c % d (x) é estritamente decrescente.

15
A figura representa parte do gráfico de uma função f de domínio ]-3, 5] . Sabe-se que f
é constante em ]-3, -2] .
y

2
22 5
2 3 x
22

24

15.1 Indique:
a) o contradomínio de f . c) um intervalo onde f seja decrescente.
b) os zeros de f . d) o conjunto solução da condição f(x) G 0 .
15.2 Construa uma tabela de variação de fu4p73h1
e indique, caso existam, os extremos de f .
15.3 Indique, justificando, o valor lógico da seguinte proposição: « f é uma função limitada».
15.4 Indique o contradomínio e os extremos das funções definidas por:
a) g(x) = f(x - 1) b) h(x) = -2f(x)

16
Considere uma função, real de variável real, f de domínio IR , ímpar, estritamente decrescente
em ]-3, 0] e tal que f(-4) = 3 .
16.1 Considere os pontos A e B do gráfico de f de abcissas -4 e 4 , respetivamente.
Determine o declive da reta AB .
16.2 Mostre que f é estritamente decrescente em [0, +3[ .

17
1 2
Considere a função real de variável real p , definida por p(x) = - x .
2
17.1 Justifique que p não é monótona.
17.2 Justifique que pu IR+0 é estritamente decrescente.
17.3 Determine p(A) sendo A = ]1, 4] .
Professor
18 LIVROMÉDIA

Para um certo valor de a real não nulo, seja g a função real de variável real, de domínio IR , Ficha de trabalho 10
definida por g(x) = ax2 .
Identifique o sentido da concavidade do gráfico de g , sabendo que o declive da reta entre Teste 12

dois pontos A e B , pertencentes ao gráfico da função g , é positivo e a soma das suas CADERNO
abcissas é negativa. DE ATIVIDADES
e avaliação contínua
Ficha de trabalho 10

73

645624 054-075 U12.indd 73 20/03/15 10:17


PREPARAÇÃO PARA O TESTE 7
TEM
I DÚVIDAS?
Para cada uma das questões deste grupo, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
são apresentadas.

1
Considere o conjunto A = {a, b, c} . CONSULTE
A PÁGINA 9.
Indique, dos seguintes conjuntos, qual representa o gráfico de uma função de A em A :
(A) {
 (a, b), (b, b), (c, b)} (C) {
 (a, b), (b, c)}
(B) {(a, a), (a, b), (a, c)} (D) {(a, b), (b, a), (b, c)}

2 
Sejam f e g as funções reais de variável real definidas por: CONSULTE
AS PÁGINAS
f(x) = 2 - 3x e g(x) = x2 19 A 20.

O valor de g % f(0) é:
(A) 2
 (B) 3 (C) 4
 (D) 5

3 
Considere, num referencial o.n. Oxy , um ponto P , distinto da origem e pertencente à reta CONSULTE
A PÁGINA 8,
de equação y = 3x . VOLUME 2.

Seja Q o simétrico de P , em relação à origem do referencial.


Considere o retângulo de lados paralelos aos eixos do referencial e tal que uma das suas
diagonais é o segmento [PQ] .
Qual das expressões seguintes dá a área desse retângulo, em função da abcissa x do ponto P ?
 x2
(A) 6 (B) 12x2  8x2
(C) 1 (D) 24x2

4 
Seja g uma função, de domínio A , definida por g(x) = 1- x . CONSULTE
A PÁGINA 31.
Qual dos seguintes poderá ser o conjunto A ?
(A) [ -1, +3[ (B) [-2, 2] (C) ] -3, 1] (D) IR+
0

5 
Na figura seguinte, está representado, num referencial o.n. xOy , o gráfico de uma função f , CONSULTE
AS PÁGINAS
de domínio ]-2, 2[ . y
32 A 36,
54 A 59
1 E 61 A 64.
f

22
O 2 x

21

Qual das opções seguintes contém três afirmações verdadeiras acerca da função f ?
(A) (B) (C) (D)
• T em três zeros. • T em exatamente • Tem máximo • É par.
• Não tem máximos dois zeros. u4p74h1
e tem mínimo. • Tem exatamente
nem mínimos. • Não tem máximos • É crescente dois zeros.
• Não é par. nem mínimos. no seu domínio. • O contradomínio
• É crescente • O contradomínio é ]-1, 1[ .
no seu domínio. é ]-1, 1[ .
Teste Intermédio do 10.º Ano, 2012

74

645624 054-075 U12.indd 74 20/03/15 10:17


Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

TEM
II DÚVIDAS?
Nas questões seguintes, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver
de efetuar e as justificações necessárias.

1 
Considere a função f , de domínio [-3, -1] , [0, 4] , cujo gráfico está esboçado na figura
seguinte.
Indique:
1.1  y CONSULTE
A PÁGINA 8.
a) o contradomínio de f .
b) os zeros de f . CONSULTE
A PÁGINA 33.
c) um intervalo onde f seja decrescente.
d) f ^]0, 3[h
O 3 x CONSULTE
A PÁGINA 59.

1.2 Construa um quadro de variação de f . CONSULTE


A PÁGINA 14.
1.3 Represente p e t graficamente, sendo: CONSULTE
A PÁGINA 61.
a) p(x) = -f(x - 1)
CONSULTE
b) t(x) = 2 + f(-x) AS PÁGINAS
u4p75h1 39 A 47.
1.4 Indique, justificando, o valor lógico da afirmação seguinte: CONSULTE
AS PÁGINAS
 « f é uma função não injetiva» 14 E 15.

2 
Considere a família de funções afins definida por:
g(x) = (a - 2)x + 3 (a ! IR)
2.1 Determine os valores de a , de modo que g seja decrescente. CONSULTE
AS PÁGINAS
2.2 Considere a = -1 . 55 E 56.

2.2.1 Represente g graficamente e indique o intervalo de números reais onde a função CONSULTE
A PÁGINA 31.
é negativa.
2.2.2 Prove que g não é par nem ímpar. CONSULTE
AS PÁGINAS
34 A 36.
3 
Seja h a função definida em [-1, +3[ por
h(x) = 4 - x2 CONSULTE
AS PÁGINAS
Determine: 32 E 33.
CONSULTE
a) os zeros de h . A PÁGINA 17.

b) o contradomínio de h . CONSULTE
AS PÁGINAS
c) h % h(1) 19 E 20.

4  CONSULTE
AS PÁGINAS
Seja f(x) = ax + b , com a ! IR\{0} e b ! IR . 16, 17 E 23.

Mostre que f é bijetiva e determine a e b para que a função f coincida com a sua inversa.

Professor
Grelha de avaliação CADERNO
PARTE I II DE ATIVIDADES
Questões 1a5 1.1 1.2 1.3 1.4 2.1 2.2 3.1 3.2 3.3 4 e avaliação contínua
Cotações 5 # 10 = 50 7+7+7+7 10 10 + 10 10 10 12 + 10 10 15 10 15 Avalio o meu sucesso 4

75

645624 054-075 U12.indd 75 20/03/15 10:17


13
UNIDADE
Estudo de funções
elementares
e operações algébricas
com funções

Professor 13.1 Função quadrática


Metas curriculares
FRVR10
Descritor 5.1 EXERCÍCIO RESOLVIDO 1

LIVROMÉDIA
Considere um triângulo [ABC ] C
retângulo em A , isósceles, e cujos
Atividades da Unidade 13 catetos medem 10 cm , e um ponto
D que se desloca sobre o cateto
[AB] . E
F
Considere ainda, para cada posição
do ponto D , o retângulo [ADEF] , A x D B
AVALIAR CONHECIMENTOS sendo E um ponto do lado [BC] ,
F um ponto do segmento [AC] e
1
x a medida do comprimento de [AD] .
Na figura, estão representados u4p76h1
um quadrado [ABCD] Seja f : [0, 10] " IR a função que a cada x faz corresponder
de lado 2x e um arco a área do retângulo [ADEF] , em centímetros.
de circunferência de centro 1.1 Calcule f(4) .
em A e raio [AB] . 1.2 Mostre que f(x) = 10x - x2 .
D C
RESOLUÇÃO:
1.1 R epare-se em primeiro lugar C
que os triângulos [ABC] e
[DBE] são retângulos e têm F E
um ângulo em comum. Então,
A 2x B
pelo critério AA de semelhança
1.1 Seja f a função de triângulos, os triângulos
de domínio IR+0 , [ABC] e [DBE] são semelhan-
A 4 cm D 6 cm B
que au4p76h3
cada valor de x tes e, por isso:
faz corresponder a área DE = 6 cm
da região colorida.
Portanto, a área do retângulo [ADEF] é igual a 24 cm2 ,
Mostre que f pode u4p76h2
ou seja, f(4) = 24 .
ser definida
analiticamente por 1.2 Sendo AD = x , tem-se que DB = 10 - x . Refazendo
agora os argumentos utilizados no ponto anterior, obtém-se
f(x) = (4 - r)x2
1.2 O gráfico de f
DE = 10 - x
é um arco de parábola. Portanto, uma expressão que a cada posição de D faz cor-
Indique, justificando, responder a área do retângulo [ADEF] em função de x , é:
o sentido da concavidade f(x) = x(10 - x) , ou seja, f(x) = 10x - x2
do gráfico de f .

76

645624 076-117 U13.indd 76 20/03/15 10:37


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

A função definida por f(x) = -x2 + 10x é um caso particular de uma


família de funções definidas por polinómios de 2.º grau na variável x ,
que se designam por funções quadráticas.

Função quadrática
Designa-se por função quadrática qualquer função f : IR " IR
que possa ser definida por uma expressão do tipo
f(x) = ax2 + bx + c , a, b, c ! IR , com a ! 0

Fazendo uso das relações das propriedades geométricas dos gráficos


com as das respetivas funções, é possível, com base no estudo já
efetuado sobre as funções quadráticas da forma f(x) = ax2 , estudar
as funções definidas por expressões da forma
g(x) = a(x - h)2 + k , a, h, k ! IR , a ! 0

EXEMPLO 1
Considere-se a função definida em IR por
f(x) = 2(x - 3)2 - 2
Sabe-se que:
• O gráfico de f é a imagem, pela translação de vetor u(3, -2) ,
do gráfico da função quadrática definida por g(x) = 2x2 .
• O gráfico de g é uma parábola com concavidade voltada para
cima ( a = 2 > 0 ) , vértice na origem O(0, 0) do referencial
e, porque g é uma função par, o eixo Oy é eixo de simetria
da parábola.
• A função g é uma função decrescente no intervalo ]-3, 0] ,
crescente no intervalo [0, +3[ , e tem mínimo absoluto 0 ,
sendo o minimizante 0 .
Então: y
g
• O gráfico de f é a parábola de vértice no
ponto de coordenadas (3, -2) (imagem
f
da origem pela translação de vetor u ) .
• O eixo de simetria do gráfico de f é a
reta de equação x = 3 .
0 3 x
• O gráfico de f tem concavidade voltada u
para cima ( a = 2 > 0 ) . 22

• A função f é decrescente no intervalo ]-3, 3] , crescente


AVALIAR CONHECIMENTOS
no intervalo [3, +3[ , e tem mínimo absoluto -2 , sendo
o minimizante 3 . u4p77h1 2

• O gráfico da função f evidencia que f tem duas raízes distintas. Das funções seguintes,
indique as que são funções
Esses valores podem ser determinados resolvendo a equação:
quadráticas:
2
2(x - 3)2 - 2 = 0 + (x - 3)2 = + a) f(x) = (x + 2)2 - 4x
2
+ x - 3 = !1 + x = 3!1 + b) g(x) = 2x2 - 2(x - 1)2
+x=20x=4 c) h(x) = 3x3 - x(4x - 3x2)

77

645624 076-117 U13.indd 77 20/03/15 10:37


O gráfico de uma função definida por
f(x) = a(x - h)2 + k , a, h, k ! IR , a ! 0
é a imagem do gráfico da função g(x) = ax2 pela translação de vetor
u(h, k) .

O gráfico de uma função f : IR " IR definida por


f(x) = a(x - h)2 + k ,
com a, h, k ! IR , a ! 0 , é uma parábola de vértice V(h, k) .

Repare-se que f(x) = a(x - h)2 + k é uma função quadrática, uma


vez que a sua expressão analítica, na forma reduzida, é um polinómio
de 2.º grau.

De facto,
f(x) = a(x - h)2 + k = ax2 - 2ahx + ah2 + k
que, como a ! 0 , é um polinómio de 2.º grau em x .

No entanto, a expressão na sua forma reduzida é menos informativa


do que a expressão inicial.

EXEMPLO 2
A função definida por
h(x) = -2x2 + 4x + 6
é uma função quadrática cuja expressão analítica está escrita na
forma reduzida.
Nesta forma, não é imediata a identificação das coordenadas
AVALIAR CONHECIMENTOS
do vértice da parábola que a representa graficamente e, consequen-
3 temente, o estudo da monotonia e extremos.
Para cada uma das parábolas No entanto, a expressão -2x2 + 4x + 6 pode ser escrita na forma
a seguir definidas, indique
a(x - h)2 + k .
as coordenadas do vértice
e a equação do eixo Colocando em evidência o coeficiente do termo de maior grau
de simetria e escreva-as (neste caso, -2 ) , dos termos onde figura x , obtém-se:
na forma h(x) = -2(x2 - 2x) + 6
y = ax2 + bx + c Notando que
a) y = x2 + 1 x2 - 2x = x2 - 2x + 1 - 1 = (x - 1)2 - 1 ,
b) y = -2(x + 3)2 vem
h(x) = -2[(x - 1)2 - 1] + 6 = -2(x - 1)2 + 8
Professor c) y = 5(x - 4)2 - 3
LIVROMÉDIA d) y = (2 - x)2 + 5
É agora imediato reconhecer o vértice V y
da parábola que representa a função h 8
PowerPoint 4 como o ponto de coordenadas (1, 8) e, a
Estudo da função
quadrática: efeito
Copie e complete de modo partir daqui, porque a = -2 , concluir que:
dos parâmetros a obter igualdades • O gráfico de h tem concavidade voltada h
no gráfico verdadeiras:
da função para baixo em IR ;
a) (x - …)2 = x2 - 6x + … • A função é crescente em ]-3, 1] e decres-
GeoGebra
Outra construção
b) 4x2 + 4x + 1 = (… + 1)2 cente em [1, +3[ ; 0 1 x
da parábola 2
c) x - 3x + … = (… +…) 2 • 8 é o máximo absoluto para x = 1 ;
• Dlh = ]-3, 8]
78

u4p78h1
645624 076-117 U13.indd 78 20/03/15 10:37
UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

O vértice da parábola que representa graficamente uma função quadrá-


tica, como se pode constatar nos exemplos anteriores, assume, a par do
coeficiente do termo em x2 , um papel relevante no estudo da mono-
tonia e extremos da função.

Daí a importância de obter a expressão de uma função quadrática na


forma f(x) = a(x - h)2 + k , onde as coordenadas do vértice apare-
cem de forma explícita. Para o fazer, pode generalizar-se o procedi-
mento apresentado no exemplo anterior.

Assim, dado o trinómio de 2.º grau, ax2 + bx + c , utilizando a téc-


nica da completação do quadrado, é possível reescrevê-la na forma
anterior efetuando os passos que se seguem:

a c x 2 + a x m + c = a >x 2 + 2
b H
x +d n -d n +c=
2 2
b b b
2a 2a 2a

= a >d x + n - 2 H + c = ad x + n - 2 +c=
2 2
b b2 b ab 2
2a 4a 2a 4a

= ad x + n+
2
b 4ac - b 2
2a 4a
Conclui-se, assim, que a função quadrática f : IR " IR definida por
f(x) = ax2 + bx + c :

• Tem por gráfico a parábola cujo vértice é o ponto de coordenadas

d- n
b 4ac - b 2
,
2a 4a
• Se a > 0 ,
— a parábola tem concavidade voltada para cima;

— a função é decrescente no intervalo F-3, - F , crescente


b
2a
no intervalo <- , +3< e tem mínimo absoluto
b
2a

f d- n=
b 4ac - b 2
AVALIAR CONHECIMENTOS
2a 4a
5
— o contradomínio de f é o intervalo
Escreva na forma
Dlf = = f d- n, +3= = < , +3<
b 4ac - b 2 y = a(x - h)2 + k
2a 4a as funções a seguir definidas:
• Se a < 0 , a) f(x) = x2 + 3x + 5
— a parábola tem concavidade voltada para baixo; b) g(x) = x2 - 2x - 1

— a função é crescente no intervalo F-3, - F , decrescente


b c) h(x) = -2x2 + 8x - 2
2a
6
no intervalo <- , +3< e tem máximo absoluto
b
2a Represente graficamente
cada uma das funções
f d- n
b
2a do exercício anterior,
— o contradomínio de f é indicando as coordenadas
do vértice do seu gráfico
Dlf = G-3, f d- nG = F-3, F
b 4ac - b 2
2a 4a e o seu contradomínio.

79

645624 076-117 U13.indd 79 20/03/15 10:37


EXEMPLO 3
Considere-se a função quadrática definida pela expressão
f(x) = -6x2 - 24x + 3
A abcissa do vértice da parábola é, como se viu atrás,
AVALIAR CONHECIMENTOS
b -24
7 - =- = -2
2a 2 # (-6)
Determine os extremos, e
construa um quadro
f (-2) = 27
de variação e indique
o contradomínio das funções Então, o vértice da parábola que representa f graficamente
reais de variável real é o ponto de coordenadas (-2, 27) .
definidas por: Portanto, dado que o coeficiente do termo em x2 é negativo
a) f(x) = x2 - x - 2 ( a = -6 < 0 ) , pode concluir-se que a parábola tem a concavidade
5
b) g(x) = -2x2 + 10x - voltada para baixo e, então, f é crescente no intervalo ]-3, -2] ,
4
decrescente no intervalo [-2, +3[ , tem o máximo absoluto 27
8
para x = -2 e o seu contradomínio é Dlf = ]-3, 27] .
Determine:
a) o valor de a e de c ,
sabendo que a parábola
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
definida por
Encontre uma expressão na forma
y = ax2 + 2x + c
ax2 + bx + c , a, b, c ! IR , a ! 0
tem vértice V(3, 2) .
das funções quadráticas que verificam as seguintes condições:
b) o valor de c , de modo
que a função definida por A
2.1  parábola que a representa graficamente tem vértice
f(x) = x2 + 5x + c V(2, -5) e interseta o eixo Oy no ponto de ordenada 7 .
tenha contradomínio 2.2 Tem máximo absoluto 4 , zero -2 e é par.
[3, +3[
RESOLUÇÃO:

9 2.1 Como o vértice da parábola tem coordenadas (2, -5) , a fun-


Na figura está representada ção é definida por uma expressão da forma
uma parábola de vértice f(x) = a(x - 2)2 - 5
(-4, -3)
Como a parábola interseta o eixo Oy no ponto de ordenada
Sabe-se que a parábola
7 , então,
é o gráfico de uma função f
f(0) = 7 + a(0 - 2)2 - 5 = 7 + a = 3
e que esta interseta o eixo Oy
no ponto de ordenada 13 . Portanto,

y
f(x) = 3(x - 2)2 - 5 = 3 (x2 - 4x + 4) - 5 =
= 3x2 - 12x + 7
2.2 C omo a função é par, tem Oy como eixo de simetria,
13
e como 4 é máximo, então, o vértice da parábola é V(0, 4) .
Então, a função é definida por uma expressão da forma
24 f(x) = ax2 + 4
0 x
23 Por outro lado, sabe-se que f (-2) = 0 , pelo que
a × (-2)2 + 4 = 0 + a = -1
Portanto,
Determine a expressão f(x) = -x2 + 4
analítica da função f
u4p80h1
na forma
f(x) = ax2 + bx + c

80

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

Zeros da função quadrática RECORDAR Professor


Tarefa 1
Determinar os zeros de uma função quadrática é determinar as solu- T = b - 4ac designa-se
(1) 2
Como x1 e x2
ções da equação por binómio discriminante são zeros de uma
da equação de 2.o grau função quadrática
ax2 + bx + c = 0 , a, b, c ! IR , a ! 0 definida por
ax2 + bx + c = 0 f(x)=ax 2+bx+c :
x1 =
Sabe-se que a equação ax2 + bx + c = 0 é possível, em IR , somente 2
-b- b -4ac
no caso em que T = b2 - 4ac H 0 (1) e, satisfeita essa condição, 2a
a equação é equivalente a e x2 =
2
-b+ b -4ac
-b - b 2 - 4ac -b + b 2 - 4ac 2a
x= 0x= Tem-se que:
2a 2a x1 + x2
=
Assim, a função quadrática definida pela expressão 2
-b - b
f(x) = ax2 + bx + c : =
4a
=
b
=- = xV
• tem dois zeros distintos, se T > 0 : 2a

-b - b 2 - 4ac -b + b 2 - 4ac Tarefa 2


x1 = e x2 = 2.1 f(x - k) =
2a 2a AVALIAR CONHECIMENTOS = f(x + k) +
• tem um zero duplo, se T = 0 : + a(x - k)2 +
10 + b(x - k) +
b
x1 = x2 = - Indique, sem os determinar, +c = a(x+k)2+
2a + b(x + k) +
• não tem zeros reais, se T < 0 . o número de zeros das + c + -2kax -
funções quadráticas - bk = 2kax +
+ bk + -4kax -
definidas por:
- 2bk = 0 +
TAREFA 1
a) f(x) = x2 - x - 2 +-2k(2ax+b)=
Mostre que, quando uma função quadrática admite zeros distintos, =0 + 2ax+b=
b) g(x) = 3x2 - 3x + 1
x1 e x2 , a abcissa do vértice da parábola que a representa é igual =0+x=
c) h(x) = -(x + 2)2 + 3 b
à média das raízes, ou seja, o ponto de interseção do eixo de sime- =-
2a
= xV
5
tria da parábola com o eixo Ox é o ponto médio do segmento de d) i(x) = -2x2 + 10x - 2
2.2 ax + bx +
4 +c=c+
reta de extremos nos pontos de coordenadas (x1, 0) e (x2, 0) . + ax2 + bx = 0
11
+ x(ax + b) = 0
Na figura está representada +x=0 0
uma parábola, gráfico b
O resultado da tarefa anterior fornece um processo para determinar 0 x =-
a
as coordenadas do vértice da parábola que representa uma função qua- de uma função f . Efetuando a média
entre as duas
drática f que admite dois zeros. y raízes:
0 + d- n
b
Se a função quadrática admite apenas um zero, x1 , as coordenadas do a

vértice da parábola que a representa são ^x1, f (x1)h , com f (x1) = 0 :


=
2
A B -b
6 = = xV
(x1, 0) . 2a

0 x

TAREFA 2
Existem outros resultados que permitem obter a abcissa do vértice. Sabe-se que os pontos
Considere a função quadrática definida por f(x) = ax2 + bx + c de interseção da parábola
e a parábola G que a representa graficamente. com a u4p81h1
reta de equação y = 6 ,
Prove os seguintes resultados: A e B , têm abcissas -6
2.1 
xV é a abcissa do vértice da parábola G se, e somente se, e 1 , respetivamente,
f(xV - k) = f(xV + k), 6k ! IR e 0 é um zero da função.
2.2 A abcissa do vértice da parábola G é a média das raízes Determine uma expressão
analítica de f e o seu
da equação f(x) = c .
contradomínio.

81

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Professor EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
Tarefa 3 y
Na figura encontra-se representada,
3.1 a(0) = 1,4
Conclui-se, assim, que a bola foi lançada dos 1,4 metros. em referencial ortogonal xOy , parte 6
3.2 A abcissa do vértice da parábola, representativa da função do gráfico da função quadrática f , que
dada, é: f
b 19,6 tem máximo 6 e zeros -1 e 3 .
- =- = 2 e a(2) = 21
2a 2 # _-4,9i Determine uma expressão analítica que
Então, o vértice da parábola que representa a graficamente
é o ponto de coordenadas (2, 21) . defina f . 21 0 3 x
Portanto, dado que o coeficiente do termo em t 2 é negativo
( a = -4,9 < 0 ) , pode concluir-se que a parábola tem RESOLUÇÃO:
a concavidade voltada para baixo e, portanto, a altura máxima Como -1 e 3 são raízes do polinómio
atingida pela bola é 21 metros.
-19,6 ! 19,6 - 4 _-4,9i_1,4i
2 de 2.o grau que define analiticamente a função, tem-se
u4p82h1
3.3 a(t ) = 0 + t = +
2 _-4,9i f(x) = a(x + 1)(x - 3)
+ t b -0,1 0 t b 4,1
Conclui-se, assim, que a bola atinge o solo após 4,1 segundos
Como a abcissa do vértice é a média das raízes, tem-se
depois do seu lançamento. -1 + 3
xV = =1
2
Sabe-se, então, porque a ordenada do vértice é o máximo de f ,
que f(1) = 6 . Logo,
6 3
f(1) = 6 + a(1 + 1)(1 - 3) = 6 + a = - = -
4 2
AVALIAR CONHECIMENTOS
Portanto,
3 9
f(x) = - x2 + 3x +
12 2 2
Sabendo que a função
f(x) = -x2 + px + q
tem um único zero, TAREFA 3
indique, justificando,
A altura, em metros, a que uma bola se encontra do chão quando
qual das seguintes
é lançada verticalmente pelo Tiago é dada em função do tempo, em
afirmações é verdadeira:
segundos, pela função
a) A função quadrática
definida por a(t) = -4,9t 2 + 19,6t + 1,4
g(x) = -x2 + px + q + 3
tem dois zeros distintos.
b) A função quadrática
definida por
h(x) = -x2 + px + q - 3
tem dois zeros distintos.

13
Considere a função
quadrática f , tal que:
• -4 é mínimo de f ;
• -1 e 1 são os zeros de f .
13.1 Determine uma
expressão analítica de f .
13.2 Indique as coordenadas
3.1 A que altura do chão se encontra a bola no instante em que foi
do vértice da parábola
lançada?
que representa
graficamente 3.2 Determine a altura máxima atingida pela bola.
a função h , tal que 3.3 Quanto tempo demora a bola atirada pelo Tiago a atingir o solo?
h(x) = f(x + 1) - 3 Apresente o resultado aproximado às décimas de segundo.

82

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

Sinal da função quadrática

Estudar o sinal de uma função f , real de variável real, é determinar


o conjunto dos valores de x ! Df , para os quais f(x) > 0 ( f é posi-
tiva), e o conjunto dos valores de x ! Df , para os quais f(x) < 0
( f é negativa).

Feito o estudo dos zeros, da monotonia e da concavidade do gráfico


de uma função quadrática, rapidamente se faz o estudo do seu sinal.

EXEMPLO 4
A função definida em IR por f(x) = 2x2 + 3x + 1 tem zeros
1
-1 e - .
2
O coeficiente do termo em x2 é 2 , pelo que o gráfico de f tem
concavidade voltada para cima.
Como o que realmente interessa são as partes do gráfico que se
encontram acima do eixo Ox (ordenada positiva) ou abaixo (orde-
nada negativa), o esquema seguinte sistematiza a informação
necessária ao estudo do sinal.

1 1
2 1 x
21 2}
2

Assim:
+ x ! E-1, - ;
1
f(x) < 0u4p83h1
2
e
f(x) > 0 + x ! ]-3, -1[ , E- , +3;
1
2

O esquema seguinte apresenta a posição relativa ao eixo Ox do grá-


fico de uma função quadrática f(x) = ax2 + bx + c , em função
do número de zeros e do sinal de a .

a>0 a<0
y y

T<0 0 x
Não tem zeros AVALIAR CONHECIMENTOS
0 x
y y 14
Estude o sinal das seguintes
T=0 0 x funções quadráticas:
Tem um zero u4p83h2 u4p83h3 a) f(x) = x2 - x - 2
0 x
y y b) g(x) = -3x2 + 3x - 1
c) h(x) = 5x2 + 2x
T>0
0 x d) i(x) = 4x2 + 4
Tem dois zeros 0 x u4p83h5
e) j(x) = 9 - x2
u4p83h4
83

u4p83h7
645624 076-117 U13.indd 83 u4p83h6 20/03/15 10:37
Professor No esquema anterior observa-se que:
Tarefa 4
1.ª Uma função quadrática pode ser dada Sinal de uma função quadrática
pela expressão: • Se uma função quadrática não tem zeros, f(x) assume sempre
f (x) = a(x - h)2 + k
ou o sinal de a .
f (x ) = ax 2 - 2ahx + ah 2 + k • Se tem um zero duplo x1 , f(x) assume o sinal de a para
Se f não tem zeros, então,
D < 0 + (-2ah)2 -4a(ah 2 + k) < 0 + qualquer x ! IR\{x1} .
+ 4a 2 h 2 - 4a 2 h 2 - 4ak < 0 + ak > 0 • Se tem dois zeros distintos, x1 < x2 , f(x) assume o sinal de
Se a > 0 , tem-se que k > 0 e, como tal,
a(x - h)2 + k > 0 , concluindo-se que: a em ]-3, x1[ , ]x2, +3[ e o sinal contrário ao de a em
f(x ) > 0, 6x ! IR ]x1, x2[ ; dito de outro modo, f(x) assume o sinal de a fora
Se a < 0 , tem-se que k < 0 e, portanto,
f(x ) < 0, 6x ! IR do intervalo das raízes de f e sinal contrário dentro do inter-
2.ª Se f tem um único zero ( x1 ) , então, valo das raízes.
a função quadrática pode ser dada pela
expressão:
f(x ) = a(x - x1)2
Se a > 0 , tem-se que a(x - x1)2 > 0 , A última afirmação pode ser justificada como se segue:
6x ! IR\{x1} , concluindo-se que:
f(x ) > 0, 6x ! IR\{x1}
Se a < 0 , tem-se que: Se x1 < x2 são os zeros de uma função quadrática, então, esta pode ser
f(x ) < 0, 6x ! IR\{x1} definida pela expressão
a(x - x1)(x - x2)

AVALIAR CONHECIMENTOS
Se a > 0 ,

15 a(x - x1)(x - x2) > 0 +


Determine os valores + (x - x1)(x - x2) > 0 +
reais de k , para os quais
a função quadrática, definida + (x - x1 > 0 / x - x2 > 0) 0 (x - x1 < 0 / x - x2 < 0) +
por f(x) = kx2 + x + 1 , + (x > x1 / x > x2) 0 (x < x1 / x < x2)
é sempre positiva.
E, como x1 < x2 , esta última condição é equivalente a
16
A parábola da figura x > x2 0 x < x1
é o gráfico de uma função
Se a < 0 , na primeira equivalência inverte-se o sinal da igualdade
quadrática g em que
25 a(x - x1)(x - x2) > 0 +
g(0) = g(9) = 14 e -
4
é mínimo absoluto de g . + (x - x1)(x - x2) < 0 +
y + (x - x1 > 0 / x - x2 < 0) 0 (x - x1 < 0 / x - x2 > 0)

14 obtendo-se
x1 < x < x2

TAREFA 4
Justifique as duas primeiras afirmações referentes ao sinal da fun-
0 9 x
ção quadrática.
25
2} sugestão:
4
1. Obtenha uma expressão f(x) da forma a(x - h)2 + k ;
16.1 Determine os zeros 2. Mostre que, se b2 - 4ac < 0 , então, a e k têm o mesmo
de g . sinal;
u4p84h1
16.2 Estude o sinal 3. Conclua o pretendido.
da função.

84

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

Inequações de 2.º grau

O estudo do sinal de funções quadráticas permite também resolver


inequações de 2.º grau.

EXEMPLO 5
Para resolver a inequação
2x2 - 8x + 2 < -5x + 2
escreve-se a condição equivalente
2x2 - 3x < 0 ,
bastando agora, para encontrar o conjunto solução da condição,
fazer o estudo do sinal da quadrática definida pela expressão
f(x) = 2x2 - 3x
Resolve-se a equação 2x2 - 3x = 0 :
3
2x2 - 3x = 0 + x(2x - 3) = 0 + x = 0 0 x =
2
Conclui-se que o conjunto solução da condição inicial é

C.S. = E0, ; , uma vez que o sinal do coeficiente do termo em x2


3
2
é positivo.

0 2 3
}
2

AVALIAR CONHECIMENTOS

17
EXEMPLO 6
Resolva em IR as seguintes
A inequação u4p85h1 condições:
-3x2 + 2x - 2 > 0
a) x2 + 2x + 5 > 0
é impossível. b) 4x2 - 4x + 1 < 0
De facto, como c) 4 - 4x2 H 0
T = 2 - 4 ◊ (-3) ◊ (-2) = -20
2
1 2
d) x -2G1
a função definida por 3
e) -x2 + 3x - 2 H 0
g(x) = -3x2 + 2x - 2
não tem zeros e, porque o coeficiente do termo em x2 é negativo, 18

o seu gráfico tem concavidade voltada para baixo. Considere a função


quadrática f , cujo gráfico
x tem vértice V(1, 2)
e um dos zeros é 3 .
Indique os valores
18.1 
reais de x para
os quais f(x) H 0 .
Portanto, 18.2 Defina analiticamente Professor
6x ! IR , g(x) < 0 , a função f . LIVROMÉDIA

ou seja, g(x) assume sempre o sinal de -3 (coeficiente do termo 18.3 Resolva em IR


Exercício
em x2 ) . u4p85h2 a inequação f(x) < 1 . resolvido

85

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Professor NOTA 13.2 Funções definidas por ramos
Metas Calculadora:
curriculares
Para obter o gráfico de uma função
FRVR10 EXEMPLO 7
Descritor 5.2
definida por ramos pode proceder-se
como é sugerido nas figuras A empresa de águas Boágua propõe
seguintes. aos seus clientes, para consumos não
1 superiores a 15 m3 , dois planos men-
sais de pagamento:
Plano 1:
• Consumo até 5 m3 — 0,50 euros
por metro cúbico;
• Consumo superior a 5 m3 — 0,90
euros por metro cúbico consumido
para além dos 5 m3 .
Para obter os símbolos < , > ,
G e H deve aceder ao menu Plano 2:
TEST utilizando as teclas • Consumo até 5 m3 — 0,45 euros por metro cúbico;
2ND MATH . • Consumo superior a 5 m3 — 0,75 euros por metro cúbico.
2
Escrever 12.5 + 0.5x, [0, 5] A qualquer um dos planos aplica-se uma taxa fixa de 12,5 euros.
em Y1 = e 15 + 0.9(x - 5),
Cada uma das funções, que a cada valor x , em m3 , de consumo
[5, 30] em Y2 = .
faz corresponder o preço a pagar, é definida por expressões diferen-
tes, para valores de x não superiores a 5 e para valores de x
superiores a 5 . Dizem-se, por isso, funções definidas por ramos.

Plano 1: p1(x) = *
12,5 + 0,5x se 0 G x G 5
15 + 0,9 (x - 5) se x 2 5

Plano 2: p2(x) = *
12,5 + 0,45x se 0 G x G 5
12,5 + 0,75x se x 2 5
Neste tipo de funções, a expressão utilizada para determinar
a imagem de um dado valor de x depende do conjunto a que este
pertence.
Por exemplo, para calcular p1(2) , utiliza-se a primeira expressão,
visto que 2 < 5 .
Então,
p1(2) = 12,5 + 0,5 × 2 = 13,5
por outro lado,
p1(9) = 15 + 0,9 × 4 = 18,6
AVALIAR CONHECIMENTOS

19
Função definida por ramos
Considere o Plano 2 de
Seja f : Df " IR uma função e A1 , A2 , …, An , n conjuntos,
pagamento apresentado
disjuntos dois a dois, tais que A1 , A2 , … , An = Df (par-
no exemplo ao lado.
tição de Df ) . Se em cada um dos conjuntos A1 , A2 , …, An ,
Determine o valor a pagar
f é definida por f1(x) , f2(x) , …, fn(x) (respetivamente), diz-se
no Plano 2 para:
que f é uma função definida por ramos pelas expressões fj (x) ,
a) um consumo igual a 3 m3 .
nos conjuntos Aj , respetivamente, j ! {1, …, n} .
b) um consumo igual a 6 m3 .

86

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Considere um depósito com a forma de um cubo de aresta 6 ,
assente sobre uma das suas arestas e com uma das diagonais
faciais na vertical.

AVALIAR CONHECIMENTOS

20
Admita que o depósito está vazio e que se vai encher de água.
u4p87h1 u4p87h2 A operadora de telemóveis
Defina algebricamente as funções f e g que permitem obter TELEM propõe como
o perímetro e a área, respetivamente, da superfície de água em modelo matemático para
função da sua altura, x , no depósito. o seu tarifário a seguinte
RESOLUÇÃO: função:
se 01xG1
f(x) = *
A superfície de água é paralela ao plano onde assenta a aresta 0,3
do cubo, pelo que é perpendicular aos planos que contêm 0,3+0,2(x-1) se x21
as faces anterior e posterior do cubo. em que x é a duração
Assim, a superfície de água no cubo é um retângulo em que dois da chamada, em minutos,
e f(x) o seu custo, em euros.
dos lados têm o mesmo comprimento da aresta do cubo.
20.1 Qual é o custo de uma
Na figura ao lado, onde se representa
chamada que dura 30
uma vista frontal do cubo, pode-se 6
segundos? E o de uma
observar que quando a altura da água 6 Îã2 chamada de 1 minuto?
E D
é inferior ou igual a metade da dia-
gonal facial ^ 0 G x G 3 2 h , os
20.2 A Joana gastou 0,56
C
x
B 3 Îã2
euros numa chamada.
triângulos [ABC] e [ADE] são Quanto tempo falou
A
semelhantes, pois são ambos isósce- a Joana? Apresente
les retângulos. o resultado em minutos
6 2 2x
Assim, se 0 G x G 3 2 , C u4p87h2 B e segundos.
BC 6 2 E D
x = 3 2 =2, x 21
6 Na figura seguinte está
ou seja, BC = 2x . representado, em referencial
Então, o perímetro é f(x) = 12 + 4x A o.n. xOy , o gráfico de uma
e a área é g(x) = 12x . função f de domínio ]-2, 5] .
Por simetria, se x > 3 2 , u4p87h4 y
BC = 2(6 2 - x) = -2x + 12 2 e, portanto, 9
f(x) = -4x + 24 2 + 12 e g(x) = -12x + 72 2 . 8
7
Assim, o perímetro e a área da superfície de água são dados em 6
função de x , por: 5

f(x) = *
4x + 12 se 0 G x G 3 2 4
3
-4x + 24 2 + 12 se 3 2 < x G 6 2
2
e
g(x) = *
12x se 0 G x G 3 2 1

- 12x + 72 2 se 3 2 < x G 6 2 22 21 0 1 2 3 4 5 6x
Neste caso, Df = 80, 6 2B e a partição de Df considerada é Defina analiticamente
80, 3 2B , B3 2, 6 2B . a função f .

u4p87h5 87

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Professor 13.3 Função módulo
Metas curriculares
FRVR10 Sabe-se que, fixada uma reta numérica e uma medida de comprimento,
Descritor 5.3
o valor absoluto (ou módulo) de um número a é a medida da distância
à origem do ponto que o representa na reta numérica, e representa-se
por a .

EXEMPLO 8
Por exemplo, na reta numérica representada na figura, tem-se:
3 3
-3 = d(O, C) = 3 ; - = d(O, B) = ;
2 2
3 = d(O, A) = 3 e 0 = d(O, O) = 0 , …
C B O A
24 23 22 21 0 1 2 3 4 x

Função módulo
Dado x ! IR , designa-se u4p88h2
por módulo (ou valor absoluto)
de x o número real definido por:

x =)
x se x H 0
-x se x 1 0
A função f : IR " IR definida por f(x) = x designa-se por
função módulo (ou função valor absoluto).

A primeira observação sobre a função módulo é que esta é uma função


definida por ramos e as suas restrições aos conjuntos ]-3, 0]
e [0, +3[ são restrições de duas funções afins, decrescente e cres-
cente, respetivamente. O gráfico cartesiano da função módulo é a
união das semirretas definidas por y = -x / x < 0 (bissetriz do
2.º quadrante) e por y = x / x H 0 (bissetriz do 1.º quadrante).

21 0 1 x

AVALIAR CONHECIMENTOS

22
Das considerações feitas atrás e observando o gráfico, podemos afir-
Defina analiticamente, mar, relativamente à função módulo, que:
sem utilizar o símbolo , • é uma função decrescente em ]-3,
u4p88h1 0] e crescente em [0, +3[ ;
as funções reais de variável • tem mínimo absoluto, 0 , para x = 0 ;
real seguintes: • tem 0 como único zero;
a) f(x) = x - 2 • o eixo Oy é eixo de simetria do seu gráfico, ou seja, é uma função
b) g(x) = 1- x par. De facto, -x = x , 6x ! IR (dois números reais simétricos
têm o mesmo valor absoluto).
88

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

Funções definidas por f(x) = a|x - b| + c (a, b, c ! IR, a ! 0) Professor


Metas curriculares
O gráfico de funções definidas por expressões da forma FRVR10
Descritor 5.3

f(x) = a x - b + c (a, b, c ! IR, a ! 0)

pode ser obtido por transformações geométricas do gráfico da função


módulo.

Repare-se, em primeiro lugar, que o gráfico da função definida por


g(x) = - x (simétrica da função módulo) é a imagem do gráfico
da função módulo pela reflexão de eixo Ox .

y
f

21 0 1 x
21

AVALIAR CONHECIMENTOS

Considere-se, agora, o seguinte exemplo: 23


As funções representadas
EXEMPLO 9 graficamente a seguir são
u4p89h1
Na figura seguinte estão representados, em referencial ortonor- do tipo y = x - a + b ,
mado, os gráficos das funções, reais de variável real, definidas por: em que a e b designam
números reais.
1
f(x) = x , g(x) = 2 x - 3 e h(x) = - x + 4 + 3 Indique para cada função
3
y o valor de a e de b .
a) y
f g

3
22 0 2 x
h 22
1
b)
24 0 1 3 x y
u4p89h3
1
Repare-se que g(x) = 2f(x - 3) e h(x) = - f(x + 4) + 3 .
3
Portanto:
u4p89h2 23 0 x
• o gráfico de g é a imagem do gráfico de f pela composição
da dilatação vertical de coeficiente 2 , com a translação de vetor y
c)
u(3, 0) ;
• o gráfico de h é a imagem do gráfico de -f (simétrica da função
u4p89h4
0 1
1
módulo) pela composição da contração vertical de coeficiente , x
3 23
com a translação de vetor v(-4, 3) .

89

u4p89h5
645624 076-117 U13.indd 89 20/03/15 10:37
Professor
Tarefa 5
Para generalizar, considere-se a função definida em IR por
2 _x - 3i se x H 3
5.1 f(x ) = 2|x - 3| = * f(x) = a x - b + c (a, b, c ! IR, a ! 0)
2 _3 - x i se x 1 3
+

+ 2|x - 3| = '
2x - 6 se x H 3
6 - 2x se x 1 3 Se 0 < a < 1 (respetivamente, a > 1 ) , o gráfico de f é a imagem
- _x + 4i + 3 se x H-4
1

*
1 3
do gráfico da função módulo pela composição da contração vertical
h(x) =- |x + 4| + 3 = +
(respetivamente, dilatação vertical) de coeficiente a com a translação
- _-4 - x i + 3 se x 1-4
3 1
3 de vetor u(b, c) .
1 5

*
- x+ se x H-4
1 3 3
+ - |x + 4| + 3 =
3 1 13
se x 1-4
Se -1 < a < 0 (respetivamente, a < -1 ) , o gráfico de f é a ima-
x+
3 3
gem do gráfico da função simétrica da função módulo pela composição
5.2 g(x) = 0 + x = 3 ; h(x) = 0 + x = -13 0 x = 5
5.3 Como a = 2 > 0 , g é decrescente em ?-3, 35 e da contração vertical (respetivamente, dilatação vertical) de coefi-
crescente em 53, +35 , sendo g(3) = 0 mínimo absoluto. ciente a , com a translação de vetor u(b, c) .
1
Como a = - < 0 , h é crescente em ?-3, -45
3
e decrescente em 5-4, +35 , sendo h(-4) = 3 máximo absoluto. Assim, se a > 0 (respetivamente, a < 0 ) , a função é decrescente
(respetivamente, crescente) em ]-3, b] , crescente (respetivamente,
AVALIAR CONHECIMENTOS decrescente) em [b, +3[ e tem mínimo absoluto (respetivamente,
máximo absoluto) c em x = b .
24
Na figura está representada Alguns destes resultados podem ser justificados analiticamente.
uma função f definida
analiticamente por Efetivamente, por definição de módulo, tem-se que:
f(x) = a x - b , em que
a e b são números reais.
a x-b + c = *
a (x - b) + c se x H b
Tal como a figura sugere, a (b - x) + c se x 1 b
0 é o máximo de f para
x = 3 e f(0) = -6 . Ou seja,

a x-b + c = )
ax + c - ab se x H b
y
3 -ax + c + ab se x 1 b
0 x
Portanto:
• se a > 0 , as restrições de f aos intervalos ]-3, b] e [b, +3[
26
são restrições de funções afins, decrescente e crescente, respetiva-
mente;
24.1 Determine o valor • se a < 0 , as restrições de f aos intervalos ]-3, b] e [b, +3[
de a e de b . são restrições de funções afins, crescente e decrescente, respetiva-
24.2 Indique o contradomínio
mente.
u4p90h1
da função h definida por
h(x) = -f(x + 1) - 3 TAREFA 5
Considere as funções definidas em IR por
25
De uma função real de variável g(x) = 2 x - 3
real f , sabe-se que: e
• f(x) = a x - b + c , com 1
a , b e c números reais;
h(x) = - x+4 + 3
3
• Dlf = ]-3, 1] 5.1 Defina analiticamente as duas funções sem utilizar o símbolo
• f é crescente em ]-3, 3] , ou seja, por ramos, utilizando as expressões e os interva-
e decrescente em [3, +3[ ; los adequados.
• f(5) = 0 5.2 Determine os zeros de cada uma das funções.
25.1 Esboce o gráfico de f . 5.3 Estude cada uma das funções quanto à monotonia e aos extre-
25.2 Determine a , b e c . mos.

