Você está na página 1de 247

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE MEDICINA
COORDENAÇÃO DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO CIÊNCIAS DA SAÚDE
DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Isanete Geraldini Costa Bieski

ETNOFARMACOPEIA DO VALE DO JURUENA, AMAZÔNIA LEGAL,


MATO GROSSO, BRASIL

Cuiabá - MT
2015
2

Isanete Geraldini Costa Bieski

ETNOFARMACOPEIA DO VALE DO JURUENA, AMAZÔNIA LEGAL,


MATO GROSSO, BRASIL

-
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Federal de
-
Mato Grosso como requisito parcial para a Ciências da Saúde da
Faculdade de Medicina da Universidade obtenção da Defesa de
Doutorado em Ciências da Saúde, Área de Concentração
Farmacologia.

Orientador: Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira


Martins

Co-orientador: Prof. Dr. Ulysses Paulino Albuquerque

CUIABÁ - MT
2015

2
3

Isanete Geraldini Costa Bieski

ETNOFARMACOPEIA DO VALE DO JURUENA, AMAZÔNIA LEGAL,


MATO GROSSO, BRASIL

Tese ap resentada ao Programa de Pós - Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de


Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso como requisito parcial para a obtenção da
Defesa de Doutorado em Ciências da Saúde, Área de Concentração Farmacologia.

COMISSÃO JULGADORA

Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira Martins


Presidente/Orientador

Prof. Dr. Angelo Giovani Rodrigues


Membro Externo

Profª. Drª. Mary Anne Medeiros Bandeira


Membro Externo

Prof. Dr. Germano Guarim Neto


Membro Interno

Profª. Drª. Maria Correte Pasa


Membro Interno

Profª Drª Neyres Zínia Taveira de Jesus


Membro Suplente

Exame de Defesa aprovado em 18 de agosto de 2015. Local de, defesa: Auditório da


Faculdade de Medicina, Campus, Cuiabá da Universidade de Mato Grosso (UFMT).
4
5

Copaifera langsdorffii Desf. (copaíba). Acervo de I.G.C. Bieski.

“Prefiram o conhecimento em lugar do ouro, por que a sabedoria vale


mais do que as pérolas, e nenhuma jóia se compara a ela.” Provérbios,
capítulo 8, versículo 10-11.
6

DEDICATÓRIA A DEUS, A NOSSA SENHORA E TODOS OS MEUS ANJOS!!!

Ao amado Esposo, SILVIO CARLOS BIESKI, companheiro e dádiva do meu bom Deus, por
ser compreensivo em minhas várias horas de ausência familiar dedicadas aos estudos...
Aos meus filhos que tanto amo: Leonam Geraldini Costa Oliveira que cresceram vendo as
minhas conquistas, na busca pelo conhecimento, eterno tesouro que levamos desse mundo, e que sei que
se espelharão pelos caminhos por onde andar, aprimorando seus conhecimentos, obrigada pelo carinho
e amor que tem me dado; Joana Maria Geraldini Costa Bieski minha princesa e companheira
admirável, auxilia-me desde afazeres domésticos até as pesquisas, sempre se espelhou em mim com sua
forma meiga e carinhosa, se expressando com desenhos de plantas medicinais para me agradar e João
Pedro Geraldini Costa Bieski meu caçula admirável não cansa de dizer mamãe sabia que eu gosto de
você do tamanho do CÉU, na sua pequenes e sem saber noção de tempo e espaço, sabe sim que o céu é
infinitamente grande e por isso me ama assim. Adora minha companhia, adora passear e também ficar
em casa, não gosta das minhas viagens.
Aos meus pais, Ideval Silva Costa e Maria Aparecida Costa, sempre diziam, filha a herança que
ninguém rouba é o conhecimento, por isto sempre fizeram de tudo para que estudassemos. Ensinaram-
me o valor da vida, da família e me formaram na fé em Jesus Cristo e Nossa Senhora, que nos leva ao
caminho do Amor, Sabedoria e Compaixão.
Às minhas Irmãs, Cunhados e Sobrinhas, Isânia Geraldini Costa Andrade, Márcio de Andrade e
Lavínia, pela amizade e carinho de irmã em minha vida, com meus filhos. Idevânia Geraldini Costa Petterle,
Gustavo Petterle, Julia Petterle e minha querida e abençoada afilhada, Helena Petterle, pela sinceridade e
amor incondicional. Minha irmã de coração Martha Melissa Mendes Cabral, que me apoiou sempre. Meus
padrinhos e compadres amados Alvantino Geraldino e Manoelita Geraldino Oliveira e meus primos Diego
Geraldino e Diogo Geraldino, os quais tanto amo.
Aos meus queridos amigos Domingos Tabajara de Oliveira Martins e família, pela amizade
construída durante todos esses anos.
À Minha sogra querida Joana Bieski (in memorian), um exemplo de mulher vencedora e amável;
A todas as minhas cunhadas e cunhados que gosto muito, em especial, Iria Correa, Zélia Araujo
Bieski e Claúdio Cesar Bieski, que estão mais próximos de mim.
Ao Pedro Oliveira, pai do meu filho, muito obrigada por ser um excelente pai para o nosso amado
filho Leonam Geraldini Costa Oliveira. Que Deus o abençoe sempre.
7

AGRADECIMENTOS
Quanto mais se reza e se entrega à ação de Maria, tanto mais se sente crescer o amor recíproco entre nós.
Maria é o canal, por onde o amor misericordioso de Jesus pode chegar a todos (Nazareno Lanciotti- Um Mártir Do
Terceiro Milênio)

A realização desse trabalho em muito se deve à colaboração e apoio de diversas pessoas e


setores, aos quais transmito os mais sinceros agradecimentos...
À Universidade Federal de Mato Grosso e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências
da Saúde pela formação acadêmica e oportunidade, em especial aos professores do programa.
Ao meu querido e eterno orientador e amigo Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira
Martins, muito obrigada pela oportunidade concedida, pelo aprendizado e conselhos transmitidos, além
das ricas experiências profissionais, científica e pessoais, vivenciadas nesses anos, fruto de uma
sabedoria providencial e divina, que não canso de falar. Além dos profundos ensinamentos, discussões,
críticas, incentivo e motivação, tudo isso de forma dura quando precisou e carinhosa quando eu mereci,
sempre muito dedicado às orientações em todos os momentos deste percurso. Serei eternamente
agradecida. E se tiver que escolher um novo orientador esse, sem dúvida seria você novamente, pois nem
estando ao seu lado muito mais que qualquer orientando, não conseguiria absorver tudo que tens de
conhecimento. Mas pode ter certeza que como todo bom filho, procurarei transmitir aos meus filhos
científicos tudo que aprendi durante essa jornada ao seu lado. Sei que com seu grande coração que tem
espaço para todos. Não sei qual o próximo destino, mas esteja onde estiver sempre, procurarei trabalhar
em parceria, em projetos de ensino, pesquisa e extensão, ao qual tive o privilegio de participar, como
membro da equipe executora do Programa Etno-Fitos, hoje referência no Brasil, apesar de preferir
continuar aqui na UFMT, trabalhando ao seu lado. Saiba que se tiver que indicar algum orientador no
mundo, da área de farmacologia de produtos naturais com certeza seu nome é o primeiro da lista, pela
competência, dedicação, respeito, caráter e muitas outras virtudes, importantes fatores para a formação
pessoal e profissional.
Ao Prof. Dr. Ulysses Paulino Albuquerque, meu co-orientador, obrigada pela sua
colaboração imprescindível na condução das análises etnobotânicas, com que pude vislumbrar a
importância das análises quantitativas do mundo da etnobotânica.
Ao professor e amigo Germano Guarim Neto, pelos ricos ensinamentos publicados e que
fizeram com que me apaixonasse pela etnobotânica.
À professora Vera Guarim (in memorian), que mesmo de longe, sempre muito carinhosa, ficou
a saudade de seu carinho e sorriso.
À amiga Miramy Macedo, que mesmo me conhececendo tão pouco em 2005 me presenteou,
compartilhando co-orientações de suas alunas de Biologia na área de plantas medicinais, assim como me
8

mostrou a importância da pesquisa científica na produção do meu primeiro artigo e resumos, obrigada
pelo carinho e amizade.
Ao amigo Marco Leonti, que conheci no XX Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil e X
Congresso Internacional de Etnofarmacologia (2008) e sempre muito atencioso e prestativo em prol da
pesquisa mundial.
À colega Patrícia Muniz Medeiros, pela sabedoria, auxílio nas análises estatísticas e
contribuição na minha formação etnobotânica.
Agradeço a todos os informantes e equipes do Programa de Saúde da Família do Vale do
Juruena, pela assistência e todo auxílio no trabalho de campo para coletadas das informações
etnobotânicas. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq/MCT e
Fundação de Pesquisa de Mato Grosso (FAPEMAT), pelo apoio financeiro e pelas bolsas de estudo que
concedida. Aos pesquisadores, Dr. Germando Guarim Neto, curador do Herbário UFMT, a Profª Drª
Célia Regina Araújo Soares, curadora do Herbário da Amazônia Meridional (HERBAM) da
Universidade Estadual de Mato Grosso, do Campus Universitário de Alta Floresta, a Profª Vali Joana
Pott, Curadora do Herbário CGMS/UFMS pelas identificações e tombamentos das espécies vegetais da
pesquisa. Ao Instituto Nacional de Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU), e ao Centro de Pesquisas do
Pantanal (CPP) pelo apoio financeiro em eventos científicos. Aos gestores e população em geral dos
municípios da pesquisa (Aripuanã, Brasnorte, Colniza, Castanheira, Contriguaçu, Juruena e Juína).
Ao amigo Dr. Jerolino Lopes Aquino, que me oportunizou com o primeiro emprego e sempre
me motivou a ser empreendedora, dedicada e sonhadora e que eu nunca deixasse de estudar e me
aperfeiçoar.
Ao amigo Marcos Roberto Furlan, meu grande amigo, professor e parceiro em todos os
momentos, sempre disposto a me auxiliar rumo aos meus caminhos do conhecimento e desafios.
A amiga Mary Anne que é a percursora do prof. Matos, pessoa de uma paz interior inexplicável.
Que os anjos do senhor a conserve sempre assim.
Ao amigo Nilton Luz Neto pela amizade, aprendizado e confiança, pessoa com quem aprendo
muito sobre o mundo da Fitoterapia.
Ao amigo Marco Luiz dos Santos Vasconcelos, pessoa especial, ao qual admiro muito, muito
obrigada pela sua amizade.
Ao amigo Angelo Giovani Rodrigues, que muito contribui com os avanços de pesquisa e
programa de plantas Medicinais nesse Brasil e sempre muito prestativo e atencioso. Amigo do coração.
À amiga Ludmila Lafetá de Melo Neves, Assessora Técnica da Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos- SCTIE, Ministério da Saúde, pelos importantes exclarecimentos,
amizadade e atenção.
9

À equipe Farmácia Viva do Ceará, em especial os amigos Mary Anne Bandeira e Julio Peixe,
pelo exemplo, determinação, coragem e persistência em seguir nosso querido Pai das Farmácias Viva
do Brasil.
A querido Padre Aloir Pacini, professor e antropólogo, que Deus colocou em meu caminho,
foi impresindivel para os tramites burocráticos junto ao CGEN.
Ao amigo Libério Amorim Neto e José da Silva técnicos do Herbário UFMT, que nunca
mediu esforços para auxiliar nos trabalhos de campo, sempre descontraídos e alegres.
À Técnica de Laboratório e agora mestranda em Ciências da Sáude, Área de
Farmacologia, Maria Cristina Fuzari, sempre pronta a contribuir no que for preciso, sempre muito
querida e eficiente.
Ao Prof. Dr. Amilcar Sabino Damazo, coordenador do Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Saúde da Faculdade de Ciências Médicas da UFMT, pelo apoio e atenção sempre
dispensados.
Às secretárias do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Ciências
Médicas da UFMT, Eliana Maria da Silva e Hélida Leseux pelas orientações administrativas, convívio
e atenção.
À amiga e irmã Andrea Nascimento Mendonça Campos e sua linda família, que amo muito
pelo carinho e amizade, é como irmã, mesmo longe sempre está muito perto de mim, um presente de
Deus em minha vida.
À Amiga especial, Rita de Cássia Feguri Figueiredo, muito obrigada por tudo, pelo carinho
e amizade iniciada durante o mestrado e que durará para sempre, saiba que você mora no meu coração e
que estará sempre em meus pensamentos e orações juntamente com o seu esposo Nicandro Figueiredo,
obrigada pelo carinho e amizada. Você, sua esposa Rita de Cássia Feguri e filhos Nicolas Feguri
Figueiredo e Thomas Feguri Figueiredo moram no meu coração.
À Profª. Drª Célia Regina Araújo Soares, Pesquisadora do Herbário HERBAM pelo excelente
trabalho na identificação das exsicatas. Ao técnico do Herbam Denis Rodrigues da
Silva. À toda equipe do laboratório sempre muito, prestativa, Maria Cristina, Joaquim
Corsino, Luciano Mafiolete, Balogun Sikiru, Darley Oliviera, Anísio Onorio, Danielle Ary, Vanessa
Gasoni, Ruberlei Godinho, Angela Beserra, pelas importantes colaborações em todos as atividades
realizadas.
A amiga Ivana Maria Povoa Violante, pela parceria, amizade.
A amiga Angela Marcia Selhorst S. Beserra, passiva, prudente e parceira, obrigada pelo
carinho e amizade.
10

Aos Acadêmicos de Medicina da UFMT: Rafael Melo, Vitor Hugo, Fabrício Sanches e
João Felipe, pela dedicação e competência durante toda pesquisa como bolsistas de extensão e Iniciação
cientifica. De Medicina Veterinaria: Fernando Ribeiro. De Química: Suzamar Correia, Poliana Ayres.
De Enfermagem: Larissa Irene, Romaria Morais, Kauna Guerra. Todos tiveram participação especial na
realização desse trabalho, muito obrigada de coração. À amiga Vera Lúcia Gonçalves e Valdir
Gonçalves de Aripuanã, que abraçou esta pesquisa não medindo esforços para o que precisei. Muito
obrigada mesmo, tenha a certeza que você também colhererá muitos frutos. Aos amigos Eldon Echer e
Gizelda Maria Salgueiro do Distrito de Guariba, Colniza, Mato Grosso, pelo carinho e amizade,
principalmente durante meu trabalho de doutorado.
Em nome dos informantes Valdir Gonçalves, Valter Gonçalves, José Correa,
Domingos Aparecido da Cruz, Antônio Tarcisio Pillon quero agradecer a todos os demais informantes
da minha pesquisa que contribuirão com esse trabalho. Todos vocês 393 informantes da pesquisa foram
muito importantes para que essa Tese fosse escrita, muito obrigada, pelo carinho e disponibilidade,
amizada e confiança, saiba e nunca os esquecerei.
À Amiga Clara Brandão, Médica, Nutróloga e Mãe da Multimistura e conhece muito de
comunidades Tradicionais e Etnoconhecimento das plantas medicinais e que amo de paixão.
À amiga e médica homeopata e fitoterapeuta Henriqueta Teresa Sacramento, que sempre me ajudou
durante minhas angústias e de meus filhos.
À amiga Lair Márcia Durigon, que é minha intercessora espiritual e irmã, menina de Ouro
e Anjo de Deus, na minha vida.
À amiga de toda hora Mônica Igreja Leite da Fonseca, que sempre me apoia seja na vida
profissional, familiar ou pessoal, amiga Te Amo.
À amiga de Márcia Rutilli Konageski Fonseca que sempre me inspirou para a busca do
sucesso com Jesus e Maria.
À amiga Andrea Antunes, pelo carinho de sempre.
As amigas de Poconé, Mariete e Lidevina, bênçãos de Deus em meu caminho. Muito
obrigada pelo carinho e trabalho em equipe.
A amiga Natalie Borges Delia e Jesca Kury Barros, companheiras de sempre, meu carinho
e admiração.
À Amiga Drª Lydia Bocayva, pessoa especial que sempre me incentivou nos trabalhos de
plantas medicinais.
A amiga Mari Gemma, professora e amiga que admiro muito, obrigada pelo carinho e
amizade sincera.
11

Às amigas Helena Belai e família pelo carinho e companheirismo durante minha caminhada
com as plantas medicinais.
Ao Amigo Edson Taki, pelo apoio incondicional ao trabalho de plantas medicinais de Mato
Grosso e que muito tem feito pela profissão farmacêutica no Brasil.
Ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/HUJM), pela análise e aprovação de meu projeto.
A todos da administração da Faculdade de Medicina da UFMT, Luciana, Ivanete Kapelinski, Gracielly
Alves Gama, Eva Elizabeth Pedroso da Silva Morais e Gina Abe, pelo convívio e atenção.
Aos demais amigos espalhados por esse país (e fora dele). Enfim, a todos que de forma direta ou indireta,
colaboraram para a execução desse trabalho.

“O espírito de luta e a capacidade de superar obstáculos e de vencer


desafios possibilitará que a árvore da Farmácia Viva cresça forte e dê os
frutos que o povo precisa” (MAMBANDEIRA).

A TODOS, O MEU MUITO OBRIGADA!

(1) (2)

Desenhos em homenagem ao Vale do Juruena feitos pelos meus filhos Joana Maria (1) e João Pedro (2)
12

SUMÁRIO
Lista Figuras...................................................................................................................................... 14
Lista de Tabela ................................................................................................................................. 15
Lista de quadro ................................................................................................................................. 15
RESUMO ........................................................................................................................................ 17
ABSTRACT ................................................................................................................................... 18
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 19
1.1. Plantas medicinais ................................................................................................................... 19
1.2 Etnobotânica, etnofarmacologia e etnofarmacopeia ................................................................... 20
1.3. Biodiversidade da Amazônia Legal .......................................................................................... 22
1.4 O Vale do Juruena e seus municípios ......................................................................................... 25
1.4.1 Município de Juína ................................................................................................................. 26
1.4.2 Município de Brasnorte .................................................................................................. 26
1.4.3 Município de Castanheira ............................................................................................... 26
1.4.4 Município de Cotriguaçu ................................................................................................ 26
1.4.5 Município de Colniza ..................................................................................................... 27
1.4.6 Municipal de Aripuanã ................................................................................................... 27
1.4.7 Município de Juruena ..................................................................................................... 27
1.5. As plantas medicinais e as conexões dos saberes no Vale do Juruena ............................. 28
2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 29
2.1. A trilha de pesquisadores na região do Vale do Juruena: Estado da arte.......................... 30
3. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 32
3.1 Geral ................................................................................................................................ 32
3.2 Específicos ...................................................................................................................... 32
4. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 33
4.1 Área de estudo ................................................................................................................. 33
4.2 Planejamento amostral ..................................................................................................... 34
4.3 Variáveis do Estudo .......................................................................................................... 34
4.3.1 Análises Qualitativas ................................................................................................... 35
4.3.1.1. Sócio-demográficas .................................................................................................. 35
4.3.2 Etnobotânico: Uso de planta medicinais e conhecimento tradicional associado...................... 35
4.3.1.3. Etnofarmacológicas..................................................................................................... 35
4.3.2 Análises quantitativas da etnobotânica ........................................................................ 36
4.3.2.1 Importância Relativa (IR) ........................................................................................ 36
4.3.2.2. Abordagem etnofarmacológica das espécies nativas de maior importância relativas. 36
4.3.2.3 Fator de Consenso do Informante (FCI) ................................................................... 36
4.3.2.4. Valor de Importância Sindrômica (VIS) .................................................................... 37
4.3.2.5. Análise de componentes principais (ACP) e análise de agrupamentos botânico (AAB)
........................................................................................................................................................ 38
4.4. Coleta e identificação taxonômica ................................................................................. 40
4.5. O tratamento dos dados ................................................................................................... 41
4.6. Análises dos dados............................................................................................................ 42
4.7. Aspectos éticos 43
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 45
5.1 Determinação do número de informantes ....................................................................... 45
5.2 Variáveis do Estudo ......................................................................................................... 46
5.2.1. Perfil sócio-demográfico dos informantes .................................................................. 46
5.2.2 Abordagem etnobotânica qualitativa e quantitativa ....................................................... 49
5.2.2.1 Qualitativa: Conhecimento tradicional associado e uso de planta medicinais ............ 49
13

5.3. Etnobotânica Quantitativa das Plantas Medicinais ......................................................... 55


5.3.1. Importância Relativa (IR) ............................................................................................. 55
5.3.2 Abordagem etnofarmacológica das espécies nativas de maior Importância Relativa (IR) 57
..........................................................................................................................................
a) Copaifera langsdorffii var. glabra (Vogel) Benth...................................................... 57
b) Bertholletia excelsa Bonpl......................................................................................... 59
c) Aristolochia cymbifera Mart & Zucc. ..................................................................... 60
d) Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen ....................................................................... 61
e) Echinodorus macrophyllus (Kunth.) Micheli ............................................................. 62
f) Herreria salsaparilha Mart. ........................................................................................ 63
g) Chenopodium ambrosioides L. .................................................................................. 63
h) Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne ............................................................... 64
i) Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. ................................................................. 65
j) Croton urucurana Baill. ........................................................................................... 66
k) Uncaria guianensis (Aubl.) J.F. Gmel. ......................................................................... 67
l) Bowdichia virgilioides Kunth .................................................................................... 68
m) Pterodon emarginatus Vogel ................................................................................. 69
n) Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos ............................................. 69
5.3.3. Fator de Consenso do Informante (FCI) ....................................................................... 70
5.3.4. Valor de Importância Sindrômica (VIS) ..................................................................... 74
5.3.4.1 Ranking ..................................................................................................................... 75
5.3.5. Análises de Correspondência ...................................................................................... 79
5.3.6. Análise de agrupamentos dos clados .......................................................................... 85
5.3.7. Similaridade dos Clados: usos medicinais, farmacológicos e fitoquímicos dos principais 86
clados filogenéticos ..............................................................................................
5.3.7.1. Fabídeas .................................................................................................................. 87
5.3.7.2. Campanulídeas ........................................................................................................ 88
5.3.7.3. Lamiídeas ................................................................................................................ 89
5.3.7.4. Malvídeas ................................................................................................................ 89
5.3.7.5. Comelinídeas ............................................................................................................ 90
5.3.7.6. Asterídeas ................................................................................................................ 91
5.3.7.7 Rosídeas .................................................................................................................... 91
5.3.7.8. Magnoliídeas ............................................................................................................ 91
5.3.7.9. Monocotiledóneas ......................................................................,............................. 93
5.3.7.10. Eudicotiledóneas .................................................................................................. 94
5.3.7.11. Eudicotiledóneas nucleares ................................................................................... 95
CONCLUSAO ....................................................................................................................... 99
REFERÊNCIA .................................................................................................................. 101
ARTIGO............................................................................................................................... 128
APENDICE........................................................................................................................... 214
14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização geográfica da Amazônia Legal. ..................................................... 24


Figura 2. Localização geográfica da área da pesquisa, região do Vale do Juruena, Mato 33
Grosso, Brasil. ..................................................................... ................................................
Figura 3. Frequência do uso de plantas pelos 393 informantes do Vale do Juruena .............. 49
Figura 4. Frequência da origem geográfica das plantas citadas pelos 393 informantes do 51
Vale do Juruena. ...................................................................................................................
Figura 5. Frequências relativas das famílias botânicas, segundo citações pelos 393 52
informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, 2012................................................................
Figura 6. Descrição do hábito das plantas citadas pelos 393 informantes do Vale do Juruena 53
Figura 7. Partes da plantas medicinais utilizadas pelos informantes do Vale do Juruena ..... 54
Figura 8. Forma de preparo das plantas medicinais do Vale do Juruena................................. 55
Figura 9. Identificação das fracções de extrato solúveis das folhas de C. langsdorffii ......... 58
Figura. 10. Diferenças entre as espécies unhas-de-gato do gênero Uncaria........................... 67
Figura 11. Hipotética via biossintética de diterpenos fenólicos produzido em Rosmarinus 77
officinalis conforme Brückner et al. (2014)...........................................................................
Figura 12. Biossintética de diterpenos fenólicos produzido nos tricomas glandulares 77
de Rosmarinus officinalis ..........................................................................................
Figura 13. Análises de componentes principais em biplot, entre grupos taxonômico (A) e 80
sistemas corporais (B), para espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes do
Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil. ..............................................................................
Figura 14: Dendograma utilizado para as famílias de plantas. .............................................. 82
Figura 15: Análises de componentes princiapis em biplot, entre grupos taxonômico (para 84
espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso,
Brasi......................................................................................................................................
Figura 16. Clados filogenéticos e categorias de uso. ......................................................... 86

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Agrupamentos das enfermidades culturais conforme Classificação Emica.......... 41


Quadro 2. Agrupamentos das enfermidades culturais conforme Classificação Estatística 41
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), conforme OMS,
(2010) ............................................................ .....................................................................
Quadro 3. Agrupamentos das enfermidades culturais conforme Classificação Cook-Kew. 42

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Distribuição da população e amostra por municípios no Vale do Juruena, Mato 45


Grosso, Amazônia Legal, Brasil. ...........................................................................................
Tabela 2. Dados sócio demográficos da população do Vale do Juruena ................................ 48
Tabela 3. Tabela 1. Distribuição da população e amostra por municípios e número de uso 50
relaportado de plantas no Vale do Juruena, Mato Grosso, Amazônia Legal, Brasil...............
15

Tabela 4. Relação das plantas medicinais com Importância Relativa (IR), maior que 1,5 56
citada pelos informantes do Vale do Juruena, Amazônia Legal, Mato Grosso, Brazil. ......
Tabela 5. Análise quantitativa etnobotânica com o Fator de Consenso do Informante (FCI) 72
para as 12 Categoria de usos Emica mencionados pelos informantes, Vale do Juruena, Mato
Grosso, Amazônia Legal, Brasil. ...........................................................................................
Tabela 6. Análise quantitativa etnobotânica com o Fator de Consenso do Informante (FCI) 75
para as 17 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde (CID-10) mencionados pelos informantes. ................................................................
Tabela 7. Análise quantitativa etnobotânica com o Fator de Consenso do Informante (FCI) 75
para as 21 Categoria de usos conforme Classificação Cook-Kew, mencionados pelos
informantes, Vale do Juruena, Mato Grosso, Amazônia Legal, Brazil.................................
Tabela 8. Lista de 30 espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes dos sete (7) 76
da cidade do Vale do Juruena, a fim de verificar o ranking de espécies em cada citade é
comparado, utilizando os resultados globais para o Valor de Importância Sindromica. Zero
indica que essa espécie não foi mencionada em qualquer município. ......................................
Tabela 9. Lista das plantas medicinais citadas pelos informantes dos sete (7) municípios do 76
Vale do Juruena, conforme classificação Look, Kew, com resultados globais do Valor de
Importância Sindrômica SIV. ................................................................................................

Tabela 10: Análises de componentes principais entre sistemas corporais e clades para 81
espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato
Grosso, Brasil. ..................................................................................................................
Tabela 11. Correlação entre sistemas corporais e clades, na primeira dimensão para espécies 83
de plantas medicinais citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil....
Tabela 12. Correlação entre sistemas corporais e clades para espécies de plantas medicinais 84
citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil. ....................................
Tabela 13. Clados filogenéticos e categorias de uso, com frequências total das espécies em 85
cada clado, para tratar cada sistema corporal..........................................................................
16

BIESKI, I.G.C. 2014. Etnofarmacopeia do Vale do Juruena, Amazônia Legal, Mato Grosso, Brasil,
Tese (Doutorado em Ciências da Saúde, Área de Concentração Farmacologia), Faculdade de Medicina,
Universidade Federal de Mato Grosso, Mato Grosso, 2014.

RESUMO
Introdução: Mato Grosso apresenta três importantes biomas do Brasil, representados pela Amazônia, Cerrado e
Pantanal. Na Região Norte de Mato Grosso, encontra-se o Vale do Juruena, composta por 7 municípios, contendo
uma rica diversidade florística e étnico-cultural, porém apenas uma fração desta biodiversidade é conhecida, exigindo
a necessidade de mais inventários biológicos, para possibilitar sua conservação e uso sustentável. Objetivo do
estudo: Levantar, identificar, catalogar e documentar as espécies de plantas medicinais utilizadas pela população
que habita o Vale do Juruena, avaliá-las sob o ponto de vista da etnobotânica qualitativa e quantitativa, selecionar e
analisar química e farmacologicamente, com base na literatura, as espécies mais utilizadas. Materiais e Métodos:
A amostra representativa foi obtida em estudo probabilístico de corte transversal, de base populacional, por
amostragem aleatória simples. Os informantes foram entrevistados, utilizando um formulário semi-estruturado,
contendo variáveis sócio-demográficas, botânicas e etnofarmacológicas de plantas medicinais. Foram avaliados
parâmetros como: sistema corporal (SC), categoria de uso (CU), frequência de uso (FU), importância relativa (IR),
fator de consenso do informante (FCI), valor de importância sindrômica (VIS) para elaboração das classificações das
doenças prevalentes na comunidade e a seleção de espécies de plantas com potencial terapêutico. Adicionalmente,
foram realizadas análises de componentes principais (ACP) e análises de agrupamentos botânicos (AAB).
Resultados: Dos 393 informantes, 93% (365) disseram usar plantas medicinais, num total de 3.973 citações de uso,
contabilizando trezentos e trinta e duas (332) plantas medicinais, pertencentes a 90 famílias. Asteraceae (32,2%),
Fabaceae (26,7%) e Lamiaceae (24,4%) foram as famílias mais representativas, sendo a maioria das espécies nativas
(64,4%). A folha foi a parte mais usada (64,5 %) e o preparado mais comum foi a infusão (45,3 %). As doenças
gastrintestinais (21,13%), seguidas por queixas respiratórias (20,60%) aparecem no topo da lista de citações de uso.
As plantas nativas com maiores citações de uso conforme classificação êmica foram Arrabidaea chica (Humb. &
Bonpl.) B. Verl. (97), Mentha pulegium L. (94), Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze (71), Baccharis crispa Spreng
(57), Phyllanthus ninuri L. (48), Gossypium barbadense L. (44), Solidago microglossa DC. (40) e Bauhinia forficata
L. (20), enquanto que as exóticas cultivadas foram Chenopodium ambrosioides L. (151), Cymbopogon citratus (DC.)
Stapfc (104), Aloe vera (L.) Burm. f. (89) e Rosmarinus officinalis L. (72). Os valores de FCI variaram de 0,14-0,85
para a classificação êmica, de 0,00-0,88 para CID-10 e de 0,00- 0,87 para Cook-Kew, com destaques para Mentha x
piperita L. (FCI=0,85), Bidens pilosa (FCI =0,88) e Cymbopogon citratus (FCI = 0,87), respectivamente. Dentre as
espécies Rosmarinus officinalis (VIS =0,016) foi a mais utilizada no Vale do Juruena de acordo com o Ranking. O
grupo taxonômico com maior número de citações foi Lamiids, sendo Mentha x piperita L. (174, citações) a mais
utilizada. As doenças mais frequentes que podem ser tratadas pelas espécies do grupo Lamiids com base na análise
dos componentes principais foram Dsr, Dsd, Dip e Dsg, com 85,34% de variação. As plantas com similaridade
em grupos taxonômicos são utilizadas para tratar as doenças DSR, DSO, DSD, DSC, DIP, DSG, DMC e
DOM fortemente correlacionadas entre si. Conclusão: A população do Vale do Juruena faz uso de uma grande
variedade de plantas medicinais, distribuídas em vários sistemas corporias, com predomínio daquelas usadas nos
tratamentos de doenças gastrointestinais e respiratórias. O potencial terapêutico de algumas das espécies de
importância medicinal amplamente utilizado pela população da região têm sido cientificamente validados e, portanto,
são promissores protótipos de novos medicamentos. No entanto, existem algumas dessas espécies cujos usos
etnomedicinais estão ainda a ser cientificamente comprovados e, portanto, constituem um terreno inexplorado para
futuros estudos fitoquímicos e farmacológicos.

Palavras-chaves: Plantas medicinais, Etnobotânica, Etnofarmacologia, Biodiversidade.


17

BIESKI, I.G.C. 2014. Etnofarmacopeia Valley Juruena, Amazon, Mato Grosso, Brazil, Thesis
(Doctorate in Health Sciences, Major Field Pharmacology), Faculty of Medicine, Federal University
of Mato Grosso, Mato Grosso, in 2014.

RESUME
Introduction: Mato Grosso presents three major biomes of Brazil, represented by the Amazon, Cerrado
and Pantanal. In the North of Mato Grosso Region, lies the Valley of the Juruena, consisting of 7
municipalities, containing a rich flora and ethno-cultural diversity, but only a fraction of this biodiversity
is known, requiring the need for more biological inventories to enable their conservation and sustainable
use. Objective of the study: Raise, identify, catalog and document the species of medicinal plants used by
the people who inhabit the valley of the Juruena, evaluate them from the point of view of qualitative and
quantitative ethnobotany, select and analyze chemically and pharmacologically, based on literature, the
most used species. Materials and Methods: A representative sample was obtained cross-sectional study
of probability, population-based, by simple random sampling. Informants were interviewed using a semi-
structured questionnaire containing sociodemographic variables, botanical and ethnopharmacological of
medicinal plants. Evaluated parameters as were body system (CS), use category (CU), frequency of use
(FU), relative importance (RI), informant consensus factor (FCI), importance value syndromic (VIS) for
the preparation of classifications of diseases prevalent in the community and selection of species of plants
with therapeutic potential. In addition, principal component analyzes were performed (ACP) and botanical
cluster analysis (ABA). Results: Of the 393 respondents, 93% (365) said they used medicinal plants,
totaling 3,973 use of quotations, accounting for three hundred thirty-two (332) medicinal plants, belonging
to 90 families. Asteraceae (32.2%), Fabaceae (26.7%) and Lamiaceae (24.4%) were the most representative
families, the majority of native species (64.4%). The sheet used was the most part (64.5%) and the most
common infusion was prepared (45.3%). Gastrointestinal diseases (21.13%), followed by respiratory
complaints (20.60%) top the use of quotations list. Native plants with greater use of quotations as emic
classification were Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. (97), Mentha pulegium L. (94), brasiliana
Alternathera (L.) Kuntze (71), Baccharis crispa Spreng (57), Phyllanthus ninuri L. (48), Gossypium
barbadense L. (44), Solidago microglossa DC. (40) and Bauhinia forficata L. (20), while cultured
Chenopodium ambrosioides L. were exotic (151), Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc (104), Aloe vera (L.)
Burm. f. (89) Rosmarinus officinalis L. and (72). The FCI values ranged from 0.14 to 0.85 for the emic
classification, from 0.00 to 0.88 for ICD-10 and 0,00- 0.87 for Cook-Kew, with highlights for Mentha x
piperita L. (FCI = 0.85), hairy Bidens (FCI = 0.88) and Cymbopogon citratus (FCI = 0.87), respectively.
Among the species Rosmarinus officinalis (VIS = 0.016) was the most used in the Juruena Valley according
to Ranking. The taxonomic group with the highest number of citations was Lamiids, and Mentha x piperita
L. (174 citations) the most used. The most common diseases that can be treated by species Lamiids group
based on principal component analysis were Dsr, Dsd, Dip and Dsg, with 85.34% change. Plants with
similarity in taxonomic groups are used to treat the disease DSR, DSO, DSD, DSC, DIP, DSG, DMC and
DOM strongly correlated. Conclusion: The population of the Juruena Valley makes use of a wide variety
of medicinal plants, distributed in various corporias systems, predominantly those used in the
gastrointestinal and respiratory treatments. The therapeutic potential of some of the medicinal importance
of species widely used by people in the region have been scientifically validated and therefore are promising
prototypes of new drugs. However, there are some of these species whose ethnomedicinal uses are yet to
be scientifically proven and therefore constitute an unexplored terrain for future phytochemical and
pharmacological studies.

Keywords: Medicinal plants, Ethnobotany, Ethnopharmacology, Biodiversity.


18
19

1. INTRODUÇÃO

1.1. Plantas medicinais

O uso terapêutico de plantas medicinais foi registrado desde a antiguidade pelas civilizações da
China, Índia, Egito e Grécia, por meio de observações. Para contextualizar o cenário atual dos recursos
vegetais é importante citar a potencialidade mundial sendo referida nos mais diversos aspectos de
utilização e tradicionalidade de uso das plantas medicinais manifestada por diferentes populações,
conforme referido por importantes autores dentre eles Ford (1986), Bird (1991), Guarin Neto (2006),
contextualizando o conhecimento da flora medicinal.
A biodiversidade e o potencial econômico da flora brasileira, vem sendo descritos desde 1886, em
inventários e expedições, registrando as riquezas de plantas produtoras de frutos alimentares, resinas,
óleos, gomas, aromas, e, principalmente, o potencial medicinal, contemplando muitas espécies utilizadas
e inclusive registrada como medicamento fitoterápico (JACOBSON et al., 2005), porém é necessário
ampla investigação farmacológica, química e agronômica para que a rede sustentável da biodiversidade
vegetal da flora medicinal possa ser ampliada.
A ampla investigação para uso de plantas medicinais, implica na necessidade de tê-las sempre à
disposição, o que pode ser feito por meio de cultivo, de coleta na natureza ou de compra. Para a maioria
das espécies tradicionalmente utilizadas, principalmente de origem europeia, as informações necessárias
ao seu cultivo estão disponíveis. No entanto, para as espécies de regiões tropicais, estas informações são
incompletas, por vezes contraditórias ou simplesmente inexistentes. O interesse de pesquisas em plantas
como fonte de componentes ativos tem tido um notável aumento nos últimos 20 anos. Um dos fatores
mais relevantes para tal crescimento se resume na grande quantidade de pesquisas científicas, na busca da
segurança e eficácia para o uso das plantas medicinais, principalmente as utilizadas pela população com
finalidade terapêutica, através dos estudos químicos e farmacológicos (CECHINEL-FILHO, YUNES,
1998).
Outro fator preponderante para aumento do uso e pesquisa diz respeito ao mercado global de
medicamentos (sintéticos e naturais) alcançou a cifra de U$ 800 bilhões. Este valor, é claro, variou de
acordo com as condições econômicas e sociais de cada região do mundo, enquanto o mercado para os
fitoterápicos atingiu o patamar de U$ 26 bilhões, com uma desigualdade regional semelhante.

Um grande número de estruturas complexas, cujos arranjos espaciais determinam o ambiente para
múltiplas interações intermoleculares, fundamentais para inúmeras aplicações industriais e
farmacológicas, destacando-se as atividades sobre o sistema imune, sendo classificados como
20

modificadores da resposta biológica. No entanto, os mecanismos envolvidos nessas atividades ainda são
pouco compreendidos (INNGJERDINGEN et al., 2005).

O conhecimento sobre plantas medicinais vem se perpetuando na história e são confirmados por
vários estudos arqueológicos, antropológicos, documentários, expedições, escritos e manuscritos gravados
no tempo que marcam antes da existência da Terra sem o homem, seguindo no tempo da pré-história, idades
antiga, média, moderna e idade contemporânea (QUEIROZ, 1986).
A abordagem das plantas medicinais, a partir da adoção por sociedades autóctones de tradição
oral, pode ser útil na elaboração de estudos farmacológicos, fitoquímicos e agronômicos sobre estas plantas,
evitando perdas econômicas e de tempo. É possível planejar a pesquisa a partir do conhecimento tradicional
consagrado pelo uso contínuo, que deverá então ser testado em bases científicas (AMOROZO, 1996). Daí
o interesse da indústria farmacêutica e de pesquisadores em se concentrar na busca de novos compostos
extraídos das plantas, conscientes da importância das informações obtidas das práticas tradicionais
(RODRIGUES, 2011).
Ao final da década de 1970, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional que recomendou
aos estados membros o desenvolvimento de políticas públicas para facilitar a integração da medicina
tradicional e da medicina complementar alternativa nos sistemas nacionais de atenção à saúde, assim como
promover o uso racional dessa integração (OMS, 2000). Neste sentido, desde a Declaração de Alma-Ata de
1978, realizada no Cazaquistão (antiga URSS), a OMS, em sua 40ª Assembléia Mundial de Saúde (1987),
reitera sua posição a respeito da necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito
sanitário, tendo em conta que 80% da população mundial utiliza estas plantas ou preparações destas para
cuidados primários de saúde. Ao lado disso, destaca-se a participação dos países em desenvolvimento nesse
processo, já que possuem 67% das espécies vegetais do mundo (OMS, 2013).
No Brasil, embora anterior à discussão atual e ao crescente interesse pelos produtos fitoterápicos,
a ação da Central de Medicamentos, por intermédio do Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais possui
importância histórica no esforço governamental em pesquisa e desenvolvimento voltado à obtenção e
geração de fitomedicamento para consumo da população (BRASIL, 1981).
Em sua estratégia global sobre medicina tradicional, complementar e alternativa para o período
de 2002-2005, a OMS reforçou o compromisso em estimular o desenvolvimento de políticas públicas com
o objetivo de ser inserido o fitoterápico no sistema oficial de saúde dos 191 estados membros (BRASIL,
1981).
Após desativação da CEME em 1997, renasce oficialmente em 2006 duas grandes Políticas
Nacionais: a de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (PNPICS) sob a
Portaria nº. 971/07 e a de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS (PNPMF), validada pelo Decreto
Presidencial nº. 5.813/07 e aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos criando o
21

Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com a portaria Interministerial nº 2.960, de 9 de


dezembro de 2008, das responsabilidades oficiais do Ministério da Saúde (BRASIL, 2006; BRASIL, 2008).
Para melhor institucialização do PNPMF o Governo Federal, oficializou no pais a institucionalizou a
implantação da Farmácia viva (Port. nº 886/2010), conforme BRASIL (2010).
Para fortalecer as políticas acima descritas e no intuito de unir ciência e tradição, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), regulamentou com a aprovação da Resolução de Diretoria
Colegiada (RDC) nº 10, publicada em 10/03/2010, a popularização desse conhecimento, visando contribuir
para a construção do marco regulatório para produção, distribuição e uso de plantas medicinais,
particularmente sob a forma de drogas vegetais, a partir da experiência da sociedade civil nas suas diferentes
formas de organização, de modo a garantir e promover a segurança, a eficácia e a qualidade no acesso as
plantas medicinais que totalizaram 66 espécies (ANVISA, 2010). Considerando a ada para a RDC 26/2013,
bem como as Farmácia Viva ganhou a regulamentação com a RDC 18/2013 (BRASIL, 2013).
Para melhor desenvolvimento e necessidade de ampliação da oferta(s) de fitoterápicos e de
plantas medicinais que atendam às demandas e às necessidades locais, respeitando a legislação pertinente
às necessidades do SUS é que o Ministério da Saúde institui oficialmente no SUS a Farmácia Viva, que
existe na história do Brasil desde 1.888, sob tradição hereditária do Prof. Dr. Francisco de Abreu Matos (in
memória) e agora sob gestão estadual, municipal ou do Distrito Federal (Portaria nº 886 de 20 de abril de
2010), que no contexto da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, deverá realizar todas as etapas,
desde o cultivo, a coleta, o processamento, o armazenamento de plantas medicinais, a manipulação e a
dispensação de preparações magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos (BRASIL, 2010).
A PNPICS objetiva incorporar e implementar no SUS, com ênfase na atenção básica, sistemas
médicos complexos e recursos terapêuticos, denominados pela OMS de medicina tradicional e
complementar/alternativas (WHO, 2002), envolvendo: Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura,
Homeopatia, Termalismo Social e Crenoterapia, Medicina Antroposófica e Plantas Medicinais e Fitoterapia
(Brasil, 2006). Com isso A PNPMF objetiva garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional
de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento
da cadeia produtiva e da indústria nacional (BRASIL, 2006).
As políticas públicas vigentes no Brasil recomendam a implantação e disponibilidade das
plantas medicinais e fitoterápicos com eficácia, segurança e práticas de conservação da biodiversidade
medicinal na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2009).

Essas políticas têm fomentado no país as pesquisas para validação do conhecimento tradicional
e desenvolvimento de novos fitoterápicos. Porém a geração do conhecimento para identificação dos
princípios ativos das matérias primas de plantas medicinais obtidas de vários biomas e seus respectivos
22

ecossistemas, tem levantado as dificuldades relacionadas ao controle de qualidade dessas opções


terapêuticas (BRASIL, 2009).
Um dos fatores que contribui com esta questão no País é a geração de conhecimento sobre os
princípios ativos da matéria prima nos vários biomas e seus respectivos ecossistemas, principalmente
devido à grande extensão territorial e plantas obtidas de várias localidades, levando as dificuldades
relacionadas ao controle de qualidade dessas opções terapêuticas (BRASIL, 2009).

A triagem fitoquímica é um procedimento importante para bioprospecção das espécies vegetais


de interesse farmacológico e/ou toxicológico. A composição química de um extrato pode ser conhecida
através de testes químicos qualitativos rápidos e de baixo custo, sugerindo as possíveis classes de
metabólitos secundários de interesse (MATTOS, 1997).

Assim, no Brasil, esforços também são feitos no sentido de se conhecer e divulgar riquezas
na flora medicinal, considerando as suas diferentes regiões geográficas e as populações que as habitam,
observado com resultados obtidos e veiculados por Corrêa (1926-1978), Cavalcante, Frikel (1973),
Rizzini, Mors (1976), Braga (1976), Siqueira (1988), Berg (1993), Martins et al. (1994), Ming (1995),
Agra (1996), Guarin Neto (2006), entre inúmeros outros que se dedicam ao estudo das plantas medicinais.

1.2 Etnobotânica, etnofarmacologia e etnofarmacopeia

O termo etnobotânica foi inicialmente empregado por Harshberger, em 1895, para designar a
ciência que estuda a utilização das plantas por populações tradicionais (JONES, 1941). Posteriormente,
passou a tratar não só o uso, mas a relação pessoas-plantas. Assim, o conceito de etnobotânica tem
evoluído nos últimos anos e, atualmente, considera outros aspectos como as diversas técnicas de manejo
empregadas na conservação das espécies vegetais, os componentes ecológicos, o valor e a importância
dos recursos naturais para as comunidades, passando a investigar as relações entre as diversas culturas
humanas e a flora no seu entorno (PRANCE, 1987).
De acordo com Ford (1986), a etnobotânica é o estudo das inter-relações diretas entre os seres
humanos e as plantas. É a forma de entendimento da cultura popular a respeito das plantas e suas formas
de utilização. Estudos etnobotânicos têm sido desenvolvidos com o objetivo de registrar o saber botânico
tradicional particularmente relacionado ao uso dos recursos da flora (GUARIM NETO et al. 2000). O
desenvolvimento da etnobotânica teve um impacto sobre a produção científica brasileira e refletiu em um
notório incremento de trabalhos nesta área do conhecimento, porém ainda com predominância de estudos
relacionados a plantas medicinais e/ou abordagens descritivas (OLIVEIRA et al., 2009).
23

É um campo interdisciplinar que compreende estudos e interpretações dos conhecimentos como


significado cultural, manejo e uso tradicional da flora, tem ligações com este universo espiritual através
de rezas e poções que envolvem plantas e pessoas. Seu principal objeto é o estudo das sabedorias botânicas
tradicionais, compreendendo o estudo das interpretações e conhecimento, o significado cultural, manejo
e uso tradicional dos elementos da flora (BARRERA, 1983).

A etnofarmacologia, por sua vez, estuda o uso de recursos naturais (animais, plantas e
minerais) e outros métodos tradicionais de manutenção e recuperação da saúde. Por várias décadas a
medicina tradicional foi vista, por diversos tipos de populações de diferentes classes sociais, com muito
preconceito e descrença, no qual se acredita que com o surgimento da medicina moderna, esta seria
esquecida, e que contribuiria para uma menor valorização da etnofarmacologia (BUCHILLET, 1991).

O método etnofarmacológico permite a formulação de hipóteses quanto à(s) atividade(s)


farmacológica(s) e à(s) substância(s) ativa(s) responsável (is) pelas ações terapêuticas relatadas
(ELISABETSKY, SETZER, 1985; ELISABETSKY, 1987; NUNES, 1996).

Os estudos etnofarmacológicos é a combinação das informações adquiridas pela população


de fonte oriunda de sua farmacopéia popular (comunidades e especialistas tradicionais), com os estudos
químicos e farmacológicos, importante estratégia na investigação e registro de plantas medicinais
(CARVALHO et al., 2013).

Contudo, verificou-se que Mcclatchey (1996) definiu etnofarmacopeia como sendo um


compêndio de documentações populares e/ou dos conhecimentos tradicionais associados, contendo as
informações botânicas, fitoquímicas e farmacológicas. O aspecto místico que permeia a fitoterapia
tradicional descrita por McClatchey (1996) foi documentada na etnia Rotuma, uma comunidade das ilhas
no oceano Pacífico próximas à longitude 180°. A fitoterapia tradicional dos Kayapó são trabalhos que
também se alinham com a descrição de etnofarmacopeia (BARBOSA, 2003; BARBOSA, 2009).

A utilização de espécies vegetais com atividades medicinais vem ganhando cada vez mais
espaço e assim servindo para a promoção e recuperação da saúde como uma prática generalizada, que foi
sedimentando-se ao longo do tempo, sendo o resultado do acúmulo secular de conhecimentos empíricos
sobre a ação dos vegetais, por diversos grupos étnicos.

O uso desses recursos é estimulado, muitas vezes, de maneira pouco criteriosa, principalmente
na região da Amazônia Legal. Por isso, faz-se necessário a realização de pesquisas técnico-científica para
ancorar a importância do conhecimento tradicional e ou empíricos acumulados no passado (tradição
cultural) e os científicos desenvolvidos, que ao longo do tempo, mostrou que as plantas medicinais e os
24

medicamentos fitoterápicos também podem causar efeitos adversos, toxicidade e apresentar


contraindicações de uso.

A utilização de um produto com finalidade medicamentosa deve superar seu risco potencial,
o mesmo deve ser aplicado aos produtos da medicina tradicional/popular (SIMÕES, 1998). As plantas
edicinais e os fitoterápicos são de grande importância para as políticas públicas de saúde, particularmente
em países cujas populações têm restrito acesso a medicamentos produzidos pela indústria farmacêutica e
onde um grande contingente utiliza plantas tidas como medicinais para prevenção e/ou tratamento de suas
enfermidades. Por outro lado, o Brasil apresenta grande dependência externa na obtenção de medicamentos,
sendo um dos poucos campos em que sua balança comercial é negativa.

O termo etnofarmacopeia foi escolhido para valorizar o conhecimento tradicional associado


da população do Vale do Juruena, com a descrição das treze espécies medicinais nativas de maior
importância na população, contendo as descrições botânicas, de uso local, parte da planta, forma de preparo,
tempo de uso e um amplo aspecto dos estudos realizados em outras pesquisas para demostrar os aspectos
fitoquimicos e farmacológicos das mesmas.

1.3. Biodiversidade da Amazônia Legal

O Brasil detém a maior biodiversidade do mundo, considerado o país megadiverso, com 15 a


20% das espécies do planeta, com a maior riqueza de espécies da flora vegetal, além dos maiores
remanescentes de ecossistemas tropicais (MYERS et al., 2000).

A lista da flora do Brasil demostra isso a cada dia, publicada em 2010 com 40.989 espécies
relacionadas (Forzza et al., 2010), lançou a primeira versão on-line e em agosto de 2015 esse número
chega a 46.097 espécies da flora brasileira (LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA DO BRASIL, 2015). Esse
patrimônio natural de recursos fitogenéticos é um dos principais ativos brasileiros e, seguramente, pode
desempenhar papel estratégico na consolidação do desenvolvimento nacional e elevação da qualidade de
vida da população brasileira.

Por ser detentor de uma rica diversidade étnico-cultural, formada por índios e não índios
(africanos, europeus e asiáticos), o Brasil apresenta vantagens importantes no processo de
desenvolvimento de programas e projetos de pesquisa de plantas medicinais e substâncias extraídas de
plantas úteis para a humanidade (MITTERMEIER et al., 1992).
Entre as suas regiões, a Amazônia é uma questão global e o desafio de promover o seu
desenvolvimento é uma questão de Estado, a ser debatida pelo governo e por toda a sociedade do País. À
25

Ciência, Tecnologia e Inovação cabem contribuições cruciais no enfrentamento desse desafio (FREITAS,
2004; ABC, 2008).

Amazônia Legal é um termo político, ela foi criada por força de lei na época militar (1966) e
refere-se a uma região delimitada para execução de políticas públicas e planos de investimentos
econômicos. Ela abrange os estados da região norte (IBGE), parte oeste do Maranhão, na região nordeste
e a maior parte do Mato Grosso, na região Centro-Oeste.

Com a criação da Superintendência de Valorização Econômica da Amazônia, ficou estabelecido


como componentes da Amazônia Brasileira, os Estados do Pará e do Amazonas, os Territórios Federais
do Acre, Amapá, Guaporé e Rio Branco (atuais estados do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima,
respectivamente), e ainda, parte do Estado do Mato Grosso (norte do paralelo 16º, de latitude Sul), do
Estado de Goiás (norte do paralelo 13º, de latitude Sul, atualmente Estado do Tocantins) e do Maranhão
(oeste do meridiano de 44º) (ADA, 2005).

Por meio desse dispositivo legal, a Amazônia brasileira passou a ser chamada de Amazônia
Legal, em função da necessidade do governo de planejar e promover o desenvolvimento da região
(MEIRELLES FILHO, 2004).
A Amazônia Legal possui área de 5.217.423 km2, o que representa 60% do território nacional,
dos quais cerca de 80% ocupados pela Floresta Amazônica (SANTOS et al., 2009), com uma população
de 25 milhões de habitantes e é constituída pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato
Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins (INSTITUTO SOCIOECONÔMICO, 2009).

Figura 1. Localização geográfica da Amazônia Legal.


26

Na Amazônia Legal existem aproximadamente 30 mil espécies de plantas, além de possuir


grande variedade de primatas, jacarés, aves, roedores, sapos, peixes de água doce, lagartos e insetos (MATO
GROSSO, 2012).

Freitas (2004) cita que a região compreende mais de 60% da Amazônia Pan Americana; 40%
do Continente Sul-Americano; 5% da superfície terrestre; 20% da disponibilidade mundial de água doce;
50% do potencial hidrelétrico do Brasil; 12 milhões de hectares de várzea e 25.000 km de rios navegáveis.
Do total da população indígena brasileira, 60% vivem na região da Amazônia Legal (SOUZA, 2008).

O modelo de desenvolvimento buscado para a Amazônia Legal é desafiador, inovador e único


e nesta região ainda é possível a concepção de um modelo de produção e consumo sustentável dos recursos
naturais que permita não somente o desenvolvimento social e econômico da região, mas também a
conservação da natureza e da cultura dos povos índios e não índios que nela habitam. Deve responder às
exigências das sociedades brasileiras e internacionais quanto à mitigação dos problemas ambientais que
afetam a Terra (ABC, 2008).
27

A preservação da biodiversidade amazônica dependerá da utilização apropriada das áreas já


desmatadas, da recuperação das áreas que não deveriam ter sido destruídas, de maiores investimentos em
Ciência e Tecnologia e Inovação e de infraestrutura social. As instituições de pesquisa devem estabelecer
metas concretas para incorporar novos recursos da biodiversidade ao processo produtivo, conectadas com
o setor empresarial e de programas de crédito, assistência técnica, associações com países desenvolvidos
com garantias mútuas, obedecendo ao ciclo de vida dos produtos (HOMMA, 2008).

Por isso, o manejo adequado das florestas e dos produtos que nela existem deve apresentar
alternativas de mudanças do paradigma econômico e social do campo e perspectiva em relação à
conservação e manutenção da diversidade existente, de acordo com o saber ecológico local. “Entendese
como saber ecológico, as experiências cotidianas tradicionais ou não, de coleta e manejo das espécies
vegetais realizados pelas populações, adquiridas ao longo dos anos” (PEREIRA, 2004).

Atualmente, o estudo do manejo e tipos de uso dos recursos vegetais, em particular os


relacionados a plantas medicinais, merecem atenção especial por parte dos estudiosos que se preocupam
com o potencial e riqueza dos recursos vegetais. O conhecimento empírico sobre o tratamento de
diferentes males que perturbam o homem é geralmente evidenciado em conversas com pessoas idosas,
que por vários motivos carregam consigo informações preciosas. O resgate dessas informações faz-se
necessário, pois as mesmas servem de subsídios para o conhecimento do potencial da flora nacional
(GUARIM NETO, 1987).

O estado do Mato Grosso, um dos nove estados que compõe a Amazônia Legal, com sua rica

Biodiversidade, ocupa lugar de destaque no cenário Nacional e Internacional, por apresentar três dos
principais ecossistemas brasileiros, Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. Além disso, conta com
diversas comunidades tradicionais, distribuídas em todo o território, formadas principalmente por índios,
quilombolas e brancos de origem portuguesa, cujos conhecimentos sobre plantas medicinais foram
herdados de seus ancestrais, porém encontra-se em risco de extinção (MATO GROSSO, 2012).

1.4 O Vale do Juruena e seus municípios

O Vale do Juruena, pertence ao polo de Saúde de Juína, que está dividido em sete pequenos
municípios tudo dentro da Amazônia Legal, cobrindo uma área de 112,706.08 km2. Ele está localizado na
região noroeste do estado de Mato Grosso, é constituído por sete municípios (Juína, Brasnorte,
Castanheira, Juruena, Aripuanã, Cotriguaçu e Colniza), os quais são considerados como fronteiras
agrícolas de Mato Grosso, ou seja, eles têm a sua economia baseada na expansão agrícola. A economia de
28

toda a região é largamente baseada no setor rural, com a agricultura, a indústria da madeira, bem como
ouro e de mineração de diamantes como as principais fontes de rendimento (MATO GROSSO, 2013).
O município de Juína é considerado o município do Pólo do Vale do Juruena, Noroeste de Mato
Grosso, por ser o maior município da região e o mais centralizado dando fácil acesso aos demais municípios
membros. Isso ocorreu em grande parte graças à capacidade técnica de várias secretarias, como de saúde,
educação e meio ambiente às condições sociopolíticas peculiares do município (MATO GROSSO, 2012).
Localizado na região noroeste do estado de Mato Grosso e inserido na Amazônia Legal, o Vale do
Juruena abrange área total de 112.706.08 km2, sendo constituído por sete municípios: Juína, Brasnorte,
Castanheira, Juruena, Aripuanã, Cotriguaçu e Colniza. Por ser considerado área de fronteira agrícola, a
economia de toda a região é largamente baseada no setor rural com a agricultura, a indústria da madeira,
bem como ouro e mineração de diamantes (MATO GROSSO, 2013).
O Vale do Juruena tem como polo o município de Juína pois é o maior município da região e o
mais centralizado, o que facilita o acesso aos demais municípios membros. Isso ocorreu em grande parte
graças à capacidade técnica de várias secretarias, como de saúde, educação e meio ambiente às condições
sociopolíticas peculiares do município (MATO GROSSO, 2012).

1.4.1 Município de Juína

O município de Juína está localizado na porção noroeste do estado de Mato Grosso a 720 km
da capital Cuiabá, tendo sua sede situada nas coordenadas 11º22'42" sul 58º44'28" oeste, com altitude
aproximada de 440m. Possui extensão territorial de 26.190 km² dos quais 60% pertencem a reservas
indígenas e as áreas remanescentes foram fracionadas em lotes e vendidas à população de diversas partes
do País, principalmente dos estados do Sul do Brasil.

Figura 1. Área central do Munícipio de Juina

Fonte: Juína, 2015


O início da povoação do município se deu através da construção da rodovia AR-1, que liga a
cidade de Vilhena, no Estado de Rondônia, à de Aripuanã que na década de setenta era de dificílimo acesso,
29

sendo conhecida por “Terra Esquecida” (CHILETTO, 2006). Sua emancipação política aconteceu no dia 9
de maio de 1982, sendo eleito o seu primeiro prefeito, o professor Orlando Pereira (MATO GROSSO,
2012). A população atual é de aproximadamente 39.640 habitantes distribuídos na zona rural e urbana e
seu clima é tropical com duas estações climáticas bem definidas - período das chuvas e período da seca
(IBGE, 2014).
Juína pertence a uma região que foi imemoravelmente habitada por povos das nações Cinta
Larga, Rikbatsa e Ena-wenê-nawê, portanto abriga em seu território duas enormes áreas indígenas e ainda
a Estação Ecológica Iquê-Juruena. Este fato é de extrema relevância ambiental para a região, pois, tratando-
se de Comunidades Tradicionais a utilização dos recursos naturais, culturalmente, é mais voltada para a
sobrevivência do que à produção do capital, causando impactos menores ao meio ambiente e neste caso,
preservando a exuberante beleza do ecossistema Amazônico e de suas florestas.
A economia do município tem sofrido algumas transformações, mas ainda assim, prevalecem
as atividades de exploração industrial extrativista e agropecuária. Prioritariamente, a economia se baseou
no extrativismo vegetal - extração de madeiras nobres da região; extrativismo mineral com exploração de
diamantes e agricultura de subsistência. A pecuária também tem grande importância no desenvolvimento
econômico de Juína e região, com numeroso rebanho bovino (MATO GROSSO, 2012). Além da produção
de arroz, feijão e milho o município produz cerca de 20 hectares de amendoim ano e 30 toneladas de
castanha-do-brasil ano (IBGE, 2013). Segundo o censo do IBGE, no ano de 2012 o seu Produto Interno
Bruto era de R$ 644.334.000 totalizando R$16.336,25 per capita.
Dentre os municípios que compõe o Vale do Juruena, Juína foi o que mais apresentou gastos
com a saúde. Segundo dados do DATASUS/SIOPS (2009), no ano de 2006 o município gastou com a saúde
R$ 10.628.800 tendo 38.361 habitantes na época, totalizando R$ 277,07 de gastos per capita. A razão por
apresentar mais gastos talvez se justifique por possuir demanda maior de serviços do que os outros
municípios do Vale do Juruena, no entanto tratando-se do total de gastos dividido pelo número de
habitantes, o município não apresenta valores simbólicos. Contudo, sob análise total dos gastos presume-
se que o município foi o que melhor cumpriu Emenda Constitucional n.° 29, a qual determina percentuais
que devem ser investidos por ano no setor Saúde, demonstrando assim o compromisso dos gestores com
seu cumprimento. Em sua estrutura totaliza 24 estabelecimentos de saúde SUS e 6 estabelecimentos
privados, sendo 23 de atendimento ambulatorial, 75 leitos de saúde pública e 30 privados, totalizando 105
(IBGE, 2009). O número de leitos necessários é de 3 a 4/ 1000 habitantes, o de Juína totaliza 2,64/ 1000
habitantes. O total de recursos humanos do SUS no município no ano de 2006 foi de 554, e a distribuição
de recursos gastos na assistência hospitalar totalizou R$ 1.888.700 sendo R$ 49,2 por habitante
DATASUS/SIOPS (2009).
30

1.4.2 Município de Brasnorte

Brasnorte localiza-se nas coordenadas 12º09'18" sul e 57º58'44" oeste, a 580 km da capital Cuiabá
e a uma altitude de 317 m. Com extensão territorial de 15.959,137 km2 (Figura 2), o município se situa em
uma localização geográfica privilegiada, próxima ao entroncamento de importantes vias de escoamento de
produção, como a BR 364, rodovia que da acesso aos principais portos do país, a BR 242, estrada que liga
a região leste ao oeste do estado, a MT 170, que liga o município de Juína ao norte do estado, e a MT 220
que liga Juara à região leste do estado, além de ser rota da instalação da Ferrovia Trans Continental, ligando
o Oceano Atlântico ao Pacífico, rota de futuras exportações (MATO GROSSO, 2012).
O município foi criado em cinco de setembro de 1986, pela Lei Estadual nº 5.047, e seu nome faz
jus a empresa que o colonizou. Segundo ultimo censo realizado pelo IBGE no ano de 2014, a população
do município era de 17.361 habitantes. Possui dois tipos de clima: equatorial (quente úmido ao norte), e
tropical (com estação seca ao sul).
Neste município localizam-se três Terras Indígenas: Erikbaktsa, Menku e Irantxê. A Terra Indígena
Erikbaktsa situa-se mais precisamente a montante da confluência do rio do Sangue com o Rio Juruena
delimitada pelo curso destes dois rios, com extensão territorial de 79.934,80 ha. A Terra Indígena Menku,
se localiza à margem direita do Rio Papagaio com extensão territorial de 47.094,86 hectares e a Terra
Indígena Irantxê, na margem esquerda do rio Cravari, delimitada a oeste pela rodovia MT-170, sendo que
sua área territorial era de 45.555,95 hectares e no ano de 2002 teve uma ampliação de 206.455 hectares
(IBGE, 2013).
Figura 2. Área central do município de Brasnorte

Fonte: Brasnorte, 2015.


31

A economia municipal tem sua base no agronegócio, que é sustentado pelas lavouras de soja, milho
e arroz, feijão, girassol, algodão, milho e sorgo e amendoim, além da pecuária. O comércio é diversificado,
e as pessoas geralmente não têm de recorrer a centros maiores a fim de adquirir produtos de maior
industrialização. Também se destaca a produção de cerca de 960 kg de mel de abelha, proveniente da
agricultura familiar da região. O PIB municipal no ano de 2012 foi de R$ 548.605.000 tendo R$ 33.877,05
per capita. (IBGE, 2012).
Dentre os municípios citados, Brasnorte foi o que mais teve gastos totais com saúde per capita no
ano de 2006, gastando R$ 304,59 de um total R$ 4.046.420 tendo 13.285 habitantes neste ano
(DATASUS/SIOPS, 2009). Estruturalmente possui 14 estabelecimentos de saúde SUS, 2 privados sendo
12 com atendimento ambulatorial (IBGE, 2009). O número de leitos/1000 habitantes é de aproximadamente
2, sendo 35 leitos públicos. O total de recursos humanos no ano de 2006 era de 554, e a distribuição de
recursos gastos na assistência hospitalar totalizou R$203.300 sendo R$ 15,3 por habitante
DATASUS/SIOPS (2009).

1.4.3 Município de Castanheira

Situa-se na porção noroeste do estado de Mato Grosso nas coordenadas 11º07'57" sul e
58º36'09" oeste, e está localizado a 790 km da Capital de Mato Grosso. Em altitude aproximada de 400 m,
seu território abrange área total de 3 948,861 km², sendo 63,47% destinados à agricultura familiar.
O nome do município de "Castanheira" foi sugerido pelo Dr. Hilton Campos, engenheiro
civil responsável pelo Projeto Juína. A denominação do município teve origem no nome comum e popular
do castanheiro ou castanha-do-pará, árvore de grande porte desta porção territorial amazônica e classificada
como Bertholletia excelsa, da família das Lecitidáceas. É a mais alta das árvores da região e seu fruto, é
bastante apreciado (Figura 3). Pode-se dizer que a castanheira é a rainha das árvores da Amazônia, nativa
e típica da região. Apesar de ser madeira protegida por lei está em franco processo de extinção. Esse nome
foi dado porque haviam muitas arvores de castanheira no local onde está situada a cidade e também em
toda a região. Conforme foram sendo colonizadas foram se desmatando as arvores ficando um enorme pé
de castanheira na entrada da cidade (IBGE, 2013).
Figura 3. Entrada do município de Castaneira (a) e vista aérea da cidade (b).
32

Fonte: Castanheira, 2014


O núcleo Castanheira era rota de passagem para Juína, Aripuanã, Juruena e Cotriguaçu.
Mais tarde foi cortada pela rodovia AR-1, implantada pela Codemat, sendo esta a principal artéria regional.
Esta via foi aberta sob o comando do engenheiro Hilton Campos. O município de Castanheira foi criado
em 04 de julho de 1988, pela Lei Estadual nº 5.320. A sua população é de aproximadamente 8.231
habitantes, segundo censo do ano de 2010 realizado pelo IBGE, e seu clima é tropical com duas estações
bem definidas no ano.
Sua economia é voltada basicamente a pecuária de corte e leiteira, e à agricultura familiar
onde, além da produção de arroz, feijão e milho o município também, extrai a castanha-do-pará que esta
classificada dentro de produtos alimentícios como um produto da extração vegetal, tendo produção de 10
toneladas/ano (IBGE, 2013). Em 2012 o PIB do município era de R$125.164.000 e per capita de
R$15.083,61 (IBGE 2012).
O município de Castanheira foi o que menos apresentou gastos com a saúde no ano de 2006
dentre os citados, totalizando R$ 1.701.010 e R$ 228,37 contando com 7.802 habitantes (DATASUS/SIOPS
2009). O sistema de saúde do município oferece o atendimento básico com 5 estabelecimentos de saúde
SUS, sendo 3 de atendimento ambulatorial com plantão médico presencial (IBGE, 2009). Em casos de alta
complexidade, conta com serviços conveniados através de um Consórcio Intermunicipal de Saúde. Possui
25 leitos públicos o que significa mais de 3 leitos /1000 habitantes. O úmero de recursos humanos
apresentado no ano de 2006 foi de 117, e a distribuição de recursos gastos na assistência hospitalar totalizou
R$ 9.100 sendo R$1,20 por habitante DATASUS/SIOPS (2009).

