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Rio Pomba, MG
2023
Priscila Renata da Costa
Rio Pomba, MG
2023
Ficha Catalográfica elaborada pela Diretoria de Pesquisa e Pós-
Graduação - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Sudeste de Minas Gerais / Campus Rio Pomba
Bibliotecária: Ana Carolina Souza Dutra CRB 6 / 2977
C837p
Costa, Priscila Renata.
Parâmetros de qualidade ética e de carne em abate de bovinos numa
planta frigorífica comercial de pequeno porte./ Priscila Renata Costa. –
Rio Pomba, 2023.
81 f.; il.
CDD: 636.282
Priscila Renata da Costa
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª Dra. Vanessa Riani Olmi Silva Prof.ª Dra. Wellingta C. A. N. Benevenuto
Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos Doutora em Produção Vegetal
Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Prof.ª Dra. Lara Macêdo Bonfim Prof.ª Dra. Leila de Genova Gaya
Doutora em Zootecnia Doutora em Zootecnia
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Universidade Federal de São João Del-Rei
Não foi nada fácil passar por essa pandemia e enfrentar momentos tão difíceis. Foram
perdas de pessoas queridas, familiares. Perda de um tio querido, que pra mim foi um
grande pai (in memoriam Virmondes Ferreira da Costa Filho). Foi um momento duro
e complicado, onde fiquei internada na UTI por 11 dias devido ao quadro agravado de
Covid-19, mas com toda certeza do mundo, foi graças a Deus e todas as orações
recebidas que hoje eu compartilho mais essa conquista. Então meu “MUITO
OBRIGADA”, sem sombra de dúvida sempre serão dEles: a meu Deus, meu Pai, e ao
Senhor Jesus, meu Salvador, que me permitiram de um modo especial o alcance de
mais essa vitória, concedendo-me a cura, a força e a sabedoria necessária para atingi-
la. Eu nasci de novo. Eu venci o Covid-19. E com certeza sou privilegiada por essa
dádiva.
Eternamente, e para sempre vou agradecer a ela, minha heroína, meu exemplo,
minha MÃE (in memoriam Maria Aparecida da Costa) que sempre me deu os melhores
conselhos e sempre acreditou em mim, e me faz acreditar que tudo é possível, mesmo
quando tudo pareça improvável. Mesmo a senhora não estando mais presente
fisicamente comigo, sua força e confiança, seu amor, sua sabedoria e sua paciência
sempre me apoiaram e guiaram meus passos até minhas vitórias. OBRIGADA por ser
minha mãe, por ter dito “sim” quando eu ainda estava em seu ventre. Sempre vou te
amar!
Meu “MUITO OBRIGADA” também vai para elas: às minhas irmãs: Patrícia, Giselle,
Mônica e Verônica, que com suas presenças me ajudam a entender a importância da
palavra família. Vocês não fazem ideia do valor que cada uma de vocês possui em
minha vida. Amo vocês.
Agradeço ao meu orientador, professor e amigo Dr. Augusto Aloísio Benevenuto
Junior, por seu voto de confiança em topar esse desafio, e por sua amizade,
compreensão e paciência (e foi muita paciência) que me auxiliou na concretização
desta pesquisa.
Agradeço a minha coorientadora, Profa. Dra. Leila de Genova Gaya, que foi mais que
um auxílio: foi mãe, amiga, confidente, terapeuta e cúmplice durante todas as fases
de construção dessa pesquisa, desde a elaboração do pré-projeto, do projeto, da
coleta de dados, da análise de dados e da dissertação. Não há “OBRIGADA” e
agradecimentos suficientes por todo seu apoio na conquista dessa vitória.
Agradeço ao meu coorientador, Prof. Dr. Sérgio Bertelli Pflanzer Junior, por aceitar
participar desse desafio e que com sua sabedoria e experiência contribuiu na
construção dessa pesquisa e assim alcançando mais essa vitória.
Agradeço ao Frigorífico São João Del-Rei Ltda. pelo espaço e portas abertas, que
permitiu a coleta de dados para concretização dessa pesquisa.
Agradeço a minha equipe, minhas meninas, vulgarmente chamadas de “minhas
filhas”, monitoras e analistas do controle de qualidade: Giselle Costa, Ana Carla Lima,
Larissa Araújo, Taiane Ismara e Francielly Dinali. Meu “MUITO OBRIGADA” a todas
pelas horas de trabalho, horas de convivência e pelos grandes momentos de
brainstorming que foram imprescindíveis para construção e discussão desta pesquisa!