90

645624 076-117 U13.indd 90 20/03/15 10:37


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

Resolução de condições com módulos

Antes de mais, é importante relembrar que, fixada uma unidade


de comprimento na reta numérica, a - b é a distância entre os pon-
tos que representam a e b nessa reta.

Assim, fixados b ! IR e d > 0 , a equação


x-b = d
tem como conjunto solução as abcissas dos pontos da reta numérica
cuja distância ao ponto de abcissa b é igual a d .

Do ponto de vista geométrico, é quase imediato reconhecer, na reta


numérica, que as soluções da equação são b + d e b - d .

d d

b 2d b b 1d

De facto, por definição de módulo


u4p91h1
x - b = d se, e somente se, x - b = d ou b - x = d

Ou seja,
x-b = d + x = b + d 0 x = b - d

concluindo-se assim que as soluções são b + d e b - d .

EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
Resolva, em IR , as seguintes equações:
a) 3 x-2 + 1 = 5
b) x-4 = x-2
RESOLUÇÃO:

a) 3 x-2 + 1 = 5 + 3 x-2 = 4 +
4 4 4
+ x-2 = +x-2= 02-x= +
3 3 3
10 2
+x= 0x=
3 3
Assim, o conjunto solução da equação é

C.S. = ' , 1
2 10
AVALIAR CONHECIMENTOS
3 3
b) D ois números reais têm o mesmo módulo se são iguais 26

ou simétricos, assim: Resolva as seguintes


equações:
x-4 = x-2 + x - 4 = x - 2 0 x - 4 = 2 - x +
a) x = 5
+ 0x = 2 0 x = 3+ x = 3
 b) x + 2 = 3
( 0x = 2 é uma condição impossível) c) x - 3 = -1
C.S. = {3} d) x = 2x - 4

91

645624 076-117 U13.indd 91 20/03/15 10:37


A leitura do gráfico da função definida por m(x) = x - b permite
obter não só o resultado anterior, como outras propriedades relevantes.

m y

y 5d d

1 b 2d b b 1d x

Da leitura do gráfico conclui-se que:

Para quaisquer números reais b e d:


u4p92h1
1. x - b = 0 + x = b
2. x - b = d + x = b + d 0 x = b - d (d H 0)
3. x - b < d + b - x < d / x - b < d + b - d < x < b + d
4. x - b > d + b - x > d 0 x - b > d +
+x<b-d0x>b+d

As propriedades 3 e 4 são relevantes na resolução de inequações com


módulos e podem ser justificadas diretamente da definição de módulo.

A título de exemplo, apresenta-se a justificação da propriedade 4:

Se x H b , então, x - b H 0 e x - b = x - b .

Assim, em [b, +3[ :

x-b > d + x - b > d + x > b + d

Ou seja,
x>b+d

Se x < b , então, x - b < 0 e x - b = b - x .


AVALIAR CONHECIMENTOS
Assim, em ]-3, b[ :
27
Resolva, sem recorrer x - b > d + b - x > d + -x > -b + d + x < b - d
à calculadora, as seguintes
equações: Juntando as duas condições, obtém-se:
a) x - 4 = 3
x>b+d0x<b-d
b) 2x - 1 - 4 = 0
c) x + 5 = 0 Portanto, o conjunto solução da inequação x - b > d é:
d) 2 4 - x = 14
C.S. = ]-3, b - d[ , ]b + d, +3[
e) 3 x + 1 = 6 2 - x

92

645624 076-117 U13.indd 92 20/03/15 10:37


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
Resolva, em IR , as seguintes inequações:
a) x - 3 <2
b) 2x - 1 H 3
c) 3x + 1 > 7
d) x -3 G x -5
RESOLUÇÃO:

a) x - 3 < 2 + x - 3 < 2 / x - 3 > -2 +


+x<5/x>1
C.S. = ]1, 5[
(Na primeira equivalência utiliza-se a propriedade 3, já que
x - 3 > -2 + 3 - x < 2 ) .

b) 2x - 1 H 3 + 2x - 1 H 3 0 2x - 1 G -3 +
+ 2x H 4 0 2x G -2 +
+ x H 2 0 x G -1
C.S. = ]-3, -1] , [2, +3[

c) 3x + 1 > 7 + 3x > 6 +
+ 3x > 6 0 3x < -6 +
+ x > 2 0 x < -2
C.S. = ]-3, -2[ , ]2, +3[

d) x -3 G x -5 + x -3 - x -5 G 0
AVALIAR CONHECIMENTOS
Reparando que
x - 3 + x - 5 > 0, 6x ! IR , 28
Indique, justificando,
pode-se multiplicar ambos os membros da segunda inequação
o valor lógico das seguintes
por x - 3 + x - 5 , obtendo-se uma inequação equiva- proposições:
lente à anterior, ou seja:
a) 6x ! IR, 2 - x < 4 &
a x - 3 - x - 5 ka x - 3 + x - 5 k G 0 + &x<6
+ x -3 2 - x -5 2 G 0 +
(1)
b) 6x ! IR, x < 6 &
2 2 & 2- x < 4
+ (x - 3) - (x - 5) G 0 +
+ 6(x - 3) - (x - 5)@6(x - 3) + (x - 5)@ G 0 + 29
Resolva, sem recorrer
+ 2(2x - 8) G 0 + 2x - 8 G 0 +
à calculadora, as seguintes
+xG4 condições:
C.S. = ]-3, 4] a) 2x + 1 < 6
(1) b) 3- x - 5 H 2
Se x H 0 , então,
c) 4 - x - 1 G 0
x = x e x 2 = x × x = x2 1
d) x -3 < 3
Se x < 0 , então, 2
e) x - 1 > 5- x
x = -x e x 2 = (-x) × (-x) = x2
f) x - 2 H x
2 2
Em qualquer dos casos, x = x . g) x 2 - 5x G 6

93

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Composição da função módulo com outra função

Considerem-se uma função f , real de variável real, qualquer, e a fun-


ção definida em IR por g(x) = x .

A composta de g com f tem domínio


Dg % f = {x ! Df : f(x) ! Dg}

Então, porque Dg = IR ,
Dg % f = Df

Além disso, se x ! Df , então:


g % f (x) = g^ f(x)h = f (x)

Por definição de módulo:

f (x) = *
f (x) se f (x) H 0
- f (x) se f (x) 1 0
AVALIAR CONHECIMENTOS Geometricamente, isso significa que:
30
Considere a função h Sendo A = {x ! Df : f(x) H 0} , o gráfico de u fuuA coincide
de domínio IR , representada com gráfico de fuA (restrição de f a A ) e o gráfico de u fuuIR\A
graficamente na figura. coincide com a imagem do gráfico de fuIR\A (restrição de f a IR\A )
Sabe-se que -3 , 0 e 2 pela reflexão de eixo Ox .
são os únicos zeros de h .
y
EXEMPLO 10 y
2 Sendo f a função definida em IR por g

22 O 2 x f(x) = -3x + 6 , 6

o gráfico da função g definida por


g(x) = f (x)
30.1 Indique o conjunto
coincide com o gráfico da restrição
solução da condição
u4p94h3 2 x
de f ao intervalo ]-3, 2] em O
h(x) = h (x)
]-3, 2] e com a imagem por refle-
30.2 Esboce o gráfico de |h| . f
xão de eixo Ox da restrição de f ao
31 intervalo [2, +3[ , em [2, +3[ .
Represente graficamente
as seguintes funções:
EXEMPLO 11 u4p94h1
y
a) f(x) = 2x - 3 Sendo h a função definida em IR por
b) g(x) = x 2 - 9 4
h(x) = x2 - 4 ,
c) h(x) = x + 3 j
como A = {x ! IR: x2 - 4 H 0} =
32 = ]-3, -2] , [2, +3[ ,
Resolva, em IR , as seguintes para se obter uma representação do 22 O 2 x
condições: gráfico de j(x) = h (x) , basta repre-
a) x 2 - 8 G 1 h
sentar acima do eixo Ox a imagem
b) x 2 - 5x = 6 do gráfico da restrição de h a [-2, 2] 24

c) x 2 - 1 - 3 H 0 pela reflexão de eixo Ox .

94 u4p94h2

645624 076-117 U13.indd 94 20/03/15 10:37


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

Composição de uma função com a função módulo

Considere-se novamente uma função f , real de variável real, qualquer,


e a função definida em IR por

g(x) = x

A função composta f % g tem domínio

Df % g = {x ! IR: x ! Df}

e, por definição de módulo,

f % g (x) = f ` x j = *
f (x) se x H 0 e x ! D f
f (-x) se x 1 0 e -x ! D f

Assim, o gráfico da função definida em {x ! IR: x ! Df} por f` x j


coincide com o gráfico da restrição de f ao conjunto Df + [0, +3[
e, para valores negativos de x , com a reflexão do gráfico dessa
mesma restrição em relação a Oy .

Geometricamente, isto significa que:

Dada uma função real de variável real f , o gráfico da função


definida por f ` x j tem uma simetria de reflexão de eixo Oy AVALIAR CONHECIMENTOS
e coincide com o gráfico de f à direita do eixo Oy .
33
Considere a função
Repare-se que quadrática g representada
graficamente na figura.
6x ! Df % g, -x ! Df % g / f % g (-x) = f % g(x) Sabe-se que o gráfico
de g tem vértice V(2,-2)
e que g(4) = g(0) = 2 .
EXEMPLO 12
Nas figuras seguintes estão representados, em referencial carte- y
siano, os gráficos das funções reais de variável real, definidas por:
2

f(x) = *
x -1 se x 1 3 O 2 4 x
22
-(x - 4)2 + 4 se x H 3
e
g(x) = f` x j 33.1 Represente graficamente
as funções i e j
u4p95h3
y y
definidas por
i(x) = g` x j
f
f

3 e j(x) = g (x) ,
3
respetivamente.
33.2 Indique o conjunto
O 3 x 23 O 3 x
solução das condições:
g a) g(x) > 2
b) g` x j = g(x)

c) g` x j = g (x)
u4p95h1
u4p95h2
95

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Professor 13.4 E studo de funções que envolvem radicais
Metas curriculares quadráticos e cúbicos
FRVR10
Descritor 5.4
Inversa da função f : IR+0 " IR+0 definida por f(x) = x 2

Sabe-se, por definição de raiz quadrada de um número real não nega-


tivo, que
6(x, y) ! IR+0 × IR+0 , x = y + x = y2

Isto significa que a função f : IR+0 " IR+0 , definida por f(x) = x2 ,
é bijetiva e que a função g: IR+0 " IR+0 , definida por g(x) = x ,
é a inversa de f .

Assim:

A função f : IR+0 " IR+0 , definida por f(x) = x2 , é bijetiva e


6x ! IR+0 , f -1(x) = x

Na figura ao lado apresenta-se, em y


referencial cartesiano xOy , parte dos
f
gráficos cartesianos destas duas fun-
ções, onde se evidencia o facto de
o gráfico de uma ser a imagem do f 21
gráfico da outra, pela reflexão de eixo
de equação y = x .

Como se pode observar pela leitura O x

do gráfico, f -1 é uma função estrita-


mente crescente e tem mínimo abso-
luto 0 , para x = 0 .

Na realidade: u4p96h1
Se f é uma função estritamente crescente (respetivamente,
decrescente), então, f -1 é estritamente crescente (respetivamente,
AVALIAR CONHECIMENTOS
decrescente).
34
Considere f e g funções,
reais de variável real, Considere-se uma função f estritamente crescente com inversa f -1 .
definidas por
Admita-se que f -1 não é estritamente crescente, ou seja, existem
f(x) = x e g(x) = x + 3
y1, y2 ! D f , tais que y1 < y2 e f -1(y1) H f -1(y2) .
-1

34.1 Determine o domínio


de f % g e de g % f . Então, dado que
34.2 Verifique que:
f % g (x) = f(x + 3) f -1(y1) = x1 + f(x1) = y1 e f -1(y2) = x2 + f(x2) = y2 ,
e
g % f (x) = f(x) + 3 se f -1(y1) H f -1(y2) , tem-se x1 H x2 e, porque f é estritamente
crescente, f(x1) H f(x2) , ou seja, y1 H y2 , o que é absurdo.
Esboce os gráficos
de f % g e de g % f . Portanto, f -1 é estritamente crescente.
96

645624 076-117 U13.indd 96 20/03/15 10:38


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 7
Considere as funções, reais de variável real, definidas por

g(x) = 3 x + 4 + 2
e
1
h(x) = -x +5
2
Determine os domínios de g e h .
7.1 
7.2 Explique
como obter os gráficos de g e h como imagens,
por transformações geométricas, do gráfico da função defi-
nida em IR+0 por
f(x) = x
e apresente uma representação gráfica dos mesmos.
7.3 Estude g e h quanto à monotonia e existência de extremos.
RESOLUÇÃO:

Dg = {x ! IR: x + 4 H 0} = [-4, +3[


7.1 
Dh = [0, +3[
7.2 As funções g e h podem ser definidas pelas expressões
g(x) = 3f(x + 4) + 2
e
1
h(x) = - f(x) + 5
2
Então:
• o gráfico de g é a imagem geométrica do gráfico de f
pela composição da dilatação vertical de coeficiente 3 ,
com a translação de vetor u(-4, 2) ;
• o gráfico de h é a imagem do gráfico de f pela composição
1
da contração vertical de coeficiente , com a reflexão
2
de eixo Ox , seguida da translação de vetor v(0, 5) .
AVALIAR CONHECIMENTOS
Obtém-se, assim, em referencial ortogonal do plano:
35
y A partir do gráfico da função,
g
real de variável real, definida
por f(x) = x , utilizando
transformações, obtenha
os gráficos das funções
definidas por:
5 f
a) g(x) = x -1 + 3
2 h
b) h(x) = - x -4
24 O x c) i(x) = - x+2

36
• A
 função g é estritamente crescente, tem mínimo abso-
Para as funções g , h
luto 2 para x = -4 e contradomínio [2, +3[ .
u4p97h1 e i definidas no exercício
• A função h é estritamente decrescente, tem máximo anterior, indique o domínio,
absoluto 5 para x = 0 e contradomínio ]-3, 5] . os intervalos de monotonia
e os extremos, caso existam.

97

645624 076-117 U13.indd 97 20/03/15 10:38


Professor
Metas Inversa da função f : IR " IR definida por f(x) = x 3
curriculares
FRVR10 AVALIAR CONHECIMENTOS
Descritores 5.5 TAREFA 6
e 5.6 37
Justifique que
Tarefa 6 Para encher um vaso cónico 3
cuja altura é igual ao raio 6(x, y) ! IR × IR, x = y + x = y3
Atendendo
à definição de raiz da base, abre-se uma torneira e conclua daí que as funções definidas em IR por
cúbica de um 3
número real,
que tem um caudal constante f(x) = x3 e g(x) = x
tem-se que de 3 cm3 por segundo.
6(x, y) ! IR × IR, são inversas uma da outra.
3
x =y+ sugestão: Refaça os argumentos utilizados acima.
+ x = y3
Tal significa que
a função f: IR " IR
definida por a A resolução da tarefa anterior prova que:
f(x) = x 3
é bijetiva e que
a função g: a A função f : IR " IR definida por f(x) = x3 é bijetiva e
IR " IR dada por 3
g(x) = x
3
6x! IR, f -1(x) = x
é a inversa de f .
A altura h do líquido vertido
no vaso, em centímetros, y
f
varia em função do tempo t ,
medido em segundos, a partir
do instante em que se inicia
o enchimento. f 21

Mostre que a função h é


O x
definida, em função de t , por
3 9t
h(t) = r ,tH0
38
Na figura, está representada
parte do gráfico de uma
função f definida
analiticamente por Funções definidas analiticamente
u4p98h1 por
n
uma expressão do tipo g(x) = a x - b + c (a, b, c ! IR, n ! {2, 3}, a ! 0)
f(x) = a x - 3 + b , Considere-se a função, real de variável real, definida analiticamente
em que a e b designam n
por f(x) = x (n ! {2, 3}) , com x H 0 , se n = 2 e com x ! IN ,
números reais.
se n = 3 .
Tal como a figura sugere
f(3) = 2 e f(4) = 3 . A função definida por
n
y g(x) = a x - b + c (a, b, c ! IR, n ! {2, 3}, a ! 0)

pode também ser definida pela expressão


3
g(x) = af(x - b) + c
2
Então, o gráfico de g é a imagem do gráfico de f pela contração/
/dilatação vertical de coeficiente a > 1 / a < 1 seguida da translação
O 3 4 x de vetor u(b, c) .

Determine os valores Note-se que x - b só tem significado em IR se x - b H 0 ,


de a e b . portanto, para n = 2 , Dg = [b, +3[ .

98 u4p98h3

645624 076-117 U13.indd 98 20/03/15 10:38


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXEMPLO 13
No gráfico seguinte apresenta-se, em referencial ortogonal
do plano, o gráfico cartesiano das funções reais de variável real
definidas por
3 3
f(x) = x e g(x) = -2 x - 5 - 3
bem como as sucessivas transformações geométricas que permitem
obter o gráfico de g como imagem do gráfico de f .
y
1 − dilatação vertical (coeficiente 2)

O x
2 − reflexão de eixo Ox
u

g
3 − translação de vetor u(5, 23)

Da leitura do gráfico, conclui-se que g é uma função estritamente


decrescente e não tem extremos.

u4p99h1
Equações envolvendo radicais quadráticos e cúbicos

EXERCÍCIO RESOLVIDO 8
Seja x um número real, 0 < x < 1 .
Considere o triângulo [ABC] retângulo em C , representado
na figura seguinte.
C

A B
x

1 cm

Sabe-se que:
• AB = 1 cm
u4p99h2
• x é a distância do vértice A ao pé da perpendicular tirada
de C para AB .
AVALIAR CONHECIMENTOS
Defina a função
8.1  h que a cada valor de x faz corresponder 39
a altura h do triângulo. Esboce o gráfico da função f ,
8.2 Determine o valor de x para o qual a área do triângulo real de variável real, de
é igual a 0,15 cm2 . domínio IR definida por
3
 (Continua) f(x) = x -1 + 4

99

645624 076-117 U13.indd 99 20/03/15 10:38


EXERCÍCIO RESOLVIDO 8 (Continuação)

RESOLUÇÃO:
8.1 Num triângulo retângulo, a altura tirada do vértice onde
este é retângulo divide-o em dois triângulos semelhantes.
Assim, pela proporcionalidade entre lados correspondentes,
tem-se:
h 1- x
x = + h2 = x - x2
h
Então, como x ! ]0, 1[ , x - x2 > 0 e o valor da altura h é
dado em função de x por
h(x) = x - x2
8.2 A área do triângulo [ABC] é dada em função de x por
1# x - x 2 x - x2
a(x) = =
2 2
Pretende-se, então, determinar o(s) valor(es) de x para
os quais
x - x2
a(x) = 0,15 + = 0,15
2
Multiplicando ambos os membros da equação por 2 , vem:
x - x 2 = 0,3 + x - x 2 - 0,3 = 0
Com o objetivo de desembaraçar da raiz quadrada,
multiplicam-se ambos os membros da equação por
x - x 2 + 0,3 ! 0, 6x ! ]0, 1[ ^ x - x 2 + 0,3 é um
AVALIAR CONHECIMENTOS conjugado de x - x 2 - 0,3h obtendo-se:
_ x - x 2 i - 0,32 = 0
2
40
Considere um triângulo
retângulo de hipotenusa h ,
que no domínio de a é equivalente a
em que as medidas dos -x2 + x - 0,09 = 0
catetos diferem entre si Resolvendo esta equação vem:
uma unidade.
-1 ! 1 - 0,36
x= +
-2
+ x = 0,1 0 x = 0,9
h
x 11 Retomando a equação inicial verifica-se que:
0,1 - 0,1 2 0,9 - 0,9 2
= 0,15 e = 0,15
2 2
x
Portanto, os valores de x , para os quais a área é de 0,15
40.1 Mostre que a hipotenusa cm2 , são 0,1 cm e 0,9 cm .
dou4p100h1
triângulo é dada,
em função de x
(x > 0) , por
h(x) = 2x 2 + 2x + 1 No processo anterior, multiplicar ambos os membros por
40.2 Determine o valor de x - x 2 + 0,3 ,
x , de modo que é o mesmo que elevar ambos os membros da igualdade ao quadrado,
a hipotenusa do obtendo-se, também, o pretendido (desembaraçar da raiz quadrada).
triângulo meça 169 .

100

645624 076-117 U13.indd 100 20/03/15 10:38


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

Este processo deve, no entanto, ser utilizado com o devido cuidado,


pois no processo não está garantida a equivalência entre a equação
original e aquela que se obtém quando se elevam ambos os membros
da equação ao quadrado.

EXEMPLO 14
Considere-se a equação
x =6-x
Elevando ambos os membros ao quadrado, vem x = (6 - x)2 ,
equação equivalente a
x2 - 13x + 36 = 0 ,
cujas soluções são 4 e 9 .
No entanto, quando voltamos à equação original verifica-se que:
4 = 6 - 4 é uma proposição verdadeira, mas 9 = 6 - 9
é uma proposição falsa. Então, 4 é solução da equação dada
e 9 não é.

Se na resolução da equação do exemplo anterior se optasse por


escrevê-la na forma
6-x- x =0
e multiplicar ambos os membros pelo conjugado
6-x+ x,
que se anula precisamente em x = 9 , a equação obtida (a mesma
do exemplo) teria também mais soluções do que a original.

Com o objetivo de perceber o que acontece neste procedimento, con-


sidere-se a equação
f(x) = g(x)

É evidente que os valores de x que satisfazem esta igualdade satisfa-


zem também a igualdade
[f(x)]2 = [g(x)]2

No entanto, a equação
[f(x)]2 = [g(x)]2
é equivalente, sucessivamente, a
AVALIAR CONHECIMENTOS
[f(x)]2 - [g(x)]2 = 0 +
+ ^f(x) - g(x)h^f(x) + g(x)h = 0 +
41
Resolva, em IR ,
+ f(x) = g(x) 0 f(x) = -g(x) as seguintes equações:
a) 1 - 2x = 3
Conclui-se, assim, que esta equação possui, para além das soluções
b) x - 1 = 3x
da equação f(x) = g(x) , também as eventuais soluções da equação
f(x) = -g(x) . É, por isso, fundamental neste processo verificar se c) x= x -1
2
as soluções obtidas são efetivamente solução da equação dada. d) 4- x = x

101

645624 076-117 U13.indd 101 20/03/15 10:38


Assim, este processo de resolução de equações consiste em determinar
B , o conjunto solução da equação

[f(x)]2 = [g(x)]2

e, como se sabe que o conjunto solução da equação f(x) = g(x)


está contido em B , encontrar pelo método de tentativa e erro, em B
(universo já muito limitado), as soluções desta equação.
Simbolicamente, escreve-se

f(x) = g(x) & [f(x)]2 = [g(x)]2

Este problema não surge na resolução de equações envolvendo radi-


cais cúbicos, uma vez que as equações

f(x) = g(x) e ^f(x)h3 = ^g(x)h3

são equivalentes.

EXEMPLO 15
Para resolver a equação
3
x -3 = 2
elevam-se ambos os membros ao cubo, obtendo-se sucessivamente
as equivalências
x - 3 = 8 + x = 11
Então, a equação tem como conjunto solução
C.S. = {11}

Na resolução de equações com radicais, por vezes é necessário repetir


o processo de elevar ambos os membros ao quadrado, mais do que
uma vez.

EXEMPLO 16
Para resolver a equação
x -5 + x =5
isola-se em um dos membros da equação um dos radicais:
x -5 = 5 - x & x - 5 = 25 - 10 x + x +
AVALIAR CONHECIMENTOS
+ 10 x = 30 + x =3&x=9
42
Voltando à equação dada, verifica-se que
Resolva, em IR ,
as seguintes equações: 9-5 + 9 =5
3
a) 2x + 2 + 4 = 0 Portanto, 9 é a única solução da equação.
3 2
b) x -x = x O símbolo & aqui destacado usa-se quando se elevam ambos
c) 1 + x= x +1 os membros ao quadrado.
d) x -3 - 2x - 4 = 1

102

645624 076-117 U13.indd 102 20/03/15 10:38


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 9
Na figura está representada, num referencial ortonormado, parte
do gráfico da função f , definida por
f(x) = x - 1 ,
e que interseta o eixo Ox no ponto B .
y

O B x C x

O ponto A pertence ao gráfico da função e C é um ponto


do eixo Ox , tal que AC = AB , e de abcissa superior à abcissa
de A . u4p103h1
Representando
9.1  a abcissa do ponto A por x , exprima
em função de x a área do triângulo [ABC] .
9.2 Determine para que valor de x a área do triângulo é igual
a 27 .
Caderno de Apoio do 10.º ano

RESOLUÇÃO:
9.1 O ponto A pertence ao gráfico de f , então, A^x, f(x)h
e a altura do triângulo [ABC] em função de x é x -1 .
No domínio de f , tem-se
x -1 = 0 + x = 1
donde B(1, 0) .
Por outro lado, como AB = AC , a altura relativa ao lado
[BC] divide-o em dois segmentos geometricamente iguais,
pelo que BC = 2(x - 1) .
Então, a área do triângulo [ABC] , em função de x , é dada
por
AVALIAR CONHECIMENTOS
2 ( x - 1) x - 1
 A(x) = , 43
2
ou seja, Considere as funções f e g ,
 A(x) = (x - 1) x - 1 reais de variável real,
definidas por
9.2 Igualando a expressão da área a 27 , obtém-se a equação: f(x) = 4 - 1- x
(x - 1) x - 1 = 27 & 8(x - 1) x - 1B = 272
2
g(x) = x+4 + 1
2 3 2
+ (x - 1) (x - 1) = (3 ) + (x - 1) = 3 3 6 Determine:
+ x - 1 =
3
3 6 + x - 1 = 32 + x = 10 a) o domínio de f e de g .
b) os zeros de f e de g .
Substituindo x por 10 na primeira equação tem-se
c) as coordenadas dos pontos
9 9 = 27 , que é uma proposição verdadeira. de interseção dos seus
Assim, para x = 10 , a área do triângulo [ABC] é 27 . gráficos.

103

645624 076-117 U13.indd 103 20/03/15 10:38


Professor Inequações envolvendo radicais quadráticos e cúbicos
Metas curriculares
FRVR10 A monotonia das funções raiz quadrada e raiz cúbica permite resolver
Descritor 6.2 inequações simples envolvendo radicais quadráticos e radicais cúbi-
cos.

EXEMPLO 17
Para resolver a inequação
x -1 < 3

pode escrever-se de forma equivalente

x -1 < 9

Então, pela monotonia da função raiz quadrada (estritamente cres-


cente), sabe-se que, para x H 1 ,

x -1 < 9 + x - 1 < 9 + x < 10

Portanto, o conjunto solução da inequação dada é:

C.S. = ]-3, 10[ + [1, +3[ = [1, 10[

A inequação pode resolver-se por outro processo reparando


que ambos os membros da desigualdade são não negativos. Então,
pela monotonia da função quadrática, a inequação dada é equiva-
lente à obtida quando se elevam ambos os membros ao quadrado,
se x H 1 .

Obtém-se, assim, sucessivamente:

x - 1 < 3 + x - 1 < 9 / x H 1 + x < 10 / x H 1

obtendo-se novamente o conjunto solução

C.S. = [1, 10[

EXERCÍCIO RESOLVIDO 10
Determine os valores de x ! IR , tais que
x -3 + x <3
RESOLUÇÃO:

Repare-se que, em [3,+3[ , ambos os membros da desigual-


dade são positivos, pelo que a inequação dada é equivalente a:
_ x - 3 + x i < 32 +
AVALIAR CONHECIMENTOS 2

44
Resolva, em IR , + x - 3 + 2 x 2 - 3x + x < 9 / x H 3 +
as seguintes inequações:
+ 2 x 2 - 3x < 12 - 2x / x H 3 +
a) x-4 > 2
b) 5 - x + 2 < -7 + x 2 - 3x < 6 - x / x H 3
3
c) x+2 < 4  (Continua)

104

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 10 (Continuação)

RESOLUÇÃO:
Esta desigualdade apenas é possível se 6 - x > 0 , ou seja,
se x < 6 , e, nesse caso, ambos os membros da desigualdade
são não negativos.
No domínio considerado ^ [3, +3[ h , tem-se
x2 - 3x H 0
Assim, a última condição é, sucessivamente, equivalente a:
_ x 2 - 3x i < (6 - x)2 / x H 3 / x < 6 +
2

+ x2 - 3x < 36 - 12x + x2 / 3 G x < 6 +

+x<4/3Gx<6+

+3Gx<4
Portanto, o conjunto solução da condição dada é
C.S. = [3, 4[

Outro processo
Considere-se a função f : [3, +3[ " IR , definida por
f(x) = x -3 + x
AVALIAR CONHECIMENTOS
Resolvendo a equação
45
f(x) = 3 Resolva, em IR , a seguinte
obtém-se, sucessivamente, inequação:
x & x - 3 = _3 - xi +
2
x -3 = 3 - x +1 < 2 - x

+x-3=9-6 x +x+ 46
Considere um cubo inscrito
+ x =2&x=4
numa esfera.
Voltando à equação inicial, verifica-se que 4 é a sua solução.
Por outro lado, f é uma função estritamente crescente.
Com efeito, para quaisquer x1, x2 ! Df , se x1 < x2 , porque
a função raiz quadrada é estritamente crescente, também

x1 - 3 < x2 - 3 e x1 < x2
Então,
46.1 Mostre que o raio
x1 - 3 + x1 < x2 - 3 + x2 , da u4p105h1
esfera, r , em função
do volume, v , do cubo,
ou seja, é dado pela expressão
f(x1) < f(x2) 3 3
r(v) = v
2
Conclui-se, assim, que 46.2 Prove que, se o raio
f(x) < 3 + f(x) < f(4) + x < 4 / x H 3 da esfera for inferior
3
a , o volume
Portanto, o conjunto solução da inequação dada é 2
do cubo é um valor
C.S. = [3, 4[ do intervalo B0, 3 38 .

105

645624 076-117 U13.indd 105 20/03/15 10:38


Professor 13.5 Funções polinomiais
Metas curriculares
FRVR10 As funções afins e as quadráticas são definidas por polinómios, respe-
Descritor 5.7
tivamente, de grau 1 (ou 0 no caso de ser constante) e grau 2 ,
pertencendo, por isso, a um conjunto de funções que se designam por
funções polinomiais.

Função polinomial
Designa-se por função polinomial qualquer função, real de
variá­vel real, que pode ser definida analiticamente por um poli-
nómio com uma só variável.

Domínio

A adição e a multiplicação de números reais têm como resultado um


número real. Assim, como estas são as únicas operações envolvidas na
determinação do valor numérico de um polinómio, quando se atribui
um valor à variável, o domínio de qualquer função polinomial é IR .

EXEMPLO 18
São polinomiais as funções, reais de variável real, definidas por:
5
f(x) = 3x3 + 2x2 - x + 1
2
g(x) = 4 - x2
Considere-se a função definida por
x 3 -1
h(x) =
x -1
Embora para x ! 1 possa ser definida por um polinómio, pois,
como rapidamente se verifica, x3 - 1 é divisível por x - 1 , não
é uma função polinomial, uma vez que o seu domínio é IR\{1} .
De facto, aplicando a regra de Ruffini vem:

1 0 0 -1

AVALIAR CONHECIMENTOS 1 1 1 1

47 1 1 1 0
Identifique quais das
funções, reais de variável Portanto,
real, definidas a seguir, x 3 -1 (x - 1) (x 2 + x + 1)
h(x) = = = x2 + x + 1
são polinomiais: x -1 x -1
a) f(x) = 2 + x Assim, h é uma restrição da função polinomial definida por
x3 + x p(x) = x2 + x + 1
b) g(x) =
x 2 +1 ao conjunto IR\{1} .
c) h(x) = x(x - 3) + 5
2x + 1
d) i(x) =
x

106

645624 076-117 U13.indd 106 20/03/15 10:38


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

Zeros e sinal de uma função polinomial de grau superior a 2


AVALIAR CONHECIMENTOS
Determinar os zeros de uma função, real de variável real, definida por
um polinómio p(x) , e estudar o sinal da mesma é determinar, respe- 48
tivamente, as raízes do polinómio p(x) que a define e encontrar o De uma função f , polinomial
conjunto solução das inequações p(x) > 0 e p(x) < 0 , assuntos que de 3.º grau, sabe-se que
foram já objeto de estudo. o polinómio que a define
tem o zero duplo 2 e o zero
simples -1 . Sabe-se ainda
que f(0) = 4 .
EXERCÍCIO RESOLVIDO 11
48.1 Determine uma
Considere a função polinomial definida por
expressão analítica de f .
f(x) = x3 + 2x2 - 11x - 12
48.2 Determine
Calcule
11.1  f(0) e conclua que f não é ímpar.
os intervalos onde
11.2 Determine os zeros de f . a função é positiva.
11.3 Determine o conjunto solução da condição f(x) H 0 . 48.3 Indique os zeros
RESOLUÇÃO: da função h definida
11.1 
f(0) = -12 , portanto, f não é ímpar, uma vez que, se uma por h(x) = f(-x) .
função é ímpar e está definida em 0 , a imagem de 0 é 0 . 49
11.2 Como o coeficiente do termo de maior grau é 1 e o termo Na figura está representada
independente é -12 , sabe-se que, se existirem zeros parte do gráfico de uma
inteiros do polinómio, serão divisores inteiros de 12 . função f , polinomial
Fazendo x = -1 , vem de 4.º grau.
 f(-1) = (-1)3 + 2(-1)2 - 11(-1) - 12 = 0 Sabe-se que o polinómio que
a define tem o zero duplo 0
Portanto, -1 é uma raiz do polinómio.
e os zeros simples -1 e 1
Aplicando a regra de Ruffini
e que f c m =
3 45
.
2 16
1 2 -11 -12
y
-1 -1 -1 12
1 1 -12 0
45
}
16
obtém-se
 f(x) = (x + 1)(x2 + x - 12)
Fazendo agora
f(x) = 0 + x + 1 = 0 0 x2 + x - 12 = 0 +
21 O 1 3 x
+ x = -1 0 x = -4 0 x = 3 }
2
Conclui-se assim que os zeros de f são: -4 , -1 e 3 .
49.1 Determine uma
11.3 Construindo um quadro de sinais: expressão analítica
da função f .
x -3 -4 -1 3 +3 49.2 Prove que f é par.
x+1 - - - 0 + + + 49.3 Considere a função g
u4p107h1
2
x + x - 12 + 0 - - - 0 + definida por
 g(x) = f(x) + k ,
f(x) - 0 + 0 - 0 + com k real.
Indique um valor de k
Conclui-se que o conjunto solução da condição f(x) H 0 é
para o qual g tenha
C.S = [-4, -1] , [3, +3[ apenas dois zeros.

107

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Professor EXERCÍCIO RESOLVIDO 12
METAS
CURRICULARES
O custo de produção de tesouras, c(x) ,
FRVR10 em euros, da empresa de cutelarias Batol
AVALIAR CONHECIMENTOS
Descritor 5.8 & Irmãos LDA., é dado em função
50
do número, x , de tesouras produzidas,
Na figura, está representada,
em milhares de unidades, por:
em referencial o.n. Oxyz ,
uma pirâmide regular. c(x) = 100 + 2x - 0,5x2 + 0,2x3
12.1 Calcule c(0) e diga qual o seu signi-
z
ficado no contexto apresentado.
V 12.2 Determine o custo de produção para uma encomenda
de 50 000 tesouras.
P 12.3 Admita que a empresa recebe uma encomenda de x milha-
U T res de tesouras e as comercializa a 1 euro a unidade.
O
y a) Determine o lucro por unidade se x = 50 .
R S c(x)
b) Qual é o significado da expressão l(x) = 1 -
x x no
contexto apresentado?
Sabe-se que:
RESOLUÇÃO:
• a base u4p108h2
[RSTU]
é um quadrado de área 16 12.1 c(0) = 100 e no contexto do problema significa que, sem
com centro em O ; produção, a empresa tem uma despesa de 100 euros.
• a aresta [RS] é paralela 12.2 O custo de produção de 50 000 tesouras é
ao eixo Oy ; c(50) = 100 + 2 × 50 -0,5 × 502 + 0,2 × 503 = 23 950 ,
• V(0, 0, 4)
ou seja, 23 950 euros.
Considere um ponto P que
12.3 a) O lucro total obtido pela empresa nesta encomenda
se desloca ao longo de [OV] ,
nunca coincidindo com O ,
obtém-se subtraindo o custo de produção ao montante
nem com V . recebido pela encomenda.
Para cada posição de P , 50 000 × 1 - 23 950 = 26 050
considere o cilindro, tal que: O lucro obtido é igual a 26 050 euros.
• a base inferior do cilindro 26 050
Assim, o lucro por unidade nesta encomenda é ,
tem centro em O e está 50 000
ou seja, 0,521 euros.
contida no plano xOy ; c(x)
b) A expressão
• a base superior tem centro x representa o custo de produção por
em P e está inscrita unidade, na produção de x milhares de unidades, pelo
no quadrado que é a que l(x) representa o lucro por unidade vendida a 1 euro.
interseção da pirâmide
com o plano paralelo
a xOy e que contém P .
13.6 Gráficos de funções definidas por ramos
Seja z a cota do ponto P
e seja f a função que dá Uma função definida por ramos é, em geral, em cada conjunto da par-
o volume do cilindro, tição do seu domínio, uma restrição de uma outra função a esse con-
em função de z .
junto, podendo as expressões que definem a função em cada conjunto
Justifique que o domínio da partição ser de tipos diversos (polinomiais, envolvendo módulos ou
da função f é ]0, 4[ e que
radicais, …).
f(z) = r d - 2z 2 + 4z n
z3
4 Assim, representar graficamente uma função definida por ramos é,
Adaptado de Teste Intermédio nada mais nada menos que, em cada conjunto da partição, representar
do 11.º ano, 2006
a restrição da função definida pela expressão que lhe corresponde.

108

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXEMPLO 19
Numa aula de laboratório de Física
e Química foi realizada uma expe-
riência onde se pretendia testar
o movimento de queda e ressalto
de uma bola.
A bola é largada a h0 metros do
solo sob um sensor de movimento
ligado a um computador. Os resul-
tados das medições são analisados por um software que permite
visualizar os gráficos posição-tempo. A posição da bola é registada,
relativamente ao solo. U4P109H1
Desta experiência conclui-se que a altura a que a bola se encontra,
em metros, em função do tempo, em segundos, é dada, até tocar o
solo pela segunda vez, aproximadamente, por

h(t) = *
1,25 - 5t 2 se 0 G t G 0,5
19 7 ,
-5t 2 + t- se 0,5 1 t G TF
2 2
AVALIAR CONHECIMENTOS
em que TF é o valor do tempo ao fim do qual a bola para.
51
Deste modelo pode concluir-se que a bola foi largada de uma altura
Considere a função, real
h0 = h(0) = 1,25 - 5 × 02 = 1,25 metros de variável real, definida por
O tempo de realização (até a bola bater pela segunda vez no solo)
f(x) = *
x 2 - 3x se x G 4
é igual a 1,4 segundos.
x - k -1 se x 2 k
Com efeito,
19 7 com k H 4 .
-5t2 + t- = 0 / t > 0,5 +
2 2 51.1 Indique o valor de k ,

+ et = 0t= o/t>
1 7 1 7 para o qual a função
+t= = 1,4
2 5 2 5 tem domínio IR .
Portanto, a bola toca o solo, pela segunda vez, 1,4 segundos depois 51.2 Para o valor de k
de largada. encontrado na questão
19 7 anterior:
Dado que o polinómio -5t2 + t- que define a função em
2 2 a) determine os zeros
F , F é uma função quadrática e a abcissa do vértice da parábola
1 7
2 5 de f ;
, e de ordenada f c m=
19 19 81
que a representa é xV = , b) apresente
20 20 80
uma representação
a altura máxima atingida pela bola após o ressalto foi de, aproxima-
gráfica de f que
damente, 1,01 metros (máximo relativo da função). seja reveladora
Com estas informações, pode representar-se graficamente a função do comportamento
h , como na figura seguinte: da mesma e, por leitura
y
do gráfico, estude-a
quanto à monotonia
e aos extremos
1,25 relativos.
81
}
80 51.3 Fazendo k = 5 , que
h alterações se verificam
na função em termos
O 0,5 19 1,4 x de zeros, monotonia
}
20 e extremos?

109
u4p109h2
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EXERCÍCIO RESOLVIDO 13 A D
O Pedro numa prova de um concurso tem
B C
de efetuar um trajeto sobre traves que
fazem parte de uma estrutura com a forma
E H
de um cubo, como se vê na figura. O cubo
tem 10 metros de aresta. F G
O trajeto consiste em percorrer três arestas do cubo partindo
AVALIAR CONHECIMENTOS
de A e chegando a G .
52 u4p110h1
Por questões de segurança, o Pedro é preso por uma corda que
Considere a função de
ao longo do trajeto se mantém esticada.
domínio IR definida por
2x + 10 se x 1-2 Seja x a distância percorrida pelo Pedro durante a prova.
f(x) = ) 2 13.1 Determine o comprimento da corda, ou seja, a distância
x + 2 se x H-2
52.1 Esboce o gráfico do Pedro a A , depois de este percorrer sem ter voltado
da função. atrás, respetivamente, 8 e 16 metros do trajeto.
52.2 Determine os zeros 13.2 Obtenha uma função que à distância, x , percorrida pelo
de f . Pedro, faça corresponder o comprimento da corda
52.3 Indique os extremos de segurança.
de f . RESOLUÇÃO:

53
13.1 Nos primeiros 10 m do trajeto a corda tem comprimento
Na figura está o gráfico igual à distância percorrida, portanto, ao fim de 8 m , o
de uma função g , de domínio comprimento da corda é igual a 8 m .
[-3, 3] , constituído por Aos 16 m de trajeto, seja qual for o caminho escolhido,
dois arcos de parábola. o Pedro percorreu os lados de um triângulo retângulo
de catetos 10 e 6 , portanto, o comprimento da corda
y
é igual à medida da hipotenusa desse triângulo, ou seja,
6
10 2 + 6 2 = 136 m
13.2 Como se referiu no ponto anterior, A D
3 para 0 G x G 10 , a medida do 10 d
B C
2
comprimento da corda é x . x 2 10
Entre os 10 e os 20 metros percor-
E
ridos, o caminho é um triângulo H

23 22 1 3x retângulo de catetos 10 , 10 - x ; F G
então, entre esses valores de x , a
22 medida da corda é dada por
10 2 + (x - 10)2 = x 2 - 20x +u4p110h2
200
Sabe-se que 3 é máximo
relativo e 2 é mínimo Ao percorrer a última aresta, o com- A D
primento da corda é igual à diago- 10
relativo de g . 10!§
2
u4p110h4 B C
53.1 Determine uma nal de um prisma quadrangular reto 10
d 20 2 x
expressão analítica de base quadrada, de lados 10 e
altura x , ou seja, E H
de g .
53.2 Determine os zeros _10 2 i + (20 - x)2 =
2
F G
de g .
53.3 Indique o contradomínio
= x 2 - 40x + 600
da função h definida
u4p110h3
(Continua)
por h(x) = g (x) + 2 .

110

645624 076-117.indd 110 04/10/16 12:03


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 13 (Continuação) Professor


Metas curriculares
Portanto, a função que a cada valor de x faz corresponder FRVR10
a medida do comprimento da corda é definida por: Descritor 5.9

d(x) = * x - 20x + 200


x se 0 G x G10 LIVROMÉDIA
2
se 10 1 x G 20
Ficha de trabalho 11
x 2 - 40x + 600 se 20 1 x G 30

13.7 Operações com funções


Função soma e função produto

No estudo das relações entre as propriedades geométricas dos gráficos


de funções e as respetivas funções, foram abordadas, entre outras ope-
rações, a soma, a diferença e o produto de duas funções, uma de domí-
nio Df , definida analiticamente por f(x) , e outra constante, definida
por g(x) = k , k ! IR .

As funções referidas são as funções definidas por f(x) + k , f(x) - k


e kf(x) , todas elas de domínio Df .

Para se alargar estas operações para quaisquer duas funções reais


de variável real, considerem-se duas funções
f : Df " IR e g: Dg " IR
e repare-se que as expressões
f(x) + g(x) e f(x) × g(x)
apenas têm significado para valores de x que pertencem simultanea-
mente aos domínios de f e g .

EXEMPLO 20 AVALIAR CONHECIMENTOS


Dadas as funções reais de variável real, definidas por
54
f(x) = 2x + 1 e g(x) = 1- x
Considere as funções
a expressão f (-1) + g(-1) tem significado e
f: [-2, 4[ " IR
f (-1) + g(-1) = -1 + 2 e
Já a expressão f(2) + g(2) não é um número real, uma vez que g: ]0, 5] " IR
1 - 2 = -1 não tem significado em IR . definidas por:
f(x) = 1 - 3x
Soma e produto de funções reais de variável real g(x) = 2x + 1
Dadas duas funções f : Df " IR e g: Dg " IR , as funções 54.1 Determine o domínio
f + g: Df + Dg " IR e f × g: Df + Dg " IR de f + g e uma
designam-se, respetivamente, por soma de f com g e produto expressão para
de f com g e são definidas pelas expressões (f + g)(x) .
( f + g)(x) = f(x) + g(x) 54.2 Calcule (fg)(1) .
e 54.3 Construa um quadro
( fg)(x) = f(x) × g(x) , de sinais para
respetivamente. a função fg .

