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VÍDEO QUE DEVERÁ SER ASSISTIDO NO CAPÍTULO 14 QUANDO FOI INDICADO NO TEXTO:

https://youtu.be/8ovHSQwp1n0
Capítulo 1
Park Jimin

Após finalizar sua última aula com a turma de dança contemporânea eu


fui em direção ao banheiro para me aliviar, mas assim que entrei senti
uma tontura e logo uma vontade imensa de vomitar, o que resultou em eu
sair correndo até a primeira cabine livre e eu me abaixando em frente ao
vaso sanitário vomitando tudo o que eu havia comido, acho que dei
muitas piruetas na aula de hoje.

Quando a vontade de vomitar acabou fui em direção a pia após ter


apertado a descarga do vaso e lavei a minha boca decidindo ir embora,
quando eu estava dentro do ônibus indo em direção a minha casa vi uma
ômega grávida alguns assentos a minha frente e de repente a náusea se
fez presente novamente. O meu heat, o alfa indesejado que o meu pai me
obrigou a passar o meu cio, a semana inteira passando mal, será que eu
estou grávido? Não, que não seja isso.

Passei todo o tempo dentro do ônibus pensando sobre a possibilidade de


realmente ter um filhote, estava a uma quadra da minha casa quando
passei em frente a uma farmácia e decidi comprar um teste, rezando em
todas as línguas para que ele desse negativo, cheguei em casa e fui direto
para o meu quarto, ignorando os chamados de Jay, tranquei a porta assim
que entrei e fui direto para o banheiro e depois de já ter colocado o teste
para calcular o resultado fui tomar banho.

Uma sensação estranha percorria o meu corpo, estava atordoado e com


muito, muito medo, afinal ele nunca desejou aquele alfa em seu cio e
muito menos estava em seus planos ter um filhote. Assim que saiu do
banho, ele ignorou o teste em cima da bancada e colocou uma roupa
voltando para olhar o resultado em seguida, suas mãos estavam suando e
seu corpo estava todo arrepiado quando viu a resposta do teste.

— Puta merda, fudeu! – Digo olhando o teste em cima da pia do meu


banheiro, tiro o teste de dentro do potinho e chego mais perto só para ter
certeza do que os meus olhos viam. Fecho os olhos por alguns instantes e
logo ambas mãos até o meu cabelo o colocando para trás, sinto meu corpo
começar a tremer e o desespero se instalar em meu corpo, tento me
acalmar ainda de olhos fechados o que não dá muito certo, ainda não
acredito que logo isso foi acontecer comigo.
Abro os meus olhos e me encaro no reflexo do espelho, me viro de lado e
levanto a minha camisa, não tem nenhum volume aparecendo ainda, mas
só de saber que tem um filhote ali dentro a sensação já é diferente, me
sento no vaso e levo minha cabeça para entre as minhas mãos que estão
apoiadas em meus joelhos, preciso pensar no que vou fazer agora, como
vou conciliar a minha vida com um filhote, mas acima de tudo como vou
contar para os meus pais. Depois de muito pensar dentro do banheiro eu
me levanto e decido contar aos meus pais, afinal não conseguiria fazer
isso sozinho, eles, sim, saberão o que fazer para me ajudar.

Desço as escadas da casa e vou em direção a sala de estar, respiro fundo


antes de passar pelo arco e encontro minha mãe no grande sofá
tricotando e meu pai em sua grande poltrona de couro preto assistindo à
televisão, passo as minhas mãos pelas costas de minha camisa, minhas
mãos estão suando, respiro fundo mais uma vez e me sento ao lado de
minha mãe, que logo percebe minha presença ali e abre um lindo sorriso,
temos o mesmo sorriso os olhos dela sempre somem quando sorri.

Olho para o meu pai e ele não parece ter me percebido ali, já que está
muito concentrado no programa de variedade que passa na televisão.

— Preciso contar algo para vocês – Digo baixo, acho que saiu mais como
um sussurro, mas tenho a certeza que ambos ouviram quando seus
olhares são direcionados para mim, abaixo minha cabeça – Eu estou
grávido – Falo de uma vez e começo a chorar, parece que o peso do
mundo saiu das minhas costas.

Diante do silêncio que se estendeu por vários minutos, eu levanto a


minha cabeça devagar e levo o meu olhar de minha mãe para o meu pai,
enquanto ela parece estar chocada, meu pai, o olhar dele, ele sim me
assustou, sua cara é de desgosto e talvez até nojo.

— Park Jimin! Isso com certeza não irá ficar assim! – Ele fala e se levanta
da poltrona – Agiu que nem uma puta em seu heat e ficou grávido ainda
solteiro, eu já tinha vergonha de você antes, mas agora... Agora passou
dos limites.

— Mas – Tento falar algo em meio aos soluços e lágrimas que se


espalhavam por meu rosto, mas ele logo me cala e continua a falar.
— Chega! Você vai se casar com aquele alfa, seja por bem ou por mal, não
quero você grávido e solteiro ainda por cima. Já não basta ser ômega,
ainda tem que trazer tanto desgosto para família, imagine só o que vão
pensar de mim na tristeza, bancar um filho ômega solteiro e grávido,
jamais, eu vou buscar o alfa e se der vocês se casam ainda hoje!

— Por favor, pai, não! – Sinto minhas mãos começarem a temer e mais
lágrimas lavarem meu rosto, não gosto daquele alfa, com certeza aquele
foi o pior heat da minha vida, preferia sentido a dor sozinho a ter que
passar por tudo aquilo novamente, não consigo nem me imaginar casado
com ele – Por favor não faça isso comigo! – Me ajoelho na frente de meu
pai, com as mãos juntas suplicando, mas seu olhar para mim, é de
superioridade e maldade.

— Vamos ver se assim você para de parecer uma puta – Ele fala e o vejo
levantar a mão, fecho os meus olhos me preparando para o impacto e
para dor, mas nenhum dos dois chega, então abro os meus olhos
lentamente e vejo minha mãe segurando a mão de meu pai o afastando.

— Agora não! Vai lá buscar o tal alfa antes que seja tarde demais – Ela diz
e ele concorda, me dando um olhar duro antes de sair da sala. Eu fico ali
ajoelhado no chão chorando baixinho e minha mãe continua em silêncio,
deve estar sentindo tanta vergonha de mim – Filho, meu amor, vamos
subir rápido, você precisa arrumar as suas coisas – Ela fala e eu fico
paralisado, viro meu rosto e a olho, não estou entendendo o que ela quer.

— Arrumar as minhas coisas para quê? – Digo enquanto me levante,


minha mãe me segura pela mãe e me leva escada acima.

— Jonseong! – Ela grita o meu por meu irmão mais novo que logo aparece
saindo de seu quarto – Venha nos ajudar a arrumar as coisas de seu irmão
– O garoto nos acompanho com o cenho franzido, mas permanece em
silêncio – Jimin eu vou te dar um endereço e você vai para lá, essa pessoa
vai te ajudar, sei que não quer se casar agora e que aquele alfa não é o alfa
que você queria que fosse o pai de seus filhotes – Ela continua a falar
entrando no meu quarto e indo em direção ao armário, pegando a mala
que ficava na gaveta mais alta e a jogando em cima da minha cama – Jay
me ajude a separa as roupas para o seu irmão.
— Mas para onde Jimin vai omma? – Meu irmão pergunta e eu o abraço,
sinto ele encostar a cabeça em meu ombro.

— Jimin precisa ir embora e eu te conto o que aconteceu depois – Ela fala


e ele assente ainda com a cabeça em meu ombro – Agora eu preciso de
sua ajuda e de você também Jimin – Ela começa a pegar camisas e dar
para o meu irmão que começa a colocar na mala – Essa é a sua chance de
poder ter o seu tão sonhado futuro e de poder ter as suas próprias
escolhas, vai ter um filhote que vai ser muito amado por você, não sabe
como estou feliz meu filho, mas sei que você precisa partir.

Meu irmão me olha arregalados e eu dou um pequeno sorriso sem


mostrar os meus dentes, mas logo depois ele volta a auxiliar a minha mãe.
Logo eu começo a ajudá-los a arrumar as minhas coisas, vou ao banheiro
e pego minha escova de dentes e meu pente de cabelo e coloco em meio
as coisas na mala. Aguço a minha audição na esperança de se eu ouvir a
chegada de meu pai saber antes de ele nos descobrir.

Após quinze minutos e uma mala cheia e meio bagunçada, minha mãe sai
de meu quarto e meu irmão se agarra a mim novamente.

— Jay vai ficar tudo bem, vamos manter contato, não sei para onde vou,
mas assim que conseguir vamos nos encontrar, iremos dar um jeito.
Lembre-se que eu te amo acima de tudo – Falo e ele assente a cabeça e eu
vejo uma lágrima escorrer por sua bochecha.

— Eu te amo ChimChim mais do que tudo – Ele fala e eu limpo a lágrima


que ainda escorria e deixo um beijo em sua testa, saindo de meu quarto
com ele ainda me abraçando de lado.

Quando minha mãe aparece no corredor, ela está com um papel entre as
mãos com um envelope pardo, ela me entrega e eu vejo um endereço
anotado no papel, abro o envelope e vejo uma abundante de dinheiro.

— Mãe, mas por que a senhora está me ajudando? – Digo enquanto a olho,
minha mãe sempre deixou o meu pai se impor dentro de casa, é a
primeira vez que eu a vejo fazer algo contra a vontade do próprio.

— Meu amor, você já sofreu por tempo demais dentro dessa casa, você é o
meu filho, agora vá – Ele me dá um abraço e depois Jay vai para os braços
da mais velha enquanto me olha – Nós nos viramos aqui com o seu pai,
pegue um táxi e vá direto para esse endereço, lá fale o meu nome e tudo
ficará bem, assim que eu conseguir ir te visitar, eu te prometo – Sinto ela
dar um beijo em minha testa ainda abraçando meu irmão e depois segura
a minha mão e me leva em direção a porta de casa, eu carrego em minha
mão livre a mala que havíamos arrumado.

Na porta dou um rápido beijo em ambos e começo a caminhar em direção


a Avenida principal, só lá eu encontraria algum táxi livre, depois de um
pouco mais de dez minutos caminhando avisto um táxi e dou sinal para
ele. Entro e digo o endereço que minha mãe me entregou, logo vejo as
paisagens passarem por meus olhos, as ruas e lojas fechadas pelo horário,
sempre admirei muito a minha cidade, mas hoje ela parece bem mais
melancólica do que com sua costumeira beleza exuberante.

Estava tão concentrado na beleza enquanto o táxi passava por diversos


bairros que nem percebi quando ele parou, então cheguei em meu
destino, olho para ambos os lados e vejo inúmeras casas, mas não são
casas de classe média, são enormes casarões e até mansões, pago o taxista
pela corrida e saio trazendo junto a mim a mala ando devagar e subo
alguns degraus indo em direção a porta, aperto a caminha e espero
alguém aparecer.

Enquanto aguardo a porta ser aberta, eu observo o carpete da entrada e


aproveito para olhar mais o lado de fora da casa, ela é lindíssima, com um
visual moderno e bem minimalista, talvez um pouco industrial também,
com uma grande varanda e muitas janelas, e então durante o meu
momento de distração a porta é aberta.

— Park Hwa- – Começo a dizer o meu nome assim como minha mãe me
instruiu a fazer, mas quando eu ia terminar de pronunciar eu olho para a
pessoa que abriu a porta e sinto todo o meu corpo paralisar, tento
continuar a falar, mas as palavras não aparecem, meu corpo todo se
arrepia e sinto a nostalgia de sentir aquele cheiro perto a mim, não é
possível que isso esteja mesmo acontecendo.

— Jimin me ajuda aqui – Ouço a voz de Tzuyu enquanto ela me dá umas


catucadas no braço – Não estou entendendo nada desse questionário
aqui.
— Tzuyu o professor explicou isso ontem, como você não sabe? – Digo a
olhando, a ômega carrega um pequeno sorriso – Tá bom, eu te ajudo.

Após ajudá-la e do sinal do colégio tocar, vamos os dois juntos em direção


ao pátio, lá encontramos Soobin e Lia já comendo. Nos sentamos ao lado
dos dois e também começamos a comer, hoje a minha mãe fez sanduíche
natural para mim, um dos meus preferidos e também suco de laranja.

— Jimin, Jimin, Jimin – Soobin praticamente grita em exasperação quase


derrubando o sanduíche de minhas mãos, o olho irritado – Jeon Jungkook
está olhando para você agora, coloca essa bunda para jogo, porque ele
está atrás de você – Pego o meu celular e olho pelo reflexo, tento
encontrá-lo e quando o vejo, ele realmente está me encarando as minhas
costas.

Desço o celular e continuo a comer, é sempre isso ele fica me olhando,


mas nunca vem conversar comigo, sempre está rodeado de ômegas só
porque é um lúpus, chega a ser irritante. É uma fila e de quem será a vez
de ter uma chance com Jungkook? Não vou me prestar a esse papel de
palhaço de ficar atrás dele, então acho que isso o irrita, acho que a meta
dele é ter todos os ômegas da escola o dando toda atenção.

Termino de comer e continuamos a conversar sobre qualquer coisa,


éramos um quarteto meio estranho, mas sempre nos demos bem, então o
sinal bate e nos levantamos, quando me viro o encontro ainda me
olhando na escada do pátio, ele e seu grupinho de alfas sempre ficavam
ali, passo de braços dados com Tzuyu e o ignoro completamente, indo em
direção a nossa sala.

As próximas aulas foram tranquilas, sempre me dei bem com as matérias,


nunca tive grandes problemas e as minhas notas sempre foram boas,
depois do final das aulas vou em direção ao teatro de nosso colégio e me
preparo para a aula de dança.

A dança sempre foi o meu ponto de paz, onde posso ser completamente
eu mesmo, sem precisar me preocupar com quem está me assistindo.
Troco de roupa por uma mais confortável e começo a me alongar. Com
Jeongin em Paris eu fico a maior parte das aulas sozinho ensaiando, mas
às vezes Lia e Chaeryoung aparecem na aula e ficamos os três juntos, a
professora aparece e logo nos passa algumas séries de aquecimento e
depois alguns exercícios para os movimentos de nosso corpo.
Quando chego em casa encontro meu pai sentado na cabeceira da mesa
de jantar esperando minha mãe terminar de cozinhar para servi-lo, aviso
que cheguei e me curvo para ambos e logo depois vou em direção ao meu
quarto, coloco minha mochila na cadeira de minha escrivaninha e decido
tomar um banho para me refrescar.

Após ter tomado o banho e colocado uma roupa mais fresca para ficar em
casa desço e vou em direção a sala de jantar e me sento em uma das
cadeiras do meio, a cadeira, a minha direita e ao lado de meu pai fica está
ocupada por meu irmão mais velho, Bogum, e ao meu lado esquerdo se
senta meu irmão Jeongseong, em minha frente minha mãe que logo
aparece e serve meu pai ainda em pé e depois vai em direção a sua
cadeira se sentando, todos nos servimos depois dela se sentar e
começando a comer.

Meu pai sempre é o primeiro a se sentar, o primeiro a se servir e só


podemos nos levantar da mesa quando o mesmo já terminou de se
alimentar, quando termino de jantar olho para o meu pai e vejo meu pai
com o prato vazio, sempre jantamos em silêncio, é assim que ele pede e
todos nós obedecemos.

Me levanto e pego o meu prato, mas quando ia me retirar e ir em direção


a cozinha ouço a voz de meu pai:

— Jimin largue esse prato aqui na mesa! – Ele grita – Este é o trabalho de
sua mãe e vá direto para o seu quarto.

Eu abaixo minha cabeça e assinto, voltando a colocar o prato em cima da


mesa e indo em direção ao meu quarto, vou ao meu banheiro, escovo
meus dentes e vou em direção a minha cama e logo caio em um sono
rápido, até que sou acordado pela porta sendo aberta é Jay.

— Posso dormir aqui hoje? – Ele fala sussurrando enquanto fecha a porta
de meu quarto.

— Deita aqui. – Digo e abro espaço para o mesmo se deitar a minha


frente, ele se deita na cama e se aconchega a meu corpo – Boa noite Jay.

— Boa noite ChimChim – Ele diz já sonolento.


Eu e Jay sempre fomos grudados, desde seu nascimento, sempre
confiamos e amamos um ao outro, Bogum também é um ótimo irmão
mais velho, só é mais reservado, mas nós três nos amamos demais.

Capítulo 2

Park Jimin

Eu ainda estava paralisado no mesmo lugar desde que ele abriu a porta,
não conseguia dizer nada e ele parece que também não, seus olhos estão
arregalados e eu já perdi a conta de quantas vezes ele me olhou de cima a
baixo. Após uns três minutos me olhando ele fala alguma coisa:

— Jimin? O que está fazendo aqui? – Para falar a verdade, se ele está
surpreso nem imagina como estou, da última vez que eu o vi ele estava se
despedindo no aeroporto a caminho da Europa para estudar, mas o que
mais estava me intrigando naquele momento era porque a minha mãe
sabe onde Jungkook mora e o porquê de ela ter falado que aqui poderiam
me ajudar.

— Acredite, eu estou tão surpreso quanto você – É a primeira coisa que


eu falo, ele parece mais alto, mais forte e mais bonito, mas os seus olhos
continuam os mesmos grandes e escuros e então ele abre um pequeno
sorriso me permitindo ver um pouco de seus dentes protuberantes que
faziam que ele parecesse um coelho.

— É... não fique aí fora, está frio, entra – Ele diz e abre espaço para que eu
passe, assim que entro na casa vejo uma grande sala com a televisão
ligada, um sofá cinza que parece muito confortável, a lareira acessa e uma
garrafa de vinho em cima da mesa de centro – está tudo bem? Eu ia te
perguntar como sabe o meu endereço, mas você parece mal, então senta
no sofá que eu vou pegar uma água para você.

Eu ainda tentei ser relutante, ainda estava tentando entender como eu fui
parar ali exatamente, também queria entender porque o meu lobo estar
tão animado assim de reencontrar aquele alfa, ele não deveria estar
assim, mas acabei o obedecendo e indo me sentar no sofá e para
comprovar o que eu havia dito antes, ele é realmente muito confortável.
Depois de alguns minutos ele aparece de novo com um copo de água na
mão, eu já estava distraído com o programa policial que passava na
televisão e acabei não percebendo quando ele se sentou ao meu lado, só o
vi quando ele estendeu o copo na minha direção.

— Respondendo a sua pergunta, a minha mãe me deu o seu endereço,


mas eu não fazia a mínima ideia que era seu – Digo após tomar um gole
do líquido – Ela disse que eu deveria ir para esse endereço e que me
ajudariam.

— Mas de que ajuda você precisa Jimin? – Não sei por que, mas todos os
pelos do meu corpo se arrepiaram, ele realmente parece estar
preocupado comigo – Seja o que for eu posso te ajudar.

— Na verdade, eu não teria muita certeza disso – Digo suspirando, ele


parece cada vez mais interessado no que eu estava falando – Eu estou
grávido...

E então veio o silêncio, um silêncio arrebatador e eu então eu senti o meu


coração apertar e uma vontade enorme de chorar veio, um nó na garganta
foi formado e eu só percebi que ele já estava me abraçando quando soltei
um soluço e senti sua mão afagar meu braço.

— E- eu não queria – Disse em meios aos soluços e então Jungkook parou


de afagar meu braço e me olhou sério, enquanto levantava o meu rosto
até que estivéssemos nos olhando.

— Jimin explica isso direito – Ele falou, sua voz estava séria, mais rouca e
mais autoritária, então eu o obedeci.

— Meu... meu pai me obrigou a passar o heat com um alfa – Ele começou a
limpar as lágrimas que se espalhavam pelas minhas bochechas – E eu não
tive escolha, 'tava doendo tanto e então ele entrou e... e agora eu estou
grávido — Eu tentei respirar fundo, mas os soluços eram intermináveis –
E meu pai quer- quer me obrigar a casar com ele, mas eu não quero
Jungkook, eu não quero me casar com ele.

Nos minutos seguintes ele apenas me encarou sério ainda secando cada
lágrima que escorria com seu polegar, eu conseguia ver que ele está com
o maxilar trancado e após fechar os olhos e respirar fundo ele falou algo:

— Ji, você não vai se casar, não se não quiser. Você pode ficar aqui nos
quartos de hóspedes e pode ficar tranquilo que eu vou te ajudar, ajudar
você e ajudar o filhote – Quando ele mencionou o meu filhote, meus pelos
se eriçaram, o que ele quer dizer com aquilo? – Mas a gente conversa
melhor amanhã, já está tarde e você precisa descansar, tudo bem? – Eu
apenas assenti com a cabeça, já estava tão perdido com os
acontecimentos das últimas horas que não iria questionar mais nada, pelo
menos por enquanto.

Depois disso ele se levantou e me pediu para que o seguisse, ele me guiou
até o segundo andar onde um longo corredor se abria para os dois lados,
ele me conduziu pelo lado esquerdo até parar em frente a uma porta e
abri-la me dando visão de um quarto com uma cama de casal enorme com
lençóis brancos, as paredes tinham um papel de parede azul, havia ali
duas portas que provavelmente davam para um banheiro e a outra para
um closet.

— Tem cobertores e toalhas no closet se precisar. Eu já trago a sua mala,


se sinta à vontade – E depois disso saiu do quarto me deixando ali
sozinho.

E foi aí que eu percebi o quanto deveria ser estranho estar na casa de


Jungkook, eu não deveria me sentir tão à vontade, e muito menos a
vontade de desabafar com ele ou mesmo de pedir ajuda a ele, não depois
de tudo, mas parece tão certo confiar nele mesmo que eu não deva
parecer.
Eu não o vi trazer a minha mala, após me deitar na cama para pensar no
que eu faria acabei pegando no sono.

[...]
Eu estava na aula de física e apesar de adorar todas as matérias me
pergunto como gostar dessa matéria, tudo parece ser dito em grego para
mim não faz o menor sentido. E na minha aula estava ele, Jeon Jungkook,
eu tenho quase certeza que tenho algum tipo de problema com esse
garoto ou ele tem algum comigo, qual é a tara de ficar me encarando toda
hora? Parece até um serial killer, e o pior ele me encara e eu tenho certeza
de que não é de uma maneira boa, pois sempre tem algum ômega envolta
dele querendo a atenção do "aclamado lúpus", então por que olhar para
mim? Bem, a reposta para essa pergunta vai ser respondida.

Depois de mais de uma hora de teorias sem sentido saímos da sala, a


minha escola era no estilo americano, nós íamos a cada sala ter a aula
com os professores, também podíamos escolher o nosso nível em cada
matéria, então não havia uma turma fixa, só os estudantes do mesmo ano.

Fui em direção a minha aula de língua estrangeira, mais precisamente


inglês, graças a algum Deus Soobin também tinha essa aula nesse horário,
então não estaria sozinho. Me sentei em uma carteira e guardei a outra
para o meu amigo, mas antes dele ter a oportunidade de até entrar na
aula Jungkook se sentou em seu lugar.

— Esse lugar está guardado – Digo depois que ele sentou.

— Engraçado, não vejo nome nenhum aqui indicando algum dono – Juro
como eu odeio esse garoto, abusado, diante de sua resposta eu apenas o
olho e ele me devolve o olhar e apenas me dá um sorriso ladino.

— Tudo bem, eu mudo de lugar então – Eu coloquei o meu estojo


novamente dentro da mochila, mas quando eu ia levantar a mão dele
segura o meu pulso e me faz sentar de novo, uma corrente elétrica é
passada pelo seu toque, sinto todos os meus pelos se arrepiarem e o meu
lobo começa a abanar o rabo, mas eu tomo um susto e com raiva eu puxo
meu pulso de volta e o olho com raiva.

— Não tem mais lugar nenhum, Park Jimin – Por que meu nome parece
tão bonito saindo de seus lábios finos e rosados? E por que eu estou
olhando para os lábios dele? Eu olho em volta e encontro Soobin me
encarando tentando me passar uma mensagem silenciosa, algo como "O
que ele está fazendo ao seu lado?" eu apenas neguei, ao lado dele estava
sentado um ômega Hueningkai.

E então a professora entrou na sala e a aula começou, tentei não prestar


atenção no alfa ao meu lado e na aula, mas a aula tinha conversação então
logo tive que conversar com ele e a voz dele e a pronúncia dele em inglês
era incrível, com certeza ele era fluente ou quase fluente, mas eu não
ficava muito atrás e ele sabia disso, apesar de não gostar de conversar
com ele a aula não foi nem um pouco chata, passou bem longe disso acho
que ele não sabe que eu entendi quando ele estava dando em cima de
mim, mas eu entendi e meu lobo e meu coração gostaram, mas eu não.

O recreio foi normal, sentamos eu Lia, Tzuyu e Soobin, conversamos um


pouco, vimos os ômegas atrás de Jungkook e seus amigos, isso
exatamente, os amigos de Jungkook não apresentei eles, vamos lá temos
Jisoo é uma alfa e ela é lindíssima chego a ficar intimidado pela beleza
dela, tem Soyeon que é irmã de Jungkook, também alfa, temos Choi
Yeonjun outro alfa e por fim Seo Changbin. Se eu achava Jungkook
minimamente intimidante sozinho... Se o grupo estivesse completo
senhor, eu choraria, a áurea deles todos juntos são muito intimidantes, a
beleza, a força, a voz tudo era bonita ou boa demais de ouvir, sentir e ver
e isso sim dava medo, tudo naquele grupo era feito para encantar os
ômegas.

Como sempre tive a minha aula de dança e lá diferente das outras vejo
Yeji e Chaeryoung estavam lá, por algum milagre elas foram. A aula se
tornou mais leve já que pudemos conversar e ajudar um aos outros, na
prática, elas dançam lindamente, é incrível de ver todas as duas
dançando, Yeji dança com força e precisão cada movimento seu era como
um tapa em seu rosto e Chaeryoung dança com leveza e mostra a sua
precisão com movimentos delicados e cada detalhe que mostra em sua
dança como se cada movimento fosse a estrofe de uma poesia, mas no
final tudo na dança é linda independente de sua forma e maneira de
dançá-la.

Assim que sai da sala eu fui direto para a saída e para chegar a ela você
tem que passar pela biblioteca, quando eu olhei lá para dentro, diante das
portas de vidros avistei Jungkook lendo, ou vendo as figuras do livro, eu
nunca o tinha visto lá e ele nem, parecia alguém que lê livros, é as pessoas
nos surpreendem, mas depois de alguns segundos o observando ele olha
em minha direção e meu corpo gela, fiquei paralisado e acredite ou não eu
consegui ver o sorriso ladino dele, nossa que raiva desse alfa, me apressei
a sair dali e ir direto para a minha casa.

Durante o jantar foi a mesma conversa de sempre "Bogum como foi a


faculdade?", "Jimin como foi a aula?", "Jay como foi a aula?", etc. Enfim
depois do jantar fui direto para o meu quarto e quando já estava quase
pegando no sono alguém bateu na porta, permiti a entrada da pessoa e
meu irmão mais novo entrou no meu quarto em silêncio, seus olhos
estavam vermelhos eu sabia que ele estava chorando, eu tirei o edredom
de cima de mim ele apenas se deitou na minha frente encaixando as suas
costas no meu peito, suas costas e puxou a minha mão para fazer carinho
em seu cabelo, já me acostei a ele dormir comigo e sei que ele também.

Eu fico preocupado com meu irmão, mas é claro que eu fico, porém, ao
mesmo tempo eu nunca sei como o ajudar ou como começar um assunto
para ele me contar o que está acontecendo com ele, todos nós sofremos
com nosso pai, Bogum o obedece, eu o ignoro, mas Jay... ele ainda não
sabe como lidar com o que o nosso pai fala então toda vez que ele fica
chateado com algo que falam ou como falam ele vem se dormir em meu
quarto. E eu o aceito em minha cama em silêncio, apesar de saber que o
problema dele é com o meu pai, ele nunca me contou o que ele diz para
ele e eu nunca o pressionei sem a me contar nada. Adormeci um pouco
depois, ainda fazendo carinho no cabelo de meu mais irmão mais novo.

Capítulo 3
Park Jimin
Acordei no susto sentindo o refluxo vir e quase vomitei em cima da cama,
sai correndo até o vaso sanitário no banheiro e vomitei, eu ainda estava
de olhos fechados para ver se a tontura que havia começado dar uma
trégua ainda sentindo os espasmos em minha barriga quando senti uma
mão segurando meu cabelo para trás gentilmente e outra mão fazendo
um carinho por toda a minhas costas, subindo e descendo a mão da nuca
até a base da minha coluna, continuei por mais alguns minutos sentado
no chão sentindo o carinho e esperando, depois que eu senti que não
sairia mais nada eu me virei e me encostei no corpo quente atrás de mim,
o carinho estava tão bom...
— Tá melhor Minnie? – Meu corpo tremeu, sua voz rouca e, ao mesmo
tempo carinhosa e preocupada faz o meu coração errar uma batida, faz
muito tempo que não ouço esse apelido, o carinho que ele fazia ainda não
tinha parado, mas a sua mão que segurava o meu cabelo agora segura o
meu quadril me levantando.

— Eu te acordei? – Falo e ele balança a cabeça negativamente, mas ainda


me olha esperando uma reposta para a sua pergunta – Eu estou bem, eu
acho...

— Vem aqui na pia – Na verdade, ele que estava levando o meu corpo até
lá, vejo ele abrir a torneira e ele limpa a minha boca com cuidado e depois
a seca com uma tolha de rosto que tinha ali.

Eu comecei a andar em direção ao quarto, mas senti as minhas pernas e


joelhos ficarem fracos e no momento em que eu provavelmente iria cair
senti seus braços me rodearem e me segurar, e assim ele me carregou até
a cama me colocando com cuidado sobre o colchão, logo ele se sentou ao
meu lado e ficou fazendo carinho no meu cabelo.

— Minnie... – Ele falou e eu o encarei – Você me perdoa? – Ele falou depois


de alguns minutos em silêncio, ele parecia travar uma batalha interna
entre falar ou não.

— Perdoar você pelo quê, Kookie? – E só depois que o apelido saiu pelos
meus lábios que eu percebi o que tinha acabado de falar, os olhos de
Jungkook ficaram arregalados, mas logo depois um pequeno sorriso
apareceu em seu rosto.

— Por... – Ele começou, mas parou – Por ter te deixado, se eu não tivesse
ido... — Eu vi quando o seu maxilar travou e ele respirou fundo – Nada
disso teria acontecido com você.

Eu fiquei em silêncio, na verdade, eu não sabia o que responder a ele,


ainda era um assunto delicado para mim, mesmo depois de tantos anos,
mas mesmo depois disso tudo ele... Ele abriu a casa dele para me ajudar e
ainda estava ali pedindo desculpas por algo que não foi nem a sua culpa,
mesmo após anos de tudo eu ainda sinto o meu coração acelerar quando
ele me olha nos olhos e cada toque dele ainda arrepia todos os pelos de
meu corpo. Nada mudou, nós precisamos apenas virar a página e
continuar, seja da maneira que formos prosseguir.

— Kookie, não foi sua culpa – Levei a minha mão na direção da mão que
ainda fazia carinho em meus cabelos e a segurei – Nós dois fomos vítimas
e não devemos nos culpar por algo que aconteceu a tanto tempo atrás, e
que não estava em nosso poder a decisão final, mas se mesmo assim você
quer a minha desculpa, saiba que eu te desculpo, eu te desculpei há muito
tempo atrás.

O sorriso singelo que havia em seus lábios se abriu mais ainda me dando
visão de seus dentinhos de coelhinho, foi impossível não sorrir com ele
que começou a acariciar a mão que eu segurava, ele se deitou ao meu lado
e ficou me olhando ainda sorrindo, está frio, bastante frio então eu me
encolhi e peguei o edredom que estava meio embolado no final da cama e
me cobri.

— Tá com frio? – Ele me perguntou e eu assenti, então sinto ele se


cobrindo também e depois um de seus braços passa por cima de mim,
sendo deixado em cima de minha cintura, ele esperou alguns segundos e
como viu que eu não repeli o seu toque (não ia de qualquer jeito, o meu
lobo estava gostando muito e eu também) ele colocou o peso de seu braço
e se aproximou mais de meu corpo, mas sem se encostar ainda –
Melhorou agora?

