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https://youtu.be/8ovHSQwp1n0
Capítulo 1
Park Jimin
Olho para o meu pai e ele não parece ter me percebido ali, já que está
muito concentrado no programa de variedade que passa na televisão.
— Preciso contar algo para vocês – Digo baixo, acho que saiu mais como
um sussurro, mas tenho a certeza que ambos ouviram quando seus
olhares são direcionados para mim, abaixo minha cabeça – Eu estou
grávido – Falo de uma vez e começo a chorar, parece que o peso do
mundo saiu das minhas costas.
— Park Jimin! Isso com certeza não irá ficar assim! – Ele fala e se levanta
da poltrona – Agiu que nem uma puta em seu heat e ficou grávido ainda
solteiro, eu já tinha vergonha de você antes, mas agora... Agora passou
dos limites.
— Por favor, pai, não! – Sinto minhas mãos começarem a temer e mais
lágrimas lavarem meu rosto, não gosto daquele alfa, com certeza aquele
foi o pior heat da minha vida, preferia sentido a dor sozinho a ter que
passar por tudo aquilo novamente, não consigo nem me imaginar casado
com ele – Por favor não faça isso comigo! – Me ajoelho na frente de meu
pai, com as mãos juntas suplicando, mas seu olhar para mim, é de
superioridade e maldade.
— Vamos ver se assim você para de parecer uma puta – Ele fala e o vejo
levantar a mão, fecho os meus olhos me preparando para o impacto e
para dor, mas nenhum dos dois chega, então abro os meus olhos
lentamente e vejo minha mãe segurando a mão de meu pai o afastando.
— Agora não! Vai lá buscar o tal alfa antes que seja tarde demais – Ela diz
e ele concorda, me dando um olhar duro antes de sair da sala. Eu fico ali
ajoelhado no chão chorando baixinho e minha mãe continua em silêncio,
deve estar sentindo tanta vergonha de mim – Filho, meu amor, vamos
subir rápido, você precisa arrumar as suas coisas – Ela fala e eu fico
paralisado, viro meu rosto e a olho, não estou entendendo o que ela quer.
— Jonseong! – Ela grita o meu por meu irmão mais novo que logo aparece
saindo de seu quarto – Venha nos ajudar a arrumar as coisas de seu irmão
– O garoto nos acompanho com o cenho franzido, mas permanece em
silêncio – Jimin eu vou te dar um endereço e você vai para lá, essa pessoa
vai te ajudar, sei que não quer se casar agora e que aquele alfa não é o alfa
que você queria que fosse o pai de seus filhotes – Ela continua a falar
entrando no meu quarto e indo em direção ao armário, pegando a mala
que ficava na gaveta mais alta e a jogando em cima da minha cama – Jay
me ajude a separa as roupas para o seu irmão.
— Mas para onde Jimin vai omma? – Meu irmão pergunta e eu o abraço,
sinto ele encostar a cabeça em meu ombro.
Após quinze minutos e uma mala cheia e meio bagunçada, minha mãe sai
de meu quarto e meu irmão se agarra a mim novamente.
— Jay vai ficar tudo bem, vamos manter contato, não sei para onde vou,
mas assim que conseguir vamos nos encontrar, iremos dar um jeito.
Lembre-se que eu te amo acima de tudo – Falo e ele assente a cabeça e eu
vejo uma lágrima escorrer por sua bochecha.
Quando minha mãe aparece no corredor, ela está com um papel entre as
mãos com um envelope pardo, ela me entrega e eu vejo um endereço
anotado no papel, abro o envelope e vejo uma abundante de dinheiro.
— Mãe, mas por que a senhora está me ajudando? – Digo enquanto a olho,
minha mãe sempre deixou o meu pai se impor dentro de casa, é a
primeira vez que eu a vejo fazer algo contra a vontade do próprio.
— Meu amor, você já sofreu por tempo demais dentro dessa casa, você é o
meu filho, agora vá – Ele me dá um abraço e depois Jay vai para os braços
da mais velha enquanto me olha – Nós nos viramos aqui com o seu pai,
pegue um táxi e vá direto para esse endereço, lá fale o meu nome e tudo
ficará bem, assim que eu conseguir ir te visitar, eu te prometo – Sinto ela
dar um beijo em minha testa ainda abraçando meu irmão e depois segura
a minha mão e me leva em direção a porta de casa, eu carrego em minha
mão livre a mala que havíamos arrumado.
— Park Hwa- – Começo a dizer o meu nome assim como minha mãe me
instruiu a fazer, mas quando eu ia terminar de pronunciar eu olho para a
pessoa que abriu a porta e sinto todo o meu corpo paralisar, tento
continuar a falar, mas as palavras não aparecem, meu corpo todo se
arrepia e sinto a nostalgia de sentir aquele cheiro perto a mim, não é
possível que isso esteja mesmo acontecendo.
A dança sempre foi o meu ponto de paz, onde posso ser completamente
eu mesmo, sem precisar me preocupar com quem está me assistindo.
Troco de roupa por uma mais confortável e começo a me alongar. Com
Jeongin em Paris eu fico a maior parte das aulas sozinho ensaiando, mas
às vezes Lia e Chaeryoung aparecem na aula e ficamos os três juntos, a
professora aparece e logo nos passa algumas séries de aquecimento e
depois alguns exercícios para os movimentos de nosso corpo.
Quando chego em casa encontro meu pai sentado na cabeceira da mesa
de jantar esperando minha mãe terminar de cozinhar para servi-lo, aviso
que cheguei e me curvo para ambos e logo depois vou em direção ao meu
quarto, coloco minha mochila na cadeira de minha escrivaninha e decido
tomar um banho para me refrescar.
Após ter tomado o banho e colocado uma roupa mais fresca para ficar em
casa desço e vou em direção a sala de jantar e me sento em uma das
cadeiras do meio, a cadeira, a minha direita e ao lado de meu pai fica está
ocupada por meu irmão mais velho, Bogum, e ao meu lado esquerdo se
senta meu irmão Jeongseong, em minha frente minha mãe que logo
aparece e serve meu pai ainda em pé e depois vai em direção a sua
cadeira se sentando, todos nos servimos depois dela se sentar e
começando a comer.
— Jimin largue esse prato aqui na mesa! – Ele grita – Este é o trabalho de
sua mãe e vá direto para o seu quarto.
— Posso dormir aqui hoje? – Ele fala sussurrando enquanto fecha a porta
de meu quarto.
Capítulo 2
Park Jimin
Eu ainda estava paralisado no mesmo lugar desde que ele abriu a porta,
não conseguia dizer nada e ele parece que também não, seus olhos estão
arregalados e eu já perdi a conta de quantas vezes ele me olhou de cima a
baixo. Após uns três minutos me olhando ele fala alguma coisa:
— Jimin? O que está fazendo aqui? – Para falar a verdade, se ele está
surpreso nem imagina como estou, da última vez que eu o vi ele estava se
despedindo no aeroporto a caminho da Europa para estudar, mas o que
mais estava me intrigando naquele momento era porque a minha mãe
sabe onde Jungkook mora e o porquê de ela ter falado que aqui poderiam
me ajudar.
— É... não fique aí fora, está frio, entra – Ele diz e abre espaço para que eu
passe, assim que entro na casa vejo uma grande sala com a televisão
ligada, um sofá cinza que parece muito confortável, a lareira acessa e uma
garrafa de vinho em cima da mesa de centro – está tudo bem? Eu ia te
perguntar como sabe o meu endereço, mas você parece mal, então senta
no sofá que eu vou pegar uma água para você.
Eu ainda tentei ser relutante, ainda estava tentando entender como eu fui
parar ali exatamente, também queria entender porque o meu lobo estar
tão animado assim de reencontrar aquele alfa, ele não deveria estar
assim, mas acabei o obedecendo e indo me sentar no sofá e para
comprovar o que eu havia dito antes, ele é realmente muito confortável.
Depois de alguns minutos ele aparece de novo com um copo de água na
mão, eu já estava distraído com o programa policial que passava na
televisão e acabei não percebendo quando ele se sentou ao meu lado, só o
vi quando ele estendeu o copo na minha direção.
— Mas de que ajuda você precisa Jimin? – Não sei por que, mas todos os
pelos do meu corpo se arrepiaram, ele realmente parece estar
preocupado comigo – Seja o que for eu posso te ajudar.
— Jimin explica isso direito – Ele falou, sua voz estava séria, mais rouca e
mais autoritária, então eu o obedeci.
— Meu... meu pai me obrigou a passar o heat com um alfa – Ele começou a
limpar as lágrimas que se espalhavam pelas minhas bochechas – E eu não
tive escolha, 'tava doendo tanto e então ele entrou e... e agora eu estou
grávido — Eu tentei respirar fundo, mas os soluços eram intermináveis –
E meu pai quer- quer me obrigar a casar com ele, mas eu não quero
Jungkook, eu não quero me casar com ele.
Nos minutos seguintes ele apenas me encarou sério ainda secando cada
lágrima que escorria com seu polegar, eu conseguia ver que ele está com
o maxilar trancado e após fechar os olhos e respirar fundo ele falou algo:
— Ji, você não vai se casar, não se não quiser. Você pode ficar aqui nos
quartos de hóspedes e pode ficar tranquilo que eu vou te ajudar, ajudar
você e ajudar o filhote – Quando ele mencionou o meu filhote, meus pelos
se eriçaram, o que ele quer dizer com aquilo? – Mas a gente conversa
melhor amanhã, já está tarde e você precisa descansar, tudo bem? – Eu
apenas assenti com a cabeça, já estava tão perdido com os
acontecimentos das últimas horas que não iria questionar mais nada, pelo
menos por enquanto.
Depois disso ele se levantou e me pediu para que o seguisse, ele me guiou
até o segundo andar onde um longo corredor se abria para os dois lados,
ele me conduziu pelo lado esquerdo até parar em frente a uma porta e
abri-la me dando visão de um quarto com uma cama de casal enorme com
lençóis brancos, as paredes tinham um papel de parede azul, havia ali
duas portas que provavelmente davam para um banheiro e a outra para
um closet.
[...]
Eu estava na aula de física e apesar de adorar todas as matérias me
pergunto como gostar dessa matéria, tudo parece ser dito em grego para
mim não faz o menor sentido. E na minha aula estava ele, Jeon Jungkook,
eu tenho quase certeza que tenho algum tipo de problema com esse
garoto ou ele tem algum comigo, qual é a tara de ficar me encarando toda
hora? Parece até um serial killer, e o pior ele me encara e eu tenho certeza
de que não é de uma maneira boa, pois sempre tem algum ômega envolta
dele querendo a atenção do "aclamado lúpus", então por que olhar para
mim? Bem, a reposta para essa pergunta vai ser respondida.
— Engraçado, não vejo nome nenhum aqui indicando algum dono – Juro
como eu odeio esse garoto, abusado, diante de sua resposta eu apenas o
olho e ele me devolve o olhar e apenas me dá um sorriso ladino.
— Não tem mais lugar nenhum, Park Jimin – Por que meu nome parece
tão bonito saindo de seus lábios finos e rosados? E por que eu estou
olhando para os lábios dele? Eu olho em volta e encontro Soobin me
encarando tentando me passar uma mensagem silenciosa, algo como "O
que ele está fazendo ao seu lado?" eu apenas neguei, ao lado dele estava
sentado um ômega Hueningkai.
Como sempre tive a minha aula de dança e lá diferente das outras vejo
Yeji e Chaeryoung estavam lá, por algum milagre elas foram. A aula se
tornou mais leve já que pudemos conversar e ajudar um aos outros, na
prática, elas dançam lindamente, é incrível de ver todas as duas
dançando, Yeji dança com força e precisão cada movimento seu era como
um tapa em seu rosto e Chaeryoung dança com leveza e mostra a sua
precisão com movimentos delicados e cada detalhe que mostra em sua
dança como se cada movimento fosse a estrofe de uma poesia, mas no
final tudo na dança é linda independente de sua forma e maneira de
dançá-la.
Assim que sai da sala eu fui direto para a saída e para chegar a ela você
tem que passar pela biblioteca, quando eu olhei lá para dentro, diante das
portas de vidros avistei Jungkook lendo, ou vendo as figuras do livro, eu
nunca o tinha visto lá e ele nem, parecia alguém que lê livros, é as pessoas
nos surpreendem, mas depois de alguns segundos o observando ele olha
em minha direção e meu corpo gela, fiquei paralisado e acredite ou não eu
consegui ver o sorriso ladino dele, nossa que raiva desse alfa, me apressei
a sair dali e ir direto para a minha casa.
Eu fico preocupado com meu irmão, mas é claro que eu fico, porém, ao
mesmo tempo eu nunca sei como o ajudar ou como começar um assunto
para ele me contar o que está acontecendo com ele, todos nós sofremos
com nosso pai, Bogum o obedece, eu o ignoro, mas Jay... ele ainda não
sabe como lidar com o que o nosso pai fala então toda vez que ele fica
chateado com algo que falam ou como falam ele vem se dormir em meu
quarto. E eu o aceito em minha cama em silêncio, apesar de saber que o
problema dele é com o meu pai, ele nunca me contou o que ele diz para
ele e eu nunca o pressionei sem a me contar nada. Adormeci um pouco
depois, ainda fazendo carinho no cabelo de meu mais irmão mais novo.
Capítulo 3
Park Jimin
Acordei no susto sentindo o refluxo vir e quase vomitei em cima da cama,
sai correndo até o vaso sanitário no banheiro e vomitei, eu ainda estava
de olhos fechados para ver se a tontura que havia começado dar uma
trégua ainda sentindo os espasmos em minha barriga quando senti uma
mão segurando meu cabelo para trás gentilmente e outra mão fazendo
um carinho por toda a minhas costas, subindo e descendo a mão da nuca
até a base da minha coluna, continuei por mais alguns minutos sentado
no chão sentindo o carinho e esperando, depois que eu senti que não
sairia mais nada eu me virei e me encostei no corpo quente atrás de mim,
o carinho estava tão bom...
