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TCC Laura Romero - 818135447-1
TCC Laura Romero - 818135447-1
SÃO PAULO
2022
LAURA SILVA ROMERO
SÃO PAULO
2022
LAURA SILVA ROMERO
BANCA EXAMINADORA
Prof(a).
Prof(a).
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Prof(a).
Não é de hoje que existe a modalidade home office. O trabalho remoto já existe a muitos
anos, contudo, com a pandemia da COVID-19, o mundo se viu obrigado a praticamente
parar no tempo, ficar em quarentena e, como consequência, ver aflorar o instituto do home
office; Empresas e profissionais precisaram mudar sua rotina e se adaptar com essa nova
mudança; Diante dos acontecimentos, o home office tornou-se algo comum, ganhando
destaque como modalidade de trabalho; Esta pesquisa busca mostrar a situação do home
office do início ao ‘’pós’’ pandemia, apontando suas vantagens e pontos positivos e, em
contraponto, também eventuais problemas e desafios.
It is not from today that home office is a modality. Remote work has been around for
many years. However, with COVID-19 pandemic, the world was forced to stop, while
implementing quarantine precautions, which consequently, it making home office start to
surge adoptions. Companies and professionals ran for changing their routines and to adapt
themselves to the new reality. In the face of the latest events, the home office has become
normal, getting prominence as a work modality. This research seeks to introduce the
home office need from the beginning to the ''post'' pandemic, pointing out its advantages
and positive points, in contrast, as problems and challenges as well.
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO
O home office caracteriza-se como uma forma de trabalho flexível, decorrente das
evoluções tecnológicas que aconteceram ao longo dos anos. Estas evoluções, como o
desenvolvimento e o uso frequente da Internet, proporcionaram uma nova forma de
desenvolver o trabalho, tanto para as organizações, quanto para os trabalhadores.
(FROEHLICH. TASCHETTO, 2019)
O home office tornou-se real para uma boa parte da população, já as empresas, por sua
vez, precisaram adotar os novos protocolos de segurança para que não agravasse a situação da
COVID-19. Com isso, tornou-se cada vez mais frequente a adoção desse meio de trabalho, o
home office.
Trata-se de um meio de trabalho que traz vantagens para os colaboradores, citando-se a
título de exemplo de fato positivo o fato de não ser necessário se locomover para lugares
distantes para trabalhar, economizando tempo e, com isso, diminuindo as chances de atrasos e
até mesmo acidentes.
Já como ponto negativo pode-se destacar que trabalhando em casa não é incomum o
incômodo de compartilhar tarefas, espaços e até os equipamentos residenciais, bem como uma
perda importante para as relações, que é o contato humano.
Já as empresas, apenas a título de exemplo positivo, têm significativas reduções com
despesas de locação, energia, abastecimento de água, segurança, limpeza, etc., mas também há
pontos negativos, como igualmente o reduzido contato pessoal.
Por fim, visa com o presente trabalho, de forma modesta, entender se é possível almejar
resultados perceptíveis tanto para as empresas quanto para os trabalhadores, descrevendo os
desafios e buscar por melhorias no funcionamento diante do atual meio de trabalho.
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O termo home office vem da língua inglesa e significa trabalho feito em casa, podendo
ter um sentido um pouco mais amplo, como um trabalho que pode ser feito em qualquer lugar
e de forma remota.
Morgenstern e Santos (2016, p. 14) dizem que:
‘’É possível concluir que, dentre as múltiplas definições de Home Office, as seguintes
peculiaridades mostram-se presentes inúmeras vezes, definindo se então as seguintes
características principais: (a) encontra-se em um espaço físico externo; trabalho realizado à
distância; (b) tarefas desempenhadas por meio de tecnologias de informação e comunicação
e; (c) alternância na organização e na relação do trabalho.’’
Ressalta-se, por cautela, que não é considerado trabalho externo e, também, não gera
horas extras.
Conforme Lara Jr, o funcionário em home office consegue trabalhar desde que esteja em
um local adequado e tenha ferramentas tecnológicas próprias para isso, define-se essa
modalidade como:
‘’Home office significa que seu expediente é cumprido parcial ou inteiramente na sua
residência. Você não tem o chefe ao lado, nem colegas de trabalho, na maioria das
vezes. Está conectado por Internet à sua empresa ou ao seu órgão público, com ou
sem imagem, e, na mesma facilidade de comunicação presencial, fala com todos como
se estivessem ali.” (REVISTA DOUTRINA, 2014)
Fora da empresa, a autonomia é completamente do funcionário, pelo que ele precisa ter
uma rotina organizada e saber separar sua vida pessoal da profissional.