111

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EXEMPLO 21
Considerando as funções definidas no exemplo anterior, tem-se que
a função f + g tem domínio
Df + g = IR + ]-3, 1] = ]-3, 1]
e é definida por
( f + g)(x) = 2x + 1 + 1- x
A função ( f × g) tem o mesmo domínio e é definida por
(fg)(x) = (2x + 1) 1- x

Função quociente

A expressão
f (x)
g (x)
apenas está definida para valores de x ! Df + Dg , tais que
g(x) ! 0
AVALIAR CONHECIMENTOS

55
Considere as funções reais Função quociente
de variável real definidas por Dadas duas funções f : Df " IR e g: Dg " IR , a função
f
f(x) = x3 + x2 - 4x - 4
g : Df + {x ! Dg: g(x) ! 0} " IR
e
1 designa-se por função quociente de f por g e é definida pela
g(x) =
2- x expressão
e o(x) =
55.1 Indique o domínio de f f (x)
cada uma das funções. g g (x)
55.2 Calcule o domínio
de fg e mostre que
(fg)(x) = -x2 - 3x - 2 EXEMPLO 22
Dadas as funções reais de variável real, definidas por
56
f(x) = x2 - 9 e g(x) = x - 3 - 1
Considere as funções f e g
definidas por A função quociente de f por g tem domínio D gf = IR\{2, 4}
f(x) = 9 - x2 (g(x) ! 0 + x - 3 ! 1 + x ! 4 / x ! 2)
e
e pode ser definida por
g(x) = x - 3
e o(x) = x - 9
56.1 Determine os domínios f 2

f g g x - 3 -1
de g e de .
f
ou
56.2 Mostre que, para

*
x2 - 9
x ! D gf , se x H 3 / x ! 4
e o
f x-4
g (x) =
e o(x) = -
f x +3 x2 - 9
g 3- x se x 1 3 / x ! 2
2- x

Sugestão:
porque
Justifique que, se
x -3 - 1 = )
x-4 se x H 3
x < 3 , então,
2- x se x 1 3
x - 3 = - (x - 3)2

112

645624 076-117 U13.indd 112 20/03/15 10:38


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

TAREFA 7 Professor
Caracterize a função quociente de g por f , sendo f e g as fun- Tarefa 7
ções definidas no exemplo anterior. Considerando as funções, reais de variável real, definidas por
f (x ) = x 2 - 9 e g(x ) = |x - 3| -1
A função quociente de g por f tem domínio D = IR\{-3,3}
g

Da definição de função produto de duas funções, porque uma função x-3 -1


e pode ser definida por e o(x ) =
g
.
real de variável real definida por uma constante tem domínio IR , f 2
x -9
resulta a definição particular:

Produto de uma função por um escalar


AVALIAR CONHECIMENTOS
Dados uma função f: Df " IR e um número real a , a função
57
af: Df " IR
Considere as funções f e g
designa-se por produto de f pelo escalar a e é definida pela
definidas por f(x) = x + 1
expressão
e g(x) = x - 2 .
(af )(x) = af(x) f
Determine o domínio de g
e mostre que
_ x 2+ x+2 x+1i
e o(x) =
f
Função potência de uma função
g x -4
Adaptado do Caderno de Apoio
Dadas uma função real de variável real f: Df " IR e uma fração irredutível do 10.º ano
p
q , com p inteiro e q natural, a expressão 58
q
[ f (x)] p Considere a função f: IR " IR ,
definida por f(x) = 2x ,
não representa um número real quando q é par e f(x) < 0 , nem
e a função g: [-3, 4] " IR ,
quando p é negativo e f(x) = 0 . representada em referencial
o.n. xOy na figura seguinte:
Assim, notando que qualquer número racional r pode ser escrito
na forma de fração irredutível, pode definir-se: y

Função potência de expoente racional de uma função 2


Dados uma função f: D f " IR e um número racional r ,
a função g
f r: Dfr " IR
designa-se por potência de expoente r de f e é definida pela 23 22 0 2 4 x
expressão 21
f r(x) = [ f(x)]r
r
O domínio de f é o conjunto dos valores de x ! Df , para os
58.1 Indique o domínio
quais a expressão [f(x)]r está definida.
e o contradomínio
da função definida por
u4p113h1
h(x) = 3g(x)
EXEMPLO 23
5 5 58.2 Determine o domínio
A função g(x) = (x + 1) 2 é função potência de expoente da fun-
2 da função g % f e
ção afim definida por
indique a transformação
h(x) = x + 1 geométrica que
ou seja, transforma o gráfico
5
de f no gráfico
g(x) = [h(x)] 2
de g % f .
5
Como (x + 1) 2 só representa um número real quando x + 1 H 0 , 58.3 Determine o domínio
2
o domínio de g é [-1, +3[ . da função f 3 .

113

645624 076-117 U13.indd 113 20/03/15 10:38


Professor EXEMPLO 24
Tarefa 8
8.1 Df = [0, 4] Dg = [0, 7] Dada a função definida por
8.2 Df + g = [0, 4]
(f + g)(0) = f (0) + g(0) = 1 + 2 = 3 f(x) = x +1 - 2 ,
8.3 Por observação do gráfico de g , tem-se que b = 3 e c = -2 .
Logo, g(x ) = a|x - 3| - 2 .
a função real de variável real definida pela expressão
Como g(0) = 1 , obtém-se a|0 - 3| - 2 = 1 + a = 1 . 3
Conclui-se que g(x) = a|x - 3| - 2 . g(x) = [ f (x)] 2 = [ f (x)]3
8.4 D = [0, 4]\{1}
f
tem domínio Dg = {x ! Df / f(x) H 0} , ou seja,
f _0 i f _4 i
g

f f
a)
g
(0) =
g _0 i
= 2   b)
g
(4) =
g _4 i
= -3 Dg = {x ! IR: f(x) H 0 / x H -1}
Note-se que: g(4) = |4 - 3| - 2 = 1 .
8.5 O domínio de fg é dado por: fg (x) H 0 / 0 G x G 4 .
De facto, a expressão [ f (x)]3 só define um número real para valores
Recorrendo a um quadro de sinais, tem-se que D = [0, 1] . de x ! Df = [-1, +3] , tais que [ f (x)]3 H 0 , ou seja, f(x) H 0 .
Assim, tem-se
AVALIAR CONHECIMENTOS
f(x) H 0 / x H -1 + x + 1 H 2 / x H -1 +
59 + x + 1 H 4 / x H -1 +
Na figura seguinte está
+ x H 3 / x H -1 + x H 3
representado, em referencial
o.n. xOy , o gráfico Portanto, g é a função de domínio [3, +3[ definida por
_ x + 1 - 2i
da função f . 3
g(x) =
y
4
TAREFA 8
Na figura seguinte estão representadas em referencial ortogonal
duas funções f e g .
2
y

22 0 2 4 x 3
f
2
59.1 Indique o domínio
e o contradomínio de f . 1 g
u4p114h2
59.2 Indique o domínio
da função g , 0 1 2 4 5 7 x
definida por
g(x) = f(-x)

59.3 Calcule e o
f 22
g (0) .
59.4 Determine o domínio de
8.1 Indique o domínio de cada uma das funções f e g .
f
g 8.2 Indique o domínio de f + g e calcule (f + g)(0) .
59.5 Justifique que, no seu 8.3 Sabendo que a expressão analítica da função g é da forma
domínio, a x - b + c , determine uma expressão analítica para g .
fu4p114h1
e g o(x) =
f 2- x
8.4 Indique o domínio de
x+2 g e calcule:
a) e g o(0)
59.6 Determine o valor de f
Professor a e b de modo que a

b) e g o(4)
LIVROMÉDIA função h definida por f
h(x) = _- f (x-a)+bi
1
2
Ficha
de trabalho 12 tenha domínio [3, 7] . 8.5 Indique o domínio de fg .

114

645624 076-117 U13.indd 114 20/03/15 10:38


UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 14 AVALIAR CONHECIMENTOS Professor


Considere as funções reais de variável real, definidas por 60 Metas
curriculares
f(x) = 9 - 2x e g(x) = 3x + 1 + 2 Sejam f e g as funções
FRVR10
Determine
14.1  o domínio de cada uma das funções f e g . definidas em IR por Descritores 6.1
f(x) = x - 2 a 6.5
14.2 Determine o domínio e os zeros da função h = f - g .
e g(x) = 2 - 5- x .
14.3 Determine:
60.1 Determine o domínio
( fg)(4) + e o
f
e os zeros de g .
g (1)
60.2 Calcule:
f % g (0) + g % f (4)
a) ( f - g)(1)
RESOLUÇÃO: b) g % f (-2)

= {x ! IR: 9 - 2x H 0} = E-3 , E
9 c) f % g (4)
14.1 
Df
2 60.3 Determine o domínio

Dg = {x ! IR: 3x + 1 H 0} = ;- , +3;
1 de g % f .
3 Na figura seguinte
60.4 

= Df + Dg = E-3, E + ;- , +3; = ;- , E
9 1 1 9 estão representados,
14.2 
Dh em referencial o.n.
2 3 3 2
(f - g)(x) = 9 - 2x - 3x + 1 - 2 do plano, parte dos
gráficos de f e g ,
(f - g)(x) = 0 + 9 - 2x - 3x + 1 - 2 = 0 + bem como os pontos
+ 9 - 2x = 3x + 1 + 2 & A, B, C e D.
& 9 - 2x = 3x + 1 + 4 3x + 1 + 4 + y
+ 4 - 5x = 4 3x + 1 &
& 16 - 40x + 25x2 = 16(3x + 1) + A B
88
+ 25x2 - 88x = 0 + x = 0 0 x = 0 C D x
25
Voltando à equação inicial, tem-se: Os pontos A e B
• Para x = 0 , são os únicos pontos
de interseção dos
9-0 - 0 +1 - 2 = 0 + 0 = 0 u4p115h1
gráficos de f e g .
88 Os pontos C e D
• E
 para x = ,
25 são pontos do eixo Ox
9 - 2 #d n - 3d n + 1 - 2 = 0 + -4 = 0
88 88 com a mesma abcissa de
25 25 A e B , respetivamente.
Portanto, o único zero de h é 0 . a) Com recurso à
14.3 Tem-se que calculadora gráfica,
( fg)(4) = f(4) × g(4) = 1 × _ 13 + 2i = 13 + 2 determine, com
valores aproximados
e
e o(1) =
f f (1) 7 às milésimas,
g =
g (1) 4 as coordenadas
Então, dos pontos A e B ,
( fg)(4) + e g o(1) = 13 + 2 +
f 7 explicando
4 o procedimento
Tem-se que,
utilizado.
f % g (0) = f(g(0)) = f(3) = 3
b) Determine a área do
e
trapézio [ADCB] ,
g % f (4) = g( f(4)) = g(1) = 4
apresentando o
Então, resultado aproximado
f % g (0) + g % f (4) = 3 + 4 às centésimas.

115

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AVALIAR CONHECIMENTOS EXERCÍCIO RESOLVIDO 15
61 Considere as funções f e g definidas, respetivamente, por
Na figura seguinte estão f(x) = 3 - x + 2 em [-2, +3[
representados, num plano e
munido de um referencial g(x) = x2 - 4x em IR
ortonormado, parte do gráfico
15.1 Esboce os gráficos das funções f e g .
da função f , definida por
15.2 Determine os zeros de f .
f(x) = -x2 + 4x ,
15.3 Utilizandoa calculadora gráfica, determine valores apro-
e o ponto A(1, 0) .
ximados às décimas das soluções da equação
Considere a função g ,
f(x) = g(x) ,
que associa a cada x
justificando por que razão existem exatamente duas soluções.
a distância entre A
e o ponto P do gráfico de f , Caderno de Apoio do 10.º ano
de abcissa x . RESOLUÇÃO:
15.1 O gráfico da função f é a imagem geométrica do gráfico
y
da função raiz quadrada pela composição de uma reflexão
de eixo Ox com a translação de vetor u(-2, 3) .
f(x) P
O gráfico de g é uma parábola com concavidade voltada
para cima, interseta o eixo Ox nos pontos de abcissas 0
e 4 (zeros de g ) e tem vértice

Ve , fd no = (2, -4)
B 4+0 4+0
0 A x x
2 2
61.1 Prove que para todo x
Assim, apresenta-se na figura uma representação dos gráfi-
g(x) = cos de f e g , num mesmo referencial ortogonal do plano.
= x 4-8x 3+17x 2-2x+1 y
u4p116h3
61.2 Sabendo que existem g
exatamente dois pontos 3
do gráfico de f que f
distam uma unidade x
de A , indique o valor 22 0 4
exato da abcissa
de um deles e utilize
a calculadora gráfica
para obter um valor,
aproximado às décimas,
15.2 
f(x)=0+
da abcissa do outro,
explicando
+ 3 - x+2 = 0 +
o procedimento + 3 = x + 2 & x + 2 = 9 / x H -2 +
+x=7 u4p116h1
utilizado.
61.3 Existe um ponto f(7) = 3 - 7 + 2 = 3 - 3 = 0
em que os gráficos Portanto, 7 é o único zero de f .
de f e g se intersetam.
15.3 As soluções da equação obtidas na calculadora são, apro-
Determine-o por
ximadamente, como se observa na figura, -0,39 e 4,13 .
métodos analíticos
e interprete Estas soluções são únicas, uma vez que, como se sabe,
geometricamente a função f é estritamente decrescente e a função g é estri-
o resultado obtido. tamente crescente em [4, +3[ .
Caderno de Apoio do 10.º ano

116

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

EXERCÍCIO RESOLVIDO 16 Professor


Tarefa 9
Considere a função definida em [0, +3[ por f(x) = 2 x - x .
9.1 FA = 4 km e AC = 2 km ,
Prove que 1 é o máximo absoluto de f . pelo Teorema de Pitágoras
FC = 20 = 2 5 km
RESOLUÇÃO: O custo seria de 50 000 5 euros .
1 é máximo absoluto de f se, e somente se, 9.2 FB = 4 - x e BC = 4 + x 2 ,
então, p(x) = 15(4 - x) +
6x ! [0, +3[ , f(x) G 1 e 7x0 ! [0, +3[: f(x0) = 1 2
+ 25 4 + x = 60 - 15x +
f(x) G 1 + 2 x - x G 1 + 2 x G x + 1 + 25 4 + x
2

9.3 p(x) = 100 +25 4 + x 2 =


Como x H 0 , ambos os membros da desigualdade são não = 8 + 3x &
3
negativos. Então, elevando ambos os membros da desigualdade & 4x 2 - 12x + 9 = 0 + x =
2
Como p d n = 100 , tem-se que
3
ao quadrado, obtém-se: 2
3
x= km
4x G (x + 1)2 / x H 0 + 4x G x2 + 2x + 1 / x H 0 + 2
2
+ x2 - 2x + 1 H 0 / x H 0 + 9.4 p(x) H 100 + 5 4 + x H
H 8 + 3x
+ (x - 1)2 H 0/ x H 0 + x H 0 Como são não negativos,
4x 2 - 12x + 9 H 0 / x H 0 +
Por outro lado, f(1) = 2 1 - 1 = 1 . + (2x - 3)2 H 0 / x H 0 +
Então, a condição f(x) G 1 é universal em [0, +3[ e f(1) = 1 . +xH0
Então, a condição p(x) H 100
Portanto, 1 é o máximo absoluto de f . é universal em [0, +3[ e 100
é mínimo absoluto de p .

TAREFA 9
Pretende ligar-se uma fábrica F a uma central de tratamento
de resíduos C , por meio de uma conduta, localizadas de acordo
com a figura.
• A conduta deve seguir ao
longo do muro até um certo
ponto B , e daí deve seguir
B A
em linha reta até à central de F 4 km x
tratamento.
• Seja A o ponto do muro mais 2 km
próximo da central. A distân-
cia da fábrica ao ponto A é de C
4 km e a distância deste ponto
A à central é de 2 km .
• Designou-se por x a distância entre A e B .
• O preço de colocação da conduta é: AVALIAR CONHECIMENTOS
— 15 mil euros por quilómetro, ao longo do muro;
62
— 25 mil euros por quilómetro, do muro à central.
Considere as funções reais
9.1 Qual é o preço da conduta se a mesma for colocada em linha de variável real, definidas por
reta, da fábrica para a central?
f(x) = 2x + 1 - 3
9.2 Obtenha uma função que a cada valor de
x faça corresponder e g(x) = -2x2 + 3x + 1 .
o preço total p de colocação da conduta, em milhares 62.1 Determine o domínio
de euros. de f .
Sugestão: Comece por escrever FB e BC em função de x . 62.2 Determine os valores
9.3  etermine o valor de x para o qual o preço de colocação da
D de x ! IR , tais que
conduta é igual a 100 mil euros. ( fg)(x) H 0 .
9.4 Prove que p(x) H 100, 6x ! Dp e conclua que 100 mil 62.3 Determine o domínio
euros é o preço mínimo de colocação da conduta. da função g % f .

117

645624 076-117 U13.indd 117 20/03/15 10:39


AVALIAR CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


SUGESTÃO
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
Os exercícios
são apresentadas.
apresentados
percorrem todos
1
os conteúdos de
funções elementares O gráfico da função f , definida em IR por f(x) = -2(x - 5)2 + 3 , tem como eixo
e operações de simetria a reta de equação:
algébricas
sobre funções, (A) x = 3 (B) x = 5 (C) y = 3 (D) x = -2
estabelecendo
conexões com 2
os outros conteúdos
lecionados. Considere as afirmações sobre uma função quadrática f .
O professor pode
I. Se D < 0 , então, f tem dois zeros reais.
selecionar alguns
destes exercícios II. A função f tem um extremo absoluto.
III. Se f(x) = ax2 + bx + c e a > 0 , então, f d- n é o mínimo absoluto.
para trabalho b
autónomo dos alunos
2a
em vários momentos,
e não apenas
As únicas afirmações verdadeiras são:
no final do tema. (A) I e III. (B) I e II. (C) II e III. (D) II.
LIVROMÉDIA
3
PowerPoint De uma função quadrática f , sabe-se que a condição f(x) G 0 tem conjunto solução [–1, 3] .
O essencial Então, o contradomínio de f pode ser:
Exercícios (A) [2, +3[ (B) ]-3, 3] (C) [-2, +3[ (D) ]-3, -2]
do Caderno de Apoio
4
De uma função f , quadrática, sabe-se que f(x) = 0 + x ! {2, 3} e que 3 é o seu extremo.
Então, pode afirmar-se que:
f = [3, +3[
(A) Dl
(B) f é uma função par.

(C) f é decrescente em F-3 , F.


5
2
(D) A representação gráfica de f é uma parábola com vértice V d , 3n .
5
2
5
Na figura está representada parte do gráfico da função f de domínio IR definida por
f(x) = x + a + b , em que a e b designam números reais.

O x

Das afirmações seguintes, selecione a verdadeira.


(A) a > 0 / b < 0
(B) a < 0 / b < 0
u4p118h1
(C) a > 0 / b > 0
(D) a < 0 / b > 0

118

645624 118-123 U13.indd 118 20/03/15 10:39


UNIDADE 13 ESTUDO DE FUNÇÕES ELEMENTARES E OPERAÇÕES ALGÉBRICAS COM FUNÇÕES

6
Considere uma função g , de domínio IR e contradomínio [-4, 1] . Seja h a função definida
em IR por h(x) = g(x) + 1 . Qual é o contradomínio de h ?
(A) [0, 2] (B) [0, 3] (C) [0, 4] (D) [-2, 3]
Exame Nacional do 12.º ano, 2001

7
Uma empresa de telecomunicações anuncia o seguinte plano
de preços para as chamadas telefónicas feitas a partir
de um telefone registado na empresa:
• 12 cêntimos pelo primeiro minuto de conversação
(se a chamada durar menos de um minuto, o preço a pagar
também é de 12 cêntimos);
• 0,1 cêntimos por segundo a partir do primeiro minuto.
Por exemplo, se uma chamada durar um minuto e meio, o preço
a pagar é 15 cêntimos ( 12 cêntimos pelo primeiro minuto,
mais 0,1 cêntimos por cada um dos 30 segundos seguintes).
Indique qual das expressões seguintes dá o preço a pagar, em cêntimos, por uma chamada feita
a partir de um telefone registado nessa empresa, em função do tempo t de duração da chamada,
medido em segundos.

(A) * (C) *
12t se t G 60 12 se t G 60
12 + 0,1(t - 60) se t 2 60 12 + 0,1(t - 60) se t 2 60

(B) * (D) *
12 se t G 60 12t se t G 60
12 + 0,1t se t 2 60 12 + 0,1t se t 2 60

8
Um reservatório cheio de água começa a ser esvaziado às 12 horas de um certo dia.
Admita que a altura da água no reservatório, t horas após este ter começado a ser esvaziado,
3
é dada por h(t) = 2 - t . O reservatório fica vazio às:
(A) 16 horas (B) 18 horas (C) 20 horas (D) 22 horas
Exame Nacional do 12.º ano

9
Na figura está representado um triângulo [ABC] , retângulo em A B
e de hipotenusa 10 cm , e um quadrado [AEFM] , em que M
é o ponto médio de [AB] .
M F
Se x = AB , então, a área do triângulo não ocupada é dada por:
x 100 - x 2 - x 2
(A)
2 A E C
2 2
(B) x 100 - x - x

2x 100 - x 2 - x 2
(C)
4
x 100 - x 2 u4p119h2
(D)
2

119

645624 118-123.indd 119 04/10/16 12:05


AVALIAR CONHECIMENTOS

10 C
Na figura está representado um triângulo retângulo [ABC] cujos lados
medem 3 , 4 e 5 .
Considere que um ponto D se desloca ao longo do cateto [AB] , 5 4
nunca coincidindo com o ponto A .
Para cada posição do ponto D , seja x o comprimento do segmento
de reta [AD] . A B
x D
Qual das expressões seguintes dá o perímetro do triângulo [ACD] , 3
em função de x ?
(A) x + 4 + 25 - x 2
(B) x + 5 + 25 - x 2 u4p120h1
(C) x + 4 + x 2 - 6x + 25
(D) x + 5 + x 2 - 6x + 25

11
Sejam g uma função quadrática de zeros 1 e 4 , cujo gráfico é uma parábola com a
concavidade voltada para cima, e h uma função polinomial definida por h(x) = g(x)(x + 1) .
O conjunto solução da condição h(x) < 0 é:
(A) ]-1, 1[ , ]4, +3[
(B) ]1, 4[ , ]4, +3[
(C) ]-3, -1[ , ]4, +3[
(D) ]-3, -1[ , ]1, 4[

12
Seja f uma função afim definida por f(x) = x + 1 e g uma função quadrática de zeros -2
e 2 e mínimo -4 .
Selecione a opção verdadeira:
(A) ( fg)(0) = 0 (C) ( f + g)(-2) = 1
(B) ( f + g)(2) = 1 (D) ( fg)(2) = 0

13
Considere as funções reais de variável real definidas por f(x) = x - 20 e g(x) = x.
g
13.1 O domínio de é:
f
(A) [0, +3[ (C) ]20, +3[
(B) [0, +3[\{20} (D) IR\{20}
13.2 O conjunto solução da condição ( f - g)(x) = 0 é:
(A) {16, 25} (C) #-10 2 , 10 2 -
(B) {25} (D) #10 2 -

14
Sejam f e g duas funções polinomiais de 4.º grau. Sabe-se que o conjunto dos zeros de f
é {1, 2, 3, 4} e o dos zeros de g é {0, 1, 2, 5} .
f
Indique o número de zeros da função g .

(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4

120

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos
que tiver de efetuar e as justificações necessárias.

15
De uma função quadrática f sabe-se que -1 e 3 são os seus zeros e que 2 é o máximo absoluto.
15.1 Defina analiticamente a função f .
15.2 Sem recorrer à calculadora gráfica resolva, em IR , as seguintes condições:
a) f(x) H 0 b) f(x) < 1

16
Pretende-se construir um jardim junto
a um lago, conforme ilustra a figura. Lago
Três lados do jardim confinam com o lago
e os outros três ficam definidos por uma rede.
Pretende-se que lados consecutivos do jardim 20 m
sejam sempre perpendiculares. 10 m

Rede
Jardim
As dimensões indicadas na figura estão
expressas em metros.
Rede
x
Tal como a figura mostra, x é a medida,
em metros, de um dos lados do jardim.
Vão ser utilizados, na sua totalidade, 100 metros de rede.
16.1 Mostre que a área do jardim, em m2 , é dada em função de x por f(x) = -2x2 + 40x + 1400 .
u4p121h1
16.2 Sem recorrer à calculadora, determine o valor de x para o qual é máxima a área do jardim
e determine essa área máxima.
Teste Intermédio do 10.º ano, 2008

17
Seja f uma função quadrática. Indique os intervalos de monotonia de f em cada uma
das situações seguintes.
a) O vértice da parábola que representa f tem coordenadas (5,5; 4) e f(1,5) = 0 .
b) f(-0,5) = f(1,5) ; f(1,5) > 0 e f(2) = 0
c) f(-1) < f(2) e o eixo de simetria da parábola que representa f é a reta de equação x = 2 .

d) f d- n = f(5) = 0 e a concavidade do gráfico de f é voltada para cima.


1
3
e) 3 é o máximo de f para x = 2 .

18
Sem recorrer à calculadora, exceto para eventuais cálculos numéricos, resolva, em IR ,
as seguintes inequações:
a) -3x2 + 4x - 1 > 0
b) -2x(x + 6) H 16
c) (2x - 1)2 G (x + 2)2
d) 4x2 - 12x + 9 G 0
e) (x - 1)(1 - 2x) H 0
f) 5(x + 2) < -x2

121

645624 118-123 U13.indd 121 20/03/15 10:39


AVALIAR CONHECIMENTOS

19
Um recipiente, inicialmente vazio, começa a ser enchido por uma torneira com um caudal
constante.
A altura h , em centímetros, da água no recipiente em função do tempo t , em segundos,
é dada por

h(t) = *
0,2t se 0 G t G 60
0,8t - 36 se 60 1 t G 75
A B
19.1 Calcule a altura da água no recipiente ao fim de 42 segundos
e ao fim de 1 minuto e 10 segundos.
19.2 Sabendo que o recipiente fica cheio ao fim de 75 segundos,
determine a altura do recipiente.
19.3 Um dos recipientes da figura ao lado é o referido anteriormente.
Identifique-o justificando a sua resposta.

20
Sem recorrer à calculadora, exceto para eventuais cálculos numéricos, resolva, em IR ,
as seguintes condições:
1
a) x - 4 = d) 3 - x + 3 H 9
3
b) 2x - 1 - 7 = -10 e) 2x + 1 = 2 3 - 4x

c) 4 - 3x < 5 f) x 2 - 3x G 4

21
Na figura está representada parte do gráfico de uma função f , y
real de variável real, de domínio IR .
f
O gráfico de f é a união de duas semirretas, tem eixo
1
de simetria de equação x = 2 , f(0) = 1 e f(2) = -1 .
21.1 Determine uma expressão analítica de f . 2 x
21
21.2 Sem recorrer à calculadora determine:
a) os valores de x para os quais f(x) H 1 .
b) os zeros e o contradomínio da função g , definida por g(x) = -f(x) - 1 .
u4p122h2
22
Considere a função real de variável real f de domínio IR e definida analiticamente por:
f(x) = a x - b + c (a, b, c ! IR)
Determine os valores de a , b e c de modo que:
a) o contradomínio de f seja [-2, +3[ e 0 e 6 sejam os seus zeros.
b) 1 seja o máximo de f e o conjunto solução da condição f(x) H 0 seja [-1, 4] .

23
Resolva, em IR , as seguintes condições:
a) 6 - x = -x d) x+2 = 3x - 5 - 1
b) 2x - 1 = x+4 e) 7- x H 4
3
c) 2x - 3 = -1 f) xH 2x - 3

122

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UNIDADE 13 Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções

24
Um tanque cilíndrico de altura 20 decímetros x
está completamente cheio de água.
20
Ao fazer-se um furo na parede lateral do tanque
a uma distância de x decímetros do topo, a água sai
num esguicho que chega ao solo a uma distância
d
máxima d da base do tanque.
A função D , que dá a distância máxima d em função da distância x (no momento em que
o buraco é aberto), é definida analiticamente por D(x) = 2 20x - x 2 , com x ! ]0, 20[ .
24.1 Se o furo for feito a 15 dm do solo, a que distância da base cai o esguicho de água?
Apresente o resultado arredondado às décimas.
24.2 A que distância do topo deve ser feito o furo para que o esguicho de água caia
a uma distância de 16 dm da base do tanque?

25
Seja f uma função, real de variável real, definida por f(x) = -1 - x e g uma função afim
definida por g(x) = 2x + 5 .
25.1 Determine o domínio de f e represente f graficamente, sem recorrer à calculadora.
25.2 Recorrendo a processos exclusivamente analíticos determine os pontos de interseção
dos gráficos de f e de g .
25.3 Caracterize a função f + g .

26
Seja f a função polinomial definida por f(x) = 2x3 + 6x2 - 8 .
26.1 Mostre que 1 é zero de f , decomponha f(x) em fatores de 1.º grau e resolva f(x) H 0 .
26.2 A equação f(x) = x tem exatamente três soluções. Recorrendo à sua calculadora,
resolva graficamente esta equação. Apresente as soluções com aproximação às décimas.
Explique como procedeu, apresentando o(s) gráfico(s) em que se baseou para dar
a sua resposta.

27 y
Considere a função f , polinomial de grau 3 , 4
representada graficamente na figura. 3
Os zeros de f são -2 , 0 e 1 .
2
Determine o conjunto solução da condição
27.1 
1
(4 - x2) × f(x) G 0
Justifique que o termo independente
27.2  23 22 21 1 x
21
da expressão de f é zero. Sabendo que f
é definida analiticamente por 22
 f(x) = ax3 + 2x2 + bx , 23
determine os valores de a e b .

28 Professor
LIVROMÉDIA
Considere as funções f e g , reais de variável real, definidas por f(x) = x2 - 1 e g(x) = x + 1 .

28.1 Mostre que 6x ! IR\{-1}, e o


f u4p123h2 Ficha de avaliação 7
g (x) = x - 1 .
CADERNO
28.2 Determine o conjunto solução da condição ( fg)(x) < 0 . DE ATIVIDADES
e avaliação contínua
28.3 Determine a ! Df + g , tal que ( f + g)(a) = 6 .
Ficha de trabalho 11

123

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ESSENCIAL

Professor Generalidades acerca de funções


SUGESTÃO
O professor deve
incentivar
os alunos para Definição de função
que façam uma
leitura atenta Dados dois conjuntos A e B , fica definida uma função f (ou aplicação) de A em B quando
das sínteses dos
vários conteúdos
a qualquer elemento x de A se associa um, e um só, elemento de B representado por f(x) .
estudados.
Deste modo,
os alunos
sistematizam Produto cartesiano Gráfico de uma função
as suas
aprendizagens Dados dois conjuntos A e B , designa-se por Dada uma função f: A " B , o conjunto
e podem produto cartesiano de A por B o conjunto G = {(x, y): x ! A / y = f(x) ! B},
proceder a uma
autoavaliação
A × B = {(a, b): a ! A e b ! B} subconjunto de A × B , designa-se por gráfico de f .
dos seus
conhecimentos.
As sínteses
salientam ainda
Restrição de uma função
os aspetos mais
importantes Dados dois conjuntos A e B , uma função f: A " B e um conjunto C , a função definida de C + A
do tema em em B que a cada valor de x faz corresponder f(x) (imagem de x por f ) designa-se por restrição
estudo.
de f a C e representa-se por f|C , isto é, a restrição de f a C é a função f|C: C + A " B , tal que
f|C (x) = f(x), 6x ! C + A .

Conjunto imagem
Dados dois conjuntos A e B , uma função f: A " B e um conjunto C 1 A , designa-se por conjunto
imagem de C por f e representa-se por f(C) o conjunto f(C) = {f(x): x ! C}.
Tem-se que Dlf = f(A) .

Função injetiva Função sobrejetiva


Dados dois conjuntos A e B , uma função Dados dois conjuntos A e B , uma função
f: A " B designa-se como função injetiva se, f: A " B designa-se por função sobrejetiva
e somente se, se para todo o y ! B existe pelo menos um
6x1, x2 ! A, x1 ! x2 & f(x1) ! f(x2) x ! A tal que y = f(x) , ou seja, f(A) = B .

Função bijetiva
Uma função f: A " B simultaneamente injetiva e sobrejetiva designa-se por função bijetiva.
Uma função bijetiva de A em B designa-se por bijeção de A em B .

Função composta Função inversa


Dadas duas funções f: Df " A e g: Dg " B , Dados dois conjuntos A e B e uma função
designa-se por função composta de g com f f: A " B bijetiva, designa-se por função inversa
e representa-se por g % f a função de f e representa-se por f -1 a função
g % f: Dg % f " B , tal que f -1: B " A , tal que
Dg % f = {x ! Df : f(x) ! Dg} y = f(x) + x = f -1(y), 6(x, y) ! A × B
e
6x ! Dg % f , g % f (x) = g^ f(x)h

124

645624 124-129 U13.indd 124 20/03/15 10:40


Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

Função identidade
Dado um conjunto A , designa-se por função identidade em A e representa-se por IdA a função IdA: A " A ,
tal que 6x ! A, IdA(x) = x .
Dado um conjunto A , a função identidade em A é bijetiva.

Função composta e função inversa Propriedades da função inversa


Dados dois conjuntos A e B , f: A " B é uma Dada uma função bijetiva f: A " B :
função bijetiva se, e somente se, existe g: B " A , • a sua inversa f -1: B " A é também uma
tal que f % g = IdB e g % f = IdA . função bijetiva;
• a inversa de f -1 é f , ou seja, _ f -1i = f .
-1
Tal função g é a função inversa de f , ou seja,
g = f -1 . A função f -1 designa-se também por bijeção
recíproca de f .

Generalidades acerca de funções reais de variável real

Função real de variável real


Uma função f: A " B designa-se por função real de variável real se A e B estiverem contidos em IR .

Zeros de uma função


Dada uma função f , real de variável real, designam-se por zeros de f todos os valores x ! Df , tais que
f(x) = 0 .

Função par Função ímpar


Uma função f , real de variável real, designa-se Uma função f , real de variável real, designa-se
par se, para todo x ! Df , -x ! Df ímpar se, para todo o x ! Df , -x ! Df e
e f(-x) = f(x) . f(-x) = -f(x) .

Se uma função f , real de variável real, é ímpar


e 0 ! Df , então, f(0) = 0 .

Paridade e simetrias
• D ado um plano munido de um referencial ortogonal, uma função real de variável real, f , é par se,
e somente se, o eixo Oy for eixo de simetria do respetivo gráfico cartesiano.
• Dado um plano munido de um referencial cartesiano, uma função real de variável real, f , é ímpar se,
e somente se, o respetivo gráfico cartesiano for simétrico em relação à origem, isto é, se, e somente se,
a imagem do gráfico pela reflexão central de centro na origem coincidir com o próprio gráfico.

Relação geométrica entre o gráfico de uma função e o da respetiva inversa


Dado um plano munido de um referencial monométrico, o gráfico de uma função f , real de variável real,
bijetiva e o gráfico da sua inversa f -1 são imagem um do outro pela reflexão axial de eixo de equação y = x .

125

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ESSENCIAL

Contrações/dilatações
Dados um plano munido de um referencial ortogonal e um número real 0 < a < 1 (respetivamente, a > 1 )
designa-se por:
• Contração vertical (respetivamente, dilatação vertical) de coeficiente a a transformação z do plano
que a cada ponto P(x, y) associa o ponto z(P) de coordenadas (x, ay) .
• Contração horizontal (respetivamente, dilatação horizontal) de coeficiente a a transformação z
do plano que a cada ponto P(x, y) associa o ponto z(P) de coordenadas (ax, y) .

Propriedades geométricas dos gráficos vs. Propriedades de funções


Dados uma função real de variável real f , os números reais a , b , c e d não nulos e um plano munido
de um referencial ortogonal, tem-se:

Translações e gráficos de funções Funções do tipo g(x) = af(x)


O gráfico cartesiano da função real de variável O gráfico cartesiano da função g de domínio Dg = Df ,
real, definida em Dg = {x + c: x ! Df} definida por g(x) = af(x) , se 0 < a < 1
por g(x) = f(x - c) + d , é a imagem (respetivamente, a > 1 ) , é imagem do gráfico
do gráfico cartesiano de f pela translação cartesiano de f pela contração vertical (respetivamente,
de vetor u(c, d) . pela dilatação vertical) de coeficiente a .

Reflexões de eixo Ox e de eixo Oy Funções do tipo g(x) = f(ax)


O gráfico cartesiano de uma função g tal que: O gráfico cartesiano da função g de domínio
Dg = % a : x ! Df/ , definida por g(x) = f(ax) ,
x
• Dg = {x: x ! Df} e g(x) = -f(x) ,
é a imagem do gráfico de f pela reflexão se 0 < a < 1 (respetivamente, a > 1 ) , é imagem
de eixo Ox . do gráfico cartesiano de f pela dilatação horizontal
• Dg = {-x: x ! Df} e g(x) = f(-x) , (respetivamente, pela contração horizontal) de
é a imagem do gráfico de f pela reflexão 1
coeficiente a .
de eixo Oy .

Intervalos de monotonia de funções reais de variável real

Função estritamente monótona


Dada uma função f , real de variável real, e A 1 Df , diz-se que:
• A função f é estritamente crescente em A (ou apenas estritamente crescente se A = Df ) se, para
quaisquer dois elementos x1 e x2 de A , x1 < x2 & f(x1) < f(x2) .
• A função f é estritamente decrescente em A (ou apenas estritamente decrescente se A = Df ) se,
para quaisquer dois elementos x1 e x2 de A , x1 < x2 & f(x1) > f(x2) .
• A função f é constante em A (ou apenas constante se A = Df ) se, para quaisquer dois elementos x1
e x2 de A , f(x1) = f(x2) .

Função monótona em sentido lato


Dada uma função f real de variável real e A 1 Df , diz-se que:
• A função f é crescente em sentido lato em A (ou apenas crescente em sentido lato se A = Df )
se, para quaisquer dois elementos x1 e x2 de A , x1 < x2 & f(x1) G f(x2) .
• A função f é decrescente em sentido lato em A (ou apenas decrescente em sentido lato se A = Df )
se, para quaisquer dois elementos x1 e x2 de A , x1 < x2 & f(x1) H f(x2) .

126

645624 124-129 U13.indd 126 20/03/15 10:40


Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

Função monótona
Dada uma função real de variável real f e A 1 Df , f diz-se (estritamente) monótona em A
(ou simplesmente (estritamente) monótona, se A = Df ) , se for (estritamente) crescente ou
(estritamente) decrescente em A e diz-se que f é monótona, em sentido lato, em A (ou simplesmente
monótona, em sentido lato, se A = Df ) , se for crescente ou decrescente, em sentido lato, em A .

Intervalos de monotonia
Dada uma função real de variável real f , um intervalo I 1 Df , tal que f|I é (estritamente) monótona,
designa-se por intervalo de (estrita) monotonia de f .

Extremos de uma função real de variável real

Extremos absolutos de uma função


Designa-se por mínimo absoluto (respetivamente, por máximo absoluto) de uma função f , real de variável
real, o valor f(a) do contradomínio de f , tal que 6x ! IR, f(a) G f(x) (respetivamente, 6x ! IR,
f(a) H f(x) ) .
O máximo absoluto e o mínimo absoluto de f designam-se por extremos absolutos de f .

Majorante e minorante de uma função


Dada uma função real de variável real f , de domínio Df , um número real M designa-se por majorante
(minorante) de f quando 6x ! Df , f(x) G M ( 6x ! Df , f(x) H M ) .
Uma função que admita um majorante (respetivamente, um minorante) diz-se majorada (respetivamente,
minorada).

Função limitada
Uma função que é simultaneamente majorada e minorada designa-se por função limitada.

Noção de vizinhança
Dado um número real x0 e um número positivo r , designa-se por vizinhança r de x0 , e representa-se
por Vr (x0) , o intervalo ]x0 - r, x0 + r[ .

Extremos relativos de uma função


Diz-se que uma função f , real de variável real, atinge um mínimo relativo ou local (respetivamente,
atinge um máximo relativo ou local), em a ! Df , quando existe r > 0 , tal que 6x ! Vr (a) + Df ,
f(a) G f(x) (respetivamente, 6x ! Vr (a) + Df, f(a) H f(x) ) . Neste caso, f(a) designa-se por mínimo
relativo ou local (respetivamente, máximo relativo ou local) de f e a por um minimizante (respetivamente,
por um maximizante) de f .

Sentido da concavidade do gráfico de uma função


Dada uma função real de variável real f , diz-se que o gráfico de f tem concavidade (estritamente)
voltada para cima (respetivamente, concavidade estritamente voltada para baixo), num dado intervalo
I 1 Df , se, dados quaisquer três pontos P , Q e R de abcissas em I , tais que xP < xQ < xR ,
o declive da reta PQ é inferior (respetivamente superior) ao da reta QR .

127

645624 124-129 U13.indd 127 20/03/15 10:40


ESSENCIAL

Funções elementares

Função afim: monotonia e extremos


• U ma função afim definida por f(x) = ax + b é crescente (decrescente) se, e somente se, a > 0
( a < 0 ) e não tem extremos absolutos.
• Se a = 0 , a função é constante e b é máximo e mínimo absoluto de f .

Função quadrática
Designa-se por função quadrática qualquer função f: IR " IR definida por uma expressão do tipo
f(x) = ax2 + bx + c , a, b, c ! IR , com a ! 0

Gráfico e sentido da sua concavidade


O gráfico de uma função quadrática definida por f(x) = ax2 + bx + c, a, b, c ! IR, a ! 0 é uma parábola

de vértice V f- , f d- np , com concavidade voltada para cima, se a > 0 , ou voltada para baixo, se a < 0 .
b b
2a 2a

Monotonia e extremos

a>0 a<0

f é estritamente crescente em <- , +3< , f é estritamente decrescente em <- , +3< ,


b b
2a 2a
estritamente decrescente em F-3 , - F e tem estritamente crescente em F-3 , - F
b b
2a 2a
mínimo absoluto f d- n. e tem máximo absoluto f d- n.
b b
2a 2a

Zeros e sinal da função quadrática


-b ! D
ax2 + bx + c = 0 + x = , com T = b2 - 4ac
2a
T < 0 Não tem zeros T = 0 Tem um zero T > 0 Tem dois zeros
y y y
x ! ]x1, x2[ + f(x) < 0
f(x) > 0 +
a>0 x1 0 x2 x
+ x ! ]-3, x1[ ,
0 x 0 x
f(x) > 0, 6x ! IR f(x) H 0, 6x ! IR , ]x2, +3[
y y y
x ! ] x1, x2[ + f(x) > 0
0 x 0 x u4p128h3
0 x f(x) < 0 +
a<0 u4p128h1 u4p128h2 x1 x2 + x ! ]-3, x1[ ,
f(x) < 0, 6x ! IR f(x) G 0, 6x ! IR , ]x2, +3[

u4p128h4 u4p128h5
u4p128h6
Inversa da função quadrática f(x) = x2 Inversa da função cúbica f(x) = x3
A função f : IR+0 " IR+0 definida por f(x) = x2 A função f : IR " IR definida por f(x) = x3
3
é bijetiva e 6x ! IR+0 , f -1(x) = x. é bijetiva e 6x ! IR, f -1(x) = x.
128

645624 124-129 U13.indd 128 20/03/15 10:40


Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

Função módulo Propriedades


Dado x ! IR , designa-se y Para quaisquer números reais b e d :
por módulo (ou valor absoluto) 1. x - b = 0 + x = b
1
de x o número real definido 2. x - b = d + x = b + d 0 x = b - d (d H 0)
por: x = )
x se x H 0 21 0 1 x
3. x - b < d + b - x < d / x - b < d +
-x se x 1 0 +b-d<x<b+d
A função f : IR " IR definida por f(x) = x 4. x - b > d + b - x > d 0 x - b > d +
designa-se por função módulo (ou valor absoluto). +x<b-d0x>b+d
u4p129h1
Composição com a função módulo Funções definidas analiticamente por
n
y f y g(x) = a x - b + c (a, b, c ! IR, n ! {2, 3})
6 Podem ser definidas pela expressão
g(x) = af(x - b) + c . O gráfico de g
é imagem do gráfico de f pelas transformações
0 2 x 23 3 x
f g geométricas que lhe estão associadas.
g(x) =| f(x)| g(x) = f ^ x h Dg = IR , se n = 3 e Dg = [b, +3[ , se n = 2

u4p129h2 u4p129h3Função polinomial

Designa-se por função polinomial qualquer função real de variável real que pode ser definida
analiticamente por um polinómio (com uma só variável).

Função definida por ramos


Seja f: Df " IR uma função e A1, A2, … , An , n conjuntos, disjuntos dois a dois, tais que
A1 , A2 , … An = Df (partição de Df ) . Se, em cada um dos conjuntos A1 , A2 , …, An , f é definida
por f1(x) , f2(x) , …, fn(x) , respetivamente, diz-se que f é uma função definida por ramos pelas
expressões fj(x) nos conjuntos Aj , respetivamente, j ! {1, …, n} .

