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Estudo do Meio

ano
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Estudo do Meio

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Estudo do Meio
Componentes do projeto:

Manual do aluno
Fichas de avaliação (oferta ao aluno)
Caderno Temas da História de Portugal (oferta ao aluno)
Caderno de atividades
Livromédia (inclui Realidade Aumentada)
Jogo multimédia (oferta incluída no Livromédia)

MANUAL VALIDADO pela Escola Superior


de Educação do Instituto Politécnico de Viseu

11,29 € IVA incluído


Conforme o novo
Acordo Or tográfico
MANUAL VALIDADO
pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu
da língua portuguesa

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Estudo do Meio

ano

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Conhece o teu manual
Estes são os quatro amigos que, mais
uma vez, te vão acompanhar ao longo
do ano, apresentando dúvidas, Ana João Pedro Rita
questões e opiniões.

Avaliação
de diagnóstico
Fichas de trabalho com
atividades para recordares
os conteúdos do 3.º ano.

O teu manual organiza-se em dez unidades.


Cada unidade tem a seguinte estrutura:

Abertura de unidade
Uma imagem para observares e explorares.
Dialoga com os teus colegas e responde
às atividades sugeridas.

Conteúdos
Nesta área, podes encontrar
imagens e textos que te explicam
como tudo funciona e te ajuda
a entender melhor o meio onde
vives.
As atividades de compreensão
surgem ao longo da exploração
dos conteúdos.

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Atitudes e valores
Atividades que te ajudam a ser
melhor cidadão.

Recorda
Resumo e esquema
dos conteúdos
fundamentais
abordados
na unidade.

Será que já sabes?


Atividades de revisão de
conhecimentos.

Autoavaliação
A autoavaliação é muito importante
para refletires sobre o trabalho
realizado e identificares as tuas
dificuldades.

Para desenvolveres a curiosidade


e o espírito científico, apresentam-se,
no fim de cada unidade, propostas
de trabalhos práticos:

INVESTIGO Propostas de trabalho com


o objetivo de refletires e resolveres uma
questão proposta. Deves seguir
os passos indicados.

CONSTRUO Atividades práticas para


construíres objetos diversos.

PROJETO Atividades que requerem a recolha


de dados ou de materiais em fontes
diversas para analisar, refletir, concluir
e posterior apresentação de resultados.
3

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AVALIAÇÃO DE DIAGNÓSTICO 6
ÍNDICE
UNIDADE CONTEÚDOS

1
O CORPO HUMANO 12 1.1 Os ossos 13
BLOCO 1

1.2 Os músculos 16
1.3 A pele 19

2
A SEGURANÇA 26 2.1 A segurança do corpo 27
DO CORPO 2.2 A segurança e a prevenção de incêndios 30
2.3 Os sismos 32

3
O PASSADO DO MEIO 40 3.1 O passado do meio local 41
BLOCO 2

LOCAL E O PASSADO 3.2 As fontes históricas 42


NACIONAL 3.3 As datas da história 43
3.4 Os primeiros povos na Península Ibérica 44
3.5 A Reconquista Cristã 48
3.6 A formação de Portugal 49
3.7 As atividades económicas depois da Reconquista 50
3.8 A sociedade 51
3.9 A dinastia de Avis 53
3.10 Os Descobrimentos portugueses 54
3.11 O domínio filipino 57
3.12 A Restauração da Independência 59
3.13 A descoberta do ouro brasileiro 60
3.14 As Invasões Francesas 61
3.15 O fim da Monarquia e a implantação da República 62

4
PORTUGAL 70 4.1 O estado novo e a ditadura 71
NOS SÉCULOS XX E XXI 4.2 A revolução do 25 de Abril de 1974 72
4.3 A democracia 73
4.4 A organização política do estado — os órgãos do poder 74
4.5 Os presidentes da república 75
4.6 Os feriados nacionais 76
4.7 Os símbolos nacionais 77

5
OS ASTROS 84 5.1 Os astros 85
BLOCO 3

E OS ASPETOS 5.2 A água no planeta Terra 90


FÍSICOS DO MEIO

6
ASPETOS FÍSICOS 102 6.1 Os rios de Portugal 103
DE PORTUGAL 6.2 As formas de relevo em Portugal 107

7
O CONTACTO ENTRE 116 7.1 As representações da Terra no globo e no planisfério 117
BLOCO 4

A TERRA E O MAR 7.2 A paisagem junto à costa 119


7.3 A costa portuguesa 120
7.4 Os seres vivos das regiões costeiras 124

8
PORTUGAL NA EUROPA 132 8.1 Os diferentes tipos de aglomerados populacionais 133
E NO MUNDO 8.2 Portugal na Europa e no Mundo 136
8.3 Os Portugueses e a língua portuguesa no Mundo 138

9
À DESCOBERTA 146 9.1 As principais atividades produtivas nacionais 147
BLOCO 6

DAS INTER-RELAÇÕES 9.2 O setor primário 148


ENTRE A NATUREZA 9.3 O setor secundário 152
E A SOCIEDADE 9.4 O setor terciário 154

10
A QUALIDADE 162 10.1 Os desequilíbrios do ambiente 163
DO AMBIENTE 10.2 A preservação do ambiente 169

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural


BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

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CONSOLIDAÇÃO BLOCO 5
ATITUDES E VALORES
DA APRENDIZAGEM Manusear objetos
Realizar experiências
em situações concretas
A solidariedade 20 RECORDA 21 CONSTRUO Um modelo … com a eletricidade
SERÁ QUE JÁ SABES? 22 de um osso humano 24 INVESTIGO Como podemos
eletrizar os corpos? 25

A prevenção RECORDA 35 CONSTRUO Um kit … com o som


e a segurança 34 SERÁ QUE JÁ SABES? 36 de emergência 38 INVESTIGO Será que o som
se propaga de igual forma
em diferentes materiais? 39

A interculturalidade 64 APRENDER A ESTUDAR 65 PROJETO Painel de turma:


SERÁ QUE JÁ SABES? 66 os nossos monumentos 68

CONSTRUO Jogo de xadrez


com material reciclado 69

A liberdade 78 RECORDA 79 … com o ar


SERÁ QUE JÁ SABES? 80 INVESTIGO Como apagar uma
chama sem soprar? 82

INVESTIGO Como podemos


observar os efeitos
da pressão atmosférica? 83

A proteção RECORDA 95 CONSTRUO Maqueta … com a água


dos recursos naturais 94 SERÁ QUE JÁ SABES? 96 do ciclo da água 100 INVESTIGO Qual é a importância
da temperatura para as alterações
CONSTRUO Maqueta do estado físico da água? 98
do Sistema Solar 101
… com materiais de uso corrente
INVESTIGO Qual será o efeito
da temperatura no estado físico
de diferentes materiais? 99

A preservação RECORDA 111 PROJETO O ambiente … com a água


do ambiente 110 SERÁ QUE JÁ SABES? 112 ao meu redor 115 INVESTIGO Como funcionam
os vasos comunicantes? 114

A conservação RECORDA 127 … com materiais de uso corrente INVESTIGO De que dependerá
das praias 126 SERÁ QUE JÁ SABES? 128 INVESTIGO Será que as plantas a forma e a orientação
são importantes para preservar das dunas? 131
as zonas costeiras? 130

O respeito pelo RECORDA 141 PROJETO A nossa


património imaterial 140 SERÁ QUE JÁ SABES? 142 localidade na NET 144

PROJETO Concurso:
A melhor visita de estudo! 145

O empreendedorismo 156 RECORDA 157 … com a eletricidade


SERÁ QUE JÁ SABES? 158 INVESTIGO
O que será necessário para
acender uma lâmpada? 160
INVESTIGO
Quais serão os materiais
que permitem a passagem
da corrente elétrica? 161
A água potável, RECORDA 173 CONSTRUO Vamos construir … com a água
um bem essencial 172 SERÁ QUE JÁ SABES? 174 uma ETAR 176 INVESTIGO
O que acontece aos materiais
que não se dissolvem na água? 177

BLOCO 5 Experiências com materiais e objetos


BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a natureza e a sociedade

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Ficha n.o 1 Avaliação de diagnóstico
VÊ SE SA BE S:
ionalidade.
A naturalidade e a nac
O corpo.
1. Uma menina, nascida em Portugal, filha de mãe A saúde do corpo.
francesa e de pai francês, terá que nacionalidade? A segurança do corpo.

2. Qual é a diferença entre naturalidade e nacionalidade?

3. Qual é o sistema responsável pela distribuição do oxigénio e dos nutrientes pelas


diferentes partes do corpo humano?

4. Observa as imagens de três sistemas do corpo humano, identifica-os e legenda-os.

Figura I Figura II

1 3 2

4
5
2
7 6

3 8
4
5
6
7

8
Figura III

5. Enumera alguns cuidados que devemos ter quando nos expomos ao sol.

6. Quais são os primeiros socorros mais urgentes a prestar a alguém que esteja
com uma hemorragia?

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Ficha n.o 2 Avaliação de diagnóstico
VÊ SE SA BE S:
.
Os membros da família
fam ilia r ma is
O passado
1. Observa o friso cronológico, que representa longínquo.
al.
os principais acontecimentos na história da família O passado do meio loc
as tra diç ões
Os costumes e
do Pedro, e responde às questões. de outros po vos .
Os símbolos locais.
a) Em que ano se casaram os pais do Pedro? Os símbolos regionais
.
Outras culturas
b) Em 2011, quantos anos tinha a avó Maria? da comunidade.

c) Qual é a unidade de tempo utilizada no friso?


A que corresponde?

1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010


1950 1957 1977 1979 2000 2002
Casamento Nascimento Casamento Nascimento Casamento Nascimento
do bisavô Miguel da avó Maria da avó Maria com da mãe da mãe Mariana do Pedro
com a bisavó Sofia
o avô Alberto Mariana com o pai Carlos

2. Seleciona os principais vestígios do passado que existem


na tua localidade.
Ruínas Fontes
Antigas fábricas Pelourinhos
Moinhos Castelos
Igrejas (Outros)
Habitações antigas
U1P10H2
U1P10H3
U1P10H1
3. As imagens seguintes representam bandeiras — importantes símbolos locais
ou regionais. Identifica-as.

A B C

4. Na localidade onde vives:


a) em que dia é feriado municipal?
b) que acontecimento é comemorado?

5. O que entendes por minoria étnica?

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Ficha n.o 3 Avaliação de diagnóstico
VÊ SE SA BE S:
Os seres vivos
1. Existe no nosso planeta grande diversidade do ambiente
próximo.
de plantas. Para as conhecer melhor, é necessário
classificá-las, e esta classificação é feita através
da definição de vários critérios.
Identifica três critérios que possam ser utilizados para caracterizar e agrupar
as plantas representadas a seguir.

A B C D

2. Qual é a principal diferença entre animais vertebrados e invertebrados?

3. Os animais vertebrados dividem-se em classes. A que classes correspondem


os animais das imagens seguintes?

A B C

a) Qual é o modo de locomoção de cada um?

4. Explica com pormenor o que se pretende ilustrar com o esquema seguinte.

Consumidores Consumidores
Produtores
de 1.ª ordem de 2.ª ordem

Energia Energia Energia


solar e nutrientes e nutrientes

Herbívoros Carnívoros

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Ficha n.o 4 Avaliação de diagnóstico
VÊ SE SA BE S:
Os itinerários.
e.
A evolução da localidad
1. Observa o mapa da região do Minho. Os espaços da loc alid ad e.
s do s ser es vivos.
As deslocaçõe
La Guardiaa O comérc io loc al.
N301 Paredes
A evolução dos meios

N201
A3-IP1
de Coura Arcos
Caminha ios
N303
de Valdevez de transporte e dos me
Vila Praia N20
3
de comunica ção .
de Âncora IC2
8
Ponte da Barca

m
Ponte de Lima e
ma om
Li H
N1 3

Rio Rio
8
A2
P9
7-I
A2 Seara T

N101
Passei as minhas férias em Caminha.
03
N2
VIANA Vila

-3
05
Deão Verde
No regresso a casa fui a Braga,

IP1
DO CASTELO

N2
A3-

N2
01
N204
N13

mas passei por Viana do Castelo


03
N1
N1

BRAGA
03

Barcelos Póvoa e por Arcos de Valdevez.


A28
C1-I

a) Circunda no mapa o local onde a Rita esteve a passar férias.


b) Descreve um itinerário possível da viagem da Ana,
identificando as estradas escolhidas.

2. Observa a imagem de uma localidade, identifica os espaços públicos


existentes e refere a principal função de cada um desses espaços.

3. O que entendes por migrações? Refere um exemplo.

4. Será que os meios de transporte representados na imagem da questão 2 já existiam


há duzentos anos? Como se deslocavam as pessoas nessa altura?

5. Na época dos teus avós, os namorados trocavam cartas de amor. Atualmente,


que meios de comunicação utilizam os namorados para comunicarem à distância?

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Ficha n.o 5 Avaliação de diagnóstico
VÊ SE SA BE S:
luz.
Realizar experiências com
Realizar experiências com
1. Observa as imagens seguintes. ímanes.
Realizar experiências
de mecânica.
A B C Manusear objetos em
situações concretas.

a) Refere se os copos representados são transparentes, translúcidos ou opacos.


b) Explica a diferença entre materiais transparentes, translúcidos e opacos.

2. Observa os seguintes materiais representados na imagem. Identifica os objetos que


são atraídos pelo íman.

3. Identifica os vários objetos representados e diz para que serve cada um.

A B C

4. Refere alguns cuidados que devemos ter quando utilizamos uma tesoura, uma
máquina fotográfica e um computador.

10

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Ficha n.o 6 Avaliação de diagnóstico
VÊ SE SA BE S:
do meio
Atividades económicas
local.
1. Faz a correspondência correta entre os elementos A indústria no meio loc
al.
O turismo no me io local.
das três colunas.

Matéria-prima Indústria Produtos


A. Centeio 1. Mobiliário I. Pão e bolos
B. Madeira 2. Vidreira II. Manteiga, iogurte, queijo
C. Leite 3. Panificação III. Conserva de sardinha
D. Sardinhas 4. Metalúrgica IV. Vidro
E. Metais 5. Laticínios V. Vedações de jardins
F. Areia 6. Conservas VI. Móveis

2. Observa as imagens seguintes e responde às questões.


a) Ordena as imagens de acordo com A B
a sequência das etapas seguida
no fabrico dos produtos lácteos.

b) Descreve as imagens, escrevendo


uma frase para cada uma delas. C D

3. Observa as imagens de dois destinos turísticos em Portugal.

A B

a) Que tipo de atividades podem fazer os turistas em cada um dos locais?


b) Que benefícios pode trazer a atividade turística para estas localidades?

11

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UNIDADE

1 O CORPO HUMANO
Reconhecer a
dos ossos.
Reconhecer a
função (s
ADE,
N E S T A U N ID R A :
V A IS A P R E N
DE

up or
ia
existênc

sua
te
e proteção).
entações
Observar repres
hu m an o.
do corpo
ec er a ex istência
Reconh
dos músculos.
sua
Reconhecer a
ov im entos,
função (m
suport e, … ).
Observar
es dos
representaçõ
s hu m anos.
músculo
ic ar a fu nção
Identif
pele.
de proteção da

Eu não consigo
movimentar-me assim!

Ele tem os mesmos ossos


e músculos que nós, mas deve haver
qualquer coisa diferente…

Observa a imagem e responde às questões.


Que atividades realizas habitualmente e para
as quais necessitas de exercer força?
Se os seres humanos não tivessem ossos,
conseguiriam movimentar-se? Como seria?
Quantos ossos pensas que tem o teu corpo?
O que são os músculos?

12 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

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1.1 OS OSSOS

O esqueleto humano
O corpo humano consegue realizar muitos movimentos. Isto deve-se
ao facto de possuirmos no interior do corpo uma estrutura articulada,
resistente e flexível, que o suporta e protege os órgãos principais — esta
estrutura denomina-se esqueleto.

Crânio
O esqueleto humano é o conjunto dos 206 ossos
do corpo humano associados entre si.
Mandíbula
Clavícula
Omoplata
As funções dos ossos do esqueleto Esterno
Costelas
Os ossos do esqueleto humano apresentam várias
Úmero
funções muito importantes:
• suportam e protegem os órgãos internos (por Cúbito
exemplo, o crânio protege o cérebro e a caixa Rádio

torácica protege os pulmões e o coração);


• produzem constituintes do sangue (no inte- Carpo
Metacarpo
rior de alguns ossos são produzidos os glóbu- Falanges
los vermelhos e alguns glóbulos brancos); Ilíaco Fémur
• definem a forma corporal e possibilitam o movi-
mento (funções partilhadas com os músculos). Rótula

Os tipos de ossos Perónio


Tíbia
Os ossos são órgãos esbranquiçados, rígidos e
resistentes. Cada osso apresenta uma forma e uma Tarso
dimensão adequadas à função que desempenha. De Metatarso
Falanges
acordo com as respetivas formas e tamanhos, pode-
mos agrupar os ossos em quatro tipos principais: Esqueleto humano.

Ossos planos
Ossos longos Ossos curtos Ossos irregulares
ou chatos
Exemplos

Tíbia Ossos do carpo Omoplata Vértebras

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo 13

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1.1 OS OSSOS

Os principais ossos do corpo humano Frontal Parietal

O corpo humano pode ser dividido em três zonas:


a cabeça, o tronco e os membros.
Os ossos da cabeça formam o crânio e a face.
• O crânio é composto por diversos ossos, encaixados Occipital

uns nos outros e imóveis, que protegem o cérebro. Maxilar inferior


(mandíbula)
• A face é constituída por catorze ossos. O maxilar
Crânio.
inferior é o único osso móvel da face, sendo todos
os outros imóveis.
No tronco, o esqueleto é constituído pela coluna
vertebral (e, por isso, somos vertebrados) e pela caixa
torácica. Esterno
• A coluna vertebral é constituída por trinta e três
ossos, chamados vértebras. As vértebras protegem
a espinal medula, que é um órgão muito delicado
e muito importante, pois transmite as informações
entre o cérebro e as diferentes partes do corpo. Costela Vértebra

• A caixa torácica é formada pelas costelas e pelo


esterno (em conjunto com 12 das vértebras da
coluna vertebral).
Os membros classificam-se em superiores e inferiores. Coluna vertebral e caixa
• Cada membro superior está ligado à caixa torá- torácica.
cica pela clavícula e omoplata (ombro) e é consti-
tuído por: úmero (braço), cúbito e rádio (ante-
braço), carpo (pulso), metacarpo e falanges (mão).
• Cada membro inferior está ligado à coluna verte- Braço Úmero
bral pelo ilíaco (anca) e é constituído por: fémur
(coxa), tíbia e perónio (perna), tarso (tornozelo),
metatarso e falanges (pé).
Cúbito
Antebraço Rádio
SALTO NO TEMPO

Em 1895, o cientista alemão


Wilhelm Röntgen descobriu Carpo
um novo tipo de radiação que Metacarpo
Mão
permitia obter imagens dos Falanges
ossos. Chamou-lhe raios X.
Ossos dos membros superiores.

14 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

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1

UNIDADE
Os problemas dos ossos
EDUCAÇÃO
Além de poderem ser afetados por várias doen- PARA A SAÚDE
ças, os ossos podem sofrer fraturas ou deslocações.
Para teres ossos fortes
• Uma fratura acontece quando um osso se parte. e saudáveis deves:
• Uma deslocação acontece quando um osso sofre • fazer uma
um desvio em relação à sua posição normal. alimentação rica
em cálcio, ingerindo
produtos lácteos
e legumes;
As articulações • fazer exercício físico
Os ossos estão ligados uns aos outros através ao ar livre, para que
das articulações. o teu corpo produza
As articulações podem ser imóveis (como as do vitamina D;
• adotar uma postura
crânio), semimóveis (como as das vértebras) ou móveis correta.
(como as do joelho ou do cotovelo).
A mobilidade do esqueleto permite ao organismo Cartilagem
humano realizar as funções de locomoção e de mani-
pulação, entre outras.
Parte das articulações têm cartilagens que prote-
gem os ossos do desgaste causado pelos movimentos
e diminuem os efeitos provocados pelos impactos
externos.
Articulação do ombro.

ATIVIDADES

1 Observa as imagens da página 14 e indica:


a) o nome dos ossos do braço.
b) o nome dos ossos do antebraço.

2 Completa as frases seguintes.


A. O nosso corpo não é uma massa mole, porque tem no seu interior uma estrutura
articulada e flexível, o .
B. Os ossos do esqueleto têm a função de dos órgãos
principais, tais como o coração, que é protegido pela ,
e o cérebro, que é protegido pelos ossos do .

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo 15

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1.2 OS MÚSCULOS

Os músculos do corpo humano


Desde sempre o corpo humano e os seus movimentos
foram estudados por muitos cientistas e objeto de atração de
muitos e importantes artistas.

As funções dos músculos


O corpo humano tem 640 músculos, parte dos quais estão
fixados aos ossos por meio de tendões.
Os músculos apresentam várias funções:
Pormenor de um
• suporte e movimento, em conjunto com o esqueleto;
desenho de Leonardo
• proteção dos órgãos internos; da Vinci (1452-1519).
• manutenção da temperatura corporal.
Contribuem para diferentes funções, pois são constituin-
tes de vários órgãos (intestino, estômago, coração, bexiga, etc.) Músculo
Os músculos, ao contrário dos ossos, contraem-se e rela-
Tendão
xam, pelo que se pode dizer que os músculos são tecidos
elásticos.
• Movimento de contração — quando se contraem, os
músculos diminuem de tamanho e ficam mais curtos
e grossos.
• Movimento de distensão — quando relaxam, os múscu-
los voltam ao tamanho inicial.
A sequência de contração e distensão muscular possibilita
o movimento e é comandada por impulsos nervosos cerebrais. Músculos e tendões.

A B

Bíceps Bíceps
distendido contraído

Músculo distendido (A) e músculo contraído (B). Os músculos são comandados pelo sistema nervoso.

16 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

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1

UNIDADE
Os músculos podem ser classificados em três grupos:
• músculo cardíaco — constituinte do coração;
• músculo liso — constituinte de diferentes órgãos, como o estômago
e o intestino;
• músculo estriado esquelético — constituinte dos músculos ligados
ao esqueleto.
Todos os músculos do corpo são importantes, porque são necessários
para realizarmos os diferentes movimentos. Por exemplo:
• com o bíceps dobramos o braço;
• o diafragma contribui para a realização dos movimentos respiratórios;
• os músculos do estômago possibilitam a digestão.

Músculo
Pequeno Esternocleidomastóideo
estriado
peitoral Trapézio
esquelético
Grande peitoral
Bíceps
braquial
Abdominais EDUCAÇÃO
Músculo cardíaco PARA A SAÚDE
Para teres músculos
Reto fortes e saudáveis
femoral
deves:
• fazer uma
Músculo liso Gémeo
alimentação rica
em leite, fruta, carne,
peixe e legumes;
• fazer exercício
Tipos de músculos Alguns músculos estriados físico regularmente.
do corpo humano. esqueléticos do corpo humano.

ATIVIDADES

1 Para que servem os músculos?

2 Como estão ligados os músculos aos ossos?

3 Descreve o movimento de contração e de distensão dos músculos.

4 Investiga quais são os cuidados que devemos ter para manter os músculos saudáveis
e elabora um cartaz com as informações recolhidas.

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo 17

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1.2 OS MÚSCULOS

Os movimentos musculares
Os músculos podem ter dois tipos de movimentos: volun-
tários e involuntários.
Um músculo tem movimentos voluntários quando a sua
atividade depende da nossa vontade e podemos comandar o
seu movimento. Por exemplo, andar, deslocar um objeto, etc.
Um músculo tem movimentos involuntários quando não
Ao saltar à corda
podemos controlar a sua atividade. Por exemplo, os múscu- movimentamos
los do estômago e do intestino, durante a digestão, movem-se voluntariamente
sem que tal dependa da nossa vontade. os músculos.

Os problemas dos músculos


Os músculos podem ser afetados por cãibras e distensões.
Ambas provocam dores fortes.
• As cãibras são provocadas por uma atividade física
excessiva ou por falta de vitaminas e de sais minerais.
O músculo contrai-se de repente, fica duro, e provoca dor.
O músculo cardíaco
• As distensões musculares são provocadas por movimen- contrai e relaxa
tos bruscos e violentos. Causam dor intensa e inchaço. de modo involuntário.

ATIVIDADES

1 Completa o quadro seguinte.

Movimento dos músculos

Pegar num peso Andar de bicicleta Digestão

Músculos a trabalhar
Tipo de movimento (voluntário/
/involuntário)

2 Pensa em três movimentos que realizes habitualmente e associa-os aos músculos


que neles estão envolvidos.

18 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

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1.3 A PELE
1

UNIDADE
As funções da pele Não.
Estive a andar
Sentiste este de bicicleta
ventinho? e estou
Estou todo a transpirar!
arrepiado!

A pele é o maior órgão do nosso corpo, desempenhando diversas


funções importantes.
• Proteção e barreira, pois impede a passagem de microrganismos para
o interior do corpo.
• Controlo da temperatura, devido à presença dos pelos e à transpi-
ração.
• Excreção de substâncias tóxicas para o organismo, através da pro-
dução e libertação do suor.
• Produção de vitamina D, fundamental para os ossos.
• Sentido do tato, devido à existência
Pelo
de muitas terminações
nervosas.

Poro — liberta Epiderme — camada


o suor fina e exterior

Glândula sudorípara — produz


o suor Derme — camada
profunda
Terminações nervosas —
responsáveis pelo tato
Vasos Glândula sebácea — produz
sanguíneos substância gordurosa protetora
Estrutura da pele.
da pele e dos pelos

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE


Para teres uma pele saudável, deves:
• ter cuidados de higiene diários, como tomar banho e vestir roupa lavada;
• evitar a secura da pele, utilizando um creme hidratante nas zonas mais expostas;
• proteger a pele da ação dos raios solares;
• desinfetar golpes e feridas, para impedir a entrada de micróbios.

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ATITUDES E VALORES
Imagina como
se sentem
A solidariedade Devia ter trazido um
as pessoas que
casaco, já está a ficar frio.
Infelizmente, existem muitas pessoas Tenho a pele arrepiada! não têm roupas
que as protejam
com poucos recursos e que necessitam
do frio…
da solidariedade da comunidade.
É frequente necessitarem de casa-
cos, luvas, cachecóis, gorros, mantas,
cobertores, etc., que os possam aquecer.
Tu podes ajudar! Promove uma
«campanha antifrio»!

PROJETO Campanha antifrio!

Objetivo: promover e efetuar a recolha de agasalhos, pela comunidade escolar,


que posteriormente possam ser entregues a uma organização de solidariedade,
que se encarregará de os distribuir.

De que vão necessitar?


Folhas de papel Computador com acesso à Internet
Cartolinas Impressora
Material para ilustração

O que vão fazer?


1. Com a ajuda do professor, investiguem e selecionem uma ou duas
instituições de solidariedade da localidade.
2. Definam uma data e um local para entrega dos agasalhos.
3. Elaborem cartazes e folhetos para divulgar a campanha.
4. Divulguem a campanha no jornal da escola, na página da Internet da escola
ou no blogue da turma.
5. Efetuem a recolha de agasalhos.
6. Procedam à entrega dos bens recolhidos.

Descobre o calor humano da Campanha Antifrio!

20 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

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RECORDA
1

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• O esqueleto humano é constituído por 206 ossos, que se encontram ligados entre si através
das articulações.
• Os ossos do esqueleto dão forma ao corpo, permitem o movimento e protegem os órgãos mais
importantes, como o cérebro ou o coração. No interior de alguns ossos dá-se a formação de células
sanguíneas.
• Os ossos podem ser de quatro tipos principais: longos, curtos, chatos e irregulares.
• Os músculos permitem a mobilidade do corpo, servem para proteger os órgãos internos e participam
em diferentes funções, pois são constituintes de muitos órgãos, como o coração ou o estômago.
• Os músculos esqueléticos estão ligados aos ossos por meio de tendões.
• Os músculos são tecidos elásticos que se contraem e relaxam e podem agir de forma voluntária
ou involuntária, dependendo da função que desempenham no corpo humano.
• O maior órgão do corpo humano é a pele. É constituída por duas camadas, a derme e a epiderme.
• A pele é uma camada protetora do corpo.

ESQUEMA DE CONCEITOS

Corpo humano

é constituído por

é um conjunto
Esqueleto articulado de
Músculos constituem Pele constituída por

Ossos Vários órgãos Epiderme Derme

desempenha desempenham desempenha


funções de funções de funções de

• Suporte • Suporte • Proteção


• Forma • Movimento • Regulação
• Proteção • Proteção dos térmica
dos órgãos órgãos internos • Excreção
internos • Aquecimento • Produção
• Produção do corpo de vitamina D
de células • Forma • Sentido
sanguíneas corporal do tato

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SERÁ QUE JÁ SABES?

1 O que é o esqueleto humano?

2 Em que partes se divide o corpo humano?

3 Observa a imagem. Faz a sua legenda, indicando o nome dos ossos e dos músculos.

1
10
2
11
3 12
13
4
5

6 14

8 15
9

4 Refere as funções dos ossos do esqueleto.

5 Observa a figura da questão 3.


a) Circunda três articulações.
b) Refere se são articulações imóveis, móveis ou semimóveis. Explica porquê.

6 O que aconteceria se os ossos das mãos não tivessem articulações?

7 Quais são os cuidados que devemos ter para que os nossos ossos sejam fortes
e saudáveis?

8 Estabelece a correspondência correta entre os elementos das duas colunas.


A. Músculos 1. Os seus movimentos podem ser controlados por
com movimentos nós e encontram-se ligados aos ossos.
involuntários 2. Movimentam-se independentemente da nossa
B. Músculos vontade e não se encontram ligados aos ossos.
com movimentos 3. Movimentam-se independentemente da nossa
voluntários vontade e encontram-se ligados aos ossos.

22 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

363929 012-025 U1.indd 22 18/03/13 16:56


1

UNIDADE
9 Refere as funções dos músculos.

10 Através de que estruturas estão os músculos ligados aos ossos?

11 De que forma é possível desenvolver músculos fortes e saudáveis?

12 Descreve o que acontece ao músculo no movimento de contração.

13 Completa as frases com as palavras ou expressões do retângulo apresentado abaixo.

sebáceas/barreira/sudoríparas/órgão/proteção/tato/excreção/
produção de vitamina D/temperatura/regulação térmica/derme/pelos/
epiderme/poros/transpiração/suor/terminações nervosas/vasos sanguíneos

A. A pele é o responsável pelo sentido


do .
B. As principais funções da pele são ,
, , e .
C. A pele é constituída pela e pela .
D. A epiderme está coberta de e possui ,
por onde sai o , permitindo a .
E. A transpiração permite regular a do corpo.
F. Na derme estão as e os e ainda
as glândulas e as glândulas .

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Reconhecer a existência dos ossos. 13 a 15

Reconhecer a sua função (suporte, forma e proteção). 13

Identificar alguns ossos em representações do corpo humano. 13 a 15

Reconhecer a existência dos músculos. 16 a 18

Reconhecer a sua função (movimentos, suporte, …). 16

Identificar alguns músculos em representações dos músculos humanos. 16 a 18

Identificar a função de proteção da pele. 19


A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
11-14 Tenho de continuar assim… 8-10 Não estou mal… 0-7 Tenho de estudar mais. TOTAL

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Manusear objetos em situações concretas

CONSTRUO Um modelo de um osso humano

Os teus ossos são tão fortes que apenas uma parte de um deles pode
suportar bastante peso. No entanto, os ossos são leves, porque no seu
interior têm um tecido esponjoso e áreas ocas.

Objetivo:
Construir um modelo de um osso.

De que vais necessitar?


6 retângulos de papel (7,6 cm 3 12,7 cm)
3 quadrados de cartolina (20,0 cm 3 20,0 cm)
Fita-cola
Palhinhas (com 12,7 cm de altura)
Dinamómetro A estrutura interna de um osso.

O que vais fazer?


1. Com a fita-cola, fecha um dos retângulos de papel,
e forma um cilindro, que representará um osso.
2. Coloca-o na vertical e põe sobre ele um dos
quadrados de cartolina.
3. Testa a resistência do teu osso, colocando
cuidadosamente sobre ele livros escolares.
Coloca os livros um a um até o teu modelo
colapsar.
4. Pesa com o dinamómetro os livros que fizeram
o modelo colapsar e regista o seu valor.
5. Usa dois retângulos de papel e repete os passos
1 a 4, para construíres um modelo mais reforçado.
6. Num outro retângulo de papel, cola em cada
uma das faces uma camada de palhinhas.
7. Cola de cada lado do retângulo anterior, por
cima das palhinhas, outro retângulo de papel.
8. Repete os passos 1 a 4 com a estrutura que
montaste no ponto 6.
9. Analisa os resultados e compara a estrutura
e a resistência dos teus modelos.
10. Debate com os teus colegas a importância
de ter uma alimentação rica em cálcio,
de realizar exercícios físicos e de brincar
ou passear ao ar livre.

BLOCO 5

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Realizar experiências com a eletricidade 1

UNIDADE
Eletricidade estática
Em todos os corpos existem cargas elétricas, que podem ser positivas
ou negativas. Se o número de cargas elétricas positivas é igual ao número
de cargas negativas, o efeito das cargas elétricas positivas anula o efeito
das cargas elétricas negativas e os corpos dizem-se eletricamente neutros.
Se friccionarmos dois corpos, algumas cargas negativas passam de
um corpo para o outro e ambos ficam eletrizados. O corpo que recebe as
cargas elétricas negativas fica eletrizado negativamente, o corpo que as
perde fica eletrizado positivamente. Se aproximarmos pequenos corpos
leves, estes são atraídos pelos corpos que estão eletrizados.

Por fricção, os corpos podem ficar eletrizados e adquirem eletricidade estática.

INVESTIGO Como podemos


eletrizar os corpos?

De que vais necessitar?


Balão de borracha Pano de lã
Pente de plástico Folha de papel

O que vais fazer?


1. Corta ou rasga a folha de papel em pequenos
pedacinhos.
2. Esfrega o pente no pano de lã.
3. Aproxima, sem tocar, o pente dos pedacinhos de papel.
ra
4. Observa e regista o que observaste. Investigar pa
5. Enche um pouco o teu balão. saber mais
curar
6. Esfrega o balão com o pano de lã. O que vou pro
7. Aproxima o balão do cabelo de um colega. saber…
sito…
8. Observa e regista o que verificaste. Do que neces
r…
O que vou faze
star…
Antes de começares… pensa e responde às questões. O que vou regi

O que prevejo
O que pensas que vai acontecer? Porquê? o…
O que observ
Executa e responde no teu caderno. O que concl o…
u

1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer


e o que aconteceu?
2. Responde à questão-problema desta atividade.
3. Investiga e procura saber a razão pela qual, por vezes, sentimos pequenos
choques quando tocamos em alguns objetos ou em algumas pessoas.