2.1 A QUARENTENA
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O home office foi implantado na maioria das empresas por conta da COVID-19, sendo
certo que a tendência é de manutenção dessa modalidade de trabalho em grande parte dessas
empresas, mesmo pós pandemia, o que de fato já vem ocorrendo.
O professor André Miceli, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que a adoção de
home office no Brasil após o fim da pandemia será de 30%:
“Essa é uma tendência que já existia com possibilidade muito concreta de confirmação
e que a pandemia acelerou. Por ter acelerado, estamos vendo o movimento
acontecendo de uma forma não planejada, com os desdobramentos dessa falta de
planejamento, como na questão de segurança dos computadores domésticos e das
empresas.’’
Uma pesquisa feita pelo IBM em agosto de 2020, mostrou que 52% preferem continuar
trabalhando em casa e caso precisar ir ao local de trabalho; 25% querem voltar ao escritório,
mas eventualmente trabalhar de casa também; 10% querem voltar ao escritório normalmente,
todos os dias.
Nessa esteira se entende por sistema híbrido aquele em que parte das tarefas são
realizadas presencialmente, parte remotamente, de forma que parte da prestação do labor seja
prestada em casa e parte em outro local físico da empresa.
O Patrick Mullane, diretor executivo online da Harvard Business School, afirma:
“enquanto estamos nos preparando para voltar aos negócios normais, parece que os
profissionais não querem ‘os negócios de sempre’. Eles querem flexibilidade por parte
dos seus empregadores para manterem um novo equilíbrio entre trabalho e casa”.
Portanto, diante disso, pode ser que o modelo que veio para ficar é o híbrido.
O modelo híbrido é o meio-termo perfeito entre trabalho remoto e presencial, os
funcionários trabalham uma parcela da semana no escritório e a outra trabalha de casa.
O sistema de trabalho home office foi adotado por grandes empresas, tanto públicas
quanto privadas, por conta da pandemia da COVID-19 se viram obrigadas a operar nesse
modelo, mesmo sabendo que com o tempo voltaria à normalidade, algumas empresas já
pretendiam manter o home office.
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Uma pesquisa feita em novembro de 2021, pela Korn Ferry, consultoria global de
carreira, mostra que 85% das empresas já adotaram totalmente o home office.
Algumas das empresas que adotaram o home office ou o modelo híbrido:
Mineradora Vale: colocou seus funcionários de todas instalações da parte administrativa
e do suporte operacional para trabalhar de home office, desde março de 2020, liberando um
suporte financeiro para ‘’criar’’ um escritório em casa, se adaptando da melhor forma possível.
A líder do programa Jornada Vale disse que 73% das pessoas estavam satisfeitas. Dessa forma,
decidiram adotar um modelo híbrido pós pandemia.
BRQ Digital Solutions: 50% dos funcionários se sentiam mais produtivos trabalhando
de casa;
Twitter: já adota o trabalho remoto de forma permanente;
XP Inc.: desde junho de 2021 adotou o trabalho remoto com horários flexíveis;
Coca-Cola: os funcionários apontaram que é uma forma de trabalhar mais ágil,
comunicação mais leve e transparente, mas também apontaram alguns pontos negativos, que é
a dificuldade de manter o foco no trabalho, inúmeras reuniões virtuais que acaba gerando um
cansaço. Os funcionários receberam ajuda de custo para manterem um espaço em casa para
trabalhar. “Levaram cadeira e seus equipamentos para casa e, como já estávamos muito
digitalizados, utilizando plataformas como Teams, a migração foi muito bem sucedida”,
avaliou a Simone Grossman, vice-presidente de RH;
Eletrobras: de acordo com os funcionários um dos pontos positivos que a adoção do
home office trouxe foi a produtividade, a redução de custos com viagens a serviço e
treinamentos, destacou também que as reuniões/palestras por meio de aplicativos e
videoconferência são mais econômicas do que alugar um espaço para tal evento. Apontaram
como ponto negativo a falta de interação diária, falta de foco, problemas com equipamentos,
etc.
Para essas empresas foi e tem sido uma experiência completamente diferente, algo novo
para todos, com altos e baixos, desafios no dia a dia, porém, com muito aprendizado.
