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1:

•Elizabeth •

❄️

Acordei com a merda do despertador tocando, coloquei o dedo algumas vezes


para desligar mas fui obrigada a abrir os olhos, bufei ao desligar. 

Eu: Bom dia amor da minha vida!- disse a Amora que estava se espreguiçando do
meu lado. 

Amora logo veio para perto de mim e começou a me lambem, Amora é uma
husky siberiano; tem os olhos azuis e patas brancas com o restante do corpo
preto, ela parece um lobo e foi ela nesses dois anos que me fez companhia. 

Abri a cortina e fui tomar um banho, ao terminar coloquei uma calça, uma
camiseta normal e coloquei minha arma na cintura, deixei o cabelo solto e peguei
minha bolsa. 

Eu: A mamãe volta de noite, tá bom?- coloquei água e ração para ela.- Cuida da
casa. 

Peguei um táxi, hoje série meu primeiro dia de aula em Toronto, vida nova,
cidade nova. Fiquei um bom tempo parada naquele trânsito, ao ver a hora já
estava atrasada. Ótimo! 

Entrei na escola a procura da minha sala, acabei pedindo informação para uma
faxineira e encontrei a sala; ao entrar fui para o fundão e me sentei sem dizer
nada, senti alguns olhares curiosos.

Xxx: Sabe turma, ter educação é bom, viu senhorita.- ele veio até mim. 

Eu: Eu simplesmente não quis atrapalhar sua aula, que era para o senhor estar
dando ao invés de vir me perturbar! - sorri irônica para ele e continuei o
encarando. 

Pude notar que ele se zangou, depois de um tempinho me encarando ele virou as
costas e voltou a dar aula, sorri satisfeita. 
Aquela aula demorou uma eternidade para acabar, o intervalo passou e eu fiquei
na minha mesmo, finalmente o sinal tocou para irmos para casa, peguei minhas
coisas e estava saindo quando um brutamonte esbarra em mim. 

Eu: Ei, olha por onde anda babaca!

Xxx: Você é muito folgada novata, presta atenção.


Ele virou as costas e saiu com um amigo, revirei os olhos e fui até a saída,
moleque mimado. Na frente da escola tinha um restaurante, e seria ali que eu iria
trabalhar nos próximos meses para conseguir me manter. 

❄️

Ao sair do trabalho, fui direto para casa estava exausta. Cheguei e fui recebida
pela Amora latindo igual doida, após brincar com ela tomei um banho e fui direto
para a cama. 

Estava sentindo um peso em cima de mim, estava incomodando. Comecei a me


mexer parecia ser um sonho, aquele peso todo sobre o meu corpo, acabei
sentindo algo molhado caindo sobre o meu rosto. Aos poucos fui despertando,
minha visão estava embaçada mas aquele peso em cima de mim me fez despertar
de vez. Ao abrir os olhos encontrei meu pai, ele cheirava a álcool e estava com o
seu corpo em cima do meu, eu estava nua. Pisquei algumas vezes para entender o
que estava acontecendo, ele colocou o dedo sobre minha boca para que eu me
calasse e então eu senti uma dor imensa quando ele penetrou seu membro na
minha intimidade. 

Eu: Pai.- sai como um sussurro.- Para for favor! 

Ele encostou o rosto no meu e começou os movimentos de vai e vem,lágrimas


começaram a sair dos meus olhos, eu não conseguia me mover, não conseguia
gritar. Fiquei parada chorando enquanto ele aumentava a intensidade dos seus
movimentos. 

Eu: Por favor!- eu disse baixinho suplicando, mas foi o suficiente para ele ouvir. 

Ele me encarou e sorriu me beijando, sua língua invadiu minha boca e eu só tive
vontade de vomitar, virei o rosto e ele então começou a passar sua mão pelo meu
corpo. 

Eu:Pai...

Ele fechou minha boca com sua mão e aumentou mais ainda a intensidade dos
seus movimentos me machucando.Eu  fechei os olhos e comecei a rezar baixinho
para que tudo acabasse logo. 

Suas mãos percorreram pelos meus seios e ele os apertou me machucando mais
ainda, seu suor caia sobre o meu corpo nu, enquanto ele gemia. 
Abri os olhos e o olhei, ele deu um selinho em mim e começou a sorrir. Eu só
queria que tudo aquilo fosse um pesadelo, que eu acordasse e percebe-se que
tudo não se passou de um pesadelo. Ele lambeu meu rosto e continuou com os
movimentos.
Eu: Por favor...- eu supliquei. 

Pai: Cala a boca vadia. 

Ele bateu no meu rosto e então continuou seus movimentos segurando no meu
pescoço e me enforcando ao apertar, fechei os olhos e engoli seco enquanto ele
continuava, eu me sentia suja, me sentia um lixo é só queria que tudo aquilo
acabasse logo. Lá fora chovia, era uma tempestade, vários trovões caiam e
relâmpagos cada vez piores. Meu pai gemeu alto e então jogou todo o peso do
seu corpo suado em cima do meu, ele deitou do meu lado e em menos de
segundos já estava dormindo, por um tempo eu continuei paralisada, estava com
vergonha de mim mesma, continuei chorando baixinho e esperei ter certeza de
que ele estava dormindo para me levantar da cama, eu corri nua por todos os
cantos da casa, eu só queria abraçar minha mãe e conta a ela tudo que aconteceu,
queria o conforto e toda aquela sensação de segurança que eu tinha quando
estava em seus braços mas ela não estava ali. A cada trovão que caia era um
susto diferente que eu dava, parecia que o trovão iria cair em mim. Fui para o
banheiro, precisa tirar toda aquela sujeira daquele homem do meu corpo, liguei o
chuveiro e comecei a esfregar meu corpo a bucha o mais forte que eu conseguia,
estava machucando. Deixei a água cair sobre os meus cabelos enquanto minhas
lágrimas se misturavam com as mesma. O que eu tinha feito para merecer
aquilo? 
Desliguei o chuveiro aos prantos, coloquei uma roupa confortável e procurei em
todos os cantos da casa um lugar onde me sentiria segura do meu pai e daquela
tempestade que me atormentava, entrei dentro de um baú e me fechei lá dentro,
me permitindo chorar mais uma vez. 

Um trovão caiu, me fazendo despertar, abri os olhos e estava sozinha no meu


quarto, fechei a janela e a cortina para que eu não visse a tempestade. 

Eu: Mais um pesadelo, Amora.- a abracei tentando me reconfortar e me levantei


da cama, precisava do meu remedinho para dormir tranquila. Era ele que fez eu
seguir em frente a cada pesadelo, tomei o remédio e voltei para cama, fechei os
olhos e dormi .

Acordei com o despertador tocando. 

Eu: Bom dia nega.- beijei Amora. 


Me aprontei para a escola, deixei comida e água para Amora, peguei minha arma
colocando na cintura e fui pegar um táxi para ir à escola, e lá estava eu
começando tudo de novo.

Cheguei na escola e fui até a sala de aula indo direto para minha carteira sem
conversar com ninguém, coloquei meus fones de ouvido e fiquei na minha
quando uma garota loira de senta na carteira vazia na minha frente e começa a
dizer algumas palavras, fui obrigada a tirar os fones, revirei os olhos para ela e
esperei que falasse. 

Xxx: Oi, sou Alexia, mas pode me chama de Lexie e você? 

Eu: Elizabeth.- sorri amarelo e voltei a colocar os fones, mas ela voltou a falar
me impedindo. 

Alexia: Vem almoçar comigo hoje depois da aula. 

Eu: Não, obrigada! 

Alexia: Vai ser legal é bom para você se enturmar.- ela tentou de novo. 

Eu: Não, já disse.- coloquei os fones e esperei ela sair.

Qual é a dessa garota? Eu hein! 


As aulas demoraram uma eternidade para acabarem, quando o sinal tocou peguei
minhas coisas e fui direito para o trabalho, coloquei meu uniforme de garçonete
ridículo e prendi o cabelo, deixei minha arma e meus matérias no meu armário e
comecei a atender. 

Estava destruída com uma mesa quando a porta se abre é um falatório chama
minha atenção, era uma turminha de adolescente mimados, ao observar bem vi a
garota de mais cedo, a tal da Lexie. Eu ri, terminei de servir a mesa e fui para trás
do balcão. 

Chefe: Elizabeth, tem uma mesa esperando!- ele mostrou a mesa da Lexie, revirei
os olhos e fui até ela. 

Xxx: Aí Lexie, olha porque ela não quis vir.- ela riu debochando, era uma
morena de cabelos encaracolados. Permaneci calada, não queria ser demitida no
segundo dia por arrumar confusão com cliente. 

Eu: Aqui estão os cardápios.- entreguei a cada um e acabei percebendo que um


dos garotos que estava ali era o mesmo que eu tinha me esbarrado. 

Anotei todos os pedidos e voltei para atrás do balcão ficando no caixa, passou um
tempo e eles pediram a conta. O garoto loiro, que eu tinha esbarrado, veio até o
caixa e entregou o dinheiro. 
Xxx: Desculpa pela minha amiga.- ele sorriu, lembrando do ocorrido.- Tenha
uma boa tarde! 

Entreguei o troco para ele e ele saiu abraçando a morena e conversando com os
outros, achei bem legal da parte dele vir pedir desculpas por uma coisa que ele
nem tinha feito. Acabei ficando até tarde no trabalho, estava exausta só queria
um banho.

Ao chegar chegar em casa fui recebida pela farra da Amora, ela pulava e latia
sem parar. 

Eu: Oi garota.- me agachei e comecei a fazer carinho nela. - Deve estar ficando
louca nessas quatro paredes, não é mesmo?- sorri e peguei sua coleira para ela.

Eram 21horas da noite, eu estava faminta, acabei não comendo nada o dia todo e
precisava conhecer o bairro que morava. Com esses dois anos da minha vida
fugindo acabei me acostumando a passar fome, muitas vezes prefiro comprar
ração para Amora do que comida para mim, o dinheiro com o passar dos anos
acabou sendo muito pouco, hoje eu trabalho para comer amanhã, caso contrário
passo fome. Na frente do prédio tinha uma praça, estava lotada de pessoas,
muitas famílias e tinha um parque ao lado da feirinha de comida. Acabei pegando
um lanche, parei em um banco e me sentei observando o movimento junto com
Amora, muitas pessoas passavam e admiravam sua beleza. 

Terminei de comer e fui dar mais uma volta para fazer digestão, quando cheguei
em casa lavei as patas da Amora, já que ela dormia na cama comigo e fui direito
para o banho precisava urgentemente de um descanso, meus pés estavam me
matando. 

Duas semanas se passaram, acordei com o despertador, levantei obrigada da


cama e me aprontei para a escola, acabei colocando uma calça jeans rasgada e
uma blusa soltinha, com um tênis. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e
coloquei minha arma na cintura, dificilmente eu saia sem meu brinquedinho.

Eu: Tchau nega.- disse ao fechar a porta. 

E lá estava eu voltando para minha rotina tediosa, casa, escola e trabalho, mal
tinha começado o ano e eu já não estava aguentando mais. 
A aula milagrosamente passou rápido, estava saindo de pressa para o trabalhando
quando alguém me segura. 

Alexia: Oi Liz.- ela soltou meu braço sem graça. 


Eu: O que você quer? 

Alexia: Então, hoje vou dar uma festa lá em casa. Vai?- ela sorriu sem graça.

Eu: Não dá.- sai andando mas ela me seguiu. 

Alexia: Por que não? Da só uma passadinha, vai ser legal.


Eu: Eu trabalho, já falei que não. - apressei o passo mas ela ainda continuava me
seguindo. 

Alexia: Não tem problema ir tarde, a festa vai até amanhecer. 

Eu: Vou pensar.- disse na intenção dela dar um tempo e me deixar ir. 

Alexia: Da seu celular.- eu a encarei.- Vou colocar o endereço aí.

Revirei os olhos e bufei entregando o aparelho para ela, não demorou muito para
ela me entregar. Sorri cínica e fui para o trabalho, já estava atrasada! 
Que garota mais irritante, não consegue aceitar um não como resposta, eu hein!
Preciso saber qual é a dela logo. Bufei e entrei no restaurante.

Chefe: Atrasada de novo mocinha!- cruzou os braços.- Desse jeito não vai durar
até o meio do ano! 

O ignorei e fui me trocar, e lá estava eu com aquele uniforme de garçonete rosa


ridículo. Meu turno terminou 22:30 eu estava, como é sexta-feira acaba tendo
bastante movimento, peguei um táxi e fui direto para casa. 

Eu: Oii garota!- brinquei um pouco com ela e fui tomar banho. 

Estava de camisão e calcinha, sentada no sofá com o cabelo úmido comendo


pipoca e assistindo tv, assim como eu fiz nos dias anteriores e faria nos dias
seguintes. Me levantei e fui até a sacada, a cidade estava toda iluminada,
animada. 

Eu: Quer saber?- virei conversando com Amora.- Eu vou nessa festa! 

Deixei a pioca em cima da mesa e desliguei a tv, sequei o cabelo por cima e
passei uma make básica, acabei colocando uma calça jeans mesmo, um tênis e
um body, coloquei a arma na cintura mas ficou totalmente a mostra. 

Eu: Quer saber?- olhei para Amora.- Um dia sem ela não vai matar!- a coloquei
em cima da mesa e me despedi.- Tchau garota! 
Peguei um táxi e mostrei o endereço ao motorista, demorou um certo tempo e
cheguei, paguei a corrida e desci do carro. Era uma casa enorme, e estava lotada,
tinha gente se agarrando por todo lado, gente na piscina, a música estava alta e
todo mundo praticamente bêbados.

Alexia: Você veioo!- ela me abraçou, não contive minha cara ao olhar para ela. 

Eu: E já estou me arrependendo. 

Alexia: Toma uma cerveja!- ela me entregou e saiu me puxando para dentro. 
Alexia me levou a mesma turminha que estava no restaurante, me apresentou
cada um; a morena de cabelos encaracolados se chamava Penélope, o louro de
olhos azuis que me esbarrei era o Benjamin e o moreno, namorado da Alexia
Simon. 

Alexia: Senta aí.

Eu sentei no sofá perto deles e começamos a conversar, Lexie disse que a festa já
fazia parte da rotina deles.

Alexia: Toda vez que a casa fica vazia, rola uma festinha aqui! Sabe como é né,
quando o gato sai o rato faz a festa.- rimos dela. 

Penélope: E você Elizabeth, mora com seus pais? 

Realmente aquela garota não tinha ido com a minha cara, estava óbvio na sua
expressão e no jeito que me olhava, porém ambas não tinha se dado bem, percebi
que ela fez a pergunta na maldade, deve ser por ter me visto trabalhando.

Eu: Não tenho pais!- tomei gole da cerveja.- Desde pequena passo vivendo de
orfanato a orfanato. 

Simon: Que tenso.

Alexia: Aí amiga.- ela me abraçou.- Agora você tem a gente viu.

Eu ri, ela só podia estar bêbada, não a abracei de volta, permaneci calada
realmente o clima tinha ficado tenso. O tempo passou rápido, conversamos sobre
várias baboseiras, já eram umas 5 da manhã. 

Penélope: Eae Ben, vamos subir?- ela disse maliciosa passando a mão boba nele
que acabou rindo e se levantando. 

Benjamin: Bom galera, essa é minha deixa!- ele subiu as escadas com Penélope
rindo e beijando o pescoço dela. 

Simon: Vamos também amor.- ele massageou as costas dela, Alexia ficou meio
relutante mas concordou. 

Fiquei sozinha novamente, não conhecia ninguém, fui até a cozinha e peguei uma
garrafa de vodka, acabei abrindo e virando ela.
A piscina estava lotada, o gramado também mas a maioria das pessoas ou
estavam se pegando ou dormindo, ri com a situação. Peguei outra garrafa de
vodka e me sentei no gramado esperando o sol nascer. 
Xxx: Posso me sentar aqui?- um moreno perguntou já se sentando do meu lado.
Para que a pergunta meu bem? 

Eu: Já se sentou né.- revirei os olhos e bebi a vodka.

Xxx: É lindo, né.- se referiria ao sol que começava a nascer. 

Eu: Você é!- olhei para ele e sorri. 

Segurei eu rosto e o beijei, inclinando meu corpo até o seu, ele segurou puxou
meu corpo fazendo eu me sentar no seu colo, passava a mão pela minha cintura
enquanto eu segurava seus cabelos, era um beijo quente e cheio de ferocidade.
Nossas línguas se entrelaçavam, eu o deitei no gramado ficando por cima e o
beijando mais e mais, eu adorava aquilo, adorava dominá-lo. 

Xxx: Vamos sair daqui!- ele sussurrou no meu ouvido e descendo os beijos ao
meu pescoço. Acabei sorrindo vitoriosa e o acompanhei para dentro da casa...

Abri os olhos com Amora me cutucando, eram 16 horas da tarde já, depois de ter
ficado com o menino peguei um táxi e vim para casa, ainda estava com a mesma
roupa de ontem, tomei um banho gostozinho e fiz uma omelete para comer,
estava faminta. 

Eu: Aí nega, já me cansei de ficar vendo essa cidade pela janela.- eu estava
comendo na sacada vendo a cidade. Amora olhou para mim latindo e eu sorri, a
gente se dava tão bem. 

Eu: Vamos sair! 

Fui me arrumar empolgada, coloquei um biquíni, colocando um shorts jeans e


regata por cima,peguei minha arma, celular e guardei na minha bolsa junto com
outras coisas, coloquei um chinelo mesmo. 

Eu: Fica parada!- disse rindo ao tentar colocar a coleira nela. 

Meu dinheiro essa semana estava guardando para o táxi que me levaria a escola,
então tivemos que ir à praia andando, foi uma bela caminhada, mais ou menos
uma hora. Estava no final da tarde já, quando chegamos na praia.

Eu: Vem aqui tomar água.- disse oferencendo a garrafinha de cão para ela com
água e peguei a minha. 
Soltei sua coleira e ela foi em disparada para o mar, eu ri e fui tirando a roupa
para entrar também, deixei minha bolsa debaixo de um coqueiro na esperança de
ninguém pegar e fui para a água. 
Eu: Vem garota!- comecei a nadar para o fundo, gostava de ficar onde as ondas
não quebravam. Mergulhei dando aquela sensação de paz, Amora logo veio até
mim me unhando, ela não dava pé, nem eu na verdade. - Ai aí, tá me
machucando ou!- ela deu uma patada no meu rosto, eu ri.- A é?

Joguei ela longe e sai nadando para o raso enquanto ela vinha atrás. Sai correndo
da água e ela veio latindo, acabamos brincando de pega-pega ali mesmo.  Depois
de um tempo estendi  a canga na areia e me sentei, queria observar o pôr-do-sol
aquele lugar era incrível e jajá a noite cairia. Estava distraída olhando para o mar
quando percebo que Amora saiu correndo, a gritei chamando para voltar mas ela
estava longe de mais. Juntei minhas coisas rapidamente e sai correndo atrás dela. 

Eu: Amoraa! - eu gritava tentando acha-lá.- AMORA, VEM CÁ MENINA!-


chamei procurando entre as pessoas mas nada. 

Meu coração estava saltitando dentro do peito, aquela preocupação bateu, olhava
para todos os lados, assobiava e a chamava mas nada, uma lágrima estava
teimando em cair. 
Acabei ouvindo um latido, eu sorri me recompondo e seguindo os latidos que
começaram a ficar mais frequentes. 

Eu: Amora!- disse brava a segurando e prendendo a coleira.- Tá louca, é? Quer


me matar de susto sua vaca!- agachei no chão e a abracei. 

Xxx: Uau novata, tá perdida?- ele riu. 

Levantei o olhar e foi aí que me dei conta, era Benjamin. Revirei os olhos e me
levantei segurando a coleira firme para ela não escapar novamente. 

Eu: O que tá fazendo aqui? - fui seca. 

Benjamin: Estou na praia com Thor.- foi aí que notei aquele pastor alemão
enorme que estava com ele. 

Eu: Oi garoto!- passei a mão na sua cabeça.- Como você é lindo. - ele me lambeu
e eu ri. 

Benjamin: Tem para quem puxar.- ele sorriu convencido. 

Eu: Haha engraçadinho. -Comecei a andar puxando Amora que relutava em ir.

Benjamin: É, parece que ela se apaixonou nele. 


Eu: Vem menina!- a puxei mas ela não saiu do lugar, Benjamin começou a andar
e então ela foi, revirei os olhos e ele riu. 

Começamos a andar pela areia e então paramos para observar o pôr do sol juntos.
Benjamin: É lindo de mais. - eu sorri olhando para ele lembrando da última
pessoa que me disse isso. 

Eu: É mesmo. - coloquei o cabelo atrás da orelha e acariciei Amora.

Escureceu, ficamos sentados conversando coisas aleatórias como; se eu estou


gostando da escola, o que quero cursar...

Eu: Bom, já está tarde né.- me levantei limpando a areia do meu corpo. 

Benjamin: Pois é.- ele concordou e pegou Thor o amarrando na guia, fiz o
mesmo com Amora. 

Fomos andando até o carro e então esperei Amora se despedir do Thor, revirei os
olhos ao ver os dois. 

Eu:Vamos nega, nossa caminhada é longa!- disse me distanciando.- Tchau Ben.

Benjamin: Te dou carona!- ele gritou, já estava meio longe. 

Eu: Não precisa,aqui é uma hora mais ou menos da minha casa! 

Ben me alcançou e ficou cara a cara me assustando um pouco, confesso! Ele me


encarou com aqueles olhos azuis e então disse; 

Benjamin: Lexie vai me matar se souber que eu te deixei sozinha essas horas na
rua.- revirei os olhos, que desculpinha horrível. 

Eu: Olha, não precisa obrigada. 

Benjamin: Vai logo novata, deixa de marra!-insistiu.

Bufei e me dei como vencida, o segui até o carro, era um Jeep estilo surfista,
tinha até lugar para a prancha, deixei minha bolsa junto com Amora e Thor que
foram atrás.Liguei o rádio e coloquei em uma música, comecei a mexer os braços
e a cantar, Ben me olhava desentendido e eu ria. 

Eu: Canta também!- dei uma leve empurradinha em seu ombro e ele se deixou
levar. Coloquei o endereço do meu prédio no carro e fomos cantando pelo
caminho todo. 

Fazia menos de um mês que eu estava morando em Toronto, mas já tinha ideia de
qual era o caminho para minha casa e o trajeto que bem pegou estava totalmente
ao contrário, parei de cantar e dançar começando a ficar tensa. Quem ele era?
Será que ele trabalha para minha mãe? Como pude ser tão burra de entrar no
carro de quem não conheço?
Procurei minha arma na cintura mas foi aí que me dei conta, estava no banco de
trás no chão dentro da bolsa. Merda.Merda.Merda!

Eu: Para onde está me levando? Esse não é o caminho?

Benjamin: Relaxa novata!- ele me olhou e deu um sorriso de canto. 

Fechei o punho, como pude ser tão burra e deixar me levar por um sorrisinho
bobo é um par de olhos azuis encantadores? Ele dirigia tranquilo enquanto eu
olhava cada rua que ele virava, Ben acabou entrando em um drive-tur, relaxei no
banco respirei. 

Benjamin: Achou que eu estava te sequestrando?- ele riu. 

Eu: Claro, não resistiu a isso tudo!- eu ri olhando para a fila de carros a nossa
frente. 

Passou um tempinho e finalmente chegou a nossa vez, pedimos dois lanches e


refrigerantes e então Ben acabou pagando. 

Eu: Antes você tinha desviado a caminho de casa, mas agora você esta saindo da
cidade. Onde vamos?- o encarei e ele sorriu. 

Benjamin: Vou te levar para conhecer o melhor lugar de Toronto.

Eu: Não lembro de ter pedido.- disse simples e bufei, só queria minha casa.

Benjamin: Para de ser chata, novata!

Eu fiz uma careta e ele acabou rindo, não vi a graça! Ben entrou em uma estrada
de terra totalmente deserta e cercada por árvores enormes, não demorou muito
para ele estacionar o carro. 

Benjamin: Chegamos!-ele desceu, era uma lugar alto que tinha vista de Toronto
inteirinho ali,as luzes o mar no final era lindo. 

Eu: Uau.- eu desci e Ben abriu a porta para Thor e Amora. 

Benjamin: Vamos comer.- ele pegou os lanches eu peguei a minha canga a


estendendo no chão e então nos sentamos, permanecemos calados, óbvio aquela
vista as estrelas, a cidade e aquele lanche maravilhoso precisavam de um
momento só deles.
Benjamin: Aqui é meu lugarzinho onde venho para desestressar, você é a
primeira pessoa que trago aqui.- eu o encarei, que louco nem me conhecia. 

Eu: Um playboyzinho como você se estressa com o que?

Benjamin: Tá sujo.- ele mostrou na lateral do meu queijo ignorando


completamente minha pergunta, passei a mão e ele riu.- Deixa eu limpar para
você.- Então ele se aproximou e colocou a mão no meu rosto, fiquei presa em seu
olhar, naqueles olhos azuis maravilhosos.- Pronto.- ele sorriu e eu me recompus. 
Benjamin: Tá sujo.- ele mostrou na lateral do meu queijo ignorando
completamente minha pergunta, passei a mão e ele riu.- Deixa eu limpar para
você.- Então ele se aproximou e colocou a mão no meu rosto, fiquei presa em seu
olhar, naqueles olhos azuis maravilhosos.- Pronto.- ele sorriu e eu me recompus. 

Eu: Não muda de assunto , vai!- eu ri.- Conta o por que o playboyzinho se
estressa? - ele passou a mão no cabelo e então suspirou me olhando. 

Benjamin: Acabei perdendo meu pai quando era jovem, meio que me tornei o
homem da casa e sou eu que cuido da minha irmã e minha mãe.- ele olhou para a
cidade iluminada.- Quero seguir meu caminho, sabe? Minha mãe quer que eu
siga administrando a empresa da família, mas não é o que eu quero. E ela
também trata minha irmãzinha como se fosse boneca de porcelana, Emily não sai
de casa para nada. 

Eu: Olha Ben, você tem que seguir seus sonhos, tem que pensar em você em
primeiro plano,sua mãe te ama, ela vai entender, pode até relutar mas ela vai
entender que você tem que seguir o seu caminho. E sobre sua irmã, tenta
convencer sua mãe para ser mais liberal!

Benjamin: É difícil novata, não é tão simples assim. 

Eu: Me prometa que pelo menos vai tentar.- sorri. 

Benjamin: Vou pensar no assunto, mas e você? Já falei muito de mim.

Eu: Aah, você sabe.- tentei mudar de assunto mas ele fixou aqueles olhos azuis
em mim. - Passei toda minha vida de orfanato a orfanato, muitas famílias me
adotaram mas nenhuma ficou muito tempo. Aí eu fugi de casa e estou por conta
própria. 

Benjamin: Guerreira. - eu fiz biquinho e pisquei o fazendo rir.

Ficamos conversando um bom tempo, ele contou várias travessuras que a irmã
dele aprontava, ela chegou a colocar um rato no quarto da babá dela o que fez a
babá se demitir, eu ria em cada história que ele contava. 
Benjamin: O tempo passou tão rápido.-  eu concordei.

Nos levantamos da canga e então ele pegou os sacos dos lanches e guardou em
uma sacola para jogar fora enquanto eu estendia a canga e a guardava.
Colocamos Amora e Thor nos bancos de trás e eu já liguei a música,fomos
cantando por todo o caminho. 
Ben me deixou na frente do prédio, quando cheguei fui direto para o quarto dar
banho na Amora, até secar ela demorou um tempão e sem falar que eu tive que
secar o meu cabelo também, estava amanhecendo e eu estava indo dormir. Meu
domingo acabou sendo como todos, fiquei o dia todo no sofá com Amora só
comendo, acabei tarde então perdi o dia. 

Acordei com o despertador tocando e me levantei reclamando, fiz todo meu


processo matinal diário e peguei o táxi para escola. O primeiro bloco de aula
acabou e então fui para o intervalo, estava andando pelos corredores quando
alguém segura minha mão e me puxa para dentro de um depósito escuro,
coloquei a mão na minha arma já iria matar um filha da puta desses  mas quando
seus lábios tocaram nos meus e eu vi quem era logo tirei a mão da arma e retribui
o beijo, e meus amigos, que beijo. Suas mãos foram percorrendo por todo meu
corpo, toda vez que ele chagava perto da minha cintura onde estava a arma eu
colocava sua mão em outro lugar, o clima esquentou dentro daquele depósito,
seus beijos estavam no meu pescoço e minhas mãos estavam descendo até seu
abdômen chegando perto das suas calças. 

Ele sorriu safado no meu ouvido e então me sentou na mesinha que tinha ali
jogando algumas coisas no chão, rimos e continuamos a nos beijar a todo
vapor,abri o zíper da sua calça e então fui abrir o botão mas acabamos ouvindo o
sinal para voltar a sala. 

Xxx: Continua gatinha, depois a gente vai.- ele mordeu minha boca.- Ou se
preferir a gente continua lá em casa.- ele apertou meu seio fazendo eu ofegar.

Eu: É melhor a gente ir para a sala.- disse entre seu beijo tentando parar. 

Ele percebeu minha dificuldade em parar em então riu continuando a me beijar,


segurou meu cabelo e então voltou a beijar meu pescoço segurando minha nuca.
Eu ri e então afastei seu corpo do meu, ele fez uma careta tentando me puxar
novamente mas eu não permiti. 

Eu: Quem manda aqui seu eu,neném.- roubei um beijo dele, quando ele veio com
suas mãos eu me afastei rindo.- A gente continua depois. 

Comecei a ajeitar minha roupa e meu cabelo, e ele fez o mesmo foi aí que me dei
conta; 
Eu: Qual seu nome?
Xxx:Colin, senhorita Elizabeth.- riu.

Eu: Uau.- eu ri.- Vejo que está bem informado hein. 

Saímos do depósito e fomos direto para a sala, ao entrarmos percebi que alguns
olhares recaíram sobre nós, Lexie e Ben me encaravam, foi aí que eu notei que
Colin e eu estávamos de mãos dadas, as soltei imediatamente e fui para o meu
lugar. 

Naquela sala a uma semana atrás eu era invisível, na verdade todos ali eram
invisíveis para mim, mas notei que Ben, Simon, Penélope, Colin eram todos da
minha sala, eu ri com a situação e tentei, juro que tentei mesmo prestar atenção
naquela aula, mas acabei dormindo. 
Acordei com o sinal tocando, arrumei meu material e sai às pressas para não
chegar atrasada no trabalho. 

Alexia: Liz.- ela me alcançou. 

Eu: Agora não dá, preciso ir trabalhar. 

Alexia: Liz, o que foi aquilo? - ela não mencionou mas eu entendi com o que se
referiu. 

Eu: O que?- eu ri debochada.- Não pode beijar mais? 

Alexia: Pode claro, mas amiga.- ela deu uma pausa.- Ele não é uma boa pessoa
sem dizer que não presta. 

Eu: Eu sei me cuidar, okay? Não precisa bancar a babá. 

Revirei os olhos e deixei ele falando sozinha, eu precisava mesmo ir logo para o
trabalho, não estava preparada para ser demitida. Andei o mais rápido que pude e
consegui chegar a tempo. Coloquei aquele uniforme ridículo e então comecei a
trabalhar, meus pés estavam doendo,depois de organizar tudo e jogar o lixo fora 
fui me trocar  e peguei minhas coisas, não encontrei nenhum táxi a vista e então
comecei a andar em direção a casa, estava na metade do quarteirão quando
percebo que um carro estava me acompanhando, fiquei nervosa podia ser
qualquer babaca tirando onda. Fechei o punho tentando contar a raiva, e comecei
a apressar os passos, o carro seguiu no mesmo ritmo, coloquei a mão na cintura e
segurei minha arma, se aquele babaca ousasse dizer algo já era. 
Podia ser um babaca qualquer?Sim! Mas também podia ser algum capanga da
minha mãe! Ela não poderia ter me encontrando tão cedo assim! Apressei ainda
mais o passo e o carro continuou, bufei e parei no meio da calçada encarando o
motorista. 

Xxx: Eae novata, quer carona? 


Eu: Tá de sacanagem? Tá me seguindo agora Benjamin? 

Benjamin: O jeito que você se valoriza é diferente.- ele riu.- Acabei de deixar
Penélope na casa dela e estava indo para minha, aí te vi mas esperei ter certeza de
que era você mesmo. 

Eu: Hum, já tem certeza!- sorri irônica.- Já pode ir agora. - virei as costas e sai
andando.

Benjamin: Para de birra e entra logo!- ele mandou. Ih rapaz, forçou hein! 

Eu: Só para deixar claro!- disse dando a volta no Jeep.- Meus pés estão doendo! 

Entrei no carro e ele riu dando partida, nem precisei falar o endereço que ele foi
direito, liguei a música e começamos a cantar e dançar em meio a risadas, ele era
horrível cantando. 

Benjamin: Tem comida aí?- ele disse ao parar o carro na frente do meu prédio. 

Eu: Ah, por que agora tá fácil né?- revirei os olhos.- Vem.

Esperei ele sair do carro e então fomos para aquela pracinha que tinha em frente
ao prédio. 

Benjamin: Não creio.- ele sorriu de orelha a orelha ao ver o parque. 

Eu: Crianção!- revirei os olhos. 

Benjamin: E você uma velha rabugenta!-bagunçou meu cabelo e saiu andando na


frente.- Vem logo. 

Bufei e o segui, fomos primeiro no carrinho de bate bate, eu era horrível, não era
atoa que não sabia dirigir carro só moto. O tempo passou rápido, Ben fazia
questão de ficar batendo em mim sem parar, só conseguia rir e tentar fugir dele
mas ficava no vai e vem porque não sabia mexer na ré e no acelerador.
Fomos em um que virava de cabeça para baixo, muito louco. 

Benjamin: Agora vamo nesse.- ele me puxou para um que era de atirar.- Vou
ganhar de lavada sua.

Ben sorriu convencido e pagou o brinquedo, eu juro que ia acertar umas três para
não deixar ele muito assustado, mas ele me desafiou cara, isso não se faz. 

Benjamin:Primeiro as damas,novata.- ele entregou a arminha para mim sorrindo,


tinha que acertar cinco etes que andavam de um lado para o outro e aí escolhia
um prêmio. 
Eu: Pode ir primeiro.- sorri entregando a arma.

Ele acertou três etes, então foi minha vez, coloquei as munições que eram de
bolinhas e então comecei a atirar, ao terminar soprei a arma piscando para ele,
acertei os cinco etes. 
Benjamin: Me lembra de nunca te dar uma arma.- ele riu. 

Eu: Quero aquele ursinho ali.- apontei para o vendedor o maior ursinho que
tinha  e ao pega-lo entreguei para Ben. 

Benjamin: Geralmente é a garota que fica com o ursinho. 

Eu: Não é para você tonto.- fui irônica.- Quero que dê ele a sua irmã. 

Ele me olhou e me analisou por alguns instantes. 

Benjamin: Ela vai adorar.-sorriu. 

Eu: Eu sei, agora vamos comer!- sai andando atrás de uma barraca de lanche. 

Acabei indo na mesma barraca que tinha ido com Amora, comemos dois
lanchões. 

Eu: E a sobremesa?- ele riu e comprou um algodão doce. 

Acabamos indo em outros brinquedos, fomos também na roda gigante. O tempo


passou rápido até de mais, Ben me deixou  na frente do prédio e esperou eu
entrar para assim sair. 

Ao entrar no apartamento me joguei no sofá e comecei a sorrir, percebi que


Amora me encarava toda safadinha e revirei os olhos, entendi o que ela queria
dizer. 

Eu: Não, não e não!- me levantei indo para o banho.- To sorrindo por que eu
comi, viu! 

Ela latiu e eu acabei rindo, tomei banho e fui direto para a cama ainda estava no
começo da semana. 

Acordei disposta para aula, o que é raro, muito raro. Fiz todo o processo matinal
e peguei um táxi indo para a escola. 

Alexia: Bom diaa.- ela chegou ao lado do Simon. 

Eu: Ela é assim todo dia?- perguntei a ele. 


Simon: Sim.- ele riu e a beijou. 

Bufei saindo e indo direto para a sala, a aula demorou mais do que devia para
acabar, chegaria atrasada no trabalho. Merda, Merda,merda!

Estava saindo às pressas quando o professor liberou mas fui impedida por alguém
segurando meu braço e puxando para si;

Eu: Agora da não.- tentei soltar meu braço mas ele o apertou me deixando
nervosa. 

Colin: Por que gatinha? Me dá um beijinho vai.- ele se aproximou do meu rosto,
estávamos no meio do pátio principal, observei que alguns garotos riam e nos
olhavam, Colin tava de sacanagem mesmo, queria fazer graça para os amigos?

Eu: Tá difícil de entender?- alterei a voz.-Me larga, AGORA!


Colin: Se não o que gatinha?- ele passou a mão na minha nuca e eu fechei o
punho de raiva. 

Eu: Para de ser escroto moleque!- o empurrei e virei para andar mas ele me
segurou. 

Eu não pensei, que moleque escroto, virei já dando um soco na sua cara, ele se
recompôs e então passou a mão no rosto e me segurou, até que alguém empurrou
seu corpo para longe do meu entrando na minha frente, era Ben. 
Ben deu um soco na cara dele e os dois começaram a brigar, Collin tava
apanhando feio, uma roda se formou entre a gente, os mesmo amigos do Colin
que nos encarava separaram os dois.
Benjamin me olhou com os lábios cortados, estava sangrando. Pensei em ir falar
com ele e agradecer mas Penélope foi mais rápida entrando na minha frente e o
abraçando. 

Penélope: Aí meu amor.- ela segurou seu rosto enquanto ele me olhava.-Você 
está bem?

Revirei os olhos e sai indo para o trabalho. Que inferno! Meu dia foi exaustivo,
fiquei de plantão até escurecer, peguei o primeiro táxi até em casa. 

Eu: Aí Amora.- me joguei no sofá .- Eu só faço merda! 

Ela deitou no meu colo e eu a abracei, ficamos um bom tempo assim, estava me
sentindo culpada. A cada vez que eu saia com Ben e conversava com Lexie
deixava eles em perigo, nesse dois anos fugindo do meu passado e me esforçando
o máximo para não ter amigos, não podia colocar eles em perigo, seria muito
egoísmo meu. O tempo fechou e começou a relampear e trovejar, eu me arrepiei
todinha, aquela maldita noite começou a vir na minha cabeça, aquele peso em
cima de mim, meu pai rindo e me segurando. 

Corri até a cozinha e peguei meu remedinho que era mágico, abri uns dois
saquinhos e então comecei a “viajar” até pegar no sono. 

Acordei com uma dorzinha de cabeça, estava atrasada. Merda! 


Me arrumei o mais rápido que pude e peguei o primeiro táxi indo para a escola,
já estavam no segundo intervalo, estava me dirigindo a sala quando encontro
Lexie e fui até ela. 

Alexia: Aí amiga.- ela me abraçou, pensei que iria dizer; “eu te avisei” mas ela
somente me abraçou e por um momento eu deixei. 

Eu: Obrigada.- sorri e então fomos conversando até a sala. 

Estava saindo da sala de aula quando encontrei Ben sozinho, fui até ele. 

Eu: Obrigada.- sorri e o encarei. 

Benjamin: É sempre um prazer ajudá-la, novata. 

Eu sorri e abaixei a cabeça saindo dali, tinha que trabalhar.Af! 


Depois de ficar o dia todo servindo mesas fui direto para casa, meus pés me
matavam e minha barriga roncava. Ao chegar em casa tomei um banho e fiz um
miojo, estava podre de cansada. 

Acordei dentro daquele baú, levantei devagarzinho para ver se não tinha ninguém
naquele quarto. Respirei fundo e tomei coragem para sair dali de dentro. Olhei
pela janela e um carro preto estava chegando, sorri de orelha a orelha. Era minha
mãe, finalmente eu poderia abraçá-la e ficar totalmente segura aquele monstro do
meu pai. 
Desci as escadas e a encontrei na sala já, eu não disse nada e a abracei apertado
sentindo seu cheirinho bom e desabei em lágrimas. 

Pilar: O que aconteceu filha?- ela soltou sua bolsa e me abraçou. 

Eu: Eu tava dormindo.- disse entre os soluços.- E-e fui estrupada!- soltei de uma
vez,era aterrorizante guardar aquilo. 

Pilar: Beth.- ela segurou meu rosto e então olhou para cima, e lá na escada estava
Malcom, meu pai. 

Eu olhei assustada para ele e então abracei ainda mais minha mãe, aquele
monstro estava com um sorriso no rosto e descia as escadas tranquilamente. 
Eu: Foi ele mãe.- tentei afastá-la dele para proteger.- Ele que me estrupou.-
Malcom começou a rir.- SEU PEDAÇO DE MERDA! MONSTRO!- gritei
chorando mas dessa vez era de raiva. 

Pilar: Isso é verdade Malcom?- eu a olhei,como assim ela não acreditava em


mim? 

Pilar e Malcom se encararam por um tempo e começaram a rir, eu fiquei sem


entender. 

Eu: O que foi? Vocês estão loucos? 

Os dois me encararam e então Pilar me bateu dando um tapa no meu rosto,


coloquei a mão e senti uma ardência. Que bosta que estava acontecendo ali? 

Pilar: Escuta aqui sua pestinha?- ela puxou meus cabelos.- Ele é seu pai, faz o
que quiser com você.- ela apertou minha boca.- Entendeu? 
Eu: VOCÊS VÃO PARA A PUTA QUE PARIL!- soltei meu rosto de sua mão.-
Eu vou embora dessa merda de casa.AGORA! Seus sociopatas de merda! Vou na
polícia seu desgraçado e você vai apodrecer naquela prisão!- falei peitando
Malcom.

Eu transbordava de ódio, a pessoa que eu sempre protegi, sempre amei e confiei


me apunhalou nas costas daquela maneira, eu estava destroçada por dentro.
Como minha mãe foi capaz de fazer isso? 

Senti uma pancada imensa na cabeça e então meu corpo caiu no chão, a dor do
impacto foi horrível, eu ouvia a risada dos meus pais enquanto perdia a noção. 

Eu:Não, não não!- abri os olhos e eu estava sendo encarada por aquele par de
olhos azuis,Amora me lambeu. Sai da cama e fui direto para a cozinha pegando
logo duas garrafas de vodkas. Todo esse tempo eu tentei ser forte, ser forte não é
sobre chorar ou desabar, ser forte é chorar até soluçar e ainda assim, continuar
lutando. É sobre continuar em pé, continuar andando,mesmo quando não enxergo
mais o caminho.

Lembrar do meu passado me rasga o peito, é uma dor insuportável lembrar toda a
crueldade da minha “família”. Virei a garrafa de vodka que desceu rasgando,
lutei para sair daquela casa, e até hoje luto para esquecer aqueles momentos, por
mais que seja difícil. 

Minha cabeça estava a mil, fui até a cozinha desesperada novamente e peguei
meus remedinhos, não sei quantos foram mas levei até a sacada e me sentei na
mesinha, abri os saquinhos e fui ingerindo junto com a bebida, eu só queria que
aquelas assombrações passassem, quero viver sem ter que fugir. A cada vez que
eu colocava mais remédio na boca e bebia mais vodka eu me sentia mais livre,
sentia que podia viver sem medo e era tudo que eu sempre quis nesses dois anos
fugindo. 

Olhei para Toronto, realmente é lindo de noite. Comecei a encarar o chão, estava
no sexto andar, eu podia acabar com tudo isso? Virei a garrafa mais uma vez,
aquelas luzes  brilhavam intensamente, eu poderia sim, acabar com todo esse
sofrimento de uma vez só! 
Virei a garrafa de vodka acabando com ela e fui até a cozinha pegando outra, a
virando novamente, descia como água. 
Subi na cadeira e olhei para baixo. 
Uau, era alto! 
Coloquei o pé na sacada e então apoiei todo meu corpo em uma perna só, rindo,
quando eu fui subir totalmente na sacada acabei me desequilibrando e a cadeira
mexeu fazendo com que eu caísse no chão. Senti uma dor imensa na cabeça, a
garrafa de vodka tinha se quebrado e eu acabei caindo sobre os cacos de vidro,
passei a mão na cabeça e sangrava, tentei me mexer mas meu corpo ficou
totalmente parado então fechei os olhos desistindo de lutar, não estava
aguentando de dor, não aguentava mais passar por tudo de novo. 

❄️
•Benjamin narrando•

Estava indo lata a escola com a música ligada lembrando da Liz e então comecei
a cantar sozinho. Passei na casa da Penélope, ela tinha pedido carona. 

Penélope: Oi amor!- ela me beijou. 

Eu: Oi.- sorri e então comecei a dirigir. 

Penélope: Como você aguenta essas músicas? Credo!- ela desligou o rádio e
então começou a arrumar seu cabelo se olhando no espelho. A observei por um
tempo e voltei meu foco para a avenida. 

Chegamos na escola um pouco atrasados e então fomos direto para a sala, os


blocos de aulas passaram e estava arrumando o material para ir embora. 

Alexia: Ela não veio hoje.- ela me assustou.- Eu vi você olhando para a carteira
vazia. 

Eu: Não viaja. 

Alexia: Você não me engana,bobo.

Lexie colocou a mão no meu nariz e então saiu com Simon, Penélope já tinha
saído da sala, a procurei por toda a saída e então a encontrei no estacionamento; 
Eu: Vamos? 

Penélope: Claro!- ela sorriu e entrou no carro.- Sabe amor, faz muito tempo que a
gente não sai juntos. Podias fazer alguma coisa hoje. 

Eu: Tenho que resolver uns negócios lá em casa. 

Penélope: Tem certeza?- ela segurou uma mão minha e a levou até seus seios. 

Eu: Penny, eu ri dirigindo. 

Penélope: E isso é problema?- ela já estava quase toda em cima de mim,


começou a beijar meu pescoço e dar leves mordidinhas.-Você gosta disso, né? 

Capítulo 21:
•Benjamin narrando •
❄️

Deixei Penny na casa dela e então fui até o restaurante onde Liz trabalha, fiquei
um bom tempo a esperando mas nada, ela diz que trabalha para comer no outro
dia, algo dever ter acontecido para ter faltado tanto no trabalho como na escola. 
Dirigi até sua casa, puta merda! Eu não sabia o andar nem o número do
apartamento, revirei os olhos. 

Eu: Bol dia senhor.- disse ao zelador.

Zelador: Bom dia, posso ajudar? 

Eu: Minha irmã mora aqui a pouco tempo e eu queria saber qual é o andar e o
apartamento dela. - se eu falasse que era amigo, com toda certeza ele iria dizer “
Ah,mais não posso dar essas informações, sinto muito”

Zelador: Vou ligar no apartamento, qual o nome dela? 

Eu: Elizabeth, olha senhor, gostaria de fazer surpresa.- eu sorri e ele me analisou
por um tempo. 

Zelador: Sexto andar, apartamento 124. 

Eu: Obrigado. 
Entrei no elevador e apertei direto ao sexto andar, ao sair do elevador escutei
Amora latir e comecei a rir, ela deve ter sentido meu cheiro, toquei a campainha.

Eu: Calma garota.- ela latia desesperada, toquei mais uma vez, não devia ter
ninguém.- Eu volto depois, parece que sua mãe não tá ai! 

Fiquei mais um tempo esperando e então Amora começou a latir mais alto e
uivar, ela parecia que tava quebrando tudo dentro do apartamento.

Eu: Amora! Calma garota, eu vou voltar. - ela começou a unhar a porta e a
chorar, toda aquela festa não seria para mim, devia achar que Thor estava junto. 

Zelador: O que está acontecendo aqui?- ele disse ao sair do elevador.- Parece que
tem alguém morrendo. 

Eu: Acho que tem alguma coisa errada lá dentro. 

Zelador: Desculpa mais não posso abrir a porta. - Amora começou a berrar mais. 

Eu: Ela não vai parar.- disse rindo. 

Ele jogou a chave para mim, e então ao ouvir o barulho da chave Amora ficou
quieta, abri a porta e ela correu até mim e mordeu minha calça me puxando. 

Eu: Ei eu calma.- eu sorri, mas ao ver todo aquele sangue no chão e Liz
desacorda meu sorriso sumiu. 

Corri até ela, ela sangrava e tinha cheiro de álcool, a peguei no colo e não pensei
duas vezes. 
Eu: Vou cuidar dela, garota!- tranquei a porta com dificuldade e sai às pressas. 

Coloquei o corpo de Liz desacordado no banco do passageiro e então acelerei o


máximo que pude passando por todos os sinais vermelhos e buzinando para os
carros abrirem espaço. Parei na frente do hospital, desci do carro e a peguei no
colo correndo até a entrada. 

Eu: Eu preciso de ajuda aqui por favor!- em segundos Liz estava em uma maca e
vários enfermeiros ao seu redor, eles começaram a levar ela para dentro mas eu
fui impedido. 

Porra! 

Olhei e eu estava todo ensanguentado, minhas mãos, minha camiseta. Não dava
para ficar ali parado esperando, liguei para Lexie e contei tudo. Ela disse que já
estava a caminho, fui até o carro, não aguentava ficar esperando precisava de
respostas. 
Dirigi de volta para o apartamento da Liz e encontrei Amora desesperada. 

Eu: Vai ficar tudo bem, garota!- passei a mão nela a confortando.

Fui até o local do acidente e encontrei várias garrafas de vodkas vazias, fora a
que estava quebrada no chão. Olhei em cima da mesa e tinha vários saquinhos. 
Amora começou a latir na cozinha e então fui até ela, já tinha entendido que ela
era bem esperta. Ela bateu com a bata em uma caixa que estava em cima do
balcão e então caiu um monte de remédios, dentro das caixas estavam mais
saquinhos, só que com drogas.

Puta merda! 

Liz estava se drogando, tinha muita droga ali, e não era maconha e sim, cocaína. 
Puta que paril novata!
Ela se drogou e se embebedou, mas porque? 

Eu: Vem garota.- peguei a sua coleira que estava do lado do sofá e sai com ela do
apartamento. - Vou deixar você com Thor, mas sem bagunça hein. 

Ela me olhou e então sorriu, a deixei ir no banco da frente e fui até em casa
deixar ela, avisei para minha mãe por mensagem  que a Amora era de uma amiga
e voltei para o hospital. 

Lexie: Como ela está?- correu até mim ao me ver entrando no hospital. 

Eu: Ela estava muito mal Lexie. 

Lexie: Mas o que aconteceu? 

Eu: Ela se andava se drogado.- Lexie me olhou incrédula.- E ainda se


embebedou. 

Lexie: E o que vamos fazer? E os pais dela? - abaixei o olhar e fui me sentar. 
Eu: Ela não tem ninguém, ela fugiu do orfanato. 

Lexie: Não fode.- ela me abraçou. 

Ficamos calado por um tempo, na verdade por horas, nada de nenhuma notícia
sobre o seu estado, eu já estava me estressando. 

Eu: Boa tarde.- disse a recepcionista. 

Recepcionista: Em que posso ajudar? 


Eu: Queria saber do estado da minha irmã, Elizabeth Thompson.- de jeito
nenhum eles teriam me dado alguma informação se eu não fosse da família, ou
ligariam para a polícia ou para o conselho tutelar. 

Recepcionista: Bom senhor, tem que preencher esses dados.- ela me entregou um
papel.- Quando tiver notícias iremos avisar. 

Eu preenchi com meus documentos e voltei a me sentar insatisfeito. 

Lexie: E aí? 

Eu: Quando tiverem notícias irão avisar. - ela bufou. 

A noite caiu, Lexie estava dormindo no meu peito, eu não conseguia pregar o
olho, ter visto a Liz toda ensangüentada daquela forma foi horrível, a noite
demorou de mais para passar, amanheceu o dia, eu tinha tirados uns cochilos
durante a noite. 

Alexia: Vamos comer?- ela disse se levantando do meu colo- Precisamos  estar
bem quando formos falar com ela. 

Relutei um pouco e então avisei a recepcionista que iria ao setor de alimentação


do hospital, Lexie tomou café e comeu, eu só consegui tomar meia xícara do meu
café. 

Alexia: Ela vai ficar bem, e você precisa comer! 

Eu: Não to com fome! 

Alexia: Tabom, então. Mas tem que tomar um banho.- ela disse se referindo a
minha camiseta que ainda estava toda ensanguentada. 

Eu: Não vou sair desse hospital enquanto não tiver notícias!- falei grosso a
assustando. 

Lexie permaneceu calada, esperei ela terminar de comer e então voltamos a sala
de espera,demorou uma eternidade até um médico aparecer e chamar pelo meu
nome, me levantei e corri até ele sua cara não era das melhores. 

Capítulo 24:
•Elizabeth narrando •

❄️
Abri os olhos e aquela claridade imensa fez eu os fechar imediatamente, fui
abrindo aos poucos até me acostumar. Eu estava sozinha, não tinha ninguém ali
além daquele clarão. 

Comecei a andar e encontrei uma sombra. 

Eu: Quem tá aí?- forcei a vista para tentar ver. 

Xxx: Olá Liz! - aquela voz despertou em mim uma sensação de paz, há tanto
tempo que eu não ouvia. 

Eu: Annie, é você?- veio se aproximando, ao ver que era ela eu corri a
abraçando.- A que saudade irmãzinha! 

Eu a analisei, ela ainda era uma criança. Mas como? Annie sorriu para mim. 

Certo dia fomos acampar, éramos escoteiras, estávamos pegando lenha para a
fogueira quando minha irmã foi picada por um escorpião, ela sentiu uma dor
imensa mas ficou calada até cair no chão e a levarmos para o hospital. Foi tudo
muito rápido  horrível, Annie era minha gêmea e quando ela se foi uma parte de
mim se foi também. 

Annie: Esperei muito por você Liz, estou tão feliz de finalmente ter vindo.

Eu: Ainda não estou acreditando.- passei a mão em seus cabelos. 

Annie: Agora você esta segura. 

Eu: Você esteve aqui o tempo todo?

Annie: Vem, vou te mostrar o lugar. 

Annie saiu andando em direção naquele clarão, algo me impediu de ir de


imediato, era uma voz me chamando, mas eu não conseguia entender do que se
tratava, dei os primeiros passos e parecia que eu estava me libertando de tudo que
me rasgava o peito mas ao mesmo tempo sentia algo me segurar, aquela voz
começou a me perturbar, a ignorei. Um sorriso surgiu em meus lábios, ali eu me
sentia segura, sentia livre e que ninguém podia me machucar e ainda tinha minha
irmãzinha, agora poderia cuidar dela. 

Corri até ela indo em direção ao clarão, foi tudo simplesmente mágico, só tinha
eu e ela ali e para mim era tudo o que importava, eu só queria matar a saudade de
todo esse tempo separadas. 
Capítulo 25:
•Benjamin narrando•
❄️

Corri até ele e sua cara não era a das melhores... 

Eu: Sou eu doutor. 

Doutor: Bom senhor Thompson, sua irmã está bem fragilizada, seu estado é
crítico, ela teve uma overdose de drogas e álcool ocorrendo, assim, a perda de
consciência dela. Como tinha muitas substâncias em seu organismos tivemos que
fazer uma lavagem gástrica e intestinal e usamos carvão vegetal ativado para se
ligar a droga no organismo e evitar absorção nos órgãos. 

Eu: Ela já acordou? - ele me olhou com uma cara horrível e Lexie apareceu do
meu lado. 

Doutor: Sinto muito.- ele abaixou o olhar. 

Lexie: Ela morreu?- ele não respondeu.- Morreu?- uma lágrima saiu dos seus
olhos . 

Doutor: Não minha cara, mas Elizabeth tem poucas chances, com a overdose ela
ficou muito fragilizada, e ela teve um traumatismo craniano grave devido as
lesões do corte do pedaço de vidro e o tombo que foi forte.

Eu: Então? 

Doutor: Ela teve hemorragia interna na cabeça e tivemos que teve fazer uma
cirurgia às pressas para aliviar a pressão na cabeça e reduzir o sangramento e, por
isso,foi necessária a internação na UTI e a Elizabeth poderá ter que ficar muitos
dias até que se recupere.

Eu: Então está dizendo que ela pode acordar como também não pode? 

Doutor: Elizabeth está em coma induzido respirando por aparelhos e recebe


medicamentos na veia. 

Lexie: Ela tem chances de morrer?- já estava caindo lágrimas do seu rosto.

Doutor: Sua amiga é forte, tem chances de sair dessa mas também pode ter morte
cerebral se tiver outra hemorragia ou até mesmo morrer.Bom, isso é tudo. 

Eu: Podemos vê-la? 

Doutor: Somente no horário de visitas. 

Lexie: Mas já acabou, doutor, por favor. 


Doutor: Sinto muito, só poderão ver Elizabeth amanhã! - ele pegou seu
prontuário e saiu. 

Lexie me abraçou e permitiu que suas lágrimas caíssem, eu a abracei tentando a


reconfortar mas ainda estava em choque. Overdose? Traumatismo cerebral?
Morte cerebral? Que porra novata! 

Eu: Ela é forte,vai sair dessa!-  disse mais para mim do que para Lexie. 
Capítulo 26:
•Benjamin narrando •

❄️

Lexie e eu ficamos na sala de espera, já estava de noite e tínhamos que aguardar


até o outro dia. 

Eu: Vai para casa, tomar um banho. 

Lexie: Não, vou ficar aqui! 

Eu: Vai estar fedendo assim quando for abraçar ela?- fiz careta e consegui tirar
um sorriso do seu rosto. 

Lexie: Você sabe que ela não irá acordar, né? 

Eu: Não fala isso, essa garota é forte. Olha o que ela enfrentou, pode se recuperar
sim. 

Lexie: Não sei, não Ben. 

Eu: Você esta com a cabeça quente, vai para casa toma um banho tenta dormir e
amanhã você volta. 

Lexie: E você? 

Eu: Viu ficar bem.- beijei sua testa e então relutante ela saiu. 

Lexie saiu olhando para trás para ter certeza de que eu ficaria bem, sorri com sua
preocupação. Peguei meu celular para tentar me destruir com as mensagens mas
ao ver várias ligações perdidas da Penélope eu me cansei e desliguei o aparelho. 