— Sim... Obrigada – Senti ele começar a passar o calor dele para mim e me
aconcheguei mais no travesseiro e adormeci.

[...]

Assim que eu acordo sentindo a claridade que entrava pela janela eu


aperto meus olhos até me acostumar com a luminosidade, quando tento
abrir os meus olhos sinto o peso dos braços de meu irmão no meu rosto,
Jay se mexe muito a noite e joga seus braços e pernas para todos os lados,
tirei o seu braço com cuidado para não o acordar e levantei da cama, o
deixando coberto direitinho e fui em direção ao meu banheiro.

Tomei meu banho e fiz minhas higienes matinais e quando sai do quarto
já estava pronto para mais um dia de aulas, sai do quarto e meu irmão
ainda dormia já que ele estuda a tarde e desci percebendo que todos
ainda dormiam, mas meu lanche já estava sobre a bancada da cozinha,
Bogum sempre fazia o meu lanche antes de dormir, o guardei dentro da
mochila e fui em direção a geladeira, peguei o yogurt de morango e o
despejei em um copo o bebendo logo em seguida, guardei a garrafa
novamente na geladeira, lavei o copo e peguei uma maçã para comer no
caminho para a escola.

Enquanto caminhava a caminho da escola ouvia minha lista de músicas


favorita, estava tocando Loco do ITZY, amo demais essa música, ela
sempre me anima para caminhar. Depois de umas quatro músicas eu
chego em frente ao portão da escola, olho o horário em meu celular e vejo
que ainda faltam quarenta minutos para as aulas começarem, então me
sento em um dos bancos que tinham por ali e continuo ouvindo a minhas
músicas enquanto esperava o tempo passar ou por algum de meus amigos
chegar no horário certo.

Estava tocando Ping Pong da Hyuna e do DAWN, quando senti um de


meus fones serem retirados de meu ouvido, quando olhei para o atrevido
e já ia começar a xingar Soobin que tinha essa mania de chegar
assustando os outros e causando quase paradas cardíacas, mas quando eu
olhei, não era o abusado que eu normalmente me atentava e sim Jeon
Jungkook.

Esse garoto não desiste, puta que pariu.

Continua.

— Bom dia, ann... – Ele rouba o meu fone e ainda esquece o meu nome? –
Espera estou pensando em um apelido para você – Ele continuou falando,
apelido, que menino abusado.

— Garoto deixa de ser abusado, me devolve o meu fone – Ele me olha


quando tento pegar meu fone de sua mão ele desvia, mas de repente ele
para e fica com uma cara bem estranha me olhando fixamente e sem
piscar, parece que ele teve uma ideia e então um sorriso ladino aparece
em seus lábios rosados e finos.

— Seu apelido vai ser Minnie, mas se você não gostar deste eu posso te
chamar de gatinho irritado também se preferir – Ele falou dando de
ombros e colocou o fone em seu ouvido – Já que sempre que vou falar
com você está com essa cara de emburrado... Nossa eu adoro essa
música... Darling, my Darling... Quase ia me esquecendo garoto não,
hyung, sou mais velho que você.

Posso bater nesse garoto? Que ranço meu pai...

Mas, porque a voz dele tem que ser tão rouca e tão bonita e os seus olhos,
mesmo tão escuros, por que são tão expressivos e me transmitem tantos
sentimentos ao mesmo tempo... Quê? Não eu odeio esse garoto.

— Sabe Minnie, você desperta uma coisa em mim, é... – Ele começou a
pensar e então os seus olhos brilharam um pouco avermelhados, mas
acho que ele percebeu já que os fechou e quando os abriu novamente eles
já haviam voltado para o tom castanho escuro – Como eu posso dizer...
Um desejo e um questionamento, questionamento esse que eu quero
saber a resposta, mas ainda não...

Estou falando que ele é meio maluco.

— Por enquanto, vou lhe fazer uma pergunta – Ele esperou alguns
segundos para continuar – Por que você não vai atrás de mim igual aos
outros ômegas?

Dei uma risada incrédula, tão confiante e prepotente Jeon Jungkook e


então falei — Sabe, minha mãe tem o costume de me dizer que não sou
todo mundo... Não sou acostumado a ficar com restos... – E depois me
levantei puxando o fone de seu ouvido, a última imagem que tive dele foi
de seus olhos arregalados e sua boca aberta parecendo chocado com o
que eu havia dito.

Mas vê se posso com uma dessa, "Por que você não vem atrás de mim?",
eu hein, mereço uma dessa.

Entrei no colégio e fui em direção ao meu armário, coloquei os livros que


não iria precisar nos primeiros horários e depois fui em direção a sala de
história, vou esperar é aqui mesmo, estava tocando Lalisa o solo da Lisa
do BlackPink quando eu vi o professor e os outros alunos entrarem na
sala, tirei meus fones e peguei meus materiais, Tzuyu e Lia se sentaram
cada uma de um lado meu e começamos uma conversa sobre qualquer
coisa enquanto o professor ainda organizava os papéis que iria nos
entregar até que vi Jungkook entrar na sala, ele não olhou para mim, mas
se sentou ao lado de uma ômega, na verdade, eu não sei o nome dela e
nem quero saber, mas que logo começou a cochichar em seu ouvido
enquanto ela sorria ladino olhando para algum lugar da sala.

Eu não deveria ficar com ciúmes, certo? Mas por que eu estou?

Eu queria estar ali no lugar dela, sentindo Jungkook sussurrar em meu


ouvido enquanto a aula não começa, acho que estava encarando a tanto
tempo que ele percebeu, porque ele olhou para mim e assim que ele
olhou eu voltei a minha atenção para o professor. Depois disso passei o
resto da aula evitando ao máximo olhar para a direção que ele estava.

O resto das aulas correra normalmente, anotei as matérias e prestei


atenção nas explicações dos professores sobre o conteúdo dado.

Hoje não teria aula de dança, então quando o sinal da saída tocou eu me
despedi de Soobin, Tzuyu, Lia e Chaeryoung e comecei a caminhar em
direção a minha casa já com meus fones nos ouvidos, eu já estava
praticamente na esquina da rua da escola enquanto esperava o sinal
fechar para atravessar a faixa dos pedestres quando comecei a ouvir uma
gritaria, então decidi tirar um dos meus fones.

— Minnie! Minnie caralho, para de correr meu pai – Quando olhei para
Jungkook, ele estava abaixado com suas mãos em seus joelhos enquanto
tentava recuperar o fôlego. E então quando ele percebeu que eu havia
reparado em sua presença ele correu até onde eu estava parado,
continuei o olhando, como alguém consegue ser bonito até correndo? Fica
o questionamento – Meu Deus, achei que você não ia parar nunca, você é
baixinho, mas anda rápido.

E quando ele falou isso eu me virei e continuei andando aproveitando que


o sinal já havia fechado, mas logo percebi a sua presença ao meu lado.

— A sua casa fica para esse lado? – O perguntei seco, enquanto tirava os
meus fones para prestar mais atenção no que ele responderia, guardei
meu telefone na mochila e esperei por sua resposta.

— Não, mas eu quero te levar até a sua casa e depois eu vou para a minha
– E então eu paro e o olho, o que esse garoto está aprontando?
— Não precisa, sei me cuidar muito bem, agradeço a companhia – Voltei a
andar sem nem olhar para o lado.

— E eu não ligo, vou do mesmo jeito – Revirei meus olhos e continuei


andando e o ignorando.

Fui o caminho inteiro em silêncio enquanto ouvia os sons da rua, às vezes


eu até parava para observar alguma vitrine de loja para ver se ele desistia
e ia embora, mas ele apenas continuou ao meu lado sem falar nada,
depois de mais alguns minutos andando eu virei para o jardim que me
levava até em casa ele parou, mas eu continuei sem nem olhar para trás.

— Tchau gatinho bravo, agora sei até onde você mora – Escutei ele
falando.

— Tchau hyung – Eu abro a porta de casa e após passar por ela eu a fecho.

Logo um sorriso apareceu em meus lábios, "gatinho bravo", tiro meus


sapatos e subo as escadas correndo e enterro o meu rosto em meu
travesseiro, meu irmão já não estava mais lá, bati meus pezinhos e
minhas mãozinhas em animação, "Minnie", dei um gritinho abafado
contra o travesseiro e me virei de barriga para cima sorrindo pro teto.

Capítulo 4
Park Jimin
Já se passou um mês de que estou na casa de Jungkook, nossa relação
melhorou consideravelmente, ainda ignorávamos muita coisa que
sabíamos que precisaríamos conversar, mas estávamos bem com isso, Jun
saía de manhã para trabalhar e normalmente voltava na hora do almoço e
passávamos o resto do dia e o início da tarde até ele ter que voltar para o
trabalho.

Então no tempo sozinho eu normalmente assistia à televisão, lia e dormia,


depois de uma semana na casa eu liguei para academia de dança onde eu
dava aulas e pedi demissão, ainda tenho muito medo de meu pai ou
aquele alfa nojento aparecer e eu não estar com Jungkook por perto.
Minha barriga ainda é bem pequena, apenas com uma leve saliência onde
o meu filhotinho está, acabei de acordar e estou saindo do banheiro após
fazer as minhas higienes e vou a caminho do closet colocar uma roupa
confortável. Acabo optando por uma calça de moletom e uma blusa de
manga cumprida, estamos entrando no inverno e para os ômegas ainda
mais os lúpus ele não perdoa, então teria que se aquecer ao máximo,
aproveito e colocou um par de meias em meus pés também.

Assim que sai do quarto senti um cheiro delicioso vir da cozinha, desci as
escadas e então pude ter a visão de Jungkook cozinhando, a casa tinha o
andar de baixo em conceito aberto, em frente ao fogão o alfa estava com a
camisa social branca arregaçadas até os cotovelos, enquanto mexia com
uma colher e uma panela, me aproximei com cuidado e me sentei em uma
das banquetas que tinham na ilha.

— Bom dia Minnie, como foi a noite de sono? – Ele me perguntou ainda de
costas.

— Bom dia Jun, normal e como foi o trabalho? – Perguntei de volta.

— Cansativo, mas estou fazendo Kimchi então tudo vai ficar bem – Ele
fala rindo depois de um suspiro cansado, rio junto e fico feliz Kimchi é o
meu prato favorito – E eu também queria conversar com você. – Ele fala
com o tom de voz um pouco mais sério.

— Tudo bem – Falo um pouco mais nervoso.

Eu o espero terminar de cozinhar e então vou em direção as gavetas onde


eram guardados os pratos e arrumo a mesa de jantar, coloco o descanso
de panela na mesa e todos os talheres que iríamos precisar para comer. E
então eu me sentei e esperei ele fazer o mesmo para começar a me servir.

— Eu queria conversar com você sobre a gente – Ele falou quebrando o


silêncio que tinha se instalado depois que ele me avisou ainda cozinha
que queria falar algo comigo.
— A gente? – Falo, eu sei o que ele quer conversar, só não sei se isso vai
ser bom ou ruim.

— Sim, Minnie a gente, nós sabemos que somos soulmates desde o


colégio e eu não quero mais negar isso agora que a gente se reencontrou –
Ele fala me olhando e novamente eu vejo perdido naquela imensidão de
seus olhos castanhos escuros. Desde a época da escola, quando eu o
olhava em seus olhos, eu me via perdido em sua imensidão e no brilho
que eles guardam.

— Sim, mas Jungko- – Eu iria falar, mas por incrível que pareça ele não
perdeu a mania de falar sem parar quando está nervoso com algo.

— Eu sei que ficamos muito tempo separados, e sei que foi culpa minha e
eu lhe peço um milhão de desculpas, eu tentei voltar, mas eles não
deixaram e quando eu consegui não me deixaram te ver e agora você está
na minha casa e está esperando o nosso filhote e eu – E foi depois dessas
palavras que eu consegui o interromper e o fazer me escutar.

— No- nosso filhote? – O interrompi com o meu choque.

— Sim, nosso filhote Minnie, somos soulmates, eu sou o seu alfa e você é o
meu ômega e o filhote em seu ventre é nosso bebê – Ele fala incrédulo
como se tudo fosse óbvio, meus sentimentos e tudo dentro de mim dá
uma volta e então eu sinto uma lágrima escorrer por minha bochecha
enquanto eu ainda o olhava – Minnie porque você está chorando?

— Por suas palavras, eu... Eu realmente não pensei... – eu começo a falar,


mas sai tudo meio embolado pelo choro, então Jeon me interrompe.

— Meu ômega, fiquei tempo demais longe de você para não falar tudo o
que eu guardo a tanto tempo – Ele se levanta de sua cadeira e anda até
onde eu estou sentado se abaixando em meu lado colocando as duas mãos
em cima de minhas coxas, logo as minhas mãos vão de encontro as suas e
então a entrelaçamos, o sentimento de saudade, nostalgia e felicidade
percorrem meu corpo e então abro um pequeno sorriso voltando a olhá-
lo – Somos um só, sempre sonhei em ter tudo com você Jimin, sermos
marcados, casarmos, termos nossos filhotes e podemos ter pulado um
pouco a ordem, mas o que realmente importa é que estamos finalmente
juntos.

— Meu alfa... – Falo e então sinto meus olhos ficarem amarelos, meu lobo
está presente, finalmente poderemos ficar com o nosso alfa.

— Meu ômega, senti saudades de você – Os olhos de Jun brilham


vermelhos e então nossos lobos finalmente se reconectam.

Ficamos em silêncio por alguns segundos e então Jungkook começa a se


levantar e deixa um leve selar em meus lábios, novamente sinto todo o
meu corpo se revirar e um sentimento de saudades daqueles lábios finos
e avermelhados junto aos meus se faz presente e quando nos afastamos e
abrimos novamente os olhos sorrindo um para o outro. Depois disso o
nosso almoço ocorreu bem, conversamos sobre o trabalho de Jun e sobre
o bando, digamos que o meu alfa não trabalha seguindo à lei, mas eu já
sabia disso desde a adolescência, eu conhecia a grande maioria do que
trabalham com ele desde a escola, mas pelo que ele me contou tem
bastante gente que chegou nesse meio tempo.

Logo que terminamos eu lavei a louça enquanto ele secava e ele voltou
para o trabalho e eu fui para a sala assistir à mais um programa de
variedade qualquer, mas antes subi no meu quarto e peguei uma coberta
para ficar bem quentinho e confortável e liguei a televisão.

[...]

Se passou uma semana desde que Jungkook me “levou” até em casa e


nesse meio tempo não conversamos muito, na verdade, só conversamos
na aula de inglês já que ele novamente se sentou ao meu lado. Já havia
feito minha higiene diária e já estou a caminho da escola enquanto como
uma maçã e ouço minhas músicas, quando chego vejo Tzuyu sentada
junto a Soobin conversando, vou em direção aos dois e me sento junto a
eles.

— Bom dia, como estão? – Pergunto aos dois.


— Estamos bem, estávamos só te esperando para entrar – Soobin fala e
então se levanta seguido de Tzuyu que apenas ri.

— Apesar de Soobin já ter respondido por mim, eu também estou bem –


Ela fala enquanto estamos subindo a escada para passarmos pela porta de
entrada do colégio – E você Chim, como está?

— Estou bem! E estou animado, Jeongin volta daqui a dois dias do seu
intercâmbio em Paris – Falo sorridente, estou morrendo de saudades do
meu amigo e parceiro de dança, ele definidamente faz muita falta nas
aulas.

— Eu vi hoje de manhã no grupo, já quero saber todas as novidades de lá


– Soobin fala.

Fomos em direção a nossos armários onde eu guardo os livros que não


precisar nas primeiras aulas do dia e sigo junto a Tzuyu para a aula de
física enquanto Soobin vai para a sua aula de química avançada,
sinceramente eu não sei como ele gosta de química e muito menos de
física. Logo que entramos na aula vemos que o professor já está na sala
nos esperando, então sentamos em nossas carteiras mais ou menos no
meio da sala.

E então eu o vejo, passando pela porta junto a seu grupo de amigos e um


ômega que eu ainda não tinha visto na escola, eles vão em direção a seus
respectivos lugares e o ômega vai em direção a mesa do professor onde
entrega um papel e espera ainda ao lado dele.

— Bom dia, turma, temos um novo aluno em nossa aula, o Sr. Kim – ele
fala e aponta para o menino ao seu lado – É novo e veio de Daegu e eu
espero que vocês o recebam bem.

— Pode deixar professor, iremos o receber muito bem – Ouço uma voz vir
do fundo da sala onde o grupo de Jungkook está sentado, então olho
rapidamente para trás e vejo que um dos alfas que andavam junto a ele
que havia falado.

Então volto a olhar o ômega novo na escola e o vejo caminhas até uma das
carteiras disponíveis. Depois disso a aula ocorreu normalmente, assim
como o recreio e as aulas depois dele foram normais.

Agora eu estou caminhando em direção a minha aula de dança, estou


animado que logo começaremos a treinar as coreografias em grupo com
todos os alunos e depois nossas apresentações, os quais são de nossas
escolhas, então podem ser solos, duos ou em grupo também e como de
tradição vou fazer um duo com Jeongin, só vou o esperar voltar da viagem
para começarmos a pensar em tudo.

Assim que entro no vestiário de ômegas encontro Chaeryeong e Ryujin


onde nos trocamos e fomos para a aula, a professora começou a nos
alongar e depois apenas tivemos uma conversa sobre a proposta do
festival de dança desse ano e a cada palavra dela eu já pensava em minha
mente o que eu e meu amigo poderíamos apresentar.

Tivemos a prática de alguns passos que faríamos na coreografia e depois


a aula acabou.

Mais uma vez o meu caminho de volta foi sozinho e normalmente eu


gostava disso, mas desde aquela vez que o Jeon veio me perturbando eu
sinto a falta dele, também sinto a falta dele roubando o meu fone e não
calando a boca de jeito nenhum, mas definitivamente eu não deveria estar
sentindo nada disso, não quero ser mais um ômega na lista dele. Não
mesmo.

Quando cheguei em casa a percebi vazia, então retirei os meus sapatos


ainda na porta de entrada e fui direto tomar um banho para relaxar e tirar
a camada de suor que tinha em meu corpo apois a aula, e mesmo eu
amando muito a dança e tudo que a envolve sei que dói e cansa demais
então depois do banho coloquei um pijama simples e decidi tirar um
cochilo antes de meus pais e irmãos chegarem.
Eu não havia percebido o quão cansado o meu corpo estava até deitar o
meu corpo no colchão e me cobrir com um edredom e o que era para ser
apenas um cochilo me faz acordar somente no outro dia.

Capítulo 5
Park Jimin
Finalmente completei os três primeiros meses da minha gravidez e um
grande alívio se apossou de meu corpo, meu filhote está seguro dentro de
meu ventre, agora que eu e Jungkook nos “assumimos” ele falou que
assim que eu completasse os três meses me levaria para conhecer seus
amigos e a empresa onde a máfia funciona. Estamos no começo de
novembro e o clima de natal começa a se instalar por toda Busan, já dava
para ver diversos comércios vendendo decoração de natal ou decorando
suas lojas com os enfeites natalinos.

Agora estamos no carro juntos, é a primeira vez que saio de casa desde
que apareci no meio da noite na casa de Jungkook, que agora ele me fez
aceitar que é nossa casa, então eu só concordei. O mais fofo da minha
relação com o Jungkook é o sentimento de nostalgia, pois quando
namorávamos na escola ele me levava em casa e andávamos de mãos
dadas em conversas super animadas e agora no presente, estou sentado
ao seu lado dentro do carro, mas uma de suas mãos segura a minha mão
forte e possessivamente, não estamos conversando, mas estamos
cantando que nem dois malucos com a nossa obsessão pela Hyuna.

Nós vamos todo almoçar no shopping no centro de Busan, não demorou


mais do que quinze minutos até que estivéssemos estacionando o carro
no estacionamento subterrâneo e indo em direção a parte comercial, o
shopping tinha enorme lojas inclusive lojas de grife internacionais, eu
observava tudo e vi algumas lojas com roupas de bebês, gostei de
imaginar que um dia eu estaria procurando roupinhas pro meu filhote.
Andamos de mãos dadas em meios as lojas até a parte onde se localizava
os restaurantes, entramos e logo o recepcionista veio ao nosso encontro.

— Boa tarde, o senhor tem reserva? – Ele falou diretamente com Jun, ele
me deu uma rápida olhada de cima a baixo e depois voltou a olhar o meu
alfa.

— Nós temos reserva – Ele disse seco para o homem que arregalou os
olhos para o mesmo – Jeon Jungkook – Jun terminou de falar e aí os olhos
do homem pareciam que sairiam do lugar de tão arregalados que
estavam.

— Ah, sim senhor, os seus amigos já os esperam – O recepcionista disse


olhando o tablet que segurava entre as mãos.

— Que bom e dá próxima vez que o senhor olhar o meu ômega com esse
seu olhar nojento eu corto sua garganta sem pensar duas vezes –
Jungkook disse e eu sorri, meu ômega, por fora eu continuei o meu olhar
pleno com um leve sorriso para ele, mas por dentro estava soltando fogos
para todos os lados, senti saudades de tudo isso.

O homem nos guiou até a mesa onde os amigos de Jun estavam e quando
eu olhei para trás ele já havia corrido de volta para a entrada do
restaurante, medroso.

— Boa tarde Hyungs e boa tarde Dam – Jungkook falou agora doce e eu
observei os alfas e os ômegas presentes sentados na mesa e o pequeno
ômega, que estava sentado em uma cadeira especial para crianças, sorri
com vergonha – Esse daqui é o amor da minha vida, Jimin – Ele falou e
quando o olhei ele estava sorrindo com os seus dentinhos de coelho.

— Então esse é o famoso Jimin que o nosso saeng tanto fala – o ômega
moreno que usava óculos de grau falou sorrindo quadrado – Prazer, meu
nome é Jung Taehyung e esse é o meu pequeno Dam – O pequeno sorriu
para mim com o mesmo sorriso do pai.

— Prazer – Falei, ainda segurava a mão de Jungkook que deu uma leve
apertada me incentivando – É um prazer conhecer todos vocês.

— O prazer é todo nosso Jimin, estávamos ansiosos para conhecer você e


a ou o futuro filhote de vocês dois – O outro ômega se pronunciou, esse
que tem os cabelos pintados em um tom de roxo, ele é muito lindo.

— Enfim, esses são Namjoon, Yoongi, Hoseok e a minha irmã Soyeon – Eu


assentia para cada um que ele me apresentava até ele falar da irmã de
Jun, faz muito tempo que não nos víamos e fomos bons amigos na escola,
quando a olhei ela abriu um grande sorriso, o mesmo sorriso de coelho
que Jun tem e veio correndo em minha direção.
— ChimChim eu estava morrendo de saudades de você – Ela me abraçou
forte e eu de imediato retribui o gesto – E olha... Finalmente vocês estão
juntos e vão ter uma família logo, logo.

Eu sorri, parece que nenhum deles não ligam do meu filhote não ser filho
legitimo de Jun, mas até eu descarto essa ideia, pai é quem cuida e ama, e
Jungkook é o meu alfa e ama o nosso filhote e juntos somos uma família
em desenvolvimento. Jun puxou uma cadeira para mim me sentar e
sentou em uma ao lado dela.

Sempre segurando a minha mão. O almoço foi maravilhoso quando Dam


descobriu ter um filhote dentro de mim ele não me largou mais, ele é um
fofo, ficou falando com a minha pequena barriga o almoço todo, Taehyung
é muito engraçado e me senti muito bem com a sua presença, o papo foi
ótimo, me senti muito bem entre eles e eles super me fizeram me sentir
confortável, Soyeon contou algumas histórias de suas viagens pela
Europa e eu fiquei encantado, Tae e eu marcamos de ir ao shopping
comprar coisas para o meu filhote e Soyeon nos avisou que também viria
conosco.

— Eles te amaram – Jun beijou a minha mão enquanto saíamos do


restaurante – Mas também quem não gostaria de um ômega tão perfeito,
inteligente e engraçado como você amor.

— Para hyung – Ele me olhou quando o chamei de hyung e sua cara era
bem engraçada – Ué, você me pedia para te chamar assim na escola – Dei
de ombros.

— Então gatinho, como seu hyung quero que me chama de seu alfa – Ele
falou sério e eu ri.

— Tá bom então seu alfa – Ri mais ainda e dessa vez ele riu junto também
– Estou brincando, eu entendi meu alfa.

— Acho bom – Ele fez um biquinho de indignação, esse que eu beijei e se


transformou em um lindo sorriso – Vamos para casa?

— Vamos! – Falei animado, estou doido para levantar as minhas pernas e


tirar um cochilo com o calor de Jun perto a mim.
Quando chegamos a casa praticamente puxei Jun até o meu quarto e ele já
sabia o que eu queria fazer, então só se deitou de barriga para cima e
tirou a camisa e, minha nossa senhora da bicicletinha ele só fica mais
bonito, Jungkook tem um corpo maravilhoso, com gominhos e um físico
digno de um Deus grego, ele abriu os braços e eu me deitei em cima dele
colocando minha cabeça na curva de seu pescoço. Virou praticamente um
hábito quando eu precisava dormir ou descansar deitar em cima dele e
ficar cheirando o seu aroma maravilhoso até cair no sono enquanto
recebia carinho de suas mãos em minhas costas, e quando eu acordo
estamos na mesma posição, mas na maioria das vezes ele só está com os
braços envolta de minha cintura enquanto dorme.

Então mais uma vez me deitei em cima do mesmo, ele me colocou um


pouco de lado para como ele mesmo diz “não machucar nosso filhote” e
em poucos minutos exalando o seu cheiro maravilhoso eu adormeci.

[...]

Eu estava indo em direção a cantina do colégio para comprar o meu


lanche quando senti o cheiro dele, tentei ignorar a sua presença enquanto
pegava meu celular no meu bolso, mas assim que levantei o meu rosto
Jungkook estava beijando uma ômega, acho que seu nome é UI, eu
continuei a andar fingindo não ter visto nada, mas assim que eu cheguei
no final do corredor e passei pelas portas duplas que davam para a
cantina o meu coração se apertou... Por que eu estou com ciúmes dele
estar beijando uma ômega? E por que eu quero tanto estar no lugar dela?

Afinal, surgiu repentinamente uma vontade enlouquecedora de ter


aqueles lábios finos juntos aos meus, de ter seu corpo que emanava calor
mesmo de longe mais perto de mim e principalmente tê-lo para mim, mas
eu ainda não gostava dele e quanto mais eu repito para mim que eu não o
suporto mais o meu coração e meu lobo afirmam que isso é uma mentira.

E é.

Quando mais quero odiá-lo, mais ele me faz gostar de si e isso é tão
irritante.

Continuei andando e fui em direção aos meus amigos que já estavam na


fila para comprar o lanche, mas não estava nada bem, minha vontade era
voltar lá, arrancar aquela garota e beijá-lo, mas não me mexi um
centímetro.

— Que cara de bunda é essa, Jimin? – Soobin me perguntou – Você está


mais quieto que o normal.

— Estou bem, só estou estressado com as aulas de dança – Menti.

— Fiquei sabendo que Jeongin voltou hoje de viajem, logo vocês voltaram
a dançar juntos – Tzuyu se pronunciou enquanto andava para frente na
fila.

— Sim, nossa estou morrendo de saudades dele, finalmente vou ter


minha dupla de contemporâneo de volta – Disse rindo, eu amo fazer
solos, mas duos são a minha paixão, ainda mais quando posso fazer com
alguns de meus amigos, em especial Jeongin.

Compramos o que queríamos comer e fomos em direção a nossa mesa


cotidiana e assim que me sentei tive a visão de Jungkook, ele me olhava e
parecia preocupado ou pensativo, não sei, apenas o ignorei e me
concentrei em comer o biscoito e tomar o suco que eu havia comprado.
Logo eu e meus amigos embarcamos em uma conversa aleatória sobre
músicas de k-pop, minhas favoritas, e então eu decidi olhar de novo na
direção em que ele estava e novamente o encontrei me observando.

Depois do intervalo e de uma briga entre os meus amigos sobre qual


grupo de k-pop era melhor voltei para a sala e dessa vez era física, como
eu odeio essa matéria, eu não entendo nada de termologia, estou na
companhia de Tzuyu que compartilha a mesma cara que eu, a de quem
não está entendendo nada.

E no meio da explicação do professor sobre escala termométrica a porta


da sala é batida três vezes e depois da permissão do professor para a
entrada de quem bateu na porta eu tenho a visão do meu melhor amigo.

Jeongin.

Vejo ele se curvar rapidamente pro professor e quando ele olha na minha
direção, vejo o seu sorriso se abrir e ele começar a correr em minha
direção, logo ouço uma gargalhada sair de minha boca e eu me levanto
também indo em direção ao alfa e assim que chego perto ele se abaixa e
me pega no colo enquanto me roda.

— Jeongin! Você chegou! – Falo para ele – Estava com saudades de você!

Ele me coloca no chão e afaga os meus cabelos.

— Eu estava morrendo de saudades de você pequeno – Ele fala rindo.

Então eu ouço um rosnado baixo vindo de algum lugar da sala, mas estou
tão concentrado na chegada de meu amigo e em como estou feliz por ele
voltar que nem me importo.

— Vem senta aqui do meu lado – Falo enquanto saio o puxando até onde
eu e Tzuyu estamos sentados.

— Oi Tzuyu, tudo bem? – Ele fala para a ômega.

— Oi Jeongin, sentimos a sua falta e sim eu estou bem, e você? – Ela


pergunta para ele.

Mas antes de ele conseguir respondê-la, o professor nos chama atenção


para voltar a aula e ele só assente a cabeça para ela.

Depois que as aulas acabaram decidir todos irmos para a minha casa
comemorar a volta do meu amigo alfa, estávamos os três esperando
Soobin, Yuna e Chaeryoung para partimos quando vi Jungkook sair da
sala.

Ele estava de cara fechada e quando me olhou pendurado nas costas de


Jeongin seus olhos se mesclaram com vermelho por uns segundos, não
entendi e preferi ignorar, ele estava com raiva e eu não ligo, está se
mordendo atoa, afinal quem estava aos beijos no meio do corredor era ele
e Jeongin é só meu amigo e nada mais. Mas por que eu estou me
explicando mentalmente para ele? Logo os três que faltavam apareceram
e fomos em direção a minha casa.

Meus pais e meu irmão só chegam em casa de noite hoje, eles foram para
uma reunião na escola de Jay e depois iam jantar na casa de um dos
colegas do meu irmão. Então teríamos a casa só para gente até de noite.
Assim que entramos, meus amigos já se acomodaram no sofá e alguns
foram para cozinha para fazer nosso almoço. O abusado do Soobin já foi
ligando meu Xbox para jogar Just Dance, ele é bem viciado e vem aqui
para casa só para jogar o jogo de dança, e enquanto eu, Yuna e Jeongin
estávamos na cozinha fazendo o nosso almoço eu ouvia as risadas de
Chaeryoung, Soobin e Tzuyu enquanto jogavam.

— Comida ‘tá na mesa – Yuna falou colocando a travessa de Kimchi na


mesa de jantar.

Pareceu até promoção de 90% de desconto, eles largaram o jogo e


praticamente correram para a mesa se sentando nas cadeiras e já
aguardando para comer. Depois desse desespero inicial começamos a
conversar enquanto nos alimentávamos.

— Mas eaí Jeongin como foi a viagem para Paris, como foi as aulas de
dança lá? – Perguntei.

— Meu pequeno você iria amar lá é lindo e os dançarinos são tão


incríveis, foi mágico, mas eles são duros na queda as aulas eram super
pesadas, tentei aproveitar e absorver ao máximo todos os ensinamentos
dos professores – Ele falou após terminar de mastigar.

— E não encontrou nenhum ômega francês não? – Chaeryoung perguntou


rindo.

— Por incrível que pareça sim – Ele fala e todo mundo, inclusive eu, o
olha esperando que ele continue – O nome dele é Kyungsoo e ele é filho
de um francês e uma coreana, ele é tão lindo...

— Eita meu povo que o alfa tá apaixonado – Soobin fala e começa a rir
logo todos nós estamos rindo alto, mas ele não negou.