Operações algébricas com funções

Função soma e função produto Função quociente


Dadas funções f: Df " IR e g: Dg " IR , Dadas funções f: Df " IR e g: Dg " IR , designa-se
designam-se por função soma de f com g f
por quociente de f por g a função g : D gf " IR
e por função produto de f por g as funções
de domínio Df + Dg " IR definidas, para cada ( D gf = Df + {x ! Dg: g(x) ! 0} ) , definida,
elemento x do respetivo domínio, por para cada elemento x do respetivo domínio, por
(f + g)(x) = f(x) + g(x) e (fg)(x) = f(x)g(x) , f f (x)
respetivamente. g (x) =
g (x)

Função potência
Dados uma função f: Df " IR e um número racional r , designa-se por potência de expoente r de f
a função f r: Df r " IR ( Df r é o conjunto dos números reais x , para os quais está definido 7 f (x)A ) ,
r

definida para cada elemento x do respetivo domínio, por


f r(x) = 7 f (x)A
r

129

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AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


SUGESTÃO
O professor deve incentivar
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
os alunos para que façam são apresentadas.
uma leitura atenta das
sínteses dos vários 1
conteúdos estudados. Na figura, está representado um cubo. Considere que um ponto P D P C
Deste modo, os alunos
sistematizam as suas
se desloca ao longo do trajeto que a figura sugere: P parte de A
aprendizagens e podem e percorre sucessivamente as arestas [AB] , [BC] e [CD] , A B
proceder a uma terminando o percurso em D . O ponto P demora um segundo d (t)
autoavaliação dos seus
conhecimentos. a percorrer cada uma das arestas.
G
As sínteses salientam ainda Seja d(t) a distância do ponto P ao ponto E e t os segundos após H
os aspetos mais importantes
do tema em estudo.
a partida.
E F
Qual dos gráficos seguintes pode ser o da função d ?
(A) (B) (C) (D)
d d d d u4p130h1

0 1 2 3 t 0 1 2 3 t 0 1 2 3 t 0 1 2 3 t

2 
Na figura estão representados, em referencial o.n. xOy , y
parte de uma parábola definida pela equação y = 4 - x2 A
e o triângulo [ABC] .
u4p130h2 u4p130h3 u4p130h4 u4p130h5
Sabe-se que:
• o ponto A é um ponto que se move sobre a parábola
de B para C ; B C
• os pontos B e C são os pontos de interseção O x
da parábola com o eixo Ox .
A área do triângulo [ABC] , A(x) , em função da abcissa de A , x , é dada por:
(A) A(x) = 8 - 2x2
(B) A(x) = 2x2 - 8
u4p130h6
(C) A(x) = 16 - 4x2
4 - x2
(D) A(x) =
2
3 
Seja f a função de domínio [0, +3[ , cujo gráfico está representado na figura.
Seja f -1 a função inversa da função f .
Qual é o valor de f(4) + f -1(4) ?
y

0 2 4 6 8 10 12 14 16 x

(A) 4 (B) 8 (C) 10 (D) 18

130 u4p130h7

645624 130-143 U13.indd 130 20/03/15 10:41


Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

4 
Seja f uma função ímpar de domínio IR .
Qual das afirmações seguintes é verdadeira?
(A) f não tem zeros.
(B) f tem exatamente dois zeros.
(C) f tem um número ímpar de zeros, se este número for finito.
(D) f tem um número par de zeros, se este número for finito.

5 
Na figura está representada uma função f de domínio [-3, 3] . y
Seja g a função de domínio IR definida por
1
g(x) = -2x + 1
Qual é o valor de ^f % g-1h(3) ? f
O 1 x

(A) -1
(B) 0
(C) 1
(D) 2 u4p131h1

6 
Indique qual das expressões seguintes define uma função injetiva, de domínio IR .
1
(A) x2 + 1 (B) (C) x3 (D) 1 - x
x
7 
Sejam h e j duas funções afins definidas analiticamente por
h(x) = 4x + 5 e j(x) = 2x - 5k
Para que valor de k se tem as funções h % j (x) = j % h (x) ?
1 1
(A) -1 (B) - (C) 0 (D)
3 3
8 
Na figura, estão representadas graficamente y
as funções f e g . Pode afirmar-se que:
(A) g(x) = f(x + 5) - 1
f g
(B) g(x) = f(x - 5) - 1
O x
(C) g(x) = 5f(x) + 1
(D) g(x) = f(5x)

9 
a>0 e T<0
De uma função quadrática g , em que g(x) = ax2 + bx + c , sabe-se que u4p131h2
(T é o binómio discriminante). Então:
(A) g tem dois zeros e é positiva em IR .
(B) g tem apenas um zero e é negativa em IR .
(C) g não tem zeros e é positiva em IR .
(D) g não tem zeros e é negativa em IR .

131

645624 130-143 U13.indd 131 20/03/15 10:41


AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

10 
Seja f uma função quadrática de mínimo 6 em x = -1 . Então, o conjunto solução
da equação f(x) = f(2) é:
(A) {2} (B) {-4, 2} (C) {-3} (D) {-2, 2}

11 
Seja f uma função quadrática que tem máximo m e zeros distintos a e b , em que b > a .
O gráfico de f é uma parábola cujo vértice tem coordenadas:

(A) d , mn (C) d , mn
b-a b+a
(B) (b - a, m) (D) (m, a + b)
2 2
12 y
Considere a função quadrática f representada na figura.
Como a figura sugere, -1 e 2 são zeros de f e f(0) = -2 .
2
Quantos zeros tem a função g definida por g(x) = f (x) - 2 ?
(A) 4 (C) 2
22 21 O 1 2 3 x
(B) 3 (D) 1
22
13 
O gráfico de uma função quadrática f é uma parábola com a concavidade voltada para cima,
que interseta o eixo Ox nos pontos de abcissa -2 e 1 .
Seja g a função definida por g(x) = f (x - 2) . u4p132h1
Selecione a afirmação verdadeira:
(C) gc m é um máximo relativo de g .
3
(A) g não tem extremos relativos.
2
(B) g é uma função quadrática. (D) 6x ! IR, g(x) > 0

14
Considere a função f de domínio [-3, 3] representada graficamente na figura.
A função f pode ser definida analiticamente por:
y

(A) f(x) = )
x +1 se -3 G x G 0
4
-x - 1 se 0 1 x G 3
4
(B) f(x) = x
3
23 0 3 x
(C) f(x) = )
x -1 se -3 G x G 0
-x + 1 se 0 1 x G 3
(D) f(x) = x + 1

15  u4p132h2
Considere uma função h , de domínio IR , cujos zeros são -1 , 2 e 3 . Seja f a função
definida em IR por f(x) = h` x j . Quais são os zeros de f ?
(A) 1 , 2 e 3 (C) -3 , -2 , -1 , 1 , 2 e 3
(B) 2 e 3 (D) -3 , -2 , 2 e 3

16
Considere a função h , real de variável real: h(x) = * 2
x 2 +1 se x H 0
x -9 se x 1 0
O conjunto dos zeros de h é:
(A) {-3, 1} (B) {-3, 3} (C) {-1, 1} (D) {-3}

132

645624 130-143 U13.indd 132 20/03/15 10:41


Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

17 
Considere a função f , de domínio IR , definida por f(x) = x - 2 .
Qual das equações seguintes tem duas soluções distintas?
(A) f(x) = -7 (C) f(x) = -2
(B) f(x) = -3 (D) f(x) = 3

18 
Uma função f , de domínio IR , tem um zero no intervalo [-1, 2] . Qual das expressões
seguintes define uma função que tem, necessariamente, um zero no intervalo [-5, -2] ?
(A) f(x + 4) (C) f(x) - 4
(B) f (x) + 4 (D) f(x - 4)
Exame Nacional do 12.º ano

19  y
Na figura, está representada parte do gráfico de uma f
função f , polinomial de 3.º grau. 2
Sabe-se que 2 é um máximo relativo de f para x = 4 .
0 4 x
Seja g a função, de domínio IR , definida por
g(x) = f(x) - 2
Quantos são os zeros da função g ?
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4
Exame Nacional do 12.º ano, 2001
u4p133h1
20 
O conjunto solução da condição x(x - 1)2(x - 2) G 0 é:
(A) [0, 2] (C) ]-3, 0] , [1, 2]
(B) ]-3, 0] , [2, +3[ (D) [0, 1] , [2, +3[

21 
Sejam g e h duas funções afins, tais que:
• g é crescente e tem -3 como zero;
• h é decrescente e tem zero igual a 1 .
Considere a função f , tal que f = gh .
Das afirmações seguintes, apenas uma é verdadeira. Identifique-a.
(A) A função f é quadrática e tem apenas um zero.
(B) f(-1) é o máximo absoluto de f .
(C) f tem um mínimo absoluto em x = -1 .
(D) f é decrescente.

22 
Considere duas funções f e g de domínios IR e IR\{2} , respetivamente.
Sabe-se que a equação g(x) = 0 tem conjunto solução {3, 4} .
f
Então, o domínio de g é:
(A) IR\{2} (C) IR
(B) IR\{3, 4} (D) IR\{2, 3, 4}

133

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AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos
que tiver de efetuar e as justificações necessárias.

23
Determine a de modo que a parábola definida pela equação y = x2 e a reta de equação
y = ax - 1 tenham um único ponto em comum.

24  y
Considere a função quadrática f , de domínio IR , f
representada graficamente na figura ao lado.
Faça corresponder cada um dos gráficos seguintes
O 2 4 x
às funções definidas por:
22
(A) g(x) = -f(x) + 2
(B) i(x) = f(-x)
(C) h(x) = f (x)
(D) j(x) = - h (x - 2) + 2
u4p134h1
I y III y

2 2

O 2 x O 2 4 x

II y IV y

u4p134h2 u4p134h3
2

24 22 O 2 4 x O 2 4 x
22

25 
1
Considere as funções f , g e h definidas em IR por f(x) = - 2x , g(x) = x2 + 3
x u4p134h4 2
u4p134h5
e h(x) = .
3
Resolva a equação g % f (x) = h(12) .

26 
Estude a paridade das seguintes funções, reais de variável real, definidas por:
a) f(x) = -x2 + 3x4 c) h(x) = x x e) j(x) = x3 + 2x + 1
3
b) g(x) = 3x + 2 d) i(x) = -2 x f) l(x) = x2 + x3

27
Considere as funções f e g , reais de variável real, definidas por f(x) = x2 - 4 e g(x) = x.
27.1 Caracterize a função g % f .
27.2 Determine o conjunto solução da equação g % f (x) = x + 2 .
27.3 Mostre que (fg)_ 2 i = -2 4 .
5

134

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Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

28 
Diz-se que duas funções f e g são permutáveis se f % g = g % f .
Mostre que as funções definidas em IR pelas expressões seguintes são permutáveis:
a) f(x) = x3 e g(x) = x4
b) f(x) = 3x - 6 e g(x) = 2x - 3

29 
Considere duas funções f e g afins definidas por f(x) = 3x + b e g(x) = mx + 1 , em que
b e m são números reais não nulos.
Determine a relação entre b e m para que as funções f e g sejam permutáveis.

30 
Numa cena de um filme, dentro de um avião, a namorada
do herói é empurrada pelo vilão, caindo sem paraquedas.
O herói apanha um paraquedas e salta atrás dela, para a salvar.
A altura h , em metros, a que o herói e a namorada se encontram
do solo, é dada, em função do tempo t , em segundos, após
a queda da rapariga por
h1(t) = -5(t - 3)2 + 1450, t H 3 e h2(t) = -3,2t2 + 1450, t H 0 ,
respetivamente.
Evidentemente, o herói salva a sua amada.
Sem recorrer à calculadora, exceto para eventuais cálculos numéricos, responda às questões
seguintes.
30.1 Quanto tempo decorreu desde que o herói saltou até apanhar a namorada?
30.2 A que altura se encontravam os dois em relação ao solo, no momento da interseção?

31 
Na figura, está representada parte do gráfico de uma função f , de domínio ]-3, 6] ,
constituído por um arco de parábola e uma semirreta.

y
a

1
2
22 O 4 6 x
22

A semirreta tem origem no ponto (0, 0) e passa em (-2, 1) .


Os pontos de coordenadas (0, 0) e (4, 0) pertencem ao arco de parábola e o vértice tem
coordenadas (2, -2) . u4p135h2
31.1 Defina analiticamente a função.
31.2 Represente graficamente a função definida por p(x) = f (x - 2) .
31.3 Indique o conjunto solução da condição f(x) > 0 .
31.4 Indique uma restrição de f injetiva.

135

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AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

32  y
r
No referencial ortogonal da figura estão representadas uma reta r
p
e uma parábola p .
2 A
Sabe-se que:
• a reta r passa na origem e no ponto A(1, 2) ;
• a função cujo gráfico é a parábola p tem os zeros 0 e 1
e contradomínio ;- , +3; .
1 0 1 x
4
32.1 Determine:
a) as coordenadas dos pontos de interseção da reta r e da parábola p .
b) a equação reduzida da reta paralela a r e tangente à parábola p , e as coordenadas
do ponto de tangência. u4p136h1
Seja f a função cujo gráfico é a reta r e g a função cujo gráfico é p . Determine:
32.2 
a) g % f (1) + f -1(3)
b) o contradomínio da função h definida por h(x) = -g(x) + 3 .

33 
O espaço de travagem de um automóvel é dado,
aproximadamente, pelo modelo
3 29 2
d(v) = v+ v ,
16 5000
em que d representa o espaço percorrido na travagem,
em metros, e v a velocidade do automóvel, em km/h .
Sem recorrer à calculadora, exceto para eventuais
cálculos numéricos, responda às questões seguintes.
Que espaço de travagem será necessário para um carro travar a uma velocidade
33.1 
de 50 km/h ? E se for a 100 km/h ?
Qual é a influência do aumento da velocidade no espaço de travagem? Justifique.
33.2 
Durante uma viagem, o Pedro vê um obstáculo a 40 metros do carro. Se a sua velocidade,
33.3 
nesse instante, for de 60 km/h , conseguirá evitar o choque?
Nas autoestradas são frequentes os avisos que aconselham os automobilistas a manter uma
33.4 
distância de 100 metros do veículo da frente. Atendendo a este facto, e ao modelo
apresentado, qual é a velocidade máxima permitida para circular em segurança nessas
vias?
Apresente o resultado final arredondado às unidades. Sempre que nos cálculos intermédios
proceder a arredondamentos, conserve no mínimo três casas decimais.

34 
Uma flecha é lançada de baixo para cima e a altura que atinge, t
segundos depois de ser lançada, é dada, em metros, por:
h(t) = -5t2 + 40t + 2
Sem recorrer à calculadora, exceto para eventuais cálculos numéricos,
resolva os dois itens seguintes.
34.1 De que altura foi lançada a flecha e qual a altura máxima que
atingiu?
34.2 Resolva a condição h(t) H 62 e interprete a solução
no contexto do problema.

136

645624 130-143 U13.indd 136 20/03/15 10:42


Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

35 
Na figura está representado um retângulo [ABCD] . Este retângulo é o esboço de uma placa
decorativa de 12 cm de comprimento por 6 cm de largura, constituída por duas partes, uma
vermelha e outra branca.

12 cm
B Q A

P
6 cm
R

C S D

A parte branca é um paralelogramo, [PQRS] , cujos lados são paralelos às diagonais


do retângulo [ABCD] .
u4p137h1
Seja x o comprimento de [AP] , medido em centímetros ( x ! ]0, 6[ ) .
Sem recorrer à calculadora, exceto para eventuais cálculos numéricos, resolva os três itens seguintes.
35.1 Mostre que a área, em cm2 , da parte vermelha da placa é dada, em função de x , por
A(x) = 4x2 - 24x + 72
Determine o valor de x para o qual a área da parte vermelha é igual à área da parte branca.
35.2 
35.3 Determine, caso existam, os valores de x para os quais a área branca ocupa mais de 75 %
da placa.

36 
Um fabricante de móveis vai lançar no mercado um novo
modelo de cadeira para escritório.
Sabe-se que para vender x cadeiras o preço a cobrar por
cadeira, em euros, tem de ser 40 - 0,003x (quanto mais
cadeiras vender, menor será o preço a cobrar por cada uma).
Sem recorrer às capacidades gráficas da calculadora,
responda às questões seguintes.
Justifique que a função que dá o preço final obtido na
36.1 
venda de x cadeiras é definida por
p(x) = -0,003x2 + 40x, x > 0
36.2 Determine o preço final máximo obtido e o número de cadeiras que é necessário vender
para o obter.
O fabricante sabe que o negócio só será lucrativo se o produto total obtido na venda
36.3 
não for inferior a 119 250 euros. Determine o número de cadeiras que têm de ser
vendidas para não haver prejuízo.

37 
Resolva, em IR , as seguintes condições:
a) x2 - 6x < 7 d) x + x-2 = 4 g) x x - 6 < 7
2 3
b) x - 2x + 1 G 0 e) 3
3x - 2x = x h) x3 G 9x
c) 2 x- x 2 + 2x = 0 f) x + 2 < x i) (x + 1)(x2 - 3x + 2) > 0

137

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AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

38 
Considere a função h: IR " IR , definida por
h(x) = 3 - x + 1
38.1 Represente h sem recurso ao símbolo e estude a monotonia e existência de extremos de h .
38.2 Sem recorrer à calculadora, resolva a condição h(x) G -1 .

39 
A figura representa o gráfico de uma função g y
de domínio [-5, 4] , em que C1 é um arco 6
de parábola e C2 o segmento de reta [AB] , B C1
4
com A(-2, 0) e B(-5, 4) .
C2
39.1 Indique: A
a) o contradomínio e os zeros da função g . 25 22 O 2 4 x

b) os valores de x , tais que g(x) H 0 . 22

Represente p e t graficamente, sendo:


39.2 
a) p(x) = -g(x - 1)
b) t(x) = 2 + g (x)
Defina g analiticamente.
39.3 
u4p138h1
40
Considere, num referencial o.n. xOy , o gráfico da função f , de domínio [0, 1] , definida por
f(x) = 2x3 + 3x + 1
e a reta r , de equação y = 5 .
Considere ainda o ponto P de coordenadas (0, r) e o ponto de interseção, Q , do gráfico de f
com a reta r .
Recorrendo às capacidades gráficas da sua calculadora, determine a área do triângulo [OPQ] .
Apresente o resultado final arredondado às décimas.
Na sua resposta, apresente o gráfico da função, ou os gráficos das funções, visualizado(s),
o triângulo [OPQ] e as coordenadas de Q arredondadas às centésimas.

41
Considere a função f , de domínio [0, 3] , definida por
f(x) = 3x2 - x3
41.1 Determine analiticamente o conjunto solução da condição f(x) G 2 .
41.2 No domínio indicado, determine, recorrendo às capacidades gráficas da sua calculadora,
um valor, aproximado às décimas, da área do trapézio [ABCD] , em que:
• A e B são os pontos de interseção do gráfico da função f com o eixo Ox ;
• C e D são os pontos de interseção do gráfico da função f com a reta de equação y = 3 .
Reproduza o gráfico, ou gráficos, visualizado(s) na calculadora, devidamente
identificado(s), incluindo o referencial.
Desenhe o trapézio [ABCD] , assinalando os pontos que representam os seus vértices.

NOTA: Nas coordenadas dos vértices em que é necessário fazer arredondamentos,
utilize duas casas decimais.

138

645624 130-143 U13.indd 138 20/03/15 10:42


Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

42 
Seja g a função, real de variável real, definida por g(x) = 3 - 2x + 1 .
42.1 Determine os valores de x , tais que g(x) = 0 .
Esboce o gráfico de g e indique o seu contradomínio.
42.2 
Recorrendo a um quadro de sinais, resolva a condição g(x + 1)g(x) G 0 .
42.3 

43 
Considere as funções f e g , reais de variável real, definidas por:
f(x) = x2 e g(x) = 4 - 5x 2
Determine o domínio de g .
43.1 
Resolva, recorrendo a métodos exclusivamente analíticos, f(x) = g(x) .
43.2 
43.3 Caracterize f % g .

44 
Na figura, estão representadas graficamente duas funções, f e g .
y

2
1

21 O 1 2 x

22

Sabe-se que:
• f é uma função quadrática cujo gráfico tem vértice (0, -2) ;
u4p139h1
• g é uma função afim, tal que g(2) = 2 e g(0) = 1 .
44.1 Determine ^f + g-1h(1) .
44.2 Defina f e g por uma expressão analítica.
44.3 Determine os valores de x para os quais a função fg é negativa.
44.4 Indique o número de soluções da condição f (x) = 1 .

45 
Seja f a função de domínio IR definida por

*
x 3 + 3x 2 - 4x se x G 3
f(x) =
-2x + 1 se x 2 3
45.1 Determine os zeros de f .
45.2 Resolva analiticamente, em ]-3, 3] , a condição f(x) < 0 .
Apresente o conjunto solução usando a notação de intervalos de números reais.
45.3 Considere a função g de domínio IR definida por g(x) = x2 + 2x + 1 .
Determine f % g(-1) .
45.3.1 
f
Indique o domínio de g .
45.3.2 

Determine f 2_ 2 i .
45.3.3 
Professor
LIVROMÉDIA

Teste 13

139

645624 130-143 U13.indd 139 20/03/15 10:42


PREPARAÇÃO PARA O TESTE 8

Professor I
TEM
SUGESTÃO DÚVIDAS?
As autoavaliações
apresentadas
Para cada uma das questões deste grupo, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
têm como são apresentadas.
objetivo aferir
as aprendizagens 1
dos alunos. Na figura está representada em referencial ortogonal uma função f , y CONSULTE
Estas podem ser AS PÁGINAS
realizadas na aula
real de variável real, de domínio [-2, 2] . 2 14, 34 a 36
e 55.
ou como trabalho A afirmação verdadeira é:
de casa e ser alvo
de correção (A) f é decrescente. 22 O 2 x
e esclarecimento
de dúvidas em
(B) f é ímpar.
22
aulas reservadas (C) f tem dois zeros.
para esse efeito.
Estes testes (D) f é injetiva.
servem
igualmente como 2 
preparação para
u4p140h1
os testes Considere uma função f , tal que o seu gráfico é uma parábola com vértice (1, 3) . CONSULTE
AS PÁGINAS
sumativos.
Qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira em relação à função 32 a 36,
76 a 84
g(x) = f(x + 1) - 3 ? E 39 A 41.

(A) A função g tem 2 zeros.


(B) A função g é ímpar.
(C) A função g é par.
(D) O contradomínio de g é IR+
0 .

3 
Considere as funções f e g definidas por f(x) = x e g(x) = x . CONSULTE
A PÁGINA
O conjunto solução da equação f(x) = g(x) é: 88.

(A) {0, 1} (B) IR (C) {0} (D) IR+


0

4 
Seja h: IR+0 " ]-3, 1] definida por h(x) = 1 - x. CONSULTE
AS PÁGINAS
A função inversa de h é: 96 E 97.

h-1: ]-3, 1] " IR+0


(A)  h-1: ]-3, 1] " IR+0
(C) 
x 7 (x + 1)2 x 7 x2 + 1
(B) h-1: ]-3, 1] " IR+
0 (D) h-1: ]-3, 1] " IR+
0

x 7 (x - 1)2 x 7 x2 - 1

5
Os alunos do 10.º ano decidiram organizar uma festa na escola para, no máximo, 250 alunos. CONSULTE
AS PÁGINAS
A comissão constituída para a organizar, depois de várias investigações, apresentou aos colegas 86 E 87.

a seguinte função, que representa o lucro, em euros, a obter em função do número de bilhetes
vendidos:

f(x) = *
10x - 1000 se 0 G x < 150
12,5x - 1375 se 150 G x G 250
Os lucros da festa destinam-se à organização de uma viagem orçamentada em 1200 euros.
Qual é o número mínimo de bilhetes que será necessário vender para cobrir o custo da viagem?
(A) 100 (C) 206
(B) 145 (D) 220

140

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Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

TEM
II DÚVIDAS?
Nas questões seguintes, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver
de efetuar e as justificações necessárias.

1 
Seja f uma função quadrática com zeros -1 e 2 cujo gráfico interseta o eixo Oy no ponto
de ordenada 4 .
Indique os intervalos de monotonia da função f .
1.1  CONSULTE A
PÁGINA 79.
1.2 Determine o domínio de: CONSULTE A
PÁGINA 31.
a) g(x) = f (x) - 4
2
b) h(x) =
f (x + 1)
1.3 Prove que t(x) = 1 - f ` x j é uma função par e represente-a graficamente. CONSULTE A
PÁGINA 95.
1.4 Mostre que f(x) = -2x2 + 2x + 4 e, usando processos exclusivamente analíticos, CONSULTE
AS PÁGINAS
determine as coordenadas do vértice da parábola representativa da função f . 76 A 83.

2 
Considere as funções, reais de variável real, definidas por:
f(x) = x3 - 4x + 3 , g(x) = x - 1 e h(x) = x+5
Recorrendo exclusivamente a processos analíticos, resolva as três primeiras alíneas seguintes:
2.1 Sabendo que 1 é um zero da função f determine os restantes zeros. CONSULTE A
PÁGINA 107.
2.2 Resolva a equação g(x) = h(x) . CONSULTE
AS PÁGINAS
2.3 Caracterize as funções seguintes, apresentando as suas expressões analíticas na forma mais 104 E 105.

simplificada possível:
f
a) g CONSULTE A
PÁGINA 112.
CONSULTE A
b) h % g PÁGINA 19.

2.4 O conjunto solução da condição CONSULTE A


PÁGINA 107.
 f(x) G x / x > 0
é um intervalo do tipo [c, d] .
Utilizando a calculadora, determine valores aproximados para c e d (apresente
o resultado arredondado às centésimas).
Explique como procedeu, apresentando o(s) gráfico(s) obtido(s) na calculadora.

3 
Seja p(x) = 2 x - 3 - 1 .
3.1 Defina a função p sem utilizar o simbolo e estude a existência de extremos relativos. CONSULTE A
PÁGINA 89.
3.2 Recorrendo a processos exclusivamente analíticos, resolva: CONSULTE
AS PÁGINAS
a) p(x) G 3 91 A 94.

b) p(x2) = 7

Grelha de avaliação
PARTE I II
Questões 1a5 1.1 1.2 1.3 1.4 2.1 2.2 2.3 2.4 3.1 3.2
Cotações 5 # 10 = 50 5 10 + 10 15 15 10 15 10 + 10 15 15 10 + 10

141

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PREPARAÇÃO PARA O TESTE 9
TEM
I DÚVIDAS?
Para cada uma das questões deste grupo, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
são apresentadas.

1
Sejam f e g duas funções reais de variável real. CONSULTE
AS PÁGINAS
Sabe-se que f tem domínio IR e é par e g é estritamente crescente. 34 E 35.

Considere as seguintes proposições:


p: 6x ! Df, f(x - 2) = f(2 - x)
q: 7x1, x2 ! Dg: x1 ! x2 / g(x1) = g(x2)
Das proposições seguintes, indique a que tem valor lógico falsidade:
 /q
(A) p (B) p 0 q (C) p & ~q (D) ~p & p

2 
Considere a função, real de variável real, definida por CONSULTE
AS PÁGINAS
se x 1 0 86 E 87.
h(x) = * 2
-2x 3 - 2
x -3 se x H 0
h _- 2 i
O valor de é:
h `3 j
3
2

2 2 -1 4 2 -2 1
(A) (B) (C) 56 (D)
12 13 56
3 
Na figura ao lado, estão representados, em referencial ortogonal y CONSULTE
A PÁGINA 60
do plano, parte do gráfico de uma função f e a reta AB . no volume 2.
B
A função f é definida por f
3
f(x) = x -1
Os pontos A e B são pontos do gráfico de f , a abcissa de A é 0 O x
e a ordenada de B é 1 .
A
Uma equação vetorial da reta AB é:
(A) (x, y) = (0, 1) + k(1, 2), k ! IR
(B) (x, y) = (0, -2) + k(2, 2), k ! IR
(C) (x, y) = (1, 1) + k(-1, -1), k ! IR u4p142h1
(D) (x, y) = (2, 1) + k(-1, -1), k ! IR
CONSULTE
4 AS PÁGINAS
82 E 83
A condição x = -2 / y = -1 define, num referencial o.n. Oxyz do espaço: no volume 2.

(A) uma reta paralela ao eixo Oz . (C) um plano paralelo ao yOz .


(B) um plano perpendicular a xOz . (D) uma reta perpendicular a yOz .
CONSULTE
5  AS PÁGINAS
21 E 39 a 41.
Sejam f e g duas funções bijetivas, inversas uma da outra. Sabe-se que o ponto de
coordenadas (1, 3) pertence ao gráfico de f . Indique qual dos seguintes pontos pertence
necessariamente ao gráfico da função definida por h(x) = 2g(x - 1) + 2 .
(A) A(2,8) (B) B(2,4) (C) C(4,2) (D) D(4,4)

142

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Domínio 4 Funções Reais de Variável Real

TEM
II DÚVIDAS?
Nas questões seguintes, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver
de efetuar e as justificações necessárias.

1 
Considere o ponto P (-3, 4, 1) .
1.1 Indique a equação de um plano paralelo a x0z que contenha o ponto P . CONSULTE
AS PÁGINAS
79 A 81 no
1.2 Indique, justificando, se é verdadeira ou falsa a seguinte afirmação: volume 2.

«O ponto P pertence à esfera de centro na origem e raio 6 .» CONSULTE


AS PÁGINAS
90 E 91 no
1.3 Determine uma equação do plano mediador de [OP] na forma volume 2.
ax + by + cz = d, com a, b, c, d ! IR CONSULTE
A PÁGINA 86
no volume 2.
2 
Considere a função definida por f(x) = x + 1 + 5- x e a função g: [-1, +3[ " [0, +3[
definida por g(x) = x + 1 . CONSULTE
AS PÁGINAS
2.1 Determine o domínio e os zeros de f . 31 E 99.
2.2 Justifique que g admite inversa e mostre que g-1(x) = x2 - 1 . CONSULTE
AS PÁGINAS
2
2.3 Determine o domínio de fg e calcule [( fg)(2)] . 96 E 97.
CONSULTE
3 y f A PÁGINA 111.
 g h
Na figura estão representadas, em referencial o.n. xOy ,
partes dos gráficos de três funções polinomiais f , g e h .
• A função f é definida por
1 1 B
 f(x) = x3 - 2x2 + x + 3
2 2
• Os pontos A e B são pontos de interseção dos três gráficos, A O x
A tem ordenada nula e B abcissa 1 .
• O gráfico de h é uma reta paralela à bissetriz dos quadrantes ímpares e o gráfico de g ,
uma parábola que passa na origem do referencial.
3.1 Encontre expressões analíticas que definam as funções g e h . u4p143h1 CONSULTE
as páginas
77 a 79.
SUGESTÃO: D
 etermine, sequencialmente, a ordenada de B ; uma expressão que defina h ;
a abcissa de A e uma expressão analítica de g .
CONSULTE
3.2 Resolva analiticamente a inequação f(x) H 0 . A PÁGINA
107.
f
3.3 Mostre que a função é uma restrição da função polinomial definida por CONSULTE
h A PÁGINA
1 5 112.
p(x) = x2 - x + 3 e diga qual é o seu domínio.
2 2
3.4 Sejam S e S1 os conjuntos dos pontos de interseção dos gráficos de f e h e dos gráficos CONSULTE
A PÁGINA 57
de f e g , respetivamente. no volume 1.

Apenas uma das seguintes condições é universal. Indique-a, justificando.


A. x ! S1 & x ! S
Professor
B. x ! S & x ! S1 LIVROMÉDIA

Ficha de avaliação 8
Grelha de avaliação CADERNO
PARTE I II DE ATIVIDADES
Questões 1a5 1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 2.3 3.1 3.2 3.3 3.4 e avaliação contínua
Cotações 5 # 10 = 50 8 12 15 20 15 15 20 15 15 15 Avalio o meu sucesso 5

143

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MATEMÁTICA NO MUNDO REAL
FUNÇÕES, FÍSICA E ECONOMIA

«H
á um enigma que desde sempre tem perturbado as mentes.
Como pode a Matemática, sendo um produto do pensamento
humano independente da experiência, ser tão admiravelmente
apropriada aos objetos

da realidade?»
Albert Einstein

A análise da influência da variação de determinadas variáveis na variação


de outras, ou seja, a análise de funções, é um dos ramos mais fecundos na
modelação matemática, quer na Física quer nas outras ciências.
O estudo de funções permite projetar máquinas e edifícios, prever catástrofes
naturais, descobrir formas de curar doenças, compreender a economia mundial,
manter aviões no ar, etc.

Função afim nas compras diárias

determinado
Em geral, a compra de um
antidade
produto é proporcional à qu
adquirida.

Assim, o valor a pagar na compra de


x unidades de um determinado
produto, com um preço fixo a por
unidade, é dado em função de x por
v(x) = ax

Funções e queda livre


o-se
eda livre, desprezand
O movimento de qu
um movimento
a resistência do ar, é
erado, sendo a sua
uniformemente acel e.
eleração da gravidad
aceleração igual à ac

Assim, a altura de um corpo largado no vácuo


de uma altura h0 (em metros), t segundos após ser
largado, pode ser definida pela função quadrática:
1
h(t) = h0 - gt2 , t H 0
2
A velocidade terminal de um grave em queda livre
é dada em função da altura inicial por:
v = 2gh0

144

645624 144-145.indd 144 20/03/15 10:44


Domínio 4 FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL

Custo total, receita líquida e lucro — operações


com funções reais de variável real
o produto
uç ão de x un id ad es de um determinad
od
sto total Ct(x) da pr os, Cf (independentes
do número
Numa empresa, o cu rc ela s, os cu sto s fix C (x) ,
soma de duas pa e os custos variáveis, v
resulta, em geral, da ss oa l, se gu ro s, … ),
as — despesas com pe rial utilizado, eletricid
ade, …).
de unidades produzid es pr od uz id as (m ate
mero de unidad
que dependem do nú
Ct(x) = Cf + Cv(x)

O custo unitário médio determina-se dividindo o custo total pelo número de unidades
produzidas, ou seja,
Ct (x)
Cm(x) = x

A receita total, R , é igual ao produto do número de unidades x , vendidas com o preço


f(x) estabelecido por unidade, que pode ou não depender do número de unidades
vendidas, ou seja,
R(x) = xf(x)

A função lucro total, L , na venda de x unidades é a diferença entre as funções


receita e custo total, ou seja,
L(x) = R(x) - Ct(x)

Em Economia, os custos, as receitas e, consequentemente, os lucros, são


modelados por funções polinomiais. Envolvem, por isso, a determinação
do sinal de uma função, para determinar, por exemplo, o número de
unidades que se deve produzir para haver lucro ( L(x) > 0 ) , o máximo
de uma função (lucro máximo) ou o mínimo de uma função (custo
mínimo), etc.

145

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Domínio 5
ESTATÍSTICA

UNIDADE 14 Características amostrais p. 148

AS SUAS METAS
• Manipular o sinal de somatório.
• Utilizar as propriedades da média de uma amostra.
• Definir e conhecer propriedades da variância e do desvio-padrão de uma amostra. Professor
• Definir e conhecer propriedades do percentil de ordem k . LIVROMÉDIA

• Resolver problemas envolvendo a média e o desvio-padrão de uma amostra. Planos


• Resolver problemas envolvendo os percentis de uma amostra. de aula
163 a 184

147

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14
UNIDADE

NOTA HISTÓRICA
D. João III (1502-1557)
14.1
Características
amostrais

Somatórios
A recolha intencional de dados, atividade a que o Homem se dedica
desde sempre, tem como objetivo ampliar o conhecimento acerca
de determinados fenómenos.

Nos nossos dias, essa recolha de dados e o seu tratamento ocupam,


cada vez mais, um papel preponderante na sociedade. A recolha inten-
cional de dados, o tratamento, a análise e a interpretação dos mesmos
fazem parte de qualquer estudo estatístico. Todos os dias somos con-
frontados com notícias baseadas em estudos estatísticos que, com
maior ou menor importância, pretendem transmitir informações em
diferentes domínios da atualidade.
Um dos primeiros estudos
«estatísticos» que se conhecem
em Portugal foi efetuado EXEMPLO 1
por D. João III, em 1527, e ficou Dois em cada três portugueses apostam na lotaria ou jogos de sorte
conhecido pelo «numerando
dos vizinhos», tendo permitido
estabelecer uma estimativa
da população portuguesa.
Este é também um dos primeiros
estudos deste género conhecidos
na Europa.

O estudo TGI da Marktest contabiliza cerca de 5,6 milhões de por-


tugueses que referem ter apostado na lotaria ou noutros jogos de
sorte nos últimos 12 meses.
Grupo Marktest, 19 de agosto de 2014

Como foi estudado no Ensino Básico, em estudos estatísticos, depois de


recolhidos os dados é necessário tratá-los e organizá-los. A organiza-
ção e o tratamento de dados permitem resumir os dados de várias formas,
Professor utilizando tabelas de distribuição, gráficos e, quando as características
LIVROMÉDIA tratadas são suscetíveis de ser medidas ou contadas, por estatísticas que
se designam por medidas de localização (média, mediana, quartis, …)
PowerPoint
Referência histórica e de dispersão (amplitude, amplitude interquartil, …).

Atividades Uma das medidas de localização utilizada em estatística e muito usada


da Unidade 14
na comunicação social para resumir dados quantitativos é a média.
148

645624 146-161 U14.indd 148 20/03/15 10:44


UNIDADE 14 Características amostrais

EXEMPLO 2 Professor
Notas do 9.º ano subiram a Português e a Matemática Metas curriculares
Os alunos parecem ter tido razão: este ano, os exames nacionais EST10
Descritor 1.1
do 9.º ano foram mais fáceis. A Português a classificação média
subiu de 49 % para 56 % e a Matemática de 44 % para 53 % .
Nada que as associações de professores não tivessem previsto.
in Público, 14 de julho de 2014

A média de um conjunto de dados numéricos (x1, x 2 , …, x n), com


n ! IN , representa-se por x e, como se sabe, é o quociente entre
a soma dos respetivos valores e o número de dados, ou seja,
x1 + x2 + … + xn
x= n
O numerador desta fórmula pode ser abreviado utilizando o símbolo R , NOTA
sinal de somatório, e que permite resumir a soma x1 + x2 + … + xn , O símbolo R é a letra «sigma»
escrevendo n (maiúscula) do alfabeto grego,
/ xi que corresponde ao «S» do
i=1 alfabeto latino e indica uma soma.
Assim, em estatística, não só no estudo da média, mas também no cál-
culo de outras medidas, é importante compreender o significado deste
símbolo, bem como as suas propriedades.
AVALIAR CONHECIMENTOS

1
Somatório
Calcule a média
Dado p ! IN e uma sequência de números reais
dos seguintes conjuntos
(x1, x2, …, xp) , de dados numéricos:
a soma x1 + x2 + … + xp designa-se por somatório de 1 a p a) (2, -1, -2, 4, 5)
dos xi (ou por soma dos p termos da sequência), represen- b) (2, 3, 5, 7, 11)
tando-se por:
c) d ,- , n
p
1 2 1
/ xi 3 3 2
i=1
A variável i diz-se o índice do somatório. d) (r, -2r, 5r, -4r)

149

645624 146-161 U14.indd 149 20/03/15 10:44


EXEMPLO 3
A soma dos seis primeiros números naturais ímpares:
1 + 3 + 5 + 7 + 9 + 11
pode ser escrita, de forma abreviada, recorrendo ao sinal de somatório.
Com efeito, definindo a sequência dos seis primeiros números natu-
rais ímpares por
ak = 2k - 1 , em que k ! {1, 2, 3, 4, 5, 6}
o somatório
1 + 3 + 5 + 7 + 9 + 11 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + a6
pode ser escrito na forma
6 6
/a k = / (2k - 1)
k=1 k=1
A expressão dada lê-se «somatório, de k = 1 até 6 , de 2k - 1 » .

Em vez da letra k (variável muda) utilizada no exemplo 3, pode usar-se


qualquer outra letra para índice do somatório, sendo que i , j , k , l ,
m e n são as mais comuns.

EXEMPLO 4
6 6
/ (2k -1) = /(2i -1)
k=1 i=1

A soma de termos consecutivos de uma sequência pode ser abreviada,


utilizando o símbolo de somatório, mesmo que essa soma não se inicie
no primeiro termo.

EXEMPLO 5
A soma dos cinco números ímpares consecutivos a partir do 7.º,
inclusive, representa-se por:
11
/(2i -1) = 13 + 15 + 17 + 19 + 21 = 85
i=7
E a soma dos cinco números pares consecutivos a partir do 7.º,
inclusive, representa-se por:
11
AVALIAR CONHECIMENTOS / 2j = 14 + 16 + 18 + 20 + 22 = 90
j=7
2
Escreva, usando o sinal
de somatório: Assim, de uma forma mais geral, tem-se:
a) 5 + 7 + 9 + 11 + 13
Dados os números p, m ! IN , tais que 1 G m G p e uma
b) 1 + 4 + 9 + 16 + 25
sequência de números reais (xm, xm + 1, … , xp) , a soma
c) a4 + a5 + a6 + a7 xm + xm + 1 + … + xp
1 1 1 designa-se por somatório de m a p dos xi e representa-se por
d) + +…+
2 3 15 p

e) 1 × 2 + 2 × 3 + 3 × /x i
i=m
×4+4×5+5×6 m diz-se o índice inferior do somatório e p o índice superior do
f) 3 + 9 + … + 6561 somatório.

150

645624 146-161 U14.indd 150 20/03/15 10:44


UNIDADE 14 Características amostrais

O número de parcelas de um somatório pode ser obtido adicionando Professor


uma unidade à diferença entre o limite superior e o inferior. Metas
curriculares
Ou seja, dado 1 G m G p , m, p ! IN , tem-se que o número de par- EST10
Descritor 1.1
celas do somatório
p
/x k
k=m
é igual a p - m + 1 .

EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
Calcule o valor dos seguintes somatórios e indique o número
de parcelas de cada um.
8
a) /l 2

l=5
8
1
b) / k (k + 1)
k=3
20
c) /n 2

n=20

RESOLUÇÃO:
8
a) /l 2
= 52 + 62 + 72 + 82 = 174
l=5
AVALIAR CONHECIMENTOS
A soma tem quatro parcelas ( 8 - 5 + 1 = 4 ) .
8 3
b) / k (k 1+1) = 121 + 201 + 301 + 42
1
+
1
56
+
1
72
=
2
9 Determine
k=3 9
A soma tem 8 - 3 + 1 = 6 parcelas. /a k
20 k=3

c) /n 2
= 202 = 400 considerando que:
n=20
a) ak = 3 - k
A soma tem uma parcela. b) ak = 2k
(-1)k
c) ak =
k +1
No caso em que a sequência é formada por elementos todos iguais, por 4 n
exemplo, (3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3) , a soma Seja / (4k - 10) .
k =12
3+3+3+3+3+3+3+3+3+3
4.1 Que valor deve ter n
pode, por exemplo, ser escrita como de forma que o somatório
10 tenha 12 parcelas?
/ 3 = 10 × 3 = 30 4.2 Considere n = 18 .
k=1
4.2.1 Qual é a quinta
ou
14
parcela?
/ 3 = (14 - 5 + 1) × 3 = 30 4.2.2 Determine o valor
k=5 do somatório.
Podem-se escolher dois quaisquer m e n para índice inferior
5
e superior, respetivamente, tais que m - n + 1 = 10 , ou seja,
Determine:
m=n+9. 25
2
m /
/ 3 = (m - n + 1) × 3 = 10 × 3 k=1 5
i=n

151

645624 146-161 U14.indd 151 20/03/15 10:44


Professor Propriedades dos somatórios
Metas curriculares
EST10
Descritor 1.2 TAREFA 1

Tarefa 1
Calcule e compare: 6 6
6
/ _2k i = 2 / k
3
6
3
= 880
/ (2k ) e 2 / k 3 3

k=2 k=2
k=2 k =2

Na resolução da tarefa 1, pode constatar-se que


6 6
/ (2k ) = 2 / k
3 3

k=2 k=2

Este facto resulta da aplicação da propriedade distributiva da multipli-


cação relativamente à adição, aplicada ao produto de 2 pela soma
das parcelas 23 , 33 , 43 , 53 , 63 .

De uma forma geral, da aplicação da propriedade distributiva da mul-


tiplicação em relação à adição, resulta a seguinte propriedade dos
somatórios:

Propriedade homogénea
Dados p ! IN , m ! IR e uma sequência de números reais
(x1, x2 , … , xp) , tem-se que:
p p
/(mx ) = m / x i i
i=1 i=1

Efetivamente, de acordo com a definição de somatório, tem-se


p
/(mx ) = mx
i 1 + mx2 + … + mxp
i=1

E, pela propriedade distributiva


p
mx1 + mx2 + … + mxp = m(x1 + x2 + … + xp) = m / xi
i=1

Portanto,
p p
/(mx ) = m / x
i i
i=1 i=1

Ou seja, a propriedade anterior representa, usando o símbolo somató-


rio, a propriedade distributiva da multiplicação relativamente à adição
aplicada ao produto de m pela soma das p parcelas x1, x2, …, xp .

