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DIMENSÕES VOLUME 1

DIMENSÕES
10

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DIMENSÕES VOLUME 1 Matemática A 10.o ano


Matemática A 10. ano de escolaridade VOLUME 1

C. Produto
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Componentes do projeto: Matemática A 10.o ano de escolaridade


Manual do aluno
Caderno de atividades e avaliação contínua CRISTINA NEGRA
Livromédia EMANUEL MARTINHO
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Livro do professor
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EDUCATECA — Guia de recursos do professor
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Livro do professor
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Matemática A
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página a página e remissões para as fichas
projeto; fichas de trabalho, de avaliação diagnóstica
do Caderno de atividades e avaliação contínua
e de avaliação e respetivas soluções.
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Metas curriculares
Matemática A 10.o ano de escolaridade

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Metas curriculares
Lógica e Teoria dos Conjuntos LTC10 VOLUME 1

Introdução à Lógica bivalente e à Teoria dos conjuntos


1. 
Operar com proposições PÁGINAS
DO MANUAL

1.1 Designar por «proposição» toda a expressão p suscetível de ser «verdadeira» ou «falsa» e designar estes 9
atributos por «valores lógicos».

1.2 Saber que uma proposição não pode ser simultaneamente verdadeira e falsa e designar esta propriedade 10
por «Princípio de não contradição».

1.3 Saber, dadas proposições p e q , que « p é equivalente a q » é uma proposição, designada por «equi- 11
valência entre p e q » , que é verdadeira se, e somente se, p e q tiverem o mesmo valor lógico e
representá-la também por « p + q » .

1.4 Saber, dada uma proposição p , que «não p » é uma proposição, designada por «negação de p » , 12
que é verdadeira se p for falsa e é falsa se p for verdadeira e representá-la também por « +p » .
1.5 Justificar, dada uma proposição p , que +(+p) + p , designando esta propriedade por «lei da dupla 13
negação».

1.6 Saber, dadas proposições p e q , que « p e q » é uma proposição, designada por «conjunção de p e 14
q » , que é verdadeira se, e somente se, p e q forem simultaneamente verdadeiras, e representá-la
também por « p / q » .

1.7 Saber, dadas proposições p e q , que « p ou q » é uma proposição, designada por «disjunção de 15 e 16
p e q » , que é falsa se, e somente se, p e q forem simultaneamente falsas, representá-la também por
« p 0 q » e justificar que p 0 +p é uma proposição verdadeira, designando esta propriedade por
«Princípio do terceiro excluído».
1.8 Saber, dadas proposições p e q , que « p implica q » é uma proposição, designada por «implicação 17 e 27
entre p e q » , que é falsa se, e somente se, p for verdadeira e q for falsa, representá-la também por
« p & q » , designar p por «antecedente» e q por «consequente» da implicação e reconhecer, dada
uma proposição r , que se p & q e q & r , então, p & r .
1.9 Saber que, por convenção, em qualquer sequência de operações lógicas, a menos de utilização de parên- 18
teses, se respeitam as seguintes prioridades: negação; conjunção e disjunção; implicação e equivalência.
1.10 #Provar, dadas proposições p e q , que a proposição +(p & q) é equivalente à proposição p / +q . 28

1.11 #Provar, dadas proposições p e q , que a proposição p + q é verdadeira se, e somente se, p & q e 29
q & p forem ambas proposições verdadeiras e designar esta propriedade por «princípio da dupla impli-
cação».

1.12 #Provar, dada uma proposição p e representando por V (respetivamente, F ) uma qualquer proposição 22
verdadeira (respetivamente falsa), que p / V + p , p 0 V + V , p 0 F + p e p / F + F .
1.13 #Provar, dadas proposições p e q , que +(p / q) + +p 0 +q e que +(p 0 q) + +p / +q e 25 e 26
designar estas equivalências por «primeiras leis de De Morgan».

1.14 #Provar, dadas proposições p , q e r , que (p / q) / r + p / (q / r) , p / q + q / p e que 22


(p / q) 0 r + (p 0 r) / (q 0 r) , bem como as que se obtêm permutando em todas as ocorrências
os símbolos « / » e « 0 » , e designá-las respetivamente por «associatividade», «comutatividade»
e «distributividade».
1.15 #Provar, dadas duas proposições p e q , que a proposição p & q é equivalente à proposição +q & +p , 29
designar esta última implicação por «implicação contrarrecíproca da implicação p & q » .

1.16 +Simplificar expressões envolvendo operações com proposições, substituindo-as por proposições equi- 26 e 32
valentes envolvendo menos símbolos, e determinar o respetivo valor lógico sempre que possível.

2. 
Relacionar condições e conjuntos

2.1 Designar por «expressão proposicional» ou por «condição» uma expressão p(x) envolvendo uma variá- 39
vel x tal que, substituindo x por um objeto a , se obtém uma proposição p(a) .

II Metas curriculares © Santillana

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2.2 Saber, dada uma condição p(x) , que «qualquer que seja x , p(x) » é uma proposição que é verdadeira 43
quando e apenas quando se obtém uma proposição verdadeira sempre que se substitui x em p(x) por
um objeto arbitrário, representá-la por « 6x , p(x) » , e designar o símbolo « 6 » por «quantificador
universal».
2.3 Identificar uma condição p(x) como «universal» se 6x, p(x) for uma proposição verdadeira 43,
e reconhecer que a disjunção de qualquer condição com uma condição universal é uma condição universal. 46 e 47

2.4 Saber, dada uma condição p(x) , que «existe x tal que p(x) » é uma proposição que é verdadeira se, 44
e somente se, para pelo menos um objeto a , p(a) for verdadeira, representá-la por « 7x: p(x) »
e designar o símbolo « 7 » por «quantificador existencial».

2.5 Identificar uma condição p(x) como «possível» se 7x: p(x) for uma proposição verdadeira, como 44,
«impossível» se não for possível e reconhecer que a disjunção de qualquer condição com uma condição 46 e 47
possível é uma condição possível e a conjunção de qualquer condição com uma condição impossível
é uma condição impossível.
2.6 Saber, dada uma condição p(x) , que a negação da proposição 6x, p(x) é equivalente à proposição 49
7x: +p(x) , que a negação da proposição 7x: p(x) é equivalente à proposição 6x, +p(x) , designar
estas propriedades por «segundas leis de De Morgan», reconhecendo-as informalmente em exemplos,
e justificar que a negação de uma condição universal é uma condição impossível e vice-versa.
2.7 Representar, dada uma condição p(x) e um conjunto U , a proposição 6x, x ! U & p(x) por 43
« 6x ! U, p(x) » , e, no caso de ser verdadeira, designar p(x) por «condição universal em U » .

2.8 Representar, dada uma condição p(x) e um conjunto U , a proposição 7x: x ! U / p(x) por 44
« 7x ! U: p(x) » , no caso de ser verdadeira designar p(x) por «condição possível em U » e, no caso
contrário, por «condição impossível em U » .
2.9 +Reconhecer, dada uma condição p(x) e um conjunto U , que a negação da proposição 6x ! U, p(x) 49 e 50
é equivalente à proposição 7x ! U: +p(x) , que a negação da proposição 7x ! U: p(x) é equiva-
lente à proposição 6x ! U, +p(x) e designar um elemento a ! U tal que +p(a) como um «con-
traexemplo» para a proposição 6x ! U, p(x) .

2.10 Representar, dada uma condição p(x) , por « {x: p(x)} » um conjunto A tal que 6x, x ! A + p(x) , 52
designando a igualdade A = {x: p(x)} por «definição em compreensão do conjunto A pela condição
p(x) » .

2.11 Saber, dados conjuntos A e B , que A = B se, e somente se, 6x, x ! A + x ! B . 54

2.12 Designar, dado um objeto a e um conjunto A , a por «elemento de A » quando a ! A , dados 52


objetos a1, …, ak (k ! IN) , representar por « {a1, …, ak} » o conjunto A cujos elementos são exata-
mente a1, …, ak e designar a igualdade A = {a1, …, ak} por «definição em extensão do conjunto A
de elementos a1, …, ak » .
2.13 Identificar, dada uma condição p(x) e um conjunto U , o conjunto {x: x ! U / p(x)} como «conjunto 53
definido por p(x) em U » (ou «conjunto solução de p(x) em U » ) e representá-lo também por
« {x ! U: p(x)} » .

2.14 Identificar, dados conjuntos A e B , o «conjunto união (ou reunião) de A e B » e o «conjunto inter- 55 e 56
seção de A e B » , respetivamente, como A , B = {x: x ! A 0 x ! B} e A + B = {x: x ! A /
/ x ! B}.
2.15 Identificar, dados conjuntos A e B , A como estando «contido em B » (« A 1 B ») quando 57
6x, x ! A & x ! B e, nesse caso, designar A por «subconjunto de B » ou por «uma parte de B » .

2.16 Designar, dados conjuntos A e B , por «diferença entre A e B » o conjunto {x ! A: x " B} e 57


representá-lo por A\B ou simplesmente por B quando B 1 A e esta notação não for ambígua,
designando-o, então, por «complementar de B em A » .

2.17 Justificar, dadas condições p(x) e q(x) , que a proposição 6x, p(x) + q(x) é equivalente à proposição 60
6x, (p(x) & q(x)) / (q(x) & p(x)) e designar uma demonstração da segunda proposição por «demons-
tração por dupla implicação» da primeira.

2.18 Reconhecer, dados conjuntos A e B , que A = B se, e somente se, A 1 B e B 1 A , e designar esta 60
propriedade por «princípio da dupla inclusão».

Metas curriculares © Santillana III

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Metas curriculares
2.19 +Reconhecer, dadas condições p(x) e q(x) , que a negação da proposição « 6x, p(x) & q(x) » é 63
equivalente à proposição « 7x: p(x) / +q(x) » , isto é, que essa proposição é falsa se, e somente se,
existir a tal que p(a) é verdadeira e q(a) é falsa.

2.20 Justificar, dadas condições p(x) e q(x) , que a proposição 6x, p(x) & q(x) é equivalente à proposição 62
6x, +q(x) & +p(x) , designar a segunda proposição por «contrarrecíproco» da primeira e uma
demonstração da segunda proposição por «demonstração por contrarrecíproco» da primeira.

3. 
Resolver problemas

3.1 +Resolver problemas envolvendo operações lógicas sobre proposições. 29 e 34

3.2 +Resolver problemas envolvendo operações sobre condições e sobre conjuntos. 65 e 68

Álgebra ALG10 VOLUME 1

Radicais
1. 
Definir e efetuar operações com radicais PÁGINAS
DO MANUAL

1.1 +Reconhecer, dados dois números reais a e b e um número n ! IN ímpar, que se a < b , então, 89
an < bn .

1.2 +Reconhecer, dados dois números reais a e b e um número n ! IN par, que se 0 G a < b , então, 89
0 G an < bn e se a < b G 0 , então, an > bn H 0 .
1.3 Saber, dados um número real a e um número n ! IN ímpar, que existe um número real b tal que 90
n
bn = a , provar que é único, designá-lo por «raiz índice n de a » e representá-lo por « a » .

1.4 +Saber, dados um número real positivo a e um número n ! IN par, que existe um número real positivo 91
b tal que bn = a , provar que (-b)n = a e que não existe, para além de b e de -b , qualquer outra
n
solução da equação xn = a , designar b «por raiz índice n de a » e representá-lo por « a » .

1.5 Justificar, dado um número natural n , que 0 é o único número real cuja potência de expoente n é 91
n
igual a 0 e, por esta razão, representá-lo também por « 0 » («raiz índice n de 0 »).
n n
1.6 #Provar, dados números reais não negativos a e m b e um número n ! IN par, que a × b = 92 e 93
= a # b e reconhecer que, para m ! IN, _ a i = a m .
n n n

n n n
1.7 #Provar, dados números reais a me b e um número n ! IN ímpar, que a× b= a # b e reco- 93
nhecer que, para m ! IN, _ a i = a m .
n n

1.8 #Provar, dados números reais a e b (respetivamente, números reais a e b não negativos), b ! 0 , 94
n
a n a
e um número n ! IN ímpar (respetivamente, um número n ! IN par), que n = e justificar
que para m ! IN, _ b i = b .
n -m n b b
-m

1.9 #Provar, dados números naturais n e m (respetivamente, números naturais ímpares n e m ) e um 94


n m nm
número real não negativo a (respetivamente, um número real a ) , que a = a.
a
1.10 Designar também por «fração» a representação « » do quociente entre números reais a e b (com 96
b
 b ! 0 ) , a e b , neste contexto, respetivamente, por «numerador» e «denominador» e identificar duas
frações como «equivalentes» quando representam o mesmo número.
n
1.11 +Racionalizar denominadores da forma a b , ou a b + c d ( a e c números inteiros, b , d , n 96
números naturais, n > 1 ) .

Potências de expoente racional


2. 
Definir e efetuar operações com potências de expoente racional
2.1 +Reconhecer, dado um número real não negativo a e um número racional não negativo q ( q ! 0 se 98
m m'
a=0), q= n = (sendo m , n , m' e n' e números inteiros, m , m' H 0 e n, n' H 2 ) , que
n n'
n'
m
a = a . m'

IV Metas curriculares © Santillana

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m
2.2 +Identificar, dado um número real não negativo a e um número racional não negativo q = n ( m e 99
 n números inteiros, m H 0 e n H 2 ) , q ! 0 se a = 0 , a «potência de base a e de expoente q » ,
n
aq , como a m , reconhecendo que este número não depende da fração escolhida para representar q ,
e que esta definição é a única possível por forma a estender a propriedade (ab)c = abc a expoentes racio-
nais positivos.

2.3 Identificar, dado um número real positivo a e um número racional positivo q , a «potência de base a 100
1
 e de expoente -q » , a-q , como q , reconhecendo que esta definição é a única possível por forma
a
a estender a propriedade ab × ac = ab + c a expoentes racionais.

2.4 +Reconhecer que as propriedades algébricas previamente estudadas das potências de expoente inteiro 100 e 101
(relativas ao produto e quociente de potências com a mesma base, produto e quociente de potências com
o mesmo expoente e potência de potência) podem ser estendidas às potências de expoente racional.

2.5 +Simplificar expressões envolvendo radicais e potências. 100 e 101

3. 
Resolver problemas

3.1 +Resolver problemas envolvendo operações com radicais e com potências. 101-103

Divisão inteira de polinómios


4. 
Efetuar operações com polinómios

4.1 Designar um polinómio P com apenas uma variável x por « P(x) » . 108

4.2 +Reconhecer, dados polinómios não nulos A(x) e B(x) , que o grau do polinómio A(x)B(x) é igual à 111
soma dos graus de A(x) e de B(x) .

4.3 Saber, dados polinómios A(x) e B(x) , B(x) não nulo, que existem dois únicos polinómios Q(x) e R(x) 112
tais que R(x) ou é o polinómio nulo ou tem grau inferior ao grau de B(x) e A(x) = B(x) × Q(x) + R(x) ,
e designar, neste contexto, A(x) por «polinómio dividendo», B(x) por «polinómio divisor», Q(x) por
«polinómio quociente» e R(x) por «polinómio resto» da «divisão inteira» (ou «divisão euclidiana») de
A(x) por B(x) .
4.4 Determinar, dados polinómios A(x) e B(x) , B(x) não nulo, as formas reduzidas dos polinómios quo- 113
ciente e resto da divisão inteira de A(x) por B(x) .
4.5 +Reconhecer, dado um polinómio P(x) e um número a ! IR , que aplicando a «regra de Ruffini» se 115
obtém o quociente e o resto da divisão inteira de P(x) por x - a .

4.6 Provar, dado um polinómio P(x) e um número a ! IR , que o resto da divisão inteira de P(x) por 119
x - a é igual a P(a) e designar esta propriedade por «teorema do resto».

4.7 Designar, dado um polinómio P(x) , por «raiz do polinómio» (ou «zero do polinómio») qualquer 120
número real a tal que P(a) = 0 .

4.8 Identificar um polinómio P(x) como «divisível» por um polinómio Q(x) não nulo se o resto da divisão 113
euclidiana de P(x) por Q(x) é nulo.
4.9 Provar, dado um polinómio P(x) de grau n ! IN e um número real a , que a é uma raiz de P(x) se, 120
e somente se, P(x) for divisível por x - a e que, nesse caso, existe um polinómio Q(x) de grau
n - 1 tal que P(x) = (x - a)Q(x) .

4.10 Identificar, dado um polinómio P(x) e uma raiz a de P(x) , a «multiplicidade de a » como o maior 123
número natural n tal que existe um polinómio Q(x) com P(x) = (x - a)nQ(x) , justificar que nesta
situação Q(a) ! 0 e designar a por «raiz simples» quando a respetiva multiplicidade é igual a 1 .
4.11 +Reconhecer, dado um polinómio P(x) de grau n ! IN cujas raízes (distintas) x1 , x2 , …, xk têm 124
respetivamente multiplicidade n1 , n2 , …, nk , que n1 + n2 + … + nk G n e que existe um polinó-
mio Q(x) sem raízes tal que P(x) = (x - x1)n (x - x2)n f (x - xk)n Q (x) , tendo-se n1 + n2 + … +
1 2 k

+ nk = n se, e somente se, Q(x) tiver grau zero.

4.12 Reconhecer, dado um polinómio P(x) de coeficientes inteiros, que o respetivo termo de grau zero é múl- 125
tiplo inteiro de qualquer raiz inteira desse polinómio.

Metas curriculares © Santillana V

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Metas curriculares
5. 
Resolver problemas

5.1 +Resolver problemas envolvendo a divisão inteira de polinómios e o teorema do resto. 117, 129
e 136

5.2 +Resolver problemas envolvendo a fatorização de polinómios de que se conhecem algumas raízes. 125, 129
e 136

5.3 +Resolver problemas envolvendo a determinação dos zeros e do sinal de funções polinomiais 126-129
de grau superior a dois. e 136

Geometria Analítica GA10 VOLUME 2

Geometria Analítica no plano


1. 
Definir analiticamente conjuntos elementares de pontos do plano PÁGINAS
DO MANUAL

1.1 Designar por «referencial ortonormado» um referencial ortogonal e monométrico de um dado plano, tal 7
que a unidade de comprimento comum aos eixos coordenados coincide com uma unidade de compri-
mento pré-fixada e, dados números reais a1 e a2 , designar por « A(a1, a2) » , o ponto A de abcissa
a1 e ordenada a2 nesse referencial.
1.2 +Reconhecer, fixada uma unidade de comprimento, dado um plano munido de um referencial ortonor- 11
mado e pontos A(a 1, a 2) e B(b 1, b 2) pertencentes a esse plano, que a medida da distância
_b1 - a1i + _b2 - a2 i , e representá-la por « d(A, B) » .
2 2

entre A e B é igual a

1.3 Demonstrar, dada uma reta numérica e dois pontos A e B de abcissas a e b respetivamente, que 12
a+b
a abcissa do ponto médio do segmento de reta de extremos A e B é igual a .
2
1.4 +Reconhecer, utilizando argumentos geométricos baseados no teorema de Tales ou em consequências 12
conhecidas deste teorema, que, dado um plano munido de um referencial ortonormado e dois pontos
A(a1, a2) e B(b1, b2) pertencentes a esse plano, as coordenadas do ponto médio do segmento de reta

[AB] são e o.
a1 + b1 a2 + b2
,
2 2
1.5 Designar, dado um plano munido de um referencial ortonormado, por «equação cartesiana» (respetiva- 14
mente, por «inequação cartesiana») de um conjunto C uma equação (respetivamente, inequação) cujas
soluções são as coordenadas dos pontos de C .

1.6 Determinar, dado um plano munido de um referencial ortonormado e dois pontos A(a1, a2) e B(b1, b2) 14
desse plano, uma equação cartesiana da mediatriz do segmento de reta [AB] na forma y = mx + b
(equação reduzida da reta) ou na forma x = c .

1.7 Justificar, fixada uma unidade de comprimento, dado um plano munido de um referencial ortonormado, um 17
ponto A(a1, a2) pertencente a esse plano e um número r > 0 , que a equação (x - a1)2 + (y - a2)2 = r2
é uma equação cartesiana da circunferência de centro A e de raio r , e designá-la por «equação (carte-
siana) reduzida da circunferência».
1.8 Designar, fixada uma unidade de comprimento e um plano, dados dois pontos A e B pertencentes 21
1
a esse plano e um número a > AB , por «elipse» o conjunto de pontos P do plano tais que
2
 d(P, A) + d(P, B) = 2a , por «focos da elipse» os pontos A e B , por «centro da elipse» o ponto médio
do segmento de reta [AB] , e por «eixo maior da elipse» o número 2a (e a por «semieixo maior da
elipse»), interpretando-o geometricamente.

1.9 +Demonstrar, dada uma elipse de focos A e B e de eixo maior 2a , que a mediatriz de [AB] interseta 23
1
a elipse em dois pontos C e D equidistantes do centro da elipse e que tomando b = CD se tem
2
1
 b = a 2 - c 2 , onde c = AB , designando 2b por «eixo menor da elipse» (e b por «semieixo
2
menor da elipse»).

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1.10 +Reconhecer, fixada uma unidade de comprimento, dado um plano munido de um referencial ortonor- 24 e 25
x2 y2
mado e 0 < b < a que a equação 2 + 2 = 1 é uma equação cartesiana da elipse de semieixo
a b
 maior a e semieixo menor b que tem focos A(-c, 0) e B(c, 0) , onde c = a 2 - b 2 , e designá-la
por «equação (cartesiana) reduzida da elipse».
1.11 +Reconhecer, dado um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de equação 30 e 31
reduzida y = ax + b (a, b ! IR) , que os dois semiplanos abertos (respetivamente, fechados) determi-
nados por r têm por inequações cartesianas y > ax + b e y < ax + b (respetivamente, y H ax +
b e y G ax + b ) e designá-los, respetivamente, por «semiplano superior» e «semiplano inferior» em
relação à reta r .
1.12 Reconhecer, dado um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r do plano de equação 31
cartesiana x = c (c ! IR) , que os dois semiplanos abertos (respetivamente, fechados) determinados
por r têm por inequações cartesianas x > c e x < c (respetivamente, x H c e x G c ) e designá-los,
respetivamente, por «semiplano à direita» e «semiplano à esquerda» da reta r .
1.13 Justificar, fixada uma unidade de comprimento, dado um plano munido de um referencial ortonormado, 27
que a inequação (x - a)2 + (y - b)2 G r2 (a, b ! IR, r > 0) é uma inequação do círculo de centro
C(a, b) e de raio r .

2. 
Resolver problemas

2.1 +Resolver problemas envolvendo a noção de distância entre pontos do plano, e equações e inequações 15, 19,
cartesianas de subconjuntos do plano. 32 e 34

Cálculo vetorial no plano


3. 
Operar com vetores
3.1 Identificar, fixada uma unidade de comprimento e dado um vetor v , a «norma do vetor v » como a 40
medida do comprimento de um segmento orientado representante de v e representá-la por « ||vv|| » .

3.2 Identificar, dado um vetor v e um número real (também designado por «escalar») m , o «produto de v 43
por m » ( « mvv » ) como o vetor de norma |m| ||vv|| (fixada uma mesma unidade de comprimento para
o cálculo das normas), com a direção e sentido de v , se v ! 0v e m > 0 e com a direção de v e sentido
contrário ao de v , se v ! 0v e m < 0 , justificar que mvv não depende da unidade de comprimento
fixada e que (-1)vv = -vv , vetor simétrico de v .
3.3 Justificar, dado um vetor v não nulo, que um vetor uv é colinear a v se, e apenas se, existir um número 43
real m tal que uv = mvv , e que, nesse caso, m é único.

3.4 Justificar, dados vetores uv e v , que existe um, e somente um, vetor wv tal que wv + v = uv , provando 44
que w v = uv + (-vv) , designar w v por «diferença entre uv e v » e representá-lo por « uv - v » .

3.5 +Reconhecer, dado um vetor v e números reais m e n , que (m + n) v = mvv + nvv . 44 e 45

3.6 +Reconhecer, dados vetores uv e v e números reais m e n que m(uv + v) = muv + mvv e m(nuv) = (mn) uv . 44 e 45

4. 
Operar com coordenadas de vetores

4.1 +Reconhecer, fixada uma unidade de comprimento, um plano munido de um referencial ortonormado de 49
origem O e um vetor v do plano que, sendo X(1, 0) , Y(0, 1) , ve1 = OX e ve2 = OY , existe um,
e somente um, par ordenado (v1, v2) de números reais tais que v = v1 ve1 + v2 ve2 , por esse motivo desig-
nar o par ordenado (ev1, ve2) por uma «base do espaço vetorial dos vetores do plano», (v1, v2) por «coorde-
nadas do vetor v (na base (ev1, ve2) ) » e representar por « v(v1, v2) » o vetor v de coordenadas (v1, v2) .
4.2 Identificar, fixado um plano munido de um referencial ortonormado de origem O e dado um ponto A , 50
o «vetor posição do ponto A » como o vetor OA e justificar que as coordenadas do vetor posição de
um dado ponto coincidem com as coordenadas do ponto.

4.3 Justificar, fixado um plano munido de um referencial ortonormado e dados vetores uv(u1, u2) e v(v1, v2) 51
e um número real m , que o vetor uv + v (respetivamente, uv - v ) tem coordenadas (u1 + v1, u2 + v2)
(respetivamente, (u1 - v1, u2 - v2) ) , que o vetor muv tem coordenadas (mu1, mu2) , que o vetor simé-
trico do vetor uv(u1, u2) tem coordenadas (-u1, -u2) e que dois vetores não nulos são colineares se, e
somente se, as respetivas coordenadas forem todas não nulas e os quocientes das coordenadas corres-
pondentes forem iguais, ou as primeiras ou segundas coordenadas de ambos os vetores forem nulas.

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Metas curriculares
4.4 Justificar, fixado um plano munido de um referencial ortonormado e dados pontos A(a1, a2) e B(b1, b2) 53
que o vetor AB tem coordenadas (b1 - a1, b2 - a2) , começando por justificar que AB = OB - OA ,
identificar a «diferença entre os pontos B e A » como o vetor AB , representá-la por « B - A » e justi-
ficar que, para todo o vetor v e para quaisquer pontos A e B do plano, B - A = v + B = A + v .

4.5 Justificar, fixado um plano munido de um referencial ortonormado e dado um ponto A(a1, a2) e um 53
vetor v(v1, v2) desse plano, que o ponto A + v tem coordenadas (a1 + v1, a2 + v2) .

4.6 Justificar, fixada uma unidade de comprimento e um plano munido de um referencial ortonormado que 54
 para qualquer vetor v(v1, v2) , ||vv|| = v12 + v22 .

5. 
Conhecer propriedades dos vetores diretores de retas do plano

5.1 Identificar, dado um vetor v não nulo e uma reta r , v como «tendo a direção de r » quando r tiver 55
a direção das retas suporte dos segmentos orientados que representam v .

5.2 Designar por «vetor diretor» de uma dada reta r qualquer vetor não nulo com a mesma direção do que r . 55

5.3 Provar, fixado um plano munido de um referencial ortonormado e uma reta r não vertical de declive m , 56 e 57
b
 que o vetor v(a, b) é vetor diretor de r se, e somente se, a ! 0 e m = a , e que, em particular, o
vetor de coordenadas (1, m) é vetor diretor da reta r .

5.4 Justificar, fixado um plano munido de um referencial ortonormado, que os vetores diretores das retas 58
verticais são os vetores v(0, b) , b ! 0 .

5.5 Justificar, fixado um plano munido de um referencial ortonormado, que dada uma reta r de vetor dire- 60
tor v , os pontos de r são os pontos P = A + tvv , t ! IR , onde A é um qualquer ponto de r , e
designar esta equação por «equação vetorial da reta r » .
5.6 Justificar, fixado um plano munido de um referencial ortonormado e dados a1, a2, v1, v2 ! IR , que um 62
ponto P(x, y) pertence à reta r de vetor diretor v(v1, v2) passando pelo ponto A(a1, a2) se, e somente
se, existir t ! IR tal que x = a1 + tv1 / y = a2 + tv2 , e designar este sistema por «sistema das
equações paramétricas da reta r » .

6. 
Resolver problemas

6.1 +Resolver problemas envolvendo a determinação das coordenadas de vetores do plano. 64

6.2 +Resolver problemas envolvendo a colinearidade de vetores do plano. 64

6.3 +Resolver problemas envolvendo equações vetoriais, paramétricas e cartesianas de retas do plano. 63

Geometria Analítica no espaço


7. 
Definir referenciais cartesianos do espaço

7.1 Identificar um «referencial (cartesiano) ortonormado do espaço» (ou simplesmente, «referencial carte- 75
siano») como um terno ordenado de retas numéricas que se intersetam nas respetivas origens, duas a
duas perpendiculares e com unidades de comprimento coincidentes com uma mesma unidade de com-
primento pré-fixada, designar a origem comum das três retas por «origem do referencial», a primeira reta
por «eixo das abcissas», a segunda por «eixo das ordenadas», a terceira por «eixo das cotas», generica-
mente cada uma delas por «eixo coordenado» e, se for representada por « O » a origem do referencial,
representar estes três eixos, respetivamente, por « Ox », « Oy » e « Oz » e o referencial por « Oxyz » .

7.2 Designar, dado um ponto P e uma reta r , por «projeção ortogonal de P sobre r » como o próprio 76
ponto P quando P pertencer a r e como o pé da perpendicular traçada de P para r no caso contrário,
reconhecendo que é a interseção com r do plano normal a r passando por P .

7.3 Designar, dado um referencial ortonormado e um ponto P de projeções ortogonais Px , no eixo das 76
abcissas, Py , no eixo das ordenadas e Pz , no eixo das cotas, por «abcissa de P » , «ordenada de P »
e «cota de P » , respetivamente, a abcissa de Px , de Py e de Pz nas respetivas retas numéricas, e o
terno ordenado destes três valores por «coordenadas de P » .
7.4 Designar por «planos coordenados» os três planos determinados por dois dos eixos coordenados, repre- 77
sentá-los por « xOy » , « xOz » e « yOz » consoante os eixos coordenados que contêm, e reconhecer
que são perpendiculares dois a dois.

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7.5 +Reconhecer, dado um referencial ortonormado e um terno ordenado de números reais (x, y, z) , que 79
existe um, e apenas um, ponto P com essas coordenadas e representá-lo por « P(x, y, z) » .

7.6 +Reconhecer, dado um referencial ortonormado e um ponto P(a, b, c) de projeção ortogonal P' no 79
plano xOy , que, nesse plano, munido do referencial constituído pelos eixos Ox e Oy , P tem coor-
denadas (a, b) e enunciar resultados análogos para os planos xOz e yOz .

8. 
Definir analiticamente conjuntos elementares de pontos do espaço

8.1 Justificar, dado um referencial ortonormado do espaço e a ! IR , que x = a é uma equação cartesiana 80
do plano paralelo ao plano coordenado yOz que interseta o eixo das abcissas no ponto A(a, 0, 0) e
determinar as equações dos planos paralelos aos planos coordenados xOz e xOy .
8.2 Justificar, dado um referencial cartesiano do espaço e a , b ! IR que o conjunto dos pontos 82 e 83
P(x, y, z) cujas coordenadas satisfazem o «sistema de equações cartesianas» x = a / y = b é a reta
paralela ao eixo das cotas que interseta o plano coordenado xOy no ponto A(a, b, 0) e determinar
sistemas de equações cartesianas de retas paralelas ao eixo das abcissas e ao eixo das ordenadas.

8.3 +Provar, fixada uma unidade de comprimento e dados um referencial ortonormado do espaço e pontos 85
A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3) , que a medida da distância entre A e B é igual a
_b1 - a1i + _b2 - a2 i + _b3 - a3i e representá-la por « d(A, B) » .
2 2 2

8.4 Determinar, dado um referencial ortonormado do espaço e as coordenadas de dois pontos A e B do 86


espaço, uma equação do plano mediador do segmento de reta [AB] na forma ax + by + cz + d = 0,
a, b, c, d ! IR .

8.5 Justificar, fixada uma unidade de comprimento e dados um referencial ortonormado do espaço, um ponto 88
A(a1, a2, a3) e um número r > 0 , que (x - a1)2 + (y - a2)2 + (z - a3)2 = r2 é uma equação carte-
siana da superfície esférica de centro A e de raio r , e designá-la por «equação (cartesiana) reduzida
da superfície esférica».
8.6 Justificar, fixada uma unidade de comprimento e dados um referencial ortonormado do espaço, um ponto 90
A(a1, a2, a3) e um número r > 0 , que (x - a1)2 + (y - a2)2 + (z - a3)2 G r2 é uma inequação
cartesiana da esfera de centro A e de raio r , e designá-la por «inequação (cartesiana) reduzida da
esfera».

Cálculo vetorial no espaço


9. 
Definir vetores do espaço

9.1 Designar um par de segmentos orientados do espaço por «equipolentes» quando são complanares e 96
equipolentes num plano que os contenha.

9.2 Saber que um «vetor do espaço» fica determinado por um segmento orientado do espaço de tal modo 96
que segmentos de reta equipolentes determinam o mesmo vetor e segmentos de reta não equipolentes
determinam vetores distintos.

9.3 Estender do plano ao espaço a definição de norma de um vetor, de adição de um ponto com um vetor, de 97 e 98
translação de um dado vetor e as operações de subtração de dois pontos, de adição e subtração de veto-
res, de multiplicação de um vetor por um escalar e as respetivas propriedades geométricas e algébricas.

10. Operar com coordenadas de vetores do espaço

10.1 +Reconhecer, fixado um referencial ortonormado no espaço de origem O e um vetor v que, sendo 99
X(1, 0, 0) , Y(0, 1, 0) , Z(0, 0, 1) , ve1 = OX , ve2 = OY , ve3 = OZ , existe um e somente um terno
ordenado (v1, v2, v3) de números reais tais que v = v1ve1 + v2 ve2 + v3 ve3 , designar o terno ordenado
(ev1, ve2, ve3) por uma «base do espaço vetorial dos vetores do espaço», (v1, v2, v3) por «coordenadas do
vetor v (na base (ev1, ve2, ve3) ) » e representar por « v(v1, v2, v3) » o vetor v de coordenadas (v1, v2, v3) .
10.2 Estender do plano ao espaço a definição do vetor posição de um ponto e a identificação das respetivas 100,
coordenadas, as fórmulas para o cálculo das coordenadas da soma e da diferença de vetores, do produto 101, 102,
de um vetor por um escalar, do simétrico de um vetor, da diferença de dois pontos, da soma de um ponto 104 e 105
com um vetor e da norma de um vetor, e o critério de colinearidade de vetores através das respetivas
coordenadas.
10.3 Estender do plano ao espaço a definição e propriedades das equações vetoriais e sistemas de equações 107 e 109
paramétricas de retas.

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Metas curriculares
11. Resolver problemas

11.1 +Resolver problemas envolvendo a noção de distância entre pontos do espaço, equações e inequações 91 e 92
cartesianas de subconjuntos do espaço.

11.2 +Resolver problemas envolvendo cálculo vetorial no espaço. 106, 109,


111 e 112

Funções Reais de Variável Real FRVR10 VOLUME 3

Generalidades acerca de funções


1. 
Definir a composição de funções e a função inversa de uma função bijetiva PÁGINAS
DO MANUAL

1.1 Identificar, dados conjuntos A e B , o «produto cartesiano de A por B » como o conjunto 9


{(a, b): a ! A / b ! B} dos pares ordenados (a, b) tais que a e b pertencem, respetivamente, a A
e a B e representá-lo por « A × B » .

1.2 Reconhecer que um conjunto G 1 A × B é o gráfico de uma função de A em B quando, e apenas 9


quando, para todo o a ! A existir um, e somente um, elemento b ! B tal que (a, b) ! G .
1.3 Identificar, dados conjuntos A e B , uma função f: A " B e um conjunto C , a «restrição de f a C » 11
como a função f|C: C + A " B tal que, 6x ! C + A , f|C(x) = f(x) .

1.4 Identificar, dados conjuntos A e B , uma função f: A " B e C 1 A , o «conjunto imagem de C por f » 14
como o conjunto f(C) = {y ! B: 7x ! C: y = f(x)} das imagens por f dos elementos de C ,
representá-lo também por « {f(x): x ! C} » .

1.5 Identificar, dados conjuntos A e B , uma função f: A " B como «injetiva» se para todos os x1 e x2 14 e 15
pertencentes a A , x1 ! x2 & f(x1) ! f(x2) (ou, de modo equivalente, f(x1) = f(x2) & x1 = x2 ) e
designar também uma tal função por «injeção de A em B » .

1.6 Identificar, dados conjuntos A e B , uma função f: A " B como «sobrejetiva» se para todo o y per- 16
tencente a B , existir um elemento x pertencente a A tal que y = f(x) e reconhecer que uma função
é sobrejetiva se, e somente se, coincidirem os respetivos contradomínio e conjunto de chegada e designar
também uma tal função por «sobrejeção de A em B » ou por «função de A sobre B » .
1.7 Identificar, dados conjuntos A e B , uma função f: A " B como «bijetiva» se for simultaneamente 16 e 17
injetiva e sobrejetiva e designar também uma tal função por «bijeção de A em B » .

1.8 Identificar, dadas funções f: Df " A e g: Dg " B , a «função composta de g com f » como a função 18-20
gof: Dgof " B , tal que Dgof = {x ! Df: f(x) ! Dg} e 6x ! Dgof, gof(x) = g(f(x)) e designá-la tam-
bém por « g composta com f » , « g após f » ou « f seguida de g » .

1.9 Designar, dado um conjunto A , por «função identidade em A » a função IdA: A " A tal que 20
6x ! A, IdA(x) = x e justificar que se trata de uma função bijetiva.

1.10 Justificar, dados conjuntos A e B e uma função f: A " B bijetiva, que para todo o y pertencente a B 22 e 23
existe um, e apenas um, elemento x pertencente a A tal que f(x) = y e, representando-o por xy ,
designar por «função inversa de f » a função f-1: B " A tal que 6y ! B, f-1(y) = xy .

1.11 +Reconhecer, dada uma função f: A " B bijetiva, que f-1 é bijetiva e que (f-1)-1 = f e designar 23
também f-1 por «bijeção recíproca de f » .
1.12 Reconhecer, dada uma função f: A " B , que f é bijetiva se e somente se existir uma função 23
g: B " A , tal que 6(x, y) ! A × B, y = f(x) + x = g(y) .

1.13 Justificar que uma função f: A " B é bijetiva se, e somente se, existir uma função g: B " A tal que 25
gof = IdA e fog = IdB e que, nesse caso, g = f-1 .

Generalidades acerca de funções reais de variável real


2. 
Relacionar propriedades geométricas dos gráficos com propriedades das respetivas funções

2.1 Designar por «função real de variável real» uma função cujo domínio e conjunto de chegada estão con- 31
tidos em IR .

X Metas curriculares © Santillana

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2.2 Saber, dada uma expressão f(x) , que se convenciona, quando nada for indicado em contrário, que essa 31
expressão representa a função f com conjunto de chegada igual a IR e domínio constituído por todos
os números reais a para os quais fica representado um número real pela expressão que se obtém subs-
tituindo todas as ocorrências de x em f(x) por um símbolo representando o número a , designar, nesse
caso, a expressão f(x) por «expressão analítica de f » e este processo de caracterizar f por «definição
(analítica) de f pela expressão f(x) » .

2.3 Identificar uma função real de variável real f como «par» se, para todo o x ! Df, -x ! Df e 34
f(-x) = f(x) .

2.4 Identificar uma função real de variável real f como «ímpar» se, para todo o x ! Df, -x ! Df e 35
f(-x) = -f(x) .

2.5 Justificar, dada uma função real de variável real ímpar f , que, se 0 ! Df , então, f(0) = 0 . 36

2.6 +Reconhecer, dado um plano munido de um referencial ortogonal, que uma dada função é par se, 35
e somente se, o eixo das ordenadas for eixo de simetria do respetivo gráfico cartesiano.

2.7 +Reconhecer, dado um plano munido de um referencial cartesiano, que uma dada função é ímpar se, 36
e somente se, o respetivo gráfico cartesiano for «simétrico relativamente à origem O do referencial», isto
é, se, e somente se, a imagem do gráfico pela reflexão central de centro O coincidir com o próprio gráfico.

2.8 +Reconhecer, dada uma função real de variável real bijetiva f e um plano munido de um referencial 37 e 38
monométrico, que os gráficos cartesianos das funções f e f-1 são a imagem um do outro pela reflexão
axial de eixo de equação y = x .

2.9 Reconhecer, dados uma função real de variável real f , um número real c e um plano munido de um 39 e 41
referencial cartesiano, que o gráfico cartesiano de uma função g definida em Dg = Df por g(x) = f(x) + c
é a imagem do gráfico cartesiano de f pela translação de vetor uv(0, c) .

2.10 +Reconhecer, dados uma função real de variável real f , um número real c e um plano munido de um 40 e 41
referencial cartesiano, que o gráfico cartesiano de uma função g definida por g(x) = f(x - c) no con-
junto Dg = {x + c: x ! Df} é a imagem do gráfico cartesiano de f pela translação de vetor uv(c, 0) .

2.11 Designar, dado um plano munido de um referencial ortogonal e um número 0 < a < 1 (respetivamente, 42
a > 1 ) , por «contração vertical (respetivamente, dilatação vertical) de coeficiente a » a transformação
z do plano que ao ponto P(x, y) associa o ponto z(P) de coordenadas (x, ay) .

2.12 Reconhecer, dados uma função real de variável real f , um número 0 < a < 1 (respetivamente, 42
a > 1 ) e um plano munido de um referencial ortogonal, que o gráfico cartesiano de uma função g
definida em Df por g(x) = af(x) é a imagem do gráfico cartesiano de f pela contração vertical (res-
petivamente, pela dilatação vertical) de coeficiente a .
2.13 Designar, dado um plano munido de um referencial ortogonal e um número 0 < a < 1 (respetivamente, 43
a > 1 ) , por «contração horizontal (respetivamente, dilatação horizontal) de coeficiente a » a transfor-
mação z do plano que ao ponto P(x, y) associa o ponto z(P) de coordenadas (ax, y) .

2.14 Reconhecer, dados uma função real de variável real f , um número 0 < a < 1 (respetivamente, a > 1 ) 43
e um plano munido de um referencial ortogonal, que o gráfico cartesiano de uma função g definida em
x
Dg = { a : x ! Df} por g(x) = f(ax) é a imagem do gráfico cartesiano de f pela dilatação horizontal
1
(respetivamente, pela contração horizontal) de coeficiente a .

2.15 Reconhecer, dada uma função real de variável real f e um plano munido de um referencial ortogonal, 45
que o gráfico cartesiano de uma função g definida em Dg = Df por g(x) = -f(x) é a imagem do
gráfico cartesiano de f pela reflexão de eixo Ox .

2.16 Reconhecer, dada uma função real de variável real f e um plano munido de um referencial ortogonal, 46
que o gráfico cartesiano de uma função g definida em Dg = {-x: x ! Df} por g(x) = f(-x) é a
imagem do gráfico cartesiano de f pela reflexão de eixo Oy .

3. 
Identificar intervalos de monotonia de funções reais de variável real
3.1 Identificar, dada uma função real de variável real f e A 1 Df , f como «(estritamente) crescente em A » 55
(ou simplesmente, «(estritamente) crescente», se A = Df ) , se, para quaisquer dois elementos x1 e x2
de A , se x1 < x2 , então, f(x1) < f(x2) .

Metas curriculares © Santillana XI

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Metas curriculares
3.2 Identificar, dada uma função real de variável real f e A 1 Df , f como «(estritamente) decrescente em 55
A » (ou simplesmente, «(estritamente) decrescente», se A = Df ) , se, para quaisquer dois elementos
x1 e x2 de A , se x1 < x2 , então, f(x1) > f(x2) .

3.3 Identificar, dada uma função real de variável real f e A 1 Df , f como «crescente, em sentido lato, em 57
A » (ou simplesmente, «crescente, em sentido lato», se A = Df ) , se, para quaisquer dois elementos
x1 e x2 de A , se x1 < x2 , então, f(x1) G f(x2) .

3.4 Identificar, dada uma função real de variável real f e A 1 Df , f como «decrescente, em sentido lato, 57
em A » (ou simplesmente, «decrescente, em sentido lato», se A = Df ) , se, para quaisquer dois ele-
mentos x1 e x2 de A , se x1 < x2 , então, f(x1) H f(x2) .

3.5 Identificar, dada uma função real de variável real f e A 1 Df , f como «(estritamente) monótona em 58
A » (ou simplesmente, «(estritamente) monótona», se A = Df ) , se, for (estritamente) crescente ou
(estritamente) decrescente em A e f como «monótona, em sentido lato, em A » (ou simplesmente,
«monótona, em sentido lato», se A = Df ) , se for crescente ou decrescente, em sentido lato, em A .

3.6 Identificar, dada uma função real de variável real f , um «intervalo de (estrita) monotonia de f » como 59
um intervalo I 1 Df tal que f|I é (estritamente) monótona.
3.7 Identificar, dada uma função real de variável real e A 1 Df , f como «constante em A » , se, para 56 e 58
quaisquer elementos x1 e x2 de A , f(x1) = f(x2) .

3.8 Demonstrar que uma função afim definida por f(x) = ax + b é estritamente crescente (respetivamente, 55
decrescente) em IR se, e somente se, a > 0 (respetivamente, a < 0 ).

3.9 Demonstrar que, dada uma função quadrática da forma f(x) = ax2 , se a > 0 , então, f é decrescente, 60
em ]-3, 0] e crescente em [0, +3[ e que, se a < 0 , então, f é crescente em ]-3, 0] e decres-
cente em [0, +3[ .

4. 
Identificar extremos de funções reais de variável real

4.1 Designar, dada uma função f de domínio Df e valores em IR , um número real M como «majorante 62
de f » (respetivamente, «minorante de f ») quando 6 x ! Df, f(x) G M (respetivamente, 6 ! Df ,
f(x) H M ) , referindo a função f como «majorada» (respetivamente, «minorada») quando admitir um
majorante (respetivamente, um minorante).
4.2 Designar por «limitada» uma função simultaneamente majorada e minorada. 62

4.3 Designar por «mínimo absoluto» (respetivamente, por «máximo absoluto») de uma função real de variá- 61
vel real um valor f(a) do contradomínio de f tal que 6 x ! Df , f(a) G f(x) (respetivamente,
6 x ! Df , f(a) H f(x) ) e designar por «extremos absolutos de f » os máximos absolutos e os mínimos
absolutos de f .
4.4 Designar, dados um número real x0 e um número real positivo r , por «vizinhança r de x0 » o inter- 63
valo ]x0 - r, x0 + r[ e representá-la por « Vr(x0) » .

4.5 Referir que uma função real de variável real «atinge um mínimo relativo (ou local)» (respetivamente, 63
«atinge um máximo relativo (ou local)») em a ! Df quando existe r > 0 , tal que, 6 x ! Df + Vr(a) ,
f(a) G f(x) (respetivamente, 6 x ! Df + Vr(a) , f(a) H f(x) ) e designar f(a) por «mínimo relativo
(ou local)» (respetivamente, «máximo relativo (ou local)») de f e a por um «minimizante» (respetiva-
mente, por um «maximizante») de f .
4.6 Identificar, dada uma função real de variável real f , o gráfico de f como «tendo a concavidade (estrita- 67
mente) voltada para cima» (respetivamente, como «tendo a concavidade (estritamente) voltada para
baixo») num dado intervalo I 1 Df se dados quaisquer três pontos P , Q e R do gráfico, de abcissas em
I tais que xP < xQ < xR , o declive da reta PQ é inferior (respetivamente, superior) ao da reta QR .
4.7 Saber que uma função real de variável real tem a concavidade (estritamente) voltada para cima (respeti- 65 e 66
vamente, para baixo) num dado intervalo I 1 Df se, e somente se, dados quaisquer dois pontos P e Q
do gráfico, de abcissas em I , a parte do gráfico de f de abcissas estritamente situadas entre as abcissas
de P e Q ficar “abaixo” (respetivamente, “acima”) do segmento de reta [PQ] .
4.8 +Reconhecer, dado um número real não nulo a , que o gráfico da função f definida pela expressão f(x) = ax2 68
tem, em ]-3, +3[ , a concavidade voltada para cima, se a > 0 e voltada para baixo, se a < 0 .

XII Metas curriculares © Santillana

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5. 
Estudar funções elementares e operações algébricas sobre funções

5.1 Esboçar o gráfico de funções quadráticas, começando por representá-las por expressões da forma 76
a(x - b)2 + c e identificando os intervalos de monotonia, o extremo absoluto, as eventuais raízes e o
sentido da concavidade dos respetivos gráficos.

5.2 Identificar uma função f: Df " IR para a qual são dados um número natural n > 1 , uma partição 86
A1, A2, …, An, de Df e n expressões fj(x) (1 G j G n) tais que para todo o j e para todo o x ! Aj ,
f(x) = fj(x) como «estando definida por ramos pelas expressões fj(x) , respetivamente, nos conjuntos
Aj(1 G j G n) » .
5.3 Esboçar o gráfico de funções definidas por f(x) = a|x - b| + c (a, b, c ! IR, a ! 0) interpretando 88 e 89
geometricamente os valores a , b e c .

5.4 Justificar que a função f: IR+


0 " IR0 definida por f(x) = x
+ 2
é bijetiva e que para todo o x ! IR+
0, 96
-1
f (x) = x .
3
5.5 Justificar que a função f: IR " IR definida por f(x) = x3 é bijetiva e que para todo o x ! IR, f-1(x) = x. 98
n
5.6 Determinar o domínio e esboçar o gráfico de funções definidas analiticamente por f(x) = a x-b +c 98
(a, b, c, ! IR, n ! {2, 3}, a ! 0) .
5.7 Identificar «função polinomial» como uma função que pode ser definida analiticamente por um polinó- 106
mio com uma só variável.

5.8 Esboçar o gráfico de funções definidas por ramos envolvendo funções polinomiais até ao 3.º grau, módu- 108
los e radicais quadrados e cúbicos.

5.9 Identificar, dadas funções f: Df " IR , g: Dg " IR , um número real a e um número racional r , as 111
funções f + g: Df + Dg " IR («soma de f com g » ) , fg : Df + Dg " IR , («produto de f com g ») ,
f f f
g : D g " IR («quociente de f com g » , onde D g = Df + {x ! Dg: g(x) ! 0}) , («produto de f
 pelo escalar a » ) e f r : D f " IR («potência de expoente r de f » , onde D f é o conjunto dos núme-
r r

ros reais x para os quais está definido f(x)r ) , como as funções com os domínios e conjunto de chegada
indicados, definidas, para cada elemento x do respetivo domínio, respetivamente por (f + g)(x) =
f f (x)
= f(x) + g(x) , (fg)(x) = f(x)g(x) , g (x) = , (af)(x) = af(x) e f r (x) = f(x)r , podendo utilizar-se,
g (x)
 para representar as potências de expoente racional, as notações envolvendo raízes.

6. 
Resolver problemas

6.1 +Resolver equações e inequações envolvendo as funções polinomiais e a composição da função módulo 115
com funções polinomiais.

6.2 +Resolver equações e inequações envolvendo as funções raiz quadrada e raiz cúbica. 104

6.3 +Resolver problemas envolvendo as propriedades geométricas dos gráficos de funções reais de variável real. 115

6.4 +Resolver problemas envolvendo as funções afim, quadrática, raiz quadrada, raiz cúbica, módulo, fun- 115
ções definidas por ramos e a modelação de fenómenos reais.

6.5 +Resolver problemas envolvendo a determinação do domínio de funções obtidas por aplicação de ope- 115
rações algébricas a funções dadas.

VOLUME 3

Estatística EST10
Características amostrais PÁGINAS
DO MANUAL

1. 
Manipular o sinal de somatório

1.1 Designar, dado p ! IN e uma sequência de números reais (x1, x2, …, xp) , a soma x1 + x2 + … + xp 149 e 151
por «somatório de 1 a p dos xi » (ou por «soma dos p termos da sequência», quando esta designação
não for ambígua), representá-la por « / ip= 1 xi » , designar o símbolo « / » por «sinal de somatório» e,
para 1 < m G p , representar também por « / ip= m xi » a soma xm + xm + 1 + … + xp («somatório de
m a p dos xi » ) .

Metas curriculares © Santillana XIII

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Metas curriculares
1.2 Reconhecer, dados p ! IN , m ! IR e uma sequência de números reais (x1, x2, …, xp) , que a igualdade 152
/ ip= 1 (mxi) = m/ ip= 1 xi representa, no formalismo dos somatórios, a propriedade distributiva da multi-
plicação relativamente à adição aplicada ao produto de m pela soma das p parcelas x1 , x2 , …, xp .
1.3 Reconhecer, dados p ! IN , uma sequência de números reais (x1, x2, …, xp) e um número natural n 153
tal que n < p , que a igualdade / ip= 1 xi = / in= 1 xi + / ip= n + 1 xi representa, no formalismo dos soma-
tórios, uma aplicação da propriedade associativa da adição à soma das p parcelas x1 , x2 , …, xp .

1.4 Reconhecer, dado p ! IN e sequências de números reais (xi)1 G i G p e (yi)1 G i G p , que a igualdade 154
/ ip= 1 (xi + yi) = / ip= 1 xi + / ip= 1 yi representa, no formalismo dos somatórios, uma aplicação das pro-
priedades associativa e comutativa da adição à soma das p parcelas x1 + y1 , x2 + y2 , …, xp + yp .

2. 
Utilizar as propriedades da média de uma amostra

2.1 Interpretar uma dada variável estatística quantitativa em determinada população como uma função 155
numérica definida na população, cujo valor em cada unidade estatística é o valor que mede a caracterís-
tica em estudo nesse elemento da população.

2.2 Representar, dada uma variável estatística quantitativa x em determinada população e uma amostra A 156
de dimensão n ! IN dessa população cujos elementos estão numerados de 1 a n , por « xi » o valor
da variável x no elemento de A com o número i , por « +x » a sequência (x1, x2, …, xn) , designá-la
por «amostra da variável estatística x » ou simplesmente por «amostra» e por «valores da amostra» os
valores xi , 1 G i G n , sempre que estes abusos de linguagem não forem ambíguos.

2.3 Representar, dado n ! IN e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) de uma variável estatística, por « x » a 156
/ in= 1 xi
média n , designando-a igualmente por «média da amostra +x » sempre que este abuso de lin-
guagem não for ambíguo.

2.4 Representar, dado n ! IN e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) com m valores (1 G m G n), por « + x» 157
o conjunto dos valores da amostra, por + x1 , +
x2 , …, + xm os elementos de +
x , por « nj » (1 G j G m) o
cardinal do conjunto {i ! {1, …, n}: xi = + xj} , designar nj por «frequência absoluta do valor + xj » ,
/ j=1 +
m
xj nj
 e justificar que / mj = 1 nj = n e que x = n , designando esta última igualdade por «fórmula
da média para dados agrupados».
2.5 Representar, dado n ! IN , uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) e números reais h e a , por « a+x + h » 159
a amostra y = (ax1 + h, ax2 + h, …, axn + h) e justificar que y = ax + h .
+

2.6 Interpretar, dado n ! IN e uma amostra + x = (x1, x2, …, xn) , a média de +x como a abcissa do centro 161
de gravidade de um segmento de reta no qual se colocou, para cada valor x j da amostra, um ponto
material no ponto de abcissa +
xj de massa igual à respetiva frequência absoluta nj .
2.7 Reconhecer que o valor da média de uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) nunca se mantém quando, para 160
um dado i ! {1, …, n} , se altera o valor xi , e referir, por essa razão, que a média é uma característica
amostral «com pouca resistência».

3. 
Definir e conhecer propriedades da variância e do desvio-padrão de uma amostra

3.1 Designar, dado n ! IN , uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) e i ! {1, …, n} , por «desvio de xi em 163 e 164
relação à média» a quantidade xi - x , representá-la por « di » e provar que / in= 1 di = 0 .

3.2 +Representar dado n ! IN e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) , por « SSx » a soma / in= 1 (xi - x)2 dos 164
quadrados dos desvios dos xi em relação à média e reconhecer que SSx = / in= 1 xi2 - nx 2 .
3.3 +Reconhecer, dado n ! IN e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) , que é possível calcular dn em função 166
de d1 , d2 , …, dn-1 mas que dn só fica determinado se for conhecida a totalidade desses n - 1
desvios, e referir, por esta razão, que « SSx tem n - 1 graus de liberdade».

3.4 Justificar, dado n ! IN e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) , que SSx = 0 se, e somente se, x1 = x2 = 166
= … = xn .

3.5 Justificar, dado n ! IN , uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) e números reais h e a , que se y = +x + h 167
+
(respetivamente, y = a+x ) , então, SSy = SSx (respetivamente, SSy = a2SSx ) .
+

3.6 Justificar, dado n ! IN e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) , que SSx = / mj = 1 (x
+ 2 +
j - x) nj , onde x1 , 167
+
x2 , …, + xm representam os m valores da amostra +x e nj a frequência absoluta de + xj .

XIV Metas curriculares © Santillana

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SSx 168
3.7 Designar, dado n ! IN (n > 1) e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) , Sx2 = por «variância da
n-1
SSx
amostra +x » e Sx = por «desvio-padrão da amostra +x » .
n-1
3.8 Justificar, dado n ! IN (n > 1) e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) , que Sx = 0 se, e somente se, 169
x1 = x2 = … = xn .
3.9 Justificar, dados n ! IN (n > 1), uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) e números reais h e a , que se 170
y = +x + h (respetivamente, y = a+x ) , então, Sy = Sx (respetivamente, Sy = |a| Sx ) .
+ +

3.10 Reconhecer, dada uma variável estatística quantitativa x em determinada população, uma amostra A 171 e 172
de dimensão n > 1 dessa população e sendo +x = (x1, x2, …, xn) uma amostra correspondente da variá-
vel estatística x , que para todo o k > 0 a percentagem dos elementos da amostra A nos quais os
valores da variável estatística têm desvios em relação à média superiores a k desvios-padrão é inferior
1
a 2 e interpretar este resultado como tradução quantitativa da afirmação segundo a qual o par (x, Sx)
k
reflete a distribuição dos valores da amostra +x em termos de “localização” e de “dispersão”.
3.11 Reconhecer que para comparar a “dispersão” dos valores dos elementos de duas ou mais amostras em 172-174
torno da média, faz sentido comparar as respetivas variâncias (ou os respetivos desvios-padrão), sempre
que a característica quantitativa em análise seja a mesma nas diversas amostras e que a respetiva medida
esteja calculada na mesma unidade.
3.12 Saber, dada uma população, que existem critérios que conduzem à recolha de amostras cujas médias 172
e desvios-padrão são considerados boas estimativas da média e do desvio-padrão da população.

4. 
Definir e conhecer propriedades do percentil de ordem k

4.1 Designar, dado n ! IN e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) , por «amostra +x ordenada» a sequência 175
(x(1), x(2), …, x(n)) tal que x(1) G x(2) G … G x(n) , com os mesmos valores que a amostra +x , cada um
deles figurando na sequência um número de vezes igual à respetiva frequência absoluta enquanto valor
da amostra +x .
4.2 Designar, dado n ! IN , uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) e um número natural k do intervalo ]0, 100] , 176
por «percentil de ordem k » o valor máximo da amostra, se k = 100 ; a média dos elementos de ordem
kn kn kn
e + 1 na amostra ordenada, se k ! 100 e for inteiro, e nos restantes casos, o ele-
100 100 100
mento de ordem < F + 1 na amostra ordenada, (onde, para x ! IR , « [x] » designa a «parte inteira
kn

100
 de x » , ou seja, o maior número natural inferior ou igual a x ) e representá-lo por « P k » .
4.3 Reconhecer, dado n ! IN e uma amostra +x = (x1, x2, …, xn) , que P50 é igual à mediana de +x e saber 178
que também é usual definir o primeiro e o terceiro quartil de modo a coincidirem, respetivamente, com
P25 e P75 .
4.4 Designar, dados números naturais n e k , k G 100 , uma sequência crescente de números reais 181
(a1, a2, …, am) e um conjunto de dados quantitativos organizados nos intervalos de classe [ai, ai + 1[ ,
que se supõem de igual amplitude h > 0 , por «percentil de ordem k » , o número x tal que
k
 / iL=-11(ai + 1 - ai)ni + (x - aL)nL = / m (a - ai)ni , ou seja, tal que h / iL=-11ni + (x - aL)nL =
100 i = 1 i + 1
khn
 = onde ni é a frequência absoluta do intervalo de classe [ai, ai + 1[ e L é o maior número natu-
100
kn
 ral tal que / iL=-11ni G .
100
5. 
Resolver problemas

5.1 +Resolver problemas envolvendo a média e o desvio-padrão de uma amostra. 182 e 183

5.2 +Resolver problemas envolvendo os percentis de uma amostra. 182 e 183

Certos descritores encontram-se assinalados com o símbolo «+».