— Tá melhor Minnie? – Meu corpo tremeu, sua voz rouca e, ao mesmo
tempo carinhosa e preocupada faz o meu coração errar uma batida, faz
muito tempo que não ouço esse apelido, o carinho que ele fazia ainda não
tinha parado, mas a sua mão que segurava o meu cabelo agora segura o
meu quadril me levantando.
— Vem aqui na pia – Na verdade, ele que estava levando o meu corpo até
lá, vejo ele abrir a torneira e ele limpa a minha boca com cuidado e depois
a seca com uma tolha de rosto que tinha ali.
— Perdoar você pelo quê, Kookie? – E só depois que o apelido saiu pelos
meus lábios que eu percebi o que tinha acabado de falar, os olhos de
Jungkook ficaram arregalados, mas logo depois um pequeno sorriso
apareceu em seu rosto.
— Por... – Ele começou, mas parou – Por ter te deixado, se eu não tivesse
ido... — Eu vi quando o seu maxilar travou e ele respirou fundo – Nada
disso teria acontecido com você.
— Kookie, não foi sua culpa – Levei a minha mão na direção da mão que
ainda fazia carinho em meus cabelos e a segurei – Nós dois fomos vítimas
e não devemos nos culpar por algo que aconteceu a tanto tempo atrás, e
que não estava em nosso poder a decisão final, mas se mesmo assim você
quer a minha desculpa, saiba que eu te desculpo, eu te desculpei há muito
tempo atrás.
O sorriso singelo que havia em seus lábios se abriu mais ainda me dando
visão de seus dentinhos de coelhinho, foi impossível não sorrir com ele
que começou a acariciar a mão que eu segurava, ele se deitou ao meu lado
e ficou me olhando ainda sorrindo, está frio, bastante frio então eu me
encolhi e peguei o edredom que estava meio embolado no final da cama e
me cobri.
— Sim... Obrigada – Senti ele começar a passar o calor dele para mim e me
aconcheguei mais no travesseiro e adormeci.
[...]
Tomei meu banho e fiz minhas higienes matinais e quando sai do quarto
já estava pronto para mais um dia de aulas, sai do quarto e meu irmão
ainda dormia já que ele estuda a tarde e desci percebendo que todos
ainda dormiam, mas meu lanche já estava sobre a bancada da cozinha,
Bogum sempre fazia o meu lanche antes de dormir, o guardei dentro da
mochila e fui em direção a geladeira, peguei o yogurt de morango e o
despejei em um copo o bebendo logo em seguida, guardei a garrafa
novamente na geladeira, lavei o copo e peguei uma maçã para comer no
caminho para a escola.
Continua.
— Bom dia, ann... – Ele rouba o meu fone e ainda esquece o meu nome? –
Espera estou pensando em um apelido para você – Ele continuou falando,
apelido, que menino abusado.
— Seu apelido vai ser Minnie, mas se você não gostar deste eu posso te
chamar de gatinho irritado também se preferir – Ele falou dando de
ombros e colocou o fone em seu ouvido – Já que sempre que vou falar
com você está com essa cara de emburrado... Nossa eu adoro essa
música... Darling, my Darling... Quase ia me esquecendo garoto não,
hyung, sou mais velho que você.
Mas, porque a voz dele tem que ser tão rouca e tão bonita e os seus olhos,
mesmo tão escuros, por que são tão expressivos e me transmitem tantos
sentimentos ao mesmo tempo... Quê? Não eu odeio esse garoto.
— Sabe Minnie, você desperta uma coisa em mim, é... – Ele começou a
pensar e então os seus olhos brilharam um pouco avermelhados, mas
acho que ele percebeu já que os fechou e quando os abriu novamente eles
já haviam voltado para o tom castanho escuro – Como eu posso dizer...
Um desejo e um questionamento, questionamento esse que eu quero
saber a resposta, mas ainda não...
— Por enquanto, vou lhe fazer uma pergunta – Ele esperou alguns
segundos para continuar – Por que você não vai atrás de mim igual aos
outros ômegas?
Mas vê se posso com uma dessa, "Por que você não vem atrás de mim?",
eu hein, mereço uma dessa.
Eu não deveria ficar com ciúmes, certo? Mas por que eu estou?
Hoje não teria aula de dança, então quando o sinal da saída tocou eu me
despedi de Soobin, Tzuyu, Lia e Chaeryoung e comecei a caminhar em
direção a minha casa já com meus fones nos ouvidos, eu já estava
praticamente na esquina da rua da escola enquanto esperava o sinal
fechar para atravessar a faixa dos pedestres quando comecei a ouvir uma
gritaria, então decidi tirar um dos meus fones.
— Minnie! Minnie caralho, para de correr meu pai – Quando olhei para
Jungkook, ele estava abaixado com suas mãos em seus joelhos enquanto
tentava recuperar o fôlego. E então quando ele percebeu que eu havia
reparado em sua presença ele correu até onde eu estava parado,
continuei o olhando, como alguém consegue ser bonito até correndo? Fica
o questionamento – Meu Deus, achei que você não ia parar nunca, você é
baixinho, mas anda rápido.
— A sua casa fica para esse lado? – O perguntei seco, enquanto tirava os
meus fones para prestar mais atenção no que ele responderia, guardei
meu telefone na mochila e esperei por sua resposta.
— Não, mas eu quero te levar até a sua casa e depois eu vou para a minha
– E então eu paro e o olho, o que esse garoto está aprontando?
— Não precisa, sei me cuidar muito bem, agradeço a companhia – Voltei a
andar sem nem olhar para o lado.
— Tchau gatinho bravo, agora sei até onde você mora – Escutei ele
falando.
— Tchau hyung – Eu abro a porta de casa e após passar por ela eu a fecho.
Capítulo 4
Park Jimin
Já se passou um mês de que estou na casa de Jungkook, nossa relação
melhorou consideravelmente, ainda ignorávamos muita coisa que
sabíamos que precisaríamos conversar, mas estávamos bem com isso, Jun
saía de manhã para trabalhar e normalmente voltava na hora do almoço e
passávamos o resto do dia e o início da tarde até ele ter que voltar para o
trabalho.
Assim que sai do quarto senti um cheiro delicioso vir da cozinha, desci as
escadas e então pude ter a visão de Jungkook cozinhando, a casa tinha o
andar de baixo em conceito aberto, em frente ao fogão o alfa estava com a
camisa social branca arregaçadas até os cotovelos, enquanto mexia com
uma colher e uma panela, me aproximei com cuidado e me sentei em uma
das banquetas que tinham na ilha.
— Bom dia Minnie, como foi a noite de sono? – Ele me perguntou ainda de
costas.
— Cansativo, mas estou fazendo Kimchi então tudo vai ficar bem – Ele
fala rindo depois de um suspiro cansado, rio junto e fico feliz Kimchi é o
meu prato favorito – E eu também queria conversar com você. – Ele fala
com o tom de voz um pouco mais sério.
— Sim, mas Jungko- – Eu iria falar, mas por incrível que pareça ele não
perdeu a mania de falar sem parar quando está nervoso com algo.
— Eu sei que ficamos muito tempo separados, e sei que foi culpa minha e
eu lhe peço um milhão de desculpas, eu tentei voltar, mas eles não
deixaram e quando eu consegui não me deixaram te ver e agora você está
na minha casa e está esperando o nosso filhote e eu – E foi depois dessas
palavras que eu consegui o interromper e o fazer me escutar.
— Sim, nosso filhote Minnie, somos soulmates, eu sou o seu alfa e você é o
meu ômega e o filhote em seu ventre é nosso bebê – Ele fala incrédulo
como se tudo fosse óbvio, meus sentimentos e tudo dentro de mim dá
uma volta e então eu sinto uma lágrima escorrer por minha bochecha
enquanto eu ainda o olhava – Minnie porque você está chorando?
— Meu ômega, fiquei tempo demais longe de você para não falar tudo o
que eu guardo a tanto tempo – Ele se levanta de sua cadeira e anda até
onde eu estou sentado se abaixando em meu lado colocando as duas mãos
em cima de minhas coxas, logo as minhas mãos vão de encontro as suas e
então a entrelaçamos, o sentimento de saudade, nostalgia e felicidade
percorrem meu corpo e então abro um pequeno sorriso voltando a olhá-
lo – Somos um só, sempre sonhei em ter tudo com você Jimin, sermos
marcados, casarmos, termos nossos filhotes e podemos ter pulado um
pouco a ordem, mas o que realmente importa é que estamos finalmente
juntos.
— Meu alfa... – Falo e então sinto meus olhos ficarem amarelos, meu lobo
está presente, finalmente poderemos ficar com o nosso alfa.
Logo que terminamos eu lavei a louça enquanto ele secava e ele voltou
para o trabalho e eu fui para a sala assistir à mais um programa de
variedade qualquer, mas antes subi no meu quarto e peguei uma coberta
para ficar bem quentinho e confortável e liguei a televisão.
[...]
— Estou bem! E estou animado, Jeongin volta daqui a dois dias do seu
intercâmbio em Paris – Falo sorridente, estou morrendo de saudades do
meu amigo e parceiro de dança, ele definidamente faz muita falta nas
aulas.
— Bom dia, turma, temos um novo aluno em nossa aula, o Sr. Kim – ele
fala e aponta para o menino ao seu lado – É novo e veio de Daegu e eu
espero que vocês o recebam bem.
— Pode deixar professor, iremos o receber muito bem – Ouço uma voz vir
do fundo da sala onde o grupo de Jungkook está sentado, então olho
rapidamente para trás e vejo que um dos alfas que andavam junto a ele
que havia falado.
Então volto a olhar o ômega novo na escola e o vejo caminhas até uma das
carteiras disponíveis. Depois disso a aula ocorreu normalmente, assim
como o recreio e as aulas depois dele foram normais.
Capítulo 5
Park Jimin
Finalmente completei os três primeiros meses da minha gravidez e um
grande alívio se apossou de meu corpo, meu filhote está seguro dentro de
meu ventre, agora que eu e Jungkook nos “assumimos” ele falou que
assim que eu completasse os três meses me levaria para conhecer seus
amigos e a empresa onde a máfia funciona. Estamos no começo de
novembro e o clima de natal começa a se instalar por toda Busan, já dava
para ver diversos comércios vendendo decoração de natal ou decorando
suas lojas com os enfeites natalinos.
Agora estamos no carro juntos, é a primeira vez que saio de casa desde
que apareci no meio da noite na casa de Jungkook, que agora ele me fez
aceitar que é nossa casa, então eu só concordei. O mais fofo da minha
relação com o Jungkook é o sentimento de nostalgia, pois quando
namorávamos na escola ele me levava em casa e andávamos de mãos
dadas em conversas super animadas e agora no presente, estou sentado
ao seu lado dentro do carro, mas uma de suas mãos segura a minha mão
forte e possessivamente, não estamos conversando, mas estamos
cantando que nem dois malucos com a nossa obsessão pela Hyuna.
— Boa tarde, o senhor tem reserva? – Ele falou diretamente com Jun, ele
me deu uma rápida olhada de cima a baixo e depois voltou a olhar o meu
alfa.
— Nós temos reserva – Ele disse seco para o homem que arregalou os
olhos para o mesmo – Jeon Jungkook – Jun terminou de falar e aí os olhos
do homem pareciam que sairiam do lugar de tão arregalados que
estavam.
— Que bom e dá próxima vez que o senhor olhar o meu ômega com esse
seu olhar nojento eu corto sua garganta sem pensar duas vezes –
Jungkook disse e eu sorri, meu ômega, por fora eu continuei o meu olhar
pleno com um leve sorriso para ele, mas por dentro estava soltando fogos
para todos os lados, senti saudades de tudo isso.
O homem nos guiou até a mesa onde os amigos de Jun estavam e quando
eu olhei para trás ele já havia corrido de volta para a entrada do
restaurante, medroso.
— Boa tarde Hyungs e boa tarde Dam – Jungkook falou agora doce e eu
observei os alfas e os ômegas presentes sentados na mesa e o pequeno
ômega, que estava sentado em uma cadeira especial para crianças, sorri
com vergonha – Esse daqui é o amor da minha vida, Jimin – Ele falou e
quando o olhei ele estava sorrindo com os seus dentinhos de coelho.
— Então esse é o famoso Jimin que o nosso saeng tanto fala – o ômega
moreno que usava óculos de grau falou sorrindo quadrado – Prazer, meu
nome é Jung Taehyung e esse é o meu pequeno Dam – O pequeno sorriu
para mim com o mesmo sorriso do pai.
— Prazer – Falei, ainda segurava a mão de Jungkook que deu uma leve
apertada me incentivando – É um prazer conhecer todos vocês.
Eu sorri, parece que nenhum deles não ligam do meu filhote não ser filho
legitimo de Jun, mas até eu descarto essa ideia, pai é quem cuida e ama, e
Jungkook é o meu alfa e ama o nosso filhote e juntos somos uma família
em desenvolvimento. Jun puxou uma cadeira para mim me sentar e
sentou em uma ao lado dela.
— Para hyung – Ele me olhou quando o chamei de hyung e sua cara era
bem engraçada – Ué, você me pedia para te chamar assim na escola – Dei
de ombros.
— Então gatinho, como seu hyung quero que me chama de seu alfa – Ele
falou sério e eu ri.
— Tá bom então seu alfa – Ri mais ainda e dessa vez ele riu junto também
– Estou brincando, eu entendi meu alfa.
[...]
E é.
Quando mais quero odiá-lo, mais ele me faz gostar de si e isso é tão
irritante.
— Fiquei sabendo que Jeongin voltou hoje de viajem, logo vocês voltaram
a dançar juntos – Tzuyu se pronunciou enquanto andava para frente na
fila.
Jeongin.
Vejo ele se curvar rapidamente pro professor e quando ele olha na minha
direção, vejo o seu sorriso se abrir e ele começar a correr em minha
direção, logo ouço uma gargalhada sair de minha boca e eu me levanto
também indo em direção ao alfa e assim que chego perto ele se abaixa e
me pega no colo enquanto me roda.
— Jeongin! Você chegou! – Falo para ele – Estava com saudades de você!
