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ESA

2024

AULA 08
POPULAÇÃO

Professora Priscila Lima


Professora Priscila Lima
Prof.ª Priscila Lima

Sumário
INTRODUÇÃO: CONCEITOS DEMOGRÁFICOS 20
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 28
ESTRUTURA ETÁRIA 20

CRESCIMENTO POPULACIONAL 24
MOBILIDADE ESPACIAL (MIGRAÇÕES INTERNAS E EXTERNAS) 25

IMIGRAÇÃO INTERNACIONAL: FORÇADA E LIVRE 25

MIGRAÇÃO: MOVIMENTOS INTERNOS 29


MERCADO DE TRABALHO: ESTRUTURA OCUPACIONAL 32
DESENVOLVIMENTO HUMANO: OS INDICADORES SOCIOECONÔMICOS 33

COEFICIENTE DE GINI 33

IDH 35
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 2

GABARITO 4
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES COMENTADAS 4
QUESTÕES INÉDITAS 9

GABARITO 19
QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS 40
REFERÊNCIAS 40

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AULA 08 – GEOGRAFIA 19
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INTRODUÇÃO: CONCEITOS DEMOGRÁFICOS


População absoluta ou população total: é o número x de habitantes de uma cidade, estado, país etc.
Se for uma quantidade elevada, dizemos que o local é populoso.

Posição País População Total Posição Cidades do Brasil População Total

1 China 1.394.550.000 1 São Paulo 12 176 866

2 Índia 1.343.500.000 2 Rio de Janeiro 6 688 927

3 Estados Unidos 328.700.000 3 Brasília 2 974 703

4 Indonésia 268.074.600 4 Salvador 2 857 329

5 Paquistão 216.687.000 5 Fortaleza 2 643 247

6 Brasil 211.520.000 6 Belo Horizonte 2 501 576

7 Nigéria 193.392.517 7 Manaus 2 145 444

8 Bangladesh 166.054.000 8 Curitiba 1 917 185

9 Rússia 146.793.744 9 Recife 1 637 834

10 México 126.577.691 10 Goiânia 1 495 705


Figura 01 – À esquerda, os 10 países mais populosos do mundo. À direita, as 10 cidades brasileiras mais populosas, em 2019 - Fonte: ONU
População relativa ou densidade demográfica: é o número de habitantes por quilômetro quadrado
(hab/km2). Se for uma quantidade elevada, dizemos que o local é povoado, sendo calculado:
Pos. Cidade do Brasil Pop. Total Área Pop. Rel

1 Taboão da Serra - SP 285 391 20,5 14 058,93

2 São João de Meriti-RJ 471 888 35,2 13 545,21

3 Diadema - SP 386 089 30,8 12 519,10

4 Carapicuíba-SP 369 584 34,6 10 680,10

5 Osasco-SP 666 740 64 10 411,80

6 São Caetano do Sul-SP 149 263 15,4 9 708,79

7 Olinda-PE 377 779 41,7 9 068,36

8 Nilópolis-RJ 157 425 19,4 8 117,62

9 Fortaleza-CE 2 452 185 314,9 7 786,52

10 São Paulo - SP 11 253 503 1 523,3 7 387,69

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Figura 02 – À esquerda, os 10 países mais povoados do mundo. À direita, as 10 cidades brasileiras mais povoadas, em 2019 - Fontes: ONU

Nesse caso o Brasil não está entre os 10 primeiros. Isso acontece porque nosso país tem uma
grande extensão populacional, consequentemente, não é povoado, apenas populoso.

Taxa de natalidade (TN): é o número de pessoas que nascem a cada 1.000 habitantes em um
determinado local ao longo de 365 dias.

TN = Nº de Nascimentos x 1 000/População Absoluta

Vamos de exemplo? Imagine que em uma cidade com 100 000 habitantes, nasceram 100 pessoas em
2021. Então a taxa de natalidade seria:

TN= 100 x 1 000


100 000

TN = 1

Perceba: não quer dizer que nasceu apenas uma pessoa, mas que a taxa de natalidade por mil
habitantes naquele ano foi 1

“Pri, eu odeio matemática!” Caaaaaaaaaalma, em Geografia dificilmente você terá que fazer esse cálculo,
tá? Ele está aqui em nosso material para você realmente entender o que é a taxa de natalidade.

Bom... mas nem só de cálculo vive a demografia, né? Para os nossos estudos é importante avaliar
também o que faz tal taxa ser alterada, e, por isso destacamos:

o grau de urbanização da região em análise: quando uma área se urbaniza a tendência é que a
taxa de natalidade diminua porque os custos de um filho na cidade costumam ser maiores, e,
muitas vezes mesmo nos dias atuais, a geração de crianças ainda é associada ao aumento de
mão de obra no campo.

Essa não é uma alteração que acontece do dia para a noite, ok?

o o índice de instrução (educação) da população local: novamente, estamos falando de uma regra
que apresenta exceções, mas a tendência é que quanto maior o grau de instrução, menor o
número de filhos e mais tarde eles sejam concebidos.

o o ingresso da mulher no mercado de trabalho: o aumento da presença feminina no mercado


de trabalho também direciona à uma queda da taxa de natalidade, uma vez que as atribuições
da mulher são multiplicadas.

Outro detalhe: muitas vezes essa dinâmica também retarda a concepção, ou seja, as mulheres passam
a ter filhos mais velhas dentro de uma lógica de valorização no mercado de trabalho (é o pensamento: preciso

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fazer uma faculdade, quem sabe um mestrado e um doutorado, me estabilizar profissionalmente para depois
ter filhos).

o condições de saúde e prevenção: aqui estamos falando de números, ok? Não estamos
pensando nos sentimentos e realizações que filhos podem trazer, tudo bem? Por isso, para essa
análise, durante anos uma concepção será sinônimo de gastos mais elevados.

Nesse sentido, áreas onde a saúde (aliada à educação) é mais eficiente através de distribuição e/ou
campanhas e instruções para o uso de contraceptivos, bem como direcionamento para um planejamento
familiar, a taxa de natalidade é menor.

Observe os dados do IBGE para a evolução da taxa de natalidade no Brasil:

Taxa Bruta de Natalidade por mil habitantes - Brasil (2000 a 2015)


25
20,86 20,28
19,73 19,19
18,66 18,15
20 17,65 17,18 16,72
16,29 15,88 15,5 15,13 14,74 14,47 14,16
15

10

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

TN

Figura 03 – Evolução da Taxa Bruta de Natalidade no Brasil entre 2000 e 2015


Fonte: IBGE

Esses são os números como um todo, mas nosso país é muito desigual, por isso, não traduz a realidade de
cada “pedacinho” do Brasil. Ahhh... e essa regra também serve para as outras taxas que vamos ver a seguir

Taxa de mortalidade (TM) : é o número de óbitos a cada 1.000 habitantes em um determinado local
ao longo de 365 dias. É calculado da seguinte maneira:

TM = Nº de Óbitos x 1.000/População Absoluta

Vamos seguir a mesma lógica do exemplo da TN? Imagine que na mesma cidade com 100 000
habitantes, morreram 10 pessoas em 2021. Então a taxa de mortalidade seria:

TM= 10100x 1000


000

TM = 0,1

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Novamente, não quer dizer que que morreu 0,1 pessoa, mas que a taxa de mortalidade por mil
habitantes naquele ano foi 0,1

No caso da taxa de mortalidade, as oscilações estão associadas principalmente ao sistema de saúde e


condições sanitárias, ou seja, quanto mais eficiente, menor o número de óbitos, consequentemente há uma
redução na TM. Mas existem situações que transcendem essa “normalidade”, com o caso de guerras e
pandemias, responsáveis pela elevação de tal taxa.

Observe os dados do IBGE para a evolução da taxa de natalidade no Brasil:

Taxa Bruta de Mortalidade por mil habitantes - Brasil (2000 a


2015)
6,8
6,67
6,56
6,6
6,44
6,35
6,4
6,27
6,2
6,2 6,14
6,1 6,07 6,08
6,05 6,03 6,03 6,04 6,06
6,02
6

5,8

5,6
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

TM

Figura 04 – Evolução da Taxa Bruta de Mortalidade no Brasil entre 2000 e 2015


Fontes: IBGE

Um outro dado importante que tange a noção de mortalidade, é a mortalidade infantil. Então, o
primeiro passo é saber o que significa esse conceito, correto?

Entendemos por mortalidade infantil o número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil
nascidos vivos em um determinado local. Esse dado aponta o risco de um nascido vivo durante o seu primeiro
ano de vida, e, segundo a Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA) - uma iniciativa conjunta
do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde – podemos classificar essas taxas em:

o Altas: 50 ou mais;
o Médias: entre 20 e 49;
o Baixas: menos de 20.
Sendo calculado da seguinte forma:

nº de óbitos de residentes com menos de um ano


TM infantil = 𝑥 1 000
nº de total de nascidos vivos de mães residentes

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Lembre-se: é pouco provável que você precise fazer esse cálculo na prova de Geografia, essas
fórmulas estão aqui para a visualização do que é a taxa

E assim como as demais taxas, aqui também não temos apenas um número bruto, ok? Altas taxas de
mortalidade infantil expressam baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico, com um destaque para a
área de saúde. Na Cúpula Mundial da Criança, realizada em 1990, foram traçadas metas para o ano 2000,
dentre as quais se requereria a redução da taxa de mortalidade infantil no Brasil para 30 óbitos por mil
nascidos vivos – naquele momento, nosso país apresentava uma taxa alta de 47,1 óbitos por mil nascidos
vivos, segundo a RIPSA.

Observe a evolução:

Taxa Bruta de Mortalidade Infantil por mil habitantes - Brasil (2000 a


2015)
35
29,02
30 27,48
26,04
24,68
23,39
25 22,18
21,04 19,98 18,99 18,07
20 17,22 16,43 15,69 15,02 14,4 13,82
15

10

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

TM Infantil

Figura 05 – Evolução da Taxa Bruta de Mortalidade Infantil no Brasil entre 2000 e 2015
Fontes: IBGE

Taxa de fecundidade: é uma estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de
seu período reprodutivo;

Taxa de reposição: se a taxa de fecundidade for menor a 2,1, considera-se que não houve reposição
populacional, a população tende a diminuir;

Atenção: uma taxa de fecundidade menor que 2,1 não significa que a população está diminuindo, mas sim
uma tendência à involução. É importante que você sempre lembre que o tamanho da população também
depende da taxa de mortalidade e, consequentemente, da expectativa de vida.

Observe a evolução da taxa de fecundidade total no Brasil

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Taxa de Fecundidade Total - Brasil (2000 a 2015)


3

2,39 2,32
2,5 2,26 2,2 2,14 2,09 2,04 1,99 1,95 1,91 1,87
2 1,83 1,8 1,77 1,74 1,72

1,5

0,5

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Taxa de Fecundidade Total

Figura 06 – Evolução da Taxa de Fecundidade Total no Brasil entre 2000 e 2015


Fontes: IBGE

Expectativa de vida: quantos anos espera-se que uma pessoa viva.

Essa taxa influencia em diferentes políticas públicas, é fundamental para o monitoramento das
condições de vida, e, em situações mais recentes e em termos de provas costuma ser relacionada aos cálculos
da previdência, ou seja, a famosa frase “quando vou me aposentar?”.

Nesse sentido, a esperança de vida ao nasceu (como também pode ser chamada a expectativa de vida)
número consiste em um cálculo feito sob a média de idade em que as pessoas morreram no ano anterior.
Ou seja, trata-se de uma estimativa do número de anos que esperamos que uma pessoa que nasceu no ano
em questão viva se forem mantidas as mesmas condições desde o seu nascimento,

Por exemplo, em 2019, a expectativa de vida no Brasil, segundo a Agência de Notícias do IBGE, era de
76,6 anos (sendo uma média entre a estimativa para homens de 73,1 anos e a estimativa para as mulheres,
80,1 anos), mas isso não significa que todos os brasileiros em 2019 morreram com essa idade, tão pouco que
todos que nasceram no mesmo ano viveram até os 70 e poucos anos, por isso:

A expectativa de vida é muito importante para mostrar as condições de vida no lugar e através
dela traçar políticas públicas e programas de previdência.

Você notou que ao discriminarmos a esperança de vida ao nascer de homens e mulher, há uma diferença de
7 anos?
Cuidado com os estereótipos! Muito dessa discrepância está associado aos seguintes fatores:
● Medicina preventiva: mulheres são mais adeptas aos cuidados preventivos do que homens;
● Exposição aos riscos: mulheres costumam ser mais prudentes no trânsito, por exemplo;
● Violência: mulheres se envolvem menos em situação de violência, como brigas

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"Na população Brasileira com idade entre 15 e 24 anos, morrem anualmente 3 vezes mais
homens do que mulheres. Além da violência, o tabagismo e o alcoolismo ocorrem com mais
frequência na população masculina, contribuindo para aumentar a diferença de
expectativa de vida entre os sexos."
(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna
Plus – Parte I, 2015.p.78)

Observe a evolução da esperança de vida ao nascer no Brasil:

Esperança de vida ao nascer (em anos) - Brasil (2000 a 2015)


76 75,44
75,14
74,84
75 74,52
74,2
73,86
74 73,51
73,15
72,77
73 72,39
71,99
72 71,58
71,16
70,73
71 70,28
69,83
70

69

68

67
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Esperança de vida ao nascer (em anos)

Figura 07 – Evolução da Esperança de vida ao nascer no Brasil entre 2000 e 2015


Fontes: IBGE

É notório o aumento da expectativa de vida no Brasil, e, e esse processo evolutivo está atrelado às
melhorias no saneamento básico e avanços da medicina

Crescimento vegetativo (CV) ou natural: é a diferença da taxa de natalidade (TN) e a taxa de


mortalidade (TM) de uma população.