• R elativamente aos que correspondem a propriedades que os alunos devem reconhecer, a procedimentos que devem efetuar ou a
problemas que devem resolver, especificaram-se nos Cadernos de Apoio diferentes níveis de desempenho.
• Quanto aos relativos a propriedades que os alunos devem provar, entende-se que, embora todos devam conhecer o resultado em
causa e saber aplicá-lo, a elaboração da respetiva demonstração é facultativa, não sendo portanto exigível aos alunos.
Por outro lado, certos grupos de descritores de um mesmo objetivo geral, relativos a conjuntos de demonstrações muito semelhantes
entre si, encontram-se assinalados com o símbolo «#», ficando ao critério do professor quais devem ser tratadas como exemplo.

Metas curriculares © Santillana XV

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O Projeto Dimensões de Matemática A destinado ao 10.o ano de escolaridade,
do Ensino Secundário, é uma obra coletiva, concebida e criada pelo
Departamento de Investigações e Edições Educativas da Santillana, sob
a direção de Sílvia Vasconcelos.

EQUIPA TÉCNICA
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Ilustrações: Ana Mesquita e Jorge Macedo@In Folio Design
Paginação: Célia Neves
Documentalistas: Paulo Ferreira
Revisão: Ana Abranches, Ana Rita Silva, António Brás e Catarina Perreira

EDITORAS
Alexandra Isaías
Dúnia Pontes

CONSULTORES CIENTÍFICOS
Pedro J. Freitas — Professor Auxiliar do Departamento de Matemática
da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Doutorado em Matemática
pela Universidade de Illinois. Para além de trabalho de regência de cadeiras
e investigação em Matemática, fundamentalmente em áreas de álgebra,
dedica-se também a assuntos de divulgação e ensino.
Hugo Tavares — Investigador Auxiliar no CAMGSD, Instituto Superior
Técnico. Doutorado em Matemática pela Universidade de Lisboa, com título
de doutoramento europeu após estágio na Universidade de Milão-Bicocca.
Lecionou várias unidades curriculares a diversos ciclos de ensino na Faculdade
de Ciências da Universidade de Lisboa, na Faculdade de Ciências e Tecnologia
da Universidade Nova de Lisboa e no Politécnico de Milão. Recebeu em 2007
o prémio Gulbenkian «Estímulo à Investigação».

© 2015

Rua Mário Castelhano, 40 – Queluz de Baixo


2734-502 Barcarena, Portugal

APOIO AO PROFESSOR
Tel.: 214 246 901
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APOIO AO LIVREIRO
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Internet: www.santillana.pt

Impressão e Acabamento: Lidergraf

ISBN: 978-989-708-727-1
C. Produto: 530 110 206

1.a Edição
1.a Tiragem

Depósito Legal: 387063/15

A cópia ilegal viola os direitos dos autores.


Os prejudicados somos todos nós.

XVI

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DIMENSÕES
Matemática A 10.o ano de escolaridade
VOLUME 1

10

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Organização do manual
O manual de Matemática do 10.º ano, Dimensões, encontra-se organizado
em cinco domínios, distribuídos por três volumes, onde são trabalhados os conteúdos
programáticos da disciplina.

Entrada de domínio
Breve índice das
unidades que constituem
cada domínio e referência
às metas que o aluno
deverá atingir.

Páginas de conteúdos
A apresentação clara e objetiva dos conteúdos,
em cada unidade, é apoiada por:
• Tarefas para introduzir conteúdos e para
desenvolver em aula.
• Exercícios resolvidos e exemplos que facilitam
a compreensão.
• Conceitos fundamentais destacados.
• Recorda: secção onde se apresentam, em articulação
com os novos conteúdos, conceitos aprendidos
anteriormente.
• Notas matemáticas e notas históricas para contextualização.

Avaliar conhecimentos
•A  o longo de cada unidade,
exercícios para aplicação
imediata dos conteúdos
novos.
• No final de cada unidade,
exercícios que relacionam
diferentes conteúdos,
para revisão e consolidação,
dividindo-se em dois tipos:
escolha múltipla e resposta
aberta.

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Essencial
Resumo esquemático,
que sistematiza e relaciona
os conceitos abordados
ao longo das unidades que
constituem cada domínio.

Avaliação global de conhecimentos Preparação para o teste


Atividades globais que permitem consolidar Páginas com uma estrutura semelhante a um teste,
os conhecimentos adquiridos ao longo do domínio. com exercícios que relacionam todos os conceitos
estudados e que permitem ao aluno a preparação
para os diferentes momentos de avaliação e a tomada
de consciência da sua progressão na aprendizagem.

Matemática
no mundo real
Apresentação de exemplos
de aplicabilidade dos temas
estudados no dia a dia e em
diferentes áreas científicas.

As soluções são apresentadas no final de cada volume.


Apesar de alguns exercícios apresentarem espaços assinalados com ? , todos os exercícios devem ser resolvidos
no caderno diário.

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Índice

Domínio 1
LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS  p. 6

UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE p. 8


1.1 Designações e proposições p. 8
1.2 Valor lógico de uma proposição. Princípio de não contradição p. 9
1.3 Operações lógicas com proposições p. 10
Equivalência p. 10
Negação p. 12
Conjunção p. 14
Disjunção p. 15
Implicação p. 17
1.4 Prioridades das operações lógicas p. 18
1.5 Operações lógicas e circuitos elétricos p. 20
1.6 Propriedades da conjunção e da disjunção p. 22
1.7 Primeiras leis de De Morgan p. 25
1.8 Propriedades da implicação p. 27
Relação da implicação com a negação e a disjunção p. 28
Negação da implicação p. 28
Implicação contrarrecíproca p. 29
1.9 Resolução de problemas envolvendo operações lógicas sobre proposições p. 29
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 34

UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS p. 39


2.1 Expressões proposicionais ou condições p. 39
Classificação de condições p. 41
2.2 Quantificador universal e quantificador existencial p. 43
Quantificador universal p. 43
Quantificador existencial p. 44
2.3 Segundas leis de De Morgan p. 48
Contraexemplos p. 50
2.4 Conjunto definido por uma condição p. 51
Conjunto solução de uma condição p. 53
Igualdade entre conjuntos p. 54
2.5 União, interseção e diferença de conjuntos e conjunto complementar p. 54
União (ou reunião) de conjuntos p. 54
Interseção de conjuntos p. 55
Professor Relação de inclusão de conjuntos p. 56
LIVROMÉDIA Diferença de conjuntos e conjunto complementar p. 57
2.6 
Relação entre operações lógicas sobre condições e operações
Programa e Metas
Curriculares
sobre os conjuntos que as definem p. 58
Matemática A 2.7 Demonstrações por dupla implicação e princípio da dupla inclusão p. 60
Ensino Secundário Princípio da dupla inclusão p. 60
2.8 Demonstração por contrarrecíproco. Negação de uma implicação universal p. 62
Planificação anual Demonstração por contrarrecíproco p. 62
e planos de aula
2.9 
Resolução de problemas envolvendo operações sobre condições
e sobre conjuntos p. 65
Solucionário
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 68
Internet ESSENCIAL p. 72
GeoGebra AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS p. 76
GeoGebra online PREPARAÇÃO PARA O TESTE 1 p. 82
Wolframalpha
MATEMÁTICA NO MUNDO REAL p. 84

565065 001-005.indd 4 20/04/15 12:12


Domínio 2
ÁLGEBRA  p. 86

UNIDADE 3
RADICAIS p. 88
3.1 Monotonia da potenciação p. 88
Potências de expoente inteiro p. 88
3.2 Raízes de índice n ! IN p. 90
3.3 Propriedades dos radicais p. 92
Produto de raízes com o mesmo índice p. 92
Simplificação de radicais p. 92
Potências de raízes p. 93
Quociente de raízes com o mesmo índice p. 94
Composição de raízes p. 94
3.4 Racionalização de denominadores p. 95
3.5 Resolução de problemas envolvendo radicais p. 97

UNIDADE 4 POTÊNCIAS DE EXPOENTE RACIONAL p. 98


4.1 
Definição e propriedades algébricas das potências de base positiva
e expoente racional p. 98
Potências de base positiva e expoente racional p. 99
4.2 Resolução de problemas envolvendo operações com radicais e com potências p. 101
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 103
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 2 p. 106

UNIDADE 5 POLINÓMIOS p. 108


5.1 Adição, subtração e multiplicação de polinómios p. 108
Soma algébrica de polinómios p. 109
Multiplicação de polinómios p. 109
5.2 Divisão inteira de polinómios p. 111
Regra de Ruffini p. 114
 Aplicação da regra de Ruffini no caso em que o divisor
é da forma ax - b, a ! 0 p. 117
5.3 Divisibilidade de polinómios. Teorema do resto p. 118
5.4 Zeros e fatorização de polinómios p. 119
5.5 Multiplicidade da raiz de um polinómio e respetivas propriedades p. 122
Raízes inteiras de um polinómio p. 124
5.6 
Resolução de problemas envolvendo a determinação do sinal
e dos zeros de polinómios p. 126
Estudo do sinal de polinómios p. 126
5.7 Inequações de grau superior ao primeiro p. 128
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 129
ESSENCIAL p. 134
AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS p. 136
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 3 p. 142
MATEMÁTICA NO MUNDO REAL p. 144

SOLUÇÕES p. 148
BIBLIOGRAFIA p. 168

565065 001-005.indd 5 20/04/15 12:13


U1P6H1

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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

Domínio 1
LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE p. 8

UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS p. 39

Professor
LIVROMÉDIA
AS SUAS METAS
• Operar com proposições. Planos
de aula
• Relacionar condições e conjuntos. 1 a 20
• Resolver problemas envolvendo operações lógicas sobre proposições.
Fichas de
• Resolver problemas envolvendo operações sobre condições e sobre conjuntos. diagnóstico 1 e 2

565065 006-038 U1.indd 7 19/03/15 15:48


1
UNIDADE INTRODUÇÃO À LÓGICA
BIVALENTE

Na atividade matemática, é essencial clarificar conceitos (apresentar


definições) e justificar raciocínios, apresentando argumentos válidos
(exibir demonstrações) e utilizando uma linguagem precisa e rigorosa.
Para esse efeito, utiliza-se uma linguagem universal, constituída por
noções, símbolos e regras, que se designa por lógica matemática.
NOTAS
• Termo: palavra para a qual se
1.1 Designações e proposições
convencionou um significado
único e específico num domínio
Em matemática, como em qualquer outra ciência, utiliza-se a lingua-
especializado (científico, artístico,
técnico ou tecnológico). gem corrente para apresentar resultados, definições, propriedades, etc.
Por exemplo, quando se escreve «Dez é múltiplo de cinco», está a
• Numa escrita rigorosa usam-se
aspas para nomear designações utilizar-se a língua portuguesa para expressar uma propriedade do
ou proposições. número dez.
No entanto, sempre que não haja
perigo de confusão, o seu uso A linguagem utilizada em matemática, tal como qualquer outra lingua-
será omitido. gem, compreende designações (também chamados termos) e propo-
sições.
Professor
Programa de Matemática A As designações servem para indicar determinados objetos, matemáti-
O domínio Lógica e Teoria dos Conjuntos (LTC) pode cos ou não; por exemplo: números, funções, pontos, cidades, figuras
ser considerado central neste ciclo de estudos, uma
vez que reúne temas fundamentais e transversais geométricas, entre outros. As proposições exprimem afirmações, que
a todo o Ensino Secundário. Começa-se por podem ser verdadeiras ou falsas.
introduzir algumas operações sobre proposições,
de forma intuitiva, e no contexto de uma lógica
bivalente, em que valem os princípios de não
contradição e do terceiro excluído. Designação ou termo
Denomina-se designação ou termo uma expressão cujo papel
LIVROMÉDIA
é nomear ou designar alguma coisa.
PowerPoint
A lógica na Filosofia

EXEMPLO 1
Atividades da Unidade 1
Algumas expressões que surgem em contextos matemáticos e são
termos:
AVALIAR CONHECIMENTOS 1. 5 4. Número primo par
1 2. r 5. Número real negativo cujo quadrado é 9
Indique designações 3. 2
sinónimas para os seguintes
entes:
Observe-se que o terceiro e o quarto termos, apresentados no exemplo 1,
a) Lisboa
designam o mesmo objeto matemático.
9
b) -
12 Quando duas designações, a e b , se referem ao mesmo objeto, ou ente,
c) ]-2g
3
dizem-se sinónimas, escrevendo-se a = b . Caso contrário, a ! b .

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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

EXEMPLO 2 Professor
1 5 13 Metas curriculares
Escreve-se - 3 # =- para indicar que as expressões
2 4 4 LTC10
1 5 13 Descritor 1.1
- 3 # e - representam o mesmo número.
2 4 4

Proposição
Expressão que traduz uma afirmação que pode ser classificada
como verdadeira ou falsa.

Neste manual utilizam-se, como é usual em lógica, letras minúsculas


do alfabeto latino para designar proposições.

EXEMPLO 3
As afirmações
• p : 4 + 6 = 10
• q : 17 2 4
• r : Dois é o único primo par
AVALIAR CONHECIMENTOS
são proposições verdadeiras.
As proposições: 2
Considere as seguintes
• s : ]4 + 3g2 = 16 + 9
expressões:
• t : O Brasil é um país europeu
A. 7-3◊5
são falsas. B. Lua
C. ]3 - 4g3 = 1
D. ]3 - 4g3
1.2 
Valor lógico de uma proposição. Princípio de não E. A Lua é uma estrela.
contradição F. 7 - 3 ◊ 5 = -8
2.1 Relativamente
Valor lógico de uma proposição às expressões dadas,
Diz-se que o valor lógico de uma proposição é verdade ]V ou 1g identifique as
ou falsidade ]F ou 0g conforme a proposição é verdadeira ou designações e as
falsa, respetivamente. proposições.
2.2 Indique o valor lógico
das proposições.
Neste sentido, no exemplo 3, as proposições p , q e r têm valor
lógico V , e as proposições s e t têm valor lógico F . 3
Indique o valor lógico das
Designa-se por L o universo !V, F+ ]ou !0, 1+g dos valores lógicos. seguintes proposições:
Esta lógica designa-se por lógica bivalente, uma vez que considera a) Paris é a capital de França.
somente dois valores lógicos. b) 16 =- 4
4 12
No entanto, na linguagem utilizada no dia a dia surgem frequente- c) !
12 27
mente afirmações que, por incompletude, ambiguidade ou indefinição d) O número 17 é primo.
de termos, podem ser classificadas simultaneamente como verdadeiras e) -1 < -7
e falsas, parcialmente verdadeiras, ou de veracidade duvidosa, e que,
f) O número 125 é um
por conseguinte, não são proposições.
quadrado perfeito.

565065 006-038 U1.indd 9 19/03/15 15:48


Professor EXEMPLO 4
Metas curriculares A afirmação «A equação n + 3 = 2 é impossível», por não indi-
LTC10 car qual é o conjunto em que se está a trabalhar, não pode ser
Descritor 1.2
classificada como verdadeira ou falsa.
Tarefa 1
Assim, no contexto da lógica bivalente, esta frase não pode ser
Relativamente às afirmações
apresentadas, os alunos devem classificada como proposição.
entender que não é possível atribuir-lhes
um valor lógico.
Sem saber o valor de x e sem TAREFA 1
conhecer o quadrilátero e o triângulo,
não é possível saber se as afirmações Apresente razões para não serem consideradas proposições as afir-
são verdadeiras ou falsas. mações que se seguem:
• x+3=4
• O quadrilátero é grande.
• O triângulo é bonito.

AVALIAR CONHECIMENTOS Para poder classificar as proposições como verdadeiras ou falsas,


4 a lógica bivalente adota dois princípios fundamentais:
Considere as seguintes
Princípio de não contradição
expressões:
Uma proposição não pode ser simultaneamente verdadeira
A. 32 - 4
e falsa.
B. 5 é um número primo.
Princípio do terceiro excluído
- 2 #c- m=
1 1 1
C. Uma proposição ou tem valor lógico verdade ou tem valor
3 12 2
lógico falsidade, não podendo assumir outro valor.
D. 2-2 # 10 2
Justifique que:
Pelos dois princípios anteriores, temos que:
a) A e D designam o mesmo
número;
Uma proposição tem um, e um só, dos valores lógicos.
b) B e C são proposições
equivalentes.

5 1.3 Operações lógicas com proposições


Sejam p , q , r , s , t e u
as seguintes proposições: Equivalência
p : A soma das amplitudes
Duas proposições p e q dizem-se equivalentes se têm o mesmo valor
dos ângulos internos de um
lógico, ou seja, se são ambas verdadeiras ou ambas falsas.
triângulo é 180º
q : 4 é número primo
r : 4 - 7 = 7 - 4 EXEMPLO 5
s : 2 é um número racional São equivalentes as proposições
t : r > 3,14
u : 5 ! A 24 , 26 7
4 + 6 = 10 e «Dois é o único primo par»
porque ambas têm valor lógico V , e as proposições
5.1 Indique, justificando,
-2 ! IN e 7 < 2
as proposições
por terem ambas valor lógico F .
equivalentes.
5.2 Modifique as
proposições falsas, de Repare-se que, escrevendo a expressão «é equivalente a» entre
modo que passem a ter as proposições 4 + 6 = 10 e «Dois é o único primo par», ou seja,
o valor lógico verdade. 4 + 6 = 10 é equivalente a «Dois é o único primo par», se obtém

10

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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

uma nova proposição de valor lógico V , porque ambas têm o mesmo


valor lógico (V ).

Quando se constrói uma proposição a partir de duas outras proposi-


ções, diz-se que se está a efetuar uma operação binária com propo-
sições, ou seja, uma operação que transforma um par de proposições
numa nova proposição.

A equivalência entre proposições é uma das operações lógicas que


serão objeto de estudo neste capítulo.

Professor
Equivalência de proposições
Metas curriculares
Dadas duas proposições p e q , p + q é uma nova proposição, LTC10
designada por equivalência entre p e q , que é verdadeira se, Descritor 1.3

e apenas se, p e q tiverem o mesmo valor lógico.

EXEMPLO 6
A proposição
«Lisboa é a capital de Portugal» + «O Porto é uma cidade portuguesa»
tem valor lógico verdade, uma vez que as proposições «Lisboa é a
capital de Portugal» e «O Porto é uma cidade portuguesa» têm
ambas valor lógico verdade.
Também a proposição
6 = 3 + 22 + 2 = 5
tem valor lógico verdade, porque ambas as proposições são falsas.
Já a proposição
«Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil» + «Guimarães é uma vila»
tem valor lógico falsidade, dado que as proposições «Pedro Álva-
res Cabral descobriu o Brasil» e «Guimarães é uma vila» têm
AVALIAR CONHECIMENTOS
valores lógicos diferentes.
6
Considere as seguintes
Com a definição de equivalência como operação lógica, é sempre pos- proposições:
sível determinar o valor lógico do resultado, conhecendo o valor p : Fumar prejudica a saúde
lógico dos operandos. Assim, é possível construir uma tabela de dupla
entrada na qual se pode ler o valor lógico do resultado de aplicar a q : 5 # 7 = 5 # 7
equivalência a um par de proposições em que o primeiro elemento r : Braga é uma cidade
tem o valor lógico indicado na linha e o segundo o valor lógico indi- minhota
cado na coluna. s : Évora é uma cidade
algarvia
1
p+q t : ! Z
2
p q V F u : Paula Rego é uma
pintora espanhola
V V F
Indique o valor lógico de:
F F V
a) q + r
b) p + s
c) t + u

11

565065 006-038 U1.indd 11 19/03/15 15:48


Professor TAREFA 2
Metas curriculares Considere as proposições:
LTC10 p : Um quadrado é um paralelogramo
Descritor 1.4
q : 21 é múltiplo de 3
Tarefa 2
Proposição verdadeira: r : r = 3,14
p+q.
Proposição falsa:
Utilizando as proposições anteriores e o símbolo + , construa
p + r ou q + r . duas proposições: uma verdadeira e uma falsa.

Operar com proposições é um ato natural, por vezes inconsciente, do


pensamento humano.

Negação

Para se negar a veracidade de uma proposição, em linguagem comum,


nos casos mais simples, utiliza-se o advérbio «não», antecedendo o
verbo, ou escrevendo «Não é verdade que» antes da frase.

EXEMPLO 7
A proposição
Paris não é uma cidade portuguesa
a qual tem valor lógico verdade, resulta de se acrescentar o advér-
bio «não» à proposição «Paris é uma cidade portuguesa», que tem
valor lógico falsidade.

Negação
Dada uma proposição p , a sua negação, não p , designa-se por
negação de p e representa-se por + p . É uma nova proposição,
que tem valor lógico falsidade se p tiver valor lógico verdade,
e valor lógico verdade se p tiver valor lógico falsidade.

O sinal operatório «+» deve ler-se «não é verdade que».

EXEMPLO 8
AVALIAR CONHECIMENTOS Para negar a proposição r > 2 , escrevemos + ]r > 2g , ou seja,
7
«não é verdade que r é maior do que 2 » , ou, simplesmente,
Escreva a negação de cada « r não é maior do que 2 » .
uma das proposições:
a) O comboio é um meio De acordo com a definição de negação de uma proposição, tem-se:
de transporte.
b) Todos os múltiplos de 4 p +p
são pares. V F
c) A Terra é um cometa.
F V
d) 2 + 2 = 2 ◊ 2
e) 0 ! IN

12

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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

Observe-se agora que negar que uma proposição não é verdadeira Professor
(falsa) é equivalente a dizer que a mesma é verdadeira (falsa), ou seja, Metas curriculares
a dupla negação de uma proposição é equivalente à mesma. LTC10
Descritor 1.5

EXEMPLO 9
Afirmar que
Não é verdade que 2 não é um número primo
é equivalente à afirmação
2 é um número primo
Considerando p : 2 é um número primo, tem-se, então,
+]+ pg + p
NOTA
Por vezes, utiliza-se a simbologia
Na tabela ao lado, designada por p +p +]+pg de lógica no meio de linguagem
tabela de verdade, observa-se que V F V
comum para abreviar a escrita.
para qualquer proposição p , p e Convenciona-se que a afirmação
F V F de que determinada equivalência
+]+pg têm o mesmo valor lógico. é verdadeira pode ser expressa
escrevendo muito simplesmente
Isto demonstra a seguinte propriedade da negação: essa equivalência. Desta forma, é
comum, dadas duas proposições
Lei da dupla negação p e q , escrever simplesmente
p + q para significar que a
Dada uma proposição p , tem-se +]+ pg + p .
«proposição p + q é verdadeira».

EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
Considere as proposições:
p : Luís de Camões escreveu Os Lusíadas
q : 1 + 2 = 3
t : Existem triângulos com dois ângulos retos
Escreva em linguagem corrente e indique o valor lógico das
seguintes proposições:
+p , +q , +t e +]+tg .
RESOLUÇÃO:
+p : Não é verdade que Luís de Camões escreveu Os Lusíadas;
ou, de forma mais simples, Luís de Camões não escreveu AVALIAR CONHECIMENTOS
Os Lusíadas.
8
Obviamente, esta proposição tem valor lógico F. Escreva a negação de cada
+q : Não é verdade que 1 + 2 = 3 ; ou 1 + 2 ! 3 uma das proposições
+q tem valor lógico F . seguintes e indique o valor
+t : Não é verdade que existam triângulos com dois ângulos lógico da negação.
retos; ou não existem triângulos com dois ângulos retos. a) IN 1 Z
+t tem valor lógico V . b) 2 ! 1,4
+(+ t) : Não é verdade que não existem triângulos com dois c) -2 ! A-3 , -3 7
ângulos retos; ou, simplesmente, existem triângulos com dois d) Todos os números primos
ângulos retos. são ímpares.
+]+tg tem valor lógico F . e) O Sol não é uma estrela.

13

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Professor Conjunção
Metas curriculares
LTC10 Considere-se a proposição:
Descritor 1.6 A Mafalda tem vestido vermelho e sapatos pretos
Esta proposição resulta

1964, Joaquín S. Lavado (Quino)/Caminito S. a. s


da ligação das proposições
«A Mafalda tem vestido ver-
melho» e «A Mafalda tem
sapatos pretos» pela palavra
«e» (conetivo de conjunção).

De acordo com a figura ao


lado, ambas as proposições
são verdadeiras, pelo que a
proposição resultante tam-
bém o é.

Note-se que, por exemplo, bastaria a Mafalda ter vestido azul para que
a proposição resultante fosse falsa.

Conjunção
Dadas duas proposições p e q , p e q é uma proposição, desig-
nada por conjunção de p e q , que é verdadeira se, e somente se,
p e q forem simultaneamente verdadeiras.
A conjunção de p e q representa-se por p / q .

EXEMPLO 10
A proposição
3 e 33 são números primos
é falsa, pois é a conjunção das proposições « 3 é um número
primo» e « 33 é um número primo», que têm valores lógicos V e
F , respetivamente.
A proposição
Nem 2 + 3 nem 3 + 2 são iguais a 5
é a conjunção de duas proposições falsas « 2 + 3 não é igual a 5 »
e « 3 + 2 não é igual a 5 » sendo, assim, uma proposição falsa.

Apresenta-se a seguir, em tabela, os resultados possíveis da conjunção


de duas proposições, p e q , quaisquer.

p/q
p q V F
V V F
F F F

14

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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 Professor


Metas curriculares
Na figura seguinte, estão representados o retângulo [ABCD] e
LTC10
o triângulo [PQR] . Descritor 1.7
Sabe-se que AB = BC = CD = AD = PQ = PR = QR .
Sejam a , b e c as proposições seguintes D
R
a : O retângulo [ABCD] é um quadrado A
b : O ângulo ABC não é reto C

c : O triângulo [PQR] é equilátero P Q


B
d : Os ângulos internos do triângulo [PQR] têm amplitude 60º
2.1 Traduza
as proposições seguintes em linguagem corrente:
c) a / ]+bg   a / ]+cg
d)u1p14h1 u1p14h2
AVALIAR CONHECIMENTOS
a) +a  b) c / d  
2.2 Indique, justificando, o valor lógico das proposições da alí- 9

nea anterior. Considere as proposições p ,


q , r e s .
RESOLUÇÃO:
p : 6 é múltiplo de 2
2.1 a) O retângulo [ABCD] não é um quadrado. q : 6 não é múltiplo de 3
b) O triângulo [PQR] é equilátero e a amplitude dos seus r : 10 é múltiplo de 2
ângulos internos é 60º . s : 10 é múltiplo de 3
c) O retângulo [ABCD] é um quadrado e o ângulo ABC é reto. Utilize as letras p , q ,
9.1 
d) O retângulo [ABCD] é um quadrado e o triângulo [PQR] r e s para escrever
simbolicamente as
não é equilátero.
seguintes proposições:
2.2 +a tem valor lógico F , pois a é uma proposição verdadeira.
a) 6 é múltiplo de 2
c / d tem valor lógico V , porque, como c e d são ver- e de 3 .
dadeiras, a sua conjunção é verdadeira. b) 6 é múltiplo de 3 ,
a / ]+bg tem valor lógico V , pois a é verdadeira e b é e 10 não é múltiplo
falsa, então, a e +b são ambas verdadeiras e a sua con- de 2 .
junção é verdadeira. c) 6 é múltiplo de 2
a / ]+cg tem valor lógico F , pois a e c são verdadei- e de 3 , e 10 é
ras e, então, a é verdadeira e +c é falsa; por isso, a sua múltiplo de 2 e não
conjunção é falsa. é múltiplo de 3 .
Indique o valor lógico
9.2 
das seguintes
Disjunção proposições:
a) p / q
A disjunção é uma operação lógica entre proposições que está asso-
b) ]+pg / ]+rg
ciada à palavra «ou» (conetivo disjuntivo), que indica alternativa ou
opcionalidade. c) ]p / sg / ]+qg

EXEMPLO 11 C

Relativamente ao triângulo representado, considere-se a pro- 45º

posição «O triângulo é retângulo ou equilátero». Esta propo- 45º B


sição resulta de ligar as proposições «O triângulo é retân-
gulo» e «O triângulo é equilátero» pelo conetivo «ou», e é A

verdadeira porque uma das proposições alternativas é verdadeira.


A proposição «O triângulo é obtusângulo ou escaleno» é falsa, uma
vez que nenhuma das alternativas é verdadeira.
u1p15h1 15

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Professor Disjunção
Metas curriculares
Dadas duas proposições p e q , p ou q é uma proposição,
LTC10
Descritor 1.7 designada por disjunção de p e q , que é falsa se, e somente
se, p e q forem simultaneamente falsas.
A disjunção de p e q representa-se por p 0 q .

EXEMPLO 12
De acordo com a definição de disjunção, a proposição r > 3 0 r < 3
é uma proposição verdadeira, pois r > 3 é verdadeira.
Já a proposição 1 > 2 0 2 > 2 é falsa, uma vez que são falsas as
proposições 1 > 2 e 2 > 2 .

De acordo com a definição de disjunção, tem-se:

p0q
p q V F
V V V
F V F
AVALIAR CONHECIMENTOS

10 Definidas as operações conjunção e disjunção, os princípios de não


Considere as proposições: contradição e do terceiro excluído podem ser enunciados do modo que
a : O Vasco é engenheiro se segue:
b : A Joana é economista
Princípio de não contradição
c : O Pedro não é médico
d : A Joana é enfermeira Dada uma proposição p qualquer, a conjunção das proposições p
e +p é sempre falsa, ou seja, o valor lógico de p / ]+pg é F .
Traduza, em linguagem
corrente, as proposições Princípio do terceiro excluído
seguintes: Dada uma proposição p qualquer, a disjunção das proposições
a) +a p e +p é sempre verdadeira, ou seja, o valor lógico de p 0 ]+pg
b) b / ]+cg é V .
c) b 0 d
d) ]+ag 0 ]+cg
EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
11 Indique os valores lógicos de p e q para os quais a equivalência
Sejam p e q duas ]p / qg + ]p 0 qg tem valor lógico V .
proposições, tais que p / q RESOLUÇÃO:
tem valor lógico V .
Duas proposições são equivalentes se têm o mesmo valor lógico.
Indique o valor lógico das Assim, a equivalência ]p / qg + ]p 0 qg é verdadeira se as
seguintes proposições: proposições p / q e p 0 q forem, simultaneamente, verda-
a) p deiras ou falsas.
b) p + q Recordando as tabelas de verdade da conjunção e da disjunção, vê-se
c) p 0 q que tal só acontece se os valores lógicos de p e q forem iguais.
d) ]+pg 0 q V / V + V e V 0 V + V ou F / F + F e F 0 F + F
e) ]+pg 0 ]+qg Portanto, p e q têm valor lógico V ou p e q têm valor lógico F .

16

565065 006-038 U1.indd 16 19/03/15 15:48


UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

Implicação Professor
Metas curriculares
Considere-se o seguinte exemplo: LTC10
Descritor 1.8

EXEMPLO 13
A afirmação:
Se amanhã o João acordar antes das 8 h, vai correr 10 km
é constituída pelas proposições, de valor lógico ainda desconhecido,
p : Amanhã, o João acorda antes das 8 h (antecedente)
e
q : Amanhã, o João vai correr 10 km (consequente)
Repare-se que:
Se amanhã o João acordar antes das 8 h e for correr, não contraria
a afirmação.
Por outro lado, se o João acordar depois das 8 h, indo ou não correr,
também não contraria a afirmação.
A afirmação apenas é contrariada se o João acordar antes das 8 h e
não for correr os dez quilómetros.
A afirmação inicial pode ser traduzida por «se p , então, q », ou « p
implica q ». Conhecidos os valores lógicos do antecedente e do con-
sequente, é possível determinar o valor lógico da afirmação inicial.

Implicação
Dadas duas proposições p e q , p implica q é uma proposi- AVALIAR CONHECIMENTOS
ção, designada por implicação entre p e q , que é falsa se, e
12
somente se, p for verdadeira e q for falsa.
Considere as proposições:
A implicação entre p e q representa-se por p & q , em que
p é denominado antecedente e q , consequente. a : O dia está chuvoso
b : O dia está soalheiro
Traduza para linguagem
corrente as seguintes
p&q proposições:
a) a & ]+bg
p q V F
V V F b) b & ]+ag

F V V 13
Suponha que a proposição
p & q é falsa.
Note-se que a definição de implicação entre proposições permite Indique o valor lógico das
construir proposições verdadeiras que não correspondem ao conceito seguintes proposições:
usual de implicação, isto é, na situação em que as proposições estão,
a) p / q
de facto, relacionadas.
b) p 0 q
c) q & p
EXEMPLO 14 d) p + q
e) ]+pg 0 ]+qg
A proposição «Se o número 5 é primo, então, Paris é a capital de
França» é verdadeira, uma vez que tanto o antecedente como o
f) ]+qg & ]+pg
consequente são verdadeiros.
17

565065 006-038 U1.indd 17 19/03/15 15:48


Professor Em geral, a implicação é mais interessante quando se aplica a propo-
Metas curriculares sições cujo valor lógico não é ainda conhecido e, nestes casos, corres-
LTC10 ponde exatamente ao conceito usual de implicação.
Descritor 1.9

EXEMPLO 15
A proposição
«Se 43 + 83 é um múltiplo de 9 , então, 43 + 83 é um múltiplo de 3 »
é, evidentemente, verdadeira, pois qualquer múltiplo de 9 é tam-
bém múltiplo de 3 .
Isto é, é impossível que 43 + 83 seja múltiplo de 9 sem que seja
múltiplo de 3 .
Sabe-se o valor lógico da implicação, sem se averiguar a veraci-
dade das proposições que a constituem.
AVALIAR CONHECIMENTOS Efetuando cálculos, verifica-se que o antecedente é verdadeiro,
14 concluindo-se assim, sem necessidade de mais cálculos, que o con-
Sabendo que as proposições sequente também o é.
a / b e a & ]+cg
são verdadeiras, indique, De uma forma geral, quando, dadas duas proposições p e q , se se con-
justificando, o valor lógico segue averiguar, por um lado, que p & q é verdadeira e, por outro, que
de a , b e c .
p também é verdadeira, conclui-se imediatamente que q é verdadeira.
15 A este tipo de raciocínio chama-se dedução lógica ou raciocínio
Considere as proposições: dedutivo.
p : A Maria estudou
matemática 1.4 Prioridades das operações lógicas
q : A Maria teve negativa
no teste de matemática Quando se efetua mais do que uma operação com proposições, a
Supondo que p é verdadeira ordem pela qual estas se realizam pode ser determinante no significado
e q é falsa, traduza cada uma e no valor lógico da proposição resultante.
das proposições seguintes A utilização de parênteses, tal como no cálculo algébrico, é uma das
em linguagem simbólica formas de estabelecer a prioridade das operações a efetuar.
e indique o seu valor lógico.
a) A Maria estudou
matemática e teve EXEMPLO 16
negativa no teste Dadas as proposições:
de matemática. p : |5 - 3| = -2
b) A Maria não estudou q : 3 é divisor de 6
matemática ou teve r : m.d.c. ]6, 9g = 3
positiva no teste
de matemática. as proposições ]p / qg 0 r e p / ]q 0 rg têm valor lógico
diferente, sendo a primeira verdadeira e a segunda, falsa.
c) Se a Maria estudou
matemática, então, teve
positiva no teste Para omitir alguns parênteses e simplicar a escrita, adotam-se, por con-
de matemática. venção, prioridades de umas operações sobre outras.
d) Se a Maria teve negativa Assim, na ausência de parênteses, tem-se:
no teste de matemática, 1.º A primeira operação a efetuar é a negação;
então, não estudou 2.º Em seguida, a conjunção e a disjunção;
matemática. 3.º Por último, a equivalência e a implicação.

18

565065 006-038 U1.indd 18 19/03/15 15:48


UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

Deste modo, escreve-se, por exemplo:


+p 0 q em vez de ]+pg 0 q
p + q / r em vez de p + (q / rg

EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Considere as proposições: Hello!
p : A Alice sabe falar inglês Ciao!

q : A Alice sabe falar francês Salut!


r : A Alice sabe falar italiano
4.1 Traduza as proposições ¡Hola!
seguintes em linguagem
simbólica utilizando as
letras p , q e r .
a) A Alice sabe falar inglês
e francês.
b) A Alice não sabe falar inglês ou não sabe falar italiano.
c) Se a Alice sabe falar inglês, então, sabe falar francês. AVALIAR CONHECIMENTOS

d) Se a Alice sabe falar inglês mas não sabe falar italiano, 16
então, não sabe falar francês. Sendo p uma proposição
4.2 Admitindo que p é falsa, indique, justificando, o valor qualquer, refira o valor
lógico de:
lógico de cada uma das proposições anteriores.
que ]p & +qg 0 ]p / rg é falsa, diga quais
a) p 0 +p
4.3 Admitindo
b) p / +p
das três línguas sabe falar a Alice.
c) p & p
RESOLUÇÃO:
d) p + p
4.1 a) p/q
b) +p 0 +r 17

c) p&q Admitindo que a proposição


]p / qg / ]p & +rg
d) p / +r & +q
é verdadeira, determine o
4.2 Se p é falsa, então, p / q é falsa (a conjunção só é verda-
valor lógico das proposições
deira se ambas forem verdadeiras); +p 0 +r é verda-
p , q e r .
deira (a disjunção só é falsa, se ambas forem falsas e +p
é verdadeira), p & q é verdadeira (a implicação só é falsa 18
se o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso); e Sejam p , q e r as
p / +r & +q é verdadeira ]p / +r é falsa e, então, proposições seguintes:
a implicação é verdadeirag. p : 8 é um número natural
4.3 Se ]p & +qg 0 ]p / rg é falsa, tem-se que p & +q e q : 0,5 é um número real
p / r são falsas. r : r é um número
irracional
Para que p & +q seja falsa, tem-se que p é verdadeira e
Indique o valor lógico das
+q é falsa, ou seja, p e q são verdadeiras.
proposições:
Se p / r é falsa e p é verdadeira, então, r é, obrigatoria-
a) p / +q
mente, falsa.
b) +]p / qg / r
Conclui-se que a Alice fala inglês e francês e não fala ita-
c) +p & q / +r
liano.
d) +]p / qg & q 0 r

19

565065 006-038 U1.indd 19 19/03/15 15:48


Professor 1.5 Operações lógicas e circuitos elétricos
Lógica, circuitos elétricos
e portas lógicas Uma das áreas onde a lógica matemática tem uma vasta aplicabilidade
A aplicação da lógica à eletricidade
surge da ideia de associar o valor
é a computação, quer na construção do hardware quer no desenvolvi-
lógico 1 à passagem de corrente num mento de software.
circuito elétrico e o valor lógico 0
à ausência de corrente.
A partir daí, constroem-se circuitos
elétricos que envolvem as diferentes TAREFA 3
operações lógicas, originando Em esquemas elétricos, os símbolos:
o aparecimento dos computadores.
representam um interruptor desligado (aberto), um interruptor
Tarefa 3 ligado (fechado) e uma lâmpada, respetivamente. u1p19h3
3.1 Estado D. u1p19h1 u1p19h2
3.2 A Obviamente, a corrente elétrica não passa quando encontra um
S
1 2 interruptor desligado.
B
3.1 Apresentam-se, em seguida, quatro estados diferentes de um
A circuito elétrico em série.
S
1 2 Identifique os estados em que a corrente elétrica chega à lâm-
u1p19h13_LP
B pada, fazendo-a acender.
A A B S
S (A) 1 2
1 2
B A B S
(B) 1 2
u1p19h14_LP
A lâmpada acende em todos estes A B S
estados e não apenas no estado (C) 1 2
representado na figura do enunciado. u1p19h4
u1p19h15_LP (D) 1
A B S
2
u1p19h5
3.2 Na figura seguinte apresenta-se um circuito elétrico em para-
u1p19h6
lelo, onde os dois interruptores se encontram abertos.
Construa os outros estados
u1p19h7 A
possíveis deste circuito e S
1 2
identifique aqueles em que B
a lâmpada acende.

A resolução da tarefa 3 permite constatar uma íntima relação entre


u1p19h8
circuitos elétricos e operações lógicas elementares, como a disjunção
e a conjunção.

Circuito conjunção (ou circuito A B S


1 2
«e») — Circuito em série:
A
S
Circuito disjunção (ou circuito 1 2
B
«ou») — Circuito em paralelo:
u1p19h9

Num circuito, um interruptor funciona como uma proposição que:


• assume o valor V ou 1 quando fechado (há A
1 2
passagem de corrente); u1p19h10
• assume o valor F ou 0 quando aberto (não há
A
passagem de corrente). 1 2
u1p19h11

20
u1p19h12

565065 006-038 U1.indd 20 19/03/15 15:48


UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

Para o circuito de disjunção, por exemplo,


A B S
obtém-se, então, a tabela de saídas ao lado.
O símbolo V nas entradas corresponde à pas- V V V
sagem de corrente e à luz acesa na saída. V F V

Observa-se assim que, no circuito em paralelo, F V V


tal como na disjunção de proposições, o valor F F F
de saída é F se, e apenas se, ambos os valores
de entrada também o forem.

O princípio de funcionamento dos computadores e calculadoras


baseia-se na lógica matemática, sendo as operações lógicas efetuadas
AVALIAR CONHECIMENTOS
por circuitos elétricos análogos aos apresentados acima, que se desig-
nam por portas lógicas. 19
Considere os circuitos
Tal como o cérebro humano, os cérebros eletrónicos tornam-se mais elétricos representados
eficientes se, para resolver um problema, utilizarem o menor número a seguir:
de operações e/ou cálculos possível.
I A
S
B C
EXEMPLO 17
A proposição
]A / Bg 0 ]A / Cg II A A
S
conduz ao esquema: B C
u1p20h3
A B
O facto de no circuito II
existirem dois interruptores
1 2 com a letra A significa que
1A ` B2 ~ 1A ` C2 u1p20h5
A C os dois têm sempre o mesmo
estado.
19.1 Indique, para cada
No entanto, a proposição anterior é equivalente a
A / ]B 0 Cg
circuito, os estados dos
interruptores A, B e C,
(propriedade distributiva
u1p20h1 da conjunção em relação à disjunção que
para os quais a
será estudada em seguida), que conduz ao esquema: corrente chega à
B lâmpada.
19.2 Construa as
A proposições que
1 2
A ` 1B ~ C2 correspondem a cada
C um dos circuitos.

20
o qual é mais económico, uma vez que poupa uma operação «e».
Construa a proposição lógica
que leva ao esquema
u1p20h2 seguinte e indique todas as
Este pequeno exemplo ilustra um dos problemas que ocupam as men-
tes daqueles que concebem e lidam com inteligência artificial: situações em que a corrente
«Dada uma expressão de cálculo proposicional, reduzi-la a uma o atravessa.
expressão mínima, ou seja, a uma expressão equivalente que requeira A
o menor número de circuitos elementares.» B
1 2
Esta procura dá uma importância acrescida ao estudo das propriedades C
das operações com proposições, que será efetuado de seguida.
21
u1p20h6

565065 006-038 U1.indd 21 19/03/15 15:48


Professor 1.6 Propriedades da conjunção e da disjunção
Metas
curriculares A conjunção e a disjunção gozam de propriedades análogas às proprie-
LTC10
Descritores 1.12
dades do cálculo algébrico, estudadas no 3.º Ciclo do Ensino Básico.
e 1.14
Sejam p , q e r três proposições quaisquer e V e F duas proposi-
LIVROMÉDIA ções quaisquer verdadeira e falsa, respetivamente. Tem-se:
NOTA HISTÓRICA
Internet
Bicentenário George Boole (1815-1864) Conjunção Propriedades Disjunção
de George Boole

p/q+q/p Comutatividade p0q+q0p

]p / qg / r + ]p 0 qg 0 r +
Associatividade
+ p / ]q / rg + p 0 ]q 0 rg
p/V+p; Existência p0F+p;
V/p+p de elemento neutro F0p+p
p/F+F; Existência p0V+V;
F/p+F de elemento absorvente V0p+V
Matemático e filósofo britânico.
É considerado responsável pela p/p+p Idempotência p0p+p
introdução dos símbolos da
negação, da conjunção e da
disjunção na matemática, criando,
assim, a álgebra booleana, As demonstrações das propriedades referidas têm por base a substitui-
essencial para o desenvolvimento
ção das letras p , q e r pelos valores lógicos possíveis utilizando
da matemática computacional.
tabelas de verdade.

Apresenta-se, a título de exemplo, a prova da comutatividade da con-


NOTA junção.
Chama-se tautologia a uma
proposição com valor lógico EXEMPLO 18
verdade, quaisquer que sejam
os valores lógicos das proposições
Provar que, para quaisquer proposições p e q , se tem:
que a integram. p/q+q/p

p q p/q q/p p q p/q q/p


V V V V 1 1 1 1
V F F F ou 1 0 0 0
F V F F 0 1 0 0
F F F F 0 0 0 0

As duas últimas colunas das tabelas são iguais, logo, a conjunção


verifica a propriedade comutativa.
Não é necessário introduzir uma 5.ª coluna com a equivalência a
demonstrar que p / q + q / p , pois tal coluna seria preenchida
só com o símbolo V , isto é, a expressão p / q + q / p é uma
tautologia, visto ser verdadeira, independentemente dos valores
lógicos de p e q .

22

565065 006-038 U1.indd 22 19/03/15 15:48


UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

Com base na propriedade enunciada e demonstrada no exemplo 18, Professor


pode afirmar-se que, por exemplo, a proposição «Portugal é um país Tarefa 4
europeu e o Brasil, um país americano» é equivalente a referir que a)
«O Brasil é um país americano e Portugal, um país europeu». a b a0b b0a
V V V V
Utilizando um processo idêntico ao utilizado no exemplo 18, prova-se V F V V
também a associatividade da conjunção. F V V V
F F F F
Neste caso, como para cada proposição existem dois valores lógicos b)
possíveis, no total existem 8 ]= 23g sequências possíveis. a V a/V
V V V
F V F
EXEMPLO 19
c) Análoga à tabela apresentada
Provar que, para quaisquer proposições p , q e r , se tem: no exemplo 19. Resolução apresentada
]p / qg / r + p / ]q / rg no Solucionário.

LIVROMÉDIA
p q r p/q q/r ]p / qg / r p / ]q / rg
Resolução da tarefa 4
V V V V V V V no Solucionário e no Livromédia

V V F V F F F
V F V F F F F
V F F F F F F
F V V F V F F
F V F F F F F
F F V F F F F
F F F F F F F

TAREFA 4
Considerando que a , b e c designam proposições, demonstre as
propriedades seguintes, usando tabelas de verdade:
a) a0b+b0a
b) a/V+a
c) ]a 0 bg 0 c + a 0 ]b 0 cg

São ainda válidas as propriedades da conjunção e da disjunção:

Propriedade distributiva da conjunção em relação à disjunção


Para quaisquer proposições p , q e r , tem-se que: AVALIAR CONHECIMENTOS
p / ]q 0 rg + ]p / qg 0 ]p / rg
21
Seja a uma proposição
Propriedade distributiva da disjunção em relação à conjunção qualquer.
Para quaisquer proposições p , q e r , tem-se que: Demonstre que:
p 0 ]q / rg + ]p 0 qg / ]p 0 rg
a) a 0 V + V
b) a 0 a + a
c) a / a + a

23

565065 006-038 U1.indd 23 19/03/15 15:48


Na tabela seguinte, apresenta-se a demonstração da propriedade distri-
butiva da conjunção em relação à disjunção.

p q r q0r p / ]q 0 rg p/q p/r ]p / qg 0 ]p / rg


V V V V V V V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F

Professor
Tarefa 5
TAREFA 5
Análoga à tabela de verdade Demonstre a propriedade distributiva da disjunção em relação
da propriedade distributiva à conjunção, usando tabelas de verdade.
da conjunção em relação à disjunção
(ao lado). Resolução apresentada
no Solucionário.
Uma vez que a conjunção e a disjunção gozam da propriedade comuta-
LIVROMÉDIA
tiva, pode afirmar-se igualmente que, para quaisquer proposições p ,
Resolução da tarefa 5 q e r , se tem:
no Solucionário e no Livromédia ]p 0 qg / r + ]p / rg 0 ]q / rg
e
]p / qg 0 r + ]p 0 rg / ]q 0 rg

EXEMPLO 20
Na figura ao lado encontra-se uma reprodução
�����
do menu económico do restaurante onde, habi-
���������
tualmente, o Hugo almoça. ������������
��
AVALIAR CONHECIMENTOS Considerem-se as afirmações: ������
��
�������������
22 p : Hoje o Hugo terminou o almoço com café ��
����
Considere proposições p e q . ��
q : Hoje o Hugo terminou o almoço com doce
Simplifique as seguintes
expressões, que definem r : Hoje o Hugo terminou o almoço com fruta
proposições, e indique, Admitindo como conhecidos os valores lógicos de cada afirmação,
sempre que possível, tem-se, por aplicação da propriedade distributiva da conjunção em
o respetivo valor lógico. relação à disjunção, que as proposições u1p23h1
a) +p / ]p / qg ]q 0 rg / p e ]q / pg 0 ]r / pg
b) +p 0 ]p 0 qg são equivalentes, isto é, afirmar que «Hoje, o Hugo terminou o
c) +p / ]p 0 qg almoço com doce ou fruta e café» é o mesmo que afirmar que «Hoje,
d) +]+pg / ]p 0 +pg
o Hugo terminou o almoço com doce e café ou com fruta e café».

e) 6+p / ]p 0 qg@ / +q
Sabendo que o Hugo terminou o almoço de hoje com fruta e café,
Adaptado do Caderno de Apoio
pode concluir-se, pela linha 3 da tabela acima representada e pela
do 10.º ano comutatividade da conjunção, que as proposições ]q 0 rg / p e
]q / pg 0 ]r / pg são verdadeiras.
24

565065 006-038 U1.indd 24 19/03/15 15:48


UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

EXERCÍCIO RESOLVIDO 5 Professor


Metas curriculares
Utilizando as propriedades das operações lógicas, prove que,
LTC10
dadas as proposições p e q : Descritor 1.13
a) p / ]+p 0 pg + p
b) p 0 ]q / +pg + p 0 q
c) ]p / qg 0 ]p / +qg + p
RESOLUÇÃO:
a) Pelo princípio do terceiro excluído, sabe-se que +p 0 p + V .
Então, porque V é o elemento neutro da conjunção, tem-se:
p / ]+p 0 pg + p / V + p
Logo, p / ]+p 0 pg + p c.q.d.
(como queríamos demonstrar)
b) Utilizando, sucessivamente, a propriedade distributiva da dis-
junção em relação à conjunção, o princípio do terceiro excluído
e o facto de V ser o elemento neutro da conjunção, tem-se:
p 0 ]q /+pg + ]p 0 qg / ]p 0+pg + ]p 0 qg / V + p 0 q
Logo, p 0 ]q /+pg + p 0 q c.q.d.
c) Aplicando a propriedade distributiva da conjunção em relação
à disjunção (ou seja, colocando o «fator» comum p em evi-
dência), vem:
]p / qg 0 ]p / +qg + p / ]q 0 +qg + p / V + p
Logo, ]p / qg 0 ]p / +qg + p c.q.d.

1.7 Primeiras leis de De Morgan


Analise-se agora a negação da conjunção e da disjunção de duas pro-
posições.
NOTA HISTÓRICA

EXEMPLO 21 Augustus De Morgan


(1806-1871)
Observando o quadro de Almada Negreiros,
Duplo Retrato, conclui-se que a proposição
«A mulher tem vestido azul e lenço verme-
lho» é verdadeira.
Esta proposição seria falsa se a mulher não tivesse lenço vermelho,
ou não tivesse vestido azul.
Assim, dizer que «Não é verdade que a mulher tem vestido azul e
lenço vermelho» é o mesmo que dizer
«A mulher não tem vestido azul ou não tem lenço vermelho».
Por outro lado, a proposição «A mulher tem vestido azul ou o homem
tem camisa branca» apenas será falsa se as proposições «A mulher Matemático britânico que viveu
tem vestido azul» e «O homem tem camisa branca» forem ambas no século xix. Trabalhou
falsas, ou seja, dizer que «Não é verdade que a mulher tem vestido essencialmente no campo
da álgebra, tendo escrito mais
azul ou o homem tem camisa branca» é o mesmo que dizer que
de 700 artigos científicos.
«A mulher não tem vestido azul e o homem não tem camisa branca».
25

565065 006-038 U1.indd 25 19/03/15 15:48


Professor De uma forma geral, negar que a conjunção de duas proposições é
METAS CURRICULARES verdadeira é afirmar que pelo menos uma delas é falsa, e negar que a
LTC10 disjunção de duas proposições é verdadeira é o mesmo que afirmar
Descritores 1.13 e 1.16
que ambas as proposições são falsas.

Dito de outro modo:

Primeiras leis de De Morgan


A negação da conjunção de duas proposições, p e q , é equi-
valente à disjunção das suas negações, ou seja:
+]p / qg + +p 0 +q
A negação da disjunção de duas proposições, p e q , é equiva-
AVALIAR CONHECIMENTOS
lente à conjunção das suas negações, ou seja:
23 +]p 0 qg + +p / +q
Prove, recorrendo a tabelas
de verdade, as primeiras leis
de De Morgan.
EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
24 Sejam a e b duas proposições.
Considere proposições a e b. Utilizando as propriedades das operações lógicas, escreva
Prove, recorrendo às expressões simplificadas da negação das proposições seguintes:
]a 0 +bg / a
propriedades das operações
a) +a / b c)
entre proposições, que:
b) a / ]b / +ag
a) a 0 b + +]+a / +bg
b) ]a / bg 0 ]a /+bg 0 RESOLUÇÃO:

0 ]+a / bg + a 0 b a) Utilizando as primeiras leis de De Morgan, tem-se:


+]+a / bg + +]+ag 0 +b e, pela propriedade da dupla
25
negação, +]+ag 0 +b + a 0 +b
Escreva em linguagem
corrente a negação das
Logo, +]+a / +bg + a 0 +b
proposições: b) +7a / ]b / +ag@ + +a 0 +]b / +ag +
(primeiras leis de De Morgan)
+ +a 0 ]+b 0 ag +
a) A Mariana vai ao cinema
ou vai ao teatro. (primeiras leis de De Morgan e dupla negação)
b) O António tem filhos + ]+a 0 ag 0 +b +
e é casado. (comutatividade e associatividade)

c) O Vasco e o Pedro são


+ V 0 +b +
(princípio do terceiro excluído)
surfistas.
+V
d) A Inês dança e joga (existência de elemento absorvente)
voleibol, ou estuda. c) +6]a 0 +bg / a@ + +]a 0 +bg 0 +a +
(primeiras leis de De Morgan)
26 + ]+a / bg 0 +a
Sejam a e b duas (primeiras leis de De Morgan e dupla negação)
proposições. Atendendo a que +a + +a / V
(V é o elemento neutro da conjunção)
Utilizando as propriedades
das operações lógicas, ]+a / bg 0 +a + ]+a / bg 0 ]+a / Vg
(existência de elemento neutro)
+ +a / ]b 0 Vg +
simplifique:
a) +6]a / bg / +]a 0 bg@ (propriedade distributiva da conjunção em relação à disjunção)
b) +6]+a / bg 0 +b@ + +a / V +
(existência de elemento absorvente)
c) +]+a / bg /
+ +a
/ +]+a / +bg (existência de elemento neutro)

26

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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

1.8 Propriedades da implicação Professor


Metas curriculares
LTC10
EXEMPLO 22 Descritor 1.8
Se a porta da jaula está aberta, o
leão foge, e, se o leão foge da jaula,
ataca uma pessoa, então, conclui-se
que, se a porta da jaula está aberta, o
leão ataca uma pessoa.

Esta propriedade designa-se por propriedade transitiva da implicação


e pode ser enunciada da seguinte forma:

Propriedade transitiva da implicação


Dadas três proposições p , q e r quaisquer, tem-se que:
]p & qg / ]q & rg & ]p & rg

A demonstração da propriedade transitiva da implicação pode ser feita


com recurso a uma tabela de verdade.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 7
Considere proposições p , q e r .
Usando uma tabela de verdade, mostre que:
]p & qg / ]q & rg & ]p & rg
RESOLUÇÃO:

]p & qg /
]p & qg /
/ ]q & rg &
/ ]q & rg
p q r p&q q&r p&r
& ]p & rg
V V V V V V V V
V V F V F F F V
V F V F V F V V
V F F F V F F V
F V V V V V V V AVALIAR CONHECIMENTOS

F V F V F F V V 27

F F V V V V V V Considere as proposições:
a : O Carlos estuda
F F F V V V V V
b : O Carlos tem boas notas
c : O Carlos entra no Ensino
Obtém-se, assim, uma tautologia, isto é, na última coluna só Superior
aparece V , o que permite concluir que:
]p & qg / ]q & rg & ]p & rg
Traduza em linguagem
corrente:
a) a & b
b) b & c
O uso da propriedade transitiva da implicação é um raciocínio bastante
comum, quer em linguagem corrente quer em linguagem matemática. c) ]a & bg / ]b & cg

27

565065 006-038 U1.indd 27 19/03/15 15:48


Professor Relação da implicação com a negação e a disjunção
Metas curriculares
LTC10 Afirmar que a implicação é verdadeira é equivalente a afirmar que ou
Descritor 1.10 o consequente é verdadeiro ou o antecedente é falso.

EXEMPLO 23
A Maria quer ir ao cinema. A proposição «Se a Maria entra no
cinema, então tem bilhete» é equivalente a «A Maria tem bilhete ou
não entra no cinema».

Em geral, tem-se:

AVALIAR CONHECIMENTOS Relação da implicação com a negação e a disjunção


Dadas duas proposições p e q quaisquer, tem-se que:
]p & qg + +p 0 q
28
Prove, recorrendo a tabelas
de verdade, que, para
quaisquer proposições p e q, Negação da implicação
se tem:
(p & q) + +p 0 q Por definição, a implicação de duas proposições é falsa, se, e só se, o
antecedente é verdadeiro e o consequente, falso. Assim, negar uma
29
implicação é equivalente a afirmar o antecedente e negar o consequente.
Considere a seguinte
proposição: Em geral,
«Se D. Afonso Henriques
fundou Portugal, então, foi Negação da implicação
o primeiro português». Dadas duas proposições p e q quaisquer, tem-se que:
Qual das expressões +]p & qg + p / +q
seguintes é equivalente
à proposição dada? A demonstração da propriedade anterior pode ser feita da seguinte
(A) Se D. Afonso Henriques forma: +]p & qg + +]+p 0 qg + ++p / +q + p / +q
foi o primeiro português,
então, não fundou
EXERCÍCIO RESOLVIDO 8
Portugal.
(B) D. Afonso Henriques
Considere as proposições:
não fundou Portugal ou p : O número seis é par
foi o primeiro português. q : O número seis é um múltiplo de quatro
(C) D. Afonso Henriques 8.1 Escreva em linguagem corrente +]p & qg e +]q & pg
não fundou Portugal e foi e indique os seus valores lógicos.
o primeiro português. 8.2 Reescreva as frases da questão anterior utilizando a negação
30 da implicação.
Negue as proposições RESOLUÇÃO:
seguintes e indique o valor 8.1 +]p & qg Não é verdade que o número seis ser par impli-
lógico das proposições que que seis é múltiplo de quatro. Valor lógico V ;
resultantes.
+]q & pg Não é verdade que o número seis ser múltiplo
a) Se Eça de Queirós de quatro implique que seis é par. Valor lógico F .
escreveu Os Lusíadas, 8.2 Como +]p & qg + p / +q , o significado, em linguagem
então, escreveu Os Maias.
corrente, é «O número seis é par e não é múltiplo de quatro».
b) m.m.c. (12, 15) = 60 & Analogamente, +]q & pg + q / +p , o que quer dizer
& m.m.c. (24, 30) = 90
que «O número seis é múltiplo de quatro e não é par».
28

565065 006-038 U1.indd 28 19/03/15 15:48


UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

Implicação contrarrecíproca Professor


METAS CURRICULARES
Uma implicação, entre duas proposições, cujo consequente é falso, LTC10
é apenas verdadeira se o antecedente também for falso; por exemplo: Descritores 1.15, 1.11 e 3.1

EXEMPLO 24
• Afirmar que «Se o Manuel é bombeiro, então, apaga fogos» é o
mesmo que afirmar «Se o Manuel não apaga fogos, então, não é
bombeiro».
• Dado um triângulo 5ABC? da figura
C

ao lado, afirmar que:


Se o triângulo [ABC] é retângulo em A ,
2 2 2
então, AB + AC = BC
A B
é equivalente a afirmar que
2 2 2
Se AB + AC ! BC , então, o triângulo [ABC] não é retân-
gulo em A .
NOTA
u1p28h1
Entende-se por implicação
Implicação contrarrecíproca recíproca de p & q a implicação
Dadas duas proposições p e q quaisquer, tem-se que: q&p.

