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Plano de Trabalho para Vida

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COMO MONTAR O SEU PROJETO DE VIDA

Juliana Ricci

Ao olhar para o californiano Paul Campbell Dinsmore, um dos palestrantes convidados para
apresentar-se na Career Fair 2003, a impressão que se tem é a de estar diante de um
brasileiro muito bem-humorado, que vive um caso de amor com a própria vida e o próprio
trabalho. Radicado no Brasil há mais de 20 anos, ele consegue reunir dentro de si o alto
astral do brasileiro e a disciplina americana, características que aplica em tudo o que faz.

A experiência de prestar consultoria na área de gerência de projetos empresariais por meio


de sua empresa, a Dinsmore Associates, fez com que ele percebesse que poderia usar a
mesma metodologia para ensinar pessoas a administrar os planos pessoais. Como não é
possível cuidar da carreira sem se preocupar com a vida como um todo, passou a ajudar
clientes a montar seus projetos de vida. "A vida é um projeto porque também é única, finita e
composta por fases. Temos a opção de simplesmente deixar fluir, ou de fazer as coisas
acontecerem", disse ele ao público da feira de carreira organizada em São Paulo pela
revista Você S/A.

Segundo Dinsmore, até chegarmos pelo menos à fase da adolescência, outras pessoas
gerenciam nossos projetos de vida, mas a partir dessa fase é possível tomar as rédeas e
inclusive consertar o que foi gerenciado de maneira indesejável até então. Também como
todo projeto corporativo, o projeto pessoal precisa de metodologia, revisão constante e
flexibilidade para incorporar as mudanças necessárias com o passar do tempo.

O primeiro aluno de Dinsmore foi Edson Bueno, presidente da Amil, que no final dos anos
80 precisava dar novo fôlego à empresa. Ele conseguiu isso a partir do momento em que
elaborou seu projeto de vida e conseguiu organizar seu próprio tempo, crescer como pessoa
e também como profissional, realizar sonhos como o de desenvolver outras pessoas e
pensar estrategicamente sobre os negócios. "Para a Amil crescer, todos os colaboradores
precisariam aprender, como eu aprendi, a sonhar e planejar. Por isso levei o conceito de
gerência de projetos para dentro da empresa. As pessoas que pretendem atingir um sonho
vivem mais felizes e com mais energia", disse Edson em depoimento gravado e
apresentado durante a palestra de Paul Dinsmore.

A Amil, que vendia 50 milhões de dólares por ano, já atingiu a marca de 1 bilhão de
dólares/ano. Um dos maiores prazeres de Edson atualmente é atuar como palestrante
diante dos filhos dos funcionários da empresa, disseminando o que aprendeu.

Dinsmore, que também é autor de 10 livros - o próximo, a ser lançado em 2004, contará
sobre sua experiência na gestão de projetos pessoais -, sugeriu durante a Career Fair a
utilização da metodologia do "Guide to the PMBOK - Project Management Body of
Knowledge", que é o Guia ao universo de conhecimento em gerência de projetos,
publicação do Project Management Institute (PMI), organização sediada na Pensilvânia,
Estados Unidos. Segundo ele, essa é a bíblia da gestão de projetos das grandes
corporações.

Como começar? "Primeiramente, dividindo a vida em pelo menos 5 áreas: saúde e lazer,
desenvolvimento, carreira, dinheiro e família. Precisamos estar bem nesses 5 setores,
integrando nossas vontades e necessidades", ensinou Dinsmore. A seguir você confere as

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etapas da elaboração de um projeto de vida

Passo 1: descubra quem você é

Esse é o ponto de partida. Você só chegará a algum lugar se souber quem é e o que quer.
Veja algumas perguntas que podem ajudá-lo nessa descoberta:

 Quais são meus valores básicos?