Fui até o refeitório, estava faminto, acabei comendo e voltando para a sala de
espera adormecendo. 
Lexie: Ben.- ela segurou meu rosto, estava dormindo com a cabeça pendurada.-
Vai para casa, precisa de um banho. 

Eu: Não posso, está quase na hora da visita.- disse ao me levantar vendo o
horário. 

Lexie se sentou bufando apoiando a cabeça nos joelhos, eu já estava agoniado de


tanto esperar. 

Finalmente podemos ir ver como ela estava, ao entrar na UTI Lexie correu até
Liz, eu fiquei observando de longe, ela paralisou ao ver seu estado. Seu rosto
estava com cortes por causa dos vidros, sua cabeça estava enfaixada, ela
respirava por aparelhos, estava pálida e parecia fraca. Lexie conversou um tempo
com ela, fui me aproximando da cama aos poucos e então segurei em sua mão
ignorando a presença da Lexie. 
Capítulo 27:
•Benjamin narrando •

❄️

Eu: Eu sei que está sendo difícil.- me agachei para poder falar direito com ela.-
Mas você vai sair dessa, você consegue novata!- apertei sua mão fragilizada
tentando transmitir força e me levantei. 

Lexie me abraçou chorando, ver as duas assim acabava comigo. Ficamos a


olhando por um tempo até ela começar a ter um ataque por falta de ar. 

Lexie: MÉDICO, MÉDICO!- ela saiu gritando e rapidamente um monte de


enfermeiros chegaram e começaram a reanimar Liz. 

Parece que foi parada cardíaca, não tive tempo de entender, acabei sendo barrado
da sala. 

Lexie: Acha mesmo que ela vai ficar bem? 

Eu: Com essa sua negatividade caralho?- fui rude. 

Lexie: Quem precisa ir para casa tomar um banho e tentar dormir agora é você!-
mandou. 

Eu relutei um pouco mas era necessário, aquele sangue na minha roupa já tinha
dado seu tempo. Dirigi até em casa, estava vazia. Amora e Thor fizeram farra
quando eu cheguei mas estava sem cabaça para isso. 
(...)

Uma semana se passou, Liz continua tendo ataques respiratórios e dependia de


aparelhos para respirar, estava do mesmo jeito, sem acordar e demonstrar
nenhum avanço. Eu já não ia a escola mais, fazia questão de ficar todos os dias
com Liz.

Lexie acabou sendo obrigada a voltar a aula, eu só tentava entender o motivo de


Liz tentar se matar. Estava em casa comendo antes de ir para o hospital quando
minha mãe me chama. 

Margareth: Filho, você precisa voltar a frequentar a escola, esse é o seu último
ano! 

Eu: Não tenho cabeça para isso! 

Margareth: Mas agora você vai ter!-foi autoritária.- Eu entendi que essa garota é
importante para você, mas não pode deixar de viver a sua vida por isso. 

Eu permaneci calado, não queria discussão logo cedo, peguei uma maçã e fui até
o carro, precisava ver Liz. 
Capítulo 28:
•Benjamin narrando •
❄️

Três meses se passaram e fui obrigado a seguir minha rotina normal, acabei
cuidando de algumas coisinhas para Liz para quando ela acordasse estivesse tudo
certo. Todo dia ao sair da escola eu ia direto para o hospital, Liz tinha sido
transferida para um quarto fora da UTI  e continua dependendo de aparelhos, o
doutor que a diagnosticou pediu uma reunião com a família, no caso, eu. 
Estava dirigindo até o hospital ouvindo uma música e me lembrando da doida
cantando ao meu lado, sorri e comecei a cantar.

Cheguei no hospital e entrei na sala do doutor, sua cara não estava muito boa,
para variar! 

Doutor: Bom senhor Thompson, sua irmã está em coma a três meses.- eu acenti.-
Ela está tendo frequentes ataques respiratórios e parece estar sofrendo muito,
suas chances de acordar são cada vez menores. 

Eu: O que quer dizer? 


Doutor: Elizabeth é jovem, saudável apesar das drogas ilícitas no seu organismo.-
ele entregou um papel para mim.- Esse papel é para o senhor assinar, caso
concorde, em desligar os aparelhos dela. 

Eu: Está pedindo para matá-la? 

Doutor: Sei que é difícil e o processo todo e doloroso mas temos que pensar bem
também, sofrendo assim quase todo dia. 

Eu: Ela vai acordar...- ele me cortou. 

Doutor: Podemos doar alguns de seus órgãos. 

Eu: Ela teve overdose!- disse pausadamente para deixar bem claro que isso
estava fora de cogitação, poderia estar sendo egoísta  mas tinha esperança de que
ela acordaria. 

Doutor: Há muitos doadores de órgãos que sofreram overdose, na verdade chega


a ser até melhor por serram jovens e saudáveis.- meus ouvidos se transformaram
em pinico ao ouvir aquilo. 

Eu: Vou pensar doutor.- Me levantei e me retirei da sua sala. 

Eu não seria o responsável por matar Liz! Fui até seu quarto e me sentei na
cama. 

Eu: Já dormiu de mais garota.- segurei sua mão.-Amora está com saudades, eu
estou com saudades de você me perturbando. Tá na hora de voltar para a gente. 

Coloquei seu cabelo atrás da orelha s beijei sua testa, me levantei da cama e me
sentei no sofazinho que tinha no quarto, fazia isso a três meses. 
Capítulo 29: 
•Benjamin narrando •
❄️

Os dias se passaram e minha rotina continuava a mesma, Liz sofria com crises
direto e seu estado não tinha nenhum avanço. 

Lexie: O que você vai fazer? 

Eu: Não serei responsável pela morte dela! 

Lexie: Eu sei que é difícil Ben, mas já se passaram três meses e ela vem tendo
esse ataques. 
Eu: Ela vai acorda Lexie, eu sei que vai. 

Lexie apertou minha mão e saiu do quarto, tinha compromisso. Me sentei do lado
da Liz e segurei em sua mão. 

Eu: Tá na hora novata! Tá na hora.- fechei os olhos e senti sua mão apertar a
minha, fiquei sem entender, devia ser coisa da minha cabeça, já estava delirando,
abri os olhos e então apertou novamente.-Enfermeira, enfermeira.- sai correndo
para chamar a primeira que vi. 

Enfermeira: Outro ataque? 

Eu: Ela mexeu a mão . 

Enfermeira: Há garoto, sinto muito.- Ela tava me chamando de louco? 

Eu: É sério, ela mexeu! 

Enfermeira: Muitos pacientes ficam assim, e muitos dos parentes sentem coisas
que não ocorre, tudo isso é esperança de que eles voltem. 

Os aparelhos começaram a apitar, a enfermeira logo apertou em um botão


vermelho e em segundo a sala se encheu de médicos, começaram a fazer
massagem cardíaca nela e tentar reanima-la. Fui para o cantinho da sala e fiquei
observando, realmente ela estava sofrendo demais. Eu estava sendo egoísta de
não deixar ela ir? Eu tava fazendo por mim ou por ela? Ela realmente apertou
minha mão? 

Passou um tempo e Liz já estava estabilizada, me sentei ao seu lado novamente e


segurei sua mão implorando para que ela mexesse, fechei os olhos e senti uma
fisgada na mão. Não, não não! Eu já estava ficando louco! 
Ela apertou novamente minha mão e eu abri os olhos, dessa vez não sai correndo
fiquei ali esperando ela abrir os olhos, eu sei que não estava louco. A encarei e
ela foi abrindo os olhos lentamente, ela me encarou por um tempo sem dizer
nada,parecia estar processando tudo. Pera, eu estava vendo coisa? 

Elizabeth: O que faz aqui?- eu pisquei várias vezes tentando ver se era coisa da
minha cabeça ou não, ela revirou os olhos, e eu ri. 
Capítulo 30:
•Benjamin narrando •

❄️

Eu: Vou chamar um médico. - ela sorriu e fechou os olhos parecia estar com dor. 
Encontrei o doutor e entreguei o papel para ele, ele viu, percebendo que eu não
tinha assinado nada,me encarou.

Eu: Ela acordou.- ele saiu em disparada para o quarto de Liz, nem acredito que
aquelas palavras saíram da minha boca. Encontrei Lexie no corredor e ao ver
meu sorriso ela saiu correndo até o quarto também. 

❄️•Elizabeth narrando •❄️

Acordei com uma dor de cabeça imensa, abri os olhos devagar me acostumando
com a claridade e me surpreendi ao ver Ben ali. 

Eu: O que faz aqui?- ele começou a piscar várias vezes e me encarar, parecia que
eu era um fantasma.

Ben: Vou chamar um médico.- ele saiu correndo para fora do quarto. 

Me sentei e comecei a observar o quarto, eu estava com roupas de hospital, tirei o


aparelho que forçava eu respirar e me sentei, logo um homem de jaleco branco
entrou. 

Doutor: Olá senhorita Thompson.- eu o encarei, errou o quarto amigão. 

Lexie: Lizz!- ela chegou correndo e me abraçou, quando percebeu que estava
praticamente jogada em cima de mim se levantou.- Aí desculpa! Eu te
machuquei?- eu ri. 

Eu: Amora!- tentei me levantar mas o doutor impediu. 

Ben: Ela está bem, estou cuidando dela.- fiquei mais tranquila. 

Doutor: Vou examina-lá agora e ficará alguns dias para observação. Depois
ligaremos para a clínica de reabilitação onde a senhorita passará seus próximos
dias! 

Eu: Como é?- o encarei assustada.

Ben: Doutor, posso falar com você um minuto?- eles foram para fora  do quarto. 

Eu: Eu preciso fugir daqui!- tentei me levantar mas Lexie impediu. 

Lexie: Amiga, se acalma.- ela fez eu olhar para ela.- Ben vai resolver tudo! 

Eu: Quanto tempo eu fiquei aqui?


Lexie: Três meses.- O quê???

Ben: Que bom está de volta.-ele entrou no quarto e então o doutor veio até mim. 

Doutor: Seu irmão conseguiu me “convencer”- ele usou aspas com as mãos.-
Devido ao transtorno que estão passando, sinto muito pela morte do seu pai.
Capítulo 31:
•Elizabeth narrando •

❄️

Doutor:...Enfim, não enviarei para a clínica mas terá que se comportar, se eu ver
a senhora aqui tendo algo relacionado encaminharei imediatamente.- ele sorriu e
se retirou. 

?????? Irmão? Pai?? 

Eu: Agora você fazer o favor de me explicar irmãozinho?- fui irônica. 

Ben: É bom ver você também novata. - eu sorri. 

Eu: Quanto tempo vou ter que ficar aqui? 

Ben: Até ficar estável, estava tendo muito ataque. -Revirei os olhos e os dois
riram.

Eu: Não vejo a hora de ir para minha casa. 

Ben: Você vai ter que morar comigo irmãzinha.

Eu: Você é um bom mentiroso viu, mas não vou morar com você. 

Ben: Acontece que você não tem escolha, irmã. Ou será que teria que falar com o
doutor para ele mudar de ideia?-riu.

Eu: Tá, eu sei que fiquei três meses dormindo, mas estou cansada.-tentei ignorar
o assunto na esperança dele esquecer, mas realmente estava cansada.

Lexie: É sério? 

Eu: Seríssimo.- fechei os olhos e capotei, devia ser os remédios. 

(...)
Finalmente o tempo de espera tinha acabado, tinha levado alta daquele hospital,
não aguentava mais olhar para as quatro paredes, tentei convencer Ben de todas
as maneiras de que não daria certo morar com ele mas foi irrelevante. 

Ben: Vamos Liz.-Guardou minhas coisas no carro. 

Eu: É sério Ben, vai colocar uma desconhecida em casa mesmo? 

Ben: Não é desconhecida! É minha irmã! - revirei os olhos e entrei no carro, já


estava cansada de tentar fazer ele mudar de ideia. 

Ao entrarmos no carros Ben me encarou e ligou o som, começamos a cantar e


dançar enquanto ele dirigia para casa. 

Não demorou muito até que ele abrisse o portão, Amora e Thor começaram a
latir e correr atrás do carro,a casa era enorme, chega até a ser maior do que a casa
da Lexie. Sai do carro e Amora me derrubou com o seu peso.

Eu: Que saudade meninaa!- a abracei a apertando o máximo que pude para tentar
matar a saudade. -Oi Thor. 

Ele se juntou a farra e então começamos a correr no gramado, Ben estacionou o


carro e então se juntou a nós também, eu parei ofegante. 
Capítulo 32:
•Elizabeth narrando •
❄️

Ben:Liz!- correu até mim.- Tudo bem? Respira fundo.- ele colocou as mãos em
mim tentando ajudar.

Eu: Estou bem.- eu ri e o encarei, ele fez o mesmo e eu me perdi naqueles olhos
azuis. 

Ben:Vem vamos conhecer sua casa nova.- eu me recompus e o segui.

Entramos dentro da casa e era incrível, a mobília as fotos da família, tudo! Pelo o
que pude ver os quartos seriam lá em cima.

Emily: Finalmente pude conhecer a famosa Elizabeth.- supôs que seria a irmã de
Ben, ela estava usando uma cadeira de rodas, agora entendo o porque de a mãe
do Ben tratá-la como uma boneca de porcelana, mas ela precisava ser tratada
como uma criança normal. 

Eu: E você deve ser Emily?


Emily: Sim, Espinha bífida, por isso estou na cadeira de rodas, é uma
malformação congênita muito comum caracterizada por um fechamento
incompleto do tubo neural .

Eu: Bom, espero que nós demos bem, vai ter que me aguentar por muito tempo.-
Ignorei o que ela falou, muitas pessoas devem olhar com cara de pena para ela
mas eu não seria uma dessas pessoas.- E eu espero não encontrar raros viu?- a
olhei fazendo ela rir.- Não tenho medo só para avisar!- eu ri convencida e ela
encarou Ben. 

Emily: Agora entendo o por que tanta preocupação.- ela sorriu sem vergonha
para ele e voltou a olhar para mim.- Mamãe vai adorar você! 

Emily saiu com Amora e Thor para fora da casa, observei que do lado da escada
tinha um lugar para Emily subir com a cadeira de rodas, parecia uma pista
rolante, impressionante.

Eu: Ela é um amor. 

Ben: Tem para quem puxar.- ele piscou e começou a subir as escadas.

Eu: Haha, quem disse?- olhei para ele e revirei os olhos e então o segui. 

Ben: Este vai ser o seu quarto, o meu é do lado se precisar de alguma coisa.- ele
abriu a porta do quarto e uau, era gigantesco. 

Eu: Mas e minhas coisas? 

Ben: Trouxe algumas de suas roupas e outras coisas que achei necessário! 

Eu: Você entrou no meu apartamento e mexeu nas minhas coisas?- o encarei
brava.
Capítulo 33:
•Elizabeth narrando •
❄️

Ben: E também paguei o aluguel desse três meses, expliquei ao seu chefe o
motivo de não ir trabalhar e ainda fui à escola falar sobre você e estão ansiosos a
sua espera.- ele sorriu safado.- Preciso de um banho, iremos jantar jaja. Passo pra
te pegar. 

Ele fechou a porta e saiu me deixando sozinha naquele quarto imenso, comecei a
fuçar em tudo que pude, meus acessórios, minhas roupas, tudo estava lá  menos
minha arma! Se ele mexeu nas minhas coisas possivelmente deve ter pego minha
arma! Merda, merda, merda! 

Enchi a banheira e então tomei um banho relaxante, lavei os cabelos e os deixei


secar naturalmente, coloquei uma regata e um shorts jeans e então desci as
escadas, estava faminta e não iria esperar o Bem vir me buscar.

Emily: Georgia, pode pegar uma taça de suco por favor. 

Georgia: Claro meu bem, e a senhorita?- ela gentilmente se virou a mim. 

Eu: Uma taça de vinho. 

Emily: É a nossa cozinheira, ela prepara cada coisa gostosa. 

Eu: Vou me acabar de tanto comer então.- nós rimos. 

Emily: Muito obrigada pelo ursinho!

Eu: Ganhei de lavada do seu irmão e consegui o urso.- eu pisquei e ela riu.- Ele é
um pato.-ela riu.

Geórgia trouxe o vinho e o suco, estava colocando a taça de vinho na boca para
tomar o primeiro gole, estava seca para tomar, a cara estava ótima, quando Ben
tira a taça da minha mão, eu o fuzilei com os olhos. 

Ben: Ordens médicas.- ele tomou o vinho. - Geórgia, nenhuma bebida alcoólica
para ela. - ela assentiu e começou a servir o jantar. 

Eu: Só um golinho não mata. 

Ben: Não!- foi duro. 

Bufei e comecei a me servir, Geórgia se juntou a gente se sentando na mesa


também, e então comemos. Ao terminar fomos a sala e assistimos um filme,
Emily acabou dormindo no sofá e então Ben a pegou no colo a levando para
cima. 

Eu: Já vou para o quarto também.

Ben: Boa noite!- ele sorriu e foi levando ela para o quarto em seus braços. 

Entrei no meu quarto e então tirei aquela roupa colocando um pijama soltinho de
elefante, eu tinha um ótimo gosto! Tentei pegar no sono, mas dormi tanto esses
dias que não consegui.
Capítulo 34:
•Elizabeth narrando •
❄️

Observei da janela o jardim, tinha alguns bancos e um caminho para andar. 

Eu: Vamos dar uma volta garota?- Sorri para Amora pulou da cama e correu até a
porta. Fomos até o jardim e então comecei a apreciar a vista, as estrelas, aquelas
flores. 

Ben: Não tinha ido dormir novata?- ele saiu do caminho escuro me assustando. 

Eu: Puta que paril Ben, que susto!- ele acabou rindo e se sentou no banco, o
acompanhei. 

Ben: Por que está aqui? 

Eu: To sem sono.- olhei para as estrelas, mas estava sentindo que ele me olhava.-
Por que está me ajudando?- o encarei e viajei naqueles olhos azuis. 

Ben: Eu gosto de você, mesmo sendo insuportável do jeito que é novata!- ele
sorriu, senti um calafrio dentro de mim. - Porque quis se matar?- ele me encarou.

Eu: É difícil explicar.

Ben: Tenho tempo.- ele me empurrou com seus ombros. 

Eu: Eu te falei que venho fugindo, certo?- ele assentiu.- Mas não do orfanato, eu
tenho uma família.- abaixei o olhar, pelo menos era para ter.- Há dois anos, meu
pai me estrupou e minha mãe não acreditou em mim, os dois se tornarão
agressivos e eu fugi.- Ele me encarava, parecia estar com raiva, Ben me puxou
para um abraço de lado. 

Ben: E o que aconteceu com o filha da puta? 

Eu: Eu o matei.-me encolhi envergonhada em meus braços, Ben colocou uma


assassina dentro de sua casa, perto da sua família, estava me preparando para ser
expulsa quando seus braços me envolveram novamente me abraçando e eu senti
paz, não me senti envergonhada, ele transmitia segurança para mim e parecia que
tudo que eu falasse ele entenderia, me encontrei naquele abraço.

Eu o olhei e ele sorriu, parecia satisfeito, o encarei e mais uma vez aqueles olhos
me prenderam, aproximei nossos rostos. 

Ben: É muito cedo, não quero forçar nada. 


Eu: Nada é muito cedo quando a gente sabe o que quer!- selei nossos lábios. 

Ben me segurou minha nuca e nossas línguas começaram a se entrelaçar, eu


sentia a calmaria e ao mesmo tempo a ferocidade do seu beijo, era bom, ou
melhor era muito gostoso, ficamos ali agarradinhos por um bom tempo, entre
mordidinhas nos lábios e beijos no pescoço eu não podia querer coisa melhor. 
Capítulo 35:
•Elizabeth narrando •
❄️

Depois de um bom tempo nos beijando ficamos abraçadinhos olhando as estrelas,


aquela sensação era tão boa que eu não queria sair dali de jeito nenhum. 

Eu:Vamos subir?- levantei o olhar e então ele sorriu assentindo.

Subimos as escadas em silêncio e então cada um foi para o seu quarto, mas antes
de entrar eu o puxei e lasquei o beijão nele o pegando desprevenido, Ben bateu
na minha bunda quando eu virei as costas, me surpreendi e comecei a sorrir,
entrei no quarto e abracei Amora na cama sorrindo igual boba. 

Acordei faminta, a claridade invadia todo o quarto, diz minhas higienes matinais
e troquei de roupa colocando um macacão soltinho, desci as escadas as pressas e
encontrei Emily na mesa, ela sorria para mim. 

Emily: Bom dia cunhadinha!- estava explícito na sua cara que ela sabia de algo. 

Eu: Então a senhora não estava dormindo? 

Emily: Acabei acordando quando ele me colocou na cama.- deu de ombros e


começou a servir seu café. 

Margareth: A senhorita deve ser a Liz, né?- ela chegou toda sorridente e veio me
abraçar.- É um prazer conhecê-la. 

Eu: Igualmente.- corei.- Muito obrigada por ter me acolhido. 

Margareth: Não seja boba menina, agora é da família.- ela se sentou e começou a
se servir também, Emily me cutucou sorrindo enquanto comia. 

Margareth era muito gente boa, ela foi um amorzinho me recepcionando desse
jeito, ainda mais uma desconhecida. 

Ben: Bom dia mulheres da minha vida!- ele chegou devorando a torrada já.

Emily: Pelo jeito alguém acordou de bom humor.- ela sorriu safada. 
Margareth: Coisa que não era frequente. 

Ben revirou os olhos e se sentou ao meu lado se servindo, aquela família


realmente era uma figura.Terminamos o café e então Ben ligou uma musiquinha
e começou a preparar a churrasqueira, decidimos fazer um churrasco em
“família”, eu era a intrusa ali. A campainha tocou, Amora e Thor saíram
desesperados até a frente, era Lexie. 

Lexie: Pelo visto a coisa tá boa aqui hein. 

Margareth: Que bom que se juntou a nos querida! - ela a abraçou,Lexie


comprimento todos e então subiu comigo até o quarto para colocarmos o biquíni. 
Capítulo 36:
•Elizabeth narrando •
❄️

Lexie: Aí Liz, to tão feliz que você voltou. 

Eu: Eu nunca sai daqui.- eu ri e pensei em colocar o biquini mas seria estranho
eles verem todas minhas cicatrizes que eu tinha no copo. Fiquei de shorts mesmo
e agradeci imensamente por não ter biquíni para mim, Ben deve ter esquecido
desse detalhe quando pegou minhas coisas. 

Lexie:Se soubesse teria trago um para você também. 

Eu: Relaxa.- descemos e fomos perto da churrasqueira, a música tocava alto,


Margareth e Emily já estavam na piscina, achei estranho Amora não ter pulado
ainda, ela ama água. 

Ben: Você não vai entrar?- ele se sentou perto de mim,Lexie já estava na borda
da piscina. 

Eu: Vou fazer companhia ao churrasqueiro.- pisquei para ele e comecei a rir.

❄️

•Benjamin narrando •

Liz estava dançando com minha mãe, Alexia já tinha ido embora, e Emily me
olhava. 

Eu: Vamos dançar pirralha? - ela olhou para sua cadeira de rodas. - Já te disse
que isso não te impede de nada. 
Empurrei a cadeira até onde estavam as duas e começaram a dançar, se mexer era
o certo. A noite caiu tão rápido, minha mãe e Emily entraram, já estava tarde. 

Elizabeth: Agora sobrou só nos dois!-ela riu sem vergonha. 

Eu: Uhum, então a senhorita vai querer fazer o que?- a peguei no colo e a joguei
na piscina antes mesmo dela responder com roupa e tudo.

Elizabeth: Eu vou te matar!- limpou a via do rosto. 

Não pensei duas vezes e pulei perto de onde ela caiu, Liz tentou me afundar e
então a segurei levando para o fundo junto comigo. Levantamos rindo, ela
colocou suas pernas em volta da minha cintura e segurou meu pescoço me
beijando, caraca que beijo bom. Encontrei seu corpo na borda da piscina e
continuamos se beijando. 

Depois da piscina fomos organizar as coisas e então cada um foi para o seu
quarto tomar banho, estava destruído quando Liz apareceu na porta a abrindo, ela
estava linda com os cabelos molhados e com aquele pijama de elefante. 

Liz: Posso dormir com você? 

Eu: Claro!- ela se jogou na cama e já foi ligando a Tv. 

Deitei na cama e ela se envolveu em meus braços, seu perfume, ela ali fez com
que eu não conseguisse prestar atenção na Tv. 
Capítulo 37:
•Elizabeth narrando •

❄️

Acordei morrendo de sono, confesso, abri os olhos para tentar me acostumar com
a claridade e encontrei aquele par de olhos azuis me encarando.

Ben: Bom dia.- ele sorriu e acariciou meu rosto. 

Eu: Bom dia.- sorri boba. 

Ben: Lexie acabou de me ligar, se arruma que vamos à praia hoje. 

Fiz um careta relutante, estava com preguiça mas Ben me jogou para fora da
cama, coloquei um cropped é um shorts jeans de chinelão mesmo e tomei meu
café, Lexie não parava de nos ligar apressando. 
Eu: Tenho que passar em casa para pegar um biquíni.

Ben fez careta e então ligou a música, fomos cantando por todo o caminho, ele
parou o carro em frente ao prédio e lembrei automaticamente do dia que eu quase
me matei. 

Ben: Está tudo bem? Quer que eu entre? 

Eu: Não relaxa, já volto.- Era até melhor, assim procurava minha arma. 

Estava parada na frente do apartamento, a porta estava arrombada. Inferno! 


Coloquei a mão na cintura para procurar minha arma mas lembrei que estava sem
ela, bufei e abri a porta lentamente, o apartamento estava todo revirado, minhas
coisas todas bagunçadas mas pelo o que eu estava vendo não faltava nada.  Olhei
em todos os cômodos para ver se não tinha ninguém, é, eu realmente estava
sozinha. Comecei a procurar pela minha arma em todos os lugares possíveis que
eu pudesse ter deixado mas não a encontrei, fui até a cozinha em encontrei um
papel pendurado na geladeira com uma marca. 

Ben: Por que a demora?- gritou do corredor. 

Puta que paril! Guardei o papel mais rápido que pude no bolso do shorts e tentei
procurar a arma, mas nada. 

Ben: Que merda!- entrou.- Vou chamar a polícia.- ele já foi pegando o celular. 

Eu: Não!- o impedi.- Sabe como é toda a burocracia da polícia, vamos aproveitar
nosso dia, os ladroes não levaram nada. 

Ben: Elizabeth, olha a situação disso!

Eu: Eu falei que não! - rebati estupidamente.- Só vou procurar uma coisa, não
quero estragar nosso dia. 

Peguei o primeiro biquíni que vi na frente e o vesti, procurei a arma mais uma
vez mas não a encontrei, minha mãe deve ter achado quando revirou a casa e por
isso não deve estar aqui.
Capítulo 38:
•Elizabeth narrando •
❄️

Bufei nervosa e percebi que Ben me encarava.


Eu: Vamos? 

Ben: Sim. 

Eu encostei a porta já que a fechadura estava arrombada e a deixei assim mesmo.


Entramos no carro e então Ben começou a me encarar. 

Eu: O que foi?- eu ri, vamos. 

Ben: Sabe que em nenhum momento eu julguei você né? - assenti.- E sabe que
pode me contar tudo.- Continuei o encarando, onde essa conversa ia nos levar.-
Sei que não foi um simples assalto Liz, e você parecia estar procurando algo! 

Eu: Impressão sua Ben, não vamos estragar o dia com essa baboseira! 

Ben: Abre o porta luvas!- ele me encarou sério.

Eu fiquei apreensiva no que poderia encontrar ali. Abri o porta luvas e peguei a
arma, ou melhor minha arma! 

Inferno! Ele sabe! 

Ben: Estava procurando isso, não é mesmo? 

Eu:Ben..-ele me interrompeu. 

Ben: É tão fácil esconder as coisas não é mesmo?

Pude ver a raiva em seus olhos, ele segurava o volante com muita força.

Eu: Eu quis te protejer.- falei baixo. 

Ben: Eu te dei a chance de falar a verdade, porra Liz, estamos falando de uma
arma! Você me contou um assassinato, o que é uma arma comparado a isso?- ele
me fuzilou com os olhos. 

Ben ligou o carro e desligou a música que automaticamente se ligou,nada fazia


mais sentido para mim. Guardei a arma na minha bolsa e ele riu sarcástico ao ver,
Ben não sabe de um terço da minha vida e por mais que eu quero protegê-lo eu
quero ter ele ao meu lado. Encostei a cabeça no vidro e me permiti olhar a rua
tentando esquecer tudo. 

Ao chegarmos na praia encontramos Lexie, Simon e Penélope que correu até Ben
o beijando. Ben não olhava na minha cara, não ousou dirigir nenhuma palavra
para mim e isso estava explícito em seu olhar. 
Capítulo 39:
•Elizabeth narrando •

❄️

Penélope arrastou Ben para a praia, peguei meu óculos escuros e me sentei na
cadeira debaixo do guarda sol. 

Lexie: Tem medo de sol?- ela se referiu as minhas roupas. 

Eu: Que nada amiga, to com preguiça Jaja tiro. 

Eu sabia que não teria escapatória em mostrar minhas cicatrizes no momento em


que aceitei vir para a praia, mas realmente não estava com saco nenhum de tirar a
blusa e o shorts naquele momento. Lexie seguiu meu olhar e começou a rir. 

Lexie: Vocês já se pegaram e agora tá com ciúmes? - eu olhei para ela rindo.

Eu: Não é ciúmes, tabom?

Lexie: Relaxa que eu conheço ele, sei que vai fazer a escolha certa. 

Eu: Amiga, sai dessa!- tirei o óculo a encarando.- Não sou nem opção! 

Lexie: Você é muito cabeça dura cara!- ela se levantou e começou a prender o
cabelo. - Vamo entrar? 

Eu: Agora não! 

Coloquei os óculos de novo e então Simon segurou Lexie por trás a beijando e
pagando no colo, bufei! 
Eu podia muito bem voltar a fugir, esquecer tudo isso e voltar a minha vida
normal, olhei para o mar, a água parecia estar gostosa, observei que perto da
onde a gente estava tinha algumas pranchas. De quem eram? Rolei os olhos
totalmente desinteressada.
Não demorou para Lexie voltar e se jogou na cadeira do meu lado. 

Lexie: Isso aqui é praia, cadê o biquíni amada?- revirei os olhos e então comecei
a tirar o shorts e depois o cropped. 

Ela se levantou assustada, como eu estava de biquíni ela teve a visão do meu
corpo todo, havia cicatrizes de brigas que tive em todos esses anos. Nas minhas
brigas de rua, desentendimentos com bêbados de bar, traficantes que vinham
encher o saco de quando eu vendia para eles e ficava devendo, até tenho uma
cicatriz na coxa de quando eu caí de moto durante minha fuga. 
Eu:  Algumas das minhas brigas de rua.- disse simples estendendo a canga na
areia para tomar sol.

Lexie: Ah menina, você é terrível. - ela deitou ao meu lado.


Capítulo 40:
•Elizabeth narrando •

❄️


Ben saiu com a prancha na mão. 

Eu: Ele sabe surfar? 

Penélope: Tá brincando? Ele participava de campeonatos. 

Alexia: Ele ama surfar, ele ia todos os dias. 

Eu: Emilly comentou comigo mesmo, ela disse que ele sofreu um acidente. 

Penélope: Quem é essa? -disse desconfiada.

Alexia: A irmã dele.-ela revirou os olhos.- Enfim, ele machucou o ombro e teve
que fazer uma cirurgia, aí não pode participar dos campeonatos. 

Como que a namorada dele não conhecia a irmã?????

Penélope: Agora ele vai voltar com tudo, olhem lá.- Ben estava pegando uma
onda, realmente tinha potencial. 

Nossos assuntos foram muito aleatórios, Penélope e Lexie conversavam sobre


que curso iriam prestar, eu as observava e continua a tomar sol. 

Ben: Vamos jogar vôlei? 

Lexie: Vamos! 

Ela já levantou animada, Penélope fez o mesmo. As duas me encaram, revirei os


olhos e bufei. Nós dividimos em duas equipes:Ben e Penélope em uma e eu e
Lexie na outra, foi chegando uma galera para jogar também, acabou tendo muita
interação, Simon acabou indo embora disse que tinha alguns compromissos, bobo
ele que perdeu a farra.

Eu: Seguinte hein, quem perde paga a porção de camarão!- disse sacando a bola. 
Lexie: Ihul, vão preparando o bolso aí já! 

Acabou que minha equipe ganhou, a galera deu uma animada e acabaram
comprando mais que uma porção. Passamos a tarde conversando e bebendo. Sim!
Eu bebi, aproveitei que Ben não olhava na minha cara e não falava uma palavra
se quer para tomar algumas daquelas cervejinhas geladinhas maravilhosas.

Ben ainda estava me dando um gelo, por mais que eu tentava me aproximar ele
sempre se afastava e Penélope me atrapalhava mais ainda se esfregando nele e o
beijando.
 
Peguei uma prancha e fui para o mar, Lexie me acompanhou. 

Eu: Sabe surfar? 

Lexie: Eu tento.

Eu: Vou ficar em cima da prancha mesmo- eu ri.- Nunca subi em uma e não
estou preparada para essa vergonha. 
Capítulo 41:
•Elizabeth narrando •

❄️ 

Eu: Vou ficar em cima da prancha mesmo- eu ri. 

Passamos até onde as ondas não quebravam mais. 

Eu: E como você está em relação ao Simon? - Ben me contou que ele pegou
Simon traindo ela.

Lexie: Eu sofri nos primeiros dias amiga, mas depois que você foi para o hospital
o esqueci completamente e ele para ajudar saiu do país. Parece que vai voltar
essa semana. 

Eu: Aí Lexie, estou tão feliz por você, porque você merece estar com alguém que
grite ao mundo o quão maravilhosa você é! 

Lexie:Vou me concentrar em mim por um tempo. 

Eu: Você e inteligente de mais para ficar correndo atrás de garotos bobos. 

Lexie: Agradeço todos os dias por tê-la na minha vida Liz. 


Eu sorri para ela, as únicas pessoas que eu preciso ter na minha vida são aquelas
que provam, sob qualquer circunstância que precisam de mim na vida delas. E
Lexie se tornou tão importante para mim do que qualquer pessoa que eu conheça
a anos. O tempo não vale nada quando o caráter da pessoa é maravilhoso. 

Lexie: Mas e você Liz, como está com o Ben? 

Eu:Nos beijamos.-Lexie me olhou surpresa,acho que ela não se referia a isso.

Lexie: Até que enfim! - ela riu.

Eu: Oxi, porque até que enfim? Olha ele com a Penélope, isso é traição. 

Lexie: Penélope não é tão importante assim, sem falar que o relacionamento
deles não se passa de um iô-iô. Olha como ele olha para você Liz. 

Eu: Talvez seja por isso que eu amo os animais,eu olho nos olhos deles e sei
exatamente o que se passa em seus corações.

Lexie: Que bobeira.- ela riu.- Não tenha medo, se entregue nas emoções da vida. 

Conversamos sobre a escola, sobre meu acidente que aliás acabei mentindo para
ela dizendo que me drogava por carência. Ela me informou tudo o que aconteceu
durante esses meses. Ficamos até o por do sol na água, pegamos a prancha e
fomos para a margem. 

Eu: To morrendo de fome. 

Lexie: Vamos comer uma pizza? Aproveitamos e assistimos um filme. 

Penélope: Eu apoio muito. 

Ben: Vamos lá para casa, está vazia. 

Fui com Lexie em seu carro e Ben acabou indo com Penélope. Ele me ignorava
ao ponto de continuar nem olhando para mim. 
Capítulo 42:
•Elizabeth narrando •

❄️

O trajeto até a casa de Ben não foi demorado, Lexie e eu conversávamos assuntos
aleatórios. Ao chegar em casa fui recebida pela Amora, toda aquela folia me tirou
um sorriso do rosto. 
Eu:Como eu amo você menina!- abracei ela ao me agachar. 

Escolhemos o sabor da pizza, pedimos e fomos atrás de um filme, foi difícil um


que fizesse todos os gostos mas encontramos. Penélope ficou grudada com Ben,
eu me deitei no chão e Lexie no outro sofá. A pizza chegou e Ben foi pega-lá. 

Penélope: Acho que ele vai me pedir em namoro. 

Lexie: Aí Penny,fico feliz por vocês.- ela me deu uma encarada que até entendi o
recado. 

Ben surgiu com as pizzas em suas mãos, comemos na sala durante o filme com a
mão mesmo. Ao terminar de comer acabei pegando no sono no chão mesmo.

Lexie: Liz, estamos indo embora!- ela disse ao me cutucar. Abri os olhos meio
desentendida acordando.

Eu: Que horas são? 

Penélope: Já passou das 23. 

Eu: Caraca, dormi o filme todo.- Me levantei e fui me despedir das duas. 

Penélope: Você vai ficar? 

Lexie: Ela tá morando aqui por um tempo. 

Senti o olhar de Penélope me fuzilar. Insegura ela foi até Ben deu um beijão nele.
Revirei os olhos sem nem olhar para ela, as duas entraram no carro e saíram.
Olhei para Ben, ele ainda me ignorava. Bufei e subi as escadas indo para o meu
quarto, estava exausta. Tomei um banho, lavei o cabelo e o sequei. Coloquei uma
camisola e deitei, não demorou muito para Amora e Thor invadirem minha cama.
Coloquei em uma série para assistir na esperança de cair no sono. 

Começou a chover, fechei a janela e logo vi o primeiro raio caindo. Meu coração
começou a saltitar dentro do meu peito, as trovoadas começaram cada vez mais
forte. Deitei na cama e coloquei o travesseiro em cima da minha cabeça tentando
abafar o som. Mais um relâmpago caiu, o desespero tomou conta de mim,sai da
cama e acendi a luz do quarto. Comecei a procurar meus remedinhos em todos os
lugares. 

Eu:Não,não,não,não! Cadê essa bostaa?

Outro trovão soou em meus ouvidos fazendo eu pular, comecei a chorar.


Comecei a jogar minhas coisas no chão e procurar no meio das gavetas. 
Eu: Cadê? CADÊ ESSA BOSTA? 
Capítulo 43:
•Elizabeth narrando•

❄️

Eu: Cadê? CADÊ ESSA BOSTA? 

Estava apavorada ao ponto de gritar, o vento, os trovões e relâmpagos, o barulho


da chuva forte em meus ouvidos me faziam lembrar daquela noite horrível.  Eu
comecei a chorar alto e tacar todas as coisas que tinha no quarto no chão. 

❄️

•Benjamin narrando •

Estava assistindo minha série quando ouço barulho de vidro sendo quebrado,
alguns gritos desesperados. Poderia reconhecer aquela voz de longe mesmo com
aquela chuva. 

Levantei da cama e fui até o quarto de Liz, ao abrir a porta ela estava chorando
desesperada, gritava para “parar” e tentava tampar os ouvido com as mãos. Fui
até ela e a abracei. 

Eu: Ei calma, calma.- a envolvi em meus braços.

Liz: Eu preciso.- ela começou a tremer, soluçava entre o choro.- Dos meus
remedinhos, ele vai aparecer de novo . 

Eu: Ele quem Liz? 

Ela me encarou com os olhos vermelhos, as lágrimas saiam como as gotas da


chuva, sem parar. 

Liz: Meu pai.- Ela disse me encarando, outro trovão a fez pular. - Eu preciso
saber onde colocou meu remédio. 

Eu: Não, você não precisa mais disso, eu estou aqui.- passei minha mão em seu
rosto- Ele não vai te fazer nenhum mal,ninguém vai! Não vou deixar que nada de
ruim aconteça com você. 
Ela não respondeu apenas me abraçou. Apaguei a luz e dirigi nosso corpos até a
cama, Liz chorava, soluçava e tremia ainda. Sentei na cama e me encostei, ela
continuou me abraçando. 

Eu: Está tudo bem!- passei minha mão em seus cabelos,ela chorava baixinho,
peguei um cobertor e a cobri. Ela foi se acalmando, continuava a passar meus
dedos em seus cabelos, a cada trovão e relâmpago era um susto que Liz levava.
A chuva não parava, isso não ajudava nem um pouco, eu já estava com a
camiseta molhada de tanto a Liz chorar em mim, mas isso não importava, eu
estava com raiva. Raiva de ter que vê-la sofrendo assim e por ter que enfrentar
todo seu passado sozinha todo esse tempo. 

Eu: Você não está mais sozinha.

Ela levantou o olhar, seus olhos estavam cheio de lágrimas e inchados. Ela me
olhou com uma intensidade de quem agradecia por dentro.
Capítulo 44:
•Benjamin narrando •

❄️

Ela me olhou com uma intensidade de quem agradecia por dentro. Outro trovão,
Liz me apertou e se encolheu em meu corpo me abraçando, ela encostou sua
cabeça em meu peito e fechou os olhos. 

Esperei que ela dormisse para fechar os olhos, ela não merece estar passando por
tudo isso. Ela merece ser feliz, merece ter uma vida longe de toda essas
paranóias.  Com as drogas e a bebida ela podia esquecer, podia passar a
tempestade que tinha dentro dela e a arma era mais um dos modos com que ela se
sentisse segura. Eu a entendia perfeitamente porém odeio o fato dela ter que
esconder as coisas de mim e pelo andar da carruagem sei que tem muita coisa por
trás de seus sorrisos. 

Eu: Os olhos mais bonitos são os que mais choraram e os sorrisos mais bonitos
são os que escondem mais segredos.- sussurrei falando sozinho mesmo e a
olhando, beijei sua cabeça e tentei pegar no sono. 

❄️

•Elizabeth narrando •

Acordei com Amora lambendo meu rosto, abri os olhos lentamente e percebi que
havia dormido nos braços de Ben. Levantei a cabeça e ele me olhava. 
Ben: Bom dia!- ele sorriu. 

Eu: Bom dia?- Eu sai dos seus braços e me afastei dele cruzando os braços.- Olha
eu agradeço por ter me ajudado ontem mas você me ignorou ontem o dia todo,
vai fingir que nada aconteceu mesmo? 

Ben riu e balançou a cabeça, ele olhou para a janela parecia estar pensando em
algo. 

Ben: Você mentiu para mim, Elizabeth. Ocultou a verdade, ou será que se
esqueceu da sua arma? 

Eu: Eu menti! Você não precisa saber de todos os detalhes, tabom? Eu faço isso
para não te envolver de mais, te proteger. 

Ben: Eu deixo você entrar na minha vida, na minha casa e você mente para mim?
Não gosto de mentirosos!- disse firme se levantando. 

Eu: Benjamin, você tem ideia do que eu passei?- me levantei também e fui
alterando a voz. 

Ben: Ideia do que você passou? Caralho Elizabeth! Você foi estrupada e matou o
desgraçado que fez isso com você! Em nenhum momento eu olhei com outro
olhar para você, em nenhum momento eu te julguei! Ao contrário disso eu te
apoiei, eu confiei em você. Você é forte para caralho e eu confio de mais em
você, chega de tentar proteger os outros!
Capítulo 45:
•Elizabeth narrando •

❄️

Ben:...Você é forte para caralho e eu confio de mais em você, chega de tentar


proteger os outros!

Eu: Eu não escondo você deles, eu escondo eles de você.- disse abaixando o
olhar e lembrando do meu apartamento.- Eu cansei de fugir, estou pronta para
encarar minha mãe, acontece que não quero você e Lexie no fogo cruzado. 

Ben: Eu não quero ser protegido! Eu quero estar com você em todos esses
momentos difíceis. Quero pegar essa desgraçada que te persegue e colocá-la atrás
das grades. Quero ver você feliz!- ele veio se aproximando.- Quero poder cuidar
de você. 
Ben colocou sua mão em meu rosto, eu o olhei e me afastei fazendo com que sua
mão não alcançasse meu rosto. 

Eu: Diz que quer me fazer feliz que odeia mentiras mas você não se passa de um
manipulador, não é? - ele me olhou tentando entender. 

Ben: Aonde  você quer chegar?

Eu: Penélope. 

Ben: Ah novata.- ele passa as mãos no cabelo.- Eu estava com raiva de você. 

Fui até ele e fiquei a centímetros do seu corpo o encarando. Eu abri a boca para
começar a falar quando Ben coloca seu dedo na minha boca fazendo com que eu
me calasse. 

Ben: Todas as pessoas que gostam de você, apesar dos seus defeitos se você
descarta-lãs elas nunca voltarão. Então quando conhecer essas pessoas
mantenham as por perto.- ele colou nossos corpos, dava para sentir sua
respiração. 

Eu: O que quer dizer? 

Ben: Que independente dos meus defeitos ou dos seus quero poder sempre estar
com você. Quero uma relação transparente. 

Eu: Transparência.- ironizei.- Assim como seu caso? Toda vez que ficar com
raiva vai pegar alguém? 

Ben riu, ele se afastou e me analisou. 

Ben: Para de ciúmes novata. Presta atenção no que estou dizendo.

Ele deixou meu quarto, fiquei de pé no mesmo lugar tentando entender aonde ele
quis chegar com suas palavras. Decidi ir tomar banho, ao sair peguei o mesmo
short que estava ontem para colocar para lavar. Quando fui dobra-lo um papel cai
do bolso. O maldito papel que estava na geladeira. Joguei o shorts no chão e abri
o papel tinha uma mensagem: 

Capítulo 46:
•Elizabeth narrando•

❄️


Joguei o shorts no chão e abri o papel tinha uma mensagem: 

“Querida Beth, por quanto tempo acha que consegue fugir da mamãe? Espero
que esteja pronta para voltar as suas raizes, cansei desse joguinho de rato e gato.
Me encontre hoje na praça que tem em frente a sua casa. Vamos ter uma
conversa socialmente e venha sozinha caso contrário terá consequências.” 

Eu gelei, disse a mim mesma que não teria medo, que não fugiria mais. Porém
falar é fácil, quando tem que agir fica muito difícil. 

Respirei fundo e fechei os olhos. Coloquei uma roupa e fui até o quarto de Ben. 

Eu: Ben, preciso falar com você urgente.-ele saiu do banheiro com os cabelos
molhados e enrolado em uma toalha,mordi o lábio inferior e o observei.
Entreguei o papel em sua mão e esperei ele ler. 

Ben: Não! Você não vai.- ele disse mandando. 

Eu: Eu não vim aqui te pedir permissão Ben. Vim te avisar, nada de mentiras
lembra? Transparência!-ironizei.

Ben: Liz, ela pode sequestrar você. 

Eu: Vai ser no meio de um monte de gente. Ela não faria isso.- eu sabia
perfeitamente que era capaz de fazer. Minha mãe não se passa de uma sociopata
de bosta. 

Ben: Toma, é melhor levar isso.- ele pegou a arma que estava dentro de uma
gaveta. A conferi vendo as balas e a travando. 

Eu: Obrigada. 

Ben: E você vai usar escuta, não vou deixar você sozinha nessa. E não adianta
falar que não, se não vou aparecer lá! -ignorei ele revirando os olhos.

Ele saiu para o closet para se trocar, sentei em sua cama o esperando. 

Eu: O que eu sou para você? Um brinquedo?

Ben saiu do closet, já vestido. Seu perfume era maravilhoso. 

Ben: Brinquedo? 

Eu: Sim, você me beija age como se gostasse de mim, cuida de mim e fica com a
Penélope. 
Ben: De novo isso novata. Supera!

Eu: Eu quero saber ué. Pode ser a última vez que tenhamos essa conversa. 

Ben se aproximou, seu olhar estava indecifrável. 

Ben: Nunca mais repita isso! Eu não vou deixar nada acontecer com você.

Eu: Então me diga; eu sou um brinquedo para você? 

Ben sorriu e me beijou, foi um beijo calmo. Ao parar o beijo ele me olhou
segurando meu queixo. 

Ben: Eu quero você! Você é o problema que eu quero ter,


Capítulo 47:
•Elizabeth narrando •

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Ben: Eu quero você! Você é o problema que eu quero ter, mesmo sabendo que
não consigo resolver. Você não é meu brinquedo, mas queria guarda-la em uma
caixinha só para mim.

Dei um selinho nele e o abracei, não sei se suas palavras significaram alguma
coisa para ele, mas eu estava confortável no meio de toda essa situação me sentia
segura em seus braços. 

Ben: O que vamos fazer hoje? 

Eu: Preciso pensar em todas as possibilidades de escapar caso ela me pegue.


Tenho que saber o que ela quer comigo. Mas Ben, tenho que voltar para minha
casa. 

Ben: Não, você fica aqui! 

Eu puxei seu rosto e o encarei por um bom tempo, o beijei e sorri. 

Eu: É muito perigoso, estou colocando a sua vida em risco, da sua mãe e da
Emily. 

Ele abaixou o olhar, sabia que eu estava certa. Tomamos nosso café da manhã e
fomos para sala assistir um filme, Ben parecia tranquilizado, mas na minha
cabeça só remoía o que iria acontecer a noite. A campainha tocou, fui até a porta
para atender era Penélope. 

Penélope: Eai!- ela disse passando por mim e entrando. Revirei os olhos.

Ela foi direto até Ben se jogando em seus braços e o beijando. Eu bati a porta e
fui até o sofá, não iria sair correndo e chorar como uma coitadinha. Será que suas
palavras significaram algo, pelo menos?Ben não colocou a mão nela, ele afastou
seu rosto a olhou e deu uma sorriso de canto da boca. 

Ben: Penny, não podemos mais...

Penélope: Não podemos o que? 

Ben: Eu quero um tempo para mim, entende? Isso não tá dando certo. 

Penélope: O que? Foi essa vagabunda,né? 

Ela veio para cima de mim como se quisesse me bater, eu comecei a rir
descontrolada enquanto Ben a impedia a segurando e levando para fora.
Continuei a ver o filme plenissima enquanto os dois discutiam na frente da casa. 

Eu: Precisa de um tempo sozinho?- ironizei ao vê-lo fechar a porta. Ele riu e
revirou os olhos se sentando ao meu lado, ele começou a acariciar meu cabelo o
que dificultou eu prestar atenção no filme. 

A noite caiu rápido, eu já estava trocada. Estava armada dos pés a cabeça. Dois
canivetes nos tornozelos.
Capítulo 48:
•Elizabeth narrando •

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A noite caiu rápido, eu já estava trocada. Estava armada dos pés a cabeça. Dois
canivetes nos tornozelos. Meus tênis tinham lâminas, estava com soco inglês no
bolso da calça, duas facas no cos da calça e a arma na cintura.

Eu: Estou pronta. - sai do closet, Ben me esperava sentado na cama.- Onde vai
colocar a escuta? 

Ben: No sutiã é melhor. 

Eu tirei a blusa deixando metade dos meus seios expostos, Ben me olhou
impressionado. 
Eu: Vai, coloca! Eu não sei mexer com isso não. 

Ele riu e começou a prender o fio no meu sutiã, passou pela alça até ficar justo ao
meu corpo. 

Ben: Pronto senhorita. 

Eu: Obrigada, me deseje sorte. 

Ben: Ou, tá esquecendo de nada não? 

Ele puxou meu pulso fazendo com que eu vota-se até ele e me beijou. 

Ben: Agora sim.- ele riu entre o beijo.- Toma cuidado novata. 

Eu assenti e sai do quarto. Ben queria me levar  mas preferi deixá-lo em casa. Ele
me ofereceu seu carro mas tive que explicar que não sei dirigir. Disse que pegaria
um táxi, mas qualquer motorista poderia ser um sequestrador. E ir andando seria
inapropriado. Peguei uma moto que tinha na garagem, Ben a disponibilizou para
mim. Fui dirigindo até o parque, ao chegar à estacionei e sentei em um banco. 

O parque e a praça que tinha do lado estava lotados, era uma movimentação de
família e grupo de amigos. Sentei em um banco a espera da minha mãe. Não
demorou muito para ela se sentar ao meu lado. 

Pilar: Quanto tempo Bethzinha.- ela sorriu. 

Eu: Nada agradável ver você, o que quer? -ela me entregou um envelope.- Que
merda é essa? 

Pilar: Todos seus amiguinhos novos. 

A encarei com o punho fechado, por mim a mataria ali mesmo. 

Eu: Abre logo a porra do jogo. 

Pilar: Estou encrencada, Jacob está atrás de mim, estou devendo muito dinheiro a
ele e perdi muito carregamento nas fronteiras. 

Eu: Caralho Pilar, eu sai dessa vida. Não deixei claro quando explodi a casa e a
porra do seu marido? - Pilar riu. 

Pilar: Ah garota burra, continua tão ingênua. Abre o envelope.


A obedeci, ao abrir tinha muitas fotos, fotos minhas no trabalho, na escola, com
meus amigos, com Amora.
Capítulo 49:
•Elizabeth narrando •

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A obedeci, ao abrir tinha muitas fotos, fotos minhas no trabalho, na escola, com
meus amigos, com Amora. Fotos minhas no médico, foto de Emily, Margareth,
Lexie,Simon, Ben, Collin. Todos que faziam parte da minha vida em Toronto e
fotos de todas meus dois anos. Fotos de sua casas e famílias. 

Eu: O que que eu faça com Jacob? 

Pilar: Sabia que não iria recusar.- ela disse debochada.- Preciso matar ele para
que deixe meus negócios em paz é preciso do seu império. 

Eu: Como acha que vou me aproximar dele? 

Pilar: Ah Elizabeth, você era mais espertinha. Sabe como Jacob sempre foi
caidinho por você. 

Eu: Isso foi a muito tempo atrás. Acha que vou chegar e ter informações de todo
seu negócio? 

Pilar: Se despeça garota, se despeça dessa vida. Você tem uma semana. 

Meu coração apertou, uma semana para me desligar de tudo que tinha encontrado
de bom na minha vida. 

Eu: Quando terminar esse trabalho vai vender meus órgãos? - ela riu. 

Pilar: Claro, se você ainda quiser. Ou pode continuar trabalhando para mim se
não quiser ver seus amiguinhos mortos. 

Xxx: Ela não vai a lugar nenhum.- ele parou na nossa frente apontando uma arma
para Pilar.

Pilar: Segura esse moleque, Beth.- As pessoas começaram a correr ao vê-lo com
a arma. 

Eu: Ben, abaixa essa arma. - fui até ele e segurei a arma enquanto Pilar se
levantava e sumia pela multidão. 
Ben: Tenho toda a conversa gravada, podemos ir na polícia. 

Eu: Você não entende,né? Ela tem gente dentro do departamento que trabalha
para ela. E o que você está fazendo aqui? Eu disse para ficar em casa!- o
empurrei.- E com uma arma? Aonde você conseguiu isso? 

Ben: Está mesmo preocupada comigo?- ele ignorou minha pergunta.

Eu: Ben, você ouviu. Não tenho outra escolha. 

Ben: Você tem Liz, você não vai ir embora. 

Eu sorri e o beijei, parecia a cena de um filme. Um beijo calmo no meio de uma


multidão de gente com o parque de diversão no fundo. 

Eu: Faça com que essa semana seja a melhor da minha vida.- sussurrei em seu
ouvido e o abracei. 

Ben: Você não vai! Entendeu?

Entreguei o envelope a ele e esperei que ele olhasse todas as fotos. 


Capítulo 50:
•Elizabeth narrando •

❄️

Entreguei o envelope a ele e esperei que ele olhasse todas as fotos. 

Eu: Viu, eu não tenho escolha.

Ele não disse nada, apenas me abraçou. Fomos para casa, eu na moto e ele em
seu carro. Ao estacionar a moto fui direito para o meu quarto. Tomei um banho e
deitei de toalha na cama, na minha cabeça se passava uma retrospectiva de todo o
meu ano, minha convivência com essa pessoas maravilhosas. Amora subiu na
cama, deitei na sua barriga e comecei a passar a mão em seu pelo já não pensava
em mais nada. 

Eu: A neguinha, ela me achou. Foram dois anos fugindo e quando eu começo
uma vida de verdade minha mãe vem tirar. 

Ben entrou no quarto, ele virou de costas ao me ver nua. 

Ben: Desculpe, não sabia que estava assim. 


Levantei da cama e fui para o closet me trocar. Coloquei uma camisola e voltei
para a cama. 

Ben: Sabe quanto tempo vai demorar,lá? 

Eu: Ben, você não entendeu não é mesmo?- passei a mão em seu cabelo- Eu não
vou voltar. 

Ele abaixou o olhar, ficou um tempo sem dizer nada e novamente olhou para
mim. Coloquei a mão na sua nuca puxando seu corpo para ficar mais próximo ao
meu. 

Ben: Se a vida fosse fácil como a gente quer. Se o futuro a gente pudesse prever.
Eu estaria tomando café com você todos os dias. 

Eu: Para Ben, não torne as coisas mais difíceis do que já são. 

Deitei no lado de Ben que ficou me olhando, o beijei. Ficamos em silêncio


apenas olhando um para o outro e acabamos dormindo de conchinha. Acordei
com ele passando as mãos no meu cabelo e beijando minha bochecha.

Ben: Tá na hora de acordar, vai perde a hora no seu primeiro dia de aula? 

Abri os olhos e sorri, Ben me deu em selinho, não estava nem um pouco a fim de
ter aula, nem me lembrava disso.

Eu: Queria poder acordar assim todos os dias. 

Ben: E você acha que eu não?

O beijei e levantei, tomei um banho e me troquei colocando uma calça jeans e


uma blusa, hoje o dia estava frio. Desci as escadas e fui tomar café. 

Eu: Bom dia Margareth, Emily.- disse ao me sentar na mesa, elas responderam e
continuamos a tomar café. 

Margareth: Bom dia querida, dormiu bem? 

Eu: Sim e a senhora? 

Margareth: Sim meu bem, se preparem que semana que vem vamos para o
rancho. 

Emily: Oba, vou andar de cavalo!- ela disse travessa e Margareth a olhou como
se não fosse deixar. 
Ben: Bom dia mulheres da minha vida!- ele deu um beijo na bochecha da irmã e
da mãe e para minha surpresa me deu um beijo na bochecha também. 

Emily: Meu irmãozinho tá de bom humor. O que aconteceu? Ta apaixonado?- ela


sorriu e brincou com a sua xícara. 

Ben: Me apaixono todo dia por você, pirralha.