]p & qg + ]+q & +pg Por exemplo:


Diz-se que a implicação +q & +p é a implicação contrarre- A implicação recíproca
da afirmação:
cíproca da implicação p & q .
«Se a Joana comeu muitos doces,
então, ficou obesa» é:
«Se a Joana ficou obesa, então,
comeu muitos doces».
1.9 Resolução de problemas envolvendo operações
As duas expressões não são
lógicas sobre proposições equivalentes.

Quando se afirma que a proposição «Se o quadrado de quatro é par,


então, quatro é par» é verdadeira, afirma-se que basta, ou é suficiente,
AVALIAR CONHECIMENTOS
que o quadrado de quatro seja par para que quatro seja par.
31
Por outro lado, como a proposição seria falsa se o quadrado de quatro Prove que
fosse par e se quatro não o fosse, é necessário que quatro seja par para ]p & qg + ]+q &+pg
que o seu quadrado o seja. recorrendo:
a) a tabelas de verdade;
Por outro lado ainda, também a proposição «Se quatro é par, então, o
b) à relação da implicação
seu quadrado é par» é verdadeira, o que significa que quatro ser um com a disjunção
número par é também suficiente para que o seu quadrado o seja, isto é, e a negação.
o facto de quatro ser um número par é condição necessária e sufi-
ciente para que o seu quadrado o seja. 32
Utilize as propriedades
Em linguagem corrente escreve-se: «O quadrado de quatro é par, se, da implicação para escrever
e somente se (ou se, e só se), quatro é par». de duas formas distintas
a proposição:
Assim, quando a proposição a + b é verdadeira, é condição necessá- «Se um paralelogramo tem
ria e suficiente para que b seja verdadeira a ser verdadeira, e vice- as diagonais iguais, então,
-versa. Designa-se isto por princípio da dupla implicação. é retângulo».

29

565065 006-038.indd 29 18/02/16 12:33


Professor Princípio da dupla implicação
LIVROMÉDIA
Dadas duas proposições, a e b , a proposição
Atividades com tabelas ]a + bg + ]a & bg / ]b & ag
de verdade é sempre verdadeira.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 9
Considere as proposições a e b .
Usando tabelas de verdade, prove que:
]a + bg + ]a & bg / ]b & ag
RESOLUÇÃO:

a b a+b a&b b&a ]a & bg / ]b & ag


V V V V V V
V F F F V F
F V F V F F
F F V V V V

Conclui-se, assim, por comparação entre a 3.ª e a 6.ª colunas


da tabela, que
]a + bg + ]a & bg / ]b & ag
Pode construir-se ainda outro tipo de tabelas de verdade, que se
exemplifica em seguida:

a + b ]a & bg / ]b & ag
V V V V V V V V V V
V F F V F F F F V V
F F V F V V F V F F
AVALIAR CONHECIMENTOS
F V F F V F V F V F
33
33.1 Prove que 1.ª 2.ª 1.ª 1.ª 2.ª 1.ª 3.ª 1.ª 2.ª 1.ª
]a + bg + ]a / bg 0
0 ]+a / +bg
A última linha da tabela designa a ordem em que a respetiva
operação lógica é efetuada, sendo que a propriedade pretendida
usando dois processos
é verificada ao comparar as colunas de fundo colorido.
distintos.
33.2 Atendendo ao
enunciado da alínea
anterior, escreva uma O princípio da dupla implicação, utilizado no exercício resolvido 9,
expressão equivalente está na base da maioria dos raciocínios demonstrativos usados em
à proposição: matemática.
«Um triângulo tem
Com base nesta relação, demonstra-se de seguida, a título de exemplo,
os lados iguais se,
a propriedade distributiva da conjunção em relação à disjunção:
p / ]q 0 rg + ]p / qg 0 ]p / rg ]p e q proposiçõesg,
e somente se, tem
os ângulos internos
iguais». usando um processo mais discursivo.

30

565065 006-038 U1.indd 30 19/03/15 15:48


UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

Demonstre-se, em primeiro lugar, que, se p / ]q 0 rg , então,


]p / qg 0 ]p / rg .

Por definição de conjunção, a proposição p / ]q 0 rg é verdadeira, se


e só se, as proposições p e q 0 r forem ambas verdadeiras. Nestas con-
dições, também ]p / qg 0 (p / rg é verdadeira. De facto, se q 0 r é
verdadeira, ou q é verdadeira, e, neste caso, também p / q é verdadeira,
ou, caso contrário, r é verdadeira, e, neste caso, p / r é verdadeira.
Assim, pelo menos uma das proposições, p / q e p / r é verdadeira.

Portanto, a proposição ]p / qg 0 ]p / rg é verdadeira.

Reciprocamente, admitindo que ]p / qg 0 ]p / rg é verdadeira, tem-


-se que pelo menos uma das conjunções p / q e p / r é verdadeira.

Em qualquer dos casos, tem-se que p é verdadeira e pelo menos uma


das proposições q ou r é verdadeira. Em ambos os casos, tem-se que
as proposições p e q 0 r são verdadeiras.

Portanto, a proposição p / ]q 0 rg é verdadeira.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 10
O Tiago comprou um carro novo de uma única cor, mas ainda
não o recebeu. Muito satisfeito, mostrou aos irmãos, Alice,
Joana e Pedro, um folheto no qual era apresentado o modelo do
carro em três cores diferentes: azul, vermelho e preto.
O Tiago disse-lhes que a cor do carro era uma das apresentadas
no folheto, desafiando-os a adivinhar a cor.
A Alice diz que o carro é azul.
A Joana diz que o carro é azul ou vermelho.
O Pedro diz que o carro não é preto.
Após ouvir os irmãos, o Tiago diz que dois deles estão corretos
e o outro está errado.
Determine a cor do carro do Tiago.

AVALIAR CONHECIMENTOS

34
Sabe-se que
]p & +qg/ ]+r &qg / p
é uma proposição
verdadeira.
Qual é o valor lógico de p ,
(Continua) de q e de r ?

31

565065 006-038 U1.indd 31 19/03/15 15:48


Professor EXERCÍCIO RESOLVIDO 10 (Continuação)
Metas curriculares
RESOLUÇÃO:
LTC10
Descritor 1.16 Considerem-se as proposições:
p : O carro do Tiago é azul
q : O carro do Tiago é vermelho
r : O carro do Tiago é preto
Então:
• a Alice afirma p ;
• a Joana afirma p 0 q ;
• e o Pedro afirma +r .
Se a afirmação p da Alice for verdadeira, então, também p 0 q ,
afirmação da Joana, é verdadeira, uma vez que V é o elemento
absorvente da disjunção.
Por outro lado, neste contexto, a afirmação do Pedro é a mesma
que a da Joana, pelo que os três irmãos estariam certos, contra-
riando a afirmação do Tiago.
Assim, a proposição p é necessariamente falsa e a afirmação
p 0 q , verdadeira, logo, q é verdadeira.
Portanto, o carro do Tiago é vermelho.

No exercício resolvido anterior, a afirmação da Joana é uma disjunção


de duas proposições, no entanto, neste contexto, não se verifica a pos-
sibilidade de ambas serem verdadeiras, uma vez que o carro ou é azul
ou é vermelho, excluindo a hipótese de ter as duas cores. Diz-se, por
isso, que se trata de uma disjunção exclusiva.

A disjunção exclusiva entre duas proposições p e q representa-se


por p 0$ q e é verdadeira se, e só se, p e q tiverem valores lógicos
distintos.

Professor TAREFA 6
Tarefa 6
6.
Considere duas proposições p e q , quaisquer:
6.1 ]p / +qg 0 ]+p / q g 6.1 Construa uma proposição equivalente a p 0 $ q , partindo de
6.2 a) Se p e q forem falsas p / q
é falsa e +]p 0 $ qg é verdadeira, p e q , utilizando apenas as operações / , 0 e + .
e, então, a equivalência é falsa.
b) Se p e q tiverem valores lógicos
6.2 Dadas duas proposições p e q , indique, justificando, quais
distintos p 0 q é verdadeira das proposições seguintes são sempre verdadeiras:
e +]p 0 $ qg é falsa, logo,
a) +]p 0$ qg + p / q
a equivalência é falsa.
c) Se p for falsa e q verdadeira,
$ qg b) $ qg + p 0 q
+]p 0
p & q é verdadeira mas +]p 0
é falsa e, então, a equivalência é falsa. $ qg + ]p & qg
c) +]p 0
d) Sempre verdadeira, pois p + q
é verdadeira se, e só se, p e q d) $ qg + ]p + qg
+]p 0
tiverem o mesmo valor lógico, o que se
verifica também para +]p 0 $ qg . Caderno de Apoio do 10.º ano

32

565065 006-038 U1.indd 32 19/03/15 15:48


UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE

EXERCÍCIO RESOLVIDO 11
Considere proposições a , b e c .
11.1 Simplifique, usando as propriedades das operações lógi-
cas:
a 0 ]a / bg
11.2 Prove, recorrendo às propriedades das operações lógicas,
que as proposições seguintes são sempre verdadeiras:
a) ]a / bg & a
b) 6]a & bg / ]a & cg@ & 6a & ]b / cg@
RESOLUÇÃO:
11.1 Como a + a / V , tem-se:
a 0 ]a / bg +
+ ]a / Vg 0 ]a / bg +
+ a / ]V 0 bg +
(propriedade distributiva da conjunção em relação à disjunção)
+a/V+
]V é o elemento absorvente da disjunçãog
+a
]V é o elemento neutro da conjunçãog
11.2 a) 6]a
/ bg & a@ +
AVALIAR CONHECIMENTOS
+ +]a / bg 0 a +
(relação da implicação com a disjunção e a negação) 35

+ ]+a 0 +bg 0 a Considere proposições


(primeiras leis de De Morgan) a e b .
+ ]+a 0 ag 0 +b Simplifique:
(associatividade e comutatividade da disjunção) a) ]a / bg 0 ]a / +bg
+ V 0 +b b) a / (a 0 bg
c) ]a 0 bg / ]a 0 +bg
(princípio de não contradição)
Tem valor lógico V , dado que V é o elemento absor-
vente da disjunção. 36
Considere proposições a ,
b) Aplicando sucessivamente a relação da implicação com
b e c . Prove, recorrendo
a disjunção e a negação, escrever
às propriedades entre
6]a & bg / ]a & cg@ & 6a & ]b / cg@ os conetivos lógicos, que
é o mesmo que escrever as proposições seguintes
6]+a 0 bg / ]+a 0 cg@ & 6+a 0 ]b / cg@ são tautologias.
a) a & ]a 0 bg
Colocando o «fator» comum +a em evidência no
antecedente, obtém-se: b) 6]a & cg / ]b & cg@ &
& 6]a 0 bg & c@
6+a 0 (b / cg@ & 6+a 0 ]b / cg@
que é uma proposição verdadeira, já que o antecedente 37
e o consequente são a mesma proposição. Determine o valor lógico das
proposições p , q e r ,
sabendo que a proposição:
a) p & ]q & rg é falsa;
b) +]p & qg / r
é verdadeira.
Caderno de Apoio do 10.º ano

33

565065 006-038 U1.indd 33 19/03/15 15:48


AVALIAR CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


Metas curriculares
LTC10
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são
Descritor 3.1 apresentadas.

sugestão 1
Os exercícios apresentados O número -1 pode ser designado por:
_- 1i (C) ]-1g5
percorrem todos os tópicos 2
de lógica, estabelecendo (A)
conexões entre os mesmos (B) ]-1g4 (D) |-1|
e alguns tópicos abordados
no Ensino Básico.
O professor pode selecionar 2
alguns destes exercícios Uma das proposições seguintes é verdadeira. Identifique-a:
para trabalho autónomo dos
1 1
alunos em vários momentos (A) é um número natural. (C) é um número racional.
ou apenas no final 2 2
do domínio. 1 1
(B) é um número inteiro. (D) é um número irracional.
2 2
LIVROMÉDIA
3
PowerPoint Se p e q são duas proposições equivalentes, então p e q podem ser, respetivamente:
(A) 4,25 ! ?4,2; 4,35 e 4,25 " ?4,2; 4,255 .
O essencial

Exercícios do Caderno (B) « 2 é primo» e « 2 é ímpar» .


de Apoio
(C) m.d.c. (2, 8) = 4 e m.m.c. (2, 8) = 8 .
(D) 5+7 = 5 + 7 e 5 # 7 = 5 # 7.

4
Sejam p e q as proposições seguintes:
p : O Luís trabalha hoje
q : O Luís não almoça em casa
4.1 «O Luís não trabalha hoje mas não almoça em casa», em linguagem simbólica, é:
(A) +p / +q (C) +p & q
(B) +p / q (D) +p 0 q
4.2 Sabendo que as proposições p e q são ambas verdadeiras, selecione a proposição falsa:
(A) Se o Luís não trabalha hoje, então, almoça em casa.
(B) Se o Luís trabalha hoje, então, não almoça em casa.
(C) O Luís almoça em casa ou trabalha hoje.
(D) O Luís trabalha hoje e almoça em casa.

5
Se p é uma proposição verdadeira, então:
(A) p / q é verdadeira qualquer que seja a proposição q .
(B) p 0 q é verdadeira qualquer que seja a proposição q .
(C) p & q é verdadeira qualquer que seja a proposição q .
(D) p + q é verdadeira qualquer que seja a proposição q .

6
Se p e q são duas proposições e p + q é falsa, indique a proposição verdadeira:
(A) p / q (C) +p & q
(B) +p / +q (D) +p + +q

34

565065 006-038 U1.indd 34 19/03/15 15:48


Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

7
Se p , q e r são proposições tais que p /+q e r & q são ambas verdadeiras, então:
(A) p e q são falsas e r é verdadeira.
(B) p , q e r são verdadeiras.
(C) q e r são falsas e p é verdadeira.
(D) p e r são verdadeiras e q é falsa.

8
Se p e q são duas proposições, a proposição p / (+p 0 q) é equivalente a:
(A) p 0 q (B) +p 0 q (C) F (D) p / q

9
A negação da proposição «O cão ladra e o gato mia» é:
(A) O cão não ladra e o gato não mia.
(B) O cão ladra ou o gato mia.
(C) O cão não ladra ou o gato não mia.
(D) O cão e o gato não ladram nem miam.

10
Se a e b são duas proposições, a proposição +6]a / +bg 0 b@ é equivalente a:
(A) +a / b (B) +a 0 +b (C) +a / +b (D) a 0 +b

11
A negação da proposição «Se a Inês é saudável, então, não fuma» é:
(A) Se a Inês fuma, então, não é saudável. (C) A Inês não é saudável e fuma.
(B) A Inês não é saudável, ou fuma. (D) A Inês é saudável e fuma.

12
Se p e q são duas proposições, +]p & qg / q é equivalente a:
(A) V (B) F (C) p (D) p / +q

13
Qual das proposições seguintes é verdadeira, quaisquer que sejam as proposições p e q ?
(A) p / ]q & pg (B) p 0 q & p (C) q & p 0 q (D) p & p / q

14
Considere as proposições:
p : O Pedro é engenheiro
q : O Pedro tem emprego
r : O Pedro emigra
Sabendo que as proposições p & q e q & +r são verdadeiras, selecione a proposição falsa.
(A) Se o Pedro não tem emprego, então, não é engenheiro.
(B) Se o Pedro é engenheiro, então, não emigra.
(C) O Pedro não tem emprego, ou não emigra.
(D) O Pedro é engenheiro e não tem emprego.

35

565065 006-038.indd 35 17/02/16 12:04


AVALIAR CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que
tiver de efetuar e as justificações necessárias.

15
Determine o valor lógico das seguintes proposições:

a) a : d n : d n = _- 3i
-4 -2
1 1 2

3 3

b) b : d 2 nd 2 n ! Q
3 3
- + I+
2 2

16
Considere as seguintes proposições:
a : O Rui toca piano
b : O Rui toca violoncelo
16.1 Traduza, em linguagem simbólica, as proposições:
a) O Rui toca piano mas não toca violoncelo.
b) O Rui toca piano, ou violoncelo.
c) O Rui não toca piano nem violoncelo.
d) Se o Rui toca piano, então, não toca violoncelo.
16.2 Traduza, em linguagem corrente, as proposições:
a) +a 0 +b
b) +b & +a
16.3 Sabendo que o Rui toca piano e não toca violoncelo, indique o valor lógico das
proposições:
a) b & a
b) (a & b) 0 +a

17
Considere as seguintes proposições:
p : 5 é uma das soluções de x2 = 5x
q : ! !x ! IR: 3x2 + 4x + 1 = 0+
1
2
r : 4 ! !x ! IR: |x - 1| < 2+
17.1 Determine o valor lógico de p , q e r .
17.2 Indique o valor lógico de:
a) +p 0 r b) p / q c) q & +r d) p 0 q e) +p / r

18
Determine, em cada alínea, os valores lógicos das proposições a e b .
a) a 0 b + F
b) ]a + Fg + V
c) ]b & ag + F
d) +a / b + V
Exame Nacional de Matemática A, 12.º ano, 1991

36

565065 006-038 U1.indd 36 19/03/15 15:48


Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

19
Sejam a e b duas proposições.
19.1 Construa a tabela de verdade da proposição ]a / +bg & ]b 0 ag .
19.2 Simplifique o mais possível +6+a / ]a 0 bg@ .
Exame Nacional de Matemática A, 12.º ano, 1988

20
Sejam p e q duas proposições. Usando as propriedades das operações lógicas, simplifique as
expressões:
a) +p / ]p 0 qg e) +6p & ]p / qg@
b) ]+p / +qg / ]p 0 qg f) p / +]+p & qg
c) p 0 ]q 0 +pg g) +6]p & qg / +q@ / +p
d) +6]+p / +qg / p@ / ]p 0 qg h) +6]p & qg & ]p / qg@

21
Traduza a proposição +]p + qg utilizando a conjunção, a disjunção e a negação.

22
Sabendo que p 0 +q é uma proposição falsa, indique o valor lógico das seguintes proposições:
a) p / +q b) p + q c) p / q & +q

23
Admita que a proposição +a / b é verdadeira. Indique o valor lógico de cada uma das
proposições seguintes:
a) ]+b 0 ag & b b) a + ]+a 0 +bg

24
Prove, recorrendo a tabelas de verdade, que:
a) +]+a / bg + ]b & ag b) p & ]p 0 qg é uma tautologia.

25
Encontre uma expressão proposicional p , com duas proposições a e b , que use apenas / ,
0 ou + e corresponda às tabelas de verdade:
a) b)
a b p a b p
V V F V V F
V F V V F V
F V F F V V
F F F F F V

26
Escreva, em linguagem corrente, a negação das proposições seguintes:
a) A Maria tem 30 anos e é bióloga.
b) A Joana é inglesa, ou não é estudante.
c) Se o António tem 14 anos, então, é estudante.

37

565065 006-038 U1.indd 37 19/03/15 15:48


AVALIAR CONHECIMENTOS

27
Sejam a , b e c três proposições.
Utilizando as propriedades das operações lógicas, escreva expressões simplificadas da negação
das proposições seguintes:
a) a 0 +b c) +a / ]+b & cg
b) a & +b d) +]a / bg / ]b & ag

28
Considere as proposições:
a : A Helena pratica futebol
b : A Helena pratica voleibol
c : A Helena pratica equitação
 eja p a proposição a / c & +b .
28.1 S
28.1.1 Escreva p em linguagem corrente.
28.1.2 
Utilizando as propriedades das operações lógicas, escreva uma expressão
simplificada de +p .
 abendo que a proposição +^+a & ]b 0 +cgh é verdadeira, identifique a(s)
28.2 S
modalidade(s) desportiva(s) praticada(s) pela Helena.

29
Sabendo que a proposição +6]p & qg / +q@ / +p é verdadeira, determine os valores
lógicos de p e de q .

30
Mostre, utilizando tabelas de verdade, que a disjunção é distributiva em relação à implicação,
isto é:
Dadas a , b e c , proposições quaisquer, tem-se que a 0 ]b & cg + 6]a 0 bg & ]a 0 cg@ .

31
Prove que a proposição ]a / bg + ]a / +bg não é uma tautologia, recorrendo:
a) a uma tabela de verdade;
b) às propriedades das operações lógicas.

32
Utilize as propriedades das operações lógicas para provar que, para quaisquer proposições a e
Professor b , se tem:
LIVROMÉDIA a) ]a & bg + +]a / +bg d) +]a & bg 0 ]a / bg + a
b) +]a / bg 0 ]+a & bg + V e) ]a + bg + 6+]a / +bg / +]b / +ag@
c) 6+a & ]+a / bg@ + a 0 b
Fichas
de trabalho 1 e 2

Ficha 33
de avaliação 1
Considere proposições a e b .
Teste 1 Prove, recorrendo às propriedades das operações entre proposições, que são tautologias as
expressões seguintes:
a) ]a 0 bg / + a & b c) ]a / +bg & +]a / bg
CADERNO
DE ATIVIDADES
b) 6+]a / bg / a@ & +b
e avaliação contínua
Ficha de trabalho 1

38

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2.1
2
UNIDADE

Condições
e conjuntos

Expressões proposicionais ou condições


Além de designações e proposições, em linguagem matemática é usual
utilizarem-se expressões com variáveis, isto é, expressões com símbo-
los, em geral letras, que podem ser substituídas por designações con-
venientes.

Professor
TAREFA 1
Considere o conjunto: A = !-2, -1, 0, 1, 2, 3+
Metas curriculares
LTC10
Descritor 2.1
Verifique quais dos elementos de A transformam as expressões
seguintes em proposições verdadeiras: Tarefa 1
2-x a) x=1
a) 2x + 3 = 5 c) 1 - 20 b) x = -2 ; x = -1
3 c) x=0; x=1; x=2; x=3
2
b) x + 3x + 2 = 0 d) x ! IN d) x=1; x=2; x=3

LIVROMÉDIA
As expressões apresentadas na tarefa 1, por si só, não são nem verda-
deiras nem falsas, porém, quando a variável x é substituída por um Atividades da Unidade 2

um número do conjunto A , transforma-se numa proposição verda-


deira, ou falsa. Diz-se, por isso, que são expressões proposicionais ou
condições.

De uma forma geral:

Expressão proposicional ou condição


Expressões com variáveis que se transformam em proposições
quando as variáveis são substituídas por designações convenien-
tes chamam-se expressões proposicionais ou condições.

Em particular, uma expressão proposicional envolvendo apenas AVALIAR CONHECIMENTOS


uma variável x pode representar-se por p]xg , e transforma-se
1
numa proposição p]ag quando se substitui a variável x por um
Indique quais das condições
objeto a .
seguintes se transformam
em proposições verdadeiras
EXEMPLO 1 ao atribuir à variável x
A equação da alínea a) da tarefa 1 transforma-se numa proposição o valor -1 .
verdadeira quando se atribui à variável x o número 1 , e numa p]xg : x2 + 1 = 0
proposição falsa quando se atribui à variável o número 2 . q]xg : x + 1 = 0
r]xg : x2 - 2x + 1 = 0
Designando esta equação por p]xg , diz-se que p]1g é uma propo-
s]xg : x2 + 2x = -1
sição verdadeira e p]2g uma proposição falsa.
t]xg : x2 = 1

39

565065 039-085 U2.indd 39 19/03/15 15:49


Na tarefa 1, é explicitado que A é o conjunto dos valores que a variável x
pode assumir, dizendo-se, por isso, que A é o domínio de variação da
variável associada à condição e pode ser designado por universo da con-
dição.

Quando se substitui uma variável por uma designação, diz-se que se


estão a atribuir valores à variável.

O domínio da variável, ou universo da condição, é, então,


o conjunto dos termos atribuíveis à variável.

O universo de uma condição está, por vezes, implícito no contexto da


mesma.

EXEMPLO 2
Na expressão proposicional
x2 + 3x = y
as variáveis x e y estão destinadas a ser substituídas por números
reais, e diz-se, por isso, que x e y são variáveis reais, sendo
o domínio de cada variável o conjunto IR (conjunto dos números
reais).
Repare-se que não faz sentido substituir x pelo termo triângulo.

Refira-se ainda que a atribuição de valores às variáveis obedece a


regras:
AVALIAR CONHECIMENTOS
• Se uma variável aparece mais do que uma vez, deve ser substituída
2 todas as vezes pelo mesmo termo.
Considere a condição • As variáveis diferentes podem ser substituídas, ou não, pelo mesmo
x3 - x2 termo.
p]xg : <0
2
Indique o valor lógico Em linguagem corrente, as variáveis são, por vezes, representadas por
das proposições p]1g , expressões indefinidas, como, por exemplo, «um número», «um triân-
p]-2g e p]3g . gulo», etc.
3
Considere as seguintes EXEMPLO 3
condições: Na expressão
p]xg : x é um número inteiro «Um triângulo inscrito numa semicircunferência
q]xg : x é múltiplo de 5 é retângulo» a variável é «um triângulo inscrito
r]xg : x é maior que 2 numa semicircunferência», e, sendo assim, o uni-
t]xg : x G 6
verso onde se está a trabalhar é o conjunto dos
Indique o valor lógico triângulos inscritos numa semicircunferência.
das proposições:
a) q]20g
As expressões proposicionais não são as únicas expressões com variá-
u1p38h1
b) p]4g / q]16g
veis utilizadas em lógica matemática. Existem também expressões com
c) p]7g & r]10g
variáveis que se transformam em designações quando se atribui valores
d) q]15g + t]10g
às variáveis. Estas expressões denominam-se expressões designatórias.

40

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

Expressões designatórias
Expressões com variáveis que se transformam em designações
quando se substituem essas variáveis por designações.

EXEMPLO 4
A expressão «O triplo de um número» ou « 3x » (na variável x )
transforma-se numa designação do número 27 , quando substituí- Professor
mos «um número» ou « x » por 9 . Tarefa 2
a) Substituindo x por 0 obtém-se
uma proposição verdadeira ]0 = 0g
Classificação de condições e fazendo x = 1 obtém-se uma
proposição falsa ]-2 = 0g condição
possível não universal.
b) Para quaisquer valores reais x e y ,
TAREFA 2 obtém-se sempre uma proposição
verdadeira (condição universal).
Para cada uma das expressões proposicionais seguintes, substitua c) Para qualquer valor real x ,
as variáveis de modo a obter, se possível, proposições verdadeiras obtém-se sempre uma proposição falsa
(condição impossível).
ou proposições falsas. d) Para qualquer valor real x ,
Considere que x e y são variáveis reais, ou seja, as condições têm obtém-se sempre uma proposição
verdadeira (condição universal).
como universo o conjunto dos números reais.
a) x2 - 3x = 0 c) x+1<x
b) ]x + yg2 = x2 + 2xy + y2 d) x2 + 3 > 0 AVALIAR CONHECIMENTOS

4
A expressão proposicional apresentada na alínea b) da tarefa anterior Identifique quais das
(igualdade entre o quadrado do binómio e o seu desenvolvimento) seguintes expressões são
expressões proposicionais
transforma-se numa proposição de valor lógico V quaisquer que
e quais são expressões
sejam os valores do universo atribuídos às variáveis x e y . Diz-se,
designatórias:
por isso, que esta expressão proposicional é uma expressão proposi-
A. |4 - x| < 3
cional universal ou condição universal.
B. x-2
Também a condição apresentada na alínea d) é uma condição universal, C. |4 - x|
pois sabe-se que o quadrado de qualquer número real é não negativo e, D. x-2!Z
portanto, a expressão designatória x2 + 3 transforma-se num número 5
real positivo, qualquer que seja o valor atribuído à variável x . Seja A o conjunto de todos
os triângulos equiláteros.
De uma forma geral:
Verifique quais são os
Condição universal em U elementos x de A que
transformam as expressões
Condição que se transforma numa proposição verdadeira, sem-
seguintes em proposições
pre que se substituem as variáveis por termos do universo U da
verdadeiras:
condição.
p]xg : O perímetro de x
é 39 u. c.
Note-se que basta existir uma substituição da variável que transforme q]xg : Os ângulos internos
a condição numa proposição falsa para que esta não seja universal. de x têm amplitude 60º
r]xg : A altura de x mede
Por outro lado, existem expressões proposicionais que assumem 3 u. c.
o valor lógico falsidade sempre que se substituem as variáveis s]xg : A soma das
por termos do universo considerado. Estas expressões proposicionais amplitudes dos ângulos
dizem-se impossíveis. internos de x é 170º

41

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Condição impossível em U
Condição que se transforma numa proposição falsa, sempre que
se substituem as variáveis por termos do universo U da condi-
ção. No caso contrário, a condição diz-se possível em U .

A condição apresentada na alínea c) da tarefa 2 é exemplo de uma


condição impossível, uma vez que, sempre que adicionamos a qual-
quer número real uma unidade, obtemos um número superior.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
Classifique como universal, possível não universal ou impossí-
vel, nos universos indicados, as seguintes condições:
a) n + 1 > 1 , em IN
b) n + 1 > 1 , em Z
c) 2x - 3 = 0 , em Z
d) 2x - 3 = 0 , em IR
e) x = x , em IR
f) x ! x , em IR
NOTA RESOLUÇÃO:

As condições apresentadas a) Sabe-se que o menor número natural é 1 , pelo que o menor
nas alíneas e) e f) do exercício valor que a expressão designatória n + 1 pode assumir é 2 ,
resolvido 1, ao lado, são universal portanto, a condição n + 1 > 1 é uma condição universal
e impossível, respetivamente, em IN .
independentemente do universo
considerado. b) Sabe-se que -2 e 1 são números inteiros relativos. As pro-
posições que se obtêm substituindo n por -2 e por 1 são,
respetivamente, -2 + 1 > 1 e 1 + 1 > 1 , sendo a pri-
meira falsa e a segunda verdadeira.
AVALIAR CONHECIMENTOS
Portanto, a condição n + 1 > 1 é possível em Z , mas não
6 é universal, ou seja, é possível não universal.
Classifique como universal,
c) Para a condição 2x - 3 = 0 ser possível, teria de existir um
possível não universal
ou impossível, nos universos número inteiro cujo dobro fosse igual a 3 , o que não é ver-
indicados, as seguintes dade dado que 3 é ímpar. Ou seja, a condição é impossível
condições: em Z .
a) x2 - 6x + 1 = 0 , em Q
I d) A
condição 2x - 3 = 0 transforma-se numa proposição
3
b) 3]2 - xg = -x , em IN verdadeira quando se atribui o valor a x , pelo que é
2
c) x2 H 0 , em IR
possível em IR . Por outro lado, transforma-se numa proposi-
d) x > 0 , em IN ção falsa quando, por exemplo, se substitui x por 0 , pelo
7
que não é universal.
Indique um universo onde e) A condição x = x é universal em IR .
a condição x + 1 > 0 seja: f) A condição x ! x é impossível em IR .
a) possível não universal;
b) universal;
c) impossível.

42

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

A classificação de condições pode ser resumida no esquema que se Professor


segue: Metas curriculares
LTC10
Condições Descritores 2.2, 2.3 e 2.7

Possíveis Impossíveis

Universais Não universais

2.2  uantificador universal e quantificador


Q
existencial
Quantificador universal

Dizer que x2 + 3 > 0 é uma condição universal é o mesmo que dizer


que «Qualquer que seja o valor de x , x2 + 3 > 0 » é uma proposição
verdadeira.
Para representar simbolicamente a proposição anterior, escreve-se antes
da condição 6x seguido de uma vírgula, ou seja, 6x, x2 + 3 > 0 . AVALIAR CONHECIMENTOS

8
Em geral, para condições com apenas uma variável, tem-se:
Classifique, em IR ,
as seguintes condições:
Dada uma condição p]xg , a proposição «Qualquer que seja x ,
p]xg » representa-se simbolicamente por 6x, p]xg , e é verda- a) x2 + x + 10 = 0

deira se, e só se, a condição p]xg é universal. b) x2 + 3 = 0


O símbolo 6 designa-se por quantificador universal. c) 2x - 7 H 5
d) x2 + 1 ! 0

O quantificador universal surge na linguagem corrente frequentemente 9


associado às palavras «qualquer que seja», «para todo», «cada», «sem- Escreva em linguagem
pre», etc. corrente as seguintes
Dada uma condição p]xg e um conjunto U é frequente escrever proposições e indique o seu
6x ! U, p]xg com o sentido de «Qualquer que seja x , se x ! U valor lógico.
então, x verifica p]xg » ^isto é, 6x, x ! U & p]xgh, que será verda- a) 6x ! IN, x ! Z
deira se, e somente se, p]xg for uma condição universal em U . b) 6x ! IR, |x| > 0
c) 6x ! IR, x2 ! -5
EXEMPLO 5
10
A proposição Escreva as proposições
6n ! IN, n > 0 ou 6n, n ! IN & n > 0 seguintes em linguagem
pode ler-se simbólica e indique o seu
«Todos os números naturais são positivos» valor lógico.
ou a) Todos os números
«Um número natural é sempre positivo» naturais são pares.
b) Qualquer número real tem
A definição e o uso de quantificadores universais em condições com quadrado não negativo.
mais do que uma variável são análogos. c) Um número racional
é sempre real.

43

565065 039-085 U2.indd 43 19/03/15 15:49


Professor EXEMPLO 6
Metas curriculares A proposição
LTC10 6x, y ! IR, ]x + yg2 = x2 + 2xy + y2
Descritores 2.4, 2.5 e 2.8
tem valor lógico V , uma vez que a condição
]x + yg2 = x2 + 2xy + y2
é universal.

Quando se aplica o quantificador universal a uma condição não uni-


versal, obtém-se uma proposição falsa.

EXEMPLO 7
AVALIAR CONHECIMENTOS A proposição
11 6x ! IR, x2 - 3 > 0
Utilize quantificadores para tem valor lógico falsidade uma vez que existem números reais que
escrever simbolicamente as transformam a condição numa proposição falsa. Por exemplo, subs-
proposições e indique o seu tituindo x por 1 obtém-se 12 - 3 > 0 , com valor lógico F .
valor lógico:
a) Há um número racional
Quantificador existencial
menor do que 3 .
b) Todos os números Dizer que a condição x + 3 = 5 é possível é o mesmo que dizer que
naturais são positivos. «Existe x , tal que x + 3 = 5 » é uma proposição verdadeira.
c) Existe um número real
cujo cubo é -8 . Para representar a proposição referida, antepõe-se à condição 7x: ,
d) Sempre que adicionamos ou seja, 7x: x + 3 = 5 .
2 a um número real
positivo, obtemos um
Dada uma condição p]xg , a proposição «Existe x tal que p]xg »
número positivo.
representa-se simbolicamente por 7x: p]xg e é verdadeira se,
e) Existe pelo menos um
e só se, a condição p]xg for possível.
número racional cujo
O símbolo 7 designa-se por quantificador existencial.
dobro é positivo.

12
O quantificador existencial surge na linguagem corrente frequentemente
Considere as seguintes
associado às palavras «existe pelo menos um», «existe», ou «há».
condições:
|3x| + 1 > 0 Dada uma condição p]xg e um conjunto U é frequente escrever
2
x =x 7x ! U: p]xg , com o sentido de «Existe x , tal que x ! U e p]xg » ^isto
x2 + 7 = 2 é, 7x: x ! U / p]xgh, que será verdadeira se p]xg for possível em U .
Classifique, em IR ,
12.1 
cada uma das
EXEMPLO 8
condições dadas.
A proposição
12.2 
Indique o valor lógico 7x ! Q:I x2 G 2
de cada uma das
pode ler-se «Existe pelo menos um número racional cujo quadrado
seguintes proposições:
é menor ou igual a 2 », ou «Há pelo menos um número racional
6x ! IR, |3x| + 1 > 0 cujo quadrado é menor ou igual a 2 ».
6x ! IR, x2 = x Substituindo x por 1 na condição x2 G 2 , obtém-se, 1 G 2 , que
7x ! IR: x2 = x é uma proposição verdadeira. Então, a condição x2 G 2 é possível
7x ! IR: x2 + 7 = 2 em QI , pelo que a proposição 7x ! Q: I x2 G 2 é verdadeira.

44

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

TAREFA 3 Professor
Considere, num universo não vazio, uma condição p]xg qualquer. Tarefa 3
Justifique que a proposição 6x, p]xg & 7x: p]xg é verdadeira. A implicação é falsa se o antecedente
for verdadeiro e o consequente falso.
Neste caso, se 6x, p(x) for
verdadeira, a condição p(x) é universal
sendo, em particular, possível.
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 Portanto, 7x : p(x) é verdadeira,
Seja M o conjunto dos pontos da circun- concluindo-se que a implicação
é verdadeira.
ferência representada na figura ao lado: A
Sabe-se que: C
• 5AB? é um diâmetro da circunferência;
• o comprimento de 5AB? é igual a 6 ; B
• o ponto C é o centro da circunferência.
Escreva em linguagem corrente e indique o valor lógico das pro-
posições seguintes:
2 2
a) 6P ! M, CP = 3 c) 6Q ! M, AQ + BQ = 36
b) 7P ! M: AP 2 AB u1p43h1
d) 7P ! M: AP = 6

RESOLUÇÃO:
a) «Qualquer que seja o ponto P da circunferência, a medida do
comprimento de 5CP? é igual a 3 ». O valor lógico da pro-
posição é V , pois 5CP? é um raio da circunferência.
b) «Existe pelo menos um ponto P da circunferência, tal que a
medida do comprimento de 5AP? é maior do que a medida do
comprimento de 5AB? ». Esta proposição é falsa, pois nenhuma
corda de uma circunferência tem comprimento superior ao do AVALIAR CONHECIMENTOS
seu diâmetro. 13
c) «Qualquer que seja o ponto Q da circunferência, a soma do Seja A = !3, 5, 7, 9, 11, 13+.
quadrado do comprimento de [AQ] com o quadrado do com- Indique o valor lógico das
primento de [BQ] é igual a 36 .» Proposição verdadeira. proposições:
De facto, sendo Q um ponto da circunferência, este pode a) 6x ! A, x é primo
coincidir com A , com B ou ser distinto de ambos. b) 7x ! A: 2x = 12
No primeiro caso, tem-se AQ = 0 e QB = AB = 6 e, assim, c) 6x ! A, x ! IN
2 2 2 2
AQ + BQ = 0 + 6 = 36 d) 7x ! A: x > 13
Analogamente, se Q coincide com B , tem-se BQ = 0
14
e AQ = AB = 6 e, então, Considere a condição:
2 2
AQ + BQ = 6 2 + 0 2 = 36 |x| = x
Se Q não coincide com A nem com B , o triângulo [ABQ] 14.1 
Utilize o quantificador
é retângulo em Q (o ângulo AQB está inscrito numa semi- universal e a condição
circunferência). Então, pelo teorema de Pitágoras, dada para escrever uma
2 2 2
AQ + BQ = AB , ou seja, AQ + BQ = 36
2 2 proposição verdadeira
e uma proposição falsa.
Em qualquer dos casos, tem-se:
2 2
14.2 
Utilize o quantificador
AQ + BQ = 36 existencial e a
d) «Há um ponto P na circunferência que, com o ponto A , deter- condição dada para
mina uma corda cuja medida de comprimento é igual a 6 ». Esta escrever uma
proposição é verdadeira, basta substituir P por B , para que a proposição verdadeira
condição AP = 6 se transforme numa proposição verdadeira. e uma proposição falsa.

45

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Professor As operações lógicas também podem ser usadas entre condições e
Metas curriculares combinadas com o uso de quantificadores.
LTC10
Descritores 2.3 e 2.5
EXEMPLO 9
As proposições
6x ! IR, ]x H 0 0 x < 0g , 6x ! IR, ]x2 > 4 0 x2 < 4g
e
7x ! IR: ]x > 2 / x < 3g
podem ler-se: «Qualquer número real é não negativo ou negativo»,
«O quadrado de qualquer número real é maior do que 4 ou menor
do que 4 » e «Existe pelo menos um número real maior do que 2
e menor do que 3 », respetivamente.
A primeira proposição é verdadeira. Substituindo, na condição
x H 0 0 x < 0 , a variável x por um número real, a , qualquer,
uma das proposições, a H 0 ou a < 0 , é necessariamente verda-
deira. Em qualquer dos casos, a proposição a H 0 0 a < 0 é verda-
deira. Ou seja, a expressão x H 0 0 x < 0 é uma condição universal.
A segunda proposição é falsa, uma vez que a substituição da
variável por 2 leva à disjunção de duas proposições falsas,
]22 > 4 0 22 < 4g , que é uma proposição falsa.
5
A terceira proposição é verdadeira, já que transforma a condi-
2
ção x > 2 / x < 3 numa proposição verdadeira.

Assim, como se observa no exemplo anterior, a conjunção e a disjun-


ção de condições são operações com condições que têm como resul-
tado uma nova condição.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
Admitindo que p]xg é uma condição possível, i]xg é uma con-
dição impossível, u]xg é uma condição universal e q]xg é uma
condição qualquer, justifique que:
a) p]xg 0 q]xg é uma condição possível;
AVALIAR CONHECIMENTOS
b) i]xg / q]xg é uma condição impossível;
15
c) u]xg 0 q]xg é uma condição universal.
Indique, justificando, o valor
lógico das seguintes RESOLUÇÃO:
proposições: a) Dado que p]xg é uma condição possível, existe pelo menos
a) 6x ! IR, um valor a para o qual p]ag é uma proposição de valor
]x2 = 0 0 x2 > 0g lógico V , pelo que p]ag 0 q]ag é uma proposição verda-
b) 7x ! IR: deira, e, portanto, p]xg 0 q]xg é uma condição possível.
]|x| < 0 / x = -1g b) Sendo i]xg uma condição impossível, para qualquer valor a

c) 7x ! IR: atribuído a x obtém-se uma proposição i]ag falsa, pelo que
]x é par / x é primog a proposição i]ag / q]ag é também falsa ( F é o elemento
d) 6x ! IN,
absorvente da conjunção). Portanto, a condição i]xg / q]xg
]|x| H 1 0 |x| < 0g é impossível. (Continua)

46

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

EXERCÍCIO RESOLVIDO 3 (Continuação) Professor


Metas curriculares
c) Acondição u]xg , porque é universal, transforma-se numa
LTC10
proposição verdadeira para qualquer substituição da variável, Descritores 2.3 e 2.5
então, porque V é o elemento absorvente da disjunção de
condições, também a condição u]xg 0 q]xg é transformada
numa proposição verdadeira para qualquer substituição da
variável, ou seja, u]xg 0 q]xg é uma condição universal.

De uma forma mais geral:

A disjunção de uma condição possível com uma condição qual-


quer é uma condição possível.
A disjunção de uma condição universal com uma condição qual-
quer é uma condição universal.
AVALIAR CONHECIMENTOS
A conjunção de uma condição impossível com uma condição
qualquer é uma condição impossível. 16
Considere as seguintes
condições:
É importante notar ainda que, em geral, as proposições
6x, 6p]xg 0 q]xg@ e 6x, p]xg 0 6x, q]xg
p]xg : x > 0
q]xg : x é ímpar
não são equivalentes; o mesmo acontecendo com as proposições r]xg : x2 = 10
7x: 6p]xg / q]xg@ e 7x: p]xg / 7x: q]xg
Escreva, em linguagem
16.1 
corrente, as proposições
EXEMPLO 10 seguintes e indique
A proposição o seu valor lógico:
6x ! IR, ]x H 0 0 x < 0g a) 6x ! IR,
é, como foi visto no exemplo 9, verdadeira, enquanto a proposição ^p]xg & q]xgh
6x ! IR, x H 0 0 6x ! IR, x < 0 b) 7x ! IN:
é falsa, uma vez que as proposições 6x ! IR, x H 0 e 6x ! IR, x < 0 ^+q]xg 0 p]xgh
são ambas falsas. c) 7x ! IR: +r]xg /
A proposição /7x ! IR: p]xg

7x ! IR: 5x > 2 / x < 1? Escreva em linguagem
16.2 
é falsa, enquanto a proposição simbólica, utilizando
7x ! IR: x > 2 / 7x ! IR: x < 1 quantificadores e as
condições dadas, as
é verdadeira.
seguintes proposições:
a) Todos os números
Note-se que as propriedades das operações sobre proposições (comutativi- naturais são
dade, associatividade, etc.) são extensíveis às operações sobre condições. positivos e pares.
b) Existe um número
real positivo cujo
EXEMPLO 11
quadrado é 10 .
Dadas duas condições p]xg e q]xg quaisquer, as condições:
c) Todos os números
p]xg / q]xg + q]xg / p]xg
naturais são
p]xg 0 q]xg + q]xg 0 p]xg
positivos ou todos
são universais, uma vez que, para cada substituição da variável x ,
os números naturais
se transformam em proposições verdadeiras, pela propriedade são ímpares.
comutativa da conjunção e da disjunção, respetivamente.
47

565065 039-085 U2.indd 47 19/03/15 15:50


Em particular, são válidas as primeiras leis de De Morgan:

Primeiras leis de De Morgan


Dadas duas condições p]xg e q]xg quaisquer, são universais as
condições:
+^p]xg / q]xgh + +p]xg 0 +q]xg
+^p]xg 0 q]xgh + +p]xg / +q]xg

EXEMPLO 12
Considere as condições em IN ,
a]ng: n é ímpar e b]ng: n é múltiplo de 2
A negação da condição
a]ng / b]ng : n é ímpar e múltiplo de 2
é
+a]ng 0 +b]ng : n é par ou não é múltiplo de 2
A negação da condição
a]ng 0 b]ng : n é ímpar ou múltiplo de 2
é
+a]ng / +b]ng : n é par e não é múltiplo de 2

2.3 Segundas leis de De Morgan


Considerem-se as proposições relativas à fotografia seguinte.

AVALIAR CONHECIMENTOS

17
Negue as seguintes
condições sem utilizar «Todos os cavalos da fotografia são castanhos»(1)
o símbolo + . «Existem cavalos malhados na fotografia»(2)
a) x + 1 = 0 / x ! IN
b) x > 5 0 x = 5 Observando a fotografia, conclui-se que ambas as proposições são
c) x = 2 0 x = 3
falsas.
A primeira proposição é falsa, porque na fotografia existe um cavalo
d) x ! 2 / x é primo
branco, ou seja, não é verdade que todos os cavalos da fotografia são
castanhos.
(1)
Entenda-se «ser castanho» como Assim, afirmar que «Nem todos os cavalos da fotografia são casta-
«ter como cor predominante
nhos» ou «Existe pelo menos um cavalo que não é castanho» é o
o castanho».
(2)
Ter mancha branca na cara não mesmo que afirmar que:
é entendido como malhado. «Não é verdade que todos os cavalos da fotografia são castanhos»
48

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

Simbolicamente, tem-se Professor


+]6x, x é castanhog + 7x : x não é castanho AVALIAR CONHECIMENTOS Metas
curriculares
18
A segunda proposição é falsa, porque nenhum dos cavalos da fotogra- LTC10
Escreva, em linguagem Descritores 2.6
fia é malhado ou, dito de outro modo, qualquer cavalo observado na e 2.9
corrente, a negação
fotografia é não malhado.
das proposições:
Simbolicamente: a) Todo o número irracional
+]7x: x é malhadog + 6x , x não é malhado é racional.
b) Alguns números reais são
De uma forma geral, as seguintes propriedades são conhecidas como irracionais.
segundas leis de De Morgan: c) Todo o número inteiro
é real.
Negação do quantificador universal
d) Os números racionais são
Negar que todos os elementos de um dado universo verificam uma
reais.
condição é afirmar que existe pelo menos um elemento do uni-
e) Existem números reais
verso que a não verifica.
que são naturais.
Todos os futebolistas são
f) 
Negação do quantificador existencial
milionários.
Negar que existe pelo menos um elemento de um dado universo
g) Alguns professores são
que verifica uma condição é afirmar que qualquer elemento do
jovens.
universo não a verifica.
h) Nenhum aluno é excelente.

19
Considerando uma condição p]xg , as propriedades anteriores Considere as seguintes
escrevem-se simbolicamente como se segue: proposições:
+^6x ! U, p]xgh + 7x ! U: +p]xg «Todos os animais são
+^7x ! U: p]xgh + 6x ! U, +p]xg herbívoros»
«Alguns animais são
carnívoros»
Observe-se que se a proposição 6x ! U, p]xg é verdadeira, a sua
«Existem animais omnívoros»
negação 7x ! U: +p]xg é falsa, donde se conclui que a negação de
19.1 Seja A o conjunto
uma condição universal é uma condição impossível.
de todos os animais.
Analogamente, a negação de uma condição impossível é uma condi- Escreva, simbolicamente,
ção universal. as proposições dadas.
19.2 Obtenha,
simbolicamente, sem utilizar
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4 o símbolo + , e em
Considere as seguintes proposições: linguagem corrente, sem
a) Há números naturais maiores que o seu dobro. utilizar a expressão «não é
verdade», a negação de cada
b) Todos os números primos são ímpares ou iguais a 2 .
uma das proposições dadas.
c) Existem números naturais que são simultaneamente pares 19.3 Considere ainda
e ímpares. a condição:
d) Um número real é positivo ou negativo. r]xg : x é quadrúpede.
4.1 Escreva cada proposição utilizando linguagem simbólica. Escreva, simbolicamente, a
Obtenha, simbolicamente, sem utilizar o símbolo
4.2  + , e em proposição: «Alguns animais
linguagem corrente, sem utilizar a expressão «não é ver- quadrúpedes são herbívoros»
dade», a negação de cada uma das proposições. (Continua)
e negue-a.

49

565065 039-085 U2.indd 49 19/03/15 15:50


Professor EXERCÍCIO RESOLVIDO 4 (Continuação)
Metas curriculares
4.1 a) 7n ! IN: n > 2n
LTC10
Descritor 2.9 b) 6n ! P, n é ímpar 0 n = 2 (P é o conjunto dos núme-
ros primos)
c) 7n ! IN: n é par / n é ímpar
d) 6x ! IR, x > 0 0 x < 0
Qualquer número natural é não superior ao seu dobro.
4.2 a)
Simbolicamente:
6n ! IN, n G 2n
b) Existe pelo menos um número primo par e diferente de 2.
Simbolicamente:
7n ! P: n é par / n ! 2
Qualquer número natural é ímpar ou par.
c)
Simbolicamente:
6n ! IN, n é ímpar 0 n é par
d) Existe
pelo menos um número real que não é positivo
nem negativo.
Simbolicamente:
7x ! IR: x G 0 / x H 0

Contraexemplos

A proposição da alínea d) do exercício resolvido 4 é falsa, porque a


afirmação é feita sobre todos os números reais, e 0 , que é um número
real, contraria-a. Diz-se, por isso, que 0 é um contraexemplo.
AVALIAR CONHECIMENTOS
De uma forma geral:
20
Mostre, apresentando um Para determinar que uma afirmação feita sobre um conjunto de
contraexemplo, que são elementos é falsa, basta explicitar um elemento desse conjunto
falsas as seguintes para o qual a afirmação é falsa. A este elemento chama-se
proposições: contraexemplo.
a) 6x ! IR, |-x| = x Mais precisamente, para justificar que a proposição 6x ! U, p]xg
b) Todos os múltiplos de 2 é falsa, basta explicitar a ! U (o contraexemplo), tal que p]ag
são múltiplos de 4 . é falsa.
c) Os elementos do conjunto
A = !15, 45, 90, 135, 340+
são múltiplos de 3 e de 5 . Assim, o contraexemplo é uma ferramenta muito útil em matemática
d) A raiz quadrada de um
quando se pretende demonstrar a falsidade de uma conjetura (proposi-
número natural é um ção com pretensão de ser verdadeira, ou seja, com a pretensão de ser
número irracional. uma propriedade matemática).
e) A diferença de dois
números positivos é um EXEMPLO 13
número positivo. O número 2 é um contraexemplo para a proposição:
6x ! ?0, 35, x 1
1 1
f)  Todos os números primos são ímpares
3

50

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
No estudo da sucessão de termo geral n2 - n + 41, a Joana
construiu a seguinte tabela:

n 1 2 3 4 5 6 7 8 9

n2 - n + 41 41 43 47 53 61 71 83 97 113

Formulando de seguida a seguinte conjetura:


«Os termos da sequência de termo geral n2 - n + 41 são todos
números primos»
Apresente um contraexemplo que mostre que esta conjetura
é falsa.
RESOLUÇÃO:
Repare-se que, quando se substitui n por 41 , se obtém
412 - 41 + 41 = 412 = 1681
que é múltiplo de 41 , portanto, a conjetura é falsa.

TAREFA 4
Professor
Tarefa 4
Mostre, apresentando um contraexemplo, que as conjeturas seguin-
a) O mês de fevereiro não tem 30
tes são falsas. nem 31 dias.
b) O produto de 0 (racional) por 2
a) Todos os meses do calendário gregoriano têm 30 ou 31 dias. (irracional) é 0 (racional).
c) Um triângulo retângulo isósceles tem
b)  produto de um número racional por um irracional
O dois ângulos internos com a mesma
é irracional. amplitude.
d) Um losango (não quadrado) tem
c)  um triângulo retângulo, todos os ângulos internos têm
N os lados todos iguais e não é um
amplitudes diferentes. quadrado.

d) Um quadrilátero com os lados iguais é um quadrado.

2.4 Conjunto definido por uma condição


Um conjunto pode ser encarado como uma coleção de objetos de qual-
quer natureza, os quais se dizem elementos desse conjunto.

A condição « x é um elemento do conjunto A » ou « x pertence ao


conjunto A » representa-se simbolicamente por x ! A .

Um conjunto pode ser definido enumerando todos os seus elementos,


ou indicando uma propriedade que seja verificada por todos os seus
elementos.

EXEMPLO 14
O conjunto A dos números naturais com apenas um algarismo pode
ser representado por:
A = !1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9+
ou
A = !x ! IN: x < 10+

51

565065 039-085 U2.indd 51 19/03/15 15:50


Professor Quando se representa um conjunto enumerando todos os seus elemen-
Metas curriculares tos, diz-se que o mesmo está definido em extensão.
LTC10
Descritores 2.10 e 2.12 Só conjuntos muito específicos (conjuntos finitos) podem ser repre-
sentados em extensão. Excetuando esses casos, os conjuntos são, em
geral, definidos por uma condição (propriedade) que é verificada por
todos os elementos do conjunto. Nestes casos, diz-se que o conjunto
está definido em compreensão.

EXEMPLO 15
O conjunto dos números naturais que são simultaneamente múlti-
plos de 2 e de 3 tem infinitos elementos, não sendo assim possí-
vel enumerar todos os seus elementos.
Designando por B este conjunto, pode escrever-se
B = !n ! IN: n é múltiplo de 2 / n é múltiplo de 3+
que se lê « B é o conjunto dos n pertencentes a IN , tais que n é
múltiplo de 2 e n é múltiplo de 3 » .
Esta representação designa-se por definição em compreensão
do conjunto B pela condição
n é múltiplo de 2 / n é múltiplo de 3

De uma forma geral:

Conjuntos definidos por condições


Dada uma condição p]xg , A = !x: p]xg+ representa o conjunto
dos valores de x que transformam a condição p]xg numa pro-
posição verdadeira e designa-se por definição em compreensão
do conjunto A pela condição p]xg .
Por outras palavras, dizer que o conjunto A é definido em com-
preensão pela condição p]xg é o mesmo que dizer que a propo-
sição 6x, x ! A + p]xg é verdadeira.
Diz-se que a é um elemento do conjunto A se, e somente se,
p]ag é uma proposição verdadeira.

A ideia de conjuntos definidos por condições foi já abordada no Ensino


Básico.

Por exemplo, sabe-se que resolver uma equação (ou inequação)


é determinar o conjunto dos valores do universo que a verificam, ou
AVALIAR CONHECIMENTOS seja, que a transformam numa proposição verdadeira. Este conjunto é
21 designado por conjunto solução da condição.
Indique, em extensão,
os seguintes conjuntos:
EXEMPLO 16
a) A = !x ! IN: 3 < x < 7+ Em IR , a equação x - 5 = 0 tem como conjunto solução !5+ ,
b) B = !x ! IR: x2 = 16+ ou seja, !5+ pode ser definido em compreensão pela condição
c) C = !x ! Z: |x| G 3+ x-5=0.

52

565065 039-085 U2.indd 52 19/03/15 15:50


UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

Conjunto solução de uma condição Professor


Metas curriculares
LTC10
Dada uma condição p]xg e um conjunto U , o conjunto Descritor 2.13
!x: x ! U / p]xg+ , que pode também ser representado por
!x ! U: p]xg+ , é o conjunto solução da condição p]xg em U .

EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
6.1 Defina, em extensão, os conjuntos seguintes:
a) A = !n ! IN: n é par / n é primo+
b) B = !x ! IR: x2 = 5+
c) C = !x ! Z: x > -3 / x G 3+
6.2 Defina em compreensão: AVALIAR CONHECIMENTOS
a) o conjunto das potências de 2 ; 22
b) o intervalo de números reais A-5, 3A ; Indique, em extensão,
c) o conjunto !-3, 4+ ; os seguintes conjuntos:
d) !+ a) A = !x ! IR: x2 -5x + 6 = 0+
b) B = !x ! Z: |x| G 4+
e) IR , o conjunto dos números reais.
c) C = !x ! IN: 10 - x H 5+
RESOLUÇÃO:
6.1 a) A = !2+ 23

b) B = #- 5 , 5- Defina, em compreensão,
C = !-2, -1, 0, 1, 2, 3+
os seguintes conjuntos:
c)
a) A = !3+
Por exemplo:
b) B = !2, 3, 5, 7+
6.2
!x: x = 2n / n ! IN+
c) C = !quarta-feira,
a)
b) !x ! IR: x > -5 / x G 3+ quinta-feira+
!x ! IR: (x + 3)(x - 4) = 0+ ou !x ! IR: x = -3 0 x = 4+
d) D = (1, 2
c) 1 1 1 1
, , ,
d) !n ! IN: n + 1 = 0+ 2 4 8 16
e) !x ! IR: x + 1 > x+ ou !x ! IR: x = x+ e) O conjunto dos números
naturais primos menores
do que 20 .

Como foi referido, as condições universais são verificadas por todos 24


os elementos do universo, pelo que o universo pode ser definido por Considere as seguintes
qualquer condição universal, como é o caso das condições x + 1 > x condições definidas em IN :
e x = x , apresentadas no exercício anterior. a]ng : n é um número primo
b]ng : n é múltiplo de 3
Por outro lado, uma condição impossível, num dado universo, não é c]ng : n é divisor de 18
verificada por qualquer elemento desse universo, pelo que um con- d]ng : n é inferior a 10
junto definido por uma condição impossível não tem qualquer ele- Defina, em extensão, cada
mento; é o conjunto vazio. um dos seguintes conjuntos:
P = !n: a]ng / d]ng+
EXEMPLO 17 Q = !n: b]ng / c]ng+
As condições x ! x e x + 1 = x são impossíveis, pelo que os R = !n: c]ng 0 d]ng+
S = !n: +c]ng / d]ng+
conjuntos por estas definidos são vazios.
Caderno de Apoio do 10.º ano

53

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Professor Assim, tem-se:
Metas curriculares
LTC10 Se p]xg é uma condição universal, o conjunto definido por esta é o
Descritor 2.11
universo, e se p]xg é uma condição impossível, o conjunto por ela
definido é o conjunto vazio.
O conjunto vazio é usualmente representado por {} , ou Q .