CV = TN – TM

Atenção: é muito importante que você perceba que nesse caso não é considerado o fluxo migratório.
Nesse sentido podemos ter um crescimento natural:

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o Positivo: quando a taxa de natalidade superior à taxa de mortalidade


o Negativo: quando a taxa de mortalidade superior à taxa de natalidade

Analogia: COFRE

Vamos fazer uma analogia para entendermos melhor a dinâmica de crescimento vegetativo?
Imagine que você tem um cofre, ok? E nele só é possível colocar moedas de R$1.
● Primeira situação: durante um ano você colocou 1 000 moedas e retirou apenas 10, ou seja, seu
cofre teve muitas entradas e pouca saídas, logo ele encheu;
● Segunda situação: durante um ano você colocou 500 moedas, mas retirou 10, ou seja, entrou
menos moedas, logo, esse cofre ficaria mais vazio se compararmos à situação anterior;
● Terceira situação: você colocou 500 moedas durante um ano, mas retirou 1 000, ou seja, você tirou
mais moeda do que colocou, estaria com um saldo negativo.

Agora vamos pensar isso em questões demográficas. O nosso “colocar moedas no cofre” seria a taxa
de natalidade, retirar seria a taxa de mortalidade e o volume de moedas ali é o nosso crescimento vegetativo.
Na primeira situação, o crescimento vegetativo é elevado porque a taxa de natalidade é alta e a de
mortalidade é baixa (típico de uma “explosão demográfica”), já na segunda situação, o crescimento
vegetativo já menor, porque a mortalidade está controlada, mas a taxa de natalidade caiu (é isso que
acontece na chamada transição demográfica que veremos mais adiante). Por outro lado, na terceira situação
tivemos o crescimento vegetativo negativo, porque saiu mais moedas (taxa de mortalidade) do que entrou
(taxa de natalidade).

COLOCAR MOEDAS (TN)

COFRE (CV)

TIRAR MOEDAS (TM)

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No caso brasileiro, temos:

Figura 08 – Evolução das taxas brutas de Natalidade e Mortalidade do Brasil entre 1881 e 2010
Fontes: IBGE, Censo Demográfico 1940/2010 e Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade 2000-2060.

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
"No Brasil, a transição demográfica já se encontra em estágio avançado. Ao longo de uma
trajetória modulada pela industrialização e pela urbanização, as taxas anuais de
crescimento vegetativo alcançaram o pico de mais de 2,9% no início da década de 1960,
mas depois retrocederam continuamente.”
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 351)

Quando pensamos em transição demográfica estamos nos referindo à dinâmica de natalidade e


mortalidade (ou seja, falamos do crescimento vegetativo) e como isso impacta no perfil etário da população.
Mas a composição etária (idade) da nossa população nem sempre foi como a atual, por isso, é necessário
identificar os processos que nos levaram às características de um país que hoje é predominantemente
adulto e passa por um envelhecimento.

E como isso aconteceu no Brasil? Entre 1872 e 1940, o crescimento vegetativo brasileiro era lento -
inferior a 2% ao ano. Tal padrão estava associado a relação entre altas taxas de natalidade e elevadas taxas
de mortalidade - nesse momento, doenças infecciosas e Parasitárias eram as principais responsáveis pela
elevada mortalidade no Brasil.

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O estágio inicial da transição demográfica brasileira remonta o fim do século XIX, quando as políticas
de saneamento público foram estabelecidas nas principais cidades do país, assim obras de drenagem de
pântanos e retificação de rios ajudaram a conter epidemias causadas por inundações – somado a isso
tivemos as fiscalizações sanitárias em cortiços e as primeiras campanhas de vacinação obrigatória, que
evidenciam a intervenção direta do Estado no campo da saúde pública.

Tal período é marcado pela importância de Oswaldo Cruz e pela Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro.

O rompimento do padrão de elevadas taxas de mortalidade foi alcançado (com maior maestria) na
década de 1940, quando a prevenção de doenças através da dedetização, novos hábitos de higiene e
campanhas públicas de educação e saúde - medidas que ajudaram a conter a propagação de diversas
doenças. Além disso, é fundamental destacar a introdução de antibióticos que ajudou aumentar a
possibilidade de sobrevivência daquelas pessoas que já estavam infectadas.

Destacamos aqui a importância do aleitamento materno para a redução da mortalidade infantil

Então, o primeiro passo na transição demográfica brasileira se dá com a redução da taxa de


mortalidade através de medidas médico-sanitárias, que foi combinada com os efeitos das imigrações
internacionais, uma vez que o ingresso de migrantes no Brasil acelerou o crescimento populacional.

Entre as décadas de 1940 e 1970, as taxas de mortalidade estavam em queda, entretanto a natalidade
no Brasil permanecia em patamares elevados, consequentemente tivemos o aumento das taxas de
crescimento vegetativo da população: em 1940 tínhamos uma população total de 41,2 milhões, enquanto
em 1970 somávamos 93,1 milhões (notou o crescimento? cerca de 130% em apenas 30 anos).

"No pós-guerra, durante duas décadas, as taxas de crescimento vegetativo cresceram sob
o influxo da redução das taxas de mortalidade (...) Nesse período, a revolução médico-
sanitária difundiu-se: no ritmo do processo de urbanização, as campanhas de vacinação em
massa e os cuidados com a higiene básica atingiram novas camadas da população. O Brasil
percorria a etapa ascendente da transição demográfica, e a população crescia como
nunca.”
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.354)

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A partir de meados da década de 1960,


tivemos o início da etapa descendente da
transição demográfica no Brasil. A redução da
taxa de mortalidade se tornou mais lento,
enquanto as taxas de natalidade começaram a
cair.

Na prática, a urbanização foi alterando a


lógica reprodutiva típica da sociedade rural
tradicional, onde o número de filhos está
diretamente associado à mão de obra.

Nas cidades, especialmente entre pessoas


de classe média, o casamento e a constituição de
família foram adiados, uma vez que a economia
urbana impõe mais custos para a Figura 30 – Crescimento Vegetativo do Brasil, entre 1950 e 2020
criação/formação de filhos. Assim, a decisão Fonte: IBGE
familiar de adiar a gestão e reduzir o número de filhos foi ainda mais possibilitada pela ascensão dos métodos
contraceptivos (que se estenderam até a população de baixa renda através da ação do Estado).

"No final da década de 1960, a natalidade Brasileira começou a cair de maneira acentuada.
na década de 1950, quando foi criado o Ministério da Saúde, começaram as campanhas
nacionais de combate às doenças endêmicas, tais como a malária, a doença de Chagas e a
esquistossomose. Desde 1973, o programa de vacinação organizado nacionalmente
imuniza a maior parte das crianças brasileiras contra as doenças mais comuns na infância,
muitas delas já erradicadas o território nacional."
(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna
Plus – Parte I, 2015.p.77)

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Outro fator determinante para análise da população brasileira é a expectativa de vida ao nascer. Se
pensarmos a realidade do país em 1950 tínhamos uma média de 46 anos, entretanto em 2011 O número de
anos que se espera que uma pessoa viva a partir do nascimento foi de 73,5 anos.

Hoje vemos no Brasil uma redução da taxa de fecundidade e um aumento da expectativa de


vida ao nascer.

Brasil: taxa de fecundidade Brasil: expectativa de vida ao


7 nascer
6,2 6,2 6,3
80
6 5,8 73
70
70 67
63
5
4,4 60
52 53
4 50
42 43
2,9 40
3
2,3
30
2 1,8
20
1
10

0 0
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010

Isso significa que nossa população está diminuindo? Não! Mas o ritmo de crescimento é menor!

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Brasil: Crescimento vegetativo - 1872-2010


3,5

2,91 2,99
3 2,89

2,48
2,5 2,39

2,01 1,98 1,93


2
1,64
1,49
1,5
1,17

0,5

"A transição demográfica determina, também, uma transição da estrutura etária da


população. No estágio inicial, quando ocorre a aceleração do crescimento vegetativo,
aumenta a proporção de jovens (0 a 19 anos) na população total. No estágio intermediário,
com a desaceleração do crescimento vegetativo, aumenta gradualmente a proporção de
adultos (20 a 59 anos) e, mais adiante, a de idosos (60 anos em diante). No estágio final,
caracterizado pela estagnação demográfica, a proporção de idosos continua a crescer, o
que ocasiona aumento das taxas de mortalidade.”
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.354)

Tal cenário tem alterado a composição etária da população, assim vemos, principalmente, a partir da
década de 1970, uma redução da população de crianças. Já, quando o assunto é a população idosa, é
possível apontar um aumento, especialmente a partir da década de 2010.

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“Essas alterações na composição etária da população indicam que o Brasil ingressou num
período especial conhecido como janela ou bônus demográfico. Ele ocorre quando há
predomínio de adultos no conjunto total da população em relação a crianças (0 a 14 anos)
e idosos (65 anos). Isso aumenta o número de pessoas em idade produtiva e diminui a
quantidade de dependentes, favorecendo o desenvolvimento econômico.”
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 582)

Parece lindo, não é? Mas calma! Nosso país não está aproveitando essa janela demográfica de maneira
eficiente.

ESTRUTURA ETÁRIA
"A estrutura etária da população é um indicador valioso para o planejamento de políticas
públicas de longo prazo.”
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.355)

A pirâmide etária (de idade) aponta a distribuição da população por idade (eixo vertical) e número de
habitantes (podendo ser absoluto ou relativo, ambos em porcentagem) por sexo/gênero (eixo horizontal):

• A base indica a taxa de natalidade, quando ela é larga, significa taxa de natalidade é elevada.

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• O corpo (meio) da pirâmide representa os adultos, que quando for largo, significa que a mão
de obra é muito elevada.

• O topo mostra a expectativa de vida, quando é largo significa que as pessoas vivem bastante.

Figura 12 – Partes de uma pirâmide etária

Na década de 1970, ainda dentro de um cenário de elevadas taxas de natalidade das décadas
anteriores, a base da pirâmide etária era larga, já que aproximadamente 53% da população era composta
por jovens. Enquanto, o vértice mais estreito, devido à baixa expectativa de vida – com a população idosa
somando apenas 5%.

Pensando as políticas públicas nesse cenário, a vasta população infantil com idade ideal para cursar o,
especialmente, o Ensino Fundamental, exigiria maiores esforços na implantação de novas escolas e
investimentos para garantir uma qualidade no sistema de ensino que se expandiria.

Essa primeira necessidade foi realizada com um razoável sucesso, sendo possível identificar
expansão no número de escolas, mas a qualidade não acompanhou o desempenho quantitativo.

Pensando o cenário em 2010, a base se estreitou, refletindo um cenário de redução da taxa de


natalidade (com os jovens representavam cerca de um terço do total). Assim, o “corpo/centro” da pirâmide
já concentrava a maior parte da população, afinal, os adultos já formavam a maioria – bem como é
fundamental destacar o aumento da população idosa, representando 11% do total, graças a elevação da
expectativa de vida.

A redução do número de jovens e a expansão quantitativo de idosos altera dinâmicas econômicas


(abrindo cenários apara empresas dos setores de saúde, lazer e turismo - por exemplo) e os focos de políticas
públicas. Nesse cenário, há uma maior demanda para o setor público de saúde e um desafio para manter o
equilibro de contas da previdência social.

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Figura 31 – À esquerda, pirâmide etária brasileira em 1970. À direita, pirâmide etária brasileira em 2010

Assim, podemos "resumir" a estrutura da população brasileira nas seguintes palavras:

“O aumento da esperança de vida da população brasileira ao nascer e a queda das taxas


de natalidade e mortalidade vêm provocando mudanças na pirâmide etária brasileira. Está
ocorrendo um significativo estreitamento em sua base, que corresponde aos mais jovens, e
o alargamento do meio para o topo, por causa da participação percentual de adultos e
idosos."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 585)

Uma outra maneira de visualizar a distribuição etária do Brasil é no gráfico seguinte

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Distribuição percentual da população grandes grupos etários - Brasil (1980 - 2010)


100%
4,01 4,83 5,35 5,85 7,38
90%

80%

70%
57,68
60,45 62,85
60% 64,55
68,54

50%

40%

30%

20% 38,2 34,72 31,54 29,6


10% 24,08

0%
1980 1991 1996 2000 2010
0 - 14 15 - 64 65 e mais

Figura 32 – Distribuição percentual da população por grandes grupos etários - Brasil (1980 a 2010) - Fontes: IBGE

Nesse sentido, a população brasileira se encaminha para ter mais idosos dos que crianças-jovens:

Evolução da proporção de crianças-jovens de 0 a 14 anos e de idosos com 60


anos e mais de idade - Brasil - 1940/2050
45 42,6 41,85 42,68 42,1

40 38,24
34,73
35
30,04 29,36
30
25,54
23,76
25
20,9
18,62
20 17,59
15,53
13,81 14,07
15
10,03
10 8,21
7,3
6,07
4,24 4,73 5,07
4,05
5
De 0 a 14 anos de idade
Com 60 e mais de idade
0
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2020 2030 2040 2050

Figura 33 – Evolução da proporção de crianças-jovens de 0 a 14 anos e de idosos com 60 anos e mais de idade - Brasil - 1940/2050
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1940/2010 e Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade 2000-2060

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"A participação relativa dos idosos na população total, no entanto, vem aumentando
significativamente: em 1980, as pessoas com mais de 60 anos de idade representavam
apenas 6% da população brasileira; em 2010, elas já perfaziam 10,8%; e, em 2060,
totalizarão 33,7%."
(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna
Plus – Parte I, 2015.p.80)

CRESCIMENTO POPULACIONAL

“Entre 1950 e 1980, a população brasileira cresceu em média 2,8% ao ano, índice que
projetava sua duplicação a cada 25 anos. Já de 2010 a 2015, o crescimento populacional
caiu para 0,8% ao ano, e a projeção para a população duplicar aumentou para 87 anos.”
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 581)

O crescimento da população brasileira foi mais acelerado num momento em que houve a redução da
taxa de mortalidade, mas a natalidade ainda se mantinha elevada. Com a queda da taxa de fecundidade -
apesar do aumento da expectativa de vida ao nascer - nossa população vem crescendo mais lentamente,
especialmente a partir da década de 1970.

