Dona Benedita deu banho nos filhos Réman e Novaque e ao secá-los com as toalhas percebeu que ambos tinham sido picados por escorpiões. Réman apresentava sonolência e mioclonia enquanto Novaque chorava de dor. Levaram quatro horas para chegar ao pronto-socorro onde receberam tratamento. Dona Benedita se culpava pelo acidente por não ter queimado o lixo acumulado em casa.
Dona Benedita deu banho nos filhos Réman e Novaque e ao secá-los com as toalhas percebeu que ambos tinham sido picados por escorpiões. Réman apresentava sonolência e mioclonia enquanto Novaque chorava de dor. Levaram quatro horas para chegar ao pronto-socorro onde receberam tratamento. Dona Benedita se culpava pelo acidente por não ter queimado o lixo acumulado em casa.
Dona Benedita deu banho nos filhos Réman e Novaque e ao secá-los com as toalhas percebeu que ambos tinham sido picados por escorpiões. Réman apresentava sonolência e mioclonia enquanto Novaque chorava de dor. Levaram quatro horas para chegar ao pronto-socorro onde receberam tratamento. Dona Benedita se culpava pelo acidente por não ter queimado o lixo acumulado em casa.
Como era habitual naqueles escaldantes entardeceres de verão na zona rural da cidade de Jucuruçú no extremo sul baiano, dona Benedita iniciou o ritual de banho dos seus filhos Réman e Novaque de 2 e 6 anos. Ao terminar o banho, pegou as toalhas penduradas nas paredes sem reboco do banheiro, as colocou nos ombros das crianças e esfregou vigorosamente. Nesse instante ouviu-se um grito terrível de ambos. Sob o olhar atônito da mãe, as crianças saíram correndo do banheiro aos prantos. Após conseguir alcançá-las e acalmá-las, dona Benedita perguntou ao mais velho o que tinha acontecido. Ainda soluçando, contou que sentiu queimar o lado direito das costas quando a mãe foi secá-los. Dona Benedita olhou as costas dele e percebeu uma região avermelhada de uns 5 cm de diâmetro ao redor de uma “bolinha” mais alta de 0,5 cm que sobressaía em altura, bem no meio da área vermelha. Desesperada, olhou nas costas do Réman e achou a mesma lesão, mas curiosamente este tinha parado de chorar e dava sinais de estar com sono. Correu para o banheiro e ao procurar nas toalhas, achou um escorpião numa delas e outro no chão. Ficou muito assustada ao perceber que um dos animais, carregava vários filhotes nas costas. Imediatamente buscou ajuda do vizinho mais próximo, distante dois km de sua casa, e pediu pra levá-los à UMMI. No caminho uma forte chuva impediu o acesso rápido ao asfalto. O Novaque continuou chorando de dor, se queixando constantemente e procurando uma posição mais confortável, sem conseguir. Já o Réman estava sem sinais de dor, muito sonolento, não conseguia manter o equilíbrio ao ficar em pé e apresentava mioclonia ocasional em membros superiores. Demoraram quatro horas até chegar ao pronto socorro onde foram recebidos pela R1 de Pediatria, Drª Michele que colocou ambos em observação e iniciou as medidas antiescorpiônicas para um e analgesia e botão anestésico para o outro. A dona Benedita chorava baixinho, se culpando por não ter queimado o lixo acumulado em casa.
Emergências 2023.2 – Universidade Federal do Sul da Bahia