Então eu ouço um rosnado baixo vindo de algum lugar da sala, mas estou
tão concentrado na chegada de meu amigo e em como estou feliz por ele
voltar que nem me importo.
— Vem senta aqui do meu lado – Falo enquanto saio o puxando até onde
eu e Tzuyu estamos sentados.
Depois que as aulas acabaram decidir todos irmos para a minha casa
comemorar a volta do meu amigo alfa, estávamos os três esperando
Soobin, Yuna e Chaeryoung para partimos quando vi Jungkook sair da
sala.
Meus pais e meu irmão só chegam em casa de noite hoje, eles foram para
uma reunião na escola de Jay e depois iam jantar na casa de um dos
colegas do meu irmão. Então teríamos a casa só para gente até de noite.
Assim que entramos, meus amigos já se acomodaram no sofá e alguns
foram para cozinha para fazer nosso almoço. O abusado do Soobin já foi
ligando meu Xbox para jogar Just Dance, ele é bem viciado e vem aqui
para casa só para jogar o jogo de dança, e enquanto eu, Yuna e Jeongin
estávamos na cozinha fazendo o nosso almoço eu ouvia as risadas de
Chaeryoung, Soobin e Tzuyu enquanto jogavam.
— Mas eaí Jeongin como foi a viagem para Paris, como foi as aulas de
dança lá? – Perguntei.
— Por incrível que pareça sim – Ele fala e todo mundo, inclusive eu, o
olha esperando que ele continue – O nome dele é Kyungsoo e ele é filho
de um francês e uma coreana, ele é tão lindo...
— Eita meu povo que o alfa tá apaixonado – Soobin fala e começa a rir
logo todos nós estamos rindo alto, mas ele não negou.
— E você Jungkook, o aclamado alfa lúpus por que não dá uns pegas no
Park? – Ele fala rindo e os outros os acompanham, até eu dar um soco na
cara dele.
Mas quando eu estava quase chegando na cantina sinto meu corpo ser
jogado contra a parede e minha boca ser beijada, eu ainda estava de olhos
abertos quando vi IU me beijando, eu conversava com ela, mas era apenas
sobre a matéria ou sobre os nossos pais que são amigos de empresa. E
então ela estava ali me beijando, fechei meus olhos para juntar forças
para não a jogar longe, já que ela é uma ômega filha dos amigos de meus
pais.
— Está tudo bem... Agora vamos lanchar – Falo e vou em direção a cantina
a procura de Jimin e IU vem comigo, mas logo segue em direção ao seu
grupo de amigas.
Me sento com alguns colegas e corro os meus olhos pelo lugar e então eu
o vejo...
Meu Deus ele é tão lindo, com certeza foi esculpido por anjos, ele estava
sentado algumas mesas a frente a minha e estava rindo com seu grupo de
amigos, os únicos que eu sei o nome é Tzuyu e Soobin tenho algumas
aulas com os dois, ele tem um sorriso tão bonito, seus olhos viram dois
pequenos risquinhos e suas bochechas ficam muito fofas e ainda tem
aquele dentinho torto, tão perfeito.
Então o seu olhar caiu em mim e logo vi o seu sorriso se fechar, fiquei
automaticamente preocupado, por que ele está me olhando assim? Ele
desvia o olhar de mim e passa o resto do intervalo inteiro me ignorando.
Se eu pensava que não tinha como piorar eu estava muito, muito
enganado.
Fui para casa pensativo em como contaria para ele que somos almas
gêmeas e principalmente em que momento, meus pais não estavam em
casa quando cheguei então fui para o meu quarto tomei um banho e
simplesmente capotei na cama, nem vi Soyeon ou Jungwon.
Capítulo 6
Park Jimin
Quando acordei ainda estava em cima de Jun e ele me segurava pela
cintura, ainda estava dormindo com a boquinha entre aberta e seus
cabelos castanhos todo bagunçado pelo travesseiro, levanto mais minha
cabeça e tento sair de cima de si, mas logo a minha cintura é puxada
novamente pro lugar e ele me aperta mais contra si.
— Bom dia Minnie – Ele fala sem se virar e eu paro estático no lugar onde
eu estava.
— Bom dia, é... Eu vou me vestir – Passo praticamente correndo para o
closet e ouço sua risada.
— Sabe que não precisa ter vergonha de mim né? – Ele vem atrás de mim
e fica no batente do closet, mas está de costas, o olho e percebo ser
verdade ele é o meu alfa então não há o porquê de ter vergonha, apesar
de que eu não queria que a primeira vez que ele me visse nu fosse
grávido, mas é o nosso filhote.
— Pode virar alfa – Falo e ele parece ter virado uma estátua, ouço ele
respirar fundo umas duas vezes antes de tomar coragem e se virar
devagar, fico com vergonha então só fico parado.
— Sabe Minnie eu achei que já havia visto a coisa mais linda do mundo
que é você grávido, mas vê-lo nu e grávido do nosso filhote é a maior
beleza que eu consigo ver com os meus próprios olhos – Ele olha para
minha barriga e sorri – Você é todo perfeito amor, nem sei porque sou
digno de tanta beleza ao meu lado, como meu ômega.
Me afasto de seu pescoço e o olho nos olhos, seus olhos brilham e eu sinto
os meus corresponderem, meu alfa carrega uma galáxia inteira nos olhos
e eu amo cada estrela que eles guardam, sinto uma de suas mãos em
minha nuca e ele aproxima os nossos lábios, o que no começo era um
beijo lento e com muito carinho passou a ser um beijo afoito e sedento. Eu
sentia nossas línguas brigando por espaço e sua mão apertando cada vez
mais a minha cintura, Jun começa a caminhar e quando minhas costas
encostam na cômoda de roupas que tem ali, ele se abaixa um pouco em
minha frente e segura as duas dobras dos meus joelhos me fazendo dar
um impulso e me sentar no móvel.
Ele sorri sacana para mim e eu sinto todos os pelos do meu corpo se
arrepiarem, ele volta para cima e segura o meu rosto com as duas mãos
me beijando com carinho, sinto a sua língua chupar a minha e sinto que
perdi todas as minhas forças, logo faço a mesma coisa com a sua língua e
ele começa a descer os beijos pela minha bochecha, mandíbula e logo
chega em meu pescoço, rodeio as minhas pernas em sua cintura e levo as
minhas mãos até a sua nuca apertando um pouco seu cabelo. Ele começa a
distribuir beijos, mordidas e chupões por toda a extensão do meu pescoço
e eu sinto o meu corpo começar a ficar mais mole e desejando mais de
todo o prazer que ele está me dando, aproximo mais o meu corpo do seu
procurando por mais contato e no mesmo momento ele passa levemente
seus dentes pela área que já estava sensível pelos seus chupões e então eu
arranho suas costas tentando descontar um pouco do que eu estava
sentindo ali. Provocando um gemido meu que recebo mais um chupão e
dele pela ardência na pele.
— Mas eu não quero que você se controle Jun, eu quero fazer – Falo e
então ele me olha com as vistas arregaladas – Sei que estou grávido, mas
isso não me impede de sentir prazer.
— Você tem certeza Minnie? Eu prometi para mim mesmo que só faria
quando você se sentisse cem por cento confortável e não iria te induzir a
fazer nada, mas é que foi mais forte do que eu... – Ele se vira de costas e
passa a mão pelos cabelos os jogando para trás, consegui ver as marcas
um pouco avermelhadas das minhas pequenas unhas em suas costas indo
do ombro até o final da coluna.
Jungkook se vira e seus olhos estão vermelhos, mas não de raiva e sim de
paixão e de tesão, logo sinto os meus olhos brilharem azuis e então ele me
pega no colo e me leva até o quarto me colocando na cama com cuidado e
então ele tira a calça enquanto olha todo o meu corpo, ajeito as minhas
costas na cama e ele me olha preocupado eu só nego com a cabeça e ele
continua a retirar a peça de suas pernas, então ele fica parado olhando
para o meio das minhas pernas e vai de uma vez em direção a minha
entrada colocando a boca ali. Gemo pela surpresa de tê-lo ali e seguro
levemente seus cabelos ali, está muito gostoso e eu não quero que ele
pare.
Jeon Jungkook
Coloco a minha língua para fora e recolho todo o líquido, que era expelido
devagar e sinto a mão de Jimin que segura o meu cabelo apertar, passo a
minha língua mais algumas vezes pelo local para cima e para baixo e
também em movimentos circulares o ouvindo gemer manhoso, os pelos
de meu corpo se arrepiam com o som mais lindo de se ouvir e sinto o meu
pau dar mais uma fisgada, subo os meus beijos até os seus testículos os
quais eu chupo devagar o ouvindo arfar e arquear levemente as costas e
quando chego em seu falo o lambo da base até a cabeça sentindo mais do
gosto de framboesa causado pelo seu pré-gozo.
Coloco minha boca em volta de sua glande e rodo minha língua em volta
dela algumas vezes e depois começo a colocar todo o seu volume para
dentro, sinto as veias de Jimin contra a minha língua e eu começo o
movimento de sucção para cima e para baixo, os gemidos de Jimin
começam a ficar cada vez mais altas e eu preciso prepará-lo não vou
aguentar muito e meu pau já está duro até demais, está doendo demais
até. Coloco um dedo dentro dele e sinto o seu interior tentar me expulsar,
ele é muito, muito apertado e já me imagino o invadindo e tendo todo
esse aperto em volta do meu pau. Começo a estocá-lo devagar até o sentir
mais relaxado, continuo a chupá-lo para distraí-lo enquanto coloco mais
um dedo dentro de sua entrada.
Me afasto e o olho nos olhos enquanto simulo mais uma estocada fazendo
seu corpo ir para frente e para trás e dessa vez vejo seus olhos se
revirarem, seguro suas duas mãos com uma das minhas e as prendo
acima de sua cabeça enquanto volto a beijá-lo e deixar chupões em seu
pescoço, por enquanto essa vai ser a minha marca.
Por Jimin ser o meu ômega e os nossos lobos terem se reconectado eu não
vou ter hut enquanto ele estiver grávido, sendo só mais uma prova que
somos almas gêmeas.
Deixo beijos em seus ombros e vou em direção aos seus mamilos rosados,
onde os chupo e passo a língua em volta, sinto suas mãos tentarem se
soltar, mas não deixo e então quando eu passo para o outro e o chupo
com um pouco mais de força o sinto arquear as costas tanto que sinto o
calor de sua barriga entrar em contato com a minha. Após terminar
naquela área eu beijo sua barriga, com um pequeno volume, mas que já
bem perceptível que o nosso filhote está ali.
Ainda acho a coisa mais feliz de toda a minha vida poder falar isso, nosso
filhote, é a realização do meu maior sonho, ser pai junto a Jimin. Construir
e ter uma família ao seu lado. Beijo toda a extensão e depois volto a beijá-
lo deixando diversos selares em seu rosto e boca.
— Eu confio que você não vai me machucar Jun – Ele me responde e vejo
os seus olhos brilharem. O beijo profundamente e logo nossas línguas
estão em uma briga por espaço quando vou me separar o sinto puxar o
meu lábio inferior em meio aos seus dentes e eu o olho, seus olhos agora
mostram luxúria e prazer.
Me posiciono meu falo em sua entrada e o forço devagar para dentro, vejo
cada centímetro meu ser engolido pela entrada de Jimin e puta que pariu,
eu não vou durar nadinha, o seu aperto junto ao espaço quente e macio
me faz enlouquecer, é com certeza o segundo melhor lugar para se estar,
já que o primeiro é em seus braços. Quando termino de entrar o ouço
gemer em satisfação, espero um tempo para o seu interior se acostumar
com o meu tamanho dentro de si e quando o vejo começar a rebolar com
meu pau dentro de si, é quando eu perco quase toda a minha sanidade.
— Mexe Jun... Por favorzinho, fode o seu ômega – Ele geme manhoso e o
que eu resto de sanidade que eu tinha acaba – Me fode gostoso hyung...
Ele pega a minha mão que segurava sua cintura e a tira dali e a leva em
direção ao seu pescoço enquanto me olha com expectativa, ele fecha os
cinco dedos da minha mão em seu pescoço e puxa o meu braço para baixo
o enforcando, tomo um susto e abro os meus dedos.
Tento não o apertar demais, mas quando ele começa a gemer eu sinto
através da minha mão a vibração de suas cordas vocais, saio de dentro
dele e o vejo me olhar curioso com o que eu vou fazer, viro o seu corpo o
colocando de quatro de frente para mim e então tenho a incrível visão de
sua entrada piscando pela falta de preenchimento.
— Fodidamente perfeito gatinho – Volto a me posicionar atrás de si e me
coloquei dentro dele de uma vez, seu gemido foi alto, finalmente os
vizinhos o escutaram e agora nos presenciariam se amando até o final –
Deita na cama amor.
Ele deitou seu rosto e se inclinou ainda mais para mim, puta que pariu
que visão, não me aguentei e desferi um tapa em sua bunda que gemeu
pela surpresa, logo dei outro tapa na outra banda de sua bunda e agora
seu gemido foi completamente manhoso.
— Hyung... Mexe logo – Toda vez que ele me chama de hyung sinto tudo
dentro de mim se esquentar e a minha virilha dar uma fisgada da forte,
obedecendo a sua ordem começo a me mexer agora com um pouco de
rapidez, seu lubrificante ajudava o meu pau escorregar dentro de si e a
passar em meio a sua bunda grande e farte que agora tinha a vermelhidão
da marca dos meus cinco dedos em cada lado.
— Shii... Meu bem, você vai, mas só quando eu deixar – Ele gemeu mais
enquanto eu falava rente ao seu ouvido enquanto deixava chupões agora
no outro lado do seu pescoço.
O vesti e depois fui rapidamente até o meu quarto pegando outra calça
para mim e roupas de cama nova, vesti a calça e voltei rápido o
encontrando já deitado quase pegando no sono profundo.