E não poderia deixá-los de fora. Meu “MUITO OBRIGADA” aos meus estagiários:
Thamires, Natália, Kevin e Wallysson, que me auxiliaram na coleta de dados, se
arriscaram comigo e enfrentaram diariamente cada abate, dando-me o suporte
necessário para o desenvolvimento dessa pesquisa. OBRIGADA, OBRIGADA E
OBRIGADA!
E por último, pra fechar com chave de ouro, meus agradecimentos a ele: Raphael
Almeida, mais que um companheiro de mestrado, mais que um amigo, um verdadeiro
irmão que a vida me proporcionou o prazer de encontrar. OBRIGADA pelo apoio, pelas
correções, pelo suporte, pela paciência e principalmente pela amizade!
“Não sabendo que era impossível, foi lá e
fez.” Jean Cocteau
RESUMO
Tabela 1 - Estatísticas descritivas dos dados coletados para análise pelo SAS. ..... 49
Tabela 2 – Quantidade e distribuição do número de bovinos avaliados por sexo e
grupo racial. .................................................................................................................. 50
Tabela 3 – Comparação de média e erro padrão da média (EPM) referente a
pressão da pistola de dardo cativo penetrante durante a insensibilização dos animais
em relação ao grupo racial e sexo de bovinos abatidos............................................. 51
Tabela 4 – Distribuição da frequência do local de aplicação do disparo em relação
ao grupo racial e sexo de bovinos abatidos. ............................................................... 53
Tabela 5 – Comparação de média e erro padrão da média (EPM) referente ao local
de aplicação do disparo durante a insensibilização dos animais em relação ao grupo
racial e sexo de bovinos abatidos................................................................................ 54
Tabela 6 – Distribuição da frequência de animais por quantidade de disparos em
relação ao grupo racial e sexo de bovinos abatidos. .................................................. 55
Tabela 7 – Comparação de média e erro padrão da média (EPM) referente a
quantidade de disparos necessários para insensibilização em relação ao grupo racial
de bovinos abatidos ..................................................................................................... 57
Tabela 8 – Eficiência na insensibilização em relação ao grupo racial e sexo de
bovinos insensibilizados com apenas um disparo ...................................................... 58
Tabela 9 – Frequência dos sinais de consciência/sensibilidade avaliados e
apresentados pelos animais após a insensibilização, com o bovino ainda na área de
vômito ........................................................................................................................... 58
Tabela 10 - Comparação de média e erro padrão da média (EPM) em relação a
eficiência da insensibilização dos animais abatidos em relação ao grupo racial e
sexo............................................................................................................................... 59
Tabela 11 – Média e desvio padrão dos valores de pH 1h; pH 3h; pH 5h e pH 24h
obtidos das meias carcaças bovinas direita e esquerda, em relação ao grupo racial,
sexo e sinais de insensibilização, dos animais abatidos ............................................ 62
Tabela 12 – Média e erro padrão da média (EPM) dos valores de pH 1h e pH 24h
obtidos das meias carcaças bovinas direita e esquerda, em relação ao sexo, dos
animais abatidos........................................................................................................... 63
Tabela 13 – Média e erro padrão da média (EPM) dos escores de cor 24h obtidos
em relação ao sexo de bovinos abatidos. ................................................................... 64
Tabela 14 – Média e desvio padrão da capacidade de retenção de água (CRA)
obtidas das meias carcaças bovinas. .......................................................................... 65
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
.