BLOCO 5

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UNIDADE

2 A SEGURANÇA DO CORPO V A IS A P R E N

cu id

Conhec
ad os
ADE,
N E S T A U N ID R A :

a exposição ao
er
DE
Identificar algu
a

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socorros: sabe
el em en ta res
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s de qu ei maduras
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solares, fratu
e distensõ es .
licar
Conhecer e ap
as de pr ev enção
regr
de incêndio s
es,
(nas habitaçõ
ca is pú bl icos,
nos lo
… ).
nas florestas,
gr as
Conhecer re
de segurança
antissísmicas
(prevenção
entos
e comportam
ra nt e e após
a ter du
um si sm o) .
Os bombeiros desempenham
um papel fundamental!
Salvaram mais uma pessoa.

Sim! Além de atuarem em caso


de incêndio, também prestam
os primeiros socorros.

Observa a imagem e responde às questões.


Por que razão os bombeiros são tão importantes?
Será que podemos prevenir os acidentes?
Sabes o que é a proteção civil?
Debate com os teus colegas a importância da
prevenção de incêndios e acidentes pessoais.
Refere três hábitos pouco saudáveis que podem
ser prejudiciais à tua saúde.

26 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

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2.1 A SEGURANÇA DO CORPO

Os cuidados a ter com o sol


A exposição moderada ao sol
A luz solar é indispensável para todos os seres vivos, que necessitam
da sua energia para sobreviver. No que se refere ao Homem, a exposição
moderada aos raios solares tem enormes benefícios:
• Favorece a produção da vitamina D,
necessária à fixação do cálcio, o qual
é essencial para o crescimento e for-
talecimento dos ossos.
• Melhora a circulação sanguínea.
• Estimula a produção de melanina, o
pigmento que dá cor à pele, aos olhos
e ao cabelo e que os protege da radia-
ção solar. A exposição moderada às radiações
• Favorece a boa disposição. solares traz muitos benefícios para a saúde.

A exposição excessiva à luz solar


Embora tenha benefícios, a exposição às radiações solares, quando
é excessiva, torna-se muito perigosa:
• Aumenta o risco de aparecimento do cancro da pele.
• Provoca queimaduras solares.
• Provoca o envelhecimento (manchas e rugas) prematuro da pele.

Cuidados a ter com a exposição ao sol


Para prevenir os efeitos prejudiciais da expo-
sição solar:
• Evitar a exposição solar entre as 11 e as 16
horas.
• Utilizar um protetor solar com elevado
fator de proteção e renovar a sua aplica-
ção de duas em duas horas.
• Usar óculos escuros, chapéu e roupa clara
no período do dia em que as radiações
solares são mais intensas.
Quando nos expomos às radiações
• Beber água com frequência durante os perío- solares, é essencial usarmos
dos de exposição ao sol. protetor solar.

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo 27

363929 026-039 U2.indd 27 18/03/13 16:58


2.1 A SEGURANÇA DO CORPO

O que fazer em caso de acidente


Normalmente, após um acidente, é possível prestar no local os primei-
ros socorros necessários para estabilizar o(s) acidentado(s) até receber(em)
tratamento médico especializado.
É importante que todos saibam o que fazer em caso de acidente. Para
podermos prestar auxílio, devemos conhecer muito bem o que fazer em
cada caso e solicitar a ajuda médica imediata, através do número de tele-
fone 112.

SITUAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS ADEQUADOS


Queimadura No caso de queimadura por contacto com uma fonte de calor:
• Arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou com
água fria corrente até a dor acalmar.
• Aplicar uma pomada para queimaduras.
Se a queimadura for extensa e/ou profunda:
• Solicitar o auxílio médico (112) ou levar a vítima, envolvida
num lençol lavado e humedecido, para o hospital o mais
rapidamente possível.
No caso de queimadura solar:
• Deslocar a vítima de imediato para uma sombra.
• Refrescar a pele com água.
• Aplicar creme hidratante na área afetada.
• Se a queimadura for muito grave, procurar assistência médica.
Fratura Se existir dor intensa, inchaço, perda ou diminuição dos
movimentos e/ou deformação de um membro, talvez se esteja
perante uma fratura. Deve-se:
• Solicitar auxílio médico (112) de imediato.
• Não sendo possível a assistência médica imediata, expor
a zona lesionada e verificar se existem feridas.
• Tentar imobilizar as articulações que se encontram antes
e depois da fratura, utilizando talas sólidas e acolchoadas.
• Nunca se deve tentar «encaixar» o osso partido ou comprimir
a zona lesionada.
• Muito importante: as fraturas têm de ser tratadas num hospital.

Intoxicação No caso de intoxicação:


• Perguntar à vítima qual foi o veneno ou produto tóxico que
ingeriu.
• Solicitar auxílio médico ou contactar o Centro de Informação
Antivenenos (808 250 143).

28 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

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2

UNIDADE
SITUAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS ADEQUADOS
Queda e distensão Em caso de queda:
muscular • Não deslocar a vítima para não provocar outras lesões.
• Tentar manter a vítima calma e imóvel.
• Solicitar auxílio médico (112).
Após um esforço físico intenso, uma dor muscular intensa
associada a inchaço pode indicar que existe uma distensão
muscular. Deve-se:
• Aplicar gelo, envolto numa toalha ou pano, para reduzir
o inchaço e acalmar a dor.
• Encaminhar a vítima para assistência médica, para ser
avaliada a gravidade da lesão.

Ferimento Para tratar um ferimento:


• Lavar as mãos e calçar luvas descartáveis.
• Limpar a pele à volta da ferida com água e sabão.
• Lavar a ferida do centro para as extremidades com água
e sabão, usando uma compressa.
• Desinfetar com produto adequado e, se a ferida for
superficial, deixá-la ao ar.

ATIVIDADES

1 Observa a sequência seguinte. As quadrículas representam as horas de um dia


de verão em que há exposição à luz solar.

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

a) Pinta de vermelho duas horas do dia em que existe um risco muito elevado
de sofreres queimaduras solares; de azul, duas horas do dia em que existe
um risco moderado de sofreres queimaduras solares, e, de verde, duas horas
do dia em que não corres o risco de sofreres queimaduras solares.

2 Quais são os primeiros socorros que se devem prestar a uma pessoa que…
a) … fraturou o braço?
b) … sofreu uma queimadura solar?
c) … sofreu uma distensão muscular?

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2.2 A SEGURANÇA E A PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

A proteção civil é o serviço público que tem como obje-


tivo prevenir a ocorrência de acidentes graves ou catástro-
fes, atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas
e bens em perigo quando aquelas situações se verifiquem.

Símbolo da Proteção Civil.


Os incêndios
Os incêndios põem em perigo a Natureza, as habita-
ções e a vida dos seres humanos.

Incêndios nas habitações e em locais públicos


— como prevenir?
Para evitar situações de incêndios:
• Evitar mexer em fósforos, velas e isqueiros acesos.
• Afastar os cortinados ou os tapetes dos fios elétricos,
porque em caso de curto-circuito ardem rapidamente.
em Portugal enormes áreas
• Desligar as luzes sempre que se sair de casa. de floresta, por crime
• Não acumular resíduos inflamáveis, como papéis ou ou por descuido.
tecidos.
• Chamar um adulto se o fogão ou o ferro de engomar
estiverem a funcionar sem vigilância ou se se sentir
o cheiro a gás. A
• Não colocar roupa sobre os aquecedores.

Incêndio nas florestas — Como prevenir?


As florestas são um bem precioso e frágil. Fornecem-nos B
oxigénio, são o habitat de muitas espécies de animais e de plantas
e nelas podemos desenvolver diversas atividades; todavia, con-
têm muitos materiais facilmente inflamáveis, pelo que é neces-
sário conhecer as regras de prevenção de incêndios na floresta:
C
• Não fazer lume.
• Não deitar lixo para o chão.
• Respeitar as indicações e os sinais de segurança.
• Não permitir que deitem cigarros ou fósforos acesos
Na floresta é proibido
para o chão.
fumar (A), fazer
• Ligar para o número 117 (ou 112) ao detetar fogo na fogueiras (B) ou fogo
floresta. de artifício (C).

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2

UNIDADE
Incêndios em edifícios — O que fazer?

PREVENÇÃO E SEGURANÇA EM CASO DE INCÊNDIO EM CASA


1. Aprender como e quando usar um extintor.
Antes do
incêndio

2. Desenvolver e/ou estudar o plano familiar de evacuação de emergência.


3. Escolher um ponto de encontro fora de casa.

1. Não correr perigo para tentar apagar o incêndio.


2. Sair de casa rapidamente, seguindo o plano de emergência.
3. Se houver fumo, andar de gatas e proteger a boca e o nariz
com um pano húmido. Se for possível, molhar a roupa.
4. Se a roupa começar a arder pôr em prática a regra
PARAR-DEITAR-ROLAR até as chamas se apagarem.
Durante o incêndio

5. Antes de abrir uma porta,


passar com a palma da mão.
Se estiver quente, não se abre,
porque há fogo e fumo do outro lado.
Se estiver fria, abre-se com cuidado.
6. Se não for possível sair pela porta, ir para junto de uma janela e pedir ajuda.
7. Não utilizar o elevador, mas sim as escadas.
8. Quando se estiver em segurança, telefonar para o 112 ou para os bombeiros
locais.
9. Deslocar-se para o ponto de encontro combinado.
10. Manter-se fora de casa, até que os bombeiros digam que é seguro voltar
a entrar.

PREVENÇÃO E SEGURANÇA EM CASO DE INCÊNDIO NA ESCOLA


1. Estudar e praticar o plano de evacuação da escola e ficar a conhecer muito
Antes do
incêndio

bem o ponto de encontro.


2. Definir, em conjunto com o professor, quem é o chefe de fila, o aluno que vai
à frente da fila (o professor é o cerra-fila, o último a sair).
1. Não ter preocupação com o material escolar e deixá-lo ficar
na sala.
2. Colocar-se na fila formada pelos colegas.
Durante o incêndio

3. Seguir na fila encostado à parede.


4. Seguir em silêncio e em passo acelerado, mas sem correr.
5. Não parar nos sítios de passagem (portas e escadas).
6. Dirigir-se, com o grupo, para o ponto de encontro.
7. Se o professor não estiver na sala quando o alarme tocar,
seguir o plano de evacuação e deslocar-se para o ponto
de encontro de forma rápida, ordeira e silenciosa
e respeitando todas as regras de segurança.

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo 31

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2.3 OS SISMOS

O que são sismos? SALTO NO TEMPO


Os sismos são fenómenos naturais muito frequentes
em alguns locais do Mundo.
A superfície da Terra é formada por placas, chamadas
placas tectónicas — como um puzzle gigante. Estas placas
movem-se umas em relação às outras (umas afastam-se,
outras chocam), originando a acumulação de energia no
interior do Planeta.
Quando a energia se liberta repentinamente, a super- No dia 1 de novembro
fície terrestre vibra durante alguns segundos, ou seja, de 1755, ocorreu
um grande sismo em
ocorre um sismo, um abalo sísmico, um tremor de terra
Lisboa, cujo resultado
ou um terramoto. Quando o sismo acontece no fundo do foi a destruição quase
mar, chama-se maremoto e pode dar origem a uma onda completa da cidade.
gigante — um tsunami. O sismo deu origem
à formação de uma onda
Depois do grande sismo, podem ocorrer sismos meno-
gigante — um tsunami.
res, designados por réplicas.

A superfície terrestre é constituída por Vila destruída por um tsunami em Samatra, na Indonésia,
placas. em 2004.

Dependendo da energia libertada e do local, a intensidade dos sismos


(danos causados) pode variar e provocar:
• destruição total ou parcial de habitações e outros edifícios;
• deslocamento de terras;
• incêndios;
• tsunami;
• perda de vidas humanas.
32 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

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2

UNIDADE
O que fazer em caso de sismo?
Em Portugal, os sismos são muito frequentes, mas a maioria não
é sentida pelas pessoas. Embora não se consiga prever nem impedir um
sismo, é importante saberes o que fazer para nos protegermos.

O QUE FAZER ANTES DE UM SISMO?


• Saber desligar a água, o gás e a eletricidade.
• Nas estantes, arrumar os objetos mais pesados nas prateleiras inferiores.
• Colocar a cama longe da janela, para não ser atingido pelos estilhaços dos vidros,
se estes se partirem durante o sismo.
• Num local acessível, ter preparado um kit de emergência com uma lanterna e pilhas,
uma caixa de primeiros socorros e reservas de água e comida enlatada.

O QUE FAZER EM CASO DE SISMO?


Em casa, na escola Num local com muitas pessoas
Na rua
ou noutro edifício (cinema, centro comercial, …)
• Proteger-se no vão • Não correr para as saídas • Afastar-se de postes
de uma porta interior, e manter a calma, para de eletricidade,
debaixo de uma mesa que não haja pânico. candeeiros, árvores,
ou de uma cama e tapar • Ficar no interior edifícios e muros.
a cara com as mãos. do edifício e não sair • Escolher um local
• Afastar-se de vidros, enquanto o sismo durar. amplo, longe dos
janelas, elevadores e edifícios.
objetos que possam cair.
• Contar até 50 em voz
alta, pois ajuda a manter
a calma.
1… 2… 3…

O QUE FAZER DEPOIS DE UM SISMO?


• Se possível, desligar o gás, a eletricidade e a água, pois podem haver fugas.
• Respeitar as indicações do Serviço Nacional de Proteção Civil.
• Utilizar lanternas, não acender luzes nem fazer lume.
• Não passar por locais onde existam fios elétricos soltos, não tocar em objetos
metálicos, não andar descalço e não utilizar o elevador.
• Ficar atento, pois podem ocorrer réplicas.
• Manter-se longe das praias para evitar riscos em caso de ocorrência de um tsunami.

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo 33

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ATITUDES E VALORES
Hoje, na escola do meu primo foram
lá os bombeiros para simularem
A prevenção e a segurança que estava a ocorrer um sismo.
Nas escolas, devem realizar-se regular-
mente exercícios de simulação ou simula-
cros para se saber se a escola está preparada
e se todos sabem o que fazer, caso ocorra,
por exemplo, um sismo ou um incêndio.
Na tua escola existe o Plano de Pre-
venção e Emergência
Isso é um simulacro
ções de risco que possam ocorrer. de um sismo. Podíamos fazer
um na nossa escola!

PROJETO Vamos fazer um simulacro!

Tu e a tua turma também podem colaborar nesta atividade!

1. Para realizar um simulacro, todos devem:


ter conhecimento do toque de alarme da escola;
saber como agir durante um sismo ou incêndio (a tua turma pode elaborar
folhetos ou cartazes informativos para a comunidade escolar);
testar todas as indicações que estão no Plano de Prevenção e Emergência.
2. Previamente à atividade de simulação, é combinado um cenário de
emergência entre a direção da escola, o Serviço Municipal de Proteção
Civil e os Bombeiros da área.
3. Ao soar o alarme, alunos, professores e funcionários cumprem as suas
tarefas, como se de facto estivesse a acontecer um sismo ou um incêndio.
Os professores e os funcionários devem:
fazer soar o alarme;
telefonar aos bombeiros;
dar apoio a alunos com dificuldades;
efetuar a contagem do número de pessoas, para que seja assegurada
a presença de todos;
usar os extintores, caso seja necessário.
Os alunos devem seguir sempre todas as indicações dos professores
e funcionários e atuar conforme o Plano de Prevenção e Emergência.
4. Depois do simulacro:
divulgar o que aprenderam e elaborar um artigo para o jornal da escola
ou para a página da Internet da escola;
se for necessário, apresentar sugestões para melhorar o Plano
de Prevenção e Emergência.

34 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

363929 026-039 U2.indd 34 18/03/13 16:58


RECORDA
2

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• A exposição ao sol é importante para a saúde, mas em excesso pode provocar o envelhecimento
da pele, queimaduras e/ou cancro da pele.
• Quando estamos mais expostos às radiações solares, devemos aplicar protetor várias vezes.
Devemos ainda evitar a exposição ao sol entre as 11 horas e as 16 horas.
• As queimaduras solares, as fraturas de ossos e as distensões musculares são exemplos de acidentes
pessoais.
• Em caso de incêndio, devemos abandonar o local seguindo o plano de emergência, que deverá estar
sempre preparado.
• Se o incêndio for na escola, devemos fazer a sua evacuação de forma rápida e ordeira, evitando o pânico.
• Os sismos são movimentos bruscos da superfície terrestre, que podem provocar grande destruição.
• Devemos saber o que fazer antes (medidas preventivas), durante e depois de um sismo.
• Em caso de acidente grave, deve ligar-se para o 112 e solicitar auxílio médico.

ESQUEMA DE CONCEITOS

Homem

pode pode estar


sofrer sujeito a

Acidentes
Catástrofes
pessoais

como provocadas por

Queimaduras Distensões Fraturas Sismos Incêndios


solares musculares ósseas

devem ser tratados, os seus danos devem ser


quando possível, podem ser
através de

Primeiros Minimizados Evitados Minimizados


socorros
conhecendo conhecendo conhecendo
o que fazer o que fazer o que fazer

Antes Antes Durante

Durante

Depois

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo 35

363929 026-039 U2.indd 35 18/03/13 16:58


SERÁ QUE JÁ SABES?

1 Apresenta dois benefícios da exposição moderada à luz solar.

2 Quais são os principais problemas que podem surgir devido à exposição excessiva
ao sol?

3 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.


A. A melhor altura do dia para ir à praia é entre as 11 horas
e as 16 horas, porque ficamos mais bronzeados.
B. Devemos aplicar protetor solar antes de ir para a praia
e repetir a aplicação.
C. Quando estamos mais expostos à radiação solar,
devemos beber água apenas de manhã e às refeições.

4 Enquanto brincava, a Rita magoou-se e fez uma ferida no braço. Ordena as ações
que foram realizadas pela mãe da Rita para tratar da ferida.

A. Deixar ao ar. B. Lavar as mãos.

C. Lavar a ferida.

D. Aplicar um produto desinfetante.

5 Qual é o número de telefone que deves utilizar em caso de emergência para pedir
auxílio? E se a emergência for uma intoxicação?

6 Faz a associação correta entre os dois tipos de incêndio referidos, A e B, e alguns


dos procedimentos de prevenção adequados, 1 e 2.
A. Incêndio 1. Ter cuidado com a utilização de fósforos,
na floresta velas e equipamentos elétricos.
B. Incêndio Aprender a usar um extintor.
em casa 2. Não fazer fogueiras, não deitar nada para o chão.
Respeitar indicações e sinais de segurança.

7 No verão ocorrem mais incêndios florestais do que no inverno. Explica porquê.

36 BLOCO 1 À descoberta de si mesmo

363929 026-039 U2.indd 36 18/03/13 16:58


2

UNIDADE
8 Completa o texto seguinte com as palavras do retângulo.

réplicas fracos tsunami sismo onda gigante

Um consiste na vibração da superfície terrestre e resulta


da libertação brusca de energia no interior da Terra. Se ocorrer no fundo do mar,
pode originar um , que é uma .
Depois do sismo principal, podem ocorrer outros mais
designados por .

9 Quais podem ser as consequências de um sismo de grande intensidade?

10 Diz o que devemos fazer em caso de sismo, para nos protegermos:


a) se estivermos em casa.
b) se estivermos na rua.

11 O que são réplicas de um sismo?

12 Que medidas preventivas contra os sismos deverão adotar os habitantes das regiões
com maior risco sísmico?

13 Qual deverá ser o conteúdo do kit de emergência, para usar em caso de sismo?

14 Em grupo, elabora um cartaz que explique o plano de emergência em caso de sismo,


dirigido aos alunos da tua escola.

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Identificar alguns cuidados a ter com a exposição solar. 27

Conhecer os primeiros socorros a aplicar em caso de queimaduras solares. 28

Conhecer os primeiros socorros a aplicar em caso de fraturas. 28

Conhecer os primeiros socorros a aplicar em caso de distensões musculares. 29

Conhecer as principais regras de prevenção de incêndios em habitações,


30
locais públicos e florestas.

Conhecer o modo de agir em caso de incêndio. 31

Conhecer as principais regras de segurança antissísmica. 32 a 34


A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
11-14 Tenho de continuar assim… 8-10 Não estou mal… 0-7 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 1 À descoberta de si mesmo 37

363929 026-039 U2.indd 37 18/03/13 16:58


Manusear objetos em situações concretas

Kit de emergência
Ter um kit de emergência é o primeiro passo para minimizar os danos
que possam ser causados por acidentes naturais.
A eletricidade, as comunicações, a água e o saneamento, o gás, etc.,
podem ficar indisponíveis durante vários dias, bem como as fontes habi-
tuais de alimentos.
Assim, é aconselhável possuir um kit de emergência com aquilo de
que os membros do agregado familiar necessitam para garantir a sua
sobrevivência e algum bem-estar, durante, pelo menos, três dias.

CONSTRUO Um kit de emergência

Objetivo:
Construir um kit de emergência.

De que vais necessitar?

Poderás ainda incluir:


Fotocópias de documentação importante e fotografias atualizadas de todos
os membros do agregado familiar, numa bolsa à prova de água.
Mapas da região, o mais atualizados possível, e GPS, quando disponível.
Alimentação especial para bebés e brinquedos para crianças, se necessário.
Medicamentos básicos e outros específicos para os membros da família.

O que vais fazer?


1. Coloca os objetos necessários numa caixa ou num saco.
2. Combinem a localização do kit de emergência e não a alterem.
3. Verifica regularmente o estado do conteúdo do kit e substitui o que for necessário.
Dá especial atenção aos prazos e validade dos alimentos e dos medicamentos.

38 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 026-039 U2.indd 38 18/03/13 16:59


Realizar experiências com o som 2

UNIDADE
INVESTIGO Será que o som se propaga de igual
forma em diferentes materiais?

De que vais necessitar?


Saco de plástico
Despertador
Tina com água
Tina com areia
2 copos de plástico
2 m de corda
Prego

O que vais fazer? (trabalha em pares)


ra
Investigar pa
1. Coloca um despertador programado para tocar
saber mais
passados dois minutos num saco de plástico. curar
O que vou pro
2. Fecha-o completamente de modo a evitar saber…
sito…
a entrada de água. Do que neces
r…
3. Coloca o saco dentro da tina com água. O que vou faze
s tar…
4. Espera que toque, observa e regista os resultados. O que vou regi

5. Repete os passos anteriores, substituindo a tina O que prevejo
o…
O que observ
com água pela tina com areia.
O que concluo…
6. Com o prego, faz um furo no centro da base
de cada copo.
7. Coloca a corda nos furos e dá um nó nas suas extremidades para a prender.
8. Experimenta o teu telefone de fio, falando e escutando alternadamente.
9. Executa o ponto anterior com a corda esticada e com a corda frouxa.
10. Regista os resultados. (Ouviste o teu colega? O teu colega ouviu-te?
Detetaram diferenças no telefone com a corda esticada e com a corda frouxa?)

Antes de começares… pensa e responde à questão.


O que pensas que vai acontecer?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que aconteceu?
2. O que podes concluir acerca da propagação do som através do ar, da água,
da areia e da corda?
3. Por onde se propagou o som quando utilizaste o telefone? E como se propaga
quando falas normalmente com o teu colega do lado?
4. O que podes concluir acerca da velocidade de propagação do som nos
diferentes materiais?
5. Responde à questão-problema desta atividade.

363929 026-039 U2.indd 39 18/03/13 16:59


UNIDADE

3 O PASSADO DO MEIO LOCAL


E O PASSADO NACIONAL V A IS A P R E
Pesquisar sobr
o pass ad o
N
ADE,
N E S T A U N ID R A :
DE

de
instituição loca
Conhecer pers
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Localizar os fa
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e as datas
cr on ol óg ico
no friso
is tó ria de Po rtugal.
da H
ad es
Conhecer unid
o sé cu lo.
de tempo:

Não sei, mas podemos


descobrir, pois perto
da minha casa existe um
castelo! Vamos pesquisar:
Como seria viver quando foi construído
num castelo? e para que serviu?

363929 040-069 U3.indd 40 18/03/13 17:00


3.1 O PASSADO DO MEIO LOCAL

Todas as localidades têm uma histó-


ria, ou seja, um passado. Em todas as
cidades, vilas ou mesmo aldeias existem
monumentos e outros vestígios dos nos-
sos antepassados. Estes vestígios deverão
ser estudados, pois todos eles, enquanto
testemunhos do passado da localidade,
«contam» um pouco da sua história e aju-
dam a compreender muitos hábitos, cos-
tumes e tradições que em conjunto defi-
nem a cultura, a forma de viver e de sentir, Solar.
de um povo. Estudar o nosso meio local
é pois favorecer o conhecimento de nós
próprios e criar raízes e um sentimento
de pertença a uma terra e a um povo.
É por isso que é importante que nos tor-
nemos observadores atentos da locali-
dade onde vivemos, investigando, experi-
mentando e descobrindo, em contacto
direto com o meio, aspetos tão diversos
como a sua História, Geografia, Meio
Natural, …
Castelo.

ATIVIDADE

1 Para conhecer a história da localidade onde vives, podes começar por pesquisar
sobre a tua escola. Quando foi construída? Quem foram os primeiros professores?
Alguém da tua família também a frequentou? Há quantos anos?
Prepara a entrevista que vais fazer para a tua pesquisa. Deves incluir perguntas
simples e diretas sobre o ano ou anos de fundação as pessoas e os acontecimentos
ligados à escola.

2 Agora que já sabes mais sobre a criação da tua escola, podes aprender mais sobre
a história da tua localidade: fundação, acontecimentos a que está ligada, pessoas
importantes, monumentos ou edifícios históricos.
Podes recorrer à Internet, à biblioteca escolar ou a entrevistas a pessoas que tenham
conhecimento sobre a região, à Junta de Freguesia, à Câmara Municipal ou a museus
locais.

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 41

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3.2 AS FONTES HISTÓRICAS
Afinal, como é que se faz
É através de vestígios deixados pelos ante- a História? Como podemos ter
passados que hoje podemos estudar a Histó- conhecimento sobre o que
se passou há muitos anos?
ria. A esses vestígios chamamos fontes, que se
dividem em:
• Fontes orais — testemunhos de pessoas
vivas, lendas.
• Fontes escritas — cartas, diários, leis,
obras literárias, jornais, inscrições em
pedra.
• Fontes não escritas — utensílios, monu-
mentos, fósseis, ossos, obras de arte,
fotografias.
O historiador faz a pesquisa das fontes
sobre aquilo que pretende estudar e reúne
toda a informação recolhida para escrever a
história da localidade, da região, do país ou
do mundo! Para isso, precisa de ajuda de
outras pessoas: o arqueólogo, por exemplo,
ajuda a descobrir os objetos materiais mais
antigos e que, por vezes, estão escondidos.

A B C

Fontes históricas.

ATIVIDADES

1 Qual é o tipo de fonte associado a cada uma das imagens acima apresentadas?
Caderno

2 Que tipo de fonte é a entrevista que realizaste na atividade da página 41?

42 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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3.3 AS DATAS DA HISTÓRIA
3

UNIDADE
Para a História, é muito importante saber quando
ocorreram os acontecimentos; para isso, o historiador tem Sabes como se
de utilizar medidas de tempo, como a década, que já apren- conta o tempo
deste no 3.º ano. Mas para os acontecimentos mais anti- na História?
gos da história dos povos, recorre-se também ao século
(período de cem anos) e ao milénio (período de mil anos).
O nascimento de Cristo marca o início do nosso
tempo histórico: assim, sempre que nos referimos a um
acontecimento ocorrido antes do seu nascimento, coloca-
mos a. C. (antes de Cristo) a seguir à data, por exemplo
500 a. C.
Como cada século tem cem anos, o século i (aquele
em que Jesus nasceu) agrupa os anos 1 a 100, o século ii
agrupa os anos 101 a 200, o século iii, os anos 201 a 300,
e assim sucessivamente.
Para os séculos, usamos sempre numeração romana.

O friso cronológico
Se quisermos representar um conjunto de aconteci-
mentos históricos, usamos um friso cronológico. Conse-
guimos identificá-los por ordem, desde o mais antigo até
ao mais recente.

A N T E S D E C R I S T O Nascimento
D E P O I S D E C R I S T O
de Cristo
300 a. C. 200 a. C. 100 a. C. 100 d. C. 200 d. C. 300 d. C.
1 a. C. 1 d. C.

Século III a. C. Século II a. C. Século I a. C. Século I d. C. Século II d. C. Século III d. C.

ATIVIDADES

1 Assinala no friso cronológico acima as datas, usando as letras indicadas.


A. Ano 250 B. Ano 160 a. C. C. Ano 50

2 Escreve o século a que pertence cada um dos anos que assinalaste no friso.

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 43

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3.4 OS PRIMEIROS POVOS NA PENÍNSULA IBÉRICA

Os povos recoletores
Há milhares de anos que a Penín-
sula Ibérica é povoada por povos nóma-
das e recoletores. Eram nómadas porque
se deslocavam sempre que se tornava
difícil arranjar alimentos na região onde
viviam. Eram recoletores porque apro-
veitavam o que a Natureza lhes dava:
colhiam frutos silvestres e raízes, pesca-
vam nas margens dos rios e caçavam.
Descobriram o fogo que os protegia do
frio e dos animais selvagens e permitia
cozinhar alimentos. Viviam em peque-
nos grupos e abrigavam-se em grutas. A vida dos povos recoletores.

As comunidades agropastoris
Com o passar dos milénios, o homem inventou a agri-
cultura e passou a criar animais, domesticando-os. Usava
utensílios simples: enxadas, foices, machados e moinhos
de mão. Dedicava-se já a muitas atividades: cestaria, tece-
lagem e cerâmica. Não necessitava de se deslocar à pro- A
cura de alimento e passou a viver permanentemente num
local, construindo aldeias, tornando-se assim sedentário.
Passou a usar diferentes materiais no seu dia a dia: pedra,
madeira e barro.

Instrumentos de trabalho
dos povos sedentários:
Aldeia de um povo sedentário. mó (A); pote (B).

44 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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3

UNIDADE
Os Celtiberos e os Lusitanos
Na Península Ibérica, os primeiros povos organiza-
dos em comunidades agropastoris foram os Iberos e os
Celtas. Os Iberos localizavam-se no Sul e no Leste e os
Celtas no Norte e a Oeste.
No Norte de Portugal ainda existem vestígios des-
tes povos — as citânias, ou castros, que estavam rodea-
das por muralhas, para que a defesa nas frequentes
guerras fosse mais fácil.
Os Lusitanos, foram um desses povos, tendo vivido
na região entre o rio Douro e o rio Tejo, ocupando uma
grande parte do atual território português. Dedicavam-
-se mais à pastorícia do que à agricultura e eram tam-
bém um povo guerreiro. Casa celta.

Os Fenícios, os Gregos


e os Cartagineses
Ao longo do primeiro milénio a. C., o Sul e o Leste
da Península Ibérica foram visitados pelos Fenícios,
Gregos e Cartagineses. Estes povos chegaram atraídos
pelas riquezas da Península e pela possibilidade de faze-
rem comércio com os povos locais: traziam armas e
outros utensílios de ferro, vasos de cerâmica e tecidos
e levavam cavalos, lã e sal.
A sua influência foi muito importante, pois intro-
duziram a exploração mineira, a conservação do peixe
em sal, a produção de vinho e de azeite, a escrita alfabé- Escrita fenícia gravada
tica e a moeda. em pedra.

ATIVIDADES

1 Quais foram os primeiros povos a habitar a Península Ibérica?

2 A que atividades se dedicavam estes povos?

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 45

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3.4 OS PRIMEIROS POVOS NA PENÍNSULA IBÉRICA

Os Romanos
Foram os Romanos, a partir do século iii a. C., o povo
que mais influência teve na Península Ibérica. Dominaram
todos os povos que aí se encontravam, embora alguns, como
os Lusitanos, tenham sido difíceis de conquistar. Coman-
dados por Viriato, um notável guerreiro, resistiram aos ata-
ques dos Romanos, derrotando-os por várias vezes. Apenas
pela traição Viriato foi vencido: em 139 a. C., enquanto
negociava uma proposta de paz com um general romano,
Cipião, foi assassinado por três guerreiros lusitanos.
As influências romanas na Península Ibérica foram Soldado romano.
muitas:
• na língua, com a introdução do latim, que deu ori-
gem ao português;
• nos costumes, que todos adotaram;
• na agricultura, introduzindo a cultura do trigo, da
vinha e da oliveira;
• na divisão do território e nas leis;
• no artesanato e na indústria — tecelagem, olaria,
exploração mineira;
• nas construções — habitações, estradas e pontes. Vestuário romano.

A B C

A influência romana na arte — templo (A), nas construções — estrada (B) e na economia — salgadeiras (C).

ATIVIDADES

1 Em que século a Península Ibérica foi ocupada pelos Romanos?

2 Quem foi Viriato?

46 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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3

UNIDADE
Os Visigodos
No século v, alguns povos bárbaros, assim chama-
dos por não falarem latim, a língua dos Romanos, invadi-
ram o Império Romano e chegaram à Península Ibérica.
Os mais poderosos eram os Visigodos. Organizaram-se
como reino, e o poder foi entregue a um rei que gover-
nava com a ajuda de famílias importantes. Os Visigodos
converteram-se ao Cristianismo, uma religião que se espa-
lhara por todo o Império Romano, baseada nos ensina-
mentos de Jesus Cristo.
Guerreiro bárbaro.

Os Muçulmanos
As invasões continuaram, e, no ano 711, os Muçul-
manos chegaram à Península Ibérica, vindos do Norte
de África. Os Muçulmanos praticavam a religião islâ-
mica (religião fundada por Maomé, que se expandiu da
Arábia para uma grande parte do Mundo). A presença

Pa
muçulmana foi marcante em Portugal até ao século xiii,
principalmente no Sul do País, e dela ainda hoje existem
vestígios.

INFLUÊNCIA MUÇULMANA NA PENÍNSULA IBÉRICA


Agricultura Ciência e técnica Construção Cultura e língua

1 3
2 4
5 7
6 8

Nora Astrolábio
9 0

Árvores trazidas: Matemática, Mesquitas, Numeração árabe.


laranjeira, limoeiro, medicina, habitações, pintura Palavras: alfaiate,
amendoeira, astronomia. em azulejo (em Albufeira, azenha,
alfarrobeira. cima), chaminés. arraial.
Técnicas de irrigação:
nora, azenha.