1.4.4 Município de Cotriguaçu

O município de Cotriguaçu localiza-se a uma latitude de 09º57'27" ao sul e longitude de


58º24'49" à oeste, estando a uma altitude de aproximadamente de 200 m (IBGE, 2013). Com 624 km de
distância da capital matogrossense, abrange território equivalente a 9.124Km².
33

Seu território sempre foi habitado por povos indígenas, incluindo os rikbáktsa que habitaram
a região e atualmente estão confinados em reservas indígenas destinadas ao seu povo. Com suas formosas
particularidades hidrográficas, o Rio Juruena permitiu que o município de Cotriguaçu fosse movimentado
por viajantes e aventureiros desde o século XVIII (IBGE, 2013). O processo de ocupação do local ocorreu
principalmente por famílias paranaenses em virtude de suas terras agricultáveis, o que influenciou na atual
configuração de suas atividades econômicas. O nome do município se deu em homenagem a Cooperativa
que iniciou seu processo de colonização no ano de 1984, a partir desse ano com o crescimento local e a
necessidade de infraestrutura iniciaram-se movimentos em prol da emancipação, a qual ocorreu no ano de
1991 e se instalou em 1993 pela Lei nº: 5.912.
Atualmente Cotriguaçu possui população aproximada de 17.209 habitantes (IBGE, 2014),
contando com uma grande população de assentados que totalizam quase 2.000 famílias. Seu clima é
Equatorial quente e úmido, tendo seca nos meses de junho e julho.

Figura 4. Vista aérea do município de Cotriguaçu

Fonte: Cotriguaçu, 2013


Cotriguaçu tem como principais atividades de base econômica, a indústria madeireira,
responsável pela geração de boa parte dos empregos locais, e a agropecuária, que muito influencia na
economia local. Seu PIB registrado no ano de 2012 pelo IBGE é de R$ 217.225.000 e per capita R$
13.651,68. Contudo, o município possui uma grande parcela da população em situação de extrema pobreza
combinada a falta de investimentos na saúde e na educação.

O município apresenta carência em sua infraestrutura, principalmente na área da saúde. Devido


a sua grande área territorial junto à falta de investimentos, o acesso aos serviços de saúde acaba sendo
restritos e as equipes de saúde insuficientes a uma parcela da população. Há escassez de profissionais de
saúde dispostos a trabalhar na região, devido às distâncias dos principais centros de população (MATO
GROSSO, 2013). No que se refere aos gastos com a saúde, registou em 2006 R$ 2.739.280 totalizando R$
34

213,64 per capita contando com população de 12.822 habitantes (DATASUS/SIOPS 2009). Segundo dados
do IBGE, até o ano de 2009 possuía 8 estabelecimentos de saúde SUS e 2 privados sendo 7 de atendimento
ambulatorial. Com relação aos leitos, totalizam 22 sendo 2 leitos/ 1000 habitantes, todos públicos. O
número de recursos humanos do SUS no município no ano de 2006 foi de 190, e a distribuição de recursos
gastos na assistência hospitalar totalizou R$ 199.500,00, sendo R$ 15,60 por habitante DATASUS/SIOPS
(2009).

1.4.5 Município de Juruena

Juruena está localizado na região noroeste de Mato Grosso nas coordenadas 10°19'04" sul e
58°21'32" oeste. Com uma distância de 827 km da capital do estado, possui área de 3.190,476 km² e se
encontra a 300 m de altitude.

Não diferente do histórico de grande parte dos municípios do norte do estado, Juruena foi
fundada a partir de um projeto de colonização da empresa “Juruena Empreendimentos de Colonização
LTDA”. Em 1978 foi fundada a Vila Juruena onde se iniciou o projeto de colonização. Em 1982 foi
elevada a categoria de Distrito do município de Aripuanã. A criação do município junto a primeira eleição
ocorreu em 1988, através da Lei n° 5.313. A população, de acordo com o Censo de 2010, é de 11.201
habitantes, sendo que 70 % migrou do Sul do Brasil (MATO GROSSO, 2013). O clima do município é
tropical quente-úmido com período chuvoso de outubro a abril e período seco de maio a setembro.

A economia do município se baseia no extrativismo vegetal, agricultura, comércio e serviços,


com foco para a indústria madeireira. Na agricultura destacam-se as culturas de arroz milho, café e
mandioca. O município disponibiliza feira semanal para agricultores familiares exporem seus produtos.
O PIB total do município no ano de 2012 foi de R$148.664.000 sendo R$12.260,94 per capita.

Seus gastos com saúde totalizaram R$ 1.921.040 e R$ 235,39 per capita, no ano de 2006 quando
a população era de 8.161 habitantes. O município dispõe de 6 estabelecimentos de saúde SUS, sendo 4 de
atendimento ambulatorial, 19 leitos públicos que totalizam aproximadamente 2/1000 leitos por habitantes
(IBGE, 2009). O número de recursos humanos do SUS no município no ano de 2006 foi de 11, a
distribuição de recursos gastos na assistência hospitalar totalizou R$ 110.600,00 sendo R$ 13,50 por
habitante DATASUS/SIOPS (2009).
35

Figura 5. Vista aérea do município de Juruena

Fonte: Juruena, 2013

1.4.6 Município de Colniza

O município de Colniza está localizado na região noroeste de Mato Grosso a 1.065 km de distância
da capital do estado, e é representada nas coordenadas 09° 24’ 39” S e 59° 01’ 22” O (Figura 6). Com
extensão territorial de 27.947,646 km² o município se encontra a 97 m de altitude.

Figura 6. Vista aérea do município de Colniza

Fonte: Colniza, 2014


36

Antes de ter moradores, o município já era projetado, em parceria com o Governo federal a
colonizadora local montou campanhas para incentivar sem terras do Sul a habitarem o lugar, muitos
vieram e com dificuldades acabaram indo embora. Em 1994 um novo fluxo migratório vindo de Rondônia
se fixou no local. Em 1998 a Lei estadual nº. 7.604 tornou emancipado o Município de Colniza. A
população, de acordo com o Censo de 2010, é de 25.827 habitantes resultando, contendo dois importantes
distritos o Guariba – distante 150 km da sede do município – e Três fronteiras - distante 315 km da sede
do município (MATO GROSSO, 2013).

A economia de Colniza é baseada na agricultura, extração vegetal – com foco na exploração de


madeira -, comércio, indústria, e até no turismo. Até o ano de 2013 (IBGE), na agricultura tinha-se
registrado 4.500 famílias de agricultores familiares com área de até 100 há, 500 famílias com área de até
2000 há, e 182 famílias com área acima de 2000 há. Destacando-se a produção de café, cacau, castanha-
do-brasil, côco e citrus. Segundo registros, o PIB do município no ano de 2012 era de R$ 406.384.000
tendo R$ 14.105,65 de PIB per capita.

As principais causas de mortalidade no município são as doenças do aparelho circulatório seguidas


por doenças respiratórias (Mato Grosso, 2013). Os gastos com a saúde no ano de 2006 foram de R$
3.416.210, tendo R$ 143,29 per capita em uma população total de 23.841 habitantes (DATASUS/SIOPS
2009). Possui um total de 11 estabelecimentos de saúde sendo 3 privados e 8 do SUS com atendimento
ambulatorial (IBGE 2009). O número de leitos é de 25 públicos e 4 privados sendo apenas 1 leito/ 1000
habitantes. O número de recursos humanos do SUS no município no ano de 2006 foi de 10, e a distribuição
de recursos gastos na assistência hospitalar totalizou R$ 240.200,00 sendo R$ 10,10 por habitante
(DATASUS/SIOPS 2009).

1.4.7 Município de Aripuanã

Aripuanã, localizada nas coordenadas 10º10'00" sul e 59º27'34" oeste, se encontra a 1.291 km
da capital Cuiabá. Quando criado, o município possuía extensa área territorial pois abrangia área dos atuais
municípios de Alta Floresta, Apiacás, Nova Bandeirante, Anheira, Cotriguaçu, Juína, Juruena, Nova Monte
Verde, Paranaíta, Rondolândia e Colniza, totalizando 145.510 km² (MATO GROSSO, 2012). Atualmente
possui área total de 24.603,13 km2, estando a uma altitude de 240 metros.
A origem de seu nome é indígena pois a região sempre foi ocupada por povos indígenas tais
quais: Mundurukú, Apiaká, Kayabí, Nambikwára, Tupi-Mondé e Arára (MATO GROSSO, 2012). Tornou-
se Distrito no ano de 1932 com o nome de Distrito de Paz de Aripuanã, já década de 40 foi alvo de
desbravamento no Projeto Rondon, e sua emancipação veio a ocorrer no ano de 1943. Atualmente Aripuanã
37

conta com aproximadamente 20.293 habitantes segundo censo de 2014 realizado pelo IBGE tendo clima
equatorial quente e úmido.

Figura 7. Vista aérea de Aripuanã

Fonte: Aripuanã, 2013.


Atualmente, o município é considerado um bom lugar para se morar com ótimo registro de
desenvolvimento econômico e boa infraestrutura, trazendo poucas características passadas. Sua base
econômica está alicerçada na indústria extrativa, principalmente a madeireira, na agropecuária e no turismo
(em desenvolvimento) devido a belíssimas cachoeiras existentes, tendo também potencial para atividade
mineradora (MATO GROSSO, 2012). Seu PIB registrado no ano de 2012 foi de R$515.974.000 sendo R$
26.637,60 per capita.
Com relação à saúde, os gastos realizados no ano de 2006 foram de R$ 4.997.840,00 o que
totaliza R$ 272,66 per capita, onde a população era de 18.330 habitantes (DATASUS/SIOPS 2009).
Segundo censo do IBGE 2009, possui 13 estabelecimentos de saúde SUS e 4 privados, sendo 11 de
atendimento ambulatorial, 30 leitos públicos que totalizam pouco mais que 1 leito/ 1000 habitantes. O
número de recursos humanos do SUS no município no ano de 2006 foi de 149, e a distribuição de recursos
gastos na assistência hospitalar totalizou R$ 353.700,00 sendo R$ 19,30 por habitante DATASUS/SIOPS
(2009).

1.5. As plantas medicinais e as conexões dos saberes no Vale do Juruena

Os povos dos municípios do Vale do Juruena não são tão diferentes dos povos de outras
regiões do brasil em relação as suas manifestações referentes ao conhecimento das plantas medicinais ao
38

longo da história e do tempo. Tem-se percebido que a discussão sobre etnoconhecimento é fundamentada
essencialmente naquilo que provavelmente o ser humano tem de mais valoroso: um saber que é
experimentado na prática cotidiana dos afazeres e na pluralidade cultural das populações humanas que
habitam e se adaptam às diversidades vegetais e etnoculturais (BIESKI, GUARIN NETO, 2008).

Os povos tradicionais possuem uma vasta farmacopéia natural, proveniente das riquezas
etnoculturais, sendo na sua maioria de fonte vegetais tanto nativos como exóticos adaptados. O interesse
acadêmico a respeito do conhecimento e conservação vem sendo mudado para incorporar termos como
sustentabilidade (AMOROZO, 2002).
39

2. JUSTIFICATIVA

Para desenvolver novos fitoterápicos faz-se necessários cada vez mais estudos na busca de
identificar espécies vegetais com atividades medicinais, para então favorecer o desenvolvimento
sustentável da biodiversidade local (ABC, 2008).
Neste sentido, é imprescindível promover o resgate, o reconhecimento e a valorização das práticas
tradicionais e populares de uso de plantas medicinais e remédios caseiros, como elementos para a
promoção da saúde, conforme preconizam a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde
(BRASIL, 2008).
A comprovação científica das plantas usadas resultará em benefícios para a região onde foi obtida
a informação e também para outras por fornecer uma prática de baixo custo e que pode ser obtida na
propriedade. Graças à legislação brasileira atual, o produto gerado também deverá proporcionar renda
para quem forneceu os dados.
A Organização Mundial de Saúde criou o Programa de Medicina Tradicional (OMS, 2000) que
recomenda aos estados membros, o desenvolvimento de políticas públicas para facilitar a integração da
medicina tradicional e da medicina complementar alternativa nos sistemas nacionais de atenção à saúde,
assim como promover o uso racional desta integração.
Com o objetivo de atender os tratados e resoluções internacionais em que o Brasil é signatário, o
Governo Federal tem baixado Portarias e Decretos, criando as políticas e programas para normatizar,
estimular e fomentar ações nesta área estratégica e esquecida por longos anos no país, apesar de ser
detentor da maior biodiversidade do Planeta e contar com uma diversidade étnico-cultural exemplar.
O Brasil não é apenas rico em diversidade de recursos genéticos, mas também é rico em culturas
vindas de diversas partes do planeta. Ao fazer isso, manejam seu meio ambiente, conhecendo-o em
detalhes e no todo de suas conexões e inter-relações. O respeito ao meio ambiente e ao modus vivendi de
comunidades tradicionais, é essencial ao desenvolvimento sustentável e à manutenção da
sociobiodiversidade (POSEY, 1983).
O desenvolvimento dessa pesquisa vem contribuir com o uso sustentavvel da diversidade vegetal
e étnico-cultural da Amazônia legal por meio de estudo etnobotânico para aplicabilidade na Políticas de
Práticas Integrativas e Complementares no SUS e Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS assim como
o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
Assim os resultado gerados contribuira com as informações e orientações técnicas a fim de
propiciar a Prática da Medicina Tradicional (MT), com garantia de acesso a plantas medicinais e
40

fitoterápicos, com segurança, eficácia e qualidade, com ênfase na atenção básica, por meio de ações de
prevenção e tratamento de enfermidades.
A maior parte da flora ainda desconhecida químico/farmacologicamente, e o saber tradicional
associado existente, predominantemente, em países em desenvolvimento, sendo que a perda da
biodiversidade e o acelerado processo de mudança cultural acrescentam um senso de urgência no registro
desse saber (ELIZABETSKY, 2003).
Sendo assim esta pesquisa teve o firme propósito de oferecer elementos práticos para outros
investigadores nas áreas de botânica, agronomia, fitoquímica e farmacologia, favorecendo a descoberta
de novos medicamentos. Além de poder subsidiar o desenvolvimento sustentável de recursos naturais
proveniente das espécies vegetais utilizadas como medicinais.
Consultando a bibliografia especializada e documentos oficiais, constatou-se que há poucos
estudos sobre as plantas medicinais da região do Vale do Juruena, e os mesmos foram pontuais e
envolveram estudos etnobotânicos e ambientais.
Assim sendo, faz-se necessária a realização de estudos que ampliem o conhecimento etnobotânico
das plantas medicinais da Região do Vale do Juruena, de modo a registrar e subsidiar futuros estudos
fitoquímicos, farmacológicos e agronômicos, voltados ao desenvolvimento de novos fitoterápicos e/ou
fitofármacos.
Os sete municípios (Aripuanã, Brasnorte, Colniza, Castanheira, Cotriguaçu, Juruena e Juína),
possuindo uma riqueza e diversidade biológica, proporcionada pela transição entre os biomas da floresta
e o cerrado, presente muitas das espécies vegetais características dessa região com alto valor econômico,
tanto para a comercialização madeireira como para o aproveitamento de produtos florestais não
madeireiros, como a entrecasca do mulungu, castanha-do-brasil, óleo de copaíba, látex de borracha e
sangra-d’agua além dos frutos como açaí, babaçu, baque-pari, buriti, cajuaçu, melão-croa, jatobá,
jenipapo, gabiroba, ingá, marmelada, pitomba (BRASIL, 2011). Essa riqueza despertou na Indústria de
Cosmético Nacional, Natura, a parceria com a Coopavam para a produção de óleo de castanha, que
aumentou em 150% a produção da Cooperativa. Isto comprova a importância da conservação das florestas
com seus produtos florestais não-madeireiros e dos serviços ambientais proporcionando uma melhoria da
qualidade de vida das famílias, consequentemente uma sustentabilidade sócio-ambiental (NUNES,
VIVAN, 2011).
41

2.1. A trilha de pesquisadores na região do Vale do Juruena: Estado da arte

Os estudos envolvendo plantas medicinais na área do estudo são escassos. Consultando a


bibliografia especializada e documentos oficiais, constatou-se que há poucos estudos sobre as plantas da
região do Vale do Juruena, e os encontrados referem-se:

i) Plantas medicinais e ervas feiticeiras da Amazônia (PABLO CID, 1918).


ii) A flora do município de Aripuanã (Mato Groso), especificamente as Fanerógamas
(LISBÔA et al., 1947).
iii) A biodiversidade nos quintais agroflorestais de Aripuanã (BRITO, 1996).
iv) A importância das benzedeiras de Juruena, quanto a identificação etnobotânica das
plantas utilizadas, formas de prescrição e manipulação (MACIEL, GUARIM NETO, 2006);
v) O uso de espécies vegetais em um bairro da região suburbana de Juína, especialmente
para alimentação, medicina e ornamentação (FRACARO, GUARIM, 2008).
vi) A composição florística dos quintais de Castanheira (GUARIM NETO, MORAIS, 2008).
vii) Os recursos vegetais utilizados na pela população do município de Juruena (GUARIM
NETO, MACIEL, 2008);
viii) A conservação das florestas com seus produtos florestais não-madeireiros e dos serviços
ambientais na melhoria da qualidade de vida das famílias, promovendo a sustentabilidade sócioambiental
e econômicos em Juruena-MT (NUNES, VIVAN, 2011).
ix) Os impactos ambientais gerados na fase de instalações das hidrelétricas da sub-bacia do
Alto Juruena, MT (BATISTA et al., 2012);
x) Flora Arbórea de Mato Grosso, tipologias vegetais e suas espécies (BORGES et al., 2014).

Não encontrou-se qualquer estudo abordando aspectos farmacológicos e toxicológicos de


plantas medicinais do Vale do Juruena.
42

3. OBJETIVOS

3.1 Geral

 Organizar a etnofarmacopeia do Vale do Juruena, com a realização da pesquisa etnobotânica de


plantas medicinais a partir da identificação, catalogação e documentação das espécies de plantas
medicinais utilizadas pela população que habita o Vale do Juruena.
3.2 Específicos

 Descrever o perfil sócio-demográfico da população do Vale do Juruena;


 Documentar as espécies vegetais utilizadas como medicinais pela população das cidades
pertencentes à região do Vale do Juruena;
 Avaliar as plantas medicinais citadas sob o ponto de vista da etnobotânica qualitativa e quantitativa;
 Realizar análises dos índices etnobotânicos para verificar o conhecimento de plantas
medicinais da população do Vale do Juruena, de maior importância relativa (IR) e fator de
consenso do informante (FCI);
 Verificar qual a relação entre as três formas de classificação dos sistemas corporais;
 Sistematizar os dados farmacológicos e fotoquímicos das plantas medicinais nativas com
maiores Importância Relativa (IR);
 Calcular o Ranking das espécies mais citadas nos 7 (sete) município do Vale do Juruana
utilizando a Sindrome de Importância Sindromica (SIV);
 Aplicar a estatística utilizando técnicas análise multivariada, tais como análises de
componentes principais (ACP) e analise de componentes botânicos (ACB);
 Analisar se clados distintos tendem a tratar diferentes sistemas corporais;
 Verificar se clados similares quanto aos sistemas corporais por eles tratados apresentam
proximidades taxonômicas;
 Avaliar se sistemas corporais mais similares quanto aos clados usados para trata-los têm
requerimentos terapêuticos semelhantes.
 Identificar quais as espécies medicinais mais similares nos sistemas corporais mais
tratados pelos informantes do Vale do Juruena;
 Selecionar e analisar química e farmacologicamente, com base na literatura, as espécies mais
promissoras.
43

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Área de estudo

A Amazônia Legal possui área total de 5.217.423 km2, representando 60% do território nacional,
com 80% de ocupação pela Floresta Amazônica (SANTOS et al., 2009), uma população de 25 milhões de
habitantes e constituída pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins (IBGE, 2013).
A região do Vale do Juruena foi escolhida como objeto deste estudo. A mesma é constituída por
sete importantes municípios do Noroeste de Mato Grosso: Juína, Brasnorte, Castanheira, Juruena,
Aripuanã, Cotriguaçu e Colniza (Figura 2), localizadas entre as coordenadas 06o 00´ e 19o 45´de latitude
Sul e 50o 06´ e 62o 45´ de longitude Oeste. A posição geográfica e os fatores climáticos, edáficos,
fitoecológicos e hídricos, resulta em grande complexidade ambiental ao Estado, incluindo o Complexo do
Pantanal ao Sul, as formações savânicas na região Centro-Sul, uma variedade de ambientes de transição
ecológica na região central e, finalmente, as formações amazônicas no Norte (MATO GROSSO, 2012).
A pesquisa etnobotânica foi realizada durante três anos (10/2010 a 10/2013), tendo a população
dos municípios como estratos. A população da área do estudo totalizou 139.524 habitantes.
Figura 2. Localização geográfica da área da pesquisa, região do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil.

Fonte: Bieski, 2011


44

4.2 Planejamento amostral

O planejamento foi do tipo probabilístico, de corte tranversal de base populacional, considerando


o método de amostragem estratificado (BOLFARINE, BUSSAB, 2005; SCHEAFFER et al., 2006).
Conforme objetivo da pesquisa e segundo dados do Sistema de Informação de Atenção Básica em Saúde
– SIAB, Brasil (2007), foram determinados o tamanho da amostra (n), considerandose o número de
famílias por município e utilizando-se a expressão (1) de Bolfarine e Bussab (2005) e Levy e Lemeshow
(2008):

n = _______Np (1-2p)______

(N-1) (d/z) + p(1-p)

Nesse estudo, foi considerado o tamanho da população, o número de famílias, atribuído um


Coeficiente de confiança de 95% (z/2 = 1,96), um erro amostral de 0,05 (d = 0,05) e uma proporção de
0,5 (p = 0,5). Ressalta-se que valor de p = 0,5, foi atribuído devido a não existência de informação anterior
sobre este valor, conforme é usual na prática, para obter um tamanho de amostra conservador e
representativo, considerou-se uma perda amostral de 10% (MARTINES et al., 2012).

Para determinar o tamanho da amostra, em cada micro-área, foi multiplicado o tamanho de


amostra pela fração amostral de cada micro-área, dividindo-se o total de famílias das mesmas pelo total
de famílias em todas as micro-áreas, encontrando-se assim o tamanho da amostra em cada micro-área.

Para determinar o tamanho da amostra, em cada município, foi multiplicado o tamanho de


amostra (n) pela fração amostral de cada município e após dividido o total da população de cada município
(N), na qual encontrou-se o tamanho da amostra em cada município (n1).

4.3 Variáveis do Estudo

Considerou-se um informante por família, com idade ≥ 18 anos e que residia a mais de um ano
na área do estudo. As entrevistas foram conduzidas usando-se um rigoroso formulário destinado à obtenção
de dados sócio-demograficos, etnobotânico e etnofarmacobotânicos.

Foram excluídos desse estudo os informantes que não residiam nos munícipios do Vale do
Juruena e que tinha idade inferior a 18 anos. Considerou-se três grupos de variáveis, com suas respectivas
categorias:
45

4.3.1 Sócio-demográficas

As categorias dessa variável são: sexo, idade, naturalidade, tempo de moradia, grau de
escolaridade, nível sócio-econômico, profissão/ocupação, etnia, estado civil, número de filhos e grupo
religioso.

Para obtenção dessas variáveis um formulário elaborado e validado por Bieski (2010), seguindo
informações padrão do IBGE para todas as informações obtidas.

4.3.2 Etnobotânico: Uso de planta medicinais e conhecimento tradicional

Para validação do conhecimento tradicional reportados na pesquisa seguiu-se o nome vernacular


das espécies exatamente como foram referidas na pesquisa. Os nomes científicos e as abreviaturas dos
autores dos táxons estão de acordo com a Lista de Espécies da Flora do Brasil, International Plant Name
Index e a base de dados Trópicos do Missouri Botanical Garden.

Para os nomes científicos e família botânica, utilizou-se inicialmente o banco de dados do


Missouri Botanical Garden (Mobot), disponível em http://www.tropicos.org, e a Lista de Espécies da Flora
do Brasil, disponível em http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br, para consultas a fim de rever os nomes
científicos das espécies, até que os mesmos fossem confirmados pelos curadores do Herbário UFMT,
HERBAM e CGMS.
Para classificação da origem geográfica seguiu-se somente duas denominações nativas e exóticas.
Para as espécies nativas seguiu-se exatamente as que constam na Lista de Espécies da Flora do Brasil (2014)
e para as exóticas considerou-se de fora do Brasil e que não constam na respectiva listagem.

4.3.2 Etnofarmacológicas

As buscas foram realizadas de maio/2014 a junho de 2015, nas bases eletrônicas de dados
LILACS, PubMed e COCHRANE, utilizando os descritores previamente consultados no DECs
(Descritores em Ciências da Saúde) “Medicinal plants” AND “Wound healing” e seus correspondentes em
português, “Plantas medicinais” e “nome cientifico de cada espécie” e, em inglês, “medicinal plants” and
“nome cientifico de cada espécie”, foi utilizado o período de tempo de 2004 a 2014 (10 anos), na base
PubMed; nas demais bases, o ano que ultrapassasse o limite foi utilizado como critério de exclusão. Após
nova análise para atualização, realizou-se novamente a busca, incluindo o ano de 2003 e 2015 como critério
46

de busca. Foram incluídos, após leitura de títulos e resumos, os artigos que se encaixavam no tema proposto
e discutiam plantas medicinais estudos de atividades farmacológica e fitoquímica.

4.3.2.2 Análises quantitativas da etnobotânica

4.3.2.2.1 Importância Relativa (IR)

Para calcular o índice de importância relativa (adaptado de BENNETT, PRANCE, 2000),


método quantitativo que consiste em medir a versatilidade da utilização de uma dada planta medicinal,
calculada para cada espécie, com um ou mais indicação terapêutica (BEGOSSI, 1996; ALBUQUERQUE
et al., 2006), incluindo a sua capacidade para tratar mais do que um problema de saúde, utilizou-se a
seguinte fórmula: IR=NSC +NP Onde: NSC = NSCE/NSCEV + NP = NPE/NPEV; NSCE = número
categorias terapêuticas tratadas por uma determinada espécie; NSCEV = número total de categorias
terapêuticas tratadas pela espécie mais versátil; NPE = número de propriedades atribuídas a uma
determinada espécie; NPEV= número total de propriedades atribuídas à espécie mais versátil.

4.3.2.2.2. Abordagem etnofarmacológica das espécies nativas de maior importância relativas

Para fazer uma abordagem etnofarmacológica foram realizadas buscas em base de dados
importantes para pesquisa biomédica e fitoquímica, como Scirus, Google Scholar, CABabstracts,
MedlinePlus, Pubmed, SciFinder, Scopus and Web of Science, teses (CAPES, CNPq, Dominio púlico)
utilizando as seguintes palavras-chaves: nome científico da planta, nome vernacular. Na pesquisa não
houve delimitação de tempo de publicação das obras.

4.3.2.2.3 Fator de Consenso do Informante (FCI)

O Fator de consenso do Informante (TROTTER, LOGAN, 1986): foi calculado de acordo com a seguinte
fórmula: FIC =Nur-Nt/Nur-1, onde Nur refere-se ao número de citações de uso da planta em cada categoria
e (nt), ao número das espécies utilizado que demonstra as indicações terapêuticas que apresentaram maior
importância nas entrevistas, indicando o quão homogênea é a informação (ALBUQUERQUE et al., 2010).

O FCI, será baixo (próximo de 0), se as plantas são escolhidas aleatoriamente, ou se os informantes não
trocam informações sobre seus usos. Um elevado grau de consenso (próximo de 1), presume ser eficaz no
tratamento de uma determinada doença indicando determinadas plantas para as categorias de uso
específico (HEINRICH et al., 1998; INTA et al., 2008).
47

4.3.2.3. Valor de Importância Sindrômica (VIS)

Para calcular o Valor da importância Sindrômica (VIS), é uma técnica de priorização de espécies
adaptada de Leduc et al. (2006), utilizou-se a categoria de doença conforme Look, Kew, com base na
freqüência de citação (FC) de cada planta medicinal (LADIO, LOZADA 2004), pois revela sua
importância relativa e o VIS, porém não foi priorizado nenhum sintomas específico, pois considerou-se
que todos os sintomas tem a mesma importância.

O VIS é calculada utilizando a equação, usando três principais parâmetros:

1) número de diferentes indicações terapêuticas locais relacionadas as todas as citações de uso


reportados e com todas as espécies citadas;

2) frequência de citação por diferentes entrevistados e

3) importância relativa das indicações de cada planta citada.

Onde: p= é o peso de cada indicação


s = é contribuição da indicação terapêutica local para cada espécie
f = é o número de informantes que informaram a espécie

F = é o número total de entrevistas

O peso de cada indicação foi calculado com base na maior probabilidade da indicação citada
está associada com as atividades citadas, utilizando-se peso 1 para altamente associado; 0,75 para
moderadamente associado; 0,5 pouco associado e 0,25 para fracamente associado.

Com isso estabeleceu-se uma ordem de prioridade de espécies para cada município da pesquisa.

Para cada espécie foi realizado o levantamento de quantas indicações terapêuticas locais (s)
foram atribuídos e por quantos informantes diferentes (f). Posteriormente somaram-se todos os pesos de
cada sintoma atribuído à espécie multiplicando-se pelo número de indicações terapêuticas (Σpxs). Então, o
resultado da expressão anterior é somado com o resultado de uma segunda expressão resultante da soma
48

dos pesos multiplicado pelo número de informantes que citaram a espécie dividida pelo número de
informantes total (F = 393) (Σpxf/F).

Depois da soma das expressões o resultado é dividido por 2 já que o VIS é dependente de duas
variáveis. Para exemplificar o cálculo utilizaremos o caso de Aloe vera que obteve sete indicações
terapêuticas diferentes (s) de 25 informantes (f). O p de cada uma das sete indicações foram somados
(afecções renais, afecções urinárias, corrimento vaginal, ferimento, gastrite, inflamação renal, inflamação
da uretra) obtendo-se o valor de 5,5. Este valor então é multiplicado pelo s da espécie obtendo-se o valor
de 38,5 (Araujo, 2008).

Depois se multiplicam o p e o f e divide-se pelo número total de informantes (F=101) obtendo-


se o valor de 1,36 que é somado ao valor de 38,5 e dividido por 2 obtendo com isso um VIS de 19,93, como
se segue:

4.3.2.4. Análise de componentes principais (ACP) e análise de agrupamentos botânico (ACB)

Análise de componentes principais (ACP) é um procedimento matemático que usa a


transformação ortogonal para reduzir um conjunto de variáveis correlacionadas em um conjunto de
variáveis não correlacionadas chamados componentes principais. É um meio de padrões de identificação
de dados por suas semelhanças e diferenças e um método para comprimir informação de dados (isto é,
através da redução do número de dimensões), sem muita perda de informação (Rencher, 2002).

A análise de agrupamentos (ACB) é uma técnica, no qual não há suposições, são feitas sobre o
número de grupos ou grupos da estrutura (categoria de doença). O agrupamento é feito com base na
similaridade ou medidas de distância (dissimilaridade). As entradas são necessárias medidas de
similaridade ou de dados para que as semelhanças sejam calculadas (Rencher, 2002).

Dado um conjunto de n unidades de amostragem (tratamentos, os genótipos, objetos, pessoas


físicas, pessoas etc.) em que são medidos variáveis p. A análise de agrupamento tem como objetivo obter
49

um esquema que permite que as unidades em conjunto num número de grupos, de modo que há uma grande
homogeneidade dentro de cada grupo e heterogeneidade entre os grupos (Lee et al, 2008; Rencher, 2002).

Assim os dados utilizados representaram os dados das citações e uso das plantas por todos os
informantes da pesquisa que foram agrupados nos grandes grupos corporais, para observar se há
associações entre grandes grupos taxonômicos e sistemas corporais. As espécies foram classificadas
seguindo a filogenia dos Grupo do sistema angiospermas (APG III).

Para essa análise considerou-se o número de sistemas corporais em cada agrupamento


taxonômico (clado) e o número de citações usadas em cada sistema corporal para cada família em seus
respectivos clados, conforme Cohen (1980), utilizando a matriz completa, tendo os sistemas corporais como
objetos e os clados como descritores.

Os dados foram gerados em uma matriz de similaridade padronizada, que foram utilizados para
a análise de cluster (modo Distância Euclidiana), evidenciada no dendograma de cluster, separadamente
para clados e sistemas corporais e se a similaridade entre si. A altura representa a variabilidade dentro do
cluster: considera-se máxima quando as amostras não são aglomeradas, considerá-se mínima quando as
amostras formam um conjunto, isto é, quando se tem muitos aglomerados como o número de amostras.

Da mesma forma, para avaliar os clados mais similares quanto aos sistemas corporais
empregados para tratá-los, utilizou-se a mesma matriz, sendo esta invertida (clados como objetos e sistemas
corporais como descritores). A mesma análise de agrupamento foi utilizada nesse caso.

O agrupamento (clusters) também pode fornecer um meio informal para identificar casos
anómalos e sugerir hipóteses interessantes sobre a relação entre os indivíduos. Todas as análises deste
estudo foram implementadas com algoritmos computacionais disponíveis no software R 3.0.1 (Team,
2015).

4.4. Coleta e identificação taxonômica

A coleta dos espécimes se deu durante e após a aplicação do formulário (maio/2013 a março de
2014), dois anos após o contato prévia com os informantes da pesquisa e após o recebimento das
autorizações das Secretaria Municipais de Saúde, Comitê de Ética em Pesquisa, Conselho de Gestão de
Patrimônio Genético e do CNPq). Todas as coletas foram realizadas com os informantes da pesquisa ou
especialistas locais. Esse longo período de coleta se deve a grande quantidade de plantas citadas e a
distância entre os municípios da pesquisa e a universidade onde foram realizadas as herborizações das
amostras dos espécimes para encaminhamento ao Herbários.
50

Foram coletados 1.560 espécimes nos sete municípios da pesquisa, para realização da
herborização e a confecção de 3 a 5 exsicata para cada espécie, com auxílio de especialistas locais para
encaminhamentos aos Herbários conveniados, para que pudessem ser identificadas, ratificado e realizados
os respectivos tombamentos.

Para o preenchimento das fichas utilizou-se a Lista de Espécies da Flora do Brasil 2014 em
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ que é parte integrante do Programa REFLORA "Plantas do Brasil: Resgate
Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira".

Os espécimes que não continham flores e/ou frutos foram comparadas com os espécimes do
Herbários UFMT pela própria pesquisadora e o técnico do Herbário. Os espécimes férteis foram
identificadas em três diferentes Herbários, parte delas foi encaminhada e identificada no Herbário UFMT,
Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Cuiabá, outra parte pelo Herbário da Amazônia
Meridional – HERBAM, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus de Alta Floresta e
outra no Herbário CGMS/MS de Campo Grande.
O sistema utilizado para Classificação Botânica foi Sistema de Classificação APG III (THE
ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP, 2009).

4.5. O tratamento dos dados

Com intuito de avaliar qual a melhor classificação dos sistemas corporais, utilizou-se três
diferentes classificações:

 A Classificação Emica, agrupamento das enfermidades aborda com maior similaridade cultural
conforme Classificação Emica (Quadro 1), conforme utilizado por Leonti et al. (2013), classificação que
apresenta uma melhor eficácia e que esta diretamente relacionada com o contexto sóciocultural específico,
ou seja, demonstra com mais precisão a real utilização do conhecimento tradicional e simulando a
evolução cultural.
51

Quadro 1. Agrupamentos das enfermidades culturais conforme Classificação Emica, 2015


ID. SISTEMAS CORPORAIS Sigla
1. Disordens gastrointestinal GA
2. Complicações respiratório RE
3. Febre e dor FD
4. Doenças da pele PE
5. Problemas do trato geniturinário GU
6. Saúde da mulher SM
7. Desordens musculo-esqueletico ME
8. Diabetes DI
9. Síndromes ligadas à problemas culturais CU
10. Queixas Oftalmicas OF
11. Doenças provocadas por animais venenosos VE

12. Diferentes usos DU

 A Classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2010) usado para agrupar as indicações
terapêuticas em sistemas corporais (Quadro 2), classificação mais utilizada no meio científico para agrupar
os diferentes sintomas.

Quadro 2. Agrupamentos das enfermidades culturais conforme Classificação Estatística Internacional de


Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), conforme OMS, (2010)
ID SISTEMAS CORPORAIS Sigla
1. Doenças infecciosas e parasitárias DIP
2. Neoplasmas tumores NEO
3. Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e alguns transtornos DSH
imunitários
4. Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas DEM
5. Transtornos mentais e comportamentais DMC
6. Doenças dos olhos e anexos DOA
7. Doenças do ouvido e da apófise mastoide DOM
8. Doenças do aparelho circulatório DSC
9. Doenças do aparelho respiratório DSR
10. Doenças do aparelho digestivo DSD
11. Doenças da pele e do tecido subcutâneo DPS
12. Doenças do sistema osteomuscular DSO
13. Doenças do aparelho geniturinário DSG
14. Gravidez, parto e puerpério GPP
15. Algumas afecções originadas no período perinatal APP
16. Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, SND
não classificados
17. Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas LEV
externas
52

 A terceira Classificação foi realizada de acordo com a padronização da Coleção de Dados da Botânica
Econômica (EBDCS) descrito por Cook (1995), onde inclui duas categorias diferentes das demais
categorias que são as categorias culturais e rituais/usos mágicos (Quadro 3). A adição dessas categorias
confere uma visão mais precisa em medicina tradicional e contribuirá para o desenvolvimento de uma
etnomedicinais mais integrativas viabilizando estudos etnomedicinais mais comparáveis.

Quadro 3. Agrupamentos das enfermidades culturais conforme Classificação Cook, 2015


N. Sistemas Corporais Sigla
1. Transtorno do sistema sanguíneo SAG
2. Transtorno do Sistema Circulatório CIR
3. Transtorno do Sistema Digestivo DIG
4. Transtorno do Sistema Endócrino END
5. Transtorno do Sistema Geniturinário GEN
6. Transtorno do Sistema Imune IMU
7. Infeções e infestações INF
8. Inflamação IFM
9. Injuria INJ
10. Transtorno mental MEN
11. Transtorno do Sistema Metabólico MET
12. Transtorno do Sistema Musculo esquelético MUS
13. Neoplasias NEO
14. Transtorno do Sistema Nervoso NER
15. Transtorno nutricional NUT
16. Dor DOR
17. Envenenamento ENV
18. Transtorno da gravidez ou pós-parto PAR
19. Transtorno do Sistema Respiratório RES
20. Transtorno da pele, tecido celular e subcutâneo DE
21. Transtornos medicinais não especificadas NE

4.5. Análises dos dados

Os dados etnobotânicos foram coletados pela aplicação de formulário aberto e semiestruturado aos
informantes, obtidos conforme planejamento amostral (MARTIN, 1995, ALEXIADES, 1996; COTTON,
1996).
Solicitou-se que os informantes falassem sobre, uso e conhecimento referente as plantas
medicinais, os métodos de preparação dos remédios caseiros à base das plantas medicinais que eles usaram
e, a maioria das plantas coletadas, foram feitas acompanhadas das pessoas locais, imediatamente após à
53

aplicação do instrumento de coleta de dados. Em alguns casos (quanto não tinha a planta por perto ou a
mesma estavam vegetativa/inférteis) as plantas foram coletadas em outras visitas na localidade aonde estas
foram citadas, mas com um mateiro ou informante chave.
Para realização das análises dos dados descritivos utilizou-se os programas para Windows
Microsoft Office Access 2003.
Para analisar se os sistemas corporais são diferentes uns dos outros na proporção dos grupos
taxonômicos utilizados conforme citações e uso das plantas por todos os informantes da pesquisa que
foram agrupados nos grandes grupos corporais. Utilizou-se o teste de χ2 em tabela de contingência com
imulações de Monte Carlo (B=10000), conforme BENNETT, HUSBY (2008).
Para observar se há associações entre grandes grupos taxonômicos e sistemas corporais, as espécies
foram classificadas utilizando a filogenia Grupo do sistema angiospermas (APG III).
O banco de dados do Missouri Botanical Garden (Mobot), disponível em http://www.tropicos.org,
e a Lista de Espécies da Flora do Brasil, disponível em http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br, foram
consultados a fim de rever os nomes científicos das espécies e sistemas corporais.
Para esse teste considerou o número de sistemas corporais em cada agrupamento taxonômico
(clado) e o número de citações usadas em cada sistema corporal para cada família em seus respectivos
clados, conforme Cohen (1980), utilizando a matriz completa, tendo os sistemas corporais como objetos
e os clados como descritores.
A análise de agrupamento de cluster e o teste de Qui-Quadrado (χ2) foram desenvolvidos na versão
do software R 2.13.2 (Fundação para R Statistical Computing).
Os agrupamentos também podem fornecer um meio informal para identificar outliers e sugerir
hipóteses interessantes com respeito às relações entre os indivíduos. Todas as análises deste estudo foram
implementados com algoritmos computacionais disponíveis no software R 3.0.1 (TEAM, 2015).

4.6. Treinamentos dos aplicadores e teste piloto

Para auxiliar a pesquisa de campo contou com auxílio de 5 acadêmicos dos Cursos de Medicina
Biologia e Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso e 2 mestrandos onde receberam
treinamento, após o treinamento dos aplicadores foram agendadas as entrevistas e os 3 primeiros
entrevistados de cada aplicador foram descartados, para garantir uma maior precissão da aplicação além de
viabilizar uma maior compreensão e ajustes do formulário e adequação da logística do trabalho de campo,
proporcionando uma melhor qualidade na realização da pesquisa (NUNES DA CUNHA, 1998).
54

4.7. Autorização do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético – CGEN e retorno dos resultados à
comunidade

No Brasil a Medida Provisória 2.186-16 regulamentada pelo Decreto nº 3.945 de 2001,


estabelece normas para regular o acesso ao conhecimento tradicional associado aos recursos genéticos,
além da repartição de benefícios, estando o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético – CGEN, órgão
de caráter deliberativo e normativo do Ministério do Meio Ambiente, responsável por emitir autorizações
referentes a estas normas, até dezembro de 2009, posteriormente a esta data, passou ser o CNPq, órgão a
expedir de tais autorizações referentes a acesso ao conhecimento tradicional associado aos recursos
genéticos para fins de pesquisa cientifica (BRASIL, 2010).
A presente pesquisa por abordar o conhecimento tradicional associado aos recursos genéticos
da flora brasileira e comunidades tradicionais, tem potencial de se enquadrar nas normas estabelecidas pela
medida provisória destacada no parágrafo anterior, foi encaminhada consulta ao CGEN para solicitação de
autorização, bem como Termo de Anuência Prévio (TAP) assinado pelos representantes das 37
comunidades do DNSAC e após Deliberação nº 247 do Conselho Nacional de Patrimônio Genético do
Ministério de Meio Ambiente CGEN/MMA publicado em Diário Oficial da UNIÃO em 23/10/2009, a
pesquisa foi realizada no período de novembro de 2009 a fevereiro de 2010 (Anexo XI).
Além disso, os procedimentos preconizados na MP 2.186-16 relacionados com a abordagem
do pesquisador junto aos entrevistados, aos devidos esclarecimentos ao entrevistado sobre a pesquisa, sobre
a possibilidade irrestrita de negarem-se a fornecer qualquer tipo de informação quando lhe fosse
conveniente e que em qualquer momento poderia desistir de participar da pesquisa, foram seguidos.
As formas de retorno dos resultados obtidos nesta pesquisa, assim como a contrapartida dos
pesquisadores à comunidade até o presente momento foram parcialmente executadas, com previsão de
conclusão no segundo semestre de 2013. Dentre estas ações estão previstas a realização de cursos de plantas
medicinais, palestra com informações coletadas na pesquisa, oficinas participativas para divulgação e
discussão de ações de interesse dos moradores do DNSAC relacionadas com a conservação e uso das
espécies vegetais utilizadas como medicinais, nativos e cultivadas, implantação de uma farmácia viva junto
à unidade de saúde do PFS do distrito bem como a distribuição de mudas de plantas medicinais.
55

4.6. Aspectos éticos

Após escolha e identificação da área de estudo, procedeu-se com a solicitação de autorização aos
sete Secretários Municipais de Saúde do Vale do Juruena, onde a Secretária de Saúde de Juína, município
polo (2010), representou os demais gestores. Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
do Hospital Universitário Julio Muller (HUJM) da Universidade Federal de Mato Grosso, conforme
Protocolo nº. 958/CEP-HUJM/2010. Durante a pesquisa foram realizados os esclarecimentos junto aos
informantes do estudo e assinados os Termos de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), bem como o
Termo de Anuência Prévia (TAP) pelos representantes de cada micro-área.

Também foi aprovado pelo Conselho de Gestão de Patrimônio Genético do Ministério do meio
Ambiente (CGEN/MMA), ao qual concedeu o parecer de arquivamento da solicitação, por não se tratar
de levantamento envolvendo comunidades tradicionais.
A autorização para acesso e/ou remessa de amostra de componente do patrimônio genético, única
e exclusivamente para fins de pesquisa científica, foi solicitado junto ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), obtendo-se a autorização em novembro de 2013, sob
nº. 010728/2013-9. Além disso, foram obtidas as licenças para coleta em Unidade de Conservação
Estadual para fins de pesquisa científica, tanto na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), sob
nº. 022/2011, como na Secretaria Municipal de Agricultura de Juína (SMA), para coleta no Parque
Ambiental de Juína sob nº. 290/2011.
56

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Determinação do número de informantes

Para determinar o tamanho da amostra, em cada micro-área, foi multiplicado o tamanho de amostra
pela fração amostral de cada micro-área, dividindo-se o total de famílias das mesmas pelo total de famílias
em todas as micro-áreas (34.881), encontrando-se assim o tamanho da amostra em cada micro-área
(Tabela 1).
Para determinar o tamanho da amostra, em cada município, foi multiplicado o tamanho de amostra
(n=383) pela fração amostral de cada município e após dividido o total da população de cada município
(N=145.196), na qual encontrou-se o tamanho da amostra em cada município (n1).

Tabela 1. Distribuição da população e amostra por municípios no Vale do Juruena, Mato Grosso, Amazônia Legal,
Brasil.
Itens Cidade Distância de Cuiabá Nº de Fração Tamanho da
km habitantes amostral amostra n1
1 Aripuanã 883 19.919 0,1470 56
2 Brasnorte 579 16.895 0,1081 41
3 Castanheira 781 8.353 0,0578 22
4 Colniza 1200 30.848 0,2265 87
5 Cotriguaçu 920 16.689 0,1073 41
6 Juína 735 39.592 0,2846 109
7 Juruena 830 12.900 0,0688 26
Total 145.196 1,0000 383
Fonte: IBGE (2013).

5.2 Variáveis do Estudo

5.2.1. Perfil sócio-demográfico dos informantes


57

A amostra inicial constituiu-se de 383 informantes com idade ≥ 18 anos com mais de um (1)
anos residente na área da pesquisa. A idade e o tempo de moradia no local podem influenciar o nível de
conhecimento de uma sociedade sobre o ambiente em que vive (MACIEL, GUARIM NETO, 2006;
TEKLEHAYMANOT, 2009).

Foram realizadas 393 entrevistas de 145.196 moradores do Vale do Juruena. Importante


ressaltar que não houve perda amostral pelo contrário, houve um acréscimo de 2,54% no total de
entrevistados. Como relevância da pesquisa, ressalte-se que este é um dos maiores estudos de
etnobotânica, que se refere ao conhecimento e uso de plantas medicinais, pela população na Amazônia
Legal de Mato Grosso.

Dos 393 informantes que responderam ao formulário, a maior representação foi do sexo
feminino (68,7%). É importante ressaltar que o conhecimento não constitui uma unidade homogênea entre
os sexos, sendo, aparentemente, determinado pelo papel social que homens e mulheres desempenham ou
pelas experiências pessoais adquiridas no cotidiano (PHILLIPS, GENTRY, 1993). A faixa etária de 40-
59 anos (41,8%), alguns levantamentos etnobotânicos não determinam a faixa etária dos informantes, mas,
em sua maioria, destacam que o conhecimento é maior na faixa etária mais velha (BORBA, MACEDO,
2006; SILVA et al., 2007; NANYINGI et al., 2008), isso demonstra que são necessários um importante
trabalho de resgate etnocultural, para a transmissão do conhecimento aos mais jovens.

Houve maior proporção de respondentes naturais das regiões Sul, Sudeste, Nordeste (79,6%),
com 4,8% nascidos na região do Vale do Juruena, habitando no Vale do Juruena de (1-5 ano). A
heterogeneidade sócio-cultural das populações estudadas, composta de emigrantes de todas as partes do
Brasil, possibilitou a introdução de várias espécies de outras regiões e até mesmo espécies exóticas
adaptadas (juazeiros, camomila, sene, funcho, salvia, noni, nim, losna dentre outras) conforme observadas
em outros estudos etnobotânicos de Mato Grosso (GONÇALVES, MARTINS, 1998; GUARIM NETO,
NOVAIS, 2004; SANTOS, GUARIM NETO, 2005; SILVA, GUARIM NETO, 2008; GUARIM NETO,
MACIEL, 2008; FRACARO, GUARIM, 2008; CARNIELLO et al., 2010, GUARIM NETO, FRANÇA,
2011).
Quanto a escolaridade verificou-se a maior percentual de 1-9 anos de escolaridade (75,6%),
essas informações representaram, de certo modo, a realidade da educação brasileira, pois em Mato Grosso,
a população rural adulta maior que 25 anos, não alfabetizada, corresponde a 31,7% e, no Brasil, este índice
é de 35% (IBGE, 2000; BRASIL, 2008), porém a maioria dos trabalhos relata que o grau de escolaridade
está inversamente associado à opção pela medicina tradicional (EISENBERG, 1993; MACEDO et al.,
2007).
58

A renda de 1-5 salários-mínimos (81,2%), esse resultado corrabora com Bieski (2010),
enquanto na maioria dos trabalhos de etnobotânica pesquisados, correspondendo em média a um salário
mínimo, portanto de baixo poder aquisitivo (RODRIGUES, 2002; MIRANDA et al., 2009), verificando
que no Vale do Juruena a renda familiar ate cinco salários-mínimos.
A profissão dos informantes da pesquisa que mais prevaleceu foram trabalhadoras do lar
(37,7%), esses achados corraboram com os mesmos encontrados por BORGES, PEIXOTO (2009) e
BIESKI (2010).
A origem étnica da população do estudo foi de mestiços (44,8%), esse dado pode ter forte
relação com o processo de ocupação de Mato Grosso e as questões indígenas, presentes na região noroeste
do Estado. Os dados obtidos comprovam que o habitante do Noroeste, pode ter herdado dos habitantes
indígenas pois é uma região muito rica e constituídas por diversas etnias, sendo eles: povos das nações
Surui em Aripuanã, etnia Irantxe e Myky em Brasnorte, etnia Rikbaktsa em Brasnorte e Cotriguaçu, etnia
Cinta-Larga em Aripuanã e Juína, Arara em Aripuanã e Colniza, Erikbaktsa e Enawenê-nawê em Juína.
Atualmente em pequeno número e, cujo território foi sendo, ao longo do tempo, povoado
principalmente por brancos, mestiços e descendentes de africanos. Vale ressaltar que atualmente residem
no Estado de Mato Grosso mais de 28 mil índios de 38 etnias diferentes, com fortes indícios de outros 9
povos isolados e não identificados oficialmente (MATO GROSSO, 2012).

A maioria dos informantes do Vale do Juruena são principalmente de nupcialidades casados


(66,4%) e com 0 a 5 filhos (83,0%). A partir dos dados demográficos (Tabela 2), pode se dizer que a
nupcialidade está fortemente associada com a reprodução, onde a idade de ingresso ao casamento era
regulador do tamanho de família (RADER, 1967 apud FREIRE et al., 2000). As famílias do Vale do
Juruena trazem consigo o modelo da família tradicional, corroborando com Bieski (2010), segundo
Beltrão (1973). Esses modelos interferem na dinâmica da nupcialidade atrelada às transformações de
ordens sociais e econômicas, como consequência de uma intensa modernização da sociedade ocidental,
com ascensão para as uniões consensuais, outras modalidades de famílias e menos filhos (SRINIVASAN,
1998 apud FREIRE et al., 2000).
Os informantes católicos (56,7%) foram os mais prevalentes demostrando que essa
religiosidade se manifesta de várias maneiras, tanto cotidianamente, e os altares caseiros são testemunhas,
como nos festejos em homenagem aos santos familiares e comunitários. Os dados corroboram com Silva,
Macedo (2007), Guarim Neto (2008) e Bieski (2010).
59

Tabela 2. Dados sócio demográficos da população do Vale do Juruena


CARACTERÍSTICAS CATEGORIAS FA FR (%)
Feminino 270 68,7
SEXO
Masculino 123 31,3
18 – 39 anos 144 36,6
40-59 anos 164 41,8
FAIXA ETÁRIA (ANOS)
60-79 anos 80 20,3
≥ 80 anos 5 1,3
Vale do Juruena 19 4,8
Interior de MT (Menos Vale do Juruena) 35 8,9
Centro Oeste (Menos MT) 23 5,9
NATURALIDADE
Outras regiões do Brasil (Sul, Sudeste, 313 79,6
Nordeste)
Outros países 3 0,8
< 1 anos 17 4,3
TEMPO DE MORADIA
1-5 anos 343 87,3
NO VALE DO JURUENA
> 5 anos 33 8,4
< 1 ano 35 8,9
ESCOLARIDADE (ANOS 1-9 anos 297 75,6
DE ESTUDO) > 9 anos 61 15,5

< 1 salário mínimo 63 16,0


NÍVEL SÓCIO-
1-5 salários mínimo 319 81,2
ECONÔMICOa
> 5 salários mínimo 11 2,8
Do lar 148 37,7
Agricultor (a) 69 17,6
PROFISSÃO/OCUPAÇÃO Professor (a) 8 2,0
Raizeiro (a) 3 0,8
Outros 165 42,0
Negro 39 9,9
Índio (a) 1 0,3
ETNIA Mestiço (a) 176 44,8
Branca 167 42,5
Amarela 10 2,5
Católico 223 56,7
RUPO RELIGIOSO
Não católico 170 43,3
0-5 filhos 326 83,0
NÚMERO DE FILHOS 6-10 filhos 57 14,5
> 10 filhos 10 2,5
Casados 261 66,4
NUPCIALIDADE
Não casados 132 33,6
LEGENDA: FA- frequência absoluta; FR- frequência relativa
60

5.2.2 Abordagem etnobotânica qualitativa e quantitativa

5.2.2.1 Qualitativa: Conhecimento tradicional associado e uso de planta medicinais

Dos 393 informantes do Vale do Juruena, 93,0% afirmaram utilizar plantas medicinais no
autocuidado à saúde, com um mínimo de 1 citação e o máximo de 86 plantas, para as mulheres, e um
mínimo de 1 citação e máximo de 81, para os homens, num total de 3.972 citações de 332 diferentes
espécies (Figura 3).

Figura 3. Frequência do uso de plantas pelos informantes do Vale do Juruena

Os dados desta pesquisa sobre o conhecimento das plantas medicinais no Vale do Juruena se
aproximam aos de trabalhos realizados em vários outros estudos e cujos valores oscilaram entre 80,95 a
100% do total de entrevistados nas pesquisas levantadas (MONTELES, PINHEIRO, 2007; VEIGA JR,
2008; RIBEIRO et al., 2009; SANTOS et al., 2009; BIESKI, 2010).
Houve destaque para os municípios de Colniza, com 228 espécies (71%) citadas, e Juína, com
197 (61%). Esse resultado pode estar relacionado com o maior tempo de moradia e a biodiversidade
vegetal característica da região.
Após coleta e herborização, todas as espécies coletadas foram encaminhadas ao Herbários
parceiros para confecção das exsicatas, identificação e tombamento, obtive-se um total de 332 espécies
de plantas medicinais identificadas. Na Tabela 3, verifica-se o número de informantes e quantidade de
plantas reportadas em cada município da pesquisa. Em Mato Grosso, o número de citações de plantas
medicinais referido na literatura variou de 15 a 254 (CARNIELO et al., 2008; GUARIM NETO, MACIEL,
61

2008; FRACARO, GUARIM, 2008; SANTOS, GUARIM NETO, 2008; AMARAL GUARIM NETO,
2008, BIESKI et al., 2012).

Tabela 3. Tabela 1. Distribuição da população e amostra por municípios e número de uso relaportado de
plantas no Vale do Juruena, Mato Grosso, Amazônia Legal, Brasil.
Tamanho Tamanho
Espécies Espécies
Nº de Fração da da
ID Cidade vegetais vegetais Fr (%)
habitantes* amostral amostra amostra
nf uso/393 citadas/332
n1
1 Aripuanã 20.511 0,147 56 57 708 133 41
2 Brasnorte 15.089 0,1081 41 46 298 116 36
3 Castanheira 8.059 0,0578 22 19 87 46 14
4 Colniza 31.597 0,2265 87 91 1471 228 71
5 Cotriguaçu 14.965 0,1073 41 44 223 81 25
6 Juína 39.708 0,2846 109 110 830 197 61
7 Juruena 9.595 0,0688 26 26 137 60 19
Total 139.524 1 383 393 3972
Legenda: ID = identificação dos municípios; n= número de informantes entrevistados, Fr- frequência relativa.
*Fonte: IBGE (2013).

Um total de 332 espécies de plantas medicinais, pertencentes a 94 famílias e 260 gêneros, foram
documentadas. Trata-se de um número expressivo quanto comparado com outras pesquisas relativas a
pesquisa etnobotânica, sendo um dos maiores já realizado na Amazônia Legal de Mato Grosso (VAN
DEN BERG, 1982; VIEIRA, 1992; REVILA, 2002; GUARIM NETO, FRANÇA, 2011; SANTOS et al.,
2012).
As famílias com maior número de espécies foram Asteraceae 7,7% (26 plantas), Fabaceae 7,4 %
(25 plantas), Lamiaceae 6,5 % (24 plantas).
Asteraceae é a maior família das Eudicotiledôneas de distribuição cosmopolita, particularmente
comuns nas regiões abertas em florestas secundárias (SOUZA, LORENZI 2005). Já a família Fabaceae é
a família com maior número de espécies (MENDONÇA et al., 1998). Geralmente quanto maior o número
de espécies em uma família, maior a probabilidade de que estas venham ser utilizadas por populações
humanas que façam uso dos recursos da flora nativa (GUARIM NETO, MORAES, 2003), isso confirma
a prevalências das espécies registradas, onde cerca de 61% eram nativas (Figura 4).
A utilização das espécies nativas pelas comunidades do Vale do Juruena, bem como a de outras
regiões evidencia que a conservação étno-cultural colaborou com os avanços da Política Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos, proveniente da tradicionalidade do uso para a saúde humana. A riqueza
de espécies vegetais nativas, traduzida em diversidade química e de atividades terapêuticas presentes
nestas plantas, constitui uma contribuição essencial nos cuidados primários de saúde (FERREIRA,
GUARIM NETO, 2008; CARNEIRO, 2009; BIESKI et al., 2012).
62

Figura 4. Frequência da origem geográfica das plantas citadas pelos


informantes do Vale do Juruena.

Essas famílias apresentam maior diversidade de espécies utilizadas como medicinais,


provavelmente porque estas são grandes famílias caracterizadas por várias espécies, corroborando com
Kim e Song (2014). Enquanto que outras 41 famílias foram citadas apenas uma vez, porém vale ressaltar
que as espécies menos reportadas não seja menos importante. Pois as espécies das famílias Ginkgoaceae
e Hypericaceae são fitoterápicos amplamente utilizado no mercado nacional e internacional (Figura 5).

Figura 5. Frequências relativas das famílias botânicas, segundo citações pelos informantes do Vale do Juruena,
Mato Grosso, 2012.
63

Verificou-se que 153 informantes citaram entre 1 a 5 plantas, 114 entre 6 a 10 plantas
83 citaram entre 11 a 20 plantas, 32 citaram entre 21 e 40 plantas e 6 pessoas citaram entre 41 a 86 plantas.
Observou-se que os informantes com maior grau de instrução são menos conhecedores de plantas
medicinais, isso ocorre devido à maior exposição à modernização. Resultados semelhantes foram
relatados em estudos realizados na Tailândia (WESTER, 1995) e Etiópia (GIDAY et al., 2009). Quanto
aos hábitos das espécies reportadas na pesquisa etnobotânica do Vale do Juruena, verificou-se maior
quantidade das espécies herbáceas (41%) e arbóreos (32%). Resultados semelhantes foram relatados por
Stepp e Moerman (2001), Pinto et al. (2006), Botrel et al. (2006); Jesus et al. (2007); Silva e Proença
(2008) e Bieski et al. (2012), conforme verifica-se na Figura 6.
64

Figura 6. Descrição do hábito das plantas citadas pelos 393 informantes do Vale do Juruena

A maior utilização de espécies herbáceas pode ser devido a facilidade de cultivo, ciclo mais
rápido do plantio à colheita e facilidade de propagação. Além disso, a utilização de espécies herbáceas
nos sistemas populares de cura tem maior probabilidade da presença de substâncias
farmacologicamente ativas do que as de hábito arbóreas (SIMÕES et al., 1999; SIMBO, 2010).

As partes das plantas mais usadas foram folhas (64,5%), raiz (7,84%), entrecasca (8,9%),
além de fruto, semente, flor e óleo/látex/resina (18,76%), conforme observa-se na Figura 7.
Pode-se observar que as plantas em que a folhas utilizadas são, em geral, herbáceas (de fácil
acesso) e cultivadas, enquanto as plantas arbóreas tiveram a casca ou fruto como a parte de uso terapêutico
mais utilizado, sendo estas de difícil acesso.
Dados semelhantes aos encontrados no Distrito Nossa Senhora do Chumbo em Poconé
(BIESKI, 2010), além de em muitas outras pesquisas onde a folha é a parte da planta mais utilizada
(BORBA, MACEDO, 2006; REIS e BELLINI, 2007; SILVA, PROENÇA, 2008; VOLPATO et al., 2009),
porém em outros estudos as cascas e as raízes aparecem na frente com mais de 70% (GOMES et al., 2008;
ROQUE, 2009). Sobre as cascas, alguns especialistas e informantes demonstraram preocupação porque
a sua retirada poder provocar a morte da árvore (GOMES et al., 2008; ROQUE, 2009).
65

Figura 7. Partes da plantas medicinais utilizadas pelos informantes do Vale do Juruena

Os métodos de preparações mais comuns foram infusão (45,70%) e decocção (22,92%),


conforme Figura 8. A infusão conforme definição da RDC 10/2010 é “a preparação que consiste em verter
água fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o recipiente por um período de tempo
determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais de consistência menos rígida tais como
folhas, flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias ativas (BRASIL, 2010).

A decocção, preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por tempo
determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tai como cascas,
raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas descrito pelo mesmo autor.

A maceração consiste no contato da droga vegetal com água, à temperatura ambiente, por

tempo determinado dependendo do tipo de droga vegetal. Esse método é indicado para drogas vegetais
que possuam substâncias que se degradam com o aquecimento (BRASIL, 2010).
Foram constados por Bieski et al. (2010) que a forma de preparo mais comum das plantas
medicinais no Distrito Nossa Senhora Aparecida do Chumbo, Poconé, Mato Grosso, também foi infusão.
66

Figura 8. Forma de preparo das plantas medicinais do Vale do Juruena

5.3. Etnobotânica Quantitativa das Plantas Medicinais

5.3.1. Importância Relativa (IR)

Verifica-se que a população local utiliza plantas medicinais mais frequentemente para
atividades para sistema respiratório (13%), digestivo (8,7%) e geniturinário, 7,6% além de muitas outras
enfermidades dentro dos 17 sistemas corporais abrangidos pelo estudo. De acordo com o cálculo feito
com base na importância relativa (IR) das espécies citadas pelos 393 informantes dos 7 municípios do
Vale do Juruena, variou 0,13-1,91, onde 235 espécies tiveram IR ≤ 0,5; 66 espécies tiveram IR 0,51-1,0;
cerca de 12,4% das espécies (40 spp) com IR entre 1,1-2,0, destacamos 4,6% nativas (15 spp) com alta
versatilidade de uso (IR> 1) conforme Tabela 4: Copaifera cf. langsdorffii Desf. “Copaiba” IR=1.91;
Aristolochia cymbifera Mart & Zucc. “Cipó-mil-homem” IR=1.51; Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen
“Ginseng brasileiro” (IR=1.47); Echinodorus macrophyllus (Kunth.) Micheli “Chapéu-de-couro”
(IR=1.43); Herreria salsaparilha Mart. “Salsaparrilha” (IR=1.38); Chenopodium ambrosioides L.“Erva-
de-santa-maria” (IR=1.33); Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne “Jatobá” (IR=1.29); Lippia alba
(Mill.) N.E.Br.ex Britton & P. Wilson “Erva-cidreira” (IR=1.29); Amburana cearensis (Allemão) A.C.
Sm. “Cerejeira” (IR=1.21); Croton urucurana Baill. “Sangra-d'água” (IR=1.20); Uncaria guianensis
(Aubl.) J.F. Gmel. “Unha-de-gato” (IR=1.15); Bowdichia virgilioides Kunth; Sucupira (IR=1.12);
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos”Ipê roxo” (IR=1.11). Apenas 1 (6,7%) espécie era
arbusto, enquanto que o restante dessas espécies foram herbácea e árvore (46,7%) respectivamente. Isto
67

pode estar relacionado com o fato de que as árvores são um dos recursos disponíveis durante todo o ano
(ALBUQUERQUE, ANDRADE, 2002) e as ervas, são encontradas facilmente em quintais por se
tratarem de espécies perenes.