A taxa de fecundidade no Brasil, atualmente, é inferior a taxa de reposição populacional estabelecida


pela ONU, mas isso não significa que nossa população está diminuindo - pelo menos até o presente
momento, não temos uma involução populacional.

Talvez você esteja pensando: "Poxa, se está nascendo menos pessoas, por que a população não está
diminuindo ainda?". Isso acontece porque apesar da redução da taxa de fecundidade, os brasileiros estão
vivendo mais.

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MOBILIDADE ESPACIAL (MIGRAÇÕES INTERNAS E EXTERNAS)

IMIGRAÇÃO INTERNACIONAL: FORÇADA E LIVRE

Pensando a transferência de pessoas para o território brasileiro de forma forçada, o destaque fica para
o tráfico de pessoas escravizadas vindas do continente africano. Entretanto, não conseguimos traçar
exatamente o quantitativo, por onde chegaram, quais os anos de maior fluxo e de onde viera - afinal, a Coroa
portuguesa não fazia registros oficiais do tráfico de pessoas.

Números levantados no livro Brasil> 5000 anos de povoamento, indicam que tivemos a chegada
de pelo menos 4 milhões de africanos entre 1550 e 1850. A maior parte desse contingente de
origem do golfo de Benin e das regiões que hoje são entendidas como Angola e Moçambique.

Pensando as correntes de imigração livre, a mais importante foi a portuguesa que se estendeu até
1980 - voltando a acontecer após a crise de 2008 - e tem esse "título" por ser numericamente superior e pela
disposição (afinal, se espalharam por todo o território).

"Até a abertura dos portos, em 1808, estima-se que 465 mil portugueses se deslocaram
para a colônia luso Americana entre 1500 e 1808, em 1818 o governo colonial financiou a
vinda de centenas de colonos suíços e alemães, que se fixaram em terras situadas nas serras
cariocas, onde fundaram a cidade de Nova Friburgo."
(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna
Plus – Parte I, 2015.p.124)

Até 1883, tivemos a seguinte configuração de correntes imigratórias:

▪ a segunda maior corrente de imigrantes livres foi a italiana - que se direcionou, especialmente,
para os cafezais no Sudeste;
▪ os alemães formaram a terceira maior corrente, concentrando-se em colônias na região Sul;
▪ já a quarta maior corrente de imigrantes, até então, foi a de espanhóis

A década de 1850, marca algumas


transformações no cenário econômico brasileiro,
ATENÇÃO
afetando diretamente a lógica de imigração. A
expansão do café em terras do sudeste e a Note que há dois estímulos diferentes (que
necessidade de ocupação da região Sul (como apontam para realidades distintas) à
estratégia de integração territorial e proteção) foram o imigração:
pano de fundo para o governo brasileiro criar medidas
que incentivaram a chegada de europeus para
Cenário 1: substituir a mão de obra escrava
substituir a mão de obra escravizada - como por Cenário 2: ocupar e povoar a região Sul.
exemplo o financiamento de passagens e supostas
garantias como emprego, moradia, alimentação e
pagamento anual de salários.

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Entretanto, tais promessas governamentais não foram cumpridas, e a realidade impostas a tais
migrantes foi perversa: a escravidão por dívida. Os valores gastos para a chegada no Brasil se transformaram
em dívida, e o imigrante só poderia deixar a fazenda quando tal dívida fosse quitada. Na prática, não existia
condições para acumular os valores necessários para tal pagamento, assim ficavam presos aos latifúndios -
sendo vigiados por capangas.

Vale ressaltar que a prática de escravidão por dívida ainda é comum em várias porções do Brasil,
especialmente na região Norte.

Além da imigração para o Sudeste - causada pelas fazendas de café -, outra grande área de atração d
imigrantes europeus foi a região Sul, onde destacamos os portugueses, italianos e alemães. Em tal região, os
imigrantes ganhavam a propriedade da Terra, e ali fundavam colônias de povoamento - os espanhóis não
fundaram colônias, mas se espalharam por grandes centros urbanos em todo o centro-sul brasileiro,
principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Os imigrantes italianos não ficaram restritos ao sudeste, também se expandiram por terras devolutas
nos planaltos subtropicais onde praticavam a agricultura familiar em pequenas propriedades - e aqui
destacamos a cultura da vinha e o trabalho nas vinícolas. No sudeste de Santa Catarina fundaram as cidades
de Criciúma e Urussanga.

Pensando a imigração alemã logo após a Independência, destacamos o ano de 1824, quando cerca de
20000 colonos alemães, que receberam pequenos lotes, fundaram as cidades de São Leopoldo e Novo
Hamburgo no Rio Grande do Sul. Em seguida, poucos anos depois, tal colônia se expandiu para o vale do
Itajaí: Joinville e Blumenau, que hoje são importantes centros industriais em Santa Catarina.

Ainda na perspectiva da colonização europeia na região sul, é importante destacar a presença de


eslavos no Paraná, fixando-se em Curitiba e formando colônias nos vales dos rios Negro e Ivaí.

"A imigração estrangeira iniciou-se no Brasil poucos anos antes da Independência e


acelerou se antes da metade do século XIX, com o processo de colonização agrícola familiar
das terras do Sul. esses imigrantes tornaram se pequenos proprietários rurais e formaram
as colônias do Rio Grande do Sul, na serra Gaúcha, onde se fixaram italianos (Caxias do Sul,
Bento Gonçalves, Garibaldi), e no vale do Rio do Sinos, onde se fixaram alemães (São
Leopoldo, Novo Hamburgo); de Santa Catarina, com destaque para as colônias alemães da
área de Joinville e do vale do Itajaí (Blumenau, Brusque); e do Paraná, com predomínio de
eslavos."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.353)

LEI DE COTAS Esse período, especialmente entre 1884 e


1934, tivemos o grande ciclo de imigração
Estabeleceu "para cada nacionalidade, uma cota estrangeira, marcado pela substituição do trabalho
anual para a imigração de até 2% do total que escravo na economia cafeeira. O fim de tal ciclo se
houvesse entrado no país nos últimos 50 anos. deu em 1934, quando Getúlio Vargas, por meio da Lei
(TERRA, Lygia, 2015, p.127)

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de Cotas, limitou drasticamente a entrada de imigrantes no Brasil.

"Depois da Lei de Cotas e de novas restrições criadas em 1938, um novo e menor surto de
imigração estrangeira coincidiu com a explosão da Segunda Guerra Mundial e prolongou
se até imediato pós-guerra. Nesse período, o país recebeu principalmente judeus alemães
que fugiam do nazismo e italianos que escapavam da devastação deixada pelo conflito."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.353)

Durante esses anos, o Brasil recebeu quase 4 milhões de imigrantes, formando bem mais que 1/5 da
população total elencada no censo de 1900. Pensando esse intervalo (1884-1934), os italianos formaram o
maior grupo a chegar em nosso país (quase 1,4 milhão), seguido por portugueses (1,1 milhão), espanhóis
(590 mil), alemães (155 mil) e japoneses (142 mil) - esses últimos que começaram a chegar a partir de 1908
e se concentraram no estado de São Paulo.

Em 1908, o Brasil recebeu a primeira embarcação trazendo colonos japoneses que se destinaram
principalmente para as lavouras de café do Oeste do estado de São Paulo e do norte do Paraná - alguns se
dirigiram para o vale do Ribeira (SP) e para os arredores de Belém (PA).

Vale destacar que entre as décadas de 1980 e 2009, alguns descendentes de tais japoneses
passaram a fazer o caminho inverso de seus ancestrais, partindo em direção ao Japão para ocupar

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postos de trabalho menos procurados por cidadãos japoneses - tais pessoas são conhecidas como
decasséguis [do japonês deru. "sair" e kasegu "para trabalhar"]. Muitos deles retornaram após a
crise que se iniciou em 2008.

Na primeira década do século XXI, o Brasil recebeu um contingente populacional de destaque de países
como Coreia do Sul, China e Bolívia - sendo que a maior parte se concentrou na cidade de São Paulo.
Entretanto, é fundamental destacar a corrente migratória de haitianos que buscaram o Brasil principalmente
após os problemas de ordem natural ocorridos em 2010. Após o terremoto que devastou o país, visualizamos
uma chegada maior desses fugitivos da catástrofe humanitária em nosso país - ainda que não sejamos o
principal destino de tal povo -, concentrando-se em cidades como Brasileia (AC), e Tabatinga (AM).

“Correntes imigratórias de menor expressão numérica incluem judeus, espalhados pelo


Brasil e oriundos de diversos países, principalmente europeus; árabes sírios e libaneses,
também distribuídos pelo país; chineses e coreanos, mais concentrados em São Paulo; (...)
Há também sul-americanos, como argentinos, uruguaios, paraguaios, bolivianos,
venezuelanos e chilenos, a maioria na Grande São Paulo; e haitianos e pessoas de vários
países africanos, com destaque para Angola, Cabo Verde e Nigéria."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 585)

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Mas não podemos nos esquecer que também há um grande contingente populacional deixando o país
- os emigrantes. Esse grupo se dirige especialmente para os Estados Unidos, Europa e países latinos (dados
de 2020, apontam: Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Reino Unido e Japão).

MIGRAÇÃO: MOVIMENTOS INTERNOS

Se analisarmos a história do Brasil, é possível perceber que os deslocamentos populacionais estão


associados às dinâmicas econômicas, ou seja, áreas que passam por crises/problemas acabam criando uma
espécie de repulsão, enquanto aquelas que se destacam economicamente (e consequentemente
apresentam mais postos de trabalho) são consideradas atrativas.

Observe o exemplo: com a crise da cana de açúcar no Nordeste, tal região começou a se consolidar
como um centro repulsor da população, ou seja, faltava emprego/renda e isso direcionou pessoas para Minas
Gerais, onde as pessoas eram atraídas pela economia que se estabelecia em torno do ouro. Mais tarde, a
extração aurífera também entrou em declínio, enquanto o café (e depois a industrialização) gerou
atratividade para o eixo São Paulo-Rio de Janeiro.

"Se determinada região do país começa a receber investimentos produtivos, públicos ou


privados, quem tem a oferta de emprego, em pouco tempo ela se torna polo de atração de
pessoas."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 585)

Pensando deslocamento populacional interno no Brasil, a partir da década de 1930, identificamos 2


grandes vertentes: para as fronteiras agrícolas e para a região sudeste - ou seja, predominavam as
migrações Inter-regionais (entre regiões).

A forte atração para o Sudeste começou a ser reduzida na década de 1970 quando a busca pela
integração da região centro-oeste e da região norte somada a descentralização industrial fez com que o polo
São Paulo-Rio de Janeiro não fosse o único grande centro atrativo do país. com a implementação do Plano
de Integração Nacional (PIN) e a consequente construção de diversas rodovias - Cuiabá-Santarém (1973),
Manaus-Boa Vista (1976) e a Transamazônica (1972) -, tivemos deslocamento de nordestinos e sulistas para
a porção setentrional do país.

Além disso, para destacar que nós décadas de 1970 e 1980, com a participação de empresas
transnacionais e incentivos/investimentos do governo federal, tivemos a implantação de grandes
projetos de mineração no norte do Brasil - atraindo muitos garimpeiros para tal região.

Também é importante ressaltar que entre as décadas de 1960 e 1980, as migrações internas no
território brasileiro tiveram o perfil de deslocamento do campo rumo à cidade - o chamado êxodo rural. Tal
movimento se deu, principalmente, por fatores repulsivos (concentração de terras e a necessidade de mão
de obra mais qualificada no campo) e atrativos (como os empregos nos setores secundário e,
fundamentalmente, terciário, bem como as melhores condições de vida associadas assistência médica,
saneamento básico e eletricidade).

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Se observarmos espacialmente os deslocamentos populacionais no Brasil, a região Nordeste se


caracterizou como um centro repulsor desde o ciclo da mineração. Isso se deve, além da capacidade atrativa
de outras porções do país, à fatores de repulsão como o controle político e territorial por parte de
latifundiários gerando profundas desigualdades provenientes da concentração fundiária bem como o
desemprego associado à modernização do campo e problemas agravados pela seca (e especialmente na
década de 1950).

"Fugindo da exclusão social e da pobreza e buscando melhores oportunidades, entre 1940


e 1980, quase 13 milhões de nordestinos se deslocaram para diversas regiões do país,
sobretudo para o Sudeste."
(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna
Plus – Parte I, 2015.p.128)

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A década de 1990 marca uma redução nas migrações inter-regionais e a intensificação do fenômeno
migração de retorno, que nada mais é do que a volta de migrantes nordestinos (ou descendentes daqueles
que deixaram sua Terra Natal em décadas anteriores) para os estados e municípios de origem.

Recentemente, quando pensamos a região que mais recebe imigrantes, o destaque ainda é o Sudeste,
entretanto, observamos uma tendência de redução significativa dos movimentos migratórios Inter regionais
e um aumento das migrações intrarregionais (dentro das próprias regiões). Nesse sentido, as cidades médias
se tornaram grandes centros atrativos de pessoas.