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 47

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3.5 A RECONQUISTA CRISTÃ

Perante a conquista muçul- N

mana, parte dos Cristãos refu- Reino Reino


de Leão de Navarra
giou-se no Norte da Península Reino
de Aragão
Ibérica e iniciou a luta contra os Condado Reino
Portucalense de Castela
invasores. Durante esse processo,
Oceano
formaram-se vários reinos cris- Atlântico

tãos: Leão, Castela, Navarra e


Aragão.
Nessa altura, o rei de Leão, Mar
Mediterrâneo

Afonso VI, aceitou a ajuda de


cavaleiros franceses na luta con- Território cristão
tra os Muçulmanos. Entre esses 0 125 km Território muçulmano

cavaleiros chegaram os condes


D. Henrique e D. Raimundo. Reinos Muçulmanos.
cristãos na Península Ibérica e território ocupado pelos

Como recompensa pelas bata-


lhas ganhas aos Muçulmanos,
Afonso VI recompensou D. Hen-
rique doando-lhe o Condado
Portucalense, que correspondia
à região entre o Minho e o Dou-
ro, e entregando-lhe a sua filha,
D. Teresa, em casamento.
Apesar de dever lealdade
ao rei de Leão, D. Henrique ma-
nifestou vontade de autonomi- D. Henrique e D. Teresa.
zar o condado do reino de Leão,
aliando-se aos interesses do clero e da nobreza portucalenses. No entanto,
acabou por morrer sem o conseguir.
D. Teresa sucedeu a D. Henrique, mas a sua governação não favore-
ceu os interesses portucalenses, tendo mesmo colocado no governo um
conde da Galiza, o que desagradou ao seu filho, D. Afonso Henriques.
Com a ajuda de alguns nobres, que possuíam terras no Condado
Portucalense, D. Afonso Henriques travou contra D. Teresa a Batalha de
São Mamede, perto de Guimarães, em 1128.
Vencida a batalha, D. Afonso Henriques continuou a luta contra os
Muçulmanos, prosseguiu a conquista do território para sul, até ao rio Tejo,
e lutou pela independência relativamente a Afonso VII, rei de Leão e Castela.

48 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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3.6 A FORMAÇÃO DE PORTUGAL
3

UNIDADE
Depois de várias batalhas, em 1143, com a assina-
tura do Tratado de Zamora, Afonso VII aceitou que
D. Afonso Henriques usasse o título de rei, apesar de a
independência do Reino de Portugal só se ter consolidado
com o reconhecimento do papa Alexandre III em 1179.
D. Afonso Henriques prosseguiu com a recon-
quista aos Mouros, conquistando Santarém e Lisboa,
em 1147.
Chegou também a conquistar terras a sul do rio
Tejo, mas foi só no reinado de D. Afonso III, mais de
um século depois, em 1249, que os Portugueses con-
quistaram o que faltava do atual território português
aos Muçulmanos.
Esta luta entre Cristãos e Muçulmanos teve a ajuda
dos cruzados, cavaleiros que combatiam em nome de
Cristo e da população. Estátua de D. Afonso Henriques.

Cerco e conquista da cidade de Lisboa aos Mouros. Castelo de Guimarães, a cidade «berço»
da nacionalidade portuguesa. mais
er
ab Caderno
s
Para

Temas
da História
ATIVIDADES
de Portugal,
pp. 12 e 13
1 Dá dois exemplos de influências dos Muçulmanos na Península Ibérica.

2 Por que razão entregou Afonso VI o Condado Portucalense a D. Henrique?

3 O que significou o Tratado de Zamora?

4 Quando e como é que os Muçulmanos foram expulsos do território português?

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 49

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3.7 AS ATIVIDADES ECONÓMICAS DEPOIS DA RECONQUISTA

Após a Reconquista, os reis portugueses ten- A


taram desenvolver o reino. Para isso, incentiva-
ram o povoamento do território, criando os con-
celhos (povoações livres) através das Cartas de
Foral, onde se escreviam os direitos dos morado-
res. Também fomentaram o desbravamento e o cul-
tivo de terrenos que estavam desaproveitados para
a agricultura.
As principais atividades económicas eram a B
agricultura, a criação de gado e a pesca. O comércio
desenvolveu-se com dificuldade. Os almocreves
faziam o comércio entre as terras vizinhas e trans-
portavam produtos agrícolas e artesanais. Nas cida-
des e vilas maiores, realizavam-se feiras e mercados.
O rei D. Dinis, O Lavrador, a partir de 1279,
tomou medidas importantes para desenvolver o País: Atividades económicas no campo.
• Na agricultura, entre outras medidas, man-
dou semear o pinhal de Leiria, para impedir
o avanço das areias e proteger as terras de
cultivo.
• No comércio, mandou que se fizessem fei-
ras, assinou um tratado de comércio livre
com a Inglaterra e criou a Bolsa de Merca-
dores.
• Na pesca, protegeu os pescadores criando
locais próprios para estes viverem e pode-
rem pescar — as póvoas marítimas.
• Na cultura, fundou a primeira universi-
Atividade económica na cidade.
dade, em Lisboa, e protegeu os artistas.
O rei D. Fernando, para desenvolver a marinha e o comércio, fundou
a Companhia das Naus, em 1380 (encarregada dos seguros marítimos).
Mandou construir embarcações grandes para fazer crescer o comércio
externo e desenvolveu também a indústria da extração de sal. Com a Lei
das Sesmarias (as terras que não eram cultivadas eram retiradas aos seus
donos e passavam a pertencer ao rei), conseguiu fixar a população rural
às terras e diminuir o despovoamento, evitando a fuga para as cidades,
onde os salários pagos pelo trabalho artesanal eram mais altos.

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3.8 A SOCIEDADE
3

UNIDADE
Em Portugal, a sociedade estava dividida, e as pessoas dedicavam-se
a atividades muito diferentes.

A SOCIEDADE PORTUGUESA NOS SÉCULOS XII A XIV


O rei e a sua corte Governava o País: responsável pela moeda, pela justiça
e pela defesa do reino.
Nos tempos livres, caçava e organizava banquetes e bailes
na corte.

O clero Responsável pela Igreja, possuía terras e não pagava impostos.


Os membros mais pobres do clero vestiam trajes escuros
e compridos de lã, com capas; alguns andavam descalços,
outros com sapatos de couro. O clero mais rico usava
vestuário luxuoso e com cores vivas. Eram das poucas
pessoas que sabiam ler e os responsáveis pelo ensino.
A nobreza Lutava ao lado do rei, em caso de guerra, possuía terras
e não pagava impostos.
Os nobres mais ricos vestiam seda e usavam nas suas roupas
peles valiosas e joias.
Nos tempos livres, dedicavam-se à caça, realizavam torneios,
banquetes e bailes na corte.
O povo Formado pelos comerciantes (burguesia), artesãos e camponeses,
cultivava as terras e pagava impostos. Vendia produtos em
feiras e mercados, podendo, para isso, deslocar-se de terra
em terra (a burguesia). Fabricava objetos de madeira, ferro, etc.
As roupas eram geralmente de lã e fabricadas em casa.
Alimentava-se à base de pão. Divertia-se nas feiras e nas romarias.

ATIVIDADES

1 Depois da Reconquista, quais foram as medidas tomadas pelos reis portugueses


para povoar os territórios conquistados?

2 Quais foram as medidas tomadas pelo rei D. Dinis para desenvolver a agricultura
e o comércio?

mais
3 D. Fernando também se preocupou com o comércio e com a agricultura.
Que medidas tomou?

4 Como se encontrava dividida a sociedade? Caracteriza cada grupo social.

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A 1.ª DINASTIA — A DINASTIA AFONSINA
Uma dinastia é uma série de reis que pertencem à mesma família.

D. AFONSO HENRIQUES D. SANCHO I D. AFONSO II


O Conquistador O Povoador O Gordo

Primeiro rei de Portugal. Conquistas aos Muçulmanos. Reconquista Cristã.


1143 1185 1211 1223

D. SANCHO II D. AFONSO III D. DINIS


O Capelo O Bolonhês O Lavrador

Conquista definitiva Povoamento e desenvolvimento


Reconquista Cristã.
1223 1248 do Algarve aos Muçulmanos. 1279 do reino. 1325

D. AFONSO IV D. PEDRO I D. FERNANDO


O Bravo O Justiceiro O Formoso

Crise em Portugal e na Europa. Peste negra. Lei das Sesmarias.


1325 1357 1367 1383

52 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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3.9 A DINASTIA DE AVIS
3

UNIDADE
Em 1383, o rei D. Fernando morreu e o País preparou-se
para o pior. D. Fernando havia casado a sua única filha, D. Beatriz,
com o rei de Castela. Quando foi aclamada a nova rainha, mui-
tas pessoas ficaram descontentes, pois Portugal corria o risco de
perder a independência. Surgiram assim dois partidos:
• os que apoiavam D. Beatriz e sua mãe, D. Leonor Teles, que
tinha ficado como regente do reino — a nobreza e o clero;
• os que apoiavam D. João I, Mestre de Avis, meio-irmão de
D. Fernando e tio de D. Beatriz — alguns nobres e o povo D. João I, Mestre
de Avis.
(os comerciantes e os mais pobres).
D. João I, com o apoio do povo de Lisboa,
foi aclamado regedor e defensor do reino, o que
levou Castela a invadir Portugal. Mas o exército
de Castela foi derrotado na Batalha de Atolei-
ros, onde se destacou D. Nuno Álvares Pereira.
No verão de 1384, Lisboa foi cercada, mas
resistiu aos Castelhanos, que foram definitiva-
mente derrotados na Batalha de Aljubarrota,
em 1385. Desta forma, Portugal manteve a sua
independência e D. João I foi aclamado rei.
O rei D. João I casou com uma princesa
inglesa, D. Filipa de Lencastre, e iniciou-se uma
nova dinastia — a dinastia de Avis.

Batalha de Aljubarrota.
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3.10 OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES

No século xiv, Portugal passara por uma


grave crise económica. O tesouro real tinha
falta de ouro, o povo vivia em más condições
e com fome, a nobreza precisava de conquis-
tar novas terras, para ganhar fama e riqueza,
e o clero pretendia espalhar a fé cristã. Era
necessário descobrir novas terras, que pudes-
sem ser novos locais de comércio, e trazer para
Portugal os produtos e a riqueza que falta-
vam no reino. Os Portugueses iniciaram então
a expansão marítima. A conquista de Ceuta.
Ceuta, um mercado de cereais e local de
passagem das rotas do ouro e das especiarias do
Oriente, foi a primeira conquista de Portugal, em
1415 (reinava D. João I). Mas, depois da con- A B C
quista, os Mouros alteraram as rotas e o comér-
cio do ouro e das especiarias para outras cidades.
Não conseguindo obter riqueza, os Portu-
gueses partiram para as viagens de descoberta,
no oceano Atlântico, cujo grande impulsiona-
dor foi o infante D. Henrique, filho de D. João I.
Portugal tinha boas condições para se aven- Instrumentos de navegação: astrolábio (A),
quadrante (B), balestilha (C).
turar nestas viagens: a sua situação geográ-
Os navegadores portugueses desenvolveram
fica, a sua longa costa marítima e o seu conhe- o uso do astrolábio, da bússola e dos mapas
cimento de novas técnicas de navegação. de navegação.

As viagens dos Descobrimentos


1410 1420 1430 1440 1450 1460 1470 1480 1490 1500

1441 1488
1419 1500
Primeiros escravos BARTOLOMEU
1498
JOÃO TRISTÃO DIAS PEDRO
em Portugal VASCO
GONÇALVES VAZ ÁLVARES
ZARCO TEIXEIRA 1427 DA GAMA
CABRAL
DIOGO
SILVES 1438 1456-60
GIL DIOGO
EANES GOMES
Passagem
do cabo Descoberta
Descoberta da Madeira Descoberta
da Boa do caminho do Brasil
Descoberta dos Açores Esperança marítimo
para a Índia
Passagem do cabo Bojador Descoberta de Cabo Verde
54

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3

UNIDADE
No século xvi, Portugal dominava
um grande império, que se estendia
pela Europa, África, Ásia e América.
Os Descobrimentos permitiram o esta-
belecimento de comércio com todos os
locais onde os Portugueses se fixaram,
trazendo para Portugal escravos e pro-
dutos variados: de África, ouro, mar-
fim e malagueta; da Índia, especiarias; Portugueses na Índia.
da China, sedas e louças; do Brasil,
açúcar, produzido por escravos africa-
nos, aprisionados e transportados pelos
Portugueses.
Os Portugueses mantiveram con-
tactos com povos e culturas diferentes.
Levaram a fé católica a muitos desses
povos.
Lisboa tornou-se uma cidade comer- Portugueses no Brasil.

cial importante, centro de várias rotas


de todo o Mundo. No entanto, Portu-
gal continuava a necessitar de comprar
cereais a outros países, pois ainda não
os produzia em quantidade suficiente,
e os produtos alimentares tornaram-se
mais caros.
Engenho de açúcar no Brasil.

ATIVIDADES

1 Que razões conduziram os Portugueses aos Descobrimentos?

2 Qual foi a primeira conquista de Portugal?

3 Quem foi o navegador que descobriu o caminho marítimo para a Índia?

4 Em que ano se descobriu o Brasil? Quem foi o seu descobridor?

5 Refere alguns dos produtos trazidos das terras descobertas pelos Portugueses.

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A 2.ª DINASTIA — A DINASTIA JOANINA ou de AVIS

D. JOÃO I D. DUARTE D. AFONSO V


O de Boa Memória O Eloquente O Africano

1455 — Descoberta da Guiné.


1385 1415 — Conquista de Ceuta. 1433 1434 — Gil Eanes dobra o cabo 1438 1456 — Descoberta de Cabo Verde. 1481
1419 — Descoberta da Madeira.
Bojador. 1470 — Descoberta de São Tomé
1427 — Descoberta dos Açores.
e Príncipe.

D. JOÃO II D. MANUEL I D. JOÃO III


O Príncipe Perfeito O Venturoso O Piedoso

1483 — Descoberta do Congo.


1498 — Descoberta do caminho Colonização do Brasil.
1483 1488 — Passagem do cabo da Boa 1495 1521 1557
marítimo para a Índia. Reforma da Universidade.
Esperança.

D. SEBASTIÃO CARDEAL D. HENRIQUE


O Desejado O Casto

Regência do cardeal D. Henrique.


1557 1578 Perda da Independência 1580
Batalha de Alcácer-Quibir
para Espanha.
e desaparecimento de D. Sebastião.

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3.11 O DOMÍNIO FILIPINO
3

UNIDADE
Durante o século xvi, Portugal continuou a passar por muitos peri-
gos e mais uma vez perdeu a independência para Espanha.
Em 1578, o rei português D. Sebastião, com apenas 24 anos, perdeu
a vida na Batalha de Alcácer-Quibir, em África. Sucedeu-lhe o cardeal
D. Henrique, seu tio, que não tinha filhos. Esta situação originou uma
crise de sucessão (não havia um rei português para subir ao trono legiti-
mamente). Este facto viria a originar a perda da independência.

Cena do filme Non, ou a Vã Glória de Mandar, de Manoel de Oliveira. D. Sebastião.


Ao centro, de armadura, o rei D. Sebastião preparado para a Batalha
de Alcácer-Quíbir.

Após a morte de D. Henrique, em 1580, foi o primo de D. Sebastião,


Filipe II, rei de Espanha, quem obteve maior apoio. Mais uma vez,
a nobreza e o clero apoiaram um candidato espanhol, rei de um dos reinos
mais fortes da Europa, conseguindo afastar os outros candidatos, e Filipe
II de Espanha assumiu o governo de Portugal com o título de D. Filipe I.

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 57

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3.11 O DOMÍNIO FILIPINO

Os reis de Espanha fundaram a dinastia filipina e mantiveram-se no


poder em Portugal durante sessenta anos, entre 1580 e 1640.
O governo de Espanha aumentou os impostos e arrastou os Portu-
gueses para as guerras em que Espanha estava envolvida. Esta situação
provocaria a revolta dos Portugueses.
Durante este período, as finanças portuguesas ficaram arruinadas,
o governo espanhol aumentou os impostos, e a agricultura e a indústria
foram abandonadas.
Por outro lado, a Espanha estava em guerra com a Inglaterra e com
a França e obrigou o exército português a entrar na guerra, para defender
os interesses de Espanha. Para fazer essas guerras, os impostos foram
agravados. Alguns dos territórios portugueses em África, na Ásia e na
América foram atacados e perdidos para os Franceses, Ingleses e Holan-
deses. Só após 1640, e depois de grandes esforços, alguns foram recupe-
rados (sobretudo o Nordeste do Brasil e Angola).

A 3.ª DINASTIA — A DINASTIA FILIPINA

FILIPE I (II DE ESPANHA) FILIPE II (III DE ESPANHA) FILIPE III (IV DE ESPANHA)
O Prudente O Pio O Grande

Nomeação do português
1580 1598 Revoltas populares.
Cortes de Tomar. Cristóvão de Moura para governar 1621 1640
Revolução de 1640.
Destruição da Armada Invencível. Portugal em nome do rei de Espanha,
Restauração da Independência.
o que não agradou ao povo.

ATIVIDADES

1 Qual foi o rei português que morreu na Batalha de Alcácer-Quibir?

2 De que forma este acontecimento deu origem à crise dinástica em Portugal?

3 O que aconteceu em consequência desta crise?

4 Quem governou Portugal entre 1580 e 1640?

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3.12 A RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
3

UNIDADE
Começou a ser frequente a ocorrência de motins entre o povo,
em várias localidades, que mostraram à nobreza que haveria
apoio popular a uma revolução contra o domínio espanhol.
Desta forma, no dia 1 de dezembro de 1640, quarenta fidal-
gos portugueses, apoiados pelo povo, invadiram o paço da Ribeira,
prenderam os representantes de Filipe III e aclamaram D. João IV,
8.º duque de Bragança, rei de Portugal, recuperando assim a inde-
pendência de Portugal — Restauração da Independência.
Assim se iniciou a 4.ª dinastia — a dinastia de Bragança,
que durou até 1910.

A Revolta do Manuelinho, em Évora (1637), foi uma das principais manifestações


populares contra o domínio espanhol sobre Portugal.

ATIVIDADES

1 O que foi a Restauração da Independência?

2 Quais foram as várias causas do descontentamento dos Portugueses?

3 Investiga para saberes mais pormenores sobre a Revolta do Manuelinho.

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3.13 A DESCOBERTA DO OURO BRASILEIRO

No século xviii, a colónia portu-


guesa mais importante era o Brasil.
De lá vinha açúcar, algodão e cacau.
A descoberta de abundantes jazidas de
ouro, cuja extração era controlada pela
Coroa, fez com que esta fosse uma
época de grande riqueza para Portu-
gal. A corte vivia com uma enorme
opulência, e foram construídos gran-
des palácios, como o de Mafra e o de
Queluz, e o Aqueduto das Águas Livres.
O rei detinha todos os poderes; o seu
poder era absoluto. Palácio-Convento de Mafra.

O Marquês de Pombal
Contudo, depressa o ouro do Brasil se esgotou,
e abateu-se sobre Portugal uma enorme crise. Em
1755, Lisboa sofreu ainda um terrível terramoto que
destruiu a capital e agravou o estado do reino.
O Marquês de Pombal, primeiro-ministro do rei
D. José I, levou a cabo importantes reformas, para
que as dificuldades fossem ultrapassadas. Desenvol-
veu o comércio, criando grandes companhias que
controlavam e aumentavam a venda de mercadorias
ao estrangeiro. Ao mesmo tempo, favoreceu o surgi-
mento de novas indústrias que produziam têxteis,
vidros, louças, metais, etc., produtos esses que até aí
eram comprados ao exterior com o ouro do Brasil. Marquês de Pombal.

ATIVIDADES

1 Onde foi utilizado grande parte do ouro que vinha do Brasil?

2 Quem foi o Marquês de Pombal?


P

3 Que medidas tomou o Marquês de Pombal para desenvolver o País?

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3.14 AS INVASÕES FRANCESAS
3

UNIDADE
No início do século xix, Portugal foi
forçado a envolver-se nas guerras que se tra-
vavam na Europa, entre a França e a Ingla-
terra. Aliado desta última, Portugal manteve
o seu comércio com os Ingleses, o que levou
os Franceses a invadirem o nosso país três
vezes, entre 1807 e 1811. As Invasões Fran-
cesas obrigaram a rainha D. Maria I e toda
a corte a refugiarem-se no Brasil. Com a ajuda
inglesa, os Franceses foram derrotados. Invasões Francesas — a Batalha do Buçaco.

Da Monarquia absoluta à Monarquia liberal


Em 1816, D. João VI subiu ao trono,
mas o rei e a corte não regressavam do Bra-
sil, o que provocou o aumento do descon-
tentamento em Portugal. Em agosto de 1820,
um conjunto de militares e de comerciantes
descontentes iniciou no Porto a Revolução
Liberal, que exigia o regresso do rei e a ins- Entrada dos revoltosos portugueses em Lisboa,
tauração de liberdades políticas no País. em agosto de 1820.
Foram eleitas as Cortes Constituintes, que elaboraram a primeira Cons-
tituição portuguesa (leis onde estão os direitos e deveres da população e fun-
ções do Estado), aprovada pelo rei em 1822, após o seu regresso. O rei pas-
sava a governar com o consentimento das Cortes (parlamento), que faziam
as leis. Apesar de os defensores da Monarquia absoluta (poder absoluto do
rei) terem tentado impedir a implantação deste sistema, a Monarquia liberal,
ele triunfou após uma guerra civil (entre Portugueses), que terminou em 1834.
Desde então, realizaram-se importantes progressos económicos e polí-
ticos: construíram-se caminhos de ferro e desenvolveram-se a agricultura
e a indústria, foram abolidas a pena de morte e a escravatura nas colónias.

ATIVIDADES
i

1 Quais foram as causas e as consequências das Invasões Francesas?

2 Como surgiu a Monarquia liberal em Portugal?

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 61

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3.15 O FIM DA MONARQUIA E A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

Nos finais do século xix, apesar de algum


desenvolvimento do País, com a construção de
vias-férreas, estradas e pontes, as dívidas do
Estado aumentaram, e a Monarquia passava por
uma grande crise. Para pagar as dívidas, os gover-
nantes aumentavam os impostos, o que provocou
um grande descontentamento entre a população.
No dia 1 de fevereiro de 1908, deu-se o regi-
cídio — o assassinato do rei D. Carlos. Subiu ao
trono D. Manuel II, mas os políticos monárqui-
cos não chegaram a consenso e, em 5 de outubro
de 1910, o Partido Republicano Português fez
uma revolução em Lisboa, obrigando o rei e a sua
família a fugir do País — implantação da Repú-
blica.
Em 1914, começou a Primeira Guerra Mun- Regicídio. A rainha tenta defender-se
do atirador enquanto o rei e o seu filho
dial, na qual Portugal participou, o que provocou mais velho, D. Luís, são assassinados.
milhares de mortos, tornando a vida em Portugal
muito difícil. Os vários governos republicanos
também não conseguiram impedir que o custo de
vida aumentasse, e a população vivia com enor-
mes dificuldades. Por outro lado, os desentendi-
mentos entre os vários partidos políticos que con-
corriam ao poder agravaram-se.

DIFERENÇAS ENTRE A MONARQUIA E A REPÚBLICA


Monarquia República
• O chefe de Estado é o rei. • O chefe de Estado é um presidente.
• O rei recebe o direito de governar. • O presidente da República é eleito pelo
• O rei governa até à sua morte povo ou pelo parlamento.
e é sucedido pelo filho mais velho. • O seu tempo de governo é limitado.

ATIVIDADES

1 O que foi o regicídio? Quais foram as suas causas e o que originou?


Pa

2 Quais são as principais diferenças entre a Monarquia e a República?

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3

UNIDADE
A 4.ª DINASTIA — A DINASTIA DE BRAGANÇA

D. JOÃO IV D. AFONSO VI D. PEDRO II


O Restaurador O Vitorioso O Pacífico

Guerra da Restauração. Minas de ouro no Brasil. Fim da Guerra da Restauração.


1640 1656 1677 1706

D. JOÃO V D. JOSÉ D. MARIA I


O Magnânimo O Reformador A Piedosa

Exploração de minas/ Invasões Francesas/


Terramoto de Lisboa.
1706 /construções. 1750 1777 /ida da corte para o Brasil. 1816

D. JOÃO VI D. PEDRO IV D. MIGUEL


O Clemente O Rei Soldado O Rei Absoluto

Constituição de 1820/ Guerra civil/


Regência de D. Miguel.
1816 /Lutas liberais. 1826 1828 /Convenção de Évora-Monte. 1834

D. MARIA II D. PEDRO V D. LUÍS


A Educadora O Esperançoso O Popular

Lutas políticas. Modernização do País. Abolição da escravatura.


1834 1853 1861 1889

D. CARLOS D. MANUEL II
O Diplomata O Patriota

Atentado contra o rei. Proclamação da República.


1889 1908 1910

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ATITUDES E VALORES

A interculturalidade
Ao longo da história de Portugal, estiveram no território português
vários povos que, vindos de longe, trouxeram diferentes influências.
Os Portugueses são o resultado dessas influências.
Mas os Portugueses também foram à procura de outros povos pelo
mundo fora e deixaram muitas marcas da sua presença em terras longín-
quas. O contacto entre povos tão diferentes nem sempre foi pacífico,
mas acabou por resultar numa grande riqueza cultural, visível na aceita-
ção de cada povo com quem convivemos. Inicialmente, estranham-se
a língua, a cultura, os costumes, a cor da pele, os gestos, a alimentação
e os comportamentos, depois aceitam-se e trocam-se influências. Assim
é a interculturalidade!

Sim! Em Portugal
vivem pessoas de muitas
Olha, já viste partes do Mundo!
como somos todos
diferentes?

Faz um levantamento dos povos que já habitaram no território de Portugal, no passado.


Pesquisa agora sobre os povos que os Portugueses descobriram um pouco por todo o Mundo.
Faz uma pesquisa sobre um dos povos com quem os Portugueses estiveram em contacto
e escreve um texto acerca do seu modo de vida (língua, religião, hábitos, alimentação, cultura, …).
Faz um levantamento dos povos que atualmente têm comunidades em Portugal.

64 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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RECORDA
3

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• Pela Península Ibérica passaram vários povos que deixaram a sua influência nos costumes, na língua,
na cultura e na economia.
• Na Idade Média, a Reconquista Cristã e o papel de D. Afonso Henriques levaram à formação
de Portugal.
• Na Península Ibérica conviveram durante séculos Cristãos e Muçulmanos em períodos de paz
e de guerra.
• A Revolução de 1383/85 iniciou uma nova dinastia com D. João I, Mestre de Avis.
• Os Descobrimentos permitiram mudar o modo de vida dos Portugueses na alimentação, na economia
e na cultura, adquirindo novos conhecimentos sobre o Mundo (povos, plantas, animais, alimentos,
técnicas).
• Os reis de Castela — os Filipes — estiveram no trono português durante sessenta anos, de 1580
a 1640.
• Restauração da Independência, em 1 de dezembro de 1640.
• No século xviii, o ouro do Brasil trouxe muita riqueza para Portugal, mas depressa se esgotou,
e o País entrou em crise. O Marquês de Pombal tomou medidas para desenvolver o País.
• O século xix foi marcado pelas Invasões Francesas e pela Revolução Liberal, que limitou o poder do rei.
• A Monarquia acabou em Portugal com a Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910.

ESQUEMA DE CONCEITOS

História de Portugal

Séculos IX a. C. a IX d. C. Séculos XV a XVII Século XVIII

• Invasões da Península • Descobrimentos: • D. João V — descoberta


Ibérica. de ouro no Brasil trouxe
— Norte de África
muita riqueza a Portugal.
e costa ocidental
africana. • Marquês de Pombal —
Séculos X a XIV — Ilhas atlânticas. desenvolve o País,
— Ásia — Índia, Japão, quando o ouro do Brasil
• Reconquista Cristã. China. se esgota.
— América — Brasil.
• Formação de Portugal.
D. Afonso Henriques • Domínio dos Filipes
de Espanha sobre Século XIX
foi o primeiro rei
de Portugal. Portugal.
• Restauração • Invasões Francesas.
• 1.ª dinastia.
da Independência, em • Revolução Liberal
1 de dezembro de 1640. de 1820.

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SERÁ QUE JÁ SABES?

1 Preenche a tabela classificando os documentos históricos de acordo com o seu tipo.

A B C D

Instrumento musical de osso. Moeda. Escrita fenícia. Pergaminho.

Fontes escritas Fontes não escritas

2 Circunda, entre os povos seguintes, os que habitaram a Península Ibérica.


Iberos Visigodos Muçulmanos Romanos
Chineses Celtas Lusitanos Índios Russos

3 De que forma se deu a ocupação da Península Ibérica pelos Romanos?

4 Conheces, na tua região, algum vestígio da presença romana? E noutras regiões?


Refere-as e descreve os vestígios.

5 Explica a razão que levou Afonso VI a entregar o Condado Portucalense ao conde


D. Henrique.
a) Explica a que ficou obrigado D. Henrique.

6 Quem foi o primeiro rei de Portugal?


a) Explica de que forma conseguiu tomar o poder.

7 Com que povo lutou D. Afonso Henriques para alargar o território português?
a) Que nome se deu a essa luta?
b) Quem eram os cruzados? Qual era o seu papel na guerra?

8 Quais foram as atividades económicas que se desenvolveram em Portugal, depois


da Reconquista?

9 Quais foram os motivos que, no século XIV, levaram os Portugueses a aventurar-se


na expansão marítima?
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3

UNIDADE
10 Localiza no mapa os territórios da lista, onde chegaram os navegadores
portugueses.

A. Índia
B. Brasil
C. Açores
D. Angola
E. Madeira
F. Cabo Verde
G. Macau
H. São Tomé
e Príncipe
I. Moçambique
J. Guiné
K. Timor

11 Quais foram os grandes benefícios que os Portugueses retiraram dos Descobrimentos?

12 Quem governou Portugal entre 1580 e 1640?

13 O que aconteceu no dia 1 de dezembro de 1640?

14 Explica o que foi a Revolução Liberal, no século XIX, e que efeitos teve no País.

15 Quais são as principais diferenças entre a monarquia e a república?

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Saber quais foram os vários povos que habitaram a Península Ibérica. 44 a 47

Conhecer as influências da Romanização. 46

Saber o que foi a Reconquista. 48

Saber como se formou Portugal. 49

Saber o que foram e quais foram os Descobrimentos. 54 e 55

Conhecer o processo de Restauração da Independência. 57 a 59

Saber o que foi a Revolução Liberal. 61

Saber as diferenças entre Monarquia e República. 61 e 62


A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
14-16 Tenho de continuar assim… 10-13 Não estou mal… 0-8 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 67

363929 040-069 U3.indd 67 18/03/13 17:03


Manusear objetos em situações concretas

PROJETO Painel de turma: os nossos monumentos

Na localidade onde vives ou próximo dela, existem certamente monumentos:


castelos, igrejas, palácios, pontes, estradas romanas, vestígios arqueológicos,
ruínas, estátuas ou outros.

Objetivo: ra
Investigar pa
Realização de uma reportagem fotográfica para uma saber mais
aber…
exposição na escola. O que quero s
servar/
O que vou ob
r, …
De que vais necessitar? /medir/regista
sentar
Como vou apre
Máquina fotográfica
e comunicar
Uma folha de cartolina a informação.
Cola
Impressora

O que vais fazer?


1. Prepara a máquina fotográfica.
Para cada grupo de três ou quatro
alunos é suficiente uma máquina.
2. Fotografa o monumento sob vários
ângulos e pormenores.
3. Numa cartolina, escreve o nome
do monumento com letras grandes
e destacadas (cores e formas
diferentes e originais).
4. Imprime as fotografias captadas
e cola-as na cartolina.
Distribui-as de modo a preencheres
os espaços de igual forma.
5. Faz a legenda de cada
uma das fotografias com
a informação recolhida.

Antes de começares…
pensa e responde às questões.
Quando foi construído
o monumento estudado?
Como foi construído?
Por quem foi construído?
Qual é, ou qual foi, a sua função?

68 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 040-069 U3.indd 68 18/03/13 17:03


Manusear objetos em situações concretas 3

UNIDADE
CONSTRUO Jogo de xadrez com material reciclado

Até tempos muito recentes, os grupos sociais não tinham todos os mesmos
direitos, e isso era visível até na maneira de vestir. Era expressamente proibido
a um membro do povo vestir um traje de nobre, por exemplo.

Objetivo:
Construir um jogo de xadrez recriando a sociedade medieval. As peças representam
os grupo sociais. Para isso, deverás distingui-los consultando a página 51.

De que vais necessitar?


Cápsulas de café
Rolhas de cortiça
Garrafas de plástico
Latas
Tubos de papel
higiénico ou de cozinha
Jornais e revistas
Cola
Tesoura sem pontas
Tinta acrílica
Pincel
Uma base de cartão ou madeira
Cartolinas brancas e pretas para a base

O que vais fazer?


1. Elabora as regras do jogo. Não te esqueças de definir:
a) Quantas peças tem o jogo? Como se movem?
b) Qual é a importância de cada peça?
c) Como se distribuem as peças no tabuleiro?
d) Como se inicia o jogo?
e) Quando termina o jogo?
2. Escolhe os materiais mais adequados para a construção de cada personagem.
Usa a tua imaginação, mas, no final, deverás ter dois conjuntos de peças
de cor diferente. Cada conjunto terá de contar com as seguintes peças:
1 rei, 1 rainha, 2 cavaleiros, 2 bispos, 2 torres e 8 peões.

Executa e responde no teu caderno.


1. A que grupo social corresponde cada peça?
2. Quem são os mais poderosos?
3. Como se distinguem os grupos sociais?

BLOCO 5

363929 040-069 U3.indd 69 18/03/13 17:03


UNIDADE

4 PORTUGAL
NOS SÉCULOS XX E XXI VAIS A P R E N
Descrever o qu
o Estado Nov
e a ditadura.
Descrever o qu
ADE,
N E S T A U N ID R A :
D E

o
e foi

e foi
25
a Revolução de
19 74 .
de Abril de
er o qu e
Descrev
a.
é a democraci
Re co nh ec er
o
a Constituiçã
de 1976 .
órgãos
Conhecer os
símbolos
do poder, os
s nacionais
e os feriado
civis.

O guia diz que no tempo


da ditadura esta fortaleza
foi uma prisão para presos
políticos.

Esta fortaleza
é muito misteriosa!
Que segredos
guardará?

Observa a imagem e responde às questões.


Que tipo de utilização teria esta construção numa
altura em que não havia liberdade em Portugal?
Investiga qual é a história da fortaleza de Peniche.

70 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

363929 070-083 U4.indd 70 18/03/13 17:05


4.1 O ESTADO NOVO E A DITADURA
4

UNIDADE
Como foi derrubada a 1.ª República
Em 28 de maio de 1926, os militares derrubaram a 1.ª
República, e impuseram uma ditadura, um regime político
em que não havia liberdade e o poder político estava con-
centrado num único partido político ou numa só pessoa.
Os militares convidaram para chefiar o Governo
António de Oliveira Salazar, que se manteve no poder
entre 1932 e 1968, tendo sido a figura dominante do
regime do Estado Novo (1933-1974).
Durante o governo de Salazar não havia liberdade
para as pessoas manifestarem opiniões contrárias às do
Prisão do Tarrafal,
Governo nem para se reunirem e discutir política. Se o fizes- em Cabo Verde, para onde
sem, poderiam ser perseguidas, presas e torturadas pela eram enviados os presos
PIDE (Polícia Interna de Defesa do Estado). Os jornais políticos, por se terem oposto
a Salazar.
e livros publicados e os espetáculos eram censurados;
uma comissão de censura a mando do Estado revia os tex-
tos, cortando as partes inconvenientes para o Governo.
Apesar do esforço de Salazar para
diminuir as dívidas do País e da sua
política de realização de obras públicas
(estradas, pontes, viadutos, barragens,
escolas, …), as condições de vida da
população continuaram a ser difíceis.
Em 1961, iniciou-se a Guerra Colo-
nial, quando as colónias portuguesas em
África (Angola, Moçambique e Guiné-
-Bissau) começaram a lutar pela indepen-
dência, contra Portugal, as condições de Cartaz de propaganda às obras públicas que Salazar
vida dos Portugueses agravaram-se. realizou para promover o progresso do País.