Montar um espaço em casa para trabalhar impacta em mudanças que devem ser
analisadas, observando os pontos de vista familiar, profissional e empresarial.
O home office nunca mais será o mesmo, e as empresas também não. Há quem goste
desse modelo, mas também quem quer voltar a trabalhar de forma presencial. As empresas
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também se dividem, algumas querem manter seus funcionários trabalhando de casa, outras
querem começar com o modelo híbrido e outras querem voltar ao presencial.
Trabalhar de casa pode nos trazer conforto e economia, mas também barulho e bagunça.
Com isso, segue alguns prós do home office.
Para os colaboradores, um dos aspectos positivos é que, enquanto você estiver
trabalhando, a qualquer momento, você pode ir até seu filho(a), marido, esposa, o parente que
for, e dar um abraço, conversar, se distrair, podendo ter uma melhor oportunidade de ficar mais
próximo do seu familiar, criando uma nova rotina salutar.
Outro ponto é a redução de estresse decorrente do trânsito e transporte público ou
privado, não precisa se preocupar em se deslocar para o trabalho, não vai precisar pegar o carro
ou transporte público lotado, encarar filas, procurar estacionamento, correr risco de sofrer um
acidente, ser multado, sem contar que vai reduzir o gasto com transporte público ou gasolina e
melhorias no carro.
Além disso, trabalhando de casa você acaba reduzindo alguns custos, como com
transporte, locação de salas comerciais quando profissional autônomo. Você deixa de lado todo
estresse para conseguir um bom ponto comercial, impostos e taxas.
Com o home office, com seu espaço para trabalhar, a privacidade é acentuada, por vezes
sozinho em um cômodo isolado, livre de pessoas a incomodar ou prejudicar o bom andamento
do trabalho.
Neste sentido, você cria uma liberdade profissional, podendo expandir seus
conhecimentos profissionais, estudar áreas novas, sem ficar preso somente nas habilidades que
seu trabalho requisita. Sem os gastos com salas comerciais, taxas, impostos e afins, seu
rendimento só tende a aumentar, podendo usar essas sobras em outro tipo de investimento, tanto
na esfera profissional como pessoal.
Dependendo do seu tipo de trabalho, do acordo com seu empregador ou chefia direta,
você tem a possibilidade de definir seu próprio horário, deixando um horário em que você se
sente mais produtivo, podendo adequar conforme a sua nova rotina de home office.
Para a empresa, uma das principais vantagens do home office é a flexibilidade, alinhando
a empresa às modernas práticas de flexibilização do trabalho. Com isso, melhora produtividade,
evitando as interrupções que costumam ocorrer no trabalho presencial.
Os profissionais ficam mais motivados, ampliando a atração de talentos, em função da
melhoria da qualidade de vida e da maior disponibilidade de tempo para outras atividades, como
convívio familiar, lazer, atividade físicas e estudos.
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Da mesma forma que existem os pontos positivos, também existem seus pontos
negativos. Dessa forma, segue alguns desafios do home office.
Como abordado acima ao longo do trabalho, a realização da modalidade do home office
é feita fora das dependências do empregador. Com isso, entendemos que, o colaborador perde
o contato físico com sua equipe de trabalho e afins.
O isolamento acaba desmotivando e pode ser prejudicial para o aspecto psicológico do
colaborador. Para quem mora só acaba sendo agravado, já que tem seu grau de isolamento
aumentado na medida que não vai ter aquela conversa presencial com os colegas de trabalho,
trocas de ideia, conversas do dia a dia, etc.
Ainda neste contexto, a possibilidade de ocorrer falha na comunicação é grande, por ser
por meio de chamadas, aplicativos de conversas, etc. – a chance de “cair a internet”, não
funcionar o aplicativo, entre outros imprevistos. As trocas de experiências, as perguntas,
dúvidas, acabam sendo prejudicadas.
Outro ponto importante é quando o colaborador não consegue criar uma rotina de
trabalho. Se não houver sempre uma rotina, um planejamento e disciplina, não vai ocorrer a
necessária separação do convívio familiar em lazer e a não menos necessária concentração no
trabalho e suas obrigações. Primordial que faça a devida separação.