A nossa tarde foi bem divertida e cheia de gargalhadas e risadas,


dançamos muito Just Dance e Soobin conseguiu ganhar de mim e de
Chaeryoung dançando, um absurdo. No final da tarde eles se despediram
e foram embora e eu fui finalmente tomar meu banho.

Logo os meus pais chegaram e a rotina da noite se repetiu.


Jeon Jungkook

Eu estava indo em direção a cantina, precisava falar com Jimin, não


aguento mais essa tensão e guardar que somos almas gêmeas só para
mim, já que parece que ele não sabe. Eu não consigo tirá-lo da minha
cabeça desde o início do ano letivo, sempre o estivesse observando e
protegendo de outros alfas, ainda me lembro do dia que ouvi alguns alfas
insignificantes da minha sala comentando em uma rodinha sobre ele.

— Ele é um ômega muito bonito além de muito gostoso – Um dos alfas


comentou – Sorte de quem for namorado dele, vai tirar a sorte grande.

Me aproximei deles, estava fervendo de raiva, como eles ousam falar


assim do meu ômega, meu lobo não estava diferente de mim. Foi então
que o outro que também estava na rodinha falou me olhando:

— E você Jungkook, o aclamado alfa lúpus por que não dá uns pegas no
Park? – Ele fala rindo e os outros os acompanham, até eu dar um soco na
cara dele.

— Nunca mais falem do meu ômega, nunca mais o derespeite falando do


corpo dele e nunca pensei em chegar perto dele, se eu os ver perto dele
arranco a cabeça de cada um e assim vocês verão o aclamado alfa lúpus –
Meu lobo toma o poder e fala logo o devolvendo para mim, vejo todos de
olhos arregalados e tremendo de medo, eles correm medrosos para fora
da sala.

Mas quando eu estava quase chegando na cantina sinto meu corpo ser
jogado contra a parede e minha boca ser beijada, eu ainda estava de olhos
abertos quando vi IU me beijando, eu conversava com ela, mas era apenas
sobre a matéria ou sobre os nossos pais que são amigos de empresa. E
então ela estava ali me beijando, fechei meus olhos para juntar forças
para não a jogar longe, já que ela é uma ômega filha dos amigos de meus
pais.

Logo que juntei todas as minhas forças e minha incrível paciência a


segurei pelos ombros e me soltei dela, mas quando olhei para a porta da
cantina ela estava sendo fechada, achei estranho, alguém nos viu se
beijando.
— O que foi isso IU? – Pergunto a olhando.

— Um beijo Jungkook, já que você não teve coragem de me beijar eu


tomei a iniciativa – Ela falou sorrindo, meu pai ela entendeu tudo errado.

— IU eu não quero te beijar nem queria, na verdade, quero ser só seu


amigo – Digo a ela e vejo seu sorriso se fechando lentamente.

— Ai meu Deus, desculpa Jungkook, eu entendi tudo errado – Ela se


explicou e eu sorri compreensível.

— Está tudo bem... Agora vamos lanchar – Falo e vou em direção a cantina
a procura de Jimin e IU vem comigo, mas logo segue em direção ao seu
grupo de amigas.

Me sento com alguns colegas e corro os meus olhos pelo lugar e então eu
o vejo...

Meu Deus ele é tão lindo, com certeza foi esculpido por anjos, ele estava
sentado algumas mesas a frente a minha e estava rindo com seu grupo de
amigos, os únicos que eu sei o nome é Tzuyu e Soobin tenho algumas
aulas com os dois, ele tem um sorriso tão bonito, seus olhos viram dois
pequenos risquinhos e suas bochechas ficam muito fofas e ainda tem
aquele dentinho torto, tão perfeito.

Então o seu olhar caiu em mim e logo vi o seu sorriso se fechar, fiquei
automaticamente preocupado, por que ele está me olhando assim? Ele
desvia o olhar de mim e passa o resto do intervalo inteiro me ignorando.
Se eu pensava que não tinha como piorar eu estava muito, muito
enganado.

No meio da nossa aula de física no meio da explicação, que eu


particularmente não estava prestando a mínima atenção afinal eu estava
mais concentrado em observar Jimin mordendo um lápis em meio aos
seus lindos lábios, quando um alfa entrou pela porta tendo uma breve
conversa com o professor, logo que ele entrou a postura de Jimin mudou e
ele abriu um lindo sorriso e então teve uma cena lá dele e do alfa se
abraçando e pior.
O alfa chamou o meu ômega de “meu pequeno” onde já se viu, Jimin
percebeu o meu olhar e simplesmente ignorou, mas eu não o culpo
deveria ter contado antes sobre a nossa ligação, depois disso os dois
ficaram grudados um no outro e eu não tive nenhuma oportunidade de
falar com ele.

Fui para casa pensativo em como contaria para ele que somos almas
gêmeas e principalmente em que momento, meus pais não estavam em
casa quando cheguei então fui para o meu quarto tomei um banho e
simplesmente capotei na cama, nem vi Soyeon ou Jungwon.

Capítulo 6

Park Jimin
Quando acordei ainda estava em cima de Jun e ele me segurava pela
cintura, ainda estava dormindo com a boquinha entre aberta e seus
cabelos castanhos todo bagunçado pelo travesseiro, levanto mais minha
cabeça e tento sair de cima de si, mas logo a minha cintura é puxada
novamente pro lugar e ele me aperta mais contra si.

— Amor eu preciso ir ao banheiro – Digo fazendo um carinho com a


minha mão livre tentando acordá-lo só para eu sair para fazer as minhas
necessidades.

— Tá bom – Ele me solta fazendo um biquinho fofo ao qual eu deixo um


selar e ele sorri bonito, seus dentinhos de coelhinho sempre me
encantaram demais. Ele abre um dos olhos e ri mais ainda, pois eu ainda
estava em cima de si o observando, sinto minhas bochechas esquentarem
e então com vergonha m e levanto indo em direção ao banheiro.

Faço minhas necessidades e aproveito para já fazer minhas higienes


matinais, mas só quando eu saio do banho me lembrei que não tinha
trago para o banheiro sem nenhuma roupa para colocar, me enrolo na
toalha e saio indo em direção ao closet, porém logo que saio tenho a visão
de Jungkook só de calça de moletom, sim, ele dorme só de calça, olhando a
vista da janela, aproveito para tentar passar despercebido, mas logo ouço
sua voz rouca por acordar a pouco tempo:

— Bom dia Minnie – Ele fala sem se virar e eu paro estático no lugar onde
eu estava.
— Bom dia, é... Eu vou me vestir – Passo praticamente correndo para o
closet e ouço sua risada.

— Sabe que não precisa ter vergonha de mim né? – Ele vem atrás de mim
e fica no batente do closet, mas está de costas, o olho e percebo ser
verdade ele é o meu alfa então não há o porquê de ter vergonha, apesar
de que eu não queria que a primeira vez que ele me visse nu fosse
grávido, mas é o nosso filhote.

— Pode virar alfa – Falo e ele parece ter virado uma estátua, ouço ele
respirar fundo umas duas vezes antes de tomar coragem e se virar
devagar, fico com vergonha então só fico parado.

— Sabe Minnie eu achei que já havia visto a coisa mais linda do mundo
que é você grávido, mas vê-lo nu e grávido do nosso filhote é a maior
beleza que eu consigo ver com os meus próprios olhos – Ele olha para
minha barriga e sorri – Você é todo perfeito amor, nem sei porque sou
digno de tanta beleza ao meu lado, como meu ômega.

— Eu também não faço a mínima ideia de porque sou merecedor de um


alfa tão perfeito e de bom coração, além de lindo demais ao meu lado, mas
somos destinados, o universo nos escolheu para ficarmos juntos nos
amando até o nosso último arfar – Caminho até o seu corpo e o abraço
forte e logo sou retribuído, suas duas mãos estão em minha cintura que
está começando a alargar.

Me afasto de seu pescoço e o olho nos olhos, seus olhos brilham e eu sinto
os meus corresponderem, meu alfa carrega uma galáxia inteira nos olhos
e eu amo cada estrela que eles guardam, sinto uma de suas mãos em
minha nuca e ele aproxima os nossos lábios, o que no começo era um
beijo lento e com muito carinho passou a ser um beijo afoito e sedento. Eu
sentia nossas línguas brigando por espaço e sua mão apertando cada vez
mais a minha cintura, Jun começa a caminhar e quando minhas costas
encostam na cômoda de roupas que tem ali, ele se abaixa um pouco em
minha frente e segura as duas dobras dos meus joelhos me fazendo dar
um impulso e me sentar no móvel.

Ele sorri sacana para mim e eu sinto todos os pelos do meu corpo se
arrepiarem, ele volta para cima e segura o meu rosto com as duas mãos
me beijando com carinho, sinto a sua língua chupar a minha e sinto que
perdi todas as minhas forças, logo faço a mesma coisa com a sua língua e
ele começa a descer os beijos pela minha bochecha, mandíbula e logo
chega em meu pescoço, rodeio as minhas pernas em sua cintura e levo as
minhas mãos até a sua nuca apertando um pouco seu cabelo. Ele começa a
distribuir beijos, mordidas e chupões por toda a extensão do meu pescoço
e eu sinto o meu corpo começar a ficar mais mole e desejando mais de
todo o prazer que ele está me dando, aproximo mais o meu corpo do seu
procurando por mais contato e no mesmo momento ele passa levemente
seus dentes pela área que já estava sensível pelos seus chupões e então eu
arranho suas costas tentando descontar um pouco do que eu estava
sentindo ali. Provocando um gemido meu que recebo mais um chupão e
dele pela ardência na pele.

Com o contato eu consigo sentir a extensão do meu alfa começar a


endurecer e ele começa a se afastar um pouco parando os beijos em meu
pescoço e tentando se acalmar respirando fundo.

— Desculpa eu não consegui me controlar – Ele diz ele respira fundo


tentando voltar ao normal.

— Mas eu não quero que você se controle Jun, eu quero fazer – Falo e
então ele me olha com as vistas arregaladas – Sei que estou grávido, mas
isso não me impede de sentir prazer.

— Você tem certeza Minnie? Eu prometi para mim mesmo que só faria
quando você se sentisse cem por cento confortável e não iria te induzir a
fazer nada, mas é que foi mais forte do que eu... – Ele se vira de costas e
passa a mão pelos cabelos os jogando para trás, consegui ver as marcas
um pouco avermelhadas das minhas pequenas unhas em suas costas indo
do ombro até o final da coluna.

— Tenho certeza, preciso ser finalmente seu – Falo e desço devagar do


móvel e vou em sua direção que ainda está de costas, o abraço por trás e
levo minhas duas mãos ao seu peitoral desnudo e passo as unhas dessa
vez com cuidado e vou até o final de seu abdômen, depois dedilhando os
meus dedos vou até o seu membro meio ereto e o aperto ainda por cima
da calça de moletom e o vejo tombar a cabeça para trás e suspirar.

Jungkook se vira e seus olhos estão vermelhos, mas não de raiva e sim de
paixão e de tesão, logo sinto os meus olhos brilharem azuis e então ele me
pega no colo e me leva até o quarto me colocando na cama com cuidado e
então ele tira a calça enquanto olha todo o meu corpo, ajeito as minhas
costas na cama e ele me olha preocupado eu só nego com a cabeça e ele
continua a retirar a peça de suas pernas, então ele fica parado olhando
para o meio das minhas pernas e vai de uma vez em direção a minha
entrada colocando a boca ali. Gemo pela surpresa de tê-lo ali e seguro
levemente seus cabelos ali, está muito gostoso e eu não quero que ele
pare.

Jeon Jungkook

Eu estava sentindo o cheiro maravilhoso da excitação de Jimin enquanto


tirava a minha calça e quando retirei a minha calça tive o enorme prazer
de ver sua entrada expelindo lubrificante natural, Jimin tem o cheiro
maravilhoso de framboesas então quando aproximei o meu rosto de sua
entrada e os meus lábios entraram em contato com ela foi como
encontrar o meu novo vício.

Coloco a minha língua para fora e recolho todo o líquido, que era expelido
devagar e sinto a mão de Jimin que segura o meu cabelo apertar, passo a
minha língua mais algumas vezes pelo local para cima e para baixo e
também em movimentos circulares o ouvindo gemer manhoso, os pelos
de meu corpo se arrepiam com o som mais lindo de se ouvir e sinto o meu
pau dar mais uma fisgada, subo os meus beijos até os seus testículos os
quais eu chupo devagar o ouvindo arfar e arquear levemente as costas e
quando chego em seu falo o lambo da base até a cabeça sentindo mais do
gosto de framboesa causado pelo seu pré-gozo.

Coloco minha boca em volta de sua glande e rodo minha língua em volta
dela algumas vezes e depois começo a colocar todo o seu volume para
dentro, sinto as veias de Jimin contra a minha língua e eu começo o
movimento de sucção para cima e para baixo, os gemidos de Jimin
começam a ficar cada vez mais altas e eu preciso prepará-lo não vou
aguentar muito e meu pau já está duro até demais, está doendo demais
até. Coloco um dedo dentro dele e sinto o seu interior tentar me expulsar,
ele é muito, muito apertado e já me imagino o invadindo e tendo todo
esse aperto em volta do meu pau. Começo a estocá-lo devagar até o sentir
mais relaxado, continuo a chupá-lo para distraí-lo enquanto coloco mais
um dedo dentro de sua entrada.

Quando já estava com três dentro de si em movimentos de entrada e


saída bem rápidos sinto sua virilha tensionar e o aperto no meu cabelo
ficar mais forte, então o retiro de minha boca e paro de invadi-lo e ouço
um gemido de insatisfação, rio do biquinho que seus lábios carnudos
formam e logo começo a beijá-lo.

— Você só vai poder gozar de tanto sentir prazer de me ter dentro de


você – Falo após me ter me separado do beijo e me aproximado de seu
ouvido, sinto sua pele arrepiar e eu mordo o seu lóbulo enquanto simulo
uma estocada e Jimin geme bem pertinho de meu ouvido.

Me afasto e o olho nos olhos enquanto simulo mais uma estocada fazendo
seu corpo ir para frente e para trás e dessa vez vejo seus olhos se
revirarem, seguro suas duas mãos com uma das minhas e as prendo
acima de sua cabeça enquanto volto a beijá-lo e deixar chupões em seu
pescoço, por enquanto essa vai ser a minha marca.

Por Jimin ser o meu ômega e os nossos lobos terem se reconectado eu não
vou ter hut enquanto ele estiver grávido, sendo só mais uma prova que
somos almas gêmeas.

Deixo beijos em seus ombros e vou em direção aos seus mamilos rosados,
onde os chupo e passo a língua em volta, sinto suas mãos tentarem se
soltar, mas não deixo e então quando eu passo para o outro e o chupo
com um pouco mais de força o sinto arquear as costas tanto que sinto o
calor de sua barriga entrar em contato com a minha. Após terminar
naquela área eu beijo sua barriga, com um pequeno volume, mas que já
bem perceptível que o nosso filhote está ali.

Ainda acho a coisa mais feliz de toda a minha vida poder falar isso, nosso
filhote, é a realização do meu maior sonho, ser pai junto a Jimin. Construir
e ter uma família ao seu lado. Beijo toda a extensão e depois volto a beijá-
lo deixando diversos selares em seu rosto e boca.

— Eu vou entrar agora tá bom amor? – Falo e o vejo concordar – Se eu te


machucar você me fala que eu paro na hora.

— Eu confio que você não vai me machucar Jun – Ele me responde e vejo
os seus olhos brilharem. O beijo profundamente e logo nossas línguas
estão em uma briga por espaço quando vou me separar o sinto puxar o
meu lábio inferior em meio aos seus dentes e eu o olho, seus olhos agora
mostram luxúria e prazer.
Me posiciono meu falo em sua entrada e o forço devagar para dentro, vejo
cada centímetro meu ser engolido pela entrada de Jimin e puta que pariu,
eu não vou durar nadinha, o seu aperto junto ao espaço quente e macio
me faz enlouquecer, é com certeza o segundo melhor lugar para se estar,
já que o primeiro é em seus braços. Quando termino de entrar o ouço
gemer em satisfação, espero um tempo para o seu interior se acostumar
com o meu tamanho dentro de si e quando o vejo começar a rebolar com
meu pau dentro de si, é quando eu perco quase toda a minha sanidade.

— Mexe Jun... Por favorzinho, fode o seu ômega – Ele geme manhoso e o
que eu resto de sanidade que eu tinha acaba – Me fode gostoso hyung...

— Com o maior prazer meu ômega – E então eu começo a me movimentar


primeiramente devagar, mas indo fundo e colocando bastante pressão,
nossos gemidos tomam todo o quarto, mas o meu objetivo é fazer todos
os vizinhos o escutá-lo gemer enquanto eu o fodo.

Acelero um pouco os meus movimentos e levo a mão que não está


segurando as de Jimin a sua coxa que eu levante e coloco ao lado de
minha cintura descontando um pouco do prazer que é estar dentro dele
nela, solto as suas mãos e levo a minha agora livre em direção a sua
cintura a qual também aperto. Nossos gemidos estão cada vez mais altos,
sinto a entrada de Jimin apertar cada vez de meu pau, toda a glande e
suas mãos arranhando as minhas costas me fazem ir à loucura, mas é aí
que ele me surpreende.

Ele pega a minha mão que segurava sua cintura e a tira dali e a leva em
direção ao seu pescoço enquanto me olha com expectativa, ele fecha os
cinco dedos da minha mão em seu pescoço e puxa o meu braço para baixo
o enforcando, tomo um susto e abro os meus dedos.

— Aperta – Ele fala e então eu fecho os meus dedos de volta – Pode


apertar eu gosto – Ele fala e então eu aperto devagar voltando a fazer os
meus movimentos.

Tento não o apertar demais, mas quando ele começa a gemer eu sinto
através da minha mão a vibração de suas cordas vocais, saio de dentro
dele e o vejo me olhar curioso com o que eu vou fazer, viro o seu corpo o
colocando de quatro de frente para mim e então tenho a incrível visão de
sua entrada piscando pela falta de preenchimento.
— Fodidamente perfeito gatinho – Volto a me posicionar atrás de si e me
coloquei dentro dele de uma vez, seu gemido foi alto, finalmente os
vizinhos o escutaram e agora nos presenciariam se amando até o final –
Deita na cama amor.

Ele deitou seu rosto e se inclinou ainda mais para mim, puta que pariu
que visão, não me aguentei e desferi um tapa em sua bunda que gemeu
pela surpresa, logo dei outro tapa na outra banda de sua bunda e agora
seu gemido foi completamente manhoso.

— Hyung... Mexe logo – Toda vez que ele me chama de hyung sinto tudo
dentro de mim se esquentar e a minha virilha dar uma fisgada da forte,
obedecendo a sua ordem começo a me mexer agora com um pouco de
rapidez, seu lubrificante ajudava o meu pau escorregar dentro de si e a
passar em meio a sua bunda grande e farte que agora tinha a vermelhidão
da marca dos meus cinco dedos em cada lado.

Após minutos nós já gemíamos sem praticamente nenhuma pausa, o meu


pau entrava e saía praticamente sem pausa, levei minhas mãos até seu
peito e após apertar seus mamilos o levante colando suas costas ao meu
peito, levei uma de minhas mãos em direção ao seu pescoço o apertando
um pouco mais forte do que a das outras vezes, mas tomando cuidado
para não o sufocar e a outra foi em direção ao seu falo, que estava
esquecido até aquele momento.

— Gatinho... Primeiro eu e depois você vai poder gozar tá bom? – Ele


concordou com a cabeça várias vezes enquanto gemia – Só vai poder
quando eu deixar.

— Por favor hyung eu preciso... Preciso muito – Jimin disse em meio a


gemidos e eu continuei a masturbá-lo me enterrando dentro de si com
força.

— Shii... Meu bem, você vai, mas só quando eu deixar – Ele gemeu mais
enquanto eu falava rente ao seu ouvido enquanto deixava chupões agora
no outro lado do seu pescoço.

Voltei a fazer os movimentos na velocidade que eu estava fazendo antes e


o seu canal começou a apertar o meu pau, praticamente o estrangulando,
gemi em satisfação, o seu aperto me leva a loucura, tanto que eu gozei.
Gozei tanto que senti o líquido voltar para baixo já que nós estávamos de
joelhos na cama, me retirei devagar enquanto gemia pela falta de seu
aperto em volta de mim, escutando o mesmo ainda gemer.

— Pode gozar gatinho – Voltei a masturbá-lo e em poucos segundos o


líquido quente caiu minha mão e nos lençóis da cama, seu corpo ficou
mole enquanto ele ainda gemia e eu me sentei na cama o trazendo para o
meu colo.

— Eu te amo alfa – Ele falou enquanto tentava recuperar a respiração que


estava bastante ofegante.

— Eu te amo um milhão de vezes mais meu ômega – Respondi enquanto


beijava suas bochechinhas vermelhas.

Estamos uma bagunça totalmente suados e sujos de porra, além da cama


que também está, os cabelos cinza de Jimin estão grudados em sua testa e
suas bochechas estão vermelhas pelo calor. Me levantei com cuidado com
ele em meu colo no estilo noiva e o levei até o banheiro, abri o chuveiro
como deu e o coloquei com calma no chão, ele conseguiu firmar as suas
pernas mesmo que segurasse em meus ombros. Limpei todo o seu corpo
sem esquecer de nenhuma parte e me banhei rapidamente.

O coloquei na cama molhado mesmo já que teria que trocar os lençóis


sujos e peguei sua toalha o secando com cuidado, o virei de bruços e abri
a bandas de sua bunda vendo sua entradinha bastante vermelhinha,
lambi a área e depois terminei de secá-lo, fui até o closet e peguei uma
camisa branca de manga comprida, não queria colocar cueca nele para
não o deixar assado e como eu estaria ali o esquentando não ocorreria de
ele ficar com frio.

O vesti e depois fui rapidamente até o meu quarto pegando outra calça
para mim e roupas de cama nova, vesti a calça e voltei rápido o
encontrando já deitado quase pegando no sono profundo.

— Amor, já, já pode dormir, só me deixa colocar lençóis limpinhos pra


gente dormir – Ele concordou com a cabeça ainda de olhos fechados e eu
o coloquei sentado na poltrona que tem no quarto.

Coloquei tudo limpinho e logo voltei a deitá-lo em meio aos lençóis, me


aconcheguei atrás de si e o abracei sendo a conchinha de fora, minha mão
foi direto para a sua barriga e logo sua mão foi de encontro a minha a
entrelaçando. Logo eu estava dormindo com os meus amores junto a mim.

Capítulo 7
Jeon Jugkook

Eu estou decidido a contar hoje para Jimin sobre a nossa ligação meu lobo
clama por atenção e ter o nosso ômega aos nossos cuidados, saio de casa
cedo e vou na direção contrária que eu deveria ir para a escola, caminho
rápido para chegar à casa do meu soulmate quanto antes. Assim que viro
a última esquina em direção ao meu destino sinto o meu coração palpitar
a minhas mãos começarem a suar, as limpo na parte de trás da minha
calça e paro de frente ao jardim da casa do baixinho de cabeços cinzas
que eu tanto quero poder falar que amo.

Enquanto eu ainda debatia comigo mesmo se deveria bater na porta ou o


esperar aparecer ali do lado de fora a porta é aberta e eu tenho logo de
primeira a linda visão do rosto ainda um pouco amassado de Jimin, sem
ainda ter percebido a minha presença ali ele se despede de um alfa que eu
não conheço, mas se parece demais com o meu ômega só que é bem mais
alto que ele.

— Óh Jungkook! Não tinha te visto aí? – Ele dá um leve sorriso antes de


fechar a porta atrás de si e vir em minha direção, meu coração acelera
demais e sinto que a qualquer momento posso desmaiar no meio da rua
com a beleza estonteante que Jimin tem – Jungkook? Está tudo bem? – Ele
passa várias vezes as pequenas mãos em frente ao meu rosto e eu saio do
meu tempo de admiração a sua beleza.

— A me desculpa eu acabei me distraindo, eu acordei muito cedo hoje e


decidi te buscar para irmos para a escola – Ele me olha e então parece se
lembrar de algo e sua feição fica irritada, ele fica parecendo um gatinho
irritado assim.

— Por que não foi buscar a sua namorada? – Que namorada? Que papo é
esse? – Vi vocês ficando no corredor da cantina ontem... – Ele abaixa a
cabeça parecendo triste e então eu entendo o que aconteceu, ele viu a IU
me beijando.
— É Minnie aquilo foi um mal-entendido, por favor acredite em mim,
preciso muito te contar algumas coisas – Começo o acompanhar na
caminhada assim que o mesmo começa a andar em direção a escola – Está
livre depois da aula?

— Bem, só se você me esperar até eu sair da aula de dança – Isso verdade,


está perto do festival de final de ano o Jimin sempre se apresenta, vou
todos os anos só para o assistir – E aí você pode me falar o que tanto quer.

Assim que chegamos no colégio o alfa amigo de Jimin, Jeongin, o esperava


na porta para conversarem sobre a coreografia que dançariam no duo
que era praticamente uma tradição dos dois, logo Tzuyu, Soobin,
Chaeryong e Ryujin também chegaram e todos se distraíram em meio a
conversas banais até o início das aulas. Jungkook se manteve observando
o ômega até ele sair do pátio com seu grupo de amigos e ir para suas salas
de aula.

Apesar de Jungkook ser considerado popular na escola e ter seu grupo de


amigos o único que conversa é o intercambista Kim Taehyung que havia
chegado na escola na semana passada com objetivo de finalizar seus
estudos em Busan, de resto só ficavam perto de Jungkook para ganhar
“fama” e também tem IU, que só é minha amiga devido aos nossos pais.
Enfim espero o Kim aparecer e assim que ele aparece na entrada ele está
sorrindo com seu sorriso quadrado, nos tornamos bons amigos em pouco
tempo e temos uma intimidade invejável, o mesmo veio terminar a escola
aqui atrás de mais oportunidades de formação no exterior futuramente e
é uma pessoa extremamente inteligente e astuta.

Saímos em direção a nossa aula de geometria que é um dos poucos


tempos que temos juntos hoje, mas me sinto meio aéreo o meu lobo
também não deixa eu me concentrar na aula, não consigo parar de pensar
em Jimin e minha cabeça começa a calcular todas as suas possíveis
reações e então só agora paro para pensar que ele pode recusar, almas
gêmeas não são obrigadas a aceitar o laço, um medo descomunal se
instala em meu corpo e sinto o meu lobo acuado, estamos com medo da
possibilidade de uma negativa vindo de nosso ômega.

[...]

Park Jimin
Eu estava na aula de história e apesar de ser minha matéria favorita eu
não consiga me concentrar por nada, minha cabeça não parava de pensar
em possíveis assuntos para Jungkook querer conversar comigo depois da
aula, e mesmo eu o fazendo esperar até depois da minha aula de dança o
assunto é sério o suficiente para ele me aguardar e ele nem reclamou.

Todas as aulas ocorreram bem e eu tentei de toda maneira me concentrar


nas minhas matérias do dia, mas hoje é o único dia da semana em que eu
não divido sala com Jungkook e eu também não o encontrei no recreio, no
caminho para a aula de sociologia eu sofro uma intervenção:

— Park Jimin, me fale agora o motivo de você estar com esse bico de
aborrecido o dia inteiro – Tzuyu me chama atenção assim que entramos
no banheiro de ômegas.

— Jungkook falou que quer conversar comigo – Ela abre um sorriso – E


mesmo eu tentando despistá-lo falando que eu ainda tenho aula de dança
ele não desistiu, ele vai me esperar e eu estou surtando porque não faço a
mínima ideia do motivo para essa conversa.

— Uiui, o aclamado quer uma audiência com o ômega gostosão – Ela


começa a rir e eu sinto meu rosto esquentar e assim ela riu mais ainda –
Olha só está todo corado.

Então no meio de nossa crise de risadas uma das portas das cabines do
banheiro é aberta e uma ômega com os cabelos no tom de cinza e
bastante longos sai nos olhando com um sorriso no rosto, e assim eu
percebo que ela tem o mesmo sorriso que Jungkook e o formato de olhos
também, ela para em frente a mim e por ser um pouco mais alta que eu
ela me olha um pouco para baixo, mas com um olhar gentil.

— Então você é o famoso Jimin? – Ela me pergunta e eu não entendo o


que ele quer dizer – Jungkook fala muito sobre você.

Olho para Tzuyu em busca de algum apoio ou socorro, mas ela só dá de


ombros.

— Ah perdão, meu nome é Jeon Soyeon, sou irmã mais nova de Jungkook
– Mas é claro que ela é irmã dele, eu já a havia visto no recreio junto a ele,
eu tenho uma memória horrível – Enfim você parece preocupado com os
planos de Jun para vocês, mas não fique não é nada horrível, pelo menos
eu acho que não, mas se sinta tranquilo se ele fazer algo com você eu
mesma dou um sermão nele.

— O-obrigado – Digo e então inesperadamente ela me dá um abraço e eu


o retribuo depois de alguns instantes em choque com o toque repentino,
olho para Tzuyu que me olhava com as vistas arregalados e com a boca
aberta em um perfeito “O”.

— Até uma próxima – A ômega disse sorridente e acenou para mim.

— Até – Aceno de volta e ela se retira do banheiro.

— Mas o que foi isso? – Tzuyu fala assim que a porta é fechada e eu me
viro em sua direção.

— Eu também não faço a mínima ideia, a irmã mais nova do Jungkook


ouviu a nossa conversa sobre ele, me confortou e ainda me abraçou? –
Falo raciocinando todos os acontecimentos dos últimos cinco minutos
dentro desse banheiro – Com certeza eu estou sobre efeitos de
entorpecentes não é possível – Esfrego os meus olhos e eu continuo no
mesmo lugar – Vamos sair daqui antes que eu me convença que tudo isso
realmente aconteceu.

— Vamos porque eu também acho que estou ficando louca e com certeza
estamos atrasados para nossa aula – Saímos do cômodo e andamos
rápido até nossa sala e por algum milagre a professora ainda não havia
entrado.

— Eu ainda não estou acreditando que a irmã de Jungkook nos ouviu


fofocando sobre vocês dois – Tzuyu volta no assunto assim que nos
sentamos em nossas carteiras.

— Nem eu e olha que eu fui abraçado ainda por cima – A ficha ainda não
caiu – Com certeza ela vai contar isso para Jungkook, que vergonha.

— Ela pareceu gostar muito de você – Ela pontua.

— Ela é uma menina bem fofa e gentil, me deu um abraço e tinha


literalmente acabado de conhecer, eu a achei carismática – Digo e Tzuyu
concorda.
— Então mais tarde você vai ver o que o alfa aclamado quer com você e
mais tarde você conta toda essa fofoca para gente no grupo, porque eu
não vou aguentar até amanhã de manhã – Ela fala com as mãos juntas
praticamente me implorando.

— Se eu não chegar cansado em casa eu conto – Falo e então ela me olha


com incredulidade.

— Cansado Jimin? Por que você chegaria cansado? – Ela fala incrédula
olhando para mim.

— Hoje começam os ensaios para o festival de final de ano linda – Falo e


aí ela assente com a cabeça.

— Acho bom – Ela fala e então a professora entra na aula e começa a


lesionar.

[...]

Depois da última aula me levantei junto a Tzuyu e caminhei para fora da


sala, o que eu não esperava era encontrar Jungkook encostado na parede
ao lado da porta olhando o celular. Olhei para Tzuyu e ela me deu um leve
empurrão, fiquei cara a cara com ele e o observava enquanto ele fazia o
mesmo, esperei todo mundo sair para finalmente falar com ele.

— Vai mesmo me esperar? – Digo e ele assente.

— É um assunto sério, mas preciso de tempo e espaço para te contar


certinho, não quero contar correndo porque não sei a sua reação – Fala
para mim e começa a caminhar – Se importa de eu assistir a sua aula?

— Não, ela vai ser no teatro mesmo – Respondo e tento ignorar o resto
que ele falou para não ficar muito curioso, mas não deu certo.

Engoli a curiosidade para mim e caminhei junto a ele até o teatro, indo
para a plateia.