 Quais são meus pontos fortes?
 No que preciso melhorar?
 Quais as oportunidades que poderei aproveitar?
 O que ameaça meus planos?
 Quanto de meu tempo vivo no passado, remoendo ou analisando fatos que já
ocorreram?
 Quanto de meu tempo me dedico a pensar no futuro, sonhando, imaginando,
esperando e planejando?
 E quanto ao presente?

Passo 2: coloque sua missão no papel


Seu sonho pessoal, o significado da sua vida, deve estar muito claro para você. O que
pretende ser e atingir nesta vida? A quem pretende fazer bem ou mal? Não se trata de
objetivos como "estudar inglês" ou "comprar minha casa", mas sim do que você espera da
vida.

Passo 3: Faça parcerias


Você precisa de outras pessoas para cumprir sua missão e realizar seu projeto de vida. Isso
significa que outras pessoas farão parte de seu planejamento. Você precisa de pessoas que
o apóiem e seu sucesso depende da qualidade de suas interações com seus parceiros. Por
isso:

 Busque um mentor ou mentores, pessoas que sirvam de exemplo e o orientem em


suas decisões.
 Gerencie seus stakeholders (pessoas envolvidas em seu projeto, que podem dar
suporte). Faça uma lista de nomes e especifique o tipo de influência que cada um
pode exercer em sua vida. Revise sempre as ações que determinar para aproveitar
melhor esses contatos.

Passo 4: crie uma visão para sua vida


Estabeleça metas que pretende atingir e defina o período de tempo em que isso deve
acontecer. É fundamental quantificar e especificar ao máximo, para depois poder mensurar
os resultados. Por exemplo: "pretendo ampliar minha rede de relacionamentos profissionais
de 20 para 50 pessoas, em 2 meses". Assim poderá saber exatamente se atingiu a meta.
Fique atento para o seguinte roteiro:

 Inicie com visão de curto prazo, fazendo projeções para daqui a 1 ou 2 anos
 Amplie os horizontes, planejando seus objetivos para daqui a 5 anos
 A visão de médio prazo deve atingir os próximos 10 anos e por fim, o planejamento
de longo prazo, que vai até a sua aposentadoria

É preciso lembrar que nenum desses planos é definitivo. As coisas mudam e os planos
precisarão de adaptações diante das mudanças.
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Passo 5: gerencie seu tempo


Talvez essa seja a etapa mais difícil, principalmente nos dias de hoje, que o tempo parece
voar diante de nós. Apesar disso, Paul Dinsmore garante que é possível e fundamental, já
que isso significa gerenciar a própria vida. "Pense na relação trabalho X tempo. Qual é o
recurso mais escasso? O tempo. Então é ele que deve ser administrado, e não a quantidade
de trabalho em função da falta de tempo", disse ele durante a palestra na Career Fair.
Veja a matriz do tempo apresentada por Dinsmore como sugestão para definir a ordem de
solução das coisas diante do tempo que você tem disponível:
importante não importante
urgente 1. crises 3. triviais
não urgente 2. planos 4. desperdício
Importantes são os projetos que têm influência direta sobre os resultados que você pretende
atingir. Urgentes são as coisas que devem ser resolvidas rapidamente, mas que não têm
necessariamente importância.
As crises devem ser resolvidas imediatamente, porque são urgentes e importantes. É como
atrasar a entrega do projeto do seu principal cliente, por exemplo. Os planos são
importantes, mas não urgentes - é o caso do desenvolvimento profissional e pessoal.
Telefonemas e e-mails são coisas triviais, do dia-a-dia, e por isso são urgentes, mas não
importantes. Por fim, há aquelas coisas que não são nem importantes nem urgentes: mania
de perfeição, por exemplo.
Segundo Paul Dinsmore, as trivialidades roubam o tempo dos planos. É disso que
precisamos escapar, concentrando-nos nas coisas importantes. "Livre-se das coisas de
pequena importância, mesmo que urgentes, delegando, descobrindo maneiras rápidas de
resolver ou simplesmente deixando para fazer depois", ensinou ele.