Claramente, a propriedade não depende do limite superior e inferior


AVALIAR CONHECIMENTOS do somatório, e o mesmo acontecerá com as propriedades enunciadas
6 de seguida.
Sabendo que
10
/ (mx ) = -2000
k EXEMPLO 6
k=1 6
e m = 25 , determine: /3i = 3 ◊ 3 + 3 ◊ 4 + 3 ◊ 5 + 3 ◊ 6 =
10 i=3
/x 6
= 3 ◊ (3 + 4 + 5 + 6) = 3/ i
k
k=1
i=3

152

645624 146-161 U14.indd 152 20/03/15 10:45


UNIDADE 14 Características amostrais


Decomposição de um somatório em somas de somatórios Professor
Metas curriculares
Dados uma sequência de números reais com p elementos (x1, …, xp) EST10
e um número natural n , tal que n < p , aplicando a propriedade Descritor 1.3

associativa da adição ao somatório

x1 + x2 + … + xp =
= x1 + x2 + … + xn + xn + 1 + … + xp

pode escrever-se
p n p
/x k = (x1 + x2 + … + xn ) + (xn + 1 + … + xp) = / xk + / xk
k=1 k=1 k=n+1

Assim,

Propriedade associativa
Dados p ! IN , uma sequência de números reais (x1, x2 , … , xp)
e um número natural n , tal que n < p , tem-se que:
p n p
/x k = / xk + / xk
k=1 k=1 k=n+1

EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
Considere o somatório:
8
/x k
k=1

2.1 Usando a propriedade anterior, separe a expressão dada em


dois somatórios, um com três parcelas e o outro com as res-
tantes parcelas. AVALIAR CONHECIMENTOS

2.2 Sabendo que: 7


8 12 Sabendo que
x1 = 100 ; / xk = 2015 e / xk = 502 20

Calcule:
k=1 k=9 / x = 30
i
i=1
12 e
a) /x k 28
k=1 / x = 45
i
i=21
8
b) /x k
Determine, justificando:
28
k=2

RESOLUÇÃO:
/x i
i=1
8 3 8 5 8
exemplo: / xk = / xk + / xk ou / xk + / xk
8
2.1 Por
k=1 k=1 k=4 k=1 k=6 Sabendo que
50
12
/x
8 12
/i 2
= 42 925
2.2 a) k = / xk + /x k = 2015 + 502 = 2517 i=1
k=1 k=1 k=9
determine:
8 8 51
b) / x = /x /i 2
k k - x1 = 2015 - 100 = 1915 a)
k=2 k=1 i=1
50
b) /i 2

i=3

153

645624 146-161 U14.indd 153 20/03/15 10:45


Professor AVALIAR CONHECIMENTOS Dado um número natural p > 1 , tem-se, por definição de somatório
Metas e por aplicação das propriedades comutativa e associativa, que
9
curriculares p
EST10
Sabendo que
20
/(x + y ) = (x
i i 1 + y1) + (x2 + y2) + … + (xp + yp) =
Descritor 1.4
/ x = 1030 i
i=1

i=1 = x1 + y1 + x2 + y2 + … + xp + yp =
calcule:
= (x1 + x2 + … + xp) + (y1 + y2 + … + yp) =
/d x + n
20
3 i
2 p p
= / xi + / yi
i=1

10 i=1 i=1
Sabendo que:
a1 = 4 ; a2 = -3 ;
a3 = 5 ; a4 = -2 Propriedade aditiva
e bk = k, k ! {1, 2, 3, 4} Dados p ! IN e as sequências de números reais (xi)1 G i G p
determine: e (yi)1 G i G p , tem-se que:
4 p p p
a) /a k / (x + y ) = / x + / y
i i i i
k=1
i=1 i=1 i=1
4
b) / (4a ) k
k=2
3
Para representar a sequência (x1, x2, …, xp) utiliza-se (xi)1 G i G p .
c) / (a ) k
2

k=1
3
d) / (a k+1 - ak) EXEMPLO 7
k=2
4
A expressão (i 2)1 G i G 4 representa a sequência (1, 4, 9, 16) .
e) / (a k + bk)
k=1
4
f) / (a b ) k k
EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
k=1 Sabendo que
11 100

Resolva, em ordem a x , / x = 2525i


i=1
as equações:
6 Calcule:
a) 3x - /2 =1 l 100
/ (2x - 5)
l=1 a) i
8 i=1
b) / (5k + x) = 0 100
k=3
b) / (3 - x ) i
12 i=1
Sabe-se que RESOLUÇÃO:
p
p (p + 1)
/ k = 2 , 6 p ! IN a) Aplicando sucessivamente as propriedades aditiva e homogé-
k=1 nea, vem:
12.1 Determine: 100 100 100 100

a)
30
/ (5k) /(2x - 5) = / (2x ) + / (-5) = 2/ x - 5 × 100 =
i i i
i=1 i=1 i=1 i=1
k =1
20 = 2 × 2525 - 500 = 4550
b) /k b) De igual modo,
k =4
35 100 100 100
c) / (3k - 2) / (3 - x ) = / 3 - / x =
i i
k =1
i=1 i=1 i=1
12.2 Mostre que:
p = 100 × 3 - 2525 = -2225
/ (2k - 1) = p , 2

k=1

6 p ! IN

154

645624 146-161 U14.indd 154 20/03/15 10:45


UNIDADE 14 Características amostrais

14.2 Média de uma amostra Professor


Metas curriculares
Quando se realiza um estudo estatístico, pretende-se estudar uma EST10
Descritor 2.1
característica comum aos elementos de um determinado conjunto,
designado por população. Cada elemento da população em estudo é,
como se sabe, designado por unidade estatística.

Em geral, a característica em estudo assume diferentes valores (número


ou modalidade), um por cada unidade estatística, designando-se por
variável estatística quantitativa (ou numérica) quando a mesma
é suscetível de ser medida ou contada, e variável estatística qualitativa,
caso contrário.

Uma variável estatística associa a cada unidade estatística um único


valor (numérico ou modalidade), sendo, por isso, uma função cujo
domínio é a população e cujo conjunto de chegada é o conjunto dos
valores que esta pode assumir.

Em particular:

Variável estatística quantitativa


Uma variável estatística quantitativa em determinada população
é uma função numérica, definida na população, que a cada uni-
dade estatística associa o valor que mede a característica em
estudo nesse elemento da população.

EXEMPLO 8
Num estudo estatístico realizado
numa escola secundária ­selecionou-se
uma amostra de vinte jovens aos quais
se perguntou o número de vezes que AVALIAR CONHECIMENTOS
viajaram para o estrangeiro, obtendo-
13
-se os resultados seguintes, apresentados pela ordem com que foram
recolhidos (a ordem é a de leitura, ou seja, da esquerda para a
direita, iniciando-se no primeiro elemento da primeira linha).
4 0 0 2 0 0 3 0 3 2
3 1 3 1 5 4 0 2 1 1
Identificando cada elemento da amostra com a ordem pela qual O sexo de 16 pessoas
o seu registo foi efetuado, define-se uma função escolhidas ao acaso é
u5p151h2
x: {1, 2, …, 20} " {0, 1, 2, 3, 4, 5} M F F M M M F F
que a cada ordem associa o respetivo valor. M M F M F F M M
Desta forma, obtém-se uma sequência de valores x1, x2, …, x20 , em que M representa
onde x1 = x(1) = 4 , x2 = x(2) = 0 , … , x20 = x(20) = 1 . o sexo masculino e F ,
Fica assim definida a variável estatística x : número de vezes que o sexo feminino.
o aluno viajou para o estrangeiro. Considerando a variável x ,
sexo, indique o valor de x3
e de x11 .
Observe-se que se denota x(i) por xi .
155

645624 146-161 U14.indd 155 20/03/15 10:45


Professor RECORDAR Amostra de uma variável estatística
Metas A frequência absoluta de uma
curriculares
Dada uma variável estatística quantitativa x em determinada
categoria ou classe de determinado população e uma amostra A de dimensão n ! IN dessa popula-
EST10
conjunto de dados é o número de
Descritores 2.2
elementos da população (amostra)
ção cujos elementos estão numerados de 1 a n , representa-se por
e 2.3
que pertencem a essa categoria xi o valor da variável x no elemento de A com o número i .
LIVROMÉDIA
ou classe. A sequência (x1, x2, …, xn ) designa-se por amostra da variável x
Internet A categoria ou classe com maior ou simplesmente amostra e representa-se por x .
Amostras: frequência designa-se moda. +
gerar números Os valores x1 , x2 , …, xn designam-se por valores da amostra.
aleatórios

AVALIAR CONHECIMENTOS No exemplo 6, a amostra é a sequência dos vinte elementos (x1, x2, …, x20)
14 aí definida.
Uma loja de informática
registou as seguintes vendas A média da amostra de uma variável estatística quantitativa pode ser
de computadores, durante expressa com recurso ao sinal de somatório da forma que segue:
um ano, de acordo com
o seu preço: Fórmula da média
Dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , n ! IN de uma variável
+
estatística x , a média representa-se por x e é dada pela expressão
n
/x i
i=1
x= n

EXEMPLO 9
Preço N.º de A média da amostra x definida no exemplo 8 é:
+
(€) computadores 20

700 17
/x i
i=1 4 + 0 + 0 +…+ 2 +1+1
x= = = 1,75
900 41 20 20
Ou, começando por organizar os dados numa tabela, agrupando-os
1100 50 de acordo com os respetivos valores, tem-se:
1300 32
Kx 0 1 2 3 4 5
1500 23
n 6 4 3 4 2 1
1700 12
6 # 0 + 4 #1 + 3# 2 + 4 # 3 + 2 # 4 + 1# 5
Determine o preço médio x= = 1,75
20
dos computadores vendidos K para os diferentes valores da amostra e n para as
Nota: Usa-se x
neste ano.
respetivas frequências absolutas.
Apresente o resultado
arredondado às unidades.
Embora a amostra do exemplo 8 tenha vinte elementos, a variável ape-
15 nas assume 6 valores diferentes, 0 , 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , sendo que cada
Considere a seguinte amostra: um deles surge 6 , 4 , 3 , 4 , 2 , 1 vezes, respetivamente.
x = (23, 17, 19, x4, x5, 16)
Representando, respetivamente, por xK1 , xK2 , xK3 , xK4 , xK5 , xK6 , os valores
+ 0 , 1 , 2 , 3 , 4 , 5 da amostra e por n1 , n2 , n3 , n4 , n5 , n6 os respe-
Sabendo que a média tivos valores da frequência absoluta, a fórmula da média desta amostra
da amostra é 20 e a moda pode ser escrita da seguinte forma:
/ n Kx
é 23 , que valores podem 6

tomar x4 e x5 ? j j
j=1
x=
20
156

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UNIDADE 14 Características amostrais

Repare-se que o número total de dados é 20 e é igual à soma de todas


6
RECORDAR Professor
as frequências absolutas, ou seja, / nj = 20 . A frequência relativa de uma Metas
curriculares
j=1 categoria ou classe de determinado
EST10
conjunto de dados é o quociente Descritor 2.4
entre a frequência absoluta dessa
Fórmula da média para dados agrupados categoria ou classe e o número
Dados um número natural n e uma amostra x = (x1, x2, …, xn ) , total de dados.
com m valores ( 1 G m G n ) , representando-se por xK o con-
+

junto dos valores da amostra, por xK1, Kx2, …, Kxm os elementos


de xK e por n1, n2, …, nm as respetivas frequências absolutas,
tem-se que:
m
/n j =n
j=1
AVALIAR CONHECIMENTOS
e
/ n Kx
m
16

j=1
j j Num bairro foram
x= n selecionadas 25 famílias
para responderem à questão:
«Quantos automóveis
Pela propriedade homogénea, ­tem-se que possuem?»

/ n Kx
m
Os resultados do inquérito
j foram resumidos na tabela
= / c n Kx j m ,
j
j=1 nj m
x= n seguinte.
j=1

ou seja, Kx fr

x = / ( fr j Kx j) ,
m
0 0,08
j=1
1 0,48
em que frj = n é a frequência relativa do valor xKj .
nj
2 0,28
3 0,12
EXEMPLO 10
4 0,04
Inquiriu-se um grupo de jovens sobre o número de filmes que
tinham visionado na última semana e os resultados estão resumidos
16.1 Quantas famílias
no seguinte gráfico de barras de frequências relativas: possuíam
fr 2 automóveis?
16.2 Determine
a percentagem
0,2
de famílias desta
amostra com mais
de 2 automóveis.
0,1
16.3 Determine o número
médio de automóveis
por família.
0 1 2 3 4 5 6
N.º de filmes visionados
17

A média de filmes visionados pelos jovens nessa semana foi: A média de seis números
é de 5,8 e a média de outros
x = / ( fr j Kx j) = 0,15 × 0 +
7
0,19 × 1 + … + 0,06 × 6 = 2,47
u5p153h1 nove números é de 6,5 .
j=1
Calcule a média do total
dos 15 números.

157

645624 146-161 U14.indd 157 20/03/15 10:45


NOTA Propriedades da média de uma amostra
Calculadora:
1
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
O valor da média pode ser obtido
recorrendo ao menu STAT  Escola Secundária Alfa Beta é uma escola de sucesso.
A
da calculadora: introduzir na lista Todos os alunos que entraram no 10.º ano, há dois anos, estão
L1 as idades e na L2 as respetivas agora a frequentar o 12.º ano.
frequências; no menu STAT
No início do ano letivo foi feito um levantamento das idades dos
selecionar CALC e depois,
1:1-Var Stats; indicar as listas alunos da escola que frequentam o 12.º ano. Os dados recolhidos
das idades (L1) e das frequências encontram-se resumidos graficamente a seguir.
(L2) separadas por uma vírgula
e carregar em ENTER. f.a.
70
62
60
50
40
32
30
20 15
10
2
0
16 17 18 19 Idade

a) Calcule a média de idades dos alunos do 12.º ano da escola.


2 b) Indique
qual era a média de idades destes alunos quando ini-
O valor da média pode ser obtido ciaram o 10.º ano. u5p154h1
recorrendo ao menu STAT
RESOLUÇÃO:
da calculadora: introduzir na lista
List1 as idades e na List2 as a) Utilizando a fórmula da média para dados agrupados organi-
respetivas frequências; selecionar zados obtém-se:
F2 CALC, seguido de F6 SET 15#16 + 62 #17 + 32 #18 + 2 #19
onde deve verificar se o ecrã x= . 17,2
111
obtido é o que se segue, onde b) Como há dois anos todos estes alunos tinham menos dois
se indica que a lista 1 se refere aos
valores da variável em estudo
anos, a média das idades destes alunos no início do 10.º ano
e a lista 2 às respetivas frequências. era, aproximadamente, 15,2 .
Efetivamente, sendo, na altura da recolha dos dados, o con-
junto dos valores das idades
Kx = (16, 17, 18, 19)
há dois anos seria
Ky = (14, 15, 16, 17)
Caso o ecrã não seja este deve ser
alterado em conformidade.
Para indicar que a lista 1 se refere e, porque o conjunto dos alunos não se alterou, as frequências
aos valores da variável selecionar
absolutas correspondentes aos valores 14 , 15 , 16 e 17 são,
F1 (LIST) e no menu que surge
introduzir o número 1 (n.º da lista). respetivamente, as mesmas que as correspondentes aos atuais
O mesmo procedimento para indicar 16 , 17 , 18 e 19 .
que a lista 2 se refere às frequências. Portanto,
Após esta definição selecionar 15#14 + 62 #15 + 32 #16 + 2 #17
EXIT e aí escolher F1 (1VAR). y= . 15,2
111
Obtém-se:

Na resolução do exercício anterior, observa-se que, ao subtrair a todos


os valores da variável em estudo 2 unidades, a média da nova variável
obtém-se subtraindo 2 unidades à média da variável dada.
158

645624 146-161 U14.indd 158 20/03/15 10:45


UNIDADE 14 Características amostrais

Facilmente se compreende que passados h anos, a média de idades Professor


deste grupo de alunos será igual a 17,2 + h e que este resultado pode Metas curriculares
ser generalizado para qualquer amostra de qualquer variável. EST10
Descritor 2.5

Tarefa 2
TAREFA 2 2.1 As remunerações atualizadas são:
A Dona Maria tem uma pequena empresa 367,5 ; 756 ; 577,5 ; 446,25 e 420 .
A média das remunerações anteriores
de têxteis na qual emprega 5 colabora- é 489 e das atuais é 513,45 euros.
dores, cujas remunerações se encontram 2.2 A razão é de 1,05 .

registadas na tabela seguinte.


Como a empresa tem algum sucesso,
a Dona Maria decidiu aumentar a remu-
neração dos seus colaboradores em 5 % .

Colaborador Remuneração anterior Remuneração atualizada AVALIAR CONHECIMENTOS

Alice 350 € ? 18
Joana 720 € ? A professora Maria corrigiu
os 24 testes da sua turma
João 550 € ? e obteve a classificação
Luís 425 € ? média de 14,2 .
Pedro 400 € ?

2.1 Complete a tabela calculando as remunerações atualizadas em 5 %


e determine a média das remunerações anteriores e das atualizadas.
2.2 Calcule a razão entre a remuneração atualizada e a anterior.

A tarefa anterior e o exercício resolvido 4 realçam a seguinte propriedade A Joana esteve doente
da média de uma amostra. e foi fazer o teste mais tarde,
obtendo a classificação
Proposição de 12,5 .
Dados n ! IN , uma amostra x = (x1, x2, …, xn) e números Sabendo que a Joana
+ pertence à turma, qual
reais a e h , a amostra y = (ax1 + h, ax2 + h, …, axn + h)
+ é agora a classificação média
representa-se por ax + h e tem média y = ax + h .
+ da turma?
Também se utiliza a notação a x + h .
+
19
Nesse mesmo teste,
Demonstração:
os alunos queixaram-se de
Com efeito, considerando n ! IN , uma amostra x = (x1, x2, …, xn)
+ que este era muito extenso
e os números reais a e h , a amostra
e trabalhoso e, por isso,
y = (ax1 + h, ax2 + h, …, axn + h) não conseguiram alcançar
+
tem média n
melhores classificações.
/ (axi + h) A professora Maria refletiu
i=1
x= n e concluiu que os seus alunos
tinham razão. Resolveu,
Aplicando sucessivamente as propriedades aditiva e homogénea dos
então, dar a todos os alunos
somatórios, vem:
n n n n uma bonificação de 8 % .
/ (ax + h) i / (ax ) + / h
i a / xi Calcule a média atual
i=1 i=1 i=1 i=1 nh de classificações da turma.
y= n = n = n + n = ax + h
c.q.d.
159

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Professor AVALIAR CONHECIMENTOS EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
Metas 20 Considere a amostra x = (9, 10, 10, 10, 11, 11, 12, a) , a ! Z .
curriculares +
Considere uma amostra x
EST10 + Seja x a média de x .
Descritor 2.7 de média 3,52 . +
Indique a média das seguintes 5.1 Determine o valor de x para: a = 1 ; a = 9 e a = 13 .
amostras: 5.2 Determine o valor de a para o qual:
a) 0,1x b) x + 5,4 c) -2x -5 a) x = 14
+ + +
21 b) x=7
Numa empresa observa-se c) x > 12
a seguinte distribuição
RESOLUÇÃO:
de salários:
5.1 A média desta amostra é dada em função de a por
Salários (€) n 9 + 3#10 + 2 #11 + 12 + a 73+ a
x= =
8 8
550 10
Para a = 1 , a = 9 e a = 13 , tem-se, respetivamente:
700 12
73 + 1
920 21
• x= = 9,25
8
1100 8 73 + 9
• x= = 10,25
8
2700 3
73 + 13
• x= = 10,75
5800 1 8
73+ a
Nas questões seguintes 5.2 a) = 14 + 73 + a = 112 + a = 39
8
apresente o resultado em euros,
arredondado às centésimas. 73+ a
b) = 7 + 73 + a = 56 + a = -17
8
21.1 Calcule o salário médio.
73+ a
21.2 Em dezembro, todos c) > 12 + 73 + a > 96 + a > 23
8
os funcionários da
empresa recebem uma
bonificação. Sabendo
que o salário médio O exercício anterior mostra que a média é «pouco resistente» enquanto
dos funcionários da medida de localização, uma vez que basta alterar o valor de um dos
empresa nesse mês elementos da amostra para que o valor da média se altere.
foi, aproximadamente,
de 1066,73 euros, De facto, é claro que, dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , o valor
n +
determine o valor da
bonificação.
/ xi
i=1

21.3 Numa reestruturação n


da empresa decidiu-se se altera ao mudar um dos valores xi .
abolir o cargo de diretor
geral, cujo salário 
Interpretação física da média de uma amostra
era de 5800 euros,
mantendo todos Do ponto de vista da Física, a média de uma amostra x = (x1, x2, …, xn)
os outros funcionários +
pode ser interpretada como o centro de gravidade de um segmento
e respetivos salários. de reta, contido numa reta numérica, no qual se colocou, para cada
Após esta mudança valor xj da amostra, um ponto material de abcissa xj e massa unitária,
qual passou a ser o
ou seja, a abcissa do centro de gravidade do objeto assim obtido é o
salário médio nesta
ponto de abcissa igual à média x da amostra.
empresa?

160

645624 146-161 U14.indd 160 20/03/15 10:45


UNIDADE 14 Características amostrais

EXEMPLO 11 Professor
Colocando sobre a reta numérica os pontos cujas abcissas são Metas curriculares
os elementos da amostra EST10
Descritor 2.6
x = (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8)
+
obtém-se o objeto simbólico representado na figura seguinte, onde
cada ponto representa um ponto material de massa unitária.

1 2 3 4 ]x 5 6 7 8

O centro de gravidade desta amostra é o ponto da reta numérica


de abcissa x = 4,5 , que é,u5p157h1
neste caso, o ponto médio do segmento
de reta de extremos nos pontos de abcissa 1 e 8 .
Repare-se que neste caso os pontos materiais estão igualmente
distribuídos à esquerda e à direita do ponto médio do segmento
de reta, pelo que «suspendendo» o segmento por esse ponto este
permanecerá em repouso na posição horizontal.
No entanto, como se percebe, este equilíbrio é muito instável,
bastando alterar a posição de um dos pontos materiais ou a massa
de um deles para que a posição do centro de gravidade se altere.
Se um dos pontos se deslocar para a direita o centro de gravidade
deslocar-se-á também para a direita; por exemplo, se
x = (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 16) , tem-se x = 5,5
+
1 2 3 4 5 ]x 6 7 16

Por outro lado, também o aumento da massa de um dos pontos


materiais provoca alteração da posição do centro de gravidade.
Se, por exemplo, o ponto de abcissa 2 tiver massa 3 , o centro
u5p157h2
de gravidade deslocar-se-á para a esquerda.
]x

1 2 3 4 5 6 7 8 AVALIAR CONHECIMENTOS

Na condição inicial de cada ponto material ter massa unitária, 22

aumentar a massa do ponto de abcissa 2 significa colocar sobre Considere a amostra


u5p157h3
o mesmo três pontos materiais, ou seja, a amostra é, neste caso,
x = (1, 1, 2, 4, 5, 6, 6, 8)
+
22.1 Determine o centro
x = (1, 2, 2, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) de gravidade
+
Ou, dito de outro modo, no conjunto dos valores da amostra, da amostra.
Kx = (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) , o valor 2 tem frequência absoluta 3 , 22.2 Substitua um dos
e os restantes valores, frequência 1 . elementos da amostra
por outro, de modo que
a média da amostra
Esta representação física da média permite observar que um único seja superior a 6 .
valor maior (menor) que todos os outros pode «arrastar» a média para 22.3 Quantos elementos
valores superiores (inferiores) a todos os valores da amostra menos iguais a 1 é necessário
um, ilustrando, mais uma vez, a fragilidade da média como medida acrescentar à amostra
de localização. dada, de forma a obter
uma amostra com
média igual a 2 ?

161

645624 146-161 U14.indd 161 20/03/15 10:45


EXEMPLO 12
Na amostra apresentada no exercício resolvido 5, fazendo a = 39 ,
obtém-se na reta numérica:
1 3 2 1 1
10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
]x

E para a = -17 :
u5p158h1
1 1 3 2 1
216 214212210 28 26 24 22 0 2 4 6 ]x 8 10 12

nota: O s números a laranja representam a frequência absoluta


de cada valor da amostra (ou seja, a massa do ponto mate-
u5p158h2
rial).

Outro resultado que se pode observar nesta representação é:

A média de uma amostra situa-se sempre entre os valores


máximo e mínimo da amostra, não podendo ser igual ao mínimo
AVALIAR CONHECIMENTOS sem ser igual ao máximo, o que acontece se, e somente se,
a amostra for constante.
23
Mostre que uma amostra
finita de valores todos iguais
Com efeito, dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , se x(1) e x(n) são,
a k tem média igual a k . +
respetivamente, os valores mínimo e máximo da amostra, e x a média,
24 tem-se
Considere os seguintes
diagramas de barras: x(1) G xi G x(n), 6 i ! {1, 2, …, n}
(I) 8
Então,
6 6
4 4 n n n n
2 2 /x (1) G / xi G / x(n) + n × x(1) G / xi G n × x(n)
i=1 i=1 i=1 i=1

12 13 14 15 16 17 18
e, dividindo todos os membros das desigualdades por n , obtém-se
(II) 9 o pretendido, ou seja,
8

6 u5p158h3
6 x(1) G x G x(n)
4
2 2
No caso particular em que a amostra é constante, o valor mínimo
12 13 14 15 16 17 18 e máximo coincidem, isto é, x(n) = x(1) .
(III) 8
Então ,
6 6
u5p158h4
5
4 x(1) G x G x(1) ,
3
2
portanto,
12 13 14 15 16 17 18

x = x(1) = x(n)
Para cada um deles assinale,
aproximadamente, o centro
u5p158h5
de gravidade da amostra.

162

645624 162-182 U14.indd 162 20/03/15 10:54


UNIDADE 14 Características amostrais

Reciprocamente, se x = x(1) , tem-se Professor


n Metas curriculares
/ x = nx
i (1) EST10
i=1 Descritor 3.1
e admitindo que existe um único elemento, xp , da amostra diferente
de x(1) , como x(1) G xi, 6 i e xp > x(1) , então
n
/x =x
+ … + x1 + xp + x1 + … + x1 =
i 1
i=1
= (n - 1)x1 + xp > (n - 1)x(1) + x(1) = nx(1)
o que é absurdo.

Portanto, todos os elementos da amostra são iguais a x(1) , ou seja,


a amostra é constante. No caso em que x = x(n) , tira-se analogamente
a mesma conclusão.

14.3 Variância
e desvio-padrão de uma amostra.
Propriedades da variância e do desvio-padrão
de uma amostra
Nas ciências experimentais, na comparação de resultados de expe­­
riências realizadas em condições de aplicação diferentes, tão
ou mais importantes do que as medidas de localização são as medidas
de dispersão/concentração.

EXEMPLO 13
Na cidade do Porto foram feitas
medições, em vários momentos do
dia, para recolher a temperatura
(em graus Celsius) durante dois
dias do mês de abril, obtendo-se os
seguintes resultados:
1.º dia: (15, 16, 17, 17, 18, 19) ; 2.º dia: (14, 15, 16, 18, 19, 20)
A temperatura média em cada um dos dias foi de 17 ºC .
Esta informação, embora significativa, não permite, por exemplo,
saber em qual dos dois dias a temperatura foi mais estável.

A dispersão de uma amostra deve ser definida tendo em conta a posi- NOTA
ção das observações em relação a uma referência fixa. Escolhendo No Ensino Básico foram estudadas
a média da amostra como referência, a medida de dispersão deve sinteti- outras medidas de dispersão:
amplitude e amplitude interquartis.
zar o comportamento do conjunto dos desvios em relação à média.
Havendo pouca dispersão, os desvios devem ser globalmente pequenos,
havendo muita dispersão, os desvios devem ser globalmente grandes.

Desvios em relação à média


Dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , representa-se por di
+
e designa-se por desvio de xi em relação à média, a quantidade
di = xi - x, i ! {1, 2, …, n}

163

645624 162-182 U14.indd 163 20/03/15 10:54


Professor Assim, a média dos desvios em relação à média pareceria, numa pri-
Metas curriculares meira análise, uma «boa» forma de medir a dispersão em relação à
EST10 mesma. No entanto, como se pode observar utilizando as amostras do
Descritores 3.1 e 3.2
exemplo anterior, a soma dos desvios em relação à média é sempre nula.
Tarefa 3
Pelas propriedades dos somatórios,
tem-se que EXEMPLO 14
n
/ _x - x i =
i
1.º dia:
i =1
n n (15 - 17) + (16 - 17) + (17 - 17) × 2 + (18 - 17) + (19 - 17) =
= / x -/ x = i
= -2 - 1 + 0 + 1 + 2 = 0
i =1 i =1
n
/x i
2.º dia:
i =1
=n
n
- nx = (14 - 17) + (15 - 17) + (16 - 17) + (18 - 17) + (19 - 17) +
= nx - nx = 0 + (20 - 17) = -3 - 2 - 1 + 1 + 2 + 3 = 0

O que acontece, quando adicionamos os desvios, é que os desvios posi-


tivos são compensados pelos desvios negativos.

Este resultado pode ser generalizado.

TAREFA 3
Prove que o resultado obtido no exemplo anterior pode ser genera-
lizado para qualquer amostra, ou seja,

AVALIAR CONHECIMENTOS
Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn)
25 +
/ _ xi - xi = 0
n

i=1

Ou, de forma equivalente, sendo Kx = (xK1, Kx2, …, KxN) , com


N ! IN , o conjunto dos valores da amostra x e (n1, n2, …, nN)
+
as respetivas frequências absolutas:

/ n ( Kx - x ) = 0
N

j j
j=1

Uma forma de fazer com que os desvios «percam o sinal», e assim


evitar a compensação entre valores positivos e negativos, é elevar todos
Foram medidos 10 alunos os desvios ao quadrado, uma vez que
de uma turma, obtendo-se
as seguintes alturas (xi - x)2 H 0, 6 i ! {1, 2, …, n}
em centímetros:
166 , 172 , 158 , 187 , 177 , Soma dos quadrados dos desvios em relação à média
182 , 170 , 175 , 168 , 170
25.1 Determine a altura
Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , designa-se
n +
média deste grupo por SSx a soma / (xi - x ) dos quadrados dos desvios e tem-se
2

de alunos. i=1
n n
25.2 Calcule os desvios / (x - x)
i
2
= / x i2 - nx
2

em relação à média. i=1 i=1

164

645624 162-182 U14.indd 164 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

Efetivamente, fazendo a soma dos quadrados dos desvios, vem

= / ` x i2 - 2xxi + x j
n n
/ (x - x) i
2 2

i=1 i=1

Aplicando a propriedade aditiva dos somatórios, vem


n n n n n
/x 2
i - / 2xxi + / x = / x - 2x / xi + nx
2 2
i
2

i=1 i=1 i=1 i=1 i=1

e, reparando que
n

n n / xi
/x= i
i=1
n = nx ,
i=1

obtém-se
n n
/ (x - x ) i
2
= / x i2 - 2x × nx + nx
2

i=1 i=1

Portanto, AVALIAR CONHECIMENTOS


n n
/ (x - x )i
2
= / x i2 - nx
2 26
i=1 i=1 Sabendo que na amostra
x = (x1, x2, …, x6)
EXEMPLO 15 +
Na amostra x = (2, 4, 6) , tem-se x = 4 e do exemplo 16, ao lado,
+ x1 = 10 , identifique
3
SSx = / x i2 - 3x 2 = (4 + 16 + 36) - 3 ◊ 16 = 8 a amostra e calcule o valor
i=1 da respetiva média.

27
O resultado demonstrado na tarefa 3 permite, conhecidos todos os desvios
Um grupo de biólogos
em relação à média menos um, determinar o desvio em falta e, conse-
recolheu as alturas,
quentemente, a soma dos quadrados dos desvios em relação à média. em metros, de 16 sequoias
gigantes.
EXEMPLO 16
Para uma certa amostra com seis valores conhecem-se os desvios
di = xi - x , para i = 1, 2, …, 5 :
d1 = 3 , d2 = -2 , d3 = 5 , d4 = -1 e d5 = 2
Então, d6 é tal que
d1 + d2 + d3 + d4 + d5 + d6 = 0 ,
ou seja,
d6 = -(3 - 2 + 5 - 1 + 2) = -7
Portanto,
6
SSx = / d i2 = 32 + (-2)2 + 52 + (-1)2 + 22 + (-7)2 = 92
i=1 Obtiveram os dados
seguintes:
Note-se que d6 foi calculado em função de d1, d2, …, d5 (variáveis 68 , 72 , 64 , 63 , 59 , 80 ,
independentes) e foi possível determiná-lo porque se conhecem 64 , 71 , 69 , 72 , 80 , 71 ,
os valores dos restantes cinco desvios; diz-se, por isso, que, neste caso, 59 , 78 , 71 , 72
SSx tem cinco graus de liberdade (cinco variáveis independentes). Determine SSx .

165

645624 162-182 U14.indd 165 20/03/15 10:55


Professor De uma forma geral:
Metas
curriculares
AVALIAR CONHECIMENTOS Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , é possível
EST10 +
Descritores 3.3 28
calcular dn em função de d1, d2, …, dn - 1 , mas o valor de dn
e 3.4
Sabe-se que uma amostra só fica determinado se for conhecida a totalidade dos n - 1
Tarefa 4 desvios restantes.
x = (x1, x2, …, x10)
4.1 x = 28,5 + Assim, conhecidos os n - 1 desvios, d1, d2, …, dn - 1 , é pos-
SSx = 111,5 é tal que:
4.2 y = (20, 23, sível calcular SSx e, por isso, diz-se que SSx tem n - 1 graus
+ • SSx = 120
29, 25, 33, 29) 10
de liberdade.
SSy = 111,5
• /x 2
i = 400
4.3 w = (200, i=1
+
230, 290, 250, Determine a média Como os quadrados dos desvios são não negativos, a sua soma
330, 290)
w = 265
da amostra. só é nula se todos os desvios o forem, ou seja, se todos os valores
SSw= 11150 =
29
da amostra forem iguais à média. Dito de outro modo:
= 100SSy
A Maria tem cinco filhos e,
para cada um deles, tem uma Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , SSx = 0 se,
+
conta poupança. e somente se, x1 = x2 = … = xn , isto é, se a amostra é constante.

TAREFA 4
No início de um estudo, para testar
a eficácia de determinado complexo
vitamínico, foram pesados 6 mur­
ganhos e obteve-se, em gramas,
a seguinte amostra:
x = (22, 25, 31, 27, 35, 31)
+
Neste momento, o montante,
4.1 Determine a média e a soma dos quadrados dos desvios
em euros, em cada uma
das contas é: dos valores em relação à média.
300 , 720 , 550 , 425 , 400 4.2 Após a pesagem, os investigadores repararam que a balança estava
mal calibrada, tendo um desvio sistemático de mais dois gramas.
29.1 Determine SSx .
29.2 No Natal a Maria
Indique a amostra y dos verdadeiros pesos e mostre que
+
resolveu depositar SSx = SSy
em cada conta 20 € .
4.3 Indiquea amostra w = 10 y dos verdadeiros pesos em deci-
Determine a soma dos + +
quadrados dos desvios gramas, determine a média e mostre que SSw = 100SSy .
para as quantias após
este depósito. As representações dos valores das amostras
29.3 Após o Natal, a Maria
foi promovida e o seu x = (x1, x2, …, xn) e y = x + h = (x1 + h, x2 + h, …, xn + h) ,
+ + +
vencimento aumentou. na reta real, podem ser obtidas, uma da outra, por translação. Ora,
Resolveu reforçar como se sabe, as translações preservam as distâncias, pelo que todos os
as contas dos filhos desvios em relação à média são preservados.
em 8 % , obtendo
uma amostra y dos Portanto, SSx = SSy .
+
novos montantes
das contas. u
SSy
Determine .
SSx x1 x1 1 h

166

645624 162-182 U14.indd 166 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

Por outro lado, se w = a x , a ! IR\{0} :


+ +
Professor
n n n Metas curriculares
SSw = / (axi - ax )2 = / a2 (xi - x )2 = a2 / (xi - x )2 = a2SSx EST10
i=1 i=1 i=1 Descritores 3.5 e 3.6

Tarefa 5
Kx i ni
Dados n ! IN , uma amostra x = (x1, x2, …, xn) e números reais
+
h e a , se y = x + h `respetivamente, y = a x j , então,
1 2
2 3
+ + + +
SSy = SSx (respetivamente, SSy = a2SSx ) . 3 2
4 4
5 2
TAREFA 5 6 2
Considere a amostra Considerando
x . 3,47 ,
x = (1, 1, 3, 6, 2, 2, 2, 3, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6) tem-se que
+ SSx = 37,7335
5.1 Determine SSx .
5.2 Organize os dados numa tabela de frequências absolutas e veri-
fique que, sendo nj , j = 1, 2, …, 6 , os valores das frequên-
cias dos respetivos valores da amostra Kxj , tem-se

SSx = / (Kx j - x )2 n j
6

j=1

Repare-se que, sendo Kx1, Kx2, …, Kxm os m valores da amostra


x = (x1, x2, …, xn) com frequências absolutas n1, n2, …, nm , AVALIAR CONHECIMENTOS
+
respetivamente, na soma 30
n
SSx = / ( xi - x )2
i=1

cada uma das parcelas (xKj - x) , j = 1, 2, …, m , surge nj vezes.


2

Portanto,

Soma dos quadrados dos desvios para dados agrupados Um dentista observou
Dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) e sendo Kx1, Kx2, …, Kxm o número de cáries
+
os m valores da amostra x com frequências absolutas em cada um dos 100 alunos
+ de um colégio.
n1, n2, …, nm ,
A informação encontra-se
respetivamente, tem-se resumida na tabela seguinte:
= / (Kx j - x )2 n j
n m
/ (x - x )
i
2
N.º de cáries ni
i=1 j=1

0 25
A soma dos quadrados dos desvios em relação à média é tanto maior 1 20
quanto maior for a dispersão dos dados e tanto mais pequena quanto 2 35
maior a sua concentração, mas, por ir aumentando à medida que se
3 15
incluem novos elementos, não é um bom indicador da variabilidade
existente nos valores da variável estatística de interesse na população 4 5
onde se recolhe a amostra.
Determine SSx .

167

645624 162-182 U14.indd 167 20/03/15 10:55


Professor NOTA Dividindo a soma dos quadrados dos desvios em relação à média
Metas A média dos desvios quadrados,
de uma amostra, pelo número de observações menos um (graus
curriculares de liberdade da soma dos quadrados dos desvios), obtém-se uma
relativa à população, é a variância
EST10
Descritor 3.7
populacional. medida, designada por variância, mais representativa da variabilidade
Assim, a variância populacional da variável estatística na população, uma vez que fornece uma aproxi-
de uma variável de interesse x
mação à média dos quadrados dos desvios na população.
representa-se por v 2x e é dada por
SSx
v 2x = n No entanto, esta medida não tem a mesma ordem de grandeza da uni-
A razão de na variância da amostra
dade de medida da variável em estudo, uma vez que utiliza o quadrado
se dividir por n - 1 e não por n , dos desvios. Assim, para se obter uma medida de variabilidade ou
prende-se com o facto de apenas dispersão com a mesma grandeza de unidades, considera-se a raiz
n - 1 dos n desvios serem quadrada da variância, que se designa por desvio-padrão.
independentes (perde-se um grau
de liberdade).
Variância e desvio-padrão de uma amostra
Dados n ! IN ( n > 1 ) e uma amostra x = (x1, x2, … , xn) ,
+
designam-se por variância e por desvio-padrão as medidas
AVALIAR CONHECIMENTOS
SSx SSx
de dispersão S 2x = e Sx = , respetivamente.
31 n -1 n -1
As temperaturas, em graus
Celsius, registadas numa
cidade durante o ano de 2014
EXEMPLO 17
foram as seguintes:
Retomando as temperaturas registadas na cidade do Porto em dois
T. T. dias consecutivos, tem-se:
Meses
máxima mínima
1.º dia 2.º dia
Jan. 17,0 2,8
Fev. 15,5 6,8 xi xi - x (xi - x)2 yi yi - y ( yi - y)2

Mar. 19,5 7,0 15 -2 4 14 -3 9

Abr. 23,6 9,2 16 -1 1 15 -2 4

Maio 25,7 12,9 17 0 0 16 -1 1

Jun. 31,0 17,1 17 0 0 18 1 1

Jul. 32,5 19,9 18 1 1 19 2 4

Ago. 33,9 20,7 19 2 4 20 3 9

Set. 29,8 16,1 SSx = 10 SSy = 28

Out. 23,7 12,1 Para o 1.º dia:


Nov. 18,9 9,0
10
Sx = . 1,41
Dez. 18,8 5,5 5
Para o 2.º dia:
Determine o desvio-padrão 28
para a distribuição Sy = . 2,37
5
das temperaturas máximas
e para a das temperaturas Com estas duas medidas, pode concluir-se que no 2.º dia as tempe-
mínimas, e diga, justificando, raturas foram mais dispersas (maior variabilidade).
qual apresenta maior O grupo de temperaturas do 2.º dia é menos regular.
dispersão.

168

645624 162-182 U14.indd 168 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

TAREFA 6 Professor
Admita agora que num 3.º dia, na cidade do Porto, se recolheu a Metas
seguinte amostra de temperaturas: curriculares
EST10
3.º dia: z = (15, 16, 16, 16, 16, T ) Descritor 3.8
+
6.1 Determine o valor de T de modo que a média seja nova- Tarefa 6
mente 17 . 6.1 T = 23
6.2 Sz . 2,966
6.2 Para o valor de T obtido no ponto anterior, determine o desvio- 6.3 z = 17,5 ;
AVALIAR CONHECIMENTOS
-padrão Sz . Sz . 4,183
6.4 a) Falsa
6.3 Calcule z e Sz para T = 26 . 32 b) Verdadeira
Quinze amigos resolveram
6.4 Diga, justificando, se as afirmações seguintes são verdadeiras Tarefa 7
participar na Minimaratona
ou falsas. de Lisboa, que consiste
7.1 7.1.1 y =
=x +3.
a) O desvio-padrão é uma característica amostral resistente, isto em atravessar a Ponte 25 . 6,467
7.1.2 Sx =
é, não varia com a alteração de apenas um valor de xi . de Abril. = Sy . 1,64
b) O desvio-padrão é afetado por todos os valores da amostra. 7.2 O desvio-
-padrão de uma
amostra não
se altera perante
Propriedades do desvio-padrão uma translação,
pois a soma dos
quadrados dos
Sabe-se que, dada uma amostra, a soma dos desvios quadrados desvios não
em relação à média é nula se, e somente se, a amostra é constante. se alteram por
translação.

Desta propriedade resulta de imediato a seguinte propriedade do


desvio-padrão:
A distância que os atletas
têm de percorrer é de 7 km ,
Dados n ! IN ( n > 1 ) e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) ,
+ tendo realizado para tal
Sx = 0 se, e somente se, x1 = x2 = … = xn .
vários treinos.
Num dos últimos treinos,
as distâncias, em quilómetros,
TAREFA 7 percorridas foram as seguintes:
7.1 Considere as amostras: 5,9 ; 6,5 ; 6,8 ; 7,1 ; 6,9 ;
x = (1, 1, 3, 6, 2, 2, 2, 3, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6) 5,5 ; 6,1 ; 6,3 ; 6,0 ; 6,4 ;
+
e 7,0 ; 7,2 ; 6,8 ; 7,1 ; 7,4
y = x +3 32.1 Determine a distância
+ + média percorrida pelos
7.1.1 Indique o valor de y arredondado às milésimas. quinze amigos neste
7.1.2 Mostre que Sx = Sy . treino.
32.2 Calcule o desvio-padrão
7.2 Justifique que em geral, se x e y são amostras, tais que
+ + da distribuição.
y = x + h , h ! IR , têm o mesmo desvio-padrão, ou seja, 32.3 Os quinze amigos
+ +
Sx = Sy . combinaram que
no próximo treino
iriam todos percorrer
Na resolução da tarefa anterior, verifica-se que o desvio-padrão de uma
exatamente mais
amostra não se altera perante uma translação (facto que resulta de 1 km .
a soma dos quadrados dos desvios não se alterar por translação). Determine a média
e o desvio-padrão
desta nova distribuição
de distâncias.

169

645624 162-182 U14.indd 169 20/03/15 10:55


Professor Para analisar o que se passa com a dispersão quando se multiplicam
Metas todos os valores da amostra por uma constante real, ou seja, quando
curriculares se altera a escala, considerem-se as amostras:
EST10 AVALIAR CONHECIMENTOS
Descritor 3.9 x e y = ax , a ! 0
33
+ + +
Uma amostra x Sabe-se que
+
tem média x = 3,8 SSy = a2SSx
e desvio-padrão Sx = 0,23 .
Então,
Determine a média
e o desvio-padrão a 2SSx SSx SSx
das amostras seguintes: Sy = = a2# = a ,
n -1 n -1 n -1
a) y = 2 x
+ + ou seja,
b) z = 10 x + 5 Sy = a Sx
+ +
34
Pode, então, afirmar-se que:

Dados n ! IN ( n > 1 ) e uma amostra x = (x1, x2, …, xn)


+
e números reais h e a , se y = x + h _respetivamente,
+ +
y = a x i , então, Sx = Sy (respetivamente, Sy = a Sx ) .
+ +

As classificações, Independentemente da dimensão da amostra x , o par ^x, Sxh fornece


+
arredondadas às unidades, informação relevante acerca da distribuição da mesma em termos
numa prova de Matemática, de localização e dispersão. Mais precisamente, fornece uma estimativa
foram as resumidas na tabela (por excesso) da percentagem de unidades estatísticas que têm valores
seguinte. fora de intervalos fechados centrados na média da amostra.

Classificações
ni
(valores) EXEMPLO 18
4 1 Dada uma amostra A de dimensão n da variável de interesse x ,
prova-se que não há mais de 25 % das unidades estatísticas
da amostra com valores fora do intervalo 6x - 2Sx, x + 2Sx@ .
6 5
8 6 Com efeito, admitindo que se numeram de 1 a r as unidades estatís-
10 13 ticas cujos valores se encontram fora do intervalo 6x - 2Sx, x + 2Sx@ ,
12 9
tem-se, para i = 1, 2, …, r ,
xi - x > 2Sx ,
14 5
pelo que
16 1
(xi - x )2 > 4S 2x ,
18 4
donde
r
O professor de Matemática / (x - x )i
2
> 4rS 2x
i=1
decidiu selecionar para
e
participar num concurso n r n
aqueles cuja classificação, / (x - x )
i
2
= / (xi - x )2 + / (xi - x )2 > 4rS 2x
nesta prova, pertença ao i=1 i=1 i=r+1

intervalo 6x - Sx, x + Sx@ . Assim, de acordo com a fórmula da variância, tem-se


Determine o número
(n - 1)S 2x > 4rS 2x + nS 2x - S 2x > 4rS 2x
de alunos selecionados.

170

645624 162-182 U14.indd 170 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

1
Pelo que, também, nS 2x > 4rS 2x e, portanto, se Sx ! 0 , r <
n. Professor
4 Metas curriculares
Ou seja, a percentagem de unidades estatísticas da amostra com EST10
valores fora do intervalo Descritor 3.10

6x - 2Sx, x + 2Sx@ Tarefa 8


Analogamente, prova-se que
é inferior a 25 % dos elementos da mesma. 2 2 2 2
nS x > k rS x e, então, se S x ! 0 ,
1
tem-se que r 1 2 n .
k
TAREFA 8
Considere uma amostra A de dimensão n ( n > 1 ) , de unidades
estatísticas de uma variável x .
Admita que se numeram, de 1 a r , as unidades estatísticas com
valores fora do intervalo 6x - kSx, x + kSx@ , para k > 0 .
Deduza, de maneira análoga ao que foi feito no exemplo anterior,
1 100
que r < 2 n , ou seja, é a percentagem (por excesso)
k k2
de unidades estatísticas com valores fora do intervalo
6x - kSx, x + kSx@

EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
 e acordo com dados históricos, a amostra das temperaturas
D
mínimas diárias em Lisboa, durante os meses de janeiro dos
anos 2000 a 2010, tem uma média igual a 10 ºC e um desvio-
-padrão igual a 3 ºC .