— Eu vou ficar aqui, que aí consigo te ver direitinho – Ele se senta na


primeira fileira de cadeiras.
— Você sempre se senta aí, todos os festivais você se senta nessa cadeira
– Falo e ele me olha surpreso, desde que comecei a me apresentar sempre
presto o máximo de atenção na plateia quando acabo a minha
apresentação e posso falar com certeza que vejo todo ano Jungkook
sentado no mesmo lugar.

— Gosto de te ver dançando, então me sento aqui para não perder


nenhum detalhe, só não sabia que você também não perde nenhum
detalhe das pessoas na plateia – Ele diz e sinto automaticamente meu
rosto enrubescer.

— Bem, vou me trocar, assim que a aula acabar eu volto e nós


conversamos – Ele concorda e eu levo minha mochila até o camarim e me
troco colocando uma roupa mais confortável, assim que volto encontro
Jeongin entrando enquanto conversa em chamada de vídeo com alguém.

— Mon amour me manque aussi – Ele fala e eu paro em frente a ele - Voici
mon ami Park Jimin je vous l’ai dit – E assim ele vira o celular para mim,
que sem entender apenas aceno para o homem que aparecia do outro
lado da tela, o mesmo falou alguma coisa para mim e depois Jeongin
voltou a falar com o mesmo até desligar.

— O que ele falou? – Pergunto.

— Que é um prazer finalmente te conhecer e que ele espera que tenham


uma oportunidade de se verem pessoalmente um dia – Ele me explica
com um sorriso bobo no rosto – Agora quero conversar sobre a nossa
coreografia, já pensou em uma música?

— Claro! Achei a música perfeita ontem, estou super ansioso – Falo dando
pequenos pulinhos o que o faz rir da minha animação.

— E qual vai ser esse ano pequeno?

— Pensei em lovely da Billie Eilish e Khalid.

— É perfeita pequeno, arrasou! – Ele estica a mão e eu dou um high five.


— Vamos que eu estou ansioso – Saio rindo até um canto do palco para
dar espaço para todos fazerem suas coreografias e começamos a pensar
no que faríamos, Jeongin é um ótimo coreografo e sempre aceita as
minhas sugestões o que faz com que as nossas apresentações tenham
nossa personalidade juntas.

Depois de aproximadamente uma hora e meia tinham uma ideia de como


iríamos começar e como iria acontecer boa, parte da coreografia,
queríamos contar uma história com a coreografia, mas que de alguma
forma ficasse aberta a interpretação de cada um que se tratava o assunto.
Quando o tempo de aula acabou ver Jungkook ainda na plateia com um
livro em mãos, me aproximo dele e me sento a cadeira ao seu lado, ele
fecha o livro com um sorriso e marca a página com o dedo entre as
páginas.

— Então sobre o que temos que conversar?

— Eu não sei se você sabe ou acredita, mas sabe lobos soulmates? – Ele
pergunta, parece nervoso ele não me olha apenas mantêm o olhar para os
pés enquanto espera uma resposta minha.

— Sei e eu acredito, parece bobeira para a grande maioria, mas eu sonho


em ter uma conexão tão incrível com alguém como é a ligação de lobos –
Falo ainda o olhando esperando-o retribuir o olhar, o que não demora
muito.

— Você acreditaria se eu dissesse que somos soulmates? – Fala olhando


no fundo, de meus olhos, seus olhos brilham vermelhos, sou lobo está ali.

De repente minha mente é tomada por informações, então toda


implicância que eu tenho com Jungkook é apenas o meu estado de
negação sobre a nossa ligação? Todas às vezes que o meu lobo ficou
animado ou eufórico com sua presença, ou com pequenos gestos foi por
isso? Será que ele está mentindo para mim? Mas se está mentindo, por
que se dar todo esse trabalho? E se realmente formos soulmates, como
vai ser a nossa relação daqui para frente? Será que ele quer me contar
isso para negar a ligação e continuar com os outros ômegas?

— Jimin? – Ouço ao longe, mas estou imerso em pensamentos e


questionamentos.
E se tudo isso foi apenas destino, essa raiva e ele ficar tanto com ômegas,
ele ficar indo me levar e me buscar em casa, se explicar para mim sobre o
beijo naquela ômega, será que toda essa “confusão” foi para a gente ficar
juntos? Será que eu quero ficar com ele? Mas que pergunta Jimin, mas é
claro que você quer ficar com ele.

— Acredito – Falo saindo do meu transe e ele parece ficar um pouco


surpreso – Acredito que somos soulmates, mas como você descobriu?

— Descobri quando meu lobo surtou porque o seu amigo te abraçou e te


chamou de “meu pequeno”, ele ficou me enchendo o saco o dia inteiro te
chamando de “meu ômega”, eu já gostava de você desde o início do ano,
mas só descobri depois – Ele fala e pega uma de minhas mãos e coloca
junto a sua.

— E por que não me contou antes? – Questiono.

— Bem, você não parecia gostar muito da minha presença então eu estava
esperando um momento bom para te contar, mas o apressadinho na
minha cabeça ficou rosnando a noite inteira semana passada e não me
deixou dormir, então tinha que te contar logo – Ele entrelaça as nossas
mãos juntas – E eu também não queria mais ficar longe de você, já estava
cansado de joguinhos e ter que fingir que não gosto de você.

— Eu não gosto do jeito que você lida com tudo, aparece com um ômega
diferente e antes eu achava que eu te odiava por ser prepotente e ficar
com todo mundo, mas entendi agora que era só ciúmes do meu lobo com
você – Falo.

— Bom, quer sair comigo? – Ele pergunta e volta a olhar nossas mãos em
sinal de vergonha de novo.

— Claro, mas você não precisa ficar com vergonha, na verdade, fique,
você fica fofo assim – Digo rindo e ele me olha incrédulo e tenta ficar
sério, mas logo começa a rir junto a mim.

— Jimin, tenha mais respeito pelo seu hyung – Ele diz estufando o peito.
— Hyung ou meu alfa? – Falo e então o seu sorriso se fechar lentamente e
vejo seus olhos se mesclarem com vermelho, enquanto tenho certeza que
os meus começam a ficar amarelos.

— Meu ômega – Seu lobo fala com o meu e eu sinto os meus pelos e os de
meu lobo se arrepiarem, logo o meu lobo começa a abanar o rabo e
rodopiar de felicidade.

— Meu alfa, somente meu – Eu falo e vejo o vermelho dos olhos de


Jungkook se intensificarem.

— Completamente seu, como você é completamente meu – Ele responde.

— Sempre – Eu falo por fim.

Capítulo 8
Hoje Jungkook terminou de colocar as minhas roupas no nosso novo
quarto que era onde ele dormia antes sozinho, porque o que antes era
meu vai ser o quarto do nosso filhote. Então agora eu estou saindo do
boxe do banheiro onde tomei um banho rápido, pois hoje vou sair as
compras com Taehyung, Soyeon e Jungkook e os alfas de Taehyung, os
três se alto convidaram para nossa “proteção” e eu sinceramente não
reclamo se pudesse passaria o dia todo grudado no meu alfa.

Coloco uma blusa de manga comprida e gola role preta, que ainda cabe
em meu corpo grávido de quatro meses, uma calça também preta e um
sobretudo marrom-claro para o frio que está fazendo, entramos a
algumas semanas no inverno e ele está fazendo jus ao seu nome, por fim
coloquei uma bota também preta e após arrumar meus fios que ainda
estão bem úmidos desço as escadas segurando o corrimão e prestando
atenção em cada degrau.

A aproximadamente três dias eu finalmente consegui entrar em contato


com meu irmão, Jay me contou que agora a internet é controlada e por
isso eu não havia conseguido falar com ele antes, segundo o próprio meu
pai está furioso e já disse que irá me deserdar, aparentemente Bogum
ainda não voltou e me sinto um pouco aliviado, menos um para sofrer na
mão do meu pai, mas a pior parte foi saber que a minha mãe foi agredida
pelo próprio marido sabendo disso quase sai correndo para casa, mas
Jungkook me fez prometer que não voltaria ainda mais agora com a
gravidez já avançada e Jay me prometeu que cuidou muito bem dela e que
se voltasse a acontecer me contaria.

O grande ponto é que não confiamos na polícia, ainda mais quando o


delegado é o alfa que me assediou no meu heat e que casaria comigo a
força, então como faríamos uma denúncia contra o meu pai, um homem
com uma empresa renomada em Busan e famoso por ser um pai de
família ótimo, rico e bem-sucedido, quem saí mal na história é minha mãe
que é dona de casa há anos desde que o meu pai a fez largar a faculdade
de psicologia para cuidar da casa, veio de família com poucos recursos
sendo conhecida apenas por ser esposa do CEO Park.

Após me acalmar aquele dia conversei mais um pouco com meu irmão e
prometi a ele dar um jeito de nos vermos e de ver minha mãe, quero
muito que eles me vejam grávidos ao vivo e não mais na foto em que
mandei a eles. Minha mãe ficou muito feliz de saber que eu havia
encontrado Jungkook e me explicou saber o endereço dele, pois o pai de
Jungkook havia ido até à empresa um dia com a mãe dele e por algum
acaso ela também estava lá, e em uma rápida conversa a mãe dele a
passou o endereço dele. E apesar de eu não gostar nenhum pouco do pai
de Jun a mãe dele sempre foi uma senhora muito gentil desde a época que
éramos namorados na escola.

Termino de descer as escadas e vou até à cozinha beber água, tenho


sentido muita sede e parece que a cada dia ela aumenta, os enjoos
finalmente passaram e minha barriga finalmente está crescendo em uma
velocidade considerável, cada vez tenho menos calças para usar, a porta
faz barulho enquanto é destrancada e quando me viro tenho a visão do
alfa mais lindo de todo o mundo entrando em casa com um sorriso no
rosto, após fechar a porta ele vem em minha direção com aquele sorriso
de coelho que eu tanto amo, Jungkook está vestindo uma camisa parecida
com a minha só que no tom de creme e também um sobretudo na cor
preta, além da calça e das botas na mesma cor. Ele me abraça e logo leva
seu rosto em direção ao meu pescoço.

— Senti tanta saudade Minnie – Ele fala abafado contra o meu pescoço –
Não aguento mais ficar uma manhã sem estar ao seu lado que já sinto
todo o meu corpo pedindo para sentir o seu cheirinho.

— Eu também senti muitas saudades de você, não consigo mais ficar sem
o seu cheirinho de uísque, por isso fico o dia inteiro no quarto sentindo
você – Falo e o sinto sorrir no meu pescoço, logo depois ele se afasta e
segura os dois lados do meu rosto e sela nossos lábios.

— Finalmente é Dezembro, passou tão rápido – Ele fala acariciando a


minha barriga enquanto eu só consigo sorrir, me sinto tão relaxado com
esse carinho que consigo fechar os olhos para aproveitar ainda mais o
cuidado – Pensei em decorar a casa para a ceia, os meninos sempre
passam na minha casa e agora tenho você de volta, tudo o que eu mais
quero é construir novas memórias aqui com você, finalmente juntos e
com a nossa família. – Ele pega uma das minhas mãos e deixa um selar
nela.

— Eu te amo tanto Jun, você não tem noção do quanto eu te amo, eu senti
tanto a sua falta esses anos, meu coração ficou tanto tempo sem você que
parece que todos os sentimentos que você me faz sentir se multiplicam
por todos esses anos que passamos separados – Levo minhas mãos as
suas bochechas onde início um carinho – Eu senti tanta saudade de você
por tanto tempo que tudo se tornou em um amor irrevogável e
completamente verdadeiro, sem barreiras ou limites.

— Meu Minnie eu tenho uma incrível noção de como você me ama,


porque eu te amo tudo em dobro, amo tudo em você em dobro e amo o
nosso filhote em dobro, agora eu tenho a minha família que eu amo tanto
– Ele fala se ajoelhando a minha frente e levantando uma blusa deixando
vários beijinhos pela minha barriga me fazendo sentir cócegas – Vamos?
Se nos atrasarmos capaz de Taehyung me matar.

— Vamos amor – Falo enquanto o espero se levantar e saímos em direção


ao carro.

Percorremos o trajeto ouvindo HyunA como sempre, Kpop sempre foi um


ponto muito importante na nossa relação desde a escola gostávamos de ir
e voltar da escola ouvindo músicas da HyunA, Itzy e nada mudou. Quando
I’m not cool termina de tocar e começamos a rir já que sabíamos toda a
coreografia e mesmo no carro quando parávamos no sinal Jun tentava
dançar mesmo sentado, chegamos enfim ao nosso destino. Jugkook
estacionou no subsolo e subimos juntos até o andar do térreo do
shopping, quando chegamos a frente ao mesmo restaurante da última vez
que nos vimos avistar Taehyung, seus alfas, Soyeon e o pequeno Dam que
assim que me vê vem em minha direção correndo e se joga em minhas
pernas.
— Titio Jimin – Ele fala ainda abraçando as minhas pernas, me abaixo
com um pouco de dificuldade e o pego no colo – Que saudades, oi filhote
como você cresceu – Ele olha para a minha barriga e faz um carinho nela
enquanto tem um pequeno monólogo com o meu filhote.

Olho sorrindo para Jungkook e vejo seus olhos brilhando de felicidade,


sempre fui apaixonado por seus olhos e vê-lo assim me faz explodir de
tanta alegria, volto a andar com Jungkook enquanto seguro com uma mão
Dam em meu colo mantenho a minha outra mão entrelaçada a de meu
alfa.

— Eu tentei segurar ele, mas ele ama mais você do que eu – Taehyung fala
com um bico em seus lábios assim que nos aproximamos.

— Oi gente, que nada Taehyung óbvio que ele te ama muito mais né? Só
somos bons amigos – Falo e olho para Dam que concorda comigo.

— Titio Jimin é meu amigo e o filhotinho é meu melhor amigo – Ele diz,
meio embolado, mas logo estica os bracinhos em direção a Yoongi que o
pega, o pequeno coloca o rosto na curvatura do pescoço do pai alfa e fica
brincando com os cabelos loiros do pai.

— Vou começar a ficar com ciúmes já – Jungkook fala e todos ri do bico


que ele carrega nos lábios que logo são beijados por mim – Passou,
passou.

— Vamos então Minnie e Tae, estou animada para comprar – Soyeon se


pronuncia e entrelaça seu braço a mim e a Taehyung, me fazendo soltar a
mão do meu alfa – Ela começa a caminhar e os alfas vem logo atrás de nós.

— Já descobriu o sexo do bebê? – Taehyung pergunta.

Tive uma consulta ontem com a minha obstetra, mas o meu filhote não
queria se mostrar muito, o que não nos permitiu ver o seu sexo.

— Ele ou ela ainda não deixou – Apesar de sempre o chamarmos pelo


masculino por ser o comum em nossa língua, ainda sinto ser uma menina.
— Bem então que tal começarmos pelos móveis, não precisam ter uma
cor e como você falou que pensa em fazer o quarto em tons neutros não
vai precisar se preocupar com isso por enquanto – Já pensou em algumas
cores para a palheta? – Tae termina de perguntar.

— Pensei com Jun, branco, beje e talvez um marrom-claro – Falo e vejo o


sorriso de Soyeon se abrir.

— Eu achei perfeito e muito glamoroso Ji – Ela fala e eu sorrio, sempre


amei a animação e o carisma de Soyeon é sempre contagiante – Ela nos
puxa até uma linda loja de móveis.

Olho para trás e vejo Jungkook sorrindo para mim, me separo


rapidamente dos dois e ele se acelera o passo se afastando dos outros e
juntas nossas mãos.

— Quero escolher com você – Falo e seu sorriso fica ainda maior, beijo
seus lábios e logo entramos na aula, quando vemos inúmeros mostruários
de quartos de bebê, com pequenos espaços de como ficariam juntos sinto
meus olhos se encherem de lágrimas, me viro para Jun e ele também está
quase chorando.

— Você também está sentindo? – Ele me pergunta e eu apenas assinto


indo abraçar seu corpo mesmo com a barriga no meio de nós dois. Jun em
vira um pouco de lado e conseguimos encaixar melhor nossos corpos – Eu
amo tanto vocês.

— Nós também te amamos amor – Digo olhando para cima enquanto ele
me olha, ele deixa um beijinho em meu nariz e nos afastamos um pouco
olhando mais móveis.

Após bastante tempo vendo e selecionando o que mais nos agradava


escolhemos os móveis de nosso filhote, Jungkook ter me mudado de
quarto tão cedo foi por pura animação e ansiedade, o mesmo disse querer
o quarto já arrumadinho no início do próximo ano, e eu não consigo negar
nada a ele, ver seus olhinhos brilhando de animação e ouvi-lo falar dos
planos para o quartinho e para a criação do nosso filhote me deixa feliz e
ainda mais apaixonado.

Após sairmos já com os móveis escolhidos, apesar de termos os


escolhidos na loja os tamanhos seriam especiais para o tamanho do
quarto, com todos os móveis planejados escolhidos fui arrastado dessa
vez por Tae até uma butique de roupas. A loja era linda, totalmente clean
e muito glamorosa, mas assim que entramos com nossos alfas atrás vi a
atendente que estava em um dos lados da loja olhar para Jungkook e
morder os lábios, o mesmo nem percebeu já que estava brincando com
Dam que ainda estava no colo de Yoongi.

Hoseok que até agora se manteve quieto falou algo no ouvido de


Jungkook após terminar o que pareceu ser uma ligação, vi um sorriso
maldoso abrir nos lábios de Jungkook e o outro alfa logo foi atrás de Tae.
Decidi ignorar a atendente e o sorriso de Jun e fui até Soyeon que me
mostrava uma peça.

— Olha que lindo Ji, vai ficar uma beleza no seu corpo – Ela fala e eu vejo
a calça apertada – Ji, não olha assim, você é o ômega grávido mais lindo do
mundo, vai ficar lindo em você com certeza.

Sorrio para ela e concordo segurando a calça, enquanto íamos em


diversas araras com ela e Taehyung me mostrando roupas Jun e os alfas
estavam sentados em um sofá apenas nos olhando ou mexendo em seus
celulares. O problema foi quando aquela atendente foi servir champanhe
para eles e sem ter percebido que eu a olhava antes de chegar perto deles
ela abriu mais dois botões de sua blusa e ajeitou os seus, fui em direção a
Jungkook e antes que ela chegasse até eles me sentei em seu colo e o
beijei.

Não me importei de estarmos em uma loja, meu lobo vibrou de raiva e


ciúmes e fomos tomar nosso posto, senti a mão de Jun apertar a minha
cintura e o que era para ser um simples beijo para afastar aquela ômega
exibida se transformou em um beijo mais profundo e intenso, minhas
mãos foram para a nuca do meu alfa onde eu segurava sem muita força o
seu cabelo, enquanto uma de suas mãos estava em minha cintura dando
algumas apertadas a outra estava em minhas costas me estabilizando em
seu colo.

Nos separamos pela falta de ar e juntamos nossas testas, abro meus olhos
devagar enquanto tento voltar a minha respiração para o normal e vejo os
olhos grandes e castanhos me encarando e um lindo sorriso se abre.

— Não precisava se preocupara amor, eu já ia te chamar para sairmos


daqui àquela mulher já estava me deixando desconfortável – Ele fala.
— Vou só experimentar as roupas que eles separaram para mim e já
vamos – Digo e ele assente selando nossos lábios novamente, me levanto
de seu colo e pego as roupas.

— É, agora eu entendi o que você falou sobre ele ser parecido com o
taetae – Ouço a voz de Hoseok falar enquanto ainda me afastava indo em
direção ao provador.

Experimento as roupas e os meus amigos julgam o que acham, acabo


gostando tudo o que eles separaram para mim, o meu corpo está
mudando bastante, mas como algumas das roupas são mais larguinhas
creio que dê para usar durante a gravidez. Quando saímos do provador
Jungkook paga pelas peças e eu olho para a atendente que continuava a
olhá-lo.

— Será que você poderia parar de secar o meu alfa? – Digo a olhando e
dando ênfase ao meu alfa.

— Desculpa senhor, eu não estava o olhando – Ela fala um pouco sem


graça.

— Devo estar louco então, você está o deixando desconfortável e se ele


continuar a se sentir assim juro que você sai daqui sem os apliques do seu
cabelo – Termino de falar e vou até Jun entrelaçando nossas mãos, vejo
ela colocar a mão no cabelo me olhando assustada – Vamos amor? – Falo
manhoso o olhando e ele concorda sorrindo e junta nossos lábios em um
rápido selinho.

— Vamos meu ômega – Ele fala e pega as sacolas e saímos da butique –


Falei para vocês igualzinho ao Tae, lembrei daquele restaurante francês
que fomos uma vez comemorar o aniversário dele e ele fez a mesma coisa.

— Não, não, não eu fiz pior, a atendente saiu sem os apliques do cabelo
dela – Ela fala sorrindo segurando as mãos de seus alfas.

— Nossa eu lembro desse dia – Soyeon fala – Ele me deu o Dam ainda
bebezinho para segurar no colo enquanto ele puxava o cabelo da ômega.
Continuamos rindo pelo shopping, enquanto conversávamos, eu me
sentia bem, estava ao lado do meu alfa, com o nosso filhote em meu
ventre, agora com amigos e tão feliz e completo que me sentia flutuando
entre as nuvens.

Capítulo IX
Park Jimin
Quando chegamos a casa Jun foi deixar as sacolas no nosso quarto
enquanto eu fui para cozinha fazer algo para comermos, já passava do
horário do almoço e eu estava com fome e sei que Jungkook também está.
Abro a geladeira e pego alguns legumes e carne e começo a cortá-los, eu já
estava concentrado em alguns minutos no que eu fazia quando o senti me
abraçar por trás colocando as mãos por baixo da minha barriga o que o
fazia ficar com o queixo em meu ombro pela nossa diferença de altura.

— Quer ajuda? – Ele fala ainda fazendo carinho na parte de baixo da


minha barriga e eu assinto com a cabeça – Ele está crescendo rápido,
pensei em montarmos a árvore-de-natal hoje de noite enquanto ouvimos
nossas músicas, o que acha?

— Acho uma ótima ideia amor, pode temperar a carne para mim por
favor? – Falo e ele sai do abraço e começa a me ajudar enquanto eu
termino de cortar mais legumes.

— Pode deixar chefe! – Ele bate uma continência me fazendo rir.

— Hyung bobo... – Digo e ele para de colocar os temperos na carne e me


olha, logo volto o meu olhar para os legumes e continuo a cortá-los, assim
que termino coloco todos na frigideira e ligo o fogo.

Logo Jun tomou a frente da cozinha porque segundo o mesmo ele não
quer que eu me machuque, o que é fofo, então eu apenas me sento no
banquinho que fica na bancada da cozinha e o observo enquanto bebo
mais água. Depois de cerca de meia hora e um estômago roncando nossa
comida ficou pronta, dessa vez decidimos comer em frente a televisão já
que o desenho animado favorito de Jungkook estava passando.

Jeon Jungkook
Estar com o meu ômega sempre é incrível poder sentir seu calorzinho e
seu maravilhoso cheiro de framboesa sempre me acalmava, mas o que me
deixa mais realizado e feliz é vê-lo sorrir ou animado, comprar os móveis
do nosso filhote, comprar roupas para ele e até ser beijado por ciúmes faz
o meu coração errar as batidas, é uma sensação única, assim como o meu
amor por Jimin é, único.

Apesar de tudo isso continuo constantemente preocupado e vigilante,


meu lobo está vinte e quatro horas atento pela situação do nosso
soulmate, desde que Jimin chegou ele constantemente tentou conseguir
algum contato com a mãe ou com o irmão mais novo, mas não consegui, a
alguns dias ele conseguiu e as notícias não foram tão boas, sua mãe
apanhou e ambos são perguntados constantemente recebendo ameaça
sobre saberem o paradeiro de Jimin e o meu maior medo é o pai dele o
encontrar, não quero perder o amor que eu praticamente acabei de
reencontrar e ainda perder o crescimento do nosso filhote ainda no
ventre dele. E apesar de a maioria do tempo Jimin gostar de ficar em casa
não quero prendê-lo, quero que ele seja amigo de Tae e retome a antiga
amizade com Soyeon, e que um dia reencontre meu irmão mais novo e
minha mãe.

Sei que o meu pai não presta e a partir do momento que soube que a
minha mãe foi quem contou o meu endereço a mãe do meu soulmate meu
lobo entrou em estado de atenção completo, precisávamos proteger
nossos amores, sempre foi o sonho do meu pai eu me casar com um
ômega herdeiro da máfia de outro país e na escola quando os negócios do
pai de Jimin ainda não haviam crescido fui obrigada por muito meses o
ouvir reclamando de nossa relação, já o pai de Jimin queria que ele
casasse com um alfa que é herdeiro da maior concorrente dos negócios
dele. E esses dois juntos não dá nada certo, eles conseguiram nos separar
da primeira vez, ele conseguiu fazer o meu ômega ficar grávido, mas nem
mesmo assim nossa ligação foi quebrada ou nosso amor substituído.

Sinto que algo vá acontecer em relação a esses dois por isso me mantenho
perto de Jimin sempre, no momento estou descendo com a árvore-de-
natal enquanto ele está escolhendo as cores de enfeites que iremos usar.
Enquanto eu a encaixava a metade de baixo a parte de cima da árvore
Jimin decidiu pelas decorações vermelhas e douradas, abri os galhos da
árvore artificial e na hora de ir mais para o alto peguei uma escada para
ajeitar tudo.

Depois de cerca de duas horas já estávamos quase terminando, Jimin ria e


pendurava as bolas e enfeites na parte de baixo enquanto eu estava
responsável por fazer uma incrível apresentação de GOOD GIRL da nossa
rainha HyunA, Jimin ria muito a ponto de ter que segurar sua linda
barriga, enquanto eu fingia plenitude e continuava a tentar dançar para
fazê-lo rir por mais tempo.

— Jun por favor, para tá doendo – Ele fala em meio a risadas, enquanto eu
paro de dançar e pego mais uma caixa com os enfeites que ele escolheu
para decorar o topo – Está ficando bonito, quer ajuda aí em cima?

— E você ter que subir nessa escada pequena? Não precisa amor, pode
descansar desde que chegamos você ainda não dormiu a tarde – Falo para
ele.

— Nem pensar, vamos decorar juntos, se eu não posso subir eu te entrego


os enfeites então – Ele dita e eu apenas o obedeço.

Com a árvore-de-natal já montada nos sentamos no sofá e a admiramos


um pouco, o pisca-pisca brilhava por toda a extensão e só nos mostrava
como o natal realmente estava para chegar. Abraço o corpo de Jimin e me
deito em seu colo olhando para sua barriga, sentia uma incrível ligação
com o nosso filhote, mesmo que ele ainda não tivesse mostrado seu
cheiro ou se mexido, ele é bem quieto, mas mesmo assim sinto como se
tudo o que eu faço todo o meu trabalho fosse de agora em diante
dedicado apenas para ele e para a sua criação.

Jimin é o ômega grávido mais lindo de todo o mundo e ver sua barriga
crescendo a cada dia o faz ficar ainda mais belo, desde a escola Jimin
sempre teve uma beleza incrível e resplandecente e agora após anos nada
mudou. Continuo o observando enquanto o mesmo tem sua atenção a
televisão em algum programa de variedade que não tem a minha atenção
agora.

— Você é tão lindo amor – Penso alto e ele me olha com seus olhinhos se
tornando duas linhas enquanto seu sorriso se abre – Tão lindo que eu mal
posso acreditar que é real.

— E você meu amor, você sim é lindíssimo, o alfa mais lindo de todo o
mundo – O olho sorrindo para mim e sinto minhas bochechas
esquentarem, escondo meu rosto em sua barriga e o ouço sorrindo – Não
precisa ficar com vergonha amor, é apenas a verdade.

[...]
Park Jimin
Após comprarmos sorvetes decidimos nos sentar na praça que tem em
frente a sorveteria, enquanto observávamos as pessoas indo e vindo,
perdi a vergonha e compartilhei a minha ideia de jogarmos um jogo de
perguntas rápidas para nos conhecermos um pouco mais.

— Qual sua cor favorita? – Pergunto para Jun que logo após dar mais uma
lambida em sua casquinha me responde.

— Preto, e a sua favorita? – Ele me devolve a pergunta.

— Eu não tenho uma só, mas é roxo, azul-claro e preto – Respondo –


Cantora favorita.

— Você ainda tem dúvidas? HyunA com certeza – Ele fala com convicção
me fazendo rir, nosso gosto musical é bem-parecido – Seu girl group
favorito.

— Aí me pegou... Acho que fico entre Twice e Itzy, mas não consigo
escolher só um – Falo e ele concordo – Matéria favorita da escola.

— Física – Ele me responde e eu o olho incrédulo, quem gosta de física? É


uma matéria horrível – Nem me olha assim é muito fácil.

— Fácil? Então me ajuda porque estou perdido desde termologia – Digo.

— Com o maior prazer, agora você qual a sua matéria favorita? – Ele
pergunta voltando a comer sua casquinha logo depois e eu repito o ato.

— História – Digo – Se dança não contar é história.

Quando começou a anoitecer decidimos ir embora já que Jungkook disse


que ainda me levaria para casa e apesar de o clima estar leve e agradável,
ainda carregava uma leve tensão entre nós dois, a algo que queremos
fazer, mas a vergonha é maior, passamos todo o caminho conversando
sobre qualquer assunto que viesse em nossas cabeças, agora o papo entre
nós dois fluía com facilidade e as brincadeiras bobas pararam de me fazer
sentir raiva dele e agora me faziam rir.
— Não precisa ficar com essa carinha gatinho bravo – Ele fala – Amanhã
eu venho te buscar para irmos juntos tá bom?

— Tá bom, então – Ele me abraça e eu olho para cima tendo a visão de seu
rosto me encarando, me aproximo deixando um selar em seus lábios, mas
quando eu iria me afastar para ir embora já morrendo de vergonha,
Jungkook segura os dois lados do meu rosto e começa um beijo terno e
carinhoso, depois de alguns minutos ele pede a passagem de sua língua e
sem saber muito o que fazer afasto os meus lábios.

No início foi um beijo bem desajeitado eu não sabia muito o que fazer
então só copiava os seus movimentos suas mãos continuavam em meu
rosto fazendo um carinho singelo, enquanto os meus braços o enlaçavam
pela cintura nos aproximando mais, o ósculo foi calmo, mas passava todos
os novos sentimentos ao nosso redor e por instantes eu esqueci estar na
frente da casa e principalmente no meio da rua. Nos separamos pela falta
de ar e juntamos nossas testas enquanto Jun me dava um beijinho de
esquimó.

— É melhor eu ir indo – Digo ainda o abraçando, o vejo concordar, mas


nenhum de nós dois nos afastamos do contato.

— Te vejo amanhã – Ele fala e só depois de muitos minutos nos


separamos, ele deixa um selar em cada lado da minha bochecha e me
espera entrar em casa.

Assim que fecho a porta me viro e encontro a minha mãe e Bogum me


olhando com sorriso nos rostos.

— Park Jimin – Ele se pronuncia – Arranjou um alfa?

— Park Bogum, eu não arranjei um alfa o destino me arranjou um – Falo e


minha mãe me olha duvidosa – Eu encontrei o meu soulmate – Falo e vejo
ambos abrirem suas bocas em perfeitos ‘O´s´.

— Meu filho que maravilha, parabéns meu bem, traga-o para


conhecermos – Ela fala feliz e vem em minha direção me abraçando.
— Parabéns maninho você merece muito ser feliz – Bogum vem até mim
e também abraça, me escoro em seu peito e sinto o meu irmão fazer
carinho em meus cabelos – Senti falta de poder cuidar de você, desculpa
deixá-lo me influenciar tanto.

— Está tudo bem Bogum, eu sei que tudo isso é para que eu e Jay não
sofra na mão dele – Falo abafo contra o seu peito.

Capítulo 10
Jeon Jungkook
Assim que entrei em casa fui animado contar para Soyeon que havia
finalmente revelado para o meu ômega que somos almas gêmeas, subi as
escadas e fui em direção ao seu quarto, antes de entrar bati duas vezes na
madeira e esperei sua permissão.