LISTA DE SÍMBOLOS
atm atmosferas
BI-1 Animais bem insensibilizados
F Bovino fêmea
GR Grupo racial
M Bovino macho inteiro
MC Bovino macho castrado
MI-2 Animais mal insensibilizados
LA-1 Local adequado de aplicação do disparo
LI-2 Local inadequado de aplicação do disparo
pf Peso final da amostra (após 24 h)
pi Peso inicial da amostra
psi libra-força por polegada quadrada
ppm Parte por milhão
T Bovino grupo racial taurino
TZ Bovino do grupo racial mestiço
Z Bovino do grupo racial zebuíno
® Marca registrada
> Maior
< Menor
% Porcentagem
1h Uma hora
3h Três horas
5h Cinco horas
24h Vinte e quatro horas
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 20
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 22
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 22
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 23
3.1 QUALIDADE ÉTICA ........................................................................................... 23
3.1.1 QUALIDADE DE INSENSIBILIZAÇÃO EM BOVINOS .............................. 25
3.2 QUALIDADE DA CARNE DE BOVINOS .......................................................... 29
3.2.1 pH................................................................................................................. 30
3.2.2 COR ............................................................................................................. 32
3.2.3 CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA (CRA) .................................... 34
3.3 OBSERVAÇÕES EMPÍRICAS EM PLANTAS COMERCIAIS DE PEQUENO
PORTE.......................................................................................................................... 35
4 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 38
4.1. ORIGEM DOS DADOS................................................................................... 38
4.2. PARÂMETROS AVALIADOS ......................................................................... 40
4.2.1. QUALIDADE ÉTICA .................................................................................... 41
4.2.1.1. PRESSÃO DA PISTOLA DE DARDO CATIVO PENETRANTE ............ 41
4.2.1.2. LOCAL DE DISPAROS............................................................................ 41
4.2.1.3. QUANTIDADE DE DISPAROS ............................................................... 42
4.2.1.4. EFICIÊNCIA NA INSENSIBILIZAÇÃO .................................................... 42
4.2.2. QUALIDADE DA CARNE ............................................................................ 44
4.2.2.1. pH ............................................................................................................. 44
4.2.2.2. COR .......................................................................................................... 45
4.2.2.3. CRA .......................................................................................................... 46
4.3. ANÁLISES ESTATÍSTICAS ........................................................................... 47
4.4. APROVAÇÃO DE COMISSÃO DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS .............. 48
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 49
5.1 CARACTERIZAÇÃO DOS DADOS ............................................................... 49
5.2 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE ÉTICA ........................................................... 50
5.2.1 PRESSÃO DA PISTOLA DE DARDO CATIVO PENETRANTE ............... 50
5.2.2 LOCAL DE DISPAROS ............................................................................... 52
5.2.3 QUANTIDADE DE DISPAROS ................................................................... 54
5.2.4 EFICIÊNCIA NA INSENSIBILIZAÇÃO ....................................................... 57
5.3 ASSOCIAÇÃO ENTRE OS PARÂMETROS DE QUALIDADE ÉTICA ......... 60
5.4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA CARNE EM RELAÇÃO AO GRUPO
RACIAL, SEXO E INSENSIBILIZAÇÃO .................................................................. 62
5.4.1 pH................................................................................................................. 62
5.4.2 COR ............................................................................................................. 64
5.4.3 CRA.............................................................................................................. 65
6 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 68
ANEXO I – Certificado de aprovação no CEUA.......................................................... 79
ANEXO II – Certificado de calibração do pH in........................................................... 80
ANEXO III – Certificado de aprovação do Peso Padrão Classe F1 utilizado para
aferição da balança digital portátil (Marca Wowohe Modelo MH-500 | 500g/0,1g) ... 81
20
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
(WSPA), hoje conhecida como World Animal Protection (WAP), e grupo de Estudo e
Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal da Universidade Estadual Paulista
(ETCO/UNESP) campus Jaboticabal e são publicados os manuais de boas práticas
de manejo e bem estar animal em aves, suínos e bovinos (LUDTKE et al., 2010a;
LUDTKE et al., 2010b; LUDTKE et al., 2012).
Em 2021, é revogada a Instrução Normativa n° 03/2000 com a publicação da
Portaria n° 365/2021, mais atual legislação de bem-estar animal brasileira, que entrou
em vigor em 02 de agosto de 2021, e que aprovou o regulamento técnico de manejo
pré-abate e abate humanitário e os métodos de insensibilização autorizados pelo
MAPA (BRASIL, 2021).
Ao longo dos anos percebe-se que a indústria de abate de bovinos vem
evoluindo juntamente com a ciência do bem-estar animal, sendo aperfeiçoada com o
surgimento de novas legislações e amparos legais (LUDTKE et al., 2012; AMARAL et
al., 2019; BRASIL, 2021). Quando o abate não está de acordo com a legislação, pode
ser considerado tecnicamente como maus-tratos, entretanto, esta legislação faz
ressalvas nos abates destinados às comunidades religiosas (BRASIL, 1998; BRASIL,
2021). Com isto, este tema tem sido tratado por diversos segmentos da sociedade,
atribuindo ao poder público e à coletividade o dever de defender o bem-estar dos
animais de produção e aperfeiçoar os mecanismos tecnológicos de proteção que os
levem a um manejo pré-abate e abate em condições mais humanitárias, para garantir
o Brasil no quadro dos maiores produtores e exportadores de carne bovina, com
qualidade ética e sanitária (AMARAL et al., 2019).