Passo 6: administre suas finanças


Sim, é preciso fazer papel de economista para elaborar o projeto de vida. Faça orçamentos
detalhados para as suas metas, determinando a quantidade de dinheiro necessária para
realizar cada meta, as alternativas para conseguir essa receita e um plano para administrar
os gastos (considerando uma porcentagem extra para os imprevistos). A partir daí, é preciso
controlar os custos e compará-los às previsões feitas.

Passo 7: conte com os riscos


Paul Dinsmore também acredita que prevenir é melhor do que remediar. Por isso, ele
aconselha a tentar imaginar tudo o que pode colocar seu projeto de vida em risco. Doenças,
violência e desemprego são algumas das possibilidades.

Passo 8: junte todas as peças


Esses são os 7 fundamentos que orientarão seu projeto de vida. Agora é preciso gerenciar
tudo ao mesmo tempo. Difícil? Pois é, mas tanto nos projetos corporativos como na vida
pessoal existe uma conexão forte entre as várias áreas.
Ponha tudo no papel e utilize agenda, computador e todas as ferramentas possíveis para
ajudá-lo na organização das idéias e ações. Dá trabalho, mas o mais importante é que dá
certo!

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Como Estabelecer e Realizar os Objetivos Desejados

Sabe-se que aquelas pessoas que têm os seus objetivos claramente definidos são as que têm
mais sucesso naquilo que elas fazem.
Uma antiga lenda fala da Esfinge que ficava à beira da estrada. Cada viajante que passava tinha
que parar e lhe era pedido para decifrar um enigma. Se este não fosse capaz de responder certo,
seria devorado.
Do mesmo modo, cada um de nós é um viajante, deparando diariamente com problemas. São os
enigmas da Esfinge, e sofremos quando deixamos de dar a resposta certa.
O viajante bem-sucedido foi sempre aquele que compreendeu a pergunta que lhe foi feita. O
viajante infeliz muitas vezes encontra o seu fim, não porque o enigma lhe exceda a capacidade,
mas porque não chega sequer a ouvir a pergunta. Ao deparar com a Esfinge, a sua mente é
dominada pelo medo e ele se acha então incapaz de até começar a pensar.
Muitas pessoas têm sido derrotadas por seus problemas porque nunca souberam do que se
tratava, e muito menos da situação onde se encontravam.
Isso sugere a primeira pergunta que se deve fazer toda vez que surge um problema: “Onde
estou?”
ONDE ESTOU?
Depois de ter comido o fruto proibido e com isto franqueado ao homem o mundo dos problemas,
Adão escondeu-se amedrontado. Segundo o Gênese, Deus chamou-o dizendo: “Adão, onde
estás?” Os estudiosos têm considerado o porquê de Deus, que tudo sabe, ter que perguntar. A
resposta por eles apresentada é que Deus sabia onde Adão estava, mas queria que ele próprio o
soubesse também.
A pergunta: “Onde estou?” deve ser feita com muito cuidado. Esta pergunta simboliza uma
avaliação calma e de todos os pontos de vista possíveis da situação, o mais isento possível de
rótulos ou de julgamentos. Em outras palavras, significa fazer o uso de toda a sua acuidade
sensorial para obter as informações sensoriais precisas e completas necessárias.
Para definir o problema de modo eficiente, será útil ter em mente o significado da palavra
PROBLEMA. O professor Karl Duncker, que tem realizado consideráveis pesquisas sobre a
psicologia da solução dos problemas, apresenta a sua conclusão com as seguintes palavras: “O
problema surge quando o ser vivo possui um objetivo, mas não sabe como consegui-lo.”
Baseado na definição de Duncker, o problema é a distância entre o lugar onde nos encontramos