Igualdade entre conjuntos

Dados dois conjuntos A e B , eles são iguais se têm os mesmos ele-


mentos, isto é, A = B , se, e somente se, x ! A + x ! B .

Retomando o conjunto apresentado no exemplo 15, repare-se que as


condições, « n é múltiplo de 2 / n é múltiplo de 3 » e « n é múl-
tiplo de 6 » , são verificadas exatamente pelos mesmos números
naturais: 6 , 12 , 18 , …

Pode, então, dizer-se que as condições « n é múltiplo de 2 / n


é múltiplo de 3 » e « n é múltiplo de 6 » definem o mesmo conjunto
de números naturais escrevendo-se
!n ! IN: n é múltiplo de 2 / n é múltiplo de 3+ =
= !n ! IN: n é múltiplo de 6 +

Dadas duas condições p]xg e q]xg , diz-se que os conjuntos


A = !x ! U: p(x)+ e B = !x ! U: q]xg+ são iguais, e escreve-se
A = B , se, e só se, 6x ! U, p]xg + q]xg , ou seja, a condição
p]xg + q]xg é universal em U .

EXEMPLO 18
Em IN , as equações x - 5 = 0 e x2 = 25 definem o mesmo
conjunto: {5} .
Portanto, !x ! IN: x - 5 = 0+ = !x ! IN: x2 = 25+ .
No entanto, em Z , o conjunto solução da equação x - 5 = 0 é
AVALIAR CONHECIMENTOS !5+ e o conjunto solução de x2 = 25 é !-5, 5+ , ou seja,
25 !x ! Z: x - 5 = 0+ ! !x ! Z: x2 = 25+
Indique, em cada alínea,
se são iguais os conjuntos
Observa-se, assim, que duas condições podem, num dado universo, defi-
dados:
nir o mesmo conjunto e, noutro universo, definir conjuntos distintos.
a) A = !x ! IN: x > 2+ e
B = !x ! IR: x - 2 > 0+
b) A = !x ! Z: 2 < |x| < 4+ 2.5 União, interseção e diferença de conjuntos
e B = !-3, 3+ e conjunto complementar
c) A = !x ! IN: 0 < x < 1+
e B = !+ União (ou reunião) de conjuntos
d) A = !x ! IN: 3 G x G 10+
No universo dos quadriláteros, existem polígonos com os quatro ângu-
e B = !4, 5, 6, 7, 8, 9, 10+
los iguais e polígonos com os quatro lados iguais.
54

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

TAREFA 5 Professor
Considerem-se, no universo dos quadriláteros, os conjuntos Metas curriculares
R = !x: x tem os ângulos todos iguais+ LTC10
Descritor 2.14
e
L = !x: x tem os lados todos iguais+ Tarefa 5
Polígono 1: 1 ! R e 1 ! L .
Identifique a qual/quais dos conjuntos acima referidos pertence Este quadrilátero é um quadrado.
cada um dos polígonos a seguir representados: Polígono 2: 2 ! L . Este quadrilátero
é um losango.
Polígono 3: 3 ! R . Este quadrilátero
é um retângulo.
1 2 3

Como se designa cada um dos polígonos?


u1p52h3 u1p52h1 u1p52h2
A condição x ! R 0 x ! L corresponde ao conjunto dos quadriláte-
ros que são retângulos ou são losangos (ou ambas as coisas).

Este conjunto é chamado conjunto reunião dos conjuntos R e L


e representa-se por RjL e está ilustrado no seguinte diagrama de
Venn:

R L

RøL

Dados dois conjuntos A e B chama-se conjunto união


u1p52h4
(ou reunião) de A e B , e representa-se por AjB , ao con-
junto definido pela condição x ! A 0 x ! B , ou seja,
AjB = !x: x ! A 0 x ! B+

EXEMPLO 19
• !1, 2, 3, 4+j!3, 6, 9+ = !1, 2, 3, 4, 6, 9+
• 5-2, 3?j?1, 55 = 5-2, 55
• ?-3, 3?j52, +35 = IR
• !x ! IR: x G -2+j!x ! IR: x H 2+ =
= !x ! IR: x G -2 0 x H 2+ = ?-3, -2?j52, +35
AVALIAR CONHECIMENTOS

Interseção de conjuntos 26
Considere os conjuntos
Retomando, no universo dos quadriláteros, os conjuntos A = !x ! IN: x G 7+
R = !x: x tem os ângulos todos iguais+ B = !x ! IN: x < 10+
e C = !x ! IN: 5 G x < 13+
L = !x: x tem os lados todos iguais+, Determine, em extensão:
verifica-se que existem certos quadriláteros, os quadrados, que perten- a) AjB
cem simultaneamente aos dois conjuntos, ou seja, o conjunto dos
b) BjC
quadrados, Q , pode ser definido pela condição x ! R / x ! L .
55

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AVALIAR CONHECIMENTOS
Este conjunto é chamado conjunto interseção dos conjuntos R e L e
representa-se por RkL .
27
Professor Sendo A = !0, 1, 2, 3+ , No diagrama:
Metas B = !0, 2, 3, 5+ ,
curriculares C = !n ! IN: n é par R L
LTC10 e menor do que 10+ R>L
e D = !n ! IN: n
Descritor 2.14

é ímpar / 4 < n < 10+ .


Indique, em extensão,
os seguintes conjuntos: B , chama-se conjunto interseção
Dados dois conjuntos A eu1p53h1
a) AjB de A e B , e representa-se por A+B , ao conjunto definido
b) AkB pela condição x ! A / x ! B , ou seja,
c) AkBkC A+B = !x: x ! A / x ! B+
d) ]AjBgkD

28 EXEMPLO 20
Determine, sob a forma de 1. !1, 2, 3, 4+k!3, 6, 9+ = !3}
intervalo de números reais: 2. 5-2, 3?k?1, 55 = ?1, 3?
a) 5-7, +35k5-10,55 3. ?-3, 3?k52, +35 = 52, 3?
b) 52,55j54, +35 4. {x ! IR: x G -2}k{x ! IR: x H 2} =
c) AkB , em que = {x ! IR: x G -2 / x H 2} = !+
A = !x ! IR: 3 ]x - 1g > 4x+ e

B = ( xdIR: 22x+ 2
x+1 7
Como se exemplifica no 4.º ponto dos exemplos 19 e 20, quando dois
4 2
conjuntos, A e B , são definidos em compreensão por duas condi-
29
ções, a sua união, AjB , pode ser definida em compreensão pela
De dois conjuntos A e B ,
disjunção das duas condições, e a sua interseção, AkB , pela sua
sabe-se que:
conjunção.
AjB = !1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9+
AkB = !3, 5+ Ou seja, se A = !x ! U: p]xg+ e B = !x ! U: q]xg+ , então,
Quais das opções seguintes AjB = !x ! U: p]xg 0 q]xg+
podem definir os conjuntos e
A e B? AkB = !x ! U: p]xg / q]xg+
 = !3+ e
(A) A
B = !1, 2, 4, 5, 6, 7, 9+
 = !1, 2, 3, 4, 5+ e
(B) A Relação de inclusão de conjuntos
B = !3, 4, 5, 6, 7, 9+
 = !1, 3, 5+ e
(C) A
Sabe-se que um quadrado é um retângulo, ou seja, escolhido um qua-
B = !2, 3, 5, 6, 7, 9+ drado qualquer, este pertence ao conjunto dos retângulos.
 = !3, 5+ e
(D) A
B = !1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9+
Considerando Q o conjunto dos quadrados e R o conjunto dos retân-
gulos, a proposição anterior pode escrever-se
30 6x, x ! Q & x ! R
Se um conjunto A tem isto é, todos os elementos de Q são elementos de R . Exprime-se este
cinco elementos e um facto dizendo que o conjunto Q está contido no conjunto R e para o
conjunto B tem três representar escreve-se Q 1 R .
elementos, indique o número
máximo de elementos Por outro lado, sendo L o conjunto dos losangos, também a proposi-
dos seguintes conjuntos: ção 6x, x ! Q & x ! L é verdadeira, pelo que Q está, também,
a) AjB b) AkB contido em L .

56

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

Dados dois conjuntos A e B , diz-se que A está contido em


B , e representa-se por A 1 B quando
AVALIAR CONHECIMENTOS
6x, x ! A & x ! B Professor
Diz-se, neste caso, que A é um subconjunto de B ou uma 31
METAS
parte de B . Considere os conjuntos A , CURRICULARES

Quando A não está contido em B , escreve-se A j B . B e C tais que: LTC10


Descritores 2.15
• A é o conjunto dos e 2.16
números naturais pares
EXEMPLO 21
menores do que 20 ;
Sendo M4 o conjunto dos múltiplos de 4 e M2 o conjunto dos múl- • B é o conjunto dos
números naturais primos
tiplos de 2 , tem-se M4 1 M2 , ou seja, M4 é um subconjunto de
menores do que 20 ;
M2 , uma vez que qualquer múltiplo de 4 é também múltiplo de 2 .
• C é o conjunto dos
números naturais primos ou
Diferença de conjuntos e conjunto complementar pares, menores do que 20 .
31.1 Defina em compreensão
Sabe-se que um quadrado é um retângulo com os quatro lados iguais. os conjuntos A , B e C .
Assim, pode definir-se o conjunto dos retângulos não quadrados
31.2 Defina em extensão
como sendo o conjunto definido pela condição « x é retângulo /
AkB e BjC .
x não é losango» ou, retomando mais uma vez os conjuntos R e L ,
31.3 Complete com 1
x!R/x"L.
ou j de modo
O conjunto !x: x ! R / x " L + (obtido retirando de R todos os a obter proposições
elementos que pertencem a L ) designa-se por conjunto diferença verdadeiras.
entre R e L e representa-se por R\L . a) !2, 4, 6, 8+ ? A
b) !2+ ? C
R L c) !0, 1, 3, 5, 7, 9+ ? A
d) !2, 4, 6, 8, 10+ ? C
R\L

e) !23, 29, 31, 37+ ? B

32
Analogamente, pode definir-se o conjunto dos losangos não retângu- Indique o valor lógico
los, L\R , pela condição x !u1p54h1
L/x"R. das proposições:
Em geral: a) 6x ! IR, x > 2 & x > 1
b) 6x ! IN, x é par, então,
Dados dois conjuntos, A e B , designa-se por diferença entre A x é múltiplo de 6 .
e B o conjunto !x: x ! A / x " B+ , e representa-se por A\B . c) 6x ! IR, x = -1 & x2 = 1
Se B 1 A , diz-se que A\B é o complementar de B em A .
Quando A é o universo, A\B representa-se por B e designa- 33

-se apenas por complementar de B . Considere os conjuntos


A = !x ! IR: x2 - 5x + 6 = 0+
B = !x ! IN: x G 5+
Note-se que o complementar de B é o conjunto de todos os elementos C = !2, 4, 6, 8+
do universo U que não pertencem a B , isto é, que verificam a con- Determine, em extensão:
dição x " B .
a) AkB
U b) AjC
c) B\A
B B·
d) B\C
e) ]BjCg\A

57
u1p54h2

565065 039-085.indd 57 18/02/16 12:35


Professor EXEMPLO 22
sugestão • Em IN , o complementar do conjunto dos números pares é o
Exemplificar conexões entre operações conjunto dos números ímpares.
lógicas sobre condições, e operações
• Sendo A = !1, 2, 3, 4, 5, 6+ e B = !1, 3, 5, 7+ , tem-se
A\B = !2, 4, 6+ .
sobre os conjuntos que as definem.
Salientar a relação entre a negação
da conjunção (disjunção) de condições
e o complementar da interseção (união)
• No universo dos triângulos, o complementar do conjunto dos
de conjuntos. Aplicar, em particular, triângulos isósceles é o conjunto dos triângulos escalenos. Negar
a intervalos de números reais.
que um triângulo tem dois lados iguais é afirmar que o mesmo
tem todos os lados diferentes.

2.6  elação entre operações lógicas sobre condições


R
e operações sobre os conjuntos que as definem
Conjuntos e condições estão, como se tem vindo a observar, intima-
mente relacionados: a conjunção com a interseção de conjuntos; a
disjunção com a união de conjuntos; a implicação com a inclusão de
conjuntos e a negação de condições com conjuntos complementares.

Assim, as propriedades das operações sobre conjuntos são a tradução


imediata das propriedades das operações correspondentes sobre propo-
sições ou condições.

EXEMPLO 23
A proposição 6x, x ! A 0 x ! B , pela propriedade comutativa
da disjunção de proposições, é equivalente a 6x, x ! B 0 x ! A .
Então, as condições x ! A 0 x ! B e x ! B 0 x ! A definem
o mesmo conjunto, isto é, AjB = BjA .
Portanto, a união de conjuntos é comutativa.
Analogamente, mostra-se que a interseção de conjuntos é comutativa.

AVALIAR CONHECIMENTOS
É importante relembrar aqui que, dado um número real a , os conjun-
34
tos, em IR , definidos pelas condições x > a , x H a , x < a e
Considerando que
AjB = !1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8+ , x G a , podem ser representados, respetivamente, por ? a, +35 ,
AkB = !4, 5+ e 6a, +35 , ?-3, a 6 e ?-3, a? , que se designam como intervalos
A\B = !1, 2, 3+ , de números reais.
determine, em extensão,
o conjunto B . Assim, por definição de conjunto complementar, tem-se que os inter-
valos ? a, +35 e ?-3, a? são complementares no universo dos
35 números reais, bem como os intervalos 6a, +35 e ?-3, a 6 .
Considere dois conjuntos A Esta constatação pode ser traduzida pelas seguintes condições, univer-
e B quaisquer. sais em IR :
Indique o valor lógico das
seguintes proposições: Dado um número real a qualquer,
a) 6x, se x ! A , então, • +]x > ag + x G a
x ! AkB • +]x H ag + x < a
b) 6x, x ! A & x ! AjB • +]x G ag + x > a
• +]x < ag + x H a
c) 6x, x ! A & x ! A\B

58

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

A análise da negação da conjunção e disjunção de condições pode


também ser traduzida, respetivamente, no complementar da interseção,
e união de conjuntos, isto é, A + B = A , B e A , B = A + B .

De facto, AjB = !x ! U: x ! A 0 x ! B+ , portanto,


A , B = "x ! U: +]x ! A 0 x ! Bg, =
= "x ! U: +]x ! Ag/+]x ! Bg, =
= !x ! U: x " A / x " Bg = A + B AVALIAR CONHECIMENTOS

36

EXEMPLO 24
Sabe-se, pela negação da conjunção, que:
+]x > -2 / x < 2g + x G -2 0 x H 2
Assim, pode concluir-se que o complementar da interseção
?-2, +35k?-3, 25 é ?-3, -2?j52, +35 ^união dos com-
plementares de ?-2, +35 e ?-3, 25h.
Dez alunos de uma turma de
10.º ano (Joana (J), Francisca
27 26 25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7 (F), Paulo (P), Bruno (B),
Xana (X), Rita (R), André
Note-se que ?-2, +35k?-3, 25=?-2, 25 e, então, (A), Carlos (C), Diogo (D)
]- 2, 2 [=?-3, -2?j62, +35 e Inês (I)) frequentam
os clubes existentes na
u1p56h2 escola: voleibol, teatro
EXERCÍCIO RESOLVIDO 7 e matemática.
Considere os seguintes conjuntos: A = !x ! IR: x < 2+ , Seja V o conjunto destes
B = !x ! IR: x < r+ e C = ( x ! IR: x H 2
5 alunos que pertencem
2 ao clube de voleibol, T
Defina, se possível, sob a forma de intervalo de números reais, o conjunto daqueles que
ou união de intervalos disjuntos de números reais, os seguintes pertencem ao clube de teatro
conjuntos, considerados como subconjuntos de IR : e M o daqueles que
a) AjB c) CjB e) A g) B,C pertencem ao clube
de matemática.
b) AkB d) B\A f) A+B
Sabe-se que:
V = !J, F, B, R, I+
RESOLUÇÃO:
a)  jB = !x ! IR: x < 2 0 x < r+ =
A M = !F, X, C, D, I, R+
=?-3, 25j?-3, r5=?-3, r5 VkTkM = !R+
b)  kB = !x ! IR: x < 2 / x < r+ =
A VkT = !J, B, R+
=?-3, 25k?-3, r5=?-3, 25 T\M = !J, B, P, A+
M\T = !X, D, F, I+
CjB = ; , +3;j?-3, r5=?-3, +35= IR
5
c)
2 Indique os alunos que:
d) B\A = !x: x ! B / x " A+ = !x: x < r / x H 2+ = 52, r5 a) frequentam o clube

A = "x: +]x < 2g, = !x: x H 2+ = 52, +35


de teatro e de matemática;
e)
A k B = 52, +35k?-3, r5= 52, r5
b) não frequentam o clube
f)
de teatro;
g) Como +c x 1 r 0 x H m + x H r / x <
5 5 c) apenas frequentam o clube
,
2 2 de matemática;
tem-se B , C = F-3 , < + 7r, +37 = # -
5 d) frequentam voleibol
2
ou teatro.

59

565065 039-085 U2.indd 59 19/03/15 15:50


Professor 2.7  emonstrações por dupla implicação e princípio
D
Metas da dupla inclusão
curriculares
AVALIAR CONHECIMENTOS
LTC10
Descritores 2.17
Considerando o universo dos triângulos, afirmar,
37
e 2.18 por exemplo, que, se um triângulo é equilátero,
então, é equiângulo, corresponde a afirmar que,
se um triângulo pertence ao conjunto dos triân-
gulos equiláteros, pertence também ao conjunto
dos triângulos equiângulos.

Isto é, considerando os conjuntos L e A , dos triângulosu1p57h1


equiláteros
Num inquérito sobre cinema, e equiângulos, respetivamente, tem-se x ! L & x ! A (ser equilá-
concluiu-se que: 4 % tero é condição suficiente para ser equiângulo ou ser equiângulo
das pessoas inquiridas não é condição necessária para ser equilátero), ou seja, L 1 A .
gostam de cinema; 8 %
só gostam de filmes Por outro lado, afirmar que se um triângulo é equiângulo, então,
de animação; 12 % apenas é equilátero equivale a afirmar que, nos mesmos conjuntos, L e A ,
de filmes de terror; 5 % x ! A & x ! L , ou seja, A 1 L .
só apreciam filmes de ação;
40 % só gostam de filmes Como todos os elementos de L são elementos de A e todos os ele-
de animação e filmes mentos de A são elementos de L tem-se, necessariamente, L = A ,
de terror; 15 % apenas ou seja, a condição « x é um triângulo equilátero + x é um triângulo
de filmes de ação e de terror; equiângulo» é, no universo dos triângulos, uma condição universal.
e 10 % só gostam de filmes
de ação e animação. A justificação destas afirmações pode ser feita com recurso ao resul-
Determine a percentagem tado, que afirma que num triângulo, a ângulos iguais opõem-se lados
de inquiridos que gostam de iguais.
filmes de animação, de terror
e de ação. A demonstração anterior foi realizada com recurso ao Princípio da
dupla inclusão.
38
Considere os seguintes
conjuntos: Princípio da dupla inclusão
A = !x ! IR: 4 - 2]x + 1g H 2+ Considerando duas proposições p]xg e q]xg com conjuntos solução
B = !x ! IR: x2 = 16+ A e B , respetivamente, tem-se:
C = !x ! IR: -5 < x G 3+
Defina, se possível, sob Condições Conjuntos
a forma de intervalo de
números reais, ou união p]xg & q]xg A1B
de intervalos disjuntos de q]xg & p]xg B1A
^p]xg & q]xgh / ^q]xg & p]xgh
números reais, os seguintes
A1B/B1A
conjuntos, considerados
como subconjuntos de IR :
a) AjB Esta última é equivalente a:
b) CjB
p]xg + q]xg A=B
c) BkC
d) B\C
Recorde-se que o princípio da dupla implicação afirma que, dadas
duas proposições a e b , a proposição ]a + bg + ]a & bg / ]b & ag
e) C
f) C + A
é sempre verdadeira.

60

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

Então, dadas duas condições p]xg e q]xg , a proposição 6x, p]xg + q]xg
é equivalente à proposição 6x, ^p]xg & q]xgh / ^q]xg & p]xgh e
uma demonstração da segunda proposição designa-se por demonstra-
ção por dupla implicação da primeira.

Traduzindo o princípio anterior para linguagem de conjuntos tem-se:

Princípio da dupla inclusão


Dados os conjuntos A e B , chama-se princípio da dupla
inclusão à propriedade em que A = B se, e somente se,
A1B e B1A

Estes princípios estão na base da demonstração da maioria dos teore-


mas matemáticos em que se pretende demonstrar uma equivalência AVALIAR CONHECIMENTOS

entre duas condições distintas ou a igualdade de dois conjuntos. 39


No universo dos seres vivos,
considere as condições:
EXERCÍCIO RESOLVIDO 8 h]xg : x é homem
A D
Demonstre, fazendo uma demonstração por m]xg : x é mortal
dupla implicação, que
Usando os termos
«Um paralelogramo é um retângulo se, e de «condição necessária»
somente se, as suas diagonais são iguais», isto é, e «condição suficiente»,
5ABCD? é retângulo + AC = BD escreva duas frases
B C em linguagem corrente para
RESOLUÇÃO:
expressar:
Demonstre-se, em primeiro lugar, que se um paralelogramo é
h]xg & m]xg
retângulo, então, as suas diagonais são iguais.
u1p58h1
Considere-se um retângulo 5ABCD? qualquer e as suas dia- 40
gonais 5AC? e 5BD? . Tem-se que AB = CD , AD = AD e No universo dos
W = ADC
DAB X , e, portanto, pelo critério LAL da igualdade de quadriláteros, considere
triângulos, 5DAB? e 5ADC? são geometricamente iguais e, as condições:
sendo assim, AC = BD , isto é, as diagonais do retângulo r]xg : x é retângulo
5ABCD? são iguais. q]xg : x é quadrado
Reciprocamente, considere-se um paralelogramo 5ABCD? l]xg : x é losango
qualquer e admita-se que as suas diagonais 5AC? e 5BD? têm Indique qual é o valor lógico
o mesmo comprimento. Pretende-se provar que 5ABCD? é das afirmações seguintes:
retângulo. a) q]xg é uma condição
Tem-se, por hipótese, que AD = BC ; CD = CD e AC = BD . suficiente para que
Logo, pelo critério LLL da igualdade de triângulos, os triân- se verifique r]xg .
gulos 5ACD? e 5BCD? são geometricamente iguais. b) q]xg é uma condição

Em particular, BCD W = CDA X , e como num paralelogramo necessária para que


se verifique r]xg .
estes ângulos são suplementares (por serem consecutivos), então,
c) l]xg é uma condição
são retos.
Conclui-se que o paralelogramo 5ABCD? é retângulo.
suficiente para que
se verifique q]xg .
d) l]xg é uma condição
Assim, um paralelogramo é um retângulo se, e somente se, as
suas diagonais forem iguais. necessária para que
c.q.d. se verifique q]xg .

61

565065 039-085 U2.indd 61 19/03/15 15:50


Professor EXEMPLO 25
Metas curriculares Em IR+ , pode afirmar-se que
LTC10
_ x 2 = 4i & d1 - n
Descritor 2.20 x x+6
=
4 16
De facto, em IR+ , a única solução da condição x2 = 4 é 2
2 2+6 1 1
e 1- = , ou seja, = , pelo que 2 pertence
4 16 2 2
x x+6
ao conjunto solução da condição 1 - = .
4 16
Por outro lado,
x x+6
1- = +x=2
4 16
x x+6
o que permite concluir que 2 é a única solução de 1 - =
4 16
e 2 verifica igualmente a condição x2 = 4 , ]22 = 4 + 4 = 4g ,
ou seja, em IR+ ,

_ x 2 = 4i % d1 - n
x x+6
=
4 16
Portanto, em IR+ ,

_ x 2 = 4i + d1 - n
x x+6
=
4 16
isto é, os conjuntos solução das duas condições são iguais.

2.8  emonstração por contrarrecíproco.


D
Negação de uma implicação universal
Demonstração por contrarrecíproco

Tendo por base a equivalência entre uma implicação de proposições e


o seu contrarrecíproco, pode afirmar-se que:

Contrarrecíproco
Dadas duas condições p]xg e q]xg , tem-se que:
^6x, p(x) & q(x)) + (6x, +q(x) & +p(x)h
Diz-se que a segunda proposição é o contrarrecíproco da pri-
meira proposição. Uma demonstração da segunda proposição
diz-se demonstração por contrarrecíproco da primeira.

EXEMPLO 26
A proposição
«Qualquer número múltiplo de 7 é múltiplo de 21 »
é equivalente a
«Qualquer número que não é múltiplo de 21 não é múltiplo de 7 »
por aplicação do contrarrecíproco.

62

565065 039-085 U2.indd 62 19/03/15 15:50


UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

EXERCÍCIO RESOLVIDO 9 Professor


Metas curriculares
Demonstre, por contrarrecíproco, que se o quadrado de um
LTC10
dado número natural n é ímpar, n é ímpar. Descritor 2.19
Caderno de Apoio do 10.º ano

RESOLUÇÃO:
Demonstrar que a condição « n2 é ímpar & n é ímpar» é uni-
versal em IN , por contrarrecíproco, é demonstrar que:
« n é par & n2 é par» é universal em IN.
Sabe-se que, se n é par, então, existe p ! IN , tal que n = 2p
e, assim sendo, tem-se que n2 = ]2pg2 = 4p2 = 2]2p2g .
Portanto, n2 é par.
c.q.d.

Anteriormente, viu-se a relação da implicação com a negação e a


disjunção de proposições, isto é, dadas duas proposições p e q ,
]p & qg + +p 0 q , o que, transcrevendo para a implicação de con-
dições, resulta em:

Relação da implicação com a negação e a disjunção de condições


Dadas duas condições p(x) e q(x) , tem-se que:
^6x, p(x) & q(x)) + (6x, +p(x) 0 q(x)h AVALIAR CONHECIMENTOS

41
Considere condições p]xg
EXEMPLO 27 e q]xg .

No universo dos quadriláteros, afirmar que Mostre que são equivalentes


as proposições
«6x, x é paralelogramo & x tem diagonais que se bissetam»
é equivalente a 6x, p(x) & q(x)
e
«6x, x não é paralelogramo 0 x tem diagonais que se bissetam»
6x, +q(x) & +p(x)
A B Caderno de Apoio do 10.º ano

42
E
Escreva os contrarrecíprocos
das proposições seguintes:
a) Qualquer número primo
D C
é ímpar.
u1p59h1 b) Qualquer paralelogramo
é um retângulo.
Para obter a negação da proposição 6x, p(x) & q(x) , basta negar:
c) Qualquer trapézio
6x, +p(x) 0 q(x)
é isósceles.
Obtém-se, assim: 43
+66x, p(x) & q(x)@ + +66x, +p(x) 0 q(x)@ + 7x : p(x) / +q(x) , Demonstre, por
isto é, a proposição 6x, p(x) & q(x) é falsa se, e somente se, existir contrarrecíproco, que se um
a tal que p(a) é verdadeira e q(a) falsa. número natural n não
é divisível por 5 , então,
não é divisível por 15 .

63

565065 039-085 U2.indd 63 19/03/15 15:50


Professor Negação da implicação
Tarefa 6
Dadas duas condições p(x) e q(x) , tem-se que:
Sejam r e s duas retas distintas
de um plano perpendiculares a uma +66x, p(x) & q(x)@ + 7x : p(x) / +q(x)
terceira reta t desse mesmo plano.
Sejam A e B os pontos de interseção
da reta t com as retas r e s ,
respetivamente. EXEMPLO 28
Se as retas r e s não são paralelas,
intersetam-se, num ponto, pois são Em IR ,
complanares. Seja C esse ponto.
Tem-se assim o triângulo [ABC ] ,
+]6x ! IR , x2 ! 1 & x ! 1) + 7x ! IR: x2 ! 1 / x = 1
retângulo em A e B , o que é absurdo.
Portanto, r e s são paralelas.
A demonstração da veracidade de uma proposição
LIVROMÉDIA
6x, p(x) & q(x)
Internet pode ser realizada mostrando que é absurdo admitir que a sua negação
Paradoxo de Russell 7x : p(x) / +q(x)
é verdadeira. Ou seja, é absurdo admitir que existe uma concretização
da variável x que transforma o antecedente ^p(x)h numa proposição
verdadeira e o consequente ^q(x)h numa proposição falsa.

AVALIAR CONHECIMENTOS EXEMPLO 29


44 Para demonstrar que a proposição: «Num plano, se duas retas, r e
Em IR , considere as s , distintas, são perpendiculares a uma terceira reta, t , então, são
condições: paralelas entre si», utilizando a demonstração por absurdo, admita-
4+x -se que r e s são perpendiculares a t (antecedente) e que r e s
a]xg : 5 - = 9+x
2
não são paralelas (negação do consequente).
b]xg : x2 - 4 > 0
Traduza em linguagem
Como r e s são complanares não paralelas, intersetam-se num
simbólica, e sem utilizar ponto. Sejam R , S e I os pontos de interseção de r e t , s e t e ,
o símbolo & , r e s , respetivamente. Então, porque r e s são perpendiculares a t ,
as seguintes proposições: o triângulo [RSI] tem dois ângulos retos, o que é absurdo.
a) 6x, a]xg & b]xg Conclui-se, assim, que:
b) 6x, b]xg & a]xg «Num plano, se duas retas, r e s , distintas, são perpendiculares a
Indique, para cada uma, uma terceira reta, t , então, são paralelas entre si.»
o seu valor lógico.

45 O processo utilizado na demonstração anterior é designado por método


No universo de redução ao absurdo.
dos quadriláteros, considere
as condições:
TAREFA 6
l]xg : x é losango
Utilize o método de redução ao absurdo para provar que: se duas
p]xg : x é papagaio retas distintas, num plano, são perpendiculares a uma terceira reta
Traduza em linguagem desse plano, então, são paralelas entre si.
simbólica, e sem utilizar
SUGESTÃO: C
 omece por admitir a existência de duas retas r e s
o símbolo & , a negação
distintas, num plano, perpendiculares a uma reta t
das seguintes proposições:
desse plano, que não são paralelas entre si. Conclua
a) 6x, l]xg & p]xg
que, nestas condições, as três retas se intersetam, defi-
b) 6x, p]xg & +l]xg nindo um triângulo. Conclua o pretendido.
Indique o valor lógico
das proposições dadas.

64

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

EXERCÍCIO RESOLVIDO 10 Professor


Metas curriculares
Demonstre que:
LTC10
6a, b ! IR, a × b = 0 + a = 0 0 b = 0 Descritor 3.2

RESOLUÇÃO:
]&g Demonstre-se, em primeiro lugar, que dados a, b ! IR
quaisquer, se a × b = 0 , então, a = 0 0 b = 0 .
Admita-se, com vista a um absurdo, que a × b = 0 e que
a ! 0 / b ! 0 . Como a ! 0 , divide-se a equação a × b = 0
por a , obtendo-se b = 0 , um absurdo.
Poderia ter-se chegado igualmente a um absurdo dividindo a
equação por b ! 0 .
Portanto, a = 0 0 b = 0 .
]%g Reciprocamente, admitindo que a = 0 0 b = 0 é ver-
dadeira, tem-se que pelo menos uma das condições a = 0 e
b = 0 é verificada.
Se a = 0 , tem-se que 0 × b = 0 .
Se b = 0 , tem-se que a × 0 = 0 .
Em qualquer dos casos, tem-se que a × b = 0 .
Pode assim concluir-se, por demonstração por dupla implicação,
que dados a e b reais quaisquer, a × b = 0 + a = 0 0 b = 0 .
c.q.d.

2.9  esolução de problemas envolvendo operações


R
sobre condições e sobre conjuntos

EXERCÍCIO RESOLVIDO 11
Resolva, em IR , as seguintes equações:
a) ]x + 3g]2x - 2g = 0 AVALIAR CONHECIMENTOS

b) ]2x2 - 8g]2 - xg = 0 46
Demonstre, usando o método
RESOLUÇÃO:
a) ]x
de redução ao absurdo, que
+ 3g]2x - 2g = 0 +
se, em dado plano, uma reta
+ x + 3 = 0 0 2x - 2 = 0 + r é paralela a outras duas
+ x = -3 0 2x = 2 + retas s e t , então, s e t
+ x = -3 0 x = 1 C.S. = !-3, 1+ são paralelas entre si.
b) ]2x2 - 8g]2 - xg = 0 + Adaptado do Caderno de Apoio
do 10.º ano
+ 2]x2 - 4g]2 - xg = 0 +
+ x2 - 4 = 0 0 2 - x = 0 + 47
+ ]x - 2g]x + 2g = 0 0 - x = -2 + Resolva, em IR ,
as seguintes equações:
+x-2=00x+2=00x=2+
a) ]1 - xg]x + 2g = 0
+ x = 2 0 x = -2 0 x = 2 +
b) ]x2 - 4g]x2 + 4g = 0
+ x = 2 0 x = -2 C.S. = !-2, 2+
c) ]x2 - 5x + 4g]1 - x2g = 0

65

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EXERCÍCIO RESOLVIDO 12
Resolva, em IR , a condição x2 - 1 < 0 .
RESOLUÇÃO:
x2 - 1 < 0 +
+ ]x - 1g]x + 1g < 0 +
(caso notável da multiplicação)
+ ]x - 1 < 0 / x + 1 > 0g 0 ]x - 1 > 0 / x + 1 < 0g +
(o produto é negativo se os fatores tiverem sinal contrário)
+ ]x < 1 / x > -1g 0 ]x > 1 / x < -1g +
(princípios de equivalência)
+ x < 1 / x > -1
(a disjunção de uma condição com uma condição impossível é equivalente
à primeira condição)
Conclui-se, assim, que o conjunto solução é ?-1, 15.

Note-se que, na resolução de condições, quando se utiliza um encadeado


de equivalências, como acontece nos exercícios resolvidos anteriores,
assume-se que a equivalência entre quaisquer duas condições envolvi-
das é universal, ou seja,
p(x) + q(x) , com o significado de 6x, p(x) + q(x)

Este abuso de linguagem é admissível quando não existem ambiguida-


des.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 13
Considere os seguintes conjuntos:

A = ( x ! IR: H x - 22
x 4+x
-
3 2
B = !x ! IR: 6x - 1 H -25 / - 3]7 - xg G - 15+
0 e B = 5-4, 2?
AVALIAR CONHECIMENTOS
Mostre
13.1  que: A = IR-
48
Determine:
13.2 
Resolva, em IR :
a) ]x - 4g]2x + 3g H 0
a) A c) A\B e) A+B
b) ]x + 2g2 > 0 / x G 0 b) B d) B\A f) A,B
RESOLUÇÃO:
49
x 4+x
Considere os seguintes 13.1 - H x - 2 + 2x - 12 - 3x H 6x - 12 +
3 2
conjuntos:
+ 2x - 3x - 6x H 12 - 12 + -7x H 0 + x G 0
A = !n ! IN: 2n - 5 < 10 /
Pode, assim, concluir-se que: A = IR-
0
/ n é ímpar+
B = !x ! IR: x - 8 = 2x+
2 6x - 1 H -25 / - 3]7 - xg G -15 +
C = !x ! IR: x2 H 4+ + 6x H -24 / 7 - x H 5 + x H -4 / x G 2
Defina em extensão, ou Como tal, B = 5-4, 2?
como união de intervalos de 13.2 a) A = IR+ d) B\A = ?0, 2?
B = ?-3, -45,?2, +35 A+B = 5-4, 0?
números reais, os conjuntos
b) e)
A , B , C , A\C e B+C .
Caderno de Apoio do 10.º ano
c) A\B = ?-3, -45 f) A,B = ?-3, 2?

66

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UNIDADE 2 CONDIÇÕES E CONJUNTOS

EXERCÍCIO RESOLVIDO 14
Considere, em IR , as condições:
1
a]xg :  x2 + x - 2 = 0 ;  b]xg :  -x +
H 0  e  c]xg :  x2 - x < 0
2
14.1 Determine o conjunto solução de:
a) a]xg 0 c]xg
b) a]xg / ^b]xg 0 c]xgh
Indique, justificando, o valor lógico das proposições seguin-
14.2 
tes e escreva as respetivas contrarrecíprocas:
a) 6x, a]xg & b]xg
b) 6x, a]xg & +c]xg

-1! 1 2-4#1#_- 2i
RESOLUÇÃO:
2
14.1 a]xg : x + x - 2 = 0 + x = +
2#1
-1 ! 3
+x= + x = -2 0 x = 1
2
C.S. = !-2,1+
1 1 1
b]xg : -x + H 0 + - x H- + x G
2 2 2
C.S. = E-3 , E
1
2
c]xg : x2 - x < 0 + x]x - 1g < 0 +
+ ]x < 0 / x - 1 > 0g 0 ]x > 0 / x - 1 < 0g +
+ ]x < 0 / x > 1g 0 ]x > 0 / x < 1g +
+ ]x > 0 / x < 1g
(a condição x < 0 / x > 1 é impossível)
C.S. = ?0, 15
a) a]xg 0 c]xg :
A disjunção de condições corresponde à união de con-
juntos, logo, o conjunto solução é !-2+,?0, 1? .
b) a]xg / ^b]xg 0 c]xgh :
 b]xg 0 c]xg tem por conjunto solução ?-3, 15 .
Ao intersetá-lo com o conjunto solução de a]xg , obtém-se
!-2+ .
AVALIAR CONHECIMENTOS

50
6x, a]xg & b]xg
14.2 a)
Em IR , considere
-2 ! E-3 , E , no entanto, 1 g E-3 , E , logo,
1 1
as condições:
2 2
p]xg : 2x - 1 < 9
a proposição é falsa, visto que !-2, 1+ j E-3 , E .
1
2 x+5 2+x
q]xg : 6 - 2
A proposição contrarrecíproca é: 3 2
1 Mostre que:
6x ! IR, - x + < 0 & x2 + x - 2 ! 0
2 a) o conjunto solução de
b) 6x, a]xg & +c]xg p]xg 0 q]xg é ?-3, 55;
O conjunto solução de +c]xg é ?-3, 0?,51, +35 . b) a proposição
Como !-2, 1+ 1?-3, 0?,51, +35 , a proposição 6x ! IR, q]xg & p]xg
é verdadeira. é verdadeira e escreva
A proposição contrarrecíproca é: a proposição
6x ! IR, x2 - x < 0 & x2 + x - 2 ! 0 contrarrecíproca.

67

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AVALIAR CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


Metas curriculares
LTC10
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são
Descritor 3.2 apresentadas.

sugestão 1
Em qual das opções seguintes está uma condição p]xg , tal que p c- m é uma proposição
1
Os exercícios apresentados
percorrem todos os tópicos 2
verdadeira?
de lógica, estabelecendo 1
conexões entre os mesmos (A) 2x - 1 = 0 (C) x 2 + =0
e alguns tópicos abordados 4
(B) c x + m_ x - 7i = 0
no Ensino Básico. 1
(D) x H 0
O professor pode selecionar 2
alguns destes exercícios
para trabalho autónomo dos 2
alunos em vários momentos Indique qual das condições seguintes é universal em IN .
ou apenas no final do tema.
(A) n2 -1 > 0 (C) n2 - 1 H 0
LIVROMÉDIA (B) n - 1 > 0 (D) ]1 - ng]1 + ng < 0

PowerPoint 3
O essencial
Indique a proposição falsa.
Exercícios do Caderno (A) 7x ! IR: |x| = 0 (C) 7x ! IR: x2 = x
de Apoio
(B) 6x ! IR, x + 1 > x (D) 7x ! IR: x + 2 = x

4
A negação da proposição «Todos os cães são ferozes» é:
(A) Nenhum cão é feroz.
(B) Existem cães ferozes.
(C) Existem cães não ferozes.
(D) Nenhum cão não é feroz.

5
Seja F o conjunto de todas as flores. A proposição
«Nenhuma flor é vermelha» pode ser escrita simbolicamente
do seguinte modo:
(A) 6x ! F, x é vermelha.
(B) 6x ! F, x não é vermelha.
(C) 7x ! F: x é vermelha.
(D) 7x ! F: x não é vermelha.

6
A negação da proposição 6x ! IR, x2 + 1 < 0 é:
(A) 7x ! IR: x2 + 1 < 0
(B) 7x ! IR: x2 + 1 > 0
(C) 7x ! IR: x2 + 1 H 0
(D) 6x ! IR, x2 + 1 H 0

7
O conjunto A = !x ! Z: x2 = |x|+ em extensão é:
(A) !1+ (C) !-1, 1+
(B) !0, 1+ (D) !-1, 0, 1+

68

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Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

8
Considere os conjuntos:
A = !n ! IN: n é múltiplo de 3 menor do que 30 +
B = !n ! IN: n é múltiplo de 6 +
O conjunto AkB em extensão é:
(A) !0, 6, 12, 18, 24+ (C) !6, 12, 18, 24, 30+
(B) !6, 12, 18, 24+ (D) !3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27+

9
Numa turma de 10.º ano de Línguas e Humanidades,
78 % dos alunos têm a disciplina de Inglês, 12 %
têm Francês e 3 % têm ambas as disciplinas.
Determine a percentagem de alunos desta turma que
não têm nem Inglês nem Francês.
(A) 7 % (C) 13 %
(B) 10 % (D) 97 %

10
Considere em IN os conjuntos A e B , tais que:
A = !0, 1, 2+
A , B = !0, 1, 2, 3, 4+
A + B = !+
Qual das seguintes igualdades é verdadeira?
(A) B = A (C) B = !+
(B) B = A , B (D) A\B = A

11
Considere os conjuntos A e B , tais que A\B = !2, 3, 4+ e B\A = !5, 6, 7+ .
Qual dos conjuntos seguintes poderá ser A + B ?
(A) !2, 3, 4+ (C) !2, 8+
(B) !5, 6, 7+ (D) !0, 1+

12
Num universo U , sejam A , B e C três conjuntos U
representados no diagrama de Venn ao lado.
A B
O conjunto correspondente à região colorida é:
(A) A + B + C (C) C + ]A , Bg
(B) C\]A , Bg (D) C , ]A + Bg

13 C
Considere em IR as condições:
a]xg : x + 2 H 0
b]xg : 0 < x G 4
Selecione a condição universal.
(A) a]xg & b]xg (C) +b]xg & +a]xg
(B) b]xg & a]xg (D) b]xg & +a]xg
u1p65h2

69

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AVALIAR CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que
tiver de efetuar e as justificações necessárias.

14
Considere o universo A = !-1, 0, 1, 2+ .
Classifique, em A , as condições seguintes:
a) ]2x - 3g2 = 4 c) 2x2 + 3x - 5 = 0
b) x2 + 1 > 0 d) 2x - 1 H 1

15
Determine, em IR , o conjunto solução das seguintes condições:
a) ]x - 2g]2 + xg = 0 c) 3x3 - 2x2 - x = 0

b) ]x + 1g2 = 0
x+1 x
d) - 2x 2 4 +
3 6
16
Utilizando quantificadores, traduza, em linguagem simbólica, cada uma das expressões.
a) Todo o número natural é inteiro.
b) Todos os quadrados são losangos.
c) Existe pelo menos um número real que não é racional.
d) Nenhum número natural é negativo.

17
17.1 E
 screva, em linguagem simbólica, e sem utilizar o símbolo + , a negação das seguintes
proposições:
a) 6x ! IN, x2 = x
b) 7x ! IN: x + 1 = 3
c) 7x !Q
I : x2 = 2 / x < 0
17.2 I ndique o valor lógico das proposições anteriores.

18
Escreva, em linguagem corrente, as proposições seguintes.
a) 6x ! IN, x H 7 c) +]6x ! IR, x2 < 0g
b) 7y ! Z: y + 2 G -10 d) +]7x ! IN: x < 2 / x > 10g

19
Considere o conjunto A = !n ! IN: 2 G n G 9+ .
Indique um contraexemplo para as seguintes proposições:
a) 6x ! A, x + 5 < 12
b) 6x ! A, x2 > 4
c) 6x ! A, x é primo

20
Considere os seguintes conjuntos:
A = !x ! Z: x2 + 4x = 12+ e B = "x ! Z: ]3 - 2xg]2x2 - 5x + 2g = 0,
Verifique se 6x, x ! A + x ! B . Apresente um contraexemplo caso seja falso.

70

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Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

21
Sejam A = @-3, 2@ , @4, 6@ e B = IR+0 .
Indique sob a forma de intervalo de números reais ou de união de intervalos de números reais:
a) A   b) B   c) A\B   d) B\A   e) A + B   f) B , A

22
Considere, em IR , os conjuntos
A = !x ! IR: 2 + x > 0 / 3 - x H 0+ e B = "x ! IR: - 4 < x G 1, .
Determine A , B , A + B e B sob a forma de intervalo de números reais ou de união de
intervalos de números reais.

23
x+1
Considere as proposições seguintes: p : 7x ! Z: 2 - x < 0 / 3 - >x-4
e q : 6x, ]x - 2 < 4 / x ! IR+0 g & x2 - 7x G 0
3

23.1 Indique o valor lógico das proposições dadas.


23.2 Negue cada uma das proposições sem utilizar o símbolo + .
23.3 Escreva a contrarrecíproca da proposição q .

24
Considere, em IR , as condições: a]xg : |x| > 0   b]xg : 2x2 + 3 < 0   c]xg : x2 + 4x = 0
24.1 Classifique cada uma das condições.
24.2 Justifique que b]xg / c]xg é impossível.
24.3 Utilizando os símbolos & ou + , relacione duas das condições dadas de forma a obter
duas condições universais.

25
Seja n ! IN , justifique que n2 + n é par.

26
Seja n ! IN , demonstre que: Se 5n - 1 é múltiplo de 4, então, 5n + 1 - 1 é múltiplo de 4 .
SUGESTÃO: Repare que 5n + 1 = 5n(4 + 1) .

27
Indique se, para qualquer concretização das variáveis no universo U , se obtêm, das condições
seguintes, implicações verdadeiras, e escreva as respetivas contrarrecíprocas.
a) x < 2 & x < 5 ]U = IRg
b) x é múltiplo de 6 & x é par ]U = INg .
c) Se um triângulo é retângulo, então, não é equilátero (U é o conjunto dos triângulos de um
dado plano).
d) Se um losango tem as diagonais iguais, então, é um quadrado (U é o conjunto dos losangos Professor
de um dado plano). LIVROMÉDIA

e) x = 1 & x = 1 ]U = IRg
2
Caderno de Apoio do 10.º ano
Ficha
de trabalho 3
28
Usando dois processos distintos, por contrarrecíproco e por redução ao absurdo, demonstre CADERNO
DE ATIVIDADES
a proposição: Se um número natural n não é divisível por 7 , então, não é divisível por 21 . e avaliação contínua
Ficha de trabalho 2

71

565065 039-085.indd 71 29/05/15 15:10


ESSENCIAL

Professor Lógica bivalente


sugestão
O professor deve
incentivar os
alunos a uma
leitura atenta
Designação ou termo Proposição
das sínteses dos
vários conteúdos.
Chama-se designação ou termo Chama-se proposição a uma expressão que traduz uma
Deste modo, a uma expressão cujo papel é nomear afirmação que pode ser classificada como verdadeira ou falsa.
os alunos ou designar alguma coisa. Diz-se que o valor lógico de uma proposição é verdade
sistematizam
as suas Duas designações que designam ( V ou 1 ) ou falsidade ( F ou 0 ), conforme a proposição
aprendizagens e o mesmo ente dizem-se sinónimas. é verdadeira ou falsa.
podem proceder
a uma
autoavaliação
dos seus
conhecimentos.
As sínteses Princípio de não contradição Princípio do terceiro excluído
salientam ainda
os aspetos mais Uma proposição não pode ser simultaneamente Uma proposição ou tem valor lógico verdade ou
importantes verdadeira e falsa. tem valor lógico falsidade, não podendo assumir
dos conteúdos
outro valor.
abordados.

Operações sobre proposições

Equivalência ]+g
Dadas duas proposições p e q , p + q é uma nova proposição, que é verdadeira se, e apenas se,
p e q tiverem o mesmo valor lógico.

Negação ]+g
Dada uma proposição p , a sua negação representa-se por +p , é uma nova proposição que tem
valor lógico F se p tiver valor lógico V , e tem valor lógico V se p tiver valor lógico F .

Conjunção ]/g
Dadas duas proposições p e q , p / q é uma nova proposição, que se designa por conjunção de p
e q e é verdadeira se, e apenas se, p e q forem ambas verdadeiras.

Disjunção ]0g
Dadas duas proposições p e q , p 0 q é uma nova proposição, designada por disjunção de p e q ,
que é falsa se, e somente se, p e q forem simultaneamente falsas.

Implicação ]&g
Dadas duas proposições p e q , p & q é uma nova proposição, designada por implicação entre
p e q , que é falsa se, e somente se, p for verdadeira e q for falsa.
p é denominado antecedente e q , consequente.

72

565065 039-085 U2.indd 72 19/03/15 15:50


Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

Propriedades da conjunção e da disjunção

Conjunção Propriedades Disjunção

p/q+q/p Comutatividade p0q+q0p


]p / qg / r + p / ]q / rg Associatividade ]p 0 qg 0 r + p 0 ]q 0 rg
p / V + p; V / p + p Elemento neutro p 0 F + p; F 0 p + p
p / F + F; F / p + F Elemento absorvente p 0 V + V; V 0 p + V
p/p+p Idempotência p0p+p

Propriedade distributiva da conjunção em relação à disjunção


Para quaisquer proposições p , q e r , tem-se p / ]q 0 rg + ]p / qg 0 ]p / rg .
Propriedade distributiva da disjunção em relação à conjunção
Para quaisquer proposições p , q e r , tem-se, p 0 ]q/ rg + ]p 0 qg / ]p 0 rg .

Primeiras leis de De Morgan


• A negação da conjunção de duas proposições, p e q , é equivalente à disjunção das suas negações,
ou seja, +]p / qg + +p 0 +q
• A negação da disjunção de duas proposições, p e q , é equivalente à conjunção das suas negações,
ou seja, +]p 0 qg + +p / +q

Propriedades da implicação
Transitiva
Dadas três proposições p , q e r quaisquer, tem-se ]p & qg / ]q & rg & ]p & rg .
Implicação e disjunção
Dadas duas proposições p e q quaisquer, tem-se ]p & qg + +p 0 q .
Negação
Dadas duas proposições p e q quaisquer, tem-se +]p & qg + p / +q .
Implicação contrarrecíproca
Dadas duas proposições p e q quaisquer, tem-se ]p & qg + ]+q & +pg .

Expressões com variáveis

Expressão proposicional ou condição Expressão designatória


Expressões com variáveis que se transformam em Denomina-se expressão designatória uma
proposições quando as variáveis são substituídas expressão com variáveis que se transforma numa
por designações convenientes chamam-se designação quando se substituem essas variáveis
expressões proposicionais ou condições. por designações.

73

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ESSENCIAL

Classificação de condições

Condições possíveis Impossíveis em U


Uma condição impossível
Universais em U Não universais em U em U é uma condição
Uma condição universal em U Uma condição é possível não universal que se transforma numa
é uma condição que se transforma em U se existirem termos do universo proposição falsa, sempre
numa proposição verdadeira, sempre U que a transformam numa que se substituem as
que se substituem as variáveis por proposição verdadeira e termos que variáveis por termos
termos do seu universo U . a transformam numa proposição falsa. do seu universo U .

Operações sobre condições


As propriedades das operações sobre proposições são extensíveis às operações sobre condições.

Quantificadores

Universal ]6g Existencial ]7g


Dada uma condição p]xg , a proposição «qualquer Dada uma condição p]xg , a proposição «existe
que seja x , p]xg » representa-se simbolicamente x tal que p]xg » representa-se simbolicamente
por 6x, p]xg , e é verdadeira se, e só se, por 7x: p]xg e é falsa se, e só se, a condição
a condição p]xg for universal. p]xg for impossível.

Segundas leis de De Morgan


Negação do quantificador universal
Negar que todos os elementos de um dado universo verificam uma condição é afirmar que existe pelo
menos um que a não verifica.
+^6x, p]xgh + 7x: +p]xg
Negação do quantificador existencial
Negar que existe pelo menos um elemento de um dado universo que verifica uma condição é afirmar que
qualquer elemento do universo não a verifica.
+^7x: p]xgh + 6x, +p]xg

Condições e conjuntos
Conjuntos definidos por condições/conjunto solução de uma condição
Dada uma condição p]xg , A = "x: p]xg, representa o conjunto dos valores de x que transformam
a condição p]xg numa proposição verdadeira, e designa-se por definição em compreensão do conjunto
A pela condição p]xg .
O conjunto A pode também ser designado como conjunto solução da condição p]xg .
Dado um conjunto A definido pela condição p]xg , diz-se que a é um elemento do conjunto A , ou que
a pertence a A , se, e somente se, p]ag for uma proposição verdadeira.

74

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Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

Condições universais Condição impossível vs conjunto vazio


vs Universo e conjuntos
Se p]xg é uma condição impossível, o conjunto por ela
Se p]xg é uma condição universal, o definido é o conjunto vazio.
conjunto definido por esta é o universo. O conjunto vazio é usualmente representado por !+ , ou , Q .

Igualdade de conjuntos vs condições equivalentes


Dadas duas condições p]xg e q]xg , diz-se que os conjuntos A = "x: p]xg, e B = "x: q]xg, são iguais,
e escreve-se A = B , se, e só se, 6x, x ! A + x ! B , isto é, 6x, p]xg + q]xg , ou seja, a condição
p]xg + q]xg é universal.

Operações sobre conjuntos vs operações sobre condições equivalentes


Disjunção de condições vs. união de conjuntos Diz-se, neste caso, que A é um
Dados dois conjuntos A e B , chama-se conjunto união subconjunto de B ou uma parte de B .
(ou reunião) de A e B , e representa-se por A , B , Diferença de conjuntos
ao conjunto definido pela condição x ! A 0 x ! B , Dados dois conjuntos A e B , designa-se
ou seja, A , B = !x: x ! A 0 x ! B+ . por diferença entre A e B o conjunto
Conjunção de condições vs. interseção de conjuntos !x: x ! A / x " B+ ,
Dados dois conjuntos A e B , chama-se conjunto e representa-se por A\B .
interseção de A e B , e representa-se por A + B , Conjunto complementar
ao conjunto definido pela condição x ! A / x ! B , Se B 1 A , diz-se que A\B é o
ou seja, A + B = !x: x ! A / x ! B+ . complementar de B em A , e quando
Relação de inclusão de conjuntos A é o universo, A\B pode representar-se
Dados dois conjuntos A e B , diz-se que A está por B e designa-se apenas por
contido em B e representa-se por A 1 B quando complementar de B .
6x, x ! A & x ! B .

Negação de condições com desigualdades


Dado um número real a qualquer, tem-se:
+]x > ag + x G a ; +]x H ag + x < a ; +]x G ag + x > a ; +]x < ag + x H a

Processos de demonstração
Princípio da demonstração por dupla implicação/princípio da dupla inclusão
Dadas duas condições p]xg e q]xg , tem-se que:
6x, p]xg + q]xg é equivalente a 6x, ^p]xg & q]xgh / ^q]xg & p]xgh
Dados os conjuntos A e B , chama-se princípio da dupla inclusão à propriedade em que A = B se,
e somente se, A 1 B e B 1 A .
Contrarrecíproco
Dadas duas condições p]xg e q]xg , tem-se que ^6x, p]xg & q]xgh + ^6x, +q]xg & +p]xgh .
Método de redução ao absurdo
Para mostrar 6x, p]xg & q]xg , pode mostrar-se que, ao assumir a existência de a , tal que p]ag é V
e q]ag é F , isso conduz a um absurdo.

75

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AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


sugestão
Os exercícios apresentados
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são
percorrem todos apresentadas.
os conteúdos lecionados
(Lógica e Teoria dos 1
conjuntos) estabelecendo Considere as proposições:
conexões entre os vários
tópicos. p : Faz sol
O professor pode selecionar
alguns destes exercícios
q : Vou à praia
para trabalho autónomo A proposição «Se faz sol, então, vou à praia» é equivalente, em linguagem simbólica, a:
do aluno em vários
momentos, e não apenas (A) p 0 q (B) q & p (C) p + q (D) +p 0 q
no final do domínio.
2
Três amigos, a Daniela, o João e a Inês, foram a uma esplanada
e cada um pediu uma bebida diferente: sumo, água e cola.
Sabe-se que a Daniela não pediu o sumo nem a cola e o João
não pediu o sumo.
Qual das seguintes proposições é verdadeira?
(A) A Daniela bebeu água e o João sumo.
(B) O João bebeu a cola ou a Inês bebeu água.
(C) Se a Daniela bebeu água, então, a Inês bebeu cola.
(D) A Daniela bebeu cola ou a Inês bebeu água.

3
Na tabela de verdade à direita encontra-se a relação entre os valores p q r
lógicos de três proposições: p , q e r . V V V
Então, a proposição r é equivalente a: V F F
(A) p / q (C) +p 0 q
F V V
(B) p / +q (D) p 0 q
F F V
4
A proposição «Nem todos os números naturais são pares» pode escrever-se simbolicamente:
(A) 6x ! IN, x é ímpar
(B) 6x ! IN, x é par
(C) 7x ! IN: x é ímpar
(D) 7x ! IN: x é par

5
A negação da proposição 7x ! Z: 0 < x G 1 é:
(A) 6x ! Z, x G 0 / x > 1
(B) 6x ! Z, x ! ?-3, 0?,?1, +35
(C) 7x ! Z: x G 0 0 x > 1
(D) 7x ! Z: x " ?0, 1?

6
Sejam A e B dois conjuntos e a , tal que, a ! A . Então, a pertence necessariamente a:
(A) A + B (B) A , B (C) A\B (D) A

76

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Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

7
Numa rede social, a Joana tem 532 amigos e a Alice, 475 .
Sabe-se que 352 amigos da Alice não são amigos da Joana.
Quantos são os amigos da Joana que não são amigos da Alice?
(A) 57 (C) 180
(B) 123 (D) 409

8
Considere três conjuntos, A , B e C , de um universo U . Em qual dos diagramas seguintes
está representado, a verde, o conjunto ]A + Cg\B ?
(A) U (C) U
A B A B

C C

(B) U (D) U
A B A B
u1p75h2 u1p75h4

C C

9
Sejam A u1p75h3 u1p75h5falsa:
e B dois conjuntos em que A 1 B . Selecione a afirmação
(A) A + B = B (C) A , B = B
(B) A + B = A (D) A\B = ",

10
x-3
O conjunto solução da condição +]x < 1g / > -3 é:
2
(A) 51, +35 (C) ?-3, 1?
(B) ?-3, 15 (D) ?1, +35

11
Considere, em IR , as condições:
a]xg : x2 + 5x = 6
b]xg : 2x - 2 = 0
Selecione a afirmação universal.
(A) a]xg & b]xg (C) b]xg & a]xg
(B) a]xg + b]xg (D) +b]xg & +a]xg

12
Seja a]xg uma condição possível em IR .
Qual das seguintes condições é impossível em IR ?
(A) a]xg / x2 + 2 = 0 (C) a]xg / x2 + 2 ! 0
(B) a]xg 0 x2 + 2 = 0 (D) a]xg 0 x2 - 2 = 0

77

565065 039-085.indd 77 18/02/16 12:40


AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que
tiver de efetuar e as justificações necessárias.