AVALIAR CONHECIMENTOS

35

Indique um limite superior para a percentagem de dias em que Considere uma amostra
de média 12
a temperatura mínima foi inferior a 0 ºC .
e desvio-padrão 2 .
RESOLUÇÃO: Determine a percentagem
Pretende-se a percentagem máxima de unidades estatísticas fora máxima de unidades
do intervalo ;x - S E = [0, 20] .
10 10 estatísticas com valores
S x, x +
3 3 x fora dos intervalos:
100
Esse valor, de acordo com o resultado, anterior é =9%. a) [10, 14]
c m
10 2
3 b) [6, 18]
Caderno de Apoio do 10.º ano c) [11,6; 12,4]

171

645624 162-182 U14.indd 171 20/03/15 10:55


Professor Os resultados anteriores traduzem quantitativamente a forma como
Metas curriculares o par ^x, Sxh reflete a distribuição dos valores da amostra x em termos
+
EST10 de localização e de dispersão.
Descritores 3.10, 3.11 e 3.12

Utilizar amostras para se ter conhecimento sobre populações é muito


frequente em estudos estatísticos relacionados com negócios, política,
marketing, etc.

Com o cálculo da média e do desvio-padrão amostrais pretende-se esti-


mar, respetivamente, a média e o desvio-padrão populacionais.

Diz-se, por isso, que a média e o desvio-padrão amostrais são estimadores


dos parâmetros populacionais: média e desvio-padrão, respetivamente.

No entanto, a qualidade dos estimadores depende do processo de escolha


da amostra, denominado amostragem. Para se obter bons estimadores é
necessário proceder ao planeamento da amostragem, no qual se decide
quais e como devem ser selecionados os elementos da população, com
o fim de serem observados, relativamente à característica de interesse.

Processos de amostragem mais usuais:


• Amostragem aleatória simples: cada elemento da população tem
igual probabilidade de ser selecionado.
• A mostragem estratificada: utiliza-se quando a população está
dividida em diferentes estratos, devendo a proporção de unidades
estatísticas escolhida de cada estrato ser aproximadamente igual
à proporção do mesmo na população.
• Amostragem sistemática: os elementos da amostra são escolhidos
a partir de uma regra previamente estabelecida.

AVALIAR CONHECIMENTOS
Existem critérios que conduzem à recolha de amostras cujas médias
e desvios-padrão são considerados boas estimativas da média e do
36
desvio-padrão da população.
Pretende-se realizar
um estudo sobre a altura Por exemplo, deve ter-se presente o princípio de aleatoriedade, para
dos alunos de uma escola diminuir os riscos de enviesamento da amostra por intervenção do fator
com 738 alunos, do 7.º ao
humano, e a dimensão da população na escolha da dimensão da amostra.
12.º ano de escolaridade.
36.1 Explique por que razão
a amostra constituída Amostra enviesada
pelos alunos da equipa Uma amostra que não seja representativa da população diz-se
de basquetebol enviesada e a sua utilização pode dar origem a interpretações
da escola não erradas.
é representativa
da população
em estudo. Uma boa escolha da amostra permite
realizar boas estimativas sobre a
36.2 Na sua opinião,
que processo característica em estudo da população.
de amostragem será
Uma colher de sopa pode ser revela-
o mais indicado para
este estudo? Justifique. dora acerca da temperatura da totali-
dade da sopa que se tem no prato.
172

645624 162-182 U14.indd 172 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

TAREFA 9 NOTA Professor


Na tabela seguinte encon- Metas
Calculadora:
tram-se registadas as altu- Todas as calculadoras gráficas
curriculares
EST10
ras, em centímetros, dos possuem algoritmos de Números Descritor 3.11
23 jogadores da Seleção Pseudoaleatórios.
1 Tarefa 9
Nacional de Futebol que
Executa-se o algoritmo através A resolução
participaram no mundial depende
da instrução rand( ) em [menu das amostras
de 2014 no Brasil. MATH, opção PRB]. aleatórias.
2
185 175 187 189 179 Através da instrução ran#
em [menu 1:Run; Optn; PROB];
191 179 187 183 182
e na calculadora N-Spire através
180 171 190 187 170 da instrução rand(0, 1, )
em [menu 5:Probabilidade;
172 180 181 186 180 1:Real; 4:Aleatório].
188 172 187

9.1 Indique a população em estudo.


9.2 Utilize a amostragem aleatória simples para selecionar uma
amostra de 6 alturas e determine a média das alturas da amostra.
9.3 Repita dez vezes o procedimento do ponto anterior.
9.4 Represente num diagrama de pontos cada uma das médias obti-
das e a reta de equação y = x ( x — média das alturas
da população em estudo).
9.5 Aumente a dimensão das amostras recolhidas para 12 e,
tal como no item anterior, repita o procedimento dez vezes,
­calculando em cada passo a média das alturas dos jogadores
selecionados. Compare o novo diagrama de pontos com o ante-
rior e tire conclusões.
Sugestão:
Para obter a amostra aleatória simples com ajuda da calculadora
proceda do seguinte modo:
Numere de 1 a 23 todas as alturas.

x1 x2 x3 x4 x5
x6 … … … …

Na calculadora, escolha a tecla MATH; no menu que surge, escolha


PRB e aí a opção 5:randInt(1, 23) seguida de Enter. Cada vez que
se pressiona Enter obtém-se um novo número.
Esta instrução gera números aleatórios inteiros que correspondem
ao número da unidade estatística selecionada pela calculadora para
fazer parte da amostra.
Por exemplo, na figura ao lado apresentam-se os seis números alea-
tórios que dão origem à amostra
x = (172, 188, 189, 171, 182, 180)
+
cuja média é, aproximadamente, de 180,3 .

173

645624 162-182 U14.indd 173 20/03/15 10:55


Professor TAREFA 10
Metas curriculares Fez-se um estudo acerca do peso
EST10 de 50 bebés do sexo masculino
Descritor 3.11
no momento do nascimento e
Tarefa 10 obtiveram-se os seguintes dados:
A resolução depende das amostras
aleatórias.
3,217 3,337 3,404 3,568 3,51
3,986 3,235 3,187 3,991 3,643
2,822 3,088 3,006 3,77 4,061
3,465 3,473 3,473 3,219 2,861
4,075 3,537 3,73 3,754 4,075
3,749 3,238 3,229 3,558 3,434
4,083 3,446 3,696 2,117 2,876
3,383 3,601 3,13 3,185 3,478
3,683 3,223 3,822 2,806 3,766
3,262 2,641 2,649 3,608 3,173

10.1 Registe
os dados numa folha de cálculo e atribua-lhes um
número de ordem.
10.2 Determine a média populacional e o desvio-padrão.
10.3 Utilizandoos números de ordem atribuídos, selecione uma
amostra aleatória de 10 dados, determine a média amostral
e o desvio-padrão amostral e compare-os com a média e o
desvio-padrão da população.
Nota: A folha de cálculo Excel tem uma função
=ALEATÓRIOENTRE(a:b)
que, como a calculadora, permite gerar aleatoriamente números
compreendidos entre dois números dados ( a = 1 e b = 50 ) .
Se arrastar a célula onde obteve o primeiro número, para
outras linhas ou colunas, obtém mais valores.

47 16 31 49 30 41 25 48 32 49

Na linha em cima estão representados 10 números que cor-


respondem à ordem das unidades estatísticas selecionadas
que, por este processo, selecionam a amostra:

x = f p
2,641; 3,465; 4,083; 3,608; 3,434; 3,683; 4,075;
+ 2,649; 3,446; 3,609
10.4 Selecione agora, aleatoriamente, uma amostra de 20 dados,
determine a média amostral e o desvio-padrão amostral
e compare estes valores com os valores obtidos na alínea ante-
rior e com os relativos à população.

174

645624 162-182 U14.indd 174 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

14.4 Percentil de ordem k Professor


Metas curriculares
O cálculo da média e do desvio-padrão, calculados nas subunidades EST10
Descritor 4.1
anteriores, bem como da mediana e dos quartis, determinados no
Ensino Básico, fornece informação relevante sobre a distribuição dos
dados. No entanto, é possível conhecer mais.

Como se sabe, para determinar a mediana e os quartis de uma amostra,


é necessário ordenar essa amostra.

EXEMPLO 19
A amostra de alturas de 6 indivíduos, expressas em centímetros,
x = (165, 163, 170, 165, 170, 165) ,
+
tem como amostra ordenada
x = (163, 165, 165, 165, 170, 170) ,
+
em que
x(1) = 163 , x(2) = x(3) = x(4) = 165 e x(5) = x(6) = 170

Pode afirmar-se, assim, que:

Amostra ordenada
Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , designa-se
+
por amostra x ordenada a sequência (x(1), x(2), …, x(n)) , tal que
+
x(1) G x(2) G … G x(n) , com os mesmos valores que a amostra x ,
+
cada um deles figurando na sequência um número de vezes igual
à respetiva frequência absoluta enquanto valor da amostra x .
+

Ao obter uma amostra ordenada é possível determinar uma outra esta-


tística muito utilizada, nomeadamente, pelos pediatras, para avaliarem
o desenvolvimento de uma criança por comparação com os valores
standard, designada por percentil de ordem k .
AVALIAR CONHECIMENTOS
RAPAZES RAPAZES
37
peso 0-24 meses comprimento 0-24 meses
kg cm
Ordene as amostras
17 100 seguintes e indique o valor
16
15 95
95 95
90
de x(3) para cada uma
90
14
75
90 75
50
das amostras.
13 50 85 25
12 25
10
a) x = (3, -1, 2, 2, 0, -2)
11 10 80 5
+
5
10 75 b) x = (12, 15, 13, 12, 11, 15, 10)
+
comprimento

c) x = b 10, l
70 10 22
peso

8
65 , r,
7
+ 3 7
6 60
5 38
4 55
3 50 Para cada amostra
2
1 45 do exercício anterior,
0 40 indique a moda, a média,
0 6 12 18 21 0 6 12 18 21
idade (meses) idade (meses) a mediana e os quartis.

175

u5p171h1 u5p171h2
645624 162-182 U14.indd 175 20/03/15 10:55
Professor NOTA Os percentis, relativos ao peso ou
Metas altura de um bebé, são medidas
(1) Para n ! IR , [x] designa
curriculares estatísticas indicativas da percenta-
a parte inteira de x , isto é,
EST10
Descritor 4.2 o maior número natural gem da população que tem um
inferior ou igual a x . valor igual ou inferior.
Por exemplo, [2,35] = 2
e [7] = 7 . Por exemplo, uma criança ter peso no percentil 25 não quer dizer que
ela tem pouco peso, por estar abaixo do percentil 50 . O que se pode
concluir é que 25 % da população de crianças saudáveis com aquela
idade tem um peso igual ou inferior ao dessa criança.

Percentil de ordem k
Dados n ! IN , uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , e um número
+
natural k do intervalo ]0, 100] , designa-se por percentil
de ordem k , representando-se por Pk , o valor máximo da
amostra, se k = 100 ; a média dos elementos de ordem
AVALIAR CONHECIMENTOS
kn kn kn
e + 1 na amostra ordenada, se k ! 100 e
39 100 100 100
for inteiro; e, nos restantes casos, o elemento de ordem < F+ 1
Considere os seguintes kn
conjuntos de dados: 100
na amostra ordenada (1) .
x = (28, 30, 31, 33, 34)
+
y = (6, 3, 4, 6, 8, 9, 6)
+ Tal como a mediana ou os quartis, os percentis são medidas de locali-
z = (39, 36, 37, 34, 38, 40, zação que dependem apenas da posição dos valores da variável estatís-
+
39, 37, 39) tica depois de ordenada a amostra.
Determine para cada amostra:
a) P100
EXEMPLO 20
b) P50
Considere-se a amostra correspondente à idade, em anos, de 5 pes-
c) P85
soas:
40 x = (10, 14, 8, 16, 12)
+
Dez amigos estavam a contar
A amostra ordenada é:
o número de CD que cada
um tinha comprado no ano x = (8, 10, 12, 14, 16)
+
passado. O percentil de ordem 100 , ou valor máximo da amostra, P100 , é 16 .
Concluíram que: Por exemplo, o percentil de ordem 20 , P20 , é dado pela semissoma
• o percentil de ordem dos valores que ocupam as posições 1 e 2, ou seja:
50 dessa lista de números
= 9   d = 1n
x(1) + x(2) 8 + 10 kn 20 # 5
era 1,5 ; P20 = = =
• quatro compraram apenas 2 2 100 100
um CD; O que significa que pelo menos 20 % das unidades estatísticas têm
• três compraram três CD; valores inferiores ou iguais a 9 .
• o João foi quem comprou O percentil de ordem 65 , P65 , é dado pelo elemento que ocupa
mais CD; a posição 4 , isto é:
• o número máximo de CD
P65 = x(4) = 14   e < F +1= < F +1= 3 +1= 4 o
comprados foi 4 . kn 65# 5
100 100
Determine o número de CD
que os outros dois amigos Ou seja, pelo menos 65 % das unidades estatísticas têm valores
compraram. inferiores ou iguais a 14 .

176

645624 162-182 U14.indd 176 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

EXERCÍCIO RESOLVIDO 7
Foi realizado um inquérito acerca do número de livros que cada
um dos alunos de uma turma tinha lido nas férias. Os resultados
do inquérito estão representados na tabela seguinte.

N.º de livros lidos N.º de alunos


0 4
1 6
2 9
3 3
4 2
5 1

Determine:
a) P40
b) P82
RESOLUÇÃO:
Acrescente-se à tabela apresentada uma coluna com os números
que correspondem à posição de cada unidade estatística (u. e.).
AVALIAR CONHECIMENTOS
N.º de livros lidos N.º de alunos Posição das u. e.
41
0 4 1a4 De uma amostra de 28
1 6 5 a 10 parafusos, recolheram-se
dados relativos ao diâmetro
2 9 11 a 19 da sua cabeça, em centímetros.
3 3 20 a 22
Diâmetro N.º
4 2 23 a 24
(cm) de parafusos
5 1 25 0,092 1

a) O percentil de ordem 40 , P40 , é dado pela semissoma dos 0,093 2


valores que ocupam as posições 10 e 11 , ou seja: 0,094 3
x(10) + x(11) 1+ 2
P40 = = = 1,5 0,095 4
2 2
0,096 5
d = 10 n
kn 40 # 25
= 0,097 6
100 100
Verifica-se que pelo menos 40 % dos alunos ou leram 1 0,098 7
livro ou nenhum e que 60 % , no máximo, leram pelo menos
2 livros. Determine P50 e justifique
b) O percentil de ordem 82 , P82 , é dado pelo elemento que se este lote de parafusos
é ou não defeituoso, sabendo
ocupa a posição 21 , isto é:
que um determinado lote
P82 = x(21) = 3   e < F +1= < F + 1 = 21o
kn 82 # 25 é considerado defeituoso
100 100 se metade dos parafusos
Conclui-se que pelo menos 82 % dos alunos leram 3 ou menos tem diâmetro inferior
livros. ou igual a 0,095 .

177

645624 162-182 U14.indd 177 20/03/15 10:55


Professor Propriedades do percentil de ordem k
Metas curriculares
EST10 Como se pode constatar no exemplo 20 e no exercício resolvido 7, o percen-
Descritor 4.3 til não tem, obrigatoriamente, de ser um valor que faça parte da amostra.
Nota
Não há definição universal de quartis. Pode afirmar-se, no entanto, que é um valor tal que, dada uma amostra
Alternativamente, o que é feito
no Ensino Básico, há autores que
de uma certa população e uma determinada variável estatística x ,
definem Q1 e Q2 como sendo P25 a percentagem de unidades estatísticas que tem valores inferiores
e P75 , respetivamente.
ou iguais a Pk é, pelo menos, k % e a percentagem de unidades estatís-
ticas que têm valores superiores a Pk é, quando muito, (100 - k) % .

Sendo estas afirmações sempre verdadeiras, podem estar longe de for-


necer limiares precisos quando se referem a dados discretos ou, como
é o caso do exemplo seguinte, em amostras de dimensão reduzida.

EXEMPLO 21
Uma amostra das alturas do «cinco
base» da Seleção Nacional de Bas-
quetebol feminino que participou
no Europeu sub-18, em 2014, é:
x = (168, 177, 180, 180, 191)
AVALIAR CONHECIMENTOS
+
De acordo com a definição de percentil, pode dizer-se que pelo
42 menos 20 % das atletas têm altura inferior ou igual ao percentil
Os seguintes dados referem-se 20 e no máximo 80 % das atletas têm alturas superiores ao per-
à duração, em minutos, centil 20 . Efetivamente, nesta amostra o percentil 20 é igual a
do percurso casa-escola x1 + x2 168 + 177
realizado num dado dia = = 172,5
2 2
por uma amostra aleatória 1
de 32 alunos de uma escola e, na verdade, existem exatamente , ou seja, 20 % das atletas
5
secundária: com altura inferior ou igual ao percentil 20 e, exatamente, 80 % das
12 21 16 36 11 17 atletas com altura superior ao percentil 20 . No entanto, considerando
o percentil 60 x3 + x4
9 7 62 65 35 44 `P60 = = 180j ,
23 44 41 12 49 45 2
4
observa-se que das atletas, ou seja, 80 % , têm altura inferior
20 37 29 18 7 8 5
ou igual ao percentil 60 e apenas 20 % têm altura superior, valo-
22 15 5 32 19 18
res distantes dos limiares 60 % e 40 % .
6 13
42.1 Ordene os dados
da amostra e determine As discrepâncias nos limiares dos percentis, observadas no exemplo ante-
os percentis 50 , 25 rior, ocorrem quando existem duas ou mais unidades estatísticas que apre-
e 75 . sentam o mesmo valor. Por este motivo, o recurso aos percentis para descre-
42.2 Determine, dos 30 % ver uma amostra é mais apropriado quando a variável em estudo é contínua.
de percursos com maior
duração, aquele que Dados um número natural n e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) ,
tem menor duração. +
tem-se que o percentil 50 é igual à mediana.
42.3 A que percentil
pertence o percurso
O primeiro e o terceiro quartil não coincidem sempre com P25 e P75 ,
com 36 minutos?
respetivamente, mas têm em geral valores aproximados, tipicamente
Caderno de Apoio do 10.º ano
quando há muitos dados e/ou estes não contêm muitas repetições.
178

645624 162-182 U14.indd 178 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

Determinação de percentis em dados quantitativos,


organizados em classes

Quando os dados se encontram organizados em classes, em geral,


AVALIAR CONHECIMENTOS
não se tem acesso aos dados originais, e, como tal, o valor do percentil
de ordem k tem de ser estimado. 43
Aplicou-se um inquérito
a alunos universitários sobre
EXEMPLO 22 o número de horas semanais
Colocou-se um teste de 79 perguntas a 600 pessoas. que dedicavam a ver
O número de respostas corretas por pessoa está representado na televisão e obtiveram-se
tabela seguinte: os seguintes resultados:

N.º de horas N.º de alunos


N.º de respostas corretas N.º de pessoas
[0, 5[ 30
[0, 10[ 40
[5, 10[ 63
[10, 20[ 60
[10, 15[ 67
[20, 30[ 75
[15, 20[ 80
[30, 40[ 90
[20, 25[ 56
[40, 50[ 105
[25, 30[ 14
[50, 60[ 85
[60, 70[ 80 Esboce o histograma
[70, 80[ 65 das frequências absolutas
e determine o valor de P30 .
Para obter, por exemplo, o percentil de ordem 40 , verifique-se,
44
em primeiro lugar, que a ordem por ele ocupada é Aplicaram-se duas provas
40 # 600 a um grupo de 28 alunos:
= 240 ,
100 uma prova de cálculo
depois de ordenada a amostra. mental (CM) e outra
Observando a tabela percebe-se que existem 40 pessoas com de psicomotricidade (P).
menos de 10 respostas corretas, 40 + 60 = 100 com menos As pontuações obtidas
de 20 , 100 + 75 = 175 com menos de 30 e 265 com menos de foram as seguintes:
40 respostas corretas.
Percebe-se, assim, que o valor do percentil 40 pertence à classe Pontuação CM P
[30, 40[ . [10, 20[ 2 1
Representando os dados num histograma, obtém-se: [20, 30[ 8 7
[30, 40[ 11 9
105
100 90 [40, 50[ 4 5
85
80
N.º de pessoas

80 75
65 [50, 60[ 2 4
60
60
[60, 70[ 1 2
40
40

20 Determine um valor
aproximado do percentil
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 de ordem 50 para
N.º de respostas corretas a pontuação nas duas provas
e compare-os.

179
u5p175h1

645624 162-182 U14.indd 179 20/03/15 10:55


AVALIAR CONHECIMENTOS Como o histograma é um diagrama de áreas, no qual existe propor-
45 cionalidade direta entre a área de cada retângulo e a frequência das
Num teste cotado de 1 a 5 respetivas classes, então, quando a amplitude das classes é constante
valores, registaram-se as isso corresponde a tomar para altura do retângulo o valor da fre-
seguintes classificações: quência (absoluta ou relativa).
x = (5, 1, 2, 4, 4, 3, 3, 5, 1, 2, 4, 3) Assim, o percentil 40 desta amostra será a abcissa do ponto
+
45.1 Calcule o valor médio. do eixo Ox , para o qual a área do histograma à sua esquerda cor-
45.2 Indique, justificando, responde a 40 % da área total.
o valor lógico da
seguinte afirmação: 120
105
« 75 % dos testes 100 90
tiveram classificação 85
80

N.º de pessoas
80 75
inferior ou igual 60
65
a quatro valores.» 60
40
40
46
Registou-se, nas tabelas 20
seguintes, o tempo de estudo 0
diário dos alunos de duas 0 10 20 30 P40 40 50 60 70 80
N.º de respostas corretas
turmas, respetivamente, A e B.

Tempo (h) N.º de alunos Verifica-se que a área total do histograma é igual a
8
0 3 10 / ni = u5p175h2
10 × 600 = 6000
i=1
1 8
Então, a área do histograma à esquerda de P40 é
2 7
0,4 × 6000 = 2400
3 6
Esta área pode ser obtida somando as áreas dos três retângulos à
4 3 esquerda de P40 à área do retângulo de área (P40 - 30) × 90 , ou seja,
5 3 3
10 / ni + (P40 - 30) × 90 = 2400
i=1
Tempo (h) N.º de alunos
Então, porque a soma das áreas dos três primeiros retângulos é igual a
1 8
3
2 5 10 / n = 10 × 40 + 10 × 60 + 10 × 75 = 1750 ,
i
i=1
3 2
obtém-se
46.1 Relativamente (P40 - 30) × 90 = 2400 - 1750
à turma A, determine
Portanto,
um intervalo de tempo
de estudo a que 650 + 2700
. 37,2 P40 =
correspondam 25 % 90
destes alunos. Analogamente, o percentil 65 pertence à classe [50, 60[ , pois
65# 600
46.2 Indique qual das duas = 390 , e a área do histograma à esquerda de P65 é
100
turmas tem uma média 0,65 × 6000 = 3900 .
de tempo diário
de estudo mais elevada. Então,
Professor 5
3900 - 3700
LIVROMÉDIA
46.3 Junte os dados das duas 10 / ni + (P65 - 50) × 85 = 3900 + P65 = + 50 . 52,4
i=1 85
turmas e determine
Portanto, o valor do percentil 65 é 52,4 (valor arredondado às
Complemento os percentis de ordem
do exemplo 22 décimas).
25 , 50 e 75 .

180

645624 162-182 U14.indd 180 20/03/15 10:55


UNIDADE 14 Características amostrais

O processo utilizado no exemplo anterior pode ser generalizado para AVALIAR CONHECIMENTOS Professor
qualquer conjunto de dados organizados em classes. Metas
47
curriculares
Os dados seguintes EST10
Percentil de ordem k para dados discretos, organizados em classes representam o peso, em kg , Descritor 4.4
Dados números naturais m , n e k , k G 100 , uma sequência de 35 crianças do sexo Tarefa 11
crescente de números reais (a1, a 2 , …, a m) e um conjunto masculino com 20 meses P80 pertence à
de dados quantitativos organizados nos intervalos de classe de idade. classe 565, 70 5 .
P80 . 66,2
[ai, ai + 1[ , que se supõem de igual amplitude h > 0 , designa-se 8,3 12,1 10,4 14,5 12,1 Conclui-se que
por percentil de ordem k o número real x , tal que 15,3 11,9 15,7 10,9 16,2 80 % dos feridos
tem idade inferior
L-1
k m 10,3 9,6 10,2 13,0 15,1
/ (ai + 1 - ai )ni + (x - aL ) nL = 100 / (ai + 1 - ai )ni 14,8 11,6 12,7 14,7 12,6
ou igual
a 66 anos.
i=1 i=1
11,4 8,9 9,9 8,1 9,2
isto é, tal que
L-1 9,5 10,1 9,1 14,4 15,0
khn
h / ni + (x - aL ) nL = 15,1 9,9 11,6 12,9 15,7
i=1 100
47.1 Construa o histograma
onde ni é a frequência absoluta do intervalo de classe [ai, ai + 1[ , utilizando classes de
m
n = /n i e L é o maior número natural, tal que amplitude 2 e
i=1 L-1
kn determine P10 , P15 ,
/ n G 100 i P50 , P75 e P85 .
i=1
47.2 Identifique o percentil
a que pertence o dado
kn 11,4 .
Observe que se n1 for maior do que , então, o percentil de
100 47.3 Quantas crianças deste
knh
ordem k é o número x tal que (x - a1)n1 = . estudo têm peso inferior
100
ao percentil 75 ?
47.4 Qual é o peso mais
TAREFA 11
elevado do conjunto das
O histograma seguinte representa a distribuição por idade dos 137 feri-
crianças que têm os pesos
dos graves em acidentes de viação, durante o mês de janeiro de 2014.
20 % mais baixos?
47.5 Compare os valores
18
obtidos com os valores
16
16 15 15 estabelecidos pela OMS
em 2006 e indicados
14
na tabela seguinte.
12 12
12
Frequência absoluta

11 11
10 Percentil Peso (kg)
10 9
8 0,1 8,0
8 7
6 3 9,2
6
5 9,4
4
2 2 10 9,8
2 1
15 10,1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 50 11,3
Idades
Adaptado de dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
85 12,7

Com base no histograma, determine um valor aproximado para 97 14,0


o percentil de ordem 80 . u5p177h1 99,9 16,0
O que pode concluir? Caderno de Apoio do 10.º ano

181

645624 162-182 U14.indd 181 20/03/15 10:55


Professor TAREFA 12
METAS CURRICULARES
EST10 Na figura seguinte está representada, em referencial ortogonal,
Descritores 5.1 e 5.2 parte do gráfico da função f , que ao número atribuído a cada uni-
TAREFA 12 dade estatística de determinada amostra x = (x1, x2, …, x15) de uma
12.1 d13 = -0,2
+
2 variável quantitativa, x , faz corresponder o respetivo desvio em
S x . 2,02
Sx . 1,42 relação à média.
12.2
12.2.1 y = -16,7 ; Sy . 2,13
12.2.2 x = (9,4; 10; 10; 11; 11; 11; 11,6; 12 ;12; 12; 13; 13; 13; y
+
14; 14) 3
P30 = 11 ; P45 = 11,6 ; P70 = 13 (6; 2,2) (10; 2,2)
12.2.3 y = (-20; -20; -18,5; -18,5; -18,5; -17; -17; -17; 2
+ -16,4; -15,5; -15,5; -15,5; -14; -14; -13,1) (5; 1,2) (7; 1,2) (11; 1,2)
P'30 = -1,5P30 + 1 = -15,5 1
P'45 = -16,4 (8; 0,2) (12; 0,2) (15; 0,2)
P'70 = -18,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
12.3 Por exemplo, f |{6, 7, 8}
12.4 {5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 15} 21 (1; 20,8) (9; 20,8) (14; 20,8)
(3; 21,8)
12.5 -3,4
12.6 y = 5 22 (2; 21,8)
(4; 22,4)
LIVROMÉDIA 23

Internet
Jogo Glória da Estatística
Jogo Estatística Trivial 12.1 Determine:
u5p178h1
a) d13
AVALIAR CONHECIMENTOS
b) a variância e o desvio-padrão desta amostra.
48
12.2 Admita agora que a média da amostra dada é igual a 11,8
A duração, em minutos,
e resolva os seguintes itens:
de 40 chamadas telefónicas
escolhidas ao acaso está 12.2.1 Determine a média e o desvio-padrão da amostra
parcialmente resumida y = -1,5 x + 1
+ +
na tabela seguinte.
12.2.2 Obtenha a amostra x ordenada e determine os per-
Sabe-se ainda que n3 = 2n4 +
e n 4 = n5 . centis 30 , 45 e 70 .
12.2.3 Resolva o mesmo exercício do ponto anterior para
Duração (min) ni a amostra y .
+
[2; 2,5[ 7 Que relação existe entre os percentis de uma e de outra
[2,5; 3[ 9 amostra?
[3; 3,5[ ? 12.3 Indique uma restrição de f injetiva.
12.4 Indique o conjunto solução da condição
[3,5; 4[ ?
f(x) > 0
[4; 4,5[ ?
12.5 Calcule o valor de
6
48.1 Indique o número
de chamadas de duração
/ f(x ) i
i=1
de, pelo menos,
12.6 Determine o valor de y , para o qual a seguinte igualdade
3,5 minutos.
é verdadeira:
48.2 Construa um histograma 15
e, com recurso ao / ( f(x ) + y) - 75 = 0
i
mesmo, determine os i=1

percentis P25 , P50 e P75 .


48.3 Construa um diagrama
de extremos e quartis.

182

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UNIDADE 14 Características amostrais

AVALIAR CONHECIMENTOS

ESCOLHA MÚLTIPLA Professor


Metas curriculares
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
EST10
são apresentadas.
Descritores 5.1 e 5.2
1 SUGESTÃO
Das igualdades seguintes selecione a falsa. O conjunto de exercícios
50 50 50 50 apresentado permite
(A) /k 2
= / k2 (C) / (2k) = 2 /k ao aluno aprofundar
os conhecimentos sobre
k=0 k =1 k=0 k=0
as características
50 50 50 50 amostrais e estabelecer
(B) / (2 + k) = 2 + / k (D) / (2 + k) = 102 + / k conexões sobre os vários
k=0 k =0 k=0 k=0 tópicos estudados.
2 Estes exercícios podem
25 25
O valor de x que verifica a condição / i = 2x + / i é:
ser realizados ao longo
da unidade ou apenas
i=1 i= 4
no final da mesma.
(A) 2 (B) 3 (C) 5 (D) 6
LIVROMÉDIA
3
PowerPoint
A média das idades dos alunos de uma turma de 10.º ano com 20 alunos é de 15,8 . O essencial
Nessa turma, são colocados dois alunos com 18 anos. Então, a média de idades dos alunos
da turma passou a ser: Exercícios
do Caderno de Apoio
(A) 15,9 (B) 16 (C) 16,2 (D) 16,3

4
Numa empresa do ramo automóvel, o vencimento
médio dos 120 trabalhadores era de 520 euros.
Em janeiro, todos os trabalhadores foram aumentados
2,6 % e receberam 100 euros de bónus de produção.
A média dos vencimentos nesse mês foi de:
(A) 633,52 €
(B) 755,20 €
(C) 533,52 €
(D) 636,12 €

5
O desvio-padrão de uma distribuição indica:
(A) o valor com maior frequência.
(B) o seu valor máximo e o seu mínimo.
(C) a dispersão dos dados em relação à média.
(D) a média dos desvios.

6
Considere a amostra x = (x1, x2, …, x10) de média 15 , em que SSx = 218 .
+
10
O valor de /x 2
i é:
i=1
(A) 68 (C) 2032
(B) 368 (D) 2468

183

645624 183-187 U14.indd 183 20/03/15 10:56


AVALIAR CONHECIMENTOS

7
Em quatro turmas de uma escola secundária, com o mesmo número de alunos, a média
das notas de Matemática foi a mesma.
Os gráficos seguintes mostram como se distribuíram as notas nas diferentes turmas.

TURMA A TURMA B TURMA C TURMA D


N.º de alunos

N.º de alunos

N.º de alunos

N.º de alunos
10 11121314 Notas 10 11121314 Notas 10 11121314 Notas 10 11121314 Notas

Em qual das turmas é menor o desvio-padrão das notas?


(A) Turma A (B) Turma B (C) Turma C (D) Turma D
u5p180h1 u5p180h2 u5p180h3 u5p180h2
Informações do Exame do 12.º ano, 2007

8
Uma amostra de 18 tempos, em segundos,
da prova de 100 metros rasos masculinos,
tem média de 10,3 e desvio-padrão de 0,7 .
O número máximo de tempos desta amostra fora
do intervalo [8,2; 12,4] é:
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4

9
O número de vizinhos em doze prédios é:
20 25 12 32 25 24 22 28 21 19 18 30
Então, P75 é igual a:
(A) 25
(B) 29
(C) 26,5
(D) 32

10
Considere a distribuição das idades, em anos, de um grupo de pessoas em que P20 = 11
e P80 = 25 .
Relativamente a esse grupo de pessoas, selecione a afirmação falsa:
(A) Pelo menos 20 % dos indivíduos tem idade inferior ou igual a 11 anos.
(B) Pelo menos 20 % dos indivíduos tem idade inferior ou igual a 25 anos.
(C) Pelo menos 80 % dos indivíduos tem idade superior ou igual a 11 anos.
(D) Pelo menos 80 % dos indivíduos tem idade inferior ou igual a 25 anos.

184

645624 183-187 U14.indd 184 20/03/15 10:56


UNIDADE 14 Características amostrais

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos
que tiver de efetuar e as justificações necessárias.

11
Escreva, usando o sinal de somatório:
a) 3 + 6 + 9 + 12 + 15 + 18
b) 10 + 12 + 14 + … + 30
c) 16 + 25 + 36 + … + 100
d) 1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7 - 8 + 9 - 10
e) (-1) + (-3) + (-5) + … + (-35)

12
Determine o valor dos somatórios seguintes.
8 8
a) /2 i-1
c) / 1 -2 3l
i=1 l=3
10 j 7
(-1)
b) / j
d) / 3k - 10
j =4 k=1

sabendo que aj = *
9
j se j é par
e) /a , j
2j - 1 se j é ímpar
.
j=2

13
Considere a seguinte sequência de figuras. O número de círculos de cada termo é a sequência
designada por sequência de números triangulares.

1 112 11213 1121314

13.1 Desenhe o quinto e o sexto termos da sequência de figuras e, utilizando o símbolo


de somatório, represente o quinto e o sexto termos da sequência de números triangulares.
u5p181h1
13.2 Indique, utilizando o símbolo de somatório, o termo de ordem n da sequência dos números
triangulares.

14 50
Sabe-se que /a k = 2500 , sendo ak = 2k - 1 .
k=1
Determine:
50 50 49
a) / (2a k + 3) b) /a k c) / (a k+1 - ak)
k=1 k =4 k=1

15
Resolva, em IR , as equações seguintes:
8 5
a)  / (2j + x) = / (1 - j)
j=2 j=3
5 6
b)  /2 k
- 3x = /k 2

k=1 k =4

185

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AVALIAR CONHECIMENTOS

16 p
p ( p + 1)(2p + 1)
Sabendo que /k 2
=
6
, 6 p ! IR , determine:
20 k =1 50
a) /k 2
b) / k2
k=1 k=21

17
Considere as amostras x e y , tais que: x = (10, 15, 17, 18, 20) e y = (11, 15, 16, 17, 18, 19) :
+ + + +
17.1 Mostre que x = y e calcule Sx e Sy .
17.2 Qual das amostras apresenta maior dispersão relativamente à média?
17.3 Determine a média e o desvio-padrão de:
a) x + 2 c) 2x -
x 1
+ +
b) 3y d) z , sendo esta a amostra conjunta de x e y .
+ + + +
18
A média aritmética obtida por 23 alunos da turma do 10.º A, no último teste de Matemática A
do ano letivo, foi de 12 valores, e a obtida no mesmo teste pelos 27 alunos da turma do 10.º B
foi de 9 valores.
18.1 Qual é a média aritmética obtida no conjunto das duas turmas?
18.2 Sabendo que a turma do 10.º C tem 22 alunos e que a média conjunta entre as três turmas
foi de 11 valores, qual foi a turma que obteve melhor média no último teste? Justifique.

19
Considere a amostra
y = (2, 4, 4, 5, 8, 10, 10, a)
+
19.1 Determine os valores de a de modo que a média da amostra seja não superior a 9 .
8
19.2 Seja z = by + 2 . Determine a e b de forma que
+
/ y = 60
k e z = 32 .
+ k=1
19.3 Seja a = 15 . Determine:
19.3.1 o centro de gravidade da amostra.
19.3.2 a soma dos quadrados dos desvios em relação à média, SSy .
19.3.3 o desvio-padrão, Sy .

20
Na figura ao lado, está representada parte do gráfico
de barras de uma amostra de uma variável estatística
quantitativa que assume apenas três valores naturais.
Complete o gráfico de barras de modo que:
a) o centro de gravidade seja o indicado na figura.
b) o outro valor seja 9 e o centro de gravidade,
2 4 6 8 10
o ponto de coordenadas (5, 0) .

21
Considere uma amostra x de dimensão 22 , tal que x = 5 e SSx = 84 .
+
21.1 Justifique que o desvio-padrão da amostra x é 2 .
+ u5p182h1
21.2 Indique a média e o desvio-padrão das amostras y = 0,5 x e z = 2 - 3 x .
+ + + +
21.3 Determine a percentagem máxima de unidades estatísticas com valores fora
do intervalo [2, 8] .

186

645624 183-187.indd 186 04/10/16 12:12


UNIDADE 14 Características amostrais

22
O número de hectares dedicados a jardins em todas as vilas de um concelho é:
x = (60, 50, 50, 61, 51, 64, 62, 65, 53, 68, 69, 54, 60, 59)
+

Ordene a amostra x e determine os percentis de ordem 25 , 50 e 75 .


+
23
Num controlo das dimensões do pescado, foi recolhida uma
amostra do comprimento das sardinhas pescadas num barco
de pequeno porte, registando-se os seguintes valores (em mm ) :

201 183 176 211 168 192 175 203 250 185
225 230 260 240 190 255 147 225 283 200

23.1 Determine a média e o desvio-padrão da distribuição.


23.2 Construa uma tabela de frequências absolutas com classes de amplitude de 20 mm e tal
que o limite inferior da primeira classe seja de 145 mm .
23.3 Elabore o histograma do comprimento do pescado, referente à tabela construída em 23.2.
23.4 Tendo por base os dados agrupados em classes em 23.2, determine o percentil de ordem 80 .

24
As classificações no exame de Matemática dos 24 alunos da turma A foram:

12 12 14 12 14 10 10 12
14 10 8 10 8 18 6 6
10 10 10 18 10 8 10 16

enquanto as dos 20 alunos da turma B foram:

14 12 12 6 20 6 10 10
Professor
LIVROMÉDIA
4 10 8 6 18 8 18 10
Ficha
12 12 12 14 de trabalho 13

Ficha
24.1 Qual das duas turmas tem a melhor média das classificações? Justifique. de avaliação 9
24.2 Determine o desvio-padrão das duas distribuições e indique em que turma as classificações
estão mais dispersas. Teste 14

24.3 Determine para cada uma das duas turmas os valores de P10 , P40 e P85 . CADERNO
DE ATIVIDADES
24.4 Indique a percentagem de alunos que na turma B obtiveram classificação superior e avaliação
a 15 valores. contínua
Ficha de trabalho 12

187

645624 183-187 U14.indd 187 20/03/15 10:56


ESSENCIAL

Professor Estatística
SUGESTÃO
O professor
deve incentivar
os alunos a uma Somatórios
leitura atenta
das sínteses Dados p ! IN e uma sequência de números reais (x1, x2, …, xp) , a soma x1 + x2 + … + xp designa-se
dos conteúdos p

estudados. por somatório de 1 a p dos xi (ou por soma dos p termos da sequência), representando-se por /x . i
Deste modo, i=1
os alunos A variável i diz-se o índice do somatório.
reforçam as suas
aprendizagens e
podem proceder a
uma autoavaliação Propriedades dos somatórios
dos seus
conhecimentos.
As sínteses
salientam ainda Associativa
os aspetos mais
importantes Dados p ! IN , uma sequência de números reais (x1, x2, …, xp) e um número natural n , tal que n < p ,
dos conteúdos tem-se que: p n p
abordados.
/ xk = / xk + / xk
k=1 k=1 k=n+1

Homogénea Aditiva
Dados p ! IN , m ! IR e uma sequência Dados p ! IN e sequências de números reais
de números reais (xi)1 G i G p , tem-se que: (xi)1 G i G p e (yi)1 G i G p , tem-se que:
p p p p p
/ (mx ) = m / x
i i / (x + y ) = / x + / y
i i i i
i=1 i=1 i=1 i=1 i=1

Variável estatística quantitativa


Uma variável estatística quantitativa, em determinada população, é uma função numérica definida
na população que a cada unidade estatística associa o valor que mede a característica em estudo nesse
elemento da população.

Amostra de uma variável estatística


Dada uma variável estatística quantitativa x em determinada população e uma amostra A de dimensão
n ! IN dessa população, cujos elementos estão numerados de 1 a n , representa-se por xi o valor
da variável x no elemento de A com o número i . A sequência (x1, x2, …, xn) designa-se por amostra
da variável x ou, simplesmente, amostra e representa-se por x .
+

Características amostrais

Média para dados não agrupados

Dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , n ! IN , de uma variável estatística x , a média representa-se por x
+
e é dada pela expressão n
/ xi
i=1
x= n

188

645624 188-191 U14.indd 188 20/03/15 10:57


Domínio 5 ESTATÍSTICA

Média para dados agrupados


Dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , n ! IN , com m valores ( 1 G m G n ) , representando-se por Kx
o conjunto dos valores da amostra, por Kx1, Kx2, …, Kxm os elementos de Kx e por n1, n2, …, nm as respetivas
+

niKxi
frequências absolutas, tem-se que m

m
/
/ nj = n e x = n i=1

j=1

Propriedades da média
Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) :
+
• Se a e h são números reais, então, a amostra y = (ax1 + h, ax2 + h, …, axn + h) representa-se
por ax + h e tem média y = ax + h . +
+
• A média de uma amostra situa-se sempre entre os valores máximo e mínimo da amostra, não podendo
ser igual ao mínimo sem ser igual ao máximo, o que acontece se, e somente se, a amostra for constante.

Desvios em relação à média


Dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , representa-se por di e designa-se por desvio em relação
+
à média de xi a quantidade di = xi - x, i ! {1, 2, …, n} .

Propriedades

Dados não agrupados Dados agrupados


Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) : Sendo Kx = (xK1, Kx2, …, KxN), com N ! IN , o conjunto
+
n
dos valores da amostra x e (n1, n2, …, nN)
/ (xi - x) = 0 +
as respetivas frequências absolutas:
i=1

nj (xKj - x) = 0
N
/
i=1

Soma dos quadrados dos desvios

Dados não agrupados Dados agrupados


Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , Dada uma amostra x = (x1, x2, …, xn) e sendo
n
+
Kx1, Kx2, …, Kxm os m +
valores da amostra x com
designa-se por SSx a soma / (xi - x)2 dos +
frequências absolutas n1, n2, …, nm , respetivamente,
i=1
quadrados dos desvios e tem-se tem-se
/ (xi - x)2 = / ^xKi - xh2 ni
n m
n n
SSx = / (xi - x)2 = / xi2 - nx 2 i=1 i=1
i=1 i=1

Propriedades
Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , é possível calcular dn em função de d1, d2, …, dn - 1 ,
+
mas o valor de dn só fica determinado se for conhecida a totalidade dos n - 1 desvios restantes.
Assim, conhecidos os n - 1 desvios, d1, d2, …, dn - 1 , é possível calcular SSx e, por isso, diz-se que
SSx tem n - 1 graus de liberdade.
189

645624 188-191 U14.indd 189 20/03/15 10:57


ESSENCIAL

Propriedades
Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) e números reais h e a se y = x + h
+ + +
^respetivamente, y = a x h , então, SSy = SSx (respetivamente, SSy = a2 SSx ) .
+ +
Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , SSx = 0 se, e somente se, x1 = x2 = … = xn , isto
+
é, a amostra é constante.

Variância e desvio-padrão
Dados n ! IN ( n > 1 ) e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , designam-se por variância e por desvio-padrão
+
SS x SSx
as medidas de dispersão Sx2 = e Sx = , respetivamente.
n -1 n -1

Propriedades do desvio-padrão
Dados n ! IN ( n > 1 ) e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , Sx = 0 se, e somente se, x1 = x2 = … = xn .
+
Dados n ! IN ( n > 1 ) , uma amostra x = (x1, x2, …, xn) e números reais h e a , se y = x + h
+ +
_respetivamente, y = ax i , então, Sx = Sy (respetivamente, Sy = a Sx ) .
+
+ +

Processos de amostragem
• A mostragem aleatória simples: cada elemento da população tem igual probabilidade de ser selecionado.
• Amostragem estratificada: utiliza-se quando a população está dividida em diferentes estratos, devendo
a proporção de unidades estatísticas escolhida de cada estrato ser aproximadamente igual à proporção
do mesmo na população.
• Amostragem sistemática: os elementos da amostra são escolhidos a partir de uma regra previamente
estabelecida.