Capítulo 7
Jeon Jugkook
Eu estou decidido a contar hoje para Jimin sobre a nossa ligação meu lobo
clama por atenção e ter o nosso ômega aos nossos cuidados, saio de casa
cedo e vou na direção contrária que eu deveria ir para a escola, caminho
rápido para chegar à casa do meu soulmate quanto antes. Assim que viro
a última esquina em direção ao meu destino sinto o meu coração palpitar
a minhas mãos começarem a suar, as limpo na parte de trás da minha
calça e paro de frente ao jardim da casa do baixinho de cabeços cinzas
que eu tanto quero poder falar que amo.
— Por que não foi buscar a sua namorada? – Que namorada? Que papo é
esse? – Vi vocês ficando no corredor da cantina ontem... – Ele abaixa a
cabeça parecendo triste e então eu entendo o que aconteceu, ele viu a IU
me beijando.
— É Minnie aquilo foi um mal-entendido, por favor acredite em mim,
preciso muito te contar algumas coisas – Começo o acompanhar na
caminhada assim que o mesmo começa a andar em direção a escola – Está
livre depois da aula?
[...]
Park Jimin
Eu estava na aula de história e apesar de ser minha matéria favorita eu
não consiga me concentrar por nada, minha cabeça não parava de pensar
em possíveis assuntos para Jungkook querer conversar comigo depois da
aula, e mesmo eu o fazendo esperar até depois da minha aula de dança o
assunto é sério o suficiente para ele me aguardar e ele nem reclamou.
— Park Jimin, me fale agora o motivo de você estar com esse bico de
aborrecido o dia inteiro – Tzuyu me chama atenção assim que entramos
no banheiro de ômegas.
Então no meio de nossa crise de risadas uma das portas das cabines do
banheiro é aberta e uma ômega com os cabelos no tom de cinza e
bastante longos sai nos olhando com um sorriso no rosto, e assim eu
percebo que ela tem o mesmo sorriso que Jungkook e o formato de olhos
também, ela para em frente a mim e por ser um pouco mais alta que eu
ela me olha um pouco para baixo, mas com um olhar gentil.
— Ah perdão, meu nome é Jeon Soyeon, sou irmã mais nova de Jungkook
– Mas é claro que ela é irmã dele, eu já a havia visto no recreio junto a ele,
eu tenho uma memória horrível – Enfim você parece preocupado com os
planos de Jun para vocês, mas não fique não é nada horrível, pelo menos
eu acho que não, mas se sinta tranquilo se ele fazer algo com você eu
mesma dou um sermão nele.
— Mas o que foi isso? – Tzuyu fala assim que a porta é fechada e eu me
viro em sua direção.
— Vamos porque eu também acho que estou ficando louca e com certeza
estamos atrasados para nossa aula – Saímos do cômodo e andamos
rápido até nossa sala e por algum milagre a professora ainda não havia
entrado.
— Nem eu e olha que eu fui abraçado ainda por cima – A ficha ainda não
caiu – Com certeza ela vai contar isso para Jungkook, que vergonha.
— Cansado Jimin? Por que você chegaria cansado? – Ela fala incrédula
olhando para mim.
[...]
— Não, ela vai ser no teatro mesmo – Respondo e tento ignorar o resto
que ele falou para não ficar muito curioso, mas não deu certo.
Engoli a curiosidade para mim e caminhei junto a ele até o teatro, indo
para a plateia.
— Mon amour me manque aussi – Ele fala e eu paro em frente a ele - Voici
mon ami Park Jimin je vous l’ai dit – E assim ele vira o celular para mim,
que sem entender apenas aceno para o homem que aparecia do outro
lado da tela, o mesmo falou alguma coisa para mim e depois Jeongin
voltou a falar com o mesmo até desligar.
— Claro! Achei a música perfeita ontem, estou super ansioso – Falo dando
pequenos pulinhos o que o faz rir da minha animação.
— Eu não sei se você sabe ou acredita, mas sabe lobos soulmates? – Ele
pergunta, parece nervoso ele não me olha apenas mantêm o olhar para os
pés enquanto espera uma resposta minha.
— Bem, você não parecia gostar muito da minha presença então eu estava
esperando um momento bom para te contar, mas o apressadinho na
minha cabeça ficou rosnando a noite inteira semana passada e não me
deixou dormir, então tinha que te contar logo – Ele entrelaça as nossas
mãos juntas – E eu também não queria mais ficar longe de você, já estava
cansado de joguinhos e ter que fingir que não gosto de você.
— Eu não gosto do jeito que você lida com tudo, aparece com um ômega
diferente e antes eu achava que eu te odiava por ser prepotente e ficar
com todo mundo, mas entendi agora que era só ciúmes do meu lobo com
você – Falo.
— Bom, quer sair comigo? – Ele pergunta e volta a olhar nossas mãos em
sinal de vergonha de novo.
— Claro, mas você não precisa ficar com vergonha, na verdade, fique,
você fica fofo assim – Digo rindo e ele me olha incrédulo e tenta ficar
sério, mas logo começa a rir junto a mim.
— Jimin, tenha mais respeito pelo seu hyung – Ele diz estufando o peito.
— Hyung ou meu alfa? – Falo e então o seu sorriso se fechar lentamente e
vejo seus olhos se mesclarem com vermelho, enquanto tenho certeza que
os meus começam a ficar amarelos.
— Meu ômega – Seu lobo fala com o meu e eu sinto os meus pelos e os de
meu lobo se arrepiarem, logo o meu lobo começa a abanar o rabo e
rodopiar de felicidade.
Capítulo 8
Hoje Jungkook terminou de colocar as minhas roupas no nosso novo
quarto que era onde ele dormia antes sozinho, porque o que antes era
meu vai ser o quarto do nosso filhote. Então agora eu estou saindo do
boxe do banheiro onde tomei um banho rápido, pois hoje vou sair as
compras com Taehyung, Soyeon e Jungkook e os alfas de Taehyung, os
três se alto convidaram para nossa “proteção” e eu sinceramente não
reclamo se pudesse passaria o dia todo grudado no meu alfa.
Coloco uma blusa de manga comprida e gola role preta, que ainda cabe
em meu corpo grávido de quatro meses, uma calça também preta e um
sobretudo marrom-claro para o frio que está fazendo, entramos a
algumas semanas no inverno e ele está fazendo jus ao seu nome, por fim
coloquei uma bota também preta e após arrumar meus fios que ainda
estão bem úmidos desço as escadas segurando o corrimão e prestando
atenção em cada degrau.
Após me acalmar aquele dia conversei mais um pouco com meu irmão e
prometi a ele dar um jeito de nos vermos e de ver minha mãe, quero
muito que eles me vejam grávidos ao vivo e não mais na foto em que
mandei a eles. Minha mãe ficou muito feliz de saber que eu havia
encontrado Jungkook e me explicou saber o endereço dele, pois o pai de
Jungkook havia ido até à empresa um dia com a mãe dele e por algum
acaso ela também estava lá, e em uma rápida conversa a mãe dele a
passou o endereço dele. E apesar de eu não gostar nenhum pouco do pai
de Jun a mãe dele sempre foi uma senhora muito gentil desde a época que
éramos namorados na escola.
— Senti tanta saudade Minnie – Ele fala abafado contra o meu pescoço –
Não aguento mais ficar uma manhã sem estar ao seu lado que já sinto
todo o meu corpo pedindo para sentir o seu cheirinho.
— Eu também senti muitas saudades de você, não consigo mais ficar sem
o seu cheirinho de uísque, por isso fico o dia inteiro no quarto sentindo
você – Falo e o sinto sorrir no meu pescoço, logo depois ele se afasta e
segura os dois lados do meu rosto e sela nossos lábios.
— Eu te amo tanto Jun, você não tem noção do quanto eu te amo, eu senti
tanto a sua falta esses anos, meu coração ficou tanto tempo sem você que
parece que todos os sentimentos que você me faz sentir se multiplicam
por todos esses anos que passamos separados – Levo minhas mãos as
suas bochechas onde início um carinho – Eu senti tanta saudade de você
por tanto tempo que tudo se tornou em um amor irrevogável e
completamente verdadeiro, sem barreiras ou limites.
— Eu tentei segurar ele, mas ele ama mais você do que eu – Taehyung fala
com um bico em seus lábios assim que nos aproximamos.
— Oi gente, que nada Taehyung óbvio que ele te ama muito mais né? Só
somos bons amigos – Falo e olho para Dam que concorda comigo.
— Titio Jimin é meu amigo e o filhotinho é meu melhor amigo – Ele diz,
meio embolado, mas logo estica os bracinhos em direção a Yoongi que o
pega, o pequeno coloca o rosto na curvatura do pescoço do pai alfa e fica
brincando com os cabelos loiros do pai.
Tive uma consulta ontem com a minha obstetra, mas o meu filhote não
queria se mostrar muito, o que não nos permitiu ver o seu sexo.
— Quero escolher com você – Falo e seu sorriso fica ainda maior, beijo
seus lábios e logo entramos na aula, quando vemos inúmeros mostruários
de quartos de bebê, com pequenos espaços de como ficariam juntos sinto
meus olhos se encherem de lágrimas, me viro para Jun e ele também está
quase chorando.
— Nós também te amamos amor – Digo olhando para cima enquanto ele
me olha, ele deixa um beijinho em meu nariz e nos afastamos um pouco
olhando mais móveis.
— Olha que lindo Ji, vai ficar uma beleza no seu corpo – Ela fala e eu vejo
a calça apertada – Ji, não olha assim, você é o ômega grávido mais lindo do
mundo, vai ficar lindo em você com certeza.
Nos separamos pela falta de ar e juntamos nossas testas, abro meus olhos
devagar enquanto tento voltar a minha respiração para o normal e vejo os
olhos grandes e castanhos me encarando e um lindo sorriso se abre.
— É, agora eu entendi o que você falou sobre ele ser parecido com o
taetae – Ouço a voz de Hoseok falar enquanto ainda me afastava indo em
direção ao provador.
— Será que você poderia parar de secar o meu alfa? – Digo a olhando e
dando ênfase ao meu alfa.
— Não, não, não eu fiz pior, a atendente saiu sem os apliques do cabelo
dela – Ela fala sorrindo segurando as mãos de seus alfas.
— Nossa eu lembro desse dia – Soyeon fala – Ele me deu o Dam ainda
bebezinho para segurar no colo enquanto ele puxava o cabelo da ômega.
Continuamos rindo pelo shopping, enquanto conversávamos, eu me
sentia bem, estava ao lado do meu alfa, com o nosso filhote em meu
ventre, agora com amigos e tão feliz e completo que me sentia flutuando
entre as nuvens.
Capítulo IX
Park Jimin
Quando chegamos a casa Jun foi deixar as sacolas no nosso quarto
enquanto eu fui para cozinha fazer algo para comermos, já passava do
horário do almoço e eu estava com fome e sei que Jungkook também está.
Abro a geladeira e pego alguns legumes e carne e começo a cortá-los, eu já
estava concentrado em alguns minutos no que eu fazia quando o senti me
abraçar por trás colocando as mãos por baixo da minha barriga o que o
fazia ficar com o queixo em meu ombro pela nossa diferença de altura.
— Acho uma ótima ideia amor, pode temperar a carne para mim por
favor? – Falo e ele sai do abraço e começa a me ajudar enquanto eu
termino de cortar mais legumes.
Logo Jun tomou a frente da cozinha porque segundo o mesmo ele não
quer que eu me machuque, o que é fofo, então eu apenas me sento no
banquinho que fica na bancada da cozinha e o observo enquanto bebo
mais água. Depois de cerca de meia hora e um estômago roncando nossa
comida ficou pronta, dessa vez decidimos comer em frente a televisão já
que o desenho animado favorito de Jungkook estava passando.
Jeon Jungkook
Estar com o meu ômega sempre é incrível poder sentir seu calorzinho e
seu maravilhoso cheiro de framboesa sempre me acalmava, mas o que me
deixa mais realizado e feliz é vê-lo sorrir ou animado, comprar os móveis
do nosso filhote, comprar roupas para ele e até ser beijado por ciúmes faz
o meu coração errar as batidas, é uma sensação única, assim como o meu
amor por Jimin é, único.
Sei que o meu pai não presta e a partir do momento que soube que a
minha mãe foi quem contou o meu endereço a mãe do meu soulmate meu
lobo entrou em estado de atenção completo, precisávamos proteger
nossos amores, sempre foi o sonho do meu pai eu me casar com um
ômega herdeiro da máfia de outro país e na escola quando os negócios do
pai de Jimin ainda não haviam crescido fui obrigada por muito meses o
ouvir reclamando de nossa relação, já o pai de Jimin queria que ele
casasse com um alfa que é herdeiro da maior concorrente dos negócios
dele. E esses dois juntos não dá nada certo, eles conseguiram nos separar
da primeira vez, ele conseguiu fazer o meu ômega ficar grávido, mas nem
mesmo assim nossa ligação foi quebrada ou nosso amor substituído.
Sinto que algo vá acontecer em relação a esses dois por isso me mantenho
perto de Jimin sempre, no momento estou descendo com a árvore-de-
natal enquanto ele está escolhendo as cores de enfeites que iremos usar.
Enquanto eu a encaixava a metade de baixo a parte de cima da árvore
Jimin decidiu pelas decorações vermelhas e douradas, abri os galhos da
árvore artificial e na hora de ir mais para o alto peguei uma escada para
ajeitar tudo.
— Jun por favor, para tá doendo – Ele fala em meio a risadas, enquanto eu
paro de dançar e pego mais uma caixa com os enfeites que ele escolheu
para decorar o topo – Está ficando bonito, quer ajuda aí em cima?
— E você ter que subir nessa escada pequena? Não precisa amor, pode
descansar desde que chegamos você ainda não dormiu a tarde – Falo para
ele.
Jimin é o ômega grávido mais lindo de todo o mundo e ver sua barriga
crescendo a cada dia o faz ficar ainda mais belo, desde a escola Jimin
sempre teve uma beleza incrível e resplandecente e agora após anos nada
mudou. Continuo o observando enquanto o mesmo tem sua atenção a
televisão em algum programa de variedade que não tem a minha atenção
agora.
