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ATIVIDADES REMOTA
Aula Dia: 14/08/2021 Disciplina: Práticas em Saúde Mental e processos clínicos.
Data de Entrega:
06/09/2021
O livro retrata a experiência de quem viveu, trabalhou e testemunhou o tratamento que era
utilizado no Hospital Colônia, o maior hospício do Brasil em Barbacena.
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O capitulo se encerra retratando a relação de Chiquinha, uma criança que desde
pequena se vê no Colônia auxiliando sua mãe a servir os internos, e uma interna,
Conceição, que havia sido internada por reivindicar seus direitos, e no colônia sendo
vítima do descaso indignou-se e desafiou o diretor do hospital, tal acorrido fez com que a
interna ganhasse o respeito e amizade de Chiquinha, a impulsionando a tornar-se diretora
do Sindicato Único de Saúde representando 20 mil servidores mineiros.
II - Na Roda da Loucura
Neste capitulo destaca a história de uma sobrevivente do Colônia, Sônia, que era
considerada uma interna de comportamento agressivo, mas que ajudava a curar os
internos sem remédio, e cuidava de sua amiga Terezinha em suas crises epilépticas.
Assim como outros internos, Sonia sofria várias agressões, bebia sua própria urina e tinha
seu sangue retirado sem seu consentimento para ser aplicado em pacientes mais
debilitados que ela. Passou fezes no próprio corpo quando estava gravida para que não a
tocassem e machucassem seu bebe.
Na sua saída Sonia levou consigo sua amiga Terezinha, foram para uma residência
terapêutica onde tiveram que se acostumar a voltar a ter uma individualidade, recebiam
um auxilio reabilitação, passaram a se tomar consumidoras e a serem disputadas pelo
mercado, assim como outros 160 pacientes de residências terapêuticas em Barbacena.
Possuíam vestidos, sapatos, comiam mais de uma vez ao dia, começaram a tomar
refrigerante e a comer doce. Sonia aprendeu a lidar com dinheiro e foi a Porto Seguro,
começou a ter consciência da humanidade se tomando quase feliz.
Neste capitulo e contado a história do único homem que amou o Colônia, Luiz
Felipe Carneiro neto do administrador do hospital, que cresceu no terreno do Colônia
escutando a história dos loucos que lá residiam mas nunca entendeu tal loucura.
Aos doze anos se mudou para o Rio de Janeiro, mas em Belo Horizonte que Luiz
Felipe se tornou médico e por ironia do destino foi trabalhar em um hospital psiquiátrico.
Logo após é contada a história de uma criança que cresceu nas mesmas
condições, dentro do terreno do Colônia, Alba Watson, mas Alba presenciou o lado
sombrio do hospital, o lado em que mostrava o luto dos loucos, a ida e a volta de um
sepultamento desumano.
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Então é retratada a história do Cemitério da Paz, um lugar que foi fundado junto
com o Colônia e onde abrigava os corpos de seus 60 mil mortos.
IV - A Venda de Cadáveres
Este capitulo evidencia a venda de corpos dos mortos do Colônia, contado pela
visão de Ivanzir, um professor recém contratado da Universidade de Juiz de Fora ele nos
mostra seu choque ao chegar para dar seu primeiro dia de aula e deparar com corpos no
pátio da universidade. Em 11 anos foram vendidos 1.823 corpos, a venda dobrava no
inverno, época na qual ocorria mais falecimentos no Colônia, é mostrado também a
condição dos corpos que vinham do hospital.
Devido a tantas mortes ocorre então a superlotação nas universidades de
cadáveres, então os corpos passaram a ser decompostos em ácido para que fosse
possível ocorrer a venda da ossada dos mortos.
V - Os Meninos Oliveira
Este capitulo mostra que a crueldade do Hospital Colônia não alçavam apenas os
adultos, atingia também as crianças, isso é mostrado a partir do encerramento do Hospital
de Neuropsiquiatria de Oliveira e então as crianças daquele lugar foram levadas para o
Hospital Colônia e ali dividiam com os outros pacientes as condições degradantes do
hospital.
Conta a história de Maria Auxiliadora, uma concursada do Colônia que presencia a
crueldade do tratamento daquele lugar e mostra também seu choque ao ver a primeira
morte.
Logo após é contada a história de Roberto, que era o único garoto visitado por
familiares, após um ano sem ver seu pai ocorre uma visita decepcionante, onde o menino
ao ver seu pai se emociona tanto que sem querer urina em sua própria roupa, após o
ocorrido seu pai sente um constrangimento tão forte que abandona o garoto para
morrer no hospital.
O capitulo se encerra contando a história de Elsinha, uma interna que ao sair do
Colônia vive uma vida colorida e feliz.
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independência de Tonho, e conta como foi sua festa de cinquenta anos, um grande
evento onde todos os ex-meninos de Barbacena eram anfitriões.
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Por uma surpresa causada por seus colegas de trabalho Joao Bosco revê sua mãe
num reencontro emocionante.
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regulamentar os direitos das pessoas com transtornos mentais e para extinguir os
manicômios.
O capitulo também expõe como foi o processo de encerramento dos hospitais
psiquiátricos e os debates que cercavam a reforma psiquiátrica, a luta ente o velho
modelo e o novo modelo.
Com certeza esse livro não foi criado para ser Iido e esquecido, o livro choca, com
a riqueza dos detalhes e imagens, com certeza marca cada um que o lê.
Difícil de imaginar que as pessoas eram tratadas como bichos, deixados trancados
para morrer e o pior, muitas vezes pela própria família, nem as crianças escapavam de
tamanha crueldade.
Impossível não se emocionar e sentir raiva das pessoas que estavam por trás do
Colônia, desde os médicos que aceitavam pacientes sem diagnóstico até aos líderes
políticos que priorizavam a falsa ideia de que estavam “limpando” a cidade.
Acredito que essa leitura é fundamental e deveria ser obrigatória para todos os que
pretendem se tornar psicólogos, para que todos tenham conhecimento sobre o que ocorre
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por trás dos portões dos manicômios e possam continuar a luta no movimento
antimanicomial, e mudar o olhar e o tratamento sobre as pessoas, porque todo ser
humano e digno de respeito.