Se não houver limites, pode ocorrer o excesso de trabalho também. Trabalhando em sua
residência não é incomum que ocorra a mistura do profissional com o pessoal, ou seja, as rotinas
da casa com àquelas vinculadas ao trabalho, ou seja, trabalhar pensando na casa e vice versa,
nas tarefas do lar pensando no trabalho.
Por certo que é salutar ter a família por perto, contudo, por vezes tal fato pode ser
prejudicial ao processo produtivo no trabalho, perdendo sua privacidade. É certo que a
interrupção para tratar de assuntos familiares acaba por gerar distração e perda do foco.
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Importante a devida separação, mesmo que por vezes em reduzido espaço físico, do que é
pessoal e profissional.
Pode ocorrer também de alguns funcionários não se dedicarem tanto como seria no
presencial, por ser um modelo de trabalho mais ‘’relaxado’’. É necessário o comprometimento
do colaborador com suas tarefas como se fosse supervisionado diretamente. Não pode haver
indisciplina, o colaborador precisa criar uma rotina e gerenciar seu horário de trabalho, sem que
sua chefia direta externa tenha que fazê-lo.
Trabalhando de casa o contato com sua equipe muda, ficando não raras, mas as vezes
mais distantes. Necessária a devida cautela para que as conversas, trocas de experiências e
demais rotinas não se restrinjam à utilização de ferramentas virtuais, de forma remota. Não
existe aquela interação com os colegas de trabalho, conversa olho no olho, comunicação
corporal, que você transmite mais informações do que uma conversa de forma remota por meio
de aplicativos on-line.
E por fim, pode faltar um espaço apropriado para trabalhar em casa, dificuldade de a
chefia detectar problemas com os colaboradores, etc.
Para empresa, fica difícil saber identificar profissionais que possuam conhecimento ou
habilidades para o tipo de trabalho.
É importante inclusive para aquele que exerce posição de chefia ou comando, pois ele
é o responsável por monitorar os profissionais com o fiel intuito de busca do cumprimento das
metas pré-estabelecidas.
Para alguns é frequente a distração com assunto diverso do profissional quando
trabalhando de casa. A dedicação e foco é medida que se impõe como necessária.
Por falta de local físico cedido pelo empregador e por não conseguir separar o
pessoal/lazer com o trabalho, alguns profissionais tendem a desanimar com essa má
administração organizacional.
O regime de trabalho remoto está regulamentado no capítulo da CLT que dispõe sobre
o ‘’teletrabalho’’.
Conforme o artigo 75-B da CLT, teletrabalho é:
Com isso, se por um acaso for necessário que o trabalhador compareça no seu local de
trabalho para serviços específicos, não se extingue o regime de teletrabalho.
O regime home office é uma das modalidades de teletrabalho, este deve estar previsto
em contrato escrito, assinado pelas partes. Além disso, deve constar as atividades que serão
realizadas, salários, jornadas de trabalho e etc.
Ainda pende de regulamentação o trabalho em home office propriamente dito, já que,
como exposto, apenas o teletrabalho encontra-se abrangido na legislação vigente.
Com a edição da Lei 13.467/2017, passou a disciplinar na CLT o home office, que é
tratado na Reforma Trabalhista como teletrabalho.
Essa forma de trabalho funciona com o funcionário realizando as atividades fora da
empresa, e essa flexibilidade do home office acaba de muitas formas beneficiando os
trabalhadores, tendo, exemplificativamente, um dos pontos positivos o de permitir eliminar o
tempo que gastam para se locomover até o trabalho, trazendo mais tempo livre e qualidade de
vida. Está até definido pela legislação, para que os trabalhadores sejam orientados.
O teletrabalho já era uma busca de muitos profissionais mesmo antes da pandemia, pois
permite fazer seus próprios horários. Vale lembrar que, como não há controle de jornada, não
tem pagamento de horas extras e nem adicional noturno.
Nesse modelo de trabalho é preciso que o funcionário assine um termo de
responsabilidade se comprometendo a seguir as regras do empregador.
Como já foi dito, o home office é o trabalho realizado em casa, é um modelo que não se
tornará permanente.
Ao contrário do teletrabalho, é preciso do registro da jornada de trabalho como se
estivesse trabalhando presencialmente na empresa.
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O trabalhador que atua em home office possui as mesmas garantias que o trabalhador
presencial. Dentre essas garantias estão 13° salário, recolhimento do INSS e férias.