— Você é tão lindo amor – Penso alto e ele me olha com seus olhinhos se
tornando duas linhas enquanto seu sorriso se abre – Tão lindo que eu mal
posso acreditar que é real.
— E você meu amor, você sim é lindíssimo, o alfa mais lindo de todo o
mundo – O olho sorrindo para mim e sinto minhas bochechas
esquentarem, escondo meu rosto em sua barriga e o ouço sorrindo – Não
precisa ficar com vergonha amor, é apenas a verdade.
[...]
Park Jimin
Após comprarmos sorvetes decidimos nos sentar na praça que tem em
frente a sorveteria, enquanto observávamos as pessoas indo e vindo,
perdi a vergonha e compartilhei a minha ideia de jogarmos um jogo de
perguntas rápidas para nos conhecermos um pouco mais.
— Qual sua cor favorita? – Pergunto para Jun que logo após dar mais uma
lambida em sua casquinha me responde.
— Você ainda tem dúvidas? HyunA com certeza – Ele fala com convicção
me fazendo rir, nosso gosto musical é bem-parecido – Seu girl group
favorito.
— Aí me pegou... Acho que fico entre Twice e Itzy, mas não consigo
escolher só um – Falo e ele concordo – Matéria favorita da escola.
— Com o maior prazer, agora você qual a sua matéria favorita? – Ele
pergunta voltando a comer sua casquinha logo depois e eu repito o ato.
— Tá bom, então – Ele me abraça e eu olho para cima tendo a visão de seu
rosto me encarando, me aproximo deixando um selar em seus lábios, mas
quando eu iria me afastar para ir embora já morrendo de vergonha,
Jungkook segura os dois lados do meu rosto e começa um beijo terno e
carinhoso, depois de alguns minutos ele pede a passagem de sua língua e
sem saber muito o que fazer afasto os meus lábios.
No início foi um beijo bem desajeitado eu não sabia muito o que fazer
então só copiava os seus movimentos suas mãos continuavam em meu
rosto fazendo um carinho singelo, enquanto os meus braços o enlaçavam
pela cintura nos aproximando mais, o ósculo foi calmo, mas passava todos
os novos sentimentos ao nosso redor e por instantes eu esqueci estar na
frente da casa e principalmente no meio da rua. Nos separamos pela falta
de ar e juntamos nossas testas enquanto Jun me dava um beijinho de
esquimó.
— Está tudo bem Bogum, eu sei que tudo isso é para que eu e Jay não
sofra na mão dele – Falo abafo contra o seu peito.
Capítulo 10
Jeon Jungkook
Assim que entrei em casa fui animado contar para Soyeon que havia
finalmente revelado para o meu ômega que somos almas gêmeas, subi as
escadas e fui em direção ao seu quarto, antes de entrar bati duas vezes na
madeira e esperei sua permissão.
— Falei com Jimin hoje – Ela disse assim que entrei enquanto fechava o
livro que lia – Ele é um ômega muito lindo quando vai contar?
— Aceitou! Você acredita? Meu deus, sou o alfa mais sortudo do mundo
inteirinho – Me deito em sua cama com um sorriso bobo no rosto – Quero
buscá-lo de carro amanhã, quero andar por todo o colégio com ele ao meu
lado, quero que todos vejam que ele é o meu ômega e que eu sou o alfa
dele.
— Que romântico, vai pedir ao papai o motorista para te levar? – Ela
questiona e eu fecho o rosto, tenho que contar a ele – Você ainda não
voltou a falar com ele?
— Não, não desde que ele fez os capangas dele pesquisarem todo o
histórico financeiro da família do Jimin, nem deveria ter contado o nome
do meu ômega para ele, só queria que ele ficasse feliz por mim, mas tudo
o que ele pensa é em dinheiro – Sinto meu lobo começar a ficar irritado,
não gostamos nem um pouco do meu pai, mas até eu fazer dezenove anos
ainda sou de menor e ainda tem Soyeon e Jungwon, falando no próprio
ele abre a porta do quarto e vem correndo até pular em cima de nós dois.
— Que bom que você chegou meu baixinho, como foi a prova de
geografia? – Pergunto e ele se senta ao meu lado e de Soyeon e tira o
paletó de seu uniforme, está bem calor mesmo.
— Acho que fui bem aquela videoaula que você fez me explicando
globalização me ajudou muito, obrigada Kookie – Ele me abraça e eu rio,
eu amo tento o meu baixinho.
— Que bom, mais tarde nós vamos jogar Just Dance o que acha? Eu, você e
Jungkook, quero ver se melhorou seus passos de dança – Minha irmã fala
e ele bate palmas animado.
[...]
— O que você quer Jungkook – Ele fala rudemente sem tirar os olhos do
documento que lia, já me acostumei com esse tratamento – Se é sobre o
seu irmão eu já sei que ele chegou.
— Hm, ok, agora saia – Ele diz voltando seu olhar para o documento e eu
não perco um segundo a mais sequer dentro daquele escritório.
— Lembra do ômega que eu lhe disse ser o meu soulmate? E que pedi
conselhos a senhora se deveria ou não contar a ele sobre a nossa ligação?
– Ela sorri assentindo, sorrio de volta – Eu contei a ele hoje que somos
destinados e ele acreditou, agora estamos juntos.
— Que bom meu filho, pelo que você me contou ele parece ser um bom
menino, cuide dele meu bem – Ela fala animada com a notícia – Quero vê-
lo feliz – Ela faz um carinho em meu cabelo e eu sorrio, sempre amei tanto
seus carinhos, ela abre a porta e Jungwon simplesmente se joga no colo
de nossa mãe a abraçando enquanto sorri abertamente.
[...]
Park Jimin
Pego minha mochila em cima do sofá e coloco meus tênis, quando saio de
casa ele está do lado de fora do carro ao lado da porta aberta com um
sorriso.
— Bom dia, Sr. Park, como está o ômega mais lindo de todo o mundo? –
Ele fala assim que me aproximo e me abraça colocando ambas suas mãos
em minha cintura enquanto eu coloco meus braços em volta de seu
pescoço.
— Estou muito bem Sr. Jeon, estou bem melhor agora e você? – Digo e
deixo um selar em seus lábios antes dele me responder.
— Não precisa ficar assim amor, já eles param – Ele fala perto de meu
ouvido arrepiando todo o meu corpo, começamos a andar e não eles não
pararam, assim que chegamos perto das mesas que ficam no gramado do
lado de fora vejo Soobin, Tzuyu, Chaeryeong e Lia me olhando surpresos e
de bocas abertas, enquanto Jongin só ria das expressões deles, Jungkook
colocou sua mão que antes segurava a minha agora na minha cintura e me
trouxe mais para perto dele, olhei para ele, mas ele não olhava para mim
e sim para um grupo de alfas que prestavam atenção em mim.
— Park Jimin, que putaria foi essa? – Soobin aparece e fecha o meu
armário com o próprio corpo – Jeon Jungkook?
— Antes que você fale alguma coisa, nós somos destinados ok? – Falo e
Soobin fica de olhos arregalados.
— Ele ainda parece bem prepotente para mim – Jongin fala olhando para
trás de mim, quando me viro Jungkook abre o sorriso mais lindo que já vi
em todo o mundo – Deixa para lá, ele está gamadão mesmo.
Soobin e Jongin começam a rir enquanto eu vou em direção ao meu alfa e
o abraço.
— Cunhadinho! – Ela fala e me abraça, logo retribuo o ato – Que bom que
o meu irmão bobão te contou, quase não aguentei me segurar no
banheiro ontem – Ela termina e eu sorrio o olhando.
— Sei que você vai ficar mais confortável se eles estiverem lá e Jay vai
adorar conhecer vocês, Bogum também – Digo me sentando no meu lugar
de sempre e ele como um bom intrometido se senta no lugar que roubou
de Soobin – E não quero que você fique nervoso minha mãe já tem um
carinho enorme por você.
[...]
Acordei com Jungkook me aquecendo está bem frio e temos dormido
praticamente grudados um no outro de conchinha, Jun mantinha um
braço em volta de mim, acariciando minha barriga mesmo dormindo.
Fiquei paradinho porque não queria que ele parasse o carinho e esperei
ele acordar o que não demorou muito, assim que senti sua respiração
ficar mais forte e ele se mexer de leve eu me virei com calma e o encontrei
me olhando.
— Bom dia Minnie – A voz rouca de Jungkook preencheu meus ouvidos e
eu sorri.
— Claro que tenho, quero mostrar para todos quem é o meu ômega – Ele
deixa um selar em meus lábios e depois se encaixa na curva do meu
pescoço inalando o meu cheiro ali.
Após tomar banho Jungkook me coloca sentado na cama e vai até o closet
procurar uma roupa que ele ache quentinha o suficiente para eu sair de
casa, logo ele volta com uma cueca que ele coloca em mim, depois uma
calça preta e aí vem ele com duas camisas de manga comprida brancas e
por cima um casaco pufe preto e por fim um coturno em meus pés depois
de um par de meias bem quentes também.
— Bem quentinho? – Ele me pergunta e eu sorrio, como pode ser tão fofo?
– Ou precisa de gorro e luvinhas?
— Muito meu chiclete mesmo, depois que grudou não desgruda mais –
Falo e ele gargalha, amo ouvi-lo gargalhar, é tão fofo.
— Somos mesmo e eu não vou mais desgrudar de você nunca mais alfa –
Deixo um selar mais demorado nos lábios finos e rosados de Jun.
Capítulo 11
Park Jimin
Já estávamos dentro do carro a caminho da empresa em que Jun
administra a máfia, confesso que estou bastante nervoso, pois um dia
Jungkook é um alfa solteiro e sem filhos e no outro dia tem um ômega que
já está grávido de quatro meses, seguro a mão do meu alfa, que estava
pousada carinhosamente em minha coxa e a aperto logo ele me olha.
— Não precisa ficar meu bem, os meninos vão estar lá, Tae, Jin, Soyeon e
os alfas – Ele diz, bem se eles vão estar lá não vou me sentir tão sozinho –
E eu também, não vou sair um segundo do seu lado – Ele beija a minha
mão sem tirar os olhos do trânsito.
— Não Ji, aquele que te comeu atrás do armário? – Ele fala me fazendo o
olhar incrédulo – Temos que evitar o bullying amor.
— Pois é amor, mas ele vai ouvir a vida inteira – Começo a ficar irritado.
— Então você escolhe Jun – Volto a olhar a paisagem e escuto sua risada.
Assim que entramos de mãos dadas todos param o que faziam e fazem
uma reverência, um completo silêncio é instalado, Jun continua andar até
o que parece ser um segundo andar que dá visão de tudo o que acontece
embaixo. Jungkook me ajuda a subir as escadas mesmo que eu ainda não
precise de ajuda, sua mão que antes segurava a minha desliza até a minha
cintura e a segura com possessão olho para ele, mas ele não olhava para
mim e sim para um alfa que nos olhava do começo da escada.
— É parece que já temos um defunto para começar – Ele resmunga ao
meu lado e eu o olho espantado.
— Óbvio, se alguém acha que pode te olhar com desejo e sair vivo está
muito errado – Terminamos de subir a escada e ele se vira de frente para
todos que nos olhavam com suas cabeças esticadas para nos enxergar lá
de baixo.
— Boa tarde, vim apenas deixar um breve aviso e comunicado para todos
que trabalham para o bando – A voz de Jun muda se torna uma voz mais
autoritária e séria, muito diferente da que ele normalmente usa comigo.
— Foi o que eu disse ou está surdo? – Jun fala ríspido – Meu bem vai lá
com Taehyung – Seu tom de voz muda totalmente e Tae aparece do meu
lado me chamando e eu o acompanho para onde quer que estejamos indo.
— Como está Minnie? – Ele me pergunta assim que viramos no corredor e
eu perco a visão de Jungkook e dos outros – E o bebê algum sinal?
— Eu estou bem Tae e esse filhotinho ainda não deu nenhuma dica, mas
vamos amanhã na consulta com a Dra. Minatozaki, Jun me contou que foi
a mesma que cuidou do parto do Dam e na nossa primeira consulta ela foi
super gentil, parece ser uma excelente profissional.
— Pode entrar taetae – A voz abafada da ômega fala e Tae logo abre a
porta – Jimin! Que saudade de você! – Rio porque nós nos vimos amanhã
e então enquanto a abraço vejo Seokjin esse, sim, faz tempo que eu não
encontro.
— Como você está Minnie? – Respondo que eu estou bem e quando o faço
a mesma pergunta obtenho a mesma resposta.
Ficamos conversando os quatro por cerca de uma hora e meia rimos
muito de Soyeon contando de como estava animada para Jungwon voltar
do treinamento, faz muito tempo que eu não o vejo da última vez ele tinha
apenas quatorze anos e Jun sempre quando toca no seu nome diz como
está com saudades de seu irmão mais novo, rimos também de Jin nos
contando como Namjoon conseguiu quebrar uma esteira de academia por
não saber como a desacelerar e quando já estávamos em uma conversa
mais suave e sem tantas risadas, Namjoon, Yoongi, Hoseok e Jungkook
entram na sala.
— Ô amor era só seguir o som das nossas risadas – Jin fala nos fazendo
rir, nenhum de nós tem uma risada muito baixa.
— Meu bebê cresceu tão rápido – A voz de Tae surge me fazendo soltar
um pouco do abraço para vê-lo, o mesmo secava lágrimas imaginárias
enquanto fazia uma careta de choro muito engraçada.
[...]
Jeon Jungkook
Eu estava segurando a mão de Jimin enquanto o ajudava a subir a escada,
devido às escadas tenho medo dele acabar tropeçando e por não
estarmos perto do corrimão mantenho um aperto forte em sua mão o
dando suporte, é então que olho para baixo e vejo um alfa mordendo o
lábio inferior enquanto olha para o meu ômega.
Meu lobo rosna em minha cabeça com raiva, e eu não estou diferente, mas
tenho que cuidar de Jimin primeiro. Assim que ele segue para o corredor
com Taehyung vejo Yoongi me olhar e eu assinto, logo o alfa abusado e
logo, logo defunto é segurado pela nuca e levado para a minha sala
favorita.