— Falei com Jimin hoje – Ela disse assim que entrei enquanto fechava o
livro que lia – Ele é um ômega muito lindo quando vai contar?

— Eu contei – Me sentei na beirada da cama e ela me olhou surpresa e eu


ri, é uma careta bem engraçada, ela se sentou na cama e veio até mais
perto de mim, dando vários tapinhas em meu ombro – Aí isso dói garota!

— Finalmente seu frouxo! E ele? Aceitou o laço de destinado? – Ela


pergunta curiosa, sinto meu coração se esquentar, destinado, Jimin é o
meu destinado.

— Aceitou! Você acredita? Meu deus, sou o alfa mais sortudo do mundo
inteirinho – Me deito em sua cama com um sorriso bobo no rosto – Quero
buscá-lo de carro amanhã, quero andar por todo o colégio com ele ao meu
lado, quero que todos vejam que ele é o meu ômega e que eu sou o alfa
dele.
— Que romântico, vai pedir ao papai o motorista para te levar? – Ela
questiona e eu fecho o rosto, tenho que contar a ele – Você ainda não
voltou a falar com ele?

— Não, não desde que ele fez os capangas dele pesquisarem todo o
histórico financeiro da família do Jimin, nem deveria ter contado o nome
do meu ômega para ele, só queria que ele ficasse feliz por mim, mas tudo
o que ele pensa é em dinheiro – Sinto meu lobo começar a ficar irritado,
não gostamos nem um pouco do meu pai, mas até eu fazer dezenove anos
ainda sou de menor e ainda tem Soyeon e Jungwon, falando no próprio
ele abre a porta do quarto e vem correndo até pular em cima de nós dois.

Jungwon tem quatorze anos e vive praticamente trancado no colégio


interno e quando vem para casa fica dentro do quarto porque não gosta
de estar perto de nosso pai, e sinceramente eu não o culpo, começo a
fazer cócegas nele e ele começa a rir e se contorcer, Jungwon sempre foi o
meu bebê desde que nossa mãe contou estar grávida novamente e eu fui
promovido mais uma vez a irmão mais velho, sempre cuidamos muito
bem um do outro e nos protegemos.

— Que bom que você chegou meu baixinho, como foi a prova de
geografia? – Pergunto e ele se senta ao meu lado e de Soyeon e tira o
paletó de seu uniforme, está bem calor mesmo.

— Acho que fui bem aquela videoaula que você fez me explicando
globalização me ajudou muito, obrigada Kookie – Ele me abraça e eu rio,
eu amo tento o meu baixinho.

— Que bom, mais tarde nós vamos jogar Just Dance o que acha? Eu, você e
Jungkook, quero ver se melhorou seus passos de dança – Minha irmã fala
e ele bate palmas animado.

— Eu melhorei, semana que vem eu tenho prova de inglês vocês me


ajudam? – Ele pergunta e nós dois concordamos.

[...]

Eu estava caminhando no corredor indo em direção ao escritório de meu


pai, esperava que pelo menos uma vez ele parasse de pensar em dinheiro,
mas sinceramente já perdi as esperanças, Jungwon já chegou fazer horas
e ele nem se deu o trabalho de dar um ‘oi’ ao filho, bato na porta duas
vezes e espero até um ouvir um “entra” um pouco abafado.

— O que você quer Jungkook – Ele fala rudemente sem tirar os olhos do
documento que lia, já me acostumei com esse tratamento – Se é sobre o
seu irmão eu já sei que ele chegou.

— Não é isso, posso usar a BMW amanhã? – Pergunto.

— Para quê? – Ele finalmente me olha.

— Queria ir amanhã para escola de carro – Falo o olhando.

— Hm, ok, agora saia – Ele diz voltando seu olhar para o documento e eu
não perco um segundo a mais sequer dentro daquele escritório.

Encontro minha mãe indo em direção ao quarto de Jungwon, eu ia para lá


também prometemos que iríamos jogar Just Dance e já estava ficando
tarde.

— Oi meu filhote, como foi a escola hoje? – Ela pergunta realmente


interessada no que eu responderia, minha mãe sempre foi muito
amorosa, mesmo sendo diversas vezes repreendida por meu pai por ser
tão cuidadosa e presente na minha vida e da dos meus irmãos.

— Lembra do ômega que eu lhe disse ser o meu soulmate? E que pedi
conselhos a senhora se deveria ou não contar a ele sobre a nossa ligação?
– Ela sorri assentindo, sorrio de volta – Eu contei a ele hoje que somos
destinados e ele acreditou, agora estamos juntos.

— Que bom meu filho, pelo que você me contou ele parece ser um bom
menino, cuide dele meu bem – Ela fala animada com a notícia – Quero vê-
lo feliz – Ela faz um carinho em meu cabelo e eu sorrio, sempre amei tanto
seus carinhos, ela abre a porta e Jungwon simplesmente se joga no colo
de nossa mãe a abraçando enquanto sorri abertamente.

— Omma! – Ele fala ainda no abraço – Estava morrendo de saudades da


senhora!
— Eu também estava meu baixinho, como você cresceu! – Ela o coloca em
pé e deixa dois beijinhos em cada lado da bochechinha cheia de meu
irmão.

Soyeon e eu sorrimos com a cena, a mesma já estava deitada na cama de


nosso irmão, fomos todos para dentro do cômodo e passamos o resto da
tarde conversando e jogando o tão amado jogo de dança de meu irmão
mais novo, quando chegou a noite minha mãe se retirou falando que iria
ajudar a nossa cozinheira nos preparativos da janta.

[...]

Park Jimin

Eu estava terminando de lavar o copo onde eu tomei meu iogurte quando


ouvi uma buzina, ignorei a primeira vez, mas a apertaram novamente e
como um ótimo curioso fui ver qual vizinho estava tentando acordar o
resto, mas quando olhei pela janela o carro estava na frente da casa e no
banco de trás estava Jungkook acenando para mim com a janela aberta,
ele sorria e logo um sorriso apareceu em meu rosto.

Pego minha mochila em cima do sofá e coloco meus tênis, quando saio de
casa ele está do lado de fora do carro ao lado da porta aberta com um
sorriso.

— Bom dia, Sr. Park, como está o ômega mais lindo de todo o mundo? –
Ele fala assim que me aproximo e me abraça colocando ambas suas mãos
em minha cintura enquanto eu coloco meus braços em volta de seu
pescoço.

— Estou muito bem Sr. Jeon, estou bem melhor agora e você? – Digo e
deixo um selar em seus lábios antes dele me responder.

— Após sentir esse seu cheirinho de framboesas perto de mim, estou


magnificamente bem, vamos? – Sorrio com sua resposta e assinto
entrando no carro.

Logo ele entra ao meu lado e o motorista começa a ir em direção ao nosso


colégio, passamos todo o trajeto conversando sobre como foi o resto do
nosso dia e só agora percebemos que não havíamos trocados números de
telefone, resolvemos o problema e conversamos sobre as aulas que
teríamos juntos hoje. Assim que chegamos a frente do colégio alguns
olhares foram direcionados para o carro, já que ele não era nem um
pouco comum e nem um pouco chamativo, para não dizer ao contrário,
Jun desceu do carro e estendeu a mão para mim que fiquei olhando por
alguns segundos antes de segurá-la com força estou morrendo de
vergonha.

— Não precisa ficar assim amor, já eles param – Ele fala perto de meu
ouvido arrepiando todo o meu corpo, começamos a andar e não eles não
pararam, assim que chegamos perto das mesas que ficam no gramado do
lado de fora vejo Soobin, Tzuyu, Chaeryeong e Lia me olhando surpresos e
de bocas abertas, enquanto Jongin só ria das expressões deles, Jungkook
colocou sua mão que antes segurava a minha agora na minha cintura e me
trouxe mais para perto dele, olhei para ele, mas ele não olhava para mim
e sim para um grupo de alfas que prestavam atenção em mim.

— Vamos para a aula de inglês? – Pergunto e ele logo me olha assentindo


– Só quero passar antes no meu armário.

— Tá bom meu bem, eu vou no meu também então – Ele me deixa em


frente ao meu e segue o corredor.

— Park Jimin, que putaria foi essa? – Soobin aparece e fecha o meu
armário com o próprio corpo – Jeon Jungkook?

— Antes que você fale alguma coisa, nós somos destinados ok? – Falo e
Soobin fica de olhos arregalados.

— E como você não tinha sentido a ligação antes – Jongin pergunta se


juntando na conversa.

— Eu estava cego de ciúmes dele com outros ômegas – Falo – Mas eu


achava que era tudo raiva por ele ser tão prepotente.

— Ele ainda parece bem prepotente para mim – Jongin fala olhando para
trás de mim, quando me viro Jungkook abre o sorriso mais lindo que já vi
em todo o mundo – Deixa para lá, ele está gamadão mesmo.
Soobin e Jongin começam a rir enquanto eu vou em direção ao meu alfa e
o abraço.

— Já estava com saudades de você – Ele fala ainda no abraço e eu rio.

— Pronto, já estou com você de novo – Me afasto do abraço e deixo um


beijo em sua bochecha segurando sua mão logo em seguida, foi quando
estávamos quase entrando na sala que eu escuto alguém me gritando,
quando me viro vejo Soyeon vindo em minha direção sorrindo.

— Cunhadinho! – Ela fala e me abraça, logo retribuo o ato – Que bom que
o meu irmão bobão te contou, quase não aguentei me segurar no
banheiro ontem – Ela termina e eu sorrio o olhando.

— Minha mãe chamou vocês para jantar lá em casa, tragam Jungwon


também, Jun me contou que é o irmão mais novo de vocês dois e eu quero
conhecê-lo também – Soyeon sorri concordando e abraça o irmão logo
seguindo o caminha para onde deveria ser a sua aula.

— Por que convidou eles também? – Ele me pergunta quando entramos


na sala – Não precisava disso meu bem.

— Sei que você vai ficar mais confortável se eles estiverem lá e Jay vai
adorar conhecer vocês, Bogum também – Digo me sentando no meu lugar
de sempre e ele como um bom intrometido se senta no lugar que roubou
de Soobin – E não quero que você fique nervoso minha mãe já tem um
carinho enorme por você.

— Ela parece ser uma fofa – Ele fala sorrindo.

[...]
Acordei com Jungkook me aquecendo está bem frio e temos dormido
praticamente grudados um no outro de conchinha, Jun mantinha um
braço em volta de mim, acariciando minha barriga mesmo dormindo.
Fiquei paradinho porque não queria que ele parasse o carinho e esperei
ele acordar o que não demorou muito, assim que senti sua respiração
ficar mais forte e ele se mexer de leve eu me virei com calma e o encontrei
me olhando.
— Bom dia Minnie – A voz rouca de Jungkook preencheu meus ouvidos e
eu sorri.

— Bom dia hyung – O respondo o abraço de frente agora, mesmo com a


barriga no meio de nós dois continuo querendo manter o máximo de
contato com ele o possível.

— Eu queria te levar na empresa hoje, vai comigo? – Ele fala depois de


alguns minutos que ficamos em silêncio apenas aproveitando a presença
um do outro, o sol do início da manhã passa pela presta da cortina
deixando o quarto mais iluminado e um pouco mais quente.

— Tem certeza? – Pergunto meio incerto afinal é uma empresa que


administra a máfia mais poderosa de Busan.

— Claro que tenho, quero mostrar para todos quem é o meu ômega – Ele
deixa um selar em meus lábios e depois se encaixa na curva do meu
pescoço inalando o meu cheiro ali.

— Então tudo bem – Respondo e ele sai rapidamente me olhando


animado, é só um bebê mesmo.

— Vamos então amor – Ele se levanta e depois me pega no colo me


levando para o banheiro, dou um gritinho pela surpresa e ele me coloca
na pia me ajudando a me despir.

Após tomar banho Jungkook me coloca sentado na cama e vai até o closet
procurar uma roupa que ele ache quentinha o suficiente para eu sair de
casa, logo ele volta com uma cueca que ele coloca em mim, depois uma
calça preta e aí vem ele com duas camisas de manga comprida brancas e
por cima um casaco pufe preto e por fim um coturno em meus pés depois
de um par de meias bem quentes também.

— Bem quentinho? – Ele me pergunta e eu sorrio, como pode ser tão fofo?
– Ou precisa de gorro e luvinhas?

— Precisa não amor estou bem quentinho e se eu precisar de mais calor


eu grudo em você – Falo o abraçando.
— Como se eu não fosse ficar grudadinho em vocês – Ele deixa um selar
em minha barriga mesmo por cima de todo o tecido e depois deixa mais
um beijo em meus lábios.

— Muito meu chiclete mesmo, depois que grudou não desgruda mais –
Falo e ele gargalha, amo ouvi-lo gargalhar, é tão fofo.

— Então nós somos dois chicletes um no outro – Ele me responde em


meio a risada.

— Somos mesmo e eu não vou mais desgrudar de você nunca mais alfa –
Deixo um selar mais demorado nos lábios finos e rosados de Jun.

— E nem eu de você – Ele enche todo o meu rosto de beijinhos me


deixando ainda mais apaixonado por ele, eu amo receber carinho dele,
sempre.

Capítulo 11
Park Jimin
Já estávamos dentro do carro a caminho da empresa em que Jun
administra a máfia, confesso que estou bastante nervoso, pois um dia
Jungkook é um alfa solteiro e sem filhos e no outro dia tem um ômega que
já está grávido de quatro meses, seguro a mão do meu alfa, que estava
pousada carinhosamente em minha coxa e a aperto logo ele me olha.

— Está tudo bem gatinho? – Ele pergunta e eu sorrio pelo apelido.

— Estou nervoso – Respondo enquanto acaricio sua mão com o meu


polegar.

— Não precisa ficar meu bem, os meninos vão estar lá, Tae, Jin, Soyeon e
os alfas – Ele diz, bem se eles vão estar lá não vou me sentir tão sozinho –
E eu também, não vou sair um segundo do seu lado – Ele beija a minha
mão sem tirar os olhos do trânsito.

— Promete? – Questiono e ele me olha rápido.

— Prometo amor – Ele responde e eu sorrio.


Passamos o resto do caminho em um silêncio confortável às vezes
discutindo nomes para o nosso filhote.

— Mário – Falo mais um nome.

— Não Ji, aquele que te comeu atrás do armário? – Ele fala me fazendo o
olhar incrédulo – Temos que evitar o bullying amor.

— Nicolau – Dou mais uma opção

— Lava o meu pau? – Ele me responde.

— Nunca escutei isso – Falo e agora ele que me olha incrédulo.

— Pois é amor, mas ele vai ouvir a vida inteira – Começo a ficar irritado.

— Então você escolhe Jun – Volto a olhar a paisagem e escuto sua risada.

— Gatinho irritado, assim como eu te chamava assim no ensino médio –


Me viro para ele e ele ainda ria.

— Chamava e eu odiava – O respondo fingindo ainda estar irritado.

— Odiava nada você sempre me amou – Ele diz convencido.

— Convencido até parece – Ele cai na risada de novo e eu vou junto.

— Chegamos – Ele fala e quando eu olho vejo um grande portão de


garagem sendo aberto e logo uma porteira aparecer, Jun só abaixou o
vidro do carro e a cancela se abriu e nós passamos até estacionar.

Assim que entramos de mãos dadas todos param o que faziam e fazem
uma reverência, um completo silêncio é instalado, Jun continua andar até
o que parece ser um segundo andar que dá visão de tudo o que acontece
embaixo. Jungkook me ajuda a subir as escadas mesmo que eu ainda não
precise de ajuda, sua mão que antes segurava a minha desliza até a minha
cintura e a segura com possessão olho para ele, mas ele não olhava para
mim e sim para um alfa que nos olhava do começo da escada.
— É parece que já temos um defunto para começar – Ele resmunga ao
meu lado e eu o olho espantado.

— Vai mesmo matá-lo? – Pergunto o olhando, ele retribui o olhar e dá um


sorriso de lado.

— Óbvio, se alguém acha que pode te olhar com desejo e sair vivo está
muito errado – Terminamos de subir a escada e ele se vira de frente para
todos que nos olhavam com suas cabeças esticadas para nos enxergar lá
de baixo.

— Boa tarde, vim apenas deixar um breve aviso e comunicado para todos
que trabalham para o bando – A voz de Jun muda se torna uma voz mais
autoritária e séria, muito diferente da que ele normalmente usa comigo.

— Calma que eu estou chegando! – Taehyung aparece na porta de entrada


seguido por seus maridos, meu alfa bufa, mas um pequeno sorriso surge
em seus lábios enquanto eu tampo minha boca para não gargalhar dele –
Pronto subi, pode continuar.

— Obrigada Taehyung, como eu ia começar a falar antes de ser


interrompido – Ele olha para Tae que apenas o cumprimenta – Vim
apenas apresentar-lhes o meu ômega, este é Park Jimin – E é assim que os
cochichos começam, meu alfa aperta mais a minha cintura e eu vejo aqui
de cima cada olhar que dão para a minha barriga e depois para Jun, tampo
a minha barriga com o meu sobretudo, porém meu movimento não passa
despercebido por Jungkook.

— E nós estamos esperando o nosso primeiro filhote, não quero ninguém


abrindo a boca para falar dele, se eu ouvir algo ou me contarem eu irei
atrás da pessoa e a matarei – Ele olha para cada rosto espantado que o
olha – E você – Ele aponta para o alfa que ele disse ter me olhado com
desejo – Vai ser o primeiro.

— E-eu? – O alfa aponta para si mesmo.

— Foi o que eu disse ou está surdo? – Jun fala ríspido – Meu bem vai lá
com Taehyung – Seu tom de voz muda totalmente e Tae aparece do meu
lado me chamando e eu o acompanho para onde quer que estejamos indo.
— Como está Minnie? – Ele me pergunta assim que viramos no corredor e
eu perco a visão de Jungkook e dos outros – E o bebê algum sinal?

— Eu estou bem Tae e esse filhotinho ainda não deu nenhuma dica, mas
vamos amanhã na consulta com a Dra. Minatozaki, Jun me contou que foi
a mesma que cuidou do parto do Dam e na nossa primeira consulta ela foi
super gentil, parece ser uma excelente profissional.

— Dra. Sana é uma excelente profissional meu pré-natal foi uma


maravilha graças a ela, qualquer notícia no ultrassom me ligue –
Continuamos a andar, o corredor era repleto de portas somente de um
lado enquanto do outro era todo de vidro dando a visão de um campo
com diversos instrumentos e o que eu acho que sejam armas.

— Estou ansioso para amanhã vai ser mais uma oportunidade de


descobrimos o sexo – Falo animado sorrindo e Tae devolve o sorriso, em
pouco tempo de convivência me sinto muito a vontade com Taehyung e
com Soyeon com quem eu já tive uma breve amizade o mesmo com Jin
mesmo que ele seja o que mais trabalha e quase não conseguimos nos
encontrar.

Taehyung para em frente a uma porta e eu paro ao seu lado.

— Soyeon? – Ele fala enquanto dá algumas batidinhas na porta de


madeira escura.

— Pode entrar taetae – A voz abafada da ômega fala e Tae logo abre a
porta – Jimin! Que saudade de você! – Rio porque nós nos vimos amanhã
e então enquanto a abraço vejo Seokjin esse, sim, faz tempo que eu não
encontro.

— Também estava com saudades de você Soyeon! – Não é mentira afinal


a presença deles deixa o meu dia um pouco mais leve e engraçado –
Saudades de você também Jin Hyung! – Falo e ele vem em minha direção
me abraçando.

— Como você está Minnie? – Respondo que eu estou bem e quando o faço
a mesma pergunta obtenho a mesma resposta.
Ficamos conversando os quatro por cerca de uma hora e meia rimos
muito de Soyeon contando de como estava animada para Jungwon voltar
do treinamento, faz muito tempo que eu não o vejo da última vez ele tinha
apenas quatorze anos e Jun sempre quando toca no seu nome diz como
está com saudades de seu irmão mais novo, rimos também de Jin nos
contando como Namjoon conseguiu quebrar uma esteira de academia por
não saber como a desacelerar e quando já estávamos em uma conversa
mais suave e sem tantas risadas, Namjoon, Yoongi, Hoseok e Jungkook
entram na sala.

— Nossa finalmente o encontramos – Namjoon fala – Acho que nunca


andei tanto dentro dessa empresa.

— Ô amor era só seguir o som das nossas risadas – Jin fala nos fazendo
rir, nenhum de nós tem uma risada muito baixa.

— Tem razão amor – Namjoon deixa um selar nos lábios de Jin e eu


sorrio, eles são um casal lindo.

Olho para Jun e ele me olhava sorrindo.

— O que foi? Tem alguma coisa no meu cabelo? – Pergunto já mexendo


em meus fios e ele só ri o que me faz ficar mais intrigado – O que foi?

— Nada gatinho eu só estava te admirando – Ele fala fazendo minhas


bochechas esquentarem e um sorrio terno aparecer em seus lábios, amo
tanto os sorrisos de Jun. Me levanto da cadeira em que eu estava sentado
e vou até ele o abraçando.

— Quentinho – Falo baixinho dentro de seu abraço e só o sinto colocar


seu rosto em meu pescoço.

— Cheiroso – Ele fala e eu rio.

— Meu bebê cresceu tão rápido – A voz de Tae surge me fazendo soltar
um pouco do abraço para vê-lo, o mesmo secava lágrimas imaginárias
enquanto fazia uma careta de choro muito engraçada.

— Para de ser bobo Taehyung – Soyeon fala.


— Ah... Não se esqueçam que o natal será lá em casa – Jungkook fala – E
faremos amigo oculto.

Soyeon e Taehyung começam a bater palmas e dar pequenos pulinhos


resultando em um Tae agarrado pela cintura por estar pulando no colo de
Yoongi.

— Vamos amor? – Jun agora me pergunta enquanto acaricia a lateral de


meu rosto, inclino meu rosto para aproveitar melhor o carinho e assinto
com a cabeça – Então vamos gatinho.

[...]

Jeon Jungkook
Eu estava segurando a mão de Jimin enquanto o ajudava a subir a escada,
devido às escadas tenho medo dele acabar tropeçando e por não
estarmos perto do corrimão mantenho um aperto forte em sua mão o
dando suporte, é então que olho para baixo e vejo um alfa mordendo o
lábio inferior enquanto olha para o meu ômega.

Meu lobo rosna em minha cabeça com raiva, e eu não estou diferente, mas
tenho que cuidar de Jimin primeiro. Assim que ele segue para o corredor
com Taehyung vejo Yoongi me olhar e eu assinto, logo o alfa abusado e
logo, logo defunto é segurado pela nuca e levado para a minha sala
favorita.

A sala branca. Onde eu mato, hoje está mais para sala vermelha já que
contem ainda muitas marcas de sangue que não saem com a limpeza que
há na sala.

Depois de alguns minutos entro na sala e encontro o alfa amarrado pelos


braços em pé, me aproximo da mesa de utensílios e lá está disposto
apenas meus revólveres precisos ir rápido ainda tenho muitos
documentos a assinar e cargas para serem compradas e negociadas.

— Chefe... P-por fav-vor – Ele fala já se tremendo de medo, estamos


apenas os dois na sala, então deixo a minha presença lupina mais pesada
o deixando muito desconfortável – Eu não sabia que ele é o seu ômega.
— Acho engraçado isso – Pego um de minhas pistolas e a olho vendo
preenchida de balas – Mesmo se ele fosse o meu ômega você deveria o ter
respeitado, ele não é um pedaço de carne para ficar o olhando daquele
jeito, mas não há porque tanta discussão afinal você irá morrer.

Apontei a pistola em meio aos seus olhos e mesmo em uma distância


considerável eu acertei, logo após o barulho do disparo Yoongi, Namjoon
e Hoseok entram tampando os narizes, diminuo a minha presença e assim
que a um pequeno alívio eles tiram as mãos.

— Ok, agora precisamos resolver sobre os carregamentos da Itália e da


Espanha – Yoongi fala pouco se importando com o corpo e todos nós
saímos em direção ao meu escritório assim que entramos cada um se pôs
em um assento e eu em minha cadeira e começando a discutir enquanto
eu assinava os papéis que eu precisava.

[...]

Já estamos no outro dia e eu estou extremamente animada, mas por


enquanto eu me mantenho bem quieto e sem me mexer para não acordar
Jimin que está dormindo com o braço e perna em cima de mim,
gradualmente com a iluminação do sol entrando pela janela e o calor
batendo no rosto de meu amor ele começa a se remexer e dar indícios que
vai acordar.

— Bom dia gatinho – Falo e um sorriso se abre em seu rosto mesmo ele
ainda estando de olhos fechados.

— Bom dia hyung – Ele responde com a voz ainda rouca por acabar de
acordar, ele abre os olhinhos inchados devagar os tampando pela luz.

— Animado para hoje meu amor? – Pergunto acariciando seus cabelos e


costas.

— Muito! – Ele parece se lembrar da consulta e praticamente dá um pulo


na cama se levantando.

— Cuidado meu bem – Me sento na cama – Assim você pode se machucar


– Deixo dois selares em seus lábios e logo ele vira o rosto para o outro
lado, Jimin não gostar de dar beijos sem ter escovado os dentes – Vamos
tomar banho?

— Juntinho? – Ele pergunta animado e eu sorrio assentindo, ele se levanta


e se senta em meu colo mesmo com a barriga em meio a nós e eu deixo
um beijinho em seu nariz me levantando devagar e com cuidado.

Vou até o banheiro e o coloco em cima da bancada da pia, tiro suas roupas
que consistiam em uma camisa mais larga e uma cueca de seu corpo, já
que ele fala que mesmo no frio só eu o esquento o suficiente e ele tira
minha roupa que era apenas uma das minhas calças de moletom. O pego
no colo e entro no boxe junto a ele, abro o registro e o colocando com
cuidado no chão tomamos banho juntos, cheio de carinhos e cuidado, o
ajudo a lavar o cabelo e a passar sabonete em seu corpo e ele faz o mesmo
comigo.

Após prontos e devidamente arrumados descemos indo em direção ao


carro, vamos comer em um restaurante antes de ir para a consulta já que
ainda temos bastante tempo antes da hora.

O café da manhã foi excelente, conversamos e rimos muito, sempre é


assim com Jimin, mesmo que pareça que já sabemos tudo um do outro
sempre temos assunto para conversar e para rir muito, e com a vinda do
bebê sempre estamos conversando sobre os nossos planos e o que
imaginamos que será, eu penso em logo o pedir em casamento quero tê-lo
quanto antes como meu marido, mas durante uma de nossas conversas
ele já confidenciou que agora se pensa em casar quando o nosso filhote
estar um pouquinho maior, e não é de todo mal afinal já estamos juntos e
não é um papel que dirá mais ou menos sobre o nosso relacionamento.

Já estamos saindo juntos do carro indo em direção ao hospital onde a


obstetra de Jimin atende chegamos a frente a recepção onde duas ômegas
faziam o atendimento.

— Bom dia é consulta com a Dra. Minatozaki, Park Jimin – Ele fala se
direcionando a ômega de cabelos negros que devolve o comprimento e se
põem a digitar no computador.

— Ela já irá os atender ela só está terminando uma consulta – Assentimos


juntos e nos sentamos na sala de espera, nossas mãos estavam
entrelaçadas e eu balançava meu pé em expectativa de ver meu filhote e
poder descobrir seu sexo.

— Paciente Park Jimin – Depois de alguns minutos o nome de meu ômega


é chamado pela ômega de cabelos pretos com algumas mexas cinzas – Por
favor me acompanhe.

Nos levantamos sorrindo e a seguimos até entrar em seu consultório.

— Por gentiliza levante a sua blusa eu vou passar esse gel, que é gelado
igual da outra vez e então faremos a ultrassom – Ela falava gentilmente
sorrindo para o meu gatinho – Cruzemos os dedos que nesse ultrassom o
seu filhote decida nos mostrar o seu sexo.

Jimin aperta mais a minha mão e eu a aperto de volta em sinal de


companheirismo, assim que a doutora coloca o aparelho contra a barriga
de Jimin o meu coração dispara e depois de algumas anotações que a
doutora fez a sala é preenchida por um barulho compassado e muito
rápido, meus olhos se arregalam e meu coração dá um aperto de
felicidade.

É o coração do nosso filhote.

Olho para Jimin e ele me olhava sorrindo enquanto uma lágrima


ameaçava se derramar, levo rapidamente meu dedo para limpá-la e
aproveito para deixar um selar em seus lábios.

— Bem vamos agora para a hora da verdade – A doutora fala tendo nossa
atenção de volta e após direcionar o aparelho que estava na barriga de
Jimin ela pausa a imagem e aponta nos mostrando, mesmo que eu não
entendesse o que ela queria dizer – É uma menina!

E então meus olhos se enchem de lágrimas, a minha garotinha, minha


filhote, mesmo com a visão embaçada vou até Jimin e encho seus lábios de
selares que são retribuídos, estou tão feliz.

— Eu te amo tanto gatinho – Falo enquanto sinto suas pequenas mãos


limparem minhas bochechas – Obrigada.
— Eu te amo Jun, obrigada por ser o melhor alfa do mundo – Ele fala e
deixa alguns beijos em minha mão, logo faço o mesmo ato e sorrimos um
para o outro em meio ao choro.

[...]

Park Jimin

Eu e Jongin estamos terminando alguns detalhes da nossa coreografia, a


apresentação é daqui a uma semana e meia e não temos tempo a perder,
vou encontrar Jungkook depois que a minha aula acabar já que o mesmo
disse que buscaria junto a Soyeon seu irmão mais novo para eu o
conhecer.

Deixando um pouco de lado Jungkook me concentro na coreografia e nos


passos que precisamos executar com perfeição para fazermos em
sincronia, Jongin é um ótimo dançarino e fazemos um bom duo, um
celular grava a nossa apresentação no chão para vermos como estamos
indo e que pontos precisamos fazer ajustes. Assim que a música acaba
ficamos alguns segundos na pose final com as respirações
descompassadas e ofegantes, nos levantamos e vamos em direção ao
aparelho que nos gravava para ver o resultado.

Fico mais uma hora junto ao meu melhor amigo trabalhando na


coreografia e assim que achamos que está bom para um dia nos
despedimos.

— Acho que estamos quase perfeitos pequeno – Jongin fala calçando seus
sapatos – Se continuarmos a treinar durante a semana estaremos
completamente perfeitos na apresentação.

— Você acha? Estou nervoso é uma coreografia difícil e bem detalhada,


tenho medo de estragar alguma coisa – Falo inseguro em um duo se um
erra o erro se reflete sobre o outro podendo acabar com a coreografia.

— Meu pequeno não precisa ficar inseguro, você é o melhor dançarino de


todo o país e você sabe disso, sabe que seu potencial é incrível e sabe
muito bem que você merecia bem mais a viagem para Paris do que eu –
Meu amigo fala se levantando ajeitando os fios de seu cabelo ainda
úmidos pelo suor.
— Você sabe que meu pai não permitiu que eu fosse fazer o intercâmbio
de dança, e você é um bailarino incrível e você sabe disso – O respondo o
vendo sorrir convencido.

— Eu sei que sou bom, só não se menospreze você sabe mais que todo
mundo que aquele lugar era seu – Ele fala – Nos vemos amanhã pequeno,
boa sorte com o seu alfa – Ele fala antes de sair do nosso local de aula.

Eu termino de calçar meus sapatos e me aproximo rapidamente do


espelho ajeitando meus fios que insistem em ficar em minha testa, passo
um perfume e vou em direção a entrada do colégio, logo encontro Jun que
sorri assim que me vê e Soyeon que corre em minha direção me
abraçando.

— Minnie! – Ela fala ainda me abraçando – Vem conhecer o Jungwon – E


me puxa até o ômega mais novo que estava ao lado de Jun, ele carregava
um sorriso doce muito parecido com o de Jungkook.

— Oi você deve ser o Park Jimin – Ele se curva me fazendo rir.

— Sem formalidades, sou o Jimin e você deve ser o Jungwon – Falo e ele
sorri para mim assintindo – Seu irmão me falou muito de você e como
você gosta de inglês e história.

— Eu gosto muito de história e inglês mesmo – Ele diz nos fazendo rir –
Meu irmão falou que você era o ômega mais lindo que ele havia visto e ele
tem razão, o meu cunhado é um ômega muito lindo.