ATIVIDADES

1 Quem foi Salazar? Que regime político impôs em Portugal?


i

2 De que forma esse regime era exercido?

3 O que foi a Guerra Colonial?

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 71

363929 070-083 U4.indd 71 18/03/13 17:05


4.2 A REVOLUÇÃO DE 25 DE ABRIL DE 1974

O fim da ditadura em Portugal


No dia 25 de abril de 1974, um grupo de militares desconten-
tes com a guerra e com a ditadura levou a cabo uma revolução com
o objetivo de derrubar o Estado Novo e devolver o poder ao povo.
Portugal passou a ser governado de acordo com as regras da
democracia — perante a lei, todos têm os mesmos direitos e deveres.
A nova situação política permitiu:
• A libertação dos presos políticos e o regresso dos que se
opunham ao regime e que tinham fugido para o estrangeiro.
O cravo
• A existência de vários partidos políticos e a realização de é o símbolo
eleições livres. da Revolução
de 25 de Abril
• O fim da Guerra Colonial e a independência das colónias de 1974.
portuguesas — em África nasceram mais cinco países:
Guiné, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe
e Angola.
• A extinção da PIDE e da Censura.

Pintura mural celebrativa da Revolução No dia 25 de abril de 1974, na rua, as pessoas


de 25 de Abril de 1974. festejaram com os soldados a vitória da liberdade
sobre a ditadura.

ATIVIDADES

1 O que aconteceu no dia 25 de abril de 1974?

2 Quais foram os motivos que levaram a este acontecimento?

3 Elabora um cartaz comemorativo do 25 de Abril de 1974. Desenha ou usa


fotografias ou ilustrações que encontres na Internet ou em revistas e escreve
algumas frases sobre a importância desse dia.

72 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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4.3 A DEMOCRACIA
4

UNIDADE
Em 1975, Portugal passou por um período de greves e de reivindica-
ções por parte do povo. Os governos eram provisórios e eram sucessiva-
mente derrubados.
Em 1976, foi aprovada a Constituição da República Portuguesa, que
é a lei fundamental do País e assegura os direitos e deveres dos cidadãos,
garantindo as liberdades prometidas pela Revolução do 25 de Abril de
1974. A democracia foi assegurada e com ela o direito de os cidadãos
escolherem o Governo através de eleições livres, disputadas por vários
partidos políticos, podendo os cidadãos votar livremente nos candidatos
que preferem para governar Portugal.
Desta forma, foi definido o sistema político atual.

Eleições livres em Portugal, em 1975. Aprovação da Constituição, em 2 de abril


de 1976, na Assembleia da República.

ATIVIDADES

1 Como era a situação social e política em Portugal, em 1975?


i

2 De que forma a Constituição de 1976 ajudou a resolver a situação?

3 O que são eleições livres?

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 73

363929 070-083 U4.indd 73 18/03/13 17:06


4.4 A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO — OS ÓRGÃOS DO PODER

Além dos direitos e deveres dos cidadãos, a Constituição estabelece


ainda a organização política do Estado, ou seja, os órgãos do poder.

ÓRGÃOS DE PODER
Presidente da República (eleito por cinco anos). As suas principais funções são:
nomear e demitir o primeiro-ministro, aprovar e mandar publicar as leis.
Assembleia da República Governo
Tribunais
(eleita por quatro anos) (nomeado por quatro anos)

Constituída pelos deputados, Constituído pelo primeiro- Poder independente que


eleitos pelos cidadãos de -ministro, ministros julga os cidadãos acusados
todo o País. Funções: fazer e secretários de Estado. de desrespeitar as leis.
as leis; aprovar ou rejeitar Funções: orientar a política
o programa do Governo; geral do País e pôr em
controlar a ação do Governo. prática as leis.

Poder central — Conjunto de órgãos políticos que tomam decisões


relativas a todo o País.
Poder regional — Conjunto de órgãos que exercem poder nas regiões
autónomas da Madeira e dos Açores. Inclui:
• Governo Regional;
• Assembleia Regional.
Poder local — Destina-se a resolver os problemas das populações e inclui
os seguintes órgãos:
• Câmara Municipal;
• Assembleia Municipal;
• Junta de Freguesia.

ATIVIDADES

1 Quais são as funções do presidente da República? E as do Governo?

2 Qual é o órgão que faz as leis do País? Quais são as suas outras funções?

3 Quais são os órgãos do poder local? Quais são as suas funções?

74 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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4.5 OS PRESIDENTES DA REPÚBLICA PORTUGUESA
4

UNIDADE
Manuel de Arriaga Teófilo Braga Bernardino Machado Sidónio Pais
1.ª República

1911-1915 1915 1915-1917 1917-1918

João do Canto António José Manuel Teixeira


e Castro de Almeida Gomes Bernardino Machado
1918-1919 1919-1923 1923-1925 1925-1926
(Estado Novo)
2.ª República

Francisco Craveiro
Gomes da Costa Óscar Carmona Lopes Américo Tomaz
1926 1926-1951 1951-1958 1958-1974

António de Spínola Francisco da Costa António Ramalho


10-5-1974 Gomes Eanes Mário Soares
3.ª República

a 28-9-1974 1974-1976 1976-1986 1986-1996

Marcelo Rebelo
Jorge Sampaio Aníbal Cavaco Silva de Sousa
1996-2006 2006-2016 2016-…

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 75

363929 070-083.indd 75 04/10/17 16:17


4.6 OS FERIADOS NACIONAIS

Os dias importantes para Portugal são comemorados com um dia de


descanso para o País e homenagens aos que fizeram desse dia um dia
especial. Esses dias designam-se por feriados nacionais. Podem ser de cará-
ter civil (não religiosos) ou de origem religiosa, como o Natal e a Páscoa,
por exemplo.

25 de abril — Dia da Liberdade.

1 de maio — Dia do Trabalhador. 10 de junho — Dia de Portugal, de Camões


e das Comunidades Portuguesas.

ATIVIDADE

1 Investiga sobre os feriados nacionais de caráter civil e escreve uma breve síntese
acerca de um deles.

76 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

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4
LIVRO DO PROFESSOR
4.7 OS SÍMBOLOS NACIONAIS

UNIDADE
A bandeira nacional
A bandeira de Portugal é um símbolo do nosso país, ou seja, ao vermos
a nossa bandeira imediatamente a associamos a Portugal. A bandeira nacio-
nal é normalmente hasteada em locais pertencentes a organismos públicos
ligados à República e por ocasião de comemorações ligadas ao Estado.
Verde Vermelho rubro mais
ber
a Caderno

s
Para
Temas
da História
de Portugal,
Escudo de armas pp. 46 e 47

Quinas
Castelos
Esfera armilar

Cada cor e imagem na bandeira nacional tem um significado:


• O verde simboliza a esperança no futuro.
• O vermelho representa a coragem e o sangue derramado em defesa
da pátria.
• A esfera armilar simboliza o mundo que os navegadores portugueses
descobriram.
• Os sete castelos simbolizam a independência de Portugal.
• O escudo com as cinco quinas representa o nascimento da Nação.
LIVROMÉDIA

O hino nacional — «A Portuguesa»


Atividade interativa
O hino de Portugal, que se chama «A Portu- A PORTUGUESA Símbolos pátrios

guesa», escrito por Henrique Lopes de Mendonça Heróis do mar, nobre povo,
e musicado por Alfredo Keil, é outro dos símbolos Nação valente, imortal,
Caderno
de atividades
de Portugal. Levantai hoje de novo Ficha 12 A Revolução
de 25 de Abril de
O hino nacional é normalmente cantado em O esplendor de Portugal! 1974 e a democracia
Entre as brumas da memória, em Portugal
ocasiões importantes que envolvam Portugal.
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós, Soluções
ATIVIDADES Que há de guiar-te à vitória! 1.
Às armas, às armas! Em organismos
públicos ligados
1  m que locais e ocasiões é normalmente
E Sobre a terra e sobre o mar, à República e em
hasteada a bandeira nacional? Às armas, às armas! comemorações
ligadas ao Estado.
Pela Pátria lutar!
2.
Contra os canhões
2 Em que ocasiões se canta o hino nacional? Em ocasiões
marchar, marchar! importantes que
envolvem Portugal.

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 77

363929 070-083.indd 77 20/06/14 12:40


ATITUDES E VALORES

A liberdade
Lê os documentos e reflete um pouco sobre a importância
da liberdade para todos nós.

DOCUMENTO 1
Artigo 14.o
«Parágrafo 2.o — Leis especiais regularão o exercício da liberdade
de expressão do pensamento, de ensino e de associação.
Parágrafo 3.o — É autorizada a prisão, sem culpa formada,
nos crimes contra a segurança do Estado.»
Constituição de 1933

DOCUMENTO 2
Episódios da vida de um resistente — Dário Bastos
«Ao romper do dia um polícia foi-me buscar e nessa tarde dei
entrada na Informação (PVDE/PIDE), situada na Rua do Heroísmo,
no Porto, mesmo ao lado do cemitério.
O movimento de presos a serem interrogados e espancados era
intenso.
Fui metido num cubículo, a que chamavam ‘segredo’, que era
por debaixo de umas escadas.
Pela madrugada foram-me buscar. [...] Levaram-me para uma
casota, a que chamavam ‘Casa del Campo’, situada junto a um
muro que circunda o cemitério.
Eram oito polícias e um deles apontou para o cemitério e
disse-me:
— A tua cova já está aberta e não temos mais trabalho: mesmo
por cima do muro lá vais cair.
Cada qual empunhava um bastão de borracha e após ter dado
entrada na tal casa de torturas, principiaram a desabar sobre mim
fortes doses de pancadaria. [...] Houve um momento em que caí,
mas um deles levantou-me e ao mesmo tempo disse-me:
— Assim suja a roupa, vamos tirar-lhe o pó. Prisões por motivos políticos
Mais pancadaria!... Sentia-me exausto e julguei que iam cum- (caricaturas de João Abel Manta).
prir o que me disseram: atirarem comigo para o cemitério.»
Dário Bastos, Um Homem na Rua (1996)

Estes documentos ilustram a ditadura praticada pelo Estado Novo. Compara a falta de liberdade
da altura com a liberdade em que hoje se pode viver, em Portugal, e faz uma lista de situações
do teu dia a dia onde essa liberdade é bem visível.
Debate com os teus colegas e professor.

78 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

363929 070-083 U4.indd 78 18/03/13 17:06


RECORDA
4

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• A Revolução de 28 de Maio de 1926 pôs fim à 1.ª República e impôs uma ditadura.
• Em 1932, António de Oliveira Salazar foi convidado pelos militares para ser o chefe do Governo
do Estado Novo. O regime ditatorial de Salazar investiu no desenvolvimento do País através de obras
públicas, como estradas, escolas, … mas limitou a liberdade de expressão e de reunião, impôs
a Censura e vigiou, perseguiu, aprisionou e torturou os que se lhe opunham.
• Salazar opôs-se ao desejo de independência das colónias portuguesas em África (Angola,
Moçambique e Guiné-Bissau) e, em 1961, iniciou a Guerra Colonial, que provocou a morte
ou a mutilação a muitos militares e civis africanos e portugueses.
• A Revolução de 25 de Abril de 1974 resultou do descontentamento de um grupo de militares
em relação à ditadura e à Guerra Colonial. Esta revolução, que obteve o apoio do povo, derrubou
o Estado Novo e Portugal passou a ser governado segundo os princípios da democracia.
• Os órgãos do poder central são a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais;
os órgãos do poder local são as Câmaras Municipais, a Assembleia Municipal e as Juntas
de Freguesia. A Madeira e os Açores são Regiões Autónomas com órgãos de poder regionais
também autónomos.

ESQUEMA DE CONCEITOS

Portugal nos séculos XX e XXI

Revolução de 28 de Maio de 1926

Derrube da 1.ª República

Estado Novo/Salazar

Desenvolvimento Guerra Perseguições


Censura
das obras públicas Colonial políticas

Ditadura

Descontentamento militar e popular

Revolução de 25 de Abril de 1974

Democracia

1976 — Constituição da República Portuguesa

Liberdade Existência de vários Eleições


de expressão partidos políticos livres

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 79

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SERÁ QUE JÁ SABES?

1 Que causas levaram à queda da 1.ª República, em 28 de maio de 1926?

2 Quem fez esta revolução?

3 Que regime político havia sido imposto?

4 Explica o que é uma ditadura.

5 A partir de 1932, quem era o chefe do Governo que defendia esse regime político?

6 O que acontecia a quem se opunha a Salazar?

7 O Estado Novo impôs a Censura. O que era


a Censura?
a) Escreve um texto com 10 linhas sobre
a importância da liberdade de expressão.

8 Observa a imagem ao lado e responde


às perguntas.
a) Qual é o acontecimento que a imagem
representa?
b) Quais eram os objetivos dos movimentos
de libertação das colónias portuguesas
em África? Militares portugueses na Guiné.

9 Observa o cartaz e explica o que representa.

80 BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições

363929 070-083 U4.indd 80 18/03/13 17:06


4

UNIDADE
10 A imagem mostra um desfile da Mocidade Portuguesa. Investiga sobre o que era
e quais eram os seus objetivos.

11 Observa a imagem ao lado.


a) O que noticia esta página de jornal?
b) Qual foi a reação do povo à revolução?

12 A Revolução de 25 de Abril de 1974 ficou conhecida


como a «Revolução dos Cravos». Explica porquê.

13 Qual foi o papel dos militares na Revolução


de 25 de Abril de 1974?
a) Que razões levaram a esta revolução?
b) O que se conseguiu obter nesse dia?

14 A Revolução de 25 de Abril de 1974 deu origem à criação de órgãos de poder central


e local, que ainda hoje existem. Dá dois exemplos e explica quais são as suas funções.

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Saber como e quando surgiu a ditadura em Portugal. 71

Saber o que é uma ditadura e como se manifestou. 71

Saber o que foi a Guerra Colonial. 71

Saber o que foi a Revolução de 25 de Abril de 1974. 72

Saber o que é a Democracia e como se manifesta. 73 e 74


A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
7-10 Tenho de continuar assim… 6-8 Não estou mal… 0-5 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 2 À descoberta dos outros e das instituições 81

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Realizar experiências com o ar
Qual será a melhor
maneira de apagar
Quando observas uma chama, isso significa que está a
o fogo?
ocorrer uma combustão. Neste tipo de combustão, existe um
material que arde, como o gás do fogão, a madeira de uma
lareira ou o pavio de uma vela. Estes materiais chamam-se
combustíveis.
Além do combustível, tem de existir também uma substân-
cia que torna a combustão possível, a que chamamos combu-
rente. O comburente mais comum é o oxigénio existente no ar.
As combustões em geral necessitam de uma temperatura
elevada para se iniciarem. É, por isso, que nos dias em que a
temperatura é mais elevada os incêndios são mais prováveis.

Para que ocorra uma combustão é sempre necessária a presença


de um material combustível e de outro comburente.

INVESTIGO Como apagar uma chama


sem soprar?
s…
O que já sabe
De que vais necessitar? O que queres
saber…
servar/
Vela Copo de vidro vazio Conta-gotas O que vais ob
r, …
Fósforos Copo com água /medir/regista
resentar
Como vais ap
O que vais fazer? e comunicar
a informação.
1. Coloca a vela sobre uma superfície lisa e acende-a.
2.
as tuas observações.
3. Volta a acender a vela e sopra lentamente.
Observa e regista as tuas observações.
4. Volta a acender a vela e deita sobre ela várias gotas de água.
Observa e regista as tuas observações.

Antes de começares… pensa e responde às questões.


O que pensas que vai acontecer? Porquê?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que aconteceu?
2. Porque se terá apagado a vela em cada uma das situações?
3. Relê a introdução e tenta responder à questão-problema.

82 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 070-083 U4.indd 82 18/03/13 17:07


Realizar experiências com o ar 4

UNIDADE
Desde o início desta viagem de avião,
A camada gasosa que envolve a Terra
sinto uma sensação estranha
chama-se atmosfera. Esta camada exerce, em nos ouvidos, como uma compressão.
todas as direções, uma força sobre a superfí- O que será?
cie da Terra e sobre a superfície de todos os
corpos que se designa por pressão atmosférica.
A pressão atmosférica está sempre pre-
sente no nosso dia a dia e é visível e percetível
em muitas situações.

A pressão atmosférica é a força exercida em todas


as direções pela atmosfera sobre uma dada área.

INVESTIGO Como podemos observar os efeitos


da pressão atmosférica?
s…
De que vais necessitar? O que já sabe
saber…
O que queres
Copo de vidro Agulha servar/
O que vais ob
Garrafa de plástico Cartolina r, …
/medir/regista
resentar
Como vais ap
O que vais fazer? e comunicar
1. Enche um copo com água. a informação.

2. Coloca um retângulo de cartolina sobre


o copo.
3. Inverte-o de uma forma repentina,
sem deixar entrar ar; observa e regista
o que acontece à água.
4. Com a agulha, faz diversos furos na garrafa.
5. Enche a garrafa com água.
6. Tapa e destapa sucessivamente a garrafa.
Observa e regista.

Antes de começares… pensa e responde às questões.


O que pensas que vai acontecer? Porquê?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que aconteceu?
2. Retira as conclusões da experiência respondendo à questão-problema.

BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos 83

363929 070-083 U4.indd 83 18/03/13 17:07


UNIDADE

5 OS ASTROS E OS ASPETOS
FÍSICOS DO MEIO
Reconhecer a
da Terra atra
de fotograf
ADE,
N E S T A U N ID R A :
V A IS A P R E N

ilustrações, …
DE

ia

s,
forma
s

presentar
Observar e re
Lua
os aspetos da
as fa ses.
nas divers
Reconh ec er os
Sistema
constituintes do
od el o.
Solar num m
Reconhec er
nómenos
e observar fe
o,
de condensaçã
ev aporação
solidificação,
e precip ita çã o.
ades
Realizar ativid
qu e en vo lv am
fenómenos
,
de evaporação
cond en sa çã o,
precipitação,
e fusão.
solidificação
nd er que
Compree
ua da s ch uvas
a ág
so lo
se infiltra no
dando orig em
ua.
a lençóis de ág
nh ec er na sc entes
Reco
ág ua .
e cursos de

Sim! Assim podemos ver melhor


Ainda bem que hoje não chove a Lua e as estrelas!
e não há nuvens no céu!

Observa a imagem e responde às questões.


O que é possível observar no céu, à noite?
O que é o luar?
Qual é a forma das estrelas?
De que são feitas as nuvens?

84 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

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5.1 OS ASTROS

O Sistema Solar
O Universo é formado pelo conjunto dos astros ou corpos celestes
(estrelas, planetas, asteroides, cometas, etc.), pelo espaço vazio entre eles
e por toda a energia.
Na pequena parte do Universo que conhecemos, existem milhares de
milhões de estrelas.
As estrelas são astros que emitem luz e, por isso, diz-se que têm luz
própria.
Os planetas não têm luz própria, têm menores dimensões do que as
estrelas e giram em torno destas.
O Sol é a estrela do nosso Sistema Solar. À sua volta orbitam oito
planetas, entre os quais a Terra.
Atualmente, conhecem-se oito planetas no Sistema Solar: Mercúrio,
Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Além destes, existem
outros astros, como os asteroides, os planetas anões, as luas, os cometas, etc.

O conjunto formado pelo Sol, pelos planetas e pelos outros astros que orbitam
em torno do Sol chama-se Sistema Solar.

Cintura
de Asteroides

Neptuno

Marte
Úrano
Terra
Vénus
Mercúrio

Saturno

Sol

Júpiter

Representação da posição relativa dos planetas do Sistema Solar.


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5.1 OS ASTROS

A forma da Terra
Tal como a maioria dos astros, também a Terra
apresenta uma forma quase esférica, ligeiramente acha-
tada nos polos.
A Terra é conhecida como o Planeta Azul, porque,
quando avistada do espaço, predomina a cor azul, devido à
água dos oceanos que cobre grande parte da sua superfície.
A Terra vista do espaço tem
As manchas brancas visíveis na imagem são nuvens presen- a forma de uma esfera.
tes na atmosfera — a camada gasosa que envolve a Terra.

Os movimentos da Terra
O nosso planeta encontra-se em permanente movi-
mento no espaço. Os movimentos que realiza são o movi-
mento de rotação e o movimento de translação.
No movimento de rotação, a Terra gira sobre si
O Sol é uma estrela
mesma, em torno de um eixo imaginário — eixo de rota- e a sua forma também
ção da Terra. Durante este movimento, em cada momento, é quase esférica.
apenas uma parte da Terra está iluminada pela luz do Eixo de rotação
Sol — diz-se que na parte iluminada da Terra é dia e que da Terra
na parte que não está iluminada é noite.
O movimento de rotação da Terra provoca a sucessão
dos dias e das noites e tem a duração de, aproximadamente,
24 horas — período de rotação.

O movimento de rotação da Terra é o movimento da Terra


sobre si mesma, em torno do seu eixo, e é responsável O movimento de rotação
pela sucessão dos dias e das noites. da Terra dá origem à sucessão
dos dias e das noites.

ATIVIDADES

1 Refere uma diferença entre as estrelas e os planetas.

2 O que é o Sistema Solar?

3 Refere o nome dos oito planetas que fazem parte do Sistema Solar.

86 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

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5

UNIDADE
Durante o movimento de translação, a Terra dá uma volta completa
em torno do Sol. Executar uma volta completa demora cerca de 365 dias
e 6 horas, ou seja, um ano — período de translação.
Devido à inclinação do eixo de rotação da Terra, a superfície ilumi-
nada pela luz solar varia ao longo do ano. Surgem, assim, as estações do ano.

O movimento de
Verão Primavera
translação da Terra
Inverno Outono é o movimento
que a Terra efetua
à volta do Sol.
Este movimento,
em conjunto com
a inclinação do eixo
da Terra, dá origem
às estações do ano.
Outono Inverno

Primavera Verão
SALTO NO TEMPO

O movimento de translação da Terra, em conjunto com a inclinação


do eixo da Terra, dá origem às estações do ano.

A B

Há muitos séculos,
pensava-se que
a Terra era plana.
Em 1519, Fernão
de Magalhães, um
navegador português,
iniciou uma viagem à
volta da Terra — viagem
de circum-navegação —,
em que provou que
navegando sempre para
ocidente (sempre no
mesmo sentido) chegaria
ao ponto de partida,
o que significaria que
Inclinação dos raios solares sobre a Terra, à mesma hora, no inverno (A) a Terra era redonda.
e no verão (B) no hemisfério norte.
BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 87

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5.1 OS ASTROS

Os movimentos da Lua
Os corpos celestes que orbitam em torno de outros planetas chamam-se
satélites naturais ou luas.
O planeta Terra tem apenas um satélite natural, a Lua, mas outros pla-
netas, como Júpiter, têm várias.
A Lua, tal como a Terra, movimenta-se em torno de si própria (movi-
mento de rotação da Lua) mas também em torno da Terra (movimento de
translação da Lua), apresentando sempre a mesma face ao nosso planeta.
A Lua acompanha a Terra no seu movimento de translação em torno do Sol.

As fases da Lua
A Lua é um planeta, pelo que não tem luz própria.
Podemos vê-la no céu porque reflete a luz que recebe do Sol.
Ao longo do seu movimento de translação, a porção iluminada da Lua
varia. Por isso, vista da Terra, a Lua apresenta diferentes formas, às quais
se dá o nome de fases da Lua.
Lua Quarto
nova minguante

Quarto Lua
crescente cheia

Movimento de translação da Lua e fases lunares.

88 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

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5

UNIDADE
FASES DA LUA
A face lunar visível
da Terra está totalmente
Lua cheia iluminada, e apresenta-se
com a forma de um
círculo.

Nesta fase, apenas


metade da face lunar
Quarto visível da Terra está
minguante iluminada, e apresenta-se
em forma de C.

A face lunar visível Evolução das fases lunares.


da Terra não está
Lua nova iluminada e, por isso, O movimento
fica oculta, não a vemos. de translação
da Lua em torno
da Terra dá origem
Nesta fase, apenas
às diferentes fases
metade da face lunar
Quarto lunares.
visível da Terra está
crescente iluminada, e apresenta-se
em forma de D.

ATIVIDADES

1 Explica o movimento de rotação da Terra.

2 A que se deve a existência das estações do ano?

3 Legenda as imagens seguintes com as fases da Lua que conheces.

A B C D

4 Simula o movimento de rotação da Lua. Escolhe um colega teu. Ele será a «Terra» e ficará de
pé, parado. Tu serás a «Lua» e irás deslocar-te em redor da «Terra» sempre a olhar para ela.

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 89

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5.2 A ÁGUA NO PLANETA TERRA

A água na Natureza Ouvi dizer que


Na Natureza, doce ou salgada, a água encontra-se: andam à procura
de água em Marte.
• à superfície da Terra — nos mares, nos rios, nos
lagos, etc;
• no subsolo — sob a forma de lençóis de água, for-
mados a partir da acumulação da água infiltrada no
solo (os lençóis de água quando surgem à superfície
dão origem às nascentes);
• na atmosfera, que é a camada de ar que envolve
a Terra.
Grande parte da água existente na Natureza é sal-
gada. Da pequena parte de água doce existente, a maio-
ria encontra-se sob a forma de gelo, sendo muito pequena
a porção de água disponível para o consumo humano.

Água salgada

Água doce

Águas Águas Gelo


superficiais subterrâneas

Representação da distribuição da água na Terra. Oceano.

Neve. Rio. Fumarola.

90 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

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5

UNIDADE
Os estados físicos da água
A água existe na Natureza em diferentes estados físicos — estado
líquido, estado sólido ou estado gasoso.
• No estado líquido, a água existe nos oceanos, nos rios, nos lagos,
nas lagoas, nos lençóis de água subterrâneos, nas nuvens e sob a
forma de chuva ou orvalho.
• No estado sólido, a água existe sob a forma de granizo, neve,
gelo e geada, mas também sob a forma de minúsculos cristais de
gelo nas nuvens.
• No estado gasoso, a água existe sob a forma de vapor de água na
atmosfera.

CARACTERÍSTICAS DOS ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA


Sólidos Líquidos Gases
• Apresentam • Apresentam a forma • Apresentam a forma
forma própria. do recipiente onde do recipiente onde
• Têm volume se encontram. se encontram.
constante. • Têm volume constante. • Têm volume variável.
• São praticamente • São difíceis • São facilmente
incompressíveis. de comprimir. compressíveis.

ATIVIDADES

1 Refere alguns locais onde é possível encontrar água no Planeta.

2 Tendo em conta que a Terra está em grande parte coberta por água, por que razão
se diz que a água é um bem escasso?

3 Observa as imagens seguintes e identifica os estados físicos da água representados.

A B C

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 91

363929 084-101 U5.indd 91 18/03/13 17:08


5.2 A ÁGUA NO PLANETA TERRA

As mudanças do estado físico da água


e o ciclo da água
A água, de acordo com alterações da temperatura e/ou pressão do
meio, pode mudar de estado físico. Cada mudança do estado da água tem
uma designação.

MUDANÇAS DO ESTADO FÍSICO DA ÁGUA


Quando a água que se encontra no estado
sólido e sofre um aumento de temperatura,
Fusão

passa para o estado líquido — funde.

Quando sofre um aumento de temperatura,


a água no estado líquido passa para
Evaporação

o estado gasoso — evapora-se.


Quando esta passagem é tumultuosa,
diz-se que ocorre ebulição.

Quando sofre uma diminuição de


Condensação

temperatura, a água no estado gasoso


passa para o estado líquido — condensa.

Quando sofre uma diminuição de


Solidificação

temperatura, a água no estado líquido


passa para o estado sólido — solidifica.

Na Natureza, a água está em permanente movimento. Por ação do sol,


a temperatura sofre alterações, e a água vai continuamente mudando de
estado físico. Passa, na forma de vapor, dos rios, dos mares e dos lagos para
a atmosfera, e daqui, no estado líquido ou sólido, para o solo e para o mar.
Quando evapora, retorna à atmosfera. Este percurso da água chama-se
ciclo da água.
Solidificação Condensação

Mudanças
de estado físico da água. Fusão Evaporação
92 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

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5

UNIDADE
1. A energia emitida pelo
Sol aquece a água
da superfície terrestre 3. As gotículas de água
2. À medida que o vapor e uma parte dela passa 4. A precipitação pode que formam as nuvens
de água sobe, vai lentamente ao estado ocorrer sob a forma têm tendência a juntar-se
arrefecendo e passa de vapor de água não de chuva ou sob umas às outras,
ao estado líquido, visível, — evaporação —, a forma de granizo originando gotas
originando pequenas que sobe para a atmosfera. ou neve, se a consideravelmente
gotículas de água — temperatura ambiente maiores. Estas, devido
condensação —, que for muito baixa e ao seu peso, caem
se juntam e formam provocar a passagem em direção à superfície
as nuvens. para o estado sólido. terrestre — precipitação.

PRECIPITAÇÃO
EVAPORAÇÃO

CONDENSAÇÃO PRECIPITAÇÃO
RESPIRAÇÃO
TRANSPIRAÇÃO

ESCOAMENTO

LENÇOL DE ÁGUA
5. Os seres vivos 6. Quando se mantém
também libertam à superfície,
vapor de água a água escorre —
para a atmosfera escoamento — 7. Ao cair sobre a Terra, a água pode
através da e acumula-se nas ficar à superfície ou infiltrar-se
respiração lagoas, nos lagos no solo — infiltração. Quando se
e da transpiração. ou nos rios, que infiltra, a água pode originar lençóis
desaguam no mar. de água (aquíferos). Depois, quando
as características do solo o possibilitam,
a água subterrânea surge novamente
à superfície, dando origem às nascentes.

ATIVIDADES

1 Explica o que ocorre no processo de fusão da água.

2 O que acontece à água que se evapora de um copo de água?

3 Explica, por palavras tuas, o ciclo da água.

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 93

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ATITUDES E VALORES

A proteção dos recursos naturais


Nem todas as pessoas têm acesso
à água potável. Infelizmente, mais de
1,1 mil milhões de pessoas no Mundo
não têm acesso a água potável, o que
provoca doenças ou mesmo a morte a
muitas crianças. Assim, é muito impor-
tante poupar água e adquirir hábitos
sustentáveis de consumo.

teus colegas; cria um projeto de turma, para divulgar e sensibilizar a comunidade

Se uma torneira estiver a pingar, fecha-a bem. Se estiver avariada, avisa um adulto.
Se um autoclismo estiver avariado, avisa um adulto.
Enquanto escovas os dentes, fecha a torneira.
Coloca uma garrafa de plástico de 1,5 litros de água, cheia de areia, no interior
do autoclismo. Descarrega-o apenas quando necessário.
Toma duche em vez de banho de imersão. Fecha as torneiras enquanto te ensaboas.
Usa a quantidade mínima necessária de gel de banho e de champô.
Não transformes a sanita em caixote do lixo. Restos de comida, cabelos ou papéis vão
para o lixo.
Usa as máquinas da loiça e da roupa apenas quando estão completamente cheias.
Utiliza detergentes amigos do ambiente.

94 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

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RECORDA
5

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• O Universo é formado pelo conjunto dos astros, pelo espaço vazio entre eles e por toda a energia.
• O Sistema Solar é formado pelo Sol, por oito planetas (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Úrano e Neptuno), pelos seus satélites naturais (como a Lua), por asteroides e cometas,
entre outros astros.
• A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar (a contar a partir do Sol). Tem forma quase esférica,
ligeiramente achatada nos polos.
• O movimento de rotação da Terra é o movimento da Terra sobre si própria. É responsável pela
sucessão dos dias e das noites. O período de rotação da Terra é de 24 horas.
• O movimento de translação da Terra é o movimento da Terra em torno do Sol. Este movimento,
em conjunto com a inclinação do eixo terrestre, dá origem às estações do ano. O período
de translação da Terra é de, aproximadamente 365 dias.
• A água existe na Natureza em três diferentes estados físicos — sólido, líquido e gasoso.
• Com a variação da temperatura e/ou pressão, a água pode mudar de estado. Cada mudança
de estado tem um nome: solidificação, fusão, condensação e evaporação.
• O ciclo da água é o conjunto de todos os movimentos e mudanças de estado da água, no nosso
planeta.

ESQUEMA DE CONCEITOS

Sistema Solar

formado por

Sol orbitam em torno do Planetas Outros astros

Mercúrio Vénus Terra Marte Júpiter Saturno Úrano Neptuno

possui como

Cometas
Água
Asteroides
nos três
Luas
Estados físicos

Sólido Líquido Gasoso

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 95

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SERÁ QUE JÁ SABES?

1 A Terra é um planeta ou uma estrela? Justifica a tua resposta.

2 Por que motivo o nosso planeta é conhecido como o «Planeta Azul»?

3 Qual é a forma do planeta Terra?

4 Quais são os planetas principais do Sistema Solar?

5 Observa a figura ao lado.


a) Qual é o movimento da Terra representado
na figura?
b) A que dá origem este movimento da Terra?

6 Como se chama o movimento da Terra que,


em conjunto com a inclinação do eixo terrestre,
dá origem às estações do ano? Descreve-o.

7 Explica a seguinte afirmação: «A Lua é um satélite natural da Terra.»

8 Refere o nome das fases da Lua que conheces.


a) O que origina as fases da Lua?

9 Completa as seguintes frases.


A. Como se vê na imagem A, em algumas ruas de Veneza, em Itália, não é possível
andar a pé ou de carro, porque estão sempre cobertas por
no estado .
B. O povo Inuit constrói os seus abrigos temporários recorrendo a blocos de
, que é no estado .
C. Na atmosfera, a água encontra-se maioritariamente no estado .

A B

96 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

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5

UNIDADE
10 A Andreia resolveu fazer um iglu com cubos de gelo,
mas, para que ficasse mais colorido, colocou brinquedos
em água, dentro de cuvetes, e guardou-as no congelador.
a) Explica o que aconteceu à água que estava
nas cuvetes.
b) Como se chama a mudança de estado físico que
ocorrerá na água depois de o iglu permanecer alguns
minutos à temperatura ambiente?

11 Quais são as principais formas de precipitação que conheces?

12 Como se formam os lençóis de água?

13 Observa atentamente a imagem


do ciclo da água e legenda-a.
1
1—
2
2— 5
3—
4—
4
5—
3

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Reconhecer e identificar a forma da Terra em fotografias, ilustrações, … 85 a 87

Representar, identificar a legendar os aspetos da Lua nas principais fases. 88 a 89


Reconhecer representações de modelos solares e identificar algumas
85
das suas limitações.
Identificar, reconhecer e explicar em que consistem os fenómenos
92 a 93
de condensação, solidificação, evaporação e fusão.
Planear, executar e interpretar experiências que representem fenómenos
93
de mudanças de estado.
Reconhecer formas de precipitação. 93
Identificar em esquemas, legendar e explicar fenómenos de infiltração
93
e formação de lençóis de água.
Reconhecer em fotografias, esquemas e ilustrações nascentes e cursos
93
de água.
Representar e interpretar representações do ciclo da água. 92 a 93
A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
15-18 Tenho de continuar assim… 9-14 Não estou mal… 0-8 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 97

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Realizar experiências com a água

INVESTIGO Qual é a importância da temperatura


para as alterações do estado físico da água?