13
Considere as proposições:
p : O Miguel é espanhol
q : A Maria é portuguesa
Traduza, em linguagem simbólica:
a) O Miguel é espanhol e a Maria é portuguesa.
b) O Miguel é espanhol, ou a Maria não é portuguesa.
c) Se o Miguel é espanhol, a Maria não é portuguesa.
d) O Miguel não é espanhol se, e somente se, a Maria é portuguesa.

14
Simplifique, utilizando as propriedades das operações sobre proposições.
a) +6]+p & qg 0 +p@
b) +6+p / ]p & qg@ / q
c) ]p & +pg / +]p 0 qg

15
Sabendo que a proposição a 0 +b é falsa, indique o valor lógico de cada uma das seguintes
proposições:
a) ]+a / bg & +b
b) a + ]+b 0 ag

16
Mostre, utilizando uma tabela de verdade, que a proposição 6p + ]+p 0 qg@ + p / q é
verdadeira.

17
Num julgamento sobre um crime fiscal, o representante
do Ministério Público afirma que «Se o suspeito esteve
no local do crime, é cúmplice ou culpado do mesmo.»
Considere as proposições:
a : O suspeito esteve no local do crime
b : O suspeito é cúmplice do crime
c : O suspeito é culpado do crime
17.1 E
 screva simbolicamente a afirmação formulada pelo representante do Ministério Público.
17.2 C
 onstrua uma tabela de verdade para determinar os possíveis valores lógicos da afirmação
referida.
17.3 D
 iga, justificando, se a afirmação formulada pelo representante do Ministério Público é ou
não uma tautologia.
18
Sabendo que +a & b é falsa, indique o valor lógico das proposições seguintes.
a) ]a 0 bg & b b) 6]+a / bg + a@ & +b

78

565065 039-085 U2.indd 78 19/03/15 15:50


Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

19
Considere, em IN , as condições:
p]ng : n é divisor de 12
q]ng : -n2 = n2
r]ng : n é um número primo
19.1 Traduza em linguagem corrente e indique o valor lógico das seguintes proposições.
a) +p]3g / r]3g
b) q]3g & p]3g
c) 6q]3g & p]3g@ + +r]3g
19.2 Justifique que a proposição 6n ! IN, p]ng & r]ng é falsa.
19.3 Classifique, justificando, cada uma das seguintes condições:
a) p]ng / r]ng
b) q]ng & r]ng
c) q]ng 0 p]ng

20
Classifique em IR , justificando, as seguintes condições:
a) ]6x ! IR, x × y = 0g & y = 0
b) 6x ! IR, x × y = 0 & y = 0

21
Considere, em IR , as seguintes condições:
1-x
a]xg : 1 - 2x >
2
b]xg : x ]2x - 3g = 2
c]xg : ]x + 1g2 H x]x - 3g
d]xg : 2x2 + 1 < 0
21.1 Determine o conjunto solução das seguintes condições:
a) a]xg / b]xg
b) b]xg 0 ^c]xg / d]xgh
21.2 Escreva, sem utilizar o símbolo de negação, e classifique as seguintes condições:
a) +^d]xgh
b) +6a]xg / c]xg@
21.3 Indique, justificando, o valor lógico das seguintes proposições:
a) 7x ! IN: a]xg / c]xg
b) 6x ! IR, +d]xg 0 a]xg
c) 6n ! IN, c]ng

22
Considere a seguinte proposição:
6x ! IR, x2 < ]x + 1g2
22.1 Indique, justificando, o valor lógico da proposição.
22.2 Negue a proposição dada.

79

565065 039-085.indd 79 29/05/15 15:12


AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

23
Relacione cada condição da primeira coluna com o respetivo conjunto solução da segunda
coluna.

I. !-4, 2+
x+1
(A) 1 - Gx
3
(B) x]x + 2g = 8 II. 50, 4?
(C) x3 = x III. !-1, 0, 1+

; , +3;
1
(D) x2 G 4x IV.
2

24
Considere as condições seguintes.
p]xg : ]x + 5g2 -2]x + 5g = 0
2x - 4
q]xg : 2 - 20
5
r]xg : 3x2 - 8x - 3 = 0
24.1 Classifique-as em:
a) IN
b) ?-1, 55
24.2 Determine, em IR , o conjunto solução de:
a) p]xg / q]xg
b) +p]xg / ^q]xg 0 r]xgh

25
Na figura seguinte estão representados em diagrama de Venn os conjuntos X , Y e Z .
Sabe-se que: Z
• X está contido em Y ;
• X e Z não se intersetam; X

• Existem objetos comuns a Y e Z .


25.1 
Indique o valor lógico das seguintes
Y
proposições:
a) 6a, a ! X & a ! Y
u1p78h1
b) 7a: a ! X / a ! Z
c) 6a: a ! Y\Z & ]a ! X 0 a ! Yg
Sabendo que X = !h+ , Y = !i, j+ e Z = !k, l+ , indique valores possíveis de atribuir
25.2 
às cinco variáveis h , i , j , k e l , verificando-se as condições iniciais.

26
Considere os seguintes conjuntos:
C = !x ! IR: x G 3 / 1 - 2x > 0+
e
D = !x ! IR: +]x > -3g 0 4 - x2 > 0+
Represente, recorrendo a intervalos de números reais:
a) D\C
b) C , D

80

565065 039-085.indd 80 29/05/15 15:13


Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

27
Indique uma condição cujo conjunto solução seja o intervalo:
a) ?-3, 1? , 53, +35
b) ?-1, 55

28
Resolva, em IR :
a) ]2x + 2g]3x - 1g < 0 / x ! IR+
b) 16 - 4x2 > 0 0 1 - x G 0

29
1-x x+2
Considere a seguinte proposição: 6x ! IR, x2 - 2x = 3 & x + G
2 3
29.1 Indique, justificando, o seu valor lógico.
29.2 Sem utilizar o símbolo + , escreva em linguagem simbólica a negação da proposição dada.
29.3 Escreva em linguagem simbólica a proposição contrarrecíproca da proposição considerada.

30
Considere no universo '- 2, - , 0, , 21 os conjuntos:
1 1
2 2
A = !x: 2x2 - 3x = 2+
B = !x: 3 - x H 5+
C = !x: |2x| = 1+
Determine, em extensão:
A ; B ; C ; A ; A , B ; A + C ; C\A e ]A , Bg\C .

31
Considere, em IR , os seguintes conjuntos:
A = !x ! IR: 3x2 - 5x - 2 = 0+
B = !x ! IR: x G 4+
C = !x ! IR: 12 - 2x H 2+
Defina, se possível, sob a forma de intervalo de números reais, ou união de intervalos disjuntos
de números reais, os conjuntos seguintes, considerados como subconjuntos de IR .
A ; B ; C ; C ; A , B ; A + C ; B\A e ]A , Bg\C

32
Considere as seguintes expressões:
p : 6x ! !+, x = x + 1
q : 7x ! !+: x = x + 1
32.1 Justifique que as expressões p e q são proposições, indicando o valor lógico de cada uma.
Lembre-se que, ao afirmar que uma dada proposição é falsa, tem de encontrar um
contraexemplo.
32.2 Negue cada uma das proposições. Professor
LIVROMÉDIA
33
Use diagramas de Venn para ilustrar as primeiras leis de De Morgan para conjuntos: Ficha
A+B = A,B e A,B = A+B de avaliação 2

Teste 2

81

565065 039-085.indd 81 19/06/15 11:20


PREPARAÇÃO PARA O TESTE 1

Professor I
TEM
sugestão DÚVIDAS?
As autoavaliações
apresentadas
Para cada uma das questões deste grupo, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são
têm como apresentadas.
objetivo aferir
as aprendizagens 1
dos alunos. Considere as proposições p e q , tais que q e p / q são verdadeiras. CONSULTE
Estas podem ser AS PÁGINAS
realizadas na aula Uma das proposições seguintes é falsa. Indique qual. 12 A 17.
ou como trabalho
(A) p
de casa e ser alvo
de esclarecimento (B) p 0 q
de dúvidas em
aulas reservadas (C) p & +q
para esse efeito.
Estes testes
(D) p 0 +q
servem
igualmente como 2
preparação para A expressão 6+p 0 ]p / qg@ 0 +q é equivalente a: CONSULTE
os testes
(A) +]p / qg 0 ]p / qg
AS PÁGINAS
sumativos e/ou 22 A 26.

(B) +]p 0 qg / ]p 0 qg
intermédios.

(C) +p 0 +q
(D) p / q

3
Considere as proposições: CONSULTE
AS PÁGINAS
a : Está a chover 12 A 17.
b : O Pedro vai jogar ténis
Qual das afirmações seguintes representa, em linguagem corrente, a proposição +a & b ?
(A) Se o Pedro jogar ténis, então, não está chover.
(B) Se não está a chover, o Pedro vai jogar ténis.
(C) Não está a chover e o Pedro vai jogar ténis.
(D) O Pedro joga ténis se chover.

4
A negação da proposição «Todas as mulheres são vaidosas» é: CONSULTE
AS PÁGINAS
(A) Não existem mulheres vaidosas. 48 E 49.

(B) Nem todas as mulheres são vaidosas.


(C) Existem homens que não são vaidosos.
(D) Uma mulher é vaidosa ou não é vaidosa.

5
Considere, no conjunto dos números inteiros relativos, as seguintes condições: CONSULTE
AS PÁGINAS
a]mg : m2 = 1 54, 56 E 57.
b]mg : m = 1
Qual das seguintes condições é universal?
(A) a]mg + b]mg
(B) +b]mg & +a]mg
(C) a]mg & b]mg
(D) +a]mg & +b]mg

82

565065 039-085 U2.indd 82 19/03/15 15:50


Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

TEM
II DÚVIDAS?
Nas questões seguintes, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver
de efetuar e as justificações necessárias.

1
Considere as seguintes proposições:
a : 2 = 1,414
b : ]-1,414g2 = 2
c : 2 é um número irracional
1.1 Indique o valor lógico de cada uma delas. CONSULTE
A PÁGINA 9.
1.2 Traduza em linguagem corrente a negação de cada uma das proposições seguintes e indique CONSULTE
As PÁGINAs
o seu valor lógico: 25, 26 e 28.

a) a / b b) c / +b c) +a 0 b d) a & b

2
Prove, utilizando uma tabela de verdade, ou as propriedades das operações lógicas sobre proposições, CONSULTE

que, para quaisquer proposições p e q , a proposição p & p / ]p 0 qg é uma tautologia.


AS PÁGINAS
10 A 17,
22 A 26
E 28.
3
A figura ao lado apresenta um quadro de Piet Mondrian, pintor
holandês modernista.
3.1 
Indique o valor lógico das proposições seguintes relativas
a este quadro.
a) No quadro, existe um quadrado vermelho e um quadrado preto. CONSULTE
AS PÁGINAS
b) No quadro, existe, pelo menos, um retângulo azul ou um 14 A 16.

quadrado verde.
c) No quadro, não existem triângulos.
3.2 
Sendo U o universo dos polígonos representados no quadro, escreva em linguagem CONSULTE
AS PÁGINAS
simbólica, utilizando quantificadores, cada uma das proposições anteriores. 43 E 44.

3.3 
Aplicando as segundas leis de De Morgan, escreva em linguagem corrente e em linguagem CONSULTE
AS PÁGINAS
simbólica as negações das proposições anteriores. 48 E 49.

4
Considere em IR as condições:
p]xg : 2 + x > 0 / 3 - x H 0
q]xg : -4 < x G 1
4.1 Escreva a condição +p]xg sem utilizar o símbolo de negação + . CONSULTE
AS PÁGINAS
4.2 
Sejam A e B os conjuntos solução das condições p]xg e q]xg , respetivamente. 48 E 58.
CONSULTE
Determine, sob a forma de intervalo, ou união de intervalos, de números reais, os conjuntos: AS PÁGINAS
56 E 57.
a) A + B b) B c) A\B

5
Demonstre, por contrarrecíproco, que: «Se um número natural n não é múltiplo de 5 , então CONSULTE
AS PÁGINAS
não é múltiplo de 35 ». 62 A 64.

Grelha de avaliação
PARTE I II
Questões 1a5 1.1 1.2 2 3.1 3.2 3.3 4.1 4.2 5
Cotações 5#10=50 3#5=15 4#5=20 20 3#5=15 3#5=15 3#6=18 12 3#5=15 20

83

565065 039-085 U2.indd 83 19/03/15 15:51


MATEMÁTICA NO MUNDO REAL
LÓGICA, AUTÓMATOS E COMPUTADORES

O
s circuitos elétricos são fundamentais para
o funcionamento dos eletrodomésticos e aparelhos
eletrónicos utilizados diariamente: televisores,
rádios, computadores, autómatos, telemóveis,
calculadoras, etc... Estes aparelhos funcionam,
em geral, com sistemas de lógica digital, circuitos
elétricos onde fluem sinais elétricos que correspondem
a dois estados: a ausência de tensão, que corresponde ao sinal 0 ,
e a presença da mesma, que corresponde ao sinal 1 .

Circuitos elétricos com interruptores em série e em paralelo

ricos com interruptores em


Como se viu, utilizando circuitos elét
eletronicamente as operações
série e em paralelo, é possível realizar
proposições, respetivamente.
lógicas conjunção e disjunção entre

Relé armadura (componentes elétricos dotados de uma bobina que,


à passagem de energia elétrica, criam um campo magnético que atrai
o contacto, mudando o seu estado).

1V
A
S
B
Num circuito em série, os contactos são manobrados por relés.
Se as entradas A e B possuem corrente elétrica (ambas têm RLB RLA R
valor 1 ), os relés A e B criam um campo magnético atraindo
os respetivos contactos, fechando o circuito e fazendo com que a
corrente elétrica fornecida pela fonte de energia chegue à saída do
+V – Fonte de energia
mesmo (valor de saída 1 ). Se uma das entradas não tem corrente RLA – Relé alimentado pela entrada A
elétrica, um dos contactos não fica fechado, pelo que a corrente RLu1p84h4
B – Relé alimentado pela entrada B
elétrica não chega à saída do circuito (valor de saída 0 ). S – Saída
Este é um circuito lógico «e». R – Resistência

1V
Num circuito em paralelo, se uma das entradas A ou B tem A
corrente elétrica, a corrente fornecida pela fonte chega à S
B
Professor saída, pelo que o valor de saída neste circuito só será 0 se
LIVROMÉDIA
não existir corrente nas entradas A e B , simultaneamente. RLB RLA R
Este é um circuito lógico «ou».
Internet
Vídeo
de demonstração
robô ASIMO
u1p84h5
84

565065 039-085 U2.indd 84 19/03/15 15:51


Domínio 1 LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS

Qualquer operação lógica com proposições pode ser traduzida por negações, conjunções
e disjunções. Percebe-se, assim, que é possível, por meio de sistemas de lógica digital,
«ensinar» uma máquina elétrica a realizar as mais diversas operações lógicas, e, através
de uma linguagem binária constituída por 0(s) e 1(s) fornecer-lhe as instruções
necessárias à realização das operações pretendidas.
1V

Pode observar-se o esquema elétrico de um inversor de estado, S


A
ou seja, de negação. A comutação do contacto altera o estado 1
da saída S (presença de tensão) para 0 (ausência da mesma). RLA R

A lógica e os equipamentos eletrónicos u1p85h1


os
, os princípios básic os de funcionamento de tod
A lógica estabelece, assim .
os utilizados no dia a dia
os equipamentos eletrónic

Placa de
circuitos integrados

Atualmente, os sinais elétricos (ausência ou existência de corrente)


são controlados por condensadores eletrónicos, que são mais baratos,
muito mais pequenos e muito mais rápidos do que os relés, permitindo
assim combinar em pequenas placas, designadas por placas de circuitos
integrados, vários circuitos lógicos digitais adequados às funções pretendidas.

85

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U1P6H1

86

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UNIDADE 3 RADICAIS

Domínio 2
Álgebra

UNIDADE 3 RADICAIS p. 88

UNIDADE 4 POTÊNCIAS DE EXPOENTE RACIONAL p. 98

UNIDADE 5 POLINÓMIOS p. 108

AS SUAS METAS
• Definir e efetuar operações com radicais.
• Definir e efetuar operações com potências de expoente racional.
• Resolver problemas envolvendo operações com radicais e com potências.
• Efetuar operações com polinómios.
Professor
• Resolver problemas envolvendo a divisão inteira de polinómios e o teorema do resto. LIVROMÉDIA
• Resolver problemas envolvendo a fatorização de polinómios de que se conhecem algumas raízes.
Planos
• R
 esolver problemas envolvendo a determinação dos zeros e do sinal de funções polinomiais de grau de aula
superior a dois. 21 a 50

87

565065 086-097 U3.indd 87 19/03/15 16:08


3
UNIDADE

RADICAIS

3.1 Monotonia da potenciação


RECORDAR Potências de expoente inteiro
Seja a um número real e n
um número inteiro positivo: Recorde-se que uma potência de expoente inteiro é uma notação mate-
mática utilizada para representar, de forma abreviada, o produto de
• Potências de expoente natural
A expressão an designa um
fatores iguais.
produto de n fatores iguais a a ,
ou seja, Por exemplo: 2 # 2 # 2 representa-se por 23 , que é igual a 8 .
an = a # a # a # … # a
14444442444443
n vezes
Quando n = 1 , tem-se que EXEMPLO 1
a1 = a . Utilizando a definição de potência de expoente inteiro, tem-se que:
• Potência de expoente 0 • ]-2g5 = ]-2g # ]-2g # ]-2g # ]-2g # ]-2g = -32
a0 = 1 , a ! 0
• c m =1
1 0
• Potência de expoente negativo 3
• ]-4g-2 =
1 1
a-n = c a m = n , se a ! 0
1 n 1
a 2 = 16
(-4)

Professor Recorde-se ainda as seguintes propriedades operatórias com potências


Programa de Matemática A de expoente inteiro:
No domínio da álgebra (ALG10), completa-se,
de forma sistemática, o estudo dos radicais,
o que permite estender adequadamente Regras das operações com potências de expoente inteiro
a noção de potência a expoentes racionais Dados dois números reais a e b não nulos, e dois números
e mostrar que as respetivas propriedades
algébricas se estendem a potências com este inteiros m e n , tem-se:
conjunto alargado de expoentes. • an # am = an+m
an
LIVROMÉDIA • m = an-m
a
• ^anh = an#m
m
Atividades da Unidade 3

• an # bn = (a # b)n

• n =c m
an a n
AVALIAR CONHECIMENTOS
b b
1
Sejam a e b dois números
reais positivos. EXEMPLO 2
Utilizando as regras 1 1
das potências, simplifique • 52 # 5-4 = 52-4 = 5-2 = 2 = 25
5
as seguintes expressões:
c m = ^-1h4 = 1
(-3)4
a) 24 ^a2b-1h
3 -3 4
• =
-1 34 3
b) e o
3-2a 2b 0 2

• f p = ^2y1h2 = 22 $ ^y1h2 = 4y2, se y ! 0


8y 0
a 4b-3
-1
4y
88

565065 086-097 U3.indd 88 19/03/15 16:08


UNIDADE 3 RADICAIS

TAREFA 1 Professor
Considere dois cubos, 1 e 2 , de arestas a e b , respetivamente. Metas curriculares
Sabendo que a < b , indique, justificando, o valor ALG10
Descritores 1.1 e 1.2
lógico das seguintes proposições:
• As faces do cubo 1 têm maior área do que as faces Tarefa 1

do cubo 2. A proposição «As faces do cubo 1


têm maior área do que as faces
• O cubo 1 tem menor volume do que o cubo 2. Cubo 1 Cubo 2 do cubo 2» é falsa, visto que
a2 < b2 , o que permite concluir
que cada face do cubo 1 tem
menor área do que cada face
Na resolução da tarefa anterior, são comparadas potências com o do cubo 2.
mesmo expoente e bases diferentes, observando-se que, sendo as A proposição «O cubo 1 tem
menor volume do que o cubo 2»
bases não negativas, quanto maior for a base, maior será a potência, é verdadeira uma vez que sendo
ou seja, sendo a e b dois números reais, tais que 0 G a < b , então, a < b , tem-se a3 < b3 .

a2 < b2 e a3 < b3 . Tarefa 2


Considere-se, por exemplo,
a = -2 e b = 1 . Tomando
n = 2 , tem-se que ]-2g2 < 12
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 é falso.
Mostre que, sendo a e b dois números reais, tais que 0 G a < b ,
se para um dado número natural n se tem an < bn , então,
an+1 < bn+1 .
RESOLUÇÃO:
Se a = 0 , como b > 0 , tem-se 0 = an+1 < bn+1 .
Se a > 0 , tem-se, por hipótese, que an < bn . Então, multi-
plicando ambos os membros da desigualdade por a , obtém-se
an+1 < a # bn e, porque 0 < a < b , tem-se também que
a # bn < b # bn , pois bn > 0 , donde se conclui que an+1 < bn+1 .

AVALIAR CONHECIMENTOS

No exercício anterior, provou-se que a desigualdade entre duas potên- 2


cias com o mesmo expoente é «hereditária», ou seja, se é verdadeira Indique o sinal das seguintes
para um número natural n , é também verdadeira para o natural potências:
seguinte ]n + 1g . a) ]-10g23
b) ]-5g12
c) ]-1g132
1 1 2 2
Assim, como se tem que 0 G a < b , tem-se também que a < b ,
e, consequentemente, a3 < b3 , …, an < bn… Portanto, se 0 G a < b ,
d) 253
então, an < bn, 6n d IN.
3
Complete com os símbolos
TAREFA 2
< , = ou > de forma
Mostre, com recurso a um contraexemplo, que é falsa a proposição:
a obter proposições
«Se a e b são números reais, tais que a < b , e n é um número verdadeiras:
natural, então, an < bn »
a) 1,15...1,015

b) c m ? d n
10
1 10 1
Recorde-se: 2 3
• Uma potência de expoente par é sempre não negativa. c) ]-4g 5 ? -45
• Uma potência de expoente ímpar toma sempre o sinal da base. d) ]-6g4 ? -64
Assim, uma potência de expoente ímpar é tanto maior quanto maior e) ]-6g4 ? 64
f) ]-3g3 ? ]-2g3
for a base, enquanto uma potência de expoente par é tanto maior
quanto maior for o valor absoluto da base.
89

565065 086-097 U3.indd 89 19/03/15 16:08


Professor EXEMPLO 3
Metas curriculares Tem-se que -5 < -2 e (-5)3 < (-2)3 , uma vez que
ALG10 (-5)3 = -53 e ]-2g3 = -23 .
Descritor 1.3
Por outro lado, (-5)2 > ]-2g2 , pois (-5)2 = 52 e ]-2g2 = 22 .

De uma maneira geral, tem-se:

Dados dois números reais a e b quaisquer e um número


n ! IN , tem-se:
• Se n é ímpar e a < b , então, an < bn .
• Se n é par e
— 0 G a < b , então, 0 G an < bn .
— a < b G 0 , então, an > bn H 0 .

3.2 Raízes de índice n ! IN

EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
Qual é a medida da aresta de um cubo de
volume igual a 8 cm3 ?
RESOLUÇÃO:
A solução da equação x3 = 8 é solução do problema.
u2p84h1
Como se sabe, 2 é solução desta equação, uma vez que 23 = 8 .
AVALIAR CONHECIMENTOS
Portanto, a aresta do cubo mede 2 cm .
4
Considere dois números
reais x e y , tais que,
Será 2 a única solução da equação x3 = 8 ?
x > 0 e y < 0 .
Quais das seguintes Admita-se que existe c ! IR , tal que c ! 2 e c3 = 8 .
afirmações são Se c ! 2 , então, c < 2 ou c > 2 , donde, c3 < 23 ou c3 > 23 ,
necessariamente respetivamente; em qualquer dos casos, tem-se c3 ! 8 , o que é
verdadeiras? absurdo.
(A) x2 > y2
(B) y3 < x3 Portanto, 2 é a única solução da equação x3 = 8 . Diz-se, por isso, que
3
(C) ]-yg5 < x5 2 é a raiz cúbica de 8 e representa-se tal escrevendo 8 = 2 .

5 De forma análoga, prova-se o resultado mais geral:


Sabendo que x e y são
dois números reais, tais que Dado um número real a e um número n ! IN ímpar, existe um
x < y < 0 , complete com único número real b tal que bn = a . Este número designa-se
n
os símbolos < , = ou > por raiz índice n de a e representa-se por a .
n
de forma a obter afirmações A equação x n = a , com n ímpar, tem como solução única a .
verdadeiras:
a) x2 ? y2
b) y3 ? x3 As equações do tipo x n = a , com n par, quando possíveis, podem
c) x10 ? ]-xg10 ter mais do que uma solução, ao contrário daquelas em que n é
ímpar.
d) y5 ? ]-yg5

90

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UNIDADE 3 RADICAIS

EXEMPLO 4 Professor
A equação x2 = 16 tem -4 e 4 como soluções. Metas curriculares
De facto, (-4)2 = 16 e 42 = 16 . ALG10
Descritores 1.4 e 1.5

Tarefa 3
TAREFA 3 3.1 Como ]-1g n = 1 e bn = a , tem-se que:
Seja n um número natural par e a e b dois números reais positi- ]-bg n = ]-1g n ◊ bn e, como tal, ]-bg n = a .
3.2 Sejam c e s ]c < sg , ambas soluções da equação dada.
vos, tais que bn = a . Tem-se que cn < sn , se forem ambas positivas, ou sn < cn ,
3.1 Prove que ]-bgn = a . caso sejam ambas negativas. Obtém-se, assim, um absurdo
]a < a , ou, a > a ) .
3.2 Mostre que, além de b e -b , não existem outras soluções Conclui-se que não existem outras soluções de xn = a além
da equação xn = a . de b e -b .

SUGESTÃO: Comece por observar que qualquer solução c terá


de ter o mesmo sinal que uma das soluções conhe-
AVALIAR CONHECIMENTOS
cidas, seja ela s , e, nesse caso, justifique que
c não pode ser nem maior nem menor do que s . 6

Caderno de Apoio do 10.º ano


Resolva, em IR ,
as seguintes equações:
a) x5 = -32
Na resolução da tarefa 3, prova-se que: b) x2 = 3
c) 3x3 = 6
Dado um número real positivo a e um número n ! IN par ,
existe um único número real positivo b , tal que bn = a e d) x2 + 1 = 0

]-bgn = a . Este número designa-se por raiz de índice n de a e) x2 = 3x2


n
e representa-se por a .
7
Se n é par e a é positivo, a equação xn = a tem duas soluções: Determine o raio da base
n n
a e - a . de um cilindro de altura
10 cm e volume 140 cm3 .
Note-se que para a < 0 e n par, a equação xn = a é impossível.

A equação xn = 0 , para todo o número natural n , tem como 10 cm


n
solução única 0 , pelo que 0 = 0 . r

8 u2p85h1
EXERCÍCIO RESOLVIDO 3 O triângulo 5ABC? da figura
Resolva, em IR , as equações seguintes: é equilátero de lado 1 cm .
a) x3 = -64 b) x4 = 6 c) x2 = -3 d) x5 + 4 = 4 Os pontos X , Y e Z são
os pontos médios de 5AB? ,
RESOLUÇÃO:
3
5AC? e 5BC? ,
a) x3 = -64 + x = - 64 + x = -4 respetivamente.
S = !-4+ Determine a área
4 4
b) x4 = 6 + x = - 6 0 x = 6 do triângulo 5XYZ? .

S = $- 6 , 6.
4 4
A

c) x2 = -3 impossível (uma potência de expoente par é não


negativa). X Y
S = !+
5
d) x5 + 4 = 4 + x5 = 0 + x = 0 +x=0
S = !0+
B Z C

91

u2p85h2
565065 086-097 U3.indd 91 19/03/15 16:08
Professor 3.3 Propriedades dos radicais
Metas curriculares
ALG10 Produto de raízes com o mesmo índice
Descritor 1.6
Da definição de raiz de índice n ! IN de um número real, resulta que:
_ n a i = a com a ! IR , se n ímpar, e a ! IR+0 , se n par.
n

Então, dados dois números reais a e b não negativos e n ! IN ,


pelas propriedades operatórias com potências, tem-se:
_n a # n bi = _n ai # _n bi = a # b
n n n

Por outro lado, _ a # b i = a # b . Então, a # b = a # b .


n n n n n
AVALIAR CONHECIMENTOS

9 Para n ímpar, a igualdade é verificada para quaisquer números reais


Simplifique: a e b .
a) 2 # 3 -5 6
Assim:
3 3 1
b) 5 # -3 3
5 Dados dois números reais não negativos a e b e um número
10 n ! IN , par,
n n n
Indique, justificando, o valor a # b = a#b
lógico das seguintes Dados dois números reais a e b e um número n ! IN ímpar,
proposições: n n n
a # b = a#b
a) 6a ! IR,
2 + a= 2+a
b) 7a ! IR: EXEMPLO 5
2 - a= 2-a • 2 # 50 = 2 # 50 = 100 = 10
c) 6a ! IR , +
3 3 3
• -2 # 4 = - 8 =- 2
4a = 2 a
d) 6a ! IR,
5
a2 #
5
a3 = a Simplificação de radicais
e) 6a ! IR, a2 = a
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Quais são as medidas das diagonais de um cubo de aresta 2 ?
RESOLUÇÃO:
Seja f a diagonal de uma face do cubo e e uma diagonal espa-
e
cial. Pelo teorema de Pitágoras, tem-se f = 2 2 + 2 2 = 8
e e = _ 8 i + 2 2 = 8 + 4 = 12 .
f 2
2
2 Por outro lado, um cubo de aresta 2 pode ser decomposto em
oito cubos de aresta 1 , como mostra a figura ao lado, por isso,
as suas diagonais são o dobro das diagonais de um cubo de
aresta 1 . Estas últimas medem 2 (diagonal facial) e 3
u2p86h1 (diagonal espacial).
Îã3 Îã2
Assim, comparando os dois resultados, tem-se 8 = 2 2
2 e 12 = 2 3 .
8 2 12 2 Este resultado pode ser justificado com a propriedade do pro-
u2p86h2
4 2 6 2 duto de radicais:
2 2 3 3
u2p86h3 8= 22 # 2 = 22 # 2 =2 2
1 1
12 = 22 # 3 = 2 3
8 = 23 12 = 22 ◊ 3
92

565065 086-097 U3.indd 92 19/03/15 16:08


UNIDADE 3 RADICAIS

O resultado obtido no exercício resolvido 4 pode ser generalizado e Professor


demonstrado de forma análoga e ilustra um caso particular da proprie- Metas curriculares
dade na página anterior. ALG10
Descritores 1.6 e 1.7

Dados dois números reais não negativos a e b e um número LIVROMÉDIA

n ! IN par,
n n PowerPoint
an # b = a b Referência histórica
Dados dois números reais a e b e um número n ! IN ímpar,
n n
an # b = a b

EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
Um quadrado está inscrito numa circunferência de raio 3 unidades.
Determine a medida do lado do quadrado e apresente o resultado
final na forma a b , a, b ! IN .
Caderno de Apoio do 10.º ano

RESOLUÇÃO:
Como o raio da circunferência tem 3 unidades, o seu diâmetro
tem 6 unidades. AVALIAR CONHECIMENTOS

Seja l o lado do quadrado. 11


Como qualquer quadrado inscrito numa circunferência tem dia- Mostre que as diagonais
gonal de comprimento igual ao diâmetro da mesma, tem-se, pelo faciais e espaciais de um
teorema de Pitágoras: cubo de aresta a medem,
l2 + l2 = 62 + 2l2 = 36 + l2 = 18 + l = ! 18 respetivamente, a 2
e a 3 .
Logo, l = 18 , pois l é uma medida.
Decompondo 18 em fatores primos, tem-se: 12
3 Calcule e simplifique:
18 2
a) 3 5 + 45
9 3
3 3 3
3 3 b) -2 135 + 3 40 - 5
1 18 = 32 ◊ 2 c) 2 # 3 + 96
d) _3+ 3 i - _2+2 3 i #
2
Então, 18 = 3 2 # 2 = 3 2 . Assim, o lado do quadrado
tem 3 2 unidades como medida de comprimento.
u2p87h1 ◊ _2 - 2 3 i
e) 20 + 2 5 - 3 125
Potências de raízes 42 4 4
f) 2 48 + 9 # 27
3
Da propriedade do produto de radicais com o mesmo índice, fazendo
a = b , tem-se _ a i = a 2 . Multiplicando repetidamente ambos
n 2 n 13
n
Sejam x , y e z três
os membros da igualdade por a , obtém-se sucessivamente números reais positivos.
_ n a i = n a3, _ n a i = n a 4 , … , _ n a i = n a m
3 4 m
Simplifique:
a) 12x 3 y 5 z 2
Em geral:
3 8x 4
b)
Dado um número real não negativo a e um número n ! IN 81y 6
par, então, para m ! IN , tem-se _ a i = a m .
n m n
6
c) 27 3 y 6
Dado um número real a e um número n ! IN ímpar, então,
para m ! IN , tem-se _ a i = a m .
n m n 3
d) - 16x 4 y 9

93

565065 086-097 U3.indd 93 19/03/15 16:08


Professor EXEMPLO 6

• ` -2 j = _- 2i =
3 2 3 2 3
Metas curriculares 4
• ` -7j = _- 7i = _- 7i # _- 7i =- 7 49
ALG10 5 7 5 7 5 5 2 5
Descritores 1.8 e 1.9

Quociente de raízes com o mesmo índice

De forma análoga ao que foi feito para provar as propriedades da mul-


tiplicação de radicais com o mesmo índice, pode provar-se que:

Dados dois números reais não negativos a e b , b ! 0 , e um


n
a n a
número n ! IN par, n = .
b b
Dados dois números reais a e b , b ! 0 , e um número n ! IN ,
n
a n a
ímpar, n = .
b b

AVALIAR CONHECIMENTOS

14
EXEMPLO 7
Calcule e simplifique:
50 50 100 100 10
96 • = = 25 = 5 • = =
a) -2 3 2 2 9 9 3
2 5
3
3 32 5 5 5 5 1
b) 24 - 3 • = =
5
10 10 2
3
3xy 3 # 2x 2 y
c)
6x 3 y 4 Como caso particular do quociente de radicais, fazendo a = 1 tem-se
]x, y ! IR+g n

= _ bi
n -1 n 1 1 1 n -1
b = = n = n
15 b bb
Na figura seguinte está e utilizando a propriedade da potência de radicais,
representada uma pirâmide
quadrangular regular. _n bi
-m n
= b-m , com b > 0 se n é par e m ! IN.
_n bi
A aresta da base tem 120 -m n
metros e a altura da pirâmide = b-m , com b ! 0 se n é ímpar e m ! IN .
é 5 metros, tal como
mostra a figura.
Composição de raízes
6 6
Sabe-se que a equação x6 = 2 tem duas soluções reais 2 e - 2 .
Îã5 m
Por outro lado, tem-se que
x6 = 2 + _ x 3i = 2 + x3 = - 2 0 x3 = 2 +
2

Îãã
120 m 3 3
+ x =- 2 0x= 2
3 6
15.1 Determine a área Então, 2 = 2.
lateral da pirâmide.
15.2 u2p88h1
Determine a área Este resultado pode ser generalizado com o seguinte enunciado:
lateral de um prisma
com a mesma base Dados dois números naturais n e m (respetivamente, números
da pirâmide e igual naturais ímpares n e m) e um número real não negativo a (res-
n m nm
volume. petivamente, um número real a), tem-se que a = a.

94

565065 086-097 U3.indd 94 19/03/15 16:08


UNIDADE 3 RADICAIS

De facto, sendo a um número real não negativo e n e m , dois núme- Professor


ros naturais, tem-se ` aj = :` a j D = _ a i = a
n m nm n m n m m m LIVROMÉDIA

e _ a i
nm nm n m nm Internet
= a . Portanto, a = a. Jogo Tangram

O resultado é também válido para qualquer número real desde que


AVALIAR CONHECIMENTOS
n e m sejam ímpares, com a mesma demonstração.
16
O tangram é um puzzle
EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
chinês formado por sete
Demonstre que, dados dois números reais não negativos, a e b e peças (cinco triângulos,
n n
um número natural, n ! IN , se tem 0 G a < b & a 1 b . um quadrado e um
RESOLUÇÃO: paralelogramo). Utilizando
n n
Se a e b são dois números reais não negativos, também a e b todas as peças, e sem as
são não negativos. Se a H b , então, _ a i H _ b i , ou
n n
n n n n sobrepor, é possível formar
muitas figuras diferentes.
seja, a H b , o que demonstra, por contrarrecíproco, o pretendido.
O tangram da figura foi
formado a partir do quadrado
5ABCD? de lado 16 cm .
3.4 Racionalização de denominadores
Sabe-se que E é o centro
do quadrado e os pontos G ,
Dados dois números reais a e b (com b ! 0 ), designa-se por H , I , J e F são os pontos
a médios de 5BC? , 5GJ? ,
5ED? , 5CD? e 5BE? ,
fração a representação do quociente entre a e b . Neste
b
contexto a designa-se por numerador e b por denominador. respetivamente.
A B

EXERCÍCIO RESOLVIDO 7 F
A figura à direita é constituída por três semi- E
círculos, sendo o raio da maior o dobro do raio G
dos outros dois. Sabe-se que a figura tem r cm2 de área. I
H
6.1 Determine o valor exato do raio do semicírculo maior.
u2p89h1
6.2 Encontre, sem recorrer à calculadora, aproximações racio- D J C
nais do valor obtido na alínea anterior. 16.1 Determine a medida
RESOLUÇÃO: do lado do quadrado
6.1 Seja r oraio dos semicírculos menores. 5EFGH? .
r _2r i
2 u2p89h2
2 16.2 Sejam P1 e P2
Então, a área da figura é dada por: rr + = 3rr2 .
2 os perímetros dos
Então, de acordo com os dados do problema, tem-se: triângulos 5ABE?
1 1 1 e 5BFG? ,
3rr2 = r + r2 = + r = ! + r =! .
3 3 3 respetivamente.
Portanto, o raio do semicírculo maior é:
Calcule P1 × P2 ,
1 2
2◊ , ou seja, . apresentando
3 3 2 o resultado na forma
6.2 Para se obter sem calculadora uma aproximação de ,
3 a + b c , com
pode escrever-se uma fração equivalente a esta com denomi- a, b, c ! IN .
nador inteiro, multiplicando ambos os membros por 3 , 17
2 2# 3 2 3 Indique a medida da aresta
obtendo-se: = 2 = . Sabe-se que
3 _ 3i 3 de um cubo de volume
2 2 3 4 4
5 cm3 .
1 < 3 < 2 , pois 12 < 3 < 22 , pelo que 1 1 .
3 3 3
95

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Professor O processo utlizado na resolução de 6.2 para obter uma fração equi-
2
Metas valente a com denominador inteiro é, habitualmente, desig-
curriculares 3
ALG10 nado por racionalização do denominador de uma fração.
Descritores 1.10
e 1.11
Este processo pode ser generalizado. Para frações em que o denominador
n
LIVROMÉDIA é da forma a b m , com a inteiro não nulo, b natural e 1 G m < n ,
sendo que, neste caso, se multiplica o numerador e o denominador por
PowerPoint n
O essencial b n - m , obtendo-se, assim, no denominador o produto inteiro ab .

Exercícios
do Caderno EXEMPLO 8
de Apoio 7
AVALIAR CONHECIMENTOS • Para se obter uma fração equivalente a com denominador
3
Ficha 5 2 3
de trabalho 4 18 inteiro, multiplicamos ambos os termos da mesma por 2 2 ,
Calcule e simplifique: obtendo, assim:
Teste 3 3 6 3 3 3 3
a) 2 # 3 7 7 # 22 7 4 7 4 7 4
= 3 = 3 = =
3
5 2 5 2 # 22
3
5 23 5#2 10
128 4
b) 4
+ 3 324 6 6 6
2 3 3# x4 3# x4 3 x4
• = = = ,x>0
6
2 x2
6
2 x2 #
6
x4 2#
6
x6 2x
c) 3 3

19
Em cada uma das alíneas De uma forma geral,
n n n
seguintes, escreva uma 1 1 # bn-m bn-m bn-m
n = n n = n = ,
fração equivalente à dada, a bm a b # bn-m a # bn ab
com denominador inteiro: a, b, m, n ! IN , 1 G m < n
1
a)
2
3 Embora a racionalização de denominadores de frações tenha outros
b) casos, aqui apenas se abordarão, além dos anteriores, os casos em que
2 5
1 o denominador é da forma a b + c d , com a e c inteiros, b e d
c) 3
, x ! IN naturais e a b + c d ! 0 .
x2
-3
d) 4
2 7 EXEMPLO 9
2
3 • Para
 racionalizar o denominador de , multiplica-
e) 3 - 2
5 + 3
mos ambos os termos da fração por 3 + 2 (chamado
5 -1
f) conjugado de 3 - 2 ), obtendo-se, assim:
2_ 3 + 2 i
2-3 2
2 3 +2 2
a - b = =2 3 +2 2
g) , a, b ! IN _ 3 - 2 i_ 3 + 2 i _ 3 i -_ 2 i
2 2
ab
Este processo baseia-se num dos casos notáveis da multiplicação
20
de polinómios, que afirma que ]a - bg]a + bg = a2 - b2 .
Simplifique a seguinte
expressão, de modo a 1 a b -c d
•  = =
apresentá-la numa única a b +c d _a b + c d i # _a b - c d i
fração com denominador a b -c d a b -c d
= = , com a e c intei-
inteiro: _ a b i - _c b i
2 2
a 2b - c 2b
3 -2 1
+ ros e b e d naturais. Em geral, a b - c d e c d - a b
5+2 3 3 dizem-se os conjugados de a b + c d .

96

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UNIDADE 3 RADICAIS

3.5 Resolução de problemas envolvendo radicais Professor


Tarefa 4
Seja d a medida
da diagonal de
EXERCÍCIO RESOLVIDO 8 cada face do cubo
O Rui tem 10 latas de refrigerante e h a altura
de cada face do
armazenadas numa prateleira, tal tetraedro regular.
como mostra a figura. Tem-se, por
AVALIAR CONHECIMENTOS
teorema de
As latas são todas iguais, a largura da 21 Pitágoras, que:
d 2 = a2 + a2 +
prateleira é 24 cm e a última lata é tan- O retângulo de ouro 5CEPD? + d 2 = 2a 2 +
gente ao topo da prateleira, assim como as duas latas de lado são é construído a partir de um d = a 2 ]d > 0g
tangentes às suas partes laterais. Determine a altura da prateleira. quadrado 5ABCD? de lado Por outro lado,
d 2
u2p91h1 igual a uma unidade, tal h2 = d 2 - d n
RESOLUÇÃO: 2
como indica a figura. d
2
O raio da base de cada lata é 24 ÷ 8 = 3 cm . + h 2 = d 2-
A razão entre a medida 2
4
3d
do lado maior e a medida +h = 2
+
4
do lado menor é o número d 3
h= ]h > 0g
de ouro z . O arco PC 2
a 6
pertence à circunferência de Logo, h =
2
centro M e raio CM . Sendo assim,
a área de cada
1 1 face do tetraedro
A } }
2 M 2 D P é dada por:
Assim, o triângulo retângulo representado na figura tem o cateto d#h
=
menor, com 9 cm, e a hipotenusa com 18 cm. 2
u2p91h2 a 6
Logo, pelo teorema de Pitágoras, tem-se que o cateto maior mede 1 1 2
#a 2

2
18 2 - 9 2 = 92 # 4 - 92 = 3 # 9 2 = 9 3 cm
2
a 12
Então, a prateleira tem 6 + 9 3 cm de altura. B 1 C E
=
4
=
2
a #2 3
21.1 Mostre que: = =
4
1+ 5 3a
2
TAREFA 4 z= =
2 2
Um tetraedro regular está inscrito num cubo, 21.2 Mostre que:
u2p91h5 Tarefa 5
tal como sugere a figura. z2 = z + 1 O quadrado com
Sabendo que a aresta do cubo mede a unida- e 1 cm de lado tem
1 de diagonal
des, prove que a área de cada face do tetrae- = z -1 2 cm , logo
3 a2 z OB = 2 cm e
dro é igual a unidades quadradas. 22
2 AB = 1 + 2 .
Caderno de Apoio do 10.º ano Tem-se que
Justifique a igualdade: 5
AD =
u2p91h3 14 - 6 5 = 3 - 5 1+ 2
5 _1 - 2 i
TAREFA 5 =
23 1- 2
2
Na figura ao lado está representado um D C
Escreva a expressão seguinte 5-5 2
retângulo 5ABCD? com 5 cm2 de área e um =
na forma a + b c com 1-2
quadrado com 1 cm de lado. a, b ! Z e c ! IN : =5 2 -5
e, como tal,
Sabe-se que: 17 + 12 2 o perímetro
1
• a circunferência de centro em O tem raio do retângulo
B é dado por:
igual à diagonal do quadrado; A 1 O 24
2#_5 2 - 5i +
Determine o valor de x que
• o vértice B do retângulo pertence à cir- + 2#_1+ 2 i =
cunferência. satisfaz a seguinte igualdade: = 10 2 - 10 +
2 2 +2+2 2 =
Determine o perímetro do retângulo, apresentando o resultado com - =x 2
98 32 = 12 2 - 8
denominador inteiro.
u2p91h4
97

565065 086-097 U3.indd 97 19/03/15 16:08


4
UNIDADE Potências de expoente
racional

4.1 Definição e propriedades algébricas das


potências de base positiva e expoente racional
A representação de um número real na forma de radical não é única.

EXEMPLO 1
Professor 3
Metas curriculares Em IR , a equação x3 = 4 tem como solução 4 .
Por outro lado, como ` 16 j = ` 4 2 j = 4 6 = 4 , conclui-se
6 3 6 3 6
ALG10
Descritor 2.1 6
que 16 é solução de x3 = 4 .
Tarefa 1 3 6
n m
a é solução da equação x n = a m .
Como a equação tem solução única, conclui-se que 4= 42 .
Por outro lado,
an' a m' k = n' a m'#n =
n

TAREFA 1
= _a i =
n' m # n' m n' n'
= a
=a m Utilizando um processo semelhante ao usado no exemplo 1, prove
donde se conclui que a a k
n' m'
que, sendo a ! IR+ e n , m , n' e m' números naturais
m'
^n, n’ ! IN\!1,h , tais que n = n' , se tem a m = a m'
n
é solução de x = a .m
m n n'
Como a equação tem solução única,
tem-se que
n m n' m'
Caderno de Apoio do 10.º ano
a = a .

LIVROMÉDIA
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
1
Atividades da Unidade 4 A área de uma folha de tamanho normalizado A4 é de 1 m2 .
16
Sabendo que a altura de uma folha A4 é 2 vezes a sua largura,
determine as suas dimensões. Apresente os resultados na forma
AVALIAR CONHECIMENTOS 4
a b com a , b e c naturais.
1 c
Considere os seguintes RESOLUÇÃO: A4 Îã 2x
radicais: Se x é a largura da folha, então, a área da folha
4 6 8 x
8; 2; 8 e 64 . é x # 2 x . Sabe-se que:
1 1 1
Quais são iguais entre si? x# 2x = + x2 = + x =!
16 16 2 16 2
4 4
2 1 1 23 23
Então, a largura é: = = =u2p92h1
Efetue as operações 4
4 2
4
4 24 8
4 2
indicadas, reduzindo 4 4 4 4 4 4
as raízes ao mesmo índice, 23 2 2# 2 3 25 2 2 2
Aalturaé 2 # = = = =
8 8 8 8 4
]como as raízes do numerador têm índices diferentes, foi neces-
se necessário:
3
a) 4 # 2
sário utilizar a igualdade 2 = 2 2 g válida porque = .
4 2 1
x 4 2
b) 3
, x ! IR+ 4
x2 8
As dimensões de uma folha de formato A4 são m por
1 4 2 4
8
c) 8 - 4 + 2
2 25 m , ou seja, cerca de 21 cm por 29,7 cm .
4
98

565065 098-107 U4.indd 98 19/03/15 15:56


UNIDADE 4 POTÊNCIAS DE EXPOENTE RACIONAL

Potências de base positiva e expoente racional Professor


1 Metas curriculares
Que significado deve ser atribuído à expressão 4 ? 3
ALG10
Descritor 2.2
Admitindo-se que a propriedade ]abgc = abc ]a ! IR+ I +g
0 , b, c ! Q
é válida, tem-se
a4 3 k = 4 3 = 4 1 = 4
1 3 3

3
Por outro lado, sabe-se que 4 é a única solução da equação x3 = 4 ,
como mencionado no exemplo 1, logo, faz sentido definir:
1 3
43 = 4

De uma forma geral, tem-se:

1
Potência de expoente n
Dado um número real não negativo a e um número natural
n ]n H 2g , define-se 1 n
an = a

Uma vez que qualquer número racional positivo pode ser escrito na
0 ]n H 2g , a propriedade anterior asso-
m
forma n , em que m, n ! Z+
ciada às regras operatórias das potências permite dar significado à
m
expressão a n , para a H 0 (a ! 0 se m = 0) :

= _a i n =
m 1 1
m# m n m
a n =a n a

n n' m m'
Como am = a m' , se n = , tem-se também
n'
m m'
a n = a n'

e, portanto, pode definir-se de forma coerente potência de base real e


expoente racional positivo, tal como se segue:

Potência de expoente racional positivo


Dado um número real não negativo a e um número racional
não negativo q = n ] m e n números inteiros, m H 0 e
m AVALIAR CONHECIMENTOS

n H 2 g , q ! 0 se a = 0 , tem-se:
3
n Escreva os radicais seguintes
aq = am na forma de potência
de expoente fracionário.
5
a) 4
EXEMPLO 2
_ x H 0i
1 6
• 2 = 2 2 b) x2
4 12
12
3 1
•  5 =5 4 = 5 = 125 c)
5
2 3 3
5
• 8 3 = 8 =
2
64 = 4 d) 2

99

565065 098-107 U4.indd 99 19/03/15 15:56


Professor Note-se que o valor de aq não depende da fração escolhida para repre-
Metas curriculares sentar q .
ALG10
Descritores 2.3, 2.4 e 2.5 Veja-se agora como definir potência de expoente racional negativo.
Seja a um real positivo. Assumindo que a propriedade a pa q = a p + q
tem lugar para todos os racionais p e q , substituindo p por -q ,
obtemos
1
a-qaq = a0 = 1 + a-q = q
a
AVALIAR CONHECIMENTOS Sabendo que qualquer número racional negativo pode ser escrito na
0 ]n H 2g , as regras operatórias das
m
4
forma - n , em que m, n ! Z+
m
-
Escreva na forma de radical potências permitem-nos dar significado à expressão a n , para
e simplifique as seguintes a>0:
-
m
1 1
potências: a n = m = n m
1 an a
a) 5 4
4
b) 6 3
Potência de expoente racional negativo
2
c) 10
-
5 Dado um número real positivo a e um número racional nega-
tivo - n ] m e n números inteiros, m H 0 e n H 2 g , tem-se:
m
_ x 2 0i
1
-
d) x 4

1 -
m
1
e) 0,16
-
4 a n = n m
a
5
Usando as propriedades
estudadas das operações com
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
radicais e a definição de
Utilize as propriedades dos radicais para mostrar que:
potência de expoente
1 4 5
racional, mostre que: a)23 #23 = 23
m k mp + nk
an #ap = a np 3 1-
7
b) 7 = 3 5
em que, k, m, n e p são 35
r

c) aa n k = a ns , a ! IR+ e m, n, r e s inteiros não nulos.


números naturais. sm mr

Caderno de Apoio do 10.º ano


RESOLUÇÃO:
6
1 4 3 3 3 5
Escreva na forma a) 23 #23 = 2 #
4
2 =
5
2 = 23
de potência de base 2 5 5 5
3
3 3 3 5 3
a expressão: 2 b) 7 = 5 7
= 5 7
= 7 =
35 3 3 3
Caderno de Apoio do 10.º ano
5 1 1 -
2
1-
7
= 2 = 5 2
=3 5 =3 5
7 3 3
r

c) aa n k = ` a j = ` am j =
Apresente as expressões sm n m s
r
s n r
seguintes na forma de uma
única potência de base s n mr ns mr
mr

natural: = a = a = a ns

a) ` 5j
3 6
5 #
5 5
b) 3 # 32 3 Tal como o exercício anterior sugere, a extensão da definição de
3 5 potência para expoente racional preserva as regras das operações com
c) 9 81
potências de expoente inteiro.
100

565065 098-107 U4.indd 100 19/03/15 15:56


UNIDADE 4 POTÊNCIAS DE EXPOENTE RACIONAL

Regras das operações com potências de expoente racional: Professor


Metas curriculares
Sejam a e b números reais positivos e p e q números racionais:
ALG10
• a p × aq = a p + q Descritores 2.4, 2.5 e 3.1

• a p ÷ a q = a p-q

• _a pi = a p × q
q

• a p × bp = (a × b)p

• a p ÷ bp = c m
a p
b
-p 1
• a = p
a

As propriedades anteriores permitem simplificar o cálculo com radi-


cais.

EXEMPLO 3
3 1 1 1 1 5 6
+ 5
• 2 # 2 = 23 #22 = 23 2 = 26 = 2
3 4 1 4 1 13 12
4 - 13 12
• 16 ' 2 = 23 '24 = 23 4 = 2 12 = 2 =2 2

8 = _2 i 6 = 2 6 = 2 2 =
1 3 1
6 3
• 2

AVALIAR CONHECIMENTOS

4.2 Resolução de problemas envolvendo operações 8


com radicais e com potências Simplifique:
2
a) 8 3

EXERCÍCIO RESOLVIDO 3 3
-
1
b) 5 4 # 5 3
Fixada uma unidade de comprimento, considere um cubo de

c) _32x i
aresta a e de volume V .
_ x 2 0i
2
-5 - 5

3.1 Exprima a em função de V .


_a 2 0i
2 4
Exprima
3.2  a medida da área da superfí- d) a 3 ' a 5
cie do cubo na forma nV q , em que 1 2

e) c m ' c m
n é um número natural e q um 4 8 -5 5

número racional. 9 27
2 1 1
Caderno de Apoio do 10.º ano -
f) 2 3 # 2 6 '23
RESOLUÇÃO: u2p95h1
3 3 9
3.1 Sabe-se que V = a + a = V . Calcule e simplifique
3
Então, a = V . as seguintes expressões:
6
Como
3.2  o cubo tem 6 faces de área a2 , tem-se que a área 6 5 3
a) 15 # 3 # 3 - 2
da superfície do cubo é A = 6a2 .
aa 6 k
3 3 1 7 4
Pela alínea anterior, sabe-se que a = V e, assim sendo, a2 #a3
tem-se que: b) 5 - 2
- a
A = 6` V j + A = 6 # V 3
3 2 2 a 6

3 3
c) 2 3 # 3 # 3

101

565065 098-107 U4.indd 101 19/03/15 15:56


Professor EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Metas
curriculares
Um cubo está inscrito numa superfície esférica de área A .
ALG10 Exprima, em função de
4.1  A , a medida
Descritor 3.1
da aresta do cubo.
TAREFA 2
Seja
4.2  V o volume da esfera.
2.1 3
2 x y
A= + AVALIAR CONHECIMENTOS A Ar
n
xy
2 Mostre que: V = 6r
1 1
10
2x 2 # y 3 RESOLUÇÃO:
+A= Resolva, em IR , as equações
` xy j
1
2 n
seguintes:  área da superfície esférica é A = 4rr2 , em que r repre-
A
4.1
1 1 1 senta o seu raio. u2p96h1
+A=
2x 2#y 3 a) x 3 = 2
1 2
Então,
b) _2x - 1i 4 = 8
3
x n #y n
A A
+A= A = 4rr2 + r2 = + r =!
1 1 1 2
1 1 4r 4r
= 2x 2
-
#y 3
n
-
n c) x 4 = 2 5
1 A
Como x = x 3
3
Portanto, r =
tem-se que: 11 4r
1 1 1
- = /
Considere um prisma A medida da diagonal do cubo, d , é definida em função da
2 n 3 quadrangular regular reto
1 2
aresta do cubo, a , por d = 3 a , pois
/ - =0+ cuja área da base mede
3 n d 2 = a2 + a2 + a2 + d 2 = 3a2 + d = 3a
1 1 2 1 b cm2 e a altura é igual
n
= / =
6 n ao quádruplo da medida d
3 Como = r , tem-se que:
+n=6 do comprimento da aresta 2
2.2 a) Se x = 64,
da base. 3a A 2 A A
y = 27 e n = 6 = +a= +a=
tem-se: 11.1 
Exprima a medida do 2 4r 3 # 4r 3 r
3

A=
2 64 27 volume do prisma na 4r 3
6 4.2 A esfera tem volume V = r , então, pela igualdade
64#27
2
forma nbq , em que 3
2#8#3 n é um número natural estabelecida na alínea anterior, tem-se:
A=
2 #_3 i
d n=
6 3
6 3 2
e q um número 4r A 4r A3 4r A A
V = # = =
racional. 3 4r 3
_4ri
48
A= 6
3
3# 4r 4r
6 6
2 #3 11.2 
Determine o valor
48
de b sabendo que A A A A# r A Ar
A= + A=6 = = =
2#3
1 o volume do prisma 6 r 6 r 2 6r
b) Se  x = y =
e n = 4 , tem-se:
4 é igual a 32 cm3 .
A= Caderno de Apoio do 10.º ano
2 1 3 1
TAREFA 2
4 4 12
=
1 2 Considere uma esfera inscrita Considere, dado um número natural n H 2 e para x > 0 , y > 0 ,
#d n
4 1

4 4
num cubo de volume V . a expressão:
+A = 3
1 1 Exprima, em função de V : 2 x y
2#d n #d n A=
1 1 2 3
n
4 4 a) o raio da esfera; xy 2
d n
3
4 1 b) a área da superfície 3
4 Determine
2.1  para que valor de n se tem A = 2 x , indepen-
+A =
da esfera. dentemente dos valores de x e de y .
1 1 3

2#d n
+ -
1 2 3 4
Caderno de Apoio do 10.º ano
13
4
1
Verifique que os números Determine,
2.2  com denominador inteiro, o valor de A se:
+ A = 2#d n
1 12
3 3
4
6 1 - 2 e 1 + 2 são
2 2 a) x = 64, y = 27 e n = 6
+A = 32
soluções da equação 1
x2 - 2x - 7 = 0 , b) x = y = e n=4
4
substituindo diretamente
a variável.

102

565065 098-107 U4.indd 102 19/03/15 15:56


Domínio 2 ÁLGEBRA

AVALIAR CONHECIMENTOS

ESCOLHA MÚLTIPLA Professor


Metas curriculares
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são ALG10
apresentadas. Descritor 3.1

1 sugestão
Se p = 2 + 2 e q=2- 2 , então, pq - p é igual a: O conjunto dos exercícios
apresentados permite
(A) - 2 (C) 2 ao aluno aprofundar
os conhecimentos sobre
(B) 2 - 2 (D) 2 + 2 operações com radicais
e potências e estabelecer
2 conexões sobre os vários
tópicos estudados.
A área do retângulo representado na figura ao lado é: Estes exercícios podem ser
4 2 Îã
3 3 realizados ao longo da
(A) 4 (C) 2 8
unidade ou apenas no final
3
(B) 2 3 (D) 4 da mesma.
4 1 Îã
3
8
LIVROMÉDIA
3
3
Uma fração equivalente a é: PowerPoint
2 + 5 O essencial
3 2 -3 5
(A) 2 - 5 (C)
7 u2p97h1 Exercícios do Caderno
de Apoio
3 2 +3 5
(B) D) 5 - 2
7
4
9 2
Simplificando a expressão - , obtém-se:
2 9
3- 2 7 2
(A) (C)
2- 3 3

7 2 2
(B) (D)
6 18
5 1
-
A potência 5 2 é igual a:
5
(A) - 5 (C)
5
1
(B) (D) 5
25
6
4
A expressão a 2b $ 2ab 2 (a, b > 0) é igual a:
4 4
(A) 2a 3b 3 (C) 4a 4b 3
4 4
(B) 4a 3b 3 (D) 4a 4b 5

7
Na figura ao lado, está representado um triângulo retângulo cujas medidas
3
dos catetos são 2 5 e 52 .
A área do triângulo é: 2 5
1 5
(A) 5 2 (C) 5 6

7
(B) 5 6 (D) 5 3
52

103

565065 098-107 U4.indd 103 u2p97h2 19/03/15 15:56


AVALIAR CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que
tiver de efetuar e as justificações necessárias.