Tabela 4. Relação das plantas medicinais com Importância Relativa (IR), maior que 1,5, citada pelos
informantes do Vale do Juruena, Amazônia Legal, Mato Grosso, Brazil.
ID Familia Nome científico Nome popular N.herb Hab Og. IR
1 Fabaceae Copaifera cf. langsdorffii Desf. Copaiba BI-38780 AR Na 1.91
2 Lamiaceae Mentha x piperita L. Hortelã-pimenta BI-26089 HB E 1.87
3 Rosaceae Morus nigra L. Amora BI-31644 AR E 1.74
4 Plantaginaceae Plantago major L. Tansagem BI-31790 HB E 1.73
5 Xanthorrhoeaceae Aloe vera (L.) Burm. f. Babosa BI-26028 HB E 1.69
6 Lecythidaceae Bertholletia excelsa Bonpl. Castanha-do-pará BI-854 AR Nb 1.70
7 Asteraceae Baccharis crispa Spreng. Carqueja BI-26042 AB E 1.55
8 Lamiaceae Ocimum basilicum L. Manjericão-roxo BI-33427 HB E 1.55
9 Lamiaceae Ocimum gratissimum L. Alfavaca, Hortelã- BI-31655 HB E 1.55
doMato
10 Amaranthaceae Alternanthera brasiliana (L.)Kuntze Terramicina BI-33453 HB E 1.51

11 Aristolochiaceae Aristolochia cymbifera Mart &Zucc. Cipó-mil-homem BI-35946 TR Nc 1.51

12 Bignoniaceae Fridericia chica (Bonpl.) Crajiru BI-33460 AR E 1.47


L.G.Lohmann
13 Amaranthaceae Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen Fafia BI-33430 AB Nd 1.47

14 Alismataceae Echinodorus macrophyllus (Kunth.) Chapéu-de-couro BI-31608 HB Ne 1.43


Micheli
15 Caricaceae Carica papaya L. Mamão BI-31670 AR E 1.38
16 Asparagaceae Herreria salsaparilha Mart. Salsaparrilha BI-363 HB Nf 1.38
17 Lamiaceae Rosmarinus officinalis L. Alecrim BI-25554 HB E 1.37
18 Bixaceae Bixa orellana L. Urucum BI-33422 AR E 1.34
19 Lamiaceae Leonurus japonicus Houtt. Rubim/macaé BI-32698 HB E 1.34
20 Amaranthaceae Chenopodium ambrosioides L. Erva-de-santa-maria BI-31684 AB Ng 1.33
21 Fabaceae Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Jatobá BI-11954 AR Nh 1.29
Hayne
22 Verbenaceae Lippia alba (Mill.) N.E.Br.ex Britton Erva-cidreira BI-33446 HB E 1.29
& P. Wilson
23 Asteraceae Solidago microglossa DC. Arnica BI-32763 HB E 1.29
24 Rutaceae Citrus limon (L.) Osbeck Limão BI-32848 AR E 1.25
25 Zingiberaceae Curcuma longa L. Açafrão BI-207 HB E 1.25
26 Rutaceae Ruta graveolens L. Arruda BI-25 HB E 1.25
27 Lamiaceae Mentha pulegium L. Poejo BI-26249 HB E 1.24
28 Fabaceae Senna occidentalis (L.) Link Fedegoso BI-2835 AR E 1.24
29 Fabaceae Amburana cearensis (Allemão) A.C. Cerejeira BI-13249 AR Ni 1.21
Sm.
30 Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Sangra-d'água BI-27119 AR N j 1.20
31 Poaceae Eleusine indica (L.) Gaerth Capim-pé-de-galinha BI-33408 HB E 1.15
68

32 Rubiaceae Uncaria guianensis (Aubl.) J.F. Unha-de-gato BI-32793 TR Nl 1.15


Gmel.
33 Fabaceae Bowdichia virgilioides Kunth Sucupira BI-253 AR Nm 1.12
34 Fabaceae Diptychandra sp. Sucupira-branca BI-BI-17 AR N 1.12
35 Bignoniaceae Handroanthus impetiginosus (Mart. Ipê-roxo BI-38439 AR Nn 1.11
ex DC.) Mattos
36 Lythraceae Punica granatum L. Romã BI-31659 HB E 1.11
37 Boraginaceae Symphytum officinale L. Confrei BI-241 AB E 1.08
38 Poaceae Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc Capim-cidreira BI-239 HB N 1.07

39 Lamiaceae Leonotis nepetifolia (L.) R. Br. Cordão-de-frade BI-2668 AB N 1.02


40 Apiaceae Pimpinella anisum L. Erva-doce BI-25505 HB E 1.02
LEGENDA. N.herb-numero de herbário referente a identificação botânica; Hab-habitoAR-árvore; HB-herbácea; AB-arbusto. ; OG-origem
geográfica; N-nativa do Brasil; E-exótico; IR- importância relativa.

5.3.2 Abordagem etnofarmacológica das espécies nativas de maior Importância Relativa (IR)

Foi realizada uma abordagem etnofarmacológica com informações referente ao conhecimento


tradicional das espécies nativas com IR ≥ 1,0, bem como informações farmacológicas e fitoquímicas:
Copaifera cf. langsdorffii, Bertholletia excelsa, Aristolochia cymbifera, Pfaffia glomerata, Echinodorus
macrophyllus, Herreria salsaparilha, Chenopodium ambrosioides, Hymenaea stigonocarpa, Amburana
cearensis, Croton urucurana, Uncaria guianensis, Bowdichia virgilioides, Pterodon emarginatus,
Handroanthus impetiginosus.

a) Copaifera langsdorffii var. glabra (Vogel) Benth.

Copaifera langsdorffii, popularmente conhecida como copaibeira, é uma árvore nativa da floresta
amazônica, da família Fabaceae, de crescimento lento, que pode alcançar de 25 a 40 metros de altura. Seu
tronco tem 0,4 a 4 metros de diâmetro, coloração escura e é áspero (VEIGA JR, PINTO, 2002).
Neste levantamento, Copaifera langsdorffi foi a espécie com maior importância relativa (1,91),
tendo um total de 58 citações para 11 diferentes atividades farmacológicas e 23 enfermidades: abortivo,
antiinflamatório, antibiótico, artrite, bronquite, calmante, cicatrizante, depurativo do sangue, dores locais,
enfisema pulmonar, estômago, gastrite, gripe, hipertensão arterial, pneumonia, laxante, malária,
menstruação, problemas de coração, reumatismo, sinusite, tétano e tosse. Em outros levantamentos foi
citada para tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, cicatrizante, anti-inflamatório tópico,
diurético, expectorante e, quando misturado a mel de abelhas e limão, como antimicrobiano para afecções
urinárias e da garganta (LORENZI, MATOS, 2002). Constata-se que a variedade de usos pela população
estudada é muito maior do que a de outros levantamentos, isso pode ser consequência do fato que a
69

copaíba é uma espécie nativa da região ou de variedades próprias da população (MING, 1995; PIERI et
al., 2009).
Apesar dos relatos sobre o potencial farmacológico de Copaifera langsdorffii Desf., com uso das
folha no Vale do Juruena, somente em 2015 foram identificados alguns compostoso química em estudo
fitoquímicos do extrato etanolico H2O 7:3 (v/v) das folhas C. langsdorffii . Os EtOAc-e H2O-fracções
solúveis do extracto forneceu o quercitrina flavonóides (1) e afzelina (2) e 3- O - (3- O -metil-galloyl) de
ácido quínico ( 3 ), respectivamente. O H2O-fracção solúvel mobilado 3,4-di- O - (3- O -metil-galloyl) de
ácido quínico ( 4 ), 3,5-di- O - (galloyl) -4- S - (3- O -metil-galloyl) de ácido quínico ( 5 ), e 3,5-di- O -
(3- O -metil-galloyl) -4-S - (galloyl) quínico ácido ( 6), conforme Figura 9 (NOGUEIRA et al., 2015).

Figura 9. Identificação das fracções de extrato solúveis das folhas de C. langsdorffii

Estudos toxicológicos mostram que o óleo não promove alterações histológicas na bexiga de
ratos (BRITO et al., 1999), mas sua administração por via oral pode induzir gastroplegia (BRITO et al.,
2000). O óleo puro provoca aumento do tamanho das lesões e perda de pelos nas bordas das feridas
(BRITO et al., 1998). Contudo, o tratamento tópico com o óleo resina a 4% promove a aceleração da
cicatrização das feridas in vivo (PAIVA et al., 2002), estimulando aumento da reparação tecidual e
prevenindo necrose (ESTEVÃO et al., 2009). Além disso, atua no reparo de tecidos após pulpotomia em
ratos (LIMA et al., 2011) e é antitumoral (MELO et al., 2011; SANTOS JUNIOR et al, 2009).
O óleo parece ter atividade antioxidante e anti-inflamatória em modelos de isquemia e redução a
necrose de retalhos cutâneos em ratos (SILVA et al., 2009) e na colite aguda (PAIVA et al., 2004). A
farinha produzida a partir da planta promove redução dos níveis de colesterol total e LDL e é
hipoglicemiante (ESTEVES et al., 2011). O óleo-resina de copaíba tem atividade gastroprotetora e
antiulcerogênica nos modelos de úlcera induzida por etanol, indometacina e estresse hipotérmico (KE et
al., 2012; PAIVA et al., 1998) e reduz a atividade inflamatória e edemigênica na colite induzida por ácido
70

acético (PAIVA et al., 2002) através da redução na liberação de citocinas pró-inflamatórias (GELMINIA
et al., 2013).
O óleo é ativo contra bactérias promotoras de cáries, bactérias Gram-positivas e Gramnegativas
(SOUZA et al., 20111; SOUZA et al, 20112; SANTOS et al, 2008). Também tem atividade leishmanicida
(SANTOS et al., 2008) e inseticida contra o Aedes aegypti (MENDONÇA et al., 2005), além de promover
redução significativa da quantidade de acne leve na pele (SILVA et al., 2012). Extratos hidroalcoólicos a
10% da entrecasca das árvores foram ativos contra Proteus mirabilis e Shigella sonnei (GONÇALVES et
al., 2005). O extrato hidroalcoólico das folhas induz a redução na quantidade e massa de cálculos renais
em ratos (BRANCALION et al., 2010; 2012;).
Um pequeno estudo clínico com três pacientes, portadores de psoríase crônica utilizando o óleo-
resina de copaíba por via tópica ou oral constatou melhora dos sintomas da doença, possivelmente por
inibição da translocação nuclear de NF-κβ, e, consequentemente, da secreção de citocinas pró-
inflamatórias (GELMINI et al., 2012). Ainda apresentou atividade inseticida contra Trichogramma
pretiosum e Bacillus thuringiensis, utilizando extrato alcoólico das folhas (25%) em lavoura de tomates
(BARBOSA et al., 2011).

b) Bertholletia excelsa Bonpl.

Popularmente conhecida como castanha-do-pará ou castanha-do-brasil, Bertholletia excelsa é


uma árvore da família Lecythidaceae característica da região amazônica. De grande porte, atinge de 23-
46 m de altura, com galhos e frutos localizados no topo das árvores, folhas simples e alongadas e flores
amarelas. Os frutos são coletadas de 6-10 meses após a floração. O fruto tem cerca de 10-15 cm de
diâmetro, com uma casca exterior mais rígida, arredondada. Cada fruta contém de 12-20 castanhas em
seu interior (SUN et al., 1987). A população do estudo referiu o uso da castanheira 15 vezes, para 18
diferentes enfermidades como cicatrizante, depurativo do sangue, diabetes, diarreia, fígado, impetigo,
insônia, malária, manchas na pele, pano branco, problemas renais, úlcera, virose, colesterol, estimulante
do coração, flatulência, fortificante, varizes, diarréia, fígado, hepatite, agrupando-se em 10 diferentes
categorias de uso, sendo a segunda planta de maior importância relativa do Vale do Juruena (1,70). Em
nenhum levantamento etnobotanico foram encontrados tanto usos referidos em uma única região. A
maioria dos estudos, há referencia apenas do fruto da castanheira como alimento e uso da entrecasca foram
referedos somente para resfriado, inflamação (PANTOJA et al., 2012). A variedade de usos pela
população estudada pode estar relacionada com as enfermidades típicas da região e por ser espécie nativa,
além de ser a maior espécie proveniente do extrativismo da Amazônia.
71

Os frutos de Bertholletia excelsa contêm grandes quantidades de selênio o que se apresenta como
um risco para a intoxicação, considerando que as doses terapêuticas e/ou profiláticas não diferem muito
das doses tóxicas (OLIVEIRA et al., 2007).
Extratos acetônicos e metanólicos das cascas do caule são ativos in vitro contra a forma
tripomastigota e Trypanosoma cruzi, porém em concentrações elevadas, bem como isolados como o ácido
betulínico (CAMPOS et al., 2005). O extrato hidroalcoólico do fruto da castanheira não foi ativo em
ensaios de atividade antibacteriana (GONÇALVES, 2010).
O complexo lipídico composto pela fração graxa do extrato da castanha preenche as lacunas da
camada córnea e promove a formação de um filme que impede a evaporação excessiva de água da pele
ajudando a manter a hidratação da camada transepidérmica. Já a fração insaponificável, na qual se
encontram a maioria dos componentes ativos, tem diversos compostos antioxidantes, como o selênio
(ALFIERI et al., 1998). Outros componentes ativos são as vitaminas lipossolúveis, que têm propriedades
antioxidantes (CRODA, 2003; SCOTTI, VELASCO, 2003). O extrato da casca parece ser
anticarcinogênico, com redução do risco de câncer na mucosa colônia de ratos (SALES, 2007). Também
verificou-se que a suplementação com castanha-do-brasil como fonte de Selenio, tem um papel importante
como agente antiinflamatório e anti-oxidante (STOCKLER-PINTO et al.,2013).
Ensaio clínico randomizado realizado com adolescentesdo sexo feminino com obesidade II com
um grupo com dieta suplementada com castanhas-do-pará x placebo observou melhora do perfil lipídico
e da função microvascular no grupo com ingestão de castanhas, possivelmente devido ao seu alto teor de
ácidos graxos insaturados e substâncias bioativas (MARANHÃO et al., 2011).

c) Aristolochia cymbifera Mart & Zucc.

Pertencente à família Aristolochiaceae e popularmente chamada de Cipó-mil-homem, foi a


segunda planta de maior importância (IR=1.51). É uma planta de hábito herbácea, tem ramos finos e
flexuosos, com a base engrossada com casca corticosa fissurada, folhas simples, de consistência
membranácea, pecioladas, glabras, de 12-20 cm de comprimento. Flores solitárias, com a forma de urna
muito característica, e frutos capsulares elipsoides deiscentes, com inúmeras sementes achatadas. Rizoma
tuberoso (LORENZI, MATOS, 2008).
O tratamento com o extrato da planta não provoca alterações comportamentais ou morte de
animais (ALVIANO et al., 2008). O ácido aristoloquico, presente nas folhas e raízes de Aristolochia
cymbifera, é uma substância potencialmente tóxica, não sendo recomendado seu uso interno (EFSA,
2009).
72

O extrato do rizoma de Aristolochia cymbifera é antibacteriano (ALONSO e


DESMARCHELIER, 2006), anti-séptico (ALVIANO et al., 2008), fungicida (TEMPONE et al., 2010),
anti-leishmania (SATORELLI et al, 2010) e anti-chagásico (TEMPONE et al.,
2010). Além de ativo contra bactérias cariogênicas, é capaz de reduzir a formação de biofilme
(ALVIANO et al., 2008).
Os extratos das folhas verdes de Aristolochia cymbifera têm ação anti-inflamatória e possível
induzem de leucopenia. Apesar de sua efetividade, provoca um grave dano na área durante a fase inicial
do processo inflamatório, além de mumificação da pele de coelhos. O extrato também tem atividade
antiofídica (ALONSO, DESMARCHELIER, 2006). Além de mostrar promissora atividade antirrotavirus
(DINIZ et al., 2012).

d) Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen

Arbusto nativo do pantanal pertencente à família Amaranthaceae, Pfaffia glomerata é originária


de regiões tropicais e subtropicais; nasce em todo o país, é perene, ocorre em orlas de matas, beiras de
rios, capoeiras úmidas e campos rupestres. São subarbustivas ou arbustivas, com caules eretos ou semi-
eretos, geralmente ocos, glabros ou levemente pilosos, com 0,5 a 2,5 m de altura, possui raiz tuberosa e
geralmente bifurcada, como do ginseng do Oriente, daí o nome ginseng brasileiro. As folhas são opostas,
ovado-lanceoladas ou ovadooblongas e pilosas; quando novas são largas e aquelas próximas das
inflorescências são estreitas (PANIZZA, 1997; LORENZI, MATOS, 2002).
Foi citada pela população do estudo para tratar 10 categorias de doenças, abrangendo 13
diferentes enfermidades (IR= 1.47) como inflamação, câncer, cicatrizante, colesterol, diabetes, dores
locais, fígado, gripe, impotência sexual, infecção na garganta, palpitação, problemas estomacais,
reumatismo.
O extrato liofilizado das raízes de Pfaffia glomerata não induz anormalidades ou mortalidade na
avaliação de toxicidade aguda ou crônica. Na avaliação de toxicidade crônica, apesar de alterar
amplamente os dados bioqímicos, com diminuição dos níveis de uréia e creatinina nos machos, aumento
dos níveis de CPK nos machos e aumentos significantes de bilirrubinas em machos e fêmeas, não interfere
na evolução ponderal ou alterações anatomopatológicas (MARQUES et al., 2004).
O extrato hidroetanólico das raízes é anti-inflamatório, analgésico e antioxidante em modelo de
edema de pata por carragenina (Neto et al., 2005 Daniel et al., 2005). Além disso, tem ação anti-
edemigênica, relacionada a aumento da produção de óxido nítrico (Teixeira et al., 2006), e ação
antinociceptiva para dor visceral (FREITAS et al., 2009). Sua atividade antioxidante depende de
condições de pressão e temperatura, variando de pró-oxidante a antioxidante (LEAL et al., 2010). O
73

extrato hidroetanólico das raízes de Pfaffia glomerata também parece ser gastroprotetor, reduzindo a
secreção ácida (FREITAS et al., 2003). Efeito semelhante também é observado para o extrato aquoso
(FREITAS et al., 2004).
O extrato alcoólico da raiz interfere no Sistema Nervoso Central, induzindo desde a latência do
sono à amnésia (DE-PARIS et al., 2000), atuando de modo bifásico (VIGO et al., 2003). Além disso,
melhora a memória e aprendizagem de ratos idosos tratados cronicamente (MARQUES, 1998).
Apesar de não ter atividade antibacteriana (VIGO et al., 2003) e anti-Trypanosoma cruzi, o
extrato hidroalcoólico das raízes é relativamente ativo contra Leishmania braziliensis (V.) (NETO et al.,
2004). Ademais, saponinas e o ácido pfáffico isolado das raízes parecem ser antitumorais (TAKEMOTO,
1983).
Em um pequeno ensaio clínico, foi observado que o extrato das raízes provoca algum prejuízo na
praxia e orientação de voluntários normais e melhora no desempenho desses voluntários em modelos
psicométricos de memória de curto prazo e memória declarativa (MARQUES, 1998).

e) Echinodorus macrophyllus (Kunth.) Micheli

Pertencente à e de nome popular “Chapéu-de-couro”, tem porte herbácea e é chapéudecouro planta


medicinal nativa do pantanal da família Alismataceae, é uma espécie herbáceas e perene, mantêm suas
partes inferiores imersas e expõem suas folhas e inflorescências que ocorrem principalmente nas margens
de rios, lagos, canais de drenagem e baixadas pantanosas conseguindo sobreviver totalmente imersas por
um certo período, porém não florescem, conhecida como aquáticas emergentes. Suas flores são brancas
com manchas amareladas na parte basal, apresentam infrutescências arredondadas de coloração castanha
na maturação, foram referidas pela população do Vale do Juruena para 14 diferentes enfermidades sendo
antiinflamatório, bexiga, depurativo do sangue, diurético, dores locais, equisema, espinhas, feridas, fígado,
hipertensão arterial, infecção urinária, infecção uterina, pele, reumatismo (IR=1.43). Os principais
constituintes químicos encontrados nesta família foram taninos, flavonóides, triterpenos, glicosídeos,
equinodorosídeos, essências e sais minerais (MARTINS et al., 1995; LAINETTI, BRITO, 1980).
O extrato aquoso das folhas de Echinodorus macrophyllus é mutagênico e genotóxico em ensaios
bacterianos de curto prazo, provavelmente pela produção de espécies reativas de oxigênio que atuam sobre
as purinas (VIDAL et al., 2010). O extrato aquoso das folhas, após tratamento por 6 semanas, induz défice
de ganho ponderal e, apesar de não ser genotóxico para células hepáticas ou sanguíneas, provoca dano ao
DNA de células renais em altas doses (LOPES et al., 2000). Em ratas prenhes, além de hepatotóxico,
aumenta o número de abortos e cistos, bem como induz hepatomegalia branda fetal (TOLEDO et al., 2004).
74

O extrato bruto metanólico das folhas não tem atividade antimicrobiana, ao passo que o extrato
cetônico é ativo contra bactérias gram-positivas e negativas (BABICZ et al., 2005).
O extrato etanólico das folhas provoca inibição acentuada na migração de leucócitos in vivo e
redução do volume de exsudato (TANUS-RAGEL et al., 2010), além de importante atividade
imunossupressora, inibindo a proliferação de células B e o desenvolvimento de hipersensibilidade tardia
(PINTO et al., 2007).
O extrato hidroetanólico das folhas tem atividade antidiurética e efeito nefroprotetor na lesão renal
aguda induzida por gentamicina (PORTELLA et al., 2012).

f) Herreria salsaparilha Mart.

De nome vulgar “salsaparrilha”, é uma herbácea da família Asparagaceae citada para 9 categorias
de doenças e distribuídas entre 13 diferentes tipos de agravos com IR=1.38, sendo antimicrobiana a
enfermidade mais relatada para essa espécie além de anti-inflamatório, depurativo do sangue, bexiga,
espinha, feridas, fígado, gripe, infecção na pele, intestino, leishmaniose, reumatismo, rins, sangue.
Não foram encontrados estudos avaliando a toxicidade desta espécie, exceto pela sua potente
atividade contra alguns tipos de células tumorais (COPPEDE et al., 2012).
O extrato metanólico das folhas não apresenta efeito larvicida via ingestão em Spodoptera
frugiperda e também não afeta a duração remanescente da fase larval (NEGREIROS, RIEDER, 2009).
O extrato etanólico da raiz e suas frações aquosa e orgânica são ativos contra Staphylococcus
aureus, sendo a fração orgânica ativa também contra uma cepa resistente. O extrato bruto e sua fração
orgânica são ativos contra células de câncer de colo uterino e melanoma (COPPEDE et al., 2012).

g) Chenopodium ambrosioides L.

Pertence a família Amaranthaceae, é herbácea conhecida como Erva-de-santa-maria (IR=1,33) foi


citada inúmeras vezes pela população do Vale Juruena, para tratamento de diferentes agravos como
antibiótico, cicatrizante, dores locais, estômago, fratura óssea, gastrite, gripe, hepatite, inchaço, infecção
na pele e verme, em outros levantamentos houve citações semelhantes como foram auxílio na cicatrização,
ação anti-inflamatória, antimicrobiana, antihelmíntica e atividade leishmanicida.
O óleo essencial tem toxicidade moderada em macrófagos de ratos BALB (MONZOTE et al.,
2006; 2009). Enquanto o extrato aquoso das folhas causa diminuição do peso, congestão pulmonar,
metaplasia da mucosa estomacal e necrose dos túbulos renais de ratos tratados cronicamente (AMOLE,
75

IZEGBU, 2005). Além disso, o extrato aquoso das partes aéreas é genotóxico, induzindo aberrações
cromossômicas, trocas de cromátides irmãs, alterações de cinética de proliferação celular e de índices
mitóticos em linfócitos humanos (GADANO et al., 2002).
O extrato metanólico das folhas tem efeito antidiabético em camundongos, com redução dos níveis
glicêmicos (SONG et al., 2011) e também tem ação anti-inflamatória no edema de pata por carragenina e
analgésica no método da placa quente (IBIRONKE, AJIBOYE, 2007). O extrato aquoso das folhas tem
ação antipirética e analgésica (HALLAL et al., 2010).
O extrato hidroalcoólico das folhas estimula o recrutamento e proliferação macrofágicos,
efetuando uma imunomodulação positiva do organismo (CRUZ et al., 2007), o que poderia explicar, pelo
menos em parte, a atividade antitumoral desta planta (NASCIMENTO et al., 2006; RUFFA et al., 2002).
Foram obtidos nos EUA, eficácia similar ao tiabendazole, com uso do óleo essencial de Chenopodium
ambrosioides (0,2 mL/kg de peso vivo), verificandse a inibição da eclosão dos ovos de Haemonchus
contortus (Ketzis et al., 2002).
Chenopodium ambrosioides presents antimicrobial properties (Tettegah et al., 2011),
micobactérias (LALL, MEYER, 1999) e leveduras, dermatófitos e outros fungos filamentosos (CORREA-
ROYERO et al., 2010; DELESPAUL et al., 2000; KISHORE et al., 1996; PRASAD et al., 2009; VARGAS
et al., 1997). O óleo essencial e os extratos hidroalcoólicos têm ação antiLeishmania (BEZERRA et al.,
2006; MONZOTE et al., 2006; 2007; 2009, PATRÍCIO et al., 2008). Apesar de demonstrar atividade contra
Ancylostoma caninum em cães e Caenorhabditis elegans em ratos (SMILLIE, PESSOA, 1924;
MACDONALD et al., 2004), não é ativo contra adultos de Necator, Trichuris e Ascaris (KLIKS, 1985).
Também teve exelente atividade cicatrizante de feridas (SÉRVIO et al., 2011) e ainda apresentou atividade
insetictida, utilizando extrato alcoólico das folhas (25%) em lavoura de tomates (BARBOSA et al., 2011).

h) Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne

Hymenaea stigonocarpa, popularmente conhecida como “Jatobá”, é uma árvore nativa da família
Fabaceaecitada para 8 diferentes atividades farmacológicas e 13 enfermidades, com (IR = 1,3). A
populução do Vale Juruena utiliza e conhece esse espécie para problemas intestinais, anemia, bronquite,
câncer de próstata, cicatrizante, depurativo do sangue, enfisema pulmonar, fortificante, fortificante dos
pulmões, gripe, má-digestão, tirar mancha, tosse. Em outras comunidades é utilizada para sanar condições
do trato gastrointestinal, como diarréia e úlceras, e também para dor e inflamação, além de estimular o
apetite.
76

A Hymenaea stigonocarpa é uma árvore que atingem dimensões próximas de 20 m de altura e 50


cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo), na idade adulta.
O extrato metanólico do caule e a polpa do fruto de Hymenaea stigonocarpa não parecem ser
tóxicos, pelo menos em administrações por período igual ou menor a 14 dias (ORSI et al., 2012).
O extrato metanólico do caule tem efeito antidiarreico, gastroprotetor e cicatrizante em úlceras
duodenais e gástricas, enquanto a dieta com a polpa do fruto de Hymenaea stigonocarpa tem efeitos de
cura duodenal (ORSI et al., 2012). O extrato acetato de etila do cerne de jatoba tem potencial antioxidante
(MARANHÃO et al., 2013).

i) Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm.

Popularmente conhecida como “cerejeira”, pertence à família Fabaceae e foi citada para 11
diferentes tipos de enfermidade abrangendo 8 categorias da CID (IR=1.21). Foi a espécie mais citada para
tratamento de tosse crônica, asma e bronquite. Mas também relatada para problemas de cólicas menstruais,
diarréia, estômago, febre, fígado, fratura óssea, garganta, gripe (x), hipertensão arterial, má-digestão.
É uma árvore pequena na Caatinga, de 4 a 10 m e de 20 m na mata pluvial, caducifólia. A casca é
vermelho-pardacenta, lisa suberosa e fina, com 7 mm de espessura, descamando em lâminas delgadas. A
ramificação é dicotômica. Copa achatada e curta na Caatinga e alta, larga e umbeliforme na floresta
(ROSSI, 2008). A administração subcrônica do extrato hidroalcoólico de Amburana cearensis a ratos
provoca apenas neutrofilia com aumento de alanina-aminotransferase nos machos e diminuição da
creatinina sérica nas fêmeas (LEAL et al., 2003).
O extrato etanólico da entrecasca tem propriedades antinociceptivas (OLIVEIRA et al., 2009),
anti-inflamatórias e relaxante muscular (LEAL et al., 2003). Além disso, tem propriedades
imunomoduladoras em modelos de asma (MARINHO et al., 2004).

j) Croton urucurana Baill.

Pertence a família Euphorbiaceae, a árvore popularmente conhecida como “sangrad‘água” foi citada para
7 diferentes atividades farmacológicas e 13 enfermidades (IR=1,2).

As citações variam desde sua atividade antimicrobiana a anticancerígeno. Além de uso para
cicatrização, depurativo do sangue, estômago, gastrite, hipertensão arterial, infecção na pele, infecção
urinária, infecção uterina, próstata, rins, sangramento, úlcera.
77

A seiva parece ter baixo potencial tóxico (RAO et al., 2007) e o extrato metanólico não parece
ser tóxico agudamente, pois não interfere nos hábitos e comportamentos de ratas tratadas, nem é capaz de
provocar modificações de peso ou alterações nos órgãos (CORDEIRO et al., 2012).
Em ensaios in vitro, diferentes partes de Croton urucurana contra bactérias e Plasmodium
falciparum, porém inativas frente a Leishmania chagasi e Trypanosoma cruzi (ALBERNAZ, 2010). Além
disso, inibe o crescimento de dermatófitos (GURGEL et al., 2005) e bactérias Gram-positivas e negativas
(OLIVEIRA et al., 2008; PERES et al., 1997).

O extrato metanólico de Croton. urucurana tem efeito gastroprotetor, aparentemente reduzindo a


produção de ácido e aumentando a produção de muco (CORDEIRO et al., 2012). A seiva tem importante
ação antidiarreica, reduzindo a incidência de diarreia induzida por óleo de rícino, controlando o acúmulo
de líquido intestinal induzido pela toxina do cólera e interferindo no trânsito intestinal (GURGEL et al.,
2001). Além disso, a seiva de Croton urucurana é capaz de atenuar a nocicepção visceral em camundongos,
com um possível mecanismo opioide, não relacionado à sedação (RAO et al., 2007) e também auxilia na
cicatrização de feridas (PIETERS et al., 1995). O extrato aquoso também interfere na atividade hemorrágica
desencadeada pelo veneno de Bothrops jararaca (ESMERALDINO, 2005) e o óleo essencial tem potencial
antioxidante (SIMIONATTO et al., 2007).

k) Uncaria guianensis (Aubl.) J.F. Gmel.

Da família Rubiaceae, com nome vernacular “Unha-de-gato”, é uma trepadeira (IR=1,15),


evidencia um tamanho do cipó variando entre 5 e 10 m, com diâmetro entre 4 e 15 cm na base. Normalmente
os cipós são mais rasteiros que trepadores em virtude dos espinhos em forma de “chifre de carneiro” com
a ponta dobrada para dentro, o que dificulta sua aderência às arvores. Uncaria guianensis é uma espécie
considerada heliófita efêmera e invasora de capoeiras de vegetação arbustiva e com alta capacidade de
autoregeneração natural (Quevedo, 1995).
Existe uma grande variedade de espécies conhecidas como Unha-de-gato, tanto no Brasil como em outros
países. São grandes trepadeiras lenhosas que podem atingir até 100 pés de altura no dossel, com folhas
simples, oblonga ovadas opostas de coloração verde claro com presença de estípulas interpeciolares e
espinhos axilares maciços lenhosos levemente curvados, seu caule com textura fibrosa-laminar coloração
mesclada de marrom avermelhado e creme. A pricipal característica que diferencia essa espécie das demais
Uncarias é pela forma de seus espinhos em forma de “chifre de carneiro” com a ponta dobrada para dentro.
Devido a grande confusão existente entre a espécie Uncaria guianensis e a tomentosa vale a pena obersar
no Figura 10, as principais diferenças (SHANLEY, 2005).
78

Figura. 10. Diferenças entre as espécies unhas-de-gato do gênero Uncaria.

Foi citada pelos informantes da pesquisa para problemas de cistos no ovário, infecção na
garganta, depurativo do sangue, Diabetes, diarréia, diverticulite, infecção na bexiga, infecção nos ovários,
infecção renal, infecção uterina, inflamação da próstata, reumatismo, tosse, úlcera gástrica.
Estudo revelam a presença de flavonóides com atividade (YÉPEZ et al., 1991;
VILLACHICA et al., 1998) e a presença de proantocianidina (tanino) ambas com atividade
antioxidantes. O uso por 4 semanas de Uncaria guianensis por pacientes com artrite no joelho não
provoca alterações de parâmetros hematológicos ou de função hepática, nem tem efeitos colaterais
significativos quando comparado ao placebo (PISCOYA, 2001). Os compostos uncarina C e E, isolados
a partir do caule de Uncaria guianensis, danificam fracamente o DNA de leveduras (LEE et al., 1999).
O extrato etanólico das folhas de Uncaria guianensis inibe o recrutamento de leucócitos e
neutrófilos no derrame pleural induzido por LPS e também o edema de pata induzido por ovoalbumina,
tendo atividades anti-inflamatória e antialérgica (CARVALHO et al., 2006). Essa espécie também é
ativa contra bactérias Gram-positivas e negativas (CORREIA et al., 2008; RODRIGUEZ et al., 2011) e
também tem um grande potencial antioxidante (MILLER et al., 2001; SANDOVAL et al., 2002),
atenuando a necrose celular associada ao peroxinitrito e ao peróxido de hidrogênio (MILLER et al.,
2001).
Em ensaio randomizado controlado com pacientes com osteoartrite do joelho de uma
79

associação de Uncaria guianensis com um suplemento, não foi encontrada melhora significativa em
relação ao grupo placebo (MILLER et al., 2005). Por outro lado, Piscoya e colaboradores (2001), em
um ensaio menor com pacientes com osteortrite de joelho observaram melhora significativa da dor
associada a atividade e das escalas de avaliação do paciente já na primeira semana de terapia, porém
sem redução significativa da dor em repouso ou da circunferência do joelho.

l) Bowdichia virgilioides Kunth

Árvore popularmente conhecida como “Sucupira”, da família Fabaceae (IR=1.12), com 22


de diferentes enfermidades para 7 diferentes atividades farmacológicas e 11 agravos mais aplicados
pelos inforomantes do Vale do Juruena como atividade antiinflamatório, antibiótico, circulação, dores
locais, garganta, gastrite, gripe, infecção na garganta, inflamação na garganta, reumatismo, rins.
Sua casca é tradicionalmente usada para a cura de feridas, como agentes anti-úlcera
(MACEDO, FERREIRA, 2004), enquanto que as sementes são utilizadas no tratamento de reumatismo,
artrite e doenças de pele (CRUZ, 1965), ainda inclui-se malária (DEHARO et al., 2001), e Diabetes
(MACEDO e FERREIRA 2004; BARBOSA-FILHO et al., 2005) e antimicrobiana (ALMEIDA et al.,
2006).
O extrato aquoso da entrecasca de Bowdichia virgilioides tem baixa toxicidade quando
administrado agudamente a camundongos, enquanto o extrato aquoso das folhas parece ser um pouco
mais tóxico (THOMAZZ, 2010).
Bowdichia virgilioides possui ação inibidora da enzima acetilcolinesterase (BARBOSA
FILHO2 et al., 2006) e os extratos aquosos da casca interna e das folhas têm atividade antinociceptiva em
diversos modelos de dor (SILVA, 2009; THOMAZZ, 2010). Contudo, não parece ser ativa no modelo da
placa quente e na reação de formalina em ratos inibe apenas a dor inflamatória (THOMAZZ, 2010).
Atividade antinociceptiva semelhante já foi observada para o extrato etanólico (BARROS et al., 2010).
Tanto o extrato aquoso das folhas quanto o extrato aquoso da casca interna têm efeitos
antiinflamtórios no edema de pata e na peritonite induzidos por carragenina em ratos (THOMAZZ, 2010).
O extrato etanólico, por sua vez, também inibe a formação de edema de pata induzido por carragenina e
inibe o aumento da permeabilidade vascular na resposta inflamatória, além de inibir a pleurisia por
carragenina e a formação de granulomas por pellets de algodão (BARROS, et al., 2010).

Bowdichia virgilioides parece ser antioxidante (THOMAZZ, 2010) e é ativa contra bactérias
(ALMEIDA et al., 2006; SILVA JUNIOR et al., 2009) e Plasmodium falciparum (DEHARO et al., 2001).
80

m) Pterodon emarginatus Vogel

De nome popular sucupira-branca (IR=1,12), esta espécie da família Fabaceae, tem suas
cascas, frutas, sementes e folhas utilizada como antiinflamatório, antibiótico, circulação, dores locais,
gastrite, gripe, infecção na garganta, inflamação na garganta, reumatismo, rins. Foram citadas em outros
estudos como para tratamento de reumatismo, infecções de garganta, dores na coluna, disfunções
respiratórias e como depurativo e tônico (MORAES et al., 2012).
Baixas concentrações do extrato da casca provocam níveis importantes de hemólise
(TOLEDO et al., 2011). O extrato hexânico das sementes inibe a migração neutrofílica na peritonite por
carragenina e a formação de granulomas por pellet de algodão, além de inibir os edemas induzidos por
carragenina e nistatina, mas não os edemas induzidos por histamina e dextrana (CARVALHO et al.,
1999). A espécie Pterodon emarginatus também inibe as fases neurogênica e inflamatória do teste da
formalina, sem contudo alterar o teste da placa quente (GALCERAN et al., 2011). Outros extratos e suas
frações, além do óleo essencial, têm atividades antiinflamatória e antinociceptiva semelhantes (DUTRA
et al., 2008; MORAES et al., 2012). O óleo essencial e algumas frações de Pterodon emarginatus
aceleram a cicatrização de feridas com diminuição no número de células inflamatórias, aumento no
número de fibroblastos e vasos sanguíneos (DUTRA et al., 2009).

n) Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

Árvore da família Bignoniaceae, popularmente chamada de “Ipê-roxo” (IR=1.11), foi citada


para o tratamento de sífilis, malária, infecções cutâneas, febre, câncer e desordens gastrointestinais,
antibiótico, câncer, depurativo do sangue, estômago, hemorragia vaginal, infecção na bexiga, infecção na
garganta, infecção no ovário, infecção uterina, malária, osteoporose, mioma uterino e reumatismo. A casca
de troncos e galhos, bem como as flores são citotóxicas, sendo a última genotóxica (MULLER et al., 1999;
CRAGG e NEWMAN, 2005; LEMOS et al., 2012;).

Diferentes extratos obtidos a partir da planta têm atividade antimicrobiana (ANESINI,


PEREZ, 1993; PARK et al., 2005; PARK et al., 2006; SCHMIDT et al., 2010). O extrato da casca parece
ser antioxidante (PARK et al., 2003) e outros extratos são capazes de inibir a lipase de camundongos
(MOLLER et al., 2009) e a agregação plaquetária (SON et al., 2006).
81

5.3.3. Fator de Consenso do Informante (FCI)

Os resultados obtidos na analise de FCIs, fornecem informações importantes para futuros


estudos etnofarmacológicos específicos sendo um forte indicativo de estudos para elucidações químico
farmacológico propiciando uma melhor escolha baseada no conhecimento tradicional.

Os padrões de classificações dos sistemas corporais podem ser classificados conforme


abordagem da pesquisa, onde identificamos 3 importantes padrões de classificação, utilizou-se nessa
pesquisa os três modelos para observar quais os sistemas corporais e espécies de plantas medicinais seriam
mais prevalentes, utilizando o FCI. A primeira foi a classificação CID-10 (Tabela 5), a segunda seguiu a
classificação Emica (Tabela 6) e a terceira a classificão Look-Kew (Tabela 7).

Os altos valores de FCI encontrados em cada sistema corporal (SC) refletem os elevados
graus de homogeneidade no consenso entre os informadores dos municípios do Vale do Juruena sobre a
utilização terapêutica nos diferentes sistemas de um conjunto de plantas medicinais, indicando que a
biodiversidade medicinal da Amazônia Legal, é considerado extremamente eficaz. O menor valor FCI (0),
encontrado na categoria dos olhos e anexos e ouvidos da apófise e mastoide, demonstram portanto a não-
homogeneidade marcante essa categoria de consenso e pode ser um indicativo da falta de um uso
específico para um conjunto de espécies. De acordo com Neves et al. (2009), o baixo FCI também pode
ser devido à disponibilidade de medicamentos sintéticos, que representam uma melhor alternativa que
plantas medicinais.

O FCI analisa se cada categoria de uso é o relativamente elevado, sugerindo troca de informações
ou conhecimento comum entre a população do Vale do Juruena sobre plantas medicinais ou aparente
eficacia destas plantas. Isso pode estar relacionado ao modo de transmissão das informações no Vale do
Juruena (principalmente através dos pais) e/ou porque os informantes da amostra, tinham vivido por um
período considerável (mais de 5 anos) nesta Região (BIESKI et al., 2010).
A primeira análise foi baseada na classificação emica (Tabela 5) verficando a alta e baixa citação
de uso das plantas em cada sistema corporal. Conforme verifica-se na Tabela 5, o FCI variou de 0,14-
0,85, sendo que as categorias de uso com maiores FCI foram, Complicações Respiratórias (RE, FCI=0,85),
com destaque para a Mentha x piperita L. além de outras 115 diferentes espécies e 818 citações de uso.
Para problemas Gástricos (GA, FCI=0,81), Plectranthus barbatus Andrews, foi a espécie mais utilizada
e em doenças da Pele (DE, FCI=0,76) Aloe vera (L.) Burm. f. foi a mais utilizada. As plantas introduzidas
na América do Sul são na maioria espécies exóticas e são utilizadas nos tratamentos de problemas
respiratórios e de pele (BENNETT, PRANCE, 2000).
82

Na categoria de uso com menor FCI foi Sindore ligada a cultura (CU, FCI=0,14), onde houve
apenas 7 espécies citadas com 8 citações de usos, observa-se que as espécies mais citadas são exóticas,
isso demostra efeitos da globalização no intercâmbio de informações (LEONTI, CASU, 2013).
Atualmente também observa-se nas farmacopeias locais e globais forte intercambio de informação
e interesses comerciais nacionais e internacionais através da imprensa escrita, a televisão, a World Wide
Web, que pode estar influenciando o uso de 35,6% das espécies exóticas encontradas neste estudo, uma
vez que o número insignificante dos informantes relataram sobre a aquisição de informações sobre plantas
medicinais através de meios de comunicação ou da internet, enquanto maior conhecimento das espécies,
se deu por parte da tradicionalidade de uso seus familiares, demonstrando que a maioria do uso de espécies
nativas (64,4%), apesar de maior não é muito intercambializada entre os informantes da pesquisa.
É notável nessa pesquisa, as plantas exóticas, ser também mais comuns em vários outros estudos
para as mesmas categorias tipo em muitas comunidades extensivamente usar tanto exóticas e mesmo assim
ter prevalência de plantas nativas (ABOUZID, MOHAMED, 2011; VÁZQUEZ-JUÁREZ at al., 2013;
SAVIKIN et al., 2013).
A ampla utilização de Bidens pilosa comumente encontrada é devida a distribuição global nas
regiões temperadas e tropicais, como na América, África, Ásia e Oceania (BARTOLOME et al., 2013).
Ligados a cultura síndrome cultural (0,14), a espécie Ruta graveolens, também foi a espécie mais
mencionadas por (OLIVEIRA, TROVÃO, 2009) na utilização pelos rezadores/benzedores.

Tabela 5. Análise quantitativa etnobotânica com o Fator de Consenso do Informante (FCI) para as 12 Categoria de
usos Emica mencionados pelos informantes, Vale do Juruena, Mato Grosso, Amazônia Legal, Brazil.
ID. Sigla Espécie mais citada N. de N. de Citações Citações FCI
Emica espécies Espécies(%) de Uso de Uso
(%)
1 RE Mentha x piperita L. 116 34,00 818 20,60 0,85
2 GA Plectranthus barbatus Andrews 154 46,75 839 21,13 0,81
3 DE Aloe vera (L.) Burm. f. 94 28,11 401 10,10 0,76
4 SM Gossypium barbadense L. 62 18,64 248 6,25 0,75
5 UR Phyllanthus niruri L. 88 25,74 347 8,74 0,74
6 FI Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. 131 39,05 421 10,60 0,68
7 OF Ruta graveolens L. 3 0,89 7 0,18 0,60
8 ME Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. 79 23,67 198 4,99 0,57
9 VE Jatropha elliptica (Poh) Oken 3 0,89 6 0,15 0,55
10 DI Bauhinia forficata L. 22 6,51 39 0,98 0,40
11 CU Ruta graveolens L. 7 2,07 8 0,20 0,14
12 DU Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc 145 42,31 641 16,17 NA
Legenda: ID – ordem de identificação; Classisficação emcia: GA -Transtornos Gástricos; RE - Complicações Respiratórias;
FE-Febre e dores; DE-Doenças da Pele; GU-Problemas Geniturinário; SM-Saúde da Mulher; ME-Transtornos
musculoesquelético; DI-Diabetes; CU-Síndromes ligadas à cultura; OF-Complicações oftálmicas; VE-Animais Venenosos;
DU-Diferentes usos.
83

Os valores de FCI obtidos conforme classificação do CID-10 (Tabela 6), para as categorias
relatadas variaram de 0,26 a 0,88, indicando forte grau de conhecimento compartilhado no tratamento da
doença com plantas medicinais. O maior FCI (0,88) foi marcado para categoria de doenças “afecções
originadas no período perinatal” que podem indicar alta incidência deste tipo de doenças na região; Bidens
pilosa L. (18 citações) foi registrada entre os remédios de plantas indicada para este uso. Transtornos
mentais e comportamentais registrou o segundo maior valor de FCI (0,84) 28 espécies citadas e 174 citações
de uso, sendo os principais para, depressão, calmante e insônia, Lippia alba L. (erva-cidreira). Doenças do
aparelho respiratório foram registrado com o terceiro grupo (0,82) com 95 plantas citadas e 520 citações
com destaque para as espécies Mentha pulegium, enquanto que o quarto nível de valores de FCI (0,76), foi
registrado para as doenças do aparelho geniturinário. O que é considerado alto e semelhantes aos
encontrados em outros estudos realizados em Mato Grosso (BIESKI et al., 2012).

Tabela 6. Análise quantitativa ethnobotanica com o Fator de Consenso do Informante (FCI) para Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) mencionados pelos informantes.
ID Sigla Espécie mais citada N. de N. de Citações Citações de FCI
CID-10 Espécies Espécies de Uso Uso (%)
%
1 APP Bidens pilosa 3 0,90 18 0,52 0,88
2 DMC Lippia alba 28 8,43 174 5,05 0,84
3 DSR Mentha pulegium 95 28,61 520 15,10 0,82
4 DSG Gossypium barbadense 125 37,65 526 15,30 0,76
5 SND Plectranthus barbatus 145 43,67 578 16,77 0,75
6 DSD Plectranthus barbatus 120 36,14 463 13,40 0,74
7 DIP Mentha x piperita 111 33,43 406 11,80 0,73
8 DSC Rosmarinus officinalis 53 15,96 167 4,84 0,69
9 LEV Aloe barbadensis 79 23,80 232 6,73 0,66
10 DSH Bidens pilosa 24 7,23 59 1,71 0,60
11 DSO Bowdichia virgilioides 66 19,88 142 4,12 0,54
12 DEM Bertholletia excelsa 26 7,83 52 1,50 0,51
13 GPP Bauhinia cf ungulata 25 7,53 39 1,13 0,37
14 DSP Aloe barbadensis 26 7,83 36 1,04 0,28
15 NEO Aloe barbadensis /Tabebuia 20 27 0,80 0,26
impetiginosa 6,02
16 DOA - 3 0,90 3 0,08 0,0
17 DOM - 4 1,20 4 0,11 0,0
LEGENDA: ID – ordem de identificação; CID-10- Classificação internacional de doenças; DIP-Algumas doenças infecciosas
e parasitárias; NEO-Neoplasias; DSH-Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários; DEM-
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas; DMC-Transtornos mentais e comportamentais; SNC-Doenças do sistema
nervoso; DOA- Doenças do olho e anexos; DOM-Doenças do ouvido e da apófise mastoide; DSC-Doenças do aparelho
circulatório; DSR-Doenças do aparelho respiratório; DSD-Doenças do aparelho digestivo; DSP- Doenças da pele e do tecido
subcutâneo; DSO-Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo; DSG-Doenças do aparelho geniturinário; GPP-
Gravidez, parto e puerpério; APP-Algumas afecções originadas no período perinatal; SND-Sintomas, sinais e achados anormais
de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte; LEV-Lesões, envenenamentos e algumas outras
consequências de causas externas.
84

Os valores de FCI obtidos conforme classificação do Cook-Kew (Tabela 7), abrangeram 21


diferentes categorias de uso, variando de 0,20 a 0,87, indicando forte grau de conhecimento compartilhado
no tratamento da doença com plantas medicinais. A espécie Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc foi a mais
utilizada com maior homegenidade de uso nas doenças do sistema nervoso (FCI=0,87) corroborando com
Blanco et al. (2009) que sugerem que o efeito ansiolítico é mediado por GABA, complexo receptor
benzodiazepina e também para problemas mentais (FCI=0,63), corraborando com Costa et al. (2011). Foi
uma espécie de elevado uso referido (104), e obteve um valor de IR-1,07, foi destaque no grupo
taxonômico das Comelinídeas, possui uma diversidade de uso (gripe, infecção na garganta, bronquite,
pneumonia, depurativo do sangue, digestivo, dores locais, calmante, depressão, hipertensão arterial e
insônia) devido seus ricos metabólitos secundários principalmente os compostos flavonoides, tanino e
fenólico, óleo essencial.

Tabela 7. Análise quantitativa etnobotânica com o Fator de Consenso do Informante (FCI) para as 21 Categorias de
usos conforme Classificação Cook-Kew, mencionados pelos informantes, Vale do Juruena, Mato Grosso, Amazonia
Legal, Brazil.
ID. SIGLA-Cook Espécies mais cidadas Plantas % Use %p FCI
Kew Pantas
1 NER Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc 22 6,53 162 4,08 0,87
2 INF Mentha x piperita L. 134 39,76 752 18,93 0,82
3 DIG Plectranthus barbatus Andrews 137 40,65 679 17,09 0,80
4 INJ Chenopodium ambrosioides L. 86 25,52 358 9,01 0,76
5 CIR Rosmarinus officinalis L. 45 13,35 157 3,95 0,72
6 RES Copaifera langsdorffii Desf. 59 17,51 188 4,73 0,69
7 MET Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc 26 7,72 68 1,71 0,63
8 SAG Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne. (10) e 23 6,82 58 1,46 0,61
Bidens pilosa L. (10)
9 DOR Plectranthus barbatus Andrews 99 29,38 254 6,39 0,61
10 TME Citrus limon (L.) Osbeck 10 2,97 23 0,58 0,59
11 MUS Chenopodium ambrosioides L. 58 17,21 136 3,42 0,58
12 NUT Baccharis crispa Spreng. 25 7,42 46 1,16 0,47
13 GEN Phyllanthus niruri L. 43 12,76 78 1,96 0,45
14 END Bauhinia aculeata L. 23 6,82 39 0,98 0,42
15 IFL Alternanthera brasiliana (L.)Kuntze 46 13,65 70 1,76 0,35
16 NEO Handroanthus impetiginosus (Mart. (3) ex DC.) 22 6,53 31 0,78 0,30
Mattos e Synadenium grantii Hook. f. (3)
17 DEP Aloe vera (L.) Burm. f. 17 5,04 23 0,58 0,27
18 ENV Carica papaya L. 12 3,56 16 0,40 0,27
19 TGP Pimpinella anisum L. 5 1,48 6 0,15 0,20
20 IMU Ipomoea imperati (Vahl) Griseb. e Psidium 2 0,59 2 0,05 0,00
guajava L.
21 MSE Gossypium barbadense L. 173 51,34 827 20,82 0,80
NER-Sistema Nervoso; INF-Infeções e infestações; DIG-Sistema Digestivo; INJ-Injuria; CIR- Sistema Circulatório; RES-
Sistema Respiratório; MET-Sistema Metabolico; SAG-sistema sanguíneo; DOR-Dor; MET-Sistema Mental; MUS-Sistema
85

Musculo esquelético; NUT-Sistema nutricional; GEN-Sistema Geniturinario; END-Sistema Endócrino; IFL-Inflamação; NEO-
Neoplasias; MUS- Sistema Musculo esquelético; ENV-Envenenamento; TGP-Transtorno da gravidez ou pós-parto; IMU-
Transtorno do Sistema Imune; MSE-Transtornos medicinais não especificadas

5.3.4. Valor de Importância Sindrômica (VIS)

O índice do valor de importância sindrômica (VIS) pode ser utilizado para priorização de algum
taxo ou algum sistema corporal especifico, e assim realizar a devida bioprospeção para análises
farmacológicos e fitoquímicos. A função de SIV foi criado por Leduc et al. (2006). O índice do VIS são
calculados com base nos seguintes perguntas: (1) o número de diferentes sintomas em que uma planta é
citado, (2) a freqüência de citação de uma planta por cada informantes, e (3) o grau de associação de
sintomas para que uma planta é usada para tratar. Uma vez que os sintomas ou uma espécie não seja
priorizada aparecerá a espécie espécie e/ou sintomas mais sitados no estudo. Assim ao considerar as
variáveis da função VIS, famílias e gêneros com grandes VIS, poderá verificar possíveis bioprospecção de
plantas ou sistemas corporais. De fato, em estudos transculturais como este, muitas famílias, gêneros e
espécies apresentaram para cada município as espécies com alta classificação do VIS (COX, BALICK
1994; SASLIS-LAGOUDAKIS et al., 2011). No entanto, taxa que têm fortes de sinal filogenético (valores
SIV, por exemplo), além de consenso cross-cultural, tem sido demonstrado para conter plantas bioativas
mais do que amostras aleatórias (SASLIS-LAGOUDAKIS et al 2012).

5.3.4.1 Ranking

A função de valor de importância sindrômica (VIS) foi adaptado a partir de (OUBRÉ et al 1997;
MCCUNE, JOHNS 2003; LEDUC et al 2006). Os índices VIS possibilitou identificar o ranking de
espécies de plantas, e possibilita responder diversas perguntas, nesse estudo utilizamos para responder a
espécie mais utilizadas nos sete municípios do Vale do Juruena (Tabela 9).
Considerando as variáveis VIS, famílias e gêneros, com amplas possibilidades de identificar novos
medicamentos para diferentes sistema corporal. Esse índice avalia os números de sistemas corporais, ou
seja, categorias de doenças, total de categoria de uso e total de uso referido.
De fato, em estudos transculturais como esse, com muitas famílias, gêneros e espécies é provável
que o VIS aprarecam altamente classificado. Com esse método pode-se encontrar vários resultados,
reduziu o tempo para estudos para a seleção das plantas medicinais favorecendo estrategicamente com o
perfil do screening de bioatividade (RONSTED et al., 2008; SASLIS-LAGOUDAKIS et al., 2011).
86

No Vale do Juruena 30 espécies ficaram no ranking das mais utilizadas entre os sete (7) muncipios
do Vale do Juruena, porém o destaque será para as espécies que obtiveram os valores de VIS > 0,0150.
Nesse contexto serão aboradas as espécies Rosmarinus officinalis (VIS=0,0161) e Pfaffia glomerata
(VIS=0,0148), respectivamente.

Tabela 8. Lista de 30 espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes dos sete (7) da cidade do Vale do Juruena,
a fim de verificar o ranking de espécies em cada citade é comparado, utilizando os resultados globais para o Valor de
Importância Sindromica. Zero indica que essa espécie não foi mencionada em qualquer município.
Rank das espécies mais utilizadas por municipo
Rank VIS Nome científicos das espécies 1 2 3 4 5 6 7
1 0,0161 Rosmarinus officinalis 1 1 1 1 1 1 1
2 0,0148 Pfaffia glomerata 8 2 3 2 2 2 3
3 0,0127 Mentha piperita 2 3 2 3 3 3 2
4 0,0114 Aloe vera 5 4 4 4 4 4 4
5 0,0114 Bidens pilosa 5 5 5 5 5 5 6
6 0,0114 Baccharis crispa 13 6 7 6 6 6 7
7 0,0114 Curcuma longa 19 12 12 12 7 7 8
8 0,0104 Chenopodium ambrosioides 3 7 5 7 8 8 5
9 0,0103 Plantago major 7 17 14 17 9 9 9
10 0,0103 Lippia alba 4 8 8 8 10 10 10
11 0,0103 Ocimum gratissimum 12 9 9 9 11 11 11
12 0,0103 Copaifera langsdorffii 14 10 10 10 12 12 12
13 0,0103 Carica papaya 16 11 11 11 13 13 13
14 0,0102 Punica granatum 23 13 15 13 14 14 14
15 0,0102 Annona muricata 31 14 16 14 15 15 16
16 0,0102 Bertholletia excelsa 38 15 17 15 16 15 16
17 0,0092 Cymbopogon citratus 6 16 13 16 17 17 15
18 0,0092 Citrus limon 10 18 31 31 31 31 31
19 0,0091 Morus nigra 18 19 19 19 19 19 19
20 0,0091 Aristolochia cymbifera 27 20 21 20 20 20 20
21 0,0091 Eleusine indica 20 21 22 21 21 21 21
22 0,0091 Handroanthus impetiginosus 26 22 20 22 22 22 22
23 0,0091 Echinodorus scaber 32 23 23 23 23 23 23
24 0,0091 Symphytum officinale 36 24 24 24 24 24 24
25 0,0091 Herreria salsaparilha 40 25 25 25 25 25 25
26 0,0091 Croton cajucara 44 26 26 26 26 26 26
27 0,0086 Alternanthera brasiliana 27 27 27 27 27 27 27
28 0,0086 Hymenaea stigonocarpa 28 28 28 28 28 28 28
29 0,0085 Eleusine indica 20 29 29 29 29 29 29
30 0,0084 Arrabidaea chica 29 30 30 30 30 30 30
Legenda: Cidade são numerados (1) Aripuanã, (2) Brasnorte (3) da castanha (4) Colniza (5) Cotriguaçu (6) Juina (7) Juruena.
VIS=Valor de importância sindrômica.

A espécie com primeiro lugar no ranking dos municípios foi Rosmarinus officinalis, obtevendo 4
categorias de doenças mais sendo sistema circulatório, o mais referido, 22 categorias de uso (coração) e
77 citações de uso. Apesar de ser uma espécie muito estudada e de uso tradicional de longas décadas ainda
não é um fitoterápico propriamente dito. O Rosmarinus foi bem classificada em outros importantes índices
87

etnobotânicos quantitativos, como, IR-1,37, também na categoria do sistema circulatório com FCI-0,63
(classificação CID-10) e FCI-0,72 (classificação Cook Kew).
O extrato de alecrim é comercializado como alimentos, cosméticos e
conservantes (YANISHLIEVA et al., 2006). Os compostos diterpenos fenólicos carnosol e o ácido
carnósico, o qual, em adição às suas atividades antioxidantes gerais, foram recentemente sugeridos como
ingredientes potenciais para a prevenção e tratamento de doenças neurodegenerativas.
A biossíntese de diterpenos fenólicos em alecrim predominantemente ocorre nos tricomas
glandulares de folhas jovens, conforme observado na Figura 11 (BRÜCKNER et al., 2014). A
caracterização de dois genes para a biossíntese de tipo Abietano diterpenos no alecrim. Com base na
diterpeno precursor geranilgeranilo difosfato universal (GGDP) (1), resultando na sintase opalyl difosfato
(RoCPS1) que identifica e caracteriza os dois caureno genes sintase-like (RoKSL1 e RoKSL2).

Figura 11. Hipotética via biossintética de diterpenos fenólicos produzido em Rosmarinus officinalis conforme Brückner
et al. (2014).

Os produtos (RoCPS1 e RoKSL2) da biossíntese de Rosmarinus officinalis são


predominantemente produzido nos tricomas glandulares são gerados a partir de diterpeno precursor
geranilgeranilo difosfato universal (GGDP) (1). Após a formação da primeira etapa da biossíntese de ácido
carnósico, ocorre a formação do difosfato copalyl intermediário (copalyl-DP) (2) é fornecida por copalyl
difosfato-sintase (CPS), produzindo um diterpeno-Abietano (3) catalisada pela enzima sintase-caureno
(KSL), convertendo em ácido carnósico (4) e o carnosol (5).
88

Além disso, alguns destes compostos são agora investigados para as suas actividades anti-
cancerígenas e anti-inflamatória (YANISHLIEVA et al., 2006; NGO et al., 2011). Apesar ser capaz de
reduzir de forma eficiente, em uma dose e tempo de modo dependente, a proliferação da linha celular de
melanoma humano A375, normalmente altamente resistentes aos agentes citotóxicos, indicando que as
combinações de seus metabólitos secundários têm a potencialidade para integrar quimioterapia, porém
mais estudos são necessários para evidenciar a eficácia desvendando assim sua ação polivalente
(CATTANEO et al., 2015).
A segunda espécie do ranking dos municípios foi Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen, obtevendo
7 categorias de doenças, 12 categorias de uso e 14 citações de uso. É uma espécie nativa do Brasil, porém
não é endêmica, muito estudada e de uso tradicional de longas décadas ainda não é um fitoterápico
propriamente dito. O Rosmarinus foi bem classificada em outros importantes índices etnobotânicos
quantitativos, como, IR-1,37.
É uma planta da família Amaranthaceae, do grupo taxonômico Magnoliidae, conhecida
popularmente como ginseng-do-Brasil, é amplamente cultivada em Países sul-americanos, como Brasil,
Equador e Panamá. As raízes dessa planta são usadas na medicina popular brasileira como tônico e
tratamento da diabetes (FELIPE et al., 2014). No Vale do Juruena é utilizada como reumatismo, afrodisiaco,
anti-inflamatório, câncer, cicatrizante, colesterol, diabetes, dores locais, fígado, gripe, infecção. Com várias
delas comprovadas cientificamente como analsesica e anti-inflamatoria (NETO et al., 2005).
Vários compostos importantes foram isolados e identificados a partir de raízes de P. glomerata, tal
como o ácido glomerico (um triterpenoide) e ácido pfamerico (um nortriterpenoide), em conjunto com
ecdisterona (β-ecdisona), rubrosterone, ácido oleanólico, e β-glucopiranosil oleanolate (SHIOBARA et al.
1993). β-ecdisona é a mais importante em phytoecdysteroid P. glomerata (IAREMA et al., 2012). O teor
de β-ecdisona em P. glomerata foi analisada quase exclusivamente nas raízes, que contêm grandes
quantidades deste composto (ZIMMER, et. al., 2006; FREITAS et al., 2012).
Essa espécie é uma forte promissora a chegar na industrica de fitoterápicos e de cosméticos, devido
aos importantes compostos biologicamente ativos que foram identificados (NAKAMURA et al., 2010;
FELIPE et al., 2014).
Dentre as varias espécies citadas pela população do Vale do Juruena verificou-se que o VIS variou
de 0,0011 a 0,0161, sendo 7% com elevando VIS (0,0102 a 0,0161) e 93% com VIS abaixo de 0,0011 a
0,0092), conforme Tabela 8. Observa-se que as espécies dentro do maior ranking são espécies exóticas
com amplo estudo de atividades farmacológicas, demostrando forte sinal filogenético mais de Consenso
Cross-cultural (termo bastante usado hoje em dia devido ao intercâmbio de experiências entre pessoas e
89

grupos até de diferentes nacionalidades, em português significa intercultural), demonstradando validar


plantas bioativas mais do que amostras aleatórias (FERRIER et al., 2011).
Tabela 9. Lista das plantas medicinais citadas pelos informantes dos sete (7) municípios do Vale do Juruena,
conforme classificação Look, Kew, com resultados globais do Valor de Importância Sindrômica SIV.

Familia Nome cientifico bs tUC tUR SIV

Lamiaceae Rosmarinus officinalis L. 4 22 72 0,0161


Amaranthaceae Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen 7 12 14 0,0148
Lamiaceae Mentha x piperita L. 6 27 184 0,0127
Xanthorrhoeaceae Aloe vera (L.) Burm. f. 6 27 69 0,0114
Asteraceae Baccharis crispa Spreng. 8 19 65 0,0114
Asteraceae Bidens pilosa L. 4 9 51 0,0114
Zingiberaceae Curcuma longa L. 6 15 34 0,0114
Plantaginaceae Plantago major L. 9 20 97 0,0103
Verbenaceae Lippia alba (Mill.) N.E.Br.ex Britton & P. Wilson 5 18 96 0,0103
Fabaceae Copaifera langsdorffii Desf. 7 25 62 0,0103
Lamiaceae Ocimum gratissimum L. 6 20 57 0,0103
Caricaceae Carica papaya L. 6 18 35 0,0103
Caricaceae Carica papaya fo. ernstii Solms 3 5 8 0,0103
Lythraceae Punica granatum L. 7 11 37 0,0102
Lecythidaceae Bertholletia excelsa Bonpl. 6 19 20 0,0102
Annonaceae Annona muricata L. 7 10 18 0,0102

Legenda: Origem geográfica-OG; nativa-1; exótica-0; habito-HB; herbácea-1; arvore-2; arbusto-3; other-
0; citações de uso-Cu; Sintomas-tS; Sistemas corporais-tSC

5.3.5. Análises de Correspondência

De acordo com a Tabela 13, verificou-se que a análise do percentual de variação explicada
(percentual cumulativo) revela uma forte associação das variáveis com a interpretabilidade (autovalor),
com 90,4% de variação cumulativa na segunda dimensão, mostrando que o clado (grande grupo) mais
utilizado do Vale do Juruena foi o Lamiales, representando 28% (1130) das citações, tendo as famílias
Lamiaceae 18% (715), mais citada dentre todas as famílias, destacando as espécies Mentha x piperita L.
(201, citações), Plectranthus barbatus Andrews (144, citações) e Rosmarinus officinalis L. (74, citações),
para tratar principalmente doenças do sistema respiratório e digestivo.
As famílias de plantas Lamideas, Malvides, Faídeas e Caminolydes apresentaram maiores números
utilizados para tratar as doenças entre as amostras do estudos de ordem decrescente, que também são as
90

que mais contribuíram para o componente principal 1 (PC1), que explicou 85,34% da variação total dos
dados (Figura 13A).
As doenças mais apareceram na população do estudo foram RE, GA e DU, em ordem decrescente,
com 90,74% da variação explicado total no componente principal 1. A ordem Lami foi a família de plantas
mais utilizados para tratar as doenças, e principalmente para tratar as doenças que mais apreceram na
amostra foram RE, GA e DU, em ordem decrescente (Figura 13B).
As famílias de plantas ou as doenças locarizados próximo da origem do gráfico, são os que
contribuíram poucos para os componentes principais, isto significam que estão entre as médias das
famílias de plantas ou das doenças.

Figura 13. Análises de componentes principais em biplot, entre grupos taxonômico (A) e sistemas corporais
(B), para espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil.

As doenças mais apareceram na população do estudo foram Dsr, Dsd, Dip e Dsg em ordem
decrescente, com 85,34% da variação explicado total no componente principal 1. A ordem Lami foi a
família de plantas mais utilizados para tratar as doenças, e principalmente para tratar as doenças que mais
apreceram na amostra foram Dsr, Dsd e Dip, em ordem decrescente (Figura 13B).
As famílias de plantas ou as doenças locarizados próximo da origem do gráfico, são os que
contribuíram poucos para os componentes principais, isto significam que estão entre as médias das
famílias de plantas ou das doenças.
91

Figura 14. Análises de componentes principais em biplot, entre famílias (A) e sistemas corporais (B), para
espécies de plantas medicinais citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil.

Tabela 10: Análises de componentes principais entre sistemas corporais e clades para espécies de plantas
medicinais citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil.
Componentes Autovalores % de Variação % de Variação Acumulado
Comp 1 5899963000 85,341110 85,34111
Comp 2 24152000 6,135226 91,47634
Comp 3 217800000 3,150408 94,62675
Comp 4 70127500 2,460840 97,08759
Comp 5 109201700 1,579568 98,66716
Comp 6 4856220 0,648831 99,31599
Comp 7 15644740 0,226296 99,54228
Comp 8 3081470 0,189219 99,7315
Comp 9 7319319 0,105872 99,83737
Comp 10 5072464 0,73372 99,91075
Comp 11 4432884 0,64120 99,97487
Comp 12 1140679 0,16500 99,99137
Comp 13 524294 0,07584 99,99895
Comp 14 45788 0,0662 99,99961
Comp 15 14784 0,0214 99,99983
Comp 16 12082 0,00175 100
92

Tabela 11: Análises de componentes princiapis Autovalores, % de Variação e % de Variação Acumulada para
as 13 primeiras componentes
Componentes Autovalores % de Variação % de Variação Acumulado
Comp 1 20276,15 90,74 90,73514
Comp 2 1160,04 5191149 95,92629
Comp 3 399,13 1786103 97,71239
Comp 4 334,89 1498606 99,211
Comp 5 115,98 0,5190 99,73002
Comp 6 29,89 0,1338 99,86379
Comp 7 20,70 0,0926 99,95641
Comp 8 8308231 0,0372 99,99359
Comp 9 1416593 0,0063 99,99993
Comp 10 0,0128 0,0001 99,99999
Comp 11 0,0028 0,0000 100
Comp 12 0,0004 0,0000 100
Comp 13 0,0000 0,0000 100

A partir de então, foram observadas as coordenadas das variáveis nas duas dimensões para se
analisar as distâncias entre as variáveis. Foi utilizada a técnica de Análise de Agrupamentos para agrupar
as variáveis conforme a distância apresentada entre as mesmas. Os dados referentes estão apresentados na
tabela 10 e 11.
Assim, a técnica de Análise de Agrupamentos forneceu o dendograma apresentado na Figura 14,
com a devida disposição das variáveis, em relação as distâncias apresentadas anteriormente. Neste caso,
foi definido o nível de similaridade pela métrica Distância Euclidiana, e o Método de Ward como o método
hierárquico. Esse dendrograma resultou na separação de 3 grupos, nas famílias de plantas pela
similaridade em relação as plantas medicinais utilizadas para tratar as doenças na amostra desta pesquisa.
Claramente o grupo taxonômico Lami foi diferente dos demais, sendo o mais utilizado isso ocorreu
provavelmente devido aos grandes números de plantas utilizados. Outros dois grupos formados são
devidos às similaridades utilizados para tratar as doenças.