Pensando os saldos migratórios, temos tal cenário:

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MIGRAÇÕES TÉMPORÁRIAS
SAZONAL: movimentos populacionais realizados temporariamente, em determinada
época do ano.
Em períodos de seca, pessoas deixam o Sertão e o Agreste rumo a Zona da Mata, onde
trabalho na colheita da cana-de-açúcar. Em geral, retornam à sua região de origem na
estação de chuvas – quando plantam milho e feijão em suas propriedades.
Tal movimento também é verificado na Amazônia, quando os seringueiros se deslocam
para participar da coleta de castanha-do-pará, mas retornam (na entressafra) para a
extração do látex.

PENDULAR: muito comum nas regiões metropolitanas (onde a integração favorece tal
movimento) são migrações diárias fortemente associadas ao trabalho – quando pessoas
moram em uma cidade, mas trabalham em outra, se deslocando diariamente entre
diferentes municípios.

MERCADO DE TRABALHO: ESTRUTURA OCUPACIONAL


"Segundo os critérios estatísticos Brasil: distribuição da
brasileiros, a população economicamente população ocupada - 2015
ativa (PEA) abrange todas as pessoas com Construção
dez nãos de idade ou mais que participam 9,80%

do mercado de compra e venda força de


Indústria
trabalho. Os trabalhadores 11,80%
temporariamente desempregados, que
procuram colocações, participam da PEA."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª
edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.353) Agricultura
13,90%
As alterações na estrutura etária da Serviços
46,30%
população refletem na composição da PEA, mas é
fundamental associar tal cenário ao avanço Comércio e
tecnológico, onde máquinas substituíram pessoas manutenção
18,20%
em diferentes postos.

As principais transformações na distribuição da PEA se deram em consonância ao processo de


industrialização/urbanização. Em 1940, a maior parte da população estava empregada no setor primário -
cerca de 2/3 -, entretanto, a expansão dos complexos agropecuários impulsionou parte significativa da
população para as cidades, alterando a dinâmica de ocupação por setor produtivo.

O aumento da população ocupada no setor secundário foi identificado até a década de 1980, entrando
em decadência após tal marco. Já o setor terciário passou a ocupar posição dominante no emprego de mão

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de obra na década de 1970 - e atualmente, concentra, com folga, o contingente populacional ocupado no
país.

DESENVOLVIMENTO HUMANO: OS INDICADORES SOCIOECONÔMICOS

COEFICIENTE DE GINI

"A economia brasileira desenvolveu-se sob o signo da concentração da riqueza. O abismo


social entre a elite de proprietários de terra e a massa de trabalhadores formou o arcabouço
histórico para a atual concentração de renda no país."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.360)

É provável que você já tenha visto em algum lugar a alegação "O Brasil é um país muito
desigual", mas o que significa isso? Como conseguimos medir a desigualdade?
Desenvolvido pelo estatístico Corrado Gini, o coeficiente que leva seu nome indica o grau de
desigualdade de renda, variando de 0 (que só existe na teoria, onde todos os indivíduos apresentam
a mesma renda, ou seja, zero desigualdade) até 1 (que também não apresenta nenhum caso prático,
onde a renda é concentrada em uma pessoa, ou seja, total desigualdade).

0 (igualdade – todos com a mesma renda) a 1 (total concentração – 1 pessoa com toda a riqueza

Entretanto, além de pensarmos a desigualdade, é importante que apontemos um outro


problema da realidade brasileira: a pobreza. Ao falarmos de desigualdade estamos pensando na
distribuição de renda, já o termo pobreza precisa ser pensado como a carência de renda e de acesso
a serviços de primeira necessidade.

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A realidade brasileira expõe os dois problemas: desigualdade e pobreza.

A pobreza no Brasil é fortemente associada às dinâmicas regionais, assim, diversos indicadores


apontam as carências concentradas nas regiões Nordeste e Norte:
• mortalidade infantil: indicador extremamente sensível à pobreza, ou seja, quanto mais
elevado, maior a pobreza. Tal índice pode ser dividido em neonatal precoce (até os 6
dias) - que indica o acesso ao pré-natal e a qualidade do parto -, neonatal tardia (7 aos
27 dias) e pós-neonatal (28 dias - 1 ano) - essas duas subdivisões indicam as condições
gerais de vida.

"Em 2009, a taxa geral de mortalidade infantil no país situava-se em 22,5 por mil. No
Sudeste e no Sul, girava em torno de 15 e 16 por mil e, no Centro-Oeste, 18 por mil. Contudo,
no Norte ficava próximo de 24 por mil e no Nordeste superava 33 por mil."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.360)

• analfabetismo: tal fator indica pobreza porque os analfabetos encontram maiores


dificuldades no mercado de trabalho moderno.

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IDH
Até 1998, o único parâmetro utilizado para saber se um dado país é desenvolvido ou não era o
Produto Interno Bruto (PIB), isto é, a soma de todas as riquezas de uma nação. Entretanto:

Riqueza e desenvolvimento não são sinônimos

E como o IDH é calculado? Bom... Em 2010, as metodologias utilizadas para definir tal índice
foram alteradas e três pilares estabelecidos: saúde, educação e renda, sendo, segundo o portal
digital da PNUD (agência da ONU responsável por tal cálculo), pensados da seguinte forma:
• Saúde: vida longa e saudável – medida através da expectativa de vida;
• Educação: acesso ao conhecimento – medido através de dois fatores: média de anos de educação
de adultos e a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar
• Renda: padrão de vida – medido através do Renda Nacional Bruta (RNB) per capita (tal índice
aponta o poder e compra).

Escala do IDH: varia de 0 (nenhum desenvolvimento) a 1 (total desenvolvimento).

Países Desenvolvidos (centrais)- IDH muito alto (acima de 0,9).


Países em desenvolvimento (emergentes) – IDH alto (entre 0,8 e 0,7) ou médio (0,6 e 0,5).
Países subdesenvolvidos (periféricos) – IDH baixo (inferior a 0,5).

Em síntese:

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E o Brasil? Bom... Na década de 1990, o IDH brasileiro era médio, em torno de 0,6. No início
dos anos 2000, subiu para alto, aproximadamente 0,7 e atualmente (dado de 2019) é de 0,761. Essa
melhora, mesmo que lenta, deve-se às políticas públicas voltadas para a educação e a saúde.

"Das três variáveis consideradas no cálculo do IDH (educação, renda e longevidade - veja o
gráfico abaixo), a que apresentou a maior contribuição para a melhora do índice brasileiro,
nas últimas décadas, foi a educação. Em contrapartida, a renda foi a variável que menos
contribuiu nesse período. No item longevidade, que permite avaliar as condições gerais de
saúde da população, os avanços também foram bastante significativos
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 591)

BRASIL: IDHM e seus subíndices - 1999/2000/2010


0,9
0,816
0,8 0,739
0,727 0,727
0,673 0,692
0,7 0,647 0,662
0,612
0,6
0,493
0,5 0,456

0,4
0,279
0,3

0,2

0,1

0
IDHM IDHM (Educação) IDHM (Renda) IDHM (Longevidade)

1991 2000 2010

Atenção: essa realidade não é traduzida no país de forma homogênea:

AULA 08 – GEOGRAFIA 36
Professora Priscila Lima
Prof.ª Priscila Lima

1991 2000 2010

Figura 18 – IDHM - BRASIL 1991, 2000, 2010


Fonte: PNUD

NÃO CONFUNDA
IDH – aponta o desenvolvimento, quanto mais próximo à 1 (totalmente desenvolvido), melhor
Gini – aponta a concentração de renda, quanto mais próximo de 0 (sem concentração), melhor

AULA 08 – GEOGRAFIA 37
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES
1. (2022)
Leia o texto da campanha do Ministério da Saúde em favor da amamentação publicado em 2008: “NADA
MAIS NATURAL QUE AMAMENTAR. NADA MAIS IMPORTANTE QUE APOIAR. AMAMENTAÇÃO: PARTICIPE
E APOIE A MULHER”. O uso deste tipo de campanha pelo Governo Federal do Brasil está diretamente
relacionado:
A) à redução da expectativa de vida ao nascer verificada no país no último decênio.
B) à difusão da ideologia de gênero.
C) às altas taxas de mortalidade infantil que ainda persistem no país.
D) à necessidade de fragilizar a ação de multinacionais que monopolizam o comércio de laticínios.
E) às elevadas taxas de fecundidade verificadas no país nas últimas décadas.

2. (2021)
Nas últimas décadas, o Brasil vem passando por significativas mudanças estruturais em sua composição
demográfica. Sobre esse assunto, assinale 1 opção correta.
A) O Brasil permanece como um país cuja maior parte da população vive no campo, onde a taxa de
natalidade é muito baixa.
B) Os avanços na medicina ainda não foram suficientes para reduzir a taxa de mortalidade ao longo dos
anos.
C) A taxa de fecundidade, que indica o número de nascidos vivos, tem apresentado expressivo aumento
neste século.
D) O envelhecimento da população brasileira se mantém em níveis baixíssimos, seguindo a tendência
mundial.
E) Paralelamente à redução da natalidade, a esperança de vida ao nascer tem aumentado no Brasil.

3. (2015)
As migrações _________________ são realizadas temporariamente, em uma determinada época do ano.
É o caso de trabalhadores rurais que se deslocam em certas épocas do ano (por exemplo na colheita de
algum produto) e retornam após alguns meses, com o término do trabalho.

O termo (deslocamento populacional) que completa corretamente o texto acima é:


A) pendulares
B) sazonais
C) de êxodo rural
D) intrarregionais
E) inter-regionais

4. (2015)
Sobre a atual dinâmica demográfica brasileira, assinale a afirmativa correta:
A) O Brasil está deixando de ser um país jovem.
B) A participação relativa dos idosos vem declinando desde a década de 1980.
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Prof.ª Priscila Lima

C) O crescimento vegetativo compreendido entre 1940 e 1970, não foi afetado pela redução da
mortalidade.
D) A migração é um dos fatores de maior impacto na composição atual da estrutura etária do Brasil.
E) A Taxa de mortalidade infantil equipara-se a dos padrões do conjunto dos países desenvolvidos.

5. (2015)
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é utilizado como referência em estudos comparativos das
condições de vida das populações. Seus três grandes indicadores são:
A) Expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e quantidade de trabalhadores abaixo da linha da
pobreza.
B) Nível de instrução, PIB per capta e número de empregos com carteira assinada.
C) Expectativa de vida ao nascer, PIB per capta e a quantidade de trabalhadores domésticos.
D) PIB per capta, nível de instrução e taxa de fecundidade.
E) Expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e PIB per capta.

6. (2012)
A população brasileira sempre teve um histórico de grande mobilidade desde a colonização. Cerca de um
terço da população brasileira não reside onde nasceu. Entre as características da mobilidade da população
nacional na década de 90, está a(o)
A) queda do movimento migratório interno em direção ao Sudeste.
B) aumento do crescimento populacional de São Paulo, principal região atratora.
C) redução drástica da corrente migratória em direção à Amazônia.
D) involução dos municípios de médio e pequeno porte que tiveram suas populações atraídas pelas
metrópoles.
E) grande onda migratória de sulistas em direção ao Nordeste.

7. (2011)
O período de maior crescimento vegetativo da população brasileira ocorreu:
A) entre os anos de 1940 e 1970, devido ao rápido declínio das taxas de mortalidade e manutenção, em
patamares elevados, das taxas de natalidade.
B) entre 1972 e 1940, devido à entrada de milhares de imigrantes no país.
C) entre os anos de 1960 e 1990, devido às mudanças estruturais ocorridas na economia brasileira.
D) nos primeiros anos do século XX, em decorrência das medidas sanitárias implantadas em todo o
território nacional.
E) entre os anos de 1988 e 2008, em decorrência do planejamento familiar sugerido em nossa última
Constituição Federal.

8. (2009)

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Prof.ª Priscila Lima

Os últimos censos demográficos do Brasil têm registrado inúmeras mudanças na dinâmica e no


comportamento da população brasileira. Todas as afirmações abaixo são exemplos destas alterações com
exceção da(o):
A) declínio das taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade geral.
B) elevação do número de pessoas empregadas no setor terciário,
C) aumento da população idosa no conjunto da população.
D) aumento da expectativa de vida.
E) crescimento da população e ameaça de explosão demográfica.

GABARITO
1. C
2. E
3. B
4. A
5. E
6. A
7. E

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES COMENTADAS


1. (2022)
Leia o texto da campanha do Ministério da Saúde em favor da amamentação publicado em 2008: “NADA
MAIS NATURAL QUE AMAMENTAR. NADA MAIS IMPORTANTE QUE APOIAR. AMAMENTAÇÃO: PARTICIPE
E APOIE A MULHER”. O uso deste tipo de campanha pelo Governo Federal do Brasil está diretamente
relacionado:
A) à redução da expectativa de vida ao nascer verificada no país no último decênio.
B) à difusão da ideologia de gênero.
C) às altas taxas de mortalidade infantil que ainda persistem no país.
D) à necessidade de fragilizar a ação de multinacionais que monopolizam o comércio de laticínios.
E) às elevadas taxas de fecundidade verificadas no país nas últimas décadas.

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: A expectativa de vida ao nascer é calculada com base na média de
idade das pessoas que faleceram no ano anterior, logo, não é controlada pela amamentação.
Alternativa B – INCORRETA: A amamentação é um fatore de melhoria das condições de vida, não
de ideologia de gênero.
Alternativa C – CORRETA: Apesar da redução das taxas de mortalidade infantil no Brasil, se
compararmos nossa realidade à de países desenvolvidos, ainda há muito a evoluir. Com a
amamentação, as condições de saúde das crianças evoluem, logo, há maiores chances de
sobrevivência até 1 ano de idade (logo, redução na taxa de mortalidade infantil).