(Estado Atual) a aquele onde desejamos estar (Estado Desejado), quando não existe
aparentemente nenhum meio de transporte à vista. Quase sempre o elemento que falta é o
segundo, o Estado Desejado.
Estado atual e Estado desejado
Muitas pessoas reclamam que têm objetivos na vida, mas nunca conseguiram realizá-los. Isto
porque os objetivos que querem são inespecíficos e muito generalizados, do tipo “eu quero ser
rico”, “quero ser feliz”, “quero ficar em paz”, etc.; ou são formulados em negativo como “não quero
mais sofrer”, “nunca mais quero me sentir assim”, “não vou acabar desse jeito”, etc.. Ou os seus
objetivos dependem da iniciativa e controle dos outros, como “só vou ter tranqüilidade se ele/ela
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parar de fazer isto”, “eu quero que ele/ela me faça feliz”, “quando ele/ela mudar, eu posso ser o
que eu quero”, etc.
Muitos ainda têm os seus objetivos em mente e a “intelectualização” das soluções. São
verdadeiras enciclopédias ambulantes em matéria de teorias e de informações, porém, fracassam
em atingir os seus resultados desejados por faltar-lhes algo muito importante chamado de AÇÃO.
Portanto, meus amigos, mãos à obra!
CONDIÇÕES DE BOA FORMULAÇÃO DE RESULTADOS DESEJADOS
As condições de uma boa formulação de resultados desejados são:
1. Ser expresso em termos positivos.
2. Iniciado e controlado pela própria pessoa (você).
3. Evidências sensoriais específicas.
4. Bem contextualizado.
5. Que seja ecológico para a pessoa.
6. Testável na experiência da pessoa, isto é, dentro do poder da pessoa de realizá-lo.
Pegue uma caneta ou lápis agora e procure responder a essas perguntas da melhor forma que
puder:
QUESTÕES PARA ELICIAR O OBJETIVO DESEJADO
1. Dito em termos positivos;
I. “O que você quer, especificamente?”
Se você ou alguém que você está ajudando neste exercício disser: “Não quero me
sentir mal”, você pergunta: “Muito bem, como é que você gostaria de se sentir?” e,
se você ou outro responder “Eu vou saber quando não tremer mais”, diga “OK, isso
é o que você não vai fazer, e o que você VAI fazer?”
II. Que o objetivo seja iniciado e controlado por você:
Se você é do tipo que costuma dizer: “Consertem minha mulher/marido/filho!” Saiba
que isto não está bem formulado, já que o desejo é de mudar algo que está fora do
seu alcance. Você pode pegar este objetivo e transformá-lo em algo iniciado, sob
controle seu, acrescentando uma ou duas proposições:
“Então o que eu quero é ter respostas diferentes por parte da minha mulher ou do
meu marido ou daquela pessoa”.
Se isso fizer sentido para você, já terá uma base para um objetivo bem estruturado:
trabalhar a mudança do SEU comportamento para conseguir respostas melhores
por parte daqueles que interessam a você.
2. Descrição baseada em dados sensoriais:
1. “Como você vai saber quando atingir este resultado desejado?”
Imagine, vividamente, você, num futuro próximo, já realizando o seu objetivo. Faça
uma descrição COMPORTAMENTAL completa, vendo como você se comporta, sua
postura, sua voz, seus gestos, sua respiração, seu tônus muscular e as coisas que
estaria fazendo quando já tiver alcançado o seu objetivo.
Verifique se o seu procedimento de evidência (qualquer informação exterior) está
sendo dado de forma efetiva. Um feedback apropriado sobre o momento em que

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atingiu a mudança desejada. Exemplo: Se o objetivo é chegar a ser um professor