8
n
Determine, na forma a b com a, b ! IN :
4 3
a) 32 c) 8x 7
4
b) 27 d) 243 # x # y 5 (x, y ! IN)
9
Simplifique:
3 3 3
a) 8 - 3 2 + 5 32 c) 3 # 2 - 48
3
3 6 3 3 6 3 3
b) 54 + - d) 162 + -3
2 2 2 4
11 x
10
Mostre que o número de ouro e z = o verifica a condição
1+ 5
2
x B A
1 x
x = 1+x

um dos quocientes d x e n designa-se por razão áurea.


1 x x 1
NOTA: C
 ada
1+x
11
Escreva na forma de potência de expoente fracionário os seguintes radicais: u2p98h1

x _ x H 0i
3 4 1 1 4 3
a) 5 b) c) d)
25 32
12
Escreva na forma de radical e simplifique as seguintes potências:
_ x 2 0i
1 2 2 3
- -
a) 4 3 b) 8 5 c) 0,1 3 d) x 7

13
Indique um número racional cujo cubo esteja entre 1 e 2 .

14
Indique um número racional cuja raiz de índice 4 esteja entre 1 e 2 .

15
O Sr. António é ladrilhador e pretende colocar azulejos quadrados com 7,5 dm2 de área
no chão de uma sala com 6 m2 de área.
15.1 Assumindo que não existe desperdício, de quantos azulejos necessita o Sr. António?
15.2 
Cada lado de azulejo leva uma calha
decorativa. Qual é o comprimento
total da calha necessário para que
todos os azulejos tenham o friso
decorativo?
Apresente o resultado na forma
a b (b ! IN) e arredondado
à unidade de decímetro.

104

565065 098-107 U4.indd 104 19/03/15 15:57


Domínio 2 ÁLGEBRA

16
Apresente as expressões seguintes com denominador inteiro:
1 3
a) d)
3 5 - 2

_a 2 0i
5 2a + a
b) 3
e)
5 2a - a
2 2
c) f)
2 +1 3 _ 3 - 1i
17
Simplifique, apresentando o resultado final sob a forma de uma potência de expoente inteiro:
3 4 3
3 # 3 # 3 27 # 3
a) 6
d) 4
81 27
5

e) e o
1 1 2
1
b) 2 3 # 3 3 # 6 3 3
3
_ 2 i3 # 2
1 1
-
2
4
8
2 # _ 2i
c) -5 f)
3
5
18
Determine, na forma a b com a, b ! IN , um valor simplificado de x :
1 1
x= 128 # 0,25 4 # 0,125 2

19
Indique o valor lógico da proposição seguinte:
2n+1 - 2n-1 3
6n ! IN , =
2n 2
20
No Egito, as pirâmides de Gizé foram construídas tendo
em conta a razão áurea

ez= o
1+ 5
2
A razão entre a altura de uma face e metade do lado
da base da pirâmide é igual à razão áurea e a pirâmide
tem base quadrangular.
Sabendo que a aresta da base da pirâmide tem
272 metros de comprimento, determine:
a) o apótema e a altura da pirâmide; Apótema
b) a área de uma das faces laterais da pirâmide;
c) o volume da pirâmide.
Professor
LIVROMÉDIA

Teste 4

CADERNO
21 DE ATIVIDADES
Mostre que: 14 - 6 5 = 3 - 5 e avaliação contínua
u2p96h1a_s Ficha de trabalho 3

105

565065 098-107.indd 105 29/05/15 15:21


PREPARAÇÃO PARA O TESTE 2

Professor I
TEM
sugestão DÚVIDAS?
A autoavaliação
apresentada é
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são
global, fornecendo apresentadas.
uma visão dos
tópicos das duas 1
unidades Considere o conjunto: CONSULTE A

A = !x: x = 2 -1 / p é primo+
estudadas até PÁGINA 51.
p
ao momento.
Esta pode ser
realizada na aula
Qual dos números seguintes pertence ao conjunto A ?
ou como trabalho (A) 5 (B) 8 (C) 15 (D) 31
de casa e ser alvo
de correção e de
esclarecimento de
2
dúvidas em aulas Considere as proposições: CONSULTE
reservadas para AS PÁGINAS
esse efeito. p : 6x ! IR, x2 = x 41 E 90.
3 3
Este teste serve q : 6x ! IR, 8x = 2 x
igualmente como
preparação para Qual das opções é a correta?
os testes
sumativos (A) p e q são ambas verdadeiras.
e/ou testes
(B) p é falsa e q é verdadeira.
intermédios.
(C) p é verdadeira e q é falsa.
(D) p e q são ambas falsas.

3
Considere um quadrado de lado x CONSULTE A
PÁGINA 93.
inscrito numa circunferência.
xx

Qual das expressões seguintes define a área do círculo em função de x ?


r x2 r x2
(A) 2r x2 (B) (C) u2p100h1 (D) r x2
4 2
4 CONSULTE
AS PÁGINAS
Seja x definido por: 3 93 E 94.
6 # 36
6
6
O valor de x é:
3 6
(A) 6 (B) 6 (C) 6 (D) 6

5 CONSULTE
AS PÁGINAS
Considere a equação: 88 A 91.

x2 - 4x - 1 = 0
Sabendo que x1 e x2 (x1 < x2) são ambas soluções da equação dada, qual das opções é a
correta?
(A) x1 + x2 = -4 (C) x1 - x2 = 2 5
x1
(B) x1 $ x2 = 1 (D)
x2 = 4 5 - 9

106

565065 098-107 U4.indd 106 19/03/15 15:57


Domínio 2 ÁLGEBRA

TEM
II DÚVIDAS?
Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que
tiver de efetuar e as justificações necessárias.

1
Considere o hexágono regular de lado x cm , representado à direita. CONSULTE A
PÁGINA 90.
1.1 Mostre que o apótema do hexágono mede, em função de x , x
3
x cm .
2
1.2 Determine o valor de x de forma que o hexágono tenha Apótema
de área 6 3 cm2 .

2
u2p101h1
Considere as seguintes proposições: CONSULTE
AS PÁGINAS
a: 2 + 8 =3 2 88 A 95.

3 6
b: 2 # 2 = 4
4
3
c: 5 =5 5
3

Sem recorrer à calculadora, indique, justificando, o valor lógico de cada uma das proposições.

3
A igualdade x 2 + 2x + 1 = x + 1 é válida em IR ? Justifique a sua resposta. CONSULTE
AS PÁGINAS
90 E 91.
4
Considere a seguinte proposição:
6x ! IR, _ x + 2i 3 = 1 & x G 4
2

4.1 Indique, justificando, o seu valor lógico. CONSULTE


AS PÁGINAS
43 E 99.
4.2 Negue a proposição dada.
CONSULTE A
PÁGINA 64.
5
Considere as expressões:
_1 + 3i - 1
CONSULTE
2
AS PÁGINAS
90 A 96.
a= 12 + 27 - 48 e b =
2+ 3
Mostre que a = b .

6
Na figura, estão representados um quadrado e duas circunferências. CONSULTE
AS PÁGINAS
Sabe-se que o quadrado tem 2 cm de lado. 90 A 97.

Determine a área do círculo mais pequeno, sabendo que este está inscrito
entre o quadrado e a circunferência maior.
Apresente o resultado final com denominador inteiro.
SUGESTÃO: C
 onsidere a menor circunferência da figura inscrita num quadrado deu2p101h2
lado 2r , Professor
sendo que r corresponde ao raio da circunferência menor. LIVROMÉDIA

Adaptado das VII OPM — 1.a eliminatória Ficha


de avaliação 3

Grelha de avaliação CADERNO


PARTE I II DE ATIVIDADES
Questões 1a5 1.1 1.2 2 3 4.1 4.2 5 6 e avaliação contínua
Cotações 5 # 10 = 50 15 20 3 # 8 = 24 16 20 15 20 20 Avalio o meu sucesso 1

107

565065 098-107.indd 107 29/05/15 15:22


Professor
Metas curriculares
5
UNIDADE

Polinómios

5.1 Adição, subtração e multiplicação de polinómios


ALG10 Com a introdução de variáveis e a manipulação de expressões com
Descritor 4.1
variáveis envolvendo apenas somas e produtos, nasce a álgebra. Com
LIVROMÉDIA esta vem a possibilidade de trabalhar com igualdades envolvendo
incógnitas.
PowerPoint
Referência histórica
EXEMPLO 1
Atividades
da Unidade 5 Na figura à esquerda está representada uma caixa paralelepipédica
e a respetiva planificação, construída a partir de uma cartolina
retangular de dimensões 50 cm por 20 cm .
x
b As dimensões da caixa dependem do valor de x :
a 50 - 2x
x a o comprimento da base é a = = 25 - x , a largura é
x x a 2
b = 20 - 2x e a altura da caixa é x .
b b
u2p102h1 Nestas condições, o volume da caixa é dado por:
V = ]20 - 2xg]25 - xgx
x x a
x a
Efetuando os produtos, obtém-se:
V = ]20 - 2xg]25x - x2g + V = 500x - 20x2 - 50x2 + 2x3 +
+ V = 2x3 - 70x2 + 500x
u2p102h2
AVALIAR CONHECIMENTOS

1
Relativamente à figura, A expressão obtida para volume da caixa é, como se sabe, um polinó-
sabe-se que: mio de terceiro grau, ou grau 3 , e resulta do produto de três fatores,
5ABCD? e 5FBGH? são também eles polinómios, todos de primeiro grau. Está na forma redu-
retângulos; zida (adicionaram-se algebricamente os termos semelhantes).
• AB = 4x + 1
Recorde-se:
• AE = BG = 2x
• EF = 1 Dado n ! IN0 , chama-se polinómio de grau n na variável x ,
• BC = 4x - 3 na forma reduzida a toda a expressão designatória da forma
Determine uma expressão anxn + an-1xn-1 + an-2xn-2 + … + a1x + a0, an ! 0,
simplificada para a área a0, a1, a2, an-1, an ! IR
da região colorida.
Um polinómio P com apenas uma variável x representa-se por
D C P(x) .
H
G Um polinómio cuja forma reduzida seja zero chama-se polinómio
nulo.
Dois polinómios P(x) e T(x) , na forma reduzida, são iguais se
os coeficientes dos termos do mesmo grau são iguais, isto é:
A E F B
anxn + an-1xn-1 + … + a1x + a0 = bnxn + bn-1xn-1 + … +
b1x + b0 + an = bn / an-1 = bn-1 / ... / a1 = b1 / a0 = b0
108

u2p102h3
565065 108-147 U5.indd 108 19/03/15 16:00
UNIDADE 5 POLINÓMIOS

EXEMPLO 2
1
Os polinómios P]xg = x4 - 2x - e T]xg = x4 + ax3 + bx + c
5
são dois polinómios de grau 4 e
1
P]xg = T]xg se, e só se, a = 0 / b = -2 / c = - .
5

É importante recordar ainda que:


• Cada parcela, ou termo, de um polinómio designa-se por monómio; AVALIAR CONHECIMENTOS
• O grau de cada monómio com apenas uma variável é igual ao
2
expoente da parte literal, quando existe;
Considere o polinómio:
• O grau de um monómio constante, não nulo, é zero;
• O grau de um polinómio não nulo na forma reduzida é igual ao grau A]xg = -2x4 + 4x3 - ax2 + b
do seu monómio de maior grau; Determine a e b , reais,
• O grau do polinómio nulo é indefinido. de modo que:
a) A]xg = -2x4 + 4x3 + 10
b) A]xg = ax4 + 4x3 + bx2 + 2
Soma algébrica de polinómios
3
Para se obter a soma algébrica de polinómios, adicionam-se algebri- Complete a seguinte tabela:
camente os coeficientes dos termos semelhantes, eliminando-se, de
seguida, os termos nulos. Monó- Parte Coefi-
Grau
mios literal ciente

EXEMPLO 3 ? ? ?
-3x3
Considere os polinómios:
A]xg = -3x3 - 2x2 + 1 e B]xg = 2x2 - 3x - 5 1
x ? ? ?
Pode obter-se o polinómio soma A]xg + B]xg fazendo: 2
A]xg + B]xg = ]-3x3 - 2x2 + 1g + ]2x2 - 3x - 5g =
= -3x3 - 2x2 + 2x2 - 3x + 1 - 5 = -7 ? ? ?
= -3x3 - 3x - 4
Para se obter o polinómio diferença A]xg - B]xg , adicionam-se 4
A]xg e o simétrico de B]xg . Ordene os polinómios
3 2
A]xg - B]xg = (-3x -2x + 1) + (-2x + 3x + 5) = 2 seguintes, segundo
as potências decrescentes
= -3x3 - 2x2 + 1 - 2x2 + 3x + 5 =
de x , e indique o seu grau:
= -3x3 - 4x2 + 3x + 6
a) -3x3 + 4x - 2x4 - 2
Estes resultados podem ser obtidos utilizando o algoritmo da adi- 2 x5
ção de polinómios: b) x - x2 +
3 4
c) 2x - x3 + x2 + x3
-3x3 -2x2 0x 1 -3x3 -2x2 0x 1
5
2
+ 2x -3x -5 + -2x2 3x 5 Considere os polinómios:
-3x 3 2
0x -3x -4 3
-3x -4x 2
3x 6 1
A]xg = -x4 + 3x2 - x + 1
2
B]xg = 3x4 - 2 x 3 - x
Multiplicação de polinómios C]xg = 8 x 3 + x2 + 3x - 4
Calcule apresentando
Dados dois monómios anxn e bmxm , o seu produto obtém-se multipli- o resultado simplificado:
cando os coeficientes e elevando x à soma dos expoentes dos fatores a) A]xg + B]xg + C]xg
b) A]xg - 6B]xg + C]xg@
onde x figura:
]anxng ◊ ]bmxmg = anbmxn+m
109

565065 108-147 U5.indd 109 19/03/15 16:00


Professor EXEMPLO 4
Tarefa 1 ]-3x3g ◊ ]4x5g =]-3 ◊ 4g ◊ ]x3 ◊ x5g = -12x8
1.1 a) A]xg × C]xg = 8x 8 + 12x 7 - 16x 5 + 4x 3 + 6x 2 - 8
b) B]xg × C]xg = 4x n+5 + 2x n + 4x 6 - 4x 5 + 2x - 2
1.2 O produto de dois polinómios é obtido efetuando todos os produtos
a) 
Para n = 1 , o polinómio tem grau 6 .
Para n > 1 , o termo de maior grau é 4x n+5 e, então, tem-se: possíveis de cada um dos termos de um deles por todos os termos do
n+5=9+n=4 outro e adicionando os resultados obtidos.
b) 6A]xg@2 é um polinómio de grau 6 e, então, para que
6A]xg@2 × B]xg tenha grau 8 , tem-se:
n+6=8+n=2
EXEMPLO 5
Considerem-se os polinómios:
AVALIAR CONHECIMENTOS A]xg = -3x3 - 2x2 + 1 e B]xg = 2x2 -3x - 5
6 A]xg ◊ B]xg = ]-3x3 - 2x2 + 1g ◊ ]2x2 - 3x - 5g =
Considere os polinómios = -6x5 + 9x4 + 15x3 - 4x4 + 6x3 + 10x2 + 2x2 - 3x - 5 =
P]xg = -x4 + 2x3 - 5x + 7 = -6x5 + 5x4 + 21x3 + 12x2 - 3x - 5
Q]xg = 3x - 2x2 ou, utilizando o algoritmo da multiplicação:
T]xg = 4x - 3
-3x3 -2x2 +0x +1
e determine na forma
de polinómio reduzido: × 2x2 -3x -5
3
a) P]xg + Q]xg - T]xg 15x +10x2 +0x -5
4
b) Q]xg ◊ T]xg 9x +6x3 2
+0x -3x
c) 6T]xg@2 - Q]xg -6x5 -4x4 +0x3 +2x2
7 -6x5 +5x4 +21x3 +12x2 -3x -5
Determine o polinómio A]xg ,
tal que:
TAREFA 1
x4 - 2x + 3 + A]xg =
Considere os polinómios:
= 3x2(x2 - 4) .
A]xg = 2x3 + 3x2 - 4; B]xg = xn + x - 1]n ! INg; C]xg = 4x5 + 2
8 Determine, na forma reduzida, os seguintes produtos e indique
1.1 
Num recipiente com a forma os respetivos graus.
de um prisma retangular a) A]xg × C]xg
regular introduziu-se uma
pirâmide, tal como
b) B]xg ◊ C]xg
é sugerido na figura. 1.2 Determine o valor de n de forma que:
a) B]xg ◊ C]xg seja um polinómio de grau 9 .
b) 6A]xg@2 × B]xg seja um polinómio de grau 8 .

x11
Observa-se, quer no exemplo 5 quer na tarefa, que o grau do polinó-
mio produto de dois polinómios é igual à soma dos graus dos respeti-
vos fatores.
x21
x
De facto, considerando-se os polinómios:
Sabendo que a altura A]xg = anxn + an-1xn-1 + … + a1x + a0, ai ! IR ]i ! IN0, i G ng
da pirâmide é de 3 cm , e B]xg = bmxm + bm-1xm-1 + … + b1x + b0, bj ! IR ]j ! IN0,
determine o polinómio que j G mg, an ! 0 e bm ! 0 .
dá, em cm3 , o volume livre
u2p104h1
no recipiente, em função
de x .

110

565065 108-147 U5.indd 110 19/03/15 16:00


UNIDADE 5 POLINÓMIOS

Tem-se, de acordo com a definição do produto de dois polinómios, Professor


A]xg × B]xg = anxn ]bmxm + bm-1xm-1 + … + b1x + b0) + Metas curriculares

+ an-1xn-1]bmxm + bm-1xm-1 + … + b1x + b0g + …


ALG10
Descritor 4.2
… + a0(bmxm + bm-1xm-1 + … + b1x + b0)

Assim, este produto tem n ◊ m parcelas, antes das simplificações,


sendo a de maior grau igual a ]anxng × ]bmxmg , ou seja, anbmxn+m .
Uma vez que an ! 0 e bm ! 0 , tem-se que o grau de A]xg × B]xg
é n+m.
AVALIAR CONHECIMENTOS

Dados dois polinómios A]xg e B]xg de grau n e m , respetiva- 9


mente, o grau do polinómio produto, A]xg ◊ B]xg , é igual Indique, justificando,
à soma dos graus de A]xg e B]xg , ou seja, m + n . o valor lógico das seguintes
proposições:
p : Se A]xg e B]xg
são polinómios de grau 3 ,
5.2 Divisão inteira de polinómios
o polinómio A]xg + B]xg
tem grau 3
q : Se A]xg e B]xg
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 são polinómios de grau 3 ,
Considerem-se os polinómios: o polinómio A]xg ◊ B]xg
P]xg = -x3 -2x2 + 5x + 1 e T]xg = 2x + 1 tem grau 6
Calcule uma fórmula reduzida do polinómio
1.1  P]xg ◊ T]xg , 10
e indique o seu grau. Complete os espaços, com
Existe um polinómio
1.2  Q]xg e uma constante real k , tal que: os monómios adequados,
P]xg = T]xg ◊ Q]xg + k no seguinte algoritmo da
Indique, justificando, o grau de Q]xg e calcule Q]xg e k . multiplicação de polinómios:

RESOLUÇÃO: ? ? ? ?
3 2
1.1P]xg ◊ T]xg = (-x - 2x + 5x + 1) ◊ (2x + 1) = × 2
x -x +2
= -2x4 - 4x3 + 10x2 + 2x - x3 - 2x2 + 5x + 1 = ? ? ? ?
= -2x4 - 5x3 + 8x2 + 7x + 1 ? ? ? ?
Polinómio de grau 4 .
? ? ? ?
Note-se
1.2  que, porque k tem grau zero, o grau de
? ? +5x -6x2+3x -2
3
P]xg = T]xg ◊ Q]xg + k é igual ao grau de T]xg ◊ Q]xg .
Sendo m o grau de Q]xg , o grau de T]xg ◊ Q]xg é m + 1 . 11
Então, m + 1 = 3 , ou seja, m = 2 . Portanto, Q]xg tem Determine o número natural
grau 2 . n , tal que
Assim, Q]xg = ax2 + bx + c , com a , b , c ! IR , a ! 0 ]x - 4gn × ]-x3 + 2g
e T]xg ◊ Q]xg + k = 2ax3 + ]2b + agx2 + ]b + 2cgx + c + k tenha grau 13 .

Assim, P]xg = T]xg ◊ Q]xg + k + 12


+ -x3 -2x2 + 5x + 1 = 2ax3 + (2b + a)x2 + (b + 2c)x + c + k Um polinómio A]xg é tal que
+ 2a = -1 / 2b + a = -2 / b + 2c = 5 / c + k = 1 ]x3 - 5xg × A]xg =
1 3 23 15 = x5 -3x3 - 10x
+ a =- / b =- / c = / k =-
2 4 8 8
12.1 
Indique, justificando,
Tem-se, então, que
1 3 23 15 o grau de A]xg .
Q]xg = - x2 - x + e k =- 12.2 
Determine A]xg .
2 4 8 8

111

565065 108-147.indd 111 29/05/15 15:24


Professor Dados dois polinómios A]xg e B]xg , B]xg não nulo de graus
Metas curriculares
ALG10
n e m , respetivamente, e m G n , existem dois únicos poli-
Descritor 4.3 nómios Q]xg , de grau n - m , e R]xg , de grau inferior a m ,
ou polinómio nulo, tais que: A]xg = B]xg ◊ Q]xg + R]xg
O polinómio Q]xg designa-se por polinómio quociente e R]xg ,
por polinómio resto da divisão inteira (ou divisão euclidiana) de
A]xg por B]xg . Neste contexto, designa-se A]xg por polinómio
dividendo e B]xg por polinómio divisor.

O procedimento para encontrar o quociente Q]xg e o resto R]xg é


análogo ao da divisão inteira de números e designa-se por algoritmo
da divisão inteira (ou divisão euclidiana) de polinómios.
NOTA
Na divisão inteira de D por d EXEMPLO 6
pretende-se encontrar dois Para se determinar o quociente e o resto da divisão de
números q e r , tais que: A]xg = -3x3 - 2x2 + x + 1 por B]xg = x2 - 3x , o procedi-
D = dq + r , onde D, d, q e r mento é o seguinte:
são o dividendo, o divisor,
1.º Escrever o dividendo A]xg e o divisor B]xg , como na divisão de
o quociente e o resto,
respetivamente ]0 G r < dg . números inteiros, registando-os por ordem decrescente do grau:
Quando r = 0 , diz-se que D
-3x3 -2x2 +x +1 x2 - 3x
é divisível por d ou d é divisor 2.º Dividir o termo de maior grau do dividendo pelo termo de maior
de D . - 3x 3
grau do divisor = -3x , escrevendo o resultado por
Por exemplo: x2
baixo do divisor:
11 2
-3x3 -2x2 +x +1 x2 - 3x
1 5
11 = 2 ◊ 5 + 1 -3x
3.º Multiplicar o resultado pelo divisor e subtraí-lo ao dividendo:
-3x3 -2x2 +x +1 x2 - 3x
AVALIAR CONHECIMENTOS
3x3 -9x2 -3x
13
Na divisão inteira de D]xg
-11x2 +x +1
por 2x2 - 4 obteve-se O processo continua pois o grau do polinómio diferença ainda
3x2 + 5x como quociente não é inferior ao do divisor.
e 7x - 2 como resto. 4.º Dividir agora o termo de maior grau do polinómio diferença
Determine D]xg . (resto) novamente pelo termo de maior grau do divisor
- 11x 2
14 =- 11 e repetir os passos 2 e 3:
x2
Complete o seguinte -3x3 -2x2 +x +1 x2 - 3x
algoritmo da divisão inteira 3x3 -9x2 -3x -11
de polinómios com
-11x2 +x +1
os monómios adequados:
11x2 -33x
? 3x2 ? +3 2x -1 -32x +1
? ? ? +2x A divisão inteira termina aqui, pois o polinómio diferença tem grau
2
4x -2x +3 inferior ao do divisor. Assim, o quociente é Q]xg = -3x - 11
-4x2 ? e o resto é R]xg = -32x + 1 .
+3 Observe-se que:
-3x3 - 2x2 + x + 1 = ]x2 - 3xg]-3x - 11g + ]-32x + 1g
112

565065 108-147 U5.indd 112 19/03/15 16:00


UNIDADE 5 POLINÓMIOS

EXEMPLO 7 Professor
O quociente e o resto da divisão Metas curriculares
]x + 2x - x + 3x - 4g ÷ ]x - 2g
4 3 2 ALG10
Descritores 4.4 e 4.8
3 2
são x + 4x + 7x + 17 e 30 , respetivamente.
De facto, utilizando o algoritmo da divisão, obtemos:

x4 +2x3 -x2 +3x -4 x-2


-x4 +2x3 x3 +4x2 +7x +17
4x3 -x2 +3x -4
-4x3 +8x2
7x2 +3x -4
-7x2 +14x
17x -4
-17x +34
30
NOTA
3 2
Assim, o quociente é Q]xg = x + 4x + 7x + 17 e o resto é Um polinómio,
R = 30 . anxn + an - 1xn - 1 + … + a1x + a0 ,
cujos coeficientes são todos reais
não nulos diz-se polinómio
Quando o dividendo é um polinómio incompleto, deve-se, no primeiro completo. Caso contrário, diz-se
passo do algoritmo, escrever os termos em falta, com coeficiente igual polinómio incompleto.
a 0.

AVALIAR CONHECIMENTOS
EXEMPLO 8
Para se calcular o quociente e o resto da divisão do polinómio 15
Determine o quociente e o
A]xg = 20x3 + 2 - 18x2 pelo polinómio B]xg = 4x - 2 , faz-se:
resto das seguintes divisões
inteiras:
20x3 -18x2 +0x 4x - 2
a) ]3x4 + 5x3 - x + 1g ÷
+2
÷ ]x2 + 2g
3 2 2
-20x +10x 5x -2x -1
-8x2 +0x +2 b) ]x4 + 4x2 - 5g ÷
÷]x + 1g
8x2 -4x
c) ]-x4 + x5 + 5x - 2g ÷
-4x +2 ÷ ]x - 1g
4x -2
16
0 Determine A]xg , de modo
que 7x3 - 18x2 + 8x =
Então, o quociente é, então, 5x2 - 2x - 1 e o resto é 0 .
= ]x2 - 2xg A]xg .

17
Nos casos em que o resto da divisão inteira de um polinómio A]xg por
Prove que as divisões
um polinómio B]xg é 0 , como acontece no exemplo anterior, diz-se
seguintes são exatas.
que a divisão é exata ou que:
a) ]x2 - 4g ÷ ]x + 2g
A]xg é múltiplo de B]xg ;
• 
A]xg é divisível por B]xg ;
•  b) ]2x4 - 7x3 + 6x - 21g ÷
÷ ]2x - 7g
B]xg é divisor de A]xg .
• 
113

565065 108-147 U5.indd 113 19/03/15 16:00


Regra de Ruffini

A divisão de polinómios pode também efetuar-se por um outro pro-


cesso que se designa por método dos coeficientes indeterminados,
o qual, com recurso à igualdade de polinómios, permite determinar
os coeficientes dos termos do quociente e do resto.

No caso particular em que o divisor é da forma x - a , sendo o divi-


dendo um polinómio de grau n , como o divisor tem grau 1 , o quo-
ciente, Q]xg , tem grau n - 1 e o resto, grau 0 .

Assim, se P]xg = bnxn + bn-1xn-1 + … + b1x + b0 , tem-se


P]xg = ]x - ag × Q]xg + R]xg
com
Q]xg = qn-1xn-1 + qn-2xn-2 + … + q1x + q0
R]xg = r ]r constanteg

EXEMPLO 9
O quociente da divisão do polinómio 2x4 - 5x3 - x2 + 3x - 4
por x - 2 é um polinómio de grau 3 , ou seja, do tipo
q3x3 + q2x2 + q1x + q0 , com q0, q1, q2, q3 ! IR, q3 ! 0 e o resto
é uma constante, digamos r .
Pretende-se, então, que:
2x4 - 5x3 - x2 + 3x - 4 = ]x - 2g]q3x3 + q2x2 + q1x + q0g + r ,
ou seja,
2x4 - 5x3 - x2 + 3x - 4 = q3x4 + ]q2 - 2q3gx3 + ]q1 - 2q2gx2 +
+ ]q0 - 2q1gx + r - 2q0
Da igualdade entre os dois polinómios, obtém-se:

* *
q3 = 2 q3 = 2
q2 - 2q3 =- 5 q2 =- 5 + 2q3
q1 - 2q2 =- 1 + q1 =- 1 + 2q2
q0 - 2q1 = 3 q0 = 3 + 2q1
r - 2q0 =- 4 r =- 4 + 2q0
Assim, os valores de q3, q2, q1, q0 e r podem ser obtidos de forma
recursiva, fazendo:
1.º q3 = 2 (2 é o coeficiente do termo de maior grau do dividendo)
AVALIAR CONHECIMENTOS 2.º q2 = -5 + 2q3 = -5 + 2 ◊ 2 = -1
q3 = 2
18
Utilize o método dos 3.º q1 = -1 + 2q2 = -1 + 2 ◊ ]-1g = -3
q2 = -1
coeficientes indeterminados
para determinar o quociente 4.º q0 = 3 + 2q1 = 3 + 2 ◊ ]-3g = -3
q1 = -3
e o resto nas seguintes
divisões: 5.º r = -4 + 2q0 = -4 + 2 ◊ ]-3g = -10
a) ]-x3 + 1g ÷ ]x + 3g
q0 = -3

b) ]x4 - 3x2 + x + 1g ÷
Então, o quociente e o resto da divisão inteira são, respetivamente:
÷ ]x - 1g Q]xg = 2x3 - x2 - 3x - 3 e r = -10

114

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UNIDADE 5 POLINÓMIOS

O algoritmo utilizado no exemplo anterior para calcular os coeficientes Professor


do quociente Q]xg = q3x3 + q2x2 + q1x + q0 , e o resto da divisão Metas curriculares
inteira de 2x4 - 5x3 - x2 + 3x - 4 por x - 2 pode ser esquemati- ALG10
Descritor 4.5
zado tal como se segue:

1.º N um quadro, como o do Coeficientes do dividendo NOTA HISTÓRICA


lado, escrevem-se os coefi- 6444447444448 Paolo Ruffini (1765-1822)
cientes do dividendo por 2 -5 -1 3 -4
ordem decrescente de grau 2
e 2 (valor que anula o divi-
sor) na disposição indicada.

2.º O primeiro coeficiente do


quociente, que será o do 2 -5 -1 3 -4
termo de maior grau, é igual 2
ao coeficiente do termo de 2
maior grau do dividendo.
Paolo Ruffini, nascido em Itália,
3.º O segundo coeficiente do licenciou-se em matemática,
quociente obtém-se multi- 2 -5 -1 3 -4 filosofia e medicina.
plicando 2 pelo primeiro 2 2×2 Foi responsável por várias
coeficiente e adicionando-o descobertas matemáticas, entre
2 -1 as quais a regra de Ruffini, que
ao segundo coeficiente do
permitiu, e ainda permite,
dividendo. resolver, de um modo muito
prático, equações de grau
4.º O terceiro coeficiente obtém- superior a dois, conhecidas
-se multiplicando 2 pelo 2 -5 -1 3 -4 algumas das suas soluções.
segundo coeficiente, e adi- 2 4 -2
cionando-o ao terceiro coe- 2 -1 -3
ficiente do dividendo.

5.º R epete-se o processo até


esgotarmos os coeficientes 2 -5 -1 3 -4
do dividendo. 2 4 -2 -6
2 -1 -3 -3
6.º O resto será o último termo
obtido. 2 -5 -1 3 -4
2 4 -2 -6 -6
2 -1 -3 -3 -10
1444442444443 123
Coeficientes Resto
do quociente
Assim, tem-se o quociente Q]xg = 2x3 - x2 - 3x - 3 e o resto
r = -10 .

O algoritmo descrito acima é conhecido por regra de Ruffini, e deve-


-se ao matemático italiano Paolo Ruffini. Este algoritmo é mais prático
do que o algoritmo da divisão inteira quando o divisor é da forma
x - a , a ! IR .
115

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EXEMPLO 10
Para calcular o quociente e o resto da divisão de 4x3 - 8x - 4 por
x + 1 , repare-se primeiro que x + 1 = x - ]-1g . Portanto,
neste caso, a = -1 . Observe-se que, neste caso, o coeficiente do
termo de grau 2 é nulo e tem de figurar no quadro.
Assim, aplicando a regra de Ruffini, vem:

4 0 -8 -4
-1 -4 4 4
4 -4 -4 0=r

Portanto, o quociente da divisão de 4x3 - 8x - 4 por x + 1


é 4x2- 4x - 4 e o resto é 0 , o que significa que o polinómio
4x3 - 8x - 4 é divisível por x + 1 .

Dado um polinómio P]xg = bnxn + bn-1xn-1 + … + b1x + b0 , de


grau n , para se obterem os coeficientes do polinómio quociente,
Q]xg = qn-1xn-1 + qn-2xn-2 + … + q1x+q0 , e o resto da divisão de
P]xg por x - a , procede-se da seguinte forma:

1.º O coeficiente, qn-1 , do termo de grau n - 1 , é igual ao coe-


ficiente do termo de grau n do dividendo, ou seja, qn-1 = bn ;
2.º Cada um dos restantes coeficientes, qn-i , i ! {2, 3, …, n } ,
é obtido fazendo qn-i = bn-i+1 + a × qn-i+1 ;
3.º O resto da divisão inteira é r = b0 + a × q0 .

Os cálculos são habitualmente esquematizados numa tabela como


a seguinte:

Coeficientes de P]xg
6444444444444444447444444444444444448
AVALIAR CONHECIMENTOS
bn bn-1 bn-2 … b1 b0

19
a a × qn-1 a × qn-2 … a × q1 a × q0
Utilize a regra de Ruffini
para determinar o quociente qn-1 qn-2 qn-3 … q1 q0 Resto
e o resto das seguintes 1444444444444444244444444444443
divisões: Coeficientes de Q]xg

a) c x 3 - 3x 2 - 4x + m ÷
1
2
÷ ]x - 3g
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
b) ]-x + x - 4x + 5g ÷
4 2
Considere o polinómio:
÷ ]x + 1g A]xg = 2x3 - 10x2 - mx + 15
c) ]5x - x2 + 4 - 3x2g ÷ Determine o valor de m para o qual:
÷ ]x - 1g a) A]xg é múltiplo de x - 5 .
d) ]9x - 3x + x - 5g ÷
4 2
b) o resto da divisão de A]xg por x + 2 é 33 .
÷ dx + n
1 (Continua)
3

116

565065 108-147 U5.indd 116 19/03/15 16:00


UNIDADE 5 POLINÓMIOS

EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 (Continuação) Professor


METAS CURRICULARES
RESOLUÇÃO:
ALG10
a) Descritor 5.1
2 -10 -m 15
5 10 0 -5m
2 0 -m 15 - 5m = r
Então, o resto é zero, se, e só se 15 - 5m = 0 , ou seja,
m=3.
Assim, o valor de m para o qual A]xg é múltiplo de x - 5 é 3 .
b)
2 -10 -m 15
-2 -4 28 2m - 56
2 -14 -m + 28 2m - 41 = r
74
Então, 2m - 41 = 33 , ou seja, m = + m = 37 . Assim,
2
o resto da divisão de A]xg por x + 2 é 33 se, e só se, m = 37 .

AVALIAR CONHECIMENTOS

Aplicação da regra de Ruffini no caso em que o divisor é da forma 20


ax - b, a ! 0 Determine o valor de p
sabendo que o resto
A regra de Ruffini pode ser também aplicada na determinação do quo- da divisão de
ciente da divisão inteira de um dado polinómio A]xg por um qualquer P]xg = -2x3 + 4x2 + px - 7
polinómio de grau 1 , ax - b , a , b ! IR , a ! 0 . por x - 2 é 3 .

De facto, como ax - b = a c x - a m , a divisão pode ser efetuada


b 21
b Considere o polinómio
por aplicação da regra de Ruffini à divisão de A]xg por x - a ,
P]xg = x3 - 2x2 + mx + n,
dividindo de seguida o quociente obtido por a . ]m, n ! IRg
De facto, se A]xg = c x - a m Q]xg + R , então,
b Determine os valores de m
Q (x) e n sabendo que:
A]xg = (ax - b) a + R • P]xg é divisível por x + 3 ;
Q (x) • o resto da divisão inteira
portanto, o quociente pretendido é a e o resto, R . de P]xg por x - 1 é 28 .

22
EXEMPLO 11
Utilize a regra de Ruffini
A divisão de x4 + 3x2 - 10 por 2x + 6 efetua-se da forma para efetuar as seguintes
seguinte: divisões:
Como 2x + 6 = 2 ]x + 3g , utilizando a regra de Ruffini obtemos: a) ]-x3 - 2x2 + 3x - 1g ÷
1 0 3 0 -10 ÷ ]3x + 6g
-3 -3 9 -36 108 b) ]2x4 - 2g ÷ ]2x - 1g
1 -3 12 -36 98 = R
c) ]-2x5 + x2 - 2xg ÷
Q1]xg = x3 - 3x2 + 12x - 36
÷ ]4x - 16g
Dividindo este polinómio por 2 , obtemos o quociente
d) d x + 4x 2 + n ÷
2 3 1
Q1 (x) 1 3
Q]xg = = x 3 - x 2 + 6x - 18 e o resto R = 98 , 3 2
2 2 2 ÷ ]3x - 1g
da divisão de x4 + 3x2 - 10 por 2x + 6 .
117

565065 108-147.indd 117 18/02/16 12:43


5.3 Divisibilidade de polinómios. Teorema do resto
Chama-se valor numérico de um polinómio P]xg para x = a ao
valor de P]ag , ou seja, ao número real obtido quando se substitui x
por a em P]xg .

EXEMPLO 12
Seja P]xg = -2x5 + 4x3 + 3
O valor numérico de P]xg para x = 3 é
P_ 3 i = -2_ 3 i + 4_ 3 i + 3 =
5 3

= -18 3 + 12 3 + 3 = -6 3 + 3
Do mesmo modo:

Pc- m = -2c- m + 4c- m + 3 =


1 1 5 1 3 1 1 41
- +3=
2 2 2 16 2 16

Professor TAREFA 2
TAREFA 2
Considere os polinómios:
2.1 a) Efetuando o algoritmo da regra de Ruffini, obtém-se:
o resto de A]xg ÷ ]x - 2g é 25 e o resto de A]xg = 2x3 - 3x2 - x -1 e B]xg = 4x4 - 2x2 - 1
B]xg ÷ ]x - 2g é 55.
b) Analogamente, o resto de A]xg ÷ ]x + 1g é 1 e o resto
2.1 Determine, utilizando a regra de Ruffini, os restos das divisões
de B]xg ÷ ]x + 1g é 1. inteiras A]xg ÷ ]x - ag e B]xg ÷ ]x - ag para:
2.2 A]2g = 25 ; B]2g = 55 ; A]1g = 1 e B]1g = 1 .
2.3 Os alunos devem estabelecer a seguinte relação: o resto a) a=2 b) a = -1
da divisão inteira de A]xg por x - a é igual a A]ag .
2.2 Calcule A]2g , B]2g , A]-1g e B]-1g .
TAREFA 3
2.3 Com base nos valores obtidos, estabeleça uma conjetura que
Aplicando a regra de Ruffini, vem que o resto da divisão é,
de facto, P]kg = ak2 + bk + c . relacione o valor numérico de um polinómio para x = a com
o resto da sua divisão inteira por x - a .

TAREFA 3
Mostre, utilizando a regra de Ruffini, que o resto da divisão de
P]xg = ax2 + bx + c ]a, b, c ! IR e a ! 0g por x - k ]k ! IRg
é igual a P]kg .

Na resolução da tarefa anterior, pode observar-se que o valor do resto


da divisão de um polinómio P]xg de grau 2 por x - a é igual ao
valor numérico de P]xg para x = a .

AVALIAR CONHECIMENTOS Este resultado pode ser generalizado.


23
Considere o polinómio: Teorema do resto
P]xg = 3x3 + x2 - 2 O resto da divisão de um polinómio P]xg por x - a ]a ! IRg
23.1 Determine os restos é igual a P]ag .
da divisão de P]xg
por x - 3 e x + 2 .
23.2 Calcule os valores De facto, se Q]xg é o quociente da divisão inteira de P]xg por x - a
numéricos de P]xg e r é o resto, tem-se:
para x = 3 e P]xg = (x - a) Q]xg + r
x = -2 . onde r é constante (por ter grau menor do que x - a ) .

118

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UNIDADE 5 POLINÓMIOS

Substituindo x por a vem: Professor


P]ag = ]a - agQ]ag + r + P]ag = 0 × Q]ag + r , Metas curriculares
ou seja: ALG10
Descritor 4.6
P]ag = r

Este teorema permite obter o resto da divisão de um polinómio por


x - a sem haver necessidade de efetuar a divisão.

EXEMPLO 13
NOTA
O resto da divisão de P]xg = 2x3 + 6x2 - 2x + 1 por x + 3 é
P]-3g , ou seja: Um corolário é uma consequência
imediata de um teorema.
R = P]-3g = 2]-3g3 + 6]-3g2 - 2]-3g + 1 = 7
Analogamente, o resto da divisão de 2x3 + 6x2 - 2x + 1 por
AVALIAR CONHECIMENTOS
x - 2 é P]2g , ou seja, R = P]2g = 2]2g3 + 6]2g2 -2]2g + 1 = 37 .
24
Utilize o teorema do resto
EXERCÍCIO RESOLVIDO 3 para calcular o resto
Considere o polinómio P]xg = x2 + bx + c com b, c ! IR . das seguintes divisões:
a) ]-x3 + 2x2 - 3g ÷
Determine os valores de b e c para os quais P]xg é divisível
÷ ]x - 1g
por x - 1 e x + 2 .
b) ]x2 - 3x + 4g ÷ ]x + 3g
RESOLUÇÃO:

c) ]2x4 - 2g ÷ c x + m
Se P]xg é divisível por x - 1 e x + 2 , então, os restos da 1
2
divisão inteira de P]xg por x - 1 e por x + 2 são iguais a zero.
d) d x - x 2 + 4x - 2 n ÷
Assim, tem-se: 1 3
P _1i = 0
3
* +) +(
1+b+c = 0 b =-1 - c
÷ ]2x - 6g
P _-2i = 0
+
4 - 2b + c = 0 —

+) +)
— b=1 25

4 - 2 _-1 - ci + c = 0 c =-2 Considere o polinómio


P]xg = x4 - ]k + 1gx2 +
Então, os valores de b e c são 1 e -2 , respetivamente.
+ 3kx - 2
Determine o valor de k
de modo que:
5.4 Zeros e fatorização de polinómios a) o resto da divisão de
P]xg por x + 1 seja -2 .
Raiz de um polinómio b) P]xg seja divisível por
Dado um polinómio P]xg , dizemos que um número real a é x-2.
zero, ou raiz, de P]xg se P]ag = 0 .
26
Indique, sem efetuar
Corolário do teorema do resto
as divisões, quais destas
O polinómio P]xg é divisível por x - a se, e só se, a é zero de P]xg . são exatas:
a) ]3x2 - 6x - 9g ÷
O polinómio P]xg é divisível por x - a se, e só se, o resto da divisão ÷ ]x + 1g
de P]xg por x - a for igual a zero. Ora, pelo teorema do resto, este b) ]x3 - 2x2 - 6x + 2g ÷
resto é P]ag . ÷ ]x - 2g
c) ]2x3 + 4x2 - 7x - 14g ÷
Este resultado pode ser utilizado como critério para aferir a divisibili- ÷ ]x + 2g
dade de um polinómio pelo binómio x - a .
119

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Professor EXEMPLO 14
Metas curriculares O polinómio P]xg = x3 - 3x2 - 4x + 12 é divisível por x - 3 ,
ALG10 uma vez que:
Descritores 4.7 e 4.9
P]3g = 33 - 3 × 32 - 4 × 3 + 12 = 0
Este polinómio não é divisível por x + 1 , uma vez que
P]-1g = ]-1g3 - 3]-1g2 - 4]-1g + 12 = 12 ! 0

O resultado anterior revela-se ainda prático quando se pretende decom-


por um polinómio em fatores, o que é útil no estudo do sinal de poli-
AVALIAR CONHECIMENTOS
nómios, por exemplo.

27 De facto, se P]xg (polinómio de grau n , com n H 1 g admite um


Dos números -2 , 0 , 1 zero, por exemplo a1 , pode escrever-se na forma
e 3 , indique os que são P]xg = ]x - a1gQ1]xg
zeros do polinómio: em que Q1]xg ]polinómio de grau n - 1 g é o quociente da divisão
a) A]xg = -x3 -4x2 - 3x exata de P]xg por x - a1 .
b) B]xg = 2x4 - 10x2 + 8
Se Q1]xg tem uma raiz a2 , então, podemos escrever
28 Q1]xg = ]x - a2gQ2]xg
Seja k ! IR . em que Q2]xg ]polinómio de grau n - 2 g é o quociente da divisão
Considere o polinómio exata de Q1]xg por x - a2 .
A]xg = x3 + ]k + 3gx - 2
Determine k de modo que Voltando a P]xg , pode escrever-se:
A]xg seja divisível por P]xg = ]x - a1g]x - a2gQ2]xg
x-1.
Este processo pode prosseguir enquanto os sucessivos polinómios
29 quociente admitirem raízes reais.
Sabendo que 2 é um zero de:
P]xg = x4 + 2x2 - 10x - 4 Assim, a decomposição que se obtém será da forma:
P]xg = ]x - a1g]x - a2g…]x - amgQm]xg
em que, a1, a2, …, am são as raízes reais de P]xg e Qm]xg é um poli-
determine o polinómio Q]xg
tal que:
nómio, de grau n - m , sem raízes reais.
P]xg = ]x - 2g × Q]xg
Note-se que as raízes a1, a2, …, am de P]xg não são necessariamente
30 distintas.
Seja n ! IN .
Prove que: EXEMPLO 15
a) xn - 1 é divisível por • 2x2 - 4x + 2 = 2]x2 - 2x + 1g = 2]x - 1g2 = 2]x - 1g]x - 1g
x-1. O polinómio 2x2 - 4x + 2 é divisível por x - 1 , sendo assim,
b) xn + x é divisível por admite o zero 1 .
x + 1 se n par. • 3x3 + 6x2 - 3x - 6 = 3x2]x + 2g -3]x + 2g = ]3x2 - 3g
31
]x + 2g = 3]x2 - 1g]x + 2) = 3]x - 1g]x + 1g]x + 2g .
Sejam a e b números O polinómio 3x3 + 6x2 - 3x + 6 é divisível por x + 2 , por
reais. x + 1 e por x - 1 , logo, admite -2 , -1 e 1 como zeros.
Considere o polinómio: • x3 - 3x2 + x - 3 = ]x - 3g]x2 + 1g
O polinómio x3 - 3x2 + x - 3 é divisível por x - 3 e por
P]xg = x4 + ax3 + 2x + b
x2 + 1 . Como x2 + 1 não tem raízes reais, a decomposição
Sabendo que -2 e 1 são
está completa.
raízes de P]xg , determine
os valores de a e b .

120

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UNIDADE 5 POLINÓMIOS

Como se descreveu, um polinómio P]xg , de grau n , pode ser escrito RECORDAR


na forma Casos notáveis da multiplicação:
P]xg = ]x - a1g]x - a2g…]x - amgQm]xg
em que Qm]xg tem grau n - m e não tem raízes reais, e a1, a2 , …, am
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
(a - b)2 = a2 - 2ab + b2
são as raízes reais de P]xg . (a + b)(a - b) = a2 - b2

Como o grau de um polinómio não nulo é, no mínimo, zero, tem-se:


n-mH0+nHm

Portanto,

Um polinómio P]xg , de grau n , tem no máximo n raízes


reais.

EXEMPLO 16
As raízes do polinómio
3x2 - 3x - 6
são
-1 e 2
Então, pode escrever-se:
3x2 - 3x - 6 = ]x + 1g]x - 2gQ]xg
em que Q]xg é, necessariamente, um polinómio de grau zero.
Portanto, Q]xg = 3 , que é o coeficiente do termo de maior grau.
Assim, uma decomposição em fatores de grau menor ou igual a um, de
3x2 - 3x - 6
é: AVALIAR CONHECIMENTOS
3]x + 1g]x - 2g
32
Considere o polinómio:
Tal como acontece no exemplo anterior, se o número de raízes de um P]xg = x4 + ax3 - 3x + b
polinómio é igual ao seu grau, n , é possível decompor o polinómio Determine a e b de forma
num produto de n fatores de grau 1 , ou seja: que P]xg seja divisível por
x2 - 1 .
Se P]xg é um polinómio de grau n , com n raízes reais distin-
tas, a1, a2, …, an , então, P]xg pode ser fatorizado da seguinte 33

forma: Decomponha em fatores


P]xg = a]x - a1g]x - a2g…]x - ang do 1.º grau ou potências
de fatores do 1.º grau,
em que a é o coeficiente do termo de maior grau.
os seguintes polinómios:
a) x2 - 5x

EXEMPLO 17 b) 2x2 - 32
Se P]xg é um polinómio de 3.º grau com três zeros: c) 9x2 + 12x + 4
-1 , 2 e 3 d) -x2 + 2x - 1
e -2 é o coeficiente do termo de maior grau, tem-se: e) x2 - x - 6
P]xg = -2]x + 1g]x - 2g]x - 3g , f) 2x2 - 6x - 8
que, na forma reduzida, é g) x4 - 8x2 + 16
P]xg = -2x3 + 8x2 - 2x - 12 1 3 5
h) - x + x2 - 3x
2 2

121

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5.5 Multiplicidade da raiz de um polinómio
e respetivas propriedades

EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Sabendo que 2 e 3 são zeros do polinómio
A]xg = -2x4 + 8x3 + 10x2 - 72x + 72
decomponha-o, se possível, num produto de polinómios de
grau 1 , ou potências de fatores de 1.º grau.
RESOLUÇÃO:
Recorrendo sucessivamente à regra de Ruffini, obtemos:

-2 8 10 -72 72
2 -4 8 36 -72
-2 4 18 -36 0=r
3 -6 -6 36
-2 -2 12 0=r

Então, tem-se
A]xg = ]x - 2g]x - 3g]-2x2 - 2x + 12g
Aplicando agora a fórmula resolvente de equações de grau 2 ,
AVALIAR CONHECIMENTOS
determinam-se as raízes de -2x2 - 2x + 12 .
34
2 ! 100
Sabendo que 3 é um -2x2 - 2x + 12 = 0 + x = + x = -3 0 x = 2
-4
dos zeros do polinómio: Então, -2x2 - 2x + 12 = -2]x + 3g]x - 2g
A]xg = x3 - 2x2 - 5x + 6 O que permite escrever:
determine os outros zeros.
-2x4 + 8x3 + 10x2 - 72x + 72 =
35 = -2]x - 2g]x - 3g]x + 3g]x - 2g
Considere o polinómio ou, como o fator x - 2 se repete, pode escrever-se
P]xg = x4 - 13x2 + 36 -2x4 + 8x3 + 10x2 - 72x + 72 =
Sabendo que -3 e 2 são
= -2]x - 3g]x + 3)]x - 2g2
raízes de P]xg , determine
as restantes raízes. Como o fator x - 2 aparece duas vezes, dizemos que 2 é uma
raiz dupla, ou de multiplicidade dois, do polinómio.
36
Decomponha em fatores
do 1.º grau os seguintes Tal como ficou claro, no processo de fatorização, as raízes obtidas não
polinómios:
são necessariamente distintas. Isto sugere o conceito de multiplicidade.
a) x3 - 4x2 + x + 6,
sabendo que -1 é um
dos seus zeros. Multiplicidade de uma raiz
3 2
b) 3x - 6x - 6x + 12, Dizemos que uma raiz a do polinómio P(x) tem multiplici-
sabendo que é divisível dade m do polinómio P]xg se, e só se, o fator x - a se repete
por x - 2 . exatamente m vezes na factorização de P]xg . Isto é, podemos
c) 2x3 + x2 - 27x - 36, escrever P]xg na forma P]xg = ]x - agmQ]xg , em que, Q]xg
sabendo que é divisível não é divisível por x - a , ou seja, Q]ag ! 0.
por x2 - x - 12 . Se m = 1 , diz-se que a é uma raiz simples.

122

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UNIDADE 5 POLINÓMIOS

Desta definição, resulta que: Professor


Metas curriculares
O número a é uma raiz de multiplicidade m de P]xg se, ALG10
e somente se, P]xg for divisível por ]x - agm e o quociente Descritor 4.10

Q]xg, resultado desta divisão, não for divisível por x - a , isto


é, Q]ag ! 0 .

Este resultado permite utilizar a regra de Ruffini para determinar a


multiplicidade da raiz de um polinómio.

EXEMPLO 18
Utilizando sucessivamente a regra de Ruffini, concluímos que 1 é
raiz de multiplicidade 3 do polinómio
x5 - 3x4 - x3 + 11x2 -12x + 4
De facto,

1 -3 -1 11 -12 4
1 1 -2 -3 8 -4
1 -2 -3 8 -4 0=r
1 1 -1 -4 4
1 -1 -4 4 0=r
1 1 0 -4
1 0 -4 0=r
1 1 1
1 1 -3 = r

Assim, como o polinómio é divisível por ]x - 1g3 mas não o é por


]x - 1g4 , a multiplicidade de 1 é 3 .
Além disso,
x5 - 3x4 - x3 + 11x2 - 12x + 4 =]x - 1g3]x2 - 4g
Como
x2 - 4 = ]x - 2g]x + 2g
temos que:
x5 - 3x4 - x3 + 11x2 - 12x + 4 = ]x + 2g]x - 1g3]x - 2g
Logo, -2 e 2 são raízes de multiplicidade 1 , ou raízes simples,
AVALIAR CONHECIMENTOS
do polinómio
x5 - 3x4 - x3 + 11x2 - 12x + 4 37
Determine a multiplicidade
da raiz 2 do polinómio:
Observa-se, assim, que, tal como acontece no exemplo anterior, na x3 - x2 - 8x + 12
decomposição de um polinómio
P]xg = ]x - a1g]x - a2g…]x - amgQm]xg 38
Fatorize:
em que a1, a2, …, am são as raízes reais do polinómio e Qm]xg é um
-x4 + 3x3 + 3x2 - 11x + 6
polinómio, de grau n - m , sem raízes reais, podem existir valores
sabendo que 1 é um zero
que se repetem, sendo o número de vezes que cada um se repete a sua
duplo.
multiplicidade.
123

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Professor Assim,
Metas curriculares
ALG10 Dado um polinómio P]xg de grau n ! IN , com raízes (distintas)
Descritor 4.11
x1, x2, …, xk de multiplicidade n1, n2, …, nk , respetivamente,
Tarefa 4 tem-se que n1 + n2 + … + nk G n e existe um polinómio Q]xg sem
Através do algoritmo da regra de Ruffini conclui-se que -3 e 2 raízes reais, tal que: P]xg = ]x - x1gn1]x - x2gn2…]x -xkgnk × Q]xg
são raízes simples ]p = n = 1g e 1 é uma raiz dupla ]m = 2g
de A]xg e que B]xg = x 2 + 1 . tendo-se n1 + n2 + … + nk = n se, e somente se, Q]xg tiver
Assim, tem-se: A]xg = ]x - 1g2]x - 2g]x + 3g]x 2 + 1g grau zero.

De facto, se P]xg = (x - x1)n (x - x2)n … (x - xk)n Q]xg , como o grau de


1 2 k

(x - x1)n (x - x2)n … (x - xk)n Q]xg é igual a n1 + n2 + … + nk + q , em


1 2 k

que q é o grau de Q]xg , tem-se que n = n1 + n2 + … + nk + q , pelo que


n1 + n2 + … + nk G n e n1 + n2 + … + nk = n se, e somente se, q = 0 .

EXEMPLO 19
Para determinar o polinómio P]xg de 4.º grau que tenha raiz dupla
2 , e -1 e 3 como raízes simples e cujo resto da divisão por x - 1
seja 8 , faz-se: P]xg = a]x - 2g2]x + 1g]x - 3g e P]1g = 8
Então, tem-se: P]1g = 8 + -4a = 8 + a = -2
Portanto,
P]xg = -2]x - 2g2]x + 1g]x - 3g = -2x4 + 12x3 - 18x2 - 8x + 24

TAREFA 4
Considere o polinómio A]xg = x6 - x5 - 6x4 + 12x3 - 13x2 + 13x - 6
Sabendo que o polinómio A]xg admite as raízes -3 , 1 e 2 , even-
tualmente com diferentes ordens de multiplicidade, determine o poli-
nómio B]xg sem zeros, tal que A]xg = ]x - 1gm]x - 2gn]x + 3gpB]xg
identificando os valores de m , n e p .
Caderno de Apoio do 10.º ano

AVALIAR CONHECIMENTOS Raízes inteiras de um polinómio


39
De um polinómio P]xg Pelo já observado, percebe-se que para se obter a fatorização de um
de grau 3 , sabe-se que: polinómio é útil obter as raízes do mesmo. Neste sentido, o resultado
1 seguinte revela-se uma ferramenta importante na procura de raízes intei-
• -2 , e 3 são os seus
2 ras de polinómios com coeficientes inteiros.
zeros;
• P]-1g = 1
Teorema das raízes inteiras
Determine P]xg .
As raízes inteiras de um polinómio P]xg , de grau n ! IN ,
40 e coeficientes inteiros, quando existem, são divisores inteiros do
Determine o polinómio A]xg termo independente (termo de grau zero).
do 4.º grau, sabendo que 1
e 2 são raízes de Demonstração:
multiplicidade 2 e o resto
Seja P]xg = bnxn + bn-1xn-1 + … + b1x + b0 , com bn ! 0 e bn,
da divisão de A]xg por
bn-1, …, b1, b0 ! Z . Se a é uma raiz inteira de P]xg , tem-se
x+1 é 3.
bnan + bn-1an-1 + … + b1a + b0 = 0
124

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UNIDADE 5 POLINÓMIOS

donde Professor
b0 = -bnan - bn-1an-1 - … - b1a Metas curriculares
ou seja,
b0 = -a]bnan-1 + bn-1an-2 + … + b1g
ALG10
Descritores 4.12 e 5.2

Assim, como bn, bn-1, …, b1 são números inteiros e a também é um LIVROMÉDIA

número inteiro, também a soma bnan-1 + bn-1an-2 + … + b1 é um


Exercício resolvido
número inteiro. Dobras de folhas

Portanto, b0 é um múltiplo inteiro de a , ou seja, a é divisor de b0 .


c.q.d.

EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
Decomponha o polinómio
P]xg = x4 - 3x2 - 4
num produto de fatores com menor grau possível.
RESOLUÇÃO:
Os divisores inteiros de -4 (termo independente) são -4 , -2 ,
-1 , 1 , 2 e 4 . Estes são os candidatos a raízes inteiras de P]xg .
Calculado o valor numérico de P]xg para cada um destes valo-
res, obtém-se:
P]-4g = P]4g = 204 ! 0
P]-2g = P]2g = 0
P]-1g = P]1g = -6 ! 0
Então, P]xg é divisível por ]x + 2g e por ]x - 2g .
Aplicando a regra de Ruffini:
AVALIAR CONHECIMENTOS
1 0 -3 0 -4
41
-2 -2 4 -2 4
Resolva, em IR , a equação
1 -2 1 -2 0=r seguinte:
2 2 0 2 3x3 - 4x2 - 5x + 2 = 0
1 0 1 0=r
42
Tem-se que:
x4 - 3x2 - 4 = ]x + 2g]x - 2g]x2 + 1g
Considere a equação:
x4 - 3x2 - 4 = 0
e, como o polinómio x2 + 1 não tem raízes reais, a decompo-
sição de P]xg pedida está completa. Tendo em conta que
42.1 
x4 = (x2 )2 , substitua

na equação x2 por y
e resolva a equação do
É importante notar que um polinómio pode ter raízes que não sejam
2.º grau assim obtida.
múltiplos inteiros do seu termo independente, mas, nesse caso, as raí-
zes não são inteiras. Determine os valores
42.2 
de x que satisfazem
a equação dada.
EXEMPLO 20
43
Os números -1 e 1 são divisores inteiros do termo independente
do polinómio Resolva a equação seguinte
P]xg = x2 - x - 1 usando dois processos
No entanto, P]-1g = 1 e P]1g = -1 , pelo que P]xg não tem raí- distintos:
1- 5 1+ 5 2x4 - 10x2 + 8 = 0
zes inteiras. De facto, as raízes de P]xg são: e .
2 2
125

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Professor 5.6  esolução de problemas envolvendo a
R
Metas curriculares determinação do sinal e dos zeros de polinómios
ALG10
Descritor 5.3
Estudo do sinal de polinómios
Tarefa 5
5.1 Sendo x a aresta da TAREFA 5
base e h a altura, vem
h = 24 - 4x
Pretende-se construir uma caixa com a forma de um paralelepípedo
Então, de base quadrada tal que a soma do perímetro da base com a sua
v]xg = x2 (24 - 4x) =
= 24x2 - 4x3
altura seja 24 cm .
5.2 v]5g = 100 Mostre
5.1  que o volume da caixa pode ser expresso, para certos
e v]7g = -193
não faz sentido v]7g < 0 valores de x , pelo polinómio v]xg = 24x2 - 4x3 , em que x
5.3 v]xg > 0 é a aresta da base.
C.S. = ?0, 6 5
u2p120h1 Calcule o valor numérico de
5.2  v]xg para x = 5 e para x = 7 .
Qual dos valores não faz sentido neste contexto? Justifique.
Determine
5.3  os valores de x para os quais o polinómio v]xg
pode representar o volume da caixa.
Regras de sinais
da multiplicação Na resolução da tarefa 5, fica claro que só faz sentido expressar o
Sinal volume da caixa pelo polinómio v]xg para valores de x que o transfor-
mam num número real positivo. Para descobrir esses valores, é neces-
1.º fator - - + + sário estudar o sinal de v]xg . Para estudarmos o sinal de um polinómio
2.º fator - + - + de grau superior ao primeiro, podemos recorrer à fatorização do polinó-
Produto + - - + mio, uma vez que, conhecido o sinal de cada fator, basta recorrer às
regras de sinais da multiplicação para obtermos o sinal do produto.

AVALIAR CONHECIMENTOS
EXEMPLO 21
44 Para estudar o sinal do polinómio A]xg = x2 + x - 6 , começa-se
Complete os seguintes por calcular os zeros do polinómio A]xg .
quadros de sinais:
-1! 1+24
a) A]xg = 0 + x2 + x - 6 = 0 + x = + x = -3 0 x = 2
2
donde A]xg = ]x + 3g]x - 2g .
x ? ? ?
Determina-se o sinal de cada fator:
-2x + 1 ? 0 ?
x + 3 > 0 + x > -3 x-2>0+x>2
b) Para analisar o sinal do produto, constrói-se um quadro de sinais
x ? ? ? ? ? como o seguinte:

-x + 3 ? ? ? 0 ? x -3 -3 2 +3
? 0 ? ? ? x+3 - 0 + + +
x+3
x-2 - - - 0 +
9 - x2 ? 0 ? 0 ?
]x + 3g]x - 2g + 0 - 0 +
c)
Na 1.ª linha constam os zeros de ]x + 3g]x - 2g .
x ? ? ?
Na 2.ª linha apresenta-se o estudo do sinal do fator x + 3 .
2x2 + 1 ? ? ? Na 3.ª linha consta o estudo do sinal do fator x - 2 .
1-x ? 0 ? Na 4.ª e última linha, atende-se ao facto de o produto de duas expres-
sões com o mesmo sinal ser positivo e com sinal diferente ser negativo.
-2x3 + 2x2 - Conclui-se, assim, que:
? ? ?
A]xg é positivo em ?-3, -35,?2, +35 e é negativo em ?-3, 25 .
-x+1

126

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UNIDADE 5 POLINÓMIOS

EXERCÍCIO RESOLVIDO 6 Professor


3 2 Metas curriculares
Estude o sinal do polinómio A]xg = x - x + 2 .
ALG10
RESOLUÇÃO: Descritor 5.3

O número 2 (termo de grau zero) é múltiplo inteiro de -2 , LIVROMÉDIA


-1 , 1 e 2 .
A]-2g = -10 ! 0 ,  A]-1g = 0 ,  A]1g = 2 ! 0 e A]2g = 6 ! 0 Exercício resolvido
Volume do paralelepípedo inscrito
Aplicando a regra de Ruffini: numa pirâmide

1 -1 0 2
-1 -1 2 -2
1 -2 2 0=r
Tem-se que x3 - x2 + 2 = ]x + 1g]x2 - 2x + 2g .
Como x2 - 2x + 2 = x2 - 2x + 1 + 1 = ]x + 1g2 + 1 ,
conclui-se que x 2 - 2x + 2 não tem raízes reais e que
x2 - 2x + 2 > 0, 6x ! IR
O quadro de sinais é, então, o seguinte:
x -3 -1 +3
x+1 - 0 +
x2 - 2x + 2 + + +
x3 - x2 + 2 - 0 +
Conclui-se, assim, que A]xg é positivo em ?-1, +35 e é
negativo em ?-3, -15 . AVALIAR CONHECIMENTOS

45
Estude o sinal
EXEMPLO 22
dos polinómios:
Vejamos como estudar o sinal do polinómio P]xg = -x3 + 3x - 2 ,
a) A]xg = x2 - x
sabendo que P]1g = 0 .
Recorremos à regra de Ruffini para determinar o quociente da divi- b) A]xg = x2 + 2x - 3

são de P]xg por x - 1 . 46

-1 0 3 -2 Estude o sinal
dos polinómios:
1 -1 -1 2
a) A]xg = x3 + 2x2 - 11x
-1 -1 2 0=r
- 12, sabendo que -1
Temos, então, que P]xg = ]x - 1g]-x2 - x + 2g . é uma das suas raízes.
Calculam-se os zeros de -x2 - x + 2 : b) B]xg = 2x4 - 8x3 + 10x2
1 ! _- 1i + 8
2
- 8x + 8, sabendo que
-x2 - x + 2 = 0 + x =
-2
+ x = -2 0 x = 1 é divisível por ]x - 2g2 .
Conclui-se, assim, que P]xg = -]x -1g]x - 1g]x + 2g ou
47
P]xg = -]x + 2g]x - 1g2 .
Estude o sinal
Constrói-se o quadro de sinais: dos polinómios:
x -3 -2 1 +3 a) A]xg = x4 - 1
-]x + 2g + 0 - - - b) B]xg = x3 + x - 2
]x - 1g2 + + + 0 + c) C]xg= -2x3 + 4x2 +
P]xg + 0 - 0 - + 10x - 12

P]xg é positivo em ?-3, -25 e é negativo em ?-2,15,?1, +35 .


d) D]xg = x3 + x2 - 4x + 6

127

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Professor 5.7 Inequações de grau superior ao primeiro
METAS CURRICULARES
ALG10 A resolução de uma inequação de grau superior ao primeiro, envolvendo
Descritor 5.3
polinómios, pode ser transformada num problema de estudo do sinal de
um polinómio, bastando, para tal, escrever a inequação na forma canónica.

EXEMPLO 23
Para determinar o conjunto solução da inequação: x2 + 2x > 24,
AVALIAR CONHECIMENTOS note-se que:
x2 + 2x > 24 + x2 + 2x - 24 > 0
48
- 2 ! 4 + 96
Resolva, em IR, as seguintes Atendendo a que x2 + 2x - 24 = 0 + x = +
2
inequações: + x = -6 0 x = 4 ,
a) (2 - x)(x2 - 9) G 0 tem-se que: x2 + 2x - 24 > 0 + ]x + 6)]x - 4) > 0
b) x3 + 5x2 - 6x > 0 Sabemos que o produto de fatores é positivo se cada um dos fatores
3 2
c) -x + 2x + 15x - 36 < 0 tiver o mesmo sinal, isto é:
(-4 é uma das raízes ]x + 6g]x - 4g > 0 +
do polinómio) + ]x + 6 > 0 / x - 4 > 0g 0 ]x + 6 < 0 / x - 4 < 0g +
d) 3x4 + 2x3 + 8x2 + 6x H 3 + ]x > -6 / x > 4g 0 ]x < -6 / x < 4g + x > 4 0 x < -6
Como tal, o conjunto solução da condição x2 + 2x > 24 é
S = ?-3, -65,?4, +35
49
Considere os quadros
de sinais seguintes, que Em alternativa, pode estudar-se o sinal do polinómio x2 + 2x - 24 ,
representam o sinal dos com recurso a um quadro de sinais e deste retirar os valores de x
polinómios A]xg e B]xg : para os quais o polinómio é positivo.

x -3 -1 0 2 +3 x -3 -6 4 +3
x+6 - 0 + + +
A]xg - 0 + 0 + 0 -
x-4 - - - 0 +
]x + 6g]x - 4g + 0 - 0 +
x -3 2 5 +3
0 + 0 Conclui-se, assim, que:
B]xg +
]x + 6g]x - 4g > 0 + x !?-3, -65,?4, +35
-

49.1 Indique os valores


de x para os quais
A]xg × B]xg > 0 . EXEMPLO 24

49.2 Sabendo que


Para resolver a inequação x4 - 2x2 G 0 , começa-se por determi-
o polinómio A]xg é de nar os zeros de x4 - 2x2 :
grau 4 e A]-2g = 4 , x4 - 2x2 = 0 + x2 ]x2 - 2g = 0 + x2 = 0 0 x2 - 2 = 0 +
defina-o analiticamente. + x = 0 0 x =! 2

50
Assim, x - 2x G 0 + x2 _ x + 2 i_ x - 2 i G 0
4 2

Considere o seguinte Recorrendo a um quadro de sinais:


polinómio:
x -3 - 2 0 2 +3
P]xg = -2x3 - 10x2 -
- 6x + 18 x2 + + + 0 + + +
50.1 Prove que -3 é um x + 2 - 0 + + + + +
zero duplo do polinómio. x- 2 - - - - - 0 +
50.2 Resolva analiticamente x4 - 2x2 + 0 - 0 - 0 +
conclui-se que o conjunto solução da inequação é C.S.= 7- 2 , 2 A .
a inequação P]xg H 0 .

128

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Domínio 2 ÁLGEBRA

AVALIAR CONHECIMENTOS

ESCOLHA MÚLTIPLA Professor


Metas
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são curriculares
apresentadas. ALG10
Descritores 5.1, 5.2
1 e 5.3
Dobrou-se um retângulo de papel, com 4 dm por
sugestão
6 dm , de modo que o canto superior esquerdo
4 dm O conjunto dos
tocasse o lado inferior da folha, tal como a figura B exercícios apresentados
ao lado sugere. permite ao aluno
A x C aprofundar os
Se AC = x , então, AB é igual a: conhecimentos sobre
x 6 dm a divisão inteira
(A) 2 - (C) 16 - x2 de polinómios
2 e estabelecer conexões
x2 sobre os vários tópicos
(B) 2 - (D) 4 - x
8 estudados.
Estes exercícios podem
2 ser realizados ao longo
da unidade ou apenas
Considere as seguintes proposições: u2p123h1 no final da mesma.
I. Se o grau de um polinómio P]xg é 3 , então, o grau do polinómio 2P]xg é 3 .
LIVROMÉDIA
II. Se o grau de um polinómio P]xg é 4 e de um polinómio Q]xg é 8 , então, o grau do
polinómio P]xg + Q]xg é 12 . PowerPoint
III. Se o grau de um polinómio P]xg é 3 e de um polinómio Q]xg é 4 , então, o grau do O essencial
polinómio P]xg × Q]xg é 7 .
Exercícios
Das afirmações anteriores, pode dizer-se que: do Caderno de Apoio
(A) Apenas a afirmação III é verdadeira.
(B) A afirmação I é falsa.
(C) As três afirmações são verdadeiras.
(D) Apenas a afirmação II é falsa.

3
Na divisão inteira do polinómio x4 - 3x3 - 10x2 + 8x por um polinómio D]xg , obtém-se
o quociente x3 - 5x2 + 8 e resto -16 .
Então, D]xg é o polinómio:
(A) x - 2 (C) x - 3
(B) x + 2 (D) x + 3

4
Sabe-se que, ao dividir o polinómio x2 + px + 3 por x - 1 e por x + 1 , se obtêm restos
iguais.
Então, o valor de p é:
(A) -2 (C) 0
(B) -1 (D) 1

5
Considere os polinómios P]xg = 2x4 + (-3a - 2) x3 + 3 e Q]xg = bx4 + 7x3 + 3 .
Se P]xg = Q]xg , então, a2 + b2 é igual a:
(A) -5 (C) 10
(B) -2 (D) 13

129

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AVALIAR CONHECIMENTOS

6
O resto da divisão do polinómio P]xg = kx3 - 3kx + 5 por x + 1 é 4 para k igual a:
(A) 4 (B) -2,5 (C) 0,5 (D) -0,5

7
O polinómio x4 - 12x3 + 47x2 + mx + n é divisível por x - 1 . Então, m + n é igual a:
(A) -36 (B) 0 (C) 36 (D) 72

8
O polinómio A]xg = ]x2 + 4g]x2 - 1g :
(A) não tem zeros.
(B) tem apenas um zero.
(C) tem exatamente dois zeros distintos.
(D) tem quatro zeros distintos.

9
As raízes do polinómio T]xg = x3 + 5x2 + 4x são:
(A) -4 , -1 e 0 . (C) 0 , 1 e 4 .
(B) -4 e -1 . (D) -4 , 0 e 1 .

10
O polinómio x3 - 4x2 + x + 6 é divisível por:
(A) x + 2 e x + 3 . (C) x - 2 e x + 3 .
(B) x + 1 e x + 2 . (D) x + 1 e x - 3 .

11
Considere o polinómio P]xg do 3.º grau, tal que:
• 3 é zero de P]xg ;
• -1 é zero duplo de P]xg ;
• P]2g = -18
Então:
(A) P]xg = 2]x - 3g]x + 1g2

(B) P]xg = 6]x - 3g]x2 - 1g

(C) P]xg = ]x - 3g]x + 1g2

]x + 3g]x - 1g2
18
(D) P]xg =
5
12
O quadro seguinte diz respeito ao sinal de dois polinómios, P]xg e P]xg × Q]xg .

x -3 0 1 2 +3
P]xg - 0 + + + 0 -
P]xg × Q]xg - 0 + 0 - 0 -

Então, o conjunto solução da condição Q]xg < 0 é :


(A) 52, +35 (C) ?1, 25
(B) ?-3, 0? , 52, +35 (D) ?-3, 0? , 51, +35

130

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Domínio 2 ÁLGEBRA

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que
tiver de efetuar e as justificações necessárias.

13
Considere os polinómios:
A]xg = 2 - x + x2 e B]xg = 4x - x3
13.1 Identifique de entre os dois polinómios qual é completo.
13.2 Indique o termo independente de cada um dos polinómios.
13.3 Identifique o grau de cada um dos polinómios e escreva-os na forma reduzida e ordenada.
13.4 Seja C]xg = ax2 + ]a + bgx + ]b + cg , com a , b e c reais.
Determine a + b + c de forma que A]xg e C]xg sejam iguais.
13.5 Determine na forma canónica e indique os respetivos graus de:
a) 2 × A]xg - 3 × B]xg
b) x2 × A]xg + ]x - 1g × B]xg
c) 6A]xg + x@2 - 6B]xg - 2x@2
d) 6A]xg@2
13.6 Determine o quociente e o resto da divisão inteira de B]xg por A]xg .

14
Considere o paralelepípedo 5ABCDEFGH? , representado na figura seguinte, em que:
• AB = x + 2
• AE = x
• AD = x - 2

H G
E
F

D
C
A B

Mostre que as expressões que definem, respetivamente, a área total ^A]xgh e o volume
14.1 
^V]xgh do paralelepípedo representado
u2p125h1
na figura são dados por:
A]xg = 6x2 - 8 e V]xg = x3 - 4x
14.2 
Resolva a equação A]xg = 46 e determine o volume do paralelepípedo para o valor de
x obtido.

15
Determine o quociente e o resto da divisão de:
a) x3 - 2x2 + 1 por x2 + x .

b) 4x4 - x3 - 2x + 3 por 2x + 1 .

c) x4 - 2x2 - 3 por x2 + 1 .
2 5 3 3
d) x + x4 - x2 + 1 por x2 + 2x - .
3 5 2

131

565065 108-147 U5.indd 131 19/03/15 16:00


AVALIAR CONHECIMENTOS

16
Determine um polinómio A]xg , reduzido e ordenado, tal que:
a) x2 + 3x + 1 - A]xg = x3 - 2x + 4
b) (x + 1) × A]xg = 2x2 - 3x - 5

17
Usando a regra de Ruffini, determine o quociente e o resto da divisão de -x4 + 3x2 - 1 por:
a) x - 1
1
b) x +
2
c) x - 3
3
d) x - 81

18
Usando a regra de Ruffini, determine o quociente e o resto da divisão de 2x3 - 4x2 + x - 1
por:
a) x + 1
b) 2x - 4
c) 3x + 1
d) 2x - 5

19
Recorrendo ao teorema do resto, determine o resto da divisão de A]xg = -x4 + 2x3 + 3x2 + 4x - 1
por:
a) x - 2
b) x + 1
c) 2x - 1
d) x - 2

20
Sem efetuar a divisão, determine o(s) valor(es) de a de forma que:
a) x3 - 2x2 + ax - 6 seja divisível por x + 2 .
b) -2x4 + 3 dividido por x - a tenha de resto -29 .

21
Determine o polinómio A]xg de 3.º grau que admite os zeros -2 , 1 e 3 e cujo resto
da divisão por x + 1 é igual a 2 .

22
Quais são os valores de a e b que tornam o polinómio A]xg = x4 + 2x3 + ax + b divisível
por (x - 1)2 ?

132

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Domínio 2 ÁLGEBRA

23
Considere que os números reais x1 , x2 e x3 , distintos entre si, são as únicas raízes de um
polinómio de 7.º grau A]xg . Sabe-se, ainda, que x1 tem multiplicidade 2 e que x2 tem
multiplicidade 3 .
23.1 Justifique que x3 não pode ter multiplicidade superior a 2 .
23.2 Indique, justificando, qual é a multiplicidade de x3 .
Caderno de Apoio do 10.º ano

24
Decomponha em fatores do menor grau possível os seguintes polinómios:
a) 2x2 - 2x - 180
b) x3 + 2x2 - 15x
c) 3x3 - 27x2 + 18x + 48, sabendo que -1 é um dos seus zeros.
d) -x4 - x2 + 90 , sabendo que é divisível por x2 - 9 .

25
Considere a família de polinómios:
A]xg = 2x4 - kx3 - 14x2 + 16x + 24
25.1 Determine k de modo que 1 seja zero de A]xg .
25.2 Considere k = 4 .
25.2.1 Determine o quociente e o resto da divisão de A]xg por 4 - x2 .
25.2.2 Decomponha A]xg em fatores do 1.º grau e resolva a equação A]xg = 0 .

26
Considere o polinómio:
P]xg = x2n+1 - x2n - x + 1 , em que n ! IN
26.1 Prove que para todo a > 0 se tem:
P]ag + P]-ag = 2 - 2a2n
26.2 
Prove que:
P]xg = ]x - 1g]xn - 1g]xn + 1g
Justifique que -1 e 1 são zeros de P e calcule o grau de multiplicidade de 1 .
26.3 Supondo que n = 1 , resolva a inequação:
P]xg G 1
Adaptado de Caderno de Apoio do 10.º ano

27
Resolva em IR as seguintes condições:
a) ]x + 2g]x3 - 2x2 - 9g G 0
b) x3 - 5x2 + 6x < 0 Professor
c) 2x3 + 4x2 > 2x + 4 LIVROMÉDIA
4 2
d) x + 25x H 150
Ficha
de trabalho 5

CADERNO
DE ATIVIDADES
e avaliação contínua
Ficha de trabalho 4

133

565065 108-147 U5.indd 133 19/03/15 16:00


ESSENCIAL

Professor Potências de expoente inteiro


sugestão
O professor deve Dado um número real a e n ! IN, tem-se:
a = a × a × … × a ; a = n = a m e a0 = 1, a ! 0
c
incentivar os
n -n 1 1 n
alunos para que
façam uma leitura 14444244443 a
n fatores
atenta das
sínteses dos
vários conteúdos
estudados.
Operações com potências Monotonia
Deste modo,
os alunos aferem Dados dois números reais a e b (a, b ! 0) Dados dois números reais a e b quaisquer e um
as suas e dois números inteiros m e n , tem-se: número n ! IN, tem-se:
aprendizagens
e podem proceder • an # am = an+m 1. Se n é ímpar e a < b , então, an < bn
a uma an 2. Se n é par e,
• m = an-m
autoavaliação a • 0 G a < b , então, 0 G an < bn
• ^anh = an#m
e sistematização m
dos seus • a < b G 0 , então, an > bn H 0
conhecimentos. • an # bn = (a # b)n
• n =c m
As sínteses an a n
salientam ainda
b b Raízes de índice n de um número real
os aspetos mais
importantes
dos conteúdos
Dado um número real a e um número n ! IN ímpar,
abordados. Potências de expoente racional existe um único número real b , tal que bn = a .
Este número designa-se por raiz índice n de a
Dado um número real a > 0 e um número n
e representa-se por a .
] m e n núme-
m
racional não negativo q =
n Se n é par e a H 0 , a equação xn = a pode ter duas
ros inteiros e n H 2 g , tem-se: n n
n soluções: 0 se a = 0 , ou - a e a se a > 0 .
aq = am

Propriedades algébricas dos radicais


Operações com potências
Dados um número natural n ímpar (respetivamente,
Dados dois números reais a e b positivos
par) e dois números reais a e b (respetivamente,
e dois números racionais p e q, tem-se:
não negativos), tem-se:
• a p × aq = a p + q
n n n n n
• a p ÷ a q = a p-q • a # b = a#b • an # b = a b
• _a pi = a p × q • _ ai =
q m n
n n
am a n a
• n = , b!0
• a p × bp = (a × b)p b b

• a p ÷ bp = c m
a p Dados dois números naturais n e m pares (respetiva-
b mente, números naturais ímpares n e m ) e um número
• a0 = 1
real não negativo a (respetivamente, um número real
1 n m nm
• a-p = p a ), tem-se que: a = a
a

Racionalização de denominadores

a a b a b
• = = , a inteiro e b natural.
_ bi b
2
b
n n
c c# bn-m c bn-m
• n = n n = , a e c inteiros b , n e m naturais, 1 G m < n
a bm a bm bn-m ab
1 a b -c d a b -c d a b -c d
• = = = ,
_a b + c d i # _a b - c d i _ a b i - _c d i
2 2
a b +c d a 2b - c 2d
com a e c inteiros e b e d naturais.

134

565065 108-147 U5.indd 134 19/03/15 16:00


Domínio 2 ÁLGEBRA

Polinómios

Dado n ! IN0, chama-se polinómio de grau n na variável x na forma reduzida, e designa-se por P(x) ,
designatória da forma: anxn + an-1xn-1 + an-2xn-2 + … + a1x + a0, an ! 0, a0, a1, a2, …, an-1, an ! IR
Sendo todos os coeficientes nulos, o polinómio designa-se por polinómio nulo.

Polinómios iguais Soma algébrica de polinómios


Dois polinómios P(x) e T(x) são iguais se, na forma Para se obter a soma/diferença algébrica de dois
reduzida, os coeficientes dos termos do mesmo grau polinómios, na forma reduzida, adicionam-se alge-
são iguais. bricamente os coeficientes dos termos semelhan-
tes, eliminando-se de seguida os termos nulos.
Divisão inteira de polinómios
Multiplicação de polinómios
Dados dois polinómios A]xg e B]xg , B]xg não nulo,
de grau n e m , respetivamente, e m G n , existem A multiplicação de dois polinómios é obtida efe-
dois únicos polinómios Q]xg , de grau n - m , e tuando todos os produtos possíveis de um termo
R]xg , de grau inferior a m , tais que R]xg é o poli- de um deles por todos os termos do outro e adi-
nómio nulo ou um polinómio de grau inferior a m e cionando os resultados obtidos. O grau do polinó-
A]xg = B]xg ◊ Q]xg + R]xg mio produto é igual à soma dos graus dos fatores.
O polinómio Q]xg designa-se por quociente e R]xg
por resto da divisão inteira (ou divisão euclideana)
Raiz de um polinómio
de A]xg por B]xg .
Neste contexto, denomina-se A]xg por dividendo e Dado um polinómio P]xg , dizemos que um número
B]xg por divisor. real a é zero, ou raiz, de P]xg se P]ag = 0 .

Teorema do resto Fatorização de polinómios

O resto da divisão de um polinómio P]xg por x - a Dado um polinómio P]xg de grau n ! IN, com
]a ! IRg é igual a P]ag . raízes (distintas) x1, x2, …, xk, de multiplicidade
n 1 , n 2 , …, n k , respetivamente, tem-se que
n1 + n2 + … + nk G n e existe um polinómio
Propriedades
Q]xg sem raízes reais, tal que
• U
 m polinómio P]xg é divisível por x - a se, e só P]xg = ]x - x1gn1]x - x2gn2…]x - xkgnk Q]xg ,
se, a é zero de P]xg . tendo-se n1 + n2 + … + nk = n se, e somente
• Um polinómio P]xg , de grau n , tem no máximo se, Q]xg tiver grau zero.
n raízes reais.
Multiplicidade de uma raiz
Regra de Ruffini
Uma raiz a de P]xg tem multiplicidade m se,
n n-1
Divisão de P]xg = bnx + bn-1x + … + b1x + b0 , e somente se, P]xg for divisível por ]x - agm
por x - a e o quociente, Q]xg, resultado desta divisão,
Coeficientes de P]xg não for divisível por x - a , isto é, Q]ag ! 0 .
644444444444474444444444448
bn bn-1 bn-2 … b1 b0
Raízes inteiras de um polinómio
a a × qn-1 a × qn-2 …
a × q1 a × q0
As raízes inteiras de um polinómio P]xg de coefi-
qn-1 qn-2 qn-3 … q1 q0 Resto cientes inteiros, quando existem, são divisores
14444444444424444444443
Coeficientes de Q]xg inteiros do seu termo independente.

135

565065 108-147 U5.indd 135 19/03/15 16:00


AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

Professor ESCOLHA MÚLTIPLA


Metas curriculares
ALG10
Para cada uma das questões desta secção, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são
Descritores 5.1, 5.2 e 5.3 apresentadas.

sugestão 1
Os exercícios apresentados Considere os números reais x e y , tais que: x = 2 +3 e y=2 2 +1.
percorrem todos os x
conteúdos lecionados, Então, y é igual a:
estabelecendo conexões
entre os vários tópicos. 7 2 -3 7 2 -3
O professor pode selecionar (A) (C)
alguns destes exercícios 7 3
para trabalho autónomo do
aluno em vários momentos,
5 2 +1 5 2 +1
(B) (D)
e não apenas no final da 7 3
unidade.
2
A solução da equação 3x- 2x = 6 é:
(A) 6 (C) 3 2 +2 3
(B) 30 (D) 2 2 +3 3

3
Se aumentarmos em 4 cm a aresta de um cubo, o seu volume é o
óctuplo do volume inicial.
Qual é a medida inicial da aresta do cubo?
3
(A) 2 (C) 4
(B) 2 2 (D) 4

4
1

O valor de d n
-
64 3
é:
27
1 27 u2p132 h1
(A) (C)
3 4
3 4
(B) (D) -
4 3

5
Indique qual das seguintes proposições é falsa:
-
1
1 4 2 3
(A) 100 2 = (C) =
10 3 3
3 6 3 6
(B) 128 = 2 4 (D) 2 # 16 = 2 32

6
Na figura, está representado um triângulo de base x2 + 4x + 2 e altura A]xg .
9
Sabe-se que a área do triângulo é dada pelo polinómio x3 + x2 + 4x + 1 .
2
Então, A]xg é igual a: A1x2
1
(A) x2 + 2x (C) x +
2
(B) 2x + 1 (D) 2x - 1 x 2 1 4x 1 2

136 u2p132h2

565065 108-147.indd 136 29/05/15 15:25


Domínio 2 ÁLGEBRA

7
O resto da divisão de x300 - 1 por x + 1 é:
(A) -2 (B) -1 (C) 0 (D) 1

8
O quociente da divisão inteira do polinómio P]xg = ]x + 1g3]x2 + 3g por um polinómio
de grau dois é um polinómio de grau:
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 5

9
De um polinómio de segundo grau P]xg , sabe-se que:
• P]1g = -6
• P]0g = -3
• 3 é uma raiz de P]xg .
Então:
(A) P]xg = 2]x - 3gc x + m
1
2
(B) P]xg = 2]x - 3g]x + 3g

(C) P]xg = 2x2 + 5x - 3

]x + 3g]x + 2g
1
(D) P]xg = -
2
10
O valor de m para o qual o polinómio mx3 - 6x2 - 4x - 8 tem -2 como zero é:
(A) -3 (B) 1 (C) 3 (D) 5

11
O polinómio P]xg = x3 + 5x2 - 2x - 24 é divisível por:
(A) ]x - 3g]x + 2g (C) x
(B) ]x - 2g]x + 3g (D) x - 3

12
O conjunto solução da condição x2 > 1 é:
(A) ?1, +35 (C) ?-1, +35
(B) ?-1, 15 (D) ?-3, -15,? 1, +35

13
Indique quais das seguintes proposições é falsa:
(A) 6 x !?0, +35, x +x2 > 0
(B) 7x !?-3, -1?: x + x2 > 0
(C) 6 x ! Z, x + x2 > 0
(D) 6 x ! ?-1, 05, x + x2 < 0

14
O polinómio x]x + 1g]x - 3g é positivo em:
(A) ?-1, 0 5,? 3, +35 (C) ?-3, -1? , 50, 3]
(B) ?-3, -15,? 0, 35 (D) [-1, 0? , 53, +35

137

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AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

RESPOSTA ABERTA

Nas questões desta secção, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que
tiver de efetuar e as justificações necessárias.

15
Sem recorrer à calculadora, determine, nos casos em que tal seja possível, o valor dos seguintes
radicais:
3 3 3
a) 81 b) - 81 c) 8 d) -8 e) 0,04 f) 0,64

16
Determine a área e o perímetro dos seguintes polígonos:
a) b)
5 Îã3 cm
3

6 Îã3 cm

4

3 8 Îã
3 cm
3 cm
17
18 + _1 - 3i .
2
Considere A = 12 - 16 +
u2p134h1
Sem recorrer u2p134h2possível.
à calculadora, apresente A na forma mais simplificada

18
Considere o prisma quadrangular representado na figura.
Sabe-se que: H G
• a aresta da base mede x cm ;
• a altura mede o dobro da aresta da base. E F
2 2
18.1 M
 ostre que a área total do prisma é dada, em cm , por 10x .
18.2 C
 onsidere x = 4 . D
C
18.2.1 
Calcule os valores exatos das medidas da diagonal facial
5AC? e da diagonal espacial 5AG? . A B

18.2.2 
Considere uma esfera centrada no centro do prisma e tangente às faces laterais
do sólido. Determine o volume da porção do espaço exterior à esfera e interior
ao prisma. u2p134h3

19
Apresente as expressões seguintes com denominador inteiro:
_ x 2 0i
4- 2 1 x
a) d) g)
8 27 - 2 3 x _ x + 1i
54 - 24 1 1
b) e) h) 3 3
3 5 - 3 -1 3 - 2
2
4 1
c) 4
f)
4 5 - 3 + 2

20
Simplifique, apresentando o resultado final sob a forma de uma potência de expoente racional:
1

9 3 #d n
-
0,16 0,08 4 4 2 3 1 2
a) 64 × 64 b) 81 # 2 # 5 c)
27

138

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Domínio 2 ÁLGEBRA

21
Mostre que 21 - 4 5 = 2 5 - 1 e resolva a equação x2 - 3x + 5 - 3 = 0 ,
apresentando as soluções na forma a + b c , com a, b ! Z e c ! IN .

22
Considere um triângulo equilátero de perímetro 12 cm . Determine o valor exato da sua área,
em cm2 .

23
Sabendo que um cubo tem 96 cm2 de área total, determine o valor exato, em cm , da sua
diagonal espacial.

24
A figura ao lado representa a planificação de uma pirâmide
quadrangular regular em que:
• x + 2 representa a medida da aresta da base;
• x + 5 representa a medida do apótema da pirâmide.
x15
A unidade de medida é o decímetro.
x12
24.1 Mostre que a expressão algébrica que representa a área total
da pirâmide, A]xg, é dada por: A]xg = 3x2 + 18x + 24
24.2 Indique todos os valores que x pode assumir no contexto
do problema.
24.3 Calcule o valor exato do volume da pirâmide, em dm3 , se a área total for 72 dm2 .
24.4 Determine todos os valores de x de forma que A]xg G 24 .

25
u2p135h1
Para um certo valor de a ! IR , sabe-se que 2ax3 + 6ax2 + 6ax + 1 é um cubo de um
polinómio de 1.º grau. Determine qual é esse polinómio e o valor de a .

26
Sejam A]xg = 2x4 + x - 1 e B]xg = x + 1 .
Determine, recorrendo a três processos distintos (algoritmo da divisão, método dos coeficientes
indeterminados e regra de Ruffini), dois polinómios Q]xg e R]xg , tais que:
A]xg = B]xg × Q]xg + R]xg , gr 5R]xg? < gr5Q]xg?
NOTA: Grau do polinómio R]xg pode representar-se por gr5R]xg? .

27
Dividindo um polinómio A]xg por x + 3 , o quociente é x2 + 1 e o resto é 5 .
Qual é o resto da divisão de A]xg por x + 1 ?

28
Considere a, b ! IR\!0+ .
Determine os valores de a e b de forma que o polinómio x3 - ax2 - x - b seja divisível
por x - a e por x - b .

29
Seja P]xg = x2 + kx + 2 , com k ! IR .
Sabendo que dividindo P]xg por x + 1 ou dividindo por x - 2 o resto é igual, determine
o valor de k .

139

565065 108-147 U5.indd 139 19/03/15 16:01


AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS

30
Sabe-se que A]xg = -x3 + kx - 6 é divisível por 4 - 2x , com k ! IR .
Determine k e as raízes de A]xg e escreva o polinómio na forma a]x - bg]x - cg]x - dg .

31
Considere o polinómio de terceiro grau definido por:
A]xg = 2x3 - 14x + 12
31.1 U
 tilizando o algoritmo da divisão, determine o quociente e o resto da divisão de A]xg por
x2 + 3x
31.2 M
 ostre que A]1g = 0 e determine os restantes zeros de A]xg .

32
Resolva as equações:
a) x(x2 - 4) + 3(x2 - 4) = 0
b) x3 - x2 - x + 1 = 0
c) 6x3 - 25x2 + 3x + 4 = 0 ( 4 é raiz)
5 4 3 2
d) x + 3x - 9x - 23x - 12x = 0 ( -1 é um zero duplo do polinómio)
4 2
e) x - 10x + 9 = 0

33
Considere a família de polinómios A]xg definida por A]xg = 2x3 - 2x2 - 8x + k , k ! IR
e o polinómio B]xg = 2x - 2 .
33.1 D
 etermine k , tal que -1 seja raiz de A]xg .
33.2 C
 onsidere k = 8 .
33.2.1 U
 tilizando a regra de Ruffini, determine o quociente e o resto da divisão
do polinómio A]xg por B]xg .
33.2.2 Decomponha A]xg em fatores de 1.º grau e resolva a inequação A]xg H 0 .

34
Considere os polinómios:
A]xg = 2x3 - 6x + 4 e B]xg = 2x + 1
34.1 D
 etermine o quociente e o resto da divisão do polinómio A]xg por B]xg .
34.2 M
 ostre que 1 é uma raiz dupla de A]xg .
34.3 D
 ecomponha A]xg em fatores de 1.º grau e resolva a inequação A]xg G 0 .

35
Calcule todos os números reais cuja diferença entre o triplo do seu quadrado e o seu cubo
é positiva.

36
Considere os polinómios A]xg = x3 + 3x2 - 4 e B]xg = x4 - 5x3 + 6x2 .
36.1 V
 erifique que 1 é raiz de A]xg .
36.2 D
 etermine as outras raízes de A]xg e fatorize este polinómio.
36.3 R
 esolva a inequação A]xg < 0 .
36.4 F
 atorize o polinómio B]xg e resolva a inequação B]xg > 0 .
Caderno de Apoio do 10.º ano

140

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Domínio 2 ÁLGEBRA

37
Considere dois polinómios A]xg e B]xg , em que se sabe que:
• A]xg é um polinómio de 2.º grau divisível por x2 - 1 e o resto da divisão por x
é -2 ;
• B]xg é um polinómio de 1.º grau, tal que B]-2g = 0 e B]2g = 2 .
37.1 Defina analiticamente A]xg e B]xg .
37.2 Indique o conjunto solução das condições:
a) A]xg = B]xg
b) A]xg × B]xg G 0

38
Sabe-se que B]xg é um polinómio de 3.º grau, tal que 2 é o único zero de B]xg :
6 x ! IR, B]xg > 0 + x !?2, +35
Resolva cada uma das seguintes condições:
a) (3x - 7)B]xg G 0
b) (-x2 - 1)B]xg > 0
c) (x2 - 5x + 6)B]xg < 0
Adaptado do Caderno de Apoio do 10.º ano

39
Seja A]xg = ax3 + 2a2x2 + a3x , a ! IR .
39.1 Determine todos os valores de a tal que, dividindo A]xg por x - a , o resto seja 16 .
39.2 Decomponha A]xg em fatores de 1.º grau e calcule a , tal que o conjunto solução
de A]xg < 0 seja IR+\!2+ .

40
Considere um polinómio P]xg , do 4.º grau, em que se sabe que:
• -3 , -2 , -1 e 1 são zeros do polinómio;
• o resto da divisão de P]xg por x é 6 .
40.1 Defina P]xg sob a forma de um polinómio reduzido e ordenado.
40.2 Resolva a inequação:
P]xg > x2 + 2x - 3

41
Considere os polinómios A]xg e B]xg cujo sinal está definido no quadro seguinte:

x -3 -3 0 2 +3
A]xg - 0 - 0 + 0 -
B]xg + 0 - 0 + 0 -
A]xg ◊ B]xg ? ? ? ? ? ? ?

41.1 Complete o quadro de sinais e indique o conjunto solução de A]xg × B]xg > 0 .
Professor
LIVROMÉDIA
41.2 Sabendo que B]xg é um polinómio de terceiro grau e que, dividido por x + 1 , tem
de resto -2 , deduza uma expressão para B]xg . Ficha
de avaliação 4

Teste 5

141

565065 108-147 U5.indd 141 19/03/15 16:01


PREPARAÇÃO PARA O TESTE 3

Professor I
TEM
sugestão DÚVIDAS?
A autoavaliação
apresentada
Para cada uma das questões deste grupo, selecione a opção correta de entre as alternativas que lhe são
é global, apresentadas.
fornecendo uma
visão dos tópicos 1
das duas unidades Considere as proposições p e q , tais que p é falsa e p 0 q é verdadeira. CONSULTE
estudadas até AS PÁGINAS
ao momento. Das proposições seguintes, apenas uma é verdadeira. Indique qual. 10 A 18
E 25.
Esta pode ser
(A) +p + +q (B) p / q (C) q & p (D) p & q
realizada na aula
ou como trabalho
de casa e ser alvo 2
de correção e de Numa mesa, estão três caixas: uma vermelha, uma azul e uma verde. Foi introduzido um único CONSULTE
esclarecimento AS PÁGINAS
de dúvidas em berlinde numa das caixas e escreveu-se uma proposição em cada uma das mesmas. 22 A 25.
aulas reservadas
para esse efeito.
Este teste serve
igualmente como
preparação para
os testes
sumativos
e/ou testes
intermédios. Sabendo que apenas uma das proposições escritas nas caixas é verdadeira, indique qual das
proposições seguintes é necessariamente verdadeira.
u2p138h1 u2p138h2 u2p138h3
(A) O berlinde está na caixa vermelha.
(B) O berlinde está na caixa verde.
(C) O berlinde não está na caixa azul.
(D) O berlinde está na caixa azul ou na vermelha.

3 3
2 2 # 3 3
Para um certo valor de n ! IN , tem-se: n =2 2 CONSULTE
18 AS PÁGINAS
Indique o valor de n . 87 A 95.

(A) n = 2 (C) n = 6
(B) n = 3 (D) n = 12

4
Sabe-se que o valor numérico de um polinómio P]xg para x = a é b ]b ! 0g . CONSULTE
AS PÁGINAS
Qual das seguintes proposições é falsa? 111, 118
E 119.
(A) P]xg é divisível por x - a .
(B) P(x) - b é múltiplo de x - a .
(C) 7Q]xg: P]xg = (x - a)Q]xg + b
(D) O resto da divisão inteira de P]xg por 2x - 2a é b .

5
Sejam A]xg e B]xg dois polinómios de grau n e m , respetivamente. CONSULTE
AS PÁGINAS
Qual das seguintes afirmações é necessariamente verdadeira? 108 A 111.

(A) A]xg + B]xg tem grau m + n .


(B) A]xg + B]xg tem grau igual ao máximo de !m, n+ .
(C) A]xg ◊ B]xg tem grau m + n .
(D) O grau do resto da divisão de A]xg por B]xg é m - n .

142

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Domínio 2 ÁLGEBRA

TEM
II DÚVIDAS?
Nas questões seguintes, apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver
de efetuar e as justificações necessárias.

1
Na figura seguinte, estão representados dois triângulos semelhantes 5ABC? e 5DEF? . CONSULTE
AS PÁGINAS
88 A 95.
C C

F F

A A B D B D
E E
1 1 Îã3 cm 1 1 Îã3 cm 1 cm 1 cm

Sabendo que 5DE? é o correspondente de 5AB? e a área de 5ABC? é igual a 6 cm2 ,


determine, com denominador inteiro, o valor exato da área de 5DEF? .

2 u2p139h1
u2p139h1
Sejam A]xg e B]xg dois polinómios de graus n e m , respetivamente, m, n ! IN com CONSULTE
AS PÁGINAS
n>m. 118 E 119.

Prove que, no conjunto dos polinómios, a condição:


« A]xg é divisível por B]xg / a é raiz de B]xg & A]xg é múltiplo de x - a »
é universal.

3
Considere o polinómio: B]xg = 2x3 + 11x2 + 12x - 9 CONSULTE A
PÁGINA 119.
3.1 Mostre que -3 é uma raiz de B]xg . CONSULTE
AS PÁGINAS
3.2 Decomponha B]xg num produto de fatores do 1.º grau. 120 E 121.
CONSULTE
3.3 Determine os valores de x para os quais o sinal de B]xg é positivo. AS PÁGINAS
126 E 127.

4
Determine uma forma reduzida do polinómio P]xg , sabendo que P]xg : tem grau 4 , CONSULTE
AS PÁGINAS
é divisível por x2 - 4 , tem -1 como raiz dupla e o resto da sua divisão por x é -8 . 119 A 121.

5
Na figura seguinte está representada uma pirâmide retangular reta:
• a pirâmide tem 3x cm de altura;
• a base tem dimensões 5 - x cm por x + 2 cm .
Mostre que, para x = 4 , o volume da pirâmide é 24 cm3 .
5.1 
5.2 
Mostre que uma forma reduzida do polinómio que representa 3x CONSULTE
AS PÁGINAS
o volume da pirâmide é: 108 A 110.

V]xg = -x3 + 3x2 + 10x


52x
5.3 
Determine os valores de x para os quais o volume CONSULTE
A PÁGINA
da pirâmide é superior a 24 cm .3 x12 128.

Grelha de avaliação
PARTE I II u2p139h2
Questões 1a5 1 2 3.1 3.2 3.3 4 5.1 5.2 5.3
Cotações 5 # 10 = 50 20 20 10 20 15 20 10 15 20

143

565065 108-147 U5.indd 143 19/03/15 16:01


MATEMÁTICA NO MUNDO REAL
RADICAIS E A RAZÃO ÁUREA NA ARTE E NA NATUREZA

A
origem dos números irracionais está ligada
à resolução de problemas geométricos.
Surpreendentemente, existe um número
irracional de aspeto modesto, e conhecido desde
a Antiguidade, que, por aparecer constantemente O número de ouro representa-se
em diferentes tipos de manifestações naturais, pela letra grega z (fi) em homenagem
ao escultor e arquiteto grego Fídias,
artísticas e arquitetónicas, mereceu títulos como
responsável pela construção do
«divina proporção», «número de ouro» Pártenon, em Atenas, onde utilizou,
ou «proporção áurea». como em muitas outras obras da sua
responsabilidade, a proporção divina.
ção divina
ta gó ric os no ta ra m também a propor
Os pi ma,
o da es tre la pe nt agonal, ou pentagra b
na construçã a surpresa,
s sí m bo lo s da su a doutrina. Para su d c
um do a
primir como
não conseguiram ex d
os inteiros
quociente de númer Curiosamente,
ida da
a razão entre a med a proporção divina surge
nt ágono
diagonal de um pe
sucessivamente no pentagrama.
. a b c
regular e o seu lado b
=
d
= z c 1,618 033 9…
= c u2p144h4

u2p144h2
A divina proporção é definida nos Elementos de Geometria, de Euclides, da seguinte forma:
«Diz-se que um segmentou2p144h3
de reta está dividido em média e extrema razão quando o comprimento
do segmento de reta está para a parte maior como a parte maior está para a menor.» Considerando
o segmento representado, tem-se: 1 x 21
x 1 1! 5
= + x2 - x - 2 = 0 + x =
1 x -1 2
1+ 5
Portanto, de acordo com a definição, o valor exato do número de ouro é: z =
2
u2p144h5
Retângulo de ouro
Um retângulo cujos lados respeitam a proporção divina é designado por retângulo de ouro.
Tais retângulos podem ser construídos seguindo os passos enumerados:
1. Representa-se um quadrado [ABCD] com lado de medida igual D C F
à medida do lado menor do retângulo pretendido.
2. Determina-se o ponto médio, M , de um dos lados do quadrado,
por exemplo [AB] .
3. Traça-se uma circunferência de centro no ponto M , determinado no
ponto anterior, e que contém os vértices do lado oposto. A M B E
4. Considera-se uma das semirretas de origem em M que contém um dos extremos de [AB] ,
por exemplo, MBo , e determina-se a sua interseção, ponto E , com a circunferência
do ponto anterior, obtendo-se assim o lado maior do retângulo pretendido. u2p144h6
1 5
Repare-se que, considerando o quadrado inicial de lado 1, tem-se: AE = AM + MC = + =z
2 2

144

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Domínio 2 ÁLGEBRA

A proporção de ouro: Na Natureza


o e noutro
de dividir-se num quadrad
Um retângulo de ouro po pode repetir-se
gu lo sem elh an te, co mo já vimos. Este processo
retân r através dos
-se uma espiral equiangula
inúmeras vezes, obtendo
uência de retângulos.
vértices sucessivos da seq

Esta espiral, como se pode ser observada na A razão do comprimento de cada


forma como o girassol distribui as suas sementes dedo pela distância da segunda
na corola. A disposição das sementes forma
espirais opostas e, sendo a o ângulo de rotação
u2p145h1
articulação à ponta
do dedo é igual
entre duas sementes consecutivas: à razão áurea.
360c- a
a =z

Na arte y x
x u2p145h3
y
Existem várias obras de arte x
onde se pode observar a
proporção divina.
x

y y 5U

Mona Lisa (Leonardo da Vinci). A Última Ceia (Salvador Dalí).

u2p145h5
Na arquitetura
u2p145h4

Pirâmide de Quéops, Pártenon, Notre-Dame, Sede das Nações Unidas,


u2p145h8
em Gizé, Egipto. em Atenas, Grécia. em Paris, França. em Nova Iorque, EUA.
u2p145h6 u2p145h9

Na música u2p145h7 A proporção de ouro nas dimensões


de um cartão multibanco
As dimensões de um violino
Colocando um cartão na horizontal e outro na vertical, observa-se que
Stradivarius obedecem
o prolongamento da diagonal do cartão que se encontra na horizontal
à proporção divina
passa pelo vértice do que se encontra na vertical. Isto acontece porque
a b as dimensões dos mesmos respeitam a proporção
= =z
b a-b
divina uma vez que, se a um retângulo de ouro
b
retirarmos um quadrado, o retângulo que fica ainda
b a
é de ouro e, por isso, tem as mesmas proporções.

u2p145h11
145

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MATEMÁTICA NO MUNDO REAL MENSAGEM
CIFRADA
Chave partilhada Chave partilhada
Algoritmo Algoritmo
Mensagem de de Mensagem
CRIPTOGRAFIA E POLINÓMIOS decifragem decifragem

A
criptografia (do grego «kryptós», «escondido» , e «gráphein», «escrita»)
é o estudo dos princípios e técnicas pelos quais a informação pode ser
transformada da sua forma original para outra ilegível (cifragem), de modo
que apenas o destinatário (detentor da «chave secreta») a possa ler de forma simples
e impossibilitando a leitura a pessoas não autorizadas.
No passado, a criptografia era utilizada para passar mensagens confidenciais
relacionadas com guerra e diplomacia. Hoje em dia, são operações de serviços
disponíveis na Internet, como transações e movimentos bancários, que também
necessitam de criptografia para manter a confidencialidade dos seus dados.

Cifrar uma mensagem


emento
se r de m odo que a cada el
m po de símbolos)
pr oc es so de ci frar uma mensage o al fa be to (l et ras, números ou
Um determin ad e, para que
crita original em gens codificadas
da mensagem es conj un to de m en sa
o elemento
as so ci e um ún ico elemento do to ci fr ad o co rr esponde um únic o assim.
se en
em po ss a se r feita, a cada elem su bs tit ui çã o, mas nem todos sã
a decifr ag es são códigos de io p(x)
m en sa ge m es crita original. Est sa ge m é ut ili za ndo um polinóm
da
entar para cifrar
uma men p(x) = y tem
Uma forma elem ip ta çã o, um a ve z que a equação
cr
como chave de en
do primeiro grau
solução única.

Exemplo para cifrar uma mensagem A B C D E F G H I J K L M


Comece-se por associar a cada letra do alfabeto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
um número inteiro. N O P Q R S T U V W X Y Z
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
A palavra «matemática» corresponde M A T E M Á T I C A
à sequência: 13 1 20 5 13 1 20 9 3 1

Utilizando o polinómio p(x) = 40 - 2x como chave secreta, cifra-se a mensagem escrevendo


a sequência:
p(13) p(1) p(20) p(5) p(13) p(1) p(20) p(9) p(3) p(1)

Assim, o recetor receberá a seguinte sequência: 14 38 0 30 14 38 0 22 34 38


Conhecendo a chave de codificação p(x) , pode, resolvendo a equação p(x) = y em ordem a x ,
obter a sequência original: 40 - y
p(x) = y + 40 - 2x = y + x =
2
1
Ou seja, obtém o polinómio c(y) = 20 - y , que é a chave que permite decifrar a mensagem.
2
Desde a década de 1980 usam-se outros métodos para codificar mensagens que dependem
de chamadas curvas elípticas e que são definidas por polinómios a duas variáveis, da forma
y2 = x3 + ax + b . Estas curvas usam-se para criar um sistema multiplicativo em que,
conhecendo um produto, é muito difícil calcular os fatores.

146

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Domínio 2 ÁLGEBRA

MODELOS FÍSICOS BASEADOS EM POLINÓMIOS

D
esde sempre que o Homem procura conhecer o universo que o rodeia
e do qual faz parte, quer seja por mera curiosidade, quer seja por ser
parte interessada. Daí a necessidade de criar modelos que lhe permitam
compreender, explicar fenómenos e predizer

Acrilmolde e Frederico Soutelo,


comportamentos. Um modelo é uma representação Maquete do Estádio Municipal

foto de Naski Creative Studio


de Braga. Arquiteto Souto
de um processo; por exemplo, em engenharia civil Moura.
ou arquitetura, uma maqueta é um modelo da
construção que se pretende obter.

to
ático é definido por um conjun
Em geral, um modelo matem
certo número de variáveis.
de equações que envolve um s Estádio Municipal de Braga.
, por isso, os mais económico
Os modelos matemáticos são
ntistas, dado que podem ser
e versáteis à disposição dos cie
ões sem gastos materiais e sem
introduzidas diferentes variaç
os.
aumentar os custos dos mesm
Economia são polinomiais,
Alguns modelos da Física e da
podem ser descritas e preditas
ou seja, as variações estudadas
mplos que se seguem.
por polinómios, como os exe

Física Economia
Para um movimento retilíneo uniforme, Admita-se que um estudo de mercado sugere que
a expressão que permite obter, em cada determinado produto terá um volume mensal de
instante, a posição do móvel em relação vendas n se o seu preço de venda for p , mas, por
a um ponto dado é um polinómio em t , cada desconto de d euros por unidade, se verificará
de primeiro grau, da forma: um aumento m no volume de vendas mensais.
s(x) = s0 + v0 t Seja c a despesa de produção de cada unidade e D
e um movimento retilíneo uniformemente a despesa fixa para manter a produção do produto.
acelerado é dado por um polinómio em t Nestas condições, o lucro mensal da empresa no que
da forma: se refere a este produto é dado pelo polinómio:
1 2 L(x) = ax2 + bx + c
s(x) = s0 + v0 t + at
2 em que a variável x representa o número de
em que os parâmetros s0 , v0 e a são a vendas:
posição inicial, a velocidade inicial e d nd
a =- ,b=p-c+ e c = -D .
a aceleração, respetivamente. m m

Professor
LIVROMÉDIA

PowerPoint
Polinómios
interpoladores

147

565065 108-147 U5.indd 147 19/03/15 16:02


Soluções
UNIDADE 1 7
INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE
a) «O comboio não é um meio de transporte»
Páginas 8 a 33 b) «Nem todos os múltiplos de 4 são pares»
c) «A Terra não é um cometa»
1.1 Designações e proposições
d) 2 + 2 ! 2 × 2
1
e) 0 g IN
a) Por exemplo, capital de Portugal ou cidade onde desagua
o rio Tejo. 8   
3 18 a) IN j Z
b) Por exemplo, - ou - .
4 24 Esta proposição tem valor lógico F .
1 b) 2 = 1,4
c) Por exemplo, -8 ou - -3 .
2 Esta proposição tem valor lógico F .
1.2 Valor lógico de uma proposição. c) -2 g A-3, -37
Princípio de não contradição Esta proposição tem valor lógico V .
2 d) «Existe pelo menos um número primo que não é ímpar»
2.1 Designações: A; B; D Esta proposição tem valor lógico V .
Proposições: C; E; F e) «O Sol é uma estrela»
2.2 C — Proposição falsa (pois, ^3 - 4h3 = -1 ). Esta proposição tem valor lógico V .
E — Proposição falsa. 9
F — Proposição verdadeira. 9.1 a) p / ]+qg
3 b) ]+qg / ]+rg
a) Proposição verdadeira. c) ]p / +qg / ]r / +sg
b) Proposição falsa. 9.2 a) valor lógico falsidade.
c) Proposição verdadeira. b) valor lógico falsidade.
d) Proposição verdadeira. c) valor lógico falsidade.
e) Proposição falsa. 10
f) Proposição falsa. a) O Vasco não é engenheiro.
1.3 Operações lógicas com proposições b) A Joana é economista e o Pedro é médico.
4 c) A Joana é economista, ou enfermeira.
a) 32 - 4 = 9 - 4 = 5 d) O Vasco não é engenheiro ou o Pedro é médico.

d n # 10 2 = d n =
2 2
1 10
2-2 # 10 2 = 5 2 = 5 11
2 2 a) V
d n # 10 2 = d n = 52 = 5
2 2
1 10
2 2 b) V
Logo, A e D designam o mesmo número. c) V
b) Como 5 só é divisível por ele próprio e pela unidade, d) V
então, é um número primo, fazendo com que e) F
a proposição B tenha valor lógico V .
12
A proposição C também tem valor lógico V, pois
a) Se o dia está chuvoso, então, não está soalheiro.
- 2 # d- n=
1 1 1 1 2 1 6 1 1 1
+ + = + = + =
3 12 2 3 12 2 12 2 b) S2e o dia2está soalheiro, então, não está chuvoso.
n=
1 1 1 2 1 6 1 1 1 13
+ + = + = + =
12 2 3 12 2 12 2 2 2 a) F
Como ambas as proposições têm valor lógico V , b) V
dizem-se proposições equivalentes. c) V
5 d) F
5.1 Como as proposições q , r e s são falsas e as e) V
proposições p , t e u são verdadeiras, podemos dizer f) F
que q + r , r + s , q + s e t + u , p + t e p + u . 14 
5.2 Para a proposição q , por exemplo, 4 é número par. a e b são verdadeiras;
Para a proposição r , por exemplo, 4 - 7 = -7 + 4 . e, por sua vez, c tem valor lógico F .
Para a proposição s , por exemplo, 2 é um número
irracional. 1.4 Prioridades das operações lógicas
15
6
a) F ; p/q
a) Valor lógico verdade.
b) V ; +p 0 +q
b) Valor lógico falsidade.
c) V ; p & +q
c) Valor lógico verdade.
d) V ; q & +p

148

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16 1.6 Propriedades da conjunção e da disjunção
a) V c) V 21
b) F d) V a)
a V a0V
17 V V V
As proposições p e q têm valor lógico verdade F V V
e a proposição r tem valor lógico falsidade.
Conclui-se, assim, por comparação entre a 2.ª e a
18 3.ª colunas da tabela, que, para qualquer proposição a ,
a) F c) V se tem a 0 V + V .
b) F d) V b)
a a0a
1.5 Operações lógicas e circuitos elétricos V V
19
F F
19.1 e 19.2
I. Seja V o interruptor ligado (fechado) e F , o interruptor Conclui-se assim, por comparação entre as colunas
desligado (aberto). da tabela, que, para qualquer proposição a ,
se tem a 0 a + a .
A B C B/C A 0 ]B / Cg S c)
a a/a
(A) V V V V V V
V V
(B) V V F F V V
F F
(C) V F V F V V
(D) V F F F V V Conclui-se, assim, por comparação entre as colunas
da tabela, que, para qualquer proposição a , se tem
(E) F V V V V V
a/a+a.
(F) F V F F F F
(G) F F V F F F 22
a) +p / ]p / qg + F
(H) F F F F F F
b) +p 0 ]p 0 qg + V
A corrente chega à lâmpada nos circuitos (A), (B), (C), (D) c) +p / ]p 0 qg + +p / q
e (E). Não é possível determinar o valor lógico da proposição
II. Seja V o interruptor ligado (fechado) e F , o interruptor +p / ]p 0 qg , mas tem sempre o mesmo valor lógico
desligado (aberto). que +p / q .
A B C A 0 B A 0 C ]A 0 Bg 0 ]A 0 Cg S d) +]+pg / ]p 0 +pg + p
Não é possível determinar o valor lógico da proposição
(A) V V V V V V V
+]+pg / ]p 0 +pg , mas tem sempre o mesmo valor
(B) V V F V V V V
lógico que p .
(C) V F V V V V V e) [+p / (p 0 q)] / +q + F
(D) V F F V V V V
1.7 Primeiras leis de De Morgan
(E) F V V V V V V
23
(F) F V F V F F F
(G) F F V F V F F p q +p +q p/q +]p / qg +p 0 +q
(H) F F F F F F F V V F F V F F
A corrente chega à lâmpada nos circuitos (A), (B), (C), (D) V F F V F V V
e (E). F V V F F V V
F F V V F V V
20
]A 0 Bg 0 C
As duas últimas colunas da tabela são iguais,
A B C A0B S
logo, para quaisquer p e q , tem-se
(A) V V V V V V +]p / qg + +p 0 +q .
(B) V V F V V V
p q +p +q p0q +]p 0 qg +p / +q
(C) V F V V V V
V V F F V F F
(D) V F F V V V
V F F V V F F
(E) F V V V V V
F V V F V F F
(F) F V F V V V
F F V V F V V
(G) F F V F V V
(H) F F F F F F As duas últimas colunas da tabela são iguais,
logo, para quaisquer p e q , tem-se
A corrente chega à lâmpada em todos os circuitos, exceto +]p 0 qg + +p / +q .
no circuito (H).