Amostra ordenada
Dados n ! IN e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , designa-se por amostra ordenada a sequência
+
(x(1), x(2), …, x(n)) , tal que x(1) G x(2) G … G x(n) , com os mesmos valores que a amostra x , cada
+
um deles figurando na sequência um número de vezes igual à respetiva frequência absoluta enquanto
valor da amostra x .
+

Percentis
Dados n ! IN , uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , e um número natural k do intervalo ]0, 100] ,
+
designa-se por percentil de ordem k , representando-se por Pk , o valor máximo da amostra, se k = 100 ;
kn kn kn
a média dos elementos de ordem e + 1 na amostra ordenada, se k ! 100 e for
100 100 100
inteiro; e, nos restantes casos, o elemento de ordem < F + 1 na amostra ordenada.
kn
100

190

645624 188-191 U14.indd 190 20/03/15 10:57


Domínio 5 ESTATÍSTICA

Propriedades dos percentis


Dados um número natural n e uma amostra x = (x1, x2, …, xn) , tem-se que o percentil k , Pk ,
+
é um valor tal que a percentagem de unidades estatísticas que tem valores inferiores ou iguais a Pk é,
pelo menos, k % e a percentagem de unidades estatísticas que têm valores superiores a Pk é, quando
muito, (100 - k) % .
Em particular, o percentil 50 é igual à mediana.

Percentis para dados agrupados em classes


Dados números naturais m , n e k , k G 100 , uma sequência crescente de números reais (a1, a2, …, am)
e um conjunto de dados quantitativos organizados nos intervalos de classe [ai, ai + 1[ , que se supõem de
igual amplitude h > 0 , designa-se por percentil de ordem k o número real x , tal que
L-1 m
k
/ (ai + 1 - ai) ni + (x - aL)nL =
100
/ (a i+1 - ai) ni
i=1 i=1
Isto é, tal que
L-1
khn
h / ni + (x - aL)nL =
i=1 100 m
em que ni é a frequência absoluta do intervalo de classe [ai, ai + 1[ , n = / ni e L é o maior número
i=1
natural, tal que
L-1
kn
/nG i
100
i=1

Interpretação geométrica
O percentil k , Pk , de uma amostra será a abcissa do ponto do eixo Ox , para o qual a área do histograma
à sua esquerda corresponde a k % da área total.

knh
A5 }
100

Pk

Nota: A área total do histograma é nh quando todas as classes têm amplitude h .

u5p187h1

191

645624 188-191 U14.indd 191 20/03/15 10:57


AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


Metas curriculares
EST10
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
Descritores 5.1 e 5.2 são apresentadas.

SUGESTÃO 1
10 10
Os exercícios apresentados
percorrem todos Se / x = -4 ,
j então, o valor de / (3x + 2)
j é:
os conteúdos lecionados j=2 j=2
estabelecendo conexões (A) -10 (B) 6 (C) 8 (D) 14
entre os vários tópicos.
O professor pode selecionar
2 
alguns destes exercícios 20
para trabalho autónomo Considere uma amostra x de dimensão 20 , tal que x1 = x2 = x3 = x4 = 7 e / xi = 176 .
do aluno em vários + j=5
momentos, e não apenas
A média da amostra x é:
no final da unidade. +
(A) 8,8 (B) 9,15 (C) 9,35 (D) 10,2

3 
Considere a seguinte distribuição:

Kxi 0 1 2 3
n 1 t 5 5

O valor de t , para o qual a média da distribuição é 2 , é:


(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3

4 
A média de idades dos 132 trabalhadores de uma empresa é de 47 anos. O número
de trabalhadores do sexo feminino é o triplo dos do sexo masculino e a média das idades
das senhoras é de 45 anos.
Então, a média de idades dos trabalhadores do sexo masculino é:
(A) 46 (B) 49 (C) 51 (D) 53

5 
Numa enfermaria de um hospital foi recolhida
uma amostra de temperaturas corporais,
em graus Celsius, dos doentes internados.
Observou-se que a média da amostra era de 38,4 ºC
com um desvio-padrão de 0,6 .
Sabe-se que a temperatura F , em graus Fahrenheit,
é dada em função da temperatura C , em graus
Celsius, pela fórmula
F = 1,8C + 32
Então, a média e o desvio-padrão da amostra das temperaturas em graus Fahrenheit são,
respetivamente:
(A) 101,12 e 33,08
(B) 101,12 e 1,08
(C) 69,12 e 1,08
(D) 70,4 e 33,08

192

645624 192-201.indd 192 20/03/15 11:29


Domínio 5 estatística

6 
Duas amostras x e y são tais que x = y e Sx = Sy .
+ +
Então, pode concluir-se que:
(A) A amostra x apresenta uma maior dispersão de dados.
+
(B) As amostras têm a mesma mediana.
(C) As amostras estão igualmente dispersas.
(D) A amostra x apresenta uma menor dispersão de dados.
+
7 
Considere duas distribuições I e II:
I —D
 istribuição das classificações de uma turma, em que o desvio-padrão é de 3 ;
II — D
 istribuição das distâncias, em quilómetros, da escola a casa, dos alunos,
em que o desvio-padrão é de 0,5 .
Indique qual das afirmações é necessariamente verdadeira:
(A) A distribuição II é mais dispersa, pois o desvio-padrão é de 500 metros.
(B) A distribuição I é mais dispersa.
(C) Em geral, o desvio-padrão não nos permite comparar distribuições.
(D) Estas distribuições não se podem comparar porque estão em unidades de medida diferentes.

8 
Num campeonato de Cubo de Rubik (cubo mágico),
recolheu-se uma amostra x de tempos, em segundos,
+
das provas de um dos participantes, apresentada a seguir.
13,19  10,29  10,45  11,94  10,69
A percentagem de tempos, desta amostra,
no intervalo, 6x - Sx, x + Sx@ é:
(A) 50 %
(B) 60 %
(C) 80 %
(D) 100 %

9 
No histograma ao lado estão representados ni
os dados relativos ao tempo de espera, em minutos, 40 38
35
num balcão de assistência ao cliente numa empresa
30
de telecomunicações. 25
25
O valor do percentil 60 , arredondado às décimas, é: 20
15
15
(A) 14,7 10
10 9
(B) 17,9 5 3
(C) 18,2 5 10 15 20 25 30 xi
(D) 19,1

u5p189h2

193

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AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos
que tiver de efetuar e as justificações necessárias.

10
Desenvolva e determine cada um dos somatórios:
5 5
a) / (k + 1)2 d) / 5 - 2l
k=2 l=1
2

b) f / kp
3 9
e) / [(-1) (j +1)] j

k=1 j=3

/ d i +1 1 - 1i n
15
c)
i=2

11 
Considere a expressão:
6
s(x) = / (2k + x)
k=1

11.1 Mostre que s(x) = 42 + 6x .


11.2 Resolva as seguintes condições, em IR :
a) s(x) = x2 - 13
b) s(x) G x3 - 37x

12  p
Sabe-se que / (2k) = p 2
+ p, p ! IN .
k =1

12.1 Determine:
20 30
a) / k b) / (2k)
k=1 k=15

12.2 Usando a fórmula indicada, mostre que a média de uma amostra com os primeiros p
números pares é igual a p + 1 e indique o valor de x , sendo
x = (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18)
+
13 
Dez professores, pertencentes ao grupo de Matemática de uma determinada escola, tinham,
no ano letivo transato, uma média de idades de 41 anos.
No princípio do ano letivo juntaram-se a este grupo dois professores com as idades de 36 e 58 anos.
Calcule a média de idades do grupo de professores assim constituído.

194

645624 192-201.indd 194 20/03/15 11:29


Domínio 5 estatística

14 
Lançaram-se, simultaneamente, quatro moedas de 1 euro
ao ar, um determinado número de vezes, e registou-se,
na tabela seguinte, o número de faces de euro saídas.

N.º de faces de euro (xi) ni


0 3
1 17
2 25
3 13
4 6

14.1 Indique o número de vezes que as quatro moedas foram lançadas.


14.2 Construa um gráfico de barras da distribuição.
14.3 Determine a média e indique a moda deste conjunto de dados.
Indique a percentagem do número de grupos de 64 lançamentos em que o número
14.4 
de faces de euro saídas é inferior a 2 .
Determine a mediana e os quartis da distribuição e esboce um diagrama de extremos e quartis.
14.5 

15 
Em determinado ano, os valores, em euros, dos impostos pagos por oito famílias foram os seguintes:
5300 2700 6000 9200 21 000 8500 7100 8200
15.1 Mostre que a média é de 8500 € e determine a percentagem de famílias que pagaram
valores de impostos superiores à média.
15.2 No ano seguinte, a média dos valores pagos em impostos pelas mesmas oito famílias foi
de 8925 euros.
15.2.1 No total, em relação ao ano anterior, quanto arrecadou a mais o Estado com
os impostos pagos por estas oito famílias?
15.2.2 Qual foi o aumento percentual médio dos impostos para estas oito famílias?
15.3 Determine a mediana deste conjunto de dados.

16 
Os elementos de duas equipas de basquetebol têm, em centímetros,
as seguintes alturas:
Equipa A: 187 ; 190 ; 186 ; 195 ; 186 ; 192 ; 202 ; 205 ; 196 ; 191
Equipa B: 190 ; 186 ; 198 ; 193 ; 203 ; 190 ; 195 ; 203 ; 188 ; 186
16.1 Mostre que a média das alturas é igual nas duas equipas
e determine, para cada equipa, o desvio-padrão das alturas.
Diga, justificando, em qual das equipas as alturas são mais
homogéneas.
16.2 Considere a amostra que se obtém pela junção das duas equipas.
16.2.1 Construa um histograma de frequências absolutas de amplitude 4 cm ,
tal que o limite inferior da primeira classe seja de 186 cm .
16.2.2 Determine o percentil de ordem 90 .

195

645624 192-201.indd 195 20/03/15 11:29


AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

17 
Lançou-se um dado cúbico, com as faces numeradas de 1 a 6 ,
oito vezes, tendo-se obtido os resultados definidos na amostra x :
+
x = (3, 4, 2, 2, 6, 4, 1, 2)
+
17.1 Qual é a média, x , dos pontos obtidos?
17.2 Determine SSx , a variância de x e Sx .
+
17.3 Lançando, novamente, k vezes o mesmo dado e registando os pontos obtidos em cada
lançamento, obteve-se uma amostra y , em que y = 3 .
+
Sabendo que o total de pontos obtidos foi de 42 , determine o valor de k .

18 
A empresa LimpaBem realizou um estudo sobre o número de anos de casa de cada um dos seus
funcionários e obteve os dados que constam na tabela seguinte.

Anos de casa 1 2 3 4 5 6
Frequência relativa 0,150 0,200 0,325 0,175 0,100 0,050

18.1 Determine a mediana e o número médio, x , de anos de casa dos funcionários desta
empresa.
18.2 Determine a variância, (Sx)2 , e o desvio-padrão, Sx , do número de anos de casa e estime
a percentagem de funcionários com anos de casa pertencentes ao intervalo @x - Sx, x + Sx 6 .

19 
Sabe-se que para uma amostra y , de dimensão 21 , tem-se:
+
21 21
/y k = 210 e / (y ) k
2
= 2180
k=1 k=1

19.1 Determine a média, y , e o desvio-padrão, Sy .


19.2 Determine a percentagem máxima de unidades estatísticas da amostra y que não
pertencem ao intervalo [7, 13] . +

20 
Determinou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) em 50 indivíduos maiores de 20 anos.
Os dados obtidos encontram-se resumidos no histograma da figura.
ni
20
20
15
15
10 8
7
5

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
IMC

20.1 Determine o percentil de ordem 50 e interprete o valor obtido no contexto apresentado.


Professor
LIVROMÉDIA 20.2 Se o IMC de um indivíduo, com mais de 20 anos, pertence ao intervalo [25, 30[ , este
encontra-se em estado de pré-obesidade. Indique a percentagem de pessoas desta amostra
u5p192h2
Ficha que são pré-obesas.
de trabalho 14

196

645624 192-201.indd 196 20/03/15 11:29


Domínio 5 estatística

PREPARAÇÃO PARA O TESTE 10

I
Para cada uma das questões deste grupo, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
são apresentadas. Professor
SUGESTÃO
1  10
As autoavaliações
Sabe-se que /a k = 30 . CONSULTE
AS PÁGINAS
apresentadas
k =1 têm como
150 A 154.
A opção falsa é: objetivo aferir
as aprendizagens
10 10
(A) / (3a ) = 90
k (C) / (a k - 2) = 28
dos alunos.
Estas podem ser
k=1 k=1
realizadas na aula
10 9
ou como trabalho
(B) /a k = 30 - a1 - a2 (D) /a k+1 = 30 - a1 de casa e ser alvo
k=3 k=1 de correção
2  e esclarecimento
de dúvidas
Os resultados obtidos pelos 25 alunos de uma turma do 10.º ano, num teste de Matemática, CONSULTE
em aulas
AS PÁGINAS
estão registados na tabela de frequências absolutas que se segue: 156 E 157. reservadas para
esse efeito.
Estes testes
Classificação 5 7 8 9 10 11 12 13 15 17 18 19 servem
igualmente como
ni 1 2 1 a 4 b 2 1 3 2 2 1 preparação para
os testes
sumativos.
Sabendo que a média obtida pelos alunos no teste foi de 12 valores, quais são os valores de a
e de b ?
(A) a = b = 3 (B) a = 4 e b = 2 (C) a = 1 e b = 5 (D) a = 2 e b = 4

3 
Considere a amostra x = (6, 8, 10, 10, 12, 20) .
+ CONSULTE
O desvio-padrão da amostra x é, aproximadamente: AS PÁGINAS
+ 164 E 168.

(A) 4,86 (B) 4,15 (C) 5,12 (D) 4,52

4 
Na cidade de Almada, registaram-se as temperaturas CONSULTE
AS PÁGINAS
ambiente em cinco dias do mês de setembro, 163 A 165.
concluindo-se que a média das temperaturas para
esses cinco dias foi de 28 ºC .
O António teve acesso a uma página de Internet
onde constavam as diferenças em relação à média
em quatro desses dias: -3 ; -1 ; 2 e 5 .
Qual foi a temperatura registada no 5.º dia?
(A) 22 ºC (B) 25 ºC (C) 27 ºC (D) 31 ºC

5 
Perguntou-se a 10 alunos quantos irmãos tinham e os resultados obtidos constam da amostra y : CONSULTE
+ A PÁGINA
y = (1, 2, 0, 0, 1, 4, 2, 1, 3, 1) 176.
+
O valor do percentil de ordem 80 é:
(A) 2 (C) 3
(B) 2,5 (D) 3,5

197

645624 192-201.indd 197 20/03/15 11:29


PREPARAÇÃO PARA O TESTE 10

TEM
II DÚVIDAS?
Nas questões seguintes, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver
de efetuar e as justificações necessárias.

1 
CONSULTE
Considere a amostra z definida por: A PÁGINA 150.
+
z = (2, 1, 5, 2, 4, 3, 3, 3, 4, 2, 4, 3) CONSULTE
+ A PÁGINA 176.
Determine: CONSULTE
12 A PÁGINA 156.

a) /z k d) SSz CONSULTE
AS PÁGINAS
k=1
b) z(8) e) Sz 163 A 167.
CONSULTE
c) z f) P25 A PÁGINA 168.
CONSULTE
A PÁGINA 176.
2 
Dos 200 alunos que responderam a uma prova
com doze questões, 10 % responderam
corretamente a três questões, 50 % responderam
corretamente a sete questões, 30 % a dez questões
e os restantes acertaram na totalidade das questões.
2.1 Calcule a média e a mediana e indique a moda CONSULTE
AS PÁGINAS
da distribuição. 157 E 176.

2.2 Determine o número de alunos que acertaram CONSULTE


AS PÁGINAS
num número de questões pertencente ao intervalo 168 A 171.

@x - Sx, x + Sx 6 , em que x é a média


da distribuição e Sx , o seu desvio-padrão.

3 
Registou-se o peso, em quilogramas, de 30 pessoas frequentadoras de um ginásio:

48 77 94 65 76 82
53 64 75 82 45 62
78 82 62 68 49 58
76 67 79 82 90 83
75 52 64 72 84 56

CONSULTE
3.1 Organize os dados apresentados numa tabela de frequências absolutas, de amplitude A PÁGINA
de 10 kg , tal que o limite inferior da primeira classe seja de 45 kg . 179.
CONSULTE
3.2 Construa o histograma das frequências absolutas do peso dos frequentadores do ginásio. A PÁGINA
179.
3.3 Determine o percentil de ordem 65 , tendo por base os dados agrupados em classes. CONSULTE
AS PÁGINAS
180 E 181.

Grelha de avaliação
PARTE I II
Questões 1a5 1.a 1.b 1.c 1.d 1.e 1.f 2.1 2.2 3.1 3.2 3.3
Cotações 5 # 10 = 50 8 8 8 10 8 10 10 + 10 + 8 20 15 15 20

198

645624 192-201.indd 198 20/03/15 11:29


Domínio 5 estatística

PREPARAÇÃO PARA O TESTE 11


TEM
I DÚVIDAS?
Para cada uma das questões deste grupo, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe
são apresentadas. Professor
SUGESTÃO
1  A autoavaliação
Sejam x e y duas amostras de duas variáveis quantitativas. CONSULTE apresentada é
+ + AS PÁGINAS
global abrangendo
Considere as seguintes proposições: 11, 14 A 17
todos os domínios
DO VOLUME 1
p : Se y = x + 3 , então, x = y E 159 DO do programa
+ + VOLUME 3. de 10.º ano, sendo
q : Se y = x + 3 , então, Sx = Sy por isso mais
+ + extensa.
Das proposições seguintes, indique a que tem valor lógico verdade. Não se pretende
que o aluno a
(A) p + q realize em noventa
minutos mas que
(B) (p 0 q) / p inicie o seu
(C) p 0 q & q contacto com uma
prova mais
(D) +p & p trabalhosa com
vista à preparação
2  para o Exame
Nacional.
Das expressões proposicionais seguintes, indique a que é universal no espaço. CONSULTE
AS PÁGINAS
41 A 43
(A) Duas retas perpendiculares a uma terceira são paralelas entre si. DO VOLUME 1
E 75 A 77 DO
(B) Se uma reta r é paralela a um plano a e uma reta s é perpendicular a a , então, VOLUME 2.
s é perpendicular a r .
(C) Se uma reta r está contida num plano a e uma reta s é paralela a a , então,
s é paralela a r .
(D) Se os planos a e b são paralelos a uma reta r , então, são paralelos entre si.

3 
Considere o paralelepípedo representado na figura. B C CONSULTE
AS PÁGINAS
A distância entre os pontos A e G , em centímetros, é: 84 E 85 DO
D 2 cm VOLUME 2 E
(A) 2 A 93 DO
F G VOLUME 1.
(B) 4
4 cm
(C) 2 5 E H
(D) 2 6
2 cm
4 
Na figura ao lado, estão representados, em referencial o.n., y CONSULTE
AS PÁGINAS
parte do gráfico de uma função afim f , a reta AB de equação u5p195h1 56 E 57 DO
VOLUME 2.
y = -1 e o triângulo [ABC] .
Sabe-se que: C
• a área do triângulo é 4 ;
• o ponto B tem coordenadas (2, -1) ;
• A e C são os pontos de interseção com o eixo das ordenadas
da reta AB e do gráfico de f , respetivamente. x
O
Qual das expressões seguintes pode definir a função f ? 21
A B
(A) f(x) = 3 - 2x (C) f(x) = -2x + 1

(B) f(x) = 2x - 1 1
(D) f(x) = - x+1
2

u5p195h2
199

645624 192-201.indd 199 20/03/15 11:29


PREPARAÇÃO PARA O TESTE 11

5  TEM
Na figura ao lado estão representados, em referencial y DÚVIDAS?
ortogonal do plano, parte do gráfico da função definida f
B
por f(x) = x - 2 e o triângulo [ABC] .
Sabe-se que A é o ponto do gráfico de f de menor
abcissa, B é o ponto do gráfico de f de abcissa x O A C x
e C é o ponto do eixo Ox , tal que AB = BC . CONSULTE
AS PÁGINAS
Considere a função g que a cada valor de x ! Df faz corresponder a área do triângulo [ABC] . 96 E 97.

Qual é o valor de g(4) ?


(A) 4 2 (B) 2 2 (C) 2 (D) 1 u5p196h1

II
Nas questões seguintes, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver
de efetuar e as justificações necessárias.

1 
Foram selecionados 18 avaliadores de perfumes para avaliar
sensorialmente o aroma de uma nova fragrância. Utilizou-se uma escala
de 1 (aroma impercetível) a 8 (aroma muito pronunciado).
A amostra de valores obtida no teste foi:
x = (7, 6, 7, 3, 6, 5, 7, 7, 6, 7, 7, 4, 5, 8, 4, 6, 6, 5)
+ CONSULTE
1.1 Determine a média e o desvio-padrão desta amostra. AS PÁGINAS
156 E 163
1.2 Obtenha uma amostra ordenada e calcule o percentil 40 A 168.
CONSULTE
e o percentil 60 . AS PÁGINAS
175 E 176.
1.3 Diga, justificando, qual é o valor lógico da seguinte proposição: CONSULTE
A PÁGINA
«Existem tantas unidades estatísticas com valores inferiores a P40 como superiores a P60 » 178.

2 
O lançamento do dardo é uma disciplina
do atletismo que consiste em atirar o mais longe
possível, após uma pequena corrida, uma lança
chamada dardo.
Um atleta olímpico, num dos seus lançamentos
de treino, efetuou um lançamento válido,
tendo nesse lançamento o dardo atingido a altura
máxima de 32 metros, a 40 metros à frente
do ponto de lançamento.
2.1 Sabendo que, no local de lançamento, o dardo sai da mão do atleta com altura igual CONSULTE
AS PÁGINAS
a 2 metros e que a trajetória é uma parábola, prove que a altura do dardo é dada em função 77 E 78

da distância horizontal x do dardo relativamente ao local de lançamento por:


3 2 3
h(x) = - x + x + 2, x H 0
160 2
NOTA: A
 dmita que a única força exercida sobre o dardo é a força da gravidade.
2.2 Determine a marca alcançada pelo atleta nesse lançamento (distância do ponto de lançamento CONSULTE
A PÁGINA
ao ponto onde o dardo cai), indicado o valor aproximado às centésimas. 81.

200

645624 192-201.indd 200 20/03/15 11:29


Domínio 5 estatística

3  TEM
Considere as funções definidas em IR por: DÚVIDAS?
f(x) = -2x3 + 4x2 + 10x - 12 e g(x) = x
3.1 Mostre que f(x) é divisível por x - 3 . CONSULTE
AS PÁGINAS
3.2 Determine o domínio de g % f e calcule g % f(2) , apresentando o resultado na forma a b . 115, 116
E 119 DO
3.3 Sendo A e B os pontos de interseção dos gráficos de g e g-1 (inversa de g ) determine VOLUME 1.
CONSULTE
a equação reduzida da reta AB . AS PÁGINAS
20 A 22.
3.4 Sejam P , Q e R os pontos de interseção do gráfico de f com o eixo Ox , em que P e R CONSULTE AS
PÁGINAS 25
são os pontos de menor e maior abcissa, respetivamente. DO VOLUME 3
E 56 E 57
Prove que a elipse de eixo maior PR , com um foco em Q , pode ser definida pela DO VOLUME 2.
CONSULTE
equação: AS PÁGINAS
4 2 4 2 21 A 26 DO
x + y =1
25 21 VOLUME 2.

4 
Na figura seguinte estão representados, num referencial o.n. Oxyz , a superfície esférica
de equação
x2 + y2 + (z - 2)2 = 4
e um cone, cuja base é limitada pela interseção da superfície esférica com o plano de equação z = 1
e o vértice V é o ponto de interseção da superfície esférica com o eixo Oz de cota positiva.

z
V

O
y
x

4.1 Determine o valor exato do volume do cone. CONSULTE


AS PÁGINAS
4.2 Sabendo que o ponto A é o ponto da interseção da superfície esférica com o plano xOz 88 A 91.
CONSULTE
e com o plano de equação z = 1 com abcissa negativa, escreva um sistema de equações A PÁGINA
paramétricas da reta AV . u5p197h1 109 DO
VOLUME 2.
4.3 Justifique que o plano tangente à superfície esférica no ponto V é paralelo ao plano xOy CONSULTE
AS PÁGINAS
e escreva uma equação desse plano. 79 A 81 DO
VOLUME 3
E PÁGINA 88
DO VOLUME 2.

Professor
LIVROMÉDIA

Ficha de avaliação 10
Grelha de avaliação CADERNO
PARTE I II DE ATIVIDADES
Questões 1a5 1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 3.2 3.3 3.4 4.1 4.2 4.3 e avaliação contínua
Cotações 5 # 10 = 50 15 10 10 15 10 10 15 13 15 12 15 10 Avalio o meu sucesso 6

201

645624 192-201.indd 201 20/03/15 11:29


MATEMÁTICA NO MUNDO REAL
ESTATÍSTICA NO ESTADO, NA GESTÃO, NA SAÚDE, NO DESPORTO, …

A
Estatística vem assumindo ao longo dos últimos anos um papel
de crescente importância no Mundo. Os Estados, as organizações sociais
e profissionais e mesmo o cidadão
comum, devido à complexidade do mundo
atual, necessitam cada vez mais de recolher,
tratar e analisar informação de forma a tomar
decisões.

As decisões do Estado sobre a


abertura/fecho de escolas e hospitais
são baseadas em estudos estatísticos
onde se recolhem dados sobre
demografia, economia, …

Estatística nas decisões empresariais

Nas empresas recolhem-se, organizam-se e


analisam-se dados para controlo da qualidade
do produto que oferecem, tomada de decisões
sobre o lançamento de novos produtos,
aumento da produtividade, etc.

Estatística na saúde

As estatísticas sobre a eficácia de procedimentos cirúrgicos,


tratamentos ou fármacos, assim como as contraindicações
e os efeitos secundários dos mesmos,
são fundamentais para a resolução
de quadros clínicos e a evolução
da medicina.
Professor
LIVROMÉDIA

Internet
ALEA e INE

202

645624 202-203.indd 202 20/03/15 11:01


Domínio 5 ESTATÍSTICA

Estatística no desporto

sporto te m várias
A estatística no de
funções:

Nos desportos coletivos a recolha de dados sobre


as valências técnicas e físicas de cada atleta é fundamental
para uma planificação correta dos treinos de forma
a melhorar o rendimento individual e coletivo.

ESTATÍSTICAS DOS FAVORITOS


FC Porto SL Benfica
COLETIVOS
82,4* Pontos 80*
56 % 2 pontos 55 % A recolha de dados sobre o rendimento
35 % 3 pontos 35 %
74 % Lançamentos livres 78 % das equipas adversárias nos desportos
38,4* Ressaltos 38,3*
16,7* Assistências 15,5* coletivos, ou dos adversários nos
PROTAGONISTAS desportos individuais, são também
17,3 %* Greg Stempin Pontos Ted Scott 17,5 %* fundamentais para a preparação dos
62 % Greg Stempin 2 pontos Heshimu Evans 66 %
43 % João Santos 3 pontos Seth Doliboa 43 % confrontos diretos.
83 % Reginald Jackson Lançamentos livres Diogo Carreira 96 %
7,4* Greg Stempin Ressaltos Seth Doliboa 6,7*
2,8* Reginald Jackson Assistências Miguel Minhalva 3,9*
Dados referentes à fase regular. O FC Porto apenas disputou os quartos-de-final
do playoff, por desistência do CAB Madeira. *média
RONALDO VS MESSI
Época 2011/12
19 Jogos Jogos 19
Liga
A estatística no desporto, 23 Golos Golos 22
u5p201h6
em particular na comunicação 5 Jogos
Taça do Rei
Jogos 4
3 Golos Golos 2
social, é também utilizada 4 Jogos Liga dos Jogos 5
para comparar o rendimento 3 Golos Campeões Golos 6
2 Jogos Jogos 2
de atletas. 1 Golos
Supertaça
Golos 3
– Jogos Supertaça Jogos 1
TOP RAKINGS HISTORY – Golos Europeia Golos 1
Nadal – Jogos Mundial Jogos 2
Federer – Golos de Clubes Golos 2
1 1 1 1 1 1 1
1 8 Jogos Jogos 1
2 2 2 2 2 2 2 Particulares
15 7 Golos Golos 2
6 Jogos Jogos 6
30 Seleção
6 Golos Golos 2
45 47
57 TOTAL TOTAL
60 Jogos 44
Média 40 Jogos
0,97 de golos 1
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Golos 43 por jogo 40 Golos

u5p201h6 203
u5p201h6

645624 202-203.indd 203 20/03/15 11:01


Soluções
UNIDADE 10 8.3 y
Generalidades acerca de funções 5
Páginas 6 a 25 4
10.1 Conceito de função 3
1  2
A correspondência não é função: há um peso que 1
corresponde a duas alturas distintas.
2  22 21 0 1 2 3 x
21
a) A correspondência não é função.
b) A correspondência é função. 22
c) A correspondência não é função. 23
d) A correspondência é função
Gg; = {(-2, 5), (-1, 3), (0, 1), (1, -1), (2, -3)}
3 
A

b) D = {1, 2, 3} ; CC = {4, 5, 6, 7} ; Dl= {4, 5, 6} 9 


d) D = {1, 2, 3} ; CC = {4, 5} ; Dl= {4, 5} 9.1 Ao cuidado do aluno.
1
9.2 Dlh =u4p355h2s
[-2, 4]   9.3 -
4  3
a) Não é função. c) É função. 9.4 Dlh;[-4, 0] = [-2, 1]
b) É função. d) É função. y
5  2
Curva A.
1
6 
a) 2 c) -1 21 0 1 x
b) 3 d) Dlf = [1, 3] 21
7  22
7.1
x f(x)
0 0 10.2 Funções injetivas, sobrejetivas e bijetivas
1 2 10 
2 6 10.1 Dlf = [1, +3[
u4p355h3s
3 12 10.2 a) f(C) = {1, 2, 5} b) f(C) =[1, 5]
4 20 10.3 A função f é não injetiva.

5 30 11 
7.2 Dlf = {0, 2, 6, 12, 20, 30} 11.1 A função f é injetiva. 11.2 g|{0} ; h|{1, 2, 3}
7.3 12 
x f|{0, 2, 4}(x)
Ao cuidado do aluno.
0 0
2 6 13 
4 20 Injetivas: f e h ; sobrejetivas: g e h ; bijetivas: h .
14 
8 
14.1 Ao cuidado do aluno.
8.1 a) 1
14.2 f(A) = {1, 2, 3, 4}
b) 9 14.3 Por exemplo, f|A (sendo A o conjunto da alínea 14.2).
c) -1 14.4  y
8.2 y
g
3

1
1
22 21 0 1 2 x O x
1
21
15 
22 Ao cuidado do aluno.

204 u4p204h1s

645624 204-224 sol.indd 204 20/03/15 11:04


10.3 Função composta 25 
16  x f(x) f -1(x)
42 412,5 litros de combustível.
1 3 2
17  2 1 5
17.1 a) f % g (10) = 12 3 4 1
b) g % f (2) = 3
4 6 3
17.2
x g % f(x) 5 2 6
2 3 6 5 4
3 4
26 
18  26.1 f é bijetiva e admite inversa.
18.1 f % g (0) = 2 ; g % f (3) = 0 26.2 a) f(2) = 4 b) f -1(4) = 2 c) f % f -1 (6) = 6
18.2 Df % g = {0, 4, 8} 26.3 G f -1 = {(4, 2), (6, 3), (9, 1)}
Dg % f = {1, 2, 3, 4}
27 
18.3 x
x f % g(x) 27.1 g-1(x) = -2
2
27.2 g-1(-1) = - ; g % g-1 d n=
0 2 5 7 7
2 15 15
4 2
8 2 AVALIAR CONHECIMENTOS

18.4 A igualdade é falsa, pois g % f e f % g não têm Páginas 26 a 29


o mesmo domínio. Escolha múltipla
19  1 4 7
Ao cuidado do aluno. (B) (A) (C)

10.4 Função identidade 2 5 8
(C) (B) (B)
20 
20.1 IdA % f (-2) = 2 3 6
20.2 x = -1 3.1 (C) (C)
20.3 g(x) = -x 3.2 (C)
3.3 (D)
21 
a) Proposição verdadeira. resposta aberta
b) Proposição verdadeira. 9 
b e c
10.5 Função inversa de uma função
10 
22 
10.1 Dg = {1, 2, 3} ; CCg = {1, 4, 9, 16} e Dlg = {1, 4, 9}
22.1 Ao cuidado do aluno.
10.2 10.2.1 4
22.2 G f -1 = {(0, 0), (1, 5), (2, 10), (3, 15), (4, 20)}
10.2.2 3
23  10.3 g(x) = x2 , com x ! {1, 2, 3}
23.1 Apenas f é bijetiva, logo, f admite inversa.
11 
23.2 a) f -1(3) = 4 b) f % g (2) = 5 c) f -1 % g (1) = 2
11.1 11.1.1 3 11.1.2 1 + 2
23.3 f -1: {1, 2, 3, 4, 5, 6} " {1, 2, 3, 4, 5, 6}
11.2 11.2.1 Dlh;A = {-1, 0, 3}
y
y
6
5 4
4 3
3
2
2
1 1

0 1 2 3 4 5 6 7 x 21 0 1 2 3 4 x
21
24 
Como f é injetiva, mas não é sobrejetiva ( 1 ! IN e 1 g Dlf ) ,
logo, não é bijetiva. Portanto, f não admite inversa. 11.2.2 Ao cuidado do aluno.
u4p362h1s
205

u4p367h1s
645624 204-224 sol.indd 205 20/03/15 11:04
Soluções

12  5 
12.1 a) y
1 0 3
3 f
2 2
6
3 9
1
4 12
22 21 0 1 2 3 x
12.2 a) Proposição verdadeira.
21
b) Proposição falsa.
22
13 
13.1 32 °F 23
u4p367h2s
13.2 15 °C
13.3 A constante 1,8 significa que quando a temperatura b) y
aumenta 1 grau Celsius, a temperatura na escala 1
Fahrenheit aumenta 1,8 graus. g
F - 32
13.4 C = 24 23 22 21 0
25 u4p373h1s 1 x
1,8
21
14 
14.1 Ao cuidado do aluno. 22
14.2 14.2.1 1
23
14.2.2 0
14.2.3 1
c) y
15  h
a) 2 b) 2 c) 2 4

16  3
16.1 e 16.2 Ao cuidado do aluno. 2
16.3 0 ou 2 u4p373h2s
16.4 Pela questão 16.1, temos que 1
1 5
f - 1(x) = - x + x
6 6 22 21 0 1 2
17  21
17.1 17.1.1 [2, 4]
17.1.2 2 d) y
17.2 f(x) = x + 1 , com x ! [1, 3]
4
17.3 f -1: [2, 4] " [1, 3] , com f -1(x) = x - 1 . i
3
UNIDADE 11
2
Generalidades acerca de funções reais de variável real
1
Páginas 30 a 49 u4p373h3s
11.1 Funções definidas por expressões analíticas 24 23 22 21 0 1 2 3 4 x
21
1 
1.1 A imagem de 2 é 24 e, no contexto do problema, 22
significa que a área de um cubo com 2 cm de lado 23
tem 24 cm2 de área.
24
1.2 1,5

2 
6 
d) Di = <- , +3<
2.1 Ao cuidado do aluno. 1
a) Df = IR
2.2 x ! [0, 4] 2
b) Dg = IR\{-1}
5 e) Dj = [-2, 2]
2.3 dm c) Dh = IR\{0, 3}
2 f) Dl = IR
3 
60 7 
3.2 n(x) =
x 7.1 -27
4  7.2 -2
u4p373h4s
a) Df = IR ; Dg = IR c) -1 7.3 x ! ]-3, -2] , [0, 2]

b) f d n=
1 3 7.4 k =
3
2
e g(-1) = 9 d) -2 e -7
2 2
206

645624 204-224 sol.indd 206 20/03/15 11:04


11.2 Zeros de uma função 19
8 a) g não é par nem ímpar. c) i é ímpar.
a) x ! [0, 1] b) x ! {-2} , [2, 3[ b) h é par. d) j é par.

9 11.4 Relação geométrica entre o gráfico de uma função


a) Df = IR ; 2 c) Dh = IR ; -3 e 3 e a respetiva inversa
1 d) Di = IR\{0} ; 1
b) Dg = IR ; 0 e 20
2
10 20.1 Como f(2) = 2 × 2 - 4 = 0 , o ponto C pertence
8 ao gráfico de f e, por definição de função inversa
a) 2 b) -
9 de f , D pertence ao gráfico de g = f -1 .
11.3 Paridade. Simetrias dos gráficos das funções pares Uma equação da mediatriz de [CD] é
e das funções ímpares (x - 2)2 + (y - 0)2 = (x - 0)2 + (y - 2)2 +
+ -4x = -4y ,
11
ou seja, y = x .
Ao cuidado do aluno.
20.2 Ao cuidado do aluno.
12
21
a ! IR e b = -1
21.1 Por exemplo, os pontos (1, 2) e (2, 0) .
13 21.2 y
Ao cuidado do aluno. 5
14 4
14.1 y 3 g21
2
2
1 g

22 O 2 x 22 21 0 1 2 3 4 5 x
21
22

22
14.2 y y

f 21

u4p378h1s u4p381h1s

O x x

15
Ao cuidado do aluno. 11.5 Translações e gráficos de funções
u4p378h2s 23
16
a) f é par. 23.1 y
b) g é ímpar. u4p381h2s
c) h é par e ímpar, simultaneamente. 26 0 7 x
23 i
17
Ao cuidado do aluno.
18 y
y
u4p382h1s
5
j
2
O 2 x 24 0 4 x

24

23.2 Dll = [-1, 5]


23.3 Tem um zero.
u4p382h2s
u4p379h1s 207

645624 204-223.indd 207 04/10/16 12:15


Soluções

24  34 
k = -4 a) Dg = [0, 4] e Dlg = [-3, 1]
b) Dh = [0, 8] e Dlh = [-1, 3]
25 
c) Di = [0, 4] e Dli = [-2, 2]
25.1 a) g(2) = -4 b) Dlg = [-4, 5]
25.2  y 35 
Os zeros de g são -3 , -1 e 2 .
6
36 
a) y
f 2
1 O
0 1 6 x 21 x

23

26  b) y
c=3
g
27  u4p384h1s
a) Di = [-2, 4] e zeros de i são -1, 1 e 2 . u4p389h1s
21 O x
b) Dlj = [1, 7] 22
c) Dl = [-5, 1] e Dll = [-3, 3]

11.6 Contrações/dilatações e gráficos de funções 37 


c) g(x) = -f c m
x
a) g(x) = f(-x) b) g(x) = -3f(x)
28  2
1 38 
a) h(2) = b) a = 2
2 u4p389h2s
b = -2 e d = -3
29 
1 39 
29.1 Dlg = [-8, 4] 29.2 h(2) = -
3 39.1 a) y
30  O
g(x) = f(0,3x) ; h(x) = f(0,5x) ; j(x) = f(2x) 26 24 22 2 4 x
31  22 g
1
31.1 a) { é uma contração vertical de coeficiente . 24
2
b) { é uma dilatação horizontal de coeficiente 5 .
b) y
b) f c m
1 x
31.2 a) f(x) 9
2 5
32  u4p391h1s
y h
1
1 28 O 4 x
h 23
O 1 2 3 4 5 x 27
21
39.2 a) Os zeros de i são -2 , 2 e 6 . Dli = [-6, 2]
b) Os zeros de j são -3 , -1 e 1 . Dlj = [-2, 6]
11.7 Reflexões e gráficos de funções
40  u4p391h2s
33  u4p387h1s a) y
y
6 3
h
5
2
4 f
3 1
2
1
22 21 0 1 2 x
23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 x 21
21
g f 22
22
23
i t

208

u4p388h1s
645624 204-224 sol.indd 208 u4p392h1s 20/03/15 11:04
b) y resposta aberta
250 8 
8.1 Df = IR ; f é par.
8.2 Dg = IR\{0} ; g é ímpar.
g 8.3 Dh = IR ; h é ímpar.
8.4 Di = [-2, 2] ; i é par.
9 
25 0 5 x
a) y

2250

22 21 0 1 2 x
c) y
1000 21
h
u4p392h2s Zeros: -1 e 1
500 b) Não é possível.
c) Por exemplo:
21000 0 1000 x y
2500 u4p396h1s
3
21000
22
d) y 0 x
21 2
6
i
u4p392h3s
4
2 25
Zero: 1

26 24 22 0 2 4 6 x 10 
1
22 h(-2) = -
2
24 11 
u4p396h2s
11.1 Ao cuidado do aluno.
26
11.2 a) -3 e 2 b) 0 e 5 c) -5 e 0
11.3 a) k ! [-3, -2[ , ]0, 1]
e) y b) k ! [-2, 0[
0,15 c) Impossível.
j
11.4 m(x) = f(2x) - 3
0,1
12 
12.1 a) Dg = IR\( 2 b) Dh = F-3, F
0,05 3 3
u4p392h4s 2 2
x 3
20,15 20,120,05 0 0,05 0,1 0,15 x 12.2 f -1: IR " IR ; f -1(x) = - +
20,05 2 2
y
20,1 3
20,15 2
f 21
1
AVALIAR CONHECIMENTOS
21 0 1 2 3 4 x
Páginas 50 a 53
13 
Escolha múltipla
u4p392h5s Por exemplo, [4, 12] × [7, 25] .
1 3 5 7
(D) (C) (A) 7.1 (A)
14  u4p398h1s
14.1 Dlh = [-1, 1]
7.2 (D)
2 4 6 14.2 Ao cuidado do aluno.
(B) (C) (B) 14.3 a) x ! [-2, -1] b) x ! ]0, 2]

209

645624 204-224 sol.indd 209 20/03/15 11:04


Soluções

14.4 a) Da = [-2, 2] ; Dla = [-1, 1] b) y


y 3
a
1
2

22 21 0 1 2 x
1
21

b) Dc = [-4, 0] ; Dlc = [-1, 1] 21 0 1 2 3 4 5 x


y
c 5
1
u4p399h1s Funções g e i .
0 x 6
24 23 22 21 u4p401h2s
21 6.1 Ao cuidado do aluno.
6.2 Por exemplo: [-2, -1] e [2, 3]
6.3 A proposição p é falsa; a proposição q é falsa
c) De = [-2, 2] ; Dle = [0, 2] e a proposição r é falsa.
y
e 7
2 Como a = -3 < 0 , então, f é estritamente decrescente
1 em [0, +3[ e estritamente crescente em ]-3, 0] .
u4p399h2s
12.2 Extremos de uma função real de variável real
22 21 0 1 2 x 8
8.1
x -3 -3 -1 2 +3
15
f 4 0 3 1 4 -6 3
15.1 Ao cuidado do aluno.
15.2 f não é par nem ímpar. 8.2 A função f tem um único extremo absoluto:
15.3 u4p399h3s
h(0) + h(-2) = -6 f(2) = -6 é mínimo absoluto de f .
15.4 (-2, -2) e (2, 2) 9
Ao cuidado do aluno.
UNIDADE 12
MoNotoNIA, ExtrEMos E coNcAvIDADE 10
10.1 Dlf = ]-3, 2]
Páginas 54 e 69
10.2 A função é crescente no intervalo ]-5, 2]
12.1 Intervalos de monotonia de funções reais e decrescente no intervalo [2, 4] .
de variável real 10.3 Majorantes: [2, +3[ ; Minorantes: ]-3, -3]
1 10.4 A função f é limitada, porque é simultaneamente
1.1 No instante t = 15 s . majorada e minorada. Admite apenas máximo
1.2 Sentido contrário aos ponteiros do relógio, uma vez absoluto em y = 2 .
que nos instantes iniciais a distância aumenta.
11
2 11.1 a) Por exemplo: [-400, -300]
2.1 Ao cuidado do aluno. b) Majorante: por exemplo, 36
3 Minorante: por exemplo, 0
2.2 f(x) = x-4
2 c) Máximos relativos: 31 e 35
3 Mínimos relativos: 3 , 14 e 22
a) Por exemplo: [3, 5] c) Por exemplo: [5, 8[ 11.2
b) Por exemplo: [-1, 3]
x -1000 -640 -300 -235 -80 0
4 f 3 " 3 3 35 4 15 3 30 4 22
a) y
12
a) A função h é crescente nos intervalos [-4, -1]
e [1, 3] ; e decrescente nos intervalos [-1, 1] e [3, 5[ .
b) A função tem dois máximos relativos, 1 e 3 , sendo
os respetivos maximizantes -1 e 3 , e dois mínimos
relativos, -2 e -3 , sendo os respetivos minimizantes
0 5 x -4 e 1 . O máximo relativo 3 é o máximo absoluto de h ,
e o mínimo relativo -3 é o mínimo absoluto de h .