De que vais necessitar?


2 copos de precipitação
Caixa de Petri (deve ser de diâmetro
igual ou superior ao diâmetro dos copos
de precipitação)
Congelador
Água

O que vais fazer?


1. Num dos copos de precipitação, coloca
água (aproximadamente, 3 cm de altura
do fundo).
2. Guarda no congelador e aguarda 24 horas.
3. Passadas 24 horas, observa o conteúdo
do copo e regista as alterações ocorridas.
4. Põe o conteúdo do copo de precipitação
ra
na caixa de Petri. Investigar pa
saber mais
5. No outro copo de precipitação, põe água curar
O que vou pro
(aproximadamente, 3 cm de altura do fundo). saber…
6. Escolhe uma janela ensolarada e põe ao sol sito…
Do que neces
r…
o copo de precipitação com a caixa de Petri O que vou faze
star…
(com o conteúdo do primeiro copo O que vou regi

de precipitação) por cima. O que prevejo
o…
7. Observa e regista as alterações ocorridas. O que observ
O que concluo…
Antes de começares… pensa e responde
à questão.
O que pensas que vai acontecer?

Executa e responde no teu caderno.


1. Comparando com o que ocorre na Natureza, diz:
a) o que representa a água no copo de precipitação;
b) o que representa o gelo na caixa de Petri.
2. Ocorreram alterações no estado físico da água?
a) Se sim, quais foram?
3. Responde à questão-problema desta atividade.

98 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

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Realizar experiências com materiais de uso corrente 5

UNIDADE
INVESTIGO Qual será o efeito da temperatura
no estado físico de diferentes materiais?

De que vais necessitar?


Água Álcool etílico Termómetro
Açúcar Caneta de acetato Água quente (cerca de 40 ºC)
Azeite 2 caixas de vidro com tampa 8 sacos herméticos
Manteiga Sal de cozinha de plástico transparente
Mel Gelo picado
Leite Cronómetro
ra
Investigar pa
O que vais fazer? (trabalha em grupo) saber mais
curar
O que vou pro
Cada grupo escolhe quatro materiais (todos
saber…
os materiais devem ser testados na turma). Do que neces
sito…
1. Na balança, mede 50 g de cada um dos materiais r…
O que vou faze
star…
escolhidos (dentro dos sacos herméticos). O que vou regi

2. Põe a água quente numa das caixas de vidro. O que prevejo
o…
3. Põe o termómetro em contacto com a água O que observ
e regista a temperatura. O que concluo…
4. Guarda as amostras na caixa de vidro.
5. Com o cronómetro, conta 3 minutos.
6. Sem retirar os sacos das amostras do contacto
com a água, observa cuidadosamente cada
um deles.
7. Regista as tuas observações numa tabela.
8. Repete o procedimento três vezes.
9. Na outra caixa põe o gelo picado e sal.
O sal irá provocar a diminuição da temperatura.
10. Quando a temperatura estiver próximo
de –5 °C, repete os passos 1 e de 4 a 8.

Antes de começares… pensa e responde à questão.


O que pensas que vai acontecer?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que
aconteceu?
2. Responde à questão problema desta atividade.

BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos 99

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Manusear objetos em situações concretas

CONSTRUO Maqueta do ciclo da água

Objetivo:
Construir uma maqueta simulando os vários
fenómenos que ocorrem no ciclo da água.

De que vão necessitar?


Argila Gelo picado
Aquário Tintas
Caixa de Petri Plasticina
Candeeiro Palitos
Água Areia

O que vão fazer?


1. De forma a ocupar metade do aquário, moldem o relevo do ambiente
terrestre. Podem fazer uma montanha, uma planície, uma praia, …
Podem introduzir vegetação, um lago, uma aldeia, etc — o que a vossa
imaginação vos permitir.
2. A outra metade do aquário deve representar o mar. Cubram o fundo
com água. A altura da água deve ter em conta a metade representativa
do ambiente terrestre.
3. Com o aquário fechado, liguem o candeeiro, direcionando a luz para o «oceano».
4. Sobre a tampa do aquário, e por cima da montanha, ponham a caixa
de Petri com gelo dentro.
5. Registem os acontecimentos que observarem e legendem-nos.

100 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 084-101 U5.indd 100 18/03/13 17:09


Manusear objetos em situações concretas 5

UNIDADE
CONSTRUO Maqueta do Sistema Solar

Objetivo:
Construir uma maqueta do Sistema Solar.

De que vais necessitar?


Plasticina de várias cores Papel crepe amarelo Placa de esferovite
Jornais ou papel usado 2 m de arame fino (15 cm × 130 cm)

O que vais fazer?


1. Observa a tabela, na qual se indicam os diâmetros das esferas que representam
os planetas, as distâncias ao «Sol» e as cores a usar para cada caso.

Astro Diâmetro/cm Distância ao Sol/cm Cores


Sol 100 —
Mercúrio 0,4 1,0 Cinzento/Branco/Rosa
Vénus 0,8 1,9 Azul/Branco
Terra 0,8 2,7 Azul/Verde/Branco
Marte 0,4 4,1 Vermelho/Castanho
Júpiter 10,2 14 Laranja/Branco/Bege
Saturno 8,0 25 Bege-escuro
Úrano 3,6 51 Azul
Neptuno 3,4 80 Verde-mar

2. Faz uma bola com jornais ou papel velho*, com um diâmetro de 100 cm (1 m),
e forra-a com papel crepe amarelo.
3. Com o arame, prende a bola que representa o Sol próximo de uma das
extremidades da placa de esferovite.
4. Marca na esferovite, a partir do «Sol», as distâncias indicadas na tabela.
5. Molda os «planetas» com plasticina das respetivas cores.
6. Corta oito pedaços de arame com 10 cm de comprimento e coloca numa
das pontas os «planetas» moldados.
7. Coloca na esferovite, nas respetivas marcas, o arame correspondente
ao «planeta». A maqueta está pronta.
8. Usa a tua imaginação para construir os anéis de Saturno e dos outros
planetas gigantes.
*Nota: Podes usar bolinhas de esferovite, sacos de plástico, panos velhos, etc., para «preencher» o «Sol».

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UNIDADE

6 ASPETOS FÍSICOS
DE PORTUGAL
rios de Portug
Douro, Gua
Monde
ADE,
N E S T A U N ID R A :
V A IS A P R E N
Identificar os

go
DE

,
di
Sa
maiores

an
al (Tejo,

do
a,
).
liz ar os pr in cipais
Loca
se s
rios portugue
no mapa.
ta
Observar dire
in di re ta m en te
ou
(fotografias,
)
ilustrações, …
os vá rio s rio s.
maiores
Identificar as
de relevo de
formações
(P ic o, serra da
Portugal
Areeiro).
Estrela, pico do
in cipais
Localizar as pr
de re levo
formações
a de Po rt ugal.
no map
ta ou
Observar dire
in di re ta m en te
(fotografias,
)
ilustrações, …
as pr in ci pa is
relevo
formações de
em Portug al .

Que piquenique Ao pé do rio e da montanha!


fabuloso vamos ter Aqui está quentinho mas lá no alto
aqui ao pé do rio! deve estar bem fresquinho.

Que peixes haverá aqui?


Só podem ser de água doce.

Observa a imagem e responde às questões.


Que tipo de peixes poderá existir num rio?
Qual é a utilidade dos rios?
Há algum rio perto da localidade onde moras?
Porque será que no alto da montanha está mais frio?
Há alguma montanha perto da localidade onde moras?

102 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

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6.1 OS RIOS DE PORTUGAL

Os rios
Os rios e as ribeiras são cursos de água doce que nascem nas monta-
nhas e desaguam no mar, noutro rio ou num lago.
Os rios que desaguam no mar são os rios principais. Um rio que
desagua num outro rio chama-se afluente.
O local onde o rio nasce chama-se nascente.
O curso do rio é o caminho que este percorre desde que nasce até
desaguar. O canal onde o rio corre chama-se leito, e a quantidade de água
que passa, por segundo, no rio é o seu caudal.
O local onde o rio desagua (termina) é a foz.
Nascente

Margem
direita

Mar

Margem
Foz Leito esquerda

Constituição de um rio.

O caudal dos rios e das ribeiras é influenciado pela época do ano.


Nos meses do ano em que chove mais, os rios podem transbordar
das margens e provocar inundações; por outro lado, nos meses secos, os
caudais diminuem muito, podendo os rios secar quase completamente.

A B

Variação do caudal do rio Tejo.


BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 103

363929 102-115 U6.indd 103 18/03/13 17:10


6.1 OS RIOS DE PORTUGAL

O curso dos rios é influenciado pelo relevo. Assim, de acordo com


a orientação das montanhas, os rios do Norte e Centro de Portugal cor-
rem, em geral, na direção nordeste-sudoeste; no Sul, onde o relevo é mais
plano, podem mudar de direção.

O rio Mondego corre na direção nordeste-sudoeste. O rio Sado corre de sudeste para noroeste.

A utilidade dos rios


Os rios são importantes para as populações, pois fornecem água para
o consumo doméstico, para a agricultura e para a obtenção de eletrici-
dade. Permitem também a pesca e a prática de desportos aquáticos.

Barragem — produção de energia Pesca num rio. Desportos aquáticos.


elétrica.

Os cursos de água nos Açores


e na Madeira
Dado que são constituídos por ilhas
de pequena dimensão, os dois arquipéla-
gos não têm rios, mas apenas ribeiras.
Estas têm a mesma utilidade que os rios
no território continental.

Ribeira da Povoação, em São Miguel, é a maior


ribeira do arquipélago dos Açores.

104 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

363929 102-115 U6.indd 104 18/03/13 17:11


6

UNIDADE
Os cursos de água em Portugal continental N Min
ho
Rio
Lima
Rio
Muitos dos grandes rios portugueses nascem em Rio Cáv
ado

Espanha, atravessam Portugal e desaguam no oceano Av

e
Rio
ouro
Rio D
Atlântico. Rio
Vouga

Oceano
Atlântico go
de
MAIORES CURSOS DE ÁGUA DE PORTUGAL Rio
Mon

Rios Nascente Curso Foz


Douro — 938 km Rio Tejo

Miranda
Espanha do Douro Porto Rio
S
Régua

ad

a
o

Rio Guadian
Mondego — 220 km io

R
M ir a
0 65 km

Serra da Figueira
Coimbra
Estrela da Foz Principais cursos de água
de Portugal continental.

Tejo — 1009 km
Abrantes
Espanha Lisboa
Santarém EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
Para evitar a poluição
Sado — 175 km dos rios, devemos:
Perto de Alcácer • deitar o óleo de
Setúbal cozinha usado nos
Ourique do Sal
locais de recolha;
• reduzir o uso de
adubos e pesticidas
Guadiana — 810 km
Alcoutim na agricultura;
Vila Real
• denunciar às
Espanha Castro de Santo
autoridades qualquer
Marim António
descarga poluente.

ATIVIDADES

1 Enumera os constituintes de um rio.

2 Por que razão os rios são importantes para as populações?

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 105

363929 102-115 U6.indd 105 18/03/13 17:11


6.1 OS RIOS DE PORTUGAL

PROJETO Saída de campo — O meu rio favorito!

Objetivo:
ra
Fazer um cartaz, um texto, um livro, um jogo ou uma Investigar pa
apresentação multimédia sobre um curso de água. saber mais
Já sei…
aber…
O que quero s
Preparação do trabalho: servar/
O que vou ob
r, …
Para saberes mais sobre os rios, vais fazer uma saída /medir/regista
sentar
de campo, com os teus colegas e professor(a). Como vou apre
e comunicar
a informação.
De que vais necessitar?
Bloco de notas Termómetro
Lápis Fita métrica
Lupa Chapéu
Máquina fotográfica Vestuário prático

O que vais fazer?


1. Em grupo, escolhe um curso de água de fácil acesso.
2. Pesquisa informações sobre o percurso do curso de água e faz
um esquema que o ilustre.
3. Investiga e recolhe relatos de acontecimentos históricos
(por exemplo: catástrofes naturais).
4. Pede ao(à) professor(a) que organize cinco grupos e distribua as seguintes
tarefas:
a) medição da temperatura e análise da transparência da água;
b) observação e registo fotográfico da flora;
c) observação e registo fotográfico da fauna;
d) registo fotográfico da preservação ambiental do curso de água e da zona
envolvente.
5. No final, junta as informações recolhidas e desenvolve o trabalho.

106 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

363929 102-115 U6.indd 106 18/03/13 17:11


6.2 AS FORMAS DE RELEVO EM PORTUGAL
6

UNIDADE
9˚ 8˚ 7˚
N 9˚ Serra 8˚ 7˚

Os mapas que representam N da Peneda


Serra
da 1416 m
Peneda
Serra
do Larouco
Serra Serra 42˚
42˚ 1416 m do Larouco
1527 m de Nogueira42˚
Serra
o relevo e os rios

o o
inh inh
42˚ M ima
L 1527 m 1320 m
de Nogueira
Rio Rio
M Lim
1508
a
m 1320 m
Rio Rio
ado1508 Serra
m
Um mapa representa uma determinada C á v
Rio ado d Gerês
o Serra
Cáv Serra
i o
R do Gerês do Marão
Serra
parte da superfície da Terra. Os mapas físicos 1416 m
do Marão
Serra 1416 m
Rio Do 41˚
representam as formas de relevo — as monta- 41˚ de Montemuro
Serra
1381 m
Rio Do
uro
uro 41˚
41˚ de Montemuro
nhas, os planaltos, os vales e as planícies — 1381 m
Rio Vouga
Rio Vouga Serra
Serra
os rios, os lagos e os mares. doSerra
Açor
da Estrela
Serra
1993 m
da Estrela
do Açor
1418 m
As áreas mais elevadas — com maior alti- Oceano
Atlântico
Oceano Rio M
ond
ego
ego
1418 m
1993 m
Serra
da Gardunha
Atlântico ond Serra 40˚
tude — têm uma cor (neste mapa, é o castanho- 40˚
Rio M
Serra
1227
da m
Gardunha
1227 m
40˚
40˚ da Lousã
Serra
-escuro) e as áreas mais baixas — com menor Serra
dos Candeeiros
Serra
da Lousã
1205 m
1205 m
altitude — têm outra cor (neste mapa, é o verde- dos Candeeiros
678 m
678 m
Rio Tejo
Rio Tejo

-claro). Serra Serra


de Montejunto
Serra deSerra
São 39˚

O mar é representado em tons de azul. 39˚


39˚
de Montejunto
666 m Mamede
de São 39˚
666 m Mamede
1027 m
1027 m
ESPANHA
A altitude é a distância medida na vertical Rio
ESPANHA
Sa
entre um ponto da superfície da Terra e o nível Rio do
Sa
do
38˚
médio do mar, que é considerado o nível zero.

a a
Rio Guadian
38˚
38˚

Rio Guadian
38˚

Rio Rio
M M
ira ira
900 Serra
Altitude (m)

Serra do Caldeirão
de Monchique Serra
800 Serra do
589Caldeirão
m
902 m
de Monchique
700 902 m 589 m 37˚
37˚ 37˚
600 37˚ 0 45 km
0 45 km
500
9˚ 8˚ 7˚
400 9˚ 8˚ 7˚

300 Altitude ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES


ARQUIPÉLAGO
N 17˚ O DA MADEIRA ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES
28˚ O N
200 N 17˚ O 28˚ O N
39˚ N
100 Pico Ruivo 33˚ N Pico
39˚ N

0
Pico Ruivo
1861 m 33˚ N Pico m
2351
Nível médio das águas do mar 1861 m 2351 m
–100 Pico
Profundidade
do
PicoAreeiro 38˚ N
–200
do Areeiro
1818 m 0 15 km 38˚
0 N 25 km
–300 1818 m
Profundidade (m)

0 15 km 0 25 km 26˚ O
26˚ O
–400
Altitude (em metros)
–500
Altitude (em metros)500 a 1000
> 1000 200 a 500 0 a 200
–600 > 1000 500 a 1000 200 a 500 0 a 200
Como medir a altitude de um lugar. Mapa físico de Portugal.

ATIVIDADES

1 Refere o nome de duas serras do território nacional.

2 Refere o nome dos dois picos com maior altitude nos Açores e na Madeira.

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 107

363929 102-115 U6.indd 107 18/03/13 17:11


6.2 AS FORMAS DE RELEVO EM PORTUGAL

As principais formas de relevo


À variação da forma e da altitude da superfície terrestre chama-se
relevo. As principais formas de relevo são:

Montanhas — Elevações na
superfície terrestre, normalmente
Planícies — Terrenos com mais de 600 m de altitude,
planos situados que se agrupam em serras.
a baixa altitude.

Vales — Passagens
entre duas montanhas,
Planaltos — Terrenos planos por vezes percorridas
situados a uma altitude elevada. por um curso de água.
As principais formas de relevo.

O relevo de Portugal continental e insular


No território continental português, há grandes diferenças entre o relevo
no Norte e no Sul. As maiores altitudes encontram-se a norte do rio Tejo
(montanhas e planaltos), enquanto a sul do rio Tejo predominam as zonas
planas, extensas e de baixa altitude (as planícies). O Alentejo é a zona
mais plana de Portugal continental.

Planalto em Alto Trás-os-Montes. Planície alentejana.

108 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

363929 102-115 U6.indd 108 18/03/13 17:11


6

UNIDADE
A serra da Estrela é a serra mais alta do continente, com
1993 metros de altitude. Outras serras importantes são:
Gerês, Peneda, Larouco, Marão, Caramulo, Montemuro,
Lousã, Montejunto, Sintra, São Mamede e Monchique.

Montanha na serra da Estrela. Serra do Marão. Pico Ruivo, na Madeira.

Na ilha da Madeira, o relevo é muito acidentado,


com picos de grande altitude e vales muito profundos.
A altitude mais elevada situa-se no pico Ruivo (1861 m).
Na ilha de Porto Santo, o relevo é pouco acidentado.
u7p156h2
No arquipélago dos Açores, as ilhas são quase todas
muito montanhosas e a altitude aumenta do litoral para o
interior.
A maior elevação dos Açores (e de Portugal) é o Pico
(2351 m). Pico, nos Açores.

Altitude (metros) Altitude (metros) Arquipélago


dos Açores
2000
A norte 2400 1 – Pico
1800 Estrela do rio 1 2 – Pico Rachado
Mondego 3 – Caldeira
1600 Larouco 2000 4 – Pico da Vara
Marão 13 5 – Cabeço Gordo
1400 Gerês 10 11
9 6 – Pico da Barrosa
Montesinho Soajo 12 14
Peneda 1600 7 – Santa Bárbara
1200 8 – Pico da Esperança
Cabreira Barroso
Lousã Entre o rio
1000 Caramulo Mondego Arquipélago
São Mamede 1200
e o rio Tejo da Madeira
Lapa Marofa Monchique 4
800 Mogadouro 3 5 6 8 9 – Pico Casado
2 7
800 10 – Pico do Areeiro
600 Aire Montejunto
Ossa 11 – Pico das Torres
Buçaco 12 – Pico das Eirinhas
400 Caldeirão Sintra Arrábida
400 15 16 13 – Pico Ruivo
200 A sul 14 – Pico Escalvado
do rio 15 – Pico do Facho
Nível do mar Nível do mar 16 – Pico do Castelo
0 Tejo 0

As serras mais altas de Portugal continental. Os picos mais altos dos arquipélagos dos Açores
e da Madeira.

ATIVIDADES

1 Distingue vale de planalto.

2 Distingue planície de montanha.

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 109

363929 102-115 U6.indd 109 18/03/13 17:11


ATITUDES E VALORES

A preservação do ambiente
Na Natureza, existem muitos locais que se encontram muito degradados
devido à poluição.

A B

C D

E F

Observa as imagens e responde, depois de debateres com os teus colegas, às questões seguintes.
Refere as principais diferenças entre as imagens A e B e entre as imagens C e D.
Debate com os teus colegas a importância de preservar o ambiente.
Observa as imagens E e F. Quais poderão ser os efeitos das situações representadas?
Como poderiam ser evitados?
O que poderá acontecer ao planeta Terra daqui a muitos anos, se não cuidarmos do ambiente?
Faz um desenho onde representes a Terra nessa altura.

110 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

363929 102-115 U6.indd 110 18/03/13 17:12


RECORDA
6

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• Os rios são cursos naturais de água doce que nascem nas montanhas e que desaguam no mar, num rio
ou num lago.
• Os rios fornecem água às populações, servem de vias de comunicação, fornecem água para a rega
e para a obtenção de eletricidade. Permitem a prática de desportos aquáticos e da pesca.
• Os caudais de alguns rios aumentam muito no inverno e podem provocar inundações. No verão,
podem secar quase por completo.
• Os principais rios de Portugal encontram-se no continente e são: Douro, Mondego, Tejo, Sado
e Guadiana.
• Os rios de Portugal que nascem em Espanha e desaguam em Portugal, no oceano Atlântico, são:
Minho, Douro, Tejo e Guadiana.
• O maior rio que nasce em Portugal é o rio Mondego.
• Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, os cursos de água são mais pequenos e têm o nome de ribeiras.
• A altitude é a distância medida na vertical entre um ponto da superfície da Terra e o nível do mar,
que é considerado a uma altitude zero.
• Em Portugal continental, o relevo mais acidentado encontra-se no Norte e no Centro.
• As maiores elevações de Portugal são: a serra da Estrela, no território continental, com cerca
de 2000 metros de altitude, o Pico, nos Açores, com 2351 metros de altitude, e o pico Ruivo,
na Madeira, com 1861 metros de altitude.

ESQUEMA DE CONCEITOS

Portugal

tem

Rios que influencia os Relevo variado

os principais são que servem para

• Minho • fornecer água Norte de Portugal Sul de Portugal Açores


• Douro • vias de comunicação continental continental e Madeira
• Mondego • rega
• Tejo • obtenção de energia é é é
• Sado elétrica
• Guadiana • desportos aquáticos
• elevado • baixo • alto
• pesca
• montanhas altas • planícies • acidentado
e planaltos
a maior elevação é a as maiores elevações são

Serra da Estrela • Pico, nos Açores


• pico Ruivo,
na Madeira

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 111

363929 102-115 U6.indd 111 18/03/13 17:12


SERÁ QUE JÁ SABES?

1
1 Observa a imagem.
a) Faz corresponder a cada número a designação
da respetiva parte do rio.
2
b) Refere três utilidades dos rios. 3
4
c) Qual é o rio mais próximo
da localidade onde vives? 5
17˚ O 16˚ O 9˚ 8˚ 7˚
N 10˚ 42˚
42˚ N

o
inh
M a
Rio Lim
33˚ N Rio

ado
Cáv
Rio

2 Observa o mapa de Portugal


0 e 28estabelece
km a correspondência entre as letras presentes 41˚
Rio Do
u ro
41˚

no mapa e os rios ou as elevações correspondentes. 16˚ O


Rio Vouga

17˚ O 16˚ O
N NN 17˚31˚
OO
10˚ 28˚9˚O 16˚27˚
O O8˚ 10˚ 7˚ 9˚ 8˚ 7˚
A 42˚ N 42˚ N
42˚ 42˚
o

o
inh

inh
M ima M ima
33˚ N 33˚ N Rio Rio
L Rio Rio
L 40˚

39˚ N 40˚
ado ado
Cáv Cáv
B Rio Rio

C Rio Do
ur o 41˚
Rio Tejo
Rio Do
u ro
D41˚
0 28 km 0 28 km
41˚ 41˚
16˚ O 25˚
16˚OO
38˚ N Rio Vouga
39˚
Rio Vouga
E 39˚
31˚ O 28˚ O 27˚ O 31˚ O 28˚ O 27˚ O
N N0 50 km
ESPANHA
F
26˚ O
40˚ 40˚

39˚ N 40˚ 39˚ N 40˚

Rios Elevações 38˚


38˚

G
Rio Douro Pico Rio Tejo Rio Tejo
Rio
M
ira

Oceano 0 50 km
HAtlântico
38˚ N Rio Mondego 25˚ O
38˚ N
39˚
Pico Ruivo 25˚ O

39˚
39˚ 39˚

0
Rio
50 km
Tejo 0
Serra
50 km
da Estrela 37˚
37˚

9˚ 8˚ 7˚
10˚ ESPANHA ESPANHA
Rio Sado 26˚ O 26˚ O
I
Rio Guadiana 38˚ 38˚
38˚ 38˚
J
Rio

Rio
M

M
ira

ira

Oceano 0 Oceano50 km 0 50 km
Atlântico Atlântico

37˚ 37˚
37˚ 37˚
10˚ 9˚ 8˚ 10˚ 7˚ 9˚ 8˚ 7˚

3 Refere o nome de três dos maiores rios de Portugal.

4 Quais são as principais formas de relevo que a superfície terrestre pode apresentar?

5 Observa o gráfico das serras mais altas de Portugal continental da página 109
e diz quais são as quatro serras com altitudes mais elevadas.
112 BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural

363929 102-115 U6.indd 112 18/03/13 17:12


6

UNIDADE
6 Observa a tabela seguinte e elabora um gráfico de barras com as altitudes de algumas
das elevações de Portugal.

Serra Pico Pico Serra


Elevações Pico
da Estrela Ruivo do Areeiro do Larouco
Altitudes/m 2351 1993 1861 1818 1535
Serra Serra Serra Serra Serra
Elevações
do Gerês da Peneda do Marão da Gardunha de Montejunto
Altitudes/m 1548 1486 1416 1227 664

7 Retira os dados do gráfico e constrói uma tabela com a extensão de cada um dos rios.
340
Extensão no território nacional em km

320
300
280
260
240
220
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Minho Douro Vouga Mondego Tejo Sado Guadiana

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Conhecer, identificar e representar os vários constituintes de um rio. 103 e 104

Reconhecer os maiores rios de Portugal. 104 e 105

Identificar em mapas, fotografias e ilustrações os maiores rios de Portugal. 105

Conhecer, identificar e representar as principais formas de relevo. 107 e 108

Conhecer as maiores elevações de Portugal continental e insular. 108 e 109


Localizar as maiores elevações de Portugal em mapas, fotografias,
107 a 109
ilustrações, …
Reconhecer e divulgar formas de preservação dos rios e das serras. 106 e 110
A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
11-14 Tenho de continuar assim… 7-10 Não estou mal… 0-6 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 3 À descoberta do ambiente natural 113

363929 102-115 U6.indd 113 18/03/13 17:12


Realizar experiências com a água

Princípios dos vasos comunicantes


Um conjunto de dois recipientes que se encontram liga-
dos, permitindo que o líquido que contêm possa passar de
um lado para o outro, designa-se por vasos comunicantes.
Os vasos comunicantes caracterizam-se por possibilitarem a deslocação
do líquido de um dos recipientes para o segundo recipiente até que, em ambos,
o líquido atinja o mesmo nível. Este é o princípio que se verifica na utilização
de um regador ou o que acontece num repuxo.

INVESTIGO Como funcionam os vasos comunicantes?

De que vais necessitar?


Embalagem de plástico Cola líquida transparente
Tubo de plástico Garrafa de água (33 ou 50 cL)

O que vais fazer?


1. Com ajuda do teu professor, faz um furo, de diâmetro ligeiramente superior
ao do tubo, nas paredes da embalagem e da garrafa de água.
2. Insere aproximadamente 10 cm de tubo através do orifício da embalagem.
3. Insere a outra extremidade do tubo através do orifício da garrafa.
4. Veda a junção do tubo com a garrafa com a cola líquida
e deixa secar bem.
5. Enche a garrafa com água e tapa-a.
6. Destapa a garrafa e observa o que acontece.
7. Levanta devagar o repuxo e observa o que acontece.
8. Coloca de novo o repuxo num nível inferior e observa.
9. Levanta agora a garrafa e observa.
10. Baixa a garrafa e observa.
11. Tapa a garrafa e observa.

Antes de começares… pensa


e responde à questão.
O que pensas que vai acontecer?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que
aconteceu?
2. Responde à questão-problema desta atividade.

114 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 102-115 U6.indd 114 18/03/13 17:12


Manusear objetos em situações concretas 6

UNIDADE
PROJETO O ambiente ao meu redor

Objetivo:
Elaborar um cartaz para divulgar os problemas ambientais da localidade onde
vivem (ou onde está situada a escola). Apresentar também propostas para
os resolver.

O que vais fazer? ra


Investigar pa
1. Investiga e faz um levantamento dos problemas que saber mais

afetam o ambiente da tua localidade. Podes fazer Sugiro e ouço
inquéritos aos moradores sobre as suas opiniões Negoceio:
o
e realizar visitas de estudo à localidade. — a informaçã
a apresentar…
2. Debate com os teus colegas formas de resolver sentar
— como apre
esses problemas. a informação…
3. Decide como apresentar a informação na forma ão
— a distribuiç
de cartaz. de tarefas.
4. Identifica os materiais necessários.
5. Realiza o trabalho.
6. Apresenta o trabalho à turma.

BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos 115

363929 102-115 U6.indd 115 18/03/13 17:12


UNIDADE

7 O CONTACTO ENTRE A TERRA


E O MAR
V A IS A P R E N
ADE,
N E S T A U N ID R A :

Localizar no pl
e no globo
e os oceanos.
DE

os
rio
anisfé
continentes

oceano
Reconhecer o
o fronteira
Atlântico com
de Po rt ugal.
marítima
r di re ta ou
Observa
alguns
indiretamente
co st a,
aspetos da
ci al da costa
em espe
portug ue sa .
apa,
Localizar no m
in ental,
Portugal cont
qu ip él agos
ilhas e ar
s e M ad ei ra).
(Açore
ca as
us
Conhecer as
ia de marés e,
da existênc
servar
se possível, ob
aç ão so br e a costa.
a sua
s vi vos
Observar sere
na pr ai a.
existentes
ar a si na liz ação
Identific
das costas.

Vejam a praia
lá em baixo!
Estará maré alta?
Será que vou conseguir
encontrar conchinhas?

Observa a imagem e responde às questões.


O que entendes por maré alta?
Em que locais da praia pode o Pedro encontrar
conchinhas?
Porque existem tantas rochas dentro de água?
Como é que surgiu a areia da praia?

116 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 116-131 U7.indd 116 18/03/13 17:20


7.1 AS REPRESENTAÇÕES DA TERRA NO GLOBO E NO PLANISFÉRIO

Nas fotografias tiradas a partir do espaço, o planeta


Terra apresenta principalmente quatro cores:
• Azul — revela as grandes extensões de água.
• Castanho/verde — revela as áreas continentais.
• Branco — revela as nuvens presentes na atmosfera
e a neve nalgumas zonas do Globo.
Grande parte da superfície da Terra está coberta por
água (mares, rios, lagos, etc.), sendo a restante ocupada
pelos continentes e ilhas. Planeta Terra visto do espaço.

A representação da Terra
Para estudar a superfície da Terra, são tiradas foto-
grafias a partir do espaço — as imagens de satélite.
Estas fotografias são muito úteis para elaborar
mapas ou para detetar e estudar as modificações no
ambiente devido aos efeitos dos incêndios, das cheias
e das desflorestações, para identificar zonas de desertifi-
cação, etc.
O planeta Terra pode ser representado na sua tota-
lidade, utilizando: Satélite artificial em órbita.
• o planisfério — representação do planeta Terra
numa superfície plana;
• o globo — representação esférica do planeta Terra.
N

0 3300 km

O planisfério terrestre representa os continentes e os oceanos de forma plana. O globo terrestre representa
os continentes e os oceanos
de forma esférica.
BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 117

363929 116-131 U7.indd 117 18/03/13 17:20


7.1 AS REPRESENTAÇÕES DA TERRA NO GLOBO E NO PLANISFÉRIO

Os oceanos
Os oceanos, representados em tons de azul nos globos e nos planis-
férios, ocupam cerca de três quartos da superfície total da Terra. Existem
cinco oceanos:
• Oceano Pacífico — o maior dos oceanos, banha a costa ocidental
da América e as costas orientais da Ásia e da Oceânia.
• Oceano Atlântico — banha as costas ocidentais da Europa e da
África e a costa oriental da América. É a fronteira marítima de Por-
tugal, ou seja, é o limite marítimo geográfico do nosso país.
• Oceano Índico — banha a costa ocidental da Oceânia, a costa sul
da Ásia e a costa oriental da África.
• Oceano Ártico — o mais pequeno dos oceanos, banha as regiões
polares do Norte.
• Oceano Antártico — banha as regiões polares do Sul.

Os continentes N

Oceano Ártico
Os continentes e as ilhas
constituem a parte sólida da EUROPA ÁSIA
Terra; são normalmente repre- Oceano
Pacífico
sentados nos globos e nos pla-
31,5 %

AMÉRICA Oceano
Pacífico
nisférios com os tons de verdes ÁFRICA
20,3 %

Oceano
e castanhos e ocupam cerca de
14,0 %

co
Atlântico
Oceano
8,3 %
8,1 %
5,8 %

um quarto (1/4) da superfície Índico


3,9 %

2,6 %
1,9 %
1,9 %

1,7 %

OCEÂNIA
N
terrestre.
Ártico
Antártico
Índico
Atlântico
Pacífico
Ásia
América
África
Europa
Oceânia
Antártida

ano
Oceano
Existem seis continentes: rtico
Antártico ANTÁRTIDA
Oceanos Continentes
África, Ásia, América, Europa, 71,6 % 28,4 %
0 3800 km
ANTÁRTIDA
NTÁRTIDA
Oceânia e Antártida.
Os oceanos ocupam grande parte da superfície terrestre.

ATIVIDADES

1 De que formas podemos representar a Terra?

2 Como identificas os oceanos num planisfério ou num globo terrestre?

3 Qual é o oceano que banha Portugal?

4 Como identificas a parte sólida da Terra representada num globo ou num planisfério?

118 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 116-131 U7.indd 118 18/03/13 17:20


7.2 A PAISAGEM JUNTO À COSTA
7

UNIDADE
As marés
Ao longo do dia, o nível da água do mar é variável.
A esta variação do nível das águas do mar chamamos marés.
• O nível mais elevado da água do mar denomina-se
maré alta ou preia-mar.
• O nível mais baixo da água do mar denomina-se
maré baixa ou baixa-mar.

Maré alta ou preia-mar.


A maré é o fenómeno de subida e descida periódica
da água do mar.

No nosso país, as marés ocorrem com a frequência


aproximada de duas marés altas e duas marés baixas em
cada 24 horas e 50 minutos.
Estas subidas e descidas das águas dos mares devem-
se à força de atração da Lua sobre a Terra.