O manejo dos animais no frigorífico tem fundamental importância, tanto para a
segurança dos animais, quanto para a dos próprios operadores (CORTESI, 1994;
ROÇA, 2001; LUDTKE et al., 2012). Para que o processo de abate seja adequado e
eficaz, é fundamental conhecer o comportamento dos bovinos para que seja possível
reconhecer sinais de estresse e dor, além da necessidade de que toda equipe seja
treinada, capacitada e comprometida com todas as etapas do processo do abate,
formando um elo harmonioso entre pessoas, instalações e equipamentos (LUDTKE et
al., 2012; BRASIL, 2021).
Entre os principais fatores envolvidos no sistema de abate humanitário e que
podem influenciar a qualidade da carne, é possível citar o próprio animal e os métodos
de insensibilização. O fator animal refere-se às características intrínsecas individuais
dos bovinos (genética, reatividade, idade, sexo), podendo influenciar na
25
Ludtke et al. (2012) e Algers & Atkinson (2014) salientam que se deve levar em
consideração que animais velhos e os touros são mais difíceis de serem
insensibilizados, quando comparados a outras classes de gado, devido ao seu crânio
mais espesso e maior massa de pelos na parte anterior da cabeça, o que reduz a
velocidade do dardo, bem como a transferência de energia para o cérebro. Os autores
recomendam que para estes animais, devem-se dar preferência ao uso de pistolas de
penetração. Os mesmos autores não recomendam o uso de pistolas não penetrantes
em bovinos jovens (menos de oito meses de idade), devido ao fato desses animais
ainda terem crânio pouco rígido. Entretanto, a literatura não enriquece esses dados,
cujos parâmetros de insensibilização permanecem os mesmos, quando comparados
a bovinos em diferentes idades, raças e sexo.
Gilliam et al. (2014) elencaram vários motivos para a falha da penetração do
dardo, em uso de pistola de dardo cativo penetrante, em causar a inconsciência em
bovinos. Podendo estar relacionado ao equipamento, como profundidade insuficiente
e diferenças na resistência à penetração do dardo, e relacionadas ao animal, como a
dureza e espessura da pele e do crânio e o potencial para um leve desvio do tiro.
Nesse estudo e em estudos subsequentes, os autores encontraram ainda diferenças
notáveis entre os locais de disparo e as características da raça, e salientam também
que as diferenças anatômicas devido à grupo racial, sexo ou idade do animal
determinam a eficácia da insensibilização (GILLIAM et al., 2012o; GILLIAM et al.,
2014; GILLIAM et al., 2018; NIELSEN et al., 2020).
A posição do disparo na cabeça do animal é de fundamental importância para
promover uma insensibilização eficiente, cujo local ideal é no meio da testa, no ponto
de cruzamento de duas linhas imaginárias traçadas entre os olhos e o centro da base
dos chifres opostos (GALLO et al., 2003; NEVES, 2008; GILLIAM et al., 2012;
LUDTKE et al., 2012; GILLIAM et al., 2014; HSA, 2016; GILLIAM et al., 2018;
NIELSEN et al., 2020), conforme mostra a Figura 1.
26
Figura 1 - Vista frontal e sagital da cabeça bovina e posicionamento da pistola em relação ao crânio
do animal, indicando o local ideal do disparo para insensibilização do animal.
3.2.1 pH
3.2.2 COR
33
pequeno e médio porte, uma vez sabido que de acordo com Norma Interna
DIPOA/SDA n° 01/2017 (BRASIL, 2017a), o monitoramento do bem-estar animal, é
integrante dos PAC implantados pelos estabelecimentos de produtos de origem
animal.
Numa rotina de trabalho, levando em consideração que em frigoríficos de
pequeno e médio porte encontram-se bovinos de muitas procedências e portes, uma
análise científica que comprove os desafios enfrentados pela indústria na
implementação e aplicabilidade do bem estar animal poderá auxiliá-la entender suas
dificuldades e consequentemente melhorar o seu sistema de insensibilização,
reduzindo a exposição dos animais à dor, estresse e desconforto durante o processo
de abate, e, como resultado, melhoria da qualidade da carne.
É importante destacar que para um efetivo monitoramento e aplicabilidade de
boas práticas no manejo, bem-estar animal e abate humanitário, as indústrias devem,
primeiramente, entender a relevância desse tema para sua própria economia, para
melhoria de sua qualidade, para destaque no mercado e possibilidade de crescimento,
ao invés de apenas estarem cumprindo exigências legais, que podem afetar
diretamente seu funcionamento. Em resumo, as indústrias devem perceber que a
implementação dos programas de autocontrole, incluindo bem-estar animal, é um
investimento e não apenas gastos e cumprimentos legais (COSTA; BONNAS, 2022).