A sala branca. Onde eu mato, hoje está mais para sala vermelha já que
contem ainda muitas marcas de sangue que não saem com a limpeza que
há na sala.
[...]
— Bom dia gatinho – Falo e um sorriso se abre em seu rosto mesmo ele
ainda estando de olhos fechados.
— Bom dia hyung – Ele responde com a voz ainda rouca por acabar de
acordar, ele abre os olhinhos inchados devagar os tampando pela luz.
Vou até o banheiro e o coloco em cima da bancada da pia, tiro suas roupas
que consistiam em uma camisa mais larga e uma cueca de seu corpo, já
que ele fala que mesmo no frio só eu o esquento o suficiente e ele tira
minha roupa que era apenas uma das minhas calças de moletom. O pego
no colo e entro no boxe junto a ele, abro o registro e o colocando com
cuidado no chão tomamos banho juntos, cheio de carinhos e cuidado, o
ajudo a lavar o cabelo e a passar sabonete em seu corpo e ele faz o mesmo
comigo.
— Bom dia é consulta com a Dra. Minatozaki, Park Jimin – Ele fala se
direcionando a ômega de cabelos negros que devolve o comprimento e se
põem a digitar no computador.
— Por gentiliza levante a sua blusa eu vou passar esse gel, que é gelado
igual da outra vez e então faremos a ultrassom – Ela falava gentilmente
sorrindo para o meu gatinho – Cruzemos os dedos que nesse ultrassom o
seu filhote decida nos mostrar o seu sexo.
— Bem vamos agora para a hora da verdade – A doutora fala tendo nossa
atenção de volta e após direcionar o aparelho que estava na barriga de
Jimin ela pausa a imagem e aponta nos mostrando, mesmo que eu não
entendesse o que ela queria dizer – É uma menina!
[...]
Park Jimin
— Acho que estamos quase perfeitos pequeno – Jongin fala calçando seus
sapatos – Se continuarmos a treinar durante a semana estaremos
completamente perfeitos na apresentação.
— Eu sei que sou bom, só não se menospreze você sabe mais que todo
mundo que aquele lugar era seu – Ele fala – Nos vemos amanhã pequeno,
boa sorte com o seu alfa – Ele fala antes de sair do nosso local de aula.
— Sem formalidades, sou o Jimin e você deve ser o Jungwon – Falo e ele
sorri para mim assintindo – Seu irmão me falou muito de você e como
você gosta de inglês e história.
— Eu gosto muito de história e inglês mesmo – Ele diz nos fazendo rir –
Meu irmão falou que você era o ômega mais lindo que ele havia visto e ele
tem razão, o meu cunhado é um ômega muito lindo.
Ele recebe um tapinha no ombro de Jun que faz uma cara fingida de raiva.
— E eu não menti – Rio de sua fala – Vamos levar o Minnie até em casa
pessoal? – Eles assentem e vamos a caminho de minha casa conversando.
Jungwon apesar de ser tímido é um menino muito fofo e carismático.
Capítulo 12
Park Jimin
— Sei que não ficamos tão juntos, mas com a academia é difícil
administrar tudo e ainda aguentar o nosso pai me perturbando porque
não quero trabalhar na empresa como o bom alfa que eu deveria ser, mas
queria te contar isso porque bem... Você é o meu irmão e como Jay ainda
não chegou decidir te contar primeiro – Ele parecia nervoso já que olhava
somente para suas mãos e as mexia intensamente.
— Ok agora você está me assuntando conte logo – Falo e chego mais perto
dele segurando suas mãos o fazendo me olhar.
— Eu finalmente encontrei o meu ômega – Ele diz e eu arregalo os olhos,
essa é uma notícia ótima para ele, estou muito feliz pelo meu irmão.
— Mas por que nosso pai não quer o deixar com o ômega? – Pergunto
ainda confuso.
— Ele é irmão, ele é, mas ainda sim é um ômega e ainda sofre muito por
estar em um cargo tão alto tudo por preconceito de classificação – Ele
suspira – E eu tenho medo de nosso pai conseguir tirar de Henry o seu
emprego, contei a ele sobre a nossa relação com o nosso pai e ele me
ofereceu a sua casa para nós ficarmos e eu aceitei – E então eu o olho nos
olhos e ele devolve o olhar, sinto minha visão ficar embaçada – Não chora
Jimin eu vou levar você e Jay.
— Ela disse que nos quer protegidos e não vai – Ele me responde.
— Então eu não vou, não vou deixá-la com ele sozinha, vá Bogum você
sabe que precisa crescer e ter a sua vida, e só conseguirá isso saindo
daqui eu assumo daqui, saiba que eu te amo muito, muito, muito Bogum
você foi o melhor irmão do mundo – Volto a abraçá-lo ainda chorando.
— Não vai ficar com raiva de mim? – Ele pergunta.
Jeon Jungkook
Eu estava indo mais um dia para escola, mas dessa vez Soyeon decidiu me
acompanhar e como sempre eu iria passar na casa de Jimin para o buscar,
na verdade, esse era o plano.
— Você vai terminar esse relacionamento que você tem com aquele
ômega – Ele fala de repente me assustando.
— Quero que largue aquele ômegazinho de merda, sabe muito bem que
deve se casar com IU, ela sim é de elite de uma família respeitada – Ele me
olha pelo retrovisor e vejo o nojo estampado em seu rosto – E não pense
que eu não sei que você levou seus irmãos para um jantar na casa dele
Jungkook.
Me mantenho quieto, não sei o que eu e meu lobo conseguimos fazer se
ele nos irritar ainda mais.
[...]
Jeon Jungkook
Falta pouco para o natal e durante mais uma de nossas conversas pela
madrugada Jimin me contou novamente que seguiu a carreira de
dançarino e antes de descobrir que está gravido e ter que fugir de casa
que dava aulas em uma academia de dança aqui de Busan. E isso ficou em
minha cabeça, eu o via diversas vezes entediado por não ter o que fazer
dentro de casa e logo uma ideia surgiu em minha cabeça.
— Tae! É uma menina – Disse assim que ele atendeu a ligação, ontem
cheguei tão cansado da consulta que apenas jantei e dormi – Eu vou ter
uma menininha
— Meu deus Minnie! Meus parabéns – Logo o ouço dar a notícia para os
seus maridos que também aparecem na ligação de vídeo me
parabenizando – Onde está Jun?
— Oi, por que vocês me acordaram tão cedo? – A voz rouca e seu rosto
inchado de sono apareceu, era Soyeon.
— Soyeon já são quase uma hora da tarde – Jin fala e ela arregala os olhos
– Boa tarde mocinha.
— Não ainda melhor conseguiu falar com o seu irmão – Jin tenta de novo
e eu olho para os dois bravo.
Fiquei em silêncio.
— Sou eu, Jay me mandou o seu telefone e ele me contou tudo o que
aconteceu, mas ele não me responde mais nenhuma mensagem desde
ontem – Ele diz sua voz era séria e bem preocupada – Você está bem?
Jungkook tem cuidado bem de você?
— Então é uma menina? – Meu irmão pergunta seu tom de voz agora era
carinhoso e ansioso.
— Isso verdade, a última vez que consegui conversar com o mesmo ele
me disse que o papai estava colocando pessoas para irem atrás de você e
que estava vigiando ainda mais a mãe e ele – O ouço atentamente
enquanto passo a mão por minha barriga – Eu queria falar com Jungkook
também preciso garantir que ele cuidará de você.
— Vou acordá-lo – Falo e me viro sacudindo um pouco o corpo de meu
alfa.
Capítulo 13
Park Jimin
Tombei a minha cabeça para o lado o dando mais liberdade, ele se passou
a minha frente segurando os dois lados da minha cintura e passou a dar
lambidas e leves mordidas no lugar além de seus selares molhados.
— Gatinho... Você não sabe como eu quero te foder contra essa janela
enquanto você aprecia a vista e está a mostra para todos o verem dando
pro seu alfa ou – Ouvi um rosnar baixo vindo de Jun e dei um leve sorriso
– Te foder em cima daquela mesa enquanto você geme o meu nome e
todos que trabalham aqui vão saber que o seu alfa está o satisfazendo.
— Essa coisa é meu filhote, e Jimin é meu ômega lave sua boca antes de
falar de minha família, eu não sou mais aquele garoto de antes e posso
muito bem ser pior que você foi comigo – Jun o responde, sua voz está
séria e bem grossa, no mesmo tom ríspido que usou com aquele alfa que
me olhou com desejo.
— Como se atreve a falar comigo assim? Sou seu pai Jungkook não se
esqueça que tudo o que você tem é por minha causa – O outro alfa volta a
falar.
— Você é tudo menos o meu pai e lembre-se também Kwan que quando
você me deu a empresa ela estava quase falida, eu a reergui com muito
trabalho, você não tem direito a nada aqui, eu não sei porque o deixaram
entrar – Jun o responde e o sinto passar a mão pela dobra das minhas
coxas e se levanta me segurando, logo me sinto ser deitado em outro
lugar e não sinto mais o calor do corpo de Jun.
— Não se esqueça que o que eu fiz com você da primeira vez foi pouco
pelo que você merece – Kwan continua a falar alto – Agora eu não tenho
só esse ômegazinho para atingir, eu posso com um estalar de dedos sumir
com essa criança e vocês dois nunca mais a virão – Sinto uma dor em meu
coração, um aperto, esse alfa não só ameaçando a mim e a Jungkook, mas
agora também a nossa filhote.
— Acho melhor você lavar a sua boca antes de falar da minha filhote e do
meu ômega – Jungkook praticamente grita e empurra o pai para a parede
segurando o pescoço dele.
Me encolho pelo barulho e pelo susto, a parede onde agora Kwan está
prensado tem uma grande rachadura, o rosto do mais velho está cada vez
mais vermelho e as pontas dos dedos de Jungkook cada vez mais brancos
pela força que ele usa contra o pai.
— Desculpa por isso filha – Ele levanta a minha blusa e continua a olhar
para ela, sinto um pouco de vergonha já que com a barriga crescendo
algumas estrias começaram a aparecer – Não queria que você visse isso,
mas pode ter certeza que eu vou ser diferente.
Ele me olhou com um leve sorriso e voltou a olhar para a minha barriga.
— O seu pai é lindo né? Sei que você não consegue vê-lo, mas eu posso te
dar a certeza que a vista que eu tenho daqui é a mais bonita do mundo –
Sorri, ele é sempre tão carinhoso que sinto que a cada dia o meu coração
cresce mais um pouco para caber o amor que eu sinto por ele – Você
podia mostrar o seu cheirinho né amorzinho? Ou se mexer...
Já estava na hora de nossa filhote mostrar o seu cheiro ou se mexer, mas
segundo a obstetra ela estava bem, ou seja, ela só não está a fim de se
mexer ou mostrar seu aroma e eu acho engraçado Jun sempre
conversando com ela tentando a convencer e ela nunca o responde.
Encostei as minhas costas e passei a acariciar os fios de Jun que fazia
carinho em minha barriga me deixando sonolento.
É Jungwon.
— Soyeon foi me buscar, Minnie você está lindo grávido – Ele veio em
minha direção me dando um abraço, Jungwon está enorme – Soyeon me
contou que vocês vão ter uma filhote, estou tão feliz por vocês!
— Obrigada Won, senti saudades suas, você cresceu tanto baixinho – Falo
e ele sorri.
— Ele sempre se sentiu mais seguro com nós três, e depois quando Jun foi
tirado do país passou a só se sentir confortável com nossa mãe, eu e Tae –
Soyeon falou um pouco triste.
— O QUE? – Soyeon gritou e logo olhou para o irmão mais novo que
continuou a dormir – O que ele fez Jungkook?
— Não vamos deixar nada acontecer a Jimin – Ela fala séria – E mamãe
você a viu?
— Não a última notícia que eu tive dela foi quando a mãe de Jimin contou
que foi a nossa mãe que deu o meu endereço para Hwasa – Ele fala e
Soyeon concorda.
Olhei para o ômega em meus braços e tirei os fios de cabelo que estavam
em seus olhos, eu só quero a minha família reunida e sem perigo por
perto.
Capítulo 14
Park Jimin
Me arrumei e fui para a escola, contei que meu irmão havia ido embora
para Jungkook, mas não contei o porquê e o meu alfa tentou me animar
com muita atenção e com ele ficando até mais tarde para me ver
ensaiando pela última vez a coreografia do festival antes do grande dia, e
depois me levou para tomar chocolate quente em uma cafeteria muito
fofa perto do nosso colégio.
Jeon Jungkook
Já era o dia do festival e eu estava nervoso, eu não vou me apresentar,
mas estou nervoso porque Jimin vai, eu ia o buscar na esquina da casa
dele pois o pai dele o proibiu de pegar qualquer carona com alguém
desde que Bogum foi embora, eu comprei flores para ele e elas estavam
no banco da frente é uma surpresa, logo o vi na esquina me esperando
pedi para o motorista parar e logo que abaixei o vidro vi um grande
sorriso se abrir em seu rosto, ele ainda estava com suas roupas normais,
abri a porta do carro e ele entrou com sua mochila em mãos.
Jimin já tinha saído há alguns minutos quando sinto uma mão em meu
ombro, a pessoa me segurou com muita força, a dor foi instantânea levei a
minha mão para a da pessoa e quando eu tentei tirar a pessoa afundou
ainda mais, quando me virei, tomei um susto.
Meu pai me olhava com raiva e ainda assim ele não aliviava o aperto.
— Trate de aguentar a dor seu alfa de merda – Ele falou baixo, mas a sua
raiva era palpável – Eu falei para largar da merda do ômega!
— Eu não vou sair de perto do Jimin! – Falei um pouco mais baixo e sua
mão foi em direção a minha nuca, no mesmo momento em que eu senti o
alívio do aperto no ombro e senti a intensa dor na nuca que ele já
apertava.
