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Vicissitude Das Situações Jurídicas
Vicissitude Das Situações Jurídicas
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Discentes:
Acaina Aizeque
Madalena da Piedade
Michaela Agostinho
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
Índice Pág.
Capítulo I. Introdução................................................................................................................4
1. Objectivos.......................................................................................................................6
2. Metodologia....................................................................................................................7
2.1. Generalidade............................................................................................................8
2.2.1. Constituição......................................................................................................9
2.2.2. Modificação....................................................................................................10
2.2.2.3. Extinção......................................................................................................11
Conclusão.................................................................................................................................17
Refeência bibliográfica............................................................................................................18
Capítulo I. Introdução
O presente trabalho irá cingir-se na análise Vicissitude das Situações Jurídicas, desta
feita, atentar-se-á para os pontos essências, onde se tratará o tema na sua generalidade
expondo assim as modalidades concernentes ao tema em causa.
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1. Objectivos
1.1. Objectivo Geral
Analisar a Vicissitude das Situações Jurídicas no âmbito civil.
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2. Metodologia
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Capítulo II. Contextualização Teórica
Nas suas linhas fundamentais, as vicissitudes das situações jurídicas activas e passivas
são homólogas, pelo que podem ser estudadas conjuntamente. Contudo, para mais facilidade
da sua exposição, convém centrar a atenção no direito subjectivo, fazendo a partir dos
fenómenos a ele relativos a anotação das particularidades próprias das vinculações.
1
Sobre esta matéria, vd. Manuel de Andrade, Teoria Geral, vol. II, págs. 14 a 23; Castro Mendes, Teoria
Geral, vol. I, págs. 337 e segs.; C. Mota Pinto, Teoria Geral, pág. 359;
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Oliveira Ascensão refere a possibilidade de autonomizar outras modalidades de vicissitudes: a
publicidade, a violação e a defesa, cujo tratamento faz no campo dos Direitos Reais (Teoria Geral,
vol. III, pág. 141).
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2.2.1. Constituição
I. A constituição de uma situação jurídica define-se como o seu nascimento para a ordem
jurídica, por efeito da verificação de certo facto, dito constitutivo, como seja, um contrato de
compra e venda quanto ao direito ao preço. Isto significa, correspondentemente, ser a
constituição deste direito efeito de tal contrato.
II. O modo como as situações jurídicas surgem na vida do Direito pode revestir várias
modalidades, relevantes para o seu regime jurídico.
Atendendo ainda ao modo como se produz o efeito constitutivo dos factos jurídicos,
verifica-se que, independentemente da sua natureza, certos eventos jurídicos têm, por si só,
aptidão para desencadear a constituição do direito. Noutros, porém, esse resultado depende da
verificação de certa qualidade jurídica, que tem de estar presente na pessoa que vai ser titular
desse direito, ou de certa relação estabelecida entre ela e outra pessoa.
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pressupõe, no seu titular, a qualidade de comproprietário; quanto ao segundo aspecto, pode
citar-se a constituição do direito de suceder, na sucessão legitimária, ou do direito a
alimentos, pois ambos dependem da existência de um vínculo familiar entre o herdeiro e o de
cuius, ou entre o alimentado e o alimentante.
2.2.2. Modificação
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III. As modificações objectivas quanto ao objecto resultam de alteração do bem que
constitui o objecto do direito. Como exemplo, podem citar-se, no direito de propriedade, a
destruição parcial da coisa, ou a acessão natural (art. 1325º do CC).
2.2.2.3. Extinção
I. No pólo oposto à constituição das situações jurídicas situa-se a sua extinção. Pode
definir-se extinção do direito como o seu desaparecimento da ordem jurídica.
Em regra, o facto extintivo de uma situação jurídica principal determina a extinção dos
seus acessórios, como se pode ver do regime dos arts. 651.º e 730.º, ali. a), do CC,
respectivamente, para a fiança e a hipoteca, sendo este último regime aplicável aos
privilégios creditórios (art. 752.º do CC).