38
4 MATERIAL E MÉTODOS
avaliados, no entanto, a idade dos animais não foi avaliada, uma vez que esse dado
dependia de informações externas declaradas em Guia de Trânsito Animal (GTA),
pelos próprios produtores, não sendo essa uma informação 100% segura.
Logo após a insensibilização, ocorria a abertura do piso e da parede lateral
(movimento basculante) do box, ocasionando a ejeção do animal para a praia ou área
de vômito, recoberto com grade de tubos galvanizados, para deslizamento do bovino
com a função de minimizar a força do impacto do animal contra o piso da praia de
vômito. Nessa área, foram monitorados os sinais de insensibilização pelo operador, e
quando havia falha na insensibilização, o procedimento era repetido imediatamente,
com o equipamento de emergência de mesmo modelo e calibragem da pistola
principal (DALPINO ®), disponível em local de acesso fácil e rápido.
Os animais insensibilizados foram lavados com mangueira na região perianal
(quando necessário) e então erguidos por um guincho elétrico até a trilhagem aérea
(nórea) que levava à canaleta de sangria, num tempo não superior a um minuto, para
a operação de sangria, realizando corte (incisão) no pescoço, seccionando os grandes
vasos que emergem do coração (artérias carótidas e artérias vertebrais), localizados
próximos às vértebras cervicais. O funcionário responsável pela sangria do animal
possuía duas facas (com cabos de cores diferentes para melhor identificação). A faca
de cabo amarelo era utilizada para “riscar” o couro da barbela, entre o peito e o queixo
do animal. A faca de cabo branco era utilizada para iniciar a esfola do pescoço, expor
a região dos grandes vasos (artéria aorta anterior, veia cava profunda, carótidas e
jugulares) e seccionar estes mesmos vasos sanguíneos. Após o uso, as facas eram
enxaguadas em água corrente, e em seguida, mergulhadas no esterilizador, a uma
temperatura mínima de 82,2°C, conforme orientado pelo artigo 72 do Decreto
9013/2017 (BRASIL, 2017b) entre as operações, de modo que, a cada animal
sangrado, as duas facas eram devidamente esterilizadas.
Após a operação de sangria, os animais permaneciam por um período mínimo
de 3 minutos na canaleta de sangria e somente após a morte do bovino é que se dava
início a esfola e demais etapas do abate, conforme Figura 2 (p. 39). O tempo entre a
insensibilização e a entrada das carcaças na câmara de resfriamento foi de 1 hora.
Após a insensibilização do animal, ele era ejetado para a praia de vômito. Neste
momento, o monitor treinado avaliava a localização do disparo (Local), por meio de
observação visual, traçando linhas com o dedo na cabeça do animal entre os olhos e
o centro da base dos chifres opostos, verificando a posição do disparo em relação ao
ponto de cruzamento dessas linhas, segundo a Figura 1 (p. 26).
42
4.2.2.1. pH
comercial, que presta serviços em abate, com expedição de meias carcaças e quartos,
cuja desossa não é realizada.
Para análise estatística foi considerada a média dos valores de pH entre as
duas meias carcaças.
Após a primeira medição, foi coletada uma amostra de carne do mesmo
músculo em cada meia carcaça, de aproximadamente 10 gramas, e mantidos sob
refrigeração à temperatura de 4°C, onde se deram a medição do pH 24 horas.
4.2.2.2. COR
Figura 3 – Modelo dos padrões BCS usado para análise da diferença de cor no músculo de carcaças
bovinas por comparação de padrões de referência para aplicação na rotina diária de trabalho.
B
Fonte: AMSA, 2001; AUS-MEAT, 2005.
Nota: A: Padrão USDA: avaliação da cor devido a idade fisiológica (USDA) – da esquerda para direita,
animais mais jovens (maturidade A) a mais velhos (maturidade E); B: Padrão Aus-Meat: avaliação da
cor do músculo por ilustração de escores que mostram o escurecimento – quando a pontuação da cor
fica entre dois padrões de referência, é atribuída a classe correspondente a cor mais escura.
4.2.2.3. CRA
Longissimus dorsi (contrafilé), antes das mesmas serem encaminhadas para câmara
de resfriamento, uma hora após a sangria.
®
As amostras foram pesadas em balança digital portátil (Marca Wowohe
Modelo MH-500 | 500g/0,1g) aferidas antes de cada pesagem com pesos padrões de
exatidão classe F1 (Anexo IV). Imediatamente depois, as amostras foram submetidas
à perda por gotejamento, durante um período de 24 horas, pelo método gravimétrico
sem aplicação de força, sendo cada amostra colocada em redes plásticas individuais
e suspensas em saco plástico inflado, para minimizar perdas por
condensação/evaporação durante o armazenamento (GOMIDE; RAMOS, 2007).