Figura 14: A) Dendograma utilizado para clades de plantas. B) Dendograma utilizado para as famílias de plantas.
93

Note que para cada nível de similaridade, é obtido um determinado número de agrupamento. De
acordo com o critério de similaridade aplicado, foi verificado a classificação em 3 grupos, como dispostos
na figura 14, sendo que cada agrupamento foi designado por uma determinada cor.
As doenças DSR, DSO, DSD, DSC, DIP, DSG, DMC e DOM estão fortemente correlacionadas
entre si, sendo que as outras demais doenças presentes na tabela 11, estão moderadamente correlacionadas.
Assim podemos afirmar, conforme o grau de correlação de cada doença, que o uso de uma planta qualquer
no tratamento de uma dessas doenças contribui para o uso em outras doenças desta mesma tabela.
94

Tabela 11. Correlação entre sistemas corporais e clades, na primeira dimensão para espécies de plantas medicinais
citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil.
Sistemas corporais Correlação Valor-p

DSR 0.9887668 <0,0001


DSO 0.9749272 <0,0001
DSD 0.9225711 <0,0001
DSC 0.9091090 <0,0001
DIP 0.8775254 <0,0001
DSG 0.8187698 <0,0001
DMC 0.7907398 <0,0001
DOM 0.7669943 <0,0001
NEO 0.5832564 0,0015
DOA 0.5437738 0,0005
DPS 0.4408739 0,0063
DEM 0.4086283 0,0120
SND 0.3999179 0,0142
LEV 0.3982488 0,0146
DSH 0.3404715 0,0392

De acordo com a Tabela 12, a doença LEV está fortemente correlacionada, isso indica que o uso
de uma planta qualquer no seu tratamento contribui para o uso também em outras doenças. A doença DIP
esta moderadamente correlacionada, indicando que uso de uma planta qualquer no seu tratamento
contribui para o uso em outras doenças

Tabela 12. Correlação entre sistemas corporais e clades para espécies de plantas medicinais citadas
pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil.
Sistemas corporais Correlação Valor-p
LEV 0,8243120 <0.0001
DIP 0.4681694 0,0035

Pela Figura 15, as três cores diferentes utilizados para separar as famílias de plantas, a cor verde
da Lami, significa a maior número de paltantas utilizados para tratar as doenças, em seguido, a cor
vermelho para as famílias de plantas de segundo maiores números utilizados para doenças, por útimo a
cor preta para o grupo menos utilizado para as doenças.
95

Figura 15: Análises de componentes princiapis em biplot, entre grupos taxonômico (para espécies de plantas
medicinais citadas pelos informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil.

Factor map

cluster 1
150

cluster 2
cluster 3
100

Comm
Fabi
Dim 2 (5.19%)

50

Mono
Magn

CammAste Aspa
0

Pter Equi
Eudi Lami
Core
-50

Camp Malv
-100

-100 0 100 200 300 400 500

Dim 1 (90.74%)

Pela Figura 15, as três cores diferentes utilizados para separar as famílias de plantas, a cor verde da Lami,
significa a maior número de paltantas utilizados para tratar as doenças, em seguido, a cor vermelho para as
famílias de plantas de segundo maiores números utilizados para doenças, por útimo a cor preta para o grupo
menos utilizado para as doenças.
Figura 15: Análises de componentes princiapis em biplot, entre fmilias (para espécies de plantas medicinais citadas pelos
informantes do Vale do Juruena, Mato Grosso, Brasil.
96

5.3.6. Análise de agrupamentos dos clados

Para analisar se existe agrupamento entre os quatrorze (14) grupos taxonômicos (clados) e
treze (13) sistemas corporais, realizou-se o teste de qui-quadrado corrigido, onde a correção é obtida através
da simulação de tabelas de contingência entre os clados e categorias de uso (Tabela 13).
O teste do qui-quadrado (X2) mostrou uma diferença significativa entre sistemas corporais na
proporção de grupos taxonômicos utilizados para tratá-los (X2=1029.2, p <0,005). Isso indica que os
sistemas corporais foram de alguma forma diferentes uns dos outros em relação a elementos utilizados para
o seu tratamento.

Tabela 13. Clados filogenéticos e categorias de uso, com frequências total das espécies em cada clado, para tratar cada
sistema corporal.
mica taxon CU DE DI DU FI GA GY IF OP RE SK UR VE Total
Clades Geral
Lamiids 0 29 3 270 141 306 57 0 1 316 32 75 0 1230
Fabids 0 41 16 126 44 73 32 0 1 116 37 83 6 575
Malvids 1 19 8 74 66 125 84 0 4 136 20 26 2 566
Commelinids 0 12 0 145 31 51 4 1 0 97 25 52 0 418
Campanulids 0 12 0 146 34 52 4 1 0 100 29 52 0 430
Core eudicots 0 61 2 41 20 88 3 0 0 36 38 8 0 297
Monocots 0 19 0 56 9 9 2 0 0 18 17 27 0 157
Magnoliids 0 4 2 42 11 20 12 0 0 6 10 44 1 152
Asparagales 0 36 0 10 2 10 5 0 0 6 1 0 0 70
Eudicots 0 0 1 8 19 22 2 0 0 2 0 1 0 55
Asterids 0 7 1 8 1 3 0 0 0 0 0 2 0 22
Cammelinids 0 0 0 1 3 1 0 0 0 3 4 0 0 12
Equisetopsida 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Pterodophyta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
Total Geral 1 238 43 832 387 839 213 1 6 842 219 341 9 3973

LEGENDA= DOM= doenças do ouvido e da apófise mastoide; APP= algumas afecções originadas no período perinatal;
DEM=doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas; DIP= doenças infecciosas e parasitárias; DMC= transtornos mentais e
comportamentais; DOA=doenças dos olhos e anexos; DPS= doenças da pele e do tecido subcutâneo; DSC= doenças do aparelho
circulatório; DSD= doenças do aparelho digestivo; DSG= doenças do aparelho geniturinário; DSH= doenças do sangue e dos
órgãos hematopoiéticos e alguns transtornos imunitários; DSO= doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo; DSR=
doenças do aparelho respiratório; GPP= gravidez, parto e puerpério; LEV= lesões, envenenamentos e algumas outras
consequências de causas externas; NEO= neoplasmas (tumores); SND= sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos
e de laboratório, não classificados.
97

Nesta análise, o teste do qui-quadrado aproximado, mostrou uma forte indicação da existência de
associação entre a filogenia e os diferentes usos etnomédicos (Tabela 12), esse resultado corrobora com os
achados por Weckerle et al. (2011), Leonti et al. (2013) e Medeiros et al. (2013).

5.3.7. Similaridade dos Clados: usos medicinais, farmacológicos e fitoquímicos dos principais clados
filogenéticos

Os doze (12) grupos taxonômicos reportados no Vale do Juruena, com os sistemas corporais e
frequência total de citações das espécies referidas representam a frequência das espécies mais utilizadas em
cada clado. Os grupos das Lamiídeas (1230 citações), Fabídeas (575 citações), e Malvídeas (566 citações)
tiveram as espécies mais reportadas nesse estudo. A Copaifera cf. langsdorffii foi à espécie mais utilizada,
para diversos sistemas corporais.
Para melhor visualização dos clados e os diversos sistemas corporais tratados por eles, foram
apresentados na Figura 16, um panorama contendo a frequência total das plantas citadas em cada clados,
seus respectivos sistemas corporais, indicações de uso, forma de preparo, parte usada e seus respectios usos
reportados.
Figura 16. Clados filogenéticos e categorias de uso.

FABIDS 16 64 575
CAMPANULIDS 17 64 165
LAMIIDS 12 57 1230
MALVIDS 14 46 566
Grupos taxonômicos

COMMELINIDS 9 29 438
CAMPANULIDS 3 23 54 Família

CAMPANULID 3 23 83 Espécie
Citações
ASTERIDS 1 20 19

ROSIDS 7 15 2
MAGNOLIIDS 5 11 155
MONOCOTS 7 9 151
ASPARAGALES 12 70
98

A associação estatística entre clados e categorias de usos pode indicar que para o presente
estudo diferentes doenças são tratadas por alguns grupos taxonômicos semelhantes. Isso corrobora com os
estudo realizados por Weckerle et al (2011), Leonti et al. (2013) e Medeiros et al. (2013). É provável que
essa semelhança se deva às influencias das propriedades farmacológicas inerentes a cada táxon, totalmente
relacionada com a filogenia, biogeografia, ecologia.
Verificou-se que os resultados desse estudo atingiram uma variedade dos sistemas corporais
tratados por espécies medicinais de um mesmo grupo taxonômico, com predominância no uso de plantas
para sistema respiratório, digestivo e geniturinário.
Esses resultados, foram confirmados em estudos farmacológicos para plantas medicinais do
Vale do Juruena, com maiores atividades antimicrobiana (BIESKI, 2012; OLIVEIRA, 2013) e para o trato
digestivo (MAFIOLETI, 2013), indicando que há uma forte relação com o perfil fitoquímico das espécies.

5.3.7.1 Fabídeas

As fabídeas mostram fortes associações com distúrbios respiratórios (DSR), com uso principal da
espécie Copaifera cf. langsdorffii, que foi a espécie mais usada de todos os clados, com 22 citações na Vale
do Juruena. Nesse clado foram reportadas 64 espécies distribuídas em 16 famílias, 15 diferentes categorias
de uso.
A espécie Copaifera cf. langsdorffii que foi destaque, com maior citação de uso no Vale do Juruena
e no clades da Fabides para tratar sete dos 20 sistemas corporais, para tratar as seguintes enfermidades:
abortivo, antibiótico, antiinflamatório, artrite, reumatismo, bronquite, enfisema pulmonar, pneumonia,
calmante, cicatrizante, depurativo do sangue, dores locais, estômago, gastrite, gripe, tosse, laxante, malária,
menstruação, problemas de coração, sinusite, tétano, outros levantamentos etnobotânicos corroboram com
alguns aqui referidos (GUARIM NETO, MORAES, 2003; DE LA CRUZ, 2008; BIESKI et al., 2012).
O óleo de copaíba é rico em compostos sesquiterpenos e diterpenos (GELMINI et al., 2012) fenólicos
e flavonoides (SENEDESE et al., 2013).
Verificou-se ausência de efeitos tóxicos no uso tópicos (BRITO et al., 1999), efeito citotóxico
(SENEDESE et al., 2013) e genotóxico (ALVES et al., 2012), ausência de efeitos teratogênicos
(LOURENÇO et al., 2009). Estudos farmacológicos com óleo, casca ou folha de Copaifera langsdorffii
confirmaram atividade cicatrização (MORAIS LIMA et al., 2011), aumento da reparação tecidual e
prevenção de necrose (ESTEVÃO et al., 2009), anti-tumoral (MELO et al., 2011), quimiopreventiva
(SANTOS-JÚNIOR et al., 2010), inibição da musculatura lisa (CUNHA et al., 2003), periodontite (SOUZA
99

et al., 2011), antioxidante e anti-inflamatória (GELMINIA et al., 2013) colite aguda (PAIVA et al., 2004)
gastroprotetora (Paiva et al., 1998), antiulcerogênica (ARROYO et al., 2009) edemigênica (GELMINIA et
al., 2013), antimicrobiana (SOUZA et al., 2011), antileishmanicida (SANTOS et al., 2008), inseticida
contra o Aedes aegypti (MENDONÇA et al., 2005), acne (SILVA et al., 2012), cálculos renais
(BRANCALION et al., 2010; 2012), antilipidêmica e hipoglicemiante (ESTEVES et al., 2011).
Conforme já relatado anteriormente essa espécie apresentou em ensaio clínico promissora no
tratamento de psoríase crônica (GELMINI et al., 2012).
Os estudos científicos encontrados confirmaram a maioria dos conhecimentos tradicionais da
população do Vale do Juruena, excluindo apenas os usos locais para estudo calmante, malária e tétano.

5.3.7.2. Campanulídeas

Nesse grupo a categoria de uso mais citada foram para problemas digestivo onde a espécie
Baccharis crispa foi a mais utilizada, com 19 citações, seguida da Solidago microglossa, ambas da família
Asteraceae, além de Plectranthus barbatus (Lamiaceae) e Pimpinella anisum (Apiaceae).
Nesse grupo houve o maior numero de famílias (17), obteve uma quantidade expressiva de 64
espécies com 165 citações de uso. As famílias desse grupo foram Apiaceae onde Baccharis crispa, se
destacou com usos referidos para várias enfermidades ácido úrico, antiinflamatório, febre, bile, colesterol,
diabetes, diurético, dores locais, emagrecer, estômago, fígado, gripe, malária, prisão de ventre,
ressecamento, cólica intestinal, verme. É uma espécie muito difundida em todo mundo (BIAVATTI et al.,
2007; AGRA et al., 2007, 2008). Seu primeiro registro no país informava sobre o tratamento da esterilidade
feminina e impotência masculina (LORENZI, 2002).
Estudos farmacológicos confirmam muitos dos conhecimentos tradicionais, tanto da área do
estudo como de outros locais, anti-reumáticas (QUEIROGA, FERRACINE, 1996); Ausência de
antimutagênicidade e abaixa toxicidade (BAGGIO et al., 2003), antiúlcera (DIAS et al., 2009)
vasodilatador e relaxante da musculatura lisa (TORRES et al., 2000) analgésico e antiinflamatório (GENÉ
et al., 1996), o aumento da motilidade intestinal (BAGGIO et al., 2003), antioxidantes (SIMÕES-PIRES et
al., 2005), antidiabética (OLIVEIRA et al., 2005).
Muitas das atividades comprovadas pelo uso de B. trimera, se deve ao complexo de saponinas
que tem como componente majoritário o ácido equinocístico (GENÉ et al., 1996), flavonóides (BORELLA
et al., 2006), diterpenos (TORRES et al., 2000).
100

5.3.7.3. Lamiídeas

As lamiídeas estão associadas também para queixas no sistema respiratório. Plantago major
(Lamiaceae) com 68 espécies e 172 citações, distribuídas em 15 famílias contendo 1255 citações.
O clade das lamiídeas, foi uma das que atingiu um maior número de sistemas corporais (15), e o com
maior citações de uso sendo o sistema corporal mais indicado sistema respiratório (172 citações) e Plantago
major L. foi a especie mais utilizada nesse grupo seu conhecimento tradicional no Vale do Juruena, mostra
a forte relação com o clades mais citado, além dos vários sistemas corporais, como inflamação, dores locais,
febre, gripe, reumatismo, úlceras gástricas, cicatrizante, conjuntivite, diarréia, infecção de bexiga, intestino,
garganta, renal e uterina, além de ser utilizada como coadjuvante no emagrecimento. Essa espécie também
é utilizada medicina tradicional em diversas partes do mundo, como diurético, tônico (HYATT, 1978) e
antitussígena (FRANCA et al., 1996).
Essa relação de variedades de sistemas corporais e usos reportados tem a ver com sua variedade de
princípios ativos encontrado em várias classes de compostos, sendo os marcadores taxonômicos principais
pertencentes a classe dos flavonóides (PANIZZA, 1998) terpenoides (GONDA et al., 2013) além de outros
compostos como saponinas (RONSTED et al., 2003) e taninos (JURISIC, GRUBESIC et al., 2005).
Pesquisas farmacológicas confirma muitos dos usos da medicina tradicional, para cicatrização de
feridas (SALAS-AUVERT et al., 1985), câncer (GÁLVEZET al., 2003), inflamação (MORAIS LIMA et
al., 2011), colite (RAHIMIET et al., 2010), úlcera (TÜRELET et al., 2009), hipertensão (ROBINEAU,
1995), antiparasitário (DHARMA, 1987), abortivo (CONWAY, SLOCUMB, 1979), promover a
coagulação do sangue (VELASCO-LEZAMA et al., 2005), pedras nos rins (RIAWAN, SANGAT, 1992),
Leishmania (FRANCA et al., 1996), bronquite crônica (MATEV et al., 1982), anti- parasitária (INSUNZA,
VALENZUELA, 1995), antimicrobiana (VERA-KU et al., 2010), mastite (DERYABIN, 1991) eficaz
contra efeito alucinógeno do cogumelo Amanita sp. (PEREZ-SILVA, HERRERA, 1992), além de
excelentes resultados na inibição de Helicobacter pylori (COGOET at al., 2010).
É uma espécie rica em proteínas, açucares, vitaminas e minerais, classificando-a como alimentícia
(ROBINEAU, 1995).

5.3.7.4. Malvídeas

Esse clado apresentou 541 citações, com espécies preferencialmente usadas para tratar problemas
respiratórios, em que Alternanthera brasiliana e Carica papaya tiveram a mesma citação de uso (16
citações). Esse grupo teve 46 espécies reportadas e um total de 14 famílias, variando de 1 à 45 citações,
com maior representatividade por Amaranthaceae (45 citações), utilizada para outras 10 categorias de uso.
101

Nesse clades duas espécies tiveram a mesma citação de uso, sendo Alternanthera brasiliana e Carica
papaya, abrangendo um maior grupo dos sistemas corporais, com as mesmas proporções de uso (16
citações).
A população do Vale do Juruena utiliza-se a Alternanthera brasiliana “terramicina” para várias
enfermidades como ação de antibiótico, cicatrizante, inflamação, diarréia, diurético, dores locais, febre,
inflamação na garganta, gripe, infecção na pele, infecção no útero, infecção pós-operatório, mioma do
utero), confirmada pelos achados fitoquímicos revelam a presença de flavonóides (FACUNDO et al., 2012),
esteroides (BARUA et al., 2013), alcalóides e triterpenos (PEREIRA et al., 2013), saponinas e sapogeninas
responsáveis pelos atividade antimicrobiana (ANDREAZZA et al., 2013), antioxidante (PEREIRA et al.,
2013), cicatrizante (BARUA et al., 2012), antiviral contra o vírus Herpes simplex tipo 1 (DELAPORTE et
al., 2001), analgésica e antiinflamatória (KUMAR et al., 2011; FORMAGIO et al., 2012), no entanto essa
espécie é utilizada em outras comunidades para muitas outras atividades e que também foram confirmadas
farmacologicamente para atividade ansiolítica e anticonvulsivante (BARUA et al., 2013).
Com um largo emprego na medicina popular, Carica papaya, tanto dos frutos como as sementes, seu
látex e raízes, no Vale do Juruena para diferentes usos no tratamento de bronquite, gripe, tosse, câncer,
colesterol, congestão nasal, diarreia, dores locais, emagrecer, estômago, fígado, rins e verme. E também
com uso em vários países pode ser explicada pela sua variedade de compostos como flavonoides, taninos,
antracênicos, saponinas, glicosídeos cardioativos, monoterpenos e alcalóides (ARAVIND et al., 2013), isso
tudo o que o torna eficaz frente aos protozoários (JIMÉNEZ-COELLO et al., 2013), antioxidantes e
cardiovascular (PATHMASIRI et al., 2012), antibacteriana (ARGUILAR, 2013), além de sua comprovação
contra artrite (ARAVIND et al., 2013), malária, micose e hipertensão (FISCHER, 1998) Diabetes (OKE,
1998) cardiotônica e ulcerogênica (ARAVIND et al., 2013). Verifica-se que a medicina popular e a
cientifica se entrelaçam na comprovação e validação do uso seguro e eficaz do mamão, que também tem
seu largo emprego como alimento (ARAVIND et al., 2013).
O estudo de espécies desse clado pode ser justificado pela variedade de constituintes químicos
presentes (SALVADOR, DIAS, 2004), diversidade taxonômica, sua potencialidade tando alimentícia
(GORINSTEIN et al., 1991) como medicinal (SIQUEIRA, 1987).

5.3.7.5. Comelinídeas

Destacaram-se nesse clado 438 citações de plantas e 29 espécies, distribuídas em 9 famílias, as


espécies Cymbopogon citratus e Eleunise indica, ambas da família das Zingiberaceae, foram as mais
citadas.
102

A espécie mais importante nesse grupo foi Cymbopogon citratus, da família Poaceae citado como
gripe, infecção na garganta, bronquite, pneumonia, depurativo do sangue, digestivo, dores locais, calmante,
depressão, hipertensão arterial e insônia.
Os principais compostos foram flavonoides, tanino e fenólico, óleo essencial, podem ser
responsáveis pela atividade anti-agregante plaquetária (SAPUTRI, JANTAN, 2011), sobre músculo liso
(CHITRA et al., 2012), anti-leishmanial (HABILA et al., 2010), antihiperlipidemica (SAPUTRI,
JANTAN, 2011), antifúngica (CARMO et al., 2013) antibacteriana (LERTSATITTHANAKORN et al.,
2006), infecções vaginais (WARNKE et al., 2013), contra dengue (TANG et al., 2012), antioxidante
(FIGUEIRINHA et al., 2010), citotóxica (MANOSROI et al., 2006) efeito sedativo e hipnótico (BLANCO
et al., 2009), reduzir a incidência de lesões hiperplásicas e redução da apoptose do tecido epitelial glandular
mamário (BIDINOTTO et al., 2012), atividade antinociceptiva e anti-inflamatória (Brito et al., 2012),
ptiríase versicolor (CARMO et al, 2013) e anti-obesidade devida a atividade sobre a lipase pancreática
(SOUZA et al., 2012). Não foram confirmados toxicidade, com a utilização do óleo essencial, quando
utilizado via oral (BLANCO et al., 2009).
Estudos clínicos de fase I e II, em pacientes com ptiríase versicolor (CARMO et al., 2013).
Verifica-se que a maioria dos usos reportados pela população do estudo são confirmados
cientificamente, isso indica que o conhecimento tradicional, realmente é interessante e útil, mostrando
claramente o ciclo onde o conhecimento gerado tem forte influencia na biomedicina.

5.3.7.6. Asterídeas

A forte indicação de uso nesse grupo foi para problemas renais onde a espécie mais mencionada foi
Cariniana rubra, pertencente à família Lecythidaceae. Apesar de ter cido um grupo subutilizado com 19
citações de uso e 20 especies, observa-se uma ampla variedade de sistemas a corporais tratados (7
categorias de uso) pelas comunidades do Vale do Juruena.
A indicação com forte associação foi mencionada problemas renais, tendo a espécie Cariniana
rubra, popularmente conhecida como Jequitibá, reportado como alternativa terapêutica para males do
fígado, infecção renal, reumatismo, verme e também como fortificante.
Análise fitoquímica com Cariniana rubra mostraram a ocorrência de saponinas (Lima et al., 2002),
triterpenos, esteróides e compostos fenólicos (SANTOS et al., 2011), responsáveis pela atividade
antimicrobiana (SILVA JUNIOR et al., 2009), antiinflamatória (SANTOS et al., 2011). Confirmando em
parte o etnoconhecimento pela população do Vale do Juruena.
103

5.3.7.7 Rosídeas

Esse grupo aparece com poucas espécies utilizadas para tratar diabetes, isso pode ter ocorrido
pelo fato de ter apenas a espécie Cissus verticillata (Vitaceae) e pelo fato de ser uma espécie cultivada e
com o mesmo nome da enfermidade tratada “insulinavegetal”.
A Vitaceae foi a única família tendo a espécie Cissus verticillata, citada somente para tratar
diabetes (DEM), na região da pesquisa. Porém em outros estudos etnobotânicos foi citada quanto à sua
utilização eficaz como antiflamatório, antihipertensivo, antitérmico, antireumático, antiepilético antigripal,
contra infecções respiratórias, dislipidemia, problemas urinários e indigestão e antidiabético (BRAGA,
2008; BIESKI et al., 2012).
Foi detectada nas folhas de Cissus verticillata, presença de compostos como: taninos,
compostos redutores, triterpenos esteróides, aminoácidos, compostos graxos e flavonóides (SOARES,
BARBOSA, 2007), taninos, terpenos esteróides/triterpenóides e alcalóides (DOMINICI et al., 2003).

Estudos de avaliação farmacológica confirmaram atividades antioxidante, antifúngico,


hipoglicemiante e cicatrizante (BRAGA, 2008).
O resultado apresentado no dendograma de cluster, mostra que houve uma maior similaridade
entre alguns sistemas corporais, referente às espécies utilizadas em seus respectivos clados. Verifica-se
uma forte associação entre problemas de dermatológicos (DPS), sintomas e sinais não classificados em
outros grupos (SND), posteriormente entre doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (DEM) e
problemas respiratórios (DSR), além de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (DSO) e
geniturinário (DSG). Além de doenças dos olhos e anexos (DOA) com forte associação com do sustena
digestivo (DSD).

5.3.7.8. Magnoliídeas

A espécie Aristolochia cymbifera (Aristolochiaceae) teve expressiva citação de uso para


problemas geniturinário além de outras 11 espécies medicinais com 155 citações. Também foram bem
representadas as espécies Annona muricata (Annonaceae) e Mezilaurus crassiramea (Lauraceae).
Pertencente à família Aristolochiaceae e popularmente chamada de “Cipó-milhomem”, foi à
segunda planta de hábito herbáceade maior importância. Uso tradicional na região da pesquisa foi para
bexiga, afrodizíaco, antibiótico, antiinflamatório, circulação, cólica menstrual, depuração do sangue,
diurético, dores locais, estômago, fígado, infecção renal, malária, menstruação, reumatismo. Também foi
citada em outros estudo etnobotânicos (GUARIM NETO, MORAIS, 2003).
104

Os ácidos aristolóquicos são os principais metabólitos secundários de inúmeras espécies do


gênero Aristolochia. Outros componentes incluem terpenoides, alcaloides (LORENZI, MATOS, 2002).
Ao realizar vários ensaios farmacológicos verificou-se a existência das atividades de
toxicidade (EFSA, 2009), antibacteriana (ALONSO, DESMARCHELIER, 2006), antiséptica (ALVIANO
et al., 2008), anti-fungicida (TEMPONE et al., 2010), anti-leishmania
(SATORELLI et al., 2010), anti-chagásica (TEMPONE et al., 2010), prevenção de caries
(ALVIANO et al., 2008), anti-inflamatória e atividade antiofídica (ALONSO, DESMARCHELIER, 2006).
Verifica-se que essa espécie ainda requer mais estudos tanto para identificar mais compostos fitoquímicos
e farmacológicos, visto sua variedade de uso tradicional ainda não validado.

5.3.7.9. Monocotiledóneas

As Monocotiledóneas foram demasiadamente utilizadas para cicatrização pela espécie Aloe


barbadensis (Xanthorrhoeacea), tendo sistema geniturinário (DSG) como categoria de sobreuso, além de
outras 8 categorias com menores citações.
Esse clados foi constituído de 9 famílias, com 75 citações de 11 espécies Xanthorrhoeaceafoi
a mais utilizada, com 21 citações da espécie Aloe barbadensis conhecida como babosa é validada
cientificamente, e comercializado com medicamento fitoterápico para cicatrização de feridas, faz parte dos
medicamentos fitoterápicos incluídos na RENAME (BRASIL, 2013).
No Vale do Juruena também tem seu uso em diversas ações como analgésico, cicatrizante,
antibiótico, expectorante e nas enfermidades como bronquite, pneumonia, câncer, caspa, depurativo do
sangue, úlcera e gastrite, esterilidade, ferida no útero, infecção na garganta, infecção na pele, próstata,
queimadura, tônico capilar e tosse. Tradicionalmente, o gel de babosa é usado em várias outros locais, tanto
topicamente, para o tratamento de feridas, queimaduras leves e irritações da pele, como internamente para
tratar a constipação, tosse, úlceras, Diabetes, cefaléia e artrite (BIESKI, 2005; RAHMAN et al., 2013)
também foram relatados casos de utilização do gel no tratamento de infecções de herpes genital, doença de
Crohn, Psoríase e situações de cancro terminal (ESUAA, RAUWALDB, 2006)
Os flavonóides são uma das classes mais importante de compostos desse clades, não só pela
sua abundância no reino vegetal, mas também pelo vasto conjunto de atividades biológicas que lhes têm
sido atribuídas, este também é o metabolito mais presente na de Aloe vera e já foram encontrados vários de
seus constituintes (KAITHWAS et al., 2011) e ácidos fenólicos (SULTANA, ANWAR, 2008) vários
outros constituintes foram identificados incluídos vários ácidos fenólicos/polifenóis, fitosteróis, ácidos
105

gordos, indóis, alcanos, pirimidinas, alcalóides, ácidos orgânicos, aldeídos, ácidos carboxílicos, cetonas e
alcoóis (NEJATZADEH, 2013).
Estes estudos revelaram que os componentes das suas folhas possuem atividade purgativa,
analgésica, antipirética, antimicrobiana, inseticida (SALEEM et al., 2007), antiinflamatória e antiviral
(SINGH, SOOD, 2009), anticancerígena, bem como a melhoria da qualidade de vida a doentes com AIDS
(CHOW et al., 2005) e do funcionamento do sistema imunitário (SINGH, SOOD, 2009), cicatrizante de
feridas crônicas e úlcera aftosa (CHOW et al., 2005), antiviral, antibacteriana, proteção contra a radiação,
antiinflamatória e imunoestimulante (NI et al., 2004), a substância amarela das folhas da babosa é chamada
de látex, tem sabor amargo e é proveniente das células pericíclicas na camada exterior das folhas é
responsável pelas suas propriedades laxativas (BOZZI et al., 2007), antioxidantes (NEJATZADEH, 2013),
antibacteriana (NEJATZADEH, 2013), foram investigadas durante a gravidez (KOSIF e AKTAS, 2009),
cicatrização (YAO et al., 2009).

5.3.7.10. Eudicotiledóneas

Este grupo taxonômico é usado principalmente para tratar problemas digestivos (Argemone
mexicana, Papaveraceae). Além de outras 3 espécies com diferetes famílias, totalizando 18 citações de uso.
Nesse clade a Argemone mexicana como fonte do conhecimento tradicional essa espécie auxilia
na constipação, febre, úlcera. Outros estudos corroboram com tradicionalidade de uso no Vale do Juruena
(AÑEZ, 1999; JORGE, 2001).
Hoje em dia, é utilizada para tratar diferentes doenças, dado a sua diversidade de uso como
antimicrobiana, antiparasitários, anti-malária, pesticida, propriedades citotóxicas e neurológicas (RUBIO-
PINA, VAZQUEZ-FLOTA, 2013).
A maioria dos compostos isolados pertencem à classe dos alcaloides (SINGH et al., 2009ª;
PIRES, 2009; TRAÇO, MURTHY, 2011; GUPTA et al., 1990) além de ácidos fenólicos (SINGH et al.,
2010c), esteróis (PATIL et al., 2001), proteínas e hidratos de carbono (TRAÇO, MURTHY, 2011)
flavonóides (GALI et al., 2011), os terpenóides, compostos alifáticos de cadeia longa, e alguns compostos
aromáticos, são considerados outros constituintes da planta (RUBIO-PINA e VAZQUEZ-FLOTA, 2013).
Podem ser responsáveis pelas suas atividades frente a vários usos referidos nesse trabalho e em
outro de diversas partes do mundo confirmando sua atividade antiinflamatória (SUKUMAR et al., 1984;
SHARMA et al., 2010), além do potencial antimicrobiano para uma diversidade de bactérias
(ALAGESABOOPATHI, KALAISELVI de 2012), antifúngica (SINGH et al., 2010), anti-HIV (CHANG
et al., 2003), cicatrização de feridas (TRAÇO e MURTHY, 2011), anti-stress e anti-alérgico (BHALKE e
106

GOSAVI, 2009), vasoconstritores e vasorelaxante (PAEZ-SANCHEZ et al., 2006) atividade citotóxica


(CHANG et al., 2003), fagodeterrente (LOUSICIDAL KUMAR et al., 2002), antiparasitário (SCHRADER
et al., 2012), antioxidante (BHARDWAJ et al., 2011), anticancerígena (GALI et al., 2011), antidiabética
(ROUT et al., 2011), anti-hepatotóxico (DAS et al., 2009), malária (SCHRADER et al., 2012), analgésicos,
ansiolíticos e sedativos (AMARTHA e CHAUDHARI, 2011), significativa ação anti-termitico (ELANGO
et al., 2012). Ainda assim com um panorama atualizado dessa espécie recomenda-se uma investigação mais
sistemática desta planta medicinal e seus princípios ativos, estudos mais aprofundados e extensos em todos
os aspectos relevantes para garantir seu uso seguro e eficaz e a tornando com um medicamento fitoterápicos
de uso tradicional.

5.3.7.11. Eudicotiledóneas nucleares

Este grupo taxonômico é usado principalmente para tratar problemas dermatológicos por meio
da espécie Kalanchoe pinnata (Crassulaceae), empregando o suco das folhas sobre a pele.
Nesse clado a Bryophyllum pinnatum uma espécie cultivada com fins medicinais em quintais e
jardins do vale do Juruena, sendo conhecida popularmente por folha-da-fortuna. Seu etnoconhecimento foi
principalmente para problemas digestivos (DSD), também como antibiótico, infecção na pele e garganta,
cicatrizante, dores locais e infecção renal. As folhas são amplamente utilizadas na fitoterapia como tônica
e no tratamento de úlceras, gastrites, diarréia, asma, tosse, aftas, calos, leucorréias, inflamações na gengiva,
no intestino e nos tendões, doenças cutâneas de origem fúngica e problemas respiratórios. Usada também
no tratamento de lesões, abscessos, erisipelas, queimaduras e osteoporose (GUARIN NETO, MORAES,
2003; BIESKI et al., 2012) e para tratar distúrbios psiquiátricos (FURER et al., 2013).
Um quantidade considerável de compostos ativos já foram identificados a partir da Bryophyllum
pinnatum, incluindo alcalóides, triterpenos, lípidos (MATTHEW et al., 2013), flavonóides (FURER et al.,
2013), glicosídeos (FURER et a., 2013), bufadienolides (SUPRATMAN et al., 2001), fenóis (GAIND et
al., 1973) e dos ácidos orgânicos (MARRIAGE e WILSON, 1971). As folhas desta planta é relatado possuir
propriedades anti-diabético (OJEWOLE, 2005), anti-hipertensivos (OJEWOLE, 2002), antimicrobiana (El
ABDELLAOUI et al., 2010), antifúngica (MISRA e DIXIT, 1979), antiinflamatório e analgésico
(OJEWOLE, 2005), anti-úlcera (PAL e Nag, 1991), anti-asmática (OZOLUA et al., 2010) , citotóxico (El
ABDELLAOUI et al., 2010), antiureumático (YASIR e WAQAR, 2011), antioxidante (GUPTA e
BANERJEE, 2011), cardio-protectora (WACHTER et al., 2011) neurosedative e relaxante muscular
(YEMITAN e SALAHDEEN, 2005) atividade anti-inflamatória e analgésica (MUHAMMAD et al., 2012),
107

leishmania (MUZITANO et al., 2006) imunomodulador (CRUZ et al., 2008), antiasmáticos e antitussígeno
(SALAMI et al., 2013) e como um agente tocolítico para evitar trabalho de parto prematuro (FURER et
al., 2013).
Os ensaios farmacológicos confirmam as propriedades atribuídas no Vale do Juruena e também
sua etnomedicina de outras comunidades (BETSCHART et al., 2013).
O primeiro ensaio clínico mostrou eficaz no tratamento da bexiga hiperativa em mulheres na pós-
menopausa, nececitando de mais estudos para as atividades do estudo bem como outras atividades já
confirmadas na fase pré-clínica.
Apesar de ter ocorrido alguns agrupamentos entre diferentes sistemas corporais, observou-se que
os requerimentos de usos foram diferentes, esperava-se que os sistemas mais similares apresentassem
requerimentos terapêuticos semelhantes, como visto em Medeiros et al. (2013). Certos grupos fitoquímicos
indicam claramente que as espécies que os sintetizam possuem uma rota biossintética especifica daquele
grupo para determinadas plantas (POSER, MENTZ, 2004). As substâncias químicas isoladas de
angiospermas brasileiras são responsáveis pelos usos dessas plantas e foram correlacionadas com a posição
sistemática vegetal.

Os resultados observados com categorias de uso de problemas relacionados a neoplasias (NEO) e


doenças do sangue, órgãos hematopoiéticos e alguns transtornos imunitários (DSH), apontam para uma
tendência de sobreposição de clados. Isso pode ser explicado pelas suas características organolépticas de
certos grupos taxonômicos com os respectivos usos terapêuticos e podem estar diretamente relacionada as
difereças nas famílias botânicas (GOTTLIEB, BORIN, 2004).

No uso para problemas dermatológicos foram relatadas com 83 plantas medicinais 120
citações), aparecendo Aloe barbadensis, com forte associação de uso para essa categoria teve a mesma
indicação de uso em outros estudos (LEONTI et al., 2013)
Para tratar enfermidades não classificadas em nenhum grupo foram utilizadas 35 diferentes
espécies (36 citações), com maior uso Baccharis crispa.

Verificou-se forte associação entre as enfermidades de problemas do período perinatal (APP) e


gravidez, parto e puerpério (GPP), sendo que para a primeira, houve 3 espécies, com predominancia de uso
de Bidens pilosa e a segunda (GPP), aparecem sendo as espécies com Artemisia absinthium, Copaifera cf.
langsdorffii, Gossypium hirsutum e Pyrostegia venusta.

Para tratar problemas circulatórios (DSC) foram reportadas 49 espécies (65 citações), com forte
indicativo de uso da espécie Rosmarinus officinalis (6 citações). Para problemas metais e comportamentais
(DMC) houve utilização de 23 diferentes espécies (30 citações) com predominância da Achyrocline
108

satureioides. Enquanto para doenças parasitárias utilizadas 77 espécies (102 citações) com forte indicativo
de uso das Menthas: arvensis, crispa e piperita e também a espécie Senna occidentalis.

Na categoria de lesões de envenenamento e causas externas (LEV) aparece com 10 diferentes


espécies (10 citações) sendo todas de diferentes grupos taxonômicos são elas: Annona muricata, Carica
papaya, Cedrela odorata, Cipocereus bradei, Curcuma longa, Ficus brasiliensis, Hibiscus sabdariffa,
Jatropha eliptica, Lippia alba, Pimpinella anisum.

Para neoplasias (NEO) aparecem 24 diferentes plantas medicinais, sendo destaque de uso as
espécies Aloe barbadensis, Croton urucurana e Synadenium grantii. Nas doenças do sangue e outros (DSH)
foram reportadas 79 plantas medicinais (95 citações) com predominância de uso das espécies Aristolochia
cymbifera, Mentha pulegium e Ruta graveolens.

Nos problemas dermatológicos (DEM) a população do vale do Juruena reporta de 50 espécies


medicinais (53 citações), onde aparecem com maior predonominancia Annona muricata, Baccharis crispa
e Symphytum officinale.
Forarm indicadas pela polulação do estudo 131 diferentes espécies para problemas
respiratórios (DSR) tendo um total de 313 citações, houve forte associação de uso para Ocimum basilicum,
Ocimum gratissimum, Aloe barbadensis, Copaifera cf. langsdorffii, Eleunise indica, Eucalyptus citriodora,
Mentha pulegium e Mentha x piperita.

Com 130 diferentes espécies para tratar problemas osteomuscular e do tecido conjuntivo
(DSO) houve 176, citações de uso, com predominância da espécie Copaifera cf. langsdorffii.

As espécies mais indicadas para problemas digestivos (DSG) dentre as 102 plantas desse
sistema (180 citações) foram as espécies Gossypium barbadense e Uncaria guianensis com 7 citaçoes de
uso cada. Enquanto doenças dos olhos e anexos (DOA) houve apenas espécies Clusia, Plantago major e
Ruta graveolens.

Para tratar problemas do aparelho digestivo (DSD), foram reportadas de 112 diferentes plantas
medicinais (208 citações), sendo Baccharis crispa e Plectranthus barbatus as mais utilizadas no Vale do
Juruena.

Os clades lamides e campanulides apresentando maiores similaridades, quanto aos sistemas


corporais por eles tratados, isso pode ocorrer devido serem também taxonomicamente mais similares.
Também houve expressiva similaridade entre os grupos das magnoliids e monocots, e entre commelinides
e também os mais dissimilares são asterídes eudicotes coreeudicots rosídes.

As lamides e campanulids estavam no mesmo clados, porém com baixa similaridade quanto
aos sistemas corporais por elas tratadas, isso pode ocorrer devido não serem taxonomicamente tão
109

parecidas, confirmando seus diferentes usos reportados para Lamides, que apresentaram nesse estudo 14
diferentes famílias com predominância de uso para Lamiaceae (172 citações) com 13 diferentes usos
reportados sendo predominante para problemas respiratórios (DSR) e a segunda família mais utilizada nesse
grupo foi a Bignoniaceae (51 citações) com 12 diferentes categorias de uso, com maior predominância para
problemas geniturinário (DSG).

O grupo das campanulides, obteve apenas 2 famílias com predominância da Asteraceae (148
citações) com uso para 15 diferentes categorias terapêuticas, com maior utilização para problmeas
disgestivos (DSD) enquanto a Apiaceae (19 citações) para 9 sistemas corporais utilizadas tanto para
problemas digestivos (DSD) como para doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e alguns
transtornos imunitários (DSH). Estudos em relação ao uso de plantas medicinais pelos nativos americanos,
observaram preferência por espécies medicinais de algumas famílias em relação a outras. Tal preferência
está diretamente associada à sua atividade fitoquímica (MOERMAN, ESTABROOK, 2003).
Estudos realizados em três sociedades indígenas, demostrou que o grupo das Asterides foi o
mais utilizadas como medicinais, por serem espécies mais avançadas evolutivamente (GOTILLEB et al.,
1995). No na região do Vale do Juruena, Amazônica matogrossense, esse clades também foi o mais similar.
As características fitoquímicas particular para cada clado, pode ter forte relação com o estado
evolutivo dessas famílias e mecanismos de proteção contra herbivoria, patógenos e outras agressões. Isto
sugere que pode ocorrer produção diferenciada de compostos ativos entre espécies de um mesmo grupo
taxonômico e esta composição química das espécies pode ser utilizada como um caráter taxonômico
(GOTTLIEB et al., 1995).
110

CONCLUSÃO

O presente estudo possibilitou o registro e a documentação das plantas medicinais utilizadas pela
população do Vale do Juruena e comprovou a rica diversidade vegetal e étnico-cultural existente naquela
Região.
 A população da região utiliza plantas medicinais mais frequentemente problemas respiratórios,
úlceras e inflamações e infecções. A maioria das plantas medicinais tem uso comum nos sete
municípios do Vale do Juruena. No entanto, constatou-se igualmente que várias espécies referidas
nos municípios, também são referidas em outras regiões do Brasil e exterior;
 De acordo com suas IR treze espécies nativas do Brasil destacaram-se: sendo algumas destas já
comercializadas como produtos farmacêuticos.
 Bidens pilosa, Lippia alba e Mentha pulegium, todas empregadas como fitoterápicos, foram as
plantas com maiores similaridades de usos medicinais na população da Região;
 As famílias mais representativas nesse estudo foram Asteraceae, Fabaceae e Lamiaceae, famílias
consideradas sobreutilizadas como medicinais;
 O índice de Valor de Importância sindrômica possibilita realizar uma melhor bioprospecção de
novos fármacos para determinado sistema corporal;
 Com a aplicação de 3 diferentes classificações possibilitou verificar que existem diferentes
abordagem dependendo o estudo a ser realizado. Porém as três são de certa forma importante no
campo da etnobotânica tradicional, cultural ou econômica;
 A análise de componente principal demostrou quais famílias são mais similares para tratar
determinados sistemas corporais;
 Diferentes clados foram agrupados conforme a similaridade quanto a utilização, assim grupos de
clados diferentes tendem a tratar doenças diferentes que estejam fortemente correlacionadas entre
si.
 O aparelho respiratório, digestivo e geniturinário foram mais semelhantes em termos de repertório
de famílias usadas para tratá-las. Mostrando de alguma forma diferentes uns dos outros em relação
aos grupos taxonômicos utilizados para o seu tratamento, indicando que as pessoas têm critérios
bem estabelecidos para a seleção das plantas medicinais, por sua vez, fortemente influenciado
pelo perfil fitoquímico das espécies.
111

 Os sistemas corporais foram de alguma forma diferentes uns dos outros em relação aos grupos
taxonômicos utilizados para o seu tratamento, indicando que as pessoas têm critérios bem
estabelecidos para a seleção das plantas medicinais, por sua vez, fortemente influenciado pelo
perfil fitoquímico das espécies.
 A Copaifera cf. langsdorffii foi à espécie mais utilizada, para diversos sistemas corporais. Tanto
em citações de uso quanto em Importância Relativa.
 As mudanças ambientais e culturais estão em ritmo acelerado na Amazônia Legal e constituem
uma forte ameaça para os recursos existentes e pouco explorados. Esse estudo sinaliza a
necessidade de esforços sérios para criar a consciência pública para que sejam tomadas medidas
para conservar as plantas medicinais em ecossistemas naturais, visto sua importância cultural e
ambiental e o potencial econômico que representam.

A população da região utiliza plantas medicinais mais frequentemente para infecções, úlceras e
problemas renais. A maioria das plantas medicinais tem uso comum nos sete municípios do Vale do
Juruena. No entanto, constatou-se igualmente que várias espécies referidas nos municípios, também são
referidas em outras regiões do Brasil.
De acordo com suas IR treze espécies nativas do Brasil detacaram-se: Copaifera cf. langsdorffii,
Bertholletia excelsa, Aristolochia cymbifera, Pfaffia glomerata, Echinodorus macrophyllus, Herreria
salsaparilha, Chenopodium ambrosinoides, Hymenaea stigonocarpa, Amburana cearensis, Croton
urucurana, Uncaria guianensis, Bowdichia virgilioides, Pterodon emarginatus e Handroanthus
impetiginosus sendo algumas destas já comercializadas como produtos farmacêuticos.

Bidens pilosa, Lippia alba e Mentha pulegium, todas empregadas como fitoterápicos, foram as
plantas com maiores diversidades de usos medicinais na população da Região. As famílias mais
representativas nesse estudo foram Asteraceae, Fabaceae e Lamiaceae, famílias consideradas
sobreutilizadas como medicinais. O aparelho respiratório, digestivo e geniturinário foram mais
semelhantes em termos de repertório de famílias usadas para tratá-las. Mostrando de alguma forma
diferentes uns dos outros em relação aos grupos taxonômicos utilizados para o seu tratamento, indicando
que as pessoas têm critérios bem estabelecidos para a seleção das plantas medicinais, por sua vez,
fortemente influenciado pelo perfil fitoquímico das espécies.
Os sistemas corporais foram de alguma forma diferentes uns dos outros em relação aos
grupos taxonômicos utilizados para o seu tratamento, indicando que as pessoas têm critérios bem
112

estabelecidos para a seleção das plantas medicinais, por sua vez, fortemente influenciado pelo perfil
fitoquímico das espécies.

As famílias com maiores representatividade (Lamiaceae, Asteraceae, Fabaceae) são


favorecidas por possuírem um número proporcionalmente maior de espécies medicinais aplicáveis, ao
passo que outras famílias (Balanophoraceae, Cleomacea, Clusiaceae, Ebenaceae Loganiaceae,
Loranthaceae, Menispermaceae, Moringaceae, Vitaceae, Vochysiaceae) contêm menos membros destas
espécies, e que esta seleção diferencial influencia a importância medicinal das famílias botânicas.

As mudanças ambientais e culturais estão em ritmo acelerado na Amazônia Legal e


constituem uma grande ameaça para os recursos existentes e pouco explorados. Esse estudo sinaliza a
necessidade de grandes esforços para criar a consciência pública para que sejam tomadas medidas para
conservar as plantas medicinais em ecossistemas naturais, visto sua importância cultural e ambiental e o
potencial econômico que representam.
113

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS
ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS (ABC). Amazônia: Desafio Brasileiro do século
XXI/ Academia Brasileira de Ciências. São Paulo: Fundação Conrado Wessel, 2008. 32p.
AGRA MF.; FRANÇA PF.; BARBOSA-FILHO JM. Synopsis of the plants known as
medicinal and poisonous in Northeast of Brazil. Rev Bras Farmacogn 17, 2007.
AGRA, M.F. Plantas da medicina popular dos Cariris Velhos, Paraíba, Brasil: espécies
mais comuns. João Pessoa: Editora União, 1996.
ALAGESABOOPATHI C.; KALAISELVI N. Antimicrobial activities of the root, stem and
leaf extracts of Argemone mexicana L. Int J Biosci 2, 2012.
ALBERNAZ, L.C., et al. Investigation of plant extracts in traditional medicine of the Brazilian
Cerrado against protozoans and yeasts. Journal of Ethnopharmacology, 131p.
______. Uso dos recursos vegetais da caatinga: o caso do agreste do Estado de Pernambuco.
Interciência, v.27.
ALBUQUERQUE, U. P. ; NASCIMENTO, L. G. S. ; VIEIRA, F. J. ; ALMEIDA, C. M. A. D.
; SILVA, A. C. O. Return and extension actions after ethnobotanical research: the perceptions
and expectations of a rural community in semiarid northeastern Brazil. Journal of Agricultural
and Environmental Ethics, v. on, p. line-first, 2010.
ALBUQUERQUE, U. P.; ANDRADE, L. H. C. Conhecimento botânico tradicional e
conservação em uma área de Caatinga no Estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta
Botanica Brasílica, 16p.
ALEXIADES, M. N. Selected guidelines for ethnobotanical research: a field manual. New
York: Botanical Garden, 1996, 306p.
ALFIERI, M.A., LEUNG, F.Y., GRACE, D.M. Selenium and zinc levels in surgical patients
receiving total parenteral nutrition. Biological Trace Element Research, London, v.61, n.1,
1998.
ALMEIDA, J. R. G. S., et al. Antimicrobial activity of the essential oil of Bowdichia
virgilioides Kunt. Rev. bras. farmacogn. João Pessoa, 2006, 16p .
114

ALONSO, J.; DESMARCHELIER, C. Plantas Medicinales Autoctonas de La Argentina.


Buenos Aires: Fitociência, 2006.
ALVES, J. M., et al. In vivo protective effect of Copaifera langsdorffii hydroalcoholic extract
on micronuclei induction by doxorubicin. Journal of Applied Toxicology, 2010. Disponível
em: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jat.2777/pdf>. Acesso em: 3 jul. 2012.
ALVIANO, W. S., et al. “In vitro antioxidant potential of medicinal plant extracts and their
activities against oral bacteria based on Brazilian folk medicine”, Archives of Oral Biology, v
53 p 545–552, 2008.
AMARAL, C.N.; GUARIM NETO, G. Recursos Vegetais dos Tradicionais Quintais de
Rosário Oeste-Mato Grosso. Cuiabá – MT, Entrelinhas, 2008.
AMARTHA, S. Chaudhari. Neuropharmacological study of Argemone mexicana Linn. J App
Pharm Sci, 1 (2011), pp. 126.
AMOLE, O. O.; IZEGBU, M.C. Chronic toxicity of Chenopodium ambrosioides in rats.
Biomedical Research, 16 (2): 111 – 113, 2005. Disponível em: <
http://www.researchgate.net/publication/262876515_Acute_and_SubChronic_Toxicity_of_A
queous_Extracts_of_Chenopodium_ambrosioides_Leaves_in_Rats >. Acesso em: 6 jun. 2012.
AMOROZO. M.C.M. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antônio do Leverger,
MT, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 16:189-203, 2002.
ANDRADE C. A.; BECERRA J. J.; MARTINEZ Z. E.; ORTEGA L. P.; HEINRICH M.
DiseaseConsensus Index as a tool of selecting potential hypoglycemic plants in Chikindzonot,
Yucatán, México. J Ethnopharmacol v.107, 2006.
ANDRADE, C. A.; WIEDENFELD H. Hypoglycemic effect of Cecropia obtusifolia on
streptozotocin diabetic rats. J Ethnopharmacol, 2001.
ANDREAZZA, R.; CAMARGO, F. A. O.; ANTONIOLLI, Z. I.; QUADRO, M.S.;
BARCELLOS, A.A. . Biorremediação de Áreas Contaminadas com Cobre. Revista de
Ciências Agrárias (Lisboa), v. 36, 2013.
ANESINI, C.; PEREZ, C. Screening of plants used in Argentine folk medicine for antimicrobial
activity. J Ethnopharmacol, 39: 119-128, 1993.
AÑEZ, R. B. S. O uso de plantas medicinais na Comunidade do Garcês (Cáceres, Mato
Grosso). Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas). Universidade Federal de Mato
Grosso, Cuiabá, 1999.
APG III. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and
families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society 161. 2009.
115

ARAÚJO, T. A. S. Taninos e Flavonóides em plantas medicinais da Caatinga: um estudo


de etnobotânica quantitativa. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em
Ciências Farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de
Pernambuco Recife, 2008. 69 pp.
ARAVIND, G.; DEBJIT, B.; DURAIVEL, S.; HARISH, G. Traditional and medicinal uses of
carica papaya. J. Med. Plants Stud., 1 (1) (2013), pp. 7–15, 2013.
BABICZ, I., et al. Estudo de composição química e avaliação de atividade antimicrobiana
de extratos obtidos a partir de Echinodorus macrophyllus. 28ª Reunião Anual da Sociedade
Brasileira de Química, 2005. Sociedade Brasileira de Química (SBQ).
BABICZ, I.; RICHETTI, A.; ALMEIDA, C. L.; CANSIAN, R.; EMMERICH, D. J.; PAROUL,
N. Estudo de composição química e avaliação de atividade antimicrobiana de extratos
obtidos a partir de Echinodorus macrophyllus. 29ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira
de Química (SBQ), 2005, PN-297.
BAGGIO CH.; FREITAS CS.; RIECK L.; MARQUES MCA. Gastroprotective effects of a
crude extract of Baccharis illinita DC. in rats. Pharmacol Res 47, 2003.
BARBOSA, F.S.; LEITE, G.L.D.; ALVES, S.M.; NASCIMENTO, A.F. D'ÁVILA, V.A.;
COSTA, C.A. Insecticide effects of Ruta graveolens, Copaifera langsdorffii and Chenopodium
ambrosioides against pests and natural enemies in commercial tomato plantation. Acta Sci.,
Agron.(Online) [online], vol.33, n.1, pp 37-43, 2011.
BARBOSA1, W. L. R.; PINTO, L. N. Documentação e Valorização da Fitoterapia Tradicional
Kayapó nas Aldeias A’ukre e Pýkaný – Sudeste do Pará. Revista Brasileira de
Farmacognosia, 13 (Supl. 1), 47 – 49, 2003.
BARBOSA-FILHO, J. M., et al. Plants and their active constituents from South, Central, and
North America with hypoglycemic activity. Rev Bras Farmacogn, 15: 392-413, 2005.
______. Etnofarmácia: Fitoterapia popular e Ciência farmacêutica. Belém: NUMA/UFPA,
2009.
______. Natural products inhibitors of the enzyme acetylcholinesterase. Rev Bras Farmacogn,
16: 258-285, 2006.
BARRERA, A. La Etnobotânica. In: LA ETNOBOTÂNICA: três puntos de vista y una
perspectiva. Xalapa: Instituto Nacional de Investigaciones sobre Recursos Bióticos, 1983.
BARROS, W. M., et al. Anti-inflammatory effect of the ethanolic extract from Bowdichia
virgilioides H.B.K stem bark. An. Acad. Bras. Ciênc., Rio de Janeiro, 82 (3), 2010.
116

BARUA, M.; BHAGWAT, S. A.; JADHAV, S. The hidden dimensions of human-wildlife


conflict: health impacts, opportunity and transaction costs. Biological Conservation 157, 2013.
BATISTA, B. M. F., et al. Impactos Ambientais Gerados na fase de instalação das hidrelétricas:
uma ANÁLISE DA sub-bacia do alto juruena- MT. In: 1º Simpósio Matogrossense de
Engenharia Ambiental, Várzea Grande. 1º Simpósio Mato-grossense de Engenharia
Ambiental, 2012.
BEGOSSI, A. Use of ecological methods in Ethnobotany: Diversity indices. Economic
Botany, 280-289, 1996.
BELTRÃO, P. Sociologia da Família. Petrópolis, 1973: Vozes.
BENNETT, B. C.; HUSB, C. E. Padrões de consumo de plantas medicinais: um exame da flora
medicinal Shuar do Equador usando a tabela de contingência e análises binomial. Jornal de
Etnofarmacologia, 116: 422-430, 2008.
BENNETT, B. C.; PRANCE, G. T. “Introduced plants in the indigenous pharmacopoeia of
northern South America”. Economic Botany, 2000.
BERG, M. E. Plantas medicinais na Amazônia – Contribuição ao seu conhecimento sistemático.
Belém, Museu paraense Emílio Goeldi, 1993. 207 p.
BEZERRA, J.L., et al. Avaliação da atividade leishmanicida in vitro de plantas medicinais.
Revista Brasileira de Farmacognosia, 16: 631-637, 2006.
BHALKE, R.D.; GOSAVI, S.A. Anti-stress and antiallergic effect of Argemone mexicana
stems in asthma. Arch Pharm Sci Res 1, 2009.
BIAVATTI MW.; MARENSI V.; LEITE SN.; REIS A. Ethnopharmacognostic survey on
botanical compendia for potential cosmeceutic species from Atlantic Forest. Rev Bras
Farmacogn 17, 2007.
BIDINOTTO, L. T., et al. Modifying Effects of Lemongrass Essential Oil on Specific Tissue
Response to the Carcinogen N-Methyl-N-Nitrosurea in Female BALB/c Mice. J Med Food,
161–168, 2012.
BIESKI, I. G. C, et al. Ethnopharmacology of medicinal plants of the pantanal region (Mato
Grosso, Brazil). ECAM. Cuiabá, 2012, 36 p.
______. Plantas Medicinais e Aromáticas no Sistema Único de Saúde da Região Sul de Cuiabá-
MT, Secretaria Municipal de Saude de Cuiabá-MT. Lavras Minas Gerais, Brasil, 2005.
______.______. Conhecimento etnofarmacobotânico de plantas medicinais utilizadas por
comunidades tradicionais do Distrito Nossa Senhora Aparecida do Chumbo, Poconé,
Mato Grosso, Brasil. Dissertação submetida à Coordenação de Programas de Pós-Graduação
117

em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal de Mato Grosso,


2010.
BIRD, C. Medicines from the rainforest. New Scientist, 34-39. 1991.
BLANCO C.; POTENZA MN.; KIM SW.; IBANEZ A.; ZANINELLI R.; SAIZ-RUIZ J, ET
AL. A pilot study of impulsivity and compulsivity in pathological gambling. Psychiatry
Res. 2009;167p.
BLANCO, M. M., et al. Neurobehavioral effect of essential oil of Cymbopogon citratus in mice.
Phytomedicine, 6: 265–270, 2009.
BOLFARINE, H.; BUSSAB, W.O. Elementos de amostragem. São Paulo, 2005: Edgar
Blucher.
BORBA, A. M.; MACEDO, M. Plantas medicinais usadas para a saúde bucal pela comunidade
do bairro Santa Cruz, Chapada dos Guimarães, MT, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 20 (4):
771-782, 2006.
BORELLA, J.C.; DONATA, P.D.; NOVARETTI, A.A.G.; MENEZES JUNIOR, A.;
FRANÇA, S.C.; RUFALO, C.B.; SANTOS, P.A.S.; VENEZIANI, R.C.S.; LOPES, N.P.
Variabilidade sazonal do teor de saponinas de Baccharis trimera (Less.) DC (Carqueja) e
isolamento de flavona. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.16, n.4, 2006.
BORGES, R.; PEIXOTO, A. L. Conhecimento e uso de plantas em uma comunidade caiçara
do litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta bot. Bras, 23(3): 769-779, 2009.
BOTREL, R.T., et al. Uso da vegetação nativa pela população local no município de Ingaí, MG,
Brasil. Acta Botanica Brasilica, 20(1): 143-156, 2006.
BOZZI, A. et al. Quality and authenticity of commercial aloe vera gel power. Food Chemistry,
v. 103, n. 1, 2007.
BRAGA, R. Plantas do Nordeste especialmente do Ceará, Imprensa Oficial, 3ª edição,
Fortaleza, 1976.
BRANCALION, A. P. S. Estudo fitoquímico e investigação da atividade antilitiásica do
extrato hidroalcoólico das partes aéreas de Copaifera langsdorffii. 82 f. Dissertação
(Mestrado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São
Paulo, Riberão Preto, 2010. Disponível em: <>. Acesso em: 3 jul. 2012.
BRANCALION, A. P. S., et al. Effect of hydroalcoholic extract from Copaifera langsdorffii
leaves on urolithiasis induced in rats. Epub, 12 de janeiro, 2012. Departamento de Ciências
Farmacêuticas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil, 2012.
118

BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: uma


realidade no SUS. Revista Brasileira Saúde da Família. Ano IX, Ed. Especial (maio/2008).
Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 76 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
78p.Disponívelem:<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/matriz_versao_publicada.>
BRITO, M. A. & COELHO, M. F. B. Os quintais agroflorestais em regiões tropicais - unidades
auto-sustentáveis. Revista Agricultura Tropical 4(1): 1-21. 1998.
BRITO, M. A. Social use of biodiversity in agroforestry yards of Aripuanã – Mato Grosso.
(Master Dissertation), Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso, 1996,
108pp.
BRITO, M. V. H., et al. Estudo histológico da bexiga de ratos após administração de óleo de
copaíba. Revista Paraense de Medicina, 13 (3): 20-24, 1999.
______. Efeitos do óleo de copaíba na cicatrizaçäo de feridas cutâneas abertas em ratos. Revista
Paraense de Medicina, 12 (1): 28-32, 1998.
______.______. Citronellol, a monoterpene alcohol, reduces nociceptive and inflammatory
activities in rodents. J Nat Med, 66: 637–644, 2012.
BRITO, M. V. H.; OLIVEIRA, R. V. B.; REIS, J. M. C. Estudo macroscópico do estômago de
ratos após administração do óleo de Copaíba. Revista Paraense de Medicina, 14 (3): 29-33,
2000.
BUCHILLET, D. A Antropologia da Doença e os Sistemas Oficiais de Saúde. In Medicinas
Tradicionais e Medicina Ocidental na Amazônia. Ed. CEJUP. Belém- Pará. 1991.
CAMPOS, M.B.; COSTA, A.L.P; BARBOSA, L.P.J.L.; BARBOSA, F. H. F. Análise
qualitativa fitoquímica e atividade antimicrobiana do extrato bruto hidroalcoólico da casca de
Bertholletia excelsa HUMB. & Bomple (Lecytidaceae) frente a microrganismos gram-
negativo. Ciência Equatorial. vol. 1 - Número 2, 1-14 pp, 2011.
CAMPOS. F. R., et al. Trypanocidal activity of extracts and fractions of Bertholletia excels.
Fitoterapia, 76 (1): 26-29, 2005.
CARMO, E. G., et al. Treatment of pityriasis versicolor with topical application of essential oil
of Cymbopogon citratus (DC) Stapf - therapeutic pilot study. An Bras Dermatol, 88 (3): 381-
5, 2013.
CARMO, J.B.; FILOSO, S.; ZOTELLI, L.; SOUSA NETO, E.R.; PITOMBO, L.M.; VARGAS,
V.P.; ANDRADE, C.A.; GAVA, G.C.; ELIA NETO, A.; CANTARELLA, H.; ROSSETTO,
R.; DUARTE NETO, P. J.; GAVA, G.J.C.; MARTINELLI, L.A. Infield greenhouse gas
119

emissions from sugarcane soils in Brazil: effects from synthetic and organic fertilizer
application and crop trash accumulation. Global Change Biology Bioenergy, v.5, 2013
CARNEIRO, M. R. B. A Flora Medicinal no Centro Oeste do Brasil: Um Estudo de Caso
om Abordagem Etnobotânica Em Campo Limpo de Goiás. Anápolis, 2009.
CARNIELLO, M. A., et al. Quintais Urbanos de Mirassol D'Oeste-MT, Brasil : UMA
Abordagem Etnobotánica . Acta Amaz, [online], 40 (3): 451-470, 2008.
CARVALHO, J. C. T., et al. Anti-inflammatory activity of the crude extract from the fruits of
PterodonemarginatusVog. Journal of Ethnopharmacology, 64: 127–133, 1999.
CARVALHO, J.S.B., MARTINS, J.D.L., MENDONÇA, M.C.S., LIMA, L.D. Uso popular das
plantas medicinais na comunidade da Várzea, GaranhunsPE. Revista de Biologia e Ciências
da Terra. Volume 13, Número 2, 2º Semestre, 58-65 p, 2013.
CARVALHO, M. V., et al. Investigations on the anti-inflammatory and anti-allergic activities
of the leaves of Uncaria guianensis (Aublet) J. F. Gmelin. Inflammopharmacology, 14: 48–
56, 2006.
CAVALLI, J. F., et al. Combined analysis of the essential oil of Chenopodium ambrosioides
by GC, GC-MS and 13C-NMR spectroscopy: quantitative determination of ascaridole, a heat-
sensitive compound. Phytochemical Analysis, 15: 275 – 279, 2004. Disponível em: <>.
Acesso em: 6 jun. 2012.
CECHINEL F, V. AND Y, R. A. Estratégias para a obtenção de compostos
farmacologicamente ativos a partir de plantas medicinais, conceitos sobre modificação
estrutural para a otimização da atividade.Quim. Nova, 21, 1998.
CHANG K.S, ET AL. The putative transcriptional activator MSN1 promotes chromium
accumulation in Saccharomyces cerevisiae. Mol Cells 16(3), 2003.
CHICARO, C. F. Análise da expressão da proteína nf-kappaB antes e depois do tratamento
com dexametasona e os óleos de copaíba e andiroba em cultura de células de carcinoma
epidermóide bucal. 125f. Dissertação (Mestrado em odontologia) - Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2009.
CHIKAKO, W., et al. Lemon Grass (Cymbopogoncitratus) Ameliorates Murine
Spontaneous Ileitis by Decreasing Lymphocyte Recruitment to the Inflamed Intestine.
Microcirculation, 17: 321–332, 2010.
CHILETTO, E. C. Rede de avaliação e capacitação para a implementação dos planos
diretores participativos. Juína, MT, 2006.
120