AULA 08 – GEOGRAFIA 4
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Alternativa D – INCORRETA: O incentivo à amamentação é uma política de saúde pública, não de


protecionismo econômico.
Alternativa E – INCORRETA: As taxas de fecundidade estão em queda no Brasil.
Gabarito: C
2. (2021)
Nas últimas décadas, o Brasil vem passando por significativas mudanças estruturais em sua composição
demográfica. Sobre esse assunto, assinale 1 opção correta.
A) O Brasil permanece como um país cuja maior parte da população vive no campo, onde a taxa de
natalidade é muito baixa.
B) Os avanços na medicina ainda não foram suficientes para reduzir a taxa de mortalidade ao longo dos
anos.
C) A taxa de fecundidade, que indica o número de nascidos vivos, tem apresentado expressivo aumento
neste século.
D) O envelhecimento da população brasileira se mantém em níveis baixíssimos, seguindo a tendência
mundial.
E) Paralelamente à redução da natalidade, a esperança de vida ao nascer tem aumentado no Brasil.

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: A maior parte da população brasileira vive nas cidades. No campo a
taxa de natalidade é maior.
Alternativa B – INCORRETA: A taxa de mortalidade no Brasil sofreu forte queda ainda na década
de 1940.
Alternativa C – INCORRETA: A taxa de fecundidade está em queda e representa a média de filhos
entre as mulheres em idade reprodutiva.
Alternativa D – INCORRETA: O envelhecimento da população brasileira é uma realidade, e
acontece de maneira mais acelerada.
Alternativa E – CORRETA: Ou seja, há menos pessoas nascendo, mas aquelas que nasceram estão
vivendo mais tempo.
Gabarito: E

3. (2015)
As migrações _________________ são realizadas temporariamente, em uma determinada época do ano.
É o caso de trabalhadores rurais que se deslocam em certas épocas do ano (por exemplo na colheita de
algum produto) e retornam após alguns meses, com o término do trabalho.

O termo (deslocamento populacional) que completa corretamente o texto acima é:


A) pendulares
B) sazonais
C) de êxodo rural

AULA 08 – GEOGRAFIA 5
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D) intrarregionais
E) inter-regionais

Comentários:
Alternativa A – INCORRETA: Essas são diárias.
Alternativa B – CORRETA: Ou seja, durante um período as pessoas moram em um lugar, mas
durante outro período se deslocam.
Alternativa C – INCORRETA: Essa migração trata de uma mudança de “espaço”, do campo para a
cidade.
Alternativa D – INCORRETA: Essa migração trata de uma mudança de “espaço”, dentro da própria
região.
Alternativa E – INCORRETA: Essa migração trata de uma mudança de “espaço”, entre regiões.
Gabarito: B

4. (2015)
Sobre a atual dinâmica demográfica brasileira, assinale a afirmativa correta:
A) O Brasil está deixando de ser um país jovem.
B) A participação relativa dos idosos vem declinando desde a década de 1980.
C) O crescimento vegetativo compreendido entre 1940 e 1970, não foi afetado pela redução da
mortalidade.
D) A migração é um dos fatores de maior impacto na composição atual da estrutura etária do Brasil.
E) A Taxa de mortalidade infantil equipara-se a dos padrões do conjunto dos países desenvolvidos.

Comentários:
Alternativa A – CORRETA: A população brasileira está envelhecendo, já que a fecundidade está
em queda e a expectativa de vida em alta.
Alternativa B – INCORRETA: A população idosa tem aumentado.
Alternativa C – INCORRETA: Houve uma aceleração do crescimento vegetativo.
Alternativa D – INCORRETA: A mudança da estrutura etária brasileira se deve à queda da
fecundidade e aumento da expectativa de vida.
Alternativa E – INCORRETA: A mortalidade infantil no Brasil ainda é elevada se comparada aos
países desenvolvidos.
Gabarito: A

5. (2015)

AULA 08 – GEOGRAFIA 6
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O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é utilizado como referência em estudos comparativos das
condições de vida das populações. Seus três grandes indicadores são:
A) Expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e quantidade de trabalhadores abaixo da linha da
pobreza.
B) Nível de instrução, PIB per capta e número de empregos com carteira assinada.
C) Expectativa de vida ao nascer, PIB per capta e a quantidade de trabalhadores domésticos.
D) PIB per capta, nível de instrução e taxa de fecundidade.
E) Expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e PIB per capta.
Comentários:
O IDH considera dados sobre a saúde (vida longa e saudável – medida através da expectativa de
vida), Educação: acesso ao conhecimento – medido através de dois fatores: média de anos de
educação de adultos e a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a
vida escolar; e Renda per capita (tal índice aponta o poder e compra).
Gabarito: E

6. (2012)
A população brasileira sempre teve um histórico de grande mobilidade desde a colonização. Cerca de um
terço da população brasileira não reside onde nasceu. Entre as características da mobilidade da população
nacional na década de 90, está a(o)
A) queda do movimento migratório interno em direção ao Sudeste.
B) aumento do crescimento populacional de São Paulo, principal região atratora.
C) redução drástica da corrente migratória em direção à Amazônia.
D) involução dos municípios de médio e pequeno porte que tiveram suas populações atraídas pelas
metrópoles.
E) grande onda migratória de sulistas em direção ao Nordeste.

Comentários:
Alternativa A – CORRETA: Então, tivemos o aumento da migração de retorno e as intrarregionais.
Alternativa B – INCORRETA: Houve redução das migrações inter-regionais
Alternativa C – INCORRETA: Cuidado com o termo “drástico”, porque tivemos uma expansão da
fronteira agrícola.
Alternativa D – INCORRETA: Os municípios de médio e pequeno porte passaram a receber mais
pessoas.
Alternativa E – INCORRETA: Tivemos uma migração de retorno, mas não teve o Sul como principal
ponto de partida.
Gabarito: A

7. (2011)

AULA 08 – GEOGRAFIA 7
Professora PriscilaLima
Prof.ª Priscila Lima

O período de maior crescimento vegetativo da população brasileira ocorreu:


A) entre os anos de 1940 e 1970, devido ao rápido declínio das taxas de mortalidade e manutenção, em
patamares elevados, das taxas de natalidade.
B) entre 1872 e 1940, devido à entrada de milhares de imigrantes no país.
C) entre os anos de 1960 e 1990, devido às mudanças estruturais ocorridas na economia brasileira.
D) nos primeiros anos do século XX, em decorrência das medidas sanitárias implantadas em todo o
território nacional.
E) entre os anos de 1988 e 2008, em decorrência do planejamento familiar sugerido em nossa última
Constituição Federal.
Comentários:
Alternativa A – CORRETA: Uma vez que a taxa de natalidade manteve seus patamares elevados.
Alternativa B – INCORRETA: O crescimento vegetativo não contabiliza migrantes.
Alternativa C – INCORRETA: Esse período é marcado pela desaceleração do crescimento
vegetativo.
Alternativa D – INCORRETA: Essas medidas geraram maiores efeitos a partir da década de 1940.
Alternativa E – INCORRETA: O planejamento familiar reduz a taxa de natalidade, logo desacelera
o crescimento vegetativo.
Gabarito: A

8. (2009)
Os últimos censos demográficos do Brasil têm registrado inúmeras mudanças na dinâmica e no
comportamento da população brasileira. Todas as afirmações abaixo são exemplos destas alterações com
exceção da(o):
A) declínio das taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade geral.
B) elevação do número de pessoas empregadas no setor terciário,
C) aumento da população idosa no conjunto da população.
D) aumento da expectativa de vida.
E) crescimento da população e ameaça de explosão demográfica.

Comentários:

Atenção: queremos a incorreta

Alternativa A – CORRETA: E aumento da expectativa de vida.


Alternativa B – CORRETA: O setor terciário tem concentrado a população economicamente ativa.
Alternativa C – CORRETA: Graças ao aumento da expectativa de vida.
Alternativa D – CORRETA: Graças às melhorias nas condições de vida.
Alternativa E – INCORRETA: O crescimento vegetativo brasileiro não está em fase de aceleração.

AULA 08 – GEOGRAFIA 8
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Gabarito: E

QUESTÕES INÉDITAS
1. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre a estrutura etária brasileira podemos afirmar que

A) o aumento da qualidade de vida está aumentando o número de idosos e de crianças

B) ao alcançar o desenvolvimento demográfico as desigualdades econômicas serão reduzidas

C) seguindo a lógica da transição demográfica, o Brasil deve apresentar aumento da taxa de


mortalidade no futuro

D) o crescimento demográfico horizontal está comprometendo o crescimento natural brasileiro que


está em ascensão

E) o avanço positivo do IDHM brasileiro é a causa direta da redução da base da pirâmide etária
brasileira entre 1970-2010.

2. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre a população brasileira, assinale a alternativa correta

A) Apesar das grandes obras de infraestrutura em direção à Amazônia, toda a Norte apresenta baixa
densidade demográfica.

B) A infraestrutura de transporte no Brasil é distribuída de forma homogênea pelo território,


seguindo o padrão demográfico

C) A industrialização mais intensa nas proximidades no Sudeste faz com que os postos de trabalho
se concentrem em tal setor

D) O histórico de colonização e produção favoreceram a maior concentração da população próximo


ao litoral.

E) O Brasil não é um país populoso, mas sim povoado, pois apesar de uma grande população, o
território também é muito extenso.

3. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre os setores da economia brasileira, assinale a alternativa correta

AULA 08 – GEOGRAFIA 9
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A) Devido à limitação técnica na agricultura familiar, o setor primário é aquele que mais emprega
no Brasil.

B) Por não apresenta um produto concreto, o setor terciário não é contabilizado no PIB brasileiro.

C) Desde a década de 1990, com o avanço industrial, houve a concentração mão de obra no setor
secundário

D) Inchaço urbano, mecanização do campo e automação industrial impulsionaram a hipertrofia do


terciário

E) A baixa tecnologia aplicada ao setor primário brasileiro reduziu a competitividade e produtividade

4. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre a transição demográfica no Brasil, assinale a alternativa correta

A) Apesar da urbanização ainda década de 1970, a queda da taxa de natalidade só foi evidenciada
no século XXI.

B) Graças ao saldo migratório, nos anos 2000, o Brasil viu seu crescimento natural ultrapassar as
projeções realizada pelo IBGE.

C) Com a urbanização, a população brasileira sofreu mudanças evidentes, como a queda na taxa de
fecundidade.

D) A queda na taxa de mortalidade sucedeu a baixa no número de filhos por família no Brasil,
marcando a transição demográfica.

E) A década de 1930 marca a explosão demográfica brasileira, graças ao processo de urbanização


decorrente da industrialização

5. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre o incremento populacional a partir do século XX, é possível afirmar que

A) A queda na taxa de natalidade no Brasil levou à redução da população

B) A queda da taxa de mortalidade no Brasil está associada às ações do ramo da saúde

C) A expectativa de vida entre mulheres e homens é a mesma

D) Houve um crescimento vegetativo negativo, graças ao saldo migratório

E) A taxa de fecundidade, ao contrário da natalidade, tem crescido no Brasil.

AULA 08 – GEOGRAFIA 10
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6. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

O Brasil é um país ____________, entretanto, graças à sua grande extensão territorial, não pode ser
considerado _____________. Ainda sobre a demografia, a __________ nordestinos destinaram-se,
principalmente, ao estado de ___________ na década de 1930, devido ao processo de ______________.

São termos que preenchem correta e respectivamente as lagunas:

A) populoso / povoado / emigrantes / São Paulo / industrialização.

B) povoado / populoso / migrantes / Manaus / extração do látex

C) populoso / povoado / imigrantes / São Paulo / urbanização

D) povoado / populoso / emigrante / Manaus / extração do látex

E) populoso / povoado / imigrantes / Minas Gerais / extração de ouro.

7. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Os estudos apontam que o ser humano sempre se deslocou no Espaço, e no caso do Brasil atual, o
fluxo migratório

A) é negativo

B) é inter regional

C) é nulo

D) é positivo

E) é neutro

8. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Conhecendo a evolução da realidade demográfica brasileira, é possível afirmar que

A) a redução da mortalidade infantil leva ao estreitamento do topo pirâmide etária brasileira.

B) a queda de mortalidade entre os idosos tem aumentado a população com 65 anos ou mais.

C) o ritmo demográfico apresentado levará o Brasil à um crescimento natural positivo.

D) os meios contraceptivos influenciam na redução da base da pirâmide etária.

E) a redução das desigualdades sociais é a responsável pela transição etária brasileira

AULA 08 – GEOGRAFIA 11
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9. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Típicos da década de 1970, os brasiguaios, brasileiros da região Sul do país que migraram para o
Paraguai, tiveram algumas motivações, entre elas:

A) eficiente sistema de saúde e previdenciário.

B) incentivo à produção no campo

C) necessidade de mão de obra pouco qualificada

D) expansão de tecnopolos

E) declínio econômico brasileiro

10. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um padrão internacional que para a sua concepção
relaciona-se

A) à formação educacional, à empregabilidade e à renda.

B) à população absoluta, à moradia e à qualidade de vida.

C) à expectativa de vida, à escolaridade e à renda per capita.

D) à educação, à alimentação e às opções de lazer.

E) à saúde, à educação e à população absoluta.

11. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Pensando as migrações internas no território brasileiro, é uma tendência mais evidenciada no século
XXI:

A) retorno ao Nordeste.

B) forçada ao Centro-Oeste.

C) de fronteira inter-regional.

D) forçada no Sudeste.

E) forçada ao Sul.

12. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

AULA 08 – GEOGRAFIA 12
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O principal fluxo migratório do Nordeste para o Centro-Oeste em meados do século XX foi motivado
pela

A) descentralização industrial

B) expansão da produção de soja

C) construção de Brasília

D) produção de algodão

E) expansão pecuária

13. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

À diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade corresponde

A) à população relativa.

B) ao crescimento vegetativo.

C) ao envelhecimento da população.

D) à reposição populacional.