Ele bagunçou o cabelo da irmã e voltamos a comer, ao terminar peguei meu


material e fui me encontrar com Ben para ir na escola. Fomos cantando, era
rotina entrar no carro e ligar a música já. O trajeto até a escola foi calmo. 

Lexie: Bom diaa!- ela me abraçou. 

Eu: Bom dia.

Lexie: Se os cães farejam o medo e atacam, os exs farejam a tranquilidade e


voltam.- ela disse olhando para a entrada, era Simon na entrada. 

Eu: Relaxa amiga, ele não vai vir aqui. 

Simon conversou com algumas pessoas e veio até nós, bufei ao ver sua
aproximação. 

Simon: Bom dia meninas, Lexie posso falar com você em particular.

Revirei os olhos e bufei, virei para sair mas Lexie me segurou. 

Lexie: Liz vai ficar, se ainda quiser falar algo agiliza. -dei um sorriso torto para
Simon e cruzei os braços esperando ele falar. 

Simon: Eu sinto muito pelo o que aconteceu.

Lexie:Simon..-ela foi interrompida.

Simon: Por favor, me deixa terminar. Eu amo você Lexie, sem você na minha
vida eu não tenho rumo, eu quero poder toca-lá novamente, te beijar, quero
cuidar de você. Prometo que essa foi a última vez que faço uma merda dessas.
Volta para mim por favor, eu to surtando sem você na minha vida.

Lexie: E quantas vezes você falou que “essa era a última vez” e fez tudo de
novo?

Simon: Por favor...


Lexie: Simon, eu amei muito você, hoje eu tenho respeito pela relação que
tivemos só isso. 

Simon: Isso é um não? 

Lexie: Acho melhor colocarmos um ponto final nessa relação. 

Simon assentiu relutante  e saiu, eu olhei para Lexie e puder ver em seus olhos
que aquela conversa a magoou. Lexie e eu fomos para a aula, ela estava estável,
conseguiu controlar suas emoções. Demorou uma eternidade mas a aula
finalmente acabou.

Lexie: Semana que vem começam as provas, quer ajuda para estudar? 

Eu: Não vou estar aqui semana que vem!- disse simples. 

Lexie: Como não? O seu irmão está cuidando de você lembra? Aliás e seus pais
adotivos? 

Eu: Eu não tenho nenhum pai adotivo Lexie, eu fugi faz dois anos da minha casa.
E agora preciso resolver uns assuntos familiares, por isso não estarei aqui semana
que vem.

Lexie: Espera, então você mentiu? 

Eu: Sim, mas foi para o seu bem. 

Lexie: Desde quando mentir e para o bem de alguém? Sabe que eu odeio
mentiras Liz. 

Eu: Mentir é para o bem de alguém quando se trata da minha vida 

Lexie olhou para mim virou as costas e saiu andando, fui atrás dela mas acabei
me esbarrando com alguém. Era Collin. 

Collin: Ainda não aprendeu por onde anda? 

Eu: Sai fora, to sem tempo para as suas palhaçadas.

Ignorei o que saiu de sua boca e corri atrás da Lexie. 

Eu: Você não entende, Lexie.

Lexie:Eu não entendo o que? Que todos em volta de mim, todas as pessoas que
eu confio, mentem para mim? 
Eu: Caralho Lexie, é difícil esquece isso. 

Lexie: Não Liz, não vou esquecer estou cansada de ver todo mundo mentindo
para mim como se eu não fosse aguentar porra nenhuma.

Eu: Tabom, quer a verdade. Senta aí que lá vem bomba.

Meu sangue ferveu, ferveu por não aguentar ter que mentir e ferveu por tanta
ingratidão eu estava dando a minha vida para salvar a dela. Mas como seria
ingratidão sendo que ela nem sabia do que se tratava? Ela estava exausta de
mentiras e eu estou exausta de contar tanta mentira. De tantas teias de aranha que
vão me sufocando por cada mentira a mais que conto e as vezes até me perco no
meio delas. Antes eu a protegia por não saber de nada, agora sua vida já estava
em risco sabendo ou não tudo dependia de mim.

Lexie: A sociedade é um ecossistema frágil,né? Confunda as pessoas com as


mentiras certas e elas ficaram cegas para a loucura bem diante dos seus olhos.

Ela entrou no seu carro e fechou a porta, deve ter sido pela minha demora, dei a
volta pelo veículo correndo e me sentei no banco de passageiro. 

Eu: Essas cicatrizes- tirei a blusa- são sim de brigas de rua, mas as cicatrizes que
eu carrego dentro de mim são do meu passado. 

Contei a ela sobre meu estrupo, sobre ter que fugir para salvar minha vida e
contei sobre meu pai também. Lexie estava chorando, ao terminar de falar ela me
abraçou. Contei sobre minha última semana em Toronto explicando o porque não
podia fazer as provas. 

Lexie: Então não vamos perder tempo que essa vai ser a melhor semana da sua
vida. 

Lexie não chorou por dó de mim, ela chorou porque me entendeu. Foi muito
reconfortante poder me abrir com ela assim. 

❄️•Benjamin narrando •

Liz acabou contando tudo para Lexie, agora podia conversar com alguém sobre
isso sem nome sentir sufocado.Passamos o dia todo no shopping, fomos ao
cinema, foi bem contraditório em relação a minha rotina. Fomos até minha casa,
iríamos fazer churrasco e aproveitar a piscina somente nos três. 
As garotas subiram para colocar seus biquínis enquanto fui preparar a
churrasqueira. 

Mãe: Filho, não quero ver você se machucar. 

Eu: Relaxa minha veia, já acendi muitas churrasqueiras. 

Mãe: Estou falando da Elizabeth, eu gosto muito dela. Mas meu instinto de mãe
diz que é melhor você se afastar. 

Eu: Ela tem sim problemas mãe, mas eu estou disposto a enfrentar todos eles do
lado dela, ela é diferente das outras entende? 

Mãe: Entendo sim filho, quero que você seja muito feliz. 

Eu sorri para ela, não deu tempo para responder. Liz e Lexie apareceram. 

Lexie: Eita que churrasqueiro lerdo.-ela bateu palma- Vamo, vamo que to com
fome. 

Liz: Alguém quer cerveja?- ela apareceu com três na mão. 

Eu: Opa, opa a senhora não pode, esqueceu?- eu tomei a cerveja da sua mão. 

Liz: Ei!- ela tentou pegar.- Só essa vai! 

Eu: Quer ir para a reabilitação? -Ela mostrou o dedo do meio e revirou os olhos -
Só porque sou muito bonzinho viu. 

Entreguei uma cerveja na sua mão e ela sorriu debochada. Liz ligou a música e
começou a cantar e dançar com Lexie.

Emilly: Porque não vai dançar também? 

Eu: Estava esperando por você.

Peguei na cadeira de rodas dela e a levei para onde as meninas estavam, comecei
a girar a cadeira enquanto ela ria e mexia seus braços. Liz e Lexie também
dançaram com ela. Emily ria tanto, minha mãe também se juntou a bagunça. 

Emilly: Fazia tanto tempo que não me divertia assim. 

Mãe: Eu também. 
Eu sorri, fiquei feliz por elas. Deixei as quatro dançando e voltei para a
churrasqueira. 

❄️•Elizabeth narrando •❄️

Estava na piscina com Ben, Lexie já tinha ido embora e Margareth e Emilly
tinham acabado de sair da água. 

Ben: Montei um plano para te tirar dessa. 

Eu: Você sabe que tipo de plano nunca falha? 

Ben: O meu, sem falhas novata.-ele deu uma piscadinha.

Eu:Nenhum, sabe porquê?- ignorei o que ele tinha falado. 

Ben: Eu..- o interrompi. 

Eu: Se você faz um plano, a vida nunca funciona como você espera. 

Ele me olhou, se aproximou de mim e me beijou, dessa vez não foi delicado.
Envolvi minhas pernas em sua cintura, Ben encostou minhas costas na borda da
piscina. Sua mãos estavam em meu cabelo e costas, envolvi meus braços em seu
pescoço enquanto ele ia beijando o meu, Ben olhou para mim e sorriu encostei
minha cabeça em seu ombro e ficamos abraçadinhos. 

Ben:Eu podia ficar assim para sempre. 

Levantei a cabeça e olhei nos seus olhos sorrindo, ele me olhou e sorriu também.
Foi tão verdadeiro que seu olhar até brilhou. Eu o olhava e sorria que nem boba.
Ben deveria estar rindo da minha situação. 

Ben: Eu não ligo para o seu passado, só quero saber se há lugar para mim no seu
futuro?

Ele encostou seu nariz no meu ainda olhando nos meus olhos. 

Eu: Eu não posso prever o futuro, não tenho bola de cristal e não ser ler mãos.
Mas eu te garanto que sempre vou estar aqui.- beijei ele suavemente.- Te
amando, te cuidando, te querendo para sempre mesmo não estando juntos. 
Ben: Eu vou esperar você em todo lugar, mesmo sabendo que não vai voltar. Eu
te amo, Elizabeth! 

Algo dentro de mim explodiu, não foi borboletas no estômago que nem diz nos
livros, uma vontade enorme de chorar recaiu sobre mim, “Eu te amo, Elizabeth!” 
aquelas palavras, aqueles olhos azuis, ele. Fez eu perder totalmente o controle
sobre meu corpo e meus pensamentos. Fiquei com medo, medo de perdê-lo, coisa
que aconteceria. 

Ben: Você enfeitiçou meu corpo, minha alma. Eu a amo...eu a amo...eu a amo. 

Ele me olhou com os olhos piedosos, sua pupila estava dilata, Ben estava
esperando minha reação. Eu paralisei, paralisei por nunca ter sentido um
sentimento tão forte como aquele, nunca ser tanto desejada. Eu sorri, sorri sem
conseguir dizer nenhuma palavra, estava me sentindo patética comecei a rir, Ben
ficou sem entender. Eu o beijei, não foi delicado, foi um beijo quente, segurei seu
rosto com minhas mãos e o fiz me encarar . 

Eu: Eu te amo Benjamin Thompson, obrigada por fazer eu me sentir viva. 

Ele riu, e me abraçou. Seus braços me envolvendo fez com que eu me esquecesse
de todo o resto. Naquele momento era eu e Ben, nada mais!
Saímos da piscina despojos de um longo tempo se pegando e fomos cada um para
o seu quarto, tomei meu banho e coloquei meu pijama. Estava penteando o
cabelo quando Ben bate na porta. 

Eu: Pode entrar.

A porta se abriu, Amora veio correndo até mim. Passei a mão em seus pelos
sedosos, Thor logo apareceu tirando a atenção dela. 

Ben: Não vai dormir? Amanhã tem aula mocinha. 

Eu: Aa, tenho que secar o cabelo ainda, to morrendo de preguiça.- fiz uma careta
o fazendo rir. 

Ben: Senta aqui!- ele estendeu a cadeira. 

Eu: O que você vai fazer?- perguntei meio debochada. 

Ben: Secar seu cabelo, ué.- ele riu.- Sempre seco o da Emily e da Lexie.- ele
disse simples. 

Fui rindo toda boba até a cadeira e estendi a escova para ele, Ben ligou o secador
e foi secando certinho. Peguei meu celular e fui fotografando o momento. Após
terminar de secar, fomos até a cama e deitamos para dormir. 
Acordei com Ben passando a mão nos meus cabelos, abri os olhos e aquele
incrível par de olhos azuis me encaravam. 
Capítulo 56:
•Elizabeth narrando•

❄️

Ben: Você é linda até dormindo!- ele sorriu- Mas ronca muito. 

Ben riu e eu joguei o travesseiro nele envergonhada. Ele me beijou e se levantou


da cama indo para o banheiro. 
Esperei que ele fosse para o seu quarto para tomar banho e me arrumar para a
escola. Coloquei uma calça rasgada e um cropped simples, preferi deixar a arma
no guarda- roupa e desci as escadas para tomar café.

Emily: Bom dia cunhadinha. - ela disse rindo toda sem vergonha.

Eu: Estava nos espiando ontem, sua danadinha.- estreitei os olhos a fazendo
concordar com a cabeça e rir. 

Ben: Bom dia.- ele se sentou e se serviu. 

Emilly olhou para mim e começou a rir, entendi o motivo ao perceber que Ben
estava do meu lado, revirei os olhos e comecei a rir também.

Ben: Qual a graça? Quero rir também. 

Emily se retirou da mesa rindo e deixando a bomba só para mim. 

Eu: Ela viu a gente se beijando ontem. 

Ben riu também e continuou a tomar seu café. Ao terminarmos fomos para a
escola de carro. Gravei um vídeo nosso cantando, queria fotografar todos nossos
momentos juntos para não esquecer, já que essa seria nossa última semana juntos.
Encostei a cabeça no vidro do carro me lembrando que minha vida voltaria a ser
o que era antes.

Ben: O que foi? 

Eu: Estava lembrando que é minha última semana em Toronto. 

Ele não disse nada, apenas dirigiu olhando para frente. Seu maxilar estava
fechado e suas mãos estavam apertando o volante. Chegamos na escola, andamos
pelo corredor de mãos dadas até encontrar Lexie, ela estava conversando com
Penny que ao nos ver chegar saiu. 

Lexie:Isso é o que estou pensando?- ela disse se referindo a nossas mãos. 

Ben: É sim.- ele me olhou e sorriu. 

Demorou uma eternidade para aquela aula acabar, estava no estacionamento


quando Ben chega todo estressado. 

Eu: O que aconteceu? 

Ele não disse nada, apenas entrou no carro, fiz o mesmo, coloquei o cinto e fiquei
esperando que ele falasse. 

Ben: E aquele merda do Collin. Fica me enchendo. - ele bateu a mão no volante.
- Ele entrou na temporada de surf.- Ben abaixou o olhar. 

Coloquei uma mão em sua perna


Capítulo 57:
•Elizabeth narrando•

❄️

Coloquei uma mão em sua perna e esperei que nossos olhos se encontrassem. 

Eu: Como foi que você se machucou? 

Ben: Eu sou um idiota!- ele bufou e parou para pensar.- Estava em uma festa,
bêbado para variar quando Collin me desafiou pular do telhado para a piscina. Eu
pulei mas bati o ombro na quina da piscina me machucando, tive que fazer
cirurgia e não surfo mais desde então e fui desclassificado das finais porque
poderia piorar meu ombro.

Eu:  Não se cobre tanto assim, aquele dia na praia você surfou muito bem, se
quer mesmo acabar com Collin acabe com ele no campeonato de temporada. 

Ben: Faz meses que eu não treino, o campeonato é mês que vem já não tenho
nenhuma chance. 

Eu: Cala a boca, vai!- ele arreganhou os olhos.- Você tem potencial, eu vi! Chega
de papo furado vamos para a praia. 
Ben ligou o carro e fomos para casa, troquei de roupa enquanto ele colocava as
pranchas em cima do carro. O trajeto até a praia foi calmo, conversamos sobre
assuntos paralelos e alguns de seus campeonatos. Ben pegou uma prancha e me
entregou enquanto ele pegava a sua. 

Eu: So para constar, eu vou ficar boiando por que não sei surfar não e foco aqui é
você. 

Ele sorriu, deixamos nossas coisas no carro, ele escondeu a chave dentro da roda
e fomos para o mar. Passei onde as ondas quebravam e fiquei observando ele
pegar as ondas, era fascinante ficar vendo ele, sem camisa com o cabelo molhado
em cima de uma prancha. Mordi o lábio e continuei o observando, as vezes
gritava o incentivando, ele ria e pegava onda atrás de onda.

Ben ficou a tarde toda surfando, garanto que ele iria continuar se a maré não
tivesse baixando. Guardamos as pranchas, Ben me pegou no colo e foi me
levando para a água. 

Eu: Você foi demais, tenho certeza de que vai ganhar! 

Ben: Queria que você estivesse para assistir. 

Eu: Eu também!- sussurrei o abraçando e fechando os olhos desejando que


aquele momento nunca acabasse. 

Fomos para uma parte que não tinha muitas pessoas e ficamos agarradinhos se
pegando sem dizer nada.

A noite caiu, saímos do mar e paramos em um drive-tur.


Capítulo 58:
•Elizabeth narrando •

❄️

A noite caiu, saímos do mar e paramos em um drive-tur.Pedimos uma pizza,


pensei que iríamos comer em casa, mas Ben desviou o caminho e eu sabia muito
bem para onde estávamos indo mas tive que perguntar. 

Eu: Aonde vamos? 

Ben: Ao meu cantinho, ou melhor; ao nosso cantinho. 

Ele olhou para mim sorrindo e continuou a dirigir. Fechei os olhos sorrindo, eu
estava sendo refém de Ben, eu estava sendo refém de algo que me libertasse
daquele inferno de vida que eu tinha. Eu estava tão feliz, tão livre que me
belisquei para ver se não estava sonhando. 

Ao chegar no nosso cantinho, estendi a canga na grama, Ben pegou a pizza e


sentamos lado a lado para comer. 

Eu: Essa vista continua incrível. 

Ben: Muito. 

Ele continuou comendo... Ao terminarmos Ben me abraçou. 

Ben: Podemos fugir, continuar fugindo igual você estava fazendo. 

Eu: E mesmo fugindo me encontraram. - puxei sua cabeça o obrigando a me


olhar.- Quero aproveitar esses três últimos dias sem pensar nisso. - sorri
aproximando nossos rostos.

O beijei verozmente, deitei seu corpo ficando por cima. Ben me acompanhava
nos movimentos, passava minha mão em seu peitoral, procurando o fim de sua
camiseta, tirei a camiseta com sua ajuda e continuamos o beijo. Fui descendo
uma trilha de beijos do seu pescoço até seu abdominal enquanto ele passava suas
mãos em meus seios. Em um movimento rápido ele tirou minha regata, sorri ao
olhar em seus olhos. 

Ben: Tem certeza disso? 

Eu: Nunca tive tanta certeza. 

❌❌🔞❌❌

Voltei a beija-lo, tirei sua bermuda o deixando apenas de sunga. O beijei com
desejo, desejo de te-lo dentro de mim, tracei um caminho de beijos e chupões da
sua boca até o cós de sua sunga, sua pele estava salgada da água do mar,
gostozinho. Ri ao ver a expressão do seu rosto, voltei a trilha de beijos até chegar
na sua boca novamente, comecei a rebolar e morder o lábio o provocando, Ben
segurou meu pescoço puxando meu rosto para o seu e me beijando. Ele virou
nossos corpos ficando por cima, tirou meu shorts junto com o biquíni e
desamarrou a parte de cima. 

Eu estava nua, ele parou para olhar meu corpo parecia estar memorizando cada
curva, cada detalhe.
Capítulo 59: 
•Elizabeth narrando •

❄️

❌❌🔞❌❌

Eu estava nua, ele parou para olhar meu corpo parecia estar memorizando cada
curva, cada detalhe. Ele passou a mão em uma de minhas cicatrizes e a beijou,
Ben foi traçando um caminho de beijos no meu corpo.

Ele chegou ate meus seios e começou a massagear um e outro ele lambia o bico
do outro, Ben me olhava a cada segundo vendo minhas reações que imploravam
por ele. 

Ben: Hoje eu vou te ensinar a brincar! 

Em um terço de segundo seus lábios invadiram meu seio e seus dedos penetraram
na minha intimidade procurando pelo clitóris. Arfei para trás e soltei um gemido
fraco. 

Eu: Isso não é brincar é torturar!- eu disse soltando todo o ar que  eu nem sabia
que estava segurando.

Ben colocou o outro dedo aumentando a intensidade e começou a chupar meu


seio. Me arrepiei todinha. Fechei os olhos e coloquei a cabeça para trás. 

Eu: Aaa Ben... -Escutei sua risada. Ele então tirou seus dedos de dentro da minha
intimidade. Ele riu novamente e voltou a me beijar.

Nossos corpos começaram a demonstrar o que estávamos sentindo. O suor


começou a aparecer, eu ja nao tinha o controle do meu corpo. Ben não tirava os
olhos dos meus, ele foi descendo seus beijos até minha intimidade. Pressionei
mais a cabeça de Ben contra minha intimidade, cara, aquilo tava bom de mais. 
Eu começei  a me contorcer enquanto Ben continuou brincando com meu clitóris.

Fiquei por cima o jogando para trás e fui devagar em sua direção. Joguei meu
cabelo para o lado direito e passei o lábio na boca de Ben o provocando. Fui
deixando uma carreira de beijos  até chegar no seu pescoço. Comecei  a dar
chupões, com certeza ficaria os roxos. Enquanto eu chupava seu pescoço Ben
apertava minha bunda com força, tendo a certeza que ficaria as marcas. Voltei
meus beijos até sua boca, sentei no seu colo rebolando lentamente. Seu membro
estava duro. Ben parecia se contorcer. 

Eu: Ainda não amor!- eu disse, ele iria saber como se tortura. 

Passei meus lábios pela sua boca novamente roçando.  Mas dessa vez Ben me
beijou. Em um movimento inesperado eu tirei suas mãos do meu corpo e beijei
seu abdômen deixando leves chupões e descendo até seu membro e tirei sua
sunga fazendo seu  membro pular. Fui beijando sua virilia até chegar nas suas
bolas.

Ben : Você nao vai fazer isso? - ele perguntou e então eu passei a unha em seu
abdômen o fazendo arrepiar todinho e passei a língua lentamente na cabecinha do
seu membro. Levantei meu corpo rindo e o olhei. - Por que parou? - ele levantou
a cabeça na minha direção . 

Eu: Porque vou fazer isso!- começei  a masturbar seu pênis devagar,l.

Ben: Mais forte, caralho!- ele disse entre dentes, mordendo o lábio inferior. 

Eu: Para que tanta pressa?- eu ri sarcástica. 

Atendi seu pedido e me agachei mais para lamber seu membro de fora a fora.
Passei minha língua na cabecinha da seu membro sem deixar de masturbar, Ben
segurou meu cabelo e o puxou em resposta. Levantei meu olhar até ele e o
mesmo gemia. Eu ri e voltei a passar a língua bem na pontinha do seu membro. 
Ben estava totalmente nas minhas mãos e eu adorava isso.Seu membro pulsou,
então eu parei. Ben me entregou uma camisinha que pegou na sua carteira. 

Eu: Pele a pele é melhor meu amorzinho! - sorri e o beijei. 

As mãos bobas de Ben estavam percorrendo pôr todo meu corpo.Paramos o beijo
e então eu sai de cima dele e encarei seu membro. Ben segurou e eu me
posicionei para sentar. Fui lentamente para me acostumar com o tamanho. Ao
chegar no fim eu gemi. Nos encaramos, Ben segurou minha nuca e então nos
beijamos.

Começei a rebolar, em pouco tempo já estávamos acostumados, então ele voltou


a passar sua mão boba pôr todo meu corpo. 
Nossos corpos estavam suados , mas nenhum de nós apresentava cansaço . Tudo
que queríamos estava ali, no meio de gemidos, puxões e beijos.  Ben jogou a
cabeça para trás,  segurei em seu abdômen e começei a quicar mais rápido o
fazendo gemer. Nossas vozes se misturavam em meio aos gemidos e respiração
ofegantes.
Parei o que estava fazendo e olhei para Ben , ele pareceu entender o recado e
ficou por cima. Penetrando seu membro na minha intimidade de uma vez. Gemi
alto e tentei me segurar na canga. Ben começou com os movimentos de vai e
vem. Levantei a cabeça para o lado e então Ben segurou meu cabelo fazendo
minha cabeça ir para trás.

Ben deitou-se ao meu lado e eu deitei minha cabeça no seu peitoral, nossos
corpos estavam suados. Ele começou a passar as mãos no meu cabelo, olhei para
ele e sorri. 
Estava tudo perfeito, nosso cantinho agora seria eterno, estávamos deitados na
canga, as luzes da cidade eram lindas. 

Ben: Vamos para casa?

Eu acenti, nos levantamos e colocamos nossas roupas, Ben dirigiu tranquilamente


até chegar em casa. Tentamos não fazer nenhum barulho. 

Eu: Vem tomar banho comigo.- o puxei para o meu quarto, ele riu e me beijou
tirando minha roupa, e eu fiz o mesmo com ele (...) Acabamos fazendo o segundo
round.

Abri os olhos, Ben ainda estava dormindo. Peguei meu celular e tirei uma foto
sua. Queria guardar todos nossos momentos, não me cansaria dessas lembranças
nunca. Recebi uma mensagem anônima. 

“ Suas férias chegaram ao fim, me encontre hoje sem gracinhas.” 

Embaixo da mensagem tinha o endereço e o horário. O encontro seria de tarde.


Respirei fundo e comecei a olhar Ben novamente, passei a mão nos seus cabelos,
ele abriu os olhos e sorriu. O abracei o apertando.

Eu: Me doi tanto ter que deixá-lo. 

Ben: Falta dois dias ainda, hoje quero passar o dia todo aqui com você. 

Abri o celular e entreguei mostrando a mensagem, uma escuridão enalteceu em


seus olhos. 

Ben: Você me ama? 

Eu: Sim.

Ben: Quando você ama alguém... você faz da certo! Não joga tudo no lixo.- ele
se afastou sentando.- Eu vou enfrentar tudo isso ao seu lado. 

Eu: E porque compraria uma briga que nem é sua? 

Ben: Porque eu amo você, você foi a pessoal mais especial na minha vida. Você
é o tipo de pessoa que me anima quando eu estou para baixo e eu te agradeço
tanto por isso.- ele passou a mão em seus cabelos pensando.- Eu compro essa
briga por você, Elizabeth! 

Eu: Isso é uma pena. O amor não é suficiente! O amor talvez mova montanhas,
mas ele não é suficiente para salvar a pessoa que você ama!
Doeu, doeu muito dizer aquelas palavras, estava transparente nos olhos de Ben,
nos traços do seu rosto sua reprovação da minha atitude. 

Ben: Eu te dei meu coração. E é só isso que eu posso te dar.- ele se levantou da
cama- E se isso não basta para você, eu não basto para você! 

Ele saiu do quarto, Amora e Thor o seguiram. Eu não sabia onde enfiar a cara,
meu coração se partiu. As lágrimas começaram a cair sobre meu rosto, comecei a
arrumar minhas coisas. Tomei um banho e peguei minha arma para aproveitar
minhas últimas horas de liberdade. 

A minha vida é repleta de ciclos, e muito deles se findam. Eu preciso aceitar que
já não faço parte da vida de muita gente, e que elas também não fazem parte da
minha. E eu não preciso me culpar por isso. Juntei minha forças, peguei minha
mochila com algumas roupas. Peguei um papel e escrevi um bilhete para Ben e
outro para Lexie. Deixei em cima da cama com o controle segurando caso bata
algum vento. 

Eu: Amoraa!- a chamei ao sair do quarto.-  Vem cá menina! 

Ela saiu do quarto de Ben deixando a porta entreaberta, pude ver Ben desviar os
olhos. 

Eu: Eu te amo viu menina, você vai ter uma vida ótima aqui! Se comporta. -A
abracei, conforme eu me a soltei ela começou a latir.- Fica aí! 

Eu mandei, Amora não saiu do lugar, ela latia desesperada. As lágrimas voltaram
a sair, as limpei e desci as escadas sem nem olhar para trás. 

❄️
•Benjamin narrando •

Sai do quarto, Amora e Thor vinheram atrás de mim. Não conseguia descrever o
que estava sentindo. Era raiva misturado com mágoa. Foi naquela primeira
esbarrada, aquele jeitinho de marrenta que me chamou atenção. Aqueles olhos
verdes são os mais bonitos e os que mais choraram. Aquele sorriso era o mais
bonito e o que mais escondia segredo. 

Liz estava morrendo por dentro, e eu não tinha percebido em meio aos seus
sorrisos e risadas que pediam por socorro. Cada conversa, cada assunto aleatório
eu me sentia seguro de me abrir com ela. Ela é uma pessoa boa que não perdeu
sua essência, apesar das suas cicatrizes. Escutei sua voz, me arrepiei, Amora saiu
pelo quarto dando visão de Liz. Ela estava com uma mochila nas costas, nossos
olhos se encontraram, desviei o olhar e sai indo para a sacada. 

Não demorou muito para Amora começar a latir, olhei pela sacada e vi Liz na
calçada, ela olhou para a sacada me encarou por um tempo com uma naturalidade
enorme em seu rosto, seu rosto não dizia nada. Ela virou as costa e continuou
andando, fechei o punho. Devia ir atrás dela? Não, não, não! Eu ofereci ajuda foi
ela quem não aceitou. E foi aí que eu me vi perdendo o meu grande amor. Fiquei
a olhando enquanto sumia virando o quarteirão. 
Passei a mão no cabelo e entrei para dentro, comecei a me arrumar para ir à
escola. Sei que vou recordar mesmo quando o tempo acabar que só foi preciso
um instante para ser amado...uma vida inteira.

Sai de casa sem tomar café e fui direito para a escola, tive que entrar na segunda
graças ao meu atraso. 

Lexie: Bom dia!- ela me abraçou por trás pulando nas minhas costas. - O que foi?
Cadê a Liz? 

Ela olhou nos meus olhos e eu comecei a rir, totalmente debochado. 

Eu: Ela foi embora!

Lexie:Mas não era só na sexta? 

Peguei meu material e sai da sala, minha cabeça estava explodindo, todos os
lugares que eu ia Liz estava presente na minha mente. Liguei o carro e comecei a
dirigir sem rumo, meu celular começou a vibrar, olhei e era Lexie mandando
mensagem. 

“Ela nunca te enganou. Você sempre soube exatamente quem ela era e a amava
mesmo assim!”

Acelerei o carro, passando por todos os faróis vermelhos, algumas lágrimas


começaram a escorrer no meu rosto. As limpei e acelerei o carro ainda mais.
Liguei a música e esperei por sua voz cantando,bati a mão no volante acelerando
mais e mais. Eu tinha medo de amar, medo de cair, medo de me entregar, eu só
não tinha medo de sofrer por amor. Não me arrependo de ter me entregado, de ter
me apaixonado tão rápido por uma pessoal tão especial. Fui feliz em cada
momento, cada segundo ao lado dela. Nunca soube qunto tempo duraria o que
houve conosco, mas toda vez que acontecia de novo algo em mim desejava que
não acabasse. O nosso silêncio era diferente, era especial, quando não havia mais
o que dizer, conversávamos com abraços, cafunés, beijinhos no canto da boca e
toda linguagem desse idioma era só nosso. Agora tudo que me resta é esse
silêncio e esse vazio dentro de mim, me sentindo inútil.
❄️

•Elizabeth narrando •

Eu estava dentro de um avião, ou melhor o jatinho particular da minha mãe.


Estava sentada na janela vendo Toronto ficar para trás. Cada vez a cidade ficava
mais e mais longe, ficando para trás todas as pessoas que um dia me fizeram
felizes. Eu olhei para minha mãe e sorri, eu sei o quanto é importante na vida,
não necessariamente ser forte, mas se sentir forte. Demorou algum tempo, mas eu
finalmente percebi que quando uma pessoa gosta de você, você sabe, eu soube.
Eu senti e sabia que não precisava me diminuir nem mover o mundo para caber
na vida de Ben. Ele tinha reservado um espaço exclusivamente para mim, sem eu
ter pedido ou implorado. E como sempre, eu fui capaz de fazer uma cagada
enorme. É tão difícil estar destroçada, ter que juntar todos o pedaços e ter que me
reencontrar novamente. O fundo do poço me ensinou lições que o topo da
montanha nunca conseguiria ensinar, não importa o quanto esteja doendo, eu vou
agir como se estivesse inteira! Não posso demonstrar fraqueza nesse ninho de
cobras que vou entrar agora, uma lágrima caiu, a limpei rapidamente e tirei a
atenção da janela me voltando para minha mãe. 

Eu: Para onde vamos? 

Pilar: Você vai se encontrar com Jacob amanhã. 

Eu: E no que, necessariamente eu vou ter que te ajudar?

Pilar: Jacob descobriu que você estava viva, você vai ser a moeda de troca.
Damos você a ele e nossa dívida vai ser zerada. 

Eu: Eu sempre fui uma moeda de troca para você né?- ri sarcástica e voltei a
atenção para a janela ignorando sua resposta.

Eu senti, senti penetrar na minha alma uma tristeza infinita, como se para
mim,tudo tivesse morrido. Todos temos problemas,né? Qual é o meu problema?
Eu sempre aparento estar feliz, talvez meu problema seja não me ver ao meio da
sociedade, parece que não mereço ser feliz, sou como uma fantasma, não consigo
me ver mais no meio dos meus amigos, me sentir sozinha é horrível, meu corpo
tá ali mas por dentro só tem um vazio, é difícil sonhar em um futuro que nem
sempre vai estar do jeito que quero , é difícil acreditar que eu sempre consigo
tomar as decisões erradas, acordar e enfrentar de frente todos os meus desafios e
mesmo assim ficar sozinha, eu vejo meu erro e assim poderia ter feito de outro
jeito e fico me culpando me sentindo uma inútil. Suspirei fundo e fechei os olhos,
o meu cansaço psicológico consegue ser extremamente pior que o cansaço físico
pois não  há nada capaz de aliviar a tensão da minha mente turbulenta. Acabei
pegando no sono, acordei com o garçom me chamando. 
Pilar: Vamos logo garota, o carro esta esperando. 

Me levantei peguei minha mochila e segui o caminho até ela, ao descer do


jatinho um homem de terno nos esperava na frente do carro, ele estava com uma
tapa olho, estava meio distante. Minha mãe foi na frente e beijou o cara, me
aproximei e ele olhou rindo para mim. Eu travei, fiquei totalmente sem reação,
era meu pai. Ele me encarava com um sorriso no canto do rosto, ele estava
igualzinho a dois anos atrás mas metade do seu rosto estava queimada. Passei o
encarando sem dizer nenhuma palavra e entrei no carro. 

Ainda não conseguia acreditar que meu pai estava vivo, todos esse anos me
culpando por sem um monstro sentindo um vazio dentro de mim por ter tirado a
vida de alguém de um modo tão cruel, mesmo sendo um psicopata estrupador.
Encostei a cabeça no vidro do carro e reconheci o caminho para onde estávamos
indo, minha antiga casa. Estava tudo igual, não parecia ter sido explodida nem
um pouco. 

Pai: Bem vinda filhinha!- ele parou o carro.- Deixamos exatamente igual de
quando você ainda morava conosco. 

Desci do carro meio apreensiva, eu podia ter caído em uma armadilha, suspirei e
o encarei, ele ainda estava com aquele sorriso no canto da boca. Que vontade
enorme de arrancá-lo com um soco no meio da sua cara. Revirei os olhos e
entrei, ao abrir a porta vi que realmente estava tudo igual. Subi as escadas do
meu quarto, estava com a cama arrumada, todas minhas roupas organizadas no
guarda roupa, tudo exatamente como deixei. 

Eu: A maldita casa de bonecas!- era isso que significava para eles. Bando de
psicopatas!

Deitei na cama e comecei a refletir, na verdade foi meio que uma retrospectiva da
minha vida. Minha vida inteira soube da corrupção que tinha na família, meu pai
era o prefeito de Londres por três eleições consecutivas, de dia ele ajudava a
cidade e se fazia de bonzinho, chegava a noite homens iam na nossa casa e
acontecia negociações de drogas e armas sendo assim, temido pela maioria dos
chefes de quartéis, ele era o “chefão”.Ele foi ensinando Anie e eu como mover o
negócio, nós éramos tipo seu braço direito por incrível que pareça, ele contava
histórias sobre seus roubos e assim, nos ensinava.Cada roubo que ele fazia, cada
pessoa que ele matava fazia parte de uma história diferente, com o passar dos
anos ele acabou perdendo o cargo de prefeito e começou a beber de noite
chegando bebado em casa, minha mãe começou a assumir os negócios obscuros,
nessa transição Anie morreu e eu acabei ficando de lado, as histórias acabaram e
minha mãe como sempre só tinha olhos para o trabalho. Nessa época encontrei
Jacob, ele acabou sendo meu namorado. 
Jacob era filho do maior inimigo do meu pai, nosso relacionamento no começo
foi bem perigoso. Nossos pais não aceitavam, o pai do Jacob foi preso e morreu
na prisão, tendo que assim assumir o comando dos negócios cedo de mais. Tudo
aconteceu de uma vez só, terminamos nosso relacionamento de três anos e acabei
sendo estrupada. Tudo me levou até onde estou hoje, 5,700km longe de Toronto,
uma vida que eu amei e vici como se nunca tivesse acontecido nada de ruim
comigo me sentindo uma pessoa normal.

Abri meu celular e comecei a passar as fotos, todos os momentos que tive com
Ben, fotos da Amora, Lexie. Sorri, estava agradecida por ter a oportunidade de
ter sido feliz, mesmo por tanto pouco tempo. 

Em todos esses anos, eu nunca desisti e também não vai ser agora! Eu sou forte,
sei disso. E eu vou lutar!

Acabei dormindo muito mal a noite, estava tão apreensiva por estar nesse ninho
de cobra que não consegui dormi. Juntei minhas coisas e sai do meu quarto, hoje
seria a “troca”. Não tinha comido nada ontem a noite, e estava sem fome para
comer de manhã. 

Pilar: Sinceramente, pensei que iria fugir de novo. 

Eu: Eu tenho palavra, eu disse que viria, agora basta você cumprir a sua e deixar
meus amigos em paz. 

Pilar: Garota, garota meça suas palavras para falar comigo. 

Revirei os olhos e totalmente sinica. 

Eu: Cadê ele?- ela sabia muito bem de quem eu falava. 

Pilar: Teve que sair para resolver uns negócios.- a campainha tocou.- A entrega
chegou. 

Ela piscou para mim e saiu para abrir a porta, era Jacob. Me dirigi até a porta
com a minha mochila nas costas, não era Jacob que me esperava era um homem,
supôs que trabalhava para ele. 

Xxx: Jacob não pode vir buscá-la, terá que me acompanhar senhorita. 

Pilar: Nossa dívida esta paga? 

Eu senti vergonha por ela, vergonha de estar vendendo a filha em troca de armas
e drogas. O homem não disse nada, entrei no carro e saímos. 
Xxx: Sinto muito por isso, senhorita!- ele colocou um pano no meu nariz fazendo
com que eu desmaiasse. 



Abri os olhos, minha vista estava meio embaçada, pisquei algumas vezes e
encarei o lugar que estava. Era um quarto, muito bonito por sinal, fui até a janela
e percebi que se tratava de uma mansão, havia homens armados por todos os
lugares. Abri a porta do quarto e me deparei com dois homens armados um em
cada lado da porta. Pensei que iriam me barrar e forçar a voltar para o quarto,
mas um deles mandou uma mensagem pelo rádio e me deixaram sair. 

O lugar era totalmente iluminado com lustres e decorado com muitos quadros, a
textura de tudo parecia ser muito caro. 

Jacob: Oi minha princesa!- sua voz trouxe um calafrio. -Quanto tempo.

Jacob foi se aproximando de mim, eu o encarava, ele estava de terno. Continuava


lindo e agora muito charmoso, senti seu perfume, era o mesmo de três anos atrás.
Ele parou a centímetros de mim. 

Jacob: Você sabe que eu sou capaz de perdoar àqueles que me decepcionaram.- 
ele passou a mão no meu ombro a descendo até minha mão e a beijando.- Assim
que reconhecerem o que fizeram e sofrerem por isso.- ele beijou minha bochecha
e riu sínico.

Eu: Querendo me intimidar?- eu ri irônica- Vai precisar mais do que palavras


para isso.- Falei perto da sua boca o provocando. 
Jacob: É incrível como o tempo passa e você continua sendo mais marrenta. 

Eu: Por que me trouxe aqui? Por que eu? 

Dois capangas chegaram segurando um homem todo ensanguentado, ele tinha


hematomas por todas as partes do corpo, havia um corte na sua barriga dando
total visão das suas tripas. Eu estava acostumada com pessoas sendo torturadas,
mas meu corpo estava fraco. Senti uma tontura, minhas pernas estavam fracas e
tremendo, estava prestes a cair quando Jacob me segurou.  
Os homens passaram, Jacob me pegou levando para o sofá. 

Jacob: Desacostumou foi?- ele riu. 


Eu: Estou quase um dia sem comer, meu corpo tá meio fraco e ainda me
drogaram para vir para cá.

Ele segurou minha mão e puxou meu corpo do sofá fazendo com que eu me
levantasse, Jacob me levou até a cozinha e começou a preparar alguma coisa para
eu comer. 

Jacob: Você mal chegou e já está me dando trabalho. 

Eu: Eu vou te ajudar. 

Jacob: Ajudar? Você que tá quase morrendo aí. 

Eu: Um império maior, mais poder, mais grana. 

Jacob: Onde quer chegar? 

Eu: Vamos fazer um trato, acho um jeito de me livrar dos meus pais e todo o
império deles vai para você. - ele riu e entregou a omelete que tinha feito.

Jacob: Para você voltar para seu príncipe encantado? Sem chance. 

Jacob saiu da cozinha me deixando sozinha, ele estava com meu celular, minha
arma, minhas coisas. Comecei a comer e na minha cabeça só martelava um jeito
de sair de tudo aquilo. Terminei de comer e pedi informação a um dos homens
que estava de plantão, perguntei onde Jacob estava e me levaram até seu
escritório. Abri a porta e o encontrei transando com uma garota. 

Jacob: Sai fora daqui, estou ocupado. 

Eu: Não, preciso falar com você.- cruzei os braços e me encostei na parede. 

Jacob pegou a arma e apontou para mim, enquanto a menina pulava e se


esfregava nele de um jeito estranho. 

Eu: Atira uai, vai estar fazendo um grande favor. - ri ao ver sua cara, ele sabia
que eu não iria sair. 

Jacob: Sai fora!- ele disse para a garota, ela olhou meio sem entender e continuou
os movimentos, Jacob a tirou de cima dele e se levantou da cadeira se vestindo.-
AGORA!

A garota pegou suas roupas e saiu pelada, seu olhar de ódio para mim estava
translúcido em seu rosto. 
Jacob: Fala logo o que quer. 

Eu: Eu quero ajuda, sua ajuda. 

Jacob: Você me abandonou, sabia que eu até morreria por você. Sabia que eu
faria de tudo por uma vingança naquela época. E agora vem pedir ajuda? Porra
Elizabeth vai se fuder!- ele bateu na mesa.- Eu vou tornar sua vida um inferno!
Você vai trabalhar para mim fazendo toda a porra da sujeira que tem nessa vida.
E não ouse me pedir ajuda de novo.

Eu: E o que eu vou ter que fazer? 

Sabia que ele estava estressado, quando o conhecia sabia do que ele era capaz de
fazer quando perdia a cabeça e hoje já não o conheço mais. Preciso conseguir a
confiança dele novamente mas enquanto isso teria que conseguir um modo de
acabar com meus pais sozinha. Fui até a cadeira e me sentei, esperando ele passar
a tal missão. Jacob me entregou uma pasta, 

Jacob: Esse cara é um drogado que anda atrapalhando meus negócios. Acabe
com ele. 

Olhei para ele meio que o desafiando e esperando uma resposta, na qual ele sabia
bem do que se tratava. 

Jacob: Não vou te ajudar Elizabeth! Desista, fiz um acordo com seu pai, agora
não tenho mais nada com ele que me interessa. 

Eu: Cadê minhas coisas? 

Ele jogou a mochila em cima da mesa e esperou eu sair, fui até meu quarto e me
preparei para executar a missão, quanto mais tempo eu perdesse pior seria para
mim.

Me armei dos pés a cabeça, peguei meu celular e guardei no bolso da calça.
Jacob bateu na porta; 

Jacob: Nem pense em fugir meu anjo. 

Jacob piscou e jogou uma chave para mim, o segui indo até a garagem. A chave
era de uma moto, coloquei o capacete e a liguei, ele esperou eu sair para entrar.
Fui até o endereço que tinha nos documentos do tal drogado. Ele estava dando
uma festa, teria que executa-lo em público mesmo, estava sem paciência de
esperar acabar.
Não gostava daquilo, ter que matar uma pessoa só por matar, ter que tirar a vida
de alguém só porque uma pessoa mandou. Eu odiava aquilo, e em todas as
histórias do meu pai ele mandava pessoas para matar por ele. 

Encontrei o homem das fotos, ele estava em uma roda de amigos com uma
bebida na mão. Queria executar a missão logo e tentar pegar algumas provas para
acabar com meu pais. Não esperei que ele saísse dali, peguei minha arma e atirei,
só precisei de um tiro para matá-lo. As pessoas saíram correndo, guardei a arma e
sai o mais rápido que pude. 

Tentei procurar algum rastro do antigo prefeito da cidade, mas nada. O único
lugar que encontraria alguma coisa séria naquela fortaleza, mas sozinha eu só
entraria. Voltei para a mansão de Jacob, subi direito para seu escritório, abri a
porta e joguei a arma em cima da mesa. 

Eu: Seu cara está morto.

Apoiei os braços na mesa e esperei ele dizer algo. Jacob se levantou e veio até
mim sem dizer uma palavra, me afastei do seu corpo que era três vezes maior do
que o meu, Jacob segurou meu pescoço me levando para trás e me levantando,
estava perdendo o ar, segurei em sua mão para que ele me soltasse. 

Jacob: Você ficou maluca? Matou o cara na frente de um monte de gente e ainda
com o rosto nu? 

Envolvi minhas pernas na sua cintura, o que fez ele parar de me sufocar,
percebendo que não estava mais me machucando ele me soltou, sai do seu colo e
me recompus. 

Eu: Eu fiz o que me mandou fazer!- enfrentei ele aproximando nossos rostos.

Jacob: Você está se colocando em maus lençóis Elizabeth. 

Eu: Eu? Sai fora Jacob. Você me manda matar para você e eu me coloco em
situação ruim. Que bosta você quer caralho? Me mata logo.- o empurrei, seus
ombros foram para trás mas ele não saiu do lugar.

Jacob: Sai daqui antes que eu perca a cabeça com você. 

O encarei tentando decifrar a expressão do seu rosto, Jacob deu espaço para eu
passar e sai do seu escritório. Eu não seria seu ratinho de laboratório mas teria
que ganhar sua confiança para sair dali e conquistar minha liberdade novamente.

Não fui para meu quarto, precisava arrumar um jeito de conseguir informações
do que realmente Jacob estava envolvido, mas não tinha nada e nem ninguém que
pudesse me ajudar. Peguei um notebook que estava jogado pela sala e o abri. Fui
direto nos arquivos, encontrei várias pastas com nomes distintos de pessoas, fui
abrindo cada uma e tinha foto de assédio sexual, troca de mercadorias ilegais,
conversas, mensagens, todos aqueles arquivos se tratavam de provas. 

Jacob: Que porra você está fazendo? -Ele tomou o notebook das minhas mãos e o
fechou.

Eu: Eu...-fui interrompida.

Xxx: Eae Jay.- Um moreno abriu a porta e foi até ele o cumprimentando com um
aperto de mãos junto com abraço.

Jacob: Eae cara, deu tudo certo? 

Xx2: Óbvio! O que seria de vocês sem mim?- uma garota entrou, deixou a arma
na mesa e foi cumprimentar Jacob. 

Xxx: Essa é Elizabeth? 

Jacob: Sim, mal chegou e já está dando um puta de um trabalho aqui. 

Xxx: Dylan, é um prazer.- ele estendeu a mão para mim e nos cumprimentamos. 

Xxx1: Catherine.- ela só balançou a cabeça, parecia não ser muito sociável.

Jacob: Vocês dois ja estão prontos para hoje à noite? 

Catherine: Mal posso esperar para ver a cara deles. 

Dylan: Todo equipamento está pronto, os carros também, só esperar o


carregamento cruzar a fronteira. 

Jacob: Beleza, fiquem espertos está programado para passar pela fronteira uma
da manhã. 

Eu: Vou participar também. - falei atraindo os olhares de todos, Jacob me olhou e
sorriu no canto da boca. 

Jacob: Não!- foi curto e grosso.- Você fica! Já trouxe problema de mais hoje. 

Dylan: Não seria ruim ela ir, principalmente agora que estamos sem o pessoal. 

Catherine: Cala a boca Dylan, ela nem sabe dirigir. Vai só trazer problemas. 
Eu: Não falem de mim como se não estivesse aqui! Eu disse que vou, e não pedi
sua permissão!- olhei para Jacob e sai andando para o quarto.Entrei no quarto e
fechei a porta, não demorou segundos para ela se abrir novamente, era Jacob. 

Jacob: Perdeu a noção? - o encarei- Ficou louca de falar comigo daquele jeito na
frente da equipe? 

Ele se aproximou violentamente para perto de mim. 

Eu: Não! Eu não fiquei louca. Que caralhos você quer que eu faça? Fique sentada
aqui a noite inteira enquanto vocês roubam um carregamento? Eu vou! 

Jacob: PORRA ELIZABETH! 

Ele gritou e passou a mão nos cabelos para tentar se acalmar, acabou não dando
certo, Jacob deu um soco na parede atrás de mim. Ele me encarou e me beijou,
seus lábios nos meus faziam tanto tempo, não pensei e continuei o beijo. Não
conseguia entender o que se passava pela sua cabeça, ele sempre foi surtado mas
nesses anos para frente ele está um surtado descontrolado. Parei o beijo ofegante
e o encarei.

Jacob: Você fode meu psicológico garota! Que saudade que eu tava dessa
boquinha. 

Ele riu e voltou a me beijar, era bom, me sentir amada novamente mas não tanto
como me sentia com Ben. Todo aquele vazio diminuiu acendendo uma chama
dentro de mim, eu sabia que seria errado usar ele para esquecer o outro. Mas já
não importava porra nenhuma, eu queria senti-lo dentro de mim, queria tirar
todos meus pensamentos obscuros da cabeça, arrastei nossos corpos até a cama e
comecei a tirar sua roupa, eu queria ele, queria matar a saudade. 



Jacob: Você não vai hoje! - ele disse ao se levantar da cama se vestindo. 

Eu: Vou sim! Você que lute.- eu ri e comecei a me vestir também- Podemos  ir
de moto, fica mais fácil para despistar, eu dirigo a moto depois você o caminhão. 

Jacob: Que teimosia inferno!- ele bufou. 

Eu revirei os olhos, peguei minha arma a colocando na cintura e ri saindo do


quarto. Jacob reuniu a equipe no seu escritório, sentei em uma cadeira, Dylan na
outra enquanto Catherine deitou no sofá. 
Dylan: O caminhão não vai ser escoltado, mas o motorista vai estar armado. Vai
ter que tomar muito cuidado Jay. 

Catherine: Teremos 5km sem companhia, depois da fronteira vai ter uns
capangas para escoltar o caminhão, teremos que ser rápidos e trocar as cabines
antes que percebam. 

Eu: Pra que trocar as cabines? Mete bala naqueles fodidos. - todos riram. 

Jacob: Estaremos em desvantagem, trocando as cabines passaremos


despercebidos e o carregamento será nosso. Deixaremos no depósito e voltamos
pela rodovia sem deixar pistas, drogamos o motorista e tudo seria um erro dele. 

Dylan: Irei na frente para deixar a outra cabine. 

Catherine: Vou de carro e assim seguro o caminhão, dando passagem pra você
subir.

Eu tinha entendido o plano, agora espero que não ocorra nenhum imprevisto,
treinei portaria com Dylan o resto da tarde. Tomei um banho e coloquei uma
roupa preta de couro me armando com três pistolas, uma nas costas e duas na
cintura,estava sentada na sala esperando dar a hora junto com os outros. 

Jacob: Vamos, chegou a hora rapaziada. Boa sorte a todos e não ousem errar! 

Cada um saiu para um lado, Catherine foi de carro com Dylan e o deixaria para
pegar a outra cabine do caminhão. Jacob ficou comigo na moto, fui dirigindo. 

Jacob: Não faça cagada!- ele pegou uma arma e colocou na sua cintura. 

Eu: Sabe que nunca faço. - pisquei para ele pelo retrovisor e acelerei a moto. 

Catherine já tinha deixado Dylan, paramos na beira da estrada para esperar o


carregamento, não demorou para ele aparecer, Catherine acelerou o carro indo na
frente o fechando, era uma pista dupla o que dificultava para o caminhão passar,
porém a pista estava vazia. 

Jacob: CHEGA MAIS PERTO!

Ele gritou e assim eu fiz, o caminhoneiro começou a atirar para trás, Jacob pulou
e ficando pendurado, acelerei e comecei a atirar também fazendo com que ele
morasse em mim. Jacob conseguiu subir no caminhão e já andava em cima.
Catherine foi diminuindo a velocidade. 

Catherine: Faltam 2,5km para chegar o apoio, agiliza Jay.- ela disse pela escuta
que todos usavam. 
Jacob: Não e você que tá em cima desse caminhão com esse filha da puta
atirando né. 

Eu: Deixa comigo!

Acelerei a moto ficando lado a lado com a cabine do motorista, consegui acertar
um tiro no braço dele fazendo com que ele se zangasse. O caminhoneiro pegou
uma metralhadora, diminui a velocidade o mais rápido que pude derrapando na
pista e saindo da sua mira. 

Jacob entrou na cabine e ouvimos alguns disparos, o caminhão aumentou mais a


velocidade. 

Dylan: To a 500m de vocês porra, diminui! 

Jacob abriu a porta jogando o corpo do motorista, ele estava vivo porém
machucado.

Conseguimos trocar as cabines do caminhão, agora precisávamos passar pelos


reforços. Dylan e Jacob estavam dirigindo o caminhão. Catherine esticou com o
carro para não chamarmos tanta atenção e eu fiquei para trás.

Catherine: Passei, estão esperando o caminhão atrás de uma placa. Tem uns cinco
carros com os caras armados. 

Jacob: Merda! Elizabeth volta! 

Catherine: Por que? 

Dylan: Eles fecharam a pista, é uma armadilha! Acelera porra, acelera. 

Eu seria massacrada se continuasse, pensei em dar a volta mas já era tarde de


mais, acelerei alcançando o caminhão que usaria como escudo. 

Jacob: Porra Elizabeth, volta caralho. 

Dylan: Eles vai te metralha garota, volta. 

Eu: Não se preocupem comigo.

Jacob: PUTA QUE PARIL!- ele acelerou mais. 

Os carros estava parados impedindo a passagem enquanto os homens nos


aguardavam chegar mais perto para atirar. Dylan sacou uma arma pela janela
atirando e me dando cobertura, o caminhão empurrou todos os carros, fui mais
para perto do caminhão, uma roda estava vindo em minha direção, caso eu
desviasse perderia o escudo e padaria na barreira de homens. 

Dylan: Pula no caminhão, garota!

Eu acelerei chegando na traseira e pulei, me segurando na trava da porta traseira


do caminhão, estava com o corpo pendurado. Segurei com as duas mãos o mais
forte que consegui. Pude ver a moto ser totalmente detonada ao bater com a rosa
e começar a capota pela pista. 

Catherine: Conseguimooos! 

Jacob: Não cante a vistoria tão cedo. 

Dois carros apareceram atirando. Merda, merda, merda. Não tinha nada para me
proteger e estava totalmente visível. 

Dylan: Atira neles Liz. 

Eu: CARALHO, se eu tirar a porra da mão eu vou cair! 

Jacob: Garota burra. Eu mandei ficar em casa. 

Odeio o fato de mandarem em mim, odeio ter que ouvir sermões e por jogarem as
coisas na minha cara dizendo que não consigo fazer. Impulsionei o corpo contra
o vento e consegui firmar um dos pés no engate do caminhão. Segurei
atravessando o braço pela tranca do caminhão e soltei uma mão para pegar a
arma, o caminhão mexendo fez com que a arma caísse. 

Inferno! 

Peguei a outra arma e comecei a atirar, não dava para acertar a mira estava
péssima. Senti uma ardência enorme bater no meu braço, olhei por canto de olho
e tinha sido baleada junto no braço com que eu me segurava. Ah pronto, não
seria morta assim não. 

Me esforcei o máximo para acertar a roda de um dos carros, que acabou


perdendo o controle e saindo da pista. Fui mirar no outro porém minhas balas já
tinha acabado. Meu braço estava ficando fraco já, joguei a arma tentando acertar
o carro mas nem fez consquinha. 

Catherine chegou atirando no motorista, o carro acabou capotando, ela manobrou


o carro e veio atrás do caminhão que aos poucos foi diminuindo a velocidade.
Consegui pular no capô do carro. 

Catherine: Peguei ela, podem seguir caminho.


Ela parou o carro e esperou eu entrar, e continuou dirigindo atrás do caminhão. 

Catherine: Você está bem? 

Eu: Sim, só tenho que tirar a bala. 

Dylan: Foi baleada? Puta que paril Cathe, leva ela pro médico que a gente cuida
do resto. 

Eu: Relaxa, acertou o braço só. 

Jacob: Vamo para com essa palhaçada inferno. Que cú doce do caralho Elizabeth,
vai logo para a porra do médico. 

Catherine não disse nada, ela pegou um atalho por uma rua de terra que acabou
dando na rodovia. Ela acelerou, deveríamos estar a mais de 180km/h. A rodovia
estava vazia o que facilitou muito, ela entrou na cidade e entrando em várias ruas
desertas. 

Catherine: Chegamos, desça do carro.

Ela mandou, paramos em frente de uma casa enorme, Catherine bateu na porta
que nem louca com a arma na mão. Um homem abriu a porta, ele estava com a
cara toda amarrotada e uma arma na mão. 

Catherine: Vira essa merda para lá.- ele passou por ele entrando dentro da casa.-
Ela foi baleada, precisa de ajuda. 

O homem guardou a arma na cintura e fez com que eu entrasse, fechando a


porta. 

Xxx: Vendo assim não foi nada muito grave, vou pegar meu kit de primeiros
socorros.- ele subiu as escadas. 

Catherine andava para um lado e outro parecendo nervosa. Tirei minha jaqueta
sentindo muita dor, fiquei com a regata toda manchada de sangue. 

Eu: Por que esta nervosa? Deu tudo certo. 

Catherine: Certo? Olha para você.- ela debochou. 

Revirei os olhos e não disse nada, precisava saber qual dessa menina primeiro.
Observei seus movimentos e  voltei minha atenção ao homem que voltou, ele
aparentava ter uns quarenta anos, pela casa tinha foto sua com três crianças e
uma mulher suponho que seja sua família. Ele retirou a bala, limpou todo o
machucado e começou a costurar. Estava doendo para caralho, fechei os punhos
tentando suportar a dor. 