CHITRA, R. D.; SIM, S. M.; ISMAIL, R. Effect of Cymbopogon citratus and Citral on Vascular
Smooth Muscle of the Isolated Thoracic Rat Aorta. Evidence-Based Complementary and
Alternative Medicine, 2012, 8 p.
COGO, L. L. et al. Anti-Helicobacter pylori activity of plant extracts traditionally used for the
treatment of gastrointestinal disorder. Brazilian Journal of Microbiology, v. 41, p. 304–309,
2010.
CONWAY GA.; SLOCUMB JC. Plants used as abortifacients and emmenagogues by Spanish
New Mexicans. J Ethnopharmacol. 1979 Oct;1(3):241-61.
COOK, F. E. M. Economic Botany Data Collection Standard. 1995
COPPEDE. J. S., et al. Herreria salsaparilha Mart.: A potential source of antimicrobial and
cytotoxic compounds. Journal of Medicinal Plants Research, 2012, 6 (35): 4928-4933.
CORDEIRO K. W.; PINTO, L.A.; FORMAGIO, A.S.N.; ANDRADE, S.F.; KASSUYA,
C.A.L.; FREITAS, K.C. Antiulcerogenic effect of Croton urucurana Baillon bark. J
Ethnopharmacol, 2012, 143 (1): 331-7. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.jep.2012.06.044>
CORREA-ROYERO, J., et al. In vitro antifungal activity and cytotoxic effect of essential oils
and extracts of medicinal and aromatic plants against Candida kruseiand Aspergillus fumigatus.
Brazilian Journal of Pharmacognosy, 2010, 20 (5): 734 – 741. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0102-695X&lng=en&nrm=iso >.
Acesso em: 6 jun. 2012.
CORREIA, A.F., et al. Amazonian plant crude extract screening for activity against multidrug-
resistant bacteria. Eur Rev Med Pharmacol Sci, 2008, 12: 369-380.
COTTON, C. M. Ethnobotany: Principles and Applications. August 1996, 434 p.
CRAGG, G. M.; NEWMAN, D. J. Plants as sources of anticancer agents. J Ethnopharmacol,
2005, 100: 72-79.
CRODA. Cosmetics. Área cosmética, 2003. Disponível em:
<http:/www.croda.com.br/>Acesso em: 25 maio 2013.
CRUZ, G. L. Livro Verde das Plantas Medicinais e Industriais do Brasil, Belo Horizonte,
Helmus Ed., 779, 1965.
CRUZ, G.V.; PEREIRA, P.V.; PATRÍCIO, F.J.; COSTA, G.C.; SOUSA, S.M.; FRAZÃO, J.B.;
ARAGÃO, F. W.C.; MACIEL, M.C.; SILVA, L.A.; AMARAL, F.M.; BARROQUEIRO, E.S.;
GUERRA, R.N.; NASCIMENTO, F.R.; Increase of cellular recruitment, phagocytosis ability
and nitric oxide production induced by hydroalcoholic extract from Chenopodium
ambrosioides leaves. J Ethnopharmacol 111 (1),148-54. Epub 2006 Nov 10.
121

CRUZ, G.V.B., et al. Increase of cellular recruitment, phagocytosis ability and nitric oxide
production induced by hydroalcoholic extract from Chenopodium ambrosioides leaves.
Journal of Ethnopharmacology, 2007, 111: 148 – 154. Disponível em: <
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17156956>. Acesso em: 6 jun. 2012
CUNHA, K.M.A., et al. Smooth muscle relaxant effect of kaurenoic acid, a diterpene from
Copaifera langsdorffii on rat uterus in vitro. Phytotherapy Research, 2003, 17: 320 – 324.
Disponível em: < >. Acesso em: 3 jul. 2012.
DANIEL, J.F.S.; ALVES, K.Z.; JACQUES, D. S.; SILVA-SOUZA, P.V.; CARVALHO, M.G.;
FREIRE, R.B.; FERREIRA, D.T.; FREIRE, M.F.I. Free radical scavernging activity of Pfaffia
glomerata (Spreng.) Pedersen (Amaranhaceae). Indian Journal of Pharmacology, vol. 37
Issue 3, 174-178, 2005.
DE LA CRUZ, M. G. Plantas Medicinais de Mato Grosso- A Farmacopéia Popular dos
Raizeiros. Ed. Carlini e Caniato Editorial. 2008, p.224.
DEHARO, E., et al. A search for natural bioactive compounds in Bolivia through
amultidisciplinary approach. Part V. Evaluation of the antimalarialactivity of plants used by the
Tacana Indians. Journal of Ethnopharmacology, 77: 91–98, 2001.
DELAPORTE, R.H.; SÁNCHEZ, G.S.; CUELLAR, A.C.; MELLO, J.C.P. Control de calidad
y actividad antiinflamatoria de las drogas vegetales Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze y
Bouchea fluminensis (Vell.) Mold. Acta Farm Bonaerense, 2001.
DELESPAUL, Q., et al. The antifungal activity of oils as determinated by different screening
methods. Journal of Essential Oil Research, 12 (2): 256-66, 2000.
DE-PARIS, F., et al. Psychopharmacological screening of Pfaffia glomerata Spreng.
(Amarathanceae) in rodents. J Ethnopharmacol, 73 (1-2): 261-9, 2000.
DERYABIN, A. M. Medicinal agent and method for treatment of mastritis in animal and
humans. United States Patent, US. 1991, 6p.
DHARMA, A. P. Indonesian Medicinal Plants. Balai Pustaka, Jakarta, Indonesia. 1987.
DI STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata
Atlântica. São Paulo: Editora UNESP, 2002.
DIEGUES, A. C.; ARRUDA, R. S. Saberes tradicionais e biodiversidade no Brasil. Brasília/
São Paulo, 2001: Ministérios do Meio Ambiente/ USP. 176p.
DINIZ, J.S.; SILVA, J.W.F.; CECILIO, S.G.; MAGALHÃES, C.L.B.; FERREIRA, J.M.S.;
MAGALHÃES, J.C.. Antiviral Activity of Aristolochiaceae Extracts Against Rotavirus,
2012.
122

DOMINICI, F.; MCDERMOTT A.; ZEGER S. L.; SAMET, J. M. National maps of the effects
of particulate matter on mortality: exploring geographical variation. Environ Health Perspect.
2003
DUTRA, R. C., et al. Antinociceptive Activity of the Essential Oil and Fractions of
Pterodonemarginatus Vogel Seeds. Lat. Am. J. Pharm, 27 (6): 865-70, 2008.
DUTRA, R. C., et al. Efeito Cicatrizante das Sementes de Pterodon emarginatus Vogel em
Modelos de Úlceras Dérmicas Experimentais em Coelhos. Lat. Am. J. Pharm, 28, 2009.
E. PAEZ-SANCHEZ, G. FERNANDEZ-SAAVEDRA, G.A. MAGOS. Vasoconstrictor and
vasorelaxant effects of a methanolic extract from Argemone mexicana Linn (Papaveraceae) in
rat aortic rings Proc West Pharmacol Soc, 49, 2006.
EFSA JOURNAL, EUROPEAN FOOD SAFETY AUTHORITY. Compendium of botanicals
that have been reported to contain toxic, addictive, psychotropic or other substances of concern.
Parma, Italy, 2009.
EISENBERG, D. Trends in alternative medicine use in the United States; 1990-1997. J Am
Med Assoc, 280: 1569-1575, 1998.
EL ABDELLAOUI, S.; DESTANDAU, E.; TORIBIO, A.; ELFAIR, C.; LAFOSSE, M.;
RENIMEL, I.; ANDRÉ, P.; CANCELLIERI, P.; LANDEMARRE, L. Bioactive molecules in
Kalanchoe pinnata leaves: extraction, purification, na identification. Analytical and
Bioanalytical Chemistry, v. 398, 2010.
ELISABETSKY E. Etnofarmacologia de algumas tribos brasileiras. In: Ribeiro D (ed). Suma
Etnológica Brasileira, v. 1, Etnobiologia. Petrópolis, Finep/Vozes, 1986.
ELISABETSKY, E. Pesquisa em plantas medicinais. Reta. Ciência e Cultura, 39 (8): 697-
702, 1987.
ELISABETSKY, E.; SETZER, R. Caboclo concepts of disease and therapy: implications for
ethnopharmacology and health systems in Amazonia. In: The Amazon Caboclo: Historical and
Contemporary Perspectives. Studies in Third World Societies, (E.P. Parker, ed.), 32: 243-
278. 1985.
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Pantanal: Um
Paraíso Seriamente Ameaçado. Carlos Roberto Padovani, C.B.; Jongman, R.H.G. ADM -
Artigo de Divulgação na Mídia, Embrapa Pantanal, Corumbá, MS, n. 098 p.1-3, abr. 2006.
ESMERALDINO, L. E.; SOUZA, A. M.; SAMPAIO, S.V. Evaluation of the effect of aqueous
extract of Croton urucurana Baillon (Euphorbiaceae) on the hemorrhagic activity induced by
the venom of Bothrops jararaca, using new techniques to quantify hemorrhagic activity in rat
skin. Phytomedicine, 12 (8): 570-576, 2005.
123

ESTEVÃO, L. R. M., et al. Neoangiogênese de retalhos cutâneos em ratos tratados com óleo
de copaíba. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 2009, 44 (4): 406 - 412. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/pab/v44n4/a11v44n4.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2012.
ESTEVES, E. A., et al. Nutritional composition of Copaifera langsdorffii Desf. aril flour and
its effect on serum lipids and glucose in rats. Food Research International, 2011.
ESUAA, M. F.; RAUWALDB, J. Novel bioactive maloyl glucans from Aloe vera gel: isolation,
structure elucidation and in vitro bioassaysǁ Carbohydrate Research, 2006.
FACUNDO, V.A.; MORAIS, S.M.; BRAZ-FILHO, R. Constituintes químicos de Ottonia
corcovadensis Miq., da Floresta Amazônica: atribuições dos deslocamentos químicos dos
átomos de hidrogênio e carbono. Química nova, v.27, n.1, 2004.
FERREIRA, S. H. (Org.). Medicamentos a partir de plantas medicinais no Brasil. Rio de
Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 1998, 131 p.
FIGUEIRINHA, F., et al. Anti-Inflammatory Activity of Cymbopogon citratus Leaf Infusion
in Lipopolysaccharide-Stimulated Dendritic Cells: Contribution of the Polyphenols. J Med
Food, 2010, 13 (3): 681–690.
FORD, R. I. An ethnobiology source book: the use of plants and animals by american
indians. New York. Garland. Publ. Inc. 170p. 1986.
FORMAGIO, A. S. N. et al. Free radical scavenging and anti-edematogenic activities of
essential oil obtained from Trichilia silvatica DC. (Meliaceae) leaves. Latin American Journal
of Pharmacy, v. 31, n. 3, 2012.
FRACARO, F.A.; GUARIM, V.L.M.S. Uso da biodiversidade em quintais do município de
Juína. In: GUARIM NETO, G.; CARNIELLO, M. A. (orgs). Quintais mato-grossenses:
espaços de conservação e reprodução de saberes. 1.ed. Cáceres: EdUNEMAT. v. 1. p.63-78,
2008.
FRACARO. F. A.; GUARIM NETO, G. Uso da biodiversidade em quintais do município de
Juína 2008. In: GUARIM NETO, Germano; CARNIELLO, Maria Antonia (ORG.).
QUINTAIS MATO-GROSSENSES: espaço de conservação e reprodução de saberes. Cáceres
– MT. UNEMAT, 2008, 63-78.
FRANÇA, F.; LAGO, E.L.; MARSDEN, P.D. Plants used in the treatment of leishmanial ulcers
due to Leishmania (Viannia) braziliensis in the endemic area of Bahia, Brazil. Rev Soc Bras
Med Trop, 29: 229-232, 1996.
124

FREIRE, F. H. M., AGUIRRE, M. A. C. Dinâmica entre os estados conjugais da população


brasileira: uma aplicação das tábuas de vida multi-estados. In: ENCONTRO Nacional de
Estudos Populacionais, 12, Caxambu. Anais... Belo Horizonte, 2000: ABEP. (CD-ROM).
FREITAS, C. S., et al. Actions of crude hydroalcoholic extract of Pfaffia sp. on gastrointestinal
tract. Brazilian Archives of Biology an Technology, 46 (3): 1167-79, 2003.
______. Involvement of nitric oxide in the gastroprotective effects of an aqueous extract of
Pfaffia glomerata (Spreng) Pedersen, Amaranthaceae, in rats. Life Sci, 2004.
______.______. Involvement of glutamate and cytokine pathways on antinociceptive effect of
Pfaffia glomerata in mice. J Ethnopharmacol, 122, 2009, (3): 468-72. DOI:
10.1016/j.jep.2009.01.033. Epub 2009 Feb 3.
FREITAS, M. Amazônia e Desenvolvimento Sustentável: um diálogo que todos os
brasileiros deveriam conhecer. Petrópolis, RJ, 2004: Vozes.
GADANO, A., et al. In vitro genotoxic evaluation of the medicinal plant Chenopodium
ambrosioides L. Journal of Ethnopharmacology, 81: 11 -/16, 2002. Disponível em:
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12020922>. Acesso em: 6 jun. 2012.
GALCERAN, B. C. Anti-inflammatory and analgesic effects of 6a, 7b–dihydroxyvouacapan-
17b-oic acid isolated from Pterodon emarginatusVog. Fruits. Inflammopharmacol, 19: 139–
143, 2011.
GEDIF, T.; HAHN, H. J. The use of medicinal plants in self-care in rural central Ethiopia.
Journal of Ethnopharmacology, 87 (2-3): 155-161, 2003.
GELMINI, F., et al. GC-MS profiling of the phytochemical constituents of the oleoresin from
Copaifera langsdorffii Desf.and a preliminary in vivo evaluation of its antipsoriatic effect. Int
J
Pharm,2012.Disponívelem:<http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S03785173120
08162 >. Acesso em: 3 jul. 2012.
GELMINI, F., et al. GC-MS profiling of the phytochemical constituents of the oleoresin from
Copaifera langsdorffii Desf. and a preliminary in vivo evaluation of its antipsoriatic effect. Int
J Pharm, 440 (2): 170-8, 2013. 2012.
GERMOSÉN-ROBINEAU, L. Hacia uma farmacopea caribanã. 7. ed. Santo Domingo:
Tramil, 1995. 696p.
GIDAY, M.; ASFAW, Z.; WOLDU, Z. Medicinal plants of the Meinit ethnic group of Ethiopia:
An ethnobotanical study. J. Ethnopharmacol, 124: 513-521, 2009.
GOMES, E., et al. Plantas medicinais com características tóxicas usadas pela população do
município de Morretes, PR. Revista Visão Acadêmica, Curitiba, 2 (2): 77-80, 2001.
125

GONÇALVES, A. L., et al. Estudo comparativo da atividade antimicrobiana de extratos


de algumas árvores nativas. Arquivos do Instituto de Biologia, 72 (3): 353-8, 2005.
GONÇALVES, E. C. B. A. Química dos alimentos: a base da nutrição. 1ª Ed. São Paulo:
Livraria Varela, 2010, 130p.
GONÇALVES, M. I. A.; MARTINS, D. T. O. Plantas medicinais usadas pela população do
município de Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso, Brasil. Rev Bras Farm, 79: 56-61,
1998.
GONÇALVEZ, A. L., Estudo da Atividade Antimicrobiana de Algumas Árvores
Medicinais com Potencial de Conservação/Recuperação de Florestas Tropicais. Tese de
Doutorado, Universidade Estadual de Rio Claro, São Paulo, 2007.
GORINSTEIN, S., MOSHE, R., GREENE, L. J. & ARRUDA, P. Evaluation of four
amaranthus species through protein electrophoretic patterns and their amino acid composition.
J. Agric. Food Chem., 39, 1991.
GOTTLIEB, O.R.; BORIN, M.R.M.B. Químico-biologia quantitativa: um novo paradigma?
Quim. Nova. 35(11), 2012.
GOTTLIEB, R. A., GIESING, H. A., ENGLER, R. L. AND BABIOR, B. M. The acid
deoxyribonuclease of neutrophils: a possible participant in apoptosisassociated genome
destruction. Blood 86, 1995.
GUARIM NETO, G. Plantas usadas na medicina popular do Estado de Mato Grosso.
CNPq/ Assessoria Editorial, Brasília, 1987.
GUARIM NETO, G., SANTANA, S. R. & SILVA, J. V. B.. 2000. Notas etonobotânicas de
espécies de Sapiendaceae jussieu. Acta Bot. Bras. v.14 n.3 São Paulo set./dez. 2000.
GUARIM NETO, G.; FRANÇA, J.V. C.; Biodiversidade Mato-Grossense: as plantas e suas
potencialidades. Carlini & Caniato Editorial, 2011, 152 pg.
GUARIM NETO, G.; MACIEL, M. R. A. O saber local e os recursos vegetais em Juruena,
Mato Grosso. Cuiabá, 2008: Entrelinhas/EDUFMT.
GUARIM NETO, G.; MORAIS, R. G. Recursos Medicinais de Espécies do Cerrado de Mato
Grosso: um estudo bibliográfico. Acta Botanica Brasílica, 17 (4): 561-84, 2003.
GUARIM NETO, G.; NOVAIS, A. M. Composição florística dos quintais de Castanheira. In:
GUARIM NETO, G.; CARNIELLO, M. A. (orgs). Quintais mato-grossenses: espaços de
conservação e reprodução de saberes. 1.ed. Cáceres: EdUNEMAT, v. 1. p.27-44, 2008.
GUARIM NETO, GERMANO. O Saber Tradicional Pantaneiro: As Plantas Medicinais e a
Educação Ambiental. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient, v.17, julho a dezembro de 2006.
126

GUPTA, S.; YADAVA, J.N.S.; TANDON, J.S. Antisecretory (antidiarrhoeal) activity of Indian
medicinal plants agianst Escherichia coli-enterotox-induced secretion in rabbit and guinea pig
ileal loop models. International Joumal of Pharmacognosy, 31: 198-204, 1993.
GURGEL, L. A., et al. In vitro antifungal activity of dragon’s blood from Croton urucurana
against dermatophytes. Journal of Ethnopharmacology, 97: 409–412, 2001.
______. Studies on the antidiarrhoeal effect of dragon’s blood from Croton urucurana.
Phytotherapy Research, 15: 319–322, 2005.
HABILA, N., et al. Atolagbe. Evaluation of In Vitro Activity of Essential Oils against
Trypanosoma bruceibrucei and Trypanosoma evansi. Journal of Parasitology Research,
2010, Article ID 534601, 5 pages.
HALLAL, A., et al. Evaluation of the analgesic and antipyretic activities of Chenopodium
ambrosioides L. Asian Journal of Experimental Biological Sciences, 1 (1): 189 – 192, 2010.
Disponívelem:<http://www.researchgate.net/publication/234096776_Evaluation_of_the_Anal
gesic_and_Antipyretic_Activities_ofChenopodium_ambrosioides_L>. Acesso em: 6 jun.
2012.
HARADA, M.; OZAKI, Y.; SATO, M. Ganglion blocking effect of indole alkaloids contained
in Uncaria genus and Amsonia genus and related synthetic compounds on the rat superior
cervical ganglion in situ. Tokyo Chemical & Pharmaceutical Bulletin, v.22, p.1372-1377,
1974.
HEINRICH, M., et al. Medicinal plants in Mexico: healers' consensus and cultural importance.
Social Science and Medicine, 47( 11): 1859-71, 1998.
HOMMA, A. Extrativismo, biodiversidade e biopirataria na Amazônia. Embrapa
informações técnicas. Brasília: EMBRAPA, 2008.
IBGE- INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Perfil dos estados
brasileiros: 2012 / Coordenação de População e Indicadores Sociais. - Rio de Janeiro: IBGE,
2013. 272 p.
IBIRONKE, G. F.; AJIBOYE, K. I. Studies on the anti–inflammatory and analgesic properties
of Chenopodium ambrosioides leaf extract in rats. International Journal of Pharmacology, 3
(1):111/115,2007.Disponívelem<http://www.researchgate.net/publication/45947925_Studies_
on_the_AntiInflammatory_and_Analgesic_Properties_of_Chenopodium_Ambrosioides_Leaf
_Extract_in_Rats >. Acesso em: 6 jun. 2012.
IMÕES, C. M. O. et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 1ª ed. Porto Alegre:
UFRGS; Florianópolis, 1999: Ed. da UFSC.
127

INNGJERDINGEN, K. T. et al. Bioactive pectic polysaccharides from Glinus oppositifolius


(L.) Aug. DC., a Malian medicinal plant, isolation and partial characterization. Journal of
Ethnopharmacology, Clare, v. 101, n. 1-3, p. 204–214, 2005.
INSUNZA, V., VALENZUELA, A. Control of Ditylenchus dipsaci in garlie (Allium
sativum) with extracts of medicinal plants from Chile. Nematropica 25, 1995.
INTA, A.; SHENJI, P.; BALSLEV, H.; WANGPAKAPATTANAWONG, P.; TRISONTHI, C.
A comparative study on medicinal plants used in Akha's traditional medicine in China and
Thailand, cultural coherence or ecological divergence? Journal of Ethnopharmacology,
116(3), 508-517, 2008.
JACOBSON, T. K.B., GARCIA, J., SANTOS, S.C., DUARTE, J.B., FARIA, J.G. HUBERTO
JOSÉ KLIEMANN, H.J. Influência de fatores edáficos na produção de fenóis totais e
taninos de duas espécies de barbatimão (Stryphnodendron sp.) Pesquisa Agropecuária
Tropical, 35 (3): 163-169, 2- 163, 2005.
JESUS, N.Z.T., LIMA, J.C.S., SILVA, R.M., ESPINOSA, M.M., MARTINS, D.T.O.
Levantamento Etnobotânico de Plantas População Utilizadas como Antiúlcera e
Antiinflamatória no Pantanal de Poconé, MT. In: XIX Simpósio de Plantas Medinais do
Brasil, Salvador. XIX Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, 2006.
JIMÉNEZ, C. M.; ACOSTA, V.K.Y.; GUZMÁN M. E.; PUERTO, M.; ORTEGA, P. A.
Toxoplasmosis: a relevant zoonotic food borne disease in tropical conditions. Afr J Microbiol
Res. 2012.
JONES, V.H. The nature and status of Etnobotany. Chronica, Bot. 6, 219-221, 1941.
JUDD, W.S., CAMPBELL, C.S., KELLOGG, E.A., STEVENS, P.F. Plant Systematics, a
Phylogenetic Approach, Second ed. Sinaver Associates, Sunderland, 2002.
JURISIC GRUBESIC R., VUKOVIC J., KREMER D., VLADIMIR-KNEZEVIC S.
Spectrophotometric method for polyphenols analysis: Prevalidation and application on
Plantago L. species. Journal of Pharmaceutical Biomedical analysis 39, 2005.
KAITHWAS G.; MUKERJEE A.; KUMAR P.; MAJUMDAR D.K. Linum usitatissimum
(linseed/flaxseed) fixed oil: antimicrobial activity and efficacy in bovine mastitis. Infl.
Pharmacol. 19, 2011.
KETZIS, J.K.; TAYLOR, A.; BOWMAN, D.D.; BROWN, D.L.; WARNICK, L.D.; ERB, H.N.
Chenopodium ambrosioides and its essential oil as treatments for Haemonchus contortus and
mixed adult-nematode infections in goats. Small Ruminantes Research, v. 44, p. 193-20,
2002.
128

KISHORE, N.; CHANSOURIAT, J. P. N.; DUBEY, N. K. Antidermatophytic action of the


essential oil of Chenopodium ambrosioides and an ointment prepared from it. Phytotherapy
Research, 10: 453 – 455, 1996.
KLIKS, M. M. Studies on the traditional herbal anthelmintic Chenopodium ambrosioides
L.: ethnopharmacological evaluation and clinical field trials. Social Science & Medicine, 21
(8): 879 – 886, 1985. Disponível em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3906906 >.
Acesso em: 6 jun. 2012.
KUMAR C, ET AL. Glutathione revisited: a vital function in iron metabolism and ancillary
role in thiol-redox control. EMBO J 30(10), 2011.
LÊ, S., Josse, J., Husson, F., 2008. FactoMineR: An R Package for Multivariate Analysis.
Journal of Statistical Software. 25, 1-18.
LADIO, A.; LOZADA, M.; WEIGANDT, M. Comparison of traditional wild plant knowledge
between aboriginal communities inhabiting arid and forest environments in Patagonia,
Argentina. Journal of Arid Environments, 69:695-715.
LADIO, A.H., LOZADA, M. Patterns of use and knowledge of wild edible plants in distinct
ecological environments: a case study of a Mapuche community from Nothwestern Patagonia.
Biodiversity and Conservation 13, 2004.
LAINETTI, R.; BRITO, N.R.S. A saúde pelas plantas e ervas do mundo inteiro. Rio de
Janeiro, 1980: Ediouro, 120p.
LALL, N.; MEYER, J. J. M. In vitro inhibition of drug-resistant and drug-sensitive strains of
Mycobacterium tuberculosis by ethnobotanically selected South African plants. Journal of
Ethnopharmacology,, 66: 347 – 354, 1999. Disponível em: <
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874198001858 >. Acesso em: 6 jun.
2012.
LEAL, L. K. A. M., et al. Anti-inflammatory and smooth muscle relaxant activities of the
hydroalcoholic extract and chemical constituents from Amburana cearensis A. C. Smith.
Phytother, 2003, Res., 17: 335–340.
LEAL, P. F., et al. Brazilian Ginseng extraction via LPSE and SFE: Global yields, extraction
kinetics, chemical composition and antioxidant activity. The Journal of Supercritical Fluids,
54 (1): 38-45, 2010.
LEDUC, D. L.; ABDELSAMIE, M.; MONTES-BAYON, D. P.; REISINGER, S. J.; TERRY,
N. Overexpressing both ATP sulfurylase and selenocysteine methyltransferase enhances
selenium phytoremediation traits in Indian mustard. Environmental Pollution 144. 2006.
129

LEDUC, D.L.; ABDELSAMIE, M.; MONTES-BAYON, C.P.; WU, S.J.; REISINGER, AND
TERRY, N. Overexpressing both ATP sulfurylase and selenocysteine methyltransferase
enhances selenium phytoremediation traits in Indian mustard. Environmental Pollution, 2006
LEE, K. K. Bioactive indole alkaloids from the bark of Uncaria guianensis. Planta Med, 65:
759–760, 1999.
LEMOS, O. A., et al. Genotoxic effects of Tabebuia impetiginosa (Mart. Ex DC.) Standl.
(Lamiales, Bignoniaceae) extract in Wistar rats. Genetics and Molecular Biology, 35, 2012.
LEONTI M., CABRAS S., EUGENIA CASTELLANOS M., CHALLENGER A., GERTSCH
J., CASU L..Bioprospecting: evolutionary implications from a post-olmec pharmacopoeia and
the relevance of widespread taxa. J. Ethnopharmacol. 2013
LEONTI, M .The co-evolutionary perspective of the food-medicine continuum and wild
gathered and cultivated vegetables. Genetic Resources and Crop Evolution, 59 (7) (2012), pp.
1295–1302, 2012.
LERTSATITTHANAKOM, P., et al. In vitro bioactivities of essential oils used for acne
control. The International Journal of Aromatherapy, 16: 43–49, 2006.
LEVY P.S.; LEMESHOW S. Sampling of populations. Methods and Applications. New York:
John Wiley & Sons, 2008.
LEVY, P. S.; LEMESHOW, S. Sampling of populations.Methods and Applications, John
Wiley & Sons, New York, NY, USA, 2008.
LIMA, R.V.E., et al. Pulp repair after pulpotomy using different pulp capping agents: a
comparative histologie analysis. Pediatric Dentistry, 2011, 33 (1). Disponível em: <
http://www.ingentaconnect.com/content/aapd/pd/2011/00000033/00000001/art00003 >.
Acesso em: 3 jul. 2012.
LIRA, G. Conhecendo Mato Grosso –XIII, 2011. 57p.
LISBÔA, P.L.B., PRANCE, G.T., LISBÔA, R.C.L. Constribuição ao conhecimento da flora
do Aripuanã (Mato Groso). I. Fanerógamas. In: Contribuições ao Projeto Aripuanã. Acta
Amazonica, 6 (4): Supl, 33-41, 1947.
LOPES, L. C., et al. Toxicological evaluation by in vitro and in vivo assays of an aqueous
extract prepared from Echinodorus macrophyllus leaves. Toxicology Letters, 116 (189-
198), 2000.
LORENZI H., MATOS F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil - Nativas e exóticas. Nova
Odessa, Instituto Plantarum, 2008 (vários trechos).
______. Plantas Medicinais do Brasil, nativas e exóticas. 1 ed. São Paulo, 2002: Plantarum.
130

______.______. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP, 2002:
Instituto Plantarum.
LOTUFO, L. V. C., et al.The cytotoxic and embryotoxic effects of kaurenoic acid, a diterpene
isolated from Copaifera langsdorffii oleo-resin. Toxicon, 40 (8): 1231-1234, 2002.
LOURENÇO, A. C. S., et al. Óleo de copaíba (Copaifera langsdorfii Desf.) em padrões
reprodutivos de camundongos e no desenvolvimento embriofetal. Rev. Bras. Pl. Med, 11 (4):
407-413, 2009.
MACDONALD, D., et al. Ascaridole-less infusions of Chenopodium ambrosioides contain a
nematocide(s) that is(are) not toxic to mammalian smooth muscle. Journal of
Ethnopharmacology, 92: 215 – 221, 2004. Disponível em: <
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15138003 >. Acesso em: 12 jun. 2012.
MACEDO, M.; FERREIRA, A. R. Plantas hipoglicemiantes utilizadas por comunidades
tradicionais na Bacia do Alto Paraguai e Vale do Guaporé, Mato Grosso – Brasil. Revista
Brasileira de Farmacognosia, 14 (1): 45-47, 2004.
MACIEL, M. R. A.; GUARIM-NETO, G. Um Olhar sobre como benzedeiras de Juruena
(Mato Grosso, Brasil) e como Plantas USADAS parágrafo benzer e Curar. Bol. Mus.
Para. Emílio Goeldi. Ciênc, hum. [online], 1 (3): 61-77, 2006.
MANOSROI, J.; DHUMTANOM, P.; MANOSROI, A. Anti-proliferative activity of essential
oil extracted from Thai medicinal plants on KB and P388 cell lines. Cancer Letters, 235: 114–
120, 2006.
MARANHÃO, P. A., et al. Brazil nuts intake improves lipid profile, oxidative stress and
microvascular function in obese adolescents: a randomized controlled trial. Nutr Metab
(Lond), 8 (1): 32, 2011.
MARINHO, M. G. V.; BRITO, A. G.; CARVALHO, K.A.; Amburana cearensis e cumarina
imunomodulam os níveis de anticorpos antígeno-específico em camundongos BALB/c
sensibilizados com ovalbumina. American Journal of Pharmacy, 23 (1): 47-52, 2004.
MARQUES, L. C. Avaliação da ação adaptógena das raízes de Pfaffia glomerata (Spreng)
Pedersen – Amaranthaceae. Tese doutorado em Psicobiologia. Escola Paulista de Medicina,
São Paulo, 1998, 188 p.
MARQUES, L. C., et al. Psychopharmacological assessment of Pfaffia glomerata roots (extract
BNT-08) in rodents. Phytother Res, 18 (7): 566-72, 2004.
MARTIN G. S. Ethnobotany: a method. New York: Chapman & Hall, 1995.
MARTINEZ G. C.; WANG H.L.; MICKLEM B.R.; BOLAM J.P.; MENASEGOVIA J.
Subpopulations of cholinergic, GABAergic and glutamatergic neurons in the pedunculopontine
131

nucleus contain calcium-binding proteins and are heterogeneously distributed. Eur J Neurosci
35(5), 2012.
MARTINS, E.R.; CASTRO, D.M.; CASTELLANI, D.C.; DIAS, J.E. Plantas medicinais.
Viçosa, 1995: UFV, 220p.
MARTINS, E.R; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D.C. Plantas Medicinais, Imprensa
Universitária, UFV Viçosa, 220 pp, 1994.
MATO GROSSO. “Plano plurianual 2004–2007 do Governo do Estado”. Projeto de lei,
Seplan, MT, 2005.
MATO GROSSO. “Plano plurianual 2010–2015 do Governo do Estado” Projeto de lei,
Seplan, MT, 2012.
MATOS, F.J.A., Introdução à fitoquímica experimental. UFC Edições, 1997.
MATTHEW et al. A two-decade comparison of prevalence of dementia in individuals aged
65 years and older from three geographical areas of England: results of the Cognitive
Function and Ageing Study I and II. Lancet. 2013 Oct 26;382.
MCCLATCHEY, W. The ethnopharmacopoeia of Rotuma. Journal of
Ethnopharmacology, 50, 147-156, 1996.
MEDEIROS, P. M., et al. Does The Selection Of Medicinal Plants By Brazilian Local
Populations Suffer Taxonomic Influence?. Journal of Ethnopharmacology, 146: 842-852,
2013.
MEIRELLES F, J. O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais
cobiçada do planeta. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
MELO, S.; LACERDA, V. D. & HANAZAKI, N. Espécies de Restinga Conhecidas pela
Comunidade do Pântano do Sul, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rodriguésia. 2008.
Disponível < http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig59_4/009(036-08).pdf>. Acesso em
10/04/2010.
MENDONÇA, F. A. C., et al. Activities of some Brazilian plants against larvae of the mosquito
Aedes aegypti. Fitoterapia, 76: 629 – 636, 2005. Disponível em: <
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16253435 >. Acesso em: 3 jul. 2012.
MENDONÇA, R.C.; FELFILI, J.M.; WALTER, B.M.T.; SILVA J.M.C.; REZENDE A.V.;
FILGUEIRAS T.S. & SILVA P.E.N. Flora vascular do cerrado. Pp. 288-556. In: Sano, S.M.,
& Almeida, SD. P. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, Embrapa-CPAC, 1998.
MILLER, M. J. S. Dietary antioxidants protect gut epithelial cells from oxidant-induced
apoptosis. BMC Complementary and Alternative Medicine, 1: 11, 2001.
132

MILLER, M. J. S., et al. Early relief of osteoarthritis symptoms with a natural mineral
supplement and a herbomineral combination: A randomized controlled trial. Journal of
Inflammation, 2: 11, 2005.
MING, L. C.; AMARAL JUNIOR, A. Aspectos Etnobotânicos de Plantas Medicinais na
Reserva Extrativista “Chico Mendes”. The New York Botanical Garden, 1995.
MIRANDA, E. J. et. al. Medicinal Plants in the Pantanal: a Study in Santo Antônio de
Leverger, Mato Grosso, Brazil, 2009. Disponível em:
<http://www.ivsimposiodeplantas.com.br/cd/resumos_plantas/BO/pdf/BO%20010.pdf>.
MISRA, S. B.; and S.N. DITIX. Antifungal activity of leaf extracts of some higher plants. Acta
botanica Indica, 7, 150 p.
MITTERMEIER, R. A., et al. O país da mega diversidade. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 1992,
14 (81): 20 – 27.
MOBOT. Missouri Botanical Garden. April 2010. Disponível em: http:// www.tropicos.org/.
MOERMAN, D.E. & ESTABROOK, G.F. Native Americans' choice of species for medicinal
use is dependent on plant family: confirmation with meta-significance analysis. Journal of
Ethnopharmacology 87, 2003.
MÖLLER, N. P.; ROOS, N.; SCHREZENMEIR, J., Lipase inhibitory activity in alcohol
extracts of worldwide occurring plants and propolis. Phytother, Res., 23: 585–586, 2009.
MONTEIRO, A. L. S. Monitoramento de indicadores de manejo florestal na Amazônia
legal utilizando sensoriamento remoto. 105 f. Dissertação (mestrado Ciências Florestais)-
Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005.
MONTELES, R.; PINHEIRO, C. U. B. Plantas medicinais em um quilombo maranhense: uma
perspectiva etnobotânica. Revista de Biologia e Ciências da Terra, 7 (2): 38-47, 2007.
MONZOTE, L., et al. Activity of the essential oil from Chenopodium ambrosioides grown in
Cuba against Leishmania amazonensis. Chemotherapy, 52 (3): 130 – 136, 2006. Disponível
em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16636536>. Acesso em: 11 jun. 2012.
MONZOTE, L., et al. Toxic effects of carvacrol, caryophyllene oxide, and ascaridole from
essential oil of Chenopodium ambrosioides on mitochondria. Toxicology and Applied
Pharmacology, 240: 337 – 347, 2009. Disponível em: <
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0041008X09003275 >. Acesso em: 12 jun.
2012.
MORAIS, S. A. L.; NASCIMENTO, E. A.; QUEIROZ, C. R. A. A. Studies on polyphenols of
Myracrodruon urundeuva wood. Journal of the Brazilian Chemical Society, 10 (6): 447-452,
1999.
133

MUHAMMAD et al. Correlation of serum free thyroxine with components of metabolic


syndrome in euthyroid South Asian men and women. International Journal of Medicine and
Medical Sciences Vol. 4(7), September 2012.
MÜLLER, K.; SELLMER, A.; WIEGREBE, W. Potential antipsoriatic agents: Lapacho
compounds as potent inhibitors of HaCaT cell growth. J Nat Prod, 62: 1134-1136, 1999.
MUZITANO, M.F.; TINOCO, L.W.; GUETTE, C.; KAISER, C.R.; ROSSIBERGMANN, B.;
COSTA, S.S.. The antileishmanial activity assessment of unusual flavonoids from Kalanchoe
pinnata. Phytochemistry 67, 2006.
NANYINGI, M. O. et al. Ethnopharmacological survey of Samburu district, Kenya. Journal
of Ethnobiology and Ethnomedicine, 4:14, 2008.
NASCIMENTO, C. A., et al. Alkaloids from Palicourea coriacea (Cham.) K. Schum. Z.
Naturforsh, 61b: 1443-1446, 2006.
NASCIMENTO, F. R. F., et al. Ascitic and solid Ehrlich tumor inhibition by Chenopodium
ambrosioides L. treatment. Life Sciences, 78: 2650 – 2653, 2006. Disponível em:
<http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0024320505011161>. Acesso em: 6 jun.
2012.
NEGREIROS, C. N.; RIEDER, A. Efeito do extrato metanolico bruto foliar da Herreria
salsaparrilha Mart. (Herreriaceae) na fase larval da Spodoptera frugiperda (J. E. Smith,
1797). Resumo apresentado na 2ª Jornada Científica da Unemat, campus de Barra do Bugres,
2009.
NETO, A. G., et al. Analgesic and anti-inflammatory activity of a crude root extract of Pfaffia
glomerata (Spreng) Pedersen. J Ethnopharmacol, 96 (1-2): 87-91, 2005.
NETO, A. G., et al. Evaluation of the trypanocidal and leishmanicidal in vitro activity of the
crude hydroalcoholic extract of Pfaffia glomerata (Amarathanceae) roots. Phytomedicine, 11
(7-8): 662-5, 2004.
NEVES. J. M., et al. Ethnopharmacological notes about ancient uses of medicinal plants in
Trás-os-Montes (northern of Portugal). Journal of Ethnopharmacology, 124 (2): 270-283,
2009.
NI J, ET AL. Candida albicans Cdc37 interacts with the Crk1 kinase and is required for Crk1
production. FEBS Lett 561(1-3), 2004.
NUNES DA CUNHA, C. Comunidades Arbustivo-arbóreas de Capões e Diques Marginais
no Pantanal de Poconé-MT: Caracterização e análise de gradiente. 146f. 1998. Tese
(Doutorado). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos- SP, 1998.
134

NUNES, M.A.; LANSAC-TÔHA, F.A.; BONECKER, C.C.; ROBERTO, M.C.;


RODRIGUES, L. Composition and abundance of the zooplankton in two lakes of the Horto
Florestal Dr. Luiz Teixeira Mendes, Maringá, Paraná. Acta Limnologica Brasiliensia,
Botucatu, v. 8, 1996.
NUNES, P. C.; VIVAN, J. L. Florestas, Sistemas Agroflorestais e Seus serviços ambientais
e econômicos em Juruena-MT. 1 ed., Cuiabá: ADERJUR, 2011. 42p.
OJEWOLE, J. A. Hypoglycaemic and hypotensive effects of Harpephyllum caffrum Bernh ex
CF Krauss (Anacardiaceae) stem-bark aqueous extract in rats. Cardiovasc J S Afr. 2006 Mar-
Apr.
OLIVEIRA, I. S., et al. Triagem da atividade antibacteriana in vitro do látex e extratos de
Croton urucurana Baillon. Rev. bras. Farmacogn, 18 (4), 2008.
OLIVEIRA, K.D., et al. Enfermidades associadas à intoxicação por selênio em animais. Pesq.
Vet. Bras, 27 (4): 125-136, 2007.
OLIVEIRA, V. C. S., et al. Effects of essential oils from Cymbopogon citratus (DC) Stapf.
Lippia sidoides Cham., and Ocimum gratissimum L. on growth and ultrastructure of
Leishmania chagasi promastigotes. Parasitology Research, 104 (5): 1053-1059, 2009.
OMS - ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Pautas generales para las
metodologias de investigación de la medicina tradicional. Catalogación por la Biblioteca de
la OMS: Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2014-2023. Ginebra, 2000.
ORSI, P. R., et al. Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne: A Brazilian medicinal plant with
gastric and duodenal anti-ulcer and antidiarrheal effects in experimental rodent models.
Journal of Ethnopharmacology, 143 (1): 81-90, 2012.
OZOLUA, R.I., EBOKA, C.J., DURU, C.N., UWAYA, D.O. Effects of aqueous leaf extract of
Bryophyllum pinnatum on guinea pig tracheal ring contractility. Nig. J. Physiol. Sci. 25, 2010.
PABLO, C. Plantas medicinais e ervas feiticeiras da Amazônia, 1918.
PAIVA, L. A. F., et al. Anti-inflammatory effect of kaurenoic acid, a diterpene from Copaifera
langsdorffii on acetic acid-induced colitis in rats. Vascular Pharmacology, 39 (6): 303-307,
2002.
PAIVA, L. A. F., et al. Gastroprotective effect of Copaifera langsdorffii oleo-resin on
experimental gastric ulcer models in rats. Journal of Ethnopharmacology, 62 (1): 73 – 78,
1998. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874198000580
>. Acesso em: 3 jul. 2012.
PAIVA, L. A. F., et al. Protective effect of Copaifera langsdorffii oleo-resin against acetic acid-
induced colitis in rats. Journal of Ethnopharmacology, 93 (1): 51 – 56, 2004.Disponível em:
135

< http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874104001497>. Acesso em: 3 jul.


2012.
PAL, S.; NAG CHAUDHURI A.K . Studies on the antitulcer activity of a Bryphyllum pinnatum
leaf extract in experimental animals. J. Elhnopharmacol 33, 1991.
PANIZZA, S. Plantas que curam. 23. ed. São Paulo: Ibrasa, 1997.
PANTOJA, W.M.F.; NEVES, L.R.; DIAS, M.K.R.; MARINHO, R.G.B.; MONTAGNER, D.;
TAVARES, D M. Protozoan and metazoan parasites of nile tilapia Oreochromis niloticus
cultured in Brazil. Rev. MVZ Córdoba 2012.
PARÉ, P. W.; et al. Antifungal terpenoids from Chenopodium ambrosioides. Biochemical
Systematics and Ecology, 21 (6-7): 649 – 653, 1993. Disponível em: <
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0305197893900683>. Acesso em: 6 jun.
2012.
PARK, B. S., et al. Antioxidant activity and characterization of volatile constituents of Taheebo
(Tabebuia impetiginosa Martius ex DC). J Agricult Food Chem, 51: 295-300, 2003.
PARK, B. S., et al. Selective growth-inhibiting effects of compounds identified in Tabebuia
impetiginosa inner bark on human intestinal bacteria. J Agricult Food Chem, 53: 1152- 1157,
2005.
PARK, H. J., et al. 2006. Antibacterial activity of Tabebuia impetiginosa Martius ex DC
(Taheebo) against Helicobacter pylori. J Ethnopharmacol, 105: 255-262, 2006.
PATHMASIRI, W., PRATT, K.J., COLLIER, D.N., LUTES, L.D., MCRITCHIE, S., &
SUMNER, S.C.J. Integrating metabolomic signatures and psychosocial parameters in
responsivity to an immersion treatment model for adolescent obesity. Metabolomics, 8, 2012.
PATRÍCIO, F. J., et al. Efficacy of the intralesional treatment with Chenopodium ambrosioides
in the murine infection by Leishmania amazonensis. Journal of Ethnopharmacology, 115:
313 – 319, 2008. Disponível em: <
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874107005399 >. Acesso em: 6 jun.
2012.
PEREIRA, C.; AGAREZ, F. V. Estudo das plantas ruderais do Estado do Rio de Janeiro -
11. Leandra, Rio de Janeiro, 6/7 (7): 77-93, 1977.
PEREIRA, L., PEREIRA, R., OLIVEIRA, C.S., APOSTOL, L., GAVRILESCU, M., PONS,
M.- N, ZAHRAA, O., ALVES, M.M. UV/TiO2 Photocatalytic Degradation of Xanthene Dyes.
Photochemistry and Photobiology, v. 89, 2013.
136

PEREIRA, R.C.; OLIVEIRA, M.T.R.; LEMOS, G.C.S. Plantas utilizadas como medicinais no
município de Campos de Goytacazes - RJ. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.14, 2004.
PERES, M. T. L. P., et al. Chemical composition and antimicrobial activity of Croton urucurana
Baillon (Euphorbiaceae). Journal of Ethnopharmacology, 56: 223–226, 1997.
PÉREZ–SILVA, E., T. HERRERA. Un caso de aplicación de Medicina Tradicional en
intoxicación por hongos de acción mortal del género Amanita en México. Micología
Neotropical Aplicada 5: 83 – 88, 1992
PHILLIPS, O.; GENTRY, A. H. The useful plants of Tambopata, Peru. I. Statistical hypotheses
with a new quantitative technique. Economic Botany, 47 (1): 33- 43, 1993.
PIERI, F.A.; MUSSI, M.C.M.; MOREIRA, M.A.S. Óleo de copaiba (Copaifera sp.): histórico,
extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Rev. Bras. Plantas Med., v.11,
2009.
PIETERS, L., et al. In vivo wound healing activity of Dragon's Blood (Croton spp.), a traditional
South American drug, and its constituents. Phytomedicine, 2 (1): 17-22, 1995.
PINTO, A. C., et al. Immunosuppressive effects of Echinodorus macrophyllus aqueous extract.
J Ethnopharmacol, 111: 435-439, 2007.
PINTO, E. P. P.; AMOROZO, M. C. M.; FURLAN, A. Conhecimento popular sobre plantas
medicinais em comunidades rurais de mata atlântica, Itacaré, BA, Brasil. Acta Botanica
Brasilica, 20 (4): 751-762, 2006.
PISCOYA, J.; RODRIGUEZ, Z.; BUSTAMANTE, S.A.; OKUHAMA, N.N.; Miller M.J.;
SANDOVAL, M. Eficácia e segurança da garra liofilizado gato na osteoartrite do joelho:
mecanismos de ação da espécie Uncaria guianensis. Inflamm, Res 50 (9) :442-8, 2001.
PORTELLA, V. G., ET AL. Efeito Nefroprotetor de Echinodorus Macrophyllus Micheli
em Gentamicina Induzida Nefrotoxicidade em Ratos Nephron. Extra. 2: 177-183, 2012.
POSER, G.L.; MENTZ, L.A. Diversidade Biológica e Sistemas de Classificação. In: Simões
CMO, Schenkel EP; Gosmann G, Mello JCP de, Mentz LA, Petrovick PR (Org.).
Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5.ed. Porto Alegre/Florianópolis: Editora da
UFRGS/Editora da UFSC, 2004.
POSEY, D. Indigenous ecological knowledge and development of the Amazon. In: MORAN,
Emilio (Ed.). The dilemma of Amazonian development. Boulder, Colorado: Westview Press,
1983.
PRANCE, G. T. Floristic inventary of the tropics: where do we stand. Ann. Missouri Bot.
Gard, 1977, [S.l.], 64: 559-684.
137

PRANCE, G.T. Etnobotânica de algumas tribos Amazônicas, in: Ribeiro, G.B. (Ed.), Sum
Etnologia Brasileira. Etnobiologia: Vozes/FINEP, Petrópolis, PP.110-133, 1987.
PRASAD, C. S., et al. In vitro and in vivo antifungal activity of essential oils of
Cymbopogon martini and Chenopodium ambrosioides and their synergism against
dermatophytes. Mycoses, 53: 123 – 129, 2009. Disponível em:
<http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1439-0507.2008.01676.x/citedby >. Acesso em:
6 jun. 2012.
PSICOYA, J., et al. Efficacy and safety of freeze-dried cat’s claw in osteoarthritis of the
knee: mechanisms of action of the species Uncaria guianensis. Inflamm. Res., 50: 442– 448,
2001.
QUEIROGA, ML.; FERRACINE, VF. Three new oxigenated cardinanes from Baccharis
species. Phytochemistry 42, 1996.
QUEVEDO G., A. Silvicultura de la una de uato: alternativas para su conservacion. Iquitos:
IIAP, 1995. 43 p.
R. ELANGO, R.O. BALL, P.B. PENCHARZ. Recent advances in determining protein and
amino acid requirements in humans. British Journal of Nutrition, 108 (2012), pp. S22–S30.
RAHMAN, Z. ; SIDDIQUI, M. N. ; KHATUN, M. A. ; KAMRUZZAMAN, M. Effect of
Guava (Psidium guajava) leaf meal on production performances and antimicrobial sensitivity
in commercial broiler. J. Natural Products, 6, 2013.
RAO, V. S., et al. Dragon’s blood from Croton urucurana (Baill.) attenuates. Journal Of
Ethnopharmacology, 113: 357-360, 2007.
REINHARD, K. H. Uncaria tomentosa (Willd.) D.C.: cat's claw, una de gato, or saventaro.
Journal Altern Complement Medic, v.5, p.143-151, 1999.
REIS, P. R. M., et al. Assessment of the mutagenic and antimutagenic activity of Synadenium
umbellatum Pax latex by micronucleus test in mice. Braz. J. Biol, 71 (1), 2011.
RENCHER, C. A. Methods of multivariate analysis. New York: J. Wiley, 2002. 708p.
REVILLA, J. Apontamentos para a cosmética amazônica. Manaus: SEBRAE-AM/INPA,
2002 p. 532.
RIBEIRO, R V. Estudo da atividade antiinflamatória e antinociceptiva do extrato
hidroetanólico de Macrosifhonia Velame (A. St. - Hil.) Mull. Arg. (velame-branco).
Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde), Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-
MT, 2009.
138

RIZZINI, C. T.; MORS, W. B. Botânica econômica brasileira. São Paulo: EDUSP, 1976. 207
p.
RODRIGUES, A. G.; SANTOS, M. G.; DE SIMONI, C. Fitoterapia na Saúde da Família. In:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE (Org.).
Programa de Atualização em Medicina de Família e Comunidade (PROMEF). Porto Alegre:
Artmed/ Panamericana, 2011.
RODRIGUES, M. G. R. A pesquisa para a conservação da biodiversidade no Brasil: a
ecologia a partir de um enfoque interdisciplinar /Campinas, SP, 618p, 2009.
RODRIGUES, V. E. G.; CARVALHO, D. A. Plantas Medicinais no Domínio dos Cerrados.
Lavras: UFLA, 2001, 180p.
RODRIGUEZ, J. A. P., et al. Estudio fitoquímico de hojas de Uncaria guianensis y evaluación
de actividad antibacteriana. Acta Amaz, 41 (2), 2011.
RONSTED, N., WEIBLEN, G.D., COOK, J.M., SALAMIN, N., MACHADO, C.A.,
SAVOLAINEN, V. 60 million years of co-divergence in the Wg-wasp symbiosis. Proc. Roy.
Soc. London, Ser. B 272, 2005.
RUBIO P.J.; VAZQUEZ F.F. Pharmaceutical applications of the benzylisoquinoline alkaloids
from Argemone mexicana L. Curr Top Med Chem. 2013.
RUFFA, M. J., et al. Cytotoxic effect of Argentine medicinal plant extracts on human
hepatocellular carcinoma cell line. Journal of Ethnopharmacology, 79: 335 – 339, 2002.
Disponível em: < http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874101004007 >.
Acesso em: 6 jun. 2012.
S., EUGENIA LEONTI M., CABRAS CASTELLANOS M., CHALLENGER A., GERTSCH
J., CASU L.Bioprospecting: evolutionary implications from a post-olmec pharmacopoeia and
the relevance of widespread taxa. J. Ethnopharmacol. 147, 2013.
SALAMI, A.; ERIKSSON, J.; NILSSON, LG.; NYBERG L. Age-related white matter
microstructural differences partly mediate age-related decline in processing speed but not
cognition. Biochim Biophys Acta 1822, 2012.
SALAS-AUVERT, R, A., AVILA-MAYOR and A. AVILA. 1985. Treatment of cutaneous
equine habronemiasis with a beta-glycoside, aucubigenin. Equine Practice 7(6), 1985.
SALES, N.S. Biodisponibiliade de selênio em feijão (Phaseolus vulgaris L.) e castanha-do-
Pará (Bertholletia excelsa H.B.K) e seu potencial anticarcinogenico na mucosa do cólon
de ratos. Viçosa, MG, 2007, 116 p.
139

SANDOVAL, M., et al. Anti-inflammatory and antioxidant activities of cat’s claw


(Uncaria tomentosa and Uncaria guianensis) are independent of their alkaloid content.
Phytomedicine,, 9: 325–337, 2002.
SANTOS JUNIOR, H. M., et al. Evaluation of native and exotic Brazilian plants for anticancer
activity. Journal of Natural Medicines, 64 (2): 231-238, 2010.
SANTOS, A. O., et al. Antimicrobial activity of Brazilian copaiba oils obtained from different
species of the Copaifera genus. Mem Inst Oswaldo Cruz, 103: 227-281, 2008.
SANTOS, J. F. L.; AMOROZO, M. C. M.; MING, L. C. Uso popular de plantas medicinais na
comunidade rural da Vargem Grande, Município de Natividade da Serra, SP. Rev. Bras. Pl.
Med, 10 (3): 67-81, 2009.
SANTOS, S. dos; GUARIM-NETO, G. Medicina tradicional praticada por benzedeiras de
Alta Floresta, Mato Grosso. In: DESAFIOS da Botânica Brasileira no Novo Milênio,
Sistematização e Conservação da Diversidade Vegetal. Belém-Pará: [s.n.]. Congresso
Nacional, 54. Reunião Amazônica, 2008.
SANTOS-JÚNIOR, H. M., et al. Evaluation of native and exotic Brazilian plants for anticancer
activity. Journal of Natural Medicines, 64: 231 – 238, 2010. Disponível em:
<http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=22435627>. Acesso em: 3 jul. 2012.
SAPUTRI, F. C.; JANTAN, I. Effects of selected medicinal plants on human low-density
lipoprotein oxidation, 2, 2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH) radicals and human platelet
aggregation. Journal of Medicinal Plants Research, 5 (26): 6182-6191, 2011.
SARTORELLI, P., et al. Antitrypanosomal Activity of a Diterpene and Lignans Isolated
from Aristolochia cymbifera. Planta Med, 76 (13): 1454-1456, 2010.
SARTORELLI, P.; CARVALHO, C. S.; REIMAO, JULIANA Q.; LORENZI, H.; TEMPONE,
G. Antitrypanosomal Activity of a Diterpene and Lignans Isolated from Aristolochia cymbifera.
Planta Medica, v. 76, n. 13, p. 1454-1456, 2010.
SCHEAFFER, R. L.; MENDENHALL, W.; OTT, L. Elementary survey sampling. 6th ed.
Belmont: Thomson Brooks, Cole, xiii, 464 p, 2006.
Schmidt, G.A., R. Ruedy, R.L. Miller, and A.A. Lacis, 2010: The attribution of the present-day
total greenhouse effect. J. Geophys. Res., 115, 2010.
SCHRADER, M., BONEKAMP, N.A., ISLINGER, M. (Fission and proliferation of
peroxisomes.Biochimica Et Biophysica Acta - Molecular Basis of Disease, 1822(9), 2012.
SCOTTI, L.; VELASCO, M.V.R. Envelhecimento Cutâneo à Luz da Cosmetologia
Tecnopress, p. 69-70, São Paulo, 2003.
140

SENEDESE, J. M., et al. Chemopreventive effect of Copaifera langsdorffii leaves


hydroalcoholic extract on 1,2-dimethylhydrazine-induced DNA damage and preneoplastic
lesions in rat colon. BMC Complementary and Alternative Medicine, 13: 3, 2013.
SÉRVIO, E.M.L.; ARAÚJO, K.S.; NASCIMENTO, L.R.S.; COSTA, C.L.S.; MENDES,
L.M.S.; MAIA-FILHO, A.L.M.; SANTOS, I.M.S.P. Cicatrização de feridas com a utilização
do extrato de Chenopodium ambrosioides (mastruz) e cobertura secundária estéril de gaze em
ratos. ConScientiae Saúde,; 10(3), 441-48, 2011.
SHANLEY, P.; MEDINA, G. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Belém: CIFOR,
IMAZON. 2005, 300 pp.
SHARMA, R. K., AND CHAUHAN, G. S. “ Synthesis and characterization of graft copolymers
of 2-hdrozyethyl methacrylate and some comonomers onto extracted cellulose for use in
separation technologies, “ BioRes. 4(3).
SILVA JUNIOR, I. E., et al. Antimicrobial screening of some medicinal plants from Mato
Grosso Cerrado. Rev. bras. Farmacogn, 19 (1b), 2009.
SILVA, A. G., et al. Application of the essential oil from copaiba (Copaifera langsdori Desf.)
for acne vulgaris: a double-blind, placebo-controlled clinical trial. Alternative Medicine
Review, , 17 (1): 69 – 75, 2012. Disponível em: <
http://www.researchgate.net/publication/224036437_Application_of_the_essential_oil_from_
copaiba_%28Copaifera_langsdori_Desf.%29_for_acne_vulgaris_a_double-blind_placebo-
controlled_clinical_trial >. Acesso em: 3 jul. 2012.
SILVA, C. S. P; PROENÇA, C. E. B. Uso e disponibilidade de recursos medicinais no
município de Ouro Verde de Goiás, GO, Brasil. Universidade de Brasília, Instituto Central
de Ciências, ICC-Sul, Departamento de Botânica, C. Brasília, DF, Brasil,2008.
SILVA, J. J. L., et al. Effects of Copaifera langsdorffii desf. on ischemia-reperfusion of
randomized skin flaps in rats. Aesth Plast Surg, 33: 104 - 109. Disponível em: <
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18982383>. Acesso em: 3 jul. 2012.
SILVA, J. S.; GUARIM NETO, G. Plantas medicinais usadas nos Bairros Santa Amália e
Santa Izabel: Asteraceae e Lamiaceae. Iniciação Científica. (Graduação em Licenciatura Plena
Em Ciências Biológicas), Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2004.
SILVA, J.P.; RODARTE, R.S.; CALHEIROS, A.S.; SOUZA, C.Z.; AMENDOEIRA, F.C.;
MARTINS, M.A.; SILVA, P.M.R.; FRUTUOSO, V.S.; BARRETO, E. Antinociceptive
Activity of Aqueous Extract of Bowdichia virgilioides in Mice. Journal of Medicinal Food,
13 (2): 348-351, 2010.
141

SILVA. N. L. A.; MIRANDA, F. A. A.; CONCEIÇÃO, G. M. Triagem Fitoquímica de Plantas


de Cerrado, da Área de Proteção Ambiental Municipal do Inhamum, Caxias, Maranhão.
Scientia Plena, 6 (2), 2010.
SIMBO, D. J. An ethnobotanical survey of medicinal plants in Babungo, Northwest Region,
Cameroon. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, 2010, 6: 8.
SIMIONATTO, E., et al. Chemical Composition and Evaluation of Antibacterial and
Antioxidant Activities of the Essential oil of Croton urucurana Baillon (Euphorbiaceae)
Stem Bark. J. Braz. Chem, 2007. Soc., 18 (5): 879-885.
SIMÕES, C.M.O.; MENTZ, L.A.; SCHENKEL, E.P.; IRGANG, B.R.; STEHMANN, J.R.;
Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. 5ª Edição, Porto Alegre: Ed.
Universidade/UFRGS. 1998, 174 p.
SIMÕES, C.O,.; SCHENKEL, E.P.; GOSMÃO G.; MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.;
PETROVICK, P.R. Farmacognosia da Planta ao Medicamento. 5ªed. Porto
Alegre/Florianópolis: Editora UFRGS/ Editora UFSC. 1999.
SIMÕES-PIRES, C.A. et al. Investigation of the essential oil from eight species of Baccharis
belonging to sect. Caulopterae (Asteraceae, Astereae): a taxonomic approach. Plant
Systematics and Evolution, v.253, 2005.
SINGH, B. & SOOD, N. Significance of explant preparation and sizing in Aloe vera L. A highly
efficient method for in vitro multiple shoot induction. Sci. Hortic. 2009.
SIQUEIRA JC. Importância alimentícia e medicinal das amarantáceas do Brasil. Acta
Biologica Leopoldensia. 1987.
SIQUEIRA, J.C. Utilização popular das plantas do cerrado. São Paulo: Loyola, 1981.
SMILLIE, W.G.; PESSOA, S. B. A study of the anthelmintic properties of the constituents of
the oil of Chenopodium. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 24: 359
– 370, 1924. Disponível em: <http://jpet.aspetjournals.org/content/24/5/359.full.pdf >. Acesso
em: 15 jun. 2012.
SON, D. J., et al. Inhibitory effects of Tabebuia impetiginosa inner bark extract on platelet
aggregation and vascular smooth muscle cell proliferation through suppressions of arachidonic
acid liberation and ERK1/2 MAPK activation. J Ethnopharmacol, 108: 48-151, 2006.
SONG, M. J.; LEE, S. M.; KIM, D. K. Antidiabetic effect of Chenopodium ambrosioides.
Phytopharmacology, 1 (2): 12 – 15, 2011. Disponível em: <
http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/summary?doi=10.1.1.207.9090 >. Acesso em: 6 jun. 2012.
142

SOUZA, A. B., et al. Antimicrobial activity of terpenoids from Copaifera langsdorffii desf.
against cariogenic bacteria. Phytotherapy Research, 2011, 25: 215 – 220. Disponível em: <
http://www.researchgate.net/publication/45189532_Antimicrobial_Activity_of_Terpenoids_fr
om_Copaifera_langsdorffii_Desf._Against_Cariogenic_Bacteria>. Acesso em: 3 jul. 2012.
SOUZA, L. G. “Demografia e saúde dos índios Xavante do Brasil Central ”. 137 f. Tese
(doutorado em Ciências na área da saúde pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio
Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de janeiro, 2008.
SOUZA, V.C., LORENZI, H. Botânica Sistemática. Guia ilustrado para identificação das
famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa, Instituto
Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2005.
STOCKLER-PINTO, M.B.; MALM, 0.; MORAEES, C.; LOBO, J.; FARAGE, N.E.;
BOAVENTURA, G.T.; SILVA, W.S.; WADY, T.;COZZOLINO, S. MF.; MAFRA, D. Efeitos
da suplementação com castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa h.b.k.) sobre o estresse
oxidativo e inflamação em pacientes sob tratamento hemodialítico. PR-03 - 12º CONGRESSO
NACIONAL DA SBAN, Foz do Iguaçu/PR, 2013.
STUPPNER, H.; STURM, S.; KONWALINKA, G. Capillary electrophoretic analysis of
oxindole alkaloids from Uncaria tomentos a. Journal of Chromatography, v.609, p.375-380,
1992.
SUN, S. S. M.; ALTENBACH, S. B.; LEUNG, F. W. Properties, biosynthesis and processing
of a sulfur-rich protein in Brazil nut (Bertholletia excelsa H.B.K.), European Journal of
Biochemistry, 162: 477-483, 1987.
SUPRATMAN U.; FUJITA T.; AKIYAMA K.; HAYASHI H.; MURAKAMI A.; SAKAL H,
ET AL. Anti-tumor promoting activity of Bufdienolides from Kalanchoe Pinnata and K
Daigremontiana X Tubiflora. Biosci Biotechnol Biochem. 2001.
TAKEMOTO, T. Pfaffic acid, a novel nortriterpene from Pfaffia paniculata Kuntze.
Tetrahedron Letters, 24 (10): 1057-1060, 1983.
TANG, L. I. C., et al. Screening of anti-dengue activity in methanolic extracts of medicinal
plants. BMC Complementary and Alternative Medicine, 12:3, 2012.
TANUS-RANGEL, E., et al. Topical and systemic anti-inflammatory effects of Echinodorus
macrophyllus (Kunth) Micheli (Alismataceae). J Med Food, 13: 1161-1166, 2010.
TEIXEIRA, C. G., et al. Involvement of the nitric oxide/soluble guanylate cyclase pathway in
the anti-oedematogenic action of Pfaffia glomerata (Spreng) Pedersen in mice. J Pharm
Pharmacol, 58 (5): 667-75, 2006.
143

TEKLEHAYMANOT, T. Ethnobotanical study of knowledge and medicinal plants use by the


people in Dek Island in Ethiopia. J. Ethnopharmacol, 11, 2009.
TEMPONE, A. G., et al. Therapeutic evaluation of free and liposome-loaded furazolidone in
experimental visceral leishmaniasis. Int. J. Antimicrob. Agents, 36: 159–163, 2010.
TEAM, R.C., 2015. R: A Language and Environment for Statistical Computing THOMAZZ,
S. M., et al. Antinociceptive and anti-inflammatory activities of Bowdichia virgilioides
(sucupira). Journal of Ethnopharmacology, 127: 451–456, 2010.
TOLEDO, C. E. M., et al. Antimicrobial and cytotoxic activities of medicinal plants of the
Brazilian cerrado, using Brazilian cachaça as extractor liquid. Journal of
Ethnopharmacology, 133: 420–425, 2011.
TOLEDO, M.S. et al. Comparação da Fitotoxicidade dos extratos aquosos de Echinodorus
macrophyllus (Kunt) Mich em ratas prenhes. Revista Horticultura Brasileira, 22 (2): 493,
2004.
TORRES A. C.; FERREIRA, A. T.; SÁ, F. G.; BUSO, J.A.; CALDAS, L.S.; NASCIMENTO,
A. S.; BRÍGIDO, M.M.; ROMANO, E. Glossário de biotecnologia vegetal. Brasília: Embrapa
hortaliças, 2000.128 p.
TROTTER, R.T.; LOGAN, M.H. Informant consensus: a new approach for identifying
potentially effective medicinal plants. Pp. 91-112. In: N.L. Etkin (ed.). Plants in indigenous
medicine and diet: biobehavioral approachs. New York, Redgrave Publishing C, 1986.
TROTTER, R.T.; LOGAN, M.H. Informant consensus: a new approach for identifying
potentially effective medicinal plants. In: ETKI, N.L. (Ed.) Plants in indigenous medicine and
diet. New York: Redgrave, 1986. p112.
VAIBHAV B.; STUART M.; LINDSAY N.; PETERSEN, R.A.; INGLE, L C. RODEN.
Defence Responses of Arabidopsis thaliana to Infection by Pseudomonas syringae Are
Regulated by the Circadian Clock.Journals Plos. October 31, 2011.
VAN DEN BERG, M. E.; SILVA, M. H. L. Contribuição à flora medicinal de Mato Grosso do
Sul. Acta Amazônica, 18: 9-22, 1988.
VARGAS, I. A., et al. Effect of plant extracts on the growth and aflatoxin production of
Aspergilus flavus and Aspergilus parasiticus. Revista Mexicana de Fitopatologia, 15 (2): 91-
5, 1997.
VASCONCELLOS, A. G. Propriedade Intelectual dos Conhecimentos Associados à
Biodiversidade, com Ênfase nos Derivados de Plantas Medicinais: Desafios para Inovação
144

Biotecnológica no Brasil, Rio de Janeiro: UFRJ, Tese de Doutorado em Biotecnologia Vegetal,


2003, 198p.
VEIGA J. V. F.; PINTO, A. C. Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, 28 (3): 519-
528, 2005.
_______. O gênero Copaifera L. Quim. Nova, 25 (2): 273286, 2002.
VERGER, P. F. Ewê: o uso das plantas na sociedade Iorubá. São Paulo. Cia. das Letras.
762p. 1995.
VIDAL, L. S., et al. Genotoxicity and mutagenicity of Echinodorus macrophyllus (chapéu-de-
couro) extracts. Genet. Mol. Biol, 33 (3), 2010.
VIEIRA, L.S. Fitoterapia da Amazônia. Manual de plantas medicinais. A farmácia de Deus.
2ª ed. São Paulo: Agronômica Ceres. 1992.
VIGO, C. L.S., et al. Avaliação dos efeitos das raízes de Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen
sobre o tempo de sono e crescimento bacteriano. Revista Brasileira de Farmacognosia, 14-
17, 2003.
VILLACHICA, H.; LAZARTE, J.; CLAVO, M.; LESCANO, C.; ARROYO, M.; DIAZ, I.
Productos amazónicos del Perú: palmito, camu-camu y uña de gato. Pucallpa, Peru.
Consorcio Para el Desarrollo Sostenible de Ucayali-CODESU, 1998. 144p.
VILLEGAS, M.V., LOLANS, K., CORREA, A., KATTAN, J. N.,LOPEZ, J.A., AND QUINN,
J.P. First identification of Pseudomonas aeruginosa isolates producing a KPC- type
carbapenem-hydrolyzing beta-lactamase. Antimicrob. Agents Chemother, 51, 2007.
VOLPATO, G.; EMHAMED, A. A.; SALEH, S. M. L.; BORGILA, A.; LELLO, S. 2009.
Procurement of Traditional Remedies and Transmission of Medicinal Knowledge among
Sahrawi People Displaced in Southwestern Alegrian Refugee Camps, in A. Pieroni and I.
Vandebroeck (eds), Traveling Cultures and Plants. The Ethnobiology and Ethnopharmacy of
Human Migrations. Oxford: Bergahn Books.
WACHTER R.; STAHRENBERG R.; GRÖSCHEL K. ET AL.” Cost-effectiveness of
outpatient cardiac monitoring to detect atrial fibrillation after ischemic stroke".Stroke.
Epub 2011 Jan 27.
WAGNER, H.; KREUTZKAMP, B.; JURCIC, K. Die alkaloide von Uncaria tomentosa und
ihre phagozytose-steigernde wirkung. Planta Medica, v.51, p.419-423, 1985.
WARNKE, P. H., et al. The ongoing battle against multi-resistant strains: In-vitro inhibition of
hospital-acquired MRSA, VRE, Pseudomonas, ESBL E. coli and Klebsiella species in the
presence of plant-derived antiseptic oils. Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery, 41: 321
e 326, 2013.
145

WECKERLE, C.S.; CABRAS, S.; CASTELLANOS, M.E.; LEONTI, M. Quantitative methods


in ethnobotany and ethnopharmacology: considering the overall flora-hypothesis testing for
over- and underused plant families with the Bayesian approach. Journal of
Ethnopharmacology, 137 (2011).
WESTER, L.; SEKSON, Y. Biological diversity and community lore in northeastern Thailand.
Journal of Ethnobiology, 15: 71- 87, 1995.
XXIII BRAZILIAN CONGRESS OF VIROLOGY & VII MERCOSUR MEETING OF
VIROLOGY. BV842. Disponível em:///C:/Users/Sony%20%20Vaio/Downloads/73-292-1-
PB.pdf
YAO, C.K., LIN, Y.Q., LY, C.V., OHYAMA, T., HAUETER, C.M., MOISEENKOVA-BELL,
V.Y., WENSEL, T.G., BELLEN, H.J. A synaptic vesicle-associated Ca2+ channel promotes
endocytosis and couples exocytosis to endocytosis, 2009.
YEMITAN O.K.; SALAHDEEN, H.M. Neurosedative and muscle relaxant activities of
aqueous extract of Bryophyllum pinnatum. Fitoterapia. 2005 Mar;76(2).
YEPEZ, A.; DE-UGAZ, O.; ALVAREZ, C.; DE-FEO, V.; AQUINO, R.; SIMONE, F.; PIZZA,
C. Quinovic acid glycosides from Uncaria guianensis. Phytochemistry, v.30, p.1635-1637,
1991.
146

.
Rencher, A.C., 2002. Methods of Multivariate Analysis, Edition 2. ed. John Wiley & Sons,
NewYork.
.