— Já que você não sai de perto dele eu vou te tirar de perto dele – Seus
olhos brilhavam toda a sua raiva e ira – Eu te avisei Jungkook, não bastava
já ser uma vergonha como alfa agora como filho também!
— Não vai? Tudo bem Jungkook, já, já nós veremos como você e ele vão
estar – Ele disse e soltou a minha nuca – Nunca mais use o motorista para
as suas mordomias com esse alfa de quinta – Ele se virou e saiu.
Ele está vestido uma calça de linho larga que tinha um detalhe cortado
próximo aos pés e batata da perna, por enquanto ele usava chinelos, mas
sei que ele dançará descalço, na parte de cima ele veste uma blusa de frio,
marfim assim como a calça, sendo mais curta na frente e longa atrás, seu
cabelo estava para frente tampando a sua testa.
— Aqui gatinho pedi isso para você – O entreguei o lanche que consistia
em um suco leve e um sanduíche que sei que é o que ele gosta – Não pedi
muita coisa porque sei que não gosta de dançar logo após se alimentar,
então isso é só para não ficar sem comer nada, depois da apresentação a
gente come tudo o que quisermos.
Eu apenas o levei até um dos bancos, mas não deixei que ele sentasse na
superfície para não sujar a sua roupa, então o coloquei em meu colo e
quando ele terminou o lanche Jongin chegou e eles foram se alongar e se
preparar já que faltava pouco para começar.
“Mesmo no mundo de hoje, ele é a pessoa boa, mas é quem é mais fraco e
eu sou a pessoa ruim que sou muito forte e no mundo real, muitas coisas
boas são afetadas por coisas ruins. Agora o qual afetadas e quão boa ou
ruim nós podemos ser? Nós só veremos no futuro”.
Dito isso Lia se retirou do palco e a luz voltou a se apagar. E quando ela
acendeu Jimin e Jongin estavam no palco, um de costas para o outro
enquanto uma moldura de espelho os separava, vi Jimin respirar fundo e
fechar os olhos por alguns segundos, Jongin usava uma blusa de manga
comprida e gola role cinza e uma calça de linho parecida com a de Jimin,
mas em preto, ambos descalços e então um remix de Lovely começou a
tocar.
— Eu te amo ainda mais Jimin – Falo e ele sorri, deixo um selar em seus
lábios – Aqui, para você gatinho – O coloco no chão e me viro para pegar
as flores já que fiz o motorista esperar até Jimin entrar para eu buscar.
— Eu também quero que você seja o meu único para sempre – Ele diz e
me beija.
Logo todos os seus amigos começam a gritar nos fazendo rir mesmo ainda
no beijo, nos separamos e todos nós começamos a falar com Jimin e
Jongin os parabenizando e esperando até a próxima apresentação
começar.
Capítulo 15
Jeon Jungkook
Acordei, mas senti que não estava na minha cama, assim que abri os meus
olhos vi bancos de carro, praticamente pulei do assento e quando vi
estava dentro de um carro em movimento, no banco do motorista o meu
pai sentado com ambas mãos no volante me levando para algum lugar, ao
lado dele minha mãe de cabeça baixa, olhei para a janela e não reconhecia
onde estava, mas com certeza estava longe de casa.
O aeroporto.
Olho para os lados e só vejo minha mãe andando em uma distância boa de
cabeça baixa, o que o meu pai fazer? Ele chega em uma bancada e uma
atendente vem conversar com ele.
— Bom dia! – Ela fala simpática, mas assim que vê o rosto fechado de meu
pai o seu sorriso morre – Do que o senhor precisa.
— Quero uma passagem para o lugar mais longe que você tiver e o voo
mais rápido que tiver – Ele responde grosso e ela me olha antes de
assentir e começar a digitar em um computador.
— Temos um voo para Los Angeles nos Estados Unidos para daqui a duas
horas – Ela fala.
— Pode ser então – Ela assente e o passa o valor da passagem e ele sem
nem pestanejar paga em seu cartão de débito e logo segue me levando até
a sala de espera do embarque.
— Jungkook! – Olho para trás vendo Jimin com Soyeon vindo logo atrás,
eles vinham em minha direção, mas vejo dois homens indo na direção
deles.
— Jimin! Corre! – Eu falo e ele me olha sem entender, então Soyeon o
puxa correndo para algum lugar que eu não sei, já que o meu corpo é
praticamente jogado na passarela que dá para o avião, vejo minha mãe
chorando e então a comissária de bordo me recebe.
[...]
Park Jimin
— Onde pensa que está indo Park Jimin? – Ele fala sem abaixar o jornal –
Está de castigo por dançar que nem uma bichinha no festival ontem, ou
pensou que eu não sabia, e pensa também que eu não sei do alfa que vem
se esfregando. Você não tem vergonha na cara? Já não basta o seu irmão
ser uma decepção agora você também é.
Ele guardou o jornal e me olhou, com raiva e fúria, ouvi a buzina tocar do
lado de fora, Soyeon.
[...]
Meu lobo me mandava correr em sua direção e era isso que eu estava
fazendo até ser puxado por Soyeon.
— Vem Jimin! – Soyeon tinha soltado minha mão e dois homens vestidos
de preto vinham em minha direção, corri para um lado e vi Soyeon ir para
o outro nos separamos, quando achei estarmos longe o suficiente, me
abaixei e chorei, chorei pelo futuro que me tiraram, pelo amor perdido,
pela minha metade arrancada de mim sem nem a chance de uma
despedida.
— Eu nunca mais vou vê-lo, não é? – Pergunto e ela olha para a paisagem.
— Eu duvido muito que Jun esqueça de você, ele me contou que são almas
gêmeas, sei que pode demorar, mas sinto que ele virá atrás de você – Ela
diz e olha para trás – Só cabe a você decidi se irá o esperar ou não.
— Vou esperá-lo – Digo e ela sorri mínimo indo na direção oposta em que
eu vim.
Olhei para a paisagem das janelas do local e comecei a andar, e quando sai
pelas portas do aeroporto encontrei Soyeon que também chorava, ela
perdeu o irmão e eu o amor da minha vida.
[...]
Park Jimin
— Oi gatinho, não conseguiu subir a calça? – Ele pergunta assim que entra
o nosso quarto com um sorriso fofo, ele nunca reclama de eu ficar o
gritando quase toda hora.
— Não, o tênis – Faço um biquinho porque não gosto de o fazer ter que
fazer as coisas para mim, mas eu não consigo mais chegar nos meus pés.
Ele beija os meus lábios me fazendo sorrir e ele coloca e amarra o tênis
para mim, faltam três dias para o natal e hoje o meu irmão e o seu ômega
vão chegar de viagem, e mesmo com Jun falando que pode ir buscá-los eu
quero ir junto.
— Pequenina, por favor, deixa seu papai saber qual é a sua classificação,
já conversamos e já lhe disse que não vai fazer diferença nenhum, só
queria sentir o seu cheirinho filha – E nada, ela está se desenvolvendo
bem, mas não mostra o seu cheirinho e nem se mexe.
Vou até à geladeira e pego o meu potinho com morangos e chocolate, Jun
sempre coloca morangos fresquinhos e chocolate em cima porque sabe
que eu gosto, sorri pegando uma colher e lembrando de minha garrafinha
de água voltei a geladeira para a pegar, fui em direção a garagem
entrando no carro em que Jun segurava a porta aberta para mim.
No caminho fui comendo os meus morangos bem feliz e dava alguns para
Jun ele também precisa se alimentar, assim que chegamos no aeroporto
senti algo ruim no meu coração, a última vez em que estive ali nada de
bom aconteceu, logo Jun pôs sua mão em minha cintura me guiando até o
portão em que meu irmão sairia junto de seu ômega, deixei o meu pote no
carro, já tinha comido tudo.
— Pronto – Fechei o meu casaco e fomos em direção até onde vão chegar.
— Vem amor – Jun colocou o meu braço por trás de seu ombro e me
levantou no estilo noivo – Bem confortável agora, não?
— Quanto tempo, você cresceu, está mais forte, mais bonito e mais velho
com certeza – Ele ri e concorda.
— Sentimos muita a falta dele, mas sabíamos que ele estava bem por
estar com você – Respondo e ele sorri concordando.
[...]
O almoço correu tudo muito bem, todos se deram bem e Henry e Bogum
aceitaram participar do amigo oculto mesmo em cima da hora,
aproveitamos o almoço também para planejar como iríamos fazer tudo e
Henry nos contou que a polícia americana tem um mandato para prender
o meu pai e o pai de Jungkook por corrupção e suborno em suas
respectivas empresas, então achamos que será mais fácil do que
imaginamos pegar os dois, basta agora relaxarmos e esperamos o natal
passar para atacarmos.
Capítulo 16
Park Jimin
— Desculpa gatinho esqueci que você iria precisar de ajuda para se vestir
– Ele disse fofo sorrindo e deixou um selar nos meus lábios – Quer que eu
te leve até o closet para você escolher o que vai usar hoje?
Até parece que eu vou perder uma oportunidade de ficar no colo do meu
alfa.
Após ter escolhido e de Jun ter me vestido nós descemos as escadas para
esperar todos chegarem e Bogum e Henry descer, ligamos os pisca-pisca e
eu coloquei os presentes que comprei ontem de baixo da árvore. Eu usava
uma das poucas blusas de manga comprida cabendo em mim, já que em
casa eu passo a maioria do tempo com um moletom de Jun, e uma calça
que só estava fechada pela gambiarra que Jungkook fez para alargá-la e
ela entrar em mim, já Jun usa uma calça preta e uma blusa de manga
cumprida branca assim como a minha, seus cabelos estão penteados para
trás e suas botas pretas de sempre estão em seus pés.
Assim que o meu irmão e seu ômega desceram não tardou até os amigos
de Jun que agora também são meus amigos aparecerem e começarmos a
nossa ceia de natal, em meio a conversas e a muita comida, e de minha
parte muitas idas ao banheiro, conseguimos passar o primeiro natal
descente da minha vida, Jun sempre ao meu lado com uma de suas mãos
em minha coxa me fazendo ficar mais tranquilo e confortável, meu porto
seguro está ali ao meu lado me apoiando.
O clima estava ótimo, todos juntos nos sofás da sala pronto para
começarmos o nosso amigo oculto. Taehyung se levantou.
— Como tradição também eu vou iniciar o nosso amigo oculto de natal! –
Ele falou animado – Como sempre diremos algumas coisas sobre a pessoa
que tiramos para assim os outros descobrirem que foi tirado, e assim
vamos até todos terem seus respectivos presentes. Então vamos lá, a
pessoa que eu tirei normalmente é quieta...
— Calma amor, não, cuida de todas as merdas que fazemos e lida com
pessoas chatas o dia inteiro...
— Eu tinha achado que a sua já estava a bastante tempo com você então
decidi comprar uma nova – Ele se sentou rindo e esperamos o alfa
guardar o presente para começar a falar.
— Bem, eu tirei uma pessoa que eu não tive muito convívio por nos
conhecermos a pouco tempo – Ele começou.
— É o único que você ainda não conseguiu passar muito tempo, está
sempre ocupado com tudo e Bogum você já teve que passar bastante
tempo para resolver burocracias – Digo e ele concorda.
— Bem Henry eu não sabia muito o que comprar para você e Jimin me
deu a dica de uma loja que você gostou, então eu comprei algo simples
que te da autonomia de escolher o que quiser – Namjoon entregou um
pequeno envelope que o ômega ruivo abriu e constatou ser um cartão
presente da Prada.
— Bem, nossa estou nervoso – Ele disse fazendo todos nós rirmos – Eu
tirei uma pessoa que eu me conectei desde a primeira vez que nos vimos,
que eu vi crescer e amadurecer tanto profissionalmente quanto
mentalmente...
— Tá bom amor já sei que sou eu, poderia ter dito que eu sou lindo,
maravilhoso, teria sido mais fácil – Bogum se levantou dizendo fazendo o
ruivo rir da presunção de seu alfa.
Após presentes para cá e para lá, de Jin ter dado uma camisa escrito
“Melhor pai” para Jungkook, era a vez de ele presentear e ele parecia
nervoso.
[...]
Jeon Jungkook
— N-não, você não fez isso – Ele estava chorando olhando para o
documento e para a chave em suas mãos que constavam uma academia
de dança em seu nome.
— Já havíamos conversado sobre isso desde que éramos mais novos e
você sempre me falou querer ser professor de dança, então já que você já
tinha realizado esse sonho eu decidi levar ele até outra etapa, agora você
é dono de uma academia de dança, para ser mais específico um prédio de
três andares onde será a sua academia, não decorei ela, pois pensei que
você gostaria de deixá-la do seu jeito e ela também não tem no...
Mas antes que eu pudesse aproveitar mais desse momento com o meu
ômega e minha filhote, além de continuar o amigo oculto com meus
amigos ouvi batidas na porta, imaginei ser Soyeon e Jungwon que haviam
saído para que a ômega pudesse passar um pouco o tempo com seus
amigos, me levantei e fui em direção a porta, só não imaginava ver as
pessoas que estavam ali, em frente a minha porta me encarando.
Olhei confuso para ele e então voltei o meu olhar para a parta, um alfa que
eu não conhecia, mas que me olhava com raiva e com um sorriso
horroroso.
Senti Jimin tremer atrás de mim e segurar a minha camisa com força.
— Foi ele... – Jimin disse e então tudo se encaixou, esse foi o alfa que
estuprou o meu ômega durante o seu cio, com a permissão do próprio pai.
— Fiquei muito triste de não ter recebido o convite para esse natal tão
especial – Meu pai falou e eu trinquei o meu maxilar – Mas percebo que
não perdi muita coisa, já que encontrei dois membros da família voltando
para cá decidi dar uma passadinha rápida para desejar feliz natal para
todos e para o meu genro, não é mesmo? E como sei que o meu genro não
vê há muito tempo a família os chamei para vir conosco.
— Bogum? Então é por esse vadio que você fugiu de casa? – O pai de
Bogum fala, mas antes que diga mais alguma coisa Bogum o soca fazendo
o mesmo cair junto a Heeseung.