Xxx: Prontinho. 

Catherine: Obrigada, vamos Elizabeth. 

Ela pegou sua arma e saiu da casa me esperando no carro, olhei para o homem
que estava recolhendo suas coisas o agradeci e sai da casa. Estava com o braço
enfaixado, o movia perfeitamente porém com dores. 

Catherine: Vamos encontrar os meninos em casa. Olha o estado desse carro. 

Ela dirigiu ate a casa de Jacob, estava um completo vazio aquela casa. Catherine
sumiu naquela casona. Não queria ficar presa dentro do quarto e estava cansada
de mais de ficar sentada, fui até a cozinha.

Aquela casa enorme, todos os funcionários deviam estar domingo já. Eu estava
faminta, abri todos os armários e tinha várias besteiras para comer, mas eu estava
afim de cozinhar. Peguei todos os ingredientes para fazer brigadeiro e coloquei
na panela, com um pouco de dificuldade consegui mexer e ligar o fogão. 

Fiquei mexendo e mexendo o brigadeiro enquanto não ficava pronto, eu só


pensava comer tudo aquilo sozinha. 

Dylan: Amores chegamos!- ele gritou ao abrir a porta. 

Catherine: Que demora, deu tudo certo? 

Jacob: Deu, cadê ela? - foi arrogante. 

Catherine: Nossa tá azedo, vou para cama. 

Eu: To na cozinha.

Dylan: Uhum, o que tá fazendo de bom? - ele disse aparecendo na cozinha.

Eu: Brigadeiro e nem vem, é tudo meu. 

Jacob foi até a cozinha e sem dizer nada me encarou por um tempo, ele pegou
uma cerveja e saiu indo para o seu quarto. 

Eu: Ele sempre está de mau humor assim? 

Dylan: Sabe como é né, tem que cuidar de tudo é estressante. 


Eu: Exatamente, em casa não deveria descontar nos outros. 

Dylan: Deixa eu mexer isso vai.- ele empurrou meu corpo delicadamente para o
lado e pegou a colher da minha mão. 

Eu: Acho que já está bom, pegou consistência já. 

Ele pegou uma travessa e despejou todo o brigadeiro nela, acabou rapando a
panela e a colher. Peguei duas colheres e fui até a sala. Olhei no relógio e já eram
2 horas da manhã, estava sem sono, liguei a Tv e Dylan se sentou no meu lado
ofereci a colher e ele pegou o brigadeiro. 

Eu: Por que está nessa vida? 

Dylan: Sempre estive, cresci junto com Jay. O considero meu irmão. 

Eu: Como nunca te conheci? 

Dylan: Na época que vocês namoravam fui mandando para um reformatório,


acabei voltando só ano passado.

Eu: Então sabe de toda minha história? 

Dylan: Na verdade não, Jay é muito reservado, principalmente em relação a


você. 

Eu: Imagino.- revirei os olhos e tentei procurar um canal- E a Catherine? 

Dylan: Primeiro ela e Jay negociavam, mas a Cathe acabou perdendo todo seu
império para o seu pai e o Jay a acolheu. 

Eu: De quem era o carregamento? Do meu pai? Tudo isso é uma vingança, né? 

Ele baixou o olhar, eu sabia! Sabia que não podia perder as esperanças e que
conseguiria minha liberdade. 

Dylan: Não faça essa cara de animada, em momento algum eu confirmei Liz. - o
olhei, seu rosto não demonstrava nada. 

Eu: Vou ficar presa aqui para sempre?- encostei a cabeça no sofá fechando os
olhos, eu não queria essa vida para mim. 

Dylan: Sinto muito. 


Eu queria poder acreditar em suas palavras, mas eu fui a moeda de troca entre os
dois. Por que Jacob me ajudaria sendo que ele meio que me sequestrou? Peguei
mais uma colher de brigadeiro e a devorei, o cansaço bateu no meu corpo, me
encostei totalmente no sofá e acabei fechando os olhos. 

Abri os olhos devagar tentando me acostumar com a claridade do ambiente,


Dylan estava dormindo do meu lado, meu pescoço estava doendo acabei
dormindo de mau jeito. 

Me levantei e subi para o quarto, tomei um banho tomando toma cuidado para
não abrir meus pontos e coloquei uma calça com uma regata, coloquei uma arma
na cintura e sai do quarto indo para a cozinha, mal tinha acordado e estava
faminta. 

Jacob: Esse é o cara!- ele jogou um envelope para mim. 

Eu: Que eu vou matar? 

Já tinham se passado três meses, três meses trabalhando para Jacob, ele me
entregava uma pasta cheia de arquivos da pessoa que desejava que eu executasse
e eu a matava sem nem hesitar. 

Jacob: Sim, dessa vez Dylan vai com você para assegurar que não vai fazer
besteira. -ele disse lembrando que da última vez os capangas do cara deram
problema.

Eu: Porque não manda seus capangas fazerem isso? 

Revirei os olhos e abri o envelope, se tratava de um jovem loiro, aparentava ter


uns vinte e poucos anos. Sua descrição estava como endividado, estranhei um
pouco e fechei o arquivo. 

Eu: É outro drogado? 

Jacob: Você não faz as perguntas, só obedece.- ele pegou seu café e saiu, mostrei
o dedo do meio e comecei a me servir. 

Dylan: É parece que alguém acordou de mau humor.- ele me pegou no flagra. 

Eu: Vamos acabar com esse cara logo, esse é nosso caso.- foi minha vez de jogar
o envelope.

Dylan olhou meio e estranho ao ver quem era e guardou os arquivos no envelope
retirando seu café da manhã, terminei o meu e me levantei. 

Eu: Vai logo, to saindo já. 


Ele arreganhou os olhos e eu apenas sai, troquei de roupa e me preparei. 

Eu: To indo Dylan.- o gritei 

Paramos em frente a um apartamento, abri o envelope e confirmei o andar e o


número do apartamento.

Eu: Vai ser rápido, fica aqui me esperando caso alguma coisa dê errado vai ser
minha rota de fuga. 

Dylan: Tem certeza? 

Eu: Não fode, já sou bem grandinha né?- revirei os olhos saindo do carro. 

Preferi pegar as escadas, subi até o sexto andar e bati na porta; o mesmo homem
da foto abriu a porta a deixando apenas com um vão. 

Xxx: Quem é? 

Eu chutei a porta invadindo o apartamento e apontando a arma para o sujeito, ele


veio me desarma quando acabei dando uma coronhada na cabeça dele. 

Eu: FICA QUETO AÍ!- gritei quando ele já estava bambo. 

Xxx: Por favor, não faça isso aqui! 

Eu: Cala a boca, vai ser rápido!- coloquei o dedo no gatilho enquanto ele colocou
suas mãos para trás, rapidamente ele sacou uma arma apontando para mim. 

Xxx: Eu falei para não fazer isso aqui, inferno! 

Xx1: Papai?- Era voz de uma criança. 

Xxx: Abaixa essa porra!- ele disse guardando sua arma. 

Devolvi minha arma na cintura e a criança apareceu, era uma menininha loirinha
dos cabelos encaracolados, muito bonita. 

Xx1: Quem é essa? - ela chegou perto dele segurando um ursinho em uma das
suas mãos. 

Xxx: É uma amiga do papai, volta para lá que preciso conversar com ela.
Xx1: Eu quero você.- ela abraçou suas pernas, observei o apartamento; estava
cheio de brinquedos e fotos da família. Fechei o punho com raiva, raiva por estar
me tornando um monstro que tanto lutei para não ser. 

Eu: Vamos brincar de esconde- esconde? 

Xx1: Simmm.- ela disse dando pulinhos- Você conta. - ela apontou o dedinho
para mim e sorriu sapeca.

Eu sorri para ela, coloquei a mão nos olhos e comecei a contar, bisbilhotando até
que ela entrasse em um cômodo. 

Xxx: Quem é você? 

Eu: Jacob Mackenear que me mandou para matá-lo. 

Xxx: Aah, aquele filha da puta!- ele fechou o punho demonstrando raiva até em
seu olhar. - Não tinha alguém melhor para mandar ? 

Eu: Sério isso? Que escroto da sua parte, quase te furei todinho. Aliás, porque ele
quer você morto?

Xxx: Você é uma Cooper, né? 

Eu: An? - tava tão na cara assim? - Fala logo porra.- peguei a arma já me
estressando. 

Xxx: Guarda essa merda garota.- ele se estressou alterando a voz- Sou um
federal.- ele mostrou o distintivo. 

Eu: Puta merda!-guardei a arma.-Harvey Moore, como entrou nessa? -perguntei


lendo seu nome.

Harvey: Uma típica investigação que me levou a um ninho de ratos de tanta


corrupção.

Eu: Bem vindo a minha vida. 

Harvey: O filha da puta do seu pai matou minha esposa. -olhei as fotos de família
novamente aquela mulher era muito jovem para ter morrido.

Eu: Sinto muito por isso.

Harvey: Fecharam o caso e acabei continuando a investigação sozinho, na cadeia


o pai de Jacob foi morto por um dos capangas do seu pai, o que aumentou a
rivalidade entre eles. Consegui provas para mandar seus pais para prisão, mas
caso eu mande eles Jacob vai junto. Por isso ele mandou você me matar. 

Eu: E porque tá com medo? Você é um federal, pode mostrar todas as provas
para alguém de confiança. 

Capítulo 81:
•Elizabeth narrando •

❄️

Harvey: Eu tentei, coloquei tudo em um pen-drive e entreguei para o meu chefe


que é um infeliz corrupto. No mesmo dia mataram minha mulher deixando como
aviso, agora que estou voltando a mexer nesse assunto voltaram a me seguir.-ele
se referiu a mim.

Dylan: Liz, cadê você?- ele disse aparecendo atrás de mim ao abrir a porta e
apontar uma arma para Harvey. 

Eu: Abaixa isso, Dylan.

Dylan: Jacob mandou matar ele, não puxar um papo antes.- ele revirou os olhos,
entrei na frente dele e abaixei a arma. 

Eu: Não vou matá-lo. 

Dylan: Tá louca? Ou você acaba com ele ou Jacob acaba contigo.- ele cuspiu as
palavras. 

Harvey: É o cachorrinho do chefe? -o provocou.

Dylan: Repete filha da puta!- ele mirou a arma em Harvey. 

Eu: Caralho vocês dois, podem parar de querer bancar os machões fodões? Ajam
como adultos civilizados. 

Dylan: Você veio aqui para matá-lo já que não consegue eu faço isso por você.-
Entrei na frente de Harvey quando Dylan levantou a arma novamente.

Eu: Você não vê,né? Tá acomodado de mais nesse seu mundinho da lua que não
percebe como Harvey pode me ajudar! Eu não vou matar ele e se você quiser, vai
ter que atirar em mim primeiro.-relutante Dylan abaixou a arma.- Agora volta
para o carro, ou volta para aquela casa tanto faz, só não me atrapalhe novamente!

Ele saiu do apartamento e a menininha apareceu atrás da porta só com a


cabecinha aparecendo, ela dava algumas espiadinhas. 

Harvey: Chole, deixa o papai conversar? Vai no quarto brincar que eu jaja estou
indo.-ele disse indo até ela e fechando a porta do quarto a deixando lá dentro. 

Eu: Vou te ajudar, ou melhor vamos nos ajudar. Pilar me usou como moeda de
troca com Jacob, ela está fazendo de refém todas as pessoas que amo.- lembrei de
Ben, Lexie e meu coração apertou.- Quer que eu dê um jeito de destruir seus
negócios para ela assumir e matar Jacob. 

Harvey: Você não pode vacila, é muito arriscado mexer com o Mackenear assim,
se ele descobrir vai dar ruim para você. 

Eu: Você não entendeu Harvey, eu não ligo. Pode me matar aqui e agora, eu só
me importo em deixar aquelas pessoas bem seguras e longe desse mundo.
Capítulo 82:
•Elizabeth narrando •

❄️

Harvey: Conta como entrou nisso tudo. 

Acabei contando minha história, vi como ele ficou incomodado por saber meu
passado. Ele passou a mão nos cabelos parecendo pensar.

Harvey: Podemos acabar com eles.- ele foi pegar um notebook.- Seu pai vai ser
reeleito a prefeito, podemos jogar suas sujeiras na mídia. 

Eu: Se ele conseguir ser reeleito não terá mais nada que poderíamos fazer, ele vai
ter muito poder.

Harvey: Você tem que conversar com Jacob, tem que trazer ele para o nosso
lado. Por hora, podemos trabalhar juntos para acabar com o império dos
Coopers .

Eu: Ele quer te matar, o que acha q pode fazer ele aceitar isso?
Harvey: Você!-eu comecei a rir. -Ele confia em você sem mencionar que vocês
tem um passado juntos. 

Eu: Tabom, Harvey.- abri a porta para ir embora.

Harvey: Pensa bem nisso, sabe que eu tenho razão.

Sai do seu apartamento e desci as escadas mais rápido que podia, Dylan não
estava mais me esperando, já devia até ter contado a Jacob o que eu tinha feito.
Comecei a andar sem rumo, minha cabeça estava explodindo e eu não fazia ideia
de onde estava. As vezes tenho vontade de desistir, mas não está no meu sangue,
eu sei como é querer morrer, como doí sorrir...quando você tenta se ajustar e não
consegue, como você se fere por fora tentando matar o que tem dentro. E então
eu me tornei “fria”, as pessoas não me veem como aquela pessoa frágil “sem
coração”, mas na verdade eu ainda sou aquela menina frágil e tenho meus
sentimentos que guardo a mil chaves.

Emocionante eu estou triste, mentalmente estou cansada e fisicamente eu sorrio.


Aquele vazio dentro de mim voltou, peguei meu celular e abri as fotos, fui
passando uma por uma. Aqueles olhos azuis, aquele sorriso eram as únicas coisas
que me reconfortava. Limpei uma lágrima que teimou em cair, eu já não tenho
mais nada a perder, nada pode me machucar mais, minha vida não passa de uma
comédia. Peguei meu celular e liguei para Jacob, informei a rua que estava e ele
disse que mandaria alguém me buscar. Sentei na calçada e abracei as pernas, não
posso e não vou desistir de ser feliz.
Capítulo 83:
•Elizabeth narrando •
❄️

Há muitas coisas que eu costumava ser e já não sou, e há muitas coisas que nunca
pensei que seria e surpreendente sou, me tornei um monstro. Quando criança
procurava monstros debaixo da cama, mas agora percebo que todo esse tempo ele
estava destro de mim.

Um carro preto parou na minha frente, abriu o vidro era Jacob. Me levantei
rápido e entrei, ele n disse nenhuma palavra, o olhei e coloquei o cinto. 

Jacob: Por que não voltou com Dylan? 

Eu: Ele não contou? 

Jacob: Estou perguntando a você Elizabeth!- ele disse cautelosamente, notei que
estava se controlando.
Eu: Ele pode ajudar, tirar seu nome da reta.- eu tentei.

Jacob: Eu só pedi uma coisa- ele estacionou o carro.- Uma coisa e você não foi
capaz de fazer. 

Eu: Não, eu não fui, ele tem uma filha, sabia? Uma menininha que perdeu a mãe
por causa dessa merda toda.- me alterei. 

Jacob: Você não pode continuar fazendo a porra que quiser e achar que depois
tudo ficará bem.

Eu: É que tem coisas que nós machucam tanto, pessoas que nos magoam
tanto,que quando acabam e se vão, levam também um pouco da nossa sanidade.

Jacob: Eu não sei se dou risada ou se dou um tiro em você. 

Eu: Me surpreenda! Já se tornou um monstro mesmo, mais uma morte não


significaria nada, não é mesmo? 

Jacob: Acha que eu sou mau? Deveria se olhar no espelho. 

Eu: Eu cansei de toda essa merda, tá okay? 

Desci do carro e comecei a correr, Jacob me acompanhou me seguindo com o


carro. Eu queria fugir, como sempre fazia. Recomeçar tudo do zero, eu não
aguentava todo esse tranco sozinha. Toda essa escuridão me rodiando, eu queria
uma vida normal, queria poder ser normal. Lágrimas começaram a sair, parei de
correr e comecei a andar, não vi mais o carro me seguindo. 
 
Parei de andar e fiquei parada no meio da calçada, começou a chover fraquinho,
nada de trovões, nada de relâmpagos e raios para o meu agrado. Jacob apareceu
na minha frente, em meio as lágrimas o vi se aproximar de mim e me abraçar.
Fazia anos que eu não o via, mas aquele sentimento perto dele era como um imã,
não conseguia resistir, ele puxou meu rosto fazendo eu olhar para ele. 
Capítulo 84:
•Elizabeth narrando •
❄️

Jacob: Existem dois tipos de pessoas más: pessoas que fazem coisas ruins e as
pessoas que veem coisas ruins sendo feitas e não fazem nada.- ele passou a mão
no meu rosto. - Vou te ajudar Liz. 
Eu olhei para ele sorrindo, foi indecifrável o que eu senti; a sensação de poder
voltar  para Benjamin mas não só isso de poder ser livre dessa merda toda sem ter
que fugir, ou me preocupar com nada disso.

Jacob: Eu te amo, nunca deixei de te amar.- ele aproximou seu rosto do meu e
olhou nos meus olhos, me deixando totalmente sem jeito, senti que suas palavras
foram verdadeiras.

Eu: Eu te amo Jay, nunca vou deixar de te amar mas o seu “te amo” é vazios de
atitudes. Não romantize o que te rasga o peito.- E eu o amava mesmo, não o
conhecia de agora sei de tudo o que ele teve que enfrentar e por isso se tornou
essa pessoa mas nunca deixei de amar ele, por mais que nossa relação seja tóxica.

Ele passou colocou uma mecha de cabelo para trás da minha orelha e me beijou,
ignorando minhas palavras. Eu o amava sim! Jacob me puxava para o abismo
junto com ele. Enquanto eu beijava o homem errado era para pensar no certo ou
pelo menos era o que meu subconsciente dizia mas eu precisava do seu cheiro, do
seu gosto, precisava de ele, eu queria ele, por mais que fosse errado eu parecia
uma adolescente apaixonada novamente.

Depois de ter ficado na chuva com Jacob, entramos no carro e fomos para a
mansão dele. 

Jacob: Coloca uma roupa boa, vamos sair hoje à noite se precisar de qualquer
coisa peça a Cathe.

Eu: O que seria uma roupa boa para você? 

Jacob: Esquece, depois eu peço para entregarem no seu quarto. 

Eu assenti e fui para o quarto, passei o dia todo sem fazer nada, alguém bateu na
porta do quarto. 

Eu: Entra. 

Catherine: Aqui está seu vestido,se precisar de alguma ajuda com alguma coisa
pode me chamar. 

Eu: Obrigada. Que horas vamos sair? 

Catherine: Daqui umas duas horas, já vai vai se arrumando caso ocorra algum
imprevisto. 

Peguei o vestido preto decotado e o estendi sobre a cama. Catherine saiu do


quarto, liguei a música pela Tv e preparei a banheira para tomar um banho
relaxante, estava precisando relaxar.
Capítulo 85:
•Elizabeth narrando •
❄️

Acabei lavando o cabelo e com muita preguiça consegui secar, passei a chapinha
fazendo cachos e fiz uma maquiagem básica e elegante para a noite, passei um
gloss e coloquei o vestido preto com um salto.

Dylan: Uau, está um arraso!- ele disse ao me ver saindo do quarto. 

Eu: Obrigada.- eu sorri para ele. 

Desci as escadas e Jacob estava sentado  no sofá, ele tinha colocado os olhos em
mim desda hora que tinha começado a descer as escadas, ele estava literalmente
me secando. 

Eu: Onde vamos hoje? 

Jacob: Um jantar de negócios para marcar nossas presença mesmo.

Eu me sentei no sofá e Dylan também apareceu se sentando. 

Catherine: Estou pronta também.- ela disse descendo as escadas com a arma na
mão, Catherine estava com um vestido tomara que caia vermelho cintilante e um
salto preto, os meninos estavam de terno. 

Jacob: Vamos em carros separados, vem comigo- ele inclinou a cabeça para mim
fazendo com que eu o seguisse. 

Jacob me levou até a garagem e pegou uma lamborghini preta, ao entrarmos


dentro do carro ele começou a me encarar. 

Eu: O que foi?- comecei a rir e procurar alguma sujeira no meu rosto.- To suja? 

❄️
•Jacob narrando •

Eu a beijei a puxando para o meu colo, ela estava tão linda que eu estava me
remoendo por inteiro por não provar uma pouco dela. Elizabeth entrelaçou suas
pernas na minha cintura enquanto nos beijávamos, minhas mãos percorriam por
todas sua curvas enquanto ela abria meu cinto e desbotava minha calma. Voltei a
beija-la enquanto eu erguia seu vestido e tirava sua calcinha.
Eu estava duro, ela com certeza sentiu o quanto eu a queria, Liz olhou e riu
voltando a me beijar com sua língua dançando na minha boca perfeitamente, seu
beijo era feroz e delicado ao mesmo tempo, ela desceu o beijo no meu pescoço
enquanto fui posicionando seu corpo no meu membro. Liz segurou no meu
pescoço e eu em sua cintura enquanto ela pulava no meu colo fazendo o
movimento de vai e vem. Ao seu acostumar comigo dentro dela, Liz voltou a me
beijar enquanto rebolava em cima de mim. 
Capítulo 86:
•Jacob narrando •

❄️

Liz saiu de cima de mim e voltou para o banco de passageiro, enquanto ela se
arrumava eu levantei minhas calças e tentei desamassar o terno de volta. 

Liz: To muito zuada? 

Eu: Tá maravilhosa. - e estava mesmo, seu cabelo meio bagunçado e o vestido


amassado. 

Liguei o carro e mandei mensagem para Dylan e Catherine eles tinha saído na
frente para resolver uns assuntos pendentes. 

Liz: Do que se trata o jantar? 

Eu:Nada de mais, relaxa. 

Coloquei o endereço no gps e segui até onde ocorreria o jantar, seria uma
apresentação do novo prefeito da cidade, ou melhor, do prefeito que estava se
reelegendo e caso ganhasse voltaria a dominar todos os negócios de London
colocando meus negócios em risco. Estacionei o carro e esperei Liz descer, o
lugar estava lotado, encontrei Dylan e Catherine sentados em uma mesa e fui até
lá, Liz me seguiu e nos sentamos na mesa.

Elizabeth: Aquela é a Pilar?- ela se referiu a uma mulher que subiu no palco se
apresentando. 

Eu: Seu pai vai se reeleger. 

Elizabeth: O que? Esse monstro não pode fazer isso.

Eu: Relaxa.- coloquei a mão em sua perna e ela ficou quieta observando o lugar,
Elizabeth travou a expressão ao olhar para o canto do salão, ao perceber que eu
estava olhando ela voltou a encarar o discurso da sua mãe e poucos segundos
depois se levantou.

Elizabeth: Preciso ir ao banheiro.- ela disse se retirando. 

 Catherine: Quando vai contar a ela que esta ajudando ela? 

Dylan: É cara, deixar com que ela não saiba de nada só irá nos atrapalhar. 

Eu: Não quero criar falsas esperança, os pais de Liz sabem que eu estou na cola
deles. 

Dylan: Liz esta certa sobre Harvey poder ajudar.

Catherine: Cala a boca Dylan, ele é um federal. 

Eu: Preciso saber de sua intenções antes para poder dar uma oportunidade a ele. 

Voltamos a prestar atenção no discurso de Pilar, ela conseguia ser sinica de


mais. 

❄️
•Elizabeth narrando •

Eu fiquei tão surpresa com aquela pessoa ali, nunca imaginaria que nossos olhos
se reencontrariam assim, no meio daquela multidão aquele par de olhos azuis me
chamou a atenção ao notar de quem se tratava eu paralisei.
Capítulo 87:
•Elizabeth narrando •

❄️

Percebi que Jacob me olhava e tentei disfarçar. Logo me levantei para ir ao


banheiro e fiz um sinal para o dono daqueles olhos azuis me encontrar do lado de
fora do salão. 

Eu: O que faz aqui? 

Xxx: Achou mesmo que se livraria de mim tão fácil?

Ele riu e puxou meu corpo para próximo do dele me beijando, uma chama
acendeu dentro de mim novamente, seu cheiro,seu toque, ele na minha frente
parecia um sonho, nossas línguas dançavam em sintonia enquanto suas maõs
percorriam minha cintura e meu cabelo. Ele parou o beijo e olhou nos meus
olhos. 

Xxx: Aah novata eu estava com tanta saudade.- ele me abraçou fazendo com que
eu me sentisse totalmente segura. 

Eu: É muito perigo você ficar aqui no fogo cruzado, Ben. Eu não mereço você.-
disse abaixando o olhar. 

Ben: Nada pode mudar o que eu sinto por você. Você é a pessoa que eu mais
amei em toda minha vida, então eu não vou desistir de você sem lutar.

Meu coração estava explodindo de felicidade, eu estava sorrindo de orelha a


orelha. E olhava para ele tentando ver se era real ou coisa da minha cabeça. 

Eu: Eu tenho até medo dessa felicidade toda, parece que a gente ta desafiando o
mundo.
 
Ben: Por você sou capaz de ir até o inferno.

Eu: Não fala bobagem. 

Ben: Mas não é bobagem. Sua tentativa de ficar longe de mim, não diminui o que
eu sinto por você. Seus esforços para me proteger serão inúteis.

Eu: Como me encontrou aqui? 

Ben: Lembra aquela escuta que te dei? Então junto com ela comprei aquela arma
e outros equipamentos como um gps e coloquei um no seu celular e outro nas sua
mochila como garantia. 

Eu ri, ri por ele não ter desistido de mim tão fácil,sua teimosia era maravilhosa. 

Eu: Não posso ficar fora muito tempo para não virem atrás de mim, vou dar um
jeito de entrar em contato contigo. Não faça besteira por favor. 

Eu o beijei, foi um beijo de despedida. 

Eu: Eu te amo Benjamim Thompson. 

Sai o deixando sozinho lá fora e entrei novamente para o salão, eu não estava me
contendo de tanta felicidade, estava rindo igual boba. Me recompus e me sentei
na mesa tentando não levantar nenhuma suspeita.

Jacob: É agora.- ele olhou para Cathe e Dylan e sorriu. 


Capítulo 88:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: O que? 

Catherine: É agora que mamãe e papai vão anunciar a candidatura a prefeito.- ela
disse sorrindo. 

Eu: Se eles conseguirem, e eles vão.- dei uma pausa olhando para Pilar que
estava com o microfone na mão.- Eles conseguem o império todo novamente. 

Dylan: Ele nunca saiu desse ramo. 

Eu: Meu pai perdeu o controle quando perdeu a eleição ele ficou descontrolado. 

Jacob: Quem nunca saiu foi Pilar, Malcom não se passa de um peão no jogo
dela. 

Eu: Que merda é essa? Desde quando vocês se importam? Há três meses atrás eu
vim pedir ajuda para acabar com toda essa porra e vocês estão ligando para isso
agora.- surtei! Me levantei, olhei para Jacob e sai. 

Ouvi ele bufar e vir atrás de mim. 

Jacob: Liz espera.- ele me alcançou, eu já estava fora do salão. 

Eu: Quero ir embora. AGORA!- gritei e chamei a atenção de algumas pessoas. 

Jacob: Porra!- ele foi até o carro e entrou. 

Entrei no carro e coloquei o cinto, estávamos há uns cinquenta minutos longe da


mansão, minha cabeça estava explodindo. Abri o porta luvas e encontrei um
saquinho de drogas, eu sorri. Olhei para Jacob que sorriu também e peguei um
dos saquinhos o abrindo colocando na boca. Não tinha ideia de que droga era
aquela mas tudo começou a rodar.

O tempo passou muito rápido, quando fui perceber estava nua na cama do Jacob
envolvida em seus braços. Tive alguns flashbacks de ontem me lembrando do
que aconteceu. Depois de sair do salão entramos no carro e eu me droguei, Jacob
esperou chegar em casa e me trouxe para o quarto e assim nós drogamos juntos e
acabamos transando novamente. Revirei os olhos e sai da cama sem acorda-lo.
Peguei uma camiseta dele a vestindo e sai do quarto indo para o meu. 
Tomei um banho, coloquei um shorts e uma regata, minha cabeça estava
explodindo de dor. Imagino que fosse a fome, desci as escadas e encontrei
Catherine tomando café. 

Catherine: É verdade o que dizem, por trás de um grande homem há sempre uma
grande mulher.

Eu: Eu não saberia dizer, nunca fiquei atrás de um homem.

Catherine: Menos flor.- ela sorriu e se retirou. 

Revirei os olhos e comecei a tomar o café.


Capítulo 89:
•Elizabeth narrando •

❄️

Meu celular vibrou era Harvey,me mandou uma mensagem dizendo que
precisava nos encontrar. 

Deixei o café em cima da mesa e sai, corri até o quarto pegando minha arma e
uma jaqueta, peguei uma moto e sai sem ser vista. Fui direto ao endereço que ele
havia me mandando. Era um parque, estacionei a moto e o encontrei sentando em
um banco sozinho, sua filha estava brincando no parquinho com outras crianças. 

Eu: Deveria ser um lugar mais reservado, não acha? 

Harvey: Ninguém suspeitaria de um parque. 

Eu: O que conseguiu? 

Harvey: Há três meses atrás, os Coopers perderam um carregamento de drogas e


agora estão devendo aos colombianos, Malcom irá trazer outro carregamento e os
federais irão interditar. 

Eu: Onde eu entro nisso? 

Harvey: O carregamento que foi roubado, foi pelo Mackenear, e aquele não foi o
primeiro. Temo que o próximo também será roubado. Precisa impedir que eles
roubem esse. 

Agora tudo fez sentido, aquele carregamento, desde dos meus primeiros dias
naquela casa Jacob estava me ajudando. Mas por que não me contou?
Eu: Puta merda.- passei a mão no cabelo.- Vou tentar.

Me levantei e sai voltando para a mansão, Jacob não tinha desistido de me ajudar
e eu fiquei feliz por isso.Eu fiquei três meses trabalhando para ele como
“assassina” enquanto nesses três meses Jay interditava carregamentos do meu pai
e de alguma maneira isso ajudava, mas em que? Bufei tentando entender onde
tudo isso iria chegar. Em partes eu concordava com Jacob, realmente meu pai
agora não se passa de um peão nesse jogo, antes ele tinha muito poder mas agora
quem tomou frente foi minha mãe, ele só representaria a imagem de prefeito,
quando o encontrei ao sair do avião reconheci aquele olhar de bêbado de longe.
Entrei na mansão e fui direto para a academia, precisa descontar minhas
frustrações em alguma coisa, eu ainda tinha dúvidas sobre Ben, se tudo não tinha
se passado da minha imaginação ou se realmente ele apareceu naquela festa. 

Estava socando aquele saco com tanta vontade que a intensidade do meu soco
continuava forte. É tão prazeroso socar, a raiva que eu possuía era totalmente
transmitida para o saco. 
Capítulo 90:
•Elizabeth narrando •

❄️

Jacob: Onde você estava de manhã? 

Eu: Fui me encontrar com Harvey. -disse simples. 

Jacob: O que?- ele segurou meu punho fazendo com que eu parasse de socar o
saco e olhasse para ele. 

Eu: Isso mesmo.- soquei seu peito o provocando, Jay riu e me olhou.- Estou
cansada, minha vida toda fiquei presa nessa bosta. Meus pais me envolvem a
cada merda que eles fizeram e eu não quero essa vida!- o empurrei, Jacob virou
as costas e saiu andando.

Eu: Não te incomoda matar todas aquelas pessoas?

Jacob: Bom, não seria muito bom no meu trabalho se incomodasse.- ele virou
com um par de luvas na mão as colocando.

Ele veio andando até mim com um sorriso maldito no rosto. 

Jacob: Cometa erros e aprenda com eles. E quando a vida te machucar, porque
ela irá. Lembre-se da dor.- ele me socou, bloqueei seu soco e fiz o contra ataque.-
A dor é boa, significa que você está fora da caverna.- ele socou a boca do  meu
estômago, respirei fundo e o olhei com raiva.

Eu: A dor é boa?- eu fui me aproximando e o socando várias e várias vezes e ele
não tirava aquele maldito sorriso do rosto.- Tem certeza?- Soquei seu rosto,
fazendo seu rosto virar e o sangue escorreu.

Jacob: Você precisa lembrar das coisas boas.- ele me golpeou fazendo eu cair no
chão, nós estávamos suados.-Se não nunca saberá reconhecer o que é bom,
mesmo que esteja bem na sua cara.

Ele socou o tatame do lado do meu rosto, e aproximou nossos rostos me olhando
intenso, em um momento pensei que ele me beijaria, mas surpreendentemente ele
moveu meu corpo me prendendo em um mata leão e com suas pernas prendeu as
minhas

Jacob: Esteja preparada para tudo, independente de ser ruim ou bom. Você sabe
que é forte e consegue passar por qualquer obstáculo. Tá na hora de parar de
fugir Liz. 

Eu acabei dando uma cotuvada no seu estômago e me soltei, prendi suas mãos e
coloquei o peso do meu corpo em cima do seu.

Eu: Você podia ser uma pessoa boa, mas prefere ser um babaca!

Jacob: Não Liz, eu sou o que a vida pediu que eu fosse. 

Eu: Você é o que você.- coloquei meu dedo em seu peito.- Escolheu ser na sua
vida! Meus pais são dois putos psicopatas e nem por isso eu sou!
Capítulo 91:
•Elizabeth narrando •

❄️

Sai de cima do seu corpo me levantando, tirei a luva e esperei ele fazer o
mesmo. 

Eu: Não minto quando digo que estou cansada, eu quero parar.- olhei para ele.-
Quero sair dessa vida. 

Jacob: Eu quero que você seja feliz.- ele olhou para mim, e abaixou o olhar.-
Comigo. 

Eu: Além de babaca é um puta egoísta? - eu olhei para ele rindo irônica.
Jacob: Eu não quero mais tentar me convencer de que não estou apaixonado por
você.

Ele puxou meu corpo para o dele e me beijou, por um momento me senti suja,
empurrei Jacob e acabei dando um tapa em seu rosto. Me peguei correndo até o
quarto, no caminho acabei me esbarrando com Catherine. 

Catherine: Ei, você está bem? 

Eu: Me deixa caralho.- continuei meu trajeto até o quarto e bati a porta ao entrar. 

Alguém bateu na porta e a abriu; olhei e era Catherine. 

Eu: Vai embora!

Catherine: Não, você me diz que nunca foi mulher de se esconder atrás de um
homem, certo? Então não se deixe sofrer por um!- ela se sentou na beirada da
cama. 

Eu: E o que isso importa pra você?

Catherine: Realmente eu não dou a mínima.- ela se levantou e estava indo até a
porta. 

Eu: Em momento algum eu sofri por homens, não gosto de fazer o que todos
esperam, por que devo satisfazer as expectativas alheias e não minhas? 

Catherine: Vamos sair hoje, então.- ela ignorou completamente minha pergunta.

Eu: Duvido muito deixarem, principalmente agora que tenho um informante. 

Catherine: E agora você precisa de permissão de alguém?.- ela riu.- Não é tão
marrenta quanto pensei.

Eu: Devo me arrumar para qual ocasião? 

Catherine: Vamo numa boate.- ela piscou e saiu do quarto. 

Fui até o guarda roupa e comecei a caçar uma roupa bem chamativa, encontrei
um vestido prata com glitter, era esse mesmo. Deixei- o em cima da cama e sai
do quarto. Encontrei Dylan e Jacob sentados na sala contando uma quantia em
dinheiro. 

Jacob: Vem aqui!- ele gritou estupido.-Elizabeth! 


Eu: Que foi?- me joguei no sofá e cruzei os braços.

Dylan: Tá na hora de saber já.- Jacob o olhou feio e Dylan ficou quietinho.
Capítulo 92:
•Elizabeth narrando •

❄️

Jacob: Aquele carregamento que nos ajudou a roubar pertencia a sua mãe, ela
agora está participando de tráfico de mulheres. Algumas são para a prostituição,
outras são as que embrulham as drogas. 

Eu:E o que fizeram com essas garotas? 

Dylan: Um acordo, para elas testemunharem e assim teriam segurança. 

Eu: E o que deu errado? -tava explícito no rosto de ambos que tinha sujeira ali.

Jacob: Não sabemos como, mas eles acabaram ficando um passo na nossa frente.
Seu pai mandou seus capangas no galpão e mataram todas as garotas.

Eu: Puta merda!- me encostei no sofá tentando processar tudo aquilo .- E o que
fizeram nesses três meses?- a raiva que tinha dos meus pais só ficou maior e eu
sabia que ela não iria parar de crescer se não fizesse nada.

Jacob: Interditamos outros carregamentos, mas todos eram de drogas. 

Dylan: Não tem como provar nada com essas drogas roubadas em nossas mãos,
então a mercadoria passou a ser nossa. 

Eu: E estão me contando isso por que querem minha ajuda? - Foi então que
saquei tudo, ele não estava me poupando de uma suposta falha, Jay achava que
conseguiria acabar com eles sozinhos por isso não contou nada mas agora ele
sabia que precisava de mim.

Jacob: É.- ele foi frio, sabia como ele odiava demonstrar que precisava de
alguém.

Eu: Marquem uma reunião amanhã.- disse me levantando.- Se quiserem minha


ajuda vão ter que aceitar a de Harvey também! 

Liguei imediatamente para Harvey, ignorando a cara feia dos dois, informei da
reunião, Jay achou melhor ser o escritório que seria mais reservado, Harvey
acabou achando que era uma armadilha. Tentei o convencer mas eu o entendia
perfeitamente. Marquei um almoço, ficaria mais acessível e assim no meio das
pessoas ninguém sacaria uma arma, agora  o que me restava era convencer Jacob.
Voltei para a sala e os encontrei conversando, Dylan sorriu para mim ao perceber
que eu tinha algo a dizer, Catherine se jogou no sofá entrando na conversa e
Jacob apenas me olhou.

Eu: Eu liguei para o Harvey, vamos todos nos encontrar no restaurante amanhã. 

Jacob: Por que caralhos você tem o celular dele? 

Eu: Quer minha ajuda ou não?


Capítulo 93:
•Elizabeth narrando •

❄️

Virei as costas e sai andando até a cozinha, procurei o que comer já que ainda
não tinha almoçado e fui para o quarto. Finalmente tudo estava se encaixando,
sorri ao perceber que tinha acabado de conseguir juntar Jacob com Harvey e
assim tem uma chance de ser livre de toda essa bosta. 

A tarde passou muito rápido, foquei  minhas energias em uma série e decidi
começar a me arrumar era umas sete horas, terminei as onze. Estava com aquele
vestido prata coladinho, salto preto e cabelo preso em uma rabo marquês.
Caprichei na maquiagem e no perfume, alguém bateu na porta, era Catherine. 

Catherine: Uau, você está um arraso. 

Eu: Posso dizer o mesmo,né.- ela estava com um vestido de alcinha vermelho de
veludo, percebi que adorava vermelho. 

Catherine: Vamos!- ela disse me puxando e fazendo sinal de silêncio com a


boca. 

Descemos as escadas sem fazer barulho e fomos até o estacionamento, ela


escolheu uma carro também vermelho, acabei rindo com a situação e entrei,
liguei em uma música e Catherine saiu dirigindo. Demorou um pouco até
chegarmos na boate, entramos pela parte vip e fomos direto ao bar. 

Catherine: Hoje eu to afim de ficar louca.- ela riu- A de sempre.- disse ao


barman. 

Eu: O mesmo que o dela, por favor. 


Catherine: Quero ver me acompanhar.

O barman trouxe cinco shots vermelhos para cada uma, Catherine olhou para
mim com um shot na mão e fizemos tim tim, viramos os cinco de uma vez. Deu
uma bela esquentada, a música começou e ela me arrastou para a pista de dança. 

Comecei a dançar no meio daquela multidão, não demorou muito para encostar
dois rapazes perto da gente. Catherine começou a dançar perto de mim, e assim
dançávamos juntas até o chão, a cada música íamos em ritmos sincronizados. 

Virei novamente aquele shot, dessa vez era azul. Catherine conversou com um
pessoal e logo uma roda se juntou em volta da gente, o barman trouxe vários
shots e ela foi virando, ela foi se aproximando de um cara e derrubou bebida em
si mesma o fazendo lambê-la. Eu acabei rindo com a situação, eles acabaram se
beijando.
Capítulo 94:
•Elizabeth narrando •

❄️

Senti alguém puxar minha mão, deixei Catherine aos beijos com o rapaz e segui a
pessoa pela multidão, eu estava meio tonta então foi fácil da pessoa me conduzir.
Percebi que estávamos ficando afastado da multidão e comecei a me assustar. Se
tratava de um homem, ele parou em um lugar escuro e se virou, ao ver quem era
me joguei em seus braços e o abracei. 

Eu: O que faz aqui? 

Ben: Ainda pergunta.- ele passou a mão em meu cabelo e beijou minha testa.

Eu: Eu disse que iria entrar em contato contigo, não pode continuar se arriscando
assim é perigoso.

Ben: A saudade de você é insuportável.- ele olhou dentro dos meus olhos, aquele
incrível par de olhos azuis me trouxe aquela paz de sempre. 

Eu: Não.- soltei dos seus braços- Acabou nosso tempo juntos, tenho que te
esquecer, você tem que me esquecer. 

Ben: Pare de tentar me afastar, novata. Não quero pensar no passado ou me


preocupar com  o futuro , só quero ficar aqui, com você, juntos.
Ele segurou minha nuca e me puxou para perto dele me beijando, colei nossos
corpos e encostei seu corpo na parede o beijando mais e mais como se o mundo
fosse acabar. Ficamos nos beijando por um bom tempo, era tão bom sentir seu
cheiro, seu gosto, a segurança que ele transmitia ao me envolver em seus braços. 

Eu: Eu to sonhando?- disse me afastando dos seus lábios. 

Ben: Fuja comigo.- ele passou a mão no meu cabelo colocando a mecha que caia
em em rosto atrás da orelha. 

Eu: Não posso, agora tudo esta dando certo.- me afastei do seu corpo.- Jacob vai
me ajudar e também tem Harvey.-a expressão do rosto de Ben deixou bem claro
que ele não estava entendendo nenhuma palavra se quer do que eu estava
falando.- Jacob é o cara que fez o acordo com minha mãe e Harvey é um federal. 

Ben: Federal? Como ainda não saiu dessa? Não sei não, Liz.- ele passou as mãos
no cabelo. 

Eu: Está tudo bem, não se preocupe.- segurei suas mãos.- Agora me conta como
está a Lexie? E a Amora?

Ben: Lexie está muito bem e Amora também. 

Eu: Ah nãoo.- fiz biquinho e olhando com cara de dó.- Quero detalhess!
Capítulo 95:
•Elizabeth narrando •

❄️

Ben: Lexie está focada nos estudos, ela quer muito cursar engenharia e Amora
ficou muito deprimida por dias, tive que dar uma camiseta sua para ela e
assegurar que a levaria de volta. 

Eu: Que fofo.- cutuquei seu nariz com o dedo.- Tenho que ir, não podemos nos
ver juntos. 

Ben: Volta aqui! - ele me puxou colando nossos corpos.- Me abraça de novo, seu
cheiro já saiu da minha blusa e eu preciso renovar.- ele riu e me abraçou. 

Eu: De todas as escolhas que meu coração já fez, te amar foi a melhor delas.-
sorri olhando nos seus olhos azuis e dei um selinho nele. 

Ben não disse mais nada, soltei nossas mãos e me virei me afastando do seu
corpo, tentei não olhar para trás tudo aquilo parecia ser coisa da minha
imaginação, olhei novamente para trás e ele não estava mais lá. Será que eu
estava ficando louca? Ou era essa bebida?
Ao voltar para o bar Catherine me entregou outra bebida e me puxou para a pista
de dança. Não fazia ideia de que horas eram, apenas estava curtindo o momento
sem ter que me preocupar com nada, Catherine e eu estávamos dançando em
sincronia, ela encostou nossos corpos e virou mais a bebida que estava na sua
mão, ela envolveu seus braços em volta do meu pescoço e começou a beber. 

Catherine: Sabe.- ela disse no meu ouvido por causa do som.- Queria aproveitar
essa noite, sem me importar com nada. 

Eu: Não precisa se importar, tem que aproveitar o máximo que puder como se
não houvesse amanhã. 

Catherine olhou para mim e riu, ela aproximou seu rosto do meu e me beijou,
fiquei assustada com sua reação, se estivesse em sã consciência teria a empurrado
e tirado satisfação, em momento algum tinha dado liberdade para ela me beijar,
mas como não era eu e sim o álcool que estava agindo por mim, continuei a
beijando e passando a mão em seus cabelos, aliás ela também estava sob efeito
do álcool.

Paramos o beijo por falta de ar, ela riu me olhando com cara de safada e voltou a
dançar bebendo sua bebida, fui até o bar e pedi o especial da casa virando toda a
bebida que acabou descendo rasgando a garganta.
Capítulo 96:
•Elizabeth narrando •

❄️

Voltei para a pista de dança e Catherine estava com aquele mesmo garoto que a
lambeu perto do bar, eu ri e comecei a dançar sozinha, ela logo se aproximou
com ele do lado e assim estávamos dançando juntos, todos ao meu redor estavam
pulando, eu relaxava conforme a sintonia de cada música, Catherine me beijou
novamente e logo o garoto se juntou ao beijou, meu primeiro beijo triplo, eu
sorria enquanto os beijava. 

Já estava amanhecendo quando eu me dei conta, virei mais um pouco daquela


bebida verde e entrei no carro ligando a música imediatamente e começando a
dançar. Catherine ligou o carro e saiu derrapando, nos cantávamos e mexíamos
nossos corpos enquanto bebíamos ainda aquela bebida verde. Ela acelerava, e
passava por todos os faróis vermelhos, riamos igual duas bobas.

Catherine: A gente podia fazer isso sempre.- ela tirou os olhos da pista e me
encarou gritando por causa do volume alto da música.
Eu: Podíamos.

Eu disse sorrindo para ela, Catherine aproximou seu rosto do meu me beijando,
ela acabou perdendo o controle do carro e um caminhão buzinou nos assustando,
Cathe fez com que a gente fosse para a outra pista. Peguei no volante e fiz ela
voltar para a pista certa antes que ela perdesse o controle de vez, acabamos rindo
com a situação. 

Eu: Presta atenção lá.- apontei para a pista. 

Acabamos chegando na mansão fazendo muito barulho, a música do carro estava


alta e Dylan e Jacob saíram da mansão. Pareciam estar bastante estressados.

Catherine: Prepara os ouvidos.- ela revirou os olhos e saiu do carro. 

Ela fez questão de jogar a chave do carro para Dylan estacionar e entrou dentro
da mansão trançando as pernas. Eu ria que nem tonta enquanto Jacob falava, eu
não estava entendendo nenhuma palavra que saia da sua boca. Sai do carro e
acabei me desequilibrando, me apoiei em seu corpo o calando e comecei a rir
igual uma retardada. Me soltei do seu corpo e me dirigi até a mansão trançando
as pernas também, eu ainda ria sem parar. Parei na frente daquelas escadas
tomando coragem para subi-lás,
Capítulo 97:
•Elizabeth narrando •
❄️

Senti alguém me pegar no colo, olhei de relance e era Jacob, ele me segurou,
envolvi meus braços em seu pescoço e acabei deitando a cabeça no seu peito.

❄️
•Jacob narrando •

Dylan e eu estávamos sentados na sala esperando aquelas duas voltarem, eu


estava estressado de mais, principalmente por não fazer ideia de onde estavam e
já não aguentava mais esperar. Catherine acabou mandando uma mensagem para
Dylan dizendo que tinha tirado a noite para curtir, eu quis ir atrás das duas e
arrasta-las para casa mas Dylan acabou me impedindo. 

Eu: Já está amanhecendo e nada dessas duas.

Dylan: Relaxa cara, deixa elas curtirem. -ele riu e voltou a assistir sua série.

Eu olhei feio para ele e peguei meu celular, comecei a mexer tentando me
distrair, estava prestando atenção em algumas notícias quando ouço uma música
alta e o barulho do motor do carro, Dylan logo se levanta e vai para fora e eu o
acompanho. 

Dylan: Finalmente chegaram.

Ele diz quando Cathe joga a chave do carro para ele e entra na mansão, cruzei os
braços esperando uma explicação das duas. 

Eu: Que palhaçada é essa que agora as duas saem sem avisar? Posso saber aonde
estavam? É porque chegam essa hora?  Sem falar no estado de vocês, olha isso.

Liz ria igual retardada, tava na cara que não prestava atenção em nenhuma
palavra que eu dizia. Parei de falar e ela tentou sair do carro mas acabou caindo e
se escorando em mim, ela riu e saiu para dentro trançando as pernas. 

Dylan: Duvido que vai ter alguma reunião ainda hoje. 

Eu: Puta que paril.- revirei os olhos e fui atrás de Liz enquanto Dylan ligava o
carro para estacionar dentro da garagem.

Ao entrar na mansão percebi a dificuldade que Liz enfrentava para subir aquelas
escadas, a peguei no colo e ela deitou sua cabeça no meu ombro, comecei a subir
as escadas enquanto ela brincava com o meu colar. A sentei na cama e ela me
puxou. 

Liz: Senta aqui.- ela apalpou o colchão para que eu sentasse.

Eu: A senhorita precisa de um banho, tá cheirando a álcool. -Liz se levantou e


tirou seu salto o jogando longe e assim,começou a tirar seu vestido.
Capítulo 98:
•Jacob narrando •

❄️

Liz: É isso que quer que eu faça?- ela mordeu o lábio, eu sabia muito bem aonde
queria chegar. 

Bufei, e a peguei no colo a jogando nas minhas costas e a deixando de ponta


cabeça. Ela ria sem parar e apertava minha bunda, a coloquei debaixo do
chuveiro e tirei a roupa que lhe restava, liguei o chuveiro e deixei a água gelada
cair sob seu corpo nu. Ela tentou me puxar para debaixo da água junto com ela
mas sua tentativa foi em vão. Comecei a dar banho nela, tive que lavar seu cabelo
já que estava todo molhando. Com muita dificuldade terminei, Liz parecia uma
criança rindo sem parar e fazendo graça, sem falar que bambeava sem ter
controle sobre seu corpo e caia para os lados.Peguei a toalha para seca-lá e a
envolvi em seu corpo, ela olhou para mim rindo e tentou me beijar, afastei seu
rosto do meu. 

Eu: Assim não.- ela emburrou a cara e eu acabei rindo. 

Liz: A é?- ela passou as mãos no meu peito descendo para o meu membro. 

Bufei novamente, já tava dando trabalho de mais, a enrolei na toalha e fiz ela se
sentar na cama enquanto eu pegava alguma roupa para ela, encontrei uma
camisola, passei desodorante nela e ela ria sentindo cócegas, uma verdadeira
criança. A ajudei a colocar sua calcinha e a camisola, escovei seus dentes e a
deitei na cama. 

Eu: Boa noite.- disse ao terminar de cobri-lá. 

Liz: Não.- ela fez careta.- Fica aqui comigo, porfavorzinho.- ela sorriu. 

Eu sorri também e me deitei no seu lado, Liz encaixou o seu corpo no meu e
acabou dormindo rapidamente, eu a olhei e sorri beijando sua bochecha, a abracei
e fechei os olhos para tentar dormir. 

❄️

•Elizabeth narrando •

Acordei com uma puta dor de cabeça, ou melhor, ressaca. Ao abrir os olhos fui
me acostumando vagamente com toda aquela claridade, passei a mão no rosto
tentando fazer com que todo aquele sono saísse de mim. 

Eu: Merda, merda, merda.- disse ao ver as horas no meu celular. 

Eu tinha perdido o horário do almoço, provavelmente Jacob e Harvey já estariam


se matando. Liguei para Harvey para ver se estava tudo bem, acabei ficando
surpresa ao saber que Dylan entrou em contato com ele remarcando nossa
reunião para a noite. 
Capítulo 99:
•Elizabeth narrando •

❄️

Ao desligar o telefone suspirei, aliviando toda aquela tensão e me joguei na cama


lembrando de toda a vergonha que passei na noite passada com Jacob e os beijos
com Catherine. Será que ela lembrava? Aah meu Deus, e meu sonho com Ben?
Eu ri com tudo que tinha se passado comigo ontem. Suspirei mais uma vez e
tomei coragem para me levantar, já eram 16horas da tarde. 

Escovei os dentes e dei uma penteada no cabelo, peguei uma pantufa e abri a
porta do quarto descendo as escadas e me dirigindo diretamente para a cozinha,
como sempre, eu estava faminta. Preparei uma omelete, e peguei um suco que
tinha na geladeira. Me sentei na mesa e comecei a comer, não demorou muito
para Dylan aparecer. 

Dylan: Eai, como está a ressaca? 

Eu: Para de grita.- olhei feio para ele o fazendo rir. 

Dylan: Toma esse remédio.- ele disse após abrir algumas gavetas a procura do
mesmo e me entregando. 

Eu: To comendo.

Dylan: Não é hora para suas teimosias, temos compromisso a noite ou vai vacila
de novo? 

Mostrei o dedo do meio para ele e peguei o comprimido o tomando junto com o
suco. Terminei de comer e lavei a louça, Dylan estava deitado na sala junto com
Catherine, me joguei no sofá e comecei a assistir o filme que passava.

Dylan: Vocês duas estão péssimas!

Jacob: Bem feito, ninguém mandou tomar um porre.-Ele se jogou no sofá


também.

Catherine: Tá com ciúmes porque não foi junto. 

Jacob: Não, eu tenho responsabilidade.- ele foi estupido.- Foi por causa das duas
que tivemos que remarcar a porra da reunião. 

Catherine: Relaxa aí cara, você tá muito tenso. 

Jacob: Cala a boca.- ele disse saindo da sala. 

Acabei tirando o dia para a preguiça, depois da omelete Catherine fez pipoca de
chocolate e ficamos a tarde inteirinha assistindo, ignoramos o fato de termos se
pegado e agimos como nada tivesse acontecido. Jacob nos expulsou da sala nos
obrigando a nos arrumar, tomei um banho demorado e acabei lavando o cabelo
novamente, como dormi com ele molhado ele parecia um leãozinho. Fiz cachos e
uma maquiagem bem básica, coloquei um macacão branco decotado nos seios e
barra flair, estava linda.
Capítulo 100:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu sorri ao me ver no espelho, peguei minha bolsa colocando a arma e meu


celular e desci as escadas esperando todos ficarem prontos. Catherine acabou
colocando um vestido longo azul marinho e prendeu o cabelo em um coque,
Dylan e Jacob estavam de calça jeans e camiseta. Todos simples e estilosos,
decidimos ir todos em um carro só. O trajeto até o restaurante não foi tão
demorado, ao chegarmos Harvey já tinha se sentado na mesa e estava ao nosso
aguardo. 

Harvey: Boa noite.- ele disse se levantando para nos cumprimentar, percebi o
olhar entre Dylan e Jacob e me assustei. 

Após todos se sentarem o garços entregou os cardápios e então decidimos o


pedido, esperamos o garçom se afastar da mesa e então Jacob quebrou o silêncio. 

Jacob: Como exatamente espera nos ajudar? 

Harvey: Sei que vocês são o maior império da região, e que caso Malcom
consiga ser reeleito afetaria todos seus negócios.

Dylan: Malcom se afastou por anos desse ramo, não tem tanta influência assim. 

Eu: Malcom tem influência por seus contatos, pessoas que confiam nele, esse é o
grande problema, e sem falar que Malcom se afastou mas Pilar que comandou
tudo.

Catherine: Mas porque se nos unir a um federal estaríamos nos ajudando? 

Eu: Harvey coloca Malcom atrás das grades, vocês continuam com todo o
império de vocês sem prejuízo e interferência dos federais e eu consigo minha
liberdade finalmente. - eu disse simples e sorri.

Percebi o maxilar de Jacob se fechando ao ouvir a última parte do que eu estava


dizendo.

Dylan: E o que garante que você não irá nos enganar? 


Harvey: Eu tenho uma família, eu tinha na verdade e eu quero vingança, assim
como você.- ele se dirigiu a Jacob- Malcom matou seu pai e minha esposa. 

Jacob: Digamos que eu aceite essa proposta de nos juntar, qual a vantagem que
terei sobre a situação? 

Harvey: Digamos que as provas que tenho contra você sumam durante a
investigação.- ele tomou um gole do vinho cautelosamente, parecia que sabia
exatamente o que falar e o que fazer na hora certa. 

Jacob: Trabalharemos juntos, mas se eu desconfiar de alguma coisa que me


comprometa vindo de você, já sabe que vacilão morre cedo.-ele sorriu com
maldade.
Capítulo 101:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Não podemos atacá-lo diretamente.- eu interrompi o momento de ameaça


bizarra dos dois. 

Catherine: Por que não? 

Eu:Por que ele é um rei, e os reis são peças frágeis. Por isso tem que estar
rodeados de outras peças para que o protejam dos perigos. Um rei não pode ser
derrotado enquanto for protegido, se as outras peças caírem, o rei se torna
solitário e a derrota é garantida. 

Dylan: Você está mesmo se referindo a um jogo?- ele perguntou rindo. 

Eu: O que? Tem algo melhor a dizer? Eu conheço cada passo que eles dão, não
se esqueçam que são meus pais e eu os conheço melhor que ninguém daqui!

Harvey: E por onde começamos então? 

Eu: Temos que acabar com a campanha deles.- tomei um gole do vinho.- Temos
que fazer o povo ódio-los. 

Catherine: Como exatamente? 

Eu ri, sabia perfeitamente como, expliquei cada parte que cada um faria, Dylan
iria hackear o computador do meu pai, Jacob pediria ao seu infiltrado colocar
uma escuta no escritório, Harvey soltaria a um jornalista as transições ilegais de
dinheiro para contas estrangeiras e Catherine e eu iríamos debater contra Malcom
no dia que ele apresentaria seus projetos, eu sabia perfeitamente como deixar
meu pai sem palavras.  Estava tudo combinado para dar certo, decidimos manter
o plano somente entre a gente, apenas o jornalista e o infiltrado de Jacob
saberiam, assim, evitaríamos de dar ruim. 