Cohen (1980),
Cohen, A., 1980. On the graphical display of the significant components in a two- 431 way contingency
table. Communications in Statistics—Theory and Methods A9, 432 1025–1041. Cohen, A., 1980. On the
graphical display of the significant components in a two- 431 way contingency table. Communications in
Statistics—Theory and Methods A9, 432 1025–1041.
Team, 2015
Kim e Song (2014
ROQUE, 2009
KE et al., 2012
Tettegah et al., 2011
ROSSI, 2008
MORAES et al., 2012 pg 88
MAFIOLETI, 2013
MORAIS LIMA et al., 2011
ARROYO et al., 2009
GELMINIA et al., 2013
FISCHER, 1998
OKE, 1998
SALVADOR, DIAS, 2004
HYATT, 1978
BRAGA, 2008
SOARES, BARBOSA, 2007
BETSCHART et al., 2013
FURER et al., 2013
MARRIAGE e WILSON, 1971
Hill, 1986
GAIND et al., 1973
GONDA et al., 2013
GÁLVEZET al., 2003
MATEV et al., 1982
MORAIS LIMA et al., 2011
RIAWAN, SANGAT, 1992
TÜRELET et al., 2009
NEJATZADEH, 2013
CHOW et al., 2005
KOSIF e AKTAS, 2009
CHITRA et al., 2012
DIAS et al., 2009
GENÉ et al., 1996
JORGE, 2001
SINGH et al., 2010
SUKUMAR et al., 1984;
TRAÇO, MURTHY, 2011
147
148

Anexo
149

Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal


Amazon, Mato Grosso, Brazil
Isanete Geraldini Costa Bieskia, Marco Leontib, John Thor Arnasonc, Jonathan Ferrierc, Michel
Rapinskic, Ivana Maria Povoa Violantea, Sikiru Olaitan Baloguna, João Filipe Costa Alves
Pereiraa, Rita de Cassia Feguri Figueiredo a, Célia Regina Araújo Soares Lopesd, Dennis
Rodrigues da Silvad, Aloir Pacinie, Ulysses Paulino Albuquerquef, Domingos Tabajara de Oliveira
Martinsa*

a
Department of Basic Sciences in Health, Faculty of Medicine, Federal University of Mato Grosso (UFMT),
78060-900 Cuiabá, MT, Brazil.
b
Department of Biomedical Sciences, University of Cagliari, 09124 Cagliari, Italy. c Department Biology,
University of Ottawa,30 Marie Curie, Ottawa. dFaculty of Biological and Agrarian Sciences, University of Mato
Grosso State (UNEMAT). Campus Universitário de Alta Floresta, UNEMAT, 208, KM 146, Jardim Tropical, Alta
Floresta, MT, Brasil e Department of Anthropology, Rondon Museum, Federal University of Mato Grosso, Brazil. f
Department of Biology, Laboratory of Applied and Theoretical Ethnobiology (LEA), Federal Rural University of
Pernambuco (UFRPE), Recife, Pernambuco, Brazil.
150

Abstract
Ethnopharmacological importance: The use of medicinal plants for treatment, cure and prevention of
diseases has been described by many people since time immemorial. Because of this use, commercial and
scientific interests have emerged, making it necessary to realize ethnobotanical surveys of medicinal
plants species, which is important for subsequent chemical and pharmacological bioprospections.
Aim of the study: This study aimed at surveying, identifying, cataloguing and documenting the medicinal
plants species used in the Valley of Juruena, Northwestern Mato Grosso, Legal Amazon Brazil for the
treatment of various human diseases, as well as assessed the species of interest for bioprospecting
potential.
Materials and methods: Informants were interviewed using semi-structured form to capture information
on socio-demographic and ethnopharmacological data of medicinal plants such as vernacular name, uses,
geographic origin, habit, form of preparation and part used. Results were analyzed using descriptive and
quantitative means: indices of use-report (Ur) and informant consensus factor (ICF), for the selection of
plant species with therapeutic potential. Results: Three hundred and thirty two (332) plants species
belonging to 90 families were reported for medicinal purposes and totaling 3973 use-reports were reported
by 365 (92.9%) of the people interviewed. Asteraceae (32.2%), Fabaceae (26.7%) and Lamiaceae (24.4%)
families were the most represented, with majority being species native (64.45 %) to Brazil. Leaves
prepared in the form of infusion (55.6 %) were the most frequent form of preparation. Gastrointestinal
disorders followed by respiratory complaints topped the list of use-reports. The native or naturalized
plants with the highest use reports in the order of decreasing absolute frequency per each emic-category
are Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc (104), Mentha pulegium L. (94), Arrabidaea chica (Humb. &
Bonpl.) B. Verl. (97), Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze (71), Baccharis crispa Spreng (57),
Phyllanthus niruri L. (48), Gossypium barbadense L. (44), Solidago microglossa DC. (40) and Bauhinia
forficata L. (20). And the most cited exotics are: Chenopodium ambrosioides L. (151), Aloe vera (L.)
Burm. f., (89) and Rosmarinus officinalis L. (72). In some cases, high ICF values were found, which
reflects high degree of homogeneity of consensus among informants in this region on medicinal plants.
Conclusion: The population of Valle of Juruena makes use of a wide array of medicinal plants distributed
in all use categories with predominance of those use in the treatments of gastrointestinal and respiratory
ailments. The therapeutic potential of some of the species of medicinal importance extensively utilized
by the population of the region have been scientifically validated, and are therefore promising prototype
of new drugs. However, there are some of these species whose ethnomedicinal uses are yet to be
scientifically verified and thus constitute an unexplored terrain for future biological/pharmacological
studies.
Key-words: emic use, ethnobotanical, Amazon rain forest, use-reports, informant consensus factor
151

1. Introduction

The Amazon rainforest also known as “Amazônia”, ‘Selva Amazônica’, “Hileia Amazônica”,
Rain Forest and Amazon Equatorial Forest is present in nine countries of South America (Brazil,
Peru, Colombia, Venezuela, Ecuador, Bolivia, Guyana, Suriname and French Guiana) occupying
an area of 5,500,000 km2, with most part found in the Brazilian territory (60%) (Rodrigues et al.,
2014).
In Brazil, the Amazon accounts for 49.29% (4,196,943 km2) of the territory, covering seven
states of the Northern Region (Amazon, Pará, Tocantins, Rondônia, Acre, Amapá and Roraima),
one of the Midwest (Mato Grosso) and one of the Northeast (Maranhão). For the purposes of
social and economic development of the Amazon region, the Brazilian government in 1996
introduced the concept of Legal Amazon which holds 12.4% of the Brazilian population
(Michael, 2007).
The Amazon rainforest is a biome characterized, like all tropical forests, by its high biodiversity.
Around 1,100 tree species were censed in an area of 0.25 km², which is around as many species
found in 4.2 x 106 km² of temperate forests of Europe, Asia and North America (Wright, 2002).
In addition, previous ethnopharmacological field-studies with local Amazonian populations have
identified several medicinal species popularly used for the treatment of a range of diseases
(Rodrigues et al., 2012), while other studies showed promising activities in preliminary in vitro
assays (Kloucek et al., 2007).
The Amazon rainforest is the most extensive equatorial forest in the world and represents the
largest reservoir of plant and animal species, hosting an estimated one-quarter of all terrestrial
species (Rodrigues et al., 2014). Besides having the largest plant and animal biodiversity in the
world, with approximately 25% of all terrestrial species (Rodrigues et al., 2014), the Amazon is
a cultural complex, the bearer of a traditional set of values, beliefs, attitudes and ways of life that
have shaped the social organization and system of knowledge, practices and uses of natural
resources, that was previously predominantly indigenous (Diengues et al., 2000). New values
and cultural practices have been incorporated to the existing ones by the colonizers and settlers,
mainly Portugueses and Spanish, with some African, Asian and Semitic contribution, in addition
to new values contributed by the northeastern migrants and, more recently from various regions
of Brazil, especially migrants from the South and Southeast Regions (Benchimol, 2009). With
this multi-diversity of peoples and nations, the Amazon is home to a significant number of
indigenous and traditional peoples including rubber tappers, chestnut tree collectors, riverine
152

dwellers, babassu collectors, among others, that give prominence to its cultural diversity
(Benchimol, 2009).
Here we report on an ethnopharmacological field-study conducted in the Valley of Juruena, a
little studied area within the Amazon rainforest. The ethnobotany of this region was of particular
interest to us, because, despite being located in one of the biodiversity rich environments, there
is lack of comprehensive studies regarding the uses of medicinal plants by the local population,
however, there is a report on the pharmacological activity of a medicinal plant species from this
region (Mafioleti et al., 2013).
The present study focused on a quantitative ethnopharmacologcial field-work through interviews
of Valley of Juruena population and the analysis of the data obtained. Additionally we evaluated
the most important medicinal plants of this region using information in the specialised literature
in the area. The rationale for using these plants by the population of Valle do Juruena is also
discussed.

2. Methods
2.1 Description of the study area
Valley of Juruena Region is located in the northwestern part of Mato Grosso State of Brazil. It is
divided into seven municipals (Juína, Aripuanã, Brasnorte, Conilza, Castanheira,

Cotriguaçu and Juruena) and located between 11º22’- 09º24’- 10º10’- 12º9’- 09º24’ - 11º07’ -

09º57’ - 10º20’ S and 58º44’- 59º27’- 57º58’ - 59º01’- 58º36’- 58º24’- 58º30’ W, respectively as
shown in Figure 1 (Mato Grosso, 2012).
The population of the Valley of Juruena region counts with 139,524 inhabitants, which
represents 4.6% of the total population of Mato Grosso, with a high percentage of migrants
coming from the south-central part of Brazil. The area is characterized by ecological diversity
wholly represented by the biome of the Amazon, the largest rainforest in the world, covering a
total area of 111,849.70 km2 (IBGE, 2013). Although the area was traditionally seen as a
relatively homogeneous biome today, the idea prevails that it is a mosaic of different ecosystem
harboring heterogeneous community, in both composition and diversity (Prance and Lovejoy,
1985; Ferreira, 2001). The climate is hot and humid equatorial, with two months of drought from
June to July, and the annual rainfall is 2,750 mm on average, with temperature varying between
4° and 40º C (Ferreira, 2001).
153

Figure 1. Location of the study area, Valley of Juruena, Mato Grosso, Legal Amazon, Brazil

The 7 municipals are regarded as agricultural frontiers of Mato Grosso, i.e. they have their
economy based on agricultural expansion. The economy of the whole region is largely based on
the rural sector, with agriculture, timber industry as well as gold and diamond mining as the main
income sources (Mato Grosso, 2012).

2.2. Data collection


2.2.1 Sampling design
While the large part of ethnobotanical field studies focused on expert knowledge (Heinrich et al.
2009), in the present study we focused on the average knowledge and attitude towards medicinal
plants, self-medication, and therapeutic choices by the population of Valley of Juruena. Therefore,
we needed to collect a sufficiently large, randomly selected and unbiased sample using smapling
method termed “probability sampling” or “random sampling” by Bolfarine and Bussab (2005).
We used probabilistic planning considering a simple and stratified randomized sampling method
(Bolfarine and Bussab, 2005; Scheaffer et al., 2006). Calculation of estimated total sample size for
the whole Region as well as the micro areas was realized as detailed by Espinosa et al. (2012).
154

2.3. Ethnobotanical data collection


Ethnobotanical study was conducted in all the seven municipals that constitute Valley of
Juruena Region. Valley of Juruena area was visited 20 times between 2010 and 2013. One
informant per family who was atleast 18 years of age and had been living more than a year in the
study area was selected for the interview. Interviews were conducted using a detailed form to
obtain sociodemographic and ethnobotanical data. A free list technique was used, in which
informants were asked to list the medicinal species that they knew and/or used. The informants
were also asked to describe the methods of preparation of the plant, part used, therapeutical
inidcation, dosage and duration of application, including descriptions of side-effects or perceived
toxicity or caution measures applied to avoid toxic effects.
Most plant species were collected together with the informants and in some cases; plants
were collected in a later visit in the same location where the informant lived. As shown in Table
2, emic perceptions of the illnesses as reported by the informants (use-report, UR) were used for
the purpose of comparison and to analyse the cultural importance.
The interviews were conducted in the local language ‘Portuguese’ and the
documentation of the data in the field was also done in the same local language, in addition to
voice recording for later verification.
During the three years of field-research, 1,123 specimens of vascular plants were
collected. Plants were pressed in the field and prepared for identification. The system used for
species classification was the Angiosperm Phylogeny Group III (APGIII). The scientific names
and the distribution of the species were confirmed with the databases of the Missouri Botanical
Garden (MOBOT) (available at http://www.tropicos.org), while the geographical origin status
was based on Rio de Janeiro Botanical Garden database of list of species of the Brazilian flora
(available at http: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/). Vouchers that were collected in the flowering
state and/or with fruits were identified by comparison with the specimens at the Herbário UFMT
(Universidade Federal de Mato Grosso). Herbarium vouchers were also incorporated in the
respective collections of the following herbaria for identification: Herbário UFMT, Cuiabá
campus, HERBAM Southern Amazon, State University of Mato Grosso (UNEMAT), Alta
Floresta Campus and CGMS/MS Campo Grande. The curators of these herbaria, whose name
are Germano Guarim Neto, Célia Regina Araujo Soares Lopes and Joana Pott, respectively, did
the identification. APG III classification system was employed (The Angiosperm Phylogeny
Group, 2009. The voucher number of each plant identified is included in Table 1.

2.4. Data analysis


155

The ethnobotanical data were evaluated through the quantification of UR, and the
informant consensus factor as described by Trotter and Logan (1989). Additoinally we evaluated
the most important medicinal plants of this region using published literature on the
phytochemistry and pharmacology of these species as similarly reported by Leonti et al. (2001).

2.4.1 Informant Consensus Factor (ICF)


The ICF (Trotter and Logan, 1986) was calculated according to the following formula:
ICF = Nur-Nt/Nur-1. Where Nur refers to the number of use reports of informants for particular
illness category, and Nt is the number of species used for particular illness by all informants. The
ICF reflects the homogeneity of the information and consensus between the informants
(Gazzaneo et al. 2005). This factor ranges from zero to one, where increasing values indicate
high rate of informant consensus. The ICF is used to show cultural coherence in the selection of
certain medicinal plants or agents employed in the treatment of a certain illness category, and
seem to highlights their effectiveness in treating a particular disease (Heinrich et al., 1998; Leonti
et al., 2001).

2.4.2 Literature review

Data search was performed using the following electronic databases: Pubmed, SciFinder,
Chemical Abstracts, Biological Abstracts, Web of Science, Science Direct and SciELO, the
collection of libraries of Osvaldo Cruz Foundation and Botanical Garden - RJ as well as books
on botany and pharmacology. Searches were carried out using the keywords:

“scientific name of the plant family” and “vernacular name”.


Scientific names and abbreviations of authors of taxa are in accordance with the Brazilian
Flora Species List, International Plant Name Index, the TROPICOS database and Missouri
Botanical Garden. The botanical terms are according to Judd et al. (2002) and Pereira and Agarez
(1977).
For the purspose of further discussion on phytochemical and pharmacological of literature
findings, we selected for review species within a use-category with at least 200 URs and an ICF
of at least 0.7. For each of the use-category, only plants native to or naturalized to Brazil with the
highest UR per category were selected.
We excluded discussion of exotic plants that have been extensively studied and are well
documented in the literature, because discussing these plants will make the paper superflous.
2.5. Ethical aspects
156

The project was approved by the Ethics Committee on Research involving Human Subjects in
November 2010, under the Protocol no. 958/CEP-HUJM/2010 and the National Board of Genetic
Heritage of the Ministry of Environment (CGEN/MMA), under Resolution No. 247 published in
the Brazilian Official Gazette, in April 2013. The access to samples (plants parts) of Genetic
Patrimony was authorized by Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico
(CNPq), under No. 010728/2013-9.

3. Results and discussion


3.1. Demographic characteristics of informants
Of the 393 informants who responded to the form, the largest proportion was female (68.7 %),
predominantly in the age range of 40 and 59 years (41.8 %). A greater proportion of respondents
were from the South, Southeast and Northeast of Brazil (79.6 %), with only 4.8% born in the
Valley of Juruena Region. Around 87% of the respondents had been living in the Region for
more than five years. Analysis of how respondents’ came to aquire the use of medicinal plants
shows that 79.79% (291) of the respondents learnt it from their family members (Figure 2A).
When asked for the reasons for using herbs, 45.48% (167) of the respondents said that they learnt
it principally because it is part of their cultural tradition, while another 33.97% (125) does so
because of the perceived safety (Figure 2B). These informations showed the importance of
tradition and family influence in the transmission and preservation of traditional medicine
knowledge.

Figure 2. A) Sources of the informants knowledge on medicinal plants. b) reasons for using
medicinal plants by the informants

According to Alexiades (1996), the most reliable medicinal uses are those already used by the
informants, relatives or acquaintances of the same. Apparently, those without formal education
seem to be more knowledgeable of medicinal plants than those who had some formal education.
157

For example, 35 respondents who had less than one year of schooling contributed 411 UR
(10.34% of the total reports) compared to 61 of those who had between 1 and 9 years of
schooling, but contributed 394 (9.91%) UR. Similar results have been reported in studies
conducted in Ethiopia (Gedif and Hahn, 2003; Giday et al., 2009) and Thailand (Wester and
Yongvanit, 1995). The monthly income of the majority was between US$ 242 and $1,210, which
corresponds to one and five times the Brazilian minimum wage (81.2% of respondents).

3.2. Medicinal plants and associated knowledge


The respondents from Valley of Juruena cited 332 plants as being used for medicinal purposes.
However, only 271 were identified by the botanists attached to the herbaria and another 61 by
the first author using books (Corrëa and Penna, 1984; Guarim, 1996; Lorenzi and Matos, 20002)
(Table 3).
Analysis of the contribution of the municipals to the URs shows that Colniza municipality
accounts for the higher percentage (38.30%) with 1371 UR, followed by Juína 830 UR (20.89%)
and Aripuanã with 708 (17.82%), based on the proportion of informants interviewed. Out of 393
infomants, 365 (93.0%) reported using medicinal plants in self-care, with a maximum of 86 UR
reported by a woman and a maximum of 81 UR reported by a male. In total, we obtained 3,973
UR associated with 332 different plant species belonging to 93 botanical families and 277 genera
(Table 3). Plants used to treat gastrointestinal disorders were the most frequently reported
(21.12% of UR) followed by respiratory complaints (20.59%), fever and aches (10.60%),
diseases of the skin (10.09%) and genitourinary problems (8.73%).
Concerning the number of taxa noted in this survey and in the order of decreasing
magnitude of the most cited, they are GA (157), DU (137), FI (127), RE (108), GU (81) and GY
(67). This is a highly significant number of taxa when compared with other ethnobotanical
surveys conducted in the Legal Amazon area of Mato Grosso (Van Den Berg, 1982; Vieira, 1992;
Guarim Neto, 1996). Ninety three (93) plant families were recorded. Asteraceae 12.67% (29
species), Fabaceae 9.28% (24 species) and Lamiaceae 9.34% (22 species) topped the list of plant
families with the highest citations.
Out of the recorded species, 64.45% were native, 42.42% were herbaceous and 32.72% were
trees. The most common methods of preparations were infusion (50.90%) followed by decoction
(23.41%). The parts of the plants used were leaves (80.43%), roots (9.97%) and bark (7.02%),
while fruits, seeds, flowers as well as oils, latex and resins account for the remaining
158

2.58%.

Table 1. Distribution of population and sample municipals and number of use-report of


plants Valley of Juruena, Mato Grosso, Legal Amazon, Brazil.
City Distance Population * Sample Sample Sample Userepo Species Rf (%)
from fraction size n size fn rt cited
Cuiaba
(km)
1 Aripuanã 883 20,511 0.1470 56 57 808 133 41
2 Brasnorte 579 15,089 0.1081 41 46 298 116 36
3 Castanheira 781 8,059 22 19 87 46 14
0.0578
4 Colniza 1200 31,597 0.2265 87 91 1570 228 71
5 Cotriguaçu 920 14,965 0.1073 41 44 223 81 25
6 Juína 735 39,708 0.2846 109 110 850 197 61
7 Juruena 830 9,595 0 0.0688 26 26 137 60 19
Total 139,524 1.0000 383 393 3973 - -

ID = identification municipals. n= proposed informants to be interviewed. fn= Final informants interviewed. Rf


=Relative Frequency *Source: IBGE, 2013

As can be seen in Table 2 the ICFs for the use-categories are relatively high, suggesting exchange
of informations or common knowledge among the population of Valle do Juruena on medicinal
plants or apparent eficacy of these plants. This may be related to the mode of transmission of the
information in this population (mainly through parents) and/or because the informants sampled
had lived for a considerable period (more than 5 years) in this Region.

Table 2. Quantitative ethnobotanical analysis of the 12 categories of indigenous uses of Valley


of Juruena, Mato Grosso, Legal Amazon, Brazil.
Use- % Leaf/aerial %
Category of indigenous %
ICF report Taxa % Taxa part Root/tuber %Bark
uses (group of illness) Urtot
Gastrointestinal disorders (GA) 0.81 839 154 46.75 72.50 8.30 5.80
21.13
Respiratory complaints (RE) 0.85 818 20.60 116 34.00 82.20 5.13 12.60

Fever and Aches (FI) 0.68 421 131 39.05 85.70 4.90 9.35
10.60
Diseases of the skin (DE) 0.76 401 94 28.11 74.17 22.76 3.30
10.10
Genitourinary problems (GU) 0.74 347 8.74 88 25.74 78.30 12.00 9.60

Women’s health (GY) 0.75 248 6.25 62 18.64 80.00 15.10 4.90

Skeleto-muscular disorders (SK) 0.57 198 4.99 79 23.67 63.50 11.60 24.80

Diabetes (DI) 0.40 39 0.98 22 6.51 77.80 13.90 7.90

Culture-bound syndromes (CB) 0.14 8 0.20 7 2.07 71.40 28.60 0,00

Ophtalmologic complaints (OP) 0.60 7 0.18 3 0.89 100.00 0.00 0.00

Venomous animals (VE) 0.55 6 0.15 3 0.89 50.00 0.00 50.00

Different uses (DU) NA 641 16.17 145 42.31 NA NA NA


159

Total number of use-reports is 3,973; total number of taxa is 332; ICF, Informant Consensus Factor; %Urtot,
percentage of use-reports that contributed to the total amount of use-reports by the respective illness category;
Taxa, total amount of plant species contributing to the use-reports of the respective illness category; %Taxa,
percentage of the plant species reported for an illness category with respect to the total amount of reported plants
species ; %bark, percentage of use-reports for the respective illness category which indicate barks; %leaf/aerial
part, percentage of use-reports for the respective illness category that indicate leaves or aerial parts; %root/tuber,
percentage of use-reports for the respective illness category which indicate roots or tubers.
Table 3. List of medicinal plants conclusively identified and reported use (UR), Valley of Juruena, Mato Grosso, Legal Amazon, Brazil.
Family/Botanical species Vernacular name Category of disease/Use- tCD tUC tUR BI HB GO Distribution
category/Usereport
ACANTHACEAE

Justicia pectoralis Jacq. Anador FI: analgesic (2), dengue (1), local pain (6), 2 fever (3); 5 14 BI-33442 He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil
RE: flu (2) Caribbean, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Mexico,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname, United States, Venezuela
ALISMATACEAE

Echinodorus horizontalis Rataj Taioba DU: anemia (1); FI: constipation (5) 2 2 6 BI-336 He N Brazil, Colombia, Ecuador,
Peru, Venezuela
Echinodorus macrophyllus (Kuntze.) Chapéu-decouro DE: eczema (1), pimples (1), external 7 wound 16 48 BI-31608 He N Brazil, Guyana, Nicaragua
Micheli (1), wound healing (1); DU: blood depurative (7),
hypertension (1); FI: local pain (1); GA: liver (1);
GY: uterine infection (2); SK: inflammation (1),
rheumatism (6); UR: bladder (1), diuretic (3),
kidney infection (4), urinary infection (1),
kidneys (16)
AMARANTHACEAE

Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze Terramicina DE: wound healing (23), wounds (9), wash 8 wound (1);17 71 BI-33453 He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
DU: cancer (2); GA: diarrhea Colombia, Ecuador, French Guiana,
(1); GY: uterine infection (3), discharge (1), Guatemala, Guyana, Honduras,
postoperative infection (3); FI: local pain Mexico, Nicaragua, Peru, Suriname,
(3), fever (1), RE: antibiotic (8), throat (2), United
flu (1), infection in throat (1); SK: States, Venezuela
inflammation (4); UR: diuretic (1),
urinary infection (5)
Beta vulgaris L. Beterraba DU: anemia (1) 1 1 1 BI-IC He E Belize, Colombia, Costa Rica, Ecuador,
Honduras, Madagascar, Mexico, New
Zealand, Saudi Arabia, United States
142

160
Celosia argentea L. Crista-de-galo DU: heart (1); FI: local pain (1) 2 2 2 BI-32714 Tr N Belize, Bhutan, Bolivia, Brazil, Burma,
Cambodia, Canada, China, Colombia,
Costa Rica, Ecuador, French Guiana,
Gabon, Guatemala,
Guyana, Honduras,
India, Japan, Laos, Madagasca, Mexico,
Nepal, Panama, Peru, Phillipines, ,
Reunion, Russian Federation, South
Africa, South Korea, Suriname,
Thailand, United States, Venezuela,
Vietnam

Chenopodium ambrosioides L. Erva-desantamaria DE: wound healing (16), injuries (13), 6 19 151 BI-863 He NE Argentina, Australia, Belize, Bolivia,
bruise (12), blow (1); DU: bone Brazil, Caribbean, Chile, Costa Rica,
regeneration (7); FI: Local pain (7); GA: Ecuador, French Guiana, Gabon,
stomach (3), gastritis (1), hepatitis (1), Guatemala, Guyana, Honduras, Java,
intestine (infection) (1), roundworms (1), Kenya, Madagasca, Mexico,
worm (70); RE: antibiotic (3), flu (1); SK: Newzealand, Panama, Peru,
inflammation (10), bone fracture (11), swelling Phillipines, Saudi Arabia, South Africa,
(4), twist (1) Sulawesi, Suriname, Tanzania,
Uganda, USA, Venezuela
Gomphrena globosa L. Perpétua DU: heart (1) 1 1 1 BI-IC He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Canada, China, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, French Guina, Guatemala,
Guyana, Honduras, India, Mexico,
Panama, Peru, South Africa,
Suriname,
United States, Venezuela
Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen Ginseng- DE: wound healing (2); DI: diabetic (1); 7 12 14 BI-33430 Sh N Argentina, Bolivia, Brazil, French
brasileiro DU: cancer (1), cholesterol (1), impotence Guiana, Guyana, Suriname
(1), palpitation (1); FI: local pain (1); GA:
liver (1), stomach problems (1); RE: flu (1);
SK: inflammation (1), rheumatism (2)
AMARYLLIDACEAE

Allium cepa L. Cebola FI: local pain (1); RE: flu (1), cough (1); DU: 3 tetanus4 4 BI-IC He E Belize, Canada, China, Colombia,
(1) Costa Rica, Ecuador, Guatemala,
Honduras,
Mexico, United States

161
Allium sativum L. Alho FI: local pain (1); GA: worm (2); RE: flu (7), 5 7 17 BI-17397 He E Belize, Canada, China, Colombia, Costa
cough (2); SK: inflammation (1); DU: Rica, Ecuador, Guatemala,
cholesterol (2), hypertension (2) Honduras,
Mexico, United States
ANACARDIACEAE

Anacardium occidentale L. Caju DE: wound healing (3); DI: diabetic (2); 7 8 19 BI-853 Sh N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
DU: blood circulation (3); FI: local pain (1); China, Colombia, Costa Rica,
GA: dysentery (1), diarrhea (6); GY: Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Gabon, Guatemala, Guyana, Honduras,
bleeding (2); UR: kidney infection (2)
Madagasca, Mexico,
Panama,
Paraguay, Peru, South Africa,
Suriname, Venezuela
Mangifera indica L. Manga DI: diabetic (1); FI: virtual (1); RE: 4 bronchitis 9 23 BI-35942 Tr E Bangladesh, Belize, Bolivia, Brazil,
(1), expectorant (1), flu (11), infection of throat Cambodia, China, Colombia, Costa
(1), cough (4); UR: Rica, Ecuador, El Salvador, French,
diuretic (1), infection of kidneys (2) Gabon, Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, India, Laos, Madagasca,
Mexico, Panama, Paraguay, Peru,
South Africa, Suriname, USA,
Venezuela, Vietnam
Myracrodruon urundeuva Allemão Aroeira DE: wound healing (2), wounds (1); GY: 3 4 5 BI-339 Tr N Brazil, Bolivia
uterine infection (1); SK: bone fracture (1)

Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-rosa DE: itching (1); UR: kidneys (1) 2 2 2 BI-868 Tr NE Brazil
Spondias purpurea L. Seriguela DU: hypertension (1) 1 1 1 BI-31665 Tr E Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Guatemala,
Guyana, Honduras, India, Mexico,
Panama, Peru, United States,
Venezuela
Spondias mombin L. Cajazinho, DE: wound healing (1); GA: diarrhea (1) 2 2 2 BI- 768 N Belize, Bolivia, Brazil. Caribbean,
cajuaçú-da-mata Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Gabon,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Mexico, Panama, Peru, Suriname,
United States, Venezuela,

162
ANNONACEAE

Annona dolabripetala Raddi Araticum DU: earache (1) 1 1 1 BI-751 Tr NE Brazil


144

Annona muricata L. Graviola DI: diabetic (2); DU: cancer (2), cholesterol 7 10 18 BI-33452 Tr E Belize, Bolivia, Caribbean, China,
(1), fatigue (1); FI: local pain (2); GA: Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
gastrointestinal problems (1); GY: weight Salvador, French Guiana, Gabon,
loss (6), menopause (1); UR: Guatemala, Guyana, Honduras,
kidney Mexico,
infection (1); VE: snakebite (1) Panama, Peru, Suriname, United
States, Venezuela
Unonopsis guatterioides R.E.Fr. Uxi-amarelo RE: pneumonia (1); GY: cyst (5) 2 2 6 BI-857 Tr N Bolivia, Brazil Caribbean, Colombia,
French Guiana, Guyana, Paraguay,
Peru, Suriname, Venezuela
APIACEAE
Daucus pusillus Michx. Cenoura DU: anemia (1) 1 1 1 BI-IC He N Brazil, Canada, Chile, USA
Eryngium foetidum L. Chicória FI: local pain (1) 1 1 1 BI-IC He N Belize, Bolivia, Brazil, Canada,
Caribbean, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Gabon, Guatemala, Guyana,
Honduras, Mexico, Nicaragua,
Panama,
Peru, Suriname, USA, Venezuela
Coriandrum sativum L. Coentro GA: infantile colic (1); GY: colic (1) 2 2 2 BI-373 He E Belize, Bolivia, Brazil, Canada, China,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, Guatemala, Honduras,
Mexico, Peru, South Africa, USA
Pimpinella anisum L. Erva-doce DU: calmative (5); FI: local pain (2); GA: 5 10 20 BI-25505 He E Bolivia, China, Colombia, Egypt, El
fullness in the stomach (2), intoxication (1), Salvador, Guatemala, Mexico,
constipation (2); GY: menstrual cramps (3), Nicaragua, Russian Federation, United
increased milk production (2); RE: flu (1) States

Foeniculum vulgare Mill Funcho GA: constipation (2); GY: infantile colic (1) 2 2 3 BI-IC He E Belize, Bolivia, Brazil, Canada,
Chile, China, Colombia, Ecuador,
Guatemala, Honduas, Mexico, Peru,
South Africa, United States,

163
Petroselinum crispum (Mill.) Nyman ex Salsinha A.W. Hill DE: bronchitis (1); FI: local pain (1); UR: 3 4 6 BI-975 He E Belize, Bolivia, Colombia, Ecuador,
urinary infection (2), kidneys (2) Honduras, United States
APOCYNACEAE

Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. Peroba FI: local pain (1) 1 1 1 BI-5851 Tr N Argentina, Bolivia, Brazil, Colombia,
Paraguay, Peru, Venezuela

Catharanthus roseus (L.) G. Don Mariasemvergonha DE: ringworm (1) 1 1 1 BI-33423 He E Argentina, Belize, Bolivia, China,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Gabo,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Madagascar, Mexico, Nicaragua,
Panama, South Africa, Suriname,
United States, Venezuela
Geissospermum laeve (Vell.) Miers Pau-pereira DU: cholesterol (1); GA: stomach (1), liver 2 3 3 BI-1334 Tr N Bolivia, Brazil, French Guiana, Guyana,
(1); Suriname
Himatanthus obovatus (Müll.Arg.) Angélica, pau- DU: anemia (1), tonic (1) 1 2 2 BI-29067 Sh N Bolivia, Brazil, Guyana
Woodson de-leite
Himatanthus sucuuba (Spruce ex Müll. Arg.)Sucuba GA: gastritis (1); SK: inflammation 2 2 2 BI-843 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador,
Woodson (1) Guyana, Panama, Peru, Suriname,
Venezuela
Macrosiphonia longiflora (Desf.) Müll. Arg.Velame-campo DU: blood depurative (2) 1 1 2 BI-32834 SB N Argentina, Bolivia, Brazil, Paraguay

ARACEAE

Philodendron acutatum Schott Cipó-imbé DE: erysipelas (2); SK: back pain (1) 2 2 3 BI-734 Tr N Brazil, French Guiana,
Suriname, Venezuela
ARECACEAE

Attalea speciosa Mart. ex Spreng. Babaçu DU: anemia (2); FI: dengue (1);GA: 3 4 5 BI-19388 Tr NE Bolivia, Brazil, Guyana, Suriname
gastrites (1); poor digestion (1);
Astrocaryum aculeatum G. Mey. Bejaúba DE: wound healing (2) 1 1 2 BI-IC Tr NE Bolivia, Brazil, Caribbean, Colombia,
Costa Rica, French Guiana, Guyana,
Suriname, Venezuela,
Bactris setosa Mart. Tucum DU: dehydration (1), weakness (1);GA: 2 2 2 BI-IC Sh NE Brazil
gastritis (1); SK: inflammation (1)

164
Cocos nucifera L. Côco DE: healing (1); FI: dengue (3); UR: 4 5 8 BI-IC Tr N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
kidneys (2); China, Colombia, Comoros, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Gabon, Guatemala, Guyana,
Honduras, India, Madagascar,
Mexico, Nicaragua, Panama,
Venezuela
Desmoncus orthacanthos Mart. Cerca-onça, SK: rheumatism (5) 1 1 1 BI-IC Sh NE Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
coquinho Costa Rica, Ecuador, El Salvador,
French Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, Mexico, Panama, Peru,
Suriname, Venezuela
Euterpe oleracea Mart. Açaí FI: malaria (1); GA: hepatites (1), 7 9 BI-IC Tr N Brazil, Caribbean, Colombia, Costa
4 gastrointestinal problems (1); GY: va ginal Rica, Ecuador, French Guiana,
Guyana,
146

bleeding (1); DU: anemia (3), nutritional Honduras, Panama, Peru, Suriname,
(1), vitamin (1) Venezuela
Mauritia flexuosa L.f. Buriti DU: anemia (1), nutritive (1); UR: kidneys 2 3 3 BI-IC Tr N Bolivia, Brazil, Caribbean, Colombia,
(1); French Guiana, Guyana, Honduras,
Peru, Suriname, Venezuela
Oenocarpus bataua Mart Pocova, Patuá UR: kidney infection (11) 1 1 11 BI-312 Tr N Bolivia, Brazil, Caribbean, Colombia,
French Guiana, Guyana, Ecuador,
Panama, Peru, Suriname, Venezuela
Ptychosperma elegans (R. Br.) Blume Solitária GA: worm (1) 1 1 1 BI-IC E Australia, Colombia, Honduras
Socratea exorrhiza (Mart.) H.Wendl. Sete-pernas DU: blood (1); SK: inflammation (1) 2 2 2 BI-IC Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, French Guiana, Guyana,
Nicaragua, Panama, Peru, Suriname,
Venezuela
Syagrus oleracea (Mart.) Becc. Gueroba DU: cholesterol lowering (1); GA: gastritis (1); 5 6 12 BI-12910 Tr NE Bolivia, Brazil, Paraguay
FI: local pain (3); RE: throat (1), flu (2);
SK: rheumatism (4);
ARISTOLOCHIACEAE

165
Aristolochia cymbifera Mart &Zucc. Cipómilhomem DE: wound healing (2); DU: circulation 8 20 39 BI-35946 Tr NE Brazil
(1), blood depurative (9), natural viagra
(1); FI: local pain (1), malaria (2); GA:
stomach (2), liver (2), indigestion (1),
gastrointestinal problems (1), worm (3);
GY: menstrual cramps (2), menstruation
(1), partum relapse
(1); RE: antibiotic (1); SK: inflammation (1),
rheumatism (3); UR: bladder (1), diuretic (1),
kidneys (3)
ASPARAGACEAE

Herreria salsaparilha Mart. Salsaparrilha DE: wound healing (3), equisema (1), 7 13 43 BI-363 He NE Brazil
pimples (1), wounds (1); DU: blood
depurative (18); FI: leishmaniasis (1); GA:
liver (1), intestine (2); RE: flu (1); SK:
inflammation (1), rheumatism (3); UR:
bladder (8), kidneys (2)
ASTERACEAE

Acanthospermum australe (Loefl.) Carrapixinho DE: wounds (1); FI: local pain (1); GY: 5 5 26 BI 736 He N Argentina, Bolivia, Brazil, China,
Kuntze wound in the uterus (1); RE: infection of Colombia, French Guiana, Guyana,
throat (22); UR: kidneys (1) Paraguay, Peru, South Africa,
Suriname, USA, Venezuela
Achillea millefolium L. Mil-em-folha, DU: blood depurative (1); UR: kidneys (1) 2 2 2 BI-380 He N Argentina, Australia, Brazil, Canada,
Ponta-alívio Caribbean, Chile, China, Colombia,
Costa Rica, Ecuador, Greenland,
Guatemala, Honduras, Mexico,
Mongolia, New Zealand, Nicaragua,
Peru

Achyrocline satureioides (Lam.) DC Marceladocampo DU: calmative (1); FI: local pain (2); GA: 3 7 9 BI-24996 Sh N Argentina, Bolivia, Brazil, Colombia,
diarrhea (1), stomach (2), liver (1), Ecuador, Guyana, Paraguay, Peru,
intestinal infection (1), poor digestion (1); Uruguay, Venezuela

166
Ageratum conyzoides L. Mentrasto FI: local pain (1); GA: indigestion (1); GY: 5 6 9 BI-17032 He N Argentina, Belize, Brazil Bolivia,
colic (1), menstrual cramps (2); RE: flu (2); China, Caribbean, Colombia, Costa
SK: rheumatism (2) Rica, Ecuador,El Salvador, French
Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, India, Madagascar, México,
South Africa, Suriname,
United States, Venezuela
Artemisia absinthium L. Losna DU: anemia (1); FI: local pain (5); GA: 4 9 28 BI-26102 He N Afghanistan, China, Argentina,
stomach (11), liver (1), poor digestion (3), Bolivia, Brazil, Canada, Chile,
gastrointestinal problems (1), worm (4); Colombia, Ecuador, Honduras, India,
GY: abortive (1), uterine infection (1) Japan, Kazakhstan, México, Pakistan,
Peru,
Russian Federation, United States,
Artemisia vulgaris L. Artemíisia GA: stomach (1); UR: kidney (1) 2 2 2 BI-818 He N Afganistan, Brazil, Canada, China,
Colombia, Costa Rica, Greenland,
Guatemala, Honduras, Iran, Japan,
Mexico, Mongolia, Pakistan, Russian
Federation, South Africa,Thailand,
USA
Baccharis crispa Spreng. Carqueja DI: diabetic (1); DU: cholesterol (1), 8 19 57 BI-26042 Sh NE Bolivia, Brazil
malaise (1); FI: local pain (7), fever (2),
malaria (1); GA: uric acid (1), bile (1), belly
ache (1), stomach (23), liver (5), poor
digestion (3), constipation (1), dryness (1),
worm (1); GY: weight loss
(4); RE: flu (1);
SK: inflammation (1); UR: diuretic (1)

148

Bidens pilosa L. Picao-preto DU: anemia (15); FI: malaria (1); GA: 4 9 51 BI-33433 Sh N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
jaundice (14), stomach (2), liver (5), China, Colombia, Ecuador, El
hepatitis (10), hepatitis B (1), prevents Savador, French Guiana, Guatemala,
yellowing (2); UR: bladder (1); Guyana, Honduras, Madagascar,
Mexico, Panama, South Africa,
Suriname,
United States, Venzuela
Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng.) R.M. Arnica-do-mato DE: wound healing (2); SK: contusion (2); UR: 3 4 8 BI-18621 He NE Brazil
King & H. Rob. kidney stones (2), kidney infection (2)

167
Centratherum punctatum Cass. Agoníada GA: gastritis (1); SK: rheumatism (1) 2 2 2 BI-1009 He N Argentina, Austrália, Brazil,
Caribbean, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guyana, Mexico, Nicaragua, Panama,
Paraguay,
Peru, Philoppines, Venezuela
Chromolaena maximilianii (Schrad. ex DC.) Mata-pasto DE: wound healing (1); SK: contusion (1); UR: 3 4 4 BI-33444 He N
RMKing & H.Rob. kidney stones, kidney infection (1/1) Brazil, Frech Guiana, Venezuela
Conyza bonariensis (L.) Cronquist Voadeira DE: spots on the body (1) 1 1 1 BI-34782 Sh N Argentina, Australia, Belize, Bolivia,
Brazil, Caribbean, Chile, Colombia,

Costa Rica, Ecuador, El Salvador,


French Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, México, Panama,
Paraguay,
Peru, South Africa, Suriname, United
States, Venezuela
Coreopsis grandiflora Hogg ex Sweet Camomilaamarga GA: stomach (1); GY: colic (1) 2 2 2 BI-33436 He E China, Ecuador

Cynara cardunculus L. Alcachofra GA: stomach (3) 1 1 3 BI-IC He E Colombia, Ecuador, United States
Eclipta alba (L.) Vassourinha-de- DE: wounds (1); SK: bruises (1); UR: 3 3 3 BI-32715 He N Belize, Bolivia, Caribe, Ecuador, El
santo-antônio kidneys (1) Salvador. Gabon, Guatemala,
Honduras, India, Madagascar, Mexico,
Panama, United Sates,
Erechtites hieraciifolius (L.) Raf. ex DC. Serralha FI: fever (1); GA: 2 2 2 BI-IC He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
bowel syndrome constipation Canada, Caribbean, China, Colombia,
(1) Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guatemal, Guyana, Honduras, India,
Mexico, Nicaragua, Panama, Paraguay,
Peru, Suriname, United
States,
Uruguay, Venezuela

168
Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch.Caferana FI: local pain (4); GA: congestion (1), 3 9 37 BI-40.503 Sh E Bolivia, Brazil
Bip.ex Walp. stomach (12), liver (7), intestine (1), poor
digestion (6), gastrointestinal problems
(3), vomit (1); GY: colic (2)
Lactuca sativa L. Alface DU: calmative (3) 1 1 3 BI-IC He E Argentina, Australia, Belize, Bolívia,
Brazil, Canada, Caribe, Chile, China,
Colombia, Costa Rica, Equador, El
Salvador, Gatemala, Honduras, Mexico,
Newzealand, Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, South Africa,
Tanzania,
USA, Venezuela, Zaire
Matricaria chamomilla L. Camomila DU: calmative (6), natural viagra (1); FI: 4 13 35 BI-292 He E Argentian, Austarlia, Bolivia, Brazil,
local pain (12), fever (3); GA: infantile Canada, Caribbean, Chile, Colombia,
colic (3), diarrhea (2), bloating (1), stomach Costa Rica, Ecuador, El Salvador,
(2), gases (2), poor digestion (1), Guatemala, Honduras, Kazakstan, ,
constipation Mexico, Mongolia, Nicaragua,
(1), feeling of fullness (1) Paraguay, Peru, Russian Federation,
China, United States, Uruguay,
Uzbeskistan
Mikania glomerata Spreng. Guaco FI: malaria (1); RE: expectorant (2), flu (4),2 4 17 BI-25536 He N Brazil
cough (10)
Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera Quitoco DE: intimate part itching (1) 1 1 1 BI-33424 He N Argentian, Bolivia, Brazil,
China, Paraguay, Uruguay,
Venezuela
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. Picão-branco DU: anemia (1); GA: hepatitis (1) 2 2 2 BI-32793 He N Argentina, Belize, Bolivia,
Brazil, Caribbean,
Colombia, Costa
Rica,
Ecuador, French Guiana, Guatemala,
Guyana, Honduras, Mexico, Panama,

Peru, Suriname, States,


United Venzuela
Senecio bicolor (DC.) Chater Enfalivina FI: local pain (2), fever (1) 1 2 3 BI-IC Sh E Honduras, Venezuela

150

169
Solidago microglossa DC. Arnicabrasileira DE: wound healing (9), 6 14 40 BI-32763 He N Brazil, Bolivia
injuries (1); DU: anemia (1),
prostate (1); FI: pain location
(8); GY: uterine infection
(1); RE: antibiotic (4),
bronchitis (4), flu (1),
pneumonia (2); SK:
contusion (1), bone fracture
(3), internal blow (2),
rheumatism (2);
Spilanthes acmella (L.) Murray Jambo DI: diabetic (1); DU: heart (1);4 4 4 BI-18011 Tr E Ecuador, Gabon, Madagascar,
FI:
anesthetic (1); RE: cough (1);
Tagetes erecta L. DI: diabetic (1); RE: flu (1),3 4 4 BI-33425 He N Australia, Belize, Bolivia,
Cravo-de- cough (1); SK: rheumatism (1) Brazil,
Caribbean, China, Colombia,
Costa
defunto Rica, Ecuador, El Salvador,
Gabon,
Guatemala, Guiana,
Honduras,
Mexico, Newzealand,
Nicaragua,
Panama,
Paraguay, Peru,
South
Africa
Surinmae, USA, Venezuela
Taraxacum officinale F.H. Wigg. Dente-de-leão DE: wound healing (1); GA:2 2 2 BI-2589 He E Algeria, Argentina, Bolivia,
stomach (1) Brazil,
Canada, Caribbeam,
Chile,
Guatemala, Kazakhstan,
Madagascar,
Panama,
South Africa, United States,

170
Tithonia diversifolia (Hemsl.) A.Flor-daamazônia GA: stomach (1), liver (2); GY:2 3 4 BI-32808 Sh N Belize, Brazil, Caribbean,
Gray pregnancy sickness (1) China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Savador,
Guatemala, Honduas,
Mexico, Nicaragua, Panama,
South
Africa,
United States, Venezuela
Vernonanthura brasiliana (L.) H.Assa-peixe DE: wound healing (1); GA:5 11 23 BI-26794 Sh N Afghnistan, Bolivia, Brazil,
Rob. uric acid (1); RE: allergies (1), Burna, Canada, China,
bronchitis (3), emphysema Colombia, Costa Rica,
(1), throat (1), flu (5), Greenland Guatemala,
pneumonia (3), cough Honduras, Iran,
(2); SK: inflammation (1), UR: Japan, Mexico, Mongolia,
kidneys (3) Pakistan,
Russian Federation, South
Africa,
Thailand, United States,
Vietnam
BALANOPHORACEAE
Lophophytum mirabile Schott &Canafístula GA: liver (1) 1 1 1 BI-IC Tr N Argentina, Bolivia, Brazil,
Endl. Ecuador, Paraguay,
BASELLACEAE

Basella alba L. Cipó-beceleste DU: cancer of prostate (1) 1 1 1 BI-862 He N Belize, Brazil. French Guiana,
Gabon, Guyana, Panama,
Peru, Suriname
BIGNONIACEAE

Anemopaegma chrysoleucum Cipó-cravo DU: afrodiziaco (1), 2 3 13 BI-250 Tr N Brazil, Belize, Colombia,
(Kunth) Sandwith calmative (1); RE: Ecuador,
pneumonia (11) French Guiana, Guatemala,
Guyana, Honduras, Mexico,
Nicaragua,
Panama,
Peru, Suriname, Venezuela,

171
Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Crajiru Verl. DE: wound healing (8), skin BI-33460 Sh N Argentina, Belize,
(2); DU: cancer (1), blood Bolivia,
depurative (2), malaise (1); Brazil,
FI: local pain (10), fever (8); Caribbean, Colombia,
GA: ulcer (11); GY: Ecuador,
menstrual cramps (2), ElSalvador, French
infection in the ovaries (4), Guiana, Guatemala,
inflammation of the uterus Honduras, Mexico,
(9); RE: antibiotic (2); SK: Nicaragua, Panama,
rheumatism (8); UR: renal Venezuela
colic (1), bladder infection
(4), infection in the kidneys
(10), kidneys (13)
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex Ipê-roxo DC.) Mattos DE: wound healing (5); DU: 13 24 BI-38439 Tr N Bolivia, Brazil, Mexico
cancer (3), 8 blood depurative
(2); FI: malaria (1); GA: stomach
(2); GY: vaginal bleeding (1),
infection in the ovary (4),
osteoporosis (1), uterine problems
(1); RE: antibiotic (1); SK:
rheumatism (1);
UR: Bladder
infection (1), urinary infection (1)
Jacaranda cuspidifolia Mart Caroba DE: wound healing (2); DU: blood 33 6 BI-32734 Tr N Bolivia, Brazil
depurative (2); UR: kidney stone (2)
Jacaranda decurrens Cham Caro inha GA: liver (1); GY: vaginal bleeding (1) 22 2 BI-35829 Tr N Bolivia, Brazil, Paraguay

Pyrostegia venusta (Ker DE: wound healing (1), skin (1); GY:4 5 BI-32861 Tr N Bolivia, Brazil,
Gawl.) Miers Erva-de- 2 abortive (1), colic (2) Colombia, Ecuador, El
são- Salvador, Guatemala,
Honduras, Mexico,
Panama, Paraguay, USA,
joão Vevnezuela

Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Ipê-amarelo Hook. f. ex S. Moore DE: wound healing (2); GY: ovarian cysts7 9 BI-39138 Tr N Argentina, Bolivia, Brazil,
4 Paraguay, Peru, Suriname
(1), colic (1); myoma (1)
GA: stomach (2), diarrhea
(1), hepatitis (1), RE:
bronchitis (1), cough (1),
172
152

Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Sabugueiro FI: chickenpox (1), dengue (1), fever (3), 2 5 14 BI-33451 Sh E Argentina, Belize, Bolivia, Caribbean,
measles (6); RE: flu (3) Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Gabon,
Guatemala, Guyana, Honduras, Mexico,
Nicarauga, Panama, Peru,
USA,
Uruguay, Venezuela
BIXACEAE

Bixa orellana L. Urucum DE: wound healing (1), prevent boils (1); 7 11 14 BI-33422 Tr N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
DU: weight loss (1); anemia (2), Carribbean, China, Colombia, Costa
cholesterol (1); RE: expectorant (1), throat Rica, Ecuador, El Salvador, French
(1); FI: dengue (1); GA: liver (1); UR: Guiana, Gabon, Guatemala, Guyana,
bladder infection (1), infection in the Honduras, Madagascar, Mexico,
kidneys (3) Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname, United States, Venezuela
BORAGINACEAE

Cordia nodosa Lam. Cipó-cabeludo DE: wound healing (2); GA: ulcer (4) 2 2 6 BI- 772 Sh N Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador,
French Guiana, Guyana, Peru,
Suriname, Venezuela

Symphytum officinale L. Confrei DE: wound healing (3), injuries (1), skin 7 9 13 BI-241 Sh E Canada, China, Kazakhstan,
(1); DI: diabetic (1); DU: cancer (1); GA: Kyrgyzstan, Russia Federation,
gastritis (1); GY: weight loss (2); RE: Tajikistan, Turkmenistan, United
bronchitis (1); SK: inflammation (2); States, Uzbekistan
Varronia curassavica Jacq. Erva-baleeira FI: local pain (1), fever (1); RE: bronchitis 2 3 3 BI-346 Sh N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
(1) Caribbean, Colombia, Costa rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Mexico, Nicarauga, Panama,
Paraguay, Peru,
Suriname, Venezuela
BRASSICACEAE

173
Coronopus didymus (L.) Sm. Mastru-rasteiro GA: stomach (1); SK bone fractures (1) 2 2 2 BI-894 He N Bolivia, Brazil, Canada, China,
Ecuador, French Guiana, Honduras,
Madagascar, Peru, South Africa, USA
Brassica oleracea L. Couve GA: heartburn (1), stomach (2), gastritis (4), 2 6 11 BI-IC He E Bolivia, China, Ecuador, Gabon,
ulcer (1); RE: flu (1), low immunity (1) Greenland, Honduras, Mexico, USA

Nasturtium officinale W. T. Aiton Agrião GA: ulcer (1); RE: bronchitis (1); UR: 3 3 3 BI-IC He E Bolivia, Canada, China, Colombia,
kidneys (1) Costa Rica, Ecuador, El Salvador,
Guatemala, Honduras, Madagascar,
Mexico, Nicaragua, Panama, United
States, Venezuela
BROMELIACEAE
Ananas comosus (L.) Merr Abacaxi RE: flu (1); UR: kidneys (2) 2 2 3 BI-32 He N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
China, Colombia, Costa Rica,
Ecuador,
French Guiana, Gabon, Guatemala,
Guyana, Honduras, México,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Sierra Leone,
Suriname, Venezuela
BURSERACEAE

Protium heptaphyllum (Aubl.) Almécega DU: calmative (1) 1 1 1 BI-553 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, French
Marchand Guiana, Paraguay, Suriname,
Venezuela
CACTACEAE
Cipocereus bradei (Backeb. & Voll) Zappi Cacto UR: urinary infection (1) 1 1 1 BI-237 He NE Brazil
& N.P.Taylor
Pereskia sacharosa Griseb. Oro-pronobis DU: anemia (1) 1 1 1 BI-33447 He N Argentina, Bolivia, Brazil
CANNABACEAE

Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Grão-de-galo FI: local pain (1); GA: stomach (2); UR: 3 3 5 BI-32.692 Sh N Argentina, Bolivia, Brazil, Caribbean,
kidneys (2) Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Guatemala,
Guyana, Honduras, Mexico,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname,
USA, Venezuela

174
Trema micrantha (L.) Blume Grandiuva DU: insect bite (1); SK: inflammation (3); GA: 3 4 4 BI-27231 Sh N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
periquiteiro heartburn (1), ulcer (1) Caribbean, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, French Guiana, Guatemala,
Guyana, Honduras, Mexico,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname,
USA, Venezuela
CARICACEAE

154

Carica papaya L. Mamão DU: cholesterol (3), detoxification (3), 6 19 43 BI-31670 Tr E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
tumor (1); FI: local pain (5); GA: Caribbean, Colombia, Costa Rica,
diarrhea (1), stomach (4), liver (3), Ecuador, El Salvador,
indigestion (1), intoxication (1), poor French Guiana, Gabon,
digestion (3), digestive problems (1), Guatemala,
worm (6); GY: weight loss (1); RE: Guyana, Honduras, Madagascar,
bronchitis (2), nasal congestion (1), flu Mexico, Nicaragua, Panama,
(4); cough (1); UR: kidneys (1), urethra (1); Paraguay, Peru, Suriname,
USA, Venezuela
Jacaratia spinosa (Aubl.) A. DC. Jacaratiá, GA: worm (1) 1 1 1 BI-747 Tr N Argentina, Bolivia, Brazil, Chile,
mamãozinhodomato Colombia, Costa Rica, Ecuador,
French
Guiana, Guatemala, Guyana,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname
CELASTRACEAE
Maytenus sp. Sussuia, Xixuá FI: local pain (1); SK: inflammation (1) 2 2 2 BI-IC Tr N Australia, Brazil, Colombia, Honduras,
Mexico, USA
CLEOMACEAE

Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf. Quicendê DE: itching of intimate part (1) 1 1 1 BI-IC He N Brazil, Caribbean
CLUSIACEAE

Clusia sp. Mart. Apuí OP: conjunctivitis (1) 1 1 1 BI-IC Tr N Colombia, El Salvador, Honduras
COMBRETACEAE

175
Terminalia catappa L. Sete-copas DI: diabetic (1); UR: kidneys (1) 2 2 2 BI-272 Tr E Argentina, Australia, Bangladesh,
Belize, Bolivia, Brazil, Burma,
Combodia, Caribbean, China,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Guatemala,
Guyana, Honduras, India,
Madagascar, Malaysia, Mexico,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Philippines, Suriname,
Thailand, USA, Venezuela, Vietnam
COMMELINACEAE

Commelina erecta L. Trapueraba DU: cleanser (2); DE: wound healing (2), 3 5 7 BI-33426 He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
ringworm (1); SK: inflammation (1), Caribbeam, Colombia, Costa Rica,
rheumatism (1) Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Gabon, Guatemala , Guyana,
Honduras, Mexico, Nicaragua, Panama,
Paraguay, South Africa, Suriname,
United States, Venezuela
Dichorisandra hexandra (Aubl.) Kuntze exCanademacaco DU: dehydration (1); DE: wound healing 6 11 19 BI-195 He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Hand.-Mazz. (1); FI: local pain (4); GA: poor digestion Caribbean, Colombia, Costa Rica,
(1); SK: column (1), inflammation (1); UR: Ecuador, El Salvador, French Guiana,
urinary congestion (1), diuretic (1), kidney Guatemala, Guyana, Honduras,
infection (1), cleanse the kidneys (1), Mexico,
kidneys (6) Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname, Venezuela
CONVOLVULACEAE

Ipomoea batatas (L.) Lam. Batata-doce DE: candidiasis (1), discharge (1); FI: local 4 6 6 BI-IC Tr E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
pain (1); RE: antibiotic (1), throat (1); Caribbean, Chile, China, Colombia,
anemia (1) Comoros, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Gabon,
Guatemala, Guyana, Honduras, Indica,
Japan, Laos, Madagascar, Mexico,
Nepal, Nicaragua, Pakistan, Panama,
Paraguay, Philippines, South Africa,
Sri Lanka Suriname, Thailand, Unided
States, Uruguay, Venezuela
COSTACEAE

176
Costus spicatus (Jack.) Sw. Caninhadobrejo DE: wound healing (1); FI: local pain (1); 5 9 18 BI-973 Sh E Bolivia, Caribbean, Honduras, Mexico
GA: stomach (1); SK: inflammation (1);
UR: bladder (1), diuretic (1), kidney
infection (1), stone in the kidneys (1),
kidneys (10)
CRASSULACEAE
Bryophyllum calicynum (Lam.) Oken Saião DE: wound healing (1), lesion (1), bruise 5 10 11 BI-728 He E Madagasca
(1), wounds, injuries (1), skin (1); FI: local
pain (2); RE: antibiotic (1), throat (1); SK:
trauma (1); UR: kidneys infection (1)
CUCURBITACEAE

156

Cucumis anguria L. Maxixe RE: pneumonia (2) 1 1 2 BI-337 He E Angola, Argentina, Belize, Bolivia,
Botswana, Brazil, Cape Verde,
Caribbean, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, French Guiana, Guatemala,
Guyana, Honduras, Malawi, Mexico,
Mozambique, Namibia,
Nicaragua,Panama, Paraguay, Peru,
Sierra Leone, South Africa, Suriname,

Swaziland, Tanzania, USA, Venezuela,


Zaire, Zambia, Zimbabwe
Cucumis sativus L. Pepino DU: hypertension (1) 1 1 1 BI-339 Tr E Belize, Bolivia, Burma, Canada, China,
Colombia, Ecuador,
Guatemala, Honduras,
India, Madagascar,
Mexico, Nepal,
Nicaragua, Panama, Sri Lanka,
Thailand, Venezuela
Cucurbita maxima Duchesne Abobora GA: worm (1); DU: cholesterol (5) 2 2 6 BI-376 He E Argentina, Bolivia, Brazil, China,
India,
Nicaragua, Panama, Uruguay,
Venezuela

177
Luffa operculata (L.) Cogn. Buchinhapaulista FI: malaria (1); RE: sinusitis (1) 2 2 2 BI-32 Tr N Brazil, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, Guatemala,
Guyana, Mexico, Nicaragua, Panama,
Peru,
Suriname, Venezuela
Momordica charantia L. Melão-de- DI: diabetic (1); FI: dengue (1), local pain 3 8 18 BI-31667 Tr E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
sãocaetano (2), fever (2), malaria (7), virtual (3); GA: Cape Verde, Caribbean, China,
liver (1), hepatitis (1) Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Gabon,
Guatemala, Guyana, Honduras, India,
Madagascar, Mexico, Nicaragua,
Panama, Paraguay, Peru, Reunion,
Rodrigues, South
Africa, Suriname, USA, Venezuela
Sechium edule (Jacq.) Sw. Chuchu DU: calmative (1), hypertension (7) 1 2 8 BI-IC Tr E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Caribbean, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, Gabon,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Madagascar, Mauritius, Mexico,
Nicaragua, Panama, Peru, Reunion,
Rodrigues, USA, Venezuela
Siolmatra brasiliensis (Cogn.) Baill. Taiuiá GA: gastritis (1); SK: inflammation (1) 2 2 2 BI-31643 Tr N Bolivia, Brazil, Peru

CUPRESSACEAE

Chamaecyparis sp. Tuia DE: wound healing (3) 1 1 3 BI-228 Tr E Argentina, Guatemala, Honduras

CYPERACEAE

Cyperus corymbosus Rottb. Junco SK: rheumatism (4) 1 1 4 BI-33435 He N Argentina, Australia, Brazil, Chile,
Ecuador, India, Madagascar
DENNSTAEDTIACEAE

Pteridium aquilinum (L.) Kuhn Samambaia GA: worm (1) 1 1 1 BI-826 Tr E Bolivia, China, Mexico, Venezuela

DILLENIACEAE

178
Curatella americana L. Lixeira RE: lung (1) 1 1 1 BI-39564 Tr N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
Colombia, Costa Rica, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Mexico,
Nicaragua, Panama, Peru, Suriname,
Venezuela

Doliocarpus dentatus (Aubl.) Standl. Cipó-d'água GA: hemorrhoid (1) 1 1 1 BI-IC Tr N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, French
Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, Mexico, Nicaragua,
Panama, Paraguay,
Peru, Suriname, Venezuela

DIOSCORIACEAE
Dioscorea cayenensis Lam. Inhame DU: anemia (1), cleanser (1) 1 2 2 BI-3923 He E Costa Rica, French Guiana, Guyana,
Madagascar, Suriname, Venezuela,
EQUISETACEAE

Equisetum hyemale L. Cavalinha DE: wound healing (1); DU: combat 4 4 7 BI-13879 He E China, Japan, Mexico, Mongolia,
smoking (1); GA: stomach (1); UR: kidneys North Korea, Russian
(4); Federation, South
158

Korea,

EUPHORBIACEAE

Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill. Vicki-de-árvore DU: blood depurative (1); RE: flu (6), cold 2 3 8 BI-824 Sh N Bolivia, Brazil, Colombia, Costa Rica,
(1); French Guiana, Guyana, Peru,
Suriname, Venezuela
Croton urucurana Baill. Sangra-d'água DE: wound healing (4), wound (2); DU: 5 15 20 BI-27119 Tr N Bolivia, Brazil, Paraguay
cancer (1), wound healing (1), cleanser (1),
hypertension (1), prostate (1); GA: stomach
(1), gastritis (1), ulcer (3); GY: uterine
infection (1), bleeding (1); UR:
urinary
infection (1), kidneys (1);

179
Euphorbia tirucalli L. Aveloz DE: wounds (1); DU: cancer (2); FI: local 3 3 4 BI-389 Tr E Angola, Belize, China, Ecuador, El
pain (1); Salvador, Ethiopia, Gabon, Ghana,
Honduras, India, Madagascar, Mexico,
Mozambique, Philippines, Rwaanda,
Somalia, South Africa, Sudan,
Swaziland, Tanzania, Zaire, Zambia
Euphorbia umbellata (Pax) Bruyns Leiterinha, DE: whitlow (1), wart (1); DU: cancer (3), 3 6 9 BI-225 Sh E Costa Rica, El Salvador, Mexico
Gota-milagrosa cleanser (1); GA: cholera (1), ulcer (2)
Hevea microphylla Ule Barriguda GA: ulcer (1) 1 1 1 BI-834 Tr NE

Brazil, Venezuela
Jatropha curcas L. Pinhão-manso GY: menstrual cramps (1) 1 1 1 BI-IC Sh E Argentina, Belize, Bolivia,
Brazil, Chile, China,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Gabon,
Guyana, Guatemala, Honduras,
Madagascar, Mexico,
Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, South Africa,
Suriname, USA, Venezuela
Jatropha elliptica (Poh) Oken Bata- VE: snakebite (5); DU: blood depurative (1) 2 2 6 BI-28.534 He N Bolivia, Brazil, Paraguay
purgadelagarto