E) ao crescimento horizontal

14. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Conhecendo a evolução da realidade demográfica brasileira, é possível afirmar que

A) a população infanto-juvenil superará à idosa

B) a taxa de mortalidade entre idosos tende a cair

C) o país se encaminha para um crescimento natural positivo.

D) a transição etária do país se relaciona, entre outros, com meios contraceptivos.

E) a transição demográfica acontece graças à redução das desigualdades

15. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre a população brasileira, assinale a alternativa correta.

AULA 08 – GEOGRAFIA 13
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Prof.ª Priscila Lima

A) Com forte presença de descentes de imigrantes na Europa, a região Sul apresenta a maior taxa
de urbanização, logo, maior taxa de fecundidade.

B) A região Norte, devido ao seu padrão menos urbanizado e industrializado nunca foi um destino
de fluxos de migração, como o Sudeste.

C) A ausência de investimentos faz da região Nordeste a única região que apresenta apenas
emigração, situação que é intensificada por causas naturais

D) Com a descentralização industrial, o movimento migratório também foi alterado no Brasil,


potencializando a desmetropolização e a atração populacional em direção às cidades médias.

E) Com a expansão da fronteira agrícola criou um fluxo migratório o Centro-oeste para o Sul do país,
graças às oportunidades que o agronegócio passou a oferecer.

16. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Com base na imagem a seguir, assinale a alternativa correta

A) Apesar do avanço no IDH, a desigualdade no Brasil permanece alta

B) Avanço do IDH corresponde ao aumento da produção

C) O IDH é um índice que indica a desigualdade dentro de um país.

D) Apesar de desconsiderar a educação, o IDH indica o desenvolvimento de um país

E) Para tal cálculo são considerados apenas índices sociais e nenhum de renda

17. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

AULA 08 – GEOGRAFIA 14
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“A estrutura etária da população tem reflexos importantes na economia de um país. Uma grande
porcentagem de crianças e jovens na população total gera maio demanda por investimentos estatais em
educação e em programa de saúde voltados para a população infantil. Por outro lado, a existência de um
número relativamente alto de idosos na população também gera demandas financeiras ao Estado,
principalmente com aposentadorias e programas específicos de saúde e assistência social.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
1ª edição. Moderna, 2010, p.228)

Sobre essa realidade no Brasil, assinale a alternativa correta.

A) Melhorias no saneamento básico tem aumentado o crescimento horizontal brasileiro

B) Há uma tendência de aumento da taxa de mortalidade com expansão da expectativa de vida

C) O fim do bônus demográfico em 2010 marca o avanço da população idosa no Brasil

D) O crescimento vegetativo no Brasil tem sido influenciado pelo saldo migratório positivo

E) A redução na taxa de natalidade tornou a população brasileira predominantemente idosa

18. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

São movimentações “caracterizadas pela volta das pessoas ao lugar de origem – geralmente depois
de um tempo trabalhando em outro país – ou por um novo deslocamento em busca de um terceiro lugar
para morar ou trabalhar. Em parte, esse movimento ocorre devido às facilidades atuais de locomoção e
de comunicação para fazer contato com outras comunidades.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
1ª edição. Moderna, 2010, p.168)

Tal movimentação é denominada

A) migração pendular

B) refúgio

C) êxodo rural

D) migrações circulares

E) êxodo urbano

19. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Geralmente os trabalhadores de topo (especialistas em diversas áreas, pesquisadores, peritos em


informática e comércio, executivos, administradores etc.) Saem dos países periféricos e se dirigem aos
países centrais”

AULA 08 – GEOGRAFIA 15
Professora PriscilaLima
Prof.ª Priscila Lima

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
1ª edição. Moderna, 2010, p.171)

Sobre tal movimento migratório é possível afirmar que

A) como consequências temos apenas pontos negativos, como a redução de produção científica

B) a Índia é o principal país destino desse tipo de migração, graças ao seu caráter subdesenvolvido

C) a fuga de cérebro é um processo limitado à países que apresentam a mesma língua oficial

D) em pouco tempo gera remessas financeiras nos países de origem graças ao envio de dinheiro

E) apesar de classificado como refúgio, não garantem uma documentação especial no país de
chegada

20. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“(...) É um dos mais tradicionais indicadores de comparação do desempenho da economia nacional.


Para calculá-lo, são considerados os bens produzidos dentro das fronteiras nacionais (produtos agrícolas,
minérios, eletrodomésticos, automóveis etc.), além das atividades comerciais e de serviço”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
1ª edição. Moderna, 2010, p.181)

Dessa forma, para o cálculo do PIB considera-se, exceto

A) Consumo das famílias em bens e serviços

B) Gastos do Governos em bens e serviços

C) Investimentos das indústrias

D) Os valores do produto final

E) Os valores de produtos intermediários

21. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“ainda que o cálculo do PIB per capita continue sendo efetuado e seja esse o componente financeiro
do IDH, a ONU considera uma série de outros indicadores para mensurar e tornar comparáveis os níveis
de bem-estar social vigentes nas diferentes economias nacionais.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
Moderna, 2010)

Entre tais fatores, destacamos

A) as taxas de natalidade e educação

AULA 08 – GEOGRAFIA 16
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B) saúde e involução população

C) o crescimento horizontal e educação

D) a expectativa de vida e nível de instrução

E) o crescimento vegetativo e educação

22. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre transição demográfica analise as afirmações.

I - Com a redução dos nascimentos, há um menor número de crianças entrando no sistema


educacional, o que gera uma oportunidade de se investir na qualidade da educação ofertada a estas
crianças e menos na oferta de vagas.

II - A população economicamente ativa (PEA) apresenta crescimento, tanto na participação relativa


quanto em valores absolutos. O crescimento observado tem papel fundamental na discussão sobre bônus
demográfico, na medida em a PEA, se incorporada no mercado de trabalho qualificado, pode favorecer o
aumento da produtividade do trabalho e do crescimento econômico.

III - O segmento populacional que mais cresce na população brasileira é o de idosos. O rápido
envelhecimento da população tem profundas implicações, trazendo importantes desafios para a
sociedade. Esse processo não deve ser considerado necessariamente como um problema, mas exige
atenção para a discussão das formas como lidar com o fenômeno.

IV - A fecundidade caiu para níveis extremamente baixos, muitas vezes inferiores ao número
necessário para ao menos manter a população com o mesmo tamanho. Ao longo desse processo, a
ocorrência dos nascimentos diminuiu de um padrão que englobava todo o período fértil (15 a 49 anos).

Marque a opção que aponta afirmações corretas:

A) I e II apenas.

B) I e III apenas.

C) II, III e IV apenas.

D)I, III e IV apenas.

E) I, II, III e IV.

23. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Considerando a realidade da população brasileira, assinale a alternativa correta

AULA 08 – GEOGRAFIA 17
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A) O envelhecimento da população contribui para o aumento da População Economicamente Ativa


(PEA) e está relacionado ao aumento da taxa de fecundidade, que garante a taxa de reposição
populacional.

B) A população brasileira vem envelhecendo pela queda dos índices de mortalidade infantil,
associada ao consumo de produtos orgânicos, aumentando a expectativa de vida da população.

C) O envelhecimento da população está relacionado ao aumento da expectativa de vida, associado


ao acesso a avanços na medicina, educação e oferta de alimentos. O aumento no número de idosos institui
a necessidade de demandas de políticas públicas e ajustes previdenciários voltados para essa população.

D) O aumento da expectativa de vida e as elevadas taxas de fecundidade, desequilibram a pirâmide


etária da população brasileira. Com elevados números de jovens e idosos, a População Economicamente
Ativa (PEA) diminui, gerando déficits previdenciários.

E) O envelhecimento da população brasileira vem ocorrendo pela melhor distribuição de renda no


país, minimizando as desigualdades sociais, possibilitando boa parte da população a ter acesso à
habitação, saúde e educação de qualidade, aumentando a expectativa de vida.

24. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre as demografia das regiões brasileiras, assinale a alternativa correta

A) a região Sudeste é a mais povoada e populosa do país graças ao desenvolvimento econômico da


região que continua, até hoje, atraindo grandes fluxos migratórios de todas as demais regiões por
concentrar a indústria do país.

B) a região Centro-Oeste é a segunda mais urbanizada do país, por isso, concentra também a
segunda maior população absoluta entre as regiões, isso se tornou possível com a ascensão das cidades
douradas do agronegócio.

C) graças aos grandes fluxos migratórios da década de 1940 até meados da década de 1990, a região
Nordeste se consolidou com a menor população absoluta entre as regiões brasileiras, bem como aquela
que apresenta o menor IDH.

D) a região Sul, marcada pela imigração europeia, detém a terceira maior população absoluta do
país, mas graças a sua extensão territorial, é a segunda mais povoada.

E) Apesar do crescimento populacional derivado de obras de infraestrutura, como hidrelétricas, a


região Norte continua apresentando a menor população absoluta do país, bem como ainda se mantém
como a menos povoada.

25. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Além de uma redistribuição nos setores de produção, as atividades econômicas criaram vários
padrões de deslocamento no território nacional, e, sobre isso podemos afirmar que

AULA 08 – GEOGRAFIA 18
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A) atualmente o maior fluxo migratório do Brasil se dá do Nordeste em direção ao Sudeste, em


especial para grandes cidades onde a demanda de trabalho é maior. Como consequência temos a
chamada macrocefalia urbana.

B) o saldo migratório brasileiro é negativo, e, dentre as diversas categorias de emigração do país,


podemos destacar a fuga de cérebro que se relaciona com o papel do Brasil na DIT.

A dinâmica de urbanização no Brasil impediu a migração pendular nas regiões metropolitanas


devido a ineficiência do transporte coletivo e congestionamentos em vias rodoviárias.

D) com a mecanização do campo, os movimento sazonais passaram a ser reduzidos logo na década
de 1970 e hoje são inexistentes. Dessa forma, o trabalho precário que fora típico do campo também se
deslocou para a cidade.

E) nos anos 2000 o êxodo rural atingiu os maiores números da história graças à mecanização do
campo. Como consequência, as cidades ficaram inchadas e o terceiro setor se tornou o maior empregador
do país.

GABARITO
1. C 6. A 11. A 16. A 21. D
2. D 7. A 12. C 17. B 22. E
3. D 8. D 13. B 18. D 23. C
4. C 9. B 14. D 19. D 24. D
5. B 10. C 15. D 20. E 25. B

QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS

1. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre a estrutura etária brasileira podemos afirmar que

A) o aumento da qualidade de vida está aumentando o número de idosos e de crianças

B) ao alcançar o desenvolvimento demográfico as desigualdades econômicas serão reduzidas

C) seguindo a lógica da transição demográfica, o Brasil deve apresentar aumento da taxa de


mortalidade no futuro

D) o crescimento demográfico horizontal está comprometendo o crescimento natural brasileiro que


está em ascensão

AULA 08 – GEOGRAFIA 19
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E) o avanço positivo do IDHM brasileiro é a causa direta da redução da base da pirâmide etária
brasileira entre 1970-2010.

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Há uma redução no número de crianças no Brasil

Alternativa B – INCORRETA: As desigualdades econômicas não dependem do desenvolvimento


demográfico

Alternativa C – CORRETA: Em 2015 já começava se desenhar um aumento na taxa de mortalidade

Alternativa D – INCORRETA: O crescimento horizontal no Brasil é negativo, bem como o crescimento


natural está em declínio com a redução da taxa de natalidade

Alternativa E – INCORRETA: A redução da base da pirâmide etária está relacionada à queda da taxa
de natalidade

Gabarito: C

2. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre a população brasileira, assinale a alternativa correta

A) Apesar das grandes obras de infraestrutura em direção à Amazônia, toda a Norte apresenta baixa
densidade demográfica.

B) A infraestrutura de transporte no Brasil é distribuída de forma homogênea pelo território,


seguindo o padrão demográfico

C) A industrialização mais intensa nas proximidades no Sudeste faz com que os postos de trabalho
se concentrem em tal setor

D) O histórico de colonização e produção favoreceram a maior concentração da população próximo


ao litoral.

E) O Brasil não é um país populoso, mas sim povoado, pois apesar de uma grande população, o
território também é muito extenso.

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Há algumas pequenas áreas mais distante do litoral que apresentam
alta densidade demográfica, como por exemplo: Manaus.

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Alternativa B – INCORRETA: a infraestrutura de transporte no Brasil é concentrada próximo ao


litoral, mas a produção ligada à exportação na região Centro-Oeste. No litoral concentram-se outras
atividades.

Alternativa C – INCORRETA: O setor da economia que concentra a maior parte da mão-de-obra é o


terciário, não a indústria.

Alternativa D – CORRETA: Como os ciclos econômicos concentraram boa parte da população


próximo ao litoral, que quando urbanizado, atraiu ainda mais pessoas.

Alternativa E – INCORRETA: Populoso: população absoluta; povoado: densidade demográfica


(muitas pessoas em relação ao espaço).

Gabarito: D

3. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre os setores da economia brasileira, assinale a alternativa correta

A) Devido à limitação técnica na agricultura familiar, o setor primário é aquele que mais emprega
no Brasil.

B) Por não apresenta um produto concreto, o setor terciário não é contabilizado no PIB brasileiro.

C) Desde a década de 1990, com o avanço industrial, houve a concentração mão de obra no setor
secundário

D) Inchaço urbano, mecanização do campo e automação industrial impulsionaram a hipertrofia do


terciário

E) A baixa tecnologia aplicada ao setor primário brasileiro reduziu a competitividade e produtividade

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: O setor que mais emprega no Brasil é o terciário.

Alternativa B – INCORRETA: O setor terciário é contabilizado no PIB

Alternativa C – INCORRETA: A mão de obra no Brasil tem se concentrado no setor terciário

Alternativa D – CORRETA: Tais causas aumentaram a mão de obra disponível para o setor terciário,
que ao absorver parte significativa, teve sua hipertrofia

Alternativa E – INCORRETA: O setor primário brasileiro recebeu grandes incentivos tecnológicos!