O resto do jantar foi conversa jogada fora, eu sorria de orelha a orelha


percebendo que jaja conquistaria minha liberdade.

Eu estava eufórica de mais, minhas mãos estavam suando e a ansiedade batia no


peito, estava andando de um lado para o outro já fazia algum tempinho. Depois
do jantar, tudo foi acontecendo perfeitamente como planejado. Uma semana tinha
se passado desdo  jantar, alguém entrou no quarto; era Catherine. 

Catherine: Temos que comemorar que tudo está indo como planejado, vamos sair
hoje? 

Eu: Não sei não Cathe, acho melhor não. 

Nossa relação estava mais próxima, não tínhamos mencionado em nenhum


momento o nosso beijo, preferi deixar por isso mesmo.
Capítulo 102:
•Elizabeth narrando •

❄️

Catherine: Aah vamos, olha só para você.- ela riu.- Está andando para um lado e
para outro de nervosismo. Por favorr- ela implorou. 

Eu: Não quero ficar de ressaca e perder nosso compromisso de amanhã igual da
semana passada. 

 Catherine: Então voltamos cedo.- ela piscou e virou as costa.- Começa a se


arrumar que vamos sair. 

Bufei e me deixei levar como vencida, sai do quarto e fui direto ao escritório do
Jacob, queria avisa-lo para não acabar se preocupando igual da outra vez. Eu e
Jay passamos a ter um relacionamento mais ativo,conversamos abertamente e
ficávamos entre tapas e beijos mas nada sério, bati na porta do seu escritório e ele
pediu para eu entrar.

Jacob: O que foi?- ele disse deixando uma papelada de lado. 

Eu: Vim avisar que irei sair com a Cathe hoje, então não espere por mim. 
Jacob: Onde vai?

Eu: Tchauu.- disse rindo e saindo do escritório, eu não devia nenhuma satisfação
a ele. 

Já estava de noite, escolhi colocar um vestido laranja de seda detalhado, um salto


prateado e deixei o cabelo liso mesmo, fiz uma maquiagem básica e estava
pronta. Catherine estava com um vestido tubinho marsala. 

Eu: Onde vamos? 

Catherine: Na mesma da semana passada. 

Entramos no carro e eu liguei o som, eu só conseguia pensar se encontraria o Ben


novamente, ou se realmente tinha sido um sonho e eu estava ficando louca com
tudo isso. Chegamos na boate e o som já estava torando, as luzes piscavam e
aquela multidão pulava. 

Catherine: Vemm!- ela pegou minha mão me puxando para dentro e levando até
o bar. 

Eu só conseguia procurar na multidão Ben, tinha esperança em me deparar com


aqueles olhos azuis e me perder neles. Queria acreditar que nada daquilo tinha
sido um sonho, não podia ser. Eu não estava louca!

Catherine: Lizz.- ela me chamou novamente me despertando dos meus


pensamentos, eu sorri olhando para ela pegando a bebida que ela ofereceu. Não
queria encher a cara, fui tomando devagar enquanto Cathe virava um atrás do
outro. Fomos dançar, cada batida da música fazia com que eu pulasse e me
mexesse cada vez mais, é incrível como eu não me cansava de dançar.
Capítulo 103:
•Elizabeth narrando •
❄️

Cathe estava estrapolando na sua cota de beber, ela virava shot atrás de shot.
Segurei sua mão e a puxei para um canto, ela veio sorrindo perto de mim e me
beijou. Lembro muito bem que ficamos nos pegando da última vez que estivemos
ali, mas para mim tudo não tinha se passado de um momento junto com efeito da
bebida, inclusive ela não tinha nem tocado no assunto. Ela cheirava álcool e tinha
gosto de álcool, apreensiva a empurrei cautelosamente para não a machucar. 

Eu: Você entendeu errado Cathe, desculpa se eu deixar insinuar algo. 

Catherine: Vem aqui.- ela tentou me beijar novamente e então eu virei o rosto.
Eu: Não, é o álcool agindo por você. 

Catherine: Não caralho.- ela olhou friamente para mim.- Vai se fuder Elizabeth.

Ela saiu me deixando trançando as pernas voltando para a pista de dança, não
demorou muito para ela começar a beijar um garoto. Eu ri com a situação e fui
até o bar, tinha perdido totalmente o clima, fiquei a observando para ninguém se
aproveitar dela.

Estava sentada com uma cerveja na mão observando o pessoal dançar fazia um
bom tempo, senti uma mão no meu ombro. Ah meu Deus, meu Deus!
Esperançosa eu virei o olhar sorrindo para ver quem era, estava completamente
feliz por saber que tudo aquilo não tinha se passado de um sonho e que Ben
realmente estava em Londres mas meu sorriso sumiu completamente ao ver
quem era, não se tratava de Ben mas sim de Jacob.

Jacob: O que foi? Esperava ser outra pessoa?

 “Você não imagina como”, pensei e revirei os olhos. Jacob se sentou no meu
lado e Dylan logo apareceu; 

Catherine: Vocês não imaginam como elas garota é falsa.- ela disse se
aproximando cuspindo as palavras e acabou derrubando bebida em mim ao
tropeçar.
Merda.Merda.Merda. Comecei a limpar a bebida com um guardanapo que tinha
sobre o balcão.

Dylan: Cathe, quanto você bebeu? 

Catherine: Foda-se vem dançar comigo.- ela o puxou para a pista de dança. 

Jacob: Pode explicar o que acabou de acontecer?- ele olhou rindo bebendo sua
cerveja. 

Eu: Ela me beijou e eu nos afastei. -Jacob começou a rir.- O que tem de tão
engraçado?- perguntei na ofensiva. 
Capítulo 104:
•Elizabeth narrando •

❄️

Jacob segurou meu rosto e se aproximou me beijando, confesso que foi um


beijão. 

Jacob: Pensei que iria me afastar também. 


Eu ri e tomei um gole da minha cerveja, olhei para a pista de dança e senti que
estava sendo observada, procurei em volta e encontrei aquele par de olhos azuis,
acabei engasgando com a cerveja e me distraindo.

Jacob: Vai devagar.- riu.- A cerveja não vai acaba tão rápido assim não.- olhei
para ele e sorri.

Imediatamente voltei a olhar para o mesmo lugar mas não encontrei nenhum par
de olhos azuis. Droga! Era tudo coisa da minha cabeça, estava começando a ficar
louca já. Inferno!

Jacob beijava meu pescoço quando fomos interrompidos por Dylan.

Dylan: Ela está muito mal, vou levar ela para a mansão.- Catherine se apoiava
nele para não cair.

Eu: Amanhã tenho que estar disposta, vamos também.- olhei para Jacob.

Ele assentiu  e então fomos, mais uma vez tive aquela sensação de ser observada,
procurei alguém me olhando mas não encontrei nada. Dylan pegou a chave do
carro com a Cathe e eu acabei voltando no mesmo carro que Jacob. Tentei ajudar
Dylan com a Cathe mas toda vez que eu chegava perto dela, ela gritava me
chingando. 

Jacob: Está preparada para amanhã? 

Eu: Você não faz ideia.- sorri e encostei a cabeça no vidro do carro, não estava a
fim de conversar. 

Jay colocou sua mão na minha coxa e começou a fazer carinho, o olhei e sorri
colocando minha mão sobre a sua e voltando a prestar atenção na estrada. Ao
chegar na mansão fui direto para o meu quarto, Catherine já estava dormindo
então não deu muito trabalho. 

Acordei prontíssima para acabar com meu pai na sua campanha, fui direto para o
banho e coloquei uma roupa confortável, desci as escadas indo direto para a
cozinha. 

Eu: Estou faminta.- disse ao me sentar na mesa e me servir. 

Dylan: Você sempre está.- ele riu e continuou a comer. 

Eu: Haha engraçadinho.- revirei os olhos e comecei a comer. 


Catherine: Bom dia.- ela disse com uma voz péssima, estava explícito no seu
rosto que estava de ressaca.
Capítulo 105:
•Elizabeth narrando •

❄️

Dylan: Bom dia.- disse sem jeito percebendo o clima tenso. 

Terminei de comer e fui para o escritório do Jay, ele não saía de lá por nada
nessas últimas semanas.Eu tentei ir de moto mas Dylan acabou me convencendo
que seria melhor eu ir de carro com a Catherine, ao entrar no carros não ousamos
dizer nenhuma palavra, eu não tinha saído da minha razão e sou orgulhosa de
mais para começar o assunto. Permaneci calada por todo o caminho até onde
seria a campanha, ao chegar já tinha bastante pessoas, algumas participavam de
manifestações contra meu pai, e a maioria estava ali para apoiá-lo. 

Minhas mãos estavam suando frio, eu estava totalmente tensa e queria acabar
logo com isso. Com a escuta no seu escritório pude prever tudo que ele falaria e
Jay teria acesso aos carregamentos de drogas e mulheres, Dylan conseguiu
hackear suas contas com transferências ilegais para contas estrangeiras durante
seu tempo como prefeito e Harvey seria nosso informante da polícia que usaria as
informações para soltar na mídia e aos seus superiores, ele conseguiu abrir uma
investigação sobre esse caso e conseguiu entrar em contato com a narcóticos
fazendo um acordo. Estava tudo conforme o planejado para dar certo. 

Catherine: Vou comprar uma água.- ela disse se afastando de mim. 

Um homem acabou se esbarrando em mim, ele estava de boné o que não facilitou
para eu reconhecê-lo.

Eu: Ei, olha por onde anda babaca!

Xxx: Você é muito folgada novata, presta atenção.- ele disse virando a cabeça de
relance e sorrindo. 

Poderia reconhecer aquela voz mesmo que não tivesse reconhecido a frase;
aquelas foram as primeiras palavras que ele ousou a dirigir a mim, eu sorri e o
segui em meio a multidão, viramos algumas esquinas e acabamos entrando em
um beco. 

Eu: É você mesmo?- disse limpando os olhos e me beliscando para ter certeza de
que não estava sonhando ou tendo alucinações.

Xxx: Ainda não acredita não é mesmo.- ele tirou o boné rindo. 
Eu: Ah Ben, confesso que pensei que estava ficando louca.- eu ri.
Capítulo 106:
•Elizabeth narrando •

❄️

Ben: Olha Liz, não tenho muito tempo.- ele disse colocando o boné novamente.-
Estou sendo seguido, mas presta atenção.- ele segurou meus ombros e me
encarou, ele parecia assustado.- Não confia nessa garota, ela trabalha para o seu
pai. 

Eu: O que?- eu gargalhei.

Ben: Ela é uma infiltrada,agora tenho que ir, entro em contato.

Ele sorriu e saiu andando, dessa vez não teve nenhum abraço, nenhum beijo,  ele
realmente estava com problemas. Inferno! Eu era o motivo dele ter arranjado
problemas. Comecei a chutar todos aquelas latas de lixos para descontar toda
minha raiva. 

Ao me recompor voltei para o lugar que estava sendo realizada a campanha e


encontrei Catherine no celular, ao perceber que eu estava me aproximando ela
desligou o mesmo e o guardou. 

Não queria acreditar nas palavras de Ben, então preferi não alarmar nada
enquanto não conseguisse uma prova viva de que ela realmente era uma
infiltrada. Catherine estava com Jay e Dylan há algum tempinho já, não tinha
como eles não terem percebido isso. Não era com isso que eu precisava me
preocupar agora mas sim na campanha. 

Malcom se anunciou finalmente, olhei para Cathe e ri. Ele pegou o microfone e
várias pessoas a favor do seu partido começaram a gritar e levantar os cartazes,
ele continuava o mesmo, Pilar logo se juntou a ele ficando do seu lado, meu
sorriso aumentou. 

Malcom: Todos, por favor vamos nos acalmar.- ele sorriu esperando o silêncio. É
com muito orgulho que venho dizer a vocês que devemos restaurar essa cidade, e
que eu sou a pessoa certa para tirar Londres do caos assim como muitos sabem
ser prefeito não é novidade.- ele sorriu e olhou para Pilar. 

Meu sangue ferveu, os olhos de Malcom recaíram sobre mim e por alguns
segundos ficamos nos encarando. Eu sorri para ele e acabei piscando, Malcom
por sua vez apenas desviou o olhar e continuou a falar. 
Capítulo 107:
•Elizabeth narrando •

❄️

Ele apresentou suas propostas para educação como criação de creches e


implantação de escolas em tempo integral, revisão do planos de cargos e novos
concursos públicos, reformas as ruas e propriedades públicas, ampliação da rede
de assistência à saúde, construção de hospitais e mais empregos entre outras
propostas. 

Pilar também acabou falando sobre projetos na cidade e como combater a


corrupção, eu ri ao escutar a baboseira que ela falava. 

Finalmente chegou a hora que eu tanto aguardava; a coletiva de imprensa. Vários


jornalistas se juntaram ao redor de Pilar e Malcom para fazerem suas perguntas, e
lá estava eu no meio deles. Deixei com que alguns fizessem suas perguntas e
logo fiz com que todos prestassem atenção em mim. 

Eu: Como o senhor acha que conseguirá  ajudar a população com a educação e a
saúde sendo que você mesmo precisa de ajuda com a sua saúde mental?- peguei
um microfone e todos se calaram focando suas câmeras em mim. 

Malcom: Como é?- ele disse se parecendo ofendido. 

Peguei meu celular e abri na mensagem que divulgava todas as transferências


ilegais para contas estrangeiras de verbas da prefeitura que ele usava para seu
próprio bolso que consegui graças ao Dylan. Vários microfones foram apontados
para mim junto com câmeras. 

Eu: Personalidade e caráter pesam mais do que elementos psicóticos ou


anormais. Em outras palavras.- suspirei- Extrapolação! Já se nasce um criminoso
ou se forma um?-perguntei irônica com um sorriso diabólico no rosto.

Malcom saiu arrastado pela Pilar, um monte de perguntas foram dirigidas a mim,
como, por exemplo; “Como conseguiu essas informações?” , “ Você é filha de
Malcom?”. 

Apenas coloquei meu óculos escuros com um sorriso enorme no rosto e me


esquivei da multidão, não precisa causar tanto assim, pretendo acabar com meus
pais aos poucos, tirando pedacinho por pedacinho da hierarquia deles. Com essa
bomba que joguei, a polícia e a mídia cairiam em cima dele, mas seu poder o
tiraria da cadeia rapidinho, com vários juízes e quase todos departamento de
polícia comprado passaria pelo menos uma noite preso.
Capítulo 108:
•Elizabeth narrando •
❄️

Sem dizer que as provas que eu tinha conseguido podiam ser anuladas perante a
lei pois  foram conseguidas sem nenhum mandado, era só mais um jeito de
conseguir irrita-lós e declarar guerra. 

Estava no carro com Catherine e percebi que ela estava mudando o trajeto, pensei
na hipótese dela ser realmente a infiltrada que Ben disse, mas fazia tanto tempo
que ela estava entre Jacob e se fosse ela realmente esse plano já teria ido por água
a baixo, Ben estava enganado! 

Eu: Para onde vamos?- ela apenas olhou para mim e sorriu. 

Catherine nos levou até uma estrada deserta e parou o carro no meio do nada. 

Eu: Por que estamos aqui? 

Catherine: Queria conversar, apenas nós duas. 

Eu: Não precisava ter vindo tão longe assim.- debochei e revirei os olhos. 

Catherine: Queria conversar sobre o que aconteceu, ontem. 

Eu: Ei, não se preocupe.- eu sorri tentando deixar ela relaxada.- Foi a bebida
agindo por você.

Catherine: Foi a bebida agindo por você na primeira noite também?- percebi que
ela fechou a cara, eu não a conhecia direito,não sabia que ela era homossexual e
também não queria magoá-la.

Eu: Sim.- não queria magoá-la mas também tínhamos que deixar tudo claro.

Catherine: Toda vez que uma mulher levantar sua voz, vai ter alguém duvidando.
Toda vez que a gente se impor, vai ser taxada de louca por alguém. Louca é um
termo que as pessoas usam para não validar a opinião das mulheres!

Eu: Em que momento eu não validei a sua opinião? 

Ela riu e ligou o carro voltando para a mansão, não me contentei com essa
risadinha e encarei por algum tempo tentando entender o que tinha acabado de
acontecer. 
Eu: Olha, eu não queria te ofender. 

Catherine: Você não me ofendeu Liz, está tudo certo entre a gente, relaxa. Eu sei
que diz que não se esconde atrás de homem mas não se apegue a quem lhe dá o
mínimo de atenção só porque está sozinha. 

Eu engoli seco, Jacob não me dava o mínimo de atenção! Grr

Catherine: A solidão é uma condição humana, ninguém preencherá esse espaço.-


ela sorriu parecendo totalmente satisfeita com a minha reação.- O melhor a se
fazer é se conhecer e saber o que você quer.
Capítulo 109:
•Elizabeth narrando •
❄️

Eu permaneci calada, levei em consideração sua crítica por ter sido construtiva
para mim, eu realmente tenho que me reconhecer e saber o que quero mas eu
também não era a única, Cathe me levou do meio do nada para conversamos e
então decide acabar a conversar e sair dirigindo? Preferi manter a calma e
encerrar o assunto por ali mesmo.

•Benjamin narrando •
❄️

 Cheguei em casa e fui para o quarto que Liz ficou, estava tudo organizado e seu
cheiro estava pregado no quarto. Me sentei na cama e olhei tudo em volta
tentando processar o que realmente tinha acontecido. A gente parecia tão bem,
tão forte, tão juntos. Quando foi que começamos a nos perder um no outro?
Amora e Thor entraram no quarto latindo e pularam na cama, comecei a fazer
carinho nos dois e observei dois bilhetes que estavam sendo segurados por um
controle. Um era para mim e outro para Lexie; abri o meu. 

“ Ben, preferi não me despedir pessoalmente porque odeio ter que dizer adeus a
uma pessoa tão especial como você. Sei que tudo isso não passará de histórias, e
que nossas imagens se tornarão figuras antigas. Que se tornará  pai de alguém,
que você tenha uma bela vida Ben, mas nesses momentos, nossos momentos não
são só histórias foi a oportunidade mais incrível da minha vida de viver sabendo
que não precisava me importar com nada que você sempre estaria ali. Isso
aconteceu, aprendi que existem coisas boas no mundo se você procurar por elas,
aprendi que nem todo mundo é uma decepção, incluindo eu mesma. Você está
vivo e perto de mim corre perigo, então por favor não me odeie. Eu te amo com
todas minhas forças!” 
Ass: Novata. 
Eu sorri ao ver que ela tinha deixado novata, peguei meu celular rapidamente e
liguei o rastreador. Liz estava em um voo e eu não desistiria tão fácil assim.
Liguei para Lexie e fui ao seu encontro. 

Lexie: O que foi?- ela disse ao me ver percebeu meu entusiasmo por telefone. 

Eu: Não vou deixar ela ir embora assim, vou ir atrás dela. - entreguei o bilhete
que pertencia a Lexie e esperei que ela lesse. 

Lexie: Como posso ajudar?- disse ao terminar de ler e guardar o bilhete no


bolso. 
Capítulo 110:
•Benjamin narrando •
❄️

Peguei meu celular e mostrei o rastreador para ela, Lexie sorriu percebendo que
pelo menos não estaríamos tão perdidos assim. 

Lexie: Faça as malas.- ela riu.

Eu: Não é assim também né, temos que nos organizar. Temos uma vida aqui,
uma família, uma rotina. 

Lexie: O que vai fazer então? 

Eu: Vem comigo. 

Entramos no meu carro e fomos direto a lojinha que comprei a arma,a escuta e o
rastreador eu não desistiria tão fácil assim. 

•Elizabeth narrando •
❄️

Depois do passeiozinho com a Cathe fomos direto para a mansão, tomei um


banho quente e peguei um balde de pipoca, me joguei no sofá e liguei a Tv no
jornal vendo a mídia cair matando no Malcom. 

Dylan: A cara de felicidade.- ele se jogou no sofá ao meu lado e pegou um


punhado de pipoca. 

Eu: Eu nem acredito, sério. 

Dylan: Você vai conseguir Liz. 


Eu: Sim,eu vou.- sorri e peguei mais pipoca.- Vou conseguir do jeito certo,
colocando os dois atrás das grades. 

Jacob: Leva esse arrombado para o galpão!- ele passou pela sala pegando a arma
e indo para a garagem. 

Dylan: Devem ter pegado o cara.- ele comeu uma pipoca e voltou a atenção para
a tv. 

Eu: Que cara?- fiquei curiosa, pelo jeito que Jay estava falando e saiu correndo 
devia ser coisa séria. 

Dylan: Aah, nada de mais.- ele se fez de difícil. 

Eu: Vai contaaa!- comecei a chacoalhar seu braço rindo. 

Dylan: Tabom, tabom.- ele bufou.- Tem um cara  que tava seguindo a gente,
totalmente previsível. Jay acha que ele trabalha para o Malcom e agora vai
interrogar ele. Faz um tempinho que tava seguindo a gente já, desde daquele
jantar que você ficou sabendo que seu pai ia ser reeleito. 

Eu: Que horror.- voltei a comer e olhar para a tv, Malcom corria dos repórteres e
eu me divertia muito vendo a reação dele e da Pilar. 

Após ter vistos todos os jornais possíveis com noticiários dos meus pais escolhi
um filme para assistir, estava distraída quando meu celular apita. Era Harvey, ele
pediu para que eu fosse na casa dele. 

Me levantei do sofá e fui até o quarto, peguei minhas coisas e fui dirigindo a
moto até sua casa. Ao chegar, a porta foi aberta pela Chole. 

Eu: Oii princesa.- eu sorri.- Seu papai está aí? 


Capítulo 111:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Oii princesa.- eu sorri.- Seu papai está aí? 

Surpreendentemente ela abraçou minhas pernas me deixando sem palavras e me


arrastou para dentro. 

Chole: Vem. 
Harvey: Deu tudo certo!- ele saiu de um cômodo todo sorridente pegando Chole
no colo a girando e mordendo sua barriga. 

Eu: Bom, a primeira parte foi tudo como planejado, agora temos que pensar na
segunda. 

Harvey: Tá brincando? Foi jogada na mídia e sem dizer que o departamento


inteiro está avigorando as provas. Ele vai ser preso Liz. 

Observei Chole ligar em um desenho e se sentar na beira do sofá com uma


boneca na mão penteando seus cabelos. 

Eu: Ele tem muita influência Harv.

Harvey: Ele tá preso,e vai continuar por um bom tempo. 

Eu: Não Harv, isso que você ainda não entendeu, as provas não foram obtidas
através de um mandato, mas sim anonimamente e pelo o que eu fiz na coletiva de
imprensa tudo indicará que eu invadi a conta bancária dele e peguei as provas, o
que é crime perante a lei. 

O sorriso no rosto de Harvey sumiu, ele finalmente entendeu que apenas


tínhamos ganhado uma batalha e não a guerra toda. Precisava mais do que uma
coletiva de imprensa para ganhar dos meus pais, para prender aqueles sociopatas.
E agora que já tinha colocado fogo no parquinho com toda certeza iriam revidar. 

Acabei conversando com Harvey sobre os prós e contras de todo o plano inicial,
sem percebermos já estava escurecendo. 

Eu: Preciso ir, está ficando tarde. 

Harvey: Fica para o jantar.

Eu: Não quero atrapalhar, vou indo. 

Harvey: Olha só filha, a Liz esta desmerecendo a comida do papai. 

Chole: Mas ela nunca comeu.- ela se levantou do sofá vindo até nós.- Fica!- me
olhou com aqueles olhos pidão, revirei os olhos e sorri me dando por vencida, já
estava ali mesmo. 

Harv decidiu preparar uma macarronada, fui invadindo a cozinha e abrindo todos
os armários procurando por temperos e o molho. 

Chole: Macarrão do Barney? 


Harvey: Sim filha, e adivinha só; a Liz que vai fazer. 

Eu: Eii, sou a visita aqui. 

Chole: Agora vai fazer.- ele tentou fazer cara de brava e eu acabei rindo. 
Capítulo 112:
•Elizabeth narrando •

❄️

Harv foi tomar banho e a comida sobrou toda para mim, e Chole acabou me
ajudando, perguntei para ela como era o macarrão do Barney, que no caso era o
macarrão de molho vermelho. 

Fizemos a maior bagunça na cozinha, Chole e eu decidimos fazer dois molhos, o


vermelho e o de queijo. Harv se juntou para a bagunça também e a cozinha virou
uma farra só. Ao terminar de despejar o molho vermelho sob o macarrão raspei o
dedo na rapa e passei no nariz da Chole a fazendo rir muito.
Ao terminar de preparar o macarrão, fomos comer; 

Harvey: Uhumm, isso está muito bom. 

Chole: Lógico papai, olha quem fez.- ela colocou a mão sobre o queixo e mandou
beijinho. 

Terminamos de comer e Chole me arrastou junto com ela para o sofá, ela ligou
em um desenho enquanto Harv ficou encarregado da louça, eu tentei ajudá-lo
mas Chole era teimosa de mais. Acabou que ela encostou sua cabeça no meu
peito e acabou adormecendo. 

Harvey: Vou leva- lá para a cama.- ele disse a pegando no colo e levando para o
quarto. 

O acompanhei até o quarto e o observei a deixar na cama,cobri- lá e beijar sua


testa. 

Eu: Você é um pai incrível, Chole tem sorte. 

Harvey: Me esforço o máximo para fazer o papel de mãe e pai. 

Eu: Saiba que está fazendo um ótimo papel então.- o encarei e sorri, ficamos em
silêncio por um tempo.- Bom, acho que já deu meu horário né. 

Harvey: Eu a acompanho até a porta. - ele foi na frente. 


Eu: Obrigada pelo jantar.- já estava do lado de fora do apartamento, e tinha
chamado o elevador. 

Harvey: Sabe Liz, eu que agradeço. Fazia tempo que não via Chole tão feliz
assim, é como se a mãe dela estivesse aqui. 

O clima tenso percorreu por todo ambiente, era uma situação delicada e eu não
fazia ideia do que dizer. Abaixei o olhar e sorri tentando não deixar o clima tão
pesado. 

Eu: Boa noite.- entrei no elevador e esperei a portas se fecharem para soltar todo
o ar que segurava. 

Liguei a moto e acelerei indo até a mansão, aquele vento, aquela brisa era tão
relaxante. Parecia que eu estava me libertando de tudo enquanto dirigia, mas
ninha realidade logo veio à tona quando entrei na mansão e encontrei Jacob
gritando. 
Capítulo 113:
•Elizabeth narrando •
❄️

Jacob: PORRA DYLAN, COMO VOCÊ DEIXA A MINA SAIR ASSIM


CARA? MALCOM DEVE TER SE VINGADO JÁ!- ele gritava e peitava
Dylan. 

Ao me ver entrando na sala,Jacob veio até mim me encarando, notei a raiva


enaltecer em seus olhos e traços do rosto. 

Jacob: ONDE VOCÊ ESTAVA GAROTA???- me encarou. 

Eu: Eu estou na sua frente, não tem necessidade de gritar.- Tentei manter a
calma. 

Jacob: CARALHO QUE INFERNO.

Ele jogou um abajur no chão e se dirigiu ao seu escritório, Catherine e Dylan me


encaravam,que ceninha ridícula.

Eu: O que aconteceu? 

Dylan: Mataram o infiltrado que tínhamos há dois anos com Malcom. 

Eu: Que merda.- bufei pegando meu celular, tinha várias ligações perdidas do
Jacob, é ele estava preocupado mesmo. 
 Catherine: Sabe, acho muito arriscado colocar outro infiltrado. - ela disse
lixando as unhas. 

Foi aí que eu me toquei, a hipótese do Ben já podia ser levada em consideração.


No dia do acordo com Harv, Cathe fez com que eu enchesse a cara e perdesse o
horário, ela tem acesso a todas nossas informações e também teve a vez que ela
me chamou para sair antes da campanha de eleição. Bom, os fatos não são
concretos são da minha cabeça, mas poderia começar a cogitar isso, teria que me
virar para conseguir provas. Fui até o escritório do Jay e o encontrei de saída. 

Jacob: Eu vou matar aquele filha da puta.- disse friamente descendo as escadas e
indo até a garagem, fui o seguindo. 

Eu: De quem? Do que está falando?- segurei seu braço mas me arrependi no
momento em que ele me olhou. 

Jacob: Olha só Liz, acho que você não entendeu ainda.- ele veio se aproximando
seu corpo do meu bruscamente. - Está tudo dando errado, e tem um infeliz que
estava me seguindo.- ele passou a mão na cabeça tentando conter a raiva.- Aaah
eu vou mata aquele filha da puta se ele não disser para quem trabalha. 

Jacob virou as costa e entrou no carro, eu voltei para dentro da mansão e fui
direto para a cozinha, peguei uma garrafa de vinho e uma taça indo para o quarto,
preparei a banheira e fiquei relaxando com o vinho enquanto ouvia uma música. 
Capítulo 114:
•Benjamin narrando •

❄️

Três meses tinham se passado, a saudade batia no peito e rasgava. Todos os dias
me lembrava o motivo para eu continuar a fazer aquilo. Minhas malas estavam
prontas; logo Emily aparece no quarto junto com Amora e Thor. 

Emily: Vou sentir saudades.- disse chegando perto de mim.- Se cuida viu mané.-
eu acabei rindo da sua delicadeza. 

Eu: É por pouco tempo pirralha, relaxa que tudo vai dar certo.- sorri a
abraçando. 

Minha mãe apareceu na porta chorando; fiquei meio sem jeito e sorri para ela.
Contei para as duas que iria atrás de Liz, na primeira semana fiquei um pouco
abalado com sua partida e elas viram como sofri então aceitaram numa boa. 
Margareth: Aah meu filho, promete que vai ter cuidado?- ela disse me
apertando. 

Eu: Eu sempre tomo mãe.- beijei sua testa 

Margareth: Salve aquela menina, e venham logo para casa. 

Eu: Não vai dar nem tempo de sentir saudades.- abracei as duas e me despedi. 

É claro que eu não contei a elas que estava indo salvar a princesa encantada das
mãos de um chefe de quartel que era dono de quase toda a cidade, apenas
expliquei a elas que Liz fugiu por que estava com medo e então elas acreditaram.
Lexie me buscou em casa e me levou até o aeroporto. 

Lexie: Presta atenção, se você sumir por mais de cinco horas eu pego o primeiro
voo até Londres, entendeu?- disse seria. 

Eu: Sim, senhora. 

Descemos do carro e entramos no aeroporto, Lexie esperou eu entrar no avião


para ir embora. Deitei a cabeça no vidro do avião e comecei a refletir como
minha vida virou de cabeça para baixou nesses últimos meses, por uma pessoa
fui capaz de mudar meu pensamento sobre o mundo; onde eu só conseguia ver
mil maravilhas no meu mundinho, eu me preocupava em tirar notas baixas e
reclamava de não poder sair ou ter que trabalhar na empresa. Com o passar do
tempo, vendo a Liz e a conhecendo verdadeiramente percebi que minha vida não
se passava de rótulos. Eu vivia em prol da sociedade tentando agradá-la, tendo
uma vida normal e ainda assim, reclamando. Liz me mostrou que eu vivia em um
mundo de mil maravilhas mudando totalmente minha perspectiva sobre tudo.
Capítulo 115:
•Benjamin narrando •
❄️

Liz me mostrou que eu vivia em um mundo de mil maravilhas mudando


totalmente minha perspectiva sobre tudo. Eu não estava indo atrás dela por ter
feito eu ver o mundo de outra forma mas sim porque ela me fez uma pessoa
melhor, deixou meu mundo melhor e sem ela estava se despedaçando aos poucos,
Liz não me deu o benefício da dúvida de escolher lutar por ela ou continuar
minha vida. Quando a vi partir pela sacada do meu quarto tive uma sensação
horrível, mas nada comparado ao passar dos dias, aquele vazio que conseguia me
tirar do eixo, os dias passaram e suas palavras escritas no bilhete ficavam
martelando mais em mais na minha mente, eu só pensei no seu sorriso, sua cara
de marrenta, sua respiração perto dos meus ouvidos, pensava em como me sentia
livre com ela. Voltei naquela lojinha inúmeras vezes, e em todas eu ficava sem
reação totalmente perdido, por onde começar? Como me infiltrar no meio de
quartéis? 

Lexie tomou a frente de tudo, ela começou a pesquisar sobre a mãe da Liz, tentou
achar algum acidente relacionado a queima da casa mas não encontrou nada. Foi
então que eu cansei, cansei de me sentir um inútil; comecei a fazer treinos de
pontaria, ter aulas de luta e comprei uma passagem para Londres, sem nenhum
pista, nenhum rastro que levaria a Liz, só tinha aquele rastreador e a insegurança
de que eu realmente conseguiria. 

❄️
•Elizabeth narrando •

Acordei sorrindo, não sabia exatamente o motivo mas acordei de bom humor e
não estava afim de deixar ninguém estraga-lo, coloquei um pagodinho no meu
celular e fui escovar o dentes. Ao terminar fui direto para a cozinha;

Dylan: Hoje é dia de comemorar?? 

Eu: Vamoos!- me sentei e comecei a cantar junto com o refrão da música. 

Dylan: Onde vamos? 

Eu: Eu só quero ficar a vontade, vamos aproveitar a piscina e de noite saímos. 

Catherine: E SE EU DISSER, QUE NÃO TE QUERO É QUE EU TE QUERO


AINDA MAIS!- ela entrou na cozinha cantando. 

Dylan e eu nos levantamos e começamos a cantar também, maravilhoso, todos de


bom humor. 

Dylan: Vou buscar o carvão e vamos fazer churras.

Catherine: Tem coisa melhor? 


Capítulo 116:
•Elizabeth narrando •

❄️

Rimos, Dylan saiu atrás do carvão e eu fui terminar meu café da manhã. Cathe
conectou meu celular na Caxinha de música e aumentou no máximo.  Terminei
de comer e subi para o quarto colocando o biquíni, fui até o escritório de Jacob
para avisar dos planos que a gente tinha para hoje mas não o encontrei, fui até
seu quarto mas nada. Bufei, deveria estar no galpão. Liguei para ele mas acabou
caindo na caixa postal, deixei uma mensagem e fui até a parte da piscina. 

Catherine: Uau, que gata. 

Fiquei sem jeito mas acabei agradecendo, era muito estranho conviver com ela.
Em um momento ela me elogiava e em outro acaba comigo por palavras, muito
bipolar. Entrei em ritmo do pagode e logo Dylan chegou entregando as cervejas
para nós. 

Dylan: Geladinha.

Catherine: Da melhor forma possível.- rimos. 

Eu: Vou chamar o Harv.- disse já pegando meu celular, os dois me encararam me
reprovando.

Dylan: Melhor não Liz, Jay não vai gostar nem um pouco de ter um federal na
casa. 

Catherine: Sem falar que ele tá estressado esses dias, o cara que ele tá torturando
não abre a boca. 

Eu: Mas gente, deixa que eu lido com ele, Harv vai vir com a filha tomar cerveja
com a gente.

Os dois se entreolharam e deram de ombros, liguei para Harv e passei o endereço


para ele, avisei para trazer biquíni para Chole e boia. 

Dylan: Ainda dá tempo de não fazer essa cagada. 

Eu: Relaxa, tudo sobre controle.- eu ri e o ajudei a acender a churrasqueira. 

Catherine: Meu Deus, vocês acabaram de tomar café.

Eu: Já faz um tempinho.- ri, realmente estava uma draga. 

Meu celular começou a tocar e era uma ligação do Harv, ao atender ele disse que
estava na frente esperando para entrar mas os capangas do Jay o impediram. Fui
até a frente e liberei sua passagem.

Eu: Eu pensei que vocês não iriam vir. 

Chole: Meu papai não queria, mas eu estou doida para nadar.- ela saiu do carro já
de biquíni com a boia nos bracinhos. 
Harvey: Você me põem em cada uma, Liz. 

Eu: Aah, o que tem de ruim tomar uma cervejinha? 

Peguei Chole no colo e fui andando na frente enquanto Harv pegava uma bolsa e
as cervejas. 

Eu: Ali esta a piscina.- mostrei para Chole. 


Capítulo 117:
•Elizabeth narrando •

❄️

Chole: Ebaa, entra comigo?- ela perguntou apertando minhas bochechas. 

Eu: Deixa só eu ajudar o papai com as coisas e já vamos, tabom? 

Chole: Tabomm.- a coloquei no chão e ela correu até a borda se sentando e


colocando os pezinhos na água. 

Harvey: É o pessoal aqui está bem animado.- colocou as cervejas no balcão. 

Dylan: Eae cara.- eles apertaram as mãos. 

Catherine: Sabe que não deveria ter vindo, né?

Eu: Cathe.- a repreendi.- Bom, se sinta à vontade. Ali ficam as cervejas e aqui a
comida.- mostrei a churrasqueira. 

Dylan: Jaja, eu deixo você assumir aqui.- se referiu a churrasqueira e jogou uma
cerveja para ele. 

Entrei na piscina com a Chole e começamos a brincar de sereia, ela se cansou de


nadar e pediu para mexer no meu cabelo, eu peguei uma cerveja me sentando no
banco que tinha e a deixei mexer. Dylan serviu uma porção de carne no bar
molhado e se juntou a nos na piscina, Harv e Cathe também entraram. 

Chole: Vamos brincar de cobra cega?- ela subiu cavalão em mim perguntando a
todos. 

Harvey: Não filha, eles querem conversar.-ela fez careta. 

Catherine: Tá comigo, vai. 


Ela começou a contar e todos se espalharam pela piscina, Chole ainda estava em
cima de mim. Brincamos por muito tempo, era minha vez, com os olhos
vendados estava tentando pegar alguém.

Jacob: Posso saber que putaria é essa?

Tirei a venda dos olhos, todos o encaravam, seu olhar transbordava ódio, ele
estava parado na beira da piscina com os braços cruzados 

Eu: Estamos fazendo churrasco, ouvindo música e brincado de cobra cega na


piscina, quer se juntar?- disse simples e totalmente irônica, era óbvio o que
estávamos fazendo.

Jacob: Por que você acha que eu me juntaria a vocês com esse babaca por perto?
- ele apontou a Harvey.

Chole: Ei,olha como fala com meu papai.- ela jogou água nele toda brava. 

Harvey: Chole- a repreendeu a segurando em seus braços. 

Jacob: Ele é um federal caralho, não posso sair um pouco dessa casa que vocês já
fazem merda? Porra! 

Harvey: Vou embora, relaxa. -ele segurou a Chole no colo e já estava saindo da
piscina.
Capítulo 118:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Não vai não, são meus convidados!- disse o segurando.- Você que lute com
seu ego, eles ficam. 

Dylan: Liz.- ele tentou me calar. 

Eu: Não Dylan, as coisas não funcionam como ele quer; já ouviu aquele ditado
Jacob? “Os encomendados que se mudem?”- sai da piscina o enfrentando. 

Jacob se aproximou-se de mim, eu o encarei esperando ele reagir. 

Jacob: Como é? 

Eu: Isso aí, não desconta sua frustrações em quem não tem nada a ver, estamos
curtindo qual o problema disso? 
Ele segurou meu pescoço me machucando, me encarou querendo me matar,
percebi em seu olhar. Jacob segurou na minha nuca me puxando pelo cabelo e
arrastando até dentro da casa. 

Eu: Me solta caralho.- tentei golpeá-lo mas ele era forte de mais.

Jacob: Eu já tenho problemas de mais, não vou aturar você me desrespeitando


assim na frente de um monte de gente.

Eu: A me poupe, você quer sair por cima de tudo né? Machão. 

Ele me arrastou até meu quarto e me jogou lá dentro bruscamente, Jacob me


olhou com seus olhos fervendo de raiva e pegou a chave do quarto a trancando. 

Eu: QUE PORRA É ESSAA?- bati na porta. - NÃO SOU CRIANÇA PARA
FICAR DE CASTIGO NÃO MEU BEM!

❄️
•Benjamin narrando •

Depois de chegar em Londres comecei a seguir o rastreador, Liz ia há algumas


casas de moto, ficava lá por um tempo e quando saía ia imediatamente para
aquela mansão, tive muitas oportunidades de conversar com ela na rua, mas
nunca tiver certeza de que ela estaria sozinha. Estava lendo a reportagem sobre a
reeleição de prefeito que encontrei Pilar, me assustei, ela estava junto com um
homem com o sobrenome Cooper, ele tinha apenas um olho e o outro estava com
um tapa olho,  me espantei de início mas depois comecei a pensar na hipótese de
que poderia ser o pai de Liz. 

Eu precisava ter certeza, precisava conferir com meus próprios olhos que aquele
não era o filha da puta que a estrupou, liguei imediatamente para Lexie para que
ela visse no noticiário, desde que cheguei em Londres ela estava a par de tudo. E
foi naquele jantar que encontrei Liz, quando meus olhos a encontraram não
consegui parar de olhá-la por nenhum momento,
Capítulo 119:
•Benjamin narrando •
❄️

Ela estava maravilhosa naquele vestido preto, observei que estava acompanhada,
comecei a analisar aqueles rostos e tirei algumas fotos para mandar para Lexie
para ela tentar descobrir quem era. De tanto encara-lá chamei atenção de Liz,
onde tivemos nosso primeiro encontro após três meses.  Fiquei tão feliz em revê-
la que me encorajou mais de continuar e tirá-la de tudo isso. Ela acabou indo
embora cedo, fiquei para o discurso de Pilar e quando estava de saída fui
repreendido por ela. 

Pilar: Hora, hora olha o que temos aqui.- ela riu debochada.- Um cãozinho
perdido.- ela sorriu e tomou seu vinho, já sabia de quem Liz tinha puxado seu
deboche. 

Eu: Fico feliz que ainda tenha um bom humor. 

Pilar: Está muito longe de casa garoto, cuidado onde se mete.

Xxx: Cadê ele? -uma mulher chegou perguntando, notei que era a mesma que
estava na mesa com a Liz.

Pilar se retirou me deixando sozinho, segui o rastreador de Liz que me levou


naquela mansão novamente.  Peguei minha arma e a segurei, não sabia o motivo
de tê-la pego e nem o motivo deu estar ali. Um carro chegou; era um homem e
uma mulher, mas nada da Liz, observei bem e era a mesma mulher que
conversou com Pilar. Puta que paril Liz, no que você se meteu? Tirei fotos da
mansão, da mulher e mandei tudo a Lexie. 
Guardei a arma, observei que tinha câmeras por todo lado, sai andando, a essa
hora já deveriam ter me notado. Liguei para Lexie;

~Ligação on~

Lexie: Oie Ben, como está? 

Eu: Me encontrei com ela. 

Lexie: O quee? Ela tá bem? Já estão voltando? - eu ri com seu otimismo.

Eu: Ela tá em uma mansão separada da mãe e parece que aquele Malcom é
realmente o pai dela. 

Lexie: Puta que paril Ben, você tem que ir na polícia. 

Eu: Lexie, como eu vou na polícia dizer que o prefeito estrupou a Liz há dois
anos atrás sem nenhuma prova? 

Lexie: Que saco! Vou tentar hackear...

Eu: Você não vai hackea nada, entendeu?- falei bravo.- Não é para se envolver
com essa gente. 

Lexie: Mas Ben...


Eu: Mas nada, Lexie. 

Notei que tinha um carro me seguindo, poderia ser os homens de Pilar ou da


mansão que me viram através das câmeras. 
Capítulo 120:
•Benjamin narrando •

❄️


 

Eu: Tem mais uma coisa.- eu disse apressando os passos.- Pilar sabe que eu estou
aqui. 

Lexie: Merda, não pode entrar em contato com ninguém mesmo? 

Eu: Preciso ir agora, depois dou notícias. 

~Ligação off~

Desliguei o celular rapidamente e comecei a correr, peguei minha arma na mão e


percebi que o carro ainda estava me seguindo. Os caras começaram a atirar, eu
saí correndo o mais rápido que pude e atirava para trás tentando acertar o carro,
entrei em uma construção abandonada, era enorme parecia ser um shopping.
Ainda estavam me seguindo, eu procurava uma saída, eu estava suando, tudo
poderia ir por água abaixo naquele momento. Eu poderia ser baleado a qualquer
momento, poderia morrer, poderia ir ao encontro do meu pai sem nem ter me
despedido da minha família, deixaria Liz no meio disso tudo, Lexie
enlouqueceria por ficar sem notícias minhas, mil coisas se passaram por minha
cabeça e a única que eu levei em consideração é que hoje é um dia horrível para
morrer. Me escondi atrás de uns materiais de construção e conferi o tanto de
balas que eu tinha. 

Fudeu, simplesmente fudeu! 


Eu só tinha uma bala! 

Permaneci em silêncio, dois caras aparecem armados me procurando com


lanterna, conforme eles passavam eu ia me esquivando das suas vistas. Não tinha
para onde correr, parecia um pátio enorme onde eu estava, e estava sem
vantagem alguma e SEM BALA! 

Os dois passaram a diante e se separaram, um subiu as escadas rolantes que


estavam paradas e o outro continuou pelo corredor, poderia voltar para a entrada
facilmente mas não sabia o que me esperava lá e nem quem. 
Esperei um tempo para ter certeza que os dois estavam longe o suficiente para
dar tempo de eu correr. Sai procurando uma saída em todos os lugares possíveis
mas não encontrei nada, o único lugar que tinha era a entrada, era minha única
alternativa e eu tinha que arriscar. 

Respirei fundo e fui andando pela lateral da parede para não ser surpreendido por
nenhuma bala tanto por trás quanto pela frente
Capítulo 121:
•Benjamin narrando •
❄️

. Ao sair pela porta do shopping encontrei o carro, a porta do motorista estava


aberta e na frente havia um cara fumando, olhei para minha arma e para ele
distraído. Apontei para ele mirando bem na sua cabeça, fiquei um bom tempo
mirando e tentando tomar coragem para atirar, eu sabia que era minha vida ou a
dele, sabia perfeitamente que estava em desvantagem e se atirasse somente para
machucar ele atiraria de volta, ainda assim , se atirasse chamaria a atenção dos
outros e tudo ficaria pior ainda. 

Fui me aproximando lentamente, ele continuava fumando seu cigarro todo


distraído, com a arma bati na sua cabeça com muita força o fazendo cair. Entrei
no carro e por sorte a chave estava no contato. 

Eu: Otários.- disse aos dois que saíram do prédio, mostrei o dedo do meio para
eles e ambos começaram a atirar. 

Dei ré bruscamente saindo dali o mais rápido que podia, provavelmente aquele
carro teria rastreador, dirigi o mais rápido que pude para longe dali e abandonei o
veículo na rua. Voltei para o hotel que estava ficando andando mesmo; eu só
queria deitar a cabeça no travesseiro mais uma vez e acordar sem ter que me
preocupar de ser baleado. 

Acordei com os raios de sol batendo no meu rosto, fiquei puto obviamente,
estava morrendo de sono ainda mas acabei despertando, peguei meu celular e
abri na conversa com Lexie, ela tinha encontrado a garota e realmente essa garota
tinha um passado com Malcom, merda! 

Passei o dia todo tentando juntar alguma pista, tentando provar alguma coisa para
a polícia. Acabei perdendo o dia, os dias foram se passando e eu ficava as
espreitas observando aquela mansão, a garota saia diariamente e sempre que Liz
saia ela estava acompanhada. Passava meus dia tirando fotos e esperando algum
deles fazer alguma cagada, não via outro jeito de ajudar. Mas estava sendo inútil
do mesmo jeito, precisava cutucar a ferida para ser notado. 
Estava observando a mansão, já estava de noite, vejo Liz e a garota saírem de
carro, peguei meu telefone e liguei no rastreador torcendo para ela ter levado o
celular e assim eu a segui de táxi.
Capítulo 122:
•Benjamin narrando •

❄️

Depois de ter a encontrado na boate voltei para o hotel, acabei sendo perseguido
novamente mas consegui despista-los. 
A partir desse dia minha vida foi baseada em fugir, para todo lugar que eu ia
tinha caras armados me perseguindo e tentando atirar em mim, acabaram
invadindo o hotel e reviraram todo o quarto, passei a fugir e trocar de dormitório
toda noite. 

Quando tive a oportunidade de avisar Liz sobre a garota não pensei duas vezes, 
mas me coloquei muito em risco, ao sair do beco que conversava com ela fui
surpreendido por uma vã, dois caras me seguraram e me puxaram para dentro da
vã me apagando com um pano.

Ao abrir os olhos eu estava amarrado em uma corrente, estava desarmado e sem


meu celular. Dois caras apareceram e permaneceram calados, parecia uma sala,
tinha uma mesa cheia de objetos cortantes como faças, adagas, pregos, tesouras,
tinha vários chicotes pendurados na parede e um monte de sangue no chão.
Engoli seco ao ver tudo aquilo, realmente não estavam para brincadeira. 

Xxx: Como já percebeu, meu caro, você tem duas opções; ou fala por bem ou por
mal, de qualquer jeito vai morrer.- ele riu olhando para o colega. 

Eu: O que quer saber? 

Xxx: Para quem trabalha? 

Eu: Ninguém. 

O cara inclinou a cabeça para o colega e os dois foram até mim, com um pano
um deles colocou sobre meu rosto e o outro jogou água me segurando. A água
entrou pela boca, pelo nariz e não parava, eu estava engasgando e perdendo o ar. 

Xxx: Para quem trabalha porra!- ele tirou o pano e socou meu rosto.

Eu: Eu disse que não trabalho para ninguém!


Novamente colocaram o pano e jogaram água, eu estava me afogando através de
um pano, a água invadia muito rápido e eu só conseguia engasgar. 

Xxx: Pega a bacia.- o outro trouxe e seguraram minha nuca me afogando dentro
da bacia, eu me contorcia tentando levantar o rosto, já não tinha mais ar e estava
engolindo água, me contorcendo até que meus movimentos foram ficando fracos.
Estava engolindo muita água quando me puxaram de volta. 

Comecei a tossir muito e tentei me recompor. Eles estavam rindo de mim e então
fui para dentro da água novamente.
Capítulo 123:
•Benjamin narrando •
❄️

Tudo outra vez, a sensação de não conseguir respirar, o desespero, eu tentava sair
mais os filhos da puta me seguravam. Depois de três vezes me afogando eles
desistiram desse método e pegaram o chicote. Preso naquela corrente eu me
afastei até a parede, assim era mais difícil de me acertar. 

Infelizmente não demorou muito para eles me prenderem em uma cadeira me


deixando ileso, tiraram minha camisa deixando minhas costas nua e começaram a
chicotear, eu ouvia risadas e a cada chicotada sentia que os machucados estavam
na carne viva, não os dei o prazer de gritar, permaneci calado até um terceiro
homem chegar. 

Xxx3: O chefe tá aí, mandou deixar ele aí sem comida e bebida por três dias que
depois ele resolve. 

Xxx: Se fudeu babaca.- eu ri e o mesmo veio para cima de mim me socando,


senti o sangue escorrer pelo meu rosto. 

Eles saíram me deixaram preso na corrente novamente, só pensava em um jeito


de sair dali, mas não tinha nada; nenhuma janela, nenhuma outra porta a não ser a
que eles tinham saído. As correntes que me prendiam estavam presas a um ferro,
tentei soltar mas foi em vão. 

Não desistiria da minha vida assim, não iria morrer assim, não desse jeito.
Continuei tentando sair daquela merda mas aquela corrente não soltava. Minhas
costas estavam latejando é meu pulso cheio de marcas, conseguia sentir o sangue
escorrer por elas, alcancei a camiseta que estava jogada do chão e a coloquei para
os ferimentos não ficarem a mostra e não infeccionarem. Encostei a cabeça na
parede tentando não encostar as costas e então fechei os olhos, não era para
dormir, era somente para descansar as vistas. Precisava repor energias para
aguentar ficar três dias sem comer. 
Sem meu celular não poderia entrar em contato com Lexie, pelo o que eu a
conheço ela ficaria preocupada e em menos de horas estaria saindo do avião já
em Londres. Tinha que dar um jeito de sair dali logo, não podia colocar a vida da
Lexie em risco, não podia! Nunca me perdoaria por isso!

Capítulo 124:
•Jacob narrando• 

❄️

Eu estava explodindo de raiva, meu infiltrado no Malcom foi morto por ter sido
descuidado e o cara que me seguia a um bom tempo finalmente tinha sido pego,
pedi aos meus capangas para apaga-lo e levá-lo até o galpão. Meus capangas o
torturaram e deixaram sem comida e água por três dias mas o filho da puta não
abriu a boca. 

Eu: Eae vacilão, como está a hospedagem?- disse ao entrar na sala que o
mantinha, ele estava amarrado em uma cadeira, imobilizado e seu rosto todo
deformado de hematomas e sangrando.

Xxx: Poderia estar melhor.- ele cuspiu sangue, estava com alguns cortes no
rosto. 

Eu: Sabe que isso pode acabar logo, não é mesmo? 

Xxx: Claro, faça as honras. 

Eu: Olha só seu merdinha.-segurei seu rosto o fazendo me encarar.- Eu to


perdendo a paciência contigo, tá entendendo? 

Ele cuspiu no meu rosto, o encarei por um tempo e ri. Limpei meu rosto e soquei
sua cara, acabou fazendo outro corte no seu rosto. 

Eu: Já deu, filha da puta!- peguei uma faca que tinha em cima da mesa e cheguei
pertinho dele.- Para quem você trabalha, caralho? 

Ele somente me olhou e permaneceu calado, enquanto sangue escorria do seu


rosto. Posicionei a faca do lado da sua sobrancelha e pressionei, ele gemeu de dor
mas não ousou falar nada. 

Eu: Para quem?

Xxx: Eu não trabalho para ninguém porra, já disse.- ele me olhou feio, desci a
faca até suas pernas apenas deslizando. 
Eu: Porque me seguia? - ele permaneceu calado, o esfaqueei na perna o fazendo
gritar de dor.- PORQUE? -girei a faca dentro da sua perna. 

Xxx: Preciso encontrar uma pessoa!- ele disse fraco enquanto tentava se
recompor. 

Eu: Quem? 

Ele apenas me olhou, eu ri pela sua coragem, realmente esse babaca não me
conhecia. Esfaqueei-o novamente em outro lugar da coxa o fazendo gritar. Ele
estava fraco, todo esse tempo sem comer, sem beber nada, apanhando igual um
animal, e agora perdendo tanto sangue assim, não iria durar muito tempo. 
Comecei a olhar para ele e notei que o conhecia de algum lugar, mas não me
lembrava da onde, seu rosto estava péssimo.

Eu: Tem certeza que não irá falar nada? 


Capítulo 125:
•Jacob narrando •

❄️

Decidi abandonar a faca, peguei um ferro e pedi a um dos capangas para colocar
no fogo, não demorou muito para voltarem com o ferro quente. 

Segurei a barra de ferro e enfiei dentro do corte que tinha feito em sua perna. Ele
gritou de dor mais do que antes se contorcendo, tirei a barra de ferro e posicionei
no outro ferimento para fazer novamente.

Xxx: Para.- disse ofegante, o encarei sorrindo vitorioso. 

Eu: Quem está procurando? 

Xxx: Elizabeth! 

Tudo fez sentido, aquele era o mesmo garoto das fotos de Liz, o namoradinho de 
Toronto. Eu o soquei, ele ficou desacordado e sai da sala, aquele infeliz morreria
em pouco tempo e a Liz não precisava saber de nada.

•Elizabeth narrando •
❄️

Parei de tentar abrir aquela merda de porta e fui até a janela, era alta mas não era
impossível sair dali. Não deixaria que Jacob me desse ordem assim, quem ele
pensa que é? 

Se eu escalasse até o telhado não teria por onde eu sair, tirei o lençol da cama e
fui amarrando na fronha do colchão junto com a dos travesseiros até que desse
para alcançar o chão. A prendi firme no batente da janela e me pendurei
descendo pelos lençóis, consegui descer sem nenhum problema a e então fui até a
área da piscina, já não tinha mais ninguém, a churrasqueira ainda estava acessa.

Escutei alguns berros vindo da sala e fui até lá; Catherine e Dylan estavam
sentados no sofá enquanto Jacob gritava com eles, parei e cruzei os braços
esperando ele me olhar. 

Jacob: O QUE TÁ FAZENDO AQUI? - ele veio até mim me segurando


novamente. 

Eu: Aí aí, tá me machucando, solta!- ele segurava meu braço o apertando. 

Jacob: Eu perdi a paciência porra de garota mimada! 

Eu: Eu mandei você me soltar, caralho!- ele apertou ainda mais. 

Com meu braço solto segurei seu membro apertando com a mesma intensidade
que ele apertava meu braço, pude ver a dor em seus olhos. Ele iria reagir quando
eu apertei ainda mais fazendo ele soltar meu braço. 

Eu: Agora você vai me escuta caralho! Se você quer respeito, tem que fazer por
merecer. Não é batendo, humilhando e expulsando que você vai conseguir isso!
Capítulo 126:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Se quer ser um líder de verdade não faça com que tenham medo de você,
faça com que tenham respeito porra! É tão difícil assim?- empurrei seu corpo
para longe. 

Ele acabou me dando um tapa no rosto; eu continuei o encarando. 

Catherine: Porra Jay, sai daqui. Não precisa bater também.- ela entrou na minha
frente. 
Jacob continuou a me encarar por um tempo seu rosto estava com uma expressão
de assustado e arrependido, então ele subiu as escadas, soltei o ar que nem sabia
que estava segurando, coloquei a mão no rosto onde estava a ardência, Catherine
me abraçou. 

Catherine: Calma, está tudo bem.- encostei a cabeça no seu ombro.- Não pode
continuar enfrentando ele assim, numa dessas ele te mata.

Eu: Não é você que diz que eu me escondo atrás de homem?

Catherine riu e me soltou, olhei para Dylan e ele apenas sorriu sem jeito. 

Dylan: Vou conversar com ele, está muito descontrolado. 

Catherine: Você foi muito corajosa.- dei de ombros. 

Eu: Cadê o Harv e a Chole? 

Catherine: Quando o Jacob te levou para cima Chole começou a chorar e Harv
preferiu ir embora. 