Maré baixa.
Os aspetos da costa
As marés, as correntes litorais e o movimento da água
das ondas provocam a erosão da costa. Como as rochas
têm diferentes resistências à força erosiva das águas, for-
mam-se reentrâncias ou saliências na costa.
Por outro lado, os materiais arrancados pelo mar e os
sedimentos transportados pelos rios são depositados no
fundo do oceano e podem dar origem à formação de praias.
Desta forma natural, a costa vai ganhando um aspeto
diversificado, com praias arenosas, cabos, baías e arribas.
Contudo, também a ação do Homem vai alterando
o aspeto da costa, devido, principalmente, ao desenvolvi-
mento, no litoral, de localidades muito povoadas. A ati-
vidade piscatória e o grande desenvolvimento do turismo,
com a construção de habitações, hotéis, parques de cam-
pismo, campos de golfe, etc., provocam a destruição das
dunas e a fragilização das falésias junto do litoral e cau-
sam a alteração do recorte da linha costeira. Força erosiva das águas.

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 119

363929 116-131 U7.indd 119 18/03/13 17:20


7.3 A COSTA PORTUGUESA

Como é o contacto entre a terra e o mar?


Designamos por costa ou litoral a zona de contacto entre a terra e o mar.
Devido a diferentes fatores do ambiente, a costa pode apresentar
diferentes estruturas:
• Cabo — saliência da costa que entra pelo mar.
• Golfo — reentrância na costa de forma arredondada, aberta ao mar.
Quando o golfo é pequeno, chama-se baía. Quando a baía é pequena,
chama-se enseada.
• Estuário — alargamento do rio junto à foz.
• Península — uma porção de terra rodeada de água por todos os
lados menos um, denominado istmo.
• Arribas ou falésias — costa rochosa alta.
• Praia — área de costa baixa, geralmente coberta por areia. Nas
praias arenosas, na zona mais afastada do mar, podem formar-se
dunas pela acumulação da areia devido à ação do vento.

Cabo

Istmo Baía
Península

Praia

Arriba

Estuário

Principais formas de relevo do litoral.

120 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 116-131 U7.indd 120 18/03/13 17:20


7

UNIDADE
A costa de Portugal continental
A costa de Portugal continental é extensa, tem 832 km, e é banhada
pelo oceano Atlântico. Coexistem as costas baixas (praias de areia) com
arribas (falésias), cabos, penínsulas, baías e estuários.

N
Costa predominantemente
baixa e arenosa

Costa predominantemente
alta e rochosa

Oceano
Atlântico M inho
Rio

r
bo
Cavalos de Fão

Sa
Ri

o
Leixões ouro
Rio D
Rio Vouga

ego
Costa baixa — praia da Nazaré. o Mo
nd Baía de Setúbal.
Cabo Mondego R i
e
zer

Rio
Nazaré
Peniche
o

Cabo Carvoeiro
Tej
Rio

Cabo da Roca
Cabo Raso
Rio
Cabo Espichel S
ad

Península de Setúbal
o

diana

Cabo de Sines
ua
Rio G

Cabo de São
Vicente 0 35 km

Costa alta ou arriba. Mapa de relevo da costa. Estuário do Sado.

Cabo Espichel. Península de Peniche.


BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 121

363929 116-131 U7.indd 121 18/03/13 17:21


7.3 A COSTA PORTUGUESA

A costa nos Açores e na Madeira


A costa dos arquipélagos dos Açores e da Madeira é essencialmente
alta e rochosa. u0p5h1

ARQUIPÉLAGO
Açores Madeira
Localização • Oceano Atlântico. • Oceano Atlântico.
• Aproximadamente a uma • Aproximadamente a uma
distância de 1500 km distância de 1000 km
de Lisboa. de Lisboa.
Costa A costa nas ilhas dos Açores é, A costa da ilha da Madeira
em geral, alta e rochosa, é predominantemente alta
havendo, no entanto, algumas e escarpada, havendo poucas
zonas em que é baixa praias de areia.
e arenosa. Pelo contrário, a ilha de Porto
u0p5h1
Santo tem extensas praias
de areia.
u0p5h1
Origem Vulcânica, ou seja, as ilhas formam-se a partir de vulcões.

Funchal

Praia do Porto da Cruz, ilha da Madeira. Arriba na ilha da Madeira.

Porto
Santo Ponta Delgada

Costa baixa com praia, na ilha de Porto Santo, Praia na ilha de São Miguel.
no arquipélago da Madeira.

122 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 116-131 U7.indd 122 18/03/13 17:21


7

UNIDADE
A sinalização da costa
Ao longo da costa existem zonas perigosas para
a navegação, que é necessário assinalar de diferentes
formas:
• Faróis — torres altas com um foco luminoso
giratório para orientar as embarcações durante EDUCAÇÃO
a noite. Quando está nevoeiro, também pos-
suem um sinal sonoro. Quando estiveres
• Boias — presas ao fundo do mar, flutuam na perto do litoral,
água, sinalizando com luz ou com som os deves ter cuidado com
as arribas ou falésias,
locais que os barcos devem evitar. Também pois, devido à erosão
podem indicar «corredores» marítimos por da costa, estas podem
onde as embarcações devem navegar. ruir.
• Sinais sonoros — são utilizados nos dias de Deves afastar-te,
nevoeiro para avisar da aproximação da costa. quer estejas na base
da arriba (praia)
ou no cimo da mesma.
Nunca é de mais
lembrar que devemos
evitar:
• deitar lixo nas praias
(água e areia);
• andar sobre
as dunas.
Farol. Boia.

ATIVIDADES

1 Descreve e explica o que são e porque ocorrem as marés.

2 Como se chama a zona de contacto entre a terra e o mar?

3 Observa o mapa da página 121 e indica o nome de:


a) um cabo; c) uma baía; e) uma península.
b) uma praia; d) um estuário;

4 Diz como é a costa nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

5 Que tipos de sinalizações existem nas regiões costeiras?

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 123

363929 116-131 U7.indd 123 18/03/13 17:21


7.4 OS SERES VIVOS DAS REGIÕES COSTEIRAS

Os seres vivos
Ao longo da costa portuguesa existe uma grande diversidade de seres
vivos que vivem na água, nas rochas, no areal ou nas dunas. Além dos
seres vivos e dos vestígios (conchas, por exemplo), também existem vários
materiais que podem ser encontrados nas praias, como rochas e areia.

Zona aquática rochosa

Areal Dunas

Algas (zona aquática). Lapas (zona aquática). Ouriços-do-mar (zona aquática).

Anémonas (zona aquática). Bivalves (zona aquática). Crustáceos (zona aquática e areal).

Estorno (dunas). Cardo-marítimo (dunas). Cordeirinhos-da-praia (dunas).

ATIVIDADE

1 Refere outros exemplos de seres vivos diferentes daqueles que surgem nesta página
e que podes encontrar nas regiões costeiras.

124 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 116-131 U7.indd 124 18/03/13 17:21


7

UNIDADE
PROJETO Saída de campo — vamos à praia! ra
Investigar pa
saber mais
Objetivo: Já sei…
aber…
Organizar uma exposição sobre as regiões costeiras. O que quero s
servar/
O que vou ob
r, …
Preparação do trabalho: /medir/regista
sentar
Como vou apre
Para saberes mais sobre as regiões costeiras, vais e comunicar
efetuar uma saída de campo a uma praia, com os teus a informação.
colegas e professor(a).
Com todas as informações recolhidas podes organizar uma exposição,
bem ilustrada com desenhos e fotografias.

De que vais necessitar?


Máquina fotográfica Fita métrica Lupa Chapéu e vestuário
Termómetro Bloco de notas Lápis prático

O que vais fazer?


1. Em grupo, escolhe uma praia de fácil acesso.
2. Localiza a praia no mapa de Portugal.
3. Pesquisa e planeia a saída de campo, de acordo com as marés.
4. Pede ao(à) professor(a) que organize grupos e distribua as seguintes tarefas:
a) Observação e registo do tipo de paisagem junto à costa.
b) Observação e registo dos seres vivos de ambiente terrestre, fotografando
ou desenhando as diferentes espécies.
c) Observação e registo dos seres vivos aquáticos.
d) Registo da situação ambiental em que se encontra a praia e a zona envolvente.
5. Na sala de aula, melhora os desenhos realizados.
6. Identifica os seres vivos das fotografias e organiza um álbum (não
se esqueçam de identificar cada ser vivo). Para a identificação dos seres vivos
podes recorrer à Internet. Podes consultar, por exemplo, o site:
http://aquariovgama.marinha.pt/PT/profs_alunos/Pages/viver_mares.aspx
7. Organiza a exposição, com os teus colegas e professor(a) e apresenta-a
à comunidade.

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 125

363929 116-131 U7.indd 125 18/03/13 17:21


ATITUDES E VALORES
Vejam esta praia!
O nosso planeta
A conservação das praias é muito maltratado!
O que pensas que acontecerá se não cuidarmos bem
da nossa zona costeira, do nosso mar e das nossas praias?
Existem muitas praias (fluviais, albufeiras, urbanas,
selvagens) que estão muito sujas.

Praia limpa.

Dunas.

Debate com os teus colegas os principais problemas ambientais das praias e, em conjunto,
proponham formas de os resolver.
Escolham a praia mais próxima da vossa escola e identifiquem os seus principais problemas
e as formas de os solucionar.
Se houver uma praia nas proximidades da vossa escola que necessite de ser limpa, organizem
uma ação de limpeza: convidem amigos e familiares para irem limpar a praia. Depois é começar
a limpar! Atenção! Não se esqueçam que têm de ter cuidado com as dunas durante a sua limpeza.

126 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 116-131 U7.indd 126 18/03/13 17:21


RECORDA
7

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• O planeta Terra pode ser representado, na sua totalidade, de duas formas:


— Em planisférios, que são mapas que representam toda a Terra numa superfície plana.
— Em globos terrestres, que são representações esféricas da Terra.
• Existem cinco oceanos: oceano Pacífico, oceano Atlântico, oceano Índico, oceano Ártico e oceano
Antártico.
• Existem seis continentes: África, Ásia, América, Europa, Oceânia e Antártida.
• As marés são um fenómeno de subida e descida periódica das águas do mar.
• A erosão da costa resulta do desgaste das rochas e da remoção dos sedimentos provocados pelo constante
movimento de subida e descida das águas, provocado pelas marés, e pelo movimento da água das ondas.
• A costa ou o litoral é a zona de contacto entre a terra e o mar.
• A costa pode apresentar formas muito diferentes: cabos, golfos, estuários, penínsulas, falésias
ou arribas e praias.
• A costa portuguesa é banhada pelo oceano Atlântico e nela predominam as costas baixas, que terminam
em praias de areia; mas também existem cabos e penínsulas, baías e estuários.
• A costa dos arquipélagos dos Açores e da Madeira é geralmente alta e rochosa.
• Ao longo da costa, existe grande diversidade de seres vivos que vivem na água, nas rochas, no areal
ou nas dunas.
• Para orientar as embarcações que se aproximam da costa, existem no mar, junto a esta, faróis, boias
e sinais sonoros.

ESQUEMA DE CONCEITOS

A Terra

pode ser representada por à sua superfície existem

Planisférios Globos Oceanos a zona de contacto Continentes

que são Costa ou litoral que são

• Atlântico • África
pode sofrer onde vivem deve apresentar
• Pacífico • Ásia
• Índico • América
• Ártico Erosão Seres vivos Sinalização • Europa
• Antártico • Oceânia
dando origem a como • Antártida

• Cabos • Faróis
• Golfos • Boias
• Estuários • Sinais
• Penínsulas sonoros
• Falésias/arribas
• Praias
• Dunas

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 127

363929 116-131 U7.indd 127 18/03/13 17:21


SERÁ QUE JÁ SABES?

1 Observa o mapa.

N
D

4
1 3

A B
2

C 5

0 2800 km

a) Diz, justificando, se a Terra se encontra representada num globo ou num planisfério.


b) Explica as vantagens e desvantagens das duas formas de representar a Terra
(globo e planisfério).
c) Identifica o nome dos continentes assinalados com os números e o dos oceanos
assinalados com as letras.

2 Faz corresponder corretamente as imagens às várias definições.

1 4 A. É uma costa baixa, geralmente


coberta por areia — praia.

B. É a acumulação de areia arrastada


pelo vento — duna.

2 5
C. É uma porção de terra rodeada
de água por todos os lados — ilha.

D. É uma parte da costa que entra


pelo mar — cabo.

3 6
E. São costas rochosas altas — arribas
ou falésias.

F. É uma porção de mar que entra


pela terra — baía.

128 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 116-131 U7.indd 128 18/03/13 17:22


7

UNIDADE
3 Observa o mapa ao lado e faz a sua legenda com o nome Costa predominantemente
dos cabos e dos rios que faltam. baixa e arenosa
Costa predominantemente
alta e rochosa

4 Classifica as frases como verdadeiras (F) ou falsas (F) e corrige N


Rio
Min
ho

as falsas.

bor
Cavalos de Fão

Sa
Ri

o
ouro
A. A erosão costeira provoca o desgaste da costa.
Leixões Ri o D
Rio Vouga

ego
nd
B. A maré é um fenómeno provocado pelo vento. Cabo Mondego Rio
Mo

re
ze

Rio
C. Os seres vivos das regiões costeiras habitam só na água. Nazaré
Peniche
A D
D. Um exemplo de um ser vivo das dunas é o cardo-marítimo. Cabo da Roca
Cabo Raso
E. Os sinais sonoros são utilizados em dias de sol. B
Península de Setúbal
Rio
S

ad
o
E
Cabo de Sines

5 Observa e identifica as formas de sinalização representadas.


0 45 km
C

A B

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Conhecer, identificar e localizar no planisfério e no globo os continentes


117 e 118
e os oceanos.
Reconhecer o Oceano Atlântico como fronteira marítima de Portugal. 118

Compreender e observar a ação das marés. 119

Compreender e observar a ação do mar sobre a costa. 119


Identificar em mapas, fotografias, ilustrações aspetos da costa (praias,
120
arribas, dunas, cabos…).
Identificar em mapas, fotografias, ilustrações aspetos da costa
121
portuguesa.
Reconhecer e localizar no mapa de Portugal os aspetos da costa portuguesa. 121
Reconhecer e localizar no mapa do Arquipélago dos Açores e da Madeira
122
os aspetos da costa.
Conhecer e identificar a sinalização das costas (faróis, sinais sonoros
123
e boias de sinalização).
Reconhecer e observar seres vivos e materiais existentes na praia. 124 e 125
A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
15-20 Tenho de continuar assim… 10-14 Não estou mal… 0-9 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 129

363929 116-131 U7.indd 129 18/03/13 17:22


Manusear objetos em situações concretas

INVESTIGO Será que as plantas são importantes


para preservar as zonas costeiras?

De que vais necessitar?


4 garrafões de água vazios Corda
4 garrafas de plástico Regador
Solo franco (suficiente para encher 2 garrafões) Água
Solo arenoso (suficiente para encher 2 garrafões)
Sementes de relva e sementes de pequenos catos
ra
Material para cortar plástico Investigar pa
saber mais
O que vais fazer? Já sei…
aber…
O que quero s
1. Com a ajuda do(a) professor(a), corta os garrafões, servar/
O que vou ob
r, …
como mostra a imagem. /medir/regista
sentar
2. Com a ajuda do(a) professor(a), corta as garrafas Como vou apre
ao meio e fura-as em dois locais para lhes e comunicar
colocares uma corda, como mostra a imagem. a informação.
3. Identifica as metades de garrafões de A a D
e enche:
A. com solo franco;
B. com solo arenoso;
C. com solo franco e relva semeada;
D. com solo arenoso e catos plantados.
Aguarda duas semanas.
4. Pendura no bocal do garrafão as metades
das garrafas tapadas com a respetiva
tampa.
5. Verte, com a ajuda do regador,
a mesma quantidade de água em todos
os garrafões, que devem estar sem rolhas.
6. Compara a quantidade e as características
da água recolhida nas garrafas.

Antes de começares… pensa e responde


às questões.
O que pensas que vai acontecer? Porquê?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que aconteceu?
2. Responde à questão-problema desta atividade.

130 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 116-131 U7.indd 130 18/03/13 17:22


Manusear objetos em situações concretas 7

UNIDADE
As dunas são estruturas naturais dinâmicas que se formam por pro-
cessos eólicos, de acordo com a duração e a intensidade dos ventos.
A presença de vegetação serve de obstáculo à movimentação das areias
das dunas, pois fixa-as e dificulta o seu transporte pelo vento.

INVESTIGO De que dependerá a forma


e a orientação das dunas?
ra
De que vais necessitar? Investigar pa
saber mais
Tabuleiro médio 4 ou 5 pequenos seixos Já sei…
aber…
2 kg de solo arenoso Fragmentos de plantas O que quero s
servar/
Secador de cabelo O que vou ob
r, …
/medir/regista
sentar
O que vais fazer? Como vou apre
e comunicar
1. Coloca o solo arenoso numa extremidade da caixa. a informação.
2. Liga o secador numa velocidade baixa e direciona-o
para o solo arenoso, durante 1 minuto.
3. Observa e regista.
4. Amontoa de novo o solo arenoso numa
das extremidades da caixa.
5. Liga o secador na velocidade máxima
e direciona-o para o solo arenoso, durante
1 minuto.
6. Observa e regista.
7. Repete a experiência, mas soprando o ar
durante 3 minutos.
8. Observa e regista.
9. Amontoa de novo o solo arenoso numa
das extremidades da caixa.
10. Dispõe sobre o monte de solo arenoso
os seixos e as plantas.
11. Liga o secador, observa e regista.

Antes de começares… pensa e responde à questão.


O que pensas que vai acontecer em cada parte da atividade?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que
aconteceu?
2. Responde à questão-problema desta atividade.

BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos 131

363929 116-131 U7.indd 131 18/03/13 17:22


UNIDADE

8 PORTUGAL NA EUROPA
E NO MUNDO V A IS A P R E N
Reconhecer
aglomerados
populacionais
ADE,
N E S T A U N ID R A :

vilas e cidade
DE

(aldeias,
s).
tif ic ar as cidades
Iden
do teu distrit o
no mapa.
e localizá-las
apa
Localizar no m
pi ta l do Pa ís.
a ca
ca pitais
Localizar as
de distrit o.
ugal
Localizar Port
m ap a da Eu ropa
no
fé rio .
e no planis
er a fro nteira
Reconhec
Es nha.
pa
terrestre com
apa
Localizar no m
que
os países em
po rt ug uê s.
se fala
ic ar o qu e é
Identif
ia .
a União Europe
os tip os
Conhecer
.
de migrações

Conhecer novas localidades é sempre


muito interessante. Nas últimas férias,
visitámos uma pequena aldeia portuguesa,
próxima da fronteira com Espanha,
que tinha menos de cem habitantes.

férias vamos conhecer melhor Coimbra.

Observa a imagem e responde às questões.


Que tipo de aglomerado populacional representa
a imagem: uma aldeia, uma vila ou uma cidade?
Quais são as suas principais características?
Dá alguns exemplos de profissões que os
habitantes deste aglomerado poderão ter.

132 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 132-145 U8.indd 132 18/03/13 17:23


8.1 OS DIFERENTES TIPOS DE AGLOMERADOS POPULACIONAIS

Inicialmente, o Homem O Homem desenvolveu O Homem diversificou


alimentava-se da caça, a agricultura e a pecuária as suas atividades
da pesca e de frutos em locais com solo fértil, e alguns aglomerados
e vegetais silvestres. junto a cursos de água. populacionais
Abrigava-se em cavernas Fixou-se nesses locais, tornaram-se maiores,
e mudava de local para onde surgiram os originando cidades.
procurar alimentos. primeiros aglomerados
populacionais.

Em Portugal, como noutros países, existem diferentes


tipos de aglomerados populacionais, que se diferenciam
pelo número de habitantes, pelas atividades a que se dedi-
cam ou pelo tipo de habitações aí existentes. Podem ser
classificados como: lugares, aldeias, vilas e cidades.

Lugares
Estes aglomerados caracterizam-se pelo reduzido
número de habitantes, que se dedicam sobretudo à agri-
cultura nos terrenos circundantes.

Aldeias
As aldeias têm um número mais elevado de casas de
habitação, em relação aos lugares, e têm mais habitantes,
os quais, no entanto, são ainda em número reduzido.
Podem ter alguns serviços disponíveis, como escolas e
centros de saúde. As principais atividades económicas
das aldeias são a agricultura e a criação de gado, mas
também o comércio de bens essenciais e a prática de ati-
vidades tradicionais, como o artesanato e o agroturismo.
Geralmente, nas aldeias as habitações não são cons-
truídas em altura, não existindo edifícios com andares. Aldeia de Piódão.
BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 133

363929 132-145 U8.indd 133 18/03/13 17:23


8.1 OS DIFERENTES TIPOS DE AGLOMERADOS POPULACIONAIS

Vilas
As vilas são localidades maiores do que as aldeias e com maior
número de habitantes. Podem ter como atividades económicas a agricul-
tura, o comércio ou a indústria. Nas vilas, existem edifícios com vários
andares e estão disponíveis vários serviços, como, por exemplo, escolas,
centros de saúde, esquadras de polícia, quartéis de bombeiros, etc.

Cidades
As cidades concentram um elevado número de habitantes (milhares
de pessoas) numa extensa área. As principais atividades económicas são
as dedicadas à prestação de serviços, à indústria e ao comércio. Os edifí-
cios são, geralmente, altos com vários andares, utilizados para escritórios
ou para habitação.
Além dos serviços existentes nas vilas, é possível encontrar outros
como tribunais, hospitais, universidades, portos marítimos, grandes cen-
tros comerciais, aeroportos, etc.

Vila de Castro Marim. Cidade de Lisboa.

A capital e as capitais de distrito


A cidade que desempenha um papel mais relevante na condução
da política de um país e onde, geralmente, se encontra a sede do Governo
é chamada de capital do país.
A capital de Portugal é a cidade de Lisboa.
Portugal encontra-se dividido em várias unidades administrativas: os
distritos. Em cada distrito, a cidade mais desenvolvida política, econó-
mica e/ou socialmente é a capital de distrito. Cada distrito está dividido
em vários concelhos, com uma cidade ou vila como capital de concelho.
Os concelhos, por seu lado, são constituídos por freguesias.
134 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 132-145 U8.indd 134 18/03/13 17:23


8

UNIDADE
A população em Portugal N
Caminha Ponte Bragança
Viana da Barca Macedo
Em 2012, a população portuguesa era, aproxi- do Castelo Braga Chaves de Cavaleiros
Barcelos Vila
Guimarães Real Mirandela
madamente, de 10 561 600 habitantes. Póvoa de Varzim
Porto Peso da Régua
V. N. de Gaia Lamego V. N.
As zonas junto ao litoral e às grandes cidades Ovar
Espinho
de Foz Coa
Viseu
Aveiro Guarda
concentram um elevado número de habitantes. Pelo Mangualde Seia
Cantanhede Covilhã
contrário, há regiões de Portugal que se encontram Figueira da Foz Coimbra Fundão
Castelo Branco
quase desertas: as zonas rurais do interior, de onde Leiria
Pombal

a população tende a sair para as cidades, à procura Entroncamento Abrantes


Caldas da Rainha Portalegre
Santarém
de melhores condições de vida. Ponte de Sor
Elvas
Amadora Queluz Vendas
Por esta razão, a densidade populacional, ou seja, Lisboa
Novas
Barreiro
Montemor-o-Novo
Almada Évora
o número de habitantes por quilómetro quadrado, Setúbal
REGIÃO Moura
varia de região para região. AUTÓNOMA
Beja
Serpa
DA MADEIRA
2 500 000 Porto
Santo
2 000 000 Portimão
Funchal Olhão
Câmara
1 500 000 de Lobos Faro 0 63 km
0 29 km
1 000 000 Ribeira
Grande
500 000 Vila Praia
GRUPO
OCIDENTAL
GRUPO da Vitória Ponta
CENTRAL
0 Delgada
Horta
Angra GRUPO
Ca Vi telo

Br l
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Po anç

ORIENTAL
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Fa

or
an
a

do Vis

do Heroísmo
Po

st la R

B

ar

ua

le
im

Év
Br

ad
s
Lis

ag

0 29 km
M

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES


el

(Fonte: INE)
a
an
Vi

Número de habitantes por distrito e região autónoma. Os distritos de Portugal continental


e as regiões autónomas.

ATIVIDADES

1 A localidade onde vives é um lugar, uma aldeia, uma vila ou uma cidade?
Justifica a tua resposta.

2 Explica a seguinte frase: A cidade do Porto tem maior densidade populacional do que
a cidade de Évora.

3 Observa o mapa acima apresentado e refere:


a) a capital de distrito mais a sul de Portugal continental;
b) uma cidade do distrito de Castelo Branco que não seja a capital de distrito;
c) a capital de Portugal e duas cidades dos seus arredores que estejam representadas;
d) o distrito onde se encontra a tua localidade e duas cidades desse distrito.

4 Com a ajuda do teu(a) professor(a), explora o portal do INE (Instituto Nacional


de Estatística — http://sig.ine.pt/viewer.htm) e descobre mais sobre as divisões
territoriais de Portugal.

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 135

363929 132-145 U8.indd 135 18/03/13 17:23


8.2 PORTUGAL NA EUROPA E NO MUNDO

Para localizar Portugal num planisfério ou num globo, devemos loca-


lizar, em primeiro lugar, o continente europeu.
Portugal continental localiza-se na região sudoeste da Europa, na
Península Ibérica. Ocupa um quinto da área desta península, sendo a res-
tante ocupada por Espanha.
Portugal continental faz fronteira a oeste e a sul com o oceano Atlân-
tico, e a norte e a este com Espanha.
O arquipélago da Madeira localiza-se no oceano Atlântico, a sudo-
este do Algarve, e o arquipélago dos Açores, na direção oeste, entre
a Europa e a América do Norte.

AMÉRICA
DO NORTE ÁSIA
Oceano
Oceano
Pacífico
Atlântico

ÁFRICA

AMÉRICA
DO SUL
Oceano
Pacífico
Oceano OCEÂNIA
Índico

0 2500 km
ANTÁRTIDA

N
0 450 km
Portugal

Espanha

EUROPA
Oceano
Atlântico 0 250 km

PENÍNSULA
IBÉRICA
0 600 km

Portugal na Península Ibérica, na Europa e no Mundo.

136 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 132-145 U8.indd 136 18/03/13 17:23


8

UNIDADE
Portugal na União Europeia
Marcados pela experiência da Segunda Guerra Mundial, alguns paí-
ses europeus decidiram, em 1957, unir-se para tentar evitar futuros con-
flitos e cooperarem a vários níveis. Nasceu assim a Comunidade Econó-
mica Europeia (CEE), mais tarde chamada União Europeia (UE).
Os países fundadores da União Europeia foram a República Federal
da Alemanha, a Itália, a Bélgica, a França, os Países Baixos e o Luxemburgo.
Outros países foram, ao longo dos anos, aderindo à União Europeia,
que, em 2012, conta com 27 estados-membros. Portugal pertence à União
Europeia desde 1 de janeiro de 1986.
N
GUIANA GUADALUPE MARTINICA REUNIÃO ILHAS CANÁRIAS
(França) (França) (França) (França) (Espanha)

0 525 km 0 117 km 0 45 km 0 68 km 0 110 km

Data de adesão SUÉCIA


1957 (países fundadores) FINLÂNDIA
1973
Oceano PAÍSES
1981 Atlântico BAIXOS ESTÓNIA
1986
DINAMARCA LETÓNIA
1990 (inclusão da Alemanha de Leste IRLANDA
REINO
após reunificação alemã) LITUÂNIA
UNIDO
1995 POLÓNIA
2004 BÉLGICA ALEMANHA
2007 LUXEMBURGO REP. CHECA
ESLOVÁQUIA
PORTUGAL ÁUSTRIA
FRANÇA HUNGRIA
ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES ARQ. DA MADEIRA ROMÉNIA
(Portugal) (Portugal) ESLOVÉNIA
ESPANHA BULGÁRIA
ITÁLIA
0 55 km

GRÉCIA
0 145 km
MALTA
0 410 km CHIPRE

Os países que pertencem à União Europeia.

ATIVIDADE

1 Faz uma pesquisa sobre a União Europeia:


a) como se constituiu, quais foram os momentos de alargamento, quais foram
os objetivos da sua constituição, moeda, bandeira, etc.
b) Constrói um friso com os acontecimentos que identificaste na questão anterior
como sendo os mais importantes.

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 137

363929 132-145 U8.indd 137 18/03/13 17:23


8.3 OS PORTUGUESES E A LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa


Como já estudaste, os Portugueses exploraram o Mundo a partir do
século xv, com o início dos Descobrimentos. Navegaram para todos os
continentes e, entre os povos que encontraram e colonizaram, deixaram
vestígios dos seus costumes, religião, cultura e acima de tudo: a língua
portuguesa.

Portugal

Cabo Verde

Oceano
Pacífico

Guiné-Bissau Oceano
Oceano Índico
Atlântico

Oceano
Pacífico
Moçambique
São Tomé
e Príncipe
Timor-Leste
Brasil
Angola 0 2000 km

Os países constituintes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Sendo inicialmente colónias portuguesas, o Brasil, Angola, Moçam-


bique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste
tornaram-se, mais tarde, países independentes de Portugal, mas adotaram
o português como língua oficial.
Estes países designam-se por lusófonos e constituem a Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa, cuja sigla é CPLP.
Em todo o Mundo, há mais de duzentos milhões de pessoas a falar
a língua portuguesa.

ATIVIDADES

1 Qual é o significado da sigla CPLP?

2 Quais são os oito países que constituem a CPLP?

138 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 132-145 U8.indd 138 18/03/13 17:23


8

UNIDADE
Migrações
Desde sempre o Homem procurou melhores condições de vida, por isso,
muitas vezes, migra, ou seja, desloca-se e passa a viver noutras terras. Essas
deslocações — migrações — podem ocorrer:
• dentro de um país, sobretudo das áreas rurais para as cidades;
• do nosso para outros países e, neste caso, designam-se por emigrações;
• de outros países para o nosso e, nesta situação, denominam-se imigrações.
Existem emigrantes portugueses por todo o Mundo. Os portugueses
que vivem e trabalham no estrangeiro procuram manter os hábitos, os cos-
tumes e as tradições do seu país.
A saída de portugueses para trabalhar no estrangeiro aumenta quando
escasseiam os postos de trabalho no nosso país.

Suíça N

Canadá França
Alemanha

Estados Unidos
da América
Oceano
Pacífico

Oceano
Pacífico Oceano
Brasil Atlântico Oceano
Índico

Austrália
0 2200 km África do Sul

Os principais destinos da emigração portuguesa.

ATIVIDADE

1 Realiza uma entrevista a alguém que conheças que tenha estado emigrado ou que
tenha imigrado para Portugal. Podes seguir os seguintes passos:
a) Contacta com a pessoa que pretendes entrevistar. Por exemplo, um imigrante.
b) Antes de te reunires com o entrevistado, pensa nas perguntas que consideras
importantes. Aqui ficam algumas, mas podes acrescentar outras.
Quais foram os principais motivos que o levaram a optar pela imigração?
Porque escolheu Portugal e esta localidade específica?
Sentiu-se bem acolhido ou teve dificuldades?
Quais são as principais diferenças entre esta localidade e a de origem?
Gostaria de voltar à sua localidade de origem?

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 139

363929 132-145 U8.indd 139 18/03/13 17:23


ATITUDES E VALORES

O respeito pelo património imaterial


Cada localidade, além dos seus vestígios materiais, como monumentos,
construções e edifícios, conta a sua história através das pessoas. As histórias
de vida, as canções, os provérbios, as adivinhas, os contos e as histórias muito
ensinam sobre a realidade de um local.
teriais
Manusear ma
PROJETO T-shirt cultural concretas
em situações
es
Lê as instruçõ
Objetivo: do papel
de utilização
cia.
Estampar uma T-shirt com elementos do património de transferên
mente
Segue rigorosa
imaterial de uma localidade. ações.
todas as indic
rro
Não uses o fe
De que vais necessitar? uente
de engomar q
isão
Folha A4 Tesoura sem a superv
.
Papel de transferência térmica T-shirt branca de um adulto
pre das
Ferro de engomar Lápis de cor Lembra-te sem
rança.
regras de segu
O que vão fazer?
1. Escolhe um amigo ou familiar, mais idoso, da tua localidade, que te possa
ajudar.
2. Pede-lhe que te ensine um provérbio, uma adivinha, o refrão de uma canção
ou um conto tradicional da tua localidade. Escolhe o que mais gostas.
3. Escreve o texto que escolheste na parte inferior de uma página A4.
4. Faz uma ilustração para a tua T-shirt, na parte superior.
5. Digitaliza o teu trabalho e imprime-o em papel de transferência térmica.
6. Pede a um adulto que pré-aqueça um ferro de engomar na regulação
da temperatura mais alta e sem vapor, durante cerca de 8 minutos.
7. Recorta cuidadosamente a imagem, deixando cerca de 5 mm de espaço
em torno do desenho nos quatro lados.
8. Coloca a folha de transferência recortada sobre a T-shirt, exatamente
no local onde desejas que fique a imagem.
9. Pede a um adulto que engome o desenho na T-shirt.
10. Espera que arrefeça completamente e retira
a película de proteção.
11. Apresenta a tua T-shirt à turma, explicando o que
significa a imagem e o texto nela representados.
Descobre mais no museu virtual do Património Imaterial,
em www.memoriamedia.net.

140 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 132-145 U8.indd 140 18/03/13 17:23


RECORDA
8

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• Os aglomerados populacionais podem ser de diversos tipos: lugares, aldeias, vilas ou cidades.
• A densidade populacional é o número de habitantes por quilómetro quadrado.
• A cidade que desempenha um papel mais relevante na condução da política de um país e onde
geralmente se encontra a sede do Governo é designada por capital. A capital de Portugal é a cidade
de Lisboa.
• Portugal continental localiza-se na região sudoeste da Europa, na Península Ibérica, faz fronteira
a oeste e a sul com o oceano Atlântico, a norte e a este com Espanha.
• A região insular portuguesa é formada pelas ilhas que constituem as regiões autónomas da Madeira
e dos Açores, situadas a oeste de Portugal continental, no oceano Atlântico.
• Portugal pertence à União Europeia desde 1986.
• Os países que têm o português como língua oficial pertencem à Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa — CPLP.
• À procura de melhores condições de vida, as pessoas deslocam-se para outros locais: no próprio
país — migrações —; para outros países — emigrações.
• As pessoas de outros países que vêm para Portugal viver e trabalhar são designados por imigrantes.

ESQUEMA DE CONCEITOS

Planeta Terra

as pessoas constituiram

Aglomerados populacionais

representa-se através de que podem ser

Globo Planisfério Mapas Cidades Vilas Aldeias Lugares

podem ser
que representam

Países Capital Capitais


do país de distrito
que se organizam em
de Portugal é

Lisboa

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 141

363929 132-145 U8.indd 141 18/03/13 17:24


SERÁ QUE JÁ SABES?

1 Classifica a localidade onde vives quanto ao tipo de aglomerado populacional.

2 Observa as imagens.
a) Identifica a imagem que representa uma aldeia e que representa uma cidade.
b) Descreve as principais diferenças entre estes dois tipos de aglomerados
populacionais.