Ele recebe um tapinha no ombro de Jun que faz uma cara fingida de raiva.

— Falou é? – O questiono e ele apenas dá de ombros.

— E eu não menti – Rio de sua fala – Vamos levar o Minnie até em casa
pessoal? – Eles assentem e vamos a caminho de minha casa conversando.
Jungwon apesar de ser tímido é um menino muito fofo e carismático.

Assim que chegamos a frente a minha casa nos despedimos e Jungkoook


me puxa para um beijo, que era apenas um encostar de lábios, até ele
envolver a minha cintura com uma mão e com a outra segurar a minha
nuca começando a aprofundar o beijo enquanto pede passagem de sua
língua, cedida por mim, estávamos tão concentrados no beijo que só nos
separamos quando ouvimos dois risinhos de fora.

— Namoradinhos namorando – Soyeon falava e Jungwon ria junto a irmã


mais velha. Nos separamos do beijo e ambos nos encaravam me sinto
envergonhado e escondo o meu rosto contra o peito de Jungkook, logo
sinto meu cabelo receber carinho e deixo um beijinho em sua bochecha.

— Preciso ir amor, até amanhã – Falo e recebo um beijo na testa.

— Até amanhã, amor, se cuida – Ele responde eu assinto me despedindo


de seus irmãos novamente e logo depois entrando em casa, a encontrado
mais uma vez vazia.

Capítulo 12
Park Jimin

Estava lendo um livro sobre mitologia nórdica quando ouvi algumas


batidas na porta, marquei a página que havia parado no livro e permiti a
entrada da pessoa do lado de fora. Era Bogum.

— Oi está ocupado? – Ele coloca apenas a cabeça para dentro do meu


quarto e pergunta logo nego e ele entra fechando a porta logo em seguida
– Queria lhe contar uma coisa.

— Claro Bogum pode falar – Me sento na cama e o chamo para se sentar


ao meu lado.

— Sei que não ficamos tão juntos, mas com a academia é difícil
administrar tudo e ainda aguentar o nosso pai me perturbando porque
não quero trabalhar na empresa como o bom alfa que eu deveria ser, mas
queria te contar isso porque bem... Você é o meu irmão e como Jay ainda
não chegou decidir te contar primeiro – Ele parecia nervoso já que olhava
somente para suas mãos e as mexia intensamente.

— Ok agora você está me assuntando conte logo – Falo e chego mais perto
dele segurando suas mãos o fazendo me olhar.
— Eu finalmente encontrei o meu ômega – Ele diz e eu arregalo os olhos,
essa é uma notícia ótima para ele, estou muito feliz pelo meu irmão.

— Que notícia mais incrível – O abraço e logo sinto seus braços me


apertar mais – Estou muito feliz por você!

— Mas... – E é assim que sabemos que a algo de errado quando alguém


conta algo bom e logo depois vem com um ‘mas’.

— Eu contei para o nosso pai ontem – Ele fala e eu me afasto do abraço,


com certeza nosso pai não gostou nadinha – E ele me proibiu de ficar com
ele, pois ele ainda acredita que eu vá desistir de ser policial.

— Mas por que nosso pai não quer o deixar com o ômega? – Pergunto
ainda confuso.

— Porque o meu ômega é o tenente da delegacia de polícia – Ele diz e eu


fico surpreso, nunca vi ômegas ocupando lugares tão altos assim, e sinto
principalmente muito orgulho é bom saber que mais ômegas estão
chegando ao topo – E papai se sente ameaçado, ameaçou o meu ômega.

— Mas o seu ômega é mais poderoso que o pai – O respondo e ele


concorda.

— Ele é irmão, ele é, mas ainda sim é um ômega e ainda sofre muito por
estar em um cargo tão alto tudo por preconceito de classificação – Ele
suspira – E eu tenho medo de nosso pai conseguir tirar de Henry o seu
emprego, contei a ele sobre a nossa relação com o nosso pai e ele me
ofereceu a sua casa para nós ficarmos e eu aceitei – E então eu o olho nos
olhos e ele devolve o olhar, sinto minha visão ficar embaçada – Não chora
Jimin eu vou levar você e Jay.

— E a mamãe? – O pergunto nervoso.

— Ela disse que nos quer protegidos e não vai – Ele me responde.

— Então eu não vou, não vou deixá-la com ele sozinha, vá Bogum você
sabe que precisa crescer e ter a sua vida, e só conseguirá isso saindo
daqui eu assumo daqui, saiba que eu te amo muito, muito, muito Bogum
você foi o melhor irmão do mundo – Volto a abraçá-lo ainda chorando.
— Não vai ficar com raiva de mim? – Ele pergunta.

— Nunca ficaria – O respondo e ficamos mais alguns minutos abraçados


em completo silêncio.

Jeon Jungkook

Eu estava indo mais um dia para escola, mas dessa vez Soyeon decidiu me
acompanhar e como sempre eu iria passar na casa de Jimin para o buscar,
na verdade, esse era o plano.

— Jungkook hoje eu te levo para a escola – A voz do meu pai surgiu do


final do corredor enquanto eu e minha irmã já quase descíamos as
escadas.

— Tudo bem, vamos Soyeon – A chamo já que estudamos no mesmo


lugar.

— Não é só você – Ele me olhava sério e o seu semblante mostrava um


pouco de raiva também, me viro para a minha irmã que apenas assente e
desce as escadas passando pelas portas enquanto eu e meu pai fomos
para a garagem, pego o meu celular quando o sinto vibrar e é Soyeon
falando que buscaria Jimin e que eu poderia ficar tranquilo.

Entro no carro no banco do passageiro e tiro minha mochila das contas,


logo o meu pai entra e assume o volante enquanto não saímos dos
portões de casa nós dois nos mantemos em silêncio.

— Você vai terminar esse relacionamento que você tem com aquele
ômega – Ele fala de repente me assustando.

— Desculpa não ouvi bem – Ele falou o mesmo o que eu ouvi?

— Quero que largue aquele ômegazinho de merda, sabe muito bem que
deve se casar com IU, ela sim é de elite de uma família respeitada – Ele me
olha pelo retrovisor e vejo o nojo estampado em seu rosto – E não pense
que eu não sei que você levou seus irmãos para um jantar na casa dele
Jungkook.
Me mantenho quieto, não sei o que eu e meu lobo conseguimos fazer se
ele nos irritar ainda mais.

— Você é um alfa lúpus nojento eu tenho desgosto de tê-lo como filho,


além de fraco e não respeitar as regras, ainda se envolve com tipinhos
desses e além de tudo é muito burrinho, acha mesmo que eu não conheço
a família dele, aquele pai dele que tem uma empresa que nunca cresce, a
mãe dona de casa e o irmão que faz academia de polícia, pelo amor de
Deus, se os meus contatos me informarem que vocês estão juntos eu
acabo com você e com aquele ômega – Ele para bruscamente o carro e
vejo que já estamos em frente a escola.

Eu respiro fundo e antes de descer do carro falo:

— Pode sonhando que eu vou largar o meu soulmate – E bato a porta do


carro entrando no campus da escola, logo vejo Jimin sentado na mesa de
sempre com seus amigos e minha irmã, me viro para ver se meu pai
continua e sim ele está lá, quando Jimin se levanta para me cumprimentar
eu apenas o seguro pela cintura e o beijo, aperto sua cintura e ele passa
aos braços em volta de meu pescoço aprofundando o beijo, desço uma de
minhas mãos e aperto uma das bandas de sua bunda o vendo se separar
um pouco do beijo e arfar, depois de mais alguns minutos de ósculo nos
separando pela falta de ar e quando olho em direção onde o meu pai
estava com o carro está vazio.

[...]

Jeon Jungkook

Falta pouco para o natal e durante mais uma de nossas conversas pela
madrugada Jimin me contou novamente que seguiu a carreira de
dançarino e antes de descobrir que está gravido e ter que fugir de casa
que dava aulas em uma academia de dança aqui de Busan. E isso ficou em
minha cabeça, eu o via diversas vezes entediado por não ter o que fazer
dentro de casa e logo uma ideia surgiu em minha cabeça.

O abracei mais forte encaixando nossos corpos dentro da conchinha,


voltei a acariciar sua barriga onde a minha menininha está, minha filhote,
aproximo meu rosto de seu pescoço e durmo sentindo o aroma de
framboesa.
Park Jimin

— Tae! É uma menina – Disse assim que ele atendeu a ligação, ontem
cheguei tão cansado da consulta que apenas jantei e dormi – Eu vou ter
uma menininha

— Meu deus Minnie! Meus parabéns – Logo o ouço dar a notícia para os
seus maridos que também aparecem na ligação de vídeo me
parabenizando – Onde está Jun?

— Estou aqui! – Viro a câmera e o mostro cozinhando o nosso almoço,


passamos mais algum tempo na ligação, logo depois adicionamos Jin
hyung e Soyeon para eu contar a notícia.

— Oi, por que vocês me acordaram tão cedo? – A voz rouca e seu rosto
inchado de sono apareceu, era Soyeon.

— Soyeon já são quase uma hora da tarde – Jin fala e ela arregala os olhos
– Boa tarde mocinha.

— Eita, boa tarde então – Ela fala e todos retribuímos.

— Quero contar algo para vocês – Falo e ambos olham em direção ao


celular em expectativa.

— Vão se casar – Jin fala.

— Não, não, descobriram ser gêmeos – Soyeon fala por cima.

— Não ainda melhor conseguiu falar com o seu irmão – Jin tenta de novo
e eu olho para os dois bravo.

— Se não me deixarem falar não consigo contar o que eu quero – Falo e


então todos ficam quietos ou aproximadamente isso já que Taehyung ria
dos dois – Eu vou ter uma menininha.

— Finalmente caralho! Alguém para me acompanhar! – Soyeon grita


assustando a todos nós.
— Parabéns, Minnie vai ser uma linda menininha – Jin me parabeniza.

Ficamos conversando até o almoço ficar pronto, Jun mesmo concentrado


na carne que fazia e nos legumes e verduras que cortava vira e mexe fazia
comentários sobre o que falávamos e ria de Taehyung e Jin discutindo
quem seria o padrinho da minha filhote.

Após desligar a ligação almoçamos juntos em meio a conversas, mas uma


coisa que Jin havia falado para mim não saia de minha cabeça “Falar com
o seu irmão” já fazia bastante tempo que Jay não entrava em contato e eu
estou preocupado não consigo ter notícias de fora e tenho medo de
acabar prejudicando os dois.

Bogun está trabalhando fora a anos e graças a Deus conseguiu seguir a


sua vida e proteger ele e o seu ômega de meu pai, sinto muita falta de meu
irmão, mas sei que ele está mais feliz longe e que provavelmente pode ter
sua família, minha conexão com meu irmão é bem limitada, pois vivíamos
sobre a vigilância de nosso pai desde que ele foi embora, então
conseguíamos apenas um cartão de natal com poucas palavras sobre sua
situação e vida.

Imerso em pensamentos eu mando uma mensagem para Jay.

Se estiver tudo bem me mande um ponto.


13:43

Aguardo mais alguns minutos a mensagem ser visualizada ou respondida,


mas não obtenho nenhuma resposta, me deito no sofá voltando a assistir
o programa de variedade enquanto Jun não volta para casa. Eu fui dormir
e não havia recebido uma resposta, mas durante a madrugada ouço um
barulho ao longe como um despertador, estava confortável no calor do
meu alfa, mas o barulho persistia e não parava.

Fui despertando gradualmente e com muita dificuldade comecei a abrir


meus olhos e ter consciência do que estava fazendo esse barulho tão
irritante, levantei meu corpo e fui até a mesa de cabeceira, logo Jun
começou a resmungar ainda dormindo e a passar a mão pela cama a
minha procura ri por ele ser tão fofo e voltei a me sentar perto dele que
rapidamente passou os braços pela minha cintura e voltou a ficar quieto.
A tela do meu telefone brilhava com um número desconhecido, olhei para
o horário e marcavam 02:17 da madrugada desliguei a chamada e já ia
voltando a colocar o telefone no lugar com um pouco de dificuldade
devido a minha barriga, mas quando estiquei o meu braço novamente o
meu telefone voltou a fazer barulho e dessa vez eu atendi.

Fiquei em silêncio.

— Jimin? Jimin é você? É o Bogum – A voz um pouco estática do telefone


falou e por um instante o meu coração errou a batida e meu lobo se
levantou animado afinal o nosso irmão estava falando conosco, é a
primeira vez que ouço a voz de Bogum em anos e posso falar com
propriedade que não mudou nada – Jimin?

— Bogum? É você mesmo? – Pergunto, como ele sabe o meu número de


celular?

— Sou eu, Jay me mandou o seu telefone e ele me contou tudo o que
aconteceu, mas ele não me responde mais nenhuma mensagem desde
ontem – Ele diz sua voz era séria e bem preocupada – Você está bem?
Jungkook tem cuidado bem de você?

— Sim irmão estamos bem, eu e minha filhote estamos bem, Jungkook é o


melhor alfa de que eu poderia ser destinado – Falo sorrindo bobo o
olhando, ele dormia e sua boca ficava um pouco aberta mostrando o início
de seus dentinhos de coelho, parece inofensivo, mas pode te matar.

— Então é uma menina? – Meu irmão pergunta seu tom de voz agora era
carinhoso e ansioso.

— Sim é uma menina – O respondo – Mas estamos perdendo o foco,


continue a falar de Jay.

— Isso verdade, a última vez que consegui conversar com o mesmo ele
me disse que o papai estava colocando pessoas para irem atrás de você e
que estava vigiando ainda mais a mãe e ele – O ouço atentamente
enquanto passo a mão por minha barriga – Eu queria falar com Jungkook
também preciso garantir que ele cuidará de você.
— Vou acordá-lo – Falo e me viro sacudindo um pouco o corpo de meu
alfa.

— E irmão eu perdi o medo dele, eu estou voltando.

Capítulo 13
Park Jimin

Após horas em ligação com Bogum eu e Jun ficamos sabendo do plano de


resgate de meu irmão e seu ômega que agora comandavam o setor mais
especializado e importante da polícia da Coreia, eu não fazia a menor
ideia que meu irmão é tão importante, fiquei orgulhoso dele.

Assim que ambos terminaram de arranjar os detalhes e combinar de


trabalhar em conjunto, é isso mesmo a máfia trabalhando em conjunto
com a polícia, nós dois fomos dormir ainda estava mais nervoso, mas o
cheiro de Jun me acalmou rapidamente e eu consegui dormir
tranquilamente sonhando que logo eu veria o meu irmão e teria minha
mãe e Jay a salvo.

No dia seguinte Jungkook perguntou se eu gostaria de ir com ele


trabalhar, na verdade, a ideia não era ruim, já estava para hibernar de
tanto tédio que eu sinto assim que o meu alfa sai de casa então tomamos
mais um banho juntos e Jun praticamente me embalou mais uma vez em
roupas de frio para me deixar e deixar a nossa menininha bem
quentinhos e depois tomamos um café da manhã, dessa vez em casa
mesmo, juntos.

Assim que entramos na empresa todos se curvaram em respeito e eu


apertei a mão de Jungkook com força, logo minha cintura foi enlaçada por
um de seus braços e nós subimos as escadas com o completo silêncio de
todos os subordinados, assim que viramos as costas ouvimos os barulhos
de passos e as conversas voltarem Jun me levou até o seu escritório e pela
primeira vez eu vi o local em que ele trabalhava boa parte do dia, era um
cômodo bem arejado e com duas paredes completamente feitas de
janelas, seu escritório pega toda a esquina de uma rua nos fazendo ter a
visão ampla de dois lados do que acontecia lá embaixo, havia algumas
estantes de livros e caixas que devem estar cheias de papéis, logo ao
centro há uma grande mesa de madeira e uma cadeira de couro preto, em
cima da mesa um computador de última geração e uma grande pilha de
papéis preenchiam o espaço da mesa.

O resto do espaço é preenchido por estofados e alguns tapetes, eu deixei


sua bolsa em uma das poltronas e me pus a observar a vista, a paisagem
mostrava um lindo parque com muitas árvores e algumas famílias e suas
crianças aproveitando um dia ao ar livre, logo no outro lado da rua
observava pessoas passando rapidamente provavelmente indo em
direção a seus trabalhos e compromissos, sentiu os braços de Jungkook o
rodearem e seu rosto pousar em seu ombro, ouviu o longo suspiro que ele
deu e sorri, amo estar nos braços do meu alfa, uma grande onde de
felicidade tomou o seu corpo e fechou os olhos para aproveitar o
momento, então o meu alfa se pôs a beijar meu pescoço causando ondas
de prazer passar por todas as partes de meu corpo além de leves arrepios
pelo contato dos lábios quentes de Jun contra a minha pele.

Tombei a minha cabeça para o lado o dando mais liberdade, ele se passou
a minha frente segurando os dois lados da minha cintura e passou a dar
lambidas e leves mordidas no lugar além de seus selares molhados.

— Gatinho... Você não sabe como eu quero te foder contra essa janela
enquanto você aprecia a vista e está a mostra para todos o verem dando
pro seu alfa ou – Ouvi um rosnar baixo vindo de Jun e dei um leve sorriso
– Te foder em cima daquela mesa enquanto você geme o meu nome e
todos que trabalham aqui vão saber que o seu alfa está o satisfazendo.

— Vou esperar ansiosamente por esse momento – Digo, combinamos


voltar a nos amar somente quando a bebê nascer já que eu fico
incomodado por não poder ter todo o corpo de Jun grudado a mim e ele
com medo de alguma forma machucar a nossa filhote.

— Eu também gatinho, eu também – Senti ele aos poucos parar de beijar


e lamber o meu pescoço e me abraçar meio desajeitado pela barriga estar
em meio a nós, bocejei por ainda estar com sono, acordei mais cedo do
que eu me acostumei já que vim o acompanhar no trabalho – Vem meu
amor, vou o deixar dormir enquanto eu resolvo as coisas chatas.

Fomos em direção a sua mesa e ele se sentou na cadeira logo me


colocando de lado em seu colo, me ajeitei e posicionei o meu rosto na
direção de seu pescoço inalando o seu cheiro maravilhoso de conhaque,
logo eu já estava dormindo.
Acordei quando senti o corpo de Jun se tensionar e ele me segurar com
mais força em seus braços, mantive os meus olhos fechados, pois não
sabia o que estava acontecendo.

— Eu te avisei quando mais novo Jungkook, eu te tirei do país para


esquecer desse ômega – Reconheci aquela voz é Jeon Kwan, pai de
Jungkook – Agora ele aparece grávido e você passa a agir como se essa
coisa fosse seu filhote.

— Essa coisa é meu filhote, e Jimin é meu ômega lave sua boca antes de
falar de minha família, eu não sou mais aquele garoto de antes e posso
muito bem ser pior que você foi comigo – Jun o responde, sua voz está
séria e bem grossa, no mesmo tom ríspido que usou com aquele alfa que
me olhou com desejo.

— Como se atreve a falar comigo assim? Sou seu pai Jungkook não se
esqueça que tudo o que você tem é por minha causa – O outro alfa volta a
falar.

— Você é tudo menos o meu pai e lembre-se também Kwan que quando
você me deu a empresa ela estava quase falida, eu a reergui com muito
trabalho, você não tem direito a nada aqui, eu não sei porque o deixaram
entrar – Jun o responde e o sinto passar a mão pela dobra das minhas
coxas e se levanta me segurando, logo me sinto ser deitado em outro
lugar e não sinto mais o calor do corpo de Jun.

— Não se esqueça que o que eu fiz com você da primeira vez foi pouco
pelo que você merece – Kwan continua a falar alto – Agora eu não tenho
só esse ômegazinho para atingir, eu posso com um estalar de dedos sumir
com essa criança e vocês dois nunca mais a virão – Sinto uma dor em meu
coração, um aperto, esse alfa não só ameaçando a mim e a Jungkook, mas
agora também a nossa filhote.

Abro os meus olhos e me levantando do estofado com cuidado segurando


a minha barriga.

— Olha, não que o aproveitadorzinho acordou, como está a sua bastarda?


– Kwan fala me olhando, seus olhos faiscavam ódio e antes mesmo que eu
conseguisse responder algo ouço um rosnado alto vindo de Jun – Eu não
abençoo essa família você – Ele apontou para mim – E essa criança nunca
serão Jeon’s de verdade.

— Acho melhor você lavar a sua boca antes de falar da minha filhote e do
meu ômega – Jungkook praticamente grita e empurra o pai para a parede
segurando o pescoço dele.

Me encolho pelo barulho e pelo susto, a parede onde agora Kwan está
prensado tem uma grande rachadura, o rosto do mais velho está cada vez
mais vermelho e as pontas dos dedos de Jungkook cada vez mais brancos
pela força que ele usa contra o pai.

— Eu só não te mato agora porque tenho um ômega e uma filhote para


cuidar – Ele fala olhando diretamente nos olhos do pai, tudo o que a cena
transmitia era raiva e uma vontade imensa de vingança – Mas me aguarde
papai – A última palavra foi praticamente cuspida por Jungkook que
soltou o pai.

Enquanto Jun se virava e vinha em minha direção o seu pai tossia e


tentava se recompor, assim que conseguiu ele saiu da sala sem dizer mais
nenhuma palavra, enquanto isso Jun se abaixou em frente a mim e deitou
sua cabeça em minhas coxas, ele olhava diretamente para a minha
barriga, que estava coberta pelas blusas de frio.

— Desculpa por isso filha – Ele levanta a minha blusa e continua a olhar
para ela, sinto um pouco de vergonha já que com a barriga crescendo
algumas estrias começaram a aparecer – Não queria que você visse isso,
mas pode ter certeza que eu vou ser diferente.

— Jun... – Já sentia as lágrimas se acumularem em meus olhos, Jungkook


sempre quis ser pai, mesmo com o péssimo exemplo que ele cresceu, o
mesmo foi comigo – Você já é o melhor pai do mundo, não precisa se
preocupar.

Ele me olhou com um leve sorriso e voltou a olhar para a minha barriga.

— O seu pai é lindo né? Sei que você não consegue vê-lo, mas eu posso te
dar a certeza que a vista que eu tenho daqui é a mais bonita do mundo –
Sorri, ele é sempre tão carinhoso que sinto que a cada dia o meu coração
cresce mais um pouco para caber o amor que eu sinto por ele – Você
podia mostrar o seu cheirinho né amorzinho? Ou se mexer...
Já estava na hora de nossa filhote mostrar o seu cheiro ou se mexer, mas
segundo a obstetra ela estava bem, ou seja, ela só não está a fim de se
mexer ou mostrar seu aroma e eu acho engraçado Jun sempre
conversando com ela tentando a convencer e ela nunca o responde.
Encostei as minhas costas e passei a acariciar os fios de Jun que fazia
carinho em minha barriga me deixando sonolento.

— Voltei! – E então alguém abre a porta dando um grito e me assustando


– Ai meu deus Jimin?

É Jungwon.

— Jungwon? Quem te buscou? – Jun se levanta do meu colo e exclama,


logo Soyeon aparece na porta com um sorriso no rosto.

— Soyeon foi me buscar, Minnie você está lindo grávido – Ele veio em
minha direção me dando um abraço, Jungwon está enorme – Soyeon me
contou que vocês vão ter uma filhote, estou tão feliz por vocês!

— Obrigada Won, senti saudades suas, você cresceu tanto baixinho – Falo
e ele sorri.

— Eu também senti saudades suas irmão, como foi o treinamento? –


Jungkook pergunta e o ômega tira da blusa uma medalha de ouro.

— Terminei em primeiro lugar, agora sou especialista em qualquer arma


de fogo – Ele fala e eu arregalo os olhos, da última vez que eu o vi ele era
um garoto tímido de quatorze anos.

— É como eles crescem – Soyeon fala dramaticamente e se joga em uma


das poltronas com a mão no peito.

— Dramática – Jugwon se deita em meu colo e eu faço carinho em suas


costas, continua sendo um bebê – Oi bebê eu sou o tio Won – Ele fala
olhando para a minha barriga e depois encosta sua cabeça em meu ombro
e fecha os olhos – Sono.

— Pode dormir baixinho – Digo e ele apenas concorda com a cabeça se


entregando ao sono – Não mudou nada.
— Ele sempre gostou muito de você Minnie mesmo não tendo tido muito
tempo em sua companhia, ele sempre se sentiu como um filhote com você
– Jun fala sorrindo de seu irmão dormindo em meu colo.

— Ele sempre se sentiu mais seguro com nós três, e depois quando Jun foi
tirado do país passou a só se sentir confortável com nossa mãe, eu e Tae –
Soyeon falou um pouco triste.

— Sinto saudades dela – Jungkook fala, eu só tive uma oportunidade de


ver Solar, mãe de Jungkook, que foi quando eu corri por todo o aeroporto
o procurando e só encontrei o avião dele decolando, sua mãe me viu e me
reconheceu pelo vídeo que Jun mostrou a ela da apresentação que eu
havia feito no festival da escola e ela me contou o que tinha acontecido –
Papai esteve aqui hoje.

— O QUE? – Soyeon gritou e logo olhou para o irmão mais novo que
continuou a dormir – O que ele fez Jungkook?

— O de sempre, ofendeu e tentou humilhar a mim, Jimin e a nossa filhote,


eu o enforquei, mas juro que se eu o ver de novo eu o mato – Ele falou
sério – Ameaçou a vida da minha filhote que ainda está no ventre de meu
ômega, ele deveria agradecer por ainda estar vivo.

— Não vamos deixar nada acontecer a Jimin – Ela fala séria – E mamãe
você a viu?

— Não a última notícia que eu tive dela foi quando a mãe de Jimin contou
que foi a nossa mãe que deu o meu endereço para Hwasa – Ele fala e
Soyeon concorda.

— Nós logo resolveremos isso – Ela fala e Jun concorda – Esperaremos


somente Bogum e Taemin chegar, agora temos Jungwon que está ainda
mais treinado do que antes.

Olhei para o ômega em meus braços e tirei os fios de cabelo que estavam
em seus olhos, eu só quero a minha família reunida e sem perigo por
perto.

Capítulo 14
Park Jimin

Uma semana depois eu ajudei Bogum ir embora de casa, além de nós


somente Jay sabia que ele iria embora ficar com seu ômega, ele teve que
pular a janela do meu quarto para conseguir sair sem acordar ninguém e
sem ninguém vê-lo, eu havia escondido a pequena mochila que ele iria
levar dentro de uns dos arbustos do vizinho já que o ômega dele o
esperaria na rua de trás para não chamar atenção, foi triste o ver indo
embora, choramos muito, mas não podíamos fazer muito barulho e ele
precisava ir embora.

Eu vi o carro arrancar e levar a imagem do meu irmão chorando


segurando a mochila entre os braços, me deitei naquele dia com a única
coisa que sobrou de Bogum... A lembrança e nossas fotos em meu celular.
Espero que nós consigamos manter contato, mas sei que quando nosso
pai descobrir sobre a fuga dele as coisas vão piorar ainda mais aqui em
casa.

Consegui dormir depois de mais algumas horas chorando e só acordei


com o meu despertador, me levantei e quando cheguei ao banheiro
observei o rosto inchado e ainda um pouco avermelhado que eu
carregava, pelo menos eu ainda tenho o Jungkook, Jay e minha mãe
comigo.

Me arrumei e fui para a escola, contei que meu irmão havia ido embora
para Jungkook, mas não contei o porquê e o meu alfa tentou me animar
com muita atenção e com ele ficando até mais tarde para me ver
ensaiando pela última vez a coreografia do festival antes do grande dia, e
depois me levou para tomar chocolate quente em uma cafeteria muito
fofa perto do nosso colégio.

Conversamos sobre as nossas aulas e como estávamos animados para o


festival, na verdade, eu estava com uma mistura de emoções, o
nervosismo, ansiedade, medo e felicidade rondavam o meu corpo, meus
pais não irão, na verdade, não é uma novidade, eles nunca foram ver
nenhuma de minhas apresentações, meu pai não me apoia na dança e
obriga a minha mãe a ficar em casa em qualquer evento ou algo que eu vá
dançar, ele diz que é uma vergonha um homem dançando, mas
sinceramente eu me acostumei, Bogum sempre compareceu só que dessa
vez será apenas Jay, Jungkook e o resto dos meus amigos.
[...]

Jeon Jungkook
Já era o dia do festival e eu estava nervoso, eu não vou me apresentar,
mas estou nervoso porque Jimin vai, eu ia o buscar na esquina da casa
dele pois o pai dele o proibiu de pegar qualquer carona com alguém
desde que Bogum foi embora, eu comprei flores para ele e elas estavam
no banco da frente é uma surpresa, logo o vi na esquina me esperando
pedi para o motorista parar e logo que abaixei o vidro vi um grande
sorriso se abrir em seu rosto, ele ainda estava com suas roupas normais,
abri a porta do carro e ele entrou com sua mochila em mãos.

Passamos todo o caminho conversando e rindo, ele me pediu para o


distrair e era isso o que eu estava fazendo.

— Aí quando casarmos eu vou estar em cima de um cavalo – Falo e ele ri,


eu tenho medo de cavalos – Está rindo por quê? Eu vou enfrentar esse
medo.

— Com certeza que vai hyung, eu te mostrei a foto de um cavalo no outro


dia e só faltou você desmaiar e era só uma foto – Ele falava em meio a sua
risada e eu só o observava, ele ria tão intensamente que seus olhos
estavam comprimidos a duas linhas finas enquanto seu dentinho torto,
um completo charme a meu ver, aparecia.

— Viu, nós chegamos e você nem percebeu – Abri a porta e estendi a


minha mão para que ele a pegasse, estamos na frente do colégio que
estava tomada por barraquinhas e alunos – Vai lá trocar de roupa gatinho
que eu vou comprar algo para você comer antes da apresentação.

Jimin já tinha saído há alguns minutos quando sinto uma mão em meu
ombro, a pessoa me segurou com muita força, a dor foi instantânea levei a
minha mão para a da pessoa e quando eu tentei tirar a pessoa afundou
ainda mais, quando me virei, tomei um susto.

Meu pai me olhava com raiva e ainda assim ele não aliviava o aperto.

— Trate de aguentar a dor seu alfa de merda – Ele falou baixo, mas a sua
raiva era palpável – Eu falei para largar da merda do ômega!
— Eu não vou sair de perto do Jimin! – Falei um pouco mais baixo e sua
mão foi em direção a minha nuca, no mesmo momento em que eu senti o
alívio do aperto no ombro e senti a intensa dor na nuca que ele já
apertava.

— Já que você não sai de perto dele eu vou te tirar de perto dele – Seus
olhos brilhavam toda a sua raiva e ira – Eu te avisei Jungkook, não bastava
já ser uma vergonha como alfa agora como filho também!

— Eu não vou largar o meu soulmate!

— Não vai? Tudo bem Jungkook, já, já nós veremos como você e ele vão
estar – Ele disse e soltou a minha nuca – Nunca mais use o motorista para
as suas mordomias com esse alfa de quinta – Ele se virou e saiu.

Eu ainda olhava na direção em que ele foi embora quando senti me


abraçarem, logo o cheiro maravilhoso de framboesas tomou o espaço e eu
relaxei.

— Jungkook eu estou bonito? – Me virei e quase cai de queixo no chão,


Jimin estava completamente deslumbrante mesmo em roupas simples.

Ele está vestido uma calça de linho larga que tinha um detalhe cortado
próximo aos pés e batata da perna, por enquanto ele usava chinelos, mas
sei que ele dançará descalço, na parte de cima ele veste uma blusa de frio,
marfim assim como a calça, sendo mais curta na frente e longa atrás, seu
cabelo estava para frente tampando a sua testa.

— Aqui gatinho pedi isso para você – O entreguei o lanche que consistia
em um suco leve e um sanduíche que sei que é o que ele gosta – Não pedi
muita coisa porque sei que não gosta de dançar logo após se alimentar,
então isso é só para não ficar sem comer nada, depois da apresentação a
gente come tudo o que quisermos.

— Obrigada alfa – Ele sorriu e deixou um beijo em minha bochecha antes


de voltar a sua atenção para a comida.