Eu: Ótimo, pelo menos ela está bem.

Catherine: Vamos para o meu quarto esperar a poeira baixar um pouco. 

Subimos as escadas e estávamos indo para o quarto da Cathe que ficava no final
do corredor passando pelo escritório do Jacob. Estava passando quando ele
começa a gritar, fui até a porta para tentar descobrir do que se tratava. 

Jacob: Porra Dylan, aquele cara é a porra do namorado dela. 

Dylan: Você não pode se descontrolar assim cara, você bateu nela!

Jacob: Caralho, ela vai embora!- ele jogou alguma coisa no chão que quebrou.

Catherine: O que você está fazendo?- ela cochichou ao perceber que eu tinha
ficado para trás.- Sai daí, se ele ver te esfola viva. 

A ignorei e continuei atrás da porta ouvindo a conversar dos dois. 

Dylan: O que você fez com ele? 

Jacob: Já deve ter morrido a essa hora. 

Dylan: Sabe que Liz nunca vai te perdoar por isso né? 
Jacob: Ela nunca vai saber, porra!

Demorou mais minha ficha caiu, o tal cara que estava sendo torturado a um
tempinho já era Ben, o meu Ben. Inferno! Fui até o quarto da Catherine
desesperada. 
Capítulo 127:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu:  Cathe, Cathe preciso da sua ajuda. 

Catherine: O que foi? 

Eu: Jacob prendeu Ben no galpão e eu preciso tirá-lo de lá mas eu não sei como
chegar lá. 

Catherine: Não vou me envolver nisso não. 

Eu: Porra Cathe, por favor.-fiz cara de pidona.

Catherine: Vamos antes que eu me arrependa.- ela bufou dando por vencida.

Saímos do seu quarto e fomos direto para a garagem, pegamos o primeiro carro
que tinha e então saímos. 

Eu: Dirigi mais rápido. 

Catherine : Iiih, não tá ajudando hein. 

Encostei a cabeça no vidro do carro e então bufei, Cathe acelerou o carro e pegou
um caminho deserto, demorou um pouco até ela chegar no tal depósito, desci às
pressas do carro e fui entrando, Cathe veio atrás de mim, quando eu entrei vários
homens apontaram a arma para mim, deveria ser os capangas do Jacob. 

Catherine: Abaixem essas armas, porra!- ela entrou e todos abaixaram a arma.-
Cadê?- todos ficaram em silêncio.- Cadê porra? O cara que o chefe tá
interrogando? 

Um dos caras começou a descer as escadas e então abriu uma porta, o lugar fedia,
Ben estava jogado no chão todo ensanguentado e desacordado. 

Eu: Ben!-corri até ele e tentei acorda-lo mas foi em vão, tentei o pegar no colo
mais o seu tamanho era o dobro do meu. 
Catherine me ajudou, e ordenou o capanga a levar o corpo do Ben até o carro.
Colocamos seu corpo no banco de trás e eu deitei sua cabeça no meu colo,
Catherine ligou o carro e saiu derrapando. 

Eu: Ele precisa ir ao hospital. 

Catherine: Tá doida mulher? Vão fazer um monte de pergunta, olha o estado


dele. Relaxa que vou levar ao nosso médico particular. 

Ela trocou a marcha e acelerou mais o carro, olhei para Ben e seu rosto estava
cheio de hematomas roxos e cortes, coloquei a mão no seu pescoço para verificar
a pulsação e estava normal, suspirei aliviada e voltei a observá-lo, e foi ali que eu
me perdi, me perdi ficando cega de raiva, como Jacob foi capaz de fazer isso com
ele? Fechei os punhos de raiva, beijei a testa de Ben e o abracei
cuidadosamente,eu precisava daquilo.

Catherine: Seja o que for que estiver sentindo agora, acredite, o arrependimento
dói mais.- ela me olhou pelo retrovisor.
Capítulo 128:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Eu vou matar ele.

Cathe me olhou reprovando, ela sabia que não adiantaria dizer nada, nada que
falasse iria fazer com que eu mudasse meu pensamento. 

Cathe parou o carro em frente a casa do médico, o mesmo médico que cuidou do
meu ombro baleado, Cathe desceu do carro e bateu na porta desesperadamente,
eu abri a porta do carro e tentei tirar o corpo de Ben de dentro mas ele era muito
pesado, o médico logo veio e me ajudou.

Médico: Ele está muito ferido, vai ter que ir  pro hospital. 

Catherine: É para isso que Mackenear te paga? 

Médico: Vou tentar meu máximo senhorita! 

Eu: Você não vai tentar, você vai conseguir! 

Ele começou a limpar os ferimentos do Ben e aplicou uma anestesia para ele não
sentir os pontos que teria que dar em suas costas e alguns em seu rosto. Puxei
Catherine para um canto. 
Eu: Se eu levar ele para a mansão o Jacob vai terminar de matá-lo. 

Catherine: Isso nós temos certeza. 

Médico: Me ajudem aqui, o ferimento está feio!- ele gritou. 

Deixei Catherine por ali e fui pegar uma luva para ajudar o médico, eu entendia
um pouco devido aos dois anos que passei sozinha cuidando dos meus ferimentos
e me auto costurando. Depois de um bom tempo Ben estava inteiro novamente
porém desacordado. 

Catherine: Ele está desnutrido, Jacob costuma deixar seus prisioneiros três dias
sem água e comida. 

Eu: Ele está estável?- perguntei ao médico  que confirmou.- Vamos, me ajudem a
levar ele para o carro. 

Médico: Mas e a senhorita? Está com o rosto roxo.

Eu: Pode deixar que não é nada, obrigada.- sorri e então levamos o Ben para o
carro.

Catherine: O que você vai aprontar Liz? - disse ao entrarmos.

Eu: Vamos levar ele para a casa do Harvey. 

Catherine: Ficou doida?? Você vai se colocar em perigo e todos dentro daquela
casa! 

Eu: Você sabe que ele vai morrer na mansão Cathe, me ajuda nessa por favor. 

Catherine: Puta que paril Liz, vai dar merda!- ela ligou o carro e dirigiu no
endereço que eu fui informando. 
Capítulo 129:
•Elizabeth narrando •
❄️

Eu: Harvey!- bati na porta desesperada.- Harvey abre! 

Chole: Oii.- ela abriu um vãozinho da porta.

Catherine: Seu pai não te ensinou que é perigoso abrir a porta sozinha criança?-
olhei feio pra ela que riu.
Harvey: Chole!- falou bravo.- Quantas vezes eu falei para não abrir a porta
assim? 

Chole: Desculpa papai, é que eu reconheci a voz da Liza. 

Harvey: Tudo bem filha, mas não faça mais isso!- ela riu e saiu correndo.

Ele terminou de abrir a porta destrancando e arregalou os olhos ao ver o Ben


desacordado debruçado em mim e na Cathe, confesso que deu o maior trabalhão
tirar ele do carro e levar até o apartamento, Harvey estava só de toalha e cabelo
molhado isso explica o motivo de não ter atendido a porta. 

Harvey: Não quero mais problemas aqui Liz, aqui é minha casa e a minha filha tá
aqui! 

Eu: Por favor Harv, não tenho pra onde ir e se for para a mansão o Jacob mata eu
e ele. 

Harvey: Quem é ele? 

Catherine: O namoradinho dela que acha que consegue derrubar o Jacob,


totalmente hipocrita, sabemos!- ela debochou.- Mas da pra ajudar aqui que ele
pesa?- ela já estava com as costas curvadas. 

Harvey suspirou fundo e pareceu que iria se arrepender disso depois, então ele foi
no lugar da Catherine e me ajudou levando o Ben para dentro. Fechamos a porta
e Harv deixou Ben no sofá deitado, ele ainda não tinha acordado, toda vez que
meus olhos o encontravam eu sentia uma dor imensa dentro do peito como se
estivesse se rasgando aos poucos, não sei descrever mas uma raiva imensa
também recaia sobre mim, raiva por ter fugido de Toronto para protegê-lo e
mesmo assim eu ser o motivo dele estar daquele jeito, raiva por não ter tentando
ir atrás dele mesmo sabendo que ele estava com problemas, raiva do Jacob por
ter feito isso é tido a capacidade de deixá-lo para morrer mesmo sabendo de
quem se tratava, raiva por ter sido incapaz de protegê-lo. Uma lágrima escapou e
Chole abraçou minhas pernas, Harv tinha ido se trocar e Cathe estava no sofá
mudando de canal. 

Chole: Não fica assim.- ela sorriu transmitindo uma paz enorme para o meu
coração e foi aí que eu desabei mais ainda. 
Capítulo 130:
•Elizabeth narrando •

❄️


Comecei a chorar e agachei no chão a abraçando, Chole passou as mãos no meu
cabelo e me apertou aquele cheirinho de bebê me deu uma sensação de
tranquilidade. Minhas lágrimas cessaram e então ela afastou seu corpo sorrindo
toda meiga e limpou uma lágrima que teimava em cair. 

Chole: Não fica assim, vai ficar tudo bem!- Ela beijou minha bochecha e eu sorri
boba e totalmente sem jeito.

Harvey: Filha, vamos tomar banho jaja vai esfriar. 

Chole: Tabom papai. 

Ela se levantou me deixando sozinha no tapete e então me sentei no sofá ao lado


do Ben que estava deitado. 

Harvey: Vou dar banho nela mas a senhorita vai me explicar tudo certinho
depois, tá ouvindo?- eu assenti e ele saiu. 

Catherine: Acho melhor eu ir embora né. 

Eu: Não sei nem por onde começar a te agradecer.- sorri sem jeito para ela.-
Obrigada por ter se arriscando tanto assim. 

Catherine: Imagina.- sorriu.- Mas toma cuidado Liz, Jacob não é o mesmo que
você conhecia a dois anos atrás. 

Eu: Acha mesmo que ele seria capaz de me matar?

Catherine: Olha, não posso falar por ele, mas sei que quando ele fica com raiva
ele fica cego, veja o seu rosto.- ela deu de ombros e eu passei a mão no rosto
onde ele havia batido, estava com uma ardência.

Eu: Bom, é melhor ele guardar essa raiva toda para outro momento. 

Catherine: Não desafia Liz, uma hora você vai cai do cavalo.- ela se levantou e
pegou a chave do carro saindo do apartamento e me deixando pensativa sobre o
assunto.

Harvey ainda estava dando banho na Chole, arrastei meu corpo até Ben e então
beijei sua bochecha na esperança dele acordar, mas como estava sobre o efeito do
medicamento demoraria para acordar.

Estava olhando para Ben enquanto mil e uma coisas se passavam pela minha
cabeça, e todas elas me faziam me sentir culpada por ver o Ben nessa situação. 
Harvey fez um toddy e deu para a Chole que acabou dormindo rapidinho no
quarto enquanto assistia desenho, ele se juntou comigo na sala e se sentou no
chão ao meu lado. 

Harvey: Sou todo ouvidos.


Capítulo 131:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Eu te contei que depois do estrupro eu fugi né, enfim eu conheci ele em
Toronto e nos apaixonamos, não sei explicar foi tudo muito rápido sabe?- ele
assentiu.- Mas foi aquela coisa verdadeira, teve conexão.- respirei fundo e engoli
o choro.- Ele colocou um rastreador na minha mochila e me seguiu até aqui,
resumindo; Mackenear o pegou e fez isso com ele. 

Harvey: E o que pretende fazer agora? 

Eu: Não sei,mas não vou fugir.

Harvey: O que é isso no seu rosto?- ele segurou meu rosto levando
cautelosamente o machucado até a luz.- Está roxo Liz. 

Eu: Não foi nada.- coloquei a mão em cima e senti aquela ardência, Harvey me
encarou tentando tirar mais informações e então eu cedi.- Mackenear. 

Harvey fechou a cara e se levantou, foi até a cozinha pegando um gelo para mim
e me entregando. 

Harvey: Do jeito que ele é surtado, não dou dois dias para ele chegar atirando. 

Eu: Não vou ficar muito tempo, não quero causar problemas. 

Harvey: De problemas eu já estou atolado, o que é mais um né?- ele riu.- É até
bom pra mim que amanhã você banca a babá, vou sair cedo para trabalhar, caso
acorde e eu não esteja aqui já sabe.- ele saiu andando para o quarto.- Vem, vai
tomar um banho quente que vai esfriar, vou deixar a roupa no quarto de
hóspedes.

Eu: Não precisa, sério. 

Harvey: Não faça essa desfeita.- ele jogou uma toalha para mim. 
Eu sorri e peguei a toalha entrando no banheiro, ele também pegou um sabonete
novo para mim, tomei um banho rápido para não incomodar e coloquei as roupas
que ele deixou para mim, devia ser as da sua esposa, um conjunto de moletom,
realmente iria fazer frio. Me senti um pouco desconfortável ao me ver no espelho
com aquelas roupas que não me pertenciam mas ao abrir a porta e me deparar
com Harvey escovando os dentes me senti melhor. 

Harvey: Uau.- ele deixou escapar me olhando com a boca cheia de pasta de
dente, eu ri e fui até a sala. 

Eu: Eu sei que já estou abusando da sua hospedagem, mas tem o que pra comer? 

Fui bem cara de pau mesmo, estava com fome apesar de ter comido churrasco. 

Harvey: Tem miojo no armário, se vira lá. Fica a vontade que eu já irei dormir,
amanhã é cedo. 
Capítulo 132:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Boa noite. 

Corri até a cozinha e abri todos os armários a procura do miojo, o encontrei e o


coloquei para fazer enquanto olhava as pessoas caminharem em volta do prédio
pela janela. Terminei meu miojo e comi na cozinha mesmo, lavei a louça e
escovei os dentes com o dedo e a pasta de dente. Quem nunca? 

Peguei uma coberta que Harv tinha deixado para mim e cobri o Ben que ainda
estava esparramado no sofá, ajeitei sua cabeça na almofada e então arrumei um
cantinho para eu deitar junto com ele, ficamos um de cada lado do sofá, confesso
que estava meio apertado.
O sono veio rápido e em minutos eu já estava dormindo.

Acordei sentindo num leve peso em cima de mim, um barulho de desenho e uma
risada gostosa acompanhando, abri os olhos devagar para me acostumar com a
claridade e encontrei Chole em cima de mim e do Ben sobre a coberta assistindo
seu desenho.

Eu: Ah sua sem vergonha.-apertei sua barriga brincando. 

Chole: Finalmente você acordou!- ela me abraçou e beijou minha bochecha.- O


Ben tava falando que você ronca de mais.- ela riu. 
Eu me levantei olhando para ele que já me encarava, joguei o cobertor para o
lado e então subi em cima dele o abraçando, Chole ficou no cantinho do sofá
olhando. 

Chole: Esmagou ele coitado.- ela desceu do sofá e colocou a mão na cintura. 

Ben: Esmagou mesmo pequena.- eu comecei a beijar sua testa, nariz, bochecha,
boca, pescoço tudo, beijava sem parar. Estava tão feliz de ele estar bem que nem
percebi que estava pesando em cima dele.

Eu:Aí meu Deus, suas costas.-Sai de cima dele e e sentei no sofá. 

Ben: A dor foi boa pra mata a saudade.- ele se sentou e me puxou me abraçando,
eu sorri e me envolvi em seus braços sentindo seu cheiro, e todo aquele conforto
e segurança que tinha no seu abraço, tentei não aperta-lo para não estourar
nenhum ponto.

Olhei para ele e então nossos olhos se encontraram, aqueles olhos azuis que eu
era apaixonada, aquele olhar apaixonado. Sorri toda boba, quando é de verdade a
gente sente, né? Fiquei o olhando, admirando seu rosto mesmo estando todo
machucado, Ben não se cansa de ser tão lindo. 
Capítulo 133:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Estou tão feliz de você estar bem.-aproximei nossos rostos e mexi no seu
cabelo, nossos lábios se encontraram e então começamos um beijo, era um beijo
quente, delicado e cheio de amor.

Parecia que eu estava nas nuvens com borboletas voando dentro do meu
estômago, sabe? Igual nos filmes. Mas tudo aquilo era real, o sentimento, ele ali
na minha frente, seu cheiro, seu gosto, um amor que penetra na alma e acende
uma luz que me transborda de felicidade. Eu me sentia viva perto dele,
totalmente viva! 

Chole: Ei, vocês dois toma vergonha na cara que eu to aqui!- ele fez bico na
nossa frente e cruzou os bracinhos. 

Com os olhos fechados eu ri, estava com a testa encostada na do Ben,abri os


olhos e ele também estava rindo e me olhando, é tão viciante seu beijo, seu olhar,
ele! Passei a não nos seus cabelos e mordi o lábio inferior. 
Eu: Aah menina.- virei para ela a pegando no colo e a assustando.- Tá com
ciúmes é?- a deitei no sofá e comecei a beija- lá sem parar e dar leve mordidinhas
junto com cosquinhas Chole ria sem parar, ela gargalhava tão gostoso.

Ela pediu água e então eu parei, Ben me olhava com um sorriso de orelha a
orelha, fiquei sem graça e o olhei toda boba nos aproximando e o abraçando de
novo.

Eu: Tava com tanta saudade. 

Ele envolveu seus braços em mim e ficamos assim por um bom tempinho, nosso
silêncio dizia mais que mil palavras, nossa troca de olhares era uma sensação
libertadora dentro de mim.

Ben: Eu te amo novata.-ele me olhou dentro dos olhos e suas palavras me deram
um calafrio percorrendo por todo meu corpo e penetrando na alma parecendo que
tinha sido a primeira vez que ele tinha dito isso. 

Eu: Eu te amo de mais.- o beijei, foi delicado mas cheio de amor.- Deve estar
com fome né?- ele estava pálido.

Chole: Meu papai deixou pão de queijo pra fazer, posso te ajudar Liza? 

Eu: Pode ficar aqui no quentinho que eu faço, é só colocar no forno.- sorri e a
cobri com o cobertor, estava meio friozinho mesmo.
Capítulo 134:
•Elizabeth narrando •
❄️

Fiz um café, fritei uns ovos com bacon, tapioca e o pão de queijo, Ben levantou
do sofá muito fraco, levei água pra ele tomar e o ajudei a ir no banheiro.

Eu: Quer ajuda pra tomar banho?

Ben: Só se você vir comigo.- ele sorriu safado. 

Eu: Ben.- o adverti e olhei para porta conferindo se Chole estava longe.

Ben: Pode deixar que eu me viro aqui, só faz aquele pão de queijo rápido que eu
to morrendo de fome, sem zoas.

Eu: Tabom, qualquer coisa me grita.- o ajudei a tirar a camiseta por causa dos
ferimentos nas costas e então sai do banheiro. 
Coloquei a mesa do café da manhã, e as comidas em cima, Chole foi devorando
os pães de queijo. 

Chole: Pega uma roupa do papai pra ele, tá frio.- ela segurou minha mão e me
puxou para o quarto do Harvey abrindo seu guarda roupa.

Eu: Seu pai vai ficar bravo.

Chole: Não vai não.- ela fez bico e cara feia, eu ri e cedi, ela sorriu safada e
voltou correndo para a sala. Peguei um moletom para o Ben e fechei o guarda
roupa.

Eu: Ben.- abri um vão da porta do banheiro e então o encontrei tomado banho se
olhando no espelho nu, ele estava olhando seus ferimentos. Entrei no banheiro e
fechei a porta o abraçando, e tomando cuidado para não machucar.- Eles vão
cicatrizar.-beijei sua pele nua.

Ben: Foi ele que fez suas cicatrizes também?- permaneci calada.- Liz?

Eu: Não, não foi ele.- passei a mão no rosto abaixando o mesmo. Ben segurou
meu rosto o puxando para ele e olhando o roxo que tinha no meu rosto. 

Ben: Ele te bateu?

Eu: Não vamos se preocupar com isso agora. 

Ben: Aquele filha da puta.- ele socou a pia do banheiro me assustando com seu
comportamento agressivo, Ben me olhou e me agarrou me abraçando e beijando.-
Eu to aqui agora, ele não vai te machucar mais.

Eu sorri e permanecia calada, não queria continuar com esse assunto mas eu
sabia que tudo iria desandar. Ajudei ele a vestir se vestir e então saímos do
banheiro, fomos até a mesa e sentamos os três para tomar o café da manhã.

Ben: Meu Deus, que delícia.-ele começou comer os ovos. 

Chole: É a fome.- riu.

Eu: Ei, pode parar! Sou muito masterchef, tabom?


Capítulo 135:
•Elizabeth narrando •

❄️


Os dois se entreolharam e riram, revirei os olhos e então a campainha tocou.
Merda, merda, merda! 

Chole: Papai, papai.-ela saiu correndo até a porta para abrir mas eu a segurei
antes de destrancar. 

Eu: Chole, o que seu pai te falou disso? Tem que deixar um adulto abrir a porta!
Se fosse seu pai, ele não tocaria a campainha, ele tem a chave.

Ben a pegou no colo e a levou para o sofá, olhei apreensiva para ele e então abri
a porta, e me aliviei ao ver que era a Cathe. 

Eu: Menina que susto, da próxima vez fala que é você. 

Catherine: Abre logo.- eu abri e ela já foi entrando.- Jacob tá uma fera contigo
Liz, ele mandou todos os capangas atrás de você. 

Eu: Ele é tão covarde que manda os outros fazer o que era para ele fazer!-bati a
porta e a fechei. 

Ben: Vocês podem me contar?- Cathe jogou alguma coisa pra ele, parecia ser um
celular. 

Ela já foi entrando e indo no banheiro, ficou um tempo la e logo voltou se


sentando na mesa e começou a comer.

Catherine: Não vai demorar para ele nos encontrar aqui. 

Ben: Alguém explica!

Contei cada detalhe para ele, desde que cheguei, sobre o roubo do caminhão, o
encontro com Harvey, a eleição e o plano inicial também, Cathe estava
entendida.

Catherine: Tá, agora você já sabe de tudo, voltando ao principal, o que você vai
fazer?- ela me encarou. 

Eu: Esperar Ben se recuperar e continuar com o plano de acabar com meu pai aos
poucos. 

Ben: Só tem um probleminha.- ele interrompeu.

Catherine: Fora você?-ironizou.- Manda.

Ben: Lexie acabou de desembarcar em Londres. 


Eu: Como é?- me levantei exaltada, já não basta ter colocado a vida de Ben em
perigo, mais essa? 

Catherine: Ah pronto, virou várzea agora né!


Capítulo 136:
•Elizabeth narrando •

❄️

Ben explicou o combinado que os dois fizeram no aeroporto que caso, ele
sumisse ela iria até Londres atrás dele. Achei fofo da parte deles, mas pura
burrice.

Terminamos nosso café e então mandei uma mensagem ao Harvey explicando


que teria que sair e então ele não viu problema em levar a Chole junto comigo,
expliquei que se ele não quisesse poderia ficar no apartamento junto com ela,
mas ele aceitou de boa. Coloquei uma roupa bem quentinha na Chole e fiquei de
moletom mesmo, Ben estava meio dolorido mas conseguia andar sozinho, saímos
do apartamento e fomos para o carro da Cathe, liguei a música e sorri ao começar
a cantar com o Ben, como nos velhos tempos. Eu fui no banco de trás com a
Chole no colo e o Ben na frente. 

Ao chegar no aeroporto que Lexie mandou o endereço, ficamos a procurando e


nada dela chegar, já estava ficando preocupada com ela já. 

Eu: Chole, fica aqui com o Ben que eu já venho tá bom?- estendi a mãozinha
dela para o Ben e que a segurou. 

Chole sorriu e então eu saí com a Cathe pelo aeroporto para procurar Lexie. Ao
ver aquela loura parada com a mala na mão toda maravilhosa corri em sua
direção. 

Eu: Que loura gostosaaaaa! Gata, maravilhosa que saudade!- sai gritando pelo
aeroporto chamando atenção mas nem liguei, pulei no seu colo a abraçando e
então ela me apertou. 

Lexie: O perigo chegou meu deus!-Rimos e nos afastamos, Cathe tava com uma
cara de tacho.

Eu: Cathe, Lexie.- fiz a apresentação né.- Lexie,Cathe. 


Elas se cumprimentaram e fomos até onde o Ben estava, ao ver a situação dele
pude ver a tristeza recair sobre Lexie, ela chegou perto dele falando alguma coisa
o reconfortando e então o abraçou, peguei Chole no colo. 

Catherine: É, até parecem uma família feliz.- ela riu irônica ao ver os dois
conversando, ele parecia explicar o ocorrido.

Eu: Não fica com ciúmes não.- pisquei para ela que mostrou o dedo do meio.

Decidimos almoçar fora para não fazer bagunça e nem abusar da hospedagem do
apartamento do Harv, paramos no shopping primeiro e deixamos a Chole brincar
em um espaço somente para crianças. 

Lexie: Mas e aí, já podemos voltar para Toronto? 


Capítulo 137:
•Elizabeth narrando •
❄️

Eu: Aí Lexie, se fosse fácil assim.

Catherine : Se fosse fácil ele não estaria desse jeito garota, acorda vai!- bufou.-
Isso aqui não é o reino encantado não-Cathe revirou os olhos e saiu.

Eu: Não liga para ela, tá na defensiva, ela se faz de durona mas é só pra se
proteger.

Ben: Não Liz, já te avisei sobre ela. Eu a vi conversando com a Pilar e não foi
uma vez só. Essa garota vai trazer problemas. 

Lexie: Realmente, eu tentei buscar algumas informações dela e não encontrei


nada.

Eu: Se ela fosse espiã ou infiltrada com toda certeza desse mundo Jacob já teria
descoberto, não tem chances disso acontecer. 

Lexie: Quem é esse? 

Bem:O cretino que bateu nela.- ele apontou para o meu rosto. 

Lexie: Já não gostei dele. 

Eu: Vocês não devem gostar de ninguém, confiar em ninguém, na verdade nem
deveriam estar aqui.
Lexie: Acontece que já estamos, então pode parar de tentar nos afastar disso tudo
e começar me contar tudinho.- ela falou autoritária. 

Bufei revirando os olhos e cedi, quanto mais ajuda melhor seria, mais cabeças
pensando em um jeito de sair de tudo isso. Contei a mesma coisa que contei ao
Ben, ocultando claro, a parte de transar com Jacob e os pega com a Cathe que
eram desnecessárias. 

Lexie: Caraca, deixa eu raciocina um pouco!- rimos e ela ficou na dela


pensando. 

O tempo do brinquedo da Chole acabou, a peguei e fomos ao encontro da Cathe. 

Cathe: Dylan acabou de me informar que o Malcom foi solto da prisão e não vai
mais se reeleger a prefeito, ele perdeu o direito na verdade. E ele atacou a
mansão diretamente, Jacob conseguiu acabar com todos os capangas dele mas
sabemos que ele não irá desistir até te encontrar. 

Eu gelei, gelei real. Fiquei paralisada enquanto Lexie e Ben falavam alguma
coisa, eu só conseguia pensar no meu pai vindo atrás de mim, do Jacob puto da
vida. Onde eu iria me proteger? Como? E a Lexie? O Ben? A Chole? O Harvey?
Como fui capaz de deixar eles se envolverem desse jeito? Não era hora para me
culpar e entrar em desespero. 

Eu: Vamos almoçar!-peguei a Chole e sai até a praça de alimentação ignorando


totalmente o que eles falavam. 
Capítulo 138:
•Elizabeth narrando •
❄️

Precisava pensar, se o Malcom foi capaz de atacar a mansão do Jacob que é


protegida o caralho a quatro, o que ele seria capaz de fazer com aquele
apartamento? Não podíamos voltar para lá de jeito nenhum, não demoraria para
ele nos encontrar lá e não tem outro lugar mais seguro do que a mansão que eu
conheça.
Inferno, inferno! 

Me levantei da mesa bruscamente e liguei para Harvey, eu não podia deixar ele ir
para o apartamento, nada podia acontecer com ele. Acabamos combinando de
nos encontrarmos no shopping mesmo, em público seria mais difícil de tentarem
alguma coisa, Harvey já tinha acabado seu expediente e resolvido suas papeladas
então pode sair cedo. Voltei para a mesa e todos me encararam.

Eu: Voltem a comer.-estressei e revirei os olhos. 


Comecei a comer minha comida mas não conseguia parar de olhar em voltar,
Malcom já podia muito bem ter nos localizado e pela primeira vez, em muito
tempo, eu perdi a fome. Harv chegou e se juntou a nossa mesa.

Chole: Papai, papai.- ela se levantou na cadeira estendendo os bracinhos e então


ele a pegou a rodando e depois abraçando. 

Harvey: Que saudade da minha princesa.- ele a colocou no colo a beijando e


cumprimentou todo mundo. 

Eu: Terminaram de comer? Não quero ficar muito tempo aqui. 

Ben: Quer voltar para o apartamento? 

Eu: Não, vamos a mansão! 

Catherine: Essa vai ser boa.- ela gargalhou.- Que comece o show!

Harvey: Jacob deixou bem claro na última vez que estivemos lá que não éramos
bem vindos. 

Ben: Tá de sacanagem né?  

Lexie: Mas não é o cara que bateu em vocês? -ela tava perdida, foi tanta coisa
que eu contei.

Eu: Prestem atenção.- fui autoritária.- Vocês não conhecem meu pai, não fazem
ideia do que ele é capaz de fazer, se ele imaginar que estamos aqui no shopping
ele explode tudo, deu para entender? 

Catherine: Acontece que o Jay não vai aceitar a creche toda não. - ela tinha total
razão.

Eu: Ele não tem escolha, vamos!

Esperei que todos se levantassem e então fui os guiando até o estacionamento,


Harv, Chole, Ben e Lexie foram no carro do Harv enquanto fui com a Cathe. 
Capítulo 139:
•Elizabeth narrando •
❄️

Cathe: Lembra que eu disse que ele não é o mesmo? - assenti.- Ele não está nos
melhores dias, ele vai matar todo mundo Liz.
Eu: Não seja hipócrita.- revirei os olhos e encostei a cabeça no vidro, podia estar
prestes a matar todo mundo ou salvar. Em minutos eu saberia a resposta, meu
coração estava acelerado temendo o que podia acontecer. 

Estávamos perto da mansão e tinha vários carros batidos e pessoas feridas no


chão que estavam sendo executadas, creio eu pelos capangas do Jacob. Era
horrível a cena, depois teriam que limpar tudo para não chamar a atenção da
polícia que uma suposta guerra de máfias estaria acontecendo. Cathe parou o
carro em frente aqueles portões enormes da mansão e então abriram o portão a
reconhecendo. 

Catherine: Os de trás estão liberados!- foi autoritária dando uma encarada sinistra
ao porteiro.

Ela soltou um sorrisinho ao entrarmos todos, desci do carro e então esperei todos
descer, estava indo abrir a porta quando a própria foi aberta.

Jacob: Que porra é essa?

Ele estava com os braços cruzados fumando um cigarro com um boné preto todo
lindo, mas minha vontade era pular no seu pescoço e enforca-lo ali mesmo mas
tive que me contentar e ficar apenas o encarando. Dylan apareceu atrás dele com
uma metralhadora na mão, ele sorriu ao nos ver mas paralisou quando Jacob
assobiou, em segundos um monte de homens nos cercaram apontando armas para
todos. 

Eu: Vai ficar tudo bem.- tentei conforta-los, Catherine passou por mim e estava
indo para dentro da mansão quando Jacob a barra. 

Catherine: Qual é Jay? 

Jacob: Qual é o caralho!- ele a empurrou de volta para fora da mansão.- Pode
mete bata nesses arrombados aí!

Eu: Comecem por mim!- tirei o revólver que tinha na cintura da Cathe e
entreguei a ele, o desafiando.- Faça as honras!- sorri de lado.- Sei que está
morrendo de vontade de puxar o gatilho.- pisquei para ele.

Jacob pegou a arma e apontou bem no meio da minha testa, eu o encarei sorrindo
e aproximei meu rosto do revólver. 

Lexie: Não, por favor.- ela tentou ir até mim mas foi impedida.
Capítulo 140:
•Elizabeth narrando •
❄️

Ouvia o choro abafado da Chole, e sentia os olhos de Ben recaindo sobre mim,
mas em momento algum tirei os olhos do Jacob sorrindo. 

Eu: Vamos, você não é o líder? Imponha respeito.- ergui as mãos.- Mostre a
todos aqui como você é um filha da puta! 

Fechei os olhos e respirei fundo, talvez aquele podia ser o meu último suspiro, e
com os olhos fechados foi onde eu percebi a grande merda que tinha feito. Meu
me entreguei sem nem lutar, mas se ele apertasse aquela merda de gatilho tudo
acabaria, eu era o “x” da questão, eu era o problema todo! Morta, Lexie e Ben
voltariam para Toronto, Malcom e Jacob não brigariam mais e Harvey perceberia
que a vingança não é tão importante quando a gente não sabe como vai ser o
amanhã e assim, aproveitaria a vida do lado da Chole podendo ver a pequena
crescer. 

Parecia que o mundo todo iria desabar ou florir, era um mixx de sentimentos que
eu sentia, estava na beira do abismo e tudo dependia de um filho da puta. Ouvi os
disparos, um tiro, dois tiros e lá se foi o terceiro. Abri os olhos devagar e Jacob
estava com a arma apontava para atrás de mim. Olhei bruscamente para trás
pensando que ele podia ter atirado em alguém, também seria um jeito de me ferir
mas ele atuou muito bem, os tiros foram para o chão. 

Voltei a encara-ló satisfeita, ela podia ser um grande filha da puta, mas ele era o
meu filha puta! Eu verdadeiramente o conhecia ali, por trás de toda imagem de
covarde existia uma pessoa, um homem que acima de tudo respeitava seus
valores morais. 

Finalmente eu sorri, Jacob fez sinal para os seus homens voltarem ao seus postos
e entrou na mansão, Dylan veio até mim. 

Dylan: Você é completamente maluca!- sorriu e eu o abracei. 

Dylan entrou na mansão com a Cathe e eu me dirigi aos meus convidados. 

Lexie: A Liz que eu conhecia não gostava de abraços.- ela disse chorona, estava
toda vermelha com os olhos inchados.

Eu: Aquela Liz era só mais uma farsa da minha vida.- sorri e a abracei bem
apertado.

Fui até Chole que estava no colo do Harvey e a peguei no colo, ela voou no meu
pescoço me beijando no rosto. 
Eu: Está tudo bem pequena, não vou te deixar, tabom? 
Capítulo 141:
•Elizabeth narrando •
❄️

Limpei suas lágrimas e ela voltou para o colo do Harvey que apenas me encarava
tentando entender se me internava ou aplaudia minha coragem. Finalmente fui ao
encontro do Ben, ele estava quase para chorar, eu sorri o abraçando e beijando.

Ben: Nunca mais ouse fazer isso!-sussurrou no meu ouvido e eu ri. 

Eu: Vamos entrar, vou mostrar a casa.- segurei na mão do Ben e fui puxando a
fila. 

Cathe e Dylan estavam jogados no sofá, fui entrando e mostrando cada cômodo
da mansão, expliquei que o escritório do Jacob era estritamente proibido de
entrar, e deixei Lexie em um quarto, Ben em outro, Chole e Harv em um só para
os dois.  

Estava indo para a cozinha, finalmente poderia comer em paz. Por hora estava
tudo estável, estava na beirada da escada pra descer quando sinto algum me
puxar e jogar meu corpo bruscamente contra a parede.

Jacob: Você me fode garota.- sussurrou no meu ouvido e eu me arrepiei sentindo


um ódio enorme. Empurrei seu corpo do meu e o encarei.

Eu: Tenho sido boa com você por muito tempo.- me aproximei o encarando
dentro dos olhos para intimida-lo.- Está na hora de ser má, você não acha?-ri
irônica.

Jacob: Não quero que um de nós acaba matando o outro.- aproximou nossos
rostos.

Eu: Mas estamos ficando sem alternativas.- disse perto dos seus lábios o
provocando.- E saiba que eu não irei hesitar!

Dei leve batidas em seu rosto e me virei mas ele me puxou mais uma vez me
prendendo na parede, eu estava ficando de saco cheio dele achar que pode fazer
tudo o que quiser e na hora que quiser sem nenhuma consequência.

Jacob: Vou te reconquistar Elizabeth!-ele colocou meu cabelo atrás da orelha me


fazendo sentir nojo do seu toque.
Eu: Toda a sua arrogância e presunção, seu egoísmo pelo sentimento dos outros
me fizeram entender que você é o último homem da face da terra com quem eu
pensaria em me relacionar.- eu simplesmente cuspi as palavras nele sentimento
um alívio enorme no peito. 

Jacob: Eu não vou desistir.- ele sussurrou e me deixou ali no corredor plantada. 

Revirei os olhos e então fui até a cozinha, esse babaca não iria me impedir de
comer. 
Capítulo 142:
•Dylan narrando •

❄️

Pô, fiquei boladão com o Jacob por ter batido na Liz. Isso não se faz cara, mesmo
perdendo o controle do jeito que ele perdeu, é questão de ética e honra não bater
em uma mulher. Olhei para ele e percebi que o arrependimento bateu na hora,
mas o que vale se arrepender depois de fazer a bosta? 

Deixei as duas na sala e subi as escadas, ele estava quebrando tudo dentro do
escritório, segurei suas mãos e o prendi tentando acalma-lo. 

Eu: Caralho cara, vai adianta o que quebrar as coisas? Para!

Jay: Porra Dylan, aquele cara é a porra do namorado dela.- ele se soltou e socou a
mesa.

Eu: Você não pode se descontrolar assim cara, você bateu nela!

Jay: Caralho, ela vai embora!- ele jogou  uma garrafa de wiskhy no chão e então
se debruçou na mesa. 

Jacob pela primeira vez chorou na minha frente. O malandro chorou real,
lágrimas caiam sem parar do seu rosto, ele pegou uma garrafa de wiskhy que não
quebrou e começou a virar sem parar. Fiquei sem chão irmão, o cara tava errado
de mais. Perdeu a moral tá ligado? Mas ele tava ali chorando na minha frente,
coisa que nunca aconteceu, fui até ele e o abracei sem jeito.

Eu: Ela vai superar isso cara, ela é forte. Você sabe que não tem nada mais forte
que uma mulher destruída que se reconstruiu! - peguei um wiskhy e tomei
também, aquela porra toda tava muito tensa. 

Jacob: Eu não sei como agir, caralho. Só faço merda! 


Eu: Então começa a pensar em um jeito de se controlar, não se encontra uma
mulher como essa em toda a dinastia.- tomei o wiskhy que desceu rasgando. 

Jacob saiu do quarto me assustando, que merda ele faria agora? Ele começou a
procurar Liz e Cathe por todo canto da mansão até descobrir que as duas tinham
saído. Ele pegou outra garrafa de wisky, vodka e foi virando uma atrás da outra
totalmente descontrolado. Foi o tempo deu ir até o banheiro e voltar para ele ligar
para Liz. 

Jay: Me liga quando ouvir essa mensagem. Eu preciso falar com alguém, mas
não com qualquer pessoa, com você! Eu te amo Elizabeth Cooper! Amo do fundo
do coração e sou um merda por não saber demonstrar isso.- suspirou buscando
forças.- Me desculpe por ter te batido, eu sou um merda! 
Capítulo 143:
•Dylan narrando •

❄️

Fui até ele e peguei o celular da sua mão apagando a mensagem, Liz não
precisava saber disso, só iria destruí-la ainda mais. 

Eu: Vem  aqui.- peguei a garrafa da sua mão e o ajudei ir até seu quarto o
deitando na cama. Não demorou muito para ele dormir. 

Amanheceu o dia, tomei um banho e peguei uma cerveja, estava me atualizando


com a Cathe por mensagens sobre como Liz estava e sobre a recuperação do seu
namorado, Cathe acabou ficando na casa do federal com a Liz que insistiu para
ela ficar lá, ouvi um barulho de tiro, e então um tiroteio começou. 

Larguei a cerveja e corri até o esconderijo de armas mais próximo colocando


colete, peguei dois .40 é uma metralhadora. 

Jay: Que lutaria tá rolando aí?- perguntou no rádio e então começou a se armar
também. 

Eu: Ótimo dia para estar de ressaca.- eu ri. 

Jay: Toma no seu cu, bichinha.-mostrou o dedo do meio rindo.

Ele pegou uma metralhadora também e saiu para o fogo cruzado, os invasores
estavam em seis carros, tinha homem atirando e entrando por todos os lados.

Jay: São os homens do Malcom, porra!- ele saiu atirando e eu o segui matando
vários daqueles infelizes. 
Rolou tiro para todo lado, alguns dos nossos caiu, mas foi a gente que prevaleceu
né.

Jay: Aí Dylan, tá ligado que isso só foi um aviso da merda que tá por vir né?- eu
concordei e ele entrou. 

Liguei urgentemente para a Cathe avisando que Malcom tinha saído da prisão,
descobrimos torturando um dos atiradores dele. Não demorou muito para
reiterarem os corpos da mansão e começarem a limpar o sangue de toda parte.
Rolou a ceninha com a Liz e a creche, e tudo acabou ficando “bem”.

Depois do papo que bati com a Cathe fui para o meu quarto dormir, mas na real,
sem sono irmão. Fui até a cozinha e peguei um copo de leite. 

Xxx: Oi.- ela disse meio tímida entrando na cozinha e tentando se acostumar com
a luz. Rapaz, pensa numa loura gata, com a cara lavada e toda amassada! 

Eu: Eae, como entrou nessa?- fui direto. 

Xxx: Que horas são? - ela pegou meu celular vendo as horas, que atrevida rapaz.-
Alexie, mas me chamam de Lexie e você?- a loura me encarou.

Eu: Dylan gatinha, é um prazer.- pisquei.


Capítulo 144:
•Dylan narrando•
❄️

Lexie: Uhum.- deu de ombros e pegou um pouco do leite. Tomamos em silêncio


e então ela deu boa noite voltando para o seu quarto. 

Comecei a rir, o que foi isso? Aah eu tenho que tirar uma casquinha dessa
bonequinha. 

•Elizabeth narrando •
❄️

Depois da conversa com Jacob desci as escadas indo para a cozinha e acabei
comendo uma tapioca mesmo. Deixei algumas roupas para o Harv e Chole que
tinha na casa e fui tomar uma banho quentinho, estava morrendo de frio. 
Terminei o banho e coloquei um pijama de frio saindo do quarto e fui até o da
Lexie. 

Lexie: Pode entrar.- disse ao ouvir eu bater na porta. 


Eu: Eae, como está minha hóspede preferida? - entrei no quarto me jogando na
cama ao seu lado.

Lexie: Morrendo de vontade de conhecer Londres.-eu ri da sua inocência. 

Eu: O doida, veio turista é? Pensei que tava com saudades. 

Lexie: Tá brincando palhaça?-jogou um travesseiro em mim.- Só tentei


descontrair um pouco. 

Eu: Você é doida!- joguei o travesseiro nela de volta. 

Lexie: Ah tá bom! Não foi eu que pediu para um maníaco atirar em mim!- ela me
olhou com reprovação.

Eu: Foi sem pensar, sabe. Na hora da adrenalina eu me jogo no perigo sem ver as
consequências, mas quando percebi a merda que tinha feito já era tarde de mais.

Lexie: E qual o passado de vocês? 

Eu: De vocês?- fiz a desentendida. 

Lexie: Eu vi como ele te olhava, não seja boba vai.- ela revirou os olhos. 

Eu: Ah é complicado, Jacob e eu já namoramos a dois anos atrás, nossos pais


eram inimigos e o meu acabou matando o dele na prisão. Depois eu fugi e cá
estamos nós de novo.

Lexie: E todo esse tempo não rolou nada?-eu fiz uma cara que praticamente
entreguei tudo.- Não acredito Liz.-ela fez cara de surpresa colocando as mãos no
rosto. 

Eu: Aí amiga, tinha aquele sentimento sabe, no começo era mais para eu não me
sentir sozinha, depois fomos nos conectando mas agora zero chances. 

Lexie: Obviamente né.

Prefiro não continuar o assunto, por mais que eu odeio o Jacob tenho um passado
com ele e o conheço verdadeiramente,ele precisa de ajuda e ninguém o conhece
suficiente para entender isso.
Capítulo 145:
•Elizabeth narrando •
❄️

Eu o amo sim, isso vai além de todos os meus princípios, nesses últimos meses
para mim eu pensava que era verdadeiro sabe, todo aquele nosso lance esquisito
mas acabou que tudo foi invenção da nossa própria cabeça e por isso não nos
damos certo, um dia fomos felizes juntos como um casal mas atualmente eu só
desejo distância dele

Acabei adormecendo no quarto da Lexie mesmo, acordei com ela me chamando.

Lexie: A espiã passou aqui te procurando, parece que vai ter uma reunião com o
grupo.- ela foi até o banheiro. 

Eu: Ela não é espiã, para de falar assim antes que dê merda. 

Sai do seu quarto e corri para o meu fazendo minhas higienes matinais e então
coloquei uma calça e um body listrado de manga cumprida já que estava
friozinho, um coturno, peguei minha arma a colocando na cintura e prendi o
cabelo em um rabo de cavalo. Passei um perfume e fiz uma maquiagem leve,
acordei inspirada. Decidi dar uma passadinha rápida no quarto do Ben, dar bom
dia né. 

Ben: Caraca, isso sim é perfeição.- ele sentou na cama colocando as mãos na
cabeça se espreguiçando,sorri com o elogio e fui até a cama me sentando na
beirada. 

Eu: Bom dia mocinho.- ele me puxou para um beijo, que beijo gzuis. 

Ben: Bom dia vida.- sorri sem graça. 

Eu: Vamos levantar né, tá na hora. 

Puxei o lençol dele e abri as cortinas, estava indo abrir a janela quando fui
surpreendida por ele me agarrando por trás e me puxando para um beijo
bruscamente, com desejo sagaz. 

Eu: Não quero atrapalhar na recuperação das suas costas, os pontos podem
estourar.- disse no seu ouvido quase como um suspiro, estava com tesão. 

Ben: Eu vou matar aquele filha da puta por me impedir de transar com a minha
mulher. - ele voltou a me beijar. 

Eu: Sua é?- o provoquei.

Ben: Isso aí, só minha.- ele me encarou com aqueles olhos azuis me deixando
sem palavras, eu sorri toda boba. 

Eu: Só sua!- o beijei rápido e me esquivei do seu corpo indo até a porta.- Se cura
logo meu deus.- ele deu um tapão na minha bunda e foi até o banheiro. 
Sai do seu quarto verificando como eu estava, e refiz o rabo de cavalo.

Dylan: Na casa do cara, Liz? Sacanagem po. - ele tirou barato, rindo. 
Capítulo 146:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: Cala a boca.

Ri e desci as escadas indo direto para a cozinha, Dylan era outro draga que
sempre me acompanhava nas minhas guloseimas. Décimos fazer o café da
manhã, coloquei a mesa e começamos a cozinhar bacons, ovos, fiz o café e ele o
suco. 

Lexie: Uhummm que cheirinho de fome.- ela apareceu roubando um dos bacons
que Dylan fritava. 

Dylan: Sua ladrãzinha! Já não basta o leite de ontem?- os dois riram e eu me senti
uma intrusa ali. Pera aí, ontem? Que safada! 

Lexie: Reclama não, vai falar que é só seu?- cruzou os braços. 

Dylan: Ih princesa, larga essa marra se não eu mesmo tiro hein. 

Lexie: Tenta a sorte, nenê.- ela piscou e roubou outro bacon. 

Eu ri com os dois e logo Chole e Harv chegaram, Chole me abraçou e se sentou


na mesa brincando com os tarelhes. 

Harv: Filha cuidado para não se machucar. 

Cathe: Bom dia.- ela chegou pegando um bacon. 

Lexie: Aaah mais dela você não reclama né? 

Dylan: Ela não tem graça, nenê.- Cathe mostrou o dedo do meio e pegou uma
omelete. 

Ben: Bom dia.- ele cumprimentou todo mundo e me abraçou, meu Deus que
cheiroso que ele tava! Virei e o beijei.

Chole: Liza!-advertiu, e nos rimos. 


Nos juntamos todos na mesa e começamos a nos servir, Jacob apareceu e todos o
encaram, ele estava com uma cara péssima apresentava ser ressaca.

Jacob: No meu escritório agora!- Cathe e Dylan entenderam o recado e ele me


encarou. 

Me levantei e o segui meio apreensiva. Ao entrar no escritório estava tudo


bagunçado, vidro no chão, papeis molhados e jogados, Dylan me encarou
passando uma tranquilidade e então eu sentei no sofá esperando a tensão sair.
Capítulo 147:
•Elizabeth narrando •
❄️

Jacob: Malcom declarou guerra e agora não vou deixa essa merda barata não!

Cathe: E o que pretende fazer? 

Jacob: Você cala a boca filha da puta! Na hora de ficar com a família você é a
primeira a abandona caralho! Vai fugi com essa daí sem dar notícias de novo?

Porra! Como assim? Cathe me deixou o apartamento do Harvey dizendo que iria
voltar para a mansão. Puta que paril, Ben e Lexie tinha razão? Eles começaram a
discutir e eu só pensava em um jeito de conseguir desmascarar a Cathe.

Eu: Vamos deixar isso de lado e focar no Malcom, a gente tirou a primeira
casquinha agora falta a segunda. 

Dylan: E qual seria? 

Jacob: O galpão, as drogas, as mulheres. Isso iria fragiliza-lo nos negócios. 

Eu: Isso aí. -Jacob dispensou todos da reunião, mas eu acabei ficando.-Preciso
falar com você. 

Jacob: Não aguentou ficar longe por muito tempo, né?

Eu: Não seja babaca.- revirei os olhos.- Presta atenção que isso tem que ficar só
entre a gente. 

Jacob: Claro docinho.- ele foi desabotoando a calça. 

Eu: Cara, vai se fuder!- estressei.- É sobre o infiltrado caralho, cresce! 

Jacob: Tá, tá.- deu de ombros.- O que descobriu? 


Fiz sinal para que ele me seguisse, se realmente fosse a Cathe ela com toda
certeza já teria colocado uma escuta no escritório, fomos até o jardim, não teria
como ter nenhuma escuta lá. 

Eu: Pode ser a Cathe.- ele começou a rir debochado. 

Jacob: Se ela fosse estaria morta a muito tempo.

Eu: Todo esse tempo você tentou destruir o Malcom e não conseguiu, ele sempre
está um passo na sua frente. Me dá uma chance de provar que estou certa! 

Jacob: Não, se ela fosse eu saberia, não tem como ser Liz caralho. 

Eu: Tem sim, você pode não querer aceitar mas você sabe muito bem que nessa
vida que leva não deve confiar em ninguém, se eu estiver errada assumo as
consequências caraio. 

Jacob: Tá certo então, mas o que tu quer fazer? 

Eu: Vou chamar o Harvey. 

Jacob: Foi esse cara que colocou isso na sua cabeça? Cathe e família porra. 

Eu: Não, não foi ele!

Revirei os olhos e sai para chamá-lo. Chole queria vir junto mas consegui
convencê-la de ficar com a Lexie. 

Jacob: Fala aí po, qual vai ser? 


Capítulo 148:
•Elizabeth narrando •
❄️

Eu: Vou precisar da ajuda dos dois, vamos fazer uma emboscada mas tudo vai
ser falso. 

Harvey: Como falso? 

Eu: Vamos fazer um golpe.-ri diabólica, eu era um gênio.- Vai ser tudo falso,
Harvey vai fingir uma invasão com os federais tudo pelo radio, vai ter que ser
bem realista, onde vão usar a imaginação e achar que está acontecendo de
verdade. Enquanto Jay vai comandar uma equipe para a fuga.
Jacob: Que fuga? -ele me cortou. 

Eu: Deixa eu termina.- revirei os olhos decepcionada.- Malcom vai achar que os
federais vão invadir o galpão, vamos dar o dia e a hora certa para a Cathe, na
verdade, ela já pode até ter avisado ele, mas creio que dará informações
concretas. Enfim, horas antes da encenação do Harvey, Malcom vai ter que
limpar o galpão, onde nossa equipe vai estar esperando. 

Harvey: E se isso acontecer saberemos que a Catherine é a infiltrada. 

Jacob: Pode ser algum federal, ou algum capanga nosso. 

Eu: É aí que tá, esse plano vai ser de nós três, ninguém mais pode saber,  iremos
invadir o galpão amanhã. 

Jacob: Mas o galpão é secreto, esqueceu desse detalhe?

Eu: Temos Dylan e Lexie para descobrir isso.- pisquei com a cara da vitória para
ele.- Vamos colocar tudo em ação. 

Deixei os dois no jardim e passei o dia resolvendo como seria a encenação, fui no
último dormitório do Ben pegar suas coisas que tinha deixado lá e fui com
Harvey até o seu apartamento que estava totalmente revirado. 

Harvey:Malcom é um filha da puta do caralho! 

Eu:  Vamos conseguir pegar ele. 

Harvey: Me prometa uma coisa.- ele fixou os olhos nos meus.- Se algo acontecer
comigo, cuida da Chole...

Eu: Nada vai acontecer com você!-o interrompi.

Harvey: Me escuta.- ele me cortou.- Não sabemos o dia de amanhã, eu não posso
garantir isso então, por favor, me prometa Elizabeth! 

Senti uma dor enorme no coração por ter que imaginar algo de ruim acontecendo
com ele, Chole era forte sim, já tinha perdido sua mãe, mas pensar na hipótese
dela perder o pai? Que horror! 

Eu: Eu prometo! Se algo acontecer, o que não vai!- deixei bem claro.- Eu
cuidarei dela! 
Capítulo 149:
•Elizabeth narrando •
❄️

Ele sorriu tranquilo e continuou fazendo sua mala, eu estava suando de
nervosismo e fui até a cozinha tomar um copo de água para tentar me acalmar. 

Harvey fez as malas dele e da Chole pegando todo o necessário, ele acabou me
convencendo de passar o dia com ele arrumando a papelada da guarda da Chole,
ele queria deixar tudo no jeitinho para não ter nenhum problema futuramente por
mais que eu disse que ele ficaria vivo para ver sua filha crescer. 

❄️
•Lexie narrando•

Liz teve que sair com o federal e eu fiquei cuidando da Chole junto com Ben,
dava medo de ficar sozinha sem ela ali. Aquele Jacob me fuzilava com os olhos
me fazendo sentir uma formiguinha perto dele, acabei cuidando dos ferimentos
do Ben e ele dormiu junto com a Chole assistindo desenho. 

Eu e Ben temos um relacionamento de irmãos, nossas famílias eram vizinhas e


sempre estávamos juntos desde pequenos, acabamos criando um vínculo muito
forte, nossos pais até pensaram que iria rolar algo a mais entre a gente mas a
amizade fortalece. Sai do quarto de fininho tentando não fazer barulho e fui dar
uma volta, estava passando pela sala quando Dylan me chama. 

Dylan: Aí bonequinha, tá perdida?- ele sorriu arrumando o bigodinho de


malandro, eu ri com a cena. 

Eu: Só ia tomar água. 

Catherine: Cuidado Dylan, o vírus se espalha muito rápido, jaja essa daí da as
cara e volta pro mundinho de fadas dela. 

Sério? Que comportamento ridículo! Ela se sentia tão vulnerável assim em


relação a amizade ou relacionamento deles? Que idiota! Eu ri mostrando uma
ironia enorme e fiz questão de demonstrar minha cara de nojo indo para a
cozinha. Essa daí não foi com a minha cara logo no primeiro dia, sem eu se quer
ter trocado uma palavra com ela. Peguei o copo de água e achei melhor voltar
para o quarto. 

Catherine: Ala o vírus se espalhando.- debochou. 

Nunca fui de brigar, nunca me importei com provocações, não sei o que deu em
mim mas eu me dirigi ao sofá e me sentei de frente a ela. 
Eu: Vou deixar o vírus se espalhar um pouco aqui, cuidado para não pegar.- fui
sinica e tomei um pouco da água rindo debochada. 
Capítulo 150:
•Lexie narrando•

❄️

Dylan: Aí vocês duas, vamo para com essa palhaçada né.-ele foi autoritário e
começou a procurar um filme. 

Fiquei ali mesmo, se eu me esconde-se ou então demonstra-se fraqueza Catherine


iria fazer o que quiser comigo, achando que teria direito a tal ato. 

Jacob: Aí Dylan, preciso que descubra o endereço do galpão do Malcom, vamos


invadir.- ele disse ao pé da escada. 

Catherine: Quando?

Jacob: Depois dou mais informações. 

Catherine: Mas eu preciso saber, para me organizar. 

Jacob: Para o que?- ele foi ignorante. 

Eu: Para contar ao Malcom quando iremos invadir, óbvio.

Catherine: Cala a boca ridícula, você nem sabe o que tá acontecendo e vem
querer dar opinião! 

Eu: Eu não só sei, como tenho provas!

Me levantei pegando meu celular e abrindo nas fotos que Ben tinha me
mandando dela conversando com Pilar e foi aí que eu senti uma dor enorme no
rosto. A vagabunda tinha me batido, ela socou a boca do meu  estômago fazendo
eu sentir uma dor enorme e perdendo o ar, eu me curvei no chão, toda aquela
água que tinha tomado parecia que eu iria vomitar.

Catherine estava prestes a me chutar quando Jacob a segurou levantando seu


corpo e a levando para longe. Dylan veio até mim me ajudando a levantar. 

Jacob: Quantos anos você tem caralho? Parece a porra de uma adolescente
mimada! 
Catherine: Essa filha da puta chega em menos de um dia e acha que tem a moral
de duvidar a minha lealdade na minha própria casa!- ela pegou a arma da cintura
e apontou na minha direção atirando.- Eu vou te matar filha da puta!

Eu vi minha vida acabando naquele momento, foi tudo tão rápido, senti meu
corpo bater no chão bruscamente e um peso em cima de mim.

Abri os olhos e Dylan estava saindo de cima de mim, olhei para a Catherine que
estava totalmente presa dos braços do Jacob, meu coração pulsava que nem
louco. 

Catherine: Eu vou te matar! Guarde essas palavras! - Jacob a arrastou para fora
dali. 

Dylan: Lexie, lexie.- ele me cutucava. 

Eu entrei em pânico, não conseguia dizer nada, minha cabeça remoía o barulho
do tiro, se não fosse por Dylan eu já estaria morta. Como a morte pode bater tão
rápido na nossa porta assim? 