eficiente, e a sua evidência é de se sentir bem no final do dia, você precisará de
algum OUTRO tipo de evidência. Pois é ótimo se sentir bem no final do dia, mas
isso não se relaciona automaticamente com o fato de ser um bom professor. Se
deseja ser um profissional eficiente e se a evidência é a de que outros DIGAM que
você é bom (apenas verbalmente) você estará usando uma evidência que pode ser
enganadora.
– “Mostre-me como você seria se tivesse confiança em si mesmo. O que os outros
iriam ver, ouvir ou sentir quando você conseguisse esse objetivo?”
Descrição sensorial dos seus comportamentos, fazendo com que você se concentre
na sua autoimagem como se estivesse sendo visto por outra pessoa.
– “Quando você tiver alcançado o resultado desejado, o que você estará fazendo e
como estará se comportando?” É para você descrever sensorialmente as
experiências exteriores que você imagina que estará fazendo, agindo, os seus
movimentos, comportamentos, tensão muscular, quando tiver realizado o seu
objetivo.
– “Quando você atingir o resultado desejado, que tipos de sensações você irá
sentir?”
Isto faz com que você se concentre nas suas sensações interiores.
– “Quando você atingir o resultado desejado, que tipos de pensamentos você estará
tendo com você mesmo?”
Isto focaliza a sua atenção no seu Diálogo Interno.

3. Tamanho apropriado do objetivo:


Observei uma vez, na empresa onde sou sócio, que os operários perdiam, aparentemente,
muito tempo em várias caminhadas por dia até os depósitos de materiais para retirar
peças. Parecia mais lógico trazer as caixas mais perto das máquinas. Isto foi feito, e pouco
tempo depois os supervisores ficaram perplexos com o resultado. A produção caiu
bruscamente, apesar da economia em tempo e movimento.
A explicação era simples. Ver a grande quantidade de matéria-prima sugeria aos
funcionários o infindável trabalho que teriam que fazer. “Parece que nunca se consegue
terminar nada.” Era a forma de alguns deles descreverem o seu motivo para a demissão.
Não há percepção de progresso porque não há um objetivo definido e realizável que a
pessoa possa usar como ponto de referência para assinalar o terreno que já se caminhou
entre o Estado Atual e o Estado Desejado.
Hoje, a maioria dos psicólogos industriais aconselha a gerência a fazer todo o possível
para quebrar em unidades visíveis e atingíveis o fluxo de trabalho. Então, à medida que as
peças ficam prontas, vão para caixas ou bandejas de 10, de 100 ou de 200 unidades, o
número que for mais conveniente. Resulta daí a sensação contínua de “missão cumprida” e
disposição renovada para outro esforço em direção a novo objetivo específico.
O mesmo acontece conosco. Se o objetivo é inespecífico, grande ou global, pergunte a si
mesmo sobre uma parte específica do que deseja, em pequenos sub-objetivos visíveis e

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realizáveis. Certifique-se de que as informações aqui criadas sejam informações


sensorialmente descritas e não julgamentos:
– “Com quem eu quero experimentar este resultado?”
– “Onde, especificamente, eu quero experimentar este resultado em primeiro lugar?”
– “Quando eu quero experimentar este resultado?”
– “Em que situação específica eu não quero este resultado?”

4. Ecologia:
– “De que maneira este resultado afetará a sua vida?”
– “De que forma este objetivo poderia trazer problemas para você?”
– “De que maneira este objetivo poderá afetar as pessoas importantes de sua vida?”
– “Você poderia machucar alguém ao atingir o que você está pedindo?
5. Limitações:
– “O que impede você de atingir o objetivo desejado?”
Faça uma lista de obstáculos que estão impedindo você de realizar o seu objetivo. Separe
os obstáculos dependentes de terceiros e pegue cada um dos obstáculos pessoais
(crenças ou auto-conceitos limitantes) e trabalhe cada um deles com a Técnica do
Aprendizado Dinâmico.
6. Recursos disponíveis:
– “Que capacidades ou habilidades você já tem para atingir o resultado desejado?”
Pegue cada recurso que puder se lembrar e utilize a seqüência de Ancoragem para
resgatar as sensações desses recursos desejados.
7. Alternativas:
– “Como você vai chegar até lá?” (Descreva quatro ou cinco passos importantes que você
vai fazer para alcançar o seu resultado desejado. Responda da melhor forma que puder, e
se não souber, FAÇA DE CONTA que sabe e descreva.)
– “Você tem mais de uma maneira de atingir o objetivo?”
– “De que outra maneira você pode atingir o seu objetivo?” Quanto mais alternativas
melhor.
– “Os quatro ou cinco passos estão bem especificados e são possíveis de serem
atingidos?” Segmentar processos torna mais fácil atingi-los.