Gabarito: D

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4. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre a transição demográfica no Brasil, assinale a alternativa correta

A) Apesar da urbanização ainda década de 1970, a queda da taxa de natalidade só foi evidenciada
no século XXI.

B) Graças ao saldo migratório, nos anos 2000, o Brasil viu seu crescimento natural ultrapassar as
projeções realizada pelo IBGE.

C) Com a urbanização, a população brasileira sofreu mudanças evidentes, como a queda na taxa de
fecundidade.

D) A queda na taxa de mortalidade sucedeu a baixa no número de filhos por família no Brasil,
marcando a transição demográfica.

E) A década de 1930 marca a explosão demográfica brasileira, graças ao processo de urbanização


decorrente da industrialização

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Ainda no século XX, a taxa de natalidade no Brasil começou a entrar em
declínio.

Alternativa B – INCORRETA: A imigração não é contabilizada no cálculo do crescimento natural ou


vegetativo.

Alternativa C – CORRETA: A urbanização teve muito impacto no perfil etário da população brasileira,
favorecendo a diminuição das taxas de natalidade e aumento da expectativa de vida.

Alternativa D – INCORRETA: A transição demográfica brasileira se deu, primeiramente, pela queda


na taxa de mortalidade e, então, da taxa de natalidade/fecundidade, que ainda hoje estão em ritmo de
redução concomitantemente

Alternativa E – INCORRETA: A explosão demográfica não depende apenas da taxa de mortalidade.

Gabarito: C

5. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre o incremento populacional a partir do século XX, é possível afirmar que

A) A queda na taxa de natalidade no Brasil levou à redução da população

B) A queda da taxa de mortalidade no Brasil está associada às ações do ramo da saúde

C) A expectativa de vida entre mulheres e homens é a mesma

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D) Houve um crescimento vegetativo negativo, graças ao saldo migratório

E) A taxa de fecundidade, ao contrário da natalidade, tem crescido no Brasil.

Comentários:

Alternativa A – INCORRETA: Mesmo com a queda da taxa de natalidade, a população absoluta no


Brasil cresceu.

Alternativa B – CORRETA: Cuidados com a mãe e como recém-nascido diminuem a taxa de


mortalidade infantil, mas isso não se deu em todas as regiões com a mesma intensidade.

Alternativa C – INCORRETA: A expectativa de vida para as mulheres é maior do que para os homens.

Alternativa D – INCORRETA: O saldo migratório não contabilizado no cálculo de crescimento


vegetativo.

Alternativa E – INCORRETA: A taxa de fecundidade tem diminuído no Brasil.

Gabarito: B

6. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

O Brasil é um país ____________, entretanto, graças à sua grande extensão territorial, não pode ser
considerado _____________. Ainda sobre a demografia, a __________ nordestinos destinaram-se,
principalmente, ao estado de ___________ na década de 1930, devido ao processo de ______________.

São termos que preenchem correta e respectivamente as lagunas:

A) populoso / povoado / emigrantes / São Paulo / industrialização.

B) povoado / populoso / migrantes / Manaus / extração do látex

C) populoso / povoado / imigrantes / São Paulo / urbanização

D) povoado / populoso / emigrante / Manaus / extração do látex

E) populoso / povoado / imigrantes / Minas Gerais / extração de ouro.

Comentários:

● Populoso: relativo à população absoluta

● Povoado: referente à população relativa, ou densidade demográfica (população dividida pela


área).

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● Emigrantes: pessoas que estão saindo

● Imigrantes: pessoas que estão chegando

● Migração: movimento no geral.

● Década de 1930: industrialização / urbanização

Gabarito: A

7. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Os estudos apontam que o ser humano sempre se deslocou no Espaço, e no caso do Brasil atual, o
fluxo migratório

A) é negativo

B) é inter regional

C) é nulo

D) é positivo

E) é neutro

Comentários

O saldo migratório (crescimento horizontal) brasileiro é considerado negativo, ou seja, há mais


emigração do que imigração. De maneira bem prática: “mais gente saindo do que chegando no país”.

Gabarito: A

8. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Conhecendo a evolução da realidade demográfica brasileira, é possível afirmar que

A) a redução da mortalidade infantil leva ao estreitamento do topo pirâmide etária brasileira.

B) a queda de mortalidade entre os idosos tem aumentado a população com 65 anos ou mais.

C) o ritmo demográfico apresentado levará o Brasil à um crescimento natural positivo.

D) os meios contraceptivos influenciam na redução da base da pirâmide etária.

E) a redução das desigualdades sociais é a responsável pela transição etária brasileira

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Comentários

A) Incorreto. A taxa que interfere diretamente no topo da pirâmide etária é a expectativa de vida

B) Incorreto. Cuidado! De acordo com que a população brasileira envelhece, há o aumento da taxa
de mortalidade entre os idosos

C) Incorreto. O Brasil apresenta um crescimento vegetativo (natural) positivo e se encaminha para


o negativo

D) Correto. Com tais meios houve a redução da taxa de natalidade, logo, a base da pirâmide etária
do Brasil foi reduzida.

E) Incorreto. A redução das desigualdades sociais não é responsável pela alteração na idade da
população, e no caso brasileiro não chega a ser uma consequência também.

Gabarito: D

9. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Típicos da década de 1970, os brasiguaios, brasileiros da região Sul do país que migraram para o
Paraguai, tiveram algumas motivações, entre elas:

A) eficiente sistema de saúde e previdenciário.

B) incentivo à produção no campo

C) necessidade de mão de obra pouco qualificada

D) expansão de tecnopolos

E) declínio econômico brasileiro

Comentários

O trabalho no campo foi o grande incentivo para a migração desse grupo de brasileiros, graças ao
baixo preço da terra, facilidades de crédito e menores impostos de exportação.

Gabarito: B

10. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um padrão internacional que para a sua concepção
relaciona-se

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A) à formação educacional, à empregabilidade e à renda.

B) à população absoluta, à moradia e à qualidade de vida.

C) à expectativa de vida, à escolaridade e à renda per capita.

D) à educação, à alimentação e às opções de lazer.

E) à saúde, à educação e à população absoluta.

Comentários

Gabarito: C

11. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Pensando as migrações internas no território brasileiro, é uma tendência mais evidenciada no século
XXI:

A) retorno ao Nordeste.

B) forçada ao Centro-Oeste.

C) de fronteira inter-regional.

D) forçada no Sudeste.

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E) forçada ao Sul.

Comentários

Gabarito: A

12. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

O principal fluxo migratório do Nordeste para o Centro-Oeste em meados do século XX foi motivado
pela

A) descentralização industrial

B) expansão da produção de soja

C) construção de Brasília

D) produção de algodão

E) expansão pecuária

Comentários

A) Incorreto. Tal descentralização se deu a partir da década de 1980 e principalmente em direção


ao Sul

B) Incorreto. Tal expansão se deu a partir da região Sul

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C) Correto. O primeiro grande fluxo em direção ao Centro-Oeste se deu pela construção de Brasília
e a principal região de origem foi o Nordeste.

D) Incorreto. Produções agrárias em latifúndios não atraem, mas sim expulsam mão de obra

E) Incorreto. A pecuária no Centro-oeste não é um atrativo populacional.

Gabarito: C

13. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

À diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade corresponde

A) à população relativa.

B) ao crescimento vegetativo.

C) ao envelhecimento da população.

D) à reposição populacional.

E) ao crescimento horizontal

Comentários

A) Incorreto. Sinônimo para Densidade demográfica, ou seja, a população absoluta dividida pela
área.

B) Correto. A taxa de natalidade “menos” a taxa de mortalidade é chamada de crescimento


vegetativo

C) Incorreto. Expresso pela expectativa de vida

D) Incorreto. Tal índice é de 2,1

E) Incorreto. É um sinônimo de saldo migratório

Gabarito: B

14. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Conhecendo a evolução da realidade demográfica brasileira, é possível afirmar que

A) a população infanto-juvenil superará à idosa

B) a taxa de mortalidade entre idosos tende a cair

C) o país se encaminha para um crescimento natural positivo.

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D) a transição etária do país se relaciona, entre outros, com meios contraceptivos.

E) a transição demográfica acontece graças à redução das desigualdades

Comentários

A) Incorreto. O percentual da população de zero à catorze anos tem sofrido uma queda com o
decorrer do tempo e isso está relacionado à queda da taxa de fecundidade. E como podemos provar isso?
Ora, se a taxa de mortalidade infantil está caindo, a grosso modo, “as pessoas estão vivendo mais”, logo
deveria “crescer” tal população. Mas como o controle da base da pirâmide etária é feito pela oscilação da
taxa de fecundidade/natalidade, tal grupo etário/parte da pirâmide etária tem entrado em declínio.

B) Incorreto. Pense comigo: de forma geral, se aumentamos o número de pessoas com mais de 65
anos, a taxa de mortalidade também irá aumentar para tal grupo. Como assim? Se há mais pessoas idosas
e não existe um outro grupo após esse, ou seja, completou 65 anos, entrou no último grupo etário, haverá
mais óbitos (simplesmente porque existem mais pessoas e não há limites de idade para esse grupo).

Então, o que determina o aumento da população idosa não é a redução da taxa de mortalidade
entre os maiores de 65 anos, mas sim o crescimento na esperança de vida.

Bizu: o aumento da expectativa/esperança de vida direciona ao aumento da população idosa,


consequentemente, “tem mais pessoa idosa para morrer”.

C) Incorreto. Primeira coisa importante: o que é um crescimento natural? E positivo? Crescimento


natural (também chamado de vegetativo) é a relação entre a taxa de mortalidade e de natalidade de um
país.

D) Correto. O controle da taxa de fecundidade no Brasil está diretamente associado à


disponibilização de meios contraceptivos (principalmente os preservativos masculinos, como acontece
em grandes eventos), como direciona a teoria Neomalthusiana.

E) Incorreto. O desenvolvimento demográfico nem sempre tem ligações com a redução das
desigualdades. No caso brasileiro, as condições de abismo social ainda existem, mesmo com avanços
demográficos.

Gabarito: D

15. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre a população brasileira, assinale a alternativa correta.

A) Com forte presença de descentes de imigrantes na Europa, a região Sul apresenta a maior taxa
de urbanização, logo, maior taxa de fecundidade.

B) A região Norte, devido ao seu padrão menos urbanizado e industrializado nunca foi um destino
de fluxos de migração, como o Sudeste.

AULA 08 – GEOGRAFIA 29
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C) A ausência de investimentos faz da região Nordeste a única região que apresenta apenas
emigração, situação que é intensificada por causas naturais

D) Com a descentralização industrial, o movimento migratório também foi alterado no Brasil,


potencializando a desmetropolização e a atração populacional em direção às cidades médias.

E) Com a expansão da fronteira agrícola criou um fluxo migratório o Centro-oeste para o Sul do país,
graças às oportunidades que o agronegócio passou a oferecer.

Comentários

Alternativa A – INCORRETA: Não é a região com maior concentração urbana, e a urbanização leva à
redução da taxa de fecundidade.

Fique atento: imigrantes na Europa, significa que as pessoas saíram do Sul do país para morar na
Europa.

Alternativa B – INCORRETA: A região Norte já atraiu um fluxo migratório, principalmente do


Nordeste, durante o ciclo da borracha

Alternativa C – INCORRETA: A migração de retorno é uma das consequências dos investimentos


despontados no Nordeste

Alternativa D – CORRETA: Tal cenário é uma realidade brasileira.

Alternativa E – INCORRETA: O sentido correto de tal fluxo é do Sul para o Centro-Oeste

Gabarito: D

16. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Com base na imagem a seguir, assinale a alternativa correta

AULA 08 – GEOGRAFIA 30
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A) Apesar do avanço no IDH, a desigualdade no Brasil permanece alta

B) Avanço do IDH corresponde ao aumento da produção

C) O IDH é um índice que indica a desigualdade dentro de um país.

D) Apesar de desconsiderar a educação, o IDH indica o desenvolvimento de um país

E) Para tal cálculo são considerados apenas índices sociais e nenhum de renda

Comentários

Alternativa A – CORRETA: Lembre-se, IDH não é a mesma coisa que desigualdade.

Alternativa B – INCORRETA: O IDH não se limita à produção

Alternativa C – INCORRETA: A desigualdade é medida pelo Coeficiente de Gini

Alternativa D – INCORRETA: o IDH considera dados da Educação

Alternativa E – INCORRETA: a Renda também é considerada no cálculo do IDH

Gabarito: A

17. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“A estrutura etária da população tem reflexos importantes na economia de um país. Uma grande
porcentagem de crianças e jovens na população total gera maio demanda por investimentos estatais em
educação e em programa de saúde voltados para a população infantil. Por outro lado, a existência de um

AULA 08 – GEOGRAFIA 31
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número relativamente alto de idosos na população também gera demandas financeiras ao Estado,
principalmente com aposentadorias e programas específicos de saúde e assistência social.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
1ª edição. Moderna, 2010, p.228)

Sobre essa realidade no Brasil, assinale a alternativa correta.

A) Melhorias no saneamento básico tem aumentado o crescimento horizontal brasileiro

B) Há uma tendência de aumento da taxa de mortalidade com expansão da expectativa de vida

C) O fim do bônus demográfico em 2010 marca o avanço da população idosa no Brasil

D) O crescimento vegetativo no Brasil tem sido influenciado pelo saldo migratório positivo

E) A redução na taxa de natalidade tornou a população brasileira predominantemente idosa

Comentários

Alternativa A – INCORRETA: Crescimento horizontal é um sinônimo para saldo migratório

Alternativa B – CORRETA: Essa é uma características marcantes da transição demográfica

Alternativa C – INCORRETA: Nesse período ainda havia o bônus demográfico no país.