Capítulo 151:
•Elizabeth narrando •
❄️

Estava terminando a papelada com Harvey quando Dylan me manda várias


mensagens para que eu voltasse a mansão urgente. 

Finalizamos a papelada e fomos para a mansão, eu estava me sentindo um lixo,


parecia que os papéis que eu estava assinando eram os papéis da morte do
Harvey ou coisa assim, pelo jeito estava explícito no meu rosto.

Harvey: Por favor, não se sinta mal em relação a isso.- ele me olhou enquanto
parou no farol vermelho. 

Eu: Cara, parece que eu to assinando aqueles papéis para autorizar a morte da
pessoa sabe? Eu to me sentindo um lixo de pessoa! 

Harvey: Não fala isso, se eu morrer Liz, irei morrer em paz sabendo que minha
filha vai ser bem cuidada.- ele sorriu fragil me olhando de um jeito que me
tocou. 

Encostei a cabeça no vidro do carro e me encolhi no banco, realmente estava me


sentindo um lixo. Alguma lágrimas teimaram em cair. Eu precisa ser forte, não
sabemos o dia de amanhã, pode tanto ser o Harvey como eu morta! 
Me recompus e esperei chegarmos na mansão, ao entrar encontrei Lexie
chorando nos braços do Dylan. Ela veio até mim e então desabou nos meus
braços chorando, seu rosto tinha um vermelhão. 

Dylan: Catherine quase a matou.- disse antes deu perguntar. 

Uma raiva enorme subiu dentro de mim, não posso ficar um minuto longe dessa
porra que todos já querem se matar? 

Eu: Motivo?

Lexie: Eu ia mostrar as provas para eles que ela trabalha para o Malcom. 

Ao ouvir tudo aquilo eu paralisei, Lexie foi capaz de destruir o plano todo? Se
Catherine suspeitar que estávamos levando isso a sério podia muito bem se safar
dessa. Olhei incrédula para Harvey e percebi Catherine na beirada da escada. Eu
precisa achar um jeito dela ainda confiar em mim, mas eu iria me arrepender
muito depois disso. 

Eu: Caralho Lexie!- Me afastei do seu corpo. - Você não tá no seu mundinho de
mil maravilhas garota mimada! Catherine e família po!

Subi as escadas com um dor no peito ao ver o seu olhar, ela me olhava de um
jeito que fazia com que eu me sentisse mais lixo ainda, abracei Cathe, Lexie
virou para Dylan o abraçando e
Capítulo 152:
•Elizabeth narrando •
❄️

Fui com Cathe até o quarto, precisava garantir que toda aquela farsa não acabasse
até conseguir minhas provas concretas. Ela entrou no quarto e trancou a porta, se
sentou na cama deixando a arma jogada em cima, eu me sentei do seu lado a
olhando, esperando que ela quebrasse o gelo. 

Eu: Me desculpe por ela, não quero que se sinta ofendida! Ela não sabe o que
fala.

Catherine: Sabe.- ela colocou meu cabelo atrás da orelha me encarando.- Um dia,
eu vou matar ela e ninguém vai ser capaz de protegê-la!

Riu diabólica e eu senti que foi mais do que uma frase qualquer ou ameaça,
aquilo se tratou de uma promessa.
Eu: Não liga pra ela agora.- sorri tentando fazer com que ela pensasse muito. 

Catherine sorriu e me encarou, eu me senti um pouco ruim quando ela se


aproximou me beijando, eu queria afastar seu corpo do meu, afastar nossos lábios
mas isso só a zangaria mais, eu deixei Lexie na mão para não perder o plano, por
que não podia deixar ele me beijar? 

Retribui o beijo sem nenhuma vontade, ela dava leve mordidinhas na minha boca
e sorria. Eu juro que estava tentando aguentar tudo aquilo, mas estava me
sentindo enjoada, parei o beijo e corri até o banheiro levantando a tampa da
privada o mais rápido possível antes de vomitar. 

Catherine: Parece que alguém esqueceu da camisinha? 

Eu: Tá doida? 

Catherine: O que? Vai falar que tava passando mal? Não é atoa que você é uma
draga né.- ela se agachou e segurou meu cabelo quando eu voltei a vomitar: 

Ela não tinha razão nenhuma, mal sabia ela que eu estava vomitando por sentir
nojo da sua língua dentro da minha boca, nojo por ela quase ter matando a Lexie
e por ter a cara de pai de mentir tanto assim, mas mal ela sabia que estava se
perdendo nas suas próprias mentiras. 

Catherine: Vem deixa eu cuidar de você!- ela ligou o chuveiro. 

Eu acabei engasgando, ela acha mesmo que iríamos transar? Que nojo! Eu tava
vomitando cara! 

Catherine estava nua na minha frente e estava prestes a tirar minha blusa quando
eu me levantei desesperada indo até a porta.

Eu: Cathe, estou passando mal e não quero que você me veja assim! 
Capítulo 153:
•Elizabeth narrando •
❄️

Sai do quarto às pressas e acabei me esbarrando com Jacob, ah pronto mais essa
agora! 

Jacob: Tá tudo bem? 


Eu fiz um joinha com a mão e entrei no meu quarto correndo para a privada e
vomitando novamente, acabei vomitando mais e mais. Decidi tomar um banho e
me deitar, estava sem fome e totalmente zero condições de aturar o drama que
tava lá fora, por mais que Lexie precisava de mim Cathe não podia suspeitar de
nada.

Estava trocando de canal, me sentindo muito enjoada, uma dor de cabeça


insuportável é um frio danado, lembrei que já tive muitos dias assim e quem
sempre me salvava era a Amora, que saudades dela! 

Ben: Liz, posso entrar?- ele abriu um vão da porta e perguntou. 

Eu: Pode.

Ele entrou e fechou a porta se deitando ao meu lado e se cobrindo, percebi sua
dificuldade ao encostar as costas na cama.

Ben: O que te tirou a fome?-ele riu brincando com a minha cara. 

Eu: Tá tão na cara assim? 

Ben: Hora, eu te conheço novata!

Eu: Harvey, acredita que ele me fez assinar um papel que se caso alguma coisa
acontecesse com ele eu ficaria com a guarda da Chole? Poxa, eu me senti um
lixo, uma sanguessuga.

Ben: Você não é nada disso, ele só quer se tranquilizar em relação a Chole, não
se sinta um lixo por ajudar ele.

Eu: Mas eu to alimentando a ideia dele “morrer”.-  fiz aspas com as mãos, Ben
puxou minha cabeça fazendo com que eu deitasse no seu peito e começou a fazer
cafuné, tão gostoso. 

Ben: Você não tá alimentando ideia nenhuma, larga a mão de ser boba.- ele
beijou minha cabeça.- Deixa ele se sentir bem assim, não precisa ficar se
remoendo por isso. 

Eu: E tem mais uma coisa.- levantei a cabeça para ele que me olhou esperando eu
continuar.- Comecei a suspeitar da Cathe também, quando eu cheguei e vi o que
tinha acontecido juro que quis voar no pescoço dela por ousar bater na Lexie mas
eu tive que me controla. 

Ben: Se controla para que? 


Eu: Estou armando um golpe, tudo vai ser uma farsa e ela não pode suspeitar de
nada, queria muito que Lexie entendesse, mas não posso falar com ela agora. 
Capítulo 154:
•Elizabeth narrando •

❄️

Ben: Eu conheço a Lexie faz muito tempo, ela se chateou sim com a sua reação,
ainda mais por ter vindo aqui por causa de você mas relaxa que eu vou conversar
com ela, agora me conta esse golpe aí.

Eu estava decepcionada comigo mesma por ter reagido daquela forma, podia
muito bem ter mantido a neutra. Acabei contando todos os detalhes do plano pro
Ben e então eu voltei no assunto da Lexie.

Eu: Mas ela tá bem mesmo?- me levantei e o encarei.

Ben: Sim, se não fosse pelo Dylan ela teria sido baleada.- baleada? Eu só tinha
visto o vermelhão no rosto dela! Continuei encarando Ben sem entender e me
levantei rápido saindo quarto. 

Ben: Você não pode.- ele puxou meu braço e me colocou de volta para dentro.

Eu: Ela quase matou a Lexie.- uma lágrima teimou em sair. 

Ben: Você vai ter sua chance de se igualar, mas esse não é o momento.

Voltamos para a cama e eu me deitei no peitoral dele novamente com ele me


fazendo cafuné, Ben colocou uma playlist de músicas para tocar pela tb e
começou a contar as travessuras da Amora, Thor e Emilly que estavam deixando
sua mãe doida, contou do campeonato de surf que o Collin passou para a estadual
e o assunto foi surgindo.

Eu: Ainda dói né?- me referi as suas costas. 

Ben: Um pouco.- ele se mexeu um pouco e começou a me encarar. 

Eu: Que foi?- comecei a rir.

Ben: Já te falei que você é linda, hoje?

Eu: Eu te amo.- Subi em cima do seu colo e o beijei, foi um beijo doce e quente
cheio de mãos bobas, quando eu percebi suas mãos já estavam por baixo da
minha camiseta tirando o tecido. 
Capítulo 155:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu olhei safada para ele dando total liberdade dele continuar com seu ato, Ben
soltou meu sutiã e então tirou sua camiseta nos beijando, eu estava totalmente na
dele, em um movimento rápido ele me deitou ficando por cima e então tirando
meu shorts e rasgando minha calcinha, ele me olhou sorrindo e então eu empurrei
sua cabeça até minha intimidade, e ele começou um oral gostoso, pai amado!
Pressionei sua cabeça entre minha intimidade segurando o máximo do lençol
possível e me contorcendo apenas com as preliminares, sua língua invadiu meu
clitoris e conforme ele continuava eu me sentia mais excitada e o prazer nem se
fala, né. 

Eu: Aí meu deus!- falei antes de gozar na sua boca.

Ben riu e foi subindo os beijos com mordidinhas, em um movimento rápido suas
mãos massagearam meus seios com uma trilha de beijos junto até chegarem nos
meus lábios nos beijando.

Ben: Você é gostosa para caralho!- mordeu meu lábio puxando o mesmo e
apertando minha bunda. 

Eu ri e prendi minhas pernas em seu abdômen o beijando intensamente passando


as mãos no seu cabelo o bagunçando, com sua ajuda tirei suas calças, seu
membro já estava duro e sem preliminares ele penetrou minha intimidade,
começando com os movimentos de vai e vem me deixando maluca, posicionei
minha cabeça para trás enquanto ele metia dentro de mim conforme o ritmo da
música que tocava comecei a gemer, ele acabou rindo e tampando minha boca
para abafar o som. 

Não demorou muito para ele começar a gemer também e foi minha vez de tampar
sua boca, ele continua com os movimentos, eu estava no ápice da tensão, acabei
tendo um orgasmo e gozando novamente, ele continuou os movimentos e não
demorou muito para gozar dentro de mim, ele deitou seu corpo ao lado do meu e
sua cabeça entrei meus seios, envolvendo seus braços em todo meu corpo nu. 

Ben me olhou e então sorriu, que saudade de toda essa tranquilidade que ele me
passava, enquanto acontecia o caos fora daquele quarto, ali só éramos nós dois e
o mundo. Comecei a entrelaçado os dedos em seus cabelos e acabamos dormindo
entre as carícias. 
Capítulo 156:
•Elizabeth narrando•

❄️

Acordei e Ben estava do meu lado, estávamos nus com os raios de sol batendo
por todo o quarto, ele ainda dormia, fiquei quieta o observando, como ele era
lindo e como a transa de ontem foi maravilhosa, deixei um sorriso bobo escapar. 

Ben: Para de me olhar.- disse sonolento. 

Eu: Não dá, você é um vício.

Ele abriu os olhos, e que olhos incríveis, não me canso de mencionar, ele sorriu
me beijando. 

Eu: Hoje é o grande dia.- virei para me levantar da cama. 

Ben: Mal posso esperar para ver sua cara.- deu de ombros.- Você sabe que estou
certo.

Eu: Catherine vai surtar quando descobrir o nosso ataque relâmpago. 

Ben: Ela vai surtar mesmo quando descobrir a armadilha né.

Ele se sentou na cama e eu o olhei, meu Deus como consegue uma pessoa ser tão
linda assim? 

Eu: Vou tomar banho, você vem?- sorri maliciosa e ele me puxou me abraçando
e beijando do jeitinho que só ele fazia. 

Ele me pegou no colo me levando até o banheiro e então me soltou ao chegar no


box, eu liguei o chuveiro e entrei debaixo da água sorrindo para ele enquanto
colocava o cabelo para trás. 

Bem: Meu Deus, visão dos Deus isso!-ele me olhou de cima a baixo e então
entrou debaixo da água me beijando. 

O clima foi ficando quente, com mordidas beijos e mãos passando por todo meu
corpo. Eu estava me agachando pronta para fazer um oral nele quando escuto
alguém chamar; 

Jacob: Oh Liz, tamo te esperando caralho, vai demora aí?- sua voz estava perto. 

Eu travei né, me levantei e coloquei Ben atrás de mim tentando escondê-lo. 


Eu: Não entra aqui!- quase que a voz não saiu. 

Jacob: Não tem nada que já não tenha visto né.- ele debochou, rindo. - Vai logo,
tamo te esperando po, vai foder com tudo? Já não basta sua amiga? 

Escutei seus passos e soltei o ar olhando para o Ben rindo, por pouco! Ufa! 

Ben: Não tem nada que ele não tenha visto?- ele me olhou chateado. Eu sou
fodida  de mais né? 

Eu: Ele foi meu primeiro namorado.- dei de ombros, não tinha o que esconder.

Ben: Porra.- ele passou a mão no cabelo fechando os olhos e entrando debaixo da
água quente. 
Capítulo 157:
•Elizabeth narrando •
❄️

Depois da invasão do Jacob o clima acabou, Ben ficou debaixo da água por um
tempo e eu fiquei totalmente sem reação, terminamos o banho em silêncio e  Ben
foi para o seu quarto enquanto eu me trocava, coloquei uma roupa própria para a
ação que estava prestes a acontecer. Deixei o cabelo molhado mesmo e peguei
meu revólver conferindo as balas e verificando se estava tudo okay. 

Estava saindo do quarto quando vi Dylan com algumas malas na mão e eu


conhecia aquelas malas muito bem. 

Eu: Onde você vai com isso? - peguei levando de volta para o quarto da Lexie. 

Dylan: Ela quer ir embora Liz, respeita. 

Eu: Não!- peguei a outra mala da sua mão bruscamente o encarando.- Ela vai
ficar até ouvir o que eu tenho para falar e você já descobriu onde é o galpão? 

Dylan: Tá com o Jay as informações já. 

Assenti e entrei no quarto novamente procurando pela Lexie, não a encontrei e


então fui no quarto do Ben prevendo que ela estaria lá. Abri a porta e encontrei
os dois se abraçando, era incrível a relação dos dois e mais incrível ainda como
eu não me sentia insegura ou com ciúmes. 

Lexie: Agora lembrou de mim? 


Eu: Lexie me escuta!- ela virou as costas saindo do quarto e indo para o seu. -
Explica para ela por favor, fala para ela ficar só até hoje. 

Sai do quarto com o coração na mão, Ben iria explicar para ela tudo certinho, eu
contava com isso. Chole ainda estava dormindo, mas ficaria na casa com Ben,
Harvey já tinha saído, ele estava terminando de organizar a sua parte falsa do
golpe. Fui até o escritório do Jay e o encontrei no meio de uma ligação, esperei
ele terminar.

Eu: Como que entrou no meu quarto?- apoie as mãos na mesa curiosa. 

Jacob: Isso aqui é a minha casa meu bem, tenho a chave de tudo.- ele picou e
acendeu um cigarro, bufei revirando os olhos.- Atrapalhei algo?-ele disse com
um sorriso sacana no rosto.

Ele sabia! Como não né? Jacob não é bobo, entrou no quarto e viu o estado dele
todo bagunçado com roupas jogadas por todo o canto. 

Eu: Vamos começar com isso? 

Ele se levantou apagando o cigarro e pegando sua arma.


Capítulo 158:
•Elizabeth narrando •

❄️

Peguei o endereço e fui com Cathe e Dylan de carro e Jay em uma das vans com
seus capangas, tinha homem para caralho, ele exagerou de mais, enfim, Harvey
começou a atuar pelo rádio. Ele estava comando uma operação falsa, a mente
humana é muito fácil de ser controlada não é mesmo? Harvey começou a atirar
pelo outro lado da linha e tinha todo um alvoroço com tiros e gente correndo
parecia mesmo ser real. A nossa mente faz ser real, nossa imaginação cria as
imagens fazendo a gente acreditar, é incrível como nos auto manipulamos. 

Estávamos postos no local do galpão e não demorou para a equipe do Malcom


aparecer com um caminhão fugindo com toda a mercadoria. 

Bingo! Olhei vitoriosa para Jacob, senti que ele, imediatamente, foi dominado
pelo ódio e começou a mandar seus homens a atirarem contra a mercadoria, então
foi fogo contra fogo, estávamos em um local cercado pela mata, o galpão era bem
escondido.  Rolou tiro para todo lado, homem caindo e gritaria junto com
correria, os capangas do Jay lançavam várias granadas tentando acabar com os do
Malcom, em nenhum momento tirei os olhos da Cathe, ela podia sim ser a
infiltrada como também não podia. 

Comecei a atirar e os caras do Malcom foram caindo, estávamos levando mais


essa. Fomos entrando no território inimigo, e eliminando os que tentavam reagir. 

Uma vã preta chegou derrapando pneu e então vários caras saíram dela apenas
apontando as armas para nós, estávamos vulneráveis, podíamos ter caído no
nosso próprio golpe. Outros carros chegaram é uma barreira se formou na nossa
frente.

Respirei fundo e apontei a arma para eles, até que meu coração acelerou mais
quando Malcom saiu de dentro da vã tirando seus óculos escuros na maior
calmaria, ele colocou as mãos para cima mostrando que estava com a intenção de
conversar. 

Malcom: Hora, hora!- ele andou em minha direção.-Olha o que temos aqui!- ele
parou quando levantei a arma até sua cabeça. - Achei muita falta de educação sua
falta de palavra.- virou para Jacob. 

Eu: Acontece que não foi ele que te colocou no xadrez.- me intrometi. 
Capítulo 159:
•Elizabeth narrando •
❄️

Malcom: Cansei dos seus joguinhos Elizabeth, e esse é meu último aviso!- ele
colocou os óculos e se retirou entrando na vã novamente. 

Que aviso? Olhei em volta tentando entender mas antes dele entrar totalmente na
vã ele parou e olhou na minha direção. 

Malcom: Você vem filha? - perguntou alto e claro. 

Eu: Jamais seu monstro!

Catherine: Não estava falando com você irmãzinha.

Catherine saiu de traz de mim indo na direção da vã e me olhando diretamente


nos olhos, os dois entraram e então eu atirei, comecei a atirar e correr atrás do
carro, enquanto alguns dos seus capangas atiravam de volta. 

Sim, lá estava eu rindo na cara da morte, eu corria em direção aos capangas do


Malcom tentando alcançar aquela vã e acabar com aqueles dois enquanto era um
alvo facinho ali. Eu me senti traída, mesmo esperando que Catherine fosse a
infiltrada mas ser minha irmã? Vendo aquele vã se afastar eu fiquei parada no
meio daquele tiroteio, os capangas do Malcom perderam a vez e então Jacob
chegou até mim, ele me encarava. 

Eu estava olhando para o nada e pensando em nada, tudo aquilo que acabou de
acontecer, sabe quando você não quer aceitar? Então, lutei tanto para sair de toda
essa merda e cá estava eu me afundando mais ainda. Jacob tentou me abraçar
mas eu me esquivei dos seus braços e saindo dali e indo até a vã, passei por
Dylan e então cai na real, vendo Dylan na minha frente lembrei da Lexie.

Eu: Malcom atacou a mansão diretamente para achar que aquele seria o seu
contra ataque, mas não...- parei para pensar um pouco colocando minha ideias em
ordem. 

Aí meu Deus, o aviso!!! Esse era o aviso! 

Eu: Ele atacou a mansão!- virei para Jacob, que entendeu minha linha de
raciocínio.- ELE ATACOU A MANSÃO!

Corremos até o carro enquanto seus capangas iam de vã, Jacob colocou a maioria
dos seus homens nesse golpe deixando a mansão vulnerável, esse era o aviso! Ele
tava atacando a mansão!
Capítulo 160:
•Elizabeth narrando •

❄️

Sabe quando você sente aquela sensação de vazio dentro de você e ao mesmo
tempo de traída? Quando todas suas esperanças descem a ralo abaixo? Eu estava
assim! Dentro daquele carro, eu via o tamanho da merda feita, me sentindo burra
para caralho por achar que seria tudo fácil de mais. Jacob dirigia o mais rápido
possível, com um mutirão de carros atrás da gente. 
Dylan e eu ligávamos para todos da mansão para tentar avisar mas nada, então
liguei para Harvey. 

~Ligação on~

Eu: Harvey, caímos na nossa própria armadilha! 

Harvey: Liz, eles estão aqui!-barulhos de tiros sendo disparados ecoou pela
ligação, uma gritaria e então a ligação caiu. 

~Ligação off~ 
Eu: Acelera essa porra!- gritei. 

Jacob acelerou e eu comecei a verificar minha munição, estávamos longe de mais


para chegar a tempo, eu não sabia o que pensar, não tinha o que fazer, enquanto
eu estava segura dentro daquele carro poderia ter perdido todos que amo. 
Jacob colocou a mão na minha coxa e a apertou dando forças, coloquei minha
mão sobre a sua retribuindo o gesto e sorri. 

Estávamos a mil por hora, meu coração estava a mil por hora, a adrenalina fervia
em meu corpo junto com a tensão, saímos da pista entrando na cidade, mais uns
minutos e estaríamos na mansão. 

Dylan: Fodeu, fodeu!- ele bateu no banco mostrando a polícia atrás da gente.

Jacob: Esses merdas só atrapalham, porra!- ele acelerou mais o carro deixando a
viatura para trás.- Dividir caralho, quero todo mundo na mansão e chama a porra
do reforço todo!- ele disse aos seus capangas no rádio. 

Eu: Tenta despistar eles! 

Dylan: O carro deles é próprio para perseguição. - ele pegou a metralhadora para
abrir fogo contra a viatura.

Eu: Ta louco cara? Tem civis aqui!- abaixei a arma. 

Jacob diminuiu a velocidade cantando pneu e virando bruscamente a direita


entrando dentro dos bairros, assim seria mais fácil despistar. Ele começou a
buzinar para as pessoas saírem da frente, me segurei no carro, meu corpo pulava
de um lado para o outro, Jay fazia as manobras com o carro mas a viatura
continuava na nossa cola. 
Capítulo 161:
•Elizabeth narrando •

❄️

Jacob: PEGA ESSA MERDA DE METRALHADORA E ENFIA NO CU


DELES, CARALHO!-Ele virou bruscamente novamente, eu me segurei o
máximo que pude. 

Eu: OLHA OS CIVIS!- falei tanto em relação da metralhadora quanto dele quase
atropelando todo mundo, me escorei e comecei a buzinar, Jay me fuzilou com os
olhos e empurrou meu corpo para trocar a marcha. 
Dylan: Liz, agora não é hora de ter piedade!- ele pegou a arma colocando para
fora da janela.- Ou você se livra dos tiras, ou perde aqueles que ama!- ele disse
me dando uma última olhada e atirando contra os polícias. 

Respirei fundo, já fiz coisas horríveis sim, mas com pessoas horríveis, isso não se
torna nenhuma justificativa, eu sei! Agora atirar em tiras? Respirei fundo
novamente e me coloquei meu corpo para fora do carro, me sentando na porta. 

Jacob:SUA IDIOTA, ENTRA AGORA!

Jacob segurou minhas pernas e eu peguei a arma atirando na viatura, não nos
tiras e sim nos pneus. 

Jacob: DROGA LIZ!- ele puxou meu corpo bruscamente para dentro fazendo
com que a arma caísse para fora e voltou a dirigir.- PARA DE SER
RETARDADA PORRA, QUALQUER CURVINHA VOCÊ CAI OTARIA!- ele
gritou passando o cinto de segurança em mim. 

Dylan: O carro é blindado porra! 

Jacob: Usa armamento pesado. 

Dylan tirou o fundo falso do banco o jogando pela janela e então pegou uma
arma enorme, ele quebrou o vidro traseiro do carro e mirou na viatura acertando
fazendo com que ela explodisse na hora. 

Me senti um pouco ruim, uma angústia, engoli seco e encarei Jay.

Eu: Acelera essa bosta! 

Estavamos perto da mansão e o barulho tiroteio novamente ecoava pelos meus


ouvidos, Jay parou o carro derrapando os pneus e vimos seus capangas já
entrando, obvio né, não tiveram problemas com os tiras. Peguei uma
metralhadora colocando nas costas e a .40 na mão, entrei pelos lados ignorando
totalmente o aviso de Dylan e Jacob para esperar por eles, ouvi os dois
chingarem e virem atrás, tinha muitos homens caídos no trajeto, eu pensava no
pior, não queria encontrar nenhum deles com alguma bala na cabeça. Revirei a
casa todinha por dentro, encontrei apenas cadáveres e nenhum conhecido.
Capítulo 162:
•Elizabeth narrando •

❄️


Meu coração estava acelerado e eu suava frio, olhei em cada cantinho da casa e
nada deles, Malcom podia ter sequestrado eles, ou podiam estar a qualquer canto
da casa mortos, me encostei na parede me recompondo e então respirei fundo
ouvindo um barulho de grito corri para o jardim e encontrei Chole e Lexie. 

Eu: Vocês estão bem? 

Chole: Lizaa.- ela veio até mim me abraçando, a abracei rápido e sai dos seus
bracinhos. 

Eu: Cadê o Harvey e o Ben? - Outro tiroteio começou, Lexie pegou Chole no
colo.

Dylan: Fiquem as duas aqui!- mandou e foi  me seguindo até onde o tiroteio
estava. 

Harvey: Eles são muitos!- ele se juntou a gente e voltou a atirar,Ben também
estava com uma arma na mão atirando, eu o olhei impressionada e sorri voltando
a meu foco de atirar. 

Conforme os homens do Jacob iam surgindo mais e mais a gente ganhava espaço
no tiroteio fazendo os homens do Malcom recuar. 

Harvey: Cadê a Chole?- se protegeu atrás de um pilar junto comigo. 

Eu: Elas estão no jardim.- gritei e voltei a atirar, Harvey se levantou e então
começou a correr de volta para o jardim, merda, merda, merda!- Me da
cobertura!

Disse ao Jacob que cedeu sem hesitar, corri atrás do Harvey e o encontrei
desarmado com as mãos para cima em tom de rendição, Lexie abraçava Chole
tentando protege-la enquanto ela chorava.

Catherine: Abaixa essa porra!- ela tirou um revólver da cintura mirando na minha
direção enquanto com a outra mão apontava uma arma a Lexie e Chole. 

Harvey: Você não precisa fazer isso! 

Eu: Sai daqui enquanto você tem chance! 

Catherine: CALEM A BOCA ANTES QUE EU MESMO CALE PARA


VOCÊS! E você irmãzinha, joga essas armas para cá! 

Fiquei apreensiva mas não tinha chance nenhuma ali, joguei primeiro o revólver
e depois a metralhadora, Catherine riu vitoriosa, ela estava sozinha, mas muito
longe, se eu tentasse algo ela atiraria nas duas. 
Eu: O que você vai fazer? Matar todo mundo? 

Catherine: Sabe meu amor, eu fiz uma promessa a sua amiguinha sim.
Capítulo 163:
•Elizabeth narrando •

❄️

Ela olhou  friamente para Lexie e atirou, meu coração parou na hora, não me
importei com arma nenhuma sendo apontada para mim, o terror da verdade não é
quando a bala me acerta e sim uma pessoa que eu amo, corri em direção a Lexie
mas eu estava muito longe, Catherine disparou outras oito vezes sem piedade. O
corpo estava no chão, Harvey todo ensanguentado e baleado, Chole se agachou
chorando do lado do seu corpo. 

Chole: Papai, papai fica comigo.- ela chorava sem parar, e tentava reanima-lo.-
Não vira estrelinha que nem a mamãe, por favor.- ela o abraçou. 

Olhei em volta, Catherine já tinha fugido e Lexie estava bem, quando Cathe
atirou Harvey entrou na frente da bala para proteger sua filha que estava no colo
da Lexie. Agora, as duas estavam agachadas no chão chorando desesperadas; 

Lexie: Liz me ajuda, salva ele.- ela me olhou com as mãos cheias de sangue
implorando. 

Chole: Papai, papai não me deixa!- ela chorava sem parar tentando acorda-lo. 

Lexie tentou reanima-lo, e eu estava em choque parada de pé olhando tudo o que


estava acontecendo. Do nada, minha ficha caiu, eu ainda não tinha aceitado que
ele estava no chão, fui até o corpo e tentei fazer de tudo reanimando e fazendo
massagem cardíaca 

Harvey: Cuida dela!-foi a única coisa que ele conseguiu dizer, já era tarde, ele
não tinha mais pulsação. 

Harvey morreu chorando com os olhos abertos olhando para Chole e fazendo do
seu último suspiro um pedido para mim. 

Chole: Papai acorda, papai!- ela tentava mexer seu corpo.- Não vira estrelinha
papai! Por favor papai acorda! Quem vai cuidar de mim? Papai? Papai, acorda!

Chole me olhou, seus olhos saiam lágrimas sem parar, ela se debruçou no corpo
do pai, beijou seu rosto e então o abraçou. 
E naquele momento, me senti como...se já estivesse morta. Tudo pode dar merda
em menos de um segundo, é um momento em que você sente a morte se
aproximando, e sabe que nada mais vai ser como antes. E que você precisa fazer
de tudo para sobreviver! 
Capítulo 164:
•Elizabeth narrando •
❄️

Eu lutei com todas minhas forças para sair desse mundo e conquistar a minha
liberdade do jeito certo, através da lei mas tudo que consegui foi gerar caos atrás
de caos. 

Ben: Liz.-ele chegou correndo se agachando.- Liz! 

Eu me deitei no chão, olhando para cima, sabe quando você paralisa de vez? Ben
tentou me levantar, eu não me mexia, não falava, estava ficando louca? 

Jacob: Sai de cima dela cara.- ele segurou Ben tirando ele de perto.- Ela precisa
de espaço porra! 

E ali, deitada no chão com todo aquele caos e sofrimento ao meu redor, eu
permaneci calada, eu não chorei, não surtei, fiquei em silêncio olhando para o
céu. Meu silêncio é uma coisa aterrorizante para mim, eu sou do tipo de pessoa
barulhenta, que briga, chora, que reclama, peço desculpa e faço de tudo até as
coisas serem resolvidas, mas se eu chegar no nível de ficar calada, pode ter
certeza que eu atingi todos os meus limites! 

Eu fui estrupada, humilhada na minha própria casa, passei dois anos da minha
vida fugindo e passando necessidades, trabalhando duro, tentando ser forte,
encontrei uma vida e vivi, mesmo por pouco tempo, me sentindo livre, viva,
como se eu pudesse conquistar o mundo. Mas na verdade eu tava desafiando o
mundo e agora ele estava contra mim.

Me levantei do chão, Lexie tentou tirar Chole de cima do Harvey mas acabou
sendo em vão, fui até o corpo e o olhei, não saiu nenhuma lágrima, ainda sentia
aquele vazio dentro de mim. Ele sabia? É verdade, então?  Quando a morte se
aproxima a gente sente? Olhei para Harvey dentro do seus olhos, baixinho e
sozinha rezei por ele, ao terminar fechei seus olhos e me levantei indo para
dentro da mansão. 

Tudo aquilo estava uma bagunça, como teve perseguição da polícia e tiroteio que
saiu do controle jaja teria polícia em todo canto da mansão, Jacob já sabia disso,
mesmo a mansão sendo um pouco distante da cidade corríamos esse perigo.
Comecei a pegar algumas armas e me armar de vez, coloquei facas nas pernas,
um revólver na coxa e dois na cintura, peguei um soco inglês colocando-o no
bolso da calça e então uma metralhadora,
Capítulo 165:
•Elizabeth narrando •

❄️

Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, limpei o sangue que tinha no meu
rosto e peguei um par de algemas caso ocorre algum imprevisto o que eu tinha
certeza que ocorreria.
Ben chegou atrás de mim e permaneceu em silêncio,fui até ele o beijando.
Estranho? Sim,no meio de tudo isso eu estava o beijando, mas sabe, não foi um
beijo qualquer, foi um beijo de despedida.

Eu: Eu te amo.

Finalmente uma lágrima caiu do meu rosto, mas foi apenas uma lágrima teimosa,
odeio despedidas, o abracei sentindo seu cheiro e então me virei saindo. Ben me
puxou e voltou a me abraçar. 

Ben: Dessa vez eu não vou deixar você resolver essa sozinha,vou com você.

Eu: Não, você não vai!- tirei o revólver da cintura e então apontei para ele. 

Lexie: O que é isso? Tá louca?- todos apareceram. 

Ben: Ela quer ir atrás da Catherine. 

Eu: E eu vou, se vocês me seguirem eu mato vocês!

Dylan: Liz..-Ben o interrompeu. 

Ben: Você não vai matar nenhum de nós.- ele foi se aproximando com as mãos
para cima de mostrando vulnerável, destravei arma. 

Eu: Tem razão,não vou!- mirei a arma para a minha cabeça.-Quase me matei uma
vez, o que vai me impedir agora? Fiquem aí, essa briga é minha não de vocês.-
falei firme e então virei as costas com a arma apontada para a minha cabeça.

Quando me vi longe deles guardei a arma na cintura e então corri até o


estacionamento, iria de moto já que era a única coisa que eu sabia dirigir. Estava
pegando a chave quando sinto a presença de alguém atrás de mim, aquele alguém
que eu já sabia que estaria ali. 
Eu: Vai embora!- disse autoritária sem me virar. 

Jacob: Não vim até aqui para te impedir, porra Liz é suicídio você ir sozinha! 

Eu: Essa briga não é sua Jay.-peguei a chave e me virei o encarando. 

Jacob: Não Liz, essa briga é nossa! Quando o seu pai matou o meu na prisão,
tanto por serem inimigos e por não aceitar o nosso lance, se tornou nossa briga. 

Eu o beijei, Jacob segurou na minha cintura me agarrando forte como se não


estivesse afim de soltar, empurrei nossos corpos perto da parede e entre o beijo
fui deixando as mãos bobas rolar, ele era teimoso e eu contava com essa sua
atitude.
Capítulo 166:
•Elizabeth narrando •

❄️

Peguei as algemas que guardei sem ele perceber e o prendi no ferro que tinha ali.
Soltei nossos corpos e ele me olhou impressionado. 

Eu: Essa briga é minha, sempre foi!

Virei as costas colocando o capacete e ligando a moto, acelerei dando uma última
olhada para Jacob que tentava se soltar antes de dar partida. 

Se a gente sente a morte quando está por vir? Bom, eu sinceramente não sei.
Com aquele vento batendo no meu rosto e no meu corpo eu me sentia livre, uma
sensação estranha, acelerei mais a moto e gritei,  gritei me libertando de todos os
monstros que se prendiam dentro de mim, gritei aliviada, gritei de ódio e dor, eu
gritei tirando todo aquele sufoco que estava dentro de mim. 

Rindo na cara da morte novamente? Lá estava eu, voltando para aquela casa de
bonecas onde tudo começou, acabei chegando bem rápido na mansão Cooper. Ao
sair da moto percebi que todos os capangas foram retirados parecia que estavam
me esperando, como uma reunião em família. Nojo, nojo ao ser dessa família. 

Xxx: Beth...

Apenas Pilar me chamava assim, desde pequena sempre me chamou e eu nunca


vi problema.
Pilar: Que bom que se juntou a nos, finalmente vamos acabar nossos assuntos. 

Eu permaneci calada e entrei na casa junto com ela, estava tudo vazia, ou os
capangas foram retirados ou Malcom e Catherine não tinha chegado ainda.

Eu: Cadê todo mundo? 

Pilar: Hora Beth, não vai querer nem conversar com sua mãe? 

Eu: Conversar com você? Eu tenho nojo de você, sempre te amei, a enxergava
como um espelho, queria crescer e ser uma mulher forte como você, seguir seus
passos mas adivinha? Você se demonstrou uma sociopata! Todos os dias que
aquele bêbado chegava aqui e te batia, era eu que a protegia. E no dia que eu
mais precisei de você...você me deu as costas, me humilhou permitindo que ele
abusasse de mim! Você é doente, só se importa com dinheiro, uma verdadeira
filha da puta! 

Pilar sacou a pistola a mirando para mim, em segundo a minha já estava na


apontada para ela.

Pilar: Você é só uma garota que não teve tudo que quis, larga a mão de ser tola,
abaixa essa arma que eu deixo você ter uma morte rápida. 
 Capítulo 167:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu atirei, não hesitei e não me arrependi em nenhum momento, eu atirei naquela


filha da puta que um dia disse ser minha mãe. Fui até ela que estava jogada no
chão, chutei a arma da sua mão e olhei dentro do seus olhos antes de acabar com
todas as minhas balas descarregando no seu crânio. Fui fria? Pode ater ser que
sim, desnecessário meu ato,mas e quando ela riu da minha cara permitindo o
estrupo? Quando ela me arrastou para toda essa merda de novo? Quando ela me
usou como moeda de troca? Quando ela supôs machucar meus amigos? 
Posso sim ter sido fria, mas o monstro ali não era eu. Escutei um barulho de carro
e olhei pela janela, era Malcom descendo da vã, ele estava sozinho.

Me escondi esperando ele entrar, Malcom ao ver Pilar jogada no chão e


sangrando correu até ela, ele chorou, chorou a abraçando e a colocando em seus
braços. Ele tirou o óculos e juntou seu rosto com o dela chorando. Sai do meu
esconderijo com a arma apontada para sua cabeça; 

Malcom: Você não tinha o direito! 


Eu: Como é? - atirei na sua perna. 

Malcom: SEU PEDAÇO DE MERDA!- ele se contorceu de dor.- VOCÊ NÃO


TINHA O DIREITO VAGABUNDA! 

Eu: Eu não tinha o direito? Direito? É sério?  Você me estrupou! Isso sim você
não tinha o direito! Eu estava dormindo, você não tinha o direito de me estrupar!-
atirei na sua outra perna. 

Malcom: Vai mesmo matar um homem desarmado? Seu pai? 

Eu: Seu cretino!- gritei, gritei e as lágrimas foram saíram de teimosas, as


lágrimas saíram mas não me deixaram nem um pouco vulnerável, lágrimas de
raiva, dor por estar revivendo todos os momentos mais terríveis e tensos da
minha vida. 

Malcom: Eu nunca te perdoei. 

Eu: O que eu fiz? Por que eu? Lembro de você contando suas histórias para mim
e para Anie, contando suas aventuras, brincando com a gente... Você..você de um
dia para o outro se tornou um monstro!Agressivo...arrogante...ignorante.

Malcom: Você a matou!- ele limpou o rosto, mas o sujou de sangue da Pilar. -
Você matou minha filha e foi nesse momento que deixei de te amar, deixei de ver
você como minha filha, eu quis te mandar para bem longe da minha vida,
Capítulo 168:
•Elizabeth narrando •

❄️

Malcom:...Quis te matar mas sua mãe me impediu! E olha o que você fez com
ela.-ele olhou para Pilar morta em seus braços.- Você desenha seus pais como
monstros, critica a gente como sociopatas, tentou me matar!- mostrou o tampão
do olho.- Mas o único monstro que aqui e você! 

Eu: Eu não matei ela!- as lágrimas saíram de vez.- Eu não matei minha irmã,
Annie era minha gêmea, mais do que isso, era minha alma gêmea, eu a amava e
ainda amo! 

Malcom: Você a matou!

Eu: Não matei, ela foi picada pelo escorpião! Eu não tive culpa! 
Malcom: Não devia ser ela que tinha que ter morrido! Você é uma infeliz! Além
de matar sua própria irmã...matou sua mãe! A mulher que te salvou desde então. 

As lágrimas fizeram minha visão ficar totalmente embaçada, eu era o monstro


ali? Era eu? Eu? Ouvi disparos e pensei que finalmente chegou minha vez, limpei
os olhos e encontrei Malcom caído com um tiro na cabeça. Meu Deus! O que tá
acontecendo? Segui o olhar até de onde veio o disparo, era Catherine. 

Catherine: Ele não devia te magoar assim.- guardou a arma. 

Eu: Eu..eu n-não matei ela.- tentei falar entre os soluços. 

Toda aquela raiva, aquele ódio, que me sufocavam saíram com as lágrimas, a
tensão da morte do Harvey, a traição e tudo o que aconteceu me desabou, eu
chorei caindo no chão e me acabando nas lágrimas. Era para eu ter morrido? 

Catherine: Todos que nos amam de verdade nunca se vão.- ela colocou a mão no
meu coração.- Você pode achá-los sempre aqui.- desviei do seu ato cessando o
choro, ela me entregou um copo de água tentando fazer com que eu me
acalmasse. 

Eu: Você...-tentei me recompor. 

Catherine: Ah Liz, vamos.- ela deu de ombros.- Não fica assim, eu sou sua irmã
poxa. 

Eu: Você me traiu.- me levantei exaltada. 

Catherine: Eu te traí? Eu acabei de matar o nosso pai! 


Capítulo 169:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: EU IA FAZER ISSO! 

Catherine: Você não ia! Você sabe disso, estava fragilizada de mais! Deixa eu
cuidar de você.- ela tentou se aproximar e eu me afastei. - Liz, eu sinceramente
não tenho culpa de me apaixonar por você! Eu sei que sou sua irmã, mas só por
parte de pai. 

Eu: Se apaixonar por mim? 


Meu Deus! Meu Deus, meu Deus! O que essa louca tá falando? Ela limpou meu
rosto, e segurou minha nuca me encarando. Eu tinha uma irmã mais velha por
parte de pai e ela se apaixonou por mim? Isso é normal? Porque pelo o que eu
saiba não é não! Obsessão isso sim, obsessão por mim, que horror. Não tive a
oportunidade de conversar com Pilar, Malcom me contou sua versão da história
fazendo me sentir culpada, agora eu só queria entender onde Catherine entrava
em tudo isso, precisava de informações então tirei proveito dessa sua obsessão. 

Catherine: O plano sempre foi pegar o império do Jay, mas aí você veio e os dois
anos que eu trabalhei infiltrada você estragou, seu jeitinho me conquistou de um
jeito...

Eu: Isso é tão errado...Como descobriu que Malcom era seu pai? 

Catherine: Malcom sempre soube, quando se casou com Pilar minha mãe foi
atrás deles falando da gravides e tal, mas Pilar o proibiu de criar qualquer vínculo
comigo, era eu ou ela, e é óbvio quem ele escolheu.- ela olhou para os dois
mortos no chão.- Malcom pagava pensão e ia escondido me visitar uma vez por
mês, cresci no meio de uma favela e minha mãe morreu há cinco anos atrás de
câncer. Quando ela morreu, fiquei sem saber o que fazer, para que caminho
seguir, eu era muito jovem e fui pedir ajuda a Malcom que me acolheu dando
parte do seu império, Pilar descobriu e me mandou para o Jay como espiã mas,
na verdade, ela queria que ele me matasse, se ele descobrisse iria me matar.-parei
para assimilar toda aquela informação.

Eu: Você passava as informações para Malcom, traía o Jay e todo dia ficava com
um sorriso no rosto como se nada tivesse acontecido? 
Capítulo 170:
•Elizabeth narrando •
❄️

Catherine: Até você aparecer, deu muito trabalho entender o significado do que
eu sentia, sabe? Nunca foi tão real e sincero.
Eu te amo muito, eu quero poder tocar em você, te beijar, te proteger, cuidar de
você! Ahhhh.- se empolgou.- A gente vai casar e pode até ter filhos, seria
adotado claro.- seus olhos brilhavam e ela sorria de orelha a orelha.

Eu: Cathe...e o Harv?

Catherine: Isso foi um acidente, era para ter acertado na Lexie. Eu jamais atiraria
na Chole, acredita que ele duvidou da minha pontaria?- riu debochada.- Isso que
da duvidar de mim. 
Como um ser humano pode ser tão podre e sem coração assim? Harvey era um
homem, tinha uma família,uma filha, uma vida que tudo foi tirado dele por uma
garota totalmente escrota, ou melhor, doente. 

Eu: E o que pretende fazer agora? 

Catherine: Vamos fugir juntas, realizar nossos sonhos! Podemos pegar toda a
grana que tem escondida aqui, da pra viver muito bem.

Como dizer a uma pessoa que é obcecada por você que você não quer viver com
ela? Que ama outra pessoa, e que tem nojo de chegar perto dela! Eu só queria
suas informações, apenas isso, peguei uma das armas da cintura na mão e então
ela me olhou sem entender. 

Catherine: Não faça isso, está me magoando muito meu amor.- ela chorou.

Te magoando sua infeliz? Fala sério! Levantei a arma para ela que com um chute
a golpeou e se aproximou me acertando com um soco. 

Catherine: Não me obrigue a te machucar. 

Eu peguei o soco inglês do bolso da calça e o coloquei dando um baita de um


soco e seu rosto, seus lábios sangraram e se cortaram, talvez até voou alguns
dentes. 
Ela limpou a boca e então voltou a me atacar dando chutes e tentava acertar com
socos, a acertei com um soco novamente e ela deu o contra ataque fazendo minha
cabeça virar, acabei me cansando do soco inglês e então peguei uma das facas,
Catherine tirou uma faca da cintura também e começamos, ela acabou cortando
meu braço, enquanto eu tentava desviar dos seus golpes, cortei seu abdômen e
acabei levando uma coronhada caindo no chão. 

Catherine: Desiste meu amor,não é tarde para voltar atrás, a gente pode viver
juntas e felizes.
Capítulo 171:
•Elizabeth narrando •
❄️

Eu: Eu não amo você sua louca!- passei a rasteira nela que caiu batendo a cabeça,
subi em cima do seu corpo a socando, ela se protegeu com os braços e com sua
perna me envolveu me prendendo entre elas. 

Tentei pegar a outra faca,  mas ela percebeu e a pegou da minha mão tirando e
jogando longe.
Catherine: Se eu não puder ter você, ninguém vai ter!

Ela deu um mata leão me enforcando, fiz de tudo para me soltar mas suas pernas
prendiam as minhas e meus braços continuavam ilesos perante aos seus que
apertavam meu pescoço, soquei seu estômago, tentei alcançar seu rosto, a unhei,
me debatia sem papar, tentei apertar o tendão da sua mão mas a cada tentativa eu
perdia mais o ar e me sufocava.

Catherine: Eu amo você Elizabeth mas você tornou tudo complicado, como
sempre torna as coisas assim!-apertou mais seus braços. 

Ben: Solta ela.- eu o vi na minha frente com uma arma na mão. 

Era assim? Assim que a gente vê que está morrendo? Com alucinações? Ben
estava longe da mansão,muito longe... Pisque e forcei as vistas abrindo os olhos,
não tinha ninguém ali. 

Catherine: Se você não for minha,não será de ninguém.- repetiu e então eu fechei
os olhos cansando de me debater, de lutar contra o inevitável. Não tinha ninguém
para me salvar ali e eu que tinha escolhido desse jeito.

Fui perdendo o ar, sufocando, perdi as forças de tanto lutar, é assim quando a
gente morre? Essa é a sensação? De ser incapaz de lutar contra a própria vida?
De ser fraca? Vulnerável a um simples golpe? 

Ben: Solta ela ou eu irei atirar!- não soube decifrar se era coisa da minha
imaginação ou simplesmente real. 

Catherine: Ela não vai ser de ninguém!- apertou mais ainda e então eu parei,
parei  de lutar, senti uma lágrima cair e desmaiei, se é assim o melhor jeito de
chamar a morte. 
Capítulo 172:
•Benjamin narrando •

❄️

Harvey chegou na mansão todo feliz que o plano havia dado certo, começou a
comemorar beijando a Chole e a abraçando. 

Harvey: Agora tudo vai dar certo minha filha, vamos ter nossa vida normal!- ele
rodopiava ela no ar enquanto Chole gargalhada.
Chole: Eu te amo papai, eu te amo!- ela passou seus bracinhos no pescoço dele e
o abraçou.

Virei para Lexie que estava sorrindo com a atitude dos dois, a abracei bem
apertado.

Lexie: Vamos para casa Ben.

Eu: Vamos minha pequena, vai acabar tudo certo.- beijei sua testa. Uma explosão
fez que todo aquela felicidade do ambiente fosse embora.

Harvey: Cuida dela.- ele deu Chole no colo da Lexie.- Cuida dela pela mor de
Deus!- ele implicou beijando sua filha. 

Chole: Papai, toma cuidado.

Harvey: Eu vou tomar minha filha.- sorriu tentando tranquilizar ela.- Ben, vou
precisar da sua ajuda.

Dei uma última olhada para Lexie que correu se escondendo no quarto, a mansão
estava totalmente desprotegida, só tinha alguns homens do Jacob ali. Coloquei
um colete e então fui junto com Harv até o tiroteio. Aconteceu tudo muito rápido,
aquele alvoroço de homens invadindo com granada e atirando para todo lado
fazendo com que a gente recuasse. Estava quase perdendo as esperanças quando
Liz apareceu atirando, eu sorri e voltei a atirar contra aqueles infeliz. Como pode
tanta baixaria assim? 

Depois do tiroteio, Jay e Dylan deixaram os capangas cuidar do resto enquanto se


voltaram para o jardim, eu os segui e encontramos Harvey no chão. Foi horrível
toda a cena, Chole e Lexie chorando enquanto Liz estava parada tendo uma crise
emocional. Após sua crise, ela tentou se matar; Liz saiu com aquela arma
apontada na cabeça e o meu coração batia dentro do peito como se fosse sair. Fui
até o estacionamento e a encontrei saindo com a moto.

Jacob: Me solta aqui caralho!- ele estava algemado a um ferro, eu ri e peguei uma
ferramenta cortando as algemas. 

Jacob se soltou e pegou algumas armas, naquela casa tinha arma para todo lado
também, e entrou dentro de um carro, o ligando mas antes que ele tivesse a
oportunidade de dar partida eu entrei, ele me encarou por segundo e então
acelerou. 
Capítulo 173:
•Benjamin narrando •
❄️


Jacob: Não serei responsável pelo seu suicídio playboyzinho!- ele jogou uma
pistola para o meu colo. 

Eu: Não vou me matar. Diferente disso, vou ajudar a Liz.- ele riu debochado e
acelerou trocando a marcha do carro. 

Olhei no velocímetro do carro e me assustei, tava mais de 200km/h, também


aquela Mercedes tinha que correr né. 

Eu: Sabe onde ela foi?- era um tiro no escuro. 

Jacob: Onde tudo começou!-ele me olhou e logo voltou a atenção na pista.- Aí


play, vai ser o seguinte, presta atenção caralho, você vai me dar cobertura! 

Eu assenti e permaneci calado, ele acelerou mais e mais até entrar em uma
caminho rodeado de mata afastado da cidade, Jacob parou o carro derrapando
pneu de frente a mansão, pegou as armas e uma faca furando o pneu da vã. Eu
não o esperei para dar a tal da cobertura e entrei dentro da mansão com a arma na
mão me deparando com a Liz e Catherine no chão. 

Eu: Solta ela ou eu irei atirar!- destravei a arma, Liz me olhou e fechou os olhos.

Catherine: Ela não vai ser de ninguém! 

Eu: SOLTA CARALHO! - eu gritei atirando duas vezes na parede, Catherine riu
e o corpo da Liz ficou totalmente fragilizado, suas mãos caíram.

Alguns disparos me fizeram sair do transe, minhas mãos estavam tremendo, eu


não fui capaz nem de salvar o amor da minha vida? Eu sou um bosta! 

Jacob: Dois minutos caralho! Dois minutos ou ela morre, me ajuda porra! 

Ele jogou o corpo da Catherine longe do da Liz e começou a fazer respiração


boca a boca nela junto com a massagem cardíaca.

Jacob: Acorda Liz! Acordaaa!- ele colocou o ouvido no seu coração e voltou a
fazer massagem cardíaca nela.- Acorda caralho!

Ele foi fazendo a massagem, vendo sua pulsação e tentando reanima-la. Liz não
se mexia, não respirava, Jacob continuou tentando enquanto mais tempo passada
mais a gente perdia ela.

Eu: Acorda, por favor!-sussurrei de longe me sentindo incapaz de poder salvá-la. 


Jacob estava desesperado, ele fazia a massagem cardíaca e então respiração boca
a boca consecutivamente, enquanto a única coisa que eu conseguia fazer era
olhar de longe. 

Jacob: Eu não vou desistir de você Elizabeth, pela mor de Deus volta pra mim!-
lágrimas caíram dos seus olhos. 
Capítulo 174:
•Benjamin narrando •

❄️

Jacob: Eu não vou desistir de você Elizabeth, pela mor de Deus volta pra mim!-
lágrimas caíram dos seus olhos. 

O que eu poderia fazer? Seria muito egoísmo eu afastar Jacob de perto dela e
tentar ressuscita-lá, ele sabia muito bem o que estava fazendo. Eu não fui covarde
em não me meter, fui sábio em não atrapalhar, não sabia nem por onde começar a
fazer a massagem cardíaca. Mas sim, confesso que fui um grande covarde em
não ter atirado. Mas quem sou eu para matar alguém? Esse peso e muito grande
na vida de alguém, na minha vida principalmente onde jamais convivi com tanta
violência assim. Não tenho o direito de escolher se a pessoa morre ou vive,
acredito que vai além disso e sim de Deus. 

Jacob: Vem aqui Play!!-ele gritou entrei as lágrimas e as súplicas para Liz se
animar.- Segura a cabeça dela. 

Ele mandou e assim fiz, Jacob começou a fazer a massagem cardíaca com mais
força e peso em cima do corpo fragilizado da Liz, ele fez uma, duas,três e meu
coração palpitada dentro do peito quase tendo um infarto. 

Eu: Vamos Lizz- implorei.

Jacob fez novamente, e partiu para a respiração boca a boca, Liz abriu os olhos    
respirando. 

Jacob: Meu Deus.- ele a pegou dos meus braços a abraçando, ao perceber que ela
estava imóvel ele me encarou.- Pode ter ficado sem oxigênio no celebro e criado
alguma sequela. 

Ele chacoalhou seu corpo, Liz estava intacta com os olhos abertos, ela levantou
uma mão, estava tremendo, olhando para Jacob ela se jogou nos seus braços se
permitindo chorar. Jacob a abraçou apertado ainda chorando.
Jacob: Conseguimos Liz, conseguimos!- ele a soltou e então a encarou beijando
sua testa ainda chorando.- Agora você vai ter sua liberdade minha princesa, você
vai ser feliz!- ele limpou as lágrimas e então inclinou a cabeça para mim. 

Liz tremia e chorava fragilizada, ela se virou para mim com os olhos cheios de
lágrimas e então se jogou nos meus braços me abraçando forte. 

Eu: Tá tudo bem novata.

Liz me encarou e então voltou a olhar Jacob o puxando para um abraço em trio,
foi muito hilária a cara de ofendido que ele fez, mas ela nos juntou e no meio do
abraço se permitiu chorar mais. 
Capítulo 175:
•Benjamin narrando •

❄️

Ela nos soltou do abraço e então se levantou olhando ao seu redor, quase caiu de
início mas conseguiu forças se levantando de vez, Jacob e eu tentamos ajudar ela
mas Liz simplesmente recusou nossa ajuda. Ela olhou para o corpo dos pais então
para o da Cathe, olhou colocando as mãos na cabeça e chorando novamente, ela
estava desabafando. Senti uma dor enorme por a ver assim, ela nos olhou ainda
fragilizada. 

Liz: Eu não acredito!- ela sorriu em meio ao choro.- Não acredito, conseguimos!-
ela abriu um sorriso amarelo. 

Jacob: Conseguimos princesa!- ele não chorava mais, pegou sua arma colocando
as balas. 

Eu: Não novata, você conseguiu!- sorri transmitindo forças pra ela que correu até
mim me abraçando. 

Liz: Vamos para casa.- ela levantou o rosto sorrindo, seus olhos estavam
vermelhos de tanto chorar. Liz virou sua cabeça no meu peito e então se soltou
indo até Jacob o abraçando.- Obrigada por não desistir de mim! 

Jacob: Isso jamais!- eles se abraçaram. 

Liz foi até o corpo do seu pai pegando um rádio, digitou um código e obteve
acesso imediato ao chefe dos homens que trabalhavam para o seu pai. 

Liz: Ae rapaziada, guerra acabou, vocês estão sobre novo comando. Malcom caiu
e agora quem tá no lugar é o Jacob Mackenear.- ela olhou sorrindo para ele e
piscando.- Quero todos arrumando essa bagunça que tá a casa, vão ter aumento
no salário e podem aproveitar o resto da semana, é nós família. 

Ela desligou o rádio sorrindo amarelo, Jacob ficou sem reação, vários tiros
começaram. 

Eu: Que porra é essa?- disse me baixando enquanto Liz e Jacob riam. 

Jacob: Estão comemorando o novo chefe play, levanta aí cara.- ele riu saindo e
colocando as mãos para cima. 

Eu: Engraçado que os homens não interferiram em nada quando Cathe quase te
matou. 

Liz: Malcom deve ter achado que conseguiria sem a ajuda deles, já que era três
contra um. 

Me aproximei dela segurando na sua cintura e a encarando, coloquei seu cabelo


para trás do ombro e então ela me beijou. 
Capítulo 176:
•Elizabeth narrando •

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A gente percebe que a vida pode acabar em segundos quando estamos realmente
a beira do abismo. Foi completamente surreal, tudo! A loucura da minha família,
não eram nenhum sociopatas como eu  dizia; meu pai me culpava pela morta da
minha irmã gêmea Annie que na verdade foi morta por um escorpião e ele não
aceitou, minha mãe me protegia do seu jeito estranho permitindo até o abuso para
assim, ele me “aceitar” e minha irmã que parecia ser a mais normal no começo se
demonstrou ser a verdadeira louca. 