A CRA (%) foi calculada pela seguinte fórmula:
𝑝𝑓 − 𝑝𝑖
𝐶𝑅𝐴 = 𝑥 100
𝑝𝑖
Onde:
pi = peso inicial da amostra
pf = peso final da amostra (após 24 horas)
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 - Estatísticas descritivas dos dados coletados para análise pelo SAS.
PARÂMETROS N MEDIANA MÉDIA DP %CV MÍNIMO MÁXIMO
Pressão 1307 180 180,172 9,400 5,217 160 200
Local 1302 1 1,118 0,322 28,828 1 2
Disparos 1317 1 1,311 0,493 37,625 1 3
Sinais 1302 1 1,276 0,447 35,043 1 2
pH 1hD 893 6,94 6,968 0,213 3,052 6,16 7,84
pH1hE 894 6,95 6,975 0,224 3,211 6,20 7,53
pH 3hD 314 6,65 6,613 0,278 4,202 5,88 7,38
pH 3hE 307 6,65 6,608 0,073 4,129 5,91 7,22
pH 5hD 306 6,16 6,203 0,306 4,931 5,42 7,20
pH 5hE 298 6,12 6,166 0,290 4,397 5,37 6,93
pH 24hD 164 5,85 5,787 0,256 4,423 5,33 6,45
pH 24hE 161 5,83 5,755 0,379 6,589 5,25 6,33
CRAD 127 0,016 0,027 0,030 107,943 0,004 0,169
CRAE 131 0,020 0,028 0,027 93,931 0,004 0,147
COR 1D 142 4 4,056 1,298 31,999 0 7
COR 1E 144 4 3,993 1,407 35,230 0 7
COR 2D 142 3 2,965 1,555 52,440 0 6
COR 2E 144 3 3,028 1,604 52,974 0 6
Tabela 2 – Quantidade e distribuição do número de bovinos avaliados por sexo e grupo racial.
GR
T Z TZ NO TOTAL
SEXO
M 114 (8,22%) 139 (10,02%) 236 (17,01%) 20 (1,44%) 509 (36,70%)
MC 36 (2,60%) 10 (0,72%) 75 (5,41%) 2 (0,14%) 123 (8,87%)
F 298 (21,49%) 100 (7,21%) 303 (21,84%) 38 (2,74%) 739 (53,28%)
NO 0 0 3 (0,22%) 13 (0,94%) 16 (1,15%)
TOTAL 448 (32,31%) 249 (17,95%) 617 (44,48%) 73 (5,26%) 1387 (100%)
Legenda: M = Macho inteiro; MC = Macho Castrado; F = Fêmea; T = Grupo de bovinos raça Taurinos;
Z = Grupo de bovinos raça Zebuínos; TZ = Grupo de bovinos raças mestiças; NO = Não Observado.
Nos dias avaliados, a média da pressão da pistola foi 180 psi, embora tenha
oscilado entre 160 a 200 psi (Tabela 1).
A pressão mínima recomendada pelo Programa Nacional de Abate Humanitário
(STEPS) para pistolas com dardo cativo penetrante é de 160 psi (LUDTKE et al, 2010).
Entretanto, de acordo com a Portaria 365/2021 (BRASIL, 2021), em seu anexo, a
pressão adequada para disparar a pistola deve respeitar a especificação do
fabricante, que para a pistola utilizada é de 175 a 190 psi (DALPINO, 2018).
Considerando a recomendação do programa STEPS, no presente estudo não
foram evidenciados disparos abaixo dos valores mínimos recomendados. Embora, de
acordo com a Portaria 365/2021 (BRASIL, 2021) houve disparos abaixo dos valores
mínimos especificados para o modelo da pistola. A fraca pressão da pistola não
permite que ocorram danos necessários ao sistema nervoso central, sendo necessário
repetir a insensibilização (COSTA et al., 2012). Todavia, a média da pressão no
período esteve dentro do recomendado pelo MAPA (BRASIL, 2021).