— Agora você papai, vai para uma prisão e você vai amar saber, junto a
esses merdas de alfas como são tratados presos acusados de violência
doméstica, cárcere privado e corrupção, além de assédio sexual e estupro
– Agora que fala sou eu, então sinto que algo não está bem e no mesmo
momento que olho para Jimin o vejo olhar para o chão e então um grito
de dor tomar a sala.
— Jun... – Olho para o mesmo que estava mais pálido e fraco, toco seu
rosto o percebendo frio, mas me assunto mais ainda assim que vejo sua
calça molhada assim como o chão que ele olhava a momentos atrás – A
Rosé.
Sangue.
E então não só eu, mas o meu lobo entrou em desespero, catei o meu
celular em meio aos meus bolsos e liguei para a emergência onde a
doutora de Jimin atendia, foi uma ligação rápida e a ambulância já estava
vindo buscá-lo, ele respirava fraco e eu o segurava em meus braços
passando o calor de meu corpo para ele, mas ele não melhorava, assim
que escutei a sirene o coloquei em meu colo e o levei para o lado de fora,
Taehyung tinha jogado um cobertor em cima do mesmo, estava frio na
fora, todos ficaram na casa ainda tinham que cuidar daqueles três alfas,
do irmão de Jimin e de meus irmãos.
Os paramédicos abriram as portas da ambulância e eu entrei o deitando
na maca com cuidado.
— E-está amor, está tudo bem – Disse o olhando enquanto acariciava seus
cabelos cinzas, mas assim que olhei o médico ele não estava com uma
cara ótima para o monitor que mostrava a frequência cardíaca de Jimin e
o do bebê estar ligado a um aparelho preso a barriga do mesmo.
Eles precisam aguentar, os dois, eu preciso dos dois comigo, não quero
perdê-lo novamente.
Capítulo 17
Jeon Jungkook
Uma hora...
Duas horas...
— Jimin e sua filhote estão bem – Ela fala e eu suspiro aliviado – Mas a
situação de ambos é perigosa, além de sua filhote ser prematura e ter
apenas sete meses o que a faz ir direto para a incubadora Jimin teve duas
paradas cardíacas durante a cirurgia, mas conseguimos reverter a
situação, ele ficará mais frágil e necessitará ainda mais de sua atenção e
cuidados, assim como a filhote. Agora eu preciso que me acompanhe para
assinar alguns papéis e eu preciso que me fale o nome da bebê para
identificação já que Jimin está sedado.
— Jeon Rosé – Digo e ela sorri, logo vamos até à recepção e eu assino um
grande número de papeladas – Eu posso ver ela? – Pergunto a médica que
concorda e caminha em direção onde a minha filhote está e eu a
acompanho.
— É aquela menininha ali – Nesse meio tempo Taehyung havia vindo até
o hospital e trago a bolsa de maternidade de Jimin e Rosé que está pronta
desde o mês passado, graças a minha animação e ansiedade, Rosé usava
um lindo macacão de mangas cumpridas branca com detalhes em
amarelinho, uma princesa.
Conseguia ver sua barriguinha subir e descer mostrando que ela estava
respirando, mesmo que um aparelho estivesse conectado a seu pequeno
nariz, fiquei a admirando até sentir um líquido quente passar por minha
bochecha, quando fui limpar com o meu dedo percebi estar chorando.
— Sr. Jeon – Uma voz vinda do meu lado me chamou e eu a olhei, era uma
enfermeira – O Sr. Park já está no quarto, se quiser pode ir vê-lo – Assenti
com a cabeça – Vou levá-lo até o quarto.
Assim que entrei no quarto pude ver Jimin ainda um pouco pálido,
cheguei perto dele e me sentei na poltrona que havia ali no quarto, a
aproximei mais perto da cama e me sentei.
— Você não pode me deixar, ainda temos muito tempo juntos... – Segurei
a sua mão que estava mole e gelada, a coloquei em meu rosto já chorando
– Ainda temos que ver Rosé crescer e ter mais filhotes, casarmos, quero
ver a sua academia funcionando, quero vê-lo dançar, quero m-me
aposentar com você ao meu lado e lembrar da nossa juventude em uma
casa de veraneio.
— Desculpa Jun te acordar, mas é que eu preciso tirar leite para Rosé e eu
preciso da minha mão – Ele falava normalmente, estava normal, ainda
pálido e ainda parecendo fraquinho, mas normal.
Ele estava deitadinho em meu peito já que dividíamos a cama em que ele
estava quase dormindo, quando uma ideia veio a minha cabeça e uma
vontade desenfreada de realizá-la apareceu.
— Mas que pergunta, claro que eu aceito seu hyung bobo – Ele diz me
beijando enquanto sorri em meio ao ósculo que acabou por se
aprofundar. E então ouvimos alguém coçar a garganta nos chamando
atenção e nos fazendo nos separar do beijo.
— Confortável? – O pergunto.
[...]
Assim que Jimin teve sua alta do hospital Rosé também teve a sua, a
pequena não abria seus olhinhos ainda, mas já mamava direto de Jimin e
não precisava mais ficar na incubadora, mas precisava estar quentinha e
perto dos pais e recebendo o leite de Jimin sempre que possível e sempre
que ela aceitasse. Eram aquelas nutrientes que fariam Rosé melhorar e se
desenvolver até não ser mais prematura, no momento ela está toda
embaladinha em roupas e um manto bem quentinho enquanto saímos
juntos do hospital, nesses dois dias os meninos colocaram todo o
equipamento para o transporte no carro e deixaram o quartinho dela já
com os lençóis no berço, já que nós dois não queríamos colocar para não
pegar poeira, recebi notícias de Bogum e tanto meu pai quanto o de Jimin
e Heeseung já haviam sido presos.
O caminho para casa foi tranquilo fui devagar para não acordar Rosé e
nem machucar Jimin que ainda está com os pontos da cesárea, assim que
chegamos apresentamos o quarto dela para ela e depois já ajudei Jimin a
ir até o nosso quarto onde um segundo berço já estava montado, eu a
coloquei deitadinha direitinho já dormindo e coloquei Jimin na cama
também confortável.
— Precisa descansar agora que estamos em casa – Falo e ele nega.
— Não precisa, vou esperar Rosé acordar – Ele fala, mas seus olhinhos já
estão quase se fechando.
— Pode... – Ele diz, mas seus olhinhos nem se abriam mais, está tão
cansadinho.
[...]
Capítulo 18
Jeon Jungkook
Acho que esse é o momento mais esperado por mim desde que vi Jimin
pela primeira vez, ainda na escola, meu sonho sempre foi me casar e tê-lo
como meu ômega e hoje eu vou realizar esses dois sonhos. Por enquanto
estou em nossa casa esperando a hora de ir para a igreja, Jimin e Rosé
estão com Tae e Jin se preparando para o casamento, faltam um pouco de
mais de uma hora para o grande momento e eu não consigo me aguentar
de ansiedade.
— Está sim filhote, o mais lindo – Respondo e Jimin sorri, logo levo a
atenção ao padre que nos esperava.
[...]
Estava no momento dos votos e eu iria começar, segurei as mãos de Jimin
e olhei em seus olhos como se só existissem nós dois naquele momento.
— No colégio eu achava que tudo o que eu sentia de você era raiva por
sua prepotência, mas, na verdade, foi sempre ciúmes, ciúmes por não o
ter ao meu lado, mas agora com você todo dia junto a mim tudo o que eu
sinto é amor e felicidade. Realmente passamos por poucas e boas e
sofremos muito, mas agora estamos juntos e temos nossa família, família
essa que você aceitou ter ao meu lado e se manteve aqui comigo por cada
etapa até estarmos aqui realizando mais um sonho nosso, eu te amo e te
amo desde o nosso tempo na escola e não deixei de o amar no tempo em
que fomos separados, tudo o que aconteceu foi eu me tornar ainda mais
seu, eu te amo de corpo e alma Jun.
Limpei uma lágrima teimosa que caiu e sorri acariciando sua mão.
Tirei seu terno e sua blusa social e comecei a beijar o seu mamilo rosado,
eu beijava, chupada e vez ou outro mordia com um pouco de força o
sentindo se remexer embaixo de mim, passei a lamber sua barriga e
depois subi até o seu pescoço onde chupei o outro lado que ainda estava
branquinho.
— Jun, tira – Jimin levou as mãos até a sua calça e eu sorri o ajudando a
tirar a calça, sapatos e sua cueca.
Voltei a segurar com força em sua cintura que já tinha uma leve marca de
meus dedos e beijei seu pescoço e ombros, logo fui em direção aos seus
lábios em um beijo necessitado e urgente.
— Goza para mim gatinho – E então ele começou a contrair a sua entrada
quase me estrangulando enquanto eu o estocava, e assim que gozamos
juntos eu em seu interior e ele no meio de nossos abdomens ele virou a
cabeça para o lado deixando o seu pescoço mais livre e eu cravei minhas
presas em seu pescoço, fiquei alguns segundos enquanto o meu nó não se
desfazia e assim que o larguei lambi a região, mas antes de me retirar de
dentro de si, virei seu rosto e o encarei — Sua vez amor.
Nossa ligação de alma agora completa, agora eu sou de Jimin, corpo, alma
e lobo para sempre.
Epílogo
Um ano depois...
Jeon Jimin
Depois de muito tempo pesquisando e decorando junto a Taehyung
amanhã será a inauguração da minha academia de dança, PJ academy of
dance, nome esse sendo ideia de meu irmão Jay, e mesmo eu já sendo
casado com Jungkook o mesmo disse que amou o nome e fica bem melhor
que JJ que seria a sigla para Jeon Jimin, então apenas aceitei. Estou agora
na academia decidindo os últimos detalhes, Rosé está brincando com
Dam, enquanto eu, Taehyung e Jin estamos trabalhando e decorando, Jin
está grávido de dois meses, mais uma felicidade para o nosso grupo de
ômegas.
— Rosé e Dam – Chamo os dois que logo aparecem – Estão com fome? –
Os assentem rapidamente – Então vamos lanchar, o que acham de uma
pausa para ir almoçar no shopping? – Pergunto para meus amigos que
concordam.
— Vou ligar para Namjoon para perguntar se ele também quer ir – Jin
fala.
Mas apesar de tudo muita felicidade e amor nasceu desse caos, eu tive a
minha filhote, me casei e agora vou ter uma realização profissional, além
de finalmente poder voltar a dar aulas de dança, poder dançar e ter mais
uma de minhas paixões.
— Ainda acho injusto eu ter que ir atrás com as crianças – Ele fala
cruzando os braços.
— Coloca o cinto logo reclamão – Jin fala e eu rio enquanto ligo o carro já
com o sinto colocado.
— A culpa não é nossa que você não sabe dirigir e ainda é pai de uma das
crianças – Digo – Tem que ficar de olho no seu filho.
— Depois você diz que ela não tem pai preferido – Digo me fingindo de
irritado, mas eu amo ver os dois juntos.
— Minnie você sabe que ela te ama bem mais – Ele rebate – Né filha?
Depois do almoço fomos dar uma volta no shopping e logo Dam e Rosé
encontraram uns bichos que é um carrinho e aí você paga para a criança
ficar andando em cima do carrinho, e depois de quatro olhinhos pidões
em cima de um alfa que deixa tudo Jun deixou os dois alugarem os
brinquedos e ficarem andando pelos corredores dirigindo, o que resultou
nos dois quase atropelando todo mundo e todos nós rindo de Jungkook
tentando controlar aquelas duas crianças.
Assim que o almoço bate em meu estômago e eu sinto tudo o que almocei
voltar eu corro para o banheiro mais próximo, que por algum milagre
realmente está próximo, e corro até uma das cabines vomitando no vaso
sanitário, quando assim acabo me levanto fechando o vaso e dando a
descarga, quando abro a porta tenho Taehyung visivelmente preocupado
encostado em uma das paredes.
— Ji, está melhor? – Ele me pergunta e eu assinto indo até uma das
torneiras lavando minhas mãos e boca.
— O que foi?
— Não se preocupa é... Vai contar pro Jungkook agora? – Ele diz secando a
minha boca com um papel.
— Quero ter certeza que estou grávido antes de contar para ele –
Respondo e ele concorda.
— Então... Aja naturalmente vou pedir pra ele e os meus maridos ficarem
com as crianças e aí falamos que vamos voltar para a academia e no
caminho vamos a uma farmácia comprar um teste – Ele diz e eu concordo,
logo voltamos para onde eles estavam e mesmo eu contando que apenas a
comida tinha me feito mal e ter jurado que estava bem, Jun não pareceu
muito acreditar em minha versão, mas deixou quieto ficando com Rosé
enquanto eu, Tae e Jin continuamos o nosso plano.
Esperei junto a Taehyung Jin comprar o teste já que eu estava tão nervoso
que nem o volante conseguia soltar, com o teste em mãos e já na
academia corri até o terceiro andar onde fica a minha sala, a sala dos
professores e um espaço de lazer, entrei em minha sala e fui direto para o
banheiro anexado.
Tirei Rosé de cima dele com cuidado e a pequena se remexeu, mas logo
voltou a dormir, mexi nos cabelos de Jun que acordou lentamente e abriu
um sorriso, mas não um dos verdadeiros, ainda sentia a sua preocupação
pairando pela marca.
— Está melhor gatinho – Ele falou com a voz rouca de quem acabou de
acordar.
— Sim, só quero te contar uma coisa – Falo e ele se levanta com cuidado
para não acordar nossa filhote e saímos do quarto em silêncio.
— Eu estou grávido – Falo e o tempo parece parar já que Jun fica imóvel
tirando pelos seus olhos que passam de meu rosto para minha barriga,
segundos depois ele parece sair de seu devaneio e então ele se levanta e
vem até mim, correndo e me abraça.
— Meu Deus! Eu vou ser pai de novo! – Ele fala animado me pegando em
seu colo e me deitando na cama levantando a minha blusa e começa a
cheirar e dar beijinho.
— Jun isso faz cócegas – Digo, mas é a coisa mais fofa do mundo vê-lo
sorrindo animado e feliz assim.
Fim