Jatropha weddelliana Baill. Metiolate DE: wound healing (2); GA: ulcer (1) 2 2 3 BI-31642 Sh E Paraguay
Joannesia princeps Vell. Cultieira DE: infection (1) 1 1 1 BI-IC He NE Brazil
Manihot esculenta Crantz Mandioca DE: itching (1); RE: antibiotic (1) 2 2 2 BI-32786 Sh N Belize, Bolivia, Bolivia, Brazil,
Caribbean, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Gabon, Guatemala, Guyana,
Honduras, India, Mexico, Panama,
Paraguay, Peru, Suriname, United
States, Venezuela

180
Ricinus communis L. Mamona DE: wound healing (1); RE: allergy (1), GA: 3 3 3 BI-23884 Sh N Belize, Bolivia, Brasil, Chile,
congestion (1) Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Gabon,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Madagascar, Mexico, Panama
FABACEAE

Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. Cerejeira DU: fatigue (1), hypertension (2); FI: fever 6 12 16 BI-13249 Tr N Brazil, Bolivia, Paraguay, Peru
(1); GA: diarrhea (2), stomach (2), liver
(1), poor digestion (1); GY: colic (2); RE:
throat (1), flu (1), cough (1); SK:
inflammation (1)
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Angico DE: wound healing (1); RE: flu (1); SK: 3 3 3 BI-904 Tr N Brazil
rheumatism (1)
Bauhinia forficata L. Pata-de-vaca 1 DI: diabetic (9); DU: blood depurative (1), 7 10 20 BI-32833 Tr N Argentina, Brazil, Caribbean, Ecuador,
rheumatism (1); FI: local pain (1); GA: uric El Salvador, Guyana, Panama, Peru,
acid (1); GY: uterine problems (1); SK: Venezuela
column (1), rheumatism (1); UR:
diuretic (1), kidneys (3)
Bauhinia cf. ungulata L.S. Lat Pata-de-vaca 2 DI: diabetic (3) 1 1 3 BI-32738 Sh N Belize, Boliva, Brazil, Colombia, Costa
Rica, El Salvador, Guatemala, Mexico,
Guyana, Honduras, Nicaragya,
Panama,
Paraguay, Peru, Venezuela
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Pata-de-boi UR: kidneys (2) 1 1 2 BI-4410 He NE Brazil
Bauhinia sp. Unha-de-vaca DI: diabetic (1); UR: kidneys (1) 2 2 2 BI-341 TP NE Brazil
Bauhinia glabra Jacq Cipó-escada- GY: frigidity (1); RE: allergy (1); SK: 3 3 3 BI-330 Tr N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
demacaco rheumatism (1) Colombia, Costa Rica, Ecuador,
French Guiana, Guyana, Honduras,
Mexico, Panama, Peru, Suriname,
USA,
Uruguay, Venezuela
160

181
Bowdichia virgilioides Kunth Sucupira DE: wound healing (2); DU: circulation 7 10 16 BI-253 Tr NE Brazil
(1); FI: local pain (2); GA: gastritis (1); RE:
antibiotic (1), flu (1), inflammation of
throat (4); SK: inflammation (1),
rheumatism (3); UR: kidneys (1)
Cajanus cajan (L.) Millsp.bicolor DC. Feijão-andú DE: wound healing (3); DU: internal injury 6 6 8 BI-17427 Sh E Bolivia
(1); GY: vaginal infection (1); RE: flu (1);
SK: rheumatism (1); UR: urinary infection
(1)
Copaifera langsdorffii Desf. Copaiba DE: wound healing (12), wounds (3), 7 25 62 BI-38780 Tr NE Brazil
bruise (2); DU: wound healing (1), cleanser
(1), hypertension (1), heart problems (1),
tetanus
(1); FI: local pain (3), malaria (1); GA:
stomach (1), gastritis (3), laxative (1);
GY: abortive (1), mestruation (1); RE:
antibiotic
(3), bronchitis (16),
pulmonary emphysema (1), flu (1),
pneumonia (1), sinusitis (1), cough
(2); SK: inflammation (2),
arthritis (1),
rheumatism (1)
Copaifera marginata Benth. Guarantã DU: appetite (1); FI: local pain (2); 2 2 2 BI-3347 Tr NE Brazil
Copaifera martii Hayne Guaraná-de GA: gastrointestinal problems (2) 1 1 2 BI-3334 Tr NE Brazil
lugares-baixos
Desmodium incanum DC. Carrapichocarneiro GA: dysentery (1) 1 1 1 BI-29093 He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Caribbean, Ecuador, French Guiana,
Guyana, Honduras, Madagascar,
Mexico, Nicaragua, Panama,
Paraguay, Suriname, United States,
Uruguay, Venezuela
Dipteryx odorata (Aubl.) Willd Camaru-ferro GA: stomach (1) 1 1 1 BI-IC Tr NE Brazil
Eriosema rufum (Kunth) G.Don Balsamo DE: wound (3) 1 1 3 BI-33418 Sh NE Brazil
Erythrina amazonica Krukoff Mulungu DU: cancer (1); GA: hepatitis (4); SK: 4 rheumatism (1); UR: 4 7 BI-3269 Tr NE Brazil
kidney infection (1);

182
Glycine max (L.) Merr. Soja GA: gastritis (1) 1 1 1 BI-IC He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Caribbean, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, Honduras, Mexico,
United States
Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne Jatobá DE: wound healing (1), take stain (1); DU: 4 17 38 BI-11954 Tr NE Brazil
cancer (1), anemia (9), prostate cancer (1),
blood depurative (2),
restorative (1), prostate (1), vitamin (1); GA:
intestine (1), poor digestion (2); RE:
bronchitis (4),
pulmonary
emphysema (1), forificante lung (1), flu
(6), lung (bronchitis) (1), cough (4);
Indigofera suffruticosa Mill. Anil GY: help in labor (3); GA: ulcer (2) 2 2 5 BI-744 Sh N Argentina, Austria, Belize, Bolivia,
Brazil, Caribbean, Chile, China,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, French
Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras,
India, Mexico, Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, Philippines, Suriname,
Taiwan, United States, Uruguay,
Venezuela
Leptolobium dasycarpum Vogel Cinco-folhas UR: kidneys (1) 1 1 1 BI-39293 He NE Brazil
Pterodon pubescens Benth. Sucupira-branca DE: wound healing (2); GA: gastritis (1); 4 7 14 BI-17 Tr NE Brazil
RE: antibiotic (1), flu (1), inflammation
of throat (4); SK:
inflammation (1),

rheumatism (4)

Schizolobium amazonicum Huber ex. DuckePinho-cuiabano DE: itching (2) 1 1 2 BI-IC Tr NE Brazil

Senna occidentalis (L.) Link Fedegoso DE: ringworm (1); DU: prostate (1); FI: 5 16 30 BI-2835 Tr NE Brazil
dengue (1), local pain (3), fever (4),
malaria (3), virtual (2); GA: liver (2),
hepatitis (1), jaundice (1), poor digestion
(1), worm (1); RE: flu (6), respiratory
problems (1),
sinusitis (1), cough (1)
183
162

Stryphnodendron adstringens (Mart.) Barbatimão DE: wound healing (13); DI: diabetic(1); 7 12 27 BI-31615 He NE Brazil
Coville FI: leishmaniasis (1); GA: ulcer (1);
GY:uterine infection (2); ovary (1) vaginal
problems
(1); RE: antibiotic (2); SK: inflammation
(2); bone fracture(1); UR: bladder infection
(1) kidney infection (1)

Tephrosia cf. purpurea (L.) Pers. Sene FI: fever (1); GA: 2 2 2 BI-33429 He N Brazil, Combodia, Caribbean, China,
bowel syndrome constipation El Salvador, Guyana, India,
Indonesia, Laos, Madagascar,
(1)
Malaysia, Nepal, Sri Lanka,
Suriname, Taiwan, Thailand,
Unted States, Venezuela, Vietnam
GINKGOACEAE

Ginkgo biloba L. Ginko-biloba RE: labyrinthitis (1) 1 1 1 BI-IC Tr E China


HYPERICACEAE

Vismia guianensis (Aubl.) Choisy Lacre UR: kidneys (2), GA: stomach (2), 2 2 4 BI-825 Sh NE Brazil
IRIDACEAE

Eleutherine bulbosa (Mill.) Urb. Ruibarbopalmeirinha GA: diarrhea (1); DU: cramp (1), blood 2 3 3 BI-1013 He N Argentina, Bolivia, Brazil, Caribbean,
depurative (1) Ecuador, El Salvador,
French Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, Mexico,
Suriname, States United, Venezuela
LAMIACEAE

Hyptis suaveolens Poit. Tapera-velha GA: gastritis (1); SK: inflammation (1) 2 2 2 BI-904 Sh NE Brazil
Leonotis nepetifolia (L.) R. Br. Cordão-desãofrancisco DE: wound healing (1); DU: malaise (2), 6 13 30 BI-32668 Sh NE Brazil
hypertension (2); FI: dengue (1), local pain
(10), fever (3), malaria (2); GA: stomach (2),
liver (3), hepatitis (1); GY: menstrual
cramps (1); RE: congestion (1), flu (1)

184
Leonurus japonicus Houtt. Rubim, Macaé DE: injuries (1); FI: local pain (2), fever (1); 6 15 20 BI-32698 He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
GA: congestion (1), diarrhea (1), stomach Burma, Cambodia, Caribbean, China,
(5), intestinal fever (1), digestive problems Colombia, Costa Rica, El Salvador,
French Guiana, Guatemala, Guyana,

(1), gastrointestinal problems (1); SK:

hematoma (1); DU: calmative (1), tooth Honduras, Japan, Laos, Mexico,
ache (1), cancer (1), leakage (1), Nicaragua, Panama, Peru, South Korea,
hypertension (1) Suriname, Thailand, States United,
Venezuela, Vietnam
Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze Hortelã-do-mato GA: worm (2) 1 1 2 BI-3345 He NE Brazil

Melissa officinalis L. Melissa DU: calmative (1); FI: local pain (1), fever 4 5 5 BI-IC He E Argentina, China, Chile, Colombia,
(1); GA: diverticulitis (1); RE: flu (1) Ecuador, Kyrgyzstan, Pakistan, Russian
Federation, Tajikistan, Turkmenistan,
United States,
Mentha arvensis L. Hortelã-vick RE: bronchitis (2), flu (2) 1 2 4 BI-3431 He E Canada, United States
Mentha crispa L. Hortelã-míuda FI: virtual (1); GA: dysentery (1), diarrhea 4 6 9 BI-238 He E United States
(1), worm (2); GY: colic-baby (1); RE: flu (3)

Mentha pulegium L. Poejo DE: gross carpal (1); FI: local pain (5), 6 15 94 BI-26249 He N Argentina, Brazil, Chile, China, Ecuador,
fever (4); GA: infantile colic (1), belly Pakistan, Russian Federation,
ache (1), diarrhea (1), constipation (1), Tajikistan, Turkmenistan, United States
worm (2); GY: colic-baty (6), change of
life (1); RE: expectorant (1), flu (62), cold
(2), cough (5); UR: renal colic (1)
Mentha viridis (L.) L. Elevante FI: local pain (2), fever (2); GA: diarrhea 3 9 18 BI-37.935 He NE Brazil
(1), worm (1); RE: throat (1), flu (6), flu
in children (1), cold, cough (1)

185
Mentha x piperita L. Hortelã-pimenta DE: wound healing (1), boil (1); FI: dengue 6 27 202 BI-26089 He E Argentina, Canada, China, Ecuador, El
(1), Local pain (4), fever (6), flu (1); GA: colic- Salvador, Gabon, India, Japan,
baby (1), belly ache (1), diarrhea (1), Kirgyzstan, Mexico, Russian Federation,
liver (1), worm (66); GY: menstrual cramps Turkmenistan, United
(1); RE: allergy (1), States
bronchitis (2),
expectorant (1), throat (1),
flu (87),
labyrinthitis (1),
cold (3), cough (10); DU: anemia (1),
calmative (4), local pain (2), hypertension
(2), nerves (1), tumor (1)
Ocimum basilicum L. Manjericãoroxo RE: flu (1); GA: stomach (2), 2 2 3 BI-33427 He E Belize, China, Colombia, Ecuador, El
Salvador, Gabon, Guatemala,
Honduras, India, Iran, Madagascar,
Mexico, Nicaragua, Pakistan, Panama,
South Africa, United States, Venezuela
164

Ocimum gratissimum L. Alfavaca, DU: calmative (5); FI: constipation (1), 6 20 57 BI-31655 He N Bolivia, Brazil, Caribbean, China, French
Hortelã-do-mato dengue fever (1), pain location (1), child Guiana, Gabon, Guyana, India,
fever (1), malaria (1); GY: colic (1), Madagascar, Mexico, Panama,
weight loss (1); RE: bronchitis (1), flu Suriname, United States, Venezuela
(26), infection of throat (5), nasal
congestion (1), respiratory problems (1),
lung (1), cold (2), cough (3); SK:
rheumatism (1); UR: bladder
(1), kidney infection (1), urinary infection (1)

Ocimum minimum L. Manjericão DE: itching (1); DU: calmative (1); FI: 4 4 9 BI-385 Sh E United States
fever
(1); RE: flu (6);
Alfavaquinha DE: wound healing (1); RE: flu (2), lung 2 4 5 BI-33437 He N Bolivia, Brazil, Caribbean, China,
(1), respiratory problems (1) French Guiana, Gabon, Guyana,
Ocimum kilimandscharicum
India,

Gürke

186
Madagascar, Mexico, Panama,
Suriname, United States, Venezuela

Ocimum carnosum (Spreng.) Link & Otto ex Atroveram Benth. FI: fever (1) 1 1 1 BI-IC He N Argentina, Bolivia, Brazil, Mexico,
Venezuela
Origanum majorana L. Manjerona DE: navel healing (1); FI: local pain 5 8 11 BI-222 He E Colombia, Pakistan, United States,
(1); GA: stomach (1), intestine (1), Venezuela
poor digestion (1); GY: menstrual
cramps
(1); RE: expectorant (1), flu (4)
Origanum vulgare L. Oregano GA: intestine (1); GY: uterine infection2 2 2 BI-IC He E Colombia, Honduras, United States
(1)
Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. Hortelã- folha- DE: wound healing (1); DU: calmative5 8 10 BI-26239 He E Belize, Comoros, El Salvador,
gorda (1); Guatemala, Honduras,
FI: local pain (1), fever (1); GA: stomach Nicaragua,
(2), gastritis (1); RE: flu (1), cough (2) South
Africa
Plectranthus barbatus Andrews Boldo DU: aches (1); local pain (1), 5 22 144 BI-17933 He E South Africa
hangover (1); FI: local pain (17),
fever (1); GA: heartburn (3), colic
intestine (1), congestion (1),
digestive (3) bloating (1) stomach
(65), liver (16), intestine (2),
laxative (1) poor digestion (17),
gastrointestinal problems (5),
intestinal dryness (1), vomit (2);
GY: colic (1), menstrual cholic (1),
nausea (2), RE:
labyrinthitis (1)
Rosmarinus officinalis L. Alecrim DU: anticoagulant (1), arrhythmia 4 22 72 BI-25554 He E Bolivia, China, Colombia, Ecuador,
(2), stroke (1), calmative (9), blood El Salvador, Guatemala, Mexico,
circulation (2), depression (2), Pakistan,
decreases the heart's rhythm (2), Peru, United States, Venezuela
hypertension (1), myocardial
infarction (7) stroke (1), palpitations
(2), heart problems (25); FI: local
pain (5), fever (2); GA: diverticulitis
(1), stomach ache (2), hepatitis (2),
vomiting (1); RE: shortness of
breath (1), flu (1), respiratory failure
(1), sinusitis (1), cough (2)

187
Salvia officinalis L. Salvia GA: stomach (2), gastrointestinal 2 3 4 BI-1020 He E Argentina, China, Colombia,
problems Ecuador, United States
(1); RE: flu (1)
Vitex triflora Vahl Tarumã RE: antibiotic (1) 1 1 1 BI-25617 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador,
French, Suriname, Venezuela
LAURACEAE

Cinnamomum camphora (L.) J. Presl. Cânfora SK: contusion (1) 1 1 1 BI-IC He E Bolivia, China, El Salvador,
Honduras, Japan, South Korea,
Taiwan, United
Sates, Vietnam
Cinnamomum verum J.Presl Canela GA: diarrhea (1), poor digestion (1); 5 8 10 BI-873 Tr E Bolivia, China, El Salvador, Gabon,
GY: menstrual cramps (2), menstrution Sri Lanka, Taiwan
(1); RE:

flu (1), cough (1); SK: column (1); DU:


hypertension (2)
Cryptocarya mandioccana Meisn. Noz-moscada- FI: local pain (1); GA: stomach (2); GY: 3 3 4 BI-IC He NE Brazil
brasileira menstrual cramps (1)
Laurus nobilis L. Louro GA: digestive (1) 1 1 1 BI-878 Tr E China, Gabon, Madagascar, Taiwan
Persea americana Mill. Abacate DU: blood depurative (1); FI: pain location 6 12 48 BI-21363 Tr N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
(4); GA: uric acid (1), stomach (4), liver Caribbean, China, Colombia, Costa
poor digestion (2); GY: menstrual cramps Rica, Ecuador, El Salvador, French
(1), uterine infection (1); RE: bronchitis Guiana, Gabon, Guatemala, Gyana,
(1), throat (1), cough (1); SK: rheumatism Honduras, Madagascar, Mexico,
(2); UR: renal colic (1), infection of the
kidneys Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
(27), urinary problems (1) Philippines, Suriname, United States,
Venezuela
LECYTHIDACEAE

166

Bertholletia excelsa Bonpl. exCastanhadobrasil DE: wound healing (1), 5 18 18 BI-854 Tr NE Brazil
Spreng. impetigo (1), spots on the skin
(1), white cloth (1), skin (1);
DI: diabetic (1); FI: malaria
(1), virtual (1); GA: diarrhea
(1), liver (1); UR: kidney
disease (1), cholesterol (1),

188
blood depurative (1), heart
stimulant (1),
restorative (1), insomnia
(1), nutritious (1), varicose veins
(1)

Cariniana rubra Gardner exJequitiba UR: kidneys (1) 1 1 1 BI-39419 Tr N Bolivia, Brazil
Miers
LOGANIACEAE

Strychnos pseudoquina A. St.-Hil. Quina-amarga FI: local pain (1) 1 1 1 BI-38621 Tr N Bolivia, Brazil, Paraguai
LORANTHACEAE

Psittacanthus robustus (Mart.) UR: kidneys (1) 1 1 1 BI-IC Sh N Bolivia, Brazil, Colombia,
Mart. Erva- Guyana, Venezuela
de-

passarinho
LYTHRACEAE
Cuphea carthagenensis (Jacq.) Sete-sangria DU: blood depurative (3); GY:2 2 2 BI-33428 He N Argentina, Belize, Bolivia,
J.Macbr. weight loss Brazil, Carabbean,
(1); Colonbia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador,
French Guiana,
Guatemala, Guyana,
Hawaiian, Honduras,
Mexico, Panama, Paraguay,
Peru, Suriname, Taiwan,
Unites States, Venezuela
Lafoensia pacari A. St. Hil. Mangava-brava GA: ulcer (1) 1 1 1 BI-883 Tr N Bolivia, Brazil
Punica granatum L. Romã DE: wound healing (9); DU: 7 11 37 BI-31659 He E Belize, China, Colombia,
cancer (1); FI: local pain (1); Costa Rica, Ecuador, El
GA: diarrhea (1), intestinal Salvador, Guatemala,
infection (1); GY: uterine Honduras, India,
infection (3); RE: throat (9), Madagascar, Mexico,
flu (2), inflammation in the Nicaragua, Panama, South
throat (4); SK: Africa, United States
inflammation (2), rheumatism (4)
189
MALPIGHIACEAE

Adelphia hiraea (Gaertn.) W.R.Anderson Erva-do-gado DU: cause death in cattle (1) 1 1 1 BI-2004 He E Belize, Caribbean., Colombia, Costa
Rica, Guatemala, Mexico, Peru,
Venezuela

Byrsonima arthropoda A.Juss. Murici GA: stomach (2), diarrhea (3) 1 2 5 BI-774 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, Guyana, Peru, Suriname,
Venezuela
Byrsonima crispa A.Juss. Muricá DE: wound (1), injuries (1); SK: bone 2 fracture (1) 3 3 BI-861 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Brazil,
French Guiana, Panama, Venezuela
Camarea ericoides A. St.-Hil. Arniquinha FI: local pain (1); SK: bone fracture (1), 2 3 3 BI-31637 He NE Brazil
rheumatism(1)
Heteropterys tomentosa A.Juss. Nó-de-cachorro DU: natural viagra (1) 1 1 1 BI-32750 He N Bolivia, Brazil, Paraguai, Peru
Malpighia glabra L. Acerola FI: fever (1); RE: bronchitis (1), flu (15), 2 cough (3) 4 20 BI-31671 Tr N Belize, Brazil, Caribbean, China,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Guatemala,
Honduras, Mexico, Nicaragua,
Panama, Peru, United States of
America, Venezuela
MALVACEAE

Abelmoschus esculentus (L.) Moench Quiabo CU: snakebite (2); GA: diarrhea (1) 3 3 4 BI-33440 He E Belize, Colombia China, Índia, Mexico,
Panama, USA
Eriotheca macrophylla (K.Schum.)Algodanzinho DU: cleanser (1); GY: uterine infection (1); 2 2 2 BI-796 Sh N Bolivia, Brazil
A.Robyns
Gossypium barbadense L. Algodão DU malaise (1); FI: pain location (1); GA: 6 7 44 BI-31775 Sh N Belize, Bolivia, Brazil, Chile, China,
inflammation in the intestine (1); GY: uterine Colombia, Costa Rica, Equador, French
inflammation (36); RE: infection of throat (1); Guiana, Gabon, Guatemala, Guyana,
UR: urinary infection (3), kidneys (1) Honduras, India, Madagascar, Mexico,
Panama, Peru, Suriname, USA,
Venezuela
Gossypium hirsutum L. Algodão-roxo GY: infection in the ovaries (2), uterine 3 infection (14),5 19 BI-31682 Sh N Brazil, China, Índia, Madagasgar, Sri
postpartum (1); RE: throat Lanka
(1); UR: kidneys (1)

190
Hibiscus sabdariffa L. Vinagreira DU: hypertension (1) 1 1 1 BI-33434 He E Angola, Belize, Burma, Cameron,
Central African Republica, China,
Colombia, French Guiana, Gabon,
Guatemala, Guinea-Bissau, Guyana,
Honduras, India, Madagascar, Mali,
Mexico, Mozambique, Namibia, Nepal,
Nigeria, Panama, Peru, Philippines,
Senegal, Sierra Leone, South Africa,
Sudan, Suriname, Tanzania, Thailand,
Togo, United States, Venezuela,
Zambia, Brazil.
Luehea grandiflora Mart. & Zucc Açoita-cavalo GY: infection ovarian (2), uterine infection 2 (2); 4 6 BI-33838 Sh N Bolivia, Brazil, Peru
DU: cancer (1), coronary arteries obstruction (1)

168

Luehea speciosa Willd. Cupuaçu RE: cough (1) 1 1 1 BI-760 Tr E Brazil, Belize, Bolivia, Caribbean, El
Salvador, Guatemala, Honduras,
Mexico, Nicaragua, Panama,
Venezuela
Malva erecta J. Presl & C. Presl Malva-branca DE: wound healing (2); FI: local pain (1) 2 2 3 BI-951 He E Canada, Colombia, Ecuador,
Guatemala, Honduras, Mexico, USA,
Venezuela
Malvaviscus arboreus Cav. Corama , folhada-SK: rheumatism (3); DU: circulation (1), 2 3 5 BI-IC He E Belize, Caribbean, China, Colombia,
Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers . fortuna hypertension (1) Costa Rica, Ecuador, El Salvador,
Guatemala, Honduras, Mexico,
Crassulaceae Panama, USA, Venezuela
Pachira aquatica Aubl. Manguba DE: wound healing (1); GA: ulcer (1); DU:3 3 3 BI-725 Tr N Belize, Bolivia, Brazil, China,
varicose veins (1) Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Gabon,
Guatemala , Guinea, Guyana,
Honduras, Mexico, Panama, Peru,
Suriname, Venezuela

191
Sida acuta Burm.f. Guanchuma GA: stomach (2); UR: kidneys (2), 2 2 4 BI-36754 He N Belize, Bhutan, Bolivia, Brazil,
Cambodia, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras, India,
Laos, Madagascar, Mexico, Nepal,
Panama, Peru, South Africa,
Suriname, Thailand, United States,
Venezuela, Vietnam
Waltheria americana L. Malvadocampo DE: wound healing (2); FI: local pain (1) 2 2 3 BI-32.739 He N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
Guatemala, Madagascar, Mexico, Peru,
United States
MELASTOMATACEAE

Miconia hyemalis A. St.-Hil. & Naudin Bota-branca FI: malaria (1); SK: inflammation (1) 2 2 2 BI-IC Tr N Brazil, Uruguay
Miconia tiliifolia Naudin Bota-vermelha FI: malaria (1); SK: inflammation(1) 2 2 2 BI-208 Tr N Bolivia, Brazil, Peru
MELIACEAE
Azadirachta indica A. Juss Nim DE: itching (1); DI: diabetic (3); DU: 5 8 12 BI-807 Tr E Colombia, Ecuador, El Salvador, India,
cancer (1); FI: analgesic (1), local pain (1); Pakistam, United States, Venezuela
GA: gastritis (1), worm (5); RE: cough (1);
DU: cancer (1), blood depurative (1)
Cedrela odorata L. Cedro-rosa FI: malaria (1); GA: instestinal infection (1), 59 9 BI-1078 Tr NE Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
intoxication (1), poor digestion (1); UR: Caribbean, China, Colombia, Costa
kidneys (1); Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Guatemala, Guyana, Honduras,
Madagascar, Mexico, Nicaragua,
Panama, Peru, South
Africa, Suriname,
United States, Venezuel
Cedrela saltensis M.A.Zapater & del Cedro DE: wound healing (1) 1 1 1 BI-846 Tr E Argentina, Bolivia, Peru
Castillo

MENISPERMACEAE

Abuta grandifolia (Mart.) Sandwith Butuá 1 FI: malaria (3) 1 1 3 BI-209 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador,
French Guiana, Guyana, Peru,
Suriname, Venezuela

192
Cissampelus sp. Butuá 2 FI: malaria (1) 1 1 1 BI-260 Tr E Bolivia, Brazil, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, Guatemala, Paraguay, Peru,
Venezuela
MORACEAE

Artocarpus integrifolius L. f. Jaca GA: liver (1); UR: kidneys (2) 2 2 3 BI-960 Tr E Honduras, Java
Brosimum gaudichaudii Trécul Mamica- DE: viteligo infection (1); GA: poor digestion 2 2 2 BI-30084 Sh N Bolivia, Brazil, Paraguay
decadela (1);
Clarisia ilicifolia (Spreng.) Lanj. & RossbergCancorosa GA: diarrhea (1), liver (1), hepatitis (1) stomach 1 4 4 BI-1087 Sh N Bolivia, Brazil, Colombia, French
ache (1) Guiana, Guyana, Peru, Suriname,
Venezuela
Ficus brasiliensis Link. Figo FI: dengue (1); GA: food poisoning (1), ulcer 4 6 6 BI-378 Tr E Ecuador, Honduras, Venezuela
(1); RE: bronchitis (1), flu (1); UR: diuretic
(1)
Ficus insipida Willd. Figueira-branca DU: anemia (1), restorative (1); GA: 2 4 4 BI-1089 Tr N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
gastrites (1), ulcer (1) Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, French Guiana, Guatemala,
Honduras, Mexico, Panama, Paraguay,
Peru, Venezuela
Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud. Amoradomato, SK: rheumatism (3) 1 1 3 BI-306 Tr N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Moreira Caribbean, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Mexico,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname, Venezuela
170

Maytenus ilicifolia Mart.ex Reissek. Espinheira-santa DE: wound healing (2); GA: stomach (1), 5 6 7 BI-18207 Tr N Bolivia, Brazil
2 gastritis (1); RE: antibiotic (1); SK:
inflammation (1); UR: kidneys (1)

193
Morus nigra L. Amora DE: wound healing (1), GA: liver (1), 7 20 45 BI-31644 Tr E China, United States
hemorrhoid (1), intestinal infection (1),
GY: change of lifel heat (1), weight loss (2),
bleeding (1), uterine infection (1), hormone
replacement (13), RE: throat (1), flu (1),
throaght infection (4), SK: rheumatism (2);
UR: kidney stone (1), diuretic (3), urinary
infection (1), kidneys (5); DU: blood
pressure control (1), hypertension (2)

Sorocea guilleminiana Gaudich Espinheira-santa DE: wound healing (2); GA: stomach (1), 5 6 7 BI-882 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador,
1 gastritis (1); RE: antibiotic (1); SK: Peru
inflammation (1); UR: kidneys (1)

MORINGACEAE
Moringa oleifera Lam. Moringa SK: inflammation (1) 1 1 1 BI-IC Tr N Belize, Caribbean, China, Colombia,
Costa Rica, El Salvador, French
Guiana, Guatemala, Gabon, Guyana,
Honduras, India, Madagascar, Mexico,
Nicaragua, Pakistan, Panama,
Paraguay, Venezuela
MUSACEAE

Musa x paradisiaca L. Bananeira FI: chickenpox (1); GA: intestinal infection 2 2 2 BI-372 Tr E Belize, China, Colombia, Costa Rica,
(1) Ecuador, Gabon, Guatemala,
Honduras,
Mexico, United States
MYRTACEAE
Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill &Eucalipto FI: local pain (2); GA: worm (1); RE: 4 10 27 BI-888 Tr E Australia, El Salvador
L.A.S. Johnson. bronchitis (2), expectorant (1), flu (13),
pneumonia (1), cold (3), sinusitis (1), cough
(2); SK: rheumatism (1)

Eugenia aurata O.Berg Cabeludinho GY: colic (1); UR: burning in the urethra 2 4 6 BI-08 He NE Brazil
(1), kidney infection (3), urinary infection (1)

194
Eugenia uniflora L. Pitanga DU: hypertension (13), prostate cancer (1); FI: 5 8 20 BI-33438 Tr N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
dengue (1), fever (1); GA: diarrhea (1); Carribbean, China, Colombia, Costa
RE: bronchitis (1), infection in throat (1); UR: Rica, El Salvador, French Guiana,
diuretic (1); Gabon, Guatemala, Guyana,
Honduras, India, Madagascar, Mexico,
Panama, Paraguay, South Africa,
Suriname, United States
Leptospermum scoparium J.R. Forst. & G.Érica GY: menstruation (2) 1 1 2 BI-IC He E United States
Forst.
Plinia cauliflora (DC.) Kause Jaboticaba GA: diarrhea (1); RE: labyrinthitis (1) 2 2 2 BI-IC Tr NE Brazil

Psidium cattleyanum Sabine Araçá-do-brejo GA: dysentery (1), diarrhea (1) 1 2 2 BI-1021 Sh N Brazil, Carribbean, China, Colombia,
Costa Rica, El Salvador, Guatemala,
Honduras, Mexico, Panama,
South Africa, United Sates, Uruguay
Psidium guajava L. Goiaba DU: malaise (1); FI: local pain (2); GA: 5 10 30 BI-33448 Tr N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
dysentery (1), diarrhea (19), intestine (1), Caribbean, Chile, China
heartburn (1), burning (1); GY: colic (2);
RE: throat (1), immunity (1)
Syzygium aromaticum (L.) Merr. e L.M.Cravo DE: skin problems (1) 1 1 1 BI-872 Tr E Caribbean, French Guiana, Gabon,
Perry Moluccas
Syzygium cumini (L.) Skeels. Jamelão, DI: diabetes (1); DU: cholesterol (2); 2 2 3 BI-32 Tr E Bhutan, Bolivia, Brazil, Burma, China,
Azeitona-preta El Salvador, India, Laos, Nepal, Sri
Lanka, Thailand, Venezuela, Vietnam
NYCTAGINACEAE

Boerhavia coccinea Mill. Pega-pinto DU: prostate (1) 1 1 1 BI-793 He E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Carribbean, China, Costa Rica,
Ecuador, Honduras, Mexico, Panama,
Peru, United States, Venezuela
Mirabilis jalapa L. Maravilha DU: blood depurative (6); RE: expectorant 2 3 10 BI-16909 Tr E Belize, Bolivia, Brazil, Canada,
(2), pneumonia (2) Colombia, Costa Rica, Ecuador,
French Guiana, Gabon, Guatemala,
Guyana, Honduras, India,
Madagascar, Mexico, Panama, Peru,
South Africa, Suriname,
United States, Venezuela
OXALIDACEAE

195
172

Averrhoa bilimbi L. Bilimbi RE: antibiotic(2) 1 1 2 BI-IC Tr E Brazil, Carabbean, China, Costa Rica,
El Salvador, French Guiana,
Honduras, India, Nicaragua, Panama,
Sri Lanka, Venezuela
Averrhoa carambola L. Carambola DI: diabetic (2); DU: hypertension (1); RE: 4 4 6 BI-10007 Tr E Bolivia, Brazil, Caribbean, China,
flu (1); UR: kidneys (2) Colombia, Costa Rica, El Salvador,
French Guiana, guatemala, Guyana,
Honduras, Mexico, Nicaragua,
Panama,
Peru, Suriname, Venezuela
PAPAVERACEAE

Argemone mexicana L. Cardo-santo GA: diarrhea (1), liver (1), hepatitis (1) stomach 2 6 6 BI-39215 He E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
(1); FI: constipation (1), fever (1) Caribbean, China, Costa Rica,
Ecuador,
El Salvador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras, India,
Madagascar, Mexico, Nepal,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
South Africa, Suriname, United States,
Uruguay, Venezuela
PASSIFLORACEAE

Passiflora alata Curtis Maracujá DI: diabetic (1); DU: calmative (6), cholesterol 2 4 9 BI-1019 Tr NE Brazil
(1), hypertension (1)
PEDALIACE

Sesamum indicum L. Gergelim DU: anemia (2), circulation (1), GY: bleeding 2 3 5 BI-3356 Sh E Belize, Bolivia, Brazil, Canada,
(2); Caribbean, China, Costa Rica,
Ecuador, Egyot, El Salvador, Ethiopia,
Frech Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, India, Iran, Japan,
Madagascar, Mexico, Nicaragua,
Panama, Sout Africa,
Suriname, United States, Venezuela
PHYLLANTHACEAE

196
Phyllanthus niruri L. Quebra-pedra FI: local pain (2); GA: instestine infection 3 7 48 BI-10524 Sh N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
(1); UR: kidney stone (5), renal colic (1), Cambodia, Caribbean, China,
diuretic (1), kidney disease (5), kidneys Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
(33)

Salvador, French Guiana, Guatemala,


Honduras, India, Laos, Madagascar,
Mexico, Panama, Paraguay, Peru,
Philippenes, South Africa, Suriname,
United States, Venezuela, Vietnam
PHYTOLACCACEAE
Petiveria alliacea L. Guiné DU: cholesterol (1); FI: local pain (2); RE: 4 5 10 BI-34108 Tr E Argentina, Belize, Bolivia, Caribbean,
throat (1), flu (2); SK: rheumatism (4) Colombia, Costa Rica, Ecuador,
French Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, Mexico, Nicaragua,
Panama, Peru,
Suriname, United States, Venezuela
Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms Páu-de-alho SK: rheumatism (1) 1 1 1 BI-IC Tr NE Brazil
PIPERACEAE

Piper umbellatum L. Capeba DU: obstruction of coronary artery (2), RE: 4 7 14 BI-1093 Sh N Angola, Belize, Bioko, Bolivia, Brazil,
expectorant (1), lung (1); SK: rheumatism Cambodia, Caribbean, China,
(1); UR: diuretic (1), bladder infection (2), Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
kidneys (6) Salvador, Guatemala, Guinea-Bissau,
Guyana, Honduras, India, Kenya,
Madagascar, Malawi, Mexico,
Mozambique, Nicaragua, Panama,
Peru, Philippines, São Tomé and
Principe, Seychelles, Sri Lanka,
Sudan, Tanzania, Thailanda, Uganda,
United States,
Venezuela, Vietnam, Zaire
Piper cuyabanum C. DC. Jaborandi DE: wounds (1), loss of hair (1); DU: circulation3 3 3 BI-2826 Sh N Bolivia, Brazil
(1)
PLANTAGINACEAE

197
Plantago major L. Tansagem DE: wound healing (30), wounds (1), skin 9 20 101 BI-31790 He E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
(7); DU: cancer (2); FI: local pain (4), fever Canada, Caribbean, Chile, China,
(2); GA: diarrhea (1), stomach (1), Colombia, Costa Rica, Ecuador,
intestinal infection (2), ulcer (2); GY: French
weight loss (1), uterine inflammation (4); Guiana, Guatemala, Guyana,
OP: conjunctivitis (1); RE: antibiotic (8), Honduras, India, Madagascar, Mexico,
grippe (2), infection of throat (10); SK: Nepal,
inflamation (4); UR: bladder (3), bladder Nicaragua, Pakistan, Panama, Peru,
174

infection (3), infection of kidneys (9) South Africa, Suriname, United States,
Venezuela, Vietnam

Scoparia dulcis L. Vassourinha DE: injuries (1); SK: bone fracture (1) 2 2 2 BI-32715 He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Caribbean, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras,
Madagascar, Mexico, Panama,
Paraguay, Peru, South Africa,
Suriname, United States, Venezuela
POACEAE

198
Coix lacryma-jobi L. Lágrima- GA: stomach (2); UR: kidneys (2) 2 2 4 BI-32850 He E Argentina, Australia, Belize, Bolivia,
denossasenhora Brazil, Caribbean, Chile, China,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, Ethiopia, French Guiana,
Gabon, Guatemala, Guyana, Honduras,
India, Japan, Laos, Madagascar,
Mexico, Nepal, Nicaragua, Panama,
Papua New Guiana, Paraguay, Peru,
Philippines, South Africa, Sri Lanka,
Suriname, Thailand, Turkey, United
States, Uruguay, Venezuela, Vietnam
Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc Capim-cidreira DU: calmative (57), depression (1), blood 4 14 104 BI-239 He E Argentina, Australia, Belize, Bolivia,
depurative (1), stress (2), hypertension Brazil, Borneo, Caribbean, Chile,
(17), insomnia (3), depression (1), stomach China, Colonbia, Costa Rica,
(1); FI: local pain (3); GA: digestive Equador, El Salvador, French Guiana,
problems (2), stomach (1); RE: bronchitis Gabon, Guatemala, Guyana,
(1), flu Honduras, India, Mexico, Micronesia
(12), infection in throat (1), pneumonia (1); Federated States, New Guinea,
Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, Philippines, Sulawesi,
Sumatra, Suriname, United States,
Uruguay, Venezuela

Cymbopogon nardus (L.) Rendle Capim-citronela FI: fever (2) 1 1 2 BI-1012 He E Brazil, Caribbean, China,
French Guiana, Hondras,
India, Java, Mexico,
Sri Lanka, Suriname, United States

199
Cynodon dactylon (L.) Gaertn. Capim-prostata DU: disturbances in the prostate (11) 1 1 11 BI-855 He N Angola, Argentina, Belize, Bolivia,
Brazil, Burma, Cameroon, Canada,
Caribbean, Islands, Caribbean, Chile,
China, Colombia, Congo, Costa Rica,
Easter Island, Ecuador, El Salvador,
Ethiopia, French Guiana, Gabon,
Guatemala, Guyana, Honduras, India,
Kenya, Malawi, Mexico, Madagascar,
Mexico, Mozambique, New Zealand,
Nicaragua, Pakistan, Panama, Peru,
Portugal, South Africa, Suriname,
Tanzania, Turkey, United States,
Uruguay, Venezuela,
Zambia, Zimbabwe
Digitaria insularis (L.) Mez ex Ekman Campimamargoso DE: wound healing (1), wounds (1); FI: local 2 3 3 BI-32822 He N Argentina, Bolívia, Brazil, Caribbean,
pain (1) Colombia, Costa Rica, El Salvador,
French Guiana, Guyana, Honduras,
México, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname, United Stades, Uruguay,
Venezuela
Eleusine indica (L.) Gaerth Capim-pé- DE: wound healing (1), bruise (1); DU: poor degalinha 7 14 28 BI-33408 He E Argentina, Belize, Bolivia,
circulation (1); FI: local pain (1), virtual (1); Brazil,Burma, Cameroon, Canada,

176

GA: worm (1); GY: uterus (1); RE: Caribbean, Islands, Caribbean, Chile,
antibiotic (1), bronchitis (4), flu (1), China, Colombia, Costa Rica, Easter
pneumonia (12), respiratory problems (1), Island, Ecuador, El Salvador, Ethiopia,
cough (1); UR: kidneys (1) French Guiana, Gabon, Guatemala,
Guyana, Honduras, India, Madagascar,
Mexico, Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, South Africa, Sri
Lanka, Suriname, Turkey,
United States,
Uruguay, Venezuela

200
Imperata brasiliensis Trin. Capim-sapê DU: calmative (1), hypertension (1) 1 2 2 BI-35.207 He N Brazil, Argentina, Belize, Bolivia,
Caribbean, Chile, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, Mexico, Nicaragua,
Panama, Paraguay, Peru, Suriname,
United States,
Uruguay, Venezuela

Melinis minutiflora P. Beauv. Capim-gordura DE: cleaning (1); FI: analgesic (1) 2 2 2 BI-40 He E Algeria, Argentina, Australia, Belize,
Bolivia, Brazil, Burundi, Cameroon,
Canary, Islands, Caribbean, Chile,
China, Colombia, Congo, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, Ethiopia, Fiji,
Gabon, Ghana, Guatemala, Guinea,
Guyana, Honduras, India, Java, Kenya,
Liberia, Madagascar, Malawi, Mexico,
Mazambique, New Guinea, Nicaragua,
Panama, Paraguay, Peru, Philippines,
Rwana, Sierra Leone, South Africa, Sri
Lanka, Sudan, Suriname, Swaziland,
Tanzania, Togo,
Tonga, Uganda,
United, Uruguay, Venezuela, Zaire,
Zambia, Zimbabwe

Parodiolyra micrantha (Kunth) Davidse & Bambuzinho GA: stomach (1); UR: kidneys (1) 2 2 2 BI-966 Tr N Argentina, Bolivia, Brazil, Colombia,
Zuloaga French Guiana, Guyana, Paraguay,
Peru, Suriname, Venezuela
Saccharum officinarum L. Cana-de-açúcar DU: anemia (1), hypertension (6); FI: 4 5 10 BI-IC Sh E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
leshmaniasis (1); RE: respiratory failure Caribbean, Chile, China, Colombia,
(1); UR: diuretic (1) Costa Rica, Ecuador, El Salvador,
French Guiana, Guetemala, Honduras,
India, Mexico, New Guianea,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname, Taiwan, Turkey, United
States, Uruguay, Venezuela
Zea mays L. Milho DU: weight Loss (1); FI: local pain (1); UR: 3 5 9 BI-32758 Sh N Argentina, Australia, Belize, Bolivia,
diuretic (1), urinary infection (1), kidneys (5) Brazil, Burma, Canada, Caribbean,
Chile, China, Colombia, Costa Rica,

201
Ecuador, El Salvador, Ethiopia, French
Guiana, Gabon, Guatemala, Guyana,
Honduras, India, Mexico, Nicaragua,
Panama, Paraguay, Peru, Suriname,
Turkey, United States, Uruguay,
Venezuela
POLYGALACEAE

Bredemeyera floribunda Willd. Cipó-gemada DE: tonic (1); GA: stomach (1) 2 2 2 BI-3379 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Guyana,
Venezuela
Polygala extraaxillaris Chodat Pé-de-gelol SK: contusion (1) 1 1 1 BI-3378 He NE Brazil
POLYGONACEAE
Muehlenbeckia platyclada (F.J. Müll.) Carqueja-doce GA: worm (1) 1 1 1 BI-240 He N Bolivia, Brazil, Costa Rica, Ecuador,
Meisn. Guatemala, Honduras, Mexico,
Panama, Venezuela
Polygonum punctatum Elliott Erva-de-bicho FI: local pain (2), dengue (2), scabies (1), 3 3 8 BI-368 He N Brazil, French Guiana, Guyana,
virtual (1); GA: hemorrhoid (1); RE: Nepal, Suriname, Venezuela
antibiotic (1)
POLYPODIACEAE
Phlebodium decumanum (Willd.) J.Sm. Ervademacaco, FI: local pain (2) 1 1 2 BI-943 He E Argentina, Bolivia, Brazil, Colombia,
Rabodecaxinguelê Ecuador, French Guiana, Guatemala,
Honduras, Mexico, Paraguay, Peru,
Suriname, United States, Uruguay,
Venezuela
PORTULACACEAE

178

202
Portulaca pilosa L. Amor-crescido DE: injuries (1); GA: ulcer (1) 2 2 2 BI-999 He N Argentina, Belize, Bolivia,
Brazil, Burma,
Caribbean, Chile,
China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, French Guiana,
Greenland,
Guatemala, Guyana,
Honduras, Laos,
Mexico, Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, Philippines, South
Africa, Thailand,
United States, Venezuela
PTERIDACEAE

Adiantum capillus-veneris L. Avenca GA: worm (1) 1 1 1 BI-1048 He E Belize, Bolivia, Canada, Caribbean,
Chile, China, Cosmoros, France,
Guatemala, Honduras, Japan,
Madagascar, Mexico
RHAMNACEAE
Ampelozizyphus amazonicus Ducke Saracura GA: diarrhea (1), liver (1) 1 2 2 BI-IC Sh N Brazil, French Guiana, Guyana, Peru,
Suriname, Venezuela
Ziziphus joazeiro Mart. Juá DE: boil (1) 1 1 1 BI-IC He N Bolivia, Brazil
ROSACEAE

Prunus domestica L. Ameixa DI: diabetic (1) 1 1 1 BI-IC Tr E China, Costa Rica, El
Salvador, Guatemala,
Honduras, Mexico, United States
Rosa alba L. Rosa-branca DE: wound healing (2); DU: heart (1), 6 7 8 BI-40.514 Sh E China
hypertension (1); GA: constipation (1); RE:
flu (1); SK: local pain (1); UR:
urinary infection (1)
Rosa glabrifolia C.A. Mey. ex Rupr Rosa-vermelha RE: flu (1) 1 1 1 BI-41 Sh E Algeria, Argentina, Bolivia, Brazil,
Canada, Caribbean, Chile, Colombia,
Costa Rica, Ecuador, El Salvador,
Guatemala, Honduras, India,
Madagascar, Mexico, New Zealand,
Panama, Paraguay, Peru, Tanzania,
United Sataes, Uruguay, Venezuela

203
RUBIACEAE

Alseis latifolia Gleason Escorregamacaco DE: wound healing (2); FI: leishmaniasis 2 2 3 BI-755 Tr NE Brazil
(1)
Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum Quina-do-mato FI: malaria (1), local pain (1); GA: 2 3 3 BI-IC Tr N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
gastrointestinal problems (1) Caribbean, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Mexico,
Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
Suriname, Venezuela
Genipa americana L. Jenipapo DU: vitamin (11); GA: liver (1), worm (1); SK: 4 6 17 BI-328 Tr N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
rheumatism (1); UR: kidney Caribbean, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
infection (1), kidneys (2);
Guatemala, Guyana, Hondura, Mexico,
Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru,
Suriname, United States, Venezuela
Morinda citrifolia L. Noni DU: cholesterol (2), leukemia (2); fever (1) 2 3 5 BI-33441 Sh E Australia, Belize, Brazil, Burma,
Cambodia, Carribbean, China,
Colombia, Costa Rica, El Salvador,
Guyana, Hawaiian Isl, Honduras,
India, Indonesia, Japan, Malasysia,
Mexico, Nicaragua, Panama, Papua
New, Philippines, Solomon Isl,
Thailand,
United States,Venezuela, Vietnam
Palicourea coriacea (Cham.) K. Schum Douradina- GA: uric acid (1); UR: kidneys (3) 2 2 4 BI-11 He N Bolovia, Brazil
docampo
Uncaria guianensis (Aubl.) J.F. Gmel. Unha-de-gato DE: wound healing (3); DI: diabetic (1); 8 13 15 BI-32793 Tr N Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador,
DU: blood depurative (1), inflammation of French Guiana, Guyana, Peru,
the prostate (1); GA: diarrhea (1), Suriname, Venezuela
diverticulitis (1), ulcer (1); GY: ovarian
cysts (2), uterine infection (1); RE: cough
(1); SK: rheumatism (1); UR: bladder
infection (1)

RUTACEAE

204
Citrus limon (L.) Osbeck Limão DU: cholesterol (3), blood depurative (2), 5 14 43 BI-32848 Tr E Burma, Cambodia, China, Guatemala,
hypertension (1); FI: constipation (1), local Honduras, India, Laos,
pain (1), fever (1), virtual (1); GA: Mexico, Vietnam
dysentery (1), diarrhea (2), gastritis (1);

180

GY: obesity (1); RE: flu (22), cough (6)

Citrus bigaradia. Risso e Poit. Limão-rosa DI: diabetic (1) 1 1 1 BI-IC Tr E Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador,
French Guiana, Guyana, Suriname,
Venezuela
Citrus maxima (Burm) Merr Laranja DU: blood pressure (1); FI: local pain (3), 5 9 53 BI-745 Tr E Colombia, Ecuador, El
fever (14); RE: antibiotic (1), expectorant Salvador, Guatemala,
(1), throat (2), flu (29); SK: inflammation (1); Honduras, Mexico
UR: diuretic (1)
Citrus reticulata Blanco Mixirica DU: calmative (1); RE: flu (1) 2 2 2 BI-IC Tr N Bolivia, Brazil, Caribbean, China,
Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
Salvador, Guyana, Honduras, Japan,
Mexico, Panama, Philippines, United
States, Venezuela
Murraya paniculata (L.) Jack Murta FI: anesthetic (1) 1 1 1 BI-IC He E Belize, Bhutan, Burma, Cambodia,
China, Colombia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guyana, Honduras, India, Japan, Laos,
Mexico, Nepal, Pakistan, Panama,
Peru, Philippines, Sri Lanka, Suriname,
Thailand, United States,
Venezuela, Vietnam

205
Ruta graveolens L. Arruda CU: evil eye (1), chipping (5); DE: 8 21 51 BI-25 He E Bolivia, Canada, Chile, China, Ecuador,
erysipelas (1); DU: calmative (2); FI: Madagascar, Mexico, South
constipation (1), pain site (13), fever (1); Africa,
GA: infantile colic (1), stomach (2), Unied States, Venezuela
gastrointestinal problems (1), worm (3);
GY: menstrual cramps (10), cycle control
(1), stopping menstruation (1), down
menstruation (1), uterine problems (2); OP:
eye drops (2), conjunctivitis (1), eyes
(1), eyes red (1); RE: sinusitis (1)
SAPINDACEAE

Cardiospermum grandiflorum Sw. Cipó-balãozinho DU: circulation (1), hypertension (1); SK: 2 3 5 BI-779 He N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
rheumatism (3) Colombia, Ecuador, Guatemala,
Honduras, Mexico, Panama, Peru,
South Africa, United States, Venezuela
Paullinia cupana Kunth Guaranádemato- DU: slow aging (1) 1 1 1 BI-726 Sh N Brazil, Ecuador, Peru, Venezuela
grosso
Sapindus saponaria L. Jequiri DU: blood depurative (1) 1 1 1 BI-IC Tr N Belize, Bolivia, Brazil, Burma,
Caribbean, Chile, China, Colombia,

Costa Rica, Ecuador, El Salvador,


Guatemala, Honduras, India, Japan,
Mexico, Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, South Korea,
Suriname, Thailand,
United States, Venezuela, Vietnam
SIMAROUBACEAE
Quassia amara L. Quina FI: local pain (1), fever (1), malaria (2); 2 10 20 BI-833 Tr N Belize, Brazil, Colombia, Costa Rica,
GA: diarrhea (1), stomach (6), liver (5), French Guiana, Guatemala, Gyana,
stomach infection (1), intestine (1), Honduras, Mexico, Nicaragua,
gastrointestinal problems (1) Panama,
Suriname, United States, Venezuela
Simaba ferruginea A. St. -Hil. Calunga, UR: kidney problems (1) 1 1 1 BI-33474 Sh NE Brazil
Fel- da-
terra
SIPARUNACEAE

206
Siparuna guianensis Aubl Negramina DE: wound healing (1); DU: leg swelling 3 3 10 BI-742 He N Bolivia, Brazil, Caribbean, Colombia,
(8); FI: local pain (1); Costa Rica, Ecuador, French Guiana,
Guyana, Nicaragua, Panama,
Paraguay,
Peru, Suriname, Venezuela
SMILACACEAE

Smilax brasiliensis Spreng. Japecanga DE: wound healing (1); DU: blood 3 4 8 BI-332 Tr NE Brazil
depurative (4); SK: inflammation (1),
rheumatism (2)
SOLANACEAE

Brunfelsia uniflora (Pohl) D.Don Primavera, Macae SK: rheumatism (5) 1 5 1 BI-1016 Sh N Argentina, Bolivia, Brazil, Guyana,
Venezuela
182

Capsicum annuum L. Pimentomalagueta DE: boil (1); DU: slow aging (6) 2 2 7 BI-IC Tr N Bolivia, Brazil, China, Colombia,
Ecuador, Ethiopia, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Madagascar, Mexico, Panama, Peru,
Suriname, United States, Venzuela
Capsicum campylopodium Sendtn. Pimenta-domato DE: boil (1); DU: slow aging (1) 2 2 2 BI-32725 Tr N Bolivia, Brazil, China, Colombia,
Ecuador, Ethiopia, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Madagascar, Mexico, Panama, Peru,
Suriname, United States, Venzuela
Lycopersicon esculentum Mill. Tomate UR: kidneys (1) 1 1 1 BI-IC He E Bolivia, China, Colombia, Ecuador,
Guatemala, Madagascar, Mexico,
Panama, United States, Venezuela
Physalis angulata L. Canapu, Tomate- GA: liver (1) decopote 1 1 1 BI-338 He E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Caribbean, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Guyana, Honduras, India,
Madagascar, Mexico, Nicaragua,
Panama, Peru, South, Suriname,
United
States, Venezuela

207
Solanum americanum Mill. Maria-preta SK: inflammation (1) 1 1 1 BI-1062 He N Belize, Bolivia, Brazil, Canada,
Caribbean, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Mexico, Panama, South Africa,
Suriname,
United States, Venezuela
Solanum cernuum Vell. Panacéia DU: skin cancer (1), blood depurative (1), 3 5 8 BI-783 Sh NE Brazil
swollen legs (2); SK: rheumatism (2); UR:
kidney infections (2)
Solanum melongena L Berinjela DI: diabetic (1) 1 1 1 BI-IC Tr E Belize, Caribbean, China, Colombia,
Ecuador, Hnduras, Madagascar,
Panama, Peru, United States, Venezuela

Solanum paniculata L. Jurubeba GA: liver (1), gastritis (2) 1 2 3 BI-34777 Sh NE Brazil
Solanum tuberosum L. Batata-inglesa DE: wound healing (2) 1 1 2 BI-IC Tr E Belize, Bolivia, China, Colombia,
Ecuador, Honduras, Madagascar,
Mexico, Panama, Peru, South Africa,
United States, Venezuela
TURNERACEAE

Turnera subulata Sm. Chanana FI: local pain (1) 1 1 1 BI-1010 Sh N Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador,
French Guiana, Guyana, Suriname,
Venezuela
URTICACEAE

Cecropia pachystachya Trécul Embaúba DU: heart (1), hypertension (1), impotence 5 10 14 BI-31618 Tr N Honduras, India, Mexico, Micronesia
(1), do not remember (1); FI: local pain (1); Federated States, New Guinea,
RE: bronchitis (2), cough (2); SK: Nicaragua, Panama, Paraguay, Peru,
inflammation (2); UR: kidney stone (1), Philippines, Southawesi, Sumatra,
diuretic (2); Suriname, United States, Uruguay,
Venezuela

208
Laportea aestuans (L.) Chew Urtiga-vermelha DU: hypertension (12) 1 1 12 BI-1032 He N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
China, Colombia, Congo, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras, India,
Indonesia, Java, Lesser, Sunda Isl,
Liberia, Madagascar, Mascarene
Islands, Mauritius, Mexico,
Mozambique, Nicaragua, Nigeria,
Panama, Peru, Reunion, Saudi Arabia,
Sumatra, Suriname, Uganda, United
States, Venezuela, Zaire
Pilea microphylla (L.) Liebm. Brilhantina GA: diarrhea (1), RE: bronchitis (1); GY: 3 3 5 BI-33454 He E Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
contraceptive (3) Caribbean, China, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, Mauritus, Mexico,
Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, Reunion, South Africa,

Suriname, United States, Venezuela

Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd. Urtigã DU: skin cancer (1), blood depurative (1), 3 6 9 BI-963 He N Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
swollen legs (2), hypertension (1); SK: Costa Rica, Ecuador, French Guiana,
rheumatism (2); UR: infection in the Guatemala, Guyana, Mexico, Panama,
kidneys (2) Peru, Suriname, United
States, Venezuela
VERBENACEAE

184

Aloysia citriodora Palau Limão, DU: calmative (1), hypertension (1), 5 8 9 BI-863 Tr E Bolivia
Cidrãode-árvore insomnia (1); FI: fever (1), malaria (1); GY:
contraceptive (1); RE: cold (1); UR:
kidneys (2)
Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Pers. Lavandadefolha DU: calmative (10), heart (2), depression 4 8 23 BI-33476 He N Argentina, Bolivia, Brazil, Panama
(2), hypertension (3); FI: local pain (1),
fever (2); GA: stomach (1); RE: shortness
of breath (2)

209
Lantana trifólia L. Cambarazinho DE: wound healing (1); GA: diarrhea (1) 2 2 2 BI-757 He N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Caribbean Colombia, Costa Rica,
Ecuador, El Salvador, French Guiana,
Guatemala, Guyana, Honduras,
Madagascar, Mexico, Nicaragua,
Panama, Peru, South Africa,
Suriname, Venezuela
Lippia alba (Mill.) N.E.Br.ex Britton & P. Erva-cidreira DU: calmative (44), depression (2), stress 5 18 96 BI-33446 He N Brazil, Argentina Belize, Colombia,
Wilson (1), fatigue (2), hypertension (12), Equador, Costa Rica, México,
insomnia (3), malaise (1); FI: local pain (3), Guyana,
fever (3); GA: diarrhea (1), vomit (1), Honduras, Nicaragua, Panama, Peru,
stomach (4), intestine (4), intoxication (1),
poor digestion Suriname, United States e Venezuela
(5); GY: colic (1); RE: flu (7), cough (1)
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl Gervão, Fel-da- FI: local pain (1), fever (1); GA: liver (2), 5 8 9 BI-384 He N Argentina, Australia, Belize, Bolivia,
terra hepatitis (1); GY: colic (1); RE: antibiotic Brazil, Caribbean, China, Chirstmas
(1), bronchitis (1); SK: inflammation (1) Isl, Colombia, Costa Rica, Ecuador,
French Guiana, Guatemala, Guyana,
Hawaiian Isl, Honduras, Mexico,
Nicaragua, Panama, Papua New
Guinea, Paraguay, Peru, Suriname,
United States, Venezuela
Verbena litoralis Kunth Gervãonativodo- FI: fever (1) 1 1 1 BI-810 He N Argentina, Australia, Belize, Bolivia,
sul Brazil, Caribbean, Chile, Colombia,
Costa Rica, Ecuador, El Salvador,
Guatemala, Honduras, Mauritius,
Mexico, Nicaragua, Panama,
Paraguay, Peru, South Africa, Unite
States,
Uruguay, Venezuela
VIOLACEAE

Hybanthus calceolaria (L.) Oken Poaia GA: diarrhea (1); RE: bronchitis (3) 2 2 4 BI-24591 He N Belize, Bolivia, Brazil, French Guiana,
Guyana, Mexico, Nicaragua, Panama,
Venezuela
VITACEAE

Cissus duarteana Cambess. Bactrim UR: kidney (1) 1 1 1 BI-32 Tr N Bolivia, Brazil, French Guiana, Guyana,
Paraguay, Suriname

210
Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E Jarvis Insulina-vegetal DI: diabetic (1) 1 1 1 BI-31686 Tr N Argentina, Belize, Bolivia, Brazil,
Caribbean, Chile, Colombia, Costa
Rica, Ecuador, El Salvador, French
Guiana, Guatemala, Guyana,
Honduras, Mexico, Nicaragua,
Panama,Paraguay, Peru, Suriname,
United States,
Uruguay, Venezuela
VOCHYSIACEAE

Vochysia cinnamomea Pohl Quina-doce FI: local pain (1) 1 1 1 BI-IC Tr NE Brazil, Paraguay
XANTHORRHOEACEAE
Aloe arborescens Mill. Babosa-roxa FI: local pain (1) 1 1 1 BI-987 He E South Africa
Aloe vera (L.) Burm. f. Babosa DE: hair (2), dandruff (1), wound healing 6 27 69 BI-26028 He E Belize, Caribbean, Bolivia, China,
(20), cosmetic (1), wound (6), burn (13), Colombia, Costa Rica, Ecuador, El
seborrhea (1), hair tonic (4); DU: cancer Salvador, Guatemala, Honduras,
(3), blood depurative (1), bone problems Mexico, Saudi Arabia, United States,
(1), prostate (1); FI: analgesic (1), GA: Venezuela
stomach (3), gastritis (2), stomach
problems (2), ulcers (2); GY: sterility (1),
wound in the uterus (3), uterine infection
(3); RE: antibiotic (1), bronchitis (2),
expectorant (1), flu (1), throat infection
(1), pneumonia, cough (1)
ZINGIBERACEAE

Alpinia sp. Açafrãodomato DI: diabetic (1); SK: inflammation (3) 2 2 4 BI-33421 He E Colombia, Honduras, United States

Alpinia zerumbet (Pers.) B.L. Burtt & R.M. Colônia DU: circulation (1), hypertension (1); SK: 2 3 5 BI-IC He E Bamgçadesj, Bolivia, Burma,
Sm. rheumatism (3) Cambodia, China, Colombia, Ecuador,
Honduras, India, Laos, Nicaragua,
Panama, Philippines, Sri Lanka,
Thailand, Vietam
186

211
Curcuma longa L. Açafrão DE: wound healing (2); DU: anemia (9), 6 15 34 BI-207 He E Belize, China, Colombia, Costa Rica,
cholesterol (1), detoxification (1); FI: Ecuador, Gaon, Honduras, India,
chicken pox (1), pain location (1), malaria Madagascar
(1), chickenpox (1); GA: yellowing (1);
stomach (2); jaundice (3); RE: bronchitis
(1); throat (7), flu (2); SK: inflammation
(1);
Curcuma zedoaria (Christm.) Roscoe Zedoaria DU: cancer (1); FI: fever (1); GA: stomach 3 3 12 BI-231 He E China, India
(10)

Hedychium coronarium J.Koening Gengibredomato SK: rheumatism (1) 1 1 1 BI-1053 He E Argentina, Belize, Brazil, Burma,
China, Colombia, Costa Rica, Ecuador,
French Guiana, Guatemala,
Guyana, Honduras, India, Madagascar,
Mexico, Nepal,
Nicaragua, Panama, South africa, Sri
Lanka, Suriname, Thailand,
Venezuela, Vietnam
Renealmia alpinia (Rottb.) Maas Pacová, SK: rheumatism (5) 1 1 5 BI-33450 Sh E Belize, Bolivia, Brazil, Caribbean,
Gengibredomato Colombia, Costa Rica, Ecuador, French
Guiana, Guatemala, Guyana, Honduras,
Mexico, Nicaragua,
Panama, Peru,
Suriname, Venezuela

Zingiber officinale Roscoe Gengibre FI: local pain (1); GA: gastritis (15); RE: 4 8 56 BI-993 He E Australia, Belize, Bhutan, Bolivia,
infection of throat (12), flu Burma, Cambodia, China, Colombia,
(17), inflammation of throat (1), Ecuador, Gabon, Guatemala, Honduas,
cold (3), cough India, Japan, Laos,
(5); SK: rheumatism (2) Madagascar, Mexico, Nicaragua,
Panama,
Philippines, Sri Lanka,
Thailand, Vietnam

Ur: Use report; tCD: Total categories of diseases; tUC: Total use-category; tUr: Total reported use; DE: Dermatologic afflictions, GA: Gastrointestinal disorders, hepatic
complaints, GY: Women’s medicine, UR: Urogenital complaints, CU: Culture-bound syndromes, RE: Respiratory ailments, FI: Fever (including protozoan and and
viral infections) SK: Skeleto-muscular disorders, VE: Bites and stings of venomous animals, DI: Diabetic, OP: Ophtalmologic complaints, DU: Different uses;

212
BI: Botanical identification; BI-IC: Identified by comparison; HB: Habit; Tr: tree; He: Herbaceous; Sh: Shrub; N: ative; E: Exotic; GO: Geographic origin; NE: Native
and endemic to Brazil. Species distribution were assigned based on Missouri Botanical Garden database, available at www.tropicos.org, while geographical origin was
based on Rio de Janeiro Botanical Garden database, available at http://floradobrasil.jbrj.gov.br/. Both databases were last accessed on the 14th of June 2015.

213
188

3.3. General analysis of the data

High UR and ICF values were obtained for fever and headaches (UR=405; ICF=0.68),
diseases of the skin (UR=400; ICF=0.76) and genitourinary related complaints (UR=335;
ICF=0.74). As we stated above, it may be due to the common occurrence of these conditions due
to the nature of economic activities, health and sewage facilities of these inhabitants of the area
under study. A relatively high URs and ICF was also obtained for the women’s health usecategory
(UR=248; ICF=0.75).
In some of these use-categories, there is prominence of some well known exotic plants, like
in the case of gastrointestinal disorders (Mentha x piperita and Bidens pilosa L., 40 and 32 UR
respectively) and skin diseases [Aloe vera (L.) Burm, 50 UR]. As Leonti and Casu (2013) noted,
the present globalization is currently accelerating the interchange between local and global
pharmacopoeias through international business interests, the print media, television, the World
Wide Web, and thus generating a feedback loop. However, it is unlikely that these factors are
responsible for the sizeable portion (22.13%) of the exotics encountered in this study, since
negligible number of the informants reported acquiring information on medicinal plants through
mass media or the internet, while majority did so through their family members and by traditional
practices (Figure 2).
The readers may also consult a prime work by Bennett and Prance (2000) on plants
introduced to Southern America. These authors also observed that most of the exotics introduced
are used in the treatments of respiratory and skin problems. According to these authors, some of
the primary reasons advanced for the introduction of plants might relate to their use as food
ingredients (such as seasoning and colouring purposes), in this case we may cite Mentha x piperita
and for their well known therapeutic purposes like in the case of Aloe vera .
As noted in our study, the most common exotic plants employed in many use-categories
have been extensively studied and are frequently encountered in many studies of this nature in
many communities either as exotics or natives (AbouZid and Mohamed, 2011; Juárez-Vázquez et
al., 2013; Savikin et al., 2013). Bidens pilosa L. is another commonly encountered exotic plants.

214
Bidens pilosa is a globally distributed across temperate and tropical regions. The folkloric use of
B. pilosa has been recorded in America, Africa, Asia and Oceania (Bartolome et al., 2013).
Culture-bound syndrome (0.14), diabetes (0.40), skeleton-muscular ailments (0.57) had
relatively lower values of ICF value.
Leaves and aerial parts of the plant are most commonly used, followed by root/tuber and
then the bark in all use-categories, see Table 1). The predominance of leaves in ethnomedicine of
many tribal communities has been noted (Amri and Kisangau, 2012; Ayyanar and Ignacimuthu,
2011; Prabhu et al., 2014; Yabesh et al., 2014). This may be due to the ease of collection of leaves
and their availability throughout the seasons when compared to the underground parts, flowers,
fruits, etc (Giday et al., 2009). And from the scientific point of view, leaves are active in
photosynthesis and production of metabolites (Ghorbani, 2005).
The most common forms of preparations of the herbal medicines were infusion (50.90%)
and decoction (23.41%). We discuss in the following section the phytochemical and
pharmacological review of plants selected based on cultural use importance.