51
Tabela 3 – Comparação de média e erro padrão da média (EPM) referente a pressão da pistola de
dardo cativo penetrante durante a insensibilização dos animais em relação ao grupo racial e sexo de
bovinos abatidos
PRESSÃO DA PISTOLA DE DARDO CATIVO PENETRANTE
GR SEXO MÉDIA ± EPM (PSI)
T MC 188,79±1,71 A
Z MC 188,50±2,90 A
TZ MC 186,60±1,34 A
T M 181,06±0,87 B
Z F 180,85±0,98 B
TZ F 180,78±0,55 B
TZ M 179,78±0,61 B
T F 177,65±0,53 C
Z M 177,55±0,79 C
Legenda: F = Fêmea; M = Macho; MC = Macho Castrado; GR = Grupo racial; T = Taurinos; Z =
Zebuínos; TZ = Mestiços.
Letras maiúsculas iguais na mesma coluna indicam que não há diferença significativa entre os pares
pelo teste de Tukey (p>0,05).
pelos autores (Tabela 3), o que pode ter influenciado na eficiência da insensibilização
dos animais.
A espessura e as características anatômicas do osso frontal da cabeça do
bovino variam de acordo com idade, grupo racial e sexo dos animais, e essas
variações podem desempenhar um papel importante para garantir uma
insensibilização adequada em conformidade com os requisitos de bem-estar animal
(ATKINSON; VELARDE; ALGERS, 2013; DYCE; SACK; WENSING, 2010).
Entretanto, poucos dados são encontrados na literatura para elucidar esse assunto.
O presente estudo foi avaliado em planta frigorífica comercial de abate, onde
uma grande variedade de animais é enviada para abate. Os parâmetros de grupos
raciais e sexo foram avaliados, no entanto, a idade dos animais, que é uma
característica para levar em consideração, não foi avaliada. Em contrapartida, no
estudo realizado por Pinto e Silva (2018), que incluiu esse parâmetro, não foram
evidenciadas diferenças significativas entre faixa etária, raça e sexo dos animais
(p>0,05). Embora, mais estudos que incluam esse parâmetro são necessários para
elucidar esses dados.
Tabela 5 – Comparação de média e erro padrão da média (EPM) referente ao local de aplicação do
disparo durante a insensibilização dos animais em relação ao grupo racial e sexo de bovinos abatidos.
LOCAL DE APLICAÇÃO DO DISPARO
GR SEXO MÉDIA ± EPM
TZ MC 1,216±0,037 A
Z F 1,192±0,032 A, B
Z M 1,161±0,027 A, B
TZ F 1,124±0,018 B
T M 1,117±0,030 B
TZ M 1,087±0,021 B
T F 1,061±0,018 B
T MC 1,056±0,053 B
Z MC 1,000±0,100 B
Legenda: F = Fêmea; M = Macho; MC = Macho Castrado; GR = Grupo racial; T = Taurinos; Z =
Zebuínos; TZ = Mestiços;
Nota: O intervalo varia de “1 a 2”, sendo “1” local adequado e “2” local inadequado de aplicação do
disparo. Letras maiúsculas iguais na mesma coluna indicam que não há diferença significativa entre os
pares pelo teste de Tukey (p>0,05).
Tabela 7 – Comparação de média e erro padrão da média (EPM) referente a quantidade de disparos
necessários para insensibilização em relação ao grupo racial de bovinos abatidos
QUANTIDADE DE DISPAROS
GR
MÉDIA ± EPM
T 1,363 ± 0,027 A
Z 1,309 ± 0,034 A, B
TZ 1,279 ± 0,022 B
Legenda: GR = Grupo racial; T = Taurinos; Z = Zebuínos; TZ = Mestiços;
O intervalo varia de “1 a 3”, sendo “1” animais que foram insensibilizados com apenas um disparo; “2”
animais que foram insensibilizados com dois disparos e “3” animais que foram insensibilizados com
mais de dois disparos. Letras maiúsculas iguais na mesma coluna indicam que não há diferença
significativa entre grupos raciais pelo teste de Tukey (p>0,05).