Aquele que vive sem loucura não é tão sensato quanto pensa e isso eu posso
provar, sorri. A gente vive dentro de uma bolha e quando nós vemos obrigados a
sair dela passamos por coisas que jamais pensei que iria passar, hoje vejo o
mundo de outra forma, me tornei uma mulher mais forte, colocando todos os
meus objetivos acima das minhas emoções, amadureci nas escolhas e finalmente
conquistei minha liberdade, tenho orgulho de quem me tornei. 

Entrei no carro, Ben e Jacob foram na frente. Como a morte junta as pessoas não
é mesmo? Eu sorri e encostei a cabeça no vidro do carro, fui quietinha
observando a paisagem. 

Eu: Onde estamos indo?- notei que o caminho não era o mesmo da mansão. 
Jacob: Tenho uma casa no bosque, é bem afastada da cidade e serve como um
esconderijo caso aconteça algo parecido. 

Eu: E já foram para lá? - me referi a Lexie, Chole e Dylan. 

Jacob: Dylan as levou, a polícia interditou a mansão e vai dar muita dor de
cabeça até conseguir recuperar. 

Eu: E as provas no seu escritório? 

Jacob: Também não sou bobo né.- ele me olhou debochado.- Não tem nada lá
que prejudique a mim. 

Fiquei calada até chegar na casa do bosque, sai do carro e entrei em disparada
para dentro procurando por Chole, ela estava chorando enquanto Lexie tentava
acalma-la, ao me ver Lexie correu até mim me abraçando. 

Lexie: Ah sua louca, eu te perdoo! Você é tão cabeça dura, podia ter me dito
antes. 

Eu: Vejo que te explicaram.- sorri para Dylan. 

Lexie: Finalmente amiga.- segurou meus ombros.- Finalmente você vai ter paz.

Eu: Vou sentir falta de tanta emoção.- sorri brincando enquanto ela revirava os
olhos. 
Capítulo 177:
•Elizabeth narrando •

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Deixei Lexie e fui ao encontro da Chole que Jaja iria desidratar de tanto chorar, a
peguei no colo e a abracei apertado. 

Eu: Seu papai nunca vai te deixar! Ele está aqui, agora no seu coração e nas suas
lembranças. 

Chole: Liza.- me olhou com os olhos cheios de lágrimas.- Meu papai virou
estrelinha, nunca vou poder tocar nele outra vez. - ela colocou suas mãozinhas no
meu rosto demonstrando que não podia fazer isso com seu pai. 

Eu: Chole, eu sei que é difícil, mas você é forte, vamos passar por isso juntas. 
Ela me abraçou e eu a envolvi nos meus braços aceitando seu momento de
luto.As coisas nem sempre são como queremos, mas precisamos nos adaptar e
agora, eu tinha que me adaptar a ter uma filha. Não que eu esteja achando ruim,
mas diferente disso, ter uma filha não é tão simples assim, a responsabilidade é
enorme, é uma criaturinha que precisa ser educada, ensinada, amada, valorizada.
No começo, tinha minhas dúvidas de aceitar a guarda, não me achava preparada
o suficiente para cuidar da Chole, mas vendo-a chorar nos meus braços não
consigo ver ninguém melhor do que eu para cuidar dela. 

Chole: E agora? Quem vai cuidar de mim?- ela cessou o choro tentando se
demonstrar forte. 

Eu: Eu.- sorri a apertando.- Você não precisa se preocupar com isso agora. 

Jacob mostrou a casa e então Lexie pegou uma bolsa com as roupas que ela é
Dylan pegaram antes de sair da mansão. Tomei banho junto com a Chole, e a
coloquei na cama no quentinho para assistir desenho. 

Eu: Vou trazer comida para você, tabom?- terminei de cobri-la. Sai do quarto e
corri até a cozinha.

Dylan: E a Liz tá de volta.- ele sorriu ao tirar a pizza do forno. 

Eu: Meu companheiro das guloseimas sempre né.- o abracei. 

Dylan: Cuidado hein, se a Lexie ver...-deu a entender. 

Eu: Peraí, tão levando isso a sério mesmo? 

Dylan: Aah, rolou né. 

Eu: Olha aqui.- o encarei.- Não ouse machucar minha amiga hein, ela já passou
por muita coisa relacionada a relacionamentos tóxicos, não quero ver machucada
novamente. 

Dylan: Po Liz, confia. Pai é pai né, mo.- ele piscou com cara de safado
arrumando o bigodinho de malandro. 
Capítulo 178:
•Elizabeth narrando •
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Eu: Toma jeito.- o empurrei e roubei uma azeitona da pizza.


Dylan: Você fala para eu tomar cuidado com sua amiga, mas eai? 

Eu: Eae o que? 

Dylan: Você vai partir o coração dele novamente?- se referiu a Jacob. 

Eu: Dylan..- peguei um prato cortando um pedaço de pizza para Chole.- Eu


sinceramente não quero tocar nesse assunto, agora que tudo acabou eu quero um
tempo para mim mesma e minha filha.- sorri o deixando com cara de espantado
na cozinha. 

Dylan:Sua filha?-o ouvi gritar.

Eu ri e fui até o quarto, sentei ao lado da Chole e comecei a dar os pedacinhos de


pizza para ela.Meu estômago roncou, poxa, estava sem comer o dia todo e aquele
cheiro, que tortura. 

Chole: Pode pega um pedacinho.-ela praticamente enfiou na minha boca. 

Eu ri e aceitei, Chole comeu tudo e fomos escovar seus dentes, ela voltou a deitar
na cama e logo adormeceu comigo fazendo cafuné. A cobri e desliguei a tv
saindo do quarto. 

Eu: Meu Deus, esse cheiro tá maravilhoso.- apareci na sala, estavam todos juntos
assistindo um filme.- Clube da Luluzinha agora? - perguntei indignada, não me
esperaram para comer.

Dylan: Senta aí logo e come.- ele riu. 

Ben: Chole dormiu? 

Eu: Dormiu sim, uhumm olha a cara dessa pizza meu Deus. 

Todos riram, notei que Lexie e Dylan estavam sentados juntos, não demorou para
Lexie encostar a cabeça no peito do Dylan. Pelo jeito isso vai dar casal, preciso
de detalhes e vou interrogá-la depois. Sorri abocanhando a pizza e voltando a
prestar atenção no filme. Ben estava sentado no sofá pequeno, Lexie e Dylan em
outro enquanto Jacob em uma poltrona, eu sentei no chão mesmo, era mais perto
da pizza. 

O filme acabou rápido, Lexie foi para cama e Dylan a acompanhou, quando eles
saíram senti a tensão no ar. Eu amo os dois sim, mas sabe quando você quer
pensar? Mesmo sabendo a escolha certa? Sabendo o caminho certo e o errado? É
mesmo assim aquela indecisão? 
Eu: Eu...- os dois se sentaram no sofá, foi bizarro.- Vou dormir. 

Sorri sem olhar para nenhum deles levando o resto da pizza que sobrou. Fui até o
quarto da Chole e liguei a tv, pegando outro pedaço de pizza e procurando um
filme.
Capítulo 179:
•Elizabeth narrando •

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Acordei totalmente renovada, estava motivada, conquistei minha liberdade mas


não terminei o ensino médio, são coisas da vida né? Tomei um banho tirando
toda aquela inhaca do corpo e fiz minhas higienes matinais colocando um vestido
comprido, um óculos escuros e uma rasteirinha. 

Eu: Bom diaaa!- abri a porta do quarto da Lexie com tudo e encontrei o que não
queria.- Aí caralho, empaca foda!- eu ri fechando a porta. Lexie e Dylan estavam
nus na cama se beijando. 

Que vacilo o meu, eu ri e desci as escadas, encontrei Jacob na cozinha fazendo o


café da manhã só de bermuda. 

Jacob: Não olha muito.- ele me fez sair do transe de olhá-lo. 

Eu: Tem que apreciar uma vista dessas, né.- eu ri. 

Dylan: Porra Liz, aí não né.- ele chegou dando um leve empurrão na minha
cabeça. 

Jacob: O que ela fez? 

Eu: Abri a porta do quarto e encontrei os dois nus se pegando. 

Jacob: Aí fode.- ele riu servindo o café. 

Eu: Aí Jay, hora que terminarmos o café vamos dar uma volta. 

Dylan: Ih, vão onde? Vou empaca com a foda também.- ele tomou o café rindo. 

Eu: Cala a boca palhaço.- revirei os olhos e comecei a me servir. Terminei o café
e fui até o quarto de Lexie.- Sozinha? 

Lexie: Aí Liz, só você mesmo para me fazer passar por um vexame desses.-disse
corando. 
Eu: Larga a mão ser besta.- ri me jogando na cama.- Vou sair com o Jay para
resolver uns negócios, preciso que cuida da Chole por um tempinho. 

Lexie: Sem problemas amiga, mas eai já escolheu? 

Eu: Aí, tá tão na cara assim? 

Lexie: Olha, eu sei que é complicado e que no fundinho aí você já sabe qual vai
escolher, quero que escolha com o coração. Quero que você seja feliz sem se
arrepender de nada. 

Eu pulei em cima dela a abraçando apertado.

Eu: Não sabe o quanto eu sou grata em ter você na minha vida!-comecei a beijar
sua bochecha sem parar. 
Capítulo 180:
•Elizabeth narrando •

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Eu: Vamos de moto. 

Jacob: Não Liz.-riu.- Vamos de carro.- ele jogou a chave.- Você dirige! 

Eu: Ata, tá doido? 

Jacob: Anda logo, até parece que a Liz que eu conheço tem todo esse medo. 

Revirei os olhos aceitando o desafio, entrei na Mercedes e caralho, o que eu tava


fazendo ali? 

Eu: Eu não consigo, meu Deus não Jay. 

Jacob: Qual é Liz? To confiando em ti minha vida mulher, boto fé em ti. Confia
em você mesma, olha o tanto de coisa que já passou. 

Eu: Tabom, mas qualquer coisa você pula para fora do carro ou toma o volante. 

Jacob riu e começou a me ensinar as marchas, prestei atenção em cada detalhe,


coloquei o pé na embreagem e soltei o carro. Jay colocou o cinto e eu ri do seu
ato dando partida. Acelerei me sentindo ótima, caraca era fácil e gostoso, como
nunca tentei? 
Jacob: Para onde vamos? 

Eu: Para a mansão Cooper, quero te propor um acordo. 

Jacob: Não vou ser amante não.- ele riu colocando seus óculos escuros. 

Eu: Jay.- o adverti rindo, fomos conversando de como ele iria seguir de agora em
diante.

Jacob: Psicologicamente falando, vingança raramente trás o alívio que nós


esperamos.

Eu: Se arrepende de algo? 

Jacob: Não, Malcom matou meu pai e teve o que mereceu mas mesmo assim,
essa vingança não o trouxe volta. 

Eu: Aí me ajuda agora, como para?- mudei de assunto já que estávamos


chegando perto da mansão.

Fui diminuindo a velocidade e então segui seus conselhos de como parar.


Descemos do carro e a mansão já estava toda limpa, os capangas realmente
tinham agilidade. 

Jacob: Agora abre o jogo, porque me trouxe aqui?-ele cruzou os braços me


encarando. 

Eu: Vamos entrar né.- o puxei para dentro da mansão e subimos as escadas indo
para o escritório do Malcom, me sentei na sua cadeira me lembrando da última
vez que estive ali. 

Jacob: Ei Liz.- chamou minha atenção.- Tem certeza de que não quer conversar
em outro lugar? 
Capítulo 181:
•Elizabeth narrando •
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Eu: Não..-me recompus.- Como eu disse ontem, agora você é o novo chefe.- ele
me olhou apreensivo.- Nunca quis essa vida, e caralho. Você é bom de mais para
administrar o tráfico! Vou pegar as empresas Cooper que estão do lado da lei,
vou cursar administração e quero você como meu sócio nas empresas. 

Jacob: Veio até aqui para me dizer isso?

Eu: Mas tem um porém...se você aceitar ser meu sócio vai ter que largar essa
vida de máfia. 
Jacob: O que?- alterou a voz exaltado.- Sabe o quanto que eu lutei para chegar
onde estou? Sabe o quanto eu ralei? E agora que eu tenho o império Cooper não
tem quem me derrube. 

Eu: Ambos sabemos que essa vida de crime só tem dois caminhos; ou morte ou
xadrez. 

Jacob: Não da Liz, tá vendo a merda que você tá falando? Eu me tornar um


playboyzinho engravatado? Tá de sacanagem? 

Eu: Para de deixar seu ego atrapalhar seu raciocínio! Você não vai deixar de ser
quem é por usar uma simples gravata!! Sem falar que nem precisa disso.

Jacob: Mesmo que eu queria, não iria dar certo. Nunca iriam parar de me
perseguir, tenho acordo fechado. 

Fui até ele segurando seus braços e o fazendo me encarar.

Eu: Eu te ajudo, quero ver você bem! Não quero que continue assim, por favor
tenta! 

Jacob me olhou e então segurou minha nuca me puxando para um beijo que me
atraiu igual imã, entre os beijos ele foi descendo os beijos ao meu pescoço e
conduzindo meu corpo até a mesa jogando as coisas no chão. 

Jacob: Eu amo você, sempre amei.- sussurrou no meu ouvido e voltou a me


beijar, parei o beijo ofegante e o encarei. 

Eu: Não podemos! 

Jacob: Já fez sua escolha,né? -abaixei o olhar que o fez entender.- Porra, perdi
para um play?- riu irônico. 

Eu: Você não perdeu nada! A gente já tentou juntos, e no começo de tudo isso eu
deixei bem claro que nosso relacionamento era tóxico. Olha só para você, estou
te dando a oportunidade de sair dessa vida e prefere ficar. 

Jacob: Me da um filho.- ele me encarou, eu arreganhei os olhos. 

Oi? Eu ouvi bem? 


Jacob voltou a me beijar novamente, mas dessa vez foi bruscamente deitando
meu corpo na mesa. 
Capítulo 182:
•Elizabeth narrando •
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Eu voltei a retribuir o beijo, um homem daquele me beijando era quase


impossível recusar. Apesar de toda nossa história juntos, desde nossas primeiras
ficadas recentemente eu venho imaginando ele sendo outra pessoa, seus olhos em
vez de serem verdes se transformavam em azuis, seu cabelo em vez de ser ralo e
negro virava volumoso e loiro. Eu podia ter atração física; mas emocionalmente
não tinha mais aquela sensação de que meu coração iria explodir pela boca, como
se ficando com Jay eu iria as nuvens sabe. 
Sim, eu já estava decidida... Mesmo entre os beijos, o que dificilmente eu
conseguia pensar, eu tentei não magoá-ló, se eu continuasse com aquilo
acabaríamos transando na mesa do escritório e eu estaria aumentando suas
expectativas de achar que algo a mais rolaria. 

Eu: Eu amo você!- parei o beijo dando uma leve mordidinha no seu lábio.- Amo
você muito,muito e quero ver você feliz, longe de toda essa merda de vida. Quero
que você tenha um futuro é que acorde sem se preocupar em ser morto, quero que
você viva tranquilamente vendo seus filhos crescerem. 

Jacob: Vai me dar um filho?- seus olhos brilharam. 

Eu: Não Jay.- passei a mão em seus cabelos.- Não torne as coisas mais difíceis
por favor. - deixei uma lágrima cair e ele a limpou.- Eu amo você, juro que amo
mas não é a mesma coisa que antes, não tem toda aquela emoção, aquela energia
que arrepia a alma sabe? 

Jacob: Eu não te dou tesao?- ele tentou brincar com a situação mas estava
explícito em seus olhos a decepção, tristeza. 

Eu: Estamos bem, então?- estendi a mão para ele apertar. 

Jacob: Mas é claro minha princesa.- ele segurou minha mão e me puxou para um
abraço aberrando. 

Eu: E tem mais uma coisinha...

Jacob: Lá vem.- ele revirou os olhos me encarando. 

Eu: Quero fazer um velório para Harvey e enterrar seu corpo ao lado de sua
esposa. 

Jacob: As suas ordens princesa.- ele piscou saindo de perto.- Vou ter uma
conversa séria com aquele babaca! 

Eu: Só não mata ele por favor.- fiz bico. 


Jacob: Se alguma vez ele te machucar, te magoar pode ter certeza que irei matá-
lo.- disse autoritário me espantando. 
Capítulo 183:
•Elizabeth narrando •

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Passei o resto da manhã e a tarde toda arrumando as papeladas e transferindo


todos os bens dos meus pais para o meu nome, suas casas, empresas, e toda sua
conta bancária e caralho; eu tava rica. 
Para eu conseguir tudo isso legalmente, Jay usou seus contatos e acabou dando
tudo certo, a polícia interditou tudo, a casa do Jay e todas as empresas do
Malcom, com muita dor de cabeça conseguimos. 

Eu: Bom, agora que tudo está em ordem; posso contar com meu novo sócio?- o
encarei.

Jacob: Você mesma disse Liz, nessa vida só se sai ou no xadrez ou morrendo. 

Eu: Então morre.- disse simples e ele me encarou sem entender, eu ri.- Vamos
fazer uma falsa morte. 

Jacob: Que zuado isso aí, deixa de ser doida, caso dê certo eu iria ser seu sócio de
empresas multinacionais e como isso não chama a atenção? 

Eu: Não tinha pensado por esse lado.- revirei os olhos. 

Jacob: Me da um tempo para sair do rastro da polícia, vou ficar em Londres por
um tempo organizando as coisas e meus negócios que estavam meio afastados,
depois a gente vê isso certinho. 

Concordei e então voltamos para a mansão, e adivinha quem dirigiu? Eu mesma!


Ao chegar encontramos todos assistindo; 

Dylan: Aoo casal, que demora hein.

Chole: Lizaa!- ela pulou me abraçando. 

Jacob: Que casal cara? Deixa de caô.- ele deu um tabefe na cabeça do Dylan. 

Eu: Consegui todas as empresas do Malcom, e tenho acesso a toda sua conta
bancária.-fiz biquinho.- Não vou ser mais garçonete meus anjos.- peguei Chole
no colo indo até Ben.- Vou morar em Toronto e cursar administração.- abracei
Ben de lado ainda com a Chole no colo.- E se Jacob aceitar aí ser meu sócio nas
empresas.- sorri o advertindo, ele tinha que aceitar.- Já você Dylanzinho...-o
encarei.- Vai ser o coordenador geral da empresa, se você aceitar é claro.

Acho que foi muita informação para todos ali, Lexie e Ben sorriam, Dylan
arreganhou os olhos e encarou Jay meio que pedindo permissão sabe? Mas sei
que Jay iria deixar ele mesmo escolher, Chole sorria ainda me abraçando.
Capítulo 184:
•Elizabeth narrando •
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Eu: Vai ser uma oportunidade e tanto, se não for sua área e não se sentir bem
com a situação podemos transferir você para a  sessão de tecnologia. Chega dessa
vida de matança, chega de sofrer e arriscar a vida toda noite! Eu digo isso para
vocês dois, são meus amigos e eu os quero ver bem. 

Dylan: Eu to sem palavras, sério.- ele colocou a mão na cabeça.- Jay?

Jacob: Cara na real, por que não disse que aceita ainda? Oportunidade da vida
velho, vira um playboyzinho como esse aí!-ele apontou para Ben que fez uma
cara não muito boa. 

Dylan: É claro que eu aceito.-ele sorriu abraçando Lexie.

Eu: Aah, tem mais uma coisinha.- todos me encararam assustados.- Amanhã
iremos velar o corpo do Harvey, iremos deixar seu papai descansar junto com sua
mãe.

Acabei falando a última parte pra Chole que me abraçou agradecendo, Dylan e
Lexie continuaram a assistir o filme com Chole, puxei Ben para a cozinha, Jacob
tinha ido para o seu quarto. 

Ben: Já falei que você é maravilhosa?- segurou minha cintura me virando e me


beijando. - Eu te amo, muito, muito, muito!- encostou meu corpo no balcão me
beijando ferozmente. 

Ben me sentou no balcão e abocanhou meu pescoço passando a mão por todo
meu corpo, entrelacei meus dedos pelo seu cabelo com os olhos fechados
enquanto ele ia descendo os beijos. 

Eu: Aqui não.- falei meio ofegante. 

Ben apertou minha bunda levando meu corpo para perto do seu me pegando no
colo, entrelacei minhas pernas em seu abdômen e segurei seu pescoço o beijando,
ele nos guiou até um quartinho que tinha lá fora de limpeza, entramos e
trancamos a porta se beijando ainda, tinha uma mesa cheia de produtos de
limpeza, Ben me colocou em cima jogando tudo no chão, ele foi ágil tirando
minhas roupas e eu fiz o mesmo com ele. 

Em segundos seu membro estava na minha intimidade, sem preliminares mesmo,


sentada naquela mesa com as pernas abertas enquanto ele me fodia percebi que
tinha feito a escolha certa. 

Eu: Mais forte!- ele obedeceu me fazendo gemer. - Benjaminn, meu deus!-gemi
em seu ouvido. 
Capítulo 185:
•Elizabeth narrando •
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Ele riu enquanto continuava com os movimentos de vai e vem dentro de mim,
minhas mãos  passavam pelas suas costas o unhando, chegamos ao limite juntos.
Olhei para ele o beijando ferozmente,sabe quando mesmo cansando não é o
suficiente? Que você sente que precisa da pessoa? Acabou rolando o segundo
round naquele quartinho de limpeza mesmo.

Saímos do quartinho, por sorte não tinha ninguém por perto, segurei sua mão e o
puxei para o quarto que ele estava ficando, ao entrar tranquei a porta tirando a
minha roupa sem delongas e o beijando, Ben riu safado e então começou a tirar
as suas também. 

Eu: Não, não.- fiz com que ele parasse.- Deixa comigo.- pisquei para ele e tirei
sua camiseta. 

Beijei seu peito nu, Ben encostou as costas na porta e fui descendo com a unha
passando de leve enquanto o lambia e beijava, desabituei sua bermuda e fiz um
rabo de cavalo fazendo Ben segurar, ri safada do seu olhar e logo abaixei sua
cueca fazendo seu membro pular para fora. Comecei a bater uma leve punheta, e
já o abocanhei o chupando gostoso enquanto ele pressionava minha cabeça
gemendo baixo. 

Ben: Eu vou gozar.- disse já gozando na minha boca fazendo eu engolir,


continuei com o oral começando a mexer nas suas bolas.. 

Ben me puxou pelos cabelos delicadamente e me assustou ao meu segurar no


colo, ele me jogou na cama e subiu em cima de mim beijando meu seio enquanto
apertava o outro, com a outra mão penetrou dois dedos na minha intimidade
fazendo com que eu me contorcesse toda. Ele riu e foi deixando vários chupões
no meu peito, desceu os beijos até minha intimidade e começou a brincar com
meu clítoris. 
Eu: Pela mor de deus!- fechei as pernas na sua cabeça me contorcendo enquanto
ele continuava.- Fode logo! 

Puxei seu cabelo o fazendo erguer a cabeça, Ben me olhou rindo e subiu em cima
do meu corpo não deixando seu peso totalmente e assim me penetrou, coloquei a
cabeça para trás gemendo e tentando me segurar nos lençóis o que foi em vão.
Ben começou com os movimentos de vai e vem indo cada vez mais fundo e forte,
que sensação dos deuses meu Deus.
Capítulo 186:
•Elizabeth narrando •

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Depois de um tempo ele acabou gozando dentro de mim e se deitou suado ao


meu lado, coloquei minha perna em cima do seu corpo, joguei o cabelo pra o
lado, e o beijei. Ficamos um bom tempo se beijando, até que o fogo veio de
novo; acabamos apagando ele dentro do chuveiro no quarto round. 

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•Benjamin narrando •

Acordei com o despertador tocando, Liz ainda estava apagada, fiquei a olhando
por um bom tempo e decidi me levantar, escovei os dente, dei uma passada de
mão no cabelo e sai do quarto sem fazer barulho indo direto para a cozinha, hoje
o dia amanheceu nublado, nada de sol e toda aquela energia que ele trazia, óbvio
né iríamos velar o Harvey. Estava passando o café quando Jacob aparece. 

Jacob: Eae play, noite foi boa né?- pegou um ovo e foi fazendo uma omelete. 

Eu: Foi sim.- dei de ombros terminando de fazer o café, coloquei e mesa e estava
indo comer, mas..

Jacob: Aí play, come nada agora não. Chega aí cara?

Ele inclinou a cabeça para eu o seguir, fomos para fora da casa, de fundo com a
piscina tinha um depósito, ao entrarmos me deparei com uma academia; Jacob
jogou um par de luvas para mim junto com protetor bucal e começou a colocar as
dele, revirei os olhos colocando as minhas e entramos no tatame.

Eu: Onde quer chegar com isso? 


Jacob: Qual é play, bate um papo reto na paz.- ele deu um jab direto e eu defendi
fazendo o contra ataque com um gancho esquerdo.- Hoho, vejo que o play não é
tão amador quanto pensei.

Eu: Você tira muitas conclusões precipitadas.- dei um upper( golpe de baixo para
cima batendo no queixo) com três combinações de jab intercalando com gancho.
- Qual o papo reto? 

Jacob: Direto, gostei.- riu, dando vários jabs intercalando entre o abdômen e o
rosto finalizando com um upper.- A Liz fez a escolha dela, e eu respeitei.- voltou
a socar com a mesma sequência.- Eu quero ver ela feliz, mesmo que eu tenha que
abrir mão dela, Liz já passou por muita coisa play. 

Eu: Eu sei, porra.- dei um gancho nele o prendendo contra a grade e o socando
sem parar.- Não preciso de ajuda para cuidar dela. 
Capítulo 187:
•Benjamin narrando •
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Jacob: É isso que você não entendeu, caralho!- ele saiu da grade dando o contra
ataque.- Elizabeth não precisa de ninguém cuidando dela, ela é forte e como você
viu sabe se virar muito bem, ela precisa de alguém que feche cem porcento com
ela, que esteja ao lado dela quando precisar e que a faça feliz. -Me afastei dele, e
o encarei. 

Eu: E por que você desistiu? 

Jacob: Tive que deixá-la. Ela escolheu,eu a amo e respeito suas escolhas, mas
você...- tirou as luvas e eu fiz o mesmo.- Se vacilar saiba que eu estarei lá, e não
serei o ombro amigo que vai ajudar ela enxugando suas lágrimas, mas sim o cara
que vai acabar com tua raça. 

Eu: Isso foi uma ameaça?- perguntei rindo.

Jacob: Pode ter certeza que sim!- me fuzilou com os olhos deixando o clima
tenso, Jacob riu.- Mas enquanto isso vou tentar te aturar play.

Jacob colocou as luvas onde estavam e me deixou sozinho, uau, que progresso.
Ri com o que acabou de acontecer e deixei as luvas guardadas entrando dentro da
casa e subindo as escadas indo para o quarto, precisa de um banho estava muito
suado depois dessa “conversinha”. 
Liz ainda estava apagada na cama, entrei de fininho e fui direto tomar banho,
liguei na água quente e entrei debaixo. Estava distraído quando senti as mãos de
Liz envolverem meu abdômen mordendo minha orelha. 

Liz: Bom dia meu amor!- ela beijou minha bochecha e então eu me virei a
beijando. 

Eu: Bom dia novata.

Entramos debaixo da água juntos e então ficamos entre beijos e carícias enquanto
tomávamos banho.

Eu: O dia tá nublado hoje. 

Liz: Hoje não é um dia muito agradável.- ele olhou me abraçando.- Vai ser muito
difícil para a Chole, ela é só uma criança.- me olhou.- Estou fazendo a coisa
certa? 

Eu: Claro que está Liz, não se preocupa assim não.- a abracei, e ela deitou a
cabeça em meu ombro. 

Saímos do banho, emprestei uma camiseta para ela ir ao seu quarto e então 
comecei a me trocar.
Capítulo 188:
•Elizabeth narrando •

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Sai do banho e fui para o quarto que estava ficando com a Chole, a encontrei
dormindo com a Lexie e preferi não fazer barulho, coloquei uma roupa
apropriada para a situação e acordei as duas. 

Eu: Bom dia princesinha.-sorri para ela que se espreguiçava. 

Chole: Hoje eu vou ver meu papai indo para o céu?

Eu: Vai sim querida, hoje é o dia de você se despedir dele.- passei a mão no seu
cabelo a puxando para um abraço. 

Lexie: Não chora pequena, seu papai está no céu vendo você chorar, ele não iria
gostar de vê-la triste. 
Chole: Eu sei, meu papai virou estrelinha com minha mamãe.- ela chorou em
meus braços, olhei para Lexie que estava com os olhos cheios de lágrimas com
toda a situação. 

Esperei Chole se acalmar um pouco e então fui dar banho nela, Lexie foi se
arrumar também, coloquei uma roupa de frio já que chovia e estava nublado,
Chole e eu fomos tomar café. 

Ben: Bom dia.-ele a pegou a beijando na bochecha e entregando um pão de


queijo. 

Eu e Chole demos bom dia a todos e nos sentamos na mesa, o clima estava
pesado e todos ali perceberam. Terminamos o café e nos dividimos em dois
carros indo para o cemitério, cheguei pegando Chole no colo e então Ben segurou
um guarda chuva me abraçando de lado enquanto segurava para não nos
molharmos. Jacob ficou com seu próprio enquanto Lexie estava com Dylan.
Logo uns homens de terno chegaram carregando o caixão, eu e Jay decidimos
não fazer tanta cerimônia achamos que seria muito pesado para Chole e Harv não
tinha contato com a família. 
Com o caixão aberto me aproximei e Chole inclinou seu corpo abraçando seu pai
pela última vez; afundei minha cabeça no peito do Ben que beijou a mesma. 

Chole: Eu te amo papai. - ela sussurrou chorando debruçada em cima do seu


corpo. -A chuva começou a engrossar.

Jacob: Eu sei que é difícil pirralha, mas chegou a hora.- ele a encarou fazendo a
entender.- Podem fechar.- disse aos homens. 

Chole pulou do meu colo e correu, não para o caixão e sim pelo caminho que
tínhamos indo se molhando toda. 

Eu: Chole volta aqui!- corri atrás dela me molhando com a chuva, a encontrei
perto de uma muda de flores rosas. 
Capítulo 189:
•Elizabeth narrando •
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Chole: Meu papai merece.- ela pegou duas flores.- Essa é para minha mamãe é
esse para o meu papai. 

A peguei no colo, que sensação horrível presenciar tudo aquilo, voltei com ela
até onde seria enterrado o corpo e então antes de fechar com terra Chole saiu do
meu colo jogando as dia flores dentro da cova e chorou mais e mais mandou
tchauzinho aos seus pais.
Eu precisava ser forte para cuidar dela, precisa mostrar que tudo ficaria bem,
mas  me permiti chorar, me agachei ao seu lado a abraçando debaixo da chuva.

Eu: Vamos rezar para o papai do céu cuidar do seu pai agora. - a encarei com os
olhos cheios de lágrimas e então dei as mãos para ela, Lexie, Dylan, Ben e Jacob
se juntou a nos dando as mãos e juntos fizemos uma oração para Harvey. 

O resto do dia passei fazendo as malas, ao chegar na casa tomei um banho


quentinho com a Chole e a coloquei para assistir desenho enquanto organizava
tudo para ir para Toronto, Dylan iria conosco e Jay nos emprestou seu jatinho,
partiríamos de manhã cedo. 
Os meninos ficaram responsáveis de fazer o almoço, estava terminando de
colocar as roupas na mala. 

Lexie: Aí amiga, nem acredito que vou voltar para casa amanhã.- fechou sua
mala. 

Eu: Nem me fale.- suspirei. 

Lexie: Ei, vai dar tudo certo. 

Eu: Realmente espero Lexie, bom, já deu de chorar por hoje.-tentei mudar o foco
da conversa.- Você e o Dylan? É sério mesmo? 

Lexie: Aí Liz, foi tão verdadeiro sabe, seu toque me arrepia, seu corpo, seu beijo
se encaixa...acho que vai além de um simples peguete.

Eu: É lógico que vai, ele tá indo morar do outro lado do país por causa de você
bobinha. 

Lexie: Aí socorro, que loucura que vivi aqui.

Eu: Bem vinda a minha vida.- dei de ombros.

Lexie: Essa parte da sua vida já tá enterrada a sete palmos do chão, eu hein vira
essa boca para lá. 

Eu ri e começamos a conversar sobre coisas aleatórias até o almoço ficar pronto. 


Capítulo 190:
•Elizabeth narrando •

❄️


Acordamos bem cedinho e já levantamos acampamento, estávamos todos indo
para Toronto, Jacob acabou ficando em Londres para resolver assuntos
particulares, estava com a Chole dormindo nos meus braços enquanto Ben estava
ao meu lado. 

Ben: É; chegamos.

Disse ao ver que o jatinho pousou, peguei Chole no colo e me dirigi até a saída,
os outros pegaram as malas, ao sair do jatinho me deparei com um sol de rachar. 

Lexie: Que saudade desse solzinho.- estendeu as mãos com os olhos fechados
para cima. 

Dylan: Vou torrar aqui. 

Ben: Que torrar, vai pegar umas ondas comigo. 

Lexie: Aí depois você marcam isso, preciso fazer um guia turístico e mostrar
Toronto para ele.- ela segurou seu pescoço o puxando para um beijo, que fofos. 

Pegamos um táxi separados, Lexie levou Dylan para sua casa, queria nem ver a
reação dos pais dela. Ben e eu pegamos um táxi para sua casa, ao parar em frente
da mansão Ben pegou Chole no colo e eu as malas, abri o portão e fui jogada no
chão. Amora chorava desesperada e latia me lambendo. 

Eu: Oi meu amor.- a abracei tentando a acalmar. 

Chole: Que linda.- disse sonolenta saindo do colo do Ben. 

Amora corria para um lado e o outro latindo desesperada e pulava em mim, Thor
também fez festa para o Ben. Depois de se acalmarem fomos entrando na casa. 

Emily: Meu Deus! Não acredito que você voltou!- ela chegou na cadeira de rodas
estendendo os braços para Ben. 

Ben: Que saudade pirralha.

Emily: Nunca mais ouse roubar ele de mim.- ela me fuzilou com os olhos e eu
ri.- Quem é essa?- perguntou se referindo a Chole. 

Chole: Sou Chole, meus papais viraram estrelinhas e agora Liza vai cuidar de
mim.- ela sorriu se aproximando de Emily que nos encarou sem entender. 

Emily: Bem vinda a família.- ela puxou Chole para o seu colo e então as duas
saíram com a cadeira de rodas para o jardim enquanto Amora e Thor corriam
atrás delas latindo. 
Margareth: Meu filho!- ela desceu as escadas correndo.- Que saudades que eu
tava!- ela o abraçou apertado. 

Ben: Aí tá me apertando.- ele fez careta e então ela começou a enche-lo de


beijos. 
Capítulo 191:
•Elizabeth narrando •

❄️

Margareth: E a senhorita.- se virou para mim me assustando.-Aqui é sua família


também, não tente fugir de novo.- me abraçou.- Bem vinda minha cara. 

Sorri me sentindo realmente confortável, essa seria minha vida de agora em


diante? Que maravilha cara, pessoas incríveis ao meu redor que eu posso chamar
de família sem me preocupar de ser apunhalada pelas costas. 

Margareth: Vão colocar as malas lá em cima.

Ben: Mãe, tem mais uma coisinha...

Margareth: O que?- ela o fuzilou.

Eu: Eu acabei adotando uma menininha.- sorri sem graça e ela arregalou os
olhos. 

Margareth: Com 17 anos?

Eu: Sim, meu amigo era federal e acabou morrendo em uma operação deixando a
guarda da sua filha para mim já que não tinha ninguém próximo. 

Margareth: Ah, sinto muito pelo seu amigo.

Ben: Não era isso que eu ia falar...-abraçou sua mãe.- Posso pedir para a senhora
bancar a babá hoje? 

Eu: Ben.- adverti.- Não precisa, nem vamos sair hoje. 

Ben: Na verdade vamos sim.- ele olhou piedoso para Margareth que cedeu indo
pra a cozinha. 

Eu: Você é doido? Acabamos de chegar. 


Ben: Doido por você.- ele me beijou, ri com seu ato e sai correndo subindo as
escadas com as malas indo para o meu antigo quarto. -Vamos sair de noite, então
se arruma que vou fazer uma surpresa. 

Eu: Para onde? 

Ben: Surpresa.

Ele piscou saindo do quarto, bufei revirando os olhos e então desci as escadas
indo para a cozinha.

Eu:Oi Georgia.- sorri ao entrar na cozinha.

Georgia: Olá querida.- Georgia era a cozinheira da casa do Ben, aquela que me
deu vinho quando eu saí do coma. 

Eu: O que vamos comer de bom hoje? 

Georgia: As suas ordens, nem comecei a fazer ainda. 

Eu: Um strogonoff de frango cairia bem.

Georgia: Pra já meu amor. 

Ela sorriu e começou a pegar os ingredientes, ofereci ajuda mas ela não aceitou;
sai atrás da Chole. 
Capítulo 192:
•Elizabeth narrando •
❄️

Chole estava super concentrada a Emily brincando de bonecas, fiquei feliz pelas
duas juntas e fui para o quintal brincar com a Amora; estava com tantas
saudades, brincamos de pega pega, corri atrás dela sem parar até deitar no chão
ofegante.

Eu: Aí socorro, assim você me mata.- olhei para ela que veio até mim me
lambendo. 

A abracei e fui almoçar já que o almoço foi servido; fiz questão de ajudar
Georgia com a louça e passei a tarde toda assistindo filme com Ben. 

Ben: Vai se arrumar.- disse autoritário.- Já são 19horas.


O encarei e bufei me vendo obrigada a me levantar, subi as escadas,passei no
quarto da Emily antes pedindo para a Chole tomar banho mas ela insistiu que iria
depois quando Emily fosse, tentei fazer ela ir mas Emily me assegurou que ela
tomaria banho depois, bifei indo para o meu quarto entrando direto no banheiro
para tomar banho, acabei fazendo uma hidratação no cabelo, e limpeza de pele;
estava inspirada. Terminei o banho, sequei o cabelo, fiz uma maquiagem básica
finalizando com gloss e coloquei um vestido simples que servia para qualquer
ocasião, uma rasteirinha e estava pronta. 

Eu: Não vai me dizer onde vamos mesmo? Tá bom essa roupa? 

Ben: Não vou estragar a surpresa.- me deu um selinho.- Tá maravilhosa!-


segurou minha mão me fazendo rodar, eu ri.

Fomos com seu Jeep, liguei o som quando entrei no carro e fomos cantando o
caminho todo; paramos em um fast food de comida japonesa e então Ben pegou
uma venda colocando nos meus olhos.

Eu: Ah você não vai fazer isso né? 

Ben: Não estraga a surpresa chata. 

Revirei os olhos mas foi atoa, estava vendada. Encostei a cabeça no banco do
carro esperando chegar, Ben parou o carro.

Eu: Já posso tirar?

Ben: Não, espera. 

Ele colocou uma música calma no carro e desceu, eu pensei que iria me guiar
mas não, Ben pegou a comida que estava no meu colo e simplesmente sumiu. 

Eu: Tá zoando né? Vai pegar a comida e me deixar aqui mesmo? 

Ben: Espera novata, já to indo. 

Bufei e cruzei os braços, sou curiosa de mais para ficar esperando, passou um
tempo e ele abriu a porta do carro me guiando para fora do veículo. 

Eu: Posso abrir? 


Capítulo 193:
•Elizabeth narrando •

❄️


Ben: Pode. 

Ao tirar a venda me deparei com o nosso cantinho, onde foi nossa primeira vez,
tinha um lençol estendido no chão, velas acesas com várias pétalas de rosas ao
redor, com almofadas e a comida espalhada. Ben estava ajoelhado na minha
frente com um aliança na mão, meu coração disparou pulsando violentamente
dentro do peito. 

Ben: Namora comigo?- eu sorri que nem boba sem saber o que dizer, foi uma
sensação absurda de maravilhosa que eu não conseguia dizer nada.- To cansando
de ficar assim...-ele brincou.

Eu: Aceito, aceito, aceito!

Ben colocou a aliança no meu dedo, e eu o abracei o beijando sem parar,


imediatamente várias fogos de artifício foram soltos, olhei para o céu apreciando
a vista abraçada com Ben. 
Era lindo toda aquela explosão que acontecia no céu, acontecia dentro do meu
peito. Eu sorria de orelha orelha, ele realmente me pegou de surpresa, comecei a
chorar de felicidade e então o beijei intensamente pulando no seu colo. 

Eu: Eu te amo.- dei vários selinhos em sua boca.- Obrigada por me fazer a
mulher mais feliz desse mundo.

Começamos um beijo suave e cheio de desejo, Ben me colocou no chão


suavemente e então continuamos a nos beijar. 

Ben: Eu amo você!- encostou a testa na minha ao parar o beijo,seus olhos


estavam fixos nos meus, eu sorri e então ele encarou minha boca, segurou minha
nuca e voltou a me beijar intensamente. Eu podia ficar horas ali que não me
cansaria.

Paramos o beijo e nos sentamos em cima do lençol, ainda tinha alguns fogos de
artifício sendo soltos.

Eu: Caraca, a ideia dos fogos foi genial. 

Ben: Claro que foi.- disse estranho pegando um hot hol.

Eu: Perae.-eu ri.- Não foi você? Os fogos? 

Ele gargalhou mexendo em negativa a cabeça me fazendo rir.

Ben: Foi o universo comemorando pela gente. 


Eu: Aí como você é bobo.- revirei os olhos pegando um salmão. 

Ben: Deixa um para mim, caraca vai comer tudo mesmo é? 

Eu: To comendo por dois né.- dei de ombros. 

Benjamin me encarou, e eu engasguei rindo com o salmão que estava


mastigando, engoli forçada e coloquei a mão na boca ao tossir ainda rindo. 
Capítulo 194:
•Elizabeth narrando •

❄️

Eu: É fake news.- eu disse enquanto me contorcia de tanto rir, tava com dor na
barriga já.

Ben: Ah poxa.- ele subiu em cima de mim deitando meu corpo entre as pétalas de
rosas e beijou minha barriga.- Pensei que tinha um Benzinho aqui.

Levantei a cabeça ainda rindo sem parar e ele começou a morder minha barriga
enquanto fazia cócegas.

Eu: Para, para!- falei ofegante entre o riso. 

Ben: Sua palhaça!

Ele saiu de cima de mim e me ajudou a me levantar, para terminarmos de comer. 

Eu: Benzinho? Sério? Que bizarro.- eu ri mais ainda. 

Ben: Aah qual é?- abriu os braços se fazendo de desentendido.- Vai ser um
menino né. 

Eu: Come vai.- coloquei um shushi na sua boca.- Olha que coisa mais linda
gente, quietinho então fica maravilhoso.

Sorri pegando o molho branco que tinha ao lado da sua boca, terminamos de
devorar toda aquela comida japonesa e então ficamos abraçados olhando aquela
vista extraordinária da cidade. 

Eu: Já tá na hora da sobremesa?- levantei a cabeça olhando dentro daqueles olhos


azuis que eu não me cansava de admirar. 
Ben: Não me preparei para isso...- ele nem se tocou.

Eu: Eu me preparei relaxa.

Ben sacou na hora e riu me puxando para o seu colo, ele se deitou entre as pétalas
de rosas me deixando por cima, joguei meu cabelo para o lado e comecei a beija-
lo, quando me dei conta já estava dando leve chupões em seu pescoço que
ficariam a marca.
Fui descendo os beijos conforme desabotoava sua camiseta, Ben agilizou tirando
meu vestido e sua bermuda, fiz um oral antes de me sentar no seu membro e
comecei a “cavalgar” em cima do seu membro gemendo. Ben bateu na minha
bunda antes de colocar suas mãos na minha cintura fazendo com que eu me
intensificasse em cada movimento. 
Foi com toda certeza a transa mais bonita  da minha vida, aquelas pétalas, a vista,
as velas, a comida então nem se fala, aquele homem; meu Deus, minha vida
estava feita já. 
Capítulo 195:
•Elizabeth narrando •

❄️

Acordei com a claridade, estava nua deitada com a cabeça no peitoral de Ben que
me olhava. 

Eu:Bom dia.- dei um selinho nele e sorri me levantando.

Ben: Tenho planos pra hoje. 

Eu: Mais surpresas?

Ben: Sim, mas não para você.- fiz biquinho. 

Eu: Poxa.- ri.- O que vai aprontar agora? 

Ben: Vamos levar as meninas para a praia, chama a Lexie também.

Eu já peguei o celular e liguei para ela, voltei para ajudar Ben a arrumar as coisas
e então entramos no carro, eu liguei o som e fomos o caminho todo cantando. 

Chole: Lizaa!- ela veio correndo me abraçando e Amora pulou na gente. 

Eu: Bom dia meu amor.- a peguei no colo.-Oi nega, tá fazendo bagunça né?-
Amora saiu correndo. 
Ben: Adivinha para onde vamos hoje?- ele perguntou super empolgado. 

Emily: Vocês tem fogo? Acabaram de chegar em casa! 

Ben: Se acalma pirralha.-ele riu bagunçando suas tranças.- Você também vai. 

Chole: Vamos para onde? 

Eu: Vamos para a praiaaaa.

Comecei a fazer festa, Emily e Chole abriram um sorriso enorme em seus rostos,
Amora e Thor fizeram a maior festa, Ben me abraçou me olhando e então nós
beijamos.

Chole: Liza!- eu ri entre o beijo e a olhei, ela estava de bracinhos cruzados.-


Vamos tomar café,vai,vai, vai!

Chole segurou minha mão e saiu puxando para dentro, Emily foi atrás e Amora
na frente latindo. 

Margareth: Que bagunça é essa aqui?- ela desceu as escadas com a cara de quem
caiu da cama. 

Ben: Vamos minha veia!- ele a puxou.- Vamo que hoje o dia promete. 

Margareth: Que promete o que menino! Tenho uma reunião na empresa.

Emily: Ah mãe, vamos para a praia com a gente.

Margareth: Benjamin Thompson.-ela o encarou brava.-Você vai levar sua irmã


para a praia?

Eu:Olha, não querendo me intrometer mas  qual o problema?- me indgei ao ver


sua reação,Emily era uma cadeirante sim mas sua mãe não podia privá-la das
coisas. 

Ben: Vamos cuidar dela e se a senhora remarcar essa reunião para outro dia
podemos até nos divertir juntos.

Margareth nós fuzilou com os olhos por um tempo e então voltou a subir as
escadas, suspirei e fui tomar café com as meninas, ao terminarmos levei as duas
para o quarto para nós trocarmos. 
Capítulo 196:
•Elizabeth narrando •
❄️

Chegamos na praia e o sol estava de rachar, soltamos Amora e Thor da coleira e


eles foram correndo para a água, Ben estava com Emily nos seus ombros e Chole
me ajudava a carregar as bolsas, pegamos uma mesa e nos arrumamos;

Ben: Vamos entrar? 

Chole: É muito lindo.

Emily: É sua primeira vez na praia? 

Chole: Sim.- coloquei a boia nela e passei protetor solar; Ben fez o mesmo com a
Emily.

Dylan: Aoba família!- ele chegou todo malandrão de óculos de sol e uma
caixinha da jbl ligada. 

Ben: Eae cara.- eles se cumprimentaram.

Eu: Cadê a Lexie? 

Dylan: Parou para conversar com a Penélope.- eu e Ben nós encaramos por um
tempo e voltamos a arrumar as garotas.

Lexie: Gentee!-ela cumprimentou todo mundo.- A Penélope tá grávida!- ela


soltou a bomba. 

Ben: Quem foi o sortudo?-debochou. 

Lexie: Benjamin Thompson. 

Dylan: Se fodeu.- ele caiu na gargalhada com Lexie. 

Eu: Que? Isso é sério? - Ben estava até pálido. 

Lexie: Não.- ela riu.- Tinha que ver a cara de vocês.- riu mais. 

Eu: Palhaçada!- revirei os olhos tirando a roupa ficando de biquíni. 

Ben: É cada uma viu.- ele pegou Emily no colo indo para a água.

Lexie: Foi brincadeira poxa!- ela gritou para ele que estava longe.
Eu: Eu fiz a mesma coisa ontem.-ri ao ver os dois de olhos arregalados.- Deve ser
por isso que ele se zangou; mas enfim, vou entrar na água cuidem das coisas. -
sai mostrando a aliança. 

Lexie: Arrasou amiga, depois quero os detalhes!-ela gritou e eu ri. 

Entrei na água com a Chole de mãos dadas, fomos pulando as ondas até não dar
pé pra ela; Amora e Thor já estavam no fundo com Ben, peguei Chole no colo e
fui até eles. 

Ben: Foi combinado? 

Eu: Não meu amor, juro que não.- eu ri indo até ele que estava se fazendo de
difícil e o beijei, a onda empurrou nossos corpos e Chole e Emily aproveitaram
para fazer guerra de água. 
Capítulo 197:
•Elizabeth narrando •

❄️

Saímos da praia e Chole e Emily ficaram fazendo um castelo de areia perto da


gente; Chole saia para buscar água e era lindo Thor e Amora a escoltando. 

Margareth: Benjamin Thompson!-ela chegou com roupa de trabalho e saltos com


dificuldade de andar pela areia.- Como ousa deixar sua irmã desse jeito no chão? 

Ben: Mãe, deixar de ser chata a menina tá brincando! Ela é uma criança não uma
boneca.- revirou os olhos 

Eu: Tenho um par de chinelos no carro e uma roupa mais confortável, quer ir lá
pegar?

Margareth : Claro querida.-ela deu uma última encarada no Ben e me


acompanhou até o carro.- Sabe, posso até ser chata em relação a Emily mas
morro de medo de acontecer alguma coisa com ela.

Eu: Eu sei, mas a senhora a priva de muita coisa que ela pode fazer. Emily é só
uma criança eu sei, ela é forte e sofisticada de mais e tem responsabilidade do
que é certo e errada basta a senhora confiar. 

Margareth: Sabias palavras para uma garota de 17 anos.- ela elogiou e eu


entreguei a roupa para ela que se trocou dentro do carro mesmo; era um shorts
larguinho com uma camiseta, até que não ficou mal.- Cuida bem do meu filho.
Eu: Pode ter certeza que cuidarei.-Ela me abraçou .

Margareth: Que aliança linda minha cara.- ela pegou minha mão apreciando a
joia. 

Eu: Muito linda né, Ben conseguiu me impressionar.

Margareth: Se acostume.-riu.- Esse garoto se supera a cada semana. 

Eu tranquei o carro e então voltamos para a praia. Passamos o dia conversando e


tomando cerveja, Lexie e Dylan saíram para caminhar na praia enquanto fiquei
com a Chole; Margareth, Emily e Ben foram entrar na água. 

Chole: Sabe Liz, papai do céu levou meus papais e fez eles se tornarem
estrelinhas...mas eu fiquei feliz por ele ter cruzado nossos caminhos!

Eu: Ah minha pequena...- não tive reação apenas a abracei e continuei a montar o
castelo de areia.
Capítulo 198:
•Elizabeth narrando •
-Antepenúltimo capítulo.

❄️

Cinco anos se passaram; minha vida se transformou um verdadeiro romance de


filmes, fiz um provão de nível para passar no terceiro colegial e tive que ralar
muito de estudar para conseguir passar na prova e assim fechar meu ano letivo.
Comecei a fazer faculdade de administração na University of Toronto, mesmo
com minhas condições financeiras boas consegui entrar concursada, Chole
finalmente começou a ir para a escolinha coisa que ela amou, Ben participou de
campeonatos de surf e conseguiu vaga nas regionais, passou para as estaduais e
enfrentou Colin; obvio que ele ganhou e atualmente ele é campeão mundial de
surf, parece até um sonho, né mas foi o sonho que ele lutou para conquistar e
conseguiu por mérito próprio. Emily  cresceu sem Margareth pegar tanto no seu
pé tendo a liberdade de brincar que toda criança tem. Lexie acabou cursando
advocacia e o Dylan técnico de informática sendo o coordenador geral da
empresa que construímos juntos de automóveis em Toronto. Jacob, acabou se
dando muito bem, ele se livrou de toda a sujeira da sua vida antiga e se tornou
meu sócio nas empresas do meu pai, ele continua morando em Londres e assim
consegue administrar as empresas de lá por mim. 

Eu dei uma mudada no visual, foi minha grande transformação para a vida
adulta; cortei o cabelo! 
Ben: Amor, está pronta?- ele bateu na porta do quarto. 

Eu: Sim.- abri a porta do quarto e o beijei. 

Chole: Mas porque a gente tem que buscar ele? 

Ben: Por que é sua primeira vez em Toronto.

Emily: Chole, vou precisar da sua ajudinha aqui. 

Eu: É melhor você duas ficarem, jaja a maquiadora e a cabeleireira chegam e


vocês duas nem tomaram banho ainda. 

Chole: Mas o casamento vai demorar ainda.- bufou revirando os olhos. 

Eu: Chole, não revira os olhos assim.

Ben: Conheço uma marrenta que fazia exatamente igual.-Olhei para ele bufando,
e acabei rindo.

Emily: Tal mãe, tal filha!-ela riu.-Vem Chole, vamos tomar banho para não nos
atrasarmos.- ela a puxando.

Eu: Vamos amor, que hoje é o grande dia. 

Ben: Nem acredito, passou tão rápido. 

Eu: Nem me diga.


Capítulo 199:
•Elizabeth narrando •
-Penúltimo capítulo.
❄️

Estava em cima do altar, com aquele vestido deslumbrante olhando dentro


daquele par de olhos azuis e sorrindo que nem boba, quando a música começou
Chole entrou como daminha de honra junto com Emily trazendo o buquê e as
alianças. Foi lindo ver as duas entrando, elas pararam na frente do casal e
entregou as alianças para Dylan saindo. Sim, o casamento era da Lexie com o
Dylan! Ben e eu estávamos focando na nossa casa que estávamos construindo,
seria um grande passo pra nós dois e também não tínhamos pressas para casar, 22
anos ainda era muito jovem. 
Vi as lágrimas de felicidade caírem dos olhos da Lexie quando Dylan colocou a 
aliança no seu dedo. 
Lexie escolheu se casar na praia, estava tudo perfeito, tinha flores brancas
espalhadas por todo lugar para dar aquele toque de paz, pétalas de rosas
vermelhas pelo caminho que a noiva passava, Dylan estava com um terno azul
marinho e Lexie com um vestido lindo branco tomara que caia rendado coisa
mais lindo do mundo. 

Padre: Eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva!

Dylan e Lexie deram o maior beijão, a cerimônia foi muito linda, de arrepiar até. 
Fomos para o salão de festas, era de frente a praia mesmo, pegamos uma mesa e
sentamos eu, Ben e Jacob enquanto os noivos cumprimentavam os convidados,
eles estavam chegando perto da gente eu me levantei correndo. 

Eu: Amigaaaa você casou!- a abracei.- Foi tudo tão lindo, parabéns sério! Você
merece tudo do melhor. 

Lexie: Aaa muito obrigada Liz, eu nem acredito!- ela limpou uma lágrima que
teimou em sair e me acompanhou até a mesa. 

Jacob: Tá patrão hein irmão!-se levantou abraçando Dylan, o casal


cumprimentou todos e nos puxou para dançar. 

Estava dançando junto com Ben, o clima deu uma esquentada e começamos a nos
beijar, depois de uns amassos na pista de dança encostei minha cabeça na sua e
começamos dançar uma música lenta até Jacob me puxou para dançar, Ben não
achou ruim e foi dançar com a noiva. 

Jacob: Está maravilhosa hein princesa!- sussurrou no meu ouvido me fazendo rir.

Eu: É bom saber que não perdeu seu censo de humor. -


Capítulo 200:
•Elizabeth narrando •
-Fim
❄️

Jacob me rodopiou e então puxou meu corpo bruscamente se juntando ao dele.
Jacob: Velhos hábitos nunca mudam meu amor.- ele sorriu sacana. 

Eu: Toma jeito Jay.- eu ri e então dançamos por um bom tempo, depois de meus
pés já estarem latejando fomos pra a mesa. 

Comemos e me levantei pedindo para desligar o som chamando a atenção de


todos com uma taça na mão. 

Eu: Boa noite, fico feliz de ver todos os amigos e familiares do casal se
divertindo está noite! Queria fazer um brinde a eles; bom, desde que cheguei aqui
aprendi coisas maravilhosas. A mais importante tem haver com amizade,
lealdade e confiança. E essas coisas não vêm de graça, elas tem que ser
conquistadas!- olhei para Lexie sorrindo com os olhos cheios de lágrimas.-
Fiquei sozinha a vida toda...eu dizia a mim mesma que gostava disso..mas não
gosto e sou eternamente grata por terem vocês como minha família! Desejo a
vocês tudo de bom que a vida vai trazer a cada um, paz nos seus corações e que o
amor de vocês vença cada obstáculo que surgir em suas vidas! Eu amo vocês.-
sorri boba ao ver os dois abraçados.- Viva ao casal!- todos brindaram junto
comigo, foi lindo.
Lexie puxou todos para a pista de dança, ficamos até de madrugada; até que
chegou a hora do casal partir, Lexie estava com o buquê de flores na mão e sério
o grande momento dela jogar o buquê, ela encarou Dylan por um tempo e
entregou o buquê para ele. 

Dylan: Quem vai jogar o buquê serei eu e os homens que pegarão.- ele riu os
desafiando e então se juntaram para pegar.

Dylan se virou de costas e jogou o buquê que acabou caindo nas mãos do Jacob,
ele tossiu engasgado com champanhe. Lexie e Dylan comemoraram se
despedindo de todos e entraram na limusine, eles iriam comemorar a lua de mel
na Grécia. 

Jacob: Isso foi planejado.- ele saiu atrás de outra garrafa de champanhe e acabou
fisgando uma ruiva. 

Eu: Vamos entrar na praia?- encarei Ben.


Deixamos as garotas com Margareth e atravessamos a rua correndo até chegar na
praia, fui tirando a roupa e Ben me acompanhou, entramos correndo naquela
água gelada e eu o abracei o beijando. -Te amo!- sorri o beijando mais e mais na
luz do luar. 

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