3.4 Literature survey and discussions on the selected species of most cited in each
usecategory.

3.4.1 Gastrointestinal disorders


Baccharis crispa Spreng popular known in Brazil as ‘carqueja’ or ‘carqueja amargosa’ was
the most cited native plant in this UR category with 57 UR. It is popularly known in Juruena region
as “carqueja”. The leaves collected in the morning in the adult stage of the plant are usually
employed in the form of infusion, but sometimes as maceration and decoction in alleviating
symptoms of diabetes, skin itching, headache, gastrointestinal disorders (intestinal cholic, diarrhea,
indigestion, flatulence and others), malaria, inflammation and in weight loss treatment. As noted
in this present work, similar uses of Baccharis crispa have been reported including as a treatment
or prevention against hepatic diseases, rheumatism and morbid obesity (Oliveira et al., 2005).

Pharmacological properties
Gamberini et al. (1991) for example, reported similar folkloric use of Baccharis crispa
and in addition, the authors demonstrated the antisecretory activity of the aqeuous extract of the
plant in pylorus ligated rats. The extract (1 g/kg, p.o.) also prevented gastric ulcers induced in 190

215
rats by cold stress but not by indomethacin, supporting it use in ethnomedicine, at least partially,
in the treatment of gastrointestinal disorders like gastric ulcer. Moreover, they also justified its use
as an anti-diarrheal and anti-spasmodic, all of which further attest to its usefulness in treating
gastrointestinal disorders. Oliveira et al. (2005) also demonstrated the anti-diabetic effect of the
plant, albeit at a very high dose. However, all the pharmacological studies encountered are
preliminary, further studies are warranted in this regard.

Phytochemical studies

Phytochemical studies by Simões-Pires et al. (2005) revealed the presence of mono


caffeoyl ester derivatives of quinic acid Compounds 3-O-[E]-caffeoylquinic acid, 5-
O[E]caffeoylquinic acid , 4-O-[E]-caffeoyl-1-methylquinic acid, 4,5-O-[E]-dicaffeoylquinic acid,
3,4O-[E]-dicaffeoylquinic acid and 3,5-O-[E]-dicaffeoylquinic acid. The presence of quinic acid
and its derivatives have been suggested to be responsible for many of its pharmacologiocal activity
(Matsingou et al., 2000), including gastric and esophageal injuries and inflammation (Gene et al.,
1992; Oh et al., 2001).

3.4.2 Respiratory complaints

Mentha pulegium is an aromatic plant popularly known in Brazil as ‘poejo’and commonly


reffered to as ‘Pennyroyal’ in English, originated from North Africa, Europe and western Asia, but
it is widely naturalized in the Amazon, Cerrado and Atlantic forest of the phytogeographic regions
of Brazil (Harley et al, 2014). It is commonly used in the form of decoction, infusion and syrup in
treating a wide array of ailments with 94 UR, with main uses being for respiratory afflictions (70
UR) and to a lesser extent gastrointestinal (6 UR), fever and headache ailments (9 UR). These uses
have been traditionally documented in similar study by our group as well as from other countries
(Bieski et al., 2012; Gürdal and Kültür, 2013).

Pharmacological properties

The in vivo and in vitro antibacterial activities of various extracts or essential oils of
Mentha pulegium have been documented (Cherrat et al., 2014; Erhan et al., 2012; Khaled-

216
Khodja et al., 2014; Mahboubi and Haghi, 2008; Nikolić et al., 2014; Selim et al., 2013; Teixeira
et al., 2012) and antifugal activity (Nikolić et al., 2014). The plant has long been used, and as an
abortifacient is known to be hepatotoxic (Anderson et al., 1996). In addition, its neurotoxicity
effect has also been reported (Bakerink et al., 1996; Sztajnkrycer, 2003). However, in the form
that it is used traditionally, it is not likely to cause toxicity.

Phytochemical studies

Chemical studies on Mentha pulegium have revealed the presence of phenolic acids,
flavonoids, terpenoid phenols and terpenic acids, essential oils with elevated pulegone content
(33.65%) (Cherrat et al., 2014). The essential oil of Mentha pulegium from different parts of the
world always contains pulegone in varying amounts (Nikolić et al., 2014; Zwaving and Smith,
1971). The toxic principle in Mentha pulegium is the R-(+)-pulegone which is metabolized via
hepatic cytochrome P450 to toxic intermediates (Anderson et al., 1996; Bakerink et al., 1996;
Sztajnkrycer, 2003).

3.4.3 Fever and aches

Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. (syn. Fridericia chica (Bonpl.) L.G.
Lohmann) is a vine belonging to the Bignoniaceae family. The species is native to the Amazon
region, where it is called "pariri", "crajiru", "carajuru" or “crajiru" and it occurs throughout the
tropical regions of South America and Africa. As observed in this study a total of 97 UR for this
medicinal plant were obtained for 9 UR. It is employed in the treatment of genitourinary
complaints (28 UR), women’s health complaints (16), fever and pains (28 UR) and rheumatism (8
UR). However, the highest UR of this plant was in the FI group, and it will therefore be discussed
in this use-category. This present result corroborates previous studies that reported its widespread
use as a medicinal plant especially in the Amazon region (Barbosa et al., 2008; Bieski et al., 2012;
Lorenzi and Matos, 2008; Mafioleti et al., 2013).

Pharmacological properties

Due to the widespread use of Arrabidaea chica in ethnomedicine, it has been subject of
various pharmacological and biological studies to verify experimentally its ethnomedical use.

217
Extracts and fractions from the leaves of Arrabidaea chica have been shown to possess diferrent
192

activities supporting its traditional uses. The activities include among others, hepatoprotective
(hydroethanolic extract), antimicrobial (hydroethanolic and dichloromethane extracts), wound
healing (methanolic and ethanolic extracts), anti-inflammatory (aqueous extract), analgesic,
antihelminthic and anti-Leshmania activities (hexanic extract) (Barbosa et al., 2008; Höfling et al.,
2010; Mafioleti et al., 2013; Paula et al., 2014; Rodrigues et al., 2014). Recently also the ethanol
and aqueous extracts of Arrabidaea chica were shown to be anti-inflammatory, antiangiogenic
and antiproliferative activities in a murine model (Michel et al., 2015).

Phytochemical studies
Arrabidaea chica has been subjected to intense phytochemical studies from decades as
indicated by the work of Chapman et al. (1927) and in a subsequent study by Takemura (1995)
where the author detected flavonoids, anthocyanins, tannins and phytosterols. A flavone,
7,4'dihydroxy-5-methoxyflavone was later isolated by Takemura et al. (1995). The principal
components of anthocyanins found in Arrabidaea chica were later confirmed by subsequent
studies (Paula et al., 2013, 2014) and that they are of type 3- desoxyanthocyanidins, namely
6,7,3ʹ-trihydroxy-5-dimetoxifl- avilium and 6,7,3ʹ,4ʹ-tetrahydroxi-5-methoxy-flavylium, known
as; and 6-dihydroxy-5,4ʹ- dimetoxyflavilium, known as carajurone and carajurin respectively.
Luteolin, a 3ʹ,4ʹ,5,7-tetrahydroxyflavone and quercetin presence have also been reported (Eda et
al., 2002; Hirano et al., 2001; Seelinger et al., 2008). In addition, isoscutellarein, 6hydroxyluteolin,
hispidulin, scutellarein luteolin, and apigenin have been reported from this plant, while 4’-
hydroxy-3,7-dimethoxyflavone, vicenin-2 and kaempferol have been isolated from its leaves
(Barbosa et al., 2008; Siraichi et al., 2013). There are reports of the anti- inflammatory, anti-
allergic, and anti-tumor properties of these compounds in the literature (Eda et al., 2002; Hirano
et al., 2001; Seelinger et al., 2008).

3.4.4 Diseases of the skin

Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze belongs to Amaranthaceae; it is a herb indigenous to


Brazil and is popularly called “terramicina” (teramicine) “penicilina” (penicillin), and “perpétua-
do-mato” and is employed as an ornamental plant as well (Macedo et al., 1999). It is widely
218
distributed in the Amazon, Caatinga, Cerrado (Savannah like) and Atlantic forest of the
phytogeographic regions of Brazil (Senna, 2014). It is reportedly employed in the present study,
principally in the treatments of skin afflictions (71 UR), respiratory ailments (12 UR) for both
infections and inflammation) and genitourinary ailments (8 URs). Similar uses as well as it use in
against, cough, diabetes, diarrhoea, analgesic and inflammation, have been reported in previous
studies (Formagio et al., 2012; Kumar et al., 2011; 2014).

Pharmacological properties
Several biological and pharmacological activities of the plant have been documented.
These include wound healing, antibacterial, analgesic, anti-inflammatory activities, and
antiherpes-simplex-virus activity (Baru et al., 2012; Barua et al., 2012; Kumar et al., 2011; 2014;
Trapp et al., 2014).

Phytochemical studies

A phytochemical study of the leaves extract of Alternanthera brasiliana demonstrated the


presence of flavonoids, triterpenoids, principally the derivatives of kaempferol and quercetin
(Kumar et al., 2011). In a study of the essential oil of its leaves, twenty-five compounds were
identified (Facundo et al., 2012; Wakabayashi et al., 2010). More recently, identified three
flavones (Wakabayashi et al., 2010). The pharmacological and biological activities of the plant
have been attributed to some of these constituents.

3.4.5 Genitourinary problems

Phyllanthus niruri popularly known as “quebra-pedra” (‘stone-breaker’), belongs to the


Euphorbiaceae family and is indigenous to the Amazon rainforest and other tropical areas,
including South East Asia, Southern India and China but it has a worldwide distribution (Girach
et al., 1994). It is found in the Amazon, Caatinga, Cerrado (Brazilian Savanah) and Atlantic forest
phytogeographic regions of Brazil (Secco, et al., 2014). It is popularly used in the current study
almost entirely in the treatment of genitourinary afflictions with 45 out of 48 UR. There are several
reports on the usefulness of Phyllanthus niruri in the alleviation of diverse ailments such as fever,
219
diarrhea, colic and kidneys, as diuretic, urolithiasis, excess uric acid and as an expectorant (Boim
et al., 2010; Bagalkotkar et al., 2006; Perry and Metzger, 1980). It is an 194

important medicinal plant widely used in ayurvedic preparation of various formulations


(Chatterjee et al., 2007).

Pharmacological properties

Several of these claims have been validated using in vitro and in vivo studies and clinical
studies in humans. The in vitro and in vivo pharmacological, biochemical, and clinical studies
carried out on the extracts, and the main active constituents isolated from Phyllanthus niruri
(Vimala and Gricilda Shoba, 2014; Bieski et al., 2012; Boim et al., 2010; Bagalkotkar et al., 2006;
Murugaiyah and Chan, 2006;).
There are reports in the literature demonstrating its pharmacological properties such as
hepatoprotective (Calixto et al., 1998), anti-viral, especially against hepatitis B virus (Liu et al,
2014), antibacterial and analgesic ((Amin et al., 2011).
Clinical investigations revealed that Phyllanthus niruri does not present acute or chronic
toxicity, and preliminary data indicates that the extract promotes the normalization of calcium
levels in patients’ hypercalciureria (Nishiura et al., 2004), thus demonstrating its usefulness in
some types of genitourinary ailments.

Phytochemical studies

More than 50 compounds have been identified in the Phyllanthus niruri. The major
different classes of organic compounds with various medical interest reported, are the lignans,
tannins, polyphenols, alkaloids, flavonoids, terpenoids and steroids. Readers may consult excellent
reviews and research articles on this topic from the cited references (Narendra et al., 2012; Boim
et al., 2010; Bagalkotkar et al., 2006; Murugaiyah and Chan, 2006; Calixto et al., 1998).
Majority of the compounds or classes of compounds isolated or detected in Phyllanthus
niruri have been correlated to its ethnomedical uses. The triterpenes for example have been found
to inhibit the cytotoxicity induced by calcium oxalate, including a reduction in the excretion of
stone forming constituents and crystal deposition markers in the kidneys (Barros et al., 2003; Boim
et al., 2010).
220
3.4.6 Women’s health
Gossypium barbadense Linn (family Malvaceae) is a perennial under shrub 1 - 3 m high, native
to South America. It is mainly employed in the present survey in the treatment of uterine
inflammation (44 UR) and less frequently for infections of the urinary tracts and kidney, in the
form of infusion, decoction and maceration. Principally, the dry or fresh leaves are commonly
employed in the preparations, but also to a lesser extent are the roots, flowered parts and the seeds.
Similar reports of it uses in treating female health problems have been related, particularly in
treating uterine hemorrhage and regulation of menses (Ososki et al., 2002; Van Andel and
Carvalheiro, 2013). In the literature, it has many ethnomedicinal uses, but of interest to this work
is it uses in the treatment of venereal diseases and urethral discharge (Burkill, 1985; Bieski et al.,
2012; Ogunmefun, and Gbile, 2012).

Pharmacological properties

The antimicrobial activity of the plant has been demonstrated in some studies (Essien et
al., 2011; Luciano-Montalvo et al., 2013). To the best of our knowledge, there are no studies on
the anti-inflammatory effect of Gossypium barbardense on the uterine or other animal models of
inflammation, nor are there any studies that addressed its use in the treating or managing of
women’s ailments mentioned in this study, thereby constituting a potential prospect for future
studies. The only confirmed pharmacological effect was on the blood-pressure-lowering effect of
its leaves decoction (Hasrat et al., 2004). It will be interesting therefore, to carry out test using
experimental models to verify the ethnomedicinal use of the plant.

Phytochemical studies

A number of bioactive triterpenoid and sesquiterpenoid aldehydes compounds have been


isolated and characterized from Gossypium barbadense (Essien et al., 2011).

3.4.7 Skeleto-muscular disorders


Solidago microglossa DC. is popularly known in Brazil as “arnica-brasileira”, “arnica,”

221
“arnica-do-mato,” “arnica-silvestre,” among others (Lorenzi and Matos, 2002; Bieski et al., 2012).
It belongs to the Asteraceae family and is indigenous to Brazil. It has about 10 synonyms. It is
found in the Brazilian phytogeographic domains of Caatinga, Cerrado, Atlantic Rainforest 196

and Pampa (Borges and Teles, 2015). It use reports in the study includes mainly skeletonmuscular
complaints (8 UR), dermatological complaints (10 UR) and respiratory ailments (11 UR). The uses
attributed to it according to literature include treating rheumatic and lumbar pain, contusions,
wounds, inflammation, pain and uterine inflammation (Lorenzi and Matos, 2002; Bieski et al,
2012).

Pharmacological properties

In vivo experimental assays have shown that crude extracts of Solidago microglosa possess
local and systemic anti-inflammatory and analgesic effects in some animal models (Rocha, 2006;
Goulart et al., 2007; Liz et al., 2008; Tamura et al., 2009). The wound healing of the plant has also
been scientifically investigated and supported in animal models (Neto et al., 2004). A clinical study
evaluating its efficacy in the treatment of lumbago showed that it produced a better effect than the
placebo (da Silva, et al., 2010).
It is also interesting to note similarities in the pharmacological spectra of actions of this
plant and Arnica montana , from whose name other ‘arnicas’ mentioned in this study are popularly
called. The anti-inflammatory and analgesic activities among others of Arnica montana is well
known (Šutovská et al., 2014). To the best of our knowledge their currently no pharmacological
study on the other Brazilian ‘arnica’, Pseudobrickellia brasiliensis referred to here as arnica-do-
mato.
All the aforementioned studies lend credence to the traditional use of this medicinal plant.

Phytochemical studies

Several phytochemical compounds have been detected and isolated from different parts of
this plant. Therapeutic effects for a number of these compounds have been established and linked
to their traditional use (Tamura et al., 2009). These include caffeoylquinic acid derivatives, the
flavonoid rutin, carotenes, diterpenoids, flavonoids, glycosides, saponins essential oils just to
mention but few (Hirschmann, 1988; Tamura et al., 2009; da Silva et al., 2010). Several studies
222
have demonstrated the anti-inflammatory, wound healing and antimicrobial effects of many of
these compounds (de Paula et al., 1997; González et al., 2011; González-Gallego et al., 2010; Jin
et al., 2010; Pan et al., 2010; Pelzer et al., 1998; Ríos and Recio, 2005; Verri Jr. et al., 2012).

3.4.8 Diabetes

Bauhinia forficata L. is popularly known as "pata-de-vaca" which means “cow’s foot’,


because of the characteristic aspect of its bilobed leaves (Marques et al., 2013). It belongs to the
Fabaceae family and is a plant indigenous to Brazil. The main use of the plant in the present survey
was largely for the treatment of diabetes (9 UR), in addition to treating kidney infections (4 UR)
in the form of infusion and maceration. The ethnomedical use of Bauhinia forficata in literature
as diuretic, tonic, blood depurative, combating elephantiasis, control of hypoglycaemia and to
reduce glycosuria (Ferreres et al., 2012).

Pharmacological properties
Pharmacological studies have been carried out on the leaf extracts (aqueous and alcoholic)
in order to verify the antidiabetic activity in different in vivo models ( Cunha et al., 2010, Menezes
et al., 2007, Pepato et al., 2004, Pepato et al., 2002 and Pepato et al., 2010). Bauhinia forficata is
one of the most commonly used plants against diabetes (Filho, 2009). The therapeutic potential of
this plant was first confirmed in 1929, with the clinical studies of Juliani (1929) which
demonstrated the blood sugar lowering effect of Bauhinia forficata. The antidiabetic potential of
the plant was subsequently, confirmed in dogs, humans and rabbits (Juliani, 1931, 1941). The
reader may consult an excellent review by Filho (2009) on this species for further details, because
reviewing this plant will make the present paper too voluminous.

Phytochemical studies

There are numerous studies on the chemical composition of the Bauhinia forficata leaves
which confirm the presence of alkaloids, flavonoids, mucilages, essential oils, catechols,
cyanogenic glycosides, steroids and tannins (Pepato et al., 2004; Silva et al., 2012). Duarte-
Almeida et al. (2004) observed the presence of monoterpenes, and in significant quantities,
βcaryophyllene present in the essential oil. Flavonoids, free and glycosylated, especially

223
kaempferolic glycosides and quercetins account for the main constituents of Bauhinia forficata
(Cunha et al., 2010; Marques et al., 2013). The mimetic effect like insulin of Kaempferol198

3neohesperidoside has been shown in both in vitro and in vivo studies (Cazarolli et al., 2009). In
addition, the promising hypoglycemic properties of kaempferitrin have also beenreported (Trojan-
Rodrigues et al., 2012).

3.4.9 Culture-bound syndromes

In this group of illnesses, only eight UR were noted in this study. The plants that cited are
Ruta graveolens (6 UR) and Abelmoschus esculentus (2 UR). These plants are reportedly used to
cure what is locally called ‘mal olhado’ or ‘quebrante’ which simply means ‘evil eye’ and
‘brokennes’. The two are basically the same or related (Nery, 2006). We found a low consensus
(ICF= 0.14) in this group of plants. This appears to be typical for this group of illnesses as similar
results have been obtained by other researchers in other cultures (Leonti et al., 2001).
In medicine and medical anthropology, a culture-specific syndrome or culture-bound
syndrome is a combination of psychiatric and somatic symptoms that are considered a recognizable
disease only within a specific society or culture. There are no objective biochemical or structural
changes in the body, and the disease is not recognized in other cultures (Carel and Cooper, 2010).
‘Evil eye’ for example, seems to be a culture-bound syndrome that is common in the Latin
America (Gallagher and Rehm, 2012; Gutiérrez et al., 2014). In addition, it is interesting to note
that many of these cultural syndromes are widespread in rural populations of the world
(Estomba et al., 2006). ‘Religious plants’ concept is generally believed to have begun in the initial
stage of the human society (Sebastian and Bhandari, 1984; Sharma et al., 2012). However, it seems
that the purpose to which the plants are used is more important than the plants itself and hence the
low ICF that is usually obtained for these group of emic illnesses.

3.4.10 Venomous animals

Jatropha elliptica (Poh) Oken

224
Pharmacological properties
Jatropha elliptica (Pohl) Müll. Arg. (Euphorbiaceae) is a plant native to Brazil popularly
called ‘batata-purga’. Jathropa elliptica is a plant of the Euphorbiaceae family. It is an annual
shrub herb that is distributed throughout the north and west of Brazil and has been reported to
possess several medicinal properties (Corrëa and Penna, 1984).
Its root or rhizome in the form of decoction or maceration is used in the treatments of
snake bites (5 UR) and blood depurative (1 UR). It is the only plant reportedly use in this study as
anti-venom. Jatropha elliptica is also used in ethnomedicine for the treatment of neoplasia,
inflammation, ulcers and diuretic among others (dos Santos and Sant’Ana, 1999). In addition,
literature search shows that Jatropha elliptica in the forms of maceration and infusion of its
rhizome is used in the treatment of most severe itching, anti-syphilis, jaundice, rheumatism,
amenorrhea, dropsy, tumours and snake bites (Corrêa; Penna, 1984; Duke, 1985).
In a study by Vilar et al. (2007) Jatropha elliptica extract showed no neutralizing effect on
the lethality of Bothrops jararaca venom in mice inoculated with the snake venom.

Phytochemical studies
Fractionation and purification of Jatropha elliptica extract obtained from its rhizome
furnished jatrophone and a mixture of jatropholones A and B, as the main compounds (Dos Santos
and Sant'ana, 1999). Various other constituents have been isolated from its rhizomes such as ferulic
acid ester of the fraxetin coumarin, coumarin lignoide propacin, the triterpenoid acetyl- 3-O-
aleuritolico acid, a mixture of β-sitosterol and stigmasterol steroids (Santos et al, 2014) and a
substituted pyridine pentahydrate, called diethyl-4-phenyl, 2,6-dimethyl-
3,5pyridinedicarboxylate (Marquez et al, 2005).

3.4.11 Different uses

Cymbopogon citratus (DC.) Stapfc is popularly referred in Brazil as ‘capim-cidreira’ or

‘capim-limão’ and lemon grass in English. It is widely naturilized in the Amazon, Cerrado and
Atlantic forest of the phytogeographic regions of Brazil (Filgueiras, 2014). In the present study
Cymbopogon citratus is the most cited plant in the different use-categories (104 UR) and is most
employed as an anxiolytic (57 UR) followed by alleviation of blood hypertension symptoms (17

225
UR). It gives a pleasant aroma after infusion, and is well known and used in tropical and
subtropical countries as an antidepressant among other uses (Soares et al., 2013).
200

Pharmacological properties

Blanco et al. (2009) demonstrated the sedative/hypnotic properties of the essential oil
obtained from the fresh leaves of Cymbopogon citratus and scientifically validate its
ethnopharmacological use in this regard, confirming the hypnotic, anxiolytic and anticonvulsant
activities of the plant essential oil in experimental animals. Further studies by Costa et al. (2011)
suggested that the anxiolytic-like effect of the essential oil is mediated by GABAbenzodiazepine
receptor complex and demonstrated the dose-related hypotensive effect of Cymbopogon citratus
in experimental rats. In addition, the plant is also known for its antifungal, antimicrobial,
antiinflammatory, antioxidant, cancer-chemopreventive, antidepressive, and diuretic, sedative and
analgesic (Tavares et al., 2014).

Phytochemical studies

Phytochemical analysis of different leaf extracts of Cymbopogon citratus revealed the


presence of tannins, phenolic acids, flavonoid glycosides, alkaloids and steroids (Soares et al.,
2013). In a study, the following compounds were isolated from the methanol, MeOH/water,
infusion, and decoction extracts of the plant: isoorientin, isoscoparin, swertiajaponin, isoorientin
2ʹʹ-O-rhamnoside, orientin, chlorogenic acid, and caffeic acid (Rahim et al., 2013).
There is active research in analyzing the essential oil obtained from the plant due to its
extreme usefulness as medicinal, as well as in food and cosmetics applications. In a study of its
essential oil, geranil (48.1%), neral (34.6%) and myrcene (11.0%) were the major constituents. In
other studies, the authors concluded that citral was the principal constituent of its essential oil
(Rauber et al., 2005; Barbosa et al. 2008; Moore-Neibel et al., 2012).

4. Conclusions

226
This study represents an important step in the documentation and preservation of popular
knowledge on medicinal plant use of the population of Valle do Juruena, by enabling identification
of several species of principarly native medicinal plants, and predominance of their uses in the
region of Valley of Juruena. This demonstrates the rich cultural diversity of the region, even though
the informants are not part of tradicional communities but it reflects the heavy influence of the
traditional culture in the appreciation of medicinal flora of the Legal Amazon of Mato Grosso and
its environs. This constitutes one of the important steps towards preservation of traditional and
ethnomedical knowledge of this region.
We would like to draw readers’ attention to the use of Mentha pulegium in plant
ethnopharmacy, due to its potential nephro- and neurotoxicities, even though it is widely used in
many parts of the world.
There are several concordances on medicinal plants use among the seven municipals of the
Valle do Juruena. We also found that several species cited in these municipals have also being
realted from other regions of Brazil and some in other parts of the world.
The values of ICF obtained for the categories reported indicate the degree of shared
knowledge for the treatment of diseases with medicinal plants. The use-categories with the highest
ICFs were for remedies related to the respiratory system (0.85) and gastrointestinal disorders
(0.81). The number of URs for these 2 use-categories was also high. This may be explained by the
fact that the communities surveyed are agrarian-based and therefore these diseases are typical of
similar communities (Leonti et al., 2001; Williamson et al., 2015). The high URs therefore seem
to mirror the health situations of most of the municipals under study, because the leading causes
of hospital admissions are infectious and parasitic diseases, respiratory diseases, circulatory system
and genitourinary tract diseases (Mato Grosso, 2012).
In the case of gastrointestinal disorders, given the status of sanitary facilities, with most
municipals lacking public sewage disposal system and most communities depending on the use of
cesspool, there is higher possibility of contracting gastrointestinal related diseases. In most of these
municipals, there are no private clinics or hospitals and very few Goverment hospitals, few
laboratories to assist in diagnosis of diseases and few health workers available to service the
population.
Valle do Juruena’s ethnomedicine flora is being threatened by factors such as grazing,
expansion of new agricultural land and deforestation, in particular unsustainable use of native
medicinal trees, making untenable the purpose of generating income with sustainable use.

227
The ethnobotanical survey is not only a good way to document the knowledge of medicinal
plants before their disappearance, but also a key step for further investigations. Therefore,
immediate action, particularly in combating deforestation, with more surveillance should be taken
to ensure the conservation and preservation of the plant flora and local ethnoculture.
202

Comprehensive programs for the conservation of traditional knowledge of medicinal plants


are needed, like the ‘Farmacia viva Program’ of Brazil and production of guidebooks on the correct
use of these plants, among others. As has been stated earlier, that
ethnobotany/ethnopharmacological survey is one of the most viable ways of developing new
therapeutic agents, the current study shows that plants highly valued by these communities have
been scientifically confirmed in in vivo and sometimes clinical studies. However, there are more
yet to be done to scientifically establish the use of some other indications of these plants. Finally,
these data could also serve as a basis for biodiversity conservation and community development.

Acknowledgments
The authors thank all the informants and staff members of Family Health Programme of the Valley
of Juruena, for the assistance and contributions made throughout ethnobotanical fieldwork,
FAPEMAT, CAPES and CNPq for granting scholarships, the botanist Prof. Dr. Germano Guarim
Neto, UFMT. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU) and Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq/MCTI for funding the research
work.

References

AbouZid, S.F., Mohamed, A.A., 2011. Survey on medicinal plants and spices used in Beni-Sueif,
Upper Egypt. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine 7, 18.
Diegues, A. C., Arruda, R. S.V., Silva, V.C.F., Figols, F.A.B., Andrade, Daniela. Os Saberes Tradicionais e a
Biodiversidade no Brasil. 2000. 211pp.
Alexiades, M.N. 1996. Collecting ethnobotanical data: an introduction to basic concepts and
techniques. Pp. 53-94. In: M.N. Alexiades (ed.). Guidelines for ethnobotanical field
collectors. New York, The New York Botanical Garden.
Amri, E., Kisangau, D.P., 2012. Ethnomedicinal study of plants used in villages around Kimboza
forest reserve in Morogoro, Tanzania. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine 8, 1.
Anderson, I.B., Mullen, W.H., Meeker, J.E., Khojasteh-BakhtSC, Oishi, S., Nelson, S.D., Blanc,
P.D., 1996. Pennyroyal toxicity: measurement of toxic metabolite levels in two cases and
review of the literature. Annals of Internal Medicine 124, 726–34.
228
Ayyanar, M., Ignacimuthu, S., 2011. Ethnobotanical survey of medicinal plants commonly used
by Kani tribals in Tirunelveli hills of Western Ghats, India. Journal of Ethnopharmacology
134, 851–64.
Bagalkotkar, G., Sagineedu, S.R., Saad, M.S., Stanslas, J., 2006. Phytochemicals from Phyllanthus
niruri Linn. and their pharmacological properties: a review. The Journal of Pharmacy and
Pharmacology 58, 1559–70.
Bakerink, J.A., Gospe, S.M., Dimand, R.J., Eldridge, M.W., 1996. Multiple organ failure after
ingestion of pennyroyal oil from herbal tea in two infants. Pediatrics 98, 944–947.
Barbosa, W.L.R., Pinto, L. do N., Quignard, E., Vieira, J.M. dos S., Silva Jr., J.O.C., Albuquerque,
S., 2008. Arrabidaea chica (HBK) Verlot: phytochemical approach, antifungal and
trypanocidal activities. Revista Brasileira de Farmacognosia 18, 544–548.
Barros, M.E., Schor, N., Boim, M.A., 2003. Effects of an aqueous extract from Phyllantus niruri
on calcium oxalate crystallization in vitro. Urological Research 30, 374–9.
Bartolome, A., Villaseñor, I., Yang, W., 2013. Bidens pilosa L.(Asteraceae): Botanical properties,
traditional uses, phytochemistry, and pharmacology. Evidence-Based Complementary and
Alternative Medicine 2013, 51.
Bennett, B.C., Prance, G.T., 2000. Introduced plants in the indigenous Pharmacopoeia of Northern
South America. Economic Botany 54, 90–102.
Benchimol, Samuel. Amazônia – Formação Social e Cultural. / Samuel Benchimol. 3.a ed. –
Manaus: Editora Valer, 2009.546 p. ISBN 85-8651-223-0
Bieski, I.G.C., Rios Santos, F., de Oliveira, R.M., Espinosa, M.M., Macedo, M., Albuquerque,
U.P., de Oliveira Martins, D.T., 2012. Ethnopharmacology of medicinal plants of the
Pantanal Region (Mato Grosso, Brazil). Evidence-Based Complementary and Alternative
Medicine 2012, 36.
Blanco, M.M., Costa, C., Freire, A.O., Santos Jr., J.G., Costa, M., 2009. Neurobehavioral effect of
essential oil of Cymbopogon citratus in mice. Phytomedicine 16, 265– 270.
Boim, M. a., Heilberg, I.P., Schor, N., 2010. Phyllanthus niruri as a promising alternative
treatment for nephrolithiasis. International Brazilian Journal Urology 36, 657–664.
Bolfarine, H., Bussab, W.O., 2005. Elementos de amostragem. Edgar Blucher: São Paulo.
Borges, R.A.X., Teles, A.M. Solidago in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do
Rio de Janeiro. Available in:
<http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB5503>. Access on: 03 Jan. 2015
Burkill HM. The useful plants of west tropical Africa. 1985. Families M-R, Vol. 4 Royal Botanic
Gardens, Kew, United Kingdom.
Calixto, J.B., Santos, A.R., Cechinel Filho, V., Yunes, R.A., 1998. A review of the plants of the
genus Phyllanthus: their chemistry, pharmacology, and therapeutic potential. Medicinal
Research Reviews 18, 225–58.
Carel, H., Cooper, R., 2010. Introduction: culture-bound syndromes. Studies in History and
Philosophy of Biological and Biomedical Sciences 41, 307–308.
Cazarolli, L.H., Folador, P., Pizzolatti, M.G., Mena Barreto Silva, F.R., 2009. Signaling pathways
of kaempferol-3-neohesperidoside in glycogen synthesis in rat soleus muscle. Biochimie 91,
843–849.
Chapman, E., Perkin, A.G., Robinson, R., 1927. CCCCII.-The colouring matters of carajura. J.
Chem. Soc. 0, 3015–3041.
Chatterjee, M., Sil, P.C., 2007. Protective role of Phyllanthus niruri against nimesulide induced
hepatic damage. Indian Journal of Clinical Biochemistry 22, 109–16.
Cherrat, L., Espina, L., Bakkali, M., Pagán, R., Laglaoui, A., 2014. Chemical composition,
antioxidant and antimicrobial properties of Mentha pulegium, Lavandula stoechas and

229
Satureja calamintha Scheele essential oils and an evaluation of their bactericidal effect in
combined processes. Innovative Food Science & Emerging Technologies 22, 221–229.
Corrëa, M.P., Penna, L.A., 1984. Dicionario das Plantas Uteis do Brasil e das Exoticas Cultivadas,
vol. III. Ministerio da Agricultura, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, RJ
Brasil.
204

Costa, C.A.R.A., Kohn, D.O., Lima, V.M., Gargano, A.C., Flório, J.C., Costa, M. (2011). The
GABAergic system contributes to the anxiolytic-like effect of essential oil from Cymbopogon
citratus (lemongrass) Journal of Ethnopharmacology 137 (2011) 828–836 Cunha, A. M., Menon,
S., Menon, R., Couto, A. G., Bürger, C., & Biavatti, M. W. (2010). Hypoglycemic activity of dried
extracts of Bauhinia forficata Link. Phytomedicine, 17, 37–41.
Dos Santos, A.F., Sant’Ana, A.E. 1999. Molluscicidal activity of the diterpenoids jatrophone and
jatropholones A and B isolated from Jatropha elliptica (Pohl) Muell. Arg. Phytotherapy
Research : PTR 13, 660–4.
Duarte-Almeida, J.M., Negri, G., Salatino, A., 2004. Volatile oils in leaves of Bauhinia (Fabaceae
Caesalpinioideae). Biochemical Systematics and Ecology 32, 747–753.
Duke, J.A. Handbook of Medicinal Herbs CRC Press, FL, USA (1985) p. 253.
Eda, H.U., Amazaki, C.Y., Amazaki, M.Y., 2002. Luteolin as an Anti-inflammatory and
Antiallergic Constituent of Perilla frutescens. Biological Pharmaceutical Buletin 25, 1197–
1202.
Erhan, M.K., Bölükbaşı, Ş.C., Ürüşan, H., 2012. Biological activities of pennyroyal (Mentha
pulegium L.) in broilers. Livestock Science 146, 189–192.
Espinosa, M.M., Bieski, I.G.C., Martins, D.T. de O., 2012. Probability sampling design in
ethnobotanical surveys of medicinal plants. Revista Brasileira de Farmacognosia 22, 1362–
1367.
Essien EE, Aboaba SO, Ogunwande IA: Constituents and antimicrobial properties of the leaf
essential oil of Gossypium barbadense (Linn.). J Med Plant Res 2011, 5:702-705.
Estomba, D., Ladio, A., Lozada, M., 2006. Medicinal wild plant knowledge and gathering patterns
in a Mapuche community from North-western Patagonia. Journal of Ethnopharmacology
103, 109–119.
Facundo, V.A., Azevedo, M.S., Rodrigues, R. V., Nascimento, L.F. do, Militão, J.S.L.T., Silva,
G.V.J. da, Braz-Filho, R., 2012. Chemical constituents from three medicinal plants: Piper
renitens, Siparuna guianensis and Alternanthera brasiliana. Revista Brasileira de
Farmacognosia 22, 1134–1139.
Ferreira, J. C. V. 2001. Mato Grosso e Seus Municípios. Cuiabá: Secretaria de Estado da Educação,
Ed. Buriti
Ferreres, F., Gil-Izquierdo, A., Vinholes, J., Silva, S.T., Valentão, P., Andrade, P.B., 2012.
Bauhinia forficata Link authenticity using flavonoids profile: relation with their biological
properties. Food Chemistry 134, 894–904.
Filgueiras, T.S. Cymbopogon in Lista de Espécies da Flora do Brazil. Jardim Botânico do Rio de
Janeiro. Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB24285>.
Acessed on: 02 Dec. 2014.
Filho, V.C., 2009. Chemical composition and biological potential of plants from the genus
Bauhinia. Phytotherapy Research 23, 1347–1354.
Formagio, E.L.P., Mendel, M.T., Fracasso, R., Knobloch, J.G., Teixeira, P.W., Kehl, L., Maluf,
R.W., Picoli, S.U., Ardenghi, P., Suyenaga, E.S., 2012. Evaluation of the pharmacological

230
activity of the Alternanthera brasiliana aqueous extract. Pharmaceutical Biology 50, 1442–
7.
Gallagher, M.R., Rehm, R.S., 2012. El papel de los síndromes culturales y los remedios
tradicionales mexicanos en la promoción de salud de los niños. Enfermería Global 11, 1–
11.
Gamberini, M., Skorupa, L., Souccar, C., Lapa, A.J., 1991. Inhibition of gastric secretion by a
water extract from Baccharis triptera, Mart. Memórias Do Instituto Oswaldo Cruz 86, 137–
139.
Gazzaneo, L.R.S., de Lucena, R.F.P., de Albuquerque, U.P., 2005. Knowledge and use of
medicinal plants by local specialists in a region of Atlantic Forest in the state of Pernambuco
(Northeastern Brazil). Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine 1, 9.
Gedif, T., Hahn, H.J., 2003. The use of medicinal plants in self-care in rural central Ethiopia.
Journal of Ethnopharmacology. 87(2-3), 155-161.
Gene, R.M., Marin, E., Adzet, T., 1992. Anti-inflammatory effect of aqueous extracts of three
species of the genus Baccharis. Planta Medica 58, 565–6.
Ghorbani, A., 2005. Studies on pharmaceutical ethnobotany in the region of Turkmen Sahra, north
of Iran (Part 1): general results. Journal of Ethnopharmacology 102, 58–68.
Giday, M., Asfaw, Z., Woldu, Z., 2009. Medicinal plants of the Meinit ethnic group of Ethiopia:
an ethnobotanical study. Journal of Ethnopharmacology 124, 513–21.
Gilani, A.H., Rahman, A.U., 2005. Trends in ethnopharmacology. Journal of
Ethnopharmacology. 100(1–2), 43-49.
Girach, R.D., Aminuddin, Siddiqui, P.A., Khan, S.A., 1994. Traditional Plant Remedies Among
the Kondh of District Dhenkanal (Orissa). Pharmaceutical Biology 32, 274–283.
González-Gallego, J., García-Mediavilla, M.V., Sánchez-Campos, S., Tuñón, M.J., 2010. Fruit
polyphenols, immunity and inflammation. The British Journal of Nutrition 104 Suppl , S15–
27.
Goulart, S., Moritz, M.I.G., Lang, K.L., Liz, R., Schenkel, E.P., Fröde, T.S., 2007.
Antiinflammatory evaluation of Solidago chilensis Meyen in a murine model of pleurisy.
Journal of Ethnopharmacology 113, 346–53.
Guarim Neto, G. 1996. Plantas medicinais do Estado do Mato Grosso. ABEAS, Brasília. Gürdal,
B., Kültür, S., 2013. An ethnobotanical study of medicinal plants in Marmaris (Muğla, Turkey).
Journal of Ethnopharmacology 146, 113–126.
Gutiérrez, S.L.G., Chilpa, R.R., Jaime, H.B., 2014. Medicinal plants for the treatment of “nervios”,
anxiety, and depression in Mexican Traditional Medicine. Revista Brasileira de
Farmacognosia 24, 591–608.
Harley, R., França, F., Santos, E.P., Santos, J.S., Pastore, J.F. Lamiaceae in Lista de Espécies da
Flora do Brazil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available at:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB23330>. Acessed on: 02 Dec. 2014
Hasrat, J.A., Pieters, L., Vlietinck, A.J., 2004. Medicinal plants in Suriname: hypotensive effect
of Gossypium barbadense. The Journal of Pharmacy and Pharmacology 56, 381–387.
Heinrich, M. Edwards, S., Moerman, D.E., Leonti, M., 2009. Ethnopharmacological field studies:
A critical assessment of their conceptual basis and methods. Journal of Ethnopharmacology
124(1), 1-17.
Heinrich, M., Ankli, A., Frei, B., Weimann, C., Sticher, O., 1998. Medicinal plants in Mexico:
healers' consensus and cultural importance. Social Science and Medicine. 47(11), 18591871.
Hirano, R., Sasamoto, W., Matsumoto, A., Itakura, H., Igarashi, O., Kondo, K., 2001. Antioxidant
ability of various flavonoids against DPPH radicals and LDL oxidation. Journal of
Nutritional 47, 357–362.
231
Hirschmann, G.S., 1988. A Labdan Diterpene from Solidago chilensis Roots. Planta Medica 54,
179–80.
Höfling, J., Anibal, P., Obando-Pereda, G., Peixoto, I., Furletti, V., Foglio, M., Gonçalves, R.,
2010. Antimicrobial potential of some plant extracts against Candida species. Brazilian
Journal of Biology 70, 1065–1068.
206

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013. Accessed from:


Jin, J.H., Kim, J.S., Kang, S.S., Son, K.H., Chang, H.W., Kim, H.P., 2010. Anti-inflammatory and
anti-arthritic activity of total flavonoids of the roots of Sophora flavescens. Journal of
Ethnopharmacology 127, 589–95.
Juárez-Vázquez, M. del C., Carranza-Álvarez, C., Alonso-Castro, A.J., González-Alcaraz, V.F.,
Bravo-Acevedo, E., Chamarro-Tinajero, F.J., Solano, E., 2013. Ethnobotany of medicinal
plants used in Xalpatlahuac, Guerrero, México. Journal of Ethnopharmacology 148, 521–
527.
Judd, W.S., Campbell, C.S., Kellogg, E.A., Stevens, P.F., 2002. Plant Systematics, a Phylogenetic
Approach, Second ed. Sinaver Associates, Sunderland.
Khaled-Khodja, N., Boulekbache-Makhlouf, L., Madani, K., 2014. Phytochemical screening of
antioxidant and antibacterial activities of methanolic extracts of some Lamiaceae. Industrial
Crops and Products 61, 41–48.
Kloucek, P., Svobodova, B., Polesny, Z., Langrova, I., Smrcek, S., Kokoska, L., 2007.
Antimicrobial activity of some medicinal barks used in Peruvian Amazon. Journal of
Ethnopharmacology 111(2), 427-429.
Kumar, S., Barua, C., Das, S., 2014. Evaluation of anti-inflammatory activity OF Alternanthera
brasiliana leaves. International Journal of Pharma & Bio Sciences 5, 33–41.
Kumar, S., Singh, P., Mishra, G., Srivastar, S., Jah, K., Khosa, R., 2011. Phytopharmacological
review of Alternanthera brasiliana (Amaranthaceae). Asian J Ournal of Plant Science and
Research 1, 41–47.
Leonti, M., Casu, L., 2013. Traditional medicines and globalization: current and future
perspectives in ethnopharmacology. Frontiers in Pharmacology 4, 92.
Leonti, M., Vibrans, H., Sticher, O., Heinrich, M., 2001. Ethnopharmacology of the Popoluca,
Mexico: an evaluation. Journal of Pharmacy and Pharmacology 53, 1653–1669.
Liz, R., Vigil, S.V.G., Goulart, S., Moritz, M.I.G., Schenkel, E.P., Fröde, T.S., 2008. The
antiinflammatory modulatory role of Solidago chilensis Meyen in the murine model of the
air pouch. The Journal of Pharmacy and Pharmacology 60, 515–21.
Lorenzi, H., Matos, F.J.A., 2002. Plantas Medicinais no Brazil: nativas e exóticas. Instituto
Plantarum, Nova Odessa, São Paulo.
Luciano-Montalvo, C., Boulogne, I., Gavillán-Suárez, J., 2013. A screening for antimicrobial
activities of Caribbean herbal remedies. BMC Complementary and Alternative Medicine 13,
126.
Macedo, A.F., Barbosa, N.C., Esquibel, M.A., Souza, M.M., Cechinel-Filho, V., 1999.
Pharmacological and phytochemical studies of callus culture extracts from Alternanthera
brasiliana. Die Pharmazie 54, 776–7.
Mafioleti, L., da Silva Junior, I.F., Colodel, E.M., Flach, A., Martins, D.T. de O., 2013. Evaluation
of the toxicity and antimicrobial activity of hydroethanolic extract of
Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. Journal of Ethnopharmacology 150, 576– 582.
Mahboubi, M., Haghi, G., 2008. Antimicrobial activity and chemical composition of Mentha
pulegium L. essential oil. Journal of Ethnopharmacology 119, 325–7.
232
Marques, G., Rolim, L., Alves, L., Silva, C., Soares, L., Rolim-Neto, P., 2013. Estado da arte de
Bauhinia forficata Link (Fabaceae) como alternativa terapêutica para o tratamento do
Diabetes melittus. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica E Aplicada 34, 313–320.
Marquez, B., Neuville, L., Moreau, N.J., Genet, J.-P., dos Santos, A.F., Caño de Andrade, M.C.,
Sant’Ana, A.E.G., 2005. Multidrug resistance reversal agent from Jatropha elliptica.
Phytochemistry 66, 1804–1811.
Mato Grosso. 2012. “Plano plurianual 2010–2015 do Governo do Estado,” Projeto de lei. Seplan,
MT.
Matsingou, T.C., Kapsokefalou, M., Salifoglou, A., 2000. In vitro Antioxidant Activity of Black
Tea and Mediterranean Herb Infusions Toward Iron Under Simulated Gastrointestinal
Conditions. Journal of Food Science 65, 1060–1065.
Menezes, F. S., Minto, A. B. M., Ruela, H. S., Kuster, R. M., Sheridan, H., & Frankish, N. (2007).
Hypoglycemic activity of two Brazilian Bauhinia species: Bauhinia forficata L. and
Bauhinia monandra Kurz. Brazilian Journal of Pharmacognosy, 17, 8–13.
Michael J. G. Hopkins. Modelling the known and unknown plant biodiversity of the Amazon
Basin. Journal of Biogeography (J. Biogeogr.) (2007) 34, 1400–1411.
Michel, A.F.R.M., Melo, M.M., Campos, P.P., Oliveira, M.S., Oliveira, F.A.S., Cassali, G.D.,
Ferraz, V.P., Cota, B.B., Andrade, S.P., Souza-Fagundes, E.M., 2015. Evaluation of
antiinflammatory, antiangiogenic and antiproliferative activities of Arrabidaea chica crude
extracts. Journal of Ethnopharmacology 165, 29–38.
Murugaiyah, V., Chan, K.-L., 2006. Antihyperuricemic lignans from the leaves of Phyllanthus
niruri. Planta Medica 72, 1262–7.
Narendra, K., Swathi, J., Sowjanya, K.M., Satya, A.K., 2012. Phyllanthus niruri: A Review on its
Ethno Botanical, Phytochemical and Pharmacological Profile. Journal of Pharmacy
Research 5, 4681–4691.
Nery, V., 2006. Rezas, Crenças, Simpatias e Benzeções: costumes e tradições do ritual de cura
pela fé, VI Encontro dos Núcleos de Pesquisas da Intercom.
Neto, A.G., Costa, J.M., Belati, C.C., Vinhólis, A.H., Possebom, L.S., Da Silva Filho, A.A.,
Cunha, W.R., Carvalho, J.C., Bastos, J.K., Silva, M.L., 2005. Analgesic and
antiinflammatory activity of a crude root extract of Pfaffia glomerata (Spreng) Pedersen.
Journal of Ethnopharmacology. 96(1-2), 87-91. DOI: 10.1016/j.jep.2004.08.035.
Nishiura, J. L., Campos, A. H., Boim, M. A., Heilberg, I. P., Schor, N., 2004. Phyllanthus niruri
normalizes elevated urinary calcium levels in calcium stone forming (CSF) patients. Urology
Research 32: 362–366.
Ogunmefun, O.T.; Gbile, Z.O., 2012. An ethnobotanical study of anti-rheumatic plants in
SouthWestern States of Nigeria. Asian Journal of Science and Technology, 4(11), pp.63–
66.
Oh, T.-Y., Lee, J.-S., Ahn, B.-O., Cho, H., Kim, W., Kim, Y.-B., Surh, Y.-J., Cho, S.-W., Hahm,
K.-B., 2001. Oxidative damages are critical in pathogenesis of reflux esophagitis:
implication of antioxidants in its treatment. Free Radical Biology and Medicine 30, 905–
915.
Oliveira, A.C.P., Endringer, D.C., Amorim, L.A.S., das Graças L Brandão, M., Coelho, M.M.,
2005. Effect of the extracts and fractions of Baccharis trimera and Syzygium cumini on
glycaemia of diabetic and non-diabetic mice. Journal of Ethnopharmacology 102, 465–9.
Ososki, A.L., Lohr, P., Reiff, M., Balick, M.J., Kronenberg, F., Fugh-Berman, A., O’Connor, B.,
2002. Ethnobotanical literature survey of medicinal plants in the Dominican Republic used
for women’s health conditions. Journal of Ethnopharmacology 79, 285–298.
Pan, M.-H., Lai, C.-S., Ho, C.-T., 2010. Anti-inflammatory activity of natural dietary flavonoids.
Food & Function 1, 15–31.
233
Paula, J.T., Paviani, L.C., Foglio, M. a., Sousa, I.M.O., Duarte, G.H.B., Jorge, M.P., Eberlin, M.N.,
Cabral, F. A., 2014. Extraction of anthocyanins and luteolin from Arrabidaea chica by
sequential extraction in fixed bed using supercritical CO2, ethanol and water as solvents. The
Journal of Supercritical Fluids 86, 100–107.
Pelzer, L.E., Guardia, T., Juarez, A.O., Guerreiro, E., 1998. Acute and chronic antiinflammatory
effects of plant flavonoids. Il Farmaco 53, 421–424.
208

Pepato, M. P., Baviera, A. M., Vendramini, R. C., Brunetti, I. L. (2004). Evaluation of tocixity
after one-months treatment with Bauhinia forficata decoction in streptozotocin-induced
diabetic rats. BMC Complementary and Alternative Medicine, 4,7.
Pepato, M. T., Conceição, C. Q., Gutierres, V. O., Vendramini, R. C., Souza, C. R. F., Oliveira,
W. P., et al. (2010). Evaluation of the spouted bed dried leaf extract of Bauhinia forficata
for the treatment of experimental diabetes in rats. African Journal of Biotechnology, 9, 7165–
7173.
Pepato, M. T., Keller, E. H., Baviera, A. M., Kettelhut, I. C., Vendramini, R. C., Brunetti, I. L.
(2002). Anti-diabetic activity of Bauhinia forficata decoction in streptozotocin-diabetic rats.
Journal of Ethnopharmacology, 81, 191–197.
Pereira, C., Agarez, F.V., 1977. Estudo das plantas ruderais do Estado do Rio de Janeiro-II.
Leandra, Rio de Janeiro, 6/7(7): 77-93.
Perry, L., M., Metzger, J. (1980). Medicinal Plants of the East Southeast Asia: Attributed.
Prabhu, S., Vijayakumar, S., Yabesh, J.E.M., Ravichandran, K., Sakthivel, B., 2014.
Documentation and quantitative analysis of the local knowledge on medicinal plants in
Kalrayan hills of Villupuram district, Tamil Nadu, India. Journal of Ethnopharmacology
157, 7–20.
Prance, G.T., Lovejoy, T.E., 1985. Key Environments: Amazonia. Pergamon Press, Oxford.
Properties and Uses, MIT Press, Cambridge, MA, 150.
Rahim, S. M., Taha, E.M., Mubark, Z.M., Aziz, S.S., K.D. Simon, K.D., and A.G. Mazlan, A.G.
2013. Cymbopogon citratus on hydrogen peroxide-inducedoxidative stress in the
reproductive system of male rats Systems Biology in Reproductive Medicine, 2013, 59: 329.
DOI: 10.3109/19396368.2013.827268
Ríos, J.L., Recio, M.C., 2005. Medicinal plants and antimicrobial activity. Journal of
Ethnopharmacology 100, 80–84.
Rocha, A. A. Obtenção e avaliação das atividades analgésicas e antiinflamatórias do extrato
hidroalcoólico bruto da arnica brasileira (Solidago microglossa DC). Franca, 2006.
Dissertation (Masters) –Promoção da Saúde – Universidade de Franca.
Rodrigues, I. A, Azevedo, M.M.B., Chaves, F.C.M., Alviano, C.S., Alviano, D.S., Vermelho,
A.B., 2014. Arrabidaea chica hexanic extract induces mitochondrion damage and peptidase
inhibition on Leishmania spp. BioMed Research International 2014, pp7.
Savikin, K., Zdunić, G., Menković, N., Zivković, J., Cujić, N., Tereščenko, M., Bigović, D., 2013.
Ethnobotanical study on traditional use of medicinal plants in South-Western Serbia,
Zlatibor district. Journal of Ethnopharmacology 146, 803–810.
Scheaffer, R.L., Mendenhall, W., Ott, L., 2006. Elementary Survey Sampling. Belmont: Thomson.
(6th ed.).
Sebastian, M.K., Bhandari, M.M., 1984. Medico-ethno botany of Mount Abu, Rajasthan, India.
Journal of Ethnopharmacology 12, 223–230.
Secco, R.; Cordeiro, I.; Martins, E.R.; Zappi, D. Phyllanthaceae in Lista de Espécies da Flora do
Brazil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available at:
234
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB24168>. Acessed on: 06 Dec. 2014
Seelinger, G., Merfort, I., Schempp, C.M., 2008. Anti-oxidant, anti-inflammatory and antiallergic
activities of luteolin. Planta Medica 74, 1667–1677.
Selim, S., Hassan, S., El Sabty, B., 2013. Antimicrobial activity of Saudi mint on some pathogenic
microbes. Journal of Pure and Applied Microbiology 7, 2155–2160.
Senna, L. Alternanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB4302>. Acessed on: 30
Dec. 2014.
Sharma, U.K., Pegu, S., Hazarika, D., Das, A., 2012. Medico-religious plants used by the Hajong
community of Assam, India. Journal of Ethnopharmacology 143, 787–800.
Simões-Pires, C., Queiroz, E., Henriques, A., Hostettmann, K., 2005. Isolation and on line
identification of anti-oxidant compounds from three Baccharis species by HPLCUVMS/MS
with post-column derivatisation. Phytochemical Analysis 16, 307–314.
Siraichi, J.T.G., Felipe, D.F., Brambilla, L.Z.S., Gatto, M.J., Terra, V.A., Cecchini, A.L., Cortez,
L.E.R., Rodrigues-Filho, E., Cortez, D.A.G., 2013. Antioxidant capacity of the leaf extract
obtained from Arrabidaea chica cultivated in Southern Brazil. PloS One 8, e72733.
Silva MCC, Santana LA, Mentele R, Ferreira RS, Miranda A, Silva-Lucca RA, Sampaio MU,
Correia MTS, Oliva MLV. 2012. Purification, primary structure and potential functions of a
novel lectin from Bauhinia forficata seeds. ProcessBiochem.; 47:1049-59.
Šutovská, M., Capek, P., Kočmalová, M., Pawlaczyk, I., Zaczyńska, E., Czarny, A., Uhliariková,
I., Gancarz, R., Fraňová, S., 2014. Characterization and pharmacodynamic properties of
Arnica montana complex. International Journal of Biological Macromolecules 69, 214221.
Sztajnkrycer, M.D., 2003. Mitigation of Pennyroyal Oil Hepatotoxicity in the Mouse. Academic
Emergency Medicine 10, 1024–1028.
Soares, M.O., Alves, R.C., Pires, P.C., Oliveira, M.B.P.P., Vinha, A.F., 2013. Angolan
Cymbopogon citratus used for therapeutic benefits: nutritional composition and influence of
solvents in phytochemicals content and antioxidant activity of leaf extracts. Food and
Chemical Toxicology 60, 413–418.
Takemura, O., Iinuma, M., Tosa, H., Miguel, O., Moreira, E., Nozawa, Y., 1995. A flavone from
leaves of Arrabidaea chica f. cuprea. Phytochemistry 38, 1299–1300.
Tamura, E.K., Jimenez, R.S., Waismam, K., Gobbo-Neto, L., Lopes, N.P., Malpezzi-Marinho,
E.A.L., Marinho, E.A. V, Farsky, S.H.P., 2009. Inhibitory effects of Solidago chilensis
Meyen hydroalcoholic extract on acute inflammation. Journal of Ethnopharmacology 122,
478–85.
Tavares, F., Costa, G., Francisco, V., Liberal, J., Figueirinha, A., Lopes, M.C., Cruz, M.T., Batista,
M.T., 2014. Cymbopogon citratus industrial waste as a potential source of bioactive
compounds. Journal of the Science of Food and Agriculture.
Teixeira, B., Marques, A., Ramos, C., Batista, I., Serrano, C., Matos, O., Neng, N.R., Nogueira,
J.M.F., Saraiva, J.A., Nunes, M.L., 2012. European pennyroyal (Mentha pulegium) from
Portugal: Chemical composition of essential oil and antioxidant and antimicrobial properties
of extracts and essential oil. Industrial Crops and Products 36, 81–87.
The Angiosperm Phylogeny Group. 2009. An update of the Angiosperm Phylogeny Group
classification for the orders and families of flowering plants: APGIII. Botanical Journal of
the Linnean Society 161, 105-436.
Trapp, M.A., Kai, M., Mithöfer, A., Rodrigues-Filho, E., 2014. Antibiotic oxylipins from
Alternanthera brasiliana and its endophytic bacteria. Phytochemistry.
Trojan-Rodrigues, M., Alves, T.L.S., Soares, G.L.G., Ritter, M.R., 2012. Plants used as
antidiabetics in popular medicine in Rio Grande do Sul, southern Brazil. Journal of
Ethnopharmacology 139, 155–63.
235
Trotter, R.T., Logan, M.H., 1986. Informant consensus: a new approach for identifying potentially
effective medicinal plants. Pp. 91-112. – In: Ektin N.L. (ed.): Plants in indigenous medicine
and diet. Redgrave Pub. Co. Bedford Hill, New York.
Van Andel Tinde and Carvalheiro Luísa G.. 2013. Why Urban Citizens in Developing Countries
Use Traditional Medicines: The Case of Suriname. Hindawi Publishing Corporation
210

Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. Volume 2013, Article ID


687197, 13 pages http://dx.doi.org/10.1155/2013/687197
Van Den Berg, M.E., 1982. Plantas medicinais da Amazon: Contribuição ao seu conhecimento
sistemático. CNPq-MPEG, Brasília.
Verri Jr., W.A., Vicentini, F.T.M.C., Baracat, M.M., Georgetti, S.R., Cardoso, R.D.R., Cunha,
T.M., Ferreira, S.H., Cunha, F.Q., Fonseca, M.J. V, Casagrande, R., 2012. Chapter 9 -
Flavonoids as Anti-Inflammatory and Analgesic Drugs: Mechanisms of Action and
Perspectives in the Development of Pharmaceutical Forms, in: Chemistry,
A.R.B.T.S.I.N.P. (Ed.), Bioactive Natural Products. Elsevier, pp. 297–330.
Vieira, L.S., 1992. Fitoterapia da Amazon. Second ed. Editora Agronômica Ceres, São Paulo.
Vilar, J.C., Carvalho, C.M., Furtado, M.F.D., 2007. Effects of the aqueous extracts of plants of the
genera Apodanthera (Cucurbitaceae) and Jatropha (Euphorbiaceae) on the lethality of the
venom of Bothrops jararaca (serpentes, Viperidae). Biologia Geral e Experimental 7:
32–39.
Vimala, G., Gricilda Shoba, F., 2014. A review on antiulcer activity of few Indian medicinal plants.
International Journal of Microbiology 2014, 14.
Wakabayashi, K., de Melo, N., Aguiar, G., de Carvalho, C., Ramos, R., Mantovani, A., Groppo
Jr., M., Veneziani, R., Crotti, A., 2010. Chemical composition of the essential oil from the
leaves of Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze (Amaranthaceae). Investigação 10, 82–85.
Wester, L., Yongvanit, S., 1995. Biological diversity and community lore in northeastern Thailand.
Journal of Ethnobiology. 15(1), 71-87.
Wright, S.J., 2002. Plant diversity in tropical forests: a review of mechanisms of species
coexistence. Oecologia. 130, 1-14.
Yabesh, J.E.M., Prabhu, S., Vijayakumar, S., 2014. An ethnobotanical study of medicinal plants
used by traditional healers in silent valley of Kerala, India. Journal of Ethnopharmacology
154, 774–89.
Zwaving, J., Smith, D., 1971. Composition of the essential oil of Austrian Mentha pulegium.
Phytochemistry 10, 1951–1953.

236
APÊNDICES
Apêndices I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Projeto: “Levantamento etnofarmacobotânico de plantas medicinais no Vale do Juruena,


Mato Grosso, Brasil”
Pesquisadores: Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira Martins; e
MSc. Isanete Geraldini Costa Bieski;
Nós, estamos fazendo uma pesquisa nesse Município, visitando algumas casas
sorteadas, para conversar com as pessoas dessa família que tenha ≥ 18 anos. O objetivo dessa
pesquisa é coletar informações sobre o conhecimento e/ou uso das espécies vegetais utilizadas
como medicinais, através de aplicação de um formulário a cada pessoa sorteada no município.
De forma complementar ao instrumento de coleta de dados, estaremos, gravando, filmando
e/ou fotografando os espaços e aqueles que consentirem.
CONSENTIMENTO
Eu,_____________________________________________________________________, residente
no endereço:
________________________________________________________________________________
___________________________________________________________ fui informado sobre a
pesquisa que está sendo realizada em meu Município. Estou satisfeito com a explicação que me
forneceram. Fui informado de que apenas terei que dar informações sobre aquilo que sei sobre
o uso e conhecimento de plantas medicinais para tratar enfermidades, bem como de permitir
212

237
fotos e/ou filmagens. Entendi tudo e estou ciente de que todas as informações sobre a minha
pessoa e família não serão divulgadas. Também estou ciente de que terei o direito de recusar
ou desistir da minha participação, sem que isto acarrete em punição à minha pessoa ou família.
Minha participação é voluntária e por esta razão assino esse documento. Qualquer dúvida ou
esclarecimento poderei entrar em contato pelos telefones referidos abaixo. Esse termo foi lido
por mim em ____/___/____, na presença do entrevistador.
Declaro também, que recebi cópia do presente termo de consentimento.
Assinatura do entrevistado: __________________________________________ Nome do
entrevistador:______________________________________________
Cuiabá- MT, 03 de janeiro de 2011.
________________________________________________
Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira Martins Coordenador
da Pesquisa
Área de Farmacologia, Departamento de Ciências Básicas em Saúde da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Federal de
Mato Grosso, Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança.
Cuiabá-MT - 78060-900, CCBS I, 2ª Andar, (65)-3615-8862, e-mail: taba@terra.com.br.

Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Júlio Müller CEP/HUJM, localizado na Universidade Federal de Mato Grosso,
CCBS I, 1º Andar, Cuiabá MT- Fone/Fax: (65) 3615-7254.
Apêndice - III

TERMO DE COMPROMISSO DE DIVULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE RESULTADOS

Eu, Domingos Tabajara de Oliveira Martins, pesquisador coordenador do projeto:


“Levantamento etnofarmacobotânico de plantas medicinais no Vale do Juruena, Mato
Grosso,

Brasil”, declaro meu compromisso e o de meus colaboradores, de divulgar e publicar quaisquer


que sejam os resultados encontrados na pesquisa acima citada, resguardando, no entanto, os
interesses dos sujeitos envolvidos, que terão suas individualidades preservadas e mantidas em
sigilo.

Cuiabá, 06 de outubro de 2010.

Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira Martins


Coordenador do Projeto BioFitoAmazon
238
Titular em Farmacologia - DCBS/FCM/UFMT

Apêndice - IV

MANUAL DO APLICADOR: ORIENTAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO.


Pesquisa: “Levantamento etnofarmacobotânico de plantas medicinais no Vale do Juruena, Mato Grosso,
Brasil”.
MANUAL DO APLICADOR
Inicialmente o (s) aplicador (es) junto com o pesquisador responsável pela coleta de campo deverá estar presente no
município da pesquisa no dia e horário pré estabelecido;
Em cada município os aplicadores deverão levar ofícios de autorização da Secretaria
Municipal de Saúde;
Ao chegar, procurar a Secretária ou responsável, para explicar a metodologia utilizada.
O SUJEITO ESCOLHIDO
Apresentar-se ao sujeito da pesquisa e explicar os objetivos do projeto, esclarecendo todas as dúvidas sobre o projeto
a ser desenvolvido nos 7 (sete) municípios da Região do Vale do Juruena sobre o Levantamento etnofarmacológico
nas cidade de Juína, Brasnorte, Castanheira, Juruena, Aripuanã, Cotriguaçu, Mato Grosso, Brasil. Deixar claro que os
dados não serão fornecidos para ninguém, servindo somente para um estudo. Alertar que só responde o questionário
quem quer que todos devam recebê-lo, mas quem quiser poderá devolvê-lo em branco. Frisar que o sigilo das respostas
será assegurado através da não identificação da pessoa entrevistada;
Alertar que o questionário deve ser respondido sozinho e que qualquer dúvida no preenchimento será resolvida pelo
aplicador mediante solicitação, ou preenchido pelo mesmo em caso do individuo não souber escrever;
Esclarecer que todas as perguntas têm que ser respondidas com um X não há perguntas que devem será deixadas em
branco, nem que comporte mais de uma resposta, salvo a complementação da resposta;
Distribuir os questionários e prestar atenção para que nenhum indivíduo receba mais do que um. Ditar ou escrever em
uma folha sufite o código n. da ficha, solicitando aos indivíduos que o escrevam com cuidado no lugar indicado da
capa;
Ler em voz alta os exemplos contidos no questionário e esclarecer as dúvida;
214

239
Enfatizar que a intenção das perguntas sobre espécies vegetais é saber identificar corretamente as mesmas para
pesquisas futuras;
Dizer que no final do questionário a alguma perguntas que não se referem às espécies vegetais utilizadas com
medicinais, mas que deverão também deverão também ser respondidas;
Autorizar o preenchimento do questionário. Cada indivíduo que acabar deverá devolver seu questionário ao pacote.
Estar atento para que guardar adequadamente cada questionário;
Lacrar cada envelope para impedir que se misturem questionários de comunidades diferentes;

OUTRAS OBSERVAÇÕES E LEMBRETES


Estar atento para, em nenhum momento do nosso contato com o morador, deixar escapar uma ou mais espécies vegetais
utilizadas como medicinais que conheça;
Lembrar-se sempre de que nós não estamos participando de um programa de competição, prevenção ou
informação sobre as plantas medicinais e sim um projeto de levantamento de dados. Assim, informações sobre
as espécies vegetais com atividades medicinais, mesmo mediante perguntas, não deverão ser dados por dois
motivos: elas podem enviesar os dados;
uma informação, quando não acompanhada de uma resposta mais ampla de trabalho do morador, pode ser
uma faca de dois gumes - pode ajudar descobrir alguma planta promissora mais também pode dificultar e
confundir com espécies que tenham vários nomes;
A receptividade a este tipo de pesquisa em geral é muito boa, em todo caso, possíveis moradores agressivos ou
com algum transtorno, devem ser tratados com neutralidade, para após serem eliminados da pesquisa e
proceder para a casa mais próxima caso seja um sitio, chácara ou fazenda e para a casa a direita em caso de
ser pertinho (vila, assentamentos), sempre ressaltando que ninguém é obrigado a participar da pesquisa, caso
não queiram ou até mesmo podem solicitar seu questionário de volta caso se arrependa.

Apêndice – V

240
Questionário da Pesquisa

216
241
Apêndice – VI - Autorizações da pesquisa
Comitê de Etica

242
Secretaria de Municipal de Agricultura, Mineração de Meio Ambiente de Juina

243
218

244
Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso

245
Termo de Conseção do CNPq para realização da pesquisa cientifica

220

246
Autorização simplificada do CNPq

247

Você também pode gostar