O teletrabalho tem vantagem como a isenção do controle de jornada, mas o prestador de
serviço dessa modalidade assume a responsabilidade de atender a algumas demandas.
Já o home office, é preciso que cheguem em um acordo para ver uma forma de fazer tal
controle, podendo usar as ferramentas tecnológicas para tal, como o ponto digital.
O funcionário do teletrabalho não possui direito a horas extras e adicionais, já o que está
em home office terá os mesmos direitos de um colaborador que está presencialmente na
empresa.
Nas empresas usam um sistema para ter o controle da jornada do funcionário, como o
livro de ponto ou o Relógio de Ponto Eletrônico (REP), o home office dificultou a forma desse
controle.
O home office praticamente afastou o acompanhamento da jornada e da quantidade de
horas que os funcionários efetivamente exercem suas funções, não tem como registrar seus
horários se ele não está presente na empresa.
A solução para isso foi adotar um sistema de ponto eletrônico online, esse sistema
funciona através da nuvem, podendo ser feito à distância.
Conforme o artigo 62 da CLT, o teletrabalho é isento do controle de jornada, pois
apresenta um contrato que estabelece isso.
“Art. 62 – Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação dada
pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
I – os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de
horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e
Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de
27.12.1994)
(…)
III – os empregados em regime de teletrabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
Já no home office, o contrato é regido pelas normas gerais da CLT, logo, entende-se que
o funcionário possui uma jornada a cumprir mesmo trabalhando da sua casa.
As empresas até podem abrir mão dessa forma de controle de ponto, mas é importante
que de alguma forma controlem as horas trabalhadas, as faltas, entre outros.
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Quando não há qualquer tipo de controle, existe a margem para eventual má-fé, ou seja,
alegar-se que está havendo o cumprimento de suas horas de trabalho, quando na verdade não
estão.
Também existe a possibilidade do inverso, talvez mais ou tão grave quanto, ou seja, a
possibilidade que o colaborador passe dos limites de sua jornada, trabalhando mais do que deve,
prejudicando até mesmo sua saúde mental e com isso, prejudicando a empresa com problemas
como baixa produtividade, desânimo, etc.
Com esse sistema de ponto online, a empresa consegue garantir esse controle mesmo
em home office, o funcionário vai ter total segurança, com diversas medidas de segurança para
garantir que foi feito o registro do ponto.
Essas sendo algumas formas de realizar o ponto online: a senha; o reconhecimento
facial, a voz e a localização.
Para marcar o registro, basta acessar com um celular, notebook, tablet e seu chefe
conseguirá visualizar o registro feito.
Mas é claro, o principal é o comprometimento e dedicação de empregados e
empregadores para que o resultado seja valorizado, desde que através dos meios e tempo
adequados e não prejudiciais.
6. NOVAS TECNOLOGIAS
O que pode mudar também para ajudar são novas tecnologias para otimizar a
comunicação entre chefe e funcionário e também com os clientes.
Existem diversas tecnologias que ajudam no home office e contribuem para liderar
equipes remotamente, com inúmeros benefícios que já foram citados aqui. Há algumas
ferramentas que podem ajudar a empresa e seus colaboradores nessa nova forma de trabalho.
As ferramentas que podem ajudar são aplicativos, sites, softwares. Essas são algumas
opções:
Discord: software de comunicação de equipes; Zoom: para videoconferência com até
25 pessoas; Google calendar: um tipo de agenda virtual que pode ser compartilhada; Evernote:
bloco de notas universal; Google Hangouts: para reuniões on-line; Dropvox: armazenamento e
sincronização de arquivos; Clicksing: assinatura de documentos com validade jurídica;
É recomendado que as empresas forneçam treinamentos para a utilização dessas
ferramentas, com dicas de como se adaptar. São esses treinamentos que vão otimizar a tarefa
da equipe e dar um melhor atendimento e experiência aos clientes.
É de suma importância ficar atento com as mudanças do mercado e com a tecnologia
quando se refere ao home office, principalmente nos dias de hoje que sempre aparece algo novo.
A tecnologia pode ser uma grande aliada para as empresas que pretendem manter as atividades
remotas, podendo ser ainda mais produtivo.
Com a pandemia podemos ver como a tecnologia nos ajudou e ensinou, principalmente
no simples fato de poder morar e trabalhar em qualquer lugar, tudo isso com a evolução da
tecnologia. É algo que pode e vem sendo aplicado para beneficiar as empresas e afins.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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