149

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Soluções

24 1.9 Resolução de problemas envolvendo operações


a) a 0 b + +]+ag 0 +]+bg + +]+a / +bg lógicas sobre proposições
(propriedade da dupla negação, seguida das primeiras 31
leis de De Morgan) a) 
p q +q +p p&q +q & +p
b) 7]a / bg 0 ]a /+bgA 0 ]+a / bg +
V V F F V V
(propriedade associativa da disjunção, seguida
V F V F F F
da propriedade distributiva da conjunção
em relação à disjunção) F V F V V V
 + 7a / ]b 0 +bgA 0 ]+a / bg + F F V V V V
(princípio do terceiro excluído) As duas últimas colunas da tabela são iguais logo, para
 + ]a / Vg 0 ]+a / bg + quaisquer p e q , tem-se p & q + ]+q & +pg .
(existência de elemento neutro da conjunção) b) p & q + +p 0 q + q 0 +p + +]+qg 0 +p +
 + a 0 ]+a / bg + (propriedade distributiva + +q & +p
da disjunção em relação à conjunção)
+ ]a 0 +ag / ]a 0 bg + (princípio do terceiro
32

excluído) Utilizando a relação da implicação com a negação
 + V / ]a 0 bg + (existência de elemento neutro e a disjunção tem-se: «Ou um paralelogramo não tem
da conjunção) as diagonais iguais ou é retângulo».
+a0b Utilizando a implicação contrarrecíproca tem-se: «Se um
paralelogramo não é retângulo, então, não tem as diagonais
25 iguais».
a) A Mariana não vai ao cinema e não vai ao teatro.
33
b) O António não tem filhos ou não é casado.
33.1 Primeiro processo:
c) O Vasco não é surfista ou o Pedro não é surfista.
d) A Inês não dança ou não joga voleibol, e não estuda. ]a / bg 0
]+a / +bg
a b +a +b a + b a / b +a / +b
26
V V F F V V F V
a) +6]a / bg / +]a 0 bg@ + V
b) +6]+a / bg 0 +b@ + a / b V F F V F F F F
c) +]+a / bg / +]+a / +bg + a F V V F F F F F
F F V V V F V V
1.8 Propriedades da implicação
27 Segundo processo:
a) «Se o Carlos estuda, então, tem boas notas.» ]a + bg + ]a & bg / ]b & ag +
b) «Se o Carlos tem boas notas, então, entra no Ensino + ]+a 0 bg / ]+b 0 ag +
Superior.» + 6]+a 0 bg / +b 0 ]+a 0 bg / a@ +
c) «Se o Carlos estuda, tem boas notas. E, se tem boas + 6]+a / +bg 0 ]b / +bg@ 0
notas, entra no Ensino Superior.» 0 6]+a / ag 0 ]b / ag@ +
+ 6]+a / +bg 0 F@ 0 6F 0 ]b / ag@ +
+ ]+a / +bg 0 ]b / ag +
28

p q +p p&q +p 0 q + ]b / ag 0 ]+a / +bg +


V V F V V + ]a / bg 0 ]+a / +bg
33.2 «Ou o triângulo tem os lados e os ângulos internos
V F F F F
iguais, ou não tem os lados iguais, assim como não
F V V V V
tem os ângulos internos iguais».
F F V V V
34
As duas últimas colunas da tabela são iguais,
Portanto, as proposições p e r têm valor lógico verdade
logo, para quaisquer p e q , tem-se
e a proposição q tem valor lógico falsidade.
p & q + +p 0 q .
35
a) ]a / bg 0 ]a / +bg + a
29
(B)
b) a / (a 0 bg + a
30 c) ]a 0 bg / ]a 0 +bg + a
a) «Eça de Queirós escreveu Os Lusíadas e não escreveu
36
a) a & ]a 0 bg + +a 0 ]a 0 bg + ]+a 0 ag 0 b +
Os Maias», proposição com valor lógico F .
b) « m.m.c. (12, 15) = 60 e m.m.c. (24, 30) ! 90 »,
+V0b+V
b) 6]a & cg / ]b & cg@ & 6]a 0 bg & c@ +
proposição com valor lógico V .
+ 6]+a 0 cg / ]+b 0 cg@ & 6+]a 0 bg 0 c@ +

+ 6]+a / +bg 0 c@ & 6+]a 0 bg 0 c@ +
6]+a / +bg 0 c@ & 6]+a / +bg 0 c@ + V
150

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37 17
a) Portanto, as proposições p e q têm valor lógico 17.1 p tem valor lógico V .
verdade e a proposição r tem valor lógico falsidade. q tem valor lógico F .
b) Portanto, as proposições p e r têm valor lógico r tem valor lógico F .
verdade e a proposição q tem valor lógico falsidade. 17.2 a) F
b) F
AVALIAR CONHECIMENTOS c) V
Páginas 34 a 38 d) V
e) F
Escolha múltipla
1 18
(C) a) As proposições a e b têm ambas valor lógico F .
b) A proposição a tem valor lógico F .
2 c) A proposição a tem valor lógico F e b tem valor
(C) lógico V .
3 d) A proposição a tem valor lógico F e b tem valor
(A) lógico V .

4 19
4.1 (B) 19.1 
4.2 (D) a b +b a / +b b 0 a ]a / +bg & ]b 0 ag
5 V V F F V V
(B) V F V V V V
6 F V F F V V
(C) F F V F F V
7 19.2 +6+a / ]a 0 bg@ + a 0 ]+a / +bg +
(C) + ]a 0 +ag / ]a 0 +bg +
+ V / ]a 0 +bg + a 0 +b
8
(D) 20
a) +p / ]p 0 qg + +p / q
b) ]+p / +qg / ]p 0 qg + F
9
c) p 0 ]q 0 +pg + V
(C)
10 d) +6]+p / +qg / p@ / ]p 0 qg + p 0 q
(C) e) +6p & ]p / qg@ + p / +q
f) p / +]+p & qg + F
11
g) +6]p & qg / +q@ / +p + q / +p
h) +6]p & qg & ]p / qg@ + +p
(D)
12
21
(B)
+(p + q) + (p / +q) 0 (q / +p)
13
22
(C)
a) F
14 b) F
(D) c) V

Resposta aberta 23
15 a) V
a) V b) F
b) F
24
16 a) 
16.1 a) a / +b a b +a +a / b +]+a / bg b&a
b) a 0 b V V F F V V
c) +a / +b V F F F V V
d) a & +b F V V V F F
16.2 a) O Rui não toca piano, ou não toca violoncelo. F F V F V V
b) Se o Rui não toca violoncelo, então, não toca piano.
16.3 a) V As duas últimas colunas da tabela são iguais, logo, para
b) F quaisquer a e b , tem-se +]+a / bg + ]b & ag .

151

565065 148-168 Solucoes.indd 151 19/03/15 16:06


Soluções

b) +]a / bg 0 ]+a & bg + +]a / bg 0 ]a 0 bg +


p & ]p 0 qg
b) 
+ ]+a 0 +bg 0 ]a 0 bg +
p q p0q
V V V V + ]+a 0 ag 0 ]b 0 +bg + V 0 V + V
V F V V c) +a & ]+a / bg + a 0 ]+a / bg +
F V V V + ]a 0 +ag / ]a 0 bg + V / ]a 0 bg + a 0 b
F F F V d) 6+]a & bg 0 ]a / bg@ + ]a / +bg 0 ]a / bg +
+ a / ]+b 0 bg + a / V + a
e) ]a + bg + ]a & bg / ]b & ag +
Portanto, para quaisquer p e q , a proposição
p & ]p 0 qg é uma tautologia.
+ ]+a 0 bg / ]+b 0 ag +
25 + +]a / +bg / +]b / +ag
a) Por exemplo, p + ]a / +bg .
33
b) Por exemplo, p + +]a / bg .
a) 6]a 0 bg / +a@ & b +
26 + 6]a / +ag 0 ]b / +ag@ & b +
a) A Maria não tem 30 anos ou não é bióloga. + 6F 0 ]b / +ag@ & b + ]b / +ag & b +
b) A Joana não é inglesa e é estudante. + +]b / +ag 0 b + ]+b 0 ag 0 b +
c) O António tem 14 anos e não é estudante. + ]+b 0 bg 0 a + V 0 a + V
b) 6+]a / bg / a@ & +b +
27
+ 6]+a 0 +bg / a@ & +b +
a) +a / b
+ 6]+a / ag 0 ]+b / ag@ & +b +
b) a / b
+ 6F 0 ]+b / ag@ & +b +
c) a 0 ]+b / +cg
+ ]+b / ag & +b + ]b 0 +ag 0 +b +
d) b
+ ]+b 0 bg 0 +a + V 0 +a + V
28 c) ]a / +bg & +]a / bg +
28.1 28.1.1 Se a Helena pratica futebol e equitação, então, + ]a / +bg & ]+a 0 +bg +
não pratica voleibol. + +]a / +bg 0 ]+a 0 +bg +
28.1.2 a / b / c + ]+a 0 bg 0 ]+a 0 +bg +
28.2 A Helena apenas pratica equitação. + ]+a 0 ag 0 ]+b 0 bg + V 0 V + V
29
Portanto, a proposição p tem valor lógico falsidade UNIDADE 2
e a proposição q tem valor lógico verdade. CONDIÇÕES E CONJUNTOS

30 Páginas 39 a 67
]a 0 bg &
a b c b & c a 0 ]b & cg a 0 b a 0 c
2.1 Expressões proposicionais ou condições
& ]a 0 cg 1
V V V V V V V V q]xg , s]xg e t]xg .
V V F F V V V V 2
V F V V V V V V p]1g e p]3g são proposições falsas e p]-2g
V F F V V V V V é verdadeira.
F V V V V V V V 3
F V F F F V F F a) Proposição verdadeira.
F F V V V F V V b) Proposição falsa.
F F F V V F F V c) Proposição verdadeira.
d) Proposição falsa.
31
4
a) 
a b +b a/b a / +b Expressões proposicionais: A e D.
V V F V F Expressões designatórias: B e C.
V F V F V 5
F V F F F Ao substituir x por qualquer valor do universo A ,
F F V F F a expressão p]xg transforma-se numa proposição
verdadeira se a medida de comprimento do lado
As duas últimas colunas da tabela não são iguais, logo,
a proposição ]a / bg + ]a / +bg não é uma
do triângulo equilátero for 13 u.c.
Ao substituir x por qualquer valor do universo A ,
tautologia.
a expressão q]xg transforma-se numa proposição
b) Ao cuidado do aluno.
verdadeira, pois, qualquer que seja o triângulo equilátero,
32 a amplitude dos seus ângulos é sempre 60º .
a) ]a & bg + +a 0 b + +]a / +bg

152

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Portanto, ao substituir x por qualquer valor do universo A , 14.2 Proposição verdadeira, por exemplo,
a expressão r]xg transforma-se numa proposição verdadeira 7x ! Z-0 : |x| = x .
para o triângulo equilátero com lado 2 3 u.c. Proposição falsa, por exemplo, 7x ! Z-: |x| = x .
Estamos perante uma condição impossível, pois,
15
ao substituir x por qualquer valor do universo A ,
a) Proposição verdadeira.
a expressão s]xg transforma-se numa proposição falsa.
b) Proposição falsa.
6 c) Proposição verdadeira.
a) Condição impossível. d) Proposição verdadeira.
b) Condição possível não universal.
16
c) Condição universal.
16.1 a) Por exemplo, «Qualquer número real positivo
d) Condição universal.
é ímpar».
7 A proposição é falsa.
a) Por exemplo, Z b) Por exemplo, «Existe um número natural que é par
b) Por exemplo, IN ou que é positivo».
c) Por exemplo, Z- A proposição é verdadeira.
c) Por exemplo, «Existe um número real cujo
2.2 Quantificador universal e quantificador existencial
quadrado é diferente de 10 , assim como existe
8
um número real positivo».
a) Condição impossível em IR .
A proposição é verdadeira.
16.2 a) Por exemplo, 6x ! IN, ^p]xg / +q]xgh .
b) Condição impossível em IR .

b) Por exemplo, 7x ! IR: ^p]xg / r]xgh .


c) Condição possível não universal.
d) Condição universal em IR .
c) Por exemplo, 6x ! IN, p]xg 0 6x ! IN, q]xg .
9
17
a) Por exemplo, «Todos os números naturais são inteiros».
a) Por exemplo, x + 1 ! 0 0 x " IN .
Proposição verdadeira.
b) Por exemplo, xG5/x!5.
b) Por exemplo, «Qualquer número real tem valor absoluto
c) Por exemplo, x!2/x!3.
positivo». Proposição falsa.
d) Por exemplo, x = 2 0 x não é primo.
c) Por exemplo, «O quadrado de qualquer número real
é diferente de -5 ». Proposição verdadeira. 2.3 Segundas leis de De Morgan
18
10
a) Por exemplo, «Existem números irracionais que não são
a) Por exemplo, 6x ! IN, x é par. Proposição falsa.
racionais».
b) Por exemplo, 6x ! IR, x2 H 0 . Proposição verdadeira.
b) Por exemplo, «Qualquer número real é racional».
I & x ! IR . Proposição
c) Por exemplo, 6x, x ! Q
c) Por exemplo, «Existe pelo menos um número inteiro que
verdadeira.
não é real».
11 d) Por exemplo, «Existem números racionais que não são
a) Por exemplo, 7x ! Q:
I x < 3 . Proposição verdadeira. reais».
b) Por exemplo, 6x ! IN, x > 0 . Proposição verdadeira. e) Por exemplo, «Nenhum número real é natural».
c) Por exemplo, 7x ! IR: x3 = -8 . Proposição verdadeira. f) Por exemplo, «Existem futebolistas que não são
d) Por exemplo, 6x ! IR+, x + 2 > 0 . Proposição milionários».
verdadeira. g) Por exemplo, «Nenhum professor é jovem».
e) Por exemplo, 7x ! Q:
I 2x > 0 . Proposição verdadeira. h) Por exemplo, «Existe pelo menos um aluno que

12
é excelente».
12.1 Condição universal. 19
Condição possível não universal. 19.1 6x ! A, x é herbívoro
Condição impossível. 7x ! A: x é carnívoro
12.2 V; F; V; F 7x ! A: x é omnívoro
19.2 «Existem animais que não são herbívoros»
13
Simbolicamente:
a) F
7x ! A: x é carnívoro 0 x é omnívoro
b) F
c) V «Nenhum animal é carnívoro».
d) F Simbolicamente:
6x ! A, x é herbívoro 0 x é omnívoro
14
«Nenhum animal é omnívoro».
14.1 Proposição verdadeira, por exemplo,
Simbolicamente:
6x ! IN, |x| = x .
6x ! A, x é herbívoro 0 x é carnívoro
Proposição falsa, por exemplo, 6x ! Z-, |x| = x .

153

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Soluções

19.3 Simbolicamente: 29
7x ! A: x é quadrúpede / x é herbívoro (D)
Negação:
6x ! A, x não é quadrúpede 0x não é herbívoro 30
a) 8
20 b) 3
a) Por exemplo, ao considerar x = -1 .
b) Por exemplo, ao considerar o número 30 . 31
c) 340 não é múltiplo de 3 . 31.1 Por exemplo,
d) Por exemplo, ao considerar a raiz quadrada de 4 , A = !n ! IN: n é par / n < 20+ .
obtemos um número natural. Por exemplo,
e) Por exemplo, da diferença entre 2 e 4 , obtemos um B = !n ! IN: n é primo / n < 20+ .
número negativo. Por exemplo,
f) Por exemplo, ao considerar x = 1 . C = !n ! IN: ]n é primo 0 n é parg / n < 20+ .
31.2 A + B = !2+
2.4 Conjunto definido por uma condição B , C = !2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14, 16,
21 17, 18, 19+ = C
a) A = !4, 5, 6+ 31.3 a) 1
b) B = !-4, 4+ b) 1
c) C = !-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3+ c) j
22 d) 1
a) A = !2, 3+ e) j
b) B = !-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4+ 32
c) C = !1, 2, 3, 4, 5+ a) Proposição verdadeira.
23 b) Proposição falsa.
a) Por exemplo, A = !x ! IN: x = 3+ . c) Proposição verdadeira.
b) Por exemplo, B = !x ! IN: x é primo / x G 7+ . 33
c) Por exemplo, C = !x ! Dias da semana: x está entre a) !2, 3+
terça-feira e sexta-feira+ . b) !2, 3, 4, 6, 8+
d) Por exemplo, c) !1, 4, 5+
D = (x ! IR: x = / p ! !0, 1, 2, 3, 4+2 d) !1, 3, 5+
1
e) !1, 4, 5, 6, 8+
2p
e) Por exemplo, !x ! IN: x é primo / x < 20+ .
34
24
P = !2, 3, 5, 7+ !4, 5, 6, 7, 8+
Q = !3, 6, 9, 18+ 2.6 Relação entre operações lógicas sobre
R = !1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 18+ condições e operações sobre os conjuntos
S = !4, 5, 7, 8+ que as definem
35
25
a) Proposição falsa.
a) A ! B
b) Proposição verdadeira.
b) A = B
c) Proposição falsa.
c) A = B
d) A ! B 36
a) Rita e Carlos.
2.5 União, interseção e diferença de conjuntos
b) Diogo, Francisca, Inês e Xana.
e conjunto complementar
c) Diogo e Xana.
26
a) A , B = !1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9+
d) André, Bruno, Carlos, Francisca, Inês, Joana,

b) B , C = !1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12+


Paulo e Rita.
37
27
a) A , B = !0, 1, 2, 3, 5+
6%
b) A + B = !0, 2, 3+ 38
c) A + B + C = !2+ a) ?-3, 0? , !4+
d) ]A , Bg + D = !5+ b) ?-5, 3? , !4+
c) !-4+
28
d) !4+
a) 5-7, 55
e) ?-3, -5? , ?3, +35
b) 52, +35
f) ?-3, -5?
c) ?-3, -35

154

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2.7 Equivalências por dupla implicação e princípio 48
a) C.S. = F-3 , - F , 54, +35
da dupla inclusão 3
39 2
Por exemplo: b) C.S. = IR-
0 \!-2+

No universo dos seres vivos, ser mortal é condição 49


A = !1, 3, 5, 7+
necessária para ser Homem;
B = !-2, 4+
No universo dos seres vivos, ser Homem é condição
C = ?-3, -2? , 52, +35
suficiente para ser mortal.
40 A\C = !1+
a) Proposição verdadeira. B + C = !-2, 4+
b) Proposição falsa.
50
a) p]xg 0 q]xg : x < 5 0 x < 4 + x < 5
c) Proposição falsa.

Logo, o conjunto solução de p]xg 0 q]xg é ?-3, 55 .


d) Proposição verdadeira.

2.8 Demonstração por contrarrecíproco. Negação b) Como ?-3, 45 1 ?-3, 55 , então, a proposição


de uma implicação universal 6x ! IR q]xg & p]xg é verdadeira.
41 A expressão contrarrecíproca é:
6x, p]xg & q]xg + 6x, ap]xg 0 q]xg + ^6x ! IR, ap]xg & aq]xgh +
+ d6x ! IR, 2x - 1 H 9 & 6 - n
+ 6x, q]xg 0 ap]xg + 6x, a^aq]xgh 0 ap]xg + x+5 2+x
G
+ 6x, aq]xg & ap]xg 3 2

42 AVALIAR CONHECIMENTOS
a) Por exemplo, «Nenhum número par é primo».
b) Por exemplo, «Qualquer figura geométrica que não seja
Páginas 68 a 71
retângulo não é paralelogramo». Escolha múltipla
c) Por exemplo, «Um quadrilátero que não seja isósceles 1
não é trapézio». (B)
43 2
Por contrarrecíproco a afirmação é equivalente a: (C)
n é divisível por 15 , então, n é divisível por 5 . 3
Se n é divisível por 15 , então, n = 15a (com a ! IN ), (D)
logo, n = 5]3ag , então, é divisível por 5 ]3a ! INg .
4
44 (C)
4+x
a) 6x , 5 - ! 9 + x 0 x2 - 4 > 0
2 5
Proposição verdadeira.
4+x (B)
b) 6x , x2 - 4 G 0 0 5 - = 9+x
2 6
Proposição falsa.
(C)
45
7
a) 7x : x é losango / x não é papagaio
(D)
Proposição verdadeira.
b) 7x : x é papagaio / x não é losango 8
Proposição falsa. (B)
46 9
Suponhamos que s e t não são paralelas entre si. (C)
Então, s e t têm um ponto em comum. Assim, por esse
10
ponto passam duas retas distintas paralelas a r , as retas s
(D)
e t , o que é absurdo atendendo ao Axioma das Paralelas.
Concluímos que as retas s e t são paralelas entre si. 11
(D)
2.9 Resolução de problemas envolvendo operações
sobre condições e sobre conjuntos 12
47 (C)
a) C.S. = !-2, 1+
13
b) C.S. = !-2, 2+
(B)
c) C.S. = !-1, 1, 4+

155

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Soluções

Resposta aberta 23
14 23.1 p e q são verdadeiras.
a) Impossível. x+1
23.2 6x ! Z, 2 - x H 0 0 3 - Gx-4
b) Universal. 3
c) Possível não universal. 7x, ]x - 2 < 4 / x ! IR+0 g / x2 - 7x > 0
d) Possível não universal. 23.3 6x, ]x2 - 7x > 0g & ]x - 2 H 4 0 x ! IR -g
15 24
a) C.S. = !-2, 2+ 24.1 a]xg é possível não universal.
b) C.S. = !-1+ b]xg é impossível.
c) C.S. = (- , 0 , 12
1 c]xg é possível não universal.
3 24.2 Como b]xg é uma condição impossível, a conjunção
d) C.S. = ?-3, -25 desta condição com c]xg é impossível.
16 24.3 Por exemplo:
a) Por exemplo, 6n, n ! IN & n ! Z . 6x ! IR, b]xg & c]xg
b) Por exemplo, 6x, x é quadrado & x é losango . 6x ! IR+, a]xg + ac]xg
c) Por exemplo, 7x: x ! IR / x " QI . 25
d) Por exemplo, 6n, n ! IN & n H 0 . n]n + 1g se n é par, n]n + 1g é par.
17 Se n é impar, n + 1 é par e, portanto, n]n + 1g é par.
17.1 a) Por exemplo, 7x ! IN: x 2 ! x . 26
b) Por exemplo, 6x ! IN, x + 1 ! 3 . 5n + 1 - 1 = 5n × 5 - 1 = 5 × 5n - 1 =
c) Por exemplo, 6x ! Q, I x2 ! 2 0 x H 0 . = 4 × 5n + 5n - 1
17.2 a) Proposição verdadeira. Como 4 × 5n e 5n - 1 são múltiplos de 4 , logo, a sua
b) Proposição verdadeira. soma também é múltiplo de 4 .
c) Proposição falsa.
27
18 a) Como ?-3, 25 1 ?-3, 55 é verdade.
a) Por exemplo, «Todo o número natural é maior ou igual Contrarrecíproca: x H 5 & x H 2 .
a 7 ». b) Se x é múltiplo de 6 , temos que x = 6y + x = 2(3y) .
b) Por exemplo, «Existe pelo menos um número inteiro Logo, x é um número par.
que, adicionando-lhe 2 , é não superior a -10 ». Contrarrecíproca: x é ímpar & x não é múltiplo de 6 .
c) Por exemplo, «Existe pelo menos um número real cujo c) Se um triângulo é retângulo, então, tem um ângulo
quadrado não é inferior a 0 ». de 90º . Logo, não é um triângulo equilátero
d) Por exemplo, «Todo o número natural é maior ou igual (todos os ângulos têm 60º de amplitude). A afirmação
a 2 ou menor ou igual a 10 ». é verdadeira.
19 Contrarrecíproca: Se um triângulo é equilátero, não
a) Por exemplo: x = 9 . é retângulo.
b) x = 2 d) Se um losango tem as diagonais iguais, então
c) Por exemplo: x = 4 . os comprimentos dos lados são iguais. Logo, é um
quadrado. A afirmação é verdadeira.
20
Contrarrecíproca: Se um quadrilátero não é um
A = !-6, 2+ quadrado, então é um losango em que as diagonais têm
B = !2+ comprimentos diferentes.
e) Como !-1, 1+ j !1+ a implicação é falsa.
Logo, A ! B ; -6 ! A , mas -6 g B .
21 Contrarrecíproca: x ! 1 & x2 ! 1 .
a) ?2; 4? , ?6; +35 28
b) ?-3, 05
Por contrarrecíproco, pretende-se demonstrar que se um
c) ?-3, 05
número é divisível por 21 , então é divisível por 7 .
d) ?2, 4? , ?6, +35
Seja x um número divisível por 21 , logo x = 21a (com
e) ?2, 4? , ?6, +35
a ! IN) , então x = 7]3ag e conclui-se, assim, que x
f) ?-3, 2? , ?4, 6?
é divisível por 7 (3a ! IN) .
22 Por redução ao absurdo:
A = ?-2, 3? Seja n um número não divisível por 7 e suponhamos
B = ?-4, 1? com vista a um absurdo que n é divisível por 21 .
A + B = ?-2, 1? Logo, existe k ! IN: n = 21k + n = 7(3k) . Como
B = ?-3, -4? , ?1, +35 3k ! IN , então, n é divisível por 7 , o que é absurdo.
Conclui-se, assim, que n não é múltiplo de 21 .

156

565065 148-168 Solucoes.indd 156 19/03/15 16:06


AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS 17
17.1 Por exemplo, a & ]b 0 cg .
Páginas 76 a 81
17.2 
Escolha múltipla a b c b0c a & ]b 0 cg
1
V V V V V
(D)
V V F V V
2 V F V V V
(B)
V F F F F
3 F V V V V
(C) F V F V V
4 F F V V V
(C) F F F F V
5 17.3 Pela alínea anterior, concluímos que a afirmação
(B) formulada pelo representante do Ministério Público
não é uma tautologia, porque a afirmação pode
6
assumir o valor lógico F .
(B)
18
7
a) Valor lógico verdade.
(D)
b) Valor lógico verdade.
8
19
(C)
19.1 a) Por exemplo, « 3 não é divisor de 12 , mas
9 é número primo».
(A) A proposição tem valor lógico falsidade.
b) Por exemplo, «Se -9 = 9 , então, 3 é divisor
10
de 12 ».
(A)
A proposição tem valor lógico verdade.
11 c) Por exemplo, «Se -9 = 9 , então, 3 é divisor
(C) de 12 , se, e só se, 3 não é primo».
12 A proposição tem valor lógico falsidade.
19.2 Contraexemplo: 6 é divisor de 12 , no entanto, não
(A)
é número primo.
Resposta aberta 19.3 a) Possível não universal, porque p(3) / r(3)
13 é verdadeira, mas p(6) / r(6) é falsa.
a) Por exemplo, p/q. b) Universal, porque o conjunto vazio está contido
b) Por exemplo, p 0 aq . no conjunto dos números primos.
c) Por exemplo, p & aq . c) Possível não universal, pois q(3) 0 p(3)
d) Por exemplo, ap + q . é verdadeira, mas q(5) 0 p(5) é falsa.
14 20
a) +6]+p & qg 0 +p@ + F a) Possível universal, porque o antecedente só se verifica
b) +6+p / ]p & qg@ / q + p / q quando y = 0 .
c) ]p & +pg / +]p 0 qg + +p / +q b) Possível não universal, porque é verdadeira para y = 0 ,
15 mas falsa para y = 1 .
a) Valor lógico falsidade. 21
b) Valor lógico verdade.
21.1 a) C.S. = (- 2
1
16 2
b) C.S. = (- , 22
1
p q +p +p 0 q p + ]+p 0 qg p/q 2
V V F V V V 21.2 a) 2x2 + 1 H 0 . Condição universal.

0 ]x + 1g2 < x]x - 3g


V F F F F F 1-x
b) 1 - 2x G
2
F V V V F F
Condição possível não universal.
F F V V F F 21.3 a) A proposição tem valor lógico falsidade, porque a]xg
As duas últimas colunas da tabela são iguais, logo, para é impossível em IN e como estamos perante uma
quaisquer valores lógicos de p e q , tem-se conjunção, basta a primeira condição ser impossível
6p + ]+p 0 qg@ + p / q . para se obter uma condição final impossível.

157

565065 148-168 Solucoes.indd 157 19/03/15 16:06


Soluções

b) Sabemos que +d]xg é uma condição universal,


C\A = ( 2
1
logo, a disjunção com outra condição qualquer 2
resulta numa condição universal, portanto, ]A , Bg\C = !-2, 2+
a proposição é verdadeira.
31
A = (- , 22
c) A proposição tem valor lógico verdade, porque 1
IN 1 <- , +3<
1 3
5 B = ?-3, 4?
22 C = ?-3, 5?
22.1 A proposição tem valor lógico falsidade. C = ?5, +35
Contraexemplo: ]-3g2 < ]-3 + 1g2 é falsa. A , B = ?-3, 4?
22.2 7x ! IR: x2 H ]x + 1g2
A + C = (- , 22
1
3
23
B\A = F-3 , - < , F- , 2< , ?2, 4?
1 1
(A) IV (B) I (C) III (D) II
3 3
24 ]A , Bg\C = ! +
24.1 a) Em IN a condição p]xg é impossível, q]xg
32
e r]xg são possíveis não universais.
b) Em ?-1, 55 a condição p]xg é impossível, q]xg
32.1 As expressões p e q são proposições, porque
definem uma expressão que traduz uma afirmação
é possível universal e r]xg é possível não universal.
24.2 a) C.S. = !-5, -3+
que pode ser classificada como verdadeira ou falsa.
b) C.S. = ?-3, 75\!-5, -3+
Valor lógico de p : verdade .
Valor lógico de q : falsidade.
25 32.2 +^6x ! ! +, x = x + 1h + 7x ! ! +: x ! x + 1
25.1 a) Valor lógico verdade. +^7x ! ! +: x = x + 1h + 6x ! ! +, x ! x + 1
b) Valor lógico falsidade.
33
c) Valor lógico verdade.
A+B = A,B
25.2 Por exemplo: h = 1 , i = 1 , j = 2 , k = 2
e l=3.
26
a) D\C = < , 2<
1 A A>B B
2
b) C , D = 52, +35

27
a) Por exemplo, x - 1 G 0 0 x H 3 . A,B = A+B
b) Por exemplo, ]x + 1g]x - 5g < 0 .

28
u1p68h1
a) C.S. = F 0, <
1 A A>B B
3
b) C.S. = ?-2, +35

29
29.1 Valor lógico falsidade ^3 " ?-3, 1? ou
!-1, 3+ M ?-3, 1?h.
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 1
1-x x+2 Páginas 82 e 83
29.2 7x ! IR: x2 - 2x = 3 / x + 2
2 3
1-x x+2 u1p68h2
29.3 6x ! IR, x + 2 2
& x - 2x ! 3 I
2 3
1
30 (C)
A = (- , 22
1
2 2
B = !-2+ (A)

C = (- , 2
1 1 3
2 2 (B)
A = (- 2, 0, 2
1
2 4

A , B = (- 2, - , 22
1 (B)
2
5
A + C = (- 2
1
(D)
2

158

565065 148-167.indd 158 03/10/16 15:50


II 4
1 4.1 2 + x G 0 0 3 - x < 0
4.2 a) ?-2, 1?
1.1 a tem valor lógico falsidade.
b) ?-3, -4? , ?1, +35
b tem valor lógico falsidade.
c) ?1, 3?
c tem valor lógico verdade.
1.2 a) +]a / bg + +a 0 +b 5
Em linguagem corrente: 2 ! 1,414 Por contrarrecíproco, a afirmação é equivalente a:
ou ]-1,414g2 ! 2 Valor lógico: V se n é múltiplo de 35 , então, n é múltiplo de 5 .
b) +]c / +bg + +c 0 b Ora, se n é múltiplo de 35 , então, n = 35a
Em linguagem corrente: 2 não é um número (com a ! IN ), logo, n = 5]7ag , e, portanto,
irracional ou ]-1,414g2 = 2 Valor lógico: F n é múltiplo de 5 (já que 7a ! IN ).
c) +]+a 0 bg + a / +b
Em linguagem corrente: 2 = 1,414
UNIDADE 3
e ]-1,414g2 ! 2 Valor lógico: F
RADICAIS
d) +]a & bg + +]+a 0 bg + a / +b
Em linguagem corrente: 2 = 1,414 Páginas 88 a 97
e ]-1,414g2 ! 2 Valor lógico: F 3.1 Monotonia da potenciação
2 1
Utilizando uma tabela de verdade: 16a 6
a)
b3
p q p0q p / ]p 0 qg p & p / ]p 0 qg 9a 2
b)
V V V V V b3
V F V V V 2
F V V F V a) ]-10g23 tem sinal negativo.
F F F F V b) ]-5g12 tem sinal positivo.
c) (-1)132 tem sinal positivo.
Obtém-se assim uma tautologia, isto é, na última coluna
d) 253 tem sinal positivo.
só aparece V .
Utilizando as propriedades das operações lógicas sobre 3
proposições: a) >
p & p / ]p 0 qg + +p 0 ^p / ]p 0 qgh + b) >
+ ]+p 0 pg / ^+p 0 ]p 0 qgh + c) =
+ ]+p 0 pg / ^]+p 0 pg 0 qh + d) >
+ V / ]V 0 qh + V / V + V e) =
3 f) <
3.1 a) Proposição verdadeira. 3.2 Raízes de índice n ! IN
b) Proposição falsa. 4
c) Proposição verdadeira. (A) Falsa. (B) Verdadeira. (C) Falsa.
3.2 a) Por exemplo, 7x ! U: x é quadrado vermelho /
5
/ 7x ! U: x é quadrado preto
a) >
b) Por exemplo, 7x ! U: x é retângulo azul 0
b) <
0 x é quadrado verde
c) =
c) Por exemplo, 6x ! U, x não é triângulo
d) <
3.3 a) Linguagem corrente: «No quadro não existem
quadrados vermelhos ou não existem quadrados pretos.» 6
Linguagem simbólica: a) C.S. = !-2+
b) C.S. = $- 3.
6x ! U, x não é quadrado vermelho 0 6x ! U, x 3,
c) C.S. = $ 2 .
não é quadrado preto 3
b) Linguagem corrente: «No quadro não existem
retângulos azuis nem quadrados verdes.» d) C.S. = !+
Linguagem simbólica: e) C.S. = !0+
 6x ! U, x não é retângulo azul / 6x ! U, x não 7
é quadrado verde 14
c) Linguagem corrente: «No quadro existe pelo menos r cm
um triângulo.»
8
Linguagem simbólica:
7x ! U: x é triângulo 3
cm2
16

159

565065 148-168 Solucoes.indd 159 19/03/15 16:06


Soluções

3.3 Propriedades dos radicais - 3 73


4

9 d) 
14
a) - 4 6
b) 1 - 3 3 15 - 3
e) 
2
10
a) F 2 5 + 3 10 - 2 - 3 2
f) -
b) V 14
c) V a b -b a
g)
d) V ab
e) F
20
11
Ao cuidado do aluno. 40 3 - 48
39
12
3.5 Resolução de problemas envolvendo radicais
a) 6 5
b) - 5
3 21
c) 5 6 Ao cuidado do aluno.
d) 20 + 6 3 22
e) - 11 5 Ao cuidado do aluno.
4
f) 6 3
23
13
3+2 2
a) 2xy 2z 3xy
2x 3 x 24
b)  2
3y 3 3
-
c) 3y
6
27 28
3
d) - 2xy 3 2x
UNIDADE 4
POTÊNCIAS DE EXPOENTE RACIONAL
14
Páginas 98 a 102
a) 2 3
3
b) 3 4.1 Definição e propriedades algébricas das potências
c) 1 de base positiva e expoente racional
1
15 6
15.1 20 42 m 2 8= 2
8 4
40 6 2 64 = 8
15.2 m
3 2
6
16 a) 2 2
16.1 4 2 cm 6
x5
16.2 384 + 256 2 b)
x
17 2
c)
12 5
5 cm
3
18 1
6 a) 4 5
a)  6 1
b) x 3
b) 11 2 1
-
c)
4
27 c) 5 2
1
d) 2 10
3.4 Racionalização de denominadores
19 4
4
2 a)  5
a) 
2 b) 6
3
6
3 5 1 5
b)  c) 1000
10 10
3 4
x x3
c) 
x d)
x
1
e) 10
2
160

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5 4
Ao cuidado do aluno. (B)
6 5
1 (C)
2 24
6
7
5 (D)
a) 5
7

b) 3
10 7
14
15
7
15
(B)
c) 3 ou 9 .
Resposta aberta
8 8
a) 4 a) 2 2
4
12
b) 5 5 b) 3 3
x2 3
c) 2x 2 x
c)
4 4
15 d) 3y 3xy
d) a 13
a 9
a) 19 2
d n
3
2 5 2
e) b) 4 6
3 3 3
6 c) - 6
f)  2 3
d) 2 6
9
6 10
5 5
a) Ao cuidado do aluno.
2
b) 0
3
11
1
c) 3 2
a) 5 3
1
4.2 Resolução de problemas envolvendo operações b) 5
-
2

com radicais e com potências -


5
2
10 2
c) 
1
a) x = 8 d) x 12
17
b) x = 12
2
4 3
5 a) 4
c) x = 2 5
b) 64
11 3
3 c) 100
2
11.1 4b 7 1
11.2 4 d)
x3
12 13
Qualquer número pertence a B1, 2 8 , por exemplo:
3 3 9
V .
a)  8
2
2 14
Qualquer número pertence a ?1, 245, por exemplo:
b) r # V 3 5
.
4
13 15
Ao cuidado do aluno. 15.1 80 azulejos.
15.2 O comprimento total da calha é de 160 30 decímetros,
AVALIAR CONHECIMENTOS ou seja, aproximadamente, 876 decímetros.
Páginas 103 a 105 16
3
Escolha múltipla a)
3
1 3
b) 5 2
(A)
c) 2 2 -2
2
d) 5 + 2
(C)
e) 3+2 2
3 3+ 3
f)
(D) 3

161

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Soluções

17 2
5

a) 3
12 2 + 8 = 3 2 tem valor lógico verdade.
3 6
b) 6 2 # 2= 4 tem valor lógico falsidade.
5 4 3
-
c) 2 6 53 = 5$ 5 tem valor lógico verdade.
13

d) 3
12 3
x 2 + 2x + 1 = x + 1 + _ x + 1i = x + 1
5 2
4
e) 3
1 esta igualdade só é valida se x + 1 H 0 + x H -1
f) d n
256 4
5 A igualdade é portanto apenas valida quando
x ! 5-1; +35 , não sendo válida em IR .
18
4
2 2
4.1 A proposição é verdadeira.

7x ! IR: _ x + 2i 3 = 1 / x > 4
2
19 4.2 
A proposição tem valor lógico verdade.
5
20 a= 12 + 27 - 48 =
a) 68 _1 + 5i m = 2
2 #3 + 3
3 - 24 # 3
68 2 + 2 5 m =2 3 +3 3 -4 3 = 3
b) 9248 _1 + 5 i m 2
_1 + 3i - 1
2
1+2 3 +3-1
272 2 # 68 2 + 2 5 b= = =
c) m3 2+ 3 2+ 3
_3 + 2 3 i_2 - 3i
3
3+2 3
21 = = =
Ao cuidado do aluno.
2+ 3 _2 + 3 i_2 - 3i
6+ 3 -6
PREPARAÇÃO PARA O TESTE 2 = = 3
4-3
Conclui-se, assim, que a = b .
Páginas 106 e 107
6
a17 - 3 # 2 2 k r cm 2
I 5

1
(D)
UNIDADE 5
2 POLINÓMIOS
(B)
Páginas 108 a 128
3
(C) 5.1 Adição, subtração e multiplicação de polinómios
1
4 12x2 - 9x - 3
(D)
2
5 a) a = 0 e b = 10 .
(D) b) a = -2 e b = 2 .

II 3
1 Monómios Parte literal Coeficiente Grau
1.1 Por definição um hexágono regular é composto 3
-3x 3
x -3 3
por 6 triângulos equiláteros. 1 1
Apótema: x x 1
2 2
Pelo Teorema de Pitágoras temos -7 x0
-7 0
x2 = Ap2 + c m + Ap2 = x2 -
x 2 x2 3x 2
+ Ap2 = +
2 4 4 4
3x 2 3 a) -2x4 - 3x3 + 4x - 2 Polinómio de grau 4 .
+ Ap = ! + Ap = ! x
4 2 x5 2
O apótema do hexágono mede, em função b) - x2 + x Polinómio de grau 5 .
4 3
3 c) x2 + 2x Polinómio de grau 2 .
de x , x centímetros.
2
1.2 2 centímetros. 5
3
a) A]xg + B]xg + C]xg = 2x4 + x-3 2 x3 + 4x2 +
2
b) A]xg - 6B]xg + C]xg@ = -4x - 2 x + 2x - x + 5
4 3 2 5
2
162

565065 148-168 Solucoes.indd 162 19/03/15 16:06


6 b) O quociente é -x3 + x2 - 4 e o resto é 9 .
a) -x4 + 2x3 - 2x2 - 6x + 10 c) O quociente é -4x + 1 e o resto é 5 .
5 50
b) -8x3 + 18x2 - 9x d) O quociente é 9x3 - 3x2 - 2x + e o resto é - .
3 9
c) 18x2 - 27x + 9
20
7 p=5
2x4 - 12x2 + 2x - 3 21
8 m = -4 e n = 33
O volume livre no recipiente, em função de x , é dado pela 5.3 Divisibilidade de polinómios. Teorema do resto
expressão: x3 - x2 . 22
1 2
9 a) O quociente da divisão é - x + 1 e o resto é -7 .
3
A proposição p tem valor lógico falsidade. 1 2 1 1
b) O quociente da divisão é x 3 + x + x+ eo
A proposição q tem valor lógico verdade. 2 4 8
15
resto é - .
5.2 Divisão inteira de polinómios 8
10 c) O quociente da divisão é
1 127 255
x3 -2x2 +x -1 - x 4 - 2x 3 - 8x 2 - x- e o resto
2 4 2
x2 -x +2 é -2040 .
2 2 38 38
2x3 -4x2 +2x -2 d) O quociente da divisão é x + x+
4
9 27 81
-x +2x3 -x2 +x 157
e o resto é .
x5 -2x4 +x3 -x2 162
x5 -3x4 +5x3 -6x2 +3x -2 23
23.1 O resto é 88 .
11 O resto é -22 .
n = 10 23.2 P]3g = 88
P]-2g = -22
12
12.1 A]xg tem grau 2 . 24
12.2 A]xg = x2 + 2 a) -2
b) 22
13 15
6x4 + 10x3 - 12x2 - 13x - 2 c) -
8
d) 10
14
25
2x3 3x2 -2x +3 2x -1
a) k = 0
-2x3 +x2 x2 +2x
b) k = -5
4x2 -2x +3
26
-4x2 +2x
a) A divisão é exata.
+3
b) A divisão não é exata.
15 c) A divisão é exata.
a) O quociente é 3x2 + 5x - 6 e o resto é -11x + 13 . 5.4 Zeros e fatorização de polinómios
b) O quociente é x3 - x2 + 5x - 5 e o resto é 0 . 27
c) O quociente é x4 + 5 e o resto é 3 . a) 0 é zero do polinómio A]xg .
16 b) -2 e 1 são zeros do polinómio B]xg .
A]xg = 7x - 4 28
17 k = -2
a) Como o resto da divisão inteira destes polinómios é 0 , 29
conclui-se que a divisão é exata. Q]xg = x3 + 2x2 + 6x + 2
b) Como o resto da divisão inteira destes polinómios é 0 ,
30
conclui-se que a divisão é exata.
Ao cuidado do aluno.
18
31
a) Q]xg = -x2 + 3x - 9 e r = 28
b) Q]xg = x3 + x2 - 2x - 1 e r = 0
Logo, a = 1 e b = -4 .

19 32
2 23 Logo, a = 3 e b = -1 .
a) O quociente é x - 4 e o resto é - .
2

163

565065 148-168 Solucoes.indd 163 19/03/15 16:06


Soluções

33 b) x -3 -3 3 +3
a) x]x - 5g e) ]x - 3g]x + 2g -x + 3 + + + 0 -
b) 2]x + 4g]x - 4g f) 2]x + 1g]x - 4g x+3 - 0 + + +
c) 9d x + nd x + n g) ]x - 2g2]x + 2g2
2 2 0 0
9 - x2 - + -
3 3
1 c)
d) -]x - 1g2 h) - x]x - 2g]x - 3g x -3 1 +3
2
2 + + +
2x + 1
5.5 Multiplicidade da raiz de um polinómio
1-x + 0 -
e respetivas propriedades
-2x + 2x2 - x + 1
3 + 0 -
34
-2 e 1 . 45
35 a) A]xg é positivo em ?-3, 05 , ?1, +35 e é negativo
-2 e 3 . em ?0, 15 .
b) A]xg é positivo em ?-3, -35 , ?1, +35
e é negativo em ?-3, 15 .
36
a) x3 - 4x2 + x + 6 = ]x + 1g]x - 2g]x - 3g
b) 3x3 - 6x2 - 6x + 12 = 3]x - 2g_ x - 2 i_ x + 2 i
46
a) A]xg é positivo em ?-4, -15 , ?3, +35
c) 2x3 + x2 -27x - 36 = 2]x - 4g]x + 3gd x + n
3
2 e é negativo em ?-3, -45 , ?-1, 35 .
37 b) B]xg é positivo em ?-3, 25 , ?2, +35 e nunca
2 é raiz de multiplicidade 2 do polinómio é negativo.
x3 - x2 - 8x + 12 47
38 a) A]xg é positivo em ?-3, -15 , ?1, +35
-x4 + 3x3 + 3x2 - 11x + 6 = -]x - 1g2]x - 3g]x + 2g e é negativo em ?-1, 15 .
b) B]xg é positivo em ?1, +35 e é negativo em ?-3, 15 .
39
1 3 1 11 1 c) C]xg é positivo em ?-3, -25 , ?1, 35 e é negativo
P]xg =
6
x - x2 -
4 2
x+
2 em ?-2, 15 , ?3, +35 .
40 d) D]xg é positivo em ?-3, +35 e é negativo em
A]xg =
1 4 1
x - x3 +
13 2
x -x+
1 ?-3, -35 .
12 2 12 3
41 5.7 Inequações de grau superior ao primeiro
O conjunto solução de 3x3 - 4x2 - 5x + 2 é (- 1, , 22 .
1 48
a) x ! 5-3, 2? , 53, +35
3
42
b) x ! ?-6, 05 , ?1, +35
42.1 C.S. = !-1, 4+
42.2 Os valores de x que satisfazem a equação são: c) x ! ?-4, +35\!3+

d) x ! ?-3, 1? , < , +3<


-2 e 2 1
3
43 49
Processo 1: 49.1 x ! ?-1, 05 , ?0, 25 , ?5, +35
Vamos substituir na equação x2 por y e obtemos, assim,
49.2 A]xg =
1 4 1 1
a seguinte equação do 2.º grau: 2y2 - 10y + 8 = 0 . x - x3 - x2
4 4 2
Os valores de x que satisfazem a equação são: -2 , -1 ,
1 e 2. 50
Processo 2: 50.1 Ao cuidado do aluno.
Os divisores inteiros de 8 (termo independente) são -8 , 50.2 x ! ?-3, 1? .
-4 , -2 , -1 , 1 , 2 , 4 e 8 .
AVALIAR CONHECIMENTOS
Calculemos o valor numérico de P]xg = 2x4 - 10x2 + 8
para cada um destes valores: Páginas 129 a 133
Como o polinómio 2x4 - 10x2 + 8 tem grau 4 , então, Escolha múltipla
no máximo tem quatro soluções. E as soluções desta 1
equação são: -2 , -1 , 1 e 2 . (B)
5.6 Resolução de problemas envolvendo a determinação 2
do sinal e dos zeros de polinómios (D)
44
a) 3
1
x -3 +3 (B)
2
-2x + 1 + 0 - 4
(C)

164

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5 1 2 11 11
b) O quociente é -x3 + x + x- e o resto
(D) 5 2 4 8
é - .
16
6 c) O quociente é -x3 - 3x2 e o resto é -1 .
d) O quociente é -x3 - 3 3 x2 + `3 - 9 9 jx + 9 3
(D) 3 3 3

7 3 3
- 81 e o resto é 27 9 - 243 3 - 1 .
(A)
18
8 a) O quociente é 2x2 - 6x + 7 e o resto é -8 .
(C) 1
b) O quociente é x2 + e o resto é 1 .
2
9 2 14 23 50
(A) c) O quociente é x2 - x+ e o resto é - .
3 9 27 27

d) O quociente é, x2 + e - 2 ox + d - 5n
10 5 7
(D) 2 4
7
e o resto é 5 -6.
11 4
(A) 19
a) R = 19
12
b) R = -5
(C) 31
c) R =
16
Resposta aberta
d) R = 8 2 + 1
13
13.1 A]xg 20
13.2 O termo independente do polinómio A]xg é 2 a) a = -11
e o termo independente do polinómio B]xg é 0 . b) a = -2 0 a = 2
13.3 O polinómio A]xg tem grau 2 e o polinómio
21
B]xg tem grau 3 . 1 3 1 5 3
A]xg = x - x2 - x +
Polinómios escritos na forma reduzida e ordenada: 4 2 4 2
A]xg = x2 - x + 2 e B]xg = -x3 + 4x 22
13.4 a + b + c = 3 a = -10 e b = 7 .
13.5 a) 2 ◊ A]xg - 3 ◊ B]xg = 3x3 + 2x2 - 14x + 4
23
O polinómio tem grau 3 .
23.1 Ao cuidado do aluno.
b) x2 ◊ A]xg + ]x - 1g ◊ B]xg = 6x2 - 4x
23.2 A multiplicidade de x3 é exatamente 2 .
O polinómio tem grau 2 .
c) 6A]xg + x@2 - 6B]xg - 2x@2 = -x6 + 5x4 + 4 24
O polinómio tem grau 6 . a) 2]x + 9g]x - 10g
d) 6A]xg@2 = ]x2 - x + 2g]x2 - x + 2g = b) x]x + 5g]x - 3g
= x4 - 2x3 + 5x2 - 4x + 4 c) 3]x + 1g]x - 2g]x - 8g
O polinómio tem grau 4 . d) -]x + 3g]x - 3g]x2 + 10g
13.6 O quociente do resto da divisão inteira de B]xg por 25
A]xg é -x - 1 e o resto é 5x + 2 . 25.1 k = 28
14 25.2
14.1 Ao cuidado do aluno. 25.2.1 O quociente da divisão de A]xg divisível por
14.2 O volume do paralelepípedo é 15 u.v. 4 - x2 é -2x2 + 4x + 6 e o resto é 0 .
25.2.2 A]xg = -2]x - 2g]x + 2g]x + 1g]x - 3g e
15
A]xg = 0 + x = -2 0 x = -1 0 x =
a) O quociente é x - 3 e o resto é 3x + 1 .
3 2 3 11 35 =20x=3
b) O quociente é 2x3 - x + x- e o resto é . 26
2 4 8 8
c) O quociente é x - 3 e o resto é 0 .
2
26.1 Ao cuidado do aluno.
2 1 5 133 26.2 Multiplicidade 2 .
d) O quociente é x3 - x2 + x - e o resto
3 3 3 30 26.3 O conjunto solução da inequação é:
341 113
G-3 , G , =0, G
é x- . 1- 5 1+ 5
30 20
2 2
16 27
a) A]xg = -x3 + x2 + 5x - 3 a) ]x + 2g]x3 - 2x2 - 9g não é positivo em 5-2, 3? .
b) A]xg = 2x - 5 b) x3 - 5x2 + 6x é negativo em ?-3, 05 , ?2, 35 .
c) 2x3 + 4x2 - 2x - 4 é positivo em
17
?-2, -15 , ?1, +35
a) O quociente é -x3 - x2 + 2x + 2 e o resto é 1 .

165

565065 148-168 Solucoes.indd 165 19/03/15 16:07


Soluções

d) x4 + 25x2 - 150 é não negativo em 18


A-3 , - 5 A , 7 5 , +37 18.1 Ao cuidado do aluno.
18.2
AVALIAÇÃO GLOBAL DE CONHECIMENTOS
18.2.1 AC = 4 2 cm AG = 4 6 cm
Páginas 136 a 141 18.2.2 A porção do espaço exterior à esfera e interior
32
Escolha múltipla ao prisma é 128 - r , 94,5 cm3 .
3
1 19
(B) 1
a)  2 -
2
2 b) 2
(C) c) 2 2
3 3
d)
(D) 3
- 5 - 3 3 - 7 - 2 15
4 e)
11
(B)
3 2 - 2 3 + 30
f)
5 12
(B) 2
x +x
g)
6 x+1
3 3 3
(B) h) 32 + 6 + 22

7 20
36
(C) a) 2 25
1

8 b) 180 2
25
(C) c) 3 12

9 21
(A) C.S. = #2 - 5, 1 + 5-
10 22
(A) 4 3 cm2
11 23
(B) 4 3 cm
12 24
(D) 24.1 Ao cuidado do aluno.
24.2 x ! ?-2, +35
13
(C) 16 # 3 5
24.3 VPirâmide = = 16 5 dm3
3
14 24.4 x ! ?-2, 0?
(A)
25
1
Resposta aberta Concluímos que a = e temos o polinómio
2
15 3 2
x + 3x + 3x + 1 .
a) 81 = 9
26
b) Impossível.
3 Q]xg = 2x3- 2x2 + 2x - 1 e R]xg = 0
c) 8 =2
3 27
d) -8 =-2
9
1
e) 0,04 =
5 28
3
3 100 a = 1 e b = -1 ou, então, a = -1 e b = 1
f) 0,64 =
5 29
16 k = -1
3 3
a) A = 6 9 cm2 P = 12 3 cm 30
b) A = 72 cm2 P = 20 3 cm k=7
17 Como queremos escrever o polinómio na forma
A=3 2 a]x - bg]x - cg]x - dg , temos que a = -1 , b = 2 ,
c = 1 e d = -3 .

166

565065 148-168 Solucoes.indd 166 19/03/15 16:07


31 41
31.1 O quociente é 2x - 6 e o resto é 4x + 12 . x -3 -3 0 2 +3
31.2 Os restantes zeros de A]xg são: -3 e 2 .
A]xg - 0 - 0 + 0 -
32 B]xg + 0 - 0 + 0 -
a) C.S. = !-3, -2; 2+ A]xg × B]xg - 0 + 0 + 0 +
b) C.S. = !-1, 1+
41.1 A]xg × B]xg > 0 quando x ! ?-3, +35\!0, 2+ .
c) C.S. = (- , , 42
1 1
1
3 2 41.2 B]xg = - x]x + 3g]x - 2g
d) C.S. = !-4, -1, 0, 3+
3
e) C.S. = !-3, -1, 1, 3+ PREPARAÇÃO PARA O TESTE 3

33 Páginas 142 a 143


33.1 k = -4
33.2 I
33.2.1 O quociente é x2 - 4 e o resto é 0 . 1
33.2.2 A]xg =]2x - 2g]x - 2g]x + 2g (D)
A]xg H 0 quando x ! 5-2, 1? , 52, +35 .
2
34 (C)
1 11 27
34.1 O quociente é x2 - x- e o resto é .
2 4 4 3
34.2 Ao cuidado do aluno. (C)
34.3 A]xg = ]x - 1g]x - 1g]2x + 4g
A]xg G 0 quando x ! ?-3, -2? , !1+ . 4
(A)
35
?-3; 35\!0+ 5
(C)
36
36.1 Ao cuidado do aluno. II
36.2 A]xg = ]x - 1g]x + 2g2 1
Temos que as raízes de A]xg são: 1 e -2 (com A5DEF? = 6 - 3 3 cm2
multiplicidade 2).
36.3 A]xg < 0 quando x ! ?-3, 15\!-2+ . 2
36.4 B]xg = x2(x - 2g]x - 3g Se A]xg é divisível por B]xg , então, o resto desta divisão
Concluímos que B]xg > 0 quando é 0 . Se a é raiz de B]xg , então, B]ag = 0 . Logo,
x ! ?-3, 05 , ?0, 25 , ?3, +35 . B]xg ÷ ]x - ag tem resto 0 , assim como A]xg ÷ ]x - ag ,
também, tem resto 0 . E se A]xg ÷ ]x - ag tem resto 0 ,
37 então, A]xg é múltiplo de x - a . Logo, a condição é
37.1 A]xg = 2x2 - 2 possível universal. Ou, A]xg = B]xgQ]xg para um certo
1
B]xg = x+1 Q]xg e A]ag = B]agQ]ag = 0 , a é a raiz de A]xg ,
2
logo, A]xg é múltiplo de x - a . Portanto, a condição
37.2 a) C.S. = ) 3
1 - 97 1 + 97
, é possível universal.
8 8
b) x ! ?-3, -2? , 5-1, 1? 3
38 3.1 B]-3g = 0 +
a) C.S. = <2, F
7 + 2]-3g3 + 11]-3g2 + 12]-3g - 9 = 0 +
3 + -54 + 99 - 36 - 9 = 0 + 0 = 0
b) C.S. = ]-3, 25 Logo, -3 é uma raiz de B]xg .
c) C.S. = ]-3, 35\!2+ 3.2 B]xg = ]x + 3g]x + 3g]2x - 1g

3.3 B]xg > 0 quando x ! F , +3< .


39 1
39.1 - 2 e 2 2
39.2 A]xg = ax]x + ag]x + ag 4
a = -2 P]xg = 2x4 + 4x3 - 6x2 - 16x - 8
40 5
40.1 P]xg = -]x + 3g]x + 2g]x + 1g]x - 1g = 5.1 VPirâmide =
Abase # altura
=
6 # 12
= 24 cm3
4 3 2
= -x - 5x - 5x + 5x + 6 3 3
40.2 x ! ?-3, 15 _ x + 2i_5 - x i 3x
5.2 V]xg = = x]x + 2g]5 - xg =
3
3 2
= -x + 3x + 10x
5.3 V]xg > 24 quando x ! ?2, 45

167

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Bibliografia
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Fontes fotográficas P. 104 Colocação de azulejos


P. 105 Pirâmide
AGÊNCIA LUSA Pp. 144 e 145 Pártenon
P. 78 Audiência no tribunal, José P. 145 Mão; Notre-Dame; sede das
Coelho Nações Unidas; cartões bancários;
violino
Casa da Imagem
P. 147 Automóveis na estrada; reunião
Pp. 84 e 85; 144 e 145 Imagem de estudo de mercado
de fundo / Masterfile
VMI
Getty Images
P. 60 Fotograma do filme
P. 86 Pintura tridimensional no passeio Gru — o Maldisposto 2,
público © Photos 12 / Alamy / AIC
P. 145 Pirâmide P. 83 Quadro de Piet Mondrian, © Peter
Horree / Alamy / AIC
iStockphoto
P. 147 Estádio Municipal de Braga /
P. 6 Circuito eletrónico © Paul Raftery/Corbis
P. 17 Homem a correr
P. 49 Cavalos Vários
P. 59 Alunos a ensaiar peça de teatro P. 25 Duplo Retrato, óleo sobre tela,
P. 68 Cão a ladrar; flor vermelha 1934-1936, Coleção
Pp. 84 e 85 Braços mecânicos; relés; CAM/FCG —Gonçalves,
televisão; consola de videojogos; Rui-Mário (2005), Almada
smartphone; computadores; placa Negreiros, fotografia de José
de circuitos integrados Alves

168

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