Alternativa D – INCORRETA: O saldo migratório no Brasil é negativo e esse não é um critério


considerado no crescimento vegetativo.

Alternativa E – INCORRETA: A população brasileira é predominantemente adulta

Gabarito: B

18. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

São movimentações “caracterizadas pela volta das pessoas ao lugar de origem – geralmente depois
de um tempo trabalhando em outro país – ou por um novo deslocamento em busca de um terceiro lugar
para morar ou trabalhar. Em parte, esse movimento ocorre devido às facilidades atuais de locomoção e
de comunicação para fazer contato com outras comunidades.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
1ª edição. Moderna, 2010, p.168)

Tal movimentação é denominada

A) migração pendular

B) refúgio

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C) êxodo rural

D) migrações circulares

E) êxodo urbano

Comentários

Alternativa A – INCORRETA: a migração pendular é diária

Alternativa B – INCORRETA: para entendermos como refúgio, é necessária uma forte motivação com
o objetivo de garantir a sobrevivência

Alternativa C – INCORRETA: o enunciado não fala sobre transferência do campo para a cidade

Alternativa D – CORRETA: Migração circular é aquela marcada pela repetição.

Alternativa E – INCORRETA: o enunciado não fala sobre transferência da cidade para o campo

Gabarito: D

19. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“Geralmente os trabalhadores de topo (especialistas em diversas áreas, pesquisadores, peritos em


informática e comércio, executivos, administradores etc.) Saem dos países periféricos e se dirigem aos
países centrais”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
1ª edição. Moderna, 2010, p.171)

Sobre tal movimento migratório é possível afirmar que

A) como consequências temos apenas pontos negativos, como a redução de produção científica

B) a Índia é o principal país destino desse tipo de migração, graças ao seu caráter subdesenvolvido

C) a fuga de cérebro é um processo limitado à países que apresentam a mesma língua oficial

D) em pouco tempo gera remessas financeiras nos países de origem graças ao envio de dinheiro

E) apesar de classificado como refúgio, não garantem uma documentação especial no país de
chegada

Comentários

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Alternativa A – INCORRETA: Cuidado com apenas pontos negativos, temos por exemplo, a
transferência de remessas financeiras para os países de origem.

Alternativa B – INCORRETA: A Índia é um dos principais países origem da fuga de cérebro.

Alternativa C – INCORRETA: Cuidado com o termo limitado! Trata-se de uma mão de obra
qualificada, o que também implica o conhecimento de outras línguas

Alternativa D – CORRETA: Trata-se de pessoas que saem de seu país e enviam dinheiro para aqueles
que ficaram

Alternativa E – INCORRETA: A fuga de cérebro não é classificada como refúgio

Gabarito: D

20. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

“(...) É um dos mais tradicionais indicadores de comparação do desempenho da economia nacional.


Para calculá-lo, são considerados os bens produzidos dentro das fronteiras nacionais (produtos agrícolas,
minérios, eletrodomésticos, automóveis etc.), além das atividades comerciais e de serviço”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
1ª edição. Moderna, 2010, p.181)

Dessa forma, para o cálculo do PIB considera-se, exceto

A) Consumo das famílias em bens e serviços

B) Gastos do Governos em bens e serviços

C) Investimentos das indústrias

D) Os valores do produto final

E) Os valores de produtos intermediários

Comentários

Para o cálculo do Produto Interno Bruto não são considerados os valores de produtos
intermediários, apenas do produto final.

Gabarito: E

21. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

AULA 08 – GEOGRAFIA 34
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“ainda que o cálculo do PIB per capita continue sendo efetuado e seja esse o componente financeiro
do IDH, a ONU considera uma série de outros indicadores para mensurar e tornar comparáveis os níveis
de bem-estar social vigentes nas diferentes economias nacionais.”

(TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil.
Moderna, 2010)

Entre tais fatores, destacamos

A) as taxas de natalidade e educação

B) saúde e involução população

C) o crescimento horizontal e educação

D) a expectativa de vida e nível de instrução

E) o crescimento vegetativo e educação

Comentários

Em 2010, as metodologias utilizadas para definir tal índice foram alteradas e três pilares
estabelecidos: saúde, educação e renda, sendo, segundo o portal digital da PNUD (agência da ONU
responsável por tal cálculo), pensados da seguinte forma:

Saúde: vida longa e saudável – medida através da expectativa de vida;

Educação: acesso ao conhecimento – medido através de dois fatores: média de anos de educação
de adultos e a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar

Renda: padrão de vida – medido através do Renda Nacional Bruta (RNB) per capita (tal índice aponta
o poder e compra).

Escala do IDH: varia de 0 (nenhum desenvolvimento) a 1 (total desenvolvimento).

Gabarito: D

22. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre transição demográfica analise as afirmações.

I - Com a redução dos nascimentos, há um menor número de crianças entrando no sistema


educacional, o que gera uma oportunidade de se investir na qualidade da educação ofertada a estas
crianças e menos na oferta de vagas.

II - A população economicamente ativa (PEA) apresenta crescimento, tanto na participação relativa


quanto em valores absolutos. O crescimento observado tem papel fundamental na discussão sobre bônus

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demográfico, na medida em a PEA, se incorporada no mercado de trabalho qualificado, pode favorecer o


aumento da produtividade do trabalho e do crescimento econômico.

III - O segmento populacional que mais cresce na população brasileira é o de idosos. O rápido
envelhecimento da população tem profundas implicações, trazendo importantes desafios para a
sociedade. Esse processo não deve ser considerado necessariamente como um problema, mas exige
atenção para a discussão das formas como lidar com o fenômeno.

IV - A fecundidade caiu para níveis extremamente baixos, muitas vezes inferiores ao número
necessário para ao menos manter a população com o mesmo tamanho. Ao longo desse processo, a
ocorrência dos nascimentos diminuiu de um padrão que englobava todo o período fértil (15 a 49 anos).

Marque a opção que aponta afirmações corretas:

A) I e II apenas.

B) I e III apenas.

C) II, III e IV apenas.

D)I, III e IV apenas.

E) I, II, III e IV.

Comentários

I. Correto. Na última década, a população brasileira cresce apenas em torno de 0,8%.

II. Correto. “Pode favorecer”, ou seja, não é uma garantia que a PEA faz com que ocorra
desenvolvimento econômico.

III. Correto. Especialmente em relação à previdência e à saúde.

IV. Correto. A taxa de fecundidade está em torno de 1,9.

Gabarito: E

23. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Considerando a realidade da população brasileira, assinale a alternativa correta

A) O envelhecimento da população contribui para o aumento da População Economicamente Ativa


(PEA) e está relacionado ao aumento da taxa de fecundidade, que garante a taxa de reposição
populacional.

B) A população brasileira vem envelhecendo pela queda dos índices de mortalidade infantil,
associada ao consumo de produtos orgânicos, aumentando a expectativa de vida da população.

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C) O envelhecimento da população está relacionado ao aumento da expectativa de vida, associado


ao acesso a avanços na medicina, educação e oferta de alimentos. O aumento no número de idosos institui
a necessidade de demandas de políticas públicas e ajustes previdenciários voltados para essa população.

D) O aumento da expectativa de vida e as elevadas taxas de fecundidade, desequilibram a pirâmide


etária da população brasileira. Com elevados números de jovens e idosos, a População Economicamente
Ativa (PEA) diminui, gerando déficits previdenciários.

E) O envelhecimento da população brasileira vem ocorrendo pela melhor distribuição de renda no


país, minimizando as desigualdades sociais, possibilitando boa parte da população a ter acesso à
habitação, saúde e educação de qualidade, aumentando a expectativa de vida.

Comentários

A) Incorreto. Contribui com a redução da PEA e está relacionado à queda da taxa de fecundidade,
não garantindo a taxa de reposição.

B) Incorreto. Vem envelhecendo, pois a taxa de fecundidade vem caindo. Além da melhora na
qualidade de vida, especialmente na área da saúde.

C) Correto. O Brasil está se tornando, no sentido de concentração de idosos, semelhante à Europa.

D) Incorreto. Se os extremos (criança e idoso) cresce, a pirâmide etária se equilibra. Ademais, o


elevado número de jovens aumenta a PEA.

E) Incorreto. A distribuição de renda não é igualitária, pelo contrário. Além disso, “boa parte da
população” ficou de forma exagerada.

Gabarito: C

24. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Sobre as demografia das regiões brasileiras, assinale a alternativa correta

A) a região Sudeste é a mais povoada e populosa do país graças ao desenvolvimento econômico da


região que continua, até hoje, atraindo grandes fluxos migratórios de todas as demais regiões por
concentrar a indústria do país.

B) a região Centro-Oeste é a segunda mais urbanizada do país, por isso, concentra também a
segunda maior população absoluta entre as regiões, isso se tornou possível com a ascensão das cidades
douradas do agronegócio.

C) graças aos grandes fluxos migratórios da década de 1940 até meados da década de 1990, a região
Nordeste se consolidou com a menor população absoluta entre as regiões brasileiras, bem como aquela
que apresenta o menor IDH.

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D) a região Sul, marcada pela imigração europeia, detém a terceira maior população absoluta do
país, mas graças a sua extensão territorial, é a segunda mais povoada.

E) Apesar do crescimento populacional derivado de obras de infraestrutura, como hidrelétricas, a


região Norte continua apresentando a menor população absoluta do país, bem como ainda se mantém
como a menos povoada.

Comentários:

Alternativa a. INCORRETA. Cuidado! O erro da alternativa está em afirmar que ainda há fluxos de
todas regiões para o Sudeste.

Alternativa b. INCORRETA. Apesar de ser a segunda região mais urbanizada do país, o Centro-Oeste
é a menos populosa, graças justamente à mecanização da agropecuária e a sua expansão (concentração
de terras).

Alternativa c. INCORRETA. A região Nordeste detém a segunda maior população absoluta, entre as
regiões.

Alternativa d. CORRETA. A região Sul é uma das mais desenvolvidas do país.

Alternativa e. INCORRETA. Cuidado! Quando o assunto é a densidade demográfica, a região Norte


apresenta os menores índices, mas quanto à população absoluta o menor número é encontrado no
Centro-Oeste.

Gabarito: D

25. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima)

Além de uma redistribuição nos setores de produção, as atividades econômicas criaram vários
padrões de deslocamento no território nacional, e, sobre isso podemos afirmar que

A) atualmente o maior fluxo migratório do Brasil se dá do Nordeste em direção ao Sudeste, em


especial para grandes cidades onde a demanda de trabalho é maior. Como consequência temos a
chamada macrocefalia urbana.

B) o saldo migratório brasileiro é negativo, e, dentre as diversas categorias de emigração do país,


podemos destacar a fuga de cérebro que se relaciona com o papel do Brasil na DIT.

A dinâmica de urbanização no Brasil impediu a migração pendular nas regiões metropolitanas


devido a ineficiência do transporte coletivo e congestionamentos em vias rodoviárias.

D) com a mecanização do campo, os movimento sazonais passaram a ser reduzidos logo na década
de 1970 e hoje são inexistentes. Dessa forma, o trabalho precário que fora típico do campo também se
deslocou para a cidade.

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E) nos anos 2000 o êxodo rural atingiu os maiores números da história graças à mecanização do
campo. Como consequência, as cidades ficaram inchadas e o terceiro setor se tornou o maior empregador
do país.

Comentários:

Alternativa a – INCORRETA Os atuais fluxos migratórios se dão dentro das próprias regiões, bem
como as grandes cidades estão perdendo seu o poder de atração e as pessoas estão se deslocando para
aquelas de porte médio.

Alternativa b – CORRETA A fuga de cérebro é a emigração de mão de obra capacitada.

E como isso se relaciona com o papel do Brasil na Divisão Internacional do Trabalho? Bom... Como
o Brasil mais importa do que cria tecnologia, pessoas que se preparam para empregos mais complexos
muitas vezes não encontram vagas/possibilidades no país, por isso partem em busca de melhores
condições.

Alternativa c – INCORRETA Cuidado com o termo impediu. A ascensão da urbanização e posterior


conurbação presente nas regiões metropolitanas facilitou/direcionou a migração pendular.

Alternativa d – INCORRETA Ainda há migração sazonal entre o campo e a cidade.

Atenção: o trabalho precário não desapareceu do campo.

Alternativa e – INCORRETA Nos anos 2000 o Brasil já era urbanizado, então já não havia um
contingente populacional tão grande no campo para tornar esse período no mais intenso quanto ao êxodo
rural.

Atenção: os setores da economia são


Primário: extração
Secundário: transformação
Terciário: comércio e serviços
Terceiro setor não é um sinônimo para setor terciário

Terceiro setor é o nome que damos para aquilo que não é do Estado e nem é da iniciativa privada,
por exemplo: ongs

Gabarito: B

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parabéns por ter concluído essa aula e muito obrigada pela confiança no trabalho da Equipe do
Estratégia Militares! Caso ainda precise de alguma dica ou lhe reste alguma incerteza ou dúvida, não
hesite em falar comigo! Será um prazer trocar conhecimentos com você (assim cresceremos juntos, pois
ninguém é tão grande que não possa aprender). Use o Fórum de Dúvidas sempre que necessário!

Nós do Estratégia Militares estamos ansiosos por sua aprovação!

Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo


Carlos Drummond de Andrade

Ótimos estudos! Conte comigo, sempre!.

Prof.ª Priscila Lima

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Professora Priscila Lima t.me/professorapriscilalima @profpriscilalima

REFERÊNCIAS
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual,
2012.
TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral
e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – volume único, contendo as partes I, II e III. São Paulo:
Moderna, 2015.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único.
São Paulo: Ática, 2018.

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