A B

N
3 Descreve a localização de Portugal no planisfério. 3
1 Vila
2 Real
4 Observa o mapa representado ao lado.
Porto
a) Identifica as capitais de distrito assinaladas Viseu
Aveiro Guarda
de 1 a 7.
Oceano
b) Quais são os distritos de Portugal que fazem Atlântico
4 Castelo
Branco
fronteira com Espanha? Leiria

c) Como se designa a capital de distrito mais 6


5
a norte de Portugal continental?
Lisboa
d) Descreve a localização da capital do País Évora
Setúbal
em relação ao distrito do Porto. REGIÃO
AUTÓNOMA 7
e) Completa as frases seguintes. DA MADEIRA

Portugal localiza-se no continente


Faro
, na Península . 0 29 km
0 63 km

Os arquipélagos dos Açores e da


encontram-se a de Portugal GRUPO
OCIDENTAL
GRUPO
CENTRAL
GRUPO
ORIENTAL

continental, no oceano . 0 29 km
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

142 BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços

363929 132-145 U8.indd 142 18/03/13 17:24


8

UNIDADE
5 Lê atentamente o excerto da notícia.

«[…] Portugal é há muito um país de emigrantes. Costuma dizer-se que os Portugueses


são dez milhões em Portugal e cinco milhões no estrangeiro.
Nos últimos anos, o número dos que deixam o nosso país à procura de trabalho noutras
paragens tem aumentado. Segundo o relatório da OCDE (Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Económico) ontem divulgado, todos os anos são 70 mil os portugueses
que partem em busca de oportunidades profissionais no estrangeiro […]. Já o Instituto
de Emprego e Formação Profissional contabilizou 150 mil portugueses emigrados em 2011.
Independentemente do número, o certo é que, no ano passado, movimentos migratórios
voltaram a aumentar na Europa, fruto da crise e do aumento do desemprego […]»

Diário Económico, 28/06/2012


(adaptado)

a) O que são movimentos migratórios?


b) Refere um motivo mencionado no texto que leve as pessoas a deslocar-se,
viver e trabalhar noutros países.
c) Refere alguns países onde vivem comunidades de emigrantes portugueses.

6 Pesquisa informação sobre a União Europeia e responde às questões.


a) Quais foram os países fundadores da UE e em que ano foi fundada?
b) Quais foram os países que aderiram à UE desde então?
c) Quais são as vantagens e as desvantagens de pertencer à União Europeia?

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Reconhecer aglomerados populacionais (aldeias, vilas e cidades). 133 e 134

Identificar as cidades do teu distrito e localizá-las no mapa. 134 e 135

Localizar no mapa a capital do País. 134 e 135

Localizar Portugal no mapa da Europa, no planisfério e no globo. 136

Reconhecer a fronteira terrestre com a Espanha. 136

Localizar no planisfério e no globo os países lusófonos. 137

Fazer o levantamento de países onde tenhas familiares emigrados. 138 e 139


A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
11-14 Tenho de continuar assim… 7-10 Não estou mal… 0-6 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 4 À descoberta das inter-relações entre espaços 143

363929 132-145 U8.indd 143 18/03/13 17:24


Manusear objetos em situações concretas

PROJETO A nossa localidade na NET

Objetivo: Investigar pa
ra

Construir um blogue. saber mais


Já sei…
aber…
O que quero s
O que vais fazer? servar/
O que vou ob
r, …
1. Pede ao teu(a) professor(a) que organize a turma /medir/regista
sentar
em grupos de trabalho com quatro ou cinco Como vou apre
elementos cada. Cada grupo escolherá um tema. e comunicar
Sugestões para temas: a informação.
A. Localização e aspetos geográficos.
Mapa da localidade, do concelho e do distrito; localização da localidade
no País e no Mundo. Procurar saber quais são e o que indicam
as coordenadas GPS, por exemplo, da escola.
B. Associações e organizações desportivas.
Imagens de eventos desportivos da localidade, entrevistas, extratos
e comentários a artigos de jornais locais, etc.
C. Associações e organizações culturais.
Comentários, fotografias e/ou informações sobre exposições, feiras,
workshops, representações teatrais, espetáculos, etc.
D. Grupos ou comunidades de emigrantes e imigrantes na localidade.
Entrevistas, fotografias, histórias de vida, indicação das principais
nacionalidades imigrantes, hábitos, costumes, modos de vida, etc.
2. Realiza uma pesquisa sobre o tema que te foi atribuído.
3. Com as informações recolhidas, elabora um texto referente à tua localidade.
4. Ilustra-o com fotografias ou desenhos que podes fazer e, em seguida,
digitaliza-o.
5. O trabalho de cada grupo, com a ajuda do(a) professor(a), depois de
devidamente analisado e corrigido, poderá ser publicado no blogue criado
para este trabalho.
6. Lê com atenção
e analisa os trabalhos
de todos.
7. Visita o blogue
com os teus pais
ou familiares
e pede-lhes que
comentem os artigos.

144 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 132-145 U8.indd 144 18/03/13 17:24


Manusear objetos em situações concretas 8

UNIDADE
PROJETO Concurso: A melhor visita de estudo!

Objetivo:
Realizar um concurso para a organização de uma visita de estudo.

ra
O que vais fazer? (trabalha em pares) Investigar pa
1. Na localidade onde vives ou numa localidade saber mais
Já sei…
próxima, escolhe um monumento, uma instituição aber…
O que quero s
ou um local que consideres interessante, para servar/
O que vou ob
r, …
visitar e ficar a saber mais sobre ele. /medir/regista
sentar
2. Com a ajuda de um adulto, efetua a deslocação Como vou apre
da escola ao local escolhido. e comunicar
3. Ao longo do caminho, vai traçando em papel a informação.
o itinerário que fores percorrendo.
4. Não te esqueças de ir identificando pontos intermédios do itinerário.
5. Vai registando, em fotografias, aspetos que consideres importantes
(deves sempre pedir autorização para fotografar e/ou filmar).
6. Visita o local escolhido e recolhe o máximo de informação possível.
7. Tenta traçar uma planta da localidade onde vives. Representa nessa
planta o itinerário que vais seguir na visita de estudo.
8. Na Junta de Freguesia da tua localidade ou em sites como
http://www.mapav.com ou https://maps.google.pt/, poderás
encontrar o mapa da tua localidade. Imprime-o.
9. Traça no mapa o itinerário que percorreste.
10. Elabora um cartaz de apresentação da tua visita. Não te esqueças de incluir,
entre outros pontos que queiras apresentar sobre o local escolhido:
a) uma explicação dos pontos mais
interessantes do local escolhido Rua Azul
(inclui fotografias, desenhos, etc.);
b) o horário de funcionamento (se aplicável);
c) o mapa da localidade com o itinerário
selecionado; Rua das Flores
Rua da Felicidade

d) a localização no mapa de Portugal


e no planisfério;
e) o tempo de duração da visita
Rua da A
(ida + visita + volta). legria

A turma deve realizar uma votação e eleger a visita de estudo mais interessante
e mais bem apresentada. Se possível e oportuno, a turma deverá realizar essa
mesma visita.
Esforça-te para seres o organizador de visitas de estudo vencedor!

BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos 145

363929 132-145 U8.indd 145 18/03/13 17:24


UNIDADE

9 À DESCOBERTA DAS INTER-RELAÇÕES


ENTRE A NATUREZA E A SOCIEDADE
ADE,
N E S T A U N ID R A :
V A IS A P R E N DE
Reconhecer a
pecuária,
agricultura, a
a pesca,
a silvicultura,
comércio
a indústria, o
os como
e os serviç
es ec on ómicas
atividad
Portugal.
importantes em
pr incipais
Identificar os
ríc ol as
produtos ag
se s (u va ,
portugue
na , fru ta s,
azeito
cereais, …).
principais
Identificar os
resta
produtos da flo
adeira,
portuguesa (m
a, …).
resina, cortiç
os pr incipais
Identificar
os
produtos ligad
cu ár ia (p ro dução de
à pe
le ite , …).
carne, ovos,
os pr in cipais
Identificar
dústria
produtos da in
xteis,
portuguesa (tê
a de papel,
calçado, past
s, de riv ados
conserva
rt iç a, … ).
de co

A cortiça é um produto
muito importante para
o nosso país!

É verdade!
É uma matéria-prima
muito versátil!

Observa a imagem e responde às questões.


O que significa matéria-prima? E por que razão
a cortiça é uma matéria-prima versátil?
Que indústrias conheces?
Que tipos de atividades económicas existem?

146 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 146-161 U9.indd 146 18/03/13 17:25


9.1 AS PRINCIPAIS ATIVIDADES PRODUTIVAS NACIONAIS

As primeiras atividades praticadas pelo Homem relacionavam-se


com a alimentação: a caça, a pesca, a agricultura e a pecuária são as ati-
vidades humanas mais antigas de que há registo.
No entanto, à medida que o tempo foi passando, o Homem foi diver-
sificando as suas atividades, desenvolvendo a arte, o comércio, a produção
industrial, os serviços, etc., que podem ser organizadas em três grupos ou
setores: o setor primário, o setor secundário e o setor terciário.

SETORES DE ATIVIDADE ECONÓMICA


Setor primário Setor secundário Setor terciário
Atividades extrativas Atividades transformadoras Comércio e serviços
Atividades de exploração Fabrico de produtos Atividades de compra
direta da Natureza, de a partir da transformação e venda de produtos
produtos de origem vegetal, de matérias-primas. e atividades que prestam
animal ou mineral, que se serviços a terceiros.
destinam à produção de
alimentos e à sua utilização
como matérias-primas.

• Agricultura • Construção e obras públicas • Comércio


• Pecuária • Indústria alimentar • Saúde
• Silvicultura • Indústria artesanal • Turismo
• Extração mineira • Indústria têxtil • Educação
• Apicultura • Indústria de mobiliário • Transportes e comunicações
• Pesca • Indústria metalúrgica • Cultura
• Aquacultura (…) • Atividade bancária
(…) • Administração pública
(…)

ATIVIDADE

1 Qual é a principal atividade económica da tua localidade?


a) Em que setor (primário, secundário ou terciário) se inclui?

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 147

363929 146-161 U9.indd 147 18/03/13 17:25


9.2 O SETOR PRIMÁRIO

A agricultura
A agricultura é o cultivo da terra para obter essen-
cialmente alimentos, mas também outros produtos para
a alimentação animal e para a indústria.
Portugal apresenta, ao longo do seu território, solos,
relevo e um clima muito variado, o que, juntamente com
as quantidades de água disponíveis, leva a que em cada
região do País se cultivem os produtos que melhor se
adaptam às condições existentes.
N

Bragança
PRODUTOS AGRÍCOLAS PORTUGUESES Viana
do Castelo Braga
Vila Real
Porto
Trigo Arroz Milho
Viseu
Aveiro Guarda

Coimbra
Castelo
Centeio Batata Legumes Leiria
Branco

Portalegre
Santarém

Lisboa
Évora

Azeitona Uva Fruta


Setúbal

Beja

0 60 km

Faro
Como membro da União Europeia, Portugal segue Açores

uma política agrícola comum, que define quantidades Madeira

máximas de produção para cada produto e estabelece regras


de transporte e de armazenamento, entre outras normas. Funchal

0 30 km Ponta 0 20 km
Delgada

Ameaças à agricultura
Trigo Legumes

A falta de água resultante dos largos períodos de Arroz


Milho
Olival
Vinha
seca e temperaturas elevadas ou o mau tempo inesperado Centeio
Fruta
Batata
são algumas das situações que os agricultores podem ter
de enfrentar e que podem provocar enormes prejuízos. Produções agrícolas em Portugal.

ATIVIDADE

1 Observa o mapa e refere os produtos mais cultivados na tua região.

148 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 146-161 U9.indd 148 18/03/13 17:25


9

UNIDADE
A silvicultura
A silvicultura é a atividade que consiste na plan-
tação e na exploração de florestas, com fins comerciais.
A madeira, a cortiça, a resina e os frutos silvestres
são algumas das matérias-primas obtidas a partir da
Viana
exploração florestal. Portugal é um país com vastas zonas do Castelo
Braga Bragança

de floresta que permitem uma exploração rendível. Porto


Vila Real
N

No quadro seguinte apresentam-se exemplos de


Aveiro Viseu
espécies florestais, de matérias-primas que estas forne- Guarda

cem e de produtos resultantes da sua transformação. Coimbra Castelo


Branco
Leiria

Árvore Matéria-prima Produtos resultantes Portalegre


Santarém
Carvalho Madeira Mobiliário
Lisboa

Évora
Setúbal

Eucalipto Madeira Pasta de papel


Beja

Pinheiro Resina Cola, tintas, aguarrás


Madeira Mobiliário Faro
Pinhões Alimentação
Açores
Oceano
Sobreiro Cortiça Rolhas, revestimentos, Atlântico
boias, malas, roupas, etc.

Madeira

Ameaças à floresta 0 30 km Ponta


Delgada
Funchal

Para tentar impedir que as florestas sejam destruídas, 0 20 km

foram criadas as áreas protegidas, reguladas por regras Azinheira


rígidas que limitam o derrube de árvores e a caça, bem Sobreiro
Eucalipto
como a construção de habitações ou de qualquer outra Pinheiro-bravo
edificação. Pinheiro-manso
Carvalho
O Parque Nacional da Peneda-Gerês e os parques 0 60 km

naturais da Arrábida, da serra da Estrela, da Malcata e Distribuição das espécies


de Montesinho são alguns exemplos de áreas protegidas. florestais em Portugal continental.

ATIVIDADE

1 Observa o mapa presente nesta página e identifica as espécies mais comuns no


litoral norte e no litoral sul.

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 149

363929 146-161 U9.indd 149 18/03/13 17:25


9.2 O SETOR PRIMÁRIO

A pecuária N

Braga Bragança

A pecuária é a atividade de criação e reprodução de Viana


do Castelo Vila Real

animais com vista ao consumo humano. Porto

Em algumas regiões do País, como é o caso do distrito Aveiro


Viseu
Guarda

de Santarém e do arquipélago dos Açores, esta atividade


Coimbra
económica representa um papel bastante importante. Castelo
Branco
Leiria
Em Portugal, cria-se gado bovino (bois e vacas) ovino
Portalegre
(ovelhas), gado caprino (cabras), gado suíno (porcos), gado Santarém

cavalar (cavalos) e aves de capoeira (galinhas, perus e patos). Lisboa


Évora

Tradicionalmente, a criação de animais era feita Setúbal

apenas em explorações pequenas onde toda a família tra- Beja

balhava. Atualmente, também existem explorações onde 0 60 km


Madeira
se cria um grande número de animais (aviários, suinicul-
Faro
turas, vacarias, …). Açores
Funchal
0 20 km

As ameaças para o ambiente Suíno


Caprino
Os desperdícios resultantes da atividade dessas explo- Bovino 0 30 km

Cavalar
rações, se despejados diretamente na Natureza, provo- Ovino
Ponta
Delgada
Aves de capoeira
cam a poluição da água e do solo, pelo que é necessário
que as mesmas tomem medidas para prevenir e minimi- Criação de espécies animais
zar esses efeitos. em Portugal.

PRODUÇÃO ANIMAL
Gado bovino Gado ovino Gado caprino Gado suíno Aves de capoeira
Produtos obtidos

Carne, leite, Carne, leite, Carne, leite, Carne, Carne, ovos


laticínios, laticínios, lã, laticínios, enchidos,
curtumes curtumes curtumes curtumes

ATIVIDADE

1 Observa o mapa e identifica as espécies mais criadas em Portugal.

150 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 146-161 U9.indd 150 18/03/13 17:25


9

UNIDADE
A pesca
A pesca é a atividade económica em que se realiza
a extração dos produtos dos meios aquáticos. Estes pro-
dutos podem ser peixe, bivalves ou outros moluscos.
A pesca tornou-se fonte de alimento e matéria-
-prima para as indústrias de farinha de peixe e de
conservas e, ao longo do tempo, promoveu também
o desenvolvimento do comércio, da cordoaria, da
construção naval, da extração de sal, da apanha do
sargaço, … N
Viana
do Castelo

Póvoa de Varzim

Matosinhos (Leixões)

Aveiro

Figueira da Foz

Nazaré

Peniche

Pesca. Indústria de conservas de atum.


Cascais
Setúbal 0 60 km

PRODUTOS OBTIDOS NA PESCA Sesimbra

Pesca marítima Pesca fluvial Sines

Sardinha, pescada, carapau, Truta, sável, enguia, Portimão


Vila Real
de Santo António
bacalhau, polvo, atum, salmão, lampreia, achigã, Lagos
Tavira
peixe-espada, mariscos, … barbo, … Vila Nova Açores
Olhão

Oceano
Praia da Graciosa Atlântico
S. Cruz
ta

das Flores
Praia da Vitória
As ameaças para o ambiente Velas Madeira
Porto Santo

Uma pesca excessiva, não seletiva, e a captura de S.ta Cruz Madalena


do Faial Ponta
Delgada Funchal
animais muito jovens, que ainda não se reproduziram, 0 30 km Vila 0 20 km
do Porto
põem em perigo a sobrevivência de muitas espécies.
A poluição gerada pelas embarcações é outra Principais portos de pesca
ameaça para as várias espécies aquáticas. portuguesa.

ATIVIDADE

1 Faz uma pesquisa sobre as espécies mais capturadas em três portos de pesca
portugueses.

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 151

363929 146-161 U9.indd 151 18/03/13 17:25


9.3 O SETOR SECUNDÁRIO

A indústria
A indústria desenvolveu processos de transformação
de matérias-primas em produtos elaborados, prontos
para o consumo. A indústria desenvolve-se em fábricas,
utiliza máquinas que necessitam de energia e de mão de
obra para funcionarem.
As matérias-primas da indústria são os produtos Alguns dos produtos
das indústrias nacionais.
que se obtêm da Natureza ou que resultam da sua trans-
formação.

Famalicão Guimarães

Santo Tirso Felgueiras


Matosinhos
S. João da Madeira

Santa Maria
da Feira
Cortiça Rolha Covilhã

Cabo Mondego Coimbra


Vila Velha
de Ródão

Alcobaça

Portalegre
Alhandra
Lisboa
Setúbal

Madeira Papel 0 60 km

Loulé
Faro

Oceano
Açores Atlântico

Madeira

0 30 km 0 20 km

Lã Cachecol

Indústria:
Depois de o produto estar acabado, é necessário Celulose Alimentar

fazê-lo chegar aos locais de venda. Para isso, são neces- Têxtil Calçado
Corticeira Cimento
sários os meios de transporte (barcos, comboios, camiões,
aviões) e as vias de comunicação (portos, caminhos de Distribuição de algumas
ferro, autoestradas e aeroportos). indústrias nacionais.

152 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 146-161 U9.indd 152 18/03/13 17:26


9

UNIDADE
2. Os troncos são
descascados 1. Chegada
e cortados. da matéria-prima.

3. A madeira
é sujeita a altas
temperaturas
e misturada
com produtos 8. O produto
químicos. final é
distribuído
pelos pontos
4. Retira-se de venda.
o excesso
de água
do papel.

6. Adicionam-se
produtos químicos
5. Retiram-se as impurezas que preparam o papel 7. A mistura é prensada e
da pasta de papel. para a sua utilização. seca em rolos aquecidos.

Exemplo de processo industrial: produção de papel.

As ameaças para o ambiente


As atividades industriais têm, no geral, efeitos prejudiciais para a
Natureza. A libertação de gases e partículas para a atmosfera, a produção
de ruído ou a acumulação de resíduos no solo e na água são bastante pre-
judiciais para o ambiente.

ATIVIDADES

1 Quais são as principais indústrias existentes na tua localidade?

2 Escolhe uma atividade industrial, pesquisa e responde às questões.


a) Refere uma localização dessa indústria.
b) Quais são as matérias-primas usadas nessa indústria? Identifica a sua origem
e os meios de transporte utilizados.
c) Quais são as fontes de energia utilizadas?
d) Utiliza mão de obra? Como é a maquinaria utilizada?
e) Quais são os produtos finais? Identifica o destino dos produtos acabados
e os meios de transporte utilizados na sua distribuição.
f) Consideras que é uma indústria poluidora? Se sim, menciona o tipo de poluição
gerada (atmosférica, aquática, sonora, etc.).

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 153

363929 146-161 U9.indd 153 18/03/13 17:26


9.4 O SETOR TERCIÁRIO

O comércio
O comércio é a atividade que se baseia na compra EDUCAÇÃO
e venda de produtos.
Quando as trocas comerciais acontecem entre Se consumirmos
localidades de um país, chamam-se comércio interno. produtos de origem
Se ocorrerem entre países, chamam-se comércio externo. local e nacional,
Chama-se exportação às vendas de produtos ou estamos a proteger
a nossa economia
serviços nacionais a países estrangeiros.
e, simultaneamente,
À compra de produtos ou serviços de outros paí- o ambiente, pois o
ses, chamamos importação. transporte é, em grande
A balança comercial de um país é a diferença parte, eliminado.
entre as exportações e as importações.

COMÉRCIO EXTERNO
Importações Exportações
Produtos Países de origem Produtos Países de destino
Petróleo Arábia Saudita, Emirados Equipamentos Alemanha, Espanha,
Árabes Unidos e Iraque tecnológicos França e Angola

Gás natural Argélia e Nigéria Automóveis Alemanha, Espanha,


França e Reino Unido

Equipamentos Espanha, Alemanha Calçado, têxteis Espanha, França,


tecnológicos e França e vestuário Alemanha e Itália

Automóveis Espanha, Alemanha Madeira, cortiça Espanha, França,


e França e pasta de papel Alemanha e Reino Unido

É nas grandes cidades e vilas que existe uma maior concentração


da atividade comercial. Os principais locais de comércio são: hipermercados;
centros comerciais; lojas de comércio tradicional; feiras; vendas ambulantes
e quiosques; …
A Internet tem vindo a ganhar importância enquanto meio de comércio.

ATIVIDADES

1 Apresenta as diferenças entre importação e exportação.

2 Explica o que entendes por balança comercial de um país.

154 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 146-161 U9.indd 154 18/03/13 17:26


9

UNIDADE
Os serviços
Na tua escola, os professores ou auxiliares de educação desempenham
uma atividade do setor terciário: prestam serviços.
Pertencem ao setor dos serviços os profissionais da educação, da saúde,
financeiros e administrativos, de segurança, do turismo e dos transportes.
Estes serviços são de importância vital para o bom funcionamento
da sociedade.

Exemplos de profissionais de vários de serviços: proteção civil, segurança, ensino e saúde.

O turismo
O clima ameno, a imensa costa e as belas praias,
a beleza natural, os monumentos históricos, a boa e
variada gastronomia atraem turistas de vários países
para visitarem o nosso país.
O turismo é uma atividade muito importante na
economia portuguesa, pois contribui muito para o
desenvolvimento do País e dá origem a muitos postos de Portugal é um país procurado
trabalho em hotéis, restaurantes, agências de viagens, … por muitos turistas.

ATIVIDADES

1 Procura saber quais são os serviços que existem na localidade onde vives
e organiza-os em grupos: transportes; segurança; educação; administrativos; …

2 Procura saber quais são os locais de interesse turístico que existem na localidade
onde vives e elabora um roteiro turístico.

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 155

363929 146-161 U9.indd 155 18/03/13 17:26


ATITUDES E VALORES

O empreendedorismo

PROJETO Feira escolar de atividades económicas da localidade

Uma feira de atividades económicas tem como objetivo promover e divulgar


as atividades existentes em cada localidade.

Objetivo:
Divulgar as atividades económicas da localidade.
em
Trabalhamos
Preparação do trabalho: aprender
conjunto para

Os três setores económicos devem ser distribuídos Sugiro e ouço
pela turma. Cada setor deve ter o número de grupos Negoceio
o
— A informaçã
adequado à sua relevância na localidade.
a apresentar…
sentar
— Como apre
O que vais fazer?
a informação…
ão
1. Realiza uma pesquisa sobre a empresa que — A distribuiç
o teu grupo irá representar e recolhe a seguinte de tarefas…
informação:
a) Nome, localização e logótipo.
b) Tipo de empresa (exploração agropecuária, indústria, serviço, …).
c) Finalidade da ação da empresa (produzir, extrair, transformar,
transportar, comercializar algum bem ou produto, prestar algum
serviço, …).
d) Principais matérias-primas que utiliza (se aplicável).
e) Problemas que causa ao ambiente (se aplicável) e que medidas foram
já tomadas para minimizar ou prevenir os problemas.
f) Número de trabalhadores que emprega.
2. Solicita à empresa de que és representante brochuras, calendários,
ou outros materiais publicitários que possam fornecer (caso não tenham,
pode ser o teu grupo a construí-los).
3. Se possível, recolhe exemplos dos produtos ou imagens dos serviços
prestados.
4. Elabora um cartaz de divulgação da atividade desenvolvida pela tua
empresa.
5. Monta o teu stand e, em conjunto com toda a turma, organiza a Feira
Escolar de Atividades Económicas.
6. Convida colegas de outras turmas e visita os outros stands da feira.
7. Diverte-te a aprender mais sobre a tua localidade.

156 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 146-161 U9.indd 156 18/03/13 17:26


RECORDA

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• As atividades económicas estão organizadas em três grupos: o setor primário (sobretudo agricultura,
silvicultura, pesca), o setor secundário (indústria) e o setor terciário (comércio e serviços).
• Os principais produtos agrícolas portugueses são a uva para a produção de vinho, a azeitona
e os cereais.
• A madeira, a cortiça, a resina e os frutos silvestres são alguns dos produtos obtidos através
da silvicultura.
• A pecuária fornece vários produtos importantes para o Homem, como lãs e peles, produtos
variados para a alimentação, mas também importantes matérias-primas.
• A pesca tornou-se uma importante fonte de alimento e de matérias-primas.
• Através da indústria, é possível obter produtos transformados a partir de matérias-primas.
• A atividade comercial é uma atividade económica na qual se trocam bens ou serviços por valores
monetários. O comércio pode ser interno ou externo.
• A exportação é a venda de produtos ou serviços ao estrangeiro. A importação é a compra
de um produto ou serviço ao estrangeiro.
• A balança comercial é a diferença comercial entre as importações e as exportações de um país.
• Os serviços são atividades que não fornecem nem transformam produtos, mas que permitem
o funcionamento da sociedade.

ESQUEMA DE CONCEITOS

Atividades económicas

organizam-se em

Setor primário Setor secundário Setor terciário

engloba atividades engloba atividades engloba atividades de

extrativas transformadoras
comércio serviços
como como a
em locais como podem ser
• Agricultura Indústria
• Pecuária • Lojas • De saúde
• Silvicultura principalmente • Mercados • De segurança
• Pesca • Feiras • De educação
• Extração • Vendas • De transporte
mineira • Alimentar
• Corticeira ambulantes • De turismo
• Calçado • Centros • Financeiros e
• Celulose comerciais administrativos
• Têxtil • Internet (…)
• Construção
civil

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 157

363929 146-161 U9.indd 157 18/03/13 17:26


SERÁ QUE JÁ SABES?

1 Observa as imagens e identifica as atividades económicas representadas em cada uma.

A B C D

a) A que setor da economia pertencem estas atividades?


b) Quais são os outros setores de atividades que conheces? Caracteriza-os.

2 Observa o mapa da página 148 e indica quais são, atualmente, os principais


produtos agrícolas por região.

3 Observa o gráfico, que apresenta a produção dos principais produtos obtidos pela
atividade agrícola (em toneladas) em cada região de Portugal, no ano de 2010.
a) Qual é a região do País
onde se produz a maior
quantidade de cereais?
b) Qual é a região do País
onde se produz maior
quantidade de uva para
a produção de vinho?
c) Das culturas
representadas,
quais são as mais
significativas na região
Centro e na região (Fonte: INE)
Cereais Batata Fruta Citrinos Vinha Olival
do Algarve? fresca

4 Lê atentamente a notícia.
Granizo voltou a fazer estragos…
a) O que aconteceu «[…] Depois da tempestade de granizo que na passada quarta-feira
aos produtos que destruiu vários hectares de vinhas no concelho de Sabrosa, esta noite
uma intempérie semelhante abateu-se sobre Valadares, no concelho
os agricultores de Baião.
se preparavam O granizo, que caiu durante pouco mais de meia hora, atingiu dezenas
de hectares de vinhas, hortas e pomares, destruindo o trabalho de quase
para colher? um ano dos agricultores, que se preparavam para iniciar as colheitas.
Pouco se poderá aproveitar, disseram alguns dos afetados […]»
Jornal A Bola,
27/7/2012

158 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 146-161 U9.indd 158 18/03/13 17:26


9

UNIDADE
5 Pesquisa a informação necessária e completa o quadro seguinte.

Tipo Produtos Principal Atividade económica produtora


de indústria finais matéria-prima das matérias-primas
Laticínios Leite Pecuária
Papel, cartão, Pinheiro, eucalipto
cartolina ou abeto
Conservas
Roupas,
Linho, algodão
tecidos

6 Relativamente à localidade onde vives, responde às questões seguintes.


a) Existem zonas piscatórias? Se sim, quais são as principais espécies
de pescado?
b) Existem explorações pecuárias? Se sim, qual é o tipo de gado que criam?
c) Quais são as principais indústrias existentes? O que produzem?
d) Escreve o nome de três serviços públicos existentes.
e) A localidade onde vives costuma receber turistas? Refere os motivos
de interesse dos turistas.

7 Observa os produtos agrícolas que fazem frequentemente parte da tua alimentação.


a) Seleciona cinco produtos agrícolas.
b) Pesquisa o local/país de origem dos produtos selecionados.
c) Algum desses produtos foi importado? Justifica a tua resposta.

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Reconhecer a agricultura, a pecuária, a silvicultura, a pesca, a indústria,


o comércio e os serviços como atividades económicas importantes 147 a 154
em Portugal.
Identificar os principais produtos agrícolas portugueses. 148

Identificar os principais produtos da floresta portuguesa. 149

Identificar os principais produtos ligados à pecuária. 150

Identificar os principais produtos da indústria portuguesa. 152


A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
8-10 Tenho de continuar assim… 5-7 Não estou mal… 0-4 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 159

363929 146-161 U9.indd 159 18/03/13 17:26


Realizar experiências com a eletricidade

Circuitos elétricos
Sabes o que acontece quando carregas num interruptor e se acende uma
lâmpada? Ou quando ligas um equipamento elétrico?
Fechas um circuito elétrico. Vamos investigar para perceber o que acontece.

Para que acenda, a lâmpada terá que ser percorrida por uma corrente elétrica.
A corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elétricas (negativas).
Mas, para que a lâmpada seja percorrida pela corrente elétrica é necessário
que esteja ligada, por exemplo, a uma pilha através de fios elétricos, formando
um percurso fechado por onde as cargas elétricas circulam continuamente.
Ao conjunto formado pela pilha, pelos fios elétricos e pela lâmpada, ligados
entre si de modo a que passe a corrente elétrica, chama-se

ATENÇÃO
stigações,
Nas tuas inve
INVESTIGO O que será necessário ligar
nunca deves
para acender uma lâmpada? fios
aparelhos ou
a tomadas.
De que vais necessitar? As situações
em
ser
Lâmpadas pequenas estudo devem
ando
Suportes para lâmpadas pequenas realizadas us
as
sempre bateri
Fios de ligação com crocodilos aixa
ou pilhas de b
Pilhas (sugere-se o uso de pilhas de 1,5 a 4,5 V) otencial
diferença de p
a 4,5 V).
elétrico (1,5 V
O que vais fazer? zer cortes
Não deves fa
pilhas,
1. Observa cuidadosamente os materiais disponíveis ou golpes nas
o seu
e identifica os terminais das lâmpadas e os polos uma vez que
e ser
conteúdo pod
das pilhas. nenoso.
corrosivo e ve
2. Realiza montagens de modo a tentar acender
a lâmpada.
3. Elabora uma tabela com duas colunas e representa
os esquemas dos circuitos que montares. Indica,
em cada caso, os materiais utilizados.

Antes de começares… pensa e responde à questão.


Será que consegues acender a lâmpada em todas
as montagens efetuadas?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que aconteceu?
2. Responde à questão-problema desta atividade.

160 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 146-161 U9.indd 160 18/03/13 17:26


Realizar experiências com a eletricidade 9

UNIDADE
Materiais condutores e não condutores Qual será o melhor material
para os fios condutores
Os materiais têm comportamentos diferentes relati- do meu projeto?
vamente à corrente elétrica. Vamos testar alguns mate-
riais, para os podermos classificar!

Alguns materiais são considerados não condutores


ou isoladores, porque não se deixam atravessar pela
corrente elétrica. Outros, porque permitem a passagem
da corrente elétrica, designam-se por condutores.

INVESTIGO Quais serão os materiais que permitem


a passagem da corrente elétrica?

De que vais necessitar?


Lâmpada pequena e respetivo suporte Folha de alumínio
4 fios de ligação com crocodilos e pilhas Régua escolar
Chave de fendas pequena Pedaço de mangueira
Clipe metálico Vareta de vidro
Moeda Rolha de cortiça
Prego de aço Cartão
Prego de ferro Tecido
Colher Limão

O que vais fazer?


1. Dos materiais disponíveis, escolhe quatro materiais.
2. Prepara uma montagem semelhante à da imagem.
3. Intercala cada um dos materiais como mostra
a imagem e verifica o que acontece à lâmpada.
4. Observa e regista os teus resultados.

Antes de começares… pensa e responde às questões.


O que aconteceu? Porquê?

Executa e responde no teu caderno.


1. Houve diferenças entre o que pensavas que ia acontecer e o que
aconteceu?
2. Responde à questão-problema desta atividade.
3. De todos os materiais que ensaiaste, quais são as semelhanças entre
os que apresentaram o mesmo comportamento? E as diferenças?

BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos 161

363929 146-161 U9.indd 161 18/03/13 17:27


UNIDADE

10 A QUALIDADE
DO AMBIENTE ADE,
N E S T A U N ID R A :
V A IS A P R E N
DE
Identificar e ob
alguns fatore
contribuem
a degradação
pa
s
servar
que
ra
do meio
próximo.
rticipar
Identificar e pa
de pr oteção
em formas
do ambiente.
efeitos
Reconhecer os
at m osférica.
da poluição
Reconhec er
das
a importância
flo re st as pa ra
ar.
a qualidade do
er al gu mas
Reconhec
de po lu iç ão
formas
ág ua
dos cursos de
no s.
e dos ocea
gumas
Reconhecer al
as de po lu ição
form
us
sonora e os se
efeitos.
ns
Identificar algu
dese qu ilí br io s
ovocados
ambientais pr
pelo Hom em .
Reconhecer
das
a importância
id as para
áreas proteg
çã o do
a preserva
rio am bi ental.
equilíb

Que paisagem
tão bonita!
Que lugar
é este? Estamos Acho que é uma
área protegida.

da Esperança,
na ilha de São
Jorge.

Observa a imagem e responde às questões seguintes.


Sabes o que é uma área protegida?
Por que razão são necessárias?
Será que as nossas atitudes podem influenciar o meio
que nos rodeia?
Durante quanto tempo os efeitos dessas atitudes
se manterão?
O que significa poluição? Que tipos de poluição conheces?