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CRIE SEU DIA IDEAL:


Releia agora as respostas anotadas por você e imagine agora um dia ideal para você, quando
este objetivo já estiver alcançado e as coisas estejam acontecendo dentro das suas expectativas.
Veja-se a si mesmo, dentro dessa experiência imaginária, observando os seus comportamentos,
a sua forma de falar, suas atitudes, e as suas sensações à medida que as cenas imaginárias vão
se desenrolando na sua mente, cenas de cores vívidas, nítidas, brilhantes. Observe também
quais diferenças existem em relação ao como você é hoje. Não pare até que consiga uma
experiência imaginária desse seu dia ideal de manhã até a hora de ir para cama, com todos os
melhores acontecimentos possíveis desse seu objetivo, como se você já o tivesse realizado. Faça
de uma forma que realmente o motive para isso.
Ajudar a si próprio e aos que estão ao seu redor, os seus próximos mais próximos, a identificar
objetivos positivos contribui para criar estados emocionais mais eficazes para realizar estes
objetivos. Ajudar o seu parceiro ou sua parceira ou filhos ou amigos a construir objetivos através
desses passos estratégicos, é um presente inestimável que você proporciona a eles em termos
de sucessos futuros.
“A imaginação é de longe muito mais importante que o conhecimento.”
Albert Einstein
MEIOS E FINS
Somente quando mantidos na mente os objetivos finais, podem os meios serem adequados. Um
carpinteiro não pode escolher as ferramentas que necessita antes de saber o que deseja
construir. Muitas pessoas seguem tropeçando num frenesi de atividades improdutivas porque não
são capazes de diferenciar os meios dos fins.
A seguir descrevo um caso em que fui testemunha numa firma onde participei de uma transação
comercial. A diretoria acabara de decidir a compra de um galpão industrial, mas tinha já adquirido
um terreno anteriormente com a intenção de nele se construir um prédio. Portanto agora queria
vender este terreno se aparecesse um comprador.
“Quem possui a escritura desse terreno?” perguntou um dos membros da diretoria, um professor
universitário notável. Em resposta a sua pergunta, tornou-se claro que haviam perdido a escritura.
“Não se preocupem com isso,” disse outro membro da diretoria, que era advogado, “podemos
conseguir uma cópia no cartório por mil cruzeiros.”
Muito bem,” disse o professor, “proponho que arranjemos um cofre no banco para guardar nossos
documentos.” Sua moção foi aprovada por unanimidade. “Proponho, a seguir, que o nosso
advogado seja autorizado a gastar os mil cruzeiros para conseguir uma cópia da escritura do
terreno e que esta seja colocada no cofre do banco.”
“Isto não é necessário”, disse o advogado. “Quando tivermos um comprador podemos arranjar
uma cópia da escritura. Para que nos incomodarmos agora?”
Se não tivermos uma cópia da escritura, o que colocaremos no cofre do banco”, disse o professor
com lógica triunfante.
“Proponho”, disse o advogado, “que coloquemos os mil cruzeiros no banco.
Uma confusão como essa, onde os meios se tornam os fins, às vezes pode parecer sem
importância. Porém, o que se tem observado é que a mesma coisa acontece em escala muito
maior, entre nações, por exemplo.

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Os tolos sempre ficam perdidos entre meios e fins. Um policial irlandês conta a história de um
viajante que foi abordado na estrada por um desconhecido que lhe disse: “A bolsa ou a vida!” O
viajante respondeu: “Fique com a minha vida. Preciso do dinheiro para quando for velho.”

Do livro: Magia da Mente em Ação


Dr. Tom Chung, Double Tree Editora

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