5.4.1 pH
Tabela 11 – Média e desvio padrão dos valores de pH 1h; pH 3h; pH 5h e pH 24h obtidos das meias
carcaças bovinas direita e esquerda, em relação ao grupo racial, sexo e sinais de insensibilização, dos
animais abatidos
SEXO F M MC MÉDIA
GR pH 1 HORAS
T 6,99±0,24 6,98±0,21 6,84±0,25 6,99±0,24
Z 6,96±0,21 6,96±0,21 6,60±0,21 6,96±0,22
TZ 6,99±0,18 6,95±0,22 6,82±0,17 6,97±0,20
Média 6,99±0,21 6,95±0,21 6,82±0,22 6,97±0,22
pH 3 HORAS
T 6,65±0,25 6,67±0,28 6,62±0,24 6,65±0,26
Z 6,59±0,27 6,55±0,25 - 6,56±0,26
TZ 6,61±0,28 6,62±0,28 6,56±0,24 6,61±0,28
Média 6,62±0,27 6,61±0,28 6,58±0,24 6,61±0,27
pH 5 HORAS
T 6,19±0,25 6,24±0,27 6,15±0,30 6,21±0,26
Z 6,15±0,29 6,18±0,26 - 6,16±0,27
TZ 6,20±0,29 6,17±0,34 6,18±0,32 6,18±0,31
Média 6,19±0,28 6,18±0,30 6,18±0,32 6,18±0,30
pH 24 HORAS
T 5,83±0,21 5,66±0,22 - 5,78±0,23
Z 5,72±0,23 5,73±0,23 - 5,73±0,23
TZ 5,82±0,25 5,78±0,27 5,37±0,17 5,80±0,26
Média 5,79±0,23 5,73±0,24 5,37±0,17 5,78±0,24
pH
pH 1 HORA pH 3 HORAS pH 5 HORAS pH 24 HORAS
SINAIS
BI-1 6,96±0,21 6,61±0,26 6,19±0,28 5,79±0,25
MI-2 6,99±0,20 6,62±0,28 6,18±0,32 5,76±0,23
Legenda: F = Fêmea; M = Macho; MC = Macho Castrado; GR = Grupo racial; T = Taurinos; Z =
Zebuínos; TZ = Mestiços; (BI-1) = Animal bem insensibilizado; (MI-2) = Animal mal insensibilizado.
Tabela 12 – Média e erro padrão da média (EPM) dos valores de pH 1h e pH 24h obtidos das meias
carcaças bovinas direita e esquerda, em relação ao sexo, dos animais abatidos.
SEXO pH 1H pH 24H
A
F 6,99±0,014 5,79±0,028 A
M 6,95±0,013 A 5,73±0,032 A
MC 6,82±0,0,39 B 5,37±0,17 B
Legenda: F = Fêmea; M = Macho; MC = Macho Castrado.
Nota: pH1h*sexo = p<0,001 | pH3h*sexo = p>0,05 | pH5h*sexo = p>0,05 | pH24h*sexo = p<0,05
Letras maiúsculas iguais na mesma coluna indicam que não há diferença significativa pelo teste de
Tukey (p>0,05).
5.4.2 COR
Tabela 13 – Média e erro padrão da média (EPM) dos escores de cor 24h obtidos em relação ao sexo
de bovinos abatidos.
MEIA CARCAÇA DIREITA MEIA CARCAÇA ESQUERDA
SEXO
Cor 1 Cor 2 Cor 1 Cor 2
F 4,39±0,15 A 3,37±0,18 A 4,25±0,16 A 3,30±0,19 A
M 3,50±0,18 B 2,15±0,21 B 3,45±0,20 B 2,43±0,23 B
A, B A, B A, B
MC 2,91±0,89 1,32±1,05 3,54±0,98 2,04±1,13 A, B
Legenda: F = Fêmea; M = Macho; MC = Macho Castrado.
A cor 1 refere-se ao método BCS pelo padrão AUS-MEAT cuja escala varia de “0” a “7”, sendo “zero”
mais claro e “sete” mais escuro. A cor 2 refere-se ao método BCS pelo padrão USDA cuja escala varia
de “0 a 6”, sendo “zero” mais claro e “seis” mais escuro. Letras maiúsculas iguais na mesma coluna
indicam que não há diferença significativa pelo teste de Tukey (p>0,05).
circulatório reduzem, e isso faz com que menos oxigênio chegue aos músculos,
obrigando-os a armazenar mais oxigênio durante os períodos de repouso e,
consequentemente, aumentando a síntese de mioglobina e sua concentração no
músculo (GOMIDE; RAMOS; FONTES, 2013 e 2014). Entretanto, não foi encontrado
na literatura trabalhos que utilizaram a mesma metodologia, e embora encontrada
diferenças significativas entre sexo dos animais abatidos, os padrões de cores
encontrados estão entre os limites considerados normais para carne bovina.
5.4.3 CRA
Tabela 14 – Média e desvio padrão da capacidade de retenção de água (CRA) obtidas das meias
carcaças bovinas.
MEIA CARCAÇA DIREITA MEIA CARCAÇA ESQUERDA MÉDIA
CRA 2,74% ± 0,029 2,84% ± 0,027 2,80% ± 0,028
CRA x GR = p > 0,05 | CRA x sexo = p >0,05 | CRA x insensibilização = p >0,05
6 CONCLUSÕES
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