162 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 162-177 U10.indd 162 18/03/13 17:29


10.1 OS DESEQUILÍBRIOS DO AMBIENTE

Da Natureza fazem parte os seres vivos,


o solo, a água e o ar.
Estes componentes, que integram a Natureza,
interagem entre si; portanto, qualquer alteração
num deles provoca alterações em todos os outros.
É por isso que todos nós, com os nossos
atos, podemos contribuir para a preservação do
ambiente ou, pelo contrário, se não o respeitar-
mos, podemos contribuir para a sua degradação.
Na Natureza todos os constituintes
se relacionam.
A poluição

A poluição é a alteração da Natureza pelo


Homem, causando desequilíbrios ambientais.

A poluição é um dos principais problemas


da atualidade.

As origens da poluição
A poluição tem origens diversas: Nas grandes cidades, há muita poluição.
• aumento de população;
• tráfego motorizado;
• concentração de construções excessiva;
• atividades industriais e agrícolas;
• acumulação de resíduos domésticos, …
Existem vários tipos de poluição:
• poluição do ar;
• poluição da água;
• poluição sonora;
• poluição do solo;
• a destruição de recursos naturais é tam-
bém considerada poluição. Fontes de poluição.

ATIVIDADE

1 O que entendes por poluição?

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 163

363929 162-177 U10.indd 163 18/03/13 17:29


10.1 OS DESEQUILÍBRIOS DO AMBIENTE

A poluição do ar
O ser humano é o principal responsável pela poluição atmosférica, ou
seja, pela poluição do ar. Esta poluição pode ser causada por vários fatores.

FONTES DE POLUIÇÃO DO AR
Transportes
Indústria Incêndios CFC
motorizados

As fábricas libertam Os transportes com Os incêndios Os CFC são gases


grandes quantidades motores a gasóleo libertam gases existentes em sprays
de gases poluentes ou a gasolina emitem poluentes e destroem que destroem
para a atmosfera. gases poluentes para as plantas que a camada de ozono
a atmosfera. asseguram uma boa na atmosfera.
qualidade do ar.

As consequências da poluição do ar
As doenças respiratórias
A poluição atmosférica pode causar doenças
respiratórias, como asma, bronquite e alergias.

A destruição da camada de ozono


As doenças respiratórias podem ser
Na atmosfera, a uma altitude entre os 25 km e provocadas ou agravadas pela má
os 30 km, existe um gás, o ozono, que forma a camada qualidade do ar.

de ozono e impede que as radiações solares prejudi-


ciais à vida na Terra (a radiação ultravioleta) atin-
jam a superfície terrestre.
A destruição desta camada possibilita a passa-
gem da radiação ultravioleta.
A radiação ultravioleta em excesso é responsável
por queimaduras e doenças, como o cancro de pele,
e pode destruir organismos microscópicos e algumas «Buraco» da camada do ozono:
nas regiões do globo a azul mais
espécies animais e plantas, provocando desequilí- escuro a camada de ozono é mais
brios na Natureza. fina do que nas restantes zonas.
164 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

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10

UNIDADE
As chuvas ácidas
Nas zonas mais indus-
trializadas e com maior trá-
fego motorizado, alguns dos
gases libertados para a atmos-
fera dissolvem-se na água das
chuvas, tornando-as ácidas.
Estas chuvas ácidas não
só provocam a destruição dos
seres vivos, como contami-
nam os terrenos e as águas e
podem provocar a deteriora-
ção das fachadas dos monu-
mentos e outros edifícios. A origem das chuvas ácidas.

O aumento do efeito de estufa


A atmosfera também protege a Terra de grandes oscilações de tempera-
tura — absorve parte da energia emitida pela superfície terrestre, impedindo
a sua libertação para o espaço. Esta função chama-se efeito de estufa e é essen-
cial para que as temperaturas na Terra sejam adequadas à existência de vida.
Com o aumento dos gases poluentes na atmosfera, há um aumento
do efeito de estufa, o que provoca o aumento da temperatura média no
nosso planeta levando ao que se denomina aquecimento global.

A B

Efeito de estufa natural (A) e aumento do efeito de estufa devido à poluição (B).

Este aumento da temperatura provoca alterações climáticas, que


influenciam todos os seres vivos e o ambiente: o gelo das zonas polares
funde, o que faz aumentar o nível das águas do mar, que inundam as regiões
do litoral, e podem ainda provocar fenómenos meteorológicos extremos,
como tempestades, furacões, etc.

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10.1 OS DESEQUILÍBRIOS DO AMBIENTE

A poluição das águas


A água é um recurso essencial para a sobrevivência
de todos os seres vivos, mas, por vezes, a ação do Homem
provoca a poluição de rios e ribeiras, lagos e mares.
Os poluentes que são lançados à água põem em perigo
a vida das espécies animais, incluindo o Homem, e das
plantas.

A água é fundamental para todos os seres vivos. Água poluída de um rio.

ORIGEM DE POLUIÇÃO DA ÁGUA


Doméstica Industrial Agrícola Petrolífera

Os esgotos (águas Os resíduos tóxicos Os fertilizantes O petróleo


residuais) não que as fábricas e pesticidas que derramado pelos
tratados lançados lançam para são utilizados na navios polui
nos mares e rios. os cursos de água, agricultura podem os mares e provoca
lagos e mares. ser arrastados a morte de muitos
através das chuvas seres vivos.
para rios e mares.

ATIVIDADES

1 Quais são os tipos de poluição que conheces?

2 Refere duas fontes de poluição do ar e da água.

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10

UNIDADE
A poluição do solo
Os principais causadores da poluição do solo são os adubos e os pes-
ticidas, usados na agricultura.
Um dos principais problemas das grandes cidades é o tratamento dos
resíduos sólidos (lixo). Estes aumentam com o crescimento da população
e com o aumento do consumo. Cada vez é maior a quantidade de embala-
gens que usamos no dia a dia e que se transformam em lixo. Estes resíduos,
se não forem bem acondicionados e tratados, podem causar poluição.

A poluição sonora
Um dos grandes problemas ambientais em todo o Mundo, principal-
mente nas cidades, é o ruído. As indústrias, o trânsito e as obras de cons-
trução contribuem para a poluição sonora.
A poluição sonora tem efeitos prejudiciais à saúde, como, por exem-
plo, a redução da capacidade auditiva, a perturbação do sono, a descon-
centração e várias doenças (hipertensão, stress, …).

Extinção de espécies animais e vegetais


Devido às suas atividades, que causam a poluição, provocam a desflo-
restação ou ocupação das áreas naturais e levam à introdução de espécies
exóticas, o Homem altera as condições de vida de muitos seres vivos, pois
provoca a destruição de habitats (locais onde cada espécie pode sobreviver),
dificulta a obtenção de alimento e a reprodução das espécies e causa a extin-
ção de espécies (desaparecimento total de representantes da espécie), etc.

Nos aterros sanitários, os resíduos são O lince-ibérico é uma espécie ameaçada


depositados de forma controlada. de extinção.

ATIVIDADES

1 Refere as principais fontes de poluição do solo.

2 Quais são os efeitos da poluição sonora?

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10.1 OS DESEQUILÍBRIOS DO AMBIENTE

A extração de recursos
O Homem aproveita substâncias que retira da Natureza para utili-
zar, por exemplo, na alimentação, na deslocação e no vestuário. Esses
produtos são os recursos naturais. A água, as rochas, os minerais, os seres
vivos, os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e as fontes
de energias renováveis (vento, sol, marés, ondas, …) são exemplos de
recursos naturais.

Um recurso natural é tudo aquilo que o ser humano retira da Natureza


para utilizar na realização das suas atividades.

O ser humano, ao fazer uma má utilização dos recursos naturais, pode


provocar um desequilíbrio ambiental, ou seja, provoca danos na Natureza.

A água é um recurso natural. A floresta é um recurso natural. Os animais são um recurso natural.

As rochas são um recurso natural. O vento é um recurso natural. O Sol é um recurso natural.

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10.2 A PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE
10

UNIDADE
A importância das florestas
As plantas fixam o dióxido de carbono da atmosfera e libertam oxigénio
para a atmosfera. Esta função é essencial para a purificação do ar e para grande
parte dos seres vivos. Por estas razões, as florestas têm de ser protegidas.

As áreas protegidas
Para conservar o equilíbrio entre a sociedade e a Natu-
reza, criaram-se as áreas protegidas, como, por exemplo:
• Parques Naturais — áreas naturais, seminaturais e
humanizadas, onde se pretende a preservação da
biodiversidade a longo prazo;
• Reservas Naturais — áreas destinadas à proteção dos
valores naturais existentes e que não se encontrem
habitadas de forma permanente ou significativa.
• Paisagens protegidas — área resultantes da interação Floresta parcialmente
harmoniosa entre o ser humano e a Natureza que visam destruída pelo abate
a proteção dos valores naturais e culturais existentes. de árvores.

Parque Nacional
1. Peneda-Gerês
1 Parques Naturais
2
23 2. Montesinho
4 3. Douro Internacional
4. Alvão
3 5. Serra da Estrela
6. Serras de Aire e Candeeiros
14 7. Serra de São Mamede
5 8. Sintra-Cascais
9. Arrábida
16
15 10. Sudoeste Alentejano e Costa
12 Vicentina
24
11. Vale do Guadiana
6
12. Tejo Internacional
17 7 13. Ria Formosa
Reservas Naturais
8 18 14. Dunas de São Jacinto
15. Paul de Arzila
19
16. Serra da Malcata
25 17. Berlengas
20 18. Paul do Boquilobo
9 19. Estuário do Tejo
22 11 20. Estuário do Sado
21. Sapal de Castro Marim
10 e Vila Real de Santo António
22. Lagoas de Santo André e de Sancha
13
21
Paisagens Protegidas
23. Litoral de Esposende
24. Serra do Açor
Áreas protegidas de Portugal. 25. Arriba Fóssil da Costa de Caparica Berlenga

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363929 162-177 U10.indd 169 18/03/13 17:30


10.2 PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE

A reciclagem
EDUCAÇÃO
A reciclagem é o reaproveitamento de materiais
de que são feitos alguns objetos, como forma de redu- OS TRÊS «R»:
zir a quantidade de resíduos produzidos e de preser- • Reduzir a quantidade
var os recursos naturais. de resíduos;
Os materiais recicláveis são, por exemplo, o papel, • Reutilizar materiais;
• Reciclar materiais.
o vidro, o plástico e o metal — resíduos inorgânicos.

Devemos separar sempre os resíduos domésticos. Os materiais recicláveis devem ser depositados
nos contentores próprios do ecoponto: azul — papel e cartão; amarelo — plástico, metal
e cartão de bebidas; verde — vidro; vermelho — pilhas.

A compostagem
Os resíduos orgânicos são formados por restos de comida ou de plantas.
Estes resíduos podem ser aproveitados para obter, em estações de com-
postagem, adubos para a agricultura.
A nível doméstico, também é possível utilizar alguns restos orgânicos
para a horta ou para o jardim, utilizando um compostor.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Podemos colocar no compostor:
• restos de frutas e vegetais crus;
• arroz e massa cozinhados;
• restos do jardim ou da horta;
• borras de café e sacos de chá.
Não devemos colocar no compostor:
• restos de carne e peixe crus ou cozinhados;
• gorduras;
• excrementos de animais;
• produtos sintéticos. Compostor.

170 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

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10

UNIDADE
Atitudes individuais
dos cidadãos
• Nunca deitar lixo para o chão, mesmo
que sejam objetos de dimensões redu-
zidas.
• Sensibilizar quem não cumpre estas
regras para a necessidade de o fazer.
• Utilizar sempre que possível os trans-
portes públicos, para reduzir a quanti- Deitar o lixo em recipientes próprios.

dade de veículos que lançam gases para


a atmosfera.
• Evitar ruídos desnecessários, sobretudo
à noite.

Cuidados a ter no campo,


no rio ou na praia
• Evitar o uso de pesticidas e de outros
produtos químicos na agricultura.
• Num piquenique no campo ou num pas-
seio no rio ou na praia, usar sempre os
caixotes do lixo; levar um saco de plástico
para colocar o lixo, pois pode não haver
caixotes do lixo ou podem estar cheios.
• Não enterrar o lixo na areia. Ele não
desaparece, apenas fica escondido!
• Nunca atirar qualquer lixo para os rios, Tempos de decomposição de alguns materiais.
ribeiros ou lagoas.

Cuidados a ter com os animais


de estimação
As fezes dos animais domésticos na rua
devem ser sempre recolhidas pelos seus donos
com uma luva, introduzidas num saco de
plástico ou de papel e colocadas no lixo. As fezes dos animais domésticos devem ser
sempre recolhidas pelos respetivos donos.
BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 171

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ATITUDES E VALORES

A água potável, um bem essencial


Do total da água existente no Planeta, apenas uma pequena parte
(1%), está disponível para o consumo humano.
Por esta razão, a água própria para beber (potável) é um bem essen-
cial, mas não está acessível a uma grande parte das pessoas.
• 1,8 milhões de pessoas morrem por ano devido
a doenças transmitidas por águas poluídas.
• Por dia, morrem cerca de 4500 crianças em
todo o Mundo devido à falta de água potável.
Por todos estes motivos, e porque este recurso
não é inesgotável, temos todos de contribuir para a
sua preservação. Abrir uma torneira para dela sair
água parece um gesto simples, mas não está acessível
a uma grande parte da população do Planeta; milhões
de pessoas não têm este recurso indispensável à vida.
África é um dos continentes que mais sofrem
com a falta de água, precisando a população de abrir
poços para ter acesso a água potável.
Como podemos ajudá-la?

PROJETO Vamos dar água a quem não tem

Existe um projeto para colaborar na construção desses poços.


Consulta este endereço, http://www.watercan.com/ (podes traduzir para
português), e com a ajuda do teu professor podes também participar nesta
iniciativa ou noutra que tenha os mesmos objetivos.

O que podes fazer?


Organiza, com os teus colegas e professor(a),
campanhas para angariar fundos e contribuir
para a construção de um poço.
As campanhas podem ser feitas na escola,
por exemplo, na festa de final do ano,
ou noutros locais.
No site está explicado como o teu contributo
irá chegar a essas pessoas.
Acredita que vai valer a pena!

172 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 162-177 U10.indd 172 18/03/13 17:30


RECORDA
10

UNIDADE
O MAIS IMPORTANTE

• Um recurso natural é tudo aquilo que o ser humano retira da Natureza para utilizar na realização
das suas atividades.
• A poluição é a alteração do ambiente pelo Homem, causando desequilíbrios na Natureza.
• A poluição pode ter origem no aumento de população, no aumento do tráfego motorizado,
no excesso de construções, nas atividades industriais e agrícolas, na acumulação dos resíduos, etc.
• A poluição pode ser de vários tipos: atmosférica (do ar), da água, do solo e sonora.
• A poluição atmosférica pode ter várias causas — indústrias, transportes motorizados e incêndios —
e provoca vários efeitos — doenças respiratórias, chuvas ácidas, aumento do efeito de estufa
e destruição da camada de ozono.
• A poluição da água pode ter causas domésticas, industriais, agrícolas ou em derrames de petróleo.
• A poluição sonora pode ser causada pela atividade industrial, pelo trânsito e pelas obras, por exemplo,
e pode ter vários efeitos prejudiciais para a saúde.
• Para defender a qualidade do ambiente, é muito importante que todos tenham consciência de que
os recursos naturais esgotados dificilmente serão recuperados.
• Para conservar o equilíbrio ambiental de algumas regiões, criaram-se as áreas protegidas, como vários
Parques Naturais e Reservas Naturais.

ESQUEMA DE CONCEITOS

Qualidade do ambiente

degrada-se devido é preservada por

Preservação das florestas

Criação das áreas protegidas

Poluição Reciclagem

pode ser

Do solo Da água Sonora Atmosférica que origina

provocada por provocada por provocada por provocada por

• Resíduos • Derrames • Indústrias • CFC • Doenças


• Atividade de petróleo • Obras • Incêndios respiratórias
agrícola • Atividade • Trânsito • Transportes • Chuvas ácidas
doméstica motorizados • Aumento
• Atividade • Atividade do efeito
industrial industrial de estufa
• Atividade • Destruição
agrícola da camada
do ozono

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 173

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SERÁ QUE JÁ SABES?

1 Refere os tipos de poluição que estudaste.

2 Observa as seguintes imagens.

A B

C D

2.1 Completa a tabela com os tipos de poluição, as fontes de poluição e os seus


efeitos.

Tipo de poluição Fontes de poluição Efeitos da poluição


A
B Chuvas ácidas…
C Sonora
D Derrames de petróleo, …

3 O que é um recurso natural?

4 Dá exemplos de desequilíbrios ambientais.

5 Qual é a importância das áreas protegidas?

6 Enumera alguns cuidados a ter para não prejudicar o Ambiente…


a) … em casa; c) … no campo, no rio ou na praia;
b) … na rua; d) … com os animais.
174 BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade

363929 162-177 U10.indd 174 18/03/13 17:30


10

UNIDADE
7 Explica a importância da política dos três «R» e o que significa cada um deles.

8 Em conjunto com os teus colegas, construam


um jogo quiz sobre a poluição e sobre como
podemos contribuir para um planeta melhor.
Para construírem o quiz têm de…
… pensar em várias perguntas,
pelo menos 30, e nas suas respetivas
respostas, bem como construir respostas
alternativas.
… elaborar os cartões com as perguntas
e as várias respostas.
Depois é só jogarem!
Consulta o site: http://www.smartkids.com.
br/jogos-educativos/quiz.html
para experimentares online jogos quiz!

AUTOAVALIAÇÃO No fim desta unidade, deves ser capaz de:


A B C
Assinala com a coluna que representa Se ainda não consegui,
o que já consegues fazer: vou ver nas páginas:

Identificar e observar alguns fatores que contribuem para a degradação


do meio próximo (lixeiras, indústrias poluentes, destruição do património 163
histórico…).
Reconhecer os efeitos da poluição atmosférica (aumento do efeito
164 a 165
de estufa, rarefação do ozono, chuvas ácidas, …).
Reconhecer a importância das florestas para a qualidade do ar. 165
Reconhecer algumas formas de poluição dos cursos de água e dos
166
oceanos (esgotos, efluentes industriais, marés negras, …).
Reconhecer algumas formas de poluição sonora (fábricas, automóveis,
167
motos, …).
Identificar alguns dos efeitos prejudiciais do ruído. 167
Identificar alguns desequilíbrios ambientais provocados pela atividade
humana (esgotamento de recursos e extinção de espécies animais 163 a 168
e vegetais).
Reconhecer a importância das reservas e dos parques naturais para
169
a preservação do equilíbrio entre a Natureza e a sociedade.
Enumerar possíveis soluções. 169 a 171

Identificar e participar em formas de promoção do ambiente. 169


Conhecer e compreender como transformar água poluída em água
176
potável.
A — 2 pontos; B — 1 ponto; C — 0 pontos.
19-24 Tenho de continuar assim… 12-18 Não estou mal… 0-11 Tenho de estudar mais. TOTAL

BLOCO 6 À descoberta das inter-relações entre a Natureza e a sociedade 175

363929 162-177 U10.indd 175 18/03/13 17:30


Manusear objetos em situações concretas

CONSTRUO Vamos construir uma ETAR

Objetivo:
Construir um modelo ETAR — Estação de Tratamento de Águas
Residuais — com o objetivo de aprender como se tratam
as águas residuais (esgotos) de origem doméstica ra
Investigar pa
ou industrial, antes de serem devolvidas à Natureza. saber mais
Já sei…
aber…
De que vais necessitar? O que quero s
servar/
Água poluída (água com farinha, azeite, solo arenoso, …) O que vou ob
r, …
/medir/regista
Solo arenoso Garrafa de plástico sentar
Como vou apre
Carvão Copo e comunicar
Algodão Tesoura a informação.
Gravilha

O que vais fazer?


1. Corta, com a tesoura, uma garrafa de plástico pelo gargalo.
2. Na parte do gargalo da garrafa, coloca quatro camadas de materiais
da seguinte forma:
1.ª camada: algodão.
2.ª camada: carvão.
3.ª camada: solo arenoso.
4.ª camada: gravilha.
3. Verte com cuidado a água poluída sobre a montagem e recolhe, no copo,
a água que escoa pelo gargalo da garrafa.
4. Observa a água que se obteve e compara-a com a água inicialmente utilizada.

A B

Gravilha

Solo arenoso

Carvão

Algodão

176 BLOCO 5 À descoberta dos materiais e objetos

363929 162-177 U10.indd 176 18/03/13 17:30


Realizar experiências com a água 10

UNIDADE
A flutuação
Quando misturamos diversos materiais com a água, é possível observar
diferentes comportamentos: alguns objetos dissolvem-se, outros flutuam
e outros afundam-se.

INVESTIGO O que acontece aos materiais


que não se dissolvem na água?

De que vais necessitar?


Água
Recipiente grande (tina/alguidar)
ra
Vários objetos (por exemplo: plasticina, lata tapada, Investigar pa
saber mais
prego de ferro, moedas, esferovite, vela, borracha,
Já sei…
chave de metal) O que quero s
aber…
servar/
O que vou ob
O que vais fazer? /medir/regista
r, …
sentar
1. Enche o recipiente com água até metade. Como vou apre
2. Coloca, um a um, os vários objetos e regista as tuas e comunicar
a informação.
observações no quadro.

Antes de começares… pensa e responde às questões.


O que pensas que vai acontecer? Porquê?

Executa e responde Penso que Verifiquei que


no teu caderno. Objeto
Flutua Afunda Flutua Afunda
1. Completa
o quadro com Barra de plasticina
os resultados. Lata de metal vazia (tapada)
2. Responde à Prego de ferro
questão-problema
Moedas (0,05 € e 0,10 €)
desta atividade.
3. Dá exemplos de Placa de esferovite
resíduos poluentes Vela de glicerina
da água. Borracha escolar
Classifica-os de
acordo com o seu Rolha de cortiça
comportamento na Chave de metal
água (dissolvem-se, Bacia de plástico
flutuam,
(…)
afundam.)

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ANEXO

Sugestões de leitura

Unidade Autores Título Editora

1
binghAm, Caroline et al. O Corpo Humano a Três Dimensões Civilização Editora
(Ilustr: Derek Matthews)

2
fAnhA, José O Dia em Que a Mata Ardeu Edições Gailivro — Grupo LeYa
(Ilustr.:. Maria João Gromicho)

3
mAgAlhães, Ana Maria et al. Uma Viagem ao Tempo Editorial Caminho — Grupo
(Ilustr.: Arlindo Fagundes) dos Castelos LeYa
(Viagens no tempo)

4
JAnÉ, Albert A Volta ao Mundo em Oitenta Plátano Editora
Contos

5
letriA, José Jorge Galileu à Luz de Uma Estrela Texto Editores — Grupo LeYa

hAwking. S., hAwking. L. A Chave Secreta Para o Universo Editorial Presença

6
cArlos, Papiniano A Menina Gotinha de Água Campo
das Letras

7
letriA, José Jorge O Grande Continente Azul Livros Horizonte
(Ilustr.: Paula Amaral)

8
rios, Alice Os Borlububos e os Sem-Abrigo Estratégias Criativas
(Ilustr. Alexandra Duque)

9
sAmpAio, Jorge O Meu Livro de Política Texto Editores — Grupo LeYa

10
elkington, John et al. Guia do Jovem Consumidor Gradiva Publicações
(Ilustr. Tony Ross) Ecológico (Descobre Como Podes
(Trad.: Carlos e Luz Ventura) Ajudar a Salvar a Terra)

178

363929 178-184.indd 178 19/03/13 11:09


ANEXO

Para aprenderes mais em família ou em visitas de estudo

1
UNIDADE

Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa


Rua Escola Politécnica 58, Lisboa
SEAC — Serviço de Educação e Animação Cultural
Tel.: 213 928 08, 213 921 824 ou 213 921 825
e-mail: geral@museus.ul.pt

2
UNIDADE

A Casa do Tinoni
Departamento de Proteção Civil / Divisão de Prevenção
Rua Cardeal Saraiva, Lisboa
Tel.: 217 224 300
Fax. 217 268 589
e-mail: tinoni@tinoni.com

3
UNIDADE

Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota


Av. D. Nuno Álvares Pereira, n.º 120, São Jorge.
Calvaria de Cima
Tel.: 244 480 062
Fax: 244 480 061
e-mail: info.geral@fundacao-aljubarrota.pt

4
UNIDADE

Palácio Nacional da Ajuda


Largo da Ajuda, Lisboa
Tel.: 213 637 095 / 213 620 264
Fax: 213 648 223
e-mail: pnajuda.se@imc-ip.pt

179

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ANEXO

5
UNIDADE

Museu da Água
Rua do Alviela, nº 12, Lisboa
Tel.: 214 262 650 /935 274 596
Fax: 214 264 248
e-mail: spal@servicoagualivres.com

Planetário Calouste Gulbenkian – Centro Ciência Viva


Praça do Império, Lisboa
Tel.: 213 620 002
Fax: 213 636 005
e-mail: planetário@marinha.pt

Observatório Astronómico de Constância


Alto de St. Bárbara, Via Galileu Galilei, nº 817
Constância
Tel.: 249 739 066
e-mail: info@constancia.cienciaviva.pt

6
UNIDADE

Fluviário de Mora — Parque Ecológico do Gameiro


Cabeção, Mora
Tel.: 266 448 130
Fax: 266 446 034
e-mail: fluviariomora@mail.telepac.pt

7
UNIDADE

Farol Museu de Santa Marta


Rua do Farol de Santa Marta, Cascais
Tel.: 214 815 328
e-mail: fmsm@cm-cascais.pt

Sugere-se também a realização de uma visita de estudo


a um cabo, como, por exemplo, ao Cabo de Sagres ou ao Cabo Espichel
ou Carvoeiro.

180

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ANEXO

8
UNIDADE

Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo


Largo Infante D. Henrique, 6120-750 Mação
Tel.: 241 571 477
Fax: 241 577 280
e-mail: museu@cm-macao.pt

Museu do Coa
Rua do Museu, Vila Nova de Foz Coa
Tel.: 279 768 260
Fax: 279 768 270
e-mail: pavc@igespar.pt
e-mail para marcação de visitas: visitas.pavc@igespar.pt

9
UNIDADE

Museu da Indústria
Rua Engenheiro Ferreira Dias, n.º 1095, Porto
Tel.: 225 300 797, 916 061 636
e-mail:mcindustria@gmail.com

10
UNIDADE

Valor Sul — Centro de triagem e aterro sanitário do oeste, Cadaval

Valor Sul — Centro pedagógico de compostagem, Cadaval

Plataforma Ribeirinha da CP
Estação de Mercadorias
da Bobadela
São João da Talha, Loures
Tel.: 219 535 900
Fax: 219 535 935
e-mail: valorsul@valorsul.pt
Sugere-se também uma visita
a uma ETA ou uma ETAR

181

363929 178-184.indd 181 19/03/13 11:10


BiBliografia
AA.VV. (2005). Geografia Universal, Grande Atlas do Século XXI, vol. 1, Europa Ocidental, Atlas da Terra. Lisboa, Planeta DeAgostini.
AA.VV. (2008). História de Portugal, Enciclopédia do Estudante, vol. 15. Lisboa, Santillana Constância.
Alonso, Finn, (1981). Física: Um Curso Universitário (vol. II). São Paulo, Editora Edgar Blucher.
Arends, R. I. (1997). Aprender a Ensinar. Lisboa, McGraw-Hill.
Atkins, P.; JONES L., (1999). Chemistry, molecules, matter and change. New York, W. H. Freeman Company.
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fontes fotográficas
Agência Lusa Pág. 152 Cachecol, Anton Gvozdikov Pág. 81 Membros da Legião Portuguesa.
Pág. 74 Assembleia da República, Pág. 168 Rio, Valenty; Gerador eólico, Desfile da Mocidade
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Pág. 66 Instrumento musical feito de osso Pág. 104 Barragem — EDP — Energias
Bridgeman Art Library de Portugal/Adelino Oliveira
Pág. 66 Pergaminho Stock.xchng Pág. 105 Rio Mondego,
Pág. 8 Árvore, Alfred Borchard; Erva (B), eutrophication&hypoxia; rio Sado
Casa da Imagem kslyesmith; Nenúfares, Atif Gulzar; — Rui Ornelas
Pág. 70 Fortaleza de Peniche Cenouras, Pat Herman; Pássaro, Pág. 109 Serra da Estrela, Alves Gaspar
Pág. 84 Cromeleques sob céu estrelado Bo Stranden; Erva, abcdz2000 Pág. 109 Ilha do Pico, José Luís Ávila
Pág. 96 Menino e iglu Pág. 18 Menino a andar de bicicleta, Silveira/Pedro Noronha e Costa
Pág. 146 Extração de cortiça Gokhan Okur; Jovem a comer Pág. 115 Cartaz, Escola EB1/PE de Santa
fruta, Janusz Gawron Cruz
Corbis Pág. 38 Lanterna elétrica, Oscar Gonzalez; Pág. 117 Satélite em órbita, NASA
Pág. 75 Francisco Costa Gomes Pilhas, Iwan Beijes; Pág. 121 Estuário do Sado — Epinheiro/
Pág. 80 Guerra colonial em África Garrafa de água, Pascal Thauvin; Wikipédia
Papel higiénico, Davide Guglielmo; Pág. 122 Praia em Porto Santo,
Dias dos Reis Canivete, Christian Kitazume; Luke Gordon
Pág. 46 Templo romano em Évora Caixa de primeiros socorros, Pág. 124 Lapas, Silversyrpher
bylcs9 Pág. 126 Praia poluída,
Gettyimages Pág. 41 Castelo Agustin Rafael C. Reyes
Pág. 6 Menina a comer melancia Pág. 90 Banco com neve Pág. 128 Imagem 2.3, Rui Ornelas
Pág. 12 Contorcionista Pág. 92 Janela embaciada, Fred Fred; Pág. 134 Vila de Castro Marim,
Pág. 74 Praça do Comércio Estalactites de gelo — Lavinia Bert Kaufmann
Pág. 94 Africanos com água Marin Pág. 168 Mina — CUF — Químicos
Pág. 102 Rio e montanha Pág. 104 Pesca em rio, M. Lakshman Industriais, S.A.
Pág. 109 Pico Ruivo Pág. 110 Rio e montanha, Pág. 168 Cavalos garranos no Gerês,
Pág. 116 Praia Guenter M. Kirchweger Ana Rodrigues
Pág. 119 Marés alta e baixa Pág. 124 Algas, Sasa Loggin; Ouriço, Pág. 172 Africano a recolher água — WHO/
Toni Petrovic; Anémonas, World Health Organization;
iStockphoto Tan Wah Chew; Caranguejo, Imagem do site —
Pág. 8 Raposa Ralph Kiesewetter; Bivalves, http://www.watercan.com/
Pág. 25 Eletricidade estática Guillaume Riesen
Pág. 27 Mãe e filha na praia Pág. 128 Imagem 2.2 — Naiara Pereira
Pág. 91 Boneco de neve Pág. 148 Arroz, Pascal Thauvin
Pág. 122 Arriba na Madeira Pág. 150 Vacas, Igor Spanholi; Ovelhas,
Pág. 133 Aldeia de Piódão Peter Togel
Pág. 155 Turistas em Portugal Pág. 152 Rolha, Drew Broadley; Livro,
Pág. 164 Menino asmático Davide Guglielmo; Tosquia,
Pág. 166 Poluição de água de um rio; Joseph M. Zlomek
utilização de fertilizantes Pág. 164 Fábrica, Gerla Brakkee; Incêndio,
Pág. 167 Poluição sonora; aterro Yarik Mishin; Spray, Vullioud
Pág. 168 Cardume Pierre-André
Pág. 170 Compostor Pág. 166 Gato a beber água, Atif Gulzar;
Pág. 171 Papeleira Nenúfar, Hafsah Al-Azem;
Resíduos tóxicos, Terence O'Brien
Maurício Abreu Pág. 168 Painel solar, Patrick Moore;
Pág. 40 Castelo Floresta, Andreas Krappweis
Pág. 103 Variação do caudal do rio Tejo Pág. 169 Serra da Estrela, Attilio Ivan
Pág. 104 Rios Mondego e Sado Pág. 174 Complexo fabril, Alexander
Pág. 104 Ribeira Khodarev; Cidade com trânsito,
Pág. 108 Planalto Devin Kho
Pág. 109 Serra do Marão
Pág. 122 Praia Porto da Cruz, Madeira Vários
Pág. 132 Cidade de Coimbra Pág. 32 Vila destruída por tsunami,
Pág. 162 Parque natural Philip A. McDaniel/U.S. Navy
Pág. 38 Fósforos, Gabor Halasz
PhotoXpress Pág. 57 Cena do filme Non, ou a Vã Glória
Pág. 8 Lagarto, ChristopheB de Mandar
Pág. 27 Menina na praia, Maria Grin Cinemateca Portuguesa
Pág. 38 Rádio portátil, Anton Gvozdikov; Pág. 60 Coche de D. João V — Museu
Capacete, Gennady Kravetsky; Nacional dos Coches/©IMC/MC
Latas de conserva e luvas Pág. 73 132 Eleições em 1975. Sessão
de jardinagem, mearicon; solene na Assembleia da
Dinheiro, jpcasais República — Arquivo de Fotografia
Pág. 90 Mar, Serghei Starus de Lisboa — CPF/MC
Pág. 93 Nascente, Sergey Mostovoy Pág. 75 Aníbal Cavaco Silva, Luís Filipe
Pág. 104 Canoagem, Richard McGuirk Catarino
Pág. 110 Vale verdejante, Mohd Haka Pág. 78 Repressão policial — Arquivo de
Khambali Fotografia de Lisboa — CPF/MC;
Pág. 123 Farol, Kubais Caricaturas de João Abel Manta —
Pág. 148 Centeio, fox17; Azeitonas, Museu da Cidade de Lisboa
MarcoGusella.it; Uvas, Alessandro
Lai; Fruta, cusrach

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O Projeto Desafios de Estudo do Meio CONSULTORA CIENTÍFICA
destinado ao 4.o ano de escolaridade, Maria das Mercês Ramos — Licenciada em Física, Ramo
1.o Ciclo do Ensino Básico, é uma obra coletiva, Científico, pela Faculdade de Ciências da Universidade
concebida e criada pelo Departamento de Investigações de Lisboa. Mestre em Ensino das Ciências, pela Faculdade
e Edições Educativas da Santillana-Constância, de Ciências da Universidade de Lisboa. Doutora em
sob a direção de Sílvia Vasconcelos. Metodologia do Ensino das Ciências (Física), pela
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
EQUIPA TÉCNICA
Professora Coordenadora da área de Ciências
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
da Natureza, na ESE de Lisboa.
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Desempenhou o cargo de Coordenadora Institucional
Ilustração da Capa: Nósnalinha
do Programa de Formação Contínua em Ensino
Ilustrações: Nósnalinha
Experimental das Ciências, para Professores do 1.º Ciclo
Paginação: Leonor Ferreira
do Ensino Básico, de 2006/07 a 2008/09, na Escola
Documentalista: Paulo Ferreira
Superior de Educação de Lisboa.
Revisão: Ana Abranches, Catarina Pereira
e Maria de Fátima Lopes

EDITORAS
Ana Duarte e Maria João Carvalho

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1.a Edição
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