210
u4p401h1s

645624 204-223.indd 210 04/10/16 12:17


11
13 9.4 f % g: IR " IR ; f % g (x) = -x -
2
a) Por exemplo: y
y 1
2
f 26 25 24 23 22 21 0 1 x
1 21
f˚ g 22
0 1 2 3 4 5 6 7 x
21 23

22 24

23 25
26
b) Por exemplo:
y 10
4 10.1 -1
g 10.2 Ao cuidado do aluno.
3
u4p404h1s 10.3 g(x) = -x + 5
u4p408h1s
2 11
1 a) Por exemplo: [-1, 1]
b) Por exemplo: [1, 2]
23 22 21 0 1 2 3 4 5 x c) Por exemplo: [2, 3]
21 13
a) Por exemplo:
14 y
Função f . 4

u4p404h2s
12.3 Sentido da concavidade do gráfico de uma função 3 h
15
2
a) ]2, 6]
b) [-2, 2[ 1
16
a) Concavidade voltada para baixo. 21 0 1 x
b) Concavidade voltada para cima.
b) Por exemplo:
17 y
a) O gráfico de h tem concavidade voltada para cima
3
em IR- , e para baixo em IR+ . u4p410h1s h
b) O gráfico de h tem concavidade voltada para cima 2
em IR+ , e para baixo em IR- . 1
AVALIAR CONHECIMENTOS
23 22 21 0 1 2 3 4 x
Páginas 70 e 73
ESCOLHA MúLTIPLA c) Por exemplo:

1 3 5 7 y
(D) (B) 5.1 (A) (D)
8
u4p410h2s
5.2 (B)
2 4 8 4 h
(C) (D) 6 (A)
2
(B)
RESPOSTA AbERTA
210 28 26 24 22 0 2 4 6 8 x
9 22
1
9.1 Zeros de f : Zeros de g : -6 24
4
9.2 d-1, n
5 26
2
9.3 f é estritamente decrescente; g é estritamente crescente.

u4p410h3s
211

645624 204-223.indd 211 04/10/16 12:17


Soluções

d) Por exemplo: b) y
y
10 4
h t
3
3
24 0 10 x
24 1

24 O 1 3 x
14 
Ao cuidado do aluno.
1.4 Proposição verdadeira.
15  u4p410h4s
15.1 a) Dlf = [-4, 2] c) Por exemplo: [3, 4] 2 
b) Zeros de f : 0 e 3 d) C.S. = ]-3, 0] , [3, 5] 2.1 a ! ]-3, 2]
15.2
x -3 -2 2 5
2.2 2.2.1  u4p114h2s
y
5
f " -2 3 2 4 -4
4
Mínimo absoluto -4 ; mínimo relativo -2
e máximo absoluto 2 . 3
15.3 Proposição verdadeira. 2
15.4 a) Dlg = [-4, 2]
1
Extremos de g : mínimo absoluto, -4 , em x = 6 ,
mínimo relativo -2 , para x ! ]-3, -1]
22 21 O 1 2 3 x
e máximo absoluto, 2 , em x = 3 . 21
b) Dlh = [-4, 8] g
Extremos de h : mínimo absoluto -4 ; 22
máximo absoluto 8 e máximo relativo 4 . A função g é negativa em ]1, +3[ .


16  De acordo com a expressão que define


2.2.2 
3 analiticamente a função g , temos que Dg = IR .
16.1 -
4 u4p415h1s
Para qualquer x ! Dg , temos que -x ! Dg
16.2 Ao cuidado do aluno.
e g(-x) = 3x + 3 .
17  Como g(0) ! 0 , g não é ímpar. Por outro lado,
17.1 e 17.2 Ao cuidado do aluno. como g(1) = 0 ! 6 = g(-1) , g não é par.
17.3 p(A) = <-8, - <
1
2 3 
18  a) Como a função h apenas está definida em [-1, +3[ ,
Concavidade voltada para baixo. tem um único zero quando x = 2 .
b) Dlh = ]-3, 4]
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 7 c) h % h (1) = -5

Páginas 74 e 75 4 
I Injetividade: Sejam x1 e x2 dois números reais quaisquer.
Se f(x1) = f(x2) , então,
1  2 3 4 5 ax1 + b = ax2 + b + ax1 = ax2 ,
(A) (C) (B) (C) (A) donde se conclui que x1 = x2 ( a ! 0 ) .
II Portanto, f é uma função injetiva.
Sobrejetividade: A função f é sobrejetiva, se para todo
1 
y ! IR existe pelo menos um x real, tal que y = f(x) .
1.1 a) Dlf = [-2, 2] c) Por exemplo: [3, 4]
Resolvendo a equação y = f(x) em ordem a x , vem que
b) -2 e 3 d) ]0, 1] y-b
1.2 ax + b = y + x = a
x -3 -1 0 2 4 n.d. — não
f -2 3 2 n.d. 1 " 1 4 -1 definida Ora, esta equação é possível em IR , portanto, f é sobrejetiva.
Logo, f é bijetiva.
1.3 a) y
1 b
f -1(x) = a x - a , f -1: IR " IR
1
1 Para que f coincida com a sua inversa, tem-se que a = a
p b
e b = - a , o que permite concluir que a = 1 e b = 0
21 O 1 4 x
ou a = -1 e b ! IR .

212

645624 204-224 sol.indd 212 20/03/15 11:04


UNIDADE 13 b)  y
Estudo de funções elementares e operações algébricas com funções
3
Páginas 76 a 117 g
2
13.1 Função quadrática
1
1 
1.1 Ao cuidado do aluno.
1.2 Concavidade voltada para cima. 22 21 0 1 2 3 x
21
2 
a) f é função quadrática. 22
b) g não é função quadrática.
Coordenadas do vértice: (1, -2)

c) h não é função quadrática.
Contradomínio: [-2, +3[
3  c)  y
u4p418h2s
a) As coordenadas do vértice da parábola são (0, 1) , 6
a equação do eixo de simetria é x = 0 e
y = x2 + 1 5
é a função quadrática na forma reduzida.
b) As coordenadas do vértice da parábola são (-3, 0) , 4
a equação do eixo de simetria é x = -3 e h
y = -2x2 - 12x - 18 3
é a função quadrática na forma reduzida.
2
c) As coordenadas do vértice da parábola são (4, -3) ,
a equação do eixo de simetria é x = 4 e 1
y = 5x2 - 40x + 77
é a função quadrática na forma reduzida.
0 1 2 3 4 x
d) As coordenadas do vértice da parábola são (2, 5) ,
a equação do eixo de simetria é x = 2 e 21
y = x2 - 4x + 9
Coordenadas do vértice: (2, 6)

é a função quadrática na forma reduzida.
Contradomínio: ]-3, 6]
4 
7  u4p418h3s
a) (x - 3)2 = x2 - 6x + 9
a) Como a = 1 > 0 , temos que a parábola tem mínimo
b) 4x2 + 4x + 1 = (2x + 1)2
absoluto f d n =- .
1 9
= d-x + n , por exemplo.
2
9 3
c) x2 - 3x + 2 4
>
4 2
1
bx - 3 l
x -3 +3
2
2
5  9
f 4 - 3
a) d x + n+
2
3 11 4
b) (x - 1)2 - 2
2 4
Dlf = <- , +3<
c) -2(x - 2)2 + 6 9
4
6  b) Como a = -2 < 0 , temos que a parábola tem máximo
a)  y
absoluto g d n =
5 45
6 .
2 4
5 5
x -3 +3
f 2
4 45
g 3 4
4
3 —
11
Dlg= F-3, F
4 45
2 4
8 
1 1 37
a) a = - e c = -1 b) c =
3 4
24 23 22 321 0 x 9 
2— f(x) = x2 + 8x + 13
2 21
10 
Coordenadas do vértice: d- n
3 11
 , a) f tem dois zeros. c) h tem dois zeros.
2 4
b) g não tem zeros. d) i tem dois zeros.
< , +3<
u4p418h1s11
Contradomínio:
4
213

645624 204-224.indd 213 02/06/15 17:38


Soluções

11  25 
Dlf = <- , +3<
25
f(x) = x2 + 5x 25.1 y
4
1
12  f
Alínea a)
21 1 2 3 4 5 6 7 x
13  21
13.1 f(x) = 4x2 - 4 22
13.2 (-1, -7)
1
14  25.2 a = - , b=3 e c=1
2
a) f(x) < 0 + x ! ]-1, 2[ e f(x) > 0 + 26  u4p428h1s
+ x ! ]-3, -1[ , ]2, +3[ a) C.S. = {-5, 5} c) C.S. = { }
b) g(x) < 0 + x ! IR
d) C.S. = ( , 42
b) C.S. = {-5, 1} 4
c) h(x) < 0 + x ! ]-0,4; 0[ e h(x) > 0 + 3
+ x ! ]-3; -0,4[ , ]0, +3[ 27 
d) i(x) > 0 + x ! IR a) C.S. = {1, 7} c) C.S. = { }

b) C.S. = (- , 2
e) j(x) > 0 + x ! ]-3, 3[ e j(x) < 0 + 3 5 d) C.S. = {-3, 11}
+ x ! ]-3, -3[ , ]3, +3[ 2 2 e) C.S. = {1, 5}
15  28 
k ! < , +3<
1 a) A proposição tem valor lógico verdade.
4 b) A proposição tem valor lógico falsidade.
16 
16.1 2 e 7
29 
a) C.S. = F- , <
7 5
16.2 g(x) < 0 + x ! ]2, 7[ e g(x) > 0 + 2 2
+ x ! ]-3, 2[ , ]7, +3[ b) C.S. = ]-3, -4] , [10, +3[
17  c) C.S. = ]-3, -3] , [5, +3[
a) x ! IR c) x ! [-1, 1] e) x ! [1, 2] d) C.S. = ]-3, 9[
b) x ! { } d) x ! [-3, 3] e) C.S. = ]3, +3[
f) C.S. = ]-3, 1]
18  g) C.S. = [-1, 2] , [3, 6]
18.1 x ! [-1, 3]
1 2 3 30 
18.2 f(x) = - x +x+ 30.1 C.S. = [-3, 0] , [2, +3[
2 2
18.3 x ! B-3, 1 - 2 8 , B1 + 2 , +38 30.2 y
13.2 Funções definidas por ramos |h(x)|
2
19 
22 O 2 x
a) 13,85 € b) 17 €

20 
20.1 O custo de uma chamada que dura 30 segundos
é de 30 cêntimos. E o de uma chamada de 1 minuto, 31 
também, é 30 cêntimos. a) y b) y
20.2 2 minutos e 18 segundos. 4 u4p431h1s 10
f g
3 8
21 
-x + 2 se -2 1 x G 2
f(x) = ) 2 6
2x - 1 se 2 1 x G 5 4
1
13.3 Função módulo 2
0 1 2 3 4 x
22 
a) f(x) = ) 24 22 0
x-2 se x H 2 2 4 x
-x + 2 se x 1 2 y
c)
b) g(x) = )
-1 + x se x H1
1- x se x 11
u4p431h2s
8
h u4p431h3s
23  6
a) a = 0 e b = -2 c) a = 1 e b = -3
4
b) a = -3 e b = 0

24  2
24.1 a = -2 e b = 3
24.2 [-3, +3[ 24 22 0 2 4 x

214
u4p431h4s
645624 204-224.indd 214 02/06/15 17:39
32  38 
a) C.S. = 8-3, - 7B , 8 7, 3B a=1 e b=2
b) C.S. = {-1, 2, 3, 6}
39 
c) C.S. = ]-3, -2] , [2, +3[ y
5 f
33 
4
33.1 y    y 3
6 6 2
i j 1
4 4
232221 0 1 2 3 4 5 x
2 2
40 
24 22 0 2 4 x 0 2 4 x u4p437h1s
40.1 Ao cuidado do aluno. 40.2 119 u. c.
22
41 
a) C.S. = {-4} c) C.S. = { }
33.2 a) C.S. = ]-3, 0[ , ]4, +3[
u4p433h2s b) C.S. = { } d) C.S. = # 2 -
b) C.S. = IR+
u4p433h1s
0
c) C.S. = 80, 2 - 2 B , 82 +
42 
2 , +38
a) C.S. = {-33} c) C.S. = {0}
13.4 Estudo de funções que envolvem radicais b) C.S. = {0} d) C.S. = { }
quadráticos e cúbicos
43 
34 
a) Df = ]-3, 1] e Dg = [-4, +3[
34.1 Df % g = [-3, +3[
b) O zero de f é -15 . A função g não tem zeros.
Dg % f = [0, +3[
c) (0, 3) e (-3, 2)
34.2 y
3 fog 44 
2 a) C.S. = ]8, +3[ c) C.S. = ]-3, 62[
b) C.S. = ]142, +3[
1
45 
23 22 21 0 1 2 C.S. = <0, <
3 x 9
y 16
6 46 
5 gof Ao cuidado do aluno.
4 u4p434h1s
3 13.5 Funções polinomiais
2 47 
1 a) É função polinomial. c) É função polinomial.
0 b) É função polinomial. d) Não é função polinomial.
1 2 3 4 5 6 7 x
35  48 
a) y b) y 48.1 Por exemplo, x3 - 3x2 + 4 .
5 u4p434h2s
g 48.2 f(x) > 0 quando x ! ]-1, +3[\{2}
4 0 2 4 6 8 10 12 x 48.3 -2 e 1
3 22
2 24 49 
1 26 h 49.1 Por exemplo, x4 - x2 . 49.3 Por exemplo, k = -1 .
0 49.2 Ao cuidado do aluno.
1 2 3 4 5 6 x
c) y 50 
2 u4p435h2s Ao cuidado do aluno.
u4p435h1s
22 0 2 4 6 8 x 13.6 Gráficos de funções definidas por ramos
22
i 51 
24
51.1 k = 4
51.2 a) Os zeros de f são 0, 3 e 5 .
36 
b) Representação gráfica de f :
u4p435h3s
A função g tem domínio [1, +3[ , é estritamente y
crescente e tem um mínimo absoluto 3 para x = 1 . 6
A função h tem domínio [0, +3[ , é estritamente f
4
decrescente e tem um máximo absoluto -4 para x = 0 . 2
A função i tem domínio [-2, +3[ , é estritamente
decrescente e tem um máximo absoluto 0 para x = -2 . 22 0 2 4 6 8 x
22
215
u4p443h1s
645624 204-224 sol.indd 215 20/03/15 11:05
Soluções

A função f é decrescente no intervalo F-3, F


3 58.3 D f 23 = IR
2
e crescente em < , 4F e em ]4, +3[ .
3 59 
2 59.1 D f 23 = [-2, 4] e Dlf = [0, 4]
A função tem um máximo relativo em 4 e tem valor 59.2 Dg = [-4, 2]
3 9
4 e um mínimo absoluto em e tem valor - .
59.3 e o
2 4 f
51.3 Os zeros passam a ser 0 , 3 e 6 . g (0) = 1
A função é decrescente no intervalo F-3, F
3
59.4 D f = ]-2, 2]
2 g

e crescente em < , 4F e ]5, +3[ .


3 59.5 Ao cuidado do aluno.
2
59.6 a = 3 e b = 2
A função tem um máximo relativo em 4 e tem valor
3 9 60 
4 e um mínimo em e tem valor - .
2 4 60.1 Dg = ]-3, 5]
52  O único zero de g é 1 .
y
52.1 60.2 a) 1 b) 1 c) 1
8
f 60.3 Dg % f = [-3, 7]
6
60.4 a) y
4 0,4 B
A
2 0,2

26 24 22 5 x 0 0,2 0,6 1,0 1,4 1,8 2,2 x


22
A(1,791; 0,209) e B(2,382; 0,382)
52.2 O único zero de f é -5 .
b) A área do trapézio [ADCB] é, aproximadamente,
52.3 A função tem um máximo relativo f(-2) = 6 e um
mínimo relativo f(0) = 2 .
0,17 u. a. u4p450h1s
u4p444h1s 61 
53  5 2
53.1 g(x) = *
- x - 5x - 2 se -3 G x G 0 61.1 Ao cuidado do aluno.
4
61.2 Como g(0) = 1 , então, um dos pontos de interseção
se 0 1 x G 3
x 2 - 2x + 3
2 é (0, 1) .
53.2 O único zero de g é -2 + 15 .
5 y
53.3 Dlh = [2, 8] 4
13.7 Operações com funções 3,5
54  3
54.1 Df + g = ]0, 4[
2,5
Uma expressão para (f + g)(x) pode ser, por exemplo,
-x + 2 . 2
54.2 -6 1,5
54.3 1 1
x 0 4
3 0,5
f(x) + + 0 - n.d. n.d. — não 1,05
definida 0
g(x) n.d. + + + + 21 20,5 0,5 1 1,5
x
f(x) × g(x) n.d. + 0 - n.d.
55  0,95
55.1 Df = IR e Dg = IR\{2} 55.2 Dfg = IR\{2}
Com a ajuda das capacidades gráficas, obtemos
56  o ponto de interseção (0,1; 1) .
u4p451h1s
56.1 D f
g
= [-3, 3[ ; D gf = ]-3, 3[ 61.3 f (x) = g(x) + x = 1
56.2 Ao cuidado do aluno. Quando x = 1 , as duas funções têm a mesma
imagem f(1) = 3 , ou seja, quando x = 1 ,
57 
a distância é 3 .
D gf = IR+0 \{4}
62 
62.1 Df = <- , +3<
58  1
58.1 Dh = [-3, 4] e Dl
h = [-3, 6]
2

58.2 Dg % f = < , 2F 62.2 x ! =- G, = 3 + 17 , 4G


3 1 3 - 17
2 2, 4 4
A transformação geométrica para a qual g % f é a
62.3 Dg % f = <- , +3<
1
imagem geométrica do gráfico de f é a contração 2
horizontal de coficiente 2 .

216

645624 204-224 sol.indd 216 20/03/15 11:05


AVALIAR CONHECIMENTOS 24 
24.1 17,3 dm
Páginas 118 a 123 24.2 O furo deve ser feito a uma distância de 4 dm
Escolha múltipla ou 16 dm do topo.
1 5 9 13 25 
(B) (A) (C) 13.1 (B) 25.1 Df = ]-3, -1]
13.2 (B) y
2 6 10
(C) (B) (D) 14 2
(B) 1
3 7 11
(C) (C) (D) 25 24 23 22 21 0 1 2 3 x
21
4 8 12 22
(D) (C) (D) 25.2 (-2, 1)
25.3 Df + g = ]-3, -1]
resposta aberta
(f + g)(x) = -1 - x + 2x + 5
15  u4p511h1s
1 26 
15.1 f(x) = - (x - 1)2 + 2 , definida em IR .
2 26.1 f(x) H 0 + x ! [1, +3[ , {-2}
15.2 a) x ! [-1, 3]
b) x ! A-3, 1- 2 7 , A1+ 2 , +37
26.2 y
2
16  1
16.1 Ao cuidado do aluno. 24232221 0 1
2 3 4 5 x
16.2 O valor de x para o qual a área é máxima é 10
21
22
e a área máxima é 1600 m2 .
23
17  (1,1; 1,1) , (-1,5; -1,5) e (-2,6; -2,6)
a) Decrescente em: [5,5; +3[ ; crescente em: ]-3; 5,5] 27 
b) Decrescente em: [0,5; +3[ ; crescente em: ]-3; 0,5] {-2} , [0, 1] , [2, +3[
27.1 C.S. =u4p513h1s
c) Decrescente em: [2, +3[ ; crescente em: ]-3, 2] 27.2 a = 2 e b = -4
d) Decrescente em: E-3, E ; crescente em: ; , +3;
7 7
3 3 28 
e) Decrescente em: [2, +3[ ; crescente em: ]-3, 2] 28.1 Ao cuidado do aluno.
18  28.2 C.S. = ]-3, 1[\{-1}
28.3 a = -3 0 a = 2
a) C.S. = E c) C.S. = ;- C.S. = < , 1F
1 1 1
, 1; , 3E e) 
3 3 2 AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS
b) C.S. = [-4, -2] d) C.S. = ( 2
3
f) C.S. = { }
2 Páginas 130 a 139
19  Escolha múltipla
19.1 8,4 cm ; 20 cm 19.3 Recipiente A.
1 7 13 19
19.2 24 cm
(A) (B) (C) (B)
20 
a) C.S. = ( 2
11 13 2 8 14 20
, d) C.S. = ]-3, 0] , [6, +3[
3 3 (A) (B) (B) (A)
e) C.S. = ( , 2
1 7
b) Equação impossível.
2 6 3 9 15 21
c) C.S. = F- , 3 <
1
f) C.S. = [-1, 4] (D) (C) (D) (B)
3
21  4 10 16 22
21.1 f(x) = x - 2 - 1 (C) (B) (D) (D)
21.2 a) x ! ]-3, 0] , [4, +3]
5 11 17
b) O único zero de g é 2 e o contradomínio de g é IR-
0.
(C) (C) (D)
22 
2 6 12 18
a) a = ; b = 3 e c = -2
3 (C) (A) (A)
2 3
b) a = - ; b = e c=1
5 2 resposta aberta
23 
23 
a) C.S. = {3} d) C.S. = {7}
a = -2 0 a = 2
b) C.S. = {5} e) C.S. = ]-3, -9]
24 
f) C.S. = < , 3F
c) C.S. = {1} 3
2 (A) I (B) II (C) III (D) IV

217

645624 204-224 sol.indd 217 20/03/15 11:05


Soluções

25 37
C.S. = (- , 2
1 3
a) C.S. = ]-1, 7[
4 4
b) C.S. = {1}
26
c) C.S. = {0, 2}
a) f é par. d) i é ímpar.
d) C.S. = {3}
b) g é par. e) j não é par nem ímpar.
e) C.S. = {-1, 0, 1}
c) h é ímpar. f) l não é par nem ímpar.
f) C.S. = ]-3, -1[
27 g) C.S. = A-1, 3 - 2 7 , A3 + 2 , 77
27.1 Dg % f = ]-3, -2] , [2, +3[ g % f (x) = x2 - 4 h) C.S. = ]-3, 3] , [0, 3]
27.2 C.S. = {-2} i) C.S. = ]-1, 1[ , ]2, +3[
27.3 Ao cuidado do aluno.
38
38.1 h(x) = )
28 2 - x se x H-1
Ao cuidado do aluno. 4 + x se x 1-1
h é crescente em ]-3, -1[ e decrescente em
29 ]-1, +3[ e tem como máximo h(-1) = 3 .
2
m =1 + 38.2 C.S. = ]-3, -5] , [3, +3[
b
30 39
30.1 12 segundos. 30.2 730 m 39.1 a) Dlg = [-2, 6] e os zeros de g são: -2 e 2 .
b) x ! [-5, -2] , [2, 4]
1

*
31 39.2 a) y
(x - 2)2 - 2 se 0 G x G 6
2 3
31.1 f(x) =
1 2
- x se x 1 0
2 1
31.2 y
3 2524232221 0 1 2 3 4 5 6 7 8 x
21
2
22
1
23
21 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 x 24
21
25
22
31.3 C.S. = ]-3, 0[ , ]4, 6] 26
b) y
31.4 f;IR-
u4p524h1s 8
7
32 u4p531h1s
; d , n
9 3 3 6
32.1 a) (0, 0) e (3, 6) b) y = 2x - 5
4 2 4
4
b) F-3, F
7 13 3
32.2 a)
2 4 2
33 1
33.1 23,875 m ; 76,75 m 2524232221 0 1 2 3 4 5x
33.2 O aumento de velocidade provoca um grande
4 8

* 1u4p531h2s
incremento no espaço de travagem. - x- se x 1-2
3 3
33.3 Sim. 39.3 g(x) =
33.4 116 km/h x 2 - 2 se x H-2
2
34
40
34.1 A seta foi lançada de uma altura de 2 m . y
A altura máxima atingida pela seta foi de 82 m . Q (0,88; 5)
5
34.2 C.S. = [2, 6]
Entre os 2 e os 6 segundos após o lançamento da seta,
esta encontrava-se a uma altura superior ou igual a 62 m . 4
C
35 P
3
35.1 Ao cuidado do aluno.
35.2 x = 3
35.3 C.S. = { } 2

36
1
36.1 Ao cuidado do aluno.
36.2 O preço final máximo obtido é de 133 333,33 €
e advém de uma produção de 6667 cadeiras. 0 x
21 1 2
36.3 Devem ser vendidas entre 4500 e 8833 cadeiras.
A[OPQ] . 1,4 u. a.

218 u4p532h1s

645624 204-223.indd 218 04/10/16 12:18


41  1.4 f(x) = a(x + 1)(x - 2)
41.1 C.S. = [0, 1] , [1 + 3, 3] Como f(0) = 4 , vem que
41.2 y 4 = a × 1 × (-2) + a = -2 .
5 Logo, f(x) = -2(x + 1)(x - 2) = -2x2 +2x + 4 .
4 As coordenadas do vértice da parábola são:
D (1,35; 3) C (2,53; 3)
, f d np = d , n
y53
f
3 1 1 1 9

2 f 2 2 2 2
1 2 
A B -1 - 13 -1 + 13
2.1 Os zeros de f são: 1 , e .
0 1 2 3 4 5 6 x 2 2
A[ABCD] . 6,3 u. a. 2.2 C.S. = {4} f 2
2.3 a) D f = IR\{1} ;
42 
g g (x) = x + x - 3
b) Dh % g = [-4, +3[ , h % g (x) = x + 4
42.1 x = 1 0 x = -2  42.3 x ! [-3, -2] , [0, 1] y
2.4
42.2 y
4 2
B
u4p533h1s
3 1
2 A
1 23 22 21 0 1 2 3 x
21
2221 0 1 2 x
21 22
Dlg = ]-3, 3]
23
43  c . 0,66 e d . 1,83
u4p534h1s
43.1 Df = =- G
2 5 2 5
,
5 5 3 
u4p541h1s
3.1 p(x) = )
2x - 7 se x H 3
-5 + 41 -5 + 41 -2x + 5 se x 1 3
43.2 x = 0x=-
2 2  p tem como minimizante 3 e como mínimo absoluto -1 .
43.3 Df % g = =- G ; f % g (x) = 4 - 5x2
2 5 2 5 3.2 a) C.S. = [1, 5]
,
5 5 b) C.S. = #- 7 , 7-
44 
44.1 0 PREPARAÇÃO PARA O TESTE 9
1
44.2 f(x) = 2x2 - 2 ; g(x) = x + 1
2 Páginas 142 e 143
44.3 x ! ]-3, -2[ , ]-1, 1[ I
44.4 Tem 4 soluções.
1  2 3 4 5
45  (A) (A) (D) (A) (D)
45.1 Os zeros de f são: -4 , 0 e 1 .
45.2 C.S. = ]-3, -4[ , ]0, 1[ II
45.3.1 0 45.3.2 D f = IR\{-1} 45.3.3 44 - 24 2
g 1 
1.1 y = 4
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 8
1.2 A afirmação é verdadeira.
Páginas 140 e 141 1.3 6x - 8y - 2z = -26

I 2 
2.1 Df = ]-3, 5] ; O único zero de f é -4 .
1  2 3 4 5
2.2 Sejam x1, x1 ! Dg = [-1, +3[ , tais que g(x1) = g(x2) .
(C) (C) (D) (B) (C)
Temos que:
x + 1 = x2 + 1 + x1 + 1 = x2 + 1 + x1 = x2
 II
Logo, g é injetiva e, portanto, é invertível.
1   y = x + 1 & y2 - 1 = x
1.1 f é crescente em E-3, E e decrescente em ; , +3;.
1 1
2 2 Logo, g-1(x) = x2 - 1 , definida em IR+0 .
1.2 a) Dg = [0, 1] b) Dh = IR\{-2, 1} 2.3 Dfg = [-1, 5] ; 6( fg)(2)@2 = 36 + 18 3
1.3 t(-x) = 1 - f ` x j = 1 - f ` x j = t(x) , logo, t é par. 3 
y 3.1 h(x) = x + 1 ; g(x) = x(x + 1)
1 3.2 x ! [-1, 2] , [3, +3[
2 3.3 D f = IR\{-1}
h f 1 5
1 2 3 x Pela alínea anterior, (x) = x2 - x + 3
24 23 22 21 h 2 2
21 f
22 e como Dp = IR , é uma restrição de p .
h
23 3.4 A condição universal é a A , porque S1 1 S .

219
u4p540h1s

645624 204-224 sol.indd 219 20/03/15 11:05


Soluções

UNIDADE 14 24  9
8
características amostrais
(I) (II) 8
6 6
Páginas 148 a 182 6 6
4 4
14.1 Somatórios 2 2 4
2 2
1 
1
a) x = 1,6 b) x = 5,6 c) x = d) x = 0 12 13 14 15 16 17 18 12 13 14 15 16 17 18
18
2  (III) 8
6 6
/ _i #(i +1)i
7 7 5
5
a) / (2i - 1) c) /a e) 4
i=3 i=4
i
i =1
2 u5p13h1s
3 u5p13h2s
5 15 8
b) /i 2
d) / 1i f) /3 i

i =1 i=2 i =1 12 13 14 15 16 17 18
3  14.3 Variância e desvio-padrão de uma amostra;
473
a) -21 b) 1016 c) - propriedades da variância e do desvio-padrão
2520
de umau5p13h3s
amostra
4 
4.1 23 4.2 4.2.1 54 4.2.2 350 25 
25.1 x = 172,5
5 8 25.2 d1 = -6,5 ; d2 = -0,5 ; d3 = -14,5 ; d4 = 14,5 ;
10 a) 45 526 b) 42 920 d5 = 4,5 ; d6 = 9,5 ; d7 = -2,5 ; d8 = 2,5 ;
6 d9 = -4,5 ; d10 = -2,5
 9 
-80 545 26 
7 10  x2 = 5 , x3 = 12 , x4 = 6 , x5 = 9 , x6 = 0 ; x = 7
75 a) 4 b) 00 c) 50 d) 1 e) 14 f) 5 27  28 
11  SSx . 643,938 x = ! 28
a) C.S. = ( 2 b) C.S. = (- 2
127 55
3 2 29 
12  29.1 104 320 29.2 SSx = 104 320 29.3 1,166
12.1 a) 2325 b) 204 c) 1820 30 
12.2 Ao cuidado do aluno. 134,75
31 
14.2 Média de uma amostra
Temperaturas máximas: Sx = 6,398
13  14  Temperaturas mínimas: Sy = 5,843
x3 = F e x11 = F 1145 € As temperaturas máximas apresentam maior dispersão.
15  32 
x4 = 22 e x5 = 23 ou x4 = 23 e x5 = 22 32.1 x = 6,6 32.2 Sx . 0,553 32.3 y . 7,6 e Sy . 0,553
16  33 
16.1 7 famílias. 16.2 16 % 16.3 1,56 automóveis. a) y = 7,6 ; Sy = 0,46 b) z = 43 ; Sz = 2,3
17  18  19  34 
6,22 14,132 15,26 Serão selecionados 33 alunos.
20  35 
a) 0,352 b) 8,92 c) -12,04 a) 100 % b) 11 % c) 2500 %
21  36 
21.1 1016,73 € 36.1 Em princípio, os alunos da equipa de basquetebol serão,
21.2  50 € na sua generalidade, altos, o que pode levar a conclusões
21.3 Aproximadamente, 928,15 € . erradas sobre a altura da população em estudo.
22  Portanto, a amostra é enviesada, não sendo representativa.
22.1 4,125 36.2 Ao cuidado do aluno.

22.2 x = (1, 2, 4, 5, 6, 6, 8, 33) , por exemplo. 14.4 Percentil de ordem k


+
22.3 É necessário acrescentar 17 elementos iguais a 1 37 
à amostra.
a) x = (-2, -1, 0, 2, 2, 3) ; x(3) = 0
23  +
b) x = (10, 11, 12, 12, 13, 15, 15) ; x(3) = 12
Ao cuidado do aluno. +
c) x = d r, n ; x(3) = 10
22 10
, 10 ,
+ 7 3

220

645624 204-224 sol.indd 220 20/03/15 11:05


38  P10 . 8,778 ; P15 . 9,167 ; P50 . 11,889 ;
a) Moda: 2 ; x . 0,667 ; Q1 = -1 ; Q2 = 1 ; Q3 = 2 P75 . 14,45 ; P85 . 15,15
b) Moda: 12 e 15 (Bimodal) ; x . 12,571 ; Q1 = 11 ; 47.2 O valor 11,4 pertence ao percentil P44 .
Q2 = 12 ; Q3 = 15 47.3 25 crianças.
c) Amodal ; x . 3,195 ; Q1 . 3,142 ; Q2 . 3,152 ; 47.4 9,6 kg
Q3 . 3,248 47.5 Os percentis P10 e P15 da amostra são inferiores
aos da OMS, indicando que 15 % das crianças deste
39 
estudo têm peso inferior aos 15 % da população
a) P100 = 34 ; P100 = 9 ; P100 = 40
estudada pela OMS com menor peso.
b) P50 = 31 ; P50 = 6 ; P50 = 38
Os percentis P50 e P85 da amostra são superiores
c) P85 = 34 ; P85 = 8 ; P85 = 39
aos da OMS, indicando que, a partir de um certo
40  41  valor, há uma maior percentagem de crianças com
0 e 2 CD. P50 = 0,096 peso superior ao da população estudada pela OMS.
42  48 
42.1 5 6 7 7 8 9 11 12 12 13 15 16 48.1 12
17 18 18 19 20 21 22 23 29 32 35 36 48.2 14

Número de chamadas
12
12
37 41 44 44 45 49 62 65
10 9
P50 = 19,5 ; P25 = 12 ; P75 = 36,5
8 7
42.2 Percurso de 36 minutos. 6 6 6
42.3 Percentil 72 , 73 ou 74 . 4
2
43  0
P30 = 10
[2; 2,5[ [2,5; 3[ [3; 3,5[ [3,5; 4[ [4; 4,5[
100
80 Duração da chamada (minutos)
Número de alunos

80
63 67 P25 . 2,667 ; P50 . 3,167 ; P75 . 3,667
60 56
48.3
40 2 2,667 3,167 3,667 4,5
30
u5p51h1s
20 AVALIAR CONHECIMENTOS
14
0 Páginas 183 e 187
[0, 5[ [5, 10[ [10, 15[ [15, 20[ [20, 25[ [25, 35[
Escolha múltipla u5p51h2s
Número de horas
1 2   3   4   5   6   7   8   9   10
44 
(B) (B) (B) (A) (C) (D) (B) (B) (C) (C)
CM: P50 . 33,64 ; P: P50 . 36,67
O P50 da turma no teste de cálculo mental é ligeiramente resposta aberta
inferior ao P50 da u5p43h1s
turma no teste de psicomotricidade.
11 
45  6 10 18

45.1 x . 3,083 a) / 3i c) / i2 e) / (-2i + 1)


i =1 i=4 i =1
45.2 Verdadeira. 15 10

46 
b) / 2i d) / (-1) i+1
i
i=5 i =1
46.1 De 0 a 1 hora. 12 
46.2 Turma A ( x A = 2,23 e xB = 1,6 ) . 93
a) 255 c) - e) 64
46.3 P25 = 1 ; P50 = 2 ; P75 = 3 2
473 d) 38
b)
47  2520
47.1 13 
Peso (kg) N.o de crianças
13.1
[8, 10[ 9
[10, 12[ 9 5 6
[12, 14[ 6 / i; / i
i =1 i= 1
[14, 16[ 10 u5p56h1s
n
[16, 18[ 1 13.2 /i
 i =1
12 10
Número de crianças

9 9 14 
10
8 6 a) 5150 b) 2491 c) 98
6
4 15 
a) C.S. = (- 2 b) C.S. = {-5}
2 1 79
0 7
[8, 10[ [10, 12[ [12, 14[ [14, 16[ [16, 18[
16 
Peso (kg)
a) 2870 b) 40 055
221

u5p46h1s
645624 204-224 sol.indd 221 20/03/15 11:05
Soluções

17  23.3 7

Número de sardinhas
6
6
17.1 x = y = 16 ; Sx . 3,808 ; Sy . 2,828
5
17.2 A amostra x . 4 4
+ 4
3
17.3 a) 18 ; . 3,808 c) 31 ; . 7,616 3
b) 48 ; . 8,484 d) z = 16 ; Sz . 3,13 2
1 1 1
1
18  0
18.1 10,38

[
65

85

05

25

45

65

85
,1

,1

,2

,2

,2

,2

,2
18.2 A turma com maior média foi o 10.º C.

45

65

85

05

25

45

65
[1

[1

[1

[2

[2

[2

[2
19  Comprimento (mm)
19.1 a G 29 19.3.2 SSy = 129,5 23.4 P80 = 245
19.2 a = 17 ; b = 4 19.3.3 Sy . 4,301
24 
19.3 19.3.1 y = 7,25
24.1 A turma A tem uma melhor média de classificações.
20  24.2 Sx . 3,23 ; Sy . 4,278
u5p61h1s
a) As classificações estão mais dispersas na turma B.
5
4 24.3 Turma A: P10 = 8 ; P40 = 10 ; P85 = 14
4
3 3 Turma B: P10 = 6 ; P40 = 10 ; P85 = 16
2 24.4 15 %

AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

2 4 6 2 4 6 8 10 Páginas 192 a 196


10
Escolha múltipla
1   2   3   4   5   6   7   8   9
u5p58h2s (B) (D) (D) (D) (B) (C) (D) (C) (B)
resposta aberta
u5p58h1s
4 4 10 
7
3 3 a) 86 b) 36 c) - d) 13 e) -7
16
11 
1
11.1 Ao cuidado do aluno.
2 4 11.2 a) C.S = {-5, 11} b) C.S = [-6, -1] , [7, +3[
2 4 6 8 10 12
6 12 
b)
12.1 a) 210 b) 720
4
u5p58h3s 12.2 x = 10
3 u5p58h5s13 
y = 42
14 
2 4 6 8 10 14.1 As moedas foram lançadas 64 vezes.
21  14.2 fi 25
21.1 Ao cuidado do aluno.
u5p59h1s 20
21.2 y = 2,5 e Sy . 1 ; z = -13 e Sz . 6
15
21.3 44,4 %
10
22 
x = (50, 50, 51, 53, 54, 59, 60, 60, 61, 62, 64, 65, 68, 69) 5
+
P25 = 53 P50 = 60 P75 = 64
0 1 2 3 4 xi
23  14.3 A média é x . 2,031 e a moda é 2 .
23.1 x = 209,95 ; Sx . 35,26 14.4 31,25 %
23.2 Classes ni 14.5 Q1 = 1 ; Q2 = 2 ; Q3 = 3
[145, 165[ 1
[165, 185[ 4 0 1 2 3 4
[185, 205[ 6 15  u5p70h1s
[205, 225[ 1 15.1 25 %
[225, 245[ 4 15.2 15.2.1 3400 €
u5p71h1s
[245, 265[ 3 15.2.2 5 %
[265, 285[ 1 15.3 Q2 = 7650

222

645624 204-224.indd 222 02/06/15 18:13


16  3.2
16.1 Sx . 6,549 ; Sy . 6,412 14 13
As alturas são mais homogéneas na equipa B, porque 12

Número de pessoas
o desvio-padrão é inferior. 10
16.2 16.2.1
8
7 6
6 6 6 5
6
Número de jogadores

4
4
5 2
4 2
4
3 0
3 [45, 55[ [55, 65[ [65, 75[ [75, 85[ [85, 95[
2 Peso em kg
1
1 3.3 P65 . 78,46
0 PREPARAÇÃO PARA O TESTE 11
[186, 190[ [190, 194[ [194, 198[ [198, 202[ [202, 206[
Altura em cm Páginas 199 e 201 u5p79h1s
16.2.2 P90 = 204
I
17 
17.1 x = 3 1 2  3 4 5
u5p73h1s
17.2 SSx = 18 ; Sx2 . 2,571 ; Sx . 1,604 (C) (B) (D) (A) (B)
17.3 k = 14
II

18 
1 
18.1 Q2 = 3 ; x = 3,025
1.1 x . 5,889 ; Sx = 1,323
18.2 Sx2 . 1,824 ; Sx . 1,351 ; 70 %
1.2 x = (3, 4, 4, 5, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 7, 8) ;
19  +
P40 = 6 = P60
19.1 y = 10 ; Sy = 2
1.3 Falsa.
19.2 . 44,4 %
2 
20 
2.1 h(x) = a(x - 40)2 + 32
20.1 P50 = 24,5
h(0) = 2 + 2 = a(40)2 + 32 +
Podemos concluir que, pelo menos, 50 % dos
30 3
indivíduos analisados têm o IMC inferior a 24,5 . + a = - +a=-
1600 160
20.2 30 % Logo,
3 3 2 3
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 10 h(x) = - (x - 40)2 + 32 = - x + x+2.
160 160 2
Páginas 197 e 198 2.2 A marca alcançada pelo atleta foi de
I 32 15
40 + c 81,31 m .
1 2 3 3
 4 5
(C) (D) (A) (B) (B) 3 
3.1 f(3) = 0
II 3.2 Dg % f = ]-3, -2] , [1, 3] ; g % f (2) = 2 2

1  3.3 y = x
5
a) 36 c) 3 e) 1,128 3.4 PR = 5 , logo, a = .
2
b) 3 d) 14 f) 2 21
Como c = 1 , vem que b = .
2  2
2.1 x = 8 ; Q2 = 7 ; Moda = 7 4 
2.2 160 alunos. 4.1 3r

*
x =- 3 + 3k
3 
3.1
4.2 Por exemplo: y=0 , k ! IR
Classes fi z = 1 + 3k
[45, 55[ 5 4.3 O plano tangente à superfície esférica no ponto V
[55, 65[ 6 é perpendicular ao vetor CV e, claramente, CV
[65, 75[ 4 é perpendicular ao plano xOy . Logo, o plano tangente
[75, 85[ 13 à superfície esférica é paralelo ao plano xOy e a sua
equação reduzida é z = 4 .
[85, 95[ 2

223

645624 204-224 sol.indd 223 20/03/15 11:05


Bibliografia O Projeto Dimensões de Matemática A destinado
ao 10.o ano de escolaridade, do Ensino Secundário,
ARAÚJO, Paulo Ventura — Curso de Geometria. Lisboa: Gradiva, 1998. é uma obra coletiva, concebida e criada pelo
AZARQIEL, Grupo — Estatística no 3.º Ciclo do Ensino Básico. Lisboa: APM, 1993. Departamento de Investigações e Edições Educativas
BARROSO, Juliana Matsubara (Org.) — Matemática, Construção e Significado. da Santillana, sob a direção de Sílvia Vasconcelos.
São Paulo: Moderna, 2008.
BIVAR, António et al. — Programa e Metas Curriculares, Matemática A. Ministério EQUIPA TÉCNICA
da Educação e Ciência, 2014. Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
BIVAR, António et al. — Caderno de Apoio às Metas Curriculares, Matemática A Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
10.º ano. Ministério da Educação e Ciência, 2014. Ilustrações: Ana Mesquita e Jorge Macedo@In Folio Design
BIVAR, António et al. — Programa e Metas Curriculares, Matemática Ensino Básico. Paginação: Célia Neves e Leonor Ferreira
Ministério da Educação e Ciência, 2011. Documentalistas: Paulo Ferreira
BIVAR, António et al. — Caderno de Apoio às Metas Curriculares, Matemática 3.º Ciclo. Revisão: Ana Abranches, Ana Rita Silva, António Brás
Ministério da Educação e Ciência, 2011. e Catarina Pereira
BOLT, Brian — Caixa de Pandora da Matemática. Lisboa: Gradiva, 1996. EDITORAS
CORBALÁN, Fernando — A Proporção Áurea. Lisboa: RBA, 2010. Alexandra Isaías
ERNEST, Bruno — O Espelho Mágico de M. C. Escher. Taschen, 1991. Dúnia Pontes
JACOBS, Harold — Geometry. New York: W. H. Freeman and Company.
LAHOZ-BELTRA, Rafael — A Matemática da Vida. Lisboa: RBA, 2011. CONSULTORES CIENTÍFICOS
LOUREIRO, Cristina et al. — Geometria 10º ano. Ministério da Educação, 1997. Pedro J. Freitas — Professor Auxiliar do Departamento
MACHADO, Armando — Iniciação à Lógica, Matemática 10.º ano. Projeto REANIMAT, de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade
Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa de Lisboa. Doutorado em Matemática pela Universidade
e Fundação Calouste Gulbenkian, 2002. de Illinois. Para além de trabalho de regência de cadeiras
MACHADO, Armando — Geometria 10.º ano. Projeto REANIMAT, Departamento e investigação em Matemática, fundamentalmente
de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e Fundação em áreas de álgebra, dedica-se também a assuntos
Calouste Gulbenkian, 2002. de divulgação e ensino.
MARTINS, M. Eugénia Graça et al. — Estatística 10.º ano. Ministério da Educação, 1997. Hugo Tavares — Investigador Auxiliar no CAMGSD,
MURTEIRA, B. — Análise Exploratória de Dados. Estatística Descritiva. Lisboa: Instituto Superior Técnico. Doutorado em Matemática
McGraw-Hill, 1993. pela Universidade de Lisboa, com título de doutoramento
NEGRA, Cristina et al. — Projeto Desafios Matemática A, 10.º ano. Lisboa: Santillana, 2010. europeu após estágio na Universidade de Milão-Bicocca.
NEGRA, Cristina et al. — Projeto Desafios Matemática A, 11.º ano. Lisboa: Santillana, 2011. Lecionou várias unidades curriculares a diversos ciclos
SANCHEZ, Luís — Iniciação ao Estudo das Funções Reais de Variável Real, 10.º ano. de ensino na Faculdade de Ciências da Universidade
Projeto REANIMAT, Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências de Lisboa, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da
da Universidade de Lisboa e Fundação Calouste Gulbenkian, 2002. Universidade Nova de Lisboa e no Politécnico de Milão.
SANCHEZ, Luís — Iniciação ao Estudo das Funções Reais de Variável Real, 11.º ano. Recebeu em 2007 o prémio Gulbenkian «Estímulo
Projeto REANIMAT, Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências à Investigação».
da Universidade de Lisboa e Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
SILVA, J. Sebastião — Compêndio de Matemática. Lisboa: Edição GEP, 1975.
STRUIK, Dirk — História Concisa das Matemáticas. Lisboa: Gradiva, 1989.
TEIXEIRA, P. et al. — Funções 10.º ano. Ministério da Educação, 1997.
VELOSO, Eduardo — Geometria, Temas Atuais. Instituto de Inovação Educacional, 1998. © 2015

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P. 136 Automóveis na estrada Reuters Depósito Legal: 387063/15
P. 137 Cadeiras de escritório P. 169 Corrida sobre a Ponte 25 de Abril,
P. 144 Para-quedista; jovens a fazer compras José Manuel Ribeiro
P. 145 Interior de uma fábrica P. 172 Jogadores da Seleção Nacional
P. 146 Mão a tocar em ecrã táctil de Futebol, Jorge Silva
Pp. 149 e 198 Alunos a realizar exame VMI
P. 155 Turistas em Londres P. 4 Pormenor de edifício, Alamy/AIC
P. 156 Computador portátil P 184 Prova de atletismo, Corbis
P. 159 Trabalhadora fabril; interior de sala P. 203 Jogadores de voleibol, Ingram RF/AIC
de aula
Agradecimentos
P. 163 Cidade do Porto
FPB/Sportflash pela cedência da fotografia da
P. 165 Sequoias
Seleção Nacional de Basquetebol feminino,
P. 166 Murganho
que participou no Europeu sub-18, em 2014,
P. 167 Jovem no dentista
na página 178.

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