III. A extinção do direito pode revestir várias modalidades. A regra é, aqui, a de a extinção
da situação jurídica resultar imediatamente da verificação de um facto jurídico. O exemplo do
cumprimento é típico deste regime. Pode, todavia, a extinção depender do encadeamento de
vários factos, que em relação a este efeito se comportam como se fossem um facto jurídico
complexo. Como exemplo, veja-se o regime da realização da prestação a terceiro que, em
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geral, só extingue o direito de crédito quando esse facto se conjugue com outros, como seja a
ratificação do próprio credor [art. 770.º, ali. b), do CC]
I. Esse fenómeno consiste na imputação da situação jurídica a uma certa pessoa. Dito de
outro modo, a aquisição consiste na entrada da situação jurídica na esfera de certa pessoa.
II. A análise do fenómeno da aquisição permite apurar que ela se verifica em duas
circunstâncias fundamentalmente distintas, constituindo outras tantas modalidades:
originária e derivada.
I. A aquisição derivada pode consistir em o adquirente ver entrar na sua esfera jurídica
uma situação que retira a sua legitimidade de outra de que ele mesmo era titular e que se
extinguiu ou se modificou.
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Como a própria designação sugere, a situação jurídica transita de uma esfera jurídica
para a outra, tal como existia na anterior. Constituem exemplos significativos desta
modalidade a cessão de créditos (arts. 577.º e seguintes do CC) e a aquisição da propriedade
de coisa ou da titularidade do direito de propriedade na compra e venda [ali. a) do art. 879.º
do CC].
II. A aquisição derivada assume uma modalidade diversa, quando do direito existente na
titularidade de certo indivíduo se destacam algumas faculdades com as quais se constitui um
novo direito, de imediato atribuído a outra pessoa. Fala-se aqui em aquisição derivada
constitutiva.
Deste modo, à perda absoluta do direito corresponde a sua extinção. Assim, se certa
pessoa abandona uma coisa móvel, com intenção de se desfazer do seu direito de propriedade
sobre ela, há uma perda absoluta desse direito (art. 1318.º do CC).
III. Mas a perda do direito pode ser também relativa, ocorrendo esta quando o direito
deixa de estar na titularidade de uma pessoa, mas é adquirido por outra. Esta modalidade de
perda verifica-se no exemplo, já citado, da cessão do direito de crédito. Por efeito deste
negócio, o direito sai da esfera jurídica do credor originário, mas é adquirido por outrem. O
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C. Mota Pinto, Teoria Geral, pág. 373.
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direito perde-se para o cedente, mas não desaparece da vida jurídica; há, aqui, uma aquisição
derivada translativa por parte do cessionário.
Para não perder de vista a realidade das coisas, importa verificar como os vários
momentos da evolução objectiva e subjectiva das situações jurídicas se relacionam.
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II. Pela sua importância vai ser dedicada um pouco mais de atenção às relações entre a
perda relativa e a aquisição derivada do direito. Ocorre aqui uma vicissitude das situações
jurídicas que se chama transmissão.
Se se analisar esta vicissitude por outro prisma, verifica-‘;se que ela corresponde ao
efeito conjunto de uma perda relativa e de uma aquisição derivada.
III. No regime da transmissão interfere, todavia, ainda outro ponto, relacionado agora com o
objecto da transmissão.
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Cfr., sobre esta distinção, I. Galvão Telles, Direito das Sucessões, págs. 33 e segs
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Conclusão
Salientar que chegou-se ao auge do tema em análise, atingindo-se, desta forma, os objectivos
destacados.
Pela doutrina analisou-se e chegou-se a conclusão que as situações jurídicas, em geral, são
realidades dinâmicas, desde logo, no sentido de implicarem comportamentos humanos
dirigidos ao seu exercício ou cumprimento; mas são-no também no sentido de poderem
evoluir, sofrendo mudanças, durante o período da sua existência no mundo do Direito, sendo
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assim, o conjunto de fenómenos que podem ocorrer na vida das situações jurídicas é
correntemente designado por vicissitudes.
Refeência bibliográfica
FERNANDES, Luís Alberto Carvalho. Teoria geral do direito civil. – 5. ed. – Lisboa :
Universidade Católica Editora, 2010.
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