Eu apenas o levei até um dos bancos, mas não deixei que ele sentasse na
superfície para não sujar a sua roupa, então o coloquei em meu colo e
quando ele terminou o lanche Jongin chegou e eles foram se alongar e se
preparar já que faltava pouco para começar.

Comprei um refrigerante para mim e fui até o teatro em que aconteceria a


apresentação deles, consegui me sentar no mesmo assento de sempre e
logo vi os amigos de Jimin chegarem, Soobin e Tzuyu são os únicos que
não se apresentam e nesse tempo em que começamos a namorar me
aproximamos, então sinalizei para que eles se sentassem ao meu lado.

Então as luzes se apagaram, Jimin e Jongin serão os primeiros a se


apresentar, mas antes dele Lia entrou com um microfone.

— A apresentação que verão aqui poderá trazer diversas interpretações e


é isso que nossos dois dançarinos querem, mas antes de começarmos eles
querem passar a interpretação deles e de sua coreografia.

“Mesmo no mundo de hoje, ele é a pessoa boa, mas é quem é mais fraco e
eu sou a pessoa ruim que sou muito forte e no mundo real, muitas coisas
boas são afetadas por coisas ruins. Agora o qual afetadas e quão boa ou
ruim nós podemos ser? Nós só veremos no futuro”.

Dito isso Lia se retirou do palco e a luz voltou a se apagar. E quando ela
acendeu Jimin e Jongin estavam no palco, um de costas para o outro
enquanto uma moldura de espelho os separava, vi Jimin respirar fundo e
fechar os olhos por alguns segundos, Jongin usava uma blusa de manga
comprida e gola role cinza e uma calça de linho parecida com a de Jimin,
mas em preto, ambos descalços e então um remix de Lovely começou a
tocar.

(Comece a assistir o vídeo da mídia)

Eles se viraram e cada um tocou o seu rosto, em sincronia, e então suas


mãos se juntaram no meio, e assim que a voz de Billie soou nas caixas de
som do teatro eles começaram a sua apresentação. Jimin e Jongin tem
uma sincronia incrível, enquanto Jimin administrava passos leves e
pontuais e expressões de calma e desapontamento, Jongin fazia seus
passos com força e precisão com raiva, ambos são incrivelmente flexíveis
e enquanto dançam também interpretam seus papeis com maestria.

Eles andaram para frente e começaram a Jimin e Jongin estavam no chão


buscavam algo, enquanto Jongin machucava e se mostrava mais forte,
Jimin sentia a dor, eles se levantaram e dançaram um ao lado do outro,
saltaram e depois de mais alguns passos se encontraram no meio do
palco e Jongin levou o rosto de Jimin até o seu ombro.

Quando a música terminou todos que estavam no teatro se levantaram e


aplaudiram, Tzuyu gravava tudo no meu celular já que eu havia dito
querer prestar muita atenção neles dançando, assim que eles se viraram
para a plateia ambos sorriram satisfeitos com a sua apresentação, vi Jimin
me procurar com os olhos e me ver no mesmo lugar que eu estive em
todos os festivais, sorri e o aplaudi mais ainda e então o seu sorriso se
tornou ainda maior.

— Esse é o meu ômega! Respeita que ele é o melhor! – Eu gritava, Jimin


foi perfeito, excelente, completamente além das minhas expectativas, eu
já havia os visto dançar a música, mas ali no palco, foi completamente
maior, absolutamente maior, Jimin não era mais um aluno do ensino
médio, ali ele estava sendo o dançarino de dança moderna que conseguia
se expressar na dança perfeitamente.

— Esse é o caralho do meu amigo porra! – Soobin gritava ao meu lado.

Vi Jimin descer do palco junto de Jongin e ele então correr em minha


direção o recebi em meus braços enquanto nos girávamos, ele ria
abraçado a mim e eu nunca me senti tão feliz e completo em toda a minha
vida, Jimin estava com as pernas em volta da minha enquanto eu ainda
nos girava, parei e ele me olhou ainda com o sorriso mais lindo de toda a
minha vida nos lábios.

— Gatinho você foi completamente perfeito! – Eu disse o olhando e ele riu


fofo.

— Eu vi você durante a apresentação, Jun eu nunca me senti tão confiante


e feliz quanto eu fiquei quando te vi sentado aqui, eu te amo tanto – Ele
voltou a me abraçar e eu o apertei mais.

— Eu te amo ainda mais Jimin – Falo e ele sorri, deixo um selar em seus
lábios – Aqui, para você gatinho – O coloco no chão e me viro para pegar
as flores já que fiz o motorista esperar até Jimin entrar para eu buscar.

— Jun que coisa linda! – Eram rosas-brancas, as favoritas dele – Você é


tão perfeito hyung.
— Você que é o ser mais perfeito de todo esse universo, o único que
consigo dar o meu amor e não ter medo de ser machucado, o único que eu
quero ter para sempre ao meu lado – Seguro ambos lados de seu rosto e
deixo um beijo em seu nariz.

— Eu também quero que você seja o meu único para sempre – Ele diz e
me beija.

Logo todos os seus amigos começam a gritar nos fazendo rir mesmo ainda
no beijo, nos separamos e todos nós começamos a falar com Jimin e
Jongin os parabenizando e esperando até a próxima apresentação
começar.

Capítulo 15
Jeon Jungkook

Acordei, mas senti que não estava na minha cama, assim que abri os meus
olhos vi bancos de carro, praticamente pulei do assento e quando vi
estava dentro de um carro em movimento, no banco do motorista o meu
pai sentado com ambas mãos no volante me levando para algum lugar, ao
lado dele minha mãe de cabeça baixa, olhei para a janela e não reconhecia
onde estava, mas com certeza estava longe de casa.

— Aonde estamos indo? – Pergunto e só recebo o silêncio, olho para o


lado e vejo apenas uma mochila, a pego no colo e a abro, apenas roupas e
mais roupas, mexo em meus bolsos a procura de meu celular e não o
acho, começo a entrar em desespero.

— Eu te falei Jungkook que eu resolveria o seu problema – Ouço o meu


pai falar e descer do carro, olho para a minha mãe e vejo ela esboçar uma
“desculpa”, mas sem emitir nenhum som, logo sinto o meu braço ser
puxado para fora do automóvel e só seguro a mochila junto a mim, assim
que saio do carro reconheço o lugar onde estou.

O aeroporto.

Olho para os lados e só vejo minha mãe andando em uma distância boa de
cabeça baixa, o que o meu pai fazer? Ele chega em uma bancada e uma
atendente vem conversar com ele.
— Bom dia! – Ela fala simpática, mas assim que vê o rosto fechado de meu
pai o seu sorriso morre – Do que o senhor precisa.

— Quero uma passagem para o lugar mais longe que você tiver e o voo
mais rápido que tiver – Ele responde grosso e ela me olha antes de
assentir e começar a digitar em um computador.

— Temos um voo para Los Angeles nos Estados Unidos para daqui a duas
horas – Ela fala.

— Pode ser então – Ela assente e o passa o valor da passagem e ele sem
nem pestanejar paga em seu cartão de débito e logo segue me levando até
a sala de espera do embarque.

Algum tempo passa e eu já não me aguento mais de chorar, sinto


saudades de Jimin, eu só o queria comigo e que eu não estivesse aqui,
sinto um tapa ser desferido em minha nuca e eu só continuo de cabeça
baixa.

— Já falei para parar de chorar, eu te avisei Jungkook, ainda tenho planos


para o acinzentado – Ele diz e eu levanto a cabeça na mesma hora – Achou
que acabou? Isso só é o início Jungkoook.

Começo a pensar em tudo o que eu deveria ter feito, desde me afastar de


Jimin na primeira ameaça de meu pai até ter fugido com o mesmo, mas
agora de nada mais adianta, assim que o voo é chamado meu pai me puxa
pelo ombro até o corredor onde entrega a minha passagem e meu
passaporte.

Mas eu travo no mesmo lugar, olho o corredor onde algumas pessoas


passam e as comissárias de bordo acenando e desejando boa viagem a
todo mundo que embarca no avião e então ouço a voz que eu tanto queria
ouvir.

— Jungkook! – Olho para trás vendo Jimin com Soyeon vindo logo atrás,
eles vinham em minha direção, mas vejo dois homens indo na direção
deles.
— Jimin! Corre! – Eu falo e ele me olha sem entender, então Soyeon o
puxa correndo para algum lugar que eu não sei, já que o meu corpo é
praticamente jogado na passarela que dá para o avião, vejo minha mãe
chorando e então a comissária de bordo me recebe.

— Nós da companhia de viajem uma boa viagem – Dou um sorriso


mínimo e entro no avião em meio as lágrimas sem saber nem ao menos
qual é o meu assento.

[...]

Park Jimin

Eu estava acordando mais tarde hoje já que ontem teve o festival e eu


fiquei até tarde com o meu alfa e os meus amigos, foi muito divertido e eu
adorei muito, quando eu estava escovando os dentes meu celular toca e
eu vou atender, Jun deve estar me ligando combinamos de ir na praça
com seus irmãos hoje, mas quando eu olho o visor do meu celular, na
verdade é Soyeon, atendo a ligação e coloco o celular em meu ouvido.

— Jimin! Jimin! Graças a Deus, o papai está levando o Jungkook embora –


Ela gritava no celular, senti o meu corpo ficar fraco, levando o Jungkook
como assim? A escova caiu no chão e sujou o meu tapete – Eu estou indo
te buscar, mamãe deixou um bilhete falando que o pai está o levando para
o aeroporto.

— É... É eu estou descendo – Falo e ela concorda desligando a ligação, lavo


a minha boca devido à espuma e saio indo em meu armário pegando a
primeira calça jeans e blusa que encontro, coloco o primeiro tênis que eu
encontro e desço as escadas.

Eu só não esperava encontrar o meu pai sentado na sala de estar lendo o


jornal.

— Onde pensa que está indo Park Jimin? – Ele fala sem abaixar o jornal –
Está de castigo por dançar que nem uma bichinha no festival ontem, ou
pensou que eu não sabia, e pensa também que eu não sei do alfa que vem
se esfregando. Você não tem vergonha na cara? Já não basta o seu irmão
ser uma decepção agora você também é.
Ele guardou o jornal e me olhou, com raiva e fúria, ouvi a buzina tocar do
lado de fora, Soyeon.

— Pai depois o senhor pode me punir, mas eu realmente preciso ir – Saio


de casa o ouvindo gritar o meu nome, mas não volto atrás preciso do meu
alfa.

[...]

Já estávamos no aeroporto, mas o problema é que ele é enorme e não


sabíamos para onde devíamos ir, só fomos correndo até eu ver Jungkook
na frente de uma porta de embarque de costas, totalmente parado
enquanto seu pai o segurava pelo ombro, mas não como forma de apoio e
sim com força, a mulher que estava um pouco mais afastada chorando
deve ser sua mãe, de cabelos castanhos claros olhava para baixo e suas
lágrimas caíam diretamente no chão.

— Jungkook! – Gritei e ele se virou, um pequeno sorriso apareceu em seu


rosto banhado por lágrimas, já estava chorando, por que estão fazendo
isso? Por que ele está indo embora?

Meu lobo me mandava correr em sua direção e era isso que eu estava
fazendo até ser puxado por Soyeon.

— Jimin! Corre! – O ouvi gritar, mas já estava longe, vi ele ser


praticamente empurrado para o corredor e sua imagem ir
desaparecendo.

— Vem Jimin! – Soyeon tinha soltado minha mão e dois homens vestidos
de preto vinham em minha direção, corri para um lado e vi Soyeon ir para
o outro nos separamos, quando achei estarmos longe o suficiente, me
abaixei e chorei, chorei pelo futuro que me tiraram, pelo amor perdido,
pela minha metade arrancada de mim sem nem a chance de uma
despedida.

E em um aeroporto o meu coração partido e sem fazer a mínima ideia de


como eu sairia dali e voltaria para casa senti uma mão tocar o meu
ombro, tomei um susto, mas assim que me virei e encontrei a imagem da
senhora que eu achei que era a mãe de Jun e agora de perto tenho quase
certeza tirando o cabelo mais claro, eles são bem-parecidos.
— Sei que é o ômega de Jun, ele me mostrou você dançando ontem no
festival da escola – Sorri, pois, ele falou que faria isso mesmo – O pai dele
o mandou para longe para afastar os dois, já que Jun não o obedeceu
quando ele o mandou terminar com você.

— Eu nunca mais vou vê-lo, não é? – Pergunto e ela olha para a paisagem.

— Eu duvido muito que Jun esqueça de você, ele me contou que são almas
gêmeas, sei que pode demorar, mas sinto que ele virá atrás de você – Ela
diz e olha para trás – Só cabe a você decidi se irá o esperar ou não.

— Vou esperá-lo – Digo e ela sorri mínimo indo na direção oposta em que
eu vim.

Olhei para a paisagem das janelas do local e comecei a andar, e quando sai
pelas portas do aeroporto encontrei Soyeon que também chorava, ela
perdeu o irmão e eu o amor da minha vida.

[...]

Park Jimin

— Jungkook! – o grito do quarto, eu não consigo mais colocar os meus


sapatos, pela barriga de sete meses de gravidez, ele aparece logo depois.

— Oi gatinho, não conseguiu subir a calça? – Ele pergunta assim que entra
o nosso quarto com um sorriso fofo, ele nunca reclama de eu ficar o
gritando quase toda hora.

— Não, o tênis – Faço um biquinho porque não gosto de o fazer ter que
fazer as coisas para mim, mas eu não consigo mais chegar nos meus pés.

Ele beija os meus lábios me fazendo sorrir e ele coloca e amarra o tênis
para mim, faltam três dias para o natal e hoje o meu irmão e o seu ômega
vão chegar de viagem, e mesmo com Jun falando que pode ir buscá-los eu
quero ir junto.

Ele me ajuda a levantar da cama e se ajoelha, é quase um ritual dele todo


dia tentar convencer a nossa filhote a soltar o seu cheiro, já era para
sentirmos há muito tempo, mas ela não solta, a médica disse ser normal
como um instinto protetor para não saberem qual é a sua classificação.

— Pequenina, por favor, deixa seu papai saber qual é a sua classificação,
já conversamos e já lhe disse que não vai fazer diferença nenhum, só
queria sentir o seu cheirinho filha – E nada, ela está se desenvolvendo
bem, mas não mostra o seu cheirinho e nem se mexe.

Sorrio o olhando enquanto ele distribui beijinhos por toda a minha


barriga, não gosto muito que ele a veja já que tenho muitas estrias
nascendo, mas Jun me disse que elas não importam e que continuo
perfeito como sempre então apenas acredito nele e tento não me
importar com isso.

— Vamos amor? Quero comer alguma coisa – Falo e ele se levanta


andando comigo, ele desce as escadas na minha frente enquanto segura a
minha mão e a outra eu seguro o corrimão, quase não enxergo mais o
próximo degrau que estou descendo, então estamos tomando o maior
cuidado para nenhum acidente acontecer.

Vou até à geladeira e pego o meu potinho com morangos e chocolate, Jun
sempre coloca morangos fresquinhos e chocolate em cima porque sabe
que eu gosto, sorri pegando uma colher e lembrando de minha garrafinha
de água voltei a geladeira para a pegar, fui em direção a garagem
entrando no carro em que Jun segurava a porta aberta para mim.

No caminho fui comendo os meus morangos bem feliz e dava alguns para
Jun ele também precisa se alimentar, assim que chegamos no aeroporto
senti algo ruim no meu coração, a última vez em que estive ali nada de
bom aconteceu, logo Jun pôs sua mão em minha cintura me guiando até o
portão em que meu irmão sairia junto de seu ômega, deixei o meu pote no
carro, já tinha comido tudo.

— Pronto meu gatinho? – Ele me perguntou enquanto limpava a minha


boca com o dedão.

— Pronto – Fechei o meu casaco e fomos em direção até onde vão chegar.

Depois de alguns minutos andando não havíamos chegado no portão


ainda, aeroporto grande.
— Calma – Me encostei na parede de janelas que rodeia todo o aeroporto,
a barriga é pesada, cansa bastante – Preciso de uns minutinhos.

— Vem amor – Jun colocou o meu braço por trás de seu ombro e me
levantou no estilo noivo – Bem confortável agora, não?

— Bem confortável – Me segurei nele e dei um beijo eu sua bochecha, ele


sorriu e continuou todo o caminho comigo em seu colo.

Já estávamos esperando alguns minutos no desembarque, Jungkook havia


me colocado no chão, mas estava me abraçando por trás sendo
praticamente uma parede para mim me encostar, quando vi uma figura
grande todo de preto, cabelos um pouco longos e um sorriso bonito, logo
ao seu lado um ômega de cabelos ruivos, um pouco mais baixo que o
outro e também todo de preto, assim que ambos se viraram pude ver que
era Bogum e ao seu lado provavelmente o seu ômega, assim que seus
olhos foram em minha direção um grande sorriso se abriu, ele veio quase
correndo em minha direção, mas assim que chegou perto ele diminuiu a
velocidade.

— Meu Deus irmãozinho – Ele parou na minha frente sorrindo e me


abraçou mesmo com a barriga entre a gente – Oi baixinha, você está tão
grande – Ele diz olhando para a minha barriga e eu sorrio.

— Quanto tempo, você cresceu, está mais forte, mais bonito e mais velho
com certeza – Ele ri e concorda.

— Bom te ver Bogum – Jungkook fala e estende a mão para ele.

— Para de formalidade – Meu irmão fala e abraça Jun que retribui o


abraço – Obrigada por cuidar dele.

— Sempre vou cuidar – Jun responde e deixa um beijo em meu cabelo.

— Este é Henry, meu ômega – Bogum fala e o ômega de cabelos ruivos se


curva, nos curvamos, no caso eu tento, mas logo sinto uma mão me
levantando.
— Não precisa disso, somos família – O próprio fala comigo e eu sorrio –
Bogum sempre falou muito de você Jimin e de Jay também.

— Sentimos muita a falta dele, mas sabíamos que ele estava bem por
estar com você – Respondo e ele sorri concordando.

— Vamos indo para almoçar? – Jungkook fala – O resto da tropa já está no


restaurante nos esperando.

Eles concordam e Bogum e Jungkook dividem as malas que trouxeram e


as carregam até o carro, os dois vão ficar no nosso quarto de hóspedes
que decoramos, já que onde eu dormia está o quarto da bebê.

[...]

O almoço correu tudo muito bem, todos se deram bem e Henry e Bogum
aceitaram participar do amigo oculto mesmo em cima da hora,
aproveitamos o almoço também para planejar como iríamos fazer tudo e
Henry nos contou que a polícia americana tem um mandato para prender
o meu pai e o pai de Jungkook por corrupção e suborno em suas
respectivas empresas, então achamos que será mais fácil do que
imaginamos pegar os dois, basta agora relaxarmos e esperamos o natal
passar para atacarmos.

Capítulo 16
Park Jimin

Hoje é noite de véspera de natal e eu estou super ansioso, os natais na


casa de meus pais não eram lá muito animados, parecia mais um dia
comum, mas Jun decorou praticamente todo o primeiro andar com a
ajuda de Bogum para a festa de natal, a entrada também foi decorada com
pisca-pisca, enfeite de porta, papais noéis e tudo que tem direito. Já eu e
Henry ficamos responsáveis por algumas comidas da ceia, a grande
maioria foi feito por Henry, com uma mão incrível na cozinha, mas tudo o
que eu podia ajudar eu o ajudava, cortei todos os legumes e carnes
sentado e o ajudei a na preparação da torta também sentado.

Agora estou sentado com as pernas cruzadas, perninhas de índio, no


nosso quarto esperando Jun sair do banheiro, eu já estou de banho
tomado, mas estou o esperando para me ajudar a me vestir, assim que o
mesmo apareceu eu ofeguei, como ele pode ser tão bonito, Jungkook tem
um corpo esculpido, repleto de músculos que com certeza passaram por
bastante tempo sendo estimulados na academia, tirando o seu rosto que
cada detalhe parecia ter sido esculpido até mesmo a sua pequena cicatriz
na bochecha, e o sorriso que ele carrega nos lábios parece ser como um
ímã para um aparecer em meus lábios.

— Desculpa gatinho esqueci que você iria precisar de ajuda para se vestir
– Ele disse fofo sorrindo e deixou um selar nos meus lábios – Quer que eu
te leve até o closet para você escolher o que vai usar hoje?

Até parece que eu vou perder uma oportunidade de ficar no colo do meu
alfa.

— Quero – Falo sorrindo e ele vem até mim me pegando no colo.

Após ter escolhido e de Jun ter me vestido nós descemos as escadas para
esperar todos chegarem e Bogum e Henry descer, ligamos os pisca-pisca e
eu coloquei os presentes que comprei ontem de baixo da árvore. Eu usava
uma das poucas blusas de manga comprida cabendo em mim, já que em
casa eu passo a maioria do tempo com um moletom de Jun, e uma calça
que só estava fechada pela gambiarra que Jungkook fez para alargá-la e
ela entrar em mim, já Jun usa uma calça preta e uma blusa de manga
cumprida branca assim como a minha, seus cabelos estão penteados para
trás e suas botas pretas de sempre estão em seus pés.

Assim que o meu irmão e seu ômega desceram não tardou até os amigos
de Jun que agora também são meus amigos aparecerem e começarmos a
nossa ceia de natal, em meio a conversas e a muita comida, e de minha
parte muitas idas ao banheiro, conseguimos passar o primeiro natal
descente da minha vida, Jun sempre ao meu lado com uma de suas mãos
em minha coxa me fazendo ficar mais tranquilo e confortável, meu porto
seguro está ali ao meu lado me apoiando.

Gosto de nunca terem questionado o que aconteceu comigo e sempre


reforçarem que Jun é o pai da minha bebê, pois essa é a mais pura
verdade.

O clima estava ótimo, todos juntos nos sofás da sala pronto para
começarmos o nosso amigo oculto. Taehyung se levantou.
— Como tradição também eu vou iniciar o nosso amigo oculto de natal! –
Ele falou animado – Como sempre diremos algumas coisas sobre a pessoa
que tiramos para assim os outros descobrirem que foi tirado, e assim
vamos até todos terem seus respectivos presentes. Então vamos lá, a
pessoa que eu tirei normalmente é quieta...

— Yoongi – Hoseok disse, fazendo todos rirem, Dam já dormia no colo do


alfa mais pálido.

— Calma amor, não, cuida de todas as merdas que fazemos e lida com
pessoas chatas o dia inteiro...

— Namjoon! – Jin gritou e Tae assentiu batendo palmas.

— Ahh! Obrigada Tae eu estava realmente precisando – Era uma maleta


da Louis Vuitton.

— Eu tinha achado que a sua já estava a bastante tempo com você então
decidi comprar uma nova – Ele se sentou rindo e esperamos o alfa
guardar o presente para começar a falar.

— Bem, eu tirei uma pessoa que eu não tive muito convívio por nos
conhecermos a pouco tempo – Ele começou.

— Henry – Falei e Namjoon me olhou com os olhos arregalados.

— É o único que você ainda não conseguiu passar muito tempo, está
sempre ocupado com tudo e Bogum você já teve que passar bastante
tempo para resolver burocracias – Digo e ele concorda.

— Bem Henry eu não sabia muito o que comprar para você e Jimin me
deu a dica de uma loja que você gostou, então eu comprei algo simples
que te da autonomia de escolher o que quiser – Namjoon entregou um
pequeno envelope que o ômega ruivo abriu e constatou ser um cartão
presente da Prada.

— Bem, nossa estou nervoso – Ele disse fazendo todos nós rirmos – Eu
tirei uma pessoa que eu me conectei desde a primeira vez que nos vimos,
que eu vi crescer e amadurecer tanto profissionalmente quanto
mentalmente...
— Tá bom amor já sei que sou eu, poderia ter dito que eu sou lindo,
maravilhoso, teria sido mais fácil – Bogum se levantou dizendo fazendo o
ruivo rir da presunção de seu alfa.

Após presentes para cá e para lá, de Jin ter dado uma camisa escrito
“Melhor pai” para Jungkook, era a vez de ele presentear e ele parecia
nervoso.

[...]

Jeon Jungkook

Eu estava olhando o meu presente e não conseguia falar, minhas mãos


suavam e eu estava prestes a entrar em um colapso.

— Bem, já está na cara quem eu tirei né... – Realmente só faltava ele e


Jimin – Então eu passei bastante tempo pensando no que falar e no que
dar para essa pessoa, acho que o fato dela ter o meu coração, mente e
lobo se tornam bem relativos quando eu vejo o seu sorriso, ainda mais
quando eu sou a causa dele, tudo se torna tão pequeno e insignificante
quando estou com ela que me pergunto como passei tanto tempo sem tê-
la para mim novamente, temos tantas histórias e tantas coisas em comum
que me assusta, algumas coisas mudaram, claro, mas o que me deixa mais
chocado é que o nosso vício em HyunA não mudou nem um pouco e agora
ela estar esperando a nossa filhote torna tudo tão surrealista e tão
superior que nem sempre eu consigo entender como a cada dia posso
estar mais apaixonado por uma pessoa que eu amo tanto – Eu olhava
fixamente para ele, agora para mim era apenas nós dois naquela sala – Eu
não sabia o que dar para você meu bem e nada é tão especial e incrível
como o amor e o cuidado que você me dá todo dia e a vida que você
carrega em seu ventre, então é isso que eu pensei em lhe dar.

Tirei a pequena caixa e o envelope da árvore e o entreguei, ele me olhou


sem entender e eu apontei com a minha cabeça para caixa o incentivando
a abri-la.

— N-não, você não fez isso – Ele estava chorando olhando para o
documento e para a chave em suas mãos que constavam uma academia
de dança em seu nome.
— Já havíamos conversado sobre isso desde que éramos mais novos e
você sempre me falou querer ser professor de dança, então já que você já
tinha realizado esse sonho eu decidi levar ele até outra etapa, agora você
é dono de uma academia de dança, para ser mais específico um prédio de
três andares onde será a sua academia, não decorei ela, pois pensei que
você gostaria de deixá-la do seu jeito e ela também não tem no...

Antes que eu pudesse terminar de falar ele pulou em meu colo, me


abraçando e me beijando, beijo esse que logo foi retribuído, o beijo era
salgado pelas lágrimas que escorriam dos olhos do ômega, e então um
cheiro de rosas tomou toda a sala e Jun se separou do ósculo para prestar
atenção de onde ele vinha, alguém tinha entrado em sua casa.

Então ao seguir o cheiro de rosas, ele percebeu vir da barriga de Jimin.

— Pequenina! Você resolveu aparecer! Minha ômega lúpus! – Me ajoelhei


e coloquei minhas mãos sobre a barriga de Jimin e então senti ela ser
praticamente chutada, um pequeno volume apareceu, a pequena estava
se mexendo – E ainda está se mexendo! Esse é o meu presente de natal? –
Outro chute foi dado em sua mão – Acho que sim então, não poderia ter
sido melhor princesa, obrigada – Deixei um beijo na barriga – Amo você
minha Rosé!

— Uma entrada triunfal – Jimin disse me fazendo rir.

Mas antes que eu pudesse aproveitar mais desse momento com o meu
ômega e minha filhote, além de continuar o amigo oculto com meus
amigos ouvi batidas na porta, imaginei ser Soyeon e Jungwon que haviam
saído para que a ômega pudesse passar um pouco o tempo com seus
amigos, me levantei e fui em direção a porta, só não imaginava ver as
pessoas que estavam ali, em frente a minha porta me encarando.

— Mãe!? – Ouvi a voz de Jimin atrás de mim gritar, a minha frente


estavam sua mãe e seu irmão mais novo Jay sendo segurados pelos
ombros, e quem segurava ambos era ninguém mais ninguém menos que o
pai de Jimin, mas para piorar toda a situação atrás dos três estavam
minha mãe de cabeça baixa chorando, Jugwon e Soyeon sendo segurados
pelos ombros e meu pai sorrindo maleficamente me olhando.
— Feliz natal, Jungkook! – Meu pai disse amargo empurrando os três
Parks e entrando na minha sala, logo vi Bogum e Henry ficarem em alerta
assim como os meus amigos – Trouxemos um presente para o seu ômega.

Olhei confuso para ele e então voltei o meu olhar para a parta, um alfa que
eu não conhecia, mas que me olhava com raiva e com um sorriso
horroroso.

Senti Jimin tremer atrás de mim e segurar a minha camisa com força.

— Foi ele... – Jimin disse e então tudo se encaixou, esse foi o alfa que
estuprou o meu ômega durante o seu cio, com a permissão do próprio pai.

Encostei todo o corpo de Jimin as minhas costas e meu lobo acordou


ficando atento a tudo que estava acontecendo, é nosso dever proteger
nosso ômega e nossa filhote.

Todos entraram e eu verifiquei a arma que estava as minhas costas


pressionadas entre mim e Jimin, ele tremia e me segurava com força,
soltei mais o meu cheiro e minha presença lupina para não só confortar e
acalmá-lo, mas me impor acima de todos naquela sala. Jimin não se sente
afetado pela presença já que também é um lúpus, além de ser o meu
ômega, mesmo sem ter uma marca, ainda.

— Fiquei muito triste de não ter recebido o convite para esse natal tão
especial – Meu pai falou e eu trinquei o meu maxilar – Mas percebo que
não perdi muita coisa, já que encontrei dois membros da família voltando
para cá decidi dar uma passadinha rápida para desejar feliz natal para
todos e para o meu genro, não é mesmo? E como sei que o meu genro não
vê há muito tempo a família os chamei para vir conosco.

— E aí eu pensei que seria uma ótima oportunidade para Heeseung para


ver o filhote dele, né? – Agora o pai de Jimin se pronunciou me fazendo
segurar ainda mais Jimin as minhas costas.

— Vamos Jungkook não seja um alfa inconveniente e deixe esse ômega


com uma criança bastarda ver o seu alfa – Meu pai fala e eu vou até mais
perto do mesmo, levando Jimin até Bogum e Taehyung que se colocam a
frente do mesmo.
— Essa criança bastarda é a minha filhote e o alfa de Jimin sou eu, seu filho
da puta! – Deixo meu lobo tomar o lugar e ter uma conversinha com o
meu pai e aquele projeto de alfa – E você seu projeto nojento de alfa vai ter
o fim que merece – E o soco, com tanto força que o mesmo cai para trás
segurando o nariz.

— Bogum! É a hora de você e Henry pegar os três – Ele fala e o alfa se


aproxima junto de seu ômega que já empunhava a arma em mãos.

— Bogum? Então é por esse vadio que você fugiu de casa? – O pai de
Bogum fala, mas antes que diga mais alguma coisa Bogum o soca fazendo
o mesmo cair junto a Heeseung.

— Agora você papai, vai para uma prisão e você vai amar saber, junto a
esses merdas de alfas como são tratados presos acusados de violência
doméstica, cárcere privado e corrupção, além de assédio sexual e estupro
– Agora que fala sou eu, então sinto que algo não está bem e no mesmo
momento que olho para Jimin o vejo olhar para o chão e então um grito
de dor tomar a sala.

Me assusto e vou até ele segurado por Jin e Taehyung.

— Jun... – Olho para o mesmo que estava mais pálido e fraco, toco seu
rosto o percebendo frio, mas me assunto mais ainda assim que vejo sua
calça molhada assim como o chão que ele olhava a momentos atrás – A
Rosé.

Foi aí que eu vi...

Sangue.

E então não só eu, mas o meu lobo entrou em desespero, catei o meu
celular em meio aos meus bolsos e liguei para a emergência onde a
doutora de Jimin atendia, foi uma ligação rápida e a ambulância já estava
vindo buscá-lo, ele respirava fraco e eu o segurava em meus braços
passando o calor de meu corpo para ele, mas ele não melhorava, assim
que escutei a sirene o coloquei em meu colo e o levei para o lado de fora,
Taehyung tinha jogado um cobertor em cima do mesmo, estava frio na
fora, todos ficaram na casa ainda tinham que cuidar daqueles três alfas,
do irmão de Jimin e de meus irmãos.
Os paramédicos abriram as portas da ambulância e eu entrei o deitando
na maca com cuidado.

— Senhor preciso das informações – O paramédico falou enquanto


colocava um acesso em Jimin.

— Ômega lúpus grávido de sete meses, Park Jimin, vinte anos – O


respondo e ele assente colocando soro no braço de Jimin.

— Jun... – Ouvi o meu amor me chamar baixinho e eu cheguei mais


próximo para ouvi-lo melhor – A Rosé está bem?

— E-está amor, está tudo bem – Disse o olhando enquanto acariciava seus
cabelos cinzas, mas assim que olhei o médico ele não estava com uma
cara ótima para o monitor que mostrava a frequência cardíaca de Jimin e
o do bebê estar ligado a um aparelho preso a barriga do mesmo.

— Cinco minutos para chegarmos ao hospital – O motorista informou e eu


segurei a mão do meu ômega com força.

Eles precisam aguentar, os dois, eu preciso dos dois comigo, não quero
perdê-lo novamente.

Capítulo 17
Jeon Jungkook

Eu estava na sala de espera e Jimin na sala de cirurgia, não me deixaram


entrar mesmo após eu ameaçar toda a equipe médica, estou nervoso e
sem saber o que fazer, minha cabeça não para de trabalhar todas as
possibilidades do final dessa história, desde os dois saírem bem até eu
acabar mais uma vez sozinho.

Uma hora...

Duas horas...

Quando eu estava a ponto de estar desesperado e entrar naquela sala de


cirurgia, e então a obstetra e alguns enfermeiros saíram da sala e eu não
conseguia decifrar as suas expressões, aquilo era tristeza, mágoa,
sentimento de que tudo deu certo, que fizeram o possível? A caminhada
da doutora até mim se deu em câmera lenta eu conseguia sentir o cheiro
de Jimin e de minha filhote nela, afinal ela esteve com ele.

— Sr. Jeon... – Ela disse assim que se aproximou o bastante.

— Ele está bem? Eles estão bem? – Pergunto nervoso.

— Jimin e sua filhote estão bem – Ela fala e eu suspiro aliviado – Mas a
situação de ambos é perigosa, além de sua filhote ser prematura e ter
apenas sete meses o que a faz ir direto para a incubadora Jimin teve duas
paradas cardíacas durante a cirurgia, mas conseguimos reverter a
situação, ele ficará mais frágil e necessitará ainda mais de sua atenção e
cuidados, assim como a filhote. Agora eu preciso que me acompanhe para
assinar alguns papéis e eu preciso que me fale o nome da bebê para
identificação já que Jimin está sedado.

— Jeon Rosé – Digo e ela sorri, logo vamos até à recepção e eu assino um
grande número de papeladas – Eu posso ver ela? – Pergunto a médica que
concorda e caminha em direção onde a minha filhote está e eu a
acompanho.

— É aquela menininha ali – Nesse meio tempo Taehyung havia vindo até
o hospital e trago a bolsa de maternidade de Jimin e Rosé que está pronta
desde o mês passado, graças a minha animação e ansiedade, Rosé usava
um lindo macacão de mangas cumpridas branca com detalhes em
amarelinho, uma princesa.

— Como é linda... – Eu a olhava, ainda de olhos fechados, seus cabelos


cinzas e bochechas fofas a faziam ser igualzinha a Jimin e é tão pequena e
frágil – Tão pequenina...

Conseguia ver sua barriguinha subir e descer mostrando que ela estava
respirando, mesmo que um aparelho estivesse conectado a seu pequeno
nariz, fiquei a admirando até sentir um líquido quente passar por minha
bochecha, quando fui limpar com o meu dedo percebi estar chorando.

— Sr. Jeon – Uma voz vinda do meu lado me chamou e eu a olhei, era uma
enfermeira – O Sr. Park já está no quarto, se quiser pode ir vê-lo – Assenti
com a cabeça – Vou levá-lo até o quarto.
Assim que entrei no quarto pude ver Jimin ainda um pouco pálido,
cheguei perto dele e me sentei na poltrona que havia ali no quarto, a
aproximei mais perto da cama e me sentei.

— Você não pode me deixar, ainda temos muito tempo juntos... – Segurei
a sua mão que estava mole e gelada, a coloquei em meu rosto já chorando
– Ainda temos que ver Rosé crescer e ter mais filhotes, casarmos, quero
ver a sua academia funcionando, quero vê-lo dançar, quero m-me
aposentar com você ao meu lado e lembrar da nossa juventude em uma
casa de veraneio.

O silêncio no quarto era gritante, era possível ouvir apenas o barulho


irritante das máquinas que controlam a sua frequência cardíaca além de
mim, fungando sem parar. Acabei dormindo ali sentado segurando sua
mão.

E acordei praticamente no susto sentindo minha mão ser puxada


levemente, olhei para cima e Jimin me olhava.

— Desculpa Jun te acordar, mas é que eu preciso tirar leite para Rosé e eu
preciso da minha mão – Ele falava normalmente, estava normal, ainda
pálido e ainda parecendo fraquinho, mas normal.

— Você acordou! – Me levantei e fui em direção ao seu pescoço o beijando


e o abraçando de leve – Fiquei com tanto medo de te perder – Senti suas
mãozinhas irem para as minhas costas a afagando com delicadeza.

— Eu estou bem, só foi o susto – Ele falou perto de meu ouvido e eu


agradeci aos seus por poder ouvir a sua voz linda tão perto de mim
novamente.

Quando o soltei uma enfermeira estava no quarto sorrindo simpática,


com o que parece ser uma bomba de leite nas mãos, ela estendeu a Jimin e
o ajudou a posicionar certinha, o instrumento fazendo o peito de Jimin ser
sugado com calma e eu conseguia ver o leite saindo e indo direto a um
compartimento, os seios de meu ômega estão em um tamanho um pouco
maior o que me faz entender que seu corpo entendeu que a bebê nasceu e
começou a produção de leite.
Eu fazia carinho em seus cabelos cinzas enquanto o mesmo segurava o
aparelho esperando ambos seus seios secarem e então assim que
finalizou e a enfermeira foi para o berçário onde nossa filhote está ele
recebeu alguns alimentos e eu o ajudei a se alimentar direitinho, ele
precisa ficar fortinho de novo, Jimin ainda tem o volume da barriga sendo
apertado por uma cinta devido à cesárea.

Ele estava deitadinho em meu peito já que dividíamos a cama em que ele
estava quase dormindo, quando uma ideia veio a minha cabeça e uma
vontade desenfreada de realizá-la apareceu.

— Jimin... – Ele apenas murmurou um “hum” para que eu continuasse –


Casa comigo?

E então ele levantou a cabeça e me olhou.

— Está mesmo me pedindo em casamento na cama de um hospital? – Ele


disse risonho.

— Eu estou te pedindo em casamento se você aceitar, se for negar só


estou brincando – Respondi e ele riu ainda mais.

— Mas que pergunta, claro que eu aceito seu hyung bobo – Ele diz me
beijando enquanto sorri em meio ao ósculo que acabou por se
aprofundar. E então ouvimos alguém coçar a garganta nos chamando
atenção e nos fazendo nos separar do beijo.

— Não queria atrapalhar os senhores, mas a bebê conseguiu respirar sem


os aparelhos e eu gostaria de saber se gostariam de tê-la aqui no quarto
com vocês – A Senhora disse fazendo um sorriso enorme aparecer no
rosto de Jimin, ele ainda não a tinha visto.

— Claro, por favor – Ele disse e enfermeira concordou saindo do quarto.

O coloquei direitinho na cama o sentando um pouco, mas não muito e


ajeitei seu corpinho com travesseiros até que ele se sentisse confortável.

— Confortável? – O pergunto.

— Muito – Ele responde sorrindo – Como ela é?


— Ela é uma cópia sua, cabelos cinza e bochechinhas grandinhas, além de
ser piquitica – Falo e vejo seus olhos brilharem – Tenho certeza que ela
está muito ansiosa para entrar com você.

E então como se fosse combinado duas enfermeiras entram uma segura a


porta e a outra a incubadora onde Rosé está com o mesmo conjuntinho
que ela vestia quando eu tinha a visto, dormindo com suas pequenas
mãozinhas juntas tampadas pelas luvinhas amarelinhas que ela usava, os
olhos de Jimin seguiram todo o caminho que a enfermeira que arrastava a
incubadora até o lado de sua cama sem perder nenhum movimento se
quer.

O cheiro de rosas era fraquinho, mas percebível assim como o pulmão de


nossa menininha trabalhando sozinho agora, Jimin olhava sorrindo para
sua filhote e eu sabia que ele estava estabelecendo sua ligação materna
mesmo com a pequena dormindo, seu cheiro estava forte no quarto
demonstrando estar protegendo sua filhote e camuflando o cheiro da
pequena com o seu.

[...]

Assim que Jimin teve sua alta do hospital Rosé também teve a sua, a
pequena não abria seus olhinhos ainda, mas já mamava direto de Jimin e
não precisava mais ficar na incubadora, mas precisava estar quentinha e
perto dos pais e recebendo o leite de Jimin sempre que possível e sempre
que ela aceitasse. Eram aquelas nutrientes que fariam Rosé melhorar e se
desenvolver até não ser mais prematura, no momento ela está toda
embaladinha em roupas e um manto bem quentinho enquanto saímos
juntos do hospital, nesses dois dias os meninos colocaram todo o
equipamento para o transporte no carro e deixaram o quartinho dela já
com os lençóis no berço, já que nós dois não queríamos colocar para não
pegar poeira, recebi notícias de Bogum e tanto meu pai quanto o de Jimin
e Heeseung já haviam sido presos.

O caminho para casa foi tranquilo fui devagar para não acordar Rosé e
nem machucar Jimin que ainda está com os pontos da cesárea, assim que
chegamos apresentamos o quarto dela para ela e depois já ajudei Jimin a
ir até o nosso quarto onde um segundo berço já estava montado, eu a
coloquei deitadinha direitinho já dormindo e coloquei Jimin na cama
também confortável.
— Precisa descansar agora que estamos em casa – Falo e ele nega.

— Não precisa, vou esperar Rosé acordar – Ele fala, mas seus olhinhos já
estão quase se fechando.

— Pode dormir gatinho, quando ela resmungar ou até se mexer um


pouquinho que seja eu te acordo, pode ser? – Começo a fazer mais
carinho em seu cabelo e ele já começa a se ajeitar e fechar os olhos com
mais frequência.

— Pode... – Ele diz, mas seus olhinhos nem se abriam mais, está tão
cansadinho.

[...]

Rosé está completando dez meses e a pequena ômega engatinha para


tudo que é lado de nossa casa, tudo deu certo e ela se desenvolveu muito
bem, mesmo sendo pequenina e fofinha como sempre, seus olhos azuis
denunciavam que ela veio toda ao pai e sua fofura e sorriso bonito
também veio a ele.

Nosso casamento está marcado para daqui a seis meses e nós


combinamos que eu o marcarei na nossa noite de núpcias a pedido de
meu próprio ômega e como eu não nego nada a ele, eu aceitei, agora
estamos os três na piscina de nossa casa, a primavera chegou e junto a ela
o calor, nós três estamos na parte mais rasa e que Rosé consegue ficar
sentada sem perigo de se afogar, mas do mesmo jeito nós dois estamos
perto e tomando conta da mesma brincando com seus brinquedos de
borracha, já eu estou sentado na mesma piscina que meu filhote e ômega
enquanto passo protetor solar nas costas do mesmo, tendo a incrível
visão de sua bunda grande e arrebitada em minha direção, e eu sei que ele
está fazendo isso de propósito.

Ouvimos a voz de nossa filhote e olhamos em sua direção que mostrava


animada o coelho de borracha rosa em sua mão, ela ainda não fala, mas
usa seus gritos para fazer a nossa comunicação e é a coisa mais fofa ouvi-
la gritar na sala quando eu e seu pai tiramos as músicas da HyunA nos
fazendo assistir dos Mv’s da artista todo dia na companhia da nossa
filhote que não entendia nada, só gostava das cores e de ver tantas coisas
se mexendo e tantos sons de uma vez só.
Somos felizes, nós três, juntos, nossa família, na nossa bolha de amor e
cuidado eterno, no nosso ciclo de carinho e cuidado, de memórias boas e
de amores recuperados e curados.

Eu, Jimin e nossa pequena Rosé.

Capítulo 18

Jeon Jungkook

Acho que esse é o momento mais esperado por mim desde que vi Jimin
pela primeira vez, ainda na escola, meu sonho sempre foi me casar e tê-lo
como meu ômega e hoje eu vou realizar esses dois sonhos. Por enquanto
estou em nossa casa esperando a hora de ir para a igreja, Jimin e Rosé
estão com Tae e Jin se preparando para o casamento, faltam um pouco de
mais de uma hora para o grande momento e eu não consigo me aguentar
de ansiedade.

— Jungkook pelo amor de Deus senta! – Yoongi fala e eu apenas me sento


em uma das poltronas, mas não passa dois segundos já estou em pé de
novo – Desisto.

Não consigo me aguentar de nervoso, fiquei olhando em meu relógio de


pulso e assim que o relógio marcou a hora em que eu deveria sair de casa
eu fui em direção ao carro sem nem esperar os outros, logo eles entraram
no carro e eu fui em direção a igreja.

Fiz a minha entrada e esperava ansiosamente a marcha nupcial começar a


ser tocada e eu ter a visão do meu ômega e de nossa filhote entrando, logo
a música começou a ser tocada e eu tive a visão de Rosé com seus cabelos
cinzas entrando em um vestido lindo branco com rosas pintadas
enquanto jogava algumas pétalas pelo caminho em que Jimin logo
passaria, ela carregava um lindo sorriso no rosto. Assim que ela se
aproximou eu me abaixei para pegá-la no colo e ela veio correndo até
estar agarradinha com as mãos em minha nuca. Namjoon se aproximou
para pegá-la, mas eu neguei esse momento também é dela.

E então Jimin entrou.


— Olha lá filha o papai – Disse e Rosé se afastou de meu pescoço para
olhar o pai entrando, Jimin está em um lindo terno preto com detalhes em
renda, seu cabelo tem um lindo under cut e o mesmo carrega um lindo
buque de flores, abro um sorriso o olhando, é até mais bonito do que eu
imaginei, ajeito Rosé em meu colo a colocando de lado e observo o meu
ômega entrando com sua mãe ao seu lado, Hwasa se recuperou bem
assim como minha mãe e o irmão mais novo de Jimin, abracei a mais
velha assim que chegaram a minha frente e dei um beijo na testa de Jimin
que sorriu e beijou a minha testa e a testa de nossa filha que sorria para o
pai.

— Papai tá bunito né Papai Jun? – Ela pergunta.

— Está sim filhote, o mais lindo – Respondo e Jimin sorri, logo levo a
atenção ao padre que nos esperava.

[...]
Estava no momento dos votos e eu iria começar, segurei as mãos de Jimin
e olhei em seus olhos como se só existissem nós dois naquele momento.

— Meu gatinho – Disse e ele sorriu – Eu mal acredito que finalmente


estamos nos casando e são tantos sentimentos que percorrem o meu
corpo que eu mal sei como estou em pé, mas você torna tudo isso mais
real, vivemos tantas coisas juntos desde a escola e tê-lo agora como o meu
marido me faz o alfa mais feliz de todo o mundo, passamos por muitas
coisas juntos e só nós sabemos todos os obstáculos que superamos para
nos manter um do outro, hoje temos mais uma alegria conosco, a nossa
pequena Rosé, que posso dizer ser uma de nossas maiores vitórias, minha
vida se torna ainda mais feliz e suportável tendo vocês dois ao meu lado,
meu ômega e minha filhote, eu te amo mais-que-tudo e acima de todos,
sempre seremos nós e a nossa família.

— Bem, agora Park Jimin seus votos – O padre se pronuncia e eu vejo


Jimin assentir e voltar a me olhar.

— No colégio eu achava que tudo o que eu sentia de você era raiva por
sua prepotência, mas, na verdade, foi sempre ciúmes, ciúmes por não o
ter ao meu lado, mas agora com você todo dia junto a mim tudo o que eu
sinto é amor e felicidade. Realmente passamos por poucas e boas e
sofremos muito, mas agora estamos juntos e temos nossa família, família
essa que você aceitou ter ao meu lado e se manteve aqui comigo por cada
etapa até estarmos aqui realizando mais um sonho nosso, eu te amo e te
amo desde o nosso tempo na escola e não deixei de o amar no tempo em
que fomos separados, tudo o que aconteceu foi eu me tornar ainda mais
seu, eu te amo de corpo e alma Jun.

Limpei uma lágrima teimosa que caiu e sorri acariciando sua mão.

— As alianças – O padre disse e Rosé se levantou indo até Namjoon que


pegou no bolso as alianças.

— Aqui papai – Ela levantou as mãozinhas e eu me abaixei as pegando e


deixando um beijo nos cabelos da minha filhotes, coloquei a menor no
dedo de Jimin e beijei o local, logo Jimin fez o mesmo e nós voltamos a
olhar o padre.

— E com o poder investido a mim eu vos declaro marido e esposo – O


padre fala – Pode beijar o ômega e sorrio beijando o meu agora marido,
Rosé já havia descido do meu colo e agora estava no meio dos tios
sorrindo.

Beijo Jimin segurando em sua cintura enquanto o mesmo segura em


minha nuca, sinto ele sorrir em meio ao beijo e me afasto o olhando nos
olhos, sorrio grande e caminhamos para fora da igreja.

Depois da festa Rosé quis ir dormir na casa do trio e eu quase agradeci


aos céus, hoje vai ser só eu e o meu ômega, saio do carro e pego Jimin no
colo no estilo noiva até o nosso quarto. O coloco delicadamente em meio
aos nossos lençóis me aproximei e comecei a beijar o seu pescoço
enquanto segurava a sua cintura com possessão deixo pequenas
mordidas em seu pescoço onde logo, logo terá uma marca minha
enquanto o ouço gemer manhoso.

Tirei seu terno e sua blusa social e comecei a beijar o seu mamilo rosado,
eu beijava, chupada e vez ou outro mordia com um pouco de força o
sentindo se remexer embaixo de mim, passei a lamber sua barriga e
depois subi até o seu pescoço onde chupei o outro lado que ainda estava
branquinho.

— Jun, tira – Jimin levou as mãos até a sua calça e eu sorri o ajudando a
tirar a calça, sapatos e sua cueca.
Voltei a segurar com força em sua cintura que já tinha uma leve marca de
meus dedos e beijei seu pescoço e ombros, logo fui em direção aos seus
lábios em um beijo necessitado e urgente.

Me sentei no meio de suas pernas e comecei a ondular o meu quadril


contra o seu corpo já nu, o aberto em minha calça estava a ponto de me
machucar, mas eu ainda queria perturbar Jimin, deixá-lo louco de desejo e
só assim dar a ele o que ele quer. Tirei as minhas roupas e permaneci
apenas com a minha cueca, voltei ao meu lugar rodeando as pernas de
Jimin em minha cintura e voltei a dar falsas estocadas em direção a sua
entrada que já soltava lubrificação.

Comecei a beijá-lo o sentido segurar forte o meu cabelo, comecei a


introduzir um dedo em sua entrada e pela abundância de lubrificação foi
fácil, Jimin gemia e rebolava contra o meu dedo me deixando ainda mais
duro, adicionei mais dois dedos e assim que comecei a estocar ele esticou
a cabeça para trás em um grito mudo, mas não parou de rebolar enquanto
eu o estocava.

Tirei a minha cueca e me masturbei poucas vezes antes de me posicionar


e me enfiei com calma dentro dele, Jimin apertava os meus braços
enquanto gemíamos juntos, ele é quente, apertado e completamente
delicioso.

Comecei a estocar enquanto ouvia os gemidos de meu esposo, o seu


cheiro de framboesa tomando todo local e seu interior me apertando cada
vez mais, me fazendo enlouquecer, tirei meu pau de dentro dele e antes
mesmo que ele conseguisse reclamar o virei na cama o colocando de
quatro.

Me enfiei dentro dele novamente e sem nenhuma delicadeza comecei a


me mexer estocando rápido e o fazendo vir contra o meu corpo com
brutalidade, eu segurava em seu ombro e eu estava enlouquecendo de
tanto tesão, Jimin não parava de gemer e eu tenho certeza que todos os
vizinhos já o ouviram.

— Mais rápido hyung – Ele disse e eu obedeci ao seu pedido acelerando


as minhas estocadas.
Sorri começando a dar tapas em sua bunda antes branquinha agora já
mais avermelhada enquanto sentia o seu interior começar a me apertar e
os seus gemidos se tornarem ainda mais altos. Beijei suas costas e
continuei a o estocar, eu estava quase e sabia que ele também.

O virei o colocando de costas para a cama e me coloquei mais uma vez em


seu interior, não perdíamos o contato visual e eu conseguia observar cada
vez que eu acertava a sua próstata e Jimin revirava os seus olhos.

— Goza para mim gatinho – E então ele começou a contrair a sua entrada
quase me estrangulando enquanto eu o estocava, e assim que gozamos
juntos eu em seu interior e ele no meio de nossos abdomens ele virou a
cabeça para o lado deixando o seu pescoço mais livre e eu cravei minhas
presas em seu pescoço, fiquei alguns segundos enquanto o meu nó não se
desfazia e assim que o larguei lambi a região, mas antes de me retirar de
dentro de si, virei seu rosto e o encarei — Sua vez amor.

— Você quer que eu te marque? – Ele me perguntou incrédulo e eu


assenti, vi ele sorrir e então virei o meu rosto deixando mais espaço em
meu pescoço.

E ele cravou suas presas em meu pescoço, doeu, mas praticamente no


mesmo momento eu senti a avalanche de sentimentos percorrerem por
todo o meu corpo, e uma felicidade ainda maior tomar o meu corpo, não
era só a minha, mas também a de meu ômega e esposo.

Nossa ligação de alma agora completa, agora eu sou de Jimin, corpo, alma
e lobo para sempre.

— Eu te amo – Disse me deitando ao seu lado e puxando o seu corpo para


junto do meu.

— Eu te amo ainda mais marido – Ele deixou um selar em meus lábios e


eu sorri o abraçando ainda mais apertado.

Epílogo

Um ano depois...
Jeon Jimin
Depois de muito tempo pesquisando e decorando junto a Taehyung
amanhã será a inauguração da minha academia de dança, PJ academy of
dance, nome esse sendo ideia de meu irmão Jay, e mesmo eu já sendo
casado com Jungkook o mesmo disse que amou o nome e fica bem melhor
que JJ que seria a sigla para Jeon Jimin, então apenas aceitei. Estou agora
na academia decidindo os últimos detalhes, Rosé está brincando com
Dam, enquanto eu, Taehyung e Jin estamos trabalhando e decorando, Jin
está grávido de dois meses, mais uma felicidade para o nosso grupo de
ômegas.

— Aqui é a sala de dança contemporânea né? – Taehyung me pergunta


com a placa na mão, cada sala tem sua placa com o nome da disciplina
dada ali, concordo e ele coloca a placa no lugar enquanto eu estou
colocando nos vestiários toalhas e alguns instrumentos de higiene caso
algum aluno ou aluna necessite.

— Acabei de terminar a ligação com a professora de pole dance e ela já


nos confirmou os horários que ela poderá dar as aulas – Jin aparece com o
celular em mãos, durante esse tempo decidimos que trabalharemos aqui
nós três juntos então todos nós fazemos um pouco de tudo.

— Rosé e Dam – Chamo os dois que logo aparecem – Estão com fome? –
Os assentem rapidamente – Então vamos lanchar, o que acham de uma
pausa para ir almoçar no shopping? – Pergunto para meus amigos que
concordam.

— Vou ligar para Namjoon para perguntar se ele também quer ir – Jin
fala.

— Aproveita e pergunta se os outros também querem ir, aí almoçamos


todos juntos – Digo e ele se afasta para ligar para o marido.

— Vamos os dois colocar os seus sapatos – Taehyung sai com os dois


atrás dos sapatos deles, que insistem em querer brincar descansos, no
meio de uma obra.

Aproveito o silêncio e estar afastados de todos para olhar todo o lugar,


nunca imaginei ter uma academia de dança só minha, mas a minha vida
nos últimos anos tem sido apenas de surpresas, desde descobrir a minha
gravidez, encontrar Jun, ter amigos, conseguir voltar a ter contato com
meus irmãos e mãe, a morte de meu pai, do alfa que era “pai” de Rosé e do
alívio de Jun e de minha sogra ao saber que finalmente não teriam mais
aquele alfa que Jun chamava de pai no pé deles, tudo foi um combo de
surpresas.

Mas apesar de tudo muita felicidade e amor nasceu desse caos, eu tive a
minha filhote, me casei e agora vou ter uma realização profissional, além
de finalmente poder voltar a dar aulas de dança, poder dançar e ter mais
uma de minhas paixões.

Desço as escadas do segundo andar onde ficam as salas para a recepção


no primeiro andar e encontro Jin, Tae e as crianças.

— Eles vão nos encontrar no restaurante – Jin fala e eu concordo.

— Vamos então crianças? – Elas se levantam do banco assentindo e Rosé


vem para o meu colo enquanto Dam vai para o de Taehyung. Destranco o
meu carro e coloco Rosé em sua cadeirinha e Tae coloca Dam na dele,
como estamos todos em um carro só a cadeirinha dele também está aqui,
Jin se senta no banco do passageiro enquanto eu vou para o de motorista
e Tae entre as crianças.

— Ainda acho injusto eu ter que ir atrás com as crianças – Ele fala
cruzando os braços.

— Coloca o cinto logo reclamão – Jin fala e eu rio enquanto ligo o carro já
com o sinto colocado.

— A culpa não é nossa que você não sabe dirigir e ainda é pai de uma das
crianças – Digo – Tem que ficar de olho no seu filho.

— Vai a merda Minnie – Ele fala bravo e eu levanto a mão em sinal de


rendição.

— Apenas verdades – Jin diz e começamos a rir.

Dirijo até o shopping e estacionando o carro no subsolo já descendo do


carro e indo até o banco de trás encontrando uma Rosé adormecida.
— Princesa – A chamo fazendo carinho em seus cabelos – Vamos acordar
meu amor – Ela abre seus olhinhos e já tira o seu cinto abrindo os
bracinhos em minha direção, a pego no colo e ela logo se aconchega
colocando seu rostinho em direção ao meu pescoço e segurando em meus
cabelos.

Entramos no shopping e vamos os cinco em direção ao restaurante, assim


que entramos no mesmo e vemos nossos alfas vamos em direção dos
mesmos, assim que Rosé sentiu o cheiro de Jun a mesma levantou o rosto
e começou a procurar quando o viu vindo em nossa direção ela começou a
balançar os pezinhos e seu corpinho para frente enquanto chamava o pai
que sorria.

— Que saudade princesa! – Ela praticamente se jogou no colo de Jun e


começou a dar beijinhos pelo rosto do pai – Minha nossa quando beijinho!

— Depois você diz que ela não tem pai preferido – Digo me fingindo de
irritado, mas eu amo ver os dois juntos.

— Minnie você sabe que ela te ama bem mais – Ele rebate – Né filha?

— Eu amo igual – Ela fala nos fazendo rir de como é fofa.

— Pronto resolvido então – O abraço deixando um breve selar em seus


lábios e voltamos à mesa.

Depois do almoço fomos dar uma volta no shopping e logo Dam e Rosé
encontraram uns bichos que é um carrinho e aí você paga para a criança
ficar andando em cima do carrinho, e depois de quatro olhinhos pidões
em cima de um alfa que deixa tudo Jun deixou os dois alugarem os
brinquedos e ficarem andando pelos corredores dirigindo, o que resultou
nos dois quase atropelando todo mundo e todos nós rindo de Jungkook
tentando controlar aquelas duas crianças.

Assim que o almoço bate em meu estômago e eu sinto tudo o que almocei
voltar eu corro para o banheiro mais próximo, que por algum milagre
realmente está próximo, e corro até uma das cabines vomitando no vaso
sanitário, quando assim acabo me levanto fechando o vaso e dando a
descarga, quando abro a porta tenho Taehyung visivelmente preocupado
encostado em uma das paredes.
— Ji, está melhor? – Ele me pergunta e eu assinto indo até uma das
torneiras lavando minhas mãos e boca.

— Só fiquei enjoado do almoço – E assim que a frase sai de minha boca é


que me lembro, que possivelmente não eu não estou só enjoado do
almoço, olho para Tae com os olhos arregalados e ele imediatamente
também arregala os dele mesmo sem saber o que havia acontecido.

— O que foi?

— Tae, o meu cio – E como se ele entendesse completamente o que eu


estava querendo dizer ele me abraça. Acho que foi um dos meus abraços
mais necessários.

— Não se preocupa é... Vai contar pro Jungkook agora? – Ele diz secando a
minha boca com um papel.

— Quero ter certeza que estou grávido antes de contar para ele –
Respondo e ele concorda.

— Então... Aja naturalmente vou pedir pra ele e os meus maridos ficarem
com as crianças e aí falamos que vamos voltar para a academia e no
caminho vamos a uma farmácia comprar um teste – Ele diz e eu concordo,
logo voltamos para onde eles estavam e mesmo eu contando que apenas a
comida tinha me feito mal e ter jurado que estava bem, Jun não pareceu
muito acreditar em minha versão, mas deixou quieto ficando com Rosé
enquanto eu, Tae e Jin continuamos o nosso plano.

Esperei junto a Taehyung Jin comprar o teste já que eu estava tão nervoso
que nem o volante conseguia soltar, com o teste em mãos e já na
academia corri até o terceiro andar onde fica a minha sala, a sala dos
professores e um espaço de lazer, entrei em minha sala e fui direto para o
banheiro anexado.

Foi os cinco minutos mais angustiantes da minha vida, enquanto eu


andava da sala para o banheiro e do banheiro para a minha sala
novamente, mas assim que eu vi a palavra grávido aparecer, diferente da
primeira vez, quando descobri a minha gravidez de Rosé e fiquei
apreensivo e com medo, dessa vez eu fiquei feliz, assim como da primeira
vez, porém com uma diferença, eu não sinto nenhum medo.
Sai da sala sorrindo e assim que encontrei os dois já contei as boas novas,
disse precisar contar para Jun e eles falaram terminarem tudo por ali,
entrei em casa colocando minhas chaves em cima da mesa e tirando meus
sapatos, a casa estava em completo silêncio então a minha princesa deve
estar dormindo, fui em silêncio até o seu quarto e encontrei o meu alfa e
nossa filha dormindo na cama da pequena, Rosé estava em cima de Jun
que de barriga para cima aguentava o pequeno corpinho grudado em si.

Tirei Rosé de cima dele com cuidado e a pequena se remexeu, mas logo
voltou a dormir, mexi nos cabelos de Jun que acordou lentamente e abriu
um sorriso, mas não um dos verdadeiros, ainda sentia a sua preocupação
pairando pela marca.

— Está melhor gatinho – Ele falou com a voz rouca de quem acabou de
acordar.

— Sim, só quero te contar uma coisa – Falo e ele se levanta com cuidado
para não acordar nossa filhote e saímos do quarto em silêncio.

Entramos no nosso quarto e o sento na cama enquanto fico em pé.

— Pode falar amor, está me deixando nervoso – Ele fala e eu rio


assentindo.

— Eu estou grávido – Falo e o tempo parece parar já que Jun fica imóvel
tirando pelos seus olhos que passam de meu rosto para minha barriga,
segundos depois ele parece sair de seu devaneio e então ele se levanta e
vem até mim, correndo e me abraça.

— Meu Deus! Eu vou ser pai de novo! – Ele fala animado me pegando em
seu colo e me deitando na cama levantando a minha blusa e começa a
cheirar e dar beijinho.

— Jun isso faz cócegas – Digo, mas é a coisa mais fofa do mundo vê-lo
sorrindo animado e feliz assim.

— Eu vou ser pai de novo! Tem noção disso? – Ele me pergunta e eu


assinto sorrindo – Oi filhote, eu já te amo sabia? Sim, eu já te amo!
Ele fica deitadinho em cima de minha barriga e eu começo a fazer carinho
em seus cabelos enquanto o mesmo faz carinho em minha barriga. Nossa
família está aumentando, agora somos eu, Jun, Rosé e o filhote que agora
eu espero.

Fim

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